revista ecos nr #2

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Ecos NR - 1 número 2 | julho a dezembro | 2010 www.nr.com.br E mais: ECOS DO ACAMPAMENTO O Brasil não levou o hexa. Mas quem foi ao NR... MEMÓRIA FOTOGRÁFICA Quer ver centenas de fotos destes 57 anos de NR? SAÚDE Prepare-se para o verão com uma alimentação saudável! ECOS NR ECOS NR revista Thiago Reis Ele quer te conquistar!

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A Revista Ecos NR é publicação no NR Acampamentos. Cutura, lazer e viagens para jovens, adolescentes e crianças.

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Page 1: Revista Ecos NR #2

Ecos NR - 1

número 2 | julho a dezembro | 2010www.nr.com.br

E mais:ECOS DO ACAMPAMENTO O Brasil não levou o hexa. Mas quem foi ao NR...

MEMÓRIA FOTOGRÁFICAQuer ver centenas de fotos destes 57 anos de NR?

SAÚDEPrepare-se para o verão com uma alimentação saudável!

ECOS NRECOS NRrevista

Thiago ReisEle quer te conquistar!

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NR 

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ecos_impresso_novembro_2010.indd 8 29/10/10 9:18 AM

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número 2 | julho a dezembro | 2010www.nr.com.br

E mais:ECOS DO ACAMPAMENTO O Brasil não levou o hexa. Mas quem foi ao NR...

MEMÓRIA FOTOGRÁFICAQuer ver centenas de fotos destes 57 anos de NR?

SAÚDEPrepare-se para o verão com uma alimentação saudável!

ECOS NRECOS NRrevista

Thiago ReisEle quer te conquistar!

ÍND

ICE

Revista Ecos NR: Diretor Responsável - Affonso Maurício Vivolo - MTB-6604/SP - Editor/Repórter - Daniel Cunha - MTB-56483/SP - Colaboradores - Anna Flávia Calix, Debora Emm, Fernando Faro(Trol), Gabriel A. S. Santos(Sumô), Geila Siqueira de Carvalho, Guilherme Lichand(Bêlo), Karina Carvalho, Ligia Cury de Mello, Marco Antonio Vivolo, Marcos Garcia Castilhos, Rachel Katarivas Vivolo, Rafael Vivolo e Denise Ferreira - Design Gráfico e Editoração - Francisco Santos e Mirella Mendonça - Fotos - Acervo NR, Kito Vívolo e Toshiro Sasahara. A Revista NR é uma publicação semestral do NR Acampamentos. Todos os textos podem ser utilizados e divulgados total ou parcialmente desde que a fonte seja citada. As seções que são assinadas não obrigatoriamente refletem a opinião da Revista NR. - Travessa Ubirassanga, 41- Campo Belo - CEP 04614-050 São Paulo - SP - Fone/Fax: 11 5090 7419 - e-mail: [email protected]. Para publicidade entrar em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone 11 5090 7419.

RE

VIS

TA

E

CO

S N

R

Fotografia 4Carta ao Leitor 5

COOLtura 6 Saúde e Bem Estar 8Top Teen 10

Intercâmbio 17Memória Fotográfica 20

Ecos do Acampamento 21Capa 27

Dica do Chef 32Educação 36 Esporte 39

Inclusão 40 Pelo Mundo 41Social NR 42

Ecos NR - 3

Page 4: Revista Ecos NR #2

4 - Ecos NR

FOTOGRAFIA

Entardecer no NR1 por Toshiro Sasahara

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Ecos NR - 5

CARTA AO LEITOR

Prof. Affonso M. Vivolo, o SafoFundou o NR em julho de 1953

e atua até hoje na liderança e organização de nossas atividades.

Serão dias diferentes. Haverá muita atividade esportiva, mas não é só isso que mais marcará nas nossas vidas. Até pode ser que um bom grupo de acampantes irá se envolver com futebol, natação, basquete, teatro, banda e outras coisas que o acampa-mento coloca à nossa disposição, mas sem dúvida, o que nos marca profundamente são as novas amizades. Um jeito diferente de se ver as coisas, de participar da vida comunitária, de respeitar a natureza e quando voltamos para casa sentir a sensação de um mundo novo e diferente. Dessa vivência, uma nova forma de encarar as coisas, de participar e sentir o que significou ter colaborado de forma diferente do que em outros lugares. Milhares de jovens viveram essa situação, muitos foram algumas vezes para as temporadas, continuaram, tornaram-se monitores e hoje recordam os dias lá vividos, como uma grande experiência de vida. Ter feito temporadas no NR significa ter assimilado um jeito de ser, uma forma de se ver a vida, de colaborar na equipe, de saber liderar e se tornar um exemplo na comunidade onde vive.

Vamos aproveitar um pouco do espaço que temos neste nosso jornalzinho para re-cordar o que a direção do acampamento e alguns ex-participantes nos deixam como marcas em cada temporada.

O NR é TRI!!!!

O Nosso Recanto recebeu em 2010, pela terceira vez consecutiva, o prêmio Top Educação, oferecido pela Revista Educação, na categoria acampamentos.Este prêmio representa a coroação de um trabalho sério e dedicado que

resultou em eventos inesquecíveis para nossos parceiros. A nossa maior pre-ocupação é entender cada vez mais as necessidades de nossos clientes, sem-pre ouvindo suas expectativas, suas contribuições, e avaliando constantemente todo o processo de atendimento nos mínimos detalhes. Cada novo cliente nos traz mais informações sobre os procedimentos que devemos acrescentar, me-lhorar ou eliminar no nosso atendimento, buscando a excelência no processo.

O NR mantém uma política constante de novidades, razão que nos levou a conquistar o prêmio por três vezes consecutivas. A unidade NR 1 recebeu no-vos chalés e modernizou todas as instalações de cozinha e refeitório. O nú-mero de horas/treinamento foi ampliado em todos os setores, principalmente naqueles diretamente ligados ao atendimento ao cliente. O cardápio de ambas as unidades foi aprimorado, as decorações das festas estão fantásticas e as propostas pedagógicas ganharam novos elementos que já se revelaram como um grande sucesso.

Agradecemos a todos que estiveram conosco e àqueles que ainda estarão neste e nos próximos anos. É para vocês que o NR existe. Por isso, nunca es-quecemos de vocês.

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6 - Ecos NR

COOLturaAlimente-se de conhecimento. Dê uma oportunidade ao diferente. Aproveite o melhor da era da informação. Sim, estamos falando com você! Acorde seus neurônios.

Por: @rvivolo e @debora_emm

ReflexãoLoki é um documentário do diretor Paulo Henrique Fontenelle, lançado em junho de 2009, que conta a história do

músico Arnaldo Batista, criador da banda Os Mutantes. Consagrada no mundo todo, esta banda representa um importante capítulo da cultura brasileira. Resgatar a história do músico nos leva a refletir não só sobre o processo criativo de um prodígio, mas como as drogas podem mudar radidalmente o curso de uma trilha de sucesso.http://www.youtube.com/watch?v=izGLQUGZZMs

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Ecos NR - 7

InspiraçãoO que a arte e a tecnologia podem fazer por alguém? Esqueça tudo que você imaginou e conheça este incrível

projeto: The Eyewriterhttp://vimeo.com/6376466 e http://www.eyewriter.org

Outros olhosSe fecharmos os olhos e pensarmos na África,

com certeza imagens muito ruins e tristes surgi-rão em nossas mentes. Que tal dar uma opor-tunidade a este continente buscando conhecer sua realidade cultural? O coletivo de cultura africana http://tasaver.org é formado por jor-nalistas que estão em conexão com diferentes países africanos e que divulgam para o mundo suas descobertas.

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8 - Ecos NR

SAÚDE E BEM ESTAR

Alimentação no verãoCuidados com a saúde começam pela boca!

O verão vem chegando e, com ele, as sempre recorrentes preocupações com o corpo e a

saúde. Há quem pense que algumas semanas de academia podem resolver, outros preferem apostar em medicamentos e suplementos alimentares. No entanto, a base do cuidado com a saúde começa pelo mais simples: a alimentação.

Para entender um pouco mais do assunto, con-versamos com o médico Dr. Marco Antonio Vivolo, que fala a respeito do tema e traz orientações so-bre como preparar uma dieta mais saudável para essa época do ano. Confira:

Ecos NR: Sabe-se que a alteração de tempe-ratura que ocorre no verão provoca mudanças no nosso metabolismo. Quais os problemas que isso pode acarretar em nossa saúde? Que tipo de cui-dados com a alimentação podem manter nosso organismo em ordem?

Dr. Marco: A medida em que se aproxima o verão, as temperaturas médias começam a subir e, com isso, devem aumentar os cuidados com a saúde. Isso porque, se por um lado as doenças respiratórias são menos frequentes nessa épo-ca do ano, de outro aumentam os riscos de con-trairmos outras que se associam ao aumento da temperatura ambiente: desidratação, viroses gas-trointestinais, intoxicação alimentar, queimaduras de sol, entre outras. Com hidratação e alimentação adequadas aliados aos cuidados com o sol em ex-cesso, curtir o verão fica mais gostoso.

Ecos NR: A alimentação indicada no inverno é a mesma no verão? Quais os ajustes que devemos fazer em nossas dietas? Quais alimentos são mais indicados e com quais devemos ter mais cuidado?

Dr. Marco: Durante o verão devemos dar pre-

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Ecos NR - 9

ferência a alimentos mais leves, sem gorduras ou açúcares em excesso. Alimentos como saladas de folhas verdes, legumes, verduras e frutas são os mais indicados. Isso porque esses alimentos são ricos em vitaminas e sais minerais e, quando in-geridos em quantidades satisfatórias, suplementam nossa alimentação quanto a essas necessidades. Preconiza-se que, para atingirmos a necessidade nu-tricional diária de vitaminas, bastaria que ingerísse-mos quatro frutas (ou porções de fruta) diariamente. As frutas também são fonte de hidratos de carbono (açúcares) e também de líquidos.

Ecos NR: A desidratação é um dos problemas que também ocorrem nessa época. Qual a quanti-dade de líquido que devemos tomar para evitá-la? Além da ingestão de líquidos, existem outras for-mas de combatê-la?

Dr. Marco: Pela simples elevação da tempe-ratura ambiente existe um aumento da perda de lí-quidos corporais através da transpiração. Por essa razão devemos nos hidratar, ou seja, ingerir líqui-dos além do habitual para repor a perda natural. No caso de atividade física mais intensa, a hidra-tação deve ser mais vigorosa, pois a transpiração ocorrerá de forma exacerbada na tentativa do cor-po de perder calor e controlar a sua temperatura. Com a transpiração, o nosso organismo perde sais minerais e outros nutrientes. Isso poderia ser re-posto apenas com a alimentação. No entanto, uma

Dicas de alimentação para não descuidarmos da saúde

durante o verão.1. Procurar se alimentar de forma leve e saudável

dando preferência a frutas e verduras.

2. Evitar alimentos e comidas gordurosos ou muito ricos em molhos, pois com isso aumenta muito o risco de problemas digestivos e de intoxicação alimentar.

3. No verão o consumo de bebidas geladas e sorvetes aumenta bastante. Devemos tomar muito cuidado pois alimentos gelados podem facilitar o desenvolvimento de inflamações e infecções de garganta, principalmente quando ocorrem depois de muita exposição ao sol.

4. Lembrar que sucos de fruta natural são uma opção muito boa nesta época do ano e devemos preferí-los aos refrigerantes em razão de serem muito mais saudáveis.

5. Hidratar, hidratar, hidratar! O melhor para isso é a água. Bebidas isotônicas podem ajudar a repor sais minerais mas precisamos de água para repor o líquido perdido nas atividades que realizamos durante o verão.

outra forma de repor essas substâncias de forma mais rápida é através da ingestão de bebidas isotônicas. O consumo de frutas ricas em líquidos, como melancia, melão, pêra, abacaxi, entre outras, ajuda muito na suplementação de líquidos e reposição de sais minerais e vitaminas.

Ecos NR: Há mudanças no cardápio do NR para a temporada de verão? Exemplifique.

Dr. Marco: Nas temporadas de janeiro, existe uma maior variedade de frutas e legumes, mesmo porque esta estação do ano propicia esse tipo de alimentação. Café da manha, almoço e jantar oferecem mais opções de ali-mentos leves, bem como os lanches da tarde e da noite. No intervalo da

manhã uma cesta de frutas fica a disposição dos acampantes para suprir as necessidades calóricas de forma mais leve e natural.

Que alimentos priorizar neste verão?

• Saladas de folhas verdes• Legumes• Verduras• Frutas

Coma muitas frutas ricas em líquidos que podem ajudar na hidratação:

• Melancia• Melão• Pêra• Abacaxi

Dr. Marco Antonio VivoloDiretor Presidente da ABAE • Diretor do NR • Médico Endocrinologista • Membro

do Conselho • Consultivo médico da Asso-ciação de Diabetes Juvenil – Brasil (ADJ) • Coordenador da Colônia de Férias para

jovens com diabetes da Escola Paulista de Medicina (ADJ - UNIFESP)

@marcovivolo

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10 - Ecos NR

Por: @annacalixFotos: @kitovivolo e @toshirosasahara

Top TeenQual o seu bicho de estimação?

De acordo com a psicanalista Silvana Prado, membro do Inata (Instituto Nacional de Ações e Terapias Assistidas por Animais), estudos comprovam que a presença de animais reduz a pressão arterial e a frequência cardíaca. “O contato ativa um neurotransmissor que libera a serotonina, substância sedativa e calmante, além de hormônios como a oxitocina - responsável pela confiança- e a prostatina, o hormônio do vínculo social”, explica.

Adpatado de http://www1.folha.uol.com.br/folha/bichos/ult10006u697144.shtml

Prof. Affonso - O Safo (fundador do NR) com o cão

“Atos” da raça maltês

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Ecos NR - 11

Top TeenQual o seu bicho de estimação?

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12 - Ecos NR

Victor e Arthur Livi com a Chinchila “Pipoca” de 4 meses

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Thiago Besen com a coelho “Nira” de 5 meses

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14 - Ecos NR

Isabela Bacchi com o cachorro da raça chiatsu “Theodoro” de

2 anos e 6 meses

Victor Livi com o peixe “Blueberry” de 2 meses

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Ecos NR - 15

Thomas Naspitz com a cadela da raça golden retriever “Bella”

de 2 anos e 9 meses

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16 - Ecos NR

Com o NR a diversão cruza várias fronteiras!

Programas de férias com curso + passeios nos EUA, Inglaterra,

Canadá e África do Sul.

Acampamento de férias na Suíça, Inglaterra, Áustria e França.

Colegial no exterior (High School) no Canadá, na Austrália ou na Nova Zelândia.

Cursos de idioma em diversos países: EUA, Espanha, Argentina, Chile, Canadá,

Austrália, Nova Zelândia, China, etc.

Viaje com quem mais se preocupa com você!

11 [email protected]

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Ecos NR - 17

INTERCÂMBIO CULTURAL

Confira as dicas do pessoal do NR Intercâmbio para dois dos destinos que estão mais em evidência neste ano: Inglaterra e EUA. Aproveite a valorização da moeda brasileira e embarque nessa viagem!

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18 - Ecos NR

INGLATERRA

A capital Londres é de longe a cidade mais procurada da Inglaterra para o intercâmbio, chegando perto de atingir o status de unanimidade entre os estudantes. É uma grande mescla de modernidade e tradição,

cheia de cultura e energia, com museus, shows, teatros, e uma noite bastante movimentada.Na Inglaterra também se encontram alguns dos maiores centros educacionais do mundo. Ape-sar de ser uma cidade com custo de vida mais alto, Londres sempre terá o seu lugar especial dentre os destinos favoritos para fazer cursos de inglês e outros programas de intercâmbio,

seja pela facilidade de visitar outras cidades e países europeus ou pela qualidade de ensino das escolas.

Para os programas de curta duração, como os que o NR oferece, não é necessário visto, apenas o passaporte válido e a carta da escola explicando que o estudante está matriculado no programa.

A diretora do NR Intercâmbio, Maria Victoria, conta que uma das maiores dificuldades que os jovens costumam ter é a saudade de casa. “Mas nesse caso, os nossos monitores que acompanham todos os grupos do NR ajudam muito, dando apoio aos que sofrem um pouco nos primeiros dias. Com a comida também é um pouco complicado, pois o tempero é diferente, não há muita variedade de frutas... é um desafio”, explica ela.

O clima é sempre uma surpresa, mas costuma ser bem agradável em julho, no verão europeu. “A convivência com diferentes culturas é sempre uma caixinha de surpresas, mas normalmente os brasileiros se integram com facilidade às diversas nacionalidades”, complementa Maria Victoria.

INTERCÂMBIO CULTURAL

“Estou adorando aqui. As casinhas são superfofas, tem

shoppings lindos e castelos mais ainda. Já vi o Big Ben, que

tanto queria, em Londres. Meu inglês melhorou muito!”

Luiza B.

“Está

tudo b

em, es

tou m

e

dando

muito

bem co

m tod

os e

fazend

o novo

s amig

os. ...m

e

sinto s

eguro

neste

local.”

Elthon

H.

“Está muito legal, conhece

r

pessoas de outros países...

são muito divertidas e est

ou

conseguindo treinar muito

o meu

inglês. A escola é muito l

egal e

as aulas também.”

Amanda Busanello

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Ecos NR - 19

EUA

No caso dos EUA, as cidades de San Francisco, na Ca-lifórnia, Nova York e Boca Raton, na Florida, estão entre as mais procuradas pelos estudantes. A vida no país oferece dife-rentes atrações como peças e musicais em Nova York, praias da Califórnia ou Havaí, parques temáticos da Flórida e os espetácu-los esportivos, como por exemplo o basquete, com a NBA.

A diversão está em todos os lugares, e nesses três destinos, os estudantes que viajam pela NR Intercâmbio tem diversas ativida-des já inclusas, como por exemplo: Alcatraz e Six Flags/Discovery Kingdom, em San Francisco; ida a Broadway e passeio para a Estátua da Liberdade em Nova York; e ida a Disney e passeio de limosine em Miami, em Boca Raton.

Para os programas de férias de curta duração não é necessário visto espe-cial. Nesse caso, pode ser usado o visto de turismo. Segundo Cintia, gerente de vendas do NR Intercâmbio, “com o planejamento adequado, não há porque o visto ser uma dificuldade, pois damos toda a orientação necessária para se obter o visto enviando com a documentação uma carta da escola, explicando que o estudante está matriculado no programa”.

Em julho os americanos estão em pleno verão e o clima é quente na maior parte do país. Apenas em San Francisco o clima é um pouco mais instável, mas não dificulta a adaptação.

“Estou fazendo muitos amigos. Também adorei a escola, super grande e as

aulas sao muito dinâmicas. Até agora, o que eu mais gostei foi de ir ao

parque Six Flags!”Juliana

“Os quartos daqui são bem confortáveis

e a comida é muito boa. Quando fomos

a Golden Gate estava bem frio, mas

é muito bonito por lá, o que mais

gostei de ver foi o museu The Marin

Headlands”. Antonia

“Tudo está bem legal por aqui, a comida é boa e todos os monitores são bem legais. Os passeios são bem legais e os lugares bem bonitos, mas o que mais quero ver é o jogo de beisebol”.

Afonso

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20 - Ecos NR

MEMÓRIA FOTOGRÁFICA

Caro veterano,Este é um momento muito especial para todos

nós do NR. Após uma grande limpeza realizada em nosso escritório, centenas de arquivos fotográ-ficos que estavam perdidos há muitos anos foram encontrados. As fotos emboloradas e os rolos anti-gos passaram por tratamento, foram digitalizados e agora estão à disposição de todos em nosso site.

As imagens, que registram a história do NR des-de as primeiras temporadas de férias, foram sepa-radas por ordem cronológica e estão organizadas por pastas. A nossa viagem começa por Ferraz (1953), passando por outras cidades como São Ro-

que, Agudos, até chegar em Sapucaí Mirim, atual cidade das unidades do NR.

Você também pode participar conosco dessa “via-gem no tempo”! Se tiver qualquer foto de alguma dessas épocas (mesmo que embolorada), mande para nós no endereço [email protected]. Pedi-mos apenas que se identifique e mande uma breve descrição da foto e do período aproximado em que ela foi tirada, para podermos encaixá-la na pasta cor-reta, ok? Contamos com a participação de todos!

Clique e boa viagem!

www.nr.com.br/memoriafotografica

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Ecos NR - 21

Como já manda a tradição, na última semana de julho aconteceu a sempre muito aguardada temporada NR Kasher.

Mais uma vez a turma foi para o NR aproveitar a última semana de férias da melhor maneira possível, com os amigos, em um lugar lindo, com muitas brincadeiras e também muito aprendi-zado e desenvolvimento espiritual!

Realizada pelo NR e organizada junto com os rabinos Dovid e Sammy, as temporadas NR Kasher são sempre um sucesso, oferecendo aos acampantes diversão, acompanhamento espe-cializado e muito aprendizado durante toda a semana, sempre seguindo os preceitos Kasher. Para enriquecer a vivência da turma, o tema escolhido para a temporada deste ano foram os sábios da religião judaica, com um dia dedicado a cada um dos sábios escolhidos pelos rabinos.

Na programação esportiva e de lazer foram realizados campe-onatos de diversas modalidades, brincadeiras temáticas, ativi-dades vivenciais para o desenvolvimento de valores pessoais e a animadíssima Festa Country, que contou com a participação e empolgação de todos os acampantes! Um dos destaques na se-mana foi o pernoite na cabana, em uma noite de muita aventura.

Com tantas atividades e muita diversão, o resultado da tempo-rada NR Kasher de 2010 foi sensacional, deixando todos os que participaram com vontade de voltar o quanto antes para o NR1!

Geila Siqueira de CarvalhoCoordenadora de Atendimento NR1

Gabriel A. S. Santos – SumôGerente de Monitoria, Qualidade e Segurança

ECOS DO ACAMPAMENTO

RachelMelhor Acampante

Victor e EstherAcampante exemplar

RuthMenção Honrosa

DavidCalouro Revelação

PremiadosJulho2010!

www.nr.com.br/memoriafotografica

Page 22: Revista Ecos NR #2

22 - Ecos NR

ECOS DO ACAMPAMENTO

As temporadas de julho de 2010 no NR1 foram inesquecíveis para todos os seus participantes!

Durante as três semanas, todos os acampantes que passaram pelo acampa-mento vivenciaram uma grande experiên-cia, adquirindo novos conhecimentos ar-tísticos, desenvolvendo suas habilidades esportivas, exercitando valores de convi-vência em grupo e respeito ao próximo, mas principalmente, divertindo-se muito e aproveitando suas férias da melhor ma-neira possível.

Aproveitando a Copa do Mundo reali-zada na África do Sul, o tema escolhido para as temporadas foi o continente afri-cano. O NR1 foi cenografado com itens

típicos da cultura africana, motivando os acampantes a participar das atividades temáticas propostas, como as brincadei-ras e oficinas de teatro, dança e artes.

Na parte esportiva, foram realizadas disputadíssimas competições em diver-sas modalidades, com destaque para o campeonato de atletismo, que sempre conta com massiva participação da tur-ma em uma manhã de muita diversão e atividade física.

Outro destaque durante as três sema-nas foram as festas, que tiveram temas divertidos e muito capricho na produção

e decoração dos salões, além da par-ticipação ativa das turmas. O astral dos acampantes, que usaram e abusaram das fantasias e adereços, foi essencial para o sucesso de cada um dos eventos.

Com tantas atividades e muita diversão, o resultado das três semanas de férias no NR1 não poderia ser outro: novamente aprovada por todos os participantes!

Geila Siqueira de CarvalhoCoordenadora de Atendimento NR1

Gabriel A. S. Santos – SumôGerente de Monitoria, Qualidade e Segurança

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Ecos NR - 23

Premiados Julho 2010!

1 2 3Guilherme C. dos S.Troféu calouro revelação

Debora A.Troféu melhor acampante

Alex G. R. H.Troféu melhor esportista

Mariana G. O.Troféu calouro revelação

Felipe Z. de O.Medalhão calouro revelação

Jade R. S.Troféu de melhor esportista

Luiza C.Troféu de calouro revelação

Fernando S.Medalhão melhor esportista

Leon B.Medalhão melhor esportista

Thomas R. C.Medalhão calouro revelação

Raisa K.Troféu de melhor acampante

Pietra L. L.Medalhão melhor acampante

Pedro L. B. de O. Troféu de melhor esportista

Tali K.Troféu de calouro revelação

Diego C. B.Medalhão melhor esportista

Larissa E. S. D.Troféu de melhor acampante

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24 - Ecos NR

ECOS DO ACAMPAMENTO

As férias do NR foram campeãs em animação.

Julho no NR2 é sempre uma experiência inesquecível e nessa temporada não foi diferente. A primeira temporada esteve cheia de atrações e deixou o clima quen-te, mesmo com as temperaturas baixas. A temporada contou com a presença do Masterson Magrão, que imprimiu muita correria com as aulas de skate. Ninguém

fica parado com tanta programação!A segunda temporada, que tem um

tempo maior de duração, faz o grupo ficar mais unido e, ao mesmo tempo, triste quando ela chega ao fim. Teatro, dança, futebol, tênis, taco, muito espor-te, gincanas, festas; sem esquecer do circo, grande sucesso entre os acam-

pantes, que agita o horário livre e cultu-ral e surpreende com a apresentação ao final da temporada.

Foi neste clima que muitas amizades se iniciaram e amigos se encontraram, marcando data para o próximo encontro no NR. A gente se vê em janeiro!

Anna Flávia CalixCoordenadora de Férias

Page 25: Revista Ecos NR #2

Ecos NR - 25

Isabela R.Troféu de calouro revelação femininoLucie K. L. Medalhão de calouro revelação femininoStefano A. M. Troféu de calouro revelação masculinoNicole De S. A.Medalhão de melhor esportista femininoLuma G.Troféu de melhor esportista femininoFabio C.Medalhão de melhor esportista masculinoIan S.Troféu de melhor esportista masculinoLucas W.Troféu de melhor acampante masculino

1Joana A. B.Medalhão de calouro revelação femininoIsabela M. S.Troféu de calouro revelação femininoCaio C.Medalhão de calouro revelação masculinoLeo R.Troféu de calouro revelação masculinoVictoria E. A.Medalhão de melhor esportista femininoDaniel R.Medalhão de melhor esportista masculinoPedro T.Troféu de melhor esportista masculinoCamila A.Medalhâo de melhor acampante femininoDalva K.Troféu de melhor acampante femininoPedro R.Medalhâo de melhor acampante masculinoDaniel B.Troféu de melhor acampante masculino

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26 - Ecos NR

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Ecos NR - 27

TÁ NA CAPA

Por Daniel Cunha

Não são raras as histórias de ex-acampantes e monitores do NR que se destacaram em suas profissões e ganharam fama e prestígio dentro do mundo artístico. Débora Bloch, Mallu Magalhães e Marco Luque são apenas alguns dos exemplos que se encaixam nesse perfil.

Muito prazer!Sou Thiago Reis.

Page 28: Revista Ecos NR #2

28 - Ecos NR

Rara, porém, é a história de alguém que atri-bui a escolha de uma carreira às experiên-

cias que teve no acampamento. É o caso do ator Thiago Reis, que trabalhou por sete anos como monitor do NR e acaba de iniciar sua carreira den-tro da televisão, com a participação no seriado “Na Forma da Lei”, exibido pela Rede Globo em julho deste ano.

Irmão do também ator Cássio Reis, Thiago quer agora fazer a carreira decolar de vez. Com a parti-cipação no seriado surgiram novos convites e em breve ele deve estar aparecendo pela telinha de novo. Aos 29 anos e pai de uma menina de dois aninhos, a Pietra, ele faz questão de ressaltar a im-portância que sua passagem pelo NR – e o vínculo que mantém até hoje – tem na sua formação como ator a até como homem.

“Foi no NR que comecei a descobrir essa voca-ção e a vontade de trabalhar com entretenimento, tendo contato com o público, em cima do palco”, conta Thiago, que conversou conosco da Revista Ecos NR e falou sobre seus trabalhos, sua história no acampamento e a estreia na televisão, entre ou-tros assuntos.

NR: Como você iniciou sua carreira como ator?Thiago Reis: O caminho que eu fiz foi o seguin-

te. Eu conhecia um pessoal da Companhia dos Ícones e participei de um sarau de esquetes com eles, bem no início da companhia, há uns seis anos. Eu nem tinha fala, mas pra mim foi muito le-gal estar no palco. Eram vários atores experientes, tarimbados, então pra mim foi um grande aprendi-

zado. Até que eu tive a oportunidade de participar da minha primeira peça profissional, a Inês, que já está em cartaz há cinco anos. Meu personagem é o Escudero, um poeta, galanteador, e eu gosto porque dá pra gente trabalhar muito com o públi-co feminino. Na história eu caso com a Inês, mas eu estou em busca do dinheiro, das propriedades dela, e o personagem é bem canastrão assim, ele maltrata as mulheres. Pra mim é muito legal tra-balhar com teatro em São Paulo, um lugar onde a cena cultural é muito forte e muito concorrida tam-bém. A peça fala de Gil Vicente, o primeiro drama-turgo da língua portuguesa, na época de 1500 lá em Portugal.

NR: E você já tinha trabalhado com outras coisas antes?

Thiago Reis: Já vendi clorofila, já trabalhei com soja em pó, vendi máquina de preencher cheque, com meu pai. Trabalhei um pouco com vendas, mas nada que eu encarasse como profissão. Meu primeiro trabalho remunerado legal mesmo foi com o acampamento. Eu cheguei a morar lá. Fi-cava dois dias em São Paulo e voltava pro acam-pamento. Morei no NR2 dois anos. Entrei como monitor no NR1, fiquei seis meses lá fazendo um estágio intensivão. Até que a primeira escola que eu fiz foi o Colégio Bandeirantes, quando eu co-nheci a Márcia, o Paulão e todo o pessoal do NR2. Aí decolou...

NR: Você participou este ano do seriado Na Forma da Lei, exibido pela Rede Globo. Como foi?

TÁ NA CAPA

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Ecos NR - 29

Thiago Reis: Foi a experiência mais forte que eu tive na minha carreira como ator. Eu sou forma-do na escola de atores do Wolf Maya, me formei em 2008, e aí em 2009 eu meio que desencanei um pouco de trabalhar como ator porque estava difícil ganhar dinheiro. Eu passei a trabalhar mais com produção de teatro, mas ainda estava com a minha peça em cartaz, me apresentando uma vez por semana. Aí chegou 2010 e eu resolvi que ia voltar a focar na minha carreira de ator, resolvi ir atrás do sonho.

Até que em um sábado que eu tinha três traba-lhos como mestre de cerimônias, no intervalo entre um e outro, eu recebi uma ligação no meu celular quando estava indo passar em casa. Era o Wolf Maya. Eu entrei em choque, né. E ele falou: “Então Thiago, to aqui na escola, tava assistindo um material seu, do filme que você fez no curso, eu adorei e to pegando seu vídeo pra levar pra equipe de produção de um seriado que eu estou fazendo e eu queria muito que você participasse”. Aí eu não enxergava mais nada. E a ligação caiu, cara. Ele ligou de novo em seguida e eu tive que parar o carro, tava com as pernas tremendo. Aí ele explicou toda história, que era um personagem que ele tinha pensado em mim pra fazer, que pelo último trabalho que eu fiz na escola dele, ele achou que encaixava legal. Eu fiquei super lisonjeado de receber essa ligação, pra mim foi incrível.

Lá no NR a gente aprende a escutar as

pessoas, a respeitá-las. A cumprimen-

tar as pessoas, desde a tiazinha que

limpa o banheiro até o chefe. Você tem

que tratar todo mundo igual...

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Aí eu esperei confirmar e recebi um e-mail em casa com os nomes de todos os ato-res do elenco, e percebi que só tinha ator fera. E eu era o único iniciante ali. Mas eu decidi encarar. Aí teve a primeira reunião lá no Rio com toda a equipe, os atores, todo o pessoal da produção. Lá explicaram o projeto pra todo mundo e depois começou o processo das leituras de cenas, e aí você encara Ana Paula Arósio, Luana Piovani, Márcio Garcia, José Wilker, Aílton Graça, é uma parada alucinante, mas aos poucos você acostuma.

Foram dois meses de filmagem, eu participei de três capítulos, e foi um processo muito bom pra mim, porque eu aprendi muito. Foi um presente. Eu me sinto muito

feliz de ter participado e está abrindo portas, né. Já tenho alguns projetos em vista, que ainda não podem ser divulgados.

NR: Você já trabalhou em outras plataformas, como cinema, novelas? Tem vontade?

Thiago Reis: Já fiz cinema, já participei de dois longas, e é totalmente diferente. Eu quero muito fazer novela, acho que é uma bela de uma experiência pro ator, porque é pauleira, tem cena todo dia. Um seriado é uma coisa mais curta. Você grava bastante mas em pouco tempo acaba. Novela são seis, sete meses de filmagem. Então é todo dia e isso pro ator é muito legal, porque você está trabalhando sempre no personagem,

ele cresce um pouco a cada dia. E cinema eu também tenho muita vontade de fazer, não tenho nenhum projeto em visto,

mas estou aberto à propostas.NR: Ser irmão de um ator já estabelecido no mercado

como o Cássio Reis ajuda ou atrapalha na sua carreira?Thiago Reis: Só pelo fato dele ser meu irmão, eu acho que as

pessoas já enxergam um pouco diferente. Tem uma história, meu irmão começou com isso. Pra mim ajuda muito. O Cássio é um

exemplo pra mim, de homem, de pai, ele me apoia muito, me ajuda muito, me aconselha muito. Então porque eu não iria aproveitar disso?

Eu aproveito, claro, é meu irmão. E ele tem um relacionamento muito bom com as pessoas do meio, então isso só me ajuda, com certeza.NR: Como foi pra você a experiência de ser pai?

Thiago Reis: A experiência de ser pai é demais, é fora do comum. Só sendo pai pra saber que existe um amor muito maior na vida pós pai do

que antes de ser pai. Eu tenho uma filhinha de dois anos, a Pietra, que é minha vida hoje. Eu respiro pra deixar ela respirar também. Ser pai é muito amor. Eu gostaria de ser pai outras vezes também, se eu tiver condições eu

serei com certeza.NR: E esse negócio de trabalhar como mestre de cerimônias?

Thiago Reis: Foi no NR que eu aprendi a trabalhar com o microfone, pra dar os avisos, explicar as atividades. E lá eu descobri que eu tinha uma certa desenvoltu-

ra pra isso. Aí pra poder explorar melhor esse meu lado eu fiz um curso de locução no Senac, pra aprender a trabalhar melhor minha voz, e comecei a correr atrás de trabalho em agências, empresas, bufês, festas, justamente pra trabalhar como mes-tre de cerimônias, apresentador. Meu primeiro trabalho como apresentador foi um talk show pra Coca-Cola, que eu ia nas escolas com um terno vermelho, distribuía brindes pra galera, fazia brincadeiras. Isso é muito divertido, conseguir controlar o pessoal, ganhar a atenção das pessoas, e eu vi que estava fazendo isso bem. Aí me

apaixonei por esse lado da comunicação, comecei a trabalhar e não parei mais. Então eu trabalho como ator e como apresentador também.

NR: Como começou sua história no acampamento?Thiago Reis: Antes de eu entrar no acampamento como monitor, eu já tinha

ido pro acampamento na oitava série – eu morava no interior, em Lorena – e ai depois eu mudei pra São Paulo e a escola que eu estudava foi de novo pro acam-

pamento, no terceiro colegial. Na verdade eu não queria ser monitor do acam-pamento, um amigo meu, o Robson, que queria muito e ficou insistindo pra eu ir

30 - Ecos NR

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junto. Aí virou nosso plano se formar e depois virar monitor no acampamento. Mas o que aconteceu? Ele reprovou. Aí eu falei pra ele: “Deixa que eu vou na frente, vou conquistando o espaço lá e depois você vem”. Aí eu entrei e me apaixonei, e depois ele entrou.

Eu entrei no acampamento no final de 98 e tra-balhei até 2005. Aí eu resolvi aproveitar tudo que eu aprendi lá dentro e levar isso pra tentar iniciar uma carreira como mestre de cerimônia e como ator. Aí eu fui saindo aos poucos do NR, comecei a participar desse tipo de eventos, viajei pelo Brasil, até que eu saí do acampamento, mas nunca perdi esse contato. Vira e mexe ainda faço um trabalho pro NR eventos.

NR: Você foi professor de teatro lá também?Thiago Reis: É, quando eu fui fazer temporada

de férias no NR2, eu pedi pra cuidar do teatro. Fa-zia aula, leitura, produção de cenário, e foi muito legal. Tudo isso antes de eu ter qualquer contato profissional na área. Lá a gente tem uma semana pra construir uma peça e apresentar. Daí também que eu falei “pó, é isso mesmo que eu quero”. Fo-ram duas temporadas que eu fiz e cuidei do teatro, e foi muito legal.

NR: O que mais que você aprendeu lá den-tro e pode levar pra sua vida?

Thiago Reis: Educação, primeiramente. Lá no NR a gente aprende a escutar as pessoas, a respeitá-las. A cumprimentar as pessoas, desde a tiazinha que limpa o banheiro até o chefe. Você tem que tratar todo mundo igual, que as pessoas são pessoas. Não interessa o cargo, a função, você tem que respeitá-las. E meus grandes amigos eu conheci lá no NR, então só tirei coisas boas de lá.

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Bolo cremoso de fubá

Ingredientes:

3 ovos

3 xícaras de chá de açúcar

5 xícaras de chá de leite integral

100g de queijo parmesão ralado

1 xícara de chá de fubá

2 colheres de sopa de farinha de trigo

1 colher de sopa de fermento em pó

2 colheres de sopa de margarina

1/2 lata de leite condensado

Margarina e farinha para untar

Açúcar e canela em pó a gosto para polvilhar

Esta receita usa grande quantidade de leite para deixar o bolo bem molhadinho e cremoso.

Se preferir, reduza de 5 para 3 xícaras de chá de leite que também dará certo.

Modo de Preparo:

Bata todos os ingredientes no liquidifi cador por cerca de 5 minutos e despeje em uma fôrma de 30cm x 22cm untada e enfarinhada.

Leve ao forno médio, pré-aquecido, por 30 minutos (ou até que enfi ando um palito ele saia limpo).

Retire do forno, deixe amornar, polvilhe por cima com o açúcar e a canela em pó misturados, corte em quadrados e sirva.

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DICA DO CHEF

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Livro de Receitasdo NR!

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Verão quente de verdade só no NR!www.nr.com.br/ferias

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Verão quente de verdade só no NR!www.nr.com.br/ferias

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O que eu estou fazendo?Por: Marcos Garcia

EDUCAÇÃO

Ouvi este depoimento de um pai amigo. Quando somos pais, coinciden-temente todos os nossos amigos também o são. Disse ele:

A “velofacilidade” com que obtemos informações

ou somos informados – di-reta ou indiretamente – so-bre os mais diversos assun-tos chega a ser assustadora.As mensagens nos atro-

pelam com velocidade e fa-cilmente nos abrem a mente para entendimentos antes ina-cessíveis.Chega a ser assustador por

nos colocar em contato com conceitos, técnicas e atitudes

que nos fazem refletir: O que eu estou fazendo?

Como educador, mante-nho o interesse voltado

para assuntos de psico-logia, educação, apren-dizado e desenvolvi-

mento humano.Como pai, quero saber

mais sobre a escola, o que faço para o guri fazer a lição, “cadê o respeito

moleque”, “que horas você volta” ou “quando chega o boletim?”.Mais recentemente, procurando entender me-

lhor minhas quatro “crianças-alunos”, parti em busca de informações sobre o tema e a cada pes-quisa uma surpresa: O que eu estou fazendo?

Quando as crianças eram pequenas, ali na fai-xa de um, dois anos de idade, o que estava eu fa-zendo ao correr e levantá-las daquele tombo que tomaram tentando descobrir o caminhar ou a cor-rida? Estava tirando delas uma oportunidade de tomarem a iniciativa, perceber noções de causa-consequência e conquistarem o desafio de se le-vantarem sozinhas.

Lá pelos seus quatro anos, o que estava eu fa-zendo quando os impedi de subir sozinhos nos es-

corregadores do parquinho da esquina porque era perigoso? Estava lhes transferindo meus medos, criando barreiras ao desenvolvimento de suas ha-bilidades motoras, tolhendo novas descobertas.

Já aos oito anos de minha filha, o que estava eu fazendo quando a proibi de viajar com a escola porque iria pernoitar “sozinha” duas intermináveis noites, correndo todos os perigos da minha ausên-cia? Estava tirando-lhe a chance de criar autono-mia, de interagir com os colegas em um ambiente diferente, de se conhecer melhor e até de ter sau-dades de mim.

Aos doze anos, quando um dos meus filhos trou-xe para casa um boletim bicolor vermelho leve-mente azulado, o que estava eu fazendo quando, ao reunir-me com seus professores, questionei a qualidade do ensino sem nunca ter acompanhado ou presenciado uma tarde de estudo do meu filho em casa? Estava invertendo responsabilidades, incentivando sua vagabundagem e mostrando-lhe os caminhos sem comprometimento da vida.

O meu filho maior, com 16 anos, ontem me pediu que lhe emprestasse o carro, pois os amigos iriam se encontrar para uma cervejinha. Argumentei que infringiria duas leis ao fazer isto e ouvi dele aos berros que eu era careta, que os pais dos amigos permitiam, que as leis podiam ser burladas, que ele sabia cuidar-se. O que estava eu fazendo quan-do lhe entreguei a chave e lhe recomendei “beber com moderação”?

Neste momento veio-me à lembrança um texto lido no livro “A República”, de Platão, o qual repeti para ele:

“Quando os pais se acostumam a tolerar tudo nos filhos; quando os filhos deixam de fazer caso das palavras dos pais; quando os mestres se inti-midam diante dos seus alunos, e optam por lison-jeá-los; quando, finalmente, os jovens passam as desprezar as leis, porque acima deles mesmos já não reconhecem autoridade em nada e em nin-guém; então, está aí, em toda sua beleza e força, o início da tirania.”

Você tem consciência do que está fazendo?

Marcos Garcia é Gerente Comercial do departamento de escolas e grupos do NR Acampamentos. Atua a 30 anos em

acampamentos educativos

[email protected]

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O NR existe para você!Muito mais do que um slogan.

O NR existe para você porque pensamos em você e estamos atentos às suas necessidades, às demandas dos alunos e à evolução dos processos educativos e pedagógicos.

Em tempos de relacionamentos virtuais estamos cada vez mais carentes do desenvolvimento de nossos relacionamentos pessoais, de compreender nossas emoções, de desenvolver nossas habilidades de trabalho em equipe.

Neste contexto o NR apresenta o seu produto “NR Clássico” com um conceito modular onde o aluno terá uma experiência única de integração envolvendo questões vivenciais, ambientais, culturais e recreativas e a possibilidade de expansão do programa para um verdadeiro estudo do meio ou um módulo conhecendo nosso Zoo de Répteis.

O “NR Prolíder” traz inovações que estimularão signi� cativamente a percepção de grupo, as implicações de um planejamento e a descoberta de uma avaliação de resultados. Neste produto são desenvolvidas características que re� etirão nos relacionamentos familiares, escolares e pro� ssionais de seus alunos. É uma preparação para o mundo real.

O NR oferece também a grandeza de nossa “História Natural” com um produto diferenciado que apresenta o Museu de História Natural de Taubaté, fundado em 2004 e que conta com um rico acervo, e complementa o programa com atividades e situações problema que aguçarão a curiosidade e o conhecimento dos alunos.

Se restava alguma dúvida, agora sim, chegou a sua vez de ir ao NR!

Acesse www.nr.com.br/escolas ou ligue 11 5090 7419

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38 - Ecos NR

Magrão Skate Camp de 05 a 11 de janeiroMais informações, ou para garantir sua participação: 11 5090 7419 ou www.nr.com.br/skatecamp

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Você quer passar uma semana no NR? Todo mundo quer, mas vamos ver se você vai. Ainda por cima sabendo que, entre as piscinas, cavalos, parede de alpinismo, lagos e muito mais, está o Magrão Skate Camp.É isto mesmo! Você pode passar uma semana aprimorando seu skate com o Masterson Magrão.Para participar complete a frase: “Skate pra mim é...” e envie por e-mail para [email protected] com nome, endereço, idade e telefone. Se preferir mande por carta para a Caixa Postal 11575 - CEP 05049-970.Os autores das 25 frases mais iradas serão convocados para uma “free session” no banks da TOOBS LAND (www.toobsland.com.br) no dia 12/12/2010. Você irá dar um “rolê” com a equipe LOST e GLOBE que ao final do evento irão escolher 2 skatistas para irem ao Magrão Skate Camp de 05 a 11 de janeiro de 2011 no NR.Somente meninos e meninas de 11 a 16 anos podem participar!

Vai dar mole? Mexa-se!

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Por: Fernando “Trol” Faro

ESPORTE E CIDADANIA

A culpa foi toda do Dunga?

Um dia antes do jogo entre Brasil e Holanda na Copa da África, uma pesquisa mostrava que Dunga tinha uma aprovação de mais de 60% dos torcedores. Um dia após a derrota, desembar-cou no país aos gritos de burro e foi escolhido (ao lado de Felipe Melo) como o grande culpado pelo fiasco brasileiro. Abandonado até mesmo pela CBF, que o inventou como técnico, ficou sem defesa diante de uma saraivada de críticas. Para piorar, seu substituto, Mano Menezes, caiu nas graças dos brasilei-ros ao levar uma Se-leção ofensiva e que encantou no primeiro seu primeiro teste.

Somos um povo que respira futebol. As cicatrizes deixadas pela derrota calam fundo em alguns por anos a fio. Duram, às vezes, até o mun-dial seguinte. Mas, a exemplo do que deve-ríamos fazer em todas as áreas e não só no esporte, precisamos aprender a separar razão e emoção para fazermos uma análise fria dos fatos.

Não sou fã de Dunga, nunca o achei técnico e sempre reclamei do futebol “europeu” do Brasil sob o seu comando, apesar dos incontestáveis resultados que ele colecionou até a queda no mundial. Mas daí a crucificá-lo como um Judas é um exagero. O treinador teve inúmeros defeitos: chamou um grupo sem talentos individuais, pre-teriu Ronaldinho Gaúcho e Paulo Henrique Ganso (sobre deixar Neymar fora da Copa, estou com Dunga), fez um cerco ao seu grupo que os privou de contato com o mundo exterior e encarnou o es-pírito ufanista dos “guerreiros” honrando a pátria. Isso sem contar sua agressividade e amargura com a imprensa, com quem parecia fazer questão de manter a pior relação possível.

Mas Dunga teve seus méritos, principalmente o de criar um grupo comprometido e que, literal-mente, vestiu a camisa. E isso é digno de muitos méritos. O grande problema é que o brasileiro não sabe perder, simples assim. Ao invés de atribuir uma derrota à competência alheia (como foi o caso da Holanda, que fez uma bela partida), pre-ferimos achar culpados (a bola que não entrou, os gols achados do adversário, etc). Isso não só no esporte, gostamos de achar defeitos em tudo ao

invés de reconhecer-mos que o outro foi melhor. Reconhecer a superioridade alheia é um exercício difí-cil, mas fundamental quando queremos evoluir.

Portanto, ao invés de elegermos Dunga como o grande cul-pado e traidor da na-ção, temos de deixar o orgulho de lado e reconhecer que, na-quele dia, a Holanda foi superior ao futebol pentacampeão. O que importa é que o gru-

po que esteve na Copa correu e foi ao seu limite, jogou com dignidade e honrou o esporte. Só um pode ser campeão, e se fosse tão fácil talvez não fosse tão gostoso.

Não esqueçamos o passado. Aprendamos com ele e vamos chutar a bola para o mato de novo, afinal o tempo não para e quando menos perce-bermos, 2014 estará batendo às nossas portas e vai começar tudo de novo. Ainda bem!

Fernando “Trol” é repórter do Jornal Mais, foi acampante NR de 1988 a 1999 e monitor NR de 1999 a 2006.

[email protected] | twitter.com/fernandofaro

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40 - Ecos NR

INCLUSÃO

Eu trabalho, vou ao cinema, sou noiva, faço tea-tro, dirijo, mas...eu sou cadeirante!

Aí alguém vira pra mim e fala: “Eu te admiro mui-to, nossa, você é um exemplo”.

Tudo bem, obrigado, mas....exemplo? Exemplo porque levo uma vida como a de qualquer outra pessoa? “Ah, mas olha o que aconteceu com você, e você ta aí firme e forte”. Sim, mas eu apenas con-tinuei vivendo, ué!

É isso o que acontece quando uma pessoa se de-para com alguém que possui alguma deficiência e vive uma vida normal. É como se tivéssemos que viver como coitadinhos ou doentes trancafiados em casa e, se não somos assim, viramos “heróis”.

Sou cadeirante há nove anos, tenho 27, sofri um acidente de carro, fraturei a vértebra c7 e fiquei tetraplégica. “Ixi, pior ainda!” Não, porque graças a Deus o ser humano tem o poder de se adaptar as mais variadas condições.

Fiz muita fisioterapia e reabilitação, mas escolhi continuar vivendo e não me trancafiar. Eu tinha mesmo que correr atrás e superar as dificuldades que vieram com minha “nova condição”.

Dito e feito, sempre quis fazer o máximo de coi-sas sozinha pra não ficar dependente das pesso-as e conseguir fazer coisas simples do dia a dia, como escovar os dentes, ou abrir uma porta, por exemplo. Mas não me sinto heroína, e tenho cer-teza que a galera que conheço que também tem alguma deficiência não se rotula assim.

A capacidade de superação diante das dificulda-des e a adaptação às novas formas de se viver não são um privilegio meu, ou daquele cara que per-deu uma perna, ou daquela menina que é cega...são do SER HUMANO!

Está dentro de cada um, mas tem que querer, querer viver, querer ser feliz, aceitar o que a vida nos traz e ver sempre de um jeito positivo. Esco-lha VIVER!

“Sem essa de herói, só seguimos em frente de um modo diferente”

Por: Denise Ferreira

Denise Ferreira

http://www.fotolog.com.br/dede08

http://www.youtube.com/2010Deferreira

Ong Viva as Diferenças

http://www.vivaasdiferencas.org.br

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Ecos NR - 41

Do mobile-banking à coleta de esgotoPor: Guilherme “Bêlo” Lichand

Telefones celulares são cada vez mais parte in-tegrante da nossa maneira de se relacionar e de acessar serviços. Já não é incomum que no dia a dia as pessoas utilizem o celular para enviar emails, atualizar o Facebook, visualizar as últimas atualizações do Twitter, conferir se já foi feito aque-le depósito na conta bancária, etc. O que pode ser surpreendente é que o uso do celular já alcançou os pobres, e se expande cada vez mais rápido nes-se segmento da população.

Na África, o crescimento do mercado de celula-res tem velocida-de assombrosa. A empresa sul-africana MTN, que tinha 14 milhões de assinantes em 2005, já tem mais de 123 milhões em 2010, distribuídos ao longo de diver-sos países africa-nos. Esse dado se torna ainda mais curioso quando confrontado com o fato de que o gas-to médio de um sul-africano com créditos de celu-lar é de apenas 7 dólares por mês. Como explicar a

expansão desse mercado se quase ninguém está fazendo ligações? A resposta está ligada aos servi-ços prestados via celular: em primeiro lugar, ainda que a maior parte dessa população não tenha con-ta bancária em uma agência física, é possível fazer transações bancárias, como transferências e pa-gamentos via mobile-banking, utilizando créditos virtuais; segundo, há novos serviços disponíveis, desde consulta médica por celular até acesso a in-formações mais atualizadas sobre preços de pro-dutos agrícolas; e, terceiro, há uma rápida expan-são de serviços de navegação 3G – a internet está acontecendo na África a partir do telefone celular.

É muito interessante que instituições como o Banco Mundial venham tirando proveito da dis-seminação do uso do celular para monitorar po-pulações vulneráveis: em situações de catástrofe,

como terremotos ou enchentes, ou de alta dos preços de alimen-tos no mercado internacional, indivíduos que vivem próximos a linha da pobreza recebem mensagens de texto (SMS) com per-guntas sobre segurança alimentar e acesso a serviços básicos, como parte de um novo projeto do Banco na América Central. Se responder, o indivíduo ganha créditos no celular. A idéia é que esse monitoramento permita que a ajuda chegue de forma mais rápida e mais bem direcionada.

De outro lado, com a nova realidade dos celulares em econo-mias muito pobres surgem novos desafios. Pode ser surpreen-dente para nós, mas em países como a Índia ou a China, a verda-de é que uma parte enorme da população ainda mora em casas sem acesso à eletricidade. Para carregar seu celular, a pessoa tem de levá-lo até a casa de alguém que tem um gerador. Mas se através do telefone móvel é possível acessar informações tão fundamentais como dados bancários, ou fazer movimentações financeiras, isso pode gerar conseqüências sobre a decisão de deixar seu aparelho carregando na casa de um estranho...

No Brasil, tem havido um crescimento expressivo da telefonia móvel em termos nacionais (145% nos últimos cinco anos). Aqui também se reproduz o fenômeno africano: o acesso via celular surge como substituto à internet de baixa velocidade. Nesse mes-mo período, o crescimento do uso do celular na região Nordeste foi de 227%, onde ainda está concentrada a maioria da população pobre do país. Ali, a demanda por internet tem crescido a uma velocidade muito maior do que as operadoras estavam prepara-das para atender.

No nosso país, há mais domicílios com telefone móvel (75,5%, em 2008) do que com acesso à coleta de esgoto (44%, no mes-mo ano). Isso ilustra, de um lado, que ainda temos dificuldades enormes a superar no que diz respeito a prover oportunidades a todos, mas de outro lado mostra uma demanda enorme por inclu-são por parte da população mais pobre – que cresce ao mesmo ritmo da China nos últimos 10 anos.

Também no Brasil, a expansão do celular tem levado a iniciati-vas interessantes que exploram a disseminação dessa tecnolo-gia: um programa social em Brasília similar ao Bolsa-Família (que exige que as crianças cadastradas não faltem a mais que 15% das aulas em cada mês para que o benefício seja mantido) informa diariamente aos pais por SMS se o filho compareceu à escola. O resultado é que entre as famílias participantes do programa dimi-nuiu a proporção de crianças que deixa de ir à escola. Talvez essa ideia seja um pouco assustadora para você... mas a tecnologia é assim: a liberdade de acesso a informação chega para todos, e para todas as conseqüências.

Guilherme “Bêlo” é economista da Divisão de Redução da Pobreza e Ges-tão Econômica do Banco Mundial no Brasil. Foi acampante NR de 1998 a 2001 e

monitor NR de 2001 a 2009.

[email protected]

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SOCIAL NR

Como a sua vivência no NR influencia a sua principal carreira? Ser mãe!

Por: Rachel Katarivas Vivolo

Essa foi a pergunta feita para diversas ex- acam-pantes e ex-monitoras do NR. As respostas foram lindas e, com certeza, gostaria de publicá-las to-das na íntegra. O que pude concluir de cara é que muitas das que tem três ou mais filhos, pratica-mente tocam sua casa num ritmo NR, com muita organização, horários e uma disciplina típica de quem têm que “botar ordem na casa”. Em geral, todas colocam em prática muito do que vivencia-ram no acampamento.

Fernanda Vivolo Ehlers, mãe do recém nascido Nicolas, destaca a importância do exemplo na educação do filho: “Vejo que meu senso de respon-sabilidade se aprimorou muito na minha trajetória

de acampante à assistente, aprendi que exemplos valem muito mais do que palavras. Pretendo fazer com o meu filho, em uma perspectiva diferente, o que fazia com minhas acampantes. Dar carinho, ter cuidados e incentivar, sempre respeitando a sua individualidade.”

Beatriz Rays, mãe da Gabi e da Larissa, que hoje são acampantes do NR, comenta sobre a importância da vivência em grupo: “As minhas temporadas no NR reforçaram minhas noções de trabalho em equipe e espírito esportivo que pratico e procuro transmitir às minhas filhas em nosso dia a dia”.

A bagagem que levamos da vivência no acam-pamento é um diferencial, tanto para nossa vida profissional, como pessoal. Marina Cunha, mãe do Daniel e do Luciano, que já foram acampantes, levantou essa questão: “Todo o desenvolvimento da sociabilidade, a importância da amizade, o de-senvolvimento da responsabilidade com um toque de ludicidade, que na época nem imaginaríamos que iria ser de grande utilidade quando crescêsse-mos, num mundo competitivo como hoje em dia, todos esses detalhes fazem muita diferença em nossas vidas!”.

Criar filhos, educar e dar ferramentas para que aprendam a conjugar o verbo “se virar” não é fácil. O NR tem dado uma “mãozinha” nesse departa-mento, para todas nós, mães, que queremos passar para nossos filhos noções de respeito ao próximo, respeito à natureza, convivência em grupo, espírito esportivo, independência e responsabilidade.

Parabéns ao Rafael e Fernanda Ehlers com o seu filho Nicolas (neto do Marco e bisneto do Safo!)Ele nasceu no Panamá mas “em breve” será mais uma geração de acampantes do NR!

Rachel Katarivas Vivolo foi acampante NR de 1984 a 1988. Faz parte da equipe de

monitoria NR de 1988 até hoje!

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