revista dos bancários 18 - mai. 2012

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REVISTA DOS BANCÁRIOS 1 Leia as matérias completas em www.bancariospe.org.br DOS Bancários Revista Ano II - Nº 18 - Maio de 2012 Publicada pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco Há muitos profissionais trabalhando nos bancos, além dos bancários. São vigilantes, trabalhadores da limpeza, corretores de seguros, financiários, telefo- nistas, entre vários outros. São trabalhadores que, embora tenham atribuições diversas, acompanham a rotina dos bancários e estão expostos a muitos dos riscos vividos por eles. No mês em que se comemora o Dia do Trabalhador, a Revista dos Bancários conversou com alguns destes diferentes profissionais que compõem a rotina de uma agência. No mesmo barco

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Edição de maio de 2012

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REVISTA DOS BANCÁRIOS 1

Leia as matérias completas em www.bancariospe.org.br

DOS BancáriosRevista

Ano II - Nº 18 - Maio de 2012 Publicada pelo Sindicato dos Bancários de Pernambuco

Há muitos profissionais trabalhando nos bancos, além dos bancários. São vigilantes, trabalhadores da limpeza, corretores de seguros, financiários, telefo-nistas, entre vários outros. São trabalhadores que, embora tenham atribuições diversas, acompanham

a rotina dos bancários e estão expostos a muitos dos riscos vividos por eles. No mês em que se comemora o Dia do Trabalhador, a Revista dos Bancários conversou com alguns destes diferentes profissionais que compõem a rotina de uma agência.

No mesmo barco

2 REVISTA DOS BANCÁRIOS

Opinião Editorial

Datas marcantes

DOS BancáriosRevista

Informativo do Sindicato dos Bancários de Pernambuco

ÍndiceEspecial: Dia das mães

Capa: Dia do trabalhador

Eleição do Sindicato

Entrevista: João Felício

O descaso dos bancos com a segurança

Dicas de Cultura

Bancário artista

Conheça Pernambuco

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No mês em que se comemora o Dia das Mães e o Dia do Trabalhador, a Revista dos Bancários publica duas reportagens especiais para marcar estas datas. Na matéria de capa, contamos a história de profissionais de diversas áreas que prestam serviço para os bancos. São bancários, financiários, promotores de crédito, faxinei-ros, telefonistas.

Há anos o Sindicato luta para incluir todos os tra-balhadores das instituições financeiras na Convenção Coletiva dos Bancários. Muitos que hoje estão à mar-gem dos direitos conquistados pela categoria exercem

um trabalho tipicamente de bancário, mas não ganham os mesmos salários e nem têm os mesmos benefícios.

Durante as entrevistas, cha-mou a atenção a postura do Bradesco que proibiu seus funcionários de conversar com a Revista dos Bancários. Em-bora a decisão seja truculenta e antidemocrática, ela é perfeita-mente compreensível, já que as condições de trabalho no banco não são nada boas. Em vez de investir no seu quadro de funcionários, o banco prefere silenciar os trabalhadores com medo de que a dura rotina das agências e departamentos seja exposta.

Na segunda reportagem es-pecial, sobre o Dia das Mães, a Revista conversou com duas

mães, cada uma com três filhos bancários. Elas falam sobre o orgulho que têm de suas crias e sobre o dia-a-dia estressante dos funcionários dos bancos.

Esta edição ainda traz uma entrevista com o professor João Felício, ex-presidente e atual secretário de Relações In-ternacionais da CUT. Para ele, as ações da presidenta Dilma para reduzir os juros bancários são o início da “contagem regressiva para o fim do reinado do sistema financeiro”.

Você também vai encontrar nesta edição o descaso dos bancos com a segurança bancária e as eleições que agitam o Sindicato nos dias 16 e 17 de maio, além das tradicionais dicas de turismo e lazer.

Presidenta: Jaqueline MelloSecretária de Comunicação: Anabele SilvaJornalista responsável: Fábio Jammal MakhoulConselho editorial: Anabele Silva, Geraldo Times, Tereza Souza e Jaqueline MelloRedação: Fabiana Coelho, Fábio Jammal Makhoul e Wellington CorreiaProjeto visual e diagramação: Libório Melo e Bruno LombardiCapa: Montagem sobre foto de Beto OliveiraImpressão: NGE GráficaTiragem: 11.000 exemplares

>>Há anos o Sindicato luta para incluir todos os trabalhadores das instituições financeiras na Convenção Coletiva dos Bancários. Muitos que hoje estão à margem dos direitos conquistados pela categoria exercem um trabalho tipicamente de bancário, mas não ganham os mesmos salários e benefícios

REVISTA DOS BANCÁRIOS 3REVISTA DOS BANCÁRIOS 3

Especial Dia das Mães

Mãe de bancário, com muito orgulho!

Há muita coisa em comum entre Maria de Lourdes Ferraz, a dona Lourdinha, e Lígia Accioli. As duas têm quatro filhos. Ambas são mães de três bancários. Todas têm muito orgulho de suas crias – como pessoas e como profissionais

4 REVISTA DOS BANCÁRIOS4 REVISTA DOS BANCÁRIOS4 REVISTA DOS BANCÁRIOS

Dona Lourdinha tem 73 anos, já sofreu um AVC e sabe muito bem o valor que tem a vida. Viúva, gosta de viajar,

passear e se reunir com as colegas da an-tiga turma do colégio. São “as meninas do Colégio São José”, que a chamam, carinhosamente, de “madre superiora”. Para além do sentido religioso, madre também quer dizer mãe. Dona Lourdi-nha é, portanto, aquela supermãe, que fala toda coruja de seus meninos já crescidos. “Mãe não pode elogiar filho, que ninguém acredita...”, brinca.

E ela se derrama em elogios: “Ne-nhum deles levou pau na escola, nunca. Todos passaram de primeira no ves-tibular. Tenho muito orgulho”, diz a supermãe. Dona Lourdinha dedicou sua

vida aos filhos. Ela conta que queria cursar engenharia mas, na época, moças não podiam fazer este curso. “Meu pai não deixou e, como eu não queria ser professora, preferi ser trabalhadora do lar”.

Dona Lourdinha não tem queixas: diz que os meninos eram bem comportados e não davam muito trabalho. Mas, claro, como toda criança, tinham suas brigas: “Os dois meninos, principalmente, viviam brigando. O que um queria, o outro também queria. Hoje, são amicíssimos”, diz.

O caçula, André, deu um pouco mais de trabalho na escola, embora nunca tenha ficado de recuperação. “Ele precisava de óculos e não queria usar de jeito nenhum. Aí não conseguia ler direito nem fazer as tarefas na sala de aula. Quando ele es-tava na quarta série, a professora me chamou e disse: - Ele é muito inteligente, pode deixar ele estudar sozinho. Eu fiz isso e nunca mais ele me deu trabalho nos estudos”, lembra a mãe.

O rumo tomado por cada um de seus meninos mostra que sua dedicação valeu. A cria mais velha, Marília, já passou pela área de informática, trabalhou no Ban-depe, Bandeirantes, cursou psicologia e hoje está no BNB, em João Pessoa. Rita de Cássia se inscreveu para o concurso da Caixa Econômica pouco antes de se formar em administração. Passou e, três meses depois, já estava empregada. An-dré, o caçula, começou a carreira como técnico em informática. Chegou a prestar

Especial Dia das Mães

DOna LOurDinha aDOra LEMBrar aS hiStóriaS Da inFânCia DOS FiLhOS

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serviço para o Banco do Brasil. Hoje é bancário concursado. Só um dos filhos escolheu caminho diferente e seguiu os passos do pai: a carreira militar.

Hoje, cada um tem sua casa, seus filhos, sua família. Mas, todo final de semana, a matriarca reúne filhos, filhas, genros, noras e os seis netos. “Bancário trabalha demais. Então eu ajudei bas-tante na criação de meus netos. Infeliz-mente, por conta do AVC e de problemas cardíacos, não pude ser tão presente com a mais nova quanto fui com os outros. Mas faço o que é possível”, conta a vovó Lourdinha – mãe em dose dupla.

MãE COruJaDiferente de Lourdinha, Lígia Accioli

sempre trabalhou, como tesoureira em um escritório. Mas se desdobrava para

dar aos filhos toda atenção. “Sempre fui muito carinhosa e sempre cobrei isso dos meninos. Hoje, quem chega lá em casa, se espanta com a maneira carinhosa como meus filhos me tratam: com beijos e abraços”, diz.

Dois de seus filhos ainda moram com ela. Mas a supermãe está prestes a per-der essa alegria. Tanto Fernando como Carlos Eduardo estão se preparando para casar e o primeiro já marcou a data: para junho. “Ainda bem que todos dois vão morar aqui bem pertinho”, conta Lí-gia, aliviada. Seu filho André – mesmo tendo casa, filhos e esposa – também a visita todo dia. “Minha neta mais velha, fruto do primeiro casamento de André, fica aqui em casa quando ele vai trabalhar. Depois, ele passa aqui para pegá-la”, conta.

Lígia também é mãe coruja. Der-rama-se em elogios para os filhos e garante que eles não deram trabalho. Na escola, somente “Fernandinho” não gostava muito de estudar e ficava em recuperação. “Hoje, é o contrário. Ele trabalha muito. Chega tarde todos os dias. E ainda arruma tempo para estudar”, fala a mãe.

São quatro crias: três meninos e uma menina. Os homens são todos bancários: Carlos e André do Banco do Brasil. Fernando, da Caixa. A menina, Cláudia, preferiu a área jurídica: é oficial de Justiça. Com 66 anos, Lígia sente falta do trabalho. “Não me acos-tumo com a vida doméstica. Sinto falta de fazer algo: um serviço voluntário, talvez”, conta a mãezona, que se sente com muito vigor.

REVISTA DOS BANCÁRIOS 5

Especial Dia das Mães

LÍgia aCCiOLi SE DiviDia EntrE O traBaLhO E a

CriaçãO DOS FiLhOS

6 REVISTA DOS BANCÁRIOS

Não são apenas os bancários que fazem dos bancos o seu ambiente de trabalho. Os patrões não são os mesmos,

mas a realidade é semelhante. São tra-balhadores que, muitas vezes, estão há mais de dez anos atuando dentro das agências bancárias. São trabalhadores que, embora tenham atribuições diversas, acompanham a rotina dos bancários e es-tão expostos a muitos dos riscos vividos por eles. São vigilantes, trabalhadores da limpeza, corretores de seguros, finan-ciários, telefonistas, entre vários outros profissionais.

Neste 1° de maio, Dia do Trabalhador, a Revista dos Bancários conversou com alguns destes diferentes profissionais que compõem a rotina de uma agência.

Capa Dia do trabalhador

Somos todos trabal hadores de bancosUm retrato dos vários personagens que garantem o funcionamento e o lucro das instituições financeiras

Nesta matéria, você vai conhecer Rosinaldo da Cruz, encarregado da limpeza; Asdrú-bal Williams, vigilante; Alexandre Ramos, gerente. Os bancários de bancos privados foram identificados com nomes fictícios, já que não são autorizados a falar de sua rotina de trabalho.

A Revista dos Bancários chegou a procurar o setor de Comunicação do Bradesco, que foi taxativo: os empregados não podem dar entrevistas. “Com esta proibição, a empresa mostra que sabe da insatisfação dos seus funcionários. Convidados a falar sobre sua rotina, eles acabariam expondo o cenário de assédio, pressão e péssimas condições de trabalho que existe por trás das imagens vendidas pela propaganda do banco”, afirma a secretária de Finanças do Sindicato, Suzineide Rodrigues, representante de Pernambuco na Comissão Nacional dos Empregados do Bradesco.

ELES BatEM uM BOLãORosinaldo da Cruz é um dos primeiros a chegar na agência. Quando os outros

trabalhadores entram no serviço, o lixo já foi recolhido, as mesas estão limpas e os banheiros lavados. Para chegar no horário, ele acorda às cinco horas da manhã. Ele mesmo prepara seu café e se organiza para enfrentar mais de uma hora de percurso no ônibus que o leva de Dois Carneiros, Jaboatão, ao centro do Recife, onde ele trabalha.

Mas Rosinaldo não se queixa. Gosta do que faz. Está no Bradesco há três anos, como

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Capa Dia do trabalhador

Somos todos trabal hadores de bancosprestador de serviço da empresa Serlimpe. Nas horas vagas, divide seu tempo entre a esposa e o futebol. “Tenho um grupo de amigos que sempre joga todo domingo. Também gosto de ir à praia ou assistir os jogos do Sport”, diz.

Futebol é, também, parte da vida do vigilante Asdrúbal Williams. E de forma bem mais intensa. Antes de ser contratado pela Nordeste Segurança de Valores, ele já foi policial militar e jogador de futebol. Começou no Náutico, foi para o Goiás, passou pelo ABC e CSA e encerrou a carreira, aos 33 anos, em um time de Portugal. Começou, então, sua história como vigilante.

Quando a Revista dos Bancários che-gou à agência, Asdrúbal não podia dar entrevistas. Estava tenso, atento, olhos

vidrados na movimentação em frente à unidade. “A experiência da Polícia Militar ajuda muito. Mas é preciso atenção em tempo integral”, diz. Em 22 anos de ser-viços prestados à Nordeste Segurança de Valores, boa parte do tempo ele dedicou aos bancos. “Já foi bem pior. A porta de segurança ajudou muito. Mas continua difícil: a gente tem de dar informação aos clientes, controlar o estacionamento e ainda ficar atento a toda movimentação”, desabafa.

Apesar das dificuldades, Asdrúbal tem sorte: nunca passou por nenhum assalto. As estatísticas revelam que, depois dos clientes, os vigilantes são os mais vulnerá-veis em ataques a agências bancárias. Das 49 mortes em assaltos a bancos ocorridas no ano passado, 30 vítimas eram clientes e

oito eram vigilantes. Na última semana de abril, um vigilante pernambucano foi mor-to durante assalto a um posto de serviço do Itaú no Hospital Português, no Recife.

SãO BanCáriOS, SiM!Rosinaldo e Asdrúbal trabalham em

uma agência bancária, mas não atuam no ramo financeiro. Mas outros trabalhadores atuam no ramo e nem sempre estão nas agências. São financiários, trabalhadores de lotéricas ou bancos postais, por exem-plo. Nas unidades bancárias, por sua vez, há aqueles que fazem parte do mundo financeiro e são bancários, como Alexan-dre Ramos, gerente da Caixa; e Henrique Silva (nome fictício), caixa de um banco privado. Há, também, os que não são bancários, como Priscila (nome fictício),

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Capa Dia do trabalhador

mas que cumprem a mesma rotina.Priscila é corretora autônoma. Mas,

há quinze anos, faz de uma agência de banco privado seu ambiente de trabalho. Sua rotina e sua jornada é a mesma de um bancário. Sua função também se enquadra no ramo financeiro: ela vende seguros, consórcios e outros produtos do banco. E, assim como os bancários, ela também não é autorizada a dar entrevista. “Sou co-brada da mesma forma, tenho de cumprir o mesmo horário, preciso participar das reuniões. Só não tenho os mesmos direitos trabalhistas”, diz Priscila.

Sua vida e o trabalho se confundem. Quando chega em casa, a corretora ainda vai executar outros trabalhos, para com-plementar a renda. “No meu tempo livre, eu durmo”, desabafa.

MuitO traBaLhO

A rotina de Alexandre Ramos, gerente

da Caixa Econômico em Jaboatão, tam-bém não é fácil. “Até porque a Caixa é um banco diferente, que acumula outras funções, diversas das de um banco comercial: bolsa-família, PIS, seguro--desemprego, habitação popular. Se por um lado isso nos deixa mais esgotados, por outro é bem mais gratificante”, diz.

A agência de Alexandre funciona dentro de um shopping, onde também se localiza o Ministério do Trabalho. A unidade do bolsa-família fica a uma rua de distância. Ou seja, vários fatores se somam para aumentar o movimento da agência e, consequentemente, a carga de trabalho.

E haja serviço: garantir os resulta-dos, controlar o tempo de atendimento e o fluxo de gente, cumprir as metas financeiras e sociais, garantir que não haja extrapolação de jornada, organizar a equipe. Mesmo assim, ele não abre

mão de tomar sua cerveja, jogar xadrez e curtir suas duas filhas e sua namorada.

Recém-chegado na vida bancária, Henrique Silva (nome fictício) gosta do que faz. Empregado de um banco privado há apenas um ano e meio, ele está em seu primeiro emprego. É jovem, solteiro, trancou a faculdade de Economia, mas pretende cursar Administração. Ele ainda não convive com a realidade de que vai falar uma colega sua.

Suzana Souza (nome fictício) exerce função gerencial na mesma unidade de Henrique. Ela diz que já passou por várias agências, inclusive em diferentes estados. Hoje, trabalha em um local mais tranquilo. Mas diz: “Gosto muito de meu trabalho, mas é cansativo. Quanto mais responsabilidade você assume, mais ris-co você corre. A gente lida, a todo tempo, com o risco: de falhar, de não cumprir as metas, de ser demitido”.

Para a presidenta do Sindicato, Ja-queline Mello, quem trabalha em banco é bancário. “Já usamos este slogan em diversas campanhas e protestos. O nosso objetivo é incluir todos o trabalhadores que prestam serviço para os bancos numa única Convenção Coletiva, garantindo os mesmo direito para todos”, explica.

Os sindicatos vinculados à Central Única dos Trabalhadores (CUT) têm como um dos grandes desafios a organização dos trabalhadores por ramo de atividade. “Sig-nifica que todos os que atuam no mercado financeiro, por exemplo, brigariam juntos, o que ajudaria a consolidar as conquistas”, afirma o bancário e secretário de Forma-ção da CUT Pernambuco, Fabiano Moura.

Além de fortalecer o movimento ajudan-do a avançar na briga contra os banqueiros, a unidade entre os trabalhadores seria essencial na luta contra a terceirização e precarização das condições de trabalho.

Quatro em cada cinco mortes por aci-

dente de trabalho no Brasil ocorrem com empregados de prestadoras de serviço. O terceirizado recebe, em média, 27% do que recebe o trabalhador contratado diretamen-te pela empresa e 50% do setor não contri-bui para a previdência. A jornada também é maior e a rotatividade dobra quando se trata de mão-de-obra terceirizada.

Se a situação já é precária, corre o risco de piorar caso seja aprovado o projeto que tramita na Comissão de Constitui-ção, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados - um substitutivo ao PL 4330, do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO). Ele escancara a terceirização para todas as áreas, inclusive atividades-fim.

Sindicato quer todos juntos na luta

FaBianO MOura: uniDOS SOMOS MaiS FOrtES

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Organização Sindicato

Os bancários de Pernambuco têm um encontro marcado com a democracia neste mês de maio. Nos próximos dias

16 e 17, a categoria vai às urnas para eleger a próxima diretoria do Sindicato.

Duas chapas estão concorrendo ao plei-to que vai definir a direção que comanda-

Encontro com a democraciaNos próximos dias 16 e 17, os bancários de Pernambuco vão às urnas para eleger a nova diretoria do Sindicato

rá a entidade até 2015. A Chapa 1 é encabeçada pela atual presidenta do Sindicato, Ja-queline Mello. Já a Chapa 2 é liderada pelo ex-diretor do Sindicato, Everton Sóstenes. A eleição será realizada das 8h às 18h, com exceção de uma única urna que terá seu funcionamento das 18h às 24h para que os bancários que trabalham à noite possam votar.

Os associados da ativa votam nas urnas que percorrerão os locais de trabalho. Aposentados e l icenciados votam na sede do Sindicato. O mandato da atual diretoria termina em 3 de julho.

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Entrevista João Felício

CONTAGEM REGRES SIVApara o fim do reinado do sistema fin anceiro

“Iniciou a contagem regressiva para o fim do reinado do sistema financeiro”, afirma o professor João Antonio

Felício, secretário de Relações Interna-cionais da Central Única dos Trabalha-dores (CUT), em entrevista ao jornalista Leonardo Severo, do Portal do Mundo do Trabalho. O dirigente sublinha o papel dos movimentos sindical e social para esta tomada de consciência, que desem-boca em mobilizações. Leia os principais pontos da entrevista.

Não é de hoje que o movimento sindi-cal denuncia a política de arrocho fiscal. Qual a saída?

O fato é que o socorro dado ao sistema financeiro estrangulou os estados na-cionais. A porta da entrada da crise está no controle fiscal, no corte de recursos estratégicos do Orçamento para satisfazer os interesses do sistema financeiro e dos

especuladores, no assalto ao Estado público para a ganância da agiotagem. A saída da crise não se resolve com uma falsa austeridade, que só vale para os trabalhadores e para os pobres, enquanto se traduz em farta generosidade para os 1% mais ricos. Felizmente, no Brasil e na quase totalidade da América Latina vamos por um caminho oposto.

De que forma as reduções recentes das taxas de juros e o próprio pronunciamento da presidenta Dilma em relação aos abusos do sistema financeiro privado contribuem para esta estratégia nacional-desenvolvimentista?

Se existe uma unanimidade mundial é a condenação aos abusos do sistema finan-ceiro, a consciência de que há necessidade de diminuir o poder dos bancos sobre os governos. Podemos dizer que estamos em contagem regressiva para o reinado do sistema financeiro. Para isso, muito tem contribuído a ação dos movimentos sindical e social, que sempre alertaram contra os descaminhos dessa política. Nesse sentido, vale destacar o acerto do governo brasileiro em fazer o enfrentamento. Reivindicamos há muito tempo que os bancos públicos deveriam ser utilizados como instrumento de fomento à produção, de desenvolvimento, de crescimento econômico. Sem dúvida a redução dos juros pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal é a melhor notícia que tivemos nos últimos anos. Este é um desejo mundial. A população acordou para a necessidade de medidas que coíbam os abusos a que temos sido submetidos para beneficiar meia dúzia de especuladores.

Embora o governo brasileiro tenha reduzido os juros, a taxa permanece ainda como a mais alta do mundo e convivemos com um absurdo superávit primário, que nada

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Entrevista João Felício

CONTAGEM REGRES SIVApara o fim do reinado do sistema fin anceiro

mais é do que uma reserva de recursos públicos do Orçamento para os bancos. Qual a proposta da CUT?

Defendemos a redução do superávit primário e a manutenção dos investi-mentos públicos, que avaliamos como estratégicos para o fortalecimento do mercado interno, cada vez mais fundamental para reduzir os impactos negativos da crise dos países capitalis-tas centrais. Para avaliar a importância da redução dos juros, basta ver que mesmo uma pequena diminuição já foi suficiente para provocar a elevação do dólar internamente, cujo patamar estava inviabilizando a indústria brasileira ao estimular as importações e, consequen-temente, aumentar a desindustrialização e o desemprego. Agora, defendemos como um dos pontos chaves para elevar a competitividade da indústria brasileira a inovação tecnológica, que dialoga com a nossa proposta de maiores investimentos

em educação, ciência e tecnologia nacio-nal. Também é preciso um controle de tarifas para proteger o produto nacional, e portanto o salário e o emprego, quando este perder a competitividade. É preciso fortalecer o protagonismo do Estado, seu caráter indutor do desenvolvimento e da justiça social.

Em vez disso, os neoliberais sucatea-ram o patrimônio público, privatizaram, arrocharam salários e acabaram com o emprego...

Sabidamente os processos de privati-zação foram fraudulentos e corruptos. Quem já leu o livro a Privataria Tucana sabe que o Brasil de FHC e a Argenti-na de Menem foram dilapidados. Que empresas históricas foram entregues ao capital privado nacional e internacional com métodos pouco recomendáveis por gente que enriqueceu da noite para o dia. O que está ocorrendo agora na Argentina

e na Bolívia, com a recuperação do pa-trimônio nacional e a forte presença do Estado na economia é uma resposta aos desmandos que ocorreram.

Qual sua avaliação do 2º Congresso da Confederação Sindical dos Traba-lhadores e Trabalhadoras das Américas (CSA), realizado recentemente em Foz do Iguaçu?

Tivemos resoluções adequadas, avan-çadas e progressistas, que expressam o sentimento e a compreensão da base, seja em relação à necessidade da de-mocratização da comunicação e da garantia da liberdade de expressão, com o enfrentamento à ditadura da mídia, ou à necessidade da reforma agrária e do fortalecimento da agricultura familiar, para por fim à imensa concentração fun-diária. Resultado deste amadurecimento político, a CUT também avançou na sua representação dentro da CSA.

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Segurança Legislação

Irresponsabilidade e descasoUm ano e sete meses depois de entrar em vigor, a lei de segurança bancária do Recife continua sendo ignorada pelos bancos, que assistem passivamente a uma explosão de assaltos em suas agências

Em outubro de 2010, entrou em vigor uma lei que garante mais segurança nas agências

bancárias do Recife. Um ano e sete meses depois, as instituições financeiras não fizeram absoluta-mente nada para se enquadrar à nova legislação. Pior: os bancos assistem passivamente à escala-da de assaltos a suas agências, fingindo que não têm nada a ver com os crimes.

No mês passado, o Ministério Público de Pernambuco deu um ultimato aos bancos. O promotor Ricardo Coelho foi enfático: ou as instituições financeiras assinam um Termo de Ajuste de Conduta se comprometendo a cumprir a lei 17.647/10 ou as agências bancárias inseguras do Recife serão interditadas.

Os bancos, no entanto, mais uma vez apostaram na impunida-de e não assinaram o acordo com o Ministério Público. “Esperamos que, agora, as agências que esti-verem fora da lei sejam realmente interditadas”, diz a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello. “A falta de responsabilidade dos bancos já passou dos limites. O número de assaltos a agências bancárias se multiplicou este ano e já causou uma morte. E todos

aSSaLtO à agênCia DO itaú nO hOSPitaL POrtuguêS DEixOu uM MOrtO E trêS FEriDOS, nO Dia 30 DE aBriL

REVISTA DOS BANCÁRIOS 13

Para ampliar o debate sobre a falta de segurança nos bancos, o Sindicato rea-lizou no dia 19 de abril o II Fórum Per-nambucano sobre Segurança Bancária. O evento contou com a participação de diversas autoridades e representantes de bancários e vigilantes. “Foi um encontro muito importante, principalmente neste momento em que toda a sociedade está unida contra a falta de segurança nos bancos, não só em Pernambuco como em todo o Brasil”, afirmou a presidenta do Sindicato, Jaqueline Mello.

As primeiras mesas de debate jun-taram vários segmentos da sociedade civil organizada. No primeiro painel, a representante do Procon Recife, Ra-quel Morais, e o delegado de Roubos e Furtos, José Cláudio, falaram sobre os novos rumos para a segurança das agências no Recife.

Na segunda mesa, as discussões fo-ram centradas nas ações do movimento sindical, em todo o Brasil. O diretor da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), Ademir Wiederkehr, falou em nome dos bancários e Moisés Alves representou a Confederação Nacional dos Vigilantes. Ademir é coordenador do Coletivo Na-cional de Segurança Bancária, que reúne

sindicatos do país inteiro. O Fórum foi encerrado com um grande

debate que reuniu o promotor de Justiça, Ricardo Van der Linden Coelho, e os vereadores Josenildo Sinesio, autor da lei de segurança bancária do Recife, e Maré Malta.

Leia a cobertura completa do II Fó-rum Pernambucano sobre Segurança Bancária em www.bancariospe.org.br.

Segurança Legislação

os crimes poderiam ser evitados se os bancos respeitassem a lei de segurança bancária do Recife”, afirma Jaqueline.

De acordo com o promotor Ricardo

Coelho, as fiscalizações realizadas a partir de fevereiro deste ano cons-tataram dezenas de irregularidades, inclusive a falta de alvará de funcio-namento em grande parte das agências. “Já somamos R$ 12 milhões em multas. Com a recusa dos bancos em fechar um acordo com o Ministério Público, vamos começar as interdições e as no-tificações”, garantiu o promotor.

Ricardo Coelho conta que comprou esta briga com os bancos há exatamente um ano, quando foi procurado pelo Sindicato dos Bancários. O promotor abraçou a causa e ingressou com uma ação para obrigar os bancos a respei-tarem a legislação. Enquanto isso, a Febraban entrou com 26 processos na Justiça e mais uma ação direta de inconstitucionalidade para se livrar da lei. “Foi um tiro no pé. Os bancos perderam todas as ações e, com isso, a Justiça reconheceu que os municípios têm o direito de legislar sobre a segu-

rança bancária”, explicou o promotor.Para Jaqueline, a bola agora está com

a Prefeitura. “O promotor já cobrou que a administração municipal cumpra o seu papel fiscalizador e autue e interdi-te todas as agências bancárias que não estão cumprindo a lei. Esperamos que a Prefeitura assuma sua responsabili-dade, já que os bancos se mostraram irresponsáveis”, conclui Jaqueline.

A lei de segurança bancária foi apresentada pelo vereador Josenildo Sinésio (PT), que elaborou a redação em parceria com o Sindicato. Ela foi aprovada por unanimidade pela Câmara Municipal. Com a nova legislação, os bancos podem ser multados e interdita-dos caso não tenham vidros blindados, câmeras de segurança internas e exter-nas, portas giratórias com detectores de metais e dois vigilantes por andar, armados e com coletes à prova de balas em cabines de proteção blindadas, entre outros itens.

Sindicato amplia debate sobre a insegurança nos bancos

JaquELinE MELLO

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Cultura Dicas

Cênicas

P R O J E T O SrECOMEnDaDOS

A partir de 4 de maio, o Festival Palco Giratório, do Sesc, aporta no Recife. São trinta espetáculos de 26 companhias nacionais, que se apresentam nos teatros Marco Camarotti, Capiba, Barreto Júnior, Hermilo Borba Filho, Apolo e Luiz Mendonça. De Pernambuco, são 14 grupos e dois deles compõem também a programação nacional: o Grial de Dança e a Trupe Ensaia Aqui e Acolá. De fora, há mais de 15 companhias, a exemplo da Mútua, de Santa Catarina, que trabalha com técnicas de animação; a mineira Mário Nascimento que traz os espetáculos de dança “Escapada” e “Faladores”; ou a Cia Druw, de São Paulo, com um espetáculo de dança em homenagem à Tarsila do Amaral (foto). Confira a programação em www.sesc-pe.com.br/palcogiratorio.

Palco giratório

tempo de SerestaMaio, mês das mães, é também tempo de Festival de Seresta no Recife. De 9 a 12, a 18ª edição do festival tem programação em quatro noites especiais. O cantor Adilson Ramos (foto), por exemplo, fecha as apresentações da abertura. No mesmo dia, sobem ao palco, Nadja Maria, Agnaldo Timóteo e Moacyr Franco. Na quinta, a noite é para dançar bolero ao som de Waleska, Leonardo Sullivan, Altemar Dutra Jr e Michael Sullivan. A terceira noite é para sambar: tem Ataulfo Alves Jr, Luiz Américo, Roberto Silva e Rosemary & as Mulheres da Mangueira. Para encerrar, uma homenagem às mães com Cláudia Beija, Adriana, Gilliard e Joanna.

Brincadeiras de criançaNo domingo, que tal levar a criançada para

brincar como antigamente? Desde abril, no Parque Dona Lindu, recreadores fazem a alegria da me-ninada com brincadeiras como: bambolê, peteca, pião, elástico, mané maluco, pipa, jogo da velha, bola de gude, bola de meia e pé de lata, amarelinha, queimado, corrida do saco e muito mais. No Parque Dona Lindu, a partir das 16h.

Dançando nos BairrosO projeto Dançando nos Bairros aporta no Alto

Santa Teresinha, Totó e Brasília Teimosa, com ofi-cinas de dança de salão e baile de encerramento. No primeiro, de 7 a 11 de maio, tem Banda Los Cuba-nos, Vânia Airam e Orquestra Surreal. No Totó, de 21 a 25, tem Kelvis Duran e Travassos. Em Brasília Teimosa, de 4 a 8 de junho,Victor Camarote e Ban-da Arquibancada; e Orquestra Fernando Borges.

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Um hobby levado à sério. É assim que Paulo Henrique Honório re-sume sua relação com a fotogra-fia. Bancário do Bradesco há dez

anos, ele descobriu com a esposa o prazer de fotografar. “Gostávamos tanto, que sentimos a necessidade de adquirir um equipamento adequado e buscar uma melhor formação”, conta Paulo.

A câmera nova foi o presente de casamento oferecido pelo bancário para sua esposa. Com um detalhe: um presente para ser usufruído pelos dois, juntos.

Com uma boa câmera em mãos, faltava aprimorar a técnica. “A pesquisa em internet e o autodidatismo já não nos bastavam. Recor-remos a um curso no Senac, em 2009”, conta.

Paulo não fotografa profissionalmente. Não é remunerado pelos seus trabalhos. Mas gosta de presentear os amigos com álbuns fotográfi-cos, nos quais registra momentos importantes de cada um: uma formatura, um casamento, o nascimento de um filho. “A gente fotografa de tudo, mas o que gosto mais é de capturar a emoção das pessoas, registrar os sentimentos”, afirma o artista.

As técnicas são várias, inclusive de edição. Afinal, mesmo com uma boa câmera, é sem-pre necessário trabalhar melhor o contraste e a nitidez das imagens. Mas as técnicas são usadas sempre para valorizar os sentimentos que a máquina consegue captar. “A gente usa o preto-e-branco quando quer dar um certo ar de nostalgia. Já um sorriso espontâneo combina mais com o colorido”, diz Paulo.

A habilidade que ele desenvolveu nestes anos de pesquisas, leituras e muita prática, Paulo utiliza, também, em proveito próprio. “Um dos álbuns que me deixaram mais sa-tisfeitos foi o ensaio de gestante que fiz para minha mulher”, conta. À esta satisfação, ele soma outra vantagem: a lembrança destes nove meses de gestação ficará para sempre, alimentando a memória da família.

Cultura Bancário artista

Paulo henrique honório

Emoção capturada

Bancário do Bradesco há dez anos, Paulo é apaixonado por fotografia e nas horas de lazer se diverte com uma câmera na mão

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De um lado, os grandes prédios, avenidas largas, indústrias. De outro, as ruínas de velhos en-genhos, rios, cachoeiras, mon-

tes, capelas e casarões históricos. De um lado, investimentos e atenções. Do outro, o abandono. Eis o município de Jaboatão dos Guararapes, com seus contrastes e uma beleza encoberta.

A beleza que se vê está na foz do rio Jaboatão: na praia de Barra de Jangada. Por ali, passam os carros que cruzarão a Ponte do Paiva rumo a Suape ou às belas praias do Litoral Sul. Mas, em seu percurso, o rio cruza recantos de rara beleza e imensa importância histórica, cujo valor é encoberto pelo abando-no. Os engenhos, por exemplo. São dezenas deles, alguns em ruínas, outros em razoável estado de conservação. Quase todos dignos de uma visita, seja pela beleza natural, seja pela importância histórica.

O Engenho São Bartolomeu, por exemplo, é um dos mais antigos. Lá se originaram os tradicionais bolos Souza Leão e Pé-de-

JaBOatãO DOS guararaPES

Muita história pra contar-Moleque. O local ainda conserva a Casa Grande e as ruínas de uma capela. Na antiga senzala, funcionam hoje uma igreja evangélica e uma biblioteca. No Engenho Santana, viveu Fernandes Vieira, um dos líderes da Insurreição Pernambucana. Atualmente, existe lá a Casa Grande, a capela, a casa da administração, a vila de moradores e ruínas da antiga fábrica.

O antigo Engenho Suassuna corresponde, atualmente, à Usina Jaboatão, hoje desativada e em estado de abandono e ruínas. Seus primeiros donos eram cristãos-novos e lá aconteceram denúncias e confissões em visitas de Tribunais da Inquisição. Posteriormente, o local abrigaria reuniões da chamada “Academia dos Suassuna”, cujas ideias liberais influenciaram movi-mentos como a Revolução Pernambucana de 1817 e a Confederação do Equador.

Jaboatão guarda muitas histórias. E as casas, igrejas, praças ou antigas estações de trem que habitam o seu centro, chamado de Jaboatão Antigo, conservam as lembranças deste passado.

Lembranças que estão também em sua parte mais alta: os Montes Guararapes, onde ocor-reram as famosas batalhas contra os holandeses. São três montes. O Monte do Telégrafo, onde outrora funcionou uma torre de telégrafo, atualmente está desocupado. No Monte Ferradura, existe um mirante controlado pelo Exército. É onde ocorrem os vários eventos sobre as batalhas. O terceiro Monte, o Oitizeiro, abriga a Praça dos Mastros, um bosque de Pau-brasil e a famosa Igreja dos Prazeres, um dos principais monumentos históricos do município, com fachada barroca e azulejos portugueses.

Para além da importância histórica, os Montes Guararapes oferecem a visão de toda a paisagem de Jaboatão, Prazeres até o Cabo de Santo Agostinho. E há, no município, muito mais belas paisagens do que se costuma imaginar.

Bem pertinho da capital, Jaboatão dos Guararapes precisa ser redescoberto. Quem quiser saber mais antes de programar seu passeio, vale visitar o blog Jaboatão Redescoberto, feito pelo professor James Davidson: jaboataodosguararapes.blogspot.com.

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