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PROFESSOR revista do >>> SEAPE 2016 Sistema Estadual de Avaliação da Aprendizagem Escolar ALFABETIZAÇÃO o programa O Sistema Estadual de Avaliação da Aprendizagem Escolar resultados Os resultados alcançados em 2016 ISSN 2237-8308 entrevista Desafios e estratégias para o desenvolvimento da educação no Acre

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PROFESSORrevista do

>>> SEAPE 2016Sistema Estadual de Avaliação da Aprendizagem Escolar

ALFABETIZAÇÃO

o programa

O Sistema Estadual de Avaliação da Aprendizagem Escolar

resultados

Os resultados alcançados em 2016

ISSN 2237-8308

entrevista

Desafi os e estratégias para o desenvolvimento da educação no Acre

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ISSN 2237-8308

PROFESSORrevista do

>>> SEAPE 2016Sistema Estadual de Avaliação da Aprendizagem Escolar

ALFABETIZAÇÃO - LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA

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FICHA CATALOGRÁFICA

ACRE. Secretaria de Estado de Educação e Esporte.

SEAPE – 2016/ Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.

v. 1 (jan./dez. 2016), Juiz de Fora, 2016 – Anual.

Conteúdo: Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática.

ISSN 2237-8308

CDU 373.3+373.5:371.26(05)

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Tião VianaGovernador do Estado do Acre

Nazareth Melo de Araújo LambertVice-Governadora

Marco Antônio Brandão LopesSecretário de Estado de Educação e Esporte

José Alberto NunesSecretário-Adjunto de Educação

Evaldo dos Santos VianaSecretário-Adjunto de Educação

Rúbia de Abreu CavalcanteDiretora de Ensino

Cleide Helena Prudêncio da SilvaDiretor de Inovação

Ruy Moreno de AraújoDiretor de Recursos

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Reitor da Universidade Federal de Juiz de ForaMarcus Vinicius David

Coordenação Geral do CAEdLina Kátia Mesquita de Oliveira

Coordenação da Unidade de PesquisaTufi Machado Soares

Coordenação de Análises e PublicaçõesWagner Silveira Rezende

Coordenação de Design da ComunicaçãoRômulo Oliveira de Farias

Coordenação de Gestão da InformaçãoRoberta Palácios Carvalho da Cunha e Melo

Coordenação de Instrumentos de AvaliaçãoRenato Carnaúba Macedo

Coordenação de Medidas EducacionaisWellington Silva

Coordenação de Monitoramento e IndicadoresLeonardo Augusto Campos

Coordenação de Operações de AvaliaçãoRafael de Oliveira

Coordenação de Processamento de DocumentosBenito Delage

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sumário

resultados17 Os resultados alcançados em 2016

19 Roteiros de leitura e análise de resultados

padrões e níveis34 Padrões de desempenho

35 3º ano do Ensino Fundamental Língua Portuguesa

43 3º ano do Ensino Fundamental Matemática

sugestões pedagógicas51 Sugestões para a prática pedagógica

o programa12 O Sistema Estadual de Avaliação da

Aprendizagem Escolar – SEAPE

7 apresentação

entrevista9 Desafios e estratégias para o desen-

volvimento da educação no Acre

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apresentação

P rofessor, esta revista é para você. Pensada e fei-

ta para possibilitar seu uso no cotidiano peda-

gógico. Nela, você encontra orientações acerca dos

resultados da sua escola no SEAPE 2016. Com esses

resultados, você obtém um diagnóstico do desem-

penho de seus estudantes nos testes de proficiência.

A partir disso, potencialidades e fragilidades podem

ser identificadas no processo de ensino-aprendiza-

gem, permitindo uma ampla reflexão sobre as práti-

cas pedagógicas.

Inicialmente, apresentamos o SEAPE e as infor-

mações que o constituem: os dados fornecidos pela

avaliação, bem como os dados da realidade esco-

lar, os quais compõem esse grande cenário que é

o Sistema Estadual de Avaliação da Aprendizagem

Escolar.

A partir de uma análise do panorama do sistema

de avaliação, desde sua criação, no ano de 2009,

até seu penúltimo ciclo de aplicação, em 2015, apre-

sentamos os dados do programa, dando ênfase aos

ganhos experimentados pela rede estadual e redes

municipais de ensino no que diz respeito aos resul-

tados.

Em seguida, oferecemos a você um roteiro que

pode ajudá-lo a ler e a compreender as informações

produzidas pelo SEAPE, de modo que você possa

utilizá-las para sistematizar estratégias para a me-

lhora do desempenho dos estudantes. Esse roteiro

propõe algumas atividades, cujo objetivo é fornecer

ferramentas que permitam a interpretação pedagó-

gica dos resultados.

Além dos resultados obtidos nos testes realiza-

dos pelos estudantes, você tem acesso a algumas

informações sobre o contexto da sua escola, como

o Índice Socioeconômico (ISE), e indicadores de

qualidade, como o Índice de Desenvolvimento da

Educação Básica (Ideb).

Por fim, apresentamos sugestões para a prática

pedagógica, com o objetivo de auxiliá-lo na utili-

zação dos resultados da avaliação, para que ações

pedagógicas sejam planejadas e executadas em sua

escola. Trata-se de uma sugestão de ação. Seu intui-

to não é outro senão incentivá-lo a tratar os dados

da avaliação como parte do projeto político-peda-

gógico da escola.

Nosso compromisso é oferecer a você uma visão

geral da avaliação externa e dos resultados obtidos

por sua escola no SEAPE. Esses resultados devem

ser amplamente debatidos, com o envolvimento de

toda a comunidade escolar. Esperamos que este

material atinja esse propósito.

Boa leitura!

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 7

Page 10: revista do PROFESSOR - seape.caedufjf.net · vimento da Educação Profi ssional e Tecnológica Dom Moacir Grechi. Atualmente é secretário de Estado de Educação e Esporte do Acre

Possui Licenciatura em Letras – Português/Inglês pela Universi-

dade Federal do Acre (1990) e mestrado em Linguística Aplicada e

Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São

Paulo (1997). Foi diretor-executivo de assuntos acadêmicos da União

Educacional do Norte e diretor-presidente do Instituto de Desenvol-

vimento da Educação Profi ssional e Tecnológica Dom Moacir Grechi.

Atualmente é secretário de Estado de Educação e Esporte do Acre e

professor adjunto da Universidade Federal do Acre. Tem experiência

na área de Letras, com ênfase em Formação de Professores para o

Ensino de Língua Materna, atuando principalmente nos seguintes te-

mas: ensino, língua portuguesa, ensino médio, análise do discurso,

pesquisa colaborativa, ensino fundamental, metáfora, alfabetização,

analfabetismo e enunciação, discurso, heterogeneidade, formação

de professores. Além disso, possui experiência com Gestão Educa-

cional, Regulação e Avaliação no Ensino Superior – área em que atua

efetivamente até a presente data.

Marco Antônio Brandão Lopes

Secretário de Estado de Educação e Esporte do Acre

entrevista

O secretário de Estado de Educação e Esporte do Acre, Marco Antônio Bran-

dão Lopes, fala sobre os desafi os e as estratégias para o desenvolvimento da

educação no Acre.

Desafi os e estratégias para o desenvolvimento da educação no Acre

Quais os atuais desafi os para de-

senvolvimento da educação no Acre?

Dentre os vários desafi os, posso

citar a garantia e o fortalecimento da

formação inicial e continuada de pro-

fi ssionais da educação e a garantia de

recursos para a implementação do

Plano Estadual de Educação - PEE.

Igualmente desafi adoras são a redu-

ção da taxa de analfabetismo no Acre

e a redução da evasão e repetência

dos estudantes do estado. Para conse-

guirmos vencer esses desafi os, temos

outros, como a melhoria da qualida-

de de ensino e aprendizagem, assim

como a modernização e melhoria da

infraestrutura e espaços físicos da rede

pública de ensino.

Há demandas específi cas do es-

tado para cumprimento do padrão

mínimo de qualidade proposto em

âmbito nacional, pelas metas estipu-

ladas para o Indicador de Desenvol-

vimento da Educação Básica, o Ideb?

Quais são essas demandas?

São basicamente os desafi os

apontados anteriormente, como a

formação inicial e continuada de pro-

fessores, principalmente para os mu-

nicípios de difícil acesso, redução da

alta taxa de analfabetismo, redução

da evasão e da repetência dos estu-

dantes, fortalecimento de parcerias

entre estado e municípios e, por fi m,

a redução da distorção idade/série na

educação básica.

Diferente de outros sistemas pró-

prios de avaliação, o de vocês integra

a avaliação das redes municipais. O

que se espera com essa política?

Considero muito importante a par-

ceria estado/municípios. Integrá-los

em nosso sistema de avaliação edu-

cacional fortalece esta parceria e, ain-

da, visa elevar a qualidade do ensino

nas redes municipais e estadual. Ou-

tro objetivo é otimizar recursos para

o desenvolvimento de ações em con-

junto com os municípios.

8 SEAPE 2016

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Possui Licenciatura em Letras – Português/Inglês pela Universi-

dade Federal do Acre (1990) e mestrado em Linguística Aplicada e

Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São

Paulo (1997). Foi diretor-executivo de assuntos acadêmicos da União

Educacional do Norte e diretor-presidente do Instituto de Desenvol-

vimento da Educação Profi ssional e Tecnológica Dom Moacir Grechi.

Atualmente é secretário de Estado de Educação e Esporte do Acre e

professor adjunto da Universidade Federal do Acre. Tem experiência

na área de Letras, com ênfase em Formação de Professores para o

Ensino de Língua Materna, atuando principalmente nos seguintes te-

mas: ensino, língua portuguesa, ensino médio, análise do discurso,

pesquisa colaborativa, ensino fundamental, metáfora, alfabetização,

analfabetismo e enunciação, discurso, heterogeneidade, formação

de professores. Além disso, possui experiência com Gestão Educa-

cional, Regulação e Avaliação no Ensino Superior – área em que atua

efetivamente até a presente data.

Marco Antônio Brandão Lopes

Secretário de Estado de Educação e Esporte do Acre

entrevista

O secretário de Estado de Educação e Esporte do Acre, Marco Antônio Bran-

dão Lopes, fala sobre os desafi os e as estratégias para o desenvolvimento da

educação no Acre.

Desafi os e estratégias para o desenvolvimento da educação no Acre

Quais os atuais desafi os para de-

senvolvimento da educação no Acre?

Dentre os vários desafi os, posso

citar a garantia e o fortalecimento da

formação inicial e continuada de pro-

fi ssionais da educação e a garantia de

recursos para a implementação do

Plano Estadual de Educação - PEE.

Igualmente desafi adoras são a redu-

ção da taxa de analfabetismo no Acre

e a redução da evasão e repetência

dos estudantes do estado. Para conse-

guirmos vencer esses desafi os, temos

outros, como a melhoria da qualida-

de de ensino e aprendizagem, assim

como a modernização e melhoria da

infraestrutura e espaços físicos da rede

pública de ensino.

Há demandas específi cas do es-

tado para cumprimento do padrão

mínimo de qualidade proposto em

âmbito nacional, pelas metas estipu-

ladas para o Indicador de Desenvol-

vimento da Educação Básica, o Ideb?

Quais são essas demandas?

São basicamente os desafi os

apontados anteriormente, como a

formação inicial e continuada de pro-

fessores, principalmente para os mu-

nicípios de difícil acesso, redução da

alta taxa de analfabetismo, redução

da evasão e da repetência dos estu-

dantes, fortalecimento de parcerias

entre estado e municípios e, por fi m,

a redução da distorção idade/série na

educação básica.

Diferente de outros sistemas pró-

prios de avaliação, o de vocês integra

a avaliação das redes municipais. O

que se espera com essa política?

Considero muito importante a par-

ceria estado/municípios. Integrá-los

em nosso sistema de avaliação edu-

cacional fortalece esta parceria e, ain-

da, visa elevar a qualidade do ensino

nas redes municipais e estadual. Ou-

tro objetivo é otimizar recursos para

o desenvolvimento de ações em con-

junto com os municípios.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 9

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O Sistema Estadual de Avaliação da

Aprendizagem Escolar – SEAPE tem

uma sólida série histórica, que fornece

ricos dados a respeito do desenvolvi-

mento da aprendizagem no 3º, 5º e

9º anos do ensino fundamental e na

3ª série do ensino médio, desde 2009.

Como os resultados da avaliação têm

contribuído para as ações da Secreta-

ria de Educação do Acre?

A partir dos resultados das avalia-

ções, é possível identifi car o padrão

de desempenho dos nossos alunos e

planejar políticas públicas que aten-

dam as necessidades da rede estadual,

por exemplo, investindo mais em for-

mações continuadas dos professores,

acompanhamentos pedagógicos junto

às escolas e aos municípios pela equipe

da SEE e fortalecimento do currículo a

partir do planejamento que atenda as

reais necessidades dos alunos. A ava-

liação do SEAPE nos permite ter um

diagnóstico apurado da qualidade da

educação que praticamos e fazer as

intervenções necessárias para garantir

cada vez mais que o processo de en-

sino-aprendizagem, nas escolas, contri-

bua signifi cativamente para o desenvol-

vimento de nossos estudantes.

Falando em ensino médio, na sua

opinião, qual o maior desafi o para esta

etapa da educação básica, sobretudo

para alcançar as metas educacionais

propostas, como as do Ideb?

Os maiores desafi os são diminuir a

evasão e repetência e garantir o desen-

volvimento das capacidades esperadas

para essa etapa de ensino. Outro de-

safi o é garantir e fortalecer a formação

inicial e continuada de profi ssionais da

educação que atuam nessa etapa fi nal

da educação básica.

Secretário, deixe um recado para os

profi ssionais da rede pública de ensino

do Acre compromissados com a ga-

rantia do direito à aprendizagem.

No Acre, trabalhamos com três pi-

lares: universalização do ensino, educa-

ção de qualidade para todos e garantia

de permanência dos alunos na escola.

Esses são os desafi os para todos os ser-

vidores da Secretaria de Estado de Edu-

cação e Esporte, seja para os servidores

lotados nas escolas, seja para aqueles

lotados nas sedes administrativas.

Aprender é um direito de todos. A materialização

desse direito é um enorme desafi o para professores,

gestores e toda a comunidade escolar.

O direito à aprendizagem está relacionado com

objetivos que trabalham os aspectos cognitivos, que

são fundamentais e, portanto, devem ser atingidos.

Entretanto, cabe à escola, para que esse direito seja,

de fato, uma realidade, trabalhar também com valo-

res que estão relacionados à formação do ser huma-

no e à construção de uma sociedade justa, demo-

crática e solidária. Essa é a complexidade da ação

pedagógica que desafi a o dia a dia dos profi ssionais

da educação. Nesse sentido, a defi nição das orien-

tações curriculares e a implementação do projeto

político-pedagógico no interior de cada escola são

elementos essenciais para garantir o êxito do pro-

cesso educativo.

A avaliação em larga escala se situa no interior de

cada escola, em particular, e na rede de ensino, de

modo geral, como uma linha auxiliar ou uma ferra-

menta para que o direito de aprender seja garantido

a todos os estudantes.

A igualdade de oportunidades educacionais é

um dos pilares para a construção de uma escola

democrática, inclusiva e de qualidade. É com esse

olhar que professores e gestores devem analisar e se

apropriar dos resultados da avaliação em larga esca-

la, dando vida e signifi cado pedagógico aos núme-

ros, aos gráfi cos, aos dados estatísticos.

Os dados não falam por si. Eles devem ser con-

textualizados, considerando vários fatores que estão

relacionados com os resultados obtidos pela escola

no processo de avaliação em larga escala. São um

ponto de partida, um convite à análise e ao plane-

jamento para promover a equidade e melhorar a

qualidade do ensino ofertado. As avaliações externas

complementam o trabalho diário da escola e suas

avaliações internas, jamais as substituem.

Além do perfi l socioeconômico, que já vem sen-

do estudado pelas avaliações como um fator que

pode interferir nos resultados, é importante destacar

aqueles internos à vida da escola: as características

da gestão, as práticas pedagógicas, o clima escolar

etc.

O clima escolar está relacionado a vários aspec-

tos característicos do processo educativo e que são

importantes para um bom desenvolvimento das ati-

vidades curriculares: convivência, cuidado, discipli-

na, interesse e motivação, organização e seguran-

ça; uma gestão democrática comprometida com a

qualidade da educação; professores comprometi-

dos com o sucesso escolar e com a viabilização do

direito dos seus alunos aprenderem etc. Todos esses

aspectos refl etem uma concepção de escola e de

educação, perpassando toda a dinâmica da escola,

inclusive na forma como a avaliação é concebida

e apropriada pelos agentes que a constituem. Des-

sa forma, tudo isso deve estar contido no projeto

político-pedagógico da escola, a partir de um mar-

co referencial que trabalha a formação de valores

e, portanto, a importância da educação na vida dos

estudantes.

É nesse sentido que os resultados do SEAPE 2016

devem ser apropriados pela comunidade escolar,

como um diagnóstico importante para as revisões

necessárias ao processo pedagógico desenvolvido.

Devem ser analisados em conjunto com as ativida-

des curriculares e com os processos de avaliação

interna previstos no cotidiano da escola.

Sabemos que são muitos os desafi os da escola

no mundo atual: ela deve ser um espaço de conhe-

cimento, de liberdade, de criação, de cidadania e de

busca permanente pela equidade, além de transmi-

tir os conhecimentos historicamente acumulados.

E é com o olhar de educador que enfrenta esses

desafi os e mantém a esperança e a capacidade de

luta que convidamos você a acompanhar as análises

apresentadas nesta revista.

Aprender - Direito de Todos

10 SEAPE 2016

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O Sistema Estadual de Avaliação da

Aprendizagem Escolar – SEAPE tem

uma sólida série histórica, que fornece

ricos dados a respeito do desenvolvi-

mento da aprendizagem no 3º, 5º e

9º anos do ensino fundamental e na

3ª série do ensino médio, desde 2009.

Como os resultados da avaliação têm

contribuído para as ações da Secreta-

ria de Educação do Acre?

A partir dos resultados das avalia-

ções, é possível identifi car o padrão

de desempenho dos nossos alunos e

planejar políticas públicas que aten-

dam as necessidades da rede estadual,

por exemplo, investindo mais em for-

mações continuadas dos professores,

acompanhamentos pedagógicos junto

às escolas e aos municípios pela equipe

da SEE e fortalecimento do currículo a

partir do planejamento que atenda as

reais necessidades dos alunos. A ava-

liação do SEAPE nos permite ter um

diagnóstico apurado da qualidade da

educação que praticamos e fazer as

intervenções necessárias para garantir

cada vez mais que o processo de en-

sino-aprendizagem, nas escolas, contri-

bua signifi cativamente para o desenvol-

vimento de nossos estudantes.

Falando em ensino médio, na sua

opinião, qual o maior desafi o para esta

etapa da educação básica, sobretudo

para alcançar as metas educacionais

propostas, como as do Ideb?

Os maiores desafi os são diminuir a

evasão e repetência e garantir o desen-

volvimento das capacidades esperadas

para essa etapa de ensino. Outro de-

safi o é garantir e fortalecer a formação

inicial e continuada de profi ssionais da

educação que atuam nessa etapa fi nal

da educação básica.

Secretário, deixe um recado para os

profi ssionais da rede pública de ensino

do Acre compromissados com a ga-

rantia do direito à aprendizagem.

No Acre, trabalhamos com três pi-

lares: universalização do ensino, educa-

ção de qualidade para todos e garantia

de permanência dos alunos na escola.

Esses são os desafi os para todos os ser-

vidores da Secretaria de Estado de Edu-

cação e Esporte, seja para os servidores

lotados nas escolas, seja para aqueles

lotados nas sedes administrativas.

Aprender é um direito de todos. A materialização

desse direito é um enorme desafi o para professores,

gestores e toda a comunidade escolar.

O direito à aprendizagem está relacionado com

objetivos que trabalham os aspectos cognitivos, que

são fundamentais e, portanto, devem ser atingidos.

Entretanto, cabe à escola, para que esse direito seja,

de fato, uma realidade, trabalhar também com valo-

res que estão relacionados à formação do ser huma-

no e à construção de uma sociedade justa, demo-

crática e solidária. Essa é a complexidade da ação

pedagógica que desafi a o dia a dia dos profi ssionais

da educação. Nesse sentido, a defi nição das orien-

tações curriculares e a implementação do projeto

político-pedagógico no interior de cada escola são

elementos essenciais para garantir o êxito do pro-

cesso educativo.

A avaliação em larga escala se situa no interior de

cada escola, em particular, e na rede de ensino, de

modo geral, como uma linha auxiliar ou uma ferra-

menta para que o direito de aprender seja garantido

a todos os estudantes.

A igualdade de oportunidades educacionais é

um dos pilares para a construção de uma escola

democrática, inclusiva e de qualidade. É com esse

olhar que professores e gestores devem analisar e se

apropriar dos resultados da avaliação em larga esca-

la, dando vida e signifi cado pedagógico aos núme-

ros, aos gráfi cos, aos dados estatísticos.

Os dados não falam por si. Eles devem ser con-

textualizados, considerando vários fatores que estão

relacionados com os resultados obtidos pela escola

no processo de avaliação em larga escala. São um

ponto de partida, um convite à análise e ao plane-

jamento para promover a equidade e melhorar a

qualidade do ensino ofertado. As avaliações externas

complementam o trabalho diário da escola e suas

avaliações internas, jamais as substituem.

Além do perfi l socioeconômico, que já vem sen-

do estudado pelas avaliações como um fator que

pode interferir nos resultados, é importante destacar

aqueles internos à vida da escola: as características

da gestão, as práticas pedagógicas, o clima escolar

etc.

O clima escolar está relacionado a vários aspec-

tos característicos do processo educativo e que são

importantes para um bom desenvolvimento das ati-

vidades curriculares: convivência, cuidado, discipli-

na, interesse e motivação, organização e seguran-

ça; uma gestão democrática comprometida com a

qualidade da educação; professores comprometi-

dos com o sucesso escolar e com a viabilização do

direito dos seus alunos aprenderem etc. Todos esses

aspectos refl etem uma concepção de escola e de

educação, perpassando toda a dinâmica da escola,

inclusive na forma como a avaliação é concebida

e apropriada pelos agentes que a constituem. Des-

sa forma, tudo isso deve estar contido no projeto

político-pedagógico da escola, a partir de um mar-

co referencial que trabalha a formação de valores

e, portanto, a importância da educação na vida dos

estudantes.

É nesse sentido que os resultados do SEAPE 2016

devem ser apropriados pela comunidade escolar,

como um diagnóstico importante para as revisões

necessárias ao processo pedagógico desenvolvido.

Devem ser analisados em conjunto com as ativida-

des curriculares e com os processos de avaliação

interna previstos no cotidiano da escola.

Sabemos que são muitos os desafi os da escola

no mundo atual: ela deve ser um espaço de conhe-

cimento, de liberdade, de criação, de cidadania e de

busca permanente pela equidade, além de transmi-

tir os conhecimentos historicamente acumulados.

E é com o olhar de educador que enfrenta esses

desafi os e mantém a esperança e a capacidade de

luta que convidamos você a acompanhar as análises

apresentadas nesta revista.

Aprender - Direito de Todos

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 11

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O Sistema Estadual de Avaliação da Aprendizagem Escolar – SEAPE

o programa

N esta seção, você conhecerá a trajetória do Sistema Estadual de Avaliação

da Aprendizagem Escolar – SEAPE. Começando por sua implementação

e passando por cada uma das suas edições, você compreenderá as especifi ci-

dades da avaliação e poderá, juntamente com seus pares, realizar uma análise

contextualizada dos resultados apresentados por essa avaliação.

O Sistema Estadual de Avaliação da Aprendizagem Escolar – SEAPE foi criado em 2009, pela Secretaria de Estado de Educação e Esporte do Acre, para produzir diagnósticos periódicos acerca do ensino, monitorando a educação pública ofertada e oferecendo subsídios para que políticas públicas educacionais pudessem ser desenhadas e implementadas. Desde 2009, foram mais de 275 mil alunos avaliados, nas redes estadual e municipais. Desde sua primeira edição, o programa avalia língua portuguesa (leitura) e matemática. O 5º e o 9º anos do ensino fundamental, bem como a 3ª série do ensino médio, foram as séries avaliadas em todas as edições do SEAPE. A partir de 2010, o 3º ano do ensino fundamental também passou a ser avaliado, permitindo produzir um diagnóstico do ciclo de alfabetização. Em 2015, além dessas séries, a 1ª e a 2ª séries do ensino médio também foram avaliadas.

Em 2009, ano da implementação do programa, foram avaliados 24.323 alunos, do 5º e do 9º anos do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio, nas redes estadual e municipais.

Em 2010, além das etapas avaliadas em 2009, foi avaliado ainda o 3º ano do ensino fundamental, das duas redes, totalizando mais de 35.000 estudantes.

Entre 2011 e 2014, foram avaliadas as mesmas etapas de escolaridade, das duas redes de ensino, abrangendo mais de 150.000 estudantes.

Em 2015, o SEAPE avaliou também o 1º e o 2º anos do ensino médio, além daquelas etapas já avaliadas, totalizando 55.850 estudantes

2009

2010

2011 a 2014

2015

Com uma série histórica de sete edições, foi possível perceber, através dos dados pro-

duzidos pelo SEAPE, alguma melhoria no ensino ofertado? O que os dados nos dizem,

afi nal? O que poderia ser destacado quando analisamos os resultados produzidos pelo

programa até aqui? Como resposta, podemos afi rmar que os anos iniciais do ensino fun-

damental (3º e 5º anos) apresentaram uma mudança nos resultados que precisa ser des-

tacada.

Em língua portuguesa, as médias de profi ciência do 3º ano do ensino fundamental mos-

tram evolução entre 2010 e 2015. Ao longo desse período, a média da rede estadual passou

de 477,8, em 2010, para 527, 4, em 2015, aumento sufi ciente para alterar o padrão de de-

sempenho no qual a média se localiza (527,4 é uma média referente ao padrão avançado).

Gráfi co 1:

Médias de profi ciência do 3º EF em língua portuguesa no SEAPE – rede estadual

477,8

488,3

499,7505,9

513,4

527,4

450,0

460,0

470,0

480,0

490,0

500,0

510,0

520,0

530,0

540,0

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Fonte: CAEd/UFJF, 2016.

Para as redes municipais, os resultados apresentaram um comportamento semelhante. O 3º ano do en-

sino fundamental, em língua portuguesa, viu a profi ciência média passar de 464,7, em 2010, para 507,1, em

2015 (neste último caso, também uma profi ciência localizada no padrão avançado).

Em relação à matemática, a profi ciência média do 3º ano também aumentou entre 2010 e 2015, pas-

sando de 738,1 para 768,1. Nesse caso, apesar de não ter havido alteração de padrão de desempenho no

qual a média se localiza (permaneceu no padrão básico), o aumento da média de profi ciência não pode ser

desprezado. Em termos absolutos, o crescimento da profi ciência em língua portuguesa foi mais robusto do

que o observado em matemática.

12 SEAPE 2016

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O Sistema Estadual de Avaliação da Aprendizagem Escolar – SEAPE

o programa

N esta seção, você conhecerá a trajetória do Sistema Estadual de Avaliação

da Aprendizagem Escolar – SEAPE. Começando por sua implementação

e passando por cada uma das suas edições, você compreenderá as especifi ci-

dades da avaliação e poderá, juntamente com seus pares, realizar uma análise

contextualizada dos resultados apresentados por essa avaliação.

O Sistema Estadual de Avaliação da Aprendizagem Escolar – SEAPE foi criado em 2009, pela Secretaria de Estado de Educação e Esporte do Acre, para produzir diagnósticos periódicos acerca do ensino, monitorando a educação pública ofertada e oferecendo subsídios para que políticas públicas educacionais pudessem ser desenhadas e implementadas. Desde 2009, foram mais de 275 mil alunos avaliados, nas redes estadual e municipais. Desde sua primeira edição, o programa avalia língua portuguesa (leitura) e matemática. O 5º e o 9º anos do ensino fundamental, bem como a 3ª série do ensino médio, foram as séries avaliadas em todas as edições do SEAPE. A partir de 2010, o 3º ano do ensino fundamental também passou a ser avaliado, permitindo produzir um diagnóstico do ciclo de alfabetização. Em 2015, além dessas séries, a 1ª e a 2ª séries do ensino médio também foram avaliadas.

Em 2009, ano da implementação do programa, foram avaliados 24.323 alunos, do 5º e do 9º anos do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio, nas redes estadual e municipais.

Em 2010, além das etapas avaliadas em 2009, foi avaliado ainda o 3º ano do ensino fundamental, das duas redes, totalizando mais de 35.000 estudantes.

Entre 2011 e 2014, foram avaliadas as mesmas etapas de escolaridade, das duas redes de ensino, abrangendo mais de 150.000 estudantes.

Em 2015, o SEAPE avaliou também o 1º e o 2º anos do ensino médio, além daquelas etapas já avaliadas, totalizando 55.850 estudantes

2009

2010

2011 a 2014

2015

Com uma série histórica de sete edições, foi possível perceber, através dos dados pro-

duzidos pelo SEAPE, alguma melhoria no ensino ofertado? O que os dados nos dizem,

afi nal? O que poderia ser destacado quando analisamos os resultados produzidos pelo

programa até aqui? Como resposta, podemos afi rmar que os anos iniciais do ensino fun-

damental (3º e 5º anos) apresentaram uma mudança nos resultados que precisa ser des-

tacada.

Em língua portuguesa, as médias de profi ciência do 3º ano do ensino fundamental mos-

tram evolução entre 2010 e 2015. Ao longo desse período, a média da rede estadual passou

de 477,8, em 2010, para 527, 4, em 2015, aumento sufi ciente para alterar o padrão de de-

sempenho no qual a média se localiza (527,4 é uma média referente ao padrão avançado).

Gráfi co 1:

Médias de profi ciência do 3º EF em língua portuguesa no SEAPE – rede estadual

477,8

488,3

499,7505,9

513,4

527,4

450,0

460,0

470,0

480,0

490,0

500,0

510,0

520,0

530,0

540,0

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Fonte: CAEd/UFJF, 2016.

Para as redes municipais, os resultados apresentaram um comportamento semelhante. O 3º ano do en-

sino fundamental, em língua portuguesa, viu a profi ciência média passar de 464,7, em 2010, para 507,1, em

2015 (neste último caso, também uma profi ciência localizada no padrão avançado).

Em relação à matemática, a profi ciência média do 3º ano também aumentou entre 2010 e 2015, pas-

sando de 738,1 para 768,1. Nesse caso, apesar de não ter havido alteração de padrão de desempenho no

qual a média se localiza (permaneceu no padrão básico), o aumento da média de profi ciência não pode ser

desprezado. Em termos absolutos, o crescimento da profi ciência em língua portuguesa foi mais robusto do

que o observado em matemática.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 13

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Gráfi co 2

Médias de profi ciência do 3º EF em matemática no SEAPE – rede estadual

738,1

743,3

756,7 758,4761,6

768,8

720,0725,0730,0735,0740,0745,0750,0755,0760,0765,0770,0775,0

2010 2011 2012 2013 2014 2015

Fonte: CAEd/UFJF, 2016.

No entanto, é importante ressaltar que os resultados de profi ciência da rede estadual do Acre não me-

lhoraram em apenas uma das disciplinas avaliadas: as duas disciplinas apresentaram progresso em seus

resultados. Além disso, não foi apenas a rede estadual a melhorar: as redes municipais também apresenta-

ram comportamento semelhante. Em matemática, a média de profi ciência das redes municipais passou de

732,6, em 2010, para 758,1, em 2015.

Assim como o 3º ano, o 5º ano do ensino fundamental apresentou resultados que apontam para uma

melhoria consistente no ensino ofertado. Em língua portuguesa, a média de profi ciência da rede estadual

passou de 183,9, em 2009, para 205, em 2015. Em relação às redes municipais, também foi possível observar

uma melhoria: de 177, em 2010, para 193,5, em 2015.

Gráfi co 3

Médias de profi ciência do 5º EF em língua portuguesa no SEAPE – rede estadual

183,9

179,7

188,0 189,5192,7

199,7

205,0

165,0

170,0

175,0

180,0

185,0

190,0

195,0

200,0

205,0

210,0

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

Fonte: CAEd/UFJF, 2016.

A consistência na melhoria dos resultados fi ca ainda mais evidente quando analisamos os resultados de

matemática: a média de profi ciência da rede estadual passou de 192,2, em 2009, para 219,5, em 2015 (o

que representou uma mudança de padrão de desempenho no qual a média de profi ciência se localiza, do

padrão básico ao padrão adequado). Com as redes municipais, o mesmo comportamento pôde ser obser-

vado: a profi ciência do 5º ano passa de 189,4, em 2009, para 206,9, em 2015 (também representando uma

mudança de padrão de desempenho no qual a média de profi ciência se localiza).

Gráfi co 4

Médias de profi ciência do 5º EF em matemática no SEAPE – rede estadual

192,2

185,6

196,5202,2

210,6 210,9

219,5

160,0

170,0

180,0

190,0

200,0

210,0

220,0

230,0

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015Fonte: CAEd/UFJF, 2016.

Os resultados das redes públicas do Acre, observados ao longo de sete edições do SEAPE, indicam a

melhoria na qualidade do ensino no estado. Trata-se de um processo consistente: os resultados melhoraram

de forma contínua, no 3º e no 5º anos do ensino fundamental, em língua portuguesa e matemática, na rede

estadual e nas redes municipais.

No caso do ensino médio, desde a primeira avaliação em língua portuguesa, o desempenho médio dos

estudantes da rede estadual tem se mantido no padrão básico. No caso de matemática, o 3º ano, nas duas

primeiras edições, apresentou desempenho abaixo do básico, mas, a partir de 2011, os resultados melho-

raram, chegando à profi ciência de 256,2 em 2015, o que elevou o padrão de desempenho dos estudantes

para o padrão básico.

Além do desempenho no SEAPE, há outros indicadores importantes que sinalizam sobre a melhoria da

qualidade da educação no Acre. É o caso do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb. Ana-

lisando os resultados do Ideb da rede estadual, desde 2007, os anos iniciais superaram a meta estipulada

desde então. Os anos fi nais também superaram a meta até 2009 e, em 2013, alcançaram o que havia sido

estipulado, 4,4. Em 2015 já não se consegue atingir a meta, fi cando com 4,4, quando a meta era 4,7. Já o en-

sino médio superou ou alcançou a meta nas três primeiras edições do Ideb e, a partir de 2013, fi cou abaixo

do que havia sido estabelecido.

14 SEAPE 2016

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A consistência na melhoria dos resultados fi ca ainda mais evidente quando analisamos os resultados de

matemática: a média de profi ciência da rede estadual passou de 192,2, em 2009, para 219,5, em 2015 (o

que representou uma mudança de padrão de desempenho no qual a média de profi ciência se localiza, do

padrão básico ao padrão adequado). Com as redes municipais, o mesmo comportamento pôde ser obser-

vado: a profi ciência do 5º ano passa de 189,4, em 2009, para 206,9, em 2015 (também representando uma

mudança de padrão de desempenho no qual a média de profi ciência se localiza).

Gráfi co 4

Médias de profi ciência do 5º EF em matemática no SEAPE – rede estadual

192,2

185,6

196,5202,2

210,6 210,9

219,5

160,0

170,0

180,0

190,0

200,0

210,0

220,0

230,0

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015Fonte: CAEd/UFJF, 2016.

Os resultados das redes públicas do Acre, observados ao longo de sete edições do SEAPE, indicam a

melhoria na qualidade do ensino no estado. Trata-se de um processo consistente: os resultados melhoraram

de forma contínua, no 3º e no 5º anos do ensino fundamental, em língua portuguesa e matemática, na rede

estadual e nas redes municipais.

No caso do ensino médio, desde a primeira avaliação em língua portuguesa, o desempenho médio dos

estudantes da rede estadual tem se mantido no padrão básico. No caso de matemática, o 3º ano, nas duas

primeiras edições, apresentou desempenho abaixo do básico, mas, a partir de 2011, os resultados melho-

raram, chegando à profi ciência de 256,2 em 2015, o que elevou o padrão de desempenho dos estudantes

para o padrão básico.

Além do desempenho no SEAPE, há outros indicadores importantes que sinalizam sobre a melhoria da

qualidade da educação no Acre. É o caso do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o Ideb. Ana-

lisando os resultados do Ideb da rede estadual, desde 2007, os anos iniciais superaram a meta estipulada

desde então. Os anos fi nais também superaram a meta até 2009 e, em 2013, alcançaram o que havia sido

estipulado, 4,4. Em 2015 já não se consegue atingir a meta, fi cando com 4,4, quando a meta era 4,7. Já o en-

sino médio superou ou alcançou a meta nas três primeiras edições do Ideb e, a partir de 2013, fi cou abaixo

do que havia sido estabelecido.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 15

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Tabela 1

Ideb rede estadual do Acre – 2007 a 2015

Etapa IDEB2007

IDEB2009

IDEB2011

IDEB2013

IDEB2015

PROJEÇÕES

2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

Anos Iniciais 3,8 4,5 4,7 5,2 5,5 3,4 3,7 4,2 4,4 4,7 5,0 5,3 5,6

Anos Finais 3,8 4,1 4,2 4,4 4,4 3,5 3,7 4,0 4,4 4,7 5,0 5,3 5,5

Ensino Médio 3,3 3,5 3,3 3,3 3,5 3,0 3,1 3,3 3,5 3,9 4,3 4,6 4,8

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

É importante apropriar-se dessas informações e problematizá-las, em cada escola e na rede como um

todo. O objetivo é que os agentes educacionais, na escola ou nos órgãos gestores, possam utilizar as infor-

mações produzidas pela avaliação em larga escala, a fi m de encontrar caminhos que melhorem a qualidade

da educação ofertada, garantindo o direito de toda criança e jovem aprender. O SEAPE serve justamente

a esse propósito: fornecer um diagnóstico da qualidade do ensino das redes públicas do Acre, permitindo,

dessa forma, acompanhar a garantia do direito de aprender de todo aluno acreano. As melhorias observadas

no 3º e no 5º anos do ensino fundamental, bem como o resultado do Ideb dos anos iniciais, podem ser

consequências de ações planejadas, abrindo caminho para que novas mudanças tenham lugar, inclusive em

outras etapas de escolaridade. De posse das informações produzidas através da avaliação em larga escala,

uma leitura mais ampla do cenário educacional torna-se possível, ajudando a identifi car problemas e a bus-

car soluções para contorná-los. É o que podemos esperar das próximas edições do SEAPE.

Destacamos, ainda, que os dados da avaliação são mais amplos do

que os expostos neste breve resumo sobre o SEAPE. De todo modo, a

partir deles, tendo em vista as melhorias ou as difi culdades diagnostica-

das, é possível levantar hipóteses sobre os motivos pelos quais elas fo-

ram obtidas. Eles podem ser inúmeros e oriundos de diferentes fontes.

16 SEAPE 2016

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Tabela 1

Ideb rede estadual do Acre – 2007 a 2015

Etapa IDEB2007

IDEB2009

IDEB2011

IDEB2013

IDEB2015

PROJEÇÕES

2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

Anos Iniciais 3,8 4,5 4,7 5,2 5,5 3,4 3,7 4,2 4,4 4,7 5,0 5,3 5,6

Anos Finais 3,8 4,1 4,2 4,4 4,4 3,5 3,7 4,0 4,4 4,7 5,0 5,3 5,5

Ensino Médio 3,3 3,5 3,3 3,3 3,5 3,0 3,1 3,3 3,5 3,9 4,3 4,6 4,8

Fonte: Brasília: Inep, 2016.

É importante apropriar-se dessas informações e problematizá-las, em cada escola e na rede como um

todo. O objetivo é que os agentes educacionais, na escola ou nos órgãos gestores, possam utilizar as infor-

mações produzidas pela avaliação em larga escala, a fi m de encontrar caminhos que melhorem a qualidade

da educação ofertada, garantindo o direito de toda criança e jovem aprender. O SEAPE serve justamente

a esse propósito: fornecer um diagnóstico da qualidade do ensino das redes públicas do Acre, permitindo,

dessa forma, acompanhar a garantia do direito de aprender de todo aluno acreano. As melhorias observadas

no 3º e no 5º anos do ensino fundamental, bem como o resultado do Ideb dos anos iniciais, podem ser

consequências de ações planejadas, abrindo caminho para que novas mudanças tenham lugar, inclusive em

outras etapas de escolaridade. De posse das informações produzidas através da avaliação em larga escala,

uma leitura mais ampla do cenário educacional torna-se possível, ajudando a identifi car problemas e a bus-

car soluções para contorná-los. É o que podemos esperar das próximas edições do SEAPE.

Destacamos, ainda, que os dados da avaliação são mais amplos do

que os expostos neste breve resumo sobre o SEAPE. De todo modo, a

partir deles, tendo em vista as melhorias ou as difi culdades diagnostica-

das, é possível levantar hipóteses sobre os motivos pelos quais elas fo-

ram obtidas. Eles podem ser inúmeros e oriundos de diferentes fontes.

Os resultados alcançados em 2016resultados

Professor, os resultados alcançados pela sua es-

cola na avaliação de Língua Portuguesa e Mate-

mática (Alfabetização) do SEAPE 2016 estão disponí-

veis em www.seape.caedufjf.net. É importante que

você leia, analise e compreenda as informações.

Entretanto, você não deve parar por aqui. É im-

prescindível que toda a escola seja envolvida na

discussão desses dados. Acreditamos que a escola

capaz de fazer a diferença é, também, aquela que

consegue garantir a aprendizagem dos seus estu-

dantes, interpretando, analisando e utilizando as

informações da avaliação educacional – externa e

interna –, com vistas à melhoria permanente dos re-

sultados.

Nesta seção você encontra um roteiro de leitura

e interpretação das informações disponíveis. Nos re-

sultados, são apresentados os dados de proficiência

média, a distribuição dos estudantes pelos padrões

de desempenho e a participação. Em seguida, estão

dispostos os percentuais de acerto em relação às

habilidades avaliadas nos testes. Cada tipo de resul-

tado conta com roteiro específico.

Além disso, são apresentadas informações acer-

ca do contexto de sua escola, como o Índice So-

cioeconômico (ISE), e indicadores de qualidade, no

caso, o Índice de Desenvolvimento da Educação

Básica (Ideb).

O que é o Ideb?

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)

é um indicador que reúne dois elementos importantes para a

qualidade da educação: o fluxo escolar e o desempenho nas

avaliações em larga escala. O índice é calculado com base nos

dados sobre aprovação, obtidos através do Censo Escolar, e nos

dados de desempenho, obtidos através dos testes padronizados

do Saeb. Dessa forma, o Ideb apresenta resultados sintéticos,

permitindo traçar metas de qualidade para os sistemas de ensi-

no, específicos para cada escola.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 17

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» Ter máquina de lavar

» Ter de 1 a 20 livros

» Ter coleta de lixo » Ir quase nunca a

parques » Ter um banheiro » Ter um dicionário » Ir quase nunca a

teatros » Ter mãe com

os anos iniciais do ensino fundamental completos

» Ter pai com os anos iniciais do ensino fundamental completos

» Morar em rua com calçamento

» Ir quase nunca a cinemas

» Ter um micro-ondas

» Passear na cidade nas férias

» Ir quase nunca a museus

» Ter um videogame » Ir quase nunca a

shows » Ter um

automóvel* » Ter um

computador*

» Ter de 21 a 100 livros

» Ter um ar-condicionado

» Ter um smartphone

» Ter pai com os anos finais do ensino fundamental completos

» Ter mãe com os anos finais do ensino fundamental completos

» Ter acesso à internet

» Ter um quarto próprio

» Ir quase sempre a teatros

» Ir quase sempre a parques

» Ir quase sempre a cinemas

» Ter familiar que receba Bolsa Família

» Ter mãe com o ensino médio completo

» Ter pai com o ensino médio completo

» Ter dois ou mais smartphones

» Ter dois ou mais ares-condicionados

» Ter dois ou mais computadores

» Ter dois ou mais automóveis

» Ir sempre ou quase sempre a shows

» Ter dois ou mais videogames

» Ir sempre ou quase sempre a museus

» Viajar nas férias » Ir sempre a

cinemas » Ter dois ou mais

micro-ondas

» Ter mãe com o ensino superior completo

» Ter pai com o ensino superior completo

» Ir sempre a teatros

» Ter dois ou mais dicionários

» Ter dois ou mais banheiros

» Ir sempre a parques

» Ter duas ou mais máquinas de lavar

» Ter mais de 100 livros

Nível

Os níveis de ISE calculados para o SEAPE são:

Nível

Nível 1

+Nível 2

+Nível 3

+Nível 4

+Nível 5

+

Nível Nível Nível Nível1 2 3 4 5 6

O que é o ISE – Índice Socioeconômico?

O Índice Socioeconômico (ISE) reúne infor-

mações sobre as condições sociais, culturais e

econômicas dos estudantes e de suas famílias.

Levando em conta uma série de aspectos, como

a escolaridade dos pais e a posse de bens (ma-

teriais e culturais), o ISE é uma importante infor-

mação para a compreensão do desempenho es-

colar, tendo em vista que ele é influenciado por

diversos fatores, entre eles, o contexto social da

escola e as condições econômicas e sociais das

famílias dos alunos.

* Originalmente, na elaboração dos cortes da escala, as variáveis Ter um automóvel e Ter um computador foram alocadas no nível 3 da escala. Os valores que separam essas duas variáveis do nível 2 é estaticamente pouco significativa. Por isso, para uma melhor distribuição e caracterização dos itens nos níveis, essas variáveis foram deslocadas para o nível 2 da escala do ISE.

18 SEAPE 2016

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Roteiros de leitura e análise de resultados

Com o intuito de ajudá-lo no processo de leitu-

ra e análise dos resultados, sugerimos dois roteiros

com orientações, passo a passo, de como deve ser

feita a leitura e a interpretação dos resultados do

SEAPE 2016, em cada etapa de escolaridade ava-

liada. Para isso, você deve reproduzir as atividades

para cada uma das etapas.

Para aprofundar as reflexões acerca dos resul-

tados da avaliação em larga escala, é importante,

ainda, consultar o Glossário da Avaliação em Lar-

ga Escala, disponível em www.seape.caedufjf.net,

bem como os padrões de desempenho estudan-

til, os quais descrevem, pedagogicamente, o sig-

nificado das médias alcançadas pelos estudantes

da rede estadual e redes municipais do Acre que

participaram do SEAPE 2016. Essas descrições es-

tão disponíveis na seção Padrões de desempenho

desta revista e ilustrados com itens representativos

de cada padrão.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 19

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Proficiência alcançada pela escola nas três últimas edições do SEAPE em Língua Portuguesa e Matemática.

Esta é a primeira informação sobre o desem-

penho dos estudantes de sua escola: a média de

proficiência1 alcançada pela escola nas três últimas

edições do SEAPE, na disciplina Língua Portuguesa

e Matemática, em cada etapa avaliada. A observa-

ção da média nos ajuda a verificar a melhoria da

qualidade da educação ofertada, a partir da evolu-

ção do desempenho da escola ao longo do tem-

po.

1 A média de proficiência da escola é o valor da média aritmética das proficiências alcançadas pelos estudantes da escola, no teste.

O termo proficiência refere-se ao conhecimento ou à aptidão que os

alunos demonstram ter em relação a um determinado conteúdo de uma disciplina

avaliada pelos testes cognitivos.

Este primeiro roteiro orienta a leitura e interpretação dos resultados gerais da sua escola: proficiência, distribuição percentual dos estudantes pelos padrões de desempenho e participação.

1

20 SEAPE 2016

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Observe, na página de resultados, as proficiências alcançadas pelos estudantes nas três últimas

edições do SEAPE, em uma determinada etapa, e preencha o quadro a seguir.

EDIÇÃO PROFICIÊNCIA ANÁLISE

2014 Qual é o comportamento da média de proficiência da sua escola, ao longo dos anos?

( ) Está aumentando

( ) Está estável

( ) Está diminuindo

OBS.:

2015

2016

Com seus colegas professores e com a equipe pedagógica, levante algumas hipóteses sobre a

evolução dos resultados da sua escola ao longo do tempo. Registre o que vocês discutiram. Isso

pode ajudá-los na apropriação das informações fornecidas pelos resultados do SEAPE.

Repita o processo para todas as etapas avaliadas.

ATIVIDADE 1

Distribuição percentual dos estudantes pelos padrões de desempenho nas três últimas edições do SEAPE.

Depois de observar a proficiência da escola,

vamos verificar como os estudantes estão distri-

buídos pelos padrões de desempenho. De acordo

com a proficiência alcançada no teste, um estu-

dante demonstra determinado perfil ou padrão de

desempenho, ou seja, quanto maior a proficiência

desse estudante, mais elevado é o seu padrão de

desempenho.

Entretanto, em uma turma ou em uma escola,

os estudantes apresentam diferentes padrões de

desempenho. Sendo assim, a escola deve trabalhar

para que haja menos estudantes nos padrões mais

baixos, aumentando o percentual nos padrões

mais elevados, pois almejamos uma educação que

seja de qualidade e para todos. Por isso, essa aná-

lise é tão importante, professor. Ela lhe dará infor-

mações fundamentais para o seu planejamento,

para a construção permanente do projeto políti-

co-pedagógico e para a definição de metas, estra-

tégias e metodologias adequadas às necessidades

dos seus alunos.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 21

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Observe o gráfico da página de resultados e preencha o quadro abaixo com o percentual de

estudantes que se encontra em cada um dos padrões de desempenho. Em seguida, acrescente o

número absoluto de estudantes, na edição de 2016, em cada padrão2.

EDIÇÃO ABAIXO DO BÁSICO BÁSICO ADEQUADO AVANÇADO

2014

2015

2016% de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos % de alunos Nº alunos

C Os percentuais de estudantes nos padrões mais baixos têm diminuído, aumentado ou man-

tiveram-se estáveis ao longo do tempo?

C Qual é o padrão em que se encontra o maior número de estudantes?

C Observando o percentual de estudantes em cada padrão de desempenho, é possível dizer

que os estudantes da sua escola apresentaram:

( ) Melhora gradativa

( ) Estabilidade no desempenho

( ) Queda no desempenho

C Junto com seus colegas e equipe pedagógica, levante possíveis hipóteses para esses resul-

tados.

C Que estratégias podem ser utilizadas para aqueles estudantes que estão nos padrões mais

baixos?

Esse exercício é importante para que as ações sejam bem direcionadas e possam ajudar os

estudantes a desenvolverem as competências necessárias, a fim de que tenham seu direito à

aprendizagem garantido.

2 Para encontrar o número absoluto de alunos, em cada padrão, pode ser feito um cálculo utilizando regra de três, considerando o total de alunos que realizou o teste. Exemplo: Alunos avaliados: 80; percentual de alunos no padrão básico: 20%; total de alunos nesse padrão: 16.

ATIVIDADE 2

22 SEAPE 2016

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Dados de participação nas avaliações do SEAPE nas três últimas edições.

Depois de observar o desempenho alcançado

pelos estudantes da sua escola, é hora de verificar

como foi a participação no teste. O indicador de

participação revela o nível de adesão à avaliação e

é uma informação muito importante para que os

resultados alcançados possam ser generalizados.

Ou seja, quanto maior for a participação dos estu-

dantes nos testes, mais consistente é o resultado

de desempenho alcançado. Consideramos como

percentual mínimo para a generalização dos resul-

tados da escola uma participação acima de 75%.

Na página de resultados, localize o percentual de participação dos estudantes da sua escola

para a etapa de escolaridade que você está analisando.

EDIÇÃO PARTICIPAÇÃO ANÁLISE

2014

Ao longo do tempo a participação

( ) cresceu;

( ) ficou estável;

( ) diminuiu.

Levante hipóteses para o atual índice de participação da escola em relação aos anos anteriores.

Caso a participação em 2016 não tenha correspondido às expectativas, o que pode ser feito para aumentá-la no próximo ciclo do SEAPE?

Um ponto importante nessa atividade é comparar a participação dos estudantes no dia da aplicação do teste com a sua frequência às aulas.

2015

2016

Depois que você já identificou e refletiu um pouco sobre os resultados alcançados por sua

escola, é hora de transportá-los para a escala de proficiência e interpretá-los pedagogica-

mente.

ATIVIDADE 3

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 23

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24 SEAPE 2016

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abaixo do básico

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Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 25

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Trace uma linha correspondente à proficiência da sua escola sobre a escala no ponto em que

está localizada a média de 2016. Depois de traçar essa linha, responda:

C Em qual padrão de desempenho se encontra a média da sua escola nesse ano?

C De acordo com as médias dos anos anteriores, a escola manteve-se no mesmo padrão ou

houve mudança? Caso tenha ocorrido mudança, ela avançou nos padrões ou retrocedeu?

C Observe as competências relacionadas à esquerda da escala de proficiência. De acordo

com a média da sua escola, registre sobre o desenvolvimento de cada uma das competên-

cias avaliadas – é importante observar o que já foi consolidado, o que ainda não foi e o que

está em processo de desenvolvimento. Para isso, observe a explicação sobre as caracterís-

ticas da escala de proficiência, em destaque.

Você encontra a escala de proficiência interativa no endereço www.seape.caedufjf.net.

Nela você pode fazer vários exercícios com diferentes resultados e verificar os padrões de

desempenho, de acordo com cada resultado. Além disso, estão disponíveis exemplos de

itens de acordo com cada nível.

ATIVIDADE 4

Outra interpretação pedagógica dos resultados é identificar as habilidades desenvolvidas, ou

não, pelos grupos de estudantes, de acordo com o padrão de desempenho em que se encontram.

Para isso, volte à Atividade 2 e copie o número de alunos encontrados. Em seguida, vá à seção

Padrões de desempenho e registre, em cada padrão, as habilidades desenvolvidas por cada grupo

de estudantes.

ABAIXO DO BÁSICO BÁSICO ADEQUADO AVANÇADO

Nº de estudantes

Habilidades desenvolvidas

C Quais são as diferenças significativas no desenvolvimento das habilidades entre os estudantes

desta etapa de escolaridade? Para responder a essa pergunta, você precisa comparar o que

os estudantes de padrões mais avançados desenvolveram em relação aos estudantes aloca-

dos nos padrões mais baixos. Registre e discuta com seus colegas sobre suas constatações.

ATIVIDADE 5

26 SEAPE 2016

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ALGUMAS DICAS SOBRE O USO DOS RESULTADOS

Comparar os resultados da sua escola ao longo dos anos, para a mesma etapa de escolaridade. Interpretar os resultados como dados

longitudinais.

Comparar os resultados das diferentes disciplinas.

Tomar a média de proficiência de maneira isolada, sem analisá-la com a

ajuda da escala.

Comparar os resultados das diferentes etapas de escolaridade, com a mesma escala de proficiência, para uma mesma disciplina avaliada.

Analisar os resultados a partir da leitura da escala de proficiência, observando o significado pedagógico da média, tendo em vista o desenvolvimento de habilidades e competências.

O QUE FAZER COM OS DADOS

O QUE NÃO FAZER COM OS DADOS

MÉDIAS DE PROFICIÊNCIA

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 27

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Identificar, em cada disciplina e etapa, os alunos que têm apresentado maiores dificuldades de aprendizagem.

Reconhecer que a cada padrão correspondem níveis diferentes de aprendizagem e usar essa informação para o planejamento pedagógico.

Acompanhar, ao longo do tempo, se a escola tem tido resultados semelhantes para cada etapa e disciplina.

Entender que, quando os estudantes melhoram sua proficiência, eles necessariamente avançam nos

padrões de desempenho.

Entender que os alunos que se encontram no padrão mais baixo não

são capazes de aprender.

Entender que os alunos que se encontram em um padrão de

desempenho em uma disciplina se encontram no mesmo padrão em

outra.

Entender que os alunos que se encontram no padrão mais avançado não necessitam de atenção por parte

do professor e da escola.

Entender que os padrões de desempenho são os mesmos para

todas as etapas e disciplinas avaliadas.

PADRÕES DE DESEMPENHO

28 SEAPE 2016

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Acompanhar a participação dos estudantes nos testes, de modo a buscar a maior participação possível.

Entender que a participação nos testes mensura a garantia do aluno de ser avaliado, decorrência de seu direito de aprender.

Acreditar que, uma vez que a participação já esteja elevada, não é preciso realizar nenhuma ação para

que o percentual aumente ainda mais.

PARTICIPAÇÃO

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 29

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DADOS CONTEXTUAIS

Compreender que as condições socioeconômicas dos estudantes afetam seu desempenho escolar.

Planejar ações pedagógicas e de gestão na escola com base nos resultados.

Reconhecer que as escolas desempenham importante papel na aprendizagem dos estudantes, a despeito de suas origens sociais.

Monitorar os resultados da escola ao longo do tempo a partir do alcance de metas.

Atribuir a dificuldade na melhoria dos resultados apenas à ação de professores e diretores.

Comparar os resultados com os de outras escolas, sem observar dados de contexto.

Atribuir apenas às condições socioeconômicas o resultado da

aprendizagem dos alunos.

METAS

ISE

30 SEAPE 2016

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Este é o segundo roteiro que completa as orientações para leitura e interpretação dos resultados da sua escola. Além dos resultados gerais vistos até agora, você tem acesso aos resultados de cada turma da escola.

2

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 31

Para cada turma, são apresentados os resulta-

dos de proficiência, padrão de desempenho e par-

ticipação com base na Teoria da Resposta ao Item

(TRI) e o percentual de acerto por habilidade com

base na Teoria Clássica dos Testes (TCT). É impor-

tante conhecer e refletir sobre cada um.

Percentual de acerto nas habilidades avaliadas pelo SEAPE 2016.

Depois de conhecer e refletir sobre a proficiência, o padrão de desempenho e a participação da

sua escola é hora de analisar as habilidades avaliadas no SEAPE 2016 e verificar quais apresentaram

maiores dificuldades para os alunos de cada turma. Analise o desempenho de cada turma; há grandes

diferenças de desempenho entre elas?

C Identifique, em cada turma, as habilidades que tiveram menos de 50% de acerto.

C Relacione a habilidade descrita e escreva, na frente de cada turma, o percentual de acerto

referente a ela4 .

C No portal da avaliação, observe quantos itens cada estudante acertou em relação a cada

descritor/habilidade. Observe em quais habilidades o estudante não obteve nenhum acerto.

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

4 Caso seja necessário, reproduza os quadros e faça a atividade contemplando todos as habilidades que tiveram menos de 50% de acerto.

ATIVIDADE

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32 SEAPE 2016

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

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Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 33

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

TURMA DESCRIÇÃO DA HABILIDADE PERCENTUAL DE ACERTO

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Padrões de desempenho

Para caracterizar o desenvolvimento de habilida-

des e competências, são definidos padrões de

desempenho estudantil. A partir deles, você, profes-

sor, pode enriquecer sua prática docente e organi-

zar melhor as intervenções pedagógicas, seja de re-

cuperação, reforço ou aprofundamento, de acordo

com o perfil cognitivo dos estudantes identificado

pela avaliação.

Esta seção contém informações sobre os pa-

drões de desempenho e as habilidades e competên-

cias alocadas nos intervalos menores da escala. Um

conjunto de níveis constitui um padrão de desem-

penho.

Além disso, apresentamos item exemplar para

cada padrão. Esse item corresponde à avaliação

de uma das habilidades compreendidas nesse in-

tervalo. As descrições das habilidades relativas aos

padrões de desempenho de língua portuguesa e

matemática estão de acordo com a descrição pe-

dagógica apresentada pelo CAEd, na análise dos

resultados do SEAPE 2016.

/// Abaixo do Básico

Padrão de desempenho muito abaixo do mínimo esperado para a etapa de escolaridade e área do conhecimento avaliadas. Para os alunos que se encontram neste padrão, deve ser dada atenção especial, exigindo uma ação pedagógica intensiva por parte da instituição escolar.

///Básico

Padrão de desempenho considerado básico para a etapa e área de conhecimento avaliadas. Os alunos que se encontram neste padrão caracterizam-se por um processo inicial de desenvolvimento das competências e habilidades correspondentes à etapa de escolaridade em que estão situados.

/// Adequado

Padrão de desempenho considerado adequado para a etapa e área do conhecimento avaliadas. Os alunos que se encontram neste padrão demonstram ter desenvolvido as habilidades essenciais referentes à etapa de escolaridade em que se encontram.

/// Avançado

Padrão de desempenho desejável para a etapa e área de conhecimento avaliadas.

Os alunos que se encontram neste padrão demonstram desempenho além do esperado para a etapa de escolaridade em

que se encontram.

34 SEAPE 2016

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abaixo do básico

Língua Portuguesa

3º ano do Ensino Fundamental

ATÉ 400 PONTOS

/// ATÉ 400 PONTOS

Menor 200 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 Maior 700

C Os estudantes cuja proficiência localiza-se abaixo do ponto 400 da escala de proficiência encontram-

-se no padrão de desempenho denominado abaixo do básico. No intervalo entre 300 e 350 pontos,

há ocorrências de habilidades relacionadas ao domínio do principio alfabético como: identificar, em

um texto, palavras que rimam e decodificar palavras formadas por sílabas canônicas. Ocorrem ainda

habilidades iniciais relacionadas ao eixo de leitura.

C Os estudantes que estão no limite da passagem deste padrão ao seguinte – de 350 a 400 pontos -

resolvem tarefas relacionadas às habilidades do domínio do princípio alfabético como decodificar

palavras compostas por sílabas não canônicas e ler sentenças. No que diz respeito ao reconheci-

mento dos diferentes usos sociais da leitura e da escrita, esses estudantes apresentam as habilidades

de reconhecer os gêneros textuais e de identificar a finalidade de textos que circulam em diferentes

instâncias sociais, em contextos mais imediatos de vida dos estudantes; como por exemplo, receita

culinária, convite e bilhete.

C Em seu conjunto, o desenvolvimento de habilidades de leitura relacionadas a este padrão de desem-

penho caracteriza um leitor que lê e interpreta pequenos textos com alguma autonomia.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 35

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Esse item avalia a habilidade de decodificar palavras

compostas por sílabas canônicas. Nesse caso, trata-se

de uma palavra trissílaba e paroxítona, característica da

maior parte das palavras que compõem o vocabulário da

língua portuguesa, fato que pode ter contribuído para fa-

cilitar a realização da tarefa.

Para acertar o item o estudante deve ver a figura no

suporte e ler as palavras das alternativas, que apresentam

semelhanças sonora e/ou gráfica com o gabarito.

Os estudantes que escolheram a alternativa D, o gaba-

rito, demonstraram ter desenvolvido a habilidade avalia-

da, pois identificaram corretamente, dentre as opções de

resposta, a palavra “PANELA” como aquela que nomeia a

figura.

(P030517G5) Veja a figura abaixo.

Qual é o nome dessa figura?

BALELA

BANDEJA

PALETA

PANELA

36 SEAPE 2016

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básico3º ano do Ensino Fundamental

DE 400 A 450 PONTOS

/// DE 400 A 450 PONTOS

C Os estudantes que estão alocados no padrão básico se situam no intervalo de 400 a 450 pontos da

escala de proficiência. Além das habilidades descritas no intervalo anterior, neste nível, em relação à

leitura, encontram-se as habilidades de realizar inferência a partir da integração entre texto verbal e

não verbal, como histórias em quadrinhos e tirinhas, e de inferir o sentido de uma palavra a partir do

contexto.

Menor 200 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 Maior 700

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 37

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Esse item avalia a habilidade de fazer inferências

a partir da integração entre texto verbal e não verbal.

Nesse caso, a inferência deve ser realizada a partir da

leitura de uma tirinha da personagem Magali, apre-

sentada em quatro quadrinhos conjugando lingua-

gem verbal e não verbal.

Para inferir a informação correta solicitada pelo

comando do item, o estudante deve ler a tirinha fa-

zendo uma integração dos elementos verbais e não

verbais que compõem o texto, atentando para a se-

quência narrativa, para as expressões dos persona-

gens e outros detalhes que compõem cada uma das

cenas.

Os estudantes que marcaram a alternativa C, o

gabarito, demonstraram ter desenvolvido a habilida-

de avaliada pelo item, pois consideraram tanto os

elementos verbais quanto os não verbais da tirinha

para concluir que o desejo da menina era que o sapo

se transformasse em melancia.

Leia o texto abaixo.

Disponível em: <www.alb.com.br/.../image002.jpg>. Acesso em: mar. 2010. (P030100B1_SUP)

(P030100B1) No último quadrinho, o rosto da menina mostra que ela

achou o sapo mais bonito que o príncipe encantado.

acreditava que se transformaria em princesa.

desejava que o sapo se transformasse em melancia.

ficou assustada com a presença de um príncipe.

38 SEAPE 2016

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adequado3º ano do Ensino Fundamental

/// DE 450 A 500 PONTOS

C Os estudantes do padrão adequado situam-se na faixa de 450 a 500 pontos da escala de proficiência.

Aqueles que se encontram neste intervalo ampliam a habilidade de ler uma sentença, nesse caso

com estrutura sintática complexa (sujeito/ verbo/ complemento/ adjuntos). Quanto à leitura, ocor-

rem as habilidades de localizar informação explícita (que se encontra na superfície textual) em textos

curtos de gêneros que circulam em diferentes instâncias sociais, e identificar informações implícitas

em textos curtos da ordem do narrar com vocabulário simples, com pistas bem marcadas no texto.

DE 450 A 500 PONTOS

Menor 200 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 Maior 700

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 39

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Esse item avalia a habilidade de localizar informa-

ção explícita em textos. O texto apresentado como

suporte pertence ao mundo narrado, que geralmen-

te circula amplamente nas esferas escolares. Toda-

via, a extensão e a sofisticação do texto podem ter

contribuído para dificultar a realização da tarefa.

Essa habilidade requer que o estudante leia o tex-

to e a informação solicitada pelo comando, que apa-

rece na primeira linha do primeiro parágrafo.

Os estudantes que assinalaram a alternativa C, o

gabarito, conseguiram compreender que foi a libé-

lula o primeiro animal a ver o menino debaixo da

árvore.

Leia o texto abaixo.

Será mesmo que é bicho?

Debaixo da árvore apareceu um menino. A libélula viu o menino e foi voando chamar os outros bichos.

– Que bicho será?E os bichos curiosos começaram a pesquisar. O pato olhou o pé e viu que

não era pé de pato. O galo olhou a cabeça:– Que chique! É cabeça de artista. Tem topete, não tem crista.O coelho olhou a pele:– Que coisa engraçada. Esta pele não tem pelo. Esta pele não tem pena.

Mas que pele mais pelada!– Coitado! – disse o passarinho. – Debaixo da árvore, tão sozinho, vai ver

que caiu de algum ninho.Mas que bicho mais estranho. Afi nal de contas, que bicho será?– E se não for bicho? – disse o coelho preocupado.– Ah, já sei! – disse a libélula. – É um fi lhote de gente.– Meu Deus! – disse o passarinho. – Gente é muito perigoso. Joga pedra

no meu ninho.– Não tem perigo! – falou o pato. – Ele é muito pequenino. Filhote de

gente, eles chamam de menino.MACHADO, Angelo. Será mesmo que é bicho? Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996. Fragmento. (AL855MG_SUP)

(AL855MG) Qual animal viu primeiro o menino debaixo da árvore?

Coelho.

Galo.

Libélula.

Passarinho.

40 SEAPE 2016

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avançado3º ano do Ensino Fundamental

ACIMA DE 500 PONTOS

/// ACIMA DE 500 PONTOS

C A principal característica dos estudantes que apresentam proficiência compatível com o padrão de

desempenho avançado é o fato de terem desenvolvido habilidades de leitura além daquelas es-

peradas para a etapa de escolarização em que se encontram. Este padrão abriga vários níveis de

desempenho, portanto, as habilidades descritas apresentam diferentes estágios de complexidade, a

depender do nível em que se encontram os estudantes.

C Os estudantes com proficiência entre 500 e 550 pontos, com relação ao domínio do principio alfa-

bético, ampliam sua habilidade de identificar rimas, localizando as que aparecem distantes em um

texto. Com relação à leitura, os estudantes ampliam suas habilidades referentes à localização de

informação explícita expressa literalmente em um texto verbal de extensão média. Identificam ain-

da a finalidade de textos de gêneros próprios do contexto escolar, como anúncio, biografia e texto

instrucional. Esses estudantes também realizam tarefas relacionadas às habilidades de inferir a ideia

central de textos verbais de gêneros familiares e estabelecer relações de causa/consequência entre

partes e elementos de um texto.

C Aqueles que possuem proficiência entre 550 a 600 pontos, no que diz respeito à leitura, ampliam

habilidades relacionadas ao reconhecimento de gêneros de textos comuns na esfera escolar e lo-

calizam informação explícita, de forma literal, em texto longo. Além dessas habilidades, inferem o

sentido de uma palavra a partir do contexto.

C A partir dos 600 pontos da escala de proficiência, há a ampliação de habilidades de localização de

informação explícita em textos, e identificação da finalidade de textos mais complexos, como por

exemplo, regras de jogos ou brincadeiras, textos jornalísticos, entre outros. Surge neste intervalo a

habilidade de recuperar as relações estabelecidas entre elementos de referenciação.

C Observa-se, portanto, que as principais conquistas a partir deste nível de proficiência dizem respeito

à capacidade de interagir com os textos, percebendo as relações existentes entre as diferentes partes

que os constituem.

Menor 200 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 Maior 700

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 41

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Esse item avalia a habilidade de estabelecer re-

lações de causa e consequência entre partes e ele-

mentos de um texto. O desenvolvimento dessa ha-

bilidade auxilia na formação do leitor, uma vez que o

estudante consegue identificar relações de causa e

consequência, geralmente utilizadas como estraté-

gia para a progressão textual, o que contribui para a

compreensão do sentido global do texto.

Para resolver a tarefa proposta pelo item, o estu-

dante precisa ler todo o texto informativo que trata

dos camaleões para identificar a relação de causa-

lidade, claramente marcada no início do segundo

parágrafo do texto.

Os estudantes que marcaram a alternativa D, o

gabarito, desenvolveram a habilidade avaliada, uma

vez que conseguiram compreender que os cama-

leões mudam de cor porque sofrem variações no

seu estado emocional.

Leia o texto abaixo.

O que fazem os camaleões?

Eles não mudam de cor para se camuflar no ambiente onde se encontram. [...] Mito total. Pura invenção. Mentira deslavada.

Eles mudam de cor como resultado de variações no seu estado emocional. Se por acaso se confundem com ambiente à sua volta, é pura coincidência. [...]

Esses animais conseguem ficar totalmente imóveis durante várias horas seguidas. Por causa disso, e do fato de que comem muito pouco, acreditou-se durante séculos que eles viviam de vento. Isso, claro, também não é verdade.

MITCHINSON, John; LLOYD, John. O livro da ignorância generalizada. Rio de Janeiro: Record, 2012. p. 43-44. Fragmento. (P040327G5_SUP)

(P040327G5) De acordo com esse texto, os camaleões mudam de cor porque

comem muito pouco.

conseguem permanecer imóveis por horas.

se confundem com o ambiente.

sofrem variações no seu estado emocional.

42 SEAPE 2016

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abaixo do básico3º ano do Ensino Fundamental

ATÉ 725 PONTOS

/// ATÉ 725 PONTOS

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

C As habilidades matemáticas desenvolvidas nesse padrão relacionam-se, principalmente aos conheci-

mentos adquiridos pelos estudantes antes de entrarem para a escola.

C O desafio que se coloca nesta fase é o de viabilizar condições para que os estudantes possam re-

lacionar esses diversos conhecimentos, por meio de ações objetivas que priorizem uma reflexão

individual sobre diferentes experiências cognitivas, com o conhecimento matemático. Contar quan-

tidades por meio de situações lúdicas representa uma das primeiras formas de vivenciar convenções

numéricas instituídas socialmente. Nessa linha, ao compreender as noções de quantidade, os estu-

dantes estabelecem relações cognitivas com pequenos números, suas representações e o seu uso

em diferentes situações cotidianas. Aprender a ler e a escrever os números em sistema de notação

matemática é uma das habilidades consideradas básicas para que prossigam no seu processo de

escolarização.

C Para que os estudantes relacionem informações que circulam em diferentes esferas sociais, e mo-

bilizem conhecimentos de forma autônoma, torna-se fundamental que desenvolvam habilidades

de leitura e interpretação de dados estatísticos, ampliando, dessa forma, a apreensão da linguagem

matemática.

C Percebe-se, pela análise dos resultados, que esses estudantes demonstram uma apropriação da lin-

guagem matemática porque conseguem associar quantidades de um grupo de objetos à sua re-

presentação numérica; extrair informações de gráficos de coluna por meio de contagem; ler horas

inteiras em relógio digital em situações cotidianas.

Matemática

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 43

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes associa-

rem quantidades de um grupo de objetos à sua represen-

tação numérica.

Para resolvê-lo, os estudantes devem identificar as

canecas a serem contadas, contabilizado uma única vez

cada uma delas, de forma que a última caneca conta-

da corresponda ao número total de elementos do grupo

apresentado, no caso, 15 canecas. Os estudantes que es-

colheram a alternativa C, provavelmente desenvolveram

a habilidade avaliada pelo item.

(M020153E4) Observe abaixo a quantidade de canecas na estante de uma loja.

Quantas canecas têm, ao todo, na estante dessa loja?

13

14

15

16

44 SEAPE 2016

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básico3º ano do Ensino Fundamental

DE 725 A 800 PONTOS

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

/// DE 725 A 800 PONTOS

C Nesse padrão, as habilidades matemáticas que se evidenciam são as relativas aos significados atri-

buídos aos números naturais, seja em um contexto social ou escolar. Os estudantes demonstram

reconhecer e utilizar características do campo Numérico tanto no plano da representação quanto

no da resolução de operações e situações-problema. No que se refere à representação numérica,

esses domínios podem ser percebidos quando esses estudantes escrevem por extenso números

naturais; reconhecem o valor posicional de um algarismo; identificam composição e decomposição

de números naturais; comparam números naturais apresentados em tabelas; identificam esses nú-

meros na reta numérica e completam sequência de números naturais, alternados de 3 em 3. Quanto

à análise da resolução de operações, contextualizadas ou não em situações-problema, observa-se

que esses estudantes: calculam o resultado de adição ou subtração de números naturais; resolvem

problemas envolvendo a comparação de números naturais no processo de contagem, adição e/ou

subtração de números naturais - sem reagrupamento - e multiplicação; reconhecem o algoritmo da

multiplicação em diferentes situações de uso, sendo capazes de efetuar essa operação com núme-

ros naturais, com apenas um algarismo no segundo fator.

C No campo Geométrico, os estudantes com esse perfil identificam triângulos; reconhecem, entre

várias figuras, aquelas de forma quadrada; localizam objetos (perto, longe, direita, esquerda) em re-

presentações plana do espaço.

C As habilidades pertinentes ao campo Grandezas e Medidas podem ser percebidas quando esses

estudantes demonstram a compreensão da noção de tempo ao lerem horas inteiras em relógios

de ponteiro ou digitais, bem como ao realizarem leitura de informações contidas nos calendários;

identificam as cédulas que compõem o Sistema Monetário Brasileiro, necessárias à resolução de

uma situação que remeta à compra e/ou venda de produtos; reconhecem a presença de diferentes

unidades de medida que circulam na sociedade, relacionando-as à grandeza correspondente; iden-

tificam a quantidade de objetos que formam uma dúzia.

C No campo Tratamento da Informação, os estudantes com esse padrão de desempenho, extraem

informações apresentadas em quadros e tabelas, além de interpretarem tabelas de coluna simples.

C Evidencia-se uma ampliação da capacidade de mobilizar conhecimentos matemáticos em todos os

campos, principalmente, no que se refere à resolução de problemas que envolvem as operações de

adição, de subtração e de multiplicação.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 45

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes calcu-

larem o resultado de uma adição de números naturais

envolvendo reagrupamento.

Uma das estratégias possíveis para a resolução é uti-

lizar o algoritmo da adição, escrevendo-o na forma ver-

tical, alinhando as parcelas à direita, de modo que os

algarismos de cada ordem fiquem posicionados vertical-

mente, e calculando a adição em cada uma delas. Outra

estratégia é decompor os termos (por exemplo, 76 = 70

+ 6), efetuar a adição em cada ordem e, depois, com-

por o resultado final. Em qualquer estratégia utilizada,

o cálculo envolve reagrupamento, ou seja, o estudante

precisa compreender que a soma das unidades (6 + 5)

irá resultar em uma dezena e uma unidade, para então

realizar a soma da ordem das dezenas, concluindo que a

resposta correta é a alternativa A.

(M030140B1) Resolva a conta abaixo.

76 + 15

Qual é o resultado dessa conta?A) 91B) 81C) 71D) 61

46 SEAPE 2016

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adequado3º ano do Ensino Fundamental

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

/// DE 800 A 850 PONTOS

C O salto cognitivo que se percebe nesse padrão de desempenho, quando comparado aos anteriores,

se sustenta no campo Grandezas e Medidas. Ao aferir os resultados, evidencia-se que esses estu-

dantes consolidaram as habilidades de relacionar medidas de tempo envolvendo dias e semanas;

resolver problemas que contenham comparações de unidade de medida de capacidade.

C Há um aumento do grau de complexidade das habilidades do campo Numérico que pode ser veri-

ficado quando esses estudantes resolvem problemas de subtração envolvendo a ideia comparativa;

resolvem problemas envolvendo trocas entre cédulas e moedas do Sistema Monetário Brasileiro;

identificam a decomposição de um número com diversas ordens, apresentada pela soma dos valores

relativos de seus algarismos.

C Consolidam-se, também, nesse padrão, as habilidades relativas ao campo do Tratamento da Infor-

mação. Os estudantes demonstram um maior domínio da interpretação de gráficos de coluna por

meio de leitura do eixo vertical.

C No campo Geométrico, conseguem identificar figuras planas pela observação de seus lados e de sua

forma.

DE 800 A 850 PONTOS

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 47

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Este item avalia a habilidade de os estudantes reco-

nhecerem e relacionarem, em situações-problema, as

unidades usuais de medida de tempo: dias e semanas.

Para resolvê-lo, eles devem ter desenvolvido a noção

de tempo e percebê-lo como um componente do siste-

ma de medidas usado para sequenciar eventos, compa-

rar suas durações e seus intervalos. Em seguida, devem

converter o número de semanas em dias, demonstrando

reconhecer que uma semana corresponde a 7 dias e en-

tão, multiplicar esse período por 2, que se refere à quanti-

dade de semanas que o sofá demorou para ser entregue,

encontrando como resposta 14 dias. Os estudantes que

escolheram a alternativa D possivelmente desenvolveram

a habilidade avaliada.

(M020282H6) O sofá que Isabel comprou demorou 2 semanas para ser entregue em sua casa. Quantos dias o sofá que Isabel comprou demorou para ser entregue em sua casa?

2

7

10

14

48 SEAPE 2016

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avançado3º ano do Ensino Fundamental

ACIMA DE 850 PONTOS

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 900 950 1000

/// ACIMA DE 850 PONTOS

C As habilidades matemáticas características desse padrão exigem dos estudantes um raciocínio mate-

mático mais complexo. Os itens solucionados, a partir desse padrão, indicam que esses estudantes

reconhecem regularidades em uma sequência numérica; identificam o algoritmo da multiplicação

por meio de situação combinatória; realizam divisão através do processo de distribuição; resolvem

problemas com ideia de comparação envolvendo adição e subtração e troca de cédulas e moedas

do Sistema Monetário Brasileiro; resolvem problemas que apresentam situações de adição, como

operação inversa da subtração e os que se relacionam à divisão por meio de estratégias pessoais.

C No campo Geométrico, esses estudantes demonstram que reconhecem, em uma lista de objetos,

aqueles que têm superfície esférica; reconhecem figuras tridimensionais através de sua planificação

e identificam, em figuras planas, o retângulo.

C Nesse padrão, os estudantes resolvem situações–problema utilizando o cálculo de conversão de

medidas de massa (kg/g) e calculam a medida da área de quadriláteros por meio de contagem na

malha quadriculada.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 49

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Esse item avalia a habilidade de os estudantes resol-

verem problemas envolvendo divisão exata de números

naturais.

Para resolvê-lo, os estudantes devem ser capazes

de reconhecer o significado de partilha apresentado no

contexto do item, identificando que os 15 alunos foram

distribuídos igualmente em 5 barracas. Logo, devem apli-

car a operação de divisão para a resolução do problema,

observando que 15 refere-se ao dividendo e 5, ao divisor.

Uma possível estratégia para a resolução desse item é a

utilização de subtrações sucessivas, isto é, tirar 5 de 15

repetidas vezes, até encontrar o número de vezes que “5

cabe em 15”, ou seja, 3.

Os estudantes que marcaram a alternativa A, o gabari-

to, demonstraram que, provavelmente, desenvolveram a

habilidade avaliada pelo item.

(M020215H6) Os 15 alunos da professora Michelle foram acampar. Na hora de dormir, eles foram divididos igualmente em 5 barracas.Quantos alunos dormiram em cada barraca?

3

5

10

20

50 SEAPE 2016

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5

4

3

2

1

Sugestões para a prática pedagógica

Comparar descritores/habilidades avaliadas nos testes do SEAPE 2016 com os conteúdos abordados e avaliados em sala de aula.

Relacionar os dados das avaliações com os conteúdos indicados no Plano de curso.

Elaborar o Plano de curso, com os conteúdos que devem ser trabalhados durante o ano.

Comparar os resultados das avaliações internas com os resultados das avaliações externas.

Coletar e conhecer os materiais de orientação para sala de aula.

Depois de conhecer e analisar os resultados

da sua escola e de suas turmas, é hora de pensar

em metas e estratégias que visem à melhoria dos

resultados alcançados, tendo como referência o

projeto político-pedagógico da escola.

Esta seção apresenta algumas sugestões pe-

dagógicas que podem contribuir para aprimorar a

qualidade do trabalho docente.

Antes de iniciar um planejamento escolar, inde-

pendente da fase em que estamos, devemos estar

sempre atentos a uma perspectiva formativa, cujo

foco é o processo e a aprendizagem dos estudan-

tes. Além disso, temos que considerar a flexibilida-

de do projeto político-pedagógico e a possibilida-

de de mudanças no planejamento escolar sempre

que for necessário.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 51

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D1

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Coletar e conhecer os materiais de orientação para sala de aula.1

Vamos reunir os materiais de orientação do trabalho escolar:

É preciso conhecer, estudar e esmiuçar as orientações curriculares, que fundamentam o trabalho peda-

gógico na escola, bem como a(s) matriz(es) de referência, que fundamenta(m) a elaboração dos testes da

avaliação em larga escala. Os livros didáticos e outros materiais são importantes no apoio ao trabalho em

sala de aula.

Orientações curriculares

Livros e outros materiais didáticos

Matriz(es) de referência da avaliação

52 SEAPE 2016

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Comparar descritores/ habilidades avaliadas nos testes do SEAPE 2016 com os conteúdos abordados e avaliados em sala de aula.2

Vamos partir de um exemplo hipotético. Mas você deve seguir o que está previsto nas orientações cur-

riculares de seu estado:

ORIENTAÇÕES CURRICULARES

1. Compreender as diferenças entre a escrita alfabética e outras formas gráficas.

2. Dominar convenções gráficas:

M Compreender a orientação e o alinhamento da escrita da língua portuguesa.

M Compreender a função da segmentação dos espaços em branco e da pontuação de final de frase.

3. Conhecer o alfabeto:

M Compreender a categorização gráfica e funcional das letras.

M Conhecer e utilizar diferentes tipos de letras (de forma e cursiva).

4. Consciência fonológica.

M Contar sílabas de uma palavra ouvida ou com base em uma imagem (canônica ou não canônica).

M Identificar a sílaba inicial, final ou medial de uma palavra (canônica ou não canônica).

M Identificar palavra iniciada por uma letra com uma única realização sonora/fonética.

M Identificar palavra ou figura que tenha mais de uma realização sonora/fonética.

5. Ler palavras compostas por sílabas no padrão consoante/vogal e/ou outros padrões silábicos como vogal, consoante, consoante, vogal; consoante, vogal, vogal.

M Relacionar palavra à figura ou vice-versa. M Associação de textos formados por uma única frase

à imagem que os representem.

MATRIZ DE REFERÊNCIA PARA AVALIAÇÃO

Reconhecer as letras do alfabeto.

Identificar letras entre desenhos, números e outros símbolos gráficos.

Identificar as direções da escrita.

Reconhecer as diferentes formas de grafar uma mesma letra ou palavra.

Identificar a unidade palavra em frases.

Identificar o número de sílabas de uma palavra.

Identificar sílabas de uma palavra.

Identificar variações de sons de grafemas.

Ler palavras formadas por diferentes padrões silábicos.

Ler frases.

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 53

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PLANO DE CURSO

1. Identificar letras entre desenhos, números e outros símbolos gráficos.

• Identificar letras quando misturadas a rabiscos e desenhos.

• Identificar letras quando misturadas a números ou outros símbolos gráficos também utilizados na linguagem escrita.

2. Reconhecer as letras do alfabeto.

• • Reconhecer as letras isoladamente .

• • Reconhecer as letras em uma sequência de letras.

• • Reconhecer a letra em uma determinada palavra.

3. Identificar as direções da escrita.

• Reconhecer a primeira ou última palavra de um texto de circulação social (poemas, parlendas, narrativas curtas).

4. Identificar a unidade palavra em frases.

• Identificar, entre frases, aquela que apresenta segmentação correta das palavras que a compõem.

• Identificar o número de palavras que compõem uma frase .

5. Identificar o número de sílabas de uma palavra.

• Contar sílabas de uma palavra ouvida (canônica ou não canônica).

• Contar sílabas de uma palavra com base em uma imagem (canônica ou não canônica).

6. Identificar sílabas de uma palavra.

• Identificar a sílaba inicial ou a sílaba final de uma palavra (canônica ou não canônica).

• Identificar a sílaba medial de uma palavra (canônica ou não canônica).

7. Identificar variações de sons de grafemas.

• Identificar palavra iniciada por uma letra com uma única realização sonora/fonética.

• Identificar palavra ou figura que tenha mais de uma realização sonora/fonética.

8. Ler palavras formadas por diferentes padrões silábicos.

• Relacionar palavra à figura ou vice-versa.

• Relacionar palavra dissílaba ouvida (pouco usual) à palavra escrita.

9. Ler frases.

• Ler frase com estrutura sintática simples (sujeito, verbo, complemento).

• Ler frase com estrutura sintática complexa (sujeito, verbo, complemento, adjuntos adnominais e adverbiais).

Elaborar o Plano de curso, com os conteúdos que devem ser trabalhados durante o ano. Essa organização deve seguir o planejamento (p. ex.: bimestral, trimestral...)3

Antes de partir para o planejamento de cada aula, você deve organizar os conteúdos que serão abor-

dados em sala de aula, durante todo o ano letivo. Para isso, vamos seguir o exemplo e destacar conteúdos

considerados importantes para o desenvolvimento das habilidades destacadas:

54 SEAPE 2016

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Comparar os resultados das avaliações internas (dados como frequência às aulas, nota de provas, parecer, relatório e trabalho individual e em grupo) com os resultados das avaliações externas (dados como participação, proficiência, padrão de desempenho, percentual de acerto por habilidade).

4

C Como os estudantes da(s) sua(s) turma(s) vêm desenvolvendo os conteúdos previstos em sala de aula?

C Você sente necessidade de modificar as estratégias de ação e planos de aula para um melhor desenvol-

vimento dos estudantes em relação a esses conteúdos?

Para isso, recorra aos resultados das avaliações.

AVALIAÇÃO EXTERNA

RESULTADOS DA ESCOLA NO SEAPE 2016

Retome a coleta e a análise que você fez sobre os resultados da sua escola e de cada turma na seção Resultados alcançados em 2016. Consulte também os resultados dos seus estudantes no portal da avaliação.

A seguir, faça o que se propõe na Etapa 5.

QUAIS RESULTADOS?

QUAIS AVALIAÇÕES?

AVALIAÇÃO INTERNA Frequência, provas, testes, observação

Por etapa e turma

Língua Portuguesa – 2º ano EF Turma A1

Nota/Avaliação/Parecer sobre os estudantes:

• Estudante 1: 4,9• Estudante 2: 6,0• Estudante 3: 8,5• ...

Relatório geral da turma:

• Uma proposta de intervenção didática que explora o desenvolvimento do sistema de apropriação da escrita, assim como a leitura de palavras, frases com diferentes níveis de complexidade e de textos literários próximos ao universo infantil , contribui para a alfabetização quaisquer que sejam os níveis de proficiência da turma.

Relatório por estudante:

• Estudante 1: Aos estudantes com proficiência mais baixa, essa proposta possibilita o contato com atividades indispensáveis à formação leitora, o que requer sistematização.

• Estudante 2: Àqueles que já começaram a compreender o processo de alfabetização, representa uma forma de ampliarem suas experiências leitoras, pois colocam em conflito aprendizagens já adquiridas sobre o processo de formação da consciência silábica.

• Estudante 3: O mesmo ocorre entre os estudantes que já apresentam uma proficiência mais à direita da Escala, uma vez que a leitura é a base das tarefas propostas.

DADOS DA AVALIAÇÃO EXTERNA

SEAPE

DADOS DA AVALIAÇÃO

INTERNA

ESCOLA

Revista do Professor - Alfabetização - Língua Portuguesa e Matemática 55

1 Trata-se de um exemplo hipotético. Você deve utilizar os dados da(s) sua(s) turma(s) para realizar essa atividade.

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Plano de ação da EscolaOs conteúdos podem ser relacionados às habilidades não desenvolvidas?

SIM! Então vamos pensar em planos de ação para o desenvolvimento conjunto desses conteúdos, competências e habilidades.

NÃO! Os planos de ação devem ser elaborados para cada conteúdo. Vamos ficar atentos para não desenvolver planos de ação para uma única habilidade, mas para um conjunto delas, relacionadas a um determinado conteúdo proposto nas orientações curriculares.

Lembre-se de que todo o planejamento da escola é coletivo e tem como refe-rência o projeto político-pedagógico!

É importante compreender a relação entre as orientações curriculares e as habilidades avaliadas pelo SEAPE. As hipóteses levantadas no diagnós-tico poderão ajudá-lo nessa tarefa.

Parecer da Escola. Escola e Turmas .

Com base nos resultados das avalia-ções internas, identifique, junto com seus pares, as principais dificuldades apresentadas pelos estudantes em relação aos conteúdos desenvolvidos durante o ano letivo. Para isso, utilize as notas e relatórios.

De acordo com a proficência média da escola e o percentual de acerto por descritor/habilidade das turmas, identifique em quais habilidades os estudantes demonstraram maiores dificuldades.

Relacione as informações coletadas nas duas avaliações:

M São resultados similares? M As dificuldades apresentadas em

sala de aula são as mesmas que aquelas apresentadas na avaliação do SEAPE 2016?

M Junto com os seus colegas, levante hipóteses para o que vocês identificaram.

Retome o Plano de curso e relacione conteúdos e habilidades que não foram desenvolvidos de modo apropriado:- Conteúdo 1 Habilidade A - resultados Habilidade B - resultados ...- Conteúdo 2 ...

/// PARTE A C Resultados da escola

Observe as competências e as habilidades desenvolvidas e em desenvolvimento pelos estudantes,

com base na proficiência média da escola, percentual de acerto das habilidades (da escola) e diagnóstico

interno (escola e turmas).

UM OLHAR PARA OS DIFERENTES DADOS

DIAGNÓSTICO DA ESCOLA

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

Relacionar os dados das avaliações com os conteúdos indicados no Plano de curso.5

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Agora é possível elaborar um planeja-mento pedagógico com base no Plano de Ação da Escola e no PPP, obser-vando as competências e habilidades ainda não desenvolvidas pelos estu-dantes.

Apresentaremos, a seguir, alguns exemplos de habilidades, relacionadas às respectivas competências, acom-panhadas por atividades pedagógicas e itens de avaliações em larga escala que abordam essas habilidades. É im-portante ressaltar que o trabalho com os conteúdos curriculares pode ser reformulado durante o ano letivo, com vistas ao desenvolvimento pleno das habilidades esperadas para cada eta-pa de escolaridade.

O próximo passo será elaborar um plano de ação de acordo com o de-sempenho dos estudantes. Para isso, utilize o diagnóstico já realizado por você na Atividade dos resultados das turmas.

De acordo com o padrão de desem-penho em que se encontram, os es-tudantes apresentam dificuldades que requerem intervenções de Recupera-ção, Reforço ou Aprofundamento.

Ao pensar na sua sala de aula, você deve propor um plano de ação que contemple intervenções orientadas para estudantes com diferentes níveis de desenvolvimento de habilidades e competências.

/// PARTE B C Resultados dos estudantes

Observe as habilidades e as competências desenvolvidas e em desenvolvimento pelos estudantes da

escola, com base na distribuição desses estudantes por padrão de desempenho, no percentual de acerto

dos itens de cada estudante e no diagnóstico interno dos estudantes.

EXEMPLODIAGNÓSTICO DOS ESTUDANTES

PLANO DE AÇÃO DO PROFESSOR

Esses dados já estão

prontos. Basta você

consultar as atividades

propostas nos roteiros de leitura

e interpretação dos resultados

alcançados.

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Professor (a), as atividades sugeridas para desenvolver as habilidades apresentadas anteriormente

estão relacionadas aos eixos da oralidade, análise linguística (leitura) e escrita. Através desses eixos

pretende-se desenvolver habilidades elementares ao processo de alfabetização.

A proposta é que as tarefas sugeridas não sejam desenvolvidas em um bimestre apenas, mas sim

retomadas a partir de textos de diferentes gêneros ao longo do ano.

I. ATIVIDADE EM SALA DE AULA

OS BICHOS TAMBÉM SONHAM

O TAMANDUÁ SONHA COM UM BICHO DE ORELHAS COMPRIDAS.

O COELHO SONHA COM UM BICHO QUE TEM O NARIZ EM FORMA DE TROMBA.

O ELEFANTE SONHA COM UM BICHO QUE FICA MERGULHADO COM AS ORELHAS, OS OLHOS E

O NARIZ FORA D’ÁGUA.

O HIPOPÓTAMO SONHA COM UM BICHO DE PESCOÇO COMPRIDO.

A GIRAFA SONHA COM UM BICHO QUE SÓ TEM DUAS PATAS E DOIS DEDOS EM CADA UMA.

O AVESTRUZ SONHA COM UM BICHO QUE TEM UMA BOLSA NA BARRIGA.

O CANGURU SONHA COM UM BICHO COM UMA BOCA EM FORMA DE TROMBA.

A ANTA SONHA COM UM BICHO CASCUDO.

O TATU SONHA COM UM BICHO DE LÍNGUA COMPRIDA.

E O TAMANDUÁ TAMBÉM É UM SONHO.

Autora: Andréa Daher

Ilustrador: Zaven Paré

Editora: Martins Fontes

O livro “Os bichos também sonham” compõe o acervo dos livros disponibilizados pelo Ministério da Educação pelo Programa Nacional de Biblioteca na Escola (PNBE).

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1º Momento: Preparando-se para a leitura, mobilizando estratégias de antecipação.

ORALIDADE

Professor (a), essa atividade explora a oralidade, observando o conhecimento extralinguístico do estu-

dante sobre os sonhos a partir de seu imaginário, relacionando realidade e fantasia por meio da ideia de

que “Os bichos também sonham”. Nesse caso, atente para os conhecimentos prévios do estudante sobre o

tema e também sobre questões relacionadas à forma do suporte livro de literatura (capa, contracapa, autor,

ilustrador, editora, título).

1.1 CONVERSANDO SOBRE SONHO

» Você sabe o que é um sonho?

» Você se lembra de algum sonho que teve? Conte-o para a turma.

» Às vezes a gente pode sonhar acordado? Isso já aconteceu com você?

» Para você, os bichos podem sonhar como a gente sonha?

» Com o que os bichos podem sonhar?

M As respostas são pessoais. É importante deixar que os estudantes exponham suas hipóteses sobre o conteúdo do livro.

Não existem respostas certas ou erradas para essas questões.

1.2 OBSERVANDO A ILUSTRAÇÃO DA CAPA DO LIVRO “OS BICHOS TAMBÉM SONHAM”

» Do que você acha que esse livro vai tratar?

» Que bicho você acha que é esse?

M As respostas são pessoais. É importante deixar que os estudantes exponham suas hipóteses sobre o conteúdo do livro.

Não existem respostas certas ou erradas para essas questões.

1.3 OBSERVANDO OS ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS

» Na capa, aparecem alguns nomes além do título. Você sabe que nomes são esses?

M Neste caso, é importante que os estudantes observem que, na capa, além do título, aparecem os nomes do autor, do ilustrador e da editora.

Após a conversa sobre esses pontos e outros que porventura surgirem, realize uma leitura oral do texto e

atente aos elementos que permitem sua fluidez (a entonação da voz, o uso adequado dos sinais de pontua-

ção, o tom de voz). Também é importante criar um ambiente favorável à leitura: reservar um momento do

dia especialmente para este fim, de preferência que não seja nos minutos finais da aula; preparar os estudan-

tes para receberem a história, motivando-os para isso; criar um ambiente confortável para ouvir a história.

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2º Momento: Lendo uma história

LEITURA ORAL DO LIVRO DE LITERATURA

M Explore as ilustrações, envolvendo os estudantes durante o momento de contação, criando expectativas que seduzam o leitor.

3º Momento: Retomando a leitura

3.1 ATIVIDADE DE RECONTO

Após a leitura oral do livro, proponha que os estudantes retomem suas hipóteses iniciais sobre a história,

principalmente as relacionadas aos sonhos dos bichos. A ideia central aqui é a de que os estudantes possam

confirmar ou refutar suas hipóteses iniciais após conhecerem o conteúdo do livro.

Reconte a história, se os estudantes solicitarem, ou convide-os a recontá-la. Esse movimento de reconto

costuma agradar aos estudantes, que continuam estabelecendo relações de sentido com o texto literário.

Essa atividade possibilita a apropriação da linguagem escrita, auxiliando na formulação de sínteses e desen-

volvendo inclusive uma escuta atenta ao outro e a ampliação do repertório linguístico dos estudantes. O

reconto pode provocar o mesmo fascínio de quando a história foi ouvida pela primeira vez. Trata-se de uma

estratégia que forma leitores contadores de histórias e mediadores de leituras.

Ofereça o livro para que os estudantes façam esse reconto e esclareça que, mesmo sem saber ler o tex-

to sozinhos ainda, eles podem se apoiar nas imagens para recontar o que lembram da história. Essa é uma

estratégia importante para que os estudantes possam se apropriar do vocabulário da história, fazendo uso,

em seu reconto, de palavras que muitas vezes não conhecem ou usam pouco.

3.2 ATIVIDADE ORAL

» O que você entendeu da leitura desse texto?

» O que mais chamou sua atenção?

» De que parte mais gostou? Por quê?

» Teve alguma parte do texto de que não gostou? Por quê?

M As respostas são pessoais. É importante deixar que os estudantes exponham sua síntese sobre o conteúdo do livro. Não existem respostas certas ou erradas para essas questões.

3.3 ATIVIDADE ESCRITA 1

A atividade proposta aqui é a de registrar por escrito as interações orais dos estudantes sobre o que en-

tenderam da leitura. Sugerimos que essa escrita seja registrada em um papel pardo e que você, professor (a),

convide os estudantes, em pequenos grupos, para desenharem tanto nas margens quanto ao final do cartaz.

Explore oralmente as respostas dadas às duas últimas perguntas propostas: de que parte mais gostou e

de qual não gostou. Atente para as explicações, mediando as discussões para que os estudantes percebam

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se gostaram dos mesmos sonhos ou de sonhos diferentes. Crie outro quadro no qual possam exprimir suas

opiniões sobre a história ouvida e outras contadas ao longo da Unidade.

GOSTEI MUITO! GOSTEI! NÃO GOSTEI!

3.4 ATIVIDADE ESCRITA 2

Escrita coletiva de frase.

Professor (a), proponha à turma a escrita coletiva de uma frase em que apareça um dos bichos da história

“Os bichos também sonham”. Durante essa escrita coletiva, solicite que os estudantes falem as frases em

voz alta. Na sequência, peça que soletrem as palavras que irão compor a frase e, enquanto forem soletran-

do, questione-os sobre quais letras ou sílabas usar. Anote no quadro, realizando a leitura com os estudantes

à medida que a frase for sendo construída. Ao final, proponha que todos registrem no caderno a frase e a

ilustrem.

Sugerimos que cada estudante da turma tenha um caderno de anotações sobre as histórias que ouvem.

3.5 ATIVIDADES DE ANÁLISE LINGUÍSTICA

Leia a frase abaixo:

A ANTA SONHA COM UM BICHO CASCUDO.

Peça que os estudantes leiam a frase em voz alta. Em seguida, pergunte:

» Quantas palavras formam a frase?

M A frase é formada por sete palavras. Em geral, os estudantes tendem a não considerar os artigos como palavras, especialmente quando têm apenas uma letra, como no caso da frase apresentada.

» Quantas letras formam cada uma das palavras?

M Para realizar esta atividade, faça uma lista das palavras no quadro e registre o total de letras à frente de cada uma.

» Pergunte qual das palavras é formada por três sílabas e peça que os estudantes a registrem no caderno. Em seguida, peça que localizem, na frase, a palavra trissílaba – CASCUDO – e que circulem a sílaba medial dessa palavra.

» Agrupe, juntamente com os estudantes, as palavras que possuem o mesmo número de letras (5): sonha e bicho.

» Depois, peça que os estudantes observem as outras palavras e que identifiquem quais delas têm mais do que cinco letras, e quais têm menos de cinco letras. Organize-as para que eles possam visualizar as diferenças e as semelhanças.

Professor (a), essas atividades contribuem para o desenvolvimento das habilidades de ler palavras e

frases com estrutura sintática simples, que os estudantes que se encontram nos padrões mais elemen-

tares ainda não desenvolveram. Trata-se de uma tarefa desafiadora para os estudantes alocados nesses

padrões, mas que pode também trazer contribuições para aqueles que se encontram nos demais padrões

de desempenho.

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II. ITENS RELACIONADOS ÀS HABILIDADES

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ALFABETIZAÇÃO

o programa

O Sistema Estadual de Avaliação da Aprendizagem Escolar

resultados

Os resultados alcançados em 2016

ISSN 2237-8308

entrevista

Desafi os e estratégias para o desenvolvimento da educação no Acre