revista do núcleo de urbanismo e mobilidade - stc
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Temáticas abordadas no âmbito do Núcleo.TRANSCRIPT
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1. HORTAS URBANAS: LEVAR AS RAÍZES À
CIDADE
As hortas urbanas são um fenómeno
relativamente recente em Portugal: são
desenvolvidas por “agricultores citadinos” e
estão a aumentar diariamente. Os motivos
prendem-se com a ocupação de tempos livres,
o alívio do stress e a prática de agricultura de
auto-subsistência.
As hortas urbanas, familiares ou comunitárias
são pequenas parcelas de terreno alugadas a
particulares para a cultura de legumes, flores e
frutos em pleno cenário citadino. Este
fenómeno surgiu nos países do Norte da
Europa, durante a segunda metade do século
XIX. Em Portugal, a atividade começou a ser
implementada e divulgada há pouco tempo
mas, ainda assim, o número de hortas urbanas
tem vindo a crescer, até nos contextos menos
previsíveis.
A criação de hortas na cidade pretende, por um
lado, garantir a autossubsistência através de
produtos hortícolas e, por outro, promover a
eco sustentabilidade.
Em contexto de crise, o projeto garante um
apoio orçamental às famílias, "tentando ir de
encontro às carências" da população.
HORTAS DE SUBSISTÊNCIA AJUDAM FAMÍLIAS
CARENCIADAS NA PÓVOA DE VARZIM
As hortas de subsistência têm como
missão ajudar na qualidade de vida das
populações. Em 2009, foram criadas as
duas primeiras hortas de subsistência, na
Maia e Póvoa de Varzim.
Na cidade do Porto, o "Horta à Porta"
surge em 2003 para "promover a
qualidade de vida da população, através
de boas práticas agrícolas, ambientais e
sociais"
Aos interessados em praticar agricultura
biológica e compostagem, a rede da "Horta
à Porta" disponibiliza talhões de, no
mínimo, 25 metros quadrados. A água e o
local de armazenamento das ferramentas
também são assegurados. Uma das regras
impostas pela Lipor é a utilização exclusiva
de produtos biológicos.
Em 2008, a cidade tinha oito hortas
urbanas em atividade. Três anos depois,
são 17 as hortas ativas no Grande Porto.
Os utilizadores podem cultivar produtos
hortícolas, plantas aromáticas, medicinais
e condimentares e flores comestíveis.
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Em vez de se contorcer no ginásio, debruce-se
sobre a terra e faça nascer algo novo, fresco e
saudável. Poderá também ser uma excelente
forma de educar os mais pequenos e ensinar-
lhes todos os benefícios dos alimentos livres
de adubos químicos e tóxicos.
PROJETO DE HORTAS URBANAS EM FARO
O presidente da Câmara Municipal de Faro,
Macário Correia quer criar 12 hortas urbanas
na horta da misericórdia junto ao Museu
Municipal de Faro, mas a oposição local
considera a ideia um "absurdo" porque o
terreno escolhido para promover a agricultura
guarda vestígios arqueológicos como um
"bairro" com construções que vão desde o
período islâmico até ao século XVIII.
Concluí, assim, que esta iniciativa, além de
ser económica e de estar em expansão, é
também um excelente elemento decorativo,
reconhecida pelos seus efeitos terapêuticos e
de relaxamento.
Por Helena Afonso de Sousa
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2. AGRICULTURA VERTICAL:
O QUE É?
Com o aumento da população vão-
se criando novas ideias com o
objetivo de minimizar o impacto nos
ecossistemas, neste caso tenta-se
criar novas práticas de agricultura.
Perante este cenário surgiu a ideia
inovadora de agricultura vertical,
desenvolvido nos EUA, como
potencial solução. Ainda em fase de
projeto, que consiste em aproveitar
ao máximo os espaços urbanos
ocupando a área da base e
formando pisos sobrepostos.
Estes edifícios pretendem-se de
construção pouco dispendiosa, de
operação duradoura e segura e
funcionariam apenas imitando o
processo ecológico, reciclando
segura e eficazmente toda a matéria
orgânica, bem como o tratamento
da água usada nas culturas e
transformando-a em água potável.
Por Mário Costa
Dentro dos potenciais benefícios associados a uma
implementação alargada destes centros de
produção alimentar urbanos, destacam-se:
O fornecimento sustentável e suficiente de
alimentos durante o ano inteiro para toda a
humanidade num futuro próximo.
A reconversão de áreas desocupadas do espaço
urbano para a produção biológica de alimentos
variados e de boa qualidade, permitindo eliminar
a grande escala o uso de pesticidas e
fertilizantes.
A preservação dos ecossistemas naturais, por
enquanto protegidos das práticas agrícolas, o
restauro de actuais ecossistemas afectos à
agricultura e a reconversão de grandes áreas a
paisagem natural.
A reciclagem segura e eficaz dos resíduos
orgânicos de origem doméstica e agrícola, com
produção de energia através do gás metano
obtido e a redução significativa de populações de
pequenos animais e insetos nocivos à saúde.
A promoção da qualidade do ambiente urbano e
da saúde dos citadinos, com a melhoria da
qualidade do ar.
Contudo para tornar-se realidade, este projeto
requer pesquisa adicional em diversas áreas,
incentivos económicos e cooperação entre setor
privado, universidades e governos locais.
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3. A AGRICULTURA BIOLÓGICA
Agricultura orgânica também conhecida por
agricultura biológica é o termo frequentemente
usado para designar a produção de alimentos e
outros produtos vegetais que não faz uso de
produtos químicos sintéticos, tais como
fertilizantes e pesticidas, nem de organismos
geneticamente modificados, e geralmente
adere aos princípios de agricultura sustentável.
Este sistema de produção, que exclui o uso de
fertilizantes, agro-tóxicos e produtos
reguladores de crescimento, tem como base o
uso de estercos animais, rotação de culturas,
adubação verde, compostagem e controle
biológico de pragas e doenças. Pressupõe ainda
a manutenção da estrutura e da profundidade
do solo, sem alterar suas propriedades por
meio do uso de produtos químicos e sintéticos.
A agricultura é uma das atividades humanas
que mais dependem do meio ambiente e que
tem uma relação muito estreita com ele.
Com o crescimento da demanda por
alimentos e fibras, e de uma população
cada vez mais numerosa, a agricultura foi
submetida a uma mudança acelerada, já
que são necessários mais recursos
naturais para atender as crescentes
necessidades humanas e foram
introduzidas tecnologias para explorar
mais intensamente esses recursos. Por
isso, a agricultura transformou-se numa
das principais causas de deterioração e
esgotamento e contaminação dos recursos
naturais. Atualmente, o objetivo é
alimentar de maneira eficaz e igualitária
uma população crescente sem destruir a
natureza e prejudicar permanentemente o
ambiente. Na Cúpula Mundial sobre
Alimentação, que aconteceu em Roma
(Novembro de 1996) afirmou-se que “A
produção mundial de alimentos aumentou
rapidamente durante os últimos 30 anos, e
chegou a superar o crescimento
demográfico. Entretanto, no mundo de
hoje, onde é possível produzir alimentos
suficientes para fornecer uma dieta
adequada a todos, centenas de milhões de
pessoas sofrem com a fome. Ainda
persiste a desnutrição crónica,
principalmente nos países de baixa renda,
que geralmente dependem da agricultura.
Enquanto essa situação persistir, será
necessário haver um esforço para acelerar
o desenvolvimento agrícola e rural,
visando a eliminação da fome
generalizada”.
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OS PRINCÍPIOS DA AGRICULTURA ORGÂNICA
Dentro do modelo da agricultura orgânica, o
solo desempenha um papel determinante, já
que o objetivo é o de manter um equilíbrio
dinâmico, formado pelos organismos vivos
como bactérias, fungos, parasitas da terra e
uma alta taxa de matéria orgânica, para que
as plantas se desenvolvam de maneira
exuberante e sem doenças.
O solo é considerado um organismo vivo e
deve ser revolvido o mínimo possível;
Uso de adubos orgânicos de baixa
solubilidade;
Controle com medidas preventivas e
produtos naturais;
O mato (ervas daninhas) faz parte do
sistema. Pode ser usado como cobertura de
solo e abrigo de insetos;
O controlo de ervas daninhas é preventivo:
manual e mecânico (roçadas);
Teor de nitrato na planta é baixo;
Os efeitos no meio ambientes são positivos:
preservação do solo e das fontes de água.
MOTIVOS PARA CONSUMIR PRODUTOS ORGÂNICOS
Proteger as futuras gerações;
Prevenir a erosão do solo;
Proteger a qualidade da água;
Rejeitar alimentos com agrotóxicos;
Melhorar a saúde dos agricultores;
Aumentar a renda dos pequenos
agricultores (agricultura familiar,
comércio justo);
Apoiar os pequenos agricultores;
Prevenir gastos futuros;
Promover a biodiversidade;
Descobrir sabores naturais.
Você contribuir para acabar com
envenenamento por pesticidas de
milhares de agricultores;
Ajuda a preservar pequenas
propriedades.
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VANTAGENS DA AGRICULTURA ORGÂNICA
Além de serem isentos de agro tóxicos, os
alimentos orgânicos tendem a ser mais
saborosos que os tradicionais. O morango e o
tomate, por exemplo, teriam um sabor muito
mais pronunciado que aqueles cultivados
normalmente. Há quem diga que a carne de
galinha, porco e boi que se alimentam ao ar
livre (criados sem farinhas) e não recebem
hormonais de crescimento também têm sabor
diferente, em comparação com os criados
"industrialmente". Em geral, seriam carnes
mais magras e mais saborosas. Outra das
vantagens dos orgânicos, seria o fato desses
alimentos apresentarem vantagens nutricionais.
Embora ainda exista muita discussão a respeito
desse assunto e não haja consenso científico
sobre o tema, existem vários estudos sendo
realizados na tentativa de provar que os
produtos livres de agro tóxicos são também
mais nutritivos que os convencionais. Mesmo
sabendo que a genética da planta, o clima, a
irrigação e a época da colheita têm um impacto
muito maior no conteúdo nutricional do que o
tipo de fertilizante usado, natural ou artificial,
existem estudos como o realizado por
pesquisadores da Universidade Estadual
Paulista (UNESP), em Botucatu, mostrando que
cenouras cultivadas sem agro tóxicos têm uma
maior durabilidade (tempo de conservação é
maior) e apresentam maiores teores de
vitamina A e betacaroteno.
Outro estudo, este realizado pela
Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp), irá comparar os teores de
carotenóides de cenouras e alfaces
plantados sem pesticidas no cinturão
verde de São Paulo com aqueles
cultivados de modo convencional. A
intenção é utilizar amostras que vêm
direto do produtor, já que de acordo
com os pesquisadores as análises com
amostras cultivadas em hortas
experimentais não reflectiriam
necessariamente a realidade das
plantações.
DESVANTAGENS DA AGRICULTURA ORGÂNICA:
Os alimentos orgânicos dizem respeito
à aparência e ao custo. Por serem
cultivados naturalmente, geralmente
esses alimentos tendem a ser menores
e ao mesmo tempo, alguns também
podem apresentar manchas na casca
devido aos ataques de insetos. A cor
também pode não ser uniforme e tão
intensa quanto a alcançada através da
utilização de corantes ou ceras (o que
é feito em alimentos convencionais).
Por Lina Machado
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4. AGRICULTURA HIDROPÓNICA
A palavra hidroponia vem do grego
dos radicais gregos hydro = água e
ponos = trabalho. Apesar de ser
uma técnica relativamente muito
antiga, o termo hidroponia só foi
utilizado pela primeira vez pelo Dr.
W. F. Gerke, em 1930. A
Hidroponia é um sistema de cultivo,
dentro de estufas sem uso de solo.
Os nutrientes que a planta precisa
para desenvolvimento e produção
são fornecidos somente por água
enriquecida (solução nutritiva) com
os elementos necessários:
nitrogênio, potássio, fósforo,
magnésio, etc., dissolvidos na
forma de sais. Basicamente
qualquer água potável para
consumo humano serve para
hidroponia. Existem diversos
processos hidropônicos como:
floating, aeroponia, NFT etc. O
processo NFT (fluxo laminar de
nutrientes) foi desenvolvido nos
anos 70 pelo Dr. Alan Cooper. O
processo NFT da HIDROGOOD
elimina os antigos métodos de
telha, plástico e brita e tubos de
PVC e os substitui por um perfil de
polipropileno totalmente atóxico,
isento de metais pesados, que não
contamina a planta e dá maior
sustentação aos vegetais.
COMO FUNCIONA?
As plantas são cultivadas em perfis específicos, 80
cm acima do solo, por onde circula uma solução
nutritiva composta de água pura e de nutrientes
dissolvidos de forma balanceada, de acordo com a
necessidade de cada espécie vegetal. Esses perfis
provêm o meio de sustentação para as plantas,
sem necessidade de pedrinhas ou areia. A solução
nutritiva tem um controle rigoroso para manter
suas características. Periodicamente é feito um
monitoramento do pH e da concentração de
nutrientes, assim as plantas crescem sob as
melores condições possíveis. Essa solução fica
guardada em reservatórios e é bombeada para os
perfis, conforme a necessidade, retornando para o
mesmo reservatório. É o sistema de cultivo NFT
(Nutrient Film Technique) — fluxo laminar de
nutrientes.
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O QUE SE PODE CULTIVAR POR
HIDROPONIA?
Praticamente tudo. Hoje em dia a
alface ainda é a mais cultivada, mas
pode-se plantar brócolis, feijão-vagem,
repolho, couve, salsa, melão, agrião,
pepino, berinjela, pimentão, tomate,
arroz, morango, forrageiras para
alimentação animal, mudas de árvores,
plantas ornamentais, entre outras
espécies.
QUAIS AS VANTAGENS DA
HIDROPONIA?
O produto final cultivado em hidroponia
é de qualidade superior, com
aproveitamento total, pois é cultivado
em estufa protegida e limpa, livre das
variações do clima, dos insetos,
animais e outros parasitas que vivem
no solo. Na hidroponia os nutrientes
são balanceados diariamente, conforme
a necessidade do cultivo, fazendo com
que as plantas recebam durante todo
seu ciclo de crescimento, as
quantidades ideais de nutrientes.
QUAIS AS PRINCIPAIS
EXIGÊNCIAS E CONDIÇÕES?
Os custos iniciais não são elevados e o
retorno é imediato e a curto prazo. É
necessário prevenir-se contra a falta de
energia elétrica. Exige conhecimentos
técnicos e de fisiologia vegetal. Uma
planta doente pode contaminar toda a
produção. Requer rotinas regulares e
periódicas de trabalho.
Por Rosa Ramos, Dimitila Cavaco e Ana Bela Martinho
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Como evoluiu a agricultura biológica? Quais
sãos os seus objectivos? Por que motivo é tão
importante para a vida do Homem e para
evolução da humanidade? Saiba como este
tipo de agricultura é importante no mundo.
O que é?
Agricultura biológica é o termo
frequentemente usado para a produção de
alimentos e outros produtos vegetais
(“comestíveis” ou não, como as flores, as
fibras de algodão, de cânhamo ou de linho, as
ervas usadas para fins terapêuticos, a cortiça,
etc.) que não faz uso de produtos químicos
sintéticos, tais como fertilizantes e pesticidas,
nem de organismos geneticamente
modificados, e geralmente adere aos
princípios de agricultura sustentável.
A Agricultura Biológica, também conhecida
como “agricultura orgânica” (Brasil e países
de língua inglesa), “agricultura ecológica”
(Espanha, Dinamarca) ou “agricultura natural”
(Japão).
Fertilizantes autorizados
Estrume, turfa, compostos de culturas de
cogumelos, excrementos de minhocas, guano,
algas, serradura, casca de árvore, cinzas de
madeira, fosfato natural, sais brutos de
potássio, vinhaça, carbonato de cálcio, sulfato
de magnésio, enxofre elementar, pó de rocha,
argila.
Agricultura Biológica
Características
Destino da produção: Venda para mercado
Técnicas utilizadas: Técnica Rudimentares,
por vezes maquinaria
Dimensão das propriedades: Latifúndios
Fertilização dos solos: Adubos Naturais
Produtividade: Baixa Produtividade
Rendimento: Baixo Rendimento
Ocupação dos Solos: Intensiva
Variedade das Culturas: Policultura
Objetivos
Agricultura biológica foi concebida com os
seguintes objetivos:
Produção de alimentos de alta
qualidade nutritiva
Manutenção de habitats, fertilidade dos solos
Promoção da correta gestão utilização
de recursos hídricos
Promoção desenvolvimento
de ciclos biológicos dentro do sistema de
Produção
Utilização de energias renováveis
Redução da utilização de energias fósseis
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Na agricultura biológica há vantagens e
desvantagens entre as quais:
Vantagens:
- São mais benéficos para a saúde;
- Provêm de um método de cultivo mais
amigo do ambiente;
- Na sua produção houve controlo e
certificação;
- Os alimentos são mais saborosos;
- O método de produção respeita o bem-estar
animal;
Desvantagens:
- São mais caros que os produtos normais;
- Existem poucos locais de venda, é preciso
andar km para encontrar uma loja;
- É raro encontrar um restaurante que
convencione refeições apenas com estes
produtos;
Razões que levam os consumidores a não
escolherem alimentos da Agricultura
Biológica:
Preço demasiado caro
Dificuldade em encontrar estes alimentos
em grandes superfícies e indisponibilidade
de tempo para os procurar em lojas da
especialidade;
Satisfação com os produtos alimentares
habitualmente consumidos;
Falta de familiaridade com o termo
“biológico” e sistemas de certificação de
produtos de agricultura biológica.
Razões que levam os consumidores a
escolherem alimentos da agricultura
Biológica:
Benefícios globais na saúde
Segurança
Valor nutricional
Sabor
Razões ambientais
Cada vez mais é necessário incentivar o
desenvolvimento da AGRICULTURA
BIOLÓGICA, através da motivação dos
jovens, disponibilidade de informação
técnica e divulgação junto de escolas, com
folhetos e material de divulgação adaptado,
apoio técnico efetivo, difusão nos diversos
meios de ensino e graus de ensino,
formação profissional e outros, para que se
consiga vencer o desafio de aumentar a
área em modo de produção biológico.
Por Marlene Guerreiro
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HORTAS URBANAS
Um fenómeno recente em Portugal, que é
utilizado por “agricultores citadinos” e que
aumenta diariamente.
Em 1943, os EUA combatiam na Segunda
Grande Guerra, investiam-se esforços para que
não faltasse comida no prato. Desse modo, a
primeira-dama Americana estimulou os lares
Americanos a plantarem hortas caseiras, o que
se refletiu na supressão de 40% das
necessidades da nação, no final da guerra.
O fenómeno das hortas urbanas é recente em
Portugal, mas os agricultores citadinos
aumentam a cada dia. Os motivos prendem-se
com a ocupação de tempos livres, o alívio do
stress e a prática de agricultura de
autossubsistência.
Acredite que não precisa ser herdeiro de
grandes terrenos para beneficiar de todos os
prazeres da terra. Imaginação e alguns vasos
na marquise, no terraço, na varanda ou até
mesmo na cozinha poderão fazer brotar
legumes e verduras, temperos, ervas
terapêuticas e aromáticas home made.
Além de um excelente elemento decorativo com
um aroma surpreendente, a horta urbana é
também reconhecida pelos seus efeitos
terapêuticos e de relaxamento. Em vez de se
contorcer no ginásio, debruce-se sobre a terra
e faça nascer algo novo, fresco e saudável.
Poderá também ser uma excelente
forma de educar crianças e jovens e
ensinar-lhes todos os benefícios dos
alimentos livres de adubos químicos
tóxicos e começarem desde cedo a
valorizar a produção nacional e a
desenvolver uma consciência
ambiental.
Outra das vantagens de cultivar esta
ideia na sua cabeça e em sua casa
encontra-se na carteira. Em tempo de
crise, troque algumas idas ao
supermercado por uma horta caseira e
verá como aliviar os gastos
domésticos.
Num plano mais abrangente,
dominado pela crise do combustível e
perante a eventual escassez de
determinados alimentos, esta
tendência ganha ainda mais força
vindo ao encontro de alguns adeptos
das hortas urbanas entre nós.
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QUE VANTAGEM A AGRICULTURA URBANA PODE TRAZER
PARA A CIDADE E AS PESSOAS?
• Geração de renda e alimentos mais
baratos.
• Trabalho para adolescentes e
desempregados
• Mais segurança alimentar
• Reciclagem do lixo orgânico/doméstico
• Absorção da água e reciclagem das
águas pluviais e menos enchentes.
• Melhoria do meio ambiente e estética
• Prazer de cultivar e criar
Para que as hortas urbanas se imponham
enquanto fenómeno social não basta a boa
vontade individual, terão que ser as autarquias
a promover incentivos dando origem a projetos
municipais. É que não está em causa apenas o
acesso a novos terrenos. O acesso à agua para
rega, a proteção ao roubo e ao vandalismo são
também desafios que se colocam e aos quais é
necessário dar resposta.
AS PRIMEIRAS COLHEITAS
Para iniciar-se no fabuloso mundo hortícola não
precisa de muito mais do que vasos, terra, um
sacho, sementes, água e sol. Como em tudo na
vida, a primeira etapa faz-se de preparação.
Comece por livrar a terra de pedras, entulho ou
cascalho e divida-a em canteiros que, no caso
de um espaço mais amplo, não deverá
ultrapassar um metro de largura.
O segundo passo faz-se, adubando a terra.
Fundamentalmente, trata-se da etapa em que
se devolvem nutrientes à terra, possibilitando o
desenvolvimento saudável das colheitas.
Existem vários métodos, sendo que
podemos destacar a adubação verde,
utilizada há mais de mil anos por
diversos povos, a preparação de
composto, criado a partir de qualquer
material de origem animal ou vegetal,
como restos de alimentos, palha,
folhas, etc. No entanto, o mais comum
é a utilização de estrume, que se
destaca por ser um dos métodos mais
económicos de fertilização da terra.
Prosseguimos agora para a
semeadora, a etapa onde poderá
depositar toda a sua fé. Em plantações
maiores, utilizam-se os sulcos e covas,
nas mais pequenas, opta-se pelas
sementeiras para as quais deverá
apenas necessitar de uma caixa de
sapatos. O crescimento saudável do
cultivo deriva da rega atenta e
constante, exposição solar,
especialmente no caso das hortaliças e
a rotação da cultura que evita o
desgaste prematuro do solo.
Por Paula Rosa
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6. O QUE É O PROGRAMA POLIS?
É um programa nacional de requalificação
urbana e valorização ambiental das cidades.
Tem uma visão estratégica renovada do
ambiente e do ordenamento do território.
Permite a eleição para a requalificação de
meios urbanos com importância estratégica
para o desenvolvimento do nosso país.
Tem como preocupação principal o ambiente
das cidades, porque a vida urbana acarreta
problemas ambientais gravíssimos, ligados à
saúde pública como por exemplo o ruído ou o
excesso do trânsito automóvel. Contudo os
cidadãos precisam de viver nos polos urbanos
porque lhes facilita a vida quotidiana
permitindo-lhe elevados níveis de conforto,
atração e lazer.
Mas o programa polis não surgiu apenas para
solucionar os problemas ambientais mas
também para salvaguardar a qualidade
urbanística e arquitetónica dos espaços públicos
destes polos urbanos, bem como os níveis de
segurança.
Atualmente a tendência é para um
desenvolvimento económico e social
desarticulado dentro de uma sociedade global,
com índices preocupantes a nível do sector
terciário, inserido em polos urbanos onde o
ambiente e as atratividades não lhes oferecem
qualidade.
QUAIS OS ANTECEDENTES DO
PROGRAMA PÓLIS?
A nível comunitário, a primeira
iniciativa surge por parte da Comissão
Europeia em 1990, com a publicação
do “Livro Verde sobre Ambiente
Urbano”. Este documento alerta toda a
comunidade europeia para os
problemas ambientais, que existem
nas cidades da Europa.
Em Fevereiro de 1993 é aprovado o 5º
Programa de Ambiente da Comunidade
Europeia , dedica-se aos problemas
urbanos nomeadamente aos “Temas e
Metas do Programa, dando especial
ênfase ao ruído nos polos urbanos.
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Em 1994, a Comissão Europeia, lança uma
iniciativa comunitária designada URBAN, cuja
primeira fase termina em 2000, o seu último
ano de execução. O Parlamento Europeu
conduziu esta iniciativa até 2006, no quadro da
Agenda 2000.
Em 1996, surge um relatório cujo tema é
“Cidades Europeias Sustentáveis que pressupõe
princípios de gestão urbana, integração politica,
reflexão sobre os ecossistemas, cooperação e
parcerias. A preocupação fulcral deste relatório
são as cidades sustentáveis.
Programa Polis – Coimbra
Por Conceição Brito
QUAL A ORIGEM DO PROGRAMA
POLIS?
O Programa Polis, resulta da reflexão
do amadurecimento de muitas ideias,
que têm vindo a tomar forma na
última década em Portugal e no
quadro da UE.
O Ministério do Ambiente e
Ordenamento do Território, criou pelo
Despacho n.º47/MAOT/99 de 18 de
Novembro, um Grupo de Trabalho,
constituído por várias pessoas, a quem
foi atribuída a responsabilidade de até
31 de Março de 2000, realizar as
seguintes atividades:
a) Estabelecer as linhas mestras de
um Programa Nacional de
Requalificação Urbana e Valorização
Ambiental das Cidades;
b) Caracterizar as condições de acesso
e de participação para os diferentes
tipos de projeto;
c) Analisar os instrumentos
necessários para a viabilização do
Programa, tais como:
- origens de financiamento;
- aspetos jurídicos;
- formas de contratualização com as
autarquias locais;
- potencialidades do recurso a
soluções empresariais.
E é deste modo que o Programa Polis,
adquire uma forma real e objectiva em
Portugal. As cidades assumem na
reorganização do território, na
qualidade do ambiente e na correção
de erros urbanísticos, um papel
estratégico importante para a sua
afirmação.