revista do instituto histÓrico e geogrÁfico do maranhÃo

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REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO ISSN 1981-7770 Edição Especial Eletrônica COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009

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Revista destinada a divulgar a produção científica dos membros do IHGM

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Page 1: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO

E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

ISSN 1981-7770

Edição EspecialEletrônica

COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO

O MARANHÃO

NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI

São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009

Page 2: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

GESTÃO 2008/2010

CHAPA: TEMÍSTOCLES DA SILVA MACIEL ARANHA

DIRETORIA:

Presidente: Eneida Vieira da Silva Ostria de Canedo

Vice-Presidente: Joseth Coutinho Martins de Freitas

1º Secretário: Raul Eduardo de Canedo Vieira da Silva

2º Secretário: Carlos Alberto Santos Ramos

1º Tesoureiro: Telma Bonifácio dos Santos Reinaldo

2º Tesoureiro: Dilercy Aragão Adler

Diretor de Patrimônio: José Marcelo do Espírito Santo

Diretor de Serviço de Divulgação: José de Ribamar Fernandes

CONSELHO FISCAL

José Ribamar Seguins

Edomir Martins de Oliveira

Raimundo Cardoso Nogueira

SUPLENTES:

Ilzé Vieira de Melo Cordeiro

Carlos Orlando Rodrigues Lima

Kalil Mohana

Page 3: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO

E GEOGRÁFICO DO MARANHÃOISSN 1981-7770

Edição Especial

COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO

“O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI”São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009

O Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão – IHGM – é uma associação científica e cultural, sem fins lucrativos, fundado em 20 de novembro de 1925, que tem por finalidade estudar, debater e divulgar questões sobre História, Geografia e Ciências afins, referentes ao Brasil e, especialmente, ao Maranhão em cooperação com os poderes públicos que visem o engrandecimento científico e cultural do Estado colocando-se à disposição das autoridades para responder as consultas e emitir pareceres sobre assuntos pertinentes às suas finalidades.

Ainda dentro de seus objetivos, consta defender e velar o patrimônio histórico do Maranhão, promovendo a coleta de documentos relativos a efemérides; e estimular o estudo da História, da Geografia, e das Ciências afins em todo o país, particularmente neste Estado, possibilitando a organização de um dicionário histórico-geográfico e ampliação da bibliografia maranhense.

As divulgações dos trabalhos apresentados em suas reuniões devem aparecer na Revista do IHGM, de circulação periódica. A realização deste Seminário atende aos objetivos do IHGM. Assim como a publicação dos textos apresentados neste Seminário, também.

Nesta oportunidade apresentamos também outros trabalhos que julgamos oportuno divulgar por este número especial de nossa revista: “Adesão do Maranhão à Independência”, de Álvaro Urubatan Melo, e outro artigo de Osvaldo Rocha sobre o mesmo tema em comemoração à data máxima do Instituto, o 28 de julho; e “Elitismo no IHGM”, de autoria do confrade Leopoldo Gil Dulcio Vaz, em que apresenta uma análise da produção dos sócios, publicada na Revista, e o “Índice da Revista 1926-2007”.

Optamos pelo formato eletrônico.

José de Ribamar FernandesDiretor de Serviço de Divulgação

Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. São Luís: IHGM, 2009. Edição eletrônica em CD-R

ISSN 1981-7770

p.

1. Miscelâneas. 1. IHGM II. Título CDU:082.2

Page 4: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

SUMÁRIO

Diretoria – Gestão 2008-210 2APRESENTAÇÃO 3Sumário 4Programa do Seminário 5PALAVRA DA PRESIDENTE 6NOVO CENÁRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃOWaldir Maranhão Cardoso 8

O ESTADO DO MARANHÃO: FÍSICO E HUMANOEneida Viera da Silva Ostria de Canedo 9

CENTENÁRIO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO MARANHÃOJoseth Coutinho M. de Freitas 16

HISTORIA DA ARTE MARANHENSE NA PRIMEIRA DECADA DO SÉCULO XXIRaimunda Fortes Carvalho Neta 17

A EDUCAÇÃO NO MARANHÃOElizabeth Pereira Rodrigues 25

O SETOR PESQUEIRO NO MARANHÃOLeopoldo Gil Dulcio Vaz e Tito Tsuji 33

SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA MARITIMA MARANHENSE: (O PODER MARITIMO NO MARANHÃO NA ATUALIDADE)Carlos Alberto Santos Ramos

51

A INSERÇÃO DA HISTÓRIA DA ÁFRICA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA (MARANHENSE)Telma Bonifácio dos S. Reinaldo

55

O MUNICÍPIO DE SÃO BENTO E O CENTENÁRIO DO EX. GOVERNADOR NEWTON DE BARROS BELLO.Álvaro Urubatã Melo

73

A PRODUÇÃO ACADÊMICA DO CURSO DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO DA UFMA NA PRIMEIRA DECÁDA DO SÉCULO XXIDilercy Aragão Adler

75

CÉLULAS-TRONCO E A MEDICINA DO SÉCULO XXIAymoré de Castro Alvim 84

ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃOLeopoldo Gil Dulcio Vaz 86

OS ESCRITOS DE DOM PAULO PONTE: UMA RELEITURA A PARTIR DA ÚLTIMA DÉCADARaimundo Gomes Meireles e Clauber Pereira

108

Lançamento de Livros

PALESTRAS E ARTIGOS ADESÃO DO MARANHÃO À INDEPENDENCIAOsvaldo Pereira Rocha 118

ADESÃO DO MARANHÃO À INDEPENDENCIAÁlvaro Urubatam Melo 119

ELITISMO NO IHGMLeopoldo Gil Dulcio Vaz 123

ÍNDICE DA REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO Leopoldo Gil Dulcio Vaz

186

Lista de Sócios Efetivos 218

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SEMINÁRIO

“O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI”São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009

PROGRAMA

04 DE AGOSTO16 h Novo cenário da Ciência e Tecnologia do Maranhão

Waldir Maranhão Cardoso17 h O Estado do Maranhão: Físico e Humano

Eneida Vieira da Silva Ostria de Canedo 18 h Centenário da Educação Profissional no Maranhão

Joseth Coutinho M. de Freitas19 h História da Arte Maranhense na primeira década do Século XXI

Raimunda Fortes Carvalho Neta

05 DE AGOSTO15 h Educação no Maranhão

Elizabeth Pereira Rodrigues16h O setor pesqueiro no Maranhão

Leopoldo Gil Dulcio Vaz e Tito Tsuji17 h Subsídios para a História marítima Maranhense: o poder marítimo no

Maranhão na atualidadeCarlos Alberto Santos Ramos

18 h A inserção da História da África e Cultura Afrobrasileira e a Africana na Eucação Brasileira (maranhense)Telma Bonifácio dos S. Ribeiro

19 h O município de São bento e o Centenário do ex-governador Newton de Barros BelloÁlvaro Urubatã Melo

06 DE AGOSTO16 h A produção acadêmica do Curso de Mestrado em Educação da UFMA

Dilercy Aragão Adler17 h Células-Tronco e a medicina do Século XXI

Aymoré de castro Alvim 18 h Atlas do Esporte no Maranhão

Leopoldo Gil Dulcio Vaz19 h Os escritos de Dom Paulo Ponte: uma releitura a partir de última década

Raimundo Gomes Meireles e Clauber Pereira20 h Lançamento de livros dos Sócios Efetivos

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COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO“O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI”

São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009

PALAVRAS DA PRESIDENTE

Boas-Vindas a todas e a todos. Ao Sr. Secretário de Estado de Ciência e Tecnologia, nosso

muito obrigado pela sua presença. Especialmente hoje, data de seu aniversário. Quem recebe

o presente somos nós. Parabéns, Waldir, se me permite chamá-lo, sem a liturgia do cargo.

O IHGM tem, dentre seus objetivos, estudar, debater e divulgar questões sobre

História, Geografia e Ciências afins, referentes ao Brasil e, especialmente, ao Maranhão em

cooperação com os poderes públicos que visem o engrandecimento científico e cultural do

Estado.

Criada a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, esse é nosso primeiro contato

oficial e a primeira – e espero que muitas – reuniões de estudo que faremos em conjunto.

Obrigado pela parceria entre nossas Instituições.

Lembro, aqui, e agradeço também, a parceria do IHGM e o SEBRAE-MA. Não é o

primeiro evento que realizamos juntos e nem será o último. Espero. Ao Julio Noronha e ao

Manoel Pedro, obrigado...

Perguntaram-me, via correio eletrônico, qual o objetivo do Seminário. Valho-me

novamente de nossos Estatutos Sociais: estimular o estudo da História, da Geografia, e das

Ciências afins em todo o país, particularmente neste Estado. Debater questões que digam

respeito ao estado do Maranhão, particularmente.

Quando propus o tema “Maranhão na primeira década do Século XXI” pedi aos

Confrades estudos de nossa História e Geografia – e demais Ciências Sociais – recentes,

especialmente os acontecimentos dos últimos anos – sejam, os primeiros anos deste século

que se inicia. Recorte temporal curto, bem sei disso. Recente, mas repleto de acontecimentos

que vão afetar a vida das populações de nosso Estado. E não me refiro só aos acontecimentos

políticos...

Uma das funções do IHGM é o de fomentar pesquisas e disseminar informações delas

decorrentes, que possibilitem à nossas autoridades uma tomada de decisão. Colocamos-nos

como consultores privilegiados, dado à especificidade de nosso quadro associativo.

Portanto, Senhor Secretário, em que pesem as dificuldades de funcionamento deste

Instituto, esse é o principal objetivo desse Seminário. Colocaremos à disposição do público os

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seus anais, em formato eletrônico. Adaptamo-nos aos tempos modernos e da sociedade do

conhecimento e da informação.

Aqui, estamos discutindo os cenários da Ciência e da Tecnologia; O Maranhão físico e

humano; a Educação, a Educação Profissional em seu centenário; o Mestrado e sua produção

acadêmica; a inserção de novas disciplinas, especialmente a afro-brasileira; teremos um

panorama de nossas artes; faremos uma análise de Poder Marítimo – lembrando a

dependência que temos do mar, com um estudo sobre a Pesca e a formação de mão-de-obra.

A saúde pública através da medicina e suas ultimas contribuições, não foi esquecida. A

contribuição de dois ilustres personagens que se dedicaram ao engrandecimento de nosso

grande Maranhão.

Nesses próximos três dias nos dedicaremos a isso. Obrigado, pela presença de todos e

bons estudos.

ENEIDA VIEIRA DA SILVA OSTRIA DE CANEDO

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COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO“O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI”

São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009

NOVO CENÁRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO MARANHÃO

WALDIR MARANHÃO CARDOSO

POR PROBLEMAS ALHEIOS Á SUA VONTADE, O SENHOR SECRETÁRIO NÃO PODE SE FAZER PRESENTE.

OS PROFRESSORES SEBASTIÃO DUARTE E FÁTIMA DURANS APRESENTARAM UM PANORAMA DAS AÇÕES DA SECRETARIA E, ESPECIALMENTE, A INTERVENÇÃO NO CAMPO DO ENSINO PROFISSIONAL QUE A MESMA PROMOVERÁ.

NÃO FOI POSSIVEL TER O TEXTO DA APRESENTAÇÃO, FEITA EM POWER-POINT, COM ILUSTRAÇÕES E ANIMAÇÕES.

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COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO“O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI”

São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009

O ESTADO DO MARANHÃO: FÍSICO E HUMANO

ENEIDA VIEIRA DA SILVA OSTRIA DE CANEDO

O Estado do Maranhão membro da República Federativa do Brasil, ocupa uma superfície de 328663, km², dividida político-administrativa em 217 municípios, cujas sedes são consideradas cidades. Na classificação fisiográfica do País, está situado na Grande Região Nordeste.

Embora seu território de oeste seja considerado da Amazônia Legal, até o meridiano de 44º de latitude a oeste de Greenwich, que corta o rio Mearim, com área de 257,451km², equivalente a 79,3% da superfície total do Estado e só o restante esteja compreendido na Região Nordeste.

O Estado sofre a influência climática conseqüente da sua posição astronômica equatorial, entre 1º 1’ 45” e 10º 21’ 07” de latitude sul e sua situação na área de transição entre três regiões homogêneas: a Amazônia quente e úmida, o Nordeste semi-árido, regiões das quais e integrante e, ainda é influenciado , pela região Centro-Oeste, próxima ao Sul. Não apresenta grandes amplitudes térmicas, especialmente na fachada Atlântica da qual recebe a influência amenizadora, com isotermas entre 20 e 30ºC.

Não apresenta em seu território regiões semi-áridas com períodos de extremo-seca. Pelo contrário, nos meses de maior pluviosidade (março, abril e maio), alguns municípios sofrem alagamento nas áreas próximas aos rios.

Outros fatores atenuantes para as condições climáticas, favoráveis à ocupação pelo homem, são os limites naturais que o separam das outras unidades da federação e se fazem quase totalmente através de rios, constituindo os demarcadores naturais.

Os rios limítrofes: Parnaíba, Manoel Alves Grande, Tocantins e Gurupi contrabalançam os rigores das temperaturas interioranas e drenam os solos, favorecendo a formação da cobertura vegetal de matas ciliares e distribuindo a umidade. As bacias hidrográficas dos rios Mearim e Itapecuru drenam o centro do Estado, facilitando a penetração humana. Serviram e servem como via de interiorização e fornecedoras de suporte econômico. São os rios maranhenses os favorecedores da produção agrícola, pois os solos são de produtividade média, exigem correções para uma produção considerada eficiente. É a cultura de várzea que continua a constituir o suporte da produção agrícola maranhense.

Geologicamente apresenta uma estrutura, quase totalmente sedimentar, atingindoaproximadamente 90%, com apenas pequenas áreas de constituição de Rochas Ígneas e Metamórficas, na parte noroeste, na divisão com o Estado do Pará e Rochas Ígneas Básicas-basaltos – na região Centro-Sul. O subsolo é potencialmente rico em minerais capazes de sustentar a exploração e sua industrialização.

A orografia de altitude modesta não ultrapassa os 1.000 metros, de baixas proporções na faixa litorânea, região da Baixada Maranhense, apresentando maiores altitudes nas regiões: Noroeste Centro Sul e Sudeste.

Os solos são predominantemente lateríticos, hidromórficos e de gley, portanto, de média fertilidade, carecendo de correções, mas não improdutivos. Resultante do processo conjugado da climatologia, estrutura do solo e da hidrografia, a cobertura vegetal do Estado apresenta-se muito variada. Desde a Floresta, nas gradações de Equatorial, Tropical e Tropical úmida,

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matas ciliares, campos, cerrados, com predominância de palmáceas, até os manguezais costeiros.

O Estado conta com uma fronteira marítima de 640 Km, origem das chuvas e dos ventos que corrigem os rigores da localização e serve de janela para a integração marítima e comercial, que desde o início da colonização, tem contribuído para seu desenvolvimento. Do ponto de vista demográfico conta com uma população absoluta de 6.118.995 com uma densidade de 16,6habitantes por quilômetros quadrados. A população urbana é de 3.757.297 e no meio rural vivem 2.361.198, conforme contagem do IBGE ano 2007.

Quadro IEstado do Maranhão

Censo 2000Área População Densidade Crescimento

333.366 km² 5.638.391 16,6hab/km² 4,05

Município de São LuísÁrea População

831km² 870.028

Estado do MaranhãoÁrea km² População Urbana Rural Masculina Feminina333.366,5 6.118,995 3.757.297 2.361.198 3.021.229 3.052.375

Municípios:São Luís

Área/km² População827 957.515

São José de RibamarÁrea/km² População

386 131.379Paço do Lumiar

Área/km² População132 98.175

RaposaÁrea/km² População

64 24.201IBGE -CONTAGEM 2007

ATIVIDADES AGRÁRIAS E PERSPECTIVASAs atividades agrárias no Estado foram prejudicadas, neste ano de 2009, pelas chuvas

torrenciais e conseqüentemente o transbordamento dos principais rios.A Soja, uma das espécies de maior produtividade no Sul foi uma das altamente

prejudicadas. As perdas foram estimadas em 30 kg por hectare, a cada dia de chuva. A umidade deteriora os grãos, que perdem o valor comercial. As empresas compradoras

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recusam-se a receber a soja, em tais condições para não contaminar o restante dos grãos que já estão estocadas nos silos.

As estradas estiveram interditadas, em conseqüência das chuvas e os caminhoneiros não conseguiam ultrapassar os riscos, o preço do frete aumentou.

A falta de silos para a estocagem e secadores para evitar a umidade e a criação de fungos, constituem outros problemas.

Todos esses fatores vão se refletir, provocando a insegurança aos trabalhadores e produtores, que conhecem as conseqüências e a impossibilidade de continuação nessa atividade, é o desemprego.

O Município de Balsas foi o mais afetado na sua produção de soja.Outro produto afetado pela intempérie foi o algodão, as perdas foram menores, mas em

algumas lavouras os capulhos começam a abrir e a alta umidade provoca o apodrecimento, afetando a qualidade do produto.

A área plantada, em 2008, foi de 12,8 ha e a produção de 3.750 quilos por hectare. No ano de 2009 a produção caiu para 3.390 k/ha.

Os subprodutos do algodão, também aproveitados como: o caroço, óleo, ração animal tiveram a produção de 2008 em torno de 28.300 ton. e para 2009 ficou em 21.400 toneladas.

Apesar da crise econômica mundial, o Maranhão apresentou um Balanço Comercial com um superávit de US$ 69,6 milhões /ano.

As exportações cresceram 123% até o mês de maio de 2009, alcançando o maior índice do País.

A disponibilidade de terras agricultáveis, o relevo, o solo e o clima são favoráveis a produção, dependendo, apenas da disponibilidade de transporte.

A safra de soja e farelo, no ano de 2008, transportou 1.45/t. (humilhação, quarenta e cinco mil toneladas).

No ano de 2007, a movimentação, na Região Centro-Norte, foi de 4,5 toneladas (quatro milhões e quinhentas mil toneladas).

Para atender o escoamento da produção agrícola, o Maranhão contará com a Ferrovia Norte-Sul. Essa Ferrovia contribuirá com aumento do volume de produtos transportados.

Quando concluída a Norte Sul ligará os Estados do Maranhão, Piauí, Tocantins, Sul do Pará e Nordeste de Mato Grosso.

Toda a produção escoará pelo Porto do Itaqui.O Estado do Maranhão conta com um sistema viário, integração de rodovias e ferrovias,

visando o desenvolvimento econômico e social.As principais rodovias são as federais BRs: 010 – Belém /Brasília; 135 – São Luís ao

Sul do Piauí; 222 – atravessa o Estado ligando Açailândia ao Nordeste do Maranhão; 226 –corta o Estado, partindo de Porto Franco até o Município de Timon; 316 – ligará o leste ao oeste do Estado.

As outras Rodovias são estaduais e municipais, são as que apresentam maiores interrupções, pela inadequabilidade do material usado nas construções e na tecnologia empregada.

O transporte ferroviário conta com 1.363 km, sendo 809 km, pertencente a Estrada de Ferro Carajás; 95 Km da Ferrovia Norte Sul, que liga Imperatriz a Estrada de Ferro Carajás. A Companhia Ferroviária do Nordeste conta com 459 km.

Outra providência dos Governos dos Estados do Maranhão e Piauí, junto as autoridades federais: Ministério dos Transportes e Sistema Portuário, visando aumentar o escoamento da produção, que já demonstra ultrapassar a capacidade, é a construção de uma hidrovia no rio Parnaíba.

Page 12: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Essa solução já vinha sendo estudada há muitos anos.O rio Parnaíba é um divisor entre os Estados do Maranhão e Piauí. Percorre 1.282 km,

entre os dois Estados e oferece navegabilidade em grandes trechos.Da foz até Guadalupe (PI) Percorre 712 km; da Barragem de Boa Esperança a Uruçuí

(PI), mais 135 km e de Uruçuí até Floriano (PI), mais 354 km, sem problemas. O rio Balsas afluente do Parnaíba, navegável, serve de ligação entre diversas cidades e povoados do Maranhão.

A Bacia do Parnaíba ocupa uma área de 69.000 Km².A hidrovia beneficiará 128 municípios dos Estados: Maranhão, Piauí, Bahia e

Tocantins; todos os produtores de muitas toneladas de grãos. No Estado do Maranhão quatro municípios serão beneficiados: Barão de Grajaú, Parnarama, Magalhães de Almeida e Timon.

Quadro II

RODOVIASAs fortes chuvas dos meses de março, abril e maio, deixaram as estradas do Maranhão

intransitáveis. Ao todo, foram atingidos 63 municípios dos 217 e 1.700 Km de estradas. Causando conseqüências desastrosas para o escoamento da produção.

As estradas mais atingidas foram: o quilômetro 445, da BR-222, povoado de Floresta, próximo a Santa Luzia do Tide. No quilômetro 228, da BR-010 entre os municípios de Imperatriz e Açailândia. Os quilômetros 40 e 54 da BR-402, o povoado Prata, próximo ao município de Morros. O quilômetro 211, próximo ao Itapecuru Mirim.

O quilômetro 259, da BR-222, entre os municípios de Miranda do Norte e Ararí. Oquilômetro 286, BR-226, entre Barra da Corda. A rodovia MA-122, ligando o município de Pedreiras e Trizidela do Vale. Estes municípios foram os mais atingidos pelas enchentes. Conforme dados do DINIT, 90 desses municípios foram alagados.(fazer tabela).

Com a interrupção das estradas, além da perda das habitações e outros bens, o abastecimento de produtos essenciais ficou comprometido.

A MA-106, entre os municípios de Pinheiro, Santa Helena e Cururupu; a MA-103, entre Cururupu e Serrano; o chamado Entroncamento da MA-006 e a BR-222 até Grajaú.

Os trechos mais atingidos já estão sendo recuperados.As estradas de maior fluxo de caminhão de cargas foram justamente as que sofreram

interrupção de imediato.Os municípios que ocupam a margem da Estrada de Ferro Carajás vão ser beneficiados

não apenas com a facilidade de transporte de pessoas e cargas.(produtos). Serão beneficiadas com a instalação de cursos profissionalizantes, obras de infra-estrutura básica, organização urbana e territorial rural.

Os municípios que constam da relação são:Açailândia, Anajatuba, Alto Alegre, Ararí, Bacabeira, Bom Jesus da Selva, Buriticupu,

Cidelândia, Davinópolis, Igarapé do meio, Imperatriz, Miranda do Norte, Monção, Paço do Lumiar, Pindaré Mirim, Raposa, Rosário, Santa Luzia, Santa Inês, Santa Rita, São José de Ribamar, São Francisco do Brejão e Vila Nova dos Frades.

PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTEA água é essencial a sobrevivência humana, é extremamente valiosa para higiene e

alimentação. Cientes desse valor deve ser protegida para conservar a melhor qualidade.

Page 13: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No Maranhão dando com exemplo a Capital cidade de São Luís citamos os seguintes problemas.

Constantes paralisações no abastecimento de água às vezes até oito dias; alternância de fornecimento, um dia sim, outro não. Diga-se que essa alternância já vem ocorrendo desde de 2000.

A última explicação de dirigentes da Companhia de Água e Esgoto do Maranhão -CAEMA, as interrupções devem-se a pane em um dos transformadores, já em recuperação na cidade de Recife.

O sistema conta com três transformadores. Quando um entra em pane diminui a capacidade de bombeamento.

Outro problema é o sistema estar funcionando com a perda de 40% de água, devido a necessidade de substituição de válvulas de pressão, hidrômetros e vazamentos.

Temos conhecimento, também de que o Sistema de Saneamento Básico da Capital, São Luís é deficiente.

Duas estações de tratamento, uma situada no Bairro do Jaracati e a outra no Bairro do Bacanga estão sem funcionamento, há mais de dois anos, e os dejetos lançados “in natura”, nos rios e manguezais, causando a degradação ambiental, afetando a vegetação da margem dos rios, tornando imprópria a água e até a fauna: peixes, caranguejos e outras espécies.

Toda carga de dejetos da cidade é despejada nos rios, e praias.O rio Anil é um dos que recebe grande parte dos dejetos.A CAEMA culpa as empresas privadas, encarregadas da higienização de fossas que

deveriam jogar os dejetos nas estações do Bacanga e Jaracati.A Companhia de Água e Esgoto do Maranhão – CAEMA informa: só na capital existem

mil pontos de esgotos estourados.Nas freqüentes ladeiras da cidade, com as chuvas torrenciais, o lixo une-se aos

esgotamentos tornando insuportável trafegar nas ruas onde ocorre o problema.Qual a rua que não apresenta esse problema?Entretanto, apesar dos problemas técnicos que poderiam ser solucionados pela empresa,

a colocação de lixo nas vias públicas o furto das tampas dos pontos de abertura dos esgotos, são de responsabilidade da má educação da população.

O rio Itapecuru, principal abastecedor de água para o município de São Luís sofre com a poluição provocada pelo lixo jogado pela população: dejetos orgânicos, animais mortos, copos, garrafas de plástico e milhares de outros dejetos, não facilmente desgastáveis.

As doenças causadas ao ser humano pelas águas contaminadas são: verminoses, ameba, cólera, febre tifóide, hepatite virótica, leptospirose e poliomielite.

A consciência ecológica da população não é preparada, uns por não freqüentarem a escola e outras pela deficiência de compromisso assumido pelas próprias educadoras, que transmitem conhecimentos aos alunos. Em todas as disciplinas curriculares podem ser incluídas orientações válidas sobre preservação do meio ambiente.

Não apenas o Rio Itapecuru está poluído, mas o Mearim, Tocantins, Paciência e todos os demais do Estado inclusive da ilha do Maranhão.

INDÚSTRIAO Instituto Brasileiro DE Geografia e Estatística, em sua pesquisa anual, apresentou o

valor da produção industrial do Estado do Maranhão.

Page 14: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Maranhão – ano 2007Produção Industrial

Valor: R$7.066 bilhões – correspondente a 5,47% do total da Região Nordeste. Região Nordeste – ano 2007

Produção Industrial

Valor: R$ 129,2 bilhões e 050% do total do Brasil.

Brasil – ano 2007

Produção Industrial –Valor Total R$ 1,4 trilhões

Os dados apurado, referentes a produtividade por pessoa foram:Maranhão Região Nordeste Brasil

R$ 87.429,05 62.876,00 84.508,98

IBGE 2007

O estudo mostrou que o Maranhão obteve um crescimento industrial: em relação ao Nordeste de 4,18% e em relação ao Brasil de 0,46%.

Esses dados indicam uma grande conquista do crescimento industrial maranhense.Os setores industriais que apresentaram maior índice de crescimento foram: metalurgia

básica, a extrativa de minerais metálicos e a produção de álcool.A crise paralisa siderúrgicas no Maranhão, em decorrência da falta de compradores para

a produção.As indústrias: Margusa, instalado no Município de Bacabeira; Cosima, em Santa Inês;

Fergomar e Simasa, em Açailândia já não estão em funcionamento.A produção de ferro gusa do nosso Estado é quase toda comprada pelos Estados Unidos,

equivalentes a 90% da produção.A paralisação das siderúrgicas deverá prejudicar os produtores, classe empresarial do

ramo e trabalhadores.Entre perdas e novos projetos o Balanço Comercial do Estado do Maranhão registrou

superávit, as exportações superaram as importações em US$ 119,5 milhões, no período de janeiro a abril de 2009. Alcançou o 3º melhor saldo do nordeste, perdendo apenas, para a Bahia e Alagoas.

O MARANHÃO MINERALUm Seminário realizado em Brasília, na data de primeiro de junho de 2009, o

pesquisador e geólogo Willian Thomas, apresentou o projeto “Calcário marinho na plataforma continental do Maranhão”.

Um dos participantes do Seminário, Jomar Feitosa disse:

Page 15: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

“Os maranhenses não tem noção da potencialidade guardada no fundo do mar do seu Estado, mas empresas mineradoras de outros países,sim.”

A França foi a grande produtora de calcário marinho durante muitos anos. Hoje a França já esgotou suas reservas.

As três maiores reservas cálcarias detectadas no Maranhão estão localizadas no litoral: de Tutóia, de Santana e a Noroeste do Estado.

ENERGIANo Município de Miranda do noroeste, a 130Km de São Luís estão sendo instaladas

usinas “Termelétricas, com início de funcionamento previsto para janeiro 2010”.Uma usina termelétrica constituiu um conjunto de obras e equipamentos para geração de

energia.A empresa “Geronorte”, responsável pelo empreendimento, ocupará uma área de 88

hectares e as usinas: “GeramarI” e “GeramarII” terão capacidade, quando em funcionamento, para gerar 165 MW de energia.

A perspectiva para geração de emprego será de inicio, de 1000 operários. Sendo 25% de mão de obra do próprio Município de Miranda do Norte.

O fornecimento de energia facilitará a atração de outras indústrias, empresas comerciais e de serviços para a área. O Maranhão contará com mais essa oportunidade de oferta de empregos diversificados. Entretanto há necessidade de preparar o pessoal local, através de cursos profissionalizantes..

Espero que tenha conseguido dar uma visão do Estado do Maranhão neste século.

REFERÊNCIASCANEDO, Eneida Vieira da Silva Ostria de – Organização do Espaço Agrário Maranhense-Até os anos 80 – Editora Norte-Sul – São Luís. 1993 – 1ª Edição – 2ª Edição, Editora Interativa 2008.

ARAÚJO, Elienê Pontes de, Coordenadora do LABGEO – UEMA –Atlas do Maranhão –Universidade Estadual do Maranhão –2ª Edição GEPLAN –2002.

MAGOSSI, Luís Roberto e Bonacella, Paulo Henrique – Poluição das Águas – 9ª Edição – Coleção Desafios – Editora Moderna – São Paulo –2002.

Periódicos: O Imparcial, Jornal Pequeno, O Estado do Maranhão, A Tarde –ANOS: 2000 A 2009.

Repartições Específicas Publicações: IBGE, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento-2009.

Ministério da Indústria e Comércio. Dados – 2008 e 2009.DENIT – MA

Ministério das Minas e Energia – Departamento Nacional de PRODUÇÃO Mineral –2009.

CEMAR E CAEMA – 2009 - DADOS

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COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO“O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI”

São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009

CENTENÁRIO DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NO MARANHÃO

JOSETH COUTINHO M. DE FREITAS

O TEXTO NÃO FOI ENCAMINHADO Á COMISSÃO CIENTÍFICA

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COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO“O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI”

São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009

HISTORIA DA ARTE MARANHENSE NA PRIMEIRA DECADA DO SÉCULO XXI

RAIMUNDA NONATA FORTES CARVALHO NETA1

Introdução à Arte Contemporânea

Atualmente o senso comum identifica "Moderno" como um sinônimo para aquilo que há de “mais novo” e “mais atual” tanto no campo da Arte quanto em outras áreas do conhecimento. Todavia, no campo da Arte, Moderno refere-se a um movimento com características particulares que nasceu na Europa, com variados desdobramentos e que entrou em crise a partir da década de 1950. De acordo com Agnaldo Farias (2008) tal movimento foi substituído por um conjunto de manifestações que, cada qual dotada de peculiaridades, foram, na falta de um nome melhor, reunidas sob a etiqueta simples e genérica de “Arte Contemporânea”.

Uma vez que o contemporâneo apresenta suas raízes no período moderno, sua definição passa necessariamente pelo debate desse movimento, que de um modo geral, situa-se em meados do século 19, com o Realismo e o Impressionismo. A partir daí, a arte paulatinamente se afastou de seus cânones renascentistas, do compromisso de uma representação fidedigna do mundo, com as pinturas e esculturas se ocupando não em fabricar duplos da realidade, mas em afirmar suas próprias realidades, abandonando a ilustração de temas (o elogio de um herói, a encenação de uma passagem mítica etc.) para encerrar-se numa discussão sobre sua materialidade, sobre o gesto que a formalizou, bem como as peculiaridades de sua volumetria (FARIAS, 2007).

O surgimento do movimento abstracionista constituiu-se na culminância desse processo com a arte dando as costas para qualquer relação de ilustração do mundo. Nesse sentido, a persistência das vanguardas modernas em continuar buscando o novo representou o desejo dos artistas de manter a “experiência estética como fim em si mesmo”.

Agnaldo Farias (2007) explica que a Arte Contemporânea nasceu como resposta ao esgotamento desse ensimesmamento da arte com as modalidades canônicas (pintura e escultura), sendo que a arte que se produz hoje é movida pela experimentação realizada sobre a mistura de narrativas (utilizando-se de todas as expressões artísticas, da literatura à música e até às disciplinas científicas) e materiais diversos.

1 Sócia efetiva do IHGM; professora da UEMA; licenciada em Educação Artística – Artes Plásticas e em Biologia; doutoranda em Biotecnologia – RENORBIO)

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Na busca de uma nova forma de representação dos problemas atuais, a Arte Contemporânea é norteada por questões que afetam a todos os indivíduos diretamente, seja na rua, nas relações pessoais, nas discussões provocadas pela mídia e nos questionamentos da própria arte, integrando linguagens artísticas e combinando instalações, performances, imagens, textos e tecnologias.

Anne Cauquelin (2005) afirma que o que existe atualmente é um sistema de arte em um “Estado Contemporâneo”, produto de uma alteração de estrutura de tal ordem que não se pode mais julgar nem as obras nem a produção delas de acordo com o antigo sistema. Aqui se demonstra que estamos diante de uma situação desafiadora: a avaliação que se está fazendo atualmente da Arte está baseada em critérios ainda em construção, iniciados apenas há duas décadas. Tal situação encaminha esse debate em duas direções: de um lado diversos pesquisadores de várias áreas do conhecimento (sociólogos, economistas e outros) assumem a análise até então reservada à crítica artística, à história da arte ou à teoria estética; de outro lado, ocorre um divórcio entre a arte e seu público, desnorteado frente à miscelânea da produção artística contemporânea que não dispõe de um tempo de constituição e de uma formulação estabilizada (CAUQUELIN, 2005).

Maurício Dias (2009) acrescenta que “a arte contemporânea muitas vezes só se mantém em função da palavra e do discurso”, já que o “aqui-agora” da certeza sensível não pode ser captado diretamente.

Uma vez entendido, o sentido em que a terminologia Arte Contemporânea será aqui aplicada, falaremos dos artistas que têm produzido no contexto maranhense da Primeira Década do Século XXI.

Gerações de artistas contemporâneos

Sob o genérico rótulo de artistas contemporâneos, convivem profissionais das mais variadas gerações, responsáveis por obras que vão desde trabalhos de caráter eminentemente moderno até aquelas que rompem com esses cânones. Seguindo uma classificação elaborada por Aguinaldo Farias (2007) para a arte contemporânea brasileira, indicaremos aqui as gerações da produção contemporânea realizada no Maranhão, destacadas a seguir.

A) Primeira geração – pertencem artistas cujas trajetórias tiveram seu ponto de partida nos anos 50 e 60 e que ainda se mantêm produzindo sob os mesmos princípios de então (embora expandindo-os), bem como obras de artistas cujas trajetórias tiveram seu ponto de partida na passagem para os anos 70 e ao longo destes, quando produzir arte significava operar na expansão do objeto artístico, seja pela apropriação de coisas e imagens extraídas do cotidiano, seja por radicalizações cada vez maiores, traduzidas em obras mais complexas do ponto de vista conceitual; obras que apostavam numa relação mais próxima com o público; as chamadas “obras abertas à manipulação” que chegaram aos museus e galerias junto com a busca de lugares alternativos e de outros materiais e suportes expressivos. Aqui estão incluídos artistas como Rosilan Garrido, Airton Marinho, Miguel Veiga, Lobato, Donato, Paulo César Alves de Carvalho e outros, que segundo João Carlos Pimentel Cantanhede (2008), tiveram na Universidade Federal do Maranhão o seu centro artístico de formação e de propagação de idéias estéticas; inclui-se ainda artistas como Jesus Santos, Péricles Rocha, Luís Carlos Lima Santos, Rogério Martins, Dileuza Diniz Rodrigues conhecia como Dila, Cosme Martins e vários outros que tiveram centros de formação artística não relacionados com a UFMA; pode-se destacar também, além dos já citados, alguns dos artistas das Exposições Gororoba (realizadas na década de 70 na Galeria Eney Santana): João Ewerton, Joaquim Santos, César Teixeira, Roldão Lima, Murilo Santos, Ribamar Cordeiro, Cruz Neto, Érico, Chico Franco e Edgar Rocha. Entre os acontecimentos no estado do Maranhão que

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nortearam o período destacam-se as fundações do Centro de Arte Japiaçú em 1972, do Museu Histórico e Artístico do Maranhão em 1973 e a criação da Associação dos Artistas Plásticos do Maranhão em 1976 pelos pintores Nagy Lajos, Ambrósio Amorim, José João Lobato e Jesus Santos. As obras de Rosilan Garrido (Figura 1) e Paulo César Alves de Carvalho (Figura 2) são bem ilustrativas dessa geração.

Figura 1 – Rosilan Garrido. Acrílica sobre tela e colagem. Sem título. 1999. Foto: Francisca Costa.

Figura 2 – Paulo César Alves de Carvalho. Gesso e outros materiais sobre madeira. Máscaras Venezianas. 2001. Foto: Francisca Costa.

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B) Segunda Geração – aqui se inclui os artistas surgidos nos anos 80, que ficaram conhecidos pela retomada das formas tradicionais de expressão, com destaque para a pintura, o que, tanto na forma quanto no conteúdo, era índice de um relacionamento com o passado (grande inimigo da modernidade). Nesse grupo podem ser citados: Ana Borges, Marlene Barros, Fernando Mendonça, Marçal Athayde, Francisco de Sousa Ferreira conhecido como Fransoufer, Cláudio Costa, Geraldo Reis, Eugênio Araújo, Alaim Moreira Lima, Afonso Brandão, Edson Mondego, Fábio Vidotti, J. Junior, Cordeiro do Maranhão, Adiel Belo, Ednilson Costa e outros. Nesse período surgiu o movimento que ficou conhecido como Mirarte em 1982, fundado por Fernando Mendonça e Marçal Athaíde, artistas que receberam influência do artista Rubens Gerchman, representante da Pop art (que enfocava o imaginário popular no cotidiano da classe média urbana e mostrava a interação do homem com a sociedade, tomando temas de revistas em quadrinhos, bandeiras, embalagens de produtos, itens de uso cotidiano e fotografias) e que foi professor de boa parte de artistas maranhenses contemporâneos. Os trabalhos de Cláudio Costa (Figura 3) e Ana Borges (Figura 4) são característicos desse período.

Figura 3 – Cláudio Costa. Encáustica sobre madeira. Sem titulo. 2005. Foto: Raimunda Fortes.

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Figura 4 – Ana Borges. Acrílica sobre tela. Sem título. 2005. Foto: Raimunda Fortes.

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C) Terceira Geração – nesse grupo estão os artistas da década de 90 aos dias atuais, cujas obras confirmam a sensação de uma crise aguda ou mesmo do fim da arte moderna, com obras que se opõem ao projeto de uma linguagem universal e da busca metódica da novidade pela ruptura, desde aquelas que mergulham em referências históricas e pessoais àquelas que parodiam a própria arte e o círculo na qual ela está enredada; das que criticam a idéia de autonomia da arte, preferindo abandonar os suportes convencionais em favor de manifestações híbridas, àquelas que descartam as respeitáveis heranças do neoconcretismo, buscando outras fontes; do debate sobre o problema da imagem na vida atual à especulação sobre o corpo e suas pulsões. Entre os artistas dessa época pode se citar: Thiago Martins, Adrianna Karlem, Beto Nicácio, Maciel Pinheiro, Regis Costa Oliveira, João Carlos Cantanhêde, Francisca Costa, Raimunda Fortes, Lurdimar Castro, Tony Alves, Herbert Reis entre outros. Os anos 90 presenciaram a realização anual da Coletiva de Maio no Salão de Maio do Convento das Mercês (1991 até 1996), sede da Fundação José Sarney, a qual promovia mostras que difundia a produção artística contemporânea local. Além disso, muitas mostras temporárias foram promovidas pela Galeria Antônio Almeida e Sala Maia Ramos do Palacete Gentil Braga (Sede do Departamento de Assuntos Culturais da UFMA) e a Galeria de Arte do SESC. Nesses espaços ocorreram eventos importantes como as mostras de Arte Efêmera, promovida pelo DAC/UFMA e abertas à comunidade, estudantes e artistas que buscam experimentações diferenciadas na sua arte através de performances, instalações, vídeos, e outros trabalhos de natureza similar. Na Galeria do SESC destaca-se o evento conhecido como ICONOGRAFIA URBANA DE SÃO LUÍS, caracterizada como mostras artísticas realizadas pelo ICNOS, “grupo de artistas que desde 2003 desenvolve trabalhos com o propósito de discutir a imagem da cidade com seus antigos e novos ícones caracterizadores, materializados por meio de objetos, instalações e outras formas de expressões artísticascontemporâneas” (Costa, 2009). A exposição de 2008 foi a terceira, realizada pelo grupo, composto por obras de Adrianna Karlem, Beto Nicácio, Francisca Costa, Wallace Santana, João Carlos Pimentel, Maciel Pinheiro, Mônica Rodrigues, Raimunda Fortes e Régis Costa Oliveira, tendo a Convivência como sua temática atual. A obra de Francisca Costa (Figura 3) e de João Carlos Pimentel (Figura 4) ilustram esse tipo de produção cultural. Francisca Costa explica que sua obra apresenta um enfoque direcionado em olhares críticos à poluição visual e expressões que limitam a linguagem culta de nosso idioma e formas de pronunciação; a estrutura física da obra apresenta-se como um Móbile que traz ao centro um lampião (memória cultural / contemporâneo) com fotografias penduradas, bem como fragmentos e letreiros com erros de construção gramatical, propondo uma interação direta com o fruidor que à medida que observa as fotografias, dialoga com sua própria imagem refletida em espelhos no móbile e seu papel como cidadão formador de opiniões; há ainda um letreiro com letras manipuláveis com ímãs ao seu centro que faz um convite à ordenação de palavras além das expostas como o trocadilho ATENAS e APENAS.

Figura 3 – Francisca Costa. Móbile com fotografias. Apenas maranhense. 2008. Foto: Francisca Costa.

Já na obra de João Carlos Pimentel intitulada “Convivência em Trânsi Tu”, o artista buscou expressar o tormento pelo qual, quase todos nós, somos obrigados a passar cotidianamente em São Luís. A obra é materializada numa pequena placa de fibra de madeira prensada tingida com piche e preenchida ao longo de toda a sua extensão com números de placas de carros nos dois sentidos de uma avenida, entrecortados por um canteiro ocupado para as mais diversas finalidades. Como último elemento aparecem os fragmentos de fita gomada, representando tudo o que vive prendendo ou prendendo-se ao trânsito: a imprudência, a fadiga, o estresse, as barreiras, os acidentes, os assaltos, os pedintes, os pedestres e tantas outras categorias impregnadas na dinâmica das ruas e avenidas de São Luís" (notas do artista).

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Figura 4 – João Carlos Pimentel. Colagem. Convivência em Trânsi Tu. 2008. Foto: Francisca Costa.

Temeridade de uma classificação da produção contemporânea

A tentativa de classificação aqui indicada é meramente didática, já que nela se elenca uma miscelânea de produtores culturais das três últimas décadas do século XX e primeira década do século XXI. As variadas motivações artísticas do nosso sistema de arte maranhense em um “Estado Contemporâneo”, necessita de uma discussão mais aprofundada sobre os critérios de avaliação ainda em construção para essa produção artística, que, infelizmente, só recentemente tem se alinhado com as propostas discutidas nos outros estados brasileiros.

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REFERÊNCIAS

CANTANHEDE, João Carlos Pimentel. Veredas estéticas: fragmentos para uma história social das artes visuais no Maranhão. São Luís: [s.c.p], 2008.

CAUQUELIN, Anne. Arte Contemporânea: uma introdução. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

COSTA, Francisca. Arte contemporânea maranhense. Disponível em: <http://www.elo.com.br/pagina.php?dst=novidades&id=183223>. Aceso em jul de 2009.

FARIAS, Agnaldo. Arte Brasileira hoje. São Paulo: Publifolha, 2007.

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COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO“O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI”

São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009

EDUCAÇÃO NO MARANHÃO

ELIZABETH PEREIRA RODRIGUES2

O Maranhão é alvo de estereótipos comuns ao Nordeste, em relação ao Brasil, assim como ocorre com a América Latina, no contexto europeu e norte americano. No caso maranhense, esta é a terra dos Lençóis Maranhenses, do Bumba-meu-boi e São Luís – sua capital – já foi, um dia, Atenas brasileira.

Hoje, o Estado é marcado por indicadores sociais pouco favoráveis e busca se libertar do estigma de atraso em que adentrou após o apogeu do algodão, em meados do século XVIII.

Diante de quadro tão complexo, a educação básica começa a dar sinais de que se revigora. Dados de recentes avaliações comparativas no Brasil demonstram uma recuperação dos níveis educacionais tão decantados no passado.

A que se deve esse renascimento? Primeiramente, se lançarmos mão das premissas da Ciência Política para realizar um

conhecimento sistêmico acerca das gestões que têm ocupado o governo estadual no final do século XX e neste início de século XXI, algumas questões são suscitadas. O que é necessário que cada governante faça para alcançar o bem-estar da comunidade? O que deve conter o planejamento elaborado pelos respectivos mandatários a fim de contemplar as reais necessidades da comunidade maranhense?

Em seguida, quando partimos para uma análise funcional dos mecanismos adotados por cada administração, nova indagação se faz presente: que decretos, leis, portarias, regulamentos, programas, planos, políticas foram implementados visando à superação do enorme desafio de equilibrar um Estado tipicamente caracterizado como próximo ao Equador, portanto fadado ao fracasso pelos deterministas?

Então, de modo objetivo, ao avaliarmos as práticas observadas na década de 90 e no início do novo milênio, algumas inferências podem ser levantadas.

O Estado do Maranhão se caracteriza pelo empirismo e por uma dificuldade em elaborar e observar planos estratégicos de média e longa execução.

Verifica-se uma preocupação com resultados imediatos no horizonte limitado a uma administração e visíveis na mídia, ao invés de ações infraestruturais mais duradouras, porém de consecução que possa ultrapassar a duração de um mandato.

Por fim, constata-se, ao longo da história remota e recente do Maranhão, uma segmentação nos programas governamentais, que representa um forte obstáculo à continuidade de políticas públicas quando se processa a democrática alternância de poder.

O cenário atual do Estado dá conta de que ele é palco do maior empobrecimento do país: 56,38% de sua população situam-se dentro ou até abaixo da linha de pobreza3.

2 Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão e do Conselho Estadual de Educação. Doutoranda em Direito.3 IBGE - 2007

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Quando se mede o Produto Interno Bruto, em 2007, o PIB maranhense alcança a oitava maior posição brasileira. Entretanto, verificada a renda per capita, somente o Estado do Piauí revela situação inferior: é do Maranhão a penúltima colocação nesse campo4.

Apresenta, ainda, complexidades que influem no peso do Estado: tem o maior déficit habitacional do Brasil: 38,1% da população não alcançaram o benefício da moradia própria, enquanto o índice médio do país situa-se na faixa de 14,6%5.

Analisando sua tipicidade, é possível se deparar com graves idiossincrasias de ordem histórica: o Brasil é o último país da América a atingir a abolição da escravatura. Tal instituição, muito enraizada no Maranhão, atrasou a implantação de políticas públicas de amplo acesso à educação, já instituídas com maior rapidez em outros países do mundo – se comparados ao Brasil – e em outros Estados da Federação – tomando-se o Maranhão como referência.

A existência desse elo tão estreito com Portugal e, consequentemente, de uma intensa dependência da Monarquia e de seus institutos pode ser atestada, inclusive, pela data de adesão do Maranhão à Independência do Brasil: 28 de julho de 1823.

A convivência com as contradições tem atravessado a história do Maranhão. Um exemplo recentemente divulgado concerne à tarifa de energia elétrica vigente no

Estado. A Companhia Energética do Maranhão – penúltimo Estado da Federação em renda per capita – adota tarifa 70% mais alta do que a Companhia Energética do Distrito Federal, que detém a maior renda per capita do Estado brasileiro6.

Apesar de ter sido privatizado o fornecimento de energia elétrica, trata-se de um monopólio. Haja vista a impossibilidade vivenciada pela população maranhense de escolher outro provedor de energia, cabem algumas interrogações inerentes ao estudo das políticas públicas, porque, afinal, o que são políticas públicas? Entende-se por Políticas Públicas “o conjunto de ações coletivas voltadas para a garantia dos direitos sociais, configurando um compromisso público que visa a dar conta de determinada demanda, em diversas áreas. Expressa a transformação daquilo que é do âmbito privado em ações coletivas no espaço público”7.

Considerando a situação supramencionada, o que as autoridades e os representantes do povo estão promovendo para garantir o oferecimento de um valor de tarifa de energia elétrica compatível com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado do Maranhão?

A leitura que se faz não oferece margem a dúvidas. As Regiões Norte e Nordeste detêm os piores IDHs, as Regiões Sudeste e Sul possuem os melhores e a maior porção do Centro-Oeste apresenta bom IDH. O espaço que separa as Regiões Norte e Nordeste das demais é expressivo. Encontra-se no Nordeste o mais baixo IDH do país: Alagoas, com 0,677, seguido pelo Maranhão com 0,683 e Piauí com 0,703.

O Índice de Desenvolvimento Humano, criado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), varia de 0 a 1 e é alcançado pela média simples de três fatores: longevidade, educação e renda. A conjugação dos três elementos tem por objetivo avaliar a qualidade de vida da população.

4 Id.

5 Ib.

6Soares, Pedro e Medina, Humberto.Regiões ricas pagam tarifa menor de energia. Folha de São Paulo. 19/07/2009.7 Guareschi, Comunello, Nardini & Hoenisch, 2004.

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Quanto ao IDH, o quadro nacional se apresenta conforme delineado a seguir8:

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 2008

O IDH Longevidade diz respeito à expectativa de vida ao nascer: a do Estado deAlagoas é a mais baixa do país9.

MAPA DOS ESTADOS DO BRASIL SEGUNDO O IDH-LONGEVIDADE

██ 0,800 – 0,900 (Elevado)██ 0,700 - 0,799 (Médio-alto)██ 0,600 - 0,699 (Médio-baixo)

8 Relatório Emprego, Desenvolvimento e Trabalho Decente – A experiência brasileira recente: Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL), OIT Organização Internacional do Trabalho(OIT) e PNUD,8 de setembro de 2008.

9 IBGE 2008

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O Estado de Alagoas ostenta a triste marca de maior taxa de mortalidade infantil -50% - seguido pelo Maranhão com 39,2% (2008). A média de mortalidade infantil por porcentagem de nascimentos no território brasileiro é de 24,32%.

O segundo IDH é o de expectativa de educação ao nascer. É, para Regiões, Estados e Municípios, a composição entre a porcentagem de alfabetização dos habitantes com mais de 15 anos e a freqüência à escola em todos os níveis de ensino10.

MAPA DOS ESTADOS DO BRASIL SEGUNDO O IDH-EDUCAÇÃO

██ 0,900 – 0,999 (Elevado)██ 0,800 - 0,899 (Elevado-baixo)██ 0,700 - 0,799 (Médio-alto)

Observa-se que, nesse quesito, o Maranhão melhorou um pouco: os quatro últimos lugares, em verde-claro, são ocupados pela Paraíba (0,793), Maranhão (0,784), Piauí (0,779) e Alagoas (0,759).

O terceiro é concernente à expectativa de renda. É avaliado com base na renda familiar per capita11.

MAPA DOS ESTADOS DO BRASIL SEGUNDO O IDH-RENDA

██ 0,800 – 0,900 (Elevado)██ 0,700 - 0,799 (Médio-alto)██ 0,600 - 0,699 (Médio-baixo)██ 0,500 - 0,599 (Baixo)

10 Id.

11 Ib.

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Como já foi adiantado, o Estado do Maranhão se posiciona em 26º lugar nesse quesito, ladeado por Alagoas em 25º e Piauí em 27º também em vermelho, a ser corrigido.

O ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO MARANHÃO

O Termo de Compromisso “Todos pela Educação”, criado pelo governo federal Lula, é um programa com base no Plano Nacional de Educação, que instituiu o Plano de Ação Articulado (PAR), que busca integrar Estados e Municípios na meta a ser alcançada: a média de avaliação na educação básica, em 2021, igual à dos países desenvolvidos.

O Índice de Avaliação da Educação Básica (IDEB) também foi implantado nesse contexto. É calculado tomando-se a nota obtida pelos municípios na Prova Brasil – aplicada às escolas públicas do país - ou no Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), que avalia os diversos níveis e sistemas de ensino nas unidades da Federação. Essa performance é dividida pelo tempo além do previsto para completar o ciclo, ou seja, os anos de repetência situam-se no denominador: quanto mais o aluno demora a completar uma série menor o IDEB do seu Estado.

Vejamos o quadro a seguir12:

IDEB 2007 e PROJEÇÕES

SÉRIES Brasil2007

Nordeste2007

Maranhão2007

Maranhão2009(proj)

Brasil2021

Ensino Fundamental(1ª à 4ª )

4,2 3,5 3,7 3,4 6,0

Ensino Fundamental(5ª à 8ª)

3,8 3,1 3,7 3,3 5,5

Ensino Médio 3,5 3,1 3,0 3,2 5,2

A meta brasileira para 2021 é de nota 6,0 nas séries iniciais do ensino fundamental, 5,5 nas séries finais e 5,2 no ensino médio. É importante esse balizamento a fim de que se conheça a média dos países ditos de Primeiro Mundo.

O Maranhão, em 2007, não só cumpriu a meta prevista, como chega a ultrapassar, em todo o ensino fundamental, a meta programada para 2009. Nesse mesmo nível ultrapassou a média do Nordeste em 0,2 nas séries iniciais e, em 0,6 nas séries finais, chegando à diferença de 0,1 da média nacional, na 5ª à 8ª série.

Iniciemos um estudo por partes13:

12 MEC, Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixera (INEP), 2008.

13 Id.

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De 1ª à 4ª série, o Maranhão foi o Estado que mais evoluiu, no espaço 2005-2007, com um avanço de 0,8 de média. Esse resultado o elevou ao 2º IDEB do Nordeste, somente atrás do Ceará e diminuiu de 1,9 para 1,3 a distância que o separava dos campeões do Brasil.

Passemos ao quadro seguinte14:

IDEB MARANHÃO – 5ª à 8ª

Ano Maranhão Posição noNordeste

Posição noBrasil

Campeão doBrasil

Diferença para o campeão

2005 3,4 1º 12º SC – 4,3 0,9

2007 3,7 1º 13º SP, SC 4,3

0,6

Nas séries finais do ensino fundamental, o Maranhão possui o IDEB n. 1 do Nordeste, desde 2005. Por outro lado, os 0,3 pontos que somou em sua média no ano de 2007 diminuíram a sua distância para os Estados campeões do país de 0,9 para 0,6.

IDEB MARANHÃO Ensino Médio

Ano Maranhão Posição noNordeste

Posição noBrasil

Campeão doBrasil

Diferença para o campeão

2005 2,7 último penúltimo SC,MG,ES 4,0

1,3

2007 3,0 2º 20º PR,DF 4,0

1,0

A avaliação do ensino médio conduz à inferência de que o Estado progrediu15. Neste cenário, era o último colocado nordestino e penúltimo do Brasil. Mais uma vez conseguiu atingir a segunda posição do Nordeste, novamente atrás do Ceará e passou a 20º do país. A diferença para os campeões, neste nível, foi reduzida em 0,3.

Como se explica a melhoria dos índices educacionais do Maranhão no ensino fundamental e médio, interpretada a partir do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica divulgado no ano de 2007?

Que programas, ações, leis, mecanismos foram empregados para fomentar essa repercussão na área educacional básica?

A administração pública explicou o desempenho pelo sucesso alcançado em convênios com o Ministério da Educação e parcerias com os Municípios.

É verdade que o MEC adotou 28 exigências para que os Estados e municípios recebam financiamento educacional. Entre elas, a participação da sociedade nas escolas de cada município.

O Maranhão viveu, no século XXI, uma experiência nova: a possibilidade de o Governo do Estado trabalhar em consonância com o governo do Município de São Luís. Essa parceria

14 Ib.

15 MEC, INEP, 2008.

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era inviabilizada no século passado, haja vista a ocorrência permanente de ocupação da gestão estadual e municipal por partidos políticos opostos, que dificilmente celebravam acordos.

A divulgação da avaliação nacional, neste milênio, pode ter contribuido para influenciar a mudança positiva nas políticas públicas estaduais, no sentido de amenizar a visibilidade dos resultados negativos tão recorrentes no século XX.

Finalmente, consideramos oportuno ressaltar a relevância de realizar-se uma apurada conferência dos dados apresentados a fim de compor o IDEB de cada Estado.

Uma vez que o critério adotado para aprovação escolar exerce influência sobre a retenção de alunos e, nessa lógica, compõe o cãlculo do IDEB, a fidedignidade das informações acerca de repetência versus aprovação diz respeito não só às estatísticas geradas, mas também, à qualidade do processo que culminou nos resultados divulgados.

Diante de algumas inferências já realizadas, faz-se mister exortar para um neoinstitucionalismo que o Maranhão precisa vivenciar, consoante gráfico sistemático a seguir16:

NEOINSTITUCIONALISMO

Desenvolvi

mento

Estruturas

institucionais

Coalizões

trocas

Extrapolação

esfera

administrativa

Atores sociais

.A política paternalista e patrimonialista que tudo espera da vontade política não tem

mais espaço neste momento histórico. Os atores sociais são os que devem construir as estruturas político-institucionais. Cada cidadão, clube de mães, associação de bairro, empresa, organização não-governamental precisa questionar, debater, sugerir, realizar coalizões e trocas sociais, no sentido de extrapolar a esfera político-administrativa e trabalhar pelo desenvolvimento do Estado.

Se a população se circunscrever a uma cultura paroquial cada movimento será segmentado e débil.

Mesmo que haja unidade, se for adotada a cultura de súditos, sempre prevalecerão otempo e as razões do Estado.

O desenvolvimento só virá a partir de uma cultura de ampla participação

16 Santos, Hélio de Souza e Marchelli, Paulo Sérgio. Tecnologia da inclusão como suporte para a formulação de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento socioeconômico: in Revista Unimarco, São Paulo, 2002.

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Educar para essa participação, no entanto, é função do Estado: promover a cidadania de cada um, de grupos e populações; capacitar para o trabalho, fomentar o emprego, recuperar áreas degradadas, dentre outras.

O desenvolvimento do Estado do Maranhão pode ser desencadeado por um processo que se inicie nas bases da sociedade: a sua viabilização dependerá fundamentalmente da transferência de responsabilidade das ações governamentais para os municípios e nestes para os conselhos municipais, comitês locais, associações de moradores, empresas, clubes de mães, conselhos de escola, e todos os que estiverem mais próximos daqueles que precisam ser incluídos.

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COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO“O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI”

São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009

O SETOR PESQUEIRO NO MARANHÃO

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZ17

Sócio efetivo – Cadeira 40TITO CARVALHO TSUJI18

Engenheiro de Pesca – Instituto Federal - MA

INTRODUÇÃOEm junho de 2008 o Ministério da Educação – MEC – enviou correspondência aos Centros Federais de Educação Tecnológica – hoje, Instituto Federal - para que respondessem um questionário sobre a situação do setor pesqueiro de seus respectivos estados19. No Instituto Federal -MA foi denominado, esse documento, de “Caderno de Encargos”, e teve como objetivo dar suporte para a tomada de decisão para a implantação de um “Centro de Referência de Navegação”, objeto de acordo de cooperação internacional entre o Governo brasileiro – MEC/SETEC - e a Agencia Espanhola para Cooperação Internacional e Desenvolvimento – AECID -, fruto do Acordo de Cooperação no. 1/2006 entre a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República –SEAP-PR – e o Ministério da Educação.

Para elaboração desse documento, os Autores ouviram as seguintes entidades (entes informantes): Núcleo de Pesquisa Aplicada à Aqüicultura e Pesca Nordeste 4 (Maranhão ePiauí) - NIPA/PESCA-Instituto federal-MA20; SEBRAE-MA21; Secretaria de Indústria eComercio - SINC22; EMAP23; IBAMA24; Universidade Estadual do Maranhão- Curso de Engenharia de Pesca 25; Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, da Presidência da República - Escritório do Maranhão26; Universidade Federal do Maranhão - Departamento de Ciências Aquáticas27.

Buscaram-se informações sobre os seguintes itens: ASPECTOS DE INFRA-ESTRUTURA - Presença De Porto Marítimo; Importância da Navegação de Cabotagem/Mercante; Presença de Porto Pesqueiro; - Importância do Setor

17 Licenciado em Educação Física, Especialista em Lazer e Recreação, Especialista em Metodologia do Ensino, Mestre em Ciência da Informação; Professor Especial DE do CEFET-MA/DCS. http://lattes.cnpq.br/210589866835664918 Engenheiro de Pesca; Professor de 1º. e 2º. Graus, CI. http://lattes.cnpq.br/821595310045620719 Ofício-Circular no. 38/CGPEPT/DFPEPT/SETEC/MEC, de 12 de junho de 2008. 20 Carmen Helena Moscoso Lobato – DAL; João Augusto Ramos e Silva – DHS; Leopoldo Gil Dulcio Vaz – DCS; Tito Tsuji – GABIN;21 Julio Noronha – Presidente; Manoel Pedro Castro - Diretor-Superintendente; Luis Genésio Portella; Glena Cardoso Lima; João Batista Martins;22 Julio Noronha - Secretário de Estado de Indústria e Comercio; Fernando José Oliveira Duailibe Mendonça – Secretário Adjunto de Indústria e Comércio César Roberto Coelho Ferreira - Superintendente de Políticas e Infra-estrutura Industriais; Anysio Augusto de Oliveira Paula - Superintendente de Promoção e Desenvolvimento da Pesca e Aqüicultura23 Renato Fonseca – Assessor da Presidência; Hideraldo Luis Aragão Mouta – Superintendente de Operações; Gustavo Henrique Jorge Lago – Superintendente de Articulação de Negócios. 24 Marluze do Socorro Pastor Santos – Superintendente25 Haroldo Gomes Barroso – Diretor do Curso de Engenharia de Pesca26 Ivaldo Coqueiro – Chefe do Escritório do Maranhão27 Marco Valério Jansen Cutrim – Chefe do Departamento

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Pesqueiro; Importância da Construção Naval; Número de Estaleiros; Aspectos Gerais de Logística de Transporte Intermodal;ASPECTOS DE PRODUÇÃO - Captura e Desembarque de Pescado; Produção de Pescado Cultivado; Número de Empresas de Pesca; Número de Fazendas de Cultivo; Participação dos setores Marítimos e Pesqueiros no PIB local;

ASPECTOS SOCIAIS E DE DEMANDA - Número de Empregos gerados pela Pesca; Número de Empregos gerados pela Aqüicultura; Número de Empregos gerados pela Navegação de Cabotagem/Mercante; IDH e outros Indicadores Sócio-Econômicos; Indicadores Educacionais;

ASPECTOS POLÍTICO-INSTITUCIONAIS - Número de Colônias de Pescadores; Número de Sindicatos, Associações e outras Organizações Afins dos setores Pesqueiros e Marítimos; Existência de outros Centros de Formação; Existência de Centros de Pesquisa; Análise quali-quantitativa dos Quadros Docente; Órgãos do Estado e do Município específico de Aqüicultura e Pesca; Presença da Capitania dos Portos e Autoridade NavalASPECTOS ORÇAMENTÁRIOS - Orçamento Federal; Orçamento Estadual; Orçamento Municipal; Possibilidade de Doação de Áreas/terrenos para o Centro; Qualidades Técnicas desses terrenos/áreas.

ASPECTOS LEGAIS - Viabilidade Jurídica das eventuais áreas/terrenos doados; Análise da Legislação Estadual/Municipal afeta ao tema

ASPECTOS METEOROLÓGICOS E OCEANOGRÁFICOS - Condição de Navegabilidade; Calado; Ondas; Correntes; Marés; Sinalização Náutica

No presente estudo, serão apresentadas algumas informações referentes à situação do setor pesqueiro no Estado do Maranhão, e responder à questão: “Como gerar trabalho em um meio onde boa parte da população é analfabeta e desqualificada profissionalmente?”28.

A PESCA NO MARANHÃOO Estado do Maranhão possui uma área territorial de 324.600 Km2, que lhe assegura a

condição de segundo Estado do Nordeste em extensão. Localiza-se entre as macro regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o que lhe assegura especificidade espacial e favorece sua climatologia, não possuindo a aridez do Nordeste, nem a excessiva umidade da Amazônia:

Possui diversificada qualidade de solos, com áreas características específicas, como baixada, litoral, cerrados, chapadões, planalto e pré-amazônia, o que facilita a diversificação da produção e, ao mesmo tempo, a concentração de áreas para determinadas atitudes agrícolas;

Dispõe de recursos minerais (calcário, gipsita, bauxita, zeólitas, silício, caulim, ouro, entre outros), ainda inexplorados;

Suas amplas bacias hidrográficas, com grandes rios perenes e navegáveis em quase toda sua extensão, e com possibilidade de aproveitamento energético e alimentar;

Seu significativo contingente potencial de força de trabalho, em sua grande maioria, encontra-se na zona rural. Seu diversificado sistema viário (rodovia, ferrovia, aerovia e marítimo fluvial) enseja a possibilidade de uso multimodal, com a operacionalização do Corredor Centro Norte;

28 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; e Outros. CURSOS DE EXTENSÃO: PROPOSTA DE CURSOS DE FORMAÇÃO BÁSICA NAS ÁREAS DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E RECURSOS PESQUEIROS. Acordo de Cooperação Técnica SEAP e MEC/SETEC. Plano de Valorização do Profissional da Pesca da Lagosta. São Luís: CEFET-MA/DEN/DCS, 2007.

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Os aspectos culturais, históricos e as belezas naturais constituem os grandes atrativos para o desenvolvimento do Turismo, notadamente nos segmentos de Ecoturismo e Turismo Cultural.

Diante dessa favorabilidade, acredita-se que o Estado dispõe de um cenário adequado para transformar-se em um dos principais supridores de alimentos para o Nordeste.

A composição do PIB estadual caracterizava-se pela elevada participação dos setores primários e terciário. Mais de 2/3 (dois terços) da formação do PIB deve-se à produção agrícola.

A estrutura produtiva tem no cultivo de cana o principal esteio, caracterizando o Estado como o maior do Nordeste e o terceiro do país. Os outros produtos de destaque são o milho, o feijão, a mandioca e a soja.

Outro setor de relevância é a pecuária que, nos últimos anos, tem experimentado um desenvolvimento acelerado, tanto em nível quantitativo, como quantitativo.

Na área de agronegócios estão se desenvolvendo os seguintes pólos:

Pólo de fruticultura para exportação - aproveitando as características de clima Semi-Árido Tropical para a produção de várias espécies como manga, caju, abacaxi, maracujá, etc.;

Implantação de indústrias de beneficiamento de frutas - para extração de sucos, fabricação de doces, licores, etc.

Fototerapia - em decorrência da riqueza da flora de plantas medicinais de várias espécies, para fabricação de chás, xaropes, tinturas, essências, etc.;

Implantação de negócios ligados à pecuária - com base no expressivo rebanho das diversas espécies, com condições de produzirem carne e leite, seus produtos e subprodutos;

Indústrias de laticínios - uma alternativa para produtores de leite das bacias leiteiras ao longo do Corredor Centro Norte de Exportação;

Frigoríficos industriais - alternativa para o processamento de carne bovina na forma de embutidos;

Fazendas florestais - encontram-se plantados 28.000 hectares de florestas de eucalipto pela CELMAR nos municípios de Imperatriz e Açailândia para a produção de celulose e também nos municípios de Bacabal, Pindaré, Santa Inês, Coelho Neto, Bacabeira, Buriticupu, Grajaú e Caxias, sendo que nos seis últimos estão plantados 6.000 hectares pelas guzerias;

Desenvolvimento de novos pólos algodoeiros - através do plantio do algodão herbáceo;

Ampliação da produção de soja - cultivada nas chapadas do Sul do Estado desde os anos de 77/78, com uma produção atual de 201.000 ton./ano;

Incremento à produção de mandioca, e implantação de fábricas de pellets -aproveitando a produção de 2.600.000 ton./ano plantadas em 300.000 ha de pequenas propriedades rurais ao longo da ferrovia Carajás, permitindo viabilizar a implantação de fábricas de pellets e o embarque pelo Porto do Itaqui.

O setor pesqueiro 29 do Estado apresenta um potencial de 640 km de costa, sendo o sétimo produtor de pescado do Brasil com produção total, segundo os dados do 29 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; e Outros. CURSOS DE EXTENSÃO: PROPOSTA DE CURSOS DE FORMAÇÃO BÁSICA NAS ÁREAS DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E RECURSOS PESQUEIROS. Acordo de Cooperação Técnica SEAP e MEC/SETEC. Plano de Valorização do Profissional da Pesca da Lagosta. São Luís: CEFET-MA/DEN/DCS, 2007;ALMEIDA, Zafira da Silva de; FERREIRA, Dayanne Suele Chaves; NAHUM, Victoria Judith Isaac. CLASSIFICAÇÃO E EVOLUÇÃO DAS EMBARCAÇÕES MARANHENSES. In BOLETIM DO LABORATÓRIO DE HIDROBIOLOGIA, 19:31-40. 2006;

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IBAMA/DIFAP/CGREP - 2007 de 63.542,5 t. em 2005. (40.027,00 t. oriundas da pesca marinha, 22.505,5 t. da pesca continental, 246 t. da aqüicultura marinha e 764,0 t. da aqüicultura continental), uma das mais piscosas do país.

Contando com aproximadamente 550 mil hectares de manguezais (50% do total brasileiro) faz dessa região, rica em nutrientes, o berçário para as espécies marinhas. O estoque de água doce também é invejável. O Estado contém doze bacias hidrográficas de rios perenes, além de açudes, barragens, lagos, lagoas e pantanais perfazendo uma área estimada de 404.600 hectares.

O contingente de pescadores dependentes da pesca artesanal no estado é estimado entre 150.000 a 200.000 pescadores (se considerado a pesca de águas interiores, esse contingente é consideravelmente superior - mais de 1.000.000 (um milhão) de pessoas envolvidas na atividade, quase 1/6 da população do estado, sendo grande o contingente de mulheres trabalhadoras - 45% do total no estado -, porém, nestes casos a atividade é exercida conjuntamente com a atividade de agricultura); com cerca de 300 comunidades pesqueiras existentes no litoral, onde milhares de pessoas que vivem praticamente de subsistência nos mananciais de recursos hídricos continentais.

Frota pesqueira superior, em número ao total da frota registrada da região sudeste (mais de 9.000 embarcações registradas) 30.

Segundo o diagnóstico da pesca artesanal no litoral do estado – Projeto Milênio, “a pesca primitiva exercida apresenta uma estrutura complexa, desorganizada e com a população pesqueira completamente desamparada pelo poder público”. A coleta, distribuição e comercialização restringem o desenvolvimento do setor no Estado 31

IABS/SEBRAE. PROJETO DE FORTALECIMENTO DO SETOR PESQUEIRO E AQUÍCOLA MARANHENSE, documento produzido pelo Instituto Ambiental Brasil Sustentável – IABS – para o SEBRAE-MA, 2008;INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS. Boletim Estatístico da Pesca Marítima e Estuarina do Nordeste do Brasil - 2003, Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, IBAMA, CEPENE, 2004, 191p. In ALMEIDA; FERREIRA; NAHUM, CLASSIFICAÇÃO E EVOLUÇÃO DAS EMBARCAÇÕES MARANHENSES. BOLETIM DO LABORATÓRIO DE HIDROBIOLOGIA, 19:31-40. 2006; In Pesca e Aqüicultura: Embrapa tenta reduzir perdas na captura de caranguejos. Disponível em http://www.iea.sp.gov.br/out/verTexto.php?codTexto=5518, capturado em 27/07/2008;PESSOA NETO, Wenceslau Almada; GUIMARÃES, Luzia Lima. DIAGNÓSTICO DA PESCA ARTESANAL DO ESTADO DO MARANHÃO: UM ESTUDO SOBRE ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS - (Universidade Estadual do Maranhão) - Anais da 58ª REUNIÃO ANUAL DA SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006;STRIDE, R. K. 1992. Diagnóstico da pesca Artesanal Marinha do Estado do Maranhão. São Luís: CORSUP/EDUFMA, v. 2, 205 p; In PESSOA NETO, Wenceslau Almada; GUIMARÃES, Luzia Lima. DIAGNÓSTICO DA PESCA ARTESANAL DO ESTADO DO MARANHÃO: UM ESTUDO SOBRE ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS - (Universidade Estadual do Maranhão) - Anais da 58ª REUNIÃO ANUAL DA SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006.BERNARDI, Cristina Costa. CONFLITOS SÓCIO-AMBIENTAIS DECORRENTES DA BUBALINOCULTURA EM TERRITÓRIOS PESQUEIROS ARTESANAIS: O CASO OLINDA NOVA DO MARANHÃO. Dissertação de Mestrado. UCB, 2005. Programa de Pós-Graduação “Stricto Sensu” em Planejamento e Gestão Ambiental, p. 87, disponível em http://www.iica.org.br/Docs/PublicaçoesIICA_ConflitosSociaisAmbientais.pdf, capturado em 27/07/2008.A PESCA NO MARANHÃO. in PECNORDESTE, 23 a 28 de junho de 2008, Fortaleza- Ceará, disponível em www.pecnordeste.com.br/.../AQUICULTURA%20E%20PESCA/A%20PESCA%20NO%20ESTADO%20DO%20MARANHÃO.pdf , capturado em 27/07/2008; ESTADO DO MARANHÃO. Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAN. GT – PESCA E AQUACULTURA. RELATÓRIO TÉCNICO FINAL. São Luís: GEPLAN, novembro de 2007. GT – Grupo de Trabalho de Pesca e Aqüicultura, instituído no âmbito da Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento, pelo Decreto nº 22.063, de 02 de maio de 2007.30 ALMEIDA, Zafira da Silva de; FERREIRA, Dayanne Suele Chaves; NAHUM, Victoria Judith Isaac. CLASSIFICAÇÃO E EVOLUÇÃO DAS EMBARCAÇÕES MARANHENSES. In BOLETIM DO LABORATÓRIO

DE HIDROBIOLOGIA, 19:31-40. 2006;

IABS/SEBRAE. PROJETO DE FORTALECIMENTO DO SETOR PESQUEIRO E AQUÍCOLA MARANHENSE, documento produzido pelo Instituto Ambiental Brasil Sustentável – IABS – para o SEBRAE-MA, 2008;

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS. BOLETIM ESTATÍSTICO DA PESCA MARÍTIMA E ESTUARINA DO NORDESTE DO BRASIL - 2003, Brasília,

DF: Ministério do Meio Ambiente, IBAMA, CEPENE, 2004, 191p. In ALMEIDA; FERREIRA; NAHUM, Classificação e evolução das embarcações maranhenses. BOLETIM DO LABORATÓRIO DE HIDROBIOLOGIA,

19:31-40. 2006;

In Pesca e Aqüicultura: Embrapa tenta reduzir perdas na captura de caranguejos. Disponível em http://www.iea.sp.gov.br/out/verTexto.php?codTexto=5518, capturado em 27/07/2008;

PESSOA NETO, Wenceslau Almada; GUIMARÃES, Luzia Lima. DIAGNÓSTICO DA PESCA ARTESANAL DO ESTADO DO MARANHÃO: UM ESTUDO SOBRE ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS -

(Universidade Estadual do Maranhão) - Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006;

BERNARDI, Cristina Costa. CONFLITOS SÓCIO-AMBIENTAIS DECORRENTES DA BUBALINOCULTURA EM TERRITÓRIOS PESQUEIROS ARTESANAIS: O CASO OLINDA NOVA DO MARANHÃO..

Dissertação de Mestrado. UCB, 2005. Programa de Pós-Graduação “Stricto Sensu” em Planejamento e Gestão Ambiental, p. 87, disponível em http://www.iica.org.br/Docs/PublicaçoesIICA_ConflitosSociaisAmbientais.pdf,

capturado em 27/07/2008;

A PESCA NO MARANHÃO. in PECNORDESTE, 23 a 28 de junho de 2008, Fortaleza- Ceará, disponível em

www.pecnordeste.com.br/.../AQUICULTURA%20E%20PESCA/A%20PESCA%20NO%20ESTADO%20DO%20MARANHÃO.pdf

31 ESTADO DO MARANHÃO. Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAN. GT – PESCA E AQUACULTURA. RELATÓRIO TÉCNICO FINAL. São Luís: GEPLAN, novembro de 2007. GT – Grupo de

Trabalho de Pesca e Aqüicultura, instituído no âmbito da Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento, pelo Decreto nº 22.063, de 02 de maio de 2007.

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Concordamos com o RELATÓRIO TÉCNICO FINAL do GT – PESCA E AQUACULTURA32, quando evidencia que a produção, baseada quase que exclusivamente na pesca artesanal, apresenta aquilo que a observação empírica já havia detectado; ou seja, o esgotamento dos estoques pesqueiros pela pressão contínua e crescente sobre os recursos e da pesca predatória, como é o caso crônico, sem solução até agora, dos barcos arrasteiros ao longo da costa.

A assistência técnica pública é inexpressiva, assim como ações voltadas ao estímulo à produção e à capacitação de pescadores e aqüicultores.

Sabe-se que o Maranhão foi um grande pólo de pesca da região nordeste brasileira, mas ao longo das últimas quatro décadas a sobrepesca teve um papel devastador, aliado aos problemas conjunturais, como: altas taxas demográficas, desmatamentos em áreas de manguezais e das matas ciliares aos corpos hídricos de superfície. A sobrepesca é causada principalmente pelo ingresso de um grande número de pescadores temporários na safra, devido a alguns fatores 33, como:

Baixa organização dos produtores; Falta de estudos detalhados sobre os estoques; Utilização de técnicas predatórias de captura e fiscalização deficiente;Outras dificuldades:

Pouco acesso ao crédito; Deficiência na manipulação, conservação e comercialização dos produtos; e Barreiras que afetam o ciclo biológico das espécies também contribuem para o

baixo desempenho econômico do setor.

A região não permite a pesca industrial, o que obriga os pescadores a utilizar artefatos menos eficientes na captura, obtendo menor volume de produção, o que também contribui para o encarecimento do pescado ao consumidor, principalmente pelos métodos de comercialização praticados.34.

IMPORTÂNCIA DO SETOR PESQUEIROConcordamos com Almeida; Ferreira; Nahum (2006)35 de que a economia do Estado do Maranhão está muito ligada ao mar e a navegação teve um papel histórico importante na ocupação desse território, bem como na sua evolução social, econômica, cultural e nos hábitos e costumes de sua população.

Entre 150 mil (SEAP, 2006)36 e 200 mil (Governo do Estado, 2005)37 trabalhadores no Estado sobrevivem hoje da atividade de pesca artesanal, sem considerar os atores sociais envolvidos no transporte e comercialização do pescado.

Em documento do IABS (2008) apresentado ao SEBRAE-MA, surgem os seguintes números38: 32 In GT – PESCA E AQUACULTURA. RELATÓRIO TÉCNICO FINAL, 2007

33 In GT – PESCA E AQUACULTURA. RELATÓRIO TÉCNICO FINAL, 2007.

34 In GT – PESCA E AQUACULTURA. RELATÓRIO TÉCNICO FINAL, 2007

35 ALMEIDA, Zafira da Silva de; FERREIRA, Dayanne Suele Chaves; NAHUM, Victoria Judith Isaac. CLASSIFICAÇÃO E EVOLUÇÃO DAS EMBARCAÇÕES MARANHENSES. In BOLETIM DO LABORATÓRIO DE HIDROBIOLOGIA, 19:31-40. 2006

36 ALMEIDA; FERREIRA; NAHUM, 2006

37 ASSIMP - SESH - Governo do Estado do Maranhão, 28/05/2005, capturado em 26/07/2008

38 IABS/SEBRAE. PROJETO DE FORTALECIMENTO DO SETOR PESQUEIRO E AQUÍCOLA MARANHENSE, documento produzido pelo Instituto Ambiental Brasil Sustentável – IABS – para o SEBRAE-MA, 2008

Page 38: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Cerca de 200 mil pescadores artesanais; Mais de 1.000.000 (um milhão) de pessoas envolvidas na atividade (quase 1/6 da

população do estado); Cerca de 300 comunidades pesqueiras existentes no litoral; Milhares de pessoas que vivem praticamente de subsistência nos mananciais de

recursos hídricos continentais; Grande contingente de mulheres trabalhadoras (citam 45% do total no estado); Frota pesqueira superior, em número ao total da frota registrada da região sudeste

(mais de 9.000 embarcações registradas).No relatório final do Seminário Nacional de Desenvolvimento da Pesca e da

Aqüicultura no Estado do Maranhão, realizado em São Luís, no período de 04 a 06 de junho de 2003 pela Gerência da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (GEAGRO)/Agência de Desenvolvimento da Pesca e da Aqüicultura (ADEPAQ), se faz referencia a 200 mil pescadores artesanais maranhenses, dispostos em associações cooperativas para a geração de economia de escala.Em quadro a pagina 34 desse documento, consta que:

No Maranhão existem 200.000 pescadores, segundo dados estimados para 2003; Existem 77 Colônias de Pescadores, sendo que, iniciativas (06); em organização

(07); registradas no Ministério do Trabalho e Emprego – MTE (48); de acordo com dados do MTE em 28.3.2003;

80.000 pescadores artesanais associados nas diversas Colônias, de acordo com a Federação das Colônias de Pescadores do Maranhão – FECOPEMA, dados estimados para 2003;

Já os cadastrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA seriam 12.529 (Cadastro e registro de atividade pesqueira/MAPA, até dezembro de 2002);

Enquanto os beneficiados com seguro desemprego seriam 3.479 segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, em 28.3.2003.

O Maranhão é um dos principais produtores do Norte/Nordeste do Brasil, tendo sido apontado desde 2002 pelo IBAMA como o primeiro produtor nordestino. Naquele ano, a produção anual foi de 62.876,5 toneladas das quais 40.131,5 toneladas corresponde à pesca extrativa marinha, que por sua vez é considerada eminentemente artesanal 39.

O Maranhão também é o principal produtor de caranguejo-uçá na região Nordeste, com 1,8 mil toneladas 40.

A atividade pesqueira emprega milhares de pessoas, aproximadamente um milhão de empregos, maior contingente do Brasil, distribuídos entre pescadores, atravessadores, feirantes, entre outros 41, que trabalham desde os ambientes estuarinos até a plataforma interna, utilizando grande variedade de instrumentos de captura, alguns bastante rudimentares, como armadilhas fixas e redinhas de arrasto.

A frota pesqueira maranhense sempre foi bastante diversificada, apresentando-se composta de milhares de pequenas e médias embarcações, que operam em praticamente toda a área litorânea do Estado até aproximadamente 100 milhas da costa. Apresenta também uma grande variedade de formas. Sua classificação tem sido objeto de controvérsias, sendo 39 INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS. Boletim Estatístico da Pesca Marítima e Estuarina do Nordeste do Brasil - 2003, Brasília, DF: Ministério do Meio

Ambiente, IBAMA, CEPENE, 2004, 191p. In ALMEIDA; FERREIRA; NAHUM, CLASSIFICAÇÃO E EVOLUÇÃO DAS EMBARCAÇÕES MARANHENSES. In BOLETIM DO LABORATÓRIO DE

HIDROBIOLOGIA, 19:31-40. 2006

A última estatística oficial do IBAMA para o estado do Maranhão é do ESTATPESCA (2004), que aponta uma produção total de 35.941,1 toneladas/ano.

40 In Pesca e Aqüicultura: Embrapa tenta reduzir perdas na captura de caranguejos. Disponível em http://www.iea.sp.gov.br/out/verTexto.php?codTexto=5518, capturado em 27/07/2008

41 PESSOA NETO, Wenceslau Almada; GUIMARÃES, Luzia Lima. DIAGNÓSTICO DA PESCA ARTESANAL DO ESTADO DO MARANHÃO: UM ESTUDO SOBRE ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS -

(Universidade Estadual do Maranhão) - Anais da 58ª Reunião Anual da SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006

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realizada de forma diferente nos poucos trabalhos de referências que existem sobre a pesca no litoral maranhense (STRIDE, 1992; ESTATPESCA, 2003) 42.

Os desembarques pesqueiros no Estado ocorrem de forma difusa em muitos pequenos portos ou localidades do litoral (STRIDE, 1992) 43.

Para Pessoa Neto e Guimarães (2006) 44, a atividade pesqueira no Estado do Maranhão, com aproximadamente um milhão de empregos, com tanta relevância para a economia do estado, apresenta fatores limitantes ao seu desenvolvimento, ressalvadas as devidas exceções, os mesmos encontrados há cerca de 10 anos.

Os Autores identificaram que os atores envolvidos no APL da Pesca Artesanal 45

exercem atividades de forma isolada ou simplesmente não estão presentes no seu processo de desenvolvimento, caracterizando um baixo grau de articulação entre os seus integrantes. Como se não bastasse, o nível de governança é incipiente e se encontra mais voltado para o nível de coordenação local, ou seja, ligado às questões operacionais. Nesse sentido, a atuação da SUPAQ não garante o efetivo desenvolvimento do arranjo, uma vez que não foi identificado um grupo gestor responsável pela elaboração e implementação de planos operacionais e estratégicos para ele. Concluem que se pode afirmar a existência - no que concerne à pesca artesanal -, uma aglomeração de colônias de pescadores, empresas e instituições, o que não permite a sua classificação como APL, dado que não se detectou um grau de articulação entre os atores e um nível governança aceitável e necessário ao desenvolvimento de cooperação, integração e aprendizado entre seus participantes, características essenciais de todo APL.

Outro documento que dá bem a idéia da importância da Pesca é o RELATÓRIO TÉCNICO FINAL do GT – PESCA E AQUACULTURA instituído no âmbito da Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento, pelo Decreto nº 22.063, de 02 de maio de 200746,

que conclui:

O Estado do Maranhão dispõe de uma vastíssima costa marítima, de aproximadamente 640 km, a segunda do país;

A presença de aproximadamente 550 mil hectares de manguezais (50% do total brasileiro) faz dessa região, rica em nutrientes, o berçário para as espécies marinhas;

O estoque de água doce também é invejável; O Estado contém doze bacias hidrográficas de rios perenes, além de açudes,

barragens, lagos, lagoas e pantanais perfazendo uma área estimada de 404.600 hectares;

O contingente de pescadores dependentes da pesca artesanal no estado é estimado entre 80.000 a 100.000 pescadores (se considerado a pesca de águas interiores, esse contingente é consideravelmente superior, porém, nestes casos a atividade é exercida conjuntamente com a atividade de agricultura);

O Maranhão é o sétimo produtor de pescado do Brasil com a produção total, segundo o IIBAMA, de 63.542,5 t. em 2005;

42 STRIDE, R. K. 1992. Diagnóstico da pesca Artesanal Marinha do Estado do Maranhão. São Luís: CORSUP/EDUFMA, v. 2, 205 p; In ALMEIDA; FERREIRA; NAHUM, 2006;

43 STRIDE, R. K. 1992, in ALMEIDA; FERREIRA; NAHUM, 2006;

44 In PESSOA NETO; GUIMARÃES, 2006.

45 “... na pesca artesanal, a participação do homem em todas as etapas e manipulação dos implementos e do produto é total, ou quase total, prescindindo-se de tração mecânica no lançamento, recolhimento e levantamento das

redes ou demais implementos. Baseada em conhecimentos transmitidos ao pescador por seus ancestrais, pelos mais velhos da comunidade, ou adquirido pela interação com os companheiros do ofício, a pesca é sempre

realizada em embarcações pequenas (botes e canoas) a remo ou a vela ou mesmo motorizadas, sem instrumentos de apoio à navegação, contando tão somente com a experiência e o saber adquiridos - a capacidade de

observação dos astros, dos ventos e das marés. Pesca-se nos rios e no mar com caniços, com linhadas, com puçás, com fisgas, com facões, com covos, com redes (de lanço ou de arrasto, as de malhar, para caceio ou espera),

cercos fixos, tarrafas, girivás (tarrafinhas), espinhéis, covos, currais (cercos fixos ou chiqueiros de peixes), linhadas, puçás, entre outros.”in BERNARDI, Cristina Costa. CONFLITOS SÓCIO-AMBIENTAIS

DECORRENTES DA BUBALINOCULTURA EM TERRITÓRIOS PESQUEIROS ARTESANAIS: O CASO OLINDA NOVA DO MARANHÃO.. Dissertação de Mestrado. UCB, 2005. Programa de Pós-Graduação

“Stricto Sensu” em Planejamento e Gestão Ambiental, p. 87, disponível em

http://www.iica.org.br/Docs/PublicaçoesIICA_ConflitosSociaisAmbientais.pdf, capturado em 27/07/2008

46 ESTADO DO MARANHÃO. Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAN. GT – PESCA E AQUACULTURA. RELATÓRIO TÉCNICO FINAL. São Luís: GEPLAN, novembro de 2007. GT – Grupo de

Trabalho de Pesca e Aqüicultura, instituído no âmbito da Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento, pelo Decreto nº 22.063, de 02 de maio de 2007

Page 40: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

A produção, baseada quase que exclusivamente na pesca artesanal; Esgotamento dos estoques pesqueiros pela pressão contínua e crescente sobre os

recursos; Pesca predatória, crônica, sem solução até agora, dos barcos arrasteiros ao longo

da costa;Sabe-se que o Maranhão foi um grande pólo de pesca da região nordeste brasileira, mas ao

longo das últimas quatro décadas a sobrepesca teve um papel devastador, aliado aos problemas conjunturais, como:

Altas taxas demográficas; Desmatamentos em áreas de manguezais e das matas ciliares aos corpos hídricos

de superfície; sobrepesca causada principalmente pelo ingresso de um grande número de

pescadores temporários na safra; Baixa organização dos produtores; Falta de estudos detalhados sobre os estoques; Utilização de técnicas predatórias de captura e fiscalização deficiente; A região não permite a pesca industrial, o que obriga os pescadores a utilizar

artefatos menos eficientes na captura, obtendo menor volume de produção; O que também contribui para o encarecimento do pescado ao consumidor,

principalmente pelos métodos de comercialização praticados; O Estado está entre os líderes nacionais do analfabetismo e da exclusão social; Os trabalhadores do setor pesqueiro vivem em situação de abandono,

principalmente no tocante ao acesso à educação em todos os níveis, com isto perdurando um ciclo duradouro de um sistema de extrativismo pesqueiro tradicional, repassado hereditariamente, à margem das práticas de explotação racional e produtiva.

Como perspectivas animadoras, poderíamos citar:

A quantidade e qualidade das águas das principais bacias hidrográficas do Estado (doze bacias e os lagos formados pela Barragem de Boa Esperança e do Rio Flores, perfeitamente apropriados para o cultivo de peixes em tanques-rede);

A extraordinária oferta de insumos para a produção de ração, pelas commodities com atuação no Estado (soja, milho, arroz, etc.);

A disponibilidade de mão de obra familiar; Os Programas federais de graduação e pós-graduação em ciências do mar; Os programas de apoio à capacitação em aqüicultura e recursos pesqueiros do

MEC e SEAP/PR; Os programas de incentivo à produção e ao consumo de pescados conduzidos pela

SEAP/PR;Por outro lado, vários gargalos ainda precisam ser eliminados, como:

O preço e a qualidade da ração disponível no mercado regional; A qualidade dos alevinos; A ausência de pesquisa e experimentação para suporte das atividades; A carência básica, nas regiões e municípios, de quadros técnicos de nível superior,

médio e preliminar; O baixo investimento do setor público nas estruturas de formação profissional de

quadros técnicos para o setor; A falta de ordenamento e políticas públicas, por parte do Estado; e

Page 41: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

A desarticulação e desorganização dos criadores, produzindo efeitos negativos, etc..

Em gestão anterior, o Governo estadual tomou diversas medidas para fortalecer o setor, como:

A criação da Agência Estadual da Pesca e da Aqüicultura do Maranhão (ADEPAQ), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, mas que foi reduzida ao status de Superintendência interna da SEAGRO ainda na mesma gestão;

A realização do Zoneamento Costeiro, que definiu as áreas propícias para a carcinicultura;

A elaboração do Projeto de Lei da Pesca e da Aqüicultura, com o Plano Estadual de Desenvolvimento Sustentável para Pesca e Aqüicultura (que incluiu políticas públicas voltadas para as famílias dos pescadores artesanais); e

O incremento ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar -Pronaf/Pesca para os pescadores artesanais.

Atualmente no Maranhão existem cerca de:

140 Colônias de Pescadores, ligadas à Federação Estadual das Colônias de Pescadores – FECOPEMA;

95 Sindicatos ligados à Federação dos Sindicatos de Pescadores Profissionais, Artesanais, Marisqueiros, Aqüicultores, Criadores de Peixes e Mariscos e Trabalhadores na Pesca do Estado do Maranhão – FESPEMA, além do;

Movimento Nacional dos Pescadores – MONAPE; Desta forma, a pesca continua exercendo um importante papel na vida da população

maranhense e na economia do Estado.

ESTATÍSTICA PESQUEIRA NO MARANHÃOA divulgação oficial dos dados estatísticos no Brasil é atribuição legal do Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Até 1989, esse órgão publicava a Estatística da Pesca com os dados da produção pesqueira nacional, por espécie e modalidade de pesca, para todos os estados da Federação. A partir de 1990, o processo de divulgação desses dados foi interrompido em decorrência de problemas financeiros e operacionais daquele Instituto.

A partir de 1995, o IBAMA tornou-se responsável pela coleta de dados da atividade de pesca e aqüicultura e vem aprimorando o sistema de consolidação da estatística pesqueira nacional.

Os dados sobre a produção de pescado ora apresentados contemplam informações sobre os desembarques de pescado e a produção da aqüicultura (peixes, moluscos, crustáceos e anfíbios) para o País no ano de 2005, estes dados foram publicados em 2007 pelo IBAMA através da Diretoria de Fauna e Recursos Pesqueiros – Difap e Coordenação Geral de Gestão de Recursos Pesqueiros – CGREP.

No Maranhão ao longo dos 640 km de litoral estão situados 26 municípios, nos quais o Projeto de Monitoramento da Atividade Pesqueira – Projeto ESTATPESCA realiza levantamentos de dados de produção da pesca. Existem nesses municípios 273 comunidades pesqueiras, localizadas em ilhas e reentrâncias, onde foram cadastradas 9.149 embarcações em 2006.

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Caracterização da pescaEmbarcaçõesA pesca artesanal depende, em sua grande parte, de pequenas embarcações que variam de 4 a 8 metros de comprimento dos tipos bianas, barcos (botes) e canoas, podendo ser de propulsão a vela, motor ou remo.

A frota do Maranhão é constituída dos seguintes tipos de embarcações:

Barcos Motorizados Biana Motorizada Biana a vela Barco a vela Canoa

Aparelhos de pesca

As artes de pesca usadas no estado do Maranhão consistem de redes de emalhar, à deriva ou fixas, identificadas pela espécie principal que se deseja capturar, tais como pescadeira (pescada), serreira (serra), goseira (pescada gó), tainheira (tainha) e armadilhas do tipo zangaria, curral etc.

Vinte e quatro aparelhos de pesca foram utilizados, em 2006, nas pescarias realizadas nos 273 locais de desembarque existentes no estado:

Espinhel Linha de Mão Rede Serreira Rede Pescadeira Rede Goseira Rede Tainheira Puçá de Arrasto Curral Zangaria Arrastão de Praia Muruada

Algumas considerações sobre o universo da pesca

O setor pesqueiro por ter sido marginalizado pela política governamental vigente nas últimas décadas, não registrou avanços no padrão econômico e nem tecnológico desta atividade, tão pouco melhoria na qualidade de vida das populações direta ou indiretamente a ele ligadas. Evidentemente tal quadro precisa ser levado em consideração, no sentido de buscar alternativas mais adequadas para a solução desses problemas, a partir do estabelecimento de uma política de desenvolvimento que tenha forte repercussão social.

Dinâmica da aqüiculturaA aqüicultura é uma atividade que tem apresentado um rápido desenvolvimento no Brasil e no mundo. O Maranhão possui grande potencial natural para a exploração de peixes e isso se deve não só ao excepcional volume de águas propícias ao desenvolvimento da piscicultura (extensa bacia hidrográfica e inúmeros lagos), mas também devido a condições ambientais favoráveis tais como: regularidade climática, boa disposição solar, temperatura estável das

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águas e grandes áreas disponíveis com vocação natural para o criatório de espécies tropicais em água doce.

PRODUÇÃO DE PESCADO POR CAPTURA, DESEMBARCADO E DA AQÜICULTURAAbaixo apresentaremos algumas tabelas do quantitativo de produção e valores gerados pela pesca e aqüicultura.

Produção total de pescado estimada, por ano, no Brasil, no Nordeste e no Maranhão.Produção de pescado por ano em toneladasRegiões e

Unidades da

Federação1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

BRASIL 693.172,5 732.258,5 710.703,5 744.597,5 843.376,5 939.756,0 1.006.869,0 990.272,0 1.015.914,0 1.009.073,0

Nordeste 184.047,0 188.023,5 189.166,5 200.854,0 219.614,5 244.748,0 285.125,5 315.583,5 323.269,5 321.689,0

Maranhão 56.228,0 58.571,5 60.916,5 59.170,0 62.876,5 58.828,0 58.242,5 58.723,0 59.295,0 63.542,5

Fonte: Estatística da Pesca 2005, IBAMA.

Produção estimada e participação relativa da pesca extrativa industrial, artesanal e aqüicultura no Brasil, por unidade da Federação, 2005.

Pesca Extrativa AqüiculturaRegiões e Unidades da Federação

Industrial % Artesanal % Total %Total

(t)BRASIL 232.429,5 23,0 518.863,5 51,4 257.780,0 25,5 1.009.073,0Nordeste 11.433,0 3,6 215.927,0 67,1 94.329,0 29,3 321.689,0Maranhão 0,0 0,0 62.532,5 98,0 1.010,0 1,6 63.542,5Fonte: Estatística da Pesca 2005, IBAMA.

Produção estimada, por modalidade, segundo as regiões e unidades da Federação, 2005.

Pesca Extrativa AqüiculturaRegiões e Unidades da Federação Total (t)

Marinha Continental Marinha ContinentalBRASIL 1.009.073,0 507.858,5 243.434,5 78.034,0 179.746,0Nordeste 321.689,0 158.132,0 69.228,0 59.034,5 35.294,5Maranhão 63.542,5 40.027,0 22.505,5 246,0 764,0Fonte: Estatística da Pesca 2005, IBAMA.

Page 44: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Produção e valor total da produção de pescado marinho e estuarino desembarcada no Estado do Maranhão, por município, no ano de 2005.

Município Produção estimada (t) Valor da produção (R$) (%)

Carutapera 2.541,6 11.320.060,29 7,8

Luiz Domingues 704,2 2.504.236,09 1,7

Godofredo Viana 935,3 4.553.826,59 3,2

Candido Mendes 1.465,7 6.527.490,93 4,5

Turiaçú 1.408,4 6.792.235,93 4,7

Apicum-açú 1.736,4 6.430.056,70 4,5

Bacuri 1.017,9 3.467.772,40 2,4

Cururupu 3.773,2 13.880.236,82 9,6

Porto Rico 1.568,8 5.792.153.56 4,0

Cedral 1.998,9 7.915.775,78 5,5

Guimarães 1.005,5 3.587.012,68 2,5

Bequimão 746,0 2.470.845,45 1,7

Alcântara 1.210,3 4.591.844,28 3,2

São Luiz 2.177,4 8.018.568,50 5,6

Raposa 4.374,7 13.280.361,13 9,2

Paco do Lumiar 747,8 1.839.501,44 1,3

São Jose do Ribamar 2.349,1 8.417.334,14 5,8

Icatú 1.373,7 4.291.323,30 3,0

Axixá 403,2 1.344.584,43 0,9

Humberto de Campos 913,3 2.766.336,50 1,9

Primeira Cruz 1.098,9 3.222.910,04 2,2

Barrerinhas 2.249,7 7.353.590,15 5,1

Tutóia 2.120,8 8.884.888,41 6,2

Araióses 1.817,8 4.002.211,24 2,8

Água Doce 241,6 692.247,06 0,5Paulino Neves 123,0 436.539,22 0,3

TOTAL 40.103,2 144.383.943,06 100,0Fonte: Monitoramento da Atividade Pesqueira no Litoral Nordestino – PROJETO ESTATPESCA, 2005, IBAMA.

Produção da aqüicultura, segundo as principais espécies marinhas no Estado do Maranhão

PRINCIPAIS ESPÉCIES QUANTIDADE TOTAL (t)Peixes 0,0Crustáceos 246,0Camarão 246,0Moluscos 0,0TOTAL GERAL 246,0

Fonte: Monitoramento da Atividade Pesqueira no Litoral Nordestino – PROJETO ESTATPESCA, 2005, IBAMA.

Page 45: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Produção da aqüicultura, segundo as principais espécies de água doce no Estado do Maranhão.

PRINCIPAIS ESPÉCIES QUANTIDADE TOTAL (t)Peixes 764,0

Tambaquí 489,0Tilápia 252,0Outros 23,0

Crustáceos 0,0Moluscos 0,0Anfíbios 0,0TOTAL GERAL 764,0

Fonte: Monitoramento da Atividade Pesqueira no Litoral Nordestino – PROJETO ESTATPESCA, 2005, IBAMA.

N0 DE EMPRESAS DE PESCA Dados gerais das empresas por faixa de pessoal ocupado total, segundo seção, divisão e grupo da classificação de atividades, em nível Brasil, Grandes Regiões e Unidades da

Federação da sede da empresa

Variável = número de empresas (unidade)Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) = B Pesca

Faixas de pessoal ocupado = TotalAno = 2005

Brasil, Região Geográfica e Unidade da FederaçãoBrasil 2.920Nordeste 1.149Maranhão 83

Nota: Os dados com menos de três informantes estão desidentificados com o caráter X.

Fonte: IBGE – Cadastro Central de Empresas

N0 DE FAZENDAS DE CULTIVOSegundo informações colhidas na Superintendência de Pesca e Aqüicultura do Governo do Estado temos as seguintes estimativas para o número de fazendas de cultivo e respectivospostos de trabalho.

ÁREA DE LAMINA D´ÁGUA (ha) N0. DE FAZENDAS N0. DE PESSOAS0 a 0,5 200 200

0,5 a 1,0 140 160Acima de 1,0 30 150

Total 370 510Obs. Está sendo iniciado o Censo da Piscicultura no Maranhão

Fonte: SEAGRO-MA, 2008

PARTICIPAÇÃO DOS SETORES MARÍTIMO E PESQUEIRO NO PIB LOCALSegundo dados do Instituto Maranhense de Estudos Socioeconômicos e Cartográficos –IMESC, o Valor Adicionado Bruto (PIB) do Estado do Maranhão em 2005 foi de R$ 22.861.096.000,00, neste mesmo ano a atividade da pesca participou com R$ 191.225.000,00, representando 0,84% do valor total.

Page 46: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

O setor marítimo não pôde ser mensurado, pois este atividade está englobada nos setor de serviços, não podendo ser calculado separadamente.

Município Área (km²) População (2007) PIB em R$ (2005)Paço do Lumiar 132,41 98.175 151.088.648Raposa 64,18 24.201 55.786.772São José de Ribamar 386,82 131.379 276.244.223São Luís 827,14 957.515 9.340.943.741

Total 1.410,015 1.211.270 9.824.063.384

“NÃO HÁ PESCA PORQUE NÃO EXISTE MÃO DE OBRA PREPARADA, NÃO EXISTE MÃO DE OBRA PREPARADA PORQUE NÃO HÁ PESCA”.O Estado está entre os líderes nacionais do analfabetismo e da exclusão social. Os trabalhadores do setor pesqueiro vivem em situação de abandono, principalmente no tocante ao acesso à educação em todos os níveis, com isto perdurando um ciclo duradouro de um sistema de extrativismo pesqueiro tradicional, repassado hereditariamente, à margem das práticas de explotação racional e produtiva.

A piscicultura em águas interiores no Maranhão tem respondido de forma insatisfatória, onde predomina o empirismo, com poucas experiências com suporte técnico, mas ainda incipiente. Com Relação à produção de alevinos esta se processa de forma prática, sem observância das características de linhagens genéticas e técnicas de manejo e sanitária adequadas, o que conduz a uma piscicultura com baixo custo-benefício.

Como perspectivas animadoras, poderíamos citar47:

A quantidade e qualidade das águas das principais bacias hidrográficas do Estado (doze bacias e os lagos formados pela Barragem de Boa Esperança e do Rio Flores, perfeitamente apropriados para o cultivo de peixes em tanques-rede);

A extraordinária oferta de insumos para a produção de ração, pelas commodities com atuação no Estado (soja, milho, arroz, etc.);

A disponibilidade de mão de obra familiar; Os Programas federais de graduação e pós-graduação em ciências do mar; Os programas de apoio à capacitação em aqüicultura e recursos pesqueiros do

MEC e SEAP/PR; Os programas de incentivo à produção e ao consumo de pescados conduzidos pela

SEAP/PR;Por outro lado, vários gargalos ainda precisam ser eliminados, como:

O preço elevado e a qualidade questionável da ração disponível no mercado regional;

A baixa qualidade dos alevinos; A ausência de pesquisa e experimentação para suporte das atividades; A carência básica, nas regiões e municípios, de quadros técnicos de nível superior,

médio e preliminar; O baixo investimento do setor público nas estruturas de formação profissional de

quadros técnicos para o setor; A falta de ordenamento e políticas públicas, por parte do Estado; e

47 In GT – PESCA E AQUACULTURA. RELATÓRIO TÉCNICO FINAL, 2007

Page 47: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

A desarticulação e desorganização dos criadores, produzindo efeitos negativos, etc..

No campo da maricultura, temos um indicativo do Estado ser um grande potencial do País, experimentos tímidos, mas importantes, foram implantados já na presente década nos municípios de Paço do Lumiar e Alcântara, com a tentativa de criação de ostra e sururu.

Na gestão anterior, o Governo estadual tomou diversas medidas para fortalecer o setor, como:

A criação da Agência Estadual da Pesca e da Aqüicultura do Maranhão (ADEPAQ), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural - SEAGRO, mas que foi reduzida ao status de Superintendência interna da SEAGRO ainda na mesma gestão;

A realização do Zoneamento Costeiro, que definiu as áreas propícias para a carcinicultura;

A elaboração do Projeto de Lei da Pesca e da Aqüicultura, com o Plano Estadual de Desenvolvimento Sustentável para Pesca e Aqüicultura (que incluiu políticas públicas voltadas para as famílias dos pescadores artesanais); e

O incremento ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar para os pescadores artesanais, o Pronaf-Pesca;

O Maranhão tem 140 Colônias de Pescadores ligadas à Federação Estadual das Colônias de Pescadores – FECOPEMA; 95 Sindicatos de Pescadores ligados à Federação dos Sindicatos de Pescadores Profissionais, Artesanais, Marisqueiros, Aqüicultores, Criadores de Peixes e Mariscos e Trabalhadores na Pesca do Estado do Maranhão – FESPEMA, além do Movimento Nacional dos Pescadores – MONAPE.

Ainda segundo o GT – PESCA E AQUACULTURA (2007) 48, a ênfase principal da Política Estadual de Pesca e Aqüicultura até então implementada era o aquecimento da produção de peixes e camarão para o abastecimento do mercado interno e também para exportação, aproveitando o potencial do segundo maior litoral do Brasil.

Como no resto do país, até a bem pouco tempo, a Aqüicultura padeceu no Maranhão por se encontrar entre duas vertentes opostas e antagônicas49, onde a dubiedades e indefinições parecem ter levado o setor da aqüicultura a um estado de letargia crônica e onde planejamentos, mesmo amplamente discutidos, demoraram ou jamais foram implementados.

Os cenários, tendências e desafios mostram que o mais grave problema da pesca é a ausência de mão-de-obra qualificada. O ensino na área pode-se dizer que é precário.

Os cursos de pesca são de uma interdisciplinaridade ímpar. Requerem competências e habilidades de áreas tão distintas como saneamento, eletrônica, navegação, industrialização de alimentos, ecologia, limnologia, legislação, e exigem sólidas parcerias para sua realização.

Ademais os pequenos pescadores têm uma cultura própria que conflita com as modernas tecnologias. O setor governamental não tem respeitado tal realidade, o que aumenta as resistências desses pescadores.

48 In GT – PESCA E AQUACULTURA. RELATÓRIO TÉCNICO FINAL, 2007

49 De um lado, a vertente produtivista ou economicista, orientada pelo mercado globalizado e na produção em escala e onde a ocupação territorial se faz tanto pelos grandes investimentos em sistemas modernos, como pela intensificação ou mesmo pela aqüicultura familiar.

De outro lado, predominava a vertente ecológica ou preservacionista, orientada pela idéia de vazio demográfico, reservas intocáveis e onde a natureza é vista mais como santuário que como um recurso a ser explorado.

Talvez por não ser um elemento produtivo tradicional – como a agricultura – e não se enquadrar no modelo clássico de territorialidade, o setor aqüícola pareceu ficar à mercê, ou melhor, sem autonomia ou política própria. Nessa situação, era visto ora como um imenso potencial acessível por alguns privilegiados, ora não passava de recursos transitórios, sem dono, por vezes instalando-se em territórios de marinha. In GT – PESCA E AQUACULTURA. RELATÓRIO TÉCNICO FINAL, 2007

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As tripulações dos navios pesqueiros são formadas de modo empírico e baixo nível de escolaridade, não lhes permitindo assimilar tecnologias modernas, assentadas no uso de equipamentos eletrônicos, de informática e nem os processos de captura orientados por conhecimentos científicos de oceanografia.

O acesso de candidatos sem tradição pesqueira constitui obstáculo para o desenvolvimento do setor.

Diante dessa realidade, a grande preocupação passa a ser “como gerar trabalho em um meio onde boa parte da população é analfabeta e desqualificada profissionalmente?“.

CENTRO DE REFERENCIA DE NAVEGAÇÃOTorna-se premente, portanto, investir no capital humano, condição essencial para a geração de trabalho. No estágio atual, a melhor maneira de promover isso é através de um amplo programa educacional, que capacite as pessoas para o trabalho.

Nesse contexto, torna-se importante garantir o acesso aos cursos de pesca, de jovens com vivência pesqueira, adquirida na sua própria origem, no convívio de suas comunidades.

Não é possível se excluir um jovem urbano do processo de formação para a pesca e nem se tente isto.

Mas uma divulgação bem dirigida para as colônias de pescadores, associações de pesca, cooperativas, empresas de pesca e instituições públicas e privadas relacionadas com o setor certamente aumentará o contingente de candidatos e, conseqüentemente, a possibilidade de acesso de jovens vocacionados para a faina pesqueira.

Seria até mesmo desejável que houvesse escolas de ensino fundamental para esses jovens de modo a não retirá-los do seu ambiente.

O analfabeto fora da escola, o analfabeto tecnológico dentro da escola, a escola fora da realidade atual, a universidade sem interagir com os problemas do meio, a empresa privada isolada dos problemas educacionais são verdadeiros desafios para qualquer governo que se proponha a promover uma revolução educacional, científica e tecnológica.

É necessário, portanto, ousar e partir para um processo de transferência de conhecimentos tecnológicos de o tipo educar trabalhando, trabalhar educando, enfim, Educar para o Trabalho.

O projeto ora proposto vai, portanto, ao encontro daqueles que precisam se capacitar para ingressar no mercado de trabalho.

São os analfabetos tecnológicos, cujo número tende a aumentar, uma vez que estes não conseguem acompanhar a vertiginosa evolução tecnológica que ocorre no mundo.

O setor pesqueiro por ter sido marginalizado pela política governamental vigente nas últimas décadas, não registrou avanços no padrão econômico e nem tecnológico desta atividade, tão pouco melhoria na qualidade de vida das populações direta ou indiretamente a ele ligadas. Evidentemente tal quadro precisa ser levado em consideração, no sentido de buscar alternativas mais adequadas para a solução desses problemas, a partir do estabelecimento de uma política de desenvolvimento que tenha forte repercussão social.

A justificativa maior para a implantação deste projeto é, portanto, a de contribuir para a diminuição desse quadro de miséria, através da capacitação tecnológica para o trabalho bem como da reciclagem dos professores de redes públicas de ensino e da formação de técnicos e tecnólogos para as áreas de maior carência no Estado.

Page 49: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASA PESCA NO MARANHÃO. in PECNORDESTE, 23 a 28 de junho de 2008, Fortaleza-Ceará, disponível em www.pecnordeste.com.br/.../AQUICULTURA%20E%20PESCA/A%20PESCA%20NO%20ESTADO%20DO%20MARANHÃO.pdf , capturado em 27/07/2008;

ALMEIDA, Zafira da Silva de; FERREIRA, Dayanne Suele Chaves; NAHUM, Victoria Judith Isaac. CLASSIFICAÇÃO E EVOLUÇÃO DAS EMBARCAÇÕES MARANHENSES. In BOLETIM DO LABORATÓRIO DE HIDROBIOLOGIA, 19:31-40. 2006; ASSIMP - SESH - Governo do Estado do Maranhão, 28/05/2005, capturado em 26/07/2008.

BARROS JÚNIOR, Feliciano. Informações prestadas aos autores. Navegações Pericumã, 2008

BERNARDI, Cristina Costa. CONFLITOS SÓCIO-AMBIENTAIS DECORRENTES DA BUBALINOCULTURA EM TERRITÓRIOS PESQUEIROS ARTESANAIS: O CASO OLINDA NOVA DO MARANHÃO.. Dissertação de Mestrado. UCB, 2005. Programa de Pós-Graduação “Stricto Sensu” em Planejamento e Gestão Ambiental, p. 87, disponível em http://www.iica.org.br/Docs/PublicaçoesIICA_ConflitosSociaisAmbientais.pdf, capturado em 27/07/2008;

BOLETIM DO LABORATÓRIO DE HIDROBIOLOGIA, 19:31-40. 2006;

COQUEIRO, Ivaldo. Informações prestadas por Sr. Ivaldo Coqueiro [email protected] ao Secretário Adjunto de Industria e Comércio Fernando Duailibe Mendonça, via correio eletrônico, em 15 de julho de 2008

D.O. ANO CII Nº 071 SÃO LUÍS, SEXTA-FEIRA, 11 DE ABRIL DE 2008ESTADO DO MARANHÃO. Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAN. GT – PESCA E AQUACULTURA. RELATÓRIO TÉCNICO FINAL. São Luís: GEPLAN, novembro de 2007. GT – Grupo de Trabalho de Pesca e Aqüicultura, instituído no âmbito da Secretaria de Estado do Planejamento CEFET-MA/COPLAN. CEFET-MA/IFET-MA. PROPOSTA DE CONSTITUIÇÃO. São Luís, 2008ESTADO DO MARANHÃO. Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão – SEPLAN. GT – PESCA E AQUACULTURA. RELATÓRIO TÉCNICO FINAL. São Luís: GEPLAN, novembro de 2007. GT – Grupo de Trabalho de Pesca e Aqüicultura, instituído no âmbito da Secretaria de Estado do Planejamento e Orçamento, pelo Decreto nº 22.063, de 02 de maio de 2007

IABS/SEBRAE. PROJETO DE FORTALECIMENTO DO SETOR PESQUEIRO E AQUÍCOLA MARANHENSE, documento produzido pelo Instituto Ambiental Brasil Sustentável – IABS – para o SEBRAE-MA, 2008; INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS. Boletim Estatístico da Pesca Marítima e Estuarina do Nordeste do Brasil -2003, Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente, IBAMA, CEPENE, 2004, 191p. In ALMEIDA; FERREIRA; NAHUM, CLASSIFICAÇÃO E EVOLUÇÃO DAS EMBARCAÇÕES MARANHENSES. In BOLETIM DO LABORATÓRIO DE HIDROBIOLOGIA, 19:31-40. 2006; MARANHAO. ASPECTOS DO PLANEJAMENTO ESTADUAL. São Luís: SEPLAN. [http://www.ma.gov.br/governo/desenvolvimento_p.htm]. Mai, 1999.

Page 50: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

PESCA E AQÜICULTURA: EMBRAPA TENTA REDUZIR PERDAS NA CAPTURA DE CARANGUEJOS. Disponível em http://www.iea.sp.gov.br/out/verTexto.php?codTexto=5518, capturado em 27/07/2008;

PESSOA NETO, Wenceslau Almada; GUIMARÃES, Luzia Lima. DIAGNÓSTICO DA PESCA ARTESANAL DO ESTADO DO MARANHÃO: UM ESTUDO SOBRE ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS - (Universidade Estadual do Maranhão) - ANAIS DA 58ª REUNIÃO ANUAL DA SBPC - Florianópolis, SC - Julho/2006;

STRIDE, R. K. 1992. Diagnóstico da pesca Artesanal Marinha do Estado do Maranhão. São Luís: CORSUP/EDUFMA, v. 2, 205 p;

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; e Outros. CURSOS DE EXTENSÃO: PROPOSTA DE CURSOS DE FORMAÇÃO BÁSICA NAS ÁREAS DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E RECURSOS PESQUEIROS. Acordo de Cooperação Técnica SEAP e MEC/SETEC. Plano de Valorização do Profissional da Pesca da Lagosta. São Luís: CEFET-MA/DEN/DCS, 2007;

Sítios da Internet.http://www.portalbrasil.net/estados_ma.htm http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&rlz=1T4ADBS_pt-BRBR260BR262&q=carta+nautica+%2B+porto+do+itaqui&btnG=Pesquisar&meta=http://www.mda.gov.br/portal/index/show/index/cod/1867/codInterno/17550

http://web3.cefetcampos.br/aquicultura/noticias/nordeste-04-e-criado-no-maranhaohttp://www.portodoitaqui.ma.gov.br/galeria.asp

ttp://www.transportes.gov.br/bit/ferro/efc/inf-efc.htm

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COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO“O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI”

São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009

SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA MARITIMA MARANHENSE: (O PODER MARITIMO NO

MARANHÃO NA ATUALIDADE)

Carlos Alberto Santos Ramos

Senhoras e Senhores, boa-tarde,

Tenho a honra de ser sócio efetivo deste instituto,ocupante da cadeira nº 4- patroneada pelo renomado capitão de mar e primeiro Juiz da Câmara Municipal de São Luis. Tenho a satisfação de estar Presidindo o IDEPOM - Instituto De Desenvolvimento Do Poder Marítimo Do Maranhão, e o Centro De Estudos Do Poder Marítimo - CEPOM, em nome dos quais aqui apresento esta singela palestra; o poder marítimo de uma nação se constitui um importante e imprescindível componente do seu poder nacional.Um pais que não procura desenvolver os seus segmentos está fadado a ser subserviente e não exercer a sua soberania no contexto das nações unidas. Para conhecermos o poder marítimo de um país devemos analisar os seus significativos segmentos que são:

O PODER NAVAL (MARINHA)A MARINHA MERCANTE – FROTA DE EMBARCAÇÕES E NAVIOSA INFRAESTRUTURA PORTUÁRIA – PORTOS E TERMINAIS PORTUÁRIOSA INDÚSTRIA DE CONSTRUÇÃO E REPAROS DE EMBARCÇÕES/NAVIOSA INDÚSTRIA PESQUEIRA - FROTA DE EMBARCAÇÕES E NAVIOSA INDÚSTRIA DE EXPLOTAÇÃO DE RECURSOS MARINHOSA FORMAÇÃO DE PESSOALA MENTALIDADE E SENSIBILIDADE DA POPULAÇÃO SOBRE O MARCONCLUSÃO

A seguir, faremos uma síntese dos citados segmentos em relação ao Brasil e ao nosso Maranhão.

I-O PODER NAVAL - A MARINHA BRASILEIRA Sobre a nossa Marinha veremos um DVD no final desta apresentação.No nosso Maranhão, a Marinha esta presente desde o ano de 1830, quando foram

inaugurados os primeiros sinais náuticos no litoral,como os faróis de Santana, São Marcos, considerando que aconteciam inúmeros acidentes marítimos com os navios que demandavam o porto de São Luis . ( foto do litoral ,do farol de Santana e são marcos )

A Capitania dos Portos do Maranhão que tem como propósito maior contribuir para a salvaguarda da vida humana no mar, para a segurança da navegação e para a prevenção da poluição do meio ambiente aquático por navios e embarcações, foi criada em 1846 e vem cumprindo com denodo e profissionalismo suas tarefas, representando a autoridade marítima

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nacional junto à sociedade maranhense, em especial a ludovicense, onde se encontra a sua sede. Possui instalações no Centro, no Jenipapeiro e na Ponta da Espera, onde num futuro muito promissor poderá ser instalada uma base naval que apoiará a segunda esquadra da nossa marinha. (foto da cpma, jenipapeiro e ponta da espera )

II-A MARINHA MERCANTE-FROTA DE EMBARCAÇÕES E NAVIOSA Marinha mercante nacional vem se ampliando, considerando existirem várias

empresas de navegação aquaviária, sendo destaque a Transpetro, subsidiaria da Petrobras, com sua frota de navios petroleiros, gaseiros e vários navios afretados que abastecem as nossas cidades de combustíveis. (fotos e navios da transpetro )

No nosso estado a frota mercante vem evoluindo, principalmente a de rebocadores portuários, de embarcações de apoio marítimo e de transporte de passageiros e cargas como as lanchas e os ferry boats. Temos ainda inúmeras embarcações regionais que trafegam no nosso litoral, em especial nas baias, enseadas e rios.

Além disso, temos milhares de navios mercantes, a maioria de grande porte - de 150 a 360 mil toneladas de porte bruto-que aportam no complexo portuário de São Luis, transportando combustíveis, minérios, fertilizantes e cereais no comercio de importação e exportação. (fotos de ferry boat, rebocadores, lanchas, navios petroleiros e graneleiros) III ) INFRAESTRUTURA PORTUÁRIA:

O Brasil possui uma renomada infraestrutura portuária que se destaca no cenário fluviomaritimo internacional, considerando possuir um significativo litoral com importantes portos e terminais portuários como o de Santos , Rio de Janeiro, Vitória, Paranaguá, Salvador, Rio Grande, Suape, movimentando grande volume de cargas e passageiros ,tendo como conseqüência um expressivo tráfego de navios mercantes, gerando recursos e emprego para o país. (foto dos portos)

O complexo portuário do Maranhão, localizado na grande ilha – Upaon-açu, nas águas da Baia de São Marcos, se destaca no cenário nacional e internacional, por possuir portos e terminais portuários com expressivas profundidades, proporcionando o trafego e atracação de grandes navios, em especial graneleiros e petroleiros. Possuímos os terminais portuários da ALUMAR e o da Vale, além do Porto do Itaqui; atualmente onze navios podem estar atracados simultaneamente, em operação de carga e descarga.os produtos que mais se destacam são os minérios, ferro, alumínio e cobre; combustíveis ; ferro gusa e manganês; cereais e fertilizantes. (fotos)

IV - A INDÚSTRIA DE CONSTRUÇÃO E REPAROS NAVAISA indústria de construção e reparo de embarcações e navios no Brasil já foi destaque

internacional, considerando que construíamos grandes navios nos estaleiros localizados na região sudeste. Contudo, após uma fase de recessão, esse importante segmento do poder marítimo da nação, começa a se recuperar, pois há vontade política de ampliar a frota mercante nacional, principalmente a da Transpetro, empregando estaleiros nacionais, como o Atlântico Sul em Suape. Existem outros estaleiros navais como o Inace, no Ceará, em Belém e Manaus como o Irin, construindo embarcações regionais e barcaças de transporte de petróleo na bacia amazônica e ferry boats.

Em nosso estado, a construção e reparo de embarcações e navios ainda necessita se desenvolver, tendo em vista, que somente possuímos oficinas de reparo e construção de embarcações regionais, como barcos de pesca, lanchas de transporte de passageiros e cargas, barcaças e empurradores fluviais. Necessitamos urgentemente de estaleiros navais para construção e reparo de rebocadores, navios de apoio marítimo, ferry boats e docagem desses

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inúmeros graneleiros que por aqui trafegam. Há grande perspectiva de ser construído um estaleiro naval na orla da Baia de São Marcos para grandes embarcações e navios. (fto estaleiro naval Mauá, a.sul. oficinas)

V) A INDÚSTRIA PESQUEIRA - FROTA DE EMBARCAÇÕES PESQUEIRASA indústria pesqueira nacional tem recebido grande incentivo do recém criado

Ministério da Pesca e Aqüicultura, considerando o potencial pesqueiro das nossas águas oceânicas, costeiras e interiores. Contudo vem se desenvolvendo mais nos estados do sul e sudeste, especialmente Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro. No entanto, estados como o Ceará e Pernambuco têm investido, sobremaneira, nessa importante atividade fluviomaritimo. (foto de embarcação pesqueira/terminal).

No nosso estado ainda realizamos a pesca artesanal, mesmo possuindo um invejável potencial para a pesca e a aqüicultura, tendo em vista possuirmos em nosso litoral várias baias, enseadas, igarapés e as famosas reentrâncias maranhenses. Necessitamos de frotas de embarcações pesqueiras e terminais pesqueiros com indústria de processamento de pescados. Possuímos, contudo, um terminal pesqueiro em porto grande que necessita ser aquinhoado com recursos do PAC para desenvolver essa atividade tão importante em nosso estado. (foto do terminal pesqueiro de porto grande)

VI )EXPLOTAÇÃO DE RECURSOS MARINHOSO país a cada ano avança no desenvolvimento desse importante segmento do poder

marítimo, principalmente na prospecção e produção de petróleo nas bacias petrolíferas marítima. Atualmente o País possui renomado conceito na comunidade internacional como um dos grandes produtores de petróleo e gás explotados do leito marinho, como as bacias de Campos, Santos e outras no nordeste. Nessa atividade empregam-se alta tecnologia na extração de águas profundas.

O nosso Maranhão será, sem duvidas, inserido nesta rentável atividade econômica, considerando que em seu litoral encontra-se em operação navios de sísmica e de sondagens buscando avaliar o potencial econômico da bacia petrolífera marinha de Barreirinhas. Sem duvidas, num futuro altamente promissor, teremos varias plataformas de produção e navios cisternas operando em nossas águas. (fotos de navios sonda, apoio marítimo, navios fpso )

VII) FORMAÇÃO DE PESSOAL Cabe à Marinha do Brasil formar e capacitar o seu pessoal e o dos demais segmentos do

poder marítimo, em especial o da marinha mercante. Para isso, possui as escolas de aprendizes marinheiros, o colégio/escola naval, os centros de instrução e as escolas de formação de oficiais da marinha mercante, o CIAB-BELÉM e o CIAGA-RIO, considerados pela comunidade marítima internacional como universidades do mar. Esses centros de instrução habilitam, também, o pessoal aquaviário para trabalharem a bordo de embarcações e navios. As universidades do País formam, também pessoal nas áreas de oceanografia, engenharia de pesca, biologia marinha, engenheiros de pesca e navais-construtores de embarcações e navios. No Maranhão, como em outros estados, as capitanias dos portos possuem o setor de ensino profissional marítimo onde são ministrados cursos profissionalizantes voltados para as atividades aquaviária; nas nossas universidades atualmente existem cursos de oceanografia UFMA e engenharia de pesca- UEMA, além de biólogos marinhos- CEUMA.

É importante destacar que para exercer atividade em qualquer segmento do poder marítimo faz-se necessário a existência de pessoal capacitado e habilitado. (foto do ciaba/ciaga,em,cn, eam,etç.)

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VIII) A MENTALIDADE/SENSIBILIDADE/INTERESSE AQUAVIARIO (MARITIMA ,FLUVIAL LACUSTRE) DA POPULAÇÃO.

Uma nação não se sobressai no cenário internacional, sem que o seu povo possua conhecimentos, sentimentos e vontade para com as cousas e assuntos relacionados com o mar, o que a levará, sem duvidas, a desenvolver o seu poder marítimo. Todos têm que reconhecer o mar como um pujante elemento da natureza e como um importante fator de desenvolvimento econômico e social.

Para isso, é necessário que a autoridade constituidas faça despertar e motivar o povo, em especial os jovens para a maritimidade da nação. Países marítimos têm alcançado fazer com que a sua população viva para e do mar; o Brasil com o seu extenso litoral vem agora conhecendo e motivando os seus habitantes para a grande Amazônia azul, através da Marinha, o que tem popularizado a nossa imensa fronteira marítima.

O estado do Maranhão, aquinhoado por Deus com um vasto litoral, necessita despertar, conhecer e interessar-se sobre o uso de suas águas costeiro-oceânicas. Para isso, órgãos e entidades como a Capitania dos Portos, o Instituto de Desenvolvimento do Poder Marítimo e a SOAMAR/MA e a comunidade marítima e portuária vem procurando fazer com que a nossa sociedade conheça e vivencie muito mais as cousas do mar..maranhão.

IX ) CONCLUSÃO

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COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO“O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI”

São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009

A INSERÇÃO DA HISTÓRIA DA ÁFRICA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA NA EDUCAÇÃO

BRASILEIRA (MARANHENSE)50

TELMA BONIFACIO DOS SANTOS REINALDO51

Cadeira de n.06

Rolavam as moendas, rangiam os carros de bois na estrada, as espirais de fumaça subiam da chaminé da casa de farinha, enquanto levas de negros, de dorso nu, enxada no ombro, desciam às extensas plantações de cana e algodão, para abrir os regos por onde se escoariam as chuvas do inverno. (Josué Montello – Os tambores de São Luis).

Desde a Proclamação da Independência (1822) e principalmente durante a primeira metade do séc. XIX, as elites brasileiras estiveram preocupadas com uma questão crucial: A CONSTRUÇÃO DA “NAÇÃO BRASILEIRA” ou simplesmente da sociedade brasileira. Era preciso evitar a fragmentação do vasto território e garantir as fronteiras, sendo necessário também que a população se unisse em torno de uma identidade, entre elas o idioma, as datas comemorativas, os heróis, os símbolos nacionais e o próprio Estado, enfim, que a população se identificasse com um sentimento comum: o ser brasileiro.

A identidade de um povo se constrói basicamente em dois sentidos: primeiro, diferenciando-se do que lhe é exterior, isto é, dos outros povos ou nações; segundo definindo o que somos ou deveríamos ser. Desse modo ao longo da história do Brasil independente “firmaram-se várias noções de identidade nacional, de forma que não existisse uma identidade “autentica” ou verdadeira, mas diferentes elaborações produzidas pelos setores sociais”, inclusive o Estado (Caio Prado Junior, 1995, p.94).

Para os intelectuais e as elites brasileiras, durante todo o século XIX o Brasil era uma nação em construção. Cabia, portanto, segundo Sueli Robles de Queiroz, historiadora especialista em escravidão negra, “não apenas explicá-la, mas avaliar os caminhos possíveis e desejáveis para definir este ou aquele rumo”. (Queiroz, 1990, p.45)

As principais teorias explicativas da realidade brasileira foram reelaboradas a partir das teorias cientificas européias e divulgadas pelos primeiros institutos de educação e pesquisa e pelos principais precursores das ciências sociais no Brasil: Nina Rodrigues , 50 Artigo produzido para apresentação no Seminário “O Maranhão na Primeira Década do Século XXI”, realizado no período de 04 a 06 de agosto de 2009, no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.

51 Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão - Cadeira de n.06, Profa do Departamento de História da Universidade Federal do Maranhão, Doutora em Ciências Pedagógicas pela Universidade de Brasília.

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Euclides da Cunha e Silvio Romero. Os institutos de saber criados no inicio do século XIX e fortalecidos na década de 1870, eram os museus etnográficos, as faculdades de Direito (São Paulo e Recife), as escolas de Medicina (Salvador e Rio de Janeiro) e os Institutos Históricos e Geográficos (São Paulo e Rio de Janeiro), conforme nos relatam Roger Bastide, Boris Fausto e Florestan Fernand, (1955).

A principal influencia desses homens da ciência vieram, sobretudo, das teorias formuladas na Europa desde meados do século XIX particularmente as concepções fundadas nas explicações raciais, divulgadas de forma difusa e generalizada, e veiculando máximas cientificas por meio da imprensa e da literatura, muito embora ainda não se produzissem pesquisas para comprovar sua eficácia. (Boris Fausto, 1994, p.98)

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O discurso cientifico foi crescendo em credibilidade e ao mesmo tempo as ciências sociais e naturais viveram um processo de especialização e avanços surpreendentes, portanto partindo da ciência foram se estabelecendo e determinando diferenciações e concepções sobre os grupos humanos, sendo esse setor responsabilizado pelo conhecimento da humanidade em detrimento da religião e até do direito.

As teorias incorporadas pelos cientistas brasileiros foram o evolucionismo, o darwinismo social e o positivismo, que apesar de diferentes podem ser consideradas sob um pressuposto único: a evolução histórica dos povos. O estudo da evolução humana buscava compreender os nexos que explicassem as diferentes condições em que se encontravam as sociedades e a idéia principal era de que por meio de etapas ou estágios os povos primitivos evoluíam naturalmente até chegar às sociedades ocidentais.

Essas justificativas tiveram ampla aceitação nos países europeus, assim essa “superioridade européia”, segundo Renato Ortiz (1986), era decorrente de “leis naturais” que orientavam a história dos povos. Outra concepção bastante difundida definia que a humanidade era constituída de determinadas “raças” com características físicas e morais especificas.

O progresso e a evolução de uma nação estariam intimamente relacionados com a sua composição racial, assim somente as sociedades puras poderiam aspirar ao progresso. As maiorias dessas teorias apontavam para a desvantagem da

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miscigenação, que carregaria assim os defeitos e não as qualidades de cada uma das raças. (ORTIZ,1986, p.55)

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A adoção dessas teorias no Brasil trazia como conseqüência: o atraso em relação à Europa, constatação essa que contribuiu para os principais problemas nacionais entre eles a predominância da agricultura sobre os outros setores econômicos particularmente a indústria e a existência de um povo em formação, pouco desenvolvido intelectualmente, racialmente miscigenado.

Para o Conselho Missionário Indigesta do Brasil (2005), mais ou menos entre 1830 e 1930, os velhos e novos fazendeiros ergueram a bandeira, tão velha quanto eles, da “vocação agrícola do país”. De maneira muito resumida, e correndo o risco da imprecisão, pode-se dizer que ela teve um triplo propósito. Primeiro, serviu para lutar pela hegemonia da oligarquia cafeeira frente à possibilidade de crescimento dos industriais, sobretudo depois da Proclamação da República.

Depois, serviu para fortalecer o lugar da economia brasileira frente ao capitalismo mundial, isto é, sua posição como país agroexportador. Por último, teve ainda a honrosa intenção de espichar por mais algum tempo o trabalho escravo no Brasil. Sobre este último aspecto, falava-se à época em “razão nacional” para se referir ao fato de que o fim da escravidão era o fim da lavoura – leia-se, agro exportação – e o fim desta a falência da nação.

Na busca da compreensão da especificidade brasileira, dois conceitos tornaram-se fundamentais: os conceitos de meio e de raça. Ser brasileiro, portanto, significava viver em um país geograficamente diferente da Europa e povoado por uma raça distinta da européia.

Apesar da miscigenação, o Brasil é um país por demais preconceituoso, se analisarmos os trabalhos do Florestan Fernandes nos anos 50, especificamente quando ele trata da integração do negro na sociedade de classes paulista, podemos observar que o autor destaca a existência na sociedade brasileira de um elemento que permite aos brancos europeus

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que para cá migraram e seus descendentes ascender socialmente em uma velocidade maior e mais rápida do que os negros ou afro-descendentes: a origem européia.

estudando a situação do negro e do mulato na sociedade brasileira, vista a partir de São Paulo, Florestan Fernandes na obra “O negro no mundo dos brancos” levanta os caminhos assumidos pelo preconceito, os seus disfarces e o processo de segregação racial, sem agravar ou atenuar o problema. Sua visão é de que o equilíbrio racial na sociedade brasileira 'procede do modo pelo qual os dois pólos se articulam com um mínimo de fricção', padrão de equilíbrio que é a própria base da desigualdade racial. (Florestan Fernandes, 2007:45)

Como o que ocorreu na maioria dos países colonizados, a elite brasileira do final do século XIX e inicio do século XX foi buscar seus quadros de pensamento na ciência européia ocidental, vista como desenvolvida, uma história feita de termos, nomes e cores que no dizer de Rousseau, éramos bons selvagens muito bem representados nos relatos de Jean de Lery e André Thevet (1557-1578), um espelho para os naturalistas como afirmava Buffon (1749) e Mendell (1870) e até um laboratório para pensar na degeneração que adviria do cruzamento de raças, como apostou a geração realista de 1870 no Brasil (Renato Khel, Octavio Domingues e Belizário Penna), propondo caminhos para a construção de uma nacionalidade, tida como problemática por causa da diversidade racial.

Gravura dos índios brasileiros no período da colonização

A abolição da escravidão, em 1888, coloca aos pensadores brasileiros uma questão até então não imaginada: a construção de uma nação e de uma identidade nacional (Carvalho, 1989 p.19) essa problemática está ligada ao surgimento de uma nova categoria social: os ex-escravizados negros. A questão que se colocava era como transformá-los em elementos constituintes da nacionalidade e da identidade brasileira, quando a estrutura mental herdada do passado, que os considerava apenas como coisa ou força animal de trabalho, ainda não havia mudado? Toda a preocupação da elite pensante do país apoiada nas idéias racistas da época, diz respeito a influencia negativa que poderia resultar da herança inferior do negro nesse processo de formação da identidade étnica brasileira.

Em 1854 o decreto nº 1.331 legitimou a não admissão de escravos nas escolas públicas, mais adiante, em 1878 o decreto nº 7.031-A determinou que os negros só poderiam

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estudar a noite e ainda assim, vários mecanismos foram desenvolvidos a fim de, dificultar tal oportunidade de educação, se é que podemos chamar de oportunidade. Estabelecia-se, desde então, um divisor étnico-racial que se enraizou nos sistemas escolares e daí se dissipou para toda a sociedade brasileira. Muitos anos depois se busca alterar este quadro, a partir do mesmo veículo- a Educação, mas, infelizmente, até hoje esse sistema ainda se encontra tão arraigado a preconceitos e segregação que enfrentamos uma luta difícil, longa e dolorosa de combate ao preconceito e a desigualdade social.

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A pluralidade racial nascida do processo colonial representava, no pensamento das elites, uma ameaça e um grande obstáculo no caminho da construção de uma nação que se pensavam branca; daí que a “raça” tornou-se o eixo do grande debate nacional que se travara a partir do final do século XIX e que repercutiu até os meados do século XX.

I Constituição Federal, três anos após a abolição (1891), decide: “proibido de votar todos os pobres e mendigos”. Quem são estes “pobres e mendigos do Brasil”, três anos após a abolição?”.

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Sob o jargão da “democracia racial”, de Gilberto Freyre, (1980), expressão que parece resumir uma autenticidade nacional, uma gama de símbolos mestiços tornou-se nacional, tanto dentro quanto fora do Brasil: a feijoada (onde o arroz branco representa o português e o feijão o preto; o samba antes proibido e hoje exaltado como símbolo nacional e até a capoeira prática proibida transformada em esporte nacional, nesse sentido Freyre nos aponta em Casa Grande e Senzala um esboço do cotidiano das crianças negras e brancas,

... o melhor brinquedo dos meninos de engenho de outrora: montar a cavalo em carneiros; mas na falta de carneiros: moleques. Nas brincadeiras, muitas vezes brutas, dos filhos de senhores de engenho, os moleques serviam para tudo: eram bois de carro, eram cavalos de montaria, eram bestas de almajarras, eram burros de liteiras e cargas as mais pesadas. Mas, principalmente, cavalos de carro.. Um barbante serve de rédea; um galho de goiabeira de chicote. (Gilberto Freyre (1963, p. 47): Casa Grande Senzala)

Apesar das diferenças de pontos de vista, a busca de uma identidade étnica única para o país tornou-se preocupante para vários intelectuais desde a primeira Republica entre eles, Sílvio Romero, Euclides da Cunha, Alberto Torres, Manuel Bonfim, Nina Rodrigues, João Batista Lacerda, Edgar Roquete Pinto, Oliveira Viana, Gilberto Freyree outros. Todos estavam interessados na formulação de uma teoria do tipo étnico brasileiro, ou seja, na questão da definição do brasileiro enquanto povo e do Brasil enquanto Nação.

O debate racial estava presente na discussão sobre o que viria a ser a nação brasileira, deixando evidente que a negritude não era um elemento participante para a construção da nação brasileira, notadamente nos anos 30 e 40 do séc. XX são exatamente alguns códigos de negritude que permitem ao Brasil oferecer um elemento diferenciador para o mundo, que é a própria questão das expressões culturais como o samba, o reggae, o tambor de crioula, enfim as matrizes religiosas que garantem a identidade brasileira.

Tambor de crioula

O que está em jogo nesse debate intelectual nacional, é fundamentalmente a questão de saber como transformar essa pluralidade de raças e mesclas, de culturas e valores civilizatórios tão diferentes, de identidades tão diversas, numa única coletividade de cidadãos, numa só nação e num só povo (Silvio Romero, 1971, p.13). Todos estes pensadores, com algumas exceções tinham algo em comum: estavam influenciados pelo determinismo

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biológico do final do século XIX, acreditando que a inferioridade das raças não brancas que se caracterizava pela degeneração destes enquanto indivíduos.

No dizer de Pietra Diwan (2007:11), “nesse mundo moderno temos o dever de ser belos, magros, de cabelos lisos, pouco pêlo e parecer “naturais” diante do espelho, de nós mesmos e dos outros”. A eugenia moderna nasceu sob essas idéias principais, na Inglaterra industrial em crise, inspirando os ideais de superioridade e pureza racial construídos ao longo dos séculos no pensamento ocidental.

Os ideais eugênicos modernos nos foram legado pelos gregos antigos onde o padrão de beleza física foi determinante para sua historicidade, onde a anormalidade física, mental e ou robustez era passível de sacrifício, morte ou abandono, sendo peremptória a idéia de que os filósofos Aristóteles e Platão recomendarem casamentos de pares antecipadamente selecionados para a preservação da raça.

Discóbolo (Lançador de discos) é uma famosa estátua do escultor grego Míron, produzida em torno de 455 a.C

Desde sempre a desqualificação de um em favor da afirmação de outro esteve presente nas relações étnico-raciais. A propósito, Cavallero (2002) afirma que ainda na Antiguidade, Heródoto (século V a.C.) escrevia textos sobre os não-gregos, chamando-os de bárbaros, baseando essa denominação na superioridade dos gregos e na inferioridade dos estrangeiros, determinando a superioridade de sua cultura como justificativa das relações de dominação política, militar, econômica e cultural a qual foram submetidos os povos estrangeiros conquistados pela Grécia.

Já na Europa do século XV, a dominação de africanos foi justificada pela culpa do pecado original dos descendentes de Cam. Não por acaso, Cavallero (2002) ainda coloca que, pelo ideologismo português das raças infectas (índios, negros, judeus e mouros), a história da colonização brasileira é marcada pela diferença entre homens, moldada desde o início por concepções racistas de superioridade e inferioridade.

O Ministério da Educação divulgou no dia 1º de março de 2004, as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira Africana. Essas diretrizes foram instituídas pelo Conselho Nacional de Educação – CNE para dar continuidade à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que dispõe sobre obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica no currículo oficial.

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As novas diretrizes situam-se no campo das políticas de reparações, de reconhecimento e valorização dos negros, possibilitando a essa população ingresso, a permanência e o sucesso na educação escolar. Envolve, portanto, ações afirmativas no sentido de valorização do patrimônio histórico-cultural afro-brasileiro, de aquisições de competências e conhecimentos tidos como indispensáveis para a atuação participativa na sociedade. O ideário desta política pública somente poderá ser efetivado se, dentre inúmeras outras questões, houver uma mudança nos processos educativos de todas as escolas brasileiras

E é justamente sobre estes processos que o MEC por meio da recente publicação “Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais” oportuniza tal mudança. Nesse cenário, sua leitura e discussão tornam-se indispensáveis para os professores das diferentes esferas educacionais.

Segundo Dias (2005), o projeto de lei apresentado pelos deputados federais Ester Grossi e Ben-Hur Ferreira e sancionado pelo governo Lula altera a Lei 9394/96 nos seus artigos 26 e 79, tornando obrigatória a inclusão no currículo oficial de ensino da temática História e Cultura Afro-brasileira e também altera o calendário escolar, incluindo o dia 20 de novembro como Dia da Consciência Negra.

A lei 10.639/03 visa concretizar o reconhecimento da contribuição da população negra na construção da sociedade brasileira, respondendo s antigas reivindicações do Movimento Negro (DIAS, 2005, p. 59). Essa lei é no contexto atual mais um amparo legal recente no campo da educação para a sociedade brasileira afrodescendente.

O sentido das comemorações de 13 de maio foi questionado, através de cartazes enviados às escolas do estado de São Paulo, juntamente com informações de 20 de novembro e questionário sobre a história do negro no Brasil.

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Na sociedade brasileira, inúmeras questões são suscitadas em relação a cor ou raça das pessoas e que são evidenciadas constantemente no cotidiano. De acordo com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) no censo demográfico de 2000 quanto às características gerais da população, na investigação quanto à cor ou raça é feita conforme a autodeclaração da pessoa, e a declaração da cor ou raça do seguimento populacional de 0 a 14 anos de idade, geralmente, é fornecido pelos adultos, e na maioria das vezes pelos pais, que tendem a informar a sua própria cor ou raça (IBGE 2000, p. 36).

No censo demográfico de 2000, de acordo com o IBGE, a população brasileiraestava dimensionada segundo sua autodeclaração com os seguintes resultados.

Tabela 1- População Brasileira categorias do IBGE

BRANCOS PRETOS PARDOS AMARELOS INDIGENAS91 milhões 10 milhões 65 milhões 761 mil 734 mil

Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2000, resultados sobre as características gerais da população

Nota-se que, se juntarmos os declarados pretos e pardos, teremos um contingente de 75 milhões de negros, perfazendo um total 44,6% da população brasileira.Tocar na questão de cor e raça no Brasil é um assunto bastante complexo, pois num país que tem a formação inicial com presença de índios (população nativa), brancos(população que veio para colonizar) e negros (população trazida da África para trabalhar como escrava), compreendê-la e analisá-la não é tarefa simples, sendo importante dialogar com outros autores na tentativa de entender e refletir sobre alguns termos e conceitos quanto a essa questão.

Dentro da análise realizada no decorrer do trabalho, nosso entendimento é o de que a Lei 10639/03, se trabalhada na perspectiva da superação da ideologia de dominação racial, pode constituir-se como um instrumento importante, no campo do currículo, para a explicitação das contradições presentes no sistema econômico do capitalismo. Aliando o específico ao universal, na perspectiva de superação das bases constitutivas das desigualdades raciais e sociais.

Assim posto, os conteúdos relacionados à cultura e à história da África e dos negros brasileiros poderão atuar no sentido de expor as lacunas e as idéias que fundamentaram a ideologia de dominação racial. Assim sendo, a Lei 10639/03 pode constituir-se como uma ferramenta de luta contra-ideológica, pois “o silêncio, ao ser falado, destrói o discurso que o silenciava” (CHAUI, 2001, p.25)

Ao explicitar as lacunas, os silêncios, a base constitutiva da ideologia de dominação racial, a Lei colocará em xeque pilares estruturais da produção das desigualdades raciais e sociais no país e, conseqüentemente, pilares que dão sustentação ao atual ordenamento econômico mundial. Além disto, de acordo com IANNI, ao cair o véu da ideologia de dominação, nasce a consciência crítica da transformação:

Assim aos poucos, ou de repente, se realiza um entendimento mais amplo e vivo de qual é a sua real situação, quais são os nexos do tecido social no qual está emaranhado, de como essa situação implica decisivamente na ideologia e na prática dos que discriminam. Esse é o percurso que se pretende desenvolver: a consciência crítica, a autoconsciência ou a consciência para-si, reconhecendo que é desde essa autoconsciência crítica que nasce a transformação, a ruptura ou a transfiguração. (IANNI, 2005, p.5)

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Sem sombra de dúvida, a obrigatoriedade do ensino da História da África e da Cultura Afro-brasileira pode configurar-se como um instrumento importante para a desmistificação da ideologia da igualdade racial brasileira. Como já visto, ela atuará contra lacunas e silêncios sobre a questão racial brasileira. Segundo Munanga,

esse silêncio atua em favor do preconceito. Em nosso país, que é tido pelo imaginário mundial e por si mesmo como um paraíso de mestiçagem, a hipocrisia do não questionamento suficiente no que tange às diferenças, que são muitas, tem permitido a manutenção e o agravamento do silêncio que fala em favor do preconceito. A não-pluralidade na educação é apenas uma das formas de preservação do grande tapete da “democracia racial” que esconde a falta de democracia real. (MUNANGA, 2002, p. 113)

A luta pela constituição de novas relações sociais, necessariamente, passa também pela luta contra as desigualdades raciais. A questão racial é, sem dúvida uma contradição aberta, um dilema da sociedade contemporânea. A luta contra o racismo coloca a nu os limites e as impossibilidades do sistema do capital. IANNI traz uma grande contribuição a este debate:

Mas é possível imaginar que esses problemas ou enigmas podem ser fermentos de outras formas de sociabilidade, outros jogos de forças sociais, outro tipo de sociedade, outro modo de produção e processo civilizatório; com os quais se põe em causa a ordem social burguesa prevalecente, revelando-se a sua incapacidade e impossibilidade de resolvê-los, reduzi-los ou eliminá-los. Sim, esses problemas ou enigmas podem ser tomados como contradições sociais abertas encobertam ou latentes, permeando amplamente o tecido das sociedades nacionais e da sociedade mundial, com os quais se fermenta a sociedade do futuro. (IANNI, 2005, p.8)

Em São Luis a discussão sobre preconceito racial nas escolas está somente começando através das ações desenvolvidas por força da Lei, mas também de forma isolada por alguns estudiosos da Mãe África que interagem com alunos e professores no sentido de criar um habitus para falar de África, dos africanos e afrodescendentes descolado das questões do escravismo e da escravidão.

A Secretaria de Educação do Município de São Luis – SEMED, tem um trabalho bastante diferenciado de treinamento dos professores do ensino fundamental sobre as questões do preconceito e do racismo que perpasse a nossa sala de aula, enquanto que na Secretaria de Estado da Educação -SEEDUC, algumas ações também estão sendo desenvolvidas no sentido de uma construção identitária afrodescendente dos nossos jovens.

A despeito de algumas mudanças promissoras, é flagrante a necessidade de investimentos que possam garantir educação de qualidade para todas as pessoas, independente de cor ou credo, o que não se faz sem enfrentar o racismo e os efeitos que ele possa provocar.

Reconhecendo o potencial impar da Lei 10.639/93, e das Diretrizes Curriculares, para impulsionar mudanças estruturais no cenário educacional desenhado pelas estatísticas citadas, o Núcleo de Relações Étnico-Raciais da Secretaria de Educação do Município de São Luis-SEMED, uniram forças para idealizar e desenvolver programas de atualização do professorado do município que possa assinalar as possibilidades e os desafios para a implementação da referida lei.

Essas ações podem ser estabelecidas na educação, na saúde, no mercado de trabalho, nos cargos políticos, enfim, nos setores onde a discriminação a ser superada se faz

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mais evidente e onde é constatado um quadro de desigualdade e de exclusão. Assim a sua implementação carrega uma intenção explicita de mudança nas relações sociais, nos lugares ocupados pelos sujeitos que vivem processos de discriminação no interior da sociedade, em nosso projeto- a escolar-, implicando mudança de posturas, de concepções e de estratégias.

No Brasil as principais iniciativas de ações afirmativas para a população negra são:

1. A Lei Federal nº 10.639, de 10 de janeiro de 2003, que torna obrigatório o ensino de História da África e da Cultura Afro-Brasileira nos currículos da educação básica dos estabelecimentos públicos e privados do nosso país.

2. A Resolução, que institui cota de 25% para as populações negras e pardas no acesso a Universidade Federal do Maranhão.

3. O Projeto de Lei nº 4.370, de 1998, do deputado Paulo Paim (PTRS) que estabelece que os negros devam compor pelo menos 25% do total de atores, atrizes e figurantes em filmes e programas veiculados pelas emissoras de TV e cinema.

4. A criação de cotas de 20% para negros nas empresas contratadas em licitações públicas, no Ministério de Desenvolvimento Agrário.

5. A criação de cotas de 20% para negros, 20% para mulheres e 5% para portadores de necessidades especiais em cargos de confiança no Ministério da Justiça, em empresas terceirizadas e em entidades conveniadas, no governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso.

6. O Programa Internacional de bolsas de pós-graduação da Fundação Ford/Fundação Carlos Chagas – São Paulo.

7. O Programa de Políticas de Cor na Sociedade Brasileira, do Laboratório de Políticas Públicas da UERJ, com apoio da Fundação Ford.

8. O programa Diversidade na Universidade, promovido pela Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) – Ministério da Educação - Brasília.

9. O Concurso de Dotações para a pesquisa “Negro e Educação” – promovido pela Anped (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação), pela ONG Ação Educativa – São Paulo, com apoio da Fundação Ford.

10. A primeira Mostra de Literatura Afro-Brasileira, promovida pela Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte.

11. Premio Educar para a Igualdade Racial – experiências de promoção da igualdade racial/étnica no ambiente escolar promovido pela ONG Ceert (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades - SP.

12. Secretaria da Promoção de Políticas da Igualdade Racial (Seppir).

13. Coordenação de Promoção da Igualdade e Diversidades Educacionais –COPIDE/SUPEMDE/SEDUC/MA

Dessa forma esse trabalho vem de encontro ao esforço já desenvolvido por estes segmentos, em consonância com o teor da Resolução do Conselho Nacional de Educação,

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Resolução nº 1, de 17 de junho de 2004, da qual destacamos, particularmente, os parágrafos 1º e 2º do artigo 2º:

§1º: A Educação das Relações Étnico-Raciais tem por objetivo a divulgação e produção de conhecimentos, bem como de atitudes, posturas e valores que eduquem os cidadãos quanto a pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir e de negociar objetivos comuns que garantam, a todos, respeito dos direitos legais e valorização da identidade, na busca da consolidação da democracia brasileira.

§2º: O Ensino de Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana tem por objetivo o reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afro-brasileiros, bem como a garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, européias e asiáticas.

A educação não é uma construção dada e a escola não deixa de ser uma comunidade construída. O educador está inserido dentro do contexto histórico fazendo do seu posto de trabalho o seu cotidiano escolar. Neste contexto educacional o educador precisa ter claro e explícito o que está fazendo e para onde estão caminhando os resultados de sua ação, conscientes do nosso papel, reforçando os seus valores sociais e culturais.

Para que se possa refletir sobre a História da África e da Cultura Afro-brasileira e africana – no Estado do Maranhão – não precisamos ir muito longe visto que temos uma literatura vasta e rica que nos permite entender o porquê da necessidade de se repensar uma política de promoção da Igualdade Racial, como vem postulando os diversos segmentos da sociedade civil brasileira.

Desde Raimundo José de Sousa Gaioso (Compendio histórico-politico dos princípios da lavoura no Maranhão, (séc. XIX) onde o autor aborda historicamente a trajetória das grandes propriedades rurais, dos engenhos açucareiros e do prospero comercio de negros escravizados, passando por Coelho Neto na sua obra O Rei Negro (1914), onde destaca um único episodio do cativeiro e Nascimento de Moraes e Domingos Vieira Filho (séc. XX) quando nos revelam as diversas formas de castigos corporais e seus instrumentos aterrorizadores, Maria Firmina (séc. XIX) já escrevia sobre os escravos em meados de 1800.

O que Castro Alves escreveu em ‘Vozes da África’, quando ele defende os escravos, Maria Firmina fez primeiro, no entanto, ele é que é considerado o poeta dos escravos. Por isso, ela não é apenas uma escritora brasileira, mas universal, por estar à frente de seu tempo”, até Josué Montello (Os tambores de São Luis:1975), quando focaliza o árduo trabalho dos negros nos canaviais maranhenses, as relações de trabalho, o cotidiano das fazendas, as tensões entre senhores e escravos e o clima cultural, cadenciados pelos atabaques, agogôs, chiado dos carros de boi e estalar da sola no lombo dos negros

Não será por falta de herança material que não poderemos estudar e inserir na rotina escolar dos nossos alunos a história da África e dos africanos, falta-nos sim, coragem, para desafiar o tempo que nos infringiu a baixa–estima de sermos afrodescendentes, mas nós educadores precisamos nos ater de que a cidadania se constrói no cotidiano e na luta pela efetivação desses fins, educando e educador, juntos aprendem a superar dificuldades reais e a resolver problemas cotidianos que ultrapassam os muros da escola.

Finalizo este trabalho com a sensação de ter apresentado algumas reflexões que podem configurar-se como úteis para os estudos da questão racial maranhense, bem como para os estudos relacionados à política educacional brasileira. A condição de negra e a minha prática profissional fizeram com que este trabalho fosse realizado de maneira muito prazerosa.

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Nossa geração não lamenta tanto os crimes dos perversos quanto o estarrecedor silêncio dos bondosos. É melhor tentar e falhar que ocupar-se em ver a vida passar. É melhor tentar ainda que em vão, que nada fazer. Eu prefiro caminhar na chuva a, em dias tristes, me esconder em casa. Prefiro ser feliz, embora louco, a viver em conformidade. (Martin Luther King)

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COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO“O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI”

São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009

DR. NEWTON DE BARROS BELLO -UM GRANDE SÃO-BENTUENSE.

ÁLVARO URUBATÃ MELO

Dentre os muitos são-bentuenses que galgaram elevadas posições nos mais diversos setores do Maranhão e além limites, o Dr. Newton de Barros Bello foi o que obteve maior projeção no cenário político administrativo no Estado.

Descendente de família de honrada classe média, nasceu a 12 de julho de 1907, Travessa das Flores, esquina norte com a Rua Coronel Luís Reis, atual residência Dr. Ney de Barros Bello. Filho do casal Olavo Marcos Bello e Ana Adelaide de Barros Bello, neto paterno Olavo Marcos Bello e Inês Doriense da Fonseca; materno do alferes Cipriano Antônio de Barros e dona Rita Pursina da Silva Barros. Esse seu avô, cidadão de larga visão, ocupou importantes cargos no município, não mediu esforços e com sacrifício investiu na educação desse seu neto que desde cedo demonstrou interesse aos estudos. Iniciou-se nas primeiras letras com a mestra leiga, Maria Tomázia Teixeira (a veneranda dona Cota Teixeira) alfabetizadora de dois governadores, três membros da AML e outros renomados vultos. Ainda em São Bento, faz o curso primário na Escola Mista Estadual, atual “Mota Júnior”, e na Escola particular do professor Palmério César Maciel Campos. De posse do diploma, para continuar na lida estudantil, muda-se para São Luís em 1921, quando se prepara no Colégio Gomes de Sousa para o exame de admissão. Aprovado no Liceu Maranhense em 1922, conclui o ginásio e o curso subseqüente. Nesse estabelecimento, concomitante estudava suas irmãs Consuelo, Laurieta e Odinéa. Norteado em triunfar, com brilhantismo enfrenta de imediato, em 1928, o exame vestibular para Ciências Jurídicas e Sociais, na Faculdade de Direito de São Luís, aprovado em 1º lugar. Abacharela-se 23 de março de 1932, e logo no dia 4 desse mês de sua formatura, quando então escriturário da Prefeitura Municipal de São Luís, é nomeado promotor de Coroatá, depois de Codó, removido dia 30 de janeiro de 1936, para primeira Promotoria da Capital, data em que é designado pelo governador Aquiles Lisboa, secretário de Governo.

Reputado advogado militante, por esse mérito é, com o restabelecimento pelo Decreto-Lei 1504, de 24 de maio de 1947, da Consultoria Jurídica do Estado, foi efetivado seu titular a 25 desse mês, por isso exonerado da 1ª Promotoria a 27 seguinte, data em que é nomeado para substituí-lo, outro são-bentuense, o Dr. Sarney de Araújo Costa. Nessa função recebe a designação para responder pelo expediente da Secretaria de Estado dos Negócios do Interior, Justiça e Segurança. Com pendores à política, vale-se da abertura democrática, filia-se nas hostes do PR (Partido Republicano), candidata-se no pleito de 25 de julho de 1947, à vereança da Câmara Municipal de São Luís, eleito com a segunda maior votação de seu Partido, e a terceira no cômputo geral. No exercício da edilidade é autor de vários projetos de lei, dos quais os mais importantes foram: de 21 de fevereiro de 1949, o de nº 9, denominando o bairro Areal de Monte Castelo, em homenagem aos feitos da FEB, na batalha dessa data, ano de 1945; sessão de 03 de março seguinte, o de nº 10, isentando de impostos e taxas por cinco anos, quem construísse grupos de casas, no mínimo de seis, de tijolos ou cimento armado, com aluguel inferior a trezentos cruzeiros; sessão 4 desse mês, de nº 13, regulando o serviço de emplacamento de prédios e logradouros públicos e particulares; nº 14, concedendo favores tributários a quem construísse hotéis em Olho D’água e São José de Ribamar. Plenamente envolvido nos embates eleitorais já filiado no PST (Partido Social Trabalhista), concorre no pleito de 30 de outubro de 1950, aos cargos de suplente de senador, eleito com sessenta e sete mil e oito votos e, deputado estadual, obtém dois mil, seiscentos e vinte. Na Assembléia, torna-se líder do seu partido. Com o crescimento de seu prestígio no seio de sua agremiação, sua notoriedade no Estado, candidata-se a deputado federal em de 30 de outubro de 1954, vitorioso em primeiro lugar, com dezesseis mil, quinhentos e sessenta e oito sufrágios. Ressalta-se que, quando da escolha do candidato ao Governo do Estado, em substituição ao

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Governador Eugênio Barros, teve seu nome lembrado por um dos convencionais, quando agradeceu e redargüiu: ainda não estou preparado para governar o meu Estado (artigo Milson Coutinho – Diário da Manhã). Reelegeu-se nas eleições de 30 de outubro de 1958, retornado à Câmara Baixa com a consagrada votação de vinte e quatro, setecentos e sessenta e sete votos, o único a alcançar o quociente eleitoral. Durante todo esse mandato ocupa a Secretaria do Interior, Justiça e Segurança, do Governo Matos Carvalho, quando alicerça e fortalece sua candidatura ao Governo do Estado ao pleito de outubro de 1960, apoiado pelo PSD (Partido Social Democrático), coligado com a UDN (União Democrática Nacional). Vitorioso, planeja tecnicamente um programa com assessores capazes, moderniza as autarquias e outros órgãos e cobra metas. Embora tenha enfrentado sucessivas crises políticas, iniciadas com o rompimento da UDN, liderada pelo deputado federal José Sarney, em que resulta entrave com o Presidente Jânio Quadros, seguida do conflito e desapoio dos sete deputados federais que trocaram o PSD pelo PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), do presidente João Goulart. Finalmente o advento da Revolução e o rompimento com o Senador Vitoriano Freire. Com todos esses impasses, desassistido da administração central, sem receber recursos federais, realiza uma profícua gestão, visíveis no incremento à produção primária, recuperação das finanças com a alavancada do Banco do Estado, apoio à Educação via CNEG, proteção às áreas produtivas, amparo aos universitários, ajuda a fundação da Faculdade de Medicina, criação e financiamentos às cooperativas, fomentação do setor hidroelétrico.

Em se tratando de que esta palestra não tem por objetivo biografar o meu homenageado, com ênfase as realizações do seu governo em todo o Estado, peço vênia para louvar o seu empenho e como seu conterrâneo, enaltecer as obras que, como bom são-bentuense da gema, ele operou no chão que o viu nasceu. Mais o faria, não fosse à politicalha nociva, odiosa, processada por parte de seus liderados, somado à inoperância de seus correligionários, protagonista de uma maléfica disputa interna, ainda assim, quando Governador realiza no município em São Bento de grandes feitos, numa fase de franco desenvolvimento, com as importantes obras: Escola Normal Rural, Maternidade Santa Maria, iluminação elétrica, ACAR, Posto do Fundo de Revenda, barragem Alegre e do Porto Grande, Banco do Estado, Fomento Agrícola, 10ª Região Escolar, Grupos Escolares Condessa Carneiro e Estado da Bahia, Escolas em Belas Águas, Olho D’água e Poleiro, Praça Carlos Reis, Cooperativa dos Livros. Distribuição constante de fardamentos escolar, implementos agrícolas e produtos alimentares. Transforma São Bento, em sede de Governo como Capital do Maranhão, com a transferência de todas as Secretarias de Estado e principais repartições quando enfatiza no discurso de instalação “Quero que a minha terra governe o Maranhão por uma semana como o seu filho fará quatro anos”. Desses benefícios, a duas dedicou maior interesse: a Maternidade Santa Maria, a quem fartamente abastecia de tudo e da melhor qualidade; a outra, a Escola Normal, condicionava às autoridades nomeadas com ela colaborasse. Em visita as alunas da 1ª turma, em ato de emoção, o que lhe era comum em São Bento, afirma: quero encerrar o meu governo assinando com caneta áurea, meu último ato – as vossasnomeações. Cumpriu – proibido de nomear sem concurso, mandou fazê-lo em São Bento para essa finalidade. Revogado pelo sucessor – Dr. Seguins o representou na festa da formatura. Em reconhecimento ao progresso implantado, por inspiração de seu amigo, o advogado Joaquim Trinta, tem seu nome gravado na antiga Rua Grande, e posteriormente, por influência do deputado Isaac Dias, no estádio de futebol, lembrando o desportista que foi diretor, jogador e capitão do time Luso Brasileiro, e das peladas no campo supracitado. Tão grande era o desejo de trabalhar pelo progresso de sua terra que, no afã de ter um prefeito capaz de ajudá-lo nessa empreitada, estende as mãos para um de seus mais ferrenhos e antigos adversários – o Dr. Fernando Viana, gesto que o povo não entendeu. Politicamente é o mais importante filho de São Bento e o que mais a beneficiou o município. Faleceu dia 9 de abril de 1976. Esse notável político conterrâneo é considerado o melhor governador do Maranhão entre as duas últimas ditaduras: Revolução de 30 e a de 31 de Março. Em mais um ato de força, teve cassado seus direitos políticos pela Revolução. A Academia Sambentuense no cumprimento de suas obrigações estatutárias fez, solenemente, aposição de uma placa memorativa na casa de nascimento e escolheu como Patrono da Cadeira 6, fundada pelo médico e poeta Joaquim Ribeiro Melo.

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COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO“O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI”

São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009

A PRODUÇÃO CIENTÍFICA DO CURSO DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO DA UNIVERSIDADE

FEDERAL DO MARANHÃO – UFMA - NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI

DILERCY ARAGÃO ADLERSócio efetivo – Cadeira 1

INTRODUÇÃO

O conhecimento é a compreensão inteligível da realidade que o sujeito adquire a partir da sua interação nessa mesma realidade.

De um modo geral, o conhecimento pode ser definido como a manifestação da consciência de conhecer. O ser humano, em seu ato de conhecer, apreende a realidade vivencial, isto porque os fenômenos agem sobre os seus sentidos fazendo com que ele também reaja sobre os fatos, o que, por sua vez, resulta em experiências pluridimensionais no e com o universo.

O conhecimento científico, considerado como um conhecimento superior, exige a utilização de métodos, processos, técnicas especiais para análise, compreensão e intervenção na realidade. Ciência é, ao mesmo tempo, conhecimento, investigação científica e tecnologia.

Convém, no entanto, lembrar que a ciência não é um saber absoluto, mas também relativo às circunstâncias em que foi verificado. A atividade científica diz respeito a um processo complexo, no qual coexiste uma série de fatores intimamente relacionados ao desenvolvimento histórico-social da humanidade. Desse modo, a ciência é uma forma deconsciência social que constitui um sistema, historicamente formado, de conhecimentos ordenados e cuja veracidade se comprova na prática social.

[...] a sociedade aglutina todas as experiências individuais do homem, transmitindo, também individualmente, de uma forma ou de outra, os conhecimentos acumulados ao longo da história da humanidade. Em contrapartida, a sociedade recebe as contribuições que o poder criador de cada indivíduo engendra e repassa para esse mesmo coletivo. Essas idéias, por sua vez, se incorporam à cultura geral e são transmitidas a mais indivíduos da mesma geração e gerações posteriores (ADLER, 2000, p. 36).

É nesse contexto que se dá a educação como processo histórico de criação do homem para a sociedade e da sociedade para benefício do homem. “[...] o homem, ao ser educado pela sociedade, modifica esta mesma sociedade, como resultado da própria educação

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recebida. Aí consiste o progresso social, no processo de autogeração do saber e da cultura” (ADLER, 1997, p. 30). A sociedade se torna, assim, a mediadora entre os homens no processo de criação e transmissão da cultura, no qual consiste a educação.

No tocante ao avanço da ciência, não pode ser negado que o século XX repassou ao século XXI uma performance privilegiada. Todas as ciências demonstram no seu decurso, avanço considerável.

Destaca-se ainda que essa revolução técnico-científica empreendida, principalmente nas últimas décadas, é liderada pelos países de maior poder econômico e, por extensão, poder cultural, o que aumenta, cada vez mais, a distância entre os países desenvolvidos e os ditos subdesenvolvidos ou emergentes.

Essa condição configura um quadro específico e preocupante para os povos latinos demonstrado na assertiva a seguir:

O início de los 80 América Latina contaba com 2,42 del total de investigadores del planeta, le correspondia el 1,8% del gasto mundial en la investigación y desarrollo y tenia el 1,3% de autores científicos del mundo. Alrededor del 70% de este pótencial se encontraba en 3 países: Brasil, México y Argentina (COLETIVO DE AUTORES CUBANOS, apud QUINTERO, 1977, p.16).

Esses dados evidenciam a precariedade da situação dos países latino-americanos (entre eles o Brasil), em relação à produção do conhecimento científico no contexto mundial, no século passado. E supõe-se que esse quadro não apresente mudanças substanciais neste início de século/milênio.

Desse modo, neste estudo busca-se empreender algumas análises acerca do Ensino Superior como espaço de reflexão e criação de conhecimento, através da experiência do Curso de Mestrado em Educação, da Universidade Federal do Maranhão- UFMA, por materializar-se na localidade como expoente intelectual, na área da educação e, assim, poder subsidiar o delineamento de alguns traços acerca das possibilidades e barreiras na construção da ciência, no Estado do Maranhão.

Além disso, direcionar estas reflexões acerca da construção do saber no sentido de traçar um paralelo para além do distanciamento entre países considerados desenvolvidos e em desenvolvimento, mas também entre as regiões do mesmo país, pois neste caso o Maranhão integra a Região Nordeste que se encontra entre aquelas que apresentam condições socioeconômicas e educacionais mais graves do que outras regiões brasileiras.

ENSINO SUPERIOR E PRODUÇÃO DA CIÊNCIANo tocante à escola formal é indispensável a compreensão da inter-relação entre

educação, pesquisa e avanço da ciência. Mas, existem pesquisas e pesquisas, ciências e ciências, e no espaço educativo emerge um grande desafio construído desde a formação universitária do professor que, via de regra, é condicionada ao longo desses anos de escolarização a aprender imitativamente e a atuar como mero reprodutor do conhecimento existente.

Além disso, uma das condições essenciais para a pesquisa, enquanto condição indispensável para o avanço da ciência, na dimensão subjetiva, é a atitude política emancipatória, por parte de quem investiga, pois segundo Demo (2003, p. 82):

[...] o conceito de pesquisa é fundamental, porque está na raiz da consciência crítica, questionadora, desde a recusa de ser massa de manobra, objeto dos outros, matéria de espoliação, até a produção de alternativas com vistas à consecução de sociedade pelo menos mais tolerável. Entra aqui o despertar da curiosidade, da inquietude, do desejo de descoberta e criação, sobretudo atitude política emancipatória de construção do sujeito social competente e organizado.

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Em última instância, o que mais importa no e para o pesquisador é a compreensão crítica e verdadeira da realidade. E no tocante ao espaço acadêmico, os educadores eeducadoras, os educandos e educandas devem considerar a sala de aula, como locusprivilegiado para processos emancipatórios, devendo por isso adotar a pesquisa como princípio prático-educativo imprescindível.

Outra dimensão fundamental para a produção do conhecimento científico diz respeito às condições materiais de existência, ou seja, é imprescindível que existam políticas públicas ou mesmo de organismos e instituições privadas que privilegiem tanto o financiamento da pesquisa quanto a sua publicação, para que sejam viabilizados os estudos e socializados os seus resultados.

No que diz respeito ao Brasil, desde os primórdios do século XX são encontrados, na área da educação, trabalhos esparsos que denotam certa preocupação científica, mas é no final dos anos 30, com a criação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira- INEP- que começaram a ser desenvolvidos estudos em educação, de forma mais sistemática, o que significou o marco da construção do pensamento educacional brasileiro.

Entre outras atividades o INEP deu início a uma série de publicações regulares e o oferecimento de cursos para formação de pesquisadores com a participação de docentes de diversas nacionalidades, especialmente latino-americanos. Mas, foi somente com a implementação de programas sistemáticos de pós-graduação no final da década de 60, que o desenvolvimento da pesquisa acelerou-se no Brasil.

Assim, nas últimas décadas do século passado, observa-se um crescimento razoável no quantitativo de pesquisa na área da educação, resultante principalmente da referida expansão dos cursos de pós-graduação. Outras mudanças que se fazem presentes são as relativas às temáticas e problemas, assim como aos referenciais teóricos, às abordagens metodológicas e ainda aos contextos das produções desses trabalhos.

Os temas ampliam-se e diversificam-se. Segundo ANDRÉ (2001), os estudos na década de 60-70 centravam-se na análise das variáveis de contexto e no seu impacto sobre o produto; nos anos 80 as investigações voltam-se, sobretudo, para o processo. As preocupações com os fatores extra-escolares no desempenho dos alunos dão lugar ao peso dos fatores intra-escolares. Nesse âmbito, o currículo, a avaliação, as interações sociais na escola, as formas de organização do trabalho pedagógico, a disciplina, a aprendizagem da leitura e da escrita e as relações na sala de aula. As questões mais genéricas vão dando lugar a análises de problemas mais localizados, cuja investigação é desenvolvida em seu contexto específico.

Ainda no final dos anos 80, grupos sólidos de investigação em várias áreas da educação (alfabetização, linguagem, formação de professor, ensino e currículos, ensino superior, gestão escolar, história da educação, políticas educacionais, trabalho e educação, dentre outros) têm os seus trabalhos acompanhados tanto pelas Conferências Brasileiras de Educação quanto como pelas reuniões anuais da Associação Nacional da Pesquisa e Pós-Graduação em Educação- ANPEd, que teve, a partir da década de 70, papel importante na integração e intercâmbio de pesquisadores, e na disseminação da pesquisa educacional e nas questões a ela referentes.

Segundo André (2001, p. 53), “os temas e referenciais se diversificam e se tornam mais complexos entre os anos 80 e 90, as abordagens metodológicas também acompanham essas mudanças.”

Apesar desse quadro geral otimista da pesquisa em Educação no Brasil nos últimos anos do século anterior, na primeira década deste novo milênio já se observam condições adversas que emperram, embora não impeçam o total avanço da pesquisa nessa área. Estas dizem respeito principalmente à locação de recursos financeiros para pesquisa, visto que segundo André (2001, pp. 62-63):

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Houve, sem dúvida, nos últimos dez anos, uma mudança nas condições da realização da pesquisa em educação. A começar pelos financiamentos que vêm minguando. Se nos anos 80 a Financiadora Nacional de Estudos e Projetos- Finep - e o Instituto Nacional de Pesquisas educacionais - Inep – davam apoio à pesquisa da área, nos anos mais recentes esse apoio quase foi extinto. Temos as fundações estaduais, mas também temos muito mais pesquisadores qualificados para solicitar financiamento.

Segundo ainda a autora, além da redução dos financiamentos, existe outro agravante que diz respeito ao “tempo” dedicado à produção intelectual. Este ficou reduzido em conseqüência do grande número de aposentadorias, resultando em sobrecarga dos atuais professores com atividades como aulas, reuniões e outros trabalhos.

Em linhas gerais, é este panorama na área da educação que está retratado nos trabalhos publicados ao longo da primeira década deste milênio acerca da produção científica na atualidade brasileira.PRODUÇÃO CIENTÍFICA DO CURSO DE MESTRADO EM EDUCAÇÃO DA UFMA

Segundo o Relatório - CAPES do PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO - PPGE/UFMA (2007), a Universidade Federal do Maranhão-UFMA-, desde o início da década de 1970, manifestava interesse pelo desenvolvimento de uma política institucional de pós-graduação. Entretanto, condições desfavoráveis representadas por sua localização geográfica dificultavam o afastamento de seus docentes para os centros onde se desenvolviam os cursos de pós-graduação stricto-sensu. O primeiro curso lato-sensu foi ofertado em 1975, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas/RJ. E a partir daí outros cursos de pós-graduação lato-sensu desenvolveram-se nos Departamentos de Educação, a partir de demandas locais combinadas com a disponibilidade de docentes com titulação adequada para ministrar aulas em cursos dessa natureza. Esses cursos, ao longo da história da pós-graduação da UFMA, vêm contribuindo para ampliar a produção acadêmica, pela realização de estudos monográficos articulados às linhas de pesquisa na área da Educação.

A primeira experiência no âmbito da pós-graduação stricto-sensu deu-se em 1978, com o curso de Mestrado em Educação, em convênio com a Fundação Getúlio Vargas, que contou com o apoio da CAPES, e oferecia vinte e quatro vagas para professores, sendo os candidatos selecionados conjuntamente pela FGV/RJ e UFMA. Todavia, por se tratar de uma iniciativa de caráter transitório não foi suficiente para atender as necessidades de elevar a qualificação em nível de pós-graduação stricto-sensu dos professores dos Departamentos Acadêmicos.

Após essa experiência, voltada para qualificar docentes da UFMA e no intuito de atender a crescente demanda, teve início, em 1988, o Curso de Mestrado em Educação, dessa vez na perspectiva de implantá-lo em caráter permanente. Para essa criação, a UFMA fundamentou-se no art. 5º da Resolução nº 05, de 10/03/1983, do então Conselho Federal de Educação. A criação do curso foi comunicada à CAPES e sua instalação ocorreu em 27 de setembro de 1988.

No entanto, ao ser submetido à apreciação da CAPES, no segundo semestre de 1989, o projeto original do curso não obteve recomendação por não atender, segundo a CAPES, as condições para a sua integração ao sistema nacional de pós-graduação. Entre as inadequações a CAPES apontava o quadro docente do curso que era composto por 4 (quatro) professores com titulação de Doutor e 8 (oito) com titulação de Mestre. Isto comprova as dificuldades dos professores das Universidades do Norte e Nordeste em atenderem asexigências de qualificação em nível pó-graduação strictu sensu, o que ainda os deixa, de um modo geral, subordinados objetiva e subjetivamente, principalmente às regiões Sul e Sudeste do Brasil.

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Considerando as barreiras iniciais a serem superadas até culminar com o momento atual, segundo o Relatório CAPES (2007), podem-se distinguir três fases na existência do Curso do Mestrado em Educação da UFMA:

a implantação do Curso em 1988 marca a primeira fase. Nesse momento as condições internas e externas apresentam-se desfavoráveis ao funcionamento do Curso, o que resulta na suspensão das atividades do Mestrado em 1991;

a segunda fase é caracterizada pela busca da continuidade do Curso, o que implica a definição do processo de reestruturação, adequando-o às orientações da política nacional de pós-graduação. Dá-se a partir de 1993 o processo de construção da autonomia institucional para a oferta do Curso de Mestrado em Educação. Esta fase (1995– 2001) culmina com a recomendação do Mestrado em Educação pela CAPES e o seu reconhecimento pelo CNE em março de 2001;

o Mestrado em Educação é credenciado em 2001, fato que vai firmar-se como marco da terceira fase. E esse período é também caracterizado pela busca de consolidação do Curso.

Uma das questões fundamentais nesse processo diz respeito à reorganização do quadro docente, o qual era constituído por 4 (quatro) professores com a titulação de doutor em 1993 e em 2007 esse quantitativo já totalizava 15 (quinze) professores doutores, dos quais 13(treze) em Educação. O Mestrado conta ainda com 5 (cinco) professores colaboradores. Essas aquisições refletiram positivamente nas atividades de pesquisa do Curso.

Ainda segundo o Relatório - CAPES (2007), o Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Maranhão constitui espaço de produção e socialização sistemática de conhecimentos científicos na área da educação, formando em nível de mestrado, docentes pesquisadores voltados para a problemática educacional maranhense e brasileira, considerando suas interligações com o contexto internacional. Apresenta como objetivos específicos:

desenvolver formação acadêmica e científica de docentes e profissionais de instituições educacionais e de pesquisa, com base na investigação,compreensão e interpretação da educação maranhense e brasileira, visando subsidiar as transformações do sistema educacional, mediante elaboração de novas propostas de políticas educacionais;

desenvolver a produção científica do Núcleo de Pesquisa em Educação, em articulação com as demandas quantitativas e qualitativas do Sistema Educacional em seus diferentes níveis, buscando atender as necessidades dos diferentes segmentos da sociedade;

promover a articulação UFMA/Ensino Básico e a integração ensino (Pós-Graduação/Graduação) e pesquisa-extensão, através da produção coletiva de conhecimentos científicos;

promover intercâmbio técnico-científico com outras IES que desenvolvem programas de pesquisa e pós-graduação em educação, visando ao fomento à pesquisa e à atualização em temáticas relevantes no âmbito nacional e regional.

Observa-se, nesses objetivos, além da preocupação com a produção científica, também com a articulação (nessa produção) da Universidade com o Ensino Básico e ainda, na promoção do intercâmbio com outras IES, o que favorece ações em diferentes níveis de ensino, extrapolando os muros da Universidade, o que vai ao encontro de um atendimento mais abrangente das necessidades de segmentos distintos da sociedade.

Segundo ainda o referido Relatório, a estrutura didático-científica é constituída por duas linhas de pesquisa:

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1- Linha Estado e Gestão Educacional: prioriza investigações acerca das relações que se estabelecem entre o Estado e a Sociedade, incluindo definição de políticas educacionais em suas mais variadas dimensões e aspectos no que diz respeito ao processo de organização e funcionamento das redes municipal e estadual de Ensino Fundamental, Médio, assim como às ações de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas pelas universidades.

Dentre os temas dos projetos de pesquisa que derivam dessa linha podem ser citados: Terra e Educação; Inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais; Gestão escolar no ensino público; Formação de Educadores e Educadoras da Reforma Agrária. Dentre os cinco projetos de pesquisa atuais, apenas um conta com financiamento (Ministério do Desenvolvimento Agrário).

Esta linha conta com um projeto de extensão: de Formação de Educadores e Educadoras da Reforma Agrária.

2- Linha Instituições Escolares, Saberes e Práticas Educativas: adota a escola como objeto de análise por considerá-la espaço privilegiado da formação do cidadão, de criação e recriação de conhecimentos e de realização de práticas educativas e ainda como síntese de múltiplos elementos. Também considera as relações interativas entre dimensões micro e macrossociológicas. Destaca como objeto de estudo os saberes escolares e a formação do educador a partir de categorias teóricas, tais como: a ideologia, o trabalho, a cultura, o poder e o controle social, currículo oficial e currículo real, desvelando interesses e critérios presentes nas mais variadas dimensões de cada objeto de análise.

Dentre os temas dos projetos de pesquisa que derivam dessa linha que totalizam 11, podem ser citados: Expansão do Ensino Médio e a Formação Docente; As Práticas de Leitura; Brinquedotecas Hospitalares; Cartografia das fontes documentais; Escola, Trabalho e Cidadania; Implantação da sala de ciência; Infância, Educação e Pobreza; Mulheres Professoras Maranhenses; Programas Especiais de Graduação para Professores; Projeto Educativo Emancipatório e outros.

Projetos de extensão: A Educação Física na Escola de Cegos e Fortalecimento Institucional das Secretarias Municipais de Educação do Semi-Árido.

No tocante a financiamento, apenas um projeto de pesquisa da linha Estado e Gestão Educacional conta com financiamento (Ministério do Desenvolvimento Agrário), enquanto que dos onze projetos de pesquisa da Linha Instituições Escolares, Saberes e Práticas Educativas, quatro contam com financiamento do CNPq; um, da UFMA; um, da FAPEMA. E dos dois projetos de extensão, um conta com financiamento do MEC/SEB/UNDIME.

No que concerne à produção intelectual, o relatório 2007 explicita que houve uma visível melhora na produção do Programa. Apresentou no período a média ponderada anual de 10,1 de capítulos de livros e periódicos e essas publicações concentraram-se em veículos com boa classificação no QUALIS da área. Outros aspectos positivos foram: a publicação também foi veiculada por outras Instituições, além da UFMA; todos os professores apresentaram, pelo menos, um trabalho qualificado no ano, sendo, pelo menos, uma produção bibliográfica em veículo classificado como Nacional B. Também a produção técnica, com uma média anual de 4,5 produtos por docente é considerada positiva. Apesar dos bons resultados, a consolidação da produção continua sendo alvo de atenção do Curso de Mestrado.

Percebe-se preocupação acentuada na necessidade de manter a tendência daprodução intelectual, aumentando o número de publicações e com a divulgação nos veículos classificados no QUALIS da área. Para tanto, ficou acertado entre os docentes um mínimo de

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2 (duas) publicações qualificadas por ano. Também está prevista a publicação de pelo menos 3 livros para o triênio, a serem organizados pelo Programa. O relatório diz ainda que:

- Para atender a necessidade de uma maior transparência, está em fase de atualização a página da WEB com os dados exigidos.

- Para atender à questão da integração e cooperação entre Programas, tem-se incentivado o corpo docente a realizar parcerias entre grupos de pesquisa de outras instituições seguindo a orientação da política nacional de pós-graduação.

Ainda no tocante à produção intelectual dos professores do Mestrado em Educação, no biênio 2005-2006 (que foi o único dado disponibilizado), foram publicados:

Em 2005: 12 Artigos em periódicos; 10 Livros/Capítulos. Aproximadamente 70 artigos em jornais.

Em 2006: Artigos em periódicos – 06; Livros/Capítulos -13; Livros - 05; Artigos em jornais – 80 (aproximadamente); Publicações em Anais 28.Ainda se pode contar com os dados da produção intelectual de 2007 a partir de

informações da Coordenação do Mestrado, enunciados a seguir: Em 2007: Artigos em periódicos – 23 em periódicos intitulados qualificados e 14 em outros; Livros/Capítulos - 09; Livros - 03; Artigos em jornais – 90 (aproximadamente); Publicações em Anais 163.Como não se pôde ter acesso a todos os dados desde os primeiros anos dessa

primeira década, os comentários tecidos nestas argumentações tomarão como base apenas os dados do biênio disponibilizado em documentos e os de 2007 coletados em entrevista.

Como primeira observação, percebe-se um aumento razoável nas produções em geral, considerando que 2005 importou um total de 92 produções entre artigos em periódicose em jornais, livros ou capítulo de livros, enquanto no ano seguinte se contabilizaram 132 produções e, em 2007, um total de 302 produções.

Tal produção pode ser considerada relevante levando em conta todas as barreiraselencadas de ordem diversa, desde a concepção e consolidação do Curso. E uma característica que deve ser realçada é a ordem crescente do total de produção nos três anos analisados.

Percebe-se que as publicações dos anais registradas no Relatório CAPES (2007) são predominantemente oriundas de realização de eventos em São Luís/MA (local), num total de 9; a seguir na região Nordeste - 6; seguindo a região Centro-Oeste - 5; nas regiões Sudeste e Sul - 2, respectivamente e oriunda de evento internacional, na América do Sul – 1. Isto demonstra que a distância geográfica (São Luís fica distante da capital do país, que fica no centro, 3000 km) também se impõe como elemento dificultador, tanto pelo tempo quanto pelorecurso financeiro gastos no deslocamento.

Uma atividade que reflete sobremaneira na produção científica do Curso de Mestrado em Educação da UFMA é a que aglutina os intercâmbios. Desde a época da reestruturação do Curso, o PPGE/UFMA desenvolve intercâmbios com outras instituições e principalmente nos últimos anos os seus resultados são mais consistentes, materializados nas parcerias com grupos de pesquisa de outros Programas, oficializadas, em sua maioria, em convênios financiados por agências de fomento, principalmente, CAPES e CNPq. Entre eles podem ser citados: PQI/CAPES, PROCAD/CAPES, PROEJA/CAPES, envolvendo outras instituições a exemplo de: UFC, UFRN, UFPA, UFBA, UFMG, UNESP-Marília entre outras. Na atualidade existem aproximadamente 16 (dezesseis) universidades.

Embora não se tenha tido acesso às informações acerca das publicações dos mestrandos, foi possível inferir pelo menos a produção da própria dissertação, por parte doquantitativo de egressos, sabendo-se que desde a primeira turma (início 1988) até a última, que consta no documento disponibilizado (iniciada em 2007), existem 134 (cento e trinta equatro) alunos egressos, o que equivale ao mesmo quantitativo de dissertações defendidas.

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Acredita-se que desse montante 101 (cento e uma) foram produzidas durante os anos desta primeira década deste novo milênio (neste total estão incluídos os alunos que ingressaram nas turmas de 1999 a 2007) e 33 nos últimos anos do milênio anterior (neste cálculo estão incluídos os alunos que ingressaram no Mestrado nas turmas de 1988 a 1997).

Vale Lembrar que esta conclusão é uma estimativa, porque quem iniciou em 1999 deve ter defendido o seu trabalho de 2000 em diante e, por outro lado, quem foi da turma de 1997 infere-se que tenha defendido até antes de 2000. Mas, não se nega a possibilidade de alguns mestrandos terem atrasado e outros adiantado os seus prazos.

Outro dado que merece ser citado é que 90% das dissertações de mestrado defendidas versam sobre questões do próprio Estado.

UFMA- Curso de Mestrado em Educação. Distribuição dos egressos por turma e ano de ingresso no decurso de 1988-2005

Turma Ano de Ingresso

Total de egressos (defenderam a dissertação)

1ª 1988 062ª 1995 203ª 1997 074ª 1999 145ª 2001 156ª 2003 197ª 2005 20 (incluindo um aluno que ingressou em

2007)Imperatriz

8ª20052007

13 20

TOTAL 134Fonte: UFMA-PPGE. Relatório – CAPES 2007

Em linhas gerais, esta é uma mostra do quadro atual da produção científica do Curso de Mestrado em Educação da UFMA. Nelas se percebem as dificuldades e barreiras enfrentadas por educadores, educadoras, educandos e educandas que se propõem a contribuir para o avanço da ciência, num país considerado em desenvolvimento/ emergente, marcado por profundas desigualdades econômico-sociais e educacionais e ainda trabalhando e estudando numa região onde essas condições são bem mais marcantes. Mas, concomitantemente, o empenho no sentido da superação dessas condições.

CONSIDERAÇÕES FINAISEstas reflexões vêm somar-se a outras questões já levantadas em artigos anteriores

resultantes desta inquietação que não é recente, em relação à contribuição de autores e estudiosos latinos, brasileiros e maranhenses no quadro geral da produção do conhecimento científico mundial, nacional e local, a exemplo de: “O caráter histórico-social da produção do conhecimento científico”; “A formação do educador na sociedade contemporânea”; “A arte e a poesia enquanto campo de conhecimento”; “Ler e produzir obras literárias: prazeres vitais para o mundo humano.”

Assim, a intenção inicial era analisar um quantitativo maior de dados acerca da produção científica do Curso de Mestrado em Educação da UFMA, mas considerando que neste momento o prédio onde funciona o referido Curso encontra-se em reforma e muitos

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documentos estão guardados em outros locais, poucos puderam ser disponibilizados, mas contou-se também com dados fornecidos (em entrevista) pela Coordenação do Mestrado.

No entanto, acredita-se que as argumentações levantadas deixam claras as dificuldades enfrentadas e as superações já consolidadas, embora haja ainda a necessidade de muito empenho na remoção de outras tantas barreiras, a exemplo do esclarecimento constante no Relatório da CAPES (2007), acerca das três fases (já referidas) na existência do Curso do Mestrado em Educação da UFMA, em 21 anos de existência, que em síntese compreende:

A primeira, que vai em 1988 a 1991 - suspensão das atividades do Mestrado em 1991; a segunda (1995– 2001) - processo de reestruturação do Curso e recomendação pela CAPES e o seu reconhecimento pelo CNE em março de 2001 e a terceira fase de 2001 aos dias atuais que tem como marco o credenciamento do Mestrado em Educação e se caracteriza como um processo de busca de consolidação do Curso.

Outro exemplo da dinâmica e empenho no processo de consolidação do curso constante também no Relatório CAPES (2007), retrata: “[...] ficou acertado entre os docentes um mínimo de 2 publicações qualificadas por ano. Também está previsto a publicação de pelo menos 3 livros para o triênio a serem organizados pelo Programa”.

Uma barreira observada nos relatos das atividades do Mestrado diz respeito a recursos financeiros, pois apesar dos financiamentos de projetos existentes, esse quantitativo não corresponde ainda à demanda do Curso.

Por tudo isso fica registrado nestas reflexões o exemplo da luta que os educadores de localidades mais desprovidas de condições objetivas, que resultam também em desfavorecimento de condições subjetivas, têm que empreender no sentido da superação da sua exclusão e firmar a sua inclusão no quadro de autores que extrapolem o seu entorno e projetem as suas contribuições para o mundo.

E, finalmente, indicar como ponto nevrálgico destas argumentações para outras análises de educadores, educadoras, educandos e educandas, a compreensão de que a sala de aula se constitui locus privilegiado para processos emancipatórios e devem, por isso mesmo, adotar, no seu cotidiano pedagógico (em qualquer nível de ensino), a pesquisa como princípio prático-educativo imprescindível.

REFERÊNCIAS

ADLER, Dilercy Aragão. A propósito da contradição no seio da escola. CEUMA perspectivas. v. 1, n 2, p 27-34, julho 1997.______. O Caráter histórico-social da produção do conhecimento científico. CEUMA perspectivas: Brasil 500 anos ISSN-1415-3060, Ano 4, v. 4 - São Luís-MA/ 2000.ANDRÉ, Marli. Pesquisa em educação: buscando rigor e qualidade. Caderno de Pesquisa, n. 113, p. 51-64, julho 2001.DEMO, Pedro. Pesquisa : Princípio científico e educativo. São Paulo: Cortez, 2003.QUINTERO, Carmen Simón. Los problemas dociales de la ciencia. Cuba:Mimeo, 1997.UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO. PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO (PPGE/UFMA) . RELATÓRIO CAPES. Mimeo, 2007.______. Relação dos mestres formados . Mimeo, 2007.______. Produção bibliográfica do corpo docente do mestrado em educação no biênio 2005-2006. Mimeo, 2007.

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COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO“O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI”

São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009

CÉLULAS-TRONCO E A MEDICINA DO SÉCULO XXI

AYMORÉ DE CASTRO ALVIM

Ao longo da presente década, tem se testemunhado vários avanços no campo das ciências médicas, principalmente, nas áreas de diagnóstico e tratamento.

As experiências bem sucedidas que vêm sendo implementadas com o uso de células-tronco, não obstante as controvérsias de ordem ética, moral, religiosa, jurídica e política, sinalizam uma verdadeira revolução na arte de curar para o presente século. Talvez, por isso, tais pesquisas vêm criando muitas expectativas não só para os cientistas que esperam conseguir resultados mais consistentes, no campo da terapia celular, como também para aqueles em cuja família haja um portador ou mesmo aos portadores de patologias ou deficiências que aguardam por uma solução para o seu problema.

O isolamento que vem sendo processado de várias linhagens dessas células, nesse período, tem permitido constatar a capacidade das mesmas para substituir células mortas ou restaurar funções de tecidos danificados.

Assim, tudo leva a crer que, no século presente, a Ciência, resguardados os limites do respeito à dignidade humana em todos os estágios de desenvolvimento do indivíduo, colocará à disposição da humanidade um arsenal terapêutico de elevada confiabilidade onde os paraefeitos e as rejeições teciduais sejam ocorrências do passado.

Após estas considerações, pergunta-se: que são células-tronco?São células primitivas, indiferenciadas, encontradas em tecidos embrionários e extra-

embrionários que podem dar origem a quaisquer tecidos do organismo. São chamadas embrionárias quando encontradas no embrião e extra-embrionárias ou adultas se presentes em tecidos ou órgãos onde executam funções de auto-renovação e remodelação tecidual.

Tal plasticidade ou poder de diferenciação, que não se apresenta com o mesmo espectro em todas essas células, justifica a classificação das mesmas em totipotentes, pluripotentes e multipotentes. As primeiras são as que procedem das divisões iniciais do ovo ou zigoto. São células com potencial para formar o embrião e seus anexos: placenta, cordão umbilical, bolsa amniótica e córion. Em laboratório, podem permanecer indiferenciadas e manter a sua capacidade proliferativa.

As Pluripotentes são as células derivadas das anteriores que, entre o quarto e sexto dias após a fecundação, estão presentes, no maciço celular do blastocisto. Podem dar origem a um organismo mas já não têm competência para formar a placenta e seus anexos. Estas células são as preferidas pelos cientistas devido ao seu elevado poder de diferenciação. Em alguns paises como no Brasil, tais preferências têm enfrentado restrições impostas pela ética médica e princípios religiosos contrários à destruição de embriões, mesmo os ditos descartáveis em clínicas de infertilidade. Para sustentar tais opiniões, os defensores evocam o Código de Nuremberg que estabelece normas para o desenvolvimento de experiências com seres humanos. Negar, então, que um embrião mesmo em seus momentos iniciais de evolução não deva ser considerado um ser humano, será, então, o que? O embrião humano é uma pessoa, nos estágios iniciais da sua formação.

Por fim, há as Multipotentes. Embora com capacidade de diferenciação inferior às anteriores, são as células que vêm sendo mais utilidades, nas experiências com células-tronco. Se induzidas, podem sofrer diferenciação em outros tipos de tecidos embora tal mecanismo

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ainda necessite de ajustes. Contornam os problemas éticos e os resultados vêm sendo promissores. Estas células, mesmo em pequena quantidade, estão presentes em diferentes tecidos do organismo como sangue periférico, medula óssea, cordão umbilical, tecido nervoso central, fígado, dentre outros, exercendo específicas funções. Alguns grupos de pesquisadores, mesmo nacionais, já apresentam uma lista considerável de resultados satisfatórios em lesões de medula, infartos cardíacos, doença de Parkinson, Alzheimer, queimaduras, diabetes melitus tipo I só para citar algumas de maior importância.

Uma outra descoberta que marcou o final do século passado e tem suscitado auspiciosos resultados com os ensaios conduzidos para fins terapêuticos é a Clonagem celular também referida como reprogramação celular.

As experiências com clonagem nos remetem ao ano de 1938 quando Hans Spemann questionava: “o núcleo de uma célula totalmente diferenciada seria capaz de gerar um indivíduo adulto normal, se transplantado para um óvulo enucleado?”.

A primeira experiência concreta ocorreu com a clonagem da ovelha Dolly por Ian Wilmut e colaboradores. A partir de então, passou a Ciência a desenvolver dois tipos de clonagem. A Reprodutiva que é processada pela introdução do núcleo retirado de uma célula diferenciada em um óvulo sem núcleo e, a seguir, implantado em um útero de aluguel. Este tipo de clonagem com células humanas é altamente perigoso e antiético pelos resultados que poderão advir.

O segundo tipo é o da Clonagem terapêutica que segue a mesma metodologia da anterior, dela diferindo por não haver implantação uterina. As células obtidas desse embrião híbrido que detém o mesmo potencial das células-tronco serão processadas em laboratório onde receberão os necessários estímulos para se diferenciarem em tipos celulares ou teciduais de reposição que vira propiciar a cura de muitos males incapacitantes ou de natureza crônico-degenerativa.

Finalmente, um último esforço vem sendo desenvolvido por um grupo de pesquisadores, nesta década: produzir células-tronco a partir de células da pele humana como, por exemplo, os fibroblastos. Os primeiros resultados apontam para um futuro onde, provavelmente, estas células poderão desviar das células embrionárias o foco de interesse de alguns cientistas em face dos promissores benefícios esperados. Mas ainda falta muito para os ajustes necessários à sua obtenção.

O importante, porém, é o que até agora foi conquistado porque servirá de válida experiência que balizará outras conquistas para o bem-estar da humanidade, desde que a morte de uns, em qualquer estágio do seu desenvolvimento, não seja usada em detrimento da preservação da vida de outros.

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COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO“O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI”

São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009

ATLAS DO ESPORTE NO MARANHÃO

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZSócio efetivo - Cadeira 40

INTRODUÇÃOO Atlas do Esporte no Brasil é um livro que apresenta os resultados de uma das maiores

pesquisas sobre esporte até hoje feitas no mundo: cerca de 410 colaboradores qualificados e 17 editores, trabalharam voluntariamente durante dois anos, levantando memória (passado) e inventário (presente) de diferentes facetas do esporte e de atividades físicas congêneres, cobrindo todo o Brasil.

A obra é multidisciplinar, com seus capítulos apresentados em língua portuguesa (textos completos) e inglesa (resumos e textos complementares), prestando-se a atingir os seguintes públicos: parlamentares e órgãos governamentais; mídia; lideranças e profissionais do esporte, Educação Física, lazer e atividades físicas para saúde; clubes e instituições diversas relacionadas ao esporte; Instituições de Ensino Superior, pesquisadores, professores e alunos no Brasil e no exterior; entidades e autoridades do exterior; e apreciadores dos esportes em geral de qualquer país.

A intenção original admitida formal e publicamente foi a de levantar fatos de memória e de inventariar condições presentes de ocorrências de atividades físicas no Brasil, quer como práticas esportivas e/ou de Educação Física, quer como atividades físicas voltadas para a saúde e/ou lazer de seus praticantes, constituindo um conjunto de dados espaciais (mapas) e/ou de dados quantitativos (tabelas e quadros) e qualitativos (textos descritivos e analíticos resumidos), com algumas interpretações que possam render significados setoriais, regionais e nacionais.

Contudo, o objetivo operacional principal que animou o surgimento ao Atlas foi o de preparar uma base de informações qualitativas e quantitativas que possa dar sustentação e regularidade a futuros envolvimentos do IBGE com estatísticas no tema das atividades físicas e esportivas, em modo semelhante aos demais setores de importância econômica e sócio-cultural do país.

Em outras palavras, diante da carência de dados sobre atividades físicas e do crescimentoda importância desta área de atividades na economia nacional, criou-se um meio de esclarecimento público – representado pelo Atlas – para sensibilizar o governo, as próprias iniciativas esportivas e os diferentes profissionais nelas participantes, quanto à necessidade de geração de dados para um direcionamento racional da área como um todo e em suas partes.

A liderança desta mobilização foi assumida por Lamartine DaCosta, autor na década de 1970 do “Diagnóstico da Educação Física e Desportos no Brasil”, obra publicada pelo Ministério do Planejamento, que não teve continuidade em âmbito governamental mas que já indicava em sua época um grande potencial da área.

O “Atlas do Esporte no Brasil” baseia-se em modelo ou tendência de estudos. Existem “Atlas” ou estudos importantes sobre atividades esportivas em perspectiva espacial, nos EUA, França, Cuba e Portugal, porém são obras com pontos de vista particulares embora em escala nacional.

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Assim, os Atlas do Esporte de Cuba e de Portugal são levantamentos de acervo e catálogo, enfocando disponibilidade de instalações e alguns outros meios para práticas populares e treinamento esportivo avançado.

Já os dos EUA e da França têm sentido histórico e enciclopédico, ao estilo de conhecimento geral e diletante, como se encontra, por exemplo, nos guias turísticos.

A opção do Atlas brasileiro é de ordem científica, de diagnóstico em primeira abordagem, de reconhecimento preliminar, abrangendo um país inteiro e as diferentes manifestações esportivas em conjunto com as atividades que lhes dão suporte, tais como os grandes sistemas de entidades esportivas e atividades congêneres (ACM, SESI, COB, CONFEF, FENABB etc), capacidade científica instalada no país, formação profissional etc. Na inclusão dos suportes à prática esportiva e de atividades físicas em geral, reside o diferencial do Atlas brasileiro em face ao objetivo principal de levantar significados econômicos do esporte, algo não atendido pelas publicações similares estrangeiras.

ORIGEM e DEFINIÇÕES 52

ATLAS Sistema de Informações e Gestão em Esporte e Atividades Físicas: Oferta pública de informações produzidas por voluntários, abrangendo atividades físicas esportivas, de educação física, de saúde e de lazer, usando a Internet como meio de acesso principal e outros meios eletrônicos (CD, DVD etc.) que possam ampliar a oferta de conhecimentos e facilitar a gestão de empreendimentos nas atividades descritas e analisadas. O objetivo principal das descrições e análises do Atlas é observar os significados econômicos e sócio-culturais do esporte em suas diferentes manifestações no Brasil.

“Atlas do Esporte, Educação Física e Atividades Físicas de Lazer e Saúde no Brasil”(2005): Livro que atua como ponto de partida e modelo experimental do Sistema ATLAS de Informações Esportivas, produzido por 410 autores voluntários e 19 editores (14 voluntários), abrangendo três centenas de temas relacionados com as atividades físicas em suas diversas modalidades de prática, de gestão em esporte e de produção de conhecimento. Esta publicação em papel está próximo ao limite do formato livro com 924 páginas tamanho duplo, com 4,8 kg de peso, indicando a necessidade de desenvolvimentos futuros por meios eletrônicos ou por livro de partes selecionadas do Sistema ou dos Atlas de Estados, regiões e cidades. (ver www.atlasesportebrasil.org.br “Perguntas mais freqüentes”)

Atlas Estadual:53

Versão reduzida e complementar do Atlas nacional de 2005 (dados de 2003/2004) que focaliza um Estado em particular, reunindo basicamente capítulos dedicados a municípios com maiores detalhes do que o Atlas nacional, com adição de capítulos com temas de maior significado para o Estado em foco, seja específico ou de readaptação/atualização local de temas já encontrados no nacional. Estes Atlas se organizam em princípio para uso em

52 Em correspondência eletrônica o Prof. Dr. Lamartine Pereira Da Costa enviou-me os “PADRÕES PARA A ELABORAÇÃO DOS ATLAS ESTADUAIS, DE REGIÕES E CIDADES”, 3ª. Versão (de 22 de agosto de 2005), propostas por: Lamartine DaCosta, Heloisa Nogueira e Evlen Bispo. 53 De acordo com os proponentes, os padrões para elaboração do Atlas Estadual seguem o do “Atlas do Esporte do Brasil” na versão nacional, livro lançado em dezembro de 2004 e datado para publicação em 2005. As adições e reformulações ora propostas estão estipuladas de modo a atender à elaboração dos Atlas de Estados, regiões e cidades do Brasil, como também dar formato básico ao ATLAS - Sistema de Informações e Gestão em Esporte e Atividades Físicas composto de vários segmentos e caracterizações.

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formatos eletrônicos, porém poderão ter versão em papel de acordo com interesses e possibilidades locais.

Atlas regional e de cidades: Versões que seguem os padrões dos Atlas estaduais, mas focalizam partes de determinado Estado.

FreeAtlas: Processo de gestão de pesquisa científica exercida basicamente com voluntários cujos resultados são de domínio público e impedidos de uso para obtenção de lucro (patentes freeware internacionais requeridas). Este processo de gestão foi gerado a partir do projeto Atlas em rotinas, formatos e programas planejados e testados inicialmente no Brasil e por autores brasileiros.

O FreeAtlas inspirou-se no software Linux quanto ao seu desenvolvimento contínuo por voluntários, distinguindo-se entretanto por ter objetivos de geração autônoma de conhecimento, deixando os seus produtores livre de pressões institucionais e imposições ideológicas e acadêmicas. Sendo uma ferramenta de gestão com responsabilidade social, o FreeAtlas segue o princípio ético da participação voluntária visando a benefícios coletivos e da remuneração justa no trabalho para entidades privadas e governamentais.

Para a elaboração dos Atlas regionais não há necessidade de se usar inicialmente os roteiros do FreeAtlas em face as orientações simplificadas e práticas que formam os presentes padrões.

O Atlas é um documento de memória (registros descritivos e datados) e não de história (processo de interpretação sob forma de narrativa com base temporal). Daí não caber digressões nem análises pormenorizadas. Ou seja: trabalha-se com marcos histórico, mas não se faz história.

O Atlas, em resumo, oferece base para o trabalho de historiadores embora seja focado para a gestão do esporte e atividades similares. Há que então reduzir ou evitar juízos de valor do autor (es) sobre o tema enfocado, isto é, comentários de que algo é bom ou mau no presente ou para o futuro contextualizado do tema.

Outra abordagem a evitar é a de criticas ou denúncias diretas a pessoas ou instituições, que não são próprias de um banco de dados com registros a serem interpretados por terceiros com interesses múltiplos e que está proposto para contínua revisão de dados.

A base de conteúdo de cada capítulo é a ordem cronológica dos fatos descritos começando por referência ao ano (s) do acontecimento, a décadas se o período focalizado é mais longo, ou até mesmo século(s) em casos excepcionais. Não se usa hífen depois da data na abertura de cada fato examinado: ano, década e século são subtítulos no Atlas.

O padrão geral de formato dos capítulos sugere uma listagem cronológica de fatos relevantes que tiveram conseqüências no desenvolvimento (crescimento, mudança de direção, estagnação e/ou retrocesso) do esporte ou da manifestação relacionada à educação física ou atividade física de saúde e/ou lazer.

O parágrafo inicial de cada capitulo também é padrão, levando o título de "Origem(s) e Definição (ões)" ou Definições primeiro e depois Origens. Se aceita também a separação entre "Origem" e "Definição", pois às vezes há maior clareza quando há dois enfoques.

Ao final da ordem cronológica temos "Situação Atual" que não deve ser conclusão. O Atlas não trabalha com conclusões, mas, sobretudo com tendências. Em síntese, "Situação Atual" refere-se a um conjunto de dados que oferece uma idéia de como se desenvolve presentemente o tema examinado no capítulo. Em certos casos é tolerável uma pequena interpretação dos dados destacados, ou alguma crítica que possa explicar uma determinada

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situação. Não se pode priorizar, entretanto a crítica porque os capítulos devem ser bem mais descritivos do que analíticos, dando pouca margem a interpretações pormenorizadas.

Em termos do modelo Atlas para orientação de conteúdos, a crítica não é própria porque se lida com um banco de dados de amplo acesso e consultas variadas. O Atlas, assim sendo, oferece bases para críticas, mas evita aprofundamentos críticos, não se tratando de um espaço de discussão acadêmica, política, religiosa ou ideológica. Contudo, a margem válida de interpretações dos autores incide sobre etapas selecionadas do desenvolvimento no tempo do esporte, atividade ou área de saber ou de suporte de atividades físicas. Este tipo de analise deve ser bem resumida e bem objetiva, posta no texto com titulo de parágrafo "Décadas de tal a tal - Interpretações" ou mesmo "Interpretações das décadas de tal a tal", se assim for opção do autor (es).

O Atlas não é diagnóstico nem plano, portanto não cabem nos capítulos sugestões ou projeções para o futuro. As abordagens projetivas são responsabilidades das pessoas que consultam o Atlas para trabalhos diversos. Porém, algumas interpretações trazem à luz evidências e tendências, e estas, se resumidas, podem ser mantidas uma vez que se referem a interpretações do desenvolvimento. Nesta opção de roteiro de redação não se deve eliminar dados numéricos mesmo que aparentem inconsistência, pois estes constituem um dos objetivos principais do Atlas (base para estudos econômicos na área esportiva). Assim, aceitam-se estimativas rotulando-as sempre como provisórias. Note-se que todos os dados são submetidos a cruzamentos e revisão continuamente nas diferentes versões do Atlas, o que oferece segurança no trato quantitativo dos temas. As revisões e atualizações deverão progressivamente melhorar a base de dados, tendo a versão livro de 2005 uma função demarcadora. Comentários sobre o grau de fidedignidade de certos dados são pertinentes, sobretudo quando são provenientes de fonte confiável (geralmente especializada e identificada) e há condições de se verificar o modo de coleta, organização e/ou tratos estatísticos.

Cada capítulo ou Box, por padrão, termina com o subtítulo “Fontes”, excetuados aqueles que constituem experiência pessoal, descrição direta ou levantamento e pesquisa presencial produzidos pelo(s) autor (es) do texto (levantamento de academias ou clubes em determinado município, por exemplo).

Como o Atlas é um repositório de memória em contínua revisão, as fontes incluem testemunhos pessoais e indícios em objetos, edifícios, monumentos etc., além de documentos, jornais, livros e outros meios de fidedignidade mais evidentes. As fontes são relacionadas nos capítulos por qualquer meio de referenciação ou normatização, sugerindo-se, entretanto sempre que possível seguir os padrões ABNT (nacional) e o APA (internacional). As fontes de testemunhos pessoais são relacionadas pelo(s) nome(s) do(s) informante(s) e data da obtenção da informação. A referenciação dos Atlas regionalizados como unidade de publicação (site, livro, CD etc.), entretanto, deve seguir a ABNT e a APA, tendo seus editores ou organizadores citados em conjunto com o título “Atlas do Esporte no Rio Grande do Sul” (assumindo-se o exemplo do primeiro Estado a produzir uma versão local).

Padrões do Atlas: Referências gerais ou específicas para elaboração de contribuições para o Sistema Atlas, sujeitas a reformulações sucessivas de acordo com necessidades surgidas na editoração das informações, nos procedimentos de programação visual e nos ajustes à mídia de cada versão em preparo (formatos e softwares).

Dados do Atlas: Informações produzidas por fonte identificada que são re-elaboradas em forma, mantidas no seu conteúdo e verificadas sempre que necessário, e possível pelo Sistema Atlas. O propósito

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básico é de coletar e expor informações como memória e para uso seletivo de interessados, constituindo basicamente um meio de gestão.

Direitos autorais: O Sistema Atlas tem como marcos conceitual a legislação em vigor no Brasil sobre direitos autorais e sobre a atuação de voluntários conforme descrito no Atlas livro, versão 2005, página 6.

Cevatlas: Lista de discussão do Centro Esportivo Virtual - CEV (visitar em www.cev.org.br) que opera como ponto de encontro dos participantes e dos interessados no ATLAS - Sistema de Informações e Gestão em Esporte e Atividades Físicas, cuja primeira manifestação foi o livro “Atlas do Esporte no Brasil” e que na fase atual se desdobra em outras mídias e diversos segmentos de localização geográfica, memória e temas de abordagem. A inscrição no Cevatlas é feita via http://listas.cev.org.br/mailman/listinfo/cevatlas

Esporte: Expressão genérica, eventualmente completada com palavras de significados congêneres – em especial das áreas de lazer, saúde e educação física -, usada no Sistema Atlas como síntese das atividades físicas praticadas como manifestação pessoal, grupal e comunitária, ou como promoção de instituições privadas e públicas. Por padrão, esta expressão adota a grafia mais comum de ser encontrada no Brasil: “esporte” (sem o “d” da palavra “desporto”).

TEMASEm linhas gerais, os temas abordados pelos Atlas estaduais, regionais e de cidades são os mesmos do Atlas nacional, edição 2005, porém respeitando-se a especificidade local está prevista a adição de novos temas nestas novas versões do Atlas no caso de existir informações suficientes para um capítulo próprio. Como a base dos Atlas estadual é constituída de municípios, as informações sobre determinada atividade / esporte ou meio de geração de conhecimento (Ensino Superior de Educação Física, associações científicas, áreas de saber etc.) podem ser alocadas nos municípios onde acontecem se não houver condições de se organizar um capítulo próprio.

Inovações locais na prática de esportes, invenções de equipamentos e protocolos, biografias de atletas de renome regional, história de cursos locais de formação em educação física, memória de clubes e de entidades esportivas, e outras formas de resgate da identidade local esportiva são exemplos a realçar para a pauta de trabalhos de um Atlas regionalizado.

CAPÍTULOSA unidade básica dos Atlas de Estado, região ou cidade, é o ‘capítulo’ tal como acontece no Atlas nacional em livro, cujo conteúdo é mantido na versão na Internet que dá formato básico ao Sistema ATLAS. Porém, ao contrário do Atlas nacional que se regulou por tamanho padrão (10.500 – 10.700 caracteres contando espaços), os seus desdobramentos seguintes poderão ser maiores ou menores. Tanto a expansão como e a redução apóiam-se na experiência do projeto Atlas original pelo qual se demonstrou a existência de alguns temas cujo tamanho padrão limitava ou excedia em demasia sua compreensão; outro motivo prende-se ao fato de que na Internet não há limitações de tamanhos de texto como no formato livro. Assim, o capítulo nos Atlas regionalizado possui tamanho variado dependendo da existência de conteúdo e disponibilidade de autoria e editoração. E o padrão, nestas circunstâncias, é ditado por um texto mínimo que possa dar validade à criação de um capítulo e atribuir importância ao tema focalizado, ou seja: 10.500 caracteres contando espaços. Os

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complementos de cada capítulo adotam o formato Box (caixa) e podem se desdobrar na medida em que surjam atualizações e reajustes.

A disposição dos capítulos em seções temáticas tal como encontrada no Atlas nacional, pode ser seguida nas versões regionalizadas, contudo a especificidade de cada Estado, região ou cidade, indica a pertinência de flexibilidade nestes temas e da adoção do município como base. Nestes termos, por padrão, a seção principal do Atlas de cada Estado e de região, inclui todos os municípios pesquisados (cada município, um capítulo), numa composição similar às seções “Lazer – Cidades e Regiões” encontradas no Atlas nacional de 2005.

Os capítulos relacionados a municípios incluem dados sobre clubes, instalações esportivas, academias, locais para atividades físicas de lazer e de saúde, registros históricos sobre atividades e instituições esportivas e de lazer locais, levantamentos e estimativas de número de participantes, faculdades de educação física e outras circunstâncias também mapeadas na seção “Lazer – Cidades e Regiões” do Atlas nacional. Além de documentos e registros, os dados coletados serão aqueles disponíveis no município ou estimados por dirigentes, líderes, técnicos, professores, atletas veteranos e outras pessoas com experiência de vida no esporte e lazer locais. Para auxiliar esta pretendida coleta, um dos futuros documentos de padrões será orientado como roteiro para obtenção de dados no município (Base: estudos de Antônio Carlos Bramante – SP e Ademir Muller – RS).

A única ilustração permitida em cada capítulo é o mapa do município, da cidade ou da região focalizada em seus vários municípios, consolidando padrão já adotado no Atlas nacional. Por sua vez, as fotos e figuras coletadas serão incluídas numa seção final à parte, denominada de “Quem fez acontecer – Fotos e figuras” (ver seção original no Atlas nacional), que no Sistema Atlas via Internet aglutinarão as fotos e figuras por Estado, destacando-se regiões e cidades quando apropriado. A prioridade absoluta, neste caso, pertence a fotos e figuras de mais de 50 anos na temática esportiva, de educação física, lazer e saúde, que constituem os registros de maior possibilidade de perda na atualidade.

CENÁRIO DE BASES GEOGRÁFICAS DO ESPORTE E ATIVIDADES FÍSICAS: MARANHÃO54

Definições A definição das bases geográficas do esporte e atividades físicas consiste essencialmente no estudo de suas dimensões espaciais quer de competição, lazer ou saúde, que requerem localização apropriada de acordo com tradições, necessidades, princípios e aspirações de cada tipo de prática, como também o exame dos condicionantes físicos e humanos que regem a distribuição das práticas sociais e sua interação com o meio (ver capítulo “Geografia do Esporte” no Atlas).

Assim sendo, este Cenário está proposto para examinar os dados em exposição neste Atlas segundo um quadro básico de análise geográfica. Esta disposição preliminar consiste na análise resumida dos capítulos anteriores desta obra, seguindo os seguintes tópicos:

(1) Quadro natural e ecologismo; (2) Ocupação do Território e dinâmica espacial; (3) Aspectos demográficos; e (4) Urbanização e Infraestrutura.

Esta apreciação, em síntese, está elaborada por tendências gerais na perspectiva de futuros planejamentos urbano e regional com zoneamento esportivo, definindo áreas com suas potencialidades e carências específicas. 54 IN Gilmar Mascarenhas. in DaCOSTA, Lamartine (Org.). Atlas do Esporte no Brasil. Rio de Janeiro: CONFEF, 2006, 21.30.

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1 – QUADRO NATURAL E ECOLOGISMO

1.1 - o Brasil conta com o fator tropicalidade a favorecer amplamente as práticas ao ar livre, prevalecendo amenidades climáticas o ano inteiro. Considerando-se que poucas modalidades esportivas dependem de situações indoor no país, o Brasil se apresenta como país de vasto potencial esportivo, apenas explorado em larga escala como recreação. Campos de futebol se disseminam por todo o espaço habitado, mesmo nas mais remotas localidades, e é elevado o uso de bicicletas no país. A tropicalidade favorece mesmo a natação, modalidade e prática recreativa na qual o Brasil se destaca mundialmente em desempenho e amplitude de praticantes.

1.2 – O vasto litoral (8.500 quilômetros – no Maranhão, são 640 quilômetros, contandolinearmente as “entrâncias”, que se ‘esticadas’, estendem-se por mais de 1.100 quilômetros), conjugado à tropicalidade, permite o pleno desenvolvimento dos esportes náuticos a motor, vela, de praia, mar e ar em toda a sua extensão. Destaca-se como exemplo o vôlei de praia, o surf e o beach soccer; tem projeção em bodyboard e jet ski; e modalidades muito recentes como outrigger (canoagem oceânica) se encontram em plena expansão. Já no capítulo “Esporte de praia” descreve-se a existência de uma “cultura de praia” no Brasil, que se expressa basicamente por meio de esportes e atividades físicas recreativas em suas essências.

1.3 – A diversidade de meios morfo-climático-botânicos, associada à baixa densidade demográfica, oferece uma variedade de recursos naturais e paisagísticos, com várias opções/vocações de uso em modalidades radicais e de aventura, como o off-road (o Rally Internacional dos Sertões e nossos pilotos têm projeção internacional), o trekking e práticas afins (desfrutando do relevo suavemente ondulado e da vastidão de espaços verdes), o rapel etc., todos em plena expansão de participantes e com boas perspectivas mercadológicas.

1.4 – O grande volume de águas fluviais, associado ao relevo, propicia a larga existência de corredeiras, ideal para esportes de aventura conjugados ao turismo ecológico, como rafting, bóia cross e acquaride (criado no Brasil), todos com grande expansão recente. Notar que o mapa de opções de turismo esportivo situa-se entre os de maior cobertura territorial entre todos os mapas apresentados no Atlas. Já os rios apreciados isoladamente favorecem a pesca artesanal – que se confunde com a esportiva no Brasil – propiciando a existência de 25 milhões de pescadores ocasionais no Brasil. Além deste uso esportivo-utilitário, em alguns rios de grande porte do Pará e do Maranhão, deram-se início à prática do “surfe da pororoca” como inovação local e produto da variedade fluvial brasileira.

1.5 – O ecologismo, em âmbito mundial, apresenta grande crescimento nas últimas décadas, e vem suscitando a adesão maciça aos esportes de aventura, em busca do contato direto com a natureza em estado preservado. Todavia, considerando-se no Brasil a vulnerabilidade do meio ambiente, o insatisfatório grau de consciência ecológica e, sobretudo a “incerteza territorial” destas novas práticas a dificultar sobejamente seu monitoramento, sua expansão coloca em risco a natureza, não obstante os esforços recentes das organizações em evitá-lo. Esta feição negativa de certos esportes ganha importância no Brasil pela adesão manifesta aos rallies automobilísticos (ver Capítulos “Automobilismo” e “Off road” no Atlas) conhecidos como anti-ecológicos, mas com compensações relacionadas aos esportes “amigos da natureza” como a vela e os radicais que não usam impulsão a motor (ver Da Costa, Environment and Sport, University of Porto-IOC, 1997).

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2 – OCUPAÇÃO DO TERRITÓRIO E DINÂMICA ESPACIAL

2.1 – O processo de colonização, face à imensidão do território, a precariedade de recursos e a natureza agro-exportadora da empresa colonial, imprimiu ao Brasil um caráter de elevada maritimidade, sendo os portos as principais cidades do país. Por eles penetravam as ordens e modismos metropolitanos, dentre eles as inovações esportivas, no final do século XIX. Os clusters de São Luís, Belém, Rio Grande-Pelotas, Rio de Janeiro, Niterói e Santos, atestam a importância dos portos no processo de adoção da prática esportiva, como se pode verificar nos capítulos correspondentes a estes pólos de desenvolvimento esportivo (ver seção “Clusters esportivos”).

2.2 – A precariedade da rede de comunicações no interior do vasto território, conformando ao longo de séculos de colonização a tradicional “economia de arquipélago”, manteve grandes áreas sob isolamento e gerou assim certo regionalismo no Brasil. Este quadro propiciou a formação de culturas regionais por vezes persistentes, com seu universo particular de práticas lúdicas: a vaquejada, que não se rendeu ao moderno rodeio em toda a metade norte do país (ver “Rodeio” no Atlas); a herança da lida com cavalos na Campanha Gaúcha, que faz ainda hoje o RS o estado com maior número de hipódromos no Brasil, conforme descrito em “Turfe”, no Atlas.

2.3 – As conexões internacionais do território brasileiro – sobretudo através do imperialismo inglês, que favoreceu o contato com diversas modalidades esportivas pioneiras e de grande apelo popular à época (turfe, remo, ciclismo e futebol) –, seja através de investimentos britânicos no Brasil (ferrovias, fábricas, minas, infra-estrutura urbana), ou pelos imigrantes alemães, italianos, japoneses etc. Também contribuiu o envio de jovens aristocráticos a estudar na Europa, portadores no retorno ao Brasil das últimas e bem-vindas “novidades da civilização” (ver “Cluster de São Luis do Maranhão” no Atlas). Por fim, a presença de missionários religiosos, como maristas e jesuítas, cuja pedagogia incluía a prática esportiva, com atuação decisiva em pequenas localidades, não atingida pela influência britânica. A 8ª seção, que trata de clubes esportivos neste Atlas levanta a memória da influência inglesa no esporte brasileiro, como também de diversos grupos de imigrantes. A presença religiosa tem registros de memória em “Religião e esporte”, capítulo no Atlas.

2.4 – A política de integração do território nacional, apoiada pela burguesia industrial e efetivamente empreendida a partir do Estado Novo (1937-1945), permitiu a difusão por todo o território brasileiro de modalidades que se tornaram esportes nacionais, como o futebol, que antes havia encontrado resistências. A partir da década de 1930 com a difusão do rádio, e nas décadas seguintes (1960 e 1970) com a TV, os modernos meios de comunicação possibilitaram em âmbito nacional a adoção de diversas práticas esportivas (ver “Esporte e Mídia”), mesmo as de origem recente, como o bicicross, ou tradicionalmente reprimidas, como a capoeira.

3 – ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

3.1 – A composição étnica da população brasileira revela uma experiência singular de miscigenação e aporte de contribuições culturais diversas. No plano lúdico e esportivo, esta característica se expressa na pluralidade de práticas, e explica, por exemplo, a área de incidência da bocha como jogo comunitário na vasta região que recebeu imigração italiana; o fato da região sul manter a maioria das associações esportivas (clubes) como herança da contribuição alemã, também responsável pelos clubes de tiro; a presença de jogos de origem indígena como a peteca, e tantos outros.

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3.2 – A concentração demográfica persistente no Centro-Sul e litoral nordestino faz deste trecho o predominante em praticamente todos os mapas do Atlas. Todavia, os movimentos populacionais se dirigem para o Norte e Centro-Oeste, sugerindo uma tendência, lenta e gradual, de expansão de práticas esportivas e de atividades físicas nesta direção (ver os Cenários da presente seção). O mesmo se aplica as cidades com grande crescimento demográfico atual, como Florianópolis, cuja participação no panorama esportivo nacional vem aumentando sensivelmente.

3.3 – A estrutura da população brasileira aponta uma transição veloz na pirâmide etária. O envelhecimento gradual sugere, para as próximas décadas, mudanças substanciais de atitude na sociedade. Atividades saudáveis como natação, corridas a pé e caminhadas provavelmente seguirão sua expansão. Modalidades importantes do esporte de alta competição, que dependem do vigor da mocidade, como o futebol e o atletismo, verão muito reduzida sua taxa de adesão e conseqüentemente sua base de recrutamento de novos talentos. Estas previsões têm tendências factuais como se pode examinar no Atlas, no já citado “Cenário Geral de Esportes e Atividades Físicas de Saúde e de Lazer”.

4 – URBANIZAÇÃO E INFRA-ESTRUTURA

4.1 – A plena urbanização é um fenômeno recente no Brasil, país de tradição agrária, em que até meados do século XIX os esportes tinham pouca penetração na sociedade. Sendo as cidades um ambiente de encontro social e difusão de inovações, o alto índice de urbanização favorece a adoção de novos esportes, contribuindo para a recente pluralidade de práticas, que tipifica hoje a população brasileira, como se identifica em “Cenário Geral de Esportes e Atividades Físicas de Saúde e de Lazer”. Com raras exceções, lazer e esportes modernos aportaram no Brasil pelas cidades, e se difundiram pela rede urbana (ver “Clusters”).

4.2 – A cidade, por seu amplo mercado consumidor, permite a concentração de infra-estrutura e facilidades para a prática físicoesportiva (os equipamentos, instalações, escolas, academias, associações diversas, parques etc.) e a eventual formação de clusters, como em Rio Claro, Franca, Juiz de Fora e muitos outros. Com a perspectiva de continuidade de crescimento urbano, e, sobretudo de ampliação de instalações esportivas, instituições de ensino etc., a tendência natural é a da continuidade na expansão da prática esportiva e físico-recreativa no Brasil.

4.3 – A natureza caótica da urbanização brasileira e os interesses imobiliários suscitam na classe média a auto-segregação, e com ela a expansão de práticas esportivas menos populares como o squash e o boliche, que se concentram justamente em São Paulo e interior paulista (áreas afluentes), enquanto o ciclismo tradicional apresenta retração, associável ao sentimento de agorafobia. Promove também o grande crescimento de modalidades de aventura realizadas fora da cidade indesejada, junto à natureza. A expansão do uso do automóvel vem reduzindo a disponibilidade de espaços francos, comprometendo práticas populares, como o tradicional futebol varzeano, enquanto o futsal se expandiu de modo incomum nas últimas décadas, no bojo do crescimento das atividades indoor (ver “Clubes do Brasil” e “Futsal”).

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ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO TEXTO1 – Cada capítulo pode ser iniciado por “Definição(ões)” se a modalidade esportiva, atividade

física, instituição, área de conhecimento, meio de intervenção etc. em foco, necessita ser delimitada além do conhecimento comum e circulante nos meios profissionais (futebol ou natação, por exemplo, não necessitam de maiores esclarecimentos). Descrição sucinta e objetiva é recomendada nesta abertura do texto. As atividades físicas e outros enfoques que estão em processo de diversificação ou mudança de seu sentido original necessitam de distinções em face às novas versões (Surfe, por exemplo).

2 – “Origem” é a abordagem seguinte, sempre obrigatória, com data e local no Rio Grande do Sul do ponto de partida da atividade ou tema correlato enfocado. Este item deve ser o primeiro do texto se não houver “Definição”. Se o ano de início não é disponível, delimitar período (década, início / meio / fim do século 19 ou 20). Nome(s) de pessoas e entidades geradoras dos fatos iniciais é também importante para menção. Condições peculiares da origem são pertinentes de citação ou mesmo de descrição resumida.

3 – Os demais parágrafos até o item “Situação Atual” são iniciados por ano, década ou período em décadas usando-se negrito (por exemplo: 1817, 1913, Década de 1920, Décadas 1860 – 1890). Estes parágrafos correspondem a uma cronologia de marcos históricos - em anos ou/e décadas, de acordo com o discernimento do(s) autor(es) no tema focalizado – ou períodos em que ocorreram mudanças com conseqüências discerníveis nos estágios seguintes de expansão, estagnação, retrocesso e outros impactos. Citação de líderes e pessoas vinculados aos marcos de referência é pertinente, inclusive quando relacionada ao próprio colaborador (caso de vários capítulos).

4 – As interpretações do autor(es) sobre sentido e natureza do desenvolvimento da(s) manifestação(ões) focalizada(s) em cada capítulo devem ser introduzidas em determinadas décadas ou anos definidos como marcos históricos. Observe-se que “desenvolvimento” tem vários modos de ser interpretado, mas a metodologia do mapping usada pelo Atlas é meramente descritiva no tempo e no espaço, focalizando-se alterações do entorno sócio-cultural e econômico de uma região e/ou do próprio país.

5 – “Situação Atual” é o item que encerra o texto do capítulo sendo constituído por simples e resumidas descrições e alguns dados numéricos que dão fundamento às circunstâncias abordadas. Em adição a esta síntese final que contrasta o presente com o passado, uma conclusão sobre o atual estado de coisas no tema focalizado tem pertinência em termos de mapeamento. Sugere-se, neste caso, que a conclusão defina a direção que o desenvolvimento está tomando no tema estudado (desaparecimento, transformação, diversificação, crescimento, estagnação etc). Note-se, ainda, que um dos objetivos centrais do Atlas é delinear a importância econômica das atividades físicas e áreas correlatas no Rio Grande do Sul, sendo para isso necessário observar o sentido dos impactos, quando identificados. Nestas condições, número de participantes – mesmo estimado grosso modo – é um dado vital na quase totalidade dos temas abordados pelo Atlas.

6 – Os dados numéricos gerais devem constar na “Situação Atual” e os demais de maior detalhamento podem ser expostos no mapa, sempre que possível vinculando-os por ponto localizado a uma região do Rio Grande do Sul, cidade, portos, rios, etc. Estes dados demonstrativos de crescimento ou mudanças devem ser organizados em quadros de maior simplicidade e objetividade possível.

7 – Ao se dar indicações para a elaboração do mapa, quadros que transmitem evolução no tempo ou comparações entre regiões são recomendados como prioritários. Pequenas descrições de fatos importantes ocorridos, ou em processo podem ser incluídas por meio de um vínculo a uma determinada localização. Estas informações serão organizadas pelo programador gráfico do Atlas sob supervisão da Organizadora de acordo com indicações

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do autor(es) de cada capitulo. Estas indicações devem ser enviadas à parte do texto, não sendo necessário remeter desenhos ou rascunhos.

8 – O resumo que será adicionado em cada capítulo será produzido pela Organizadora e/ou equipe designada para a tarefa, antecedendo a versão para o inglês, seguindo o padrão: origem, desenvolvimento caracterizado e localizado, e situação atual. O limite deste resumo é de 1000 caracteres (contando espaços).

9 – A identificação dos colaboradores em cada capítulo será unicamente pelo nome. Mas a última parte do Atlas apresentará por listagem em ordem alfabética todos estes autores com suas referências (tel., fax, e-mail, endereço postal), títulos (acadêmicos, ocupacionais etc) e biografia reduzida. Após o término de cada capítulo (versão final aprovada), cada colaborador receberá um roteiro padrão para preenchimento e devolução de acordo com instruções anexadas.

10 – Recomenda-se, finalmente, que o(s) autor(es) tenham em conta os públicos alvo do Atlas, o objetivo da obra e a metodologia escolhida, ao fazer(em) suas interpretações entre os marcos de desenvolvimento selecionados. Sendo mais um registro de memória do que de história, tanto quanto mais uma exposição descritiva do que uma análise de profundidade, solicita-se que reduzam ao mínimo os juízos de valor em suas abordagens. Como a perspectiva do Atlas é panorâmica incluindo múltiplas atividades e formas de intervenção profissional e voluntária, a opção de trabalho adotada é a do significado e proporções das atividades físicas no Rio Grande do Sul. Assim sendo, cada capítulo será um exercício de síntese delimitado por 10500 caracteres (contando espaços).

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ESTRUTURA DO ATLAS

O Atlas do Esporte, Educação Física, Atividades Físicas de Saúde e de Lazer está organizado em seções que se subdividem de acordo com o assunto. No decorrer dos trabalhos, outras seções e assuntos serão adicionados, conforme o interesse dos colaboradores

RAÍZESReúne abordagens de jogos e versões esportivas nativas do Brasil (tradições indígenas e também atividades de criação regional – Maranhão – ou aculturadas localmente de origens diversas):

- JOGOS TRADICIONAIS INDÍGENAS- JOGOS TRADICIONAIS E BRINCADEIRAS INFANTIS- TAMBOR-DE-CRIOULO(A) – PUNGA DOS HOMENS TRADIÇÕESFormada pelos três esportes principais de origem nacional:

- CAPOEIRA- PETECA -- RODEIO -

CLUSTERS ESPORTIVOSCasos de cidades regiões que se tornaram pólos de influência sócio-econômica que deu surgimento a ma variedade de práticas esportivas e de lazer:

-CLUSTER DE SÃO LUÍS

SISTEMAS ESPORTIVOS

- SESI – CAT SÃO LUIS - CAT CAXIAS (Atlas de Caxias) - CAT IMPERATRIZ – (Atlas de Imperatriz) - CAT BACABAL – (Atlas de Bacabal)- SESC - SÃO LUIS CAXIAS (Atlas de Caxias) IMPERATRIZ – (Atlas de Imperatriz) BACABAL – (Atlas de Bacabal)- AABB SÃO LUIS CAXIAS (Atlas de Caxias) IMPERATRIZ – (Atlas de Imperatriz) BACABAL – (Atlas de Bacabal)- SESP CAXIAS (Atlas de Caxias) IMPERATRIZ – (Atlas de Imperatriz) BACABAL – (Atlas de Bacabal)- FUNDEL

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MILITARES

- EXÉRCITO - 24º. BATALHÃO DE CAÇADORES 50º. BATALHÃO DE INFANTARIA DE SELVA (Atlas Imperatriz) TIRO DE GUERRA (Atlas Bacabal) TIRO DE GUERRA (Atlas Caxias)- POLÍCIA MILITAR DO MARANHÃO

INFRA-ESTRUTURACompõe-se de duas partes:

a) RECURSOS HUMANOS E INSTALAÇÕES ESPORTIVAS- levantamento do Sistema CREF-5, seccional do Maranhão- profissionais em atividade em São Luís Bacabal Caxias Imperatriz- Instalações Esportivas - São Luís Bacabal Caxias Imperatriz

b) ACADEMIAS E CLUBES- Academias de Ginástica e Condicionamento Físico - São Luís Bacabal Caxias Imperatriz- Clubes Esportivos e Recreativos - São Luís Bacabal Caxias Imperatriz

- Instituições (formação profissional)

ESPORTES OLÍMPICOSEsportes que fazem parte do programa dos Jogos Olímpicos- Esportes Hípicos- Ginástica – Federação de Ginástica - Ginástica Geral - Ginástica Artística - Ginástica Rítmica - Aeróbica Esportiva –- Natação - Masculina - Feminina- Natação Máster- Atletismo- Futebol - Futebol Feminino- Basquetebol - Vela

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- Voleibol - Vôlei de Praia –- Tênis - Handebol - Tênis de Mesa - Ciclismo –- Montain Bike- Bicicross- Box - Judô - Tiro- Triathlon- Levantamento de Peso - Taekwondo –- Pentatlo Moderno

OS ATLETASOs Atletas Olímpicos

ESPORTES NÃO OLÍMPICOS- Futsal –- Squash- Xadrez- Turfe - Leopoldo- Boliche- Halterofilismo- Automobilismo - Kart - Arrancada- Karatê- Jiu-Jitsu brasileiro- Kung-Fu – Wushu- Capoeiragem - Culturismo – musculação- Esporte UniversitárioESPORTES RADICIAIS E DE AVENTURA- Surf- Bodyboard- Skate- Rally – Off Road- Prancha a Vela- Rafting- Rapel- Mergulho- Motociclismo- Trakking – Enduro/Rally a pé- Bike Trials

ESPORTES DE PRAIA

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AEROESPORTES- Ultraleve - Vôo Livre- Vôo a vela- Pára-quedismo- Aeromodelismo

EDUCAÇÃO FÍSICA- Ensino Superior em Educação Física - UFMA - UEMA - São Luís - Caxias - Bacabal - UniCEUMA - Imperatriz - Escola Técnica Federal do Maranhão

SAÚDE, LAZER E INCLUSÃO SOCIAL- Lazer Esportivo – SESP- Atividades Físicas na Empresa- Esporte e Inclusão Social (Portadores de Necessidades Especiais)

CIÊNCIAS DO ESPORTE E EDUCAÇÃO FÍSICA- Fisiologia do Exercício- Medicina do Esporte- CBCE- Congressos e Eventos Científicos

ASSOCIAÇÕES E MOVIMENTOS DE ABRANGÊNCIA ESTADUAL- APEFELMA- CBCE-MA

MEGA-EVENTOS- JOGOS ESCOLARES MARANHENSES- RALLY DOS SERTÕES

TENDÊNCIAS SOCIAIS E ECONÔMICAS

FOTOS E IMAGENS

CALABORADORES - CURRÍCULOS

Atualmente, estão sendo trabalhados os seguintes capítulos:

INOVAÇÕES TECNOLÓGICASRAIZES:

Jogos Tradicionais IndígenasCorridasNataçãoCanoagemJogos e Brincadeiras

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Jogos dos Povos Indígenas

JOGOS TRADICIONAIS E BRINCADEIRAS INFANTISPUNGA DOS HOMENS/TAMBOR-DE-CRIOULO (A)TAMBOR-DE-CRIOULO (A), por Marco Aurélio Haickel

TRADIÇÕES: CAPOEIRA/CAPOEIRAGEM NO MARANHÃOEm AÇAILÃNDIAEm BACABAL

CLUSTER ESPORTIVO DE SÃO LUÍS DO MARANHÃOATLETISMO

Em DOM PEDROEm BACABAL, por Hermano Rodrigues Santana Neto; Pedro Bruno Silva VianaEm GUIMARÃES, por Aldirene Monteiro Silva; Domingas de Jesus Fonseca Borges;

Wilza Malheiros Silva.Em VITORINO FREIRE

BASQUETEBOLDÉCADA DE 1970 EM DIANTE, por Carlos Roberto Tinoco Silva; Paulo Roberto

Tinoco Silva; Reinaldo Conceição CruzEm BACABAL, por Cláudia Lima Viana; Maria Benedita de CarvalhoEm DOM PEDRO, por Artenísia Gomes Montel; Diana Rodrigues do Nascimento;

Dirice de Sousa Mendes, Leide Francisca de OliveiraEm GUIMARÃES, por Antonia Maria Farias, Clarice Moreira Maciel, Denildes

Teixeira FrançaBILHARBOLICHECICLISMOESGRIMAFUTEBOLFUTSALGINÁSTICAGINÁSTICA ARTÍSTICA (OLIMPICA)GINÁSTICA RÍTMICA DESPORTIVA, por Djanete Mendonça; Célia Fontenele

HALTEROFILISMOHANDEBOLJUI-JITSU BRASILEIROJOGOS ESCOLARESJOGOS DIGITAIS E VIRTUAISJOGOS UNIVERSITÁRIOSJORNALISMO ESPORTIVO E DE LAZERJUDÔ

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KARATÊLUTA ROMANAMILITARESNATAÇÃO

Em BARRA DO CORDA por Leonardo Delgado

PENTATLO MODERNOREMOSURF NA POROROCATÊNISTÊNIS DE CAMPO ou QUADRA – ATUALMENTE por Helton Mota Ferreira

TIRO ESPORTIVOTURFE (HIPODRISMO)VOLEIBOL

Em BACABAL, por Jose de Arimatéia Moura Soares, Marileide Sousa Nascimento

Em DOM PEDRO, por Márcio Roney C. P. Barreto, Ângela Lemos, Conceição Noronha, Lucélia Cavalcante

Em GUIMARÃES, por Andréa Cristina A. Louzeiro, Claudete Costa Ribeiro, Edilma de Jesus Abreu Soares, Neil Henrique Lemos Costa

CIDADES: AÇAILÂNDIA BACABAL

DOM PEDROGUIMARÃESIMPERATRIZPORTO FRANCOSÃO BENTOSÃO LUÍSSÃO LUÍS GONZAGAVITORINO FREIRE

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CLUSTER ESPORTIVO DE SÃO LUÍS DO MARANHÃO

Definição - Clusters Esportivos - Casos de cidades ou regiões que se tornaram pólos de influência sócio-econômica que deu surgimento a uma variedade de práticas esportivas e de lazer:São Luís do Maranhão

1612 fundada em 08 de setembro como uma colônia francesa – França Equinocial. 1616 retomada pelos portugueses1621 o Maranhão é separado do Brasil, tornando-se um estado colonial respondendo diretamente a corte de Lisboa1640/43 - invadida pelos holandeses no período1644 novamente retomada pelos portugueses se constituiu a cabeça do Estado Colonial do Maranhão 1823 “anexada” ao Império Brasileiro. Desde então recebeu as denominações de “Manchester brasileira”; “Atenas brasileira”; “Jamaica brasileira”; e hoje, “apenas brasileira”.

As manifestações do lúdico e do movimento têm seus primeiros registros ainda no período colonial. Promovidas pela Igreja, as festas se constituíam a única distração daquela gente brutalizada pelo abandono da Metrópole, a saber, além da procissão de “Corpus Cristhis”: a de São Sebastião, em janeiro; a do anjo Custódio, em julho; a da Senhora da Vitória, em novembro e a da restauração de El-Rei, em dezembro.

1679 JOGO DA ARGOLINHA - é a primeira manifestação esportiva encontrada em São Luís. Foi jogado quando da chegada do primeiro Bispo ao Maranhão. Nas festas promovidas, fizeram-se várias representações de encamisadas a cavalo55 jogando-se, as canas e o a argolinha56

1723 encontrou-se um opúsculo, de autoria do Padre jesuíta João Tavares intitulado “As recreações do Rio Munim do Maranhão”, escrito em 1724. Os jesuítas mantinham, em São Luís, nos arrabaldes da cidade – hoje Bairro da Madre Deus – uma “Casa de Instrução e Recreio”, destinada às recreações dos alunos do Colégio Máximo57.

DÉCADA DE 1820 há registros de algumas manifestações de lazer, como as caminhadas, as cavalgadas, a caça, e atividades esportivas: Bilhar Francês - 1822 havia um instalado no Teatro União; em bares da cidade, têm-se notícias de vários; 1826 e entre os anos de 1838 e a Proclamação da República, freqüentado pelos alunos do Liceu Maranhense; o Café Richie, desde 1902 até seu fechamento mantinha mesas, onde se realizavam campeonatos e torneios; no Clube Euterpe, fundado em 1904 – e

55 As encamisadas constituíam-se, outrora, um cortejo carnavalesco que saía às segundas-feiras, com seus componentes

vestidos de longas camisas e mascarados de branco, fazendo momices. Primitivamente foi ataque de guerreiro, onde os soldados punham camisas sobre as couraças como disfarce. Depois, mascarada noturna, com archotes. Tornou-se desfile, incluído nas festividades públicas". CÂMARA CASCUDO, 1972, p. 368

56 A argolinha é encontrada desde o século XV em Portugal e, de acordo com GRIFI (1989), a corrida dall'anello - corrida do arco - consistia de corrida a cavalo, lançado a galope, durante as quais os cavaleiros deviam enfiar a lança ou a espada em um arco suspenso. Vencia quem conseguia enfiar o maior número de arcos. Originária de antiquíssima justa, desde o século XVI que se corre a argolinha no Brasil.

57 Já em 1709, o Colégio do Maranhão era Colégio Máximo. Nesse colégio funcionavam as faculdades próprias dos antigos

colégios da Companhia: Humanidades, Filosofia e Teologia, e, mais tarde, com graus acadêmicos, no chamado curso de

Artes. O Colégio Máximo do Maranhão outorgava graus de Bacharel, Licenciado, Mestre e Doutor, como se praticava em

Portugal e na Sicília, segundo os privilégios de Pio IV e Gregório XIII.

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em outros clubes fundados após essa época - também eram instaladas mesas para sua prática; como no Fabril Atletic Clube – FAC – em 1907; ainda hoje é praticado nos clubes sociais da cidade; Jogo da Péla58 (1827) que daria origem ao law tennis – é praticado durante todo o século XIX; o law tennis aparece desde 1907, quando da fundação da FAC e de outros clubes da elite maranhense; ainda hoje o tênis é praticado nos clubes sociais; 1825 Em “O Censor”, edição de 24 de janeiro, Garcia de Abranches ao comentar o posicionamento político do Marques governante – Lord Cockrane – compara alguns portugueses com os desocupados do Rocio – em sua maioria caixeiros – que “pela sua péssima educação, muitos brancos da Europa são tão vis, e tão baixos, como esses mulatos que andam a espancar, a roubar e a matar, pelas ruas da Cidade...” (p. 12-13). Estaria o Censor referindo-se aos capoeiras? Dança – em 1829 é anunciada a primeira aula, pelo italiano Carlos Carmini; a partir de 1842, aparece nos programas das escolas particulares que se abriam na cidade; Capoeira - aparecem indícios de sua prática já em 1829, confirmada por notícia de jornal de 1835; em 1855 e anos seguintes, é proibida pela Polícia; no ano de 1874, aparece sua proibição no Código de Posturas da cidade de Turiaçú, identificada também com o nome de Carioca; em 1863, quando da inauguração da iluminação pública em São Luis, Josué Montelo registra em um romance que com os lampiões de gás altera-se a na vida da cidade com as ruas mais claras durante a noite: "Ninguém mais se queixou de ter caído numa vala por falta de luz. Nem recebeu o golpe de um capoeira na escuridão”, em 1877, aparece sob a forma de competição; outro autor, NASCIMENTO DE MORAES, em uma crônica que retrata os costumes e ambientes de São Luís em fins do século XIX e início do XX, publicada em 1915, utiliza o termo capoeiragem: “A polícia é mal vista por lá, a cabroiera dos outros também não é bem recebida e, assim, quando menos se espera, por causa de uma raparigota qualquer, que se faceira e requebra com indivíduo estranho ali, o rolo fecha, a capoeiragem se desenfreia e quem puder que se salve”. Cumpre ressaltar que a Capoeira praticada no Maranhão é “sui-generis”, e a partir da década de 70, do século passado, tem um incremento e é introduzida, nos anos 80, nos Jogos Escolares Maranhenses; e reintroduzida em 1990 .DÉCADE DE 1840 - 1841 aparece anúncio de que Manoel Dias de Pena se propunha ensinar a Esgrima; nesse mesmo jornal aparece outro anúncio oferecendo os instrumentos –espada; com a criação da Escola de Aprendizes Marinheiros, em 1861, a Esgrima fazia parte da instrução militar dos alunos, prosseguindo até seu fechamento; os Aprendizes Marinheiros costumavam se apresentar nos eventos esportivos promovidos pelo FAC (fundado em 1907) -e em outros clubes -, participando não se jogos, especialmente do futebol, como de combates com armas brancas (baioneta, espada, florete). Aparentemente, desde a década de 20 não é praticada mais em São Luís. 1841 aparece anúncio de apresentação de Ginástica no Teatro de São Luís, por um discípulo de Amóros; nos anos de 1870, na casa dos Abranches, foi montada uma academia de ginástica com pesos onde os companheiros do Liceu de Dunshee de Abranches iam se exercitar; a partir de fins dos anos 1880 a elite maranhense praticava a ginástica sueca; 1844 Quanto à Educação Física, sua implantação se dá a partir de 1844, quando da fundação do primeiro colégio feminino59; nas escolas masculinas, só aparece a partir de 1864.

58 O jogo da péla - jeu de paume - consiste em bater a bola com a mão e substituiu os "ludus pilae cum palma" romano. Na

França, a bola, nascido no tardo-medievo como instrumento de contenda incruenta, torna-se momento lúdico e agonístico, aberto a todos Em Portugal, no início do século XVIII, foi introduzido o uso francês de jogar com raqueta. Conhecido já no século XII foi jogado melhor no período sucessivo, até dar vida ao atual tênis.

59 A fidalga espanhola D. Martinha Alvarez de Castro, casou-se com Garcia de Abranches, o Censor, quando tinha 17 anos. Foi a fundadora do primeiro colégio destinado ao sexo feminino em Maranhão - o “Colégio Nossa Senhora das Graças”, mais conhecido como o Colégio das Abranches - junto com sua filha Amância Leonor, em 1844. Foi - ela, ou uma das filhas - a primeira professora de educação física do Brasil.

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1880 Há uma tentativa de implantar o Turfe, pelo inglês Septimus Summer, fundador do “Racing Club Maranhense, em 9 de agosto de 1881. Esse clube durou até dezembro daquele ano. Em janeiro de 1893, por iniciativa de Virgílio Albuquerque, no bairro do João Paulo, ergueu-se o Prado Maranhense. Decorridas umas dez programações, foi realizada a última corrida a 28 de maio de 1893. Na década de 1950, Amélio Smith e outros criadores, tentaram promover práticas hipódricas, sendo realizadas alguns "pegas" - corridas livres em um estirão preestabelecido - apenas para divertimento. Chegou a ser criada uma associação para difundir a atividade, mas também não foi adiante. Na passagem do século XIX para o século XX, os jovens portadores de "idéias novas", gente

vinda do meio metropolitano, inquieta e formada nele introduzem o esporte dentre suas atividades. Filhos de uma elite industrial, a exemplo de Nhosinho Santos - que estudara na Inglaterra; Aluísio Azevedo - cônsul brasileiro em Europa, Japão, e o cônsul inglês Charles Clissold - que introduzem o esporte moderno em São Luís, com a fundação de clubes esportivos.

1900 REMO os "sportmen" maranhenses tentam implantar o chamado “esporte do muque” utilizando-se dos rios Anil e Bacanga. É fundado o "Clube de Regatas Maranhense", por Alexandre Collares Moreira Nina. Sua pratica, com alguma dificuldade, foi até 1929.

1900 CICLISMO outra modalidade começa a ganhar força em Maranhão: a 02 de setembro, eram iniciadas as atividades da "União Velocipédica Maranhense", com seu velódromo instalado no Tívoli - Bairro dos Remédios, no local onde era o Colégio de São Luís, até pouco tempo. Como de outras tentativas de introdução de uma modalidade esportiva, durou pouco, também até o final dos anos 20. Com a criação da Secretaria de Esportes e Lazer, em 1979, sua prática voltou a ser incentivada, e sofreu um incremento com a sua introdução nos JEM’s, a partir de meado dos anos 80.

1904 fundado, em São Luís, o Clube Euterpe Maranhense; como esporte, volta-se a jogar o bilhar.

1907 JOAQUIM MOREIRA ALVES DOS SANTOS - Nhozinho Santos - introduz o futebolno Maranhão, juntamente com outras modalidades esportivas, quando da fundação do FABRIL ATHLETIC CLUB. Além do "foot-ball association", o "cricket", o "crockt", o atletismo, volta-se a jogar o tênis, agora em sua versão moderna.

1910 desaparece o hábito de repousar nos fins de semana, substituído pelas festas, corridas de cavalo, partidas de tênis, regatas, corso nas avenidas, matinês dançantes, e pelo futebol. A "gymnástica" era praticada pelas elites, que tomavam aulas particulares, conforme se depreende de anúncios publicados nos jornais. O Euterpe, fundado em 1904, também passou a difundir outras atividades esportivas, como o "tiro ao alvo", tênis, o tênis de mesa (ping-pong), etc. Em 31 de dezembro de 1910, o Euterpe fechou as portas.

Miguel Hoerhan começa a prestar à mocidade ludovicence seus serviços como professor de Educação Física da Escola Normal, Escola Modelo, Liceu Maranhense, Instituto Rosa Nina, em diversas escolas estaduais e municipais. Funda o Club Ginástico Maranhense.

O esporte em Maranhão experimenta mais uma de suas inúmeras crises. Desses desentendimentos, surgiam novas agremiações, formadas pelos dissidentes.

DÉCADA DE 101911 Gentil Braga não concordava com a elitização dos clubes e sai do FAC, junto com um

grupo de outros dissidentes que comungavam do mesmo pensamento, fundando o ONZE MARANHENSE que, além do futebol, desenvolveu outras atividades esportivas: tênis, crocket, basquetebol, bilhar, boliche, ping-pong (tênis de mesa) e o xadrez.

Gentil Braga funda diversas equipes de futebol para a população pobre, criando, no final da década de 10, a Liga dos Pés Descalços, reunindo os clubes que praticavam o esporte nas ruas e praças de São Luís,

1915 surge nesse cenário o vice-cônsul inglês no Maranhão, Mr. Charles Clissold, um grande amante dos esportes. Se junta aos dirigentes do FAC, incentivando a prática de vários

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esportes. Muitos jovens tinham feitos suas inscrições, com o clube revivendo seus grandes dias e sendo oferecidas várias modalidades, como salto em altura simples, com vara, distância; corridas de velocidade, de resistência, com obstáculos; lançamento de peso, de disco, do martelo (Atletismo); placekick (pontapé na bola, colocando-a na maior distância); cricket; crockt ; ping-pong (Tênis de mesa); bilhar; luta de tração, etc.

1917 Gentil Braga funda, a partir de 1911, diversas equipes de futebol para a população pobre, criando, no final da década de 10, a Liga dos Pés Descalços, reunindo os clubes que praticavam o esporte nas ruas e praças de São Luís, em oposição à Liga Maranhense de Futebol que reunia os clubes das elites – dos industriais e comerciantes estrangeiros, especialmente ingleses com seus funcionários. Os maranhenses começavam a compreender o verdadeiro desenvolvimento não só o intelecto, mas também o físico, através da prática do esporte, com o futebol servindo como o elemento aglutinador da juventude. Os clubes começam a surgir, tornando-se cada vez mais chic e atraindo a atenção das senhoritas. O foot-ball deixava de ser uma coisa bruta. O Maranhão contava já com nove clubes constituídos oficialmente. A população, de um modo geral, não participava dessas atividades.

É daquela Liga dos Pés Descalços que surgem os atuais clubes de futebol, como o Sampaio Corrêa Futebol Clube, fundado em 1927, o Moto Clube de São Luís, em 1932 e posteriormente, o Maranhão Atlético Clube.

1930 - consolida-se o futebol no Maranhão, com o surgimento de vários clubes. O Basquetebol tem suas próprias equipes, disputando inúmeros campeonatos; o Voleibol é praticado desde o início dos anos 30, nas praias; o Motociclismo surge com toda a força, com a fundação do Ciclo Moto Clube de São Luís.

1940 considerada como a melhor fase dos esportes em Maranhão, com os clubes de futebol destacando-se nacionalmente, revelando jogadores para as principais equipes do sul, inclusive para a seleção nacional. É o período da “Geração dos Erres”.

1950 surge uma geração de esportistas, tendo como espelho aquela anterior, dos anos 30 e 40– é a “Geração de 53”; autoridades municipal, estadual e federal criam jogos escolares, em que se destaca toda uma geração de esportistas, que praticavam o Basquetebol, o Voleibol, a Natação, o Boxe, e, principalmente, o Futebol. Essa fase se estende pelos anos 60. Essa geração – a Geração de 53 – cujas atividades se estendem até a atualidade, vem a influenciar as seguintes, quando chegam ao serviço público como jovens dirigentes, criando os Festival de Juventude, que vem dar origem aos Jogos Escolares Maranhenses, nos anos 1970.

1970 - em 1971 é criado - por Cláudio Vaz dos Santos (um dos jovens da geração de 53), auxiliado pelo Prof. Dimas - o Festival de Esportes da Juventude – FEJ -; depois substituído pelos Jogos Escolares Maranhenses; em 1979, o Governo do Estado cria a Secretaria de Esportes e Lazer, a primeira do Brasil, dirigida em seus primeiros anos pelo industrial Elir de Jesus Gomes (outro jovem da geração de 53). Atualmente, o órgão foi transformado na Gerência de Estado de Esportes e Lazer (GEEL), dirigido por outro jovem da geração de 53 – Alim Maluf Filho.

O esporte, em Maranhão, desde a década de 10, do século passado, está intimamente ligado com as diversas escolas – se constituindo basicamente em esporte escolar. Ex-alunos e alunos fundam as diversas equipes e disputam os campeonatos, até que na década de 50, algumas autoridades criam os Jogos Escolares. Os clubes sociais e esportivos ainda hoje se valem das equipes escolares para a disputa de campeonatos das chamadas modalidades olímpicas, para cumprimento da lei que manda que pelos três dessas modalidades seja praticado, para pode disputar o campeonato de futebol profissional.

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BOX - SÃO LUÍS JÁ TEVEJosé Ribamar Martins

“Nas minhas andanças em busca do passado, parei no cruzamento das ruas Grande e do Passeio, quando resolvi testar até que ponto os atuais habitantes têm intimidade com sua cidade. Perguntei a três pessoas diferentes que por ali circulavam onde ficava o Canto da Viração. Nenhuma soube dizer e estavam exatamente ali. O antigo deu lugar ao novo. Pó sinal, a origem do nome é muito controvertida. Houve até quem tentasse explicar que é assim chamado porque naquele local as pessoas costumavam se virar para conquistar parceiros amorosos. Outros dizem que é porque ali havia o mais importante cruzamento de linhas de bondes da cidade. Já tive oportunidade de conversar com pessoas antigas e ler alguma coisa a respeito, prevalecendo a opinião de que o nome se deve `a freqüente brisa (ou viração) que sopra formando redemoinhos, comprometendo o recato das donzelas de saia que por lá passavam. Acredito ser esta última a versão verídica e fico com ela.

Será que alguém ainda se lembra da primeira quadra de tênis que existiu em São Luís? Talvez uns poucos. Foi construída por ingleses que moravam e trabalhavam na capital. Ficava na beira-mar, onde hoje existe a sede do Casino Maranhense. Ao lado, de canto com a “Montanha Russa”, existia e ainda existe desativada há muito tempo, uma edícula onde um maquinário processava os dejetos recolhidos de parte da cidade antes de lançá-lo ao mar. Teria sido uma das primeiras usinas de tratamento de esgotos da capital do Maranhão. A outra fic ava na Praia do Desterro, onde outrora existiu uma rampa e atracadouro de embarcações, em frente do antigo e movimentado armazém do “Aracati Campos”. Muito recentemente foram construídos dois modernos terminais com essa destinação no Jaracati e no Bacanga. Também foram os ingleses do Cabo Submarino (The Western Telegraph Company), que construíram nas suas instalações localizadas no Olho d’Água uma quadra de “squach”. Provavelmente foi a primeira e única que já existiu em São Luís.

Bem a propósito de coisas que já existiram em nossa tão querida “Upaon-Açú”, o jornalista Nonato Masson cita diverso, em um de seus trabalhos: um parque permanente de diversões, na Rua dos Remédios, chamado “Tívoli”, que possuía carrossel, cosmorama, tiro ao alvo, bilhares, circo, roda-gigante; o “Velódromo Maranhense”, de iniciativa de Joaquim Moreira Alves dos Santos, o popular Nhozinho Santos, que também introduziu o futebol no Maranhão; Jardim Botânico, situado na atual Praça Benedito Leite, anteriormente chamada Praça João Velho do Vale, Praça 13 de Maio, Praça da Assembléia e, mais recentemente, apenas “Pracinha”; metrô de superfície (o primeiro do Brasil, segundo afirma), que percorria a extinta Estação de Bondes ao Anil; hipódromo, com pista de areia e grama, no João Paulo, próximo da atual feira, criado por um banqueiro chamado João Batista Prado; Escola Agrícola de São Luís, fundada pelo presidente da província João Lustosa da Cunha Paranaguá, nas imediações do riacho Cutim; fábrica de chumbo e pregos, na Rua da Viração; Fábrica de Fósforos do Norte e a Empresa Maranhense de Cortumes Ltda., na Jordoa; Companhia Lanifícia do Maranhão, que industrializava lã e seda, na Madre Deus e, posteriormente, transferiu-se para a Rua das Crioulas, onde também fabricava casimiras; fábrica de cigarros Elba, no Caminho Grande; Escola de Aprendizes Marinheiros, que funcionou no Largo dos Remédios; jardim zoológico, inaugurado pelo governador Luiz Domingues, em 24 de fevereiro de 1911, em espaço interno do Palácio dos Leões; Clube de Regatas Athenas, fundado pelos remadores José Teixeira Rego e Sílvio Fonseca, com sede na Praia do Jenipapeiro, que disputava as regatas no Rio Anil.”

In SÃO LUIS ERA ASSIM (minha terra tem palmeiras, já nem tantos sabiás) RELEMBRANDO LANCHAS E O MEARIM. Brasília: Equipe, 2007 (Capitulo XV, p. 67-69).

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COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO“O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI”

São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009

OS ESCRITOS DE DOM PAULO PONTE: UMA RELEITURA A PARTIR DA ÚLTIMA DÉCADA

RAIMUNDO GOMES MEIRELES E CLAUBER PEREIRA

RELEITURA DE ALGUNS ESCRITOS DE DOM PAULO PONTE À LUZ DOS PRIMEIROS NOVE ANOS DO

SEGUNDO MILÊNIO

CLAUBER LIMASócio efetivo, Cadeira de n° 50

RESUMONeste artigo iremos fazer uma breve biografia de Dom Paulo Ponte e a seguir iremos expor os pontos, a nosso ver importantes na elaboração do seu pensamento. Acreditamos que as gerações de hoje terão muito que aprender com os seus ensinamentos. Iremos tecer alguns comentários também sobre o caráter de Dom Paulo Ponte e sua capacidade de criar harmonia em meio à comunidade cristã. Por fim, iremos analisar o que ficou do seu legado de 21 anos à frente da Arquidiocese de São Luís do Maranhão.

Uma pequena biografia de Dom Paulo PonteApesar de não falar muito nisso, Dom Paulo Ponte sentia-se feliz por fazer parte de

um ramo tradicional de famílias cearenses, que têm suas origens entrelaçadas nas cortes espanholas e portuguesas. Segundo os pesquisadores, Dom Paulo Eduardo Andrade Ponte60

era filho de Frederico Ferreira da Ponte e de Maria Helena Andrade Ponte; nasceu em Fortaleza no dia 24 de Junho de 1931. Foi Professor e Diretor Espiritual do Seminário Maior de Fortaleza (1964-1966); Sagrado Bispo de Itapicoca, ocupou o cargo de 1971 a 1984, quando foi escolhido como Arcebispo Metropolitano de São Luís do Maranhão no dia 24 de Março de 1984 pelo saudoso Papa João Paulo II. Tomou posse no dia 17 de Junho daquele ano na quadra do Colégio Marista, debaixo de uma chuva torrencial. Era muito tímido no trato pessoal, mas um excelente pensador e, quando tinha tempo conseguia articular seu pensamento por escrito de forma brilhante. Como excelente Teólogo que era foi membro da Comissão Episcopal de Doutrina da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil); foi Presidente do Departamento de Catequese do CELAM (Conselho Episcopal Latino-Americano). Na sua administração à frente da Arquidiocese realizaram-se várias auditorias e as finanças foram sanadas e começou-se a cobrar um percentual de 5 % às paróquias para manutenção da Cúria Metropolitana; aumentou-se o número de Paróquias e Quase-Paróquias;

60 Cf. MARQUES, César Augusto. Dicionário Histórico-Geográfico da Província do Maranhão. 3ª edição revista e ampliada, Edição Crítica de Jomar Moraes. Índice remissivo de Lino Moreira. Documentos Maranhenses – 20. São Luís: Edições AML, 2008, p. 260.

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com o seu apoio várias Congregações e Ordens Religiosas se estabeleceram na Capital e interior do Estado e foi dado todo apoio ao Coordenador de Pastoral: canadense de origem, mas maranhense de coração e alma, Monsenhor Marcel Pépin. O Tribunal Eclesiástico e a Chancelaria foram reativados, com a ida de Padre Dr Raimundo Gomes Meireles para Roma fazer Doutorado em Direito Canônico. Mesmo sentindo-se feliz por ser membro da família Ponte, preferiu estar próximo do Carmelo61 e dos pobres nos seus últimos dias sobre esta terra.

Como vimos anteriormente Dom Paulo Ponte teve uma excelente formação teológica e filosófica na Roma dos anos cinqüenta. Esta cidade eterna foi seu berço de ouro por onde alimentou seus sonhos e esperanças de homem de Deus e do Evangelho. Os estudos em Paris, no Instituto Católico de Paris reforçam o seu aprendizado e faz com que a sua expressão no falar tenha profundidade e agudeza de espírito. Tinha o domínio de um vocabulário riquíssimo e saber traduzir o latim de fácil e serena. Aquela Paris pagã não o fez perder a fé e o zelo apostólico, que se manifestou cedo em sua vida de padre recém formado.

Junto com sua formação intelectual teve na figura do seu pai um exemplo de homem de oração e de contato com o sagrado. Desde cedo quis ser Sacerdote para que a Eucaristia não estivesse ausente das comunidades e das paróquias mais distantes. O Ceará lhe ofereceu o ensino no Seminário e o seu aprendizado como Bispo de Itapipoca, mas foi a experiência de Arcebispo Metropolitano de São Luís que o fez descobrir novas experiências e confrontar-se com a diversidade antropológica e miscigenação cultural do povo maranhense. Sem o Maranhão sua vida teria sido um simples seguir o caminho traçado por suas ancestrais. Aqui ele aprendeu a trabalhar com poucos recursos e a aprofundar sua capacidade conciliatória. Diversos como somos, fizemos dele um pregador e um conciliador.

Posse como Arcebispo de São Luís do MaranhãoFicamos conhecendo melhor os traços de Dom Paulo Ponte quando da sua

transferência de Itapipoca – Ceará, para São Luis. Decorria o ano de 1984 e, quando dos preparativos para a sua vinda, os seminaristas

da época foram designados para afixar cartazes de boas-vindas pela cidade ao novo Arcebispo e o povo perguntava: quem é este novo candidato? Nós nunca vimos ninguém parecido por estas bandas. Era preciso explicar que era o novo Arcebispo que chegava e ai o povo ficava contente. - Nunca mais ficaremos sozinhos: dizia o povo simples do Mercado Central. A sua vinda trouxe muito entusiasmo às comunidades e a todo o clero. Era Paulo que vinha com seu ardor missionário trazer uma nova palavra de esperança para o povo sofrido e angustiado pela fome de pão e pela falta de amor.

Na sua homilia de posse ouvimos não a fala de um homem comum, mas a do Pastor das ovelhas perdidas da casa de Israel. Parecíamos estar diante de Paulo em Atenas falando para os sábios e entendidos, mas ao mesmo tempo com uma atenção especial para os seminaristas, futuro da Igreja através das vocações sacerdotais e para as famílias cristãs, manancial de todas as vocações. Todos eram incluídos em suas palavras.

A Igreja que Dom Paulo Ponte encontrou no Maranhão tinha sido uma Igreja forte com o trabalho de Dom José de Medeiros Delgado, mas dependia muito do dito clero estrangeiro como podemos constatar no texto que estes padres prepararam em 1968 em que eles se questionam sobre seu trabalho pastoral no Maranhão e sobre o futuro da Igreja nestas terras, já que o “… povo de Deus no Maranhão vive muitos valores cristãos e evangélicos, embora se ressentindo da falta de evangelização” 62. Com a vinda de Dom João José da Mota

61 Com sua residência próxima ao Carmelo poderia escutar talvez o canto das Irmãs Carmelitas e contemplar antecidamente a eternidade. 62 Cf. Comunicações. Padres Estrangeiros do Maranhão questionam sua Missão entre nós. Revista

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e Albuquerque e sua saúde debilitada a Igreja de São Luís e porque não dizer, do Maranhão entrou em marasmo e a crise que foi pré-anunciada pela carta dos padres estrangeiros no Maranhão tornou-se mais aguçada do que nunca. A crise de vocações sacerdotais acirrou-se eDom Mota viu-se obrigado a administrar a crise, aceitando o fechamento do Seminário Santo António e o declínio da participação dominical na Eucaristia. Apesar de todas as suas dificuldades Dom Mota foi buscar apoio das Irmãs Paulinas em São Paulo; no final dos anos 80 fez um projeto de retomada das atividades acadêmicas do então Centro Teológico do Maranhão, mas ficou apenas no alicerce devido ao declínio da sua saúde. Lembro-me que quando jovem ia a Missas presididas por ele e chamava a atenção o fato dele sentir muito calor, talvez pelo fato de não tiver mais aquela resistência física típica do nordestino. Apesar de ter nascido em Pernambuco, não se adaptou ao calor equatorial maranhense e andava com um ventilador portátil a pilha. Talvez este fosse um sinal de que a Igreja estava parada porque o Arcebispo não tivesse condições psicológicas para administrar a mesma, porque suas idéias estavam como que aquecidas demais para poder elaborar algo melhor para o futuro. Com a sua ida para Recife preparar-se para ir à casa do Pai, coube a Dom Paulo Ponte a retomada do alicerce e construção do Instituto de Teologia. No caso de Dom Mota e Dom Paulo Ponte aconteceu o que foi dito em São João: “Porque eis que se pode dizer com toda verdade: Um é o que semeia outro é o que ceifa” 63. Dom Mota semeou muitas coisas boas na Arquidiocese mas muitas delas só germinaram no tempo de Dom Paulo Ponte, como o caso do prédio do CETEMA, hoje IESMA. Isto acontece porque as coisas de Deus têm seu tempo próprio. Não adianta querer adiantar-se porque Deus é que destina tudo o que nos acontece de bom. Mesmo tendo feito muito pela Arquidiocese de São Luís, Dom Paulo Ponte não esgotou as suas possibilidades e, aquilo que não concretizou sonhou. Muitas coisas sonhadas por ele e nunca concretizadas se tornarão realidade ainda no tempo de Dom José Belisário, como a casa para o Clero idoso ou o Clero em transição de uma Paróquia para outra, etc. O que importa é que o Espírito Santo continue a iluminar os corações de todos os cristãos e que a Igreja continue a anunciar a Boa Nova. Deus irá enviar sempre pastores, doutores e presbíteros para animar o povo de Deus em sua missão na terra.

Apesar do que falamos sobre o legado de Dom Mota é preciso salientar que o legado de Dom Paulo Ponte foi difícil, mas ele não esmoreceu e trabalhou arduamente pelas vocações, conseguindo recuperar os anos perdidos e hoje a Igreja do Maranhão pode dizer que tem novamente um clero nativo e dinâmico. É preciso que este clero maranhense nativo esteja agora aberto à dimensão missionária da Igreja universal tão carente de lideranças e de sacerdotes na Europa, na América do Norte e Ásia.

Lembramos com saudades de todas as suas inúmeras homilias feitas sempre com grande entusiasmo, mesmo num simples encontro de comunidades lá para as bandas de Axixá ou Humberto de Campos. Como o apóstolo São Paulo, Dom Paulo Ponte falou sempre sem medo para todos os grupos e Instituições da Sociedade e criava em torno em si certa harmonia que nos faz falta neste novo Milênio. Há quem dissesse que ele era em cima do muro e que não sabia tomar decisões mas na verdade, quando uma havia uma desavença qualquer ou um conflito, ele gostava de ouvir todas as partes envolvidas e de uma forma harmônica, ouvido o Conselho Presbiteral, tomava a melhor decisão. Ele sabia como ninguém escutar e tomar uma decisão que não deixasse ninguém sentir-se como o rei que foi declarado nu pela inocência infantil64. Sua atitude baseava-se na convicção de que não se deve humilhar ou ofender Eclesiástica Brasileira, Petrópolis, vol. 28, fasc. 2, Junho de 1968, p. 371.

63 Cf. Bìblia Sagrada – Nova Edição papal – traduzida das línguas originais com uso crítico de todas as fontes antigas pelos Missionários Capuchinhos. São Paulo: Stampley Publicações Ltda: São João 4,37.

64 Cf. ANDERSEN, Hans Christian. Andersen's Fairy Tales. Project Gutenberg, Posting Date: October 10, 2008 [EBook #1597]: "'But the Emperor has nothing at all on!' said a little child". A criaça falou em público o que todos pensavam em segredo. Dom Paulo Ponte não era assim porque pensava nas consequências que tal ato de desnudar uma pessoa em frente de todos podia ocasionar para a sua saúde física e espiritual. Não que ele

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alguém publicamente. Outra motivação para isso era sua generosidade, compaixão e amor pelo próximo e sua atitude de manter a comunidade em paz em sintonias de desarmonia65.

Em Louvain-la-Neuve, na Bélgica, em 1990, Dom Paulo Ponte foi bem acolhido por Raymonde Harchies, belga de nascimento, mas com um coração totalmente maranhense. Foi bem recebido também pelos professores e alunos do curso de Teologia, sendo que o Professor Vander-Perre teve uma longa conversa com ele. O professor Soetens até lhe beijou a mão em sinal de reverência e dizia: “Ali vai um apóstolo de Cristo”. Teve a ocasião de falar sobre a Igreja do Brasil para um grupo de leigos e estudantes no Mosteiro das Irmãs Beneditinas. Falou da realidade do Brasil, mas só do ponto de vista sociológico, mas também espiritual, salientando a importância das CEBS para o fortalecimento da fé do povo e para o seu engajamento social e solidário em vista de uma sociedade melhor. Era um homem universal porque sabia pregar em Louvain e na mais humilde comunidade da Arquidiocese. Sempre foi um incansável pregador e falava com firmeza, mesmo nos momentos mais corriqueiros de um retiro com o Clero ou com os Seminaristas.

Dom Paulo Ponte assumiu o governo da Arquidiocese de São Luís com coragem e desenvoltura, mas também soube aceitar sua resignação como quem diz: - Fiz o que pude; outro que ocupe o meu lugar! Com esta atitude não teve em nenhum ressentimento quando se tornou Bispo Emérito mas, pelo contrário, sentiu muita alegria por ter cumprido sua missão: “Numa Diocese, o motivo principal de preocupação não deve ser o cargo e a saúde do Bispo mas o bem pastoral e spiritual das ovelhas a ele confiadas. É por esse motivo que muito me alegro com a nomeação de um novo Arcebispo saudável e bem disposto para São Luís, Dom José Belisário da Silva, até agora Bispo de Bacabal”66. É grandioso vê-lo assumir sua timidez e pedir perdão pelas coisas que ficou impedido de fazer por causa do medo. O testemunho psicanalítico de Dom Paulo Ponte a respeito de sua timidez e o medo do mundo, deve servir como um alerta para que os seminaristas de hoje sejam formados na esperança e não no medo assustador do Reitor, do Bispo e do povo, porque isto atrapalha muito a vida de um Sacerdote ou de um Bispo.

Depois do seu afastamento das suas atividades de Arcebispo, passou por muitos tratamentos e envelheceu rapidamente. Em 2008 vi o caminhando ao lado de Bitinha em direção à residência arquiepiscopal e, sua forma de andar e estrutura física denunciavam o agravamento do seu estado de saúde.

Nos dias em que Dom Paulo se encontrava muito mais adoentado, muitos de nós ofereceram-lhe orações e desejos de pronto restabelecimento da sua saúde, mesmo sabendo que, como Paulo, ele amava tanto o Senhor Jesus que não temia nada nesta vida. Foi na fé que Dom Paulo Ponte partiu deste mundo e nos deixou um exemplo de serenidade face à morte e de uma firme esperança de que iremos ressuscitar como Cristo.

Dom Paulo Ponte partiu, mas como Paulo a sua missão continua. Ainda há muito que fazer neste novo século. Precisamos mais do que nunca do seu testemunho, dos seus conselhos e da sua intercessão junto do Pai. As Comunidades do Maranhão têm nele uma fonte viva de atuação na Igreja do Brasil nos difíceis anos oitenta, em que estávamos no final

concordasse em manter a pessoa na mentira mas, neste caso ele a chamaria privadamente e lhe falaria ao coração dizendo que fosse vestir-se pois estava nú.65 Cf. From a letter to the Corinthians by Saint Clement, pope: "Who then among you is generous, who is compassionate, who is filled with love? He should speak out as follows: If I have been the cause of sedition, conflict and schisms, then I shall depart; I shall go away wherever you wish, and I shall do what the community wants, if only the flock of Christ live in peace with the presbyters who are set over them. Whoever acts thus would win great glory for himself in Christ, and he would be received everywhere, for the earth is the Lord’s and the fullness thereof. Thus have they acted in the past and will continue to act in the future who live without regret as citizens in the city of God".66 PONTE, Paulo. Nota Ilustrativa. São Luís: Texto Impresso, 21 de Setembro de 2005, às 07:44.

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da Ditadura Militar, com as buscas de uma retomada da Democracia mas com uma inflação avassaladora e um déficit público e social que poucas viu-se presente na História da República.

Todos nós que vivemos neste novo Milênio queremos nos defrontar com sua obra intelectual e com o seu jeito fecundo de falar da figura de Paulo. Sua pessoa continua a levar reconforto para os que mais precisam do nosso testemunho cristão e, por isso iremos nos confrontar nos próximos dias e meses com o seu pensamento para tirar daí subsídios para a Igreja e para a Sociedade Civil. Sua morte entristeceu a todos mas agora chegou o momento de fazer um apanhado dos seus escritos e daquilo que ele disse ou pensou e formular um pensamento coerente que irá ajudar as gerações futuras a encontrarem o seu caminho no contexto Histórico e Geográfico em que vivemos.

O pensamento de Dom Paulo Ponte em geralLembramo-nos com vigor que Dom Paulo Ponte se empolgava com os comentários do

saudoso Papa João Paulo II a respeito do novo Milênio. As referências e citações dos textos do Papa mostravam o quanto Dom Paulo mesmo é que estava entusiasmado com o Advento do novo Milênio mas era com a sua empolgação que todos nós ficávamos contagiados. No encontro com os Seminaristas na Casa de Praia dos Padres Combonianos, ele falava da necessidade de que a pessoa humana do novo Milênio tivesse que estar pronta para encontrar-se com a Mensagem salvífica de Cristo.

Apesar de ter vivido em outra época, os escritos produzidos por Dom Paulo Ponte têm um método científico próprio que podem e devem ser atualizados ao contexto dos últimos 9 anos deste século XXI. Esta última década foi marcada pelo desenvolvimento de softwares, pela exposição da juventude na mídia através vários shows abordando uma realidade construída em laboratório, pelo bicentenário de nascimento de Darwin e sua atualização para os dias atuais, com o surgimento de um novo ateísmo67. Caberá às novas gerações assimilar para transformar estas novas correntes. Dom Paulo Ponte soube assimilar e criticar os seus contemporâneos, dando-nos o exemplo de como a pesquisa deve ser séria e sem medos infantis de enfrentar qualquer tema.

O pensamento de Dom Paulo Ponte percorre os anos sessenta e seus sonhos de liberdade, passa pelos duros anos setenta e chega à crise inflacionária dos anos oitenta e seus conflitos agrários. Este é o homem e o seu tempo e devemos procurar compreendê-lo e amá-lo neste contexto, para não incorrermos no erro do pré-julgamento como dizia José Dirceu durante as investigações da CPI do Mensalão em 2005.

Vindo de uma família abastada, não foi fácil para ele ter um pensamento próprio, já que seus condicionamentos o levaram a ser um pequeno burguês. Apesar disto tudo, houve momentos marcantes em que buscou sair deste seu meio social e procurar compreender a realidade dos pobres à luz do Evangelho. Foi neste sentido que em 1961 fez uma experiência ou um estágio com os Irmãozinhos de Charles de Foucault68. Dessa sua experiência saiu modificado, porque se confrontou com os pobres e com Jesus na pobreza de Nazaré. Todos nós teríamos sentido o mesmo e por isto que é muito importante buscarmos descobrir nossas origens sociais e antropológicas.

Dom Paulo Ponte tinha um espírito aguçado e estava sempre à procura das causas de qualquer acontecimento ou fenômeno empírico à sua volta. Não se contentava com a simples 67 Numa citação ousada, Richard Dawkins desafia os Teólogos dizendo que a mesma não é um sujeito com possibilidades de pesquisa porque não tem nenhum cunho científico e defende a evolução tão somente das espécies, sem nenhuma outra alternative plausível : “I have yet to see any good reason to suppose that theology (as opposed to biblical history, literature, etc.) is a subject at all”. Cf. Dawkins, Richard. The God delusion. New York, Houghton Mifflin Company, 2006, p. 57. 68 Cf. Texto inédito: + Paulo Ponte, Bispo (in memoriam): Necrológio de Manfredo Ramos.

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repetição do dado acabado. A prova disto é que em seus artigos buscava a causa destes fenômenos: "A única atitude sensata é perscrutar as causas do fenômeno, para poder agir sobre elas e modificar assim o seu curso69". A Teologia moderna, a Psicologia e a Sociologia aprenderam muito com esta forma de análise. Pressentimos aqui certo Tomismo tardio em Dom Paulo e uma conseqüente derivação Aristotélica. Em sua maneira de inquirir qualquer assunto buscava as causas: "Vamos agora considerar o objetivo (causa final)…70". Se queremos mudar algo na Sociedade ou em nossa vida pessoal, temos que conhecer a realidade e as causas do porque é assim e não de outra forma. Atualizando um pouco seu jeito de pensar para os dias de hoje podemos afirmar que: Só o confronto com a causa do porque chegamos à situação de crise mundial é que poderemos encontrar o caminho de saída para a crise. Mas isto seria assunto para outro ensaio. O que importa retomar aqui é seu pensamento e confrontá-lo com a realidade na qual foi formado.

Nesta sua busca pela causa de tudo o que acontece, é que se explica certa prudência no agir e falar, pois sua visão de Jesus era a de que ele: "Quis combater diretamente, não os efeitos, mas as causas últimas da exploração do homem pelo homem: a condição pecadora da humanidade – o orgulho, o egoísmo, o ódio, a auto-suficiência…” 71. Isto faz-nos entender porque o seu esboço de "Teologia da revolução" culminou com uma Teologia da Redenção, que para ele era muito mais abrangente e mais fundamentada no Mistério da Redenção.

Dom Paulo Ponte pensava no começo de sua carreira como padre, que diante de circunstâncias de opressão, o cristão não pode omitir-se e deve por amor fazer com a que a justiça se estabeleça na terra. Com isto se adéqua bem a afirmação, em relação ao comportamento do cristão em seu engajamento social: "não pela violência, mas pela coragem, unida embora à serenidade e à mansidão". Esta coragem é maior que a violência, porque implica construir o futuro, envolvendo a todos no projeto cristão de vida em abundância para todos. Para viver é preciso ter coragem, que é mais forte que uma revolução mal preparada. Coragem para administrar recursos escassos e fazer milagres com um pouco de pão. Esta é a sabedoria que nos vem do Evangelho e que Dom Paulo Ponte soube bem observar entre os mais pobres.

Além das causas buscava também nosso autor uma aplicação para a realidade, pois escutava as pessoas ou os colegas para ver a repercussão que teria uma tomada de posição qualquer. Como exemplo disto podemos citar o estudo que ele fez da Encíclica de Paulo VI Sacerdotalis Caelibatus em que foi à procura do que diziam seus colegas a este respeito e trouxe alusões da necessidade de se continuar a pesquisa porque haviam insatisfações com a forma do texto da Encíclica posicionar-se sobre assunto tão vasto e complexo: “… as várias queixas e reclamações de padres, mesmo após a publicação da encíclica, mostram que certos aspectos do problema permanecem obscuros. Faz-se mister ‘promover estudos’ para esclarecê-los e ‘confirmar’ o verdadeiro sentido espiritual e o valor moral da virgindade e do celibato”72. Em sua busca das causas das coisas e do pensamento racional, sabia muito bem argumentar e sintetizar seus argumentos.

Prevendo talvez um esvaziamento na Igreja devido uma carência espiritual, Dom Paulo Ponte foi mudando sua forma de pensar e já nos últimos anos tinha um tom mais

69 PONTE, Paulo. A Concepção Virginal de Jesus. Revista Eclesiástica Brasileira , Petrópolis, vol. 29, fasc. 1, Março de 1969, p. 39. 70 Id. Ibid., p. 54. 71 PONTE, Paulo. A Morte de Cristo e a Libertação temporal dos Homens. Revista Eclesiástica Brasileira, Petrópolis, vol. 28, fasc. 2, Junho de 1968, p. 339. 72 Id. Celibato Sacerdotal e Lei do Celibato, Revista Eclesiástica Brasileira, Petrópolis, vol. 27, fasc. 3, Setembro de 1967, p. 568.

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moderado e buscava conciliar a parte oponente numa discussão. Sua busca por uma espiritualidade mais autêntica para o Clero e os cristãos em particular fez com que, sem abandonar a pregação pela justice social, se voltasse mais para questões de ordem Mística.

Possível repercussão do pensamento de Dom Paulo Ponte neste novo MilênioEstes últimos 9 anos do século XXI têm sido marcados por um esvaziamento do

sentido do Místico e do Sagrado onde as pessoas se voltam mais para o seu conforto emocional enquanto indivíduos e não mais como membros de uma Comunidade paroquial. Os jovens estão muito expostos à mídia e com um vazio interior muito grande, provocando inúmeros casos de suicídio no Canadá e nas nações mais abastadas. Dom Paulo Ponte ficou assustado com esta realidade e buscou a partir deste momento, em tudo o que fazia harmonizar uma vida de trabalho e estudo intelectual com uma vida de mística e oração. Acordava sempre mais cedo para ter tempo de fazer suas orações. Como intelectual e místico, tinha uma sede pelas coisas ligadas ao transcendente. Com certas nuances brasileiras e tupiniquins, sua mística tinha muito do que se pode encontrar nesta afirmação: "Os místicos afirmam que a experiência mística, o veículo do conhecimento místico, geralmente é o resultado de treinamento spiritual que envolve alguma combinação de oração, meditação, jejum, disciplina corporal e renúncia às preocupações mundanas"73. No artigo em que debate o tema do Celibato Sacerdotal, tema sério e cheio de nuances, procurou analisá-lo não só do ponto de vista da Doutrina da Igreja mas do ponto de vista da Mística cristã. “Nunca no meu seminário ouvi uma conferência sequer sobre o celibato como estado de vida e suas motivações teológicas. Lembravam-nos várias vezes a obrigação do celibato com pouca fundamentação bíblica, mais na linha de uma ascese negativa do que de uma mística positiva e teologal"74. Sua preocupação com a fundamentação bíblica e sua busca de uma resposta junto à mística são de que ele era pastor e guia do povo de Deus, fundamentado nas Escrituras e na Oração. Por esta razão talvez seja que tenha ocupado cargos de destaque na Igreja do Brasil e América Latina mas não tenha conseguido subir no conceito junto à Cúria Romana. Não importa muito para nós que a Santa Sé não tenha sabido aproveitá-lo melhor. Aqueles que o conheceram e que gozaram da sua intimidade tiveram o privilégio de presenciar um homem com uma mente fecunda e um espírito de oração arraigado nas melhores fontes da Mística cristã.

Falta para esta época em que vivemos o sentido do valor da educação humana como um todo. A educação é vista como um apêndice do Mercado de trabalho. Normalmente formam-se hoje os jovens para o imediatismo de assumir uma responsabilidade pastoral, financeira ou administrativa, sem deixar que eles amadureçam suas diversas opções de vida no sacerdócio, na sociedade ou na política. Precisam renovar os quadros da Sociedade e da Igreja e não perdem tempo com formação em longo prazo. Dom Paulo Ponte pensava o contrário e investia na formação acadêmica e espiritual do clero, facilitando ou intermediando o favorecimento de bolsas de estudo para que seus quadros tivessem uma formação humano-afetiva de qualidade. Estava sempre disposto a facilitar a continuidade da formação do clero e ele mesmo está sempre envolvido em Congressos Nacionais ou Internacionais.

Tem-se visto nestes últimos anos o aumento da mobilidade humana no mundo, conseqüência da globalização, em que famílias são obrigadas a mudar de país, cultura e ambiente social e isto causa graves prejuízos para a sociedade em geral. Apesar de não ter sido um grande tema da sua época, Dom Paulo Ponte se interessaria por este tema porque

73 Dicionário de Filosofia de Cambridge. 2ª ed. São Paulo: PAULUS, 2006, p. 636.74 Id. Celibato Sacerdotal e Lei do Celibato, Revista Eclesiástica Brasileira, Petrópolis, vol. 27, fasc. 3, Setembro de 1967, p. 548.

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estava aberto a tudo o que dizia respeito às condições sócio-econômicas e espirituais dos empobrecidos da sociedade.

Nestes últimos anos acirrou-se cada vez mais a importância dos meios de comunicação e da internet na vida das pessoas. Já em 1997, mas muito mais em 2003, Dom Paulo Ponte fazia uso da internet para comunicar-se com o clero ou amigos em outras regiões do Brasil e do Mundo. No dizer do Papa Bento XVI: “Os meios de comunicação de massa tornaram hoje o nosso planeta menor, aproximando rapidamente homens e culturas profundamente diversos. Se às vezes este ‘estar juntos’ suscita incompreensões e tensões, o fato, porém, de agora se chegar de forma muito mais imediata ao conhecimento das necessidades dos homens constitui, sobretudo, um apelo a partilhar a sua situação e as suas dificuldades"75. Em sintonia com o que disse o Papa sobre a importância dos meios de comunicação para a Evangelização e solidariedade com os mais empobrecidos, Dom Paulo Ponte, além da internet, gostava de fazer seu Programa Semanal na Rádio Educadora e via nisto uma fonte importante de partilha da fé e do congraçamento de todos numa solidariedade e partilha dos dons da terra, do pão e da esperança.

Como Pastor globalizado que era, esteve em Congressos de Juventude no Canadá, fazendo palestras para pequenos grupos em Toronto e Saskatoon e participou de um Encontro Eclesial em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Gostava de viajar para levar a Boa Nova a outras partes do mundo. Era um homem incansável e cheio de vitalidade que tinha uma sede de que Cristo fosse não apenas conhecido, mas amado em todos os lugares.

Já nos últimos anos Dom Paulo Ponte não escrevia mais e quando indagado, dizia, com sua voz contundente: “- É falta de tempo rapaz!” mas mantinaa sua paixão pelas atividades da Igreja e dos seus leigos e leigas nos seus diversos ministérios. Mesmo com as suas ocupações todas, estava sempre com um livro na mão ou com o Breviário aberto em atitude de oração. Dizia que o gesto de cruzar as mãos auxiliava na concentração com o Divino.

Como paixão grande que tinha e que manteve até o final pode-se mencionar o Seminário de Santo António e as atividades acadêmicas do IESMA (Instituto de Estudos Superiores do Maranhão e da SOMACS – Sociedade Maranhense de Cultura Superior, empenhando-se em indicar nomes de padres como o caso do Padre Dr Raimundo Gomes Meireles, para o Conselho Diretor da Universidade Federal do Maranhão. Outra paixão que o acompanhou até quando pode foi a leitura de bons livros. Precisávamos recuperar sua Biblioteca abandonada pelos cantos do Seminário e pesquisar nas fontes que ele pesquisou e encontrar novos subsídios para este novo Milênio, sedento de coisas novas e novas idéias para iluminar o espírito. Talvez encontremos algum livro grifado por ele e que irá nos ajudar a dar maiores passos na reflexão e compreensão do ser humano.

Conclusão Dom Paulo Ponte foi pastor e guia do seu povo e dos seminaristas que tiveram a

oportunidade de conviver com ele. Sabia conversar com o sábio e com o pobre, e não se assustava ao entrar numa residência humilde, sentindo-se à vontade. Isto está diminuindo entre o Episcopado, que se vê mais como interlocutor da Instituição e da Lei Canônica do que como Discípulo de Cristo Servo Sofredor: “O Senhor Deus deu-me língua de discípulo para que eu saiba dizer ao abatido uma palavra de alento”76.

75 BENTO XVI. Deus Caritas Est: Deus é amor. Carta Encíclica do Santo Padre. Documentos do Magistério. São Paulo: Paulus & Edições Loyola, 2005, p. 38. 76 Cf. Bìblia Sagrada – Nova Edição papal – traduzida das línguas originais com uso crítico de todas as fontes antigas pelos Missionários Capuchinhos. São Paulo: Stampley Publicações Ltda.: Isaías 50,

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Alegrou-se sobremaneira com o novo Milênio e com a possibilidade de poder trabalhar até o fim das suas forças nesta nova era para a Igreja e o Mundo. Quando da sua renúncia, sentiu-se como alguém que cumpriu sua missão de forma proveitosa e satisfatória para a maioria.

A linha básica do pensamento de Dom Paulo Ponte era a Teologia Dogmática na qual foi formado. Acreditava que havia uma intrínseca interdependência entre a Teologia e o Mistério Cristão. “É preciso não esquecer que uma resposta só será teologicamente válida se, em última análise, ela estiver apoiada nos alicerces mais profundos, embora menos imediatos, do mistério cristão”77. Portanto, ao analisar sua forma de pensar é preciso alimentar-se das fontes de que ele mesmo se alimentou e, a partir daí questioná-lo e ver as reais possibilidades de atualização da sua forma de pensar e agir. Havia em seu pensamento resquícios de um Tomismo tardio, que alimentou a Tradição da Igreja e formou aquilo que se costuma chamar de Teologia perene. É neste contexto Tomista que se compreende sua preocupação em manter-se em harmonia com o Mistério Cristão e com os resultados da Redenção de Cristo para a humanidade. Quer aceitemos ou não, sua visão de Cristo Libertador era a seguinte: “Pelo testemunho oral e vivido que deu à verdade, selando-o com uma morte sangrenta, Cristo pretendeu libertar os homens da dominação da mentira, ou seja, de toda alienação78”.

Seu pensamento teve muita influência nos órgãos de que fez parte e junto àqueles que o conheceram e ajudou a moldar os elementos para um melhor conhecimento da realidade Geográfica e do momento Histórico em que vivemos.

Tinha uma visão tão global do Mundo que isto o movia e fazia com que seus olhos brilhassem de alegria ao entrar em contato com outra civilização. Como o escultor pernambucano Francisco Brennand, há pessoas que não gostam de sair do seu lugar mas ele adorava viajar e conhecer outras realidades humanas para levar-lhes uma mensagem de esperança e ânimo para a vida. Anunciar uma esperança solidária para com os que sofrem pela dor da fome ou por uma depressão angustiante, é o que necessitamos nestes tempos difíceis de crise mundial e financeira. Isto o tinha Dom Paulo Ponte, porque acreditava que "Christus heri et hodie".

Por causa do seu entusiasmo com tudo que fazia, convém então inquirir: Crise mundial e direito dos pobres: o que Dom Paulo pensava disto?

Este seria um tema que poderia ser trabalhado em outra ocasião ou por outros autores desta nova geração. Deixo-lhes a idéia para que façam avançar mais ainda seu pensamento para os dias de hoje.

Agradecemos ao Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão - IHGM, na pessoa da sua Presidente, Professora Eneida Vieira da Silva Ostria de Canedo, pela oportunidade de poder analisar o pensamento de Dom Paulo Ponte neste Seminário sobre os primeiros nove anos do Novo Milênio e a todos os amigos e amigas que me ajudaram com suas sugestões e oferta de material bibliográfico como foi o caso do Pe. Dr Raimundo Gomes Meireles, sócio efetivo desta Casa.

77 Id. A Morte de Cristo e a Libertação temporal dos Homens. Revista Eclesiástica Brasileira, Petrópolis, vol. 28, fasc. 2, Junho de 1968, p. 328. 78 Id. Ibid., 341.

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COLETÂNEAS DO SEMINÁRIO“O MARANHÃO NA PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI”

São Luís, 04 a 06 de agosto de 2009

LANÇAMENTO DE LIVROS DOS SÓCIOS EFETIVOS

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ADESÃO DO MARANHÃO À INDEPENDÊNCIA

OSVALDO PEREIRA ROCHA79

A História do Brasil registra e, anualmente, no dia 28 de julho, comemora-se o fato de o Estado do Maranhão haver aderido à Independência do Brasil, quase um ano depois do grito do Ipiranga, dado por Dom Pedro I, em 07 de setembro de 1822, adesão esta que ocorreu em 1823.

Nesse período, São Luís do Maranhão era uma das quatro cidades mais conhecidas e importantes do País. E devido à estreita ligação, inclusive sanguínea dos comerciantes portugueses que aqui viviam com a Coroa Portuguesa houve resistência à adesão.

Todavia, as tropas portuguesas instaladas no Maranhão acabaram sendo cercadas por terra e mar e, por isso, não tiveram outra alternativa, senão renderem-se. A partir daquele dia 28 de julho de 1823, o nosso Estado deixou de ser Colônia de Portugal para constituir-se em Província do Império do Brasil.

Atualmente, a data supracitada é vista pela maioria como mais um dia de feriado ou facultativo, para não irem ao trabalho ou, ainda, um dia qualquer; muitos desconhecendo o seu valor histórico.

Todavia o Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão – IHGM – e o Município de São Luís ou até o Estado do Maranhão quase sempre a comemoram com palestras, seminários ou outros eventos.

No dia 29 de julho de 2009, por exemplo, o IHGM comemorou a data com uma palestra proferida por um dos seus sócios efetivos designado pela Presidenta Eneida Vieira da Silva Ostria de Canedo. Como assim foi a referida data não passou em branco.

79 Colaborador (Registro DRT/MA nº 53). Sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão – IHGM e seu ex-Vice-Presidente. E-mail: [email protected]

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ADESÃO DO MARANHÃO À INDEPENDÊNCIA80

ÁLVARO URUBATAN MELOSócio efetivo – Cadeira 54

Considerando a afinidade do Maranhão com Portugal foi justa e compreensível a resistência de ele aceitar e aderir à Independência brasileira.

Revendo a história, por duzentos e um anos, teve a autonomia e viveu separado das unidades federativas do resto do Brasil.

Sabe-se que tão logo ocorreu a derrota dos franceses, o rei Filipe III da Espanha, e II de Portugal, por Carta-Régia de 04 de maio de 1617, criou o Estado autônomo, “compreendendo as duas capitanias gerais, do Maranhão e do Grão-Pará e ficava considerado parte do Brasil, para o fim de para ele se mandarem degredados” (História do Maranhão – Carlos de Lima, pág. 243).

Com Carta-Régia de 13 de junho de 1621, foi criado o Estado do Maranhão, com aquelas duas capitanias e outras secundárias e separado definitivamente do resto do País, com a área que abrangia dos baixios do Cabo de São Roque até o Rio Solimões (Oiapoque), compreendendo hoje os Estados dos antigos territórios, Amazonas, Pará, Maranhão e Piauí.

No decorrer dos anos essa região, conforme interesse de Portugal, sofreu várias alterações, perdendo por último em 1811, o Piauí, mas sempre deixando o Maranhão ligado diretamente, em todos os sentidos, inclusive a parte religiosa, com o nosso bispado sufragâneo ao de Lisboa e não do Primaz da Bahia.

Somente com a chegada da Família Real ocorreu à integração do território nacional foi que o Maranhão passou a receber ordens de Dom João VI, consolidada com a elevação do Brasil a 26 de dezembro de 1815, a categoria de Vice-Reino de Portugal e Algarves com a extinção dos Estados Coloniais que passarem ser denominados de Províncias.

Antes da Transmigração, em 1801, o Conde Linhares sugeriu ao Príncipe Regente a nomeação de um vice-reino em lugar de um simples governador do Pará, com predomínio na administração do Maranhão, Mato Grosso e Goiás.

João Ribeiro comenta – o extremo Norte do Brasil ou antigo Estado do Maranhão (do Amazonas ao Piauí) que até o tempo da Independência se desenvolveu separadamente do Governo Geral.

Até mesmo já na Regência de Dom Pedro I, quando Portugal ainda não sabia ou assim fingia, da Proclamação da Independência do Brasil, determinou pelo Decreto Real de 24 de dezembro de 1822, cujo art. 1º transferia a sede da Regência do Rio para Bahia; no art. 2º que todas as Províncias do Brasil ficavam sujeitas à Regência, exceto as do Pará e Maranhão.

ACESSO À METROPOLE. Esse elo Maranhão – Lisboa não se deu por opção e sim por contingências marítimas,

conseqüentemente, fatores geográficos econômicos. Levando-se em conta ensinamentos da marinharia seiscentistas, expostos no livro O Trato dos Viventes, de Luiz Felipe de Alencastro adverte: o oceano está cortado por vias balizadas, canalizadas pelas correntes e pautadas pelas estações.

80 Palestra proferida no dia 29 de julho de 2009, por ocasião das comemorações da adesão do Maranhão à Independência, data magna do IHGM.

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Acresce que, essas viagens entre Portugal e o Maranhão, devia obedecer a um calendário marítimo preciso, uma “janela” sazonal delimitada (sic). Mencionava, ainda, que deveria largar de Lisboa entre os dias 15 a 25 de outubro para chegar a Recife cerca de dois mais tarde, e que a volta ocorresse até o final de abril para aportar em Lisboa, no mês de julho. Advertia que fora desse período, dobrava no mínimo o tempo de duração, com risco da tripulação pelas tempestades sazonais, sedes e doenças nas calmarias ao largo da zona equatorial africana.

Continua: indo-se do Sul do Brasil para o Maranhão, havia que evitar o baixio de São Roque e ali ganhar o alto mar para depois volver à costa. Lembrava que na monção de setembro, resultante dos alísios, as marés geram um quadro tão adverso que pode perder a rota.

Na seqüência refere-se que na altura do Cabo de Santo Agostinho a corrente subequatorial se bifurca na das Guianas e na do Brasil, esta a mais rápida de todo o litoral, do Cabo de São Roque ao Orange (Amapá), com velocidade horária de 2,5 nós, que mesmo com velas arriadas, navios de médio porte corriam as trezentos léguas do Cabo São Roque a São Luís em três dias. Em compensação na volta essa corrente era o grande obstáculo, principalmente na costa do Ceará, pelos muitos baixios cegos e constância de ventos forte e correnteza das águas.

Dos muitos exemplos, cita Alencastro que nos anos em 1655, o Padre Antônio Vieira em companhia de soldados e missionários, levou 50 dias para ir a Camocim, e não deu conta de ultrapassar o litoral maranhense. Decidiram ir por terra e a canoas levou-nas na cabeça. O retorno fez em doze horas. No ano seguinte André Vidal Negreiros ao deixar de ser Capitão-Geral do Maranhão para assumir o governo de Pernambuco teve de ir a pé pelo litoral do Ceará. O próprio Almirante Lorde Cochrane deu várias voltas até encontrar ventos de feição para aportar a São Luís.

Por causa desses ventos e correntes as viagens ao Sul eram mais rápidas e seguras viaPortugal, alternativas que muitos preferiram. Diante dessas circunstâncias todo o intercâmbio oficial e comercial, inclusive com a presença de Dom João no Brasil, continuou com Cortes, contingências que consolidaram os laços de amizade.

VINTISMO.Com a Revolução Constitucionalista de Portugal, rebentada no Porto, a 24 de agosto de

1820, a Província do Pará, a primeira a aderir ao VINTISMO desde 1º de janeiro de 1821, já vinha mantendo comunicação sigilosa com o governador Bernardo da Silveira, que apenas aguardava uma oportunidade para aliar-se ao esse movimento constitucionalista.

Valeu-se da chegada inesperada a 04 de abril de 1821, no Porto de São Luís da Galera Jaquiá, vindo da Bahia e trazendo jornais e notícias de que a Bahia e Pernambuco já haviam prestado juramento de fidelidade. Ciente desses fatos, o Presidente Silveira, logo no dia, habilmente, mandar que o seu ajudante de Ordens, Major de Cavalaria Rodrigo Pinto Pizarro contatar com o comandante das Armas, Ten.- Cel. Manuel de Sousa Pinto Magalhães em busca de apoio para um golpe imediato, com objetivo de tirar da Oposição dessa iniciativa, de aderir à Revolução Portuense.

Conseguido o apoio das Tropas, comunicado ao Marechal Bernardo da Silveira Pinto da Fonseca, que sabiamente arquitetara a manobra, divulgou no amanhecer do dia 06, conclamações ao povo e pediu convocação da Câmara para essa tarde. Reunidos vereadores, povo e nobreza, sob a presidência do próprio governador que solicitou que todos votassem livremente. Aprovado a adesão por unanimidade, foi eleito ele chefe do Governo Provisório do novo regime.

Escondida toda a manobra, o Major José Loureiro Mesquita lembrou que de acordo com a Lei de 12/12/1770, era vedado governo provisório singular (por essa advertência pagou

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caro, foi preso dia 12; depois cobrou alto, denunciou junto à Regência) e que se procedesse à eleição de uma Junta sob a presidência do próprio governador, o que foi por ele recusada, alegando que a decisão já fora tomada, contra apenas três votos contra. Do decidido foi lacrado ao Auto da Vereança, comemorado a noite toda com a cidade iluminada, espetáculo, inclusive com o cântico do Hino Nacional, composto por Antônio Marques Costa Soares, (um marajá da época), e banquete - Comendador Antônio José Meireles, rico português e presidente do Partido ofereceu um lauto jantar para a oficialidade de linhas, alimentação aos presos durante uma semana e deu ao bispo 400$000 para famílias pobres da cidade.

Com uma forte oposição, e a recusa dos militares do aumento de seus soldos, uma reação de opositores, conforme fora aconselhado, por portaria de 09 de abril foi criada e instalada uma Junta Consultiva, tendo por presidente o Bispo D. Frei Joaquim de N. S. de Nazaré, entre outros o Marechal de Campo Agostinho Antonio de Faria e o Major José Demétrio de Abreu, comandante do Batalhão de Pedestre.

Mostrando-se desinteressado, marcou o dia 13 para a eleição dos eleitores, quando no decorrer do pleito recebeu nove abaixo-assinados, de oficias das forças, magistrados, advogados, comércio, agricultura, todas com 270 assinaturas, pedindo a permanência dele na presidência.

Novas comemorações, dessa vez outro português Manuel José Medeiros ofereceu outro jantar a oficialidade de linhas com os de Milícias, 10 sacos de arroz, uma pipa de vinho, um capado para ser distribuído entre os soldados e pobres e ofereceu um ano de sues proventos como escrivão aposentado.

Diante dessa consagração, ele que na véspera passeara na cidade cavalo, a quem o Visconde Vieira da Silva menciona em seu livro que demonstrava com a cortesia de um candidato e com a piedade de um moribundo.

Dono de si começou a determinar a desforra contra seus desafetos, e logo na véspera, dia 12 mandou o capitão João Manuel prender o capitão José Antônio dos Santos Monteiro, sob alegação de que tentava sublevar a tropa para restabelecer no comando o Brigadeiro Falcão.

Com o retorno de D. João para Portugal – 26 de abril de 1821, que já havia jurado dia 26/2/821, no Largo do Rocio, a Constituição ser elaborada, fica na regência Dom Pedro.

Por Decreto da Corte de 29 de setembro de 1821, o Marechal Silveira expediu em 09 de janeiro ordem para proceder à eleição da Junta Provisória dia 15 de fevereiro, sendo eleito D. Frei Joaquim N. N. de Nazaré e como comandante das Armas, o Marechal de Campo Agostinho Antônio Faria, por ser o mais antigo.

Dom João em Lisboa reacendeu-se o espírito de fidelidade à causa lusitana, quando a Junta nesse período recebia ordens de Dom Pedro e comunicava não poder cumprir por serem desacordo com as procedidas da Corte.

Avoluma-se a luta política, com os monarquistas em seus bandos lutando pela fidelidade a Dom João, alegando que o sul não ser mercado consumidor dos produtos da Província, da afinidade familiar com os portugueses, e que os outros eram apenas conterrâneos. Do lado brasileiro, liderado por bacharéis formados na Europa, adeptos do Iluminismo, que temia a volta do Brasil a Colônia, era fortalecido pelo descontentamento dos lavradores que indevida e injustamente culpavam o Presidente Silveira pela crise do algodão que nos anos de 1815 a arroba subiu de três para nove ou dez mil réis, caiu em 819 para quatro, levando muitos à falência. Logo no começo o povo ficou indiferente, pois tanto Dom João quanto Dom Pedro pertencia a Dinastia dos Bragança. Com desenrolar da campanha, o predomínio dos lusos que gozavam das regalias das infanções, dos empregos norteou o povo para os independentes.

A essas alturas o movimento de independência eclodido no Ceará, liderado por Tristão de Araripe, Leonardo Castelo Branco, reflete no Piauí, estoura com a retomada de Parnaíba por Bernardo Antônio de Saraiva com apoio de cel. Simplício Dias da Silva.

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Encerrada a conquista do Piauí, começa a do Maranhão com a ocupação de São José dos Matões em 30.3.1823, por Roberto José Moura em apoio a Salvador Cardoso de Oliveira e derrotam as forças portuguesas bravamente comandadas por Major João José da Cunha Fidié, Francisco Paula Ribeiro e outros.

Como acontece nessas lutas, às adesões são importantes, fortaleceram o sentimento de brasilidade, com bons exemplos, no caso do comandante do Destacamento de Árvores Verdes, o mulato Domingos Silva, vulgo Matrauá que garantiu a Salvador que era um independente de coração e que estava pronto para coadjuvar as forças brasileiras com todos os seus companheiros, quando revelou que seu comandante José Carlos Frazão antes de seguir para Brejo recomendou que nunca desembainhasse sua espada contra tropas independentes e as recebessem com as bocas das espingardas voltadas para baixo. Notáveis as mudanças de lado do Tenente Francisco Gonçalves com seus 60 homens de armados; capitão-mor João Caminha, com seus 700 combatentes; do Major Pinto de Magalhães, Capitão Alecrim, os Sousa Martins. Da bravura do Capitão do Mato João Ferreira do Couto – vulgo João Bunda, conhecido por esta quadra:

João Bunda, em Anajatuba.No Ceará, João TristãoJoão Alves, na freguesia (São Bento o fundador). Paulo Viégas, no Tubarão.

Os episódios das batalhas do Jenipapo, Piracuruca, o cerco de Caxias, Itapecuru, Pastos Bons, a chegada da Nau Dom Pedro com a estratégia, do Almirante Cochrane por serem conhecidas e outros informes, serão assuntos para novas, lembrando que o historiador Mário Martins Meireles observou que o bravo Salvador Cardoso de Oliveira ficou esquecido na composição da Junta. O que é praxe. É de Napoleão Bonaparte a frase de que nas Revoluções há dois tipos de homens – os que fazem e os que dela se aproveitam.

Como são-bentuenses que somos, prezado confrade Gilberto Matos Arouche, quero registrar que o bravo coronel José Demétrio de Abreu era nosso conterrâneo. Filho de Severo de Abreu e Maria Tereza d’Araújo Silveira. Faleceu aos doze dias de agosto de 1852, com 62 anos de idade, enterrado em Palmeirândia.

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ELITISMO NO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO - IHGM

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZSócio efetivo - Cadeira 40

ResumoProcura-se determinar a Elite de Autores do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, através da aplicação da “Lei do Elitismo” (PRICE, 1965), e da “Lei de Lotka” (1926). A primeira se utiliza de citações e destina-se a estimar o tamanho da elite de determinada população de autores. Enuncia que “toda população de tamanho N tem uma elite efetiva tamanho √ N”. Observa-se que, para as ciências em geral, o número de autores decresce mais rapidamente que o inverso do quadrado, mais aproximadamente à Lei do Inverso do Cubo 1/n3. Já a Lei de Lotka, relacionada à produtividade de autores e fundamentada na premissa básica de que “alguns pesquisadores publicam muito e muitos publicam pouco”, enuncia que “a relação entre o número de autores e o número de artigos publicados por esses, em qualquer área científica, segue a Lei do Inverso do Quadrado 1/n2”. Utilizou-se das 27 revistas publicadas pelo IHGM no período de 1926 a 2007. A Elite dos Autores se constitui daqueles que produziram acima de 11,61 artigos. Esses Autores – nove (6,68%), incluindo-se os artigos “dos Editores” (144 – 26,14%) – produziram 51,35% dos artigos publicados. Recupera-se a memória do Instituto, com seus quadros de patronos, sócios – efetivos, correspondentes, honorários, benemérito -, e relacionam-se todos os artigos publicados, com seus autores, por edição.Palavras-chave: Elitismo de autores. IHGM. Maranhão. Memória

INTRODUÇÃO

Ao ingressar no IHGM fui apresentado como Professor de Educação Física, atuando em escola profissionalizante de rede pública federal. Portanto, não pertenço à Universidade81...

Minha formação básica é a Licenciatura em Educação Física e Esportes82. Quando de minha apresentação pelo confrade Padre Dr. Raimundo Meireles, foi lido meu currículo83, e lá consta “Mestrado em Ciência da Informação” 84, com área de concentração em “Informação em Ciência e Tecnologia” 85; assim, sou um cientista 81 Professor de Educação Física e Esportes do CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO MARANHÃO; professor de ensino básico e tecnológico nível D ref. 4 I

82 Licenciatura em Educação Física pela Escola de Educação Física e Desportos do Paraná, turma de 1975.

83 http://lattes.cnpq.br/2105898668356649

84 “a ciência da informação é um campo dedicado às questões científicas e à prática profissional voltadas para os problemas de efetiva comunicação do conhecimento e de seus registros entre os seres humanos, no contexto social, institucional ou individual do uso e das necessidades de informação”. (Saracevic, 1996, p.47, citado por LIMA, Gercina Ângela Borém. Interfaces entre a ciência da informação e a ciência cognitiva. Ci. Inf., Brasília, v. 32, n. 1, p. 77-87, jan./abr. 2003

85 Mestrado em Ciência da Informação, pela Escola de Biblioteconomia da Universidade Federal de Minas Gerais, 1993; título da Dissertação: “Produção do conhecimento nos Centros Federais de Educação Tecnológica”; orientadora: Janeth Krammer.

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da informação. Minha tese versou sobre a “produção do conhecimento na área tecnológica”, afinal, sou professor em uma escola de formação profissional – o Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão – CEFET-MA -, a antiga Escola Técnica.

Quando digo que sou Mestre em Ciência da Informação, as pessoas logo pensam que trabalho com Informática; não, trabalho com ‘informação’86... Minha passagem pela UFMG deve-se, à época, estar interessado em como se processa a disseminação da informação na área das ciências do esporte. Vinha desenvolvendo pesquisas em documentação esportiva87. Cheguei a apresentar alguns trabalhos na área88, dentre eles “Produtividade e elitismo na Educação Física brasileira”; utilizando-nos das leis de Lotka, Bradford e o princípio de elitismo de Sola-Price89.

O objetivo deste estudo é de se verificar quais são os colaboradores mais produtivos da Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. Para tal se utilizará da Lei de Lotka, na sua formulação original90.

86 Informação é o resultado do processamento, manipulação e organização de dados de tal forma que represente uma modificação (quantitativa ou qualitativa) no conhecimento do sistema (pessoa, animal ou máquina) que a recebe.

87 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. Organização da Informação em Ciências do Esporte – a experiência do CEDEFEL-MA com revistas especializadas. ANAIS do XVIII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, São Caetano do Sul (SP), 08 a 11 de outubro de 1992, p. 105

88 VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. A produção do conhecimento na Escola de Educação Física da Universidade Federal de Minas Gerais. ANAIS da 45ª. REUNIÃO ANUAL DA SBPC, Recife (PE), 11 a 16 de julho de 1993, p. 54;

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias. A produção do conhecimento na Escola de Educação Física da Universidade Federal de Minas Gerais. ANAIS do VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, Belém (PA), o6 a 10 de setembro de 1993, p. 136.

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio; PEREIRA, Laércio Elias; SANTOS, Luis Henrique. Produtividade e elitismo na Educação Física Brasileira. ANAIS do VIII CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE, Belém (PA), o6 a 10 de setembro de 199;

VAZ, Leopoldo Gil Dulcio. Produção do conhecimento em Educação Física e Desportos no Nordeste Brasileiro. ANAIS do III JORNADA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA DA UFMA, São Luis, 05 a 08 de dezembro de 1995, p. 14-21.

89 A “Lei do Elitismo” utiliza-se de citações e destina-se a estimar o tamanho da elite de determinada população de autores; enuncia que “toda população de tamanho N tem uma elite efetiva tamanho √ N” (PRICE, 1965). Price, em “Little Science, Big Science, observou que, para as ciências em geral, o número de autores decresce mais rapidamente que o inverso do quadrado, mais aproximadamente à Lei do Inverso do Cubo 1/n3. (PRICE, Derek J. De Solla. Networks of scientific papers. Science, [s.l.], v. 149, n.3683, p. 56-64, July 1965. citado por GUEDES, Vania L. S.; BORSCHIVER, Suzana. BIBLIOMETRIA: UMA FERRAMENTA ESTATÍSTICA PARA A GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO, EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO, DE COMUNICAÇÃO E DE AVALIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA).

90 LOTKA, A. J. The frequency of distribuition of scientific productivity. JOURNAL OF THE WASHINGTON ACADEMY OF SCIENCES, v. 16, n.12, p. 317-323, 1926;

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PRODUTIVIDADE DE AUTORESA Lei de Lotka, ou Lei do Quadrado Inverso91, aponta para a medição da produtividade de autores, mediante um modelo de distribuição tamanho-freqüência dos diversos autores em um conjunto de documentos.

Já a Lei de Bradford, ou Lei de Dispersão92, permite, mediante a medição da produtividade das revistas, estabelecerem o núcleo e as áreas de dispersão sobre um determinado assunto em um mesmo conjunto de revistas.

Pergunta-se, então, de que maneira é possível fazer este diagnóstico? Uma das possibilidades consiste na utilização de métodos que permitam medir a produtividade dos pesquisadores, grupos ou instituições de pesquisa. Para tanto, torna-se fundamental o uso de técnicas específicas de avaliação que podem ser quantitativas ou qualitativas, ou mesmo uma combinação entre ambas.

Para Vanti (2002) 93, a avaliação da produtividade científica deve ser um dos elementos principais para o estabelecimento e acompanhamento de uma política nacional de ensino e pesquisa, uma vez que permite um diagnóstico das reais potencialidades de determinados grupos e/ou instituições, existindo diversas formas de medição, voltadas para avaliar a ciência e os fluxos da informação94, dentre estas a bibliometria, a cienciometria, a informetria e a webometria.

O termo “bibliometria” foi cunhado por Pritchard em 1969. A medição da ciência tem seu início com Paul Otlet, em 1934 e podemos nos referir ainda aos

91 A Lei de Lotka, relacionada à produtividade de autores e fundamentada na premissa básica de que “alguns pesquisadores publicam muito e muitos publicam pouco” (VOOS, 1974), enuncia que “a relação entre o número de autores e o número de artigos publicados por esses, em qualquer área científica, segue a Lei do Inverso do Quadrado 1/n2. Isto é, em um dado período de tempo, analisando um número n de artigos, o número de cientistas que escrevem dois artigos seria igual a ¼ do número de cientistas que escreveram um. O número de cientistas que escreveram três artigos seria igual a 1/9 do número de cientistas que escreveram um, e assim sucessivamente. LOTKA, A. J. The frequency of distribuition of scientific productivity. JOURNAL OF THE WASHINGTON ACADEMY OF SCIENCES, v. 16, n.12, p. 317-323, 1926, citado por GUEDES, Vania L. S.; BORSCHIVER, Suzana. Bibliometria: uma ferramenta estatística para a gestão da informação e do conhecimento, em sistemas de informação, de comunicação e de avaliação científica e tecnológica.

92 A Lei de Bradford, relacionada à dispersão da literatura periódica científica, enuncia que “se periódicos científicos forem ordenados em ordem decrescente de produtividade de artigos sobre determinado assunto, poderão ser divididos em um núcleo de periódicos mais particularmente dedicados ao assunto e em vários grupos ou zonas, contendo o mesmo número de artigos que o núcleo. O número de periódicos (n), no núcleo e zonas subseqüentes, variará na proporção 1:n:n2 [...]” (in BRADFORD, S. C. Sources of information on specific subjects. ENGINEERING, [s.l.], v.137, p. 85-86, 1934. (BROOKES, 1969, citado por GUEDES, Vania L. S.; BORSCHIVER, Suzana. Bibliometria: uma ferramenta estatística para a gestão da informação e do conhecimento, em sistemas de informação, de comunicação e de avaliação científica e tecnológica.

93 VANTI, Nadia Aurora Peres. Da bibliometria à webometria: uma exploração conceitual dos mecanismos utilizados para medir o registro da informação e a difusão do conhecimento. IN CI. INF., Brasília, v. 31, n. 2, p. 152-162, maio/ago. 2002, p. 152-162

94 “A palavra avaliar vem do latim ‘valere’. Esta apresenta, entre outras acepções, a de ser merecedor ou digno de alguma coisa. A avaliação, dentro de um determinado ramo do conhecimento, permite dignificar o saber quando métodos confiáveis e sistemáticos são utilizados para mostrar à sociedade como tal saber vem-se desenvolvendo e de que forma tem contribuído para resolver os problemas que se apresentam dentro de sua área de abrangência.” (VANTI, 2002, p. 152, op. Cit.)

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trabalhos de Hulme (1922) e Cole e Eales (1917). Outro grande pesquisador da área foi Ranganathan (1948) 95. Pode-se definir a bibliometria como:

“[...] o estudo dos aspectos quantitativos da produção, disseminação e uso da informação registrada. A bibliometria desenvolve padrões e modelos matemáticos para medir esses processos, usando seus resultados para elaborar previsões e apoiar tomadas de decisões”.

Já a “cienciometria” surgiu na antiga URSS e Europa Oriental e foi empregado especialmente na Hungria. Originalmente, referia-se à aplicação de métodos quantitativos para o estudo da história da ciência e do progresso tecnológico. As primeiras definições consideravam a cienciometria como “a medição do processo informático”, onde o termo “informático” significava “a disciplina do conhecimento que estuda a estrutura e as propriedades da informação científica e as leis do processo de comunicação”. Este termo alcançou notoriedade com o início da publicação, em 1977, da revista Scientometrics, editada originalmente na Hungria e atualmente na Holanda. (VANTI, 2002).

“Cienciometria é o estudo dos aspectos quantitativos da ciência enquanto uma disciplina ou atividade econômica. A cienciometria é um segmento da sociologia da ciência, sendo aplicada no desenvolvimento de políticas científicas. Envolve estudos quantitativos das atividades científicas, incluindo a publicação e, portanto, sobrepondo-se à bibliometria”.

O termo informetria foi proposto pela primeira vez por Otto Nacke,

1979. Este termo foi adotado imediatamente pelo mesmo VINITI, na antiga URSS,

instituição que impulsionou a criação de um comitê com este nome na Federação

Internacional de Documentação: o FID/IM – Comitte on Informetry. Sua aceitação

definitiva data de 1989, quando o Encontro Internacional de Bibliometria passou a se

chamar Conferência Internacional de Bibliometria, Cienciometria e Informetria.

Alguns autores apresentam tais termos como sinônimos, porém outros consideram

que a informetria compreende um campo mais amplo que a cienciometria e que

englobaria, também, a bibliometria. (VANTI, 2002).

“Informetria é o estudo dos aspectos quantitativos da informação em qualquer formato, e não apenas registros catalográficos ou bibliografias, referente a qualquer grupo social, e não apenas aos cientistas. A informetria pode incorporar, utilizar e ampliar os muitos estudos de avaliação da informação que estão fora dos limites da bibliometria e cienciometria”.

Esse termo designa uma extensão recente das análises bibliométricas tradicional ao abarcar o estudo das modalidades de produção da informação e de 95 FONSECA, E. N. Bibliografia estatística e bibliometria: uma reivindicação de prioridades. CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, Brasília, v. 2, n.1, p. 5-7, 1973; FONSECA, E. N. (Org.). Bibliometria: teoria e prática. São Paulo : EDUSP, 1986; RAVICHANDRA RAO, I. K. Métodos quantitativos em biblioteconomia e ciência da informação. Brasília : ABDF, 1986..

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comunicação em comunidades não acadêmicas. A informetria se distinguiria claramente da cienciometria e da bibliometria no que diz respeito ao universo de objetos e sujeitos que estuda, não se limitando apenas à informação registrada, dado que pode analisar também os processos de comunicação informal, inclusive falada, e dedicar-se a pesquisar os usos e necessidades de informação dos grupos sociais desfavorecidos, e não só das elites intelectuais. “... a informetria é um subcampo emergente da ciência da informação, baseada na combinação de técnicas avançadas de recuperação da informação com estudos quantitativos dos fluxos da informação” e encontra sua utilidade na administração de coleções em bibliotecas, no desenvolvimento de políticas científicas e pode ajudar na tomada de decisões em relação ao desenho e manutenção de sistemas de recuperação de informação. (VANTI, 2002)

A webometrics ou webometria consiste na aplicação de métodos informétricos à World Wide Web. Além do termo webometrics, também se encontra na literatura a expressão cybermetrics, que corresponde ao nome da revista apresentada oficialmente durante a VI Conferência Internacional de Cienciometria e Informetria, em Jerusalém, no ano de 1997. (VANTI, 2002)

Em termos genéricos, estas são algumas possibilidades de aplicação dessas técnicas:

identificar as tendências e o crescimento do conhecimento em uma área; identificar as revistas do núcleo de uma disciplina; mensurar a cobertura das revistas secundárias; identificar os usuários de uma disciplina; prever as tendências de publicação; estudar a dispersão e a obsolescência da literatura científica; prever a produtividade de autores individuais, organizações e países; medir o grau e padrões de colaboração entre autores; analisar os processos de citação e co-citação; determinar o desempenho dos sistemas de recuperação da informação; avaliar os aspectos estatísticos da linguagem, das palavras e das frases; avaliar a circulação e uso de documentos em um centro de documentação; medir o crescimento de determinadas áreas e o surgimento de novos temas.

ELITISMO - “POUCOS COM MUITO E MUITO COM POUCOS” .O padrão de distribuição das leis e princípios bibliométricos segue a máxima conhecida como “Efeito Mateus na Ciência”, que diz: “aos que mais têm será dado em abundância e, aos que menos têm até o que têm lhes será tirado” 96. Trata-se de uma abordagem ao efeito Mateus mediante a análise de processos psicossociais, que afetam o sistema de avaliação e distribuição de recompensas científicas. Por exemplo: cientistas altamente produtivos, de universidades mais conceituadas, obtêm freqüentemente mais reconhecimento que cientistas igualmente produtivos, de outras universidades. 96 MERTON, R. K. The Mathew effect in science. SCIENCE, [s. l.], v. 159, n. 3810, p. 58, Jan. 1968, citado por GUEDES, Vania L. S.; BORSCHIVER, Suzana. Bibliometria: uma ferramenta estatística para a gestão da informação e do conhecimento, em sistemas de informação, de comunicação e de avaliação científica e tecnológica;

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Para se verificar quais são os colaboradores mais produtivos da Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão se utilizará da Lei de Lotka, na sua formula original97, sem as variações apresentadas por ALVARADO (2003) 98.

No geral, os autores concordam que, para uma correta aplicação do modelo de Lotka, devem-se seguir as seguintes recomendações99:

a) Selecionar um campo específico de produção científica. Quanto mais específico o campo, melhor o resultado;

b) Selecionar uma bibliografia existente ou elaborar uma bibliografia sobre o campo específico cuja cobertura seja exaustiva. Quanto mais extensa e exaustiva melhor. Sugere-se que a cobertura dessa bibliografia seja maior ou igual a dez anos;

c) Contar a produtividade de cada autor, considerando-se também os co-autores. Isso significa que se deve adotar o método da contagem completa;

d) Ordenar os dados coletados em uma tabela de freqüências para facilitar a visualização dos mesmos;

e) Selecionar o modelo estatístico mais adequadamente sugerido pelos dados tabulados;

f) Calcular os valores esperados ou teóricos, seguindo as especificações do modelo estatístico escolhido;

g) Estabelecer as hipóteses a serem testadas e a região de rejeição dessas hipóteses no nível de significância de a = 0.05;

h) Testar a qualidade do ajuste dos dados, usando-se o teste do quiquadrado ou Kolmogorov-Smirnov.

97 LOTKA, A. J. The frequency of distribuition of scientific productivity. JOURNAL OF THE WASHINGTON ACADEMY OF SCIENCES, v. 16, n.12, p. 317-323, 1926;

98 ALVARADO, Rubén Urbizagástegui. A Llei de Lotka: o modelo Lagrangiano de Poisson aplicado à produtividade de autores. IN PERSPECT. CIENC. INF., Belo Horizonte, v. 8, n. 2, p. 188-207, jul./dez. 2003;

99 CAFÉ, Lígia; BRÄSCHER, Marisa. ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO E BIBLIOMETRIA. ENC. BIBLI: R. ELETR. BIBLIOTECON. CI. INF., Florianópolis, n. esp., 1º sem. 2008ALVARADO, Rubén Urbizagástegui. A Lei de Lotka: o modelo Lagrangiano de Poisson aplicado à produtividade de autores. IN PERSPECT. CIENC. INF., Belo Horizonte, v. 8, n. 2, p. 188-207, jul./dez. 2003;VANTI, Nadia Aurora Peres. Da bibliometria à webometria: uma exploração conceitual dos mecanismos utilizados para medir o registro da informação e a difusão do conhecimento. IN CI. INF., Brasília, v. 31, n. 2, p. 152-162, maio/ago. 2002, p. 152-162MOSTAFA, Solange Puntel. Citações epistemológicas no campo da educomunicação. COMUNICAÇÃO & EDUCAÇÃO, São Paulo, (24): 15 a 28, maio/ago. 2002.WORMELL , Irene. Informetria: explorando bases de dados como instrumentos de análise. CI. INF., Brasília, v. 27, n. 2, p. 210-216, maio/ago. 1998TESTA James, A base de dados ISI e seu processo de seleção de revistas. CI. INF., Brasília, v. 27, n. 2, p. 233-235, maio/ago. 1998

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O INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO E SUA REVISTA

O hoje Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão – IHGM – foi fundado em dezembro de 1925, por Antonio Lopes da Cunha100:

“Em 1925, tomei a iniciativa de reunir alguns homens de boa vontade na livraria de Wilson Soares, expondo-lhes a minha idéia de se comemorar o centenário do nascimento de D. Pedro II com a inauguração, nesta capital, de um Instituto de História e Geografia. Os que prestaram apoio à idéia foram: Justo Jansen, Ribeiro do Amaral, José Domingues, Barros e Vasconcelos, Domingos Perdigão, José Pedro Ribeiro, José Abranches de Moura, Arias Cruz, Wilson Soares e José Ferreira Gomes. Mais tarde incorporou-se a esse grupo João Braulino de Carvalho. Ausentes de S. Luís apoiaram calorosamente a idéia Raimundo Lopes, Fran Pacheco, Carlota Carvalho e Antonio Dias, que também foram considerados sócios fundadores do Instituto. (p. 110)“A 20 de novembro realizou-se a sessão inicial, sendo apresentado, discutido e votado os estatutos e eleita a diretoria, cujo presidente foi Justo Jansen. José Ribeiro do Amaral foi eleito presidente da assembléia geral. (p. 111)101.

Denominava-se “Instituto de História e Geografia do Maranhão” 102, e tinha como objetivos:

(a) O estudo e difusão do conhecimento da história, da geografia, da etnografia, etnologia; e arqueologia, especialmente do Maranhão;

(b) O incremento à comemoração dos vultos e fatos notáveis de seu passado; e (c) A conservação de seus monumentos 103:

Em seu Artigo IV104 constava:“para a publicação dos seus actos sociaes, das investigações que realizar e dos trabalhos de seus sócios sobre assumptos que se relacionarem às siciencias (sic) de que se deverá ocupar, assim como de contribuições de igual gênero enviadas por investigadores competentes, o Instituto manterá uma Revista bimensal ou trimestral.” (p. 62).

100 Antônio Lopes da Cunha nasceu na cidade de Viana – Maranhão -, em dia 25 de maio de 1889 e faleceu em São Luís a 29 de novembro de 1950. Filho do desembargador (e futuro governador do Estado) Manuel Lopes da Cunha e D. Maria de Jesus Sousa Lopes da Cunha. Foi o fundador e secretário perpétuo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.

101 LOPES DA CUNHA, Antônio. Instituto histórico. In ESTUDOS DIVERSOS. São Luís: SIOGE, 1973.

102 Art. II do Regimento Interno, publicado na REVISTA DO INSTITUTO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO MARANHÃO, ano I, no. 1, julho a setembro, 1926, p. 61;

103 Art. I do Regimento Interno, publicado na REVISTA DO INSTITUTO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO MARANHÃO, ano I, no. 1, julho a setembro, 1926, p. 61;

104Do Regimento Interno, publicado na REVISTA DO INSTITUTO DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DO MARANHÃO, ano I, no. 1, julho a setembro, 1926, p. 61-64.

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Assim, em agosto de 1926 surgia a “HISTÓRIA E GEOGRAFIA - Revista trimestral do Instituto de História e Geographia do Maranhão”, anno I - 1926 – num. 1, julho a setembro, com 97 páginas, contendo ilustrações, e impressa na Typ. Teixeira - São Luiz 105.

Era seu Diretor Antonio Lopes (da Cunha). Contou, naquele primeiro número com as seguintes colaborações:

Antonio Lopes – Marília e Dirceu (p. 9-14); O Diccionário Histórico e Geographico do Maranhão (p. 41-46); e Armorial Maranhense (p. 47-53);

B. Vasconcelos – O Maranhão fabuloso (17-20)-; J. de Abranches Moura – A Ilha de S. Luiz (p. 21-27); e Ribeiro do Amaral – Nobiliarchia Maranhense (p. 38-41).

Da redação, os “editoriais” “O primeiro número” (p. 5-6), e “Maranhão-Piauhy” (p. 7-8); além de Notas Várias (p. 65-88), estas contando com diversos colaboradores. Ainda são publicadas as seguintes colaborações: de Wilson Soares, as paginas 31-38 publica-se o artigo “Subsídios a bibliographia maranhense”; da página 55 a 59, consta a relação de sócios 106; e da pagina 61 a 64 o Regimento Interno (estatuto) do “Instituto de História e Geographia do Maranhão”. A partir da 105 HISTÓRIA E GEOGRAFIA- REVISTA TRIMESTRAL DO INSTITUTO DE HISTÓRIA E GEOGRAPHIA DO MARANHÃO, São Luís, ano I, n. 1, julho/setembro, 1926

106 Diretoria 1926-1927: - Dr. Justo Jansen Ferreira – presidente; Dr. José Domingues da Silva – vice-presidente; Dr. Antonio Lopes da Cunha – secretário-geral; Wilson da Silva Soares – tesoureiro; ainda foram criadas as seguintes Comissões: de Geografia – José Domingues, Abranches de Moura, JustoJansen; de História: Ribeiro do Amaral, B. Vasconcelos, Ferreira Gomes; de Bibliografia: Domingos Perdigão, Arias Cruz, José Pedro.

Quadro Social – Sócios efetivos Fundadores – Antonio Lopes (da Cunha); Arias Cruz (Padre); Abranches Moura (José Eduardo de); Barros de Vasconcelos (Desembargador Benedito de); Domingos de Castro Perdigão; José Domingues (da Silva); José Ferreira Gomes (Padre); José Pedro Ribeiro; Justo Jansen Ferreira; Ribeiro do Amaral (José); Wilson (da Silva) Soares.

Sócios Efetivos: Antonio (Lopes) Dias; Carlota Carvalho; Fran Pacheco (Manoel Francisco Pacheco); Raymundo Lopes (da Cunha); Virgilio Domingues (da Silva); Domingos Américo de Carvalho.

Sócios Correspondentes: Amazonas – João Braulino de Carvalho Filho (maranhense); Piauí: Abdias Nascimento; Ceará: Barão de Studart; Rio de Janeiro: J. Capistrano de Abreu; Rocha Pombo; Viveiros de Castro (Maranhense); Rodolpho Garcia; Tasso Fragoso (maranhense); Dunshee de Abranches (maranhense); Mas Fleuiss; Nogueira da Silva (maranhense); Alcides Bezerra; S. Paulo: Paulo Prado; Santa Catarina: Miranda Carvalho; Estados Unidos: Oliveira Lima; Portugal: J. Lúcio de Azevedo.

Não foram preenchidos 13 vagas de sócio e de 13 de correspondentes. Com o se observa, foram criadas 30 cadeiras de sócios efetivos e 30 de correspondentes. Após a nominação de cada sócio efetivo, há uma pequena biografia de cada um com sua produção científico-literária. Dos sócios correspondentes, a indicação do estado onde residem e indicação daqueles que são maranhenses.(in HISTÓRIA E GEOGRAFIA- REVISTA TRIMESTRAL DO INSTITUTO DE HISTÓRIA E GEOGRAPHIA DO MARANHÃO, São Luís, ano I, n. 1, julho/setembro, 1926, p. 55 a 59; Ver. Geo. E Hist., ano 2, n. 1, novembro de 1948, p. 148)

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pagina 89, um Apêndice com o artigo “As tribus do Rio Javary”, de João Braulino de Carvalho.

O segundo número da Revista – “GEOGRAFIA E HISTÓRIA – Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão”, aparece 22 anos após, em Novembro de 1948 107. Conforme seu Diretor Antonio Lopes na apresentação (p. 3), a Revista do IHGM não circulou desde pouco antes de 1930:

“Não poucos reveses saltearam o Instituto na vigência do regime político instaurado em fins daquele ano 108. Uma administração do município de S. Luis retirou o parco auxílio com que eram custeadas as despesas com a revista (...). Vinte e dois anos depois de ter vivido muito e muito desajudado do Maranhão, e apesar de hostilidades e indiferenças, o Instituto sente que ainda são oportunas aquelas palavras. 109”.

Como se nota das palavras do Secretário Perpétuo do IHGM, o subsídio para publicação da revista foi retirada durante o período do Estado-Novo110. Colaboram com artigos: ALMEIDA, R.; CARVALHO, B. de; DINO, N.; FERNANDES, H. C.; FERNANDES, J. S.; FIALHO, O.; LEMERCIER, J. M.; LOPES DA CUNHA, A; LUZ, 107 GEOGRAFIA E HISTÓRIA – REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO, São Luís, ano 2, n. 1, novembro, 1948

108 Revolução de Trinta, movimento armado que, a 24 de outubro de 1930 depôs o Presidente Washington Luiz Pereira de Sousa (1926/1930). No Maranhão, de acordo com MEIRELES (1980), seefetivara com antecedência de uma quinzena (8/10). Tomou parte na Junta Provisória (24/10 a 09/11/1930), o General Tasso Fragoso – maranhense.

O Poder é entregue a Getúlio Vargas, que nomeia interventores para os estados, sendo que para o Maranhão são designados: o Major Luso Torres (15 a 17/11/1930); José Maria dos Reis Perdigão (27/11/1930 a 09/01/19310), Padre Astolfo de Barros Serra (09/01 a 18/08/1931); Capitão Lourival Serôa da Mota (08/09/1931 a 10/02/1933), Antonio Martins de Almeida (29/06/1933 a 22/07/1935).

Com a reconstitucionalização de 1934/35, assume o Governo do Estado o Dr. Achiles Farias Lisboa; para Prefeito de São Luis foi indicado Manuel Vieira Azevedo (1935/1936); Paulo Martins de Sousa Ramos (15/08/1936 a 24/11/1937).

Em 1937, Getulio Vargas instala novo período intervencional, com o chamado Estado-Novo, permanecendo como Interventor Paulo Ramos até 1945. (in MEIRELES, M. HISTÓRIA DO MARANHÃO. 2 ed. São Luís: Fundação Cultural do Maranhão, 1980, p. 356-380.)

Na sessão de 20 de julho de 1939 é feita uma exposição dos fatos que abalaram a vida do Instituto e o destituíram da sede, em conseqüência da revolução de 1930; voto de protesto contra os atos praticados contra o Instituto, inclusive a retirada dos auxílios que recebia e a desorganização de seu Museu.

109 As palavras a que se refere seu diretor são do artigo que abriu o primeiro número: “Compreenderão os maranhenses dos trabalhos desta associação, que ela viverá? Talvez. E, se o compreenderem, não lhe negarão, por certo, o seu apoio”. (REV. IHGM, ano 1, n. 1, julho/setembro, 1926, p. 5).

110 Note-se que havia entre os membros da Junta Provisória (24/10 a 09/11/1930) instalada um membro do próprio Instituto: o General Tasso Fragoso, sócio correspondente, residente então no Rio de Janeiro à época da fundação do Instituto

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J. V. da; SOARES, O.; TEIXEIRA, L.; e VASCONCELOS, B.; além das notas da Redação.

Três anos se passam, após a redemocratização, até os problemas havidos durante aquele período sanarem-se e sair novo número da Revista – o ano 2, número 1...

Às páginas 146-154 há um relatório das atividades do Instituto no período dos 22 anos de ausência da Revista. Consta a relação da diretoria eleita para o biênio de 15 de julho de 1948 a 15 de julho de 1949:

Presidente: João Braulino de Carvalho;Vice-Presidente: Henrique Costa Fernandes;Secretário Geral e Perpétuo: Antonio Lopes da Cunha;Segundo Secretario: Rubem Ribeiro de Almeida;Tesoureiro: Fernando Eugênio dos Reis Perdigão.

Consta, ainda, a relação dos ocupantes das diretorias anteriores, sendo:

PERÍODO FUNÇÃO OCUPANTE

20/11/1925 PresidenteVice-Presidente

Justo Jansen FerreiraJosé Domingos da Silva

20/07/1929 Presidente:Vice-Presidente:

José Domingos da SilvaHenrique Costa Fernandes

20/07/1931 Presidente: João Braulino de Carvalho

Extrai-se súmula das atas da Assembléia Geral do Instituto111, contidas no Livro I, onde:

1ª. sessão foi realizada em 20 de novembro de 1925, que foi a de fundação, aprovação dos estatutos, e eleição da primeira Diretoria;

2ª. sessão realizou-se em 09 de fevereiro de 1926, tratando-se das providencias para o recebimento e instalação da Coleção Artística Gonçalves Dias, prometida ao Instituto pelo presidente Magalhães de Almeida. Em nota de pé-de-página consta que a coleção não foi recebida por falta de espaço na sede social;

3ª. sessão – 11 de março de 1926, tomou-se ciência de que Antonio Lopes, quando do exercício do cargo de prefeito municipal de São Luis, apresentou ao legislativo proposta sancionada depois, de uma subvenção ao Instituto; resolve-se permitir o funcionamento da Escola de Belas Artes no prédio (alugado) do Instituto; e ainda institui-se uma contribuição mensal dos sócios para os cofres da sociedade;

4ª. sessão – 04 de junho de 1926, Domingos Perdigão solicita dispensa de suas funções de secretario da Assembléia Geral, passando esta a ser ocupada, então pelo secretário geral; marcadas as eleições para o período de 28/06/1926 a 28/06/1927; reeleitos os presidentes da Assembléia Geral e diretoria, o secretário geral e o tesoureiro, assim como as comissões. Aceitos como sócios efetivos: Virgílio Domingues da Silva, Domingos Américo de

111 SUMULAS DAS ATAS DA ASSEMBLÉIA GERAL DO INSTITUTO CONTIDAS NO LIVRO I. GEOGRAFIA E HISTÓRIA – REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO, São Luis, ano 11, n. 1, novembro de 1948, p. 148-154.

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Carvalho, e Parsondas de Carvalho. Sócios correspondentes: Oliveira Lima e Francisco Guimarães;

5ª. sessão – 29 de julho de 1926 – posse da nova diretoria eleita; 6ª. sessão – 04 de dezembro de 1926 - trata-se da publicação da Revista,

incumbindo-se a Antonio Lopes sua organização e direção, com plenos poderes. Proposto e eleitos sócios efetivos os correspondentes Raimundo Lopes, Antonio Dias e Fran Pacheco;

7ª. sessão – 15 de maio de 1927 – eleições de presidente da assembléia geral, diretoria e comissões. Eleitos sócios correspondentes Bernardino de Sousa e Costa Filho;

8ª. sessão – 29 de junho de 1927 – posse da diretoria eleita; 9ª. sessão – 29 de julho de 1927 – discussão, votação e aprovação do

projeto de reforma do Estatuto; prorrogação do mandato da diretoria, do presidente da assembléia geral e comissões até 19 de julho de 1929;

10ª. sessão – 31 de julho de 1927 – eleitos sócios efetivos Clarindo Santiago e Costas Fernandes;

11ª. sessão - 04 de agosto de 1927 – renuncia do presidente da assembléia geral e eleição de Domingos Américo; concedido a Antonio Lopes o título de secretário perpétuo;

12ª. sessão – 20 de julho de 1929 – eleições para presidente da assembléia geral, diretoria, e comissões; posse dos eleitos;

13ª. sessão – 20 de julho de 1931 - eleições para presidente da assembléia geral, diretoria; posse dos eleitos;

14ª. sessão – 20 de julho de 1933 - eleições para presidente da assembléia geral, diretoria, e comissões; posse dos eleitos;

15ª. sessão – 20 de julho de 1939 – exposição dos fatos que abalaram a vida do instituto e o destituíram da sede, em conseqüência da revolução de 1930; voto de protesto contra os atos praticados contra o Instituto, inclusive a retirada dos auxílios que recebia e a desorganização de seu Museu; eleições e posse da diretoria e presidente da assembléia geral;

16ª. sessão – 20 de julho de 1941 – eleição e posse da diretoria e presidente da assembléia geral;

17ª. sessão – 15 de agosto de 1941 – aprovado o quadro de trinta cadeiras, com seus patronos, para os sócios fundadores e efetivos do Instituto, cujo número não poderá ser aumentado.

A partir de 1948, são realizadas as sessões magnas em que os sócios eleitos fazem o elogio do Patrono de sua cadeira. Assim, em 28 de setembro daquele ano monsenhor José Maria Lemercier e Joaquim Vieira da Luz fazem o elogio dos seus patronos – Claude d´Abeville e Yves d’Évreux; discursou Leopoldino Lisboa saudando os empossados. Em 1º. de novembro, nova sessão magna, em homenagem a memória de Gonçalves Dias, na Semana Gonçalvina, sobe a presidência do governador do Estado, coronel Sebastião Archer da Silva, e orador oficial do Instituto, Rubem Almeida. Também discursaram o escritor maranhense Franklin de Oliveira e o folclorista Néri Camelo.

Naquele ano de 1948, completou-se o quadro de sócios efetivos, sendo eleitos novos sócios correspondentes. Apresentou-se o quadro dos sócios fundadores e efetivos (anexo 1).

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Novo número da “Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, só em 1951, em seu ano XXVIII, n. 3, de agosto, sendo seu diretor Rubem Almeida112. Colaboram com a revista: CARVALHO, B. de; PINTO, F.; DINO, N.; REIS, L. G. dos; VIVEIROS, J. de; CORREIA LIMA, O.

A Revista apresenta novo formato, dividida em sessões: uma primeira parte com as contribuições dos colaboradores, transcrições de documentos, bibliografia maranhense, sendo que esta subdividida nos registros propriamente, de autores maranhenses, registro bibliográfico refere-se aos documentos recebidos, noticiário, e anúncio histórico; ao final, apresenta-se o sumário da revista. Não houve editorial...

Uma nova diretoria passa a responder pelo Instituto, eleita para o período de 1951 a 1953:

Presidente: João Braulino de CarvalhoVice-Presidente Leopoldino LisboaSecretário Geral Jerônimo de ViveirosTesoureiro José de Mata RomaBibliotecário Odilon SoaresDiretor de Museu Oswaldo SoaresDiretor do Serviço de Divulgação Rubem AlmeidaAssembléia Geral – Presidente Secretário Geral

Nicolao DinoOlavo Correia Lima

Publicam-se às páginas 145-154 os novos Estatutos Sociais, aprovados em 22 de abril de 1951, permanecendo em seu Art. VII

“editar uma publicação periódica, em cujas páginas sejam insertos os trabalhos apresentados às reuniões e registradas as atividades do Instituto”. No Art. X, “reeditar ou promover a reedição de obras de autores maranhenses antigos, publicar as ainda inéditas, ou empenhar-se pela sua publicação”.

Estimula-se a elaboração de monografias e estudos sobre assuntos previamente escolhidos e postos em concurso, com a criação de premio (Art. IX). Essas ações a cargo do “Diretor do Serviço de Divulgação” (Art. 6º.):

“Art. 26 – compete ao Diretor do Serviço de Divulgação superintender as publicações, reunir os artigos para a “Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão”, fazer a propaganda, enviar à imprensa resenha das ocorrências das sessões, e atender a todos os assuntos que se relacionam com a imprensa”.

Em seu Art. II o número de sócios efetivos é aumentado para 50 (cinqüenta); os correspondentes, honorários e beneméritos, em número ilimitado. Embora conste que a relação dos sócios estaria anexa aos Estatutos e “não possa ser alterada” seja em sua ordem das cadeiras e a sua distribuição pelos ocupantes falecidos e atuais, esta não é publicada na Revista (Art. 31, # primeiro).

112 REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO, São Luís, ano 28, n.3, agosto de 1951.

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Em junho de 1952, vimos aparecer nova edição da Revista113, de número 4. Colaboraram: REIS, L. G. dos; CORREIA LIMA, O.; VIVEIROS, J. de; VIEIRA FILHO, D.; DINO, N.; MEIRELES, M. M.; BASTIDE, R.; VIANA, F.; FERREIRA, A.; FIALHO, O.; BARBOSA, T.; DINIZ, E. F.; RODRIGUES, N.; MIRANDA, L.; ABREU, S. F.; FREYRE, G.; COSTA, C. R.

A Revista 5 com data de dezembro de 1952114 aparece, na realidade, em 1953, conforme se vê na sua primeira página. Ruben Almeida é seu diretor e conta com os seguintes colaboradores: VIVEIROS, J. de; VIEIRA FILHO, D.;CORREIA LIMA, O.; DOMINGUES, V.; RÊGO COSTA; HIMUENDAJU, C.; WAGLEY, C.

A Revista de número 6 tem a data de dezembro de 1956115, tendo como diretor Olímpio Machado. Assinam seus artigos: CARVALHO, J. B. de; VIVEIROS, J. de; DOMINGUES FILHO, V.; CORREIA LIMA, O.; DINO, N.; XEVEZ, S. M.; OLIMPIO FILHO; BARBOSA, T.; SALLES CUNHA, E.; FERREIRA, A.;

Em 1984, no mês de dezembro, aparece o numero 07 da Revista116. Após 22 anos de ausência!

“O Instituto Histórico Geográfico do Maranhão realiza, hoje, importante reunião para promover o lançamento do numero sete de sua Revista oficial, que a partir desta data voltará a circular trimestralmente, com regularidade.“Convém assinalar nesta oportunidade que a cerca de vinte e dois anos achava-se suspensa a circulação de tão importante órgão da cultura maranhense por absoluta falta de cursos materiais.” (Nascimento, 1985)117.

CORREIA (1984) também saúda o reaparecimento, manifestando sua satisfação ao retorno da publicação,

“... suspenso que estava há mais de duas décadas, pela ausência do suporte material indispensável para a sua aparição regular, agora, entretanto, conquistado, ensejando o compromisso de que ressurgirá com periodicidade trimestral, passando rapidamente quer a resgatar, quer a prolongar, a sua presença na cultura maranhense”.118.

113 REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO, São Luís, ano IV, n. 4, junho de 1952.

114 REV. IHGM, São Luís, ano IV, n. 05, dezembro de 1952

115 REV. IHGM, São Luís, anoVII, no. 06, dezembro de 1956

116 REV. IHGM, São Luís, ano LIX, n. 07, dezembro de 1984

117 NASCIMENTO, Jorge. Ausência restituída. In REV. IHGM, São Luís, ano LIX, n. 07, dezembro de 1984, nota de orelha do livro.

118 CORREIA, Rossini. In REV. IHGM, São Luís, ano LIX, n. 07, dezembro de 1984, nota de orelha do livro.

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O então Presidente, José de Ribamar Seguins, lembra, em seu editorial que o último número que veio a publico, 6 (seis), fora em 1961. Ressalta a ajuda dada peloSIOGE, na edição do ‘numero da sorte, o sete’ 119.

A Diretoria do IHGM, gestão 1984-1986 estava assim constituída:Presidente José Ribamar SeguinsVice-Presidente João Freire de Medeiros1º. Secretário Joseth Coutinho Martins de Freitas2º. Secretário Eloy Coelho Netto1º. Tesoureiro Pedro Rátis de Santana2º. Tesoureiro Ilzé Vieira de Mello CordeiroBibliotecária Ariceya Moreira Lima SilvaDiretor do Serviço de Divulgação

Raimundo Nonato Travassos Furtado

É apresentado o “Plano Editorial do IHGM” 120:

“I – O PLANO EDITORIAL DO IHGM é destinado, exclusivamente para os seus associados, no sentido de:a) Defender e velar o patrimônio histórico e cultural do Maranhão;b) Estimular o estudo e cooperar na publicação prioritariamente, de questões

sobre História, Geografia e Ciências afins referentes ao Brasil e, especialmente, ao Maranhão;

c) Cooperar com os Poderes Públicos nas medidas que visem ao engrandecimento científico e cultural do Maranhão.

II – O PLANO EDITORIAL usará o seu órgão especial – a REVISTA –para as publicações trimestrais de trabalhos previamente selecionados.

III – Os Associados poderão usar o PLANO EDITORIAL nas publicações de outros gêneros como romances, peças teatrais, ensaios, críticas, versos, novelas, crônicas, contos e monografias, quando os referidos assuntos forem previamente escolhidos em concursos e promoções realizadas pelo IHGM.

IV – Será estabelecido premio anunciado com antecipação, além de medalha de ‘honra ao mérito, apoio e cobertura da solenidade de lançamentos da obra.

V - As inscrições serão feitas de 1o. a 15 do primeiro mês década trimestre, com apresentação de original inédito, titulo da obra d o nome do autor.

VI – A Diretoria do IHGM designará anualmente por portaria três (3) membros de seu quadro de sócios efetivos com três (3) suplentes para comporem a Comissão de Leitura, sendo o julgamento por votação com parecer escrito considerado irrevogável.Os suplentes serão, automaticamente, convocados pela ordem, quando houver impedimento de quaisquer dos membros efetivos da mencionada Comissão.

119 SEGUINS, José de Ribamar. Nossa Revista. In REV. IHGM, São Luís, ano LIX, n. 07, dezembro de 1984, p. 3.

120 SEGUINS, José de Ribamar. Plano Editorial do IHGM. In REV. IHGM, São Luís, ano LIX, n. 07, dezembro de 1984, p. 83-84

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VII – Os casos omissos serão decididos de comum acordo pela Diretoria do IHGM e pela Comissão de Leitura e, em ultima Instancia pela Assembléia Geral do IHGM.

São Luís, 05 de outubro de 1984JOSÉ RIBAMAR SEGUINS Presidente do IHGM.”

Colaboraram com artigos: SEGUINS, J. R.; FURTADO TRAVASSOS; GUIMARÃES, R. C.; ELIAS FILHO, J.; CRUZ, O.;COELHO NETTO, E.; FREITAS, J. C. M. de; SOARES, L. A. N. G.; REIS, J. R.; COSTA, B. E.

Março de 1985, surge o numero 8 da Revista121; a parceria com o Governo do Estado, através do SIOGE permite cumprir a periodicidade de edição. NASCIMENTO (1985), na apresentação, fala do êxito alcançado pela revista 7122. Foram os seguintes os colaboradores: NASCIMENTO, J.; CUNHA, C.; ; SEGUINS, J. M.; VASCONCELOS, A.; SEGUINS, J. R.; CORREIA LIMA, O.; AROSO, O. C. L.; COSTA, J. P. da; VIANA, O. P.; FREITAS, J. C. M. de; COELHO NETTO, E.

Em junho de 1985 surge o numero 09123.José Ribamar Seguins é o Presidente e Travassos Furtado o Diretor de Divulgação. Em orelha do livro, a Equipe de Pesquisa e Jornalismo do SIOGE – responsável por essa edição e pela apresentação da Revista – lembra que em 1925 era fundada, no Maranhão, uma casa de Cultura e que em seus primeiros anos procurou-se organizá-la e dar forma à mesma, necessitando, para isso, de um instrumento capaz de deixar gravada a sua invejosa trajetória; assim, em 1926 é lançado o primeiro número de sua revista. Infelizmente, relatam os pesquisadores, “por motivos vários, esta Revista não conseguiu percorrer o seu caminho sem interdições, e, por isso, passou uns bons tempos estagnada...”. As duas ultimas edições – numero 8 e 9, esta - foram bancadas pelo Governo do Estado. É quase que uma edição ‘comemorativa’ da posse de seu diretor, Francisco Camelo, no IHGM... Colaboram com artigos: TRAVASSOS FURTADO; CAMELO, F.; ROCHA, L.; SEGUINS, J. R.; CORREIA LIMA, O.; VASCONCELOS, A.; RAPOSO, J. B.; MOURA, C. de S.; MEDEIROS, J. F.; VIANA, O. P.

O número 10 aparece em outubro de 1985 124; Ribamar Seguins responde pela presidência do IHGM, e Travassos Furtado é o seu Diretor de Divulgação (editor). Colaboraram: SEGUINS, J. R.; TRAVASSOS FURTADO; MELO, M. de O.; ELIAS FILHO, J.; SOARES, L. A. N. G.; FREITAS, J. C. de; SANTANA, P. R. de; GUIMARÃES, R. C.; COSTA, B. E.; VIANA, O. P.; CARDOSO, C.; CORREIA LIMA, O.; MILHOMEM, W.; CARVALHO, R. da S.

Março de 1986, número 11125. Autores: CORREIA LIMA; CORREIA LIMA, O.; e AROSO, O. C. L.; JORGE, S.; MEDEIROS, J. F.; FREITAS, J. C. M. de; VIANA, O. P.; ELIAS FILHO, J.; MAGALHÃES, M. dos R. B. C.; SANTANA, P. R. de; TRAVASSOS FURTADO

121 REV. IHGM, São Luís, Ano LIX, n. 8, março 1985

122 NASCIMENTO, Jorge. Apresentação. In REV. IHGM, São Luís, Ano LIX, n. 8, março 1985, p. 3-4

123 REV. IHGM, São Luis, ano LIX, n. 9, junho de 1985

124 REVISTA DO IHGM, São Luís, ano LIX, no. 9, outubro de 1985.

125 REVISTA DO IHGM, São Luís, ano LX, no. 11, março de 1986

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Há uma Revista sem identificação de data, número, ou qualquer referencia; alguns artigos publicados estão datados do ano de 1986(?) 126, e alguns outros homenageiam Humberto de Campos no centenário de seu nascimento. Provavelmente se trate do número 12, ano LX. Os seguintes sócios contribuíram para sua feitura: COELHO NETTO, E.; VIEIRA, J. A. M.; ELIASFILHO, J.; CORREIA LIMA, O.;CUNHA, C.; SOUSA, D.; SANTANA, P. R. de; TRAVASSOS FURTADO; MAGALHÃES, M. dos R. B. C.; SOARES, L. A. N. G.; MEDEIROS, J. F.; JORGE, S.; VIANA, O. P.; FREITAS, J. C. de.

Em 1987, no mês de dezembro, aparece o número 13 da Revista do IHGM127. Logo nas primeiras páginas, Noticiário – agradecimento ao Presidente do SIOGE Mauro Bezerra por propiciar a edição do presente número, após um ano de espera, de decisão/autorização para se publicar a revista; mudanças na direção do SIOGE, e nas diretrizes do Governo.

O número 14 só vem aparecer em 1991, no mês de março128. Mais uma vez paralisada sua publicação por falta de recursos e mais uma vez acudida pelos Poderes Públicos – Governo do Estado, na pessoa de seu Governador João Alberto de Sousa, e do SIOGE. Artigos de: FREITAS, J. C. M. de; CORREIA LIMA, O.; MOURA, C.; SOUSA, D. de; VIANA, O. P.; SILVA, A. R. da; COUTINHO, M.; CARVALHO, A. S. de; COELHO NETTO, E.; PEREIRA, J. da C. M.; SEGUINS, J. R.

A Revista 15 é editada em janeiro de 1992129, também patrocinada pelo Governo do Estado do Maranhão, através da Secretaria de Estado da Cultura. A Comissão da Revista estava formada por José Ribamar Seguins – Presidente do IHGM -, e Orlandex Pereira Viana, Diretor do Serviço de Divulgação do IHGM. A diretoria estava composta, além desses dois sócios efetivos, por João Freire Medeiros (Vice-Presidente); Joseth Coutinho Martins de Freitas (1º. Secretário); Eloy Coelho Netto (2º. Secretário); José Ribamar Fernandes (1º. Tesoureiro); Ilzé Vieira de Melo Cordeiro (2º. Tesoureiro); Aricéya Moreira Lima (Bibliotecária). Seus editores, ao fazerem os “agradecimentos especiais” falam do atraso de seu aparecimento, e a esperança de que o Governo do Estado continue a bancar a edição através do SIOGE; dizem que a revista deveria ser trimestral, conforme rezam os Estatutos Sociais, art. VIII e X, ao tratar do título e das finalidades: “editar revista periódica, em cujas páginas sejam insertos os trabalhos deste Instituto; promover a edição e reedição de obras de autores maranhenses, preferentemente as antigas e inéditas”.

A Revista 16 aparece em 1993130; é informada que a mesma deveria ser trimestral, mas que por força maior, passa a ser anual (a de numero 15 foi composta em janeiro de 1992, e esta, em abril de 1993), só possível a publicação pela vontade inabalável do diretor do SIOGE. A diretoria do período de 1992 a 1994 estava assim constituída:

José Ribamar Seguins Presidente

126 REVISTA DO IHGM, São Luis, (ano LX, n. 12, 1986)

127 REVISTA DO IHGM, São Luís, ano LXI, n. 13, dezembro de 1987

128 REVISTA DO INST. HIST. E GEOG. DO MARANHÃO, São Luís, ano LXII, n. 14, março de 1991

129 REV. DO INST. HIST. E GEOG. DO MARANHÃO, São Luis, a. LXII, n. 15 jan. 1982

130 REVISTA DO INST. HIST. E GEOG. DO MARANHÃO, São Luís, ano LXIII, n. 16, 1993

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Ronald da Silva Carvalho Vice-PresidenteJoseth Coutinho Martins de Freitas 1º. SecretárioSebastião Barreto Brito 2º. SecretárioHédel Jorge Azar 1º. TesoureiroJosé da Costa Mendes Pereira 2º. TesoureiroAricéya Moreira Lima BibliotecáriaOrlandex Pereira Viana Diretor do Serviço de Divulgação

Colaboraram com artigos, notas: COELHO NETTO, E.; ZAJCIW, D.; BOGÉA, L.; FREITAS, J. C. M. de; PEREIRA, J. da C. M.; CAÑEDO, E. V. da S. O. de; SOARES, L. A. N. G.; RAMOS, C. P.; CORREIA LIMA, O.; CARVALHO, A. S. de; MOURA, C.; FERNANDES, J.; VIANA, O. P.; LIMA COELHO, C. A.; GASPAR, C. T. P.; BRITO, S. B. de; ROCHA, S. P.

Revista 17, de 1996131. Impressa as expensas do próprio IHGM, sem ajuda dos poderes públicos, conforme é informado. A comissão foi formada por Hédel Jorge Ázar então presidente do IHGM, Ronald da Silva Carvalho (vice-presidente) e Carlos Alberto Lima Coelho, Diretor do Serviço de Divulgação. Os outros membros da Diretoria, da gestão 1994-1996 foram: Antonio Rufino Filho (1º. Secretário); Joseth Coutinho Martins de Freitas (2º. Secretário); Sebastião Barreto de Brito (1º. Tesoureiro); José da Costa Mendes Pereira (2º. Tesoureiro); Aricéya Moreira Lima da Silva (Bibliotecária). Lima Coelho na apresentação informa que após dois anos a revista volta a circular, depois de mais de 700 dias de tentativas junto aos poderes públicos, para conseguir Oe recursos, sem sucesso. As promessas de ajuda não foram cumpridas e ainda, retidas todo o material da revista no SIOGE por aproximadamente um ano. A presente edição só foi possível de publicação devido aos esforços do Presidente e demais membros da Diretoria. Foram os seguintes os colaboradores: COELHO NETO, E.; MARANHÃO, H.; COUTINHO, M.; SANTOS, H. de J.; CARVALHO,R. da S.; FERNANDES, J.; CORREIA LIMA,O.; VIANA, O. P.; SOARES, L. A. N. G.; FREITAS, J. C. M. de; MOURA, C.; CARVALHO, A. S. de; FEITOSA, A. C.; OLIVEIRA, E. M. de; OLIVEIRA, E. M. de; SANTOS, M. L. F.

O número 18132 surge em 1997, uma vez mais com recursos próprios, graças ao empenho “dos homens e mulheres que fazem o IHGM”. A luta anunciada é a da reforma do prédio da Rua da Paz, onde por algum tempo esteve instalado o Instituto. Os colaboradores: DOMINGOS, G. A.; COELHO NETTO, E.; OLIVEIRA, E. M. de; FREITAS, J. C. M. de; SOUSA, E. de; LIMA, C. de; BUESCU, A. I.; FERNANDES, J.; LIMA COELHO, C. A.; FERREIRA, M.; CARVALHO, A. S. de.

Ainda em 1997 aparece à revista 19133 (duas no ano), mais uma vez o Instituto assume os custos de impressão. Artigos assinados por: COUTINHO, M.; BUZAR, B.; OLIVEIRA, E. M. de; CARVALHO, A. S. de; CARVALHO, R. da S.; COELHO NETTO, E.; MOHANA, K.; FREITAS, J. C. M. de; GASPAR, C.; SOARES, L. A. N. G.; FERNANDES, J.; MOURA, C.; ROCHA, S. P.

A Revista 20 aparece em 1998134, a quarta da gestão de Hedel Jorge Azar, e contou com a colaboração de FERREIRA, M. da C.; CARVALHO, A. S. de; 131 REVISTA DO INST. HIST. E GEOG. DO MARANHÃO, São Luís, ano LXIv, n. 17, 1996

132 REV. DO IHGM, São Luís, no. 18, 1997

133 REV. DO IHGM, São Luís, no. 19, 1997

134 REV. DO IHGM, São Luís, no. 20, 1998

Page 140: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

FERNANDES, J. de R.; OLIVEIRA, E. M. de; CHAGAS, J.; MEIRELES, M. M.; BRITO, S. B. de; CARVALHO, A. S. de; HOLANDA, L. T. C.; HORTENCIA, L.; ALVES, L. N.; SOARES, L. A. N. G.; MOURA, C.; FREITAS, J. C. M. de; MOHANA, K.

Ainda em 1998, saiu o número 21135, contando com as seguintes colaborações: SARNEY, J.; ROCHA, S. P.; BRITO, S. B. de; FREITAS, J. C. M..; SOUSA, E. de; FERNANDES, J.; LIMA COELHO, C. A.; REIS, J. R. S. dosLIMA, C. de; COELHO NETTO, E.; SOARES, L. A. N. G.; ELIAS FILHO, J.; MAGALHÃES, M. dos R. B.; SÁ VALE FILHO; CARVALHO, A. S. de; FERREIRA, M. da C.; CARVALHO, R. da S.; VIANA, O. P.; LIMA, C. de; FEITOSA, R.; OLIVEIRA, E. M. de.

O número 22 sai em 1999136, com a edição bancada pelo Governo do Estado, tendo com o colaboradores: CARVALHO, R. da S.; FERREIRA, M. da C.; SOARES, O.; SOARES, L. A. N. G.; CARVALHO, R. da S.; OLIVEIRA, E. M. de; CARVALHO, A. S. de; ROCHA, O. P.

Em 2000, ainda tendo como presidente do IHGM o Sr. Hedel Azar, sai o numero 23137, edita com recursos próprios. Diz, uma vez mais, esse dirigente, que “poucas vezes nos foi possível merecer a atenção das autoridades constituídas para a publicação desta importante fonte de informação”. Informa, ainda, que está concluído seu segundo mandato consecutivo, e teria que deixar o cargo dando oportunidade a outros membros de conduzir o Instituto. “Os recursos para a manutenção do IHGM são oriundos apenas das contribuições dos sócios, portanto, ineficientes para alçarmos vôos mais altos”. Os presentes 140inqüen contou com as seguintes colaboradores: SOARES, L. A. N. G.; BRITO, S. B. de; OLIVEIRA, E. M. de; CAÑEDO, E. V. da S. O. de; ROCHA, O. P.; FREITAS, J. C. de; BUZAR, B.; CARVALHO, R. da S.; SOUSA, E. Muitos dos artigos são republicações de artigos aparecidos em jornais da capital.

Em 2000, foi eleita nova Diretoria, para o período de 2000/2002:

Presidente: Edomir Martins de OliveiraVice-Presidente: Osvaldo Rocha Pereira1º. Secretário Joseth Coutinho Martins de Freitas2º. Secretário José Fernandes1º. Tesoureiro Salomão Rocha Pereira2º. Tesoureiro Hédel Jorge AzarBibliotecário Eneida Ostria de CanedoDiretor de Assuntos de Divulgação Kalil Mohana

E em 2001, saiu o número 24 da Revista138, em novo formato, em comemoração ao primeiro ano de mandato, tendo como colaboradores: OLIVEIRA, E. M. de; LINCOLN, M.; SOARES, L. A. N. G.; FREITAS, J. C. M. de; CORDEIRO, I.; ALMEIDA E SILVA, E. F. de; ROCHA, O. P.; LIMA NETO, B. M.; PEREIRA, M. E.

135 REV. DO IHGM, São Luís, no. 21, 1998

136 REV. DO IHGM, São Luís, no. 22, 1999

137 REV. DO IHGM, São Luís, no. 23, 2000

138 REV. DO IHGM, São Luís, no. 24, São Luís, setembro de 2001

Page 141: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

M.; ROCHA, S. P. da; BURITY, E.; CAÑEDO, E. O.; BRITO, S. B. de; MARQUES, J. P.; RÊGO, T.

A Revista 25139 não tem data de publicação! Na “Palavra do Presidente” este manifesta sua alegria em entregar mais um numero, o de numero 25, e lembra que, ao tomar posse em julho de 2000, fez circular a revista 23, que a administração anterior não tivera tempo de divulgar, por atraso na entrega da mesma pela gráfica; a de numero 24 saiu em edição comemorativa ao primeiro ano de administração, edição em policromia, porém muito cara para os cofres do Instituto; a atual, volta ao formato normal, estilo tradicional das publicações, e fruto do esforço e colaboração efetiva dos membros do IHGM: LEITE, J. M. S.; BRITO, S.; OLIVEIRA, E. M. de;ROCHA, O. P.; SOARES, L. A. N. G.; RUFINO FILHO, A.; FREITAS, J. C. M. de; ROCHA, S. P.; CAÑEDO, E. V. da S. O. de; SALGADO FILHO, N.; SEGUINS, J. R.; SILVA, E. F. de A.

Em 2002, é publicada a de numero 26140. O que nos faz supor que o número anterior seja ainda do ano de 2001(?), haja vista que nas “Palavra do Presidente” este afirma que, já estando findo o mandato da diretoria eleita para o período de 2000/2002, em julho próximo o passariam à nova diretoria, enfim vencidas as dificuldades e conseguido os recursos para mais uma publicação. Publicaram-se artigos dos seguintes colaboradores: RUFINO FILHO, A.; OLIVEIRA, E. M. de; ARAÚJO, R. T. de; FREITAS, J. C. M. de; SOUSA, F. E. de; ROCHA, O. P.; OLIVEIRA, E. M. de; SOUSA, P. F. da S.; SOARES, L. A. N. G.; OLIVEIRA, E. M. de; SOUSA, F. E. de; OLIVEIRA, E. M. de; CAÑEDO, E. V. da S. O. de; SALGUEIRO, M. C.; LEITE, J. M. S.; BURITY, E. de A.; VIEIRA DA Silva, R. E. de C.; FERREIRA, M. da C.; VIEIRA, A. G.; SALGADO FILHO, N.; BRITO, S. B. de; SARDINHA, C. G. V.; SARDINHA, A. H. L.; ROCHA, S. P.

Temos mais uma lacuna; a revista 27141 aparece apenas em 2007, na administração da Profa. Eneida Vieira da Silva Ostria de Cañedo. Novamente socorreu o Instituto o Governo do Estado. Compõem a Revista 17 contribuições: CAÑEDO, E. V. da S. O. de; FREITAS, J. C. M. de; ROCHA, O. P.; MOHANA, K.; PEREIRA, M. E. M.; OLIVEIRA, E. M. de; RAMOS, A. V.; VIEIRA DA SILVA, R. E. de C.; LEITE, J. M. S.; SARAIVA, J. C. V.; ADLER, D. A.; PEREIRA, M. E. M.; REGO, T. de J. A.

Nesses anos, o IHGM foi presidido por:

1925/1929 Justo Jansen Ferreira1929/1933 José Ribeiro do Amaral1933/1937 Parsondas de Carvalho1937/1943 Elizabeto Barbosa de Carvalho1943/1945 Leopoldino Lisboa1945/1947 Astolfo Serra1947/1953 João Braulino de Carvalho1953/1957 Jerônimo de Viveiros1957/1961 Domingos Vieira Filho1961/1967 Luiz de Moraes Rego1967/1972 Ruben Ribeiro de Almeida

139 REV. DO IHGM, no. 25, São Luís, (s.d)

140 REV. DO IHGM, no. 26, São Luís, 2002

141 Rev. do IHGM, São Luís, n. 27, jul. 2007

Page 142: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

1972/1994 José Ribamar Seguins1994/2000 Hedel Jorge Ázar2000/2002 Edomir Martins de Oliveira2002/2006 Nywaldo Guimarães Macieira2006/2008 Eneida Vieira da Silva Ostria de Cañedo

Embora conste dos quadros de Presidentes que o IHGM tenha sido presidido por Parsondas de Carvalho no período de 1933/1937, é de se estranhar essa informação, haja vista que consta como falecido em 26 de julho de 1926.142

ELITISMO NO IHGMO campo selecionado foi História, Geografia, e Ciências afins, conforme expresso nos Estatutos do IHGM, com a produção acadêmica dos sócios efetivos, colaboradores e direção do Instituto divulgado através de sua Revista, editada com esse fim (bibliografia selecionada). A recomendação é de a “... cobertura seja exaustiva. Quanto mais extensa e exaustiva melhor.” No que se refere ao tempo de publicação – “Sugere-se que a cobertura dessa bibliografia seja maior ou igual a dez anos” – a primeira revista aparecem em1926. Embora desde sua criação a periodicidade devesse ser de quatro números anuais (trimestral), desde o início a Diretoria do Instituto não conseguiu cumpri-la, por falta de recursos, conforme se observa dos Editoriais. Publicada algumas vezes com a ajuda dos Poderes Públicos, outras, com recursos próprios. Daí ao longo desses mais de 80 anos deu-se conhecimento de apenas 27 edições.

Outra recomendação – a de contar a produtividade de cada autor, considerando-se também os co-autores -, significa que se deve adotar o método da contagem completa; o que foi cumprido, exceto nas notas administrativas, que aparecem como sendo “Da Redação” – seus editores, ora o Presidente, ora o Secretário, ora o Diretor de Serviço de Divulgação -, não se considerando os ocupantes dos respectivos cargos das diversas diretorias. Os dados coletados estão ordenados em duas tabelas de freqüência, possibilitando a visualização dos mesmos. Em Anexos, se apresentam os artigos publicados, ordenados por número/ano de publicação da Revista.

Nesses 83 anos (1925/2008) da existência do IHGM, foram editadas 27 (vinte e sete) revistas (1926/2007).

Pelos Estatutos – considerando a periodicidade trimestral -, deveriam ter sido publicadas mais de seis centenas de artigos – 648. Pelas dificuldades financeiras, em alguns anos foi proposta que a periodicidade devesse ser anual, e mesmo assim, não foi cumprida...

142 DINO, Sálvio. PARSONDAS DE CARVALHO – um novo olhar sobre o sertão. Imperatriz: Ética, 2007

Page 143: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

TABELA 1 – INTERVALO DE PUBLICAÇÕES DA REVISTA DO IHGM – EM ANOS

ANO DEPUBLICAÇÃO

NÚMEROS PUBLICADOS

INTERVALOEM ANOS

1926 1 01948 1 221951 1 31952 2 11956 1 41984 3 281985 1 11986 2 11987 1 11991 1 41992 1 11993 1 11996 1 31997 2 11998 2 11999 1 12000 1 12001 1 1

(s.d) (2002?) 1 12002 1 O2007 1 5

27

Na Tabela a seguir são apresentadas as edições – 27 -, com os respectivos anos de publicação, o número de artigos, notas, e atos com o número de colaboradores (autores):

QUADRO 1 – EDIÇÕES DAS REVISTAS DO IHGM

EDIÇÃO NÚMERO DE ARTIGOS

NÚMERO DE AUTORES

No. 01, 1926 20 7No. 02, 1948 23 13No. 03, 1951 20 7No. 04, 1952 28 18No. 05, 1952 16 8No. 06, 1956 28 16No. 07, 1984 22 12No. 08, 1984 25 13No. 09, 1984 23 11No. 10, 1985 22 17No. 11, 1986 11 12No. 12, 1986 23 15No. 13, 1987 20 14No. 14, 1991 15 13No. 15, 1992 16 11No. 16, 1993 28 18No. 17, 1996 26 17No. 18, 1997 15 12No. 19, 1997 16 14No. 20, 1998 17 16No. 21, 1998 25 21No. 22, 1999 14 8No. 23, 2000 18 9No. 24, 2001 19 14No. 25, (s.d) 16 13No. 26, 2002 27 20No. 27, 2007 18 12TOTAIS 551 361

Fonte: Pesquisa

Page 144: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Nesta Tabela estão sendo considerados os 144 artigos nominados como sendo “Da Redação”, de responsabilidade dos Editores, Presidentes, Comissão de Redação, Comissão da Revista e do Diretor do Serviço de Divulgação, a quem cabe a responsabilidade de edição da Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (Editor). Isto se deve ao fato de, ao se analisar os conteúdos desse material, constata-se que vão além de notas, avisos e atos administrativos. A grande maioria trata de questão técnica-científica; outros, bibliografias dos sócios efetivos, biografias ‘in memoriam’, fotos, eventos históricos. Daí, não se poder expurgá-los, conforme se pode ver do Quadro abaixo. São cinco publicações dos Estatutos Sociais e do Regimento Interno (uma); três editoriais, que explicam alguns problemas com as edições da Revista; três sumários, que permitem recuperar algumas autorias, já que se trata de edição fotocopiada, e fora de ordem de páginas, quando da encadernação; e 32 notas diversas, que têm a ver com a vida do Instituto, portanto, pertinentes sua inclusão como “artigo”.

As demais (105) são artigos de natureza histórica e/ou geográfica e de ciências afins. Nos primeiros números, percebe-se que a maioria dessas notas é de autoria do Secretário Perpétuo do Instituto, Antonio Lopes – em alguns, ao final, aparece suas iniciais (AL) -, mas ao mesmo tempo aparecem outras notas “assinadas” por inicial de outros colaboradores, não sendo possível identificá-los; por isso, optou-se em dar a autoria dessas notas aos editores da Revista:

QUADRO 2 - ARTIGOS, NOTAS, ATOS DE AUTORIA DOS EDITORES DA REVISTA - 1926/2007

O primeiro número 05-06Maranhão-Piauhy 07-08Notas Várias: Parsondas de Carvalho (A.L.); O Curso de Estudos maranhenses; Um explorador maranhense (A.L.); O oiro do Alto Pindaré (Jeronymo de Viveiros);Documentos históricos; Um achado archeologico; A questão da Tutoya; As collecções do Instituto; Material bibliographico (A.L.; W.S.); Francisco Guimarães.

Ano I, n. 1, julho-setembro 1926

65-88

EDITORIAL 03-04Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão 147-154

DA REDAÇÃO

PRESIDENCIA – ATOS

Notas Finais – A eterna questão; As obras de Raimundo Lopes; O Dicionário de César Marques; Trabalhos históricos e geográficos; Proteção a natureza e aos monumentos; Bibliografia; Inéditos do Instituto; Páginas esquecidas; O Museu do Instituto

Ano 2, n. 1, novembro de 1948 155-160

Page 145: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Relação de cartas geográficas do Maranhão 03-10137-140141-144145-154155-156

Os mortos do Instituto:- Antonio Lopes da Cunha – 29.11.50; - Candido Pereira de Sousa Bispo – 15.07.50; - Joseph Marie Lemercier – 09.12.48; - Wilson da Silva Soares – 09.12.49; - Alfredo Bena – 11.05.50; - Liberalino Pinto de Almeida – 05.02.51; - Aquiles de Faria Lisboa – 12.04.51; - Adalberto Accioli Sobral – 24.05.51; Novos Membros do Instituto; Registros bibliográficosCongressos CientíficosEstatutosAnuncio históricoSumario

Ano 28, n. 3, agosto de

1951157

Concessões para a exploração e lavra de minerais 98-99117-120121-126127-131

Bibliografia maranhense –- Ribeiro do Amaral; - Raimundo Lopes; - Clarindo Santiago 132-136Registro bibliográficoNoticiário – O Museu do Instituto; Congressos e encontros; Novos sócios; História do Comércio do MaranhãoAnúncio históricoSumário

Ano IV, n. 4, junho de

1952

137

133-137140

145-146

Bibliografia Maranhense: - Justo Jansen Ferreira;- Domingos de Castro Perdigão; - Parsondas de Carvalho; - Sousa BispoRegistro bibliográfico (publicações recebidas)Noticiário – Brigadeiro Hugo da Cunha Machado; Novos sócios: Fernando Viana, Cesário Veras SUMÁRIO

Ano IV, n. 5, dezembro de 1952

147

Nossa Homenagem 03-05Quadro social do Instituto 110-114Novos sócios do Instituto 115-117

121-138Noticiário – Honra ao Mérito; Benedito Barros e Vasconcelos; Reforma da sede do Instituto;Ponte Antonio Muniz BarreirosBibliografias: - História do Comércio do Maranhão – Jerônimo de Viveiros- Panorama da literatura maranhense – MárioMeireles- Alma – Ribamar Pereira- 145inqüenta145a médico-social do filho sadio do lázaro – Olavo Correia Lima- Espiritismo e mediunismo no Maranhão –Waldomiro Reis

Ano VII, n. 6,dezembro de 1956

139-140141-142

143

143

143

Page 146: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Diretoria do IHGM 05-20Nossos sócios fundadores, o grande benemérito 21-22Nossos sócios honorários 25Calendário social 91-93Datas memoráveis para o IHGM 95Nossos sócios efetivos e seus patronos 97-103Nossos sócios correspondentes 105-107Plano editorial do IHGM. 83-84Homenagem a Bequimão 85-86Ato Normativo especial

Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984

87-89A bandeira do Maranhão 13O Hino maranhense 14-15

16José Adirson de Vasconcelos de Santana de Araújo (biografia) 29-30

31-32O Instituto Histórico rejubila-se com a eleição de Sarney 35-36Governador Luiz Rocha no Salão Nobre do IHGM 37Rosa Mochel Martins (necrologia) 60Olavo Correia Lima (biografia) 66Carlos Cunha (biografia) 75-82Orlandex Pereira Viana (biografia) 83-84

85-86Wilson da Silva Soares – sócio fundador (tradicional família Soares recebe justas homenagens do IHGM)A fala do imortal – (Carvalho Guimarães)IHGM agracia SIOGE e equipeFrancisco Alves Camelo eleito para o IHGM

Ano LIX, n. 08, março de

1985

87-88

Convicção de idealismo 03-0405-10Festa da cultura na posse de Francisco Camelo a

presença do Governador 17Invertida a ordem dos trabalhos 24-26“A REVOLTA DE BEQUIMÃO” 27Outro evento importante 28-32

104Apresentações e congratulações pela posse de Francisco Camelo 105MOMATRO de mãos dadas com o IHGM prestam homenagem a Corrêa de AraújoIHGM – Balanço financeiro geral 1984Novos sócios do IHGM; Sócios falecidos; Sociais

Ano LIX, n. 9, junho de

1985

106-107

Festa de intelectuais na Praça do Panteon 03-10A Coluna Prestes é tema de livro 22Carlos Cardoso (biografia) 59Sociais 98146inqüen fotográfica da visita de João José de Mota Albuquerque e Mauro Mota

Ano LIX n. 10, outubro de

1985

99

Cronologia de Halley Ano LX, n. 11, março de

198603-04

19-20Requerimento – concessão de sócio benemérito ao Governador do Estado Luiz Rocha 20-21IHGM homenageia Governador Luiz Rocha Notas Diversas- A cidade de Coelho Neto na história do Maranhão; - Homenagem ao Governador Luiz Rocha; - Brasil república; - Dr. José de Ribamar Seguins;- Uma poetisa serviço do IHGM; Calendário social do IHGM; Endereços atualizados dos sócios efetivos

Ano LX, n. 12, 1986 ? 100-106

Page 147: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Noticiário 03Lançamento de livros 05IHGM faz lançamento de livro

Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987

75-76Notas e notícias Ano LXII, n. 14,

março de 1991

11-12

Agradecimentos especiais 6Notas e Notícias 09-11Lembrando Dr. João Freire de Medeiros 13IHGM – Regimento Interno

Ano LXII, n. 15, janeiro de

1992100-104

Notas e Notícias 09-1213-16In Memoriam do saudoso Domingos Chateaubriand

de Sousa 137-142Endereços dos sócios efetivos do IHGM 143-153

09-12Quadro dos Patronos, primeiros ocupantes e ocupantes atuais do IHGM 13-16Notas e Notícias 137-142In Memoriam do saudoso Domingos Chateaubriand de SousaEndereços dos sócios efetivos do IHGMQuadro dos Patronos, primeiros ocupantes e ocupantes atuais do IHGM

Ano LXIII, n. 16, 1993

143-153

Apresentação 05Resenhas 11-12IHGM comemora 70 anos 16-18Fotos das comemorações dos 70 anos 26-35Quadro dos sócios efetivos e respectivos endereços e calendário social do IHGM

Ano LXIV, n. 17,

1996

151-160

Lançamentos do Instituto Histórico 19-25Instituto histórico e Geográfico do Maranhão - sócios efetivos

No. 18,

1997 105-111

Eventos de março 86-87IHGM – sócios efetivos

No. 19,

199795-100

“Ação e Trabalho” eleita por aclamação 05-07Maranhão tem destaque no Encontro dos Institutos no Rio

No. 21,

1998 42-43

Nota – republicações de artigos do numero 1 5051-54Regimento do Instituto de História e Geografia do

MaranhãoLançamento e posse movimentam o IHGM

No. 22,

1999100

Dados históricos do IHGM No. 25,

(s.d.)150-154

Estatutos do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

No. 27,

julho de

2007129-139

Em algumas revistas, alguns dos colaboradores aparecem com mais de uma contribuição. Foi considerado o autor com sua(s) contribuição, para o estabelecimento do número de artigos x número de autores. Quando o artigo é assinado por dois colaboradores, foram contados ambos.

A Elite dos Autores se constitui daqueles que produziram acima de 11,61 artigos. Esses Autores – nove (6,68%), incluindo-se os artigos “dos Editores” (144 – 26,14%, QUADRO acima) – produziram 51,35% dos artigos publicados. Temos como pertencentes a essa Elite:

Page 148: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

QUADRO 3 - ELITE DE AUTORES DO IHGM – 1926/2007

NÚMERO DE AUTORES

NÚMERO DE ARTIGOS NOME

1 26 FREITAS, J. C. M. de1 20 SOARES, L. A. N. G.2 18 CORREIA LIMA, O.

OLIVEIRA, E. M. de1 16 ROCHA, O. P1 15 CARVALHO, A. S. de2 13 COELHO NETTO, E.;

SEGUINS, J. R.

A seguir, apresenta-se a Tabela 2:

TABELA 2- DISTRIBUIÇÃO DAS FREQÜÊNCIAS OBSERVADAS DOS ARTIGOS PRODUZIDOS POR AUTOR

No. DEAUTORES

x

No. DE CONTRIBUIÇÕES

POR AUTORy

No. DE ARTIGOS

xy

% DE AUTORES

% x

% DE ARTIGOS

% xy1 144 144 0,74 26,141 26 26 0,74 4,721 20 20 0,74 3,632 18 36 1,49 6,531 16 16 0,74 2,901 15 15 0,74 2,722 13 26 1,49 4,711 11 11 0,74 2,001 10 10 0,74 1,811 9 9 0,74 1,633 8 24 2,22 4,361 7 7 0,74 1,272 6 12 1,49 2,185 5 25 3,70 4,546 4 24 4,44 4,36

10 3 30 7,40 5,4420 2 40 14,81 7,2676 1 76 56,30 13,80135 - 551 100 100

Temos, ainda, um bloco intermediário com outros nove autores (6,67%), que produziram 13,25% dos artigos publicados:

Page 149: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

QUADRO 4 – ELITE INTERMEDIÁRIA DE AUTORES DO IHGM – 1926/2007NÚMERO DE

AUTORESNÚMERO DE

ARTIGOS NOME

1 11 MOURA, C.1 10 VIANA, O.P.1 9 CARVALHO, R. da S.

3 8BRITO, S. B.

CAÑEDO, E. V. da S. O. de TRAVASSOS FURTADO

1 7 ROCHA, S. P.

2 6 FERNANDES, J.FERREIRA, M. de C.

Com cinco artigos - COUTINHO, M.;CUNHA, C.; ELIAS FILHO, J.; LOPES DA CUNHA, A.; VIVEIROS, J. de.

Enquanto com quatro artigos aparecem: DINO, N.; LEITE, J. M. S.; PEREIRA, J. da C. M.; SANTOS, M. L. F.; SILVA, A. R. da; VIEIRA FILHO, D.;

e três artigos com parecem: BARBOSA, T.; GUIMARÃES, R. C.; LIMA COELHO, C. A.; LIMA, C. de; MAGALHÃES, M. dos R. B. C.; MEDEIROS, J. F.; MOHANA, K.; PEREIRA, M. E. M.; SANTANA, P. R. de; SOUSA, E.;

e com duas colaborações: AROSO, O. C. L. ; BURITY, E. de A.; BUZAR, B.; CARVALHO, B. de; CARVALHO, J. B. de; COSTA, B. E.; FERREIRA, A.; FIALHO, O.; GASPAR, C. T. P.; JORGE, S.; MEIRELES, M. M.; REGO, T. de J. A.; REIS, L. G. dos; RUFINO FILHO, A; SALGADO FILHO, N.; SOARES, O.; SOUSA, F. E. de; VASCONCELOS, A.; VASCONCELOS, B.; VIEIRA da SILVA, R. E. de C. Esse grupo de 41 autores (30,35%) produziu 119 artigos (30,35%).Os demais – 76 autores, 56,30% - contribuíram com um artigo cada,

totalizando 13,80% da produção acadêmica registradaA identificação dos autores foi dificultada tendo em vista que nem sempre o

nome foi grafado corretamente. Muitas das vezes, abreviado, aparecendo o primeiro e ultimo nome apenas; como muitos sócios e colaboradores têm nomes parecidos, isso dificulta saber quem é quem, constando, assim, as grafias que aparecem e, muitas das vezes, podem se referir a mesma pessoa.

Quando foi possível a identificação, foi considerado o mais completo. Da mesma forma – o que pode causar algum problema nessa identificação -, optou-se pela grafia de Sobrenome em caixa alta, e os demais em maiúsculo.

Nos Quadros Anexo – 5. ARTIGOS PUBLICADOS – 1926/2008 apresentam-se toda a produção dos sócios e colaboradores do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão que apareceram nas revistas publicadas. Nos quadros seguintes recupera-se o 6. QUADRO DOS SÓCIOS FUNDADORES E EFETIVOS – 1948; e 7. SÓCIOS CORRESPONDENTES – 1948, que aparecem nos dois primeiros números da Revista do IHGM. Tivemos 30 (trinta) Patronos, com 42 (quarenta e dois) sócio-efetivos, ocupantes dessas primeiras cadeiras, e 40 (quarenta) sócios correspondentes, dos quais quatro foram tornados efetivos e 18 (dezoito) haviam morrido, entre as indicações no período de 1925/27 e 1948, de acordo com as informações constantes nas duas primeiras edições da Revista de História e Geografia.

Page 150: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

A partir desses quadros, e com a publicação de novos números, construiu-se os quadros 8. QUADRO DOS SÓCIOS FUNDADORES E EFETIVOS – 1948/ 2001,9. SÓCIOS HONORÁRIOS (2001), e 10. SÓCIOS CORRESPONDENTES –1948/2001. Nesse período, 1948/2001, o número de patronos passou para 50 (cinqüenta) e depois para os atuais 60 (sessenta), enquanto que os ocupantes, desde 1925, foram 165 ocupantes – ou 179, já que em algumas cadeiras consta que houve um primeiro ocupante, mas este não foi identificado, constando, assim o nome do segundo ocupante em diante.

Na primeira fase do Instituto, até 1948, tivemos 112 ocupantes para as 30 cadeiras ate então existentes. Foram concedidos títulos de sócio honorário a 32 pessoas, das quais 16 antes estavam no quadro de sócio-efetivo.

No período de existência do Instituto, foram concedidos: um título de Sócio Benemérito – a Sebastião Archer da Silva; enquanto quatro pessoas receberam o título de Presidentes de Honra ou Honorário - Roseana Sarney Murad; José Sarney, João Braulino de Carvalho (1953); e José Ribamar Seguins, estes dois últimos, ex-presidentes do IHGM.

Quanto aos Correspondentes, até 2001 havia 158, sendo admitidos no período de 1925 a 1948, 40; de 1948 a 2001, 118, sendo três de cidades do interior do Maranhão (Pinheiro, Caxias, e Carolina). 14 do exterior (França: 3; Inglaterra: 1; Estados Unidos: 3; Portugal: 7); do Brasil, aparecem 11 sem identificação do Estado, e temos do Rio de Janeiro – 30 sócios correspondentes; Ceará e Pernambuco: 11 cada; Brasília: 8; Pará e Paraná – 5 cada; Bahia – 4; Amazonas, Piauí, e São Paulo - 3; Mato Grosso e Sergipe: 2; e com um sócio correspondente, aparecem o Amapá, Espírito Santo, Rio Grande do Norte, e Rio Grande do Sul.

No Quadro 11 listam-se os autores em ordem alfabética identificando-se seus artigos e contribuições.

Page 151: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

QUADRO 6. SÓCIOS FUNDADORES E EFETIVOS - 1948

NO. PATRONO DAS CADEIRAS TITULARES CATEGORIA

DATA DE INVESTIDURA1 Claude d’Ábeville 1. José Maria Lemercier Efetivo – 15.10.19462 Yves d’Évreux 1. Raimundo Lopes da Cunha

2. Joaquim Vieira da LuzCorrespondente (20.11.25); Efetivo

04.12.1926Efetivo 03.09.1948

3 Diogo de Campos Moreno 1. Benedito Barros Vasconcelos

Fundador

4 Simão Estácio da Silveira 1. Raimundo Clarindo Santiago2. Alfredo Bena

Efetivo 20.07.1926Efetivo 28.11.1948

5 Luís Figueira 1. José Ferreira Gomes Fundador6 Antônio Vieira 1. Arias de Almeida Cruz Fundador7 João de Sousa Ferreira 1. Renato Nascimento Silva Efetivo 12.11.19468 João Felipe de Betendorf 1. José Ribeiro do Amaral

2. Henrique Costa FernandesFundador

Efetivo 31.07.19279 Antônio Pereira de Berredo 1. Ruben Ribeiro de Almeida Efetivo 05.05.1943

10 José de Moraes 1. Adalberto Aciole de Sobral Efetivo 26.09.194811 Sebastião Gomes da Silva

Belfort1. Antonio Lopes Ribeiro Dias2. Candido Pereira de Sousa Bispo

Correspondente (20.11.25); Efetivo 28.11.1948

Efetivo 02.09.194812 Francisco de Paula Ribeiro 1. João Persondas de Carvalho

2. Liberalino Pinto de Miranda

Efetivo 04.06.1926Efetivo 28.11.1948

13 Raimundo José de Sousa Gaioso

1. José Pedro Ribeiro2. Osvaldo da Silva Soares

FundadorEfetivo 03.09.1948

14 Antonio Bernardino Pereira do Lago

1. Manuel Fran Pacheco Correspondente (20.11.25); efetivo 04.12.1926

15 João Antonio Garcia de Abranches

1. José Abranches de Moura2. Astolfo Barros Serra

FundadorEfetivo 28.11.1948

16 Francisco de N. S. dos Prazeres

1. Virgilio Domingos da Silva2. Felipe Conbdurú Pacheco

Efetivo 20.07.1926Correspondente (20.11.25); efetivo

12.09.194817 Custódio Alves Serrão 1. Aquiles de Faria Lisboa Efetivo 08.05.194318 João Francisco Lisboa 1. Wilson da Silva Soares Fundador19 Candido Mendes de Almeida 1. Justo Jansen Ferreira

2. Leopoldino Rego LisboaFundador

Efetivo 15.10.194620 Antonio Gonçalves Dias 1. João Braulino de Carvalho Correspondente (20.07.26); efetivo

04.12.192621 Antonio Henriques Leal 1. José Luso Torres Efetivo 08.06.194822 Cesar Augusto Marques 1. Domingos de Castro

Perdigão2. Fernando Eugenio dos Reis Perdigão

FundadorEfetivo 15.10.1946

23 Luis Antonio Vieira da Silva 1. Domingos Américo de Carvalho2. Nicolau Dino de Castro e Costa

Efetivo 29.07.1926Efetivo 21.11.1948

24 Antonio Enes de Sousa 1. José Domingues da Silva2. José Silvestre Fernandes

FundadorEfetivo 28.11.1948

25 Celso Cunha Magalhães 1. Antonio Lopes da Cunha Fundador26 Luis Felipe Gonzaga de

Campos1. Alcindo Cras Guimarães Efetivo 05.12.1948

27 Raimundo Lopes da Cunha 1. Tasso de Morais Rego Serra Efetivo 20.10.194728 Raimundo Nina Rodrigues 1. José Bavelar Portela Efetivo 15.10.194629 José Ribeiro do Amaral 1. Arnaldo de Jesus Ferreira Efetivo 28.11.194830 Justo Jansen Ferreira 1. Olimpio Ribeiro Fialho Efetivo 12.09.1948

Fonte: Geografia e História – Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, São Luis, ano 2, n. 1, novembro de 1948, p. 148-154.

Page 152: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

QUADRO 7. SÓCIOS CORRESPONDENTES – 1948Barão de Studart Ceará Falecido Eleito 20.11.1925Capistrano de Abreu Rio de Janeiro Falecido Eleito 20.11.1925J. Lúcio de Azevedo Portugal Falecido Eleito 20.11.1925Max Fleuiss Rio de Janeiro Falecido Eleito 20.11.1925Viveiros de Castro Rio de Janeiro Falecido Eleito 20.11.1925 (Augusto Olimpio, o

segundo)Paulo Prado São Paulo Falecido Eleito 20.11.1925Abdias Neves Piauí Falecido Eleito 20.11.1925Nogueira da Silva Rio de Janeiro Falecido Eleito 20.11.1925Raimundo Lopes Rio de Janeiro Falecido Eleito 20.11.1925 Depois, efetivoAntonio Dias Falecido Eleito 20.11.1925 Depois, efetivoMario Melo Eleito 20.11.1925Viriato Correa Eleito 20.11.1925Rodolfo Garcia Rio de Janeiro Eleito 20.11.1925Miranda Carvalho Santa Catarina Eleito 20.11.1925Rocha Pombo Rio de Janeiro Falecido Eleito 09.05.1926Dunshee de Abranches Rio de Janeiro Falecido Eleito 09.05.1926Alcides Bezerra Rio de Janeiro Falecido Eleito 09.05.1926Tasso Fragoso Rio de Janeiro Falecido Eleito 09.05.1926Oliveira Lima Estados Unidos Falecido Eleito 20.07.1926Francisco Guimarães Falecido Eleito 20.07.1926Braulino de Carvalho Amazonas Eleito 20.07.1926 Depois, efetivoBernardino de Sousa Falecido Eleito 14.05.1927Costa Filho Falecido Eleito 14.05.1927Charles Wagley Eleito 15.09.1947Felipe Condurú Eleito 15.09.1947 Depois, efetivoJerônimo de Viveiros Eleito 15.09.1947Joaquim Ribeiro Eleito 15.09.1947Heloisa Torres Eleito 15.09.1947Virgilio Correia Filho Eleito 15.09.1947Rondon Eleito 15.09.1947Carlos Studart Filho Eleito 15.09.1947Arthut Colares Moreira Eleito 20.10.1947Edmundo Coqueiro Eleito 20.10.1947João Wilson da Costa Eleito 20.10.1947Lucia Miguel Pereira Eleito 05.12.1948Tomás Pompeu Sobrinho Eleito 05.12.1948Pedro Calmon Eleito 05.12.1948Eurico de Macedo Eleito 05.12.1948Luis Viana Filho Eleito 05.12.1948Raul de Azevedo Eleito 05.12.1948 Fonte: Geografia e História – Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, São Luis, ano 2, n. 1, novembro de 1948, p. 148-154.

Page 153: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

QUADRO 9. SÓCIOS HONORÁRIOS (2001)

Presidenta de Honra Roseana Sarney MuradPresidente honorário João Braulino de Carvalho (1953)Presidentes Honorários José Sarney José Ribamar Seguins

Adalberto Acioli de SobralAfonso Arinos de Melo FrancoAfonso de Escragnolle Taunay IHGSP – eleito 20/08/1953Aluízio Ribeiro da Silva Ex-ocupante cadeira 13Arycéia Moreira Lima da Silva Ex-ocupante cadeira 34Augusto Silva de Carvalho Ex-ocupante cadeira 57Benedito Clementino da Siqueira Moura

Ex-ocupante cadeira 28

Eloy Coelho Netto Ex-ocupante cadeira 12Fernando Eugenio dos Reis Perdigão

Ex-ocupante cadeira 22

Ivan Celso Furtado da Costa Ex-ocupante cadeira 10Jéferson Rodrigues MoreiraJoão da Mota e AlbuquerqueJoaquim Vieira da LuzJosé Carlos de Macedo Soares IHGB – 20/08/1956José de Medeiros DelgadoJosé Honório RodriguesJosé Jansen FerreiraJosé Joaquim Guimarães Ramos Ex-ocupante cadeira 26José Manoel Nogueira VinhaisJosé Pereira Costa Lisboa – PortugalJosué MontelloKleber Moreira de Sousa Ex-ocupante cadeira 37Luis de Moraes Rego Ex-ocupante cadeira 46Luis Estevão de Oliveira IHGPE - eleito em 11/11/1953Luiz da Camara CascudoMaria da Conceição Ferreira Ex-ocupante cadeira 37Mário Martins Meireles Ex-ocupante cadeira 11Mauro Mota

Page 154: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Odorico Carmelito Amaral de Matos

Eleito

Olavo Correia Lima Ex-ocupante cadeira 18Pedro Calmon Moniz BittencourtTácito da Silveira Caldas Ex-ocupante cadeira 13Tarso de Morais Rego SerraVirgílio Domingues da Silva Filho Ex-ocupante cadeira 19Waldemar da Silva Carvalho Ex-ocupante cadeira 32

Page 155: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

QUADRO 10. SÓCIOS CORRESPONDENTES – 1948- 2001

Abdias Neves Piauí Falecido Eleito 20.11.1925

1925

Alcides Bezerra Rio de Janeiro

Falecido Eleito 09.05.1926

1926

Antonio Dias Falecido Eleito 20.11.1925

Depois, efetivo

1925

Arthur Colares Moreira

Falecido Eleito 20.10.1947

1947

Barão de Studart Ceará Falecido Eleito 20.11.1925

1925

Bernardino de Sousa

Falecido Eleito 14.05.1927

1927

Boanerges Ribeiro

São Paulo Falecido 1984/2001

Braulino de Carvalho

Amazonas Falecido Eleito 20.07.1926

Depois, efetivo

1926

Capistrano de Abreu

Rio de Janeiro

Falecido Eleito 20.11.1925

1925

Costa Filho Falecido Eleito 14.05.1927

1927

Dunshee de Abranches

Rio de Janeiro

Falecido Eleito 09.05.1926

1926

E. D’Almeida Vitor

Brasilia Falecido 1984/2001

Edelvira Marques de M. Barros

Imperatriz Falecida 1984/2001

Felipe Condurú Falecido Eleito 15.09.1947

Depois, efetivo

1947

Francisco Guimarães

Falecido Eleito 20.07.1926

1926

J. Lúcio de Azevedo

Portugal Falecido Eleito 20.11.1925

1925

Jerônimo de Viveiros

Falecido Eleito 15.09.1947

1947

José de Arimateia Tito Filho

Piaui Falecido 1984/2001

Luis Viana Filho

Falecido Eleito 05.12.1948

1948

Page 156: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Max Fleuiss Rio de Janeiro

Falecido Eleito 20.11.1925

1925

Nogueira da Silva

Rio de Janeiro

Falecido Eleito 20.11.1925

1925

Olimpio Martins Cruz

Brasilia Falecido 1984/2001

Oliveira Lima Estados Unidos

Falecido Eleito 20.07.1926

1926

Paulo Prado São Paulo Falecido Eleito 20.11.1925

1925

Pedro Calmon Falecido Eleito 05.12.1948

1948

Raimundo Lopes

Rio de Janeiro

Falecido Eleito 20.11.1925

Depois, efetivo

1925

Rocha Pombo Rio de Janeiro

Falecido Eleito 09.05.1926

1926

Rondon Falecido Eleito 15.09.1947

1947

Tasso Fragoso Rio de Janeiro

Falecido Eleito 09.05.1926

1948

Tito Wilson Soares

Brasilia Falecido 1984/2001

Viriato Correa Falecido Eleito 20.11.1925

1925

Vitor Gonçalves de Melo

Caxias Falecido 1984/2001

Viveiros de Castro

Rio de Janeiro

Falecido Eleito 20.11.1925

(Augusto Olimpio, o segundo)

1925

Wolney Milhomem

São Paulo Falecido 1984/2001

Carlos Studart Filho

Eleito 15.09.1947

1947

Charles Wagley Eleito 15.09.1947

1947

Edmundo Coqueiro

Eleito 20.10.1947

1947

Eurico de Macedo

Eleito 05.12.1948

1948

Heloisa Torres Eleito 15.09.1947

1947

João Wilson da Eleito 1947

Page 157: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Costa 20.10.1947Joaquim Ribeiro Eleito

15.09.19471947

Lucia Miguel Pereira

Eleito 05.12.1948

1948

Mario Melo Eleito 20.11.1925

1925

Miranda Carvalho

Santa Catarina

Eleito 20.11.1925

1925

Raul de Azevedo

Eleito 05.12.1948

1948

Rodolfo Garcia Rio de Janeiro

Eleito 20.11.1925

1925

Tomás Pompeu Sobrinho

Eleito 05.12.1948

1948

Virgilio Correia Filho

Eleito 15.09.1947

1947

Francisco José de Castro Gomes

Pinheiro 1984/2001

José Ferreira de Castro

Caxias-MA 1984/2001

Rui Alcides de Carvalho

Carolina-MA

1984

Artibaldo Micalli

França 1984/2001

Jean Yves Merrian

França 1984/2001

Odila Soares Micalli

França 1984/2001

Charles Ralph Boxer

Londres Eleito 11/11/1954

1956

Bruce Shatiwin Nova Iorque 1984/2001Eugel Sluiter Estados

UnidosEleito 26/08/1854

1956

RobertC. Smith Estados Unidos

Eleito 26/08/1954

1956

Alberto Iriia Portugal Eleito 26/08/1954

1956

Elmo Elton Lisboa 1984/2001

Page 158: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Francisco d´Assis de Oliveira Martins

Portugal Eleito 26/08/1954

1956

Francisco Leite de Farias

Portugal Eleito 26/08/1954

1956

Izau Santos Lisboa 1984/2001Manoel Lopes de Almeida

Portugal Eleito 11/11/1954

1956

Virginia Rau Portugal Eleita 11/09/1954

1956

Antonio de Oliveira

1984/2001

Enesita Nascimento de Matos

1984/2001

Fred Willians 1984/2001Horácio de Almeida

1984/2001

Joaquim Canuto M. deAlmeida

1984/2001

José Denizard Macedo de Alcantara

1984/2001

José Luis Bittencourt

1984/2001

José Mindlin 1984/2001Lélia Pereira da Silva Nunes

2001

Manoel Paulo Nunes

1984/2001

Marilia Santos de Franca Veloso

1984/2001

Tarcisio Meireles Padilha

2001

Venancio Willeke

1984/2001

Idelfonso Pinheiro

AM -Manaus

1984/2001

Roberio dos AM - 1984/2001

Page 159: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Santos Pereira Braga

Manaus

Samuel Bechimol

AM -Manaus

1984/2001

Alves Cardoso Amapá Eleito 09/09/1954

1956

Leopoldo Campo s Monteiro

BA – Ilhéus Eleito 09/09/1954

1956

Afonso Rui Bahia Eleito 11/09/1954

1956

Estácio de Lima Bahia Eleito 14/09/1955

1956

Manoel Barbosa Bahia Eleito 26/08/1954

1956

Clovis Moraes Brasilia 1984/2001Edson Lobão Brasilia 1984/2001Elieser Beserra Brasilia 1984/2001Francisco de Borja B. de Magalhães Jr

Brasilia 1984/2001

José de Ribamar Faria Machado

Brasilia 1984/2001

Pedro Guimarães Pinto

Brasilia 1984/2001

Pedro Guimarães Pinto

Brasilia 1984/2001

José Helder de Sousa

Brasília 1984/2001

Francisco Osmundo Pontes

CE -Fortaleza

1984/2001

Guarino Alves CE -Fortaleza

1984/2001

José Sérgio dos Reis Junior

CE -Fortaleza

1984/2001

Manoel Albano Amora

CE -Fortaleza

1984/2001

Mozart Soriano Aderaldo

CE -Fortaleza

1984/2001

Zaqueu de Almeida Braga

CE -Fortaleza

1984/2001

Page 160: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

José Tupinambá da Frota

CE - Sobral Eleito 28/04/1955

1956

Carlos Studart Filho

Ceará Eleito 04/08/1955

Já consta como eleito em 1947

1956

Dolor Barreira Ceará Eleito 04/08/1955

1956

Raimundo Girão Ceará Eleito 09/09/1954

1956

Rene Gouveia de Miranda

Ceará 1984/2001

Levy Rocha Espírito Santo

1984/2001

José Jaime Ferreira de Vasconcelos

Mato Grosso

Eleito 18/08/1955

1956

Luiz Philippe Pereira Leite

MT -Cuiabá

1984/2001

João Rodrigues da Cunha

MG -Uberaba

1984/2001

Martins de Oliveira

Minas Gerais

Eleito 11/11/1954

1956

Clara Pandolfo PA - Belem 1984/2001Jarbas Passarinho

PA - Belem 1984/2001

Vera Pandolfo Ribeiro

PA - Belem 1984/2001

José da Silveira Pará Eleito 28/04/1955

1956

Paulo Eleutério Senior

Pará Eleito 26/08/1954

1956

Carlos Stellfeld Paraná Eleito 09/09/1954

1956

Oswaldo Pitollo Paraná Eleito 26/08/1954

1956

Davi Carneiro PR -Curitiba

Falecido 1984/2001

Mario Marcondes de Albuquerque

PR -Curitiba

1984/2001

Waldir Jansen PR - 1984/2001

Page 161: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

de Melo CuritibaLauro Raposo PE - Goiana Eleito

11/11/19541956

Clovis Lacerda PE -Iguarussu

Eleito 11/11/1954

1956

Raimundo Diniz Barreto

PE – Olinda Eleito 11/11/1954

1956

Mauro Mota PE - Recife 1984/2001Armando Samico

Pernambuco Eleito 30/08/53

1956

Jordão Emerenciano

Pernambuco Eleito 09/09/1954

1956

José Aragão Bezerra Cavalcanti

Pernambuco Eleito 26/08/1954

1956

José Eduardo Brito Iguarassu

Pernambuco Eleito 26/08/1954

1956

Leduar de Assis Rocha

Pernambuco Eleito 07/06/1953

1956

Mario Coelho Pinto

Pernambuco Eleito 11/11/1954

1956

Mario Melo Pernambuco Eleito 11/11/1954

1956

Dominicio Magalhães de Melo

Piaui Eleito 04/07/1956

1956

Roberto Wall Barbosa de Carvalho

Piaui Eleito 03/02/1955

1956

Francisco Melo Magalhães

Piauí Eleito 04/07/1956

1956

Acyr Dias de Carvalho Rocha

Rio de Janeiro

1984/2001

Alberto Ribeiro Lamego

Rio de Janeiro

Eleito -31/05/1953

1956

Antonio Justa Rio de Janeiro

1984/2001

Antonio Martins Araujo

Rio de Janeiro

1984/2001

Avertano Cruz Rio de Janeiro

1984/2001

Chateuabriand Rio de Eleito 1956

Page 162: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Bandeira de Melo

Janeiro 16/03/1955

Clotilde Carvalho

Rio de Janeiro

1984/2001

Eustaquio Duarte

Rio de Janeiro

Eleito 26/08/1954

1956

Francisco Meireles Padilha

Rio de Janeiro

1984

Helio Gomes Rio de Janeiro

Eleito 14/09/1955

1956

Helio Viana Rio de Janeiro

Eleito 09/09/1954

1956

Jacy Montenegro Magalhães

Rio de Janeiro

1984/2001

José Coelho de Sousa Neto

Rio de Janeiro

1984/2001

José Honório Rodrigues

Rio de Janeiro

Eleito 11/11/1954

1956

José Martins de M. Guimarães

Rio de Janeiro

(?)/2001

Leanes de Sousa Caminha

Rio de Janeiro

1984/2001

Manoel Caetano B. de Melo

Rio de Janeiro

(?)/2001

Manoel Diegues Junior

Rio de Janeiro

Eleito 09/09/1954

1956

Paulo Afonso Machado de Carvalho

Rio de Janeiro

1984/2001

Paulo José Pardal

Rio de Janeiro

1984/2001

Paulo Mercadante

Rio de Janeiro

1984/2001

Raimundo Nonato Cardoso

Rio de Janeiro

1984/2001

Rita Violeta Gamerman

Rio de Janeiro

1984/2001

Rogelio Santiago

Rio de Janeiro

Eleito 25/03/1955

1956

Rui Barbosa Rio de 1984/2001

Page 163: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Moreira Lima JaneiroSales Cunha Rio de

JaneiroEleito 12/07/1955

1956

Salvador de Maya

Rio de Janeiro

Eleito 29/08/1956

1956

Viriato Correa Rio de Janeiro

Eleito 04/09/1956

1956

Artur Cesar Ferreira Reis

RJ -Humaitá

1984/2001

Pedro Gastão de Orleans e Bragança

RJ -Petropolis

Eleito 16/03/1955

1956

Verissimo de Melo

RN 1984/2001

Dante de Laytano

RS – P. Alegre

Eleito 26/08/1954

1956

Carneiro Giffoni São Paulo Eleito 04/08/1955

1956

Flaminio Favero São Paulo Eleito 04/08/1955

1956

José Bueno de Azevedo Filho

São Paulo 1984/2001

Enocic Santiago Sergipe Eleito 11/11/1954

1956

Marcos Ferreira Sergipe Eleito 28/04/1955

1956

Fonte: Geografia e História – Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, São Luis, ano 2, n. 1, novembro de 1948, p. 148-154; Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão, São Luis, ano LIX, n. 7, dezembro de 1984, p. 105-107

Page 164: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

QUADRO 11. AUTORES DA REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO –1926/2007

ABRANCHES DE MOURA, J. A Ilha de S. Luiz

Ano I, n. 1, julho-setembro

1926

21-27

ABREU, S. F. O Estado do MaranhãoAno IV, n.

4, junho de 1952

94-97

ADLER, D. A. Os valores morais no âmbito da escola capitalista

No. 27, julho de

200788-99

ALMEIDA E SILVA, E. F. de

Discurso de posse da Dra. Elimar Figueiredo de Almeida e Silva na Cadeira 20, do IHGM

No. 24, setembro de 2001

15-21

ALMEIDA, R. Gaspar de Sousa no Maranhão

Ano 2, n. 1,

novembro de 1948

05-11

ALVES, L. N. Delmiro Gouveia – uma estrela na Pedra

No. 20, 1998 47-84

AMARAL DE MATOS, O. C. Discurso de agradecimento

Ano LXI, n. 13,

dezembro de 1987

71-74

ARAÚJO, R. T. de

Discurso de Posse de Raimundo Teixeira de Araújo, como sócio efetivo do IHGM, na cadeira no. 26

No. 26, 2002 14-16

Ameríndios maranhenses Ano LIX, 38-54AROSO, O. C. L. Cultura ruprestre maranhense

– arqueologia, antropologiaAno LX, n. 11, 07-12

Page 165: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

março de 1986

Uma calamidade que deve ser evitada

Ano IV, n. 4, junho

79-80As boiadas sertanejas Ano VII,

n. 6, 53-61

BARBOSA, T. Genealogia – dados genealógicos

Ano VII, n. 6,

dezembro de 1956

81-90

BASTIDE, R. O negro no Norte do BrasilAno IV, n.

4, junho de 1952

57-61

BOGÉA, L. Mestre DuduAno

LXIII, n. 16, 1993

22-24

BRITO, S.

Discurso do sócio efetivo do IHGM, Prof. Sebastião Brito, na inauguração da “Sala Prof. Ronald Carvalho”, em 05/09/01, na sede do IHGM –Ronald Carvalho – uma personalidade marcante do século XX

No. 25, (s.d.)

35-40

A história da UEMA e sua importância para o Maranhão

No. 26, 2002

122-125Discurso de Posse cadeira 11 Ano LXII,

n. 15, 81-84

Discurso de elogio ao patrono da cadeira no. 11 – Sebastião

Ano LXIII, n.

125-129A morte do Jornalista Othelino

No. 20, 1998

39-41A história do Natal No. 21,

199816-19

Brasil 500 anos – carnaval e o rebanhão do ano dois mil

No. 23, 2000

13-14BRITO, S. B. de

A história da violência no mundo

No. 24, setembro de 2001

39-40

BUESCU, A. I.João de Barros: humanismo, mercancia e celebração imperial

No. 18, 1997 71-91

Cruzador Bahia – 56 anos de seu afundamento

No. 24, 35-36BURITY, E. de A. Maria Celeste: 48 ano s de seu No. 26, 101

Page 166: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

naufrágio 2002

Antenor Bogéa: o ultimo constituinte de 1946

No. 19, 11-19

BUZAR, B. Um século de Carlos MacieiraNo. 23, 2000 76-86

CAMELO, F. Francisco Camelo faz o elogio do seu patrono

Ano LIX, n. 9, junho

de 198514-16

Discurso de Posse Ano LXI, n. 13,

56-66Homenagem às mães No. 24,

setembro 37-39

V Centenário de descoberta da América

Ano LXIII, n.

42-51500 anos de europeização da Terra do Pau-Brasil

No. 23, 2000

28-43O Dia do Geógrafo (29.05.2001)

No. 25, (s.d.)

112-114O Curso de Geografia da Universidade Federal do

No. 26, 2002

78-88Discurso de Posse – Diretoria eleita para o biênio 2006/2008 – dia 28 de julho de 2006

No. 27,julho de

2007

11-13

CANEDO, E. V. da S. O. de

Pó r que criar Institutos Históricos e Geográficos?

No. 27, julho de

200718-26

CARDOSO, C. Sousândrade

Ano LIX, n. 10,

outubro de 1985

60-61

Discurso de posse Ano LXII, n. 14,

67-68Jupiaçu – maioral da Ilha Ano LXII,

n. 15, 45-47

O Velho Bacanga Ano LXIII, n.

89-90Alta madrugada (cenário e palco – rio Bacanga –

Ano LXIII, n.

91-92Literatura imunda Ano 114-115O Bacanga – a vida no sítio No. 18, 1001-

102O Bacanga –festa no sítio No. 19, 26-28Éramos felizes... No. 19, 29-31A vida do caixeiro-viajante No. 20, 13-15Sai um pingado! No. 20, 42-43O amanhecer da saudade No. 21, 86São Luis – 70 anos atrás No. 21, 103-105

CARVALHO, A. S. de

O carnaval na minha infância No. 22, 98-99

Page 167: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

O amanhecer da saudade No. 22, 111-112

A doceiraNo. 18, 1997 103-104

Os índios da região dos formadores do Rio Branco

Ano 2, n. 61-67

CARVALHO, B. de Estudo sobre os Poianauas

Ano 28, n. 3,

agosto de 1951

11-26

As tribus do Rio Javary Ano I, n. 89-96

CARVALHO, J. B. de Nota sobre a arqueologia da

Ilha de São Luís

Ano VII, n. 6,

dezembro de 1956

07-08

Conselho Estadual de Educação do Maranhão -

Ano LIX, n. 10,

76-97Luiz de Moraes Rego –precioso troféu da educação

Ano LXI, n. 13,

35-42Palestra pronunciada na Loja Maçônica Renascença,em São Luís, e reproduzida a pedido

Ano LXIV, n.

41-49

Recordando a adesão do Maranhão à Independência

Ano 137-140Caxias, consolidador da unidade nacional

No. 19, 32-39O Rotary e a ética profissional No. 21, 92-100Responsabilidade e ética na administração pública

No. 22, 07-26Palestra do Gov.89/90 do D-4490, Ronald da Silva Carvalho, feita na reunião festiva de 21.05.99,

No. 22, 1999 58-65

CARVALHO, R. da S.

Curso de Cidadania e liberdade para Jovens do Programa Premio Rotário de Liderança Juvenil (Palestra pronunciada a 23.07.96 pelo Governador 89/90 do Distrito 4490, Ronald da Silva Carvalho)

No. 23, 2000

97-108

CHAGAS, J. Um livreiro, um homem, um a No. 20, 28-30

Page 168: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

memória 1998

O Ameríndio – o índio da colonização e no povoamento do Maranhão- micro-etnias

Ano LIX, n. 07,

dezembro

46-56

Candido Mendes de Almeida Ano LIX, n. 08,

95-101Humberto de Campos –primeiro centenário de

ano LX, n. 12, 1986 ?

03-11Antropologia e Sociologia Ano LXI,

n. 13, 79-81

Discurso Ano LXII, n. 14,

69-72Domingos Sousa Ano

LXIII, n. 16-17

Sinopse da história do catolicismo no Maranhão

Ano LXIII, n.

68-76Crônica para o Instituto setentão

Ano LXIV, n.

13-15Saudação de Posse do escritor e historiador Carlos Orlando Rodrigues de Lima no

No. 18, 1997 26-29

O Padre Antonio Vieira e o Maranhão

No. 19, 1997

40-49A Independência e a adesão do Maranhão

No. 21, 1998

67-73Raymundo Carvalho Guimarães – longevidade dos

No. 21, 1998

101-102

COELHO NETTO, E.

Primeira revista do IHGM No. 21, 1998 109-110

CORDEIRO, I.A bela saudação da confreira Ilzé Cordeiro a Dra. Elimar Almeida Silva

No. 24, setembro de 2001

11-14

No país dos Timbiras Ano LXI, 82-91História da Assistência à Infância do Maranhão

Ano 28, 89-136Temperatura efectiva de São Luíz

Ano IV, n. 07-12Idéias médicas de Gaioso Ano IV, n. 49-68Doença e morte do Conde D’Escragnolle

Ano VII, 21-30Famílias Maranhenses Ano VII, 91-96Biografia inédita do Visconde d Parnaíba

Ano VII, 103-110De Olavo Correia Lima (mensagem)

Ano LIX, 07Homo Sapiens stearensis –Antropologia Maranhense

Ano LIX, 33-43Província espeleológica do Maranhão

Ano LIX, 62-70Geo-História do Maranhão, de Eloy Coelho Neto

Ano LX, 05-06Parque Nacional de Guaxenduba

ano LX, 21-36Mário Simões e a arqueologia maranhense

Ano LXII, 23-31

CORREIA LIMA, O.

Filogênese freudiana Ano LXII, 15-32

Page 169: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Duas controvérsias científicas: (1) Origem da religião; (2) Mito capital da

Ano LXIII, n. 16,

77-88

Ameríndios maranhenses Ano LIX, 38-54Mons. Dr. Mourão Ano 56-82

Cultura rupestre maranhense –arqueologia, antropologia

Ano LX, n. 11,

março de 1986

07-12

O geógrafo e historiador Cônego Benedito Ewerton Costa fala sobre o seu Patrono

Ano LIX, n. 07,

73-78

COSTA, B. E. Sesquicentenário da Paróquia de Codó

Ano LIX, n. 10,

outubro de 1985

48-55

COSTA, C. R. Papéis vários do Conselho Ultramarino

Ano IV, n. 4, junho de 1952

101-114

COSTA, J. P. da Um reencontro feliz

Ano LIX, n. 08,

março de 1985

55-59

Discurso Ano LXII, n. 14,

61-66Discurso Ano LXII,

n. 15, 97-99

Discurso sobre a trajetória histórica do IHGM

Ano LXIV, n.

21-25Discurso do Dr. Milson Coutinho na posse do

Ano LXIV, n.

141-143COUTINHO, M. Discurso do sócio Milson

Coutinho na Academia Maranhense de Letras por ocasião das homenagens a Josué Montello pelos seus 80 anos

No. 19, 1997

07-10

CRUZ, O. Barra do Corda, uma rapsódia de amor

Ano LIX, n. 07,

dezembro de 1984

40-45

Page 170: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

De Carlos Cunha (mensagem) Ano LIX, n. 08,

05Viriato Corrêa, o eterno Ano LIX,

n. 08, 61-65

IHGM homenageia Bandeira Tribuzi

ano LX, n. 12, 1986 ?

37-39Saudação a Aluizio Ribeiro da Silva

Ano LXI, n. 13,

43-44CUNHA, C.

O mestre Ribeirinho

Ano LXI, n. 13,

dezembro de 1987

77-78

DINIZ, E. F. Abastecimento e expansão demográfica

Ano IV, n. 4, junho de 1952

83-87

O Forte do Itapecurú Ano 2, n. 1,

77-87Forças militares cearenses nos campos do Maranhão

Ano 28, n. 3, agosto

31-43O primeiro dos três discursos celebres de Vieira da Silva

Ano IV, n. 4, junho

47-51DINO, N.

Bacharéis, Mestres de escolares

Ano VII, n. 6,

dezembro de 1956

31-32

DOMINGOS, G. A.

20º. Congresso Brasileiro de Radiodifusão – a micro empresa e a geração d empregos

No. 18, 1997 07-18

DOMINGUES FILHO, V.

Três lendas relacionadas com o Maranhão

Ano VII, n. 6,

dezembro de 1956

17-20

DOMINGUES, V. O Turiaçu

Ano IV, n. 5,

dezembro de 1952

69-118

História do Maranhão (Cap. 9) – descobrimento do

Ano LIX, n. 07,

36-39Bequimão e o Santo Ofício Ano LIX,

n. 10, 23-27

Humberto de Campos ano LX, n. 12, 1986 ?

15-18Biografias resumidas de maranhenses ilustres

Ano LX, n. 11,

41-45ELIAS FILHO, J.

A independência do Brasil no Nordeste

No. 21, 1998 77-84

FEITOSA, A. C. Controvérsias na denominação da Ilha do

Ano 116-129

Page 171: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Maranhão LXIV, n. 17, 1996

FEITOSA, R. Criança de Rua: quem lucra com esta triste realidade?

No. 21, 1998 117-120

FERNANDES, H. C.

Quando se uniu o Maranhão ao Brasil?

Ano 2, n. 1,

novembro de 1948

69-75

A escalada de Wolney Ano LXIII, n.

95-96Considerações sobre o Rio Mearim

Ano 50-55A Praia Grande e o livro de Jamil Jorge

No. 18, 92-93O bom mensageiro No. 19, 82-83O Padre Brandt e sua obra redentora

No. 20, 95-101FERNANDES, J.

O Centro Cultural Nascimento Moraes

No. 21, 1998 36-41

FERNANDES, J. de R.

Setenta e dois anos do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

No. 20, 1998 16-24

FERNANDES, J. S.

O assoreamento da Costa Leste maranhense

Ano 2, n. 1,

novembro de 1948

99-106

Notícia sobre Frei Cristóvão de Lisboa

Ano IV, n. 67-75

FERREIRA, A. A volta de Luis Magalhães a Lisboa

Ano VII, n. 6,

dezembro de 1956

75-79

FERREIRA, M. Aboio do VaqueiroNo. 18, 1997 99-100

FERREIRA, M. da C.

A formação do professor de português: ontem e hoje

Ano LXII, n. 15,

56-64

Page 172: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Lições de vida aprendidas no sertão maranhense (um olhar para a história sócio-cultural

No. 20, 1998

07-12

José Constantino Gomes de Castro – patrono da cadeira

No. 21, 87-91Um fato significante para a formação da cidadania

No. 22, 27-29A professora primária: seu valor e papel no processo de comunicação e

No. 22, 1999

30-38

Eternamente obrigada!No. 26, 2002 106

A Bacia do Rio Flores Ano 2, n. 127-139

FIALHO, O. Elementos para a classificação geológica do litoral maranhense

Ano IV, n. 4, junho de 1952

77-78

Discurso de Posse Ano LIX, n. 07,

57-61A bandeira brasileira Ano LIX,

n. 08, 89-94

O bicentenário de Simon Bolívar e a influencia de seu pensamento na educação das

Ano LX, n. 11,

março de

25-34

Roquete Pinto e a educação brasileira

Ano LIX, n. 10,

35-41Centenário de Máximo Martins Ferreira

ano LX, n. 12, 1986 ?

98-100O centenário de Vila-Lobos Ano LXI,

n. 13, 47-48

Antonio Lopes, o intelectual Ano LXII, n. 14,

13-21A “Quinta da Vitória” de Sousândrade

Ano LXII, n. 15,

48-52O Centenário de um Mestre Ano LXII,

n. 15, 76-80

Os 380 anos de São Luís Ano LXIII, n.

27-29Santos Dumont, o heróis brasileiro

Ano LXIII, n.

30-35Saudação ao Mestre Josué Montello

Ano LXIII, n.

36-37Vital de Oliveira, o hidrógrafo Ano 103-104Homenagem a João de Barros No. 18, 34-3728 de Julho, uma data histórica

No. 19, 62-68São Luís, patrimônio da humanidade

No. 20, 105-108O bicentenário de D. Pedro I No. 21, 20-30Sob as bênçãos do Divino Espírito Santo

No. 24, 09-10Dia da Imprensa No. 25, 95-100Os 74 anos do Instituto Histórico e Geográfico do

No. 23, 52-55

FREITAS, J. C. M. de

Sesquicentenário de Rui Barbosa

No. 23, 92-96

Page 173: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Discurso da confreira Joseth Coutinho Martins de Araújo, cadeira no. 55, saudando o

No. 26, 2002

17-21

Centenário de Juscelino Kubitschek

No. 26, 89-92Adesão do Maranhão à Independência, 20 ou 28?

No. 27, 15-17Homenagem à cidade de São Luís

No. 27, 27-29

Datas comemorativas do mês de novembro

No. 27, julho de

200737-41

FREYRE, G. Sobrados de São LuísAno IV, n.

4, junho de 1952

97-98

Canudos: 5d outubro d 1897 No. 19, 69-72

GASPAR, C. T. P.Discurso de posse e elogio ao patrono da cadeira no. 40 –João Dunshee de Abranches Moura

Ano LXIII, n. 16, 1993

111-124

Frei Custódio Alves Pureza Serrão

Ano LIX, n. 07,

26-35Joaquim Vieira da Luz Ano LIX,

n. 10, 45-47

GUIMARÃES, R. C.

O cometa de Halley

Ano LIX, n. 10,

outubro de 1985

71-72

HIMUENDAJU, C. The Guaja

Ano IV, n. 5,

dezembro de 1952

125-126

HOLANDA, L. T. C. São Luís – a imortal

No. 20, 1998 44-45

HORTENCIA, L. São LuísNo. 20, 1998 46

O jornalismo polemico de Odorico Mendes e Garcia de

Ano LX, 13-22JORGE, S. O “Farol Maranhense”

ano LX, n. 12, 63-78

Page 174: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

1986 ?

Discurso de posse do dr. José Márcio Soares Leite, na cadeira no. 15, como sócio

No. 25, (s.d.) 04-34

Paradigmas da doença No. 26, 2002

99-100Discurso proferido pelo Dr. José Márcio Soares Leite por ocasião do lançamento do livro sobre a biografia do seu

No. 27, julho de

200773-77LEITE, J. M. S.

Paradigma da UFMANo. 27, julho de

2007108-110

LEMERCIER, J. M.

Apontamentos históricos –sobre a criação, administração, melhoramentos materiais da Sé, Catedral do Maranhão

Ano 2, n. 1,

novembro de 1948

13-22

Sobre o tumulo da comédia Ano LXIII, n.

104-107“O último ato” No. 18,

199794-98

LIMA COELHO, C. A.

Discurso do sócio Carlos Alberto Lima Coelho por ocasião do lançamento do livro Raposa: seu presente, sua gente, seu futuro, no IHGM

No. 21, 1998

44-47

LIMA NETO, B. M.

Discurso de posse de Bento Moreira Lima Neto no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

No. 24, setembro de 2001

24-28

Discurso de Posse do historiador Carlos de liam no

No. 18, 1997

42-70A queimação do Judas No. 21,

199853-66LIMA, C. de Sobre os 500 anos do

descobrimento do BrasilNo. 21, 1998 111-116

Marília e Dirceu Ano I, n. 1, julho-

09-14O Diccionário Histórico e Geographico do Maranhão

Ano I, n. 1, julho-

41-46A História de S. Luís –questões e dúvidas

Ano 2, n. 1,

33-50Uma grande data Ano 2, n.

1, 141-146

LOPES DA CUNHA, A.

Armorial Maranhense Ano I, n. 47-53

Page 175: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

1, julho-setembro

1926

LUZ, J. V. da

Duas grandes figuras (discurso de posse na cadeira de Yves d´Evreux, a qual Raimundo Lopes inaugurou no IHGM

Ano 2, n. 1,

novembro de 1948

51-60

A independência do Brasil no Nordeste

No. 21, 1998

77-84Discurso de Posse ano LX, n.

12, 1986 ?51-55

MAGALHÃES, M. dos R. B. Biografias resumidas de

maranhenses ilustres

Ano LX, n. 11,

março de 1986

41-45

MARANHÃO, H. Oração do IHGM nos seus 70 anos

Ano LXIV, n. 17, 1996

19-21

MARQUES, J. P.

Discurso de posse do Engenheiro Civil José Pinheiro Marques na cadeira 45, do IHGM

No. 24, setembro de 2001

47-49

O Ministro Astolfo Serra é o Patrono do Fórum Trabalhista

Ano LIX, n. 9, junho

84-86A cultura e o turismo Ano LX,

n. 11, 23-24MEDEIROS, J. F.

Rubem Almeida, o poeta ano LX, n. 12, 1986 ? 60-62

General Cesário Mariano de Albuquerque Cavalcanti

Ano IV, n. 54-56MEIRELES, M. M. Os primeiros médicos do

Brasil e do Maranhão

No. 20, 1998 31-38

MELO, M. de O. Discurso de posse do Confrade

Ano LIX, n. 10,

outubro de 1985

18-21

MILHOMEM, W. Brasília sob o ângulo históricoAno LIX,

n. 10, outubro de

73-75

Page 176: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

1985

MIRANDA, L. As ilhas do MaranhãoAno IV, n.

4, junho de 1952

92-94

Discurso de posse do Professor Kalil Mohana -

No. 19, 1997

50-61Discurso de lançamento do livro Viajando e Educando

No. 20, 1998

109-111MOHANA, K. A História e a Geografia no

contexto contemporâneo

No. 27, julho de

200733-36

A Coluna Prestes e a custódia de Oeiras

Ano LXI, n. 13,

45-46São Luis dos bons tempos do bonde

Ano LXII, n. 14,

33-35D. Delgado, pioneiro do ensino médico no Maranhão

Ano LXII, n. 14,

39-41Como são diferentes os tempos!

Ano LXII, n. 15,

53-55Uma idéia infeliz Ano

LXIII, n. 93-94

Uma lei desumana Ano 105-106Revendo os sobrados da João Lisboa e recordando amigos

Ano 107-109Esboço histórico da Assistência Obstétrica em São

Ano 110-113Faleceu o confrade Olavo Correia Lima

No. 19, 84-85Dois importantes livros médicos

No. 20, 102

MOURA, C.

Fazer o bem sem olhar para quem

No. 20, 1998 103-104

MOURA, C. de S. Discurso de Posse cadeira 28Ano LIX, n. 9, junho

de 198571-83

NASCIMENTO, J. Dinamização e otimismo

Ano LIX, n. 08,

março de 1985

03-04

OLIMPIO FILHO A Casa de Pedra

Ano VII, n. 6,

dezembro de 1956

47-51

Uma reflexão sobre o cheque pré-datado

Ano 130-131OLIVEIRA, E. M. de Discurso de Edomir Martins

de Oliveira saudando o ingresso de Mário Lincoln

Ano LXIV, n.

144-146

Page 177: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Discurso pronunciado no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão por

No. 18, 1997

30-33

Edomir Martins de Oliveira –cadeira no. 51doIHGM – São

No. 19, 20-25O Presbiterianismo no Maranhão

No. 20, 25-27Um breve estudo acerca da família

No. 21, 121-124Festas juninas no Maranhão No. 22, 85-97Brasil: 500 anos No. 23, 15-27O uso do c aderninho de crédito ontem e hoje

No. 23, 47-51IHGM-25/08/99 – Discurso de Edomir Martins de Oliveira ocupante da cadeira

No. 23, 2000

56-61

Editorial No. 24, 01Discurso de Edomir Martins de Oliveira, presidente do IHGM, saudando Dr. José

No. 24, setembro

41-43

Navegar é preciso... No. 25, 41-42Discurso de Edomir Martins de Oliveira, cadeira 51, apresentando o novo livro de

No. 26, 2002

10-13

Discurso de Edomir Martins de Oliveira – cadeira no. 51, saudando a Paula Frassinetti da Silva Sousa, pelo seu

No. 26, 2002 31-35

Relatório da Presidência do IHGM, sobre as atividades do Instituto durante o ano de

No. 26, 2002

61-66

Palestra proferida por Edomir Martins de Oliveira, sobre o IHGM, no Roraty Club São

No. 26, 2002

72-77

Homenagem póstuma ao inesquecível Sebastião Barreto de Brito

No. 27, julho de

200753-55

Discurso de Posse Ano LXII, n. 14,

73-84Discurso sobre a adesão do Maranhão à Independência

Ano LXII, n. 15,

85-90Discurso de elogio ao Patrono da cadeira n. 59

Ano LXII, n. 15,

91-96A Batalha de Guaxenduba Ano

LXIII, n. 38-41

O reconhecimento da Independência do Maranhão

No. 24, setembro

30-34A Inconfidência mineira no contexto do Brasil Colônia: antecedentes, razões

No. 27, julho de

2007

42-52

PEREIRA, J. da C. M.

O Maranhão e a Independência: resistência e adesão

No. 27, julho de

2007100-107

Page 178: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

PINTO, F. TapuytaperaAno 28, n. 3, agosto de 1951

27-30

RAMOS, A. V. Eu mesmo em resumo

No. 27, julho de

200756-64

RAMOS, C. P. Jupi-Açú – o Principal da Ilha – amigo dos Franceses

Ano LXIII, n. 16, 1993

60-67

RAPOSO, J. B. Elogio ao Patrono cadeira 2Ano LIX, n. 9, junho

de 198560-69

RÊGO COSTA A morte de Luís Domingues

Ano IV, n. 5,

dezembro de 1952

121-122

Discurso de posse da professora Teresinha Rêgo no

No. 24, 49-50

REGO, T. de J. A. A importância da flora medicinal da pré-amazônia Maranhense na fitoterapia

No. 27, julho de

2007111-127

REIS, J. R. Rumo secular do caboclo maranhense

Ano LIX, n. 07,

dezembro de 1984

67-71

REIS, J. R. S. dos

Discurso de Jose de Ribamar Sousa dos Reis, por ocasião do lançamento do livro de sua autoria “Raposa: presente, sua gente, seu futuro’, no IHGM em 27.5.1998

No. 21, 1998

48-52

Alto Parnaíba Ano 28, 45-77

REIS, L. G. dos O sitio Filipinho

Ano IV, n. 4, junho de 1952

03-05

Page 179: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

RIBEIRO DO AMARAL, Nobiliarchia Maranhense

Ano I, n. 1, julho-setembro

1926

38-41

ROCHA, L. A fala do GovernadorAno LIX, n. 9, junho

de 198518-19

Pronunciamento de Osvaldo Pereira Rocha, por ocasião de sua posse como membro efetivo do IHGM, ocupante da

No. 22, 1999 101-110

Fuzileiros e Técnicos Navais No. 23, 44-46Boa viagem No. 23, 62-64Dia do Marinheiro No. 23, 65-68A cidade de Pedreiras No. 23, 69-72Administradores de Pedreiras No. 23, 73-75Algo da história dos 500 anos No. 23, 88-91Saudação a Bento Moreira Lima na posse da cadeira 18

No. 24, 21-23O soldado brasileiro No. 25, 43-54Soberania Nacional No. 25, 54-62A data magna do IHGM No. 26, 24-26Feliz Aniversário, São Luis No. 26, 27-28O Exército na Amazônia No. 26, 29-30Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

No. 26, 126-128IHGM tem primeira mulher Presidente

No. 27, 30-32

ROCHA, O. P.

Festas Juninas

No. 24, setembro de 2001

29

Discurso de Posse (cadeira 53, José do Nascimento Moraes)

Ano LXIII, n.

130-134Mulher: desafios de sempre No. 19, 87-94Figuras do Parque do Bom Menino

No. 21, 10-15Palestra do sócio Salomão Rocha, cadeira no. 53, alusiva ao Reinício das Atividades

No. 25, (s.d.)

101-111

Outubro – mês do médico (in memoriam)

No. 25, 118-121Jardins de São Luís No. 26, 141-142

ROCHA, S. P.

Discurso do Dr. Salomão Rocha saudando a Profa.

No. 24, setembro 34-35

Page 180: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Teresinha Rêgo por sua posse no IHGM

de 2001

RODRIGUES, N. O sociólogo em G. DiasAno IV, n.

4, junho de 1952

87-90

Dia das Crianças No. 26, 05-09RUFINO FILHO, A Um patrimônio cultural da

humanidade

No. 25, (s.d.) 93-94

SÁ VALE FILHO Duas fontes de luzNo. 21, 1998 85

UTI – desmistificando medos, garantindo a vida

No. 25, 115-117

SALGADO FILHO, N.

Hospital-Geral “Dr. Tarquínio Lopes Filho” – um passado de glórias, um futuro de esperanças

No. 26, 2002 118-121

SALGUEIRO, M. C.

Convento e Igreja de Santo Antonio

No. 26, 2002 93-98

SALLES CUNHA, E.

Aderson Ferro – o dentista iluminado do Norte

Ano VII, n. 6,

dezembro de 1956

63-74

Geopolítica maranhense Ano LIX, n. 10,

42-44Tiradentes e as conjunturas sócio-políticas do seu tempo

Ano LX, n. 11,

45-51SANTANA, P. R. de Breves noções de Sociologia

Rural ano LX, n. 12, 1986 ? 40-45

SANTOS, H. de J. Homenagem ao confrade Aderson de Carvalho Lago

Ano LXIV, n. 17, 1996

39-40

Entrevista com Edomir Martins de Oliveira

No. 24, 03Mhário Lincoln recebe Pinheiro Marques no Instituto Histórico e Geográfico do

No. 24, setembro

44-46

SANTOS, M. L. F.

Posfácil No. 24, 51

Page 181: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Discurso de Mario Lincoln ao ocupar a cadeira no. 14

Ano LXIV, n. 17, 1996

147-149

SANTOS, W.Aspectos históricos e geográficos da cidade de Imperatriz

Ano LIX, n. 07,

dezembro de 1984

79-82

SARAIVA, J. C. V.

Elogio ao patrono da cadeira no. 43 do IHGM

No. 27, julho de

200778-87

SARDINHA, C. G. V.; SARDINHA, A. H. L.

Moral e ética no trabalho, na política e no exercício profissional

No. 26, 2002 129-140

SARNEY, J. O futuro, o passadoNo. 21, 1998 08-09

SEGUINS, J. M. IHGM = 60 anos

Ano LIX, n. 08,

março de 1985

09-12

Plano editorial do IHGM. Ano LIX, n. 07,

83-84Nossa revista Ano LIX,

n. 07, 03

Sebastião Archer da Silva – o grande benemérito

Ano LIX, n. 08,

33-34Poemas de estrelas Ano LIX,

n. 9, junho 21-22

Convocação geral Ano LIX, n. 9, junho

45-47Bases do concurso para a confecção do Medalhão e da Indumentária que serão

Ano LIX, n. 9, junho

de 1985

87

Ato normativo n. 01/85 Ano LIX, n. 9, junho

88-89A lendária e histórica cidade de São José de Ribamar

Ano LIX, n. 10,

11-15Certo dia escrevi e dediquei Ano LIX,

n. 10, 16

Carta ao Governador Luiz Rocha

Ano LIX, n. 10,

28-29O Monte Castelo Ano LXI,

n. 13, 07-10

SEGUINS, J. R.

Correspondência sobre Maria Firmina dos Reis

Ano LXII, n. 14,

85-92

Page 182: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Brasil independenteNo. 25, (s.d.) 122-143

Discurso de Posse Ano LXI, n. 13,

20-31Homenagem a Antonio Ribeiro da Silva, Ribeirinho

Ano LXI, n. 13,

32-34Um livro valioso Ano LXII,

n. 14, 53-55

SILVA, A. R. da

Discurso

Ano LXII, n. 14,

março de 1991

57-60

SILVA, E. F. de A.

Discurso da sócia Elimar Figueiredo de Almeida Silva, cadeira 20, saudando o empossado José Márcio Leite

No. 25, (s.d.) 144-149

Escola: “adote uma empresa” Ano LIX, n. 07,

63-65Um SOS ao Pró-memória Ano LIX,

n. 10, 30-34

Neto Guterres – o médico dos pobres

ano LX, n. 12, 1986 ?

55-60Saudação a Wanda Cristina em sua posse

Ano LXI, n. 13,

17-19Saudação a Odorico Carmelito Amaral de Matos

Ano LXI, n. 13,

67-70Subsídios para a História de Alcântara

Ano LXII, n. 15,

33-44Teixeira Mendes: o apóstolo do Positivismo

Ano LXIII, n.

52-59São Luís do Maranhão: a cachopa de além-mar

Ano 93-95A presença da iniciativa privada no desenvolvimento

Ano 96-102Netto Guterres –o médico dos pobres

No. 19, 73-81Apontamentos para a história da Justiça Federal no

No. 20, 85-94Resgate histórico No. 21, 74-76O prefeito da fonte (in memoriam de José Moreira)

No. 22, 55-57Apontamentos para a história da Justiça Federal no

No. 22, 66-84Advertência necessária No. 23, 07-08A destruição do patrimônio histórico

No. 23, 09-12Tiradentes: “nas Minas Gerais daqueles tempos não houve inconfidência e sim uma

No. 24, setembro

04-09

Pequenas contribuições aoestudo da Sinopse histórica do

No. 25, 63-88A destruição do Patrimônio Histórico II

No. 25, 88-92

SOARES, L. A. N. G.

Três nomes ilustres que engrandecem o Maranhão

No. 26, 2002 49-60

Page 183: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Numismática maranhense Ano 2, n. 89-98

SOARES, O. Mumismática maranhenseNo. 22, 1999 39-50

SOARES, W. Subsídios a bibliographia maranhense

Ano I, n. 1, julho-setembro

1926

31-38

SOUSA, D. Panaquatira ano LX, n. 12, 1986 ? 39-40

SOUSA, D. de Harpia

Ano LXII, n. 14,

março de 1991

37-38

SOUSA, E. A Jerusalém de Taipa e o poder constituído

No. 23, 2000 109-114

O filho ilustre de São Bernardo

No. 18, 1997

38-41SOUSA, E. de Bernardo de Almeida e seu

tempoNo. 21, 1998 31-35

Elogio do sócio Francisco Eudes de Sousa, cadeira no. 13, ao saudoso Presidente do

No. 26, 2002

22-23

SOUSA, F. E. de O Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão na trajetória de um pensamento histórico

No. 26, 2002 67-71

SOUSA, P. F. da S.

Discurso de Posse da Profa. Paula Frassinetti da Silva Sousa, como sócia efetiva do IHGM, na cadeira no. 34

No. 26, 2002 36-48

SOUZA, J. H. deHeróis do passado deram suas vidas pelas liberdades democráticas

Ano LXI, n. 13,

dezembro de 1987

49-55

TEIXEIRA, L. O dono do Sancy e a França Equinocial

Ano 2, n. 1,

novembro de 1948

107-117

TRAVASSOS FURTADO

Francisco Alves Camêlo no instituto Histórico

Ano LIX, n. 07,

23-24

Page 184: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

O Palácio dos Leões e sua história

Ano LXI, n. 13,

11-16Amor pela História Ano LIX,

n. 9, junho Contracapa

Discurso de Travassos Furtado

Ano LIX, n. 9, junho

11-13A volta do cometa de Halley Ano LIX,

n. 9, junho 48-52

Juventude como fator de desenvolvimento

Ano LIX, n. 10,

17Halley, mensageiro d novas esperanças para o Brasil

Ano LX, n. 11,

52-61

A ciência sempre vence ano LX, n. 12, 1986 ? 46-51

184inqüenta anos sem Humberto de Campos

Ano LIX, n. 08,

17-28VASCONCELOS, A. Manoel Beckman e seus

historiadores

Ano LIX, n. 9, junho

de 198553-59

S. Luís, a antiga (evocação) Ano 2, n. 1,

119-126

VASCONCELOS, B. O Maranhão fabuloso

Ano I, n. 1, julho-setembro

1926

17-20

VIANA, F. O caráter de BequimãoAno IV, n.

4, junho de 1952

63-66

Os primórdios do Brasil Ano LIX, n. 08,

67-74A carta de Caminha Ano LIX,

n. 9, junho 90-102

Explicações sucintas do desenho do Medalhão (crachá) para ser usado nas

Ano LIX, n. 10,

outubro de

56-57

A posição do Brasil em relação as demais nações

Ano LX, n. 11,

35-40A existência histórica de Antonio Lobo

ano LX, n. 12, 1986 ?

78-98Pedro da Silva Nava: médico, escritor, poeta, pintor e

Ano LXII, n. 14,

43-52Vida e obras de Antonio Gonçalves Dias

Ano LXII, n. 15,

65-75A arte de falar bem Ano

LXIII, n. 97-103

A importância do folclore e seus principais aspectos no

Ano 83-92

VIANA, O. P.

Ana Amélia, a musa de G. Dias, sua genealogia e seus descendentes

No. 21, 1998 106-108

Biografia de um Presidente No. 26, 102-105VIEIRA da SILVA, R. E. de C.

Homenagem ao Patrono da cadeira no. 41 – Engenheiro José Domingues da Silva

No. 27, julho de 65-72

Page 185: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

2007

Superstições ligadas ao parto e à vida infantil

Ano IV, n. 4, junho

41-46O culto vudou: identificações em São Luís e no Haiti

Ano IV, n. 4, junho

90-92Estudos Geográficos do Maranhão

Ano IV, n. 5,

25-47VIEIRA FILHO, D.

Antonio Lopes

Ano IV, n. 5,

dezembro de 1952

122-125

VIEIRA, A. G.A navegação e o controle de navios pelo Estado do Porto na atualidade

No. 26, 2002 107-117

VIEIRA, J. A. M. Humberto de Campos ano LX, n. 12, 1986 ? 11-15

O jornal “O País” em face da guerra da Tríplice-Aliança

Ano 28, n. 3, agosto

79-87Uma luta política do Segundo Reinado

Ano IV, n. 4, junho

13-39A família Morais Rêgo Ano IV, n.

5, 03-24

A eleição do 1º. Tenente Tasso Fragoso para deputado à constituinte de 92 e a sua

Ano VII, n. 6,

dezembro

09-15VIVEIROS, J. de

Coronel Joaquim Silvério dos Reis Montenegro

Ano VII, n. 6,

dezembro de 1956

97-101

WAGLEY, C. Algumas lendas indígenas

Ano IV, n. 5,

dezembro de 1952

126-130

XEVEZ, S. M. Luís Felipe Gonzaga de Campos

Ano VII, n. 6,

dezembro de 1956

33-45

ZAJCIW, D.Novos longicórneos neotópicos, X (Col. Cerambycidadae)

Ano LXIII, n. 16, 1993

18- 22

Page 186: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

ÍNDICE DA REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

APRESENTAÇÃO

Este trabalho constitui-se em um instrumento fundamental para a pesquisa histórica. A indexação dos artigos de toda a coleção da Revista do IHGM agiliza o acesso à informação procurada pelo pesquisador. Por outro lado, esses dados proporcionam elementos para uma análise historiográfica da própria Revista, tornando possível a identificação dos autores mais produtivos, dos temas mais estudados, as formas literárias mais utilizadas, entre outros aspectos.

Parte da análise preliminar, de ordem quantitativa, foi realizada e apresentada neste Seminário, identificando-se sócios que mais publicam na Revista do IHGM. O próximo passo será verificar quais temas aparecem.

O então “Instituto de História e Geografia do Maranhão” 143

tinha como objetivos:(a) O estudo e difusão do conhecimento da história, da geografia, da

etnografia, etnologia; e arqueologia, especialmente do Maranhão;(b) O incremento à comemoração dos vultos e fatos notáveis de seu

passado; e (c) A conservação de seus monumentos 144:

143 Art. II do Regimento Interno, publicado na Revista do Instituto de História e

Geografia do Maranhão, ano I, no. 1, julho a setembro, 1926, p. 61;

144 Art. I do Regimento Interno, publicado na Revista do Instituto de História e Geografia do Maranhão, ano I, no. 1, julho a setembro, 1926, p. 61;

Page 187: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

Em seu Artigo IV145 constava:“para a publicação dos seus actos sociaes, das investigações que realizar e dos trabalhos de seus sócios sobre assumptos que se relacionarem às siciencias (sic) de que se deverá ocupar, assim como de contribuições de igual gênero enviadas por investigadores competentes, o Instituto manterá uma Revista bimensal ou trimestral.” (p. 62).

O primeiro número surgia em 1926, com a denominação de “HISTÓRIA E GEOGRAFIA - Revista trimestral do Instituto de História e Geographia do Maranhão”, anno I - 1926 – num. 1, julho a setembro; com 97 páginas, contendo ilustrações, e impressa na Typ. Teixeira - São Luiz 146. Era seu Diretor Antonio Lopes [da Cunha].

Foram publicados 27 números. Sua periodicidade nunca foi cumprida, seja por problemas financeiros, políticos e/ou técnicos. Contamos com 551 artigos, notas, atos administrativos, de 361 autores, a grande maioria de seus sócios efetivos, ou correspondentes.

A Elite dos Autores se constitui daqueles que produziram acima de 11,61 artigos. Esses Autores – nove (6,68%), incluindo-se os artigos “dos Editores” (144 – 26,14%) –produziram 51,35% dos artigos publicados. Temos como pertencentes a essa Elite: com 26 artigos FREITAS, J. C. M. de; enquanto SOARES, L. A. N. G. contribuiu com 20 artigos; já CORREIA LIMA, O. e OLIVEIRA, E. M. de, produziram 18; e depois, ROCHA, O. P. com 16 artigos; CARVALHO, A. S. de, 145 Do Regimento Interno, publicado na Revista do Instituto de História e Geografia do

Maranhão, ano I, no. 1, julho a setembro, 1926, p. 61-64.

146 HISTÓRIA E GEOGRAFIA- Revista trimestral do Instituto de História e Geographia do Maranhão, São Luís, ano I, n. 1, julho/setembro, 1926

Page 188: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

com 15; e com 13 contribuições aparecem COELHO NETTO, E. e SEGUINS, J. R.

Breve, o IHGM disponibilizará os demais Anexos do artigo em referência – Elitismo no IHGM -, com a evolução do quadro dos sócios efetivos, dos correspondentes, assim como o Índice por Autores. Por ora, apresenta-se o Índice de Artigos.

Acredito que a próxima etapa desse trabalho de recuperação da memória do IHGM seja a análise dos temas recorrentes assim como a indexação de seu acervo bibliográfico.

Busca-se a contribuição dos atuais sócios... Nossa Biblioteca faz parte do acervo cultural do Maranhão, e deve estar disponível àqueles que buscam resgatar nossas origens.

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZSócio efetivo – Cadeira 40

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ARTIGOS PUBLICADOS – 1926/2007AUTOR TITULO REVISTA PAGINA

No. 1, 1926, julho-setembro O primeiro número 05-06

Maranhão-Piauhy 07-08

DA REDAÇÃO

Notas Várias:

Parsondas de Carvalho (A.L.);

O Curso de Estudos maranhenses;

Um explorador maranhense (A.L.);

O oiro do Alto Pindaré (Jerônimo de Viveiros);

Documentos históricos;

Um achado archeologico;

A questão da Tutoya;

As collecções do Instituto;

Material bibliographico (A.L.; W.S.);

Francisco Guimarães.

Ano I, n. 1, julho-setembro 1926

65-88

ABRANCHES DE MOURA, J. A Ilha de S. Luiz Ano I, n. 1, julho-

setembro 1926 21-27

CARVALHO, J. B. de As tribus do Rio Javary Ano I, n. 1, julho-setembro 1926 89-96

LOPES DA CUNHA, A. Marília e Dirceu Ano I, n. 1, julho-setembro 1926 09-14

LOPES DA CUNHA, A. O Diccionário Histórico e Geographico do Maranhão Ano I, n. 1, julho-setembro 1926 41-46

LOPES DA CUNHA, A.. Armorial Maranhense Ano I, n. 1, julho-setembro 1926 47-53

RIBEIRO DO AMARAL, Nobiliarchia Maranhense Ano I, n. 1, julho-setembro 1926 38-41

SOARES, W. Subsídios a bibliographia maranhense Ano I, n. 1, julho-setembro 1926 31-38

VASCONCELOS, B. O Maranhão fabuloso Ano I, n. 1, julho-setembro 1926 17-20

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No. 2, 1948, novembroEDITORIAL 03-04

Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão 147-154

DA REDAÇÃO

Notas Finais –

A eterna questão;

As obras de Raimundo Lopes;

O Dicionário de César Marques;

Trabalhos históricos e geográficos;

Proteção a natureza e aos monumentos;

Bibliografia;

Inéditos do Instituto;

Páginas esquecidas;

O Museu do Instituto

Ano 2, n. 1, novembro de 1948

155-160

ALMEIDA, R. Gaspar de Sousa no Maranhão Ano 2, n. 1, novembro de 1948 05-11

CARVALHO, B. de Os índios da região dos formadores do Rio Branco Ano 2, n. 1, novembro de 1948 61-67

DINO, N. O Forte do Itapecurú Ano 2, n. 1, novembro de 1948 77-87

FERNANDES, H. C. Quando se uniu o Maranhão ao Brasil? Ano 2, n. 1, novembro de 1948 69-75

FERNANDES, J. S. O assoreamento da Costa Leste maranhense Ano 2, n. 1, novembro de 1948 99-106

FIALHO, O. A Bacia do Rio Flores Ano 2, n. 1, novembro de 1948 127-139

LEMERCIER, J. M. Apontamentos históricos – sobre a criação, administração, melhoramentos materiais da Sé, Catedral do Maranhão

Ano 2, n. 1, novembro de 1948 13-22

LOPES DA CUNHA, A. A História de S. Luís – questões e dúvidas Ano 2, n. 1, novembro de 1948 33-50

LOPES DA CUNHA, A. Uma grande data Ano 2, n. 1, novembro de 1948 141-146

LUZ, J. V. da Duas grandes figuras (discurso de posse na cadeira de Yves d´Evreux, a qual Raimundo Lopes inaugurou no IHGM

Ano 2, n. 1, novembro de 1948 51-60

SOARES, O. Numismática maranhense Ano 2, n. 1, novembro de 1948 89-98

TEIXEIRA, L. O dono do Sancy e a França Equinocial Ano 2, n. 1, novembro de 1948 107-117

VASCONCELOS, B. S. Luís, a antiga (evocação) Ano 2, n. 1, novembro de 1948 119-126

Page 191: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 3, 1951, agosto

Relação de cartas geográficas do Maranhão Ano 28, n. 3, agosto de 1951 03-10

Os mortos do Instituto

(Antonio Lopes da Cunha – 29.11.50;

Candido Pereira de Sousa Bispo – 15.07.50;

Joseph Marie Lemercier – 09.12.48;

Wilson da Silva Soares – 09.12.49;

Alfredo Bena – 11.05.50;

Liberalino Pinto de Almeida – 05.02.51;

Aquiles de Faria Lisboa – 12.04.51;

Adalberto Accioli Sobral – 24.05.51);

Novos Membros do Instituto;

Registros bibliográficos

137-140

Congressos Científicos 141-144

Estatutos 145-154

Anuncio histórico 155-156

DA REDAÇÃO

Sumario

Ano 28, n. 3, agosto de 1951

157

CARVALHO, B. de Estudo sobre os Poianauas Ano 28, n. 3, agosto de 1951 11-26

PINTO, F. Tapuytapera Ano 28, n. 3, agosto de 1951 27-30

DINO, N. Forças militares cearenses nos campos do Maranhão Ano 28, n. 3, agosto de 1951 31-43

REIS, L. G. dos Alto Parnaíba Ano 28, n. 3, agosto de 1951 45-77

VIVEIROS, J. de O jornal “O País” em face da guerra da Tríplice-Aliança Ano 28, n. 3, agosto de 1951 79-87

CORREIA LIMA, O. História da Assistência à Infância do Maranhão Ano 28, n. 3, agosto de 1951 89-136

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No. 4, 1952, junho

Concessões para a exploração e lavra de minerais Ano IV, n. 4, junho de 1952 98-99

Bibliografia maranhense –

Ribeiro do Amaral;

Raimundo Lopes;

Clarindo Santiago

Ano IV, n. 4, junho de 1952 117-120

Registro bibliográfico Ano IV, n. 4, junho de 1952 121-126

Noticiário – O Museu do Instituto;

Congressos e encontros;

Novos sócios;

História do Comércio do Maranhão

Ano IV, n. 4, junho de 1952 127-131

Anúncio histórico Ano IV, n. 4, junho de 1952 132-136

DA REDAÇÃO

Sumário Ano IV, n. 4, junho de 1952 137

REIS, L. G. dos O sitio Filipinho Ano IV, n. 4, junho de 1952 03-05

CORREIA LIMA, O. Temperatura efectiva de São Luíz Ano IV, n. 4, junho de 1952 07-12

VIVEIROS, J. de Uma luta política do Segundo Reinado Ano IV, n. 4, junho de 1952 13-39

VIEIRA FILHO, D. Superstições ligadas ao parto e à vida infantil Ano IV, n. 4, junho de 1952 41-46

DINO, N. O primeiro dos três discursos celebre de Vieira da Silva Ano IV, n. 4, junho de 1952 47-51

MEIRELES, M. M. General Cesário Mariano de Albuquerque Cavalcanti Ano IV, n. 4, junho de 1952 54-56

BASTIDE, R. O negro no Norte do Brasil Ano IV, n. 4, junho de 1952 57-61

VIANA, F. O caráter de Bequimão Ano IV, n. 4, junho de 1952 63-66

FERREIRA, A. Notícia sobre Frei Cristóvão de Lisboa Ano IV, n. 4, junho de 1952 67-75

FIALHO, O. Elementos para a classificação geológica do litoral maranhense Ano IV, n. 4, junho de 1952 77-78

BARBOSA, T. Uma calamidade que deve ser evitada Ano IV, n. 4, junho de 1952 79-80

DINIZ, E. F. Abastecimento e expansão demográfica Ano IV, n. 4, junho de 1952 83-87

RODRIGUES, N. O sociólogo em G. Dias Ano IV, n. 4, junho de 1952 87-90

VIEIRA FILHO, D. O culto vudou: identificações em São Luís e no Haiti Ano IV, n. 4, junho de 1952 90-92

MIRANDA, L. As ilhas do Maranhão Ano IV, n. 4, junho de1952 92-94

ABREU, S. F. O Estado do Maranhão Ano IV, n. 4, junho de 1952 94-97

FREYRE, G. Sobrados de São Luís Ano IV, n. 4, junho de 1952 97-98

COSTA, C. R. Papéis vários do Conselho Ultramarino Ano IV, n. 4, junho de 1952 101-114

Page 193: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 5, 1952, dezembroBibliografia Maranhense:

Justo Jansen Ferreira;

Domingos de Castro Perdigão;

Parsondas de Carvalho;

Sousa Bispo

Ano IV, n. 5, dezembro de 1952 133-137

Registro bibliográfico (publicações recebidas) Ano IV, n. 5, dezembro de 1952 140

Noticiário – Brigadeiro Hugo da Cunha Machado;

Novos sócios: Fernando Viana, Cesário Veras Ano IV, n. 5, dezembro

de 1952 145-146

DA REDAÇÃO

SUMÁRIO Ano IV, n. 5, dezembro de 1952 147

VIVEIROS, J. de A família Morais Rêgo Ano IV, n. 5, dezembro de 1952 03-24

VIEIRA FILHO, D. Estudos Geográficos do Maranhão Ano IV, n. 5, dezembro de 1952 25-47

CORREIA LIMA, O. Idéias médicas de Gaioso Ano IV, n. 5, dezembro de 1952 49-68

DOMINGUES, V. O Turiaçu Ano IV, n. 5, dezembro de 1952 69-118

RÊGO COSTA A morte de Luís Domingues Ano IV, n. 5, dezembro de 1952 121-122

VIEIRA FILHO, D. Antonio Lopes Ano IV, n. 5, dezembro de 1952 122-125

HIMUENDAJU, C. The Guaja Ano IV, n. 5, dezembro de 1952 125-126

WAGLEY, C. Algumas lendas indígenas Ano IV, n. 5, dezembro de 1952 126-130

Page 194: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 6, dezembro de 1956

DA REDAÇÃO Nossa Homenagem Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 03-05

DA REDAÇÃO Quadro social do Instituto Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 110-114

DA REDAÇAO Novos sócios do Instituto Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 115-117

DA REDAÇÃO

Noticiário – Honra ao Mérito;

�in. Benedito Barros e Vasconcelos;

Reforma da sede do Instituto;

Ponte Antonio Muniz Barreiros

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 121-138

DA REDAÇÃO

Bibliografias: História do Comércio do Maranhão – Jerônimo de Viveiros

Panorama da literatura maranhense – Mário Meireles

Alma – Ribamar Pereira

�inqüenta�a médico-social do filho sadio do lázaro – Olavo Correia Lima

Espiritismo e mediunismo no Maranhão – Waldomiro Reis

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956

139-140

141-142

143

143

143

CARVALHO, J. B. de Nota sobre a arqueologia da Ilha de São Luís Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 07-08

VIVEIROS, J. de A eleição do 1º. Tenente Tasso Fragoso para deputado à constituinte de 92 e a sua renúncia

Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 09-15

DOMINGUES FILHO, V. Três lendas relacionadas com o Maranhão Ano VII, n. 6, dezembro

de 1956 17-20

CORREIA LIMA, O. Doença e morte do Conde D’Escragnolle Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 21-30

DINO, N. Bacharéis, Mestres de escolares Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 31-32

XEVEZ, S. M. Luís Felipe Gonzaga de Campos Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 33-45

OLIMPIO FILHO A Casa de Pedra Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 47-51

BARBOSA, T. As boiadas sertanejas Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 53-61

SALLES CUNHA, E. Aderson Ferro – o dentista iluminado do Norte Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 63-74

FERREIRA, A. A volta de Luis Magalhães a Lisboa Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 75-79

BARBOSA, T. Genealogia – dados genealógicos Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 81-90

CORREIA LIMA, O. Famílias Maranhenses Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 91-96

VIVEIROS, J. de Coronel Joaquim Silvério dos Reis Montenegro Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 97-101

CORREIA LIMA, O. Biografia inédita do Visconde de Parnaíba Ano VII, n. 6, dezembro de 1956 103-110

Page 195: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 7, 1984, dezembro

Diretoria do IHGM Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984 05-20

Nossos sócios fundadores, o grande benemérito Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984 21-22

Nossos sócios honorários Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984 25

DA REDAÇÃO

Calendário social Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984 91-93

Datas memoráveis para o IHGM Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984 95

Nossos sócios efetivos e seus patronos Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984 97-103

Nossos sócios correspondentes Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984 105-107

Plano editorial do IHGM. Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984 83-84

Homenagem a Bequimão Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984 85-86PRESIDENCIA – ATOS

Ato Normativo especial Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984 87-89

SEGUINS, J.R. Nossa revista Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984 03

FURTADO TRAVASSOS Francisco Alves Camêlo no Instituto Histórico Ano LIX, n. 07,

dezembro de 1984 23-24

GUIMARÃES, R. C. Frei Custódio Alves Pureza Serrão Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984 26-35

ELIAS FILHO, J. História do Maranhão (Cap. 9) – descobrimento do Maranhão Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984 36-39

CRUZ, O. Barra do Corda, uma rapsódia de amor Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984 40-45

COELHO NETTO, E. O Ameríndio – o índio da colonização e no povoamento do Maranhão- micro-etnias atuais do Maranhão

Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984 46-56

FREITAS, J. C. M. de Discurso de Posse Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984 57-61

SOARES, L. A. N. G. Escola: “adote uma empresa” Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984 63-65

REIS, J. R. Rumo secular do caboclo maranhense Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984 67-71

COSTA, B. E. O geógrafo e historiador Cônego Benedito Ewerton Costa fala sobre o seu Patrono – o Padre Antonio Vieira

Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984 73-78

SANTOS, W. Aspectos históricos e geográficos da cidade de Imperatriz Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984 79-82

SEGUINS, J. R. Plano editorial do IHGM. Ano LIX, n. 07, dezembro de 1984 83-84

Page 196: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 8, 1984, março

A bandeira do Maranhão Ano LIX, n. 08, março de 1985 13

O Hino maranhense Ano LIX, n. 08, março de 1985 14-15

José Adirson de Vasconcelos de Santana de Araújo (biografia) Ano LIX, n. 08, março de 1985 16

DA REDAÇÃO

O Instituto Histórico rejubila-se com a eleição de Sarney Ano LIX, n. 08, março de 1985 29-30

Governador Luiz Rocha no Salão Nobre do IHGM Ano LIX, n. 08, março de 1985 31-32

Rosa Mochel Martins (necrologia) Ano LIX, n. 08, março de 1985 35-36

Olavo Correia Lima (biografia) Ano LIX, n. 08, março de 1985 37

Carlos Cunha (biografia) Ano LIX, n. 08, março de 1985 60

Orlandex Pereira Viana (biografia) Ano LIX, n. 08, março de 1985 66

Wilson da Silva Soares – sócio fundador (tradicional família Soares recebe justas homenagens do IHGM)

Ano LIX, n. 08, março de 1985 75-82

A fala do imortal – (Carvalho Guimarães) Ano LIX, n. 08, março de 1985 83-84

IHGM agracia SIOGE e equipe Ano LIX, n. 08, março de 1985 85-86

Francisco Alves Camelo eleito para o IHGM Ano LIX, n. 08, março de 1985 87-88

NASCIMENTO, J. Dinamização e otimismo Ano LIX, n. 08, março de 1985 03-04

CUNHA, C. De Carlos Cunha (mensagem) Ano LIX, n. 08, março de 1985 05

CORREIA LIMA, O. De Olavo Correia Lima (mensagem) Ano LIX, n. 08, março de 1985 07

SEGUINS, J. M. IHGM = 60 anos Ano LIX, n. 08, março de 1985 09-12

VASCONCELOS, A. Cinqüenta anos sem Humberto de Campos Ano LIX, n. 08, março de 1985 17-28

SEGUINS, J. R. Sebastião Archer da Silva – o grande benemérito Ano LIX, n. 08, março de 1985 33-34

CORREIA LIMA, O.; AROSO, O. C. L. Ameríndios maranhenses Ano LIX, n. 08, março

de 1985 38-54

COSTA, J. P. da Um reencontro feliz Ano LIX, n. 08, março de 1985 55-59

CUNHA, C. Viriato Corrêa, o eterno Ano LIX, n. 08, março de 1985 61-65

VIANA, O. P. Os primórdios do Brasil Ano LIX, n. 08, março de 1985 67-74

FREITAS, J. C. M. de A bandeira brasileira Ano LIX, n. 08, março de 1985 89-94

COELHO NETTO, E. Candido Mendes de Almeida Ano LIX, n. 08, março de 1985 95-101

Page 197: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 9, 1985, junho

DA REDAÇÃO Convicção de idealismo Ano LIX, n. 9, junho de 1985 03-04

DA REDAÇÃO Festa da cultura na posse de Francisco Camelo a presença do Governador

Ano LIX, n. 9, junho de 1985 05-10

DA REDAÇÃO Invertida a ordem dos trabalhos Ano LIX, n. 9, junho de 1985 17

DA REDAÇÃO * “A Revolta de Bequimão” Ano LIX, n. 9, junho de 1985 24-26

DA REDAÇÃO Outro evento importante Ano LIX, n. 9, junho de 1985 27

DA REDAÇÃO Apresentações e congratulações pela posse de Francisco Camelo Ano LIX, n. 9, junho de 1985 28-32

DA REDAÇÃO MOMATRO de mãos dadas com o IHGM prestam homenagem a Corrêa de Araújo

Ano LIX, n. 9, junho de 1985 104

DA REDAÇÃO IHGM – Balanço financeiro geral 1984 Ano LIX, n. 9, junho de 1985 105

DA REDAÇÃO Novos sócios do IHGM; Sócios falecidos; Sociais Ano LIX, n. 9, junho de 1985 106-107

TRAVASSOS FURTADO Amor pela História Ano LIX, n. 9, junho de 1985 Contracapa

TRAVASSOS FURTADO Discurso de Travassos Furtado Ano LIX, n. 9, junho de 1985 11-13

CAMELO, F. Francisco Camelo faz o elogio do seu patrono Ano LIX, n. 9, junho de 1985 14-16

ROCHA, L. A fala do Governador Ano LIX, n. 9, junho de 1985 18-19

SEGUINS, J. R. Poemas de estrelas Ano LIX, n. 9, junho de 1985 21-22

CORREIA LIMA, O. Homo Sapiens stearensis – Antropologia Maranhense Ano LIX, n. 9, junho de 1985 33-43

SEGUINS, J. R. Convocação geral Ano LIX, n. 9, junho de 1985 45-47

TRAVASSOS FURTADO A volta do cometa de Halley Ano LIX, n. 9, junho de 1985 48-52

VASCONCELOS, A. Manoel Beckman e seus historiadores Ano LIX, n. 9, junho de 1985 53-59

RAPOSO, J. B. Elogio ao Patrono cadeira 2 Ano LIX, n. 9, junho de 1985 60-69

MOURA, C. de S. Discurso de Posse cadeira 28 Ano LIX, n. 9, junho de 1985 71-83

MEDEIROS, J. F. O Ministro Astolfo Serra é o Patrono do Fórum Trabalhista de São Luis

Ano LIX, n. 9, junho de 1985 84-86

SEGUINS, J. R.Bases do concurso para a confecção do Medalhão e da Indumentária que serão usadas nas sessões solenes e festivais do IHGM pelos sócios efetivos e honorários

Ano LIX, n. 9, junho de 1985 87

SEGUINS, J. R. Ato normativo n. 01/85 Ano LIX, n. 9, junho de 1985 88-89

VIANA, O. P. A carta de Caminha Ano LIX, n. 9, junho de 1985 90-102

* não foi registrado o orador que fez a apresentação do livro de Milson Coutinho, atribuindo-se ao redator

Page 198: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 10, 1985, outubro

Festa de intelectuais na Praça do Panteon Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 03-10

A Coluna Prestes é tema de livro Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 22

Carlos Cardoso (biografia) Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 59

Sociais Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 98

DA REDAÇÃO

Memória fotográfica da visita de João José de Mota Albuquerque e Mauro Mota

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 99

SEGUINS, J. R. A lendária e histórica cidade de São José de Ribamar Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 11-15

SEGUINS, J. R. Certo dia escrevi e dediquei Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 16

FURTADO TRAVASSOS Juventude como fator de desenvolvimento Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 17

MELO, M. de O. Discurso de posse do Confrade Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 18-21

ELIAS FILHO, J. Bequimão e o Santo Ofício Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 23-27

SEGUINS, J. R. Carta ao Governador Luiz Rocha Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 28-29

SOARES, L. A. N. G. Um SOS ao Pró-memória Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 30-34

FREITAS, J. C. de Roquete Pinto e a educação brasileira Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 35-41

SANTANA, P. R. de Geopolítica maranhense Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 42-44

GUIMARÃES, R. C. Joaquim Vieira da Luz Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 45-47

COSTA, B. E. Sesquicentenário da Paróquia de Codó Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 48-55

VIANA, O. P.Explicações sucintas do desenho do Medalhão (crachá) para ser usado nas sessões solenes e festivas, pelos membros efetivos do IHGM

Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 56-57

CARDOSO, C. Sousândrade Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 60-61

CORREIA LIMA, O. Província espeleológica do Maranhão Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 62-70

GUIMARÃES, R. C. O cometa de Halley Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 71-72

MILHOMEM, W. Brasília sob o ângulo histórico Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 73-75

CARVALHO, R. da S. Conselho Estadual de Educação do Maranhão – Memória Ano LIX, n. 10, outubro de 1985 76-97

Page 199: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 11, 1986, Ano LX

DA REDAÇÃO Cronologia de Halley Ano LX, n. 11, março de 1986 03-04

CORREIA LIMA Geo-História do Maranhão, de Eloy Coelho Neto Ano LX, n. 11, março de 1986 05-06

CORRIA LIMA, O.; AROSO, O. C. L. Cultura rupestre maranhense – arqueologia, antropologia Ano LX, n. 11, março de

1986 07-12

JORGE, S. O jornalismo polemico de Odorico Mendes e Garcia de Abranches

Ano LX, n. 11, março de 1986 13-22

MEDEIROS, J. F. A cultura e o turismo Ano LX, n. 11, março de 1986 23-24

FREITAS, J. C. M. de O bicentenário de Simón Bolívar e a influencia de seu pensamento na educação das Américas

Ano LX, n. 11, março de 1986 25-34

VIANA, O. P. A posição do Brasil em relação as demais nações Ano LX, n. 11, março de 1986 35-40

ELIAS FILHO, J.;

MAGALHÃES, M. dos R. B. C.

Biografias resumidas de maranhenses ilustres Ano LX, n. 11, março de 1986 41-45

SANTANA, P. R. de Tiradentes e as conjunturas sócio-politicas do seu tempo Ano LX, n. 11, março de 1986 45-51

TRAVASSOS FURTADO Halley, mensageiro d novas esperanças para o Brasil Ano LX, n. 11, março de 1986 52-61

Page 200: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 12, 1986(?) - ano LXRequerimento – concessão de sócio benemérito ao Governador do Estado Luiz Rocha ano LX, n. 12, 1986 ? 19-20

IHGM homenageia Governador Luiz Rocha ano LX, n. 12, 1986 ? 20-21

DA REDAÇÃO

Notas Diversas – A cidade de Coelho Neto na história do Maranhão;

Homenagem ao Governador Luiz Rocha;

Brasil república;

Dr. José de Ribamar Seguins;

Uma poetisa serviço do IHGM;

Calendário social do IHGM;

Endereços atualizados dos sócios efetivos

ano LX, n. 12, 1986 ? 100-106

COELHO NETTO, E. Humberto de Campos – primeiro centenário de nascimento ano LX, n. 12, 1986 ? 03-11

VIEIRA, J. A. M. Humberto de Campos ano LX, n. 12, 1986 ? 11-15

ELIASFILHO, J. Humberto de Campos ano LX, n. 12, 1986 ? 15-18

CORREIA LIMA, O. Parque Nacional de Guaxenduba ano LX, n. 12, 1986 ? 21-36

CUNHA, C. IHGM homenageia Bandeira Tribuzi ano LX, n. 12, 1986 ? 37-39

SOUSA, D. Panaquatira ano LX, n. 12, 1986 ? 39-40

SANTANA, P. R. de Breves noções de Sociologia Rural ano LX, n. 12, 1986 ? 40-45

TRAVASSOS FURTADO A ciência sempre vence ano LX, n. 12, 1986 ? 46-51

MAGALHÃES, M. dos R. B. C. Discurso de Posse ano LX, n. 12, 1986 ? 51-55

SOARES, L. A. N. G. Neto Guterres – o médico dos pobres ano LX, n. 12, 1986 ? 55-60

MEDIROS, J. F. Rubem Almeida, o poeta ano LX, n. 12, 1986 ? 60-62

JORGE, S. O “Farol Maranhense” ano LX, n. 12, 1986 ? 63-78

VIANA, O. P. A existência histórica de Antonio Lobo ano LX, n. 12, 1986 ? 78-98

FREITAS, J. C. de Centenário de Máximo Martins Ferreira ano LX, n. 12, 1986 ? 98-100

Page 201: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 13, 1987, ano LXI

Noticiário Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 03

Lançamento de livros Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 05DA REDAÇÃO

IHGM faz lançamento de livro Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 75-76

SEGUINS, J. R. O Monte Castelo Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 07-10

FURTADO TRAVASSOS O Palácio dos Leões e sua história Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 11-16

SOARES, L. A. N. G. Saudação a Wanda Cristina em sua posse Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 17-19

SILVA, A. R. da Discurso de Posse Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 20-31

SILVA, A. R. da Homenagem a Antonio Ribeiro da Silva, Ribeirinho Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 32-34

CARVALHO, R. da S. Luiz de Moraes Rego – precioso troféu da educação maranhense Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 35-42

CUNHA, C. Saudação a Aluizio Ribeiro da Silva Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 43-44

MOURA, C. A Coluna Prestes e a custódia de Oeiras Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 45-46

FREITAS, J. C. M. de O centenário de Vila-Lobos Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 47-48

SOUZA, J. H. de Heróis do passado deram suas vidas pelas liberdades democráticas

Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 49-55

CANEDO, E. V. da S. O. de Discurso de Posse Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 56-66

SOARES, L. A. N. G. Saudação a Odorico Carmelito Amaral de Matos Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 67-70

AMARAL DE MATOS, O. C. Discurso de agradecimento Ano LXI, n. 13,

dezembro de 1987 71-74

CUNHA, C. O mestre Ribeirinho Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 77-78

COELHO NETTO, E. Antropologia e Sociologia Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 79-81

CORRÊA LIMA, O. No país dos Timbiras Ano LXI, n. 13, dezembro de 1987 82-91

Page 202: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 14, 1991, ano LXII, março

DA REDAÇÃO Notas e notícias Ano LXII, n. 14, março de 1991 11-12

FREITAS, J.C. M. de Antonio Lopes, o intelectual Ano LXII, n. 14, março de 1991 13-21

CORREIA LIMA, O. Mário Simões e a arqueologia maranhense Ano LXII, n. 14, março de 1991 23-31

MOURA, C. São Luis dos bons tempos do bonde Ano LXII, n. 14, março de 1991 33-35

SOUSA, D. de Harpia Ano LXII, n. 14, março de 1991 37-38

MOURA, C. D. Delgado, pioneiro do ensino médico no Maranhão Ano LXII, n. 14, março de 1991 39-41

VIANA, O. P. Pedro da Silva Nava: médico,escritor, poeta,pintor e desenhista Ano LXII, n. 14, março de 1991 43-52

SILVA, A. R. da Um livro valioso Ano LXII, n. 14, março de 1991 53-55

SILVA, A. R. da Discurso Ano LXII, n. 14, março de 1991 57-60

COUTINHO, M. Discurso Ano LXII, n. 14, março de 1991 61-66

CARVALHO, A. S. de Discurso de posse Ano LXII, n. 14, março de 1991 67-68

COELHO NETTO, E. Discurso Ano LXII, n. 14, março de 1991 69-72

PEREIRA, J. da C. M. Discurso de Posse Ano LXII, n. 14, março de 1991 73-84

SEGUINS, J. R. Correspondência sobre Maria Firmina dos Reis Ano LXII, n. 14, março de 1991 85-92

Page 203: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 15, 1992, janeiro

DA REDAÇÃO Agradecimentos especiais Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992 6

DA REDAÇÃO Notas e Notícias Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992 09-11

DA REDAÇÃO Lembrando Dr. João Freire de Medeiros Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992 13

DA REDAÇÃO IHGM – Regimento Interno

CORREIA LIMA, O. Filogênese freudiana Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992 15-32

SOARES, L. A. N. G. Subsídios para a História de Alcântara Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992 33-44

CARVALHO, A. S. de Jupiaçu – maioral da Ilha Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992 45-47

FREITAS, J. C. M. de A “Quinta da Vitória” de Sousândrade Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992 48-52

MOURA, C. Como são diferentes os tempos! Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992 53-55

FERREIRA, M. da C. A formação do professor de português: ontem e hoje Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992 56-64

VIANA, O. P. Vida e obras de Antonio Gonçalves Dias Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992 65-75

FREITAS, J. C. M. de O Centenário de um Mestre Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992 76-80

BRITO, S. B. de Discurso de Posse cadeira 11 Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992 81-84

PEREIRA, J. da C. M. Discurso sobre a adesão do Maranhão à Independência Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992 85-90

PEREIRA, J. da C. M. Discurso de elogio ao Patrono da cadeira n. 59 Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992 91-96

COUTINHO, M. Discurso Ano LXII, n. 15, janeiro de 1992 97-99

Page 204: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 16, 1993DA REDAÇÃO Notas e Notícias Ano LXIII, n. 16, 1993 09-12

DA REDAÇÃO In Memoriam do saudoso Domingos Chateaubriand de Sousa Ano LXIII, n. 16, 1993 13-16

DA REDAÇÃO Endereços dos sócios efetivos do IHGM Ano LXIII, n. 16, 1993 137-142

DA REDAÇÃO Quadro dos Patronos, primeiros ocupantes e ocupantes atuais do IHGM Ano LXIII, n. 16, 1993 143-153

COELHO NETTO, E. Domingos Sousa Ano LXIII, n. 16, 1993 16-17

ZAJCIW, D. Novos longicórneos neotópicos, X (Col. Cerambycidadae) Ano LXIII, n. 16, 1993 18- 22

BOGÉA, L. Mestre Dudu Ano LXIII, n. 16, 1993 22-24

FREITAS, J. C. M. de Os 380 anos de São Luís Ano LXIII, n. 16, 1993 27-29

FREITAS, J. C. M. de Santos Dumont, o heróis brasileiro Ano LXIII, n. 16, 1993 30-35

FREITAS, J. C. M. de Saudação ao Mestre Josué Montello Ano LXIII, n. 16, 1993 36-37

PEREIRA, J. da C. M. A Batalha de Guaxenduba Ano LXIII, n. 16, 1993 38-41

CAÑEDO, E. V. da S. O. de V Centenário de descoberta da América Ano LXIII, n. 16, 1993 42-51

SOARES, L. A. N. G. Teixeira Mendes: o apóstolo do Positivismo Ano LXIII, n. 16, 1993 52-59

RAMOS, C. P. Jupi-Açú – o Principal da Ilha – amigo dos Franceses Ano LXIII, n. 16, 1993 60-67

COELHO NETTO, E. Sinopse da história do catolicismo no Maranhão Ano LXIII, n. 16, 1993 68-76

CORREIA LIMA, O.

Duas controvérsias científicas:

(1) Origem da religião;

(2) Mito capital da história maranhense

Ano LXIII, n. 16, 1993 77-88

CARVALHO, A. S. de O Velho Bacanga Ano LXIII, n. 16, 1993 89-90

CARVALHO, A. S. de Alta madrugada (cenário e palco – rio Bacanga – setembro de 1947) Ano LXIII, n. 16, 1993 91-92

MOURA, C. Uma idéia infeliz Ano LXIII, n. 16, 1993 93-94

FERNANDES, J. A escalada de Wolney Ano LXIII, n. 16, 1993 95-96

VIANA, O. P. A arte de falar bem Ano LXIII, n. 16, 1993 97-103

LIMA COELHO, C. A. Sobre o tumulo da comédia Ano LXIII, n. 16, 1993 104-107

GASPAR, C. T. P. Discurso de posse e elogio ao patrono da cadeira no. 40 – João Dunshee de Abranches Moura Ano LXIII, n. 16, 1993 111-124

BRITO, S. B. de Discurso de elogio ao patrono da cadeira no. 11 – Sebastião Gomes da Silva Belfort Ano LXIII, n. 16, 1993 125-129

ROCHA, S. P. Discurso de Posse (cadeira 53, José do Nascimento Moraes) Ano LXIII, n. 16, 1993 130-134

Page 205: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 17, 1996

DA REDAÇÃO Apresentação Ano LXIV, n. 17, 1996 05

DA REDAÇÃO Resenhas Ano LXIV, n. 17, 1996 11-12

DA REDAÇÃO IHGM comemora 70 anos Ano LXIV, n. 17, 1996 16-18

DA REDAÇÃO Fotos das comemorações dos 70 anos Ano LXIV, n. 17, 1996 26-35

DA REDAÇÃO Quadro dos sócios efetivos e respectivos endereços e calendário social do IHGM

Ano LXIV, n. 17, 1996 151-160

COELHO NETO, E. Crônica para o Instituto setentão Ano LXIV, n. 17, 1996 13-15

MARANHÃO, H. Oração do IHGM nos seus 70 anos Ano LXIV, n. 17, 1996 19-21

COUTINHO, M. Discurso sobre a trajetória histórica do IHGM Ano LXIV, n. 17, 1996 21-25

SANTOS, H. de J. Homenagem ao confrade Aderson de Carvalho Lago Ano LXIV, n. 17, 1996 39-40

CARVALHO,R. da S. Palestra pronunciada na Loja Maçônica Renascença,em SãoLuís, e reproduzida a pedido

Ano LXIV, n. 17, 1996 41-49

FERNANDES, J. Considerações sobre o Rio Mearim Ano LXIV, n. 17, 1996 50-55

CORREIA LIMA,O. Mons. Dr. Mourão Ano LXIV, n. 17, 1996 56-82

VIANA, O. P. A importância do folclore e seus principais aspectos no Maranhão

Ano LXIV, n. 17, 1996 83-92

SOARES, L. A. N. G. São Luís do Maranhão: a cachopa de além-mar Ano LXIV, n. 17, 1996 93-95

SOARES, L. A. N. G. A presença da iniciativa privada no desenvolvimento maranhense

Ano LXIV, n. 17, 1996 96-102

FREITAS, J. C. M. de Vital de Oliveira, o hidrógrafo Ano LXIV, n. 17, 1996 103-104

MOURA, C. Uma lei desumana Ano LXIV, n. 17, 1996 105-106

MOURA, C. Revendo os sobrados da João Lisboa e recordando amigos Ano LXIV, n. 17, 1996 107-109

MOURA, C. Esboço histórico da Assistência Obstétrica em São Luis Ano LXIV, n. 17, 1996 110-113

CARVALHO, A. S. de Literatura imunda Ano LXIV, n. 17, 1996 114-115

FEITOSA, A. C. Controvérsias na denominação da Ilha do Maranhão Ano LXIV, n. 17, 1996 116-129

OLIVEIRA, E. M. de Uma reflexão sobre o cheque pré-datado Ano LXIV, n. 17, 1996 130-131

CARVALHO, R. da S. Recordando a adesão do Maranhão à Independência Ano LXIV, n. 17, 1996 137-140

COUTINHO, M. Discurso do Dr. Milson Coutinho na posse do jornalista Herbert Santos

Ano LXIV, n. 17, 1996 141-143

OLIVEIRA, E. M. de Discurso de Edomir Martins de Oliveira saudando o ingresso de Mário Lincoln Feliz Santos no IHGM

Ano LXIV, n. 17, 1996 144-146

SANTOS, M. L. F. Discurso de Mario Lincoln ao ocupar a cadeira no. 14 Ano LXIV, n. 17, 1996 147-149

Page 206: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 18, 1997

DA REDAÇÃO Lançamentos do Instituto Histórico No. 18, 1997 19-25

DA REDAÇÃO Instituto histórico e Geográfico do Maranhão –sócios efetivos No. 18, 1997 105-111

DOMINGOS, G. A. 20º. Congresso Brasileiro de Radiodifusão – a micro empresa e a geração d empregos

No. 18, 1997 07-18

COELHO NETTO, E.Saudação de Posse do escritor e historiador Carlos Orlando Rodrigues de Lima no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (solenidade realizada em 27/03/96)

No. 18, 1997 26-29

OLIVEIRA, E. M. deDiscurso pronunciado no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão por Edomir Martins de Oliveira, membro do IHGM, cadeira no. 51, aos 29/01/97 as 17:30 hs

No. 18, 1997 30-33

FREITAS, J. C. M. de Homenagem a João de Barros No. 18, 1997 34-37

SOUSA, E. de O filho ilustre de São Bernardo No. 18, 1997 38-41

LIMA, C. de Discurso de Posse do historiador Carlos de liam no IHGM, cadeira no. 22

No. 18, 1997 42-70

BUESCU, A. I. João de Barros: humanismo, mercancia e celebração imperial No. 18, 1997 71-91

FERNANDES, J. A Praia Grande e o livro de Jamil Jorge No. 18, 1997 92-93

LIMA COELHO, C. A. “O último ato” No. 18, 1997 94-98

FERREIRA, M. Aboio do Vaqueiro No. 18, 1997 99-100

CARVALHO, A. S. de O Bacanga – a vida no sítio No. 18, 1997 1001-102

CARVALHO, A. S.de A doceira No. 18, 1997 103-104

Page 207: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 19, 1997

DA REDAÇÃO Eventos de março No. 19, 1997 86-87

DA REDAÇÃO IHGM – sócios efetivos No. 19, 1997 95-100

COUTINHO, M.Discurso do sócio Milson Coutinho na Academia Maranhense de Letras por ocasião das homenagens a Josué Montello pelos seus 80 anos

No. 19, 1997 07-10

BUZAR, B. Antenor Bogéa: o ultimo constituinte de 1946 No. 19, 1997 11-19

OLIVEIRA, E. M. de Edomir Martins de Oliveira – cadeira no. 51doIHGM – São Luís (MA), 24.09.97

No. 19, 1997 20-25

CARVALHO, A. S. de O Bacanga –festa no sítio No. 19, 1997 26-28

CARVALHO, A. S. de Éramos felizes... No. 19, 1997 29-31

CARVALHO, R. da S. Caxias, consolidador da unidade nacional No. 19, 1997 32-39

COELHO NETTO, E. O Padre Antonio Vieira e o Maranhão No. 19, 1997 40-49

MOHANA, K. Discurso de posse do Professor Kalil Mohana - IHGM No. 19, 1997 50-61

FREITAS, J. C. M. de 28 de Julho, uma data histórica No. 19, 1997 62-68

GASPAR, C. Canudos: 5d outubro d 1897 No. 19, 1997 69-72

SOARES, L. A. N. G. Netto Guterres –o médico dos pobres No. 19, 1997 73-81

FERNANDES, J. O bom mensageiro No. 19, 1997 82-83

MOURA, C. Faleceu o confrade Olavo Correia Lima No. 19, 1997 84-85

ROCHA, S. P. Mulher: desafios de sempre No. 19, 1997 87-94

Page 208: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 20, 1998

FERREIRA, M. da C. Lições de vida aprendidas no sertão maranhense (um olhar para a história sócio-cultural da região)

No. 20, 1998 07-12

CARVALHO, A. S. de A vida do caixeiro-viajante No. 20, 1998 13-15

FERNANDES, J. de R. Setenta e dois anos do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

No. 20, 1998 16-24

OLIVEIRA, E. M. de O Presbiterianismo no Maranhão No. 20, 1998 25-27

CHAGAS, J. Um livreiro, um homem, um a memória No. 20, 1998 28-30

MEIRELES, M. M. Os primeiros médicos do Brasil e do Maranhão No. 20, 1998 31-38

BRITO, S. B. de A morte do Jornalista Othelino No. 20, 1998 39-41

CARVALHO, A. S. de Sai um pingado! No. 20, 1998 42-43

HOLANDA, L. T. C. São Luís – a imortal No. 20, 1998 44-45

HORTENCIA, L. São Luís No. 20, 1998 46

ALVES, L. N. Delmiro Gouveia – uma estrela na Pedra No. 20, 1998 47-84

SOARES, L. A. N. G. Apontamentos para a história da Justiça Federal no Maranhão –1891-1997

No. 20, 1998 85-94

FERNANDES, J. O Padre Brandt e sua obra redentora No. 20, 1998 95-101

MOURA, C. Dois importantes livros médicos No. 20, 1998 102

MOURA, C. Fazer o bem sem olhar para quem No. 20, 1998 103-104

FREITAS, J. C. M. de São Luís, patrimônio da humanidade No. 20, 1998 105-108

MOHANA, K. Discurso de lançamento do livro Viajando e Educando No. 20, 1998 109-111

Page 209: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 21, 1998

DA REDAÇÃO “Ação e Trabalho” eleita por aclamação No. 21, 1998 05-07

DA REDAÇÃO Maranhão tem destaque no Encontro dos Institutos no Rio No. 21, 1998 42-43

SARNEY, J. O futuro, o passado No. 21, 1998 08-09

ROCHA, S. P. Figuras do Parque do Bom Menino No. 21, 1998 10-15

BRITO, S. B. de A história do Natal No. 21, 1998 16-19

FREITAS, J. C. M.. O bicentenário de D. Pedro I No. 21, 1998 20-30

SOUSA, E. de Bernardo de Almeida e seu tempo No. 21, 1998 31-35

FERNANDES, J. O Centro Cultural Nascimento Moraes No. 21, 1998 36-41

LIMA COELHO, C. A.Discurso do sócio Carlos Alberto Lima Coelho por ocasião do lançamento do livro Raposa: seu presente, sua gente, seu futuro, no IHGM

No. 21, 1998 44-47

REIS, J. R. S. dosDiscurso de Jose de Ribamar Sousa dos Reis, por ocasião do lançamento do livro de sua autoria “Raposa: presente, sua gente, seu futuro’, no IHGM em 27.5.1998

No. 21, 1998 48-52

LIMA, C. de A queimação do Judas No. 21, 1998 53-66

COELHO NETTO, E. A Independência e a adesão do Maranhão No. 21, 1998 67-73

SOARES, L. A. N. G. Resgate histórico No. 21, 1998 74-76

ELIAS FILHO, J.;

MAGALHÃES, M. dos R. B.

A independência do Brasil no Nordeste No. 21, 1998 77-84

SÁ VALE FILHO Duas fontes de luz No. 21, 1998 85

CARVALHO, A. S. de O amanhecer da saudade No. 21, 1998 86

FERREIRA, M. da C. José Constantino Gomes de Castro – patrono da cadeira no. 37 do IHGM

No. 21, 1998 87-91

CARVALHO, R. da S. O Rotary e a ética profissional No. 21, 1998 92-100

COELHO NETTO, e. Raymundo Carvalho Guimarães – longevidade dos justos No. 21, 1998 101-102

CARVALHO, A. S. de São Luis – 70 anos atrás No. 21, 1998 103-105

VIANA, O. P. Ana Amélia, a musa de G. Dias, sua genealogia e seus descendentes

No. 21, 1998 106-108

COELHO NETTO, E. Primeira revista do IHGM No. 21, 1998 109-110

LIMA, C. de Sobre os 500 anos do descobrimento do Brasil No. 21, 1998 111-116

FEITOSA, R. Criança de Rua: quem lucra com esta triste realidade? No. 21, 1998 117-120

OLIVEIRA, E. M. de Um breve estudo acerca da família No. 21, 1998 121-124

Page 210: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 22, 1999

DA REDAÇÃO Nota – republicações de artigos do numero 1 No. 22, 1999 50

DA REDAÇÃO Regimento do Instituto de História e Geografia do Maranhão No. 22, 1999 51-54

DA REDAÇÃO Lançamento e posse movimentam o IHGM No. 22, 1999 100

CARVALHO, R. da S. Responsabilidade e ética na administração pública No. 22, 1999 07-26

FERREIRA, M. da C. Um fato significante para a formação da cidadania No. 22, 1999 27-29

FERREIRA, M. da C. A professora primária: seu valor e papel no processo de comunicação e desenvolvimento do interior maranhense

No. 22, 1999 30-38

SOARES, O. Mumismática maranhense No. 22, 1999 39-50

SOARES, L. A. N. G. O prefeito da fonte (in memoriam de José Moreira) No. 22, 1999 55-57

CARVALHO, R. da S.

Palestra do Gov.89/90 do D-4490, Ronald da Silva Carvalho, feita na reunião festiva de 21.05.99, comemorativa do 68º. Aniversário da fundação do Rotary Club de São Luís, ocorrida em 20.05.31

No. 22, 1999 58-65

SOARES, L. A. N. G. Apontamentos para a história da Justiça Federal no Maranhão –1891-1997

No. 22, 1999 66-84

OLIVEIRA, E. M. de Festas juninas no Maranhão No. 22, 1999 85-97

CARVALHO, A. S. de O carnaval na minha infância No. 22, 1999 98-99

ROCHA, O. P.

Pronunciamento de Osvaldo Pereira Rocha, por ocasião de sua posse como membro efetivo do IHGM, ocupante da cadeira no. 8, patroneado pelo Padre Jesuíta e escritos João Felipe Bettendorf

No. 22, 1999 101-110

CARVALHO, A. S. de O amanhecer da saudade No. 22, 1999 111-112

Page 211: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 23, 2000

SOARES, L. A. N. G. Advertência necessária No. 23, 2000 07-08

SOARES, L. A. N. G. A destruição do patrimônio histórico No. 23, 2000 09-12

BRITO, S. B. de Brasil 500 anos – carnaval e o rebanhão do ano dois mil No. 23, 2000 13-14

OLIVEIRA, E. M. de Brasil: 500 anos No. 23, 2000 15-27

CAÑEDO, E. V. da S. O. de 500 anos de europeização da Terra do Pau-Brasil No. 23, 2000 28-43

ROCHA, O. P. Fuzileiros e Técnicos Navais No. 23, 2000 44-46

OLIVEIRA, E. M. de O uso do c aderninho de crédito ontem e hoje No. 23, 2000 47-51

FREITAS, J. C. de Os 74 anos do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão No. 23, 2000 52-55

OLIVEIRA, E. M. deIHGM-25/08/99 – Discurso de Edomir Martins de Oliveira ocupante da cadeira 51, saudando Osvaldo Pereira da Rocha por ocasião da sua posse no Instituto

No. 23, 2000 56-61

ROCHA, O. P. Boa viagem No. 23, 2000 62-64

ROCHA, O. P. Dia do Marinheiro No. 23, 2000 65-68

ROCHA, O. P. A cidade de Pedreiras No. 23, 2000 69-72

ROCHA, O. P. Administradores de Pedreiras No. 23, 2000 73-75

BUZAR, B. Um século de Carlos Macieira No. 23, 2000 76-86

ROCHA, O. P. Algo da história dos 500 anos No. 23, 2000 88-91

FREITAS, J. C. de Sesquicentenário de Rui Barbosa No. 23, 2000 92-96

CARVALHO, R. da S.

Curso de Cidadania e liberdade para Jovens do Programa Premio Rotário de Liderança Juvenil (Palestra pronunciada a 23.07.96 pelo Governador 89/90 do Distrito 4490, Ronald da Silva Carvalho)

No. 23, 2000 97-108

SOUSA, E. A Jerusalém de Taipa e o poder constituído No. 23, 2000 109-114

Page 212: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 24, setembro de 2001

OLIVEIRA, E. M. de EditorialNo. 24, setembro de

2001 01

LINCOLN, M. Entrevista com Edomir Martins de OliveiraNo. 24, setembro de

2001 03

SOARES, L. A. N. G.Tiradentes: “nas Minas Gerais daqueles tempos não houve inconfidência e sim uma conjuração, mais teórica do que prática”

No. 24, setembro de 2001 04-09

FREITAS, J. C. M. de Sob as bênçãos do Divino Espírito Santo No. 24, setembro de

2001 09-10

CORDEIRO, I. A bela saudação da confreira Ilzé Cordeiro a Dra. Elimar Almeida Silva

No. 24, setembro de 2001 11-14

ALMEIDA E SILVA, E. F. de Discurso de posse da Dra. Elimar Figueiredo de Almeida e Silva na Cadeira 20, do IHGM

No. 24, setembro de 2001 15-21

ROCHA, O. P. Saudação a Bento Moreira Lima na posse da cadeira 18No. 24, setembro de

2001 21-23

LIMA NETO, B. M. Discurso de posse de Bento Moreira Lima Neto no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

No. 24, setembro de 2001 24-28

ROCHA, O. P. da Festas JuninasNo. 24, setembro de

2001 29

PEREIRA, M. E. M. O reconhecimento da Independência do MaranhãoNo. 24, setembro de

2001 30-34

ROCHA, S. P. da Discurso do Dr. Salomão Rocha saudando a Profa. Teresinha Rêgo por sua posse no IHGM

No. 24, setembro de 2001 34-35

BURITY, E. Cruzador Bahia – 56 anos de seu afundamentoNo. 24, setembro de

2001 35-36

CAÑEDO, E. O. Homenagem às mãesNo. 24, setembro de

2001 37-39

BRITO, S. B. de A história da violência no mundoNo. 24, setembro de

2001 39-40

OLIVEIRA, E. M. deDiscurso de Edomir Martins de Oliveira, presidente do IHGM, saudando Dr. José Ribamar Seguins, pelo lançamento de seu livro “Terra a Vista – Brasil 500 anos”.

No. 24, setembro de 2001 41-43

LINCOLN, M. Mhário Lincoln recebe Pinheiro Marques no Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão

No. 24, setembro de 2001 44-46

MARQUES, J. P. Discurso de posse do Engenheiro Civil José Pinheiro Marques na cadeira 45, do IHGM

No. 24, setembro de 2001 47-49

RÊGO, T. Discurso de posse da professora Teresinha Rêgo no IHGMNo. 24, setembro de

2001 49-50

LINCOLN, M. PosfácilNo. 24, setembro de

2001 51

Page 213: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 25, (s.d.)

LEITE, J. M. S. Discurso de posse do dr. José Márcio Soares Leite, na cadeira no. 15, como sócio efetivo do IHGM

No. 25, (s.d.) 04-34

BRITO, S.

Discurso do sócio efetivo do IHGM, Prof. Sebastião Brito, na inauguração da “Sala Prof. Ronald Carvalho”, em 05/09/01, na sede do IHGM – Ronald Carvalho – uma personalidade marcante do século XX

No. 25, (s.d.) 35-40

OLIVEIRA, E. M. de Navegar é preciso... No. 25, (s.d.) 41-42

ROCHA, O. P. O soldado brasileiro No. 25, (s.d.) 43-54

ROCHA, O. P. Soberania Nacional No. 25, (s.d.) 54-62

SOARES, L. A. N. G. Pequenas contribuições ao estudo da Sinopse histórica do IHGM – 1925-2001

No. 25, (s.d.) 63-88

SOARES, L. A. N. G. A destruição do Patrimônio Histórico II No. 25, (s.d.) 88-92

RUFINO FILHO, Antonio Um patrimônio cultural da humanidade No. 25, (s.d.) 93-94

FREITAS, J. C. M. de Dia da Imprensa No. 25, (s.d.) 95-100

ROCHA, S. P.Palestra do sócio Salomão Rocha, cadeira no. 53, alusiva ao Reinício das Atividades Acadêmicas no IHGM em 2001 e ao Dia Internacional da Mulher

No. 25, (s.d.) 101-111

CAÑEDO, E. V. da S. O. de O Dia do Geógrafo (29.05.2001) No. 25, (s.d.) 112-114

SALGADO FILHO, N. UTI – desmistificando medos, garantindo a vida No. 25, (s.d.) 115-117

ROCHA, S. P. Outubro – mês do médico (in memoriam) No. 25, (s.d.) 118-121

SEGUINS, J. R. Brasil independente No. 25, (s.d.) 122-143

SILVA, E. F. de A. Discurso da sócia Elimar Figueiredo de Almeida Silva, cadeira 20, saudando o empossado José Márcio Leite

No. 25, (s.d.) 144-149

DA REDAÇÃO Dados históricos do IHGM No. 25, (s.d.) 150-154

Page 214: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 26, 2002

RUFINO FILHO, A Dia das Crianças No. 26, 2002 05-09

OLIVEIRA, E. M. deDiscurso de Edomir Martins de Oliveira, cadeira 51, apresentando o novo livro de Carlos Alberto Lima Coelho: “São Luis dos Amores aos tambores”

No. 26, 2002 10-13

ARAÚJO, R. T. de Discurso de Posse de Raimundo Teixeira de Araújo, como sócio efetivo do IHGM, na cadeira no. 26

No. 26, 2002 14-16

FREITAS, J. C. M. deDiscurso da confreira Joseth Coutinho Martins de Araújo, cadeira no. 55, saudando o Prof. Raimundo Teixeira de Araujo, empossando na cadeira no. 26 do IHGM

No. 26, 2002 17-21

SOUSA, F. E. de Elogio do sócio Francisco Eudes de Sousa, cadeira no. 13, ao saudoso Presidente do IHGM , Hedel Jorge Ázar

No. 26, 2002 22-23

ROCHA, O. P. A data magna do IHGM No. 26, 2002 24-26

ROCHA, O. P. Feliz Aniversário, São Luis No. 26, 2002 27-28

ROCHA, O. P. O Exército na Amazônia No. 26, 2002 29-30

OLIVEIRA, E. M. deDiscurso de Edomir Martins de Oliveira – cadeira no. 51, saudando a Paula Frassinetti da Silva Sousa, pelo seu ingresso no IHGM, na cadeira no. 34, em 07.12.2001

No. 26, 2002 31-35

SOUSA, P. F. da S. Discurso de Posse da Profa. Paula Frassinetti da Silva Sousa, como sócia efetiva do IHGM, na cadeira no. 34

No. 26, 2002 36-48

SOARES, L. A. N. G. Três nomes ilustres que engrandecem o Maranhão No. 26, 2002 49-60

OLIVEIRA, E. M. de Relatório da Presidência do IHGM, sobre as atividades do Instituto durante o ano de 2001

No. 26, 2002 61-66

SOUSA, F. E. de O Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão na trajetória de um pensamento histórico

No. 26, 2002 67-71

OLIVEIRA, E. M. de Palestra proferida por Edomir Martins de Oliveira, sobre o IHGM, no Roraty Club São Luís-Praia Grande em 07/03/2002

No. 26, 2002 72-77

CAÑEDO, E. V. da S. O. de O Curso de Geografia da Universidade Federal do Maranhão No. 26, 2002 78-88

FREITAS, J. C. M. de Centenário de Juscelino Kubitschek No. 26, 2002 89-92

SALGUEIRO, M. C. Convento e Igreja de Santo Antonio No. 26, 2002 93-98

LEITE, J. M. S. Paradigmas da doença No. 26, 2002 99-100

BURITY, E. de A. Maria Celeste: 48 ano s de seu naufrágio No. 26, 2002 101

VIEIRA DA Silva, R. E. de C. Biografia de um Presidente No. 26, 2002 102-105

FERREIRA, M. da C. Eternamente obrigada! No. 26, 2002 106

VIEIRA, A. G. A navegação e o controle de navios pelo Estado do Porto na atualidade

No. 26, 2002 107-117

SALGADO FILHO, N. Hospital-Geral “Dr. Tarquínio Lopes Filho” – um passado de glórias, um futuro de esperanças

No. 26, 2002 118-121

BRITO, S. B. de A história da UEMA e sua importância para o Maranhão No. 26, 2002 122-125

ROCHA, O. P. Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão No. 26, 2002 126-128

SARDINHA, C. G. V.; SARDINHA, A. H. L. Moral e ética no trabalho, na política e no exercício profissional No. 26, 2002 129-140

ROCHA, S. P. Jardins de São Luís No. 26, 2002 141-142

Page 215: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 27, julho de 2007

CAÑEDO, E. V. da S. O. de Discurso de Posse – Diretoria eleita para o biênio 2006/2008 –dia 28 de julho de 2006

No. 27, julho de 2007 11-13

FREITAS, J. C. M. de Adesão do Maranhão à Independência, 20 ou 28? No. 27, julho de 2007 15-17

CAÑEDO, E. V. da S. O. de Pó r que criar Institutos Históricos e Geográficos? No. 27, julho de 2007 18-26

FREITAS, J. C. M. de Homenagem à cidade de São Luís No. 27, julho de 2007 27-29

ROCHA, O. P. IHGM tem primeira mulher Presidente No. 27, julho de 2007 30-32

MOHANA, K. A História e a Geografia no contexto contemporâneo No. 27, julho de 2007 33-36

FREITAS, J. C. M. de Datas comemorativas do mês de novembro No. 27, julho de 2007 37-41

PEREIRA, M. E. M.A Inconfidência mineira no contexto do Brasil Colônia: antecedentes, razões preponderantes de sua ocorrência e significado de sua repercussão

No. 27, julho de 2007 42-52

OLIVEIRA, E. M. de Homenagem póstuma ao inesquecível Sebastião Barreto de Brito

No. 27, julho de 2007 53-55

RAMOS, A. V. Eu mesmo em resumo No. 27, julho de 2007 56-64

VIEIRA DA SILVA, R. E. de C.

Homenagem ao Patrono da cadeira no. 41 – Engenheiro José Domingues da Silva

No. 27, julho de 2007 65-72

LEITE, J. M. S.Discurso proferido pelo Dr. José Márcio Soares Leite por ocasião do lançamento do livro sobre a biografia do seu pai, Prof. Orlando José da Silveira Leite, dia 23/03/2007

No. 27, julho de 2007 73-77

SARAIVA, J. C. V. Elogio ao patrono da cadeira no. 43 do IHGM No. 27, julho de 2007 78-87

ADLER, D. A. Os valores morais no âmbito da escola capitalista No. 27, julho de 2007 88-99

PEREIRA, M. E. M. O Maranhão e a Independência: resistência e adesão No. 27, julho de 2007 100-107

LEITE, J. M. S. Paradigma da UFMA No. 27, julho de 2007 108-110

REGO, T. de J. A. A importância da flora medicinal da pré-amazônia Maranhense na fitoterapia

No. 27, julho de 2007 111-127

DA REDAÇÃO Estatutos do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão No. 27, julho de 2007 129-139

Page 216: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

No. 28, 2008

Page 217: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO
Page 218: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

SÓCIOS EFETIVOS

01 CLAUDE D’ABBVILLE

1 - José Maria Lemercier2 - Jerônimo José de Viveiros3 - Ladislau Papp

DILERCY ARAGÃO ADLER.Av. Litorânea n 09 Ed. Roma Garden – Apt. 301 - CalhauCep:

Telefones: (98) 3246 – 2018 Cel: 9113 – 1560 8161 – 2361 ou 8826 [email protected]

02 YVES D’EVREUX1 Raimundo Lopes da Cunha2 Thomas Moses3 Joaquim Vieira da Luz

JOSEMAR BEZERRA RAPOSO Rua Cel. Eurípides Bezerra nº 333 – Turú Cep: 650.66-260

Telefone: 3082-3200 Cel. 8136-2707E-mail:

03 DIOGO DE CAMPOS MORENO

1 Benedito Barros e Vasconcelos2 Robson Campos Martins

RAIMUNDO CARDOSO NOGUEIRAEd. Enseada – Ponta D’Areia Aptº 602 Cep:65175650

Telefone: 3235 –1684/ 81343031

04 SIMÃO ESTÁCIO DA SILVEIRA

1 Raimundo Clarindo Santiago2 Alfredo Bena3 Clodoaldo Cardoso

CARLOS ALBERTO SANTOS RAMOSRua dos Narcisos, Qd – 11 casa 13 – Renascença IICep: 65065-600

Telefones: 3227 – 2877 Cel: 9621 - 9314

05 LUÍS FIGUEIRA

José Ferreira Gomes RAIMUNDO NONATO SERRA CAMPOSR- Netuno, nº 01 QD- 16 Edif. Bela Vista, Aptº 1103 – Bairro Renascença II –cep: 65075-025

Telefones: 3227-2837 /8115-6610

06 Pe. ANTONIO VIEIRA

1 Arias de Almeida Cruz2 Josué de Sousa Montelo

TELMA BONIFÁCIO DOS SANTOS REINALDORua dos Professores, Qd – 14 nº 10, conj. Cohafuma – Cep:65.078

Telefones: 3246 – 2218 / 3217 – 8332 Cel: 8148 – [email protected]

07 JOÃO DE SOUSA FERREIRA

1 Renato Nascimento Silva2 José Maria Ramos Martins – Sócio Honorário

JOAQUIM VILANOVA ASSUNÇÃO NETOR. Jamundá, Q-H Nº 8 Pq.Amazonas Cep: 65030780

Telefone: 32284201/99714832

08 JOÃO FELIPE BETTENDORF

1 Henrique Costa Fernandes2 José Ribeiro do Amaral3 Bernardo Coelho de Almeida

OSVALDO PEREIRA ROCHA Rua Portinari Q 08 Casa 07 Maranhão Novo Cep: 65.061-390

Telefones: 3236-2387 / [email protected]

09 BERNADINO PEREIRA DE BERREDO E CASTRO

1 Ruben Ribeiro de Almeida2 Rosa Mochel Martins

ANTÔNIO RAFAEL DA SILVAR. Salvador Oliveira, C-10 QD-I Sítio Leal Cep: 65040780

Telefone: 3243-1195

Page 219: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

10 JOSÉ DE MORAES1 Adalberto Acioli Sobral GUTEMBERG FERNANDES DE ARAÚJO Miragem do Sol Nº

27 Aptº 601 Conj. Residencial Bradway – Renascença IITelefone : 3235-9064 / 9971-0703

11 SEBASTIÃO GOMES DA SILVA BELFORT

1 Antonio Lopes Ribeiro Dias2 Candido Pereira de Sousa Bispo3 Almir Moraes Correia4 Sebastião Barreto de Brito

MANOEL DOS SANTOS NETOR-Senador Pompeu, 20 Vila IsabelCep: 65.080.190

Telefone 32284201/9971-4832e-mail: [email protected]

12 FRANCISCO DE PAULA RIBEIRO

1 João Persondas de Carvalho2 Liberalino Pinto Miranda3 Cesário Veras4 Eloy Coelho Neto

NATALINO SALGADO FILHORua dos Angelins, Qda 10 nº 30 São Francisco Cep: 65.076-030

Telefone: Res: 3227-4072 / 3235-5888Hospital–3219-1002 / 3231-3938 / 3222-5508

13RAIMUNDO DE SOUSA GAYOSO

1 José Pedro Ribeiro2 Oswaldo da Silva Soares3 Tácito da Silveira Caldas4 Aluízio Ribeiro da Silva

GILBERTO MATOS AROUCHA Endereço: R-S Q-06 C-21 Cohatrac I

Telefone: 3238-4870/91537712E-MAIL: [email protected]

14ANTONIO BERNADINO PEREIRA DE LAGO

1 Manoel Fran Pacheco2 Aderson de Carvalho Lago3 Mario Lincoln dos Santos (Sócio Correspondente)

MARCELO DO ESPÍRITO SANTOR-Ipanema, Q-R nº 02 – Sítio Campinas – São Francisco Cep: 65001-970

Telefones:8807-7710/9961-6253/3235-2008 – 3231-4045 –Secret. do Estado

15 JOÃO ANTONIO GARCIA DE ABRANCHES

1 Eduardo Abranches de Moura2 Astolfo Serra3 Ronald da Silva Carvalho

JOSÉ MARCIO SOARES LEITE Rua do Farol, nº 10 , Edifício Flor do Vale Aptº 1302 – Ponta do Farol de São Marcos

Telefone: 3235-0279 ou 99911416 / 99833443 CEP: 65077-450

16 FRANCISCO DE NOSSA SENHORA DOS PRAZERES

1 Virgílio Domingues da Silva 2 Felipe Conduru Pacheco

3 Miguel Arcângelo Bernandes Filho(Sócio Correpondente

ANTONIO FRANCISCO DE SALES PADILHA

17 CUSTÓDIO ALVES SERRÃO

1 Aquiles F. Lisboa2 Fernando Viana3 Raimundo Carvalho Guimarães4 Ernane José de Araujo

PAULO OLIVEIRA Rua 03 Qda G Casa 12 Cohabiano II – Cohatrac Cep: 65075-500

Telefone: 3265-1053

18 JOÃO FRANCISCO LISBOA1 Wilson da Silva Soares2 Olavo Correia Lima3 Lourival Borda Santos 4 Manoel de Jesus Lopes

BENTO MOREIRA LIMARua 08 Qda 02 Casa 07 - Ponta D’Areia

CEP:65075-500

Telefone: 3235-4662

19 CANDIDO MENDES DE ALMEIDA

1 Justo Jansen Ferreira2 Leopoldino do Rego Lisboa3 Virgílio Domingues da Silva Filho4 Clóvis P. Ramos

CÉLIO GITAHY VAZ SARDINHARua das Paparaúbas Qda 73 Casa 29 São Francisco Cep: 65076-000

Telefone: 3227-2751 /3227-0697 / 3362-113

Page 220: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

20 ANTONIO GONÇALVES DIAS

1 João Braulino de Carvalho2 João Lima Sobrinho

ELIMAR FIGUEREDO DE ALMEIDA SILVARua dos Magistrados Nº 18 Olho D’Água Cep: 65065-240

Telefone: 3248-0382

21 ANTONIO HENRIQUES LEAL

1 Luso Torres JOSÉ RIBAMAR SEGUINS Av. Odilo Costa Filho nº 15 – Parque Universitário Cep: 65500000

Telefone: 3225-4349

22 CÉSAR AUGUSTO MARQUES

1 Domingos de Castro Perdigão2 Fernando Eugênio dos Reis Perdigão3 Raimundo Nonato Travassos Furtado

CARLOS ORLANDO RODRIGUES DE LIMAEndereço: Rua Santo Inácio Nº 345 Olho D’Água

Telefone: 3226-4531

23 LUIS ANTÔNIO VIEIRA DA SILVA

1 Domingos Américo de Carvalho2 Nicolau Dino de Castro e Costa3 Merval de Oliveira Melo

JOÃO FRANCISCO BATALHAR- dos Jambos, Q-65 – C-3 Renascença I Cep: 65075-210

Telefone: 3227-3793/ 32271434 – [email protected]

24 ANTONIO ENES DE SOUSA1 José Domingues da Silva2 José Silvestre Fernande3 Dr. Salomão Fiquene

LUCY MARY SEGUINS SOTÃO Alameda 03 Bl-B Aptº 102 –Cond. Atlântico –Maranhão Novo

25 CELSO TERTULIANO DA CUNHA MAGALHÃES

1 Antonio Lopes de Cunha2 Odilon da Silva Soares

AYMORÉ CASTRO ALVIMAv. Sambaquis, Q-14 Nº 06 – Calhau Cep: 65071-390

Telefones: 3231-3644/22272654 (R)[email protected]

26 LUIS FELIPE GONZAGA DE CAMPOS

1 Alcino Cruz Guimarães2 José Joaquim G. Ramos

ANTÔNIO GUIMARÃES DE OLIVEIRAR-Congonhas, nº 5 Resid. Vinhais III – Recanto dos VinhaisCep: 65.070.680

Telefones: 3236-1463/9993-3265

27 RAIMUNDO LOPES DA CUNHA

1 Tasso de Moraes Rêgo Serra RAIMUNDA NONATA FORTES CARVALHO NETA Telefone: [email protected]

28 RAIMUNDO NINA RODRIGUES

1 João Bacelar Portela2 Celso Aires Anchieta3 Benedito Clementino de Siqueira Moura

RITA MARIA NOGUEIRA

29 JOSÉ RIBEIRO DO AMARAL

1 Arnaldo de Jesus Ferreira2 Luís Carlos Cunha

ANTONIO RUFINO FILHORua dos Pinheiros Qda 15 Casa 13 São Francisco CEP: 65076-250

Telefone: 3227-1285

30 JUSTO JANSEN FERREIRA

1 Olímpio Ribeiro FialhoILZÉ VIEIRA DE MELO CORDEIRORua 08 Qda 14 Casa 06 Planalto Vinhais CEP: 65070-000

Telefone: [email protected]

Page 221: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

31 ANTONIO LOPES DA CUNHA

1 José Sarney (Sócio Honorário)FRANCISCA ÉSTER DE SÁ MARQUESRua São Vicente de Paula, nº 88 – João Paulo

Telefones: 324373597359/8111-1812

32 AQUILES DE FARIAS LISBOA

1 José Ribeiro de Sá Vale2 Waldemar da Silva Carvalho JOÃO MENDONÇA CORDEIRO

Av. Matos Carvalho Nº 55 Olho D’Água Cep: 65.065-270

Telefone: 3226-0735/ 9971-6834

33 CRISTOVÃO LISBOA

Orlandex Pereira VianaTEREZINHA DE JESUS ALMEIDA SILVA RÊGOAv. Sambaquis Qda 09 nº 33 Calhau CEP: 65071-390

Telefone: 3235-0130 / 3217-8524 ( Herdário Campus ) / 9973-1278

34 WILSON DA SILVA SOARES

1 Elizabeto Barbosa de Carvalho2 Fernando Barbosa de Carvalho3 Ariceya Moreira Lima da Silva

PAULA FRASSINETTI DA SILVA SOUSAAv. dos Holandeses, Nº 01 Aptº 1502 Ed. Tom Jobim CalhauCEP: 65071-380 São Luís – Ma

Telefone: 3227-5015 / 9971-6688

35 DOMINGOS DE CASTRO PERDIGÃO

1 Thucydides Barbosa 2 Antenor Mourão Bogéa3 Benedito Bogéa Buzar

CÂNDIDO JOSÉ MARTINS DE OLIVEIRA

36 ASTOLFO DE BARROS SERRA

1 João Freire de Medeiros2 Herberth de Jesus Santos

CLEONES CUNHA

37 JOSÉ CONSTANTINO GOMES DE CASTRO

1 Maria de Conceição Ferreira (Sócia Honorária)

DIOMAR MOTA

38 ANTONIO BATISTA BARBOSA DE GODÓIS

‘ Waldemar de Sousa Santos CARLOS ALBERTO LIMA COÊLHORua Arveira Nº05 Habitacional Coheb CEP: 65043-650

Telefones: 3223-4000 / 3212-0106 Cel. [email protected]

39 FRANCISCO GAUDÊNCIO SABBAS DA COSTA

1 Luís Alfredo Neto Guterres Soares FRANCISCO PERES SOARES

Page 222: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

40 JOÃO DUNSHES DE ABRANCHES MOURA

1 José Ribamar Ferreira2 Pedro Rátis de Santana3 Carlos Thadeu Pinheiro Gaspar

LEOPOLDO GIL DULCIO VAZR- Titânia, 88 – Recanto dos Vinhais Cep: 65070.580

Telefone: 3236-2076/88214397E-mail: [email protected]@[email protected]

41 JOSÉ DOMINGUES DA SILVA Cássio Reis Costa RAUL EDUARDO DE CANEDO VIEIRA DA SILVARua Parintins Qda B Nº 04 – Parque Amazonas

Telefone: 3222-6660

42 ANTÔNIO DO RÊGOSebastião Moacir Xérex NYWALDO GUIMARÃES MACIEIRA

Rua Miragem do Sol Nº 27 Residencial Broadway Aptº 1002 Bela Vista – Renascença II

Tefefone: 3235-4643

43 TASSO FRAGOSO1 Jéferson Moreira 2 Amandino Teixeira Nunes

JOSÉ CLOVES VERDE SARAIVAR- dos Sabiás, qd- 13-A N° 14 Aptº 403 – Renascença IICep: 65.075-360

Telefones: 3227-0392

44 TEMISTOCLES DA SILVA MACIEL ARANHA Luis Cortez Vieira da Silva ENEIDA VIEIRA DA SILVA OSTRIA DE CANEDORua Parintins Qda B nº 04 Parque Amazonas

Telefone: 3222-6660

45 MANOEL NOGUEIRA DA SILVA

1 José Manoel Nogueira Vinhais2 Dagmar Desterro e Silva

JOSÉ PINHEIRO MARQUESRua das Palmeiras Qda A – nº 03 Jdª Renascença

Telefones: 3227-1836 / 9976-2560 Cel: 99719888

46 FRANCISCO DA PAULA E SILVA Luiz de Moraes RêgoMARIA ESTERLINA MELO PEREIRAAv. Newton Bello Nº240 – Monte Castelo

Telefones: 3232-8218 / 3222-8143 Cel: 96112426

47 JOAQUIM DE MARIA SERRA SOBRINHO

1 Domingos Vieira Filho2 Domingos Chateaubriand de Sousa

KALIL MOHANA

Rua Afonso Pena Nº 119 – Centro

Cep: 65100-030

Telefone: 3231-3822

48 FRANCISCO SOTERO DOS REIS 1 José de Mata Roma JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA

Page 223: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

49 JOÃO DA MATA DE MORAES

1 José de Ribamar Fernandes JOSÉ DE RIBAMAR FERNANDES

Av. São Marcos Nº 02 Ponta do Farol CEP: 65077-000

Telefone: [email protected]

50 ANTONIO PEREIRA1 Benedito Ewerton

CLAUBER PEREIRA [email protected]

51 RUBEN RIBEIRO DE ALMEIDA

1 Edomir Martins de Oliveira EDOMIR MARTINS DE OLIVEIRA

Av. do Vale Q 21 Lote 11 – Edif. Florença Aptº 501 –Renascença II CEP: 65075-660

Telefones: 3235-4117 / 3235-1417 Cel: 8871-2512

52 JOAQUIM GOMES DE SOUSA

1 José Moreira2 Desdédit Carneiro Leite Filho

53 JOSÉ NASCIMENTO DE MORAES

1 Manoel de Oliveira Gomes SALOMÃO PEREIRA ROCHA

Rua dos Timbós – Casa 29 QD- 102 – Renascença I Cep:65.075-410

Telefones: 9112-3782

54 FELIPE CONDURÚ PACHECO

1 Kleber Moreira de SousaÁLVARO URUBATAN MELOR-Andorinhas, nº 03 QD- 11 Renascença- Ponta do Farol

Telefones: 3235-1881

/9606-0960

55 JOSÉ RIBEIRO DE SÁ VALE

1 Joseth Coutinho Martins de Freitas JOSETH COUTINHO MARTINS DE FREITAS

Rua de Santaninha, nº627 – CentroCEP: 65010-580

Telefones: 3232-0261 / [email protected]

56 JERÔNIMO JOSÉ DE VIVEIROS

1 José Ribamar Sousa dos Reis

JOSÉ RIBAMAR SOUSA DOS REISRua Santa Rita nº578 Centro Cep: 65015-430

Telefones: 3222-6048 / 3226- 4916 ou 91311631

Page 224: REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO MARANHÃO

57 JOSÉ EDUARDO DE ABRANCHES MOURA

1 José Adirson de Vasconcelos2 Augusto Silva de Carvalho

58 JOÃO PARSONDAS DE CARVALHO 1 Washington Maciel Cantanhede

WASHINGTON MACIEL CANTANHEDE

59 OLÍMPIO RIBEIRO FIALHO

1 José da Costa Mendes Pereira

ELIZABETH PEREIRA RODRIGUESR- dos Abacateiros, 33 Ed. Leonardo da Vinci, Apt. 400 – S.Francisco

Telefones: 3227-7071/3235-2161/Dom Bosco: 3216-7000/8121-79953

60 JOSÉ DE RIBAMAR CARVALHO

1 Francisco Alves Camelo RAIMUNDO GOMES MEIRELESIgreja Santo Antônio – Praça Antônio Lobo, nº 4 – Centro

Telefones: 3231-2775/ 88049424

[email protected]

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