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Caraguá: Uma Cidade que não Para de Crescer

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3CIDADES EM REVISTAEdição de Aniversário de 20 de Abril 2008

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4 REVISTA DA CIDADE Setembro 2011

O Siri Azul

EXPEDIENTE

Jornalista ResponsávelRoberto Espíndola - Mtb 6308

ColaboradoresRogério NaccacheJordelino de Paula

Bertô CurareVera Lúcia Vasconcelos

FotosBento Costa

Emilio CampiGianni D’Angelo

Gustavo GrunewaldJ.C.Curtis

José Mário Souza - High-FlyLú Palmeira

Maurílio AlvesWagner Erlon

Capa Produção

R.Espíndola & AssociadosProdução gráfica e diagramação

Wagner ErlonDepartamento Comercial

Luiza GarcezPublicação e Impressão

Gráfica e Editora Mogiana Ltda.CNPJ 04.967.598/0001-43

Rua Mogiana 102, São José dos Campos/SP

Escritório em CaraguatatubaR. Ostiano Sandeville 180 – Centro

Cep: 11.660-040 Tel.: 12.3882-4596

E-mails: revistacaraguatatuba @ gmail. com

Para receber uma assinatura online da Revista da Cidade Caraguatatuba mande

uma mensagem para: revistacaraguatatuba@ gmail.com

ÍndiceCaraguá não paraDE CRESCER15

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22 A volta de PARZIALE

A polêmica continua

A hora e a vez DO TURISMO

Revista da Cidade - CaraguatatubaAno VII - Número 21Junho/Julho 2011

Uma síntese dos novos empreendimen-tos, investi-mentos, obras e projetos para o futuro

A nova fase do consagrado artista plástico ítalo-brasileiro residente em Caraguá

Ir. Maria Silvia, diretora administrativa da Santa Casa, fala sobre os problemas, realizações e planos da entidade

O que está sendo planejado para transformar Caraguá no mais importante pólo turístico do Litoral Norte

08

11

Abundante em nossa região este crustáceo faz a festa para muitos apreciadores24

Os fatos que marcaram a vida da cidade

conteceuAMonumento deSanto Antonio

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5REVISTA DA CIDADESetembro 2011

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6 REVISTA DA CIDADE Setembro 2011

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7REVISTA DA CIDADESetembro 2011

esmo para os que aqui vi-vem se surpreendem com as modificações da paisagem urbana, que se altera a uma velocidade a que não esta-

mos acostumados. São novas lojas, novas construções, novos condomínios, bairros que vão se formando, casas até então usadas apenas para a temporada que vão abrigando moradores fixos.

No perímetro central, há dificuldade de vagas para estacionamento e, em deter-minados horários, os congestionamentos são inevitáveis, mesmo para aqueles que conhecem rotas alternativas, algo que não se imaginava até pouco tempo atrás.

A mão de obra para a manutenção e pe-quenos reparos se tornou escassa e difícil de ser encontrada, empregadas domésticas quase não existem, todas querem ser diaris-tas, apenas para fazer limpeza. As reclama-ções do empresariado quanto à dificuldade de mão de obra especializada é geral. A ro-tatividade revela que empregos não faltam.

O clima é de otimismo. O governo mu-nicipal executa um volume de obras que supera tudo o que já foi feito em uma só administração.

Investidores, inclusive internacionais, pro-curam a cidade em busca de bons negócios.

A pacata e bucólica cidade praiana deu

lugar a um município dinâmico, que se transformou no principal pólo de comércio e negócios do Litoral Norte de São Paulo.

E tem maisCaraguá se firmou definitivamente como

roteiro gastronômico. Depois do sucesso do Festival do Camarão e do Festival da Tainha, a edição deste ano do Caraguá a Gosto superou todas as expectativas, não só em número de estabelecimentos participantes, como também, pelo volume de clientes que se mostraram satisfeitos com o atendimento, sabor e qualidade dos pratos servidos. Su-cesso que se espera também para o Festival do Mexilhão e segundo informações extra--oficiais 2012 vai ser o ano do Turismo, com muitos eventos e promoções que vão atrair para a cidade visitantes não só do triângulo São Paulo-Rio-Minas, mas de todo o Brasil. É esperar para confirmar.

nossapalavraroberto Espíndola

Caraguá nãopara de crescer

As reclamações do empresariado quanto à dificuldade de mão de obra especializada é geral. A rotatividade revela que empregos não faltam”

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8 REVISTA DA CIDADE Os Sabores de CaraguáJunho 2011

Revista da Cidade - Quanto custa mensalmente à Casa de Saúde Stella Maris a assistência à saúde em Caraguatatuba?Irmã Maria Silvia – Em média 3 milhões de reais, sem incluir aquisição de equipamentos, reformas e manutenção. RC - Como são cober tas estas despesas? Os recursos repassados pelo Município, pelo SUS cobrem as neces-sidades de atendimento a população?IMS – Não. Uma Entidade Filantrópica, estando o

religiosa, da Congregação das pequenas Missionárias de Maria Imaculada, a Irmã Maria Silvia da Eucaristia, desde 2008 é a diretora administrativa da Casa de Saúde Stella Maris – a Santa Casa.administradora Hospitalar, já atuou como diretora administrativa do Hospital Hans Dieter Schmidt de Joinville, do Hospital Santa luzia, de Brasília e do Hospital Materno-Infantil antoninho rocha Marmo, de São José dos Campos.À frente do Stella Maris vem realizando uma série de ampliações, reformas e construção de novas unidades, modernizando sua estrutura física, dinamizando a parte administrativa do hospital.

Fundada há 59 anos, a Casa de Saúde Stella Maris, conhecida popularmente como Santa Casa, está ligada umbili-calmente a história recente de Caragua-

tatuba pelo trabalho de atendimento à saúde da população que prestou sempre com eficiência, embora, por vezes, não consiga agradar plena-mente a todos aqueles que necessitam de seus serviços.

A atuação da Santa Casa durante a Catástrofe de 67 dá a medida de sua importância para o município.

Inquestionável é a dedicação das Irmãs Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, que trouxeram a saúde para Caraguá e, sem a Santa Casa o atendi-mento seria, com certeza, precário e tumultuado à exemplo de centenas de municípios brasileiros que não dispõem de um hospital como o que funciona em Caraguá.

Mas a insatisfação existe e os questionamentos são muitos. Nesta entrevista Irmã Maria Silvia, dire-tora da Casa de Saúde Stella Maris responde a uma série perguntas relacionadas ao funcionamento do hospital, do pronto socorro e as carências da entidade.

Hospital com pacientes ou não, tem custos fixos de pessoal que a legislação exige para o seu funcionamento (480 funcionários). Precisa pagar fornecedores. Tem que investir na atualização e renovação de equipamentos, serviços, estrutura, exames etc. Os valores repassados são insuficientes para os atendimentos de quase 90% de SUS no Pronto Socorro e 80% na internação. Hoje contamos com alguma c o m p l e m e n t a ç ã o d o s convênios com operadoras de Saúde. Buscamos recursos

O Hospital vive de milagre. Todo dia é dia de muita luta e reivindicação para continuarmos atendendo quem precisa”

O Hospital possui

e condições para gerir suas atividades”competência“

8 REVISTA DA CIDADE

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9REVISTA DA CIDADESetembro 2011

Estaduais e Federais para custeio, o que é esporádico e corremos atrás de investimentos para substituição e compra de equipamentos.

Em suma, o Hospital vive de milagres. Todo dia é de muita luta e reivindicação para continuarmos atendendo quem precisa.

RC - Como a senhora explica as f r e q u e n t e s r e c l a m a ç õ e s d a população quanto ao atendimento, principalmente em relação às emergências?

IMS - O Hospital é o único no município e o maior no Litoral Norte. Noventa por cento dos usuár ios p rocura o Pronto Socorro para consultas básicas que deveriam ser resolvidas na Rede Básica, superlotando os atendimentos, causando demoras, filas e prejudicando o que realmente é emergência. RC – Houve uma época em que a prefeitura sugeriu a gestão do Pronto Socorro, mas a direção da Casa de Saúde Stella Maris não aceitou a idéia. A atual administração mantém ainda a mesma posição? Por quê?

IMS - A Casa de Saúde Stella Maris pertence ao Instituto das Pequenas Missionárias de Maria Imaculada, que presta atendimentos na área da Saúde em Caraguatatuba há quase 60 anos. É importante esclarecer que o Hospital possui competência e condições para gerir suas atividades. O que não podemos aceitar é a imposição de exigências e obrigações sem a devida remuneração para isso.

RC – Segundo se noticía a atual administração municipal pretende instalar um serviço de Urgência e Emergência do município. O que a senhora pensa sobre esta iniciativa? Esta nova unidade mudaria os projetos da Casa de Saúde Stella Maris em relação ao seu setor de emergência? Como será a relação com esta nova unidade? IMS - Não houve informação oficial sobre o assunto. Caso esta seja a opção do Município, os serviços deverão ser adequados, mas o fato é que nenhuma melhoria ocorrerá se não houver a estruturação da Rede Básica de Saúde e investimentos na área. RC – O que fazer para melhorar o atendimento de Urgência e Emer-gência, diminuindo as filas de espera e as macas dos corredores que ocorrem com frequência?IMS - Não existem mais macas nos corredores desde 2009, quando foi criada, com recursos do Estado, uma ala anexa com 20 leitos para suporte ao Pronto Socorro. Para que o atendimento seja realmente eficiente precisamos de recursos suficientes para contratação de mão de obra mais especializada; investimentos na estrutura física e em equipamentos, além de estabilidade nas negociações com a Secretaria Municipal de Saúde, sem cortes ou redução no valor do Convênio firmado com o Stella Maris. Tudo isso juntamente com a reestruturação da Rede Básica de Saúde que, como não funciona de forma satisfatória, impulsiona

a população em massa a buscar o Pronto Socorro, causando esperas e filas.

RC – A nova maternidade dispõe de uma estrutura só encontrada em grandes centros, disponível para atender aqui nossas gestantes. Como está funcionando a nova maternidade e qual a preferência no atendimento? Pacientes do SUS? De convênios e planos de saúde? Particulares?IMS – Somos uma Ent idade Filantrópica e, por lei, devemos atender, no mínimo, 60% de SUS. A Maternidade faz a maior parte de seus atendimentos às gestantes SUS acima desta porcentagem. Atende, também, gestantes conveniadas a planos de saúde e particulares.

Esta Maternidade foi um grande avanço para o Litoral Norte, pois além do Centro de Parto com implantação dos PPPs (quartos de pré-parto, parto e pós-parto), também foi criada a primeira UTI Neonatal da região. Toda a estrutura da Maternidade recebeu recursos do Governo do Estado. Ainda foram realizados empréstimos bancários para concluí-la e mantê-la em funcionamento.

RC – A carência de profissionais experientes e qualificados é uma das dificuldades da cidade no momento. Como a Casa de Saúde resolve este problema?IMS – Por meio da contratação de profissionais de nível superior, muitos procedentes do Vale do Paraíba. O Hospital depende de melhores recursos financeiros para

O Hospital depende de melhores recursos financeiros para ter melhores profissionais”

9REVISTA DA CIDADE

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10 REVISTA DA CIDADE Setembro 2011

Os valores repassados são insuficientes para o atendimento”

10

ter melhores profissionais. Por outro lado, o Stella Maris estimula a capacitação da mão de obra local com a abertura para estágio a escolas profissionalizantes como :a Faculdade Módulo, Colégio Tableau e Escola Dom Bosco. RC - Os leitos da UTI são suficientes para as necessidades de nossa população, segundo as normas estabelecidas pelos Órgãos de Saúde?IMS - Os leitos de UTI adulto são insuficientes para a demanda. Existe um plano da criação de uma nova UTI com mais dez leitos, dado o número de ocorrências com acidentados, violência, enfartos etc.

RC – Por que para uma cirurgia eletiva há um longo tempo de espera? Neste caso, qual o relacionamento das UBS com a Casa de Saúde Stella Maris?IMS - A cirurgia eletiva passa por um processo de emissão de laudo médico e autorização da cirurgia na Secretaria Municipal de Saúde. Só depois o procedimento é agendado no Hospital. Atualmente não há atrasos de cirurgias eletivas.

RC – Qual a relação política e de parceria existente entre a Casa de Saúde Stella Maris e a Administração Municipal?IMS - Existe uma parceria unilateral. O Hospital tem sido parceiro no atendimento à população que o procura para tudo, desde consultas simples, exames laboratoriais da Rede Básica realizados em seu laboratório, até acidentes de grande complexidade. O Hospital tem tentado com grande dificuldade melhorar suas

REVISTA DA CIDADE Os Sabores de Caraguá Junho 2011Os Sabores de Caraguá Junho 2011

instalações, mesmo sem poder, conforme já foi mencionado. Mas não recebe a mesma contrapartida da Prefeitura, tendo esta até cortado valores de repasse e ainda causando atrasos de pagamento. A atual administração encontra-se muito fechada a negociações e parcerias que venham trazer me lhor ia s no a t end imento hospitalar.

RC – Ao que consta a administração municipal age na implantação de melhorias para beneficiar a Saúde, porém as reclamações continuam como se nada estivesse acontecendo. O que fazer para solucionar esta insatisfação popular?

IMS - Ter uma Rede de Saúde mais ampla e atuante. Investir em ampliações, novas tecnologias e num novo convênio mais justo para os Prestadores de Serviço.

RC – A senhora acredita que a cidade compor ta a implantação de um Hospital Regional?

IMS - Se não um Hospital Regional, um Hospi ta l com Ser v iços regionalizados, de fácil acesso aos municípios do Litoral Norte. A Casa de Saúde Stella Maris na informalidade já é referência em Ortopedia e Maternidade de Alto Risco, aberta a outras especialidades necessárias para

a região, segundo demanda existente.

RC – Com relação à Casa de Saúde Stella Maris existe alguma outra colocação que a senhora gostaria de fazer?IMS - Lamentamos que os casos de insucesso e mesmo sem provas tenham feito parte da mídia e da incompreensão de grande parte de pessoas. Gostaria de registrar que muito maiores são os casos de “verdadeiros milagres” que não são mencionados, como a atuação das equipes e todo recurso utilizado em pacientes de grandes acidentes para salvar vidas. São recém-nascidos que após passar pelo serviço de UTI Neonatal vão para seus lares e seguem vida normal junto a seus pais, quando antes esperavam vagas em outras maternidades e, muitas vezes, vinham a morrer pela espera e falta de equipamentos necessários.

Hoje a população tem facilidade no acesso a diversos tratamentos como câmara hiperbárica, exames laboratoriais e exames diagnósticos como tomografia e ressonância magnética, com agilidade para definição diagnóstica. Gostaria de reforçar junto à população que, com grande dificuldade e à base de empréstimos bancários temos feito várias melhorias na estrutura física do Stella Maris. De nossa parte, vamos continuar trabalhando para dar um atendimento cada vez melhor a quem nos procura, como é nossa missão.

A população precisa do Stella Maris. O Stella Maris precisa do apoio da comunidade, entidades privadas e governos para continuar seu trabalho de salvar vidas.

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11REVISTA DA CIDADESetembro 2011

Os fatos que marcaram a vida da cidade

conteceu

AFesta de São Cristóvão

uperou as expecta-tivas as comemora-ções do Dia de São Cristóvão que atraiu

para a Praça de Eventos mais de 4 mil veículos, entre car-ros, caminhões, motos e até bicicletas, que saindo em car-reata das diversas paróquias da cidade, se dirigiram à praça para receber a benção protetora, dada pelos padres que estavam no local.

A imagem de São Cristóvão da Pedra Santa, que se en-contra no trevo de acesso a cidade, foi trazida para Cara-guá em 1983, dando início a uma tradição de benção dos veículos no Dia do Padroeiro dos Motoristas, realizada durante muitos anos e agora retomada pela iniciativa de Padre Mauro José Ramos da Paróquia de São João Batista, com o apoio de todo o clero.

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12 REVISTA DA CIDADE Setembro 2011

Festival da TainhaEm sua 8ª. Edição o

Festival da Tainha deste ano, realiza-

do no entreposto de pes-ca do Porto Novo, atraiu moradores de todos os bairros e turistas de toda

a região que foram sabo-rear o mais brasileiro dos peixes, alem de outras de-lícias da cozinha caiçara, assistindo a apresenta-ções musicais no palco do evento.

conteceuA Nice partiu e vaideixar saudades

ersonagem que-rida em Cara-guá, Maria Nice

Dias Pereira, ou sim-plesmente Nice como todos a chamavam, empreendedora de fibra que de sacoleira de sapatos, juntamen-te com seu marido Fausto, construiu a rede de lojas Nice Calçados, deixou o Planeta Terra aos 61 anos de idade, em de-corrência de um AVC – Acidente Vascular Cerebral.

Exemplo de que Caraguatatuba é a terra das oportunida-

des, que pode ser se-guido por todos aque-les que pretendem construir uma vida sólida com honesti-dade e trabalho, Nice, atenciosa e cativante, será lembrada sempre por todos aqueles que a conheceram. Deixa saudades.

arcisio Matheus, apresentador do programa Costa Vip Brasil, do SBT e Vipsport’s da TV Litoral Net, esteve na

Europa: em Zurich, Milão, Roma e Paris, gravando reportagens para os seus programas que estão sendo apresentadas com muito sucesso.

Tarcísio na Europa

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13REVISTA DA CIDADESetembro 2011

Licenciamento Ambiental

conteceuA Festa da Costela Fogo de Chão

Comemorando seu 9º Aniversário, com direi-to a bolo, doces, pipo-

ca, algodão e muitos prêmios extras, o Supermercado Silva Indaiá realizou festa para seus clientes comandada por Ricardo Mazzei, quando foram sorteados 9 TVs de 40 polegadas entre os fregueses que preencheram os cupons distribuídos gratuitamente.Os ganhadores são morado-res de Caraguatatuba, São Sebastião, Ubatuba, Guaru-lhos e Paulínia que fizeram suas compras nos Supermer-cados Silva Indaiá durante a Campanha de Aniversário.

Aniversário do Silva Indaiá Supermercados

Com renda revertida para a Acalento – Associação de Apoio ao Desenvolvimento Humano,

a 1ª. Festa da Costela Fogo no Chão, realizada no Espaço de Eventos da Catedral do Divino Espírito Santo, no bairro do Indaiá, reuniu em clima de confraternização, amigos da entidade que puderam saborear um delicioso churrasco preparado à moda gaúcha, com som de boa música e muita alegria

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14 REVISTA DA CIDADE Setembro 2011

conteceuA

os 52 anos Roberto Co-manns se despediu do Planeta Terra.

Professor de História da rede pública estadual, ativo, entu-siasmado por seu trabalho, po-pular entre seus alunos, Roberto Comanns conquistou um lugar em nossa história.

Vereador eleito pelo PT para as legislaturas de 1993/96 e 1997/2000, foi um dos mais éticos e combativos de nossa Câmara Municipal.

Com certeza, sua conduta foi um exemplo para os que deci-dem abraçar a vida pública, mas que infelizmente não é seguida por muitos.

omo já acon-tece há sete anos, foi rea-lizada a tra-

dicional Festa de Queijos & Vinhos promovida por Ri-cardo Mazzei, no Clube Ilha More-na, este ano com grandes novidades: a participação do cantor grego Pa-trick Dimon que encantou o público com interpretações em seis idiomas, a c o m p a n h a d o pela Banda Sona-re de Caraguá. Os cantores Zirinho da Bahia e Mara

Amaral também se apresentaram nesta noite de muita ale-gria. Os queijos e vinhos foram servi-dos pelo Laticínios 21 de Abril – sinô-nimo de qualidade. A Festa do Mazzei, com certeza, é uma das mais esperadas da cidade.

Mais uma noite de sucesso

0 adeusde Comanns

om mais de 200 atletas de 13 clubes do Litoral Norte e Vale do Paraíba, aconteceu no Centro Esportivo Municipal Ubaldo Gonçalves a 4ª

Etapa do Ranking da Liga Valeparaibana de Tênis de Mesa. Caraguá conquistou o 1º lugar na Categoria Mirim Feminino com a atleta Driely Cardoso; o 2º lugar na Categoria Infantil Feminino, com a atleta Aliny Lippi e o 2º lugar na Categoria Pré-Mirim masculino com o atleta Alex Fialho, entre outras pontuações. Com cerca de 30 mesatenistas das escolinhas de esporte, a equipe de Caraguá vem somando conquistas para disputar a final da Top 8 da Liga Valeparaibana.

A Festa do Mazzei, com certeza, é uma das mais esperadas da cidade

Dia da Beleza

Foi realizada no bairro da Olaria, região Norte da cidade, o 2º Dia da Beleza com a disponibi-lização gratuita de serviços de cortes de cabelo e escova, manicure e pedicure realizados por alunos dos programas de geração de renda da

Assistência Social.

Medalhas para o Tênis de Mesa

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15REVISTA DA CIDADESetembro 2011

r e p o r t a g e m d e c a p a

Apesar da crise que tem derrubado as bolsas de valores, consequência dos estragos na economia de diversos paises, principalmente da Europa e Estados Unidos. Apesar dos tumultos políticos e sociais do mundo árabe, Caraguá não para de crescer em ritmo acelerado

CARAGUÁ NÃO PARA DE

CRESCERSerramar Parque Shop-ping, já em fase final de construção, deverá ser inaugurado em novem-bro, gerando mais de mil

empregos diretos.Os lançamentos imobiliários se

sucedem com prédios cada vez mais luxuosos e unidades confortáveis espalhados por toda a cidade, com destaque para a zona sul, em es-pecial na praia do Aruã mantendo

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16 REVISTA DA CIDADE Setembro 2011

r e p o r t a g e m d e c a p a

Foi-se o tempo das lojinhas

improvisadas”

aquecidas as vendas no setor. Os imóveis, em alguns casos, dobraram de preço e já não é fácil encontrar terrenos à venda com boa locali-zação, da mesma forma que condomínios com lotes urbanizados e in-fraestrutura de serviços vão surgindo em bairros nobres.

É grande o número de investidores que procu-ram Caraguá em busca de boas oportunidades de negócios.

As obras do governo municipal continuam a todo o vapor para serem concluídas e inaugura-das até o final do próxi-mo ano.

Lojas de comércio cada vez mais moder-nas e sofisticadas vão surgindo, assim como revendas de marcas fa-mosas e redes de varejo, para disputar um pú-blico consumidor mais exigente. Foi-se o tempo das lojinhas improvisa-das.

A gastronomia passou a ser uma atração. Res-taurantes, lanchonetes, bares, casas noturnas, pizzarias, modernas, atrativas, com bom atendimento e cardá-

É grande o número de investidores que procuram Caraguá em busca de boas oportunidades de negócios”

Obras do Serramar Parque Shopping segue em rítmo acelerado

Page 17: Revista da Cidade - Edição 22 - agosto-setembro

17REVISTA DA CIDADESetembro 2011

pios variados não param de surgir. Isso sem falar nas novas lojas que vão se instalar no Serramar Par-que Shopping, movimentando a economia no varejo, incentivando novos investimentos por parte do empresariado.

Chama a atenção as novas re-vendas de automóveis, como a da Mitsubishi, que estão se instalan-do na cidade. Da mesma forma revendas das motos Yamaha e

Dafra foram inauguradas recen-temente.

Todos os setores da economia local estão se desenvolvendo em rítmo jamais visto. Educação, atendimento a saúde, estética e beleza, segurança particular, construção civil, prestação de serviços diversos e até o segmento religioso com a multiplicação de espaços para cultos. Caraguá não para de crescer!

Todos os setores da economia local estão se desenvolvendo em rítmo jamais visto”

Acima, novo prédio da Secreteria de Saúde, obra do Governo Municipal

Unidade do Poupa Tempo, construída em parceria com do Governo do Estado

Page 18: Revista da Cidade - Edição 22 - agosto-setembro

18 REVISTA DA CIDADE Setembro 2011

Como consequência a mão de obra está cada vez mais difícil, principalmen-te no setor de manutenção de imóveis. As ofertas de emprego são muitas. O trabalhador qualificado pode escolher onde quer trabalhar já que oportuni-dades não faltam.

O trabalhador qualificado pode escolher onde quer trabalhar já que oportunidades não faltam”

a BasE DE GÁs Da PETRoBRas

0 PETRÓLEo Do PRÉ saLCaraguatatuba, Ubatuba e São Sebastião foram exclu-

ídas como áreas de influência direta do Pré-Sal, que trocado em miúdos significa que as cidades vão arcar com o ônus, principalmente social, pela proximidade terrestre da área de exploração do petróleo, abrigando a infra-estrutura de suporte, serviços, pessoal e logística, sem obter, em contra partida, a compensação por-centual devida uma decisão controvertida do Governo Federal que requer a mobilização da Opinião Pública para ser contestada e revogada e, para isso, as autori-dades municipais estão se movimentando no sentido de reverterem a situação. Mas o fato de Caraguatatuba ser o município mais próximo do local de exploração do petróleo, com área e infra estrutura disponível para abrigar as plantas das empresas envolvidas no traba-lho, lhe confere uma posição privilegiada para receber investimentos e se desenvolver para atender as novas necessidades que serão criadas. Mais crescimento, desenvolvimento e progresso!

A construção da Base de Tratamento de Gás – Caraguatatuba já foi concluída e está processando o gás vindo de Mexi-lhão. Com isso, o Consórcio Caraguatatu-ba formado para executar a obra, encerrou suas atividades dispensando grande número de trabalhadores, com reflexos na vida da cidade. Mas as obras de “adequa-ção” (leia-se ampliação), para processar o gás do pré-sal já estão sendo iniciadas com a contratação de novos grupos de trabalhadores especializados, que deverão permanecer na cidade por um longo período, retomando o nível de consumo no comércio local.

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Page 19: Revista da Cidade - Edição 22 - agosto-setembro

19REVISTA DA CIDADESetembro 2011

mbora denominada como “Estância Bal-neária”, Caraguatatuba ao longo de sua história

não definiu sua vocação como município. Teve fase em que a agricultura e, particularmente, a fruticultura foi predominante no município. Em outra opor-tunidade, buscou a conquista de turistas da classe média e, adquiriu em certa época, im-portância como produtora de hortaliças e até gengibre. Só mais recentemente iniciou sua trajetória como centro comer-cial e de negócios, transfor-mando-se na mais importante cidade do Litoral Norte.

Agora, ao que se tem notícia, com o sucesso dos Festivais Gastronômicos, o governo mu-nicipal busca conquistar para a cidade uma posição como pólo turístico incrementando o Turismo de Eventos, um dos mais importantes segmentos do ramo, capaz de atrair durante todo o ano, sem sazonalidade, visitantes de todo o Brasil.

Sabe-se, por exemplo, que existem planos e estudos para revitalizar o Terminal Turístico e desenvolver o turismo no Jardim dos Sindicatos, no bairro do Porto Novo, onde estão situadas as colônias de férias dos trabalhadores, que dispõem de 6.000 leitos que permanecem ociosos na maior parte do ano.

Embora sem confirmação, existem possibilidades de que o Megacycle, maior evento de motociclismo do Brasil, volte a ser realizado em Caraguata-tuba. Alberto Pellegrini, seu promotor, acaba de inaugurar na cidade uma loja de motos, a Família Yamaha, e já deu mostras do que pretende ao promover o 1º Encontro Nacio-nal de Proprietários de Motos Yamaha, na Praça de Eventos. Fala-se, também, na realização do Festival de Inverno a partir de 2012, entre outras realiza-ções, para as quais a adminis-tração municipal está buscando parcerias dentro desta nova visão de turismo.

r e p o r t a g e m d e c a p a

A hora e a vez do

TURISMOTurismo de eventosPara se ter uma idéia da importância do turismo de eventos, basta citar que a cidade de São Paulo tem taxa de ocu-pação de seus hotéis maior e atrai mais turistas que o Rio de Janeiro, famoso entre outras coisas por suas belezas naturais.Importante é que o Turismo de Eventos elimina a sazonalidade. Não importa se é inverno, verão ou primavera, se os dias são frios ou ensolarados. Os turistas são atraídos para algo específico que é o que lhes interessa. O que se faz necessário é uma infra-estrutura que atenda, e bem, as expectativas dos turis-tas, a começar pela hotelaria e a gas-tronomia, que dependem da iniciativa privada e não da administração pública.

Foto acima à esquerda, uma Colônia de Férias no Jardim dos Sindicatos, no Porto Novo, ao lado, manobras de motociclista durante o maior encontro de motos da Améria Latina, o Megacycle

Eventos culturais também vão atrações do Festival de Inverno

Page 20: Revista da Cidade - Edição 22 - agosto-setembro

20 REVISTA DA CIDADE Setembro 2011

esde sua cons-trução em 2008, o Monumento a Santo Antonio,

erguido no alto do morro do mesmo nome, causou polêmicas e controvérsias, desde o embargo da obra pelo IBAMA, passando pelo protesto dos artistas plásticos da cidade, até o recente abaixo assinado pedindo providências ao prefeito Antonio Carlos, que vão desde ações mais radicais como a demolição pura e simples para a cons-trução de uma nova obra, até intervenções estéticas nas feições do Santo e do Menino Jesus, tidas como grosseiras.

Longe de encontrar um consenso, já que os artistas

reivindicam uma obra de linhas mais modernas e estéticas, sob o argumen-to de que se trata de um monumento e não de uma imagem do santo, e por outro lado, desde a época de sua construção, alguns fiéis defendem a idéia de que o monumento deveria ser semelhante a imagem trazida de Portugal à 200 anos, que se encontra na Igreja de Santo Antonio. Na verdade o autor do projeto, Irineu Migliorini, acabou construindo algo a sua imagem e semelhança conseguindo desagradar, senão a todos, pelo menos a uma grande maioria, que agora, além de criticar se movimenta para que pro-vidências sejam tomadas.

A polêmicacontinua

Atualidade

Monumento a Santo Antonio

Irineu Migliorini, acabou construindo algo a sua imagem

e semelhança conseguindo desagradar, senão a todos, pelo menos a uma grande

maioria que agora, além de criticar se movimenta para que providências sejam tomadas”

Page 21: Revista da Cidade - Edição 22 - agosto-setembro

21REVISTA DA CIDADESetembro 2011

m 1995, a Fundacc – Fundação Cultural e Edu-cacional de Caraguatatuba encampou a idéia de pro-

duzir uma obra artística e de van-guarda que se transformasse numa referência para o município. Apesar de representar o Santo Padroeiro, o então presidente da Fundacc, Pedro Norberto, afirma que a idéia não era de produzir algo de cunho estrita-mente religioso.

Os artistas plásticos Antonio Carelli e Sandra Mendes, respon-sáveis pelo projeto Arte Litoral Norte, promoveram então um con-curso. Foram cerca de 100 escul-turas inscritas, expostas no 1º Salão de Arte Contemporânea de Cara-guá. Quem venceu foi a ceramista

japonesa Mieko Ukeseki, submetida por júri artístico e popular. “Seus traços, obviamente modernos, suge-riam toda uma estética para quando analisado de longe e faria com que cada um visse o santo a seu modo”, lembra Pedro Norberto.

O então prefeito da época, José Pereira de Aguilar argumenta que constatou que a grande maioria da população, composta por gente de gosto simples, demonstrou preferência por um monumento mais concreto e não abstrato, que reproduzisse aquilo a que estavam acostumados a identificar como a imagem de Santo Antonio.

Os representantes da igreja não se manifestam oficialmente sobre o assunto.

Projeto para o monumento existe há mais de 10 anos

Imagem idealizada por Mieko Ukeseki, está em exposição no MACC- Museu de Arte e Cultura de Caraguatatuba

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22 REVISTA DA CIDADE Setembro 2011

epois de dar um tempo, o renomado artista

plástico ítalo-brasileiro Gianni Parziale, radi-

cado em Caraguatatuba, pedaço de chão que

escolheu para viver e buscar inspiração, res-

surge cheio de energia criativa transforman-

do a matéria bruta em poesia visual de cores

e formas harmoniosas e diversificadas.

Nesta busca constante voltou ao princípio,

quando os artistas mesclavam a morada com

o atelier de trabalho, tendência atual em vários países.

Anexou a sua casa, no bairro do Sumaré, um espaço para

exposição de suas obras, onde recebe os visitantes.

É a nova fase de um grande artista.

PARZIALEA VOLTA DE

Há um tempo para tudo. Tempo para produzir. Tempo para descansar. Tempo para refletir. Tempo para um recolhimento pessoal a fim de encontrar a verdade interior!

ARTENOSSA

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O Siri Azul

nossa

rabalhoso para ser de-gustado, o siri azul, um crustáceo abun-dante na região, cuja ocorrência maior em nossa cidade acontece na Praia do Camaro-eiro, reúne, por assim dizer, confrarias de

apreciadores, cujo prazer consiste, exatamente, em retirar sua carne do interior da carapaça que o protege com o apoio dos dentes, marteli-nhos, palitos e outras “ferramen-tas”, que vão sendo inventadas de acordo com a necessidade, sempre

acompanhado de uma boa cerveja e muito papo e estórias contadas com humor.

Em Caraguá existem aprecia-dores da iguaria que pagam bom preço por uma dúzia de siris e encomendam sua captura, já que é difícil encontrá-los à venda nas peixarias. Este ritual, entretanto, é um prazer exclusivo dos “puristas”, arraigados à forma primitiva de sua degustação.

De carne muito saborosa, bran-quinha e suave o siri azul, que fica vermelho depois do cozimento, é preparado de várias formas sendo mais popular a “casquinha de siri”, servida em quase todos os restau-rantes especializados em frutos do mar. A carne de siri refogada é uma delícia dos deuses e a sirizada é ou-tro prato que atrai os conhecedores. Vale a pena experimentar.

De carne muito saborosa,

branquinha e suave, o siri azul

fica vermelho depois do

cozimento...”

Casquinha de siri, servida em quase todos os restaurantes especializados em frutos do mar

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Informaçõesinúteis

Em primeiro lugar, limpe bem os siris, laves-os em água corrente com um escovinha, para tirar bem a sujeira.Faça um refogado (o tamanho da panela depende da quantidade de siris), com temperos a gosto: tomate, cebola, alho, pimentão, coentro ou salsa e cebolinha, pode colocar uma pimentinha malagueta ou dedo de moça, sal a gosto e azeite. Coloque na panela os siris, mexa para que o refogado se espalhe pelos siris. Acrescente água e deixe cozinhar por 15 minutos. Chame os amigos, sirva com cerveja bem gelada, relaxe e divirta-se.

O siri azul, cujo nome cien-tífico é Calinectes sapidus, também conhecido por siri--tinga, embora nunca tenha habitado o bairro do Tinga, é um pequeno crustáceo decapódo encontrado em águas costeiras do Oceânico Atlântico e Golfo do México. Em seu nome científico, calli é grego para “bonito”, nectes para “nadador” e sapidus é latim para “saboroso”, ou seja, algum gozador designou o siri azul como “um bonito nadador saboroso”. Existem informações que o Dr. Mary Rathbun descreveu primeira-mente o siri azul em 1896.

Os siris são hábeis nadadores e pode mover-se para frente, para trás e para os lados, com muita rapidez

Seu corpo é revestido e protegido por uma crosta constituída por quitina e carbonato de cálcio

Saborosa a carne de siri é rica em vitaminas do complexo B e sais minerais como cálcio, ferro e fósforo. Tem baixo teor de gor-dura, poucas calorias e é de fácil digestão

Sirizada

O pescadorde siris

sem frescura

Luiz Carlos Garcez, caiçara de Cara-guatatuba, 60 anos,

complementa sua renda com a pesca de siris na Praia do Camaroeiro. Tem fregueses certos para todos os siris que captura e só reclama que já não consegue pescar tantos siris como no passado: “Já foi muito melhor, agora a praia está muito batida e leva-se muito mais tempo para conseguir poucos siris. Tem dias que até nem com-pensa” lamenta.

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CASEI COM UMAgarota de programa

O amor é cego – este dito popular serve para

justificar relacionamentos normalmente condenados pela sociedade. Os casos

são verdadeiros. Deixamos de citar nomes reais dos

personagens, mas isto não é importante, porque

certamente em seu círculo de relações existem casos

semelhantes, muitos dos quais criticados

até por você.

HISTÓRIASDAVIDAREAL

ecidir morar com Mar-cela, num primeiro momento não foi uma decisão difícil. Sain-do de um casamento tumultuado de cinco

anos e dois filhos, estava perdido, carente, desorientado.

Marcela frequentava a noite, e nossos encontros se sucederam em um bar destinado a pessoas des-compromissadas, que buscavam

companhia, até que descobrimos que tínhamos, aparentemente, mui-to em comum e resolvemos morar juntos.

Primeiro não tive coragem de contar a minha família.

Eles não entenderiam e não en-tendem até hoje, até que um primo que já havia feito um programa com minha mulher, encarregou-se de espalhar a notícia.

Foi um tumulto.

Histórias da vida real vividas por personagens que moram em Caraguatatuba. Os nomes são fictícios

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27REVISTA DA CIDADESetembro 2011

Passamos a ser o alvo de todos os mexericos, sempre com comentários desabonadores e até su-postas descrições das es-pecialidades de Marcela.

Um horror! Meu pai disse que “pros-

tituta sempre volta a se vender na primeira difi-culdade”.

Muitos amigos se afas-taram, estamos tendo que construir uma nova vida.

Meus filhos, que ainda são pequenos, não enten-dem bem o que aconteceu e, embora ainda continuem muito ligados a mim que-rendo sempre me visitar, não gostam de minha nova companheira e me fazem perguntas embaraçosas, acredito instigados pela mãe. Embora Marcela pro-cure agradá-los, não conse-gue, por isso quando eles vêm me visitar procuro sair com eles para evitar proble-mas, embora isso me entris-teça muito.

Minha ex-mulher nos

agride verbalmente, sempre que possível, dificultando de todas as maneiras meu encontro com meus filhos.

Pensei até em mudar de cidade, mas achei que isso não resolveria a questão, pois sempre alguém ficaria sabendo a verdade. É pre-ciso ter coragem para en-frentar a situação, mas sou feliz. Voltei a sorrir.

Marcela se interessa por mim, conversamos muito, somos companheiros um do outro e, em nossos mo-mentos íntimos nos com-pletamos, chegando ao má-ximo do prazer, o que não acontecia em meu primeiro casamento.

Algumas dificuldades ainda existem. Apesar de confiar plenamente em mi-nha mulher, fico inseguro quanto a possibilidade de encontrar um de seus “ex-clientes”, e embora tenha conhecimento de tudo o que ela já fez, não gosto de lembrar o assunto. Isso traz as suas consequências.

Quando eventualmente brigamos, principalmente quando há excesso de be-bida, palavras ofensivas acabam sendo pronun-ciadas, do que nos arre-pendemos depois. Nosso amor supera tudo.

Já estamos juntos faz quatro anos e a pressão vem diminuindo gradati-vamente.

Acredito que um dia tudo cairá no esquecimento. Para mim, não importa o passado. Sinto que sou o homem da vida de Marcela e ela o amor de minha vida. Só queremos ser felizes.

Gabriel - Comerciário - 34 anos

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“Em busca da felicidade que não conheci em meu primeiro casamento, fui morar com a mulher que, nos bares, me fazia companhia”

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MelhorIdade

s pessoas com mais de 50 anos é possível que nunca tenham imaginado o que seria a Era Digital, que já estamos vivendo,

onde saber lidar com o computador é tão importante quanto saber ler e es-crever. Surpresa maior. Gostando ou não, é preciso aprender o be-a-bá digital para não ser excluído do processo de transformação ou ficar dependente de terceiros como um analfabeto. Afinal, é muito mais prático e rápido operar um caixa eletrônico do que efetuar qualquer operação bancária diretamente no caixa, que só atende em horário limitadíssimo e após longa espera.

Este é apenas um aspecto. Senão ve-jamos.

No passado, a datilografia era um atributo obrigatório para quem desejasse obter um emprego num escritório. Hoje, as máquinas de escrever são peças de museu e sequer existe quem as conserte. É o computador ou o manuscrito.

Da mesma forma, visitar um parente, amigo ou conhecido para pôr a conversa em dia, é trabalhoso, difícil e complicado. Já o bate-papo pela internet é instantâ-neo, divertido e pode acontecer a qual-quer hora do dia ou da noite.

Fazer compras consultando várias lojas para saber o melhor preço e condições, é outra tarefa que pode ser feita on-line (grave o vocabulário: on-line), sem sair de casa, com toda a comodidade, forma utilizada a cada dia por maior número de

Reaprendendoa viver

Para os idosos a nova realidade digital/virtual é difícil de ser absorvida, mas analisando os benefícios constata-se que vale a pena superar as dificuldades para ingressar no mundo da Informática.

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pessoas e que no futuro possivel-mente será a mais comum.

Tudo isso em dimensões globais. O mundo se modifica em veloci-

dade vertiginosa, superando tudo que se possa imaginar. É preciso se reciclar.

Geralmente os idosos têm dificuldade de compreender o sentido da palavra virtual/digital, acostumados que foram com o que pudessem ver e pegar e daí criam resistência ao novo. Por isso o melhor é procurar alguém paciente que lhes ensine, praticando, passo-a-passo, explicando o básico para que se adaptar. É muito importante que a pessoa seja, realmente, paci-ente. Geralmente os mais jovens, como já dominam o sistema, não entendem como os mais velhos desconhecem coisas “tão simples”. É preciso entender também que o

uso do computador depende de memorizar a função dos coman-dos e a memória geralmente não é o ponto forte dos mais idosos.

Descobrir o quanto vai lhe servir o computador é o ponto inicial para o apren-dizado. É preciso enxergar o computador e a informática (olha o vocabulário!), como aliados para facilitar a vida no dia a dia. En-tender que coisas que eram feitas com muito mais trabalho, hoje são feitas com alguns cliques do mouse. É preciso olhar a sua volta e ver o que as pessoas estão fazendo e conseguindo com a utilização de um computador e a Internet.

Trocar mensagens, fazer com-pras, obter informações e muito...muito...muito mais. É um mundo novo que se descobre a cada dia.

O mundo se modifica em velocidade vertiginosa, superando tudo que se possa imaginar. É preciso se reciclar”

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sucesso de um restaurante de-pende em grande parte do seu Chef que, com talento e cria-tividade, elabora o cardápio, comanda e orienta o preparo

dos pratos servidos. Caraguá destacou-se na gastronomia a partir do momento que passou a ter Chef´s competentes à frente de seus restaurantes.

O Tapera Branca I e II são os restau-rantes mais movimentados da cidade, oferecendo uma variedade de pratos difícil de encontrar em outro lugar. No comando de sua cozinha, assessorada por uma competente equipe de cozinheiras e ajudantes, está Cylene Veroneze, uma mineira detalhista, exigente em matéria de limpeza, que seguindo uma tradição fa-miliar, tem prazer em cozinhar desde seus tempos de adolescente. Iniciou sua vida vendendo comida congelada e salgadinhos feitos em casa. Depois passou a organizar festas e jantares e, por fim, ingressando na sociedade do Tapera Branca, pôde dar expansão a toda sua criatividade.

Como curiosidade, para quem gosta de

comer bem, relacionamos alguns pratos que são preparados por Cylene e sua equipe, todos de inigualável sabor: Feijão Tropeiro (o campeão da preferência), torresmos, feijoada, vaca atolada, bobó de camarão, dobradinha, frango com quiabo, filé de peixe, escabeche de salmão, moqueca, pratos árabes, saladas e molhos variados, assados, grelhados, carne de pa-nela, churrascos, massas variadas, frituras além, é claro, do tradicional feijão e arroz. É de dar água na boca. Mas tem muito mais. Vale a pena experimentar.

SaboresdeCaraguá

O tempero e acriatividade de Cylene

Cylene iniciou sua vida vendendo comida congelada e salgadinhos feitos em casa. Depois passou a organizar festas e jantares...”

Cylene Veroneze, o prazer da cozinha vem desde a adolescência

A beleza, o requinte e, principalmente, o sabor passa pelas mãos dessa equipe

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Consagrando Caraguá como Roteiro Gastronômico, a cada ano é maior o número de apreciadores de bons pratos quem vêm degustar as novidades criadas para o evento.

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União EstávelEntidade familiarAs leis existem para disciplinar as rela-

ções da vida em sociedade e preservar o Estado de Direito. Assim, o dese-

jável é que todos cumpram e se beneficiem das regras legais.

Entretanto, por desinformação, muitos dei-xam de exercer direitos e gozar de benefícios garantidos por lei. Isto acontece em quase todas as atividades da sociedade, mas, de forma mais acentuada, nas relações familiares, gerando aborrecimentos e prejuízos.

A família, reconhecida como a célula mater da sociedade, não poucas vezes, por falta de informação, permanece fora da legalidade, mesmo contando com a proteção da Lei, qualquer que seja sua forma de constituição.

Até 1988, somente era legalmente reconhe-cida a família constituída pelo casamento civil, o que configurava gritante injustiça com as pessoas integrantes de famílias formadas fora do matrimônio.

A Constituição Federal de 1988, entretan-to, ainda que de forma tímida, corrigiu tal distorção legal e, hoje, aqueles que, mesmo sem serem casados no civil, convivem de forma pública, contínua e duradoura, com o objetivo de constituir uma família, tem tal situação legalmente reconhecida e os direitos daí decorrentes garantidos por lei, no que se convencionou chamar de União Estável.

Mas, não obstante nossa Carta Magna tenha reconhecido a União Estável como entidade familiar, legalizando e garantindo direitos, muitos que se encontram nessa situação, por desconhecimento ou falta de orientação, deixam de beneficiar-se da proteção legal, podendo sofrer prejuízos e aborrecimentos

desnecessários, principalmente com relação a direitos patrimoniais e previdenciários.

Para contar com a proteção Constitucional é conveniente que as pessoas documentem sua relação, pois, ao contrário do casamento civil, que existe no Brasil desde a Proclamação da República, no final do século XIX, antes disso, só havia casamento religioso, e que tem os direitos e obrigações definidos e garantidos por lei desde o Código Civil de 1916, a União Estável tem situações ainda indefinidas, que geralmente dependem de interpretação e decisão judicial.

Para garantia das partes e, também, de ter-ceiros, a União Estável deve ser documenta-da, estipulando-se, de forma clara, quanto aos bens de cada um e ao patrimônio que o casal vier a construir, bem como sobre as demais condições da relação.

A União Estável não está mais condiciona-da ao tempo de convivência, nem à geração de prole, pois a lei valorizou o afeto, a intenção e vontade das pessoas de constituir uma família.

Pertinente lembrar que também a dissolu-ção da União Estável, separação do casal, deve ser documentada. Isto evita prejuízos e aborrecimentos.

E mais, embora a Constituição Federal fale somente em União Estável entre homem e mulher, hoje, com recente decisão do Supremo Tribunal, mesmo as Uniões Homoafetivas, entre pessoas do mesmo sexo, são legalmente reconhecidas, podendo ser formalizadas por documento.

A forma mais segura de documentar uma União Estável, ou sua dissolução, é através de uma Escritura Pública, lavrada por Tabelião.

Bel. Jordelino Olímpio de Paula

O Bacharel Jordelino Olímpio de Paula é Tabelião de Notas e Anexos de [email protected] - www.cartoriocaragua.com.br

prisciliana de Castilho, 105, Centro - Fone 12.3886.4381

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