revista - atelier das artes "3ª edição"

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Este Trimestre Edição Especial Soledade Lopes A autora rompe com o tradicional conceito de Bijutaria e dedica-se exclusivamente a for- mas artísticas mais atraentes e conceptuais. Dalila Neiva Reconhecida Artesã que se dedica á arte do Crochet Tunisiano Revista Atelier das Artes 3º Edição — Especial Aniversario

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A Revista - Atelier Das Artes é uma publicação trimestral, onde encontrará varias sugestões e técnicas nas mais diversas áreas do Artesanato

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Page 1: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Este Trimestre

Edição Especial

Soledade Lopes

A autora rompe com o

tradicional conceito de

Bijutaria e dedica-se

exclusivamente a for-

mas artísticas mais

atraentes e conceptuais.

Dalila Neiva

Reconhecida Artesã

que se dedica á arte do

Crochet Tunisiano

Revista Atelier das Artes 3º Edição — Especial Aniversario

Page 2: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Editor Atelier das Artes

[email protected]

Revista Trimestral

3ª Edição Abril 2011

Correcção de textos:

Sofia Caixeirinho

Débora Rodrigues

Assistência Logística:

Hugo Tadeu

Carolina Tadeu

Sofia Caixeirinho

Design Gráfico

Carolina Tadeu

Colaboradores

Débora Rodrigues, Júlia Talita, Sofia

Caixeirinho, Soledade Lopes, Ana Viera,

Carmo Braga

Convidados Especiais

Soledade Lopes

Dalila Neiva

Propriedade Fórum– Atelier das Artes

Feliz

Ed

ito

ria

l

Page 3: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

2 anos

Aniversario Atelier das Artes

Nesta data tão importante, que é o 2º. Aniversário do Fórum Atelier das Artes,

não podíamos deixar de contar a história do Fórum e, principalmente, a de quem o fun-

dou e tudo fez para que se torne no que hoje é.

Cynthia Carolina Velazquez Rolón nasceu a 3 de Maio de 1980 e é natural de

Asuncion, Paraguay.

Na impossibilidade de conseguir um emprego e para preencher as 24 horas do

dia, começou a interessar-se pelo artesanato e hoje já domina inúmeras técnicas em

várias áreas.

A ideia de fundar o Fórum - Atelier das Artes partiu do seu companheiro mas, a

partir da data da sua criação, a Carolina (ou Karolv9, como é mais conhecida) tem sido

incansável para satisfazer todos os pedidos de todos os membros e para manter o Fó-

rum activo onde para isso, tem abdicado de algumas horas de sono.

Algum tempo após a criação do Fórum, surgiu a ideia de se fazer uma revista as-

sociada ao mesmo. Da ideia inicial até ao resultado final, foi um grande passo. Foi reu-

nida uma equipa fabulosa e, sem a qual, a revista não seria possível. Mas, mais uma vez,

a principal mentora da revista é a karolv9 uma vez que, sem ela, nunca a mesma teria

saído do projecto, pois é ela quem trata de toda a parte gráfica, elaboração e montagem,

entre outros.

A ti, Carolina, muito obrigado pela dedicação e carinho que tens demonstrado desde o

início desta comunidade.

Por:

Hugo Tadeu e Sofia Caixeirinho

Page 4: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

10 Lã Mágica

34 Meia de Seda

Foto: Soledade Lopes

34 Cartonagem

16 Filigrana

Page 5: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

10 Lã Mágica

24 Especial Brasil

Foto: Dalila Neiva

6 Economia ( Débora Rodrigues)

18 Entrevista Soledade Lopes ( Carolina Tadeu)

24 Entrevista Dalila Neiva ( Carolina Tadeu)

32 Galeria de Trabalho I

35 Galeria de Trabalho II

46 Passo a Passo Pintura em Tecido ( Isabel Pereira)

50 Galeria de Trabalho III

52 Passo a Passo Reciclagem ( Raquel Marques )

56 Passo a passo Scrapbooking Postal ( Sara Castelo de Carvalho )

60 Passo a passo Scrapbooking Convite ( Sara Castelo de Carvalho )

64 Regiões & Costumes Açores ( Débora Rodrigues, Hugo Tadeu)

84 Gastronomia ( Débora Rodrigues)

Page 6: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Atelier das Artes 6

Economia

Economia

De encontro ao tema principal desta edição da Revista - Atelier das Artes, em co-

memoração do 2º aniversário do Fórum – Atelier das Artes, apresentarei, neste ar-

tigo, algumas dicas de elaboração de uma festa de aniversário (ou outras de espe-

cificidades idênticas) económicas.

É importante ter em conta que dependendo da idade do aniversariante, estas festas

têm especificidades diversas, como mais à frente alertarei.

Como em todos os eventos onde se aplica dinheiro, o principal e mais importante é

planeá-lo com bastante antecedência. Isto evitará a falta de tempo para pesquisar

opções mais atractivas monetariamente, ou poderá mesmo gastar mais dinheiro

com produtos que só se apercebe que faltam à última hora.

O segundo passo é identificar o tipo de festa que pretende dar. Se a festa de ani-

versário for para uma criança, é essencial que a opinião dela seja levada em conta,

afinal é a sua festa de aniversário. Pensem em conjunto no tema da festa. Quando

se trata de adultos, é mais fácil tomar uma decisão adequada à carteira e ao gosto

do aniversariante.

O próximo passo é organizar a lista de convidados. É bastante importante que neste

momento se foque no orçamento para a festa, daí depende o número de convida-

dos a considerar. Mais uma vez, quando se trata do aniversário de uma criança, ela

tem o principal papel na elaboração da lista. Insista que a criança apenas convide

os seus amiguinhos mais próximos, não tente força-lo a convidar todos os amigui-

nhos da escola. Como os adultos, as crianças também se sentem melhor perto de

umas pessoas de que de outras, força-lo a convidar colegas com o qual não se sen-

te bem, não o deixará à vontade e em felicidade plena na sua própria festa de ani-

versário.

Page 7: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

3º Edição 7

Especial AArtes

O passo número quatro, após ter a lista de convidados, é considerar o local da fes-

ta. Faça uma alargada e refinada pesquisa de mercado. Verifique quais as opções

mais viáveis em termos económicos. Daí advêm a importância de organizar prema-

turamente uma festa de aniversário.

Tanto no caso de uma festa infantil como de adultos, poderá optar por faze-la em

casa e preparar e organizar as refeições, o divertimento e a decoração. Quando se

trata de uma festa de aniversário infantil, poderá também considerar um piqueni-

que que reduzirá consideravelmente as despesas com o entretenimento das crian-

ças (umas bolas e uns jogos de ar livre deixá-los-ão entretidos durante umas ho-

ras). Atenção, neste caso terá que solicitar ajuda aos pais das restantes crianças

pois terá que exercer maior vigilância. No mesmo raciocínio, poderá optar por re-

correr a serviços externos que oferecem alimentação e divertimento às crianças por

um determinado valor, porém, este tipo de serviços não vão de encontro ao objecti-

vo “poupança”.

No caso de a festa ser dirigida a adultos, para além de se poder organizar a festa

em casa, poderá decidir-se por um restaurante de buffet fixo, onde, geralmente, é

mais barato refeições de grupos.

Como poderá perceber, é importantíssimo fazer uma longa pesquisa e para isso é

necessário organizar a festa com bastante antecedência.

O passo seguinte é decidir as horas, datas e, consoante a decisão, as refeições.

Uma festa de aniversário de crianças ficará mais em conta se feita durante a sema-

na e à tarde. Mas tudo isto dependerá da disponibilidade que tiver e das escolhas

nos passos anteriores. No entanto, a tarde é a altura o dia mais económica para fa-

zer festas, não terá que investir-se em refeições muito elaboradas. Se o orçamento

é curto, prefira bolos e doces simples e troque enfeites dispendiosos por balões de

festa. Concentre-se no que é indispensável. Quando se fala numa festa de aniversá-

rio de adultos, o mais habitual é fazer-se um jantar, no entanto, continua a ser

mais económico um festejo durante a tarde.

Page 8: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Vencedora Concurso

Dia do Pai

Economia

Atelier das Artes 8

Seguidamente, deve considerar-se o entretenimento. Quando se trata de uma festa

de aniversário de crianças é importante ter especial atenção ao divertimento das

mesmas. De forma a tornar a festa mais económica e consoante o tempo que se

pode disponibilizar para a elaborar, aconselho a adopção de uma série de brincadei-

ras caseiras do tipo dança da cadeira, caça - Tesouro, quente ou frio, jogos de ta-

buleiro, onde os adultos também participam, ou então, seleccionar um espaço só

para brinquedos e brincadeiras. Quando se fala numa festa de aniversário de adul-

tos, uma boa música é o suficiente para os entreter durante o festejo.

Por fim, é só convocar os convidados com alguma antecedência (2/3 semanas) e

desfrute. Lembre-se que as festas são momentos únicos para criar oportunidades

de negócio bem como aumentar a sua rede de relacionamento, portanto divirta-se.

Deixo ainda algumas considerações relativamente às festas de aniversários de cri-

anças. Devem ser evitados locais com escadas, janelas baixas, brinquedos perigo-

sos e tome enorme cuidado com piscinas e lagos. Estes locais deverão ser adequa-

damente vedados às crianças. A segurança dos mais pequenos é um dos pontos

primordial para que tudo corra bem. No caso de alguns amiguinhos não serem da

mesma faixa etária, peça para prepararem brincadeiras diferenciadas para cada

grupo, ou adoptem brincadeiras adequadas a todas as idades (como algumas das

que mencionei anteriormente). Finalmente, no caso de fazer festas fora da residên-

cia do aniversariante, procure escolher locais próximos da casa ou da escola das

crianças.

Débora Rodrigues

Especial Aniversario Atelier das Artes

Page 9: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

http://nokasfx.blogspot.com

Um espaço dedicado á mulher moderna

http://mimosdecarol.blogspot.com

email: [email protected]

Vencedora Concurso

Dia do Pai

Trabalho executado por: Lurdes Ribeiro

Para: Magia das Cores

Blog: http://magiadascores2010.blogspot.com

Telefone: 962588099

email: [email protected]

http://magiadascores2010.blogspot.com

Telefone: 962588099

email: [email protected]

Loja de Artes Decorativas, pintura a óleo, pastel

seco, Biscuit, tecidos, chacotas, madeiras

Rua Padre João Pinto, 7-C

2675-388 Odivelas

www.pinta-e-cria.com

http://pinta-e-cria.webnode.pt/

Telefone: 917564995

Page 10: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Atelier das Artes 10

Lã Mágica

Fada em lã Mágica

Material necessário:

Lã Cardada nas cores rosa forte,

rosa claro, castanho, branco e be-

ge; arame; tesoura; fio de coco;

agulha de feltrar e esponja.

1º. Passo:

Começa-se por ir enrolando um

pouco de lã branca e picando até

formar uma bolinha, que irá ser

a cabeça.

2º. Passo:

Corta-se um pedaço de lã bege,

cerca de 20 cm, e ata-se ao

meio (conforme

imagem).

3º. Passo:

Coloca-se a cabeça dentro desta

lã, envolvendo-a e ata-se. Após

isto ficará com a cabeça e uma

parte solta que irá ser o corpo.

Como Fazer..

Page 11: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

3º Edição 11

Passo a Passo

4º. Passo:

Para fazer os braços, reveste-se

um pedaço de arame com lã bege

e introduzem-se os braços por

baixo da cabeça.

5º. Passo:

Enrola-se um pouco de lã à volta

do corpo, por baixo dos braços, e

vai-se picando para prender a lã.

6º. Passo:

Com um pedaço de lã rosa forte,

envolvem-se os braços, para fa-

zer as mangas do vestido.

7º. Passo:

Para fazer a saia corta-se um pe-

daço de lã rosa forte, cerca de 25

cm, faz-se um buraco no meio,

onde se enfia o corpo, e pica-se

por cima do corpo para prender.

8º. Passo:

Vai-se puxando a lã com a agu-

lha, para Formar a saia.

Page 12: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Atelier das Artes 12

Lã Mágica

9º. Passo:

Corta-se um pedaço de lã, rosa

bebé. Com cerca de 25 cm, faz-se

um buraco no meio e enfia-se pe-

la cabeça.

10º. Passo:

Faz-se uma trança com um pouco

de lã rosa forte e rosa bebé, e ata

-se à volta do corpo, para fazer a

cintura, ata-se atrás e volta a pu-

xar-se a lã com a agulha, para

dar forma ao vestido.

11º. Passo:

Para fazer o cabelo, corta-se um

pedaço de lã castanho claro, cer-

ca de 15 cm, que se ata ao meio.

Esta parte vai ser colocada no ci-

mo da cabeça e vai-se picando

para agarrar à cabeça.

12º. Passo:

Quando o cabelo já estiver segu-

ro, fazem-se 2 tranças, uma en-

rola-se à volta da cabeça e pica-

se para segurar e a outra puxa-se

para a frente e fica caída.

Page 13: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Passo a Passo

3º Edição 13

13º. Passo:

Para as asas corta-se um pedaço

de lã branca, junta-se um pouco

de rosa bebé e ata-se com um

fio de lã branca.

Com a ajuda da agulha dá-se a

forma de asas.

14º. Passo:

Depois de feitas as asas fixam-

se nas costas picando com a

agulha para prender bem.

15º. Passo:

Depois de fixadas as asas fazem-

se os últimos detalhes.

Com uns fios de lã faz-se um

laço na ponta da trança.

16º. Passo:

Depois de pronta, coloca-se um

fio de coco na cabeça com a aju-

da de uma agulha de costura,

que vai servir para pendurar.

Realizado por: Custódia Costa

Para: Lugar da Magia

Especial Aniversario Atelier das Artes.

Page 14: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"
Page 15: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Foto: Custódia Costa

Page 16: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Fil

igra

na

Há mais de cinco mil anos, por volta de 2450 a.C., na cidade de Ur, Mesopotâmia

( hoje sul do Iraque) foi criado um elmo em ouro filigranado para o rei Mes-Al-

Kalam-Dung. É a peça mais antiga que se tem notícia na história da Filigrana.

Filigrana (do latim filumm que significa fio e granum, grão) é a palavra usada para

designar as jóias e objectos em ouro ou prata feita com fios de aspecto retorcido ou

granulado.

Em grutas de Palmela, Portugal, foram encontrados uns rolozinhos em ouro que da-

tam de 2500-2000 a.C.

Em Ermegeira dois brincos da Época do Bronze permitem afirmar que essa arte

vem mesmo de longa data. Provavelmente a filigrana nasceu quando os artesãos

dos metais quiseram arredondar as formas geométricas dos objectos que serviam

de decoração ou adorno para o corpo. Na Época Romana é abundante em Portugal

peças de ourivesaria, mas eram meras imitações de outras importadas.

Mas deixemos de História e vamos falar das jóias que enfeitam as mulheres. As pe-

ças em filigrana são muito refinadas, lembram as rendas, representam delicadeza.

Filigrana é um trabalho ornamental feito de fios muito finos e pequeninas bolas de

metal, soldadas de forma a compor um desenho. O metal é geralmente ouro ou prata, mas o bronze e outros metais também são usados. A filigrana foi utilizada na

joalharia desde a Antiguidade greco-romana, sendo ainda empregada em grande variedade de objectos decorativos.

Actualmente, as peças de Filigrana podem ser encontradas com enorme visibilida-

de na Região Norte de Portugal, usadas frequentemente no conjunto do vestido de

noiva tradicional e, ainda, no traje feminino dos ranchos folclóricos do Minho.

Fonte Ivanir Faria

Atelier das Artes 16

Destaque

Arte em forma de Renda

Page 17: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Elmo em ouro filigranado.

É a peça mais antiga que se

tem notícia na história da Fili-

grana.

Page 18: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Entrevista

Soledade Lopes

Atelier das Artes 18

A autora rompe com o tradicional conceito de Bijuta-

ria e dedica-se exclusivamente a formas artísticas

mais atraentes e conceptuais. Começou pela Vitrofu-

são, depois á criação de jóias em cristais Swarovski

e Strass, entrando agora no mundo da "bijutaria"

com um toque mais sofisticado, criando peças com

nível artístico mais elaborado e de inegável valor. No

que diz respeito a este tipo de trabalhos, a criativi-

dade é essencial para que a exclusividade e o toque

pessoal sejam atributos a relevar, numa perspectiva

de diferenciação. Cada peça é um modelo único e

por exigência da Autora, não há lugar á duplicação,

dando deste modo a garantia de que não haverá du-

as iguais. Foto: Soledade Lopes

AArtes: Soledade começou nesta Arte

da Bijutaria desde muito cedo? Conte-

nos como foi?.

Soledade Lopes: Não comecei cedo,

quando deixei de trabalhar tive necessi-

dade de me ocupar com algo então co-

mecei a fazer fusing com o meu marido

e só depois parti para a bijutaria tirando

uns cursos e pesquisando na net.

AArtes: Quando e como surgiu o inte-

resse por esta arte ?.

Soledade Lopes: Tal como disse acima

dia após dia foram surgindo ideias e até

que cheguei ao ponto de criar uma linha

bem definida e que é criada de raiz sem

querer imitar alguém.

AArtes: Enquanto Artesã profissional

como se definiria ? .

Soledade Lopes: Alguém que sem fa-

zer nada de especial tem tido algum su-

cesso no que faz.

AArtes: A sua dedicação a esta arte

tem correspondido às suas expectati-

vas ?

Soledade Lopes : Sem dúvida, não só

pelas vendas mas também pelo interes-

se que as pessoas demonstram ao ve-

rem os meus trabalhos.

AArtes: À parte da Bijutaria dedica-se

a mais algum tipo de Arte ? .

Soledade Lopes : Não.

AArtes: Que tipo de material utiliza

com mais frequência na criação das

suas peças ?

Soledade Lopes : Cristais, fio de ara-

me forrado, cerámica, vidro, etc.

AArtes: Em média quanto tempo dedi-

ca a cada uma de suas criações ? .

Page 19: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Filigrana

3 Edição 19

Soledade Lopes : Conforme o estado

de espírito, há dias que as peças saem

rapidamente como eu as idealizei outros

há que mais vale estar quieta. À noite é

quando estou mais concentrada e consi-

go transportar toda a energía para os

meus trabalhos.

AArtes: A Soledade trabalha num ate-

lier? Descreva o ambiente em que

desenvolve as suas obras de arte?.

Soledade Lopes: Pode-se chamar de

atelier, pois adaptei uma sala onde está

o meu pequeno mundo. Música, net, a

minha companheira (cadela) insepará-

vel e caixinhas com montes de acessó-

rios.

AArtes: Quais são as principais carac-

terísticas focadas pelos seus clientes

quando lhe pedem a realização de um

trabalho?.

Soledade Lopes: Como ponto de par-

tida, não consigo fazer duas peças

iguais. Daí quando me pedem para

fazer algo só se podem referir ao mode-

lo e mais ou menos ao tamanho porque

o resto é comigo .

AArtes: Na sua família existem outros

artesãos ? .

Soledade Lopes : Sim, o meu grande

herói, o meu mentor, o meu crítico: o

meu marido Isaulindo.

AArtes: Como faz para conseguir ven-

der os seus trabalhos ?.

Soledade Lopes Especialmente em fei-

ras.

AArtes: Qual é a sua formação? Fre-

quentou algum curso específico ou fa-

culdade ? .

Soledade Lopes: Fiz o secundário .

AArtes: Na sua opinião, acha que o ar-

tesanato é bem divulgado, falando em

termos nacionais? Diga-nos de que for-

ma se poderia ajudar numa maior divul-

gação do Artesanato e seus Artesãos ? .

Soledade Lopes: Não, não acho.

Hoje, para se mostrar ou vender o Arte-

sanato tem que se pagar imenso pelos

espaços o que se torna insustentável.

AArtes: Na sua opinião, o que deveria

ser feito para que as pessoas aderissem

mais à compra de peças artesanais?.

Soledade Lopes: Haver mais certames

e nesses sitios não existirem pseudo-

artesões que apresentam peças feitas

em fábricas ou noutros sítios.

Hoje em dia, existe uma grande mistura

o que confunde o comprador pelo

preço ,pela qualidade etc.

AArtes: Para terminar, Soledade Lopes

tem algo a acrescentar a esta entrevis-

ta ? .

Soledade Lopes: Deixo aqui uma

mensagem. É muito bom ter feed back

sobre o nosso trabalho. Positivo ou ne-

gativo obriga-nos a ser cada vez mais

exigentes e a ser mais perfeitos. Só as-

sim é que conseguimos fidelizar as pes-

soas ao Artesanato. O mesmo se aplica

a este FÓRUM que tanto se tem esfo-

rçado e tem crescido.

Page 20: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Foto: Soledade Lopes

Page 21: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Foto: Soledade Lopes

Page 22: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Foto: Soledade Lopes

Page 23: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Porque são os pequenos gestos que fazem a

diferença.

http://abelhita-pequenosgestos.blogspot.com/

Telefone: 91 735 73 10

email: pequenosges-

[email protected]

Traga a ideia e deixe o resto comigo

http://oficina-da-cor-

artesdecorativas.blogspot.com/

email: [email protected]

Vencedora Concurso

Páscoa

Trabalho executado por: Sofia Ramalho

Para: Artes da Sofy.

Blog: http://artesdasofy.blogspot.com

http://artesdasofy.blogspot.com

email: [email protected]

Page 24: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Atelier das Artes 24

Crochet Tunisiano

Dalila Neiva

Foto Dalila Neiva

Reconhecida Artesã que se dedica á arte

do Crochet Tunisiano ( técnica mile-

nar ) .O tunisiano é uma mistura de crochet e

tricô e é trabalhado com uma única agulha

longa, com um gancho em uma das pontas. A

técnica surgiu no norte da África, mais preci-

samente na Tunísia, as margens do mar Me-

d i t e r r âneo (da í o seu nome) .

Apesar do surgimento das máquinas de trico-

tar, felizmente ainda existem pessoas que

preferem "tricotar" ou “crochetar" à maneira

antiga. O tunisiano é mais fácil de executar,

mais rápido, bonito e económico que o cro-

chet tradicional ou o tricô, além de proporcio-

nar incríveis texturas. Pode ser utilizado qual-

quer material, lãs e linhas de qualquer espes-

sura, ráfia, barbante, tecido de malha, plásti-

co, ou qualquer outro material. A criatividade

de artesão é ponto fundamental para o resul-

tado do trabalho.

AArtes: A Dalila começou nesta Arte do

crochet desde muito cedo? Conte-nos

como foi?.

Dalila Neiva: O tunisiano surgiu na mi-

nha vida de uma forma singular. Éra-

mos muito pobres, minha mãe fazia

crochet tradicional para nos sustentar.

Quando tinha entre 8 e 10 anos , pensei

em ajudá-la e com uma agulha de cro-

chet fiz as correntinhas, só que ao invés

de arrematar os pontos, os deixava na

agulha. Observava que minha mãe fi-

cava com apenas um ponto, então deci-

di “come-los “ de dois em dois até ficar

com um ponto na agulha, para poder

começar a outra carreira. Acontece que

não havia mais correntinhas e sim um

ponto que me pareceu um palito. Tra-

balhei esse ponto e enchi a agulha no-

vamente, fui seguindo dessa forma

muito feliz por estar tecendo. Consegui

meu intento fazendo cachecóis para as

amigas de minha mãe e assim pude

ajudá-la.

AArtes: Quando e como surgiu o inte-

resse e a consequente evolução para o

crochet Tunisiano?

Dalila Neiva: Ao completar uns 13 ou

14 anos, folheando uma revista, vi a fo-

to de uma peça com o “ meu crochet”.

Page 25: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

3º Edição 17

Especial Brasil

25

Então descobri que seu nome é tunisia-

no, que existe há milhares de anos,

surgiu na Tunísia, dai seu nome. Com o

tempo fazendo vários testes , completei

300 pontos diferentes.

Há mais de 50 anos foram publicadas

em revistas, peças, receitas e textos

executados por mim.

AArtes: Enquanto Artesã profissional

como se definiria?.

Dalila Neiva: Muito determinada, exi-

gente ao ponto de procurar o perfeccio-

nismo e bastante criativa.

AArtes:A sua dedicação a esta arte tem

correspondido às suas expectativas?.

Dalila Neiva: Infelizmente não, apesar

de minha luta nos ultimos 65 anos, ain-

da há no Brasil quem nunca ouviu falar

no tunisiano.

AArtes: À parte do Crochet Tunisiano

dedica-se a mais algum tipo de Arte?.

Dalila Neiva: Apaixonada por artes,

trabalho com fusing, mosaico, vitraux,

cerâmica em todas as técnicas, escultu-

ra, telas a óleo, que chamo de

“brincadeirinhas “ além do tunisiano.

AArtes: Que tipo de material utiliza

com mais frequência na criação das su-

as peças?.

Dalila Neiva: Utilizo todo e qualquer

material disponível, sou adepta da reci-

clagem e já fiz várias peças com sacos

plásticos de supermercado.

AArtes: Em média, quanto tempo dedi-

ca a cada uma de suas criações?.

Dalila Neiva: Gasto muito tempo ima-

ginando como ficará a peça que tenho

em mente. Algumas vezes começo o

trabalho e não fica do meu agrado, en-

tão desmancho e recomeço até encon-

trar o que pretendia. Quando isto ocor-

re , faço uma blusa em um dia.

AArtes: Acredita no artesanato como

fonte de rendimento ou de prazer e te-

rapia?.

Dalila Neiva: No meu caso é fonte de

rendimento além de puro prazer e por-

que não também terapia ?.

AArtes: A Dalila trabalha num ateliê?

Descreva o ambiente em que desenvol-

ve as suas obras de arte.

Dalila Neiva: Sim tenho um ateliê para

minhas “ brincadeirinhas “, o tunisiano

faço em qualquer lugar, vendo TV, no

carro, em salas de espera, etc.

AArtes: Quais são as principais carac-

terísticas focadas pelos seus clientes

quando lhe pedem a realização de um

trabalho?.

Dalila Neiva: Não faço trabalhos por

encomenda, quero ter a liberdade de

dar asas à minha imaginação, só faço

peças por puro prazer .

AArtes: Na sua família existem outros

artesãos?

Dalila Neiva: Não .

Page 26: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Entrevista

Atelier das Artes 26

AArtes: Como faz para conseguir ven-

der os seus trabalhos ?.

Dalila Neiva: Os poucos trabalhos

em tunisiano que vendi, foi para ami-

gos. Para cada apresentação na TV, é

preciso executar entre 30 a 40 peças,

para a produtora do programa escolher,

fora as peças para as revistas, cheguei

a ter em casa aproximadamente 500

peças. Hoje tenho umas 300 porque o

resto doei e provavelmente é o que fa-

rei com as que sobraram. Já os traba-

lhos em fusing, cerâmica, tela, etc são

vendidos com facilidade através das ex-

posições que participo.

AArtes: Qual é a sua formação? Fre-

quentou algum curso específico ou fa-

culdade?

Dalila Neiva: Não. Em todas as coisas

que faço, sou auto didacta.

AArtes: Na sua opinião acha que o ar-

tesanato é bem divulgado, falando em

termos mundiais? Diga-nos de que for-

ma se poderia ajudar numa maior divul-

gação do Artesanato e seus Artesãos?.

Dalila Neiva: Infelizmente, pelo menos

no Brasil, o artesanato não é conside-

rado como algo cultural e está se per-

dendo para a industrialização, o que é

uma pena porque artesanato é arte.

Acredito que a mídia televisiva ajudaria

muito a divulgação dos artesãos.

AArtes: Na sua opinião o que deveria

ser feito para que as pessoas aderissem

mais à compra de peças artesanais ? .

Dalila Neiva: Que a mídia desse mais

espaço e informações sobre a história

de cada artesanato, antes que a maioria

deles seja esquecida. Por ex: frivolité,

renda de bilro, arraiolos, crivo, nhanduti

e tantos outros, para que com o conhe-

cimento as pessoas valorizassem mais

esse trabalho.

AArtes: Para terminar, Dalila Neiva

tem algo a acrescentar a esta entrevis-

ta?

Dalila Neiva: Quero agradecer a Caro-

lina Tadeu, pelo privilégio de me conce-

der a oportunidade de falar sobre mim

e sobre o tunisiano.

Entrevista realizada por:

Carolina Tadeu

Especial Aniversario Ate-

lier das Artes Brasil.

Page 27: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Foto : Dalila Neiva

Page 28: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"
Page 29: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Foto: Dalila Neiva

Page 30: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Vencedora Desafio

Peso de Porta em Feltro

Page 31: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Morada. Rua Paiã 2-B, Odivelas

2675-495 Odivelas

Telefone: 210 158 763

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email: [email protected]

Vencedora Desafio

Peso de Porta em Feltro

Trabalho executado por: Ofélia Coentro

Para: Tulipas Cintilantes

email: [email protected]

Page 32: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Atelier das Artes 32

Galeria de Trabalhos

Trabalho executado por:

Marina Ribeiro

Para: Criações da Mina

Trabalho executado por:

Sofia Ramalho

Para: Artes da Sofy

Trabalho executado por:

Maria João Cerqueira

Para: Oficina da Cor.

Trabalho executado por:

Sofia Caixeirinho

Para: Atelier Arco Íris

Trabalho executado por:

Susana Dias

Para: Susa Art.

Trabalho executado por:

Carolina Tadeu

Para: Mimos da Carol

Page 33: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

3º Edição 33

Galeria de Trabalhos

Trabalho executado por:

Carolina Tadeu

Para: Mimos da Carol

Trabalho executado por:

Sofia Ramalho

Para: Artes da Sofy

Trabalho executado por:

Maria João Cerqueira

Para: Oficina da Cor.

Trabalho executado por:

Sofia Caixeirinho

Para: Atelier Arco Íris

Trabalho executado por:

Bárbara Dias

Para: BD Artes Decorativas

Page 34: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Atelier das Artes 34

Meias de Seda

Flor em Meia de Seda

Arame 1,5mm; colants de seda ou de

mousse de cores à escolha; linhas de costu-

ra; fita floral; alicate de corte ;alicate de

pontas redondas; alicate de pontas normal;

tesoura; pistilhos.

Dicas: eu uso para os moldes varias emba-

lagens recicladas por exemplo a caixa de

fitas para medir a diabetes; o tubo de vita-

minas; um tubo de rolo de papel de alumí-

nio cortado em dois e colado com fita para

fazer as folhas os outros são para fazer os

vários tamanhos de pétalas.

Material necessário:

Como Fazer..

1º. Passo:

Pega-se no arame e passa-se

em volta do tubo maior e faz-se

um circulo e entrelaça-se as

pontas e corta-se.

2º. Passo:

Com o alicate de pontas normal

torcem-se as 2 pontas.

3º. Passo:

Fazer 5 argolas grandes, 5 argo-

las mais pequenas, e 3 mais pe-

queninas.

4º. Passo:

Fazer o mesmo para as folhas.

Com as duas metades do rolo

fazer 4 argolas alongadas.

Realizado por: Ofélia Coentro

Para: Tulipas Cintilantes

Especial Aniversario Atelier das Artes.

Page 35: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

3º Edição 17 35

Passo a Passo 5º. Passo:

Escolha as cores, para este

passo a passo as cores escolhi-

das são o laranja para os 2 ta-

manhos maiores de pétalas, o

branco para as pétalas pequeni-

nas e o verde para as folhas.

6º. Passo:

Pegue numa argola das maiores

e passe por dentro da meia de

seda. Agarre uma das pontas e

estique a outra ponta o mais

que puder para ficar bem esti-

cadinha fazendo então um apa-

nhado no pé da pétala.

7º. Passo:

Agarre na linha de costura e vá

dando voltas e apertando o

quanto possível MAS SEM PAR-

TIR porque se partir tem que

enrolar outra vez para não des-

manchar e na ultima volta en-

tão puxar até partir.

8º. Passo:

Pegue na tesoura e corte quase

rente ao pé da pétala.

9º. Passo:

Faça o mesmo com todas as

argolas das pétala e das folhas.

10º a te 13º. Passo:

Com uma mão no pé da pétala

e a outra na ponta, estique até

ficar com a forma que indicam

as imagens.

Page 36: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Atelier das Artes 36

Meias de Seda

14º. Passo:

Com o alicate aperte o arame,

torcendo-o.

15º. Passo:

Pegue na fita floral e vá enro-

lando à volta do pé da flor e vá

esticando a fita porque ao esti-

car a fita vai colando.

16º. até Passo:

Pegue uma pétala das pequeni-

nas e com a linha dê umas boas

voltas e depois vá juntando ou-

tra pétala e enrolando até aca-

bar as pétalas como indica a

imagem.

17º. Passo:

Pegue na fita floral e enrole-a à

volta do pé de maneira a tapar

o resto dos pés das pétalas e vá

enrolando o resto do arame pa-

ra formar o pé da flor .

18º . Passo:

Pegue o arame floral, dobre-o

ao meio e coloque o pé da folha

e dobre o arame, torcendo-o.

19º. Passo:

Com as folhas faça o mesmo

com o arame floral e a fita flo-

ral.

20º. Passo:

Faça o mesmo com todas as fo-

lhas.

21º.Passo:

Vá juntando as folhas para for-

mar o arranjo final .

Page 37: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Foto: Ofélia Coentro

Page 38: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Atelier das Artes 38

Galeria de Trabalhos

Trabalho executado por:

Carmo Braga

Para: As Tralhas da Sol Trabalho executado por:

Marina Ribeiro

Para: Criações da Mina

Trabalho executado por:

Maria João Cerqueira

Para: Oficina da Cor

Trabalho executado por:

Carolina Tadeu

Para: Mimos da Carol

Trabalho executado por:

Sofia Caixeirinho

Para: Atelier Arco Íris

Trabalho executado por:

Bárbara Dias

Para: BD Artes Decorativas

Page 39: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

3º Edição 39

Galeria de Trabalhos

Trabalho executado por:

Cock Parade

Para: Art Alive

Trabalho executado por:

Cock Parade

Para: Art Alive

Trabalho executado por:

Susana Dias

Para: Susa Art

Trabalho executado por:

Sofia Ramalho

Para: Artes da Sofy

Trabalho executado por:

Bárbara Dias

Para: BD Artes Decorativas

Trabalho executado por:

Marina Ribeiro

Para: Criações da Mina

Page 40: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Bijutaria e Artigos Decorativos

http://www.niarts.blogspot.com/

email: [email protected]

http://susaart.blogspot.com/

email: [email protected]

Artes d'Amitaf

http://lembrancasofertasdiversas.blogspot.com/

Telefone: 915054880

email: [email protected]

http://astralhasdasol.blogspot.com/

Vencedora Desafio

Porta Moedas Fuxico

Trabalho executado por: Ana Vieira

Para: Nokasfx.

Blog: http://nokasfx.blogspot.com

Page 41: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

3º Edição 41

Cartonagem Dossier forrado com Tecido

Material necessário:

Cartão prensado 2.0mm; Cartolina dú-

plex ; Tecido de algodão; Tela para enca-

dernação; Dracalon; Argolas; Ilhós; Can-

tos metálicos; Cola branca; Cola de con-

tacto; Régua metálica/madeira; Tesoura;

Martelo; Furador para cartão.

Peças

Cartão prensado: 2 peças 32x29cm

1 peça 32x8cm

Cartolina dúplex: 2 peças 31x28cm

Tecido Exterior: 1 peça 75x38cm

Tecido Interior: 2 peças 37x34cm

Tela para encadernação: 1 peça 31x17cm

Como Fazer..

Colocar cola de contacto numa

das peças de cartão prensado,

tendo o cuidado de a colocar

nos bordos e no centro.

Colocar o dracalon, e deixar secar

bem.

Pegar numa das peças de teci-

do para o interior, e numa das

peças de cartolina duplex. Cor-

tar os cantos da cartolina.

Colar os 4 cantos com cola

branca. A colagem é sempre

feita no lado do cartão, e nun-

ca no lado branco.

Colar as laterais do tecido.

Proceder da mesma forma para

a outra parte de cartolina e

tecido para o interior, e deixar

secar.

Acertar o tamanho do draca-

lon, cortando o mesmo junto

ao cartão.

Realizado por: Maria João Cerqueira

Para: Oficina da Cor

Especial Aniversario Atelier das Artes.

Page 42: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Atelier das Artes 42

Passo a Passo

Cortar os dois cantos dos ex-

tremos exteriores do dossier.

Pegar agora no tecido para o

exterior do dossier, e marcar o

centro do mesmo.

A marcação deve ser feita no

topo do tecido e em baixo, co-

mo mostram as fotos.

Pegar agora na peça de cartão

que irá ser a lombada do dos-

sier, e marcar o centro da

mesma com a ajuda da régua.

Deve ser marcado também em

cima e em baixo.

Colocar cola branca na lomba-

da, no lado oposto à marcação

do centro. Colar a lombada ao

tecido, alinhando o centro des-

ta, com o centro do tecido.

Marcar 0.5cm para cada um

dos lados da lombada.

Colar agora as capas ao tecido.

Cortar os cantos dos extremos

exteriores, da mesma forma

que foi feito para a capa forra-

da com dracalon, e aplicar cola

branca em toda a superfície.

Colar a capa ao tecido, e pro-

ceder da mesma forma que na

colagem da lombada. Ter em

atenção os 0.5cm de distância

para a lombada, e nivelar com

a ajuda da régua.

Começar a colar os cantos,

com cola branca.

Proceder da mesma forma para

os 4, e começar a colar as late-

rais.

Page 43: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

3º Edição 43

Passo a Passo

Colar a tela para encaderna-

ção. Dar cola branca em toda a

superfície da lombada, e colar

a tela.

Com a ajuda da régua, vincar o

espaço entre as capas e a lom-

bada.

Dar cola de contacto na parte

de trás da capa interior. Posici-

onar a capa e pressionar. Dei-

xar com peso uns minutos.

Proceder da mesma forma, pa-

ra a outra capa.

Identificar o sitio onde vão ser colocadas as argolas, marcando e furando o cartão. Posicionar as ar-

golas, e colocar as ilhós.

Por fim, colocar os cantos metálicos com a ajuda do martelo. Não martelar directamente nos cantos

para não os amolgar. Usar um pouco de cartão prensado ajuda a que isso não aconteça.

O dossier está pronto!!!

Page 44: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"
Page 45: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Foto: Maria João Cerqueira

Page 46: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Atelier das Artes 48

Pintura em Tecido

BONECA – ALMOFADINHA

Material necessário:

Tecido liso

Risco

Papel químico

Canetas, ou tintas para

tecido

Espuma de enchimento

Como Fazer..

1º. Passo:

Passe o risco escolhido por si

para o tecido, usando o papel

químico.

2º. Passo:

Passe todos os contornos do

desenho com a caneta de cor

preta para tecido.

3º. Passo:

Após terminar a fase anterior,

comece a preencher o desenho

escolhendo as cores a seu

gosto.

4º. Passo:

Neste caso, não havendo cor de

pele disponível em caneta usei

tinta acrílica para tecido, no

preenchimento das parte da

cara.

5º. Passo:

Dê um tom mais rosado nas

bochechas, usando um rosa

mais acentuado.

6º. Passo:

Termine de preencher todas as

partes de pele que existirem no

desenho.

Page 47: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

3º Edição 49

Passo a Passo

7º. Passo:

Pinte agora o cabelo. Usando

duas cores de canetas, faça um

matizado primeiro com o tom

mais claro, que neste caso foi o

amarelo e fazendo sobreposição

com o castanho nas partes que

pretende escurecer.

8º. Passo:

Passemos então à roupa. Esco-

lhi o azul para fazer as calças,

pintando só nas zonas próximas

ao contorno, e deixando o cen-

tro branco dando a ideia de in-

cidência de luz sobre a roupa.

9º. Passo:

Use o mesmo procedimento pa-

ra fazer o casaco da boneca,

para tal pinte com a caneta o

mais possível na horizontal

dando assim um efeito de esba-

timento.

10º. Passo:

Dobre o pano ao meio, corte

em volta do desenho que aca-

bou de preencher cortando du-

as parte de pano iguais e simé-

tricas.

11º. Passo:

Agora sobreponha-as e comece

a cozer à volta, para fechar a

almofada.

12º. Passo:

Vá enchendo e arrumando a

espuma de forma homogénea.

13º. Passo:

E tem a sua almofadinha pron-

ta.

Realizado por: Maria João Cerqueira

Para: Paleta da Isa.

Especial Aniversario Atelier das Artes.

Page 48: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Foto: Isabel Pereira

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Page 49: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

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Page 50: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Galeria de Trabalhos

Atelier das Artes 50

Trabalho executado por:

Lurdes Ribeiro

Para: Magia das Cores

Trabalho executado por: Di-

ana Almeida

Para: Artes e Bijux da Diana

Trabalho executado por:

Susana Gomes

Para: Artes da SusanaG

Trabalho executado por:

Susana Dias

Para: Susa Art

Trabalho executado por: Sara Castelo de

Carvalho.

Para: Os pequenos gestos da Abelhita

Trabalho executado por:

Susana Gomes

Para: Artes da SusanaG

Page 51: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Galeria de Trabalhos

3º Edição 51

Trabalho executado por:

Ofélia Coentro

Para: Tulipas Cintilantes

Trabalho executado por:

Sofia Ramalho

Para: Artes da Sofy

Trabalho executado por:

Paula Pereira

Para: Artes da shugarita

Trabalho executado por: Sara Castelo de

Carvalho

Para: Os pequenos gestos da Abelhita

Trabalho executado por:

Susana Gomes

Para: Artes da SusanaG

Trabalho executado por:

Marina Ribeiro

Para: Criações da Mina

Page 52: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Reciclagem

Flor em Caixa de Ovo

Material necessário:

Caixa de ovos

Tintas várias cores (Verde, 2 tons de

Vermelho, Amarelo)

Pincéris

Tesoura

Lápis

Como Fazer..

Atelier das Artes 52

1º. Passo:

Para esta flor de pétalas maio-

res e mais fechadinhas, vai

precisar usar a lateral externa

da caixa de ovos que é mais

arredondada.

2º. Passo:

Com a tesoura recorte a lateral

incluindo uma parte do fundo

da caixa.

Dica:

Procure recortar algumas péta-

las maiores e outras menores

para a flor ficar mais bonita.

3º. Passo:

Risque na Caixa o formato das

Folhas.

4º. Passo:

Recorte um pedaço da caixa,

em forma de folhas .

Page 53: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Passo a Passo

Realizado por: Raquel Marques

Para: Sorria Sempre.

Especial Aniversario Atelier das Artes.

3º Edição 53

5º. Passo:

Escolha a tinta que vai utiliar

para pintar a pétala, e Folha.

6º. Passo:

Para pintar a pétala use um

pincél pequeno (molhe o pincél

na água para que a tinta seja

absorvida pela caixa) e espalhe

a tinta na parte superior da

pétala .

7º. Passo:

Ficará como nos indica a Ima-

gem.

8º. Passo:

Pinte também o miolo da péta-

la como indica a imagem.

9º. Passo:

Pinte o pedaço da caixa, em

forma de folhas, de verde para

servir de base para a flor.

10º. Passo:

Seguidamente cole as pétalas

sobrepondo-as e distribuindo-

as uniformemente-

11º. Passo:

Espalhe cola no miolo da flor e

jogue umas sementes, espere

secar completamente. Ou faça

umas pintas pretas com tinta.

Se quiser passe termolina lei-

tosa para impermeabilizar a

flor.

12º. Passo

A Flor esta Pronta.

Page 54: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"
Page 55: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Foto: Raquel Marques

Page 56: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Scrapbooking

Postal de Aniversario

Com uma guilhotina ou um x-acto cortamos uma folha de papel texturada exactamente ao meio, e

dobramos uma das partes, até conseguirmos o tamanho pretendido e cortamos os cantos. A parte

dobrada será a base do nosso postal.

Material necessário:

Cortador de cantos; Régua; Lima;

Punche estrelas; Tesoura; Pincel;

Cola UHU baton; Cola branca; Pa-

pel verde texturado de 300g; Papel

Origami laranja e amarelo; Base de

carimbos ; Carimbo “Let’s Party” e

estrela; Almofada para carimbo;

Fita Organza; Caneta verde bri-

lhante; Pó de embossing.

Como Fazer..

Decoração do Postal do Exterior

Utilizamos umas das folhas de papel Origami e recortamos um balão. Quem o pretender pode dese-

nhar primeiro e depois recortar. Tendo o nosso balão recortado, copiamos o seu molde para cima do

outro papel de Origami de modo a que os dois balões fiquem exactamente iguais. Envolvemos a par-

te final do balão que vamos utilizar para “capa”, numa fita de Organza, e fazemos um laçarote

Realizado por: Sara Castelo de Carvalho

Para: Os pequenos gestos da Abelhita

Especial Aniversario Atelier das Artes.

Atelier das Artes 58

Page 57: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Passo a Passo

Passamos cola de baton no verso do balão e colamos no centro da capa do postal. Utilizamos um

carimbo de silicone, previamente impregnado em tinta de almofada e aplicamos sobre o balão.

Utilizando um furador Punche com motivos de estrelas, perfuramos um papel canelado, de forma a

obtermos as estrelas para colar no postal. Utilizamos novamente um carimbo de silicone, desta vez

em forma de estrela e vamos carimbando em volta do balão. Com a ajuda de uma caneta de tinta

brilhante verde, cobrimos as letras “Let’s Party!” de forma a obter o seu destaque.

Com a ajuda de um pincel, colamos pó de embossing, passando o pincel primeiro na cola seguido do

pó, e pintamos as estrelas, dando assim por terminada a decoração exterior do postal.

3º Edição 59

Page 58: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Scrapbooking

Decoração do Interior do Postal

Para o interior do postal, utilizamos um segundo balão. Passamos cola de batom no seu verso e co-

lamos no centro do interior do nosso postal. Repetindo o processo de utilização do carimbo de silico-

ne em forma de estrela, carimbamos também uma das partes do balão.

Colamos algumas estrelinhas em cartão canelado que já previamente cortadas e pintamos ainda as

estrelas com o pó de embossing repetindo para isso o processo utilizado na capa do nosso postal .

Acabamentos

Com a ajuda de uma lima, eliminamos vestígios de corte

nos cantos do postal.

Atelier das Artes 58

Page 59: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Foto: Sara Castelo de Carvalho

Page 60: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Scrapbooking

Convite de Aniversario

Como Fazer..

Material necessário:

Régua; Tesoura; X-acto; Pincél; Cola

UHU baton; Cola branca; Papel Amarelo

de 300g; Papel decorativo; Abecedário

para Scrap; Flor em Fimo; Base de ca-

rimbos ; Carimbo Vaso com flor; Almo-

fada para carimbo; Fita cetim; Caneta

Verde Brilhante; Pó de embossing.

Decoração do Postal do Exterior

Com um x-acto cortamos uma folha de papel exactamente ao meio e dobramos uma das partes até

conseguirmos o tamanho pretendido. Efectuamos uma dobra desnivelada de forma a ter o efeito

que se vê na imagem. Desta forma conseguimos a base do nosso postal.

Utilizando agora o papel decorativo fazemos novas medições de forma a conseguirmos um rectân-

gulo ligeiramente mais pequeno que a capa do nosso postal. No final recortamos com uma tesoura

decorativa.

Realizado por: Sara Castelo de Carvalho

Para: Os pequenos gestos da Abelhita

Especial Aniversario Atelier das Artes.

Atelier das Artes 60

Page 61: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Passo a Passo

Recortamos do abecedário, para Scrap, as letras para formar a palavra “Parabéns”. Passamos cola

batom no seu verso e colamos de forma desalinhada na parte interior do postal que fica visível.

Aplicamos o carimbo de silicone em forma de vaso com flor no canto inferior direito da capa do pos-

tal, utilizando para o efeito uma almofada para carimbo. Com a ajuda de uma caneta de brilho verde

contornamos o desenho agora impresso de forma a dar-lhe o devido destaque.

Com a ajuda de um pincél passamos este na cola seguido do pó de embossing e pintamos o vaso e

as pétalas da nossa flor, dando assim por terminada a decoração exterior do postal.

Utilizamos uma fita de cetim para envolver o rectângulo e fazer um laçarote. Passamos cola batom

no seu verso e colamos na frente do postal.

3º Edição 61

Page 62: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Para o interior do postal, usamos uma folha de papel decorativo que vamos medir e cortar de forma

a criar um rectângulo inferior ao espaço que temos no interior do postal, cortando com a ajuda de

uma tesoura decorativa. Passamos cola batom no seu verso e colamos no centro do interior do pos-

tal.

Repetindo o processo de utilização do carimbo e do pó de embossing, carimbamos o canto inferior

esquerdo do postal e pintamos ainda o vaso e a flor com o pó de embossing, mas desta vez de uma

forma mais suave

Acabamentos:

Colamos em cima do laçarote uma

flor em fimo.

Trabalho Terminado

Scrapbooking

Atelier das Artes 62

Page 63: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Foto: Sara Castelo de Carvalho

Page 64: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Açores

Localização e clima

O Arquipélago dos Açores encontra-se

no Oceano Atlântico, entre as latitudes

37º a 40º N e longitudes de 25º a 31º

W, sendo as ilhas Norte Atlânticas mais

isoladas.

É composto por três grupos de ilhas:

O Grupo Ocidental que é constituído pe-

las Ilhas das Flores e do Corvo.

O Grupo Central que incorpora as Ilhas

Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e

Faial.

E por fim o Grupo Oriental onde se pode

encontrar as Ilhas de São Miguel, Santa

Maria e os ilhéus das Formigas

(situados entre São Miguel e Santa Ma-

ria).

Do arquipélago dos Açores a Portugal

Continental dista cerca de 1500 km.

O clima dos Açores sofre a influência

moderadora do oceano. É, por isso, um

clima temperado marítimo, húmido e

moderadamente chuvoso, com peque-

nas oscilações anuais nos valores da

temperatura, humidade e precipitação,

sendo muito influenciado pelo Anticiclo-

ne dos Açores.

A temperatura habitualmente varia des-

de os 16ºC (60ºF) no Inverno aos 26ºC

(79ºF) no Verão. Sendo a temperatura

média anual de 17,5ºC. A humidade re-

lativa do ar é elevada todo o ano devido

à influência oceânica, com valores mé-

dios entre os 75% e os 80%.

História

Pelos documentos conhecidos, Santa

Maria é a primeira ilha cuja descoberta

é oficialmente divulgada. Decorria o ano

de 1427, quando aparece indicada no

famoso mapa maiorquino de Gabriel

Valsequa a Ilha de Santa Maria.

Porem, a ilha apenas começa a ser po-

voada pelo Infante D. Henrique no ano

de 1439.

Flores e Corvo, inicialmente chamadas

de “o outro arquipélago”, foi avistada

perto de1452 pelos pilotos Diogo de

Teive e Pedro e só completou o conheci-

mento dos Açores 25 anos depois de

Santa Maria.

Os primeiros colonizadores, chegados

às ilhas, encontram algumas aves idên-

ticas a águias de asas redondas, des-

providos de manuais de ornitologia,

baptizariam de Açores aquelas aves ja-

mais vistas. Daí surge o baptismo das

ilhas, por Açores.

Atelier das Artes 64

Page 65: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Regiões & Costume

O povoamento do arquipélago foi forte-

mente influenciado pelo casamento da

princesa D. Isabel com Filipe, O Bom.

Foi esta mesma princesa que fez com

que aventureiros fidalgos e artesãos

qualificados invadissem o arquipélago

de forma a viabiliza-lo económica e so-

cialmente. O Continente manteria a ilha

política e administrativamente organiza-

da.

Oriunda de zonas do interior de Portu-

gal, mas também da Alemanha, Espa-

nha e Itália, reuniu-se mão-de-obra ne-

cessária e povoadores que mantives-

sem actividades económicas rentáveis

no arquipélago. Daqui surgiram os pri-

meiros Açorianos.

Contudo, este misto de culturas não re-

tirou às ilhas a incontestável prevalên-

cia das origens lusas, com o domínio

dos valores arquitectónicos, religiosos,

sociais e gastronómicos de várias regi-

ões de Portugal.

Após as Descobertas geográficas dos

séculos XIV a XVI, os Açores tornaram-

se o arquipélago mais procurado, para

embarcar provisões, reler as estrelas e

corrigir o rumo. Assim, considerava-se

o “ponto de encontro” de todas as ro-

tas.

Foi durante os séculos XV a XVIII que o

porto de Angra, na Ilha Terceira, se tor-

nou o mais importante ponto de apoio à

navegação Europeia. Era ali que civiliza-

ções oriundas de toda a Europa se con-

fundiam.

Por volta do século XV, antes mesmo de

Cristóvão Colombo ter sido bem sucedi-

do, da Ilha Terceira surgem navegado-

res como Lucas de Cacena a aventura-

rem-se por terras ocidentais.

No século XVI, Angra afirma-se como

porto obrigatório de escala para as naus

provenientes da América e da Índia.

Nesse período a Terceira é um entre-

posto de ouro, prata, diamantes e espe-

ciarias jamais vistas pelos países euro-

peus, o que suscitava a cobiça de cor-

sários franceses, ingleses e flamengos e

faz com que as suas costas sejam alvo

de ataques constantes durante vários

séculos.

Com isto, em 1583, forças espanholas

comandadas por D. Álvaro de Bazan,

depois de violentos combates, conse-

guem dominar a ilha. Até 1640, o ano

da Restauração que põe fim ao Domínio

Filipino em Portugal e nas Ilhas, a Ter-

ceira é porto de escala regular dos ga-

leões espanhóis, que trazem as fabulo-

sas riquezas do Peru e do México. Os

espanhóis, que mobilizaram as popula-

ções das várias ilhas para a construção

de obras públicas (caminhos pedestres

calcetados, pontes, etc.), são expulsos

3º Edição 65

Page 66: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

com a Restauração e a vida regressa à

normalidade, mantendo a ilha a sua po-

sição de centro económico, administra-

tivo e religioso dos Açores até ao início

do século XIX.

As lutas liberais levam a Terceira a de-

sempenhar, mais uma vez, um impor-

tante papel na história de Portugal. Em

1820, após várias vicissitudes, a Tercei-

ra transforma-se na principal base dos

liberais, quando, com uma viragem em

1828, os absolutistas são dominados.

Em frente a Vila da Praia trava-se, em

1829, uma violenta batalha naval em

que as forças miguelistas são derrota-

das, seguindo-se a instalação da regên-

cia na ilha e a posterior conquista das

restantes ilhas do arquipélago para a

causa liberal. Da Terceira partem para o

continente, em 1832, a armada e o

exército que, após o desembarque no

Mindelo, proclamam a Carta Constituci-

onal portuguesa.

Na segunda metade dos anos setecen-

tos, os navios baleeiros da colónia britâ-

nica na América do Norte que faziam

escala nos Açores, transformaram-se no

veículo principal da emigração insular.

Mudou assim o rumo da emigração aço-

riana: do Brasil, destino mais antigo do

êxodo açoriano, à América Oriental.

Do estado de Massachusetts, a emigra-

ção açoriana alastrou até à costa oci-

dental americana e ao Canadá, de Áfri-

ca à Índia, de Malaca a Macau e da In-

donésia até Austrália e Nova Zelândia.

No fim dos anos 30 do séc. XX começou

a esboçar-se o inicio do apogeu da caça

à baleia. Na altura já se construíam ca-

noas em quase todas as ilhas e em se-

guida, enquanto a Europa ardia, o difícil

investimento na construção de fábricas

baleeiras adequadas acompanhou a ex-

traordinária subida internacional do pre-

ço do óleo verificado no final do II Con-

flito Mundial. A peripécia Baleeira con-

clui-se definitivamente na década de

80. O último cachalote no Grupo Oci-

dental foi apanhado em 1981, enquanto

na Ilha do Pico a caça à baleia continu-

ou, de forma inoportuna, até 1987.

Nos meses de Inverno e por vezes tam-

bém no Verão, quando o mar se enfure-

ce à volta das fajãs, a agricultura passa

por dias difíceis, tudo por causa da sal-

moura. Nos pastos açorianos, o gado

bovino começara a ditar a libertação da

bovinocultura tradicional.

Açores

Atelier das Artes 66

Page 67: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Regiões & Costume

No entanto, o “aparecimento” da bovi-

nocultura iria provocar a paragem gra-

dual dos teares. Assim, nos finais do

séc. XIX, voltados da América do Norte,

os emigrantes açorianos trouxeram as

primeiras batoneiras e desnatadeiras,

brotando nas ilhas a indústria dos lacti-

cínios. Esta veio impor-se à indústria

caseira da manteiga, mais evoluída na

Ilha de São Jorge, onde, seguindo téc-

nicas francesas e inglesas, já se produ-

zia queijo. Os progressos da produção

de lacticínios e o aumento das pasta-

gens levaram à instauração de um gra-

ve desequilíbrio cerealífero, que na dé-

cada de 1930 levou várias ilhas ao en-

carecimento, quando, durante os sécu-

los anteriores, elas sempre exportaram

trigo em abundância.

Entre muitos outros, os dois produtos

das férteis terras açorianas que leva-

ram mais longe o nome desta ilha, fo-

ram o Vinho e a Laranja. A laranja ex-

portada para Inglaterra, trouxe a São

Miguel uma grande prosperidade, des-

de o final do séc. XVIII.

Uma epidemia levou á extinção dos po-

mares de laranja a partir de 1860,

mas, rapidamente, a iniciativa local, de

forma a garantir a sobrevivência econó-

mica da ilha, introduz novas culturas

como o tabaco, chá, linho da Nova Ze-

lândia, chicória, o ananás e às quais se

juntam indústrias diversas e o desen-

volvimento da pesca e da pecuária.

Recentemente, os antigos trilhos da

emigração têm tomado o rumo inverso,

com as pessoas a regressar aos Açores

desde o último quartel do século XX. A

grande maioria volta para a terra natal,

para gozar os últimos anos de vida. Fi-

nanceiramente seguros, os regressados

sentem a saudade da forma de viver

açoriana e das suas tradições. Uma for-

ma de viver também prezada por pes-

soas de outras nacionalidades, que têm

contribuído para um pequeno aumento

da população no Arquipélago dos Aço-

res. Tanto os ex-emigrantes como os

novos habitantes estrangeiros procu-

ram um estilo de vida e atracções dife-

rentes daqueles que podem encontrar

nas nações onde se encontravam.

Festejos dos Açores

A religiosidade do povo açoriano está

bem perceptível nas muitas manifesta-

ções que se realizam, anualmente em

toda a ilha. Consagra à sua volta al-

guns milhares de peregrinos vindos

propositadamente de várias partes do

mundo em cumprimento de promessas,

em agradecimento de graças recebidas

ou, simplesmente, em romaria de sau-

dade.

3º Edição 67

Page 68: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Açores

Festa do Senhor Santo Cris-

to dos Milagres

A Festa do Senhor de Santo Cristo dos

Milagres é a maior festa religiosa que

se realiza nos Açores. Tem lugar na ci-

dade de Ponta Delgada, no quinto do-

mingo após a Páscoa. Ali afluem milha-

res de peregrinos que, numa autêntica

manifestação de verdadeira fé, seguem

a passagem da imponente imagem do

Senhor, incorporada na solene procis-

são que, durante cerca de três horas,

percorre grande parte das ruas da cida-

de que, para a ocasião, são atapetadas

com artísticos, coloridos e perfumados

tapetes de diversas flores.

Com idêntica devoção, o culto ao Se-

nhor Santo Cristo dos Milagres é cele-

brado pela população da Graciosa e pe-

los forasteiros que, no mês de Agosto,

se concentram na Vila de Santa Cruz

que, para o evento, se adorna com os

seus melhores ornamentos.

Procissão de São Miguel ou

Procissão do Trabalho

No domingo seguinte a 8 de Maio há

majestosos cortejos que à volta do an-

dor do Santo Patrono, São Miguel, reú-

ne vários artesãos agradecendo suces-

sos obtidos e pedindo novos fôlegos pa-

ra as suas profissões e a Festa do Bom

Jesus da Pedra, no último fim-de-

semana de Agosto, ambas em Vila

Franca do Campo, são, de igual modo,

manifestações sinceras da verdadeira fé

dos seus peregrinos.

Ainda em São Miguel e revelador do

sentimento religioso da sua gente, des-

taque para os Ranchos de Romeiros,

grupos de homens que, em promessa,

percorrem a ilha a pé durante oito dias,

no período quaresmal, rezando junto de

todas as igrejas e capelas que tenham

um altar dedicado a Nossa Senhora, na

que é considerada uma das grandes

manifestações religiosas do povo da

ilha.

Festa do Senhor Santo Cristo dos Milagres

Fonte: lombadamaiajovem.blogspot.com

Tapete Floral

Atelier das Artes 68

Page 69: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Regiões & Costume

As Festas de Nossa Senhora da Assun-

ção, Padroeira de ilha, que se realizam

todos os anos no dia 15 de Agosto,

ocupam lugar de destaque no calendá-

rio festivo de Santa Maria, às quais es-

tá associado o Festival da Maré de

Agosto. Este festival atrai à ilha multi-

dões, sobretudo jovens de outras ilhas,

do continente e das comunidades emi-

grantes açorianas, para assistirem a

uma parafernália de iniciativas cultu-

rais, à actuação dos vários grupos mu-

sicais e às manifestações literárias e

plásticas que, simultaneamente, se de-

senrolam.

As Festas do Divino Espírito Santo que

se realizam a partir do domingo de

Pentecostes e durante vários domingos

e por todo o Arquipélago, embora se-

jam difiram nas suas características de

ilha para ilha e até de freguesia para

freguesia. Sendo comum em toda a ilha

a Grande Coroação, ponto alto das fes-

tas, e a distribuição, em muitos casos

graciosa, das típicas “Sopas do Impé-

rio”.

Na Terceira, domingo após domingo e

em cada freguesia, desde o Pentecostes

até finais do Verão. Esta festa é essen-

cialmente de natureza caridosa e com

objectivo principal de entregar o bodo

aos mais necessitados. O ponto alto

desta grande festa atinge-se com a dis-

tribuição das típicas e célebres Sopas

do Espírito Santo e da deliciosa Alcatra.

Ambas as iguarias são confeccionadas

com a carne das reses oferecidas ao

Espírito em cumprimento de promessas

ou pedidos e acompanhadas pelo pão

de mesa, pão de água e pão doce,

massa sovada e aromático vinho de

cheiro. Tudo isto é vivido num ambien-

te de enorme alegria e animação.

As festas terminam com atribuladas e

contagiantes “touradas à corda”, em

que o touro, amarrado com uma corda

que é manobrada por vários homens,

percorre as ruas da localidade, perse-

guindo os populares mais corajosos que

o afrontam e enfrentam, perante os

olhares dos que assistem.

Coroa do Espírito Santo Tourada à corda

3º Edição 69

Page 70: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Açores

De 23 a 29 de Junho em invocação aos

Santos Populares (Santo António, São

Pedro e São João) e aliado a um rico

folclore tradicional, as Sanjoaninas da

Terceira estabelecem uma grande ma-

nifestação de cariz religioso e popular

traduzindo a simplicidade dos açoria-

nos.

As “touradas de praça”, para as quais

são chamados grandes nomes do tou-

reio nacional e internacional e as hilari-

antes “touradas à corda” são compo-

nente indispensável e muito apreciado

no cartaz das Sanjoaninas que contri-

buem, sem dúvida, para a projecção do

nome da Terceira para além das suas

fronteiras.

Nesta mesma altura do ano, realiza-se

a festa de São João da Vila, em Vila

Franca do Campo, com o desfile das su-

as alegres e coloridas “marchas” que

extravasam toda a alegria de vida dos

jovens que as integram. É um espectá-

culo que se tem vindo a firmar no car-

taz festivo da ilha de São Miguel.

Em São Jorge, além das solenes festas

em honra dos padroeiros das diversas

paróquias, a Romaria a Nossa Senhora

do Carmo, na Fajã dos Vimes a 16 de

Julho e também aqui a Romaria do

Santo Cristo no primeiro domingo de

Setembro, fazem com que se reúnam

naquela, muitos fiéis em ameno alegre

convívio. Tendo como foco principal a

devoção a Nossa Senhora de Lourdes,

padroeira dos baleeiros, a festa tem iní-

cio na Vila das Lajes do Pico no último

domingo de Agosto e prolonga-se por

uma semana a que se chama Semana

dos Baleeiros. Durante esta semana re-

alizam-se várias manifestações de ca-

rácter sociocultural ligadas à histórica

actividade de caça à baleia de forma a

proporcionarem momentos de entrete-

nimento e alegria.

Sanjoaninas

Fonte: visitazores.com

Festa de São João da Vila

Fonte: http://www.flickr.com/photos/

casimirovalerio/3669808434/

Atelier das Artes 70

Page 71: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Regiões & Costume

As Festas de Santa Maria Madalena, na

Vila da Madalena a 22 de Julho e do

Bom Jesus, em São Mateus a 6 de

Agosto, são outras tantas manifesta-

ções dos sentimentos religiosos da po-

pulação do Pico. Também na Vila da

Madalena se realiza a Festa das Vindi-

mas. Ao longo da primeira semana de

Setembro evoca-se uma prática cente-

nária da população do Pico, a cultura da

vinha e a produção de afamados vi-

nhos. É ocasião para a realização de ac-

tividades culturais e desportivas que,

naquele período, agitam esta vila.

Considerada uma das maiores expres-

sões de fé dos habitantes faialenses é

de realçar a festa religiosa dedicada a

Nª Senhora das Angústias, realizada na

cidade da Horta. Correm a esta, não só

habitantes de toda a ilha, como tam-

bém gentes do Pico que se deslocam

propositadamente ao Faial para nela

participar.

Ainda na ilha do Faial, o dia 24 de Ju-

nho é subterfúgio para convívio dos

seus habitantes que, em romaria, se

deslocam ao Largo Jaime Melo e aí fes-

tejarem o São João, ao som das tunas

e filarmónicas durante algumas anima-

das horas.

Na ilha das Flores têm especial signifi-

cado as celebrações religiosas nas Fes-

tas Sanjoaninas, em Santa Cruz e a

Festa do Emigrante, nas Lajes das Flo-

res, bem como as festas dos padroeiros

que decorrem em todas as freguesias,

demonstração a devoção e sentimento

religiosos que invade os Florentinos.

Destaca-se especialmente, a Nossa Se-

nhora do Rosário, nas Lajes das Flores,

Nossa Senhora da Conceição em Santa

Cruz das Flores e Nossa Senhora das

Milagres no Lagedo, não esquecendo de

referir ainda a Festa dos Reis na Fazen-

da e Nossa Senhora da Saúde na Fajã

Grande.

Semana dos Baleeiros

Fonte: acores.net

Festa do Emigrante

Fonte: ilhadasflores.no.sapo.pt

3º Edição 71

Page 72: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Açores

Em evocação à padroeira da ilha, a po-

pulação do Corvo celebra com grande

crença as Festas de Nossa Senhora dos

Milagres, no dia 15 de Agosto. E tal co-

mo nas restantes ilhas do Arquipélago,

também no Corvo as festas em honra

do Divino Espírito Santo são sentidas

com grande paixão e sentimento religi-

oso das suas gentes.

Muitas festas igualmente interessantes

do ponto de vista de manifestações so-

cioculturais na Região ficam por desig-

nar, bem como diversas outras festas

de feição popular que têm o intuito de

animar os habitantes da ilha açoriana

sempre acompanhadas por típicos ran-

chos folclóricos trajando a rigor. Possi-

velmente, numa outra edição, voltare-

mos a este assunto mais pormenoriza-

damente.

Locais a visitar

Num ambiente de plena tranquilidade e

ausência de poluição, nos Açores pode-

se desfrutar de paisagens variadas e

magníficas, e dos seus diversos mira-

douros apreciar vistas deslumbrantes.

Devido à fertilidade da terra a vegeta-

ção é de uma grande exuberância não

esquecendo a enorme diversidade de

flores, plantas endémicas e aves, pas-

sando pelas lagoas e crateras vulcâni-

cas, furnas, grutas, nascentes de água

e as espectaculares costas que banham

toda a Ilha.

Ilha de Santa Maria

A Praia Formosa é um dos locais mais

apreciados desta ilha, com uma extensa

praia de areia fina e clara, é também o

local ideal para a prática de desportos

aquáticos.

A nordeste, a Baía de São Lourenço, é

um local magnífico. Com as encostas

repletas de vinhas em típicos “currais”

rodeando uma praia de areia clara, no

extremo da qual se situa o Ilhéu do Ro-

meiro, onde se encontra uma gruta re-

pleta de estalactites e estalagmites, que

apenas é acessível em barco que atra-

cam num cais natural no seu interior.

A Maia e os Anjos são também localida-

des a incluir nos passeios, com piscinas

naturais de águas transparentes, for-

madas por rochas vulcânicas.

Diversos miradouros dão belíssimas pa-

norâmicas da ilha, sendo de salientar o

das Fontainhas, o das Lagoinhas, o do

Espigão e o do Pico Alto.

Baia de São Lourenço

Fonte: photorenato.blogspot.com

Atelier das Artes 72

Page 73: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Regiões & Costume

As actividades vulcânicas que deram

origem à ilha deixaram profundas fen-

das e túneis, conhecidos por furnas.

Entre outras, é obrigatório visitar a Fur-

na das Pombas com 337 metros de

comprimento, e a Furna dos Anjos com

118 metros de comprimento. A visita a

estas exige a presença de um guia e o

uso de equipamento adequado.

As Formigas, conjunto de oito ilhéus,

situados a 37 KM da costa de Santa

Maria, considerada reserva natural, são

uma zona de grande riqueza de fauna

subaquática e local de poiso e habitat

de aves marinhas.

Ilha de São Miguel

A Sete Cidades, a oeste, é uma caldeira

de 12 KM de perímetro com duas lago-

as geminadas, a Lagoa Verde e a Lagoa

Azul. No interior da caldeira encontra-

se a calorosa povoação das Sete Cida-

des, com casas de arquitectura popu-

lar, verdes pastagens e um pitoresco

jardim, com magníficas árvores,

azáleas e hortênsias, por isso conside-

rada paisagem protegida.

O Ilhéu de Vila Franca, considerado Re-

serva Natural, situa-se em frente à vila

com o mesmo nome. É uma das maio-

res atracções da costa de São Miguel,

no seu interior pode encontrar-se uma

piscina natural com forma circular per-

feita. De Junho a Setembro, existem

ligações diárias e frequentes, efectua-

das de barco a partir do Cais Tagarete.

A Ponta do Escalvado, com o seu mira-

douro com panorâmica da costa oeste e

sobre toda a região dos Mosteiros é um

local a visitar.

Na Ribeira Grande, a zona das Caldei-

ras, encontra-se pequeno conjunto de

fumarolas e antigo estabelecimento ter-

mal. Não pode esquecer-se também o

Vale das Lombadas, onde brota a nas-

cente da água mineral com o mesmo

nome, numa zona considerada Reserva

Natural.

Fonte: http://baixiosdaurzelina.blogspot.com

Fonte: http://

farm2.static.flickr.com/1031/1007304564_651bd2c9e5.jpg

3º Edição 73

Page 74: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Açores

Para leste depara-se a Praia dos Moi-

nhos na freguesia de Porto Formoso, na

Gorreana e Porto Formoso as Culturas

do Chá.

A Lagoa do Fogo, no centro da ilha situa

-se dentro da cratera de um vulcão ex-

tinto, com águas transparentes, penín-

sulas e praias de areia branca, é uma

reserva natural de beleza impar. A Cal-

deira Velha, situada a meia encosta do

vulcão da Lagoa do Fogo, é um peque-

no lago onde corre uma Ribeira de água

tépida, ideal para um banho relaxante,

e uma caldeira fumegante dentro da

mata.

Vale a pena visitar não só a Lagoa do

Congro, também no centro da ilha, mas

também o Pico do Ferro, rodeado de

exuberante vegetação, e com várias

cascatas, que oferecem uma vista des-

lumbrante sobre o Vale das Furnas.

Pode encontrar-se também na Ilha de

São Miguel, a povoação de Pescadores,

Ribeira Quente, com a sua famosa praia

do Fogo em que na estrada de acesso

se pode observar nascentes de água

férrea e deslumbrante vegetação.

O Vale das Furnas, situado a este da

Ilha de S. Miguel, é uma enorme caldei-

ra atravessada por vinte e duas fontes

termais. É ali que se situam a Lagoa

das Furnas, que além da sua beleza

tranquila, tem numa das suas margens,

as conhecidas sulfataras vulcânicas, au-

tênticas cozinhas naturais onde se ob-

tém o famoso cozido nas Caldeiras

(enterrado no solo, em recipientes her-

meticamente fechados) e a freguesia

das Furnas, com o seu maravilhoso Par-

que Terra Nostra, um conjunto de la-

gos, caminhos sinuosos, árvores cente-

nárias e flores exóticas, e um lago de

água termal. É aqui que se pode encon-

trar também as famosas Caldeiras das

Furnas que são uma área de manifesta-

ções vulcânicas diversas, de onde bro-

tam géisers de água fervente e lamas

medicinais, sendo a mais espectacular a

caldeira de Pêro Botelho.

Fonte: http://clickandclick.fotosblogue.com

Fonte: http://7maravilhas_azores.blogs.sapo.pt

Atelier das Artes 74

Page 75: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Regiões & Costume

A freguesia das Furnas é um importante

centro termal onde as águas das ribei-

ras e lamas sulfúricas das caldeiras são

aproveitadas para tratamento de doen-

ças das vias respiratórias, de reumatis-

mais, de aparelho circulatório entre ou-

tras.

As Estufas de Ananases situadas na Fa-

jã de Baixo, arredores de Ponta Delga-

da, são uma boa oportunidade de ver o

método único de desenvolvimento desta

cultura, produzindo frutos de incompa-

rável qualidade.

A região de Nordeste é, em termos pai-

sagísticos das mais belas da Ilha de São

Miguel. Desde altas montanhas a gran-

des desfiladeiros onde correm várias ri-

beiras, deslumbrantes miradouros e pe-

quenas aldeias que despontam entre o

verde intenso das pastagens, é um local

que convida a estada por alguns dias.

Pode visitar entre outros, a Serra da

Tronqueira, o Pico da Vara (1.105 me-

tros de altura), miradouro da Ponta da

Madrugada, o miradouro do Salto da

Farinha, miradouro do Pico de Bartolo-

meu, o farol da Ponta do Arnel, o porto

da vila de Nordeste, a Praia de Lombo

Gordo e vários e magníficos Parques

Florestais.

Ilha Terceira

O Monte Brasil, paisagem protegida, em

Angra do Heroísmo, possibilita das mais

belas paisagens da Terceira. Tal como a

Mata da Serreta, a oeste, com luxuriosa

vegetação que possibilita magníficas

paisagens do miradouro do Peneireiro e

um ambiente calmo.

A Estrada das Doze Ribeiras, ladeada

por hortênsias, percorrendo a encosta

da Serra de Santa Bárbara, mostra-nos

um dos mais belos panoramas sobre o

oeste da ilha, e a Caldeira de Santa

Barbara que tem grande valor patrimo-

nial, pois no seu interior viaja-se a um

passado bem distante devido ao bom

estado de preservação deste ecossiste-

ma.

A Caldeira de Guilherme Moniz, que é a

maior do Arquipélago (15 km de perí-

metro), é também uma visita obrigató-

ria na Ilha Terceira. Sem esquecer a

considerada reserva natural geológica,

Algar do Carvão, que é formado por

grutas com estalactites e estalagmites e

com cerca de 100 metros de profundi-

dade tendo até no seu interior uma la-

goa.

Nas proximidades encontra-se as Fur-

nas do Enxofre com fumarolas, as Gru-

tas dos Balcões, Agulhas, Natal e Furna

da Água. No entanto, para estes locais

serem visitados recomenda-se a ajuda

de um guia e de equipamento apropria-

do.

Fonte: afebredotartaruga.blogspot.com

3º Edição 75

Page 76: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Açores

A zona das Alagoas, situada na fregue-

sia de Agualva, é um sítio de paisagem

protegida, rico em vegetação endémica,

é também conhecido dos amantes da

pesca de calhau. Já para os amantes de

passeios a pé, a subida ao Pico Alto po-

derá ser um excelente desafio, podendo

-se desfrutar de uma bela paisagem.

Para além do Pico Alto encontramos

também na Ilha Terceira os Picos da

Bagacina e do Cabrito que se caracteri-

zam por regiões de lava e onde são fei-

tas as criações de gado bravo.

Outros locais que, pela sua beleza, me-

recem uma visita são a Lagoa do Ne-

gro, as Lagoas do Pico do Boi, bem co-

mo a Lagoa das Patas e os Biscoitos,

formações vulcânicas na costa norte

que resultam de antigas erupções.

Ilha Graciosa

Entre rochas escarpadas, uma escada-

ria em caracol leva os visitantes a uma

enorme abóbada vulcânica, dentro da

qual se encontra uma lagoa de água

morna e sulfurosa. Deve ser visitada

entre as 11:00 e as 14:00, altura em

que a luz do sol penetra pela boca es-

treita que dá acesso à superfície, ilumi-

nando o seu extraordinário interior.

Existem, em vários locais da ilha, fen-

das que apenas devem ser visitadas

com o acompanhamento de um guia e

devido equipamento e que nem por isso

deixam de exibir beleza incomparável,

muito pelo contrário. Tais são a Furna

dos Bolos, Manuel de Ávila, Furada, Li-

nheiro, Lembradeira, Cardo, Cão, Gato,

Queimado, Labarda, Castelo, Calcinhas,

Vermelho, Luís e Urze.

O Monte de Nossa Senhora da Ajuda é

o local ideal para um vislumbre sobre a

Vila de Santa Cruz, bem como da parte

norte da ilha. A visita à Caldeirinha pro-

porciona para além da vasta panorâmi-

ca sobre a Ilha Graciosa, também as

restantes ilhas do grupo central -

Terceira, São Jorge, Pico e Faial.

É também de sugerir um passeio ao Pi-

co do Timão e ao Pico do Facho e dos

diversos ilhéus existentes ao longo da

costa, é de destacar o Ilhéu da Praia e

o da Baleia.

Fonte: http://www.geocaching.com

Fonte: http://cm-santacruzdasflores.azoresdigital.pt

Atelier das Artes 76

Page 77: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Regiões & Costume

Devido à riqueza das suas águas sulfu-

rosas, ricas em cloreto sódicas e alcali-

nas, as Termas do Carapacho são utili-

zadas para fins terapêuticos.

Ilha de São Jorge

A Ilha de São Jorge é de forma compri-

da e costa recortada, sendo atravessa-

da por uma cordilheira em todo o seu

comprimento, onde a zona mais alta é o

Pico da Esperança que atinge cerca de

1.053 metros, e de onde se pode avis-

tar todas as ilhas do grupo Central.

Encontram-se dos dois lados da ilha as

famosas fajãs, que consistem em su-

perfícies planas, que se prolongam até

ao mar, algumas delas, devido a micro-

climas estão convertidas em férteis po-

mares apresentando frutos tropicais e

dragoeiros (o exemplo da Fajã de São

João). Recomenda-se a visita à Fajã da

Caldeira de Santo Cristo, na região de

Ribeira Seca, considerada reserva natu-

ral bem como área ecológica especial

onde existe uma lagoa, sendo o único

local nos Açores onde se criam Amêi-

joas. Nas diversas fajãs ainda se pode

observar as típicas casas de lavoura em

pedra.

O Ilhéu do Topo, na ponta leste da ilha,

é considerado reserva natural pela exis-

tência de flora indígena e local de con-

centração e de nidificação de várias

aves marítimas residentes e migrató-

rias.

Ilha do Pico

Nesta ilha encontra-se a mais alta mon-

tanha de Portugal, o Pico, com 2.351

metros de altitude. Culmina na cratera

do Pico Grande, onde se ergue o Pico

Pequeno ou Piquinho onde na base bro-

tam fumarolas.

Termas do Carapacho

Fonte: ilha-graciosa.blogspot.com

Fonte: http://br.olhares.com/uma_das_fajas_de_sao_jorge_foto1437823.html

Fajã da Caldeira de Santo Cristo

Fonte: feriasemportugal.pt

3º Edição 77

Page 78: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Açores

Embora já fosse considerado área pro-

tegida, essa consideração foi reforçada

com a criação da Reserva Natural do

Pico, como medida fundamental para a

preservação da Natureza daquela que

se pode considerar uma das zonas mais

características dos Açores.

Os Ilhéus Deitado e Em Pé, situados em

frente à vila da Madalena, são resultan-

tes de antigas erupções vulcânicas e

onde nidificam diversas aves marinhas.

Na parte Oriental da ilha, em que o solo

é mais plano existem diversas lagoas,

destacando-se as do Capitão, Caiado e

Paúl.

Situados na costa norte, dignos de visi-

ta obrigatória são também os Arcos do

Cachorro, arcos estes feitos de lava on-

de o mar penetra. Outros locais de

grande interesse, resultado de antigas

erupções vulcânicas, são o Mistério da

Prainha, o Mistério de Santa Luzia e o

Mistério de São João que é resultado de

um vulcão formado no mar e que se

veio unir à ilha.

Ilha Do Faial

A Ilha do Faial tem o título de Ilha Azul,

pela sua enorme quantidade de hortên-

sias de todas as tonalidades de azul.

Na zona mais central da ilha encontra-

se o Cabeço Gordo, miradouro natural,

com 1043 metros de altitude, de onde

se consegue avistar as ilhas do Pico e

de São Jorge.

Fonte: http://www.flickr.com/

photos/61539246@N00/2209555483

Ilhéus Deitado e Em Pé

Fonte: geocrusoe.blogspot.com

Fonte: http://www.flickr.com/photos/felixdcatagain/314364683/

Atelier das Artes 78

Page 79: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Regiões & Costume

Próximo, encontra-se a Caldeira Velha,

classificada como reserva natural devi-

do à formidável fauna e flora original da

ilha, e com uma cratera de 2 km de di-

âmetro e 400 metros de profundidade.

A Cidade da Horta, devido à sua situa-

ção geográfica, proporciona uma pano-

râmica sempre magnífica sobre a ilha

do Pico, e muitas vezes, sempre que o

tempo o permitir, de São Jorge.

Um local de visita obrigatória, com

construções históricas, ligadas à caça à

baleia, é o Monte da Guia, zona de pai-

sagem protegida.

A Ponta dos Capelinhos, situada no ex-

tremo mais ocidental da ilha, é uma das

principais zonas turísticas do Faial. Ali

pode visualizar-se os efeitos da erupção

de 1957/58, que deixou a paisagem

completamente alterada e que aumen-

tou o comprimento desta ilha em cerca

de 1km.

O Varadouro, com a sua belíssima baia

com nascente de água quente, situa-se

na costa sul da ilha. Devido ao seu mi-

croclima é uma zona muito desejada

para banhos.

Toda a costa Norte oferece panorâmicas

espectaculares sobre a ilha, sempre

com as hortênsias a orlar pastagens.

Não pode ser esquecido também, o Va-

le de Flamengos, pela sua paisagem

única.

Ilha das Flores

Ilha repleta de magníficas paisagens

com fantásticas ribeiras e cascatas de

beleza natural ímpar.

Para melhor desfrutar de vistas deslum-

brantes, aconselham-se o Pico da Burri-

nha, o dos Sete Pés e o ponto mais ele-

vado da ilha, o Morro Alto (914 me-

tros).

A Rocha dos Bordões é um fenómeno

geológico de extremo interesse, com

altas estrias verticais, formadas pela

solidificação do basalto, formando um

morro alto. Próximo da sua base e jun-

to ao mar temos pequenas caldeiras de

água sulfurosa ferventes, chamadas

Águas Quentes.

Pode encontrar-se as Sete Lagoas, na

zona central da ilha, nomeadamente a

Lagoa Funda, Branca, Seca, Comprida,

Rasa, Lomba e Funda das Lajes são lo-

cais a não perder.

Entre a freguesia da Fajãzinha e a Pon-

ta da Fajã, existem cerca de vinte que-

das de água, sendo a mais impressio-

nante a Cascata da Ribeira Grande com

uma queda de centenas de metros.

Na costa, podemos encontrar dois dos

grandes atractivos da ilha. Duas grutas

Fonte: http://sotokai.tripod.com/

grupoocidental.htm

3º Edição 79

Page 80: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Açores

que apenas podem ser visitadas por via

marítima. A Gruta do Galo, com uma

entrada que se parece com a de uma

catedral, e a Gruta dos Enxaréus, com

cerca de 50 metros de profundidade e

25 metros de largura.

É de se destacar o ponto mais ocidental

de toda a Europa, o ilhéu de Monchique.

Ilha do Corvo

A ilha do Corvo é a menor ilha do Arqui-

pélago dos Açores. Pode encontrar-se o

ponto mais elevado da ilha a 718 me-

tros, o Morro dos Homens.

A zona norte, possuiu uma beleza única

de costas escarpadas e com várias pon-

tas e ilhéus.

O Caldeirão, situado no Monte Gordo é

uma grande cratera com cerca de 300

metros de profundidade e 3400 metros

de perímetro, dentro encontramos duas

lagoas com pequenas ilhotas.

Artesanato

Devido ao isolamento das ilhas, como

forma de superarem algumas das suas

dificuldades do quotidiano, os seus ha-

bitantes viram-se obrigados a lançar

mão àquilo que a terra lhes oferecia.

Com o evoluir do tempo e, consequen-

temente, a grande abertura da Região

para o exterior, que a aproximou ex-

pressivamente do resto da Europa e do

mundo, muito do que outrora constituía

uma necessidade dos seus homens, re-

presenta hoje o abastado artesanato

açoriano. O artesanato típico do arqui-

pélago açoriano é retratado em interes-

santes trabalhos de cerâmica, madeira,

tecelagem, vimes e bordados. “… Onde

o sector dos texteis-lar representou

3,4% das exportações da Região Autó-

noma dos Açores entre 1993/95. As

Empresas responsáveis pelo sector pos-

suem um produto de qualidade que se

adequa às tendências cada vez mais

exigentes do mercado”

Fonte: http://www.galenfrysinger.com/

azores_corvo_island.htm

Fonte: http://www.galenfrysinger.com/

azores_corvo_island.htm

Atelier das Artes 80

Page 81: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Regiões & Costume

tendo os bordados açorianos recebido a

denominação de Produto de Origem de

Qualidade Certificada.

Nascem admiráveis peças de materiais,

formas e cores diversas, das mãos ha-

bilidosas dos artesãos dos Açores. São

autênticas obras de arte.

Exemplo disso, as delicadas flores feitas

com escamas de peixe, de papel, de

penas ou de pano, ou os coloridos ca-

pachos de folha de milho e espadana,

que em São Miguel se podem encon-

trar. Não menos notáveis são as trem-

pes, as peneiras e as bandeiras borda-

das do Divino Espírito Santo feitas na

Ribeira Grande.

Características das ilhas do Faial e Flo-

res, nascem as magníficas e artísticas

flores e outros interessantes trabalhos

em miolo de figueira ou de hortênsia,

são dignas peças do seu artesanato.

No campo da cerâmica, nascem belas

peças pintadas à mão, da rústica e mui-

to apreciada louça da Lagoa e de Vila

Franca do Campo, em São Miguel, bem

como curiosos exemplares das olarias

mariense e terceirenses e os vasos, bu-

les e canecas da Graciosa, despertam

sem dúvida a atenção de qualquer um.

No ramo da tecelagem, bordados e ren-

das, desde as quentes camisolas de lã

de ovelha feitas manualmente em San-

ta Maria, à confecção, em velhos teares

manuais, de colchas e mantas com bo-

nitas combinações de cores em quadra-

dos. Merecem referência especial, as

conhecidas “colchas de ponto alto” ou

“mantas de São Jorge” e as rendas de

croché “caseado” ou “croché de arte”

do Faial, além dos cobiçados bordados

manuais em pano de linho, branco, cru

e vermelho da Ilha Terceira.

“As hábeis mãos das mulheres Açoria-

nas sempre bordaram e fizeram rendas.

Talvez melhor que nenhuma outra ma-

nifestação artesanal, os bordados per-

sonificam, na sua pureza, suavidade de

cores, harmonia, perfeição e tranquila

transparência, a maneira de ser das

Ilhas – o que lhes confere redobrados

motivos de interesse e beleza.”

Podem também encontrar-se os inte-

ressantes trabalhos em vimes. Desde

pequenos cestos a elegantes mobílias,

sobretudo para casas de veraneio. A

utilização do ferro e da madeira em ob-

jectos de uso diário nos trabalhos do

campo e na faina pesqueira

Flores de escamas de Peixe

Fonte: http://br.olhares.com/flor_de_escamas_foto136816.html

3º Edição 81

Page 82: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Açores

e da palha de trigo como matéria-prima

para o fabrico de objectos de uso cor-

rente ou ainda trabalhos em lata repro-

duzindo artísticas peças muito aprecia-

das e concorridas exposições, sobretu-

do na ilha Terceira, completam, em ter-

mos gerais, o curioso panorama artesa-

nal açoriano.

Entretenimento e Desporto

O clima ameno das ilhas açorianas, uni-

do ao seu ambiente natural proporciona

óptimas condições para a prática do

desporto ao ar livre, tais como o golfe,

o ténis, a caça, a pesca e os desportos

radicais aquáticos.

Longas caminhadas entre caminhas flo-

ridos, montes e vales proporcionam aos

caminhantes, uma sublime sensação de

tranquilidade e trazendo, o contacto

com a natureza, uma harmonia incon-

testável.

Os Açores têm óptimas condições para

a prática de variados desportos radi-

cais, como o parapente que, actualmen-

te, é praticado em quase todas as ilhas

do Arquipélago. Realizando-se, no mês

de Agosto, o Encontro Internacional de

Parapente dos Açores, promovido pelo

Aero Clube da Horta.

As amenas temperaturas e as condições

que a costa açoriana proporciona, con-

vidam à prática de diferentes desportos

náuticos, como o “surf”, o “windsurf”, o

remo, a vela e a natação. Para além

disso, encontra-se condições perfeitas

para aos amadores da pesca variedades

piscícolas, que, devido á extraordinária

riqueza dos mares açorianos, lhes per-

mitem obter excelentes capturas. Verifi-

ca-se mesmo, recordes europeus e

mundiais, com estas capturas, sobretu-

do no triângulo abrangido entre as ilhas

Faial, Pico e São Jorge. Note-se que nas

ilhas existem, embarcações de aluguer

com profissionais que conduzem os

amantes da pesca até aos locais mais

propícios para tal actividade.

Para os amantes das explorações suba-

quáticas, os mares dos Açores oferecem

extraordinários fundos multicolores de

grande riqueza, não só vegetal, como

também em animal. Tal beleza contras-

ta com o íngreme litoral das ilhas, e

com as hospitaleiras praias e piscinas

naturais abertas ao mar que, especial-

mente durante a época balnear, são

ponto de convívio e de intercâmbio cul-

tural.

Tudo isto são razões aliciantes para

uma viagem ao profundo, maravilhoso

e paradisíaco arquipélago dos Açores!

Atelier das Artes 82

Page 83: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Regiões & Costume

Cozinha Tradicional

A dispersão geográfica das ilhas é possivelmente a causa principal da grande varie-

dade de pratos típicos que fazem parte da cozinha tradicional açoriana. Para isso,

contribui também a grande riqueza piscícola dos mares dos Açores que, associada

à produção de boa carne, leite e seus derivados, bem como à de produtos hortíco-

las de qualidade, permite a utilização de uma grande variedade de ingredientes na

confecção daqueles pratos.

Percorrendo as ilhas em busca dos seus pratos tradicionais, encontramos numero-

sos pratos que se associam ao povo Açoriano. Contudo, apenas poderemos desta-

car a elaboração de alguns manjares típicos, lamentando não poder faze-lo para

todos aqueles cujo sabor é incomparável.

Investigação realizada por: Hugo Tadeu

Correcção: Débora Rodrigues

Especial Aniversario Atelier das Artes.

3º Edição 83

Page 84: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Gastronomia Açores

Sopas do Espírito Santo

Ingredientes:

1 L de água (se necessário, pode adicionar

mais)

1,5 kg de carne de vaca (peito alto e gordo)

1 kg de ossos de tutano

3 Cebolas

3 Dentes de alho

1 Galinha

1 Repolho

400 g de pão duro

9 Batatas

Manteiga

Sal q.b.

Louro

Hortelã

Preparação:

Coza as carnes (à excepção da galinha) em água temperando com sal e 1 folha de

louro. Quando estiverem meio cozidas junta-se a galinha, pois é a que demora me-

nos a cozinhar.

Junte o repolho e as batatas.

Parta o pão em pedaços e barre-os com manteiga colocando em tigelas com a hor-

telã e vaze o caldo de cozer as carnes por cima até o pão ficar bem ensopado.

Cobre-se as tigelas de forma a abafar-se o conteúdo e só se põe as carnes, o repo-

lho e a batata antes de ser servido.

Fonte: oblogdajoanina.blogs.sapo.pt

Atelier das Artes 86

Page 85: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Regiões & Costume

Pudim de mel

Ingredientes:

8 Ovos

450 g de mel puro

Manteiga

1 Colher de sopa de aguardente

1 Pitada de baunilha

1/2 Limão

Preparação:

Bata as gemas com o mel.

Junte-lhe 2 colheres de sopa de manteiga amolecida, a aguardente, a baunilha e as

raspas de casca do limão.

Bata as claras em castelo e misture-as ao preparado anterior, misturando muito

bem.

Deite o preparado numa forma de ir ao forno untada com manteiga.

Leve ao forno (pré-aquecido) durante cerca de 45 minutos.

Observações: É preferível que o pudim de mel seja servido no mesmo recipiente,

não sendo obrigatório.

Sugestão: Divida o preparado por pequenas formas individuais barradas com man-

teiga, e leve-as ao forno num tabuleiro. Findos 25 minutos, verifique se os pudins

estão firmes e ligeiramente tostados. Deixe arrefecer e decore com rodelas muito

finas de limão sem caroços.

Fonte: docesregionais.com

3º Edição 87

Page 86: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

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Page 87: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"

Agradecimento

É com grande orgulho e muita emoção que lançamos esta 3ª edição da Revista –

Atelier Das Artes e com ela assinalamos mais um importante marco na história da família Atelier Das Artes. O que hoje (29/04/2011) assinalamos é para todos

nós uma grande conquista, a comemoração do 2º Aniversario do Fórum – Atelier Das Artes. Foram dois anos de consecutivas vitórias. Dois anos de crescimento,

tanto na inscrição de membros como de conteúdo e qualidade. E é graças a essa qualidade e diversidade de trabalhos feitos pelos Artesãos do Fórum que atingimos

esta meta. A prova viva deste crescimento é o sucesso que a Revista tem conquis-tado, onde nas duas primeiras edições foram atingidas mais de 45.000 leituras.

Tudo isto só foi possível graças ao apoio e carinho de todos os que desta família fazem parte, para eles os nossos Parabéns e muito obrigado.

Grupo AArtes.

Page 88: Revista - Atelier Das Artes "3ª edição"