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MERCADO COM ARTE Criado para comercializar pescados provenientes das comunidades pesqueiras de São Francisco do Sul... ArtePREMIER Por: Ana Carolina Luz fotos: Pablo Teixeira Criado para comercializar pescados provenientes das comunidades pesqueiras de São Francisco do Sul, o Mercado Público de Joinville completou, no mês passado, 100 anos de história. Com o passar do tempo, porém, o estabelecimento perdeu grande parte de seus clientes para os grandes supermercados e, com isso, precisou de outros atrativos para continuar sendo referência das características da cidade. A música é uma delas. Espaço garantido O Conservatório Belas Artes firmou parceria com a Associação dos Músicos de Joinville (Amuj) e, desde o mês passado, os alunos de música tem um espaço garantido para apresentações semanais no Mercado Municipal. “A ideia principal é educar musicalmente a cidade, além de incentivar músicos ainda em treinamento a mostrarem seu talento”, destaca Marcos Israel Benedito, professor de violão, guitarra e cavaquinho. De acordo com ele, poder tirar a música instrumental da sala de aula configura momentos de prazer e relaxamento, visto que Joinville, por sua origem industrial, não para. “Em meio a um dia a dia tão conturbado, ouvir boa música elimina o estresse, carência da qual Joinville tem sofrido”, percebe, ao enfatizar o incentivo dado à música local pelo empresário José Antônio Barcellos de Mello o maestro Mello. “Graças a ele temos conseguido inserir a música instrumental na rotina dos joivilenses”, comemora. Os professores Israel Reinaldo da Silva e Edilson Forte Graciano, de bateria e piano popular, respectivamente, concordam com Marcos e acrescentam: “Temos como proposta mostrar ao público que a música instrumental é uma ferramenta

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MERCADO COM ARTE

Criado para comercializar pescados provenientes das comunidades

pesqueiras de São Francisco do Sul... ArtePREMIER

Por: Ana Carolina Luz fotos: Pablo Teixeira

Criado para comercializar pescados provenientes das comunidades pesqueiras de São Francisco do Sul, o Mercado Público de Joinville completou, no mês passado, 100 anos de história. Com o passar do tempo, porém, o estabelecimento perdeu grande parte de seus clientes para os grandes supermercados e, com isso, precisou de outros atrativos para continuar sendo referência das características da cidade. A música é uma delas. Espaço garantido O Conservatório Belas Artes firmou parceria com a Associação dos Músicos de Joinville (Amuj) e, desde o mês passado, os alunos de música tem um espaço garantido para apresentações semanais no Mercado Municipal. “A ideia principal é educar musicalmente a cidade, além de incentivar músicos ainda em treinamento a mostrarem seu talento”, destaca Marcos Israel Benedito, professor de violão, guitarra e cavaquinho. De acordo com ele, poder tirar a música instrumental da sala de aula configura momentos de prazer e relaxamento, visto que Joinville, por sua origem industrial, não para. “Em meio a um dia a dia tão conturbado, ouvir boa música elimina o estresse, carência da qual Joinville tem sofrido”, percebe, ao enfatizar o incentivo dado à música local pelo empresário José Antônio Barcellos de Mello — o maestro Mello. “Graças a ele temos conseguido inserir a música instrumental na rotina dos joivilenses”, comemora. Os professores Israel Reinaldo da Silva e Edilson Forte Graciano, de bateria e piano popular, respectivamente, concordam com Marcos e acrescentam: “Temos como proposta mostrar ao público que a música instrumental é uma ferramenta

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para a solidificação da cultura”. Eles comemoram a boa resposta do público e a revitalização do espaço das apresentações, que recentemente recebeu mais restaurantes e cafés. “Sem contar que a acústica do Mercado é sensacional, não há do que reclamar”, destacam.

“Os músicos e os espectadores se tornaram uma família, por isso, não dá para imaginar Joinville sem esse espaço” Espaço Autoral Além do projeto desenvolvido recentemente em parceria com o Conservatório Belas Artes, que tem apresentações agendadas até o final do ano, a Amuj também abriu espaço no Mercado para que os músicos possam apresentar composições próprias. O projeto, que surgiu com a intenção de desenvolver os artistas locais e estimular a criação de obras próprias, tem chamado a atenção da comunidade, que tem feito do espaço um ponto tradicional de encontro de variadas tribos. As apresentações no Espaço Autoral acontecem às sextas-feiras, a partir das 20h, com o patrocínio da Fundação Cultural. Os artistas selecionados pelo projeto são filiados à Amuj e representam diversos estilos da música, indo do rock à MPB e do rap à música instrumental. A previsão é de que, até outubro, pelo menos 30 atrações locais subam ao palco. A proposta dos professores do Conservatório Belas Artes é mostrar ao público que a música instrumental é uma ferramenta para a solidificação da cultura Música Brasileira Para quem gosta de ouvir canções de MPB, chorinho, samba e seresta, a dica são as apresentações dos grupos Mello Band e Entre Amigos, todas as quintas e sábados, respectivamente. Osvaldo Junior, um dos vocalistas dos conjuntos citados, conta que é satisfatório ver que o público que comparece aos shows é educado musicalmente, cantando junto e aplaudindo a cada música. “Os músicos e os espectadores se tornaram uma família, por isso, não dá para imaginar Joinville sem esse espaço”, comenta, ao destacar o estímulo e a participação

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ativa do maestro Mello. “Uma coisa é voz e violão em um barzinho, outra completamente diferente é a música brasileira de qualidade, sempre incentivada pelo maestro”, completa..

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