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REVISÃO DO PDM DE S. VICENTE AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA RELATÓRIO AMBIENTAL CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO VICENTE FEVEREIRO 2019

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REVISÃO DO PDM DE S. VICENTE

AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

RELATÓRIO AMBIENTAL

CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO VICENTE

FEVEREIRO 2019

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AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

REVISÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DE SÃO VICENTE

Relatório Ambiental

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ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 9

2 EQUIPA TÉCNICA ....................................................................................................... 11

3 OBJETIVOS E METODOLOGIA DA AAE ......................................................................... 12

3.1 Objetivos ............................................................................................... 12

3.2 Metodologia ........................................................................................... 12

3.2.1 Consideração de Alternativas ............................................................. 14

3.2.2 Evolução da Situação Atual Sem a Implementação do Plano ............ 14

3.2.3 Envolvimento Público e Institucional .................................................. 15

4 OBJETO DE AVALIAÇÃO ............................................................................................. 16

4.1 Objeto e Objetivos estratégicos ............................................................. 16

4.2 Antecedentes ........................................................................................ 19

5 QUADRO DE REFERÊNCIA ESTRATÉGICO .................................................................... 20

6 FATORES CRÍTICOS DE DECISÃO ................................................................................ 24

7 ANÁLISE DE INCOMPATIBILIDADES E SINERGIAS ........................................... 29

8 ANÁLISE POR FATOR CRÍTICO DE DECISÃO ................................................................. 33

8.1 Ordenamento do Território .................................................................... 33

8.1.1 Situação Existente e Análise Existencial ............................................ 35

8.1.2 Efeitos Esperados .............................................................................. 50

8.1.3 Síntese de Oportunidades e Riscos ................................................... 64

8.1.4 Diretrizes de Gestão e Medidas de Minimização dos Efeitos do

Plano .................................................................................................. 64

8.1.5 Quadro de Governança para a Ação .................................................. 65

8.1.6 Plano de Seguimento e Quadro de Controlo ...................................... 65

8.2 Qualidade Ambiental ............................................................................. 66

8.2.1 Situação Existente e Análise Tendencial ............................................ 67

8.2.2 Efeitos Esperados .............................................................................. 83

8.2.3 Síntese de Oportunidades e Riscos ................................................... 86

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8.2.4 Diretrizes de Gestão e Medidas de Gestão e Medidas de

Minimização dos Efeitos do Plano ...................................................... 87

8.2.5 Quadro de Governança para a Ação .................................................. 87

8.2.6 Plano de Seguimento e Quadro de Controlo ...................................... 88

8.3 Riscos Naturais e Tecnológicos............................................................. 89

8.3.1 Situação Existente e Análise Tendencial ............................................ 90

8.3.2 Efeitos Esperados .............................................................................. 99

8.3.3 Síntese de Oportunidades e Riscos ................................................. 103

8.3.4 Diretrizes de Gestão e Medidas Minimização dos Efeitos do

Plano ................................................................................................ 103

8.3.5 Quadro de Governança para a Ação ................................................ 104

8.3.6 Plano de Seguimento e Quadro de Controlo .................................... 104

8.4 Biodiversidade ..................................................................................... 106

8.4.1 Situação Existente e Análise Tendencial .......................................... 108

8.4.2 Efeitos Esperados ............................................................................ 136

8.4.3 Síntese de Oportunidades e Riscos ................................................. 150

8.4.4 DIRETRIZES DE GESTÃO E MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO DOS EFEITOS

DO PLANO ......................................................................................... 151

8.4.5 Quadro de Governança para a Ação ................................................ 151

8.4.6 Plano de Seguimento e Quadro de Controlo .................................... 152

9 SÍNTESE DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA ................................................... 155

10 SÍNTESE DE DIRETRIZES DE GESTÃO E MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO DOS EFEITOS DO

PLANO .................................................................................................................... 159

11 QUADRO DE GOVERNANÇA PARA A AÇÃO GERAL ...................................................... 164

12 PLANO DE SEGUIMENTO E CONTROLO DA IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO ....................... 168

13 CONCLUSÕES ......................................................................................................... 173

BIBLIOGRAFIA .............................................................................................................................. 175

ANEXOS 1

ANEXO I – QUADRO DE REFERÊNCIA ESTRATÉGICO ........................................................................ 2

ANEXO II – PARECERES DAS ERAE ................................................................................................ 2

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ANEXO III – RESPOSTA ÀS RECOMENDAÇÕES EFECTUADAS PELAS ERAE ........................................ 1

ANEXO IV – ALTERAÇÕES NOS INDICADORES PROPOSTOS .............................................................. 1

ANEXO V – ORIENTAÇÕES DE GESTÃO SUSCEPTÍVEIS DE TRANSPOSIÇÃO PARA O PDM ................... 4

ANEXO VI – ACÇÕES, ACTIVIDADES OU PROJECTOS NAS ÁREAS INTEGRANTES DO SISTEMA NACIONAL

DE ÁREAS CLASSIFICADAS SUJEITOS A PARECER DO ICNF ............................................ 7

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1 INTRODUÇÃO

O Plano Diretor Municipal de São Vicente, entrou em vigor em 2002, com a publicação da

Resolução do Governo Regional da Madeira n.º 3/2002/M, de 25 de Julho (tendo sido

publicado no Diário da República nº 125, Série I-B, de 17 de Setembro de 2002).

Obteve parecer favorável da Comissão de Acompanhamento e foi alvo de discussão pública,

cujos resultados foram devidamente ponderados, verificando-se ainda sua conformidade com o

POTRAM (Plano Regional de Ordenamento de Território da Região Autónoma da Madeira).

Ao passarem alguns anos desde a sua entrada em vigor, surgiu a necessidade de elaborar

uma análise da evolução dos principais indicadores sociais, económicos e ambientais e do

atual enquadramento jurídico, bem como uma avaliação do cumprimento dos objetivos a que o

PDM se propôs e da adequabilidade do seu regulamento na prossecução dos referidos

desideratos.

A decisão de dar início à sua revisão foi motivada, em primeiro lugar, pela incapacidade do

documento em vigor cumprir um dos que seriam os seus principais objetivos: contribuir para um

modelo coerente de desenvolvimento do concelho de São Vicente, mediante a definição das

orientações gerais do planeamento e da gestão urbanística.

O PDM anterior foi elaborado sobre uma base socioeconómica (demografia, emprego, turismo,

etc.), territorial e cartográfica desatualizada (rede viária, investimentos públicos e

equipamentos, etc.) que foi sofrendo consideráveis transformações, ao longo dos anos. Esta

situação foi criando óbvios constrangimentos à gestão urbanística e à política de

desenvolvimento concelhio.

A especificidade do concelho, resultante da sua inserção numa região insular ultraperiférica e

de um povoamento denso e marcadamente disperso com uma vivência cultural própria, obriga

a um esforço de planificação global, sobretudo da ocupação do solo, do desenho urbano e de

atualização sistemática das intervenções e das condições do território.

A forte intervenção ao nível da estrutura viária, criou casos de vias construídas ou em fase de

construção que não constam do atual plano, podendo este fator permitir uma nova visão do

território e potenciar ele próprio uma nova definição ao nível de zonamento e ordenamento. Do

mesmo modo, foram criadas novas estruturas e equipamentos de utilização coletiva, gerando

novos fluxos e dinâmicas.

É sentida a necessidade de adaptar o PDM aos diplomas e regimes jurídicos entretanto

aprovados ou em fase de adaptação à RAM e que produzem alterações profundas ao

enquadramento que serviu de base à elaboração do atual PDM.

Acrescem ainda os aspetos que arvoram da própria gestão urbanística e contacto concreto

com as aspirações dos munícipes. Concretamente assinala-se a desatualização ou

inadequação ao nível das definições, índices e parâmetros urbanísticos.

Concretamente, com a atualização cartográfica poder-se-á proceder a uma reavaliação das

tendências de ocupação territorial e nomeadamente proceder a:

Eventual reclassificação de solos;

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Eventual redefinição dos limites de espaços;

Revisão da estratégia de delimitação dos espaços industriais;

Adequação de exemplos concretos de incorreções de delimitação no atual PDM;

Reavaliação da edificabilidade associada a espaços agrícolas;

Reapreciação da classificação de “prados naturais” em áreas com edificação dispersa.

Por outro lado, existe a necessidade de atualizar a Planta de Condicionantes, procedendo à:

Delimitação das áreas da Reserva Ecológica Regional e de Reserva Agrícola Regional

(de acordo com o regime transitório estabelecido para a RAM);

Definição da Cartografia do ruído;

Compatibilização da Planta de Condicionantes com a Cartografia Municipal de

Suscetibilidade ao Risco.

Devem ser agora definidas as estratégias a prosseguir, que deverão traduzir as principais

opções de desenvolvimento económico, social, cultural e ambiental, favorecendo ou

condicionando a utilização do território pelos diversos setores de atividade e defendendo e

valorizando os recursos existentes, no sentido de um desenvolvimento consistente, equilibrado

e sustentável.

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2 EQUIPA TÉCNICA

A elaboração da Avaliação Ambiental Estratégica da Revisão do PDM de São Vicente

encontra-se a cargo da empresa SINERGIAE Ambiente, Lda., sob a coordenação do Dr. Nuno

Vilela.

Dado o âmbito multidisciplinar do exercício de avaliação, a AAE envolveu uma vasta equipa de

técnicos especializados de modo a assegurar a elaboração dos vários domínios específicos

envolvidos (Quadro 1).

Quadro 1 – Equipa Técnica envolvida na elaboração da AAE.

Nome Formação

Coordenação Nuno Vilela Lic. em Biologia; MSc Economia

Ecológica

Apoio à Coordenação Mário Agostinho Lic. Biologia; MSc Ecologia

Ordenamento do Território

Nuno Fernandes Lic. em Geografia

Carolina Rosa Lic. Engenharia do Ambiente

Qualidade Ambiental

Riscos Naturais e

Tecnológicos

Património Cultural

Patrícia Monteiro Lic. em Engenharia do Ambiente, MSc

em Gestão Ambiental

Carolina Rosa Lic. Engenharia do Ambiente

Biodiversidade Mário Agostinho Lic. Biologia; MSc Ecologia

Sistemas de Informação

Geográfica Nuno Fernandes Lic. em Geografia

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Avaliação Ambiental Estratégica

Revisão do Plano Diretor Municipal de São Vicente

Relatório Ambiental

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3 OBJETIVOS E METODOLOGIA DA AAE

3.1 OBJETIVOS

Os objetivos da avaliação ambiental estratégica são definidos no art. 2º do DL nº 232/2007, de

15 de junho, postulando este que tais consistem na «…identificação, descrição e avaliação dos

eventuais impactes significativos no ambiente resultantes de um plano ou programa, realizada

durante um procedimento de preparação e elaboração de um plano ou programa e antes do

mesmo ser aprovado ou submetido ao procedimento legislativo, concretizada na elaboração de

um relatório ambiental e na realização de consultas, e a ponderação dos resultados obtidos na

decisão final sobre o plano ou programa e a divulgação pública de informação respeitante à

decisão final».

O objetivo da elaboração do Relatório Ambiental da revisão do Plano Diretor Municipal de São

Vicente, dando cumprimento à legislação em vigor, é identificar, descrever e avaliar as

consequências das opções estratégicas, concretizadas no conteúdo do plano (peças escritas e

desenhadas), ao nível dos seus impactes de natureza estratégica, designadamente

oportunidades e ameaças de índole ambiental.

A presente AAE pretende também definir um quadro de Diretrizes de minimização dos efeitos

negativos, um quadro de Governança para a ação e ainda um Quadro de Seguimento/Controlo

da implementação do plano, com vista ao acompanhamento das oportunidades e ameaças

previstos no âmbito da presente.

3.2 METODOLOGIA

A abordagem desenvolvida no presente Relatório Ambiental sobre a revisão do Plano Diretor

Municipal de São Vicente seguirá a estrutura e diretrizes metodológicas previstas no Guia de

Boas Práticas para a Avaliação Ambiental Estratégica publicado pela Agência Portuguesa de

Ambiente (Partidário, 2007) e no Guia da Avaliação Ambiental dos Planos Municipais de

Ordenamento do Território publicado pela DGOTDU (Cunha et al., 2008).

A metodologia consistiu, numa primeira fase, na proposta dos Fatores Críticos para a Decisão,

ou seja dos fatores ambientais mais preponderantes na avaliação ambiental a realizar. A

escolha dos fatores críticos para a decisão e análise ambiental do plano contemplou a

consideração das seguintes etapas:

Opções Estratégicas da proposta do PDM em revisão que traduzem os objetivos

estratégicos do objeto de avaliação;

Definição do Quadro de Referência Estratégico (QRE) para a Avaliação Ambiental

Estratégica (AAE);

Consideração das principais problemáticas ambientais do município.

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Na sequência dos passos anteriores são definidos os Fatores Críticos de Decisão para a

análise do ponto de vista ambiental e da sustentabilidade sobre a proposta de revisão do Plano

Diretor Municipal.

Após a identificação dos Fatores Críticos serão descritos os critérios e indicadores utilizados na

análise de cada um deles.

Ao nível do presente Relatório Ambiental, a análise levada a cabo em cada Fator Crítico, sobre

as opções estratégicas da proposta de revisão do plano, será estruturada do seguinte modo:

1. Descrição e Objetivo

2. A Situação existente e as principais tendências

3. Efeitos Esperados, oportunidades e riscos ambientais

4. Diretrizes para seguimento e Medidas de gestão

5. Quadro de Governança para ação

6. Plano de Seguimento e Quadro de Controlo

Em cada Fator Crítico será efetuada uma análise de índole pericial, qualitativa, recorrendo à

elaboração de uma análise SWOT (Strength/Forças Weakness/Fraquezas

Oportunities/Oportunidades Threats/Ameaças). Posteriormente serão analisados os diferentes

indicadores definidos para cada Fator Crítico de decisão com vista à avaliação dos efeitos das

opções estratégicas da presente proposta de plano no alcance dos objetivos contemplados no

Quadro de Referência Estratégico.

Ainda do ponto de vista metodológico, destaca-se o importante contributo providenciado pelas

entidades com responsabilidades ambientais específicas (ERAE), cujas recomendações

trouxeram maior abrangência e acuidade/assertividade à análise ambiental efetuada,

particularmente importante numa fase inicial de implementação do procedimento de AAE a

PMOT em Portugal.

Os respetivos pareceres emitidos por cada uma das ERAE1 encontram-se reproduzidos no

Anexo II. O Anexo III refere também quais as sugestões/recomendações que foram acatadas e

incorporadas na análise do presente Relatório Ambiental, bem como a respetiva justificação

quando tal não acontece.

Refira-se ainda que desde o Relatório de Fatores Críticos produzido até à elaboração do

Relatório Ambiental, também por iniciativa da equipa responsável pela AAE foram

1 Refira-se que a larga maioria das ERAE consultadas não emitiram os respetivos pareceres em conformidade com o

nº3 do art. 3º do D. L. n.º 232/2007, de 15 de junho, no que diz respeito ao prazo estabelecido (20 dias). Todavia, as

respetivas recomendações foram tidas em consideração e nortearam a estrutura, bem como o conteúdo do presente

Relatório Ambiental, pela mais valia que constituíram, não fazendo uso do nº4 do art. 3º do mesmo diploma.

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abandonados e/ou adicionados indicadores na análise de cada Fator Crítico. Essas alterações

constam no Anexo IV.

3.2.1 Consideração de Alternativas

A proposta de ordenamento foi um processo evolutivo e construtivo. As opções não incluídas

nesta proposta final de ordenamento deveram-se à não viabilidade / necessidade das mesmas,

ou à sua desatualização (principalmente no caso do solo rural, em que o ordenamento

retratado no PDM em vigor está significativamente diferente da utilização do solo, e as

orientações à data da sua elaboração estão ultrapassadas por estudos mais recentes).

3.2.2 Evolução da Situação Atual Sem a Implementação do Plano

O cenário de não implementação do plano agora revisto é bastante inverosímil, face à

obrigatoriedade de iniciar o processo de revisão do PDM em vigor devido à necessidade de

adequação à evolução, a médio e longo prazo, das condições ambientais, económicas, sociais

e culturais, que determinaram a respetiva elaboração do mesmo, tendo em conta os relatórios

sobre o estado do ordenamento do território - Decreto-Lei nº. 80/2015, referente ao Regime

Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial.

O PDM de São Vicente em vigor apresenta uma série de circunstâncias que sustentam a sua

revisão: a desatualização da base cartográfica, o desfasamento, entre diferentes escalas de

trabalho e delimitação das diversas tipologias de espaços existentes, a emergência de novos

Instrumentos de Gestão Territorial e de novos enquadramentos legislativos e orientações

estratégicas, a desadequação do modelo de desenvolvimento territorial e a reavaliação

estratégica das ações previstas no atual PDM, a sensibilização para a relevância fundamental

do âmbito do Ordenamento do Território na Qualidade de Vida das Populações, de uma forma

sustentada; a necessidade de análise, hierarquização e projeção assertiva e otimizada das

redes de infraestruturas e equipamentos.

A não implementação do Plano agora em revisão impediria o enquadramento do PDM com um

conjunto de Planos sectoriais que entraram em vigor após a sua aprovação e desse modo,

entraria em incumprimento com as disposições vigentes a nível do ordenamento do território. A

título de exemplo, assinala-se a impossibilidade de enquadramento da Rede Fundamental de

Conservação da Natureza (DL nº. 142/2008, 24 de julho), da redefinição de tipologias e limites

da Reserva Ecológica Municipal no Concelho (DL nº. 166/2008, de 22 de agosto) e da criação

da Estrutura Ecológica Municipal (Artigo 14º DL nº. 380/1999 de 22 de setembro), entre outros,

o que resultaria num grave desajuste com a atualidade nacional a nível do ordenamento do

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Revisão do Plano Diretor Municipal de São Vicente

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território, com consequências a nível legal, dificultando a instalação de novas atividades

económicas e o desenvolvimento do município de um modo geral.

Em conclusão, pode-se dizer que a não implementação do plano agora revisto teria

consequências graves a nível do ordenamento do município, condicionando a implementação

de projetos e iniciativas adequadas à realidade atual do município e promovendo a

incompatibilidade com outros mecanismos de ordenamento do território.

3.2.3 Envolvimento Público e Institucional

Na reunião preparatória, realizada a 3 de julho de 2009, estabeleceu-se que o procedimento de

Alteração do Plano Diretor Municipal de São Vicente teria como base legal o Decreto

Legislativo Regional n.º 43/2008/M, de 23 de dezembro, que regula o Sistema Regional de

Gestão Territorial da RAM, ficando também definida a composição da Comissão de

Acompanhamento (CA), que veio a ser constituída através do Despacho n.º 3/2010, publicado

no Jornal Oficial da Região Autónoma da Madeira (JORAM), II Série, n.º 20, de 2 de fevereiro

de 2010, e que devido a alterações no regime de organização e funcionamento do Governo

Regional da madeira, foi alterada pelo Despacho n.º 51/2011, publicado no JORAM II Série,

n.º147, de 3 de agosto de 2011, e respetiva Declaração de Retificação, e pelo Despacho n.º

73/2011, publicado no JORAM II Série, n.º217, de 22 de Novembro de 2011, cuja composição

integra:

Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais;

Vice-presidência do Governo;

Secretaria Regional da Cultura, Turismo e Transportes;

Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos;

Câmara Municipal de São Vicente;

Assembleia Municipal de São Vicente;

Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM;

Sociedade de Desenvolvimento do Norte da Madeira S.A..

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4 OBJETO DE AVALIAÇÃO

4.1 OBJETO E OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

O objeto da presente Avaliação Ambiental Estratégica incide sobre os propósitos da revisão do

Plano Diretor Municipal de São Vicente, que apresenta como visão estratégia de acordo com o

Relatório do Plano:

“Assumem especial importância a promoção do desenvolvimento sócio-económico, a

qualificação ambiental e a promoção da qualidade de vida das populações residentes e

visitantes, que passa por uma mais equilibrada gestão e aproveitamento do património

construído e natural, em consonância com a capacidade e aptidão do meio.”

O novo PDM de São Vicente deve mostrar-se um instrumento flexível e atento à realidade em

constante mutação, dando resposta às atuais exigências de contenção e colmatação,

reabilitação e renovação urbanas, e de valorização e salvaguarda do meio natural. Só assim se

poderá manter válido e ajustado durante o seu período de vigência, contribuindo para uma

eficaz gestão urbanística e para uma equilibrada gestão dos recursos e complementaridade de

investimentos.

Como meios para atingir o objetivo global do modelo de desenvolvimento foram propostos

ainda seis eixos estratégicos:

I. Adequação ao quadro de desenvolvimento local do estabelecido nos Instrumentos de Gestão

Territorial de âmbito nacional e regional;

II. Definição das principais regras a que devem obedecer a ocupação, uso e transformação do

solo;

III. Valorização do mundo rural:

- Fomento das atividades agrícolas;

- Assumir e defender a paisagem humanizada, como fator capital de manutenção e

valorização do produto turístico;

- Otimização das infraestruturas e contenção da edificação dispersa;

IV. Proteção e aproveitamento racional dos valores e recursos naturais:

- Delimitação da estrutura ecológica municipal, com vista à salvaguarda e equilíbrio dos

ecossistemas;

- Promoção turística sustentada dos espaços naturais, de acordo com o seu potencial

turístico e capacidade de carga;

- Promoção dos recursos turísticos de mar e montanha;

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- Promoção do uso racionalizado da água e da utilização de fontes energéticas

renováveis;

V. Valorização do património e qualificação urbana:

- Valorização e qualificação dos espaços públicos nos aglomerados urbanos;

- Delimitação de Unidades Operativas de Planeamento e Gestão com vista à

salvaguarda e valorização de centros históricos/núcleos originais;

- Inventariação do património edificado;

VI. Promoção da identidade e da coesão territorial:

- Criar diferenciação pela qualidade, no âmbito da vocação turística;

- Consolidação de uma rede urbana equilibrada e sustentada, solidária e consistente;

- Criar uma estratégica de captação de investimento, de fixação de casais jovens e de

quadros;

- Propiciar condições de equidade económica, social e territorial no acesso aos bens,

serviços e equipamentos.

No seguimento destes objetivos e no sentido de pormenorizar cada um dos aspetos que

estarão em jogo na implementação da estratégia, definiram-se vinte objetivos específicos:

I Salvaguardar os territórios vulneráveis a riscos naturais ou tecnológicos condicionando a

ocupação humana e associando-os a programas municipais de emergência e cartografia de

risco e à Estrutura Ecológica Municipal;

II Salvaguardar as paisagens com regimes especiais de conservação, nos termos dos Planos

de Ordenamento e Gestão das ZEC do Maciço Montanhoso Central e da Laurissilva;

III Associar estratégias de reconversão florestal de áreas degradadas com introdução de

espécies autóctones e controlo de espécies infestantes;

IV Potenciar o turismo associado à Paisagem;

V Manutenção e aproveitamento dos valores da paisagem e das ocorrências patrimoniais para

o fomento das atividades turísticas ligadas ao património e cultura e das atividades desportivas

de natureza, como recurso identitário e de valorização do território;

VI Conter o desordenamento associado à edificação dispersa e de grande heterogeneidade ao

nível morfotipológico;

VII Investir na promoção dos espaços verdes em contexto urbano e na qualificação dos

espaços públicos na generalidade do concelho;

VIII Aferição de novos parâmetros urbanísticos e usos para a edificabilidade da paisagem rural,

dos núcleos urbanos e da realidade edificatória dispersa;

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IX Reclassificação e requalificação do solo, adaptando-se a visão estratégica à realidade atual

e à capacidade de carga dos solos e à dinâmica funcional dos lugares;

X Definição de novas estratégias de planeamento urbano sustentado para os aglomerados

urbanos, valorizando os centros cívicos das freguesias, bem como procurando enriquecer e

estabilizar o tecido urbano. O PDM deverá ser concebido para sustentar desenvolvimentos em

Planos de Urbanização e Planos de Pormenor, para o desenvolvimento do desenho e

composição urbana;

XI Enquadramento dos novos fluxos socio-económicos, surgidos em consequência das novas

redes de infraestruturas, equipamentos e locais de maior potencial turístico e de lazer;

XII Integração paisagística de infraestruturas com vista à diminuição do impacto negativo na

paisagem das novas vias, as obras de contenção de terras ou de regularização de linhas de

água;

XIII Reponderação estratégica de localização e enquadramento de atividades empresariais;

XIV Estabelecimento de critérios de integração paisagística de edifícios associados a Indústria

extrativa e transformadora e equipamentos de utilização coletiva que ocupam grandes

superfícies, localizando-se muitas vezes em áreas de interesse turístico ou na proximidade de

núcleos urbanos;

XV Evitar a proliferação de focos de dissonância paisagística, tendo em conta das diretrizes

definidas pelo PRPA;

XVI Promoção de índices crescentes de permeabilidade e estabelecimento de critérios de

integração paisagística de estufas;

XVII Desenvolver o conceito de Turismo em Espaço Rural;

XVIII Requalificação das zonas urbanas históricas, e o património edificado;

XIX Reforço da requalificação e valorização do património cultural edificado e não-edificado e

ambiental;

XX Dignificar o mundo rural, com a promoção das práticas culturais e de investimento integrado

em turismo em espaço rural com estratégias diferenciadoras de captação de investimento e

fixação de população, no sentido de reverter dinâmicas de abandono e desertificação.

Na seguinte análise estratégica serão utilizados os eixos estratégicos como sendo os objetivos

estratégicos do plano, uma vez que os objetivos específicos são de elevado número, não

facilitando a análise e compreensão do relatório. Assim, o Quadro de Referência Estratégico

fará correspondência com os eixos estratégicos do plano, apresentados anteriormente.

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4.2 ANTECEDENTES

O Plano Diretor Municipal de São Vicente, entrou em vigor em 2002, com a publicação da

Resolução do Governo Regional da Madeira n.º 3/2002/M, de 25 de Julho (tendo sido

publicado no Diário da República nº 125, Série I-B, de 17 de Setembro de 2002).

Obteve parecer favorável da Comissão de Acompanhamento e foi alvo de discussão pública,

cujos resultados foram devidamente ponderados, verificando-se ainda sua conformidade com o

POTRAM (Plano Regional de Ordenamento de Território da Região Autónoma da Madeira).

Ao passarem alguns anos desde a sua entrada em vigor, surgiu a necessidade de elaborar

uma análise da evolução dos principais indicadores sociais, económicos e ambientais e do

atual enquadramento jurídico, bem como uma avaliação do cumprimento dos objetivos a que o

PDM se propôs.

A decisão de dar início à sua revisão foi motivada, em primeiro lugar, pela incapacidade do

documento em vigor cumprir um dos que seriam os seus principais objetivos: contribuir para um

modelo coerente de desenvolvimento do concelho de São Vicente, mediante a definição das

orientações gerais do planeamento e da gestão urbanística.

Ao contrário, tem sido este, uma das razões apontadas para o parco impulso de

desenvolvimento, principalmente ao nível das intenções de edificação, mormente nos centros

urbanos.

O Plano Diretor Municipal é o principal instrumento de gestão territorial de nível municipal para

o município de São Vicente e incide sobre todo o território concelhio. É com base neste

instrumento, no quadro do Plano de Ordenamento Territorial da Região Autónoma da Madeira

(POTRAM) que serão orientadas as estratégias de atuação da autarquia, bem como as

condições e propósitos da ocupação do solo municipal.

A Comissão de Acompanhamento da Revisão do PDM de São Vicente foi publicado no DR 2.ª

série n.º 11 de 30 de outubro de 2008 através do despacho 6/2008/m da SRES n.º 4. Esta é

representada pelos seguintes elementos: Câmara Municipal de São Vicente, Assembleia

Municipal de São Vicente, Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais, Vice-

presidência do Governo Regional da Madeira, Secretaria Regional do Turismo e Transportes,

Secretaria Regional dos Assuntos Sociais, Polícia da Segurança Pública, Instituto do Desporto

da Região Autónoma da Madeira, Associação dos Portos da Madeira, Instituto habitacional da

Madeira, Serviço de Proteção Civil da Madeira, Sociedade de Desenvolvimento.

Em 2009 deu-se início ao procedimento da Revisão do PDM de São Vicente, através do Aviso

n.º 1625/2009 publicado em Decreto Regional 2.ª série n.º 11 de 16 de janeiro de 2009.

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5 QUADRO DE REFERÊNCIA ESTRATÉGICO

O papel do Quadro de Referência Estratégico é o de enquadrar a presente proposta de Plano

Diretor Municipal em análise no quadro estratégico de planos, programas e estratégias de

ordem superior, que servem de referencial à avaliação ambiental estratégica.

Deste modo foram selecionados um conjunto de planos, programas e estratégias para nortear

a presente avaliação ambiental estratégica, tais como:

Plano de Ordenamento Territorial da Região Autónoma da Madeira - POTRAM

Plano Regional da Água da Madeira - PRAM

Plano Regional da Política de Ambiente - PRPA

Plano de Ordenamento Turístico da Região Autónoma da Madeira - POT

Plano de Desenvolvimento Económico e Social 2014 – 2020 - PDES

Plano de Política Energética da Região Autónoma da Madeira – PPERAM

Plano de Ordenamento e Gestão do Maciço Montanhoso Central - POGMMC2

Plano Estratégico de Resíduos da Região Autónoma da Madeira – PERRAM

Plano de Ordenamento e Gestão da Laurissilva da Madeira – POGLM2

Programa operacional da Região Autónoma da Madeira 2014-2020 – (Programa

Madeira 14-20)

Plano de Ação para a Energia Sustentável – PAES

Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Arquipélago da Madeira – (PGRH10)

Plano de Gestão dos Riscos de Inundações da Região Autónoma da Madeira – PGRI –

RAM

No Anexo I constam os diferentes planos, programas, estratégias, e respetivos objetivos

estratégicos, que englobam o Quadro de Referência Estratégico da presente Avaliação

Ambiental Estratégica sobre a Revisão do Plano Diretor Municipal de São Vicente.

As matrizes que se encontram no Anexo I apresentam a correspondência entre os objetivos

estratégicos de cada um dos programas, planos e estratégias que compõem o Quadro de

Referência Estratégico com os objetivos estratégicos assumidos na proposta de revisão do

PDM de São Vicente, ao nível da manifestação de diferentes graus de ligação/convergência

dos respetivos objetivos estratégicos, enquadrada numa escala que varia entre fraca, média ou

forte.

2 Estes planos encontram-se em sintonia estratégica com o Plano Regional de Ordenamento Florestal da Região

Autónoma da Madeira; este último foi considerado na análise a jusante ao Quadro de Referência Estratégico.

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O

Quadro 2 procura sumarizar a informação relativa à convergência do Quadro de Referência

Estratégico e dos objetivos estratégicos da revisão do PDM, não dispensando a consulta do

Anexo I.

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Quadro 2 – Síntese da convergência entre o Quadro de Referência Estratégico e os objetivos estratégicos do PDM de São Vicente em revisão.

QRE

I. Adequação ao quadro de desenvolvimento local do

estabelecido nos IGT de âmbito nacional e regional

II. Definição das principais regras a que devem obedecer a

ocupação, uso e transformação do solo

III. Valorização do mundo rural

IV. Proteção e aproveitamento racional dos valores e recursos naturais

V. Valorização do património e qualificação urbana

VI Promoção da identidade e da coesão territorial.

POTRAM

PRAM

PRPA

POT

PDES

PPERAM

POGMMC

PERRAM

POGLM

Programa

Madeira 14-20

PAES

PGRH10

PGI-RAM

LIGAÇÃO FRACA LIGAÇÃO MÉDIA LIGAÇÃO FORTE

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6 FATORES CRÍTICOS DE DECISÃO

Os FCD consistem nos fatores ambientais que, combinados com objetivos/questões

estratégicas do plano e ainda com o Quadro de Referência Estratégico (QRE), se prefiguram

como sendo prioritários na Avaliação Ambiental Estratégica, tornando-se preponderantes e

fundamentais, ao contrário dos restantes que poderão ser considerados menos importantes ou

secundários para uma análise de índole estratégica (Figura 1 – Integração dos Fatores Críticos de

Decisão na estruturação de uma AAE:

Os fatores ambientais definidos na alínea e) do n.º 1 do art. 6º do D.L. nº 232/2007, de 15 de

Junho – biodiversidade, população, saúde humana, fauna, flora, solo, água, atmosfera, fatores

climáticos, bens materiais, património cultural, incluindo o património arquitetónico e

arqueológico e a paisagem – representam o exemplo do espectro ambiental disponível.

De entre os fatores ambientais legalmente estabelecidos foram considerados na proposta de

Fatores Críticos, a estabelecer no âmbito da presente AAE, os mais preponderantes para a

análise ambiental a efetuar sobre a proposta de revisão do PDM de São Vicente.

Figura 1 – Integração dos Fatores Críticos de Decisão na estruturação de uma AAE:

OE – Objetivos estratégicos da Revisão do PDM; FA – Fatores Ambientais; QRE – Quadro de Referência Estratégico; FCD – Fatores Críticos para a Decisão. (Adaptado de Partidário, 2007)

Importa referir, ainda que de um modo subjetivo, os problemas ambientais mais representativos

ao nível do município São Vicente, podem ser resumidos em:

Vulnerabilidade ao Risco Natural (erosão, inundação e incêndios);

FCD

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Degradação Florestal e expansão de espécies exóticas;

Dispersão populacional e orografia acentuada que proporcionam uma baixa cobertura

de rede de drenagem;

Atendendo aos Objetivos estratégicos do PDM proposto, ao Quadro de Referência Estratégico

definido, ao conjunto de fatores ambientais legalmente instituídos e às principais problemáticas

do ponto de vista ambiental identificadas no município de São Vicente, consideram-se na

presente AAE da proposta de Revisão do PDM de São Vicente os seguintes Fatores Críticos

de Decisão:

Ordenamento do Território

Qualidade Ambiental

Riscos Naturais e Tecnológicos

Biodiversidade

O Quadro 3 evidencia a relação entre os Fatores críticos escolhidos e os fatores ambientais

constantes no D.L. n.º 232/2007.

Quadro 3 – Relação entre fatores ambientais presentes na legislação e os fatores críticos escolhidos na presente avaliação ambiental estratégica do PDM de São Vicente.

Fatores ambientais

constantes no DL n.º

232/2007

Ordenamento do Território

Qualidade Ambiental

Riscos Naturais e

Tecnológicos Biodiversidade

Biodiversidade √ √

Fauna √

Flora √ √

Paisagem √ √ √ √

Património Cultural

Água √ √ √ √

Solo √ √ √

Saúde humana √ √

Atmosfera √ √

População √ √

Bens materiais √ √

Fatores climáticos

√ √

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O Quadro 4 efetua a correspondência entre os Fatores Críticos selecionados para a presente

AAE e os planos, programas e estratégias do Quadro de Referência Estratégico.

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Quadro 4 – Relação entre os Fatores Críticos selecionados e os diferentes planos, programas e estratégias considerados no Quadro de Referência Estratégico.

Quadro de Referência Estratégico

Fator Crítico

Ordenamento do Território

Qualidade Ambiental

Riscos Naturais e Tecnológicos

Biodiversidade

Plano de Ordenamento Territorial da Região Autónoma da Madeira - POTRAM √ √ √

Plano Regional da Água da Madeira – PRAM √ √

Plano Regional da Política de Ambiente - PRPA √ √ √ √

Programa de Ordenamento Turístico da Região Autónoma da Madeira - POT √

Plano de Desenvolvimento Económico e Social - PDES √ √

Plano Política Energética da Região Autónoma da Madeira - PPERAM √

Plano de Ordenamento e Gestão do Maciço Montanhoso Central - POGMMC √ √

Plano Estratégico de Resíduos da Região Autónoma da Madeira - PERRAM √

Plano de Ordenamento e Gestão da Lauríssilva da Madeira - POGLM √ √

Programa Operacional da Região Autónoma da Madeira 2014-2020 – Programa Madeira 14-20

√ √

Plano de ação para a Energia Sustentável √ √

Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Arquipélago da Madeira – RH10 √ √ √

Plano de Gestão dos Riscos de Inundações da Região Autónoma da Madeira – PGRI-RAM

√ √ √ √

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Avaliação Ambiental Estratégica Revisão do PDM de São Vicente

Relatório Ambiental

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Partindo dos objetivos dos planos, programas e estratégias que compõe o Quadro de

Referência Estratégica, e após a integração dos Fatores Ambientais para obter o conjunto de

Fatores Críticos para a Decisão, foram definidos os seguintes Objetivos de Sustentabilidade da

AAE (Quadro 5).

Quadro 5 – Objetivos de Sustentabilidade definidos para a presente AAE e respetiva associação aos diferentes planos, programas e estratégias do QRE e Fatores Críticos de Decisão.

Objetivos de Sustentabilidade Quadro de Referência

Estratégico FCD

OS1 - Promover a equidade territorial, sustentabilidade ambiental e fixação da população nos sistemas urbano e rural.

POTRAM OT

OS2 - Valorização dos recursos humanos, culturais e naturais. POT OT

OS3 - Promover o desenvolvimento sustentável conciliando com a promoção do bem-estar social e económico.

PDES, Programa Madeira 14-20 OT

OS4 - Promover uma gestão sustentável da água, através do seu uso eficiente e da redução das cargas poluentes no meio hídrico, garantindo a sua monitorização.

PRAM, PGRH10 QA

OS5 - Promover a eficiência energética e a redução das emissões de CO2.

PPERAM,PAES QA

OS6 - Promover uma gestão sustentável dos resíduos urbanos e industriais.

PERRAM QA

OS7 - Promover a qualificação territorial, saúde pública e segurança de pessoas e bens.

PRPA RIS

OS8 - Prevenção da ocorrência de situações de risco natural. POGMMC, PGRI-RAM, PROF-

RAM RIS, BIO

OS9 -Salvaguarda de recursos e valores naturais com vista a garantir a conservação da natureza e da biodiversidade, bem como a manutenção e valorização das características das paisagens naturais.

POGLM, PROF-RAM BIO

(OT – Ordenamento do Território, BIO – Biodiversidade, QA – Qualidade Ambiental, RIS – Risco Naturais e Tecnológicos)

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Avaliação Ambiental Estratégica

Revisão do Plano Diretor Municipal de Alcanena

Relatório Ambiental

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7 ANÁLISE DE INCOMPATIBILIDADES E SINERGIAS

No presente ponto serão analisadas potenciais incompatibilidades e sinergias que possam

ocorrer entre os Objetivos estratégicos do próprio PDM (Quadro 6), bem como entre os

Objetivos estratégicos do PDM e os Objetivos de sustentabilidade da AAE (Quadro 7). As

potenciais incompatibilidades e sinergias identificadas serão alvo de uma análise mais atenta

adiante no Relatório Ambiental.

Quadro 6 - Matriz de Incompatibilidades e Sinergias entre Objetivos estratégicos do PDM de São Vicente.

OE I

OE II OE II

OE III B OE III

OE IV C D OE IV

OE V OE V

OE VI A OE VI

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DA REVISÃO DO PDM:

Objetivo Estratégico (OE I) – Adequação ao quadro de desenvolvimento local do estabelecido nos IGT de âmbito

nacional e regional

Objetivo Estratégico (OE II) – Definição das principais regras a que devem obedecer a ocupação uso e transformação

do solo

Objetivo Estratégico (OE III) – Valorização do mundo rural

Objetivo Estratégico (OE IV) – Proteção e aproveitamento racional dos valores e recursos naturais

Objetivo Estratégico (OE V) – Valorização do património e qualificação urbana

Objetivo Estratégico (OE VI) – Promoção da identidade e da coesão territorial

INCOMPATIBILIDADES E SINERGIAS:

A – Sinergia entre a adequação ao quadro de desenvolvimento local do estabelecido nos IGT de âmbito nacional e regional e a coesão territorial.

B – Sinergia entre a definição das principais regras a que devem obedecer a ocupação uso e transformação do solo e a valorização do mundo rural com o fomento das atividades agrícolas.

C – Sinergia entre a valorização do mundo rural com a valorização do produto turístico e a promoção turística.

D – Potencial conflito entre a valorização do mundo rural com a proteção e aproveitamento dos valores e recursos naturais.

Sinergia

Conflito Potencial

Sem Relação

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Avaliação Ambiental Estratégica

Revisão do Plano Diretor Municipal de Alcanena

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Quadro 7 – Matriz de Incompatibilidades e Sinergias entre Objetivos estratégicos do PDM e os Objetivos de sustentabilidade definidos para a AAE.

OS 1 OS 2 OS 3 OS 4 OS 5 OS 6 OS 7 OS 8 OS 9

OE I

OE II

OE III I V

OE IV III IV

OE V II

OE VI

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DA REVISÃO DO PDM:

Objetivo Estratégico (OE I) – Adequação ao quadro de desenvolvimento local do estabelecido nos IGT de âmbito nacional e regional

Objetivo Estratégico (OE II) – Definição das principais regras a que devem obedecer a ocupação uso e transformação do solo

Objetivo Estratégico (OE III) – Valorização do mundo rural

Objetivo Estratégico (OE IV) – Proteção e aproveitamento racional dos valores e recursos naturais

Objetivo Estratégico (OE V) – Valorização do património e qualificação urbana

Objetivo Estratégico (OE VI) – Promoção da identidade e da coesão territorial

SINERGIAS POTENCIAIS IDENTIFICADAS:

I – Sinergia entre a equidade territorial, sustentabilidade ambiental e fixação da população nos sistemas urbano e rural e a

valorização do mundo rural, com o fomento de atividades agrícolas.

II – Sinergia entre a valorização dos recursos humanos, culturais e naturais e a valorização do património e qualificação urbana.

III – Sinergia entre uma promoção sustentável da água e o seu uso racional.

IV – Sinergia entre eficiência energética e a redução das emissões de CO2 e a promoção de fontes energéticas renováveis.

CONFLITOS POTENCIAIS IDENTIFICADOS:

V – Potencial Conflito entre Promover uma gestão sustentável da água, através do seu uso eficiente e da redução das cargas

poluentes no meio hídrico, garantindo a sua monitorização e o fomento das atividades agrícolas.

OBJETIVOS DE SUSTENTABILIDADE DA AAE:

OS1 - Promover a equidade territorial, sustentabilidade ambiental e fixação da população nos sistemas urbano e rural.

OS2 - Valorização dos recursos humanos, culturais e naturais.

OS3 - Promover o desenvolvimento sustentável conciliando com a promoção do bem-estar social e económico.

OS4 - Promover uma gestão sustentável da água, através do seu uso eficiente e da redução das cargas poluentes no meio hídrico,

garantindo a sua monitorização.

OS5 - Promover a eficiência energética e a redução das emissões de CO2.

OS6 - Promover uma gestão sustentável dos resíduos urbanos e industriais.

OS7 - Promover a qualificação territorial, saúde pública e segurança de pessoas e bens.

OS8 - Prevenção da ocorrência de situações de risco natural.

OS9 -Salvaguarda de recursos e valores naturais com vista a garantir a conservação da natureza e da biodiversidade, bem como a

manutenção e valorização das características das paisagens naturais.

Sinergia Conflito Potencial Sem Relação

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8 ANÁLISE POR FATOR CRÍTICO DE DECISÃO

8.1 ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

O fator crítico do Ordenamento do Território é considerado fundamental dado encontrar-se em

apreciação um instrumento de gestão territorial como um Plano Diretor Municipal.

Pertencendo à Região Autónoma da Madeira, o concelho de São Vicente, dividido por três

freguesias, Boaventura, Ponta Delgada e São Vicente, localiza-se a norte na costa norte da

Ilha da Madeira.

São Vicente é o concelho mais rural do distrito da costa norte da Ilha da Madeira e talvez da

Região Autónoma. E um dos concelhos com pouca atratividade populacional e com elevado

índice de envelhecimento.

Administrativamente faz parte integrante da Região Autónoma da Madeira (RAM),

encontrando-se limitado a nascente por Santana, a Sul por Ponta do Sol, Ribeira Brava e

Câmara de Lobos, a Poente por Porto Moniz e a Norte pelo Oceano Atlântico. São Vicente

situa-se a 32 km do Funchal. O território administrativo do município ocupa uma área de 79

km2,

dividido por três freguesias: São Vicente, Ponta Delgada e Boaventura, que se traduz

numa densidade populacional de 72,61 hab/km2.

Relativamente às acessibilidades rodoviárias, São Vicente e o Sul da Ilha encontram-se

facilitadas após a abertura do túnel da Encumeada (3086 m), a 8 de Outubro de 2000, e da VE

4, que permite um acesso ao Funchal em cerca de 30 minutos. Encontra-se em construção um

troço da Via Expresso que ligará Boaventura Arco de São Jorge, sendo reforçadas as

acessibilidades com o extremo Este da Ilha.

A dinâmica empresarial do concelho de São Vicente é diminuta, devido ao reduzido taxa de

constituição de novas sociedades. Importa referir que no concelho há uma predominância de

micro e pequenas empresas, sendo muito reduzida a presença de empresas de dimensão

superior.

Entre as empresas do concelho há um domínio do sector terciário (49%), o sector primário tem

pouca representatividade (24 %) na dinâmica socio - económica do concelho, por sua vez os

valores do sector secundário são também pouco expressivos (27%) sintomas de uma realidade

onde a indústria não ocupa um peso expressivo. No que respeita ao domínio do sector terciário

no concelho de São Vicente, tipo de serviço com maior peso percentual no concelho é o

comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos (24%), de

seguida o de alojamento, restauração e similares (23,1%). Apesar do sector secundário ser

pouco expressivo o sector da construção civil tem uma representatividade no concelho

(16,1%), enquanto a indústria transformadora (4,5%) tem uma significativa representatividade

no concelho.

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Avaliação Ambiental Estratégica Revisão do Plano Diretor Municipal de São Vicente

Relatório Ambiental

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Com este fator crítico de decisão pretende-se avaliar os efeitos da revisão do Plano Diretor

Municipal de São Vicente sobre o ordenamento do território, atendendo aos diferentes usos e

aptidões do solo; avaliar a dimensão de qualificação dos recursos humanos endógenos e sua

relação com a fixação de atividades de valor acrescentado; avaliar a capacidade do Plano

promover uma evolução demográfica positiva e uma melhoria da qualidade de vida, associada

a um desenvolvimento local sustentável e aumento da competitividade do território; avaliar as

redes de transporte previstas nas suas variadas vertentes e avaliar a forma como é promovido

o espaço rural e a sua relação com a estrutura urbana. Pretendem-se identificar possíveis

consequências decorrentes de ações previstas na proposta de revisão do PDM, que possam

vir a ter influência no ordenamento do território, desenvolvimento regional e competitividade,

assim como a melhor forma de as potenciar no caso de serem positivas e de as evitar,

minimizar ou compensar no caso de serem negativas. Este fator crítico de decisão compreende

os objetivos de sustentabilidade, critérios e indicadores que constituem a sua base de análise

para a avaliação ambiental estratégica da revisão do PDM de São Vicente, constantes no

Quadro 8.

Quadro 8 – Objetivos de sustentabilidade, Critérios e Indicadores de avaliação do FCD Ordenamento do Território.

Objetivos de sustentabilidade

Critérios Indicadores

- Promover a equidade

territorial, sustentabilidade

ambiental e fixação da

população nos sistemas

urbano e rural.

- Valorização dos recursos

humanos, culturais e naturais.

- Promover o desenvolvimento

sustentável conciliando com a

promoção do bem-estar social

e económico.

As políticas económicas e as estratégias de desenvolvimento

- Evolução da população;

- Estrutura etária, Saldos naturais e migratórios, Índice

de envelhecimento

- Evolução da oferta de solo industrial e grau de

ocupação;

- Evolução das áreas disponíveis para implementação de

atividades turísticas

- Variação do número de estabelecimentos no turismo

em espaço rural

Instrumentos de gestão territorial

- Verificação da compatibilidade do plano com outros

Instrumentos de Gestão Territorial

- Evolução da ocupação e uso do solo

- Distribuição do tipo de solo afetado pelas áreas de

expansão urbana

Condicionantes, áreas naturais

- Evolução das áreas de Reserva Agrícola Municipal

-Evolução das áreas de Reserva Ecológica Municipal

- Evolução das áreas de Estrutura Ecológica Municipal

Acessibilidades e Mobilidade

- Evolução das condições e tempos médios de acesso à

rede viária principal

- Tipo e estado de conservação da rede viária

- Nº de edifícios públicos com condições de acesso a pessoas com mobilidade condicionada

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A caracterização do FCD Ordenamento do Território será efetuada com base na consulta de

estudos técnicos elaborados no âmbito da elaboração do PDM de São Vicente, de bibliografia

e cartografia temática, publicada pelas entidades competentes na matéria, nomeadamente:

Câmara Municipal de São Vicente;

Instituto Nacional de Estatística (INE);

Instituto das Florestas e Conservação da Natureza

Turismo da Madeira

Será efetuada uma análise de índole pericial, qualitativa e, sempre que a informação disponível

o permitir, quantitativa, recorrendo também à aplicação inicial da análise SWOT como ponto de

partida da análise dos efeitos esperados.

8.1.1 Situação Existente e Análise Existencial

O Concelho de São Vicente, terá sido desde o século XV o mais importante núcleo de

povoamento do Norte da Ilha da Madeira. Os primeiros locais a serem povoados terão sido São

Vicente e Ponta Delgada, o aumento da população terá contribuído para o desmembramento

de São Vicente da capitania do Machico, sendo elevada a vila e sede de concelho em 1774.

Esta região adquiriu um gradual desenvolvimento económico e social resultante da exploração

vitivinícola e produtora de Madeiras e vime.

Atualmente as ligações entre São Vicente e o Sul da Ilha encontram-se facilitadas, após a

abertura do túnel da Encumeada (3086 m) e da VE 4 permitindo o acesso ao Funchal em

apenas 30 minutos. A via Expresso (em construção) ligará Boaventura a Arco de São Jorge,

sendo reforçadas as acessibilidades com o extremo Este da Ilha.

O sistema de relações funcionais entre os Municípios da Ilha da Madeira (ver Figura 2),

assenta muito claramente numa predominância do concelho do Funchal, que exerce a sua

influência por toda a Ilha, sendo por isso importante o reforço de acessos à capital. O conjunto

dos municípios da Costa Norte estrutura-se em torno de um eixo viário da rede regional

estruturante ER 101/VE1 que percorre toda a ilha junto ou próximo da costa, sendo o túnel da

Encumeada, em São Vicente, o mais forte e direto elo de ligação à costa Sul.

As interdependências existentes entre estes municípios são ainda significativas na medida em

que o centro aglutinador dessa sub-região encontra-se localizado no Funchal e não em

qualquer dos municípios da Costa Norte.

Segundo as orientações do POTRAM, os municípios de Machico e São Vicente assumem um

papel de centros Sub - Urbano (tal como a Ribeira Brava, na costa Sul) criando deste modo

uma estrutura mais equilibrada através do descongestionamento do Funchal.

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Figura 2 - Relações Funcionais da Ilha da Madeira

Fonte: INPLENITUS

Desenvolveu-se um diagnóstico e análise de tendências para caracterizar o FCD Ordenamento

do Território, com o objetivo de pormenorizar este FCD apresentado e de criar uma base de

informação que sustente a avaliação dos efeitos previstos e as medidas sugeridas.

As políticas económicas e as estratégias de desenvolvimento

Evolução da população

Em termos demográficos, o Concelho tem vindo a apresentar um decréscimo populacional. De

acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), no Município de São Vicente,

registou-se, no último decénio intercensitário, uma perda populacional de 475 residentes,

correspondente a um crescimento negativo de 8% no momento censitário de 2001/2011.

Esta dinâmica vem suavizar a tendência de decrescimento na década anterior (1991/2001) que

teve um crescimento negativo muito acentuado (-19%) em relação à década de 1981/1991. A

dinâmica demográfica do concelho de São Vicente em relação à Região Autónoma da Madeira

e revela algumas diferenças: enquanto que o concelho teve um crescimento populacional

negativo em todos os momentos censitários, a Região Autónoma, teve um crescimento

populacional positivo em todos os momentos intercensitários (expecto o de 1991/2001 (-3%).

Importa referir que na década de 2001/2011 o crescimento demográfico na Região Autónoma

(9%) foi superior ao do Continente.

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Dados mais recentes do INE continuam a refletir esta tendência de decréscimo de população

havendo registo de 5723 residentes no Município de São Vicente no ano de 2011. (Quadro 9).

Quadro 9 – População residente no Município de São Vicente, entre 1981 e 2011.

UNIDADE TERRITORIAL

População residente Variação da População

1981 1991 2001 2011 1981-1991 1991-2001 2001-2011

Portugal Continental (NUT I) 9833 9867 10356 10562 0,3 5,0 2,0

Região Autónoma da Madeira 248468 253426 245011 267785 2 -3 9

São Vicente 8501 7695 6198 5723 -9 -19 -8

Fonte: INE, Recenseamento Geral da População e Habitação – 2001 e 2011 (Resultados Definitivos).

De acordo com os dados definitivos do Recenseamento Geral da População (INE, 2011), a

tendência de decréscimo populacional tem vindo manifesta-se tal como na última década

censitária, revelando uma perda populacional na ordem dos -8%. Enquanto o País revelava

uma taxa de crescimento positiva 0,3% e 2% respetivamente, na Região Autónoma revelaram-

se taxas de crescimento negativas na ordem dos 2% e 9% respetivamente, o concelho de São

Vicente apresenta uma perda populacional de cerca de -8%, sendo significativamente inferior à

registada na década censitária anterior.

No que diz respeito à distribuição intra - concelhia da população, o cenário reforça a

importância da freguesia sede de Concelho – São Vicente, como principal ponto de

concentração populacional, com 3336 habitantes em 2001 e 3139 em 2011.

Quadro 10 – Evolução da população residente por freguesia do município de São Vicente (1991 a 2011)

Freguesias

População residente por local de residência

1991 2001 2011

Boaventura 2300 1537 1221

Ponta Delgada 1433 1325 1363

São Vicente 3962 3336 3139

Fonte: INE – Recenseamento da População, anos de 1991, 2001 e 2011 (dados definitivos)

Estrutura etária, Saldos naturais e migratórios, Índice de envelhecimento

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Estrutura Etária

A análise da estrutura etária da população revela um predomínio da população ativa

(aproximadamente 55% da população encontra-se em idade ativa) essencialmente baseado no

acréscimo populacional nas faixas etárias acima dos 25 anos. (Quadro 11).

Entre 2001 e 2008, na área em estudo, assistiu-se à redução do número de crianças e jovens,

motivada sobretudo pela tendência decrescente da taxa de natalidade. Tal como a dinâmica

demográfica negativa, regista-se uma tendência para o envelhecimento populacional. O grupo

etário dos 65 ou mais anos registou, entre 2001 e 2011 uma variação positiva, em todas as

unidades geográficas.

De acordo com os dados refere-se que o número de idosos aumenta rapidamente; de 20% em

2001 para 23% em 2011 no concelho de São Vicente, na Região Autónoma da Madeira o

número de idosos, passa de 14% em 2001 para os 15% em 2011, sendo notória uma

significativa descida do número de idosos (1%) de 2001 para 2011. Inversamente, o número de

jovens dos 0 aos 14 anos diminui drasticamente passando dos 17% em 2001 para 13% em

2001 no concelho de São Vicente, de 19% em 2001 para 16% em 2011, foram esses os

valores apontados para a descida do número de jovens, na Região Autónoma da Madeira.

Estas tendências demográficas também se refletem no Continente.

Quadro 11 – População residente (N.º) por Local de residência e Grupo etário (por ciclos de vida) para os anos de

2001 e 2011.

Grupo

etário

(por ciclos

de vida)

População residente (N.º) por Local de residência, Sexo e Grupo etário (por ciclos de vida)

2001 2008 2011

Continente

Região

Autónoma

da Madeira

São

Vicente Continente

Região

Autónoma

da Madeira

São

Vicente Continente

Região

Autónoma

da Madeira

São

Vicente

0 - 14 1.544,883 4.6901 1 065 1.533,362 43 695 823 1.484120 4.4012 802

15 - 24 1.348,285 3.8860 899 1.135,989 34 370 857 1.079493 3.3091 665

25 - 64 5.312,659 1.25672 2 974 5.654,307 136 924 3.269 5.546220 1.50784 2 958

65 e mais 1.645,595 3.3578 1 260 1.811,651 32 172 1.168 1.937788 3.9898 1 298

Total 9.851,424 2.45011 6 198 10.135,309 247 161 6.117 10.047621 2.67785 5 723

Fonte: INE, Estimativas Anuais da População Residente

Taxa de Natalidade | Taxa de Mortalidade

De acordo com dados do INE, entre 2001 e 2011, apesar de uma tendência recente para

estabilizar, houve um decréscimo da taxa de natalidade no Município de São Vicente, esta

tendência manteve-se até ao ano de 2008 (9,8%). Este indicador compromete a renovação das

populações, o que se reflete diretamente na taxa de crescimento natural, que em 2008

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apresentava um valor de -0,18%, ainda assim com um valor mais favorável que a NUT III

Médio Tejo que teve no mesmo ano um crescimento natural de -0,36%. (Quadro 12).

Por outro lado, a taxa bruta de mortalidade no Município de São Vicente no período

compreendido entre 2001 e 2011 registou um decréscimo, de 12% para 10,6%. (Quadro 12).

Usando a taxa de crescimento natural como um indicador da capacidade de renovação das

populações, verifica-se que em 2011, o município de São Vicente apresentava um crescimento

natural negativo, seguindo a tendência negativa verificada a nível nacional, regional e sub-

regional, mas apresentando um valor e uma variação francamente inferior (-85,3%) (Quadro

12).

Quadro 12 - Taxa Bruta de Natalidade e Taxa Bruta de Mortalidade no Município de São Vicente, entre 2001 e 2011.

Unidade Territorial

Taxa de Natalidade Taxa de Mortalidade Taxa de crescimento natural

2001 2005 2011

Variação

(2001/2011)

%

2001 2005 2011

Variação

(2001/2011)

%

2001 2005 2011

Variação

(2001/2011)

%

Portugal (NUT ) 11,7 10,4 9,1 -22,2 10,3 10,2 9,8 -4,9 1,4 0,01 -0,06 -104,3

Região Autónoma da

Madeira 13,1 12,1 9 -31,3 10,8 11 9,3 -13,9 2,3 0,11 -0,03 -101,3

São Vicente 8,2 8,1 7,6 -7,3 13,7 13,7 15,6 13,9 -5,5 -0,56 -0,81 -85,3

Fonte: INE, Indicadores Demográficos – 1998, 2005 e 2008.

Saldos naturais e migratórios

As taxas de crescimento populacional são explicadas pelo saldo de crescimento natural,

representando o diferencial entre nascimentos e óbitos, e pelo saldo migratório, composto pelo

diferencial entre entradas e saídas de efetivos, refletindo parcialmente o poder de atração do

concelho.

De acordo com as estatísticas do INE, o concelho de São Vicente evidencia uma taxa de

crescimento migratório positiva em 2001 (0,68%), ou seja o número de novos residentes é

superior ao número de pessoas que deixaram o concelho, apresentando uma taxa de

crescimento migratório negativa em 2011 (-1,73).

Índice de Envelhecimento | Índice de Dependência

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No Concelho, o índice de envelhecimento (relação entre a população com 65 ou mais anos e o

grupo dos que têm 14 ou menos anos), entre 2001 e 2011, é marcado por uma variação

positiva, superior à média regional e nacional (Quadro 13).

Quadro 13 – Índice de envelhecimento no Município de São Vicente, entre 2001 e 2011.

Unidade Territorial Índice de Envelhecimento (%)

Variação

2001/2011

2001 2011 (%)

Portugal (NUT I) 104,5 130,6 25,0

Região Autónoma da Madeira 71,6 90,7 26,7

São Vicente 118,3 161,9 36,9

Fonte: INE 2011.

O envelhecimento da população reflete-se também no índice de dependência de idosos

(Quadro 14), o que poderá ser um constrangimento ao desenvolvimento e ao equilíbrio

socioeconómico. No entanto, o índice de dependência de idosos no concelho de São Vicente

em 2011 era de 37,3% diferente valor de 2001 (33,6%), verifica-se que o índice de

dependência de idosos é superior ao registado na Região Autónoma e Portugal Continental em

2001 e 2011.

Quadro 14 – Índice de dependência de idosos no Concelho de São Vicente entre 2001 e 2011.

Unidade Territorial

Índice de Dependência de

Idosos (%)

Variação

2001/2011

2001 2011 (%)

Portugal Continental (NUT I) 24,6 29 5,8

Região Autónoma da Madeira 20,6 20,6 0,0

São Vicente 33,6 37,3 11,0

Fonte: INE, Indicadores Demográficos – 2001 e 2011.

Evolução da oferta de solo industrial e grau de ocupação

O município de São Vicente apenas com 16 unidades industriais (15 unidades industriais de

industrias transformadoras) e uma de unidade industrial extrativa. No que respeita à ocupação

industrial temos apenas o Parque Industrial de São Vicente (situado nas Ginjas).

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Evolução das áreas disponíveis para implementação de atividades turísticas

O concelho de São Vicente situa-se na Região de Turismo da Madeira, região com um vasto

património e com as condições naturais e culturais favoráveis a um desenvolvimento turístico

de qualidade, contudo os indicadores socioeconómicos do concelho indicam que o sector

turístico ainda não se assumiu como estruturante em termos de mecanismo impulsionador da

mudança.

No concelho localiza-se um número significativo de estabelecimentos com capacidade de

alojamento, mas existem unidades de hoteleira clássica, o Hotel Estalagem do Mar, localizado

no Junco – Fajã da Areia (freguesia de São Vicente) com uma classificação de quatro estrelas,

com 99 quartos (91 quartos duplos + 8 suites), tem vista para o mar, com piscina interior e

exterior (de água doce e outra de água salgada) com restaurante self-service, bem como

outras ofertas (sauna, jacuzzi e solário). A outra unidade é o Hotel Estalagem do Vale

localizado na povoação de Feiteiras de Baixo, conta com 42 quartos, possui um restaurante,

um bar, uma cave de vinhos, uma sala de refeições, sala de conferências, biblioteca entre

outras comodidades.

Na tipologia de Hotel Rural temos o Solar da Boaventura, com 30 quartos, dispõe de salas de

estar, de TV, restaurante, bar, esplanadas, amplos jardins e um mini-golfe, dispõe também de

um mini - museu. Ainda espalhados pelo concelho/freguesia temos uma residencial (Calhau),

Guest-House (na freguesia São Vicente) e três unidades de Turismo de Habitação (São, Sitio

do Saramago e Sitio do Passo) e 2 unidades de Turismo no Espaço Rural (Sitio do Lameiro e

Sitio do Laranjal)

Variação do número de estabelecimentos, quartos e da capacidade de alojamento no turismo

rural em espaço rural

A capacidade de alojamento concelhia assenta fundamentalmente em meios complementares

de alojamento: Hotelaria clássica, Hotel Rural, Residenciais, unidades de Turismo no Espaço

Rural e Turismo de Habitação, dispersos pelo município. No (Quadro 15) apresenta-se a

capacidade de alojamento das unidades hoteleiras existentes.

Aliando as boas práticas ambientais ao turismo a Secretaria Regional da Cultura, Turismo e

Transportes, criou uma metodologia de certificação de qualidade ambiental, que se materializa

na atribuição do símbolo Estabelecimento Amigo do Ambiente, a ser utilizado pelas empresas

titulares na sua atividade comercial. Ainda neste sentido a sustentabilidade ambiental constitui,

hoje, uma vantagem competitiva e qualitativa no sector turístico e um fator de extrema

importância para o seu desenvolvimento harmonioso. No concelho de São Vicente a unidade

hoteleira que ganhou este distintivo ambiental de excelência foi o Solar da Bica, por reunir os

requisitos necessários para a obtenção do mesmo.

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Quadro 15 – Capacidade hoteleira no concelho de São Vicente

Tipologia

de Alojamento

Designação

Nº de

estabelecimentos

hoteleiros

Capacidade

de Alojamento

Localização

Estalagens

Estalagem do Mar

2

92 quartos Sítio dos Juncos - Fajã da Areia (São Vicente)

Estalagem do Vale 41 quartos Sítio das Feiteiras (São Vicente)

Hotel

Hotel Apartamento Casa da Capelinha

3

12 quartos Terreiro (Ponta Delgada)

Hotel Monte Mar Palace 110 quartos Feiteiras - Sítio do Montado (Ponta Delgada)

Hotel Rural Solar da Boaventura 30 quartos Sítio do Serrão (Boaventura)

TER

Casa da Beira

3

- - - Sitio das Feiteiras (Ponta Delgada)

Casa do Pico 3 quartos Sitio do Pico (Ponta Delgada)

Solar da Bica 3 quartos Sítio dos Lameiros (São Vicente)

TH

Casa da Piedade

2

7 quartos Sitio do Laranjal (São Vicente)

Casa do Lanço 4 quartos Sitio do Lanço (São Vicente)

Fonte: http://www.visitmadeira.pt/

Gestão Territorial

Verificação da compatibilidade do plano com outros Instrumentos de Gestão Territorial

Na área do município de São Vicente existem os seguintes Instrumentos de Gestão Territorial:

a) Plano de Ordenamento Territorial da Região Autónoma da Madeira - POTRAM

b) Plano Regional da Água da Madeira – PRAM

c) Plano Regional da Política de Ambiente – PRPA

d) Plano de Ordenamento Turístico da Região Autónoma da Madeira – POT

e) Plano de Desenvolvimento Económico e Social 2014 – 2020 – PDES

f) Plano de Política Energética da Região Autónoma da Madeira – PPERAM

g) Plano de Ordenamento e Gestão do Maciço Montanhoso Central – POGMMC

h) Plano Estratégico de Resíduos da Região Autónoma da Madeira – PERRAM

i) Plano de Ordenamento e Gestão da Laurissilva da Madeira – POGLM

j) Programa operacional da Região Autónoma da Madeira 2014-2020 – (Programa

Madeira 14-20)

k) Plano de Ação para a Energia Sustentável – PAES

l) Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Arquipélago da Madeira – (PGRH10)

m) Plano de Gestão dos Riscos de Inundações da Região Autónoma da Madeira – PGRI –

RAM

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Avaliação Ambiental Estratégica Revisão do Plano Diretor Municipal de São Vicente

Relatório Ambiental

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Evolução da ocupação e uso do solo

Como se observa, existe uma clara maioria de ocorrência (85,9%) de ocupação florestal,

quando em comparação com outros usos. As razões para essa realidade assentam não só nas

caraterísticas intrínsecas do território da Ilha da Madeira, das suas aptidões e

constrangimentos vários, mas também pela sucessão de circunstâncias históricas e

conjunturais que hoje transparecem a imagem das mudanças socioeconómicas e culturais da

sociedade madeirense.

No caso específico do concelho de São Vicente explica-se pela presença de Floresta Natural

de Laurissilva, (Figura 3) que desde sempre mereceu proteção e preservação, por parte das

entidades públicas. Os restantes tipos de floresta encontram na orografia do terreno e na

humidade do ar condições favoráveis à sua proliferação.

Os dados de ocupação do solo e a sua tradução territorial, assumem uma importância

redobrada quando se trata de territórios como o do concelho de São Vicente. Aqui, a questão

da formulação dos usos, aptidões e funções potenciais, têm de ter em conta a avaliação de

eventuais impactes nas populações e na paisagem.

Figura 3 - Ocupação do solo no concelho de São Vicente

Fonte: CM de São Vicente - Relatório da proposta de revisão do PDM de São Vicente

A salvaguarda da Paisagem como produto e recurso turístico assumido e renovado, requer

uma monitorização especial e a consciencialização de que se baseia em territórios em

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equilíbrio frágil, sujeitos a ocupação humana por vezes desordenada e na manutenção de

práticas culturais em aparente desuso.

Propor de forma assertiva novos usos e novas ocupações do solo, subentende ainda a perfeita

noção que a gestão criteriosa de áreas de risco, não é uma opção de planeamento, mas sim

um imperativo de cidadania e sustentabilidade.3

Tendo em conta a especificidade do território concelhio este apresenta um relevo acentuado,

vulnerável a várias tipologias de risco, uma ocupação desordenada e práticas culturais em

desuso. Todos estes factos conjugados com paroxismos climáticos (fenómenos extremos de

precipitação) desencadeiam situações de catástrofes (inundações, movimentos de massa de

vertente)

Quadro 16 - Áreas de estrutura espacial no território - Solo urbano

SOLO URBANO % do município

Espaços Centrais 0,4

Espaços Residenciais 0,0

Espaços de Atividades Económicas (EAE) 0,2

Espaços de Uso Especial - Equipamentos 0,3

Fonte: “Relatório da proposta de revisão do PDM de São Vicente” – CM São Vicente

Quadro 17 - Áreas de estrutura espacial no território - Solo rural

SOLO RURAL % do município

Espaços Agrícolas 11,7

Espaços Florestais 11,8

Espaços Naturais 71,5

Áreas de edificação dispersa 1,7

Fonte: “Relatório da proposta de revisão do PDM de São Vicente” – CM São Vicente

3 Estudos Sectoriais: “Ocupação do Solo” – Relatório da Revisão do PDM de São Vicente.

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No município de São Vicente, a superfície de solo urbano (Quadro 16) de acordo com o

relatório da revisão do PDM é de 250,2 ha, para espaços centrais é de 28,3 ha e de solo para

espaços residenciais é de 2,9 ha, para os espaços de atividades económicas a área é de 13,8

ha e 25,7 ha para espaços de uso espacial (equipamentos).

No que respeita ao solo rural (Quadro 17) os espaços naturais ocupam a maior área do

concelho (5770,8 ha), seguido das áreas florestais que ocupam uma área de 953,2 ha, os

espaços destinados à agricultura ocupam uma área de 940,4 ha e por fim as áreas de

edificação dispersa ocupam uma área de 134,2 ha.

Em última análise nota-se claramente uma carência nas áreas destinadas ao uso turístico no

concelho de São Vicente, visto que este sector ainda não está bem consolidado no concelho.

Distribuição do uso de solo afetado pelas áreas de expansão urbana

A expansão urbana recairá fundamentalmente sobre o espaço rural, que caracteriza-se por um

relevo acentuado maioritariamente composto por Floresta (Floresta Natural Laurissilva), Maciço

Montanhoso Central e espaços agrícolas.

De acordo com o Relatório de Avaliação do PDM proposto o solo urbano existente é 250,2 ha,

os espaços centrais (espaços urbanos antigos ou históricos) é 28,3 ha, espaços urbanos

consolidados (2,9 ha), espaços de atividades económicas (13,8 ha), espaços urbanos de

expansão e colmatagem (179,5 ha) e espaços de equipamentos/uso espacial (25,7 ha)

perfazendo um total de 250,2 ha de solo urbano.

O meio urbano do concelho caracteriza-se por um dois tipos de povoamento, associado ao tipo

de atividade socioeconómica:

Povoamento concentrado - núcleo de São Vicente e Ponta Delgada

Povoamento disperso: Boaventura Ginjas, Sitio do Serrão

Condicionantes, áreas naturais

Evolução das áreas de Reserva Agrícola Nacional

No que respeita à Reserva Agrícola Nacional (RAN) o Decreto Legislativo Regional nº 18/2011,

de 11 de Agosto, estabelece o regime transitório para a aplicação à RAM do regime jurídico

desta condicionante, aprovado pelo Decreto – Lei nº 73/2009, de 31 de Março, alterado e

republicado pelo Decreto-Lei n.º 199/2015, de 16 de setembro, adotando no artigo 48.º uma

norma de idêntico teor ao artigo 46.º para a REN, totalizando uma área de 1319,85 ha

ocupando 16,4 % do território municipal da costa norte da ilha da Madeira (Figura 4).

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Figura 4 - Reserva Agrícola Municipal no município de São Vicente

Fonte: CM de São Vicente - Relatório da proposta de revisão do PDM de São Vicente

O território de São Vicente tem a maioria da sua área classificada como solo rural, podendo

deste facto compreender-se a importância da elaboração de uma estratégia de intervenção que

permita a compatibilização entre os usos afetos ao sistema produtivo de génese rural, com a

necessidade de salvaguardar um conjunto significativo de áreas fundamentais para a

conservação da natureza e sustentabilidade dos ecossistemas locais.

Evolução das áreas de Reserva Ecológica Municipal

Tal como na Reserva Ecológica Nacional esta condicionante foi respeitada pelo Decreto

Legislativo Regional nº 18/2011/M, de 11 de agosto que estabelece um regime transitório para

a aplicação à Região Autónoma da Madeira dos regimes jurídicos das referidas reservas. No

que respeita a área de REN esta ocupa 5546,1 ha ocupando 68,9 % do território municipal da

costa norte da ilha da Madeira (Figura 5)

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Figura 5 - Reserva Ecológica Nacional no município de São Vicente

Fonte: CM de São Vicente - Relatório da proposta de revisão do PDM de São Vicente

De acordo com o diploma, “a REN é definida com base no regime jurídico das áreas protegidas

em vigor na Região Autónoma da Madeira” (artigo 2º, n. 2), pelo que integram a REN de São

Vicente as áreas do Parque Natural da Madeira e as áreas que constituem a Rede Natura 2000

no concelho: as Zonas Especiais de Conservação (ZEC) do Maciço Montanhoso Central da

Ilha da Madeira e da Laurissilva da Madeira (também ao abrigo do POGMMC e do POGLM,

respetivamente).

A maior parte da Laurissilva da Madeira encontra-se igualmente integrada no PNM, sendo que

cerca de 310,7 ha estão fora da área do Parque, que, por sua vez, também se estende para

áreas não integradas na RN2000.

As áreas da Rede Natura 2000 são qualificadas pelo PDMSV como “Espaços Naturais – Áreas

de Maior Valor Natural” (salvo situações, como as áreas qualificadas como Espaços Naturais –

Escarpas, que pelas suas características obrigam a um regime de uso do solo ainda mais

restritivo), estando ainda sujeitas ao cumprimento no disposto nos já referidos planos

especiais. As atividades e ocupações do solo na restante área do Parque Natural da Madeira

estão sujeitas a parecer da entidade com a tutela.

Estrutura Ecológica Municipal (EEM)

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A delimitação da Estrutura Ecológica Municipal (EEM) como figura de planeamento

municipal tornou-se obrigatória a partir de 1999, com a aprovação do Decreto-Lei nº 380/99,

que regulamenta o regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial. A Portaria nº

138/2005 de 2 de fevereiro determinou a obrigatoriedade de apresentação da Carta da

Estrutura Ecológica nos Planos Diretores Municipais (PDM) e nos Planos de Urbanização (PU)

e o Decreto Regulamentar nº 11/2009, de 29 de maio, definiu os critérios para a sua

delimitação.

Embora resulte de legislação anterior à sua aprovação, o PDM em vigor não prevê este

figurino, pelo que este indicador será desenvolvido apenas no capítulo relativo aos Efeitos

esperados.

Acessibilidades e Mobilidade

Evolução das condições e tempos médios de acesso à rede viária principal

No Quadro 18 estão dispostos os tempos de viagem em transporte individual (TI), do concelho

de São Vicente para outros concelhos vizinhos, bem como a outros pontos da Ilha da Madeira.

De São Vicente ao Funchal a distância é de 34 km, com duração de cerca de 30 minutos.

Analisando os percursos apresentados no supracitado quadro verifica-se que o percurso mais

curto e com menos tempo de viagem é o que vai do concelho de São Vicente a Porto Moniz, o

percurso mais longo é o que vai em direção ao Aeroporto da Madeira (53 km e 40 minutos de

viagem). No que respeita à acessibilidade interna através do transporte individual, os tempos

de viagem são inferiores a 20 minutos para a generalidade dos aglomerados.

Quadro 18 - Duração e distâncias quilométricas inter e intraconcelhias do município de São Vicente.

DISTÂNCIA KM Duração (min) LIGAÇÕES VIÁRIAS

Ratio Km/Min

Funchal 3 Km 28 R101, R104, VR1 1,2

Porto Moniz 16 Km 19 R101 0,8

Ribeira Brava 18 Km 18 R104,R101 1,0

Santana 31Km 38 R101,VE1 0,8

Machico 53 Km 39 R101, R104, VR1 1,4

53Km 60 R101, VR1 0,9

Aeroporto da Madeira 51 Km 40 R104, R101, VR1 1,3

56 66 R101, VE1 0,8

Boaventura 10 Km 11 R101 0,9

8,5Km 8 VE1 1,1

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Ponta Delgada 6,7Km 7 R211, R101 0,9

6,3 6 VE1 1,1

Fonte: http://www.viamichelin.pt/

Hierarquia da rede viária concelhia

A rede viária de São Vicente apresenta uma hierarquia com três níveis de classificação,

apresentando uma correspondência quase sempre direta com a classificação estrutural da

RAM, definida pelo DLR nº 15/2005/M, alterado pelo DLR 1/2013/M, de 2 de Janeiro e pelo

DLR 15/2016/M, de 9 de Agosto. A rede viária de São Vicente está definida de acordo com as

seguintes categorias: Rede Viária Principal; Distribuidora e Local.

A Rede Viária Principal é composta pelas estradas estruturantes na rede viária do Concelho,

nomeadamente na sua ligação a outras sedes de concelho e principais centros de atividade

económica, apresentando uma elevada fluidez de tráfego a velocidades mais elevadas.

Incluem-se aqui, portanto, a ER101 e a ER104, e as respetivas variantes em Via Expresso.4

A Rede Viária Distribuidora é constituída pelas restantes estradas regionais e outras vias

interlocais, consideradas estruturantes, uma vez que estabelecem as ligações entre a Rede

Viária Principal e os principais núcleos populacionais, complementando assim a estrutura

viária.

A rede viária de São Vicente é ainda complementada pelas vias que compõem a Rede Viária

Local: são estradas e caminhos municipais que ligam os vários lugares entre si e às estradas

de nível hierárquico superior. São vias estruturantes locais.

Inclui ruas que atravessam zonas urbanas mas que se revelam fundamentais na mobilidade

desse centro e na sua rápida ligação ao exterior. São assim vias muito díspares entre si, com

variados níveis de tráfego e a diferentes velocidades, e que apresentam perfis variados.

8.1.1.1 Análise SWOT

O Quadro 19 apresenta uma análise SWOT da situação tendencial do Concelho para o FCD

Ordenamento do Território, dando a indicação sobre oportunidades e ameaças ao território

municipal.

4 A Via Expresso integra a Rede Viária Principal, que corresponde a estradas com a velocidade máxima de circulação

de 90 km/h fora das localidades e compostas por uma única faixa com um perfil transversal de 1x2 vias mais bermas,

dispondo, quando se justifica, de uma via adicional para lentos no lado ascendente.

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Quadro 19 - Análise SWOT no âmbito do ordenamento do território.

Forças Fraquezas

Excelente posicionamento geográfico do concelho de

São Vicente na ligação à costa Sul;

Potencial da paisagem de montanha (áreas protegidas)

da Laurissilva, Maciço Montanhoso Central e Parque

Natural da Madeira);

Excelentes acessibilidades ao concelho de Porto Moniz e

Ribeira Brava e daí a toda a costa Sul;

Tendência para o Turismo de natureza e Ecoturismo;

Avançado processo de construção da VE no Concelho;

Crescente investimento na educação/formação;

Adequada exploração do património geológico: Grutas e

Centro de Vulcanismo e Rota da Cal.

Boas acessibilidades Regionais (VE4 e VE2);

Território dominado por vales profundos e desníveis

abruptos, que condicionam a urbanização;

Desenvolvimento condicionado de algumas zonas pelas

áreas Protegidas e Classificadas;

Vulnerabilidade ao Risco Natural;

Baixo nível de escolaridade da População, baixo poder de

compra reduzido e disparidade de rendimentos.

Grande número de vias internas desenvolvidas em locais

com caraterísticas pouco acessíveis;

Desenvolvimento insípido do Turismo em Espaço Rural;

Pouca diversificação de oferta hoteleira.

Oportunidades Ameaças Consolidar a proteção ambiental e da paisagem através

da introdução da EEM.

Potencial pedagógico, turístico e socioeconómico das

Grutas de São Vicente.

Desenvolvimento das relações funcionais com outros

Municípios, podendo assumir-se como um importante

centro suburbano, de capital costa Norte;

Aumento da proliferação de espécies vegetais invasoras;

Perigo potencial de incêndios florestais;

Saída das populações para outros concelhos.

Sobre utilização de levadas, percursos e visitas a locais

protegidos;

Descaraterização do tecido urbano e do edificado, e sua

dispersão no território.

8.1.2 Efeitos Esperados

As políticas económicas e as estratégias de desenvolvimento

As opções estratégicas previstas do Plano pretendem contribuir para promover a equidade

territorial, sustentabilidade ambiental e a fixação da população nos sistemas urbanos e rural,

qualificação ambiental e a promoção da qualidade de vida das populações residente e

visitantes, que passa por uma mais equilibrada gestão e aproveitamento do património

construído e natural em consonância com a capacidade de adaptação do meio, opções que

vão de encontro aos objetivos de sustentabilidade definidos quer no, POTRAM e PDM de São

Vicente.

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As opções estratégicas promovidas pela revisão do Plano Diretor Municipal de São Vicente

pretendem contribuir para potenciar o desenvolvimento local do município estabelecido nos IGT

(Instrumentos de Gestão Territorial) de âmbito nacional e regional (Eixo Estratégico I) e

estímulo à valorização do produto turístico assente no eixo estratégico III (valorização do

mundo rural), bem como a proteção e aproveitamento racional dos valores e recursos naturais

(Eixo estratégico IV).

Evolução da população

De acordo com as projeções demográficas efetuadas para o concelho de São Vicente, no

âmbito da revisão do PDM, foram estabelecidos três cenários de projeções demográficas:

Tendencial, Tendencial Decrescente e Negativo.

No cenário tendencial verifica-se um decréscimo de população de 2011 para 2021. Em 2011

tinha-mos 5723 habitantes e em 2021 o concelho de São Vicente passará a contar com 5675

habitantes, correspondendo a uma taxa de variação negativa (-0,8%).

No cenário Tendencial Decrescente, em 2021 o concelho terá 4863 habitantes correspondendo

a um decréscimo de -15%. Por fim no cenário negativo em 2021 o concelho terá 4062

habitantes correspondendo a um decréscimo de -70%.

No entanto verifica-se que todos os cenários apontam para uma realidade de perda

demográfica no concelho: segundo a análise dos indicadores censitários de 1991, 2001 e 2011

e os resultados estimados pela Direção Regional de Estatística da Madeira referentes a 2009

indicam que o concelho perde sobretudo população nas faixas etárias infanto-juvenis. Este

aspeto está sobretudo relacionado com a Taxa de crescimento Natural (-0,88%) negativa,

resultado de uma taxa de natalidade de 5,4% face a uma taxa de mortalidade de 14,2%,

tratando-se de valores superiores aos registados pelas médias nacional e regional.

Contudo os resultados apontam para uma baixa capacidade de atração de novas populações,

nomeadamente população em idade ativa. Neste contexto verifica-se que a taxa de

crescimento efetivo de São Vicente era negativa em 2009 (-0,29%) não se assumindo como

uma constante, contribuindo mesmo para um cenário de perda.

As opções estratégicas previstas do Plano, de uma maneira geral pretendem contribuir para a

desenvolvimento socioeconómico, qualificação ambiental e a promoção da qualidade de vida

da população residente e visitantes, de onde se destacam medidas como as que prevêem a

melhoria da mobilidade e acessibilidades, a reabilitação e construção de equipamentos

coletivos criadas novas estruturas e equipamentos de utilização coletiva, gerador novos fluxos

e dinâmicas. Estas opções vão de encontro aos objetivos definidos no POTRAM.

De uma forma geral, os Objetivos Estratégicos não contribuem para a fixação e atração de

população, dado que promovem mais o desenvolvimento local estabelecido nos IGT

(instrumentos de Gestão Territorial) de âmbito nacional e regional; definição das principais

regras a que devem obedecer a ocupação uso e transformação do solo; valorização do mundo

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rural; proteção e aproveitamento racional dos valores e recursos naturais; valorização do

património e qualificação urbana e promoção da identidade e da coesão territorial.

Salienta-se o facto de serem os objetivos de sustentabilidade (OS I) que promovem a fixação

de população nos sistemas urbano e rural, bem como o OE (Objectivo Especifico XX) inerente

a políticas de atracção/fixação de população este objetivo especifico promove a identidade e a

coesão territorial, estando previstas estratégias de captação de investimento, de fixação de

casais jovens e de quadros.

Estrutura etária, Saldos naturais e migratórios, Índice de envelhecimento

Estrutura etária

A análise da estrutura etária revela a continuação da tendência para a diminuição dos grupos

etários mais jovens e um aumento dos grupos de idade adulta, idades que correspondem a um

maior índice de fertilidade. Este fenómeno deve-se à diminuição das taxas de natalidade e ao

aumento da esperança de vida, resultante naturalmente da melhoria das condições de vida que

o município tem vindo a verificar.

O crescimento desejado só será efetivo se forem criadas as condições necessárias para a

fixação desta população jovem, o que parece ser intenção da autarquia, uma vez que nos

objetivos específicos (XX) promovem a identidade e a coesão territorial, estando previstas

estratégias de captação de investimento, de fixação de casais jovens e de quadros.

Perspetiva-se a tendência para a um ligeiro incremento da população em idade ativa,

decorrente das medidas e ações preconizadas nas opções estratégicas identificadas do

indicador anterior.

Saldos naturais e migratórios

É previsível que a taxa bruta de natalidade mantenha uma variação negativa, seguindo as

tendências da Região Autónoma relativamente à taxa bruta de mortalidade é também previsível

que mantenha a mesma tendência de diminuição, face aos avanços a nível da medicina que

têm permitido o aumento da longevidade média dos indivíduos e à implementação de medidas

de apoio social às populações mais idosas.

A taxa de crescimento natural, dependente do balanço entre estas duas variáveis, deverá

continuar a verificar um saldo negativo, esperando-se que possa ser atenuada pela diminuição

da taxa bruta de mortalidade e aumento da natalidade, indo ao encontro do Objetivo de

Sustentabilidade 1 que procura a fixação da população e a equidade territorial.

A taxa de crescimento natural, dependente do balanço entre estas duas variáveis, deverá

continuar a verificar um saldo negativo, esperando-se que possa ser atenuada pela diminuição

da taxa bruta de mortalidade e aumento da natalidade, indo ao encontro do OS I que promove

a equidade territorial e a fixação da população nos sistemas urbano e rural.

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Índice de envelhecimento

Identifica-se como possível fator de risco o índice de envelhecimento, visto que o concelho não

possui grande capacidade de atração de nova população idosa e o subsequente

envelhecimento demográfico.

Face ao exposto nos indicadores anteriores e com vista a combater o envelhecimento da

população, os objectivos de sustentabilidade I e especifico XX promovem a fixação da

população (casais jovens e de quadros). Essas estratégias serão impulsionadoras de uma

possível renovação/rejuvenescimento da população.

Evolução da oferta de solo industrial e grau de ocupação

O Relatório de Avaliação do PDM em vigor no concelho faz pouca referência à oferta de solo

industrial e o seu grau de ocupação. Verifica-se que no concelho de São Vicente a atividade

industrial tem pouca expressividade no concelho, visto ser predominantemente rural e grande

parte do concelho é ocupado por solo rural. No entanto os objetivos estratégicos da Revisão do

PDM não preveem qualquer evolução da oferta de solo industrial considerando-se não haver

efeitos significativos, positivos ou negativos da implementação do Plano.

Evolução das áreas disponíveis para implementação de atividades turísticas;

O setor turístico ainda não se assumiu como sector estruturante em termos de mecanismo

impulsionador da mudança. No PDM em vigor não tinham áreas disponíveis para

implementação das atividades turísticas. Na proposta de Revisão do PDM será expectável o

surgimento de novas áreas para implementação de atividades turísticas. Neste sentido os OE

(Objetivos Estratégicos) da Revisão do PDM preveem-se medidas para potenciar o turismo: OE

III (Valorização do mundo rural) que tem como objetivo a defesa da paisagem humanizada

como fator capital de manutenção e valorização do produto turístico, no OE IV (Proteção e

aproveitamento racional dos valores e dos recursos naturais) visa a promoção dos recursos

turísticos de mar e montanha.

Nos objetivos específicos estão previstas medidas que potenciem o turismo, como se pode

verificar no OE IV (Potenciar o turismo associado à paisagem) e XVII (Desenvolver o conceito

de Turismo em Espaço Rural).

Variação do número de estabelecimentos no turismo rural;

De acordo com o Regulamento da proposta de revisão do PDM, em solo rural são admitidas as

seguintes tipologias: Turismo em Espaço Rural (TER); Turismo de Habitação (TH) e Turismo

da Natureza (TN); Hotéis isolados de categoria não inferior a 3 estrelas que contribuam para a

valorização económica e ambiental que garantam a qualidade arquitetónica e correta inserção

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territorial e paisagística da respetiva área que estejam associados a temáticas tais como

turismo de saúde, desporto, da natureza, turismo social, educativo e cultural, entre outras.

Tal como já foi referido os OEs (Objetivos Estratégicos) pretendem fomentar o turismo no

âmbito do OE III - Valorização do mundo rural: este incide mais na defesa da paisagem

humanizada como fator capital de manutenção e valorização do produto turístico e no Objectivo

Especifico XVII (Desenvolver o conceito de Turismo Rural) tal como já foi referido

anteriormente, com o aparecimento de novas áreas destinadas a implementação das

atividades turísticas na proposta de revisão do PDM, o número de estabelecimentos no turismo

rural poderá aumentar, diversificando assim a oferta de estabelecimentos TER.

Gestão Territorial

Verificação da compatibilidade do plano com outros Instrumentos de Gestão Territorial

Na área do município de São Vicente existem Instrumentos de Gestão Territorial eficazes,

mencionados na situação existente do referido indicador.

A proposta de plano não contraria o Programa Nacional de Política de Ordenamento do

Território e integra as orientações definidas no Plano de Ordenamento Territorial da Região

Autónoma da Madeira e dos demais planos em vigor à data da elaboração do Relatório da

Revisão do PDM de São Vicente.

O OE I (Objectivo Estratégico da Revisão do PDM de São Vicente prevê a adequação ao

quadro de desenvolvimento local do estabelecido nos Instrumentos de Gestão Territorial de

âmbito nacional e regional.

Evolução da ocupação e uso do solo

Verifica-se que, sendo a área total do território de São Vicente é de 8040,83 ha, a área total de

solo urbano proposto é cerca de 251,4 ha e a área de solo rural de 7630,3 ha (Figura 7). O solo

urbano proposto na revisão do PDM ocupa apenas 8,4% da área total do município (Figura 6)

O Quadro 20 apresenta as áreas correspondentes à estrutura espacial do território na

componente de solo urbano, quantificando as áreas afetas a cada um das tipologias.

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Quadro 20 - Áreas da estrutura espacial do território - solo urbano

SOLO URBANO % do

município

Espaços Centrais 0,1

Espaços Residenciais 2,5

Espaços de Atividades Económicas (EAE) 0,3

Espaços de Uso Especial - Equipamentos 0,2

Espaços Urbanos de Baixa Densidade 2,1

Fonte: “Relatório da proposta de revisão do PDM de São Vicente” – CM São Vicente

Figura 6 –Solo urbano no concelho de São Vicente

Relatório da proposta de revisão do PDM de São Vicente” – CM São Vicente

O Quadro 21 apresenta as diferentes tipologias empregues na classificação do solo rural.

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Quadro 21 - Estrutura espacial do território - solo rural

SOLO RURAL % do município

Espaços Agrícolas 16,8

Espaços Florestais de Mistos 1,8

Espaços Florestais de Conservação 0,9

Espaços Naturais 74,5

Espaços Afetos a atividades industriais 0,1

Espaços Culturais 0,8

Espaços de Ocupação Turística 0,1

Espaços de Equipamentos e outras

Estruturas 0,1

Áreas de edificação dispersa 1,8

Fonte: “Relatório da proposta de revisão do PDM de São Vicente” – CM São Vicente

Relativamente ao total de solo urbano, concluiu-se que cerca de 8,4 % deste se encontra

urbanizado e apenas 5.2% é urbanizável, (isto significa que apenas 5.2 % do total do solo

urbano será destinado a urbanização programável e terá de ser infraestruturado).

Os Espaços de Urbanos de baixas densidades são os que ocupam a menor área de solo

urbano, perfazendo uma percentagem de 2,5 % do perímetro urbano proposto. Os Espaços

Centrais e os Espaços Residenciais em Solo Urbanizável, ocupam uma área de 31,7 ha,

equivalente a 0,4 % do Perímetro Urbano proposto.

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Figura 7 - Solo rural no concelho de São Vicente

Relatório da proposta de revisão do PDM de São Vicente” – CM São Vicente

Os objetivos estratégicos da Proposta de PDM (OE II) apontam, de uma maneira geral, para a

definição das principais regras a que devem obedecer a ocupação, uso e transformação do

solo.

Distribuição do uso de solo afetado pelas áreas de expansão urbana

O crescimento urbano no concelho tem acontecido com o suporte da rede viária, assistindo-se

ao aparecimento de zonas de maior concentração nas sedes de freguesia, embora com

carácter bastante diferenciados, pois as freguesias de São Vicente e Boaventura continuam a

promover a bipolarização do sistema de povoamento do concelho.

De acordo com o Relatório de Avaliação do PDM proposto o solo urbano existente é 250,2 ha,

o solo urbano previsto é 251,4 ha e os espaços centrais (espaços urbanos antigos ou

históricos) é 4,9 ha, espaços urbanos consolidados (194,8 ha), espaços de atividades

económicas (21,6 ha), espaços verdes (11,8 %) e espaços de equipamentos (18,3 ha)

perfazendo um total de 251,4 ha de solo urbano.

Os efeitos significativos da Revisão do PDM apontam para alterações no solo urbano, mais

concretamente contração das áreas de espaços centrais e espaços de uso especial em

detrimento disso verifica-se um aumento de área destinado a espaços residenciais e espaço de

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atividades económicas. Os objetivos estratégicos da Proposta de PDM (OE II) apontam, de

uma maneira geral, para a definição das principais regras a que devem obedecer a ocupação,

uso e transformação do solo.

Condicionantes, áreas naturais

Os valores e recursos naturais e os ecossistemas mais sensíveis dos territórios foram

integrados nas figuras de proteção previstas no regulamento da revisão do plano como a REN,

a RAN e a EEM, que contribuem para a valorização e manutenção do funcionamento dos

serviços ecológicos de áreas fundamentais para a sustentabilidade e equilíbrio ecológico do

território.

Evolução das áreas de Reserva Agrícola Nacional

No que respeita à Reserva Agrícola Nacional (RAN), o seu regime jurídico foi aprovado pelo

Decreto – Lei n.º 73/2009, de 31 de Março, adotando no artigo 48.º uma norma de idêntico teor

ao artigo 46.º para a REN. Prevê-se que a RAN irá ocupar uma área de 2257,11 ha passando a

ocupar 28 % do território municipal da costa norte da ilha da Madeira.

No âmbito do processo de revisão do PDM de São Vicente, iniciou-se, simultaneamente, o

processo de redelimitação da RAN em vigor (Quadro 22). Este procedimento permitiu elaborar

correções, atualizações e ajustar a RAN à nova realidade urbana e aos novos meios de

representação gráfica (Figura 8).

Quadro 22 – Áreas de RAN do município de São Vicente

RAN em vigor

(ha)

RAN bruta

(ha)

Reserva Agrícola Nacional 1319,85 2257,11

Fonte: Planta de Ordenamento da proposta de revisão do PDM de São Vicente – CM São Vicente

No âmbito do processo de afetação das áreas de RAN, esta é aumentada em 937,26 ha,

(Figura 8).

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Figura 8 - Reserva Agrícola Nacional do município de São Vicente

Fonte: CM de São Vicente - Relatório 1 da proposta de revisão do PDM de São Vicente

Com a publicação do Decreto-lei nº 73/2009, de 31 de Março que aprova o novo Regime

Jurídico da RAN, foram introduzidas alterações que levaram à reapreciação das áreas de RAN

e a reformulação destas com os perímetros urbanos, incluindo as áreas de RAN integradas na

Estrutura Ecológica Urbana.

Com estas alterações pretende-se apostar na requalificação ambiental e nos recursos naturais

(OEIII) e preservar a qualidade do espaço público (OEVI).A afetação das áreas de RAN,

traduzir-se num aumento das áreas de espaço agrícola, acentuando ainda mais a ruralidade do

concelho de São Vicente.

Evolução das áreas de Reserva Ecológica Nacional

O Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22 de Agosto, que estabelece o regime jurídico da Reserva

Ecológica Nacional (REN), prevê, no artigo 46.º, a sua aplicação às Regiões Autónomas dos

Açores e da Madeira, sem prejuízo da respetiva adequação à especificidade regional a

introduzir por decreto legislativo regional.

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A aplicação do regime da REN no território da Região Autónoma da Madeira constitui uma

redundância, atendendo às óbvias especificidades orográficas, urbanísticas, demográficas e

sociológicas, ainda mais quando os propósitos a salvaguardar já se encontram tratados em

diversos instrumentos regionais, nomeadamente o Plano de Ordenamento do Território da

Região Autónoma da Madeira — POTRAM, aprovado pelo Decreto Legislativo Regional n.º

12/95/M.

Figura 9 - Reserva Ecológica Municipal do município de São Vicente

Fonte: CM de São Vicente - Relatório da proposta de revisão do PDM de São Vicente

Do ponto de vista ambiental, vai ao encontro do objetivo estratégico IV, uma vez que aposta na

proteção e aproveitamento racional dos recursos naturais.

Estrutura Ecológica Municipal (EEM)

O figurino da Estrutura Ecológica Municipal (EEM) não estava previsto no regulamento do PDM

em vigor. No âmbito do processo de Revisão do PDM de São Vicente, foi criada a Estrutura

Ecológica Municipal (EEM) (Figura 10) iniciando-se, simultaneamente, o processo de

reformulação da Reserva Agrícola Nacional (RAN) e da Reserva Ecológica Nacional (REN) em

vigor.

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A Estrutura Ecológica Municipal visa a identificação das áreas, valores e sistemas

fundamentais para a proteção e valorização ambiental dos espaços rurais e urbanos,

designadamente as áreas de reserva ecológica, a salvaguarda dos ecossistemas e processos

biofísicos bem como a compatibilização das funções de proteção, regulação e enquadramento

com os usos produtivos, o recreio e bem-estar das populações.

A Estrutura Ecológica Municipal (EEM) é constituída pelo conjunto de áreas que, em virtude

das suas características biofísicas ou culturais, da sua continuidade ecológica e do seu

ordenamento, têm por função principal contribuir para o equilíbrio ecológico e para a proteção,

conservação e valorização ambiental e paisagística e do património natural dos espaços rurais

e urbanos.

É identificada e delimitada nos planos diretores municipais, em coerência com a estrutura

regional de proteção e valorização ambiental definida nos planos regionais de ordenamento do

território e com as orientações contidas nos planos sectoriais que contribuam para os objetivos

definidos.

A sua incidência reflete-se nas diversas categorias de solo rural e urbano com um regime de

uso adequado às suas características e funções, não constituindo uma categoria autónoma.

A EEM existe em continuidade no solo rural e no solo urbano. No solo rural, a EEM

compreende as áreas de solo afetas à Rede Fundamental de Conservação da Natureza no

território do município, as áreas naturais sujeitas a riscos e vulnerabilidades e ainda outras

áreas de solo que sejam selecionadas e delimitadas em função do interesse municipal,

nomeadamente por razões de enquadramento, proteção e valorização ambiental, paisagística

e do património natural.

No interior dos perímetros urbanos, a EEM compreende os espaços verdes de utilização

coletiva e outros espaços, de natureza pública ou privada, que sejam necessários ao equilíbrio,

proteção e valorização ambiental, paisagística e do património natural do espaço urbano,

nomeadamente no que respeita a:

a) Regulação do ciclo hidrológico (preservação da permeabilidade do solo e criação de áreas

de retenção, no quadro da prevenção de cheias urbanas);

b) Regulação bioclimática da cidade (redução das amplitudes térmicas e manutenção do teor

de humidade do ar);

c) Melhoria da qualidade do ar (diminuição da concentração da poluição atmosférica nos

centros urbanos);

d) Conservação da biodiversidade (manutenção de habitats).

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Figura 10 - Estrutura Ecológica Municipal do concelho de São Vicente

Fonte: CM de São Vicente

Os valores e recursos naturais e os ecossistemas mais sensíveis do território foram integrados

em figuras de proteção como a REN, a RAN e a EEM que contribuem para a valorização e

manutenção do funcionamento ecológico de áreas fundamentais para a sustentabilidade e

equilíbrio ecológico do território. A afetação de uma vasta área concelhia à EEM contribui para

a consolidação de corredores verdes e para a criação de condições favoráveis à promoção dos

serviços ecológicos, como a biodiversidade, a recarga de aquíferos, o controlo do escoamento

hídrico, entre outros.

A criação da EEM, além de uma obrigação no âmbito da elaboração do plano, está também em

consonância fundamentalmente com o Objetivo Estratégico IV (Proteção e aproveitamento

racional dos valores e recursos naturais (Delimitação da estrutura ecológica municipal, com

vista à salvaguarda e equilíbrio dos ecossistemas).

Os efeitos significativos da criação deste figurino de planeamento na Revisão do PDM de São

Vicente são sobretudo a salvaguarda dos ecossistemas, salvaguardar os territórios vulneráveis

a riscos naturais condicionando a ocupação humana no território concelhio.

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Acessibilidades e Mobilidade

Evolução das condições e tempos médios de acesso à rede viária principal

A rede viária no concelho de São Vicente, integra-se em espaços canais que têm por objetivo

garantir as adequadas condições de funcionamento ou de execução da rede e que

compreendem a plataforma da via e as faixas de proteção non aedificandi que a lei estipula (à

data da elaboração do Plano, o DLR n.º 15/93/M, de 4 de Setembro, com as alterações

introduzidas pelo DLR n.º 10/96/M, de 4 de julho, pelo DLR n.º 25/2010/M e pelo DLR nº

41/2012/M) e ainda as definidas no Regulamento do Plano.

A rede viária do concelho da São Vicente é hierarquizada da seguinte forma: Rede Principal:

Via Expresso; Rede Distribuidora: Vias Interlocais e Rede Local: Vias Locais e Caminhos.

A sua hierarquia preconizada é constituída por três níveis que foram descritos no indicador

“Hierarquia da rede viária concelhia”, na Situação Existente do presente relatório.

No concelho de São Vicente encontram-se já construídos vários troços da VE1 (via expresso)

ligando São Vicente a Santana. Está prevista a ligação entre Boaventura e Arco de São Jorge

(Santana), apesar de esta ainda estar em fase de adjudicação. Estas

recuperações/construções da rede viária irão contribuir/contribuem certamente para o

encurtamento das distâncias e a contração do tempo de viagem entre o concelho de São

Vicente e os concelhos limítrofes da costa Norte da Ilha Madeira, possibilitando melhores

ligações a outros pontos do território insular.

Hierarquia da rede viária concelhia.

A hierarquia da rede viária é constituída pelos seguintes níveis, Nível I, II e III, a descrição foi

efetuada na Situação Existente do presente relatório.

Apesar de poder interferir com solos integrados em REN, poderá constituir uma oportunidade

de melhoria de alguns fatores ambientais a nível municipal. As vias que interferem com os

supracitados solos são a Rede viária principal e a distribuidora, estando previsto a construção

da ligação da rede viária principal que irá atravessar solos contemplados em áreas de REN.

Neste ponto o OE (objetivos específicos) XII prevê a integração paisagística de infra-estruturas

com vista à diminuição do impacto negativo na paisagem das novas vias, as obras de

contenção de terras ou de regularização de linhas de água.

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8.1.3 Síntese de Oportunidades e Riscos

O Quadro 23 resume as oportunidades e ameaças associadas aos Objetivos Estratégicos do

PDM de São Vicente para o fator crítico Ordenamento do Território.

Quadro 23 – Resumo de oportunidades e ameaças para o FCD Ordenamento do Território.

Objetivos Estratégicos da revisão do PDM de São Vicente

Critérios de

Avaliação do FCD OE I OE II OE III OE IV OE V OE VI OE VII OE VIII

Políticas

económicas e as

estratégias de

desenvolvimento

Gestão Territorial

Condicionantes áreas

naturais

Acessibilidades e

Mobilidade

- Interação muito favorável

- Interação ligeiramente favorável ou nula

- Interação desfavorável

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DA REVISÃO DO PDM:

OE I – Adequação ao quadro de desenvolvimento local do estabelecido nos Instrumentos de

Gestão Territorial de âmbito nacional e regional;

OE II – Definição das principais regras a que devem obedecer a ocupação, uso e

transformação do solo;

OE III – Valorização do mundo rural;

OE IV – Protecção e aproveitamento racional dos valores e recursos naturais;

OE V – Valorização do património e qualificação urbana;

OE VI – Promoção da identidade e da coesão territorial;

8.1.4 Diretrizes de Gestão e Medidas de Minimização dos Efeitos do Plano

Para fator crítico Ordenamento do Território são definidos objetivos no sentido de promover um

correto ordenamento decorrente da revisão do PDM. De acordo com as potenciais

oportunidades ou riscos, decorrentes da implementação da revisão do PDM de São Vicente,

foram propostas diretrizes para a potenciação das oportunidades e minimização dos riscos

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identificados. O Quadro 49 resume as diretrizes de gestão e minimização dos efeitos da

revisão do PDM de São Vicente.

8.1.5 Quadro de Governança para a Ação

O reconhecimento de um quadro de governança para a ação é fundamental para o sucesso da

implementação do Plano Diretor Municipal de São Vicente, uma vez que identifica as

responsabilidades institucionais dos vários intervenientes na AAE, em todo o processo de

implementação do próprio Plano.

Entendendo-se governança “como o conjunto de regras, processos e práticas que dizem

respeito à qualidade do exercício do poder, essencialmente no que se refere à

responsabilidade, transparência, coerência, eficiência e eficácia”, (Partidário 2007), identifica-

se um quadro de governança (vide Quadro 50) para o Município de São Vicente, que garanta o

cumprimento dos objetivos definidos relativamente ao Fator Crítico Ordenamento do Território,

bem como à concretização das diretrizes propostas.

No âmbito do FCD Ordenamento do Território foram identificadas as seguintes entidades com

responsabilidades ao nível da implementação do Plano:

Secretaria Regional do Ambiente;

Câmara Municipal de São Vicente

Juntas de Freguesia do concelho de São Vicente

Turismo da Madeira

População em Geral

8.1.6 Plano de Seguimento e Quadro de Controlo

Com vista à correta implementação e acompanhamento do PDM de São Vicente revisto e a

potenciação das suas opções estratégicas, optou-se por adotar um conjunto de indicadores no

Plano de seguimento e controlo que podem diferir dos utilizados na análise e avaliação da

Situação existente e Efeitos esperados, mas que foram adaptados no sentido de os melhor se

ajustarem à função de indicadores de seguimento/monitorização do plano, tendo-se optado

para o FCD Ordenamento do Território os indicadores de seguimento constantes do Quadro

51.

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8.2 QUALIDADE AMBIENTAL

No âmbito deste fator crítico pretende-se avaliar a contribuição do PDM de São Vicente para a

preservação e valorização da qualidade do ambiente local, através de uma análise que avalia

as oportunidades e ameaças, que correspondem aos impactes de natureza estratégica,

positivos e negativos face aos critérios ambientais: abastecimento de água, drenagem e

tratamento de águas residuais, recursos hídricos, resíduos, recolha e tratamento de resíduos

sólidos urbanos (RSU), poluição sonora, qualidade do ar e eficiência energética. Pretende-se

deste modo inferir acerca dos efeitos da revisão do Plano Diretor Municipal de S. Vicente sobre

as infraestruturas de abastecimento e saneamento básico, avaliando como é promovida a

gestão adequada da água, das águas residuais, dos resíduos, como é tida em conta a saúde

pública, avaliar/analisar o modo como se promove a redução das cargas poluentes no meio

hídrico a par da aplicação de uma estratégia específica paras as atividades económicas e

avaliar a forma de promoção do território assegurando ganhos ambientais e de saúde pública.

Com a análise deste fator crítico pretende-se identificar possíveis consequências decorrentes

de ações previstas na proposta de revisão do PDM, que possam vir a ter influência na

qualidade ambiental, bem como o modo de as potenciar no caso de serem positivas e de as

evitar, reduzir ou compensar no caso de serem negativas.

Este fator crítico compreende os critérios e indicadores, e que estabelecem o âmbito da

avaliação e o grau de pormenor da informação analisada. Os indicadores apresentados foram

ajustados à disponibilidade de informação, às medidas e indicadores previstos nos Planos que

constituem o QRE e à sua relevância enquanto indicadores de uma monitorização futura do

plano.

A análise deste FCD efetuada no âmbito da Avaliação Ambiental Estratégica terá por base os

indicadores constantes do Quadro 24.

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Quadro 24 – Associação entre Objetivos de Sustentabilidade e os Critérios e indicadores de avaliação definidos no

Fator Crítico Qualidade Ambiental.

Objetivos de Sustentabilidade Critérios Indicadores

OS4 - Promover uma gestão sustentável da água, através do seu uso eficiente e da redução das cargas poluentes no meio

hídrico, garantindo a sua monitorização.

OS5 – Promover a eficiência energética e a redução das

emissões de CO2.

OS6 – Promover uma gestão sustentável dos resíduos

urbanos e industriais.

Abastecimento de água

- Cobertura da rede de abastecimento de água

- Percentagem do número total de análises realizadas à água tratada cujos resultados estão em

conformidade com a legislação

- Percentagem de perdas na rede de abastecimento de água

Drenagem e tratamento de águas residuais

- Cobertura da rede de drenagem de águas residuais

- Eficiência do tratamento realizado

- Reutilização de águas residuais tratadas

Recursos hídricos - Qualidade da água balnear

Recolha e tratamento de RSU

- Cobertura da rede de recolha de RSU

- Cobertura e número de equipamentos da recolha seletiva e reciclagem de resíduos

- Quantificação da recolha seletiva de resíduos

Poluição sonora

- Atividades ou instalações com impacte em termos de poluição sonora

- Evolução das zonas sensíveis e zonas mistas ao longo da aplicação do plano

- Nº de queixas apresentadas pelos munícipes relativas ao ruído

Eficiência energética

- Edifícios autárquicos alvo de RCESE/RCCTE com classe igual ou superior a B

-

-Edifícios autárquicos alvo de microgeração

8.2.1 Situação Existente e Análise Tendencial

Desenvolveu-se um diagnóstico e análise de tendências para caracterizar o FCD Qualidade

Ambiental, com o objetivo de pormenorizar a informação apresentada e de criar uma base de

informação que sustente a avaliação dos efeitos previstos e das medidas propostas.

Além de diversa legislação temática, as fontes de informação utilizadas com vista à análise

deste Fator Crítico compreendem ainda:

Plano Regional da Água da Madeira (PRAM)

Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais

Mapa de Ruído do Município de S. Vicente (2014)

SNIRH – Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos

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DRAmb – Direção Regional do Ambiente da Madeira

Abastecimento de Água

As redes de abastecimento de água iniciam-se com as captações ou pontos de entrega de

água, de onde esta é conduzida, através de condutas, a reservatórios, a partir dos quais se faz

a distribuição de água para as respetivas áreas de influência.

As áreas de influência, constituem uma ferramenta importante para o processo do

planeamento, particularmente, para a delimitação das áreas de urbanização programada. Se

por um lado, uma área de urbanização programada deve, por norma, coincidir com a área de

influência das redes de água, já a área de influência não deve constituir por si só, um

argumento para se poder edificar.

Em São Vicente, a ARM - Águas e Resíduos da Madeira S.A.,é a responsável pela gestão em

alta do sistema de abastecimento de água, sendo a Câmara Municipal a responsável pela

gestão da rede de distribuição. No meio urbano, cerca de 90% do consumo de água destina-se

a outros usos (usos domésticos, administração pública, beneficência, comércio e serviços

diversos), 4% destina-se ao turismo e 6% à indústria. De referir que, em todos os destinos, o

consumo verificado é inferior às necessidades (dados referentes aos levantamentos efetuados

aquando da elaboração do Relatório Técnico do PRAM, nos anos 2001 e 2002).

No concelho de São Vicente são identificadas infraestruturas dos sistemas adutores dos

Socorridos e dos Tornos.

Do Sistema Adutor dos Socorridos, fazem parte a Levada da Fajã dos Rodrigues, a Galeria

de Captação da Fajã da Ama e o Sistema Elevatório da Encumeada, inaugurado em 2005. O

Sistema Adutor dos Socorridos garante o abastecimento público dos municípios da Ribeira

Brava e Câmara de Lobos, assim como o regadio a partir do Canal Norte que abrange a área

agrícola desses dois concelhos.

Do Sistema Adutor dos Tornos, no concelho de São Vicente, fazem parte a captação na

Ribeira de João Fernandes (única captação de superfície deste sistema adutor), a Levada dos

Tornos (incluindo o seu Túnel 0) e a Casa de Abrigo da Fajã do Penedo. O Sistema de

Aproveitamento dos Tornos é o principal responsável pelo abastecimento do Funchal.

Os dois sistemas adutores referidos são, portanto, redes hidráulicas que transferem para sul

caudais captados nas encostas viradas a norte e nordeste, para regadio e abastecimento

urbano. Trata-se de complexos sistemas adutores, que comportam inclusive centrais mini-

hídricas (a mini-hídrica de Santa Quitéria, no Funchal, no sistema dos Socorridos, e a Mini-

hídrica das Terças, no concelho do Funchal, no sistema dos Tornos) e grandes extensões em

túnel. Não são, portanto, sistemas adutores para abastecimento de São Vicente, antes

garantem a captação e condução de água para a costa Sul, onde esta não é tão abundante

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O Sistema Elevatório da Encumeada destina-se a captar as águas do túnel rodoviário da

Encumeada e elevar a totalidade do caudal drenado (30 l/s) para o canal do lanço Norte do

Sistema. A captação no túnel é uma captação de origem subterrânea, com drenos. A Estação

Elevatória localiza-se nas proximidades do emboquilhamento norte da referida infraestrutura

rodoviária e tem 2 grupos eletrobomba. A conduta, elevatória, tem 200mm de diâmetro e uma

extensão de 1300m.

No que diz respeito à captação de água que abastece a população do Concelho, verifica-se a

existência de 26 captações sob responsabilidade da Câmara Municipal de São Vicente – 2

subterrâneas, 22 com origem em água de nascente (ribeiras) e as restantes 2 com outras

origens.

O Decreto-Lei n.º 382/99, de 22 de setembro, estabelece normas e critérios para a delimitação

de perímetros de proteção das captações de águas subterrâneas destinadas ao abastecimento

público. O município de S. Vicente não possui nenhuma captação de água com perímetro de

proteção.

Cobertura da rede de abastecimento de água

Nos anos de 2001 a 2002, as redes públicas de abastecimento de água serviam 5 888

habitantes do concelho de São Vicente, o que corresponde a um Índice de Atendimento de

95%. Este valor encontrava-se muito próximo da média verificada na Região, na altura, sendo

que os objetivos do PRAM apontavam um Índice de 95% para 2006 e de 97% para 2012

(dados da DREM, referentes a 2010, indicam que 99,5% da população residente na Região se

encontra servida por abastecimento domiciliário de água). De acordo com dados fornecidos

pela câmara municipal de São Vicente nos últimos 5 anos a população servida por rede pública

é 100%. O abastecimento de água cobre, portanto, a totalidade do Concelho.

Percentagem do número total de análises realizadas à água tratada cujos resultados estão em

conformidade com a legislação

O Município de S. Vicente tem dado cumprimento às suas obrigações legais, uma vez que

realiza as análises requeridas pela legislação.

Trimestralmente a Câmara Municipal publica sob a forma de Editais, os resultados analíticos do

controlo efetuado à água fornecida aos munícipes a partir da rede de distribuição de água no

concelho. Através da análise do Quadro 30 verifica-se que em 2012, todos os trimestres

apresentaram incumprimento ao nível de bactérias coliformes e Escherichia Coli, no 2º

trimestre desse ano, além dos parâmetros anteriores, deu-se incumprimento de Clostridium

perfringers, Enterococos, sinal claro de contaminação microbiológica da água e de riscos em

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termos de saúde pública. Em 2013, verifica-se a mesma situação do ano anterior,

incumprimentos a nível de parâmetros microbiológicos.

Os incumprimentos aos parâmetros microbiológicos verificados, devem-se a intervenções

efetuadas na rede pública de abastecimento e nos sistemas de tratamento de água para

consumo humano.

Quadro 25- Dados de 2012 e 2013 referentes ao incumprimento das análises à água para consumo humano.

Ano Trimestre % Análises em incumprimento

Parâmetros em incumprimento

2012 1º 19 Bactérias coliformes, Escherichia coli

2012 2º 3 Clostridium perfringers, Enterococos, Bactérias coliformes, Escherichia coli

2012 3º 7 Bactérias coliformes, Escherichia coli

2012 4º 8 Bactérias coliformes, Escherichia coli

2013 1º 31 Bactérias coliformes, Escherichia coli

2013 2º 2 Bactérias coliformes, Escherichia coli,

Enterococos

2013 3º 3 Bactérias coliformes, Escherichia coli

2013 4º 5 Bactérias coliformes, Escherichia coli

A percentagem do número total de análises realizadas à água para consumo público, cujos

resultados estejam em conformidade com a legislação em 2012 é 90,25% e em 2013 é

89,75%.

Percentagem de perdas de água na rede de abastecimento

As perdas de água constituem uma das principais fontes de ineficiência na gestão de

abastecimento de água.

O município de São Vicente para o ano de 2008 apresenta 60% de perdas de água na rede de

abastecimento.

Em 2008, o PRAM, apresentou a questão das perdas de água como um problema por

solucionar. De salientar que se tratam normalmente de fugas de água tratada, por elevadas

pressões na rede ou pela sua antiguidade e má conservação, aliadas a desadequados serviços

de manutenção. Assim, verifica-se ainda uma elevada percentagem de consumos não

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faturados/não contabilizados, pela ausência de instrumentos de apoio à gestão. Ou seja,

nessas perdas incluem-se as fugas e os consumos não contabilizados, em parte por questões

relacionadas com a tipologia das próprias redes. O PRAM, em 2008, referia valores na ordem

dos 32% e 30%, respetivamente (ou seja, um total de 60%).

Daqui resulta uma capitação de 590 litros/habitante. dia, uma das mais elevadas no contexto

nacional.

Por outro lado, verificam-se consumos excessivos, consequência dos baixos tarifários e por

razões de natureza sociocultural.

Drenagem e Tratamento de Águas Residuais

O sistema de drenagem de águas residuais do concelho de S. Vicente, tem como entidade

gestora a própria Câmara Municipal, assim como da exploração e manutenção das

infraestruturas de destino final.

É da responsabilidade do Governo Regional (SRA) a conceção e construção das

infraestruturas de tratamento (emissários, EE e ETAR).

A rede de águas residuais na área de intervenção é assegurada por uma rede de coletoras

com 3,6 km de extensão, que serve os habitantes do Centro Histórico e da zona envolvente.

As águas recolhidas são enviadas para a Estação de Tratamento de Águas Residuais de São

Vicente, localizada na antiga Fábrica das Águas, cujo sistema está dimensionado para

abranger uma população de cerca de 7 247 habitantes.

Cobertura da rede de drenagem de águas residuais

No Concelho de S. Vicente os baixos índices de drenagem e de tratamento de águas residuais

na RAM, que foram de 64% e 62%, respetivamente, no ano de 2007, estando aquém do

estabelecido pelo PRAM, que para o ano de 2012 estabelecia o atendimento com drenagem e

tratamento só com sistemas públicos em 75%. (Os 2% de diferença entre os índices referidos

dizem respeito, portanto, à população servida por sistema de drenagem, mas cujas águas são

depositadas no meio recetor sem qualquer tipo de tratamento).

No concelho de São Vicente, no ano de 2001, existiam apenas redes públicas de drenagem de

águas residuais na vila de São Vicente e na freguesia da Boaventura, que beneficiavam cerca

de 400 habitantes (corresponde a 7% da população).

As insuficiências na rede acabam por conduzir a situações de descarga ilegal para o solo e

para as linhas de água, originando problemas ambientais e de saúde pública, como dá conta o

Plano Regional da Água.

Reutilização de águas residuais tratadas

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As crescentes preocupações relativamente à escassez de água levam à necessidade de uma

urgente reflexão sobre a sua aplicação. O uso eficiente da água representa uma efetiva

economia para os consumidores, empresas e a sociedade de um modo geral. A reutilização

das águas residuais tratadas reflete o encontrar de uma fonte de água alternativa para

aplicações não potáveis.

De acordo com a Câmara Municipal de S. Vicente, nenhuma ETAR efetua a reutilização de

água residual tratada.

Recursos Hídricos

O concelho de São Vicente possui uma rede hidrográfica bastante ramificada, do tipo

dendrítico, com ribeiras encaixadas em vales estreitos e por vezes profundos, complementada

por um complexo sistema de aquíferos de natureza vulcânica e do seu aproveitamento através

de levadas.

Os inúmeros cursos de água presentes no concelho caracterizam-se por um regime não

permanente e torrencial, com caudal abundante no Inverno que diminui no Verão, e elevada

capacidade de transporte sólido.

Por outro lado, a zona costeira ou subcosteira desenvolve-se em escarpas, cuja elevação

aumenta significativamente com a altitude em centenas de metros, o que se verifica sobretudo

no limite Oeste do concelho entre a Ribeira de São Vicente e a Ribeira do Inferno.

Estas características são motivadas por fatores climáticos (precipitação, humidade),

geomorfológicos (declive e relevo), geológicos (solo, subsolo, e tectónica).

No PRAM foram definidas três Unidades Hidrológicas de Planeamento para a Ilha da Madeira:

UHP Vertente Norte (325,8 km²) – unidade onde se encontra inserido na totalidade o

concelho de São Vicente;

UHP Vertente Sul Oeste (182,2 km²);

UHP Vertente Sul Este (234,1 km²).

A Ribeira de São Vicente tem a sua origem na Boca da Encumeada, a uma altitude de 1007

m próximo do Pico do Ferreiro, e a 1515 m do Pináculo. Esta ribeira apresenta como principais

afluentes, a Ribeira Grande na margem direita e a Ribeira Seca na margem esquerda. A área

da bacia é 48,16 Km2.

A Ribeira do Inferno, nasce no Paúl da Serra a cerca de 1530 m de altitude, percorre o

concelho de São Vicente, em vale profundo e apertado, ladeada por vertentes escarpadas,

desde a cota 349 m na extremidade de jusante até 1237 m a montante. As margens são

compostas pela vertente do Montado dos Pessegueiros, na margem esquerda e pelo Monte do

Espigão, na margem direita. Esta ribeira conflui entre a Ladeira da Vinha e a Fajã do Rente no

caminho de São Vicente para o Seixal, delimitando o concelho na extremidade Oeste.

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A Ribeira do Porco ou Ribeira da Boaventura, que percorre longitudinalmente a zona Este

do concelho e tem origem nas vertentes Norte do Pico de Milhafre e Pico da Parteira,

respetivamente, a cerca de 1710 m e 1728 m de altitude; as ribeiras do Ursal e de João

Fernandes afluem à ribeira de Boaventura, respetivamente na margem esquerda e na margem

direita.

A Ribeira da Camisa nasce na Lage Negra e atravessa a freguesia de ponta Delgada pelo

lado oeste.

Os Ribeiros de S. Nicolau ou Ribeiro do Hilário que nasce nas serras da Primeira Lombada.

Na área que irá ser sujeita a alteração apenas se verifica a presença da Ribeira de São

Vicente, cuja bacia hidrográfica abrange a maior parte da zona e a Ribeira do Espigão.

Figura 11 - Linhas de água principais e secundárias do concelho de São Vicente

Fonte: Adaptado de Relatório de Revisão do PDM São Vicente (Estudos de Caracterização - Biofísico, 2014

Em suma, as linhas de água principais constituem aproximadamente 42 Km e as linhas de

água secundárias perfazem um total de 176 Km.

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Qualidade da água balnear

O concelho de S. Vicente, possui duas praias, a Praia de Ponta Delgada e a Praia Naval de

São Vicente. A praia de Ponta Delgada é classificada, sendo regida pela Diretiva 76/160/CEE,

de 8 de dezembro de 1975, transposta pelo Decreto-Lei n.º 236/98, de 1 de agosto, que define

e monitoriza a qualidade das águas balneares. A zona balnear da Ponta Delgada situa-se no

Norte da Ilha da Madeira, no Concelho de S. Vicente. Integra uma pequena praia (extensão

frente praia é 131 metros) de calhau rolado e areia escura, protegida por um enrocamento.

Dentro da delimitação da água balnear existe um corredor para o trânsito de embarcações de

recreio.

Possui uma área de solário com acesso ao mar por escadas, duas piscinas de água salgada,

uma das quais para crianças, com equipamento lúdico e rampa de acesso para utentes com

mobilidade reduzida. Desde 2007 é galardoada com a Bandeira Azul.

Durante a época balnear são monitorizados indicadores de contaminação fecal, nas águas

balneares identificadas, de acordo com a legislação em vigor, Decreto-Lei 135/2009, de 3 de

Junho. As águas balneares são classificadas de acordo com os níveis destes indicadores na

água. No Quadro 26 constam os resultados da monitorização das água balnear.

Quadro 26 – Classificação da água balnear da Praia de Ponta Delgada

Avaliação da Qualidade da água balnear entre 2006 e 2011

Ano 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Classificação Boa* Boa* Boa* Boa* Boa* Boa**

* Classificação segundo o Decreto-Lei n.º 236/98, de 1 de Agosto

** Classificação segundo o Decreto-Lei n.º 135/09, de 3 de Junho, que substitui o anterior

Fonte: DRAmb, 2012

Em 2013, a classificação da qualidade da água balnear é excelente, havendo assim um

melhoramento da qualidade da água da Praia de Ponta Delgada em relação aos anos

anteriores.

Recolha e Tratamento de RSU

A gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) é assegurada na generalidade por sistemas

municipais e multimunicipais constituídos na sua maioria por ecopontos, ecocentros, estações

de transferência e instalações de valorização / eliminação de resíduos (aterro sanitário,

incineradora, central de compostagem, central de triagem).

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Com a importância de uma política de RSU, ajustada aos compromissos de uma redução de

gases com efeito de estufa assumidos no âmbito do Protocolo de Quioto, foi criado o PERSU

(Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos). Este visa a aplicação de medidas que

permitam aumentar a eficiência e a eficácia das práticas de gestão de RSU, na prossecução de

uma otimização global e integrada, e de um cada vez menor recurso à deposição em aterro

através da maximização da reciclagem e, subsidiariamente, de outras formas de valorização.

Cobertura da rede de recolha de RSU

O Concelho de S. Vicente encontra-se totalmente coberto por uma Rede de recolha de

Resíduos Sólidos. A ARM - Águas e Resíduos da Madeira S.A., é a entidade responsável pela

gestão do sistema de transferência, triagem, tratamento e valorização dos resíduos.

É para a ETZO (Estação de Tratamento da Zona Oeste) que se destinam os resíduos sólidos

indiferenciados recolhidos no concelho de São Vicente, sendo que as embalagens de papel, o

vidro e os resíduos de plástico e metal também são encaminhados para Porto Novo, para a

Estação de Triagem.

A recolha de resíduos, quer indiferenciados, quer para reciclagem, cobre todos os lugares do

Concelho.

Os serviços camarários dispõem de 6 carros, que fazem a recolha indiferenciada às segundas

e quintas-feiras, sendo que a recolha seletiva é feita às terças, quartas e quintas-feiras.

Os arruamentos e principais espaços públicos dos núcleos urbanos encontram-se ainda

equipados de papeleiras.

A recolha e o tratamento dos RSU abrange a quase totalidade dos aglomerados urbanos do

concelho (93,75%), mas com frequências de recolha diferenciadas de acordo com a produção

de RSU e as necessidades de cada lugar.

Em termos de produção de resíduos sólidos indiferenciados, a nível concelhio, de acordo com

o Quadro 27 registou-se uma diminuição no concelho entre os anos de 2012 a 2014.

Quadro 27 – Evolução da Produção Anual de RSU no concelho.

Ano Produção Anual de RSU (em ton)

2012 1 598,96

2013 1 521,44

2014 1 487,04

Fonte: CM São Vicente

Cobertura e número de equipamentos da recolha seletiva e reciclagem de resíduos

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De acordo com os dados fornecidos pela autarquia existem 64 ecopontos completos

(vidrão+papelão+embalão) para o presente ano localizados nos pontos de maior concentração

habitacional, o que corresponde a 87 hab/ecoponto5.

Quantificação da recolha seletiva de resíduos

No Quadro 28 apresenta-se a evolução da produção anual de recicláveis (em toneladas) no

concelho. Ao longo dos anos tem-se verificado uma tendência crescente da reciclagem.

Entre o ano 2012 e o ano 2014 a recolha seletiva de resíduos no concelho, de uma forma geral

teve um decréscimo bastante significativo nos vários tipos resíduos. Nestes últimos três anos

nota-se uma elevada diminuição na recolha de embalagens de vidro.

Quadro 28 – Evolução da Produção Anual de Recicláveis (em toneladas) no concelho.

Ano Vidro Papel/Cartão Embalagens Total

2012 114,02 48,66 18,10 180.78

2013 89,12 47,94 20,88 157.94

2014 77,90 50,18 18,58 146.66

Fonte: CM S. Vicente, 2015

Poluição Sonora

O ruído é uma das principais causas da degradação da qualidade do ambiente urbano. Os

transportes são os principais responsáveis, embora o ruído de atividades industriais e

comerciais possa assumir relevância em situações pontuais.

O Regulamento Geral do Ruído, aprovado pelo Decreto-Lei nº 9/2007, de 17 de janeiro, refere

que “os planos municipais de ordenamento do território asseguram a qualidade do ambiente

sonoro, promovendo a distribuição adequada dos usos do território, tendo em consideração as

fontes de ruído existentes e previstas. Compete aos municípios estabelecer nos planos

municipais de ordenamento do território a classificação, a delimitação e a disciplina das zonas

sensíveis e mistas.”

A Câmara Municipal de S. Vicente procedeu em 2014, à conversão e adaptação do Mapa de

Ruído do Concelho, para o novo Regulamento Geral do Ruído, conforme o disposto no

5 5589 Habitantes. Fonte: INE – Dados 2011

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Decreto-Lei nº9/2007, de 17 de janeiro. (Figura 12 e

Figura 13).

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Figura 12 – Excerto da Carta de Ruído do concelho de São Vicente, indicador de ruído Lden.

Fonte: Adaptado do Mapa Ruído de São Vicente, 2015

Figura 13 – Excerto da Carta de Ruído do concelho de São Vicente, indicador de ruído Ln. Fonte: Adaptado do Mapa Ruído de São Vicente, 2014.

Atividades ou instalações com impacte em termos de poluição sonora

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Da análise dos resultados obtidos apresentam-se as principais conclusões:

A principal fonte de ruído do Concelho é o tráfego rodoviário, verificando-se na VE4 e

na ER101, os valores mais significativos de Tráfego Médio Horário, nos 3 períodos de

referência. Verifica-se que os níveis sonoros ao longo destas rodovias numa faixa até

25 metros, são excedidos, para zonas mistas.

O ambiente sonoro no município é calmo, ficando todo o Concelho (à exceção da

imediata envolvência ao longo das faixas rodoviária da VE4, VE2, ER101 e ER228)

enquadrado nos limites definidos para Zona Mista, em ambos os períodos de

referência.

Evolução das zonas sensíveis e zonas mistas ao longo da aplicação do plano

De acordo com a legislação vigente, a delimitação e disciplina das zonas sensíveis e mistas é

da competência das Câmaras Municipais e deverá ser prevista aquando da elaboração dos

planos municipais de ordenamento do território, que estabelecem a conceção da organização

urbana.

As zonas sensíveis são áreas definidas em Plano Municipal de Ordenamento do Território

como vocacionadas para uso habitacional, ou para escolas, hospitais ou similares ou espaços

de lazer, existentes ou revistos, podendo conter pequenas unidades de comércio e de serviços

destinadas a servir população local, tais como cafés, sem funcionamento no período noturno.

Por sua vez, as zonas mistas são áreas definidas em Plano Municipal de Ordenamento do

Território, cuja ocupação seja afeta a outros usos, existentes ou previstos, para além dos

referidos anteriormente na definição de zona sensível.

Na sequência da Adaptação do Mapa de Ruído do concelho de S. Vicente ao novo

Regulamento Geral do Ruído, no âmbito da revisão do Plano e à definição da Câmara

Municipal de Zonas Sensíveis e Mistas, de acordo com a legislação em vigor, nomeadamente,

o Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de janeiro, foram delimitadas as Zonas Sensíveis e Mistas.

Estas foram definidas como sendo:

Zonas Sensíveis correspondem aos Espaços de Equipamentos e para equipamentos

de caráter religioso, ensino, saúde;

Zonas Mistas correspondem às restantes categorias integradas em perímetro urbano,

exceto espaços de e para Industria e Estrutura Ecológica Urbana.

No entanto não existe representação cartográfica das mesmas. Foi propositadamente

elaborada, pela Sinergiae Ambiente, a representação das zonas sensíveis e mistas, para a

análise deste indicador.

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De acordo com o mapa das zonas sensíveis e mistas, verifica-se que as Zonas Sensíveis

ocupam 282,4 ha e as Zonas Mistas ocupam 7599,3 ha do município (Figura 14).

Figura 14 – Mapa Zonas Sensíveis e Mista

Fonte: Adaptado do Mapa de Ruído do concelho de São Vicente, 2015

Nº de queixas apresentadas pelos munícipes relativas ao ruído

De acordo com os dados fornecidos pela Câmara Municipal de São Vicente não há registo de

queixas relativas ao ruído.

Eficiência Energética

No sentido de atuar sobre as emissões de gases com efeito de estufa para atmosfera, a

redução do consumo de energia através da melhoria da Eficiência Energética e a aposta nas

energias renováveis constitui, por conseguinte, uma das soluções possíveis para minimizar a

problemática das alterações climáticas.

A Eficiência Energética constitui uma importante área de ação na redução dos gastos

energéticos ao nível dos Edifícios, dos Transportes e em Iluminação pública, por exemplo. o

Plano Nacional de Eficiência Energética (PNAEE), do qual surgem os programas Eficiência

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Energética no Estado – E3 e Programa Mais – Autarquia Mais, assim como o Plano de ação

para a Energia Sustentável, transpõem medidas que irão atuar diretamente na redução do

consumo energético nos serviços, permitindo assim à autarquia obter mais valias económicas,

sociais e ambientais, através de medidas implementadas tanto no âmbito da Certificação

Energética em Edifícios, da microgeração, como na utilização de biocombustíveis na frota da

autarquia, contribuindo também para a diminuição da dependência energética do país.

No concelho de São Vicente encontra-se no Paul da Serra – Bica da Cana, um parque eólico

de origem privada, verificando-se assim, o aproveitamento das energias renováveis.

Edifícios autárquicos alvo de RCESE/RCCTE com classe igual ou superior a B-

A certificação energética dos edifícios e o consequente aumento da eficiência energética dos

mesmos contribuiria significativamente tanto para a redução dos custos associados ao

consumo de energia, como numa maior eficiência relacionada com a utilização de recursos. De

acordo com as disposições contidas no Regulamento das Características de Comportamento

Térmico dos Edifícios (RCCTE) e no Regulamento dos Sistemas Energéticos e de Climatização

dos Edifícios (RCESE), existem edifícios de serviços do Estado em que certificar o

desempenho energético, a qualidade de ar interior e identificar as medidas corretivas ou de

melhoria de desempenho representam uma obrigatoriedade (Decreto-lei nº78/2006, de 4 de

abril e D.L. nº79/2006, de 4 de abril)

No município de S. Vicente ainda não há resultados da certificação energética obrigatória

aos edifícios, no entanto, todos os projetos em execução neste momento preveem a

implementação RCESE/ RCCTE.

Edifícios autárquicos alvo de microgeração

A produção de energia proveniente sistemas fotovoltaicos (por exemplo) – microgeração –

permite obter vantagens ambientais e socioeconómicas pelo facto de não haver emissões de

CO2 resultante da conversão de energia solar em eletricidade, contribuindo significativamente

para a redução do elevado consumo proveniente de fontes fósseis, com a consequente

geração de gases que provocam o efeito de estufa.

No que respeita a sistemas de microgeração, o município de S. Vicente ainda não possui

nenhum sistema implementado em edifícios autárquicos.

8.2.1.1 Análise SWOT

O Quadro 29 apresenta uma análise SWOT da situação tendencial do Concelho para o FCD

Qualidade Ambiental, dando a indicação sobre oportunidades e ameaças ao território

municipal.

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Quadro 29 – Análise SWOT no âmbito do fator crítico Qualidade Ambiental

Forças Fraquezas

- Elevada cobertura da rede de RSU;

- Boa qualidade, em geral, das águas balneares;

- Cobertura da rede de equipamentos da recolha seletiva de

resíduos acima da meta comunitária;

- Os perímetros de proteção das captações de

abastecimento público não se encontram aprovados (ilha da

Madeira);

- Multiplicidade de Fossas sépticas individuais;

- Eficiência Energética: inexistência de certificação

energética e sistemas de microgeração em edifícios da

autarquia;

-Perdas significativas de água no sistema de abastecimento

Oportunidades Ameaças

- Melhoria da classificação da qualidade da água balnear da

Praia de Ponta Delgada;

- Substituição de fossas sépticas;

- Estabelecimento de estratégias municipais para as

energias renováveis;

- Redução das perdas na rede de distribuição de água

- Conjuntura económica desfavorável a investimentos nas

infraestruturas de abastecimento de água e saneamento.;

- Potencial contaminação dos recursos hídricos e solo

provenientes da fraca cobertura do sistema de drenagem e

tratamento de águas residuais.

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8.2.2 Efeitos Esperados

Abastecimento de água

Cobertura da rede de abastecimento de água

Neste domínio não se encontram previstas quaisquer intervenções futuras no sistema,

prevendo-se durante a vigência da revisão do Plano a manutenção da situação presentemente

existente.

Com o estabelecimento do Objetivo de Sustentabilidade 4 prevê-se que será assegurada, a

manutenção da taxa de cobertura da rede de abastecimento de água (100%), indo ao encontro

das metas definidas no PEAASAR II, que define a continuidade e qualidade do serviço.

Percentagem do número total de análises realizadas à água tratada cujos resultados estão em

conformidade com a legislação

A percentagem do número de análises realizadas à água tratada cujos resultados estejam em

conformidade com a legislação, em 2012 é 90,25% e em 2013 é 89,75%. Prevê-se que este

valor não obtenha melhorias, uma vez que o plano não prevê medidas nesse sentido. De

acordo com a meta estabelecida pelo PEAASAR (99%) o município de S. Vicente não cumpre

a meta estipulada pelo referido Plano.

Ao nível dos objetivos de sustentabilidade da avaliação ambiental estratégica, o plano prevê

promover uma gestão sustentável da água, através do seu uso eficiente e da redução das

cargas poluentes no meio hídrico, garantindo a sua monitorização (OS4).

Percentagens de perdas de água na rede de abastecimento de água

O município de S. Vicente apresenta 60% de perdas de água no sistema de abastecimento, no

entanto o Plano prevê medidas no sentido de reduzir perdas de água. De acordo, com o

objetivo de sustentabilidade 4, tem o intuito de promover uma gestão sustentável da água,

através do seu uso eficiente e da redução das cargas poluentes no meio hídrico, garantindo a

sua monitorização.

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Drenagem e Tratamento de Águas Residuais

Cobertura da rede de drenagem de águas residuais

O Plano prevê o esforço de estabelecer uma gestão sustentável da água, através do seu uso

eficiente e da redução das cargas poluentes no meio hídrico, garantindo a sua monitorização

(OS4).

Reutilização de águas residuais tratadas

Não se prevê a reutilização das águas tratadas por parte do município, situação que fica em

confronto com as medidas preconizadas no PNUEA e com o objetivo de sustentabilidade 4 na

gestão sustentável da água, através do seu uso eficiente.

Recursos Hídricos

Qualidade da água balnear

Refere-se as ações previstas no Relatório da Proposta da Revisão do Plano Diretor Municipal

de S. Vicente, a requalificação da frente do mar, salvaguarda em relação à integração

paisagística, ambiente e ao risco natural dos eventuais acessos e estruturas de apoio, vão de

encontro com o objetivo de sustentabilidade 1, como ações que preservam e valorizam o

ambiente numa ótica de sustentabilidade ambiental. Assim, como a salvaguarda de recursos e

valores naturais com vista a garantir conservação da natureza e da biodiversidade, bem como

a manutenção e valorização das características das paisagens naturais (OS9).

Recolha e Tratamento de RSU

Cobertura da rede de recolha de RSU

O município nos últimos anos possui uma cobertura de 100%. Com isto, prevê-se a

manutenção da política até aqui seguida, com a colocação de contentores e frequência de

recolha diferenciada de acordo com a produção de RSU e as necessidades de cada lugar. O

plano promove uma gestão sustentável dos resíduos urbanos e industriais (OS6).

Cobertura e número de equipamentos da recolha seletiva e reciclagem de resíduos

As melhorias implementadas na cobertura e frequência de serviços de recolha e a consequente

melhoria da consciência ambiental dos munícipes tiveram e continuam a ter um papel

fundamental para que a recolha seletiva de resíduos seja cada vez mais bem-sucedida.

O município de S. Vicente possui 64 ecopontos, o que equivale a uma cobertura de 87

hab/ecoponto, valor que fica acima da meta comunitária que prevê 1 ecoponto por cada 500

habitantes. Prevê-se que o município de S. Vicente mantenha este valor.

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Quantificação da recolha seletiva de resíduos

Quanto à quantidade de recicláveis, espera-se que este número aumente, sendo previsível o

município reforçar as ações de sensibilização da população.

Poluição Sonora

Atividades ou instalações com impacte em termos de poluição sonora

No caso de se verificar a degradação do ambiente sonoro do Concelho, provocada pelo

aumento de tráfego, devem-se acautelar medidas preventivas para o futuro. As mais indicadas

passam pelo controlo de tráfego, redução de viaturas pesadas (utilizando os circuitos

alternativos disponíveis) e controlo de velocidade.

Evolução das zonas sensíveis e zonas mistas ao longo da aplicação do plano

Durante a vigência do novo PDM, com a elaboração dos planos que estão atualmente previstos

será efetuada uma classificação das zonas sensíveis e zonas mistas respeitantes. De acordo

com a legislação vigente, caso esta nova classificação difira da do PDM, obrigará à alteração

do plano diretor municipal em vigor.

Nº de queixas apresentadas pelos munícipes relativas ao ruído

Não se prevê qualquer alteração neste indicador ou que possam surgir focos de aumento dos

níveis de ruído a que está exposta a população.

Eficiência Energética

Edifícios autárquicos alvo de RCESE/RCCTE com classe igual ou superior a B-

Dos Programas Eficiência Energética no Estado – E3 e Programas Mais – Autarquia Mais,

resultantes do PNAEE, surgem medidas que impulsionarão as metas a atingir de 20% dos

Edifícios/serviços públicos serem de classe igual ou superior a B-.

Pelo facto de não haver ainda resultados da certificação energética obrigatória aos edifícios,

não é possível avaliar o nível de eficiência energética dos edifícios da Autarquia. Considerando

importante a conclusão deste procedimento, no sentido de averiguar o caminho rumo ao

encontro das metas estabelecidas pelo PNAEE e pelo PAESI.

Contudo, sugere-se a análise deste indicador na fase de seguimento do plano, de modo a fazer

cumprir as metas estabelecidas pelo PAESI e pelo PNAEE, nomeadamente no que refere aos

Programas Eficiência Energética no Estado – E3 e Programa Mais – Autarquia Mais.

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Edifícios autárquicos alvo de microgeração

A implementação de sistemas de microgeração em edifícios autárquicos iria permitir não só a

redução da fatura energética da autarquia, como iria intervir positivamente na atribuição da

classe energética do próprio edifício (RCESE/RCCTE).

Dos programas Eficiência Energética no Estado – E3 e programas Mais – Autarquia Mais,

resultantes do PNAEE, surgem medidas que permitirão atingir metas de 20% das escolas e

50% dos equipamentos desportivos possuírem equipamentos de energias renováveis

(microgeração, por exemplo).

Pelo facto de não haver sistemas de microgeração implementados em edifícios da autarquia,

tal deixa o município mais distante de uma sustentabilidade energética mais desejável,

contribuindo para um aumento dos impactes ambientais associados ao consumo de energia

fóssil.

Refere-se como efeito positivo, o Parque Eólico em Paúl da Serra traduzindo-se numa melhoria

da Eficiência Energética do município apostando nas energias renováveis, constitui por

conseguinte, uma das soluções possíveis para minimizar a problemática das alterações

climáticas, o que vai de encontro com o objetivo de sustentabilidade 5, promover a eficiência

energética e a redução das emissões de CO2.

8.2.3 Síntese de Oportunidades e Riscos

O Quadro 30 resume as oportunidades e riscos associados aos Objetivos Estratégicos do PDM

de São Vicente para o fator crítico Qualidade Ambiental.

Quadro 30 – Resumo de oportunidades e riscos para o FCD Qualidade Ambiental.

Objetivos Estratégicos da revisão do PDM de S. Vicente

Critérios de

Avaliação do FCD OE I OE II OE III OE IV OE V OE VI

Abastecimento de

água

Drenagem e

tratamento de

águas residuais

Recursos hídricos

Recolha e

tratamento de

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RSU

Poluição sonora

Qualidade do ar

Eficiência

energética

- Interação muito favorável

- Interação ligeiramente favorável ou nula

- Interação desfavorável

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DA REVISÃO DO PDM:

OE I – Adequação ao quadro de desenvolvimento local do estabelecido nos IGT de âmbito

nacional e regional;

OE II – Definição das principais regras a que devem obedecer a ocupação uso e transformação

do solo;

OE III – Valorização do mundo rural;

OE IV – Proteção e aproveitamento racional dos valores e recursos naturais;

OE V – Valorização do património e qualificação urbana;

OE VI – Promoção da identidade e da coesão territorial.

8.2.4 Diretrizes de Gestão e Medidas de Gestão e Medidas de Minimização dos Efeitos do Plano

Para o fator crítico Qualidade Ambiental são definidas diretrizes de gestão ambiental no sentido

de minimizar os potenciais efeitos negativos sobre o ambiente decorrentes da revisão do PDM.

De acordo com as potenciais oportunidades ou riscos, decorrentes da implementação da

revisão do PDM de São Vicente, foram propostas diretrizes para a potenciação das

oportunidades e minimização dos riscos identificados. O Quadro 49 resume as diretrizes de

gestão e minimização dos efeitos da revisão do PDM de São Vicente.

8.2.5 Quadro de Governança para a Ação

O reconhecimento de um quadro de governança para a ação é fundamental para o sucesso da

implementação do Plano Diretor Municipal de S. Vicente, uma vez que identifica as

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responsabilidades institucionais dos vários intervenientes na AAE, em todo o processo de

implementação do próprio Plano.

Entendendo-se governança “como o conjunto de regras, processos e práticas que dizem

respeito à qualidade do exercício do poder, essencialmente no que se refere à

responsabilidade, transparência, coerência, eficiência e eficácia”, (Partidário 2007), identifica-

se um quadro de governança (vide Quadro 50) para o Município de S. Vicente, que garanta o

cumprimento dos objetivos definidos relativamente ao Fator Crítico Qualidade Ambiental, bem

como à concretização das diretrizes propostas.

No âmbito do FCD Qualidade Ambiental foram identificadas as seguintes entidades com

responsabilidades ao nível da implementação do Plano:

Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais

Direção Regional do Ambiente da Madeira - DrAmb

Água e Resíduos da Madeira, S.A - ARMCâmara Municipal de S. Vicente

Juntas de Freguesia do concelho de S. Vicente

População em Geral

8.2.6 Plano de Seguimento e Quadro de Controlo

Com vista à correta implementação e acompanhamento do PDM de São Vicente revisto e a

potenciação das suas opções estratégicas, optou-se por adotar um conjunto de indicadores no

Plano de seguimento e controlo que podem diferir dos utilizados na análise e avaliação da

Situação existente e Efeitos esperados, mas que foram adaptados no sentido de melhor se

ajustarem à função de indicadores de seguimento/monitorização do plano, tendo-se optado

para o FCD Qualidade Ambiental os indicadores de seguimento constantes do Quadro 51.

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8.3 RISCOS NATURAIS E TECNOLÓGICOS

O concelho de São Vicente apresenta uma orografia acidentada, as cotas mais baixas

encontram-se na freguesia de Ponta Delgada e foz da Ribeira de São Vicente, nas áreas

imediatas de contacto entre o mar e as encostas escarpadas e abruptas, bem como nos leitos

e foz das ribeiras. Cerca de 50% do território do concelho tem declives acima dos 45º e parte

significativa acima dos 65º, que correspondem às áreas de maior altitude onde se encontram

vales profundos, ligados ao pontos mais altos por escarpas profundas.

Ao nível da geomorfologia, o concelho de São Vicente está integrado nas Unidades

Geomorfológicas do Maciço Vulcânico Central ou Maciço Central e Parte Ocidental da Ilha ou

Planalto do Paúl da Serra ou Maciço Ocidental.

A ocorrência de cheias, com características de cheias repentinas, resultam da combinação das

condições morfológicas, em particular do relevo da superfície e, consequentemente, dos vales

dos cursos de água, e das condições meteorológicas, com ênfase para o regime de

precipitações que propicia a ocorrência de precipitações com curtas durações e intensidades

excecionais. O concelho de São Vicente apresenta risco de erosão hídrica “elevado” a “muito

elevado”. Verifica-se a existência de diversos episódios resultantes da erosão dos solos, como

os deslizamentos de massa e os desabamentos/queda de blocos, sendo que quando estes

ocorrem sobre os sistemas fluviais, constitui risco elevado aquando de episódios de

precipitação intensa. As zonas de maior perigosidade localizam-se nas áreas de maior declive,

nomeadamente nos taludes de toda a zona costeira dado a grande altura e declive acentuado.

O concelho de São Vicente regista uma sismicidade apenas por efeitos secundários de sismos

ocorridos nos Açores e em Portugal Continental. A suscetibilidade de ocorrência de sismos de

magnitude elevada é bastante reduzida.

Os riscos tecnológicos não têm sido relevantes no Município de São Vicente, no entanto o

transporte e armazenamento de combustíveis, incluindo a venda a retalho, assim como de

explosivos e matérias perigosas aumenta, aumentando a probabilidade de acidentes, existindo

assim a possibilidade de marés negras causadas por derrame de hidrocarbonetos no mar.

Existe ainda a probabilidade de ocorrerem acidentes de viação de naufrágios, que possam ter

custo ao nível de vidas e materiais (RPDMSV - Biofisico, 2013).

Com o fator crítico Riscos Naturais e Tecnológicos pretende-se avaliar o contributo do PDM

para a prevenção e minimização dos riscos naturais, nomeadamente incêndios florestais,

erosão dos solos e cheias, risco sísmico, riscos poluição/contaminação e de explosão.

Pretende-se avaliar o modo como o ordenamento territorial proposto na revisão do PDM

promove a redução da vulnerabilidade dos espaços florestais presentes no concelho, propõe

normas que regulem as intervenções no espaço florestal, assegura as necessidades de áreas

vulneráveis a riscos naturais e tecnológicos e incentiva à preservação e valorização de

ambientes fragilizados e vulneráveis.

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Este fator crítico compreende os critérios e indicadores constantes no Quadro 34, que

estabelecem o âmbito da avaliação e o grau de pormenor da informação analisada. Os

indicadores aqui apresentados foram ajustados à disponibilidade de informação, às medidas e

aos indicadores previstos nos Planos que constituem o QRE e à sua relevância enquanto

indicadores de uma monitorização futura do plano.

Quadro 31 – Objetivos de sustentabilidade, critérios e indicadores de avaliação do FCD Riscos Naturais e

Tecnológicos.

Objetivos de sustentabilidade Critérios Indicadores

OS7 - Promover a qualificação territorial,

saúde pública e segurança de pessoas e

bens.

OS8 - Prevenção da ocorrência de

situações de risco natural.

Incêndios

- Evolução do número de ignições e área ardida

- Áreas urbanizáveis inseridas em

locais com risco de incêndios

Erosão dos Solos

- Evolução da área com risco de erosão

- Percentagem de áreas urbanizáveis

inseridas em locais com risco de

erosão

Risco de cheias

- Evolução da área com risco de cheias

- Áreas urbanizáveis inseridas em

áreas com risco de cheias

Além de diversa legislação temática, as fontes de informação utilizadas com vista à análise

deste Fator Crítico compreendem ainda:

Instituto das Florestas e Conservação da Natureza

Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios

Câmara Municipal de São Vicente (Estudos de caracterização do Município, entre

outras fontes de informação relevante a nível municipal)

Será efetuada uma análise de índole técnico-pericial, dominantemente quantitativa, no entanto,

sempre que a informação disponível não o permitir, a análise será qualitativa, recorrendo-se

também à aplicação de uma análise SWOT sobre a situação atual do território.

8.3.1 Situação Existente e Análise Tendencial

Desenvolveu-se um diagnóstico e análise de tendências para caracterizar o FCD Riscos

Naturais e Tecnológicos, com o objetivo de pormenorizar a informação apresentada e de criar

uma base de informação que sustente a avaliação dos efeitos previstos e das medidas

propostas.

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Além de diversa legislação temática, as fontes de informação utilizadas com vista à análise

deste Fator Crítico compreendem ainda:

Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil, 2012;

Plantas de Condicionantes, REN, 2014;

Secretariaria Regional do Ambiente

Instituto das Florestas e Conservação da Natureza

Incêndios

Evolução do número de ignições e área ardida

Dada a existência de áreas de floresta e das características do território, o risco de incêndio

(Quadro 32) florestal tem algum destaque, sobretudo pelas características da floresta,

nomeadamente das áreas ocupadas por floresta exótica (que apresenta uma maior

suscetibilidade à ocorrência de incêndios florestais), e pelo seu valor.

Quadro 32- Evolução do nº de incêndios no concelho da Madeira

Variáveis

Nº de Ignições

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

São Vicente 16 17 16 25 10 17 20 30 7 14

Ponta Delgada 4 3 5 5 5 1 4 3 1 3

Boaventura 8 9 6 15 5 5 7 16 6 5

Total de Ignições 28 29 27 45 20 23 31 49 14 22

Área Ardida (m2) 46000 38000 43000 55000 19000 22000 31000 48000 18000 27000

Fonte: Bombeiros Voluntários de São Vicente e Porto Moniz, 2015

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Áreas urbanizáveis inseridas em locais com risco de incêndios

À data da realização do presente relatório foram disponibilizados o mapa de perigosidade de

incêndio florestal do município, datado de 2012 (Figura 15) e o PMEPCSVV (Plano Municipal

de Emergência de Proteção Civil de São Vicente) de 2012.

A análise deste indicador será efetuada no capítulo dos Efeitos esperados.

Figura 15 - Mapa de Risco de Incêndio Florestal

Fonte: Relatório do Plano Revisão do PDM de São Vicente, 2014.

Erosão dos solos

O Regime Jurídico da Reserva Ecológica Nacional (REN) foi instituído pelo Decreto-Lei n.º

321/83, de 5 de julho, o qual sofreu alterações sucessivas entre as que se destacam o Decreto-

Lei n.º 93/90, de 19 de março e o Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22 de setembro.

O atual Regime Jurídico da REN é estabelecido pelo referido Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22

de setembro, na redação que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei n.º 239/2012, de 2 de

novembro, e regulamentado pela Portaria n.º 419/2012, de 20 de dezembro, cujo Anexo I –

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estabelece as condições e requisitos para a admissão dos usos e ações, referidos nos n.º 2 e 3

do respetivo art.º 20.o, isto é, que sejam compatíveis com os objetivos de proteção ecológica e

ambiental e de prevenção e redução de riscos naturais de áreas integradas na REN.

Segundo o n.º 1 do artigo 2.o do regime jurídico em vigor, a REN “é uma estrutura biofísica que

integra o conjunto das áreas que, pelo valor e sensibilidade ecológicos ou pela exposição e

suscetibilidade perante riscos naturais, são objeto de proteção especial”. A RCM n.º 81/2012,

de 3 de outubro, aprova as orientações estratégicas de âmbito nacional e regional e permite a

plena aplicação das disposições constantes no Decreto-Lei n.º 166/2008, de 22 de agosto.

Evolução da área com risco de erosão

O controlo da erosão é fundamental para a preservação do meio ambiente, pois o processo

erosivo faz com que o solo perca as suas capacidades e propriedades nutritivas,

impossibilitando o crescimento da vegetação no terreno atingido e causando sérios

desequilíbrios ecológicos e danos materiais. A prevenção da erosão do solo requer assim a

utilização de um conjunto de práticas capazes de impedir a perda da camada superficial do

solo, que é a mais fértil. Para além disso, durante o processo de erosão há um arrastamento de

elementos, verificando-se não só uma perda quantitativa do solo, mas também uma diminuição

da qualidade do solo, o que afeta a produtividade dos povoamentos, trazendo graves

consequências económicas.

O território da ilha da Madeira e consequentemente do concelho de São Vicente, apresenta

risco de erosão hídrica “elevado” a “muito elevado”, tal deve – se aos acentuados declives, as

características do solo rico em matéria orgânica e a estrutura de agregação, granulometria e

comportamento químico daqueles solos, mas também, ao longo processo de deflorestação e a

recessão da atividade agrícola, com a consequente degradação das estruturas de contenção

dos solos - poios - construídas ao longo de seculos.

Tais factos, justificam a existência de diversos episódios resultantes da erosão dos solos, como

os deslizamentos de massa e os desabamentos/queda de blocos, sendo que quando estes

ocorrem sobre os sistemas fluviais, constitui risco elevado aquando de episódios de

precipitação intensa.

As zonas de maior perigosidade localizam-se nas áreas de maior declive, nomeadamente nos

taludes de toda a zona costeira dado a grande altura e declive acentuado.

A ocupação da faixa litoral com edificações e as vias de comunicação são as que com maior

frequência correm o risco de serem afetadas, sobretudo as vias de comunicação que

frequentemente no Inverno são cortadas por queda de blocos.

Na freguesia de São Vicente, as zonas de ocorrência de escorregamentos ficam situadas

fundamentalmente na zona da Achada do Til e Vargem onde habitações e estradas têm no

passado sofrido danos consideráveis.

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As zonas mais vulneráveis a queda de blocos são as zonas da costa. Na freguesia de

Boaventura, tem sido sobretudo afetadas as vias de comunicação por escorregamentos e

queda de blocos e são sobretudo nos taludes de maior declive que acontecem.

Na freguesia de Ponta Delgada os escorregamentos não acontecem com frequência e são a

queda de blocos que causam maiores problemas nos taludes costeiros.

Outro aspeto que se reveste de grande importância é o recuo das arribas costeiras, devido a

erosão provocada pelas ondas e vagas. A erosão costeira provocada essencialmente pelas

correntes marítimas e pela ação das ondas constitui um problema, em alguns casos grave,

sobretudo na zona entre a Vila e Ponta Delgada.

Existe um recuo acentuado tendo já causado a destruição de habitações e vias de

comunicação.

De acordo com a REN delimitada, o concelho de São Vicente apresenta uma área de 64025,4

ha de área com risco de erosão, o que equivale a aproximadamente 87% de área do município.

Apresenta-se na Figura 16 e Quadro 33 as áreas com risco de erosão da REN.

Figura 16 - Áreas com risco de erosão no concelho de São Vicente

Fonte: Relatório do Plano Revisão do PDM de São Vicente, 2014.

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Quadro 33 – Áreas com diferentes níveis de risco de erosão no concelho São Vicente

Risco de Erosão (sobreposição com a REN) Área (ha) %

Baixo 10117,6 15,8

Moderado 7419,9 11,5

Elevado 46487,9 72,6

Total 64025,4 100

Fonte: Adaptado do Plano Municipal de Emergência, 2012

Percentagem de áreas urbanizáveis inseridas em locais com risco de erosão

O risco de erosão no concelho está associado a zonas de vertente. A erosão nestas zonas

pode ser hídrica, devido a precipitações e cursos de água, ou pode surgir provocada por

movimentos de massa.

Os movimentos de vertente dependem de fatores condicionantes (fatores permanentes, que

associados à força da gravidade, podem despoletar o movimento) e de fatores

desencadeantes, resultantes de alterações e normalmente associados a atividade humana.

A análise deste indicador será tratada no capítulo dos Efeitos esperados.

Quadro 34 - Susceptibilidade de Movimento de Massa de Vertente no concelho de São Vicente

Susceptibilidade de Movimento de Massa de Vertente Área (ha)

Baixa 2100,3

Moderada 2173,6

Elevada 3604,4

Fonte: CM de São Vicente, 2015

Risco de cheias

Evolução da área com risco de cheias

As zonas ameaçadas pelas cheias são constituídas pela “área contígua à margem dos cursos

de água, que se estendem até à linha alcançada pela maior cheia que se produza no período

de um século, ou pela maior cheia conhecida, no caso de não existirem dados que permitam

identificar a anterior”.

As consequências nefastas de tais ocorrências são potenciadas pela insuficiente manutenção

das condições de escoamento em alguns dos cursos de água a que, no caso dos cursos

principais, se associa por vezes uma ocupação intensa das margens e zonas adjacentes.

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São inúmeros os episódios de chuva muito intensa, que associadas a carga solida transportada

dos leitos e vertentes das ribeiras, levam a inundações que deixam um rasto de lama, areia,

calhaus e lixo.

Na freguesia de São Vicente, existem zonas de grande vulnerabilidade, onde já aconteceram

eventos catastróficos no passado, nomeadamente e mais recentemente no Rosário e Achada

do Til.

Nesta zona, como na generalidade da freguesia, o aumento da edificação de casas e

infraestruturais fundamentais com vias de comunicação que intercetam linhas de água torna-as

vulneráveis sobretudo em momentos de grande precipitação.

Na freguesia de Boaventura, apesar da ocupação do leito da Ribeira ser praticamente

inexistente e portanto não causar grande perigo, os declives muito acentuados dos taludes

representam um risco elevado da ocorrência de fluxos de terra e lama que podem atingir

habitações e sobretudo vias de comunicação como já aconteceu no passado, nomeadamente

em 1979, quando 5 pessoas morreram.

A freguesia de Ponta Delgada e a que tem um nível de perigosidade mais baixo em relação a

fluxos lamacentos e de detritos, no entanto nas zonas de maior declive esses eventos podem

acontecer, afetando sobretudo vias de comunicação.

De acordo com a delimitação da REN Bruta, o concelho de São Vicente apresenta 38,29 ha de

zonas ameaçadas pelas cheias (Figura 17).

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Figura 17 - Zonas Ameaçadas por Cheias

Fonte: Adaptado do Plante de Condicionantes da Revisão do PDM, 2014

Áreas urbanizáveis inseridas em áreas com risco de cheias

As cheias são fenómenos naturais, extremos e temporários, provocados quer por precipitações

moderadas e permanentes, quer por precipitações repentinas e de elevada intensidade. Esta

precipitação provoca um aumento do caudal das linhas de água, originando um extravase e a

inundação de margens e zonas circunvizinhas. Os prejuízos destes fenómenos são

normalmente avultados e têm um forte impacte no tecido socioeconómico da região afetada,

pelo que a prevenção e mitigação deste risco é de extrema importância.

A análise deste indicador será tratada no capítulo dos Efeitos esperados.

8.3.1.1 Análise SWOT

O Quadro 35 apresenta uma análise SWOT da situação tendencial do Concelho para o FCD

Riscos Naturais e Tecnológicos, dando a indicação sobre oportunidades e ameaças ao

território municipal.

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Quadro 35 - Análise SWOT no âmbito do fator crítico Riscos Naturais e Tecnológicos

Forças Fraquezas

- A floresta tem um grande contributo na redução dos riscos

naturais (erosão do solo, movimentos de massa de

vertentes, etc…)

- Elevado risco de incêndio

- Risco elevado da erosão dos solos

Oportunidades Ameaças

- Valorização do papel ambiental da floresta, nas políticas

nacionais;

- Promoção dos espaços naturais do concelho;

- Atualização do Plano Municipal de Defesa da Floresta

Contra Incêndios;

- Manutenção das condições de escoamento em alguns dos

cursos de água.

- Potencial contaminação de captações de água para consumo

humano com elementos poluentes;

- Aumento da erosão dos solos devido aos incêndios e

precipitações fortes.

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8.3.2 Efeitos Esperados

Incêndios

Evolução do número de ignições e área ardida

Com a proteção e aproveitamento racional dos valores e recursos naturais (OE IV), mais

especificamente com as medidas ao nível do Planeamento e Ordenamento Florestal, poderá

ser suscetível de apresentar efeitos positivos com a criação de condições necessárias à

diminuição da área ardida.

Áreas urbanizáveis inseridas em locais com risco de incêndios

Confrontando as áreas com perigosidade de incêndio alta ou muito alta classificadas no

PMEPCSVV (Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de São Vicente) com as áreas

cuja urbanização é possível programar, previstas na planta de ordenamento da proposta de

revisão do PDM de São Vicente, conclui-se que existe sobreposição maioritariamente na

classe de risco “Baixo” ocupando 91% do concelho correspondente a uma área de 8825,37 ha,

as áreas urbanas inseridas na categoria mais baixa, não estão diretamente sob a ameaça de

incêndio. A classe de risco “Elevado” ocupa 30,9 % correspondendo a uma área de 2484,84

ha. (Figura 18).

Todas as áreas de solo urbanizável sobrepostas com áreas de perigosidade alta ou muito alta

de incêndio situam-se no interior dos perímetros urbanos propostos, pelo que, respeitam o

disposto no artigo 16º, do Decreto-Lei nº 17/2009, de 14 de janeiro6: “a construção de

edificações para habitação, comércio, serviços e indústria fora das áreas edificadas

consolidadas, é proibida nos terrenos classificados nos PMDFCI com risco de incêndio das

classes alta ou muito alta”.

Este indicador vai de encontro ao OS 8 proposto para a revisão do PDM de São Vicente

(Prevenção da ocorrência de situações de risco natural)

6 , que procede à republicação do Decreto-lei nº 124/2006, de 28 de junho

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Figura 18 - Solo Urbanizável inserido em locais com perigosidade de incêndio

Fonte: Adaptado de PMEPCSVV (Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de São Vicente).

Erosão dos solos

Evolução da área com risco de erosão

O Objetivo Estratégico IV permite a proteção e aproveitamento racional dos valores e recursos

naturais. A reflorestação e preservação da floresta permitirá minimizar o processo de erosão

dos solos promovido em parte pelos incêndios que ocorrem no concelho. Este objetivo vai de

encontro aos preconizados no PMDFCI e PNDFCI.

Percentagem de áreas urbanizáveis inseridas em locais com risco de erosão

Confrontando as áreas com risco de erosão, delimitadas na PMEPCSVV (Plano Municipal de

Emergência de Proteção Civil de São Vicente), com os solos urbanizáveis previstos na planta

de ordenamento da proposta de revisão do PDM de São Vicente, verifica-se que não existe

sobreposição de solo urbanizável com as áreas de risco de erosão de categoria

“Elevada”, existindo apenas sobreposição em áreas de baixo risco (5058.41 ha) ocupando

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63% do território, verifica-se também a sobreposição das áreas urbanas em áreas de risco

moderado (483.15 ha) ocupando 6% do território concelhio.

Figura 19 - Áreas com Risco de Erosão em solo urbano

Fonte: Adaptado de PMEPCSVV (Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de São Vicente)

Risco de Cheias

Evolução da área com risco de cheias

O princípio orientador de qualificação urbanística e ambiental promoverá o ordenamento

concelhio com a elaboração e conclusão de diversos planos e com a articulação com outros

planos existentes para o concelho. No que diz respeito a este indicador, o PGRI – RAM e os

objetivos nele emanados serão um complemento e uma mais valia

na salvaguarda e redução do risco de cheias De modo a não haver um aumento das áreas com

risco de cheias deverão ser definidas no regulamento medidas de minimização dos efeitos das

cheias, através da adoção de normas específicas para a edificação, bem como sistemas de

proteção e drenagem e medidas de recuperação das condições de permeabilidade dos solos.

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Em caso de acidente grave, catástrofe ou calamidade compete ao Director do Plano de

Emergência acionar e coordenar todas as operações de Protecção Civil na área do Concelho,

de modo a prevenir riscos, atenuar ou limitar os seus efeitos, minimizar a perda de vidas e

bens, procurando o mais rapidamente possível restabelecer as condições normais de vida

Áreas urbanizáveis inseridas em áreas com risco de cheias

Confrontando as zonas ameaçadas pelas cheias delimitadas com os perímetros urbanos da

Planta de ordenamento da proposta de revisão do PDM de São Vicente, verifica-se que existe

sobreposição de solo urbano em 4.36 ha em áreas com risco de cheia (Figura 20).

Figura 20 - Áreas urbanizáveis inseridas em locais com Risco de Cheia.

Fonte: Adaptado de PMEPCSVV (Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de São Vicente)

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8.3.3 Síntese de Oportunidades e Riscos

O Quadro 36 resume as oportunidades e riscos associados aos Objetivos Estratégicos do PDM

de São Vicente para o fator crítico Riscos Naturais e Tecnológicos.

Quadro 36 – Resumo de oportunidades e riscos para o FCD Riscos Naturais e Tecnológicos.

Objetivos Estratégicos da revisão do PDM de São Vicente

Critérios de Avaliação do FCD OE I OE II OE III OE IV OE V OE VI

Incêndios

Erosão do Solo

Cheias

- Interação muito favorável

- Interação ligeiramente favorável ou nula

- Interação desfavorável

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DA REVISÃO DO PDM:

I – Adequação ao quadro de desenvolvimento local do estabelecido nos IGT de âmbito

nacional e regional

II – Definição das principais regras a que devem obedecer a ocupação uso e

transformação do solo

III – Valorização do mundo rural

IV – Proteção e aproveitamento racional dos valores e recursos naturais

V – Valorização do património e qualificação urbana

VI – Promoção da identidade e da coesão territorial

8.3.4 Diretrizes de Gestão e Medidas Minimização dos Efeitos do Plano

Tendo-se identificado as principais oportunidades e riscos decorrentes da revisão do PDM de

São Vicente, foram estabelecidas diretrizes para a potenciação das oportunidades e

minimização dos riscos identificados. O Quadro 49 resume as diretrizes de gestão e

minimização dos efeitos negativos da revisão do PDM de São Vicente.

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8.3.5 Quadro de Governança para a Ação

O reconhecimento de um quadro de governança para a ação é fundamental para o sucesso da

implementação do Plano Diretor Municipal de São Vicente, uma vez que identifica as

responsabilidades institucionais dos vários intervenientes na AAE, em todo o processo de

implementação do próprio Plano.

Entendendo-se governança “como o conjunto de regras, processos e práticas que dizem

respeito à qualidade do exercício do poder, essencialmente no que se refere à

responsabilidade, transparência, coerência, eficiência e eficácia”, (Partidário 2007), identifica-

se um quadro de governança (vide Quadro 50) para o Município de São Vicente, que garanta o

cumprimento dos objetivos definidos relativamente ao Fator Crítico Riscos Naturais e

Tecnológicos, bem como à concretização das diretrizes propostas.

No âmbito do FCD Riscos Naturais e Tecnológicos foram identificadas as seguintes entidades

com responsabilidades ao nível da implementação do Plano:

Serviço Regional de Proteção Civil, IP-RAM

Secretaria regional do Ambiente e dos Recursos Naturais

Câmara Municipal de São Vicente

Juntas de Freguesia do concelho de São Vicente

População em Geral

8.3.6 Plano de Seguimento e Quadro de Controlo

Com vista à correta implementação e acompanhamento do PDM de São Vicente revisto e a

potenciação das suas opções estratégicas, optou-se por adotar um conjunto de indicadores no

Plano de seguimento e controlo que podem diferir dos utilizados na análise e avaliação da

Situação existente e Efeitos esperados, mas que foram adaptados no sentido de os melhor se

ajustarem à função de indicadores de seguimento/monitorização do plano, tendo-se optado

para o FCD Riscos Naturais e Tecnológicos os indicadores de seguimento constantes do

Quadro 51.

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8.4 BIODIVERSIDADE

O município de São Vicente apresenta uma elevada riqueza ao nível dos ecossistemas e das

comunidades biológicas presentes na área do seu território. No que concerne à flora e

vegetação, a Ilha da Madeira pertence à região Macaronésia. A principal característica da

vegetação do concelho rege-se pela presença da floresta Laurissilva. Esta floresta, de

caraterísticas higrófilas, subtropical húmida e praticamente impenetrável quando atinge o seu

clímax, desenvolve-se entre os 600 e os 1300 metros de altitude, sendo mais expressiva neste

concelho e outros da costa norte, devido à maior persistência de nevoeiros. Apresenta-se

pluriestratificada e é constituída, predominantemente, por árvores e arbustos de folhagem

persistente e folhas verde-escuras. Tal como a flora do PNM, a sua fauna, também é

riquíssima, claramente associado ao facto de se localizar em meio oceânico e da presença da

floresta Laurissilva.

A importância dos valores ecológicos presentes no concelho está patente no facto de a parte

norte do seu território encontrar-se integrada no Sistema Nacional de Áreas Classificadas

(SNAC), apresentando três classificações distintas:

Parque Natural da Madeira (PNM), criado pelo Decreto Legislativo Regional

nº14/82//M, de 10 de novembro;

ZEC - Sítio de Importância Comunitária PTMAD0001 - Laurissilva da Madeira sob

Regulamento do Plano de Ordenamento e Gestão da Laurissilva da Madeira.

ZEC - Sítio de Importância Comunitária PTMAD0002 - Maciço Montanhoso Central

da Ilha da Madeira, sob Regulamento do Plano de Ordenamento e Gestão do Maciço

Montanhoso Central da lha da Madeira.

Zona de Proteção Especial “Laurissilva da Madeira” – Decreto Regulamentar

Regional n.º 3/2014/M, de 3 de março de 2014.

Boa parte do território do concelho de São Vicente está classificado como Parque Natural da

Madeira, caracterizando-se por uma grande riqueza, quer ao nível dos recursos naturais, quer

ao nível de valores rurais e paisagísticos, possuindo Reservas Naturais Integrais, Reservas

Naturais Parciais, Reserva Geológica e de Vegetação de Altitude e Reservas de Recreio e

Montanha.

As áreas da Floresta Laurissilva compreendem cerca de 70% do território do concelho,

encontra-se bem conservada, devendo no entanto ter-se em atenção potenciais infestações,

sobretudo de incenseiro e tabaqueira, nos limites do Parque Natural e de maracujá-banana na

freguesia de Ponta Delgada, na área da Caldeira de São João.

O Maciço Montanhoso Central apresenta-se com alguma expressividade no Concelho de São

Vicente, incluindo a zona do Areeiro e a Zona do Paúl da Serra. O Maciço Montanhoso do Paúl

da Serra situa-se, também acima dos 1400 metros de altitude.

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A análise deste FDC tem em consideração critérios e indicadores relativos à componente dos

valores naturais e rede fundamental para a conservação da natureza, mas também às

componentes de floresta e paisagem, por desempenharem também um importante papel no

suporte dos valores naturais. Pretende-se assim avaliar os principais efeitos da estratégia

associada à Revisão do Plano Diretor Municipal (PDM) a nível dos principais valores naturais

presentes no concelho (Quadro 37).

Além de diversa legislação temática, as fontes de informação utilizadas com vista à análise

deste Fator Crítico compreendem ainda:

Plano Sectorial da Rede Natura 2000;

Plano de Ordenamento e Gestão da Laurissilva;

Plano de Ordenamento e Gestão do Maciço Montanhoso Central da Ilha da Madeira;

Plano Regional de Ordenamento Florestal da Região Autónoma da Madeira

Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade;

Instituto das Florestas e Conservação da Natureza

Plano Municipal de Emergência

Câmara Municipal de São Vicente (Estudos de Caracterização e Diagnóstico no âmbito

da revisão do PDM).

Será efetuada uma análise de índole pericial, predominantemente quantitativa, porém, sempre

que a informação disponível não o permitir, a análise terá uma índole qualitativa. Será efetuada

uma análise SWOT sobre a situação atual do território, evidenciando os seus pontos fortes e

fracos no que respeita aos critérios analisados no âmbito deste FCD.

Quadro 37 – Associação entre Objetivos de Sustentabilidade e os Critérios e indicadores de avaliação

definidos no Fator Crítico Biodiversidade.

Objetivos de Sustentabilidade Critérios Indicadores

OS8 - Prevenção da ocorrência

de situações de risco natural.

OS9 -Salvaguarda de recursos e

valores naturais com vista a

garantir a conservação da

Áreas de Conservação da Natureza Classificadas

- Potenciais conflitos com a Rede Natura

2000 e PNM;

- Número de Planos de Gestão e/ou de Ação propostos ou em vigor.

Diversidade de Espécies e Habitats de Interesse Conservacionista

- Diversidade de espécies com estatuto de

proteção;

- Diversidade de habitats com estatuto de

proteção.

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Objetivos de Sustentabilidade Critérios Indicadores

natureza e da biodiversidade,

bem como a manutenção e

valorização das características

das paisagens naturais.

Estrutura Ecológica

Municipal (EEM)

- Área ardida e representatividade da

mesma sobre a EEM;

- Potenciais conflitos com a EEM.

Gestão e Conservação da

Floresta

- Área de Espaço Florestal de

Conservação;

- Área de total de Espaço Florestal

convertida em áreas urbanas/urbanizáveis,

industriais, equipamentos e infra-

estruturas;

Paisagem

- Expressividade do solo rural

transformado em solo urbano/urbanizável e

industrial;

- Intrusões na paisagem em área

sensíveis.

A análise deste Fator Crítico tem em consideração critérios e indicadores relativos à

componente da floresta e da paisagem, por desempenharem também um importante papel no

suporte dos valores naturais. Será efetuada uma análise de índole pericial, qualitativa e,

sempre que a informação disponível o permitir, quantitativa, recorrendo também à aplicação

inicial da análise SWOT como ponto de partida da análise.

8.4.1 Situação Existente e Análise Tendencial

A Ilha da Madeira insere-se na região da Macaronésia (classificação biogeográfica para a

vegetação), que também inclui os Arquipélagos dos Açores, das Canárias e de Cabo Verde.

A vegetação da ilha e consequentemente do concelho de São Vicente, caracteriza-se por se

encontrar distribuída por andares de vegetação, mais ou menos, estratificados por altitudes,

relacionadas com as variações climáticas.

A flora da ilha é constituída por 1226 espécies, sendo flora indígena de 780 táxones, sendo 234

táxones endémicos da Macaronésia e 157 táxones endémicos da ilha.

Relativamente aos endemismos macaronésios, na ilha da Madeira estão presentes 234

endemismos, 176 espécies, 136 géneros e 60 famílias. Desses endemismos 156 são

exclusivos da província Madeirense, 78 são comuns aos arquipélagos macaronésios, 9 só aos

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arquipélagos dos Açores e da Madeira e 3 são só dos arquipélagos dos Açores, Madeira e

Canárias.

A principal característica da vegetação do concelho rege-se pela presença da Floresta

Laurissilva. Esta floresta, de características higrófilas, subtropical húmida e praticamente

impenetrável quando atinge o seu clímax, desenvolve-se entre os 600 e os 1300 metros de

altitude, sendo mais expressiva neste concelho e outros da costa norte, devido à maior

persistência de nevoeiros.

Apresenta-se pluriestratificada e é constituída, predominantemente, por árvores e arbustos de

folhagem persistente e folhas verde-escuras.

As árvores de maior porte, típicas desta floresta, são as lauráceas, nomeadamente o til

(Ocotea foetens), o loureiro (Laurus novocanariensis), o vinhático (Persea indica) e o

barbusano (Apollonias barbujana), entre outras como o pau branco (Picconia excelsa), o

folhado (Clethra arborea), o aderno (Heberdenia excelsa), o perado (Ilex perado) e o cedro da

Madeira (Juniperus cedrus).

No que diz respeito aos arbustos, abundam as urzes (Erica arborea e Erica scoparia) e a uveira

(Vaccinium padifolium), enquanto que no estrato abaixo encontramos fetos, musgos, líquenes e

outras plantas de pequeno porte.

Ao nível das herbáceas, sobressaem as flores coloridas, onde a luz consegue penetrar, como é

o caso das leitugas (Sonchus fruticosus), do piorno (Teline maderense), dos ranúnculos

(Ranunculus cortusifolius), das estreleiras (Argyranthemum pinnatifidum ssp. pinnatifidum), das

perpétuas (Helicrysum melaleucum), dos gerânios (Geranium palmatum) e dos massarocos

(Echium candicans), que coexistem com alguns endemismos, a saber, a rosada orquídea da

serra (Dactyloriza foliosa) e uma outra de flores brancas (Goodyera macrophyla).

Nas áreas abrangidas pelo Maciço Montanhoso pode-se encontrar urzes, musgos e líquenes

coloridos mas, nos sítios mais abrigados, podemos encontrar também pequenos núcleos

compostos pela arméria (Armeria maderensis), a violeta amarela (Viola paradoxa), a erva arroz

(Sedum Farinosum), o ranúnculo (Ranunculus cortusifolius), o piorno (Teline maderense), a

selvageira (Sideritis candicans), o massaroco (Echium candicans), o goivo da serra (Erysimum

bicolor) e uma espécie rara de orquídea (Orchis scopulorum).

O modelo de vegetação natural da Ilha da Madeira, desenvolvido por Capelo et al., defende a

existência de seis séries de vegetação, na Ilha da Madeira, tendo em conta o clima, tipo de

solo e altitude.

Assim sendo no concelho dominam sobretudo as seguintes séries de vegetação natural:

- Série do Zambujal (Mayteno umbellatae – Oleo maderensis sigmetum);

- Série do Matagal de Marmulano (Helichryso melaleuci – Sideroxylo marmulanae sigmetum);

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- Série da Laurissilva do Barbusano (Semele androgynae – Apollonio barbujanae sigmetum,

faciação com Myrto commnis – Hypericetum canariensis e faciação com Globulario salicinae –

Ericetum maderinicolae);

- Série da Laurissilva do Til (Clethro arboreae – ocoteo foetentis sigmetum);

- Série do Urzal de altitude (Polysticho falcinelli – Erico arboreae sigmetum)

No seu conjunto e sintetizando, o concelho de São Vicente apresenta uma vegetação

constituída sobretudo por culturas agrícolas, espécies florestais exóticas e algumas indígenas,

um manto de espécies endémicas e prados naturais, distribuindo-se as diferentes formações

vegetais com uma certa zonalidade.

As baixas altitudes, inferiores a 600m, estão presentes as áreas agrícolas que de

genericamente são explorações de pequenas dimensões, correspondentes a áreas mais ou

menos declivosas, em regra armados em socalcos artificiais. As culturas mais comuns são a

cana-de-açúcar, vinha, castanheiro, citrina, figueiras, nespereiras, nogueira e prunóideas. Os

cereais cultivados são sobretudo milho e o trigo e hortícolas diversas com destaque para a

batata e batata-doce.

Presentes em altitudes que variam entre os 200 e 250 m, mas também a altitudes na ordem

dos 1600 m, verificam-se as áreas florestais onde ocorrem manchas de espécies exóticas

frequentemente compostas por Pinus pinaster (pinheiro bravo) e Eucaliptus sp. (Eucalipto), e

Acacia dealbata (Acácias) referenciando-se também as manchas de espécies autóctones à

base de Laurus novocanariensis (Loureiro). Este tipo de cobertura vegetal desenvolve-se em

superfícies florestais desordenadas, com elevada carga de combustíveis, o que aumenta a

suscetibilidade à ocorrência de incêndios florestais. São superfícies caraterizadas por um

regime de propriedade disperso – minifúndio – e, na sua maioria, privado, nas quais importa

implementar uma gestão florestal adequada. Não obstante, estes povoamentos florestais

exóticos contribuem significativamente para a proteção dos recursos naturais solo e água.

A Floresta Laurissilva localiza-se sobretudo acima dos 400 m de altitude, onde se encontra a

floresta de loureiros associada a espécies como Ocotea foetens e Clethra arborea entre outros.

As zonas planálticas (“Achadas”) e encostas declivosas com altitudes da ordem dos 1000 m,

ocorrem essencialmente prados naturais, cuja composição florística é dominada por espécies

herbáceas à base das gramíneas rasteiras e um estrato mais ou menos contínuo de fetos

dominado por Pterdium aquilinum, não raramente associado a tufos arbustivos dispersos em

especial Erica sp. Thymus caespititus.

É também possível verificar a ocorrência de outras espécies a altitudes superiores, de 1200 a

1500 m, como a Erica arborea, Laurus azorica, Myrica faia e Vaccinium padifolium.

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Na categoria da Flora, há a destacar as árvores monumentais e emblemáticas, existentes no

concelho. Encontram-se três árvores que foram catalogadas como monumentais e um núcleo

que foi catalogado como emblemático. Catalogada como árvores monumental, encontra-se no

concelho, no centro da Vila de Ponta Delgada, uma das maiores Canforeiras (Cinnamomum

camphora) da ilha, com cerca de 21m de altura e 5m de PAP, com mais de 100 anos de idade.

Também consideradas árvores monumentais, foram o Til (Oceatea foetens), com mais de 100

anos e mais de 20 m de altura, e o Carvalho Comum (Quercus robur) com mais de 150 anos,

ambas localizadas na freguesia de São Vicente.

Como árvores emblemáticas, encontramos o núcleo de Palmeiras (Phoenix canariensis x

dactylifera) centenário de São Vicente, localizado no adro da Igreja Matriz.

Tal como a flora da Ilha, a sua fauna, também é riquíssima, claramente associado ao facto de

se localizar em meio oceânico e da presença da floresta Laurissilva.

A fauna que podemos encontrar no concelho, divide-se em terrestre, costeira e marinha. É

difícil identificar as espécies exatas que podemos encontrar no território do concelho, uma vez

que as espécies se dividem pela ilha de forma, quase regular, como tal parte-se do contexto da

ilha.

A fauna terrestre, está claramente associada aos tipos de floresta, nomeadamente à floresta

Laurissilva, existindo um conjunto de espécies bastantes relevante.

Mamíferos terrestres:

Os mamíferos terrestres com maior expressividade no território são:

- Morcegos, nomeadamente o Morcego da Madeira (Pipistrellus maderensis);

- Coelho Bravo (Oryctolagus cuniculus);

- Furão (Mustela putorius));

Répteis terrestres:

- Osga (Tarentola mauritanica);

- Lagartixa-da-madeira (Teira dugesii dugesii);

Aves terrestres:

Destacam-se as mais representativas:

- Pombo Trocaz (Columba trocaz) - Espécie emblemática e protegida pelo Anexo I da Directiva

das Aves;

- Andorinha da Serra (Apus unicolor);

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- Andorinha do Mar (Apus pallidus brehmorum);

- Bis-Bis (Regulus madeirensis);

- Cagarra (Calonectrisdiomedea borealis);

- Melro preto (Turdus merula cabrerae);

- Manta (Buteo buteo harterti);

- Lavandeira (Motacilla cinerea schmitzi);

- Toutinegra (Sylvia atricapila););

- Corre Caminhos (Anthus berthelotii madeirensis);

- Tentilhão (Fringilla coelebs maderensis);

- Canário da Terra (Serinus canaria canaria);

- Galinha d´´agua (Gallinula choloropus);

- Coruja das Torres (Tylo alba);

- Francelho (Falco tinnunculus canariensis);

- Fura bardos (Accipiter nisus granti)

- Papinho (Erithacus rubecula rubecula);

- Patagarro (Puffinus puffinus puffinus);

- Pintassilgo (Carduelis carduelis);

- Pardal da Terra (Petronia Petronia madeirensis);

- etc.

Insetos:

Os insetos representam 75% de todas as espécies animais da ilha, sendo 20% dos mesmos

endémicos, dos quais se destacam:

- Almirante Vermelho da Macronésia (Vanessa vulcania Godart);

- Almirante Vermelho Europeu (Vanessa atalanta);

- Ariana da Europa (Pararge aegeria aegeria);

- Cerca de 800 espécies de Escaravelhos;

- Cerca de 500 espécies de Abelhas, Vespas e Formigas;

- Cerca de 400 espécies de Mosquitos e Moscas;

- Cerca de 320 espécies de Borboletas e Mariposas.

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Moluscos Terrestres:

Podem-se encontrar cerca de 290 espécies, de 31 famílias e 84 géneros, de que se destacam

várias espécies de caracóis endémicos da Ilha da Madeira.

Fauna Costeira

De acordo com a localização, profundidade e características, a zona costeira encontra-se

dividida em subunidades:

- Zona supralitoral: é a zona que faz a transição entre o dominio terrestre e o amr, encontrando-

se povoamentos característicos de Litorinas (Littorina striata) e de Crustáceos isópodes (Ligia

italicai);

- Zona médiolitoral: encontra-se Craca (Chtamalus stellatus), Lapa (Patella piperata), algas

cianófitas, pequenos poliquetas, crustáceos e outros gastrópodes, alguns peixes como o Caboz

(Coryphoblennius galerita);

- Zona infralitoral: algas fotófilas, Enguias do jardim (Heteroconger longissimus), Raias (Raja

clavata), Ratões (Taeniura grabata), Políquetas, crustáceos decápodes, moluscos gastrópodes

e bivalves;

- Zona circalitoral: encontram-se espécies de peixes como Pargo (Pagrus Pagrus), Encharéu

(Pseudocaranx dentex), Tem-te em pé (Lapros aper), etc.

Fauna Marinha

A fauna marinha ou oceânica, apresenta semelhanças à fauna marinha europeia e

mediterrânica. Destacam-se várias espécies de aves marinhas, cetáceos, peixes, crustáceos e

tartarugas, dos quais se destacam:

Peixes:

- Peixe Espada Preto (Aphanopus carbo);

- Peixes lagartixa (Macrouridae);

- Bodião (Sparisoma cretense);

- Castanheira Branca (Chromis limbata);

- Castanheira Preta (Abudefduf luridus);

- Atum Albacares (Thunnus albacares);

- Atum Patudo (Thunnus obesus);

- Atum Rabil (Thunnus thynnus);

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- Atum Voador (Thunnus alalunga);

- Boga (Boops boops);

- Caboz (Gobius paganellus);

- Cavalo Marinho (Hippocampus);

-etc.

Crustáceos:

- Camarão das Poças (Palaemon elegans);

- Caranguejo (Percnon gibbesi);

- Caranguejo Aranha (Stenorhynchus lanceolatus);

- Caranguejo de moçâmedes (Chaceon affinis);

Mamiferos marinhos:

- Baleia Tropical (Balaenoptera edeni);

- Boca de Panela (Globicephala macrorhynchus);

- Cachalote (Physeter macrocephalus);

- Foca-monge do Mediterrâneo ou lobo-marinho (Monachus monachus);

- Golfinho comum;

- Golfinho Pintado;

- Roaz;

- etc

Poderão ainda ser encontradas nas linhas de água doce da Laurissilva da Madeira espécies

piscícolas, tais como: Enguia (Anguilla anguilla), Truta arco-íris (Oncorhynchus mykiss) e a

Truta Fário (Salmo trutta).

Nas áreas de transição ocorre também a Lagartixa (Lacerta duguesii), espécie endémica da

Madeira pertencente à herpetofauna terrestre.

Rede Fundamental de Conservação da Natureza (RFCN)

A Lei n.º 11/1987 de 7 de abril define as bases da política de ambiente e enquadrou, nas

últimas duas décadas, toda a legislação produzida sobre conservação da natureza e

biodiversidade. Desta Lei resultou a Estratégia Nacional de Conservação da Natureza e da

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Biodiversidade (ENCNB - Resolução de Conselho de Ministros n.º 152/2001, de 11 de outubro).

Da ENCNB destaca-se a opção estratégica relativa à constituição da Rede Fundamental de

Conservação da Natureza e do Sistema Nacional de Áreas Classificadas (SNAC), integrando

neste a Rede Nacional de Áreas Protegidas (D.L. n.º 19/1993, de 23 de fevereiro).

A Rede Fundamental de Conservação da Natureza (RFCN) resulta do D.L. n.º 142/2008, de 24

de Julho, sendo composta pelas áreas nucleares de conservação de natureza e da

biodiversidade integradas no SNAC, pelas áreas de reserva ecológica nacional (REN), de

reserva agrícola nacional (RAN) e do domínio público hídrico (DPH) enquanto áreas de

continuidade que estabelecem ou salvaguardam a ligação e o intercâmbio genético de

populações de espécies selvagens entre as diferentes áreas nucleares de conservação. A

RFCN contribui para uma adequada proteção dos recursos naturais e para a promoção da

continuidade espacial, da coerência ecológica das áreas classificadas e da conectividade

(corredores ecológicos) das componentes da biodiversidade em todo o território, bem como

para uma adequada integração e desenvolvimento das atividades humanas.

As áreas afetas ao SNAC no território de São Vicente encontram-se na Figura 21 e no Quadro

38.

Figura 21 – SNAC no território de São Vicente.

Fonte: Câmara Municipal de São Vicente – Carta de Condicionantes (Revisão do PDM de São Vicente)

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Quadro 38 - Áreas afetas ao SNAC no Município de São Vicente.

SNAC Área (ha)

Maciço Montanhoso Central 555,72

Laurissilva da Madeira 4823,11

Parque Natural da Madeira 5227,94

Fonte: PNSAC.

Parque Natural da Madeira (PNM)

O PNM foi criado pelo Decreto Legislativo Regional nº14/82//M, de 10 de novembro (Figura 22).

Contempla zonas com diferentes estatutos de proteção, desde o mais elevado que

corresponde às reservas totais e parciais, até ao mais baixo, a zona de transição (Figura 23).

Esta zona estende-se por toda a periferia e representa cerca de 60% da área de PNM, tendo a

função de tampão, isto é, de absorver os impactes das intervenções humanas, sendo

essencialmente rural.

Inclui, igualmente, zonas de paisagem protegida, as quais apresentam panoramas naturais,

seminaturais e humanizados de grande valor estético, resultado de uma intervenção

harmoniosa do Homem no ambiente (sitio on-line do Parque Natural).

Figura 22 – Mapa do PNM no concelho de São Vicente.

Fonte: Câmara Municipal de São Vicente – Carta de Condicionantes (Revisão do PDM de São Vicente)

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Figura 23 – Delimitação do Parque Natural da Madeira

Fonte: Relatório do PDMSV.

Sítio – Laurissilva da Madeira - Código – PTMAD0001

A ZEC (Zona Especial de Conservação) Sítio de Importância Comunitária Laurissilva da

Madeira foi criada pelas Resoluções do Conselho do Governo Regional nºs

874/2009, de 23 de

julho e 1412/2009, de 19 de novembro e Declaração de Retificação n.º 13/2009, de 27 de

novembro. Encontra-se regulamentada pelo Plano de Ordenamento e Gestão da Laurissilva da

Madeira (POGLM) sob a responsabilidade da Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos

Naturais. Esta zona de elevada importância natural é classificada como Reserva Biogenética e

Património Mundial Natural.

O POGLM estabelece regimes de salvaguarda de recursos e valores naturais e ações e

atividades a promover na sua área de intervenção, com vista a garantir a conservação da

natureza e da biodiversidade, bem como a manutenção e valorização das características das

paisagens naturais. Constituem objetivos gerais do POGLM:

a) Assegurar a conservação da natureza e valorização do ambiente;

b) Fomentar a participação ativa da população e dos visitantes na fruição, divulgação e

preservação do espaço natural;

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Constituem objetivos específicos do POGLM:

a) Manter os ecossistemas existentes em equilíbrio e em bom estado de conservação;

b) Conservar e proteger espécies raras e ameaçadas;

c) Proteger a biodiversidade e a paisagem;

d) Conservar os valores fundamentais como o solo e a água;

e) Promover a partilha de conhecimentos e o intercâmbio técnico através do desenvolvimento

de projetos científicos;

f) Diminuir o risco e perigo de incêndios;

g) Controlar a introdução e a proliferação de espécies invasoras;

h) Controlar as pressões decorrentes da atividade humana;

i) Fomentar adequada articulação da atividade económica com a defesa e valorização do

Património natural;

j) Fomentar o turismo de natureza e atividades de recreio e lazer;

l) Regulamentar as atividades de fruição;

m) Melhorar o nível de conhecimento do local através do incremento de atividades de

divulgação e sensibilização ambiental;

n) Melhorar as condições de receção e informação aos visitantes;

o) Controlar a capacidade de carga do meio;

p) Acompanhar e avaliar a concretização das medidas de gestão propostas;

São definidos como eixos estratégicos de atuação:

a) A salvaguarda do património natural do SIC;

b) A valorização de recursos e valores naturais provendo a sua utilização de forma sustentada;

c) A promoção das oportunidades de recreio e lazer e da atividade turística associada à

salvaguarda do Património natural.

Sítio – Maciço Montanhoso Central - Código – PTMAD0002

A ZEC: Sítio de Importância Comunitária PTMAD0002 - Maciço Montanhoso Central da Ilha da

Madeira foi criada pelas Resoluções do Conselho do Governo Regional nºs 874/2009, de 23 de

julho e 1411/2009, de 19 de novembro e na Declaração de Retificação n.º 13/2009, de 27 de

novembro. Encontra-se regulamentada pelo Plano de Ordenamento e Gestão do Maciço

Montanhoso Central da Ilha da Madeira (POGMMC) sob a responsabilidade da Secretaria

Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais.

O POGMMC estabelece regimes de salvaguarda de recursos e valores naturais e as ações e

atividades a promover na sua área de intervenção, com vista a garantir a conservação da

natureza e da biodiversidade, bem como a manutenção e valorização das características das

paisagens naturais.

Constituem objetivos gerais do POGMMC:

a) Assegurar a conservação da natureza e valorização do ambiente;

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Relatório Ambiental

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b) Fomentar a participação ativa da população e dos visitantes na fruição, divulgação e

preservação do espaço natural;

Constituem objetivos específicos do POGMMC:

a) Manter os ecossistemas existentes em equilíbrio e em bom estado de conservação;

b) Conservar e proteger espécies raras e ameaçadas;

c) Recuperar o coberto vegetal;

d) Proteger a biodiversidade e a paisagem;

e) Conservar os valores fundamentais como o solo e a água;

f) Promover a partilha de conhecimentos e o intercâmbio técnico através do desenvolvimento

de projetos científicos;

g) Diminuir o impacte dos fenómenos erosivos na paisagem;

h) Diminuir o risco e perigo de incêndios, principalmente na zona do Paúl da Serra;

i) Aumento do Investimento em produção de energias renováveis e captação de água;

j) Controlar a introdução e proliferação de espécies invasoras;

l) Controlar as pressões decorrentes da atividade humana;

m) Fomentar adequada articulação da atividade económica com a defesa e valorização do

Património natural;

n) Acompanhar e avaliar a concretização das medidas de gestão propostas;

São definidos como eixos estratégicos de atuação:

a) A salvaguarda do património natural do SIC;

b) A valorização de recursos e valores naturais provendo a sua utilização de forma sustentada;

c) A promoção das oportunidades de recreio e lazer e da atividade turística associada à

salvaguarda do Património natural.

ZPE – Laurissilva da Madeira - Código – PTMAD0001

A ZPE: Zona de Proteção Especial Laurissilva da Madeira” – Decreto Regulamentar Regional

n.º 3/2014/M, de 3 de março de 2014 visando zonas qualificadas como áreas de importância

comunitária em que são aplicadas as medidas necessárias para a manutenção ou

restabelecimento do estado de conservação das populações de aves e dos seus habitats, bem

como das espécies de aves migratórias cuja ocorrência no território regional seja regular.

Potenciais conflitos com o SNAC

Este indicador pretende avaliar a potencial afetação do SNAC pelas propostas presentes na

revisão do PDM. No município de São Vicente as áreas integradas no SNAC ocupam grande

parte do território.

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É de realçar a reduzida expressão de infraestruturas ou aglomerados populacionais dentro do

SNAC, sendo o principal conflito a degradação originada por incêndios nos últimos 10 anos

dentro do SNAC (Ver capítulo “→ Área ardida e representatividade da mesma sobre a

Estrutura Ecológica Municipal”).

Número de planos de gestão e/ou de ação propostos ou em vigor

De acordo com a informação disponível encontra-se em vigor:

Plano de Ordenamento e Gestão da Laurissilva da Madeira

Plano de Ordenamento e Gestão do Maciço Montanhoso Central

Plano Regional de Ordenamento Florestal da Região Autónoma da Madeira

Plano Setorial da Rede Natura 2000;

…visando os mesmos a conservação da biodiversidade com incidência no concelho de São

Vicente.

Diversidade de Espécies e Habitats de Interesse Conservacionista

Diversidade de espécies com estatuto de proteção

O Decreto-lei nº49/2005 de 24 de Fevereiro, visa contribuir para assegurar a biodiversidade,

através da conservação ou do restabelecimento dos habitats naturais e da flora e da fauna

selvagem num estado de conservação favorável da proteção, gestão e controlo das espécies,

bem como da regulamentação da sua exploração. Os objetivos previstos anteriormente são

aplicados tendo em conta as exigências ecológicas, económicas, sociais, culturais e científicas,

bem como as particularidades regionais e locais.

Nota: Não foi possível obter a informação da presença e distribuição das espécies protegidas

no interior do município, estando-se a aguardar a receção desta informação por parte do

Município.

Diversidade de habitats com estatuto de proteção

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De acordo com o sítio internet do ifcn.madeira. gov.pt; os habitats presentes no Sito Laurissilva

da Madeira e Maciço Montanhoso Central são:

Habitats de Interesse Comunitário presentes na Laurissilva da Madeira:

- Vertentes rochosas siliciosas com vegetação casmofítica;

- Laurissilvas macaronésicas;

Habitats de Interesse Comunitário presentes no Maciço Montanhoso Central:

- Charcos temporários mediterrânicos;

- Charnecas macaronésicas endémicas;

- Prados mesofilos macaronésicos;

- Vertentes rochosas siliciosas com vegetação casmofítica;

- Rochas siliciosas com vegetação pioneira da Sedo-Scleranthion ou da Sedo albi-Veronicion

dillenii;

- Florestas endémicas de Juniperus spp.

Esta listagem representa uma lista potencial já que se refere à totalidade da área destes sítios.

Nota: do mesmo modo que no indicador anterior, não foi possível obter a informação da

presença e distribuição das habitats protegidos no interior do Município, estando-se a aguardar

a receção desta informação.

Estrutura Ecológica Municipal (EEM)

A Estrutura Ecológica Municipal (EEM) foi um figurino introduzido na legislação nacional pelo

D.L. n.º 380/99, de 22 de setembro, constituindo um recurso territorial com vista à salvaguarda

e proteção dos sistemas ecológicos essenciais aos espaços rurais e urbanos. Embora resulte

de legislação mais antiga, a EEM não se encontra contemplada no PDM em vigor (datado de

2002), pelo que este critério e os respetivos indicadores serão desenvolvidos no capítulo da

análise dos efeitos esperados.

Área ardida e representatividade da mesma sobre a Estrutura Ecológica Municipal

No período entre 2006 e 2012, arderam cerca de 605,28 ha no concelho de São Vicente

(Figura 24, Quadro 39) destacando-se pela negativa o ano de 2010 (mais de metade

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correspondente a este período), no qual ardeu uma extensa área do Maciço Montanhoso

Central e na Laurissilva da Madeira.

Figura 24 – Povoamentos florestais percorridos por incêndios no Concelho de São Vicente, 2006-2012.

Fonte: Câmara Municipal de São Vicente – Carta de Condicionantes (Revisão do PDM de São Vicente)

Quadro 39 - Povoamentos florestais percorridos por incêndios no Concelho de São Vicente, 2006-2012.

Povoamentos Florestais percorridos por Incêndios Área (ha)

2006 110,51

2008 58,02

2010 326,09

2012 110,66

Total 605,28

Média 87,47/ano

Fonte: Câmara Municipal de São Vicente – (PDM de São Vicente)

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Visto que a Estrutura Ecológica Municipal não está ainda contemplada, esta apenas será

considerada no âmbito da atual revisão do PDM, pelo que a análise a efetuar será apresentada

no capítulo dos efeitos esperados e terá apenas um valor indicativo. Este valor constituirá a

situação de referência para efeitos do seguimento/monitorização dos efeitos da revisão do

PDM na conservação dos recursos naturais presentes no município e incorporados na EEM.

Potenciais conflitos com a Estrutura Ecológica Municipal

Pela mesma razão supracitada, este indicador será aprofundado no capítulo efeitos esperados.

Gestão e conservação da floresta

A floresta é um sistema biológico que constitui um valioso recurso natural, quer pela sua função

de fornecimento de serviços ecológicos importantes (proteção do solo, recarga de aquíferos,

purificação do ar, sequestro de CO2, suporte de biodiversidade), como pela melhoria da

qualidade de vida da população ao proporcionar espaços lúdicos, de recreio, lazer e beleza

paisagística, bem como uma importante e variada fonte de recursos económicos. No entanto,

sobre este importante recurso florestal ocorrem várias ameaças, como os incêndios florestais, a

doença do nemátode do pinheiro e a propagação das espécies arbóreas exóticas com caracter

invasor. Desta forma, torna-se indispensável formular medidas de planeamento que permitam

um adequado aproveitamento e salvaguarda deste recurso.

A nível florestal, no território de São Vicente predomina a floresta natural Laurissilva, sendo os

povoamentos florestais de produção menos representativos e não havendo até à data de

conclusão do relatório um Plano Regional de Ordenamento Florestal legalmente aprovado

(aprovado em agosto de 2015).

Os povoamentos florestais atualmente existentes no município são apresentados na Figura 25.

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Figura 25 – Mapa dos Povoamentos Florestais no concelho de São Vicente

Fonte: Câmara Municipal de São Vicente – Carta de Condicionantes (Revisão do PDM de São Vicente)

As áreas ocupadas pelas diferentes tipologias florestais presentes no concelho de São Vicente

são apresentadas no Quadro 40.

Quadro 40 – Áreas ocupadas pelos diferentes tipos de áreas florestais no concelho de São vicente.

Povoamentos Florestais Área (ha)

Floresta Natural da Madeira 4551,22

Florestas abertas de outras folhosas 4,33

Florestas abertas de pinheiro bravo com folhosas 5,02

Florestas de espécies invasoras 51,19

Florestas de espécies invasoras com folhosas 32,77

Florestas de espécies invasoras com resinosas 13,99

Florestas de eucalipto 9,07

Florestas de eucalipto com folhosas 146,16

Florestas de outras folhosas 70,44

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Florestas de outras folhosas com folhosas 0,97

Florestas de outras resinosas 0,70

Florestas de outras resinosas com folhosas 55,70

Florestas de pinheiro bravo 109,31

Florestas de pinheiro bravo com folhosas 565,89

Fonte: Câmara Municipal de São Vicente

Neste contexto as florestas são subdivididas em florestas puras ou mistura de folhosas

(sobreiros, azinheiras, outros carvalhos, eucalipto, castanheiros, outras folhosas, invasoras e

floresta natural da Madeira), puras ou mistura de resinosas (pinheiros e outras resinosas) e

florestas mistas. São ainda contabilizadas as zonas com florestas abertas e vegetação

arbustiva e herbácea (vegetação natural e matos, vegetação esclerófita, florestas abertas – de

folhosas, resinosas e mistas - cortes e novas plantações). As zonas descobertas e com pouca

vegetação são áreas naturais com pouca ou nenhuma vegetação em que se incluem áreas

ardidas recentemente, rocha nua, zonas pedregosas, praias e areais.

Assinala-se a presença de áreas com espécies invasoras. Estes núcleos caracterizam-se pelo

domínio de espécies do género Acacia, que originam formações arbóreas muito densas, com

reduzida biodiversidade associada. Todas as espécies deste género são consideradas

invasoras em Portugal, ao abrigo do Decreto-Lei n.º 565/99, de 21 de dezembro, constituindo

uma ameaça preocupante e crescente para o património biológico e florestal do concelho cuja

possibilidade de expansão deverá ser monitorizada.

Assinalam-se áreas sujeitas ao Regime Florestal (Figura 26) sob gestão direta da Instituto das

Florestas e Conservação da Natureza:

- Regime Florestal Total - Perímetro Florestal do Paúl da Serra: 75,09 ha;

- Regime Florestal Parcial - Perímetro Florestal das Serras de São Vicente, Ponta Delgada e

Boaventura: 3889,39 ha;

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Figura 26 – Localização dos Regimes Florestais existentes no concelho de São Vicente

(fonte: SRA/CMSV, 2014).

Área de Espaço Florestal de Conservação

No PDM em vigor não foi definida uma subcategoria de espaço florestal de conservação, pelo

que serão detalhados nos efeitos esperados as consequências desta nova categoria.

Área total de Espaço Florestal convertida em áreas urbanas/urbanizáveis, industriais,

equipamentos e infraestruturas

A análise deste indicador, que pretende analisar a evolução dos espaços florestais no concelho

em função da sua potencial afetação associada à reclassificação do uso de solo, será efetuada

no capítulo dos efeitos esperados.

Paisagem

O património paisagístico integra, entre outros, os elementos essenciais da paisagem natural –

recursos naturais –, sendo a paisagem, segundo a Lei de Bases do Ambiente (Lei nº 11/87 de

7 de abril, art. 5º do capítulo I): “… unidade geográfica, ecológica e estética resultante da ação

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do homem e da reação da Natureza, sendo primitiva quando a ação daquele é mínima e

natural quando a ação humana é determinante, sem deixar de se verificar o equilíbrio biológico,

a estabilidade física e a dinâmica ecológica …”.Também na mesma Lei (Artigos 17.º, 18.º e

19.º da Lei de Bases do Ambiente, Lei n.º 11/87, de 7 de abril) estão consagrados os

componentes ambientais humanos, de que a paisagem é parte integrante, conjuntamente com

o património natural e construído e a poluição, estando prevista a “proteção e valorização das

paisagens que, caracterizadas pelas atividades seculares do homem, pela sua diversidade,

concentração e harmonia e pelo sistema sociocultural que criaram, se revelam importantes

para a manutenção da pluralidade paisagística e cultural.

As áreas de paisagem com interesse natural são aqueles conjuntos naturais, seminaturais e

humanizados que se destacam pela sua raridade ou pelo papel desempenhado na manutenção

do equilíbrio ecológico e, em simultâneo, evidenciam grande valor estético ou natural, passível

de usufruto para recreio e lazer por parte da população local e turistas.

A paisagem de São Vicente representa um importante recurso, quer económico (turístico) quer

identitário, sendo a sua preservação e promoção particularmente relevante. Os pontos

sensíveis no Município encontram-se representados na Figura 27 e no Quadro 41.

Quadro 41 - Elementos sensíveis da paisagem no Município de S. Vicente.

Código Área sensível Unidade de Paisagem

01 Foz da Ribeira do Inferno

1 – Interface Litoral

02 Fajã do Rente

03 Fajã da Areia

04 Quebradas

05 Ilhéu Vermelho

06 Ilhéu Preto

07 Vila de S. Vicente UP2 - Vales

UP2a – Vale Ribeira de S. Vicente

UP2b – Vale Ribeira do Porco

08 Foz da Ribeira de S. Vicente

09 Pico da Senhora de Fátima

10 Ginjas

14 Ponta Delgada UP3 – Ponta Delgada

15 Primeira Lombada

16 Muralhas

UP4 - Floresta

17 Pico Alto

18 Espigão

19 Rocha das Lapas

20 Lombada das Vacas

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21 Topo da Lombada das Vacas

22 Achada da Madeira

23 Rocha Negra

24 Pico do Cedro

25 Encumeada

26 Chão dos Louros

27 Pico do Jorge

UP5 – Alta Montanha

28 Pico do Casado

29 Pico das Torrinhas

30 Pico da Laje

31 Pico do Ramal

32 Pico das Eirinhas

33 Pico do Coelho

34 Pico do Milhafre

35 Pico do Canário

36 Pico da Escada

37 Pico da Achadinha

38 Topo das Queimadas

39 Pico Ferreiro

40 Bica da Cana UP6 – Paúl da Serra

41 Pico Ruivo do Paul

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Figura 27- Unidades de Paisagem e seus elementos sensíveis no Município de S. Vicente (s/ escala).

Fonte: Estudos Setoriais de Caracterização, 2. SISTEMA BIOFÍSICO (PDM São Vicente)

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Expressividade do solo rural transformado em solo urbano/urbanizável e industrial

A análise deste indicador revela-se pertinente sobretudo na avaliação dos efeitos da revisão do

PDM, na evolução da área de solo rural pelo que a sua abordagem será desenvolvida apenas

no capítulo dos Efeitos Esperados. Este indicador revela-se também bastante útil no

acompanhamento e seguimento dos efeitos do Plano, permitindo avaliar a evolução da área de

solo rural ao longo do período da sua vigência.

Intrusões na paisagem em áreas sensíveis

No concelho de São Vicente assinalam-se as seguintes intrusões na paisagem (Figura 28):

As principais intrusões em áreas paisagisticamente sensíveis e que podem contribuir para a

descaracterização dos elementos paisagísticos estão identificados no Quadro 42 e

correspondem essencialmente a:

Ocorrência de incêndios

Conflitos com solo classificado como urbano

Infraestruturas (produção de energia eólica)

Registam-se assim 28 focos de intrusão, em áreas paisagisticamente sensíveis relativamente à

ocorrência de incêndios. Destas, nos sítios 16, 19, 23, 24, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35 e

39 a área ardida incide diretamente (sobreposta ou bastante próxima) o valor sensível. Dado o

relevo a ocorrência de incêndios afeta facilmente, mas de forma indireta diversos sítios

sensíveis.

Não se consideraram impactes devido a grandes infraestruturas rodoviárias ou infraestruturas

de transporte de energia. É de assinalar que não existem linhas de muito alta tensão

atravessar o município, e os potenciais efeitos na afetação de qualidade visual por linhas de

alta tensão são reduzidos. A pedreira identificada pelas suas dimensões e relevo envolvente

não se revela como uma intrusão paisagística significativa. Foi no entanto identificada uma

intrusão significativa relativa aos impactes das torres eólicas a Sudoeste do Município, que

devido ao relevo as tornam bastantes presentes na paisagem.

Embora identificada não se consideram particularmente significativas as intrusão do solo

urbano já que no geral a edificação mantém um carácter cultural e relativamente pouco densa.

Considera-se exceção a intrusão provocada pela artificialização da Ribeira de São Vicente que

descaracteriza a paisagem natural na sua foz, embora se denote um esforço já efetuado no

sentido de melhorar o seu enquadramento na paisagem.

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Quadro 42 – Intrusões na paisagem identificadas no Município.

Código Área sensível Agente de Intrusão Tipo Nota

01 Foz da Ribeira do Inferno Área Ardida Intrusão indireta

08 Foz da Ribeira de S. Vicente Área Ardida

Solo Urbano

Intrusão indireta

Intrusão direta

09 Pico da Senhora de Fátima Área Ardida

Solo Urbano

Intrusão indireta

Intrusão direta

10 Ginjas Área Ardida

Solo Urbano

Intrusão indireta

Intrusão indireta

14 Ponta Delgada Área Ardida Intrusão indireta

15 Primeira Lombada Solo Urbano Intrusão indireta Ponta Delgada

16 Muralhas Área Ardida Intrusão direta

19 Rocha das Lapas Área Ardida Intrusão direta

20 Lombada das Vacas Área Ardida

Solo Urbano

Intrusão indireta

Intrusão indireta

21 Topo da Lombada das Vacas Solo Urbano Intrusão indireta Vários Aglomerados urbanos

22 Achada da Madeira Área Ardida Intrusão indireta Incêndios a Sul do Concelho

23 Rocha Negra Área Ardida Intrusão direta

24 Pico do Cedro Área Ardida Intrusão direta

25 Encumeada Área Ardida

Solo Urbano

Intrusão indireta

Intrusão indireta

26 Chão dos Louros Área Ardida

Solo Urbano

Intrusão indireta

Intrusão indireta

27 Pico do Jorge Área Ardida

Solo Urbano

Intrusão direta

Intrusão indireta

28 Pico do Casado Área Ardida

Solo Urbano

Intrusão direta

Intrusão indireta

29 Pico das Torrinhas Área Ardida

Solo Urbano

Intrusão direta

Intrusão indireta

30 Pico da Laje Área Ardida

Solo Urbano

Intrusão direta

Intrusão indireta

31 Pico do Ramal Área Ardida

Solo Urbano

Intrusão direta

Intrusão indireta

32 Pico das Eirinhas Área Ardida

Solo Urbano

Intrusão direta

Intrusão indireta

33 Pico do Coelho Área Ardida

Solo Urbano

Intrusão direta

Intrusão indireta

34 Pico do Milhafre Área Ardida

Solo Urbano

Intrusão direta

Intrusão indireta

35 Pico do Canário Área Ardida Intrusão direta

36 Pico da Escada Área Ardida

Solo Urbano

Intrusão indireta

Intrusão indireta

37 Pico da Achadinha Área Ardida

Solo Urbano

Intrusão indireta

Intrusão indireta

38 Topo das Queimadas Área Ardida

Solo Urbano

Intrusão indireta

Intrusão indireta

39 Pico Ferreiro Área Ardida

Solo Urbano

Intrusão direta

Intrusão indireta

40 Bica da Cana Área Ardida

Solo Urbano

Intrusão indireta

Intrusão indireta

41 Pico Ruivo do Paul Área Ardida

Solo Urbano

Intrusão indireta

Intrusão indireta

Incêndio junto à Rocha das

Lapas

Vários Parque eólico Infraestrutura Intrusão indireta

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Vários Pedreira Indústria Intrusão indireta

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Figura 28 - Principais valores paisagísticos e potenciais intrusões na paisagem identificadas no concelho de São Vicente.

Fonte:

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8.4.1.1 Análise SWOT

A análise SWOT aplicada neste Fator Crítico vem identificar as Forças, Fraquezas,

Oportunidades e Ameaças previstas na aplicação do PDM em análise (Quadro 43).

Quadro 43 – Análise SWOT no âmbito do fator crítico Biodiversidade.

Forças Fraquezas

- Presença de áreas naturais de elevada importância

conservacionista e turística e áreas relativamente extensas

de floresta autóctone;

- Extensas áreas sensíveis incluídas no Parque Natural da

Madeira e/ou sob regime florestal;

- Presença de Planos de Gestão destas áreas relativamente

rigorosos;

- Pouca expressão de infra-estruturas que constituam

barreiras significativas para a fauna;

- Ausência de povoamentos significativos de espécies

florestais invasoras;

- Características Geológicas e Geomorfológicas (e

topográficas) únicas e identitárias, que albergam espécies e

habitats protegidos, possuindo elevado valor paisagístico e

pouco perturbadas;

- Limites da RFCN frequentemente não coincidentes e

abrangendo espaços cuja ocupação já não possui os

valores que pretendem proteger, dificultando igualmente o

seu ordenamento.

- Expressividade de área afetada por incêndios florestais e

consequente intrusão na paisagem;

- Relevo promove a intrusão paisagística;

- Ribeira de São Vicente artificializada;

- Ausência de um Plano Municipal de Gestão para a

Biodiversidade e para o Controlo/Prevenção de espécies

vegetais Invasoras;

- Desenvolvimento insipido do turismo em espaço rural;

Oportunidades Ameaças

- Possibilidade de valorização da área classificada e dos

valores paisagísticos existentes como foco de atratividade

para o concelho;

- Promoção do aproveitamento dos recursos naturais

presentes de uma forma sustentada, nomeadamente a

aposta no turismo ambiental, aproveitando os recursos

naturais no município;

- Aproveitamento das espécies autóctones para produção

de madeira de qualidade (e.g. folhosas autóctones);

- Possibilidade de minimização de riscos sobre o património

florestal e degradação do património paisagístico, através

do ordenamento das áreas de expansão urbana e industrial

e da sua correta integração paisagística;

- Proteção e valorização dos recursos naturais decorrente

da implementação da EEM;

- Limitações à plantação de monoculturas de crescimento

rápido, reduzindo igualmente o risco de incêndio;

- Elementos biofísicos em bom estado e compatíveis para

realização de educação ambiental, constituindo uma aposta

a longo-termo na cultura de Sustentabilidade do Município;

- Introdução de práticas de produção sustentáveis em SNAC

- Degradação dos espaços florestais, agrícolas e

agroflorestais devido a risco de fogos florestais, abandono,

expansão de doenças e proliferação de espécies florestais

invasoras;

- Construção de novas infraestruturas ou atividades (p.e.

indústria extrativa) geradoras de impactes negativos a nível

dos valores ecológicos e paisagísticos;

- Limitações à competividade decorrentes das limitações em

SNAC ou associadas a outros instrumentos regulamentares;

- Insularidade dificulta a colonização dos valores naturais

existentes noutros territórios, pelo que a destruição de

espécies e habitats se torna mais gravosa;

- Expansão de espécies exóticas invasoras que degradem o

património Floresta Natural da Madeira.

- Erosão do território interior e das zonas costeiras.

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com mais-valias potenciais para os produtores. Exemplo:

http://natural.pt/portal

http://www.icnf.pt/portal/icnf/faqs/bb

8.4.2 Efeitos Esperados

Rede Fundamental de Conservação da Natureza (RFCN)

Potenciais conflitos com a Rede Natura 2000 e o Parque Natural da Madeira

Identificaram-se alguns núcleos populacionais localizam-se no interior dos limites dos SIC e

Parque Natural, pelo que a sua expansão poderia constituir uma ameaça potencial à

integridade do SIC no concelho. De acordo com a planta de ordenamento da revisão do PDM

tal não sucede. De acordo com o planeamento proposto no interior da RFCN ocorrem no

sobretudo espaços naturais, florestais, e agrícolas havendo também espaços culturais.

Foram também identificadas infra-estruturas de produção de energia renovável eólicas,

propostas como áreas de espaço natural.

Os limites cartográficos dos Sítios de Importância Comunitária e do Parque Natural da Madeira

nem sempre são coincidentes, assim como algumas categorias propostas no interior destas

áreas não refletem o grau de proteção que RFCN exige. Embora estes conflitos sejam no geral

de carácter pontual deverá promover-se a articulação entre a RFCN e desta com o PDM

proposto. A título de exemplo surge um espaço de atividades industriais junto às localidades de

Fajã do Penedo e Ribeira que está no interior do SIC Laurissilva da Madeira e fora do Parque

Natural da Madeira. A articulação entre o PDM proposto e os constituintes da RFCN poderia

harmonizar a abrangência dos mecanismos de proteção através do ajuste cartográfico e

consequente processo de inclusões/exclusões, contribuindo assim para uma mais eficaz

regulação da ocupação do território. De modo a regular mais eficazmente as atividades no

interior da RFCN seria também proveitoso classificar os espaços florestais e agrícolas no

interior da mesma como de conservação.

Preveem-se alguns efeitos positivos com a implementação do novo PDM. As ações de

ordenamento e gestão no âmbito do OE II e IV poderão contribuir para minimizar a ocorrência e

os efeitos dos incêndios florestais, e a requalificação de recursos naturais (OE IV), poderá

promover a requalificação e conservação das áreas do município integradas no SNAC, indo

também de encontro aos objetivos de sustentabilidade definidos na AAE para o presente

critério.

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Número de planos de gestão e/ou de ação propostos ou em vigor

De acordo com os dados disponíveis, existem 3 planos de gestão em vigor com vigência no

município de São Vicente, com elevada relevância para a Biodiversidade, desconhecendo-se

outros planos relevantes para o presente critério.

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Diversidade de Espécies e Habitats de Interesse Conservacionista

De acordo com a Resolução do Concelho de Ministros nº 115–A/2008, de 21 de Julho, “Os

regulamentos dos PMOT estabelecem os parâmetros de ocupação e de utilização do solo, de

modo a assegurar a compatibilização das funções de conservação, regulação com os usos

produtivos, o recreio e o bem-estar das populações.” e “Os relatórios dos PMOT e PEOT, na

sua primeira revisão ou alteração posterior à aprovação do PSRN2000, devem especificar o

cumprimento dos objetivos de conservação dos habitats e das populações das espécies em

função dos quais os Sítios e ZPE foram classificados.”

Assim, o Regulamento do PDM de São Vicente, preconiza que na “Rede Natura 2000 – Sítio

da Laurissilva da Madeira e Maciço Montanhoso Central» refere que nas áreas abrangidas por

servidões administrativas e restrições de utilidade pública, a disciplina de uso, ocupação e

transformação do solo inerente à classe de espaço sobre a qual recaem, em conformidade com

a Planta de Ordenamento e presente Regulamento, fica condicionada às disposições legais

que regem tais servidões ou restrições.

No entanto, de modo a manter e/ou promover o estado de conservação favorável dos valores

naturais de interesse comunitário, nas áreas integradas na Rede Natura 2000, deveriam ser

transpostas para o regulamento as Orientações de gestão, preconizadas pelo Plano Sectorial

da Rede Natura 2000 para cada habitat identificado no município de São Vicente,

representadas em Planta de Condicionantes e mencionadas no Relatório. Dado que ainda não

se dispõe de tal informação estas orientações deverão ser propostas em fases posteriores.

Diversidade de espécies com estatuto de proteção

Nota: Não foi possível obter a informação da presença e distribuição das espécies protegidas

no interior do município, estando-se a aguardar a receção desta informação por parte do

Município. De igual modo as orientações de gestão deverão ser avaliadas em fases

posteriores.

Diversidade de habitats com estatuto de proteção

Nota: Não foi possível obter a informação da presença e distribuição de habitats protegidos no

interior do município, estando-se a aguardar a receção desta informação por parte do

Município. De igual modo as orientações de gestão deverão ser avaliadas em fases

posteriores.

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Estrutura ecológica municipal

A análise de efeitos esperados terá em conta os diferentes graus de proteção inerentes à

proposta de EEM apresentada. Esta ocupa uma parte bastante expressiva do território

resultado das características peculiares do território em análise.

Segundo o Regulamento a EEM “é constituída pelo conjunto de áreas que, em virtude das suas

caraterísticas biofísicas ou culturais, da sua continuidade ecológica e do seu ordenamento, têm

por função principal contribuir para o equilíbrio ecológico e para a proteção, conservação e

valorização ambiental e paisagística e do património natural dos espaços rurais e urbanos.”. O

artigo 10º do regulamento proposto relativo ao Regime de uso e ocupação estabelece que “as

áreas integradas na Estrutura Ecológica Municipal regem-se pelo disposto no presente

Regulamento para a respetiva categoria de espaço, sem prejuízo da demais legislação em

vigor aplicável às mesmas áreas, devendo a concretização dos usos admitidos contribuir para

a valorização ecológica e ambiental das mesmas.”

Em termos globais, presidiram à criação da estrutura ecológica municipal os seguintes

princípios:

- Conservar os espaços naturais, agrícolas e florestais de uma forma integrada.

- Promover e salvaguardar as componentes biofísicas: relevo (topografia, declives,

exposições), hidrografia, geologia, solos e diversidade biológica (fauna e flora).

- Preservar a paisagem natural e humanizada da Ilha da Madeira, que faça permanecer no

tempo aspetos culturais, sociais, económicos e naturais.

O estudo e análise para a elaboração da Carta da Estrutura Ecológica Municipal tiveram como

base as seguintes variáveis:

- Variáveis biofísicas naturais: Topografia ou Relevo; Clima; Geologia, Litologia e

Geomorfologia; Pedologia ou Solos; Recursos Hídricos; Recursos Biológicos (Fauna e

Vegetação).

- Variáveis biofísicas antrópicas: Uso do Solo; Paisagem; Património – Recursos Culturais;

Qualidade Física do Ambiente; Riscos.

- Variáveis socio-económicas: Demografia; Habitação; Equipamentos; Atividades Económicas.

A apresentação final da Carta da Estrutura Ecológica Municipal de São Vicente é feita segundo

uma hierarquia, com recurso a três níveis, em que se pretendem salvaguardar os valores

ecológicos mais relevantes:

- Nível 1 – Compreende áreas importantes para o equilíbrio entre o espaço rural e urbano, e

que se regem pela sua manutenção e promoção.

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- Nível 2 – Os valores a salvaguardar neste nível intermédio têm como principal objetivo a sua

valorização.

- Nível 3 – Áreas de elevado valor ecológico e ambiental que necessitam de elevado grau de

proteção.

Área ardida e representatividade da mesma sobre a Estrutura Ecológica Municipal

Após sobreposição da informação disponível (PMEPCSVV7, 2014), verifica-se que cerca de

605,27 ha de área proposta para integrar a Estrutura Ecológica Municipal no âmbito da revisão

do PDM de São Vicente, arderam durante o período de 4 anos compreendido entre 2006 e

2012 (bienalmente), valor que representa cerca de 8,8% (2,2%/ano) da EEM proposta (Figura

29, Quadro 44).

Uma vez que a Estrutura Ecológica Municipal (EEM) é um figurino que será introduzido apenas

no âmbito da presente revisão do PDM, considera-se este valor como representação possível

da área ardida sobre a EEM ao ano, sendo que este indicador deverá ser considerado como

um indicador de seguimento uma vez que permitirá a avaliação da sua afetação por

incêndios, ao longo do período de execução do Plano, constituindo deste modo uma mais-valia

fundamental na fase de controlo e seguimento da AAE.

7 Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de São Vicente.

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Figura 29- Ocorrências de incêndios entre 2006 e 2012 na área proposta para integrar a Estrutura Ecológica Municipal

no âmbito da revisão do PDM de São Vicente (Fonte: DRFCN, 2014).

Os valores de referência para as principais categorias de EEM são:

Quadro 44 - Representatividade das áreas ardidas na Estrutura Ecológica Municipal

EEM PFPI: 2006 PFPI: 2008 PFPI: 2010 PFPI: 2012 TOTAL ha/ano

Nível 1 8,63 28,24 - - 36,87 9,22

Nível 2 11,57 15,73 - - 27,30 6,83

Nível 3 90,31 14,05 326,08 110,66 541,1 135,28

TOTAL 110,51 58,02 326,08 110,66 605,27 151,32

Uma extensão significativa destes incêndios ocorre sobre Floresta Natural da Madeira e sobre

EEM nível 3, o que embora seja normal dado que é onde se encontra a maioria da matéria

combustível, constitui motivo de preocupação para estes ecossistemas autóctones em

RN2000. Outro dos problemas associados aos incêndios é a proliferação de espécies florestais

exóticas e invasoras, como as acácias, uma vez que são espécies de crescimento rápido que

originam formações densas, excluindo a flora e fauna autóctones. Deverão ser tomadas

medidas de precaução para evitar a sua expansão, principalmente em áreas recentemente

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percorridas por incêndios. A área ocupada por florestas exóticas deverá constituir um indicador

de seguimento de frequência quinquenal.

Potenciais conflitos com a Estrutura Ecológica Municipal

O estabelecimento da EEM (Artigo 9º) contribui para atingir objetivos de sustentabilidade do

fator biodiversidade, nomeadamente o OS1, OS2, OS3, OS4, OS8 e OS9. No entanto,

assinalam-se algumas situações de potencial conflito resultantes de propostas na revisão do

PDM (Figura 30).

Identificaram-se situações de conflito na EEM, decorrentes da revisão do PDM, que resultam

de:

Infra-estruturas rodoviárias propostas;

Áreas Urbanizáveis;

Figura 30 – Potenciais situações de conflito com a EEM, decorrentes da revisão do PDM.

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As áreas urbanizáveis propostas são extensas e usualmente associado ao regime de REN

dadas as peculiaridades territoriais no que respeita à geologia e hidrologia.

Quadro 45 – Abrangência da Áreas Urbanizáveis sobre Estrutura Ecológica Municipal.

Áreas urbanizáveis sobre a EEM Área (ha)

Nível 1 462,0

Nível 2 320,8

Nível 3 55.346,7

Embora tenham sido definidos vários níveis de EEM de acordo com a sua importância, o

regulamento proposto não reflete estas diferenças. Não está explicito se existirá potencial

instalação/expansão de parques eólicos no concelho considerada no âmbito das medidas

associadas ao OE VI, que incluem o estudo do potencial de energias renováveis do concelho

(Relatório da Proposta do Plano). Não obstante a sua instalação estará limitada ao

estabelecido em Área Nuclear Estruturante (RN2000) considera-se uma ameaça. Situação

semelhante acontece com áreas de exploração geológica admitida em espaço rural.

Este indicador deverá constituir um dos indicadores para seguimento. Este indicador será

atualizado à medida que se concretizem as potenciais situações de conflitos anteriormente

identificadas ou outras que venham a ser detetadas.

Foram identificadas áreas inseridas na RFCN que não estão incluídas na EEM, tal deverá ser

harmonizado avaliando-se a necessidade de exclusões destas áreas ou a sua necessidade de

inclusão na EEM.

Gestão e conservação da floresta

Área de Espaço Florestal de Conservação

Segundo o regulamento os espaços florestais “Os Espaços Florestais destinam-se à

preservação e regeneração natural do coberto florestal, à preservação e valorização da

paisagem natural, à prevenção e controlo da erosão e garantia da estabilidade e diversidade

ecológica.” Sendo que nos espaços florestais de conservação apenas são “admitidas as

seguintes construções e ocupações:

a) Equipamentos públicos de interesse ambiental;

b) Instalações de vigilância, prevenção e apoio ao combate a incêndios;

c) Parques de merendas e miradouros;

d) Atividades socioculturais, de recreio, de desporto e de lazer, compatíveis com a natureza;

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e) Infraestruturas de saneamento, tratamento de resíduos sólidos urbanos, abastecimento de

água, obras hidráulicas, infraestruturas elétricas e de telecomunicações, aproveitamento de

energias renováveis e rede viária, conforme o disposto no Capítulo VII do presente

Regulamento.”

Os espaços classificados como Espaços Florestais de Conservação propostos ocupam cerca

de 176,88 ha (≈2,2% do território municipal), sendo este um figurino inexistente no PDM em

vigor. Estes localizam-se principalmente em áreas adjacentes aos sítios classificados em Rede

Natura 2000.

Os Espaços Florestais revelam alguma importância na economia local mas também do ponto

de vista da integridade da paisagem e da identidade do território. A atestar esta importância

assinalam-se medidas no âmbito do OE II, IV e VI que visam o apoio ao ordenamento e gestão

dos recursos naturais e sua valorização e orientação turística. A definição destes espaços

representara uma mais-valia ambiental no município, nomeadamente a nível do cumprimento

de funções de proteção e manutenção dos serviços ecológicos. Neste sentido seria proveitoso

propor como espaço florestal de conservação todos os espaços florestais em áreas da RFCN.

Estas medidas vão de encontro aos objetivos de sustentabilidade a nível da biodiversidade

definidos na AAE (OS2, 3, 8 e 9), nomeadamente a valorização dos espaços florestais, o seu

ordenamento sustentável e gestão que contribua para a qualidade da paisagem e minimização

de riscos naturais.

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Figura 31 – Classificação de Espaços Florestais na revisão do PDM.

Área total de Espaço Florestal convertida em áreas urbanas/urbanizáveis, industriais,

equipamentos e infraestruturas

Comparando o ordenamento do PDM em vigor com a proposta presente na revisão do PDM de

São Vicente, constata-se que houve no ordenamento proposto cerca de 40,03 ha que foram

reclassificados, passando de Solo Urbano para Solo Florestal. Em sentido oposto, cerca de 6,8

ha anteriormente classificados como Espaços Florestais foram reclassificados como Solo

Urbano (Figura 32, Quadro 46), contribuindo deste modo para a contenção dos perímetros

urbanos e o acentuar da ruralidade fora destas áreas contribuindo para a paisagem natural e

os OE I, II e IV.

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Figura 32 – Distribuição das áreas classificadas como Solo Florestal no PDM em vigor, das áreas convertidas em Solo

Urbano e das áreas de Solo Urbano no PDM em vigor, convertidas em Espaços Florestais, no âmbito da revisão do

PDM.

Quadro 46 – Variação de Solo Florestal entre o PDM em Vigor e o PDM proposto.

PDMSV em Vigor Proposta de PDMSV Área (ha)

Solo florestal convertido em urbano 6,8

Solo urbano convertido em florestal 40,03

Paisagem

Expressividade do solo rural transformado em solo urbano/urbanizável e industrial

Comparando o ordenamento do PDM em vigor com a proposta presente na revisão do PDM de

São Vicente, a área de Solo Rural reclassificado em Solo Urbano na revisão do PDM atinge

cerca de 71,8 ha. A totalidade deste valor resulta da reclassificação de áreas de solo rural

localizadas essencialmente no interior dos perímetros urbanos agora definidos (Figura 34) e

globalmente em zonas de menor sensibilidade paisagística, pelo que a nível paisagístico, esta

alteração não terá efeitos significativos na paisagem rural.

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Figura 33 – Distribuição das áreas classificadas em categorias correspondentes a Solo Rural no PDM em vigor,

convertidas em Solo Urbano (incluindo áreas urbanas/urbanizáveis, industriais, equipamentos e infraestruturas), no

âmbito da revisão do PDM.

Este indicador permite evidenciar tendências evolutivas na paisagem municipal,

nomeadamente o crescimento da malha urbana sobre o espaço rural. O setor primário baseado

na exploração dos recursos existentes e o setor terciário baseado no comércio por grosso e a

retalho; alojamento, restauração e similares. Tal como já foi referido anteriormente o sector

turístico no concelho de São Vicente ainda não está perfeitamente consolidado ainda não

contribuindo plenamente para o desenvolvimento económico do município. Durante o período

de vigência do novo PDM será expectável que a qualidade da paisagem rural existente não

sofra alterações quando a actividade turística no concelho se consolidar.

A definição dos perímetros urbanos representa uma oportunidade para controlo da degradação

paisagística associada à expansão de edificação dispersa, principalmente em áreas rurais e ao

longo dos eixos viários. É de destacar o OE III (Objetivo Estratégico) da revisão do PDM que

visa a valorização do mundo rural (Otimização das infra-estruturas e contenção da edificação

dispersa), e o OE IV que visa a protecção e aproveitamento racional dos valores e recursos

naturais (Promoção turística sustentada dos espaços naturais, de acordo com o seu potencial

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turístico e capacidade de carga) cuja concretização poderá representar a qualificação e

conservação da paisagem rural do município e que estão de acordo com os objetivos de

sustentabilidade definidos na AAE a nível da proteção e promoção dos valores paisagísticos.

Intrusões na paisagem em áreas sensíveis

A revisão do PDM em análise inclui algumas propostas suscetíveis de provocar a degradação

da qualidade paisagística no concelho, incluindo as propostas de Solo Urbanizável, UOPG,

novas estradas e áreas de potencial exploração geológica e a instalação de infra-estruturas de

produção de energia renovável, rede viária e unidades de alojamento turísticas.

Os incêndios florestais e as monoculturas florestais e floresta exótica, constituem também

potencial focos de degradação paisagística, tendo sido analisados no âmbito dos indicadores

Área ardida e representatividade da mesma sobre a EEM e Espaço Florestal, respetivamente.

Identificaram-se 3 situações de potencial intrusão paisagística (Figura 34) associadas à

construção/extensão da rede viária principal, implementação de novas UOPG’s (unidades

operativas de planeamento e gestão) e áreas urbanizáveis resultantes de propostas presentes

na revisão do PDM de São Vicente que podem constituir ameaças à qualidade dos principais

valores paisagísticos identificados e que resultam de:

Construção/extensão da VE 2 que vai desde a proximidade da povoação do Poio

(freguesia de São Vicente) até Serrão (freguesia de Boaventura) estendendo até ao

concelho vizinho (São Vicente);

Definição/implementação de novas UOPG’s;

Áreas urbanizáveis definidas na revisão do PDM;

As UOPG são instrumentos que podem potencialmente incluir usos e regras que conflituam

com a paisagem. No caso de São Vicente estas encontram-se próximos de alguns valores

paisagísticos, no entanto estas apenas têm como objectivo a requalificação/recuperação,

podendo ao invés provocar efeitos positivos significativos na paisagem. Tal como as UOPG’s,

as áreas urbanizáveis identificadas não surtem efeitos significativos na paisagem, (estas

coincidem sobretudo com áreas centrais/núcleos históricos). De acordo com o regulamento da

alteração do PDM as acções previstas são a requalificação e recuperação do património e da

paisagem envolvente.

Não se assinalam assim quaisquer afetações diretas em áreas consideradas de elevado valor

paisagístico, resultantes de propostas de solo urbanizável, nem da proposta extensão de novas

vias.

Tal como já foi referido anteriormente o OE III (Objetivo Estratégico) da revisão do PDM que

visa a valorização do mundo rural (Otimização das infra-estruturas e contenção da edificação

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dispersa), e o OE IV que visa a protecção e aproveitamento racional dos valores e recursos

naturais (Promoção turística sustentada dos espaços naturais, de acordo com o seu potencial

turístico e capacidade de carga) cuja concretização poderá representar a qualificação e

conservação da paisagem rural do município e que está de acordo com os objetivo de

sustentabilidade 9 definidos na AAE a nível da proteção e promoção dos valores paisagísticos.

O fato de se identificarem um número reduzido e não significativo de intrusões é um aspeto

relevante também no estabelecimento da rede de percursos pedestres e do turismo.

A ausência de uma Carta de Valores Paisagísticos acompanhando os estudos de

caracterização da revisão do PDM, constitui uma fraqueza do plano, que seria enriquecido com

a representação dos valores paisagísticos mais significativos e dos locais e orientações para a

sua observação. Por exemplo condicionando infra-estruturas como parques eólicos em zonas

sensíveis, que constituem uma ameaça à integridade da paisagem.

Não obstante a representação nas plantas do sistema biofísico (Estudos de Caracterização) e

a implementação da EEM vão contribuir razoavelmente para a identificação e proteção dos

recursos paisagísticos.

Figura 34 – Localização das potenciais situações de intrusão em áreas de paisagem sensível.

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Este indicador deverá constituir um dos indicadores para seguimento. Este indicador será

atualizado à medida que se concretizem as potenciais situações de conflitos anteriormente

identificadas ou outras que venham a ser detetadas.

Síntese de Oportunidades e Riscos

O Quadro 47 resume as oportunidades e riscos associados aos Objetivos Estratégicos do PDM

da São Vicente para o fator crítico Biodiversidade.

Quadro 47 – Resumo de oportunidades e riscos para o FCD Biodiversidade.

Objetivos Estratégicos da revisão do PDM de São

Vicente

Critérios de Avaliação do FCD OE I OE II OE III OE IV OE V OE VI

Rede Fundamental de Conservação da

Natureza

Diversidade de Espécies e Habitats de

Interesse Conservacionista* - - - - - -

Estrutura Ecológica Municipal

Gestão e Conservação da Floresta

Paisagem

* A concluir quando a informação estiver disponível

- Interação muito favorável

- Interação ligeiramente favorável ou nula

- Interação desfavorável

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS DA REVISÃO DO PDM:

I – Adequação ao quadro de desenvolvimento local do estabelecido nos IGT de âmbito

nacional e regional

II – Definição das principais regras a que devem obedecer a ocupação uso e

transformação do solo

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III – Valorização do mundo rural

IV – Proteção e aproveitamento racional dos valores e recursos naturais

V – Valorização do património e qualificação urbana

VI – Promoção da identidade e da coesão territorial

8.4.3 DIRETRIZES DE GESTÃO E MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO DOS EFEITOS DO PLANO

Tendo-se identificado as principais oportunidades e riscos sobre os valores naturais e

paisagísticos presentes no município, decorrentes da revisão do PDM de São Vicente, foram

estabelecidas diretrizes para a potenciação das oportunidades e minimização dos riscos

identificados. O Quadro 49 resume as diretrizes de gestão e minimização dos efeitos da

revisão do PDM de São Vicente.

8.4.4 Quadro de Governança para a Ação

O reconhecimento de um quadro de governança para a ação é fundamental para o sucesso da

implementação do Plano Diretor Municipal de São Vicente, uma vez que identifica as

responsabilidades institucionais dos vários intervenientes na AAE, em todo o processo de

implementação do próprio Plano.

Entendendo-se governança “como o conjunto de regras, processos e práticas que dizem

respeito à qualidade do exercício do poder, essencialmente no que se refere à

responsabilidade, transparência, coerência, eficiência e eficácia”, (Partidário 2007), identifica-

se um quadro de governança para o Município de São Vicente, que garanta o cumprimento dos

objetivos definidos relativamente ao Fator Crítico Biodiversidade, bem como à concretização

das diretrizes propostas (Quadro 50).

No âmbito do FCD Biodiversidade foram identificadas as seguintes entidades com

responsabilidades ao nível da implementação do Plano:

Instituto das Florestas e Conservação da Natureza

Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais

Serviço Regional de Protecção Civil, IP - RAM

Câmara Municipal de São Vicente;

Juntas de Freguesia do concelho de São Vicente;

População em Geral.

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8.4.5 Plano de Seguimento e Quadro de Controlo

Com vista à correta implementação e acompanhamento do PDM de São Vicente revisto e a

potenciação das suas opções estratégicas, optou-se por adotar um conjunto de indicadores no

Plano de seguimento e controlo que podem diferir dos utilizados na análise e avaliação da

Situação existente e Efeitos esperados, mas que foram adaptados no sentido de os melhor se

ajustarem à função de indicadores de seguimento/monitorização do plano, tendo-se optado

para o FCD Biodiversidade os indicadores de seguimento constantes do Quadro 51.

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9 SÍNTESE DA AVALIAÇÃO AMBIENTAL ESTRATÉGICA

Neste capítulo é efetuada a síntese dos principais efeitos positivos e negativos de natureza

ambiental estratégica identificados no âmbito da Revisão do PDM de São Vicente, através do

Quadro 48.

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Quadro 48 – Quadro síntese de oportunidades e ameaças identificados na AAE.

Oportunidades Ameaças

Ordenamento do

Território

Excelente posicionamento geográfico na ligação à costa Sul; Potencial da paisagem de montanha (áreas protegidas) da Laurissilva, Maciço Montanhoso Central e Parque Natural da Madeira); Excelentes acessibilidades no concelho e aos concelhos vizinhos e daí a toda a costa Sul; Transportes com carreiras regulares para o Funchal passando pelos vários lugares do Concelho. Grande potencial geológico, nomeadamente as grutas de São Vicente; Património arquitetónico de grande valor patrimonial e património cultural com destaque para os socalcos, veredas e levadas.

Território dominado por vales profundos e desníveis abruptos, que condicionam a urbanização; Desenvolvimento condicionado de algumas zonas pelas áreas Protegidas e Classificadas; Vulnerabilidade ao Risco Natural; Baixo nível de escolaridade da População, baixo poder de compra reduzido e disparidade de rendimentos. Grande número de vias internas desenvolvidas em locais com caraterísticas pouco acessíveis; Inexistência de uma política de estacionamento que se estenda a todo o Município e cubra os problemas da população; Inexistência de Central de camionagem e de táxis adaptados. Desenvolvimento insípido do Turismo em Espaço Rural; Pouca diversificação de oferta hoteleira Perigo potencial de incêndios florestais;

Saída das populações para outros concelhos.

Sobre utilização de levadas, percursos e visitas a locais protegidos; Descaraterização do tecido urbano e do edificado, e sua dispersão no território.

Qualidade

Ambiental

- Estabelecimento de estratégias municipais para as energias renováveis.

- Diminuição da percentagem de perdas de água na rede de abastecimento;

- Redução do número de fossas sépticas individuais consequente do aumento da cobertura da rede de

drenagem.

- Conjuntura económica desfavorável a investimentos nas infraestruturas de abastecimento de água e saneamento;

- Elevada percentagem de perdas de água na rede de abastecimento.

Riscos Naturais e

Tecnológicos

- A floresta tem um grande contributo na redução dos riscos naturais (erosão do solo, movimentos de massa

de vertentes, etc…)

- Promoção dos espaços naturais do concelho.

- Valorização do papel ambiental da floresta, nas políticas municipais.

- Atualização do Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndio;

- Elevado risco de incêndio

- Risco elevado da erosão dos solos

Biodiversidade

- De um modo geral o regulamento promove a integridade da RFCN e das espécies e habitats protegidas no

seu interior.

- Constituição de Estrutura Ecológica Municipal, com elevada representatividade no território.

- Elevada representatividade da área natural e de área florestal de proteção no concelho e aposta na

diversificação de usos e recursos a explorar em espaços florestais, incluindo lazer.

- Medidas de Gestão do Espaço Florestal e da ocorrência e contenção de incêndios.

- Conservação da paisagem e das áreas de maior valor natural

- Ausência de planos de gestão ou ação para a biodiversidade no município.

- Ausência de conhecimento adequado dos valores naturais (espécies e habitats) e sua distribuição nas áreas do

município não incluídas nos Sítios de Importância Comunitárias presentes.

- Ausência de regimes específicos no interior da EEM adaptados às funções que pretende proteger.

- Suscetibilidade histórica a incêndios florestais sobre EEM e risco de invasão biológica também associada à expansão

após ocorrência de incêndios florestais.

- Ausência de Plantas de Valores Naturais e Paisagísticos e definição de zonas de exclusão para implantação de infra-

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Oportunidades Ameaças

- Preservação da paisagem decorrente do elevado número de pontos de interesse paisagístico, da proposta

de ordenamento, das regras edificatórias e outras contidas (p.e. florestais) no regulamento e das UOPG

propostas com previsível conservação da paisagem rural nos pontos mais sensíveis, e recuperação

paisagística de sítios degradados.

estruturas e atividades com efeitos na paisagem e Biodiversidade.

- Instalação de parques eólicos, áreas de exploração geológica e outras infra-estruturas sobre EEM e sítios de interesse

paisagístico.

- A afluência de turistas pode representar uma ameaça aos recursos biológicos em áreas mais sensíveis.

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10 SÍNTESE DE DIRETRIZES DE GESTÃO E MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO DOS

EFEITOS DO PLANO

Neste capítulo são elencadas e compiladas as diretrizes de gestão e medidas de minimização

dos potenciais efeitos negativos do novo PDM, para cada um dos Fatores críticos de decisão

(FCD) utilizados na AAE (Quadro 49).

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Quadro 49 - Síntese de Diretrizes de Gestão e Medidas de Minimização dos efeitos do Plano.

Fator Critico para a Decisão

Diretrizes de Gestão e Medidas de Minimização

Ord

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am

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rio

- Criação de mecanismos de incentivo à recuperação do património edificado existente em detrimento de novas construções;

- Regulamentação do regime de usos e definição dos objetivos pretendidos com a EEM, bem como a representação do seu limite na planta de Ordenamento da revisão do PDM.

- Criação de serviços, de iniciativa pública ou privada, de apoio às empresas que facilitem a intermediação com instituições fornecedoras de serviços avançados de apoio às empresas;

- Fomentar a qualidade de produtos e serviços e a qualidade ambiental das unidades industriais;

- Garantir que no processo de licenciamento de obras, mesmo nas áreas onde já existam compromissos assumidos, se assegure que as canalizações de linhas de água sejam amplas e não apresentam estrangulamentos;

- Assegurar o desassoreamento das linhas de água;

- Promoção de eventos culturais e desportivos de curta duração que, implicando gastos reduzidos geram um conjunto de fluxos turísticos importantes para a manutenção e revitalização deste setor;

- Privilegiar a instalação de atividades que contribuem para a diversificação das atividades produtivas, sobretudo nos setores agrícola e florestal e fomentem a criação de emprego;

- Avaliação sistemática de alternativas para a minimização dos conflitos de usos ou das incidências ambientais provocados pela expansão de infraestruturas em sistemas ecológicos e recursos naturais considerados fundamentais

para a proteção e valorização ambiental do território;

- Promover a requalificação de todos os edifícios públicos, no sentido de proporcionar as condições necessárias a pessoas com mobilidade condicionada;

- Desenvolver campanhas de sensibilização e criar incentivos que contrariem os níveis de abandono escolar e elevem o nível médio de qualificação escolar;

- Fomento de sinergias inter-regionais através da definição de ações comuns, tais como infraestruturação de trilhos e percursos da natureza;

Qu

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tal

- Assegurar um adequado planeamento, gestão e monitorização da ETAR existente no concelho;

- Melhorar a eficiência de utilização da água, sem por em causa as necessidades vitais e a qualidade de vida das populações, bem como o desenvolvimento socioeconómico;

- Minimização dos riscos de rotura decorrentes da carência de água, em situação hídrica normal, potenciada durante os períodos de seca;

- Sensibilização e formação para o uso eficiente da água;

- Reduzir o consumo de água na rega através da adequação dos volumes às necessidades hídricas das culturas;

- Reduzir o desperdício de água em edifícios, através da adoção das medidas de eficiência hídrica;

- Reduzir o volume de água consumido na rega em jardins e espaços verdes através da reconversão dos métodos de rega;

- Desenvolver e implementar uma estratégia municipal específica orientada para a melhoria da qualidade ambiental das linhas de água do Concelho, em colaboração com os restantes municípios que partilham as mesmas linhas de

água;

- Identificar e resolver as causas de perdas/fugas no abastecimento de água;

- Medidas que visem a preservação das linhas de água e respetivas margens, mais especificamente a promoção do desenvolvimento de vegetação ripícola;

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Qu

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ien

tal

- Depender o licenciamento urbanístico da capacidade do sistema de drenagem e de um tratamento de efluentes autónomos e que garanta os parâmetros de qualidade de descarga definidos pela autarquia;

- Estabelecer critérios para o licenciamento de iniciativas turísticas, de modo a assegurar a integridade física e paisagística dos ecossistemas;

- Articular o Mapa de Ruído do Concelho com os Mapas de Ruído de Concelhos vizinhos, promover a elaboração de planos municipais de redução do ruído;

- Assegurar o acompanhamento e realização de estudos de impacte ambiental ou de incidências ambientais de todos os projetos enquadrados neste âmbito, como os Planos de urbanização, as Zonas Industriais, e áreas em

expansão a criar com uma área superior a 10 ha. Imposição da existência de Planos de Gestão de Resíduos em Obra para a execução destas obras e fiscalização apertada do seu cumprimento;

- Programar e coordenar as atividades de construção, especialmente as que originam ruído elevado, tendo sempre em atenção as funções desenvolvidas nas zonas próximo da obra (especialmente junto a áreas residenciais);

- Definir um horário de trabalho adequado, com a interdição de realização de atividades de construção que originem níveis de ruído elevado (como exemplo, a circulação de veículos pesados e trabalhos que recorram a maquinaria

ruidosa deverão ser interditos das 20h às 7h, e durante os fins de semana e feriados);

- Implementar um programa de monitorização que permita uma determinação periódica dos níveis de ruído nos estaleiros e nas zonas residenciais adjacentes às obras;

- Introdução de medidas de gestão de tráfego com repercussões ao nível do ambiente acústico;

- Dinamizar a utilização de transportes públicos;

- Integração paisagística nas zonas de fronteira das áreas industriais, de armazenamento e serviços, através da criação de cortinas arbóreas de proteção visual e de poluição sonora e de poluição da qualidade do ar. Estas cortinas

deverão conter uma diversidade de espécies arbóreas e arbustivas e contribuem para a redução dos efeitos do ruído e do vento. Estes espaços deverão ser devidamente conservados de modo a não aumentarem os riscos de

propagação de incêndios florestais;

- Implementar sistemas de Energias renováveis e de Certificação energética em edifícios da autarquia, assim como assegurar a eficiência energética dos mesmos, apelando a um uso racional de energia e à redução de emissões

de CO2;

- Garantir às autoridades competentes informação sobre a localização e identificação dos fatores de risco existentes

- Assegurar um adequado planeamento, gestão e monitorização das ETAR que servem os Parques de Atividades Económicas;

- Encaminhamento das águas residuais provenientes dos Parques de Atividades Económicas para a ETAR (desativação das fossas sépticas, caso exista);

- Elaboração de um Regulamento Municipal para o lançamento de efluentes industriais na rede de coletores (caso o município ainda não o possua);

- Assegurar que, na envolvente dos Parques de Atividades Económicas, os níveis de ruído não ultrapassem o legalmente estabelecido;

- Nos casos, em que na envolvente aos Parques de Atividades Económicas se localizem categorias do Espaços residenciais, deve-se limitar o uso desses lotes a atividades não ruidosas.

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os - Atualizar o Plano Municipal de Emergência e implementar as medidas de vigilância e de reflorestação de áreas ardidas;

- Assegurar o desassoreamento das linhas de água artificializadas e/ou naturais, uma vez que o assoreamento dos canais promove o aumento da frequência das inundações;

- Promover a limpeza e desobstrução das margens e leitos de linhas de água e dos coletores pluviais, de modo a prevenir a ocorrência de inundações.

- Manter atualizado o Plano Municipal de Emergência e definir para os diferentes tipos de riscos naturais, ambientais e tecnológicos, as áreas de perigosidade, os usos compatíveis nessas áreas, e as medidas de prevenção e

mitigação dos riscos identificados

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Bio

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- Deverão ser harmonizadas as áreas incluídas no PNM e Sítios de Importância comunitária, devendo o município contribuir para este processo através da disponibilização de informação, processos de inclusão e exclusão, do seu

ordenamento e regulamento.

- Deverá ser promovida, dentro do tecnicamente possível, a naturalização da Ribeira de São Vicente ou a minimização da sua intrusão paisagística.

- Desenvolvimento de estudos de caracterização e de distribuição das espécies e dos habitats e espécies com estatuto de proteção ou com interesse conservacionista, presentes no município de São Vicente, dentro e fora do PNM.

- Monitorização da expansão espécies invasoras nas áreas florestais do concelho, principalmente em áreas afetadas por incêndios.

- Apoio à conservação das manchas de plantas autóctones.

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11 QUADRO DE GOVERNANÇA PARA A AÇÃO GERAL

De seguida apresenta-se o Quadro de governança para o PDM de São Vicente (Quadro 50),

destinado a garantir o cumprimento dos objetivos definidos relativamente ao Fator Crítico de

Decisão (FCD) Ordenamento do Território, Qualidade Ambiental, Riscos Naturais e Tecnológicos e

Biodiversidade, bem como à concretização das diretrizes propostas.

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Quadro 50 – Quadro de Governança para a Ação

FCD Entidades Responsabilidades O

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Secretaria Regional do Ambiente e dos

Recursos Naturais

- Manter atualizadas as perspetivas de desenvolvimento urbano do território regional, assegurando o cumprimento das condicionantes regionais nesta matéria.

- Garantir a implementação dos diversos Planos Regionais de Ordenamento do Território.

- Acompanhar a fase de monitorização do Plano.

Governo Regional da Madeira - Articular investimentos de interesse intermunicipal, através, nomeadamente, da contratualização da gestão de projetos comunitários no âmbito do Programa Operacional Temático Valorização do Território (POTRAM).

Câmara Municipal de São Vicente

- Controlar a dispersão urbana fora dos perímetros urbanos e as tendências de expansão em zonas de risco e/ou em zonas de conflito potencial de uso do solo.

- Garantir a implementação dos diversos Planos Municipais de Ordenamento do Território.

- Controlar os défices infraestruturais existentes, nomeadamente ao nível do saneamento básico.

- Manter atualizadas as perspetivas de desenvolvimento da rede viária municipal, tendo em conta critérios de mobilidade e proximidade funcional.

Direção Regional da Cultura -Manter atualizada a informação disponibilizada.

- Assegurar a gestão e valorização do património cultural arquitetónico e arqueológico

Juntas de Freguesia - Fomentar diferentes formas de participação pública.

População em geral - Contribuir para o alcance das metas estabelecidas.

- Participar ativamente nos processos de decisão, em sede própria, nomeadamente nos processos de Consulta Pública.

Qu

ali

dad

e A

mb

ien

tal

Secretaria Regional do Ambiente (SRA)

- Contribuir para a definição da política regional nos domínios do ambiente, do ordenamento do território e dos recursos hídricos, bem como orientar, coordenar e controlar a sua execução.

- Operacionalizar/supervisionar os projetos aprovados e avaliar a sua pertinência e relevância para o cumprimento dos objetivos e metas estratégicas nos domínios do ambiente, do ordenamento

do território e dos recursos hídricos.

ARM- Águas e Resíduos da Madeira

S.A.

- Resolver de modo célere todas as infraestruturas que asseguram a entrada em pleno dos novos equipamentos de saneamento e disponibilizar os dados de monitorização das

redes e equipamentos.

- Assegurar, de forma regular, contínua e eficiente, a transferência, a triagem, o tratamento e a valorização de resíduos sólidos; promover a conceção e assegurar a construção

e exploração das infraestruturas, instalações e equipamentos necessários às referidas atividades.

- Assegurar a reparação e renovação das infraestruturas e instalações de acordo com a evolução das exigências técnicas e no respeito pelos parâmetros sanitários aplicáveis.

Câmara Municipal de São Vicente

- Controlar a dispersão urbana fora dos perímetros urbanos e as tendências de expansão em zonas de risco e/ou em zonas de conflito potencial de uso do solo.

- Garantir a implementação dos diversos Planos Municipais de Ordenamento do Território.

- Controlar os défices infraestruturais existentes, nomeadamente ao nível do saneamento básico.

- Controlar as perdas/fugas de água no abastecimento.

- Adotar práticas quotidianas de valorização ambiental e energética.

- Manter atualizadas as perspetivas de desenvolvimento da rede viária municipal. tendo em conta critérios de mobilidade e proximidade funcional.

- Resolver de modo célere todas as infraestruturas que asseguram a entrada em pleno dos novos equipamentos de saneamento e disponibilizar os dados de monitorização das

redes e equipamentos

Juntas de Freguesia - Fomentar diferentes formas de participação pública.

População em geral - Contribuir para o alcance das metas estabelecidas.

- Adotar práticas quotidianas de valorização ambiental e energética.

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Rua da Liberdade Lote 5 Loja 1, 3020-112 COIMBRA – NIPC: 507104145 – Capital Social 58.500 € - Telef: 239 493 119– [email protected] – www.sinergiaeambiente.pt 166

- Participar ativamente nos processos de decisão, em sede própria, nomeadamente nos processos de Consulta Pública de processos de planeamento e AIA.

FCD Entidades Responsabilidades

Ris

co

s

Natu

rais

e T

ec

no

lóg

ico

s

Secretaria Regional do Ambiente e dos

Recursos Naturais - Manter atualizadas as orientações regionais ao nível das várias políticas sectoriais (FCD) e monitorizar a sua aplicação.

Instituto das Florestas e Conservação

da Natureza - Manter atualizadas as informações sobre risco de incêndios e planos de emergência respetivos.

Organizações Não Governamentais -

ONGAs

- Acompanhar a monitorização da implementação do PDM em matéria de riscos naturais e tecnológicos.

- Participar nos processos de consulta pública dos processos de planeamento e dos procedimentos de AIA.

Câmara Municipal de São Vicente

- Controlar a dispersão urbana fora dos perímetros urbanos e as tendências de expansão em zonas de risco e/ou em zonas de conflito potencial de uso do solo.

- Garantir a implementação dos diversos Planos Municipais de Ordenamento do Território.

- Estabelecer orientações e metas municipais de proteção e requalificação ambiental e assegurar a sua monitorização.

- Monitorizar a evolução dos riscos naturais decorrentes de fenómenos meteorológicos extremos e controlar a expansão urbana em função dos índices de vulnerabilidade municipal.

- Fomentar e apoiar os processos de participação pública.

- Cumprir as medidas que venham a ser impostas na Declaração Ambiental.

- Articular com todas as entidades intervenientes no processo de AAE para que a implementação das ações previstas no PDM decorram de forma sustentável.

Juntas de Freguesia - Fomentar diferentes formas de participação pública.

População em geral - Contribuir para o alcance das metas estabelecidas.

- Participar ativamente nos processos de decisão, em sede própria, nomeadamente nos processos de Consulta Pública de processos de planeamento e AIA.

Direção Regional de Florestas - Fomentar uma gestão adequada dos recursos florestais com vista à prevenção dos incêndios florestais, a multifuncionalidade da floresta e promoção das espécies de crescimento lento e controlo das exóticas invasoras no município.

- Promover uma gestão sustentada dos recursos florestais do município.

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FCD Entidades Responsabilidades

Bio

div

ers

idad

e

Instituto de Florestas e

Conservação da Natureza

- Promover e apoiar ações de conservação dos valores naturais (espécies e habitats) presentes;

- Promover a atualização da cartografia de espécies e habitats de espécies com interesse conservacionista presentes na área dos Sítios de Importância Comunitária e apoiar

estudos da mesma índole que sejam efetuados noutros locais do concelho;

- Acompanhar os processos de avaliação dos efeitos da implementação das estratégias, medidas e ações previstas no Plano, bem como de outras intervenções suscetíveis de

terem efeitos negativos sobre os valores naturais presentes.

- Fomentar uma gestão adequada dos recursos florestais com vista à prevenção dos incêndios florestais, a multifuncionalidade da floresta e promoção das espécies de

crescimento lento e controlo das exóticas invasoras no município.

- Promover uma gestão sustentada dos recursos florestais do município.

Secretaria Regional do Ambiente e

dos Recursos Naturais

- Acompanhar a fase de monitorização do Plano.

- Fomentar e apoiar os processos de participação pública.

- Fiscalizar os Planos de Gestão dos SIC presentes.

Câmara Municipal de São Vicente

- Promover a valorização e conservação do património natural e paisagístico do município.

- Articular com todas as entidades intervenientes no processo de AAE para que a implementação das ações previstas no PDM decorram de forma sustentável.

- Fomentar e apoiar os processos de participação pública.

- Cumprir as medidas que venham a ser impostas na Declaração Ambiental.

- Promover relações interconcelhio que visem a salvaguarda do património natural identificado.

Juntas de Freguesia - Fomentar diferentes formas de organização e participação pública.

População em geral - Participar atempadamente nos processos de decisão, em sede própria, nomeadamente no processo de inquérito público.

- Participar ativamente na conservação dos valores naturais do seu município com vista à promoção de um desenvolvimento sustentável.

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12 PLANO DE SEGUIMENTO E CONTROLO DA IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO

O presente capítulo elenca e compila os indicadores que constituem o Plano de seguimento e

quadro de controlo da implementação do PDM, para cada Fator crítico e respetivos critérios de

análise.

Importa salientar que o Plano de seguimento e controlo que se apresenta é dinâmico, podendo

ser ajustado a qualquer momento, quando justificável, ou complementado com informação de

natureza técnico-pericial relativa a aspetos não englobados pelos indicadores atuais propostos.

O seguimento e controlo da aplicação do PDM, no âmbito da AAE, tem enquadramento

específico no disposto nos nºs 1 e 2 do art. 11º do D.L. n.º 232/2007, de 15 de junho, sendo

determinado também pela entrega anual (periodicidade mínima permitida) desta informação

junto da Agência Portuguesa de Ambiente.

O Quadro 51 representa o conjunto de indicadores (em preparação), para cada Fator crítico de

decisão (FCD) que se considera pertinente no presente com vista ao seguimento da

implementação do plano ao longo dos próximos anos.

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Quadro 51 – Quadro de Seguimento e Controlo da execução da revisão do PDM de São Vicente.

FCD Indicador Unidade Meta em documento

estratégico Valor Base da AAE

Ano a que se refere o Valor

Base/Fonte

Ordenamento

do Território

As Politicas económicas e as estratégias de desenvolvimento

Evolução da população Nº / % - População Residente:5723 (2,1%) 2011/INE

Evolução da oferta de solo industrial e grau de ocupação; Nº

16 unidades (15 industrias transformadoras + 1

extrativas) 2014 – CM São Vicente

Evolução das áreas disponíveis para implementação das atividades turísticas ha 7,2 ha --- 2014 – CM São Vicente

Variação do número de estabelecimentos no turismo em espaço rural Nº 10 Turismo da Madeira (2015)

Instrumentos de Gestão territorial

Evolução da ocupação e uso do solo ha

Solo urbano:250,2 ha

Solo rural:7819,7 há

Solo urbano: 224,8ha

Solo rural: 6635,8 ha 2014– CM São Vicente

Condicionantes, áreas naturais

Evolução das áreas de Reserva Agrícola Municipal ha 1306,9 1319,9 2014/ Proposta revisão do PDM

Evolução das áreas de Reserva Ecológica Municipal ha 5546,1 10542,2 2014/ Proposta revisão do PDM

Evolução das áreas de Estrutura Ecológica Municipal ha -

Estrutura Ecológica Municipal: Estrutura Primária: 827,36 ha Estrutura Secundária: 707,08 ha Estrutura Terciária: 6875,29 ha

2014/Efeitos Esperados – CM

São Vicente

Qualidade

Ambiental

Abastecimento de Água

Cobertura da rede de abastecimento de água % PEAASAR: ≥ 99% 100 2015/ CM de São Vicente

Percentagem do número total de análises realizadas à água tratada cujos resultados estão em conformidade com a legislação

% PEAASAR: ≥ 99% 89,75 2015/ CM de São Vicente

Percentagem de perdas na rede de abastecimento de água % PENUEA ≤20% 60 2015/ CM de São Vicente

Drenagem e tratamento de águas residuais

Cobertura da rede de drenagem de águas residuais % PEAASAR: 85% 75 2015/ CM de São Vicente

Reutilização de águas residuais tratadas % PEAASAR: ≤20% 0 2015/ CM de São Vicente

Recursos hídricos

Qualidade da água balnear Má, Aceitável, Boa,

Excelente - Excelente 2013/ SNIRH

Recolha e tratamento de RSU

Cobertura e nº de equipamentos da recolha seletiva dos resíduos

Cobertura da recolha seletiva ecoponto/Hab 1/500 habitantes 1/87 2015/ CM de São Vicente

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Nº de equipamentos Nº -- 64 2015/ CM de São Vicente

Quantificação de recicláveis ton Aumento de 25% até 2016

PERSU II 146,66

Vidro ton -- 77,90 2015/ CM de São Vicente

Papel/cartão ton -- 50,18 2015/ CM de São Vicente

Embalagens ton -- 18,58 2015/ CM de São Vicente

Poluição sonora

Recetores sensíveis expostos a focos de poluição sonora ha -- Sensíveis: 282,3 ha Mistas: 7599,3 ha 2015/SinergiaeAmbiente

Nº de queixas apresentadas pelos munícipes relativas ao ruído N.º

-- 0 2015/ CM de São Vicente

Eficiência Energética

Edifícios da autarquia alvo de RCESE/RCCTE com classe igual ou superior a B- N.º PNAEE (20%) 0 2015/ CM de São Vicente

Edifícios autárquicos alvo de Microgeração N.º PNAEE (50%) 0 2015/ CM de São Vicente

Riscos

Naturais e

tecnológicos

Incêndios

Evolução anual do número de ignições e área ardida Nº/ha -- 22 ignições /27000 ha ardidos 2014/ABV de São Vicente e Porto

Moniz

Áreas urbanizáveis inseridas em locais com risco de incêndios ha -- Classe alta: 2484,84 2014

Erosão dos solos

Evolução da área com risco de erosão ha --

Baixa: 2100,29 ha

Moderada: 2173,62 ha

Elevada: 3604,44 ha

PMEPCSVV8 - 2014

Percentagem de áreas urbanizáveis inseridas em locais com risco de erosão ha --

As áreas urbanizáveis estão inseridas em áreas de risco:

Baixo: 5058,41 ha (62,9%)

Moderado: 483,15 ha (6%)

PMEPCSVV - 2014

Cheias

Evolução da área com risco de cheias ha -- 38,29 ha PMEPCSVV - 2014

Áreas urbanizáveis inseridas em áreas com risco de cheias ha -- 4,36 ha PMEPCSVV - 2014

Biodiversidade

Rede Fundamental de Conservação da Natureza (RFCN)

Número de planos de Gestão e/ou Ação propostos ou em vigor N.º NA 3 2014/SRA

Diversidade de espécies e habitats*

8 Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil de São Vicente

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Diversidade de espécies de fauna com estatuto de proteção presentes no município

Por Definir Diversidade de espécies de flora com estatuto de proteção presentes no município

Diversidade de habitats com estatuto de proteção presentes no município

Estrutura Ecológica Municipal

Situações de conflito decorrentes da revisão do PDM concretizadas ha diminuição

Nível I – 462 ha

Nível II – 320,8 ha

Nível III – 55346,7 ha

2014/ CM de S. Vicente

Representatividade da área ardida sobre a EEM1 ha diminuição

Nível I – 9,22 ha/ano

Nível II – 6,83 ha/ano

Nível III – 135,28 ha/ano

2014/ DRFCN

Gestão e conservação da floresta

Espaço Florestal de Conservação ha/% NA 176,88 ha / ≈2,2% 2014/CMSV

Área ocupada por floresta exótica ha diminuição 97,95 2014/CMSV

Área total de Espaço Florestal convertida em áreas urbanas/urbanizáveis, industriais,

equipamentos e infraestruturas ha diminuição

Solo florestal convertido em urbano - 6,8 ha

Solo urbano convertido em florestal - 40,03 ha

2014/ DRFCN/

2014/CM de São Vicente

Paisagem

Intrusões na paisagem concretizadas e decorrentes da revisão do PDM N.º manutenção 0 (consideradas significativas) 2014/ CMSV

* Sem informação disponível

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13 CONCLUSÕES

A atual Revisão do PDM constitui em si um marco fundamental para o Município de São

Vicente. Desde logo devido à necessidade de adequação à evolução, a médio e longo prazo,

das condições ambientais, económicas, sociais e culturais, nomeadamente a desatualização

da base cartográfica, o desfasamento, entre diferentes escalas de trabalho e delimitação das

diversas tipologias de espaços existentes, a emergência de novos Instrumentos de Gestão

Territorial e de novos enquadramentos legislativos e orientações estratégicas, a desadequação

do modelo de desenvolvimento territorial, a reavaliação estratégica das ações previstas no

atual PDM, a sensibilização para a relevância fundamental do âmbito do Ordenamento do

Território na Qualidade de Vida das Populações, de uma forma sustentada; a necessidade de

análise, e a hierarquização e projeção assertiva e otimizada das redes de infraestruturas e

equipamentos, de modo a promover um modelo de desenvolvimento que esteja de acordo com

as boas práticas da gestão do território.

Ao nível do Ordenamento do território a revisão do PDM procurar ordenar de forma

ambientalmente sustentável o território, de acordo com os seus recursos naturais,

potencialidades e riscos. Salienta-se a criação da Estrutura Ecológica Municipal (EEM), no

âmbito do processo de Revisão do PDM de São Vicente, que trará efeitos positivos

significativos ao nível da salvaguarda dos ecossistemas e territórios vulneráveis a riscos

naturais, condicionando a ocupação humana no território, embora tenham sido identificados

pequenos e pontuais conflitos com entre a EEM e algumas zonas urbanizáveis e infraestruturas

propostas, resultante das peculiaridades territoriais no que respeita à geologia, orografia e

hidrologia locais. Importa referir que o concelho de São Vicente ainda não se consolidou no

sector do turismo, apesar de ter recursos necessários para tal. Outro ponto positivo a destacar

é um dos objetivos propostos para a Revisão do PDM prever a fixação de população em meios

rurais para combater o despovoamento e o envelhecimento (uma das ameaças do concelho).

Os objetivos estratégicos propostos para a Revisão do PDM refletem as especificidades do

território no que respeita à valorização do mundo rural e a proteção dos valores e dos recursos

naturais.

Ao nível da Qualidade Ambiental assinala-se como crítica a elevada percentagem de perdas de

água, assim como a necessidade de melhoria na qualidade da água.

No que diz respeito aos Riscos, o concelho de São Vicente é muito propício a ocorrência de

Riscos Naturais, ocorrência de incêndios e movimentos de massas de vertentes, que se

agravam em dias de fenómenos de intensa precipitação. Portanto, denotam-se potenciais

conflitos pontuais de áreas urbanas/urbanizáveis com áreas de risco de cheia.

Relativamente à Biodiversidade, de acordo com a informação disponível, o Plano apresentado

e o seu ordenamento possuem globalmente uma proteção adequada dos valores naturais e

paisagísticos. Não obstante foram elencadas alguns aspetos e medidas de minimização e

seguimento cuja correção, execução e acompanhamento permitem melhorar o desempenho do

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território municipal. Há ainda a reter a que existe carência de alguma informação importante no

que respeita à distribuição de espécies e habitats que importam avaliar.

Em suma, esta nova proposta de Plano traz novas diretrizes de Ordenamento do Território em

diversos critérios nomeadamente ambientais e ecológicos, de natureza geológica, hidrológicos,

orográficos, entre outros, inerentes à realidade do Arquipélago, promovendo assim a

salvaguarda dos recursos naturais e a prevenção de riscos ambientais, fomentando

paralelamente o desenvolvimento sustentável no município.

Coimbra, 25 de Fevereiro de 2019.

P’la Equipa,

Nuno Maria Brilha Vilela

(Biólogo, MSc Economia Ecológica)

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BIBLIOGRAFIA

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para a Energia Sustentável, 2012.

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Ordenamento do Território na Vertente da Proteção Civil

Cabral M.J. (coord.); Almeida, J., Almeida, P.R., Dellinger, T., Ferrand de Almeida, N., Oliveira,

M.E., Palmeirim, J.M., Queiroz, A.I., Rogado, L. & M. Santos-Reis (eds.). 2006. Livro Vermelho

dos Vertebrados de Portugal. 2ª ed. Instituto da Conservação da Natureza/Assírio & Alvim.

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de Caracterização; Inplenitus

Câmara Municipal de São Vicente (2014), Revisão do PDM de São Vicente – Peças

Desenhadas; Inplenitus

Câmara Municipal de São Vicente (2014), Revisão do PDM de São Vicente – Proposta de

Regulamento; Inplenitus

Câmara Municipal de São Vicente (2014), Revisão do PDM de São Vicente – Relatório do

Plano; Inplenitus

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São Vicente (PMEPCSV)

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Madeira (RH10), 2016.

ICNB 2008b Integração das orientações de gestão do Plano sectorial da Rede Natura 2000 nos

Planos Municipais de Ordenamento do Território - Contribuição para um Guia Metodológico

Partidário, M. R. (2007) Guia de Boas Práticas para a Avaliação Ambiental Estratégica.

Agência Portuguesa de Ambiente. Amadora.

Partidário, M. R. (2007) AAE de Planos de Ordenamento do Território in Workshops temáticos

sobre Avaliação Ambiental Estratégica. Associação Portuguesa de Avaliação de Impactes.

Coimbra.

Plano de Ordenamento e Gestão da Laurissilva da Madeira – Sítio de Importância Comunitária

– PTMADOOO1, Rede Natura 2000. Instituto das Florestas e Conservação da Natureza.

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Plano de Ordenamento e Gestão do Maciço Montanhoso Central da Ilha da Madeira – Sítio de

Importância Comunitária – PTMAD0002, Rede Natura 2000. Direção Regional das Florestas

Plano Regional de Ordenamento Florestal da Região Autónoma da Madeira – PROF-RAM,

Instituto das Florestas e Conservação da Natureza. Secretaria Regional do Ambiente e

Recursos Naturais, 2015.

Secretaria Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais, Plano Regional da Água da

Madeira, 2003

Legislação:

Decreto-Lei nº 140/99 de 24 de abril, com os ajustamentos e as alterações introduzidas pelo

Decreto-Lei nº 49/2005, de 24 de fevereiro [que transpõe para a legislação nacional as

Diretivas: a Diretiva Aves (Diretiva do Conselho de 2 de abril de 1979 relativa à conservação

das aves selvagens (79/409/CEE) e a Diretiva Habitats (Diretiva 92/43/CEE) do Conselho de

21 de maio de 1992 relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora

selvagens].

Decreto-Lei n.º 112/2002, de 17 de abril, Aprova o Plano Nacional da Água.

Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de junho, estabelece o regime a que fica sujeita a avaliação

dos efeitos de determinados planos e programas no ambiente, transpondo para a ordem

jurídica interna as Diretivas nº2001/42/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 27 de

junho e 2003/35/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26 de maio.

Decreto-Lei nº 80/2015, de 14 de maio, aprova a revisão do Regime Jurídico dos Instrumentos

de Gestão Territorial, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de setembro

Decreto Legislativo Regional nº14/82//M, de 10 de novembro, cria o Parque Natural da

Madeira.

Decreto Legislativo Regional n.º 15/2016/M, de 14 de março, procede à egunda alteração ao

Decreto Legislativo Regional n.º 15/2005/M, de 9 de agosto, que procede à classificação das

estradas da rede viária regional

Decreto Legislativo Regional n.º 15/2017/M, de 6 de junho, aprova o Programa de

Ordenamento Turístico da Região Autónoma da Madeira.

Decreto Legislativo Regional n.º 2/2014/M, de 10 de abril, Aprova o Plano de Desenvolvimento

Económico e Social Regional para o período 2014-2020 designado «Compromisso

Madeira@2020».

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Decreto Regulamentar Regional n.º 3/2014/M, de 3 de março de 2014, cria a ZPE Laurissilva

da Madeira.

Diretiva n.º 2001/42/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 27 de junho de 2001, prevê

a avaliação dos efeitos de determinados planos e programas no ambiente.

Lei n.º 58/2007, de 4 de setembro, Aprova o Programa Nacional da Política de Ordenamento

do Território (PNPOT).

Portaria n.º 187/2007, de 12 de fevereiro, Aprova o Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos

Urbanos 2007-2016 (PERSU II).

Resolução do Conselho de Ministros n.º 69/99, de 9 de julho, Aprova o Programa de Ação

Nacional de Combate à Desertificação (PANCD).

Resolução do Conselho de Ministros n.º 152/2001, de 11 de outubro, Adota a Estratégia

Nacional de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ENCNB).

Resolução do Conselho de Ministros n.º 65/2006, de 10 de março, Aprova o Plano Nacional de

Defesa da Floresta Contra Incêndios (PNDFCI).

Resolução do Conselho de Ministros n.º 109/2007, de 20 de agosto, Aprova a Estratégia

Nacional de Desenvolvimento Sustentável ENDS – 2015 e Plano de Implementação.

Resolução do Concelho de Ministros n.º 115-A/2008, de 21 de julho, Aprova o Plano sectorial

da Rede Natura 2000 para o território Nacional.

Resolução do Conselho de Ministros n.º 142/2008, de 24 de julho, que estabelece o regime

jurídico da Conservação da Natureza e da Biodiversidade e que pretende consolidar a

implantação da política de conservação da natureza em Portugal.

Resoluções do Conselho do Governo Regional nºs 874/2009, de 23 de julho e 1411/2009, de

19 de novembro, cria a ZEC Maciço Montanhosos Central, retificado pela Declaração de

Retificação n.º 13/2009, de 27 de novembro.

Resoluções do Conselho do Governo Regional nºs 874/2009, de 23 de julho e 1412/2009, de

19 de novembro cria a ZEC Laurissilva da Madeira, retificado pela Declaração de Retificação

n.º 13/2009, de 27 de novembro.

Sítios na Internet:

http://www.cm-saovicente.pt

http://insaar.inag.pt

http://insaar.snirh.pt

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http://www.ine.pt

http://www.dgotdu.pt

http://www.iefp.pt

http://www.turismodeportugal.pt

http://www.igespar.pt/

http://natural.pt/portal;

http://www.icnf.pt/portal/naturaclas/gest-biodiv1/business-biodiversity

http://www.icnf.pt/portal/florestas

http://www.icnf.pt/portal/naturaclas

http://www.icnf.pt/portal/naturaclas/rn2000/resource/rn-plan-set/hab

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ANEXOS

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ANEXO I – QUADRO DE REFERÊNCIA

ESTRATÉGICO

ANEXO I

Quadro de Referência Estratégico

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O papel do Quadro de Referência Estratégico é o de enquadrar a presente proposta de Plano

Diretor Municipal em análise no quadro estratégico de planos, programas e estratégias de

ordem superior, que servem de referencial à avaliação ambiental estratégica.

Deste modo foram selecionados um conjunto de planos, programas e estratégias para nortear

a presente avaliação ambiental estratégica, tais como:

Plano de Ordenamento Territorial da Região Autónoma da Madeira - POTRAM

Plano Regional da Água da Madeira - PRAM

Plano Regional da Política de Ambiente - PRPA

Programa de Ordenamento Turístico da Região Autónoma da Madeira - POT

Plano de Desenvolvimento Económico e Social 2014 – 2020 - PDES

Plano de Política Energética da Região Autónoma da Madeira – PPERAM

Plano de Ordenamento e Gestão do Maciço Montanhoso Central9 - POGMMC

Plano Estratégico de Resíduos da Região Autónoma da Madeira – PERRAM

Plano de Ordenamento e Gestão da Laurissilva da Madeira9 – POGLM

Programa Operacional da Região Autónoma da Madeira 2014-2020 (Programa

Madeira 14-20)

Plano de Ação para a Energia Sustentável - PAES

Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Arquipélago da Madeira – (PGRH10)

Plano de Gestão dos Riscos de Inundações da Região Autónoma da Madeira – PGRI –

RAM

9 Estes planos encontram-se em sintonia estratégica com o Plano Regional de Ordenamento Florestal da Região

Autónoma da Madeira; este último foi considerado na análise a jusante ao Quadro de Referência Estratégico.

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Os objetivos estratégicos dos diferentes planos, programas e estratégias que constituem o

Quadro de Referência Estratégico da presente avaliação ambiental estratégica realizada sobre

a Revisão do PDM de São Vicente são descritos nos quadros que se seguem.

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Plano de Ordenamento Territorial da Região Autónoma da Madeira – POTRAM

O POTRAM estabelece orientações gerais de planeamento e desenvolvimento das intervenções

respeitantes ao uso e ocupação do solo, defesa e proteção do ambiente e do património histórico,

distribuição da população no território e estrutura da rede urbana.

Objetivos Estratégicos:

1. A prossecução de um crescimento populacional equilibrado, de forma a superar inconvenientes

resultantes do êxodo rural;

2. A melhoria dos níveis de educação e de formação profissional e a sua adaptação ao mercado

de trabalho;

3. A organização da rede urbana por forma a assegurar a diminuição das assimetrias regionais;

4. A valorização dos recursos naturais, com respeito absoluto pela paisagem humanizada,

característica do território;

5. A salvaguarda do património natural, histórico e cultural, bem como, de atividades tradicionais;

6. Apoio à modernização de sectores económicos de base artesanal situados em zonas rurais,

visando o fortalecimento e melhoria da eficiência da base produtiva regional;

7. A definição de zonas ordenadas de localização industrial, com adequado sistema de incentivos

ao seu desenvolvimento, visando criar uma base industrial de exportação;

8. A criação de condições inovadoras em matéria de equipamento e de animação que permitam

diferenciar o produto turístico da região e aumentar-lhe a competitividade.

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PDM de São Vicente

I. Adequação ao

quadro de

desenvolvimento

local do

estabelecido nos

IGT de âmbito

nacional e regional.

II. Definição das

principais regras a

que devem

obedecer a

ocupação, uso e

transformação do

solo.

III. Valorização

do mundo

Rural.

IV. Proteção e

aproveitamento

racional dos

valores e

recursos

naturais.

V. Valorização

do património e

qualificação

urbana

VI. Promoção da

identidade e da

coesão territorial.

POTRAM

A prossecução de um crescimento populacional

equilibrado, de forma a superar inconvenientes

resultantes do êxodo rural

A melhoria dos níveis de educação e de formação

profissional e a sua adaptação ao mercado de

trabalho

A organização da rede urbana por forma a assegurar

a diminuição das assimetrias regionais

A valorização dos recursos naturais, com respeito

absoluto pela paisagem humanizada, característica do

território

A salvaguarda do património natural, histórico e

cultural, bem como, de atividades tradicionais

Apoio à modernização de sectores económicos de

base artesanal situados em zonas rurais, visando o

fortalecimento e melhoria da eficiência da base

produtiva regional

A definição de zonas ordenadas de localização

industrial, com adequado sistema de incentivos ao seu

desenvolvimento, visando criar uma base industrial de

exportação

A criação de condições inovadoras em matéria de

equipamento e de animação que permitam diferenciar

o produto turístico da região e aumentar-lhe a

competitividade

LIGAÇÃO FRACA LIGAÇÃO MÉDIA LIGAÇÃO FORTE

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Plano Regional da Água da Madeira - PRAM

O PRAM é um instrumento de planeamento que visa proteger os recursos hídricos regionais, no contexto geral de desenvolvimento sustentável, qualidade de vida dos habitantes, satisfação das necessidades relativas às atividades económicas e proteção do meio ambiente da Região Autónoma da Madeira (RAM).

O PRAM concretiza a participação da RAM no processo de planeamento dos recursos hídricos, conformando-se com os princípios estratégicos e programáticos do Plano Nacional da Água (PNA), sem colocar em causa as especificidades e idiossincrasias regionais.

Objetivos Estratégicos

1. Contribuir para a resolução ou minimização de atuais e hipotéticas situações de conflito ao nível

do ordenamento do domínio hídrico;

2. Definir o sistema de planeamento e gestão a adaptar para os recursos hídricos.

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PDM de São Vicente

I. Adequação ao

quadro de

desenvolvimento

local do

estabelecido nos

IGT de âmbito

nacional e regional.

II. Definição das

principais regras a

que devem

obedecer a

ocupação, uso e

transformação do

solo.

III. Valorização

do mundo

Rural.

IV. Proteção e

aproveitamento

racional dos

valores e

recursos

naturais.

V. Valorização

do património e

qualificação

urbana

VI. Promoção da

identidade e da

coesão territorial.

PRAM

Contribuir para a resolução ou minimização

de atuais e hipotéticas situações de conflito

ao nível do ordenamento do domínio hídrico

Definir o sistema de planeamento e gestão a

adaptar para os recursos hídricos

LIGAÇÃO FRACA LIGAÇÃO MÉDIA LIGAÇÃO FORTE

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Plano Regional da Política de Ambiente - PRPA

O PRPA constitui um instrumento de orientação estratégica, que sistematiza e evidencia a coerência das ações e dos investimentos necessários no domínio do ambiente, assim como, facilitar a articulação entre a gestão ambiental e as restantes áreas de Administração Publica e a sociedade civil, num quadro de desenvolvimento sustentável, previsível para a Região Autónoma da Madeira.

Objetivos Estratégicos:

1. Determinar as necessidades de intervenção e estabelecer as propriedades e as linhas de

orientação da política regional em matéria de ambiente.

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PDM de São Vicente

I. Adequação ao

quadro de

desenvolvimento

local do

estabelecido nos

IGT de âmbito

nacional e regional.

II. Definição das

principais regras a

que devem

obedecer a

ocupação, uso e

transformação do

solo.

III. Valorização

do mundo

Rural.

IV. Proteção e

aproveitamento

racional dos

valores e

recursos

naturais.

V. Valorização do

património e

qualificação urbana

VI. Promoção da

identidade e da

coesão territorial.

PRPA

Determinar as necessidades de

intervenção e estabelecer as propriedades

e as linhas de orientação da política

regional em matéria de ambiente.

LIGAÇÃO FRACA LIGAÇÃO MÉDIA LIGAÇÃO FORTE

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Programa de Ordenamento Turístico da Região Autónoma da Madeira- POT

O POT é um instrumento de gestão territorial do sector turístico, abrangendo todo o território do arquipélago da Madeira, que define a estratégia de desenvolvimento do turismo na Região e o modelo territorial a adotar, estabelecendo os limites e ritmos de crescimento do alojamento, bem como valores para a sua distribuição territorial.

Objetivos Estratégicos

1. Qualificação da oferta atual, ao nível do alojamento de elevada classificação e na oferta

complementar;

2. Dinamização da segmentação da procura;

3. Melhoramento da rentabilidade da oferta existente através de modelos de gestão assentes na

sustentabilidade e que promovam a qualidade de serviço e a redução de custo;

4. Desenvolvimento da cooperação entre o sector público e privado, com vista à requalificação e

otimização dos recursos turísticos;

5. Melhoramento da qualificação em turismo de todos os graus hierárquicos da atividade

(empresários, gestores e os vários quadros operacionais);

6. Consciencialização da população da RAM para a importância do sector do turismo.

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PDM de São Vicente

I. Adequação ao

quadro de

desenvolvimento

local do

estabelecido nos

IGT de âmbito

nacional e regional.

II. Definição das

principais regras a

que devem

obedecer a

ocupação, uso e

transformação do

solo.

III. Valorização do

mundo Rural.

IV. Proteção e

aproveitamento

racional dos

valores e

recursos

naturais.

V. Valorização

do património e

qualificação

urbana

VI. Promoção da

identidade e da

coesão territorial.

POT

Qualificação da oferta atual, ao nível do alojamento de elevada classificação e na oferta complementar

Dinamização da segmentação da procura

Melhoramento da rentabilidade da oferta existente através de modelos de gestão assentes na

sustentabilidade e que promovam a qualidade de serviço e a redução de custo

Promover a aplicação programada do princípio da responsabilidade partilhada

Desenvolvimento da cooperação entre o sector público e privado, com vista à requalificação e otimização dos

recursos turísticos

Consciencialização da população da RAM para a

importância do sector do turismo

LIGAÇÃO FRACA LIGAÇÃO MÉDIA LIGAÇÃO FORTE

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Plano de Desenvolvimento Económico e Social 2014-2020 – PDES

O PDES estabelece as prioridades estratégicas e temáticas para a prossecução dos grandes objetivos, apresentando as linhas de orientação, objetivos e as principais medidas a implementar para se atinja o desígnio estratégico assumido pela Região Autónoma da Madeira, definido para o horizonte de 2020. Estratégia definida para manter ritmos elevados e sustentados de crescimento da economia e do emprego, a coesão social e o desenvolvimento territorial.

Objetivos Estratégicos

1. Inserir a RAM nas redes europeias e mundiais de I&D através de incentivos dirigidos à fixação de investigadores e de empresas geradoras de inovação para a Competitividade e o Emprego;

2. Promover a utilização de energias renováveis e a eficiência energética;

3. Alargar da base económica regional com novas atividades exportadoras de bens e serviços de elevado valor acrescentado;

4. Promover a integração de níveis mais elevados de I&D e Inovação no Cluster do Turismo e Lazer, aumentando a sua ligação à economia da Região (sectores tradicionais, cultura e património natural);

5. Promover a inclusão social pela via do trabalho e da iniciativa, renovando nas políticas ativas de emprego e a dinamização da economia social e local;

6. Promover a sustentação dinâmica das atividades económicas instaladas, preparando a sua autonomização gradual dos apoios públicos;

7. Qualificar as redes e sistemas de suporte às atividades humanas, com adaptação às alterações climáticas e prevenção e minimização de riscos naturais, contribuindo para atenuar as assimetrias territoriais;

8. Consolidar o processo de qualificação do potencial humano da Região;

9. Transformar a RAM num polo de excelência na formação de recursos humanos nas áreas chave de especialização regional com relevo para a Hospitality.

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PDM de São Vicente

I. Adequação ao

quadro de

desenvolvimento

local do

estabelecido nos

IGT de âmbito

nacional e regional.

II. Definição das

principais regras a

que devem

obedecer a

ocupação, uso e

transformação do

solo.

III. Valorização

do mundo

Rural.

IV. Proteção e

aproveitamento

racional dos

valores e

recursos

naturais.

V. Valorização

do património e

qualificação

urbana

VI. Promoção da

identidade e da

coesão territorial.

PDES

I&D, Inovação e Energia (Objetivo Estratégico 1 e 2)

Competitividade e Internacionalização (Objetivo

Estratégico 3 e 4)

Coesão Social (Objetivo Estratégico 5 e 6)

Sustentabilidade Ambiental e Coesão Territorial

(Objetivo Estratégico 7)

Formação de competências (Objetivo Estratégico 8 e 9)

LIGAÇÃO FRACA LIGAÇÃO MÉDIA LIGAÇÃO FORTE

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Plano de Politica Energética da Região Autónoma da Madeira – PPERAM

O PPERAM é um instrumento de política energética, adaptado às novas oportunidades e condicionantes induzidas pelo desenvolvimento regional, pelas tendências do sector energético e pelas preocupações de ordem ambiental. Os objetivos definidos pelo PPERAM cruzam-se com os propósitos relevantes em torno da valorização dos recursos energéticos regionais e da implementação de ações de eficiência e racionalidade energética, tomando em linha de conta características particulares de um sistema insular isolado.

Objetivos Estratégicos

1. Garantia do aprovisionamento, visando solucionar a excessiva dependência do petróleo, e

subsequentemente o risco de rutura do abastecimento;

2. Aumentar a competitividade económica com o intuito de controlar os custos elevados

associados ao aprovisionamento de energia primária e à produção de energia elétrica;

3. Proteção do ambiente de eventuais poluições ao nível do ar, água e solo, assim como, poluição

sonora proveniente das centrais elétricas, e minimizar o impacte visual das instalações de

armazenamento de combustíveis, dos parques eólicos e das linhas aéreas de transporte de

energia elétrica na paisagem.

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PDM de São Vicente

I. Adequação ao

quadro de

desenvolvimento

local do

estabelecido nos

IGT de âmbito

nacional e regional.

II. Definição das

principais regras a

que devem

obedecer a

ocupação, uso e

transformação do

solo.

III. Valorização

do mundo

Rural.

IV. Proteção e

aproveitamento

racional dos

valores e

recursos

naturais.

V. Valorização

do património e

qualificação

urbana

VI. Promoção da

identidade e da

coesão territorial.

PPERAM

Garantia do aprovisionamento, visando solucionar a

excessiva dependência do petróleo, e

subsequentemente o risco de rutura do abastecimento

Aumentar a competitividade económica com o intuito de

controlar os custos elevados associados ao

aprovisionamento de energia primária e à produção de

energia elétrica

Proteção do ambiente de eventuais poluições ao nível

do ar, água e solo, assim como, poluição sonora

proveniente das centrais elétricas, e minimizar o

impacte visual das instalações de armazenamento de

combustíveis, dos parques eólicos e das linhas aéreas

de transporte de energia elétrica na paisagem

LIGAÇÃO FRACA LIGAÇÃO MÉDIA LIGAÇÃO FORTE

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Plano de Ordenamento e Gestão do Maciço Montanhoso Central – POGMMC

O POGMMC tem natureza de regulamento administrativo e com ele se devem conformar os planos municipais e intermunicipais de ordenamento do território, bem como os projetos ou programas, de iniciativa publica ou privada, a realizar em áreas de intervenção abrangente em grande parte dos municípios da ilha da Madeira.

O POGMMC estabelece regimes de salvaguarda de recursos e valores naturais e as ações e atividades a promover na sua área de intervenção, com vista a garantir a conservação da natureza e da biodiversidade, bem como a manutenção e valorização das características das paisagens naturais.

Objetivos Estratégicos

1. Manter os ecossistemas existentes em equilíbrio e em bom estado de conservação;

2. Conservar e proteger espécies raras e ameaçadas;

3. Recuperar o coberto vegetal;

4. Proteger a biodiversidade e a paisagem;

5. Conservar os valores fundamentais como o solo e a água;

6. Promover a partilha de conhecimentos e o intercâmbio técnico através do desenvolvimento de

projetos científicos;

7. Diminuir o risco e perigo de incêndios;

8. Aumentar o investimento em produção de energias renováveis e captação de água;

9. Controlar a introdução e proliferação de espécies invasoras;

10. Controlar as pressões humanas decorrentes da atividade humana;

11. Fomentar adequada articulação da atividade económica com defesa e valorização do

Património natural;

12. Acompanhar e avaliar a concretização das medidas de gestão propostas.

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PDM de São Vicente

I. Adequação ao

quadro de

desenvolvimento

local do

estabelecido nos

IGT de âmbito

nacional e regional.

II. Definição das

principais regras a

que devem

obedecer a

ocupação, uso e

transformação do

solo.

III. Valorização do

mundo Rural.

IV. Proteção e

aproveitamento

racional dos

valores e

recursos

naturais.

V. Valorização

do património e

qualificação

urbana

VI. Promoção da

identidade e da

coesão territorial.

POGMMC

Manter os ecossistemas existentes em equilíbrio e em bom estado de conservação;

Conservar e proteger espécies raras e ameaçadas;

Recuperar o coberto vegetal;

Proteger a biodiversidade e a paisagem;

Conservar os valores fundamentais como o solo e a água;

Promover a partilha de conhecimentos e o intercâmbio técnico através do desenvolvimento de projetos

científicos;

Diminuir o risco e perigo de incêndios;

Aumentar o investimento em produção de energias renováveis e captação de água;

Controlar a introdução e proliferação de espécies invasoras

Controlar as pressões humanas decorrentes da atividade humana

Fomentar adequada articulação da atividade económica com defesa e valorização do Património natural

Acompanhar e avaliar a concretização das medidas de gestão propostas.

LIGAÇÃO FRACA LIGAÇÃO MÉDIA LIGAÇÃO FORTE

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Plano Estratégico de Resíduos da Região Autónoma da Madeira – PERRAM

O PERRAM surgiu no âmbito da Diretiva Quadro dos Resíduos (75/442/CEE, de 15 de Julho de 19875) que, para além de pretender constituir um instrumento estratégico de gestão sustentável de resíduos aplicado à Região Autónoma da Madeira, vem adicionar-se ao quadro institucional iniciado com a apresentação do Plano Estratégico de Resíduos Sólidos Urbanos relativo ao Território do Continente.

Objetivos Estratégicos

1. Prevenir a produção de resíduos, atuando quer junto dos produtores, responsáveis pela

comercialização dos produtores, quer junto das populações;

2. Reduzir a quantidade de resíduos a confinar, recuperando, reutilizando e/ou reciclando as

componentes suscetíveis de valorização;

3. Promover a sensibilização das populações e educação ambiental, procurando ampliar

progressivamente a base social de apoio do sistema de gestão de resíduos;

4. Promover a aplicação programada do princípio da responsabilidade partilhada;

5. Privilegiar soluções de tratamento, eficazes e eficientes, tecnologicamente testadas, e

financeiramente sustentáveis, que, direta ou indiretamente, não potenciem impactes ambientais

significativos e que permitam a valorização dos resíduos, quer pela obtenção de um subproduto,

quer pela produção de energia;

6. Criar condições institucionais que assegurem a viabilidade socioeconómica do sistema de

gestão de resíduos.

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PDM de São Vicente

I. Adequação ao

quadro de

desenvolvimento

local do

estabelecido nos

IGT de âmbito

nacional e regional.

II. Definição das

principais regras a

que devem

obedecer a

ocupação, uso e

transformação do

solo.

III. Valorização do

mundo Rural.

IV. Proteção e

aproveitamento

racional dos

valores e

recursos

naturais.

V. Valorização

do património e

qualificação

urbana

VI. Promoção da

identidade e da

coesão territorial.

PERRAM

Prevenir a produção de resíduos, atuando quer junto dos produtores, responsáveis pela comercialização dos

produtores, quer junto das populações;

Reduzir a quantidade de resíduos a confinar, recuperando, reutilizando e/ou reciclando as

componentes suscetíveis de valorização;

Promover a sensibilização das populações e educação ambiental, procurando ampliar progressivamente a

base social de apoio do sistema de gestão de resíduos;

Promover a aplicação programada do princípio da responsabilidade partilhada;

Privilegiar soluções de tratamento, eficazes e eficientes, tecnologicamente testadas, e financeiramente sustentáveis, que, direta ou indiretamente, não

potenciem impactes ambientais significativos e que permitam a valorização dos resíduos, quer pela

obtenção de um subproduto, quer pela produção de energia;

Criar condições institucionais que assegurem a

viabilidade socioeconómica do sistema de gestão de

resíduos.

LIGAÇÃO FRACA LIGAÇÃO MÉDIA LIGAÇÃO FORTE

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Plano de Ordenamento e Gestão da Laurissilva da Madeira – POGLM

O POGLM tem natureza de regulamento administrativo e com ele se devem conformar os planos municipais e intermunicipais de ordenamento do território, bem como os projetos ou programas, de iniciativa publica ou privada, a realizar em áreas de intervenção abrangente em parte dos municípios de Porto Moniz, Calheta, Ponta do Sol, Ribeira Brava, São Vicente, Santana, Machico e Câmara de Lobos.

O POGLM estabelece regimes de salvaguarda de recursos e valores naturais e as ações e atividades a promover na sua área de intervenção, com vista a garantir a conservação da natureza e da biodiversidade, bem como a manutenção e valorização das características das paisagens naturais.

Objetivos Estratégicos

1. Fomentar o turismo de natureza e as atividades de recreio e lazer;

2. Regulamentar as atividades de fruição;

3. Melhorar o nível de conhecimento do local através do incremento de atividades de divulgação e

sensibilização ambiental;

4. Melhorar as condições de receção e informação dos visitantes;

5. Controlar a capacidade de carga do meio.

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PDM de São Vicente

I. Adequação ao

quadro de

desenvolvimento

local do

estabelecido nos

IGT de âmbito

nacional e regional.

II. Definição das

principais regras a

que devem

obedecer a

ocupação, uso e

transformação do

solo.

III. Valorização do

mundo Rural.

IV. Proteção e

aproveitamento

racional dos

valores e

recursos

naturais.

V. Valorização

do património e

qualificação

urbana

VI. Promoção da

identidade e da

coesão territorial.

POGLM

Fomentar o turismo de natureza e as atividades de recreio e lazer;

Regulamentar as atividades de fruição;

Melhorar o nível de conhecimento do local através do incremento de atividades de divulgação e sensibilização

ambiental;

Melhorar as condições de receção e informação dos visitantes;

Controlar a capacidade de carga do meio.

LIGAÇÃO FRACA LIGAÇÃO MÉDIA LIGAÇÃO FORTE

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Programa Operacional da Região Autónoma da Madeira 2014-2020 (Programa Madeira 14-20)

O PRAM é um instrumento de planeamento que visa proteger os recursos hídricos regionais, no contexto geral de desenvolvimento sustentável, qualidade de vida dos habitantes, satisfação das necessidades relativas às atividades económicas e proteção do meio ambiente da Região Autónoma da Madeira (RAM).

O PRAM concretiza a participação da RAM no processo de planeamento dos recursos hídricos, conformando-se com os princípios estratégicos e programáticos do Plano Nacional da Água (PNA), sem colocar em causa as especificidades e idiossincrasias regionais.

Objetivos Estratégicos10

1. Reforçar a Investigação, o Desenvolvimento Tecnológico e a Inovação;

2. Reforçar a Competitividade das Empresas;

3. Compensar Sobrecustos da Ultraperificidade;

4. Investir em Competências, Educação e Aprendizagem ao Longo da Vida;

5. Apoiar a Transição para uma Economia de Baixo Teor de Carbono em todos os Setores;

6. Proteger o Ambiente e Promover a Eficiência de Recursos;

7. Promover Transportes Sustentáveis e Eliminar Estrangulamentos nas Redes de Infraestruturas;

8. Promover a Inclusão Social e Combater a Pobreza;

9. Promover o Emprego e Apoiar a Mobilidade Laboral;

10. Reforçar a Capacidade Institucional e a Eficiência da Administração Publica;

11. Melhorar o Acesso às Tecnologias de Informação e da Comunicação, bem como a sua

Utilização e Qualidade.

10 Os objetivos estratégicos elencados correspondem aos eixos prioritários do Programa Madeira 14-20.

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PDM de São Vicente

I. Adequação ao

quadro de

desenvolvimento

local do

estabelecido nos

IGT de âmbito

nacional e regional.

II. Definição das

principais regras a

que devem

obedecer a

ocupação, uso e

transformação do

solo.

III. Valorização do

mundo Rural.

IV. Proteção e

aproveitamento

racional dos

valores e

recursos

naturais.

V. Valorização

do património e

qualificação

urbana

VI. Promoção da

identidade e da

coesão territorial.

Programa Madeira 14-20

Competitividade e Inovação (Objetivo Estratégico 1 e 2)

Desenvolvimento Sustentável (Objetivo Estratégico 5, 6 e 7)

Formação do Potencial Humano (Objetivo Estratégico 4 e 9)

Coesão Social (Objetivo Estratégico 8)

Capacidade Institucional(Objetivo Estratégico 10 e 11)

LIGAÇÃO FRACA LIGAÇÃO MÉDIA LIGAÇÃO FORTE

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Plano de Ação para a Energia Sustentável

O Plano de Política Energética da Região Autónoma da Madeira constitui, até à presente data, o

instrumento de planeamento que tem orientado a estratégia adotada de valorização dos recursos

endógenos e de promoção da eficiência energética. Como visão para o futuro, a política energética está

orientada para garantir a segurança do aprovisionamento de energia, assegurar a sustentabilidade

económica e ambiental do sector e a qualidade dos serviços energéticos, e contribuir para a criação de

emprego e valor acrescentado regional e para a competitividade da economia regional.

Objetivos Estratégicos

1. Melhorar a eficiência na conversão e utilização da energia;

2. Aumentar a contribuição dos recursos energéticos renováveis;

3. Diversificar as fontes de energia;

4. Aumentar a capacidade das infraestruturas de armazenamento de energia;

5. Promover produtos e serviços energéticos que favoreçam o desenvolvimento económico, o

valor acrescentado regional e o emprego qualificado;

6. Promover formas de energia com menor teor de carbono.

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PDM de São Vicente

I. Adequação ao

quadro de

desenvolvimento

local do

estabelecido nos

IGT de âmbito

nacional e regional.

II. Definição das

principais regras a

que devem

obedecer a

ocupação, uso e

transformação do

solo.

III. Valorização do

mundo Rural.

IV. Proteção e

aproveitamento

racional dos

valores e

recursos

naturais.

V. Valorização

do património e

qualificação

urbana

VI. Promoção da

identidade e da

coesão territorial.

Plano de Ação para a Energia

Sustentável

Melhorar a eficiência na conversão e utilização da energia

Aumentar a contribuição dos recursos energéticos renováveis

Diversificar as fontes de energia.

Aumentar a capacidade das infraestruturas de armazenamento de energia

Promover produtos e serviços energéticos que

favoreçam o desenvolvimento económico, o valor

acrescentado regional e o emprego qualificado.

Promover formas de energia com menor teor de

carbono

LIGAÇÃO FRACA LIGAÇÃO MÉDIA LIGAÇÃO FORTE

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Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Arquipélago da Madeira (PGRH10)

Os objetivos ambientais estabelecidos na Diretiva Quadro da Água/Lei da Água, devem ser atingidos

através da execução de programas de medidas especificados em Planos de Gestão de Região

Hidrográfica (PGRH). O planeamento das águas é concretizado através da elaboração e aprovação de

instrumentos de planeamento cujo alcance das medidas propostas varia de acordo com a abrangência

do seu âmbito, visando fundamentar e orientar a proteção e a gestão das águas em Portugal, bem como

a compatibilização das utilizações deste recurso com as suas disponibilidades.

Objetivos Estratégicos

1. Adequar a Administração Pública na gestão da água;

2. Atingir e manter o Bom Estado/Potencial das massas de água;

3. Assegurar as disponibilidades de água para as utilizações atuais e futuras;

4. Assegurar o conhecimento atualizado dos recursos hídricos;

5. Promover uma gestão eficaz e eficiente dos riscos associados à água;

6. Promover a sustentabilidade económica da gestão da água;

7. Sensibilizar a sociedade portuguesa para uma participação ativa na política da água;

8. Assegurar a compatibilização da política da água com as políticas setoriais.

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PDM de São Vicente

I. Adequação ao

quadro de

desenvolvimento local

do estabelecido nos

IGT de âmbito

nacional e regional.

II. Definição das

principais regras a

que devem obedecer

a ocupação, uso e

transformação do

solo.

III. Valorização do

mundo Rural.

IV. Proteção e

aproveitamento

racional dos

valores e

recursos

naturais.

V. Valorização do

património e

qualificação

urbana

VI. Promoção da

identidade e da

coesão territorial.

PGRH10

Adequar a Administração Pública na gestão da água

Atingir e manter o Bom Estado/Potencial das massas de água

Assegurar as disponibilidades de água para as utilizações atuais e futuras

Assegurar o conhecimento atualizado dos recursos hídricos

Promover uma gestão eficaz e eficiente dos riscos

associados à água

Promover a sustentabilidade económica da gestão da água

Sensibilizar a sociedade portuguesa para uma participação

ativa na política da água

Assegurar a compatibilização da política da água com as

políticas setoriais

LIGAÇÃO FRACA LIGAÇÃO MÉDIA LIGAÇÃO FORTE

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Plano de Gestão dos Riscos de Inundações da Região Autónoma da Madeira – PGRI – RAM

O Plano de Gestão de Riscos de Inundação da Região Autónoma da Madeira (PGRIRAM) centra-se na redução das potenciais consequências prejudiciais das inundações para a saúde humana, o ambiente, o património cultural, as infraestruturas e as atividades económicas, nas zonas identificadas com riscos potenciais significativos.

Objetivos Estratégicos

1. Aumentar a perceção do risco de inundação e das estratégias de atuação na população e nos

agentes sociais e económicos;

2. Melhorar o conhecimento e a capacidade de previsão para adequar a gestão do risco de

inundação;

3. Melhorar o ordenamento do território e a gestão da exposição nas áreas inundáveis;

4. Melhorar a resiliência e diminuir a vulnerabilidade dos elementos situados nas zonas de

possível inundação;

5. Contribuir para a melhoria ou a manutenção do bom estado das massas de água.

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PDM de São Vicente

I. Adequação ao

quadro de

desenvolvimento

local do

estabelecido nos

IGT de âmbito

nacional e regional.

II. Definição das

principais regras a

que devem

obedecer a

ocupação, uso e

transformação do

solo.

III. Valorização do

mundo Rural.

IV. Proteção e

aproveitamento

racional dos

valores e

recursos

naturais.

V. Valorização

do património e

qualificação

urbana

VI. Promoção da

identidade e da

coesão territorial.

PGI-RAM

Aumentar a perceção do risco de inundação e das estratégias de atuação na população e nos agentes

sociais e económicos

Melhorar o conhecimento e a capacidade de previsão para adequar a gestão do risco de inundação

Melhorar o ordenamento do território e a gestão da exposição nas áreas inundáveis;

Melhorar a resiliência e diminuir a vulnerabilidade dos elementos situados nas zonas de possível inundação;

Contribuir para a melhoria ou a manutenção do bom

estado das massas de água

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ANEXO II – PARECERES DAS ERAE

ANEXO II

Pareceres das Entidades com

Responsabilidades Ambientais

Específicas (ERAE)

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ANEXO III – RESPOSTA ÀS

RECOMENDAÇÕES EFECTUADAS

PELAS ERAE

ANEXO III

1. Respostas às Recomendações

Efetuadas pelas ERAE relativamente

ao RFC (e fase de efeitos

significativos)

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Avaliação Ambiental Estratégica Revisão do PDM de São Vicente

Relatório Ambiental

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ERAE Recomendações Incorporação Justificação S

RA

- Reformulação/atualização dos Planos/Programas que vigoram atualmente no RA e dos capítulos a que dizem respeito;

- Atualização da legislação á data de entrega do RA;

- Correção das referências aos concelhos de Santana e Ponta do Sol e substituição para São Vicente;

- Atualização da informação relativa à IGA e Valor Ambiente como responsáveis pelo sistema de abastecimento de água

e pela recolha de resíduos e substituição para a ARM - Águas e Resíduos da Madeira S.A.

Acatado

- Atualização da informação relativa às ligações da rede viária;

- Atualização da legislação referida na página 49 do RA;

- Atualização da legislação referida na página 64 do RA;

Acatado

DR

E

No Relatório de Fatores Críticos. Avaliação Ambiental Estratégica Página da 27 (última linha) reformular o texto para:’’

Encontra-se ainda por construir um troço de Via Expresso que ligará Boaventura a Santana e daí a Machico. (…) Não Atacado

Uma vez que a Proposta de Revisão do PDM se encontra

em fase final de elaboração, a aguardar aprovação, e o

Relatório de Fatores Críticos ter sido uma etapa da

Avaliação Ambiental Estratégica datada de (mm) estas

recomendações foram acatadas no Relatório Ambiental.

- Consideração do Plano de Gestão de Bacia Hidrográfica da Região Autónoma da Madeira no sub-capítulo 8.2.1.; Parcialmente Acatado

O Conteúdo Estratégico do Plano de Gestão de Bacia

Hidrográfica da Região Autónoma da Madeira foi utilizado

ao nível da atualização do Quadro de Referência

Estratégico da presente Avaliação Ambiental Estratégica.

AR

M

- Atualização da informação relativa à cobertura da recolha de RSU;

- Constar na análise SWOT como oportunidade a ‘’redução de perdas na rede de distribuição de água’’;

- Correção da referência ao INAG como entidade com responsabilidade de Implementação do Plano para ARM- Água

de Resíduos da Madeira.

Acatado

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ERAE Recomendações Incorporação Justificação IF

CN

- Retirar a espécie Freira da Madeira (Pterodroma madeira),uma vez que não está referenciada para o Concelho;

- Na referência aos mamíferos marinhos referenciar a foca monge do Mediterrâneo ou lobo-marinho (Monachus

monachus);

- Atualização da figura 24 uma vez que o limite de Concelho não se encontra de acordo com a delimitação da atual

CAOP de 2017;

- Substituição de "sitio oficial do Parque Natural da Madeira," por ‘’sítio internet do ifcn.madeira. gov.Pt’’;

- Acrescentar "... propagação das espécies arbóreas exóticas com caráter invasor" na página 124;

- Retificação da página 125 de "não havendo ate à data de conclusão do relatório um Plano Regional de Ordenamento

Florestal legalmente aprovado (aprovado em agosto de 2015)."

- Substituição de "Direção Regional das Florestas e Conservação da Natureza" por Instituto das Florestas e

Conservação da Natureza"';

- Correção de gralhas no texto.

Acatado

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ANEXO IV – ALTERAÇÕES NOS

INDICADORES PROPOSTOS

ANEXO IV

Alterações nos Indicadores Propostos

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Fator Critico para a Decisão (FCD) Tipo de alteração Alteração efetuada Justificação

Ordenamento do Território Alteração de designação do indicador Alterar a designação do indicador “Tipo e estado de conservação da rede viária”

para “Hierarquia da rede viária concelhia” Considerou-se alterar a designação deste indicador porque não se encontra disponível informação relativa ao estado de conservação da rede viária.

Qualidade Ambiental

Indicador Eliminado “Eficiência do tratamento realizado” A eliminação resulta da constatação da impossibilidade de estimar este indicador proposto

Critério Eliminado “Qualidade do ar” A eliminação resulta da constatação da impossibilidade de estimar este critério proposto

Indicador Eliminado “Evolução das emissões de poluentes” A eliminação resulta da constatação da impossibilidade de estimar este indicador proposto

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ANEXO V – Orientações de Gestão

Susceptíveis de Transposição para o PDM

ANEXO V

Orientações de Gestão do Plano

Sectorial da Rede Natura 2000

Suscetíveis de Transposição para o

PDM

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Quando a informação sobre a presença e distribuição de habitats protegidos estiver

disponível, deverão ser elencadas as medidas de gestão destes habitats susceptíveis de

ser transpostas para o regulamento do PDM.

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ANEXO VI – ACÇÕES, ACTIVIDADES

OU PROJECTOS NAS ÁREAS

INTEGRANTES DO SISTEMA

NACIONAL DE ÁREAS

CLASSIFICADAS SUJEITOS A

PARECER DO ICNF

ANEXO VI

Ações, atividades ou projetos nas áreas integrantes do

Sistema Nacional de Áreas Classificadas sujeitos a

parecer da Secretaria Regional do Ambiente e dos

Recursos Naturais

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Ações, atividades ou projetos a desenvolver nas áreas integrantes do Maciço

Montanhoso Central e Laurissilva da Madeira, sujeitas a parecer prévio da Secretaria

Regional do Ambiente e dos Recursos Naturais (Resoluções do Conselho do Governo

Regional n.os 874/2009, de 23 de julho e 1411/2009, de 19 de novembro e na Declaração

de Retificação n.º 13/2009, de 27 de novembro e 1412/2009, de 19 de novembro)

a) Alterações à morfologia do solo ou do coberto vegetal, com exceção das ações decorrentes

da normal gestão florestal;

b) A instalação de quaisquer infra-estruturas turísticas, desportivas ou de lazer;

c) Atividades de aquicultura ou estabelecimentos conexos;

d) Alteração da rede de drenagem natural das águas, abertura de poços, furos e instalação de

captações de água superficiais ou subterrâneas;

e) Construção de infra-estruturas hidráulicas destinadas ao combate a fogos;

f) Intervenções de regularização da rede hidrográfica;

g) A realização de quaisquer obras de construção, reconstrução, ampliação ou demolição, com

exceção das que estão isentas de licença ou autorização nos termos da legislação em vigor;

h) A abertura de estradas, caminhos e acessos, bem como a beneficiação, ampliação ou

modificação das vias existentes, com exceção das obras de conservação periódicas e

correntes e que não impliquem a alteração da plataforma das estradas e dos caminhos

existentes, bem como dos acessos de carácter agrícola e florestal;

i) Obstrução de qualquer tipo de passagem nos caminhos públicos e de acesso às linhas e

planos de água;

j) A instalação de infra-estruturas de distribuição e transporte de energia elétrica, de

telecomunicações, de saneamento básico ou de aproveitamento energético;

l) Sobrevoo por aeronaves com motor abaixo dos 1000 pés, salvo por razões de vigilância ou

combate a incêndios e operações de salvamento;

m) Recolha de amostras geológicas ou quaisquer atos que contribuam para a degradação ou

destruição do património geológico;

n) A realização de queimadas e fogo controlado;

o) A prática de atividades turísticas e recreativas ou competições desportivas envolvendo, ou

não, veículos motorizados, assim como atividades de animação ambiental;

p) A circulação de veículos de qualquer natureza, exceto quando efetuado no exercício de

atividades agro-florestais ou em missões de manutenção, urgência e socorro, ou nas vias, às

quais se apliquem o código de estrada;

q) A investigação e atividades científicas susceptíveis de causarem efeitos negativos

sobre o ambiente;

r) Filmagens, sessões fotográficas, bem como atividades profissionais em audiovisuais para

fins comerciais ou publicitários em espaços públicos;

s) Instalação de sinalética e de painéis informativos de índole cultural, turística ou publicitária,

com exceção da sinalização específica decorrente das obrigações legais;

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t) A venda ambulante;

u) O desenvolvimento da atividade cinegética;

v) A pesca desportiva em águas interiores;

x) A atividade de pastoreio;

z) A atividade de campismo ou caravanismo;

aa) A realização de exercícios militares e de proteção civil