revisÃo para prova alguns pontos principais agentes pÚblicos e atos administrativos
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REVISÃO PARA PROVA
ALGUNS PONTOS PRINCIPAIS AGENTES PÚBLICOS E ATOS ADMINISTRATIVOS
AGENTES PÚBLICOS
CONCEITO
• Agente público é toda pessoa física que presta serviços ao Estado e as pessoas jurídicas da administração indireta, não sendo necessário que a pessoa seja legalmente investida em função pública.
Agentes Políticos
• Não há uniformidade na conceituação desses agentes.
• São os componentes do Governo nos seus primeiros escalões, para o exercício de atribuições constitucionais.
• Alguns autores incluem os membros da magistratura, ministério público, tribunais de conta, representantes diplomáticos e demais autoridades que atuem com independência funcional no desempenho das atribuições governamentais e judiciais.
SERVIDORES PÚBLICOS
• São aqueles agentes que possuem RELAÇÃO DE TRABALHO profissional e permanente com as ENTIDADES DE DIREITO PÚBLICO. Mantêm vínculo profissional com a Administração Pública Direta das Entidades Estatais ou as suas Autarquias e Fundações de direito público
O regime celetista e o estatutário podem conviver na mesma entidade de direito público?
• De acordo com a Emenda 19/98 Sim.• Contudo a emenda possui um vício formal,
predominando portanto o REGIME ÚNICO, assim, não podem conviver na mesma entidade de direito público, servidores estatais de diferentes regimes jurídicos.
EMPREGADOS PÚBLICOS
• Definição: São todos aqueles que mantêm relação de trabalho profissional e permanente com as entidades de direito privado da Administração Pública Indireta. Isto é, são empregados das fundações de direito privado instituídas e mantidas pelo poder público, das empresas públicas e das sociedades de economia mista.
SERVIDORES TEMPORÁRIOS
• Definição: São os contratados por tempo determinado para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público, conforme art. 37, IX, da CF, eles exercem função sem estarem vinculados a cargo ou a emprego público.
PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM O PODER PÚBLICO
• III.1) Requisitados, nomeados ou designados: para o exercício de funções públicas
relevantes; os jurados, os convocados para prestação de serviço militar ou eleitoral, não tem vinculo empregatício e, em geral, não recebem remuneração.
• III.2) Gestores de negócios públicos particulares em colaboração com a administração sponte própria (própria iniciativa) – espontaneamente assumem determinada função pública em momento de emergência, como epidemia, incêndio, enchente.
• III.3) Delegados do Poder Público – como se dá com os concessionários, permissionários de serviço público, os que exercem serviços, tradutores e intérpretes públicos, exercem a função pública em seu próprio nome, sem vínculo empregatício, porém sob fiscalização do Poder Público. A remuneração que recebem não é para pelos cofres públicos, mas pelos terceiros usuários do serviço.
MILITARES
• Abrange pessoas físicas que prestam serviços às forças armadas – marinha, exército e aeronáutica (art. 142, caput e § 3º) da CF – e às Polícias militares e corpos de bombeiros militares do Estado, Distrito Federal, art. 42.
AGENTES DE FATO
• São aqueles que, apesar de não terem sido regularmente investidos em função pública, vieram a praticar atos em nome do Estado. Pode ocorrer em duas hipóteses:
• Excepcionalmente por urgência (ex. epidemias, incêndio, enchentes, guerras), sendo nesses casos chamados de agentes necessários.
• Em situação comuns de interesse público, nas quais o agente, por erro, exerce uma função estatal ou ainda quando tenha sido investido na função de forma inválida. Nesses casos tem-se os chamados agentes putativos. Falta de requisito legal para investidura, como certificado de sanidade vencido.
ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL
CONCEITO CARGO, EMPREGO OU FUNÇÃO PÚBLICA
Cargos e empregos públicos - É o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.
• Função são atribuições do cargo ou do emprego.
DISTINÇÃO CARGO E EMPREGO• Reside na natureza do vínculo que os une ao Poder
Público:
• O agente titular de cargo público tem vínculo estatutário ou funcional.
• O agente ocupante de emprego tem vínculo trabalhista e contratual.
• Só há cargos públicos nas entidades de direito público.
Provimento dos Cargos
• Cargo de provimento efetivo – Depende de concurso público de provas ou provas e títulos.
• Cargo de provimento vitalício –oferecem maior garantia de permanência a seus ocupantes, art. 95, I CF. São os únicos que asseguram vitaliciedade de seus titulares.
• Cargo de provimento em comissão – são os de livre nomeação e de livre exoneração (art. 37, II CF), destinados à atribuições de direção, chefia ou assessoramento. Não dependem de concurso público. Podem ser ocupados por qualquer pessoa. A CF apenas determinou que a lei reservasse um percentual mínimo destes cargos aos servidores públicos efetivos.
VACÂNCIA
• É o ato administrativo através do qual o cargo, emprego ou função fica vago.
• Exoneração• Demissão
• Aposentadoria• Promoção e • Falecimento.
Diferenças• Estabilidade – é a garantia constitucional de permanência no serviço
público. Não gera direito ao cargo, mas a permanência do servido nos quadros da Administração Pública. Para adquirir a estabilidade é necessário transcurso de tempo de 3 anos de efetivo exercício, art. 41 CF. Para a estabilidade é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão constituída para essa finalidade (estágio probatório).
• O estágio probatório continua sendo de 24 meses – período que o servidor será observado pela administração com a finalidade de apurar sua aptidão para o exercício de um cargo determinado.
• Vitaliciedade é a garantia de permanência no cargo, assegurada a alguns agentes políticos. Juízes, desembargadores, ministros, promotores e procuradores do MP, e de conselheiros e ministros dos Tribunais de Contas. Juiz e promotor de primeiro grau depende do transcurso de um período de prova de 02 anos de exercício.
Perda do Cargo de Servidor Estável:
• Sentença judicial transitada em julgado;• Processo administrativo garantido a ampla
defesa e o contraditório;• Avaliação periódica de desempenho;• Ajuste na folha de pagamento
REMUNERAÇÃO E SUBSÍDIO
Conceito• Remuneração: Compreende o vencimento e todas as vantagens pecuniárias variáveis.
• Subsídio – introduzido pela EC 19/98. Consiste na retribuição pecuniária paga a certos agentes públicos. Parcela única.
• Obrigatório aplica-se: os chefes do executivo, vices, ministros e secretários; parlamentares em geral; os magistrados; membros do ministério público, membros da defensoria pública; os servidores policiais das policias federal, rodoviária, polícias civis e militares; membros do tribunal de contas e membros
• Facultativo: o art. 39 § 8º da CF servidores públicos organizados em carreira
• Detentores de mandato eletivo e os chefes do Executivo recebem subsídio, constituído de parcela única, a título de remuneração.
• Servidores, pelo exercício de cargo público, recebem vencimentos, como espécie de remuneração;• Agentes políticos, a exemplo dos membros do Ministério Público e dos Juízes de Direito, recebem
subsídios;
• Teto remuneração e subsídios - Art. 37, inciso XI• Proibição de acumulação remunerada de cargos,
empregos e funções públicas - Art. 37, XVI e XVII.• Proibição acumulada de remuneração ou subsídio com
a pensão ou proventos de aposentadoria decorrentes do regime próprio de aposentadoria do servidor público titular de cargo efetivo Art. 37, § 10 CF.
• Acúmulo de cargo, emprego ou função pública com o mandato eletivo Art. 38 CF
• O direito a livre associação sindical está previsto no art. 37, VI da CF.
• O direito de greve tem fundamento constitucional no art. 37, VII, CF.
• Validade do concurso público ATÉ 2 anos
• As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, por qualquer pessoa, respeitado percentuais mínimos previstos em lei aos servidores, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento.
RESPONSABILIDADE DOS SERVIDORES ESTATUTÁRIOS
• Conforme art. 121 da Lei 8112/90 o servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições.
• Em princípio, são distinta e independente uma da outra, art. 125 da Lei 8112/90.
Responsabilidade civil
• Ocorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros (art. 122 da Lei 8.112/90).
• Ação regressiva, §2º.
• A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores §3º.
Responsabilidade Penal –
• Abrange os crimes e contravenção imputadas ao servidor, art. 123 da Lei 8122/90. São os chamados crimes funcionais, ex. crime de abuso de autoridade, crimes em matéria de licitação.
Responsabilidade Administrativa
• Tem relação com a aplicação de penalidades disciplinares do servidor, mediante processo administrativo
• As sanções disciplinares previstas na lei 8112/90 são a advertência, a suspensão, a demissão, a cassação de aposentadoria ou disponibilidade art. 127.
Comunicabilidade da Decisão Criminal na Esfera Administrativa
• A decisão criminal afasta a responsabilidade administrativa:
• no caso de absolvição criminal que negue o afastamento do fato ou sua autoria (art. 126).
Comunicabilidade da Decisão Criminal na Esfera Administrativa
• A condenação na esfera penal irá repercutir automaticamente na esfera administrativa quando:
• Se o servidor for condenado por CRIME FUNCIONAL praticado com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração Pública, ocorrerá a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo sempre que a pena privativa de liberdade for superior a um ano (art. 92, I, a CP);
• Se o servidor for condenado por CRIME NÃO FUNCIONAL :• Se a privação de liberdade for por tempo inferior a 4 anos, o servidor
ficará afastado de seu cargo ou função, prevendo o estatuto federal nesse caso o benefício-reclusão, pago à sua família (art. 229).
• Se a privação de liberdade for superior a 4 anos incide o art. 92, I, b do CP., pelo qual acarreta a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo.
Atos administrativos
Conceito
• É a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário. (Maria Sylvia Di Pietro)
Atributos do Ato Administrativo:
• Presunção de legitimidade e veracidade (relativa)• Imperatividade• Exigibilidade• Executoriedade ou auto-executoriedade (Não são
todos os atos que possuem este atributo)
• Os atos administrativos devem corresponder a figura previamente definidas em lei.
Elementos ou Requisitos do Ato Administrativo:
• Sujeito competente (decorre de lei)• Finalidade Pública (resultado que se busca)• Forma prescrita em lei (geralmente escrita)• Motivo (é a razão que autoriza a prática ato)• Objeto (é aquilo sobre o que o ato dispõe)
Classificação quanto a formação de vontade do ato
• Ato Simples - aquele ato que resulta de uma única vontade expressada por um único órgão ou agente.
• Ato complexo – é o que resulta da manifestação de dois (ou mais) órgãos para a formação de um ato único. Todas as vontades exprimidas são as principais para a formação do ato.
• Ato composto – é aquele ato em que a vontade principal é expressa por um único órgão, sendo que, para ela ter eficácia, reclama uma vontade acessória externada por outro órgão.
Quanto ao grau de liberdade da Administração na prática do ato:
• Atos vinculados – são aqueles que a Administração pública expede sem qualquer margem de liberdade para a escolha de seus elementos ou requisitos, que já vêm previamente definidos em lei. Ex.: licença para construir, a aposentadoria.
• Atos discricionários – são aqueles que a Administração Pública edita com certa margem de liberdade para decidir acerca dos motivos e do objeto do ato. Ex.: autorização de uso de bem público, permissão de uso de bem público.
ATOS ADMINISTRATIVOS EM ESPÉCIE.
1) ATOS NORMATIVOS – São aqueles que contém um comando geral do Executivo visando o cumprimento (aplicação) de uma lei. Podem ser: regulamentos, decretos, regimentos, resoluções e deliberações.
2) ATOS ORDINATÓRIOS – São os que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes. Só atuam no âmbito interno das repartições e só alcançam os servidores hierarquizados à chefia que os expediu. Instruções, Circulares, Portarias, Ordens de Serviço, Provimentos e Avisos.
3)ATOS NEGOCIAIS OU DE CONSENTIMENTO ESTATAL - São todos aqueles que contêm uma declaração de vontade da Administração apta a concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir certa faculdade ao particular, nas condições impostas ou consentidas pelo Poder Público. Ex.: autorização, permissão, licença.
4) ATOS ENUNCIATIVOS – São aqueles que a Administração se limita a certificar ou a atestar um fato, ou emitir uma opinião sobre determinado assunto, constantes de registros, processos e arquivos públicos, sendo sempre, por isso, vinculados quanto ao motivo e ao conteúdo (objeto). Ex.: certidões, atestados, pareceres.
5) ATOS PUNITIVOS – São aqueles que contêm uma sanção imposta pela lei e aplicada pela Administração, visando punir as infrações administrativas ou conduta irregulares de servidores ou de particulares perante a Administração. Multa, interdição de atividades, destruição de coisas.
EXTINÇÃO ATO ADMINISTRATIVO– MODALIDADES
• 1) Extinção natural – por cumprimento de seus efeitos. Ex: o período de férias gozado pelo servidor.
• 2)Extinção subjetiva – Ocorre quando do desaparecimento do sujeito. Ex: a morte do permissionário extingue o ato de permissão por ausência do elemento subjetivo.
• 3) Extinção objetiva – desaparecimento do objeto - ex: interdição de estabelecimento, e após o estabelecimento é definitivamente desativado pelo proprietário.
• 4) Retirada – Pode se realizar mediante:• REVOGAÇÃO• INVALIDAÇÃO (ANULAÇÃO)
Revogação Retirada de atos válidos, sem qualquer vício, mas que segundo critério discricionário da administração tornou-se inoportuno ou inconveniente:
• É ato administrativo discricionário (não se aplica ao ato vinculado) • Não retroage pois pressupõe um ato editado em conformidade
com a lei; • Seus efeitos se produzem a partir da própria revogação (ex nunc);• É ato privativo da administração; • Não podem ser revogados os atos que já exauriram os seus efeitos,
uma vez que a revogação não retroagem mais apenas impede que o ato continue a produzir efeitos,
ANULAÇÃO• Retirada de atos inválidos com vícios ilegais.• Atinge o ato em sua origem, produzindo efeitos retroativos
à data em que foi emitido (ex tunc); • Pode ser feita pela própria administração ou pelo
judiciário; • Deve observar o princípio do contraditório quando afetar
interesses de terceiros; • A doutrina não é unânime quanto ao caráter vinculado ou
discricionário da invalidação, os que defendem o dever de anular apegam-se ao princípio da legalidade e da autotutela e os que defendem a faculdade de anular se apóiam na predominância do interesse público sobre o particular.
Convalidação
• Correção de atos com vícios sanáveis, desde que tais atos não tenham acarretado lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros.
• Opera retroativamente. Corrige o ato, tornando regulares os seus efeitos passados e futuros.
• Só pode ser efetuada pela própria administração que praticou o ato.
• Pode incidir sobre atos vinculados e discricionários.• A convalidação é um ato discricionário. Em tese, a
administração pode optar por anular o ato, mesmo que ele posse passível de convalidação.
Cassação• Cassação – forma extintiva que se aplica quando
o beneficiário de determinado ato descumpre condições que permitem a manutenção do ato e seus efeitos.
• a)- trata-se de ato vinculado, já que o agente só pode cassar o ato anterior nas hipóteses previamente fixadas em lei;
• b)- é natureza jurídica sancionatória, porquanto pune aquele que deixou de cumprir as condições para a subsistência do ato.
•
Caducidade
• Há caducidade quando a retirada funda-se no advento de nova legislação que impede a permanência da situação anteriormente consentida.
• Ocorre a perda de efeitos jurídicos em virtude de norma jurídica superveniente contrária àquela que respaldava a prática do ato.
O direito da administração de anular os atos administrativos DECAI em 5 anos, de modo que, decorrido este prazo, o ato ilegítimo se firma, se estabiliza no mundo jurídico, não podendo ser invalidado pela Administração Pública, nem pelo Poder Judiciário.