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    HISTRIA DO REVESTIMENTO DE PAPEL E CARTO NO BRASIL

    O papel couch, que significa camada em francs, foi inventado em 1860 e

    no mercado grfico utilizado por sua alta qualidade de reproduo, principalmenteem folhetos, revistas, cartazes, livros de arte e uma infinidade de outros materiaisque exigem qualidade de impresso.

    As primeiras empresas na produo de papel couch no Brasil surgiram nofinal da dcada de 60 / incio dos anos 70 e entre elas podemos citar a Klabin,Suzano, Simo (atual VCP) e Pirahy (atual Schweitzer-Mauduit).

    CONSUMO DE PAPEL COUCH NO BRASIL (2005 2007)

    0

    50.000

    100.000

    150.000

    200.000

    250.000

    300.000

    350.000

    400.000

    450.000

    500.000

    CONSUMO (t) PROD.NAC.(t) IMPORTADO (t)

    2005

    2006

    2007

    Podemos ento perceber que o consumo per capita de papel couch de 2,2kg por habitante, um valor muito baixo quando comparado com as naes maisdesenvolvidas e isto pode querer dizer que ste mercado dever crescer muito nos

    prximos anos.

    Podemos definir o couch como um papel base, podendo ser um offset, querecebe uma camada de revestimento, em cuja composio temos caulim, carbonatode clcio, ltex e alguns aditivos. A funo deste revestimento tornar a superfciedeste papel a mais apropriada possvel para reproduzir da melhor maneira umoriginal.

    Podemos ter dois tipos de papel couch:

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    brilhante

    matte

    A diferena entre o brilhante e o matte depender da formulao de tinta(principalmente da combinao dos pigmentos) e do acabamento (calandragem).

    Poderemos produzir os papis couch de duas maneiras:

    on machine: o papel couch produzido atravs da aplicao de tintanas aplicadoras que so incorporadas mquina de papel.

    off machine: o papel couch produzido numa mquina derevestimento, que fica fora da mquina de papel.

    Podemos citar como produtos revestidos:

    papel couch L1 brilhante papel revestido com uma camada de tinta emapenas um dos lados, sendo indicado para trabalhos que necessitem de altaqualidade de impresso em apenas uma das faces como, por exemplo,

    etiquetas, rtulos, peas promocionais.

    papel couch L2 brilhante papel revestido com uma camada de tinta emambas as faces, sendo recomendado para trabalhos em que se pretendeexcelente qualidade de impresso, como, por exemplo, capas de livros,revistas, catlogos, encartes promocionais e artsticos.

    papel couch L2 matte produzido com uma camada de tinta (comformulao especial para inibir o brilho) em ambas as faces, sendorecomendado para trabalhos em que se pretende excelente contraste e altobrilho de impresso. Por oferecer alta opacidade utilizado principalmenteem livros, revistas, postais, catlogos, encartes promocionais e artsticos,

    relatrios, diplomas e gravuras.

    carto duplex: a base constituda de uma face superior denominada deforro e outra inferior chamada de suporte. Normalmente aplicam-secamadas de tinta pr e outra de tinta top (que juntas totalizam +/- 25g/m). O suporte pode receber aplicaes especiais como barreiras gordura, umidade, etc. Indicado para embalagens de produtosalimenticios, higiene e limpeza.

    carto triplex: a base constituda de uma camada superior denominadade forro, a intermediria que o miolo e a inferior chamada de suporte.Como no carto duplex, recebe duas aplicaes de tinta (pr e top) com +/-

    25 g/m. Indicado para embalagens de produtos alimentcios, higienepessoal, servios editoriais, etc.

    DADOS SBRE PAPELCARTO NO BRASIL (EM 1000 t)

    ANO 2002 2003 2004 2005 2006PRODUO 559 568 583 596 619IMPORTAO 31 39 41 33 39

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    EXPORTAO 100 188 168 207 206CONSUMO APARENTE 490 419 456 422 452CONSUMO PER CAPITA (kg) 2,8 2,4 2,5 2,3 2,4

    FONTE: BRACELPA

    Normalmente os cartes revestidos so produzidos on machine,recebendo duas a trs camadas de tinta. A combinao das aplicadoras pode ser:

    barra / faca de ar / lmina (rod / air knife / blade)

    barra / lmina (rod / blade)

    faca de ar / lmina (air knife / blade)

    lmina / lmina (blade / blade)

    PAPIS REVESTIDOS ESPECIAISEntre os papis revestidos denominados especiais, podemos citar como os

    principais:

    papis autocopiativos

    papis trmicos

    papis base para siliconizao

    PAPIS AUTOCOPIATIVOS

    Papis autocopiativos so utilizados para notas fiscais, bobinas de PDV paracartes de crdito, cia. de seguro sade, etc. Os papis autocopiativos podem ser:

    - coating back (CB) chamada primeira via: possui revestimento no versocom microcpsulas contendo corantes.

    - coating front and back (CFB) chamada de via intermediria: possuirevestimento nos dois lados do papel sendo um lado com microcpsulas e o outrocom o revelador. Dependendo do formulrio poderemos ter at 4 vias CFB.

    - coating front (CF) chamada de ltima via: possui no seu revestimentoum revelador para os corantes contidos nas microcpsulas.

    PAPIS TRMICOS

    Os papis trmicos podem ser definidos como papis reativos, sensveis aocalor, que recebem tratamento superficial com corantes e reagentes qumicos.

    Os papis trmicos podem ter pequenas alteraes na sua composio paraatender s necessidades de mercados especficos.

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    - papis trmicos so utilizados para aparelhos de fax, extrato bancrio,comprovantes de carto de crdito, cupom de pedgio, etc.

    PAPIS PARA SILICONIZAO

    So papis revestidos produzidos com receitas especiais visando suautilizao como liner para a produo de etiquetas, onde recebem aplicao desilicone e adesivo para junto com o papel frontal formarem o papel auto-adesivo. Acamada de tinta aplicada no deve permitir a absoro pelo papel de grandequantidade de silicone.

    PAPEL BASE

    Importncia fundamental na fabricao do papel couch deve ser atribuda ao papel

    base. Podemos considerar como caractersticas essenciais:

    uniformidade de gramatura e espessura

    boa formao

    porosidade: caracterstica importante medida pelo aparelho Gurley

    umidade dentro dos padres estabelecidos

    colagem: cobb teste dentro de valores pr-estabelecidos

    resistncia superficial que poder ser especificada atravs do teste de

    ceras Dennison ou pelo de arrancamento seco no aparelho IGT. iseno de furos

    iseno de manchas / pintas

    cor / tonalidade homognea

    bobinas com poucas emendas e laterais bem refiladas (no caso dafabricao do papel

    couch ser off machine)

    isento de dupla face (two-sideness)

    MQUINAS DE REVESTIMENTO:

    METERING ROD - METERING BAR (BARRA MEDIDORA)

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    um dispositivo usado para revestir papel e carto, geralmente instalados onmachine, que consiste essencialmente de um rolo aplicador, que apanha a tinta deuma calha, transferindo-a para o papel. A rotao do rolo pode ser invertida evariada em relao ao papel. O excesso da tinta aplicada raspado pela barra, quenada mais do que uma barra de ao de pequeno dimetro (na grande maioria de10 mm), cromado, cuja rotao tambm pode ser invertida ou variada. O excesso

    de da tinta cai novamente na calha. Normalmente se trabalha com uma barra lisa.Quando o desejo de se aumentar a camada aplicada de revestimento, emprega-se uma barra ranhurada. Estas aplicadoras permitem aplicar de 5 a 12 g/m, comum ter de slidos que pode variar de 55 a 65%.

    AIR KNIFE (FACA DE AR)

    um dispositivo usado para revestimento de papel, cujo nome literalmentesignifica faca ou lmina de ar. Consiste essencialmente de um rolo aplicador queretira tinta de uma calha, transferindo-a para o papel. A rotao deste rolo pode sernormalmente invertida e variada. Ao sair do rolo aplicador, o papel abraa um rolosuporte, contra o qual est colocado o dispositivo de soprar o ar em toda a largurada folha. O jato de ar espalha tinta e tira o excesso que cai novamente na calha. Osegredo para se trabalhar com esta aplicadora ter de slidos de no mximo 45%e viscosidade baixa. Normalmente pode-se obter aplicao de revestimento de at30 g/m. Na parte de secagem temos inicialmente infravermelho para imobilizaoda tinta, estufas de ar quente e cilindros secadores.

    BLADE (LMINA)

    Consiste em aplicao de uma camada de tinta atravs de um rolo aplicador e

    retirada do excesso por uma lmina de ao de alta preciso. Pode-se ter 2 sistemasde lminas: a rgida denominada stiff blade onde as aplicaes giram em torno de5 a 10 g/m e a flexvel denominada bent blade, normalmente a mais utilizada,cujas aplicaes so da ordem de 13 a 18 g/m. O que determina a quantidade detinta aplicada a espessura da lmina, que varia de 0,305 a 0,508 mm. steprocesso trabalha com teres de slidos de 60 a 68% e a velocidades que hojeultrapassam os 1500 m/min.

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    Fonte Metso

    TWIN GRAVURE ROLL

    Destinado para aplicaes pigmentrias ou para papis especiais comoautocopiativos e trmicos. Possui capacidade de maior controle do peso dorevestimento e uniformidade de aplicao, fator que possibilita melhorprintabilidade.

    A transferncia da tinta se d atravs das clulas gravadas nos rolos metlicos,que por sua vez transferem aos rolos de borracha e estes ao papel.

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    CURTAIN COATER (CORTINA)

    ste tipo de aplicadora apresenta excelente cobertura do revestimento devidoao baixo impacto. Tem uma tecnologia voltada principalmente para a produo dospapis autocopiativos, trmicos e fotogrficos.

    Oferece uma srie de vantagens com relao a outras tecnologias derevestimento:

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    - Caulim calcinado

    - Carbonato de clcio natural (GCC)

    - Carbonato de clcio precipitado (PCC)

    - Mesclas de carbonato natural + precipitado

    - Pigmento plstico

    - Dixido de titnio

    Os pigmentos participam com 80 85% da composio de uma tinta e tem comofuno melhorar a superfcie do papel possundo propriedade ticas tais como:alvura / brancura, opacidade, cor e brilho.

    CAULIM

    O caulim um minrio argiloso branco e comeou a ser explorado h mais de3000 anos na China. A palavra caulim tem origem na expresso kauling, que nalngua chinesa significa colina alta. Foi descoberto na regio montanhosa deJauchau Fu, provncia de Jiangxi. Por ste motivo em vrias partes do mundo ocaulim conhecido como China clay (argila da China).

    O Brasil possui a segunda maior reserva de caulim e tornou-se o maior fornecedorde caulim beneficiado para revestimento de papel no mundo.

    MINA DE CAULIM AMAZON

    Composio: Al O 2SiO 2H O

    - Alumina: 39,8%

    - Slica: 46,3%

    - gua: 13,9%

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    O caulim utilizado nas formulaes de revestimento porque oferece:

    - brilho

    - baixo custo

    - receptividade da tinta

    - qualidade de impresso

    - inerte

    - no txico

    No Brasil o caulim para revestimento mais utilizado o Amazon, cuja especificao:

    - 96% das partculas < 2 m

    - Alvura Tappi: 88%

    - Slidos: 73%

    - pH: 7,5 - 8,5

    - Viscosidade Brookfield: 300 mpa.s 100 rpm 25 C

    Caulins delaminados so definidos pelo desplacamento de partculas lamelares de

    caulinita, que se apresentam na forma de micro-sanduches. A delaminao capazde transformar os agregados do caulim em vrias placas de pequena espessura ede grande dimetro, fazendo com que melhore a capacidade de cobertura do papelcarto revestido, sendo estas condies ideais para o revestimento de papis debaixa gramatura, como os light weight coated (LWC) e tambm para aqueles cujaformao deficiente e se deseja uma melhor apresentao.

    Tambm atravs da delaminao se obtm um produto de melhor alvura.Usualmente o caulim delaminado misturado com caulins que possuem partculasem maior porcentagem abaixo de 2m ou mesmo com carbonatos de clcionaturais ou precipitados para aumentar a qualidade do revestimento.

    Temos tambm os caulins modificados por tratamento trmico (calcinao).Podemos ter o caulim parcialmente calcinado, que obtido entre 650 700 C e ode calcinao completa entre 1000 1050 C. Em ambos os casos a adio dosmesmos em uma receita de tinta, provoca um aumento de opacidade e melhora aabsoro da tinta de impresso. Por causar aumento de viscosidade, sua utilizaono preparo de tinta est limitado a menos de 30% da composio pigmentria.

    Do caulim consumido no mundo temos:

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    - 45% na indstria de papel, sendo:

    - 32% para revestimento (coated paper)

    - 13% para carga (uncoated paper)

    Reservas mundiais:

    14.200.000.000 t

    EUA: 8.300.000.000 t

    Brasil: 4.000.000.000 t

    CARBONATO DE CLCIO

    O carbonato de clcio utilizado na indstria vem em sua forma minerolgica dacalcita.

    Tipos de carbonato de clcio:

    - GCC (Ground Calcium Carbonate): carbonato de clcio natural

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    - PCC (Precipitated Calcium Carboneted): carbonato de clcio precipitado

    PCC MORFOLOGIA CRISTALINA: ARAGONTICO

    PCC MORFOLOGIA CRISTALINA: ESCALENODRICO

    FORMA MAIS UTILIZADA NO MUNDO: MELHOR BULK E OPACIDADE

    PCC MORFOLOGIA CRISTALINA: ROMBODRICO

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    Composio: CaCO

    O carbonato de clcio natural obtido atravs de um processo mecnico.

    O carbonato de clcio precipitado obtido atravs de um processo qumico.

    MOAGEM SECO

    FLOTAO

    CENTRIFUGAO

    MOAGEM MIDO

    PENEIRAMENTO

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    O consumo do carbonato natural teve um grande crescimento nos ltimos 25 anos,no s no Brasil mas tambm em todo o mundo.

    O carbonato de clcio natural possui as seguintes propriedades:

    aumenta alvura / brancura

    melhora a receptividade da tinta de impresso.

    aumenta a porosidade

    boa reologia

    melhora a resistncia a seco e a mido.

    apresenta excelente runnability nas mquinas aplicadoras.

    obtm-se preparaes de tintas com maior ter de slidos, o que proporciona

    maior lisura do papel carto revestido e menor consumo de energia para asecagem.

    possibilidade de receber o pigmento slurry, o que garante uma qualidadeuniforme e preparaes mais rpidas.

    Carbonato de clcio natural 60

    Especificao:

    60% das partculas < 2 m

    ter de slidos: 75%

    pH: 9,0

    densidade: 1,84 g/cm

    Carbonato de clcio natural 90

    Especificaes:

    90% das partculas < 2 m

    ter de slidos: 75%

    pH: 9,0

    densidade: 1,84 g/cm

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    DIXIDO DE TITNIO

    O mercado mundial de dixido de titnio movimenta 4,7 milhes de toneladas /ano sendo que grande parte utilizado nas formulaes das tintas imobilirias.

    - 1.200.000 t na Amrica do Norte

    - 1.690.000 t na Europa

    - 1.500.000 t na sia

    - 320.000 t na Amrica Latina

    No Brasil temos um consumo de 120.000 t e o setor de papel s consome 6%deste total, em virtude da utilizao de outros pigmentos minerais nascomposies de papel e nas formulaes das tintas de revestimento.

    Composio: TiO

    O TiO utilizado em papis que exigem principalmente alta alvura e

    opacidade.

    Pode ser fabricado em duas diferentes estruturas cristalinas: anatase e rutilo.

    O anatase relete mais a luz UV do que o rutilo e isto faz com que quando utilizado pode-se colocar uma quantidade menor de alvejante tico para seobter valores mais elevados de alvura.

    O rutilo tem um ndice de refrao maior do que o anatase e consequentementepode-se obter uma melhor cobertura quando do revestimento principalmente decartes.

    Caractersticas:

    - aumenta a alvura e a opacidade devido ao seu alto ndice de refrao.

    - alto custo.

    PIGMENTO PLSTICO

    So esferas de poliestireno em emulso aquosa com slidos de 25 50%.

    Propriedades:

    - pigmento de baixo peso especifico (aumenta o poder de cobertura).Caracteristicas:

    - brilho

    - alto custo

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    LIGANTES

    O principal ligante utilizado numa formulao de revestimento o ltex, quepode ser definido como uma disperso de pequenas partculas esfricas em gua,estabilizadas pela fora de repulso entre elas.

    O tamanho pode variar de 200 10.000 .

    Tem como funo principal formar um filme contnuo, ligando as partculas dospigmentos entre s e tambm os outros componentes da tinta de revestimento aopapel base.

    A % de ligante em relao aos pigmentos, varia de 8 a 18%, dependendo dautilizao do papel que se est produzindo.

    Numa impresso em flexografia e rotogravura o nvel de ligante pode ser maisbaixo e em contrapartida uma impresso offset exige uma maior quantidade.

    Os ltices podem ser:

    - estireno-butadieno

    - acetatos de vinila (PVac)

    - acrlicos

    - estireno-acrlicos

    Razes para se utilizar um ligante:

    - adesividade (pigmento / pigmento; pigmento / base)

    - receptividade de tinta

    - controle de absoro: tinta, verniz, gua e cola

    - brilho

    - controle de insolubilizao

    - resistncia a dobra

    A escolha de um ligante depender:

    Demanda de ligante pelo pigmento a ser utilizado

    Poder de adesividade de cada ligante

    Tipo de mquina aplicadora, velocidade, capacidade de secagem, econdies de

    calandragem

    Propriedades do papel base

    Caractersticas desejadas do coating e do produto final (ticas e deimpresso)

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    Ordem econmica

    Propriedades gerais:

    Lquido branco Praticamente inodoro Lquido de baixa viscosidade Possui slidos maiores do que outros ligantes (50%)

    Dimenso de uma partcula de ltex:

    1 ml de disperso contm 300.000.000.000 de partculas

    1 partcula contm de 1 30.000 macromolculas

    1 macromolcula contm 100 3.000.000 unidades monomricas

    COLIGANTES

    Os coligantes so produtos adicionados a uma tinta de revestimento para seobter determinadas caractersticas, como:

    - reteno de gua

    - espessamento

    - ativao do alvejante tico

    - controle das propriedades reolgicas

    Os coligantes podem ser:

    - naturais

    - sintticos

    COLIGANTES NATURAIS:

    AMIDO

    um carbohidrato sintetizado nas plantas. Temos o amido de milho, trigo,batata.

    tipos de amido:

    - hidrolizado

    - oxidado

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    - esterificado

    - catinico

    Caractersticas:

    - custo baixo

    - bom espessante

    - bom retentor de gua

    - preparo com baixo ter de slidos.

    - pouca resistncia mido

    - precisa de cozimento

    - fcil contaminao por bactrias.

    PROTENA DE SOJA

    Podemos definir a protena de soja como um polmero natural derivado degros de soja e modificado para se obter algumas propriedades norevestimento do papelcarto.

    Possui alto peso molecular e destinado ao uso principalmente como agentede reteno de gua e modificador de reologia.

    Pode substituir o coligante sinttico e algumas partes de ltex.

    Caractersticas:

    rigidez

    boa reteno de gua

    boa adesividade

    viscosidade instvel

    alto custo

    3.2 - COLIGANTES SINTTICOS

    - carboximetil celulose (CMC)

    - lcool polivinlico (PVOH)

    - espessante sinttico

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    CARBOXIMETIL CELULOSE (CMC)

    um polmero de natureza aninica derivado da celulose, solvel em gua friaou quente, sendo utilizado como:

    - ativador do alvejante tico

    - espessante

    - retentor de gua

    - dispersante

    Estas propriedades fazem do CMC um polmero verstil para aplicao nasformulaes de tintas de revestimento.

    Sua adio nas formulaes de tinta pode ser feita atravs de um cozimento deat 10% de concentrao ou adicionado em p.

    LCOOL POLIVINLICO (PVOH)

    o nome comum dado ao acetato de polivinila hidrolizado. utilizado como:

    - coligante para aumentar a resistncia superficial.

    - ativador do alvejante tico.

    - retentor de gua

    Possui alto poder ligante e normalmente o seu preparo feito com cozimento

    at 90 C. Hoje j temos no mercado fornecimento de lcool polivinlico a 10 e20% de concentrao, o que facilita a sua utilizao.

    O lcool polivinlico altamente utilizado, pois suas caractersticas oferecem umfilme com boa resistncia, possuindo propriedades de barreira leo, graxa egua.

    ESPESSANTE SINTTICO

    um coligante acrlico com excelente poder de espessamento utilizado nas

    formulaes de tinta. Sua combinao com ligantes proporciona reteno degua, viscosidade e reologia, contribundo para as caractersticas ticas dopapel.

    Poder atuar em conjunto com CMC e PVOH.

    ADITIVOS

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    Biocidas

    Insolubilizantes

    Lubrificantes

    Alvejantes ticos / matizantes

    Antiespumantes

    Soda (corretor pH)

    Biocidas

    Muitos pigmentos, ligantes naturais ou sintticos e aditivos para revestimento,necessitam do uso de biocidas para prevenir a degradao por fungos ebactrias.

    Insolubilizantes

    So produtos utilizados nas formulaes de tinta para revestimento quepromovem a melhora das propriedades superficiais do papelcarto aumentandoa resistncia mido e otimizando as caractersticas de printabilidade.

    As resinas mais utilizadas atualmente so base de zircnio hidroxilado epodem ser derivadas de amnea ou potssio. Possuem compatibilidade comtodos os tipos de ligantes e coligantes tais como: ltex, CMC, PVOH, amido, etc.

    O efeito do aumento da resistncia mido obtido logo aps a secagem dopapelcarto.

    Lubrificantes

    So aditivos especiais de revestimento usados para melhorar e otimizar aspropriedades de acabamento do papelcarto revestido, evitando o p, tanto noprocesso de rebobinamento e corte, como quando da utilizao na grfica.

    Tipos de lubrificantes:

    - estearato de clcio

    - emulses de polietileno

    - flocos de polietilenoglicol

    - ceras de parafina

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    O mais utilizado o estearato de clcio, que est h pelo menos 40 anos nomercado.

    Dosagem usual: 0,7 - 1,0 parte sbre o pigmento seco.

    Alvejantes ticos

    Os alvejantes ticos utilizados para revestimento so derivados do cidodiaminoestilbeno-hexasulfnico.

    So utilizados para melhorar a alvura.

    Dosagem:

    0,5 4% sbre o pigmento seco

    O efeito do alvejante tico maior na presena de PVOH, CMC ou amido.

    Matizantes

    Normalmente uma preparao pigmentria combina azul com violeta. Sousados para papelcarto quando da exigncia de caractersticas de solidez,como nas formulaes de revestimento.

    Antiespumantes

    Formulaes de tinta tendem a formar espuma durante a sua preparao ouformam espuma pela recirculao atravs dos tanques e bombas.

    Tintas com baixo ter de slidos e baixa viscosidade tendem a formar maisespuma do que as tintas com maior ter de slidos e viscosidade mais alta.

    Tipos de antiespumantes:

    - silicones

    - poliglicis

    - base ester

    - misturas especiais

    - leos minerais

    Um bom antiespumante apresenta as seguintes caractersticas:

    - solubiliza em gua formando emulso estvel

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    - apresenta alta eficincia, mesmo em baixas concentraes.

    - efeito residual prolongado

    - no causa efeitos negativos ao filme de tinta

    Normalmente uma dosagem ideal deve ser determinada em ensaios prvios

    para cada caso especfico.

    Ajuste do pH

    As preparaes de tinta normalmente so ajustadas para um pH de 8,5 9,0.

    O ajuste do pH importante, pois alguns aditivos como a resina de resistncia mido (base zircnio), tem sua ao mais eficaz, quando o pH atinge um valorprximo a 9,0 e tambm porque ajuda a acelerar a secagem das tintas deimpresso.

    Dosagem:

    Utilizamos a soda que deve ser dosada diluda a uma concentrao de +/-10%, para evitar o empelotamento da tinta.

    PREPARO DA TINTA

    Os componentes de uma tinta devem ser adicionados em um tanque depreparo, seguindo uma ordem pr-determinada.

    Deve-se adicionar ao tanque de preparo inicialmente os pigmentos e na

    sequncia o ltex, coligante e os aditivos.

    ste tanque deve possuir agitao suficiente para homogeneizar os produtosdosados, que obrigatriamente devero passar por uma peneira vibratria oufiltro para eliminar as impurezas contidas.

    A tinta deve ser preparada tomando-se o cuidado para que a mesma possaatender s exigncias da mquina aplicadora, para que se possa obter o melhorresultado em termos de qualidade de revestimento.

    Assim, como um exemplo, uma tinta para uma aplicadora blade poder teruma formulao igual de uma tinta para uma aplicadora air knife, pormconhecendo-se as exigncias do equipamento, os slidos e a viscosidadedevero ser ajustados.

    Aps o preparo de tinta, deveremos analisar:

    - ter de slidos

    - viscosidade

    - pH

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    - reteno de gua

    - densidade

    RETENO DE GUA

    Denomina-se reteno de gua, a capacidade que uma tinta tem de reter a faseaquosa, com as partes de ligantes e aditivos, frente ao poder de absoro dopapel / carto. A cesso de gua ao suporte influi sbre a capacidade deaplicao de tinta e o resultado do revestimento.

    A reteno de gua aumenta:

    - com alta % de slidos: sempre que se aumentam os slidos a retenomelhora e proporcionalmente a reologia piora.

    - com a quantidade de ligante hidrfilo ou com a adio de copolmeros ricosem grupos carboxlicos de alto poder molecular.

    A reteno de gua diminui:

    - com baixa % de slidos

    - com temperaturas elevadas: ocorre a reduo das foras de atrao entreas molculas

    de gua e os grupos funcionais dos coligantes e espessantes.

    REOLOGIA

    o estudo do escoamento e deformao da matria, ou resumidamente areologia o estudo do comportamento da fluidez.

    A reologia em uma tinta de revestimento tem uma grande importncia, porquedetermina a qualidade do papel revestido em termos de printabilidade,propriedades ticas e maquinabilidade.

    A reologia pode ser classificada como newtoniana, dilatante, pseudoplstica outixotrpica.

    - NEWTONIANA: a viscosidade igual independente da taxa de cisalhamentona qual medido, numa determinada temperatura.

    - DILATANTE: a viscosidade aumenta com maior taxa de cisalhamento.

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    CISALHAMENTO

    VISCOSIDADE VISCOSIDADE

    CISALHAMENTO

    NEWTONIANA DILATANTE

    - PSEUDOPLSTICA: a viscosidade decresce com o aumento da taxa decisalhamento.

    - TIXOTRPICA: a viscosidade decresce com o tempo e com cisalhamentoconstante.

    E

    xistemalguns conceitos bsicos e terminologias especficas que so usados em se tratandode medidas reolgicas:

    Viscosidade o termo comumente conhecido que descreve aspropriedades de escoamento de um fludo, ou seja, o atrito das camadas internasque geram uma resistncia fluidez.

    VI S C O SI DA DE V I SC OS I DAD E

    C I SA LH AM E NT O C I SA LH A M E N TO

    PS EU DOPL STI CA T I X OT RPI CA

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    Fluxo quando se aplica uma fora de cisalhamento em um lquido, steorigina uma deformao que se denomina fluxo.

    Tenso de cisalhamento a quantidade de fora aplicada em umadeterminada rea do fludo. A fora cisalhante aplicada em uma determinada reade um fludo em contato com um plano estacionrio denominada tenso de

    cisalhamento.

    Secagem do papelcarto

    A secagem de uma mquina de revestimento, normalmente constitudade:

    - infravermelho (secagem por irradiao)

    - ar quente das capotas (secagem por conveco)

    - cilindros secadores (secagem por conduo)

    Deve-se utilizar o infravermelho logo aps a aplicao da camada decoating, independentemente do tipo de aplicadora, para alcanar o ponto deimobilizao da tinta e evitar a migrao do ligante, evitando-se com isto amarmorizao (defeito que ocorre durante a impresso do papelcarto). Oinfravermelho alm de sua importncia para a qualidade final do papelcartorevestido ir facilitar a secagem nas capotas e cilindros secadores.

    Calandragem

    A calandra efetua uma ao mecnica sbre a folha de papel que recebeuum revestimento, atuando por meio de compresso ou frico, sendo sua principalfuno melhorar as condies superficiais como lisura e brilho. Podemos classificaras calandras da seguinte maneira:

    - Calandra simples- Soft Calandra- Supercalandra

    A calandra simples utilizada on machine e serve principalmente nafabricao de carto, quando revestimos s um lado, e o desejo de uma atuaosuave para que no haja perda de rigidez. Normalmente possue de 1 a 4 nips.

    A Soft Calandra surgiu para aumentar a produtividade nas fbricas eefetua um trabalho de compresso mais suave sobre a folha de papel e com isso,

    proporciona uma densificao uniforme, ao passo que o perfil de espessura sofremaiores variaes. O equipamento utilizado on machine.

    Caractersticas: Perfil uniforme de densidade. Maior variao de espessura do papel. Manuteno das propriedades superficiais: printabilidade, lisura, brilho, etc Manuteno das propriedades de resistncia do papel.Temos tambm a supercalandra que um equipamento constitudo de uma

    combinao que alterna rolos duros (ao) com rolos macios, variando a quantidade

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    de 6 a 16. Os rolos macios podem ser de um papel especial denominado lanoso oude algodo.

    A supercalandra melhora a uniformidade deixando o papel apropriado paraa impresso e o resultado final depender:

    . Temperatura

    . Presso

    . Nmero de nips. Velocidade

    . Umidade do papel

    um equipamento utilizado off machine e usual uma mquina derevestimento necessitar de duas supercalandras para dar vazo a toda a produo.

    TESTES APS O REVESTIMENTO DO PAPELCARTO

    Normalmente nos fabricantes de papelcarto revestido aps a produo sorealizados testes para avaliar a printabilidade:

    - K & N

    - Preto Poromtrico

    - IGT (dry e wet pick)

    - Aspereza

    K & N

    Esta uma tinta padro americana fabricada pela K and N Laboratories. Serve para

    medir a absoro de tinta do papel revestido e tambm para salientar eventuaisdefeitos superficiais.

    Preto Poromtrico

    uma tinta da Lorilleux e ste teste d uma idia da permeabilidade dopapelcarto com relao tinta de impresso. Se o desejo o de conhecer avelocidade de penetrao da tinta, necessrio realizar o ensaio em vriosintervalos de tempo: 10, 20 e 30 segundos.

    IGT

    O aparelho IGT reproduz as condies que o papelcarto enfrentar quando de suautilizao na

    grfica, tanto com relao ao arrancamento seco (dry pick) como mido (wetpick).

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    Arrancamento seco (dry pick)

    Arrancamento seco (dry pick)

    Arrancamento seco (dry pick)

    Esta uma propriedade do papelcarto revestido que tem uma grande importnciapara a impresso offset. Por arrancamento seco se define a separao departculas da camada de revestimento mais as fibras do papelcarto base, duranteo processo de impresso.

    Utiliza-se o leo de mdia viscosidade para a realizao do teste e os valoresobtidos so expressos em cm/s.

    Arrancamento mido (wet pick)

    O papelcarto submetido impresso pelo processo offset deve ter uma resistnciasuperficial quando mido, que no permita o arrancamento do revestimento.

    O arrancamento mido resulta no acmulo de material nas blanquetas dasmquinas impressoras, obrigando a parada perodica para limpeza. Utiliza-se a tinta3806 da Lorilleux para o teste e os resultados podem se obtidos atravs de umacomparao visual ou por leitura densitomtrica.

    Aspereza (lisura)

    Nas indstrias de papelcarto temos vrios aparelhos de medio da aspereza.

    Podemos citar o Bekk, Bendtsen, Gurley, Sheffield e o Parker Print Surf.

    Entre estes aparelhos destaca-se o Parker Print Surf (PPS) que hoje o mtodomais utilizado na determinao da rugosidade da superfcie do papelcarto. Mede-se a distncia mdia em micra entre picos e vales da superfcie.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    MONTE, M. B. M.; CARVALHO, E. A.; FERREIRA, O.; CABO, S. S. Caulim Caulimda Amaznia CADAM.

    MONTE, M. B. M.; PAIVA, P. R. P.; TRIGUEIRO, F. E. Tcnicas alternativas para amodificao do caulim.

    CATALINI, R. J. Aplicador Twin Gravure Roll Outubro 2007.

    SIMIONI, F. Aplicador Curtain Coating Novembro 2007.

    DOW Papis Revestidos Seminrio Tcnico.

    IMERYS Pigmentos para a Indstria Papeleira Caulim e Carbonato de Clcio.

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    ABIGRAF REGIONAL SO PAULO Participao do papel couch importado.

    BRASEQ BRASILEIRA DE EQUIPAMENTOS LTDA Viscosidade e Reologia: NoesBsicas.

    MILLENNIUM INORGANIC CHEMICALS TiO used in paper.

    BRACELPA - Dados sobre o consumo de carto no Brasil.