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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS RELATÓRIO FINAL SÃO JOÃO DA BOA VISTA, 2014

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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS - RELATÓRIO FINAL

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  • PLANO MUNICIPAL DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS

    RELATRIO FINAL SO JOO DA BOA VISTA, 2014

  • | PMGIRS SJBV i

    PREFEITURA MUNICIPAL DE SO JOO DA BOA VISTA

    SUMRIO

    I - JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................................. 1 1 CARACTERIZAO DO MUNICPIO DE SO JOO DA BOA VISTA ................................................. 5

    1.1 Localizao e Limites ................................................................................................................................. 5 1.2 Aspectos Fsico-Territoriais ...................................................................................................................... 6

    1.2.3 Geologia .......................................................................................................................................... 6 1.3 Aspectos Socioeconmicos ......................................................................................................................... 7

    1.3.1 Base econmica .............................................................................................................................. 7 1.3.2 Produto Interno Bruto ..................................................................................................................... 8 1.3.3 Educao ......................................................................................................................................... 9 1.3.4 Estrutura de Informao e Comunicao Existentes ....................................................................... 9

    2 DESCRIO DOS SISTEMAS DE COLETA, TRANSPORTE, TRATAMENTO, SEPARAO, RECICLAGEM, REUTILIZAO E DESTINAO FINAL DOS RESDUOS SLIDOS URBANOS EXISTENTES ............................................................................................................................. 10

    2.2.1 Classificao ................................................................................................................................. 12 2.2.2 Coleta e Transporte ....................................................................................................................... 12 2.2.3 Tratamento e Disposio Final ..................................................................................................... 14 2.2.4 Quadro resumo de recursos humanos, equipamentos e infraestrutura .......................................... 15 2.2.5 Separao, Reciclagem e Reutilizao .......................................................................................... 16 2.2.6 Problemas oriundos da inadequao no manejo ou deficincia da gesto ou sistema atual ......... 19 2.2.7 Anlise gravimtrica dos resduos slidos domsticos ................................................................. 20

    2.2 Resduos da Construo Civil (RCC) e Volumosos ............................................................................... 22 2.2.1 Classificao ................................................................................................................................. 22 2.2.2 Coleta e Transporte ....................................................................................................................... 22 2.2.3 Tratamento e Disposio Final ..................................................................................................... 23 2.2.4 Separao, Reciclagem e Reutilizao .......................................................................................... 23 2.2.5 Problemas oriundos da inadequao no manejo ou deficincia da gesto ou sistema atual ......... 23

    2.3 Resduos de Estabelecimentos Comerciais e Prestadores de Servios ................................................. 24 2.3.1 Classificao ................................................................................................................................. 24 2.3.2 Coleta e Transporte ....................................................................................................................... 24 2.3.3 Tratamento e Destinao Final ..................................................................................................... 24 2.3.4 Separao, Reciclagem e Reutilizao .......................................................................................... 24 2.3.5 Problemas oriundos da inadequao no manejo ou deficincia da gesto ou sistema atual ......... 25

    2.4 Resduos dos Servios Pblicos de Saneamento Bsico ........................................................................ 25 2.4.1 Classificao ................................................................................................................................. 25 2.4.2 Coleta e Transporte ....................................................................................................................... 25 2.4.3 Tratamento e Destinao Final ..................................................................................................... 26

    2.5 Resduos Industriais ................................................................................................................................. 26 2.5.1 Classificao ................................................................................................................................. 26 2.5.2 Coleta e Transporte ....................................................................................................................... 26 2.5.3 Tratamento e Disposio Final ..................................................................................................... 26 2.5.5 Separao, Reciclagem e Reutilizao .......................................................................................... 27 2.5.6 Problemas oriundos da inadequao no manejo ou deficincia da gesto ou sistema atual ......... 27

    2.6 Resduos de Servios de Sade ................................................................................................................ 27 2.6.1 Classificao ................................................................................................................................. 27 2.6.2 Coleta e Transporte ....................................................................................................................... 27 2.6.3 Tratamento e Disposio Final ..................................................................................................... 28 2.6.4 Problemas oriundos da inadequao no manejo ou deficincia da gesto ou sistema atual ......... 28

    2.7 Resduos Agrossilvopastoris .................................................................................................................... 30 2.7.1 Classificao ................................................................................................................................. 30

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    2.7.2 Coleta e Transporte ....................................................................................................................... 30 2.7.3 Transporte, Tratamento e Disposio Final .................................................................................. 30 2.7.4 Separao, Reciclagem e Reutilizao .......................................................................................... 30 2.7.5 Problemas oriundos da inadequao no manejo ou deficincia da gesto ou sistema atual ......... 30

    2.8 Resduos de Transportes .......................................................................................................................... 30 2.8.1 Classificao ................................................................................................................................. 30 2.8.2 Coleta, Transporte, Tratamento e Disposio Final ...................................................................... 31

    2.9 Resduos de Minerao ............................................................................................................................ 31 2.9.1 Classificao ................................................................................................................................. 31 2.9.2 Coleta, Transporte, Tratamento e Destinao Final ...................................................................... 31

    3 DETERMINAO DO PERODO DE PROJETO ...................................................................................... 32 3.1 Estudo de evoluo das populaes ........................................................................................................ 32 3.2 Taxas de contribuies propostas e evoluo ......................................................................................... 32 3.3 Evoluo da gerao dos resduos ........................................................................................................... 34

    3.3.1 Projeo dos resduos slidos urbanos (RSU) .............................................................................. 34 3.3.2 Projeo dos resduos construo civil (RCC) .............................................................................. 36 3.3.3 Projeo dos resduos de servios de sade (RSS) ....................................................................... 37 3.3.4 Projeo dos resduos industriais diversos (Classe I, II e Inertes) ................................................ 37 3.3.5 Demais resduos slidos gerados no municpio ............................................................................ 38

    4 ARCABOUO LEGISLATIVO ..................................................................................................................... 39 4.1 Contratos diretamente relacionados aos servios de manejo de resduos slidos e de limpeza

    urbana ................................................................................................................................................... 45 4.2 Convnios e consrcios com outros municpios ..................................................................................... 46

    5 SITUAO ATUAL DA EDUCAO AMBIENTAL ................................................................................ 49 6 IDENTIFICAO DOS RESDUOS SLIDOS E DOS GERADORES SUJEITOS A PLANO DE

    GERENCIAMENTO E LOGSTICA REVERSA .................................................................................... 52 7 IDENTIFICAO DOS PASSIVOS AMBIENTAIS RELACIONADOS AOS RESDUOS

    SLIDOS, INCLUINDO REAS CONTAMINADAS, E RESPECTIVAS MEDIDAS SANEADORAS ............................................................................................................................................... 54

    8 POSSIBILIDADE DE CONSRCIOS PBLICOS ...................................................................................... 56 9 CONCEPO GERAL DO PLANO MUNICIPAL DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS

    SLIDOS ......................................................................................................................................................... 57 9.1 Definio das Diretrizes Gerais Aplicveis ............................................................................................ 57

    9.1.1 Curto Prazo (2014 2016) ............................................................................................................ 61 9.1.2 Mdio Prazo (2017 2020) .......................................................................................................... 61 9.1.3 Longo Prazo (2021 2034) .......................................................................................................... 62

    10 INDICAO DE METAS PARA NO GERAO, REDUO, REUTILIZAO, E RECICLAGEM PELA VIA DA COLETA SELETIVA, ENTRE OUTRAS ............................................. 63

    META 1 Reduo dos resduos reciclveis secos dispostos em aterros ............................................. 63 META 2 Reduo dos resduos midos dispostos em aterros ............................................................ 64 META 3 Metas para Resduos da Construo Civil ........................................................................... 65 META 4 Metas para Resduos de Estabelecimentos Comerciais, Prestadores de Servios e

    Resduos Industriais ..................................................................................................................... 67 META 5 Metas para Resduos de Servios de Sade ......................................................................... 68 META 6 Metas para Resduos Agrossilvopastoris ............................................................................. 68 META 7 Metas para Resduos de Transportes ................................................................................... 69 META 8 Metas para Resduos de Minerao ..................................................................................... 69

    11 AVALIAO DAS LEIS LOCAIS E INDICAO DE MODIFICAES, ADAPTAES OU COMPLEMENTAES CONFORME PNRS ............................................................................................ 71

    12 MECANISMOS PARA CRIAO DE FONTES DE NEGCIOS, EMPREGO E RENDA, MEDIANTE A VALORIZAO DOS RESDUOS SLIDOS ................................................................. 73 12.1 Oportunidades de negcio - Resduos da Construo Civil ................................................................ 73 12.2 Oportunidades de negcio - Resduos Reciclveis ............................................................................... 75

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    12.3 Pagamento por Servios Ambientais Urbanos (PSAU) ...................................................................... 77 13 ANLISE DO POTENCIAL PARA CONSORCIAMENTO ..................................................................... 78

    13.2 Outras alternativas ................................................................................................................................. 83 14 AES PREVENTIVAS, CORRETIVAS E DE CAPACITAO DE CATADORES E DE

    SERVIDORES MUNICIPAIS QUE TRABALHAM COM RESDUOS ................................................... 85 14.1 Objetivos ................................................................................................................................................. 85 14.2 Pblico Alvo ............................................................................................................................................ 85

    14.2.1 Descrio das atividades e aes para a implantao do programa de capacitao tcnica ....... 85 14.3 Resultados esperados ............................................................................................................................. 86 14.4 Aes preventivas ................................................................................................................................... 86

    14.4.1 Resduos Slidos Urbanos (RSU) ............................................................................................... 86 14.4.2 Resduos da Construo Civil (RCC) ......................................................................................... 86 14.4.3 Resduos de servios de sade (RSS) ......................................................................................... 87 14.4.4 Resduos Perigosos ..................................................................................................................... 87 14.4.5 Resduos da logstica reversa ...................................................................................................... 87

    14.5 Aes corretivas ...................................................................................................................................... 88 14.5.1 Descontinuidade dos servios de coleta e transporte de resduos ............................................... 88 14.5.2 Aterro sanitrio interditado ou com exausto de vida til .......................................................... 89 14.5.3 Gerenciamento inadequado dos resduos .................................................................................... 89 14.5.4 Mecanismos de controle, formas de registros e acompanhamento ............................................. 89

    15 SERVIOS DE COLETA, TRANSPORTE, TRATAMENTO E DESTINAO FINAL DOS RESDUOS SLIDOS GERADOS NO MUNICPIO ................................................................................. 90 15.1 Anlise 1 Compostagem ...................................................................................................................... 90 15.2 Anlise 2 - Coleta Seletiva ..................................................................................................................... 92 15.3 Anlise 3 Tratamento trmico ............................................................................................................ 93 15.4 Anlise 4 - Resduos da construo civil ............................................................................................... 94 15.5 Anlise 5 - Pontos de Entrega Voluntria (PEVs) e Ecopontos ........................................................ 97 15.6 Anlise 6 - Resduos de servio de sade .............................................................................................. 98 15.7 Anlise 7 - Resduos dos servios pblicos de saneamento bsico ................................................... 101 15.8 CIGRES (Centro Integrado de Gerenciamento de Resduos Slidos) ............................................. 103 15.9 Identificao de reas favorveis para disposio final de resduos slidos ................................... 105 15.10.1 Resduos Slidos Urbanos (RSU) ................................................................................................... 109 15.10.2 Resduos dos Servios de Sade (RSS) .......................................................................................... 110 15.10.3 Resduos da Construo Civil ........................................................................................................ 110 15.10.4 Resduos dos Servios Pblicos de Saneamento Bsico ............................................................... 111

    16 POLTICA DE EDUCAO AMBIENTAL, INCLUSO E DESENVOLVIMENTO PESSOAL DA COMUNIDADE EM GERAL ................................................................................................................ 113 16.1 Objetivos ............................................................................................................................................... 113 16.2 Pblico Alvo .......................................................................................................................................... 113 16.3 Descrio das atividades e aes para implantao do Programa de Educao Ambiental ......... 113 16.4 Programao para as atividades de Educao Ambiental ............................................................... 115 16.5 Resultados Esperados .......................................................................................................................... 117 16.6 Programas e aes para a participao de grupos de interessados ................................................. 117

    17 PLANO DE GESTO DA LOGSTICA REVERSA NO MUNICPIO .................................................. 119 17.1 Eletroeletrnicos ................................................................................................................................... 119 17.2 Lmpadas fluorescentes ....................................................................................................................... 120

    17.3 Pneus ............................................................................................................................................ 120 17.4 Pilhas e baterias .................................................................................................................................... 120 17.5 leos lubrificantes, seus resduos e embalagens ................................................................................ 121 17.6 Embalagens em geral ........................................................................................................................... 122 17.7 Medicamentos ....................................................................................................................................... 123 17.8 Situao dos grupos tcnicos temticos .............................................................................................. 123 17.9 Diretrizes para elaborao dos Planos de Gerenciamento de Resduos Slidos (PGRS) .............. 124

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    17.9.1 PGRS e cooperativas de catadores ............................................................................................ 125 17.9.2 Plano de gerenciamento de resduos e a lei de crimes ambientais ............................................ 125

    18 CRIAO DE FONTES DE NEGCIOS, EMPREGO E RENDA ........................................................ 126 18.1 Cobrana direta dos usurios Taxa ou Tarifa ................................................................................ 128 18.2 Financiamento com recursos federais ................................................................................................ 130 18.3 Financiamento com recursos estaduais .............................................................................................. 131 18.4 Parceria Pblica Privada (PPPs) ....................................................................................................... 131 18.5 Empreendimento de abrangncia regional ........................................................................................ 132 18.6 Programao de Investimentos ........................................................................................................... 133

    19 METAS E INDICADORES DE MELHORIAS DO SISTEMA ................................................................ 134 1 19.1 Metas para projetos e aes a serem implementados num horizonte de 20 anos .................. 134 19.2 Indicadores ambientais ........................................................................................................................ 143

    19.2.1 Indicadores propostos para So Joo da Boa Vista ................................................................... 144 20 REFERNCIAS ........................................................................................................................................... 148

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    NDICE DE FIGURAS

    Figura 1. Municpio de So Joo da Boa Vista .............................................................................................5 Figura 2. Localizao de So Joo da Boa Vista na UGRHI 9 .....................................................................6 Figura 3. Suscetibilidade eroso em So Joo da Boa Vista e na UGRHI 9 ..............................................7 Figura 4. Representao das atividades econmicas no municpio de So Joo da Boa Vista .....................8 Figura 5. Representao da Abengoa Bioenergia na Economia de So Joo da Boa Vista ..........................8 Figura 6. Representao do Distrito Industrial no ICMS do Municpio de So Joo da Boa Vista no ano de

    2006 ...........................................................................................................................................................8 Figura 7. Representao do Distrito Industrial no ICMS do municpio de So Joo da Boa Vista no ano de

    2013 ...........................................................................................................................................................9 Figura 8. Organograma municipal afeto gesto de resduos .....................................................................10 Figura 9. Configurao atual dos setores para o manejo de resduos ..........................................................11 Figura 10. Localizao dos catadores autnomos .......................................................................................18 Figura 11. Depsitos de Sucatas no municpio ...........................................................................................18 Figura 12. Grfico representativo da anlise gravimtrica (peso) ...............................................................21 Figura 13. Grfico representativo da anlise gravimtrica (volume) ..........................................................22 Figura 14. Canal de entrada do desarenador ...............................................................................................25 Figura 15. Local de armazenamento dos resduos de embalagens de agrotxicos ......................................30 Figura 16. Vista area do viveiro e do Centro de EA ..................................................................................49 Figura 17. Atividades do Centro de Educao Ambiental ..........................................................................50 Figura 18. Itinerrio das atividades de educao ambiental ........................................................................50 Figura 19. Situao atual do aterro controlado municipal ...........................................................................55 Figura 20. Ponto de descarte irregular de RCC ...........................................................................................55 Figura 21. Custos de implantao ...............................................................................................................56 Figura 22. Encerramento do aterro controlado ............................................................................................59 Figura 23. Representao de possveis PEVS e rea de triagem de RCC ..................................................66 Figura 24. Composio mdia dos RCC .....................................................................................................74 Figura 25. rea disponvel para implantao de aterro de inertes ..............................................................75 Figura 26. Municpios integrantes do CONDERG ......................................................................................83 Figura 27. Usina de compostagem ..............................................................................................................91 Figura 28. Dimensionamento de ptio para compostagem .........................................................................92 Figura 29. Layout interno de um galpo de triagem ...................................................................................92 Figura 30. Picotador de vidro e carrinho eltrico respectivamente .............................................................93 Figura 31. Funcionamento de uma central de tratamento trmico ..............................................................94 Figura 32. Fluxograma de uma usina de RCC ............................................................................................95 Figura 33. Esquema de URCC, com britagem e separao por tipo de resduos e granulometria. .............95 Figura 34. Exemplo e esquema de britador mandbula ...............................................................................96 Figura 35. Exemplo e esquema de britador de impacto ..............................................................................96 Figura 36. Exemplo de ponto de entrega voluntria ....................................................................................97 Figura 37. Ilustrao de distribuio de PEVs ...........................................................................................97 Figura 38. Exemplo de configurao de ecoponto ......................................................................................98 Figura 39. Exemplo de sistema de Autoclave ...........................................................................................100 Figura 40. Exemplo de um equipamento microondas ...............................................................................100 Figura 41. Exemplo de incinerador ...........................................................................................................101 Figura 42. Leito de secagem de lodo .........................................................................................................102 Figura 43. Exemplo de filtro-prensa ..........................................................................................................102 Figura 44. Exemplo de Centrfuga ............................................................................................................102 Figura 45. Centro de gerenciamento integrado de resduos slidos ..........................................................104 Figura 46. Custos estimados para implantao do Centro de Gesto de Resduos. ..................................104 Figura 47. Eventos de mobilizao e Educao Ambiental ......................................................................116 Figura 48. Plano Coletivo de Gerenciamento de Resduos Slidos ..........................................................124

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    Figura 49. Plano conjunto de Gerenciamento de Resduos Slidos ..........................................................125 Figura 50. Ciclo atual ................................................................................................................................127 Figura 51. Ciclo Intermedirio ..................................................................................................................127 Figura 52. Ciclo futuro (Para atendimento lei 12.305/2010) ..................................................................128

  • | PMGIRS SJBV vii

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    NDICE DE QUADROS

    Quadro 1. Medio e responsabilidades nos servios de manejo de resduos slidos ..................................7 Quadro 1. Custos relativos prestao dos servios ...................................................................................19 Quadro 2. Resultados detalhados da caracterizao gravimtrica ...............................................................20 Quadro 3. Resumo da anlise gravimtrica .................................................................................................21 Quadro 4. Gerao de RCC no municpio de So Joo da Boa Vista .........................................................22 Quadro 5. Quantidade de RSS coletada e tratada ........................................................................................28 Quadro 6. Custos com a prestao do servio .............................................................................................28 Quadro 7. Equaes para calcular os coeficientes ai e bi ............................................................................32 Quadro 8. Equao utilizada para estimativa da populao de municpios de at 100.000 habitantes .......32 Quadro 9. Variveis das equaes ...............................................................................................................32 Quadro 10. Coeficientes utilizados .............................................................................................................33 Quadro 11. Estimativa da Populao de So Joo da Boa Vista atravs dos Censos realizados pelo IBGE

    .................................................................................................................................................................33 Quadro 12. Projeo dos resduos slidos urbanos .....................................................................................34 Quadro 13. Projeo dos resduos slidos domiciliares midos, secos, rejeitos e biomassa ......................35 Quadro 14. Estimativa de gerao de resduos da construo civil .............................................................36 Quadro 15. Projeo dos resduos dos servios de sade ............................................................................37 Quadro 16. Projeo dos resduos dos servios pblicos de saneamento bsico ........................................38 Quadro 17. Legislaes em mbito nacional ...............................................................................................39 Quadro 18. Legislaes em mbito estadual ...............................................................................................42 Quadro 19. Legislaes do municpio de So Joo da Boa Vista ...............................................................44 Quadro 20. Contratos diretamente relacionados aos servios de manejo de resduos slidos de limpeza

    urbana ......................................................................................................................................................45 Quadro 21. Minuta do convnio entre So Joo da Boa Vista e guas da Prata ........................................47 Quadro 22. Segmentos de atividades associados a PGRS/LR ....................................................................53 Quadro 23. Municpios situados num raio de menos de 30 Km de So Joo da Boa Vista ........................56 Quadro 24. Metas para valorizao de resduos slidos ..............................................................................58 Quadro 25. Linhas de corte para pequeno e grande gerador segundo IBAM..............................................60 Quadro 26. Perodos referentes aos planos de metas ..................................................................................61 Quadro 27. Resumo das diretrizes de curto prazo (2014-2016) ..................................................................61 Quadro 28. Resumo das diretrizes de mdio prazo (2017-2020) ................................................................61 Quadro 29. Resumo das diretrizes de longo prazo (2021-2034) .................................................................62 Quadro 30. Classificao de metas por prioridade de execuo .................................................................63 Quadro 31. Plano de Metas Nacionais para RSD Secos..............................................................................63 Quadro 32. Plano de Metas Municipais para RSD Secos ...........................................................................64 Quadro 33. Plano de Metas Nacionais para RSD midos ..........................................................................65 Quadro 34. Plano de Metas Municipais para RSD midos ........................................................................65 Quadro 35. Metas da PNRS para os RCC ...................................................................................................66 Quadro 36. Legislaes do municpio de So Joo da Boa Vista ...............................................................71 Quadro 37. Componentes essenciais para criao de lei municipal ............................................................72 Quadro 38. ndices dirios de gerao per capita de RCC ..........................................................................73 Quadro 39. Projeo de RCC por classe .....................................................................................................74 Quadro 40. Projeo da necessidade de capacidade do sistema de processamento de RCC Classe A .......75 Quadro 41. Resumo da parcela reciclvel da anlise gravimtrica .............................................................76 Quadro 42. Projeo de resduos reciclveis por tipo .................................................................................76 Quadro 43. Municpios considerados para possvel formao de consrcios .............................................78 Quadro 44. Anlise preliminar dos municpios considerados .....................................................................78 Quadro 45. Vantagens e desvantagens para implantao de usina de compostagem ..................................91 Quadro 46. Vantagens e desvantagens do processo de implantao da coleta seletiva ..............................93 Quadro 47. Vantagens e desvantagens do processo de implantao de usina de incinerao .....................94

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    Quadro 48. Avaliao comparativa entre os mtodos de tratamento de resduos da construo civil ........96 Quadro 49. Avaliao comparativa entre os mtodos de tratamento de RSS ...........................................101 Quadro 50. Avaliao comparativa entre os mtodos de tratamento de resduos dos servios de

    saneamento bsico .................................................................................................................................102 Quadro 51. Modelo de instrumento de controle de formalizao de parcerias .........................................115 Quadro 52. Resduos da logstica reversa..................................................................................................119 Quadro 53. Metas progressivas para coleta de leos, seus resduos e embalagens ...................................121 Quadro 54. Demandas e oportunidades de negcio ..................................................................................128 Quadro 55. Plano de metas para cobrana por servios de RSU dos municpios da regio sudeste .........129 Quadro 56. Programas Estaduais existentes para o financiamento de obras na rea de saneamento bsico

    ...............................................................................................................................................................131 Quadro 57. Gastos e custeios e projeo considerando as aes atuais ....................................................134 Quadro 58. Custos estimados para os projetos e aes propostos .............................................................135 Quadro 59. Quadro resumo dos projetos e aes ......................................................................................142 Quadro 60. Indicadores gerais ...................................................................................................................144 Quadro 61. Indicadores para resduos secos..............................................................................................144 Quadro 62. Indicadores para resduos midos ..........................................................................................144 Quadro 63. Indicadores para os servios de varrio ................................................................................144 Quadro 64. Indicadores para os servios de capina, roada, limpeza de praas e feiras livres .................145 Quadro 65. Indicadores para os resduos da construo civil....................................................................145 Quadro 66. Indicadores para os resduos de servios de sade .................................................................146 Quadro 67. Indicadores para outros resduos ............................................................................................146 Quadro 68. Indicadores para educao e comunicao .............................................................................146 Quadro 69. Indicadores para educao e comunicao .............................................................................147

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    I - JUSTIFICATIVA

    Avaliando que o processo de aplicao de recursos para a soluo de problemas na gesto dos resduos slidos tem esbarrado na precariedade de esforos metodolgicos, na falta de capacitao/orientao tcnica e de acompanhamento a cada caso, em particular;

    Considerando que a escassez do conhecimento e da conscincia da populao quanto importncia dos servios de resduos slidos contribuem para o agravamento de situaes municipais e regionais;

    Urge a necessidade da criao de um modelo que possibilite a restaurao dos conceitos de gesto, atualmente equivocado nos municpios. A responsabilidade compartilhada, nas esferas do poder pblico e privado, deve ser entendida como diretriz segura para a resoluo da situao atual.

    O Plano Municipal de Resduos Slidos resulta dos embates entre sociedade civil e poder pblico, no intuito de se aperfeioar os servios de limpeza pblica e gesto de resduos slidos. A partir das informaes do diagnstico da atual condio de manejo dos resduos slidos busca agregar, numa sntese de proposies, os mtodos e solues prprias para nortear as aes dos gestores pblicos no horizonte programado de sua vigncia, 20 anos.

    Esse instrumento destinado, alm do planejamento, aos beneficiamentos por incentivos ou financiamentos de entidades federais de crdito ou fomento para tal finalidade. tambm instrumento de promoo de integrao social e econmica de catadores de resduos slidos. Como instrumento pblico de planejamento e gesto, encampa as atividades regulatrias tambm do setor privado. To logo, evidente e imprescindvel que padea de soberania sobre seus interessados.

    Considerando a Lei Federal 12.305 de 02 de agosto de 2010 que aprovou a Poltica Nacional de Resduos Slidos e sua regulamentao dada pelo Decreto Federal 7.404 de 23 de dezembro de 2010, o Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos de competncia do Executivo, devendo ser aprovado mediante Decreto, aps a elaborao pelo rgo competente. Ressalta-se que o Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos - PMGIRS deve ser atualizado ou revisto a cada perodo de 04 (quatro) anos, de forma concomitante com a elaborao dos planos plurianuais municipais, conforme preceitua o Art. 50, do Decreto Federal 7.404/2010.

    O marco regulatrio nacional da gesto de resduos, Poltica Nacional de Resduos Slidos (Lei 12.305 de 2 de agosto de 2010), remete concluso, quando do entendimento de seus artigos 51 e 52, que a inobservncia aos preceitos deste instrumento, subordinado a tal marco, incorre nas sanes previstas em lei, em especial s fixadas na Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.

    A elaborao de um PMGIRS em conformidade com as diretrizes da Lei 12.305 de 02 de Agosto de 2010 PNRS torna-se o principal subsdio para o municpio de So Joo da Boa Vista na soluo dos seus problemas na rea de saneamento ambiental e de sade pblica, como tambm, no seu fortalecimento institucional, propondo modelos gerenciais compatveis com sua realidade, com a efetiva participao da populao usuria dos servios e da sociedade em geral, e propiciaro Prefeitura os instrumentos necessrios para gesto integrada dos resduos slidos no municpio.

    O PMGIRS vlido para o Plano Municipal de Saneamento Bsico, no que tange componente resduos slidos, pois contempla os requisitos mnimos e as exigncias que o Art. 11 da Lei 11.445/2007 traz. O PMGIRS deve ter como objetivos gerais o esclarecimento quanto a possibilidade de se agregar valores econmicos aos resduos slidos, de se criar oportunidades de emprego e renda e a proposio da participao social frente ao novo modelo de gesto. No tem o propsito de realizar estudo de viabilidade econmica de propostas, pois ele apresenta um prognstico de cenrio futuro, ou seja, um estudo de

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    concepo, com alternativas que somente o prefeito municipal, ou o lder do consrcio pblico poder escolher como a melhor opo para seu territrio. Apenas os projetos bsicos de engenharia das instalaes propostas no PMGIRS, que podero subsidiar um estudo de viabilidade econmica de uma determinada interveno.

    Para tal efeito o Municpio de So Joo da Boa Vista realizou nos dias 20 e 27 de agosto de 2011 o Frum do Lixo que gerou a Carta do Lixo. Nesta carta se estabeleceu as diretrizes bsicas para o Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos.

    A partir da Carta do Lixo e sob regimento do Decreto 4.003/11 e das Portarias 6.492/11; 6.909/12 e 7.024/12 foram criados o Comit do Lixo e o Grupo Executivo do Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos GER, compostos por representantes da sociedade civil, garantindo-se dessa forma a participao da comunidade no processo de construo do PMGIRS.

    GER - GRUPO EXECUTIVO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTO INTEGRADA DE RESDUOS SLIDOS

    DEPTO MEIO AMBIENTE

    Joo Gabriel de Paula Consentino [email protected] Evelyn Talita Zanette [email protected]

    DEPTO DE ENGENHARIA

    Carolina Mascaro Vieira [email protected] Ana Laura Barcelos Amaral Zenun [email protected]

    UNIFAE Luciel Henrique de Oliveira [email protected] UNIFEOB Eliane Cristina villa Vasconcellos [email protected]

    INSTITUTO FEDERAL

    Lincoln Amaral [email protected]

    COMIT DO LIXO (Decreto 4.003/11; Portaria 6.492/11; 6.909/12 e 7.024/12)

    SOC

    IED

    AD

    E C

    IVIL

    Adenilson Anacleto de Pdua [email protected] Ana Lcia Tarifa Quintana [email protected]

    Carlos Eduardo DAfonseca [email protected] Carolina Diniz Amorim [email protected]

    Ceclia Zanetti [email protected] Cristiano Lcio Costa Censoni Filho [email protected]

    Giuseppe Lo Ducca [email protected] Luiza Francisca A.B. de Albuquerque Sopran [email protected]

    Marcelo de Luca Marzochi [email protected] Marco Antnio de Souza [email protected]

    Maria Isabel Pereira [email protected] Maria Luisa Borges Sorbello [email protected]

    Renata Gabriela Palhares Aversa [email protected] Rosinei Diogo de Almeida [email protected]

    ACE Christoph Von Gossler [email protected] UNIFEOB

    Joo Otvio Bastos Junqueira [email protected]

    ASSOCIAO DOS ENG.

    Rodion Moreira [email protected]

    CIESP Saturnino Castilho Junior [email protected]

    Isaque Domingos [email protected]

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    Os membros do Comit do Lixo, assim como quaisquer muncipes interessados, possuem representatividade para propor sugestes e alteraes no PMGIRS atravs de ofcios, atas ou estudos acadmicos pontuais que podem vir a complementar ou substituir informaes deste plano, e estas sero analisadas pelo Departamento de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento e pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente COMDEMA, bem como podero participar da reviso do Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resduos Slidos, que ser feita a cada 04 anos.

    Segue na ntegra um importante instrumento da participao social no municpio, a Carta do Lixo:

    CARTA DO LIXO

    Como resultado das palestras e debates promovidos nos dias 20 e 27 de Agosto de 2011 durante o Frum do Lixo, temos como diretrizes da Poltica Municipal de Resduos Slidos o que segue:

    1 Elaborao do Plano Municipal de Gesto Integrada de Resduos Slidos, com base na Poltica Nacional de Resduos Slidos (Lei 12.305/10) regulamentada em 23 de Dezembro de 2010. 2 O referido Plano dever contar, em sua elaborao, com a participao da populao, do legislativo, do executivo e da iniciativa privada. 3 O Plano Municipal e os possveis contratos de prestao de servio advindos dele, devero ser revistos a cada dois anos, alternadamente, visando, inclusive, abrigar novas propostas, tecnologias ou solues que se apresentem mais eficazes ao municpio. 4 Ser formado um Comit de Participao junto Administrao Municipal, que atuar na elaborao, implementao e acompanhamento do Plano Municipal de Gesto Integrada dos Resduos Slidos. 5 Caber Comisso Organizadora do Frum do Lixo, unir os atores representativos da sociedade e traz-los para a discusso e formao do Comit. A primeira reunio acontecer na prxima quinta-feira, dia 1 de setembro de 2011, na UniFAE, s 19h30. 6 A Reciclagem de Resduos Slidos e a Educao Ambiental devero constituir os pontos centrais do referido Plano de Gesto. 7 A Educao Ambiental dever ser permanente contemplando toda a sociedade com campanhas especficas, sobretudo a reduo de consumo, a reciclagem e o destino dos resduos slidos. 8 A Coleta Seletiva ser de responsabilidade da Administrao Pblica e deve contemplar obrigatoriamente a participao de cooperativas e catadores. 9 Os Departamentos, Escolas, Empresas e Autarquias Municipais devem formular campanhas de conscientizao, a fim de promover a reciclagem de seus resduos. 10 O Poder Pblico privilegiar solues regionais na destinao dos resduos slidos.

    So Joo da Boa Vista, 27 de Agosto de 2011

    Maria Isabel Pereira (Presidente da Comisso Organizadora do Frum do Lixo)

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    III - RESPONSABILIDADE TCNICA

    EQUIPE TCNICA RESA CONSERVAO AMBIENTAL LTDA EPP NOME FORMAO CONSELHO EMPRESA

    Paulo Henrique Bellingieri Eng. Civil - Mestre em Saneamento e Ambiente CREA n 5061919034

    Juliana Sakoda Telles Chinalia Biloga - Mestre em Educao Ambiental -

    Julliano Csar Guerrero Eng. Ambiental CREA n 5063277032 Fernando William Ka Heng Mo Eng. Ambiental CREA n 5068918349 Paulo Rogrio Fvero Eng. Ambiental CREA n 5063772254 Rodrigo Pita Bomfim Eng. Ambiental - Jos Valverde Machado Filho Advogado -

    Douglas Savan Desenhista - Discente em Agrimensura -

    RESPONSABILIDADE TCNICA PRINCIPAL NOME FORMAO CONSELHO

    Paulo Henrique Bellingieri Eng. Civil - Mestre em Saneamento e Ambiente CREA n 5061919034

    RESPONSABILIDADE PELA IMPLEMENTAO IMPLEMENTAO DO PMGIRS

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    1 CARACTERIZAO DO MUNICPIO DE SO JOO DA BOA VISTA

    1.1 Localizao e Limites

    O municpio de So Joo da Boa Vista situa-se a nordeste do Estado de So Paulo, ocupa uma rea de 516 km e pertence a Regio Administrativa de Campinas. Foi fundado em 1821.

    A sede ocupa as primeiras colinas da Serra da Mantiqueira apresentando, de uma maneira geral, declives bastante acentuados, com Marco Zero do Municpio cota 729,00m, localizado na Praa Gov. Armando Sales. servida pelas Rodovias SP-342, e SP-344.

    Figura 1. Municpio de So Joo da Boa Vista

    *Densidade demogrfica estimada de 161,96 habitantes/km2 e rea territorial de 516,418 km2. Fonte: IBGE (2014)

    Limita-se com os municpios de Agua, guas da Prata, Esprito Santo do Pinhal, Santo Antnio do Jardim, e Vargem Grande do Sul no estado de So Paulo, e Andradas no estado de Minas Gerais.

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    1.2 Aspectos Fsico-Territoriais

    1.2.1 Relevo

    O relevo tpico de montanha, com 767 m de altitude mdia, encontrando-se na Latitude 21 58 09 S e Longitude 46 47 58 W de Gr. A topografia do municpio caracterizada por se localizar na encosta ocidental da Serra da Mantiqueira. medida que se afasta para oeste, as encostas vo se tornando mais suaves.

    1.2.2 Clima e Hidrografia

    Segundo a classificao de Kppen, So Joo da Boa Vista possui o tipo climtico Cwa, mesotrmico (subtropical e temperado), com veres quentes e chuvosos, com a temperatura mdia do ms mais quente superior a 22.

    O municpio de So Joo da Boa Vista est localizado na bacia do Rio Mogi-Guau e pertence UGRHI 09, precisamente na sub-bacia do Rio Jaguari Mirim, afluente do Mogi-Guau.

    Figura 2. Localizao de So Joo da Boa Vista na UGRHI 9

    1.2.3 Geologia

    Dominam no municpio os solos: Podzlico Vermelho Amarelo-Orto (57%) - Este solo ocorre na rea cristalina. cido e medianamente cido. O relevo o principal fator restritivo ao uso deste solo, seguido

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    pela eroso, geralmente decorrente daquele fator e pela fertilidade. O manejo desse solo requer prticas agrcolas cuidadosas. solo indicado para culturas permanentes, pastagens e florestamentos.

    Vem, em seguida, o solo Latossolo Vermelho Amarelo-Orto, ocupando 24,6% da rea do municpio. Tambm solo formado a partir do Complexo Cristalino da regio serrana, ocupando a rea das meias encostas das serra e relevo ondulado.

    Apesar de ser solo fisicamente bom, no havendo nesse particular nenhuma restrio ao uso agrcola, pois solo profundo e com boa capacidade de reteno de gua, no se presta na maioria dos casos, culturas anuais, devido declividade acentuada, sendo, portanto, mais indicado ao uso com culturas permanentes e, ainda, pastos e reflorestamentos. Convm salientar, entretanto, que nas reas menos declivosas, o uso intensivo deste solo, com culturas anuais, se torna possvel.

    Figura 3. Suscetibilidade eroso em So Joo da Boa Vista e na UGRHI 9

    1.3 Aspectos Socioeconmicos

    1.3.1 Base econmica

    A economia baseada predominantemente nas atividades relacionadas ao setor primrio, com destaque para a agropecuria. As principais culturas so: cana-de-acar, laranja, braquiria e milho. As atividades industriais possuem uma forte articulao com as atividades agrcolas, uma vez que se destacam os seguintes ramos fabris: usinas de acar e lcool, papel e celulose, leos vegetais, frigorficos e bebidas, todas consideradas atividades agroindustriais (CBH-MOGI, 2008). Recentemente, destaca-se a implantao de polo aeronutico que j conta com duas empresas.

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    1.3.2 Produto Interno Bruto

    Com base nos dados do IBGE (2011), analisando-se os valores da participao dos setores agropecuria, indstria e servios no total do valor adicionado, obteve-se um PIB a preos correntes de R$ 2,12 milhes e PIB per capita de R$ 25.290,08 reais.

    Figura 4. Representao das atividades econmicas no municpio de So Joo da Boa Vista

    Figura 5. Representao da Abengoa Bioenergia na Economia de So Joo da Boa Vista

    Figura 6. Representao do Distrito Industrial no ICMS do Municpio de So Joo da Boa Vista no ano de 2006

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    Figura 7. Representao do Distrito Industrial no ICMS do municpio de So Joo da Boa Vista no ano de 2013

    1.3.3 Educao

    Encontram-se instalados na cidade 26 escolas municipais, 13 escolas estaduais e 27 escolas particulares. O ndice de alfabetizao do municpio ultrapassa 94% do total de habitantes e o ndice de educao de 0,749. A cidade tambm conta com escolas profissionalizantes e de qualificao profissional, das quais podemos destacar o SENAI, o SENAC e o SEBRAE.

    Com relao as escolas de ensino superior, a cidade conta com o Centro Universitrio das Faculdades Associadas de Ensino (UNIFAE), o Centro Universitrio da Fundao de Ensino Octvio Bastos (UNIFEOB), um campus da Universidade Estadual Paulista (UNESP) e uma unidade da Universidade Aberta do Brasil. H tambm instalado no municpio, um campus do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia (IFSP-SBV), que alm de oferecer cursos tcnicos e profissionalizantes, tambm possui cursos de nvel superior.

    1.3.4 Estrutura de Informao e Comunicao Existentes

    Abaixo seguem os veculos de comunicao existentes no municpio, os quais sero essenciais para divulgao do plano.

    TIPO DESCRIO

    Jornais

    - Gazeta de So Joo - Edio Extra - O Municpio - Jornal do Parabrisa

    Rdios - Rdio Piratininga AM - Rdio 92 FM - Rdio Jovem Pan

    Emissoras de TV

    - TV Unio - TV Serra Azul

    Portal de Internet

    - Site da Prefeitura www.saojoao.sp.gov.br

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    2 DESCRIO DOS SISTEMAS DE COLETA, TRANSPORTE, TRATAMENTO, SEPARAO, RECICLAGEM, REUTILIZAO E DESTINAO FINAL DOS RESDUOS SLIDOS URBANOS EXISTENTES

    Neste captulo ser tratado o diagnstico dos resduos slidos, no que tange ao manejo, ou seja, todas etapas de gerenciamento inerentes a esta atividade, seja no mbito institucional ou operacional, para que obtenha-se um retrato mais fidedigno da situao atual, e propicie-se de maneira consistente

    2.1 Caracterizao institucional dos servios de limpeza urbana e manejo dos resduos slidos

    A rea de abrangncia de manejo de resduos slidos gerida pelo Departamento de Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento, no mbito da administrao, execuo e fiscalizao dos servios. Os departamentos hierarquizados no organograma abaixo, tambm possuem associao direta com a gesto dos resduos slidos municipais.

    Figura 8. Organograma municipal afeto gesto de resduos

    Fonte: Prefeitura de So Joo da Boa Vista (2014)

    Departamento de competncia consultiva e deliberativa, aprova as diretrizes criadas pela Diviso de Meio Ambiente.

    Departamento de competncia executiva, compreendendo as aes definidas pela Diviso de Meio Ambiente.

    Departamento de competncia executiva e consultiva, abarcando o setor de fiscalizao e manuteno.

    Departamento de competncia executiva, arquiva e monitora documentos e contratos relacionados gesto de resduos slidos.

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    Figura 9. Configurao atual dos setores para o manejo de resduos

    Apesar de todos departamentos terem alguma relao com o planejamento urbano, no que tange a manuteno da limpeza pblica e manejo de resduos slidos, pontua-se os principais departamentos que possuem associao direta com o tema, na administrao pblica:

    1. Meio Ambiente, Agricultura e Abastecimento: promoo de aes de gerenciamento integrado de resduos slidos no municpio e coordenao dos servios de coleta e disposio de resduos slidos;

    2. Assessoria de Planejamento, Gesto e Desenvolvimento: coordenao do planejamento econmico-financeiro da administrao e elaborao do oramento plurianual (PPA) e da lei de diretrizes oramentrias (LDO) e Elaborao de estudos e projetos que subsidiem o planejamento urbano;

    3. Jurdico: redao de anteprojetos de leis, regulamentos, contratos e outros atos administrativos de natureza jurdica;

    4. Financeiro: acompanhamento da elaborao do oramento e controle de sua execuo fiscal financeira.

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    2.2 Resduos Slidos Urbanos (RSU)

    2.2.1 Classificao

    a) resduos slidos domiciliares (RSD): os originrios de atividades domsticas em residncias urbanas; b) resduos de limpeza urbana (RLU): os originrios da varrio, limpeza de logradouros e vias pblicas e outros servios de limpeza urbana; (Art.13, Inciso I, PNRS)

    Sero considerados para os itens a seguir a frao seca e mida dos RSD e a massa verde, como constituintes dos RSU.

    2.2.2 Coleta e Transporte

    A coleta convencional realizada pela empresa Embralixo, atendendo 100% da populao urbana do municpio, sendo realizada com uma frequncia de 3 vezes por semana nos bairros residenciais e diariamente (segunda a sbado), incluindo os feriados, nos bairros centrais. O itinerrio da realizao da coleta em cada bairro apresentado no Anexo I Plantas.

    Os setores e a frequncia de coleta esto demonstrados na Planta 01/05 - Setorizao Atual da Coleta Convencional, Anexo I deste Plano. O bairro Pedregulhos um caso parte e, devido distncia e demanda pelo servio, recebe a coleta uma vez por semana. O acondicionamento dos resduos efetuado da seguinte forma:

    Em sacos plsticos adequados, com capacidade volumtrica mxima de 100 (cem) litros; Em outras embalagens, descartveis ou no, permitidas pela Legislao Municipal de So Joo da Boa Vista;

    Em coletores ou outros tipos de recipientes padronizados pela Prefeitura Municipal de So Joo da Boa Vista.

    Figura 3. Caminho para coleta e transporte de resduos domiciliares

    Crditos: Resa Conservao Ambiental (2013)

    Os servios pblicos de limpeza urbana adotados basicamente no municpio so: Varrio; e Poda, capina e roada;

    Esses servios supracitados j englobam limpeza de praas e reas de feiras livres. O servio de varrio executado pela empresa Embralixo e dividido em:

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    Varrio manual de vias e logradouros pblicos; Varrio manual de vias e logradouros pblicos prximos a feiras livres; Varrio de ptio de feiras livres; e Varrio de caladas e ptios de estacionamento.

    A varrio manual de vias e logradouros pblicos atinge mdia de 5.375,35 Km/ms. J a varrio realizada em ptios de feiras livres, caladas e ptios de estacionamento resulta numa mdia de 93.471,28 m, conforma apresentado no quadro a seguir.

    Quadro 7. Descrio do servio de varrio de feiras livres, caladas e estacionamentos

    Local Frequncia semanal

    m2 (rea do Local)

    CEAGESP 1 3.114,00 Vila Brasil (Rua Henrique Martarello) 1 2.686,00

    Pratinha (Rua Silva Jardim) 1 2.590,00 Durval Nicolau (Av. Guilherme Guerreiro) 1 1.453,00 Tereza Cristina (Rua Benedito Cavalieiro) 1 1.569,00

    Avenida Rotary (calada) 1 6.631,20 Calada em frente Escola do Sesi (lado da Rodovia) 1 1.062,00 Calada em frente Escola do Sesi (lado da Escola) 1 748,77

    Estacionamento escola Sesi 1 1.633,68 TOTAL SEMANAL 21.487,65

    TOTAL MENSAL 93.471,28 Fonte: Prefeitura Municipal de So Joo da Boa Vista (2014)

    J a varrio de vias e logradouros pblicos prximos a feiras livres abrange cerca de 3,82 Km/ms e executado conforme quadro a seguir.

    Quadro 8. Descrio do servio de varrio de vias e logradouros prximos a feiras livres Vias e logradouros Frequncia

    semanal Metros Lineares de

    Guias (Vias Adjacentes) Rua Napoleo Conrado 1 800

    Rua Silva Jardim 1 78 TOTAL SEMANAL 878 TOTAL MENSAL 3.819,30

    Fonte: Prefeitura Municipal de So Joo da Boa Vista (2014)

    Os servios de poda de rvores, capina e roada so realizados parte por equipe da Prefeitura e parte pela Equipe Padro contratada junto a Embralixo.

    Cada equipe padro disponibilizada pela Embralixo composta por 01 (um) encarregado e 09 (nove) trabalhadores braais, equipados com no mnimo 04 (quatro) roadeiras costais com acessrios (faca e polymatic), ferramentas de pequeno porte como enxadas, enxades, cavadeiras, vassoures tipo gari, faces,

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    picaretas, vangas, vassouras, vassouras para gramado, forcados, gadanhos, ps redondas, ps quadradas, rastelos, carrinhos de mo, foice, tesouras de poda de grama, tesouras de arbustos, alm dos demais equipamentos necessrios ao cumprimento do objeto. Para cada equipe padro a empresa contratada fornece ainda 01 (um) caminho tipo carroceria com no mnimo 6 (seis) metros de comprimento ou basculante (com motorista), para efetuar a coleta dos resduos e 01 (um) utilitrio tipo Van, Kombi, para o transporte dos operrios que fica disposio do encarregado responsvel pela equipe. A Equipe Padro de limpeza pblica possui a obrigatoriedade do uso de Equipamentos de Proteo Individual EPIs, tais como: luvas, botinas, e uniformes.

    A Prefeitura estima que seja gerado no municpio cerca de 4.500 ton/ano de massa verde. Aproximadamente metade desse material enviada para o viveiro, onde triturado e incorporado a terra utilizada na produo de mudas. A outra parte enviada ao Aterro Sanitrio, que tambm possui um triturador de galhos utilizado no processamento desse material. Todos os resduos triturados esto sendo utilizados na forrao do solo nas reas verdes e canteiros onde esto sendo realizados plantios de mudas, visando a reduo das perdas de umidade do solo, bem como para o reaproveitamento do material disponvel.

    O transporte dos RSU realizado em So Joo da Boa Vista pela empresa Embralixo, com a utilizao de 05 (cinco) caminhes coletores compactadores, sendo que o servio prestado por equipes com: 01 (um) motorista e 03 (trs) auxiliares, totalizando 20 (vinte) trabalhadores para execuo dos servios.

    A seguir demonstram-se os tipos e medies dos servios de manejo de RSU, no que tange a custos e responsabilidade na execuo

    Quadro 1. Medio e responsabilidades nos servios de manejo de resduos slidos TIPO DE SERVIO MEDIO (MDIA) DOS SERVIOS

    EXECUO PREFEITURA TERCEIRIZADA

    Coleta e transporte de Resduos Slidos Domiciliares 1.739,66 ton/ms

    X

    Transporte e destinao final de Resduos Slidos Domiciliares 1.739,66 ton/ms

    X

    Servio de Varrio Manual de Vias e Logradouros Pblicos 5.375,35 Km/ms

    X

    Servio de Varrio de Caladas, Ptios e arredores de feiras livres e estacionamentos

    3,82 Km/ms + 93.471,28 m2/ms

    X

    Corte e poda de rvores, capina e roada - X X Operao do Aterro/Transbordo - X

    Fonte: Prefeitura de So Joo da Boa Vista (2013)

    2.2.3 Tratamento e Disposio Final

    Os resduos slidos urbanos (RSU) de So Joo da Boa Vista so dispostos em aterro sanitrio licenciado.

    At o dia 20 de janeiro de 2014 os RSU eram encaminhados para disposio no Aterro Controlado Municipal. A partir dessa data o RSU passou a ser enviado para o Aterro Sanitrio de So Carlos/SP, que recebeu os resduos durante 10 dias. Aps este perodo o municpio de So Carlos decidiu pela no-aceitao dos resduos de So Joo da Boa Vista, sendo que o novo destino passou a ser o Aterro Sanitrio de Guatapar/SP, gerenciado pela Empresa CGR/ESTRE.

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    Na rea anexa ao Aterro Sanitrio de So Joo da Boa Vista foi construda uma Unidade de Transbordo licenciada, onde o resduo trazido pelos caminhes compactadores transbordado para carretas e posteriormente enviado para Guatapar. Tanto o Aterro quanto o Transbordo ficam localizados na Zona Rural de So Joo da Boa Vista, Estrada da Fazenda Capituba. O Aterro Sanitrio foi desativado e as obras de encerramento j foram iniciadas, sem prazo determinado para finalizao.

    Figura 4. Aterro Controlado Municipal

    Crditos: Resa Conservao Ambiental (2013)

    O transbordo possui os seguintes documentos que validam e efetivam sua disponibilidade para operao: CADRI: Transferncia de RSD (Transbordo). Validade at: 15/01/2019. LO (a ttulo precrio): Transferncia de RSD (Transbordo). Validade at: 13/07/2014. (Vide Anexo III)

    A gerao de RSU atual de aproximadamente 58 ton/dia, e o ndice de Qualidade dos Resduos (IQR) de 2012 obtido foi de 7,3, considerado adequado, conforme o Inventrio Estadual de Resduos Slidos Domiciliares (CETESB, 2012).

    2.2.4 Quadro resumo de recursos humanos, equipamentos e infraestrutura

    Os recursos humanos e maquinrios existentes para a execuo dos servios de gesto de resduos e limpeza urbana so observados abaixo:

    Quadro 5. Quantidade de trabalhadores em cada servio executado

    SERVIOS EXECUTADOS DO QUADRO DA

    PREFEITURA DE EMPRESAS

    CONTRATADAS Coleta de Resduos Slidos

    Domiciliares (Coleta + Motoristas) 0 33

    Coleta de RSS 0 2 Varrio 0 76

    Poda, Capina e roada 13 11 Unidade de manejo, tratamento ou

    disposio final 6 0

    Gerncia ou administrao (planejamento ou fiscalizao) 4 5

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    Fonte: SNIS (2013) Quadro 6. Equipamentos disponibilizados para realizao dos servios

    DESCRIO QUANTIDADE Caminho compactador,

    basculante, ba ou carroceria, Furgo, etc.

    8

    Retroescavadeira 1 Roadeira 4

    P carregadeira 1 Trator esteira 1

    Fonte: Prefeitura Municipal de So Joo da Boa Vista (2014)

    2.2.5 Separao, Reciclagem e Reutilizao

    So Joo da Boa Vista conta com a cooperativa COOPERMAX, que existe desde 2000 e atualmente realiza a Coleta Seletiva no municpio. A cooperativa, instalada num barraco cedido pela Prefeitura no Distrito Industrial, conta hoje com aproximadamente 25 cooperados que realizam a coleta utilizando-se de dois caminhes tipo carroceria, sendo um fornecido pela Prefeitura e outro pleiteado atravs de financiamento junto FUNASA.

    A coleta seletiva no atinge 100% dos domiclios do municpio. Nos bairros atendidos a coleta realizada no sistema porta a porta, na frequncia de uma vez por semana, sempre em dias definidos, conforme demonstrado no Quadro a seguir. Na Planta 02/05 - Situao Atual da Coleta Seletiva, Anexo I deste Plano, apresentada a rea de abrangncia da coleta.

    Quadro 11. Bairros abrangidos pela Coleta Seletiva Dias EQUIPE 1 EQUIPE 2

    Segunda-feira So Benedito/Jd.Molinari Rosrio/Santo Andr Tera-feira Perptuo Socorro/Vila Loyola Vila Conrado/Jd. Leonor Quarta-feira So Lzaro/Nova So Joo Vila Bancria/Santo Andr II Quinta-feira Vila Brasil/Nova Repblica Pq. das Naes/Santa Edwirges Sexta-feira Centro Centro (Praa da Bandeira)

    Fonte: Prefeitura Municipal de So Joo da Boa Vista (2013)

    O resduo reciclvel coletado no pesado antes de ser levado Cooperativa. Dessa forma no h como mensurar o volume coletado. H apenas a pesagem do material triado e vendido. Utilizando-se dados de setembro de 2012 a julho de 2013 temos que a mdia mensal de material vendido foi 31,47 toneladas, com receita mdia de R$ 10.907,90 por ms. Os materiais so vendidos para compradores dos municpios de Mogi Guau, Arthur Nogueira e So Joo da Boa Vista.

    Em termos percentuais esta quantidade comercializada representa 1,8% sobre o total de resduos domiciliares gerados mensalmente, que demonstra um desempenho irrisrio, visto que o Plano Nacional de Resduos Slidos demarca a meta de reduo dos resduos reciclveis secos dispostos em aterro, em 22%, j para o ano de 2015. Cada cooperado recebe em mdia um salrio mnimo por ms.

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    Figura 7. Situao atual da cooperativa de recicladores

    Crditos: Resa Conservao Ambiental (2013)

    Alm dos bairros citados no Quadro anterior, a Cooperativa coleta resduos de algumas empresas e indstrias, entre elas: Aromtica, Autocan, CBL, Coperfil, Elfuza, FIAT, Radiador, Megavan, Farmcia do Povo e Banco do Brasil.

    A Coopermax adquiriu atravs de um convnio com a FUNASA um caminho que est sendo utilizado na coleta e transporte do material reciclado.

    Figura 8. Caminho adquirido para ampliao da capacidade operacional da cooperativa

    Crditos: Resa Conservao Ambiental (2013)

    Todo o material no aproveitado (rejeito) destinado ao Transbordo para ser enviado ao Aterro Sanitrio de Guatapar.

    O Departamento Municipal de Sade com o apoio do Departamento Municipal de Obras elaborou um estudo sobre os catadores informais existentes no municpio. Esse estudo apontou que atualmente existem cerca de 392 residncias de catadores autnomos em So Joo da Boa Vista. A maior concentrao se d nos bairros Durval, Nossa Senhora de Ftima e Santo Antnio. No entanto a Prefeitura Municipal no possui um cadastro destes catadores autnomos.

    Alm do problema de sade pblica causado pelo armazenamento desses materiais nos quintais das casas, o que pode causar proliferao de vetores, doenas, etc., todo esse material coletado no mensurado e no pode ser considerado formalmente no indicador de desempenho, o que dificulta ainda mais o atingimento da meta.

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    Figura 10. Localizao dos catadores autnomos

    Fonte: Prefeitura Municipal de So Joo da Boa Vista (2011)

    Este estudo foi mencionado no estudo de ZENUN (2006) e resultou na elaborao do Decreto Municipal n. 4060/2011.

    Figura 11. Depsitos de Sucatas no municpio ENDEREO NMERO BAIRRO SITUAO

    Rua Matheus Delalibera 150 B Jd. Yolanda Dep. de Sucatas (Rocavi) Rua Matheus Delalibera 180 Jd. Yolanda Dep. de Sucatas (Ferreira) Rua Matheus Delalibera 480 Jd. Yolanda Dep. de Sucatas (M. Tubos) Rua Matheus Delalibera 778 A Jd. Yolanda Dep. de Sucatas (Irm. China) Rua Adorvano J. Vallim 365 Distrito Industrial Dep. de Sucatas (Coopermax) Rua Irmo Souza Lima 128 Vila Operria Dep. de Sucatas (Fer Alvarez) Rua Jlio Michelazzo 360 Nossa Sra. De Ftima Dep. de Sucatas

    Rua Serafim J. Ferreira 90 Nossa Sra. De Ftima Dep. de Sucatas (M.Paiva) Rua dos Tavares 140 Pratinha Dep. de Sucatas (Zanetti) Rua Padre Irineu 381 Jardim Bela Vista Dep. de Sucatas (J.Bigode)

    Rua Coronel Jos Procpio 1830 Santo Antnio Dep. de Sucatas (M.P.) Avenida Braslia 1805 Vila Zanetti Dep. de Sucatas (J.Bigode)

    Rua Rodolfo F. Reck 75 Vila Zanetti Dep. de Sucatas (WRZ) Rua Mon. J. Ramalho 450 Vila Brasil Dep. de Sucatas e Peas

    Rua Sebastio A. Pereira 350 S. da Mantiqueira Dep. de Sucatas Avenida Joo Bat. Barbosa 640 D.E.R Dep. de Sucatas

    Rua Jonas V. de Barros 80 Jardim Fleming Dep. de Sucatas (J.Bigode) Rua Sebastiana Gabriel 85 Jardim Amlia Dep. de Sucatas (Boa Vista)

    Fonte: Prefeitura Municipal de So Joo da Boa Vista (2011)

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    2.2.6 Problemas oriundos da inadequao no manejo ou deficincia da gesto ou sistema atual

    A Prefeitura cobra a taxa de limpeza de vias e logradouros especfica para a gesto dos RSU, conforme parmetros apresentados na Lei Complementar 106/97 (Cdigo Tributrio):

    TAXA DE LIMPEZA DAS VIAS E LOGRADOUROS PBLICOS

    = {T +[(Tt - T)x0,1]}x2UFIR

    T = Testada at o limite de 12(doze) metros lineares; Tt = Testada total; 0,1 = 10% (dez por cento) da testada excedente; Tt-T = Testada excedente.

    As diretrizes e os critrios para a cobrana devem ser baseados em parmetros como regio, perfil socioeconmico, metragem construda e frequncia dos servios. Assim sendo, a cobrana deve ser realizada para os servios divisveis, pois evidente a inconstitucionalidade do preceito que prev a cobrana da taxa de limpeza pblica e coleta de lixo, mediante a utilizao de elemento que compe a base de clculo do IPTU. Tal assunto ser abordado com maior profundidade nas proposies deste PMGIRS.

    Como no existe ainda uma forma de cobrana definida, os valores abaixo demonstram a insustentabilidade dos servios, em custos unitrios, mensais e anuais:

    Quadro 1. Custos relativos prestao dos servios TIPO CUSTO UNITRIO

    CUSTO MENSAL CUSTO ANUAL

    Coleta e Transporte interno de RSD R$ 65,79/ton R$ 114.452,23 R$ 1.373.426,76

    Transporte intermunicipal e destinao do RSD R$ 130,00 R$ 226.155,80 R$ 2.713.869,60

    Servio de Varrio Manual de Vias e Logradouros Pblicos R$ 31,25/Km R$ 167.979,69 R$ 2.015.756,28

    Servio de Varrio Manual de vias e logradouros prximos a

    feiras livres R$ 39,52/Km

    R$ 150,97

    R$ 1.811,64

    Servio de Varrio Manual de Ptio de feiras livres, caladas e

    ptios de estacionamento R$ 0,21/m R$ 19.628,97 R$ 235.547,64

    Fornecimento de Equipe Padro

    R$ 43.154,67/un.

    R$ 43.154,67

    R$ 517.856,04

    TOTAIS - R$ 571.522,33 R$ 6.858.267,96

    No que tange coleta seletiva, conforme a Planta 02/05 citada anteriormente, apenas 8,2% do territrio municipal urbano abrangido pelo servio, porm devido perda operacional com rejeitos e a impossibilidade atual da pesagem do material recebido, segregado e descartado, no h como medir o desempenho da atividade com preciso. Isso posto, conclui-se pela necessidade de se realizar anlise

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    gravimtrica dos resduos slidos domiciliares, para se aferir a porcentagem de resduos secos com potencial para coleta seletiva.

    A Prefeitura, antecipando-se concluso do plano, est em vias de contratao de empresa terceirizada que ampliar o programa de coleta seletiva para 100% do municpio. A empresa dever elaborar mapeamento com itinerrios e rotas que cumpram com as disposies do termo de referncia, e tecnicamente vivel no intuito de no conflitar com o programa de coleta convencional.

    Ser sugerido ilustrativamente um modelo de setorizao, nas proposies deste plano.

    2.2.7 Anlise gravimtrica dos resduos slidos domsticos

    Foi realizado estudo para caracterizao fsica dos resduos slidos, conforme diretrizes do Manual1 de Gerenciamento Integrado de Resduos Slidos (IBAM, 2001), contemplando uma amostra de 315,2 L de volume, que aps as etapas de homogeneizao e quarteamentos, foi separada, classificada e por conseguinte atribudos os pesos e porcentagens individuais em relao amostra total.

    Quadro 2. Resultados detalhados da caracterizao gravimtrica

    1 Manual disponvel em: http://goo.gl/ShO4t

    Estudo Gravimtrico Peso (Kg) Peso (%) Volume (L) Volume (%)Orgnicos 4,810 24,09 20,5 6,50

    Matria orgnica + Massa Verde 4,784 23,96 20 6,35Coco Verde 0,026 0,13 0,5 0,16

    Reciclveis secos 9,391 47,04 209,7 66,53Papel/Jornais/Revistas 1,000 5,01 20 6,35

    Papelo 1,370 6,86 40 12,69Plstico malevel (sacolas, sacos, etc) 3,130 15,68 75 23,79

    Plstico duro (embalagens, etc) 1,305 6,54 40 12,69PET 0,186 0,93 10 3,17

    Metais ferrosos 0,116 0,58 0,2 0,06Alumnio 0,126 0,63 4,5 1,43Vidros 0,788 3,95 5 1,59

    Embalagens mistas 1,370 6,86 15 4,76Demais Reciclveis 0,526 2,63 14,5 4,60

    Isopor 0,142 0,71 5 1,59Borracha 0,292 1,46 5 1,59Madeira 0,052 0,26 0,5 0,16

    Rfia 0,040 0,20 4 1,27Rejeitos 5,180 25,95 70,0 22,21

    Papel higinico/fraudas/absorventes, etc 2,820 14,12 25 7,93Tecidos/sapatos 1,884 9,44 40 12,69

    Demais rejeitos (bituca de cigarro, etc.) 0,476 2,38 5 1,59Servio de Sade 0,058 0,29 0,5 0,16

    Total 19,965 100,00 315,2 100,0

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    Alm dos resultados detalhados, classificou-se em grandes grupos, para facilitar o entendimento e a representatividade da amostra obtida.

    Quadro 3. Resumo da anlise gravimtrica Material (Resumo) Peso (Kg) Peso (%) Volume (L)

    Volume (%)

    Orgnicos 4,810 24,09 20,5 6,50 Reciclveis secos 9,391 47,04 209,7 66,53

    Demais Reciclveis 0,526 2,63 14,5 4,60 Rejeitos 5,180 25,95 70,0 22,21

    Servio de Sade 0,058 0,29 0,5 0,16 Sob posse destas informaes, foram confeccionados grficos que ilustram os resultados em porcentagens para peso e volume.

    Figura 12. Grfico representativo da anlise gravimtrica (peso)

    Da amostra obtida, aferiu-se que pelo menos 73,76% dos resduos tem potencial para reciclagem e/ou compostagem, sendo que somente os 26,24% restantes so de fato rejeitos que devem ser aterrados ou destinados a outros tipos de tratamentos.

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    Figura 13. Grfico representativo da anlise gravimtrica (volume)

    Considerando-se um cenrio otimista em que 10% da populao estaria sendo atendida pelo programa de coleta seletiva, de um total de 57,98 toneladas/dia de RSD, seria obtida uma frao de 5,798 toneladas da regio atendida, sendo que 2,9 toneladas seriam referentes a resduos secos.

    J numa situao hipottica ideal, que ser considerada na projeo como meta, seria a reciclagem dos 49,67% de resduos do municpio, que equivaleria a um peso de 28,8 toneladas/dia.

    2.2 Resduos da Construo Civil (RCC) e Volumosos

    2.2.1 Classificao

    h) resduos da construo civil: os gerados nas construes, reformas, reparos e demolies de obras de construo civil, includos os resultantes da preparao e escavao de terrenos para obras civis; (Art.13, Inciso I, PNRS).

    2.2.2 Coleta e Transporte

    No municpio de So Joo da Boa Vista, no h uma linearidade na gerao de RCC, sendo que podem ser observados os seguintes dados de gerao, respectivamente, de 2009, 2012 e 2013:

    Quadro 4. Gerao de RCC no municpio de So Joo da Boa Vista Ano Gerao (ton/ano) Gerao (ton/dia) 2009 18.032 49,4 2012 31.092 85,2

    2013* 46.640 127,8 *Em 2013, considerada uma estimativa no perodo de Fevereiro a Novembro.

    Fonte: Consrcio Etep/Enger/Maubertec (2009) e Prefeitura de So Joo da Boa Vista (2012/13)

    A realidade em 2014, conforme levantamento de campo, a entrada diria de uma mdia de 30 caminhes de caambeiros por dia no aterro municipal. Ou seja, num cenrio otimista, considerando um volume de 3 m3 por caminho, so pelo menos 90 m3/dia, ou 135 toneladas/dia de RCC gerados diariamente.

    Adiciona-se a esta estimativa, a existncia de pelo menos 30 pontos de disposio irregular de entulhos difusos pelo municpio, reas que so limpas com frequncia semanal ou quinzenal. Tais pontos sero demonstrados na Planta 05/05 Pontos de disposio irregular de RCC, no Anexo I.

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    Figura 5. Limpeza de pontos com disposio de resduos da construo civil

    Crditos: Resa Conservao Ambiental (2013)

    Por causa de seu elevado peso especfico, o RCC comumente acondicionado em contineres metlicos estacionrios (caambas) de 4,5 a 6,5m3, similares aos utilizados no acondicionamento do lixo pblico, ou ainda contineres de 2,0 x 1,5 x 2,5 m para canteiros de obras.

    O transporte dos RCC realizado atualmente por empresas privadas, alguns exemplos: Bassi Caambas, Transterra, Lig Kaamba, Tele Caamba, Skip Caambas, Carvalho Caambas, Caambas Barreiro, RS Caambas, Terraplenagem 3 Irmos, Stefani Caambas e Caambas Bota Fora.

    2.2.3 Tratamento e Disposio Final

    O municpio ainda no dispe de usina de reciclagem para este tipo de resduo, ou aterro de inertes licenciado. O RCC ainda destinado rea do Aterro Sanitrio, onde uma frao do resduo triada, sendo o entulho limpo utilizado na cobertura preliminar dos resduos domiciliares dispostos no Aterro.

    Nesse processo de encerramento do Aterro ainda ser utilizado um volume considervel de RCC triado para a cobertura do macio. No entanto, ainda no h uma definio de qual ser a soluo para o RCC gerado futuramente.

    2.2.4 Separao, Reciclagem e Reutilizao

    O municpio no conta com usina de triagem e beneficiamento desse material (Classe A), nem aterro de inertes licenciado. Alguns representantes de algumas das empresas de coleta de RCC se reuniram e comearam a estudar a possibilidade de se unirem e implantarem uma Usina de beneficiamento, mas at o momento no h nada de concreto.

    2.2.5 Problemas oriundos da inadequao no manejo ou deficincia da gesto ou sistema atual

    Devido falta de unidades de manejo que supram as demandas geradas por este tipo de resduo e a fiscalizao comprometida em algumas localidades, a soluo que a maioria dos muncipes encontram a disposio em terrenos dispersos na cidade, como demonstrados na Figura 5 e na Planta 05/05 Pontos de Disposio Irregular de RCC.

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    Outro problema que se acentua diariamente o acmulo do RCC no aterro, que j est nas etapas finais de encerramento. Ou seja, o RCC no ser mais necessrio para cobertura dos macios, e est ocupando uma grande rea contgua ao aterro, devido a inexistncia de triagem e beneficiamento do material.

    Em suma, observam-se as seguintes carncias e deficincias:

    No h uma lei municipal que determine a obrigatoriedade do descarte adequado deste tipo de resduos, prevendo sanes para quem descumpri-la, tampouco um Sistema Municipal de Gesto que concilie os interesses dos elos da cadeia, quais sejam, geradores, transportadores, poder pblico e operadores da Central de Disposio Final deste resduo;

    Falta de conscientizao da populao quanto utilizao das caambas para disposio apenas de RCC;

    Falta fiscalizao para identificar e punir os geradores que faam o descarte clandestino desses materiais;

    A gesto atual dos RCC no a mais adequada, pois o resduo aterrado em forma de bota-fora. H a necessidade de proporcionar uma recuperao (reciclagem) desses materiais para insero dos mesmos novamente na cadeia produtiva;

    Falta de Ecopontos para a destinao de pequenos volumes gerados pelos muncipes, que inviabiliza a locao de uma caamba;

    Falta de uma cultura que estimule a recuperao/reciclagem do material, mediante cobrana pelo recebimento, compatvel com os investimentos necessrios para a promoo da reutilizao deste material.

    2.3 Resduos de Estabelecimentos Comerciais e Prestadores de Servios

    2.3.1 Classificao

    d) resduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de servios: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos nas alneas b (RLU), e (RSB), g (RSS), h (RCC) e j (RT); (Art.13, Inciso I, PNRS)

    2.3.2 Coleta e Transporte

    O municpio coleta os resduos considerados similares aos resduos domiciliares, dos estabelecimentos em questo, ficando por conta dos geradores outros tipos de resduos explicitados a seguir. No cobrada nenhuma taxa pela coleta.

    Os resduos slidos de estabelecimentos comerciais so recolhidos juntamente com os RSD, no sendo possvel nesse caso, aferir a quantidade de resduos gerados nesse segmento.

    2.3.3 Tratamento e Destinao Final

    Os resduos recebem o mesmo tratamento e disposio final dos resduos domiciliares, o aterro de Guatapar - SP.

    2.3.4 Separao, Reciclagem e Reutilizao

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    Ser tratada na identificao dos geradores sujeitos a elaborao de planos de gerenciamento de resduos slidos e implantao de sistemas de logstica reversa, as responsabilidades nas etapas de separao, reciclagem e reutilizao, inerentes aos segmentos analisados.

    2.3.5 Problemas oriundos da inadequao no manejo ou deficincia da gesto ou sistema atual

    A necessidade de se criar um volume de corte para se diferenciar pequenos e grandes geradores essencial para que o poder pblico no sustente responsabilidades que no so de sua alada. Com o encerramento do aterro municipal, as empresas que por ventura destinavam seus resduos l de forma ilcita tero de repensar seus procedimentos, dentro do contexto da responsabilidade compartilhada.

    Para tanto, a fiscalizao de entrada de resduos no transbordo dever ser acentuada para que no sejam destinados resduos inadequados ao aterro privado contratado. No que tange as empresas, devero elaborar seus planos e sistemas de logstica reversa, assim como devero ser inspecionadas no que se refere s exigncias tcnicas de licenas ambientais, certificados de movimentao de resduos de interesse ambiental (CADRIs), passando pelo crivo da Agncia Ambiental (Cetesb) de So Joo da Boa Vista. Adicionalmente, os resduos de significativo impacto ambiental, alm de destinao ambientalmente adequada, devero possuir registro no Cadastro Tcnico Federal2 (CTF/Ibama), no que se refere a Lei 10.165/2000 em seu relatrio anual de atividades poluidoras.

    2.4 Resduos dos Servios Pblicos de Saneamento Bsico

    2.4.1 Classificao

    e) resduos dos servios pblicos de saneamento bsico: os gerados nessas atividades, excetuados os referidos na alnea c (RSU); (Art.13, Inciso I, PNRS)

    2.4.2 Coleta e Transporte

    So resduos provenientes de estaes de tratamento de gua e esgoto, de limpezas de bueiros, bocas de lobo e sarjetes, dentre outros. Em So Joo da Boa Vista basicamente sero considerados os lodos gerados na ETA e na ETE.

    Figura 14. Canal de entrada do desarenador

    2 Disponvel em: https://servicos.ibama.gov.br/ctf/manual/html/010515.htm

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    Na ETA basicamente o resduo gerado o lodo. Esse resduo ainda no passa por nenhum tipo de tratamento e lanado direto no corpo dgua (rio). A Sabesp, empresa operadora do sistema, informa que h um projeto de um leito de secagem, mas que no h previso para construo do mesmo. No h informaes sobre o volume gerado.

    Na ETE, tambm operada pela Sabesp, alm do lodo so gerados resduos no processo de tratamento primrio, basicamente oriundos da limpeza do gradeamento. A partir de dados do CADRI (Certificado de Movimentao de Resduos de Interesse Ambiental), so gerados mensalmente 833 m3 de lodo que so armazenados temporariamente nos leitos de secagem e posteriormente destinados para o Aterro Sanitrio particular, localizado em Paulnia. O resduo acondicionado em tambores identificados e transportados em carretas similares s que so utilizadas para os resduos domiciliares.

    2.4.3 Tratamento e Destinao Final

    OS resduos dos servios pblicos de saneamento bsico (ETA/ETE) atualmente so destinados ao Aterro Sanitrio Industrial de Paulnia SP. J os resduos provenientes de limpezas de bueiros, bocas de lobo e sarjetes, dentre outros, so coletados pelas equipes de limpeza pblica da prefeitura e encaminhados para aterro sanitrio pela estao de transbordo.

    CADRI (Nro)

    Nome da Empresa Tipo de Resduo Gerao (m3/ms)

    Origem Destino

    63000138

    CIA. de Saneamento Bsico do Est. de

    So Paulo - SABESP - ETE

    S.J.B.VISTA

    Lodo de Estao elevatrio de esgotos 833,33 Estaes elevatrias

    Estre Ambiental S/A. Aterro

    Sanitrio Industrial

    2.5 Resduos Industriais

    2.5.1 Classificao

    f) resduos industria