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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO ÓRGÃO ESPECIAL DO COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA
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REUNIÃO ORDINÁRIA DO ÓRGÃO ESPECIAL DO COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA DE 14.12.2005
Aos catorze dias do mês de dezembro do ano de dois mil e cinco, às 13:30
horas no Auditório Tilene Almeida de Morais, 9º andar do prédio do
Ministério Público do Estado de São Paulo, localizado na rua Riachuelo nº
115, nesta cidade, sob a Presidência do Doutor Rodrigo César Rebello
Pinho, Procurador-Geral de Justiça, reuniram-se os integrantes do Órgão
Especial do Colégio de Procuradores de Justiça, passando-se à discussão da
reunião ordinária regularmente convocada para apreciação e deliberação
das matérias constantes da pauta, adrede preparada e remetida a todos.
Havendo número legal de 38 (trinta e oito) Procuradores de Justiça
presentes, o Doutor Presidente declarou instalada a Sessão. Leitura e
Aprovação da Ata da Reunião Anterior – Dispensada a leitura da ata da
reunião anterior, foi a mesma aprovada. Comunicações do Presidente do
Órgão Especial do Colégio de Procuradores - Propôs votos de louvor à
nova direção do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, recém
eleita: Presidente – Des. Celso Luiz Limongi; Vice-Presidente – Des. Caio
Canguçu de Almeida; Corregedor Geral – Des. Gilberto Passos de Freitas;
Presidente da Seção Criminal – Des. Luiz Carlos Ribeiro dos Santos;
Presidente da Seção de Direito Privado – Des. Ademir de Carvalho
Benedito; Presidente da Seção de Direito Público – Des. Sidney Benetti;
bem como congratulações ao atual Conselho Superior da Magistratura, Drs.
Luiz Elias Tâmbara, Mohamad Amaro e José Mario Antonio Cardinale,
pelo brilhante desempenho nos órgãos de direção do Tribunal de Justiça,
respectivamente, presidência, vice-presidência e corregedoria-geral, bem
como votos de congratulações aos vinte colegas eleitos para o Órgão
Especial do Colégio de Procuradores de Justiça, e para o Conselho Superior
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do Ministério Público, biênio 2006/2007, e elogio a todos os integrantes do
Colendo Órgão Especial que estão concluindo a gestão, tanto os natos
como os eleitos, com especial referência a estes, pelos trabalhos
desenvolvidos durante o biênio, com máxima dedicação e zelo pela
melhoria da Instituição. Propôs, também, votos de congratulações à nova
diretoria da CONAMP, em especial ao Presidente eleito, o colega Dr. José
Carlos Cosenzo, que, certamente, imprimirá o mesmo dinamismo e
eficiência, que sempre demonstrou na Presidência da APMP, ao novo cargo
que exercerá. Propôs, ainda, votos de congratulações aos novos Secretários
de Procuradorias recém eleitos: Procuradoria de Justiça Criminal, Dr. José
Ricardo Peirão Rodrigues; Procuradoria de Justiça Cível, Dr. Washington
Epaminondas Medeiros Barra e Procuradoria de Justiça de Habeas Corpus,
Dr. Paulo Álvaro Chaves Martins Fontes. Ponderou ter havido equívoco no
recém aprovado e publicado Ato Normativo nº 412-CPJ, posto que ficou
deliberado neste Plenário que a Procuradoria de Hábeas Corpus continuaria
com atribuição para oficiar em todos os processos de Hábeas Corpus, seja
criminal, seja cível e, inclusive, naqueles relativos à jurisdição da Infância
e da Juventude, porém constou no art. 3º., § 3º, que tal atribuição caberia à
equipe de Procuradores de Justiça designados para atuar junto à Câmara
Especial do Tribunal de Justiça, motivo pelo qual propôs a retificação desse
dispositivo, com a exclusão da expressão final: “e nos hábeas corpus
relativos à jurisdição da Infância e Juventude”, proposta esta
aprovada por unanimidade. Nessa oportunidade o Dr. José Ricardo
Peirão propôs, também, a alteração do mesmo Ato, no que se refere aos
arts. 16 e 20, “caput”, com sugestão substitutiva da Dra. Maria Cristina
Barreira de Oliveira, tendo sido debatida a questão em Plenário,
concluindo-se, por maioria de votos, contra o voto do Dr. Jorge Luiz
Ussier, pela seguinte redação: art. 16 – “As Procuradoria de Justiça
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terão o prazo de 120 (cento e vinte) dias, contados do ato de sua
instalação, para o cumprimento do disposto no art. 10, “caput”, e §§ 1º
e 2º deste ato normativo” – art. 20 – “Com a instalação das novas
Procuradorias de Justiça, os feitos que derem entrada nas respectivas
secretarias serão distribuídos eqüitativamente entre seus integrantes,
assim como aqueles que forem transferidos das atuais Procuradorias
de Justiça, observando-se que:” Após deu ciência dos Pts. nº 122.968/05,
123.482/05, 126.368/05, 124.681/05, 124.905/05 e 123.902/05, referente
aos relatórios de distribuição dos meses de outubro e novembro da 1ª, 2ª,
3ª, 4ª e 5ª Procuradorias de Justiça. Comunicações do Corregedor-Geral
do Ministério Público – Reiterou os votos de congratulações e elogios, em
especial aos colegas eleitos para integrar este Órgão Especial e o Conselho
Superior do Ministério Público, no biênio 2006/2207, bem como enalteceu
o excelente trabalho desenvolvido por todos os colegas que ora encerram a
gestão, com destaque para o empenho e dedicação evidenciado pelos
membros das Comissões. Apresentou ao Plenário o relatório de atividades
realizadas no mês de novembro. Comunicações da Secretária do Colégio
de Procuradores de Justiça – Também aderiu expressamente às
homenagens e votos de louvor e congratulações formulados pelo
Procurador Geral de Justiça e Corregedor Geral, agradecendo aos colegas
pelo salutar convívio nestes dois anos de gestão, quando teve a honra de
ocupar o cargo de Secretária do Órgão Especial, e o privilégio de privar
com pares de invejável cultura jurídica, com os quais só fez aprender e
aperfeiçoas seus conhecimentos. Propôs a designação de data para a
solenidade de posse dos novos integrantes do Órgão Especial do Colégio de
Procuradores de Justiça e Conselho Superior do Ministério Público,
sugerindo se mantivesse a tradição, designando-se a primeira reunião
solene e ordinária do Colegiado para o dia 4 de janeiro de 2.006 (quarta-
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feira) quando além da referida solenidade haverá a formação das
Comissões Permanentes e Especiais e a eleição para a Secretaria do Órgão.
Encaminhou ao digno Corregedor-Geral do Ministério Público, Doutor
Paulo Hideo Shimizu, os atrasos constantes das Procuradorias de Justiça.
Comunicações dos membros do Órgão Especial – Dr. René Pereira de
Carvalho teceu elogios e agradecimentos ao Procurador Geral de Justiça
pelo especial empenho para efetuar diversos pagamentos de créditos
atrasados à classe, desde logo apresentando os votos de Feliz Natal e
Próspero Ano Novo a todos os colegas integrantes do Colegiado. Dr.
Herberto Magalhães da Silveira Junior informou ter recebido
representação feita por pessoa em favor de deficiente candidato a cargo no
serviço público, junto à Procuradoria Federal, que sem qualquer critério ou
análise mais percuciente requisitou informações dele, no exíguo prazo de 5
dias, tendo feito leitura ao Plenário de informações que serão prestadas,
elaboradas com a colaboração da Assessoria da Procuradoria Geral de
Justiça – foi proposta pela Sra. Secretária moção de apoio e solidariedade
ao Dr. Herberto por tal fato, proposta aprovada por unanimidade. Dr.
Nelson Lacerda Gertel agradeceu aos pares deste Colegiado pelo salutar
convívio e se desculpou por eventuais arroubos ou críticas mais exaltadas,
que são típicas de seu perfil, afirmando que pretende fazer uma reflexão a
respeito da última publicação da APMP, que tem igual denominação
(Reflexão), sobre texto escrito pelo seu Presidente, Dr. João Antonio
Bastos Garreta Prats, na 1a. folha, 1a. coluna, que contém pesada e
agressiva critica a este Colendo Órgão Especial, com relação a não criação
da Procuradoria de Interesses Difusos e Coletivos, destacando a seguinte
expressão; “mal conduzido pela Procuradoria Geral de Justiça e pelo
Órgão Especial que terminou em fragorosa derrota para a
Instituição”, “critica essa que repudia com veemência por conter
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afirmação maldosa e desonestidade intelectual”, deixando de nominar os
que votaram favoravelmente, dentre os quais se inclui, certamente porque
seria desconfortável excluir alguns integrantes da própria APMP, membros
deste colegiado, que votaram contrariamente à proposta; lembrando que
com referências a iguais críticas feitas no caso “Thales”, o Presidente da
APMP não se permitiu igual afrontamento com a Corregedoria Geral,
obviamente, para evitar desgastes e confrontos de política interna. Dr.
Herberto Magalhães da Silveira Junior apoiou o repúdio feito pelo Dr.
Gertel, afirmando que as críticas feitas pela APMP a este Colegiado e ao
Conselho Superior não correspondem à realidade, também se declarando
magoado com a agressividade das críticas. Dr. Fernando José Marques
também endossou os votos de congratulações aos novos colegas eleitos
para o Órgão Especial e Conselho Superior, agradecendo aos que apoiaram
a chapa eleita por este Colegiado, esclarecendo que teve conhecimento de
boatos maldosos feitos a seu respeito, com relação a sua futura atribuição
de substituição ao Procurador Geral de Justiça, desmentindo-os com
veemência. Dr. Antonio Carlos Fernandes Nery agradeceu a todos os
colegas do Colegiado pela excelente convivência, especialmente aos
membros natos que o receberam afetuosamente, tendo muito mais
aprendido do que contribuido para este Órgão da Administração Superior.
O Dr. Rodrigo César Rebello Pinho agradeceu a intervenção de todos,
observando que os votos divergentes fazem parte da convivência
democrática e do respeito mútuo que deve pautar o relacionamento entre os
órgãos da Instituição. A publicidade dada às decisões deste colegiado no
site do Ministério Público revela o real posicionamento em questões
fundamentais do aprimoramento institucional. Votos de pesar – Pelo
falecimento do Dr. Antenor Moinho Trevelin Junior, 8º Promotor de Justiça
de Marília; pelo falecimento do Sr. Cássio Pupo Nogueira, filho do Dr. José
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Pupo Nogueira, Promotor de Justiça aposentado; pelo falecimento da
Senhora Lídia Zanuzzi Jorge, mãe do Dr. Willian Wanderley Jorge,
Procurador de Justiça aposentado. Voto de Congratulações e de Louvor–
Leitura da Ordem do dia – Nada Consta. I - Pareceres e Conclusões da
Comissão de Assuntos Institucionais – Pt. nº 123.515/05 – Interessado:
Dr. Rodrigo César Rebello Pinho, Procurador-Geral de Justiça – Assunto:
Proposta de ato normativo que disciplina o inquérito civil no âmbito do
Ministério Público – deliberou-se na reunião ordinária de 30.11,
encaminhar para exame conjunto das Comissões de Assuntos Institucionais
e Regimentos e Normas, tendo a Sra. Secretária esclarecido que sendo esta
a última reunião do ano, só fará a distribuição do protocolado às respectivas
comissões no próximo ano, na primeira reunião ordinária. II - Pareceres e
Conclusões da Comissão de Regimentos e Normas – Pt. nº 10.729/02 –
Interessado: Conselho Superior do Ministério Público – Assunto: Proposta
de instituição das Câmaras Revisoras da promoção de arquivamento do
inquérito civil – em reunião de 23.11., aprovou-se o Ato Normativo nº
412/05-CPJ, referente ao Pt. nº 18.930/90, encaminhando-se à Comissão de
Regimentos e Normas. III – Pareceres e Conclusões da Comissão de
Assuntos Administrativos – Pt. nº 69.196/05 – Interessado: Dr. Rodrigo
César Rebello Pinho - Assunto: Projeto de Lei Complementar referente à
criação de cargos para a carreira dos serviços auxiliares do Ministério
Público – o Relator Dr. Antonio Visconti apresentou seu voto,
deliberando-se adiar os debates para a próxima reunião ordinária, em face
da alteração dos membros eleitos da Comissão, que tomarão posse no
próximo ano. IV – Pareceres e Conclusões da Comissão de Defesa das
Prerrogativas Institucionais - Pt. nº 48.414/05 juntado a este o Pt. nº
104.022/05 – Interessado: Doutor Paulo Hideo Shimizu, Corregedor-Geral
do Ministério Público – Assunto: Encaminha cópia do expediente recebido
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do Dr. César Dario Mariano da Silva, 8º Promotor de Justiça do II Tribunal
do Júri, para conhecimento e eventual deliberação – com o Relator Doutor
Pedro Franco de Campos. V - Pareceres e Conclusões da Comissão de
Assuntos Referentes às Promotorias de Justiça – Pt. nº 63. 376/05 –
Promotoria de Justiça de Ribeirão Pires – Redivisão de atribuições –
Relator Hideo Ozaki – parecer pela conversão do julgamento em
diligência. O Dr. Rodrigo César Rebello Pinho propôs a aprovação
provisória da proposta, enquanto se formulasse uma outra conforme as
recomendações da comissão. Foi aprovada provisoriamente a redistribuição
de atribuições, devendo uma outra ser apresentada pela Promotoria de
Justiça de Ribeirão Pires no prazo de 60 (sessenta) dias. Pt nº 43.179/04 –
Promotoria de Justiça de Adamantina – Pedido de criação de cargos –
Relator Dr. Hideo Ozaki apresentou parecer contrário, com voto
divergente do Dr. Antonio Visconti favorável a proposta. O Dr. Rodrigo
César Rebello Pinho reiterou a proposta de criação de cargo para
Adamantina, observando a existência de três cargos de Juiz de Direito para
dois de Promotor de Justiça e a comprovada simultaneidade de audiências,
conforme ofícios encaminhados pelos colegas, evidenciando que diversas
audiências deixaram de ser realizadas por este motivo. O Ministério
Público não pode ser a Instituição responsável pelo retardamento da
prestação jurisdicional. Por outro lado, em cidades menores, com varas
cumulativas, não podemos dar ensejo a “pauta dupla” de audiências,
afastando o Promotor de Justiça do importante momento processual da
realização da prova ou facultando uma participação meramente simbólica,
que causará o desprestígio da Instituição na Comarca. Se é certo que não
devemos acompanhar de forma automática a instalação de varas pelo Poder
Judiciário, por outro lado, não podemos deixar de considerar que o MP foi
inserido na Constituição no Capítulo das funções essenciais à realização da
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Justiça. Muito temos feito. Avançamos no processo de racionalização, nas
áreas de mandado de segurança de direitos individuais disponíveis, na
tutela individual de lides acidentárias e outras. Desnomenclaturamos, nos
últimos anos, 50 cargos em áreas que não mais atendem ao perfil
constitucional de 1988. O Tribunal de Justiça, neste biênio, instalou 159
novas Varas. Não podemos esquecer do colega que está na linha de frente,
em contato diário com as partes, advogados, juízes e cidadãos. Precisa de
suporte administrativo, mas há funções que, por lei e pela sua própria
natureza, são indelegáveis. Adiado com pedido de vista pelo Dr. René
Pereira de Carvalho. Pt. nº 47.331/04 – Promotoria de Justiça de Poá –
Relator Dr Hideo Ozaki juntou parecer contrário, tendo o Dr. Herberto
Magalhães da Silveira Junior se manifestado favoravelmente à proposta,
argumentando com as péssimas condições da Comarca, com deficiência
notória de número de membros da Instituição para atender a crescente
demandas sociais. O Dr. Rodrigo César Rebello Pinho reiterou os
mesmos argumentos apresentados em relação à Cidade de Adamantina,
acrescentando que Poá é uma Cidade da Grande São Paulo de reconhecidas
carências sociais e 3 Promotores de Justiça não teriam condições de atender
ao aumento dos serviços decorrentes da crescente demanda social e da
maior rotatividade dos processos proporcionada pela instalação de mais
uma nova vara, com 4 juízes realizando audiências simultâneas com 3
Promotores de Justiça. Adiado com pedido de vista pelo Dr. René Pereira
de Carvalho. Pt. nº 54.915/04 - Promotoria de Justiça do Consumidor –
Pedido de criação de cargo de Promotor de Justiça – Relator Dr. Arnaldo
Gonçalves juntou parecer favorável – Pt. nº 23.053/99 - Promotoria de
Justiça de Sumaré – Pedido de criação de cargo de Promotor de Justiça –
Relator Dr. Arnaldo Gonçalves apresentou parecer favorável– . Pt. nº
39.420/05 – 3º Promotoria de Justiça Criminal da Capital – Criação de
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cargos – Relator Dr. Arnaldo Gonçalves juntou parecer pela conversão do
julgamento em diligência. Pt. nº 59.277/05 - Promotoria de Justiça de
Monte Aprazível – Criação do 2º cargo de Promotor – Relator Dr. Arnaldo
Gonçalves juntou parecer favorável. Pt. nº. 22.443/05 - Promotoria de
Justiça Cível de Campinas – Criação de cargo – Relator Dr. Arnaldo
Gonçalves apresentou parecer contrário. Pt. nº 77.452/04 - Promotoria de
Justiça Cível de Santana – redivisão de atribuições – Relator Dr. Arnaldo
Gonçalves – houve pedido de desistência com parecer favorável. Pt. nº
78.551/04 – Promotoria de Justiça Criminal de Santana – redivisão de
atribuições – Relator Dr. Arnaldo Gonçalves juntou parecer favorável . Pt.
nº 110.118/04 – Promotoria de Justiça de Guararapes – Relator Dr. Franco
Caneva Junior apresentou parecer contrário. Pt. nº 37.898/02 – Promotoria
de Justiça do Meio Ambiente – Pedido de nomenclaturação de cargo de
Promotor de Justiça – Relator Dr. Franco Caneva Junior juntou parecer
favorável. Pt. nº 70.472/04 – Promotoria de Justiça de Araraquara – Pedido
de redivisão de atribuições de cargo de Promotor de Justiça – Relator Dr.
Franco Caneva Junior – parecer pela conversão do julgamento em
diligência. Pt. nº 30.046/99 – Promotoria de Justiça de Piracaia – Criação
de cargo – Relator Dr. Franco Caneva Junior – parecer contrário. Pt. nº
61.108/05 – Promotores de Justiça titulares de cargos em comarcas da 36ª
CJ (Araçatuba) – Criação de cargo – Relator Dr. Franco Caneva Junior
juntou parecer favorável. Pt. nº 72.571/98 – Promotoria de Justiça Cível
de Jundiaí – Criação de cargo de Promotor – Relator Dr. Franco Caneva
Junior apresentou parecer contrário. Pt. nº 89.523/05 – Promotoria de
Justiça Criminal de Piracicaba – Nomenclaturação de cargo de Promotor –
Relator Dr. Franco Caneva Junior juntou parecer contrário. Pt. 105.320/05
– Promotoria de Justiça de Limeira – Redivisão de atribuições – Relator Dr.
Franco Caneva Junior apresentou parecer favorável. Pt. nº 32.521/05 –
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Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo – Pedido de
nomenclaturação de cargo de Promotor de Justiça – Relator Dr. Hideo
Ozaki apresentou parecer favorável. Pt. nº 41.071/05 – Promotoria de
Justiça de Votuporanga – Criação de cargo do 5º Promotor de Justiça –
Relator Dr. Hideo Ozaki apresentou parecer contrário. Pt. nº 63.688/05 –
Promotoria de Justiça de Tanabi – Criação de cargo – 2ª Instância – Relator
Dr. Hideo Ozaki juntou parecer favorável. Pt. nº 47.847/05 – Promotoria
de Justiça de Vila Mimosa – Criação de cargo do 4º Promotor de Justiça –
Relator Dr. Hideo Ozaki juntou parecer contrário. Pt. nº 23.354/04 –
Promotoria de Justiça de Americana – Criação de cargo – Relator Dr.
Hideo Ozaki apresentou parecer favorável. – Pt. nº 54.293/99 – Promotoria
de Justiça Cível de Marília – Criação de cargo – Relator Dr. Jorge Luiz
Ussier apresentou parecer favorável. Pt. nº 4.256/05 – Promotoria de
Justiça de Presidente Prudente – Redivisão de atribuições dos cargos de
Promotor de Justiça – Relator Dr. Jorge Luiz Ussier juntou parecer
favorável. Pt. nº 21.651/01 – Câmara Municipal de Ourinhos – solicitação
de cargo de quarto Promotor de Justiça de Ourinhos – Relator Doutor Jorge
Luiz Ussier apresentou parecer favorável. Foram apreciados os pedido de
divisão de atribuições em Ribeirão Pires e os pedidos de criação de cargos
para as Comarcas de Adamantina e Poá, não havendo tempo hábil para o
exame dos demais pareceres apresentados pela Comissão. VI – Comissão
de Orçamento – Nada Consta. VII – Comissão do Colar de Mérito
Institucional – Nada Consta. VIII – Justificativa de ausência de
membros do Órgão Especial na reunião – Doutores Luiz César Gama
Pellegrini, Rubem Ferraz de Oliveira, Pedro Franco de Campos, Gabriel
Eduardo Scotti, Vercingetorix de Castro Garms Júnior e José Roberto
Dealis Tucunduva. IX – Relatório da Distribuição – Foram encaminhadas
cópias reprográficas a todos os membros do Órgão Especial. X – Outros
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Assuntos – Nada Consta. Às 16:45 horas foi pedido pelo Procurador-Geral
de Justiça a verificação de quorum, registrando-se a presença dos seguintes
Procuradores de Justiça: Dr. Rodrigo César Rebello Pinho, Dr. Paulo Hideo
Shimizu, Hideo Ozaki, Franco Caneva Junior, Daniel Prado da Silveira,
Jorge Luiz Ussier, Arnaldo Gonçalves, Fernando José Marques, Antonio
Visconti, José Benedito Tarifa, Hermann Herchander, Mágino Alves
Barbosa Filho, Maria Cristina Barreira de Oliveira, Eliana Montemagni,
Douglas Tadeu de Cicco, Irineu Roberto da Costa Lopes, Herberto
Magalhães da Silveira Junior, Dráusio Lúcio Barreto, Walter Paulo Sabella,
Maria Aparecida Berti Cunha, Marilisa Germano Bortolin. Constatada a
ausência do quorum mínimo exigido, o Doutor Rodrigo César Rebello
Pinho, Presidente, declarou encerrada a sessão, sendo adiada a apreciação
dos demais casos de criação de cargos e redivisão de atribuições, desejando
a todos os integrantes deste colegiado um Feliz Natal e um próspero 2006,
e eu, Secretária do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça,
Doutora Regina Helena da Silva Simões, lavrei esta Ata, que vai assinada
pelo Doutor Presidente, por mim, e pelos Procuradores de Justiça que
assim o desejarem.
RODRIGO CÉSAR REBELLO PINHO Procurador-Geral de Justiça REGINA HELENA DA SILVA SIMÕES Secretária do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça
A pedido da Comissão de Assuntos Referentes às Promotorias de Justiça,
passa-se a publicar, na íntegra, os seguintes pareceres:Pt. nº 43.179/04 -
Interessado: Promotoria de Justiça de Adamantina. Assunto: Pedido de
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criação de cargo - A questão se acha exposta no parecer da Comissão de
Assuntos Administrativos Relativos às Promotorias de Justiça, a fls.
25/5, que se pronunciou contrariamente à criação de mais um cargo na
Comarca de Adamantina, com base na análise de dados fornecida pela
E. Corregedoria-Geral do Ministério Público. Esta indica movimento
de feitos incompatíveis com o aumento do número de integrantes
daquela Promotoria de Justiça. Após a apresentação do parecer
referido, os Promotores de Justiça encaminharam, em diversas
oportunidades, comunicações de adiamentos de audiência devidos à
incompatibilidade das pautas nas três Varas da Comarca (cf. fls. 258 e
segs). Cheguei a propor tornassem os presentes autos ao eminente
Relator dessa Comissão, também pela juntada de novos dados
apresentados pelos Promotores (fls. 257), porém foi-me transmitido
verbalmente que não influíam na manifestação já exarada. Mantive
contactos com os Promotores, com o então assessor da Procuradoria-
Geral encarregado da matéria, o Promotor de Justiça Alberto Carlos
Dib Junior e cheguei a propor ao Corregedor-Geral inspeção
extraordinária para verificação da situação da Promotoria, mas esta
sugestão não foi aceita. O ex-assessor referido esclareceu que
realmente só o movimento de feitos não justificaria a alocação da mais
um cargo para a Comarca. A proposta se deveu à instalação de uma
outra Vara, de competência cumulativa, o que requer a correlativa
criação e instalação de mais um cargo de Promotor, especialmente em
razão do atendimento às pautas de audiência. Feitos esses registros,
peço vênia para divergir do parecer da comissão. Como noticiado pelos
Promotores, vêm se sucedendo adiamentos de audiências na 3ª Vara da
Comarca, porque os atuais integrantes das outras duas Promotorias
precisam atender às pautas das Varas em que oficiam. Em linha de
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principio, procede o argumento de que o Ministério Público não pode
seguir a reboque do Poder Judiciário no concernente à ampliação de
seus quadros. Nem sempre a racionalidade tem pautado a criação e
instalação de novas Varas e as necessidades de uma e outra Instituição
não são as mesmas, máxime com o substancial acréscimo de
atribuições do Ministério Público, a partir de seu novo perfil
constitucional. Comarcas há em que necessário se faz alocar maior
número de Promotorias que o de Varas e outras em que um número
menor de Promotores em relação ao de Varas bastará para atender às
necessidades de nossa Instituição. Dessa forma, nas Comarcas em que
as atribuições do Ministério Público possam ser desempenhadas a
contento independentemente da criação e instalação de novos cargos de
Juízes de Direito, não há por que acompanhar o Poder Judiciário e
ampliar o quadro de Promotores. Postas essas premissas, algumas
balizas podem ser estabelecidas. A experiência mostra que nas
Comarcas cujas Varas têm competência cumulativa, salvo situações
excepcionais, estas só são criadas e instaladas após longo tempo de
reivindicação de Juízes, Promotores, Advogados e demais autoridades
e representantes. Dessa forma, o número de audiências
obrigatoriamente aumenta, além do tempo de movimentação dos
feitos, pela razão simples de que um ou mais Magistrados passam a
judicar na Comarca. Assim sendo, salvo nos raros casos em que o
Poder Judiciário avalie mal a situação da Comarca, dotando-a
desnecessariamente de mais uma Vara, ou em que haja clara
desigualdade entre as necessidades de uma e outra Instituição, o
Ministério Público deve alocar o cargo de Promotor para oficiar na
nova Vara, quando mais não seja para o adequado atendimento à
pauta de audiências. Nas situações excepcionais nas quais se verifique a
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real desnecessidade de se ampliar o quadro de Promotores de Justiça,
a chefia da Instituição poderá fazer ver ao Poder Judiciário não se
justificar criar novo cargo e que as pautas devam ser adequadas ao
número de representantes do Ministério Público na Comarca. Em
condições normais, porém, nas Comarcas nas quais não haja
especialização de Varas, a cada uma destas há de corresponder um
cargo de Promotor. De outro modo, o Ministério Público estará pondo
empecilho ao normal desempenho do trabalho judicial, com todas as
consequências negativas daí advenientes. E no caso de Adamantina aí
estão os adiamentos de audiências a mostrar que se faz necessário
alocar mais um Promotor para a Comarca. E não impressiona, com o
respeito devido, a ênfase que se empresta ao fato de Promotores de
Justiça, em longos períodos, acumularem o exercício de outras
Promotorias, que tanto tem impressionado os integrantes deste Órgão
Especial. Desde o final de 1994, por alteração legislativa pouco
inspirada, ampliou-se consideravelmente a remuneração
extraordinária dessas atividades. Antigamente se restringiam a diárias
pelo deslocamento a outra Comarca. Com a nova situação, a
acumulação dentro da mesma Comarca passou a render gratificação.
Evidentemente tal constitui atrativo poderoso a que Promotores de
Justiça desempenhem o trabalho extraordinário. Sabe-se, porém, que o
continuado exercício cumulativo de atribuições sacrifica a qualidade
do trabalho. Sobretudo quando se enfatiza o papel do Promotor de
Justiça como agente político e quando o ordenamento jurídico pátrio
alargou substancialmente o campo de atuação do Ministério Público,
cometendo-lhe fazer valer a moderna legislação sobre interesses
coletivos e difusos, dando-lhe os instrumentos do inquérito civil e da
ação civil pública. Dá-se, porém, que a Instituição ainda não encontrou
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meios e modos de enfrentar com organicidade essas novas e relevantes
tarefas. Há quase década e meia saudou-se como auspiciosa novidade o
plano de atuação, em nível estadual, regional e local. Mais adiante
esses planos mereceram consagração legislativa (prematura, como se
verificaria posteriormente). Esmoreceu, contudo, o impulso inicial e os
planos de atuação hoje constituem pouco mais que mera formalidade.
Sem esses planos, porém, ou sem algum outro caminho que preencha
esse espaço, a atividade de Promotores e Procuradores de Justiça na
esfera de interesses difusos e coletivos ficará adstrita à
discricionariedade de cada um, o que evidentemente não se coaduna
com o interesse público e pode um futuro próximo constitui fonte de
desgaste do Ministério Público. Não tendo vingado a idéia dos planos
de atuação, nada se colocando em lugar deles, o trabalho nos autos
segue ocupando o tempo maior de Procuradores e Promotores de
Justiça, ficando, quase sempre, a nossa atividade extrapenal como
agentes freqüentemente relegada a plano secundário. E, salvo grave
engano, a atividade correicional tem foco no trabalho em autos de
processo, notadamente na detecção de aspectos negativos. E esse
quadro se agrava com a malsinada inovação da gratificação por
acumulação e com a superestimação do valor das diárias. É humano e
compreensível, posto que prejudicial ao trabalho da Instituição, a
aceitação pelo Promotor das ofertas de acumulação, pelo substancial
acréscimo pecuniário representado. Se tocando burocraticamente uma
Promotoria vaga, aufere-se pingue gratificação, por que recusa-la para
se ocupar com atividades mais relevantes, porém de maior
complexidade, não raro determinantes de tensão e conflitos? Diante
dessa situação, com todo o respeito, a manifestação da Comissão de
Assuntos Administrativos Relativos a Promotorias de Justiça dá
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exagerada ponderação aos registros da Corregedoria-Geral do
Ministério Público e ao trabalho nos autos. Nem se diga que os
procedimentos atinentes a nova área de atividade institucional também
são contemplados nos relatórios. O banco de dados formado a partir
dos dados do relatórios dos Promotores de Justiça, iniciativa digna de
todos os encômios, não pode ir além de uma aferição quantitativa do
trabalho de cada um. Não há como pretender que tabulação de dados
em computador e seu cruzamento, possibilite empreender verificação
qualitativa do trabalho dos integrantes da Instituição. Não podem se
erigir em critério único de aferição da necessidade de expandir ou
diminuir nossos quadros. Assim sendo, tenho por acertada a premissa
de que, salvo situações excepcionais, nas Comarcas de Varas com
competência cumulativa deve continuar havendo ao menos um
Promotor em cada um. Adamantina não parece se colocar naquela
situação de excepcionalidade. A 1ª Promotoria de Justiça, até pouco
tempo ocupada por colega em vias de ser aposentada por invalidez,
acumulou problemas e necessidades excepcionais. Claro que se trata de
situação transitória, sanável com o tempo e com o diligente trabalho de
seu ocupante. Agrava, porém, as dificuldades a que se dois Promotores
de Justiça atendam a três Varas. Ante todo o exposto, renovando
sempre a vênia à posição da Comissão, este descolorido voto é no
sentido de se acolher a proposta da Procuradoria-Geral de Justiça e
alocar mais um cargo na Promotoria de Justiça de Adamantina.
Antonio Visconti. Pt nº 43.179/2004. Interessado: Promotoria de
Justiça de Adamantina. Assunto: Pedido de nomenclaturação do cargo de
3º Promotor de Justiça.PARECER COMPLEMENTAR. Após o parecer
desfavorável ofertado por esta Comissão de Assuntos referentes às
Promotorias de Justiça, o Dr. Antonio Visconti, digno Procurador de
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Justiça e membro do Colendo Órgão Especial do Colégio de Procuradores
de Justiça, pediu “vista” dos autos em 10 de novembro de 2004,
devolvendo-o somente em 02 de agosto de 2005. Nesse interregno, o
eminente Promotor de Justiça, Exmo. Dr. José Augusto de Barros Faro,
DD. Secretário da Promotoria de Justiça de Adamantina, buscando
justificar o pedido de criação do cargo de 3º Promotor de Justiça,
encaminhou extenso material, como feitos em andamento, pautas de
audiência, etc... Destacam-se os seguintes documentos encaminhados:
Relatórios dos feitos em andamento nas 1ª, 2ª e 3ª Varas, da Comarca de
Adamantina (fls. 01/41); certidão do Distribuidor local, informando o total
de feitos protocolados sem distribuição (um total de 456 feitos) em
06.12.2004 (fls. 42); 1. Pautas da 1ª, 2ª e 3ª Varas, a partir do mês de
novembro/2004 (fls. 42/208); 2.Pautas de oitivas informais, realizadas pela
Promotoria da Infância e Juventude, até dezembro/2004 (fls. 209/214); 3.
relação de entidades que abrigam e/ou atendem crianças e adolescentes, na
Comarca de Adamantina (fls. 215/217); 4. relação de Delegacias (total de
09) e Delegados (total de 10) de Polícia da Comarca de Adamantina (fls.
218); 5. ofício da OAB, acerca do número de advogados na Comarca de
Adamantina (total de 197) – fls. 219; 6. documento que demonstra que se
encontra em fase de conclusão, uma Penitenciária compacta no Município
de Flórida Paulista, nesta Comarca de Adamantina (fls. 220/301); 7.
documentos encaminhados pelo Distribuidor local, acerca do andamento de
feitos (fls. 232/301); 8. fotos ilustrativas dos cartórios da 1ª e 2ª Varas (fls.
302); 9. informações da Sra. Oficial de Promotoria, acerca do número de
atendimento ao público no mês de novembro/04 (um total de 121 pessoas)
– fls. 303. A documentação encaminhada pelo nobre Promotor de Justiça
Secretário da Promotoria de Justiça de Adamantina, conquanto respeitável,
não infirma os fundamentos do parecer elaborado, até porque “a instalação
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO ÓRGÃO ESPECIAL DO COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA
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da 3ª Vara na Comarca de Adamantina não representa necessariamente
num aumento absurdo dos trabalhos, mas apenas e tão somente, numa
redivisão daqueles já existentes. Logo, diante das projeções numéricas
feitas nos quadros elaborados, pode-se concluir que, por ora, o número
de Promotores em exercício é suficiente para a continuidade do pleno
exercício das atribuições afetas à Promotoria de Justiça”, sem o risco de
comprometer a qualidade dos trabalhos desenvolvidos pelo Ministério
Público na Promotoria de Justiça de Adamantina. Justifica-se essa
assertiva, uma vez que, as dificuldades mencionadas pelo Secretario da
Promotoria, como pautas de audiência e oitivas informais, que já existiam
naquela época, não impediram os Promotores de acumularem outros
cargos, inclusive em Comarcas vizinhas e, com certeza com maior
dificuldade, haja vista à necessidade de locomoção, Pelo quadro elaborado,
verifica-se que não houve modificação significativa dos números então
obtidos, mantendo-se dentro da média, justificando a posição contrária
desta Comissão no tocante ao pedido de criação de cargo. Confortando
nossa posição, foi elaborado também um quadro ilustrativo do número de
feitos em andamento na Comarca de Adamantina, durante o ano de 2004.
Analisando esses dados, é necessário uma reflexão mesmo porque, é de
conhecimento geral que o número de feitos existentes nas Varas Judiciais
Cíveis, não tem a correspondência de exigir a manifestação do Ministério
Público em todos eles, pela própria natureza das ações. Ademais, houve o
esvaziamento das atribuições dos Promotores na área cível, em face dos
atos normativos nºs 243/00-PGJ/CGMP/CPJ; 286/02-PGJ/CGMP/CPJ;
289/02-PGJ/CGMP/CPJ; 295/02-PGJ/CGMP/CPJ; 313/03 e 354/04-
PGJ/CGMP e 156/98-PGJ, todos racionalizando a atuação institucional
em matéria cível. Ademais, com a entrada em vigor do Novo Código Civil,
a partir de janeiro de 2003, cujo artigo 5º reconhece a capacidade civil
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plena aos maiores de 18 (dezoito) anos, a atribuição do Ministério Público
na área cível reduziu-se ainda mais. Ratificamos portanto o parecer
elaborado, propondo a rejeição da proposta de nomenclaturação de um
cargo de Promotor de Justiça, para a Promotoria de Justiça de Adamantina,
por este Colendo Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça.
São Paulo, 31 de agosto de 2 005. Hideo Ozaki, Procurador de Justiça –
Relator; Protocolado nº 63.376/05, Interessado: Promotoria de Justiça de
Ribeirão Pires. Assunto: Redivisão das atribuições dos cargos de Promotor
de Justiça. O presente protocolado foi instaurado a partir de requerimento
da Dra. Thelma Thaís Cavarzere, 2ª Promotora de Justiça de Ribeirão
Pires, sustentando a existência de desequilíbrio na divisão de serviços
atualmente homologada, em razão de sobrecarga de suas atividades,
enquanto que a 4ª PJ teria carga menor do que a média das outras
Promotorias de Justiça. A douta Assessoria de Planejamento e
Modernização Institucional da E. Procuradoria Geral de Justiça, após
reunião realizada com as integrantes da Promotoria de Justiça, de forma
consensual, obteve uma divisão que foi acordada pelos Promotores,
passando os dois finais de feitos cíveis de atribuições da 2ª Promotora de
Justiça para a 4ª Promotora de Justiça [fls. 79/80]. Apesar do parecer
favorável da douta Assessoria de Planejamento e Modernização
Institucional da E. Procuradoria Geral de Justiça [fls. 81/84], o qual restou
aprovado pelo Exmo. Sr. Procurador Geral de Justiça [fls. 85], observo que
não é caso de se acolher a proposta.A proposta não se encontra dentre as
hipóteses previstas no Ato nº 149/98-PGJ, de 23 de julho de 1998, cujo
art. 1º estabelece que “as sugestões de alteração de divisão interna dos
serviços processuais e extraprocessuais das Promotorias de Justiça,
somente serão apreciadas, nas seguintes hipóteses”: I – destinação de
cargo novo à Promotoria de Justiça; II – instalação de nova Vara na
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Comarca; III – situação de desequilíbrio da divisão de atribuições
formalmente homologada, decorrente de circunstância excepcional
posterior; IV – necessidade de aprimoramento motivada por interesse
público. Contudo, excepcionalmente é o caso de se conhecer da proposta,
especialmente em razão daquela homologada pelo Ato nº 021/02-PGJ, de
11 de abril de 2002 [que havia homologado a alteração da divisão das
atribuições da Promotoria de Justiça de Ribeirão Pires], não ter previsto
atribuições na área de Execuções Criminais e proteção ao idoso [v. fls.
03]. Conhecida, impõe-se a conversão em diligência para que os
Promotores daquela Comarca manifestem-se, novamente, sobre a divisão
de atribuições ante o desequilíbrio flagrante da proposta, com
indiscutível sobrecarga de atribuição para a 1ª e especialmente a 2ª PJ
de Ribeirão Pires, senão vejamos: 1º Promotor de Justiça: a) feitos
criminais da 1ª Vara; b) feitos de competência do Tribunal do Júri, desde a
fase inquisitorial, independentemente da Vara a que forem distribuídos; c)
feitos cíveis de finais 5, 6, 7, 8, 9 e 0 da 1ª Vara; d) Acidentes do Trabalho;
e) proteção ao idoso (sem previsão no ato); f) atendimento ao público. 2º
Promotor de Justiça: a) feitos criminais da 2ª Vara; b) feitos cíveis da 2ª
Vara, finais 9 e 0; c) fundações (no tocante aos procedimentos
investigatórios em trâmite na Promotoria de Justiça); d) Corregedoria da
Polícia e dos Presídios; e) Execuções Criminais (sem previsão no ato); f)
Habitação e Urbanismo; g) Meio Ambiente;h) atendimento ao público. 3º
Promotor de Justiça: a) feitos criminais da 3ª Vara; b) feitos cíveis da 3ª
Vara; c) Pessoa Portadora de Deficiência; d) Consumidor; e) atendimento
ao público. 4º Promotor de Justiça: a) feitos cíveis de finais 1, 2, 3 e 4 da
1ª Vara; b) feitos cíveis da 2ª Vara; c) Registros Públicos; d) Direitos
Constitucionais do Cidadão; e) Infância e Juventude (inclusive interesses
difusos e coletivos); f) atendimento ao público. A proposta apresentada [fls.
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79/80] com a exclusão de dois (02) finais da 2ª PJ para a 4ª PJ apesar da
anuência das Promotoras de Justiça de Ribeirão Pires, não atende ao
interesse público, em razão de permanecer o desequilíbrio com
indiscutível sobrecarga de atribuições para a 1ª e 2ª PJ de Ribeirão
Pires. E nem poderia ser diferente, pois a Comarca de Ribeirão Pires
abrange os municípios de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, com
grande zona de mananciais. Logo, as atribuições da área de Habitação e
Urbanismo + Meio Ambiente (difusos e coletivos) na mesma Promotoria
tem sua razão de ser. A própria lei nº 9.605/98 (Lei dos Crimes
Ambientais) determina em seu artigo 27, que em se tratando de crimes
ambientais de menor potencial ofensivo (lei 9.099/95), a proposta de
transação penal só poderá ser feita desde que tenha havido prévia
composição do dano ambiental. Sabe-se por outro lado, que esse fato
(zona de mananciais) gera uma série de questões, com sobrecarga
indiscutível para a Promotoria de Justiça que é acometida dessas
atribuições. Pertinente, observar também que na área da Infância e
Juventude a proposta de concentração de atribuições num único Promotor,
atende ao interesse público, já que o PJ da Infância e Juventude acompanha
todos os casos envolvendo crianças e adolescentes (situação de risco e atos
infracionais). Se por um lado, existe atribuições correlatas a exigir soluções
integradas como as mencionadas, por outro, a simples exclusão de dois (02)
finais do cível da 2ª PJ para a 4ª PJ não tem o condão de equilibrar o rol de
atribuições entre as Promotorias. O interesse público exige uma divisão
justa e equilibrada, o que não se vislumbra no caso presente. Portanto,
é necessário que seja excluído do rol de atribuições da 1ª PJ de
Ribeirão Pires qualquer atribuição da área de interesse difuso [p.ex.
idoso, já que este não tinha previsão no Ato nº 021/02-PGJ, de 11 de abril
de 2002 (que havia homologado a alteração da divisão das atribuições da
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Promotoria de Justiça de Ribeirão Pires)], e da 2º PJ de Ribeirão Pires a
atribuição [p.ex. relativa as Execuções Criminais, já que este também não
tinha previsão no Ato nº 021/02-PGJ, de 11 de abril de 2002 (que havia
homologado a alteração da divisão das atribuições da Promotoria de Justiça
de Ribeirão Pires)], mesmo porque na área de interesses difusos, não
pode haver dissociação daquelas atribuições cíveis [i.e., no tocante a
interesses difusos e coletivos] e criminais do mesmo cargo, que exijam
soluções integradas para inquéritos civis e policiais. Justifica-se o
pedido de exclusão dessas atribuições, mesmo porque a Dra. Mylene
Comploier, 1ª PJ de Ribeirão Pires [removida para o cargo em
31.03.2005], como a Dra. Thelma Thais Cavarzere, 2ª PJ de Ribeirão
Pires [nos anos de 2003, 2004 e 2005], não acumularam nenhum outro
cargo durante o período, ao passo que, tanto a 3ª PJ quanto a 4ª PJ de
Ribeirão Pires acumularam e/ou auxiliaram outras Promotorias nesse
período, confirmando o desequilíbrio existente entre as Promotorias.
Extrai-se desse mapa, que na ÁREA CRIMINAL, a Promotoria de Justiça
de Ribeirão Pires, ocupa posição de destaque em: IPs recebidos onde é o
4º/121; Denúncias onde é o 56º/121; Arquivamentos onde é o 2º/121;
apelações onde é o 38º/121; Júri onde é o 8º/121; Execuções onde é o
30º/121. Na ÁREA CÍVEL, a PJ de Ribeirão Pires encontra-se na posição
intermediária: Cível recebidos onde é o 53º/121; Pareceres onde é o
62º/121; Razões onde é o 56º/121 e Contra-razões onde é o 81º/121. Na
área da INFÂNCIA E JUVENTUDE/INFRACIONAL sua colocação é
bem abaixo da média estadual. Na área de interesses difusos, apresenta
razoável atividade. É óbvio portanto, que realmente a 4ª PJ de Ribeirão
Pires, tem atribuições menores do que suas colegas de Promotoria,
justificando assim, a necessidade de redivisão em nome do interesse
público. Aliás, a circunstância da 4ª PJ de Ribeirão Pires atuar em quatro
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(04) finais dos feitos cíveis da 1ª Vara e em 08 (oito) finais dos feitos cíveis
da 2ª Vara, não representa volume significativo de serviço, mesmo porque,
a partir da edição da Lei Federal nº 7.347/85 (disciplinando a Ação Civil
Pública), recepcionada pela Constituição Federal de 1988, passando pelas
Leis 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente) e 8.078/90
(Código de Defesa do Consumidor), o Ministério Público foi levado a
assumir a defesa dos interesses meta-individuais (difusos, coletivos e
individuais indisponíveis), implicando esse novo quadro, em evidente
esvaziamento das funções das Promotorias de Justiça Cíveis. À vista do
exposto, propomos a conversão do julgamento em diligência para que os
Promotores de Justiça de Ribeirão Pires, ofereçam nova proposta de
redivisão das atribuições que guarde uma divisão justa e equilibrada
entre as Promotorias, observando-se o critério acima estabelecido. São
Paulo, 13 de dezembro de 2 005. Hideo Ozaki, Procurador de Justiça –
Relator; Protocolado nº 47.331/2004. Interessado: Promotoria de Justiça
de Poá. Assunto: Pedido de nomenclaturação do cargo de 4º Promotor de
Justiça. P A R E C E R C O M P L E M E N T A R. Após o parecer
ofertado por esta Comissão, a Dra. Maria Cristina Barreira de Oliveira,
digna Procuradora de Justiça e membro do Colendo Órgão Especial do
Colégio de Procuradores, pediu “vista” dos autos. Nesse interregno,
acompanhando as publicações das atas desse colegiado, a eminente
Promotora de Justiça, Dra. Sandra Garcia Massud, DD. Secretária da
Promotoria de Justiça de Poá, buscando justificar o pedido de criação do
cargo de 4º Promotor de Justiça, encaminhou extenso material, como feitos
em andamento, pautas de audiência, etc..Destacam-se os seguintes
documentos encaminhados: APENSO II. 1.comunicação da Instalação da
4ª Vara da Comarca de Poá a partir de 13 de dezembro de 2004 (fls. 01/19);
2. ratificação do pedido de necessidade da nomenclaturação do cargo de 4º
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PJ de Poá, haja vista que atuam perante cinco (05) ofícios judiciais, como
também porque a 4ª Vara da Comarca começou a receber distribuição
diferenciada, o que em pouco tempo, fará com que a nova Vara esteja com
o mesmo número de feitos das outras três varas (fls. 20/23); 3. certidões das
audiências e dos número de feitos em andamento perante as quatro (04)
Varas Judiciais (fls. 24/37); 4. cópias das pautas de audiências (fls. 38/80);
5. novos relatórios das Promotorias de Justiça (fls. 81/97); 6. indicação dos
procedimentos em andamento nas Promotorias de Justiça (fls. 98/103).
APENSO III. - refere-se às planilhas elaboradas por este relator acerca dos
diversos campos de atuação das Promotorias de Justiça de Poá, nos anos de
2002, 2003 e 2004 (fls. 02/182). APENSO IV. - refere-se às pautas de
audiências durante o mês de maio/05, nas quatro Varas Judiciais (fls.
03/31). APENSO V. 1. Os Promotores de Justiça de Poá, ratificam a
necessidade de nomenclaturação do cargo de 4º PJ da Comarca, acenando
que o último cargo criado no município ocorreu em 1983, quando a
Comarca tinha 59.000 habitantes. Sustentam que na mesma época foram
criados os cargos de 3º PJ de Bragança Paulista e Itapetininga, que contam
hoje com 06 cargos, ou seja, o dobro dos existentes na Comarca de Poá.
Apresentaram ainda gráficos sobre a atuação na área de interesses difusos,
como também gráfico comparativo com as Comarcas de Itapetininga e
Bragança Paulista (fls. 07/10); 2. ofício da Prefeitura Municipal da Estância
Hidromineral de Poá, encarecendo a necessidade da criação do cargo de 4º
PJ de Poá (fls. 11/16); 3.ofício da OAB no mesmo sentido (fls. 17); 4.
ofício da Câmara Municipal da Estância Hidromineral de Poá, no mesmo
sentido (fls. 18); 5. Censo da população estimada em 2004, domicílios e
divisão territorial, serviços de saúde e ensino – compreendendo-se
matrículas, docentes e rede escolar da Comarca de Itapetininga (fls. 23/30);
6. Censo da população estimada em 2004, domicílios e divisão territorial,
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serviços de saúde e ensino – compreendendo-se matrículas, docentes e rede
escolar da Comarca de Bragança Paulista (fls. 31/38); 7. Censo da
população estimada em 2004, domicílios e divisão territorial, serviços de
saúde e ensino – compreendendo-se matrículas, docentes e rede escolar da
Comarca de Poá (fls. 39/47); 8. dados estatísticos da Secretaria de
Segurança Pública, basicamente sobre os crimes de homicídios, roubos e
furtos da Comarca de Poá (fls. 48/54); 9. dados estatísticos da Secretaria de
Segurança Pública, basicamente sobre os crimes de homicídios, roubos e
furtos da Comarca de Itapetininga (fls. 55/61); 10. dados estatísticos da
Secretaria de Segurança Pública, basicamente sobre os crimes de
homicídios, roubos e furtos da Comarca de Bragança Paulista (fls. 62/68);
11. cópias das pautas do mês de maio/05, indicando colidência de
audiências (fls. 70/99); 12. diante da colidência da pauta de audiências
durante o mês de junho de 2005 entre as três varas judiciais e o Plenário do
Júri ou audiências de instrução, debates e julgamentos no JECRIM,
ratificou-se o pedido de nomenclaturação do cargo de 4º PJ de Poá (fls.
103/108); 13. pautas das Varas Judiciais da Comarca de Poá durante o
mês de junho de 2005 (fls. 109/150); 14.documento indicando a atuação
da Promotoria no Plenário do Júri em caso de repercussão, pelo fato da
vítima estar no programa de Proteção a Testemunha (fls. 151/177); 15.
cópias das atas das audiências com atuação efetiva da Promotoria de Justiça
de Poá (fls. 178/197); 16. cópias das atas das audiências da 4ª Vara e da 1ª
Vara da Comarca de Poá, onde ficou consignado a ausência da Promotoria
de Justiça de Poá no ato realizado em face da colidência das pautas (fls.
198/205); APENSO VI. 1. novos informativos sobre colidência das pautas
de audiências (fls. 04/34); 2. proposta de divisão de atuação entre os
Promotores de Justiça de Poá para equacionamento de atuação perante as
Varas Judiciais (fls. 35/37); 3. demonstração da atuação efetiva dos
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Promotores nos feitos em trâmite perante o JECRIM da Comarca (fls.
38/65); 4. cópia das pautas de audiências com indicação de colidência entre
elas durante o mês de julho de 2005 (fls. 66/104); 5. ata da reunião
ordinária da Promotoria onde se encarece a necessidade da
nomenclaturação do cargo de 4º PJ da Comarca de Poá, como também, a
divisão provisória realizada para equacionamento da atuação perante as
Varas Judiciais (fls. 109/120); 6. pautas de audiências das Varas Judiciais
indicando a colidência entre elas (fls. 122/160). A documentação
encaminhada pela nobre Promotora de Justiça Secretária da Promotoria de
Justiça de Poá, conquanto respeitável, não infirma os fundamentos do
parecer elaborado, até porque “a instalação da 4ª Vara na Comarca de
Poá não representa necessariamente num aumento absurdo dos
trabalhos, mas apenas e tão somente, numa redivisão daqueles já
existentes. Logo, diante das projeções numéricas feitas nos quadros então
elaborados, pode-se concluir que, por ora, o número de Promotores em
exercício é suficiente para a continuidade do pleno exercício das
atribuições afetas à Promotoria de Justiça”, sem o risco de comprometer
a qualidade dos trabalhos desenvolvidos pelo Ministério Público na
Promotoria de Justiça de Poá. Justifica-se essa assertiva, haja vista que no
expediente encaminhado pelos dignos Promotores de Justiça de Poá, datado
de 24 de fevereiro de 2005, onde os interessados buscam demonstrar a
necessidade de criação do cargo de 4º de Promotor de Justiça de Poá,
verifico que não houve alteração substancial dos dados apurados nos
quadros de atuação então elaborados. Através dessa documentação,
observo que o quadro permanece inalterado, De mais a mais, é necessário
uma reflexão mesmo porque, é de conhecimento geral que o número de
feitos existentes nas Varas Judiciais Cíveis, não tem a correspondência de
exigir a manifestação do Ministério Público em todos eles, pela própria
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natureza das ações. Ademais, houve o esvaziamento das atribuições dos
Promotores na área cível, em face dos atos normativos nºs 243/00-
PGJ/CGMP/CPJ; 286/02-PGJ/CGMP/CPJ; 289/02-PGJ/CGMP/CPJ;
295/02-PGJ/CGMP/CPJ; 313/03 e 354/04-PGJ/CGMP e 156/98-PGJ,
todos racionalizando a atuação institucional em matéria cível. Com a
entrada em vigor do Novo Código Civil, a partir de janeiro de 2003, cujo
artigo 5º reconhece a capacidade civil plena aos maiores de 18 (dezoito)
anos, a atribuição do Ministério Público na área cível reduziu-se ainda
mais. Finalmente, quanto ao manifesto encaminhado pelos ilustres
Promotores de Justiça de Poá aos integrantes deste Colendo Órgão Especial
do Colégio de Procuradores de Justiça, argumentando que após a criação de
cargos nas Comarcas de Bragança Paulista, Itapetininga e Guarulhos,
constatou-se a edição mensal de portarias designando os ilustres
Promotores de Justiça oficiantes naquelas Comarcas para acumularem ou
auxiliarem outros cargos, até mesmo de outras Comarcas, indicando
inúmeras Portarias nos meses de maio, junho e julho de 2005, observo: 1.
Houve realmente nomenclaturação de três cargos nas Promotorias de
Justiça de Bragança Paulista, Itapetininga e Guarulhos, após o parecer
favorável desta Comissão de Assuntos referentes às Promotorias de Justiça,
sufragado por esse augusto Colegiado. Os motivos e os aspectos pelos
quais esta Comissão manifestou-se favoravelmente à criação de cargos nas
Comarcas citadas, decorreu de levantamento objetivo, onde restou
demonstrado que o volume de trabalho, nos diversos campos de atuação
dos Promotores era mais do que suficiente para a criação dos mesmos, o
que não é o caso da Comarca de Poá. 2. Assim,pelo Ato Normativo nº
364/PGJ, de 28/07/04 – foi atribuída a nomenclatura de 6º PJ de Bragança
Paulista, ao cargo criado naquela Comarca. 3. Como também pelo Ato
Normativo nº 384/PGJ, de 26/11/04 – foi atribuída a nomenclatura de 6º
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PJ de Itapetininga, ao cargo criado naquela Comarca. 4. E, finalmente pelo
Ato Normativo nº 395/PGJ, de 12/04/05 – foi atribuída a nomenclatura de
26º PJ de Guarulhos, ao cargo criado naquela Comarca. Argumentou os
ilustres Promotores de Poá que houve diversas portarias designando os
Promotores de Justiça de Bragança Paulista, Itapetininga e Guarulhos, para
acumularem e auxiliarem outros cargos, inclusive de outras Comarcas.
Realmente houve essas designações, aliás de conhecimento público,
porém, não houve qualquer designação de Promotores para acumular
ou auxiliar os cargos criados. Justificando a nossa assertiva, efetuamos
levantamentos junto ao Setor de Recursos Humanos e constatamos que
todas as designações tiveram por objetivo suprir ausências momentâneas,
p.ex. férias, compensações, licença prêmio, etc..., Despicienda, portanto as
considerações tecidas pelos ilustres Promotores de Justiça de Poá no
tocante as designações mencionadas, especialmente porque, como restou
demonstrado, a criação dos cargos em outras Comarcas não apresentam o
paralelo traçado pelos interessados. Ratificamos portanto o parecer
elaborado, propondo a rejeição da proposta de nomenclaturação de um
cargo de Promotor de Justiça, para a Promotoria de Justiça de Poá, por este
Colendo Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça. São Paulo,
31 de agosto de 2 005. Hideo Ozaki, Procurador de Justiça – Relator.