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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO ÓRGÃO ESPECIAL DO COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA 1 REUNIÃO ORDINÁRIA DO ÓRGÃO ESPECIAL DO COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA DE 14.12.2005 Aos catorze dias do mês de dezembro do ano de dois mil e cinco, às 13:30 horas no Auditório Tilene Almeida de Morais, 9º andar do prédio do Ministério Público do Estado de São Paulo, localizado na rua Riachuelo nº 115, nesta cidade, sob a Presidência do Doutor Rodrigo César Rebello Pinho, Procurador-Geral de Justiça, reuniram-se os integrantes do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça, passando-se à discussão da reunião ordinária regularmente convocada para apreciação e deliberação das matérias constantes da pauta, adrede preparada e remetida a todos. Havendo número legal de 38 (trinta e oito) Procuradores de Justiça presentes, o Doutor Presidente declarou instalada a Sessão. Leitura e Aprovação da Ata da Reunião Anterior – Dispensada a leitura da ata da reunião anterior, foi a mesma aprovada. Comunicações do Presidente do Órgão Especial do Colégio de Procuradores - Propôs votos de louvor à nova direção do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, recém eleita: Presidente – Des. Celso Luiz Limongi; Vice-Presidente – Des. Caio Canguçu de Almeida; Corregedor Geral – Des. Gilberto Passos de Freitas; Presidente da Seção Criminal – Des. Luiz Carlos Ribeiro dos Santos; Presidente da Seção de Direito Privado – Des. Ademir de Carvalho Benedito; Presidente da Seção de Direito Público – Des. Sidney Benetti; bem como congratulações ao atual Conselho Superior da Magistratura, Drs. Luiz Elias Tâmbara, Mohamad Amaro e José Mario Antonio Cardinale, pelo brilhante desempenho nos órgãos de direção do Tribunal de Justiça, respectivamente, presidência, vice-presidência e corregedoria-geral, bem como votos de congratulações aos vinte colegas eleitos para o Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça, e para o Conselho Superior

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO ÓRGÃO ESPECIAL DO COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA

1

REUNIÃO ORDINÁRIA DO ÓRGÃO ESPECIAL DO COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA DE 14.12.2005

Aos catorze dias do mês de dezembro do ano de dois mil e cinco, às 13:30

horas no Auditório Tilene Almeida de Morais, 9º andar do prédio do

Ministério Público do Estado de São Paulo, localizado na rua Riachuelo nº

115, nesta cidade, sob a Presidência do Doutor Rodrigo César Rebello

Pinho, Procurador-Geral de Justiça, reuniram-se os integrantes do Órgão

Especial do Colégio de Procuradores de Justiça, passando-se à discussão da

reunião ordinária regularmente convocada para apreciação e deliberação

das matérias constantes da pauta, adrede preparada e remetida a todos.

Havendo número legal de 38 (trinta e oito) Procuradores de Justiça

presentes, o Doutor Presidente declarou instalada a Sessão. Leitura e

Aprovação da Ata da Reunião Anterior – Dispensada a leitura da ata da

reunião anterior, foi a mesma aprovada. Comunicações do Presidente do

Órgão Especial do Colégio de Procuradores - Propôs votos de louvor à

nova direção do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, recém

eleita: Presidente – Des. Celso Luiz Limongi; Vice-Presidente – Des. Caio

Canguçu de Almeida; Corregedor Geral – Des. Gilberto Passos de Freitas;

Presidente da Seção Criminal – Des. Luiz Carlos Ribeiro dos Santos;

Presidente da Seção de Direito Privado – Des. Ademir de Carvalho

Benedito; Presidente da Seção de Direito Público – Des. Sidney Benetti;

bem como congratulações ao atual Conselho Superior da Magistratura, Drs.

Luiz Elias Tâmbara, Mohamad Amaro e José Mario Antonio Cardinale,

pelo brilhante desempenho nos órgãos de direção do Tribunal de Justiça,

respectivamente, presidência, vice-presidência e corregedoria-geral, bem

como votos de congratulações aos vinte colegas eleitos para o Órgão

Especial do Colégio de Procuradores de Justiça, e para o Conselho Superior

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do Ministério Público, biênio 2006/2007, e elogio a todos os integrantes do

Colendo Órgão Especial que estão concluindo a gestão, tanto os natos

como os eleitos, com especial referência a estes, pelos trabalhos

desenvolvidos durante o biênio, com máxima dedicação e zelo pela

melhoria da Instituição. Propôs, também, votos de congratulações à nova

diretoria da CONAMP, em especial ao Presidente eleito, o colega Dr. José

Carlos Cosenzo, que, certamente, imprimirá o mesmo dinamismo e

eficiência, que sempre demonstrou na Presidência da APMP, ao novo cargo

que exercerá. Propôs, ainda, votos de congratulações aos novos Secretários

de Procuradorias recém eleitos: Procuradoria de Justiça Criminal, Dr. José

Ricardo Peirão Rodrigues; Procuradoria de Justiça Cível, Dr. Washington

Epaminondas Medeiros Barra e Procuradoria de Justiça de Habeas Corpus,

Dr. Paulo Álvaro Chaves Martins Fontes. Ponderou ter havido equívoco no

recém aprovado e publicado Ato Normativo nº 412-CPJ, posto que ficou

deliberado neste Plenário que a Procuradoria de Hábeas Corpus continuaria

com atribuição para oficiar em todos os processos de Hábeas Corpus, seja

criminal, seja cível e, inclusive, naqueles relativos à jurisdição da Infância

e da Juventude, porém constou no art. 3º., § 3º, que tal atribuição caberia à

equipe de Procuradores de Justiça designados para atuar junto à Câmara

Especial do Tribunal de Justiça, motivo pelo qual propôs a retificação desse

dispositivo, com a exclusão da expressão final: “e nos hábeas corpus

relativos à jurisdição da Infância e Juventude”, proposta esta

aprovada por unanimidade. Nessa oportunidade o Dr. José Ricardo

Peirão propôs, também, a alteração do mesmo Ato, no que se refere aos

arts. 16 e 20, “caput”, com sugestão substitutiva da Dra. Maria Cristina

Barreira de Oliveira, tendo sido debatida a questão em Plenário,

concluindo-se, por maioria de votos, contra o voto do Dr. Jorge Luiz

Ussier, pela seguinte redação: art. 16 – “As Procuradoria de Justiça

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terão o prazo de 120 (cento e vinte) dias, contados do ato de sua

instalação, para o cumprimento do disposto no art. 10, “caput”, e §§ 1º

e 2º deste ato normativo” – art. 20 – “Com a instalação das novas

Procuradorias de Justiça, os feitos que derem entrada nas respectivas

secretarias serão distribuídos eqüitativamente entre seus integrantes,

assim como aqueles que forem transferidos das atuais Procuradorias

de Justiça, observando-se que:” Após deu ciência dos Pts. nº 122.968/05,

123.482/05, 126.368/05, 124.681/05, 124.905/05 e 123.902/05, referente

aos relatórios de distribuição dos meses de outubro e novembro da 1ª, 2ª,

3ª, 4ª e 5ª Procuradorias de Justiça. Comunicações do Corregedor-Geral

do Ministério Público – Reiterou os votos de congratulações e elogios, em

especial aos colegas eleitos para integrar este Órgão Especial e o Conselho

Superior do Ministério Público, no biênio 2006/2207, bem como enalteceu

o excelente trabalho desenvolvido por todos os colegas que ora encerram a

gestão, com destaque para o empenho e dedicação evidenciado pelos

membros das Comissões. Apresentou ao Plenário o relatório de atividades

realizadas no mês de novembro. Comunicações da Secretária do Colégio

de Procuradores de Justiça – Também aderiu expressamente às

homenagens e votos de louvor e congratulações formulados pelo

Procurador Geral de Justiça e Corregedor Geral, agradecendo aos colegas

pelo salutar convívio nestes dois anos de gestão, quando teve a honra de

ocupar o cargo de Secretária do Órgão Especial, e o privilégio de privar

com pares de invejável cultura jurídica, com os quais só fez aprender e

aperfeiçoas seus conhecimentos. Propôs a designação de data para a

solenidade de posse dos novos integrantes do Órgão Especial do Colégio de

Procuradores de Justiça e Conselho Superior do Ministério Público,

sugerindo se mantivesse a tradição, designando-se a primeira reunião

solene e ordinária do Colegiado para o dia 4 de janeiro de 2.006 (quarta-

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feira) quando além da referida solenidade haverá a formação das

Comissões Permanentes e Especiais e a eleição para a Secretaria do Órgão.

Encaminhou ao digno Corregedor-Geral do Ministério Público, Doutor

Paulo Hideo Shimizu, os atrasos constantes das Procuradorias de Justiça.

Comunicações dos membros do Órgão Especial – Dr. René Pereira de

Carvalho teceu elogios e agradecimentos ao Procurador Geral de Justiça

pelo especial empenho para efetuar diversos pagamentos de créditos

atrasados à classe, desde logo apresentando os votos de Feliz Natal e

Próspero Ano Novo a todos os colegas integrantes do Colegiado. Dr.

Herberto Magalhães da Silveira Junior informou ter recebido

representação feita por pessoa em favor de deficiente candidato a cargo no

serviço público, junto à Procuradoria Federal, que sem qualquer critério ou

análise mais percuciente requisitou informações dele, no exíguo prazo de 5

dias, tendo feito leitura ao Plenário de informações que serão prestadas,

elaboradas com a colaboração da Assessoria da Procuradoria Geral de

Justiça – foi proposta pela Sra. Secretária moção de apoio e solidariedade

ao Dr. Herberto por tal fato, proposta aprovada por unanimidade. Dr.

Nelson Lacerda Gertel agradeceu aos pares deste Colegiado pelo salutar

convívio e se desculpou por eventuais arroubos ou críticas mais exaltadas,

que são típicas de seu perfil, afirmando que pretende fazer uma reflexão a

respeito da última publicação da APMP, que tem igual denominação

(Reflexão), sobre texto escrito pelo seu Presidente, Dr. João Antonio

Bastos Garreta Prats, na 1a. folha, 1a. coluna, que contém pesada e

agressiva critica a este Colendo Órgão Especial, com relação a não criação

da Procuradoria de Interesses Difusos e Coletivos, destacando a seguinte

expressão; “mal conduzido pela Procuradoria Geral de Justiça e pelo

Órgão Especial que terminou em fragorosa derrota para a

Instituição”, “critica essa que repudia com veemência por conter

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afirmação maldosa e desonestidade intelectual”, deixando de nominar os

que votaram favoravelmente, dentre os quais se inclui, certamente porque

seria desconfortável excluir alguns integrantes da própria APMP, membros

deste colegiado, que votaram contrariamente à proposta; lembrando que

com referências a iguais críticas feitas no caso “Thales”, o Presidente da

APMP não se permitiu igual afrontamento com a Corregedoria Geral,

obviamente, para evitar desgastes e confrontos de política interna. Dr.

Herberto Magalhães da Silveira Junior apoiou o repúdio feito pelo Dr.

Gertel, afirmando que as críticas feitas pela APMP a este Colegiado e ao

Conselho Superior não correspondem à realidade, também se declarando

magoado com a agressividade das críticas. Dr. Fernando José Marques

também endossou os votos de congratulações aos novos colegas eleitos

para o Órgão Especial e Conselho Superior, agradecendo aos que apoiaram

a chapa eleita por este Colegiado, esclarecendo que teve conhecimento de

boatos maldosos feitos a seu respeito, com relação a sua futura atribuição

de substituição ao Procurador Geral de Justiça, desmentindo-os com

veemência. Dr. Antonio Carlos Fernandes Nery agradeceu a todos os

colegas do Colegiado pela excelente convivência, especialmente aos

membros natos que o receberam afetuosamente, tendo muito mais

aprendido do que contribuido para este Órgão da Administração Superior.

O Dr. Rodrigo César Rebello Pinho agradeceu a intervenção de todos,

observando que os votos divergentes fazem parte da convivência

democrática e do respeito mútuo que deve pautar o relacionamento entre os

órgãos da Instituição. A publicidade dada às decisões deste colegiado no

site do Ministério Público revela o real posicionamento em questões

fundamentais do aprimoramento institucional. Votos de pesar – Pelo

falecimento do Dr. Antenor Moinho Trevelin Junior, 8º Promotor de Justiça

de Marília; pelo falecimento do Sr. Cássio Pupo Nogueira, filho do Dr. José

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Pupo Nogueira, Promotor de Justiça aposentado; pelo falecimento da

Senhora Lídia Zanuzzi Jorge, mãe do Dr. Willian Wanderley Jorge,

Procurador de Justiça aposentado. Voto de Congratulações e de Louvor–

Leitura da Ordem do dia – Nada Consta. I - Pareceres e Conclusões da

Comissão de Assuntos Institucionais – Pt. nº 123.515/05 – Interessado:

Dr. Rodrigo César Rebello Pinho, Procurador-Geral de Justiça – Assunto:

Proposta de ato normativo que disciplina o inquérito civil no âmbito do

Ministério Público – deliberou-se na reunião ordinária de 30.11,

encaminhar para exame conjunto das Comissões de Assuntos Institucionais

e Regimentos e Normas, tendo a Sra. Secretária esclarecido que sendo esta

a última reunião do ano, só fará a distribuição do protocolado às respectivas

comissões no próximo ano, na primeira reunião ordinária. II - Pareceres e

Conclusões da Comissão de Regimentos e Normas – Pt. nº 10.729/02 –

Interessado: Conselho Superior do Ministério Público – Assunto: Proposta

de instituição das Câmaras Revisoras da promoção de arquivamento do

inquérito civil – em reunião de 23.11., aprovou-se o Ato Normativo nº

412/05-CPJ, referente ao Pt. nº 18.930/90, encaminhando-se à Comissão de

Regimentos e Normas. III – Pareceres e Conclusões da Comissão de

Assuntos Administrativos – Pt. nº 69.196/05 – Interessado: Dr. Rodrigo

César Rebello Pinho - Assunto: Projeto de Lei Complementar referente à

criação de cargos para a carreira dos serviços auxiliares do Ministério

Público – o Relator Dr. Antonio Visconti apresentou seu voto,

deliberando-se adiar os debates para a próxima reunião ordinária, em face

da alteração dos membros eleitos da Comissão, que tomarão posse no

próximo ano. IV – Pareceres e Conclusões da Comissão de Defesa das

Prerrogativas Institucionais - Pt. nº 48.414/05 juntado a este o Pt. nº

104.022/05 – Interessado: Doutor Paulo Hideo Shimizu, Corregedor-Geral

do Ministério Público – Assunto: Encaminha cópia do expediente recebido

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do Dr. César Dario Mariano da Silva, 8º Promotor de Justiça do II Tribunal

do Júri, para conhecimento e eventual deliberação – com o Relator Doutor

Pedro Franco de Campos. V - Pareceres e Conclusões da Comissão de

Assuntos Referentes às Promotorias de Justiça – Pt. nº 63. 376/05 –

Promotoria de Justiça de Ribeirão Pires – Redivisão de atribuições –

Relator Hideo Ozaki – parecer pela conversão do julgamento em

diligência. O Dr. Rodrigo César Rebello Pinho propôs a aprovação

provisória da proposta, enquanto se formulasse uma outra conforme as

recomendações da comissão. Foi aprovada provisoriamente a redistribuição

de atribuições, devendo uma outra ser apresentada pela Promotoria de

Justiça de Ribeirão Pires no prazo de 60 (sessenta) dias. Pt nº 43.179/04 –

Promotoria de Justiça de Adamantina – Pedido de criação de cargos –

Relator Dr. Hideo Ozaki apresentou parecer contrário, com voto

divergente do Dr. Antonio Visconti favorável a proposta. O Dr. Rodrigo

César Rebello Pinho reiterou a proposta de criação de cargo para

Adamantina, observando a existência de três cargos de Juiz de Direito para

dois de Promotor de Justiça e a comprovada simultaneidade de audiências,

conforme ofícios encaminhados pelos colegas, evidenciando que diversas

audiências deixaram de ser realizadas por este motivo. O Ministério

Público não pode ser a Instituição responsável pelo retardamento da

prestação jurisdicional. Por outro lado, em cidades menores, com varas

cumulativas, não podemos dar ensejo a “pauta dupla” de audiências,

afastando o Promotor de Justiça do importante momento processual da

realização da prova ou facultando uma participação meramente simbólica,

que causará o desprestígio da Instituição na Comarca. Se é certo que não

devemos acompanhar de forma automática a instalação de varas pelo Poder

Judiciário, por outro lado, não podemos deixar de considerar que o MP foi

inserido na Constituição no Capítulo das funções essenciais à realização da

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Justiça. Muito temos feito. Avançamos no processo de racionalização, nas

áreas de mandado de segurança de direitos individuais disponíveis, na

tutela individual de lides acidentárias e outras. Desnomenclaturamos, nos

últimos anos, 50 cargos em áreas que não mais atendem ao perfil

constitucional de 1988. O Tribunal de Justiça, neste biênio, instalou 159

novas Varas. Não podemos esquecer do colega que está na linha de frente,

em contato diário com as partes, advogados, juízes e cidadãos. Precisa de

suporte administrativo, mas há funções que, por lei e pela sua própria

natureza, são indelegáveis. Adiado com pedido de vista pelo Dr. René

Pereira de Carvalho. Pt. nº 47.331/04 – Promotoria de Justiça de Poá –

Relator Dr Hideo Ozaki juntou parecer contrário, tendo o Dr. Herberto

Magalhães da Silveira Junior se manifestado favoravelmente à proposta,

argumentando com as péssimas condições da Comarca, com deficiência

notória de número de membros da Instituição para atender a crescente

demandas sociais. O Dr. Rodrigo César Rebello Pinho reiterou os

mesmos argumentos apresentados em relação à Cidade de Adamantina,

acrescentando que Poá é uma Cidade da Grande São Paulo de reconhecidas

carências sociais e 3 Promotores de Justiça não teriam condições de atender

ao aumento dos serviços decorrentes da crescente demanda social e da

maior rotatividade dos processos proporcionada pela instalação de mais

uma nova vara, com 4 juízes realizando audiências simultâneas com 3

Promotores de Justiça. Adiado com pedido de vista pelo Dr. René Pereira

de Carvalho. Pt. nº 54.915/04 - Promotoria de Justiça do Consumidor –

Pedido de criação de cargo de Promotor de Justiça – Relator Dr. Arnaldo

Gonçalves juntou parecer favorável – Pt. nº 23.053/99 - Promotoria de

Justiça de Sumaré – Pedido de criação de cargo de Promotor de Justiça –

Relator Dr. Arnaldo Gonçalves apresentou parecer favorável– . Pt. nº

39.420/05 – 3º Promotoria de Justiça Criminal da Capital – Criação de

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cargos – Relator Dr. Arnaldo Gonçalves juntou parecer pela conversão do

julgamento em diligência. Pt. nº 59.277/05 - Promotoria de Justiça de

Monte Aprazível – Criação do 2º cargo de Promotor – Relator Dr. Arnaldo

Gonçalves juntou parecer favorável. Pt. nº. 22.443/05 - Promotoria de

Justiça Cível de Campinas – Criação de cargo – Relator Dr. Arnaldo

Gonçalves apresentou parecer contrário. Pt. nº 77.452/04 - Promotoria de

Justiça Cível de Santana – redivisão de atribuições – Relator Dr. Arnaldo

Gonçalves – houve pedido de desistência com parecer favorável. Pt. nº

78.551/04 – Promotoria de Justiça Criminal de Santana – redivisão de

atribuições – Relator Dr. Arnaldo Gonçalves juntou parecer favorável . Pt.

nº 110.118/04 – Promotoria de Justiça de Guararapes – Relator Dr. Franco

Caneva Junior apresentou parecer contrário. Pt. nº 37.898/02 – Promotoria

de Justiça do Meio Ambiente – Pedido de nomenclaturação de cargo de

Promotor de Justiça – Relator Dr. Franco Caneva Junior juntou parecer

favorável. Pt. nº 70.472/04 – Promotoria de Justiça de Araraquara – Pedido

de redivisão de atribuições de cargo de Promotor de Justiça – Relator Dr.

Franco Caneva Junior – parecer pela conversão do julgamento em

diligência. Pt. nº 30.046/99 – Promotoria de Justiça de Piracaia – Criação

de cargo – Relator Dr. Franco Caneva Junior – parecer contrário. Pt. nº

61.108/05 – Promotores de Justiça titulares de cargos em comarcas da 36ª

CJ (Araçatuba) – Criação de cargo – Relator Dr. Franco Caneva Junior

juntou parecer favorável. Pt. nº 72.571/98 – Promotoria de Justiça Cível

de Jundiaí – Criação de cargo de Promotor – Relator Dr. Franco Caneva

Junior apresentou parecer contrário. Pt. nº 89.523/05 – Promotoria de

Justiça Criminal de Piracicaba – Nomenclaturação de cargo de Promotor –

Relator Dr. Franco Caneva Junior juntou parecer contrário. Pt. 105.320/05

– Promotoria de Justiça de Limeira – Redivisão de atribuições – Relator Dr.

Franco Caneva Junior apresentou parecer favorável. Pt. nº 32.521/05 –

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Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo – Pedido de

nomenclaturação de cargo de Promotor de Justiça – Relator Dr. Hideo

Ozaki apresentou parecer favorável. Pt. nº 41.071/05 – Promotoria de

Justiça de Votuporanga – Criação de cargo do 5º Promotor de Justiça –

Relator Dr. Hideo Ozaki apresentou parecer contrário. Pt. nº 63.688/05 –

Promotoria de Justiça de Tanabi – Criação de cargo – 2ª Instância – Relator

Dr. Hideo Ozaki juntou parecer favorável. Pt. nº 47.847/05 – Promotoria

de Justiça de Vila Mimosa – Criação de cargo do 4º Promotor de Justiça –

Relator Dr. Hideo Ozaki juntou parecer contrário. Pt. nº 23.354/04 –

Promotoria de Justiça de Americana – Criação de cargo – Relator Dr.

Hideo Ozaki apresentou parecer favorável. – Pt. nº 54.293/99 – Promotoria

de Justiça Cível de Marília – Criação de cargo – Relator Dr. Jorge Luiz

Ussier apresentou parecer favorável. Pt. nº 4.256/05 – Promotoria de

Justiça de Presidente Prudente – Redivisão de atribuições dos cargos de

Promotor de Justiça – Relator Dr. Jorge Luiz Ussier juntou parecer

favorável. Pt. nº 21.651/01 – Câmara Municipal de Ourinhos – solicitação

de cargo de quarto Promotor de Justiça de Ourinhos – Relator Doutor Jorge

Luiz Ussier apresentou parecer favorável. Foram apreciados os pedido de

divisão de atribuições em Ribeirão Pires e os pedidos de criação de cargos

para as Comarcas de Adamantina e Poá, não havendo tempo hábil para o

exame dos demais pareceres apresentados pela Comissão. VI – Comissão

de Orçamento – Nada Consta. VII – Comissão do Colar de Mérito

Institucional – Nada Consta. VIII – Justificativa de ausência de

membros do Órgão Especial na reunião – Doutores Luiz César Gama

Pellegrini, Rubem Ferraz de Oliveira, Pedro Franco de Campos, Gabriel

Eduardo Scotti, Vercingetorix de Castro Garms Júnior e José Roberto

Dealis Tucunduva. IX – Relatório da Distribuição – Foram encaminhadas

cópias reprográficas a todos os membros do Órgão Especial. X – Outros

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Assuntos – Nada Consta. Às 16:45 horas foi pedido pelo Procurador-Geral

de Justiça a verificação de quorum, registrando-se a presença dos seguintes

Procuradores de Justiça: Dr. Rodrigo César Rebello Pinho, Dr. Paulo Hideo

Shimizu, Hideo Ozaki, Franco Caneva Junior, Daniel Prado da Silveira,

Jorge Luiz Ussier, Arnaldo Gonçalves, Fernando José Marques, Antonio

Visconti, José Benedito Tarifa, Hermann Herchander, Mágino Alves

Barbosa Filho, Maria Cristina Barreira de Oliveira, Eliana Montemagni,

Douglas Tadeu de Cicco, Irineu Roberto da Costa Lopes, Herberto

Magalhães da Silveira Junior, Dráusio Lúcio Barreto, Walter Paulo Sabella,

Maria Aparecida Berti Cunha, Marilisa Germano Bortolin. Constatada a

ausência do quorum mínimo exigido, o Doutor Rodrigo César Rebello

Pinho, Presidente, declarou encerrada a sessão, sendo adiada a apreciação

dos demais casos de criação de cargos e redivisão de atribuições, desejando

a todos os integrantes deste colegiado um Feliz Natal e um próspero 2006,

e eu, Secretária do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça,

Doutora Regina Helena da Silva Simões, lavrei esta Ata, que vai assinada

pelo Doutor Presidente, por mim, e pelos Procuradores de Justiça que

assim o desejarem.

RODRIGO CÉSAR REBELLO PINHO Procurador-Geral de Justiça REGINA HELENA DA SILVA SIMÕES Secretária do Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça

A pedido da Comissão de Assuntos Referentes às Promotorias de Justiça,

passa-se a publicar, na íntegra, os seguintes pareceres:Pt. nº 43.179/04 -

Interessado: Promotoria de Justiça de Adamantina. Assunto: Pedido de

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criação de cargo - A questão se acha exposta no parecer da Comissão de

Assuntos Administrativos Relativos às Promotorias de Justiça, a fls.

25/5, que se pronunciou contrariamente à criação de mais um cargo na

Comarca de Adamantina, com base na análise de dados fornecida pela

E. Corregedoria-Geral do Ministério Público. Esta indica movimento

de feitos incompatíveis com o aumento do número de integrantes

daquela Promotoria de Justiça. Após a apresentação do parecer

referido, os Promotores de Justiça encaminharam, em diversas

oportunidades, comunicações de adiamentos de audiência devidos à

incompatibilidade das pautas nas três Varas da Comarca (cf. fls. 258 e

segs). Cheguei a propor tornassem os presentes autos ao eminente

Relator dessa Comissão, também pela juntada de novos dados

apresentados pelos Promotores (fls. 257), porém foi-me transmitido

verbalmente que não influíam na manifestação já exarada. Mantive

contactos com os Promotores, com o então assessor da Procuradoria-

Geral encarregado da matéria, o Promotor de Justiça Alberto Carlos

Dib Junior e cheguei a propor ao Corregedor-Geral inspeção

extraordinária para verificação da situação da Promotoria, mas esta

sugestão não foi aceita. O ex-assessor referido esclareceu que

realmente só o movimento de feitos não justificaria a alocação da mais

um cargo para a Comarca. A proposta se deveu à instalação de uma

outra Vara, de competência cumulativa, o que requer a correlativa

criação e instalação de mais um cargo de Promotor, especialmente em

razão do atendimento às pautas de audiência. Feitos esses registros,

peço vênia para divergir do parecer da comissão. Como noticiado pelos

Promotores, vêm se sucedendo adiamentos de audiências na 3ª Vara da

Comarca, porque os atuais integrantes das outras duas Promotorias

precisam atender às pautas das Varas em que oficiam. Em linha de

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principio, procede o argumento de que o Ministério Público não pode

seguir a reboque do Poder Judiciário no concernente à ampliação de

seus quadros. Nem sempre a racionalidade tem pautado a criação e

instalação de novas Varas e as necessidades de uma e outra Instituição

não são as mesmas, máxime com o substancial acréscimo de

atribuições do Ministério Público, a partir de seu novo perfil

constitucional. Comarcas há em que necessário se faz alocar maior

número de Promotorias que o de Varas e outras em que um número

menor de Promotores em relação ao de Varas bastará para atender às

necessidades de nossa Instituição. Dessa forma, nas Comarcas em que

as atribuições do Ministério Público possam ser desempenhadas a

contento independentemente da criação e instalação de novos cargos de

Juízes de Direito, não há por que acompanhar o Poder Judiciário e

ampliar o quadro de Promotores. Postas essas premissas, algumas

balizas podem ser estabelecidas. A experiência mostra que nas

Comarcas cujas Varas têm competência cumulativa, salvo situações

excepcionais, estas só são criadas e instaladas após longo tempo de

reivindicação de Juízes, Promotores, Advogados e demais autoridades

e representantes. Dessa forma, o número de audiências

obrigatoriamente aumenta, além do tempo de movimentação dos

feitos, pela razão simples de que um ou mais Magistrados passam a

judicar na Comarca. Assim sendo, salvo nos raros casos em que o

Poder Judiciário avalie mal a situação da Comarca, dotando-a

desnecessariamente de mais uma Vara, ou em que haja clara

desigualdade entre as necessidades de uma e outra Instituição, o

Ministério Público deve alocar o cargo de Promotor para oficiar na

nova Vara, quando mais não seja para o adequado atendimento à

pauta de audiências. Nas situações excepcionais nas quais se verifique a

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real desnecessidade de se ampliar o quadro de Promotores de Justiça,

a chefia da Instituição poderá fazer ver ao Poder Judiciário não se

justificar criar novo cargo e que as pautas devam ser adequadas ao

número de representantes do Ministério Público na Comarca. Em

condições normais, porém, nas Comarcas nas quais não haja

especialização de Varas, a cada uma destas há de corresponder um

cargo de Promotor. De outro modo, o Ministério Público estará pondo

empecilho ao normal desempenho do trabalho judicial, com todas as

consequências negativas daí advenientes. E no caso de Adamantina aí

estão os adiamentos de audiências a mostrar que se faz necessário

alocar mais um Promotor para a Comarca. E não impressiona, com o

respeito devido, a ênfase que se empresta ao fato de Promotores de

Justiça, em longos períodos, acumularem o exercício de outras

Promotorias, que tanto tem impressionado os integrantes deste Órgão

Especial. Desde o final de 1994, por alteração legislativa pouco

inspirada, ampliou-se consideravelmente a remuneração

extraordinária dessas atividades. Antigamente se restringiam a diárias

pelo deslocamento a outra Comarca. Com a nova situação, a

acumulação dentro da mesma Comarca passou a render gratificação.

Evidentemente tal constitui atrativo poderoso a que Promotores de

Justiça desempenhem o trabalho extraordinário. Sabe-se, porém, que o

continuado exercício cumulativo de atribuições sacrifica a qualidade

do trabalho. Sobretudo quando se enfatiza o papel do Promotor de

Justiça como agente político e quando o ordenamento jurídico pátrio

alargou substancialmente o campo de atuação do Ministério Público,

cometendo-lhe fazer valer a moderna legislação sobre interesses

coletivos e difusos, dando-lhe os instrumentos do inquérito civil e da

ação civil pública. Dá-se, porém, que a Instituição ainda não encontrou

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meios e modos de enfrentar com organicidade essas novas e relevantes

tarefas. Há quase década e meia saudou-se como auspiciosa novidade o

plano de atuação, em nível estadual, regional e local. Mais adiante

esses planos mereceram consagração legislativa (prematura, como se

verificaria posteriormente). Esmoreceu, contudo, o impulso inicial e os

planos de atuação hoje constituem pouco mais que mera formalidade.

Sem esses planos, porém, ou sem algum outro caminho que preencha

esse espaço, a atividade de Promotores e Procuradores de Justiça na

esfera de interesses difusos e coletivos ficará adstrita à

discricionariedade de cada um, o que evidentemente não se coaduna

com o interesse público e pode um futuro próximo constitui fonte de

desgaste do Ministério Público. Não tendo vingado a idéia dos planos

de atuação, nada se colocando em lugar deles, o trabalho nos autos

segue ocupando o tempo maior de Procuradores e Promotores de

Justiça, ficando, quase sempre, a nossa atividade extrapenal como

agentes freqüentemente relegada a plano secundário. E, salvo grave

engano, a atividade correicional tem foco no trabalho em autos de

processo, notadamente na detecção de aspectos negativos. E esse

quadro se agrava com a malsinada inovação da gratificação por

acumulação e com a superestimação do valor das diárias. É humano e

compreensível, posto que prejudicial ao trabalho da Instituição, a

aceitação pelo Promotor das ofertas de acumulação, pelo substancial

acréscimo pecuniário representado. Se tocando burocraticamente uma

Promotoria vaga, aufere-se pingue gratificação, por que recusa-la para

se ocupar com atividades mais relevantes, porém de maior

complexidade, não raro determinantes de tensão e conflitos? Diante

dessa situação, com todo o respeito, a manifestação da Comissão de

Assuntos Administrativos Relativos a Promotorias de Justiça dá

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exagerada ponderação aos registros da Corregedoria-Geral do

Ministério Público e ao trabalho nos autos. Nem se diga que os

procedimentos atinentes a nova área de atividade institucional também

são contemplados nos relatórios. O banco de dados formado a partir

dos dados do relatórios dos Promotores de Justiça, iniciativa digna de

todos os encômios, não pode ir além de uma aferição quantitativa do

trabalho de cada um. Não há como pretender que tabulação de dados

em computador e seu cruzamento, possibilite empreender verificação

qualitativa do trabalho dos integrantes da Instituição. Não podem se

erigir em critério único de aferição da necessidade de expandir ou

diminuir nossos quadros. Assim sendo, tenho por acertada a premissa

de que, salvo situações excepcionais, nas Comarcas de Varas com

competência cumulativa deve continuar havendo ao menos um

Promotor em cada um. Adamantina não parece se colocar naquela

situação de excepcionalidade. A 1ª Promotoria de Justiça, até pouco

tempo ocupada por colega em vias de ser aposentada por invalidez,

acumulou problemas e necessidades excepcionais. Claro que se trata de

situação transitória, sanável com o tempo e com o diligente trabalho de

seu ocupante. Agrava, porém, as dificuldades a que se dois Promotores

de Justiça atendam a três Varas. Ante todo o exposto, renovando

sempre a vênia à posição da Comissão, este descolorido voto é no

sentido de se acolher a proposta da Procuradoria-Geral de Justiça e

alocar mais um cargo na Promotoria de Justiça de Adamantina.

Antonio Visconti. Pt nº 43.179/2004. Interessado: Promotoria de

Justiça de Adamantina. Assunto: Pedido de nomenclaturação do cargo de

3º Promotor de Justiça.PARECER COMPLEMENTAR. Após o parecer

desfavorável ofertado por esta Comissão de Assuntos referentes às

Promotorias de Justiça, o Dr. Antonio Visconti, digno Procurador de

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Justiça e membro do Colendo Órgão Especial do Colégio de Procuradores

de Justiça, pediu “vista” dos autos em 10 de novembro de 2004,

devolvendo-o somente em 02 de agosto de 2005. Nesse interregno, o

eminente Promotor de Justiça, Exmo. Dr. José Augusto de Barros Faro,

DD. Secretário da Promotoria de Justiça de Adamantina, buscando

justificar o pedido de criação do cargo de 3º Promotor de Justiça,

encaminhou extenso material, como feitos em andamento, pautas de

audiência, etc... Destacam-se os seguintes documentos encaminhados:

Relatórios dos feitos em andamento nas 1ª, 2ª e 3ª Varas, da Comarca de

Adamantina (fls. 01/41); certidão do Distribuidor local, informando o total

de feitos protocolados sem distribuição (um total de 456 feitos) em

06.12.2004 (fls. 42); 1. Pautas da 1ª, 2ª e 3ª Varas, a partir do mês de

novembro/2004 (fls. 42/208); 2.Pautas de oitivas informais, realizadas pela

Promotoria da Infância e Juventude, até dezembro/2004 (fls. 209/214); 3.

relação de entidades que abrigam e/ou atendem crianças e adolescentes, na

Comarca de Adamantina (fls. 215/217); 4. relação de Delegacias (total de

09) e Delegados (total de 10) de Polícia da Comarca de Adamantina (fls.

218); 5. ofício da OAB, acerca do número de advogados na Comarca de

Adamantina (total de 197) – fls. 219; 6. documento que demonstra que se

encontra em fase de conclusão, uma Penitenciária compacta no Município

de Flórida Paulista, nesta Comarca de Adamantina (fls. 220/301); 7.

documentos encaminhados pelo Distribuidor local, acerca do andamento de

feitos (fls. 232/301); 8. fotos ilustrativas dos cartórios da 1ª e 2ª Varas (fls.

302); 9. informações da Sra. Oficial de Promotoria, acerca do número de

atendimento ao público no mês de novembro/04 (um total de 121 pessoas)

– fls. 303. A documentação encaminhada pelo nobre Promotor de Justiça

Secretário da Promotoria de Justiça de Adamantina, conquanto respeitável,

não infirma os fundamentos do parecer elaborado, até porque “a instalação

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da 3ª Vara na Comarca de Adamantina não representa necessariamente

num aumento absurdo dos trabalhos, mas apenas e tão somente, numa

redivisão daqueles já existentes. Logo, diante das projeções numéricas

feitas nos quadros elaborados, pode-se concluir que, por ora, o número

de Promotores em exercício é suficiente para a continuidade do pleno

exercício das atribuições afetas à Promotoria de Justiça”, sem o risco de

comprometer a qualidade dos trabalhos desenvolvidos pelo Ministério

Público na Promotoria de Justiça de Adamantina. Justifica-se essa

assertiva, uma vez que, as dificuldades mencionadas pelo Secretario da

Promotoria, como pautas de audiência e oitivas informais, que já existiam

naquela época, não impediram os Promotores de acumularem outros

cargos, inclusive em Comarcas vizinhas e, com certeza com maior

dificuldade, haja vista à necessidade de locomoção, Pelo quadro elaborado,

verifica-se que não houve modificação significativa dos números então

obtidos, mantendo-se dentro da média, justificando a posição contrária

desta Comissão no tocante ao pedido de criação de cargo. Confortando

nossa posição, foi elaborado também um quadro ilustrativo do número de

feitos em andamento na Comarca de Adamantina, durante o ano de 2004.

Analisando esses dados, é necessário uma reflexão mesmo porque, é de

conhecimento geral que o número de feitos existentes nas Varas Judiciais

Cíveis, não tem a correspondência de exigir a manifestação do Ministério

Público em todos eles, pela própria natureza das ações. Ademais, houve o

esvaziamento das atribuições dos Promotores na área cível, em face dos

atos normativos nºs 243/00-PGJ/CGMP/CPJ; 286/02-PGJ/CGMP/CPJ;

289/02-PGJ/CGMP/CPJ; 295/02-PGJ/CGMP/CPJ; 313/03 e 354/04-

PGJ/CGMP e 156/98-PGJ, todos racionalizando a atuação institucional

em matéria cível. Ademais, com a entrada em vigor do Novo Código Civil,

a partir de janeiro de 2003, cujo artigo 5º reconhece a capacidade civil

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plena aos maiores de 18 (dezoito) anos, a atribuição do Ministério Público

na área cível reduziu-se ainda mais. Ratificamos portanto o parecer

elaborado, propondo a rejeição da proposta de nomenclaturação de um

cargo de Promotor de Justiça, para a Promotoria de Justiça de Adamantina,

por este Colendo Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça.

São Paulo, 31 de agosto de 2 005. Hideo Ozaki, Procurador de Justiça –

Relator; Protocolado nº 63.376/05, Interessado: Promotoria de Justiça de

Ribeirão Pires. Assunto: Redivisão das atribuições dos cargos de Promotor

de Justiça. O presente protocolado foi instaurado a partir de requerimento

da Dra. Thelma Thaís Cavarzere, 2ª Promotora de Justiça de Ribeirão

Pires, sustentando a existência de desequilíbrio na divisão de serviços

atualmente homologada, em razão de sobrecarga de suas atividades,

enquanto que a 4ª PJ teria carga menor do que a média das outras

Promotorias de Justiça. A douta Assessoria de Planejamento e

Modernização Institucional da E. Procuradoria Geral de Justiça, após

reunião realizada com as integrantes da Promotoria de Justiça, de forma

consensual, obteve uma divisão que foi acordada pelos Promotores,

passando os dois finais de feitos cíveis de atribuições da 2ª Promotora de

Justiça para a 4ª Promotora de Justiça [fls. 79/80]. Apesar do parecer

favorável da douta Assessoria de Planejamento e Modernização

Institucional da E. Procuradoria Geral de Justiça [fls. 81/84], o qual restou

aprovado pelo Exmo. Sr. Procurador Geral de Justiça [fls. 85], observo que

não é caso de se acolher a proposta.A proposta não se encontra dentre as

hipóteses previstas no Ato nº 149/98-PGJ, de 23 de julho de 1998, cujo

art. 1º estabelece que “as sugestões de alteração de divisão interna dos

serviços processuais e extraprocessuais das Promotorias de Justiça,

somente serão apreciadas, nas seguintes hipóteses”: I – destinação de

cargo novo à Promotoria de Justiça; II – instalação de nova Vara na

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Comarca; III – situação de desequilíbrio da divisão de atribuições

formalmente homologada, decorrente de circunstância excepcional

posterior; IV – necessidade de aprimoramento motivada por interesse

público. Contudo, excepcionalmente é o caso de se conhecer da proposta,

especialmente em razão daquela homologada pelo Ato nº 021/02-PGJ, de

11 de abril de 2002 [que havia homologado a alteração da divisão das

atribuições da Promotoria de Justiça de Ribeirão Pires], não ter previsto

atribuições na área de Execuções Criminais e proteção ao idoso [v. fls.

03]. Conhecida, impõe-se a conversão em diligência para que os

Promotores daquela Comarca manifestem-se, novamente, sobre a divisão

de atribuições ante o desequilíbrio flagrante da proposta, com

indiscutível sobrecarga de atribuição para a 1ª e especialmente a 2ª PJ

de Ribeirão Pires, senão vejamos: 1º Promotor de Justiça: a) feitos

criminais da 1ª Vara; b) feitos de competência do Tribunal do Júri, desde a

fase inquisitorial, independentemente da Vara a que forem distribuídos; c)

feitos cíveis de finais 5, 6, 7, 8, 9 e 0 da 1ª Vara; d) Acidentes do Trabalho;

e) proteção ao idoso (sem previsão no ato); f) atendimento ao público. 2º

Promotor de Justiça: a) feitos criminais da 2ª Vara; b) feitos cíveis da 2ª

Vara, finais 9 e 0; c) fundações (no tocante aos procedimentos

investigatórios em trâmite na Promotoria de Justiça); d) Corregedoria da

Polícia e dos Presídios; e) Execuções Criminais (sem previsão no ato); f)

Habitação e Urbanismo; g) Meio Ambiente;h) atendimento ao público. 3º

Promotor de Justiça: a) feitos criminais da 3ª Vara; b) feitos cíveis da 3ª

Vara; c) Pessoa Portadora de Deficiência; d) Consumidor; e) atendimento

ao público. 4º Promotor de Justiça: a) feitos cíveis de finais 1, 2, 3 e 4 da

1ª Vara; b) feitos cíveis da 2ª Vara; c) Registros Públicos; d) Direitos

Constitucionais do Cidadão; e) Infância e Juventude (inclusive interesses

difusos e coletivos); f) atendimento ao público. A proposta apresentada [fls.

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79/80] com a exclusão de dois (02) finais da 2ª PJ para a 4ª PJ apesar da

anuência das Promotoras de Justiça de Ribeirão Pires, não atende ao

interesse público, em razão de permanecer o desequilíbrio com

indiscutível sobrecarga de atribuições para a 1ª e 2ª PJ de Ribeirão

Pires. E nem poderia ser diferente, pois a Comarca de Ribeirão Pires

abrange os municípios de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, com

grande zona de mananciais. Logo, as atribuições da área de Habitação e

Urbanismo + Meio Ambiente (difusos e coletivos) na mesma Promotoria

tem sua razão de ser. A própria lei nº 9.605/98 (Lei dos Crimes

Ambientais) determina em seu artigo 27, que em se tratando de crimes

ambientais de menor potencial ofensivo (lei 9.099/95), a proposta de

transação penal só poderá ser feita desde que tenha havido prévia

composição do dano ambiental. Sabe-se por outro lado, que esse fato

(zona de mananciais) gera uma série de questões, com sobrecarga

indiscutível para a Promotoria de Justiça que é acometida dessas

atribuições. Pertinente, observar também que na área da Infância e

Juventude a proposta de concentração de atribuições num único Promotor,

atende ao interesse público, já que o PJ da Infância e Juventude acompanha

todos os casos envolvendo crianças e adolescentes (situação de risco e atos

infracionais). Se por um lado, existe atribuições correlatas a exigir soluções

integradas como as mencionadas, por outro, a simples exclusão de dois (02)

finais do cível da 2ª PJ para a 4ª PJ não tem o condão de equilibrar o rol de

atribuições entre as Promotorias. O interesse público exige uma divisão

justa e equilibrada, o que não se vislumbra no caso presente. Portanto,

é necessário que seja excluído do rol de atribuições da 1ª PJ de

Ribeirão Pires qualquer atribuição da área de interesse difuso [p.ex.

idoso, já que este não tinha previsão no Ato nº 021/02-PGJ, de 11 de abril

de 2002 (que havia homologado a alteração da divisão das atribuições da

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Promotoria de Justiça de Ribeirão Pires)], e da 2º PJ de Ribeirão Pires a

atribuição [p.ex. relativa as Execuções Criminais, já que este também não

tinha previsão no Ato nº 021/02-PGJ, de 11 de abril de 2002 (que havia

homologado a alteração da divisão das atribuições da Promotoria de Justiça

de Ribeirão Pires)], mesmo porque na área de interesses difusos, não

pode haver dissociação daquelas atribuições cíveis [i.e., no tocante a

interesses difusos e coletivos] e criminais do mesmo cargo, que exijam

soluções integradas para inquéritos civis e policiais. Justifica-se o

pedido de exclusão dessas atribuições, mesmo porque a Dra. Mylene

Comploier, 1ª PJ de Ribeirão Pires [removida para o cargo em

31.03.2005], como a Dra. Thelma Thais Cavarzere, 2ª PJ de Ribeirão

Pires [nos anos de 2003, 2004 e 2005], não acumularam nenhum outro

cargo durante o período, ao passo que, tanto a 3ª PJ quanto a 4ª PJ de

Ribeirão Pires acumularam e/ou auxiliaram outras Promotorias nesse

período, confirmando o desequilíbrio existente entre as Promotorias.

Extrai-se desse mapa, que na ÁREA CRIMINAL, a Promotoria de Justiça

de Ribeirão Pires, ocupa posição de destaque em: IPs recebidos onde é o

4º/121; Denúncias onde é o 56º/121; Arquivamentos onde é o 2º/121;

apelações onde é o 38º/121; Júri onde é o 8º/121; Execuções onde é o

30º/121. Na ÁREA CÍVEL, a PJ de Ribeirão Pires encontra-se na posição

intermediária: Cível recebidos onde é o 53º/121; Pareceres onde é o

62º/121; Razões onde é o 56º/121 e Contra-razões onde é o 81º/121. Na

área da INFÂNCIA E JUVENTUDE/INFRACIONAL sua colocação é

bem abaixo da média estadual. Na área de interesses difusos, apresenta

razoável atividade. É óbvio portanto, que realmente a 4ª PJ de Ribeirão

Pires, tem atribuições menores do que suas colegas de Promotoria,

justificando assim, a necessidade de redivisão em nome do interesse

público. Aliás, a circunstância da 4ª PJ de Ribeirão Pires atuar em quatro

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(04) finais dos feitos cíveis da 1ª Vara e em 08 (oito) finais dos feitos cíveis

da 2ª Vara, não representa volume significativo de serviço, mesmo porque,

a partir da edição da Lei Federal nº 7.347/85 (disciplinando a Ação Civil

Pública), recepcionada pela Constituição Federal de 1988, passando pelas

Leis 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente) e 8.078/90

(Código de Defesa do Consumidor), o Ministério Público foi levado a

assumir a defesa dos interesses meta-individuais (difusos, coletivos e

individuais indisponíveis), implicando esse novo quadro, em evidente

esvaziamento das funções das Promotorias de Justiça Cíveis. À vista do

exposto, propomos a conversão do julgamento em diligência para que os

Promotores de Justiça de Ribeirão Pires, ofereçam nova proposta de

redivisão das atribuições que guarde uma divisão justa e equilibrada

entre as Promotorias, observando-se o critério acima estabelecido. São

Paulo, 13 de dezembro de 2 005. Hideo Ozaki, Procurador de Justiça –

Relator; Protocolado nº 47.331/2004. Interessado: Promotoria de Justiça

de Poá. Assunto: Pedido de nomenclaturação do cargo de 4º Promotor de

Justiça. P A R E C E R C O M P L E M E N T A R. Após o parecer

ofertado por esta Comissão, a Dra. Maria Cristina Barreira de Oliveira,

digna Procuradora de Justiça e membro do Colendo Órgão Especial do

Colégio de Procuradores, pediu “vista” dos autos. Nesse interregno,

acompanhando as publicações das atas desse colegiado, a eminente

Promotora de Justiça, Dra. Sandra Garcia Massud, DD. Secretária da

Promotoria de Justiça de Poá, buscando justificar o pedido de criação do

cargo de 4º Promotor de Justiça, encaminhou extenso material, como feitos

em andamento, pautas de audiência, etc..Destacam-se os seguintes

documentos encaminhados: APENSO II. 1.comunicação da Instalação da

4ª Vara da Comarca de Poá a partir de 13 de dezembro de 2004 (fls. 01/19);

2. ratificação do pedido de necessidade da nomenclaturação do cargo de 4º

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PJ de Poá, haja vista que atuam perante cinco (05) ofícios judiciais, como

também porque a 4ª Vara da Comarca começou a receber distribuição

diferenciada, o que em pouco tempo, fará com que a nova Vara esteja com

o mesmo número de feitos das outras três varas (fls. 20/23); 3. certidões das

audiências e dos número de feitos em andamento perante as quatro (04)

Varas Judiciais (fls. 24/37); 4. cópias das pautas de audiências (fls. 38/80);

5. novos relatórios das Promotorias de Justiça (fls. 81/97); 6. indicação dos

procedimentos em andamento nas Promotorias de Justiça (fls. 98/103).

APENSO III. - refere-se às planilhas elaboradas por este relator acerca dos

diversos campos de atuação das Promotorias de Justiça de Poá, nos anos de

2002, 2003 e 2004 (fls. 02/182). APENSO IV. - refere-se às pautas de

audiências durante o mês de maio/05, nas quatro Varas Judiciais (fls.

03/31). APENSO V. 1. Os Promotores de Justiça de Poá, ratificam a

necessidade de nomenclaturação do cargo de 4º PJ da Comarca, acenando

que o último cargo criado no município ocorreu em 1983, quando a

Comarca tinha 59.000 habitantes. Sustentam que na mesma época foram

criados os cargos de 3º PJ de Bragança Paulista e Itapetininga, que contam

hoje com 06 cargos, ou seja, o dobro dos existentes na Comarca de Poá.

Apresentaram ainda gráficos sobre a atuação na área de interesses difusos,

como também gráfico comparativo com as Comarcas de Itapetininga e

Bragança Paulista (fls. 07/10); 2. ofício da Prefeitura Municipal da Estância

Hidromineral de Poá, encarecendo a necessidade da criação do cargo de 4º

PJ de Poá (fls. 11/16); 3.ofício da OAB no mesmo sentido (fls. 17); 4.

ofício da Câmara Municipal da Estância Hidromineral de Poá, no mesmo

sentido (fls. 18); 5. Censo da população estimada em 2004, domicílios e

divisão territorial, serviços de saúde e ensino – compreendendo-se

matrículas, docentes e rede escolar da Comarca de Itapetininga (fls. 23/30);

6. Censo da população estimada em 2004, domicílios e divisão territorial,

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serviços de saúde e ensino – compreendendo-se matrículas, docentes e rede

escolar da Comarca de Bragança Paulista (fls. 31/38); 7. Censo da

população estimada em 2004, domicílios e divisão territorial, serviços de

saúde e ensino – compreendendo-se matrículas, docentes e rede escolar da

Comarca de Poá (fls. 39/47); 8. dados estatísticos da Secretaria de

Segurança Pública, basicamente sobre os crimes de homicídios, roubos e

furtos da Comarca de Poá (fls. 48/54); 9. dados estatísticos da Secretaria de

Segurança Pública, basicamente sobre os crimes de homicídios, roubos e

furtos da Comarca de Itapetininga (fls. 55/61); 10. dados estatísticos da

Secretaria de Segurança Pública, basicamente sobre os crimes de

homicídios, roubos e furtos da Comarca de Bragança Paulista (fls. 62/68);

11. cópias das pautas do mês de maio/05, indicando colidência de

audiências (fls. 70/99); 12. diante da colidência da pauta de audiências

durante o mês de junho de 2005 entre as três varas judiciais e o Plenário do

Júri ou audiências de instrução, debates e julgamentos no JECRIM,

ratificou-se o pedido de nomenclaturação do cargo de 4º PJ de Poá (fls.

103/108); 13. pautas das Varas Judiciais da Comarca de Poá durante o

mês de junho de 2005 (fls. 109/150); 14.documento indicando a atuação

da Promotoria no Plenário do Júri em caso de repercussão, pelo fato da

vítima estar no programa de Proteção a Testemunha (fls. 151/177); 15.

cópias das atas das audiências com atuação efetiva da Promotoria de Justiça

de Poá (fls. 178/197); 16. cópias das atas das audiências da 4ª Vara e da 1ª

Vara da Comarca de Poá, onde ficou consignado a ausência da Promotoria

de Justiça de Poá no ato realizado em face da colidência das pautas (fls.

198/205); APENSO VI. 1. novos informativos sobre colidência das pautas

de audiências (fls. 04/34); 2. proposta de divisão de atuação entre os

Promotores de Justiça de Poá para equacionamento de atuação perante as

Varas Judiciais (fls. 35/37); 3. demonstração da atuação efetiva dos

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Promotores nos feitos em trâmite perante o JECRIM da Comarca (fls.

38/65); 4. cópia das pautas de audiências com indicação de colidência entre

elas durante o mês de julho de 2005 (fls. 66/104); 5. ata da reunião

ordinária da Promotoria onde se encarece a necessidade da

nomenclaturação do cargo de 4º PJ da Comarca de Poá, como também, a

divisão provisória realizada para equacionamento da atuação perante as

Varas Judiciais (fls. 109/120); 6. pautas de audiências das Varas Judiciais

indicando a colidência entre elas (fls. 122/160). A documentação

encaminhada pela nobre Promotora de Justiça Secretária da Promotoria de

Justiça de Poá, conquanto respeitável, não infirma os fundamentos do

parecer elaborado, até porque “a instalação da 4ª Vara na Comarca de

Poá não representa necessariamente num aumento absurdo dos

trabalhos, mas apenas e tão somente, numa redivisão daqueles já

existentes. Logo, diante das projeções numéricas feitas nos quadros então

elaborados, pode-se concluir que, por ora, o número de Promotores em

exercício é suficiente para a continuidade do pleno exercício das

atribuições afetas à Promotoria de Justiça”, sem o risco de comprometer

a qualidade dos trabalhos desenvolvidos pelo Ministério Público na

Promotoria de Justiça de Poá. Justifica-se essa assertiva, haja vista que no

expediente encaminhado pelos dignos Promotores de Justiça de Poá, datado

de 24 de fevereiro de 2005, onde os interessados buscam demonstrar a

necessidade de criação do cargo de 4º de Promotor de Justiça de Poá,

verifico que não houve alteração substancial dos dados apurados nos

quadros de atuação então elaborados. Através dessa documentação,

observo que o quadro permanece inalterado, De mais a mais, é necessário

uma reflexão mesmo porque, é de conhecimento geral que o número de

feitos existentes nas Varas Judiciais Cíveis, não tem a correspondência de

exigir a manifestação do Ministério Público em todos eles, pela própria

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natureza das ações. Ademais, houve o esvaziamento das atribuições dos

Promotores na área cível, em face dos atos normativos nºs 243/00-

PGJ/CGMP/CPJ; 286/02-PGJ/CGMP/CPJ; 289/02-PGJ/CGMP/CPJ;

295/02-PGJ/CGMP/CPJ; 313/03 e 354/04-PGJ/CGMP e 156/98-PGJ,

todos racionalizando a atuação institucional em matéria cível. Com a

entrada em vigor do Novo Código Civil, a partir de janeiro de 2003, cujo

artigo 5º reconhece a capacidade civil plena aos maiores de 18 (dezoito)

anos, a atribuição do Ministério Público na área cível reduziu-se ainda

mais. Finalmente, quanto ao manifesto encaminhado pelos ilustres

Promotores de Justiça de Poá aos integrantes deste Colendo Órgão Especial

do Colégio de Procuradores de Justiça, argumentando que após a criação de

cargos nas Comarcas de Bragança Paulista, Itapetininga e Guarulhos,

constatou-se a edição mensal de portarias designando os ilustres

Promotores de Justiça oficiantes naquelas Comarcas para acumularem ou

auxiliarem outros cargos, até mesmo de outras Comarcas, indicando

inúmeras Portarias nos meses de maio, junho e julho de 2005, observo: 1.

Houve realmente nomenclaturação de três cargos nas Promotorias de

Justiça de Bragança Paulista, Itapetininga e Guarulhos, após o parecer

favorável desta Comissão de Assuntos referentes às Promotorias de Justiça,

sufragado por esse augusto Colegiado. Os motivos e os aspectos pelos

quais esta Comissão manifestou-se favoravelmente à criação de cargos nas

Comarcas citadas, decorreu de levantamento objetivo, onde restou

demonstrado que o volume de trabalho, nos diversos campos de atuação

dos Promotores era mais do que suficiente para a criação dos mesmos, o

que não é o caso da Comarca de Poá. 2. Assim,pelo Ato Normativo nº

364/PGJ, de 28/07/04 – foi atribuída a nomenclatura de 6º PJ de Bragança

Paulista, ao cargo criado naquela Comarca. 3. Como também pelo Ato

Normativo nº 384/PGJ, de 26/11/04 – foi atribuída a nomenclatura de 6º

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PJ de Itapetininga, ao cargo criado naquela Comarca. 4. E, finalmente pelo

Ato Normativo nº 395/PGJ, de 12/04/05 – foi atribuída a nomenclatura de

26º PJ de Guarulhos, ao cargo criado naquela Comarca. Argumentou os

ilustres Promotores de Poá que houve diversas portarias designando os

Promotores de Justiça de Bragança Paulista, Itapetininga e Guarulhos, para

acumularem e auxiliarem outros cargos, inclusive de outras Comarcas.

Realmente houve essas designações, aliás de conhecimento público,

porém, não houve qualquer designação de Promotores para acumular

ou auxiliar os cargos criados. Justificando a nossa assertiva, efetuamos

levantamentos junto ao Setor de Recursos Humanos e constatamos que

todas as designações tiveram por objetivo suprir ausências momentâneas,

p.ex. férias, compensações, licença prêmio, etc..., Despicienda, portanto as

considerações tecidas pelos ilustres Promotores de Justiça de Poá no

tocante as designações mencionadas, especialmente porque, como restou

demonstrado, a criação dos cargos em outras Comarcas não apresentam o

paralelo traçado pelos interessados. Ratificamos portanto o parecer

elaborado, propondo a rejeição da proposta de nomenclaturação de um

cargo de Promotor de Justiça, para a Promotoria de Justiça de Poá, por este

Colendo Órgão Especial do Colégio de Procuradores de Justiça. São Paulo,

31 de agosto de 2 005. Hideo Ozaki, Procurador de Justiça – Relator.