reuniÃo extraordinÁria de 16/11/2012 · que, por unanimidade, repudia a sua agregação a outras...
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ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE CELORICO DE BASTO
REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DE 16/11/2012
Nº 05/2012 Fls. 1
Aos dezasseis dias do mês de Novembro de dois mil e doze, no Auditório
da Quinta do Prado, sob a Presidência de António Manuel Marinho Gomes,
secretariado por Francisco Brochado Lopes e Maria da Graça Teixeira Fernandes
Silva Mourão, em substituição de Manuel Maria Fernandes, respectivamente 1º e
2º Secretários, reuniu Extraordináriamente a Assembleia Municipal de Celorico de
Basto, de acordo com o disposto no n.º 1 do art.º 50 do Dec. Lei n.º 169/99, de 18
de Setembro, revisto pela Lei n. 5-A/2002, de 11 de Janeiro. -----------------------------
Quando eram 09, 45 horas, o Sr. Presidente da Mesa da Assembleia
Municipal declarou aberta a Sessão. -------------------------------------------------------------
Faltaram por motivo justificado os Senhores Deputados Municipais: Maria
de Fátima Araújo Fernandes, José Joaquim Carvalho da Silva, Manuel Maria
Fernandes, Hernâni Alberto Lemos Bastos, António Lopes da Silva e José Duarte
Mota e Sousa. ------------------------------------------------------------------------------------------
PERÍODO DA ORDEM DO DIA
PONTO N.º 1 – AVALIAÇÃO À PRONÚNCIA SOBRE A PROPOSTA DA
UNIDADE TÉCNICA PARA A REORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DO
TERRITÓRIO. ------------------------------------------------------------------------------------------
Pelo Sr. Presidente da Mesa da Assembleia Municipal foi comunicado que
foi entregue na Mesa uma carta enviada pelo Sr. Presidente da Assembleia de
Freguesia de Arnoia e dirigida ao Presidente da Assembleia. Em conversa com os
Lideres do Partido Socialista e do CDS/PP, foi acordado dar conhecimento á
Assembleia do teor da carta recebida. Exm.º Senhor Presidente da Assembleia
Municipal de Celorico de Basto. Assunto: Agregação de Freguesias no
Municipío/Proposta Concreta de Reorganização Administrativa do Território. A
Assembleia de Freguesia de Arnoia, em reunião extraordinária de 15 de
Novembro do corrente ano, tomou conhecimento da Proposta Concreta de
Reorganização Administrativa do Território (UTRAT) e reconhece que a proposta
A, desrespeita a identidade histórica, cultural e social da freguesia de Arnoia, pelo
que, por unanimidade, repudia a sua agregação a outras freguesias, com base na
fundamentação que se expõe. 1- Arnoia é a maior freguesia do concelho, com a
área de 18,73 Km2 e com uma população de 1.702 habitantes (Censos 2011). 2-
Apenas 2% da sua área (0,416 Km2) está inserida na zona urbana de Celorico de
Basto, com 12% da sua população nesse espaço. 3- Na área urbana da fregueisa
de Arnoia, não existe localizado qualquer edifício público ou atividade geradora de
fluxos significativos de população, bens e informação, para além de um
aglomerado de edifícios de função residencial muito reduzido. 4- A sede da
freguesia fica localizada no Mosteiro de Arnoia que dista 3.1 km da sede do
concelho e não 1 km, como referido no ponto 3.1 da proposta A da UTRAT. 5- A
freguesia de Arnoia tem um povoamento muito disperso, pontualmente
concentrado em pequenos lugares (Chelo, Santo Tirso e Lourido), localizados a
mais de 8 kms da sede do concelho, sem rede de transportes públicos. 6- A
freguesia de Arnoia apresenta uma densidade populacional inferior a 100
habitantes por km2, pelo que, sendo rural, não deve considerar-se como situada
no lugar urbano do município. De acordo com o exposto anteriormente, a
Assembleia de Freguesia de Arnoia, e com base no n.º 3 do art.º 5 da Lei 22/2012,
solicita que V. Exa leve o assunto à Assembleia Municipal, para que esta, no
âmbito da pronúncia prevista no art. 11 da mesma Lei, considere a freguesia de
Arnoia como não situada em lugar urbano do município e, desta forma, rejeite
qualquer proposta de agregação. Com os melhores cumprimentos. Os Membros
da Assembleia de Freguesia de Arnoia. ---------------------------------------------------------
De seguida o Sr. Presidente da Mesa deu a palavra ao Sr. Presidente da
Câmara que começou por referir que esta intervenção tem a ver com a proposta
que ontem foi aprovada em reunião de Câmara e que hoje é submetida á
apreciação deste orgão. Este é um processo conhecido por todos e que se vem
arrastando ao longo do tempo. Há alguns pontos de vistas que são diferentes, não
há um pensamento único, daquilo que eu tenho observado. Mas há um caminho
que tem vindo a ser definido em sede própria, da Câmara Municipal e da
Assembleia Municipal. Houve uma deliberação que em 27 de Setembro de 2012,
foi tomada por esta Assembleia Municipal e no momento em que houve a
pronúncia da Unidade Técnica, mais conhecida por UTRAT, entendeu a Câmara
Municipal e também em estreito relacionamento com o Sr. Presidente da
Assembleia Municipal, que naturalmente convocou esta Assembleia, que deveria,
apesar de acordo com a Lei, não haver direito a pronúncia, que nós em sede
própria nos deveríamos pronunciar com base em argumentação que pudesse
suportar algo de importante. E por isso nesta altura, neste momento em relação
aquilo que é as propostas da Unidade Técnica, porque tem duas propostas, foi
elaborado um documento avaliado na Câmara Municipal que é um documento que
tem uma enfâse mais técnica. Mais técnica, no sentido em que por um lado
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politicamente apresenta a sua determinação em sustentar aquilo que foi a
deliberação tomada a 27 de Setembro de 2012, de manutenção das 22 freguesias.
E ao mesmo tempo tenta, porque agora só é possível isso, de acordo com a lei
existente, tenta evitar que se cometam mais erros e que o que está em causa são
erros de avaliação, nomeadamente no que diz respeito à classificação das
freguesias de Arnoia e Gémeos, como freguesias tipicamente urbanas, quando de
acordo com a justificação técnica essas freguesias são claramente rurais. Esta é
uma fase em que se entende que se deve tomar esta posição para poder
acautelar da melhor maneira aquilo que é possível acautelar neste momento.
Claro está que posteriormente e não havendo decisões por parte da Assembleia
da República, de acordo com aquilo que venham a ser os novos desenvolvimentos
do processo, que os mesmos sejam avaliados pelos Orgãos, Câmara Municipal e
Assembleia Municipal, tomem as medidas que entenderem por convenientes, para
poderem sustentar aquilo que têm vindo a defender. E por isso óbviamente que
neste momento muitas pessoas poderiam querer dizer mais coisas, mas estando o
processo nesta fase, entende-se que aquilo que é possível dizer ou aquilo que é
possível fazer, é o que está aqui consubstanciado nesta proposta. Em que por um
lado se reafirma a vontade de que os orgãos democráticamente eleitos pela
população Celoricense, sejam ouvidos, sejam tidos e sejam achados, na
deliberação que tiveram no dia 27 de Setembro de 2012, e por outro lado que a
classificação das freguesias de Arnoia e Gémeos, seja uma classificação justa,
mesmo que esta reorganização não vá para a frente. Que daqui a dois, trés,
quatro ou cinco anos, quando alguém vier fazer uma reorganização, que pegue
nas freguesias e as entenda como rurais e as trate devidamente como rurais.
Também aqui fica um trabalho feito nesta matéria de classificação justa para que
não se cometam mais erros sobre outros erros. Esta é a justificação sintética e
resumida sobre a proposta apresentada ontem na Câmara Municipal e que
mereceu uma visão globalmente positiva e que hoje é aqui apresentada para
discussão e deliberação. ----------------------------------------------------------------------------
Foram abertas as inscrições para os Senhores Deputados que quisessem
usar da palavra. ----------------------------------------------------------------------------------------
O Sr. Presidente da Mesa da Assembleia Municipal, deu a palavra ao Sr.
Deputado Alfredo Carvalho Teixeira, Presidente da Junta de Freguesia de Basto
S. Clemente, que fez a seguinte intervenção: - Posição do Partido Socialista Sobre
o Processo de Extinção/Agregação de Freguesias, Após Apresentação da
Proposta da Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território.
Apesar da disponibilidade do P.S. Nacional para uma reforma do poder local em
Portugal, a maioria PSD/CDS optou por percorrer um caminho de ataque às
autarquias e aos autarcas, de afronta às populações e ao território. Ao avançar
com o designado documento verde da reforma da administração local, colocando
o enfoque na extinção a régua e esquadro das Freguesias, o Governo seguiu de
forma solitária o seu caminho. O P.S., após audição dos autarcas de Freguesia,
expressou a sua oposição clara e inequívoca à conhecida Lei Relvas de extinção
das Freguesias por ser uma iniciativa esboçada no Terreiro do Paço, sem
qualquer noção da diversidade do País, com especial incidência negativa nas
nossas zonas rurais. Sempre defendemos que o processo deveria ser gerado a
partir da vontade das populações, em processos participados, transparentes e que
concorressem para uma melhor gestão do território sem colocar em causa uma
noção de proximidade e de prestação de serviços públicos às populações.
Aprovou-se uma Lei em que são definidos a partir de Lisboa os critérios para todo
o País, sem ter em conta as realidades sociais, económicas e geográficas das
Freguesias. Face à reacção dos autarcas e das populações, o Governo e os
Partidos que o apoiam procuraram desresponsabilizar-se do processo político de
extinção/agregação das Freguesias remetendo-o para a Unidade Técnica para
reorganização Administrativa do Território, entretanto criada. O P.S. Concelhio
interroga-se, terá legitimidade esta UTRAT? Pensamos que não, e não,
perguntamos onde está a representação da ANAFRE, da ANM, dos partidos
políticos da oposição? Simplesmente não estão representados, logo pensamos
que este trabalho não é sério. A UTRAT tendo por base os critérios definidos na
Lei aprovada exclusivamente pela maioria PSD/CDS acaba de apresentar uma
proposta de extinção/agregação de algumas das nossas queridas Freguesias. A
UTRAT acaba de entregar, em tempo recorde (menos de um mês), o resultado do
seu trabalho: a eliminação de mais de 25% das Freguesias Portuguesas em nome
de uma lei apressada que não merece a concordância da maioria dos
interessados. A proposta da UTRAT é mais um passo a caminho de um
casamento-união forçado: os noivos (são as Freguesias) que não querem casar; a
família directa a ANAFRE não concorda; os parentes mais próximos (Câmaras,
Assembleias Municipais e ANMP (Associação de Municípios Portugueses))
também discordam; até o conservador do registo (Presidente da UTRAT) se
manifestou contra; apenas o padrinho (O Ministro da tutela) está convictamente
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impositivo nesta pseudo-união de Freguesias. Digo-o com toda a convicção um
Casamento-União forçado não dá bom resultado. Tudo não passa de um processo
político de conveniência para iludir a TROIKA, custe o que custar, mais uma vez
atacando o elo mais fraco, as Freguesias, esquecendo a sua utilidade e
proximidade com os cidadãos e com o exercício de Cidadania. Perante a
manifestação de desagrado da maioria dos autarcas com o processo compulsivo
imposto pelo Governo, a UTRAT fabricou instantaneamente um profundo e
indesejado redesenho da organização Administrativa do País, juntando espaços
consolidados e com fronteiras históricas, sem critérios culturais, ou de
manifestação de vontade, sem razões de planeamento ou respeito pelos PDM’s
aprovados, aparentemente por (pequenas) razões financeiras. Confrontado com a
realidade, o Governo vem agora afirmar que não são razões financeiras que
determinam a Extinção/Agregação de Freguesias, pois sabe-se que representam
menos de 1% da despesa do Estado e que apenas em 10% das Freguesias os
respectivos Presidentes auferem compensações financeiras a tempo inteiro. Com
o novo mapa este número será significativamente mais elevado, aumentando a
despesa. Perguntámos que razões então, justificam este movimento? Será para
distrair os portugueses, numa altura de discussão do O.E. que empobrece os
portugueses com um brutal aumento de impostos? Este processo põe em causa a
autonomia do poder local, fere princípios legais e prejudica as populações, sem
contrapartida positiva visível. Insisto, Extinção/Agregação de Freguesias a régua e
esquadro, Sim, senão vejamos alguns exemplos: Agregar Canedo ao Corgo,
Carvalho a Tecla, Caçarilhe a Infesta, não respeitam os núcleos, os Centros
Escolares, o PDM, etc. etc., que afinidades existem entre elas? Que saibamos
nenhumas. Como veem foi aprovada uma lei em que os critérios eram definidos a
partir de Lisboa para todo o País, sem ter em conta as realidades sociais, as
razões históricas, culturais, económicas e geográficas das Freguesias e até
sentimentais da ligação à Freguesia, o nosso povo tem um sentimento profundo à
sua Freguesia. O P.S. Concelhio sempre esteve e estará contra a leviandade
desta lei. Caros Deputados Municipais, hoje é um dia marcante para o futuro do
nosso querido Concelho, tenho a certeza que é a Assembleia mais importante,
quem sabe das nossas vidas políticas, pois somos chamados a pronunciarmo-nos
sobre uma matéria de extrema importância contra o nosso Concelho, se hoje
concordamos com a extinção/agregação de algumas Freguesias, não duvidem
que amanhã serão extintas/agregadas outras. É esta a intenção do actual
Governo Português, retirando de seguida poderes aos Municípios, para de
seguida extinguir alguns, que a TROIKA exige, podendo ter efeitos irreversíveis e
nefastos para o futuro da nossa terra. Pelos motivos apontados deveríamos hoje
ser solidários e estar todos unidos e pronunciarmo-nos por unanimidade contra a
extinção/agregação, hoje, destas Freguesias, para amanhã não poderem ser
extintas/agregadas outras. Como, aliás, tem sido essa a posição unânime do
executivo Camarário e da Assembleia Municipal, a não ser que mudassem de
opinião, não tenhamos medo, a nossa força é mais forte que esta malfadada Lei.
Não duvidem, as ruas vão se encher de manifestantes, o que já amanhã, pelas
14,30 horas, em Braga a Delegação Distrital de Braga da ANAFRE em parceria
com o Movimento da Cidadãos e Autarcas em Defesa das Freguesias - MDF, vai
levar a efeito a primeira concentração no Largo de S. Tiago, em Braga, seguida de
manifestação pela rua do Anjo, Rua de S.Marcos até à Praça da República, que
tem por objectivo a defesa das Freguesias. Temos informações que vão estar
presentes autarcas e populações dos diversos quadrantes políticos, incluindo do
PSD/CDS. O P.S. concelhio estará sempre presente em qualquer manifestação de
apoio à manutenção das nossas freguesias e a favor das populações. Pelas
populações sempre. Estamos sempre unidos no reconhecimento do papel
importantíssimo das Freguesias. Lanço um repto a todos, apareçam em Braga e
verão a força dos autarcas e das suas associações. O P.S. de Celorico de Basto
estará sempre disponível, se assim for a vontade das Freguesias a extinguir ou
agregar, para participar e colaborar em todas as iniciativas a realizar no nosso
Concelho. Não duvidem juntos e unidos seremos fortes e ganharemos a razão.
Esta Lei foi enviada pela ANAFRE para o Tribunal Constitucional, que ainda não
se pronunciou, qual a pressa deste Governo em fazer executar, sem ter a certeza
de ser considerada Constitucional? Temos conhecimento que várias Freguesias,
de outros Concelhos, já colocaram Providências Cautelares em Tribunal, com o
apoio das suas Câmara Municipais, o que lanço um repto, ou faço um apelo ao Sr.
Presidente da Câmara e seu Executivo, para fazer o mesmo, caso contrário
aconselho as Freguesias a fazê-lo individual ou colectivamente. O tempo que
ocupei era necessário para exprimir a nossa inequívoca posição que é de hoje e
também de ontem e que será a de amanhã. Seremos totalmente contra a
extinção/agregação de freguesias no nosso concelho. Tenho dito. ----------------------
De seguida foi dada a palavra ao Sr. Deputado Luís Castro Leal que
começou por dizer que em relação ao Período da Ordem do Dia, ponto n.º 01 –
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Avaliação à Pronúncia Sobre a Proposta da Entidade Técnica Para a
Reorganização Administrativa do Território, entendemos que não há avaliação de
pronúncia mas há avaliação de proposta, nós não estamos perante pronúncia
nenhuma, estamos perante uma proposta da Comissão Técnica, estamos aqui a
avaliar uma proposta. A pronúncia era outra coisa. O CDS apresenta a sua
posição nos seguintes termos:- Pela resolução do Conselho de Ministros, n.º
40/2011 de 22/09/2011, pugnou-se pela obtenção de um acordo político, efetivo,
alargado, que viabiliza-se a efetiva reorganização do Mapa Administrativo
Autárquico, bem como a adequação material do asservo de atribuições e
competências face aos novos desafios. O CDS, tudo fez para promover esse
debate profundo. Propôs por duas vezes nesta Assembleia Municipal, em
Setembro de 2011 e na que se lhe seguiu, a criação de uma comissão de estudo e
acompanhamento da reforma autárquica. A posição do Partido Socialista e do
PSD, foi no sentido de rejeitar, não sendo assim constituída essa comissão. A
Mesa da Assembleia Municipal, desconvocou uma Assembleia Extraordinária que
foi sugerida pelo Partido Socialista e apoiada pelo CDS, que seria em Janeiro de
2012, que debateria estes problemas. O CDS em Junho de 2012, convidou todos
os partidos para um debate sobre a Reforma Administrativa, entenderam não
pretender esse debate. Nenhum dos partidos aqui representados, PSD e PS, além
do CDS, se disponibilizou para esse dabate, dadas as posições conhecidas de
ambos, que são coerentes, eram contra a Reforma Administrativa, pugnavam pela
manutenção das 22 Freguesias. A Lei 22/2012 de 30 de Maio, aprovou o regime
jurídico da reorganização administrativa. Cabia ao Município, à Câmara Municipal,
segundo a lei, a iniciativa para deliberação ou emitir parecer sobre a
reorganização administrativa. O Município não fez uma coisa nem outra. Nem teve
a iniciativa para apresentar uma deliberação a esta Assembleia Municipal, nem
emitiu parecer sobre a reorganização administrativa, parecer técnico
fundamentado, para nós aqui apreciarmos e vermos se então fundamentadamente
eramos a favor ou contra algum tipo de Reorganização Administrativa. O
Município demitiu-se das suas responsabilidades, chegou a apresentar uma
proposta que depois retirou na Assembleia de Junho, no sentido de a Lei não se
aplicar a Celorico de Basto, como se isso fosse possível. Celorico não aplicava a
Lei da Reforma Administrativa, foi essa proposta que veio aqui e foi retirada, não
chegou a ser debatida. Consta da ordem de trabalhos. Como se isso fosse
possível, reafirmo. Celorico de Basto não está fora nem além da lei, tem que
cumprir a Lei, por muito que a Lei nos dôa. A Lei foi aprovada por um orgão que é
a Assembleia da República, nós temos que cumprir essa Lei. Não foi feito um
estudo sério pelo Município como lhe competia. O Município tem técnicos pagos
por todos nós que fariam esse trabalho se lhe fosse solicitado. E agora por maioria
de razão esses técnicos estão escandalosamente aumentados nos seus
vencimentos por deliberação do Município, numa época em que se pede
contenção a todos nós. O Município liderado pelo PSD, demitiu-se de fazer o que
a lei permitia que fizesse. Tomou uma atitude coerente. O Sr. Presidente da
Câmara disse sempre, somos contra, somos a favor da manutenção. Não o fez,
não o quis fazer, por decisão política consciente e que nos foi comunicada aqui,
tomou essa atitude. Assim, vamos sofrer as consequências da nossa passividade,
provocadas pelos que impediram a obtenção de uma solução consensual e
equilibrada para o nosso Concelho. Certamente se nós todos estudássemos as
várias soluções, se falássemos sériamente com as Juntas de Freguesia e com a
população, teríamos uma proposta de reforma ou chegaríamos à conclusão que
eramos todos contra esta reforma, teríamos uma proposta de reforma que eu
penso que seria possível, que fosse coerente, lógica e que promovesse o
desenvolvimento do nosso território. A proposta que aqui nos é apresentada pelo
Município, agora, vem na sequência da manutenção das vinte e duas freguesias
que a lei prevê e é mais uma demissão de responsabilidades. Não promoveu o
que devia ter promovido, deixou que fosse uma Comissão Técnica em Lisboa a
decidir o que nos diz respeito. Nós já vimos a decisão da Comissão Técnica, não
tem qualquer cabimento pró desenvolvimento do nosso concelho. Cria um
agrupamento de freguesias que é quase um concelho e deixa as outras freguesias
na sua pequenez, que é a realidade. Vamos ter uma desproporção gigantesca
entre um peso de uma super freguesia, ou uma super união, e as pequenas
freguesias. Fomos nós que consentimos isso. A solução B que é pugnada aqui
pela Comissão Técnica é completamente absurda e descabida. Essa nem sequer
tem reflexo legal. Enquanto a proposta A, que vinha desequilibrar completamente
o nosso concelho, tem cabimento legal. Nós há um ano que sabíamos que era
assim que ia ser porque basta ler a Lei e ver a classificação das freguesias, para
perceber que era isso ía acontecer. A solução B, serve aqui para confundir, para
nos obrigar a sermos nós a decidir, entre (como costumo comparar) um quilo de
arroz com bicho ou um quilo de arroz com mofo, vamos decidir se queremos bicho
ou mofo. Não temos direito a um arrozinho saudável, bom para a nossa refeição.
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Para o futuro vai ficar na história uma oportunidade perdida e Deus queira, porque
este processo não vai acabar aqui, e se a proposta B, for a decidida pela
Comissão Técnica, basta olhar para o mapa do concelho para perceber que a
hipótese B, vai desequilibrar totalmente, vai impedir que no futuro se faça uma
reorganização administrativa coerente e equilibrada, partindo dos polos de
desenvolvimento do concelho, os quatro polos. Nós poderíamos ter como alguèm
aqui sustentou, quatro uniões de freguesias, cinco, talvez seis e até ser mais, mas
todas essas hipóteses de união de freguesias, com a hipótese B, são inviáveis, o
que nos vai atirar para um desequilíbrio estrutural do nosso concelho e vai ter
como consequência que as franjas, as freguesias que estão nas franjas do
concelho, venham se calhar a não querer fazer parte do nosso concelho. Isto já
está a acontecer noutros concelhos. Isto é o perigo real para que nós fomos
atirados ao demitirmo-nos de decidir. A desagregação do Concelho de Celorico de
Basto, vai ser eminente, porque nós sabemos que existe um projeto de lei que vai
transferir competências do Municípios para as Comunidades Intermunicipais. O
Estado vai esvaziar esses poderes e a lógica do Estado era esvaziar os poderes
dos Municípios e fortalecer as Freguesias. As freguesias são a unidade base do
território há centenas de anos. Os Municípios também o são, mas vão ser
agregados. E nós se não temos uniões de freguesias fortes, estruturadas, não
temos um concelho forte que se possa impor nas Comunidades Intermunicipais.
Deus queira que isso não aconteça e que o nosso concelho no futuro se fortaleça.
Para concluir, esta proposta que o Município nos trás, já não serve de nada. O
Município não se pronunciou, não apresentou propostas. Agora estamos a
remendar, o que está tudo errado, era inevitável que isto acontecesse, todos nós
sabíamos isso. -----------------------------------------------------------------------------------------
Foi dada a palavra ao Sr. Deputado António Joaquim Gonçalves Bastos,
que começou por dizer que a sua intervenção vem no seguimento da intervenção
do Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Basto S. Clemente e também
apresentar a nossa posição do Partido Socialista, sobre este assunto que é a
Reorganização Administrativa do Território. Como disse o Dr. Castro Leal, a
posição do Partido Socialista sobre este assunto foi desde o início coerente. A
nossa posição que é esta e será sempre no futuro é, contra esta Reorganização
Administrativa do Território, que este Governo pretende fazer, alegando razões de
natureza económica e alegando a eficácia nos serviços a prestar pelas autarquias.
Uma reorganização administrativa feita neste clima de dependência económica do
País relativamente ao Estrangeiro, se calhar não é a altura própria para se fazer
uma reorganização administrativa se é que ela tem de ser feita. A nossa posição é
de coerência, nós somos contra a reorganização administrativa que se pretende
fazer, seja ela qual for. Poderão dizer nesta Assembleia que é uma posição de
capricho, uma posição radical e se calhar uma posição que politicamente é
vantajosa porque vai ao agrado das populações e dos Srs. Presidentes das
Juntas. Mas como nós já demonstramos em anteriores intervenções, não é isso
que está em causa. E reafirmamos perante esta Assembleia que a questão não é
de natureza política e não é uma questão de capricho. É, porque é nossa
convicção e se calhar o futuro e a história do concelho, assim nos dirá que a
nossa posição é a que realmente está correta. Concordo com esta posições
governamentais que são tomadas pelo Poder Central, procuram de alguma
maneira esvaziar o poder Autárquico e a Administração Pública Regional. Se a
questão é económica, porque estamos sobre a alçada de instituições financeiras
internacionais, eu parece-me que esta reforma em termos económicos, já o
demonstramos, não vai trazer para o Estado qualquer vantagem em termos
económicos. As Juntas de Freguesia, e todos sabem pelos dinheiros que gerem
mensalmente ou anualmente, não é o motivo e também não é a contribuição ou a
compensação que os Srs. Presidentes da Junta recebem que vai ter um peso
significativo nas dívidas do Estado. As Juntas de Freguesia do Concelho, têm a
sua sede, já construída, com os seus equipamentos e portanto também julgo que
não é por aí que também acarretará mais despesa para o Município ou para o
Estado ou até para as próprias Freguesias, Não, as Juntas de Freguesia ao longo
destes dez anos e falamos concretamente nas de Celorico, com custos próprios
do seu orçamento e com a ajuda do Município, fizeram os seus edifícios sede,
instalaram algumas valências nesses edifícios e agora verificamos que
simplesmente esse investimento ou equipamento de que dispunham, vai ser
deitado ao abandono e se calhar novamente a Câmara Municipal daqui a trés ou
quatro anos vai colocá-los à venda para ir fazer mais dinheiro para outros
investimentos, tal como aconteceu com as Escolas e os demais equipamentos que
temos no concelho de Celorico. Em questão de eficácia, eu recordo uma frase do
Sr. Presidente da Câmara anterior que numa reunião da Assembleia Municipal
referiu que um escudo, na altura, nas mãos de um Presidente da Junta, tem o
mesmo peso que muitos milhares de escudos nas mãos doutras entidades do
Estado. E eu hoje reafirmo isso e realmente essa posição, essa ideia, esse
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conceito de eficácia está bem patente nessa frase. Todos os que estamos aqui e
que conhecemos os Presidentes da Junta sabemos o quanto significado tem estas
palavras. Volto a afirmar que não é uma questão de eficácia. Não é a questão das
populações serem melhor servidas sem os Presidentes da Junta. Não, os
Presidentes da Junta têm uma política de proximidade. As Freguesias nasceram
primeiro que os Municípios. Não há nenhuma razão para que hoje se vejam
freguesias a ser extintas e enfim ser destruído um trabalho de longos anos.
Também temos de considerar o aspecto histórico e cultural das freguesias, cada
freguesia tem a sua característica. Cada pessoa tem o gosto pela sua freguesia.
Cada freguesia tem a sua Igreja, tinha a sua Escola, tem a sua unidade e parece-
me que esta posição de reorganização administrativa, ofende de alguma forma
essa história e esse sentimento que as populações sentem e vivem. Por estas
razões e outras que poderiam ser apresentadas, penso que valem para que esta
reforma não tenha qualquer sentido pelo menos no nosso concelho de Celorico de
Basto. Continua a dizer que esta reforma é feita em cima do joelho, o mentor dela
é o Sr. Ministro Relvas, que também já foi o autor da agregação das Comunidades
Interurbanas e Intermunicipais e vimos que o resultado desse trabalho feito foi
nulo, não tendo qualquer seguimento ou utilidade, pelo menos para o nosso
Concelho. Este processo, até pela contestação que está a ter e até pelas questões
legais e formais que poderão ser levantadas nas diversas posições, até judiciais
que estão a ser levadas a efeito, pensamos que este processo não terá
andamento, mas estamos aqui para analisar. A nossa posição repito, é não. A
posição do C.D.S. é uma posição que de alguma maneira concorda esta
reorganização administrativa do território. No entanto nesta Assembleia nunca, e
poderia ter sido feito, nunca foi apresentado um projeto de reorganização
administrativa do território. Ao contrário do Partido Socialista que afirmou não e eu
como Membro da Assembleia disse que me recusaria determinantemente fazer
qualquer corte ou qualquer discussão a nível das freguesias para que umas
fossem agregadas às outras, ou outras fossem extintas. E cá estamos nós perante
estas propostas que nos foram aqui apresentadas, a ver as implicações e as
complicações que esse processo está a ter. O C.D.S. poderia ter apresentado aqui
uma qualquer proposta. O P.S., diz não, o C.D.S., diz sim, o P.S.D., diz nim. Ou
seja o P.S.D. utiliza uma posição que aparentemente nesta Assembleia e na
própria Câmara Municipal, é contra este processo, e verificamos aqui pela
proposta da Câmara, mas de alguma forma ao longo deste processo, penso que a
Câmara deveria ser mais incisiva neste assunto e se realmente é não, é não. Não
devendo haver outras propostas que contestem esse não, e quando disse nim, é
simplesmente por essa razão. A nossa posição é não, mas a Câmara Muncipal
deveria assumir esse não, duma forma clara e na pessoa do Sr. Presidente. E nós
entendemos que esta proposta que foi aqui apresentada lá trás o tal, não
queremos esta reforma mas queremos que o que está a ser proposto vá neste
sentido. Nós contestamos isso. Esta proposta, concordamos com ela no primeiro
ponto que é quando refere a nossa posição. O ponto n.º 1 expressa de alguma
forma a posição do Partido Socialista, nesta Assembleia Municipal. O segundo
ponto, já está em contradição com o ponto n.º 1 e nós, Partido Socialista, só
aceitaríamos aprovar ou pelo menos pronunciarmo-nos favorávelmente a esta
proposta se realmente fosse retirado do texto da mesma o ponto n.º 2. Nesse
aspecto nós estaríamos disponíveis para essa solução mantendo a posição de
coerência e de princípio. Esta é a posição do Partido Socialista, sobre esta
avaliação è pronúncia referida no ponto nº. 1, e único do Periodo da Ordem do
Dia. --------------------------------------------------------------------------
Usou também da palavra o Sr. Deputado Mário Fernando Andrade de
Sousa que começou por falar em primeiro lugar na lei, insistindo que é uma lei mal
feita, uma lei mal preparada como tudo que cheira a Relvas. Não inclui os
Municípios, não vem acompanhada com as novas competências e respetivas
dotações financeiras. E nós sabemos que quando vêm competências para as
Juntas de Freguesia, quais são, licenciar cães e gatos. Custa mais o processo do
que o dinheiro que se recebe disso. Em Celorico de Basto nunca houve nenhum
interesse nas Freguesias. Nunca houve transferência de competências para as
Freguesias, nunca houve transferência de verbas. Todo o poder foi sempre
centralizado na Câmara. E mesmo aquelas que em tempo deram, logo que
puderam retiraram-nas porque os Presidente das Juntas são perigosos a gerir
dinheiro e é preciso cuidado com isso. Esta lei não conhece o papel do Presidente
de Junta num concelho como Celorico de Basto. O Presidente da Junta em
Celorico de Basto, não é o mesmo que no Porto ou em Lisboa, que a maior parte
das pessoas não o conhece, não sabe quem é nem lhe interessa isso para nada.
Aqui o Presidente da Junta é Médico, Advogado, Padre, Conselheiro, Conselheiro
Matrimonial. Ainda há dias, vai-me alguém perdoar a inconfidência, eu encontrei
no Hospital de Guimarães um Presidente da Junta que foi acompanhar um Senhor
que tinha caído a um poço. Foi-lhe comprar um pijama porque estava molhado.
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Isso é pago pelos 200 euros mensais que recebe? Tenham paciência. Quem fez
esta lei não percebe nada de qual é o papel do Presidente da Junta em Celorico
de Basto. É para dar dimensão, diz a lei. Eu não vou citar o exemplo da minha
freguesia porque senão o Sr. Presidente da Câmara diz que eu penso com o
coração. Carvalho vai ganhar uma dimensão enorme com 200 habitantes de
Tecla, que lá vai juntar. Já vai poder ter muitas mais competências, vai ter mais
200 habitantes, isto vai ser uma dimensão enorme. Não brincamos com coisas
sérias. E depois nós temos aqui no nosso País, muitos democratas, defensores da
democracia acérrima se o Povo votar a favor deles e aquilo que eles querem,
porque se não, o Povo é um parolo que não sabe votar. Porque é que não se fez
um referendo sobre este assunto? Não é um motivo para um referendo local? Não
se faz porque já se sabe qual é a resposta, o Povo diz que não quer que eles
acabem com a freguesia. Então o Povo não sabe votar? Os nossos democratas
são esses, interessa a vontade do Povo se eles votarem a nosso favor, se eles
vão votar contra, então não se faça, é melhor não fazer. Esta reforma não
interessa a ninguém porque há muitos que dizem, aquelas freguesias vão acabar,
a minha vai ficar maior, ainda vai receber outra. Então esperem para ver, quando
tiverem que gerir duas freguesias com o FEF de uma e depois nessa altura vocês
vão ver. Aumenta-lhes o trabalho, aumenta-lhes as competências, recebem o
mesmo, a freguesia também recebe o mesmo e tem que gerir duas. A outra
freguesia vai ficar abandonada, ninguém tenha dúvidas nenhumas disso. Quer
dizer, eu vou receber mais outra freguesia e o dinheiro que gastava nesta, vou ter
de gastar nas duas. Esta lei não interessa a ninguém. A posição do P.S. tem sido
sempre clara neste assunto. Somos contra, frontalmente contra esta lei. E vamos
pugnar por ela até ao fim. E quem é contra não dá palpites. Nós também
podíamos dizer, e esta proposta da Câmara peca claramente por isso, só está
preocupada aqui com Arnoia. Os critérios que estão aí para o Corgo estão
errados. Diz que partilham a mesma Igreja. Não vê contestação nenhuma. Que eu
saiba ainda não foi vendida, a Igreja. Os critérios para outras freguesias estão
errados. Continuamos com a mesma ideia, vamos salvar estas aqui as outras que
se lixem. Da outra vez foi uma janela que se abriu, agora vai ser o terraço que é
aberto para atirar mais cinco lá para fora, mas vamos ver se salvamos estas. Nós
não podemos ser assim. Chega uma vez na vida em que as pessoas têm que se
definir. E eu quero dizer claramente ao Sr. Presidente da Câmara, o rio é muito
largo para conseguir passá-lo com o pé numa margem e outro na outra, vai ter
que molhar os pés. O Sr. Presidente da Câmara está a ver se consegue passar
incólume nisto. O Governo deita a culpa para a Tróika, agora arranjou a Troikinha
que é esta unidade política a que chama técnica, mas que é unidade política,
porque são nomeados políticos, comissários políticos que lá estão e agora a culpa
é daqueles, virem-se contra eles. Não é. O Sr. Presidente vai ter que se definir, o
seu Partido é o PSD ou o seu Partido é Celorico? O nosso é Celorico e
pugnaremos por isto até ao fim. E eu gostava de ver esta Assembleia, a Câmara
Municipal, a ter a mesma atitude que teve com o Centro de Saúde. Era mais
importante o Centro de Saúde, era muito importante. Mas era mais importante que
as freguesias? Se calhar não. Ele vai fechar daqui por algum tempo a urgência
noturna mal abra Amarante. Já perdeu o internamento, está tudo em silêncio,
ninguém fala, foram lá gastos seiscentos e tal mil euros e o internamento já
fechou. O INEM, já se foi embora mas ninguém se pronuncia. Vamos tomar a
mesma posição que tomámos contra o Centro de saúde. Vamos agir
judicialmente. A Câmara de Celorico de Basto tem um grande historial de colocar
o Governo em Tribunal, pelo menos quando ele é Socialista. Vamos impugnar
esta decisão. Vamos criar aqui hoje, e o P.S. está disponível para isto, uma
Comissão de Defesa das Freguesias da Integridade do Território de Celorico de
Basto e vamos criar essa comissão, agendar uma manifestação. Vamos pugnar
nos Tribunais. Não, continuamos a dar palpites a dizer, aquela vai para ali e
aquela para acolá. Quem é contra não dá palpites, não vamos continuar com isso
é altura de nós nos definirmos. Vamos ver também este mapa, que ainda há-de
ser votado na Assembleia da República e aí também há Deputados de Celorico de
Basto que também pensam pela sua cabeça, que não pensam só pelas cúpulas
partidárias. Isto não está tudo perdido, nós temos é que ir á luta, não podemos é
continuar eternamente a dizer uma coisa num lado e outra coisa no outro. -----------
Foi dada a palavra ao Sr. Presidente da Câmara que referiu que se pode
encarar toda esta situação de uma forma em que podemos em todos os
momentos pensar mais com o coração do que com a cabeça. Mas como disse no
início há fases para se tomar as posições que se devem tomar. E a fase que é
pedida para que se tome a posição mais radical não é esta. E não é esta porquê?
Porque não há matéria legal. E que fique claro, e eu estou devidamente informado
sobre a matéria, não há matéria legal para interpor judicialmente o que quer que
seja neste momento. Haveria e há em relação à lei, não em relação às propostas,
porque só haveria se as propostas fossem publicadas no Diário da Assembleia da
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República e elas não foram. Também na Assembleia da República, eles tiveram
esse cuidado para não se por a jeito. Claro que há pessoas porventura que
poderão tentar querer transformar esta questão, numa questão política. A posição
que eu acho que toda a gente partilha é que aqui ninguém deve estar para ficar
melhor ou para ficar pior. De forma serena e firme devemos estar aqui para
defender os nossos interesses em cada momento de acordo com o timing e de
acordo com o cronograma que existe. Porque se assim fosse então estaríamos à
espera para que a Assembleia da República tomasse uma decisão final com o
projeto de lei e aí sim podíamos fazer providências cautelares. E essas
providências cautelares podem ter acolhimento ou não. E inclusive o Presidente
da República pode promulgar ou não, ou ainda remeter para o Tribunal
Constitucional. Aquilo que nós estamos aqui hoje a discutir não é a questão de
princípio de cada um dos partidos. Aquilo que estamos aqui a discutir não é a
posição que é reconhecida já há algum tempo relativamente ao CDS, a questão
também não é relativamente ao Partido Socialista, que nunca ninguém pôs em
causa, nem também eu coloco em causa a sua posição por questões políticas,
porque acho que isso nunca se deve colocar. E também acho que nunca se deve
colocar em causa a atitude e a elevação de quem está aqui para defender
obviamente os interesses de toda a população. Estamos aqui naturalmente para
defender todas as freguesias e a posição não é titubeante. A posição é clara, a
posição é defenida, a posição é absoluta. Mas a nossa posição tem a ver, numa
reafirmação absoluta, clara e inequívoca, como já tive oportunidade de transmitir a
várias pessoas daquilo que foi e é a vontade da manutenção das 22 freguesias. E
as pessoas que não tenham dúvidas porque se não fosse essa a minha intenção e
a minha vontade e a intenção do PSD, não estaríamos aqui com esta atitude.
Infelizmente existe em muitos sítios, que deixem que vos diga, há pessoas neste
momento, em vários sítios que estão de barriguinha cheia, de diversos partidos
políticos porque lhes fizeram a agregação das freguesias conforme eles queriam e
neste momento podem dizer que os culpados são no futuro, o PSD e o CDS.
Porque houve alguém que fez a ponte para que situações como essas fossem
tratadas inclusivé nos próprios orgãos. Ao contrário do que infelizmente se possa
pensar existe muita gente que contesta esta reforma mas já é menos gente do que
há algum tempo atrás. Porque houve muita gente que por outras questões se
deixou ficar pelo caminho. Houve muita gente que por interesses de 3º e 4º nível,
interesses baixos se deixaram ficar pelo caminho. Aquilo que era a força da
ANAFRE e a força dos Autarcas, que parecia muito forte, é uma força que se tem
esfumado. E porventura as pessoas podem não ter essa percepção mas é uma
força que se tem esfumado transversalmente em todos os partidos. E há muita
gente que continua a dizer em determinados sítios que é contra mas os seus atos
concretos não estão em consonância e aquilo que pensa não está em
consonância. Eu sei disso e do que estou a falar e sei bem e conheço bem o que
estou a falar. É evidente que hoje esta Assembleia Municipal pode sair daqui
mantendo aquilo que tem, que eu acho que deve manter, que é a questão das 22
freguesias. E pode, como se calhar já o devia ter feito, também temos que assumir
as coisas, pode dizer à Unidade Técnica que não concorda em absoluto com
aquilo que é feito. Discorda em absoluto e que não é para safar uma freguesia ou
duas é por uma questão também de justiça. Não é admissível que as freguesias
de Arnoia e Gémeos, sejam consideradas freguesias urbanas. E isto não é
alimentar o que quer que seja, isto é uma posição clara. Que freguesias urbanas
temos em Celorico? Uma freguesia com mais cariz urbano é a de Britelo e mesmo
assim a maior parte do espaço territorial é o espaço rural. Reafirmar isto, dizer isto
de forma clara, para agora e no futuro e porventura se calhar na deliberação
anterior que nós submetemos para a Assembleia da Repúblia, se calhar já o
deveríamos ter referenciado na altura. Já o deveríamos ter referenciado que
eramos contra esta reforma administrativa e que inclusive deveríamos acrescentar
que ela assentava em erros e que se agora discordávamos dessa reforma deveria
também ser incluída a reclassificação das freguesias de Arnoia e Gémeos, agora
e no futuro. E eu não vejo que isto seja fazer um frete a quem quer que seja. Isto é
marcar a nossa posição para agora e para sempre. E há uma coisa que eu não
queria de todo, é que podem fazer reformas para um lado e para o outro, podem
metralhar, podem obrigar, fazer tudo e mais alguma coisa, os critérios multiplos de
justiça existem mas com base em classificações absolutamente erróneas e com o
facto de nós nem sequer referirmos isso, acho que é um erro. Se esta reforma for
para a frente, eu espero que não, com toda a firmeza, mas porventura daqui a dois
meses podemos estar a olhar para trás e dizer se eventualmente tivessemos
tomado uma posição não se tinha cometido mais injustiças. Aqui há conjunto de
injustiças, um conjunto de erros que são cometidos. E este é mais um erro. Não
quer dizer que com o facto de resolver este erro que os outros erros sejam
resolvidos. Porque a questão é esta, nós estamos aqui hoje para dizer não. Nós
estamos aqui hoje para dizer que há um erro. Nós estamos aqui para quando
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houver pronúncia, quando houver deliberação também tomarmos as nossas
posições. E em tempo oportuno, em cada timing, em cada momento que haja uma
posição, uma proposta, algo que nós tenhamos que tomar posição, nós devemos
fazê-lo. Dirão assim uns, se respondermos é porque estamos a tomar parte do
processo. Nós estamos no processo, nós não deixamos de fazer parte do nosso
País, de ter de conviver com as leis e se tivermos que discordar delas e
discordamos, seguir os passos legais. E a questão aqui não é uma questão de
verificar politicamente, quem é que fica melhor, ou se beneficia a freguesia A, ou a
freguesia B, é uma questão de princípio, é uma questão de base, porque se a
reorganização não for para a frente, como nós esperamos, as freguesias ficam
classificadas para o futuro como tal. E isso tem algum mal? Não. A minha posição
é que não tem qualquer reflexo naquilo que é este processo pela via negativa,
acho que tem pela via positiva. Cada um diz aquilo que pensa e que sente, o Sr.
Professor Mário, falou aqui da questão do INEM e dos cuidados continuados, se
calhar podíamos falar de outras coisas mais. Eu não venho aqui falar sobre essas
matérias, embora não estando aqui o Presidente da Direcção dos Bombeiros, mas
com certeza que o Sr. Presidente da Direcção dos Bombeiros, poderá esclarecer
melhor essa questão do INEM e sobre a garantia dos seus serviços. Eu tenho uma
relação de grande estima e de grande cordialidade com os Bombeiros e com o
seu Presidente e portanto não vou estar aqui a proceder a quaisquer declarações
sobre isso em nome da boa relação e em nome de perceber que os Bombeiros
fazem tudo para defender da melhor maneira a população do concelho e por isso
não vou falar sobre essa questão, por uma questão de respeito em relação à
entidade que são os Bombeiros. Em relação aos cuidados continuados. O Hospital
de Amarante vai dentro de pouco tempo abrir os cuidados continuados. Também
julgo que a população de Celorico que em média teria uma ou duas pessoas por
mês que utilizavam os cuidados continuados, essas pessoas terão a retaguarda
aqui próxima no hospital de Amarante ou no de Fafe, isto relativamente às
questões que foram aqui levantadas. Esta Assembleia é soberana pode fazer
como quiser, eu já disse e vou reafirmar. As pessoas a longo prazo, todos
percebem quem é cada um e aquilo que nós fazemos para sermos respeitados e
para termos credibilidade e para as pessoas confiarem em cada um de nós. Não
me interessa vir para aqui com uma medida de ocasião, não me interessa jogar
aqui em qualquer termo tático. O que interessa aqui é defender de forma clara e
inequívoca o interesse da população do nosso concelho, dos nossos direitos e das
nossas posições. E por isso entendo que esta proposta, acho que isso era bom,
aquilo que tem sido o consenso que existe á volta deste processo se mantivesse e
se não politizasse as coisas. Eu sei que as pessoas não querem politizar, embora
tenha por exemplo visto um artigo no jornal que eu acho que não é muito
abonatório para esta discussão política. Acho que não é abonatório referir num
artigo dum jornal, ”O Povo de Basto”, que uma proposta que foi apresentada aqui
há uns tempos atrás pelo PSD e que depois saiu e por tal motivo, supostamente, o
Partido Socialista tinha tido uma vitória porque essa proposta saiu. Isto não é
prestar um bom serviço para aquilo que é uma causa coletiva, porque dá a ideia
de que alguém quer com base na questão das freguesias tirar algum dividendo e
acusar alguém nesta matéria. Isto dá uma ideia errada daquilo que é sério, justo e
sensato. Eu não creio que isso seja um serviço que se preste de positivo à nossa
comunidade. E eu não quero acreditar que na sequência desta Assembleia
Municipal as pessoas queiram ouvir dizer que um partido tomou uma posição para
acabar com as freguesias e que nós somos melhores porque fizemos de outra
maneira. Nós votamos contra, porque o PSD, já tem um “nim”, já tem uma postura
diferente porque quer de outra maneira. Fiquei triste porque a minha forma de
estar na política não tem a ver com esse tipo de ver quem é que sai melhor na
fotografia e de quem é que ganhou. Na altura ganhamos todos, as pessoas
estiveram aqui na Assembleia Municipal, foi apresentada uma proposta,
conversamos todos, houve um intervalo, e decidiu-se retirar a proposta. Houve um
vencedor, é? Faz-se referências ao Presidente da Câmara. Qual é o problema do
Presidente da Câmara que lá espelhado no tal artigo? Qual é o problema do
Presidente da Câmara? É preciso estar aqui as pessoas a querer atirar pedra a
quem quer que seja? Mas somos assim tantos no Município, para andarmos aqui
a querer atirar pedras, ou queremos por o pé em cima de alguém? Não quero por
o pé em cima de alguém. Ou será que estamos a usar as freguesias para
questões políticas, para depois termos argumentos, uns mais do que outros? Ou
como diz alguém às vezes, perdido por um perdido por mil. Eu não tenho essa
perspectiva, perdido por um perdido por mil, eu acho que em cada fase em cada
momento de forma franca e direta devemos tomar as nossas posições. A mim
podem escrever os artigos que quiserem. Há uma coisa que eu quero sentir
comigo próprio e que fique bem claro, é eu chegar à minha cama e sentir-me bem
comigo próprio, não em relação às taticas políticas e a artigos mas é perceber e
entender que defendi da melhor maneira os interesses do Município e que o fiz no
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momento próprio. Não é daqui a algum tempo porventura se as coisas correrem
menos bem e se às tais manifestações aparecerem menos pessoas, olhar para
trás e dizer, realmente passamos um grande cheque em branco e as pessoas, é
verdade que fizeram coisas mal, mas ainda fizeram mais mal porque nós nos
calamos. Porque nós nem sequer dissemos nada, porque nós nem sequer nos
manifestamos. Porque nós nem sequer apontamos aquilo que legalmente está
errado. E aquilo que legalmente está errado e que já deveríamos ter apontado, e
eu assumo aqui o “mea culpa”, é que aquelas duas freguesias de Arnoia e de
Gémeos, não são freguesias urbanas, são freguesias rurais. E se nós hoje aqui
não quisermos dizer isso, estamos a faltar á verdade com nós próprios, acho eu.
Porque estamos a deixar de dizer uma coisa que já devíamos ter dito e que é
importante que fique devidamente registado isto. Eu repito, não significa concordar
com o que quer que seja, significa dizer aquilo que é verdade. Significa corrigir a
base de qualquer trabalho que venha a ser feito no futuro e não significa
concordar com este trabalho que está feito. Porque eu não concordo, eu discordo
absolutamente, porque também faço fé que as pessoas que o dizem também
discordam. Mas o facto de discordar não significa, que eu meta a cabeça na areia
e que diga, façam o que entenderem, nós não vamos escrever nada, nós não
vamos corrigir nada. Neste momento nem sequer somos tidos e achados. Porquê?
Como eles entenderam que foi uma não pronúncia aquilo que nós emitimos à
Assembleia Municipal, nós nem sequer aquilo que façamos, porventura nem
sequer pode ter viabilidade de facto para poder ser reconhecdo como tal na
Assembleia da Republica. Mas não valerá a pena reafirmar uma vez mais, nesta
altura, a nossa posição sobre as 22 freguesias. E dizer quem diz que quer as 22
freguesias, diz que o trabalho está a ser mal feito e ao mesmo tempo diz também
vocês tem um erro, corrijam-no. Corrijam-no e não só para esta reorganização
administrativa porque também, deixem-me que vos diga, esta reforma pode cair,
tem probabilidades, já teve mais, mas no futuro duma forma ou de outra a reforma
vai andar aí outra vez. Se não for nestas eleições vai ser em 2014 e se não for em
2014, vai ser em 2015, mas vão voltar à carga ninguém tenha dúvidas. E nós
devemos dizer aquilo que é a verdade, porque se não dissermos nesta altura,
depois daqui por um ano, dois ou três, vão dizer o quê? Vai ser nessa altura que a
Autarquia de Celorico vai dizer, afinal há três anos atrás ou há dois, nós
esquecemo-nos de vos dizer que afinal aquelas freguesias que vocês
consideraram urbanas, não são urbanas, são rurais. E eles dizem, já podiam ter
dito isso há mais tempo. Houve uma questão política na altura que achamos que
podia ser aproveitada e nós não tomámos a posição respectiva. Não tomamos
porque na altura tinhamos receio que isto fosse interpretado politicamente como
uma abertura para que seguissem o caminho de dizer que a Assembleia Municipal
é conivente com este processo. Não é, e tanto não é que neste momento não tem
direito a pronúncia. E isto não é feito em sede de pronúncia. Isto é feito de forma
expontanêa, natural e com vontade própria. Aquilo que digo é que enquanto eu
puder em todos os timing’s, em todos os momentos lutarei pela manutenção das
22 freguesias. Agora não meto a cabeça na areia, não faço política do perdido por
um perdido por mil. Não é indiferente, ter dois erros graves ou ter quatro ou cinco
erros graves, não é indiferente. E por não ser indiferente é que eu entendo que a
Câmara Municipal fez bem em propor à Assembleia Municipal, e que afirma esta
proposta, declara inequivocamente, nós queremos as 22 freguesias, mas também
anotem aí, naquilo que é o vosso trabalho, que nós dizemos que é mal feito, que
também há aí um erro e que esse erro seja corrigido e que se a reforma não for
para a frente que fique lá devidamente anotado e registado que as freguesias são
rurais. Para terminar dizer que nunca farei qualquer aproveitamento ou qualquer
tipo de crítica a qualquer partido pela sua posição relativamente a esta matéria,
ninguém conte comigo para isso. Com foi dito e bem a nossa erra o nosso
Concelho, em primeiro, os partidos depois. Por isso é que a questão do PSD e das
suas opiniões e colunas de jornais, nesta matéria não vai existir. O que existe é a
consciência elevada de defender o nosso concelho e não é melhor do que
ninguém é ao mesmo nível de todos. Aqui não há pessoas melhores nem piores,
eu não tenho essa visão. Acho que todos temos o mesmo sentido de orientação e
o mesmo pensamento. Acho que deveria haver uma estratégia que envolvia a
maior parte das pessoas. E acho que às vezes há taticas que inviabilizam uma
estratégia. Eu apelava aos Senhores Deputados que nos mantivessemos unidos.
Porque esta proposta que está aqui não põe em causa o que quer que seja. Que
nos mantivessemos unidos, coesos e que não deixassemos furar isto. Às vezes
por uma interpretação, que admito possa ser uma interpretação própria, diferente,
eu faço um apelo, não é por mim, não é pelo cidadão, eu faço um apelo há
coesão, há unidade, isto que está aqui não é para defender o Presidente da
Câmara. Isto que está aqui não é para defender a Câmara Municipal, não é para
defender ninguém em especial. Isto que está aqui é para defender o concelho.
Quando se defende a freguesia mais pequenina do concelho, defendesse de
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forma igual como se fosse a freguesia maior e estasse a defender o concelho.
Quando se defende um lugar pequenino do concelho, está-se a defender o
concelho, porque qualquer parte que seja ajudada e que seja apoiada significa
que nós estamos a ajudar o concelho. E por isso é que eu fazia este apelo à
consciência de cada um. Deixemos os partidos ali à porta e olhemos mais uns
para os outros em relação aquilo que mais nos interessa e à defesa dos nossos
interesses que é realmente aquilo que mais conta. Eu achava que era fundamental
mesmo até para as providências cautelares e tudo isso que pode acontecer no
futuro. Acho que era essencial e fundamental mantermos esta unidade, esta força,
porque é a unidade que faz a força. Se as pessoas estiverem unidas, se houver
coesão, nós somos ouvidos, nós temos força. Se uns começarem a ir para aqui e
outros para acolá, perdemos essa unidade. Eu acho que nós nos devíamos
manter unidos para que pudessemos durante este processo, que eu espero que
não se concretize, nós possamos de forma unida apoiar todas as Juntas de
Freguesia que têm que contestar e também a própria Câmara Municipal que tem
que contestar e não que este processo a partir de hoje fique um processo sem que
se cria aqui a ideia de que há uns a favor há outros contra. O dia de hoje é mais
um dia importante, é mais uma etapa. Nós tivemos um dia importante que foi no
dia 27 de Setembro, hoje é outro dia importante. O processo indo para a
Assembleia da República, vamos ter outra fase importante, todas as etapas são
importantes. Esta não é mais nem menos importante, é mais uma etapa. E fomos
nós todos que criamos este momento, esta etapa, porque podia não haver
agendamento de qualquer reunião, marcação do que quer que seja e podíamos
nem falar e se não falassemos não havia momento importante. Criaram-se as
condições para podermos falar, para estarmos aqui. Apelo uma vez mais. O
documento é um documento claro como dizia o Sr. Dr. Bastos e bem, no ponto um
em que reafirma a sua posição de forma clara e inequívoca, manter as vinte e
duas freguesias, não abdica, está referenciado. E no ponto dois, chama a atenção
para um erro grave. Não deveremos nós chamar a atenção para o legislador, que
é a Assembleia da República, que é corrijam um erro. Não é porventura só por
causa desta reorganização é para que fique corrigido para o futuro. Não devemos
nós quando existe um erro, chamar a atenção para esse erro e que esse erro deva
ser corrigido. Quando nós em Setembro, e faço “mea culpa”, deveríamos ter
incluído que este erro deveria ser corrigido e se ele tivesse sido na altura, eu acho
que todos concordariam também com esta situação de chamar a atenção que as
freguesias de Gémeos e Arnoia são freguesias rurais. Eu penso que isto não é
comprometer o que quer que seja. É só dizer que as freguesias são rurais e que
fiquem classificadas para o futuro como rurais. Posto isto, estou aberto a qualquer
questão que queiram colocar. ---------------------------------------------
Foi dada a palavra ao Sr. Deputado Mário Fernando Andrade de Sousa,
que começou por dizer que é verdade o que o Sr. Presidente da Câmara disse, ao
referir que esta reforma não acaba aqui. Estou plenamente convencido que vai ser
a caixa de pandora, abrimos e a partir daqui o processo nunca mais acaba. Vimos
o que aconteceu com a concentração escolar. Começaram a fechar um, outra e
outra e foram todas, não ficou nenhuma e aqui vai acontecer o mesmo. Se
abrirmos a tampa iniciamos este processo e nunca mais pára, as freguesias vão
desaparecer todas. Se não é para este ato eleitoral é para o seguinte, este
process não acaba aqui. O Sr. Presidente da Câmara, muito bem apela ao
consenso. É aquilo que nós temos estado aqui a fazer e o Sr. Dr. Bastos, já disse
que nós concordávamos com o ponto n.º um da proposta. Não concordámos com
o ponto n.º dois, porque ele é curto e não é isso que nós estamos aqui a discutir.
Nós estamos aqui a discutir a questão política e então faça-se uma proposta
política que seja abrangente para toda a Assembleia e deixe-se a questão técnica.
Os Serviços Técnicos da Câmara que respondam à questão técnica que está
errada. E está errada não só essa que está no ponto dois, como eu já referi na
primeira intervenção, estão erradas todas as outras e é preciso falar delas
também. O concelho não é só Arnoia. Muito importante Arnoia, é a maior freguesia
do concelho e nós queremos defendê-las todas, de Arnoia a maior a Tecla, a mais
pequena. Mas nós estamos fazer a concentração ao contrário do que diz a lei.
Queremos discutir a lei, vamos discuti-la. Nós não queremos discuti-la por uma
questão de princípio de sermos contra todas elas, mas a Câmara, os Serviços
Técnicos querem responder. A lei diz que a concentração é feita para o pólo,
concentração para o centro, não para as periferias, não como ela está feita. Os
critérios, como já referi alguns, também estão mal, então vamos responder a eles
todos, não podemos só olhar aqui para o centro e esquecer o resto. O resto é
paisagem estamos a fazer o mesmo que faz Lisboa em relação ao resto do País.
Façamos uma proposta política, separemos as coisas, os Serviços Técnicos
respondem aos erros técnicos, não façam isso que está aí que isso está tudo mal
feito. Se querem responder técnicamente e nós temos técnicos competentes, que
sejam os técnicos a fazer isso. Porque isso foi feito por políticos. O Sr Presidente
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não pode dizer ali que os serviços estão todos concentrados em Britelo, porque
eles estão todos concentrados em Gémeos. Britelo não tem nenhuns, tem a
Câmara Municipal. Os outros estão todos em Gémeos, e começo no Parque de
Campismo, Biblioteca, Escola, Piscina, no CAO que vais ser feito, vai lá ser feito
também o Hotel, os serviços estão todos em Gémeos. Arnoia de facto tem muita
razão porque o perímetro urbano de Arnoia não tem serviços nenhuns, agora as
coisas que sejam certas. Como é que está o PDM de Celorico de Basto em
relação ao perímetro urbano, também temos que ver isso. Não podemos por no
PDM que é perímetro urbano até acolá e depois quando exigem responsabilidades
por isso dizermos, nós colocamos isso mas é só por aqui, aquilo por acolá é só
para as taxas do IMI serem maiores para quem vive nessa zona, porque quem
vive na zona do perímetro urbano paga um IMI mais alto que os outros, mas é só
para esse efeito, o resto já não é. Nós não devíamos entrar em discussões
técnicas porque acho que essas discussões são para os técnicos e os serviços
técnicos da Câmara que respondam aos erros técnicos da unidade técnica. Nós
estamos aqui para avaliar a questão política e políticamente nós continuámos a
ser contra tudo isso. Acho que aqui em consenso deveria haver apenas o ponto
um daquela proposta, o Dr. Bastos, líder da bancada do PS, já o referiu aqui e
deixar o técnico para o que é técnico. O Sr. Presidente da Câmara falou no
assumir de responsabilidades. É claro, o Partido Socialista está aqui e assume
todas as responsabilidades. Nós não olhamos para trás e choramos sobre o leite
derramado. Nós decidimos esta proposta e iremos com ela até ao fim, somos
sempre contra. E assumimos todas as responsabilidades, e eu próprio também
assumo todas as responsabilidades por aquilo que disse. Nunca andei atrás de
tachos, nunca tive tachos em nenhum partido, não sou filiado em nenhum partido.
Portanto, essas carapuças não me servem, nunca tive tachos de lado nenhum
porque eu sou incómodo para todo o lado e portanto digo aquilo que penso e não
me vendo e essas coisas incomodam muita gente e então não tenho direito a
tachos. Tenho uma profissão que exerço e recebo dinheiro por isso e chega-me
para viver. Já recebi mais, infelizmente recebo cada vez menos e desse ainda irá
mais algum. Com as falácias que esses políticos de Lisboa vão dizendo ao referir
que o Tribunal de Contas criou-nos um problema, vamos ter de devolver dois
subsídios. Não vão devolver nenhum, ainda vão levar o terceiro, é tudo mentiras,
mas nós estamos aqui neste País das mentiras e com esses Governantes, mas
isso são contas de outro rosário. Em relação aos Bombeiros eu também respeito
muito os Bombeiros. Os Bombeiros fazem um trabalho único. Sem eles a
população de Celorico estava, muito, muito pior. Quando estamos arrasca é
sempre a eles que recorremos, que nos resolvem os problemas, sempre eles que
nos salvam. Mas isso não impede de dizer que nós estávamos melhor com os
Técnicos do INEM, de que estamos com os Bombeiros, a quem eles deram
formação, são coisas completamente diferentes. O papel dos Bombeiros é único,
mas são coisas diferentes. Em relação a uma suposta notícia que o Sr. Presidente
falou, eu ainda não vi o jornal, não conheço notícia nenhuma, não sou autor de
nenhuma notícia, mas não me preocupa nem nunca me preocupou, antes pelo
contrário, o que se passa na Assembleia Municipal, que se saiba lá fora. Por isso
é que nós temos proposto, o Partido Socialista, já propôs aqui várias vezes que as
Assembleias fossem à noite ou ao fim de semana. Que não nos obrigasse a faltar
ao trabalho, que pudessem ser publicitadas nos meios de comunicação social,
para virem mais pessoas como acontece nos outros concelhos. Aqui não, aqui
fazem-se sempre aquela hora que menos pessoas podem vir, que isto quanto
menos se souber lá fora melhor. A democracia continua a ser um problema em
Celorico de Basto. ------
Usou da palavra o Sr. Presidente da Câmara para dizer que fosse a
democracia em muitos lados tal e qual é aqui em Celorico de Basto, onde a
Câmara Municipal não mete o bedelho naquilo que são as eleições de
colectividades e associações do Município. Fosse assim a democracia em muitos
lados como é aqui em Celorico de Basto. Queria dizer e reafirmar mais uma vez,
aliás está ali o Sr. Vice-presidente dos Bombeiros, foi aqui dita uma frase de que o
INEM servia melhor a população de que os Bombeiros Voluntários Celoricenses,
faço apenas o registo. Relativamente à questão que estavamos a falar, nós neste
momento não estamos em sede de pronúncia, nem podemos dizer se está bem se
está mal. Porque em bom rigor está tudo mal, a verdade é esta. A única coisa que
podemos dizer é que houve uma falha a montante de todo este processo, que foi a
classificação de duas freguesias. É a única coisa que nós, e eu acho em meu
entender, que já deveríamos ter feito isso há algum tempo atrás. Eu acho que no
dia 27 e admito que tenha sido um erro da própria Câmara, não ter enviado ao
mesmo tempo que enviou a dizer que queria as vinte e duas freguesias, que havia
um erro técnico a montante que era a classificação das freguesias, e isso não
inibia o que quer que foss. Se eu admito, e que fique registado em acta, se eu
admito que tivemos um erro nessa altura não ter enviado esse esclarecimento
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REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DE 16/11/2012
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para que fosse tido em conta neste processo e para o futuro, acho que quando
uma pessoa não remete em tempo oportuno, deve sempre aproveitar o tempo que
aí vem a seguir para remediar algo que já deveria ter feito. E é tão-somente isso
que está em causa, não é a questão de chamar a atenção porque o processo em
si como é óbvio, digamos, a Unidade Técnica fez o que quis e lhe apeteceu, o
processo está muito mal fundamentado. Os fundamentos são básicamente todos
errados e o que está escrito são aberrações, não é isso que está em causa,
porque são aberrações. Agora aquilo que nós devíamos ter chamado a atenção há
algum tempo atrás é que existe um erro a montante deste processo e de todos
aqueles que venham a existir para o futuro, que é a classificação das freguesias.
Porque se as freguesias forem devidamente classificadas no futuro se não for
desta se for de outra vez que nos venham impor uma reorganização administrativa
as pessoas podem falar e conversar no sentido de ajustar aquilo que sejamos
obrigados a ajustar, mas de forma justa e de forma correcta. E é isso que se está
aqui a tentar fazer, é ao fim e ao cabo devia ter ido há algum tempo atrás, não foi
acho que ainda pode ir a tempo. Ou então se as pessoas acharem que nós
devemos fazer isso daqui a meio ano, de chamar a atenção a Assembleia da
República e ao INE, que estas freguesias tem um cariz rural e não urbano, se as
pessoas acharem que este não é o timing, eu acho que se deve chamar essa
atenção. Por isso não vejo inconveniente nenhum em que se chame a atenção
sobre essa matéria, sobre as outras, não tem ponta por onde se lhe pegue e tem a
ver óbviamente com o facto, como se disse e bem, da Unidade Técnica pegar com
uma régua e com um esquadro e fazer aquilo que achou por conveniente, que a
meu ver está profundamente errado, atendendo ao princípio de que se queremos
manter as vinte e duas freguesias e ao pricípio de ouvir os próprios cidadãos e as
populações das freguesias pois o processo em si, actualmente está errado. Por
isso é que eu renovava um apelo ao bom senso para que aquilo que não foi
remetido na altura que seja remetido agora. Mas se as pessoas entenderem que
não deve ser hoje que se deve remeter a chamada de atenção e a correcção para
a tipologia destas freguesias, se acharem que deve ser daqui a trés meses ou
quatro meses, se alguém quiser fazer essa proposta no sentido de dizer assim, as
freguesias de facto são tipicamente rurais, mas nós neste momento não devemos
chamar a atenção, devemos fazê-lo daqui a cinco ou seis meses e não agora.
Também estou aberto a que isso se discuta. Se alguém disser também assim, as
freguesias de facto são urbanas e não devemos mexer. Também acho que se
deve propor isso. Se acham que não se deve mexer na tipologia das freguesias,
aqui está associado esse princípio, mexer na tipologia das freguesias que são
consideradas urbanas. Se as pessoas acham que elas são rurais, então Sr.
Presidente da Assembleia, então se calhar punhamos aqui à consideração um
outro ponto, não sei se é possível, que é um ponto em que nós colocávamos aqui
a votação a dizer, é do entendimento desta Assembleia Municipal, e ficava só para
nós, que as freguesias de Arnoia e Gémeos, são urbanas ou então são rurais. Isto
aqui também é uma questão política. Se todos concordarmos que as freguesias
são urbanas, ficam urbanas e não se manda documento para lado nenhum. Se
calhar até podíamos chegar a um entendimento a fazer essa proposta. Então
retira-se o ponto dois e põe-se a seguir a dizer, foi aqui discutido e debatido
relativamente às freguesias de achar se as freguesias são urbanas ou são rurais.
Isto não é uma questão técnica é uma questão de princípio, de base. E porque
todos os trabalhos que venham a ser feitos no futuro, partem de uma base e se
essa base for uma base errada, o trabalho que venha a ser feito por muito
competente que seja vai ser sempre um trabalho que tem um resultado errado,
mas é isso que se pede. Claro que técnicamente tudo aquilo que foi feito, pode e
deve ser argumentado em tempo oportuno mas não foi agora. Aquilo que eu
admito é que esta chamada de atenção para qualquer entidade que venha a
observar esta matéria é que diga, que pegue no processo, para dizer estas
freguesias não são urbanas, são rurais, é tão-somente isso. A questão não é
assim tão complexa quanto a isso. Às vezes estamos aqui a transformar uma
coisa simples numa coisa tão complexa, mas não é complexa. E é isso que nós já
devíamos ter feito há algum tempo atrás, devia ter ido na deliberação tomada na
última Assembleia Municipal, não foi, eu acho que ainda vai a tempo de o fazer.
Se calhar se o fizermos daqui a meio ano as pessoas poderão questionar porque
é que nós podendo ter feito na altura certa, porque é que o fizemos tão tarde.
Como falamos em democracia eu por mim estou aberto a soluções que visem
resolver os problemas e defender da melhor maneira o Município. Eu não para
aqui com cartas fechadas, com pensamentos definidos e definitivos. O objectivo é
apresentar algo que defenda o interesse do concelho da melhor maneira. Se
alguém tiver alguma proposta ou algo que possa aqui colocar e apresentar, que
dentro destes preâmbulos possa acautelar as posições de princípio e os
interesses do concelho e a verdade dos factos relativamente ás freguesias, eu
acho que podemos conversar e é para isso que cá estamos. -----------------------------
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O Sr. Presidente da Assembleia Municipal usou da palavra para dizer que
embora estando fora do âmbito desta Sessão Extraordinária e para não sair da
ordem de trabalhos, prometeu que na próxima Assembleia irá esclarecer o caso
INEM. Só um pequeno esclarecimento, quatro técnicos do INEM, são quatro
Bombeiros, Bombeiros com o curso do INEM. E posso também dizer que oitenta
por cento dos Técnicos do INEM a nível nacional são Bombeiros. E Celorico ficou
mais bem servido porque tinha uma ambulância doze horas durante a noite e
agora tem uma ambulância do INEM, vinte e quatro horas sobre vinte e quatro
horas. -----------------------------------------------------------------------------------------------------
Usou de seguida da palavra o Sr. Deputado Luís Castro Leal que começou
por dizer que acha que estamos todos a laborar num erro e o erro reside neste
facto. Nós conhecemos perfeitamente as posições que cada um aqui tomou no
último ano. O CDS não é a favor desta reforma que aqui está como o Dr. Joaquim
Bastos, disse ou por lapso terá dito. O CDS, já expôs aqui o que fez e o que não
fez e cada um assume as suas responsabilidades e nós assumimos as nossas,
não vou repetir outra vez o que aqui disse. A lei o que diz, e nós temos uma lei,
que pode ser inconstitucional, pode ser anulada, pode isto ser tudo rasgado, mas
não foi, esta lei está em vigor. E a lei o que diz é que quando a Assembleia
Municipal se pronunciar, e que eu saiba não houve pronúncia nenhuma nesta
Assembleia Municipal, poderia na altura da pronúncia, o Sr. Presidente já abordou
vagamente essa questão, considerar como não situados nos lugares urbanos do
Município, freguesias que como tal sejam consideradas, nos termos dos números
anteriores. Na altura da pronúncia tinha a Câmara Municipal que fazer um estudo
sério com os seus técnicos todos, não era eu que não percebo nada disso, sei ler
os estudos técnicos, isso sei, e ver se eles tem contradições, incongruências,
todos nós sabemos ler isso. Não sabemos é fazer os estudos técnicos, não é a
minha área, se fosse a minha área ainda podia oferecer-me para ajudar mas não
é. Esta é o primeiro ponto. O segundo ponto é o que é que estamos aqui a fazer
hoje? Nós chegamos a este ponto em que não havendo pronúncia a Comissão
Técnica, decide e decide segundo a lei. Se as decisões da Comissão Técnica são
ilegais ou contém ilegalidades, não é a Assembleia Municipal que corrije
ilegalidades, são os Tribunais. Nós não temos poder, há o princípio da separação
de poderes, nós não temos poder para dizer isto é tudo ilegal. Nós o que temos
segundo a lei é, após a recepção do projecto e reafirmo outra vez, a Comissão
Técnica não fez pronúncia nenhuma, nós não estamos a analisar pronúncia
nenhuma, após a recepção do projecto e sem prejuízo dos números anteriores a
Assembleia Municipal pode no prazo máximo de vinte dias, que é o que nós
deveríamos estar aqui a fazer se assim o entendessemos, porque ninguém nos
obriga, apresentar um projecto alternativo. Nós se tivessemos feito o tal trabalho
que o CDS entendia que devia ter sido feito e se esse trabalho tivesse levado a
algum lado, podíamos hoje estar aqui a apresentar um projecto alternativo, que
corrigisse estes erros todos que a lei diz. Porque a lei não proíbe que a gente faça
muito mais do que a Comissão Técnica fez e muito melhor. E nós sabemos que a
Comissão Técnica não vai certamente fazer melhor que nós porque a Comissão
Técnica está espartilhada por uma lei que nos penaliza se nós estivermos calados.
Esta lei diz, os Senhores se não disserem nada vão ter menos freguesias, se os
Senhores falarem, pronunciarem-se, até podem ter mais se quiserem. Isto é o que
está em cima da mesa. O que o Município aqui trás é, o Sr. Presidente referiu
claramente, mas não resulta claro do texto da proposta, nós queremos a
manutenção das vinte e duas freguesias, é o que diz o ponto um, não dizendo isto,
diz lá isto. Não diz claramente, podia dizer, ponto um, o Município de Celorico de
Basto é a favor da manutenção das vinte e duas freguesias. Mas não diz lá nada
disso. Mas nós lemos e o Sr. Presidente teve o cuidado de o dizer aqui que é isso
que se le lá, temos a interpretação autêntica. Chegados a este ponto se a
Comissão Técnica cometeu uma ilegalidade, eu sinceramente não sei se cometeu.
Eu recebi esta deliberação do Município com os fundamentos técnicos que aqui
constam como toda a gente ontem á tarde. Eu sinto-me totalmente incapaz de
decidir se a Comissão Técnica está errada ou se é o parecer técnico que a
Câmara aqui tem que está errado. Eu não sei não faço a mínima ideia. Portanto,
nós aqui não temos que aferir ilegalidade de nada. O Município se entende, está
segundo o Município fundamentado, que esta situação viola a lei, então a Câmara
Municipal, envia este documento para a Comissão Técnica, para a Assembleia da
República e diz, meus Senhores isto está tudo ilegal. Não vamos ser nós, o CDS a
decidir técnicamente uma coisa que nós não temos técnicamente competência
nenhuma. Nem tempo tivemos para ler isto. Nem tempo tivemos para consultar as
pessoas da nossa área política. O Partido Socialista tem gente altamente
qualificada, o CDS também tem, o PSD também tem, quer no concelho ou fora
dele, para que pudessemos apreciar esta situação. Para o CDS isto é mais uma
oportunidade perdida porque nós podíamos estar aqui a apresentar outro projecto.
O CDS sempre disse e tem no programa que era a favor da agregação de
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REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DE 16/11/2012
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freguesias, mas não é uma agregação assim do risca ali põe acolá. Era um estudo
sério bem feito, com a colaboração de toda a gente, com transferência (O
professor Mário, falou nisso) efectiva de competências e atribuições e os
repectivos recursos financeiros. Ninguém aqui quer um Presidente de Junta de
Freguesia que é um sacrificado, que é mal remunerado, toda a gente sabe isso.
Nós não queremos um Presidente da Junta que anda de mão esticada todo o ano
atrás do Presidente da Câmara, ninguém quer isso. A dizer eu preciso de uns
cubos para um caminho, os Senhores tem ali uma tonelada de cubos abandonada
há cinco anos, podiam-nos emprestar aqueles cubos. Não é isto que nós
queremos do nosso País. E eu penso que o Sr. Presidente da Câmara também
não quererá isto. Esta reforma administrativa era o momento de nós decidirmos de
uma vez por todas o que é que queríamos. Não o fizemos, eu não censuro quem o
não fez, cada partido político, cada deputado decidiu em consciência, aquilo que
estaria correcto. Nós fomos por um caminho, o Partido Socialista foi por outro, eu
não critico as opções das pessoas, nunca o fiz. Posso criticar projectos, como as
pessoas criticam o nosso projecto, que dizem está errado. Sendo assim, nós
entendemos que não tem qualquer cabimento legal aqui o que nos está a ser
proposto. É extemporâneo, não está no âmbito de uma pronúncia, extravasa a
competência da Assembleia Municipal. E se a Comissão Técnica comete
ilegalidades, não vou ser eu também a cometê-las. O Município decidiu em
consciência e com pareceres técnicos certamente elaborados correctamente,
acredito que sim não estou a por em causa, não os analisei. Mas todos erramos,
pode ter erros também, o professor Mário já falou aqui num erro que lá estava. O
Município toma a atitude que deve tomar, o Executivo deliberou por unanimidade e
envia esta posição para a Assembleia da República, para a Comissão Técnica, e
está bem, é a posição do Município. Não pode ser a minha posição porque não
tive tempo para estudar esta posição, não sei se é correcta ou a mais correcta e
não resolve nada. Esta posição via empurrar para a posição B, que é afinal, os
outros não são urbanos saltam fora e afinal diz a Comissão Técnica que a opção
B, que é Ourilhe é que vai ficar. A nossa decisão aqui pode ter essa grande
virtude, ou não. É dizer à Comissão Técnica fiquem lá de consciência tranquila
que aqui o povo de Celorico de Basto disse que isto não era nada urbana e então
resolvemos o problema dos outros, que já estava errado, e vamos arranjar um
problema ao vizinho do lado que se chama Ourilhe. E Ourilhe no futuro pode ter
um papel importante noutro tipo de organização do espaço e aí é que nós vamos
comprometer o futuro de Ourilhe. Basta olhar para o Mapa para ver que Ourilhe
fica fora dos limites naturais duma divisão administrativa coerente e correcta. Seja
esta que nós CDS queríamos executar, seja a que virá no futuro. Sendo assim, eu
peço desculpa por me ter alongado, entendemos que se há ilegalidades e eu
acredito que haja, então vamos combater as ilegalidades no sítio certo se a lei for
aprovada, que penso que será. --------------------------------------------------------------------
Usou da palavra o Sr. Deputado António Joaquim Gonçalves Bastos para
referir que apenas queria aprofundar de alguma maneira a intervenção do Sr.
Professor Mário, sobre este assunto que me parece realmente foi definido o que
está aqui em causa. Num processo como este há questões de natureza política e
questões eminentemente técnicas. Portanto as políticas serão para os políticos,
que seremos nós e as técnicas, serão os técnicos, são aqueles que têm
conhecimentos específicos sobre determinadas matérias, como é o caso. Aqui a
questão do ponto dois é uma questão eminentemente técnica em que nós,
Assembleia, não podemos, pelo menos eu não me sinto confortável em analisar
uma questão técnica e votá-la. E estas propostas da Comissão Técnica poderá,
não tenho conhecimentos técnicos para me pronunciar objectivamente e ter um
parecer que corresponda efectivamente à realidade, mas esta questão é técnica é
técnica devem ser os técnicos a pronunciar-se e a apresentá-la. E eu ponho até
aqui o exemplo, suponhamos que aqui neste parecer havia uma freguesia que
referenciavam como se tivesse mil e quinhentos habitantes quando apenas tinha
quinhentos. Então nós Assembleia Municipal, vamos deliberar que não tem mil e
quinhentos e tem quinhentos habitantes. Eu recuso-me determinantemente a fazer
isto numa Assembleia. Compreendo a preocupação do Sr. Presidente da Câmara,
mas não nos ponha a nós políticos, entre aspas, a decidir uma questão técnica.
Posto isto, eu sugeria, há o ponto um que realmente é a questão de princípio que
nós defendemos e há a questão técnica que eu deixaria para os técnicos. O Sr.
Presidente pode perfeitamente e como disse o Sr. Dr. Castro Leal, tem muitos
técnicos e que até foram agora reconfortados com mais um subsídio, poderiam
dispensar algum tempo para tratar destas matérias. Analisar o relatório, verificar
os documentos que tem e que serão muitos, que nós não temos, e então aí
elaborar até um relatório técnico, que poderia muito bem o Sr. Presidente, aliado á
nossa posição sobre o ponto um acompanhar a comunicação que fosse para a
Unidade Técnica. Penso que aí da parte do Partido Socialista não havia qualquer
oposição. E já agora que este relatório fosse analisado na globalidade e não
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REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DE 16/11/2012
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exclusivamente para a freguesia de Arnoia, que eu tenho uma relação muito
especial, ou até a freguesia de Britelo, que também tenho uma vez que fui
Presidente da Assembleia de Freguesia numa e Presidente da Assembleia de
Freguesia noutra, não circunscrever este assunto a estas duas freguesias. Porque
também há outras freguesias que poderão também ter os seus pontos técnicos
que não estejam a ser devidamente e objectivamente analisados. E já agora
também verificar se não for a proposta A, será a proposta B, e se essa proposta
B, também não terá os seus erros técnicos, que pelos vistos também os terá uma
vez que teremos aqui uma freguesia ou uma união de freguesias em que uma
delas nem sequer tem confrontações geográficas com a outra, portanto seria um
problema a ter em conta. Poderia até haver aqui um problema de conflito territorial
em que um Presidente da Junta teria de pedir autorização ao outro para passar
para a outra freguesia e nós não queríamos que houvesse aqui fronteiras no
concelho, esta é a minha opinião. -----------------------------------------------------------------
Usou da palavra o Sr. Presidente da Câmara para dizer que foi aqui falado
nos dirigentes e eu não queria falar nisso porque não é assunto da ordem de
trabalhos, mas os dirigentes não foram aumentados como todos sabem, os
dirigentes como já recebiam anteriormente, recebem o mesmo que recebiam da
Câmara Municipal, isto para que todos fiquem com esta ideia bem clara sobre esta
matéria. Relativamente às questões técnicas é verdade que este trabalho foi feito
pelos técnicos da Câmara. Esta justificação foi feita pelos técnicos da Câmara.
Agora digam-me uma coisa, os técnicos da Câmara fazem o trabalho, e quem é
que valida esse trabalho? Esse trabalho quem valida são os orgãos políticos, é a
Câmara Municipal e o orgão mais importante, e neste processo tido e achado que
é a Assembleia Municipal. Se os técnicos fazem o trabalho, se o trabalho é
apresentado se ninguém os valida, se ninguém valida o trabalho, o trabalho é
como que não existisse. Alguém tem que validar o trabalho. Quando são feitos os
PDM, quando é feito um plano de urbanização, tudo o que é de mais importante
no Município, que são trabalhos eminentemente técnicos são submetidos há
apreciação da Câmara e da Assembleia Municipal e as pessoas aprovam ou não
aprovam. Aqui é exatamente a mesma coisa. Houve um trabalho que foi feito em
que técnicamente as freguesias de Arnoia e Gémeos são entendidas como rurais
e como tal devem ser consideradas. A questão que se coloca aqui é se depois da
Câmara Municipal ter validado esse trabalho se a Assembleia Municipal valida ou
não valida esse trabalho. Se não valida, invalidado fica, se valida deve transmitir o
resultado desse mesmo trabalho técnico feito. Eu julgo que nós não nos devemos
imiscuir daquilo que são as nossas competências relacionados com os trabalhos
técnicos porque é a nós que nos compete. Porque um Director de Departamento
que assina um documento e mande para Lisboa ou para onde quer que seja, não
obriga o Município, porque quem obriga o Município e vocês sabem que cada vez
mais as Assembleias Municipais têm mais competências, quem obriga o Município
neste tipo de matérias é a Assembleia Municipal. A Câmara Municipal faz as
propostas, vê técnicamente os processos, também aprova e apresenta a proposta.
E a proposta só é proposta a partir do momento em que é reconhecida e validada
como tal pelo orgão máximo do concelho, mais representativo que é a Assembleia
Municipal. A Câmara Municipal já assumiu as suas responsabilidades, já procedeu
à sua apreciação e votação e a Câmara Municipal remete para aqui, para esta
Assembleia Municipal. E aqui trata-se somente de as pessoas reconhecerem ou
não que o trabalho técnico que foi feito no sentido de classificar as freguesias
como urbanas, não sendo sendo urbanas mas rurais, se o trabalho técnico é v´lido
ou não é válido. Se é válido remete-se o teor dessa informação se não se aprovar
é porque se entende que o trabalho técnico foi mal feito e que as freguesias de
facto não são rurais mas são de facto urbanas. Não havendo uma validação do
trabalho técnico a considerar que as freguesias são rurais, significa que elas são
entendidas como urbanas também por este orgão e há essa leitura apesar de
tudo. A minha leitura é de que o trabalho feito pelos técnicos da Câmara é um
trabalho sério, coerente e rigoroso e como tal a Câmara aprovou esse mesmo
trabalho e considera que aquelas freguesias não são freguesias urbanas, mas são
freguesias rurais. Se este orgão acha que o ponto dois deve sair, este orgão astá
a dizer implicitamente que as freguesias são urbanas e as freguesias não são
urbanas. Eu entendo que este trabalho técnico que faz sentido e que foi validado
pela Câmara Municipal que deve ser apreciado e deve ser votado pela Assembleia
Municipal. Se as pessoas acham que não se deve validar o trabalho técnico e que
as freguesias se devem manter como urbanas e serem consideradas como
urbanas, esse registo fica para o futuro e nesse registo também não se pode
proceder a grandes correcções. E vou dizer mais, nós conhecemos bem o nosso
território, eu posso ouvir técnicos, mas eu conheço o território. Nós todos temos o
nosso olhar técnico das coisas. Nós todos temos o nosso olhar crítico. Eu não
estou á espera que os técnicos me venham apresentar erros e falhas para validar
esses erros e falhas. Se os técnicos apresentam coisas que de facto eu sinto que
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são coerentes e fazem sentido, às vezes os técnicos também cometem lapsos e
erros como nós todos na vida. Em tempo oportuno no dia 27, deveria ter sido
reportada esta nota técnica, acho que mais vale tarde do que nunca enviar esta
nota técnica a chamar a atenção de que as freguesias são rurais e não são
urbanas e reafirmar uma vez mais a nossa posição de querer manter as vinte e
duas freguesias. Dir-se-á assim, nós não estamos em sede própria para sermos
ouvidos neste momento. Nós somos ouvidos quando falamos, se não falarmos
não somos ouvidos e nós queremos falar, tomar uma posição queremos dizer
aquilo que sentimos e podemos dizer aquilo que sentimos em qualquer momento
quando nós decidirmos. É também esse o poder democrático que existe para a
nossa Câmara Municipal e para a nossa Assembleia é nós podermos tomar
decisões quando entender que devemos tomar. E devemos pedir ao poder
legislativo em Portugal que ouça a nossa posição e a nossa tomada de decisão.
Neste momento entendo que devemos tomar esta posição no sentido de transmitir
algo que deveria ter sido transmitido há algum tempo atrás e que não foi e que
deve ser transmitido. E em tempo oportuno se deve haver providências cautelares,
se deve haver contestação, cá estaremos para isso, nada é inibidor de que venha
a acontecer isso para de facto as coisas não sejam feitas como se disse de régua
e esquadro e mal. E quanto à luta meus caros, que ninguém tenha dúvidas que eu
serei sempre, como aqui está expresso, dos primeiros a estar na luta mesmo
quando olhar para trás tenha eventualmente poucas pessoas, não é isso que me
incomoda, estarei lá. ----------------------------------------------------------------------------------
Usou da palavra o Sr. Deputado Mário Fernando Andrade de Sousa, que
começou por dizer que quanto a acreditar nos pareceres técnicos da Câmara é
preciso ter muito cuidado, pois já me saiu do bolso a prova disso. Pagamos todos,
Vereadores e o Presidente da Câmara cerca de mil e quinhentos euros cada um,
por acreditar nos pareceres técnicos. E o técnico apanhou zero cêntimos, nem um
processo disciplinar que eu pedi ele teve, era bom rapaz. Isto é o que vale os
pareceres técnicos. E o parecer técnico, se se quer discutir o parecer técnico ele
está no mapa 1, perímetro urbano da Vila – Britelo 273 há, Gémeos 36 há, Arnoia
41 há, é este o parecer técnico, val ou não vale. Eu acho que não devíamos estar
a discutir nada disso. Já dissemos isto aqui várias vezes. Mas o Sr. Presidente em
cada intervenção volta sempre ao mesmo. Estamos aqui a patinar à não sei
quanto tempo e não sei à espera de quê. E continua o Sr. Presidente preocupado
com uma freguesia, as outras todas não interessam. Já salientei erros doutras
freguesias, mas omissos na proposta. Ó Sr. Presidente, já foi dito pelo Dr. Bastos,
vamos separar os pontos, votamos os dois. Se quer consenso, vamos votar os
dois pontos, o um e o dois em separado. Há uma proposta técnica mal
fundamentada que tem que ser feita pelos técnicos, eu digo mal fundamentada
pelo mapa que aqui me apresenta e por aquilo que não está aqui e que deveria
estar também. Se vamos ver os erros, vamos vê-los todos, técnicamente, ou então
só aqueles que nos agradam, mas assumam. O Sr. Presidente continua a querer
passar a bola para os outros. Tem que assumir, ponha à votação. Tem a maioria,
aprove. Agora se querem consenso como eu acho que deveria ser, vamos separar
as coisas. O que é político, trata o político o que é técnico, trata o técnico. Se não
querem, continuamos aqui no pingue-pongue, um fala o outro responde e nunca
mais daqui saímos, continuamos a patinar, vamos dar cabo do disco da
embraiagem, mas pronto. Enquanto quiserem aqui estamos. -----------------------------
Usou da palavra o Sr. Presidente da Câmara para dizer que a proposta que
foi aprovada em sede da Câmara Municipal, apesar de toda esta discussão e não
havendo, digamos assim muito mais a acrescentar, pela minha parte também
nada tenho a acrescentar em relação aquilo a que esta Assembleia deverá
deliberar a seguir. -------------------------------------------------------------------------------------
Pelo Sr. Presidente da Mesa da Assembleia Municipal foi posta a votação a
admissão da proposta apresentada pelo Município que foi aprovada por
unanimidade. -------------------------------------------------------------------------------------------
Foi de seguida de seguida a proposta colocada a votação que foi aprovada
por maioria com 24 votos a favor do PSD, e 15 votos contra, sendo14 votos do
Partido Socialista e 1 voto do CDS. --------------------------------------------------------------
O Sr. Deputado António Joaquim Gonçalves Bastos, pediu a palavra para
dizer o seguinte: O Partido Socialista votou contra esta proposta e faz a seguinte
declaração de voto sobre esta matéria. Vota contra esta proposta apenas por
concordar com o ponto n.º 1. Significa que se desta proposta fosse retirado o
ponto n.º 2, votaria favorávelmente, embora consentindo que o ponto n.º 1
pudesse ser complementado com a possibilidade de a Câmara remeter os
necessários relatórios exclusivamente técnicos à UTRAT, ou à Assembleia da
República, sobre as questões que mereçam eventual discordância. --------------------
Usou também da palavra o Sr. Deputado Luís Castro Leal, para fazer a
seguinte declaração de voto: O CDS votou contra porquanto a proposta que nos é
apresentada pelo Município vem no fundo legitimar uma solução que nos foi
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imposta pela lei na sequência da falta de pronúncia desta Assembleia Municipal,
porquanto o Município não teve qualquer iniciativa para deliberação ou emitiu
qualquer parecer sobre a reorganização administrativa com base no qual esta
Assembleia poderia ter desenvolvido um trabalho sério e finalmente decidir de
uma forma ou de outra. ------------------------------------------------------------------------------
APROVAÇÃO DA ATA EM MINUTA
E nada mais havendo a tratar, quando eram 12,10 horas, o Sr. Presidente
da Assembleia Municipal deu por encerrada a Sessão, da qual para constar se
lavrou a presente ata, aprovada em minuta e assinada pelos Membros da Mesa, à
qual foram dados poderes pela Assembleia Municipal. -------------------------------------
E eu, Francisco Brochado Lopes 1º Secretário da Mesa a subscrevi e
assino. ----------------------------------------------------------------------------------------------------
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