reu voga - política do comandante

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Do: CF Azevedo, ComGptPatNavNE Ao: Comandantes dos meios subordinados Oficiais do Estado-Maior ASSUNTO: POLÍTICA DO COMANDANTE DO GRUPAMENTO 1. Em complemento à O/S de assunção de comando, enfatizo a honra de poder conduzir esta equipe tão diferenciada. Abaixo estão algumas linhas a que farei REF no decorrer do ano que se inicia. 2. Política Geral. Minha política é simples, abrange todas atividades do nosso Grupamento e se baseia nos seguintes “postulados”: NÃO SE PAGA FAINA NEM SE DEIXA RECADO PARA MAIS ANTIGO. NA DÚVIDA, NÃO HÁ DÚVIDA. 3. “Corolários”. Algumas definições/orientações decorrentes da política geral: A VERDADE DEVE PREVALECER SEMPRE. ORDEM DADA É ORDEM CUMPRIDA. QUEM FAZ PARTE DO PROBLEMA FAZ PARTE DA SOLUÇÃO. NÃO EXISTE FAINA “FIRE AND FORGET”. PRONTO É PRONTO. NENHUMA CERTEZA PRESSUPÕE VERDADE. INFORMALIDADE NÃO PRESSUPÕE LENIÊNCIA. NÃO TUTELAR QUEM NÃO DEVE SER TUTELADO. NÃO CONFUNDIR VONTADE COM NECESSIDADE. Na filosofia do segundo postulado, estou disponível para recebê-los a qualquer momento, com ou sem agendamento. Não hesitem em ligar ou vir falar pessoalmente. Na seqüência, seguem contribuições minhas à formação de oficiais na EN e no CIAW que entendo relevantes. Bons ventos e mares tranqüilos! Espero que tenhamos um excelente ano.

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Minha política é simples, abrange todas atividades do nosso Grupamento e se baseia nos seguintes“postulados”:• NÃO SE PAGA FAINA NEM SE DEIXA RECADO PARA MAIS ANTIGO.• NA DÚVIDA, NÃO HÁ DÚVIDA.

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Page 1: REU Voga - Política do Comandante

Do: CF Azevedo, ComGptPatNavNEAo: Comandantes dos meios subordinados Oficiais do Estado-Maior

ASSUNTO: POLÍTICA DO COMANDANTE DO GRUPAMENTO

1. Em complemento à O/S de assunção de comando, enfatizo a honra de poder conduzir esta equipe tão diferenciada. Abaixo estão algumas linhas a que farei REF no decorrer do ano que se inicia.

2. Política Geral. Minha política é simples, abrange todas atividades do nosso Grupamento e se baseia nos seguintes “postulados”:

•NÃO SE PAGA FAINA NEM SE DEIXA RECADO PARA MAIS ANTIGO. •NA DÚVIDA, NÃO HÁ DÚVIDA.

3. “Corolários”.Algumas definições/orientações decorrentes da política geral:

•A VERDADE DEVE PREVALECER SEMPRE.•ORDEM DADA É ORDEM CUMPRIDA. •QUEM FAZ PARTE DO PROBLEMA FAZ PARTE DA SOLUÇÃO.•NÃO EXISTE FAINA “FIRE AND FORGET”.•PRONTO É PRONTO.•NENHUMA CERTEZA PRESSUPÕE VERDADE.• INFORMALIDADE NÃO PRESSUPÕE LENIÊNCIA.•NÃO TUTELAR QUEM NÃO DEVE SER TUTELADO.•NÃO CONFUNDIR VONTADE COM NECESSIDADE.

Na filosofia do segundo postulado, estou disponível para recebê-los a qualquer momento, com ou sem agendamento. Não hesitem em ligar ou vir falar pessoalmente. Na seqüência, seguem contribuições minhas à formação de oficiais na EN e no CIAW que entendo relevantes.

Bons ventos e mares tranqüilos! Espero que tenhamos um excelente ano.

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Command at Sea

James Stavridis e William P. Mack

Por determinação do Comandante da Escola Naval, esta resenha foi elaborada com o propósito de apresentar aos futuros Segundos-Tenentes alguns pontos do livro--mais voltado para o cargo de Comandante--que eles usarão como líderes ou pelos quais estarão sendo avaliados.

Capítulo 1 - Assumindo o Comando

Filosofia do Comando (pp. 17 a 22)

As "chaves" para o sucesso como Comandante são:

1-"Você deve cuidar do seu pessoal".

2-"Você deve conhecer o seu comando".

3-"Você deve ser leal, honesto e ético em tudo o que faz".

4-Implementar sua voga através de seu exemplo pessoal e da demonstração de confiança nos subordinados.

5-Comunicar-se com sua tripulação.

6-Tomar decisões, quando a situação exigir, de forma rápida e audaz.

7-Possuir senso de humor e não se levar muito a sério.

Capítulo 3 - Organização e administração do comando

Expressão falada e escrita (pp. 53 a 56)

"Pensar um nível acima"

Imagine-se no lugar de quem irá receber seu pedido, sua resposta ou seu assessoramento.

O que disser ou escrever tem que responder às perguntas POR QUE? O QUE? QUANDO? QUEM? ONDE? COMO? QUANTO CUSTA? (Princípio de Boehm - W5HH: Why?

What? When? Who? Where? How? How much?)

"Confusão"

Se seu Comandante sempre altera suas minutas de documentos, tente lhe perguntar quais suas preferências ou entender seu estilo.

Capítulo 4 - Oficiais

Treinamento em liderança (pp. 101 a 104)

Aspectos da liderança:

1-Características pessoais: "querer ser Oficial de Marinha".

2-Liderança moral. Moral é aquilo que é certo, considerando integridade, sentimento de dever e devoção à pátria. 3-Relações com os superiores. Se você discordar de uma ordem ou decisão, participe isto de forma franca e em particular, se possível. Uma vez que a decisão for explicada ou reafirmada,você deve, então, cumpri-la leal e imediatamente.

4-Relações com os subordinados. Fale e escreva de forma clara, lógica e simples. Dê suas ordens de forma imperativa e impessoal. Conheça seus subordinados mas não lhes dê intimidade.

5-Aconselhamento. Cultive a arte de ouvir e aprenda a analisar o caráter a fim de ajudar seus subordinados na solução de problemas pessoais e

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profissionais.

6-Papel do Oficial no adestramento. Você deve reconhecer a importância do contínuo ensino/aprendizagem e o fato de que esta é uma tarefa que nunca termina.

7-Outros aspectos. Não podem ser ensinados mas você deve reconhecê-los e ser um exemplo deles:

• lealdade à pátria, ao comando, aos superiores e aos subordinados;

• coragem física e moral;

• honestidade;

• senso de humor;

• modéstia;

• autoconfiança;

• bom senso;

• entusiasmo;

• tato;

• autocontrole; e

• consideração com os outros.

Conduta social (pp. 106 e 107)

Você não pode se descuidar das regras de etiqueta social e naval, inclusive as de outros países.

Capítulo 5 - Praças

Disciplina positiva (pp. 121 e 122)

É definida como o desenvolvimento do estado mental no qual os indivíduos buscam fazer a coisa certa, com ou sem instruções específicas.

Você deve:

• confiar nas praças;

• mostrar-lhes o que é esperado delas;

• mantê-las informadas da missão;

• mostrar-lhes que os oficiais sempre as apoiarão desde que cumpram suas tarefas da melhor maneira;

• mantê-las informadas do progresso delas;

• tratá-las de forma justa e imparcial;

• melhorar sua própria habilidade profissional; e • delegar autoridade.

Famílias e dependentes (pp. 128 e 129)

A chave do sucesso é se preocupar com o bem-estar das famílias daqueles que você comanda.

Avaliação (p. 131)

Entenda a importância da avaliação de suas praças e conheça bem as normas relativas ao preenchimento das Escalas de Avaliação de Desempenho e Folha de Informações de Sargentos. Estes são os documentos mais importantes elaborados a bordo.

Capítulo 6 - Manutenção e logística

"Todo equipamento tem que funcionar da maneira adequada ou é simplesmente

excesso de bagagem" Almirante Arleigh Burke

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Você será responsável pela manutenção e pelos reparos dos equipamentos de sua divisão.

Você deve reconhecer quando as peças e ferramentas apropriadas são utilizadas e como são cumpridas as tarefas de sua divisão.

Com a possibilidade de ser gestor, inclusive de municiamento, você deve conhecer bem a legislação em vigor e fazer com que ela seja cumprida rigorosamente. Redobre a atenção quando preparar suas comprovações.

No caso específico do rancho, tenha cuidado com os detalhes ao preparar os cardápios e supervisione o serviço dos cozinheiros. Não admita desperdícios de qualquer espécie.

Capítulo 7 - Segurança

"A marca de quem tem habilidade em manobrar um navio é nunca se meter em

situações que exijam tal habilidade." Almirante Ernest King

"Em tempos de paz, não há propósito maior do que minimizar o risco para o

pessoal e o equipamento."

A atitude correta do oficial deve compreender:

• atenção ao serviço; • postura militar no serviço;

• preparo físico;

• uso de fraseologia padrão;

• registro cuidadoso das ocorrências; e

• passagem de serviço precisa e correta

Erros na navegação (pp.187 a 192)

"A vigilância eterna é o preço da segurança"

A maioria das falhas de navegação que levam a acidentes é elementar. Para que não ocorra com você, lembre-se, entre outras coisas, de:

• adestrar sua equipe de navegação;

• corrigir e atualizar suas cartas náuticas;

• garantir que os instrumentos estão aferidos e funcionando corretamente;

• preparar e conduzir briefings e debriefings;

• dar prioridade à navegação visual, sempre que possível; e • estar atento nos 360 graus ao redor do navio.

Dicas de manobra (pp. 193 a 197)

• mantenha a popa do navio longe dos perigos;

• não assuma riscos;

• quando der uma ordem de leme, olhe na direção da guinada;

• não confie no seu sentimento de distância com mar "chão";

• não tente manobras que exijam precisão com máquinas atrás;

• dê espaço às bóias;

• se você está confuso, considere que os outros navios da formatura também estão;

• quando soar sinais de visibilidade restrita, encurte o intervalo de vez em quando para não correr o risco de sincronizar com outro navio;

• evite passar boreste com boreste;

• aproxime-se dos outros navios pela popa; e

• ao manobrar para evitar colisão, deixe sua intenção clara através de uma guinada franca e antecipada.

Page 5: REU Voga - Política do Comandante

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Proceedings - maio de 2009

Liderança Salva Vidas

CF (USN) Kirk Lippold

Assumo o Comando. Com estas simples palavras, os comandantes militares em todo o mundo seguem uma tradição

secular, consagrada pelo tempo, quando a responsabilidade dos seus comandos são facilmente transferidos de um

individuo para outro. O conceito de comando repousa sobre uma base de liderança que os indivíduos aprendem e

praticam, e são exitosos em repetidas ocasiões e falham em outras. Esse caminho tortuoso começa no dia em que os

oficiais começam suas carreiras militares.

Enquanto as qualidades que compõem este conceito etéreo chamado liderança tem sido debatidas desde tempos

imemoriais, a única verdadeira prova de fogo do seu sucesso é o combate. Enquanto o preparo pode ser de meses ou

mesmo de anos, vidas dependem de cálculos feitos frequentemente em termos de segundos. Quando os comandantes

são orientados a levarem suas unidades em direção ao perigo, seus superiores esperam que estes indivíduos exerçam

autoridade e comando sobre seus homens e mulheres e os liderem no cumprimento da missão. Quando vidas estão em

jogo, o comando é inequívoco e exigente.

Imediatamente após o ataque terrorista da Al Qaeda no USS Cole (DDG-67), no porto iemenita de Aden em 12 de

outubro de 2000, a tripulação conseguiu manter o navio flutuando. Vários membros da tripulação também salvaram

vidas, principalmente pela capacidade de exercer a liderança do mais baixo nível da cadeia de comando até o

comandante. Eu herdei um grande navio. Como acontece com qualquer comandante após a assunção do comando, eu

me propus a mostrar minha marca de como eu esperava o desempenho não só da tripulação e do navio, mas o meu

também. Na minha filosofia de comando e em outros documentos, defini claramente os padrões e metas de

desempenho para a tripulação.

Cinco componentes-chave

Depois de uma carreira na Marinha, infelizmente, definida pelo ataque, eu diria que a liderança pode ser destilada em

cinco componentes básicos: integridade, visão, responsabilidade, investimento e competência.

Integridade define a liderança. É o princípio número um e reforça as fundações da Marinha dos EUA e das outras forças

armadas. O compromisso de fazer o que é certo para o navio, para a tripulação, e para a Marinha, independentemente

das consequências, deve ser inabalável. Se não for assim, o fracasso inevitavelmente se seguirá, uma vez que a coesão

da unidade irá degradar e o moral vai ser abalado. Na pior situação, pessoas serão feridas e mortas em ação. Sem

integridade inabalável, não há como obter sucesso.

Visão define como um comandante espera cumprir a missão. Conheça as capacidades do seu navio e de sua tripulação.

Do comandante é sempre esperado que saiba orientar a tripulação, desde a manutenção diária dos equipamentos, pela

preparação para as comissões, até o acúmulo de estresse e a execução de operações de combate. Esta visão deve ser

claramente articulada para a tripulação. Se deles é esperado que arrisquem suas vidas em defesa da pátria, eles

merecem saber porque e como você, o comandante, tem intenção de usá-los e como garantirá a segurança deles no

maior nível possível.

Responsabilidade pessoal começa com o indivíduo e se espalha para a unidade. A única pessoa responsável por suas

ações é ela mesma. Incutir senso de responsabilidade em seus atos traz o benefício de desenvolver um senso de

propriedade a bordo. Enquanto um líder define a voga para sua unidade, à medida que o senso de responsabilidade e de

prestação de contas se desenvolve, a tripulação ganha confiança para definir seus próprios padrões de desempenho.

Confiar e investir nos liderados é a mais clara demonstração de sua confiança, não só em seus marinheiros, mas

também em sua capacidade de liderá-los. Quando você confia e investe no seu pessoal, dá a eles flexibilidade para

pensarem os problemas. A confiança dos comandantes em permitir que subordinados falhem é a chave para o sucesso.

Nada ensina melhor os líderes do que a compreensão da falha e como lidar com ela. Apesar do fracasso, os verdadeiros

líderes inspiram os outros pela persistência em se reerguer e tentar novamente.

Aprendizagem, no entanto, também é um risco calculado. A hora de aprender não é quando o gatilho está prestes a ser

puxado, mas durante as inúmeras horas investidas em dominar habilidades e aprimorá-las pela prática em um número

cada vez maior de situações e cenários. Com o tempo, estas habilidades formam a base de sustentação da experiência

do indivíduo. Mais importante, elas acontecem dentro e fora do serviço. Através da experiência, os componentes da

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tripulação se tornam competentes e qualificados sem supervisão e orientação. Ao mesmo tempo, a confiança e o

investimento na educação promovem um sentimento de orgulho e de trabalho em equipe à medida que indivíduos

ensinam outros os resultados positivos que eles também podem alcançar.

O Caminho para o Sucesso

Competência profissional define como um líder cumpre a missão. Ela engloba não apenas conhecimentos técnicos, mas

a capacidade de liderar e inspirar subordinados. E isso geralmente pode ser quantificado e medido pelas realizações do

comando. O sucesso das pessoas em fazer o seu trabalho no sentido técnico é medido em cinco maneiras simples:

• Descrição das tarefas. As pessoas querem compreender claramente o seu trabalho. É responsabilidade do

comandante garantir que o escopo das tarefas a serem executadas seja claramente articulado e explicado.

• Padrões de desempenho. É tarefa do comandante explicar o quão bem o trabalho a bordo deve ser feito. Há uma

grande diferença entre dar às pessoas uma quantidade definida de tempo para realizar suas tarefas e exigir que

estas sejam feitas com perfeição. Raramente esses dois padrões se encontram.

• Adestramento. Fornecer o conhecimento necessário para entender e concluir o trabalho. Isso vem dos cursos, das

fainas diárias, da leitura e da observação de outros concluindo uma tarefa até que os indivíduos tenham a

capacidade e a confiança para executá-la sozinhos.

• Ferramentas. Providenciar o que for preciso para fazer o trabalho certo da primeira vez. As ferramentas necessárias

para completar um trabalho variam dependendo da tarefa. Podem consistir de implementos físicos, como

equipamentos mecânicos e ferramentas, a itens mais mundanos, como computadores e recursos administrativos

para a eficaz e eficiente transmissão de informações para tomada de decisões dos superiores.

• Tempo. Fornecer o suficiente com base nas circunstâncias em torno do trabalho e da experiência do indivíduo em

fazer o trabalho.

No momento em que Cole foi atacado, a tripulação foi arremessada para condições e circunstâncias de batalha que,

embora treinados para, não poderiam ter sido imaginadas nem mesmo pelos mais experientes marinheiros. A energia

elétrica faltou nos dois terços de vante do navio, o fonoclama do navio estava inoperante, e a bateria reserva não

funcionou; os sistemas de alarme do navio também ficaram inoperantes, e ninguém sabia situação de nenhum

compartimento ou espaço a bordo do navio com relação a alagamento, fumaça ou fogo.

Naqueles primeiros segundos vitais, todos os princípios de liderança e de adestramento previstos na filosofia de

comando e praticados por meses se converteram em ações para salvar o navio e os marinheiros feridos. A tripulação

reagiu imediatamente à primeira prioridade: salvar o navio. A tripulação sabia que o que fazer e guarneceu postos de

combates. Sem determinação específica para tal, foram formadas pequenas equipes de controle de avarias que

trabalharam para controlar as inundações e que comunicaram a situação aos reparos de armários tão logo estes iam

sendo guarnecidos.

Outros marinheiros correram para os postos de combate na seção de vante do navio, que estava sem energia e no

escuro. Reconhecendo esta situação, tomaram a iniciativa de desguarnecer os postos e de se dirigir à popa do navio

para formar o núcleo do esforço de triagem médica, trabalhando para salvar seus companheiros.

Em minutos, as estruturas de comando e de controle de avarias foram rapidamente restabelecidas. Em poucas horas, o

navio estava estável e os feridos foram evacuados para hospitais locais. Enquanto muitos desafios restaram nos dias

que se seguiram, a tripulação sabia que tinha sido testada em combate e que tinha a confiança necessária para lidar

com qualquer adversidade que aparecesse.

Um feito notável

Quando o Cole deixou Norfolk, Virginia, dois meses antes, a tripulação havia conseguido o que nunca tinha sido feito na

Marinha e ainda tem que ser repetido. As praças, qualificadas em cem por cento, guarneceram o detalhe especial para o

mar e navegaram o navio com segurança para fora do porto a fim de iniciar o deployment. Se isto já foi foi uma

realização única, seu impacto foi muito maior quando do ataque.

Com quase vinte por cento da tripulação morta ou ferida, a tripulação do Cole sem hesitação a ocupou as posições

vagas de liderança, de atendimento médico e de controle de avarias que ninguém lhe dissesse o que fazer. Essas ações

não ocorreram por vontade própria. Elas vieram de uma equipe que sabia o que devia fazer e como devia fazer, com a

confiança em seu trabalho apesar das condições extremas que sucederam o devastador ataque terrorista.

Enquanto muitos podem debater o que constitui a base da liderança, na condição de comandante do Cole, os princípios

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da liderança seguidos na ocasião do ataque e praticados nos 15 meses anteriores foram colocados à prova sob

condições de combate. Cada componente da tripulação fez a diferença ao salvar o navio e seus colegas naquele dia,

mas, mais importante, todos eles também absolveram-se como heróis e líderes em todos os aspectos.

O Comandante Lippold é ex-comandante do USS Cole.