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RESUMOS

EXPANDIDOS

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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE ÓLEO ESSENCIAL DE

FLORES Eupatorium intermedium

Karina Czaikoski1 Osmar Roberto Dalla Santa2 Marcos Lúcio Corazza3

Introdução: É impossível determinar exatamente quando, na história da

humanidade, tomou-se conhecimento da existência de micro-organismos e de

sua importância. Após o período em que o homem tinha sua alimentação

baseada em recursos da natureza, ele passou a produzir seu próprio alimento

e a se deparar com problemas relacionados com a transmissão de doenças e

com a rápida deterioração que estes apresentavam. Assim, passou a se

preocupar com formas de controlar o desenvolvimento dos micro-organismos,

visando eliminar riscos à saúde do consumidor, bem como prevenir ou retardar

o surgimento de alterações indesejáveis nos alimentos (FRANCO; LANDGRAF,

2005).Hoje existem inúmeras formas de controlar o desenvolvimento dos

microrganismos, uma delas é a utilização de conservantes químicos, contudo,

existem relatos que os correlacionam a diversos tipos de problemas de saúde

(FRANCO; LANDGRAF, 2005; LV et al., 2011). Essa controvérsia e a

crescente demanda dos consumidores por produtos seguros e naturais,

resultou em diversas pesquisas para avaliar a viabilidade de preservação com

novos agentes antimicrobianos, extraídos a partir de matrizes vegetais (GOÑI

et al., 2009). Ainda, tendo em vista que as bactérias apresentam resistência a

múltiplos agentes antimicrobianos, é notória a necessidade de encontrar novas

substâncias para serem utilizadas no combate a esses micro-organismos

(MICHIELIN, 2009). Óleos essenciais de diversas fontes mostraram-se

eficientes no controle do crescimento de uma vasta gama de micro-

organismos. Assim, possuem grande potencial como aditivos naturais para a

conservação de alimentos, tanto crus quanto processados, em indústrias de

produtos farmacêuticos, na medicina alternativa e também em terapias naturais

(LV et al., 2011; LIS-BALCHIN; DEANS, 1997).Os óleos essenciais podem ser

obtidos por várias técnicas e a hidrodestilação é, sem dúvida, a mais

1Doutora em Engenharia de Alimentos, professora do departamento de Engenharia de

Alimentos da UNICENTRO. Simeão Varela de Sá, 03 – Vila Carli. Tel. (42) 3621-1038. E-mail: [email protected]; 2Doutor em Tecnologia de Alimentos, professor do departamento de Engenharia de Alimentos

da UNICENTRO; 3Doutor em Engenharia Química, professor do departamento de Engenharia Química da

UFPR.

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comumente utilizada. Neste método o material vegetal absorve a água, durante

o processo de ebulição, e o óleo contido nas células difunde-se através da

parede celular por meio de osmose. Posteriormente, esse é vaporizado e

levado pela corrente de vapor(BASER; BUCHBAUER, 2010). Eupatorium

intermedium é uma planta nativa, que segundo Brack e colaboradores (2009) é

conhecida popularmente como vassoura e pertence à família Asteraceae. No

Brasil, segundo Sobral e colaboradores (2010), a família está representada por

aproximadamente 294 gêneros e cerca de 2.085 espécies aceitos e pode ser

considerada uma das mais importantes fontes de espécies vegetais de

interesse terapêutico, dado o grande número de plantas desta família que são

usadas popularmente como remédios, muitas das quais amplamente

estudadas dos pontos de vista químico e farmacológico (DI STASI; HIRUMA-

LIMA, 2002). E.intermedium é um arbusto ramoso de 1 a 1,5 m de altura,

densamente folhoso até próximo às inflorescências, as quais são compostas de

flores brancas, sendo uma planta nativa do Sul do Brasil. Seu período de

floração se estende de novembro a maio e, geralmente, é encontrada em

campos sujos de coxilhas, encosta e topos de morros, em áreas com grande

incidência de luminosidade solar (PALUCH; CASAGRANDE; MIELKE, 1999;

SOUZA, 2007). Existem vários estudos acerca da atividade antimicrobiana de

diversos extratos vegetais (ROTA et al., 2008; GOÑI et al., 2009; LV et al.,

2011; CARSON; MEE; RILEY, 2002; SANTOS, 2012; MICHIELIN et al., 2009).

Contudo sobre extratos da planta E. intermediumnão foram encontrados,

demonstrando assim a necessidade da avaliação desse. Assim, é evidente a

importância dos óleos essenciais para melhorar a qualidade microbiológica e

segurança de alimentos, visto que estes são geralmente reconhecidos como

seguros (GRAS) (GOÑI et al., 2009). Dentro deste contexto o objetivo deste

trabalho foi avaliar a atividade antimicrobiana do óleo essencial obtido a partir

de flores de E. intermedium. Materiais e Métodos: A matéria prima utilizada

nessa pesquisa foram flores de E. intermedium DC com cerca de 5 cm de

galho. As amostras foram coletadas em uma área de preservação ambiental

situada no município de Palmeira – PR. Inicialmente, as flores foram secas em

estufa de circulação de ar a temperatura de 30 oC ± 2 oC durante 72 horas.

Posteriormente, foram moídas com o auxílio de um liquidificador comercial. Em

seguida, esse material, foi separado usando peneiras de aberturas de 8, 12,

20, 24, 32 e 48 mesh, com ajuda de um agitador mecânico. O processo de

hidrodestilação foi realizado segundo a metodologia da Farmacopéia Brasileira

(1999). O óleo volátil obtido foi armazenado em frasco de vidro âmbar (5 mL) e

acondicionado em freezer doméstico à -5 ºC até a realização da análise. As

propriedades antibacterianas dos extratos de flores de E. intermediumforam

testadas pelo método de difusão em ágar (BAUER et al., 1996). Foram

testadas duas cepas de bactérias Gram-positivas, Staphylococcus aureus

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(ATCC25923), e Listeria monocytogenes (ATCC19111) e duas cepas de

bactérias Gram-negativas, Escherichia coli (ATCC25922) e Salmonella

typhimurium (ATCC14028). As cepas selecionadas foram inoculadas em 10 mL

de caldo tripticase de soja (TSB) a 37 ºC por 24 horas. Suspensões dessas

bactérias (100 μL) foram preparadas, comparando-se com tubo padrão de

turbidimetria 0,5 da escala Mc Farland, e semeadas usando swab estéril em

placas contendo ágar tripticase de soja (TSA). Depois da completa absorção do

inóculo, pelo meio de cultura, foram feitos poços (orifícios) de 7 mm de

diâmetro. Os extratos foram dissolvidos em dimetilsulfóxido (DMSO) (0,1 g de

extrato ou óleo essencial em 7 mL de DMSO) e 40 μL dessa solução foram

adicionadas nos diferentes poços (orifícios) nas placas. As placas foram

mantidas à temperatura ambiente (20 ºC), por 3 horas, para a difusão da

solução no meio de cultura antes do crescimento das bactérias e incubadas a

37 ºC por 24 horas. Como controle negativo foi usado 40 μL de DMSO. A

atividade antibacteriana foi determinada pela formação ou não de halos de

inibição ao redor dos poços (orifícios). Os ensaios foram realizados em

triplicata e os diâmetros dos halos de inibição (em mm) foram medidos.

Resultados e Discussão: OS resultados indicaram que diferentes espécies de

bactérias exibem diferentes níveis de sensibilidade frente ao óleo avaliado. As

bactérias Gram-negativas testadas, E. coli e S. Typhimuruim, foram

completamente resistentes ao óleo essencial. Enquanto, as bactérias Gram-

positivas testadas, S. aureus e L. monocytogenes, foram suscetíveis ao

mesmo. Michielin et al. (2009), Mesomo et al. (2013) e Kitzberger et al.(2007)

quando avaliaram extratos e óleos de outras matérias primas detectaram o

mesmo comportamento. A alta resistência de bactérias Gram-negativas pode

ser devido à complexidade da parede celular deste grupo de micro-organismos,

os quais têm uma membrana externa que dota a superfície da bactéria com

forte hidrofilicidade e restringe a difusão de compostos hidrofóbico através de

sua camada de lipopolissacarídeo (NIKAIDO; VAARA, 1985; VAARA, 1992). As

zonas de inibição foram 13,07 mm e 11,09 mm, para S. aureus e L.

monocytogenes, respectivamente, demonstrando que o óleo essencial foi mais

efetivo contra a primeira bactéria. Conclusão: A partir dos resultados foi

possível concluir que o óleo essencial E. intermedium apresentou atividade

frente as bactérias Gram-positivas avaliadas, S. aureus e L. monocytogenes,

demonstrando que o óleo tem potencial para ser utilizado no desenvolvimento

de bioprodutos, os quais podem ser aplicados tanto em alimentos, como

também medicamento. Contudo, são necessários outros estudos para avaliar

toxicidade do óleo, bem como, a efetividade do mesmo frente outros micro-

organismos, tais como, fungos.

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Palavras-Chave: Asteracea; hidrodestilação; Staphylococcus aureus; Escherichia coli

REFERÊNCIAS

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AGRICULTORES PRODUTORES DE TABACO E A INCIDÊNCIA DE DORES OSTEOMUSCULARES

Roseli Boyco1 Sandra Aparecida Zavoski Pereira2 Jéssica do Rocio Kappel2 Wylker Ferreira Lima2 Jean Carlos Pereira2 Franciele Aparecida do Amaral3

Introdução: As dores osteomusculares podem ser classificadas como incapacidades laborais temporárias ou permanentes, resultante de combinações de sobrecarga do sistema musculoesquelético associada à falta de tempo para recuperação (PESSOA et al., 2010). Os sintomas osteomusculares atingem várias categorias profissionais e possuem diversas denominações, dentre elas Lesões por Esforço Repetitivo (LER), e Distúrbios Osteomusculares relacionadas ao Trabalho (DORT) que são adotadas pelo Ministério da Saúde e da Previdência Social (ALMEIDA et al., 2014). A agricultura está entre as atividades ocupacionais que apresentam os mais elevados índices de riscos ocupacionais, pois o agricultor está sujeito a riscos durante todo processo produtivo, já que utiliza o próprio corpo na realização das atividades do campo, comprometendo sua saúde (MARTINS et al., 2015). O Brasil é o segundo maior produtor mundial e exportador de tabaco. A cultura e o manejo da planta possuem importância econômica para cerca de 700 municípios da região sul do Brasil, envolvendo mais de 200 mil famílias (MEUCCI, 2014). Os afazeres na agricultura possuem características que são diferentes dos demais, apesar de sua grande variabilidade, ela obedece a ritmos biológicos particulares. Via de regra, o trabalho acontece ao ar livre sob condições ambientais incontroláveis utilizando grande gama de ferramentas, utensílios e técnicas, ressaltando que a exigência física na maioria das vezes é elevada (ABRAHÃO et al., 2015). Diante da constatação e necessidade de intervenção no trabalho agrícola, e a fim de evitar e prevenir as dores osteomusculares, faz-se necessário o desenvolvimento de pesquisas que venham fornecer subsídios que possam nortear a formulação de estratégias de intervenção no meio rural, sobretudo de políticas e campanhas de educação em saúde que visem à redução ou eliminação dos riscos ocupacionais presentes da fumicultura. Objetivos: analisar a postura predominante; analisar o perfil socioeconômico dos fumicultores da localidade de Linha Concórdia no município de Prudentópolis-Pr; conhecer as principais regiões acometidas de dor e desconforto e propor ao final da pesquisa mudanças ergonômicas e orientações aos trabalhadores rurais. Metodologias: Trabalho observacional,

1 Acadêmica da Faculdade Guairacá. Rua Duque de Caxias, 735. Fone: (42) 9906-1194.

[email protected]; 2 Acadêmico (a) da Faculdade Guairacá;

3 Docente Faculdade Guairacá.

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prospectivo e transversal. A amostra foi composta por 25 indivíduos, do sexo masculino, agricultores que trabalham na produção de tabaco, com idade entre 20 e 45 anos. A coleta de dados realizou-se entre os meses de setembro e outubro de 2016, meses correspondentes à fase de transplante das mudas, chamada também de fase de plantio, onde as mudas do tabaco já preparadas são replantadas para posteriormente serem submetidas a tratos culturais. Primeiramente os participantes que concordaram em participar da referente pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), após este procedimento responderam a 4 questionários. O primeiro foi a avaliação sócio-econômica cultural. Em segundo momento foi aplicado o questionário Nórdico. O instrumento consiste em escolhas múltiplas ou binárias quanto a ocorrência de queixas osteomusculares como dor, dormência ou desconfortos considerando os 12 meses e os sete dias precedentes a entrevista, e o relato do afastamento das atividades rotineiras do último ano (RABIEI et al., 2012). Na seqüência somente os participantes que referiram dores lombares responderam ao questionário de Roland Morris, composto de 24 questões relacionadas às atividades de vida diária, dor e função. Para cada questão afirmativa é atribuído 1 ponto, o escore é a somatória dos valores, podendo-se obter uma pontuação mínima de “0” e uma máxima de “24”. Este questionário tem como ponto de corte o escore “14”, ou seja, os indivíduos avaliados com um escore igual ou maior que “14” são classificados como incapacitados funcionalmente (MASCARENHAS et al., 2011). Para a análise dos dados obtidos foi o software SPSS 16.0. As variáveis quantitativas foram analisadas quanto à normalidade de distribuição pelo teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov. Os dados que apresentaram normalidade foram expressos em média e desvio padrão. A variável dor que não apresentou normalidade foi expressa em mediana e intervalo interquartílico. Resultados: Todos os participantes relataram trabalhar sempre com o corpo inclinado para frente, devido a postura que o trabalho exige, afirmando que tal postura lhes acarreta dores osteomusculares no corpo, contudo tais dores somente aparecem enquanto o trabalho é realizado. Após os participantes relataram que as dores no corpo desaparecem, e quanto questionados sobre a sua saúde 72% a classificaram como regular. A quantidade de anos trabalhados segundo a amostra estudada variou de 4 a 28 anos, sendo que estes não possuíam o habito de praticar exercícios físicos regularmente. Todos alfabetizados, em 76% casados, com renda que provém da agricultura, onde a maioria possui renda de 1 a 4 salários mínimos, relataram trabalhar de segunda a sábado totalizando 8 horas de serviço diário com pausas durante o dia. A média de idade dos participantes foi 37,4 ± 7,74 anos e 15,44 ± 6,79 anos foi a média de anos trabalhados no setor fumageiro. Na avaliação do questionário de Rolland Morris somente um indivíduo teve score maior ou igual a 14, que o caracteriza como incapacitado funcionalmente. Com relação a análise da dor dos agricultores a mediana e intervalo interquartílico foi 5 (5 – 5,5). Segundo análise de dor do questionário nórdico obtivemos as seguintes respostas: 52% em cervical; 64% em ombros; 80% em braços; 56% em antebraços; 60% em punho/mão/dedos; 100% em região lombar e 92% em quadril/MMII. E na segunda parte do questionário nórdico quando perguntados se estas dores

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estavam relacionadas com a atividade no ramo fumageiro, 80% dos participantes responderam que sim, com frequência em região lombar e 16% responderam que sempre sentem dor quando trabalham no setor do tabaco, 92% responderam que a dor aparece em quadril e MMII quando exercem seu trabalho na fumicultura. Discussão: Estudos realizados na Suécia mostram que agricultores possuem maiores prevalências de dor lombar com relação a indivíduos que trabalham em outros ramos produtivos (MEUCCI et al., 2014). Na presente pesquisa todos os participantes relataram sentir dor lombar ao realizarem a curvatura da coluna para trabalhar no setor fumageiro, como também para erguer bandejas do chão, e ao realizarem de forma incorreta este movimento desenvolvem lesões denominadas dores osteomusculares. Em pesquisa realizada com trabalhadores rurais, em que seu trabalho era o continuo levantamento manual de pesos, constatou-se que a dor lombar prevalecia em todos os trabalhadores (ABRAHÃO et al., 2015). A constatação foi a mesma em outro estudo realizado com participantes do setor fumageiro, em que estes relataram que dores na coluna são comuns em pessoas que optam por este meio de produção (CASTRO, 2013). Logo, observou-se que os participantes desta pesquisa não possuem o hábito de utilização de equipamento de proteção individual (EPIs) para a atividade que realizam. Semelhante resultado foi encontrado na pesquisa com fumicultores do RS, que não fazem uso de EPIs, e apresentam doenças ocupacionais (RIQUINHO et al., 2014). Conclusão: perante os dados coletados na amostra, constatou-se que as dores osteomusculares estão presentes no setor fumageiro de forma que estas são mais visíveis em épocas de colheita, fase onde a exigência é maior para com o fumicultor, a postura predominante no trabalho é a inclinação anterior do tronco. A queixa de dor lombar está presente em toda a amostra, seguida com menor frequência por dores em quadril, membros inferiores, cervical e membros superiores. Sugere-se com este estudo que campanhas preventivas possam ser realizadas a fim de evitar lesões crônicas futuras devido ao estresse constante neste setor de produção agrícola. Palavras-Chave: Agricultura, saúde, trabalho, postura, tabaco. REFERÊNCIAS ABRAHÃO, D.R.; TEREZO, M.J.A.; GEMMA, S.F.B.A análise ergonômica do trabalho (AET) aplicada ao trabalho na agricultura: experiências e reflexões. Rev. Bras. de Saúde Ocup.São Paulo, v.40, n. 131, p.88-97, 2015. ALMEIDA, D.R.; LIMA, G.S. Conhecendo os principais sintomas da doença osteomuscular (LER-DORT) que acometem profissionais de enfermagem de uma clínica do Hospital Regional de Cáceres Doutor Antônio Fontes, Mato Grosso, Brasil. Revista Eletrônica Gestão & Saúde, v.05, p. 2607-31, 2014. CASTRO, L.S.P. Precarização da organização do trabalho: vivências de prazer e sofrimento no cultivo do fumo. Dissertação de mestrado em (Área

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PLANTAS MEDICINAIS COM ATIVIDADES TERMOGÊNICAS

Jessica Aline1 Ariane Cordiaki¹ Flavia Antonio¹ Jakeline Schlafner¹ Khetlyn Nejnek¹ Joice Renata¹ Vanusa Karini2

Atualmente a obesidade atingiu dimensões de epidemias no mundo todo e é um dos principais contribuintes para doenças crônicas e incapacidades de hoje em dia. (MANETI, 2010). Estima-se que atualmente haja mais de um bilhão de adultos acima do peso no mundo, e destes, 300 milhões estejam clinicamente obesos (WHO, 2009). No Brasil, de acordo com o ministério da saúde, aproximadamente 43% da população apresenta excesso de peso, e 13% obesidade (MS, 2009). Anualmente, cerca de 200.000 pessoas em todo o mundo morrem em consequência da obesidade e suas comorbidades (Conselho Latino Sobre Obesidade, 2004). O tratamento realizado com drogas tradicionais, além de alto custo, geram diversos efeitos colaterais ao paciente, por esses motivos os produtos naturais vêm tendo grande procura, destacando-se no tratamento de obesidade e disfunções estéticas, tornando-se uma alternativa mais viável e saudável(MANETI, 2010). Entende-se por metabolismo, o quanto de energia (calorias) que o organismo consome para conseguir se manter ativo. Chamamos de “taxa metabólica” a velocidade que corpo queima calorias, isso ocorre através do aumento da temperatura do corpo, que pode ser potencializada com o uso de termogênico (BRAGA, 2014).Os termogênicos são substâncias que mantém o metabolismo acelerado através da ação termogênica, que transforma em energia as calorias provindas da gordura corporal e da alimentação. Certas substâncias, como alguns chás, equilibram a temperatura do corpo e aceleram o metabolismo, com isso vem o gasto maior de caloria - palavra esta que deriva de “calor”-. O nível de gasto calórico aumenta de 5 a 10% consumindo termogênico, em relação ao gasto normal de energia. Sendo assim, o principal objetivo do trabalho é mostrar os princípios e benefícios dos termogênicos no tratamento da obesidade e disfunções estéticas utilizando produtos naturais deforma saudável e segura (CARDOSO, et al., 2010). As plantas e chás são utilizados há diversos anos, tanto para o tratamento de algumas patologias, como também na aplicação estética pelos seus benéficos efeitos na perda de peso. Com auxílio de pesquisas através de artigos da internet que contemplam as principais conceituações e discussões a respeito do tema “Plantas medicinais com propriedades termogênicas”, pretende-se mostrar como essas substâncias 1Acadêmicas do Curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Faculdade Guairacá.

2Professora do Colegiado de Tecnologia em Estética e Cosmética da Faculdade Guairacá.

Rua Xavier da Silva, 1170. Ap 04. Centro, Guarapuava-PR. [email protected]. (42) 98137553

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agem no organismo e, se realmente são eficazes (CARDOSO, et al., 2010). Os Termogênicos trabalham transformando em energia as calorias provenientes da gordura corporal e da alimentação. Para isso, eles procuram manter o metabolismo acelerado, promovendo uma queima calórica maior ao longo do dia. O nome vem da capacidade dessas substâncias em aumentar a temperatura do corpo através da aceleração do metabolismo e lesão do tecido adiposo. Com isto, obtém-se um aumento da velocidade do sangue, dilatação dos vasos sanguíneos e aumento da frequência cardíaca. Como consequência, a pessoa se sente mais agitada e com mais energia para realizar exercícios físicos. Logo, se consome mais energia sem necessidade de alterar suas atividades diárias (PUJOL, 2014). O consumo dos termogênicos não ajuda apenas na perda de peso, promove outros benefícios ao organismo como por exemplo, a diminuição da retenção de líquidos e celulite que se somando torna o processo de emagrecimento mais eficaz. A principal vantagem sobre outros fármacos se dá ao fato de que o risco de causar dependência química é mínimo (BRAGA, 2010). Dentre as substâncias mais utilizadas, destacam-se o guaraná,rico em cafeína, com ação direta no tecido adiposo e indiretamente estimula na liberação dos hormônios que promovem a utilização da gordura, por exemplo, a adrenalina (RAMOS, 2008); chá verde (Camelia sinensis)que quando combinado com a cafeínatem mais eficácia em promover a oxidação da gordura do que a cafeína sozinha, isto devido à associação desta com os polifenóis presentes no Chá verde (FLORIANO E RIOS); Cafeína (trimetilxantina) que proporciona efeitos reforçadores que podem ser relativamente devido à ativação do sistema dopaminérgico e também estimula a diurese (GUERRA, BERNARDO E GUTIERREZ, 2000). Em meio a tantos benefícios, destacam-se alguns efeitos colaterais. O sintoma mais comum é a cefaleia, seguido de aumento da pressão, e consequentes problemas cardíacos. As pessoas podem se tornar bipolar, podendo ir da euforia a depressão em pouco tempo. O sistema imunológico fica consideravelmente mais frágil e por fim, pode acarretar problemas gastrointestinais (PAJUL, 2014).A partir do que foi exposto, fica claro como os termogênicos funcionam no organismo, seus riscos e benefícios. Aponta também algumas plantas utilizadas paraaumentar o metabolismo, suas propriedades e como agem no corpo, sendo elas: Guaraná, Chá Verde, Erva Mate e Café (PUJOL, 2014). O uso desses produtos é considerado efetivo como coadjuvante no tratamento da obesidade e sobre peso, e muito visado por serem naturais e auxiliarem nas comorbidades relacionadas. Apesar de estas plantas serem naturais, seus compostos podem gerar elevação da pressão arterial, dentre outros efeitos citados. Portanto, portadores de problemas cardíacos, hipertensos e diabéticos, devido ao fato de que algumas plantas possuem grandes quantidades de açúcar, devem fazer uso com cautela e somente sob recomendação de um profissional habilitado. (BRAGA, 2014)

Palavras-Chave: Termogênicos, produtos naturais, obesidade.

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Referências

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BRAGA, Renan Marinho. Avaliação dos suplementos termogênicos mais comercializados na cidade de João Pessoa – uma abordagem farmacológica e social. João Pessoa: [s.n.], 2014. Disponível em: http://rei.biblioteca.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/617/1/RMB22072014.pdf

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RAMOS, NILTO JOSE DESTRO. Lanaçamento de um novo produto: Guaraná em pó. UNIC, 2008. Disponível em: http://www.zemoleza.com.br/trabalhoacademico/humanas/administracao/guarana-em-po/

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BIOMARCADORES DE ESTRESSE OXIDATIVO EM DOENÇAS CRÔNICO-DEGENERATIVAS

Andressa Razera Pezoti1

Carlos Ricardo Maneck Malfatti2

Jéssica Wouk3

Paula Giselle Czaikoski4

Introdução: A formação de espécies reativas ao oxigênio (ERO) e ao nitrogênio (ERN), provenientes do metabolismo aeróbio celular, podem levar ao estresse oxidativo que é um dos principais responsáveis pelos processos de envelhecimento, mutações e morte celular, sendo que a peroxidação lipídica leva ao dano tecidual que está relacionado à patogênese de doenças crônico-degenerativas como, por exemplo, a doença de Alzheimer (DA) (ALMEIDA, 2014). O uso de biomarcadores do estresse oxidativo utilizados na rotina experimental constituem uma importante ferramenta que possibilitaria o acompanhamento da evolução clínica e prevenção de complicações causadas pelas doenças crônico-degenerativas. Os métodos mais utilizados para avaliar o estresse oxidativo são através da quantificação de substâncias que reagem ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e de óxido nítrico (ON) pelo ensaio de nitrato/nitrito (BARBOSA et al., 2008). Objetivos: Este estudo tem como objetivo descrever a relação entre o estresse oxidativo e as doenças crônico-degenerativas, assim como os biomarcadores utilizados para a sua quantificação. Metodologia: O presente estudo trata-se de uma revisão narrativa de literatura, realizada entre agosto e setembro de 2016, a partir de artigos científicos, teses e dissertações identificadas através de busca eletrônica no banco de dados Scielo, Pubmed e Google Acadêmico. Os termos utilizados para a pesquisa foram: estresse oxidativo, biomarcadores, doença de Alzheimer, malondialdeído e óxido nítrico, em diferentes combinações. O período de abrangência foi de 2006 a 2015. Resultados e Discussão: Considerando ser uma revisão narrativa da literatura e com bases nos artigos encontrados, o presente estudo limita-se a descrever brevemente a respeito da formação de radicais livres e do estresse oxidativo e sua implicação na DA, e também sobre os biomarcadores utilizados em estudos experimentais para a quantificação do estresse oxidativo. Os radicais livres são átomos ou moléculas que contêm um ou mais elétrons não pareados na sua camada de valência, fazendo com que sejam altamente instáveis e quimicamente muito reativas, o que pode levar a oxidação de outras moléculas e ocasionar modificações em suas estruturas (ALIEV et al., 2008; CLARK et al., 2010). Esses produtos

1Graduação em Farmácia, Mestranda em Ciências Farmacêuticas, Unicentro, Rua Frei

Caneca, 3159, Guarapuava, PR, (042) 33049116, [email protected]. 2Graduação em Educação física e Biomedicina, Mestrado e Doutorado em Bioquímica,

Professor Adjunto, Unicentro. 3Graduação em Biomedicina, Mestranda em Ciências Farmacêuticas, Unicentro.

4Graduação em Farmácia, Mestrado e Doutorado em Farmacologia, Professor adjunto,

Faculdade Guairacá.

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reativos são mais adequadamente denominados de ERO ou ERN, visto que também são formados produtos reativos que agem como oxidantes, mas não estão na forma de radicais livres (BARBOSA et al., 2008). Fisiologicamente, como parte do metabolismo aeróbio, são formados ERO, onde a redução da molécula de oxigênio à água na mitocôndria é a maior fonte de radicais potentes. Nesse processo mais de 95% do oxigênio consumido resulta na formação de água, entretanto o restante não é completamente reduzido levando a formação de ERO. ERN também são formadas fisiologicamente ou por um estímulo inflamatório que estimulam a produção de ON (REDDY, 2011). No organismo, em baixas concentrações, as espécies reativas apresentam efeito fisiológico, estando envolvidas na produção de energia, fagocitose, regulação do crescimento celular, entre outros. Porém, o excesso apresenta efeitos prejudiciais, como peroxidação de lipídeos de membrana, agressão às proteínas, enzimas, carboidratos e DNA (VASCONCELOS et al., 2007). Em condições normais, o excesso de radicais livres no organismo é combatido por antioxidantes produzidos pelo organismo ou absorvidos pela dieta, ocorrendo um equilíbrio entre a produção de espécies reativas e sua eliminação através dos sistemas antioxidantes. Em situações de excesso de agentes oxidantes e/ou deficiência do sistema antioxidante ocorre um desequilíbrio entre produção e remoção de ERO/ERN gerando o estresse oxidativo e lesão por radicais livres em vários órgãos e tecidos (BARREIROS; DAVID; JUCENI, 2006). Numerosos pesquisadores defendem a hipótese de que alterações no metabolismo oxidativo estão envolvidas na patogênese da DA. Esta doença neurodegenerativa é caracterizada patologicamente por lesões cerebrais características como as placas senis e emaranhados neurofibrilares, constituídas em grande parte pelo peptídeo β- amilóide (BUTTERFIEL et al., 2007). O peptídeo β-amilóide induz uma resposta inflamatória crônica que envolve a ativação de células microgliais, liberando citocinas inflamatórias, potencialmente neurotóxicas, ERO, ERN e enzimas proteolícas que podem exacerbar o dano neuronal. O sistema nervoso central é particularmente vulnerável aos danos causados pelos radicais livres por apresentar alto consumo de oxigênio e possuir grande quantidade de ácidos graxos poliinsaturados e nível diminuído de enzimas antioxidantes quando comparado a outros tecidos (NUNOMURA et al., 2007; FUJIHARA, 2012). A lipoperoxidação da membrana celular, induzida pelos radicais livres, gera uma variedade de produtos, que inclui os aldeídos, que podem reagir com DNA e proteínas, levando a alterações nas propriedades biológicas da membrana comprometendo a função celular normal. Entre os aldeídos resultantes inclui-se principalmente o malondialdeído (MDA), onde a elevação dos níveis de MDA plasmáticos e nos diferentes tecidos é proporcional ao nível de peroxidação lipídica, tornando o MDA um biomarcador laboratorial indireto do estresse oxidativo, que é quantificado pelo TBARS experimentalmente (FUJIHARA, 2012). O método de diagnóstico definitivo da DA, a partir do exame anatomopatológico do tecido cerebral, é invasivo e com limitações para a obtenção do tecido cerebral in vivo. Assim, várias pesquisas focam na identificação de possíveis marcadores biológicos para o diagnóstico precoce da DA, na tentativa de fornecer estratégias terapêuticas numa fase inicial da

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doença (DUBOIS et al., 2007; REITZ; BRAYNE; MAYEUX, 2011). Estudos que investigam cérebros de pacientes com DA revelaram aumento dos níveis de marcadores de estresse oxidativo (PRATICÒ, 2008). A inclusão dos marcadores de estresse oxidativo, como MDA e ON, é muito estuda em modelos experimentais que utilizam líquor e amostras sanguíneas para o diagnóstico da DA, sendo um dos principais benefícios a facilidade de obtenção da amostra, tornando este método interessante para a prática e pesquisa clínica (BALDEIRAS et al., 2008; CARAMELLI et al., 2011). A análise de formação de TBARS baseia-se no fato de que alguns produtos da peroxidação lipídica são reativos ao ácido tiobarbitúrico (TBA). O MDA é o principal deles, sendo um dos produtos finais do processo de oxidação e decomposição de ácidos graxos poliinsaturados. No teste, cada molécula de MDA se complexa a duas de TBA resultando na formação de um cromóforo de coloração rosa a avermelhada que pode ser quantificado por espectrofotometria a 532 nm. Sendo sua detecção no tecido ou plasma um forte indicativo da ocorrência de peroxidação lipídica e, portanto do estresse oxidativo (RODRIGUES, 2007; ALMEIDA, 2014). O ON resulta da oxidação do aminoácido L-arginina, catalisada pela enzima óxido nítrico sintase (NOS). Apesar do ON fazer parte dos mecanismos de defesa do organismo ele pode produzir substancias tóxicas, como o dióxido de nitrogênio que pode provocar lesão celular. O ON é rapidamente convertido em nitrato e nitrito, os quais são dosados para detecção do ON em amostras biológicas. O método baseia-se na conversão do nitrato a nitrito pela enzima nitrato redutase e pela reação colorimétrica pelo método de Griess, formando um cromóforo púrpura quantificado em espectrofotômetro a 540 nm (BRYAN e GRISHAM, 2007). A avaliação da peroxidação lipídica pelo método de TBARS e a quantificação de ON permitem a identificação do estresse oxidativo em doenças crônico-degenerativas. Assim, a utilização de biomarcadores de estresse oxidativo, poderia ser útil no auxilio à detecção de processos fisiopatológicos de danos neuronais da DA podendo ser utilizados como marcadores de diagnóstico e para o controle da evolução da doença, sendo necessários maiores estudos para a sua incorporação na prática clínica. Palavras-Chave: Radicais livres; estresse oxidativo; malondialdeído; óxido nítrico; doenças degenerativas. Referências Bibliográficas ALIEV, G.; OBRENOVICH, M. E; REDDY, V. P.; SHENK, J. C.; MOREIRA, P. I.; NOMURA, A.; ZHU, X.; SMITH, M. A.; PERRY, G. Antioxidant Therapy in Alzheimer Disease: Theory and Practice. Mini Rev. Med. Chem.,v.13, n.8, p.1395-1406, 2008. ALMEIDA, M. B. Uso do biomarcador malondialdeído em análises de estresse oxidativo em diversos modelos experimentais. 2014. 73f. Dissertação (mestrado) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2014.

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RESPOSTAS CARDIOVASCULARES E PERCEPTIVAS DURANTE UM TESTE DE ESFORÇO MÁXIMO EM CORREDORES APÓS A INGESTÃO DE

CAFEÍNA

Vinicius Reis Muller Weber1 André Luiz Kiihn2 Marcos Roberto Queiroga3 Carlos Ricardo Maneck Malfatti3 Raul Osiecki4 Luiz Augusto da Silva5

Introdução: Sabe-se que a cafeína é um dos recursos ergogênicos mais utilizados na atualidade (Paluska, 2003; Onzari, Kupritzky, Cillo, 2010), entretanto quando utilizada constantemente pode ocasionar tolerância aos efeitos da mesma, necessitando de doses mais elevadas para proporcionar os mesmos efeitos (Smith, 2002). A sua dose adequada para suplementação varia de 3 a 6mg/kg, 30 min antes do treinamento (Goldstein et al., 2010). Caso seja utilizada em doses elevadas do que a indicada, a cafeína pode causar alterações nos sistemas nervoso, digestivo, endócrino e cardiovascular, incluindo a desidratação, taquicardia, tremor, palpitações, gastrite e insónia (Cole et al., 1996; Altermann et al, 2008). Desse modo, é importante estudar os efeitos da cafeína em diferentes situações desportivas para esclarecer os possíveis benefícios que a cafeína pode proporcionar durante atividades de curta e longa duração, permitindo que atletas como de maratona, específica sobre o tempo de duração e recuperação, possam melhorar o rendimento (Vanakoski et al, 1998; Pereira et al., 2010). Sendo assim o objetivo do presente estudo foi analisar os efeitos fisiológicos e perceptivos em maratonistas após a utilização de cafeína. Materiais e métodos: A amostra utilizada nesse experimento consiste em 12 atletas maratonistas do sexo masculino, 18 a 40 anos. A pesquisa foi aprovada pelo COMEP da UNICENTRO sob parecer de n° 58722816.6.0000.0106. Aos participantes foi solicitado a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE). Delineamento experimental. O protocolo se constitui de ingestão ou não de cafeína em repouso, com um intervalo de 30 minutos antes do início do teste. Após ocorreu a realização do teste de esforço, com 3 minutos de aquecimento,

1Graduação de Educação física-Bacharel em andamento, Universidade Estadual do Centro-

Oeste, Guarapuava, Paraná, Brasil. Rua Andrade neves-1155, (42)99770302, [email protected] 2Graduação de Educação física-Bacharel em andamento, Universidade Estadual do Centro-

Oeste, Guarapuava, Paraná, Brasil.

3Professor adjunto do departamento de educação física na Universidade Estadual do Centro-

Oeste,Guarapuava, Paraná, Brasil; 4Professor adjunto do departamento de educação física na Universidade Federal do Paraná,

Curitiba, Paraná, Brasil. 5Professor colaborador assistente do departamento de educação física na Universidade

Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava, Paraná, Brasil.

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e os estágios do teste, de 2 minutos, até a exaustão voluntária e 7 minutos de recuperação. Sentado, o indivíduo permaneceu avaliado FC e PA. Ingestão de cafeína: De forma aguda, no dia do experimento, o sujeito da pesquisa recebeu cafeína em cápsula na quantidade de 6 mg/kg ou placebo (capsulas com amido). A prescrição da dose de acordo com comprovada ação ergogênica em estudos de Graham (2001). A cafeína não é considerada fármaco e sim um alimento (Decreto nº 3.029 em 14 de novembro de 2008).Frequência cardíaca, e percepções subjetivas de esforço e recuperação:O registro da FC foi realizado batimento-a-batimento, através de um monitor cardíaco Polar S810 (Polar ElectroOy, FI-90440, Kempele, Finlândia). A PSE foi obtida através da escala CR10 de Borg (Borg; Kaijser, 2006) com os descritores nenhum esforço zero e esforço máximo 10. Todos os indivíduos foram familiarizados com a escala e foram instruídos a incorporar tanto a sensação cardiorrespiratória como a muscular e indicar como eles se sentiam em relação ao esforço do estágio. Teste de esforço (TEF):O TEF foi realizado em esteira ergométrica. Os participantes permaneceram um minuto em repouso na esteira em posição ortostática. Em seguida, foi iniciado o teste de esforço físico utilizando-se o protocolo de Bruce modificado (SBC, 2002). Este protocolo promove incremento progressivo da carga de trabalho a cada minuto. Incentivo verbal foi empregado na tentativa de obter um esforço físico próximo do máximo. O teste teve um aquecimento de 3 minutos com velocidade de 4 km/h. Uma carga inicial no primeiro minuto (Corredores de média e longa distância: 8-12 Km/h) foi aumentada com um incremento de 0,5 km/h a cada minuto até chegar em 10 km/h e, a partir de 10 km/h, foi aumentado 1 km/h ao final de cada minuto. Foi registrado a FC e a PSE a cada 10 segundos antes do final de cada 2 minutos. O teste foi interrompido após a exaustão voluntária ou incapacidade de manter a velocidade durante a corrida. Então, o participante fez uma volta a calma por 3 minutos, monitorando a PA e FC. Análise estatística: Todos os resultados foram representados como média ± desvio padrão. Os testes estatísticos foram realizados utilizando o software SPSS 13.0 para windows (Chicago, IL, EUA). Inicialmente foi realizada a análise de normalidade das variáveis utilizando o teste de Shapiro-Wilk, e após aplicou-se o teste estatístico Teste T-Student, considerando significância para p<0.05. Resultados: Em relação aos valores a frequência cardíaca antes, durante e depois do teste, não ocorreram diferenças significativas (p=0.05; Teste T-Student), mostrando que a dose de cafeína é segura e não ocasiona alterações cardíacas. Quanto aos valores relacionados a percepção subjetiva de esforço durante o teste, ocorreram diferenças para o grupo que consumiu cafeína, nos tempos de 17’, 19’ e 21’ (p<0.05; Teste T-Student). Conclusão: Os resultados obtidos mostram que em intensidades de maior esforço a cafeína alterou a percepção subjetiva de esforço durante o exercício em corredores treinados. Resultando em uma menor percepção de esforço quando utilizada a cafeína. Isso pode se dar ao fato de que a cafeína ocasiona uma estimulação na secreção de adrenalina.

Palavras-Chave: cafeína, exercício físico, esforço.

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Referências:

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BACCHARIS DRACUNCULIFOLIA E SUAS PROPRIEDADES

Lidiane Aparecida Fernandes1 Nicollas Eduardo Oliveira 2 Isabela Maria Palhano Zanela 3 Carlos Ricardo Maneck Malfatti 4

Introdução: Entre uma vasta gama de plantas, a família Asteraceace, compreende cerca de 1200 gêneros, dentro dos quais estão inclusos 25000 espécies. Atualmente, os metabólitos secundários dessas espécies são objetos de vários estudos, por possuírem interesse médico e farmacológico. Dentre as Asteraceace, destaca-se a Baccharis dracunculifolia, popularmente conhecida como “vassourinha” ou “alecrim-do-campo”, podendo ser encontrada nas regiões sul e sudeste do Brasil, além de países como Bolívia, Paraguai, Uruguai, Argentina e México (PEGORINI, MARANHO, ROCHA, 2008). O gênero Baccharis apresenta aproximadamente 350 espécies, que são amplamente estudadas a fim de conhecer cada vez mais suas propriedades farmacológicas. Estudos anteriores caracterizam sua composição sendo por ácido cafeico, cumárico, ácido cinâmico, aromadendrina e Artepilin C, um dos principais compostos fenólicos encontrados. Sua potente ação antioxidante resulta da soma ou efeito sinérgico de cada um destes compostos, principalmente dos fenóis e flavonoides (GUIMARÃES et al., 2012). A prática de utilização de plantas para fins curativos é tão antiga quanto à história da humanidade; no âmbito acadêmico e farmacológico as plantas que possuem flavonoides despertam grande interesse, devido principalmente à sua atividade antibacteriana e proteção da célula em relação ao estresse oxidativo. A Baccharis dracunculifolia é largamente utilizado na cultura popular para fins curativos em distúrbios gástricos, cansaço físico, inapetência, afecções febris e debilidade orgânica, além de ser utilizada em feridas e processos inflamatórios (MENEZES, 2006). Objetivo: Este estudo objetiva realizar uma breve revisão narrativa de literatura a respeito das propriedades daBaccharis dracunculifolia, avaliando sua atividade antioxidante e benefícios em doenças endocrinológicas e sistema imune. Metodologia: Para realização deste trabalho foi realizado uma revisão narrativa da literatura, entre agosto e setembro de 2016, a partir de artigos científicos, teses e dissertações identificadas através de busca

1Biomédica, Mestranda em Ciências Farmacêuticas – Universidade Estadual do Centro-Oeste

,Guarapuava/Pr; End: R Ana Luiza Quelin da Silva, 40, Boqueirão. Tel (42)9922-5081 e-mail:[email protected]; 2Acadêmica do Curso de Engenharia de Alimentos – Universidade Estadual do Centro-Oeste,

Guarapuava/Pr; 3Acadêmico do Curso de Engenharia de Alimentos – Universidade Estadual do Centro-Oeste,

Guarapuava/Pr 4Professor Doutor Adjunto - Universidade Estadual do Centro-Oeste, Guarapuava/Pr

s

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eletrônica no banco de dados Scielo, Pubmed e Google Acadêmico. Os termos utilizados para a pesquisa foram: flavonoides,uso de plantas medicinais, Baccharis dracunculifolia e própolis verde. Os termos foram pesquisados em diferentes combinações, utilizando como período de abrangência o ano de 2006 a 2016. Resultados e Discussão: O estudo do gênero Baccharistem mostrado grandes avanços devido ao seu reputado uso na medicina caseira na América Latina. Uma variedade de métodos está sendo utilizada para se determinar a capacidade antioxidante, medida da prevenção do dano oxidativo a biomoléculas como lipídeos, DNA e métodos para avaliar a degradação de radicais. Um método utilizado na avaliação da atividade oxidante determinada pela oxidação acoplada do β-caroteno e do ácido linoleico comprovou que o óleo essencial de Baccharisdracunculifolia possui de fato atividade antioxidante, podendo inibir a formação de EROs em até 65% (FERRONATTO et al., 2006). Um ensaio realizado a fim de verificar qual seria de fato a composição do extrato constatou a presença de germacreno-D, biciclogermacreno, assim como derivados prenilados do ácido cumarinico. Germacreno-D e o biciclogermacreno estão entre os principais compostos do óleo essencial em conjunto com o delta-cadineno e germacrona; da mesma forma analisado, o extrato aquoso do própolis de B. dracunculifolia e de partes da planta mostraram presença do ácido 3,4-di-o-ácido-cafeoilquinico, ácido-3.5-di-o-cafeoilquinico e o ácido clorogênico. Porém, sua composição química pode variar de acordo com a parte da planta coletada. Além disso, o perfil cromatográfico do extrato dos brotos é o que mais se assemelha ao perfil cromatográfico do extrato da própolis verde, corroborando o modo de coleta das abelhas (SFORCIN et al., 2012). A partir de estudos anteriores contatou-se que as atividades anti-inflamatórias ocasionadas pelos compostos da planta têm como função a recuperação de tecidos celulares danificados e redução do estresse oxidativo (PAULINO et al. 2008 e SILVA FILHO et al.,2010). A baixa toxicidade da planta foi confirmada através de ensaio biológico realizado com Artemia salina, qual visoua segurança e eficácia de sua utilização em ensaios pré-clínicos e clínicos, dando assim um nível de segurança para os testes futuros(HOCAYEN, et al., 2012). O extrato da planta também obteve resultados positivos em estudo realizado sobre parâmetros comportamentais, morfológicos e bioquímicos em ratos submetidos a um modelo de estresse crônico variado, o que comprova que o Baccharis foi capaz de reverter o comportamento ansioso dos animais e causar melhora nos níveis de cortisol, qual geralmente encontra-se elevado devido ao estresse (FREITAS, 2015). Analisando ao que diz respeito à melhora hepática e também parâmetros bioquímicos, (PEREIRA, 2012) induziu alguns animais a um modelo de diabetes, qual obteve satisfatório resultado ao que se diz respeito a ação hipoglicemiante e também queda de valores de triglicerídeos, creatinina e ureia de animais STZ induzidos. Conclusão: Diante de inúmeros estudos comprovando os benefícios obtidos através do extrato de Baccharis dracunculifolia, e de sua caracterização química verifica-se que seu uso é extremamente benéfico à saúde, pois verificou-se sua baixa toxicidade, melhora em níveis bioquímicos, melhora no desempenho de testes comportamentais, potente atividade antioxidante, resultados satisfatórios em

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relação a doenças endócrinas, principalmente no diz respeito a ação hipoglicemiante. Assim, esse trabalho serve de incentivo para que novas pesquisas aconteçam a fim de elucidar ainda mais os benefícios dos compostos encontrados nos extratos de Baccharis dracunculifolia e testar sua aplicabilidade para que inúmeras pessoas possam aproveitar seus benefícios. Palavras-Chave: Baccharis dracunculifolia; antioxidante; flavonoides; produtos nat Referências FERRONATTO, R.et al.. Atividade antioxidante dos óleos essenciais produzidos por Baccharis dracunculifolia D.C. e Baccharis uncinela D.C. (Asteraceae). Arq.Ciênc.Saúde Unipar, v.10, n.2, p.67-70, 2006 FREITAS, P.S. Estudo sobre as aplicações de tratamento da Baccharis dracunculifolia em um modelo de estresse crônico variado em ratos. 2015. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Comunitário). Universidade do Centro Oeste. Irati/Pr, 2015. GUIMARES, N.S.S., et al. Baccharis dracunculifolia, the main source of Green própolis, exhibits potent antioxidant activity and prevents oxidative mitochondrial damage. Food and Chemical Toxicology.v.50, p.1091-109, 2012. HOCAYEN, P.A.S. et al..Avaliação da Toxicidade do extrato bruto metanóico de Baccharis dracunculifolia por meio do bioensaio com Artemia salina. Insula, v.41, p.23-31, 2012. MENEZES, H. Avaliação da atividade antinflamatória do extrato aquoso de Baccharis dracunculifolia (Asteraceae). In: 18 RAIB. São Paulo. Arquivos do Instituto Biológico. São Paulo: Instituto Biológico, v. 72. p. 33-33, 2006. PAULINO, N. Antiinflamatory effects of a bioavailable compound, artepillin C, in Brasilian propolis. European journal of pharmacology, v. 587, 296-301, 2008. PEGORINI, F. MARANHO,L.T., ROCHA, L.D. Organização estrutural das folhas de Baccharis dracunculifolia DC. Asteraceae. Rev. Bras.Farm., v.89, n.3, p.272-2875, 2008. PEREIRA, A.R. Efeitos do tratamento do extrato metanólico de Baccharis dracunculifolia sobre alterações bioquímicas e histológicas de um modelo animal de diabetes. 2012. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas). Universidade do Centro Oeste. Guarapuava/Pr, 2012.

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SFORCIN, J.M. et al..Baccharis dracunculifolia. Uma as principais fonts vegetais da própolis brasileira. p.37-45, ed.UNESP, São Paulo, 2012. SILVA FILHO, A.A. In vitro trypanocidal activity evaluation of crude extract and isolated compounds from baccharis dracunculifolia D.C. (Asteraceae).Journal of pharmacy and pharmacology v.56, p.1195-1199, 2004

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BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA AQUÁTICA NA CAPACIDADE MUSCULAR

DE IDOSOS DO GRUPO HIPERDIA

Jheine Daniela de Abreu1 Alana Ines de Lima2

Jessica do Rocio Kappel2

Natalia do Valle Waecherdt2

Wylker Lima2

Franciele Aparecida Amaral3

RESUMO Introdução: No Brasil a expectativa média de vida para ambos os sexos é de 67 anos e, em 2025, essa expectativa média pode chegar aos 74 anos (LIMA e DELGADO, 2010).O crescimento da população idosa tem sido constante. Segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o país está com cerca de 21 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade. Gonçalves et al., (2012), e Bento et al., (2015), observam vários fatores desencadeados pelos efeitos do envelhecimento, sendo visivelmente percebidas algumas mudanças físicas, onde destacam-se, a perda gradual da elasticidade do tecido conjuntivo, diminuição da força muscular, alterações posturais, o tronco tende a ficar cifótico, e redução da mobilidade articular. Na população idosa é muito frequente a presença de doenças crônicas não transmissíveis, com destaque a hipertensão arterial e a diabetes. O Ministério da Saúde propôs um Plano de Reorganização da Atenção à Hipertensão Arterial Sistêmica e ao Diabetes Mellitus, ele reconhece o quão é importante a Atenção Básica, no tratamento dessas doenças crônicas, sendo este plano denominado HIPERDIA (Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos) que facilita o prosseguimento do enfrentamento dessas afecções (LIMA, GAIA e FERREIRA, 2012). Outro elemento que pode contribuir no enfrentamento das DCNTs e do envelhecimento, são os exercícios físicos (OLIVEIRA, KRONBAUER e BINOTTO, 2012 e ROMMEL, FECHINE e TROMPIERI, 2012). Para Fibra (2006), a Fisioterapia Aquática possui inúmeros benefícios, como: diminuição da dor, aumento da amplitude de movimento (ADM), melhora da força muscular, melhora do condicionamento cardiovascular, relaxamento, melhora do equilíbrio e flexibilidade, pois utiliza padrões funcionais que no solo não seriam possíveis, além de promover oportunidade de socialização entre os idosos, pois permite o atendimento em grupo e não só o individual, aumentando autoestima e autoconfiança. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo avaliar a contribuição da Fisioterapia Aquática na capacidade

1Discente da Faculdade Guairacá. Rua Afonso Alves Camargo, 1735 – APTO 2006 – Centro -

Tel: (42) 9812-0934 – Email: [email protected]; 2Discente da Faculdade Guairacá.

3Docente da Faculdade Guairacá.

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muscular de membros superiores (MMSS) e inferiores (MMII) em idosos do grupo HIPERDIA. Metodologia: O estudo caracteriza-se como estudo experimental, prospectivo e longitudinal. A coleta de dados aconteceu na Clínicas Integradas Guairacá, entre agosto a setembro de 2016, com um total de 24 sessões. A amostra pesquisada teve um total de onze participantes do grupo HIPERDIA, com idade entre 60 a 80 anos escolhidos por conveniência, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão, que receberam as informações sobre o objetivo e o procedimento do presente estudo. Onze participantes, 2 homens e 09 mulheres fizeram parte do grupo intervenção.Inicialmente os indivíduos foram convidados a participar da pesquisa e receberam esclarecimento inicial sobre o trabalho como: importância da participação, riscos e benefícios. Os indivíduos que aceitaram participar assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, como também receberam uma cópia deste. Mediante a assinatura do termo, os participantes responderam a ficha de Acolhimento, com dados socioeconômicos culturais. Todos foram avaliados em salas de forma individual. Após o preenchimento do acolhimento, foi utilizada a bateria de testes de Aptidão Física Funcional para terceira idade, elaborada por de Rikli& Jones (2008). A bateria de testes é constituída por sete testes, que avaliam a mesma valência física, e a capacidade muscular, mas foram utilizados nesta pesquisa apenas dois dos testes sendo um de MMSS e outro de MMII (ELIAS et al., 2012). Os participantes realizaram os testes de capacidade muscular de Rikli e Jones, que foram os seguintes: Teste 1 – levantar e sentar na cadeira, para a avaliação de capacidade muscular dos membros inferiores; Teste 2 – flexão do antebraço, para a avaliação da capacidade dos membros superiores. Após as avaliações pré-intervenção teve início a Fisioterapia Aquática durante oito semanas, com uma frequência de três vezes semanais, nas segundas, quartas e sextas-feiras, com duração de 40 minutos cada sessão. A pressão arterial foi aferida antes de cada sessão. Cada sessão foi composta de exercícios de aquecimento, fortalecimento, equilíbrio em posição de cubo (nível de água na cintura escapular), fortalecimento e equilíbrio na posição de bastão (em pé), Exercício de equilíbrio, Exercícios aeróbicos, Exercícios de alongamento e Exercícios de desaquecimento. Após a intervenção da Fisioterapia Aquática, foi realizado novamente os testes de MMSS e MMII para comparação. A idade máxima dos participantes foi 73 anos e a mínima 60 anos, com média de idade de 66,55 ± 4,344 e com média de IMC=30,47 ± 3,811.Para a análise dos dados obtidos foi utilizado um método estatístico descritivo com software SPSS-16.0. Os dados foram expressos em média e desvio padrão e analisados quanto a normalidade de distribuição pelo teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov. Quanto à idade, IMC, número de repetições do teste de Rikli e Jones para membros inferiores e membros superiores houve normalidade na amostra estudada. Para os números de repetições do teste de Rikli e Jones foi utilizado o método paramétrico teste T de Amostras pareadas. O nível de significância utilizado foi de 0,05. Resultados: Quanto aos resultados do teste de Rikli e Jones para membros inferiores, houve diferença estatisticamente significativa após a intervenção da fisioterapia aquática (p<0,05), na pré intervenção a média foi 11,18 ± 1,94 e no

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pós intervenção a média foi de 17,64 ± 4,105. A intervenção aquática também proporcionou diferença estatisticamente significativa nos resultados do teste para membros superiores (p<0,05), a média pré foi de 10,36 ± 2,618 e no pós-intervenção a média foi 14,45 ± 3,267. Discussão: No estudo desenvolvido verificou-se uma diferença estatística significante na capacidade muscular de MMSS e MMII de idosos. Já comparando com um estudo de Elias et al., (2012, com uma amostra constituída por 18 mulheres idosas. Onde a aptidão física foi avaliada através da bateria de testes de Rikli e Jones (1999) e nos resultados demonstrou bons níveis de aptidão física nos testes de força de membros superiores, já nos testes de força de membro inferior, os níveis de aptidão física foram baixos. Outro estudo que corroborou com o resultado desta pesquisa foi o de Zanoniet al., (2014), em um estudo para comparar o efeito da Fisioterapia Aquática e terrestre em disfunção musculoesquelética da doença falciforme, para avaliar a força muscular. Após a intervenção aquática, foram observadas melhoras significativas quanto à força muscular de flexão, extensão do quadril e da força muscular em abdução e força muscular tronco. O estudo de Rizzi, Leal e Vendrusculo, (2010), concordou com esta pesquisa, que a fisioterapia aquática é eficaz no ganho da capacidade muscular de idosos. No seu estudo ele analisou o efeito de um programa de hidrocinesioterapia no comportamento da força muscular e da flexibilidade em idosas sedentárias. Conclui-se que o programa de hidrocinesioterapia proporcionou melhora da força muscular e da flexibilidade das idosas.Albuquerque et al., (2012), avaliou a força muscular de pacientes com miastenia grave, antes e após um programa de hidroterapia. Neste estudo, consideraram excelente resultado a manutenção da força muscular durante o tratamento, corroborando com o presente estudo no ganho da capacidade muscular. Considerações finais: Levando em considerações os resultados deste estudo, a fisioterapia aquática influência na capacidade muscular de idosos através dos princípios físicos da água associados com a cinesioterapia. Todavia faz-se necessários mais estudos com uma amostra mais significativa, assim como o uso de outros instrumentos de avaliação.

Palavras chaves: envelhecimento; idoso; hidroterapia. Referências: ALBUQUERQUE P. S.; BAUER CUNHA M. C.; CAROMANO F. A.;BRAGA D.; ANNES M.; OLIVEIRA A. S. B. Os efeitos da hidroterapia na fadiga, força muscular e qualidade de vida de pacientes com miastenia grave - estudo de dois casos. Cadernos de Pós-Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento, São Paulo, v.12, n.2, p. 83-91,2012. BENTO P. C. B.; LOPES M. F. A.; CEBOLLA E. C.; WOLF R.; RODACKI A. L. F. Effects of Water-Based Training on Static and Dynamic Balance of Older Women. Rejuvenation research.V.18, N.4, 2015.

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AVALIAÇÃO DOS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO PARA PESSOAS DIABÉTICAS TIPO 2: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Nilane Françoise Patel1

Vinícius Muller Reis Weber2

Jéssica Wouk3

Luiz Augusto da Silva4

Carlos Ricardo Maneck Malfatti5

Magda Kiyoto Yamada Kawakami6 Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é uma comorbidade com crescimento em ritmos sem precedentes (TAKADA, 2008).Existem três formas encontradas de diabetes: diabetes tipo 1, que corresponde a cerca de 5 a 10% dos indivíduos diabéticos e é caracterizada por uma deficiência na produção de insulina; diabetes gestacional, forma menos comum, adquirida no período gestacional com chances de desenvolvimento de diabetes do tipo 2; e diabetes tipo 2, a qual apresenta uma incidência de 90% a 95% dos casos entre os diabéticos, e esta, ocorre por um defeito na produção e secreção de insulina pelo pâncreas, que produz quantidades insuficientes da mesma, decorrente da incapacidade de células musculares responderem adequadamente à insulina ou por sua inadequada recepção, levando a diminuição da ação nos tecidos-alvo principalmente no fígado, músculos e tecido adiposo, fator conhecido como resistência insulínica (COLBERG et al., 2010; FERREIRA; CAMPOS, 2014; TAKADA, 2008; SILVA; LIMA, 2002).Em 2015, segundo a Federação Internacional de Diabetes, o número de pessoas com diabetes no mundo supera 415 milhões (IDF, 2015). Tornou-se epidemia generalizada principalmente com o aumento do desenvolvimento e progressão de casos de diabetes mellitus tipo 2 (DM2) que envolve uma complexa trama de interações de comportamento com o curso da vida de um indivíduo, desenvolvimento fetal, nascimento prematuro e componentes de vida diários da vida adulta (COLBERG et al., 2010).Estudos apontam que a obesidade, ou sobrepeso, associa-se habitualmente à síndrome metabólica, fator muito preocupante, tendo em vista que, a maioria dos indivíduos evolui da resistência à insulina para o DM2 propriamente dito (GOMES et al., 2005). Objetivo: Diante disto, e sabendo que muitos dos fatores determinantes do Diabetes Melittus são imutáveis, ou difíceis de serem alterados, como fatores genéticos e ambientais, este trabalho tem como objetivo, apontar possibilidades sobre a prática de exercício físico aeróbico para a redução de peso, buscando desta forma,

1Bacharela em Biomedicina. Mestranda em Ciências Farmacêuticas – Universidade Estadual

do Centro – Oeste. Rua Antônio Baldessar, 221, Boqueirão. Tel: (42) 9800-3228. E-mail: [email protected]. 2Acadêmico de Educação Física – Universidade Estadual do Centro – Oeste.

3Bacharela em Biomedicina. Mestranda em Ciências Farmacêuticas – Universidade Estadual

do Centro – Oeste. 4Professor Mestre Colaborador – Universidade Estadual do Centro – Oeste.

5Professor Doutor Adjunto – Universidade Estadual do Centro – Oeste.

6Professora Doutora Adjunto – Faculdade Guairacá.

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apresentar, a partir de pesquisa bibliográfica, resultados de pesquisas já realizadas sobre a prática de exercícios físicos em portadores de DM2, com o objetivo de emagrecimento e consequentemente, redução dos fatores de risco para o DM2. Metodologia: Este trabalho foi desenvolvido em forma de revisão sistemática da literatura, realizado no período de novembro de 2015 a março de 2016. As bases de dados utilizadas foram PubMed, Lilacs, Scielo, Bireme, Google Acadêmico e Science Direct, utilizando as palavras-chave: Diabetes Mellitus tipo II, exercício aeróbico e emagrecimento. Os critérios de inclusão foram: artigos científicos publicados entre os anos de 2000 a 2015 e os critérios de exclusão foram: teses, resumos, resumos expandidos, artigos publicados em anais de eventos científicos e demais artigos não relacionados à temática do estudo. Resultados e Discussão: Após critérios de refinamento de pesquisa, foram selecionadas para esta pesquisa, 19 bibliografias. O DM2 está relacionado a causas herdadas ou adquiridas, como obesidade, dislipidemia e resistência insulínica, hipertensão arterial (conhecidas como síndrome metabólica), sedentarismo, fatores genéticos e/ou ambientais (FERREIRA; CAMPOS, 2014; ARSA, et al., 2009). Existem estudos, que apontam que em pessoas obesas, o número de receptores de insulina é menor e esse risco se deve ao aumento do índice da massa corporal (FERREIRA; CAMPOS, 2014; ESCOBAR, 2009).Um fenótipo específico para composição corporal pode representar o desenvolvimento de fatores genéticos que podem predispor características ao quadro clínico da doença, pois, o peso corporal e a composição física, afetadas pela má nutrição fetal e pelo diabetes gestacional, promovem adaptações metabólicas críticas ao fenótipo e metabolismo celular (ESCOBAR, 2009). Dietas desregradas, exercício e estresse contribuem para o aparecimento da obesidade e resistência à insulina, levando a toxicidade de lipídios e carboidratos, causando redução na tolerância à glicose, o que culmina no DM2 e consequentemente desordens cardiovasculares (FERREIRA; CAMPOS, 2014). Estudos têm demonstrado que a prática frequente de exercícios físicos resulta em melhoras significativas para o DM2, podendo proporcionar benefícios agudos de curto prazo, ou crônicos em longo prazo, principalmente quando realizado exercício físico aeróbico, o qual é defendido por autores por reduzir consideravelmente o risco de doenças cardiovasculares (ARSA et al., 2009). Conclusão: Dessa forma, conclui-se que a prevenção dos fatores de risco do DM2 deve ser avaliada muito cedo, desde o nascimento e continuar através do crescimento, observando o desenvolvimento individual até a idade adulta. Por isso, os estudos apontaram que a obesidade e o sobrepeso têm fortes ligações com o DM2, pois antecedem a patologia, que necessita de elucidações para controlar os seus principais fatores de desequilíbrio homeostático, como o exercício físico e a alimentação adequada. Palavras-Chave: DiabetesMellitus tipo II; Exercício Aeróbico; Emagrecimento.

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EFEITOS DA CIRURGIA BARIÁTRICA NA CAPACIDADE FUNCIONAL: ESTUDO DE CASO

Débora Souza da Silva1 Deborly Cristina Dalzotto Kunast¹ Deisy Cristina Campos¹ Elisandra Walhovisk¹ Jean Ricardo Nicareta2 Hilana Rickli Fiuza Martins3 Introdução: A obesidade tem sido considerada uma epidemia mundial. Nos últimos 30 anos, no Brasil o numero de homens obesos triplicou, enquanto nas mulheres houve um aumento de 50% em relação ao sobrepeso e obesidade (COSTA et al, 2014). A obesidade é associada com declínio funcional, pois as co-morbidades como doenças cardiovasculares, complicações respiratórias e tegumentares e diminuição da mobilidade acarretam no decréscimo da qualidade de vida e capacidade funcional do indivíduo (LING et al,2012; TOMPKINS et al, 2008; FORTI et al, 2009). Os tratamentos para a obesidade visam modificações diabéticas e de restrições calóricas, já a cirurgia bariátrica tem se destacado como tratamento cirúrgico eficaz e com resultados duradouros, além da consistente perda de peso. A cirurgia bariátrica é indicada para indivíduos com o índice de massa corporal maior que 40 kg/m² ou 35 kg/m² com comorbidades associadas (DELGADO; LUNARDI, 2011). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS 2010), o índice de massa corporal (IMC) é a medida mais comum para classificar o grau de obesidade em adultos, sendo que valores de IMC entre 25-30 definem sobrepeso, valores de 30-40 a obesidade e acima de 40 a obesidade mórbida. Objetivo: Verificar os efeitos da cirurgia bariátrica na capacidade funcional, por meio da avaliação da força dos membros inferiores e distancia percorrida no teste de caminhada de 6 minutos. Metodologia: O estudo foi do tipo estudo de caso, realizado nas Clínicas Integradas Guairacá, com paciente do sexo feminino, 40 anos, classificada como obesidade grau II conforme o IMC. O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa (1.639.672/2016) da Universidade Estadual do Centro Oeste. A paciente foi avaliada 6 dias antes da cirurgia bariátrica e no 15º dia de pós operatório. A paciente foi avaliada quanto à antropometria que foi mensurada através de uma balança (WELMY), logo sua estatura foi medida por um estadiometro, cujos dados permitiram a identificação do índice de massa corporal (IMC; Kg/m²) para classificação de obesidade (SILVA et al, 2015). Foi realizado o teste de sentar e levantar da cadeira. O teste consistiu na medida do tempo necessário para que a participante executasse cinco vezes o gesto de levantar e sentar. O tempo foi cronometrado a partir do sinal “vai” até o termino da execução das cinco repetições por meio de um

1Discente do curso de Fisioterapia da Faculdade Guairacá. Fazenda Estrela BR 277, Km 356-

[email protected]. 2Mestre. Médico Gastroenterologista e Cirurgião Digestivo.

3Mestre. Docente do Curso de Fisioterapia da Faculdade Guairacá.

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cronômetro digital (WESTERN) (PATAKY et al,2014). A capacidade aeróbia foi avaliada pelo teste de caminhada de seis minutos (TC6’). O teste envolve a medição da distância máxima que pode ser caminhada durante seis minutos ao longo de um percurso de 30 metros de comprimento (American Thoracic Society, 2002). Resultados: A paciente apresentou no pré-operatório massa corporal de 100,10Kg e IMC de 36,77. No pós-operatório apresentou massa corporal de 89,10Kg e IMC de 32,7. O tempo gasto para levantar e sentar da cadeira no pré-operatório foi de 15’62” e no pós-operatório foi de 12’’18”. A distância percorrida no TC6min foi de 420 metros no pré operatório e 404 metrosno pós operatório. Discussão: Foi observado que a cirurgia bariátrica foi responsável pela perda de peso de 10% da massa corporal total em 15 dias, o que esteve associado ao aumento da força muscular dos membros inferiores e aumento da capacidade cardiorrespiratória. Soares et al (2011) mostrou que a distancia média percorrida por mulheres com obesidade grau III foi de 489±129 metros. A paciente estudada, com obesidade grau II, mostrou distancia percorrida menor, indicando que a obesidade afetava consideravelmente seu condicionamento cardiorrespiratório. O aumento na capacidade funcional após grande perda de peso induzida pela cirurgia bariátrica tem sido relatado pelo aumento na distancia percorrida no teste de caminhada de 6 minutos e aumento no tempo de duração do exercício durante avaliação cardiopulmonar (LEITE et al,2013). A cirurgia foi eficaz em aumentar a distância percorrida e aumentar o tempo de exercício no teste de sentar e levantar, indicando melhora da capacidade funcional. Conclusão: A cirurgia bariátrica promove a perda de peso em paciente obesa e contribui para o aumento da capacidade funcional o que resultará em aumento da mobilidade e conseqüentemente qualidade de vida. Palavras-Chave: Obesidade; Cirurgia Bariátrica; Mobilidade. Referências: ALOBAID H; ALSADOON, A; ELTAWIL, K.M; WELLS, G.A. Bariatric Surgery for Obesity: A Systematic Review and Meta-Analysis. Adv Obes Weight Manag Control 2 (2) 2015. Americam Thoracic Society; American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine, vol. 166, 2002. COSTA R.C.N.C; YAMAGUCHI, N; SANTOS, M.A; RICCIOPPO, D; PINTO-JUNIOR, P.E. Outcomes on quality of life, weight loss, and comorbidities after roux-en-y gastric bypass.Arq Gastroenterol (5) 2014. DELGADO P.M.; LUNARDI A. C.; Complicações respiratórias pós-operatórias em cirurgia bariátrica: revisão de literatura. Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.18, n.4, p.388-92, out/dez 2011.

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A UTILIZAÇÃO DA ESTIMULAÇÃO TRANSCRANIANA POR CORRENTE CONTÍNUA NA MODULAÇÃO DA ATIVIDADE CEREBRAL NA ÁREA DA

SAÚDE Samily Santos1

Carina Raulik2

Luiz Alfredo Braun Ferreira3

Introdução: Nas últimas décadas, novas técnicas não invasivas vêm surgindo, na tentativa de modular a função cerebral, entre essas, se destaca a técnica de estimulação transcraniana por corrente contínua (PRIORI et al., 1998, ROSENKRANZ et al., 2000, PRIORI, 2003, FREGNI et al., 2005, FREGNI, PASCUALLEONE,2007) a qual se caracteriza basicamente, por uma fraca corrente elétrica aplicada sobre o couro cabeludo que induz mudanças prolongadas na excitabilidade cerebral, permanecendo por um longo período de tempo mesmo após o término do estímulo (NITSCHE e PAULUS, 2001)Mesmo sendo aplicada no couro cabeludo, a corrente, já foi demonstrada em humanos (DYMOND et al., 1975) e por modelamento matemático(MIRANDA, LOMAREV, HALLETT, 2006) que a estimulação tem o poder de atravessar o crânio e atingir o córtex cerebral. Estudos recentes mostraram o potencial terapêutico da ETCC em doenças neurológicas, como na depressão (MURPHY et al. 2009), Doença de Parkinson (BOGGIO et al. 2006), recuperação de acidente vascular encefálico (AVC) (JO et al. 2009) e dor neuropática crônica (FREGNI et al. 2007). Além disso, a eficácia da ETCC também foi demonstrada no aumento da excitabilidade cortical no desempenho físico até à exaustão, em exercícios isométricos, e sua capacidade de modificar a atividade do sistema nervoso autônomo de atletas, como reflexo do aumento da modulação parassimpática em repouso (MONTENEGRO et al.2011).Sendo assim, a estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) pode ter impacto clinicamente relevante na área da restauração neurológica e neuropsicológica para estes pacientes, pelo fato da ETCC ser uma técnicas não-invasiva capaz de modular a excitabilidade cortical, por isso, a aplicação da corrente transcraniana de correntes diretas contínuas de baixa intensidade no córtex motor primário humano é capaz de provocar alterações de excitabilidade cortical. Metodologia: Foram analisados estudos a partir do período entre 2012 a 2014. A busca foi realizada em idioma Português e, utilizando os descritores “TDCS”, “ETCC”, “neurológicos”, “transcraniana” e “corrente contínua”. Como critério de inclusão utilizou-se artigos que possuíam em sua metodologia a eficácia do uso da estimulação transcraniana por corrente contínua no aspecto neurológico e muscular, verificando a ativação no

1Discente do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Centro-Oeste. R. Senador

Alberto Pascoalini, 397, Guarapuava-Pr. Telefone: (43) 9955- 6728.E-mail: [email protected]. 2Discente do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Centro-Oeste.

3Doutor. Docente do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Centro-Oeste e

Faculdade Guairacá. Coordenador do Curso de Fisioterapia da Faculdade Guairacá.

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nível de excitabilidade no córtex motor. Portanto, o presente trabalho ateve-se a analisar 5 trabalhos selecionados a partir dos critérios estipulados, e analisar a efetividade da estimulação transcraniana entre indivíduos saudáveis e patológicos. Resultados e Discussão: A estimulação transcraniana vem sendo estimulada para vários fins, tendo inúmeros campos de aplicabilidade, tanto na neurociência como em áreas onde se necessitam de maior excitabilidade e respostas neuromusculares. Com o uso da ETCC, melhorias foram observadas no aumento da produção de força e na capacidade de manter determinada carga, durante um tempo, além de melhora na capacidade aeróbia(OKANO et al., 2012).Ainda em relação ao processo neuromuscular da fadiga, a ETCC demonstra ter efeitos positivos quando aplicados sobre a área motora, indicando que a ETCC aprimora a resistência diminuindo a fadiga neuromuscular em atividades físicas em indivíduos saudáveis ou enfermos (COGIAMANIAN, et al. 2007).Houve também, através da ETCC um aumento da força isométrica de músculos flexores de cotovelo e aumento da produção de torque no movimento de pinça, tanto nas mãos quanto nos pés. Isso demonstra o potencial da ETCC que parece influenciar não só as regiões mais superficiais do cérebro, mas também as regiões mais profundas que inervam os músculos dos membros inferiores (COGIAMANIAN et al., 2007).Quando comparado em indivíduos neurológicos, diversos ensaios clínicos foram realizados nos últimos anos demonstrando que a aplicação de corrente contínua de baixa intensidade (ETCC) é uma ferramenta útil no tratamento de doenças neurológicas e nos processos de reabilitação (FREGNIePASCUAL, 2007) de doenças como a doença de Parkinson (DP), epilepsia, dor crônica (FREGNI, et al. 2006) e também em doenças cérebro-vasculares, como o acidente vascular cerebral (AVC) (FREGNI, et al., 2005). Por exemplo, a aplicação de corrente anódica no córtexmotor resulta em melhor desempenho motor, aumento do rendimento do aprendizado motor implícito (KINCSES, 2004) e memória operacional em pacientes com doença de Parkinson (DP) (FREGNI, 2005; BOGGIO, 2006). Contudo, a técnica de corrente contínua de baixa intensidade (ETCC), vem demonstrando efeitos positivos sobre a atividade cerebral por diminuir a excitabilidade de circuitos encontrados em áreas não lesionadas, e na eliminação de padrões da atividade de redes neurais com má adaptação e no restabelecimento do equilíbrio destas redes neurais com mau funcionamento, assim aumentando a excitabilidade das áreas lesionadas possivelmente via fortalecimento sináptico, promovendo um restabelecimento do equilíbrio destas mesmas redes neurais antes mal adaptadas (FREGNI e PASCUAL, 2007, NITSCHE, et al., 2008). Outro viés encontrado em estudo pela autora Duarte (2014), é a eficácia da corrente contínua em pacientes portadores de Paralisia Cerebral (PC) aos quais são caracterizados em grupo de desordens do desenvolvimento e da postura, causando limitações das atividades que são definidos a distúrbios não-progressivos que ocorreram no cérebro fetal ou infantil em desenvolvimento, e os distúrbios motores da PC são frequentemente acompanhados de distúrbios da sensação, cognição, comunicação, percepção e comportamento ou por uma desordem de apreensão (ROSENBAU, et al., 2007). Dados preliminares sugerem que a mesma pode induzir efeitos benéficos em doenças cerebrais

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(MICHAEL e NITSCHE et al., 2008) e se tornou como uma grande ferramenta para modular a plasticidade cortical na área motora do cérebro (FREGNI. et al., 2005). Conclusão: A partir de estudos podemos observar que a ETCC é uma técnica de grande potencial para estudar os mecanismos envolvidos na melhora de doenças neurológicas como também em exercícios de contração voluntaria máxima em exercícios isométricos, tolerância aos exercícios e à fadiga neuromuscular podendo se tornar uma nova estratégia para otimizar o desempenho físico. Palavras-Chave: Estimulação Transcraniana por corrente contínua, neuromodulação, plasticidade neural.

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MURPHY, D. N. et al. Transcranial direct current stimulation as a therapeutic tool for the treatment of major depression: insights from past and recent clinical

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O USO DO FUNCTIONAL MOVEMENT SCREEN COMO MÉTODO

AVALIATIVO PARA A PREVENÇÃO DE LESÕES EM ATIVIDADES FÍSICAS

Ana Luiza de Almeida Silveira1

Willian Rodrigues de Souza2

Alana Inês de Lima2 Alisson Felipe Siqueira2 Lucas de Moraes Farias2

Luiz Alfredo Braun Ferreira3

Introdução: A atividade física já se estabeleceu como componente

indispensável na forma de vida do ser humano. Na atualidade percebe-se uma

grande importância voltada para a qualidade de vida associada à prática de

atividade física e à prática do esporte (SILVA, 2014). Em muitos esportes, a

capacidade de equilíbrio é necessária para atingir o mais alto nível competitivo

e evitar lesões (HAN et al., 2015). A quantidade de lesões relatadas neste

cenário, juntamente com o fato de que muitas das lesões relacionadas ao

esporte podem levar em longo prazo a deficiência física, trás a possibilidade de

utilização de uma pré participação de métodos de investigação que são

capazes de identificar jovens atletas que estão em um alto risco de sofrerem

lesões (ABRAHAM et al., 2015). Com o intuito de se observar as alterações de

equilíbrio neuromuscular durante o movimento foi criado o Functional

Movement Screen (FMS), o qual identifica limitações e restrições que possam

haver na prática de movimentos e atividades físicas, fazendo isto em 7 tarefas

de movimentação (CUCHNA, HOCH e HOCH, 2015). Com o presente estudo,

teve-se como objetivo revisar, na literatura científica, informações sobre o uso

do Functional Movement Screen (FMS) no esporte. Metodologia: O estudo se

consistiu em uma pesquisa documental do tipo revisão bibliográfica, para o

qual foi realizada uma busca de artigos publicados nas bases de dados

PubMed , Scielo e Google Scholar com os seguintes descritores:

"FunctionalMovementScreen e Sport", "motor skill e Athletes". Foram

encontrados 27 artigos com os descritores citados; dentro dos critérios de

inclusão e exclusão, 5 foram usados para a revisão. Desta busca foram

excluídos os artigos que não fossem em português ou inglês, artigos repetidos

e artigos que não abordaram diretamente o tema deste estudo. Resultados e

Discussão: O FMS é um sistema de pontuação e classificação que documenta

1Discente em fisioterapia da faculdade Guairacá. Endereço: Rua Guaira, 2834, Guarapuava.

Telefone: (42) 8411-4599. E-mail: [email protected]; 2Discente do curso de fisioterapia da faculdade Guairacá.

3Docente no curso de fisioterapia da faculdade Guairacá.

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padrões de movimento fundamentais para bom funcionamento corporal, ele

gera uma pontuação dentro desses padrões funcionais de movimento, o qual é

utilizado para mapear os problemas e controlar o progresso. Na avaliação são

repedidos 3 vezes cada movimento que são pontuados em uma escala de 0 a

3. Após a conclusão de todas as partes do teste, é emitida uma pontuação

global de 0 a 21, uma pontuação de "0" é emitida em um teste individual em

que o sujeito experimenta qualquer dor durante o movimento. Uma pontuação

de "1" quando executado com varias compensações ou não pode executar, “2”

com uma única compensação e “3” realizado sem compensação (Cuchna,

Hoch e Hoch, 2015). Segundo Lockieetal. (2015) o FMS é composto por 7

testes, são esses: (1) Agachamento profundo, (2) Passo sobre o obstáculo, (3)

Agachamento em linha reta, (4) Mobilidade do ombro, (5) Elevação ativa da

perna estendida, (6) Estabilidade do tronco em apoio de braços, (7)

Estabilidade rotativa. Bardenettet al. (2015) realizaram um estudo com a

finalidade de determinar se o FMS é um indicador válido da lesão em atletas

na escola, se a hipótese de que aqueles com menor pontuações no FMS

estavam em um maior risco de lesão. Os autores concluem que o FMS tem

benefícios em reconhecer deficiência de certos movimentos e com treinamento

pode melhorar ainda mais o desempenho destes movimentos em especial.

Garrison, et al. (2015), tiveram como objetivo explorar as pontuações do FMS e

o desenvolvimento de lesões na pré temporada em uma população de atletas

universitários. Ao final do estudo os atletas com uma pontuação composta em

14 pontos ou abaixo, combinada com uma história passada auto-referida de

lesões aumentou 15 vezes o risco de lesões. Com isso o estudo contribui para

o crescente corpo de evidências demonstrando uma relação preditiva entre as

pontuações compostas FMS e antecedentes de lesão com o desenvolvimento

de futuras lesões. Abraham, et al. (2015),estabeleceram uma normativa de

valores para o FMS em crianças em idade escolar do adolescentes (10 a 17

anos). Os objetivos secundários foram investigar se o desempenho diferiram

entre meninos e meninas e entre aqueles com ou sem história prévia de lesão.

Como resultado a pontuação média do FMS foi 14,59, fora de um total possível

de 21. Houve uma diferença estatisticamente significativa na pontuação entre

meninas e meninos, mas não houve estatisticamente diferença significativa nos

escores existentes entre aqueles que relataram uma lesão anterior e aqueles

que não relataram. As variáveis tais como a idade, a altura e peso não

mostram uma forte correlação com a pontuação média composta. Com isso

este estudo fornece valores normativos para o FMS em crianças em idade

escolar do adolescente, que poderia auxiliar na avaliação da mobilidade

funcional e estabilidade nesta população. Bushman, et al.(2015), a partir de um

estudo realizado com soldados do sexo masculino, fisicamente ativos de 18 a

57 anos, determinaram a associação do FMS com o risco de lesões, avaliando

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os valores preditivos e identificando pontos de corte ideais. Os dados

demográficos e fitness foram recolhidos por inquérito. Os dados de registro

médico para lesões por sobrecarga, lesões traumáticas e qualquer lesão 6

meses após a avaliação com o FMS foram obtidos. A sensibilidade,

especificidade, valor preditivo positivo (VPP) e valor preditivo negativo (VPN)

foram calculados juntamente com a característica de operação do receptor

(ROC) para determinar a área sob a curva (AUC) e identificar pontos de corte

ótimas para avaliação de risco. Os soldados que marcaram 14 pontos estavam

em um maior risco de lesões em comparação com aqueles que pontuaram

0,14. O mau desempenho do FMS foi associado a um maior risco de lesões, e

é exibido baixa sensibilidade, PPV, e AUC. Com base nestes resultados, o uso

do FMS para rastrear o risco de lesão não é recomendado nesta população por

causa do baixo valor preditivo e má classificação do risco de lesões. Butleret

al.(2013), propuseram examinar se as medidas da função fisiológica e de

movimentos fundamentais são preditivos de lesão em bombeiros durante uma

academia de treinamento. Medidas da linha de base de desempenho físico e

padrões fundamentais de movimento foram obtidos em bombeiros que entram

em uma academia de formação para determinar os preditores de lesão. As

medidas de desempenho físico foram padronizadas por testes de desempenho

individual máxima em um conjunto de quatro testes diferentes totais do corpo e

teste de desempenho específico um bombeiro, o teste torre. A análise da curva

ROC estabelecido que um FMS cortar pontuação de ⩽ 14 foi capaz de

discriminar entre as que estão em maior risco de lesão. Além disso, o

agachamento profundo e empurre para cima componente das FMS foram

estatisticamente significativos preditores de status de lesão juntamente com o

teste de sentar e alcançar. Conclusão: Desta forma com o presente o estudo

conclui-se que o FMS é uma ferramenta útil e de fácil aplicabilidade, no

reconhecimento deficiências do indivíduo avaliado. Sugere-se que mais

estudos sejam realizados envolvendo o FMS, sendo assim possível promover

um maior embasamento técnico-científico para os profissionais que atuam

nesta área de prevenção a lesões.

Palavras-Chave: Functional movement screen, atividade física, prevenção.

Referências Bibliográficas

BARDENETT, S. M; MICCA, J. J; DENOYELLES, J. T; MILLER, S. D; JENK, D. T; BROOKS, G. S. Functional Movement Screen normative values and validity in high school athletes: can the fmstm be used as a predictor of injury?

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LOCKIE, R. G; SCHULTZ, A. B; CALLAGHAN, S. J; JORDAN, C. A; LUCZO, T. M; JEFFRIES, M. D. A preliminary investigation into the relationship between functional movement screen scores and athletic physical performance in female team sport athletes; Biology of Sport, v.32, n.1, 2015.

CUCHNA, J. W; HOCH, M. C; HOCH, J. M. The Interrater and Intrarater Reliability of the Functional Movement Screen: A Systematic Review with Meta-Analysis, Physical Therapy in Sports. v.19, p.57-65, 2016.

ALLAN ABRAHAM, RAJASEKAR SANNASI, ROHIT NAIR. Normative Values for the Functional Movement Screentm in adolescent school aged children. The International Journal of Sports Physical Therapy.v.10, n.1, p. 29-36, 2015. MICHAEL GARRISON, RICHARD WESTRICK, MICHAEL R. JOHNSON, JONATHAN BENENSON. Association between the Functional Movement Screen and injury development in college athletes. The International Journal of Sports Physical Therapy. v.10, n.1, p.21-28, 2015. TIMOTHY T. BUSHMAN, TYSON L. GRIER, MICHELLE CANHAM-CHERVAK, MORGAN K. ANDERSON, WILLIAM J. NORTH, AND BRUCE H. JONES. The Functional Movement Screen and Injury Risk. The American Journal of Sports Medicine. v.44, n.2, 2015. BUTLER, ROBERT J., CONTRERAS, MICHAEL., BURTON, LEE C., PLISKY, PHILLIP J.,GOODE, ADAM., KIESEL, KYLE.Modifiable risk factors predict injuries in firefighters during training academies. Journal Work, v. 46, n. 1, p. 11-17, 2013.

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AVALIAÇÃO DA MEMÓRIA DE RATOS SAUDÁVEIS EM TESTE COM

LABIRINTO OCTOGONAL

Jéssica Wouk1

Andressa Razera Pezoti1

Carlos Ricardo Maneck Malfatti2

Guilherme Barroso Langoni de Freitas3

Luiz Alfredo Braun Ferreira4

Introdução: A memória pode ser definida como aquisição, conservação e eventual evocação de informações por um indivíduo (IZQUIERDO, 2014). A única maneira de se avaliar uma memória é analisar a capacidade de recordação da mesma. A lembrança, capacidade de recordar eventos passados, é essencial para a sobrevivência de todas as espécies e fundamental para que haja uma singularidade em cada indivíduo (SZAPIRO et al., 2002). A memória pode ser classificada em implícita ou explicita de acordo com o conteúdo que armazena. As memórias implícitas ou não declarativas, são impossíveis de serem verbalizadas, por isso são popularmente chamadas de “memória de procedimento”. Por outro lado, as memórias explicitas são também chamadas de declarativas, por poderem ser declaradas através da linguagem/ verbalização (IZQUIERDO, 2003). A memória pode ser também classificada em sensorial, de curto prazo (memória de trabalho) e longo prazo (memória de referência) dependendo do tempo de sua duração. A memória sensorial pode ser dividida entre visual e auditiva, e caracteriza uma memória que capta apenas material não analisado e o mantém por um breve espaço de tempo, por isso é também chamada de memória imediata (EYSENCK e KEANE, 1994). A memória de curto prazo dura de minutos a horas, e é também denominada memória de trabalho, pois o indivíduo é capaz de armazenar as informações somente enquanto está utilizando-as/ trabalhando com elas. Por sua vez, a memória de longa duração pode ser armazenada por muitas horas, meses e anos e as informações nela presentes estão inativas até que seja necessário trazê-las à tona, assim é preciso recuperá-las para então serem utilizadas (SCHWARTZ e REISBERG, 1991). Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo avaliar a capacidade de ratos wistars saudáveis de aprender uma tarefa no labirinto octogonal. Metodologia: Para tanto, foi utilizado o protocolo de Pirchl e colaboradores (2010), com adaptações. O labirinto octogonal, ou então, labirinto radial ou radial maze consiste em um 1Graduada, Mestranda no Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas,

UNICENTRO; 2Dr., Professor Adjunto D, UNICENTRO;

3Dr., Professor Colaborador, UNICENTRO;

4Dr., Coordenador do Colegiado de Fisioterapia, Faculdade Guairacá.

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aparato com uma plataforma central de 20 centímetros de diâmetro. A esta plataforma, ligam-se 8 braços, cada um com 180 mm de altura, 109 de largura e 470mm de comprimento. O aparelho é monitorado por sensores e as portas são acionadas por motor elétrico (INSIGHT, 2011). O procedimento teve, ao todo, 10 dias de duração. Neste período, os 8 animais utilizados no presente estudo foram submetidos a privação de alimento, com restrição de 2g de ração por animal por dia nas caixas moradias. Os animais alcançaram aproximadamente 80-85% do seu peso ao final do 10º dia. Os braços 1,4, 5 e 7 do labirinto tinham sinais visuais pequenos acima de suas portas e maiores na parede no final dos respectivos braços (triângulo, barras verticais, “X” e um quadrado). No 1º e 2º dia foi realizado somente privação de alimento. No 3º dia os animais começaram a fase de habituação e treinamento no labirinto em que cada rato foi submetido a 4 corridas diferentes. Na corrida 1 as portas de todos os braços permaneceram abertas e em todos eles havia recompensas nas extremidades; na corrida 2 as portas abriam e fechavam a cada 5 min., ainda todos os braços continham recompensa em suas extremidades; na corrida 3 somente as portas dos braços 1, 4, 5 e 7 permaneciam abertas e com recompensa em suas extremidades; e na 4ª corrida somente os braços 1,4, 5 e 7 tinham recompensa em suas extremidades, porém, agora todas as portas permaneciam abertas. Cada corrida chegava ao fim no momento em que o animal comesse todas as recompensas a ele oferecidas, ou então, após 20 min. Do 6º ao 10º dia os animais passaram pela fase de retenção. Todos os animais foram submetidos a 5 corridas idênticas diariamente. Nestas corridas somente os braços 1,4, 5 e 7 possuíam recompensas em suas extremidades; os ratos eram colocados no centro do labirinto com todas as portas fechadas; após 10s todas as portas se abriam; depois da entrada do animal em um braço, os demais se fechavam; após o retorno do animal ao centro, todos os braços fechavam e assim sucessivamente. Cada corrida chegava ao fim quando o animal ingerisse todas as recompensas a ele fornecidas, ou, após 10min. A avaliação dos erros cometidos pelos animais no labirinto octogonal baseou-se na definição de erro de memória de trabalho e de erro de memória de referência proposta por Jarrard et al. (1984). Resumidamente, se a primeira visita do animal fosse em um braço que continha recompensa (1,4,5 e 7) a mesma seria considerada uma escolha certa (acerto), já se a primeira visita fosse em um braço sem recompensa (2, 3, 6 e 8), essa seria definida como um erro de memória de referência (EMR). Além disso, visitas repetidas nos braços onde estavam as recompensas foram classificadas como erro de memória de trabalho (EMT), enquanto visitas repetidas nos braços que nunca tiveram recompensas foram chamadas de erro de memória de trabalho-referência (EMTR). A porcentagem de acertos também foi contabilizada. O intuito da tarefa era que os animais aprendessem sem, ou com menor número de erros possível, quais os braços tinham recompensas. Para análise estatística foi utilizado o teste de Tukey HSD após ANOVA one way utilizando o software STATISTICA 7. Resultados: Quanto ao EMT, houve diferença significativa (p<0,003) entre os dias 1 e 2 quando comparados com o 5º dia de retenção, o mesmo ocorreu com o EMTR, que diminuiu significativamente (p<0,001) no último dia de retenção. A porcentagem de acertos aumentou significativamente

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(p<0,001) quando comparamos os primeiros dias de retenção com o último dia. Nenhuma diferença significativa foi encontrada entre os 5 dias de retenção nos parâmetros EMR e acertos. Discussão: A partir dos resultados apresentados observou-se que os animais do presente estudo foram capazes de aprender a tarefa no labirinto octogonal utilizando o protocolo proposto por Pirchl e colaboradores (2010). Essa hipótese poderia ser significativamente confirmada em todos os parâmetros avaliados se o número de animais avaliados fosse maior, pois observou-se uma tendência no número de acertos (aumentando de 12, no 1º dia, para 21 no 5º dia) e EMR (diminuindo de 9,8, no 1º dia, para 4 no 5º dia). Conclusão: Conclui-se que, uma vez que os animais saudáveis utilizados neste estudo aprenderam e lembraram da tarefa ensinada é possível utilizar o mesmo protocolo em estudos utilizando modelos animais de doenças neurodegenerativas, avaliando o efeito de fármacos e compostos sobre a memória dos mesmos. Palavras-Chave: Memoria; Comportamento; Labirinto. Referências:

EYSENCK, M. W.; KEANE, M. T. Psicologia cognitiva: Um manual

introdutório. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.

IZQUIERDO, I. et al. Mecanismos da memória. Scientific American Brasil, n.

17, 99-104, 2003.

IZQUIERDO, I. Memória: Parte 1: depoiment. [28/04/2011]. Entrevista

encontra-se em: http://drauziovarella.com.br/videos-

3/entrevista_izquierdo01_001/. Entrevista concedida a: Dráuzio Varella.

JARRARD, L. E. et al. On the role of hippocampal connections in the

performance of place and cue tasks: comparisons with damage to

hippocampus. Behavioral Neuroscience, v. 98, n. 6, p. 946–954, 1984.

PIRCHL, M.; KEMMLER, G.; HUMPE C. Female Sprague Dawley Rats Show

Impaired Spatial Memory in the 8-Arm Radial Maze under Dim Blue and Red

Light. International Journal of Zoology, v. 2010, 2010.

SCHWARTZ, B., REISBERG, D. Learning and Memory. New York: W. W.

Norton & Company, 1991.

SZAPIRO, G. et al.Molecular Mechanisms of Memory Retrieval.Neurochem

Res, v.27, n. 11, 1491-1498, 2002.

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PEELINGS QUÍMICOS

Eduardo Garcia Pinheiro1Francilene Leal ¹ Izaldina Matias Soares¹ Larissa dos Santos Ida¹ Leticia Mello de Almeia Bertolin¹ Sara Ferdkircher Kressan¹ Vanusa Karini Savighago2 Introdução: Observa-se um crescimento pela busca da beleza no Brasil e o

aumento da procura por tratamentos estéticos é movido pela ideologia de um

corpo escultural influenciado pela mídia (SIQUEIRA, 2008). Os profissionais da

área são impulsionados a melhor qualificação na área resultante da ampliação

do setor (MORAES, 2008). Ações de fatores externos como sol, frio e stress

influenciam o aumento do aparecimento dos sinais do envelhecimento precoce,

evidenciando na maioria das vezes uma idade biológica não condizente com a

realidade. As técnicas de rejuvenescimento se aperfeiçoam de acordo com o

avanço tecnológico aumentando o interesse das pessoas e a concorrência no

mercado, o que proporciona condições satisfatórias para a prevenção de danos

a pele (BATISTELA; CHORILLI; LEONARDI, 2007). Os peelings químicos são

um dos tratamentos mais utilizados devido ao seu fácil acesso e bom resultado

(RUBIM; DOVER; ALAM2007), o termo peeling significa descamar, por ser um

procedimento destinado a produzir renovação celular da epiderme (BORGES,

2006), também podem ser chamadas de resurfacing químico, quimioesfoliação

ou quimiocirurgia (PIMENTEL, 2008; VELASCO, 2004). Esse trabalho

pesquisou os diversos tipos de peeling químico, aplicações, benefícios e contra

indicações, bem como suas ações no organismo humano e esclarecimento do

seu efeito no tratamento de rugas, mel asma, acne, manchas e cicatrizes.

Metodologia: O presente estudo possui um caráter exploratório descritivo,

sendo baseado em pesquisas bibliográficas e artigos originais cadastrados na

biblioteca virtual em saúde (BVS), publicados entre 2004 e 2015. Buscando

descrever de uma forma mais aprofundada sobre peelings químicos, tema

abordado da pesquisa. Resultados e discussão: Segundo o descritor de

Ciência da Saúde (DeCS), a abrasão química é a “aplicação de um

cauterizador para pele com o propósito de causar uma destruição superficial da

epiderme e camadas superiores da derme; após cicatrização, a área tratada

1Acadêmicos do Curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Faculdade Guairacá. Rua

Professor Amálio Pinheiro,104, Santa Cruz, Guarapuava-PR. [email protected] (42)98145949 2Professora do Colegiado de Tecnologia em Estética e Cosmética da Faculdade Guairacá.

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tem um novo epitélio (BIBLIOTECA, 2014), destes foi possível acessar apenas

29 artigos que após analise observou-se que a indicação mais comum é para o

tratamento da acne. Os cuidados durante o tratamento com o peeling devem

começar durante a primeira semana da aplicação quando indica-se molhar

levemente com água e também colocar compressas frias sobre a área onde fez

o peeling, alem de uso de hidratantes com filtro solar sendo indicando várias

aplicações ao dia. Verifica-se também que deve se evitar a exposição à luz

solar, lâmpadas fluorescentes e mudanças bruscas de clima (RAMOS, 2004). A

pele esta sujeita a predisposição genética e sua aparência pode ser afetada

por fatores endógenos e ambientais, estado imunológico, hormonal, nutricional

e ao stress, radiação ultravioleta, radicais livres, compostos tóxicos e

alergênicos (CORREIA, 2012). Muitos pacientes não se sentem confortáveis

com a utilização dos peelings químicos que também podem ser contra

indicados sendo assim, outros métodos podem substituí-lo. Um desses

métodos alternativos para o tratamento da acne é dermoabrasão, na qual a

derme é abrasada pelo dermoabrasador, com lixa diamantada, removendo toda

a epiderme e a derme papilar. Para o melasma outros tratamentos como a

utilização de agentes tópicos, terapia com laser e dermoabrasão (SILVA, 2012)

e crioterapia com nitrogênio liquido (DANELUTI, 2011). Para as rugas destaca-

se a corrente excimotoras (CARVALHO, 2011), corrente galvânica (ZANELLA,

2005) dermoabrasão para as rugas mais profundas (FERROLLA, 2007). Na

queratose actinica a prevenção é proteção solar, mas pode se citar tratamentos

como crioterapia (MISSONO; BONILHA; BASSO, 2014) curetagem cirúrgica

(BONILHA, 2011) laserterapia (CARVALHO, (2009) fotodinâmica tópica

(BONILHA, 2011). Conclusão: Através da pesquisa há um predomínio de

estudos que envolvem peeling químico em países como Índia, Estados Unidos

da America, Egito e Japão, de modo que agentes favoritos nesses países

como: acido glicólico; ácidos salicílicos e ácidos tricloroacético foram tidos

como os mais utilizados e que proporcionam a satisfação de resultados em

variadas alterações de pele. Os artigos 16 e 27 utilizam o acido tricloroacético

como principio abrasivo e foram os únicos realizados no Brasil. A divisão de

todos os artigos que envolvem peelings químicos, devido a critérios de buscas

nos filtros da biblioteca virtual em saúde não pode ser feita, de modo que é

possível que tenha outros artigos publicados por pesquisadores brasileiros. Os

estudos não proporcionaram clareza que concerne ao tipo de cada pele que

estava presente durante os tratamentos, especificando poucos critérios de

observação. A utilização de cada ácido depende, também, do tipo de pele de

cada individuo, por tanto a especificidade deve ter uma detalhada

apresentação.

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Palavras-Chave: abrasão química, resurfacing químico, peeling químico.

Referências

BATISTELA, M. A.; CHORILLI, M.; LEONARDI, G. R. Abordagens no estudo do envelhecimento cutâneo em diferentes etnias. Revista Bras Farm, v.88, n.2, p. 59-62, 2007.

BIBLIOTECA Virtual em Saúde. DeCS – Descritores em Ciências da Saúde. Disponível em: <http://www.decs.bvs.br>. Acesso em: 10 mar. 2014.

BONILHA, V.S.J. Tratamento de queratose actínica disseminada através da terapia fotodinâmica. 59f. Dissertação (Mestrado).Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Medicina de Botucatu, 2011.

BORGES, F.S. Dermato Funcional: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas. São Paulo: Phorte, 2006.

CORREIA, A. T. P. Nutracêuticos para aplicação cosmética. 70f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas). Universidade Fernando Pessoa. Porto. Portugal, 2012

CARREIRO, E. M. et al. Tratamento De Rejuvenescimento Facial Pela Estética E Fisioterapia Dermato Funcional: Um Pré-Teste. Revista Científica da Escola da Saúde p.47-53, 2012

CARVALHO, G. F. et al. Avaliação dos efeitos da radiofrequência no tecido conjuntivo. RBM. v. 68 Especial , 2011.

GOMES, A. J. Utilização do peeling facial no município de Blumenau. 55f. Trabalho de Conclusão de Curso de Farmácia (Monografia). Universidade Regional de Blumenau. Blumenau, SC, 2009.

KELLER, R. Estudo clínico e histopatológico das cicatrizes de acne em pacientes fototipo II-V após irradiação com o laser Nd: Yag 1064nm. 130f. Dissertação (Mestrado em Ciências) Universidade de São Paulo, 2005.

MORAES, R. Cosméticos Masculinos: Venda de produtos de beleza para homens cresce à razão de 30% ao ano. Química e derivados, 2008.

PIMENTEL, A. S. Peeling, máscara e acne: seus tipos e passo a passo do tratamento estético. São Paulo: Livraria Médica Paulista, 2008.

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O USO DO STAR EXCURSION BALANCE TEST COMO MÉTODO

AVALIATIVO PARA A PREVENÇÃO DE LESÕES NO FUTEBOL

Lucas de Moraes Farias1

Willian Rodrigues de Souza2

Ana Luiza de Almeida Silveira2 Alisson Felipe Siqueira2 Nei Adão Ribeiro de Freitas2

Luiz Alfredo Braun Ferreira3

Introdução: A rápida evolução do Futebol deve-se diretamente tanto pelos aspectos táticos quanto técnicos, e por conseqüência, cobra-se do atleta um maior rendimento no qual poderá ocasionar as mais variadas lesões osteomusculares, as lesões ortopédicas ocorrem com maior incidência e freqüência durante os treinamentos, as quais são as maiores responsáveis pelo afastamento dos atletas de suas atividades (RIBEIRO et al.,2013). Em relação à incidência de lesão por região, tanto o futebol quanto o futsal são responsáveis por uma maior incidência de lesão na região dos membros inferiores, sendo as lesões musculares de maior ocorrência, acompanhadas da região de joelho e tornozelo. O SEBT Star Excursion Balance Test possui uma grande confiabilidade e validade preditiva, sendo considerado um teste importante para a identificação dos déficits de padrões motores do membro inferior, principalmente Deste modo, a partir do exposto acima, o presente estudo teve-se como objetivo revisar, na literatura científica, informações sobre a utilização do (SEBT) Star Excursion Balance no futebol. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi revisar os estudos da literatura, a fim de identificar e agrupar informações sobrea utilização do Star Excursion Balance Test (SEBT) em atletas de futebol. Metodologia: O estudoconsistiu em uma pesquisa documental do tipo revisão bibliográfica, para o qual foi realizada uma busca de artigos publicados nas bases de dados PubMed , Scielo e Periódicos CAPES com os seguintes descritores: "Star excursion Balance Test in soccer , "dynamic balance". Foram encontrados 22 artigos com os descritores citados; dentro dos critérios de inclusão e exclusão, 5 foram usados para a revisão. Desta busca foram excluídos os artigos que não fossem em português ou inglês, artigos repetidos e artigos que não abordaram diretamente o tema deste estudo. Resultados e Discussão: O método original SEBT consiste em oito linhas retas de 120 cm de comprimento e 3 cm de largura,demarcados por fita adesiva colocadas no chão, tendo estas retas, início em um ponto único, formando uma grade rosa dos ventos, onde há uma angulação de 45º entre

1 Discente em fisioterapia da faculdade Guairacá. Endereço: Rua das Pereiras 325, São

Cristovão Guarapuava. Telefone: (42)99027416. email: [email protected]; 2Discente do curso de fisioterapia da faculdade Guairacá.

3 Docente no curso de fisioterapia da faculdade Guairacá.

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cada reta. As retas são nomeadas de acordo com sua direção a partir do membro inferior de apoio: anterolateral (AL); anterior (ANT); ântero-medial (AM); medial (MD); póstero-medial (PM); posterior (PO); póstero-lateral (PL) e lateral (LAT). Quando o paciente realiza o alcance nas retas PL e LAT, o membro inferior move-se por trás do membro de apoio (ARTIOLI et al., 2011). O participante, em apoio unipodal e com a porção distal de seu outro hálux, é orientado a mover seu pé o mais longe que puder, tocando da maneira mais suave possível a reta . Em seguida o indivíduo retorna o membro próximo ao centro do teste, sendo permitido o apoio bipodal, por 10 segundos para descanso, antes de o paciente iniciar o alcance à próxima reta. Durante o teste, o paciente é orientado a manter o pé totalmente apoiado no solo. Ao completar o alcance de todas as retas, o examinador, único para todas as avaliações, mensura utilizando uma fita métrica graduada em centímetros, a distância do centro do teste até o toque deixado pelo participante na reta. Os indivíduos são solicitados a repetir três vezes as três direções com cada membro e é calculado uma média das três aferições (CHIMERA et al,2014). Thorpe et al. (2008), realizaram um estudo com atletas de futebol do sexo feminino com a finalidade de determinar seu desempenho no equilíbrio dinâmico com o SEBT, onde obteve-se dois grupos , grupos de atletas de futebol (12) e atletas de atividades recreativas (11) com o SEBT os resultados mostraram similaridade para ambos os membros,no entanto o futebol, obteve um desempenho significativamente melhor do que o grupo de atletas de atividades recreacionais.Heleno, et al. (2016) tiveram como objetivo avaliar os benefícios de um programa de treinamento sensório-motor de cinco semanas no desempenho funcional e controle postural de jovens jogadores de futebol. A amostra composta por 22 jovens jogadores de futebol do sexo masculino que foram avaliados pré e pôs intervenção por meio do Star Excursion Balance Test (Sebt).Foi comprovado que o programa de treinamento sensório-motor de cinco semanas, realizado com equipamentos de baixo custo, tendo com base nos métodos de avaliações destacando-se o SEBT foi eficaz na melhoria do desempenho funcional e controle postural e equilíbrio dinâmico em jovens jogadores de futebol. Bressel, et al.(2007) propuseram comparar o equilíbrio dinâmico e estático entre atletas universitários praticantes de futebol, basquete e ginástica foi utilizado 34 voluntários do sexo feminino 11 jogadoras de futebol , 11 basquete , e 12 ginastas Para avaliar o equilíbrio estático, os participantes realizaram 3 variações de postura em 2 superfícies (duras e instáveis ). Para avaliação do equilíbrio dinâmico, os participantes realizaram teste multidirecional máximo single-leg saindo a partir de uma base unilateral de apoio, o Star Excursion Balance Test Star foi usado para avaliar o equilíbrio estático e dinâmico, respectivamente. Sendo assim os ginastas e jogadores de futebol não diferem em termos de equilíbrio estático e dinâmico no entanto os jogadores de basquete apresentaram equilíbrio estático inferior em comparação com ginastas, e equilíbrio dinâmico inferior em comparação com os jogadores de futebol. Imai, et al. (2014), destacou os efeitos do treinamento de SE e CE sobre equilíbrio e desempenho atlético em futebolistas juvenis com 27 jogadores de futebol de jovens do sexo masculino foram aleatoriamente designados para um grupo SE (n = 13) ou grupo CE (n = 14). Os dados de

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dezenove jogadores que completaram todas as sessões de treinamento. Antes e após o programa de intervenção de 12 semanas, pré e pós-teste composto por um teste de equilíbrio estático e o Star Excursion Balance Test (Sebt). Os resultados sugerem que o SE tem efeitos específicos de formação que melhoram o equilíbrio estático e dinâmico. Plisky,et al.(2009), afirmaram o SEBT como um teste dinâmico que exige força, flexibilidade e propriocepção e tem sido utilizado para avaliar o desempenho físico, identificar instabilidade crônica do tornozelo, e identificar os atletas em maior risco de lesão extremidade inferior. A fim de melhorar a repetibilidade na medição de componentes do Sebt, o Y Equilíbrio Teste foi desenvolvido. E apresentou como objetivo seu desenvolvimento e confiabilidade com uma amostra de 15 jogadores de futebol universitários do sexo masculino. Concluiu-se que o Y balance test é um teste confiável para medir distâncias a posição do membro individual durante a execução dos testes de equilíbrio dinâmico em jogadores de futebol. Conclusão: Desta forma com o presente o estudo conclui-se que o SEBT é uma ferramenta útil e de fácil aplicabilidade, no reconhecimento deficiências no equilíbrio dinâmico do indivíduo avaliado. Sugere-se que mais estudos sejam realizados envolvendo SEBT, sendo assim possível promover um maior embasamento técnico-científico para os profissionais que atuam nesta área de prevenção a lesões.

Palavras-Chave: Star excursion balance test, equilíbrio dinâmico, Futebol.

Referências

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CAPACIDADE IMUNOMODULADORA DA β- GLUCANA PROVENIENTE DA LEVEDURA Saccharomyces cerevisiae

Daniele Fernanda Renzi1

Carlos Ricardo Maneck Malfatti2

Isabela Maria Palhano Oliveira3

Nicollas Eduardo Oliveira4

Introdução: A glucana é um polissacarídeo que pode apresentar ligações do tipo α-glucana e β-glucana. Constitui a parede celular de uma grande variedade de cereais, como cevada e aveia. Além disso, podem ser isoladas também em fungos filamentosos, bactérias, algas e muitas espécies de cogumelos (CARVALHO et al., 2013; GRABAUM et al., 2012). Em sua constituição estrutural a β-glucana é formada por um esqueleto linear central com unidades de glicose ligadas na posição β, podendo ter tamanhos variados em suas cadeias laterais (MAGNANI, 2009; PETRAVIĆ-TOMINAC, 2010). A β-glucana tem como principal função estrutural, auxiliar na manutenção da integridade e rigidez da parede celular das leveduras (CHEN; SEVIOUR, 2007). Como a maioria dos polissacarídeos, a glucana é sintetizada no complexo de Golgie sua biossíntese acredita-se estar relacionada à enzima sacarose sintase (SS) que hidrolisa a sacarose produzindo frutose livre + UDP-glucose, sendo esta última utilizada como substrato para síntese de glucanas de parede celular (BUCKERIDGE et al.,1999). Atualmente vários estudos relacionados às atividades antiinflamatorias, antitumorais, hipocolesterolêmicas, hipoglicemicas e, em especial, imunomodulatórias tem sido descritos desde que se descobriram as propriedades benéficas das β-Glucanas em humanos e animais (KOGAN, 2000; LIN et al., 2004). Essas respostas produzidas pelo organismo ocorrem pela associação das glucanas com outros componentes das leveduras como mananas e proteínas, constituindo um caráter imunoestimulante, ou seja, aumentando os mecanismos inespecíficos de defesa nos animais através do estímulo dos órgãos linfoides primários e secundários e atuando sobre os macrófagos (ENGSTAD; ROBERTSEN, 1993). Objetivo: o objetivo deste estudo foi realizar uma revisão bibliográfica relacionada aos efeitos imunomodulatórios da β-glucana. Metodologia: Foi realizada uma busca em sites renomados como Scielo, PubMed, NCBI, Periódicos Capes, entre outros, com as palavras chaves β-glucana /Saccharomyces cerevisiae, a fim de elucidar os principais efeitos imunomodulatórios relacionados a este composto.

1Bacharel em Biomedicina, Mestranda em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Estadual

do Centro Oeste-UNICENTRO. Rua Professor Amálio Pinheiro, 1345 – Guarapuava/PR. Cel: (42)9137-1998. E-mail:[email protected]. 2Professor Doutor Adjunto na Universidade Estadual do Centro Oeste – UNICENTRO.

3Acadêmica de Engenharia de Alimentos-Universidade Estadual do Centro Oeste-

UNICENTRO. 4Acadêmico de Engenharia de Alimentos-Universidade Estadual do Centro Oeste-

UNICENTRO.

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Resultados e Discussão: Existem várias fontes de obtenção de glucana, no entanto umas das mais citadas na literatura provem de S. cerevisiae. Esta levedura, com grande potencial biotecnológico, é composta principalmente por β-glucana e unidades de manose unidas a proteínas (KLIS, 2002). Esses componentes estão distribuídos na parece celular em duas camadas, onde a externa é composta por polissacarídeos de manose e proteínas e a interna formada por β-glucana e quitina (KLIS et al., 2002; LIU et al., 2008). A β-glucana encontrada na parede celular das leveduraspossui uma porção solúvel e outra insolúvel, a estrutura de ambas é semelhante, sendo a solúvel mais ramificada que a insolúvel (MAGNANI; CASTRO-GOMEZ, 2008). A S. cerevisiae possui uma grande capacidade de fermentação, o que a faz ser frequentemente empregada em cervejarias e indústrias de panificação, pois essa levedura se ajusta metabolicamente para fermentação de açúcares, com ou sem a presença de oxigênio, produzindo gás carbônico ou álcool (TORTORA; BERDELL; CASE, 2000). Estudos anteriores demonstram que quando utilizada em vertebrados a β-glucana apresenta efeito imunógeno, interagindo com os receptores celulares desencadeando uma resposta imunológica. Os macrófagos, linfócitos polimorfonucleares e algumas citocinas ativadas por esse polissacarídeo garantem ao S. cerevisiae sua grande capacidade imunoestimuladora (BROWN; GORDON, 2005). A estrutura deste polissacarídeo que permite o seu reconhecimento pelo sistema imune esta relacionada a padrões moleculares associados aos patógenos - PAMPs, os quais normalmente são essenciais para a sobrevivência de patógenos microbianos (NOVAK; VETVICKA, 2008). Quanto aos inúmeros receptores que realizam o recolhimento das β-glucanas, os principais são o dectin-1, receptor do sistema complemento (CR3) e lactosilceramid. Ao que parece, tais receptores vão se combinar e desencadear o mecanismo de resposta no individuo (BROWN; GORDON, 2005). Existe um fator importante que contribui para a atividade biológica da β-glucana, que é a longa permanência desse polissacarídeo dentro do organismo, esse fato ocorre em virtude da ausência de β-glucanases (NOVAK; VETVICKA, 2008; SOLTANIAN et al., 2009). Várias formas de administração de β-glucana de S. cerevisiae, como a intraperitoneal, subcutâneas, intravenosas e orais, têm sido estudadas para que seja possível avaliar a atividade biológica deste composto (VETVICKA; VETVICKOVA, 2008; MAGNANI et al., 2010). Conclusões: Considerando que a β-glucana tem se mostrado eficaz em diversos tratamentos devido a sua capacidade imunomoduladora, sem apresentar efeitos adversos ao paciente mesmo em casos de indivíduos imunossuprimidos, pode-se afirmar que este polissacarídeo torna-se cada vez mais promissor na área clínica, onde através de despolimerização, pesquisas recentes estão produzindo compostos mais solúveis e conseqüentemente com uma maior atividade biológica (DEMIR et al., 2007; WEI TBERG, 2008; MAGNANI et al., 2010). Tendo em vista os benefícios acima descritos, ressalta-se a importância de mais estudos relacionados às propriedades anticarciongênicas, antimutagênicas e imunumodulatórias das β-glucanas, buscando-se obter novos métodos para inibir, retardar ou reduzir o desenvolvimento de patologias relacionadas a esses fatores.

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Palavras-Chave: β-glucana; Saccharomyces cerevisiae; Imunomodulação. Referências BROWN, G. D.; GORDON, S.A new receptor for β-glucans.Nature, London, v. 413, n. 1, p. 36-36, 2005. BUCKERIDGE, M.S., Vergara, C.E., Carpita, N.C. The mechanism of synthesis of a cereal mixed-linkage (1-3),(1-4)-b-d-glucan: evidence for multiple sites of glucosyl transfer in the synthase complex. Plant Physiology,v .120, n.4, 1105–1116, 1999. CARVALHO, J. C. T.; PERAZZO, F. F.; MACHADO, L.; BEREAU, D. Biologic activity and biotechnological development of natural products. BioMed Research International, v. 2013, ID 971745, 4 pg., 2013. CHEN, J.; SEVIOUR, R. Medicinal importance of fungal β (1→3),(1→6) glucans. Mycological Research, v. 111, n. 6, p. 635-652, 2007. DEMIR, G.; KLEIN, H. O.; MANDEL- MOLINAS, N.; TUZUNER, N. β-glucan induces proliferation and activation of monocytes in peripheral blood of patients with advanced breast cancer. International Immunopharmacology, v. 7, n. 1, p. 113-116, 2007. ENGSTAD, R.E.; ROBERTSEN, B. Recognition of yeast cell wall glucan by atlantic salmon machophages. Developmental and comparative immunology, v.17, n.4, p. 319- 300,1993. GRABAUM, J. H.; BUSCH, R.; STIER, H.; GRUENWALD, J. A double-blind, randomized, placebo-controlled nutritional study using na insoluble yeast beta-glucan. Food and Nutrition Sciences, v. 3, n.6, p. 738-746, 2012. KLIS, F.M.; MOL, P.; HELLINGWERF, K.; BRUL, S.Dynamicsof cell wall structure in Saccharomyces cerevisiae.FEMS Microbiology Reviews, v. 26,n. 3, p. 239-256, 2002. KOGAN, G. (1-3)(1-6) β-D-Glucans of yeasts and fungi and their biological activity. Studies in Natural Products Chemistry, Amsterdam, v. 23, n. 4, p. 107-152, 2000. LIN, H.; SHE, Y.; CASSILETH, B.; SIROTNAK, F.; RUNDLES, S. C. Maitake beta-glucan MD-fraction enhances bone marrow colony formation and reduces doxorubicin toxicity in vitro. International Immunopharmacology, Amsterdam, v. 4, n. 1, p. 91-99, 2004.

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EFEITO DO TRATAMENTO COM CURCUMINA EM NANOPARTÍCULAS DE ALBUMINA NA SOBREVIDA DE CAMUNDONGOS SUBMETIDOS A SEPSE

INDUZIDA POR LIGAÇÃO E PERFURAÇÃO DO CECO Maria Luiza Boff de Souza1 Paula Giselle Czaikoski2 Introdução: Nos últimos anos, avanços na área da medicina resultaram no surgimento de inúmeros tratamentos e intervenções cirúrgicas que prolongam a vida de idosos e pacientes com doenças graves. Entretanto, a disseminação de procedimentos invasivos juntamente com o crescimento do uso de drogas imunossupressoras e uso inadequado de antibióticos propiciaram o aparecimento de infecções graves e aumento da incidência dos casos de sepse. A sepse é definida como uma resposta inflamatória sistêmica (SIRS) decorrente de uma infecção freqüentemente de origem bacteriana, embora possa ser causada por fungos, vírus ou parasitas (HOTCHKISS e KARL, 2003; RIEDEMANN et al., 2003). Neste sentido, diversos trabalhos têm demonstrado que a curcumina atenua a resposta inflamatória sistêmica, lesão tecidual e reduz a mortalidade na endotoxemia e na sepse polimicrobiana induzida por ligação e perfuração do ceco (CLP) (MEMIS et al., 2008; SIDDIQUI et al., 2006; VACHHARAJANI et al., 2010). A curcumina [1.7-bis (4-hydroxy-3methoxyphenyl)-1, 6-heptadiene-3,5-dione], é um pigmento que faz parte de um componente ativo do açafrão-da-Índia (Curcuma longa), e sua ação anti-inflamatória é devido à inibição da produção de citocinas, agentes mediadores do processo inflamatório (CHAN, 1995). Porém, a curcumina em solução aquosa apresenta baixa disponibilidade após ingestão oral, o que limita a sua aplicação biofarmacêutica.A fim de superar tal limitação, sistemas nanoparticulados tem sido desenvolvidos, os quais podem determinar um grande aumento na solubilidade e conseqüente aumento da biodisponibilidade de diversos compostos utilizados na clínica médica (SHOBA et al., 1998). Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo principal avaliar o efeito do tratamento com curcumina livre e em nanopartículas de albumina na sobrevida de camundongos submetidos a sepse grave. Materiais e métodos: Todos os experimentos foram aprovados pelo Comitê de Ética em uso de animais (CEUA) da Universidade Estadual do Centro-Oeste (parecer no. 037/2014). Para isso, os camundongos isogênicos da linhagem Balb/c (18-22 g) foram submetidos à sepse grave induzida por CLP. A gravidade da sepse é determinada pelo calibre da agulha usada para perfurar o ceco. Resumidamente, os camundongos foram anestesiados com cetamina (100 mg/kg) e xilazina (10 mg/kg) e uma incisão mediana de aproximadamente 1 cm foi efetuada no abdome anterior. O ceco foi exposto e ligado com um fio de algodão abaixo da válvula ileocecal e perfurado com agulha estéril de calibre 18G, em seguida o ceco foi recolocado ao abdome, fechando-se a cavidade.

1Acadêmica do curso de Farmácia da Faculdade Guairacá. Endereço: Av. Epaminondas Fritz,

30 - Centro - Cantagalo - PR. E-mail: [email protected]. Celular: (42) 9811-1375; 2Professora Adjunta do Colegiado de Farmácia da Faculdade Guairacá.

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Todos os animais receberam 1 ml de salina por via subcutânea imediatamente após a cirurgia para evitar desidratação. Os camundongos Sham-operados (controles) foram submetidos ao mesmo procedimento, porém sem as perfurações. Após a indução da sepse, os camundongos foram separados em sete grupos e tratados por via oral com diferentes preparações contendo curcumina: Grupo 1: Sham (falso operados); Grupo 2: CLP (sem tratamento); Grupo 3: CLP + tratamento com veículo da curcumina livre; Grupo 4: CLP + tratamento com curcumina livre (50 mg/kg); Grupo 5: CLP + tratamento com nanopartículas de albumina vazias; Grupo 6: CLP + tratamento com nanopartículas de albumina contendo curcumina (20 mg/kg); Grupo 7: CLP + tratamento com nanopartículas de albumina contendo curcumina (50 mg/kg). Para avaliação da sobrevida após a cirurgia os animais foram acondicionados no biotério, com água e ração ad libitum e amortalidade registrada a cada 12h, durante sete dias. Os resultados são expressos como porcentagem de sobrevida (n=7 camundongos por grupo) e foram analisados pelo Teste Log-rank Mantel-Cox. Resultados e Discussão: Os grupos Sham (controle negativo) e CLP (controle positivo) apresentaram 100% e 16,6% de sobrevida (p<0,05) respectivamente, ao final do sétimo dia. O tratamento dos animais com veículo da curcumina livre ou nanopartículas de albumina vazias não aumentou a sobrevida ao longo de sete dias de observação. O tratamento com curcumina livre na dose de 50 mg/kg aumentou a sobrevida em aproximadamente 25% em comparação com o grupo CLP ao longo de 6 dias, porém no sétimo dia, ambos os grupos apresentaram a mesma taxa de sobrevida. O tratamento com nanopartículas de albumina contendo curcumina, nas doses de 20 e 50 mg/kg, não aumentou a sobrevida dos animais sépticos, sendo que ambos os grupos apresentaram 100% de mortalidade ao final do segundo dia de observação. Este aparente aumento na mortalidade dos animais sépticos com o tratamento com nanopartículas pode ser devido ao efeito da albumina, componente das nanopartículas, que sobrepôs o efeito protetor da curcumina. A albumina é o principal fator determinante da pressão oncótica sanguínea, regulação do volume plasmática e balanço líquido tecidual (EVANS, 2202; MENDEZ et al., 2005; QUINLAN, et al., 2005). A infusão de albumina causa, dentro de poucos minutos, o movimento de fluidos dos espaços intersticiais para dentro da circulação (LIUMBRUNO, 2009). Sendo assim, a administração das nanopartículas de albumina poderia ter causado o movimento inverso de fluidos, dos leitos vasculares abdominais para o abdome, o que poderia agravar a hipotensão observada na sepse. Ainda, Struijk e colaboradores (1991) demonstraram que a infusão intraperitoneal de albumina pode causar inflamação, dor abdominal e alteração no transporte de solutos. De fato, a administração das nanopartículas de albumina vazia ou com curcumina induziu dor abdominal nos camundongos, evidenciada por contorções abdominais observadas logo após o tratamento. Tais alterações poderiam agravar a resposta inflamatória local e sistêmica. Adicionalmente, a alteração de transportes de solutos é resultado de produção local de bradicinina e subsequente vasodilatação, o que seria mais um fator que agravaria a hipotensão na sepse, podendo ser este, um dos fatores para a alta mortalidade observada logo nas primeiras 48 horas após a indução da sepse.

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Conclusão: Contrariamente ao esperado, o tratamento com nanopartículas de

albumina contendo curcumina apresentou efeito negativo sobre a sobrevida

dos animais com sepse grave. Tal efeito pode ser devido a alteração de

variáveis homeostáticas pela própria albumina, componente das

nanopartículas.

Palavras-Chave: sepse; resposta inflamatória sistêmica; nanopartículas;

curcumina; albumina.

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OSTEOMETRIA DE VÉRTEBRAS TORÁCICAS

Luan Henrique Patrzyk1 Andressa Morais de Paula2 Márcio klingelfus de Oliveira2 Luiz Antonio Penteado de Carvalho3

Introdução: As vértebras da coluna vertebral torácica formam uma unidade

morfológica, cujos parâmetros anatômicos são utilizados como referência para

a realização de procedimentos biomédicos na região do tronco. A

complexidade anatômica regional se deve à morfologia própria das vértebras e

a justaposição das estruturas neurológicas, vasculares e a proximidade de

órgãos às vértebras torácicas (XU, 1999; MARTINI, 2009; MOORE, 2006 e

BARROS et al., 2012) Juntando-se a isso, as vértebras, no segmento entre a

primeira vértebra (T1) e a décima-segunda vértebra torácica (T12), apresentam

características anatômicas que definem a fisiológica cifose torácica e com

função de aumento da capacidade torácica; também pela presença de

diferentes estruturas adjacentes, como as costelas, que estabilizam o tórax, em

relação a maior flexibilidade da coluna vertebral cervical, no segmento acima e

da coluna vertebral lombar, no segmento abaixo. A anatomia do conjunto ósseo

vertebral torácico tem sido descrita de forma geral (LIEN, 2007; STEMPER,

2008), mas a morfometria das vértebras de T1 a T12 apresentam

especificidades relacionadas tanto à cifose torácica quanto à função

biomecânica da função respiratória, que não foram totalmente definidas. Linhas

e pontos anatômicos de referência são necessários para as abordagens de

deformidades vertebrais, de afecções compressivas mielorradiculares e de

traumatismos da coluna vertebral, cujas patogêneses alteram a morfologia

regional levando à dificuldade de interpretações anatômicas e em

procedimentos clínicos (STEMPER, 2008; MARTINI, 2009 e BUSSCHER et al.,

2009). Justifica-se esse trabalho pela contribuição que o esclarecimento do

padrão antropométrico do complexo vertebral torácico pode oferecer à

realização de procedimentos nessa região, tornando-os mais eficazes

(VACHERON, 1999; ACHARYA, 2010). A antropometria sinaliza parâmetros

que podem ser utilizados em exames de imagens, como nas radiografias e

tomografias computadorizadas, em cujos exames as referências anatômicas 1Acadêmico de Fisioterapia na Universidade do Centro-Oeste (UNICENTRO-PR), Relator da

pesquisa: E-mail: [email protected];Telefone: (42) 98524583;

2Acadêmicos de Fisioterapia na Universidade do Centro-Oeste (UNICENTRO-PR);

3Médico Ortopedista e Professor na Universidade do Centro-Oeste (UNICENTRO-PR).

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podem ser identificadas em projeções da coluna vertebral (DEFINO, 1999;

KUKLO, 2006 e ACHARYA et al., 2010). Adicionalmente, o estabelecimento de

um padrão antropométrico pode ser utilizado para a identificação de modelos

de laboratório para fins de pesquisa na coluna vertebral animal (WILKE, 1998).

O objetivodeste trabalho é verificar a altura do corpo vertebral das vértebras T1

e até a T12, referenciando parâmetros anatômicos da curvatura e morfologia

torácica. Materiais e Métodos: Foram analisados ossos secos, os quais são

disponibilizados para a prática de ensino nas disciplinas de Anatomia Humana

da Universidade Estadual do Centro-Oeste, UNICENTRO. Em razão de que

esses ossos são utilizados rotineiramente nas atividades práticas de

laboratório, excluíram-se os ossos danificados, selecionando-se 14 (quatorze)

conjuntos de vértebras que não apresentassem perda até a decima-segunda

vértebra torácica (T12). As medidas lineares foram obtidas manualmente,

utilizando uma régua métrica de metal maleável e paquímetro de precisão, com

acurácia de 1 mm. Os ossos foram colocados em mesa plana, preparada para

osteometria, sem desnível, desenhada para a mensuração de ossos; cada

vértebra foi fixada firmemente com esparadrapo, aderido na superfície da mesa

em posição que tornasse visível os corpos vertebrais. Registrou-se a altura de

cada corpo, na face anterior e na face posterior, no plano mediano. Os dados

colhidos, a média e o desvio-padrão, foram tabulados em planilha eletrônica e

analisados estatisticamente. Para a verificação dos dados foi usado o índice de

95% de significância e aplicados testes estatísticos, por meio do programa

estatístico eletrônico Statistic Basic for Windows V 5,5. Resultados e

Discussão: As alturas de cada corpo vertebral, no sentido crânio-caudal, no

plano mediano, foram obtidas de todas as unidades da amostra. Pode-se

observar o aumento gradativo das medidas de cada corpo no segmento

avaliado (T1-T12). Os resultados encontrados estão expressos na tabela 1.

Paquímetro e régua em aço maleável, foram os equipamentos utilizados neste

trabalho, estes por sua vez têm emprego constante na prática osteométricas,

em razão da simplicidade de aplicação e ausência de radiação iônica, ainda

que a quantificação óssea possa ser obtida por exames de radiografias e

tomografias (VACHERON, 1999; KUKLO, 2006; WOLINSKY, 2007 e KI SER

KANG et al., 2011) Os achados mostraram diferença das medidas da altura da

face anterior, progressivamente, das vértebras torácicas, no sentido caudal,

tanto para a face anterior quanto para a face posterior. Esses dados encontram

similaridade com publicações sobre a morfometria vertebral, os quais explicam

que a transição entre vértebras ocorre de forma gradativa e constante, para

adaptar funcionalmente a capacidade de suportar a carga corporal, que é maior

nas regiões inferiores do tronco e assumir a posição da cifose torácica

fisiológica (VACHERON; 1999; TAN, 2004 e KI SER KANG et al., 2011).

Conclusão: As vértebras da região torácica seguem um padrão quantitativo de

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aumento de valores da altura dos corpos vertebrais na face anterior do corpo

vertebral. A diferença entre as faces anteriores das três primeiras vértebras em

relação às três ultimas do segmento torácico vertebral é significativamente

maior nas vértebras torácicas mais caudais.

Palavras-chave: anatomia, osteologia, coluna vertebral, dorso.

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O ÓLEO ESSENCIAL DE MELALEUCA E SUA INDICAÇÃO PARA O

TRATAMENTO DE ACNE

Maria Rosa Zavorotuk¹

Elizabeth Maria Althaus1

Josefina Beatriz Medina Reynoud¹

Natacha Ianiski¹

Thais Volski Carvalho¹

Vanusa Karini Savighago2

Introdução: As plantas medicinais são conhecidas pela população desde a antiguidade, foram as primeiras formas de medicamentos e ainda hoje são utilizadas devido a sua eficácia (SILVA; MEJIA), entre elas está o óleo essencial de melaleuca, uma ótima alternativa de uso tópico para o tratamento de acnes, pois possui atividade anti-inflamatória, bactericida e reduz a irritação da pele, além de não apresentar um número extenso de efeitos colaterais (BACCOLI, 2015). O objetivo deste trabalho é realizar uma pesquisa sobre os benefícios do óleo de melaleuca, sua origem, suas aplicações e resultados no tratamento da acne. Esta planta pode ser considerada um tratamento seguro e eficaz, já que, vem sendo usada há varias décadas e os estudos em relação a ela aumentam cada vez mais, valorizando culturas e tradições ancestrais que tinham as plantas como principal fonte de cura e prevenção de doenças. Metodologia: Foi realizado um levantamento bibliográfico sobre o assunto proposto, pesquisando em artigos científicos, monografias e revistas, com finalidade de deixar claro o modo com que o óleo de melaleuca pode ajudar no tratamento de acnes. Resultados e Discussão: A acne é uma doença da unidade pilossebácea, afetando as áreas que possuem uma quantidade maior de glândulas sebáceas e atinge 80% da população, entre homens e mulheres (PAGANI; COSTA, 2010). Ela deve ser tratada precocemente para evitar sua evolução para os níveis inflamatórios, estes que podem deixar cicatrizes (SAMPAIO; BAGATIN, 2008). É composta por conjunto de lesões, caracterizadas pela sua gravidade, podem ser chamadas de comedões, pápula, pústulas, nódulo ou quisto, e se manifestam de diferentes maneiras (SAMPAIO; RIVITTI, 2001). O diagnóstico é fácil de identificar, porém seus efeitos não são graves, exceto pela questão emocional podendo danificar a auto-estima do indíviduo (TEIXEIRA; FRANÇA, 2007). O óleo de melaleuca tem origem a mais de seis mil anos, é extraído da árvore Tea Tree sendo depois realizado um processo de destilação das folhas. O principal componente químico responsável pelas propriedades medicinais é o terpinen-4-ol, que está presente em grande quantidade na planta e, deve estar contido um mínimo de 30% dele no óleo (GARCIA et al, 2009). Este óleo essencial possui ações

1Acadêmicas do Curso de Tecnologia em Estética e Cosmética da Faculdade Guairacá.

2Professora do Colegiado de Tecnologia em Estética e Cosmética da Faculdade Guairacá.

Rua Xavier da Silva, 1170. Ap 04. Centro, Guarapuava-PR. [email protected]. (42) 98137553

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antissépticas, antifúngicas, parasiticidas naturais, ajuda no processo de desinflamação e cicatrização nas infecções cutâneas, assim proporciona um ótimo resultado no combate a acne (AZEVEDO, 2002). O tratamento tem por objetivo diminuir e evitar a formação de cicatrizes, melhorando a aparência física e estado psicológico do indivíduo, que muitas vezes se sente oprimido pela sociedade (HABIF, 2005). De acordo com o grau e o tipo de lesão da acne, é selecionado o tratamento que pode ser de uso tópico ou sistêmico que podem ou não ser prescritos por um profissional da área da saúde, como por exemplo, dermatologistas, farmacêuticos e esteticistas (SAMPAIO; BAGATIN, 2008). O óleo de melaleuca pode ser encontrado como ativo de formulações cosméticas, contendo múltiplos benefícios nas infecções cultâneas, sendo a principal, a acne. É de fundamental importância a realização de limpeza de pele antes do tratamento com o óleo, ela ajudará a obter resultados benéficos ( HERNANDEZ; MERCIER-FRESNEL, 1999). De acordo com uma pesquisa especializada foi obtido resultados favoráveis nos graus de acne I e II, e também amenizou os graus onde estão presentes as lesões comedonianas e papulopustulosas, deixando a pele com uma aparência agradável. Não há muitas contra indicações no uso tópico do óleo, mas seu uso em excesso pode desenvolver dermatite de contato (TEIXEIRA; FRANÇA, 2007). Conclusão: Mediante o levantamento bibliográfico, chegamos a conclusão que o óleo de melaleuca é um ótimo aliado natural ao combate aos diferentes tipos de acne por seus infinitos benefícios, bactericida, anti-inflamatória, anti-séptico e principalmente cicatrizante, podendo regenerar rapidamente o tecido danificado pela acne, por possuir propriedades de grande penetração, devolvendo ao individuo sua saúde física e mental.Nos graus mais avançados é importante o acompanhamento de um profissional da saúde. Por ser um produto muito diversificado ele pode ser empregado na área da indústria cosmética, como, por exemplo, em sabonetes, loções, cremes, entre outros Embora os efeitos colaterais sejam quase nulos, a aplicação direta do óleo raramente pode causar dermatite de contato, por isso deve ser utilizado em quantidades pequenas quando se trata do óleo propriamente dito. Palavras-Chave: Óleo de melaleuca; Acne; Plantas medicinais; Antisséptico. Referências: AZEVEDO, Silberto. Óleo de Melaleuca ou Tea Tree Oil- Um poderoso antisséptico, germicida e fungicida natural. 2002. BACCOLI, BabieliCorsiniet al. Os benefícios do óleo de melaleuca na acne grau II e III: uma revisão de literatura. 2015. Disponível em: <http://periodicos.unincor.br/index.php/revistaunincor/article/view/2008/pdf_329>. Acesso em: 28 set 2016. GARCIA, C.C; GERMANO, C; OSTIL, N. M; CHORILLIM M. Desenvolvimento e avaliação da estabilidade físico-química de formulações de sabonete líquido íntimo acrescida de óleo de melaleuca. Rev. Bras. Fam. P 236-240, 2009

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