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ULTRAFILTRAÇÃO PARA PÓS TRATAMENTO DE EFLUENTE DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO PARA REUSO DOMÉSTICO NÃO POTÁVEL RESUMO AUTOR PRINCIPAL: Laisa Girardelli E-MAIL: [email protected] TRABALHO VINCULADO À BOLSA DE IC:: Não CO-AUTORES: Marcos Antonio Bonamigo ORIENTADOR: Vandré Barbosa Brião ÁREA: Ciências Exatas, da terra e engenharias ÁREA DO CONHECIMENTO DO CNPQ: Engenharia/Engenharia Sanitária/Tratamento de água de abastecimento e residuária UNIVERSIDADE: Universidade de Passo Fundo INTRODUÇÃO: A conservação dos recursos hídricos é uma das preocupações mais urgentes de solução pela sociedade. Os efluentes de origem urbana contribuem no desequilíbrio hídrico, e o seu reúso pode ser uma ação importante. Os esgotos urbanos tratados pelas estações de tratamento de efluentes (ETE) possuem uma concentração residual de carga orgânica, exigindo etapas complementares para produzir efluentes com qualidade passível de reúso. A microfiltração (MF) e ultrafiltração (UF) se adaptam perfeitamente para realizar o pós-tratamento de efluentes, pois são processos físicos de separação atérmicos de fácil operação e não exigem o uso de produtos químicos, complementando o tratamento realizado pelos processos biológicos e produzindo efluentes com qualidade. O objetivo do trabalho será utilizar a UF para realizar o pós-tratamento de esgoto urbano tratado da Universidade de Passo Fundo visando ajustar a qualidade do mesmo de modo que esse efluente seja passível de reúso urbano para fins não potáveis. METODOLOGIA: O efluente tratado pela ETE da UPF foi coletado e analisado quanto às suas características físico-químicas e microbiológicas. O efluente foi submetido à filtração por membrana submersa de Ultrafiltração (UF), e avaliado o desempenho da mesma em diferentes pressões e tempo de retolavagem. As variáveis de resposta do sistema foram o fluxo permeado e a rejeição da membrana quanto à diversos parâmetros de qualidade: Turbidez, Coliformes, DQO, Sólidos Suspensos Totais (SST),óleos e graxas, nitrogênio Kjeldahl e fósforo total. Foram realizados os ensaios com pressões de 0,1 e 0,4 bar, durante um período de 60 minutos e retrolavagem de 2 minutos a um fluxo de 10 L/h.m² e repetindo o experimento por mais 60 minutos. A temperatura foi de 19°C. Esta qualidade do efluente tratado foi confrontada com os parâmetros citados na NBR 13969/97 e na referência de águas classe 1 relatadas em FIESP (2005), as quais apresentam a qualidade necessária de águas para reuso em bacias sanitárias.

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ULTRAFILTRAÇÃO PARA PÓS TRATAMENTO DE EFLUENTE DE ESTAÇÃO DETRATAMENTO DE ESGOTO PARA REUSO DOMÉSTICO NÃO POTÁVEL

RESUMO

AUTOR PRINCIPAL:Laisa Girardelli

E-MAIL:[email protected]

TRABALHO VINCULADO À BOLSA DE IC::Não

CO-AUTORES:Marcos Antonio Bonamigo

ORIENTADOR:Vandré Barbosa Brião

ÁREA:Ciências Exatas, da terra e engenharias

ÁREA DO CONHECIMENTO DO CNPQ:Engenharia/Engenharia Sanitária/Tratamento de água de abastecimento e residuária

UNIVERSIDADE:Universidade de Passo Fundo

INTRODUÇÃO:A conservação dos recursos hídricos é uma das preocupações mais urgentes de solução pela sociedade. Os efluentes deorigem urbana contribuem no desequilíbrio hídrico, e o seu reúso pode ser uma ação importante. Os esgotos urbanostratados pelas estações de tratamento de efluentes (ETE) possuem uma concentração residual de carga orgânica, exigindoetapas complementares para produzir efluentes com qualidade passível de reúso. A microfiltração (MF) e ultrafiltração (UF)se adaptam perfeitamente para realizar o pós-tratamento de efluentes, pois são processos físicos de separação atérmicosde fácil operação e não exigem o uso de produtos químicos, complementando o tratamento realizado pelos processosbiológicos e produzindo efluentes com qualidade. O objetivo do trabalho será utilizar a UF para realizar o pós-tratamento deesgoto urbano tratado da Universidade de Passo Fundo visando ajustar a qualidade do mesmo de modo que esse efluenteseja passível de reúso urbano para fins não potáveis.

METODOLOGIA:O efluente tratado pela ETE da UPF foi coletado e analisado quanto às suas características físico-químicas emicrobiológicas. O efluente foi submetido à filtração por membrana submersa de Ultrafiltração (UF), e avaliado odesempenho da mesma em diferentes pressões e tempo de retolavagem. As variáveis de resposta do sistema foram o fluxopermeado e a rejeição da membrana quanto à diversos parâmetros de qualidade: Turbidez, Coliformes, DQO, SólidosSuspensos Totais (SST),óleos e graxas, nitrogênio Kjeldahl e fósforo total. Foram realizados os ensaios com pressões de0,1 e 0,4 bar, durante um período de 60 minutos e retrolavagem de 2 minutos a um fluxo de 10 L/h.m² e repetindo oexperimento por mais 60 minutos. A temperatura foi de 19°C. Esta qualidade do efluente tratado foi confrontada com osparâmetros citados na NBR 13969/97 e na referência de águas classe 1 relatadas em FIESP (2005), as quais apresentam aqualidade necessária de águas para reuso em bacias sanitárias.

RESULTADOS E DISCUSSÕES:O efluente tratado da ETE da UPF apresentou características típicas de esgoto doméstico (Tabela 1), mas comconcentração residual de matéria orgânica, sólidos suspensos e turbidez. Esta matéria residual justifica a necessidade dopós-tratamento ajustando a qualidade do efluente para um possível reúso.A Figura 1 mostra o fluxo permeado ao longo do tempo. Quando utilizada a pressão de 0,4 bar, o valor inicial era de 120L/h.m², e houve um decréscimo de cerca de 50% para os primeiros 30 minutos de filtração, sendo que ao final do tempo ofluxo manteve-se próximo a 40 L/h.m². Para a pressão 0,1 bar, o fluxo inicial foi próximo de 20L/h.m², e ao final o mesmoencontrava-se na faixa de 9 L/h.m². Pode-se observar que o fluxo do permeado nos ensaios iniciam com valores elevados ecaem rapidamente, caracterizando assim a colmatação da membrana.As Tabelas 2 e 3 mostram a rejeição da membrana e as características do permeado obtido com as pressões de 0,1 e 0,4bar. A membrana de UF mostrou um bom desempenho na remoção de turbidez, SST, DQO, óleos e graxas, o que estáligado à grande capacidade de rejeição de sólidos em suspensão e do material coloidal presente no efluente. O pH,nitrogênio amoniacal, e condutividade, não apresentaram mudanças significativas, o que já era de fato esperado, já queesses parâmetros estão relacionados ao fato de os íons serem permeáveis pela membrana de UF.As análises bacteriológicas promoveram uma redução aproximada de 100% confirmando que o processo é eficaz nadesinfecção. Além de encontrarem-se abaixo dos limites da norma, outro fator de grande importância relativo é o aspectoestético da água de reuso, que exige um grau de transparência, ausência de odor, cor, escuma ou quaisquer formas desubstâncias ou componentes flutuantes (ANA, FIESP e SINDUSCON-SP, 2005 ).

CONCLUSÃO:A UF demonstrou boa rejeição para turbidez e SST, sendo aceitáveis pra reúso. Quanto à microbiologia, houve reduçãoaproximada a 100% de coliformes totais e termotolerantes, confirmando que o processo de UF é eficaz na remoção demicrorganismos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:Associação Brasileira de Normas Técnicas ¿ ABNT. NBR 13.969/97: Tanques sépticos¿ Unidades de tratamento complementar e disposição final de efluentes líquidos ¿Projeto, construção e operação. Rio de Janeiro: ABNT, 1997.

FIESP/SESI/SENAI/IRS. Conservação e reuso da água em edificações. São Paulo: ProlEditora Gráfica, 2005.

INSIRA ARQUIVO.IMAGEM - SE HOUVER:

Assinatura do aluno Assinatura do orientador