resumo processo penal

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8/19/2019 Resumo Processo Penal

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Resumo Processo Penal

Introdução

• Conceito: é o conjunto de princípios e normas que disciplinam a composição das lidespenais, por meio da aplicação do Direito Penal.

• Art. 1, CPP aplica!se em todo o territ"rio nacional, com ressal#as $:o tratados, con#enç%es e re&ras de direito internacional.o Processos de compet'ncia da (ustiça )ilitaro Processos da compet'ncia do tri*unal especial +quando dispuserem de modo

di#ersoo Processos por crimes de impressa +quando dispuserem de modo di#erso

• Imediata aplicação processual em caso de no#a lei, seja ou não *ené-ca ao acusado.ntretanto atos j/ praticados com a lei anterior serão considerados #/lidos.

• Ca*e e0clusi#amente $ nião le&islar so*re direito processual. (/ em matéria deprocedimentos, a compet'ncia pode ser da nião, os stados e o Distrito 2ederal.

• A analo&ia somente é aplic/#el em casos de lacuna da lei +quando não 3/ qualquernorma re&ulando o tema. ssa s" pode ser aplicado em 4a#or do réu + in bonam

 partem).• Admite interpretação e0tensi#a e aplicação anal"&ica.

Inquérito Policial

• Conceito: procedimento in#esti&at"rio pré#io, constituído por uma série de dili&'nciascuja -nalidade é a o*tenção de indícios para que o titular +)P ou #ítima, dependendodo caso da ação possa prop5!la contra o autor da in4ração penal.

• 6 procedimento é inquisiti#o, ou seja, durante seu tr7mite não 3/ o princípio docontradit"rio +o princípio s" é e0i&ido a partir da ação penal.

• 8 reali9ado apenas pela Polícia (udici/ria +Ci#il ou 2ederal. 2undamentação: art. 1 ;

da C2 e art. do CPP.• <er/ comandado pela autoridade policial +dele&ado.• 6 IP s" poder/ ser redistri*uído para um superior 3ier/rquico mediante despac3o

4undamentado, por moti#o de interesse p=*lico ou nas 3ip"teses de ino*ser#7ncia dosprocedimentos pre#istos.

• 6 IP, re&ra &eral, é si&iloso. 2undamentação art. >? do CPP. Porém e0iste a <=mula@inculante 1 do <2 que di9 o se&uinte: Bé direito do de4ensor, no interesse dorepresentado, ter acesso amplo aos elementos de pro#a que, j/ documentos emprocedimento in#esti&at"rio reali9ado por "r&ão com compet'ncia de polícia judici/ria,di&am respeito ao e0ercício do direito de de4esa.

• 6 IP de#e ser escrito, con4orme art. do CPP.

• 6 IP não é o*ri&at"rio para a ação penal ser proposta +em caso no qual a materialidadee autoria do crime j/ 4oram desco*ertos.

• 2ormas de iniciação do IP:o de o4ício, por ato #olunt/rio da autoridade policialo mediante requisição +ordem, o dele&ado est/ o*ri&ado da autoridade judici/ria

+jui9 ou do )inistério P=*lico,o a requerimento do o4endido ou quem ti#er qualidade para represent/!lo.

sse requerimento ter/, sempre que possí#el,:• Earração do 4ato, com todas as circunst7nciasF• a indi#iduali9ação do indiciado ou seus sinais característicos e as

ra9%es de con#icção ou de presunção de ser ele o autor da in4ração,ou os moti#os de impossi*ilidade de o 4a9erF• nomeação das testemun3as, com indicação de sua pro-ssão e

resid'ncia.

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6 requerimento poder/ ser inde4erido pela autoridade. Ca*endo recursoao despac3o de inde4erimento para o c3e4e de polícia.

o Pelo auto de prisão em Ga&rante.• Pra9os para conclusão do inquérito:

o <olto H pra9o de ? dias, podendo ser prorro&ado quantas #e9es seja necess/rio,em casos de di4ícil elucidação. A decisão do pedido de dilação é pro4erida pelo

 jui9.o Preso por prisão pre#enti#a ou Ga&rante con#ertido em pre#enti#a H o pra9o é de

1? dias. Ao contr/rio do IP para indiciados soltos, o pra9o é I)PR6RR6JK@L. 6M<: caso o jui9 ao rece*er a c"pia do Ga&rante, conceder a li*erdade pro#is"ria,pra9o ser/ o de ? dias.

o Casos especiais: Lei Antit"0icos:

• Preso: ? dias, podem ser duplicados pelo jui9F• <olto: ? dias, podem ser duplicados pelo jui9.

Compet'ncia (ustiça 2ederal:• 1N dias prorro&/#eis por mais 1N dias.

• Dili&'ncias:o Diri&ir!se ao local, pro#idenciando que não se alterem o estrado e conser#ação

das coisa, até a c3e&ada dos peritos criminaisFo Apreender os o*jetos que ti#erem relação com o 4ato, ap"s li*erados pelos

peritos criminaisFo Col3er todas as pro#as que ser#irem para o esclarecimento do 4ato e suas

circunst7nciasFo 6u#ir o o4endidoFo ou#ir o indiciado, com o*ser#7ncia, no que 4or aplic/#el, do disposto no Capítulo

III do ítulo @ll, deste Li#ro, de#endo o respecti#o termo ser assinado por duastestemun3as que I3e ten3am ou#ido a leituraF

o indiciado poder/ -car calado durante todo o interro&at"rio.o

proceder a recon3ecimento de pessoas e coisas e a acareaç%esFo determinar, se 4or caso, que se proceda a e0ame de corpo de delito e a

quaisquer outras períciasF a aus'ncia do e0ame é causa de nulidade da açãoF

o ordenar a identi-cação do indiciado pelo processo datilosc"pico, se possí#el, e4a9er juntar aos autos sua 4ol3a de antecedentesF

o a#eri&uar a #ida pre&ressa do indiciado, so* o ponto de #ista indi#idual, 4amiliare social, sua condição econ5mica, sua atitude e estado de 7nimo antes e depoisdo crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contri*uírem para aapreciação do seu temperamento e car/ter.

• A autoridade policial poder/ 4a9er uma reconstituição do crime, da qual o indiciado não

é o*ri&ado a tomar parte.• 6 indiciamento

o Conceito: é um ato 4ormal que al&umas #e9es é reali9ado pela autoridade policialdurante o IP, quando esta se con#ence de que o in#esti&ado é a autora dain4ração penal.

o De#e ser 4undamentado, mediante an/lise técnico!jurídica do 4ato, que de#er/indicar a autoria, a materialidade e suas circunst7ncias.

o 8 apenas o posicionamento da autoridade policial, não #inculando assim o)inistério P=*lico, que poder/, posteriormente o indiciamento, requerer oarqui#amento do inquérito.

• Conclusão do Inquérito H de#er/ ser 4eito pela autoridade um relat"rio, descre#endo as

dili&'ncias reali9adas durante a in#esti&ação. <endo remetido para o jui9.o 6 inquérito s" poder/ ser arqui#ado pelo jui9, em ra9ão de pedido do )inistério

P=*lico, art. 1O CPP.

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o 6s instrumentos do crime, *em como os o*jetos que interessarem $ pro#a,acompan3arão os autos do inquérito policial.

AQ6 PEAL

Classi-cação:o Ação pública: é iniciada atra#és da denúncia. ssa iniciati#a é obrigatória e

exclusiva do )inistério P=*lico. Distinç%es:

o Ação p=*lica incondicionada H é a re&ra &eral no direito penal+quando não 3/ nada no tipo penal re4erindo $representação, ele é incondicionada art. 1?? CP.

o Ação p=*lica condicionada ! quando a ação necessita deal&uma condição especí-ca. 0: requer a representação da#ítima ou a requisição do )inistro da (ustiça.

A titularidade, assim como na incondicionada continua

sendo do )inistério P=*lico. Ação condicionada por representação da #ítima:

• Pra9o H a representação de#e ser 4eito no pra9ode meses, a contar do dia que a #ítima ou seurepresentante le&al tomaram con3ecimento daautoria do crime.

• 8 retrat/#el até o o4erecimento da den=ncia. 6useja, a #ítima pode retirar a representação, detal 4orma a retirar do )P a possi*ilidade deiniciar a ação.

Ação condicionado por requisição do ministro da

 justiça:• Pode ocorrer apenas quando ocorre crime contra

*rasileiro 4ora do territ"rio nacional ou quando écometido crime contra a 3onra do Presidente daRep=*lica ou c3e4e de &o#erno estran&eiro.

• Eão e0iste pra9o para o o4erecimento daden=ncia. <al#o nos casos da prescrição docrime.

• 8 possí#el a retratação da requisiçãoS T/ duas#ertentes, al&uns acreditam que não, pois o art.

>N s" pre#er retratação na representação da#ítima. Porém outros doutrinadores a-rmam quesim, pois pode ser aplicado por analo&ia.

6 )inistério P=*lico não pode desistir da ação penal por ele proposta.

o Ação privada: a iniciada atra#és da queixa-crime. ssa iniciati#a é e0clusi#ada #ítma. Eesse caso #i&ora o princípip da con#eni'ncia da #itima. 6u seja,mesma esta tendo pro#as ca*ais de autoria ou materialidade, pode a #ítimaoptar por não in&ressar com a ação penal. Eesses casos o )inistério P=*lico tema 4unção de custos le&is +-scal da lei.

Distinç%es:•

0clusi#a ! a iniciati#a é e0clusi#a da #ítma ou seu representantele&al.o m caso de morte do o4endido antes do início da ação, dentro

do pra9o de meses, seu c5nju&e, ascendente, descendenteou irmão poderão intentar no processo.

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• Personalíssima H a iniciati#a é e0clusi#a da #ítima, não permitindo

representante le&al.o 0: crimes de indu9imento a erro essencial ou ocultação de

impedimento para casamento.• <u*sidi/ria da p=*lica H quando o )inistério P=*lico ao rece*er um

IP que apura um crime de ação p=*lica +condicionada ouincondicionada, perde o pra9o para o4erecer a den=ncia. Dessa4orma, a #ítima tem o direito de o4erecer a quei0a!crime su*sidi/ria.

6 querelante pode deisitir do prosse&uimento da ação por ele intentadopor meio do perdão e da perempção.

A quei0a contra qualquer dos autores do crime o*ri&ar/ ao processo detodos os outros. Princípio da Indi#isi*ilidade, art. U CPP.

A parte o4endida tem meses para 4a9er a quei0a!crime a contar da dataem que desco*re a autoria do delite, art. U CPP

• Condiç%es Jerais da ação penalo Le&itimadade da parte

P=*lica H )inistério P=*lico Pri#ada H 64endido ou por seu representante le&al.

o Interesse de a&ir Apenas quando e0istir indícios de autoria e materialidade a ação poder/

ser proposta. não seja e0tinta a puni*ilidade pela prescrição, etcF

o Possi*ilidade jurídica do pedido 6 4ato descrito na den=ncia ou quei0a seja tipi-cado no C"di&o Penal.

• Princípios Jerais da Ação Penalo  (ui9 natural H o acusado s" poder/ ser processado se não pela autoridade

competente pre#ista na Constituição 2ederal. 0: o jul&amento por juí9oa*solutamente incompetente é nulo.

o Imparcialidade do jui9o )oti#ação das decis%es judiciais H toda decisão de#e ser p=*lica e

4undamentada.o @erdade real H no processo penal não pode e0iste presunç%es ou -cç%es, ao

contr/rio do processo ci#il. 6u seja, caso o réu seja re#el, ainda sim a acusaçãotem como o*ri&ação apresentar pro#as ca*ais para que 3aja a condenação.

o Contradit"rio e ampla de4esaH principal elementar de todo o ordenamento jurídico democr/tico.

o Presunção de inoc'ncia H todos são inocentes até que se pro#e o contr/rioatra#és do tr7nsito em jul&ado da sentença penal condenat"ria.

o De#ido processo le&al H nin&uém ser/ pri#ado de sua li*erdade sem o de#idoprocesso le&al.

o @edação da pro#a ilícita H são inadmissí#eis pro#as o*tidas por meios ilícitos.o In du*io pro reo H quando 3a#er d=#idas ou duas interpretaç%es aplica!se a mais

*ené-ca ao réu.o Iniciati#a das partes H o jui9 não é parte, lo&o não poder/ dar início $ ação penal.o @edação do jul&amento e0tra petitta H o jui9 s" pode ater!se ao 4ato descrito na

den=ncia ou na quei0a!crime.o Pu*licidade H todos as audi'ncias, sess%es e atos processuais são 4ranqueados

ao p=*lico, sal#o e0ceç%es pre#istas em lei.o Duplo &rau de jurisdição.o Ei&uém é o*ri&ado a criar pro#as contra si.

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• Den=nciao Requesitos para que não seja inepta:

 odas as elementares do tipo penal e a maneira como ocorreram no casoconcreto.

 odos os dados que puderem implicar alteração da pena +quali-cadoras,causas de aumento, etc.

Condiç%es de tempo, local e modo de e0ecução.o Rece*imento da den=ncia

Assim que o jui9 perce*er que a den=ncia preenc3eu os requisitos le&ais,a partir desse momento considera!se e4eti#amente iniciada a ação penal.

o Rejeição da den=ncia Inépsia mani4esta H a peça apresentada contém narrati#a incompreensí#el

dos 4atos, ou nçao identi-ca su-cientemente o réu, ou não o*ser#a osrequisitos pre#istos no art. 1, CPP.

2alta de pressuposto processual ou de condição da ação H quando quemden=ncia não tem capacidade para ser parte, ou capacidade postulat"rio,ou ile&itimidade ati#a ou passi#a etc.