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Projetos Estratégicos de Defesa e seus reflexos na formação do comandante de fração1
RESUMO O trabalho a seguir apresentado trata da implementação dos Projetos Estratégicos
do Exército para a recuperação operacional das Forças Armadas, tendo como objetivo analisar
qual é a influência no planejamento da transformação da formação do futuro oficial do
Exército Brasileiro para que o Cadete tenha um maior contato com a nova doutrina, para que
esteja preparado para o combate na Era do Conhecimento. A pesquisa foi realizada a partir da
análise bibliográfica e documental de trabalhos relevantes inseridos na temática Defesa
Nacional, documentos disponibilizados pelo Escritório do Projeto do Exército e publicações
periódicas sobre o tema. As principais conclusões a que se chegou que, o Brasil vem
desempenhando um papel cada vez mais relevante no contexto político-econômico. Para tanto
faz-se necessário o desenvolvimento adequado, de diversos setores considerados essenciais
para garantia da soberania e também, uma reestruturação das atividades do currículo
acadêmico da Academia Militar das Agulhas Negras, registrando alterações percebidas e
algumas de suas implicações práticas no dia-a-dia do Cadete.
Palavras-chave: Projetos Estratégicos do Exército, Transformação, Era do Conhecimento,
Doutrina
1 INTRODUÇÃO
O acelerado crescimento econômico que o Brasil atingiu na primeira década do
Século XXI fez com que o País fosse projetado no cenário internacional, assumindo um lugar
de destaque no cenário político regional e também mundial. A nova relação de forças de
mercado, em que a riqueza de países desenvolvidos é transferida para os países emergentes,
faz com que o Brasil se destaque com a “grande possibilidade de produção de energia, larga
produção de alimentos e detentor das principais reservas de água doce mundiais” aumentando
o peso do país nos processos decisórios mundiais em um futuro próximo (Revista Verde-
Oliva, 2013, p 3).
Assim, cresceu a importância de o Brasil estar preparado para enfrentar os
novos desafios da Era do Conhecimento, que possui como características “maior velocidade,
confiabilidade e baixo custo de transmissão e armazenamento de informação e
conhecimento”. Nesse contexto, o Estado Brasileiro, em 2008, redigiu a Estratégia Nacional
de Defesa (END), em que projetou um processo de renovação e transformação das Forças
Armadas. A END estabelece de forma sistemática: a reorganização e a reorientação das
Forças Armadas, a organização de material de defesa, para assegurar uma autonomia
operacional diante da dependência tecnológica e uma política de composição dos seus
efetivos em relação ao Serviço Militar Obrigatório. Além disso, a END pauta-se
principalmente pela diretriz da dissuasão, equipando as Forças Armadas com poderio militar a
fim de desencorajar ações de forças externas sobre o nosso território. (BRASIL, 2008)
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1Elaborado por: Francisco Bento Ferreira Neto, Fábio Bonfim de Lima, Rodrigo Coutinho Rosa,
Rafael Paiva de Oliveira e Gabriel Felipe Engelke, todos Cadetes de Infantaria do 4º ano da AMAN,
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sob orientação de Guilherme Pereira Calixto, 1º Tenente de Infantaria, Instrutor do Curso Básico da
AMAN
Alinhado com a END, o Exército Brasileiro, através do seu Estado-Maior,
vislumbrou várias ações estratégicas que direcionariam essas transformações. Os Projetos
Estratégicos do Exército (PEE) definidos então foram: Sistema Integrado de Monitoramento
de Fronteiras (SISFRON), Defesa Cibernética, Guarani, ASTROS 2020, Sistema Integrado de
Proteção de Estruturas Estratégicas Terrestre (PROTEGER) e Projeto de Recuperação da
Capacidade Operacional da Força Terrestre (RECOP).
O SISFRON é um sistema integrado de sensoriamento, de apoio à decisão e de
emprego operacional, cujo propósito é fortalecer a presença e a capacidade de ação do Estado
na faixa de Fronteira, produzindo informações confiáveis e oportunas para reduzir
vulnerabilidades e otimizar a atuação do Exército Brasileiro e o apoio às operações conjuntas
e interagência - cada vez mais frequente na faixa fronteiriça.
O Projeto Defesa Cibernética visa prover a capacitação tecnológica e de
recursos humanos, o desenvolvimento de doutrina de proteção de ativos e estruturas, pela
operacionalização de sistemas de segurança da informação e pelo incentivo à produção
nacional no setor de defesa cibernética, permitindo assim a comunicação em rede com
segurança entre os diversos setores da Forças Armadas.
O Projeto Guarani tem como objetivo dotar o Exército Brasileiro de uma nova
família de blindados sobre rodas, para o emprego desses veículos como material de defesa na
proteção das infraestruturas do país, fortalecendo as ações do Estado na segurança e defesa do
território nacional ampliando sua capacidade dissuasória, além de apoiar as ações de Defesa
Civil e as operações de Garantia da Lei e da Ordem. O Projeto ainda introduz e moderniza
uma doutrina em diversas Organizações Militares.
O Projeto ASTROS 2020 pretende equipar a Força Terrestre de meios capazes
de prestar um apoio de fogo de longo alcance, com elevada precisão e letalidade com o
desenvolvimento nacional de míssil tático, foguete guiado e das viaturas lançadoras. Seu
sistema de lançamento busca integrar a interoperabilidade com a Marinha e a Força Aérea
aumentando assim a capacidade dissuasória extra regional.
Dessa forma os PEE estão alinhados com que estabelece a doutrina do Exército
Brasileiro, que prioriza a capacidade de dissuasão terrestre compatível com a projeção
internacional em apoio à política exterior do País, atuação no espaço cibernético com
liberdade de ação e interoperabilidade com as demais Forças Singulares, e
complementariedade com outros órgãos e agências mantendo assim uma gestão integrada em
todos os níveis. Assim os PEE estão inseridos dentro de um planejamento político-estratégico,
em matéria de Defesa, adequados para os novos desafios da Era do Conhecimento. (BRASIL,
2014)
Com a finalidade de preparar os futuros oficiais da linha militar bélica, a
Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) vem desenvolvendo uma série de ações, a
fim de promover a capacitação profissional dos Oficias e Cadetes para que esse conhecimento
possa ser aplicado no corpo de tropa. A AMAN realiza anualmente a Manobra Escolar, com a
participação de diversos estabelecimento militares de ensino do Exército Brasileiro,
empregando os mais modernos equipamentos como a Viatura VBTP Guarani, Fuzil I-A2,
Lançador Múltiplo de Foguetes Astros e Radar Saber M60. A Academia investiu também na
montagem de modernos laboratórios de informática e adequou a grade curricular dos Cadetes
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com a criação de cadeiras específicas voltadas para os Projetos Estratégico. Além de
promover a realização de estágios, para os Cadetes do 4º Ano, de forma presencial, nas
diversas Organizações Militares que estão implementando os PEE, a fim de adquirir um
conhecimento prático da doutrina.
Em suma, o cenário político-econômico mundial vem sofrendo diversas
alterações nos últimos anos, influenciado por diversos fatores, como a mudança climática
global, surgimentos de novos atores globais não-estatais e o crescimento da velocidade de
transmissão de informações. Assim, para adequar-se a essas transformações, o Brasil realiza
um processo de reorganização e reorientação de suas Forças Armadas, estabelecendo Projetos
Estratégicos nos setores prioritários da Defesa Nacional, inserindo-se de melhor maneira na
Era do Conhecimento, cujas características marcantes são a imprevisibilidade do conflito e
opinião pública como condicionante para o sucesso das operações militares. Os Projetos
Estratégicos do Exército são responsáveis por estimular a inovação e a produção focando no
desenvolvimento da indústria nacional, a fim de diminuir a dependência da aquisição de
materiais de outros países. Outro fator que os PEE buscam é a utilização de meios
tecnológicos avançados e de alta complexidade, entretanto utilizando-os como instrumento no
combate decisivo nas operações de amplo espectro.
2 SISFRON
O Brasil é um país com dimensões continentais, com mais de 8.000.000 Km²,
sendo o quinto maior país do mundo, ocupando 48% de toda a área da América do Sul, e por
consequência, uma fronteira extensa, 16.886 km distribuídos em 11 estados brasileiros, 122
cidades limítrofes que fazem divisa com 10 países.
Com uma área dessa magnitude, as fronteiras acabam se tornando pontos
sensíveis para a pratica de crimes transnacionais e transfronteriços, onde ocorre tráfico de
drogas, de animais, plantas, entrada e saída de armamentos. Diante disso, visando proteger as
áreas sensíveis para a nação, que são delimitadas a 150km ao longo de nossa fronteira,
segundo o Art. 20, § 2 da Constituição Federal de 88, o país conta com o Exército Brasileiro
para realizar sua segurança. Para isso, o Exército Brasileiro implementou o SISFRON,
Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras.
O projeto visa o monitoramento das nossas fronteiras contra qualquer tipo de
ameaça e será integrado com informações de vários tipos de sensores, no qual será realizado
com a cooperação e coordenação com várias agências.
No site do EPEX (Escritório de Projetos do Exército Brasileiro), pode-se
observar algumas informações sobre o projeto, como: O Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras – SISFRON é
um sistema de sensoriamento e de apoio à decisão em apoio ao emprego
operacional, atuando de forma integrada, cujo propósito é fortalecer a presença e a
capacidade de monitoramento e de ação do Estado na faixa de fronteira terrestre,
potencializando a atuação dos entes governamentais com responsabilidades sobre a
área. Foi concebido por iniciativa do Comando do Exército, em decorrência da
aprovação da Estratégia Nacional de Defesa, em 2008, que orienta a organização das
Forças Armadas sob a égide do trinômio monitoramento/controle, mobilidade e
presença.
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Para o Exército, o SISFRON deverá, além de incrementar a
capacidade de monitorar as áreas de fronteira, assegurar o fluxo contínuo e seguro
de dados entre diversos escalões da Força Terrestre, produzir informações confiáveis
e oportunas para a tomada de decisões, bem como, apoiar prontamente em ações de
defesa ou contra delitos transfronteiriços e ambientais, em cumprimento aos
dispositivos constitucionais e legais que regem o assunto, em operações isoladas ou
em conjunto com as outras Forças Armadas ou, ainda, em operações interagências,
com outros órgãos governamentais.
[..]
Ressalta-se que os modernos recursos tecnológicos incluídos no
SISFRON habilitam o combatente da Força Terrestre a operar em ambiente de alta
complexidade tecnológica, adaptando-o às demandas de consciência situacional
instantânea e ao conceito da guerra centrada em redes. O conceito de emprego é
dual, ou seja, permite iniciativas de defesa externa, em conjunto com as demais
Forças Armadas, bem como o apoio à atuação de órgãos públicos de segurança, em
operações interagências, contra delitos transfronteiriços.
O Programa contribuirá para o aumento da capacitação tecnológica, da
autonomia e da sustentabilidade da base industrial de defesa, com a aquisição de
itens de alto valor agregado e com a diversificação da pauta de exportação nacional,
contribuindo assim para a geração de empregos e de renda nos setores de tecnologia
e infraestrutura.
Mais recentemente, o Programa de Proteção lntegrada de Fronteiras
(Decreto N° 8.903, de 16 de novembro de 2016) reenfatizou a importância das ações
de prevenção, do controle, da fiscalização e da repressão dos delitos transnacionais e
ambientais na faixa de fronteira. A diretriz principal desse diploma legal é a atuação
integrada dos órgãos de segurança pública, das Forças Armadas e da Receita
Federal, além de outras agências federais, estaduais e municipais. O SISFRON,
desde a sua concepção, está alinhado com o Programa.
Ainda sobre o projeto, em artigo sobre o projeto publicado na edição especial
de 2013 da revista Verde Oliva, o centro de comunicação do Exército cita que o projeto
contará com o investimento de aproximadamente R$ 12 bilhões de reais, tendo um período de
implantação de 10 anos. O artigo cita também que o projete é considerado um sistema de
sistemas, onde seus principais sistemas serão:
- Subsistema de sensoriamento, que empregara radares de vigilância terrestre e
área de baixa altura, sensores óticos, optrônicos e sensores de sinais eletromagnéticos, dentro
outros meios, para apoiar as ações de vigilância, reconhecimento e monitoramento da faixa de
fronteira;
- Subsistema de Apoio a Decisão, que irá tratar os dados coletados pelos
sensores, com o intuito de prover ao decisor, em cada nível organizacional, a consciência
apurada de cada situação apurada;
-Subsistema de Tecnologia da Informação e Comunicações, que realizará o
tráfico de dados entre os componentes do SISFRON, possibilitando a integração do sistema e
disseminação das informações. O sistema ainda compreenderá redes de comunicação fixas e
moveis, inclusive em carentes de infraestrutura, proporcionando uma melhoria na largura da
banda disponível;
- Subsistema de Segurança de Informações e Comunicações (SIC) e Defesa
Cibernética, que irá assegurar confidencialidade, autenticidade, integridade e disponibilidade
das informações do sistema. Esse sistema conta com a supervisão experiente do Setor
Cibernético do Exército Brasileiro;
- Subsistema de Simulação e Capacitação, que será responsável pela formação
e especialização do pessoal envolvido na gestão, operação, logística e desenvolvimento do
SISFRON;
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-Subsistema de Logística, compreende a infraestrutura necessária para a
realização das atividades de manutenção, suprimento e transporte, a fim de assegurar a
manutenção continua do sistema;
- Subsistema de Atuadores, que irá compreender as forças militares, os
integrantes de órgãos e agências, os produtos de defesa e segurança e os procedimentos
operacionais necessários para o cumprimento das missões constitucionais e legais do Exército
Brasileiro, na faixa de fronteira.
Aliado a concepção do sistema, há a implementação de novas estruturas
organizacionais, entre elas: Centro de Monitoramento de Fronteiras, Centros Regionais de
Monitoramento e Centros Regionais de Interação.
O projeto prevê como benefícios o aumento do poder de dissuasão nacional,
além de ampliar a operacionalidade da Força Terrestre, acaba dando oportunidades de
crescimento para as indústrias de defesa nacionais, e como consequência uma geração de
empregos na indústria nacional e desenvolvimento da tecnologia nacional, criando uma
sustentabilidade tecnológica.
3 DEFESA CIBERNÉTICA
O crescimento exponencial e a modernização dos recursos tecnológicos
(computadores, smartphones, tablets), é a maior representação do avanço 'high-tech'
(tecnologia de alta definição) no mundo. Estão presentes, num caráter indispensável, nos
processos utilizados em empresas, indústrias, e principalmente, nas instituições
governamentais.
Assim, o número de vulnerabilidades cibernéticas e as ameaças a esses
processos vieram em ascendência nos últimos anos, provocando um estado de alerta
permanente para as nações que não possuíam uma estrutura adequada para lidar com esses
riscos. Tais acontecimentos demonstraram que, os Estados que detém uma organização
sistemática para enfrentar o perigo configurado à segurança nacional, são os mais influentes
na política mundial, uma vez que possuem ampla capacidade para atacar virtualmente
materiais eletrônicos e redes de computadores pelo mundo afora.
Visando uma adequada preparação e capacitação das Forças Armadas à
garantia da segurança do país em tempo de paz ou em situações de crise, estabeleceu-se a
END, que instituiu ações de médio e longo prazo além de atitudes objetivas de modernização
da estrutura nacional de defesa. Dentro desse escopo foram firmados três setores estratégicos
para a Defesa Nacional: Nuclear, espacial e cibernético - onde este último foi o capitaneado
pelo Exército Brasileiro, incumbido de gerenciar o processo de estruturação do campo.
O setor cibernético compreende a utilização da rede de computadores e de
comunicação destinada a movimentação de informações pelas diversas instituições do país,
abrangendo aquelas ligadas aos setores estratégicos, como a Defesa Nacional. Logo, graças
definição do campo cibernético como uma esfera de importância estratégica para a defesa
nacional, nasceu o Projeto Estratégico de Defesa Cibernética. A partir desses eventos foram
estabelecidos diversas portarias e decretos a fim de melhor estruturar o sistema de defesa
cibernética. Em 2010 foram dados os primeiros passos, quando em cumprimento a diretriz da
END foi criado o Núcleo do Centro de Defesa Cibernética, órgão que deu origem, através de
decreto presidencial, ao atual Centro de Defesa Cibernética, nascendo assim o organismo
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responsável pela coordenação e integração das atividades de defesa cibernética, no âmbito do
Ministério da Defesa.
A criação do centro proporcionou o processo de capacitação de pessoal, para
atuar na área através dos cursos e estágios realizados e o incentivo à pesquisa científica no
setor - graças ao estímulo à realização de simpósios e seminários que proporcionam a
aproximação com instituições civis e empresas que atuam no campo cibernético. Os reflexos
da criação da unidade atingiram vários níveis dentro do Exército, na Academia Militar das
Agulhas Negras, como na criação de uma Cadeira de Ensino específica para o ensino de
cibernética para os cadetes, construção de laboratórios e abriu-se a possibilidade dos discentes
realizarem o estágio de especialização na área no Centro de Defesa Cibernética.
Devido a esse fracionamento das atividades, dez projetos ganharam forma
dentro do Projeto Estratégico dos quais o desenvolvimento de equipamento de Rádio Definido
por Software (RDS), a criação de uma Rede Nacional de Segurança da Informação e
Criptografia (RENASIC) e o desenvolvimento de doutrina para essas atividades são os que
mais se destacam.
O RDS é um sistema de comunicação onde os componentes de hardware
(misturadores de frequência, detectores, moduladores etc.) são implementados por meio de
software, basicamente, consiste em um computador pessoal equipado com uma placa de som
onde uma quantidade relevante de processamento de sinal é entregue a um software em vez de
ser feito em especial para o hardware. A intenção é produzir um rádio que receba e transmita
protocolos de rádio amplamente diferentes além de ser flexível ao ponto de evitar a limitação
do espectro, resolvendo problemas de interferência. O ajuste da potência dinâmica do
transmissor com bases nas informações do receptor e bloqueio de sinal direcional pela antena
são exemplos de outras vantagens desse rádio.
A RENASIC tem como objetivo ascender o a Segurança da Informação e
Criptografia (SIC) brasileira aos níveis dos países mais desenvolvidos nessa área, através da
integração das diversas instituições que atuam na área de pesquisa de SIC. Para realizar tal
integração a rede possui cerca de oito projetos em andamento, são eles: VIRTUS, PROTO,
QUANTA, LAPAD, ASTECA, LATIM, LAPROJ e o LABIN.
Além da criação do Centro de Defesa Cibernética, outros objetivos são alvos
do Programa de Defesa Cibernética, como: a dotação do Ministério da Defesa e das Forças
Armadas da estrutura de defesa necessária para execução da atividade, a busca por inovação
na área de segurança da informação e comunicações, implantação de um sistema de
homologação e certificação de produtos de defesa cibernética, promoção da interação das
diversas instituições que trabalham no campo cibernético, e ainda, a criação, já realizada, do
Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber) e a Escola Nacional de Defesa Cibernética
(ENaDCiber). O ComDCiber é o organismo responsável pelas atividades de ciência,
tecnologia e inovação, doutrina, recursos humanos, operações e inteligência de defesa
cibernética. A ENaDCiber já possui seu núcleo de formação e será responsável pela criação
de uma “célula nacional”, capaz de absorver e disseminar as capacitações relativas à defesa
cibernética.
Dessa maneira, pode-se perceber o grau de importância da existência de
investimentos no setor cibernético, visto que, acontecimentos como os de espionagem
americana contra o Brasil (onde pessoas ocupantes de importantes cargos na esfera pública
tiveram suas ligações monitoradas), não podem voltar a acontecer, pois ameaçam a segurança
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nacional e passam uma imagem de país fraco e inseguro na área de defesa. À vista disso, a
criação dos projetos estratégicos na área proveu ganhos em coordenação, visão e relevância
permitindo ao Estado brasileiro possuir uma estrutura operacional, pessoal capacitado,
instrumentos táticos de vigilância e reposta, bem como, a instituição de uma linha
orçamentaria específica para a área, aproximando o Brasil do que também é realizado nos
países desenvolvidos.
4 PROJETO GUARANI
Associado ao contexto dos novos projetos estratégicos de defesa surge o
Projeto Guarani, que vem desenvolvendo novas famílias de viaturas blindadas de rodas para
dotar a força terrestre com modernos meios de dissuasão e de defesa do território nacional. O
projeto irá contribuir para o crescimento da indústria nacional de defesa e criará condições
para que o Exército Brasileiro tenha uma maior capacidade de se adequar às novas exigências
decorrentes da era do conhecimento.
O Projeto tem como principal objetivo transformar as Organizações Militares
de Infantaria motorizada em mecanizada e modernizar as Organizações Militares de Cavalaria
Mecanizada. A incorporação das novas viaturas implicará em uma reestruturação das
Brigadas do EB, e consequentemente trará mudanças no aspecto operacional, proporcionando
maior mobilidade tática, proteção blindada, relativa ação de choque e aumento do poder de
combate.
É dotado com tecnologia de ponta, com viaturas que apresentam robustez,
simplicidade no emprego e custo reduzido de manutenção; tem como principais
características: plataforma – chassi- versão 6x6, que permite uma migração, com facilidade,
para a versão 8x8; transmissão automática, ar condicionado, capacidade anfíbia e noturna,
velocidade elevada em estrada e em terreno variado (Máx:100km/h), aerotransportável,
proteção blindada STANAG 2 (munição perfurante, incendiaria, minas anticarro e explosivos
improvisados), baixa assinatura térmica, capacidade de navegação GPS ou inercial,
capacidade de deslocamentos a grandes distâncias (600 km de autonomia) e baixa
dependência de apoio logístico e facilidade de manutenção, conforme a figura abaixo:
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Figura 1: Infográfico – Ministério da Defesa, 2013
Apresenta um sistema de comando e controle que possibilita a aplicação do
conceito de “consciência situacional”, que pode ser definida como “a percepção dos
elementos do ambiente, a compreensão do seu significado e a projeção de seu estado no
futuro próximo” (Endsley, Bolté; Jones, 2005) e um sistema de armas que de acordo com o
tipo de viatura poderá conter um canhão 30mm, metralhadoras .50 ou 7.62mm, lançadores de
granadas e um sistema de armas remotamente controlado (REMAX) desenvolvida e
produzida no Brasil, dando assim uma maior segurança a guarnição, principalmente em
ambientes urbanos que são enfrentados hoje com operações de garantia da lei e da ordem no
território nacional e de pacificação em território internacional. Tal tecnologia, estação
REMAX, é o único sistema de armas de sua modalidade que é desenvolvido no hemisfério
sul.
Outra possiblidade marcante do novo projeto é a capacidade de emprego dual
que ele possui, podendo ser utilizado tanto pelas forças armadas quanto por órgãos de
segurança pública. Tal fato permite a realização de operações conjuntas e interagências em
melhores condições, o que é de fundamental importância na atual conjuntura de emprego do
Exército Brasileiro em operações de garantia da lei e da ordem.
O projeto contempla ainda uma subfamília média, com as versões de
reconhecimento, de transporte de pessoal, morteiro, socorro, posto de comando, de artilharia
antiaérea, central de tiro, oficina e ambulância; e uma subfamília leve, com as versões
reconhecimento, anticarro, morteiro leve, radar, posto de comando e observação avançada.
(BRASIL, 2013), conforme a figura:
Figura 2: Versões previstas para a VB-MR Guarani. Fonte: ROSA, 2013.
Dessa forma o Exército Brasileiro busca substituir com 3893 novas viaturas da
família GUARANI suas atuais de transporte de pessoal (VBTP) URUTU e CASCAVEL,
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fabricadas pela ENGESA na década de 80, que estão obsoletas com aproximadamente
quarenta anos de utilização. Desenvolvido pelo Sistema de Ciência e Tecnologia do EB, o
novo projeto proporcionará um avanço no que tange a capacidade de dissuasão e de combate
da tropa pois incorporará uma série de aparatos tecnológicos que são indispensáveis para o
cumprimento de missões complexas e incertas que serão enfrentadas no século XXI. Segundo
a Portaria 165-EME, de 15 de agosto de 2014, a reestruturação das Forças Mecanizadas
deverá ocorrer até o ano de 2031.
Para a implementação do Projeto, o Exército Brasileiro, em 2007, instalou em
Sete Lagos (MG) uma fábrica dedicada a tal projeto, definiu todos os requisitos necessários ao
produto e escolheu como fabricante a empresa Iveco; além disso, participou de todas as etapas
do projeto e por deter sua propriedade intelectual possui direito a royalties em caso de
exportação. Já existe previsão para a exportação do produto tendo em vista o interesse de
outros países no projeto, como, por exemplo, a Argentina.
Paralelamente ao desenvolvimento das novas viaturas blindadas GUARANI
torna-se necessário a instrução e adestramento dos corpos de tropas para o correto emprego
desse novo material. Com isso inicia-se nos bancos escolares das escolas de formação dos
futuros comandantes de fração, AMAN e Escola de Sargento das Armas (EsSA), a preparação
dos futuros líderes para o emprego tático da Infantaria Mecanizada no amplo espectro da
força e da era do conhecimento. Os cadetes do 4º ano da AMAN têm como matéria eletiva um
estágio realizado no 33º Batalhão de Infantaria Mecanizada em Cascavel (PR), onde podem
travar contato com tal material e têm instruções de emprego tático e técnico da nova VBTP;
além do estágio os cadetes da AMAN e os alunos da EsSA tem contato com o material
durante a Manobra Escolar realizada na AMAN e coordenada pelo Departamento de
Educação e Cultura do Exército (DECEX). Durante o exercício, os futuros líderes de fração
podem contar com instruções preliminares e práticas do emprego do grupo de combate, do
pelotão e da companhia mecanizada, desenvolvendo competências necessárias para que em
um futuro próximo possam comandar frações mecanizadas e ministrar instruções nos corpos
de tropas acerca do assunto.
Por fim, de acordo com a Revista Verde-Oliva (2013), o projeto GUARANI
constitui um fato inédito no Brasil e trará novas oportunidades de desenvolvimento
tecnológico à indústria nacional, contribuindo, de forma decisiva, para a transformação do
Exército Brasileiro.
5 ASTROS 2020
O projeto Astros 2020 é uma variação mais moderna do Sistema Astros II. O
Sistema Astros começou a ser desenvolvido no início dos anos 80 pela empresa AVIBRAS,
com o objetivo de atender um pedido de Saddam Hussein. Naquela época o Irã e o Iraque
estavam envolvidos em uma guerra brutal e o Iraque estava tendo grandes dificuldades em
conter os constantes ataques de infantaria do Irã, sendo as posições defensivas iraquianas
frequentemente conquistadas pelas forças iranianas. Por isso, Saddam Hussein estava à
procura de um veículo lançador de foguetes que fosse modular, barato e de fácil manutenção
no campo de batalha. Além disso, deveria ser robusto o suficiente para suportar as duras
condições da guerra no deserto.
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Em resposta a essas exigências, a AVIBRAS apresentou ao mundo em 1983 o
sistema Astros II. Ao contrário de outros sistemas similares, o ASTROS podia disparar, ao
mesmo tempo, projéteis de calibres diferentes e a distâncias diferentes, tornando-o muito
versátil no campo de batalha. O ASTROS II foi um sucesso instantâneo, com o Iraque
adquirindo 66 unidades.
O Brasil caminha para ser uma importante nação, com grande projeção no
contexto internacional. Seja pela sua economia, pela sua dimensão territorial, pela grandeza
de suas riquezas ou por sua liderança regional no continente sul-americano. Tais fatores
demandam que o país possua Forças Armadas estruturadas, treinadas, equipadas e com grande
poder de fogo, respaldando o país em suas decisões a nível internacional.
Dentre as capacidades elencadas no projeto de transformação do Exército
Brasileiro, a mais importante é a dissuasão extra regional, que é a capacidade de dissuadir
forças hostis junto às fronteiras nacionais, às águas jurisdicionais e o espaço aéreo brasileiro.
Nesse contexto, nasceu o projeto ASTROS 2020, visando a criação de um sistema de apoio de
fogo de longo alcance e com elevado nível de precisão.
O projeto ASTROS 2020 é estruturado nas seguintes etapas: criação e
implantação de uma Unidade de Mísseis e Foguetes, um Centro de Instrução de Artilharia de
Mísseis e Foguetes, um Centro de Logística de Mísseis e Foguetes, uma Bateria de Busca de
Alvos, paióis de munição, e uma Base de Administração e Campo de Instrução de Formosa;
modernização do atual 6º Grupo de Lançadores Múltiplos de Foguetes, transformando-o em
6º Grupo de Foguetes; desenvolvimento do foguete guiado e do míssil tático de cruzeiro e
construção de Próprios Nacionais Residenciais (PNR) e outras instalações para a acomodação
dos militares e suas famílias em Formosa (GO), (Revista Verde-Oliva, 2013, p 3).
A palavra ASTROS é formada pela abreviação das palavras em inglês Artillery
Saturation Rockets System, e, por ser modular, pode receber de 4 a 32 lança foguetes. Os
módulos com os lança-foguetes são instalados no topo de uma estrutura rotativa que pode ser
elevada de forma livre, com múltiplos graus de inclinação. Toda essa estrutura é montada na
nova viatura lançadora múltipla universal na versão MK-6, cuja cabine é revestida por uma
blindagem leve, capaz de proteger a população de estilhaços e de armas de baixo calibre. Esse
veículo de transporte pode atingir cerca de 100km/h em estrada e tem uma autonomia de
aproximadamente 500km. Conta também como uma metralhadora calibre .50 para fins
defensivos. O processo de recarregamento é simples e rápido. Existem quatro variações
básicas em produção: a SS30, capaz de disparar até 32 foguetes de 127mm cada, a SS-40,
com uma capacidade para lançar 16 foguetes de 180mm cada, e a SS-60 e SS-80, capazes de
lançar até 4 foguetes de 300mm cada uma. Esses foguetes tem um alcance que varia entre 9 e
90 quilômetros. Em fase final de desenvolvimento, está a versão MTC 300, que será capaz de
lançar mísseis de cruzeiros com o alcance de até 300 quilômetros.
Ainda dentro do âmbito do projeto ASTROS 2020, para o lançamento de
mísseis de cruzeiro estão sendo desenvolvidos mísseis guiados por GPS AVI-40, e ainda
integração com os sistemas para defesa antiaérea. Após a conclusão de todos esses
desenvolvimentos, o sistema Astros, que já é um dos mais completos a nível internacional, se
transformará em uma das plataformas de foguetes mais versátil do mundo.
O Projeto ASTROS 2020 está concentrado na área norte e é denominado Forte
de Santa Bárbara, em homenagem à padroeira dos artilheiros. O projeto iniciou em 2012 e
tem previsão para a conclusão de todas as suas etapas em 2018.
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Apesar de ter sido criado por uma empresa brasileira e de ser construído no
Brasil, o Exército Brasileiro opera apenas 20 ASTROS II e 18 ASTROS 2020, com os
fuzileiros navais preparando-se para receber 6 ASTROS 2020, especialmente adaptados.
Além do Iraque com seus 66, e da Arábia Saudita com seus 76 veículos, a Malásia possui o
arsenal de 54 lançadores, com a Indonésia também tendo outros 36. A Angola, Catar e
Bahrein também adquiriram diversas unidades, mas o número exato não foi divulgado.
Até o momento, a AVIBRAS já construiu cerca de 170 Astros, com dezenas de
outros em fase de construção. Todo o sistema é formado por diferentes tipos de veículos, cada
um para uma função específica. Transporte dos militares, o veículo lançador em si, o veículo
de transporte de munição e recarregamento e unidades dedicadas ao controle e monitorização
dos disparos. Trata-se, sem dúvida, de um dos sistemas mais avançados disponíveis no
momento, sendo mais versátil que muitos sistemas mais caros e complexos.
5.1 Criação do SIMAF na AMAN como ferramenta de apoio à instrução
Quase que paralelamente ao projeto ASTROS 2020, foi colocado em prática o
projeto SIMAF (Simulador de Apoio de Fogo). O Projeto teve início em de outubro de 2010,
no Quartel-General do Exército, onde foi lançado, formalmente, com a presença do
Comandante da Força, dos Oficiais Generais do Alto Comando, de autoridades diplomáticas e
de empresários espanhóis, com a assinatura do Termo de Abertura do primeiro módulo do
sistema.
Em 2015, todos os equipamentos de simulação foram instalados e integrados
ao prédio do SIMAF/AMAN, permitindo o adestramento seus quadros de maneira muito
eficiente e real.
A principal vantagem do Simulador de Apoio de Fogo é a otimização do uso da
munição, já que não é necessário o uso de munição real, podendo o militar realizar o tiro
simulado por diversas vezes até que esteja realmente pronto para executar o tiro real, para
finalizar seu adestramento/aprendizagem.
A escolha de instalar o SIMAF na AMAN trouxe grandes benefícios para os
Cadetes e, principalmente, para o Exército. De posse dessa ferramenta, o futuro oficial deixa
academia com uma preparação mais adequada e com uma base muito mais sólida de
conhecimentos, tendo em vista a prática continuada e o contato com técnicas de tiro de
armamentos que utilizam tecnologias extremamente avançadas, como os mísseis antiaéreos do
projeto ASTROS 2020.
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6 CONCLUSÃO
O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma análise de como o
Brasil está inserido no contexto político-econômico mundial e como o desenvolvimento
tecnológico-militar vem contribuindo, através dos Projetos Estratégicos, para uma maior
participação brasileira no cenário internacional. Além disso, também permitiu um estudo da
mudança curricular que os futuros comandantes de fração do Exército Brasileiro vêm
sofrendo para se adequar a essas mudanças e a Era do Conhecimento.
O projeto de Defesa Cibernética traz inovações que refletem na evolução do
setor cibernético brasileiro e implica na produção de sistemas de proteção das infraestruturas
críticas da nação, nota-se que com a criação da disciplina de Cibernética na AMAN e
instalação de modernos laboratórios de informática, a formação do Cadete busca se adequar a
tal necessidade criada com tal projeto.
O projeto GUARANI traz uma nova família de blindados para o Exército
Brasileiro e transforma as unidades motorizadas em mecanizadas, dando assim uma maior
ação de choque e proteção blindada a tropa, para se adaptar a tal transformação os futuros
líderes de pelotão participam de estágios nas novas Unidades mecanizadas, travando contato
com o material e o empregando taticamente, e utilizam os novos blindados na Manobra
Escolar anualmente, quando tem a oportunidade de ter instruções teóricas e práticas com o
Guarani.
O projeto ASTROS 2020 contribui para o reaparelhamento do Exército
Brasileiro e para aumentar a dissuasão da força terrestre. Na AMAN, a criação do SIMAF dá
a oportunidade de o Cadete ter uma instrução mais realista e adequada, além de economizar
meios e recursos.
De um modo geral, pode-se concluir que os Cadetes da Academia Militar Das
Agulhas Negras (AMAN) estão se adaptando, tanto em seus currículos acadêmicos quanto em
seu dia-a-dia a nova doutrina militar que vem surgindo com a elaboração da nova Estratégia
Nacional de Defesa. Essa adequação ocorre com a implementação das disciplinas de
Sociologia, Ética Profissional Militar, Direito Internacional dos Conflitos Armados e
Sociologia, o que prepara o futuro chefe militar para os desafios e as incertezas das missões
atuais, com a realização de estágios em Organizações Militares que estão dotadas com novo
material e empregando em missões reais ou adestramento; e com instruções em salas de
Informática de última geração e no novo Simulador de Apoio De Fogo.
Dessa forma, os futuros comandantes de fração estarão preparados não só para
utilizarem os materiais e emprega-los taticamente, mas também para ministrar instruções e
disseminar o conhecimento por todos os corpos de tropas do Exército Brasileiro. Tal fato
contribui para a implementação da nova Estratégia Nacional de Defesa.
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REFERÊNCIAS
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217 Especial, 2013a. 62p
_____. EB20-MF-10.102 – Doutrina Militar Terrestre. 1 ed. Brasília, 2014
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Precisão – Poder. Disponível em: <http://www.epex.eb.mil.br/index.php/astros-2020>.
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<http://www.epex.eb.mil.br/index.php/defesa-cibernetica/defesa-cibernetica>. Acesso
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<http://www.defesa.gov.br/industria-de-defesa/paed/projetos-estrategicos/projetos-
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do CPAEx, Rio de Janeiro, 2013.
GERVAZONI, MOISES FELIPE VIANA. Os Projetos Estratégicos do Exército Brasileiro e
suas contribuições para a implementação da Política Nacional de Defesa. Artigo Científico da
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