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Seminário “Infeções associadas aos cuidados de saúde na Beira Interior” Guarda, Hospital de Sousa Martins, 16 de junho de 2015 RESUMO E CONCLUSÕES Lúcio Meneses de Almeida, MD

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Seminário “Infeções associadas aos cuidados de saúde na Beira Interior”

Guarda, Hospital de Sousa Martins, 16 de junho de 2015

RESUMO E CONCLUSÕES

Lúcio Meneses de Almeida, MD

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Sessão de abertura Presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde do Centro Presidente do Conselho de Administração da ULS da Guarda Presidente do Conselho de Administração da ULS de Castelo Branco Vice-presidente do Instituto Politécnico da Guarda Presidente da Associação Portuguesa de Infeção Hospitalar

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Engº Abraão Ribeiro, APIH: iniciativas de proximidade. Finalidade do seminário: boas práticas como geradoras de valor na prestação de cuidados de saúde Agendamento de encontro nacional PPCIRA. Prevenção e controlo das IACS como investimento

Prof. Carlos Rodrigues, ULSG: IACS – o primado hipocrático do “primum non nocere”. Antimicrobianos – do tratamento da infeção à emergência das resistências. PPCIRA-ULSG: consolidação da sua atividade e apoio do Conselho de Administração (aumento de horas afetas; objetivo estratégico do CA)

Dr José Manuel Tereso, ARSC – IACS como problema de saúde pública da maior transcendência. Felicitou a APIH por desenvolver a iniciativa na Beira Interior e no contexto do seu pólo de saúde. Importância da iniciativa e do tema em debate. “Tema demasiado importante”. Há que promover uma cultura de controlo de infeção (profissionais, visitas, etc.) em todos os settings prestadores (incluindo domicílio) e uma cultura de avaliação. “Com pequenos gestos se salvam vidas”: a higienização das mãos.

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Infeções associadas aos cuidados de saúde: a realidade loco-institucional

ULS de Castelo Branco (Dr António Vieira Pires) Caraterização do âmbito geodemográfico da ULSCB. Estrutura etária envelhecida > maior risco de

IACS. As boas práticas reduzem o risco. A importância da educação do doente e das visitas. Profissionais de saúde: as precauções básicas e adicionais. Prescrição antimicrobiana inapropriada: custos diretos (clínicos) e sociais e económicos. A análise global da utilização de antibióticos na ULSCB: evolução favorável. Monitorização prescricional antibiótica (eg. quinolonas, cefalosporinas de 3ª geração, etc.). Conduta terapêutica: da suspeita clínica à prescrição e “descalação”. Importância da adequação ao contexto clínico-epidemiológico. Insucesso terapêutico: determinantes (escolha errada, etc.) e reavaliação terapêutica. A política de antibioterapia da ULSCB: uso racional. Acesso restrito: autorizado caso a caso. O médico deve ouvir os restantes profissionais da equipa de saúde (eg. farmacêuticos). “Nenhum caminho será longo; há ainda muito que caminhar…”

CH Cova da Beira (Dr Vasco Teixeira Lino) “Pilares”: normas/procedimentos; vigilância epidemiológica (processo); indicadores (resultados).

Vigilância dirigida/ativa. Auditoria às práticas. CHCB como instituição acreditada: controlo da infeção contemplado e consolidado desde há 10 anos. Grande empenhamento de todos os profissionais > resultados. Organização da estrutura local do PPCIRA: elos de ligação/membros dinamizadores e membros consultivos. Sensibilização dos profissionais para o controlo da infeção. Vigilância epidemiológica: trabalho sistemático e contínuo. Documentação do GCL-PPCIRA disponível na intranet. Consolidação e divulgação dos dados da vigilância epidemiológica como instrumento para a ação. Taxa de higienização das mãos mais elevada do que a média nacional. Prevalência de infeção inferior à média nacional (metade). Certificação ISO em 2014 e objetivos de qualidade/controlo da infeção para 2015. Infeções hospitalares como ameaça à segurança do doente e elevado impacte financeiro. CHCB envolvido no projeto STOP Infeção Hospitalar (FCG).

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Infeções associadas aos cuidados de saúde: os atores locais

Drª Alcina Tavares, pneumologista, PPCIRA-ULSG: articulação entre as unidades de saúde Descrição de um caso de estudo. Surto por C. difficile ribotipo 027 no Serviço de Medicina. Procedimentos instituídos em articulação com a Direção Clínica, a Direção de Enfermagem , Serviços Farmacêuticos e Autoridade de Saúde. Medidas de isolamento de contacto (por coortes). Reforços e ajustamento das equipas (assistentes operacionais) e elaboração de suportes de informação (cartazes) para profissionais e visitas. Registo de alta explicitando tipo de infeção e terapêutica. Articulação triangular: laboratório, serviços farmacêuticos e PPCIRA-ULSG. Perfil do doente: idoso, provindo de lares e portador de co-morbilidades. IACS como epidemia silenciosa (OMS). PPCIRA como programa prioritário da DGS. Panorama nacional. Articulação do PPCIRA nacional (DGS/DQS) com os grupos coordenadores regionais (ARS) e locais. População em geral como “stakeholder” fundamental. Controlo da infeção: abordagem sistemática, prioritária e contínua. Elevada preventibilidade (doença associada & custos relacionados). Orgão de gestão: papel fundamental (disponibilizar meios e condições; reconhecer e promover o trabalho desenvolvido). Controlo da infeção: processo em 2 tempos (institucional e pós-institucional/alta). Medidas empreendidas e a empreender/pós-surto: informação (profissionais e público), formação (profissionais) e disseminação (relatório para o grupo coordenador regional do PPCIRA).

Drª Mariana Martins, patologista clínica, PPCIRA-ULSCB: controlo da infeção do hospital à comunidade – a experiência das ULS Comunidade mais “abandonada”. População ULSCB: idosa, co-morbilidades, polimedicada, com história de internamentos prévios. 70% dos internados > 65 anos. Maior tempo de internamento > risco de infeção. “Domicílio”: casa ou lar. RNCCI: grupo-prioritário. Formação. Como implementar uma cultura de controlo da infeção (MRSA). Vigilância epidemiológica de base laboratorial. Revisão de normas ITU et al. Monitorização da prescrição antibiótica: serviços farmacêuticos e PPCIRA-ULSCB. RNCCI: rede extensa e dispersa. A articulação com a RNCCI começa antes mesmo do doente ter alta. Alta: revisão do caso, em articulação com a unidade da RNCCI. Trabalho de equipa e em equipa. Lares: maior proximidade e maior oferta. Maior dificuldade de controlo das infeções associadas a multirresistentes. Criação de protocolo de comunicação de alta. Papel fundamental dos enfermeiros.

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Infeções associadas aos cuidados de saúde: os atores locais

Enfª Lígia Martins Marcelino, Serviço Esterilização ULSG: o papel do serviço de esterilização centralizada Descrição do serviço: organização e funcionamento. Serviço certificado segundo a ISO. Missão: processamento dos dispositivos médicos (DM). DM como “prolongamento da mão e do cuidado”: profissional seguro, maior segurança no procedimento. Promover as boas práticas prevalentes não é suficiente; há que promover a sua melhoria. Trabalho em colaboração com a Comissão de Controlo da Infeção/PPCIRA. Contacto estreito com os serviços clínicos para promoção da adoção das boas práticas. Formação. Cultura de registo/monitorização. Recolha de material estéril fora do prazo. Práticas de esterilização e desinfeção: atividade-chave do controlo da infeção (INSA). Informação sobre os processos de reutilização adequados > importância das fichas técnicas. Transporte como “ponto crítico”. Novas instalações (novo pavilhão) dotadas das condições estruturais e de processo. Níveis de desinfeção em função do risco/contaminação microbiológico. Tipos de limpeza/descontaminação. Desinfeção mecânica por máquina de lavar (desinfeção térmica) ou máquina ultra-sónica (materiais de acesso mais difícil). Controlo da qualidade (processo): teste de eficácia, Clean-trace ®e registo das máquinas de termo-desinfeção. Rastreabilidade como estratégia de controlo da qualidade. Inspeção, embalagem (deve permitir a rastreabilidade), empacotamento, esterilização (diminuição logarítmica da carga microbiana viável). Métodos de esterilização usados no SEC/ULSG. Manutenção preventiva regular. Armazém de estéreis.

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Visita ao Serviço de Esterilização e ao novo pavilhão do HSM

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Almoço de trabalho

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Infeções associadas aos cuidados de saúde: a especificidade pediátrica Drª Graça Rocha: “batalha” pelo controlo da infeção. Antimicrobianos como arma. Internamento como fator de risco. “A prevenção é de todos” e com todos.

Drª Arminda Jorge, pediatra, CHCB Partilha de preocupações e estratégias de controlo da infeção associada aos cuidados pediátricos/de saúde infantil. Prematuridade como fator de risco de IACS > procedimentos invasivos. Ambientes facilitadores da infeção: salas de espera. Impacte individual (clínico) e socio-económico das IACS. Internamento pediátrico: criança transplantada do seu meio. Fatores de risco de IACS. Infeções neonatais, UCIP e sepsis. Mãos como veículo de infeção e transmissão cruzada. Particularidades nas crianças: bacteriémias e infeções virais (> infeciosidade). UCI: bactérias multirresistentes. EPI e falsa sensação de segurança – ponto crítico: correta utilização. Estetoscópios e risco de infeção cruzada. Estratégia de controlo do risco: identificação precoce de infetados; política rigorosa de visitas; higienização das mãos; vacinação antigripal sazonal; antibioterapia criteriosa. Higienização das mãos: lavagem versus SABA – tempo como “ponto crítico”. Medidas de isolamento: pressupõem identificação precoce. Vírus sincicial respiratório (VSR): contacto direto; viável fora do organismo até 12 horas. Coincidente com a época gripal sazonal. Medidas de precaução idênticas. CHCB: manual de boas práticas em contexto gripal (epidémico e pandémico). Nebulização terapêutica e risco de infeção. Medicação em câmara expansora: menor risco.

Campanha de higiene das mãos (“Medidas simples salvam vidas”): formação, informação e avaliação. Os enfermeiros são o grupo profissional mais cuidadoso. Vigilância epidemiológica no Serviço de Pediatria (inclui internamentos cirúrgicos) e no berçário. Brinquedo: instrumento lúdico e de desenvolvimento psicomotor mas veículo de transmissão de infeção > disponibilizar apenas os facilmente higienizáveis.

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Infeções associadas aos cuidados de saúde: partilha de experiências

Drª Leopoldina Vicente: “partilha” como palavra-chave e laboratório como “centro” do trabalho da equipa IACS

Drª Sandra Paulo, CHCB, Serviço de Patologia Clínica: o laboratório Controlo das IACS: um esforço multidisciplinar. O laboratório como parceiro ativo em vários passos. Rapidez e fidedignidade dos resultados. Interpretação microbiológica e antimicrobiana: juízo clínico integrador. Estudos de colonização: técnicas e procedimentos. Comunicação dos resultados: multidirecional. Importância da informação clínica relevante. Resistências aos antimicrobianos. Taxas de infeção hospitalar. Padrões de resistência (CHCB, 2014). Aumento da proporção de estirpes multirresistentes. Formação ao nível dos serviços de urgência: procedimentos de colheita (contaminação). DDO: notificação clínica através do SINAVE > recordatória pelo Laboratório. Microorganismos “alerta” e “problema”.

Enfª Olinda Monsanto, ULSCB, UCIPoliv: vigilância epidemiológica Apresentação de trabalho realizado no HAL. Vigilância epidemiológica institucional: “Conhecer o (nosso) Mundo e não outros mundos”. Caraterização dos fatores de risco intrínsecos e extrínsecos na população internada (idosos). Fatores de risco extrínsecos: procedimentos invasivos (cateterização et al.). Caraterização da flora microbiana hospitalar. Perfil de resistências/sensibilidades. Predomínio de MRSA. Revisão de normas/guidelines internas e sua divulgação. Prevenção da pneumonia associada à ventilação; prevenção da ITU. Previstas (2015) outras revisões.

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Infeções associadas aos cuidados de saúde: partilha de experiências

Enfª Paula Brito, PPCIRA-CHCB: formação e investigação GCL-PPCIRA: trabalho de equipa e em cumplicidade. Investigação (aplicada) versus pesquisa (académica). Epidemiologia: definição e conceitos > aplicação no controlo dos problemas de saúde. “Investigação para a formação”. Relatório de vigilância do CHCB. Inclui ações corretivas a desenvolver. Inquérito epidemiológico > inclui fatores de risco (intrínsecos e extrínsecos) > relatório epidemiológico. Monitorização do consumo de gel alcoólico. Comunicação dos achados aos serviços: etapa fundamental. Programa de auditoria: visita a todos os serviços (1 ou mais vezes/ano). Elaboração de relatório, com análise e medidas corretivas. Comunicação das não conformidades aos serviços > melhoria contínua. Formação dos novos colaboradores e voluntários. 2014: formação de 21% dos colaboradores. Acolhimento dos novos colaboradores: procedimentos de controlo da infeção. Prioridade aos elos de ligação > amplificação da informação comunicada. Fator de risco: elevado “turn over” de determinadas profissões da saúde (assistentes operacionais). Projeto FCG Stop Infeção Hospitalar: CHCB selecionado. Formação em “cascata” e redução das IACS.

Dr Carlos Leça da Veiga, médico infeciologista: do conhecimento à ação “Contar coisas e não ensinar”. 1ª campanha de lavagem das mãos: HSM, 1983. Resolução de 1972 do Conselho da Europa sobre o controlo das infeções hospitalares. Bennett e Brachman, 1986: definição conceptual de infeção hospitalar/nosocomial. Infeção hospitalar como “espúria, ilegítima e dissonante” (Torres Pereira, 1982). Comportamento humano como o mais complexo dos processos. Inversão do ónus da prova e infeção hospitalar (França). Portugal: primeiras comissões de luta contra a infeção hospitalar criadas em 1981 (HSM e HSJ). 1983: primeiro curso internacional de infeção hospitalar em Portugal. HSM: declarações simplificadas de 1983 a 1987 (notificadores: alunos de Medicina: sazonalidade académica). 1987: 1ª Conferência Nacional (58 hospitais e DG Hospitais): “foi um sucesso inútil”…

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Sessão de encerramento Presidente do Conselho de Administração da ULS da Guarda Vice-diretora da Escola Superior de Saúde da Guarda Presidente da Associação Portuguesa de Infeção Hospitalar

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Muito obrigado pela V. atenção