resumo do livro mina de ouro de maria josé dupré - 7º ano (atividades)

Upload: elizangela39

Post on 09-Jan-2016

411 views

Category:

Documents


5 download

DESCRIPTION

7º Ano

TRANSCRIPT

A Mina de Ouro

A obra A Mina de Ouro da autora Maria Jos Dupr, conta sobre uma excurso que se transforma em uma incrvel aventura. Explorando o pico de um morro, onde foram passear, os meninos descobrem a mina de ouro abandonada e se perdem l dentro. Agora, perdidos l na caverna, eles tero que se organizar para comer, beber, dormir e arquitetar meios para sarem de l. Esta aventura na gruta duram exatamentesete dias. Maria Jos Dupr escritora de romance e literatura infantil. Nasceu em uma fazenda no municpio de Botucatu prxima da divisa entre So Paulo e Paran. Suas principais obras so: O Romance de Tereza Bernard, ramos Seis, O Cachorrinho Samba e A Mina de Ouro. Na presente obra sero analisadas as relaes sociais no ambiente em que estavam o que realmente mais importante na vida, o infortnio de viver isolados da famlia e as relaes que essa histria tem com o cotidiano das pessoas nos dias de hoje.

1.0. A Escolha de um chefeNo caminho para o pico do morro ouve uma poltica democrtica por parte dos meninos e meninas a respeito de quem seria o chefe para organizar e direcionar aquela turma. Ento, por causa da idade, ou melhor, Henrique porque era o mais velho, foi escolhido para ser o chefe. Todo grupo, ou colnia, ou famlia, ou cidade que existem pessoas, precisam de leis e representantes que utilizem estas leis para direcionar e organizar o modo de vida e as distribuies das funes de forma justa em que cada indivduo se encontra. Porque toda sociedade que no tm leis e representante se autodestri.Na obra est em evidncia uma organizao simples e eficcia de escolha de chefe, pois eles estavam indo para um lugar,pico do morro, e precisavam de algum com experincia, maturidade e pulso administrativo para governar aquela expedio.A escolha de um chefe para a organizao de um grupo muito importante, pois para ser escolhido como chefe algumas de suas virtudesse sobressaipara que os demais venham a escolh-lo como seu representante isso inclui de defend-los, ajuda-los, guia-los e servi-los. A expresso foi escolhido para comandar o bando relembra tambm como os animais se organizam em seus grupos. Um exemplo bem claro disso as andorinhas.Seu lder vai linha de frentee os demais em forma de V seguem-o paraonde quer que ele v. Na obra, a todo o momento Henrique sempre est na linha de frente e os demais lhe seguindo. At mesmo quando estoperdidos na caverna, Henrique est a frente do grupo exercendo domnio da situao no suposto caos que se encontravam. Outro fator importante que est presente na obra o temperamento, pacincia e liderana intrnsecas na personalidade de Henrique no que diz respeito ao momento em que todos descobrem que esto perdidos, sem sada, sem viveres para o cotidiano, sem luz solar onde o medo incerteza o desconforto que enfrentariamestava instaurado a partir daquele momento naquele lugar. Henrique como um verdadeiro lder nato disse: eu, como chefe da turma, no quero que se fale em fome e cansao; vamos trabalhar para conseguir sair deste lugar.Descobre-se ou identifica-se um verdadeiro lder,atravs das formas, que ele ir utilizar quando h existncia de um problema no seio dos liderados que cabe somente ao lder uma resoluo decisiva. Aparentemente o caos estava instaurado naquele lugar, masHenrique canalizou a ateno fora e o equilbrio dos liderados para trabalhar em prol de uma sada. Perceba que no somente ser lder, mas tomar atitudes como lder para ajudar aos outros e a si. A grande problemtica no contexto social nos dias de hoje exatamente o desdobramento em criar meios para resolver as crises nos diferentes grupos de uma colnia, cidade ou pas. Henrique no s incentivou seus liderados para sair dali como tambm se disponibilizou a trabalhar com eles. A todo o momento ele est envolvido com seus liderados sofrendo com eles, lutando com eles, trabalhando com eles.Um estilo de lder como este fundamental e preciso para governar pases, cidades, estados dentro desse fenomenal contexto sociolgico.

1.1. Um novo lugar uma nova cidadania

Ao descobrir que estavam finalmente perdidos na gruta vem o primeiro problema: o estranhamento de lugar, em segundo os valores, em terceiro o relacionamento entre eles. Todos estavam em um ambiente desconhecido em um espao ainda no dominado. Esse estranhamento bem explicado na sociologia como uma contra cultura ou lentes bem diferentes das que eles usam no cotidiano. Eles viviam em um espao bem diferente; cidade, suas casas, pessoas, e agora est em um lugar bem centrado, limitado, um novo lugar fora do comum em que eles a partir daquele momento comearam a vivenciar. Aquele lugar onde estavam iria desencadear uma nova experincia na vida daqueles meninos, pois teriam que se enquadrar, se habituar, criar um meio de sobrevivncia, ou melhor, utilizar as tcnicas de vivncia e convivncia adquiridos na cidade, para sobreviverem neste novo ambiente.

Agora perdidos na caverna, sem luz, sem comida, sem cama para dormir, sem aparatos bsicos de higiene tinham que comear do zero. como mudar de bairro ou de cidade; o indivduo fica perdido nos primeiros dias at se acostumar. L na caverna em ambiente bem diferente ou em mundo bem diferente, a maneira certa era comear uma cidadania naquele lugar com limites de ir e vir, sujeio de um para com outro, relao recproca de indivduos, leis que organizassem aquele contexto.Como em todo lugar novo, existe uma poltica de urbanizao que vai delimitar o espao de lugar perigoso do que no perigoso, do lugar de lazer, de produo de alimentos de diviso de trabalho.Na caverna direta ou indiretamente ir acontecer essa eventualidade. Henrique, muito esperto, junto com a turma, explorou aquele lugar delimitando os espaos para uma melhor locomoo e habitualidade. Encontraram um lago que serviria de produo de alimento, um lugar para comear a escavao (produo de trabalho), um lugar para se acomodarem (dormirem). O impressionante que no enredo, Henrique sempre bem paciente, mantm a calma entre seus liderados trazendo conforto emocional e psicolgico alm de motiv-los sempre. Nesse novo lugar a construo de cidadania um exemplo para as sociedades modernas, pois em meio ao novo ao estranho eles se uniram para trabalhar juntos, e trabalhando juntos, tambm cresceriam juntos e conquistariam juntos. Organizaram-se em dividir o que cada um possuamincia que pouco acontece hoje, pois h um individualismo que prepondera o sculo XXl. Preocuparam-se em cuidar um do outro e atender as necessidades de cada. Falavam a mesma lngua e tinham o mesmo propsito. Seu lder era extremamente democrtico, pois aceitava e engendrava as idias dos seus liderados fator que no se v em pases que se dizem to democrticos. Perceba que com trs dias l na caverna estavam j habituados com o lugar, j conheciam bem os lugares de perigo, trabalho, lazer, j praticamente dominavam o ambiente. Houve uma diviso de trabalho entre eles em que dois pescavam (produziam alimentos), dois escavavam (produo de trabalho), e duas cozinhavam (tradicionalismo bem conhecido nas pocas feudais e at ao dia de hoje entre as mulheres).

Henrique demonstra ser um autentico e genuno lder em que no s conquistou a confiana de seus sditos para govern-los, masTrabalhando junto com eles, comendo o que eles comiam, sentindo suas necessidades, com isso, todos prestaram ateno ao que ele dizia e praticavam suas tarefas com inteireza e convico na expectativa de sarem de l. No contexto social a construo de cidadania em meio ao lugar novo um tanto mrbida e pragmtica e interesseira e injusta com a massa que composta. Em muitos casos o lder autoritrio, dominador, incontinente, inrrecproco com seus sditos e desconhece cabalmente as necessidades pertinentes. Para que haja um progresso na comunidade a ponto de todos crescerem juntos e desfrutarem juntos, necessrio tambm o lder colocar a mo na massa junto com seus liderados. Uma cidade ou pas bem desenvolvido com uma qualidade de vida favorvel sinnimo de um governante que pelo menos conhece as necessidades de seus sditos e trabalha para servi-los, ou melhor, devolver com melhorias a confiana que lhe foi depositada. Henrique estava honrando dignamente seu posto de lder ou governante, a todo o momento no deixou seus liderados perder a tenacidade de um progresso (sair da caverna). Mesmo quando um dos companheiros se perdeu todos se mobilizaram para ach-lo e achando-o cuidaram bem do companheiro, pois sabiam que um grupo unido como um organismo vivo, se alguma parte for danificada todo o corpo sentir. No capitalismo a perda de alguma pessoa no significa nada, porque existe, e sempre existir uma fila de desfavorecidos que pode ocupar aquela vaga que est faltando, ainda que o mesmo seja surrupiado, produzir com prazer.

1.2. De que vale o ouro sem liberdade?

A liberdade uma das coisas mais importantes que um ser humano pode ter na vida. Com ela, criamos, inventamos, amamos, somos amados, trabalhamos, enfim, ser livre ser vivo.Na caverna, aquele grupo de meninos e meninas teve a maior oportunidade de descoberta que um ser vivo pode ter: encontrar ouro puro, riqueza. Quem que no quer ser rico? Ter muito dinheiro e riqueza?Pois bem! Aquele grupo achou uma mina de ouro, mas estavam presos, sem sada. Vislumbraram com tamanha descoberta, e no sabiamque naquela pequena cidade onde moravam tinha uma caverna com muito ouro. Eles acharam ouro, mas estavam presos. Acharam o que muitos deram e perderam vidas. Acharam o que muitos inclusive o Estado dariam o que pudessem para negociar aquele pequeno pedao de terra. Como no achavam a sada, aquele ouro se tornou algo simplrio e comum em suas vidas no cotidiano daquele lugar. Bem, eles acharam ouro, mas e a liberdade? Vale pena ter riqueza sem poder gasta-l? Vale pena escolher se trancafiar a ser livre?, os meninos tinham ouro, mas no podiam usufruir dele. O mximo que podiam, era us-lo como ferramenta para cozinhar, escavar, entre outros servios naquele lugar.Nesse contexto paradoxal entre riqueza e liberdade vale ressaltar que desde os tempos antigos, a maioria das pessoas preferiu o poder riqueza do que serem livres.Ser livre saber que existe limites, mtodos, sabedoria, humanizao, reciprocidade, que antecede riqueza, o ouro, o poder.Nesta lida de competitividade no mundo de hoje, no interessa para a maioria, ficarem presos, portanto que se tenha ouro o que est valendo. Ao observar o mundo da ditadura da beleza, muitas mulheres que so belas naturalmente, se enclausuram no esteretipo da esttica, e por dentro so vazias, frias, mal amadas, mal-humoradas punitivas e exigentes consigo mesmas. Ao contrrio dos meninos que queriam sair dali para voltarem para seus lares, famlias e amigos, no importando se levasse ouro, mulheres modernas se trancam dentro de cavernas preferindo serem ostracisadas a serem livres.

Olhando ainda em outro ponto de vista, no contexto social que vive o ser humano hoje, pode a liberdade est relacionada com o terdesfacelando quase totalmente o ser.Hoje, existem em tese, duas situaes que o capitalismo direto ou indiretamente impe: ser livre ter muito dinheiro, e ser preso ser desprovido de recursos. Muitas pessoas se sentem presas por no conseguir acompanhar o ritmo que o capitalismo impe. Outras, mesmo se sentindo presas, se desordenam em dvidas para supostamente serem livres. Para o capitalismo ser livre questo de ter muito dinheiro?No! Com o pouco, o ser humano pode ser livre, feliz e retendo um dos maiores princpios que os antigos j diziam: a sabedoria. Tendo sabedoria, tm liberdade, tendo liberdade existe possibilidade de ter uma vida feliz, com abundncia financeira.O grupo que estava naquela gruta, percebeu que estar com a famlia, amigos, vivendo em sociedade mesmo com os recursos que tinham, era a melhor oportunidade deles se conseguisse sair dali. Quando finalmente abriram um pequeno buraco na gruta, para sarem de l, tinham que fazer uma escolha: ficar l com o ouro, ou sair sem ele.Preferiram sair de l sem ouro, mas salvos, vivos, prontos para recomear, amar, pedir perdo e serem livres.

1- Aps ler o resumo do livro A Mina de Ouro da autora Maria Jos Dupr, escreva seu comentrio (contendo dois, 02 pargrafos) no blog de estudos. Cada aluno (a) dever fazer uma postagem com identificao do nome e turma.