resumo da disciplina teoria geral do processo - tgp ada, cintra e dinamarco

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http://minhateca.com.br/s.dagostini/Concurso/ Cole*c3*a7*c3*b5es+Saraiva/Sinopses+Jur*c3*addicas Resumo da disciplina Teoria Geral do Processo CAPÍTULO I Sociedade e Direito Nos primórdios da civilização, o que se tinha como pré-direito era a lei do mais forte, onde, como o próprio nome diz, aquele que se superasse em relação aos demais tinha as melhores oportunidades, mulheres, bens etc. Ubi societas ubi jus (não há sociedade sem o direito) Relação entre direito e sociedade, porque o homem sentiu a necessidade de se organizar para viver. Depois de instituído, o direito se tornou a mais importante e eficaz forma de controle social. Conflitos e insatisfações Os conflitos e insatisfações são fatores anti-sociais, porque são esses fatores que causam problemas entre os homens e surgem no momento que uma pessoa, querendo um bem para si, seja bem material ou qualquer direito, não consegue porque: Aquele que poderia satisfazer sua pretensão, não satisfaz (ex: quando uma pessoa não entrega um bem que o outro quer); Quando o próprio direito proíbe a satisfação voluntária dessa satisfação (ex: quando a pessoa pretende algo defeso pelo Direito); Formas de Resolução de conflitos 1

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Teoria Geral Do Processo

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Resumo da disciplina Teoria Geral do Processo

PAGE 16

http://minhateca.com.br/s.dagostini/Concurso/Cole*c3*a7*c3*b5es+Saraiva/Sinopses+Jur*c3*addicasResumo da disciplina Teoria Geral do ProcessoCAPTULO I

Sociedade e Direito

Nos primrdios da civilizao, o que se tinha como pr-direito era a lei do mais forte, onde, como o prprio nome diz, aquele que se superasse em relao aos demais tinha as melhores oportunidades, mulheres, bens etc.

Ubi societas ubi jus (no h sociedade sem o direito)Relao entre direito e sociedade, porque o homem sentiu a necessidade de se organizar para viver.

Depois de institudo, o direito se tornou a mais importante e eficaz forma de controle social.

Conflitos e insatisfaes

Os conflitos e insatisfaes so fatores anti-sociais, porque so esses fatores que causam problemas entre os homens e surgem no momento que uma pessoa, querendo um bem para si, seja bem material ou qualquer direito, no consegue porque:Aquele que poderia satisfazer sua pretenso, no satisfaz (ex: quando uma pessoa no entrega um bem que o outro quer);

Quando o prprio direito probe a satisfao voluntria dessa satisfao (ex: quando a pessoa pretende algo defeso pelo Direito);

Formas de Resoluo de conflitos

Para a eliminao desses fatores anti-sociais podem existir aes que as resolvam provenientes de uma das pessoas envolvidas no conflito, ou por ato das duas pessoas envolvidas, ou por ato de terceiro estranho a relao.Quando a resoluo do problema realizada, vamos dizer de forma amigvel, por ato de uma das partes ou pelas duas partes, estamos diante da forma chamada de AUTOCOMPOSICAO.Quando por ato de uma dessas partes que impe seu direito sobre o direito da outra parte estamos diante da forma de resoluo de conflitos chamada AUTODEFESA ou AUTOTUTELA.Quando a resoluo se d por ato de terceiro estranho a relao, podemos estar diante da DEFESA DE TERCEIRO, a CONCILIAO, a MEDIAO e o PROCESSO.

Da Autotutela Jurisdio

AUTOTUTELA:Atualmente quando estamos a frente de um problema, ajuizamos um processo e o Estado, na pessoa do Juiz, nos d a soluo do conflito.Contudo primordialmente no existia a presena do Estado na resoluo dos conflitos, porque o Estado no tinha forca imperativa para conseguir impor suas vontades (leis) sobre os mpetos das pessoas.Dessa forma aquele que quisesse fazer valer uma vontade sua teria que faz-lo pela forca.

Nessa poca, a titulo de exemplo, era permitida inclusive a VINGANA PRIVADA.

A esse regime damos o nome de AUTOTUTELA.Caractersticas da AUTOTUTELA: 1 Falta de um juiz imparcial na tomada das decises; 2 imposio da vontade de uma parte sobre a outra.

AUTOCOMPOSIO:Aps a AUTOTUTELA surge a AUTOCOMPOSIO pela qual as partes, mediante acordo, compunham suas diferenas abrindo mo parcial ou total de seu direito.

3 so as formas de AUTOCOMPOSIO:

1 desistncia (renuncia a pretenso);

2 submisso (renuncia a resistncia oferecida a pretenso);

3 transao (concesses recprocas).

Todas elas dependem da ao de uma ou ambas as partes.

MEDIACO OU ARBITRAGEM:

Aps esses perodos, a sociedade foi percebendo que a melhor forma de composio de seus conflitos era confiar a deciso da soluo a uma terceira pessoa que era de confiana de ambos.A principio as pessoas confiadas eram os sacerdotes que acreditava-se exprimir a vontade dos deuses ou os ancios que conheciam os costumes locais do grupo social onde os interessados viviam.

medida que o Estado foi tomando as rdias do poder de julgamento as partes passaram a submeter seus problemas a pessoa do PRETOR, que era a pessoa encarregada de resolver o problemas posto a sua frente em nome do Estado.Portanto na poca do direito romano o processo de resoluo dos problemas da sociedade seguia 2 caminhos alternativos: ou perante o magistrado ou pretor ou perante o arbitro ou judex.Nesse perodo passava a fase da arbitragem facultativa para a fase da arbitragem obrigatria.Para evitar julgamentos arbitrrios surge a Lei das XII Tbuas, um marco do direito.Junto com a Lei das XII Tbuas surge o legislador.Com a elaborao da Lei das XII Tbuas e da transferncia do poder de decidir os conflitos ao Estado (pretor) encerra-se o perodo de transio entre a JUSTICA PRIVADA para a JUSTICA PUBLICA, surge a jurisdio.Depois disso a resoluo dos conflitos passa a ser exclusivamente competncia do Estado, cabendo as partes somente provocar o Estado-Juiz para a resoluo do seu problema.Surge o PROCESSO que vamos falar depois.

CONCILIACODurante o surgimento do processo foi-se descobrindo que esse sistema extremamente formal e oneroso o que o torna muito demorado e inacessvel para certa faixa da populao. Diante disso, as partes comeam a utilizar as formas de conciliao e arbitramento para dirimir seus problemas.A conciliao, sem duvida uma das formas mais eficientes de soluo dos problemas, por ela as partes entram em acordo sobre seus problemas pondo fim as suas angstias. Tanto verdade que o meio mais eficiente que at hoje nossas leis adotam de forma obrigatria a tentativa de conciliao nos processos (Trabalhista Juizado especial etc.).A mediaco ou arbitramento os interessados utilizam um terceiro, particular, idneo, para que este d a soluo s partes.Diferena entre os dois que h uma deciso na mediao enquanto na conciliao no h.

Funes do estado na atuao do processoFuno social: pacificao entre todos, uma vez que se relaciona com o resultado do exerccio da jurisdio perante a sociedade e sobre a vida gregria dos seus membros e felicidade pessoal de cada um.

Funo poltica: quando visa a preservao do valor liberdade, a oferta de meios de participao nos destinos da nao e do Estado e a preservao do ordenamento jurdico e da prpria autoridade deste;Funo jurdica: quando assegura a funo concreta do direito.CAPTULO IIPROCESSO E DIREITO PROCESSUAL

Legislao e jurisdio

O processo, como vimos, surge a partir do momento em que o Estado passa a ter poder sobre os particulares na resoluo de seus problemas.

O processo, como meio disso, esta ligado ao escopo jurdico do Estado. por meio deste instrumento que o Estado, na pessoa do juiz, toma as decises com intuito de resolver os conflitos postos as seu julgamento.

Para a soluo dos conflitos postos no processo o juiz segue parmetros para solucionar os casos de forma mais justa, imparcial e equnime possvel.

Esses parmetros a legislao, que dita as regras de direito abstrato sobre o lcito e ilcito, permitido e proibido.

Portanto por meio da legislao o direito tem seus parmetros de condutas, direitos e obrigaes que serviram de suporte para o juiz decidir seus processos.

J o ato de aplicar e fazer valer essas normas chamamos de jurisdio, por meio da qual o juiz utiliza na prtica as normas da legislao para impor o dever-ser ditado pelo Estado.Direito material e processual

Dentro do processo existem dois tipos de direito ao que recorremos para instruir um processo.Pelo direito processual temos os caminhos de trabalho dentro do processo e seu procedimento, ex o CPC dita normas de como o processo se desenvolve.

Pelo direito material teremos o direito a ser aplicado ao caso concreto, no direito material que buscamos os fundamentos que utilizaremos dentro do processo para ganhar uma ao ex CC, CP.

Portanto pelo direito material usamos a lei para ter o direito e pelo direito processual usamos a lei para fazer valer a lei material.

Instrumentalidade do processo

Ao mesmo tempo que o processo o principal escopo jurdico do Estado, ele o instrumento a servio da paz social.

Pelo processo o Estado impe suas normas e mandamentos utilizando assim do seu instrumento de atuao para fazer valer as leis.

CAPTULO III

DIREITO PROCESSUAL

Diviso e posioO direito processual, civil, penal, trabalhista, tributrio, etc, apesar de servir para a utilizao ou efetivao do direito material, autnomo como todos os demais ramos do direito.

Contudo apesar de estar intimamente ligado aos demais ramos do direito, ele se insere na diviso clssica de direito publico ao invs do privado como os demais.Isso porque seus ditames esto intimamente ligados e disciplinados pelo direito constitucional, que o principal ramo do direito publico como os princpios do processo, devido processo legal (due processo f law).

Ex: no pode ter uma norma de direito processual contrariando a Constituio Federal.

Diviso do direito processualDireito processual civil e penal

Apesar de muitos princpios e conceitos serem comuns a ambos os ramos o direito processual se divide em civil e penal.Os demais tipos de direitos processuais existentes, trabalhista, tributrio, so decorrncia do civil.Mas a grande diviso existente s diz respeito a civil e penal.

CAPTULO IV

PRINCPIOS GERAIS DO DIREITO PROCESSUAL

PRINCPIOS

So aqueles fundamentos que servem para regular as relaes entre as pessoas. So proposies que se colocam na base da Cincia Jurdica Processual e auxiliam na compreenso do contedo e extenso do comando inserido nas normas jurdicas e em caso de lacuna da norma, servem como fator de integrao.

Como dito o direito processual segue parmetros e ditames do direito constitucional.Tais parmetros chamamos de princpios.

Em cada ramo do direito existem seus princpios prprios (trabalho in dbio pro misero, penal in dubio pr ru), mas todos os ramos seguem primeiro a princpios comuns a todos os ramos, princpios gerais.De acordo com a CF os princpios gerais so:1)-PRINCPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL(ART. 5, LIC-CF) Este Princpio a base de todos os demais Princpios. No Processo, na soluo do conflito, o Estado tem que respeitar o Devido Processo Legal. O Art. 5, LIC da Constituio federal diz que ningum ser privado da sua liberdade ou dos seus bens sem o devido processo legal.Principio da imparcialidade do juiz ou do juiz natural: o processo tem que ser dirigido por um juiz que no tenha tendncia a julgamento. O desenvolvimento do processo depende da capacidade subjetiva do juiz. Por esse principio podemos ainda ter duas garantias: s juiz aquele investido de jurisdio, impede que o legislador (deputados e senadores) crie leis que lhes dem poder de julgamento; impede a criao de tribunais de exceo, ex: tribunal pra julgar negros, estrangeiros.PARA QUE SEJA PRESERVADA A IMPARCIALIDADE DO JUIZ A CF(ART.95) LHE GARANTE ALGUNS DIREITOS, E TAMBM IMPE ALGUMAS VEDAES, QUE SO:DIREITOS(ART.95, CF)a)-Vitaliciedade(aps 2 anos) - O juiz no pode ser exonerado do cargo, salvo por sentena judicial;

b)-Inamovibilidade Em regra, salvo a pedido do prprio juiz, ele no pode ser. Transferido;

c)-Irredutibilidade de subsdios O juiz no pode ter seus vencimentos reduzidos.

VEDAES AO JUIZ(ART. 95, NICO, CF)a)-Exercer outra funo, exceto de magistrio;b)-Receber custas ou participaes em processos;c)-Dedicar-se atividade poltico-partidria;d)-Receber auxlio ou contribuio de pessoas fssicas ou jurdicas;e)-Exercer a advocacia, no local onde foi juiz, antes de completados 3 anos da aposentadoria ou exonerao.Principio da igualdade ou isonomia: todos so iguais perante a lei (art. 5 CF) da mesma forma que merecem a aplicao igual da lei;Principio do contraditrio e da ampla defesa: por ele as partes assegurado o mais amplo desenvolvimento dos seus direitos e defesas na soluo do caso concreto. Ex. pode ocorrer de o prprio juiz ou tribunal declarar a falta ao principio da ampla defesa e do contraditrio, existem casos em que o juiz declarou o cerceamento de defesa de parte.Principio da ao inquisitivo e acusatrio: principio da ao indica a atribuio que tem a parte de provocar o exerccio da atividade jurisdicional.Isso porque no direito brasileiro o Estado-juiz inerte e no age se no for procurado pela parte.

Antigamente existiu o processo inquisitivo pelo qual o prprio juiz instaurava o processo, produzi as provas e julgava ao final, o que levava a um julgamento parcial.

O processo acusatrio adotado no Brasil mais ou menos o que vivemos atualmente pelo qual as partes procuram a tutela e disputam a causa em p de igualdade.

Principio da disponibilidade e da indisponibilidade: a disponibilidade aqui tratada diz respeito ao poder que o individuo tem de ajuizar ou no a ao e at de desistir da ao. sofre restrio quando o prprio direito material indisponvel, ex direito civil disponvel, mas a penso alimentcia que civil indisponvel.J no processo penal prevalece a indisponibilidade ou obrigatoriedade. A apurao do crime, regra geral imperdovel e deve ser processado e julgado no podendo o MP dispor da ao penal.Principio dispositivo e principio da livre investigao das provas verdade formal e verdade real: principio dispositivo segundo o qual o juiz depende da instruo do processo que obrigao das partes na produo das provas para fundamentar sua deciso. Poder de dispor de todos os meios para produzir provas no processo judicial.Livre investigao dita que o juiz pode valorar as provas produzidas nos autos da forma que lhe bem aprouver, na busca da verdade formal ou real. Verdade formal, aquela que trazida pelas partes no processo, aquilo que o juiz tem nas mos para analisar o caso. Verdade real, aquilo que realmente aconteceu e que nem sempre pode ter sido trazido aos autos pelas partes, ex. um fato que no foi colocado no processo.

Principio do impulso oficial: por ele o juiz obrigado a mover o processo fase a fase at o julgamento da causa, lgico depois de provocado pela parte inicialmente.Principio da oralidade: o procedimento pode ser oral e se reduz a texto somente os atos mais importantes. Estudaremos mais tarde.Principio da persuaso racional do juiz: segundo o qual o juiz deve formar livremente seu convencimento na analise das provas. Os sistemas de apreciao de provas so o da prova legal pelo qual as provas tem valores fixos e inaterados aplicados mecanicamente. O segundo sistema o secundum conscientiam pelo qual o juiz pode julgar mesmo contra as provas, de acordo com sua conscincia, ex tribunal do jri os jurados julgam de acordo com sua convico e no de acordo com provas produzidas..Principio da exigncia de motivao das decises judiciais: a principio a verdadeira funo era a garantia as partes de ter uma deciso fundamentada, at para possibilitar uma reforma posterior, pois no d pra recorrer de uma deciso sem saber os motivos que a levaram ser. Depois passou a se observar que a fundamentao das decises dos juizes tambm deve servir como esteio para a comunidade se pautar sobre aquele caso posto ao juzo funo poltica das decises. Principio da publicidade: garantia ao jurisdicionado. A possibilidade de vistas dos processos, audincias e todos os atos do processo so a garantia de fiscalizao do processo por parte da sociedade, com exceo dos processos com segredo de justia.Principio da lealdade processual: dever das partes agir de forma leal no processo. quele que usar do processo para obter vantagem indevida por meios ardis h de ser aplicada as penas da lei. 14 e ss CPC.Principio da economia e da instrumentalidade das provas: a economia processual prega a maior instruo processual em busca da soluo da lide com o menor emprego possvel de atividades processuais. A instrumentalidade diz que o processo, assim como as provas so formais, ou seja, dependem de um procedimento para sua produo, sob pena de nulidade.Principio do duplo grau de jurisdio: possibilidade de reviso das decises de primeiro grau por um colegiado de juzes, desembargadores, por meios dos recursos. Garantia de reviso de deciso proferida por uma pessoa isolada, juiz, por pessoas de grau hierarquicamente superior com competncia para refazer a deciso.CAPTULO V

DIREITO PROCESSUAL CONSTITUCIONALComo dito o processo matria de direito publico, regido pela nossa Constituio Federal.Isso porque o processo deve assegurar a aplicao dos preceitos constitucionais para melhor atuar a funo pacificadora estatuda na CF.

O direito processual constitucional abrange a tutela constitucional dos princpios fundamentais da organizao judiciria, segundo a qual o sistema processual garante a aplicao de normas justas de acordo com a CF e rege a jurisdio de acordo com sua competncia e garantias.Tambm abrange a jurisdio constitucional, que garante o controle judicirio da constitucionalidade das leis.

Tudo isso para garantir a devida aplicao do processo justo de acordo com ditames constitucionais.

Segundo a CF uma dessas garantias o acesso a justia, segundo a qual todo problema posto ao judicirio deve receber a tutela jurisdicional para a soluo do caso. CF XXXV 5 A lei no excluir da apreciao do Poder judicirio leso ou ameaa a direitoOutra garantia do direito processual constitucional a aplicao do devido processo legal pelo qual o processo deve seguir o procedimento institudo de forma a garantir a utilizao dos demais princpios legais, tais como o contraditrio e a ampla defesa.Outros princpios assegurados pelo processo constitucional so a igualdade processual, publicidade, dever de motivar as decises judiciais, proibio das provas obtidas por meio ilcito, inviolabilidade de domicilio, sigilo das comunicaes em geral e de dados, presuno de no culpabilidade ou da inocncia, etc.CAPTULO VI

EFICCIA DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO E NO ESPAOEFICCIA NO ESPAO

A lei processual regulada pelo princpio da territorialidade por razo de ordem poltica e prtica.

Poltica porque a norma processual tem por objeto disciplinar a atividade jurisdicional que se desenvolve atravs do processo. A atividade jurisdicional manifestao do poder soberano do Estado e por isso no poderia ser regulada por leis estrangeiras sem inconvenientes para a boa convivncia internacional.

Prtica porque as dificuldades prticas quase insuperreis que surgiriam com a movimentao da maquina judiciria de um Estado soberano mediante atividades regidas por normas e institutos do direito estrangeiro.

A territorialidade esta insculpida no art. 1 do CPC.EFICCIA NO TEMPO

Nosso direito intertemporal segue algumas regras:

As leis processuais brasileiras esto sujeitas a LICC. Assim salvo disposio em contrrio comeam a viger aps a VACATIO LEGIS. A lei processual ter validade imediata e geral respeitando o ato jurdico perfeito, a coisa julgada e o direito adquirido (LICC 6) e, via de regra, no ter validade at que outra lei a revogue (2 LICC)Com relao aos casos j em andamento, para saber se aplicamos a lei anterior ou a nova, o nosso direito adotou a teoria do isolamento dos atos processuais, pela qual a lei nova no atinge os atos processuais j praticados, nem seus efeitos, mas se aplicam aos atos processuais a praticar, sem limitaes relativas s chamadas fases processuais. Expressa no art. 2 do CPP e 1211 do CPC.INTERPRETAO DA LEI PROCESSUAL

Interpretar significa descobrir o significado.

Para isso desenvolveu-se mtodos de interpretao.

Mtodo gramatical: como as leis so feitas de palavras o interprete deve analis-las de acordo com a forma que so escritas.Mtodo lgico-sistemtico: o nosso ordenamento feito de leis de toda natureza, os dispositivos legais no so interpretados de forma isolada mas sim de acordo com todo o ordenamento, ex: inventrio 982 do CPC nos diz sobre incapaz que definido pelo CC.Portanto esse mtodo usamos quando analisamos uma lei levando em conta outra lei.Mtodo histrico: como a lei criada durante a nossa histria, analisamos a lei de acordo com a vontade do legislador no momento em que criou a lei atendendo aos anseios da sociedade da poca. Ex atualmente as leis criadas sobre a criminalidade levam em considerao a violncia vivenciada pela sociedade.

Mtodo comparativo: os diversos ramos do direito podem enfrentar problemas idnticos ou analgicos, logo a lei e a deciso a serem aplicados so usadas em comparao para solucionar o caso concreto.

Mtodo declarativo: aquele que atribui a lei o exato significado das palavras que a expressam;

Mtodo extensivo: quando a interpretao da lei leva a aplicao em casos que no esto expressamente em seu texto.

Mtodo restritivo: a interpretao que limita o mbito de aplicao da lei a um circulo mais estrito de casos do que o indicado pelas suas palavras;Mtodo ab-rogante: diante de uma incompatibilidade absoluta e irredutvel entre dois preceitos legais ou entre um dispositivo de lei e um princpio geral do ordenamento jurdico, conclui pela inaplicabilidade da lei interpretada.INTERPRETAO E INTEGRAOLei e ordenamento jurdico so coisas diferentes.Enquanto no ordenamento no existem lacunas, haja vista que sempre em algum ramo do direito haver uma norma aplicvel ao caso concreto, a Lei no igual.

Por mais criativo e imaginrio que o legislador pudesse ter sido ao criar uma determinada lei ele no poderia prever todas as situaes a que ela teria de disciplinar.

Mas se num caso concreto acontece uma lacuna o que acontece? Fica sem julgamento? Extingue o processo?

O art. 126 do CPC diz que o juiz no se exime de sentenciar ou despachar alegando lacuna ou obscuridade da lei.Por isso para preencher as lacunas deixadas pelo legislador o direito processual utiliza a analogia e os princpios gerais de direito.Consiste a analogia em resolver um caso no previsto em lei, mediante a utiliza;ao de regra jurdica relativa a hiptese semelhante. (interpretao comparativa)

Quando a analogia no permite ou no consegue resolver o problema deve-se recorrer aos princpios gerais de direito, que compreendem no apenas os princpios decorrentes do prprio ordenamento jurdico, como inda aqueles que o informam e lhe informam e lhe so anteriores e transcendentes.

JURISDIO

CONCEITO

uma das funes do Estado, mediante a qual este se substitui aos titulares dos interesses em conflito para, imparcialmente, buscar a pacificao do conflito que os envolve, com justia.

Carter substitutivo: exercendo a jurisdio o Estado substitui as atividades daqueles que esto envolvidos no conflito trazido apreciao.A nica atividade permitida pela lei ao particular quando surge um conflito provocar o Estado para resolver o problema, por conta da exclusividade do poder do Estado em processar e julgar.

Escopo da jurisdio a busca da realizao do direito material.Caractersticas da jurisdio:Lide: a atuao da jurisdio pressupe a existncia de uma lide. O problema apresentado pelo particular para que o Estado atue no processo e julgamento.Inrcia: os rgos jurisdicionais so inertes. Fica a critrio do particular a provocao do Estado-Juiz ao exerccio da funo jurisdicional. O titular de uma pretenso vem a juzo pedir a prolao de um provimento que satisfaa a sua pretenso e com isso elimine o estado de insatisfao. (2 CPC e 24 do CPP).Imutabilidade dos atos jurisdicionais: somente os atos judiciais podem ser atingidos pela imutabilidade. A coisa julgada a imutabilidade dos efeitos de uma sentena, em virtude da qual nem as partes podem repropor a mesma demanda em juzo ou comportar-se de modo diferente daquele preceituado, nem os juzes podem voltar a decidir a respeito, nem o prprio legislador pode emitir preceitos que contrariem, para as partes, o que j ficou definitivamente julgado.PRINCPIOS INERENTES A JURISDIO:

Investidura: a jurisdio s ser exercida por quem tenha sido regularmente investido na autoridade de juiz; Aderncia ao territrio: as autoridades s tem autoridade nos limites territoriais do Estado, cada juiz s exerce a sua autoridade nos limites do territrio sujeito por lei sua jurisdio;Indelegabilidade: vedado ao juiz delegar atribuies. No pode juiz algum delegar funes a outro rgo. Isso porque o Juiz no age em nome prprio e sim como um agente do Estado;Inevitabilidade: a autoridade dos rgos jurisdicionais se impe, independente da vontade das partes. A posio de ambas as partes perante o juiz de sujeio. impossvel as partes de eximirem a autoridade Estatal na aplicao da jurisdio;Inafastabilidade: garante a todos o acesso ao judicirio. 5 XXXV. O poder judicirio no pode deixar de processar e atender algum a quem venha a juzo deduzir uma pretenso fundada no direito e pedir soluo ao caso concreto;Juiz natural: ningum pode ser privado de ser julgado por um juiz imparcial e independente, indicado pelas normas constitucionais e legais;Inrcia: j visto, o Estado-Juiz inerte e aguarda a provocao da parte para atuar.PODERES DA JURISDIO

O juiz dispe de 2 poderes:

Poder de jurisdio: poder de aplicar a lei ao caso concreto;Poder de polcia: conferido ao juiz para poder atuar o poder de jurisdio.ESPCIES DE JURISDIO

Classificaes:

Pelo critrio do seu objeto, penal e civil;

Pelo critrio dos organismos que a exercem, especial e comum;Pelo critrio da posio hierrquica dos rgos dotados dela, superior ou inferior;

Pelo critrio da fonte do direito com base no qual proferido o julgamento, jurisdio de direito ou de equidade.

PENAL OU CIVIL

A penal exercida pelos Juzes Estaduais Comuns, pela Justia Militar Estadual, pela Justia Militar Federal, Justia Federal e Eleitoral.A Civil exercida, em sentido amplo, pela Justia Estadual, Federal, Trabalhista e Eleitoral. Em sentido estrito pela Justia Federal e pela Justia dos Estados.RELAO ENTRE JURISDIO CIVIL E PENAL

Existe relao entre os ramos porque impossvel analisar um caso sem perceber a relao civil e penal que envolve o caso.Por exemplo, um crime de dano, antes e ao mesmo tempo de ser crime um ilcito civil indenizvel.

Outro ponto de contato a possibilidade da chamada prova emprestada. A prova pode ser utilizada em mais de um processo, seja qual for civil ou penal.

Outro exemplo acontece quando se requer incidente de falsidade documental num processo civil, se constatado acontece o crime de falsidade documental do artigo 310.Por conta dessa relao seria invivel um juiz ser civil e outro ser penal.Mais exemplos.

A chamada suspenso prejudicial do processo-crime. Se algum esta sendo processado criminalmente e para o julgamento desse processo relevante o deslinde de uma questo civil, suspende-se o processo criminal espera da soluo do caso no cvel (CPP 92-94) ex: num caso de falsidade documental, ao mesmo tempo que crime pode ser objeto de outro processo civil. O processo criminal depende de comprovao para a condenao. Se no processo civil tem percia marcada suspende-se o criminal at a realizao da percia para depois usar a mesma prova no crime.

Outra relao o art. 91, I do CP que d efeito secundrio da sentena penal condenatria tornar certa a obrigao de indenizar o dano resultante do crime.JURISDIO ESPECIAL E COMUM

Existem justias que exercem justia comum, ex: justias estaduais e federais.

Existem justias que exercem justia especial, ex: justia militar, eleitoral e trabalhista.

JURISDIO SUPERIOR E INFERIOR

Como j estudado jurisdio inferior a 1 instancia e superior ou 2 instancia so os tribunais.Duplo grau de jurisdio.JURISDIO DE DIREITO E DE EQUIDADE

Jurisdio de direito aquela que segue a lei.

Decidir por equidade significa decidir sem as limitaes impostas pela regulamentao legal.

Afastar se da lei para aplicar um julgamento igual para as partes (CC 127 e 400 1456). Sua admissibilidade excepcional.LIMITES DA JURISDIO Limites onde nossa jurisdio no pode atuar. Leis dos Estados que no se aplicam aos casos.

Existem as limitaes internas e internacionais.

Limitaes Internacionais so ditadas pelas prprias leis internas de cada Estado em busca da possibilidade de convivncia pacifica entre os pases.As limitaes se do por causa de convenincia e viabilidade.

Como j estudamos as leis brasileiras se regem pelo principio da territorialidade.

Isso porque as prprias leis brasileiras limitam a atuao da jurisdio.Por isso em matria civil os conflitos consideram-se ligados ao nosso territrio: a) o ru tiver domicilio no Brasil b) versar a pretenso do autor sobre obrigao a ser cumprida no Brasil c) originar-se de fato aqui ocorrido d) for objeto da pretenso um imvel situado no Brasil e) situarem-se no Brasil os bens que constituam objeto de inventrio (88-89).

Limitaes Internacionais de carter pessoal por respeito a soberania de outros Estados algumas pessoas so imunes a nossa legislao.Ex: a) os Estados estrangeiros; b) os chefes de Estados estrangeiros; c) os agentes diplomticos.Limites internos

A principio tudo pode ser objeto do crivo judicial. Mas existem casos em que nossa jurisdio no se aplica a um conflito.Mas as vezes o Estado-Administrao o nico a se manifestar sobre um caso, sem interveno do judicirio.

Outro exemplo existe em alguns pases a possibilidade de causas de valor nfimo no serem julgados pelo judicirio.JURISDIO VOLUNTRIA

Existem atos jurdicos da vida dos particulares que se revestem de importncia transcendentes aos limites da esfera de interesses das pessoas diretamente empenhadas, passando a interessar tambm prpria coletividade.

Em vista disso o legislador impe para a validade desses atos de repercusso na vida social, a necessria participao de um rgo pblico.Quando h essa necessidade ele, Estado, o faz emitindo declarao de vontade, querendo o ato em si e querendo tambm o resultado objetivado pelas partes. Lembram-se quando eu disse que a funo jurdica do Estado na atuao do processo a aplicao do direito, aqui vemos isso de forma bem clara, o Estado visando a atuao da lei exige a sua participao para a validade, visando a segurana jurdica. Ex: reconhecimento de firma para transferir um veculo.Trata-se de manifesta limitao aos princpios de autonomia e liberdade, limitao justificada pelo interesse social nesses atos da vida privada.Quando esses atos, apesar de serem consensuais e amigveis, exigirem a participao de um juiz temos a JURISDIO VOLUNTRIA.Ex: num inventrio em que haja consenso entre os herdeiros, o juiz age somente de forma a conferir e confirma a vontade das partes. Numa separao consensual o juiz tambm s participa de forma a conferir o regular processamento do feito.Ex: na expedio de um alvar judicial para saque de valor existente em conta do pai falecido o juiz s confere os documentos e expede o alvar.

Ou seja o segredo esta em no existir conflito, uma exceo a regra da caracterstica da lide da jurisdio.JURISDIO CONTENCIOSA E VOLUNTRIA

- CONTENCIOSA - aquela em que no h um consenso entre as partes, no conseguem soluo amigvel para o conflito.

- VOLUNTRIA - aquela em no h conflito, mas que o Estado precisa intervir exercendo apenas uma atuao administrativa sobre alguns atos de particulares porque eles so importantes para o Direito, como, por exemplo, na compra de um imvel, abertura de empresa, etc. uma administrao pblica de interesses privados.

DIFERENA ENTRE JURISDIO CONTENCIOSA E JURISDIO VOLUNTRIAJurisdio Voluntria o Estado intervm, porque interessa sociedade, mesmo no havendo conflito, enquanto na Jurisdio Contenciosa o Estado intervm, porque h conflito.

EXERCCIO DA JURISDIO VOLUNTRIA PELO ESTADOO Estado exerce a Jurisdio Voluntria da seguinte forma::

a)- ATRAVS DE RGOS JURISDICIONAIS Como por exemplo, os juzes, os Tribunais.

b)- POR RGOS DE FORO EXTRAJUDICIAIS Como, por exemplo, os Cartrios.

c)- POR RGOS NO DEPENDENTES DO PODER JUDICIRIO Como, por exemplo, o Ministrio Pblico, a Junta Comercial, etc.

ESPCIES DOS ATOS DE JURISDIO VOLUNTRIA

a)- ATOS MERAMENTE RECEPTIVOS O rgo jurisdicional no decide, apenas recepciona determinado ato e procede conforme a lei determina(ex.:o juiz ao receber o testamento tem que obrigatoriamente mandar publica-lo no Dirio Oficial).

b)- ATOS DE NATUREZA CERTIFICANTES So atos em que osrgos de jurisdio vo apenas certificar se os atos esto sendo realizados e acordo com a lei.(ex.: o visto do juiz nos livros comerciais das empresas).

c)- ATOS DE PRONUNCIAMENTOS JUDICIAIS O rgo de jurisdio(juiz) vai pronunciar-se judicialmente(ex.: a separao consensual).

CATEGORIAS DOS ATOS DE JURISDIO VOLUNTRIA

a)- ATOS DE FORMAO DE SUJEITOS JURDICOS So os atos praticados pelos rgos de jurisdio aos quais esto todos submetidos a eles.

b)- ATOS DE INTEGRAO DE CAPACIDADE a interferncia do rgo de jurisdio em determinados atos, visando a preservao de direitos(ex.: interdio de algum).

c)- ATOS DE PARTICIPAO NO COMRCIO JURDICO Significa que as empresas se submetem ao Estado para a conferncia da legalidade dos balanos e dos livros comerciais.

CARACTERSTICAS DA JURISDIO

JURISDIO CONTENCIOSAJURISDIO VOLUNTRIA

H controvrsia(lide)No h controvrsia(lide)

H coisa julgadaNo h coisa julgada

H Processo(a soluo do conflito por meio do processo)H Procedimento, e no Processo

H partes(autor e ru)H interesses(no h ru, mas sim interessados)

PODER JUDICIRIO

DIVISO DAS FUNES DO ESTADO(PODERES DO ESTADO)

- Poder Executivo;-Poder Legislativo;- Poder Judicirio. PODER JUDICIRIO (Art. 92 e seguintes, CF) quem exerce a funo jurisdicional. O Poder Judicirio no pode se afastar dessa funo(Princpio da Inafastabilidade do Juiz), ou seja, o juiz no pode se recusar a julgar. Resolve o conflito com base no ordenamento jurdico e para isso tem que ter independncia, por isso as garantias concedidas aos juizes para que ele tenha total iseno, podendo julgar inclusive contra o prprio Estado. O Poder Judicirio uno e nacional( um s no Brasil).

FUNO DO PODER JUDICIRIOFazer valer o poder jurisdicional do Estado ao resolver conflitos, embora nem sempre o Poder Judicirio tenha apenas a funo de resolver conflitos. Em alguns casos o Poder Judicirio tem a funo de elaborar normas.

INVASO DE ATRIBUIO DE UM PODER NO OUTROAcontece nos trs poderes. Porm, um poder s pode invadir a esfera de outro, mas somente quando previsto na legislao, conforme abaixo:

- EXECUTIVO Tem a funo administrativa e em alguns casos legisla, como, por exemplo, atravs de Medidas Provisrios e Decretos.

- LEGISLATIVO Tem a funo principal de legislar, mas em alguns casos profere julgamentos, como, por exemplo, o julgamento do Presidente, Senadores e Deputados por crimes de responsabilidade Pelo Senado Federal.

- JUDICIRIO Tem a funo bsica de julgar, mas exerce funo normativa em alguns casos, como, por exemplo, a elaborao dos regimentos internos dos tribunais, so as chamadas normas de governo internas, que o prprio poder judicirio se auto-governando.

RGO DO PODER JUDICIRIO PREVISTOS NA CONSTITUIO FEDERAL(ART.92)O Art. 92 da Constituio Federal traz um rol dos rgos do Poder Judicirio. um rol taxativo, ou seja, o que no est no Art. 92 no rgo do Poder Judicirio. So os seguintes os rgo:

- STF Supremo Tribunal Federal - composto por 11 Ministros indicados pelo Presidente da Repblica;

- CNJ Conselho Nacional de Justia tem a funo de fiscalizar o poder judicirio;

- STJ Superior Tribunal de Justia;- TRF Tribunal Regional Federal e os Juizes Federais;- Tribunais e Justia do Trabalho;

- Tribunais e Juizes Eleitorais;

- Tribunais e Juizes Militares;

- Tribunais e Juizes dos estados e Distrito Federal;

- Juizados Especiais fazem parte do poder Judicirio, cada um vinculados s suas justias. Se for Federal faz parte da Justia Federal. Se for Juizado Estadual faz parte da Justia dos Estados.

NORMAS DE ORGANIZAO JUDICIRIASo normas criadas para organizar a disposio dos rgos judicirios, disciplinando a Constituio e atribuies dos juizes e tambm para os rgos auxiliares do poder judicirio. As normas de organizao judiciria so chamadas de Regime Legal da Constituio Orgnica do Poder Judicirio.

COMPETENCIA PARA EDITAR NORMA PROCESSUAL(Art. 22, I, CF) competncia exclusiva da Unio legislar sobre matria processual.

COMPETNCIA CONCORRENTE

O Estado tem competncia concorrente com a Unio para editar normas procedimentais, que so normas de organizao da justia. Cada Estado organiza a sua justia.

ORGANIZAO DO PODER JUDICIRIO (LEIS ESPECFICAS)

O Poder Judicirio organizado atravs de algumas leis especficas, que so:

- L.O.M. Lei Orgnica da Magistratura (lei complementar n 35/79). Em 1979, a lei complementar 35/79 organizou o Poder Judicirio o que tambm ocorreu na Constituio Federal de 1988, por isso, algumas normas que estavam previstas na Lei Orgnica da Magistratura foram novamente disciplinada na Constituio, prevalecendo, pelo Princpio da Hierarquia das Normas, o que est na Constituio, ou seja, alguns Artigos da lei 35/79 foram revogados pela Constituio de 1988, porque com ela conflitavam.

-E.M. Estatuto da Magistratura (Art. 93, CF) A lei Orgnica da Magistratura s vai ser revogada integralmente quando for criado o Estatuto da Magistratura, previsto no Art. 93, da Constituio Federal e que at hoje no foi criado.

TIPOS DAS NORMAS DE ORGANIZAO JUDICIRIA

1)- NORMA QUE CUIDA DA MAGISTRATURA Magistrados so os Juzes de Direito. O juiz um funcionrio pblico. Em regra, o ingresso na magistratura somente ocorre por meio de concurso pblico, mas h outras formas de ingresso. Portanto, so as seguintes as formas de ingresso na magistratura:

-Por concurso pblico o sistema adotado no Brasil, somente por meio de concurso pblico o juiz escolhido.

-Pela cooptao - Quando os prprios membros do poder judicirio indicam quem vai ingressar no poder judicirio.

-Indicao do Poder Executivo* O Presidente da repblica faz a escolha.

-Por eleio por esse sistema o juiz eleito pelo povo.

FORMAS DE PROMOO NA CARREIRA DA MAGISTRATURA (ART.93,II, CF)O juiz inicia a carreira como juiz substituto e s depois passar para entrncias mais importantes pelos seguintes critrios:

-Antiguidade.-Merecimento.

MEMBROS DA MAGISTRATURA POR INDICAO DO PODER EXECUTIVOA lei possibilita ao Presidente da repblica e Governadores indicarem alguns membros da magistratura.

- Os 11 Ministros do STF - Indicao do Presidente da Repblica.

- 1/5 dos ministros do STJ e STM - Indicao do Presidente da Repblica.

- 1/5 dos juizes do TRE e TRF Indicao do Presidente da Repblica por meio de lista trplice.

- 1/5 dos desembargadores do TJ Indicao da OAB e Ministrio Pblico e escolha do Governador.

2- NORMA QUE CUIDA DO DUPLO GRAU DE JURISDIO As normas de organizao judiciria criam os Juizes(rgos de primeira instncias) e os Tribunais(rgo de segunda). O juizo monocrtico(um juiz) e os Tribunais so rgos colegiados.

3-NORMA QUE CUIDA DA DIVISO JUDICIRIA So normas judicirias que tratam da diviso judiciria.

-Obrigatoriedade de no mnimo uma seo judiciria em cada Estado.

-A justia Estadual divide-se em Comarcas.

4- NORMA QUE CUIDA DA POCA DOS TRABALHOS FORENSES So as normas que determinam em que poca vai haver expediente forense.

- O Art. 174 do CPD estabelece que alguns Processos tero trmite nas frias forenses, mas os Estados estabeleciam um perodo de frias forenses. Porm, o Art. 93, XII, da Constituio Federal, dispe que os prazos processuais so ininterruptos, portanto acabando com as frias forenses, ou seja, o Estado no pode mais estabelecer frias forenses, embora alguns Tribunais ainda continuem estabelecendo perodo de frias.

- Existem os feriados forenses So os domingos e os dias declarados por lei. Sbado dia normal, pode haver expediente forense.

- No h expediente forense nos dias declarados por Portarias dos Presidentes dos Tribunais de Justia.

RGOS DA JUSTIA BRASILEIRA

S.T.F. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

o rgo mximo do poder jurisdicional do Brasil, existe desde 1890. Por ser instncia mxima, sua competncia seria para julgar apenas matrias de direito e no questes de fato, porm, acaba o STF se manifestando, em alguns casos, sobre questes de fato, pois tambm lhes so atribudas estas competncias, diferentemente do que ocorre em outros paises, como, Itlia, EUA, etc.), onde o tribunal mximo do pas aprecia apenas matrias constitucionais. O STF tem o objetivo primordial(possui outros) de ser o guardio da Constituio Federal.

CARACTERSTICAS DO STF

a)- Tem sede em Braslia.b)- a instncia mximo do Direito Brasileiro.c)- guardio da Constituio Federal a funo maior(tem outras) do STF velar pela Constituio Federal.d)- Possui controle concentrado da constitucionalidade O controle difuso aquele que qualquer juiz do pas pode decidir pela constitucionalidade ou inconstitucionalidade de um preceito legal, mas sua deciso ter abrangncia apenas naquele caso concreto (ex.: um juiz de Araraquara pode decidir que uma lei municipal inconstitucional, mas essa deciso s vale para este caso concreto), enquanto o controle concentrado da constitucionalidade significa que a partir do momento em que o STF decide pela constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei, aquela deciso passa a ter aplicao em todo mbito nacional e no apenas no caso concreto.

COMPOSIO DO STF(Art. 101 CF)

O STF composto por 11 Ministros nomeados pelo Presidente da Repblica aps aprovao do Senado Federal e gozam de todas as garantias e impedimentos da LOMAN.

REQUITOS PARA OCUPAR A FUNO DE MINISTRO DO STF

- Estar em pleno gozo dos direitos polticos.- Ser brasileiro nato(Art. 12, 3, IV CF).- Ter entre 35 e 65 anos de idade.- Possuir notvel saber jurdico.- Possuir reputao ilibada.COMPETNCIA DO STF(Art. 102, CF)

A competncia do STF pode ser definida em 4 graus, que so:

a)- COMPETNCIA ORIGINRIA Significa que, excepcionalmente, o processo pode ter origem no STF(ex.: ADIN - Ao Direta de Inconstitucionalidade; Ao Declaratria de Constitucionalidade). Ler Art. 103 da CF para saber quem pode ingressar com a ADIN e a Ao Declaratria de Inconstitucionalidade. As hipteses de Competncia Originria do STF constam do Art. 102 da CF(ler o Art.)

b)- COMPETNCIA DE 2 GRAU(Recurso Ordinrio) O STF julga recurso ordinrio quando o processo tem origem nos Tribunais Superiores(ex.: origem no STJ, TST, etc).

c)- COMPETNCIA DE 3 GRAU(Recurso Extraordinrio) - prevista no Art. 102, III, CF. O STF julga o recurso extraordinrio(ex.: algum ingressa com ao em Araraquara alegando inconstitucionalida de uma lei. O juiz no acolheu a ao, por isso houve recurso ao Tribunal de Justia(2 grau). O tribunal de Justia tambm decidiu desfavoravelmente, havendo, assim, o Recurso Extraordinrio para o STF(3 grau). O Recurso Extraordinrio complexo, difcil de ser admitido ou at mesmo de ser interposto, cabendo apenas nos casos constantes do Art. 102, III, Alneas a, b, c e d, da CF.

d)- COMPETNCIA DE 4 GRAU(Recurso Extraordinrio) - O STF o nico Tribunal do pas que possui o 4 grau de jurisdio, julgando tambm recursos extraordinrios(ex. uma reclamao trabalhista ingressada na Vara do Trabalho de Araraquara que teve deciso desfavorvel(1 grau). Com a deciso desfavorvel de 1 grau, houve recurso ao Tribunal de 2 grau que tambm decidiu desfavoravelmente, fazendo com que ocorresse apelao para o TST(3 grau). Se a deciso do TST ferir a Constituio Federal pode ser interposto recurso extraordinrio ao STF em 4 grau.

SMULA VINCULANTE(ART.103-A, CF)

Em recente reforma constitucional foi criada a Smula Vinculante de decises do STF, envolvendo apenas questes constitucionais, ou seja, nenhum outro Tribunal do pas pode editar Smula Vinculante. A Smula Vinculante obriga todos os demais rgos do poder judicirio seguir aquela deciso da STF para qual foi editada a Smula. No toda deciso do STF que se torna Smula Vinculante. Para edio da Smula o STF se rene para essa finalidade especfica.

REQUISITOS PARA CRIAO DE SMULA VINCULANTE

a)- Decises de 2/3 dos membros do STF;b)- Reiteradas decises So criadas somente a partir de reiteradas decises;

c)- Efeito vinculante Vincula todos os demais rgos jurisdicionais e a administrao pblica direta e indireta smula editada. O Art. 103-A, 1 , da CF, estabelece as situaes em que pode ser editada a Smula Vinculante;

d)- Matria que gera insegurana jurdica O Art. 103-A, 1 , da CF, estabelece sobre que matria pode ser editada a Smula Vinculante(ex.: a questo do pagamento da correo do FGTS mereceria, por exemplo, uma Smula Vinculante se na poca ela j existisse).

OBS.: Havendo o descumprimento da Smula Vinculante cabe reclamao ao STF(Art. 103-A, 3, CF) que, decidindo como procedente a reclamao, anular o ato administrativo ou cessar a deciso judicial que descumpriu a Smula e mandar que seja cumprida.

STJ - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA

o segundo rgo mais importante na hierarquia do Poder Judicirio Brasileiro, estando abaixo somente do STF. Foi criado pela Constituio Federal de 1988 como guardio das leis federais, que promove o controle administrativo financeiro da Justia Federal e tendo como competncia principal o julgamento de Recurso Especial.

CARACTERSTICAS DO STJa)- Sede em Braslia;b)- Criado pela Constituio Federal de 1988;c)- Guardio das leis federais;d)- No tutela direito especial(eleitoral, militar, trabalho);e)- No tem ascendncia administrativa sobre nenhum tribunal, embora seja superior a todos os outros, mas tem ascedncia sobre a Justia Federal, fazendo a superviso administrativa e oramentria desta. Exemplo: o juiz federal de araraquara subordinado ao STJ;f)- No STJ no existe Smula Vinculante.

COMPOSIO DO STJa)- 33 membros chamados de Ministros;b)- 1/3 so escolhidos entre juizes do TRF(Justia Federal);b)- 1/3 so escolhidos entre Desembargadores(Justia Estadual);c)- 1/3 so escolhidos entre advogados e membros do Ministrio Pblico.REQUISITOS PARA SER MEMBRO DO STJa)- Pleno gozo dos direitos polticos;b)- Ter entre 35 e 65 anos;c)- Ser brasileiro nato ou naturalizado;d)- Possuir notvel saber jurdico;e)- Possuir reputao ilibada;COMPETNCIA (O QUE JULGA O STJ)Previso do Art.105, da CF.

a)- COMPETNCIA ORIGINRIA(Art. 105, I, "a") Significa que algumas aes tm incio diretamente no STJ(ex.: processar por crimes comuns os Governadores).

b)- COMPETNCIA DE 2 GRAU-RECURSO ORDINRIO(Art. 105, II) Significa que o STJ vai funcionar como rgo revisor de uma deciso(ex. revisar deciso proferida em Hbeas Corpus pelo TJ).

c)- COMPETNCIA DE 3 GRAU(Art. 105, III) Julga o chamado Recurso Especial(o Recurso Extraordinrio de competncia do STF). O Recurso Especial um recurso muito difcil de ser impetrado, e cabvel somente nas seguintes hipteses:

- Quando a deciso contrariar Tratado ou Lei Federal(ex.: um ao em Araraquara julgada improcedente. H o recurso para o Tribunal(2 grau) que tambm julga improcedente, a h a hiptese de ser impetrado o recurso especial se houver contrariedade da lei federal ou tratado);

- Para julgar vlida lei ou ato de governo local contestado em face de lei;

federal(ex.:algum alega que uma lei do Municpio de Araraquara fere uma lei federal);

- Quando a lei federal der interpretao divergente da que lhe haja atribudo outro tribunal(ex.: suponhamos que o TJ de So Paulo d interpretao a uma lei federal de forma diferenciada do que tenha dado o TJ do Amap. Desde que provada que h divergncias de interpretao, cabe Recurso Especial para o STJ para que venha a ser pacificada essa divergncia jurisprudencial. Portanto, se as leis federais estiverem sendo interpretadas de forma diferenciada pelos tribunais cabe Recurso Especial ao STJ.

OBS. Em um mesmo processo pode haver Recurso Especial e Recurso Extraordinrio, isto quando a mesma deciso do tribunal envolver questo constitucional(Recurso Extraordinrio) e questo de lei federal(Recurso Especial). Para ser julgado o Recurso Extraordinrio preciso antes que haja julgamento do Recurso Especial.CONSELHO NACIONAL DE JUSTIA(ART. 103-B, CF)rgo criado pela Emenda Constitucional 45/2004, para exercer controle externo do Poder Judicirio.

CARACTERSTICAS DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIA1- rgo do Poder Judicirio;2- Tem apenas funes administrativas e financeiras(Art. 103-B, 4, CF), que so as seguintes:4- Velar pela autonomia do Poder Judicirio;5- Recebe e julga reclamaes contra membros dos rgos do Poder Judicirio. 6- Elaborar relatrios estaststicos sobre movimento judicirio, a fim de que este poder possa ser planejado;7)- rgo superior do Poder Judicirio, sediado em Braslia;CARACTERSTICAS DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIA(ART.103-B CF)a)- Composto de 15 membros - Escolhidos da seguinte forma:- Um Ministro do STF, indicado pelo respectivo tribunal.

- Um Ministro do STJ, indicado pelo respectivo tribunal.

- Um Ministro do TST, indicado pelo respectivo tribunal.

- Um Desembargador de TJ, indicado pelo STF.

- Um Juiz Estadual, indicado pelo STF.

- Um Juiz de TRFindicado pelo Superior Tribunal de Justia.

- Um Juiz Federal, indicado pelo STJ .

- Um Juiz de TRT, indicado pelo TST.

- Um Juiz do Trabalho, indicado pelo TST.

- Um membro do Ministrio Pblico da unio, indicado pelo Procurador Geral da Repblica.

- Um membro do Ministrio Pblico Estadual, escolhido pelo Procurador Geral da Repblica dentre os nomes indicados pelo rgo competente de cada instituio estadual.

- Dois advogados, indicados pela OAB.

- Dois cidados, de notvel saber jurdico e reputao ilibada, um indicado pela Cmara dos Deputados e outro indicado pelo Senado Federal.

Requisitos para ser membro:

a)- Pleno gozo dos direitos polticos;b)- Ter entre 35 e 66 anos(cuidado! No 65 anos).c)- Ser brasileiro nato ou naturalizado;d)- Possuir notvel saber jurdico;e)- Possuir reputao ilibada;Detalhes:

c)- Mandato de 2 anos(com uma reconduo). escolha e no eleio.d)- O Presidente um Ministro do STF.e)- O Corregedor um Ministro do STJ.f)- So nomeados pelo Presidente da Repblica aps aprovao do Senado Federal.DIVISO DA JUSTIA DA UNIO

a)- Justia Federal Comum;

b)- Justia Militar Federal;

c)- Justia do Trabalho;

d)-Justia Eleitoral.

JUSTIA FEDERAL HISTORIA

A Justia Federal foi criada 1891 e extinta pela Constituio de 1937, ocorrendo o seu retorno com a Constituio de 1946, mas apenas na esfera de 2 Instncia. A Constituio de 1967, atravs do Ato Institucional nmero 6, fez surgir a Justia Federal e a Constituio Federal de 1988 a consolidou nos moldes atuais, inclusive criando os Tribunais Regionais Federais em substituio aos Tribunais Federais de Recursos.Isso posto, a Justia Federal comea a ser regulada pelo Art. 106 da CF/88 que denomina como rgo da Justia Federal os Tribunais Regionais Federais(2 Instncia) e os Juzos Federais(1 Instncia). A Justia Federal subordinada ao STJ Superior Tribunal de Justia, que faz toda a superviso administrativa e oramentria daquela Justia. So rgo da justia Federal:

1)- TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS

- o rgo de 2 Instncia da Justia Federal;- So 5 os Tribunais Regionais Federais do Pas(Art. 27, 6, ADCT):a)- 1 Regio sede no Distrito Federal;

b)- 2 Regio sede no Rio de Janeiro;

c)- 3 Regio - sede em So Paulo;

d)- 4 Regio sede em Porto Alegre;

e)- 5 Regio sede em Recife.

- Compostos por no mnimo 7 Juzes(auto-denominados Desembargadores) com mais de 30 e menos de 65 anos de idade e com mais de 5 anos de exerccio profissional.- 1/5(Quinto Constitucional) dos membros do TRF esto divididos entre Advogados e Membros do Ministrio Pblico.- Tm competncia Originria e competncia tambm Recursal(Art. 108, CF). Originalmente tm competncia para julgar os Juzes Federais nos crimes comuns e de responsabilidade e tm competncia recursal para julgar decises dos Juizes Federais.2)- SEO JUDICIRIA - equivalente nos Estados s Comarcas. O Juiz Federal faz parte de uma Seo Judiciria. O Art. 110 CF estabelece a obrigatoriedade de haver, no mnimo, uma Seo Judiciria em cada Estado da Federao.

3)- JUZES FEDERAIS- O ingresso na carreira mediante concurso pblico;

- Tm competncia principal(tm outras) para julgar qualquer processo movido pela ou contra a Unio, Autarquia Federal ou Empresa Pblica Federal(Art. 109 CF).

OBS.: Nas aes movidas contra a Previdncia Social, no existindo na Comarca Seo da Justia Federal, a competncia da Justia Estadual, mas apenas em 1 Instncia, porque o Recurso para a 2 Instncia ser julgado pelo TRF.JUSTIA MILITAR DA UNIO

Julga apenas os crimes militares definidos em lei, pouco importando se praticados por militar ou por civil. regulada pela Lei Orgnica da Justia Militar da Unio(lei 8457/92). A Justia Militar dividida em:

a)- STM SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR o rgo de 2 Instncia(e tambm de cpula) da Justia Militar, tem sede em Braslia e composto de 15 Ministros, sendo 10 Militares(4 do Exrcito, 3 da Marinha e 3 da Aeronutica) e 5 Civis(3 Advogados e 2 Membros do Ministrio Pblico). A competncia do STM apenas Penal(ex. :se o Militar quiser ingressar com ao contra a Unio ter que procurar a Justia Comum, mas se cometeu um crime militar ele ser julgado pela Justia Militar);

b)- CONSELHO DE JUSTIA MILITAR Tem sede na respectiva Regio Militar(so 12). o rgo de 1 grau da Justia Militar. um rgo colegiado(mais de um julgador). Dependendo do crime e da matria a ser julgada o Conselho de Justia Militar dividido em:

-Conselho Especial de Justia Julga os militares com patentes acima de Sub-Tenentes(os Oficiais).

-Conselho Permanente de Justia Julga os civis e os militares at a patente de Sub-Tenente.

JUSTIA ELEITORAL

Tem competncia apenas eleitoral, mas dentro da matria eleitoral tem competncia tanto Penal como Civil. Os membros da Justia Eleitoral no so vitalcios, tm mandato de 2 anos. A Justia Eleitoral formada pelos seguintes rgos:

1-TSE TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL(ART. 119, CF)- o rgo mximo da Justia Eleitoral;

- Sede em Braslia;

- Composto por 7 membros(3 do STF, 2 do STJ e 2 Advogados). O Presidente do TSE sempre um dos membro do STF.

2-TRE -TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL(ART.120, CF) o rgo de 2 Instncia da Justia Eleitoral;

A Constituio prev a existncia de um TRE em cada Estado;

composto por 7 membros(2 Desembargadores, 2 Juzes Estaduais(de 1 Instncia), 1 Juiz do TRF e 2 Advogados).

3)- JUIZES ELEITORAIS/JUNTAS ELEITORAIS- So rgos de 1 Instncia da Justia Eleitoral;

- So Juizes de Direito que acumulam a funo de Juizes Eleitorais com competncia Eleitoral jurisdicional e tambm competncia administrativa, ou seja eles julgam e organizam administrativamente as questes eleitorais.

4)- JUNTAS ELEITORAIS- A Junta eleitoral composta pelo juiz Eleitoral da Comarca e 2 a 4 Cidados indicados pelo prprio Juiz;

- A Junta Eleitoral tem competncia apenas administrativa, auxilia o Juiz na administrao da justia eleitoral.

JUSTIA DO TRABALHO(ART.114-CF)

tambm Justia Especializada de mbito Federal. So vrias as competncias da Justia do Trabalho, a principal delas julgar causas trabalhistas, mas o Art. 114, da CF, enumera diversas outras competncias, dentre elas, a que causa maior polmica entre os doutrinadores o julgamento relativo relao de trabalho(no de emprego). Pairam dvidas em relao a essa competncia porque envolve muitas vezes Matrias de Direito Civil, embora hoje tenha prevalecido a interpretao de que a competncia da Justia do Trabalho.

ORGANIZAO DA JUSTIA DO TRABALHOSo rgos da Justia do Trabalho:

1)-TST-TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO(ART. 111-A, CF)- o rgo mximo da Justia do trabalho.

- Sede em Braslia.

- Composto de 27 Ministros.

- O quinto constitucional(1/5 dos membros) formado de Advogados e membros do Ministrio Pblico do trabalho.

COMPETNCIA DO TSTa)- Originria Julga Mandados de Segurana contra deciso de juizes do TRT.

b)- Recursal Julga o Recurso chamado Recurso de Revista(quando h divergncia de entendimentos entre Tribunais ou desrespeito a lei trabalhista federal).

OBS. Eventualmente cabe Recurso Extraordinrio ao STF contra deciso do TST se essa deciso ferir a Constituio Federal.2)-TRT-TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO- o rgo de 2 Instncia da Justia do trabalho.

- Mnimo de 1 em cada Estado(no Estado de SP existem 2 TRTs: 15 Regio Campinas, que abrange todo o interior do Estado e a 2 Regio - So Paulo, que abrange a cidade de So Paulo, o Litoral e ABC Paulista).

COMPETNCIA DO TRTa)- Originria Julga, por exemplo, Mandado de Segurana contra Penhora On-line).

b)- Recursal Julga os Recursos contra decises dos Juizes do Trabalho.

3)-JUIZES DO TRABALHO- o primeiro grau de jurisdio da Justia do Trabalho(Araraquara possui 2 Varas).

- Comarcas no abrangidas por Vara do Trabalho a competncia de julgar do Juiz Estadual.

SERVIOS AUXILIARES DA JUSTIArgo principal da justia o juiz onde se concentra toda a atividade jurisdicional.

Contudo o juiz no conseguiria agir no processo se trabalhasse sozinho, por isso existem outros servidores que agem no processo para dar andamento e cumprir as determinaes da lei processual.

Tais servidores so os escrives, os oficiais de justia, etc.

Portanto o conceito de auxiliares da justia so todas aquelas pessoas que de alguma forma participam da movimentao do processo, sob a autoridade do juiz, colaborando com este para tornar possvel a prestao jurisdicional.

Portanto so pessoas que agem ao lado do juiz como se fossem agentes do Estado como ele na formao e andamento do processo para a devida tutela jurisdicional.

Classificao dos rgos auxiliares da justiargos permanentes que integram os quadros judicirios como servidores pblicos.

rgos eventuais auxiliares da justia so aquelas pessoas fsicas que vem cooperar no processo nomeados pelo juzo como os peritos, avaliadores e interpretes;rgos auxiliares extravagantes so aquelas pessoas jurdicas que cooperam no desenvolver do processo como os correios os jornais oficiais, polcia militar.

rgos permanentes da justiaAquelas que ocupam cargos criados por lei, com denominao prpria.

Escrivo 141 do CPC: participa invariavelmente de todos os processos e tem as seguintes funes no processo: documentar os atos processuais, movimentar a relao processual, certificar os andamentos dos autos zelar pelos atos dos processos.

Oficial de justia 143 do CPC: tambm participa de quase todos os processos da comarca e responsvel das diligencias externas do juzo, como atos de comunicao processual, citao intimao, atos de constrio judicial como a penhora o seqestro de bens, arresto, busca a apreenso e priso.O oficial de justia deve cumprir estritamente as ordens do juiz, no lhe cabendo entender-se diretamente com a parte interessada no desempenho de suas funes; percebe vencimentos fixos e mais os emolumentos correspondentes aos atos funcionais praticados.O distribuidor tem funes que se ligam diretamente a existncia de mais de um escrivo no mesmo foro, ele distribui os feitos entre estes, segundo o critrio institudo em lei.

O contador encarregado de fazer clculos em geral, como o das custas judiciais do processo, atualizao de valores etc.

O partidor realiza as partilhas dos inventrios, 1022 CPC.

Depositrio publico tem por funo guarda e conservao de bens que estejam sob a sujeio do juzo.

Auxiliares eventuais da justia Pessoas que no ocupam cargo publico na justia, mas sim so nomeados pelo juiz para efetuarem algum andamento do processo, so as chamadas pessoas ad hoc.

Exemplos: perito, administrador, sindico, comissrio e inventariante.

Auxiliares extravagantes da justia

So aquelas pessoas jurdicas que desempenham funes sem as quais seria impossvel atuar o processo.F publica

De todos os auxiliares estudados somente o escrivo e o oficial de justia gozam de f publica que significa uma presuno de verdade daquilo que eles praticam e certificam. Essa presuno jris tantum, ou seja, cabe prova ao contrrio.

O MINISTRIO PBLICOPerfil Constitucional: "Instituio permanente, essencial funo jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurdica, do regime democrtico e dos interesses sociais e individuais indisponveis" (art. 127).

FunoNos primrdios o MP exera somente uma funo, a de fiscal da lei.O MP se desincumbe dessa misso constitucional quando seus membros se encarregam da persecuo penal, deduzindo em juzo a pretenso punitiva do Estado e postulando a represso s condutas consideradas crime, pois este um atentado contra os valores fundamentais da sociedade. Igualmente, no juzo civil cumpre o comando constitucional quando seus rgos, na qualidade de curadores se ocupam de certas instituies (registros pblicos, fundaes, famlia,), de certos bens e valores fundamentais (meio-ambiente, valores artsticos, estticos, histricos, paisagsticos), ou de certas pessoas (consumidores, ausentes, incapazes, acidentados no trabalho, etc.).

A almejada independncia funcional s viria na Carta de 1946, nitidamente embebecida de esprito democrtico. Deu-se ao MP um ttulo especial, sem vinculao a qualquer dos poderes da Repblica, onde se institua o Ministrio Pblico Federal e Estadual, suas estruturas e atribuies, a estabilidade da funo, o concurso de provas e ttulos, a promoo e a s remoo por representao motivada da Procuradoria -Geral.

E, finalmente, sobrevm a CF. de 1988, a primeira que outorga ao Ministrio Pblico um tratamento digno da excelncia do seu papel social e o consagra definitivamente como grande instituio republicana tal qual sonhara Campos Salles.

18.2 PRINCPIOS INSTITUCIONAIS E CONSTITUCIONAIS DO MINISTRIO PBLICO

a) unidade: o conceito de que os promotores de um Estado integram um s rgo sob a direo de um s chefe.

b) indivisibilidade: significa que os membros do Ministrio Pblico podem ser substitudos uns pelos outros, "no arbitrariamente, porm, sob pena de grande desordem, mas segundo a forma estabelecida na lei" TJSP, Rcrim 128.587-SP; RT 494/269).

c) independncia funcional: significa que cada um de seus membros age segundo sua prpria conscincia jurdica, com submisso exclusivamente ao direito, sem ingerncia do Poder Executivo, nem dos juzes e nem mesmo dos rgos superiores do prprio Ministrio Pblico. Por outro lado, essa independncia da Instituio como um todo identifica-se na sua competncia para "propor ao Poder Legislativo a criao e extino de seus cargos e servios auxiliares, provendo-os por concursos pblico de provas e ttulos" (art. 127, 2), e para elaborar "sua proposta oramentria dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias" (art. 127, 3).

O MINISTRIO PBLICO E O PODER JUDICIRIO

O MP, conforme sua definio constitucional "instituio permanente e essencial funo jurisdicional do Estado" e, por isso ele tratado como rgo autnomo, que no integra o Poder Judicirio, embora desenvolva as suas funes essenciais, primordialmente, no processo e perante os juzos e tribunais.

Assim, a CF. apresenta o MP da Unio integrado pelo MPF (oficiando perante o STF, STJ e Justia Federal, MP do Trabalho (Justia do Trabalho), MP Militar (Justia Militar da Unio) e MP do Distrito Federal e Territrios (Justia do Distrito Federal e Territrios.

18.4 FUNES INSTITUCIONAIS

a) promoo privativa da ao penal pblica; b) zelar pelo efetivo respeito aos Poderes Pblicos e dos servios de relevncia pblica aos direitos assegurados nesta Constituio, promovendo as medidas necessrias sua garantia; c) promover o inqurito civil e a ao civil para proteo do patrimnio pblico e social, do meio ambiente e de outros interesses previstos nesta Constituio e outras elencadas nos vrios incisos do art. 129 da CF.

GARANTIAS

Como garantias da Instituio como um todo destacam-se: a) a sua estruturao em carreira; b) a sua autonomia administrativa e oramentria; c) limitao liberdade do chefe do Executivo para a nomeao e destituio do Procurador-Geral; d) a exclusividade da ao penal pblica e veto nomeao de promotores ad hoc.Aos membros individualmente so as seguintes as garantias: a) o trplice predicado da vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de vencimentos b) ingresso aos cargos mediante concurso de provas e ttulos, observada, nas nomeaes, a ordem de classificao; c) promoo voluntria, por antigidade e merecimento, alternadamente, de uma para outra entrncia ou categoria e da entrncia mais elevada para o cargo de Procurador de Justia; d) sujeio competncia originria do Tribunal de Justia, "nos crimes comuns e nos de responsabilidade, ressalvadas excees de ordem constitucionais.IMPEDIMENTOS

a) a representao judicial e consultoria de entidades pblicas e o exerccio da advocacia; b) o recebimento de honorrios, percentuais ou custas; c) a participao em sociedade comercial; d) o exerccio de outra funo pblica, salvo uma de magistrio; e) atividades poltico-partidrias.

RGOS DO MP DA UNIO

Procurador-Geral da Repblica (chefe do Ministrio Pblico da Unio) - nomeado pelo Presidente da Repblica aps aprovao pelo Senado Federal - mandato bienal - destituio antes do prazo depende de autorizao pela maioria absoluta do Senado Federal.Ministrio publico Federal Promotores federais de justiaRGOS DO MP ESTADUAL

Procurador de justiaPromotor de justia

O ADVOGADO

Noes gerais: O advogado integra a categoria daquelas pessoas denominadas de jurista, porque versadas em cincias jurdicas, como o professor de direito, o jurisconsulto, o juiz, o membro do Ministrio Pblico.

Sua funo especfica, ao lado dessas demais pessoas, a de participar do trabalho de promover a observncia da ordem jurdica e o acesso dos seus clientes ordem jurdica justa.

Pela primeira vez, a estrutura institucional da advocacia ganhou, na CF de 1988, status constitucional, integrando "as funes essenciais justia", ao lado do Ministrio Pblico e da Advocacia Geral da Unio, prescrevendo o art. 133: "O advogado indispensvel administrao da justia, sendo inviolvel por seus atos e manifestaes no exerccio da profisso, nos limites da lei".

A denominao advogado privativa dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil, surgindo, assim, uma definio do que seja o advogado: " o profissional legalmente habilitado a orientar, aconselhar e representar seus clientes, bem como a defender-lhes os direitos e interesses em juzo ou fora dele.

Sustenta a doutrina que o advogado, na defesa judicial dos interesses do cliente, age com legtima parcialidade institucional e que em confronto de parcialidades opostas constitui fator de equilbrio e instrumento da imparcialidade do juiz.

19.2 DEFENSORIA PBLICA

Atendendo antiga postulao e promessa social de assistncia judiciria aos necessitados, a CF fala agora em assistncia jurdica integral gratuita (art. 5, LXXIV), que inclui tambm o patrocnio e orientao extrajudicial (advocacia preventiva). E, para o cumprimento dessa obrigao constitucional a Defensoria Pblica foi institucionalizada (CF, art. 134: A Defensoria Pblica instituio essencial funo jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientao jurdica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5, LXXIV).19.3 ADVOCACIA-GERAL DA UNIO

outro organismo criado pela Constituio de 1988 com a misso de defender os interesses jurdicos judicial e extrajudicial da Unio. Somente a cobrana judicial executiva da dvida ativa tributria que fica a cargo de outra instituio federal, a Procuradoria da Fazenda Nacional.

O Advogado-Geral da Unio, chefe da AGU, de livre nomeao pelo Presidente da Repblica, sem as garantias de que dispe o Procurador-Geral da Repblica.

19.4 NATUREZA JURDICA DA ADVOCACIA

TradicionaImente, diz-se que a advocacia uma atividade privada, que os advogados exercem como profissionais liberais que so, ligando-se aos clientes pelo vnculo contratual do mandato, combinado com locao de servio.

Modernamente, formou-se corrente doutrinria, para qual, em vista da indispensabilidade da funo do advogado no processo, a advocacia tem carter pblico e as relaes entre patrono e cliente so regulada por contrato de direito pblico.

Contudo, diante das regras multifrias das relaes do advogado com o cliente e com o Estado jurisdicional, o mais correto parece conciliar as duas correntes doutrinrias, mormente em face do que prescreve o art. 2 do atual EOAB (lei 8.906/94: "No processo judicial, o advogado contribui, na postulao de deciso favorvel ao seu constituinte, ao convencimento do julgador, e seus atos constituem mnus pblico", considerando-se a advocacia, ao mesmo tempo, como ministrio privado de funo pblica e social. Assim que o mandato judicial constitui representao voluntria no tocante sua outorga e escolha do advogado, mas representao legal no que diz respeito sua necessidade e ao modo de exerc-la.

19.5 MANDATO POR PROCURAO

Procurao ad judicia o instrumento de mandato que habilita o advogado a praticar todos os atos judiciais, em qualquer justia, foro, juzo ou instncia, salvo os de receber citao, confessar, transigir, desistir, e dar quitao e firmar compromisso; e a procurao com a clusula ad judicia et extra habilita o constitudo prtica tambm de todos os atos extrajudiciais de representao e defesa, incluindo sustentaes orais.

Ao renunciar ao mandato o advogado continuar a representar o outorgante pelos dez dias seguintes intimao da renncia, salvo se for substitudo antes desse prazo. O processo no se suspende em virtude da renncia.

Advocacia liberal, pblica e empregatcia e honorriosCOMPETNCIAS DOS RGOS DA JUSTIA BRASILEIRAH vrios rgos do Poder Judicirio no Brasil, mas a Jurisdio(o poder que tem o Estado de resolver conflitos) uma s. Entretanto, como impossvel atravs de um s rgo o Estado julgar todos os Processos do Brasil, ele divide esta Jurisdio(atribui competncias), no sentido de que cada um dos rgos julgue determinadas matrias e processos, o que chamado de Competncia.

COMPETNCIA o poder conferido pela lei(Princpio do Juiz Natural) ao rgo de jurisdio para proferir julgamentos para soluo de conflitos. Julgamentos por rgos que no tm competncia so nulos.JURISDIO o poder de exercer a Jurisdio nos limites estabelecidos pela lei. Cada rgo s exerce a Jurisdio dentro das medidas fixadas pela lei.

JUIZ NATURALNa Justia Brasileira prevalece o Princpio do Juiz Natural(aquele juiz que recebe competncia para julgar determina conflito de interesse, s ele pode julgar. Ex. se algum bate o carro no carro do Presidente do Tribunal de Justia ele no pode escolher um Juiz para julgar o processo, o julgamento feito pelo Juiz Natural). Se o processo for julgado por quem no tem competncia, esse processo pode ser(porque existe competncia Relativa ou Absoluta) nulo ou anulado.

CRITRIOS DE DISTRIBUIO DA COMPETNCIAEsto contidos no Art. 12 da LICC Lei de Introduo ao Cdigo Civil, reproduzido pelos Artigos 88 e 89, do CPC. A Competncia da Justia Brasileira est assim dividida:

1)- COMPETNCIA INTERNACIONAL DA JUSTIA BRASILEIRA(ARTS. 88 E 89, CPC) - a competncia que tem a Justia Brasileira para julgar estrangeiros.

- Se o ru for domiciliado no Brasil, qualquer que seja a nacionalidade(Art. 88, I, CPC);

- Se a obrigao tiver que ser cumprida no Brasil(Art. 88, II, CPC);

- Se a ao surgir de ato ou fato praticado no Brasil e tambm A Pessoa Jurdica estrangeira que tenha filial no Brasil(Art. 88, III, CPC). Exemplo:. se um americano estiver passeando no Brasil e cometer um crime aqui, ele ser processado no Brasil).

- Imveis situados no Brasil(Art. 89, I, CPC);

- Inventrio de bens situados no Brasil(Art. 89, I, CPC)

2)- COMPETNCIA INTERNA DA JUSTIA BRASILEIRA - a competncia que tm os rgos de jurisdio para proferir julgamentos dentro do territrio brasileiro. Para definir a competncia entre os rgos da justia brasileira so utilizados os seguintes critrios:

a)- CRITRIO OBJETIVO Leva em conta elementos da lide, ou seja, leva em considerao os elementos do prprio processo. CRITRIO OBJETIVO Dependendo da Matria, da Pessoa ou do Valor da Causa o julgamento vai ser realizado por um juiz distinto(diferente).

- Em razo da matria - Dependendo da matria envolvida na lide o procedimento diferenciado.a)- Em razo da matria(Art.91, CPC) Por exemplo, se a matria trabalhista o julgamento ser por um juiz do trabalho, se a matria de Famlia o julgamento ser por um juiz de uma Vara de Famlia, etc.

- Em razo da pessoa Dependendo da pessoa envolvida na lide o procedimento diferenciado.b)- Em razo da pessoa Dependendo da pessoa envolvida no processo a competncia e de determinado juiz. Por exemplo, se um crime for cometido por um Governador de Estado, o julgamento ser julgado pelo TJ e no pelo juiz do local, diferentemente se o crime fosse cometido por pessoa comum; Art. 102, I, b, Constituio Federal que outorga competncia ao STF para julgar Ministros de Estado; Art. 109, I, CF, que outorga competncia especial para causas envolvendo a Unio.

c)- Em razo do valor da causa(Art.132, CPC) O valor da causa critrio utilizado para determinar qual juiz far o julgamento. Por exemplo, as causas com valor de at 40 salrios mnimos pode(opo do autor) ser julgado pelo Juizado Especial Civil(lei 9099/95).

- Em razo do valor da causa - Dependendo do valor da causa envolvida na lide o procedimento diferenciado.

CRITRIO FUNCIONAL(ART.132, CPC)O Legislador parte do pressuposto que num mesmo processo(no no mesmo instante, mas em instncias distintas) mais de um juiz pode proferir deciso. Por esse critrio o Legislador estabelece quando comea e at onde vai a competncia de cada juiz no processo. b)- CRITRIO FUNCIONAL A competncia estabelecida de acordo com a funo do julgador(mais de um juiz pode ter funo em determinados processos. Ex. No Tribunal a competncia do julgamento de mais de um juiz e em primeiro grau julgamento monocrtico).

CRITRIO TERRITORIALc)- CRITRIO TERRITORIAL A competncia estabelecida levando em conta elemento geogrfico, ou seja,m o Juiz de Araraquara s tem competncia dentro da Comarca de Araraquara, o de So Carlos s tem competncia dentro da Comarca de So Carlos, e assim sucessivamente.

O Legislador atribuiu competncia para o julgamento dentro do Territrio nacional. Por esse critrio so estabelecidas regras para definir a competncia de cada juiz dentro do territrio nacional. Por esse critrio as regras para julgamento so as seguintes:

1)- FORO GERAL(ART. 94, CPC) a) Aes Pessoais e Aes Reais Sobre Bens Mveis - O julgamenrto ser no local de domiclio do ru;

b) Ru com vrios domiclios(Art.94, 1, CPC) O julgamento pode ser em qualquer um dos endereos;

c) Ru com domiclio incerto(Art.94, 2, CPC) O julgamento ser onde o ru for encontrado ou no domiclio do Autor;

d) Ru sem domiclio(Art. 94, 3, CPC) O julgamento ser no local de domiclio do Autor, ou em qualquer foro;

e) Ao contra vrios rus com domiclios diversos(Art.94, 4, CPC) O julgamento ser no local de domiclio de qualquer um dos rus, por opo do Autor da Ao.

2)- FORO ESPECIAL So critrios especiais estabelecidos pelo Legislador para determinados julgamentos, que so(alguns):

a)- Foro de aes de bens reais imobilirios(Art.95, CPC)- O local de julgamento ser aquele onde est situada a coisa, podendo o autor optar pelo Foro de Eleio(aquele estabelecido pelas partes em contrato).

b)-- Foro de sucesses(Art. 96, CPC) O local de julgamento ser o local de domiclio do autor da herana.

c)- Foro de incapazes(Art. 98, CPC) O local de julgamento ser no local de domiclio do Representante do incapaz.

d)- Foro de pessoas jurdicas(- Art. 100, IV, "a", "b", "c" e "d", CPC) - Existem 4 hipteses:

- Local da sede da empresa;- Local onde a obrigao foi contrada, se for filial;- Local da atividade principal se a empresa carece de personalidade jurdica;- Local do cumprimento da obrigao, se houver exigncia para tal;

e)- Contra a Unio(Art. 109, 2, CF) Existem 4 opes, a critrio do autor:

- Distrito Federal;- Domiclio do autor;- Local do bem;- Local dos fatos.

f)- Contra Estados, Municpios e Pessoas Jurdicas Privadas(Art. 100, IV, "a" e "b", CPC) O foro o local da sede da Pessoa Jurdica.

g)- Foro de separao e divrcio(Art 100, I, CPC)- O foro ser o local de domiclio da mulher.

h)- Foro de aes de alimentos(Art. 100, II, CPC) O foro ser o local de domiclio do Alimentando(aquele que vai receber os alimentos).

i)- Foro de acidente de veculos(Art.100, nico, CPC) O foro ser o local de domiclio do autor ou local do fato.

COMPETNCIA PARA JULGAMENTO NO PROCESSO PENAL- Em regra, a competncia do Juiz do lugar do fato (Art. 70, CPP);

- Na tentativa, a competncia do juiz do local de realizao do ltimo ato(Art. 72, CPP)

COMPETNCIA PARA JULGAMENTO DE AES TRABALHISTASEm regra, competente para julgar causas trabalhistas o juiz do local da prestao dos servios, independente do domiclio do empregado(Art. 651, CLT). A exceo para aes de empregados que prestam servios em locais diversos(ex.: o viajante). Nesse caso o julgamento no local da sede da empresa ou no local onde esta possuir filial.COMPETNCIA aquele poder que o rgo judicial ou o juiz recebe para poder proferir uma deciso, resolver o conflito de interesses. No pode resolver conflito quem no tem competncia para tal. Essa competncia outorgada pela lei(Constituio e leis infraconstitucionais).

PRINCPIO DO JUIZ NATUTAL(ART. 5, LIII, CF) uma garantia constitucional. Significa que a Constituio Federal estabelece que ningum ser julgado ou sentenciado seno pela autoridade judiciria competente, pelo juiz que a lei outorga poder(antes do fato). Fora disso o julgamento ser nulo. Essa Competncia pode ser de duas ordens:

1)- COMPETNCIA ABSOLUTA A Competncia Absoluta tem as seguintes caractersticas:

a)- Leva em conta o interesse pblico - a primeira e maior caracterstica da Competncia Absoluta. A Competncia Material Absoluta(ex.: o Juiz do Trabalho no pode julgar matria criminal porque o interesse pblico faz com que a matria criminal no seja da sua competncia, sob pena de nulidade do processo);

b)- No pode ser prorrogada Significa que a Competncia Absoluta no pode ser prorrogada, nem mesmo por vontade das partes, ou seja, se o juiz no tem competncia no pode ele passar a ter a competncia para julgar a matria diferente daquela para a qual ele recebeu competncia(Ex.: num litgio em razo de um acidente de carro as partes no podem, por qualquer razo, levar a ao para ser julgada pelo Juiz do Trabalho);

c)- Pode(deve) ser declarada de ofcio(Art.113, CPC) Significa que o juiz deve reconhecer sua incompetncia mesmo que as partes no alegue, sem requerimento de nenhum a das partes. Sob pena de nulidade do processo, o Juiz DEVE declarar sua incompetncia(ex.: se uma questo relacionada a um acidente de carro for levada para julgamento na justia do trabalho o juiz tem a obrigao de declarar sua incompetncia);

e)- Pode ser argida em qualquer momento processual(Art.113, CPC) Em qualquer grau de jurisdio, em qualquer momento processual e sem formalidade especfica, podendo ser alegada at mesmo juntamente com a defesa, na prpria contestao(Preliminar de Contestao) o ru pode alegar a Incompetncia do juiz. No h prazo para isso, mas o ru responde pelas custas em razo da demora para a alegao(pode o ru ter interesse em demorar alegar a incompetncia);

f)- estabelecida em razo da matria - Concesso de competncia especializada ao juiz(ex.: competncia outorgada ao juiz de Famlia), da Pessoa envolvida na lide (ex.: o Governador do Estado obrigatoriamente tem que ser julgado pelo STF em caso de crime comum) e em razo da Funo do Juiz no Processo(ex.: no se pode protocolar uma ao relativa a uma batida de carro diretamente no Tribunal).

g)- Permite o ingresso de ao rescisria(Art. 485) A Ao Rescisria tem por objetivo rescindir uma ao(s para os casos previstos no Art. 485 do CPC) j transitada em julgado(ex. se uma ao foi julgada por juiz incompetente). O prazo para ingressar com a Ao Rescisria de 2 anos aps ser proferida a sentena.

2)- COMPETNCIA RELATIVA Tem as seguintes caractersticas:

a)- Leva em conta o interesse privado Leva em conta os interesses das partes envolvidas no processo(A lei dispe que o ru, em regra, tem que ser demandado em seu local de domicilio, levando em conta o Princpio da Ampla Defesa, mas em alguns casos ele pode no querer ser demandado no local do seu domiclio);

b)- No pode ser declarada de ofcio Diferentemente da Competncia Absoluta, a Competncia Relativa no pode ser declarada de ofcio(sem requerimento das partes), ou seja, somente pode ser declarada a Incompetncia se for por requerimento das partes(ex.: a mulher tem foro privilegiado, mas se ela desejar pode requerer que seja julgada fora do local do seu domicilio). O ru tem prazo(que o prazo de defesa) e forma para alegar a Incompetncia(chamada de Exceo de Incompetncia), ou seja, o ru tem que alegar a incompetncia dentro do seu prazo de defesa e tem que fazer por meio de Exceo de Incompetncia(Art. 112. CPC) que uma pea Processual prpria e separada da contestao e da defesa(ex. : se o marido entrou com ao de separao na Bahia e a mulher quiser ser demandada fora do seu local de domiclio ela ter que argir a exceo em uma pea processual prpria).

c)- estabelecida por meio do critrio territorial(competncia do juiz para julgar dentro da sua jurisdio), e do Valor da Causa.d)- Prorroga-se a cometncia se o ru no opuser exceo(Art,114, CPC) O juiz que a princpio era incompetente passa a ser competente porque o ru nada alegou. Se o ru no quiser ou perder o prazo. Uma vez prorrogada a exceo no pode mais ser alegada.DIFERENA DA ARGIO NA COMPETNCIA RELATIVA PARA A ABSOLUTANa Competncia Absoluta a Incompetncia pode ser argida em qualquer grau de jurisdio, em qualquer momento processual(no h prazo) e sem formalidade especfica, podendo ser alegada at mesmo juntamente com a defesa, na prpria contestao(Preliminar de Contestao), enquanto na Relativa o ru tem prazo(que o prazo de defesa) e forma para alegar a Incompetncia(chamada de Exceo de Incompetncia), ou seja, o ru tem que alegar a incompetncia dentro do seu prazo de defesa e tem que fazer por meio de Exceo de Incompetncia, que pea processual prpria.

OBS.: Se a Incompetncia Absoluta for argida atravs de Exceo de Incompetncia ela pode ser reconhecida porque no h formalidade prpria, mas se ela for relativa s pode ser argida por meio da Exceo de Incompetncia.PRORROGAO DE COMPETNCIASignifica a outorga de competncia ao juiz, quando este, em princpio, era incompetente para o julgamento.Ocorre somente em alguns casos. A Prorrogao ocorre de duas formas:

1)- VOLUNTRIA Ocorre por vontade das partes. A Prorrogao Voluntria ocorre nas seguintes hipteses:

a)- Foro de eleio(Art. 111, CPC) Quando as partes elegem um foro para o julgamento de um conflito. Tem quer ser expressa(por meio de Contrato escrito). S pode ocorrer se a Competncia for Relativa(ex. no posso em uma questo sobre batida de carro escolher o Foro de Eleio) e normalmente Eleio de Foro trata-se de Competncia Territorial. Competncia em razo da Matria e da Hierarquia Funcional inderrogvel(no pode ser negociada) entre as partes, mas em razo do Valor e Territrio pode ser estabelecida entre as partes.

b)- Aisncia de oposio(Art.114. CPC) Se o ru no opuser exceo a Competncia prorrogada(ex. o juiz em uma ao de separao s vai se tornar competente se a mulher voluntariamente no opuser exceo)

2)- LEGAL Ocorre por fora de lei, ou seja, a lei determina qual o juiz ser competente para determinado julgamento.

a)- Art. 108, do CPC - Estabelece que a Ao Assessria e a Ao Cautelar tm que ser propostas no mesmo foro da Ao Principal.

b)- Art. 800, do CPC - Estabelece que a Ao Assessria e a Ao Cautelar tm que ser propostas no mesmo foro da Ao Principal.

AO ASSESSRIA E AO CAUTELARSo aes que pr-existem ao principal, ou seja, elas antecedem a ao principal. Duas aes tm que ser propostas no mesmo foro. Exemplo: A mulher quer separar do marido e ingressa com a ao de separao, s que o marido violento, a agride fisicamente, por isso ela precisa de uma proteo e isso pode se d com a separao de corpos. Assim, a mulher ingressa com uma Ao Cautelar pedindo uma Medida Liminar para que o marido seja retirado da casa e essa Ao Cautelar tem que ser proposta no mesmo foro da Ao de Separao que a ao principal.

COMPETNCIA(CONTINUAO)CONEXOUm dos Princpios bsicos do Processo o da Economia Processual no sentido de que o Processo tem que ser julgado o mais rpido possvel. Baseado nesse Princpio, algumas causas so julgadas conjuntamente para evitar julgamentos divergentes e tambm evitar que os Processos se perpetuem atravs do tempo, assim, aes que de alguma forma tm relao entre elas, quando alguns Elementos da Ao so coincidentes, o julgamento das aes passa a ser em conjunto.

ELEMENTOS DA AO- O Pedido(Objeto) aquilo que a parte espera obter do Judicirio.

- Causa de Pedir o fundamento jurdico do pedido.

- Partes O autor e ru.

CAUSAS DE REUNIO DAS AES1)- CONEXO(ART. 103, CPC) - Para serem conexas, as Aes tm que ter apresentar os seguintes requisitos:

a)- Comum o objeto ou a causa de pedir - So Conexas duas Aes quando for em comum o Objeto ou a Causa de Pedir. Portanto, toda vez que o Pedido ou a Causa de Pedir forem iguais essas Aes so anexadas para um s julgamento. Exemplo: em um contrato de Locao h um conflito de interesses. O Locador entra com uma Ao de Despejo e o Locatrio entra com uma Ao de Consignao em Pagamento. So duas Aes que tm em comum o Objeto(Pedido), portanto sero julgadas em conjunto.

b)- Ambas as aes tm que estar no mesmo grau de jurisdio. OBS.: As Aes conexas so distribudas por dependncia(Art. 253, CPC).2)- CONTINNCIA Tambm h uma identidade de alguns Elementos da ao.As Aes que tenham a mesma Parte e a mesma Causa de Pedir(s que no objeto uma Ao abrange o objeto da outra) so julgadas em conjunto, (ex. A ingressa com Ao de Cobrana contra B alegando que emprestou R$ 10.000,00 e no recebeu. No dia seguinte A percebeu que errou, pois na verdade deveria cobrar R$ 5.000,00 a ttulo de Juros e Multas e entra com uma segunda Ao cobrando esses juros e multa).

COMPETENCIA PARA JULGAMENTO DAS AES EM CONJUNTOPara ser definido qual o Juiz competente para julgar as Aes em conjunto surge o fenmeno da PREVENO. O Juiz Prevento aquele que tem competncia para julgar Aes que foram reunidas em uma s.

JUIZ PREVENTO o juiz competente para o julgamento, que aquele que primeiro conheceu da causa e para isso sero observadas as seguintes regras:

- Mesma circunscrio Se os dois processos tiverem tramitando na mesma Circunscrio, ser o Juiz Prevento aquele que primeiro despachou no Processo(Art.106, CPC);

- Circunscries diferentes Se os Processos a serem anexados so de Circunscries diferentes, ser o Juiz Prevento aquele que primeiro efetuou a citao vlida(Art.219, CPC).

OBJETIVOS DA IDENTIFICAO DAS AESEvitar que haja julgamentos em duplicidade do mesmo Processo, para ser caracterizado o fenmeno da Coisa Julgada.

PERPETUAO DA JURISDIOSignifica que aquele juiz que no incio(Juiz Natural) era competente para julgar a ao, ser, em regra, competente at o final do Processo, ou seja, nenhuma alterao de fato ou de direito alterar a competncia. Porm, existem duas excees a essa perpetuao(Art. 87 CPC), que so:

a)- Se houver supresso de rgo judicirio;b)- Alterao da competncia em razo da matria Por fora de lei que altere a competncia de julgamento de determinada matria, ou seja,m aquele juiz que julgava uma matria passou a no mais ter essa competncia porque a lei alterou a competncia(ex. A competncia para julgar aes envolvendo acidente de trabalho era da Justia Estadual, mas a Emenda Constitucional 45 alterou, determinando que a Competncia da Justia do Trabalho).COMPETNCIA

a medida da jurisdio, o poder de exercer a jurisdio nos limites estabelecidos pela lei. Critrios para determinao da competncia segundo CHIOVENDA:Critrio Objetivo: determina-se a competncia levando-se em considerao elementos externos da lide, tais como: a natureza da causa (Estado atribui competncia aos rgos judicirios tendo em vista a matria: penal ou civil, sobre qual versa a lide), o valor (avaliao do bem pretendido) e a condio das pessoas em lide (se fixa para determinadas pessoas em razo da funo por elas exercidas, ou do interesse que representam, um foro especial). Critrio Territorial: o territrio elemento importante na fixao da competncia pela lei, pois conforme a posio dos juizes, das partes ou relaes que o objeto da lide ou fatos ela ligados tenham como territrio determina-se a competncia de foro. Ex.: no processo civil: competncia fixada pelo domiclio do ru; no processo penal: com base no foro da consumao do delito; no processo trabalhista: o foro da prestao de servios ao empregador.Critrio Funcional: em um mesmo processo vrio juizes podem nele funcionar exercendo atividades jurisdicionais que so delimitadas. Ex.: relator e revisor dos Tribunais.Espcies de Competncia Competncia Internacional: limites impostos s autoridades judicirias brasileiras, tendo em vista o exerccio da funo jurisdicional pelos demais Estados. Competncia interna: competncias dos vrios rgos do Poder Judicirio.

Competncia de jurisdio: competncia distribuda conforme os diversas Justias que compem o Poder Judicirio ( Federal, Estadual, Eleitoral, do Trabalho). O CPP define conflito de jurisdio como conflito de competncia.

Competncia hierrquica: rgos juridicionais hierarquicamente escalonados em Jurisdio Inferior e Superior. Essa classificao ainda compreendida a competncia originria e a recursal. Originria aquela em que o rgo deve primeiramente conhecer o pedido, Recursal aquela usada quando se procura saber qual rgo deve rever a deciso j proferida.

Competncia de juzo: como h vrios juizes ou varas igualmente competentes no mesmo territrio, determina-se a competncia pela natureza da lide (civil, penal art. 252 e 548 CPC) ou pela condio das pessoas (varas privativas).