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A proporcionalidade do aviso-prévio instituída pela Lei n. 12.506/11: aspectos polêmicos RESUMO AUTOR PRINCIPAL: Andréa Corrêa de Paula E-MAIL: [email protected] TRABALHO VINCULADO À BOLSA DE IC:: Não CO-AUTORES: Não há. ORIENTADOR: Luciano Ricardo Cembranel ÁREA: Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Letras e Artes ÁREA DO CONHECIMENTO DO CNPQ: 6.01.03.03-5 - Direito do Trabalho UNIVERSIDADE: Faculdade Meridional - IMED INTRODUÇÃO: O aviso-prévio tem origem remota, anterior ao próprio Direito do Trabalho. Em verdade, a presente garantia contratual remonta ao Direito Civil, como forma de dar estabilidade aos contratos por prazo indeterminado. Com o surgimento do Direito do Trabalho, este instituto foi importado e, de certa forma, adaptado à realidade juslaboral. A previsão legal do aviso- prévio, referente ao Direito do Trabalho, precede a edição da Consolidação das Leis do Trabalho, em 1943. A Constituição Federal de 1988, trouxe grande inovação no aspecto, ao prever que o aviso-prévio será de, no mínimo, trinta dias, elevando e unificando os prazos insculpidos na CLT. Acrescido a isso, a Carta Magna determinou que a sua duração deverá ser proporcional ao tempo de serviço. A ausência de regulamentação de sua proporcionalidade perdurou até outubro de 2011, quando o Congresso Nacional editou a Lei n. 12.506/11, que, pela sua simplicidade, exigirá esforços hermenêuticos para sua correta compreensão e aplicação. METODOLOGIA: A pesquisa será realizada, primordialmente, a partir de análise bibliográfica, de textos da doutrina especializada, de textos legais e de enunciados jurisprudenciais. O método de abordagem a ser adotado é o hermenêutico-dialético, pois será necessário analisar o instituto do aviso-prévio e a sua proporcionalidade, de modo a perquirir sobre a sua aplicabilidade e os limites do regramento trazido pela Lei n. 12.506/11.

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A proporcionalidade do aviso-prévio instituída pela Lei n. 12.506/11: aspectospolêmicos

RESUMO

AUTOR PRINCIPAL:Andréa Corrêa de Paula

E-MAIL:[email protected]

TRABALHO VINCULADO À BOLSA DE IC::Não

CO-AUTORES:Não há.

ORIENTADOR:Luciano Ricardo Cembranel

ÁREA:Ciências Humanas, Sociais Aplicadas, Letras e Artes

ÁREA DO CONHECIMENTO DO CNPQ:6.01.03.03-5 - Direito do Trabalho

UNIVERSIDADE:Faculdade Meridional - IMED

INTRODUÇÃO:O aviso-prévio tem origem remota, anterior ao próprio Direito do Trabalho. Em verdade, a presente garantia contratualremonta ao Direito Civil, como forma de dar estabilidade aos contratos por prazo indeterminado. Com o surgimento doDireito do Trabalho, este instituto foi importado e, de certa forma, adaptado à realidade juslaboral. A previsão legal do aviso-prévio, referente ao Direito do Trabalho, precede a edição da Consolidação das Leis do Trabalho, em 1943. A ConstituiçãoFederal de 1988, trouxe grande inovação no aspecto, ao prever que o aviso-prévio será de, no mínimo, trinta dias, elevandoe unificando os prazos insculpidos na CLT. Acrescido a isso, a Carta Magna determinou que a sua duração deverá serproporcional ao tempo de serviço. A ausência de regulamentação de sua proporcionalidade perdurou até outubro de 2011,quando o Congresso Nacional editou a Lei n. 12.506/11, que, pela sua simplicidade, exigirá esforços hermenêuticos parasua correta compreensão e aplicação.

METODOLOGIA:A pesquisa será realizada, primordialmente, a partir de análise bibliográfica, de textos da doutrina especializada, de textoslegais e de enunciados jurisprudenciais. O método de abordagem a ser adotado é o hermenêutico-dialético, pois seránecessário analisar o instituto do aviso-prévio e a sua proporcionalidade, de modo a perquirir sobre a sua aplicabilidade eos limites do regramento trazido pela Lei n. 12.506/11.

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RESULTADOS E DISCUSSÕES:Em outubro de 2011, o Congresso Nacional aprovou o Projeto de Lei n. 3.941, ¿em trâmite¿ desde 1989, o qual ficou porlongos anos sem qualquer movimentação no Legislativo ¿ de 1995 a agosto de 2011, sendo que em setembro foi solicitadoregime de urgência, culminando com a promulgação em 11 de outubro. Assim, em que pese dar resposta à omissão acercada proporcionalidade do aviso-prévio, a aprovação às pressas, suprimiu importante espaço para debate e aperfeiçoamentode seu texto. Em razão de sua singela redação ¿ dois artigos com pouco mais de cem palavras ¿ surgiram diversosquestionamentos, como, por exemplo, a contagem do tempo de serviço para fins de incidência do acréscimo de três dias e,ainda, sobre a possibilidade de modulação na contagem da proporcionalidade. A Lei n. 12.506/11 não é clara sobre quandodevem ser acrescidos os primeiros três dias de proporcionalidade. O caput do seu artigo 1º, repisa que o aviso-prévio seráde 30 dias para os empregados que contenham até um ano de serviço na mesma empresa; referindo o seu parágrafo únicoque serão acrescidos três dias por ano de serviço prestado à mesma empresa. Pela sua leitura, pode-se compreender queaté um ano de serviço, no que esse se inclui, será aplicado o prazo mínimo, ou seja, 30 dias, e que, passado mais um ano,isto é, quando completado o segundo ano de serviço, será de trinta e três dias, e assim sucessivamente. Todavia, ainterpretação que vem predominando é em sentido diverso, ou seja, os primeiros três dias são devidos ao se completar umano de serviço, sendo isso o que reconhece a Nota Técnica n. 184/12 do Ministério do Trabalho e Emprego. Por outro lado,no que tange ao acréscimo de três dias antes de completado um ano completo de trabalho, tem prevalecido o entendimentode que, não estabelecendo a lei tal possibilidade, esta não pode ser criada por mero esforço interpretativo / integrativo.Registre-se, por fim, que a projeção do aviso-prévio é considerada para fins da proporcionalidade.

CONCLUSÃO:Nesse contexto, verifica-se que a intepretação do alcance da normatização pertinente à proporcionalidade do pré-avisosomente será alcançada com a análise conjunta do diploma legal e dos princípios que norteiam o Direito do Trabalho.Assim, deve-se atentar que o aviso-prévio é, também, mecanismo que visa a manutenção dos contratos de trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 12. ed. São Paulo: LTr, 2013. GARCIA, Gustavo FilipeBarbosa Garcia. Considerações sobre a lei 12.506/2011: aviso prévio proporcional. Justiça do Trabalho, Porto Alegre, ano28, n. 336, p. 7-18, dez. 2011. MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. 28. ed. São Paulo: Atlas, 2012. NASCIMENTO,Amauri Mascaro. Curso de Direito do Trabalho. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

Assinatura do aluno Assinatura do orientador