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Resultados das atividades do Programa Águas para o Desenvolvimento no período de 2011 a 2013.

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1

Resultados das atividades do

Programa Águas para o Desenvolvimento no

período de 2011 a 2013.

2

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 4

Instituições parceiras do Programa Águas para o Desenvolvimento: ................................... 5

Atividades desenvolvidas no Programa ................................................................................ 6

Atividade 1 - AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE GADO DE CORTE EM PASTAGEM

CULTIVADA “IRRIGADA” .................................................................................................... 6

INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 6

OBJETIVO ........................................................................................................................... 7

MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................................... 8

CONCLUSÕES .................................................................................................................... 10

Atividade 2 – AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE ARROZ IRRIGADO POR ASPERSÃO NA REGIÃO

DA CAMPANHA ................................................................................................................... 12

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 12

MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................................... 12

RESULTADOS .................................................................................................................... 13

CONCLUSÕES .................................................................................................................... 14

Atividade 3 - AVALIAÇÃO DE ÉPOCAS DE SEMEADURA ....................................................... 15

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 15

METODOLOGIA ................................................................................................................ 15

RESULTADOS .................................................................................................................... 15

Atividade 4 - CULTIVARES DE ARROZ IRRIGADO DA EMBRAPA SOB DIFERENTES

DENSIDADES DE SEMEADURA E NÍVEIS DE ADUBAÇÃO – BAGÉ/RS .................................... 17

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 17

OBJETIVO ......................................................................................................................... 18

MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................................... 18

CONCLUSÕES .................................................................................................................... 19

Atividade 5 - CULTIVARES DE SOJA IRRIGADAS DO GM 7 EM BAGÉ, SAFRAS 2010/11 E

2011/12 ............................................................................................................................... 21

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 21

METODOLOGIA ................................................................................................................ 21

RESULTADOS .................................................................................................................... 21

Atividade 6 - DESEMPENHO DE SOJA GM 5 EM BAGÉ, SAFRAS 2010/11 E 2011/12 ............ 23

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 23

METODOLOGIA ................................................................................................................ 23

RESULTADOS .................................................................................................................... 23

Atividade 7 - DESEMPENHO DE SOJA GM 6 EM BAGÉ, SAFRAS 2010/11 E 2011/12 ............ 25

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 25

METODOLOGIA ................................................................................................................ 25

3

RESULTADOS .................................................................................................................... 25

Atividade 8 - ESTRATÉGIAS DE IRRIGAÇÃO PARA REDUÇÃO DO USO DA ÁGUA EM ARROZ

IRRIGADO - Bagé, RS. ........................................................................................................... 27

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 27

MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................................... 27

RESULTADOS .................................................................................................................... 28

CONCLUSÕES .................................................................................................................... 29

Atividade 9 - MANEJO RACIONAL DA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO (MARCA) EM BAGÉ E

SÃO GABRIEL ....................................................................................................................... 30

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 30

MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................................... 30

CONCLUSÕES .................................................................................................................... 32

Atividade 10 - SOJA EM CAMALHÕES DE BASE LARGA EM TERRAS BAIXAS ........................ 33

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 33

MATERIAL E MÉTODO ...................................................................................................... 33

RESULTADOS .................................................................................................................... 34

CONCLUSÃO ..................................................................................................................... 35

Atividade 11 - USO DO ARROZ NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL – GADO DE CORTE .................. 36

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 36

OBJETIVOS ........................................................................................................................ 36

MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................................... 36

RESULTADOS .................................................................................................................... 37

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 38

Atividade 12 – CULTURA DO MILHO IRRIGADO ................................................................... 39

OBJETIVO ......................................................................................................................... 39

METODOLOGIA ................................................................................................................ 40

RESULTADOS .................................................................................................................... 42

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................... 43

Atividade 13 - ENSAIO COM DIFERENTES CULTIVARES DE SOJA .......................................... 44

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 44

OBJETIVO ......................................................................................................................... 45

MATERIAL E MÉTODOS ..................................................................................................... 45

RESULTADOS .................................................................................................................... 46

PLANEJAMENTO DE AÇÕES PARA 2014 ............................................................................... 48

Atividades Dom Pedrito .................................................................................................... 49

Atividades São Gabriel ...................................................................................................... 49

Atividades Rosário do Sul ................................................................................................. 50

Atividades Santana do Livramento ................................................................................... 50

4

Programa Águas para o Desenvolvimento

INTRODUÇÃO

Atualmente a região da Bacia Hidrográfica do rio Santa Maria está inserida em um cenário de constante desenvolvimento econômico e social, e atrelado a este, a uma crescente demanda por ações que visam prover este desenvolvimento de maneira sustentável. Dentro deste contexto e a partir da necessidade de se prover ferramentas necessárias à consecução do propósito da função das barragens Taquarembó e Jaguari, na Bacia Hidrográfica do rio Santa Maria, que é de múltiplos usos de suas águas, foi criado o Programa Águas para o Desenvolvimento (PAD).

O PAD tem como objetivo disponibilizar a comunidade em geral, tecnologias existentes, comprovando-as como viáveis para execução na região através de Unidades Demonstrativas e de Observação e trabalhos de pesquisa, inclusive com áreas e pontos inseridos na rede oficial de validação de cultivares de produtos novos, ou que já fazem parte da matriz produtiva regional, comprovando ou agregando dados ao zoneamento agroclimático oficial, ao longo do tempo e da continuidade do processo de pesquisa, validação e comprovação.

O Programa está em constante processo evolutivo, com agregação de novos Projetos, Planos de Ação e Atividades, podendo, a qualquer momento, receber sugestões demandadas pela comunidade que sempre são encaminhadas à Câmara Técnica para estudo e inserção. Dentro dos demais projetos inseridos no Programa, dois projetos podem ser considerados como básicos ou estruturantes quando se trata de ampliação da matriz produtiva, sendo eles, o Mapeamento de Capacidade de Uso de Solos e a Caracterização Climática da região da Bacia do rio Santa Maria.

A AUSM (Associação dos Usuários da Bacia Hidrográfica do rio Santa Maria) decidiu por buscar ações que proporcionem a potencialização e o incremento de resultados das atividades econômicas já praticadas na Bacia do rio Santa Maria, a partir da disponibilidade de água, assim como diversificar a matriz produtiva primária, explorando as potencialidades da região e as possibilidades de agregação de valor a estas, seja por aumento de escala de produção ou processamento industrial: o desenvolvimento regional sustentável, tendo como vetor a água. A AUSM em parceria com a Embrapa Clima Temperado é responsável pela articulação do Programa, auxiliando-o em sua coordenação e desenvolvimento.

O Programa Águas para o Desenvolvimento é composto por 37 instituições de pesquisa, extensão, ensino, representativas de setores produtivos e técnicos da região, órgãos das administrações públicas dos níveis Federal, Estadual e Municipal, organizadas em duas instâncias, Câmara Técnica e Comitê de Governança Institucional.

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Instituições parceiras do Programa Águas para o Desenvolvimento:

- Associação dos usuários da Água da bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria - AUSM - Associação dos Engenheiros Agrônomos de Dom Pedrito/RS - Associação dos Engenheiros Agrônomos de Rosário do Sul/RS - Associação dos Engenheiros Agrônomos de Santana do Livramento/RS - Associação de Plantio Direto da Região Sul – APLANDISUL - AGROFEL, Agro comercial Ltda - Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria - Cooperativa Regional tritícola Serrana – Cotrijuí – Unidade Dom Pedrito - EMBRAPA Clima Temperado - EMBRAPA CPPSUL - EMATER – RS - FEPAGRO - FEDERARROZ - Gabinete do Vice Governador do Estado do Rio Grande do Sul - Instituto Federal Farroupilha - Instituto Riograndense do Arroz – IRGA - Ministério da Integração Nacional - Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento - Ministério do Desenvolvimento Agrário - Prefeitura Municipal de Cacequi/RS - Prefeitura Municipal de Dom Pedrito/RS - Prefeitura Municipal de Lavras do Sul/RS - Prefeitura Municipal de Santana do Livramento/RS - Prefeitura Municipal de São Gabriel/RS - Prefeitura Municipal de Rosário do Sul/RS - Sindicato Rural de Cacequi/RS - Sindicato Rural de Dom Pedrito/RS - Sindicato Rural de Rosário do Sul/RS - Sindicato Rural de São Gabriel/RS - Secretaria Estadual de Obras, Irrigação de Desenvolvimento Urbano - Secretaria Estadual do Meio Ambiente - Secretaria de Estado do Gabinete dos Prefeitos e Articulações Federativas - SEBRAE/RS - Universidade Federal do Pampa - Universidade Federal de Pelotas - Universidade da Região da Campanha

6

Atividades desenvolvidas no Programa

Atividade 1 - AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE GADO DE CORTE EM PASTAGEM

CULTIVADA “IRRIGADA”

Responsáveis: Carlos Alberto Xavier Fernandes Roberto Machado Braz ; Alex Fabiano Fernandes Gomes ;

Antônio Candido Barcellos de Souza; Claudio Raul Pereda Barboza4; Eloi Luft

; Laise Asconavieta Har

; Júlio José

Centeno da Silva .

Parceiros: Prefeitura Municipal de Livramento e Embrapa Clima Temperado

INTRODUÇÃO

No Estado do Rio Grande do Sul a pecuária de leite e corte tem suas origens com a

chegada do imigrante e a colonização. A ocupação se deu de forma a domesticar o gado

existente e a introdução de raças vindas com a ocupação.

O território ocupado predominava com grandes extensões de terra e a presença de

campos “finos” e vegetações baixas.

Os locais buscados para as produções primárias se caracterizavam por coxilhas

suaves a terrenos com topografia ondulada, basicamente em regiões de formações

geológicas de basaltos, restando às áreas de várzea para serem manejadas por sistemas de

irrigação por inundação contínua.

Práticas alternativas desde a produção em sistema extensivo de campo, passando

pelo piqueteamento introduzidas por culturas europeias denominadas “Pastoreio Racional

Voisin6”, cujo sistema racional de manejo de pastagem que preconiza a divisão da área de

pasto em várias parcelas, onde, na mesma, são fornecidos água e sal mineral. Além disso, os

pastos são manejados de tal forma que, aumentam sua produtividade, até o confinamento

integral dos rebanhos se baseando a alimentação em ofertas de rações balanceadas e

visando à redução da idade ao abate, aumento da taxa de desfrute e ajuste da oferta de

forragem na propriedade.

No Rio Grande do Sul o uso da irrigação para pastagens utilizadas na pecuária na

forma de sulcos ainda é pouco expressiva, mas estudos existentes denotam que esse

sistema gera uma economia significativa no volume total de água consumida por ciclo, o que

representa diminuição do consumo médio de água pela propriedade e propicia incrementos

nas produções com sistemas de irrigação por inundação continuada com a cultura do arroz,

viabilizando incrementos na receita final da propriedade.

Além da economia de água, esse sistema de irrigação permite implantar a cultura em áreas antes utilizadas por arroz, facilitando inclusive a implantação de sistemas de

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Integração Lavoura-Pecuária, bem como a rotação de culturas como a soja, o milho e pastagens.

OBJETIVO

Este trabalho visa avaliar o desempenho de gado de corte em pastagem cultivada

“irrigada” em área tradicionalmente utilizada por arroz irrigado por inundação, com cultivo

em camaleões irrigados, visando à utilização em sistemas irrigados de Integração Lavoura-

Pecuária.

HISTÓRICO DA ÁREA

A área possuía cultivos anteriores, tendo sido cultivada com arroz irrigado nos

moldes tradicionais via arrendamento com terceiros.

Antes do inicio dos trabalhos do projeto de avaliação estava sendo explorada a área

de campo nativo com bovinos de corte.

Foi iniciado trabalho em dezembro de 2010, dentro do Programa águas para o

desenvolvimento – PAD com a Associação dos Usuários da Bacia Hidrográfica do Rio Santa

Maria – AUSM, a Prefeitura Municipal de Santana do Livramento que disponibilizou a área

para implantação de Unidade Demonstrativa - UD e acompanhamento técnico da EMBRAPA

Pecuária Sul de Pelotas.

LOCALIZAÇÃO

A área está inserida na propriedade da Prefeitura Municipal de Santana do

Livramento, explorada pela Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento –

SMAPA, denominada de “CAMPO MUNICIPAL DE COOPERAÇÃO”, na localidade Florentina,

seguindo a Estrada Adalgísio Ferreira por 12km – 1º distrito Livramento, mapa abaixo.

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MATERIAL E MÉTODOS

A avaliação foi conduzida na safra 2012/13 com início dos trabalhos em área de

várzea, em solo Argisolo Vermelho Distrófico Arênico, imperfeitamente drenado, de textura

arenosa, com formações de camaleões irrigados com condução de água de barragem de

reservação por gravidade, no Campo de Cooperação da Prefeitura Municipal de Santana do

Livramento - RS.

Área utilizada O preparo do local envolveu

5 hectares

- Análise do solo; - Preparo do solo pela patrulha agrícola envolvendo; - Lavração com grade aradora; - Confecção dos camaleões com arado de disco e gradagem com grade niveladora.

*Os camaleões foram montados com largura de 1,40m e 0,40m entre as linhas de camaleões;

Foi realizada aplicação de calcário dolomítico, sendo usadas 2,5 toneladas por hectare.

Tabela 1: Demonstra as cultivares forrageiras utilizadas, sendo estas semeadas a lanço,

consorciadas. As sementes das espécies leguminosas foram inoculadas com rizóbium

específico, sendo a semeadura realizada em 26/10/2012.

Cultivares Densidade de Semeadura

Adubação de Base 350 kg/ha

Formulação

5-20-20

Azevém 25 Kg

Trevo Branco 2 Kg

Cornichão 8 Kg

Foram escolhidos 11 animais de tamanho e peso aproximado (média de 322kg/cab),

destes 11 animais 6 foram definidos como tester’s, sendo: 2 dos mais leves, 2 dos de peso

médio, 2 dos mais pesados.

A 1ª entrada dos animais na pastagem foi em 10/08/2012.

Foram avaliados:

Matéria seca disponível – MSD;

Lotação de rebanho viável para a área;

Ganho de peso animal por unidade de área. Para determinação da disponibilidade de MS foram instaladas 2 gaiolas para

monitoramento do índice da taxa de crescimento foliar.

9

Foram feitos cortes de amostras de 0,25 m² de pastagem a cada 28 dias com 30

amostras, sendo 15 para pesagem e 15 para análise visual, após foi realizada a pesagem da

matéria verde, sendo extraídas 100 gramas para secagem com uso de micro-ondas.

Para os cálculos foi aplicada a fórmula abaixo

2.027 kg MS/ha +(28 dias x 25% TC) =

28 dias

RESULTADOS

Gráfico 1: Relação de matéria seca disponível e o ganho de peso. Santana do Livramento, RS. Embrapa Clima Temperado. Pelotas, RS. 2012-2013.

908,18 1.008,00

1.405,06

1.698,00

2.027,14

-

500,00

1.000,00

1.500,00

2.000,00

2.500,00

MATÉRIA SECA

GANHO DE PESO

322 354 400 477

-

500,00

1.000,00

1.500,00

2.000,00

2.500,00

MATÉRIA SECA

GANHO DE PESO

RENDIMENTO CARCAÇA

10

Gráfico 2: Produção de matéria seca disponível x ganho peso x rendimento de carcaça. Santana do

Livramento, RS. Embrapa Clima Temperado. Pelotas, RS. 2012-2013.

Tabela 2 - Tabela Controle. Santana do Livramento, RS, Embrapa Clima Temperado. Pelotas,

RS. 2012-2013.

EVENTOS – DATA 14/08/2012 12/09/2012 16/10/2012 06/12/2012

1- MATÉRIA SECA 908,18 1.008 1.405,06 1.698,00

2- GANHO DE PESO 322 354 400 477

3- RENDIMENTO DE CARCAÇA - 180,54 200 238,04

22/01/2013 28/02/2013 23/04/2013 12/06/2013 26/07/2013

1 2.027,14 2.027,14 2.027,14 2.027,14 2.027,14

2 501 501 508,93 524,71 493,06

3 252,5 252,5 256,5 264,45 248,5

Tabela 3 – Entidades beneficiadas com a doação de carnes oriundas do projeto de avaliação

desempenho de gado de corte em pastagem cultivada “irrigada”. Santana do Livramento,

RS, Embrapa Clima Temperado. Pelotas, RS. 2012-2013.

ITEM ENTIDADE

1 REFEITÓRIO PÚBLICO

2 LAR DAS MENINAS

3 APAE

4 ASSANDEF

5 S.I.A.N. – ASILO MARIO MOTA

6 ASILO SEBASTIÃO PERES

7 CENTRO BENEFICENTE ABIGAHIR

8 CONFERÊNCIA SÃO VICENTE DE PAULO

9 CRECHE SANTA ELVIRA

10 LEGIÃO DA CRUZ – CIDADE DE MENINOS

11 COMUNIDADE TERAPÊUTICA RENASCER

12 CHECHE PAI SETE

13 CENTRO DE CONVIVÊNCIA – C.A.P.S.

CONCLUSÕES

Obteve-se ganho de peso médio de 1,080kg/dia/animal. O período envolvido no projeto manteve chuvas regulares e não foi necessária a

demanda com irrigação, mantendo-se os sulcos com umidade adequada para o pleno desenvolvimento vegetativo.

11

O experimento deverá ser repetido para a ampliação de dados e detalhamento envolvendo o custo/benefício ao produtor rural.

No segundo ano, deverá ser realizado uma segunda área como testemunha, com acompanhamento técnico da EMBRAPA para formatação com metodologia experimental.

12

Atividade 2 – AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE ARROZ IRRIGADO POR

ASPERSÃO NA REGIÃO DA CAMPANHA

Responsáveis: Marília A. B. Pinto; Naylor Bastiani Perez; Fabrício Machado da Luz Leitão; Gustavo Trentin;

Juliano Lino Ferreira; José M. B. Parfitt; Ariano M. Magalhães Jr.; Rodson Natividade Sisti; Luiza da Silveira

Ribeiro; Camila Garcia Souza

Parceiros: Embrapa Pecuária Sul, Embrapa Clima Temperado e IRGA

INTRODUÇÃO

No Rio Grande do Sul o cultivo de arroz predomina em áreas de várzea que são, em

sua maioria, manejadas sob sistemas de irrigação por inundação contínua. No entanto,

recentemente o elevado uso de água nesse sistema de cultivo vem sendo questionado.

Práticas alternativas de irrigação para a cultura do arroz vêm sendo objeto de

estudos, entre as quais, a aspersão com sistema de pivô-central. No Rio Grande do Sul o

cultivo de arroz irrigado por esse sistema consome cerca de 550 mm por ciclo, o que

representa metade do consumo médio de sistemas de irrigação por inundação contínua.

Além da economia de água, esse sistema de irrigação permite implantar a cultura em

áreas livres de infestação por arroz vermelho, facilita a implantação de sistemas de

Integração Lavoura-Pecuária, bem como a rotação de culturas como a soja, o milho e

pastagens.

O potencial dessa forma de irrigação é necessário aferir algumas práticas de manejo,

entre elas a frequência e quantidade de água adicionada ao longo do ciclo e a adequação

das cultivares desenvolvidas para cultivo inundado.

Este trabalho visa testar o desempenho de cultivares de arroz, tradicionalmente

irrigadas por inundação, sob cultivo em pivô-central em área de coxilha, visando a utilização

em sistemas irrigados de Integração Lavoura-Pecuária.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido na safra 2012/13, em área de coxilha, em um

Cambissolo Háplico imperfeitamente drenado, de textura franco arenosa, irrigado por

aspersão por pivô-central, na Embrapa Pecuária Sul em Bagé, RS.

As cultivares utilizadas foram: BR-Irga 409, BRS-Sinuelo CL, BRS-Querência e BRS-

Pampa. O espaçamento utilizado foi de 0,17 m entre linhas com densidade de semeadura de

100kg/ha de sementes viáveis e 350 kg/ha de adubação de base com a formulação 5-20-20.

As sementes foram tratadas com Permit, sendo a semeadura realizada em 26/10/2012.

13

O controle de irrigação baseou-se na tensão de água no solo, a qual foi monitorada

por sensores do tipo “Watermark”, instalados a 15 cm de profundidade. A irrigação foi

realizada sempre que a tensão de água no solo atingisse 10 kPa, quando era aplicada uma

lâmina de 10 mm. Foram avaliados: produtividade de grãos, rendimento de engenho, peso

de mil sementes, número de colmos por metro linear, altura da planta com panícula

estendida, peso seco da resteva, peso seco do feno recolhido e peso seco total da palha.

RESULTADOS

Tabela 1: Produtividade de grãos, rendimento de engenho e peso de mil sementes para as 4

variedades avaliadas, quando irrigadas por aspersão. Bagé, RS. Embrapa Clima Temperado.

Pelotas, RS. 2012-2013.

Cultivar Produtiv.

Grãos Rendimento de

Engenho Peso de 1000 Sementes

(kg/ha) (%) (g)

BR-Irga 409 8638 a 62 a 22,7 a

BRS-Sinuelo CL 7173 b 54 b 23,8 a

BRS-Querência 9092 a 56 b 23,5 a

BRS-Pampa 7255 b 62 a 22,3 a

Médias seguidas das mesmas letras nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5%.

Tabela 2. Número de colmos por metro linear e altura de planta com panícula estendida de

diferentes variedades cultivadas em semeadura direta e irrigação por aspersão em pivô -

central. Bagé, RS, Embrapa Clima Temperado. Pelotas, RS. 2012-2013.

Cultivar Número de colmos por

metro linear Altura da planta com panícula

estendida (cm)

BR-Irga 409 102 ab 84 b

BRS-Sinuelo CL 106 a 68 c

BRS-Querência 81 b 93 a

BRS-Pampa 92 ab 78 b

Médias seguidas das mesmas letras nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5%.

Tabela 3 – Produtividade média, expressa em kg de matéria seca/ha, do resíduo de colheita

de diferentes variedades de arroz cultivadas sob semeadura direta e irrigação por aspersão

em pivô-central. Bagé - RS Embrapa Clima Temperado. Pelotas, RS. 2012-2013.

1 Pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS.

14

Cultivar Peso Seco da Resteva

(kg/ha) Peso seco do Feno (kg/ha)

Peso da Palhada (kg/ha)

BR-Irga 409 4940 a 2477 a 7417 a

BRS-Sinuelo 5565 a 2155 a 7720 a

BRS-Querência 4437 a 3084 a 7521 a

BRS-Pampa 5411 a 2157 a 7568 a

Médias seguidas das mesmas letras nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey ao nível de 5%.

CONCLUSÕES

As variedades de arroz selecionadas para cultivo sob irrigação por inundação em

várzea, podem ser cultivadas em terras altas, através da semeadura direta após a cultura da

soja e irrigação por aspersão, proporcionando índices de produtividade de grãos e de

palhada compatíveis aos obtidos em sistemas tradicionais de cultivo em terras baixas.

15

Atividade 3 - AVALIAÇÃO DE ÉPOCAS DE SEMEADURA DE SOJA Responsáveis: Vernetti Junior, F. de J. 1; N.B. Perez2; M. Pilon3. Parceiros: Embrapa Clima Temperado e Embrapa Pecuária Sul

INTRODUÇÃO

O período preferencial para semeadura da soja no Estado do Rio Grande do Sul é o

mês de novembro, entretanto a época de semeadura indicada, para a maioria das cultivares,

estende-se entre 20 de outubro até meados de dezembro. Os agricultores têm demandado

cultivares de soja de ciclos mais precoces e têm antecipado a data de semeadura, visando

tentar escapar/diminuir aplicação de fungicidas para ferrugem e a possibilidade de antecipar

a ocorrência de períodos críticos da cultura na tentativa de fuga de temporada de déficits

hídricos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho do rendimento de cultivares de

soja cultivada em diferentes épocas de semeaduras.

METODOLOGIA

Os experimentos foram conduzidos em blocos ao acaso, com parcela subdividida e

três repetições. As épocas de semeaduras ocorreram em 4/10, 22/10, 11/11 e 30/11 de

2010.

A população de plantas e as demais práticas culturais foram realizadas obedecendo

às indicações técnicas para o cultivo da cultura no estado do Rio Grande do Sul (Reunião de

Pesquisa da Soja). Foi avaliado o rendimento de grãos em cada época de semeadura.

RESULTADOS

As produtividades de grãos obtidos nas épocas de semeadura recomendadas foram

superiores à média observada no Rio Grande do Sul na safra 2010/11 (2.744 kg ha-1).

A primeira época de semeadura apresentou o pior desempenho entre todos os

períodos avaliados, com produtividade de grãos de 2.487 kg ha-1 destacando-se em valores

absolutos as cultivares NA 5909 RG e Fundacep 55 RR.

As outras três épocas de semeadura, todas dentro do período preferencial, atingiram

produtividades de grãos elevadas, respectivamente, 30, 25 e 23% acima da média estadual

do RS. Na média houve um aumento de aproximadamente 1.000 kg ha-1 quando a

semeadura se deu dentro do período preferencial, destacando-se na semeadura de 22 de

outubro as cultivares NA 5909 RG e CD 231 RR que produziram, respectivamente 14 e 24%

1Pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS. [email protected] 2 Pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Bagé, RS. [email protected] 3 Analista da Embrapa Pecuária Sul,Bagé, RS, [email protected]

16

acima da média desta época. Para a semeadura de 11 de novembro, apenas NA 5909 RG

destacou-se, obtendo produção 36% superior a média.

Finalmente, na última época analisada, verifica-se que não houve diferença entre as

cultivares. Entretanto em valores absolutos sobressaem-se, respectivamente em ordem

decrescente de produtividade de grãos, NA 5909 RG, CD 231 RR e NA 4990 RG.

17

Atividade 4 - CULTIVARES DE ARROZ IRRIGADO DA EMBRAPA SOB

DIFERENTES DENSIDADES DE SEMEADURA E NÍVEIS DE ADUBAÇÃO – BAGÉ/RS

Responsáveis: Ariano Martins de Magalhães Júnior1;José Alberto Petrini2;Paulo Ricardo Reis Fagundes3;Cley

Donizeti Nunes4; Isabel Helena Vernetti Azambuja

5;Marcelo Pilon

6; Renato Kuhn

7.

Parceiros: Embrapa Clima Temperado e Embrapa Pecuária Sul

INTRODUÇÃO

A cultivar BRS Pampa é originada de cruzamento envolvendo os parentais IRGA 417 e

BRS Jaburu, realizado pela Embrapa na safra 1999/2000. Apresenta plantas do tipo

“moderno” de folhas pilosas, altura média de 96 cm, ciclo precoce, em torno de 118 dias,

com ampla adaptação no RS, boa tolerância ao acamamento e às doenças predominantes.

Seus grãos são longo finos, do tipo “agulhinha” de casca pilosa-clara com baixa incidência de

centro branco, e com textura solta e macia após a cocção. O rendimento industrial dos

grãos, em condições normais de ambiente e manejo da lavoura, é superior a 62% de grãos

inteiro-polidos com renda total de 68%. Apresenta excelentes atributos de cocção

comparado às melhores cultivares destacadas pela indústria gaúcha.

A cultivar BRS Sinuelo CL é oriunda do retrocruzamento entre a cultivar comercial

BRS 7 “Taim” e a fonte de tolerância a herbicida da classe das imidazolinonas AS 3510,

utilizada no sistema ClearField. Apresenta ciclo médio ao redor dos 130 dias, tolerância ao

herbicida Only®, alto potencial de produtividade, resistência ao acamamento e ao degrane e

moderada resistência à toxidez de ferro. A cultivar apresenta um tipo de planta moderna,

com folhas lisas e eretas, porte baixo (94,3 cm de altura), e excelente afilamento, colmos

vigorosos e fortes. Os grãos são do tipo “agulhinha” de casca lisa-clara. O rendimento

industrial dos grãos, em condições normais de ambiente e manejo da lavoura, é superior a

61% de grãos inteiro-polidos com renda total de 69%.

A BRS Querência, originou-se do cruzamento entre a linhagem CL 246 com a cultivar

ZhoFee No 10, fonte para tolerância ao frio; realizado na Embrapa Clima Temperado na

safra 1989/90, tendo recebido o código TF 448. A linhagem CL 246, obtida a partir do

cruzamento CL Sel 107/Colômbia 24; cujos parentais envolvidos são Bellemont, New Rex,

fontes de qualidade de grão; BR-IRGA 409, fonte de adaptação e produtividade; e Te-Tep,

fonte para resistência à brusone; apresenta boa adaptação às condições edafoclimáticas

predominantes no sul do Brasil, aliada às características de grãos com excelente qualidade

industrial e culinária. A cultivar BRS Querência, tem ciclo biológico precoce, média de 110

dias. Apresenta estatura média de planta de 87 centímetros, alta capacidade de

perfilhamento, colmos vigorosos e fortes, resistência ao acamamento, folhas glabras, panícula

longa com elevado número de espiguetas férteis. Os grãos são do tipo “agulhinha” de casca lisa-

clara. O rendimento industrial dos grãos, em condições normais de ambiente e manejo da lavoura, é

superior a 62% de grãos inteiro-polidos com renda total de 69%.

18

OBJETIVO

Avaliar o efeito da densidade da semeadura e da adubação de base e de cobertura

nas cultivares BRS Pampa, BRS Sinuelo CL e BRS Querência, visando melhor expressar o

potencial produtivo de cada cultivar na região da Campanha.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado em Bagé/RS, na Embrapa Pecuária Sul. Foram utilizadas 3

densidades de semeadura, 3 níveis de adubação de base, 3 níveis de cobertura (N) e 3

cultivares de arroz irrigado. A semeadura foi em 4/11/2011.

Tabela 1: Representa os tratamentos estabelecidos no experimento (Densidade de semeadura, Níveis de adubação de base e níveis de cobertura).

D60 NPK Ureia

1 200 kg ha – 1 06-18-28 + 100 kg ha – 1 45-00-00

2 300 kg ha – 1 06-18-28 + 200 kg ha – 1 45-00-00

3 400 kg ha – 1 06-18-28 + 300 kg ha – 1 45-00-00

4 200 kg ha – 1 06-18-28 + 100 kg ha – 1 45-00-00

5 300 kg ha – 1 06-18-28 + 200 kg ha – 1 45-00-00

6 400 kg ha – 1 06-18-28 + 300 kg ha – 1 45-00-00

7 200 kg ha – 1 06-18-28 + 100 kg ha – 1 45-00-00

8 300 kg ha – 1 06-18-28 + 200 kg ha – 1 45-00-00

9 400 kg ha – 1 06-18-28 + 300 kg ha – 1 45-00-00

RESULTADOS

Comparação entre cultivares

8019

9501,6

7326

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

8000

9000

10000

BRS Querência

BRS Pampa BRS Sinuelo CL

Pro

du

tivid

ad

e (

kg

/ha

)

Cultivares

19

Comparação entre densidades

Comparação entre níveis de adubação

Comparação entre tratamentos

CONCLUSÕES

A cultivar BRS Pampa apresentou a melhor produtividade atingindo em média 9,5

t/ha, o que demonstra sua adaptação a região da campanha, sendo superior às demais

8123 8316 8409

0

2000

4000

6000

8000

10000

60 kg 90 kg 120 kg

Pro

du

tivid

ad

e

(kg

/ha

)

Densidade de semeadura

8514 8361 7972

0

2000

4000

6000

8000

10000

1 2 3

Pro

du

tivid

ad

e

(kg

/ha

)

Tratamentos

0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000

10000

1 2 3 4 5 6 7 8 9 Pro

du

tivid

ad

e (

kg

/ha

)

Tratamentos

20

cultivares testadas. Esta produziu cerca de 1,5 t/ha a mais que a BRS Querência, além de

apresentar rendimento de grão inteiros de 63%.

Não houve diferenças significativas entre as densidades testadas de 60, 90 e 120

kg/ha, porém acredita-se que por medidas de segurança a densidade ideal deve ser entre 80

e 90 kg/ha para as cultivares BRS Pampa e BRS Sinuelo CL, e de 100 kg/ha para a BRS

Querência que apresenta menor número de afilhos que as outras.

Existe um indicativo quanto à adubação de que as menores doses de adubo de base

foram mais efetivas, embora a cultivar BRS Pampa apresente resposta positiva ao aumento

da adubação. Neste contexto, a indicação intermediária de 300 kg/ha na base de N, P e K

(06-18-28) e de 200 kg/ha de ureia em cobertura parece ser a mais indicada. Doses mais

elevadas predispõem ao acamamento das cultivares, pois o solo onde foi realizado o

experimento apresentava alta fertilidade.

21

Atividade 5 - CULTIVARES DE SOJA IRRIGADAS DO GM 7 EM BAGÉ, SAFRAS

2010/11 E 2011/12

Responsáveis: Vernetti Junior, F. de J. 4; N.B. Perez5; M. Pilon6.

Parceiros: Embrapa Clima Temperado e Embrapa Pecuária Sul

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo principal fornecer, aos profissionais da área

de assistência técnica, produtores e obtentores de cultivares, informações regionalizadas

sobre o desempenho agronômico de cultivares registradas de soja tolerantes ao glifosato,

quando irrigadas e comparadas nas mesmas condições ambientais e de manejo dentro do

grupo de maturidade 6.

METODOLOGIA

Os experimentos foram conduzidos em delineamento de blocos ao acaso, com três

repetições. A população, época de semeadura e as demais práticas culturais foram

realizadas obedecendo as indicações técnicas para o cultivo da cultura no estado do Rio

Grande do Sul (Reunião de Pesquisa da Soja). Foi avaliado o rendimento de grãos e estimado

o rendimento relativo da cultivar à média das demais.

RESULTADOS

As produtividades de grãos de soja irrigada do experimento do GM 7 foi superior à

média dos rendimentos verificados sem irrigação na região. A média geral do rendimento de

grãos dos dois anos agrícolas foi de 3.137 kg ha-1. Destacaram-se as cultivares FTS Tapes RR,

SYN 9070 RR, BRS 246 RR e BRS Taura RR, as duas primeiras citadas com rendimentos 11%

acima da média geral e, as duas últimas cultivares com 9% e 6% respectivamente. A duração

dos subperíodos emergência ao início da floração e à maturação foi condizente com as

cultivares deste GM, e a altura de inserção dos primeiros legumes adequados à colheita

mecânica. O elevado porte das plantas deste GM aumentou o grau de acamamento.

4 Pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS. [email protected] 5 Pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Bagé, RS. [email protected] 6 Analista da Embrapa Pecuária Sul,Bagé, RS, [email protected]

22

Cultivares 2010/11 2011/12 Média %

FTS Tapes RR 2928 4061 3495 111

SYN 9070 RR 3280 3681 3481 111

BRS 246 RR 2905 3925 3415 109

BRS Taura RR 3056 3598 3327 106

BRS Charrua RR 3265 3191 3228 103

CD 238 RR 3031 3302 3167 101

Fundacep 59 RR 2428 3871 3150 100

...... .... ... .... .....

Média 2919 3355 3137

23

Atividade 6 - DESEMPENHO DE SOJA GM 5 EM BAGÉ, SAFRAS 2010/11 E

2011/12

Responsáveis: Vernetti Junior, F. de J. 7; N.B. Perez8; M. Pilon9.

Parceiros: Embrapa Clima Temperado e Embrapa Pecuária Sul

INTRODUÇÃO

As empresas obtentoras de cultivares recomendam genótipos de grupos de

maturidade (GM) 5 ou ainda inferiores para o Rio Grande do Sul, exceto para a metade sul

do estado, principalmente devido a ocorrência frequente de estiagens nessa região. As

cultivares deste GM por serem genótipos de ciclo precoce tendem a demandar maior nível

tecnológico, melhor estruturação e fertilidade do solo, ajustes em época de semeadura, no

arranjo de plantas e melhor distribuição de chuvas durante seu desenvolvimento.

Dessa forma, a Embrapa Clima Temperado em parceria com a Embrapa Pecuária Sul,

conduziram ensaios que avaliaram características agronômicas de cultivares registradas

deste GM, no município de Bagé. Considerando que as estiagens são recorrentes nessa

região, este trabalho tem o objetivo de fornecer à assistência técnica, produtores e

obtentores de cultivares, informações regionalizadas sobre o desempenho agronômico de

cultivares registradas de soja GM 5 RR, quando mantidas sob irrigação e comparadas nas

mesmas condições de manejo dentro de cada grupo de maturidade.

METODOLOGIA

Os experimentos foram conduzidos em delineamento de blocos ao acaso, com três

repetições. A população, época de semeadura e as demais práticas culturais foram

realizadas obedecendo as indicações técnicas para o cultivo da cultura no estado do Rio

Grande do Sul (Reunião de Pesquisa da Soja). Foi avaliado o rendimento de grãos e estimado

o rendimento relativo da cultivar à média das demais.

RESULTADOS

Os resultados obtidos pelos ensaios em Bagé/RS apresentaram um desempenho

agronômico bastante satisfatório. A média dos rendimentos de grãos dos ensaios nos dois

anos considerados foram superiores a média de produtividade de soja obtida no Rio Grande

do Sul nas safras 2010/11 e 2011/12, respectivamente 3.544 kg ha-1 e 4044 kg ha-1.

Os resultados obtidos nos dois anos agrícolas com as cultivares de soja avaliadas,

indicam que em condições de irrigação por aspersão os genótipos do GM 5 podem ser

7 Pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS. [email protected] 8 Pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Bagé, RS. [email protected] 9 Analista da Embrapa Pecuária Sul,Bagé, RS, [email protected]

24

cultivados sem restrições na região da Campanha do Rio Grande do Sul. Destacaram-se entre

as cultivares testadas, com produtividades superiores à média geral dos experimentos, os

seguintes materiais: NS 4823, SYN 1059 RR, BMX Ativa RR, BMX Energia RR, SYN 1157 RR;

BMX Turbo RR; SYN 1158 RR e CD 250 RR STS.

25

Atividade 7 - DESEMPENHO DE SOJA GM 6 EM BAGÉ, SAFRAS 2010/11 E

2011/12

Responsáveis: Vernetti Junior, F. de J. 10; N.B. Perez11; M. Pilon12.

Parceiros: Embrapa Clima Temperado e Embrapa Pecuária Sul

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo principal fornecer, aos profissionais da área

de assistência técnica, produtores e obtentores de cultivares, informações regionalizadas

sobre o desempenho agronômico de cultivares registradas de soja tolerantes ao glifosato,

quando irrigadas e comparadas nas mesmas condições ambientais e de manejo dentro do

grupo de maturidade 6.

METODOLOGIA

Os experimentos foram conduzidos em delineamento de blocos ao acaso, com três

repetições. A população, época de semeadura e as demais práticas culturais foram

realizadas obedecendo as indicações técnicas para o cultivo da cultura no estado do Rio

Grande do Sul (Reunião de Pesquisa da Soja). Foi avaliado o rendimento de grãos e estimado

o rendimento relativo da cultivar à média das demais.

RESULTADOS

A produtividade média de grãos do experimento do grupo de maturidade (GM) 6 foi

superior à média dos rendimentos verificados sem irrigação na região e destacaram-se as

cultivares BMX Força , Vmax RR, BMX Potência RR, BRS Tordilha , Fepagro 37 RR, CD 248 RR,

Fundacep 57 RR, SYN 1163 RR ,Fundacep 61 RR, BMX Magna RR, SYN 1161 RR, CD 236 RR,

Fundacep 66 RR, BRS Tertúlia RR que apresentaram rendimentos de grãos acima da média

de 3.576 kg ha-1, respectivamente as quatro primeiras, de 13%, 12%, 7% e 6% acima da

média experimental.

10 Pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS. [email protected] 11 Pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Bagé, RS. [email protected] 12 Analista da Embrapa Pecuária Sul,Bagé, RS, [email protected]

26

Cultivares 2010/11 2011/12 Média %

BMX Força RR 3505 4573 4039 113

Vmax RR 3908 4133 4021 112

BMX Potencia RR 3702 3935 819 107

BRS Tordilha RR 3377 4180 3779 106

Fepagro 37 RR 3709 3762 3736 104

CD 248 RR 3625 3813 3719 104

Fundacep 57 RR 4105 3333 3719 104

SYN 1163 RR - 3710 3710 104

Fundacep 61 RR 3839 3470 3655 102

BMX Magna RR 3594 3708 3651 102

...... .... ... .... .....

Média 3506 3587 3576 100

27

Atividade 8 - ESTRATÉGIAS DE IRRIGAÇÃO PARA REDUÇÃO DO USO DA ÁGUA

EM ARROZ IRRIGADO - Bagé, RS.

Responsáveis: José Alberto Petrini; Isabel Helena Vernetti Azambuja; Ariano Martins de Magalhães Junior;

Paulo Ricardo Reis Fagundes; Marcelo Pilon; Antoniony Severo Winkler; Renato Kuhn.

Parceiros: Embrapa Clima Temperado e Embrapa Pecuária Sul

INTRODUÇÃO

No Rio Grande do Sul, as regiões “Planície Costeira Externa”, “Campanha”,

“Depressão Central” e “Fronteira Oeste” apresentam histórico de restrição hídrica para a

cultura, ocasionada pelo déficit de precipitação pluviométrica aliada às condições

topográficas que dificultam o acúmulo de água nos rios, arroios e reservatórios naturais.

Embora a presença de lâmina de água seja importante durante todo o ciclo da

cultura, as plantas de arroz apresentam fases em que a água é necessária em maior

quantidade. Assim pode-se considerar a seguinte relação entre os estágios de

desenvolvimento e a necessidade de água de irrigação: necessária no estágio de

perfilhamento; necessidade máxima na diferenciação da panícula e emborrachamento;

necessidade mínima na floração e enchimento de grãos.

O objetivo foi verificar a possibilidade de obter-se alta produtividade de grãos com

menor uso de água, proporcionando melhoria na rentabilidade e na qualidade ambiental

para a orizicultura do Rio Grande do Sul.

Esta proposta não substitui o manejo convencional da água de irrigação em arroz

irrigado, apenas pretende informar o produtor que existem alternativas para evitar o

abandono de áreas de lavoura por deficiência na disponibilidade de água.

MATERIAL E MÉTODOS

Em Bagé, RS, na safra 2011/12, a cultivar utilizada foi a BRS Querência (ciclo de 110

dias) com a densidade de semeadura de 100 kg/ha e na safra 2012/13 a cultivar foi a BRS

Pampa (ciclo de 118 dias). Através de hidrômetros registrou-se o volume (m3) de água

utilizada.

A primeira aplicação de herbicida foi de ação pré-emergente (0,5 L/ha de Gamit).

Com o arroz de 3 a 4 folhas aplicou-se 130 kg/ha de ureia e o herbicida Ricer (180mL/ha +

1L/ha de óleo). Imediatamente após, procedeu-se o início da irrigação. A segunda dose de

ureia (70 kg/ha) foi aplicada no estágio da diferenciação da panícula do arroz.

Sistemas de manejo da água de irrigação:

28

Sistema Convencional (testemunha): estabeleceu-se a lâmina de água contínua (8 a 10

cm) a partir do estádio das plântulas de 3 a 4 folhas. A água foi mantida até a supressão da

irrigação (Figura 1);

Sistema Intermitente: estabeleceu-se o nível da água em 8 a 10 cm com o arroz de 3 a 4

folhas. Deixou-se o solo secar naturalmente até próximo (3 a 5 dias) da diferenciação da

panícula (DP). Neste momento, aplicou-se à segunda dose recomendada de ureia com

imediato retorno da irrigação, mantida até a supressão da água, semelhante ao sistema

convencional. A planta é submetida a um período de estresse por deficiência de água (Figura

2);

Sistema Saturado: estabeleceu-se lâmina de água de 8 a 10 cm com o arroz de 3 a 4

folhas, deixando-a até que o solo se mantivesse na condição de saturado ou encharcado. A

reposição da água deu-se durante todo o ciclo da cultura para que fosse mantida sempre a

condição de solo saturado até a maturação completa dos grãos. A supressão da água deve

ser prolongada de 7 a 10 dias para completo enchimento dos grãos (Figura 3).

Figura 1 – Convencional Figura 2 - Intermitente Figura 3 - Saturado

RESULTADOS

Tabela 1: Resultados obtidos em Bagé, RS, com a cultivar BRS Querência nos diferentes

sistemas de irrigação, safra 2011/2012. Embrapa Clima Temperado. Pelotas, RS. 2013.

Sistema de Manejo da água

Uso efetivo da água

(m³)

Irrigação (dias após entrada da

água)

Total precipit.D

ez/jan/ fev (m³)

Uso da água

(m³/ha)

Uso de água (%)

Produt. (kg/ha)

EUA¹ kg/m³

Convencional 2227 80 3.204 12.127 100,0 9.758 0,80

Intermitente 1653 45 3.204 9.003 74,2 10.700 1,19

Saturado 1833 80 3.204 9.983 82,3 7.570 0,76 1

EUA = Eficiência do Uso da Água (produtividade de grãos kg / ha / consumo m3/

ha)

Tabela 2. Resultados obtidos em Bagé, RS, com a cultivar BRS Pampa nos diferentes sistemas

de irrigação, safra 2012/2013. Embrapa Clima Temperado. Pelotas, RS. 2013.

29

Sistema de Manejo da água

Uso efetivo da água

(m³)

Irrigação (dias após entrada da

água)

Total precipit.D

ez/jan/ fev (m³)

Uso da água

(m³/ha)

Uso de água (%)

Produt. (kg/ha)

EUA¹ kg/m³

Convencional 108,0 76 4.760 6.227 100,0 ---------- ---------

Intermitente 48,5 44 4.760 2.771 45,5 ---------- ---------

Saturado 81,7 76 4.760 4.670 76,0 ---------- --------- 1 EUA = Eficiência do Uso da Água (produtividade de grãos kg/ha / consumo m3/ ha)

Obs.: Por motivo de deriva de produto agroquímico aplicado em outro experimento situado ao

lado, não foi possível avaliar a produtividade de grãos, e consequentemente, a eficiência do uso da

água de irrigação. Entretanto, a avaliação do volume de água usada até a supressão da água não

sofreu interferência.

CONCLUSÕES

Em 2011/12, no sistema intermitente houve redução de 35 dias de irrigação e 25,8%

de redução no uso de água; e no sistema saturado a redução no uso da água foi de 17,7%.

Em 2012/13 (elevada precipitação pluviométrica), no sistema intermitente houve

redução de 32 dias de irrigação e 54,5% de redução no uso de água; e no sistema saturado a

redução no uso da água foi de 24,0%. Por motivo de deriva de produto químico, não houve

produção de grãos.

Os sistemas alternativos de irrigação devem ser usados somente quando há pouca

disponibilidade de água para toda ou parte da área da lavoura.

30

Atividade 9 - MANEJO RACIONAL DA CULTURA DO ARROZ IRRIGADO (MARCA)

EM BAGÉ E SÃO GABRIEL

Responsáveis: José Alberto Petrini1; Ariano Martins de Magalhães Junior2; Paulo Ricardo Reis Fagundes3; Isabel

Helena Vernetti Azambuja4; Cley Donizeti M. Nunes

5; José Francisco da S. Martins

6; Marcelo Pilon

7; Renato

Kuhn8.

Parceiros: Embrapa Clima Temperado, Embrapa Pecuária Sul e Produtor Délcio Lanb

INTRODUÇÃO

A produtividade média gaúcha respondeu à evolução das cultivares e do manejo das

lavouras, alcançando média de 7.600 kg ha-1 em 1,162 milhão de hectares semeados no RS

na safra 2010/11. Entretanto, o custo de produção contribui para reduzir a rentabilidade e a

competitividade.

A solução econômica deste cenário deve passar pelo desafio do orizicultor em

melhorar sua rentabilidade, baixando seus custos de produção, e pelo governo federal e

estadual de adotarem medidas que proporcionem novas condições de rentabilidade e

competitividade ao arroz brasileiro, seja por meio de redução dos tributos, seja criando

mecanismos que permitam efetivamente a manutenção de um mercado interno e externo

rentável e competitivo (PLANETA ARROZ, 2011).

O objetivo deste trabalho é utilizar práticas racionais das tecnologias de manejo

disponível focado na redução planejada das quantidades dos insumos utilizados na cultura.

MATERIAL E MÉTODOS

Em Bagé, RS, na safra 2011/12, a cultivar utilizada foi a BRS Querência (ciclo de 110

dias) e na safra 2012/13 a cultivar foi a BRS Pampa (ciclo de 118 dias).

A metodologia empregada (métodos e material/insumos utilizados) bem como os

resultados de produtividade estão descritos abaixo nas tabelas 1 (Bagé, RS – 2011/2012), 2

(Bagé, RS – 2012/2013), 3 (São Gabriel, RS – 2011/2012), e 4 (São Gabriel, RS – 2012/2013).

Tabela 1: Métodos/insumos utilizados e resultados do experimento realizado em Bagé, RS

durante a safra 2011/12.

BAGÉ / RS – 2011/12

Área 8 hectares

Cultivar usada no manejo BRS QUERÊNCIA

Data de semeadura 04/11/2011

Densidade de semeadura (Kg/ha) 70 kg/há

Adubação de base 250 kg/ha – 06-18-28

Emergência 11 a 22/11/2011

31

Ureia em cobertura 130 kg/ha (1a aplicação – 07/12) – 27 DAE

Herbicidas-pré Clomazone 360 SC (1,3 L/ha) – 16/11/2011

Herbicidas-pós

Clomazone 360 SC (1,0 L/ha) + bispyribac-sodium (0,12 L/ha) + fenoxaprop-p-ethyl (1,2 L/ha) + óleo mineral (1,0 L/ha) – 05/12/2011 (ocorrência de temp. elevada, vento e chuva)

Reaplicação Bispyribac-sodium (0,12 L/ha) + óleo mineral (1,0 L/ha)

Data de entrada da água 08/12/2011 – 28 DAE

Uréia em cobertura 90 kg/ha (2a aplicação – 29/12) – 49 DAE

Supressão da irrigação 27/02/2012

PRODUTIVIDADE

7.635 kg/há

Observou-se a ocorrência de granizo com ventos acima de 80 km/h registrados em nossa estação meteorológica dia 29/02/2012.

Tabela 2: Métodos/insumos utilizados e resultados do experimento realizado em Bagé, RS

durante a safra 2012/13.

BAGÉ / RS – 2012/13

Área 3 hectares

Cultivar usada no manejo BRS PAMPA

Data de semeadura 07/11/2012

Densidade de semeadura (Kg/ha) 95 kg/há

Adubação de base 250 kg/ha – 05-20-20

Emergência 17/11/2012

Ureia em cobertura 130 kg/ha (Em uma única aplicação – 04/12)

Herbicidas-pós 135 ml/ha Nominne + 350 ml/ha Aura + 350ml/ha Iharol – 04/12/2012

Data de entrada da água 05/12/2012

Supressão da irrigação 15/03/2013

Colheita 10/04/2013

PRODUTIVIDADE

7.183 kg/há

Não foi realizada a 2ª aplicação de ureia na área por problemas de equipamentos adequados e também não foi feita nenhuma aplicação de fungicida na área.

Tabela 3: Métodos/insumos utilizados e resultados do experimento realizado em São

Gabriel, RS durante a safra 2011/12.

SÃO GABRIEL / RS – 2011/12

Área 8,03 hectares

Cultivar usada no manejo BRS PAMPA

Data de semeadura 02/11/2011

Densidade de semeadura (Kg/ha) 100 kg/há

32

Adubação de base 275 kg/ha – 05-20-30

Tratamento de sementes Standak + Vitavax-Thiran (120mL/ha+250 mL/ha)

Dessecação Ally + Roundup WG + Tek-F (4 g/ha + 2,5 L/ha + 50 mL/ha)

Ureia em cobertura 130 kg/ha (1a aplicação – 19/11)

Ureia em cobertura 50 kg/ha (2a aplicação – 20/12)

PRODUTIVIDADE

9.750 kg/há

Tabela 4: Métodos/insumos utilizados e resultados do experimento realizado em São

Gabriel, RS durante a safra 2012/13.

SÃO GABRIEL / RS – 2012/13

Área 26 hectares

Cultivar usada no manejo BRS Sinuelo CL

Data de semeadura 20/10/2012

Densidade de semeadura (Kg/ha) 90 kg/há

Adubação de base 200 kg/ha – 05-25-25

Preparo do solo Convencional

Ureia em cobertura 130 kg/ha - (1a aplicação - 19/11)

Ureia em cobertura 50 kg/ha - (2a aplicação - 20/12)

PRODUTIVIDADE

7.813 kg/há

CONCLUSÕES

Os resultados obtidos neste trabalho permitem inferir que é possível obter boas

produtividades de arroz irrigado utilizando menores quantidades de insumos, desde que

sejam aplicados de maneira racional, no momento mais adequado ao desenvolvimento da

cultura.

33

Atividade 10 - SOJA EM CAMALHÕES DE BASE LARGA EM TERRAS BAIXAS

Responsáveis: Silva, J.J.C13

.; Perleberg, C14

. Theisen, G15

Parceiros: Embrapa Clima Temperado, Unipampa, Marcon Assessoria Agropecuária e produtor Gilberto Raguzzoni

INTRODUÇÃO

As áreas muito planas cultivadas com arroz irrigado podem ser melhor utilizada em

rotação com a soja. No entanto, estas áreas requerem um sistema de drenagem eficiente. O

cultivo em camalhões de base larga pode ser uma alternativa para solucionar o problema de

drenagem. O camalhão é construído durante o preparo do solo, tombando-se as leivas de

forma convergente. O desnível, entre o dreno e a parte superior do centro do camalhão

pode variar de 5 a 10 cm. A largura, que pode chegar até 12m, dependerá do equipamento

de preparo do solo (arado ou lâmina). O comprimento é orientado na direção da maior

declividade do terreno. A drenagem ocorre através do fluxo da água da superfície cultivada

para os drenos entre os camalhões e, posteriormente, para fora da área, através de drenos

coletores (Figura 1a e 1b).

MATERIAL E MÉTODO

Uma unidade de demonstração foi conduzida em uma área na propriedade da

Parceria Raguzzoni e Teixeira, no município de Dom Pedrito, RS, com o objetivo de avaliar o

13 Pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS. - [email protected] 14 Professor da UNIPAMPA, Dom Pedrito, RS 15 Pesquisador da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS

34

desempenho de soja implantada em sistemas de camalhões de base larga e preparo

convencional (com e sem escarificação).

Foi utilizada a variedade de soja Potência, semeada em 01.12.2012, sobre camalhões

de 9.m de largura confeccionados em 21.11.2012 (Figura 2). Utilizou-se espaçamento de

0,45m entrelinhas e densidade de 32 plantas m-2. O controle de pragas e demais tratos

culturais foram efetuados quando necessário, seguindo as indicações técnicas para a cultura.

Figura 2. Soja cultivada em camalhões de base larga, Dom Pedrito, 2013.

RESULTADOS

O cultivo sobre camalhões apresentou aumentos significativos de produtividade

comparados aos sistemas de cultivo convencional, com e sem escarificação (Figura 1).

Figura 1. As produtividades obtidas (kg/ha) em área convencional, com e sem escarificação, e em camalhões de base larga.

2045 2224

3060

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

Área Convencional

Área Escarificada

Camalhões de base larga

Pro

du

tivid

ad

e (

kg

/ha

)

35

CONCLUSÃO

O cultivo da soja em áreas planas (tradicionalmente cultivadas com arroz) utilizando

sistemas de camalhões é uma potencial alternativa para solucionar problemas de drenagem

nos períodos de encharcamento do solo, comuns no ciclo vegetativo da soja.

36

Atividade 11 - USO DO ARROZ NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL – GADO DE CORTE

Responsáveis: Jorge Schafhäuser Jr. - Pesquisador da Embrapa Clima Temperado - [email protected] Parceiros: (AUSM): Embrapa, Unipampa, Cotrijui, Marcon e produtor Rui Pedrotti

INTRODUÇÃO

O município de Dom Pedrito, localizado na região da Campanha Gaúcha, é

tradicionalmente conhecido pelas atividades agropecuárias que são consideradas como base

da socioeconomia local. Dentre as várias atividades agropecuárias desenvolvidas no

município e região, destaca-se a atividade orizícola e a produção de bovinos de corte.

Em relação à produção de bovinos de corte, em sistemas de confinamento, o milho e

a soja são as matérias primas base para a suplementação dos animais. Neste sentido,

considerando diversas questões, principalmente competitividade econômica e baixa

produção (caso do milho), estas culturas possuem valor econômico elevado, contribuindo

para o aumento do custo da produção de bovinos quando alimentados com estes grãos.

Neste contexto, a busca por alternativas para suprir a demanda alimentar dos

animais, tanto em questões de desempenho de ganho de peso, quanto em relação aos

custos de produção, é importante para contribuir com a efetividade da produção e redução

dos custos da mesma, possibilitando ao produtor, maiores ganhos de produtividade e

lucratividade.

Outro aspecto importante a ressaltar, é que, a utilização do arroz como alternativa

para a alimentação animal, pode alavancar a implantação de sistemas de Integração

Lavoura-pecuária, pois grande parte dos produtores de arroz, durante a entressafra, utilizam

suas áreas para a produção de bovinos.

OBJETIVOS

Testar o desempenho de bovinos confinados, alimentados com arroz em dietas com

alto teor de grãos.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento com bovinos de corte teve seu inicio em agosto de 2012. Inicialmente

um lote com 11 animais com peso médio de 322 kg foram inseridos em unidade

experimental de cinco (5) há.

Como bases para alimentação dos animais foram utilizadas dietas com alto teor de

grãos, usando o arroz na dieta em porcentagens de 25 e 50% de arroz em sistema de

confinamento.

Os animais confinados receberam uma alimentação dividida em três tratamentos,

sendo estes:

37

- T0: Núcleo proteico/mineral + sorgo grão úmido;

- T1: Dieta com 25% de arroz em casca, moído;

- T2: Dieta com 50% de arroz em casca, moído.

Neste sentido, os animais receberão acompanhamento até o abate, onde foram

utilizadas medidas qualitativas para avaliação de carcaça.

RESULTADOS

Os resultados parciais apontam para um ganho de peso médio de 1,08kg/dia/animal.

Os animais estão separados na parcela para possibilitar um acompanhamento até o abate

para se verificar a qualidade de carcaça. Estão sendo realizados os cortes de parcelas com

quadro amostral com 0,25m², 15 amostras na parcela com pesagens e 15 amostras

estimadas, bem como a leitura de duas gaiolas tésteis, promovendo-se nas amostras

coletadas a desidratação para obtenção da Matéria Seca e o desenvolvimento vegetativo da

pastagem existente na parcela.

N. 28/05 31/08 GT (kg) GMD kg/dia

R$/kg ração

Cons. médio kg/dia

CA Kg/Kg

R$/kg ganho

T0 132 185.67 268.44 82.77 0.890 b 0.51 6.02 7.37 a 3.61 a

T1

(25%)

50 189.30 294.94 105.64 1.136 a 0.50 6.19 5.68 b 2.84 b

T2

(50%)

52 188.34 292.12 103.78 1.116 a 0.58 6.37 5.91 b 3.43 a

Médias seguida por letras diferentes, diferem pelo Teste de Tukey (p<0.001)

38

O trabalho tem demonstrado inicialmente as perspectivas do uso do arroz na

alimentação animal, se tratando da relação de preços em função do desempenho, definições

de bases técnicas para o uso do grão de arroz na alimentação animal e novas formas para o

uso da cultura do arroz, como a silagem.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A utilização do arroz na alimentação animal em substituição de outras fontes

alimentares, como por exemplo, o milho e a soja, pode ser considerada como uma potencial

alternativa para reduzir os custos da produção de bovinos de corte em sistemas de

confinamento. Os resultados deste trabalho demonstram que o uso alternativo do arroz na

alimentação animal possibilita substituir os grãos tradicionalmente utilizados na alimentação

animal, sem afetar radicalmente o desempenho de ganho de peso, balizando desempenho x

custo beneficio, principalmente pelo baixo custo da matéria prima (arroz) em relação as

outras fontes alimentares.

39

Atividade 12 – CULTURA DO MILHO IRRIGADO PARA SILAGEM

Parceria: AUSM e produtor Roberto Carvalho

A atividade agropecuária é uma das principais bases socioeconômicas da região da

Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria. Neste sentido, considerando o crescimento da

população atrelado à utilização de alimentos como milho e soja para a suplementação

animal, a demanda por estes alimentos tem aumentado consideravelmente nos últimos

anos.

Neste contexto, tem-se buscado desenvolver novas tecnologias que visam o aumento

da produção agrícola, porém, sem a necessidade de ampliação das áreas, ou seja, maximizar

o cultivo nas áreas já antropizadas (agricultáveis) contribuindo para o aumento da produção.

Dentre as variadas tecnologias, tanto infraestruturais quanto metodológicas, a

irrigação por aspersão tem sido uma das principais ferramentas que contribuem para o

aumento da produtividade, e também, como uma alternativa que busca garantir a produção

em situações de variações climáticas (secas).

A propriedade onde este trabalho foi conduzido, esta localizada na zona rural do

município de Rosário do Sul, sendo este, um dos seis municípios inseridos na Bacia

Hidrográfica do Rio Santa Maria. A propriedade atua com as seguintes atividades:

bovinocultura de leite, produção de soja e milho, e irrigação por aspersão destas culturas

utilizando pivôs de irrigação.

OBJETIVO

Este trabalho tem por objetivo avaliar o desempenho da cultura do milho com

irrigação por aspersão, com diferentes cultivares, comparando-as com áreas que não foram

submetidas a suplementação hídrica.

40

Área de abrangência do experimento.

METODOLOGIA

Inicialmente foi realizada a dessecação da área no dia 05 de janeiro de 2013 e

posteriormente o preparo do solo no dia 15 de janeiro de 2013.

Após o preparo do solo, foi realizado o Plantio da cultura (23 de janeiro de 2013),

com as seguintes descrições: profundidade de 2 cm e uma densidade de 65000

sementes/hectare; velocidade de plantio foi de 3 a 4 km / h, e; espaçamento entre linhas de

42 cm e não foram realizadas modificações na semeadeira.

Adubação com calcário a taxa variada novembro 2012 Variação de 1 a 4 Ton ha-1

Intervenção Formulação Quantidade Método Estádio

1º Adubação 08-20-30 270 kg ha-1

no sulco de plantio

2º Adubação 08-20-30 300 kg ha-1

a lanço V2

1º Uréia 45-00-00 150 kg ha-1

a lanço V3

2º Uréia 45-00-00 150 kg ha-1

aérea V7

Nitrogênio 181 Kg ha-1 Fósforo 114 Kg ha-1 Potássio 171 Kg ha-1

A aplicação do calcário foi realizada através da aplicação a taxa variável, conforme

ilustrado na figura abaixo.

41

Abaixo estão expostos os custos/ha do experimento.

Custo Desembolsado

Sementes R$ 394,00

Fertilizantes R$ 1.020,00

Calcário R$ 43,00

Defensivos R$ 175,00

Irrigação R$ 153,00

Operações R$ 146,00

Total Custo Desembolsado R$ 1.931,00

Custo Operacional

Depreciação do Pivô R$ 255,00

Custo Oportunidade

Custo da Terra R$ 350,00

Custo Total R$ 2.536,00 Observações: perda de 15% de sementes na semeadura

42

Cultura 1: VT PROtm 2 Cultura 2: RR2

Na cultura 1 não foi aplicado Inseticida em todo ciclo (zero). E na cultura 2 foram

realizadas duas aplicações. E para controle de lagarta foi utilizado a Bio Tecnologia para o

controle.

Para manejo da irrigação foi utilizado o Sistema Irriga, tecnologia esta desenvolvia

pela Universidade Federal de Santa Maria – UFSM.

RESULTADOS

Foi observada uma diferenciação favorável no desempenho das plantas submetidas à

irrigação, comparadas as não irrigadas. Em relação à sanidade das plantas, a figura abaixo

demonstra a diferença nas folhas das plantas.

43

Irrigado Sequeiro

Observou-se que as plantas irrigadas obtiveram 100% de suas folhas sadias e

vigorosas. Já as plantas em sequeiro observaram-se folhas basais com sintomas de déficit

hídrico.

Em relação a produtividade, a área rendeu 48 Ton de silagem / hectare, com 40 % de

matéria seca.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Visando realizar plantio de 2 safras de verão em um ano agrícola, plantar o milho

como primeira cultura e a soja como safrinha, levando em conta a dificuldade de colheita

tardia do milho, devido a precipitações mais frequentes nos meses de junho em diante.

A cultura do milho é mais tolerante a plantio no cedo do que a soja, possibilitando o

plantio em agosto a início de setembro.

44

Atividade 13 - ENSAIO COM DIFERENTES CULTIVARES DE SOJA

Parceiros: Unipampa, Fundação Pró-Sementes, Marcon Assessoria Agropecuária e Produtor José Antônio Peterle

INTRODUÇÃO

A cultura da soja no estado do Rio Grande do Sul tem aumentado significativamente,

tanto em aspectos relacionados à expansão das áreas, quanto em relação à produtividade.

Este aumento pode ser justificado devido aos aspectos econômicos favoráveis da cultura,

como a comercialização.

A Bacia Hidrográfica do Rio Santa Maria, localizada na metade Sul do Estado do Rio

Grande do Sul, caracterizada como região da Campanha Gaúcha, tem sua socioeconomia

baseada nas atividades agropecuárias, como a produção de arroz, gado de corte, ovinos e

soja.

Constituída pelos campos sulinos, suas áreas tem por características terras

baixas/planas (várzeas), o que contribui para o acumulo hídrico no solo em determinadas

áreas. Neste sentido, diferentemente da atividade orizícola, apta para este tipo de relevo, a

cultura da soja não possui resistência ao excesso hídrico no solo. Ressalta-se também, a

variação do clima e distribuição das chuvas (precipitações) durante o período de cultivo da

soja, o que aumenta o estresse da cultura.

Neste contexto, considerando a expansão significativa da cultura na região, tem-se

buscado desenvolver novas cultivares tolerantes e aptas às peculiaridades da mesma, como

clima e solo, buscando contribuir para a expansão da cultura, possibilitando aumentos de

produtividade e consequentemente geração de renda na região.

De acordo com o Estudo de Zoneamento Agrícola do Estado do Rio Grande do Sul, a

região da Campanha não é apta para o cultivo da soja, entretanto, verifica-se que a presença

desta cultura na região tem alcançado significativos parâmetros em relação ao aumento da

área cultivada. Neste sentido, a intenção e busca pela viabilização do plantio de soja nesta

região é importante tanto para contribuir junto aos produtores quanto em relação à

possibilidade de comprovar a viabilidade da região para a produção de soja, claro, levando

em consideração a utilização de cultivares que sejam adaptadas para as características e

peculiaridades da região.

Para verificar tal adaptabilidade, estão sendo realizados ensaios com diferentes

cultivares de soja em propriedades rurais situadas no município de Dom Pedrito. Neste caso

especifico, foram utilizadas inicialmente quatro diferentes cultivares de soja em uma área de

(2 ha).

45

OBJETIVO

Viabilizar novas cultivares de soja para a região através da realização de

experimentos/ensaios com cultivares de soja, verificando sua adaptabilidade e

produtividade.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado durante safra 2012/13. A semeadura foi realizada no dia

30 de setembro de 2012. A mesma foi conduzida em parcelas de 5m x 50m (parcelões), onde

cada parcela possuindo 11 linhas, com 17 sementes por metro, semeadas a uma velocidade

de 4-5 Km/h.

Foram utilizadas as seguintes cultivares:

- FPS Paranapanema;

- FPS Solimões;

- FPS Júpiter e;

- FPS tordilha.

A área foi acompanhada semanalmente com o intuito de analisar as variações nas

plantas, principalmente após alguma adversidade climática, como chuva e seca, buscando

verificar possíveis problemas causados pelo estresse nas plantas.

O experimento está sendo conduzido com as mesmas cultivares na safra 2013/14,

com acréscimo de outras duas cultivares.

46

RESULTADOS

Tabela1: Dados médios das plantas

MÉDIAS DO EXPERIMENTO FUND. PRÓ-SEMENTES - PETERLE

Altura Plantas

Comprimento Raiz

Inserção 1º Legumen

N° Vagens/ Planta

Peso 100 Plantas

PARANAPANEMA 62,50cm 12,60cm 11,91cm 88,69 14,53g

SOLIMÕES 63,20cm 12,56cm 10,98cm 86 14,07g

JÚPITER 74,04cm 13,42cm 17,65cm 63,64 15,74g

TORDILHA 75,75cm 12,12cm 16,49 70,20 16,38g

Tabela2: Informações complementares

MÉDIAS DO EXPERIMENTO FUND. PRÓ-SEMENTES – PETERLE

UMIDADE TETRAZÓLIO

PARANAPANEMA 12,9% Classe 2

SOLIMÕES 13,1% Classe 2

JÚPITER 12,9% Classe 3

TORDILHA 13,3% Classe 2

47

Tabela3: índice de germinação

ÍNDICE DE VELOCIDADE DE GERMINAÇÃO

1° Contagem 2° Contagem

PARANAPANEMA 34,75 50

SOLIMÕES 44 50

JÚPITER 47,5 50

TORDILHA 44,5 50

Obs: Na 2° Contagem apenas a Solimões apresentou plantas anormais: • Normais: 47,75 (média) • Anormais: 2,25 (média)

Tabela 4: Média peso Total

MÉDIA PESO TOTAL

PARANAPANEMA SOLIMÕES JÚPITER TORDILHA

506,22 468,87 498,11 494,48

Tabela 5: Média Produtividade

MÉDIA PRODUTIVIDADE

PARANAPANEMA SOLIMÕES JÚPITER TORDILHA

2.108 kg 1.954 kg 2.075 kg 2.060 kg

35 sacas (60kg) 32,5 sacas (60kg) 34,5 sacas (60kg) 34 sacas (60kg)

48

CONCLUSÕES

Foi observada uma maior altura de plantas nas cultivares Júpiter e Tordilha, seno que esta

maior altura não resultou em maior produtividade, esta obtida pela cultivar Paranapanema

com 35sc/ha e com peso total superior.

49

PLANEJAMENTO DE AÇÕES PARA 2014

Atividades Dom Pedrito

Atividade Responsáveis

Avaliação de cultivares Vernetti/Giovani/Ana Claudia

Implantação de camalhões EMBRAPA CT/UNIPAMPA/ Produtor GILBERTO RAGUZZONI

Avaliação da necessidade de adubação nitrogenada para soja em terras baixas Walkiria

Soja Fundação Pró-Sementes UNIPAMPA/MARCON/Produtor J. A. PETERLE

Produtor Ricardo Ataíde Vernetti/Giovani/Ana Claudia

Implantação de camalhões EMBRAPA CT/UNIPAMPA/MARCON/ Produtor GILBERTO RAGUZZONI

Implantação do sistema de integração lavoura-pecuária

Jamir/UNIPAMPA/AUSM/Produtor ALAMIR VIERO

Avaliação de pastagem irrigada por pivô Jamir/UNIPAMPA/AUSM/Produtor ALAMIR VIERO

Internalização do Programa ABC Jamir/UNIPAMPA/AUSM

Avaliação Soja rotação com pastagem Jamir/UNIPAMPA/AUSM/ Produtor ALAMIR VIERO

Integração Lavoura-pecuária (Raguzzoni/Teixeira) EMBRAPA CT/UNIPAMPA/MARCON

Integração Lavoura-pecuária (Alamir Vieiro) EMBRAPA CT/UNIPAMPA/MARCON

Atividades São Gabriel

Atividade Responsáveis

Tipos Especiais de Arroz Ariano e Paulo Fagundes

Lavoura Manejo Marca Petrini

Avaliação de linhagens - pré-lançamento Ariano e Paulo Fagundes

Sistemas alternativos para redução do uso da agua de irrigação Petrini

Níveis de adubação de base e cobertura Petrini

Parcelamento aplicação de Nitrogênioxciclo da cultivar Walkiria

Densidade de semeadura Petrini

Avaliação de cultivares Vernetti/Giovani/Ana Claudia

Avaliação da necessidade de adubação nitrogenada para soja em terras baixas Walkiria

Implantação de camalhões Júlio Centeno

50

Atividades Rosário do Sul

Atividade Responsáveis

Milho para Silagem Embrapa, Jorge/ Produtor ROBERTO CARVALHO

Atividades Santana do Livramento

Atividade Responsáveis

Fruticultura Jamir/Pref. Mun. Santana do Livramento

Pastagem Pref. Mun. Santana do Livramento

Implantação do sistema de integração lavoura-pecuária Jamir