respostas caderno de exercícios 2 em função da facilidade de acesso. b) a receita da feijoada...
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Respostas – Caderno de Exercícios 2
capítulo 18
América colonial: o complexo açucareiro no Brasil
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5. O significado dos termos está vinculado ao fato de a colônia não possuir autonomia; sua função era com-plementar a economia metropolitana, sem poder esta-belecer relações comerciais com outras nações além daquela que a dominava.
Os termos podem ser relacionados ao mercantilismo.
6. a) As funções das colônias eram enriquecer as suas metrópoles por meio do fornecimento de produtos comerciáveis e metais preciosos, da aquisição de escravos e de bens manufaturados.
b) As metrópoles revendiam a produção das colônias no mercado europeu e nos mercados internos, man-tendo suas balanças comerciais superavitárias.
c) As metrópoles centralizavam os maiores lucros ao revenderem produtos coloniais e tropicais no mer-cado europeu, além de poderem acumular metais preciosos extraídos das suas colônias.
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12. a) Homero e Caminha descrevem as sociedades “estran-geiras” dos ciclopes e dos indígenas do ponto de vista grego e cristão, respectivamente. Ambos destacam as características das suas culturas nas sociedades que estão descrevendo. Enquanto Homero enfatiza valo-res políticos presentes na sociedade grega, Caminha descreve os indígenas por meio dos valores religiosos.
b) Caminha evidencia um plano religioso, de cate-quização. Já o objetivo econômico pode ser com-preendido pelo “sentido da colonização”, ou seja, obter riquezas nas áreas coloniais. As economias das colônias deveriam complementar as economias me-tropolitanas, segundo os preceitos mercantilistas.
13. a) Trata-se de um engenho; a moenda é a instalação movida pela água; a mão de obra predominante é a escravidão africana e o produto processado é a cana-de-açúcar.
b) Angola fornecia mão de obra para a região cana-vieira de Pernambuco.
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19. A importação de mão de obra africana justificava-se pela oposição da Igreja Católica à utilização do indígena como escravo, pela dificuldade de apresamento dos indígenas, em função de seu afastamento para o interior, e pela lucratividade do tráfico internacional de escravos, que favorecia traficantes e a Coroa portuguesa. Também citamos a alta mortalidade de indígenas, devido ao contágio por doenças trazidas por europeus.
20. a) Os escravos constituíam as bases fundamentais da mão de obra da economia colonial.
b) Antonil observa que muitas vezes os castigos são ex-cessivos e a vestimenta e a alimentação, impróprias, indicando um desequilíbrio no tratamento dado aos escravos. Segundo o autor, deveria ocorrer um maior equilíbrio no trato com as pessoas escravizadas entre os castigos, as vestimentas e a alimentação.
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24. a) Podemos citar, entre os vários ingredientes presentes na composição, difundidos no Brasil colonial durante o processo de colonização:
• o torresmo, a carne seca e o paio: esses produtos fo-ram trazidos para o Brasil com a migração portuguesa e foram disseminados por várias regiões do Brasil, principalmente no Sul e Nordeste, por se adaptarem à necessidade de preservação dos alimentos por longos períodos;
• a laranja e o arroz: esses produtos foram dissemina-dos no Brasil pela colonização portuguesa por meio do comércio com o Oriente, especialmente Índia e China, de onde foi trazida, por exemplo, a laranja;
• a pimenta e a mandioca: a pimenta malagueta era original das regiões tropicais da América e fazia parte da
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culinária indígena. A mandioca, fundamental na dieta
indígena, foi incorporada ao regime alimentar da popu-
lação colonial, sendo consumida sob a forma de farofa;
• o feijão: embora exista uma variedade europeia des-
se produto, o feijão disseminado no Brasil é de origem
americana, tendo sido incorporado à culinária colo-
nial em função da facilidade de acesso.
b) A receita da feijoada mistura vários ingredientes, oriun-
dos de diversas culturas. No contexto do mundo colo-
nial, diante das condições impostas pelo cativeiro, os
escravos incorporavam ao seu regime os alimentos que
estavam à disposição. Essa incorporação revela o con-
tato e a fusão de diferentes culturas, tendo como eixo
a cultura escrava – exemplificada na culinária. Nesse
sentido, a “feijoada completa” não é apenas um prato
típico da cultura brasileira, mas expressa também a
vitalidade da miscigenação étnica e cultural do Brasil,
desde o período colonial. Registre-se também que a
técnica de mistura de alimentos já se encontrava dis-
seminada na Europa, em pratos como o cassoulet fran-
cês, o cocido espanhol e a escudella da Catalunha,
que, por sua vez, remete-se à olla podrida medieval.
Como lembra Câmara Cascudo, “o que chamamos
‘feijoada’ é uma solução europeia elaborada no Brasil.
Técnica portuguesa com material brasileiro”.
25. Entre os objetivos da Coroa portuguesa com a implanta-
ção da empresa açucareira no Brasil podemos citar:
• fixar a população portuguesa à terra;
• garantir o controle político do território por Portugal;
• comercializar mercadorias de alto valor no mercado
europeu;
• garantir rendas à Coroa portuguesa por meio da pro-
dução de gêneros de valor comercial;
• garantir o monopólio do Atlântico Sul e, consequen-
temente, da rota marítima para o Oriente;
• afirmar a preponderância portuguesa no cenário das
grandes nações europeias do século XVI.
Entre as características da economia colonial que
comprovam o seu dinamismo interno destacam-se:
• a existência de atividades econômicas utilizando
mão de obra livre;
• o desenvolvimento de relações comerciais internas e
com outras regiões, apesar das proibições caracte-
rísticas do monopólio metropolitano;
• a existência de uma quantidade de capital circulante
na colônia, empregado não só no tráfico negreiro como
também na criação do gado e na lavoura de subsistên-
cia, voltadas principalmente para o mercado interno.
O texto destaca principalmente os objetivos econômicos,
enumerando atividades produtivas e destacando o
dinamismo da colônia, que pressupõe a existência da
pequena propriedade voltada para a subsistência ou
a pecuária, desenvolvida a partir do trabalho livre.
capítulo 19
Vida política e cultural na América colonial
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4. a) O interesse da metrópole era povoar o território e
utilizar a doação de terras como forma de incentivar
particulares arcarem com os gastos com a colonização.
b) Não havia uma estrutura administrativa metropoli-
tana forte e centralizada no Brasil colonial. O poder
ficava a cargo das elites locais.
5. Poderiam ser citadas:
• participar da administração da Justiça;
• inspecionar o abastecimento de gêneros;
• supervisionar os terrenos e vias públicas;
• negociar junto à monarquia os interesses da região;
• em alguns conselhos, administrar tributos especifica-
mente locais e gerar posturas municipais.
6. a) Membros da elite colonial, ou seja, latifundiários,
conhecidos como “homens bons”.
b) Podemos citar a fiscalização do cumprimento das
leis, a arrecadação de tributos, a administração os
contratos e a organização da defesa local.
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11. Podemos destacar como objetivos políticos a maior
centralização administrativa e a presença do poder
metropolitano na colônia. Entre os objetivos econômicos,
estavam o aumento da arrecadação tributária; como
objetivo estratégico, a defesa do território.
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16. Por facilitar a sobrevivência de grande número de
escravos fugidos, e por utilizar táticas de ataques às
propriedades próximas, os quilombos representavam
uma forma mais eficiente de resistência, atraindo,
portanto, mais escravos e provocando medo entre os
grandes proprietários.
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Poderiam ser citadas duas entre as seguintes formas de resistência escrava: suicídio, infanticídio, assassinato de feitores esenhores, aborto das escravas, destruição dos meios de produção das propriedades e automutilação.
17. A cultura africana resistiu em meio ao processo de aculturação. O candomblé, a capoeira, a congada, o samba e outras manifestações culturais do Brasil atual permitem constatar a permanência de elementos da cultura africana que resistiram ao processo colonizador.
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21. a) Os franceses que se estabeleceram no Rio de Janeiro em meados do século XVI, sob a liderança de Nicolau Durand de Villegaignon, eram huguenotes (calvinistas). Perseguidos pelo governo católico da França, busca-ram refúgio no Brasil e fundaram um núcleo protestante denominado França Antártica. Após longa resistência, foram expulsos do litoral carioca por forças luso-brasi-leiras, na época do Governo-Geral de Mem de Sá.
b) No início do século XVII, outro grupo de franceses tentou se estabelecer no Maranhão, fundando a cha-mada França Equinocial. Desse período, destaca-se a construção de um forte e, no seu entorno, de um povoado denominado São Luís (homenagem ao rei da França, Luís IX).
22. Entre as razões para as invasões francesas, podemos citar a tentativa de estabelecer uma colonização no Rio de Janeiro, o interesse no tráfico do pau-brasil e também a perspectiva da criação de um espaço de refúgio para huguenotes e outras vítimas de perseguição religiosa.
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27. Portugal teve acesso às riquezas das colônias espanholas e a Espanha, por sua vez, acesso ao comércio das colônias portuguesas na África, nas Índias e no Brasil. As duas Coroas unidas formaram um dos maiores impérios coloniais da história, integrando as áreas exploradas localizadas em todos os oceanos do mundo aos mercados europeus.
28. a) João Maurício de Nassau, o príncipe de Nassau, foi o governador de ocupação no intervalo entre 1637 e 1644 no Nordeste sob o domínio dos holandeses. Era um funcionário da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais e durante sua administração procurou estabelecer um convívio razoável entre as tropas de ocupação e os colonos. Patrocinou a vinda de pin-tores, naturalistas e incentivou a tolerância religiosa entre católicos, protestantes e judeus.
b) Entre as realizações da administração de Nassau destaca-se a construção da Cidade Maurícia (Mauritzstadt), próxima a Recife, sob a orientação do arquiteto Pieter Post. Pretendia criar uma cidade planejada segundo os padrões flamengos, que per-petuasse o convívio entre colonos e invasores e que deveria ser um marco na sua administração.
Com a Insurreição Pernambucana (1645-1654) e a ex-pulsão dos holandeses, a Cidade Maurícia foi destruída.
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cap’tulo 20
América colonial: caminhos e fronteiras
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4. O fato de a Inglaterra não adotar a mesma rigidez mer-cantilista imposta pelas metrópoles ibéricas, além das Revoluções Inglesas do século XVII, que enfraqueceram o Estado Inglês e favoreceram a formação de uma ad-ministração local.
Outro aspecto foi a ausência do governo inglês nas colônias do norte, aliado à colonização por comunidades religiosas que buscavam construir um novo lar, distante do controle metropolitano.
5. O aluno poderá citar as perseguições religiosas e os altos índices de desemprego e subemprego, derivados do processo de expropriação rural.
No final do século XVI e início do XVII, a Inglaterra vivia um momento conturbado. A religião oficial era o anglicanismo e, por consequência, seguidores de diversas outras denominações protestantes, sobretudo os puritanos (calvinistas) passaram a ser perseguidos. Além disso, os cercamentos dos campos (transformação das áreas de cultivo em pastos para criação de ovelhas) também contribuíram para que milhares de camponeses (arrendatários e pequenos proprietários) arruinados rumassem para as cidades, que ficaram saturadas. A saída para essa crise de cunho religioso e econômico foi imigrar para a América do Norte.
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15. a) A partir da leitura do texto, o aluno poderia identificar:
• Organização política semelhante à europeia (dinastias/impérios/Estados).
• Grandes redes comerciais (inclusive de tráfico de escravos anterior à chegada dos europeus).
• Diversidade étnica e cultural.
b) O tráfico de escravos, que na África era praticado por meio do escambo (isto é, a troca não monetária), mesmo antes da chegada dos europeus, inseria-se no contexto do projeto mercantilista da Idade Moder-na. Essa política foi responsável pelo enriquecimento metropolitano e, ao mesmo tempo, estabeleceu um regime de mão de obra que dificultava o estabe-lecimento de um mercado interno na colônia. Os escravos eram comercializados nas áreas coloniais para serem utilizados como mão de obra dentro do sistema do plantation colonial, reduzindo os custos de produção e aumentando o lucro das metrópoles.
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23. a) A historiografia tradicional – principalmente paulista – retrata os bandeirantes como heróis, responsáveis por grandes façanhas, tanto no que se refere à conquista e à ocupação de novos territórios como à descoberta de pedras e metais preciosos, sempre enfrentando e su-perando as adversidades naturais, doenças tropicais e os ataques indígenas. Teriam contribuíram dessa forma para o alargamento do território e para o enriquecimen-to do Brasil. Apesar de ser um elemento da sociedade colonial, tal mito foi construído no século XX, em 1932, quando da Revolução Constitucionalista contra o go-verno Vargas, movimento que procurou congregar “os paulistas”, independentemente de condição socioeco-nômica ou de opção política, em uma grande aliança contra o governo federal, e que buscou fortalecer o “sentimento regionalista”, do “povo paulista”.
b) A construção do mito implica na exaltação de as-pectos vistos como positivos e carecem de uma aná-lise mais aprofundada do papel desenvolvido pelo elemento mitificado. No caso dos bandeirantes, a historiografia tradicional omite o confronto com índios e jesuítas, com ataques às missões e a captura dos nativos para escravizá-los ou vendê-los como escra-vos. Omite ainda a ação de alguns bandeirantes na liderança dos movimentos que se enfrentavam e a destruição dos quilombos, a mando de grandes proprietários rurais e dos governantes.
24. a) De acordo com o texto, as condições de ventos e marés no litoral do Brasil constituíam um obstáculo ao tráfico de escravos indígenas por mar, diferentemente do tráfico negreiro cujo transporte entre a África e a costa brasileira era favorecido. Isso se explica em razão do movimento das correntes marítimas no Atlântico Sul em direção ao Brasil e o conhecimento que navegadores portugueses tinham da movimentação dessas correntes.
b) Considerando-se o bandeirismo de apresamento, sobretudo a partir de São Paulo, é possível afirmar que essa atividade foi favorecida pelas condições geográficas, tais como: a rede fluvial, as condições do relevo e a regularidade das chuvas.
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29. A estrutura de exploração da colônia baseou-se nos interesses mercantilistas de sua respectiva metrópole. Sob esse ponto de vista, Portugal interessou-se pela agricultura em grande escala da cana-de-açúcar e, posteriormente, pela mineração como fontes de riqueza.
Nesse sentido, a pecuária foi uma atividade comple-mentar, destinada ao mercado interno e que não re-presentou fonte de lucro para a metrópole. A partir da pecuária, as regiões onde se desenvolveram a agricul-tura e a mineração foram abastecidas de animais para o transporte e mesmo de carne.
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32. Falso. A grande expectativa dos portugueses era quanto ao ouro, que demorou a ser encontrado nas regiões interioranas no centro do Brasil. Apesar de ter fundado a Colônia de Sacramento às margens do Rio do Prata e de existirem interesses econômicos no comércio da região, ela nunca foi prioridade do Estado lusitano. Por outro lado, nunca houve a entrega da região amazônica aos espanhóis.
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capítulo 21
América colonial: a mineração
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8. De acordo com a determinação legal do governador Artur
de Sá e Menezes, datada de 26 de março de 1700, a venda
de escravos da região Nordeste para as áreas auríferas
de Minas Gerais provocaria a redução da produção de
açúcar e de alimentos (mandioca) e, consequentemente,
queda na receita tributária da Coroa.
9. a) Em Minas Gerais, durante o século XVIII, existiam os
seguintes métodos para a cobrança do quinto:
1– O minerador declarava à Intendência a quantidade
de ouro que havia extraído e sobre ela pagava o
quinto. O sistema era falho e sujeito a todo tipo de
fraude e sonegação, por ser declaratório e pela
deficiência da fiscalização.
2 – Com a entrada em funcionamento das Casas de
Fundição (1725), a cobrança ficou mais eficiente. As
Casas fundiam o ouro, em barras, e já descontavam
o quinto. A “quintagem” do ouro nas Casas de Fun-
dição reduziu a sonegação, mas não a eliminou.
3 – A derrama, cobrança dos quintos atrasados, de-
cretada nos casos em que a cota fixa anual não
era atingida.
b) A Guerra dos Emboabas foi o primeiro grande conflito
ocorrido na região, envolvendo os colonos pioneiros
em sua exploração (paulistas) e os recém-chegados,
portugueses e colonos de outras regiões. Pouco mais
tarde ocorreu a Revolta de Vila Rica, chefiada por
Felipe dos Santos, em 1720, contra a criação das
Casas de Fundição.
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17. a) Vieira afirma que após a morte haverá uma
compensação para a escravidão no Céu. Nesse
sentido, justifica a escravidão e cita a Bíblia para
afirmar que “os que fazem sua obrigação” (por
exemplo, escravos no trabalho) serão recompensados.
b) A “cruz” é vista como um sofrimento que trará recom-
pensa no futuro; a moral da “cruz para os outros”
seria aceitar ou impor o sofrimentos somente para
os outros. Segundo Bosi, trata-se de comportamento
recorrente identificar no sofrimento uma virtude e, na
prática, explorar o sofrimento alheio.
c) Vieira justifica a escravidão, assume a moral da
“cruz-para-os-outros” e, segundo Bosi, não consegue
se opor aos interesses dos senhores de engenho.
18. A exploração de ouro deixou uma economia devastada
na colônia, uma vez que a maior parte da riqueza pro-
duzida foi enviada para o exterior. Em Portugal, o ouro
do Brasil serviu para financiar o luxo da Corte, manifesto
na construção de igrejas e palácios. Finalmente, a refe-
rência às fábricas na Inglaterra relaciona-se com o fato
de que o ouro do Brasil acabou sendo enviado para
esse país, que se industrializava na segunda metade
do século XVIII.
19. a) A exuberante riqueza gerada pela atividade mine-
radora ao longo do século XVIII, em íntima cone-
xão com a expansão do comércio e dos serviços
da vida urbana, permitiu que uma parte da renda
fosse transferida para as irmandades religiosas. Essas
instituições foram as responsáveis pela construção
de inúmeras igrejas no período.
b) As igrejas são belíssimos exemplos do estilo artístico
predominante no Brasil setecentista: o Barroco mineiro.
Com base em uma estética importada da Europa e
adaptada à realidade colonial, ele revela caracte-
rísticas fundamentais da mentalidade da época: o
intenso louvor religioso, as inclinações messiânicas da
sociedade mineradora e as tendências ao exagero.
20. Crescimento da população, com expressiva imigração
portuguesa de homens livres; ampliação do mercado
consumidor, ampliação dos setores sociais intermediários,
ocupação de amplos territórios no interior e estímulo à
urbanização.
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27. A exploração colonial no continente americano foi
pautada pela política mercantilista e tinha como ob-
jetivos a exploração de metais preciosos e a produção
de gêneros tropicais para exportação. O sucesso do
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empreendimento acabou gerando, paradoxalmente,
uma forte dependência das metrópoles em relação às
colônias, que recebiam a maior parte do capital dispo-
nível para investimento. Isso limitava o desenvolvimento
da economia metropolitana (principalmente de seu
setor produtivo) e gerava dependência em relação a
fornecedores estrangeiros de produtos manufaturados.
A Inglaterra, por sua vez, acabou por ocupar esse es-
paço, obtendo lentamente o controle dos mercados de
Portugal, da Espanha e de suas respectivas colônias.
Isso alavancou um desenvolvimento cada vez maior do
seu setor produtivo, culminando com a industrialização
ao longo do século XVIII.
28. Plantações: Brasil, Haiti, São Domingos, Jamaica,
Barbados, América espanhola (Cuba, Porto Rico, Peru,
Colômbia, Venezuela) e sul da América do Norte.
Mineração: Brasil e América espanhola (Peru, México,
Colômbia).
29. a) De acordo com o texto, a agricultura indígena foi pre-
judicada pela prioridade dada pelos colonizadores
espanhóis às criações de gado, porcos, carneiros e
cabras. A pecuária foi estimulada, com leis e subsí-
dios dados pela Coroa, em detrimento das culturas
agrícolas locais, que sofreram graves danos.
b) Podem também ser citados como efeitos da conquis-
ta: a destruição das civilizações pré-colombianas; a
redução acelerada da população nativa, submetida
ao trabalho excessivo e exposta a doenças; o empo-
brecimento e a marginalização dos indígenas. Além
disso, a colonização contribuiu para a formação de
uma oligarquia latifundiária que, por meio da violên-
cia e do caudilhismo, por longo tempo impossibilitou
a democracia.
c) A encomienda se constituiu numa relação produtiva
servil imposta aos indígenas pelos espanhóis, na co-
lonização da América. Caracterizava-se por ser um
privilégio concedido pelo rei da Espanha a um co-
lono que, em troca do direito de explorar o trabalho
dos índios, recebia a incumbência de cristianizá-los.
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cap’tulo 22
América colonial: vida urbana e confronto com a metrópole
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3. a) A organização, o planejamento e a construção de
cidades seguindo um plano geométrico como forma
de consolidar a colonização.
b) A Reconquista foi o processo da expulsão dos muçul-
manos da península Ibérica, durante a Baixa Idade
Média, em meio ao forte ideal cruzadista.
c) O aluno poderia citar: igreja, palácio do governo,
palácio da justiça, fortaleza, etc.
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6. As cidades de Diamantina e Ouro Preto contêm um
importante conjunto de monumentos artísticos e
arquitetônicos erguidos a partir do período do auge da
mineração e preservados desde então. Nesse sentido,
mantêm a memória da época, importante elemento
na constituição da identidade brasileira. Além disso,
são conjuntos oficialmente tombados pela legislação
referente ao patrimônio cultural e internacionalmente
reconhecidos como tal.
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11. a) A Guerra dos Mascates (1710-1714) começou quando
a Coroa elevou Recife (que era um distrito de Olinda)
à categoria de vila, ou seja, de município autônomo
em relação a Olinda. A razão oficial do confronto foi a
recusa da elite olindense – formada por senhores de
engenho – em aceitar a autonomia de Recife, habitado
por comerciantes, na maioria portugueses, a quem os
aristocratas olindenses chamavam, depreciativamen-
te, de “mascates”. A razão real do conflito, no entanto,
foi o fato de que os senhores de engenho de Olinda
deviam grandes somas de dinheiro aos “mascates”
e usavam seu poder político para não pagar essas
dívidas. Com a autonomia de Recife, eles perderiam
essa vantagem política, e não teriam como evitar o
pagamento das dívidas.
b) Os bandeirantes paulistas chamavam de Emboabas
os forasteiros que se instalaram na região de Minas
Gerais: nordestinos, cariocas e principalmente portu-
gueses. Descobridores das jazidas de ouro, os paulistas
desejavam o direito exclusivo sobre a área mineradora
e tentaram, pela força das armas, expulsar os forasteiros
da região.
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15. Segundo o texto, a originalidade de algumas dessas
revoltas estava em envolverem pessoas das camadas
populares e em contestarem abertamente os direitos
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do rei. Esta segunda característica realmente não era
comum naquela época: as revoltas contra o pagamento
de impostos geralmente não punham em dúvida o
direito do rei de cobrá-los, mas sim a maneira como
era feita a cobrança.
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Pensamento político nos séculos XVII e XVIII: Iluminismo
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4. a) Nos fragmentos, podemos reconhecer os privilégios
da nobreza, heranças da sociedade medieval e a
concentração de poderes nas mãos do monarca
absolutista.
b) Entre as características do Antigo Regime criticadas
pelo Iluminismo, podemos mencionar:
• A preponderância da religiosidade cristã e da Igre-
ja, vistas como empecilhos para o desenvolvimento
científico;
• A sociedade de ordens, que marginalizava das deci-
sões politicas amplos setores da sociedade;
• O mercantilismo, questionado pela excessiva inter-
ferência estatal.
5. O texto de Voltaire, importante pensador iluminista,
procura oferecer um modelo de explicação racional
para o terremoto, distanciando-se de uma interpretação
religiosa do fenômeno.
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9. No decorrer do século XVIII e XIX, a burguesia almejava
a diminuição da interferência estatal mercantilista na
economia e a criação de um modelo de Estado centrado
nos seus interesses. Na obra de Smith, ganhava corpo
teórico a necessidade da construção de um modelo de
Estado que respeitasse a livre-iniciativa e que valorizasse
os homens de negócios. Para Smith, o desejo individual
de enriquecer por meio dos negócios geraria condições
para a melhoria da sociedade.
10. a) Serão consideradas, positivamente, as citações sobre
as principais ideias do Iluminismo e suas respectivas
características, entre outras citações afins ou correlatas:
• O Iluminismo foi um movimento cultural e filosófico
que agitou as elites durante o século XVIII na Europa,
que mobilizou a razão no sentido de transformar a
sociedade e o pensamento existentes e representou
um momento de intenso intercâmbio cultural.
• A principal ideia era o uso da razão e não da cons-
ciência religiosa como instrumento para a emanci-
pação humana.
• O Iluminismo constituiu-se como um conjunto de con-
cepções de grande influência em diversos domínios:
político, filosófico, social, econômico e cultural.
• Outro pressuposto fundamental consistia na defesa da
liberdade humana, reivindicando o fim de tudo aquilo
que prendesse ou mantivesse os homens na servidão.
O Iluminismo contestava o absolutismo monárquico
que defendia a tese do poder divino dos reis, e era
a favor da soberania como emanação da vontade
da população. Nesse sentido, entendia que o poder
deveria ser dividido e que sua autoridade não deveria
residir exclusivamente na vontade dos monarcas. Daí
derivaram todos os esforços da criação dos três pode-
res – tal como propugnou Montesquieu – e a reflexão
sobre o poder nas mãos dos reis e imperadores, bem
como a defesa do constitucionalismo.
• Além de uma reação ao absolutismo, o Iluminismo
também representou uma reação contra a influência
da Igreja na política e na vida sociocultural. Assim,
reivindicava a necessidade de um ensino laico e da
liberdade de culto. Para Voltaire, por exemplo, era fun-
damental a tolerância religiosa a fim de se evitarem
as guerras e a perseguição. O peso da Igreja na vida
cultural, a censura que esta promovia e a resistência
às novas ideias entendidas como perigosas, também
surgiam como obstáculos a vencer.
• O próprio nome do movimento, Luzes – tal como era
conhecido na França –, indica a negação da pre-
sença da Igreja como algo medieval, como uma era
de obscurantismo e superstição que atravancaram
o desenvolvimento humano. Outro desdobramento
importante desse ideário foi a defesa da renovação,
da produção e da difusão de novos saberes tal como
preconizada por Diderot e D’Alembert na elaboração
da Enciclopédia.
• Uma outra ideia fundamental presente no Iluminismo
é a defesa de uma maior igualdade entre os homens,
tal como surge nos textos de Rousseau e naquilo que
definiu como vontade geral. Esse pensador critica a
desigualdade existente e reivindica maior participa-
ção política dos indivíduos no interior do Estado. Em
suma, o Iluminismo utilizou a razão para combater a
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fé e a liberdade para se contrapor ao despotismo, transformando radicalmente o pensamento e as con-cepções de mundo posteriores.
• Outro desdobramento nesse sentido foi o desenvolvi-mento do liberalismo e das doutrinas liberais no sécu-lo XIX. Elas revelam a reação do Iluminismo a várias práticas econômicas existentes no bojo do que se convencionou chamar mercantilismo.
• O ideário iluminista foi desenvolvido por diferentes pensadores e suas bases encontram-se em Spinoza (1632-1677), John Locke (1632-1704), Pierre Bayle (1647--1706) e até mesmo em Isaac Newton (1643-1727).
• O Iluminismo se desenvolveu entre a segunda metade do século XVIII e o início do século XIX, quando deu lugar a outras correntes de pensamento doutrinas políticas, econômicas e filosóficas.
• Um dos epicentros do Iluminismo foi a França, mas também manifestou-se em vários outros países como a Inglaterra, os Estados germânicos, a Itália, a Escó-cia, os Países Baixos e a Rússia.
• Sob este conceito – Iluminismo – estão reunidas di-versas tradições filosóficas, políticas, econômicas, sociais e até mesmo atitudes religiosas. Pode-se falar mesmo em diferentes expressões do Iluminismo dife-renciadas pelos países no momento em que surgem e devido ao seu caráter. Assim, é possível falar em iluminismo tardio, Iluminismo germânico de Kant e Herder, Iluminismo católico.
• Um pressuposto fundamental é entender o Iluminismo como uma visão de mundo que prega a necessidade da ação para transformar ou reformar o mundo.
b) Serão consideradas, positivamente, as análises sobre as inter-relações entre o pensamento iluminista e o despotismo esclarecido, que levem em conta aspec-tos afins ou correlatos:
• O desenvolvimento do ideário iluminista acabou inspirando e pressionando os monarcas reinantes a adotarem alguns de seus preceitos, tendo surgido al-guns personagens que coadjuvaram alguns Estados europeus a implementarem reformas na condução dos aspectos políticos e administrativos. Isso repre-sentou uma mudança social e politicamente mais abrangente, que foi denominada como despotismo esclarecido (ou ilustrado, ou ainda absolutismo ilus-trado), uma expressão que identifica uma forma de governar característica da Europa continental a partir da segunda metade do século XVIII.
• Embora o poder dos soberanos não fosse questio-nado e estes se mantivessem à frente da condução dos assuntos ou negócios dos Estados, foram as-sumidos ou incorporados determinados princípios reformistas do Iluminismo. Ou seja, surgiu uma alte-ração no princípio que fundamentava o poder real
desde a Idade Média, inclusive o direito divino dos reis, sendo adotadas algumas ideias iluministas, havendo uma combinação entre estes. Desta forma a autoridade absoluta dos reis foi abrandada por reformas cujos princípios inspiravam-se no pensa-mento iluminista, conferindo sobrevida ao Antigo Regime.
• O despotismo esclarecido desenvolveu-se em vários países destacando, sobretudo, providências ou me-didas aplicadas à economia, visando superar alguns entraves que a mantinham atrasada e essencialmen-te agrícola, coadjuvando no desenvolvimento da bur-guesia junto ao Estado.
• Os déspotas esclarecidos implementaram reformas administrativas, políticas, jurídicas e econômicas, bem como incentivaram reformas no ensino e incor-poraram uma maior dose de tolerância e de liberda-de ao pensamento e a certas práticas. Isso represen-tou a consolidação daquilo que entendemos como a modernidade, que exerceu impulsos sensíveis no processo de modernização na Europa.
• Do ponto de vista político, o despotismo esclarecido representa uma abertura da monarquia a determi-nadas pressões sociais, aproximando-se dos intelec-tuais, da burguesia em expansão e acolhendo, no interior do Estado, segmentos de uma burocracia ad-ministrativa, em especial os magistrados, que passam a adquirir cada vez mais importância na condução do governo. Lentamente, agentes patrimoniais deram lugar a funcionários que ingressaram na burocracia estatal, cujo exercício profissional encontrava-se de-finido principalmente na retração do princípio da hereditariedade no cargo.
• Do ponto de vista religioso, o despotismo esclarecido não encontrou homogeneidade, embora seja carac-terizado pela ampliação da tolerância e pela ênfase sobre a laicização. De qualquer modo, em alguns países caracterizou-se por um espírito secular e, em outros casos, foi demasiado hostil a certas expressões religiosas. Em alguns países o déspota inclusive man-teve alianças com a religião.
• Em Portugal, o expoente do despotismo esclarecido foi o marquês de Pombal, ministro do rei D. José I; na Prússia, o rei Frederico II; na Rússia, a represen-tante do despotismo esclarecido foi Catarina II; na Suécia, foi Gustavo III; na Áustria destacaram-se D. Maria Teresa e seu ministro Kaunitz, bem como José II; nos Estados italianos os principais represen-tantes foram o arquiduque Leopoldo de Habsburgo e o grão-duque da Toscana; no Reino de Nápoles, o ministro Bernardo Tanuci; na Espanha, os reis Filipe V, Fernando VI e Carlos III.
Disponível em: <www.ccv.ufes.br/sites/default/files/ps2012_Etp2_
Historia.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2015.
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11. B
12. E
13. C
14. Entre os ideais liberais presentes na obra de Daniel Dafoe
ressaltamos:
• O personagem, sozinho em uma ilha, traz representa-
ções do individualismo econômico, em oposição ao
controle mercantilista sobre os homens de negócios.
• A valorização do empreendedorismo de Crusoé se
relaciona com a construção dos valores burgueses,
em oposição à sociedade do Antigo Regime, que
valoriza os privilégios e não o empenho individual.
15. a) Denis Diderot foi um filósofo do Iluminismo.
b) O sistema criticado no trecho é o absolutismo mo-
nárquico, marcado pela concentração de poderes
nas mãos do monarca e pelos privilégios do clero e
da nobreza.
c) Entre os motivos, podemos mencionar:
• Consideravam que o clero, uma das bases sociais do
poder dos reis, dificultava o desenvolvimento científico.
• O controle do Estado dificultava a liberdade de ex-
pressão.
• A concentração de poderes no absolutismo impedia
a ampliação da participação da sociedade na vida
política.
• A divisão em estamentos não era compatível com a
realidade econômica do período.
• O intervencionismo mercantilista dificultava o desen-
volvimento econômico.
16. E
17. D
18. A
19. B
capítulo 24
Crise do Antigo Sistema Colonial
1. C
2. A
3. A
4. A
5. B
6. a) Podemos, entre as medidas econômicas, citar a cria-
ção do monopólio diamantino, a instauração da der-
rama e a criação das Companhias de Comércio. A
primeira decretou a Exclusividade da Atuação da Co-
roa na extração de diamantes no Distrito Diamantino;
a segunda estipulou o confisco de bens dos colonos
caso não fossem atingidas metas de arrecadação de
ouro; e a terceira aprofundou a política comercial de
controle metropolitano sobre a circulação de produ-
tos, acentuado a política monopolista da Coroa. Nas
três observamos o caráter autoritário e controlador
da política pombalina, interessada em aumentar a
arrecadação de riquezas na colônia.
b) Pombal expulsou os jesuítas das possessões portugue-
sas, o que afetou diretamente o ensino e a catequese
no Brasil, atividades conduzidas quase exclusivamente
pelos jesuítas.
7. a) De acordo com o texto, o comando das tropas era
dado aos homens brancos.
b) Além das funções de comando de guerra, segundo o
texto, também era responsabilidade do comandante
estabelecer a disciplina e conservar a submissão dos
“homens pardos”.
8. O autor evidencia que os déspotas esclarecidos con-
duziam as políticas de Estado com base em avaliações
práticas e objetivas das opções, misturando elementos
iluministas e absolutistas, para que o Estado interferisse
de maneira seletiva na sociedade.
9. E
10. C
11. A
12. E
13. D
14. A Inconfidência Mineira pode ser caracterizada como
uma manifestação conduzida pela elite, que não foi às
ruas e tinha propostas de implantação de uma república
de inspiração iluminista. No caso da Conjuração
Baiana, a participação popular foi intensa, o movimento
foi às ruas e as propostas estavam mais próximas do
modelo republicano jacobino. Nos desfechos das duas
também notamos uma diferença: a mineira teve um
inconfidente executado, enquanto que a baiana levou
quatro revoltosos à morte.
15. a) O movimento ao qual o texto faz referência é a
Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates.
b) O movimento teve influências da Revolução Haitiana,
da Revolução Francesa, do Iluminismo, do jacobinis-
mo e também da Independência dos Estados Unidos.
capítulo 25
A Revolução Industrial
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3. E
4. Entre outros fatores, podemos mencionar:
• a acumulação de capitais através do comércio;
• a Revolução Gloriosa;
• o desenvolvimento da produção têxtil;
• as reservas de carvão e ferro;
• a liberação de mão de obra através dos cercamentos.
5. a) Segundo a Bíblia, o trabalho seria um castigo divino;
para a burguesia seria uma virtude; e para a aristro-
cracia era algo desprezível.
b) Segundo o texto de Peter Gay, buscando construir
uma ideologia de que o trabalho dignifica o homem.
Nos espaços de trabalho, pela fiscalização sistemáti-
ca, pela organização da divisão do trabalho e pela
repressão.
6. B
7. A
8. D
9. Sobre a Revolução Industrial, o aluno deve articular uma
resposta que aponte suas características: o surgimento
da manufatura, do proletariado, da indústria de bens de
consumo, a urbanização, a expulsão do homem do cam-
po, o cercamento das terras e a exploração do trabalho
assalariado.
Disponível em: <www.cops.uel.br/vestibular/2013/provas/fase2_2d_
historia.pdf>. Acesso em: 3 mar. 2016.
10. a) Entre os fatores, podemos citar:
• condições de trabalho nas fábricas;
• longas jornadas de trabalho;
• concorrência das máquinas com o trabalho dos ar-
tesãos.
b) No plano social destacou-se o surgimento do proleta-
riado, a consolidação da burguesia industrial com a
separação entre capital e trabalho e a urbanização
acelerada; no plano tecnológico, ocorreu a introdu-
ção da máquina a vapor e a ampliação da produção.
11. E
12. C
13. E
14. B
15. B
16. A
17. D
18. C
19. E
cap’tulo 26
Criação da Ordem Liberal
1. C
2. B
3. A
4. O personagem que aparece carregando os outros dois
homens representa o terceiro estado, que se destacava
por sua importância econômica e por estar submetido
à cobrança de impostos. Porém, de uma maneira geral,
estava distante dos privilégios da corte francesa. Em
cima e à frente, aparece um membro do clero, seguido
por um personagem que representa a nobreza. Essas
ordens, respectivamente o primeiro e o segundo
estados, detinham os privilégios do Antigo Regime e
sustentavam a manutenção de um Estado absolutista
que se colocava acima da sociedade.
5. Entre os motivos para a convocação dos Estados Gerais
em meados de 1789, o aluno pode citar a crise financeira,
a proposta de equidade fiscal, o endividamento do
Estado francês e o encaminhamento de uma reforma
tributária por parte do Estado.
6. D
7. A
8. D
9. a) O período da Convenção Nacional (21 de setembro
de 1792 a 1o de outubro de 1795) começa com a
abolição da monarquia e a instauração da Primeira
República Francesa. Neste período, a República
Francesa conduzirá, ao mesmo tempo, uma guerra
revolucionária contra as coalizões europeias e uma
guerra civil contra realistas e federalistas, qualificados
de “contrarrevolucionários”. A percepção de que a
pátria e a República estavam em perigo levou os
republicanos a tomar um conjunto de medidas
para enfrentar os “inimigos da revolução” como
as insurreições federalistas contra Paris, os levantes
realistas contra o regime republicano (Vendeia e
Lyon) e a penúria, a carestia e a crise econômica e
social. As medidas concretas tomadas para enfrentar
os riscos da divisão interna foram:
• A criação do Tribunal Revolucionário (março de 1793),
que julgava os opositores da República e não permitia
nenhum tipo de recurso às decisões que emanava.
Durante o período do Terror, este tribunal emitiu cerca
de 5 342 sentenças, das quais mais da metade resul-
taram na pena de morte.
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• A reorganização dos exércitos (agosto de 1793) e a imposição do alistamento em massa para todos os homens celibatários entre 18 e 25 anos, aumentando os efetivos e incorporando batalhões de voluntários que agora integram um exército que aos poucos é “nacionalizado”.
• O decreto da “Lei dos Suspeitos” (setembro de 1793), pela qual o clero refratário é declarado suspeito, parentes da nobreza emigrada são aprisionados ou eliminados e membros da nobreza em geral são in-diciados e presos.
• A proclamação do “governo revolucionário” (outubro de 1793) suspende a aplicação da Constituição de 1793 e as liberdades individuais são suspensas até o “retorno da paz”. A tomada de decisão é centraliza-da e as decisões da Convenção são aplicadas de imediato.
• A repressão à guerra da Vendeia (1793-1796), que ex-plodiu como reação ao recrutamento obrigatório no exército revolucionário decretado pela Convenção Nacional, à perseguição do clero e à imposição de novos impostos para custear as despesas militares na contenção das invasões dos exércitos coligados externos. Essas e outras medidas que possam ser ci-tadas pelos candidatos estão incluídas no regime do Terror (1793-1794), período caracterizado pelo predo-mínio político dos membros do Comitê de Salvação Pública (liderados por M. Robespierre) que adotaram um programa repressivo contra os adversários da República jacobina.
• A execução do rei Luís XVI e de alguns membros da família real.
b) A segunda parte da questão solicita ao aluno que se refira ao processo de expansão revolucionária decorrente da decisão de enfrentar a Primeira Coa-lizão (1793-97) das monarquias europeias, criada após o julgamento e a execução de Luís XVI (ja-neiro de 1793). O contexto de produção da gravu-ra é marcado pela internacionalização da guerra revolucionária, que passa a se apresentar como uma oposição entre duas ordens políticas e sociais opostas: a da França republicana e revolucioná-ria (com os seus valores destacados nas legendas dentro da gravura) e a da Europa do Antigo Regime (representada pelos soberanos em queda). Fizeram parte dessa Primeira Coalizão os impérios austríaco e russo; os reinos da Prússia, da Espanha, de Portu-gal, de Nápoles, Sardenha e Sicília; a Grã-Bretanha, as Províncias Unidas e os realistas franceses emigra-dos. Nesse contexto, em 1793, o Comitê de Salvação Pública tomou uma decisão: anexar os territórios conquistados fora da França, implantando neles a nova ordem republicana. O aluno, para referir-se a este processo de internacionalização/expansão
da guerra revolucionária que motivou o autor da gravura a produzir aquela sátira política, poderá referir-se à expansão dos ideais revolucionários, seja em termos das conquistas militares, seja em termos da difusão das ideias revolucionárias operadas em decorrência da guerra.
Disponível em: <www.puc-rio.br/vestibular/repositorio/provas/2015/
download/gabaritos/VEST2015PUCRioGabarito%20G2_20141013_
completoD_v2.pdf>. Acesso em: 3 mar. 2016.
10. A
11. A
12. D
13. B
14. A Marselhesa foi composta no período de guerra entre a França e as outras monarquias europeias. Considerando-se suas distintas apropriações, muitas passagens da composição relacionam-se ao contexto revolucionário francês, por exemplo (o candidato deve relacionar apenas um trecho da composição ao contexto):
• “Avante filhos da Pátria” ou ainda “Às armas, cida-dãos”: nestas passagens, a conclamação à guerra se sustenta no sentimento nacional (daí a referência a filhos da pátria e cidadãos), emergente durante a era revolucionária.
• “Que um sangue impuro/banhe o nosso solo”: nesta passagem, a alusão a sangue impuro (do invasor) é uma metáfora da ambiência da guerra. A composi-ção explicita a presença dos inimigos (da revolução e/ou da mudança) e a ameaça à pátria.
• “Contra nós da tirania”: nesta passagem, encontra-se a exposição do princípio da Revolução: a luta contra a tirania, identificada no privilégio aristocrático e re-presentada, sobretudo, pela figura do Rei.Disponível em: <www.vestibular.ufg.br/2013/ps2013_1/site/sistema/
respostas/ps-2013-1-respostasesperadas-oficiais-grupos34.pdf>.
Acesso em: 3 mar. 2016.
15. O candidato deve explicar o contexto histórico da Revo-lução Francesa como resultado de descontentamentos da burguesia em relação ao Antigo Regime, em espe-cial, quanto aos privilégios do alto clero e da nobreza. A situação econômica, a agricultura em decadência, os altos impostos cobrados dos camponeses, o pensa-mento iluminista, etc. são fatores que desencadearam a Revolução Francesa.
Disponível em: <www.cops.uel.br/vestibular/2014/provas/
2a_Fase/2d/historia.pdf>. Acesso em: 3 mar. 2016.
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20. a) O Código Civil caracterizou-se pela defesa da proprie-
dade privada, da afirmação da igualdade jurídica,
mas também pela proibição da organização de sin-
dicatos e da realização de greves.
b) Ao proibir sindicatos e greves, o Código chocava-se
com o ideal da liberdade de expressão presente na
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de
1789.
21. Ao afirmar que as populações locais acabariam repe-
lindo os “missionários armados [...] como inimigos”, o
texto de Robespierre antecipa a resistência oferecida
pelo povo espanhol às tropas de Napoleão.
22. B
23. C
24. B
25. O Congresso de Viena visava: 1) reorganizar o mapa
político europeu, modificado pelas guerras napoleôni-
cas; 2) garantir, por meio do princípio da legitimidade, o
retorno das fronteiras europeias anteriores à Revolução
Francesa; 3) conter os movimentos liberais, por meio da
ação militar da Santa Aliança.
26. C
27. D
28. E
29. D
30. C
31. E
32. E
33. A
cap’tulo 27
Independências na América
1. E
2. E
3. B
4. Entre os principais motivos, o aluno poderia citar: a
incompatibilidade entre o desenvolvimento econômico
interno das colônias promovido pela elite criolla e a
vigência do Pacto Colonial imposto pela metrópole;
a influência das ideias iluministas e do processo de
independência dos Estados Unidos; os desdobramentos
da Revolução Francesa, com a invasão napoleônica
da península Ibérica; o apoio inglês aos movimentos de
emancipação; a crescente afirmação da identidade
dos “povos americanos”, conforme expresso numa
produção cultural que antecipava o nacionalismo.
5. A Revolução Francesa baseou-se nos princípios iluminis-
tas que propagaram os ideais de liberdade e igualdade
civil entre os homens. Quando os jacobinos assumiram
o comando do país, durante a Revolução, propuseram
o fim da escravidão nas colônias e, dessa forma, for-
taleceram a luta pela libertação no Haiti. A luta pela
independência do Haiti é considerada uma “Revolução
Negra”, pelo seu caráter antiescravagista, e representou
um conflito entre a população negra oprimida e escra-
vizada e a elite branca, até então dominadora. A luta
haitiana vivenciou diferentes etapas e se consolidou
apenas em 1804.
6. E
7. B
8. D
9. D
10. B
11. Entre as consequências:
• Dissolução da Confederação do Reno;
• Ausência de partilha territorial na França;
• Recolocação no poder das dinastias europeias, des-
tronadas durante a expansão napoleônica;
• Reorganização do mapa europeu, levando-se em
consideração os direitos tradicionais das dinastias
consideradas legítimas e restaurando-se as fronteiras
anteriores a 1791.
Explicação: Esse princípio, por tentar frear os processos
de autonomia que havia se instalado na região, ampliou
ainda mais as insatisfações dos diferentes setores das
aristocracias coloniais que, organizadas em cabildos
livres, comandaram as lutas pela independência dos
vice-reinos coloniais.
12. B
13. E
14. C
15. E
16. a) O aluno deverá relacionar os processos revolucioná-
rios na América espanhola ao Bloqueio Continental
imposto pela França sobre a Inglaterra e às invasões
napoleônicas de 1808, que na Espanha levaram à
renúncia forçada de Fernando VII e a um vazio de
poder, posteriormente preenchido pelas Juntas de
Governo.
b) O aluno deverá avaliar a independência como um
processo construído ao longo dos anos de 1810 a
1816, quando a independência política das Provín-
cias Unidas do Rio da Prata foi formalmente decla-
rada em 9 de julho de 1816. Assim, o aluno deverá
identificar as diferenças entre os dois textos citados:
o primeiro, moderado; o segundo, radical. O primeiro
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aponta para a possibilidade da Província do Rio da
Prata permanecer como parte integrante do Império
Espanhol. No segundo texto, o estudante deverá per-
ceber um ataque ao absolutismo com a dissolução
dos títulos de nobreza e a identificação da Espanha
como inimiga.
17. E
18. C
19. E
20. C
21. D
22. A
23. D
24. D
25. C
26. Simón Bolívar e José de San Martín foram dois dos
principais líderes das independências das colônias
espanholas na América. O primeiro atuou na região
de Caracas e o segundo, de Buenos Aires. Após as
independências, San Martín se retirou da vida política,
devido ao fracasso de seu projeto monarquista. Bolívar,
ao contrário, tornou-se governante da Venezuela e
liderou um movimento político em busca da unidade
dos novos países latino-americanos, denominado
“pan-americanismo”. A imagem de Bolívar é resgatada
de forma heroica, como expoente da luta contra os
interesses imperialistas sobre a América (naquele
momento, da Inglaterra, e hoje, dos Estados Unidos).
27. a) O contexto político no qual a Carta de Jamaica
foi escrita foi o das lutas pela independência das
colônias espanholas na América. Neste momento,
Bolívar acabara de ser derrotado pelo exército
espanhol e havia se deslocado da Capitania Geral
da Venezuela para a Jamaica. Ele defendia, então,
a necessidade de união das sociedades americanas
em face da possível contraofensiva da Espanha,
apoiada pela Santa Aliança.
b) O aluno poderá citar entre outros: o MCCA (Mercado
Comum Centro-Americano – 1958); a ALALC (Associa-
ção Latino-Americana de Livre Comércio – 1960); a
ALADI (Associação Latino-Americana de Integração –
1981); o MERCOSUL (1991); a OEA (Organização dos
Estados Americanos – 1948); o TIAR (Tratado Interame-
ricano de Assistência Recíproca ou Pacto do Rio de
Janeiro – 1947); CARICOM (Comunicado do Caribe –
1973); Pacto Andino (1969); Comunidade Andina de
Nações (1996).
28. a) No primeiro plano da pintura de Helguera, dois
símbolos constitutivos da nacionalidade mexicana
estão representados:
• A figura do padre Miguel Hidalgo, considerado o
“Pai da Pátria”, localizada no centro e com a mão
e a cabeça levantadas, marca sua importância
como liderança das rebeliões camponesas nas
aldeias;
• O Estandarte da Nossa Senhora de Guadalupe,
empunhado pelo padre, expressa a importância
da Virgem como símbolo da interação entre as
culturas hispânica e indígena.
b) Para construir a relação entre os referidos símbolos e
a independência mexicana, há dois pontos a serem
considerados:
• Primeiro, o apoio de religiosos do “baixo clero” às
reivindicações populares que surgiram nesse con-
texto. No processo de independência mexicana,
dois padres – Hidalgo e Morelos – defendiam a
distribuição de terras aos camponeses (inclusive,
a terra que era patrimônio da Igreja). Em 1810, por
meio do Decreto de Guadalajara, decretava-se,
nas terras livres do domínio espanhol, a abolição
da escravidão e do tributo indígena.
• Segundo, a presença do Estandarte de Guadalupe
indicava o potencial mobilizador desse símbolo
em virtude da crença religiosa das populações
camponesas, que lutavam pelo acesso às terras
dominadas pelos espanhóis.
29. a) A vitalidade estava associada ao expansionismo em
direção a Cuba e ao Brasil; a adaptabilidade, a uma
disciplina maior e a novas técnicas produtivas.
b) Marcado pelas ideias radicais da Revolução France-
sa, o movimento haitiano contou com a liderança
dos negros em violento confronto contra as forças
das elites locais e metropolitanas.
30. O projeto de Simón Bolívar tinha como objetivo a
independência política das colônias da América
espanhola, de modo a formar uma poderosa nação
unificada, forte o bastante para comandar politicamente
o continente, sem sofrer influência da Europa e dos
Estado Unidos. Tal projeto possuía um caráter elitista,
uma vez que atendia aos interesses sociais da elite
criolla, sem incluir eficazmente os indígenas e mestiços.
O plano fracassou, sobretudo devido às disputas pelo
poder entre os líderes locais e pela hostilidade da
Inglaterra, que não desejava o surgimento de uma
potência econômica rival na América do Sul.
31. B
32. C
33. A
34. C
35. A transferência da Corte para o Brasil foi determinante
para a descaracterização de sua situação de colônia de
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Portugal. Com a abertura dos portos em 1808, os tratados
assinados com a Inglaterra em 1810 e a elevação do
Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves
em 1815, as relações entre metrópole e colônia foram
profundamente alteradas. A sede do Império português
passou a ser o Rio de Janeiro e não mais Lisboa. Assim,
podemos afirmar que o Pacto Colonial deixou de existir e o
comércio entre Brasil e Inglaterra passou a ser mais intenso
do que aquele realizado há séculos com os portugueses.
36. Os dois primeiros textos apresentam a transferência da
Corte como uma fuga vergonhosa e sem heroísmo,
típica de um rei ocioso e mal preparado. No terceiro
texto, conseguimos perceber uma visão que exalta as
questões estratégicas envolvidas na manobra, que não
é exclusiva da Corte portuguesa. Esse último texto chega
a exaltar o feito como uma “ousadia”, ao propor uma
viagem arriscada e transoceânica.
37. a) Podemos citar a abertura dos portos de 1808 e a
elevação do Brasil à condição de Reino Unido a
Portugal e Algarves em 1815.
b) No século XVIII, a transferência da Corte já tinha sido
defendida em situações de ameaça estrangeira e
dificuldades. A mineração e as riquíssimas jazidas de
ouro haviam estimulado o imaginário da população
europeia a respeito do Brasil, visto a partir de então
como um território próspero, mais rico que Portugal,
o que justificaria a mudança. Após o terremoto de
Lisboa também discutiu-se a possibilidade de trans-
ferência, após a destruição da capital portuguesa.
38. B
39. A
40. A
41. E
42. Podemos identificar, em primeiro lugar, uma política
de imigração voltada para o povoamento, como
aquela iniciada no período joanino. Em um segundo
momento, há uma mudança na política, que passa
a priorizar a imigração para atrair mão de obra para
as lavouras de café.
43. a) A Corte portuguesa no Brasil tornou necessária a
criação de órgãos administrativos e tributários, como
os ministérios, o Banco do Brasil, a Casa da Moeda, a
imprensa régia, entre outros. Tal processo promoveu,
efetivamente, a centralização administrativa no Brasil
e o início de construção do Estado brasileiro.
b) Descontentes com o declínio da economia açuca-
reira, com a presença maciça de portugueses na
liderança do governo e na administração pública,
e com a criação de novos impostos por D. João VI
em favor dos “portugueses da nova Lisboa”, setores
liberais mais radicais de Recife iniciaram a chamada
Revolução Pernambucana de 1817, estabelecendo
uma república federativa. Os revoltosos chegaram
ao poder e ganharam o apoio de outras províncias
(Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará),
mas o movimento foi duramente reprimido.
44. A
45. Os alunos podem indicar a elevação do Brasil à condição
de Reino Unido a Portugal, que transformou a cidade do
Rio de Janeiro na sede do Império Português, atraindo
pessoas e negócios de diversas partes do mundo para
a cidade. Também podemos assinalar a vinda de uma
missão artística francesa, responsável pela adequação
das estruturas urbanas e artísticas da cidade.
46. C
47. A
48. D
49. C
50. B
51. D
52. B
53. a) Na pintura de Pedro Américo, D. Pedro I é retratado
como uma figura central, com a espada em riste,
demonstrando a clara orientação belicosa do
episódio da independência. Na obra de Moreaux,
o príncipe é saudado e responde aos acenos com
o chapéu, dando uma versão mais conciliatória
para a independência do Brasil. O mesmo ocorre
com a guarda real, que na primeira obra está se
posicionando para a batalha, enquanto na segunda
dá suporte ao imperador. O povo, na obra de Pedro
Américo, é retratado à margem dos acontecimentos,
no canto esquerdo, enquanto na tela de Moreaux
a participação e o envolvimento da população na
cena são mais intensos.
b) Em ambos os quadros o processo histórico da sepa-
ração do Brasil fica centrado na figura de D. Pedro I,
retratado como “herói romântico”. Os dois autores
ressaltam a condução e a importância do impera-
dor para a independência do Brasil, diminuindo as
influências contextuais e sociais. Trata-se de uma vi-
são histórica idealizada e pouco complexa, baseada
na ideia de que os processos e as transformações
ocorreram principalmente devido às vontades de
indivíduos únicos e centralizadores.
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