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Respostas – Caderno de Exercícios 2 capítulo 18 América colonial: o complexo açucareiro no Brasil 1. B 2. B 3. A 4. B 5. O significado dos termos está vinculado ao fato de a colônia não possuir autonomia; sua função era com- plementar a economia metropolitana, sem poder esta- belecer relações comerciais com outras nações além daquela que a dominava. Os termos podem ser relacionados ao mercantilismo. 6. a) As funções das colônias eram enriquecer as suas metrópoles por meio do fornecimento de produtos comerciáveis e metais preciosos, da aquisição de escravos e de bens manufaturados. b) As metrópoles revendiam a produção das colônias no mercado europeu e nos mercados internos, man- tendo suas balanças comerciais superavitárias. c) As metrópoles centralizavam os maiores lucros ao revenderem produtos coloniais e tropicais no mer- cado europeu, além de poderem acumular metais preciosos extraídos das suas colônias. 7. E 8. D 9. E 10. D 11. A 12. a) Homero e Caminha descrevem as sociedades “estran- geiras” dos ciclopes e dos indígenas do ponto de vista grego e cristão, respectivamente. Ambos destacam as características das suas culturas nas sociedades que estão descrevendo. Enquanto Homero enfatiza valo- res políticos presentes na sociedade grega, Caminha descreve os indígenas por meio dos valores religiosos. b) Caminha evidencia um plano religioso, de cate- quização. Já o objetivo econômico pode ser com- preendido pelo “sentido da colonização”, ou seja, obter riquezas nas áreas coloniais. As economias das colônias deveriam complementar as economias me- tropolitanas, segundo os preceitos mercantilistas. 13. a) Trata-se de um engenho; a moenda é a instalação movida pela água; a mão de obra predominante é a escravidão africana e o produto processado é a cana-de-açúcar. b) Angola fornecia mão de obra para a região cana- vieira de Pernambuco. 14. C 15. C 16. C 17. E 18. D 19. A importação de mão de obra africana justificava-se pela oposição da Igreja Católica à utilização do indígena como escravo, pela dificuldade de apresamento dos indígenas, em função de seu afastamento para o interior, e pela lucratividade do tráfico internacional de escravos, que favorecia traficantes e a Coroa portuguesa. Também citamos a alta mortalidade de indígenas, devido ao contágio por doenças trazidas por europeus. 20. a) Os escravos constituíam as bases fundamentais da mão de obra da economia colonial. b) Antonil observa que muitas vezes os castigos são ex- cessivos e a vestimenta e a alimentação, impróprias, indicando um desequilíbrio no tratamento dado aos escravos. Segundo o autor, deveria ocorrer um maior equilíbrio no trato com as pessoas escravizadas entre os castigos, as vestimentas e a alimentação. 21. E 22. C 23. B 24. a) Podemos citar, entre os vários ingredientes presentes na composição, difundidos no Brasil colonial durante o processo de colonização: o torresmo, a carne seca e o paio: esses produtos fo- ram trazidos para o Brasil com a migração portuguesa e foram disseminados por várias regiões do Brasil, principalmente no Sul e Nordeste, por se adaptarem à necessidade de preservação dos alimentos por longos períodos; a laranja e o arroz: esses produtos foram dissemina- dos no Brasil pela colonização portuguesa por meio do comércio com o Oriente, especialmente Índia e China, de onde foi trazida, por exemplo, a laranja; a pimenta e a mandioca: a pimenta malagueta era original das regiões tropicais da América e fazia parte da 13 Respostas Ð Caderno de Exerc’cios

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Page 1: Respostas Caderno de Exercícios 2 em função da facilidade de acesso. b) A receita da feijoada mistura vários ingredientes, oriun-dos de diversas culturas. No contexto do mundo

Respostas – Caderno de Exercícios 2

capítulo 18

América colonial: o complexo açucareiro no Brasil

1. B

2. B

3. A

4. B

5. O significado dos termos está vinculado ao fato de a colônia não possuir autonomia; sua função era com-plementar a economia metropolitana, sem poder esta-belecer relações comerciais com outras nações além daquela que a dominava.

Os termos podem ser relacionados ao mercantilismo.

6. a) As funções das colônias eram enriquecer as suas metrópoles por meio do fornecimento de produtos comerciáveis e metais preciosos, da aquisição de escravos e de bens manufaturados.

b) As metrópoles revendiam a produção das colônias no mercado europeu e nos mercados internos, man-tendo suas balanças comerciais superavitárias.

c) As metrópoles centralizavam os maiores lucros ao revenderem produtos coloniais e tropicais no mer-cado europeu, além de poderem acumular metais preciosos extraídos das suas colônias.

7. E

8. D

9. E

10. D

11. A

12. a) Homero e Caminha descrevem as sociedades “estran-geiras” dos ciclopes e dos indígenas do ponto de vista grego e cristão, respectivamente. Ambos destacam as características das suas culturas nas sociedades que estão descrevendo. Enquanto Homero enfatiza valo-res políticos presentes na sociedade grega, Caminha descreve os indígenas por meio dos valores religiosos.

b) Caminha evidencia um plano religioso, de cate-quização. Já o objetivo econômico pode ser com-preendido pelo “sentido da colonização”, ou seja, obter riquezas nas áreas coloniais. As economias das colônias deveriam complementar as economias me-tropolitanas, segundo os preceitos mercantilistas.

13. a) Trata-se de um engenho; a moenda é a instalação movida pela água; a mão de obra predominante é a escravidão africana e o produto processado é a cana-de-açúcar.

b) Angola fornecia mão de obra para a região cana-vieira de Pernambuco.

14. C

15. C

16. C

17. E

18. D

19. A importação de mão de obra africana justificava-se pela oposição da Igreja Católica à utilização do indígena como escravo, pela dificuldade de apresamento dos indígenas, em função de seu afastamento para o interior, e pela lucratividade do tráfico internacional de escravos, que favorecia traficantes e a Coroa portuguesa. Também citamos a alta mortalidade de indígenas, devido ao contágio por doenças trazidas por europeus.

20. a) Os escravos constituíam as bases fundamentais da mão de obra da economia colonial.

b) Antonil observa que muitas vezes os castigos são ex-cessivos e a vestimenta e a alimentação, impróprias, indicando um desequilíbrio no tratamento dado aos escravos. Segundo o autor, deveria ocorrer um maior equilíbrio no trato com as pessoas escravizadas entre os castigos, as vestimentas e a alimentação.

21. E

22. C

23. B

24. a) Podemos citar, entre os vários ingredientes presentes na composição, difundidos no Brasil colonial durante o processo de colonização:

• o torresmo, a carne seca e o paio: esses produtos fo-ram trazidos para o Brasil com a migração portuguesa e foram disseminados por várias regiões do Brasil, principalmente no Sul e Nordeste, por se adaptarem à necessidade de preservação dos alimentos por longos períodos;

• a laranja e o arroz: esses produtos foram dissemina-dos no Brasil pela colonização portuguesa por meio do comércio com o Oriente, especialmente Índia e China, de onde foi trazida, por exemplo, a laranja;

• a pimenta e a mandioca: a pimenta malagueta era original das regiões tropicais da América e fazia parte da

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Page 2: Respostas Caderno de Exercícios 2 em função da facilidade de acesso. b) A receita da feijoada mistura vários ingredientes, oriun-dos de diversas culturas. No contexto do mundo

culinária indígena. A mandioca, fundamental na dieta

indígena, foi incorporada ao regime alimentar da popu-

lação colonial, sendo consumida sob a forma de farofa;

• o feijão: embora exista uma variedade europeia des-

se produto, o feijão disseminado no Brasil é de origem

americana, tendo sido incorporado à culinária colo-

nial em função da facilidade de acesso.

b) A receita da feijoada mistura vários ingredientes, oriun-

dos de diversas culturas. No contexto do mundo colo-

nial, diante das condições impostas pelo cativeiro, os

escravos incorporavam ao seu regime os alimentos que

estavam à disposição. Essa incorporação revela o con-

tato e a fusão de diferentes culturas, tendo como eixo

a cultura escrava – exemplificada na culinária. Nesse

sentido, a “feijoada completa” não é apenas um prato

típico da cultura brasileira, mas expressa também a

vitalidade da miscigenação étnica e cultural do Brasil,

desde o período colonial. Registre-se também que a

técnica de mistura de alimentos já se encontrava dis-

seminada na Europa, em pratos como o cassoulet fran-

cês, o cocido espanhol e a escudella da Catalunha,

que, por sua vez, remete-se à olla podrida medieval.

Como lembra Câmara Cascudo, “o que chamamos

‘feijoada’ é uma solução europeia elaborada no Brasil.

Técnica portuguesa com material brasileiro”.

25. Entre os objetivos da Coroa portuguesa com a implanta-

ção da empresa açucareira no Brasil podemos citar:

• fixar a população portuguesa à terra;

• garantir o controle político do território por Portugal;

• comercializar mercadorias de alto valor no mercado

europeu;

• garantir rendas à Coroa portuguesa por meio da pro-

dução de gêneros de valor comercial;

• garantir o monopólio do Atlântico Sul e, consequen-

temente, da rota marítima para o Oriente;

• afirmar a preponderância portuguesa no cenário das

grandes nações europeias do século XVI.

Entre as características da economia colonial que

comprovam o seu dinamismo interno destacam-se:

• a existência de atividades econômicas utilizando

mão de obra livre;

• o desenvolvimento de relações comerciais internas e

com outras regiões, apesar das proibições caracte-

rísticas do monopólio metropolitano;

• a existência de uma quantidade de capital circulante

na colônia, empregado não só no tráfico negreiro como

também na criação do gado e na lavoura de subsistên-

cia, voltadas principalmente para o mercado interno.

O texto destaca principalmente os objetivos econômicos,

enumerando atividades produtivas e destacando o

dinamismo da colônia, que pressupõe a existência da

pequena propriedade voltada para a subsistência ou

a pecuária, desenvolvida a partir do trabalho livre.

capítulo 19

Vida política e cultural na América colonial

1. E

2. A

3. D

4. a) O interesse da metrópole era povoar o território e

utilizar a doação de terras como forma de incentivar

particulares arcarem com os gastos com a colonização.

b) Não havia uma estrutura administrativa metropoli-

tana forte e centralizada no Brasil colonial. O poder

ficava a cargo das elites locais.

5. Poderiam ser citadas:

• participar da administração da Justiça;

• inspecionar o abastecimento de gêneros;

• supervisionar os terrenos e vias públicas;

• negociar junto à monarquia os interesses da região;

• em alguns conselhos, administrar tributos especifica-

mente locais e gerar posturas municipais.

6. a) Membros da elite colonial, ou seja, latifundiários,

conhecidos como “homens bons”.

b) Podemos citar a fiscalização do cumprimento das

leis, a arrecadação de tributos, a administração os

contratos e a organização da defesa local.

7. A

8. D

9. B

10. D

11. Podemos destacar como objetivos políticos a maior

centralização administrativa e a presença do poder

metropolitano na colônia. Entre os objetivos econômicos,

estavam o aumento da arrecadação tributária; como

objetivo estratégico, a defesa do território.

12. C

13. D

14. A

15. C

16. Por facilitar a sobrevivência de grande número de

escravos fugidos, e por utilizar táticas de ataques às

propriedades próximas, os quilombos representavam

uma forma mais eficiente de resistência, atraindo,

portanto, mais escravos e provocando medo entre os

grandes proprietários.

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Poderiam ser citadas duas entre as seguintes formas de resistência escrava: suicídio, infanticídio, assassinato de feitores esenhores, aborto das escravas, destruição dos meios de produção das propriedades e automutilação.

17. A cultura africana resistiu em meio ao processo de aculturação. O candomblé, a capoeira, a congada, o samba e outras manifestações culturais do Brasil atual permitem constatar a permanência de elementos da cultura africana que resistiram ao processo colonizador.

18. C

19. B

20. B

21. a) Os franceses que se estabeleceram no Rio de Janeiro em meados do século XVI, sob a liderança de Nicolau Durand de Villegaignon, eram huguenotes (calvinistas). Perseguidos pelo governo católico da França, busca-ram refúgio no Brasil e fundaram um núcleo protestante denominado França Antártica. Após longa resistência, foram expulsos do litoral carioca por forças luso-brasi-leiras, na época do Governo-Geral de Mem de Sá.

b) No início do século XVII, outro grupo de franceses tentou se estabelecer no Maranhão, fundando a cha-mada França Equinocial. Desse período, destaca-se a construção de um forte e, no seu entorno, de um povoado denominado São Luís (homenagem ao rei da França, Luís IX).

22. Entre as razões para as invasões francesas, podemos citar a tentativa de estabelecer uma colonização no Rio de Janeiro, o interesse no tráfico do pau-brasil e também a perspectiva da criação de um espaço de refúgio para huguenotes e outras vítimas de perseguição religiosa.

23. A

24. B

25. E

26. D

27. Portugal teve acesso às riquezas das colônias espanholas e a Espanha, por sua vez, acesso ao comércio das colônias portuguesas na África, nas Índias e no Brasil. As duas Coroas unidas formaram um dos maiores impérios coloniais da história, integrando as áreas exploradas localizadas em todos os oceanos do mundo aos mercados europeus.

28. a) João Maurício de Nassau, o príncipe de Nassau, foi o governador de ocupação no intervalo entre 1637 e 1644 no Nordeste sob o domínio dos holandeses. Era um funcionário da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais e durante sua administração procurou estabelecer um convívio razoável entre as tropas de ocupação e os colonos. Patrocinou a vinda de pin-tores, naturalistas e incentivou a tolerância religiosa entre católicos, protestantes e judeus.

b) Entre as realizações da administração de Nassau destaca-se a construção da Cidade Maurícia (Mauritzstadt), próxima a Recife, sob a orientação do arquiteto Pieter Post. Pretendia criar uma cidade planejada segundo os padrões flamengos, que per-petuasse o convívio entre colonos e invasores e que deveria ser um marco na sua administração.

Com a Insurreição Pernambucana (1645-1654) e a ex-pulsão dos holandeses, a Cidade Maurícia foi destruída.

29. C

30. E

31. E

32. B

33. D

cap’tulo 20

América colonial: caminhos e fronteiras

1. C

2. B

3. C

4. O fato de a Inglaterra não adotar a mesma rigidez mer-cantilista imposta pelas metrópoles ibéricas, além das Revoluções Inglesas do século XVII, que enfraqueceram o Estado Inglês e favoreceram a formação de uma ad-ministração local.

Outro aspecto foi a ausência do governo inglês nas colônias do norte, aliado à colonização por comunidades religiosas que buscavam construir um novo lar, distante do controle metropolitano.

5. O aluno poderá citar as perseguições religiosas e os altos índices de desemprego e subemprego, derivados do processo de expropriação rural.

No final do século XVI e início do XVII, a Inglaterra vivia um momento conturbado. A religião oficial era o anglicanismo e, por consequência, seguidores de diversas outras denominações protestantes, sobretudo os puritanos (calvinistas) passaram a ser perseguidos. Além disso, os cercamentos dos campos (transformação das áreas de cultivo em pastos para criação de ovelhas) também contribuíram para que milhares de camponeses (arrendatários e pequenos proprietários) arruinados rumassem para as cidades, que ficaram saturadas. A saída para essa crise de cunho religioso e econômico foi imigrar para a América do Norte.

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7. C

8. B

9. B

10. B

11. D

12. C

13. A

14. A

15. a) A partir da leitura do texto, o aluno poderia identificar:

• Organização política semelhante à europeia (dinastias/impérios/Estados).

• Grandes redes comerciais (inclusive de tráfico de escravos anterior à chegada dos europeus).

• Diversidade étnica e cultural.

b) O tráfico de escravos, que na África era praticado por meio do escambo (isto é, a troca não monetária), mesmo antes da chegada dos europeus, inseria-se no contexto do projeto mercantilista da Idade Moder-na. Essa política foi responsável pelo enriquecimento metropolitano e, ao mesmo tempo, estabeleceu um regime de mão de obra que dificultava o estabe-lecimento de um mercado interno na colônia. Os escravos eram comercializados nas áreas coloniais para serem utilizados como mão de obra dentro do sistema do plantation colonial, reduzindo os custos de produção e aumentando o lucro das metrópoles.

16. B

17. A

18. D

19. A

20. B

21. B

22. D

23. a) A historiografia tradicional – principalmente paulista – retrata os bandeirantes como heróis, responsáveis por grandes façanhas, tanto no que se refere à conquista e à ocupação de novos territórios como à descoberta de pedras e metais preciosos, sempre enfrentando e su-perando as adversidades naturais, doenças tropicais e os ataques indígenas. Teriam contribuíram dessa forma para o alargamento do território e para o enriquecimen-to do Brasil. Apesar de ser um elemento da sociedade colonial, tal mito foi construído no século XX, em 1932, quando da Revolução Constitucionalista contra o go-verno Vargas, movimento que procurou congregar “os paulistas”, independentemente de condição socioeco-nômica ou de opção política, em uma grande aliança contra o governo federal, e que buscou fortalecer o “sentimento regionalista”, do “povo paulista”.

b) A construção do mito implica na exaltação de as-pectos vistos como positivos e carecem de uma aná-lise mais aprofundada do papel desenvolvido pelo elemento mitificado. No caso dos bandeirantes, a historiografia tradicional omite o confronto com índios e jesuítas, com ataques às missões e a captura dos nativos para escravizá-los ou vendê-los como escra-vos. Omite ainda a ação de alguns bandeirantes na liderança dos movimentos que se enfrentavam e a destruição dos quilombos, a mando de grandes proprietários rurais e dos governantes.

24. a) De acordo com o texto, as condições de ventos e marés no litoral do Brasil constituíam um obstáculo ao tráfico de escravos indígenas por mar, diferentemente do tráfico negreiro cujo transporte entre a África e a costa brasileira era favorecido. Isso se explica em razão do movimento das correntes marítimas no Atlântico Sul em direção ao Brasil e o conhecimento que navegadores portugueses tinham da movimentação dessas correntes.

b) Considerando-se o bandeirismo de apresamento, sobretudo a partir de São Paulo, é possível afirmar que essa atividade foi favorecida pelas condições geográficas, tais como: a rede fluvial, as condições do relevo e a regularidade das chuvas.

25. D

26. D

27. B

28. D

29. A estrutura de exploração da colônia baseou-se nos interesses mercantilistas de sua respectiva metrópole. Sob esse ponto de vista, Portugal interessou-se pela agricultura em grande escala da cana-de-açúcar e, posteriormente, pela mineração como fontes de riqueza.

Nesse sentido, a pecuária foi uma atividade comple-mentar, destinada ao mercado interno e que não re-presentou fonte de lucro para a metrópole. A partir da pecuária, as regiões onde se desenvolveram a agricul-tura e a mineração foram abastecidas de animais para o transporte e mesmo de carne.

30. A

31. E

32. Falso. A grande expectativa dos portugueses era quanto ao ouro, que demorou a ser encontrado nas regiões interioranas no centro do Brasil. Apesar de ter fundado a Colônia de Sacramento às margens do Rio do Prata e de existirem interesses econômicos no comércio da região, ela nunca foi prioridade do Estado lusitano. Por outro lado, nunca houve a entrega da região amazônica aos espanhóis.

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capítulo 21

América colonial: a mineração

1. C

2. E

3. D

4. B

5. A

6. B

7. D

8. De acordo com a determinação legal do governador Artur

de Sá e Menezes, datada de 26 de março de 1700, a venda

de escravos da região Nordeste para as áreas auríferas

de Minas Gerais provocaria a redução da produção de

açúcar e de alimentos (mandioca) e, consequentemente,

queda na receita tributária da Coroa.

9. a) Em Minas Gerais, durante o século XVIII, existiam os

seguintes métodos para a cobrança do quinto:

1– O minerador declarava à Intendência a quantidade

de ouro que havia extraído e sobre ela pagava o

quinto. O sistema era falho e sujeito a todo tipo de

fraude e sonegação, por ser declaratório e pela

deficiência da fiscalização.

2 – Com a entrada em funcionamento das Casas de

Fundição (1725), a cobrança ficou mais eficiente. As

Casas fundiam o ouro, em barras, e já descontavam

o quinto. A “quintagem” do ouro nas Casas de Fun-

dição reduziu a sonegação, mas não a eliminou.

3 – A derrama, cobrança dos quintos atrasados, de-

cretada nos casos em que a cota fixa anual não

era atingida.

b) A Guerra dos Emboabas foi o primeiro grande conflito

ocorrido na região, envolvendo os colonos pioneiros

em sua exploração (paulistas) e os recém-chegados,

portugueses e colonos de outras regiões. Pouco mais

tarde ocorreu a Revolta de Vila Rica, chefiada por

Felipe dos Santos, em 1720, contra a criação das

Casas de Fundição.

10. C

11. A

12. B

13. B

14. B

15. E

16. C

17. a) Vieira afirma que após a morte haverá uma

compensação para a escravidão no Céu. Nesse

sentido, justifica a escravidão e cita a Bíblia para

afirmar que “os que fazem sua obrigação” (por

exemplo, escravos no trabalho) serão recompensados.

b) A “cruz” é vista como um sofrimento que trará recom-

pensa no futuro; a moral da “cruz para os outros”

seria aceitar ou impor o sofrimentos somente para

os outros. Segundo Bosi, trata-se de comportamento

recorrente identificar no sofrimento uma virtude e, na

prática, explorar o sofrimento alheio.

c) Vieira justifica a escravidão, assume a moral da

“cruz-para-os-outros” e, segundo Bosi, não consegue

se opor aos interesses dos senhores de engenho.

18. A exploração de ouro deixou uma economia devastada

na colônia, uma vez que a maior parte da riqueza pro-

duzida foi enviada para o exterior. Em Portugal, o ouro

do Brasil serviu para financiar o luxo da Corte, manifesto

na construção de igrejas e palácios. Finalmente, a refe-

rência às fábricas na Inglaterra relaciona-se com o fato

de que o ouro do Brasil acabou sendo enviado para

esse país, que se industrializava na segunda metade

do século XVIII.

19. a) A exuberante riqueza gerada pela atividade mine-

radora ao longo do século XVIII, em íntima cone-

xão com a expansão do comércio e dos serviços

da vida urbana, permitiu que uma parte da renda

fosse transferida para as irmandades religiosas. Essas

instituições foram as responsáveis pela construção

de inúmeras igrejas no período.

b) As igrejas são belíssimos exemplos do estilo artístico

predominante no Brasil setecentista: o Barroco mineiro.

Com base em uma estética importada da Europa e

adaptada à realidade colonial, ele revela caracte-

rísticas fundamentais da mentalidade da época: o

intenso louvor religioso, as inclinações messiânicas da

sociedade mineradora e as tendências ao exagero.

20. Crescimento da população, com expressiva imigração

portuguesa de homens livres; ampliação do mercado

consumidor, ampliação dos setores sociais intermediários,

ocupação de amplos territórios no interior e estímulo à

urbanização.

21. E

22. C

23. E

24. B

25. B

26. D

27. A exploração colonial no continente americano foi

pautada pela política mercantilista e tinha como ob-

jetivos a exploração de metais preciosos e a produção

de gêneros tropicais para exportação. O sucesso do

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Page 6: Respostas Caderno de Exercícios 2 em função da facilidade de acesso. b) A receita da feijoada mistura vários ingredientes, oriun-dos de diversas culturas. No contexto do mundo

empreendimento acabou gerando, paradoxalmente,

uma forte dependência das metrópoles em relação às

colônias, que recebiam a maior parte do capital dispo-

nível para investimento. Isso limitava o desenvolvimento

da economia metropolitana (principalmente de seu

setor produtivo) e gerava dependência em relação a

fornecedores estrangeiros de produtos manufaturados.

A Inglaterra, por sua vez, acabou por ocupar esse es-

paço, obtendo lentamente o controle dos mercados de

Portugal, da Espanha e de suas respectivas colônias.

Isso alavancou um desenvolvimento cada vez maior do

seu setor produtivo, culminando com a industrialização

ao longo do século XVIII.

28. Plantações: Brasil, Haiti, São Domingos, Jamaica,

Barbados, América espanhola (Cuba, Porto Rico, Peru,

Colômbia, Venezuela) e sul da América do Norte.

Mineração: Brasil e América espanhola (Peru, México,

Colômbia).

29. a) De acordo com o texto, a agricultura indígena foi pre-

judicada pela prioridade dada pelos colonizadores

espanhóis às criações de gado, porcos, carneiros e

cabras. A pecuária foi estimulada, com leis e subsí-

dios dados pela Coroa, em detrimento das culturas

agrícolas locais, que sofreram graves danos.

b) Podem também ser citados como efeitos da conquis-

ta: a destruição das civilizações pré-colombianas; a

redução acelerada da população nativa, submetida

ao trabalho excessivo e exposta a doenças; o empo-

brecimento e a marginalização dos indígenas. Além

disso, a colonização contribuiu para a formação de

uma oligarquia latifundiária que, por meio da violên-

cia e do caudilhismo, por longo tempo impossibilitou

a democracia.

c) A encomienda se constituiu numa relação produtiva

servil imposta aos indígenas pelos espanhóis, na co-

lonização da América. Caracterizava-se por ser um

privilégio concedido pelo rei da Espanha a um co-

lono que, em troca do direito de explorar o trabalho

dos índios, recebia a incumbência de cristianizá-los.

30. B

31. A

32. E

cap’tulo 22

América colonial: vida urbana e confronto com a metrópole

1. E

2. B

3. a) A organização, o planejamento e a construção de

cidades seguindo um plano geométrico como forma

de consolidar a colonização.

b) A Reconquista foi o processo da expulsão dos muçul-

manos da península Ibérica, durante a Baixa Idade

Média, em meio ao forte ideal cruzadista.

c) O aluno poderia citar: igreja, palácio do governo,

palácio da justiça, fortaleza, etc.

4. E

5. A

6. As cidades de Diamantina e Ouro Preto contêm um

importante conjunto de monumentos artísticos e

arquitetônicos erguidos a partir do período do auge da

mineração e preservados desde então. Nesse sentido,

mantêm a memória da época, importante elemento

na constituição da identidade brasileira. Além disso,

são conjuntos oficialmente tombados pela legislação

referente ao patrimônio cultural e internacionalmente

reconhecidos como tal.

7. B

8. A

9. D

10. B

11. a) A Guerra dos Mascates (1710-1714) começou quando

a Coroa elevou Recife (que era um distrito de Olinda)

à categoria de vila, ou seja, de município autônomo

em relação a Olinda. A razão oficial do confronto foi a

recusa da elite olindense – formada por senhores de

engenho – em aceitar a autonomia de Recife, habitado

por comerciantes, na maioria portugueses, a quem os

aristocratas olindenses chamavam, depreciativamen-

te, de “mascates”. A razão real do conflito, no entanto,

foi o fato de que os senhores de engenho de Olinda

deviam grandes somas de dinheiro aos “mascates”

e usavam seu poder político para não pagar essas

dívidas. Com a autonomia de Recife, eles perderiam

essa vantagem política, e não teriam como evitar o

pagamento das dívidas.

b) Os bandeirantes paulistas chamavam de Emboabas

os forasteiros que se instalaram na região de Minas

Gerais: nordestinos, cariocas e principalmente portu-

gueses. Descobridores das jazidas de ouro, os paulistas

desejavam o direito exclusivo sobre a área mineradora

e tentaram, pela força das armas, expulsar os forasteiros

da região.

12. C

13. D

14. D

15. Segundo o texto, a originalidade de algumas dessas

revoltas estava em envolverem pessoas das camadas

populares e em contestarem abertamente os direitos

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Page 7: Respostas Caderno de Exercícios 2 em função da facilidade de acesso. b) A receita da feijoada mistura vários ingredientes, oriun-dos de diversas culturas. No contexto do mundo

do rei. Esta segunda característica realmente não era

comum naquela época: as revoltas contra o pagamento

de impostos geralmente não punham em dúvida o

direito do rei de cobrá-los, mas sim a maneira como

era feita a cobrança.

16. E

17. D

18. C

19. B

20. E

21. A

cap’tulo 23

Pensamento político nos séculos XVII e XVIII: Iluminismo

1. D

2. C

3. B

4. a) Nos fragmentos, podemos reconhecer os privilégios

da nobreza, heranças da sociedade medieval e a

concentração de poderes nas mãos do monarca

absolutista.

b) Entre as características do Antigo Regime criticadas

pelo Iluminismo, podemos mencionar:

• A preponderância da religiosidade cristã e da Igre-

ja, vistas como empecilhos para o desenvolvimento

científico;

• A sociedade de ordens, que marginalizava das deci-

sões politicas amplos setores da sociedade;

• O mercantilismo, questionado pela excessiva inter-

ferência estatal.

5. O texto de Voltaire, importante pensador iluminista,

procura oferecer um modelo de explicação racional

para o terremoto, distanciando-se de uma interpretação

religiosa do fenômeno.

6. A

7. C

8. A

9. No decorrer do século XVIII e XIX, a burguesia almejava

a diminuição da interferência estatal mercantilista na

economia e a criação de um modelo de Estado centrado

nos seus interesses. Na obra de Smith, ganhava corpo

teórico a necessidade da construção de um modelo de

Estado que respeitasse a livre-iniciativa e que valorizasse

os homens de negócios. Para Smith, o desejo individual

de enriquecer por meio dos negócios geraria condições

para a melhoria da sociedade.

10. a) Serão consideradas, positivamente, as citações sobre

as principais ideias do Iluminismo e suas respectivas

características, entre outras citações afins ou correlatas:

• O Iluminismo foi um movimento cultural e filosófico

que agitou as elites durante o século XVIII na Europa,

que mobilizou a razão no sentido de transformar a

sociedade e o pensamento existentes e representou

um momento de intenso intercâmbio cultural.

• A principal ideia era o uso da razão e não da cons-

ciência religiosa como instrumento para a emanci-

pação humana.

• O Iluminismo constituiu-se como um conjunto de con-

cepções de grande influência em diversos domínios:

político, filosófico, social, econômico e cultural.

• Outro pressuposto fundamental consistia na defesa da

liberdade humana, reivindicando o fim de tudo aquilo

que prendesse ou mantivesse os homens na servidão.

O Iluminismo contestava o absolutismo monárquico

que defendia a tese do poder divino dos reis, e era

a favor da soberania como emanação da vontade

da população. Nesse sentido, entendia que o poder

deveria ser dividido e que sua autoridade não deveria

residir exclusivamente na vontade dos monarcas. Daí

derivaram todos os esforços da criação dos três pode-

res – tal como propugnou Montesquieu – e a reflexão

sobre o poder nas mãos dos reis e imperadores, bem

como a defesa do constitucionalismo.

• Além de uma reação ao absolutismo, o Iluminismo

também representou uma reação contra a influência

da Igreja na política e na vida sociocultural. Assim,

reivindicava a necessidade de um ensino laico e da

liberdade de culto. Para Voltaire, por exemplo, era fun-

damental a tolerância religiosa a fim de se evitarem

as guerras e a perseguição. O peso da Igreja na vida

cultural, a censura que esta promovia e a resistência

às novas ideias entendidas como perigosas, também

surgiam como obstáculos a vencer.

• O próprio nome do movimento, Luzes – tal como era

conhecido na França –, indica a negação da pre-

sença da Igreja como algo medieval, como uma era

de obscurantismo e superstição que atravancaram

o desenvolvimento humano. Outro desdobramento

importante desse ideário foi a defesa da renovação,

da produção e da difusão de novos saberes tal como

preconizada por Diderot e D’Alembert na elaboração

da Enciclopédia.

• Uma outra ideia fundamental presente no Iluminismo

é a defesa de uma maior igualdade entre os homens,

tal como surge nos textos de Rousseau e naquilo que

definiu como vontade geral. Esse pensador critica a

desigualdade existente e reivindica maior participa-

ção política dos indivíduos no interior do Estado. Em

suma, o Iluminismo utilizou a razão para combater a

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Page 8: Respostas Caderno de Exercícios 2 em função da facilidade de acesso. b) A receita da feijoada mistura vários ingredientes, oriun-dos de diversas culturas. No contexto do mundo

fé e a liberdade para se contrapor ao despotismo, transformando radicalmente o pensamento e as con-cepções de mundo posteriores.

• Outro desdobramento nesse sentido foi o desenvolvi-mento do liberalismo e das doutrinas liberais no sécu-lo XIX. Elas revelam a reação do Iluminismo a várias práticas econômicas existentes no bojo do que se convencionou chamar mercantilismo.

• O ideário iluminista foi desenvolvido por diferentes pensadores e suas bases encontram-se em Spinoza (1632-1677), John Locke (1632-1704), Pierre Bayle (1647--1706) e até mesmo em Isaac Newton (1643-1727).

• O Iluminismo se desenvolveu entre a segunda metade do século XVIII e o início do século XIX, quando deu lugar a outras correntes de pensamento doutrinas políticas, econômicas e filosóficas.

• Um dos epicentros do Iluminismo foi a França, mas também manifestou-se em vários outros países como a Inglaterra, os Estados germânicos, a Itália, a Escó-cia, os Países Baixos e a Rússia.

• Sob este conceito – Iluminismo – estão reunidas di-versas tradições filosóficas, políticas, econômicas, sociais e até mesmo atitudes religiosas. Pode-se falar mesmo em diferentes expressões do Iluminismo dife-renciadas pelos países no momento em que surgem e devido ao seu caráter. Assim, é possível falar em iluminismo tardio, Iluminismo germânico de Kant e Herder, Iluminismo católico.

• Um pressuposto fundamental é entender o Iluminismo como uma visão de mundo que prega a necessidade da ação para transformar ou reformar o mundo.

b) Serão consideradas, positivamente, as análises sobre as inter-relações entre o pensamento iluminista e o despotismo esclarecido, que levem em conta aspec-tos afins ou correlatos:

• O desenvolvimento do ideário iluminista acabou inspirando e pressionando os monarcas reinantes a adotarem alguns de seus preceitos, tendo surgido al-guns personagens que coadjuvaram alguns Estados europeus a implementarem reformas na condução dos aspectos políticos e administrativos. Isso repre-sentou uma mudança social e politicamente mais abrangente, que foi denominada como despotismo esclarecido (ou ilustrado, ou ainda absolutismo ilus-trado), uma expressão que identifica uma forma de governar característica da Europa continental a partir da segunda metade do século XVIII.

• Embora o poder dos soberanos não fosse questio-nado e estes se mantivessem à frente da condução dos assuntos ou negócios dos Estados, foram as-sumidos ou incorporados determinados princípios reformistas do Iluminismo. Ou seja, surgiu uma alte-ração no princípio que fundamentava o poder real

desde a Idade Média, inclusive o direito divino dos reis, sendo adotadas algumas ideias iluministas, havendo uma combinação entre estes. Desta forma a autoridade absoluta dos reis foi abrandada por reformas cujos princípios inspiravam-se no pensa-mento iluminista, conferindo sobrevida ao Antigo Regime.

• O despotismo esclarecido desenvolveu-se em vários países destacando, sobretudo, providências ou me-didas aplicadas à economia, visando superar alguns entraves que a mantinham atrasada e essencialmen-te agrícola, coadjuvando no desenvolvimento da bur-guesia junto ao Estado.

• Os déspotas esclarecidos implementaram reformas administrativas, políticas, jurídicas e econômicas, bem como incentivaram reformas no ensino e incor-poraram uma maior dose de tolerância e de liberda-de ao pensamento e a certas práticas. Isso represen-tou a consolidação daquilo que entendemos como a modernidade, que exerceu impulsos sensíveis no processo de modernização na Europa.

• Do ponto de vista político, o despotismo esclarecido representa uma abertura da monarquia a determi-nadas pressões sociais, aproximando-se dos intelec-tuais, da burguesia em expansão e acolhendo, no interior do Estado, segmentos de uma burocracia ad-ministrativa, em especial os magistrados, que passam a adquirir cada vez mais importância na condução do governo. Lentamente, agentes patrimoniais deram lugar a funcionários que ingressaram na burocracia estatal, cujo exercício profissional encontrava-se de-finido principalmente na retração do princípio da hereditariedade no cargo.

• Do ponto de vista religioso, o despotismo esclarecido não encontrou homogeneidade, embora seja carac-terizado pela ampliação da tolerância e pela ênfase sobre a laicização. De qualquer modo, em alguns países caracterizou-se por um espírito secular e, em outros casos, foi demasiado hostil a certas expressões religiosas. Em alguns países o déspota inclusive man-teve alianças com a religião.

• Em Portugal, o expoente do despotismo esclarecido foi o marquês de Pombal, ministro do rei D. José I; na Prússia, o rei Frederico II; na Rússia, a represen-tante do despotismo esclarecido foi Catarina II; na Suécia, foi Gustavo III; na Áustria destacaram-se D. Maria Teresa e seu ministro Kaunitz, bem como José II; nos Estados italianos os principais represen-tantes foram o arquiduque Leopoldo de Habsburgo e o grão-duque da Toscana; no Reino de Nápoles, o ministro Bernardo Tanuci; na Espanha, os reis Filipe V, Fernando VI e Carlos III.

Disponível em: <www.ccv.ufes.br/sites/default/files/ps2012_Etp2_

Historia.pdf>. Acesso em: 12 dez. 2015.

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11. B

12. E

13. C

14. Entre os ideais liberais presentes na obra de Daniel Dafoe

ressaltamos:

• O personagem, sozinho em uma ilha, traz representa-

ções do individualismo econômico, em oposição ao

controle mercantilista sobre os homens de negócios.

• A valorização do empreendedorismo de Crusoé se

relaciona com a construção dos valores burgueses,

em oposição à sociedade do Antigo Regime, que

valoriza os privilégios e não o empenho individual.

15. a) Denis Diderot foi um filósofo do Iluminismo.

b) O sistema criticado no trecho é o absolutismo mo-

nárquico, marcado pela concentração de poderes

nas mãos do monarca e pelos privilégios do clero e

da nobreza.

c) Entre os motivos, podemos mencionar:

• Consideravam que o clero, uma das bases sociais do

poder dos reis, dificultava o desenvolvimento científico.

• O controle do Estado dificultava a liberdade de ex-

pressão.

• A concentração de poderes no absolutismo impedia

a ampliação da participação da sociedade na vida

política.

• A divisão em estamentos não era compatível com a

realidade econômica do período.

• O intervencionismo mercantilista dificultava o desen-

volvimento econômico.

16. E

17. D

18. A

19. B

capítulo 24

Crise do Antigo Sistema Colonial

1. C

2. A

3. A

4. A

5. B

6. a) Podemos, entre as medidas econômicas, citar a cria-

ção do monopólio diamantino, a instauração da der-

rama e a criação das Companhias de Comércio. A

primeira decretou a Exclusividade da Atuação da Co-

roa na extração de diamantes no Distrito Diamantino;

a segunda estipulou o confisco de bens dos colonos

caso não fossem atingidas metas de arrecadação de

ouro; e a terceira aprofundou a política comercial de

controle metropolitano sobre a circulação de produ-

tos, acentuado a política monopolista da Coroa. Nas

três observamos o caráter autoritário e controlador

da política pombalina, interessada em aumentar a

arrecadação de riquezas na colônia.

b) Pombal expulsou os jesuítas das possessões portugue-

sas, o que afetou diretamente o ensino e a catequese

no Brasil, atividades conduzidas quase exclusivamente

pelos jesuítas.

7. a) De acordo com o texto, o comando das tropas era

dado aos homens brancos.

b) Além das funções de comando de guerra, segundo o

texto, também era responsabilidade do comandante

estabelecer a disciplina e conservar a submissão dos

“homens pardos”.

8. O autor evidencia que os déspotas esclarecidos con-

duziam as políticas de Estado com base em avaliações

práticas e objetivas das opções, misturando elementos

iluministas e absolutistas, para que o Estado interferisse

de maneira seletiva na sociedade.

9. E

10. C

11. A

12. E

13. D

14. A Inconfidência Mineira pode ser caracterizada como

uma manifestação conduzida pela elite, que não foi às

ruas e tinha propostas de implantação de uma república

de inspiração iluminista. No caso da Conjuração

Baiana, a participação popular foi intensa, o movimento

foi às ruas e as propostas estavam mais próximas do

modelo republicano jacobino. Nos desfechos das duas

também notamos uma diferença: a mineira teve um

inconfidente executado, enquanto que a baiana levou

quatro revoltosos à morte.

15. a) O movimento ao qual o texto faz referência é a

Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates.

b) O movimento teve influências da Revolução Haitiana,

da Revolução Francesa, do Iluminismo, do jacobinis-

mo e também da Independência dos Estados Unidos.

capítulo 25

A Revolução Industrial

1. A

2. E

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Page 10: Respostas Caderno de Exercícios 2 em função da facilidade de acesso. b) A receita da feijoada mistura vários ingredientes, oriun-dos de diversas culturas. No contexto do mundo

3. E

4. Entre outros fatores, podemos mencionar:

• a acumulação de capitais através do comércio;

• a Revolução Gloriosa;

• o desenvolvimento da produção têxtil;

• as reservas de carvão e ferro;

• a liberação de mão de obra através dos cercamentos.

5. a) Segundo a Bíblia, o trabalho seria um castigo divino;

para a burguesia seria uma virtude; e para a aristro-

cracia era algo desprezível.

b) Segundo o texto de Peter Gay, buscando construir

uma ideologia de que o trabalho dignifica o homem.

Nos espaços de trabalho, pela fiscalização sistemáti-

ca, pela organização da divisão do trabalho e pela

repressão.

6. B

7. A

8. D

9. Sobre a Revolução Industrial, o aluno deve articular uma

resposta que aponte suas características: o surgimento

da manufatura, do proletariado, da indústria de bens de

consumo, a urbanização, a expulsão do homem do cam-

po, o cercamento das terras e a exploração do trabalho

assalariado.

Disponível em: <www.cops.uel.br/vestibular/2013/provas/fase2_2d_

historia.pdf>. Acesso em: 3 mar. 2016.

10. a) Entre os fatores, podemos citar:

• condições de trabalho nas fábricas;

• longas jornadas de trabalho;

• concorrência das máquinas com o trabalho dos ar-

tesãos.

b) No plano social destacou-se o surgimento do proleta-

riado, a consolidação da burguesia industrial com a

separação entre capital e trabalho e a urbanização

acelerada; no plano tecnológico, ocorreu a introdu-

ção da máquina a vapor e a ampliação da produção.

11. E

12. C

13. E

14. B

15. B

16. A

17. D

18. C

19. E

cap’tulo 26

Criação da Ordem Liberal

1. C

2. B

3. A

4. O personagem que aparece carregando os outros dois

homens representa o terceiro estado, que se destacava

por sua importância econômica e por estar submetido

à cobrança de impostos. Porém, de uma maneira geral,

estava distante dos privilégios da corte francesa. Em

cima e à frente, aparece um membro do clero, seguido

por um personagem que representa a nobreza. Essas

ordens, respectivamente o primeiro e o segundo

estados, detinham os privilégios do Antigo Regime e

sustentavam a manutenção de um Estado absolutista

que se colocava acima da sociedade.

5. Entre os motivos para a convocação dos Estados Gerais

em meados de 1789, o aluno pode citar a crise financeira,

a proposta de equidade fiscal, o endividamento do

Estado francês e o encaminhamento de uma reforma

tributária por parte do Estado.

6. D

7. A

8. D

9. a) O período da Convenção Nacional (21 de setembro

de 1792 a 1o de outubro de 1795) começa com a

abolição da monarquia e a instauração da Primeira

República Francesa. Neste período, a República

Francesa conduzirá, ao mesmo tempo, uma guerra

revolucionária contra as coalizões europeias e uma

guerra civil contra realistas e federalistas, qualificados

de “contrarrevolucionários”. A percepção de que a

pátria e a República estavam em perigo levou os

republicanos a tomar um conjunto de medidas

para enfrentar os “inimigos da revolução” como

as insurreições federalistas contra Paris, os levantes

realistas contra o regime republicano (Vendeia e

Lyon) e a penúria, a carestia e a crise econômica e

social. As medidas concretas tomadas para enfrentar

os riscos da divisão interna foram:

• A criação do Tribunal Revolucionário (março de 1793),

que julgava os opositores da República e não permitia

nenhum tipo de recurso às decisões que emanava.

Durante o período do Terror, este tribunal emitiu cerca

de 5 342 sentenças, das quais mais da metade resul-

taram na pena de morte.

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• A reorganização dos exércitos (agosto de 1793) e a imposição do alistamento em massa para todos os homens celibatários entre 18 e 25 anos, aumentando os efetivos e incorporando batalhões de voluntários que agora integram um exército que aos poucos é “nacionalizado”.

• O decreto da “Lei dos Suspeitos” (setembro de 1793), pela qual o clero refratário é declarado suspeito, parentes da nobreza emigrada são aprisionados ou eliminados e membros da nobreza em geral são in-diciados e presos.

• A proclamação do “governo revolucionário” (outubro de 1793) suspende a aplicação da Constituição de 1793 e as liberdades individuais são suspensas até o “retorno da paz”. A tomada de decisão é centraliza-da e as decisões da Convenção são aplicadas de imediato.

• A repressão à guerra da Vendeia (1793-1796), que ex-plodiu como reação ao recrutamento obrigatório no exército revolucionário decretado pela Convenção Nacional, à perseguição do clero e à imposição de novos impostos para custear as despesas militares na contenção das invasões dos exércitos coligados externos. Essas e outras medidas que possam ser ci-tadas pelos candidatos estão incluídas no regime do Terror (1793-1794), período caracterizado pelo predo-mínio político dos membros do Comitê de Salvação Pública (liderados por M. Robespierre) que adotaram um programa repressivo contra os adversários da República jacobina.

• A execução do rei Luís XVI e de alguns membros da família real.

b) A segunda parte da questão solicita ao aluno que se refira ao processo de expansão revolucionária decorrente da decisão de enfrentar a Primeira Coa-lizão (1793-97) das monarquias europeias, criada após o julgamento e a execução de Luís XVI (ja-neiro de 1793). O contexto de produção da gravu-ra é marcado pela internacionalização da guerra revolucionária, que passa a se apresentar como uma oposição entre duas ordens políticas e sociais opostas: a da França republicana e revolucioná-ria (com os seus valores destacados nas legendas dentro da gravura) e a da Europa do Antigo Regime (representada pelos soberanos em queda). Fizeram parte dessa Primeira Coalizão os impérios austríaco e russo; os reinos da Prússia, da Espanha, de Portu-gal, de Nápoles, Sardenha e Sicília; a Grã-Bretanha, as Províncias Unidas e os realistas franceses emigra-dos. Nesse contexto, em 1793, o Comitê de Salvação Pública tomou uma decisão: anexar os territórios conquistados fora da França, implantando neles a nova ordem republicana. O aluno, para referir-se a este processo de internacionalização/expansão

da guerra revolucionária que motivou o autor da gravura a produzir aquela sátira política, poderá referir-se à expansão dos ideais revolucionários, seja em termos das conquistas militares, seja em termos da difusão das ideias revolucionárias operadas em decorrência da guerra.

Disponível em: <www.puc-rio.br/vestibular/repositorio/provas/2015/

download/gabaritos/VEST2015PUCRioGabarito%20G2_20141013_

completoD_v2.pdf>. Acesso em: 3 mar. 2016.

10. A

11. A

12. D

13. B

14. A Marselhesa foi composta no período de guerra entre a França e as outras monarquias europeias. Considerando-se suas distintas apropriações, muitas passagens da composição relacionam-se ao contexto revolucionário francês, por exemplo (o candidato deve relacionar apenas um trecho da composição ao contexto):

• “Avante filhos da Pátria” ou ainda “Às armas, cida-dãos”: nestas passagens, a conclamação à guerra se sustenta no sentimento nacional (daí a referência a filhos da pátria e cidadãos), emergente durante a era revolucionária.

• “Que um sangue impuro/banhe o nosso solo”: nesta passagem, a alusão a sangue impuro (do invasor) é uma metáfora da ambiência da guerra. A composi-ção explicita a presença dos inimigos (da revolução e/ou da mudança) e a ameaça à pátria.

• “Contra nós da tirania”: nesta passagem, encontra-se a exposição do princípio da Revolução: a luta contra a tirania, identificada no privilégio aristocrático e re-presentada, sobretudo, pela figura do Rei.Disponível em: <www.vestibular.ufg.br/2013/ps2013_1/site/sistema/

respostas/ps-2013-1-respostasesperadas-oficiais-grupos34.pdf>.

Acesso em: 3 mar. 2016.

15. O candidato deve explicar o contexto histórico da Revo-lução Francesa como resultado de descontentamentos da burguesia em relação ao Antigo Regime, em espe-cial, quanto aos privilégios do alto clero e da nobreza. A situação econômica, a agricultura em decadência, os altos impostos cobrados dos camponeses, o pensa-mento iluminista, etc. são fatores que desencadearam a Revolução Francesa.

Disponível em: <www.cops.uel.br/vestibular/2014/provas/

2a_Fase/2d/historia.pdf>. Acesso em: 3 mar. 2016.

16. E

17. C

18. C

19. D

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Page 12: Respostas Caderno de Exercícios 2 em função da facilidade de acesso. b) A receita da feijoada mistura vários ingredientes, oriun-dos de diversas culturas. No contexto do mundo

20. a) O Código Civil caracterizou-se pela defesa da proprie-

dade privada, da afirmação da igualdade jurídica,

mas também pela proibição da organização de sin-

dicatos e da realização de greves.

b) Ao proibir sindicatos e greves, o Código chocava-se

com o ideal da liberdade de expressão presente na

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de

1789.

21. Ao afirmar que as populações locais acabariam repe-

lindo os “missionários armados [...] como inimigos”, o

texto de Robespierre antecipa a resistência oferecida

pelo povo espanhol às tropas de Napoleão.

22. B

23. C

24. B

25. O Congresso de Viena visava: 1) reorganizar o mapa

político europeu, modificado pelas guerras napoleôni-

cas; 2) garantir, por meio do princípio da legitimidade, o

retorno das fronteiras europeias anteriores à Revolução

Francesa; 3) conter os movimentos liberais, por meio da

ação militar da Santa Aliança.

26. C

27. D

28. E

29. D

30. C

31. E

32. E

33. A

cap’tulo 27

Independências na América

1. E

2. E

3. B

4. Entre os principais motivos, o aluno poderia citar: a

incompatibilidade entre o desenvolvimento econômico

interno das colônias promovido pela elite criolla e a

vigência do Pacto Colonial imposto pela metrópole;

a influência das ideias iluministas e do processo de

independência dos Estados Unidos; os desdobramentos

da Revolução Francesa, com a invasão napoleônica

da península Ibérica; o apoio inglês aos movimentos de

emancipação; a crescente afirmação da identidade

dos “povos americanos”, conforme expresso numa

produção cultural que antecipava o nacionalismo.

5. A Revolução Francesa baseou-se nos princípios iluminis-

tas que propagaram os ideais de liberdade e igualdade

civil entre os homens. Quando os jacobinos assumiram

o comando do país, durante a Revolução, propuseram

o fim da escravidão nas colônias e, dessa forma, for-

taleceram a luta pela libertação no Haiti. A luta pela

independência do Haiti é considerada uma “Revolução

Negra”, pelo seu caráter antiescravagista, e representou

um conflito entre a população negra oprimida e escra-

vizada e a elite branca, até então dominadora. A luta

haitiana vivenciou diferentes etapas e se consolidou

apenas em 1804.

6. E

7. B

8. D

9. D

10. B

11. Entre as consequências:

• Dissolução da Confederação do Reno;

• Ausência de partilha territorial na França;

• Recolocação no poder das dinastias europeias, des-

tronadas durante a expansão napoleônica;

• Reorganização do mapa europeu, levando-se em

consideração os direitos tradicionais das dinastias

consideradas legítimas e restaurando-se as fronteiras

anteriores a 1791.

Explicação: Esse princípio, por tentar frear os processos

de autonomia que havia se instalado na região, ampliou

ainda mais as insatisfações dos diferentes setores das

aristocracias coloniais que, organizadas em cabildos

livres, comandaram as lutas pela independência dos

vice-reinos coloniais.

12. B

13. E

14. C

15. E

16. a) O aluno deverá relacionar os processos revolucioná-

rios na América espanhola ao Bloqueio Continental

imposto pela França sobre a Inglaterra e às invasões

napoleônicas de 1808, que na Espanha levaram à

renúncia forçada de Fernando VII e a um vazio de

poder, posteriormente preenchido pelas Juntas de

Governo.

b) O aluno deverá avaliar a independência como um

processo construído ao longo dos anos de 1810 a

1816, quando a independência política das Provín-

cias Unidas do Rio da Prata foi formalmente decla-

rada em 9 de julho de 1816. Assim, o aluno deverá

identificar as diferenças entre os dois textos citados:

o primeiro, moderado; o segundo, radical. O primeiro

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Page 13: Respostas Caderno de Exercícios 2 em função da facilidade de acesso. b) A receita da feijoada mistura vários ingredientes, oriun-dos de diversas culturas. No contexto do mundo

aponta para a possibilidade da Província do Rio da

Prata permanecer como parte integrante do Império

Espanhol. No segundo texto, o estudante deverá per-

ceber um ataque ao absolutismo com a dissolução

dos títulos de nobreza e a identificação da Espanha

como inimiga.

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26. Simón Bolívar e José de San Martín foram dois dos

principais líderes das independências das colônias

espanholas na América. O primeiro atuou na região

de Caracas e o segundo, de Buenos Aires. Após as

independências, San Martín se retirou da vida política,

devido ao fracasso de seu projeto monarquista. Bolívar,

ao contrário, tornou-se governante da Venezuela e

liderou um movimento político em busca da unidade

dos novos países latino-americanos, denominado

“pan-americanismo”. A imagem de Bolívar é resgatada

de forma heroica, como expoente da luta contra os

interesses imperialistas sobre a América (naquele

momento, da Inglaterra, e hoje, dos Estados Unidos).

27. a) O contexto político no qual a Carta de Jamaica

foi escrita foi o das lutas pela independência das

colônias espanholas na América. Neste momento,

Bolívar acabara de ser derrotado pelo exército

espanhol e havia se deslocado da Capitania Geral

da Venezuela para a Jamaica. Ele defendia, então,

a necessidade de união das sociedades americanas

em face da possível contraofensiva da Espanha,

apoiada pela Santa Aliança.

b) O aluno poderá citar entre outros: o MCCA (Mercado

Comum Centro-Americano – 1958); a ALALC (Associa-

ção Latino-Americana de Livre Comércio – 1960); a

ALADI (Associação Latino-Americana de Integração –

1981); o MERCOSUL (1991); a OEA (Organização dos

Estados Americanos – 1948); o TIAR (Tratado Interame-

ricano de Assistência Recíproca ou Pacto do Rio de

Janeiro – 1947); CARICOM (Comunicado do Caribe –

1973); Pacto Andino (1969); Comunidade Andina de

Nações (1996).

28. a) No primeiro plano da pintura de Helguera, dois

símbolos constitutivos da nacionalidade mexicana

estão representados:

• A figura do padre Miguel Hidalgo, considerado o

“Pai da Pátria”, localizada no centro e com a mão

e a cabeça levantadas, marca sua importância

como liderança das rebeliões camponesas nas

aldeias;

• O Estandarte da Nossa Senhora de Guadalupe,

empunhado pelo padre, expressa a importância

da Virgem como símbolo da interação entre as

culturas hispânica e indígena.

b) Para construir a relação entre os referidos símbolos e

a independência mexicana, há dois pontos a serem

considerados:

• Primeiro, o apoio de religiosos do “baixo clero” às

reivindicações populares que surgiram nesse con-

texto. No processo de independência mexicana,

dois padres – Hidalgo e Morelos – defendiam a

distribuição de terras aos camponeses (inclusive,

a terra que era patrimônio da Igreja). Em 1810, por

meio do Decreto de Guadalajara, decretava-se,

nas terras livres do domínio espanhol, a abolição

da escravidão e do tributo indígena.

• Segundo, a presença do Estandarte de Guadalupe

indicava o potencial mobilizador desse símbolo

em virtude da crença religiosa das populações

camponesas, que lutavam pelo acesso às terras

dominadas pelos espanhóis.

29. a) A vitalidade estava associada ao expansionismo em

direção a Cuba e ao Brasil; a adaptabilidade, a uma

disciplina maior e a novas técnicas produtivas.

b) Marcado pelas ideias radicais da Revolução France-

sa, o movimento haitiano contou com a liderança

dos negros em violento confronto contra as forças

das elites locais e metropolitanas.

30. O projeto de Simón Bolívar tinha como objetivo a

independência política das colônias da América

espanhola, de modo a formar uma poderosa nação

unificada, forte o bastante para comandar politicamente

o continente, sem sofrer influência da Europa e dos

Estado Unidos. Tal projeto possuía um caráter elitista,

uma vez que atendia aos interesses sociais da elite

criolla, sem incluir eficazmente os indígenas e mestiços.

O plano fracassou, sobretudo devido às disputas pelo

poder entre os líderes locais e pela hostilidade da

Inglaterra, que não desejava o surgimento de uma

potência econômica rival na América do Sul.

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35. A transferência da Corte para o Brasil foi determinante

para a descaracterização de sua situação de colônia de

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Page 14: Respostas Caderno de Exercícios 2 em função da facilidade de acesso. b) A receita da feijoada mistura vários ingredientes, oriun-dos de diversas culturas. No contexto do mundo

Portugal. Com a abertura dos portos em 1808, os tratados

assinados com a Inglaterra em 1810 e a elevação do

Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves

em 1815, as relações entre metrópole e colônia foram

profundamente alteradas. A sede do Império português

passou a ser o Rio de Janeiro e não mais Lisboa. Assim,

podemos afirmar que o Pacto Colonial deixou de existir e o

comércio entre Brasil e Inglaterra passou a ser mais intenso

do que aquele realizado há séculos com os portugueses.

36. Os dois primeiros textos apresentam a transferência da

Corte como uma fuga vergonhosa e sem heroísmo,

típica de um rei ocioso e mal preparado. No terceiro

texto, conseguimos perceber uma visão que exalta as

questões estratégicas envolvidas na manobra, que não

é exclusiva da Corte portuguesa. Esse último texto chega

a exaltar o feito como uma “ousadia”, ao propor uma

viagem arriscada e transoceânica.

37. a) Podemos citar a abertura dos portos de 1808 e a

elevação do Brasil à condição de Reino Unido a

Portugal e Algarves em 1815.

b) No século XVIII, a transferência da Corte já tinha sido

defendida em situações de ameaça estrangeira e

dificuldades. A mineração e as riquíssimas jazidas de

ouro haviam estimulado o imaginário da população

europeia a respeito do Brasil, visto a partir de então

como um território próspero, mais rico que Portugal,

o que justificaria a mudança. Após o terremoto de

Lisboa também discutiu-se a possibilidade de trans-

ferência, após a destruição da capital portuguesa.

38. B

39. A

40. A

41. E

42. Podemos identificar, em primeiro lugar, uma política

de imigração voltada para o povoamento, como

aquela iniciada no período joanino. Em um segundo

momento, há uma mudança na política, que passa

a priorizar a imigração para atrair mão de obra para

as lavouras de café.

43. a) A Corte portuguesa no Brasil tornou necessária a

criação de órgãos administrativos e tributários, como

os ministérios, o Banco do Brasil, a Casa da Moeda, a

imprensa régia, entre outros. Tal processo promoveu,

efetivamente, a centralização administrativa no Brasil

e o início de construção do Estado brasileiro.

b) Descontentes com o declínio da economia açuca-

reira, com a presença maciça de portugueses na

liderança do governo e na administração pública,

e com a criação de novos impostos por D. João VI

em favor dos “portugueses da nova Lisboa”, setores

liberais mais radicais de Recife iniciaram a chamada

Revolução Pernambucana de 1817, estabelecendo

uma república federativa. Os revoltosos chegaram

ao poder e ganharam o apoio de outras províncias

(Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará),

mas o movimento foi duramente reprimido.

44. A

45. Os alunos podem indicar a elevação do Brasil à condição

de Reino Unido a Portugal, que transformou a cidade do

Rio de Janeiro na sede do Império Português, atraindo

pessoas e negócios de diversas partes do mundo para

a cidade. Também podemos assinalar a vinda de uma

missão artística francesa, responsável pela adequação

das estruturas urbanas e artísticas da cidade.

46. C

47. A

48. D

49. C

50. B

51. D

52. B

53. a) Na pintura de Pedro Américo, D. Pedro I é retratado

como uma figura central, com a espada em riste,

demonstrando a clara orientação belicosa do

episódio da independência. Na obra de Moreaux,

o príncipe é saudado e responde aos acenos com

o chapéu, dando uma versão mais conciliatória

para a independência do Brasil. O mesmo ocorre

com a guarda real, que na primeira obra está se

posicionando para a batalha, enquanto na segunda

dá suporte ao imperador. O povo, na obra de Pedro

Américo, é retratado à margem dos acontecimentos,

no canto esquerdo, enquanto na tela de Moreaux

a participação e o envolvimento da população na

cena são mais intensos.

b) Em ambos os quadros o processo histórico da sepa-

ração do Brasil fica centrado na figura de D. Pedro I,

retratado como “herói romântico”. Os dois autores

ressaltam a condução e a importância do impera-

dor para a independência do Brasil, diminuindo as

influências contextuais e sociais. Trata-se de uma vi-

são histórica idealizada e pouco complexa, baseada

na ideia de que os processos e as transformações

ocorreram principalmente devido às vontades de

indivíduos únicos e centralizadores.

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Page 15: Respostas Caderno de Exercícios 2 em função da facilidade de acesso. b) A receita da feijoada mistura vários ingredientes, oriun-dos de diversas culturas. No contexto do mundo

anotações

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