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ISBN 85-297-0014-7 ISSN 0100-9494 Julho, 1991 RESPOSTA À ADUBAÇÃO FOSFATADA E À SUPLEMENTAÇÃO MINERAL DE BOVINOS DE CORTE SOB PASTEJO EM Brachiaria decumbens d , Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA da Agricultura e Reforma Agrária - MARA Pesquisa de Gado de Corte - CNPGC

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ISBN 85-297-0014-7 ISSN 0100-9494

Julho, 1991

RESPOSTA À ADUBAÇÃO FOSFATADA E À SUPLEMENTAÇÃO MINERAL

DE BOVINOS DE CORTE SOB PASTEJO EM Brachiaria decumbens

d , Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - EMBRAPA ~rio da Agricultura e Reforma Agrária - MARA Pesquisa de Gado de Corte - CNPGC

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BOLETIM DE PESQUISA NQ 5

ISBN 85-297-0014-7 ISSN 0100-9494

Julho, 1991

RESPOSTA À AOUBAÇAO FOSFATAOA E A SUPLEMENTAÇAO MINERAL DE BOVINOS DE CORTE SOB PASTEJO

EM Brachiaria decumbens

Roza Maria Schunke Jairo Mendes Vieira

Júlio César de Sousa Ronaldo Frederico Corrêa Gomes

Fernando Paim Costa

(õ)Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-EMBRAPA ~~ Vinculada ao Ministério da Agricultura, Reforma Agrária-MARA

Centro Nacional de Pesqui~a de Gado de Corte-CNPGC Campo Grande, MS

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Exemplare ~ de ~ ta publi caç ~ o podem ~ er ~ o li c jtado ~ ao: CNPGC Rodovia BR 26 2 , km 4 Telefone: (067) 763 -103 0 Tele x : (067) 2 153 FAX: (067) 763-2245 Caixa Po~tal 154 CEP 79080 Campo Grande, MS

Tiragem: 1. 2 00 exemplares

CDMITf DE PUBLICAÇOES Cacilda Borge s do Valle Ec ila Carolina Nune s Za mpier i Lima - Editor aç~o

Estelino Augu sto Baroli Ezequiel Rodrigues do Valle Fernando Paim Costa Kepler Euclide ~ Filho - Presidente Maria Antonia U. Cintra de Oliveira Santos - Normalizaç~o

Renato Garcia Leo ni Roza Maria Schunke

Datilografia: Mar co~ Parede s Martin s Desenho: Paulo Roberto Duarte Pae s Criaçao/Capa: Renato Garcia Leoni

Reginaldo Fernande s

SCHUNKE, R. M.; VIEIRA, J .M.; SOUSA, J.C.de; GOME S , R.F . C.; COSTA, F . P. Respo s ta à adubaç~o fosfa­tada e à suplementação mineral de bovinos de corte sob paste,lo em Brachiaria decumbens . Campo Grande: EMBRAPA-CNPGC, 1991. 24p., (EMBRAPA- CNPGC . Boletim de Pe s qui s a, 5 ).

1. Bovino de corte - Nutrição - Fó s for o. 2. Brachiaria decumbens - Adubação - Fósforo. 3 . Bo­vino de c orte - Raça Nel o re. 4 . Bovin o de corte -Pe so - Ganho. I . Vie ira. J .M . 11. C;o lJ ~ a, J. C.de. 111 . Gome .." R.F.r . IV. Cn~ta, F . P . V. Título . VI . St>rie .

CDD 636,085 2_1

eEMBRAPA 1991

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AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem à Sra. Leonida Balbuena, proprietária da Fazenda Gib6ia, muni c ípio de Sidrolêndia, MS, que gentilmente cedeu a área, cercas, aguadas e animais para a conduçao deste trabalho. Agradecem também a todos aqueles que, direta ou indiretamente, colaboraram em sua execuçao.

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SUMARIO

Pág.

RESUMO 7

ABSTRACT •••••••••••••••••••.•••••••••••••••••••••••• 8

INTRODUçAo ............... oo............................................................ 9

2 MATERIAL E M~TOOOS ••••••••••••••••••••••••••••••• 10

3 RESUL TADOS E OI scussAo .................. . ........ 12

4 CONCLUSOES •••••.••••••.••••••••••.•••.••••••••••• 21

5 REFER~NCIAS BIBLIOGRAFICAS •••••••.••••••••••••••• 23

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RES PO ST A A ADUBAÇAO FOSFATADA E A SUPLEMENTAÇAO MI NERAL OE BOVINOS OE CORTE SOB PASTEJO EM Brachlaria decu_bens

Roza Maria Schunke1

Jairo Mendes Vieira 2

Júlio César de Sousa 3

Ronaldo Frederico Corr~a Gomes 4

Fernando Paim Costa S

RESUMO - Comparou- s e, biológica e efeitos da fertilizaçao fosfatada

economicamente, os e da suplementaçao

mineral, so bre o desempenho de bo v i nos machos da raça Nelore . A forrageira utilizada foi Brachlaria decumbens c v. Ba silis k, i mplantada em um solo Areia Quartzosa distrófica, de baixa fertilidade natural, no município de Sidrolandia, MS . Testou-se o fósforo em dois níveis de adubaçao (O e 100 kg de P20 5 /ha) sendo 1/3 de superfosfato simples e 2/3 de fosfato de Araxá e dois níveis de suplementaçao mineral (O e 500 ppm de P no cocho) na forma de fosfato bicálcico. Foi utilizado um fatorial 2 x 2, com dois tratamentos adicionais de taxas

1

2

3

Enga.-Agra., M.Sc., Nacional de Pesquisa Postal 154, CEP 79001

Eng . -Agr., Ph.D., EMBRAPA-CNPGC.

CREA NQ 23540, EMBRAPA-Centro de Gado de Corte (CNPGC), Caixa

Campo Grande, MS

CREA 375/D-Visto 2580/MS,

Eng.-Agr., Ph.D., CREA NQ 5785

4Méd . -vet., BS, CRMV-9 NQ 00225, Empresa de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensao Rural de Mato Grosso do Sul (EMPAER), Caixa Postal 472, CEP 79001 Campo Grande, MS

S Eng.-Agr . , M.Sc., CREA 11129/D-Visto 630/MS, EMBRAPA-CNPGC .

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Os objetivo ~ de ~ t e trabalho foram co mparar, de forma exploratória, bi o lógica e econ omi cam e nte o~ efeit os Oa fertilizaç~o fosfa t ada e da su p le me n ta ç ~ o mine ral so br e o desempenho animal em uma pa s tagem de Brachiaria decumbens Cv. Basilisk, cultivada em um so lo classif icad o co mo Areia Quartzosa distrófica.

2 MATERIAL E M~TODOS

Este experimento foi conduzido na Fazenda Gibóia, município de Sidrolância, MS, s obre uma pastagem de Brachiaria decumbens cv. Ba s ili sk cultivada há cinco a no s em um solo classificado como Areia Quartz osa distrófica.

Os tratamentos testados foram: 1 - Testemunha - I,S UA 2 - Adubaçllo fosfatada (100 kg P20S / ha) - I,S UA 3 - Suplementaçllo com fósforo (SOO ppm P no sal) - I,S

UA 4 - Adubaçllo fosfatada - 2,13 UA S - Adubaç~o fosfatada + suplementaç~o com fósforo

1 , S UA 6 - Adubaç~o fosfatada + suplementaçllo com fósforo

2,13 UA.

o delineamento experimental utilizado foi o de bloco s ao acaso com três x 2 (2 níveis suplementiç~o com carga a~imal. A divididos em seis

repetições, arranjados em um fatorial 2 de adubaçao fosfatada x 2 níveis de P), com dois tratamentos adicionais de área experimental consistiu de 48 ha

piquetes de 8 ha cada, sendo que para efeito da análise estatística, cada bloco cor respondeu a um ano experimental.

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o adub o na pa s t a gem, nos t r ata ment os c o r re s po nde n Te s , f o I di s trib uí do a l anço , sen do 1/3 c omo s upe rf osf a t o s impl e s e 2 / 3 co mo f o s f a t o de Ar a xá . Todo s os piq ue t es r ec eber a m uma g radagem p e s ada. Uso u-s e uma mi st u r a mi neral c omum pa ra os tratam ento s sem fósfo ro no s upl e me n t o , c om o s s e g u i n te s i ng r edi ent e s: Zn 50 4 , 5 , 74%; Cu50 4 , 1, 02 %; C0 50 4 , 0,0 5 2% ; KI0 3 , 0 ,023%; fiar de en xo fre 5 ,09% e Na CI , 88,0 7%. Para o s tr a tamentos com fó s f o r o no s uplement o , usou- se a se gui n t ~ mi s tura: fo s f at o bi cá l c i co 47,11%; Zn504 3,014% ; Cu50 4 O,53%;C050 4 0,027 %; KI0 3 O, OI 2%;fl o r de en xof re 2 , 672 % e Na Cl 46,23%.

Pa r a o manej o da s pa s tag ens fo ram u ti lizado s 12 animai s po r t r at am e n t o ( 1, 5 UA/ ha ) . No s tratamentos a d i c i ona i s de ca rg a fo r a m ma nt ido s , a partir do segundo a no e xpe rime n t a l, 17 a nimai s (2 ,1 3 UA/ha). Os animais ex per im e nta i s f o r a m mac hos de, ap r ox imadamen te , dois an o s de i d a de , c o i oc a dos no expe rim e nt o em abrii/85, onde f o ram mantido s por um ano. Os animais foram pe s ado s no início do e xpe riment o ( abril), no fina i da es taç ~ o s eca (o u t ub ro ) e final do ano e xperime n tal ( abril), quando e n t a o fo r a m substituído s por outro grupo s emelhante . O experimento fo i en c errado em abril/88 .

Tanto a disponibilidade Quanto a composiçao das pa s tagen s foram avaliadas pelo "Comparative Yield Method" ( Haydo c k & 5haw 1975) , por co rte e s eparaçao manual de pequena s amostra s por oc asiao da s pe s agens. Também se determinaram o s teores de N, P, K, Ca e Mg do s principais componentes da planta (folha s verdes e secas, talos verdes e secos), de acordo com a metodologia descrita por 5arruge & Haag (1974). O solo foi amostrado em março/84, fevereiro/86 e março/87-88 e analisado quimicamente (pH água 1:2,5; Al, Ca e Mg extraído com KCllN; P e K extrator Mehlich 1).

Nos primeiro e segundo anos experimentais foram tomados ao aca s o c in c o animai s , po r tratamen t o, do s quais foram retirada s amo s tra s de o sso ( bióp s ia ' para análi s e dos níveis de fósforo e cál c io.

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Como pre ~ente

adicional (adubaçao

indicador financeiro, c al c ul o u- ~ e o valor da diferença entre valor de ganho de p e~o

e custo do tr a tamento pa ra a ~ dua s alternativ a~

fo s fatad a e ~ uplementaçao co m fósforo), dado o horizonte de análi se de três ano ~ .

3 RESULTADOS E DISCUssAo

Os resultados obtidos neste trabalho s ao exploratórios, uma vez que a metodologia nao permite avaliar o efeito residual da adubação e considera o ano como repetição. Entretanto, os resultados obtido ~

servirão para direcionar novos trabalhos e me s mo como um alerta quando da adoção isolada da tecnologia da suplementação mineral dos rebanhos .

As médias de ganho de peso dos animais, por tratamento, nos três anos de avaliaçao (Tabela 1) permitem concluir que tanto a adubação quanto a suplementação com fósforo, promoveram aumento de pe so significativo, em relação ao testemunha, em todo o período de avaliação . No primeiro ano, a adubação resultou em melhor desempenho; a partir do segundo ano, entretanto, esta tendência se inverte e, a suplementaçao mineral, mostra-se superior; sendo que na média dos três anos, a suplementação individual e a combinação dos dois tratamentos, não diferiram estatisticamente entre si e, foram superiores aos tratamentos isolados de adubação fosfatada, em ambas as cargas . Estas diferenças entre os tratamentos com fósforo, foram significativas somente no período das águas, conforme mostra a Tabela 2. No período de seca houve ganho de peso em todos os tratamentos como conse~üência do manejo dado às pastagens, o qual proporcionou níveis de energia e proteína suficientes para o desenvolvi~ento animal.

Quanto ao consumo de minerais aumento de cerca de 9 g/animal/dia, receberam fósforo no sal mineral.

(Tabela 2) houve um nos tratamentos que

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TA BELA 1 . Ganh o s médios de peso ( kg / animal/an o) ap ó s t rê s an o s d e a va li a ç ã o .

Nº Nº Nº TRAT~NTOS

1º ano 2º ano 3º ano Médi a· ani-

(366 dias ) ani-

(388 dias) ani -

(366 dias ) mais mai s mai s

TestefTUnha 12 98 12 67 12 82 82 d

Adubação 1, 5 lJA 12 150 12 101 12 109 120 c

"" Suplementação 1 ,5 UA 12 146 12 119 12 137 134 a

Adubação 2,13 UA 12 134 17 99 17 113 11 6 c

Adub x Suplem. 1, 5 UA 12 146 12 129 12 108 127 ab

Adub . x Suplem . 2,13 UA 12 145 17 110 17 113 123 bc

• Média com as mesmas letras não diferem estat is ti c amente ent r e s i pe l o Teste WA LL ER-DUNCAN 1% .

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TABELA 20 Ganhos médios de peso (kg/animal/ano) o

Ganho peso· Consumo médio Tratamentos de minerais

Seca ( 1 ) Águas ( 1 ) Total ( 1 ) g/animal/dia

Testemunha 30 b 52 c 82 d 44,6

Adubação 1 ,5 UA 47 a 73 ab 120 c 44,09

Suplementação 1 , 5 UA 53 a 81 a 134 a 55,31

Adubação 2,13 UA 48 a 68 b 116 c 36,70

Adubo x Suplemo 1,5 UA 50 a 77 a 127 ab 51 , 75

Adubo x Suplemo 2,13 UA 49 a 74 ab 123 bc 41,09

• Média de três anos (1) Média com as mesmas letras não diferem estatisticamente entre si

Teste WALLER-OUNCAN 1%0 pelo

""

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Para o ganho de peso por área, expresso em g/ha/dia (Tabela 3) os tratamentos adubaç~o 2,13 UA e adubaçao +

suplementaç~o 2,13 UA foram e~tatisticamente superiores (P<O,05) ao testemunha. O tratamento de adubaç~o 1,5 UA foi semelhante ao de suplementaç~o 1,5 UA e ao testemunha, mostrando que, para as condições estudadas, o benefício maior da adubaç~o foi no aumento da capacidade de suporte dos pastos.

A disponibilidade de matéria seca foi maior nos tratamentos que receberam adubaçao fosfatada nas três épocas do ano avaliadas (Fig. 1). O m~s de abril, que coincide com o final das águas, foi o de maior disponibilidade, seguido do mês de fevereiro e outubro, respectivamente. Na avaliaçao de outubro a disponibilidade mostra que no tratamento de adubaçao x suplementaçao com 2,13 UA, a carga poderá ser aliviada na época da seca.

Na Fig. 2 os tratamentos testemunha e suplementaç~o

com fósforo refletem as duas situações mais comuns a que sao submetidas as pastagens dentro do contexto atual de pecuária. O sinal básico de uma defici~ncia de fósforo no bovino é a depressão do consumo de alimentos. Nas condições deste estudo, no tratamento testemunha, os animais ganharam pouco peso, e a partir do segundo ano houve um aumento da disponibilidade de forragem, resultante da baixa extraçao do sistema pelo animal e da alta taxa de retorno do material morto na pastagem. Quando se introduziu a suplementação com fósforo nestas condições, o consumo voluntário aumentou e a disponibilidade de matéria seca começou a diminuir, com menor intensidade no primeiro ano e drasticamente a partir do .terceiro. Como as respostas à suplementaç~o com fósforo são invariavelmente confundidas e dificeis de serem isoladas, devido a um concomitante aumento do consumo vOluntáric, estas observações levantam a hipótese de que o uso isolado da suplementação com fósforo,

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TABELA 3. Ganhos médios de peso (g/ha/dia) após três anos de avaliação.

Tratamentos NQ de 111 211 311

"'édia animais ano ano ano

Testemunha 12 401 259 336 332

Adubaçílo 1 ,5 UA 12 615 390 446 484

Suplementaç:lo 1,5 UA 12 598 460 561 540 o-

Adubação 2, 13 UA 17 778 469 656 634

Adubaç:lo x suplem. 1 ,5 UA 12 598 498 443 513

Adubação x suplem. 2, 13 UA 1 7 841 541 656 692

0"'5 TUKEY 5% = 289,77

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5000

4000

3000 -

2000 -

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IRArllMENTOS 1 - TEsrfMUNHA '.5 UA 2 - ADUB.~ <.: ÃO 1.5 UA

1 7

3 - SUPL E MEN1A<; ÃO '. '5 UA 4- ADUEMç Ãe· 2 . lj UA

5· ADUB X SUPLEM 1.5 UA 6 - ADUB X S'JPLEM 2 . 1~ UA ... '\

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OUTUBRO

2 5 6

Tr u IOln ~ nl os

FIG. 1. Disponibilidade d e matéria seca obtida

épocas do ano.

em três

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dentro das condiçOe s e s tudada s , ac eleram o processo de degradaç~o das pa s tagens . Algun s autores também mo s tram que os animais deficientes n~o respondem à suplementaçao de fósforo, se existem restriçOes de consumo de alimento (Little 1968, 1970, 1975, Meniman & Little 1975).

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"C

4000

2000

c: 1000 o c. '" O

SITUAÇi,o ATUJlL DA PECUÁRIA

PERSPECTIVAS

DA PECUÁRIA

'\ .....•.. _- 3' ano

\ ~(': '

-- :" .......... , ------ -_.- ....

. .' . , \."

2

,/ .......... 2! ano

I! ano

TRATAMENTOS

I . TESTEMUNHA

2 · SUPLEMENTAÇÃo DE P 3 · ADUBAÇÃO

4· AOUBN;Ão X SUPLEM D~ P J

4

Tratamentos

FIG . 2. Disponibilidade de matéria seca nos três anos de avaliaçao.

A adubação fosfatada aumentou a concentraç~o de nitrogênio mas n~o alterou a de fósforo (Tabela 4), sugerindo que, nas condiçOes estudadas, os efeitos desta prática estão no aumento da disponibilidade de matéria seca , concentração de nitrogênio e do consumo voluntário do animal. Os benefícios indiretos da adubação fosfatada foram também evidenciados por Thornton & Minson (1973), onde os autores encontraram que o aumento no desempenho animal, associado com crescentes aplicaçOes de fósforo, foi provavelmente mais influenciado por mudanças nos

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c omponente 5 do Que pelo s nívei5 de miner a i 5 da pastagem. També m McLean et aI. ( 1988 / 90) ob 5erva ram Que a adub açao f0 5 fatada aumentou si gnifi cativamente o co ns umo de f o rragem e o me taboli s mo do fÓ5foro no a nim a l.

TABELA 4. Análi s e QuImica de folfolos de plantas coleta­d0 5 em trê s ano s de avaliaça o .

Elementos Tratamentos

N ( %) P(%)

Testemunha 1 , 38 O, 13

P solo 2 ,3 3 o , 14

P cocho 1 ,40 O, 14

P solo + P cocho 1 , 9 1 O, 16

Os teores de fósforo do solo aumentaram em cerca de 2 ppm, nos tratamentos com adubação fosfatada (Tabela 5) e, os de potá 55 io, mostraram uma tendência a diminuir com o aumento da produtividade por área. Os outros componentes não se alteraram. Quanto a concentração de fósforo nos ossos dos animais, coletados nos primeiro e segundo anos, não foi possível detectar diferenças entre os tratamentos .

Procedeu-se a uma análise financeira Que, coerente com o trabalho em seu todo, tem apenas um caráter indicativo. A falta de dados mais completos e seguros sobre o efeito residual da adubação levou a suposiçao da produção de pastagem adubada manter-se constante por três anos. A Queda de produção foi no caso compensada, em certo grau, pelo curto horizonte de análise considerado.

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TABELA 5. Análise química e física das amostras de solo coletadas durante o período experimental.

pH Al Ca Mg P K

Tratamentos %

meq./l00 ml ppm

ANTES OA ADUBAÇAO

4,8 80 O, 18 0,07 3,89 26

APÓS A IV

ADUBAÇAO** o

Testemunha 68 2,44 20

P solo" 63 5,40 18

P cocho" 68 2,26 19

P 5 .010 + P cocho 58 4,65 14

Areia grossa Areia média Areia fina Areia total Si !te Argila

0,09% 30,83% 59,57% 90,48% 2,44% 7,1%

" P solo = 100 kg P20 5/ha P cocho = 400 ppm P no sal

"" Média de três anos.

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o valor pre s ente lIquido da alternativa de adubaçao f o i ~ uperl o r, c onf o rme c on s ta na Tab e la 6 . Admitidas a s limitaçõe s do pre sente trab a lho, t o rna- s e nece s sário realizar um estudo mai s completo, de forma a testar, conclusivamente, a hipótese de complementariedade/subs­tituições do proce s so de fornecer fósforo diretamente (no cocho) aos animai s pela adubação fo s fatada.

Vale ressaltar que adubação beneficia o sistema de produção de forma mais ampla (modifica o complexo solo -planta - animal), constituindo-se em elemento importante pari a quest30 ambiental relacionada à pecuária de corte. Além disso, a suplementação mineral onera significativa­mente o custo de produção, onde participa com algo em torno de 30%. ~ preciso investigar o nível ótimo de substituiçao entre estas alternativas.

4 CONCLUSOES

1. O fósforo, independente da forma aplicada, aumentou o desempenho animal em relação a testemunha, sendo que o fósforo no sal mineral promoveu maior ganho de peso por animal, enquanto a adubação fosfatada proporcionou maior ganho de peso por área. Considerando-se um tempo de três anos, verificou-se vantagem econOmica para a adubação fosfatada.

2. A adubaç30 fosfatada aumentou a disponibilidade de fósforo do solo, a produção de matéria seca e o teor de nitrogênio das pastagens.

3. Os efeitos do uso isolado da suplementação mineral sobre o processo de degradação de pastagens é objeto para novos estudos.

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TABELA 6. Custos e benefícios adicionais (US$/ha/ano) da utilização de f6sforo no sal mineral e na adubação.

Ano Indicador Financeiro

Custo adicional (a)

Benefício adicional (b)

Benefício líquido adicional (b-a)

Custo adicional

2 Benefício adicional

Benefício líquida adicional (b-a)

Custo adicional

3 Benefício adicional

Benefício líquida adicional

VPL*

F6sforo no

cocho

11,77

71 , 18

59,41

1 1 , 77

71 , 18

59,41

11 ,77

71,18

59,41

177,06

Adubação

83,30

103,05

19,74

103,05

103,05

103,05

103,05

208,69

* Valor presente líquido dos benefícios adicionais, considerada uma taxa de desconto de 6~ ao ano.

N N

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