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FÁTIMA LOPES Educomunicadora RESPONSABILIDADE SOCIAL - SUSTENTABILIDADE - UM MUNDO MELHOR COMEÇA COM VOCÊ PARANAVAÍ, TERÇA-FEIRA, 18 DE JUNHO DE 2013 EDUCAÇÃO 13 www.diariodonoroeste.com.br COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ADÉLIA ROSSI ARNALDI (SUMARÉ) O s alunos do 2º ano do En- sino Médio do Colégio Estadual do Campo Adé- lia Rossi Arnaldi, do Dis- trito de Sumaré, durante o bimestre, obtiveram e realizaram estudos sobre a arte do GRAFITE e retrataram em cartazes vários estilos de letras mais usadas pelos grafiteiros espalhados pelo mundo inteiro. A arte do grafite é uma forma de manifestação artística em espaços pú- blicos. A definição mais popular diz que o grafite é um tipo de inscrição feita em paredes. O grafite está ligado diretamente a vários movimentos, em especial ao Hip Hop. Para esse movi- mento, o grafite é a forma de expres- sar toda a opressão que a humanidade vive, principalmente os menos favo- recidos, ou seja, o grafite reflete a re- alidade das ruas. Hoje a arte de gra- fitar está presente em vários espaços públicos, assim também como: casas, restaurantes e estampados em roupas e tênis. Existem cursos e oficinas que ensinam a teoria e como usar o spray (tinta) na prática. Para muitos o grafi- teiro não é mais aquela pessoa que não tem o que fazer. O grafite foi introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo. Os brasileiros não se contentaram com o grafite norte- americano, então começaram a in- crementar a arte com um toque bra- sileiro. O estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o mundo. Muitas polêmicas giram em tor- no desse movimento artístico, pois de um lado o grafite é desempenha- do com qualidade artística, e do outro não passa de poluição visual e van- dalismo. A pichação ou vandalismo é caracterizado pelo ato de escrever em muros, edifícios, monumentos e vias públicas. Os materiais utilizados pe- los grafiteiros vão desde tradicionais latas de spray até o látex. A pichação, por incrível que pa- reça, não pode ser tratada como sim- ples caso, pois se situa dentro de ou- tros contextos da cidade. Quem é que nunca andou pelas ruas da cida- de e nunca se incomodou com os de- senhos pichados? Os rastros da pichação estão em tudo que se olha na cidade, tudo já virou alvo das latas de tintas e outros materiais usados para pichar. Geral- mente, não todas, as pessoas que pi- cham são membros de gangues. E isso acaba contribuindo para a vio- lência nas ruas da cidade. CULTURA: A ARTE DO GRAFITE AGUARDEM VEM AI!!! FESTIVAL DE GRAFITAGEM. “Os alunos do Colégio Es- tadual do Campo Adélia Rossi do Distrito Sumaré participam da oficina de Artes Visuais com o projeto ACCC – Ativi- dade Complementar Curricu- lar em Contraturno. A ativida- de tem o objetivo de melhorar, estimular o ambiente escolar influenciando positivamente a vida dos estudantes por meio da criatividade. Para a profes- sora Amanda Mendes, é fun- damental que a unidade esco- lar estabeleça juntamente com o projeto relações entre a cul- tura e a arte do grafite, a in- tenção maior da oficina é ofe- recer aos alunos, alternativas de linguagens visuais usan- do o design consciente, desen- volvendo a criatividade e o do- mínio da programação visual Depoimento professora Amanda Mendes em diferentes plataformas da arte urbana, fazendo com o que o aluno tenha um contato maior com a realidade em que ele está vivendo diferenciando GRAFITE de PICHAÇÃO”. “Eu estou gostando muito, participar do projeto, porque eu e os meus colegas estamos realizando várias atividades diferentes, como por exemplo, a pintura em grafite apresentando o nome de nossa escola”. Depoimento da aluna: Bruna Camila S. Cândido Depoimento do aluno: Thalys Vicente Gonçalves da Silva “Participar desse projeto está me ensinando a ter mais contato com a arte”. ALUNOS REALIZANDO AS ATIVIDADES EM SALA DE AULA O movimento dos pichadores é tão grande nas cidades que o go- verno está tomando atitude de ceder muros para eles não picharem mais a rua. Afinal, pichação é o ato de de- senhar, rabiscar, ou apenas sujar um patrimônio (público, privado) com uma lata de spray ou rolo de tinta. Hoje, está incorporado de tal forma na vida urbana que já faz par- te da identidade das cidades. Em São Paulo, todo dia 27 de março saúda- se o dia do graffiti (não oficializado nacionalmente). A data é celebrada desde 1988, em homenagem a Alex Vallauri, um dos pioneiros da arte de rua no país. O grafiteiro, pintor, ar- tista gráfico, desenhista, cenógrafo e gravador nasceu na Etiópia, mas adotou o Brasil. Criou personagens célebres reproduzidos em stencil por toda a Paulicéia. Existem centenas de projetos so- ciais que utilizam o graffiti como for- ma de inclusão, geração de renda, educação e cidadania. Em Brasília, a associação e coletivo DF-Zulu, na ati- va há 21 anos, trabalha para a transfor- mação social da comunidade. As histórias dos grafites se en- trelaçam, se recriam. Numa pale- ta de cores, assumem novas formas e matizes. Os muros são o suporte, a morada de todos esses grafismos, ícones, histórias e memórias de uma metrópole. O grafite é assim. Nasce da necessidade de passar uma men- sagem. Caminha em cores por ruas cinza. Provoca o olhar para a cida- de. Em cada símbolo, torna os mu- ros sociais visíveis. É poético. É áci- do. É metáfora. É antítese. Fátima Lopes, coordenadora do projeto “Ler para Crescer” do Diário do Noroeste, destaca a importância do trabalho que a professora Aman- da Mendes vem desenvolvendo den- tro do eixo cultura, juntamente com direção e equipe pedagógica. Um mundo melhor começa com o compromisso daqueles que gos- tam do que fazem e fazem com de- dicação, coragem e compromisso. “Nestes anos de caminhada do “Ler para Crescer”, tenho encontrado profissionais, (educadores) que traba- lham com seu dom divino”, diz ela. “Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tão pouco sem ela a sociedade muda” (Paulo Freire). • Grafiteiro/writter: o artista que pinta. • Bite: imitar o estilo de outro grafiteiro. • Crew: é um conjunto de grafiteiros que se reúne para pintar ao mesmo tempo. • taG: é a assinatura de grafiteiro. • toy: é o grafiteiro iniciante. • Spot: lugar onde é praticada a arte do grafitismo PRINCIPAIS TERMOS E GÍRIAS UTILIZADAS NESSA ARTE:

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Fátima Lopes

Educomunicadora

Responsabilidade social - sUsTenTabilidade - UM MUndo MelHoR coMeÇa coM VocÊ

Paranavaí, TERÇA-FEIRA, 18 de JUnHO de 2013

EDUCAÇÃO 13www.diariodonoroeste.com.br

COLÉGIO ESTADUAL DO CAMPO ADÉLIA ROSSI ARNALDI (SUMARÉ)

Os alunos do 2º ano do En-sino Médio do Colégio Estadual do Campo Adé-lia Rossi Arnaldi, do Dis-

trito de Sumaré, durante o bimestre, obtiveram e realizaram estudos sobre a arte do GRAFITE e retrataram em cartazes vários estilos de letras mais usadas pelos grafiteiros espalhados pelo mundo inteiro.

A arte do grafite é uma forma de manifestação artística em espaços pú-blicos. A definição mais popular diz que o grafite é um tipo de inscrição feita em paredes. O grafite está ligado diretamente a vários movimentos, em especial ao Hip Hop. Para esse movi-mento, o grafite é a forma de expres-sar toda a opressão que a humanidade vive, principalmente os menos favo-recidos, ou seja, o grafite reflete a re-alidade das ruas. Hoje a arte de gra-fitar está presente em vários espaços públicos, assim também como: casas, restaurantes e estampados em roupas e tênis. Existem cursos e oficinas que ensinam a teoria e como usar o spray (tinta) na prática. Para muitos o grafi-teiro não é mais aquela pessoa que não tem o que fazer.

O grafite foi introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo. Os brasileiros não se contentaram com o grafite norte-americano, então começaram a in-crementar a arte com um toque bra-sileiro. O estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o mundo.

Muitas polêmicas giram em tor-no desse movimento artístico, pois de um lado o grafite é desempenha-do com qualidade artística, e do outro não passa de poluição visual e van-dalismo. A pichação ou vandalismo é caracterizado pelo ato de escrever em muros, edifícios, monumentos e vias públicas. Os materiais utilizados pe-los grafiteiros vão desde tradicionais latas de spray até o látex.

A pichação, por incrível que pa-reça, não pode ser tratada como sim-ples caso, pois se situa dentro de ou-tros contextos da cidade. Quem é que nunca andou pelas ruas da cida-de e nunca se incomodou com os de-senhos pichados?

Os rastros da pichação estão em tudo que se olha na cidade, tudo já virou alvo das latas de tintas e outros materiais usados para pichar. Geral-mente, não todas, as pessoas que pi-cham são membros de gangues. E isso acaba contribuindo para a vio-lência nas ruas da cidade.

Cultura: a arte do Grafite

aGuardem vem ai!!! festival de GrafitaGem.

“Os alunos do Colégio Es-tadual do Campo Adélia Rossi do Distrito Sumaré participam da oficina de Artes Visuais com o projeto ACCC – Ativi-dade Complementar Curricu-lar em Contraturno. A ativida-de tem o objetivo de melhorar, estimular o ambiente escolar influenciando positivamente a vida dos estudantes por meio da criatividade. Para a profes-sora Amanda Mendes, é fun-damental que a unidade esco-lar estabeleça juntamente com o projeto relações entre a cul-tura e a arte do grafite, a in-tenção maior da oficina é ofe-recer aos alunos, alternativas de linguagens visuais usan-do o design consciente, desen-volvendo a criatividade e o do-mínio da programação visual

Depoimento professora Amanda Mendes

em diferentes plataformas da arte urbana, fazendo com o que o aluno tenha um contato maior com a realidade em que ele está vivendo diferenciando GRAFITE de PICHAÇÃO”.

“Eu estou gostando muito, participar do projeto, porque eu e os meus colegas estamos realizando várias atividades diferentes, como por exemplo, a pintura em grafite apresentando o nome de nossa escola”.

Depoimento da aluna: Bruna Camila S. Cândido

Depoimento do aluno: Thalys Vicente Gonçalves da Silva“Participar desse projeto está me ensinando a ter mais contato com a arte”.

ALUNOS REALIzANDO AS ATIvIDADES EM SALA DE AULA

O movimento dos pichadores é tão grande nas cidades que o go-verno está tomando atitude de ceder muros para eles não picharem mais a rua. Afinal, pichação é o ato de de-senhar, rabiscar, ou apenas sujar um patrimônio (público, privado) com uma lata de spray ou rolo de tinta.

Hoje, está incorporado de tal forma na vida urbana que já faz par-te da identidade das cidades. Em São Paulo, todo dia 27 de março saúda-se o dia do graffiti (não oficializado nacionalmente). A data é celebrada desde 1988, em homenagem a Alex vallauri, um dos pioneiros da arte de rua no país. O grafiteiro, pintor, ar-tista gráfico, desenhista, cenógrafo e gravador nasceu na Etiópia, mas adotou o Brasil. Criou personagens célebres reproduzidos em stencil por toda a Paulicéia.

Existem centenas de projetos so-ciais que utilizam o graffiti como for-ma de inclusão, geração de renda, educação e cidadania. Em Brasília, a associação e coletivo DF-zulu, na ati-va há 21 anos, trabalha para a transfor-mação social da comunidade.

As histórias dos grafites se en-trelaçam, se recriam. Numa pale-ta de cores, assumem novas formas e matizes. Os muros são o suporte, a morada de todos esses grafismos, ícones, histórias e memórias de uma metrópole. O grafite é assim. Nasce da necessidade de passar uma men-sagem. Caminha em cores por ruas cinza. Provoca o olhar para a cida-de. Em cada símbolo, torna os mu-ros sociais visíveis. É poético. É áci-

do. É metáfora. É antítese.Fátima Lopes, coordenadora do

projeto “Ler para Crescer” do Diário do Noroeste, destaca a importância do trabalho que a professora Aman-da Mendes vem desenvolvendo den-tro do eixo cultura, juntamente com direção e equipe pedagógica.

Um mundo melhor começa com o compromisso daqueles que gos-

tam do que fazem e fazem com de-dicação, coragem e compromisso.

“Nestes anos de caminhada do “Ler para Crescer”, tenho encontrado profissionais, (educadores) que traba-lham com seu dom divino”, diz ela.

“Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tão pouco sem ela a sociedade muda” (Paulo Freire).

• Grafiteiro/writter: o artista que pinta.• Bite: imitar o estilo de outro grafiteiro.• Crew: é um conjunto de grafiteiros que se reúne para pintar ao mesmo tempo.• taG:é a assinatura de grafiteiro.• toy:é o grafiteiro iniciante.• Spot: lugar onde é praticada a arte do grafitismo

PRINCIPAIS TERMOS E GíRIAS UTILIzADAS NESSA ARTE: