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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA RESPONSABILIDADE CIVIL DO CIRURGIÃO PLÁSTICO

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PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

RESPONSABILIDADE

CIVIL DO CIRURGIÃO

PLÁSTICO

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Aquele que procura um cirurgião plástico não o faz por

necessidade, mas tão somente busca melhorar sua

aparência não podendo, por óbvio, tê-la piorada.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Em caso de cirurgia estética, a responsabilidade do

médico pelo mau resultado é objetiva e somente será

excluída por culpa exclusiva da vítima, caso fortuito ou força

maior.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Art. 7° do CCD

Os direitos previstos neste código não excluem

outros decorrentes de tratados ou convenções

internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação

interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas

autoridades administrativas competentes, bem como dos

que derivem dos princípios gerais do direito, analogia,

costumes e equidade.

Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa,

todos responderão solidariamente pela reparação dos

danos previstos nas normas de consumo.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Art. 34 do CDC

O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente

responsável pelos atos de seus prepostos ou

representantes autônomos

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

“Civil e Processual - Cirurgia Estética ou Plástica - Obrigação de

resultado (responsabilidade contratual ou objetiva) - Indenização - Inversão

do ônus da prova. I - Contratada a realização da cirurgia estética

embelezadora, o cirurgião assume obrigação de resultado

(Responsabilidade contratual ou objetiva), devendo indenizar pelo não

cumprimento da mesma, decorrente de eventual deformidade ou de alguma

irregularidade. II - Cabível a inversão do ônus da prova. III - Recurso

conhecido e provido” (REsp 81101/PR, Rel. Ministro Waldemar Zveiter,

Terceira Turma, julgado em 13/04/1999, DJ 31/05/1999, p. 140);

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Artigo 14, § 4º, do Código de Defesa do Consumidor

O fornecedor de serviços responde,

independentemente da existência de culpa, pela reparação

dos danos causados aos consumidores por defeitos

relativos à prestação dos serviços, bem como por

informações insuficientes ou inadequadas sobre sua

fruição e riscos.

§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais

liberais será apurada mediante a verificação de culpa.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

I – A obrigação nas cirurgias meramente estéticas é de resultado,

comprometendo-se o médico com o efeito embelezador prometido.

II – Embora a obrigação seja de resultado, a responsabilidade do

cirurgião plástico permanece subjetiva, com inversão do ônus da prova

(responsabilidade com culpa presumida) (não é responsabilidade

objetiva).

III – O caso fortuito e a força maior, apesar de não estarem

expressamente previstos no CDC, podem ser invocados como causas

excludentes de responsabilidade.

STJ. 4ª Turma. REsp 985.888-SP, Min. Luis Felipe Salomão, julgado em

16/2/2012.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

A responsabilidade civil do cirurgião

plástico é a aplicação de pena indenizatória

que obrigue o médico a reparar o dano

moral e/ou patrimonial praticado contra seu

paciente em razão de ato médico praticado

com imprudência, negligência ou imperícia.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA CULPA

1. Imprudência

2. Negligência

3. Imperícia

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

IMPRUDÊNCIA

O cirurgião plástico pratica uma ação

precipitada sem as cautelas de estilo.

Exemplo: o cirurgião plástico não

aguarda o anestesista e resolve aplicar

anestesia geral no paciente.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

NEGLIGÊNCIA

O cirurgião plástico realiza uma

determinada cirurgia sem observar as normas

técnicas.

Exemplo: Emprega uma técnica de lipoaspiração

que ainda não foi reconhecida pela classe

médica.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

IMPERÍCIA

O cirurgião plástico não tem habilidade

para praticar determinada cirurgia estética.

Exemplo: quer fazer uma lipoaspiração

no paciente, quando não conhece essa

técnica.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA RESPONSABILIDADE

CIVIL DO CIRURGIÃO PLÁSTICO

1. Existência de uma ação (comissiva ou omissiva).

2. Ocorrência de um dano moral ou patrimonial.

3. Nexo de causalidade entre o dano e a ação.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Fundamentação Legal para a Responsabilidade

Civil do Cirurgião Plástico

1. Artigo 14, § 4º, do Código de Defesa do

Consumidor

2. Artigo 186 do Código Civil

3. Artigo 951 do Código Civil

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Art. 186 do CC

Aquele que, por ação ou omissão

voluntária, negligência ou imprudência,

violar direito e causar dano a outrem,

ainda que exclusivamente moral, comete

ato ilícito.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

Art. 951. O disposto nos arts. 948 (homicídio), 949

(qualquer tipo de lesão à saúde) e 950 (lesão que

resulta defeito permanente) aplica-se ainda no

caso de indenização devida por aquele que, no

exercício de atividade profissional, por

negligência, imprudência ou imperícia, causar a

morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe

lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

1. A importância do Consentimento Informado

nas Cirurgias Plásticas.

2.Relação entre o contrato da prestação de

serviço e a propaganda.

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

O dano estético implica em uma modificação

na aparência externa da pessoa que abrange não só

as áreas do corpo mais visíveis que têm como

marca a permanência, e causa uma espécie de

enfeamento na vítima

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA

CONSIDERAÇÕES PROCESSUAIS

1. Competência

2. Foro (distribuição)

3. Partes

4. Requerimento de tutela de urgência

5. Inversão do ônus da prova – Art. 6º, VII, do CDC

6. Fixação do valor dos danos estético e moral