resoluções da 2ª conferência estadual lgbtt 2011

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RESOLUÇÕES DA 2ª CONFERÊNCIA ESTADUAL LGBTT – GOIÂNIA – 19 a 21 DE OUTUBRO DE 2011. 1. Ampliar a inserção da temática LGBTT em todos os cursos de direitos humanos voltados à formação dos operadores de segurança pública, por meio de encontros, seminários, oficinas e confecção de material didático-pedagógico. (optamos por manter a terminologia de ampliação pois a temática já está inserida nos cursos de formação, porém de forma quase imperceptível) 2. Criar a Delegacia Especializada em crimes contra a população LGBTT e assegurar atendimento às pessoas com identidade de gênero feminino nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams) 3. Criar mecanismos de prevenção e acolhimento à população LGBTT, vítimas do tráfico de pessoas, dentro do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NETP). 4. Garantir a participação das entidades do movimento LGBTT no Comitê Gestor do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. 5. Pela estruturação e funcionamento imediato, de forma ampla, da Defensoria Pública do Estado de Goiás. 6. Criação do Protocolo Específico de atendimento a população LGBTT, com vistas a incluir normas e regras de procedimentos não discriminatórios por orientação sexual e identidade de gênero nas delegacias.

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Resoluções da 2ª conferência estadual lgbtt 2011

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Page 1: Resoluções da 2ª conferência estadual lgbtt  2011

RESOLUÇÕES DA 2ª CONFERÊNCIA ESTADUAL LGBTT – GOIÂNIA – 19 a 21 DE OUTUBRO DE 2011.

1. Ampliar a inserção da temática LGBTT em todos os cursos de direitos

humanos voltados à formação dos operadores de segurança pública, por

meio de encontros, seminários, oficinas e confecção de material

didático-pedagógico. (optamos por manter a terminologia de ampliação

pois a temática já está inserida nos cursos de formação, porém de forma

quase imperceptível)

2. Criar a Delegacia Especializada em crimes contra a população LGBTT e

assegurar atendimento às pessoas com identidade de gênero feminino

nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams)

3. Criar mecanismos de prevenção e acolhimento à população LGBTT,

vítimas do tráfico de pessoas, dentro do Núcleo de Enfrentamento ao

Tráfico de Pessoas (NETP).

4. Garantir a participação das entidades do movimento LGBTT no Comitê

Gestor do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.

5. Pela estruturação e funcionamento imediato, de forma ampla, da

Defensoria Pública do Estado de Goiás.

6. Criação do Protocolo Específico de atendimento a população LGBTT,

com vistas a incluir normas e regras de procedimentos não

discriminatórios por orientação sexual e identidade de gênero nas

delegacias.

7. Efetivar a Portaria xxxx, do Governo Federal, que garante visitas íntimas

à população carcerária LGBTT

8. Revisar os sistemas penitenciário e sócio-educativo, quando da reclusão

da população LGBTT, para que considere as diferentes orientações

sexuais e identidades de gênero nos cárceres, criando estratégias de

combate à violência, tortura e tratamentos degradantes.

9. Criar instrumento legal para o reconhecimento do nome social em todos

os espaços públicos no âmbito do Poder Executivo

10.Desarquivamento e revisão do projeto de lei n° 117/08 para apreciação e

aprovação na Assembléia Legislativa

Page 2: Resoluções da 2ª conferência estadual lgbtt  2011

11.Criação da Vara Judiciária Específica que trate dos processos

relacionados aos crimes e queixas de Homofobia e Racismo, no âmbito

do Judiciário Goiano

12.Fomentar a Criação de Frentes Parlamentares pela Livre Cidadania

LGBTT, nas casas legislativas Municipais e Estadual.

13.Criar centros de internação para cumprimento de medidas sócio-

educativas, com instalações adequadas, fora dos batalhões da Polícia

Militar.

14.Acatar a documentação de união estável expedido pelos cartórios para

inclusão de casais do mesmo sexo no Ipasgo, sem exigência de ação

declaratória expedida em juízo.

15.Cultura – Proposta de redação do item 33: Criar incentivos nacional e

estaduais para a promoção das paradas do orgulho LGBTT.

16.Criar o Festival da Diversidade, contemplando as manifestações

artísticos-culturais LGBTT em Goiás.

17.Esporte – Item 40: Estimular a formação integral da população LGBTT,

por meio de projetos relacionados à prática esportiva, contribuindo para

o bem-estar social, físico e mental, garantindo o exercício da cidadania.

18.Turismo – Proposta de redação, junção dos itens 43 e 48: Apoio e

incentivo fiscal e eventos LGBTT que promovam o turismo em âmbito

municipal e estadual e qualificar profissionais do turismo no atendimento

às populações LGBTT.

19.Criação do Guia Turístico LGBTT, com ampla distribuição.

20.Capacitação dos conselheiros tutelares e do corpo técnico das

instituições para adolescentes em cumprimento de medidas sócio-

educativas no que diz respeito ao atendimento não discriminatório à

população LGBTT, garantindo a efetivação do Estatuto da Criança e do

Adolescente – ECA.

21.Construir uma rede de proteção social para jovens e adolescentes

LGBTT, primando pelo direito à sexualidade, à saúde, à liberdade, à

inserção escolar e no mercado de trabalho.

22.Propor a inserção da temática de Diversidade Sexual no Estatuto da

Criança e Adolescente.

Page 3: Resoluções da 2ª conferência estadual lgbtt  2011

23.Transversalizar os temas identidade de gênero e orientação sexual em

todas as políticas públicas desenvolvidas para jovens e adolescentes em

Goiás.

24.Saúde – Proposta de redação, junção dos itens 133, 135 e 167: Incluir

os conteúdos relacionados à população LGBT, garantindo o recorte

étnico-racial, geracionais e deficientes, na formação dos profissionais da

saúde de nível técnico e graduação, bem como garantir o tema nos

processos de educação permanente em serviço dos profissionais do

Sistema Único de Saúde – SUS.

25. Implantar e implementar a assistência em urologia e proctologia para

homens gays e bissexuais nos estados e municípios, dentro da

perspectiva da Política de Saúde Integral do Homem.

26.Promover a humanização da atenção à saúde integral (física/mental) da

população LGBTT em situação carcerária.

27.Apoio à elaboração de uma agenda comum entre o movimento negro,

feminista e LGBTT, e a realização de seminários, reuniões, oficinas de

trabalho sobre a temática do racismo, sexismo e da homofobia.

28.Saúde – Item 141: Avaliar regularmente a atuação das Delegacias

Especializadas de Atendimento às Mulheres – DEAM, no que diz

respeito ao atendimento das lésbicas e mulheres bissexuais.

29.Saúde – Item 146: Monitorar e avaliar os protocolos do processo

transexualizador no SUS.

30.Saúde – Item 149: Fomentar a realização de pesquisas e estudos para a

produção de protocolos e diretrizes a respeito da hormonioterapia, do

implante de próteses de silicone e da retirada de silicone industrial para

travestis e transexuais femininos e masculinos (cirurgia de Neofalo).

31.Saúde – Proposta de redação, junção dos itens 152 e 157: Garantir a

assistência ginecológica de qualidade e a atenção à saúde integral, para

as lésbicas, mulheres bissexuais, travestis e transexuais pelo SUS,

assim como garantir o acesso universal e integral às terapias de

reprodução assistida.

Page 4: Resoluções da 2ª conferência estadual lgbtt  2011

32.Saúde – Item 155: Assegurar o direito de participação dos segmentos

LGBTT nos conselhos e conferências de saúde, para a formulação de

políticas públicas e atuação no controle social dos SUS.

33.Saúde – Item 158: Garantir que a Política de Atenção Integral à Saúde

do Jovem e do Adolescente contemple ações específicas na perspectiva

da orientação sexual e da identidade de gênero, e que o SUS avance

efetivamente no reconhecimento da orientação sexual e identidade de

gênero como determinantes da saúde de adolescentes e jovens.

34.Saúde – Item 163: Implementar e aperfeiçoar as ações de

enfrentamento à AIDS, DST e hepatites virais junto à população LBGTT.

35.Saúde – Item 169: Assegurar, garantir e divulgar o Benefício da

Prestação Continuada aos profissionais do sexo e prostitutas, com

ênfase na população LGBTT. (assistência social)

36.Saúde – Item 170: Investir em campanhas educativas e informativas,

vinculadas ao campo da saúde, voltadas para a população LGBTT com

deficiência.

37.Saúde – Item 172: Organizar redes integradas de atenção à população

LGBT em situação de violência doméstica, sexual e social, em parceria

com os Centros de Referência LGBTT.

38.Saúde – Item 175: Qualificar a atenção à saúde mental em todas as

fases da vida da população LGBTT, prevenindo os agravos decorrentes

dos efeitos da discriminação, do uso de álcool e outras drogas e da

exclusão social.

39.Saúde – Item 176: Qualificar a atenção básica no cuidado aos idosos

LGBTT, dando continuidade ao processo de implantação e

implementação da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa e a atenção

domiciliar humanizada ao idoso LGBTT.

40.Criar e incentivar campanhas educativas e informativas de preservação

do meio ambiente, com ênfase no Cerrado.

41.Prever mecanismo de compensação ambiental nas Paradas do Orgulho

LGBTT.

42.Cultura – Proposta de redação do item 33: Criar incentivo nacional para

a promoção das paradas do orgulho LGBT. (Alteração de estadual para

nacional)

Page 5: Resoluções da 2ª conferência estadual lgbtt  2011

43.Esporte – Item 40: Estimular a formação integral da população LGBT,

por meio de projetos relacionados à pratica esportiva, contribuindo para

o bem-estar social, físico e mental, garantindo o exercício da cidadania.

44.Turismo – Proposta de redação, junção dos itens 43 e 48: Apoio e

incentivo fiscal e eventos LGBT que promovam o turismo em âmbito

municipal e estadual e qualificar profissionais do turismo no atendimento

às populações LGBT.

45. Infância, Adolescência e Juventude – Proposta de redação, junção dos

itens 52, 53 e 55: Capacitação dos conselheiros tutelares e do corpo

técnico das instituições para crianças e adolescentes em cumprimento

de medidas sócio-educativas no que diz respeito ao atendimento não

discriminatório à população LGBT, garantindo a efetivação do Estatuto

da Criança e do Adolescente – ECA.

46.Saúde – Proposta de redação, junção dos itens 133, 135 e 167: Incluir

os conteúdos relacionados à população LGBT, garantindo o recorte

étnico-racial, geracionais e deficientes, na formação dos profissionais da

saúde de nível técnico e graduação, bem como garantir o tema nos

processos de educação permanente em serviço dos profissionais do

Sistema Único de Saúde – SUS.

47.Saúde – Proposta de redação, junção dos itens 134 e 160: Implantar e

implementar a assistência em urologia e proctologia para homens gays,

bissexuais e travestis nos estados e municípios, dentro da perspectiva

da Política de Saúde Integral do Homem.

48.Saúde – Item 136: Incluir os quesitos étnico-racial, orientação sexual e

identidade de gênero nos formulários e sistemas de informação dos

hospitais.

49.Saúde – Item 138: Promover a humanização da atenção à saúde

integral (física/mental) da população LGBT em situação carcerária.

50.Saúde – Item 140: Apoio à elaboração de uma agenda comum entre o

movimento negro feminista e movimento LGBT, e a realização de

seminários, reuniões, oficinas de trabalho sobre a temática do racismo,

sexismo e da homofobia.

Page 6: Resoluções da 2ª conferência estadual lgbtt  2011

51.Saúde – Item 141: Avaliar regularmente a atuação das Delegacias

Especializadas de Atendimento às Mulheres – DEAM, no que diz

respeito ao atendimento das mulheres lésbicas.

52.Saúde – Item 146: Elaborar e regulamentar os protocolos do processo

transexualizador no SUS.

53.Saúde – Item 149: Fomentar a realização de pesquisas e estudos para a

produção de protocolos e diretrizes a respeito da hormonioterapia, do

implante de próteses de silicone e da retirada de silicone industrial para

travestis e transexuais femininos e masculinos (cirurgia de Neofalo).

54.Saúde – Proposta de redação, junção dos itens 152 e 157: Garantir a

assistência ginecológica de qualidade e a atenção à saúde integral, para

as mulheres lésbicas, bissexuais e transexuais pelo SUS, assim como

garantir o acesso universal e integral às terapias de reprodução

assistida.

55.Saúde – Item 155: Garantir a participação dos segmentos LGBT nas

instâncias dos conselhos e conferências de saúde, para interferir na

formulação de políticas públicas e atuar no controle social dos SUS.

56.Saúde – Item 158: Garantir que a Política de Atenção Integral à Saúde

do Jovem e do Adolescente contemple ações específicas na perspectiva

da orientação sexual e da identidade de gênero, e que o SUS avance

efetivamente no reconhecimento da orientação sexual e identidade de

gênero como determinantes da saúde de adolescentes e jovens.

57.Saúde – Item 163: Implementar e aperfeiçoar as ações de

enfrentamento à AIDS e outras DST junto à população LBGT.

58.Saúde – Item 169: Informar e assegurar a conquista do Benefício da

Prestação Continuada, com especial atenção a pessoas que exercem a

prostituição com ênfase na população LGBT.

59.Saúde – Item 170: Investir em campanhas educativas e informativas

voltadas para a população LGBT com deficiência.

60.Saúde – Item 172: Organizar redes integradas de atenção à população

LGBT em situação de violência doméstica, sexual e social, em parceria

com os Centros de Referência LGBT.

61.Saúde – Item 175: Qualificar a atenção à saúde mental em todas as

fases da vida da população LGBT, prevenindo os agravos decorrentes

Page 7: Resoluções da 2ª conferência estadual lgbtt  2011

dos efeitos da discriminação, do uso de álcool e outras drogas e da

exclusão social.

62.Saúde – Item 176: Qualificar a atenção básica no cuidado aos idosos

LGBT, dando continuidade ao processo de implantação e

implementação da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa e a atenção

domiciliar humanizada ao idoso LGBT.

63.Promover programas de capacitação e sensibilização para assegurar que todas as instituições públicas garantam as necessidades das pessoas que enfrentam a falta de moradia ou desvantagens sociais como resultado de sua orientação sexual e identidade de gênero

64.Fiscalizar as ações realizadas, ou a não realização, pelos sistemas de ensino, que promovem o respeito e o reconhecimento da diversidade sexual e da identidade de gênero, garantindo a prevenção e a eliminação da violência sexista e homofóbica.

65. Inclusão de temáticas referentes a gênero e diversidade sexual no conteúdo programático das escolas das redes pública e privada de ensino.

66.Criar mecanismo de monitoramento e difusão dos acervos das bibliotecas públicas e escolares obras científicas, literárias, filmes e outros materiais que abordem a promoção do respeito à diversidade de orientação sexual e identidade de gênero para os públicos infanto-juvenil e adulto.

67.Criar Grupo de Trabalho permanente na Agência de Comunicação para discutir, propor e avaliar as campanhas e a programação dos veículos de comunicação estatais, com vistas à garantia da visibilidade positiva da população LGBTT.

68.Criação de sistema de cotas para travestis e transexuais no mercado de trabalho formal.

69.Utilização das redes sociais da internet pelo poder público, para o enfrentamento da homofobia e a revisão dos filtros utilizados nos computadores do Governo do Estado.

70.Apoiar, estimular e financiar, por meio de cursos e outros incentivos, o empreendedorismo, o associativismo, o comércio, a exportação e o cooperativismo protagonizados pelos LGBTT.

71.Garantir e facilitar o acesso aos incentivos financeiros concedidos por diferentes programas de geração de renda e emprego do Governo Estadual, respeitando o uso do nome social para travestis e transexuais.

72.Sensibilizar e capacitar todos os gestores públicos quanto ao atendimento à população LGBTT.

73.Fomentar, apoiar e realizar cursos interdisciplinares de formação inicial e continuada de profissionais de educação nas temáticas relativas à orientação sexual e à identidade de gênero para promover, nas escolas,

Page 8: Resoluções da 2ª conferência estadual lgbtt  2011

o respeito e o reconhecimento da diversidade sexual e de gênero, prevenir e enfrentar o sexismo, a homofobia e o racismo.

74.Propor e adotar medidas pedagógicas, administrativas e organizacionais no ambiente escolar, com intuito de alterar rotinas, atitudes e práticas em relação à homofobia, sexismo e racismo, garantindo acesso e permanência de estudantes e profissionais de educação em todos os níveis e modalidades de ensino.

75.Sistematizar informações e diagnósticos das várias formas de homofobia garantindo o respeito às manifestações de afeto de todas as orientações sexuais.