resolução caso prático nutrição artificial

31
C. Teixeira de B arros 1 Resolução Caso Prático Nutrição Artificial Dados demográficos doente: sexo feminino idade = 45 anos Peso actual: 45 kg Peso habitual 51kg altura: 1,60m

Upload: claus

Post on 28-Jan-2016

38 views

Category:

Documents


0 download

DESCRIPTION

Resolução Caso Prático Nutrição Artificial. Dados demográficos doente: sexo feminino idade = 45 anos Peso actual: 45 kg Peso habitual 51kg altura: 1,60m. Resolução Caso Prático Nutrição Artificial. Dados clínicos: Doença de Crohn ± 20 anos Resecção de porção de jejuno ± 10 anos. - PowerPoint PPT Presentation

TRANSCRIPT

Page 1: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 1

Resolução Caso Prático Nutrição Artificial

Dados demográficos doente:

sexo femininoidade = 45 anosPeso actual: 45 kgPeso habitual 51kgaltura: 1,60m

Page 2: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 2

Resolução Caso Prático Nutrição Artificial

Dados clínicos:

Doença de Crohn ± 20 anos

Resecção de porção de jejuno ± 10 anos

Page 3: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 3

Caso Prático

Internada durante 2 meses por desidratação e má nutrição

Alta há 4 semanas

Voltou ao hospital por:Dor abdominal que piora com alimentosEmese 3 – 4 vezes / diaPerda de 6kg desde alta do 1º internamento

Page 4: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 4

Valores Analíticos

Na 132 mEq/L (135 – 145) K 2,8 mEq/L (3,5 – 5,0) Cl 92 mEq/L (97 – 111) Ureia 5 mg/dl (10 – 50)

Creatinina 1,1 mg/dl (0,67 – 1,17) Ca 7,8 mg/dl (8,6 – 10,2) Albumina 2,5 g/dl (3,4 – 4,8 ) Hemoglobina 9,3 g/dl (14,0 ± 0,2 ) Hematócrito 38,2 % (45 ± 5 ) Plaquetas 197 x10 6 /mm 3 (150 – 350 ) Glóbulos Brancos 11,6 x10 6 /mm 3 (4,3 – 10,8 ) Glicemia 76 mg/dl (55 – 115) Mg 0,8 mEq/L (1,58 – 2,55) Fósforo 2,4 mg/dl (2,7 – 4,5)

Linfócitos 900 mm 3 (1500 - 5000)

Page 5: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 5

Caso Prático

Doença de Crohn

Processo inflamatório transmural; ocorre em todo o tracto GI; caracterizado por períodos de exacerbação e remissão

>50% dos doentes apresentam deficiências nutricionais

>25% anemia e deficiência de vitmina B12

> 25% hipoalbuminémia e hipocaliémia

Page 6: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 6

Caso Prático

Avaliação do estado nutricional da doente

História clínica

Mudança de peso rápida (4 semanas 6kg)

Ocorrência de vómitos

Doença de Crohn

Page 7: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 7

Caso Prático

Avaliação do estado nutricional da doente

História Alimentar

Permite identificar possíveis desequilíbrios qualitativos e quantitativos

Alimenta-se muito pouco

Page 8: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 8

Caso Prático

Avaliação do estado nutricional da doente

Parâmetros Antropométricos

% peso perdido = peso habitual - peso actual x 100 peso habitual

% peso perdido = 51 - 45 x 10051

% peso perdido = 11,76%

Page 9: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 9

Caso Prático

Tempo % Peso Perdido

Ligeira Moderada Grave

1 semana 1-2% 2% > 2%

1 mês < 5% 5% > 5%

2 meses 5% 5 - 10% > 10%

3 meses < 10% 10 - 15% > 15%

Desnutrição grave

Page 10: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 10

Caso Prático

Avaliação do estado nutricional da doente

Parâmetros Antropométricos

IMC = peso actual (altura)2

IMC = 17,5

IMC = 45 (1,60)2

Page 11: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 11

Caso Prático

IMC Estado nutricional

< 18 Desnutrição

18 – 20 Possível desnutrição

20 – 25 Normal

26 – 30 Excesso peso

Obesidade grau I

30 – 35 Obesidade grau II

35 – 40 Obesidade grau III

> 40 Obesidade Mórbida

Page 12: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 12

Caso Prático

Albumina

Valor Nornal Depleção Ligeira

Depleção Moderada

Depleção Grave

> 3,5gr/dl 3 - 3,5gr/dl 2,6 - 3gr/dl < 2,5gr/dl

Page 13: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 13

Caso Prático

Parâmetros Imunológicos

– Contagem Total de Linfócitos

Malnutrição Ligeira - 1200 - 1500 mm3

Malnutrição Moderada - 800 - 1200 mm3

Malnutrição Grave - < 800 mm3

O número total de linfócitos pode ser influenciado por factores não nutricionais como infecções, insuficiência renal e utilização de corticoesteróides

Page 14: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 14

Caso Prático

Índice de Risco Nutricional de Buzby (I.R.N.)

Calculado a partir da concentração de albumina plasmática

E da variação de peso do doente

Usa-se sobretudo a nível hospitalar no sentido de prever complicações devidas a

alterações nutricionais

Page 15: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 15

Caso Prático

Índice de Risco Nutricional de Buzby (I.R.N.)

I.R.N. = 1,519 x Albu. (g/l) + 0,417 (peso actual / peso habitual) x 100

I.R.N. = 1,519 x 0,25 + 0,417 (0,88) x 100

I.R.N. = 1,519 x 0,25 + 0,417 (0,88) x 100

I.R.N. = 74,5%

Page 16: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 16

Caso Prático

Índice de Risco Nutricional de Buzby (I.R.N.)

Malnutrição Ligeira (baixo risco)- I.R.N. = 100 - 97,5

Malnutrição Moderada (risco intermédio) - I.R.N. = 97,5 - 83,5

Malnutrição Grave (risco elevado) - I.R.N. < 83,5

Page 17: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 17

Caso Prático

Pelos parâmetros subjectivos e objectivos avaliados é uma doente de risco

As causas de má nutrição estão relacionadas com a doença de Crohn

Necessita de nutrição artificial (parentérica)

Page 18: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 18

Caso Prático

O doente necessita de nutrição artificial?

Sim

Pode comer?

Não

Sim Alimentação oral e suplementos

Tracto gastro-intestinal funcionante

SimNutrição artificial entérica

Não

Nutrição artificial parentérica

Tem a certeza?

Não

Sim Manter alimentação standard

Tem o tracto GI a funcionar, mas não consegue comer

Page 19: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 19

Caso Prático

A nutrição artificial consiste no aporte de:

Macronutrientes

Proteínas

Hidratos de carbono

Lípidos

Micronutrientes

Electrólitos

Oligoelementos

Vitaminas

Page 20: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 20

Necessidades Proteicas

O aporte de proteínas faz-se através de soluções de aminoácidos (AA)

A determinação das necessidades

proteicas pode ser feita

Em função do Índice de “Stress”

Em função do Balanço Azotado

Page 21: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 21

Necessidades Proteicas

Grau de “Stress” g proteína /kg/dia

Adulto saudável 0,6 – 0,8

Doente hospitalizado 0,8 - 1

Repleção proteica 1,1 – 1,5

Queimado > 1,5

Deve evitar-se a hiperalimentação

Proteína = 0,8 x 45kg

Proteína = 36 gr

Page 22: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 22

Necessidades Proteicas

Transformação das gramas de proteína em gramas de azoto

1 grama de azoto = 6,25 grama de proteína

Proteína = 5,76 gramas N

Conversão da quantidade de Azoto em mililitros → referenciado no rótulo de cada fabricante de

aminoácidos

9,8grN----1000ml 5,76-----x =

587,7ml

Page 23: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 23

Necessidades Hídricas

Ajustadas em função do peso actual do doente

ml / dia = 1500ml para os primeiros 20kg + 20ml/kg até peso total

ml / dia = 1500ml para os primeiros 20kg + 20ml (25)

ml / dia = 2000ml/dia

Page 24: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 24

Necessidades Energéticas

A equação mais utilizada é de HARRIS BENEDICT que determina o gasto energético basal, ou seja as necessidades energéticas do organismo em repouso

GEB (mulher) = 655,1 + (9,65 x peso kg) + (1,7 x altura cm) – (4,68x idade anos)

GEB (mulher) = 655,1 + (9,65 x 45) + (1,7 x 160) – (4,68x 45)

GEB (mulher) = 1150 kcal

Page 25: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 25

Necessidades Energéticas

As necessidades energéticas basais são influenciadas por factores de actividade e por factores de stress, pelo que se torna necessário multiplicar o valor da GEB, por um factor de stress e por um factor de actividade

Factor de Actividade

Acamado = 1,1

Repouso no leito, mas móvel = 1,2

Não acamado = 1,3

Factor de Stress

Cirurgia minor = 1,2

Infecção ligeira = 1,2

Trauma = 1,35

Sépsis = 1,6

Grande queimado = 2,0

Consumo energético total = 1150 x 1,1 x 1,2

Consumo energético total = 1518 kcal

Page 26: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 26

Necessidades Energéticas

As necessidades energéticas são colmatadas através da administração de

Para que haja um adequado aproveitamento de 1g de N são necessárias 150 – 200 calorias na forma de HC e Lipidos

Hidratos de carbono Lipidos

4 kcal/g 9 kcal/g

Comercializados sob a forma de

emulsões

Comercializados sob a forma de

soluções

Page 27: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 27

Necessidades Energéticas

Hidratos de carbono Lipidos

75% 25%

190,8kcal--100ml216------ x = 113ml

20gr----100ml162gr---x = 810ml

648kcal 216kcal

4kcal----1gr648-----x =162gr

Sol Glicose20%

Sol lipidos20%

1grN------150kcal5,76grN ------X= 864kcal

TransformaçãoCalorias em Gr

de glicose

Page 28: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 28

Valores Finais

Hidratos de carbono 162gr – 810ml

Lipidos 216kcal – 113ml

Aminoácidos 5,76gr N – 587,7ml

Total Calorias 1518kcal

Calorias não Proteicas 864kcal

Page 29: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 29

Volume Total

Volume total = 2000ml

Volume proteína = 587,7ml

Volume hidratos carbono = 810,0ml

Volume lipidos = 113,2ml

Total = 1511ml Faltam Total = 489ml

Page 30: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 30

Volume Total

O volume em falta para completar os 2000ml podem ser administrados sob a forma de uma solução polielectrolítica

Permite administrar electrólitos e água

Page 31: Resolução Caso Prático  Nutrição Artificial

C. Teixeira de Barros 31

Necessidades em Micronutrientes

Electrólitos Vitaminas

Hidrosoluveis

Liposoluveis

PotássioSódioFosfatoCálcioMagnésio

Oligoelementos

ZincoCobreCrómioSelénioManganésioMolibdénio

Fornecidas pela Indústria Farmacêutica adaptadas às necessidades diárias