resenha: tópicos de teoria da comunicação

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A tarefa consistia em fazer um resumo crítico (comentado) do que entendeu do livro Tópicos de Teoria da Comunicação de Pedro Gilberto Gomes, da página 43 à 51.

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Universidade de Sorocaba Curso de Letra Portugus e Ingls 1 Perodo Componente curricular: Semitica Nome: Marcela Nohama Tpicos de Teoria da Comunicao 5.2. O homem como ser semitico O estudo da linguagem fundamental para quem estuda o fenmeno da comunicao social. Preocupa-se com a linguagem pelo simples motivo que o ser humano tem a capacidade da fala. Na comunicao a pessoa d sinais de sua existncia, da que compreender esses sinais significa compreend-la. Os problemas humanos manifestam-se na linguagem. Cada grupo social, poltico ou profissional possui sua linguagem especfica. A linguagem no algo perifrico. Ela est presente no homem e suas relaes com os outros. Nessa relao o homem se utiliza de mediaes, e a mediao fundamental para isso a linguagem. Na linguagem e atravs da linguagem o homem cria seu prprio mundo para viver humanamente. O homem tem capacidade de criar smbolos para se comunicar. Ao criar sinais, o homem cria um mundo de sentido, exprime dados e experincias presentes. Por essa capacidade o homem ganha a possibilidade de conhecer e agir, irromper sua conscincia e sua autoconscincia. Ao mesmo tempo que a linguagem ajuda a construir o sentido do mundo e o mundo de sentido, ele pode falsear a realidade.Comenta-se sobre o mundo sensvel. Mas o que seria exatamente esse mundo sensvel? Esse mundo faria oposio ao mundo de sentido? E o que seria exatamente esse mundo de sentido? Seria o mundo onde se busca o sentido das coisas? E ainda afirma-se que Entretanto, com o mundo de sentido, o homem v a possibilidade de um mundo aparente, num mundo do vazio, do sem-sentido. Pois a linguagem, em lugar de exprimir a realidade efetiva do mundo e do sujeito, pode ser vazia, ilusria e alienar a pessoa num mundo de fantasia do fantstico, levando-a ao desespero. Como isso seria possvel? Atravs de mentiras? Levando-a ao desespero quer dizer a mesma coisa que levando-a loucura ? A cura para isso seria a possibilidade metalingustica da reflexo sobre suas criaes simblicas, colocando a pergunta pela verdade e determinando as fronteiras entre o sensato e o insensato? Mas o que seria essa possibilidade metalingustica da reflexo sobre suas criaes simblicas?

6. Semitica ou semiologia. Definio da cincia dos signos, cdigos A semitica surgiu nos Estados Unidos por Pierce. J a semiologia se desenvolveu na Europa com os estudos de Saussure. Dcio Pignatari afirma que na Europa a Semitica chamada de semiologia e John Deely nega, considera a semiologia um ramo da semitica. Para Saussure, a semiologia a cincia geral de todos os sistemas de signos (ou smbolos) graas aos quais os homens se comunicam entre si. 6.1. Signo: etimologia A palavra signo, do latim signum, vem do grego secnom, que a raiz do verbo cortar, extrair uma parte de. Nessa relao de palavras derivadas dessa raiz parecem confluir para o entendimento do signo como projeto significante, que visa a um fim significante. Pignatari apresenta uma classificao do signo na sua relao com o referente: cone: quando possui alguma semelhana com seu referente. ndex ou ndice: quando mantm uma relao direta com seu referente. Smbolo: quando sua relao com referente arbitrria, convencional.

Pignatari ainda aponta os nveis do signo, nos quais o processo sgnico pode ser estudado: Sinttico: quando possui relaes formais do signo em si. Semntico: quando possui relaes de significado entre signo e referente nvel denotativo. Pragmtico: quando possui relaes significantes com o intrprete nvel conotativo. 6.2. Significante e significado Na Teoria de Saussure, o signo pode ser analisado em duas partes: o conceito e a imagem acstica. Para tornar mais evidente a oposio e ser mais adequado quando o signo no vocalizado, os nomes foram substitudos por significante e significado, respectivamente. O significante a parte material do signo ( o som conformado, o trao do desenho, escrita...) O significado representa a imagem mental pela qual fornecida pelo significante. No h signo sem eles. 6.3. Significao No confundir com significado. A significao a efetiva unio entre um certo significado e um certo significante. 6.4. Denotao e conotao A significao leva aos fenmenos da denotao e conotao de um signo. O signo denotativo veicula o primeiro significado da relao entre um signo e seu objeto. O signo conotativo pe em evidncia significados segundos, que vem agregar-se ao primeiro. O significante notativo permanece no signo, agregado a seu significante e a este conjunto se acrescenta outro significado. E por essa permanncia surge a ambiguidade nas mensagens. 6.5. Outros conceitos Todas as mensagens recebem um tratamento retrico (sistema de recursos de codificao relacionado com a semntica do discurso). Nos meios de massa, este tratamento utiliizado para reduzir a polissemia (vrios sentidos) do signo, evitando disperso de significados e condensando-os ao mximo. Recursos retricos utilizados: a) A redundncia: Tem funo de potencializar a compreenso, tornando mais precisos os significados e as conotaes. Pretende-se estimular ao destinatrio para que se dirija a um s significado. b)A metfora: Acontece quando se estende um significado a um outro significante, comparando-os implicitamente entre si. O contedo de um passa para o outro de uma maneira figurada. Pode ser usada no humor e na publicidade (metfora icnica: imagem). Nos meios massivos usa-se a metfora para intensificar as conotaes. Ela pode desenvolver grande poder sugestivo e alto alcance ideolgico. c) A metonmia: a substituio de um signo por outro signo, com o fim de provocar transferncias associativas de uma realidade para outra. Utiliza-se o signo pela coisa significada (designa-se uma coisa com o nome de outra).

Existem metonmias corretas e incorretas. Suplantar signos para descartar certos significados seria errneo. d)A anttese: Esta figura ope dois signos ente si, como um momento dialtico para realar e fortalecer um deles. comum nos meios de massa para estabelecer uma contraposio semntica. 7.3. Marshall McLuhan e a Aldeia Global McLuhan entende que o estudo do problema da comunicao pode resumir-se ao estudo do canal e do cdigo. Identificando o estudo das civilizaes com a evoluo das comunicaes, representadas por dois fatos: a inveno da imprensa no sc. XV e da televiso do sc. XX. a) Etapas da evoluo cultural segundo Marshall McLuhan 1)tribalizao: Se inicia a partir do momento que o ser humano adquire a linguagem atravs do gregarismo e da cooperao. A linguagem o instrumento para a comunicao e para a sobrevivncia social. Os indivduos deixam de lutar entre si e comeam a se organizar, estabelecendo os padres culturais que sero acumulados e transmitidos s outras geraes pela comunicao oral, sendo limitadas pela memria. 2) destribalizao: Liberta-se da dependncia de se obter informao atravs da comunicao oral, passando sob a forma de registros grficos. A inveno do alfabeto ocorreu cerca de 4mil anos a.C., mas a difuso s aconteceu muitos anos depois, pois a escrita era smbolo do poder. Da o cuidado com que os governantes cercaram a difuso da escrita, tornando-a privilgio de um reduzido nmero de pessoas. O livro adquire carter de meio massivo com a impressa no sc. XV. A escrita destri a vida tribal. Com o livro, a cultura deixa de ser somente privilgio das elites e dos poderosos. 3)retribalizao: Ocorre nos meados do sc. XX. A imprensa perde seu monoplio como meio de comunicao de massa. Surgem novos instrumentos capazes de eliminar barreiras geogrficas, lingusticas e culturais. A televiso passaria a ser esse veculo bsico: a imagem (linguagem da evidncia). b)Alguns conceitos bsicos 1)O meio a mensagem McLuhan observa que toda tecnologia cria um ambiente humano totalmente novo e que estes so processos ativos. 2)Meios quentes e meios frios So termos deslocados por McLuhan. Um meio quente permite menos participao que um meio frio. Quanto mais quente mais informaes ele passa e menos a interatividade do indivduo. Assim o telefone seria um meio frio e a televiso um meio quente. c) Algumas crticas ao pensamento de McLuhan 1)No clara a influncia sobre os receptores em relao aos meios frios e quentes. Sua utopia tecnolgica corresponde a sociedade norte-americana, portanto de carter localizado. 2)Como falar de retribalizao, se a grande parte da populao do mundo ainda vive em tribos? A aldeia global no seria uma tentativa de acabar com as culturas nacionais e inserir a cultura consumista? 3)Os mass media desaparecem no pensamento de McLuhan. Ele deixa os meios sem o adjetivo massa, dando a impresso de que os meios so inocentes, no massificam.