resenha do livro de ted de j.roux

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Página | 1 FACULDADE METROPOLITANA DA GRANDE RECIFE Curso de Gestão de Recursos Humanos Turma: GRH 1-A Manhã Cristiana Costa Sotero RECURSOS HUMANOS E TREINAMENTO ROUX, JORGE

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Page 1: Resenha do livro de TeD de J.Roux

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FACULDADE METROPOLITANA DA GRANDE RECIFE

Curso de Gestão de Recursos Humanos

Turma: GRH 1-A Manhã

Cristiana Costa Sotero

RECURSOS HUMANOS E TREINAMENTO

ROUX, JORGE

Jaboatão dos Guararapes – PE

2011

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SUMÁRIO

1– INTRODUÇÃO .............................................................................................03

1.1 - PROBLEMA ...................................................................................04

1.2 - OBJETIVO .....................................................................................05

1.3 - POSIÇÃO .......................................................................................06

2 - DESENVOLVIMENTO..................................................................................07

3 – CONCLUSÃO .............................................................................................09

4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................12

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ROUX, Jorge. Recursos Humanos e Treinamento.  São Paulo: ed.Brasiliense,

1983.

INTRODUÇÃO

1. A Importância do Treinamento de Pessoal

A intensa atividade das mudanças porque passam os seres humanos,

obrigam a freqüente  adaptação da sociedade às novas realidades. Esta

adaptação vista em todos os âmbitos da vida, inclusive a capacitação das

pessoas frente à necessidade de sobrevivência. Seres em contínua evolução

como somos, buscamos ainda, maior  eficiência  e eficácia em nossas

realizações, tanto no intuito de alcançarmos nossa satisfação e aprimoramento

individual, quanto a respostas às exigentes pressões sociais.

O escritor Jorge Roux, nasceu em Santos (SP), fez o curso de Filosofia

na Universidade de São Paulo, e vem ensinando essa disciplina até hoje em

faculdades e colégios do país. Ele é Filósofo, Acadêmico, Professor e Escritor.

Em suas obras ele cita Karl Marx, Paulo Freire e Vieira Pinto, entre outros, e as

suas publicações mais conhecidas são: 

A Irracionalidade em Psicologia (Editora Vozes)

Recursos Humanos e Treinamento (Editora Brasiliense)

Álvaro Vieira Pinto – Nacionalismo e Terceiro Mundo (Editora Cortês)

Porto (Alpharrabio Edições)

Além de ensaios e críticas em revistas especializadas.

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Publicada em 1983, a obra de Roux, Recursos Humanos e

Treinamentos, tenta mostrar o sentido e significado do termo ‘treinamento’.

Para o autor, “treinamento visa basicamente alterar o comportamento das pessoas,

de uma situação de menor rendimento profissional para uma de maior eficácia...,...

desde a ação motora até as operações mentais.” (1983: p.5)

Aos poucos, o que é habilidade adquirida e praticada, torna-se um hábito

e faz-se, então, a tarefa automaticamente. O autor relata que, uma das formas

de aprendizado como mecanismo de treinamento é basicamente quando um

ato torna-se habitual.

O autor critica o sistema de T & D quando mostra sua ‘indignação’ ao

que chama de “... falácia...” a idéia de que prevalece apenas a adaptação do

treinamento à função, de caráter institucional, definida como atribuição de um

determinado cargo existente na organização e distribuída de acordo com um

organograma. Roux (1983), ainda observa que, nos programas de T & D,

ocorre enrijecimento que, segundo ele, aprisiona os indivíduos dentro de

especializações. Quanto mais eficiente for um profissional dentro de um perfil,

mais limitado ele ficará no que se refere à sua criatividade, afirma o autor.

Entretanto, ele poderá cumprir melhor as metas da empresa e,

conseqüentemente, menores serão suas possibilidades de crescimento

pessoal. A idéia de Roux, não seria muito diferente do pensamento

preconizado por Warren Bennis1 quando disse:"O ambiente agora está

tumultuado, destruído e carregado, devido a oportunidades e ameaças; está

turbulento, incerto e dinâmico. As pessoas que trabalham para organizações estão

mais complicadas do que nunca. Elas têm necessidades, motivos e ansiedades. E,

para tornar as coisas muito mais complicadas, trazem para nossas instituições,

expectativas muito mais elevadas do que jamais fizeram anteriormente." Escreveu o

especialista em gestão Tom Peters2 em 1993, no prefácio do livro de Bennis ‘A

Invenção de Uma Vida: Reflexões sobre Liderança e Mudança’.)

1 (Warren Bennis Gamaliel - nascido em 8 de março de 1925 - é um estudioso americano,  consultor organizacional e autor, considerado um pioneiro nos Estudos contemporâneos da  Liderança . ‘O seu trabalho no MIT nos anos 1960 sobre comportamento grupal, não só antecipou –como ajudou a criar – instituições públicas e privadas menos hierarquicamente estruturadas,  mais democráticas e adaptativas.’2 Tom Peters é um guru da gerência de negócios, de 1970 até o presente. Seu primeiro grande livro (em coautoria com Robert Waterman "Em Busca da Excelência" 

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Assim como Vieira Pinto3, Roux também concorda que, o homem

trabalha, e quanto mais elaborada é a sua capacidade de trabalhar, mais

humanizado ele se torna. O fruto de seu trabalho é a fonte básica para o

estudo antropológico de sua existência uma vez que na relação entre homem e

utensílio apresenta-se o “grau de domínio” que o sujeito tem sobre o objeto ou,

inversamente, o “grau de subordinação” que a situação lhe impõe.

Esta tendência, inerente aos Homens, de crescer, em

conhecimentos e a rapidez com que toda vida se altera, são fatos bastante

para comprovar a importância de investimentos em programas de capacitação.

Capacitar pessoas é de suma importância - ao contrário do que pensam

mentalidades retrógradas e ultrapassadas, que encaram os programas

de treinamento como simples dispêndio de recursos financeiros - para

meramente atingir metas organizacionais, quando deveriam ser voltados para a

motivação pessoal do colaborador e para o acompanhamento do crescimento

dos treinandos, entre outros motivos; já que “Empregados bem-dotados e

suficientemente treinados, ascenderão.” Roux (1983:10).

O autor ressalta que, muitos dos dirigentes das organizações referidas

por ele, são na verdade frutos da velha-guarda de diretores e donos das

mesmas empresas; tecnocratas4, e que, sequer participaram de programas de

treinamentos.

Ainda de acordo com Roux, quando se fala de treinamento; chamado

pelo autor de “adestramento”p.11; se diz que a função é que possui um perfil e

que o homem é que é moldado a ela. Na visão do autor, existem alguns tipos

de treinamentos voltados para certas funções que chegam a ser

rigorosíssimos, pois se precisam minimizar ao máximo as falhas naqueles

postos. Já que, erros significariam possíveis perdas de vidas humanas.

3 Formado em medicina em 1932, pela Faculdade Nacional de Medicina do Rio de Janeiro, em 1934 ingressou

na Ação Integralista Brasileira (AIB), organização de inspiração fascista, liderada por Plínio Salgado. No campo profissional, dedicou-se aos estudos e pesquisas laboratoriais. Paralelamente, completou os cursos de física e matemática na Universidade do Distrito Federal (UDF).  Ensinava lógica matemática, disciplina pela primeira fez oferecida no país.Mais tarde, passou a lecionar lógica na Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi) da Universidade do Brasil. Em 41, tornou-se colaborador da revista Cultura Política.

4Formados na ‘escola’ da eficiência imperialista e da racionalidade extrema substituem os critérios tradicionais de rentabilidade e bem-estar geral (Herbert Marcuse, Algumas Implicações Sociais da Tecnologia Moderna, em Tecnologia, Guerra e Fascismo, ed. UNESP);

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Na visão do autor, nem sempre o que é ideal para a empresa é o sonho

de ‘consumo’ dos funcionários. Trabalhador bem treinado para o perfil

profissional da sua função significa produtividade para a empresa, menos

conflitos ou imprevistos.

Mas, ao mesmo tempo, os operários acabam vitimizados pela sua ‘hiper-

especialização, engessados até. Condenados a um ‘papel’ que, muitas vezes,

nem lhe ‘cai’ muito bem e que, habitualmente, se tem que levar até a

aposentadoria. Já que, segundo o autor, a alegria de se ser um artesão em

tempos idos, não mais são viáveis em dias capitalistas.

No entanto, relata o autor que, com o rápido crescimento da

humanidade e conseqüentemente, das suas necessidades, proporcionaram o

advento da informação automática, do mundo globalizado, abrindo-se uma

nova era no desenvolvimento das civilizações; fazendo com que uma nova

forma de perfil profissional fosse necessária. A do alto executivo, do dirigente,

daquele que vai comandar liderar e, portanto, precisa preencher um perfil

‘multifuncional’, para poder desempenhar vários papéis e exercer diversas

funções. Esse será chamado um dia de líder. Mas, não basta ter somente o

perfil multifuncional e eficaz, mas também ser treinado para ser um

administrador com um perfil sócio-político. Ainda relata Roux que, existem dois

tipos de homens, os honestos e os desonestos; cabendo aos segundos mais a

ocupação política e aos primeiros a direção das organizações, pois, por serem

honestos possuem caráter. E caráter, ou se tem ou não se tem.

Conforme ressalta o autor – O Treinamento nas empresas foi introduzido

para solucionar problemas que, “... uma visão administrativa de capitalismo incipiente já

não conseguia resolver, e que a perspectiva taloyrista5 só fez desvelar.” (p.24)

O autor então questiona que, à medida que esses problemas são

resolvidos o porquê das empresas continuarem treinando seus funcionários. Só

para acelerar seu fluxo de capitais? Então, ele constata que, o treinamento

também vinha sendo sentido como um precioso instrumento de controle social

e condicionamento de conduta. (p.25)

Ele passa a descrever como funcionava o mecanismo da manipulação

em massa por parte das empresas para com seus funcionários e com a

5 Taylorismo  é o modelo de administração desenvolvido pelo engenheiro americano Frederick Taylor(1856-1915), que é considerado o pai da administração científica. Caracteriza-se pela ênfase nas tarefas, objetivando o aumento da eficiência ao nível operacional. É considerada um subcampo da perspectiva administrativa clássica.

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população em geral. Ele cita a teoria do condicionamento de Skinner6, sobre

estímulo/resposta, (p.28) - que para motivar os trabalhadores já tão

desmotivados - por fazerem trabalhos repetitivos e tediosos, as empresas

resolveram que dando gratificações eles teriam a sensação de poder, de ter, de

querer, de ser competitivo, o ser contemporâneo que é movido a estímulos -

pela mídia, globalização, informática, seja isso, seja aquilo, diga isso, use

aquilo.

O autor questiona como ocorreria todo o processo de ordenação de

‘inputs’ de tantas naturezas: sentidos, sensações, emoções, informações, entre

outras; eram recebidos durante um treinamento se alinhariam e se

armazenariam dentro do cérebro. (p.28-29). Ele menciona que: “... Segundo o

Empirismo7, de acordo com as leis da associação: contigüidade, semelhança e

contraste...” (p.29).

Roux critica veementemente empresários e profissionais de

Recursos Humanos, que se dizem ‘apaixonados’ pelo ideal de que o Homem

está acima de tudo na empresa. O ‘bem’ mais precioso. Isso se mostra claro

quando ele cita: “Pela discussão feita há pouco a respeito das figuras do “perfil”

e da “função”, verifica-se não poder levar a sério esses impulsos românticos.” (p.31)

O autor, então sugere que treinar é preciso, mas sempre respeitando o

indivíduo, suas experiências, necessidades, sua natureza. Ele ressalta que

todos os Homens têm sua ‘natureza humana’, suas raízes, suas experiências

de vida; ninguém vem para ser treinado como uma folha em branco, vazia. E,

isso deve sempre ser levado em consideração pelos profissionais de RH e

Treinadores. Porém, Roux também relata que o estudo do Ser seria a

Ontologia8, que vai de encontro ao Empirismo; então; quem será treinado, ou

quem receberá os ‘inputs’? E aí é quando ele menciona toda a ideologia de

6 A base do trabalho de Skinner, psicólogo americano, refere-se à compreensão do comportamento humano através do comportamento operante (Skinner dizia que o seu interesse era em compreender o comportamento humano e não manipulá-lo).7 Na ciência, o empirismo é normalmente utilizado quando falamos no método científico tradicional (que é originário do empirismo filosófico), o qual defende que as teorias científicas devem ser baseadas na observação do mundo, em vez da intuição ou da fé, como lhe foi passado.8 Ontologia (em grego ontos e logoi, "conhecimento do ser") é a parte da filosofia que trata da natureza do ser, da realidade, da existência dos entes e das questões metafísicas em geral. A ontologia trata do  ser enquanto ser, isto é, do ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres.

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Platão e Aristóteles quanto ao que acima foi comentado e cita o pensamento

de Aristóteles “O que há de permanente nas coisas que mudam, e que é

suporte sempre idêntico das sucessivas qualidades resultantes das

transformações” (p.38). Treinar seria mudar um comportamento para outro melhor

– menciona o autor.

Muito se fala em desenvolvimento profissional e crescimento pessoal

oferecidos pelas empresas aos seus funcionários, mas pouco se menciona, e

aí o autor complementa: “...mas isso, ela deve a você e a mim.” (p.39); pois as

organizações necessitam estabelecer seus sistemas de treinamento e

desenvolvimento de pessoal, e isto acarreta - como em qualquer outra

atividade - um sem número de informações e dados que podem (e precisam)

de planejamento, confiabilidade, tempo, automatização do comportamento,

transformação, análise, feedback, avaliação, entre outros aspectos.

O autor critica ainda, a concepção que as empresas dão ao treinamento

- é padrão de comportamento e conduta para todos de acordo com a função;

ou seja, de ser mais força bruta do que o conhecimento, ‘seres máquinas’ que

‘seres independentes’, pensantes. Na p.44, o autor enfatiza; e aí ele demonstra

todo seu desagrado quando diz: “... o adestramento acaba por levar a um

desaprendizado, ao abandono progressivo da totalidade humana em favor do ser inteligente...

cuja criatividade e inteligência precisam ser parcialmente desativadas para que possam entrar

nesse ‘espaço vazio’...”

Todas as etapas cumpridas e perfis profissionais decididos passa-se à

implementação de um Programa de Treinamento - levantamento

de necessidade, planejamento, execução e avaliação das atividades. Roux

mostra a realidade; e a influência que ela gera nos treinamentos; política social

e educacional e a atitude de todos envolvidos durante todo o processo do

treinamento. Desde o seu desenvolvimento, até a sua avaliação final.

Ao continuar criticando, comparando, relatando e mostrando alguma

simpatia a diversas teorias; que aqui já mencionadas ou não, por serem pouco

relevantes – sobre: o homem tratado com ‘máquina’, aquele que responde a

estímulos, X, Y, Z, Grid, aquele que vem com sua ‘bagagem’ e ela deve ser

considerada, entre outras; nos leva até os experimentos de Hawthorne9, os

9 A teoria das relações humanas tem sua origem nos Estados Unidos, como resultado das experiências de Elton Mayo, denominadas Experiências de Hawthorne. Originaram-se quando Mayo percebeu da necessidade de tornar a

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quais, o autor muito elogia. Ele, porém dá a entender que não é muito

simpático à idéia dos cursos, universidades até, que surgem com o intuito de

ensinar a administrar conflitos e com isso, criar ‘novos líderes, oradores, entre

muitas outras denominações’; todos intitulados como cursos de ‘relações

humanas’. Afinal de contas, líderes natos não se fazem, nascem – pensa o

autor.

O autor fala das várias teorias de liderança até chegar à Liderança

Emergencial. É preciso destacar que, ser um líder gerencial não é ruim e as

organizações necessitam desse tipo de liderança.

A Liderança Gerencial envolve, além da estabilidade e ordem, a

manutenção do status quo. Os líderes gerenciais sentem-se melhor quando

lidam com atividades rotineiras e têm o curto prazo em vista. Em Roux, vamos

encontrar técnicas desenvolvidas para os Treinamentos de Liderança

Gerencial, onde o objetivo é fazer com que os níveis de stress e emocional

cheguem ao extremo; iguais ou parecidos com a realidade do dia a dia dos

participantes; para que então se possa receber um feedback do treinador e

colegas, posteriormente fazendo uma auto-avaliação e finalmente, sendo

orientado para saber lidar com tais reações, emoções, etc.

Ao final do livro, o autor se mostra bastante desgostoso com a forma

como o treinamento e os funcionários têm sido tratados pelas empresas; não

muito diferente daqueles anos tayloristas, da eficiência e da ‘tábua rasa’.

Ironicamente, finaliza o autor com a tragicômica ‘novela’ humana, quando diz

que ao se tornar treinador, o treinando se envolve com um ‘manto de senhor

feudal’ e passa a pensar como tal. (p.93)

CONCLUSÃO

“Existe uma tendência de degradação moral no mundo capitalista que não

mostra sinais de regressão e que parece ligada a um ‘vazio’ ético produzido

nas sociedades pelo ‘enobrecimento’ do individualismo e do consumismo, do

ser e do ter (do ser manipulado e do ter controle num amplo espectro); mas, ao

mesmo tempo, há um movimento contrário, chamando à tona sentimentos que

fazem prevalecer o que há de mais nobre e de melhor em nossa herança ética

administração mais humana e democrática e quando as ciências humanas influenciaram as organizações.

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e é isso que nos fortalece e nos faz marchar para frente com a cabeça erguida;

sem isso, estamos mortos – por dentro, na alma.” Cristiana Sotero – junho, 2011.

E, baseada nessa ideologia, é que concordo com a indignação do autor –

contra, não só, um sistema educacional ou empresarial, mas político, social e

ideológico também. Pois, não deixa de ser a essência, o âmago do Ser

Humano.

Ao mesmo tempo, a linguagem prolixa, Marxista, comunista,

demasiadamente ‘ista’ e ‘anti-ista’ do autor, Dantesca e Rocambolesca até;

revoltada contra o sistema. Semânticas a parte – tudo isso, deixa o leitor

apreensivo, impaciente e muitas vezes enfurecido, por ter que viver e conviver

numa sociedade tão informatizada, globalizada, tecnológica, engolida por um

‘tsunami’ de conhecimento no limiar de uma promissora etapa da existência

humana; uma nova era chamada pelos cientistas sociais de pós-industrial - A

humanidade já viveu marcantes e evolutivas transformações: a descoberta do

fogo, a invenção da roda, da escrita, das máquinas a vapor, da eletricidade, do

avião, do foguete e tantos outros inventos, das células-tronco, clones de

animais e até humanos, quiçá.

São melhorias e transformações percebidas, mas que têm que ser

processadas, digeridas, entendidas, por todos nós - independente de raça, cor,

credo ou ideologias. Temos que parar de criticar sistemas e teorias – isso é

reativo e nocivo. Temos que ser proativos – e ser proativo é aceitar mudanças

e mudar com elas. Se pensarem que somos uma ‘tábua rasa’, que pensem;

vamos tirar o máximo proveito de um treinamento, das pessoas envolvidas, de

suas ideologias, teorias, e de sua ‘bagagem’ de experiências vividas. Acredito

que só assim, os setores de treinamento das organizações poderão, enfim,

passar por mudanças radicais. ‘Onde nada se cria nada se perde, tudo se

transforma’10 e se aproveita é que mora a oportunidade do saber, do crescer,

do reconhecer-se no outro e se desenvolver positivamente. Posto que, na visão

dos ensinamentos espíritas de Allan Kardec11: “Todos estamos na existência para

aprender e aprendermos uns com os outros, com a existência, com tudo. A

10 Lei de Lavoisier - Foi ele quem descobriu que a água é uma substância composta, formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio: o H2O. Essa descoberta foi muito importante para a época, pois, segundo a teoria de Tales de Mileto , que ainda era aceita, a água era um dos quatro elementos terrestres primordiais, a partir da qual outros materiais eram formados.11 Nascido em 1804, homem de grande saber e figura eminente à sua época, dedica-se aos 50 anos de idade a

estudar os fatos espíritas. Céptico, a princípio, descobre ali as leis que regem o mundo dos espíritos. Por muitos considerado o pai do espiritismo, não o foi, mas sim, o codificador da doutrina espírita (ou espiritismo).

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espiritualidade diz que "mais evolui quem melhor aproveita as oportunidades".

Aproveitar as oportunidades significa desenvolver talentos e potenciais sem se escorar

em ninguém. Simplesmente compreender a própria responsabilidade perante a

existência. Dar o primeiro, o segundo, o terceiro e todos os passos necessários para

cumprirmos a nossa missão na existência, que é progredir. "Nascer, morrer, renascer

e progredir sempre. Essa é a lei". Por José Antonio Ferreira da Silva

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. São

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G. W. F. Hegel. Vida, pensamento e obra de Dr. Gonçal Mayos, trad. Catarina

Mourâo, Barcelona: ed. Planeta De Agostini, 2008.

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ROUX, Jorge. RECURSOS HUMANOS E TREINAMENTOS, São Paulo: ed.

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