repÚblica federativa do brasil supremo tribunal … · incluir o professor everardo de almeida...

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DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL N°: 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro de 2009 Publicação: quinta-feira, 08 de outubro de 2009 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Praça dos Três Poderes Brasília - DF CEP: 70175-900 Telefone: (61) 3217-3000 www.stf.jus.br Ministro Gilmar Mendes Presidente Ministro Cezar Peluso Vice-Presidente Alcides Diniz da Silva Diretor-Geral ©2009 PRESIDÊNCIA PORTARIA Nº 212, DE 5 DE OUTUBRO DE 2009 O PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, no uso de suas atribuições, RESOLVE: Incluir o Professor EVERARDO DE ALMEIDA MACIEL no Comitê Interinstitucional de Gestão do II Pacto Republicano de Estado por um Sistema de Justiça mais Acessível, Ágil e Efetivo, instituído e composto pela Portaria nº 90, de 12 de maio de 2009. Ministro GILMAR MENDES DISTRIBUIÇÃO Ata da Centésima Nonagésima Quarta Distribuição realizada em 2 de outubro de 2009. Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados: AÇÃO CAUTELAR 2.457-9 (1) PROCED. : DISTRITO FEDERAL ORIGEM : AC - 123348 - STF RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO REQTE.(S) : PARTIDO FEDERALISTA ADV.(A/S) : MÁRIO BARBOSA VILLAS BOAS REQDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO AÇÃO CAUTELAR 2.458-7 (2) PROCED. : SÃO PAULO ORIGEM : AC - 123566 - STF RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO REQTE.(S) : JESUS ADIB ABI CHEDID REQTE.(S) : MARILIS REGINATO ABI CHEDID ADV.(A/S) : NELSON NERY JUNIOR E OUTRO (A/S) REQDO.(A/S) : MARIA LÚCIA FREITAS BARBOSA ADV.(A/S) : ORLANDO BERTONI INTDO.(A/S) : ENSATUR EMPRESA NOSSA SENHORA DE TURISMO LTDA ADV.(A/S) : CLODOALDO RIBEIRO MACHADO INTDO.(A/S) : ERNANDES PEREIRA DOS SANTOS AGRAVO DE INSTRUMENTO 701.851-6 (3) PROCED. : SÃO PAULO ORIGEM : AC - 94647400 - TJE RELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ALAMEDA PARK S/A RESTAURANTES E SERVIÇOS TURÍSTICOS ADV.(A/S) : ARMANDO VERRI JUNIOR E OUTRO (A/S) AGDO.(A/S) :MARIA RENATA BAPTISTA BORGES ADV.(A/S) : ROBERTO BARBOSA EMB.DIV.NOS EMB.DECL.NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 718.370-0 (4) PROCED. : PERNAMBUCO ORIGEM : PROC - 200583005190810 - TRJEF RELATOR :MIN. CEZAR PELUSO EMBTE.(S) : ALCIONE MARIA DE MELO ADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO (A/S) EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL AGRAVO DE INSTRUMENTO 718.425-0 (5) PROCED. : RIO DE JANEIRO ORIGEM : AC - 9802186139 - TRF RELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : R2 ENGENHARIA LTDA E OUTRO (A/S) ADV.(A/S) : DEBORAH BARRETO MENDES E OUTRO (A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.431-0 (6) PROCED. : SÃO PAULO ORIGEM : APCRIM - 434920300000000 - TJE RELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : DANILO AGOSTINHO ADV.(A/S) :JOÃO PEREIRA DA SILVA AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO REDISTRIBUÍDO AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.208-0 (7) PROCED. : SÃO PAULO ORIGEM : AC - 5192365400 - TJE RELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : ROSELI RAMOS CAIXEIRO ADV.(A/S) :LÁZARO PAULO ESCANHOELA JÚNIOR E OUTRO (A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO ADV.(A/S) : PGE-SP - MARCO ANTONIO DUARTE DE AZEVEDO AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.783-9 (8) PROCED. : SÃO PAULO ORIGEM : AC - 6759415000 - TJE RELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO AGDO.(A/S) : JOSÉ MARTINELLI E OUTRO (A/S) ADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO CAVALLARO E OUTRO (A/S) AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.649-6 (9) PROCED. : AMAZONAS ORIGEM : MS - 20040018525 - TJE RELATOR :MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : AMAZONPREV - FUNDO PREVIDENCIÁRIO DO ESTADO DO AMAZONAS ADV.(A/S) : LUCIANE BARROS DE SOUZA E OUTRO (A/S) AGDO.(A/S) :MARIA DOS REMÉDIOS VARELA DE OLIVEIRA Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICOREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

N°: 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro de 2009 Publicação: quinta-feira, 08 de outubro de 2009

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Praça dos Três PoderesBrasília - DF

CEP: 70175-900Telefone: (61) 3217-3000

www.stf.jus.br

Ministro Gilmar MendesPresidente

Ministro Cezar PelusoVice-Presidente

Alcides Diniz da SilvaDiretor-Geral

©2009

PRESIDÊNCIA

PORTARIA Nº 212, DE 5 DE OUTUBRO DE 2009

O PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, no uso de suas atribuições,

RESOLVE:

Incluir o Professor EVERARDO DE ALMEIDA MACIEL no Comitê Interinstitucional de Gestão do II Pacto Republicano de Estado por um Sistema de Justiça mais Acessível, Ágil e Efetivo, instituído e composto pela Portaria nº 90, de 12 de maio de 2009.

Ministro GILMAR MENDES

DISTRIBUIÇÃO

Ata da Centésima Nonagésima Quarta Distribuição realizada em 2 de outubro de 2009.

Foram distribuídos os seguintes feitos, pelo sistema de processamento de dados:

AÇÃO CAUTELAR 2.457-9 (1)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : AC - 123348 - STFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOREQTE.(S) : PARTIDO FEDERALISTAADV.(A/S) : MÁRIO BARBOSA VILLAS BOASREQDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AÇÃO CAUTELAR 2.458-7 (2)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 123566 - STFRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOREQTE.(S) : JESUS ADIB ABI CHEDIDREQTE.(S) : MARILIS REGINATO ABI CHEDIDADV.(A/S) : NELSON NERY JUNIOR E OUTRO (A/S)REQDO.(A/S) : MARIA LÚCIA FREITAS BARBOSAADV.(A/S) : ORLANDO BERTONIINTDO.(A/S) : ENSATUR EMPRESA NOSSA SENHORA DE TURISMO

LTDA

ADV.(A/S) : CLODOALDO RIBEIRO MACHADOINTDO.(A/S) : ERNANDES PEREIRA DOS SANTOS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 701.851-6 (3)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 94647400 - TJERELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ALAMEDA PARK S/A RESTAURANTES E SERVIÇOS

TURÍSTICOSADV.(A/S) : ARMANDO VERRI JUNIOR E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MARIA RENATA BAPTISTA BORGESADV.(A/S) : ROBERTO BARBOSA

EMB.DIV.NOS EMB.DECL.NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 718.370-0

(4)

PROCED. : PERNAMBUCOORIGEM : PROC - 200583005190810 - TRJEFRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOEMBTE.(S) : ALCIONE MARIA DE MELOADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO

(A/S)EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 718.425-0 (5)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : AC - 9802186139 - TRFRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : R2 ENGENHARIA LTDA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : DEBORAH BARRETO MENDES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.431-0 (6)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : APCRIM - 434920300000000 - TJERELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : DANILO AGOSTINHOADV.(A/S) : JOÃO PEREIRA DA SILVAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO

REDISTRIBUÍDO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.208-0 (7)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 5192365400 - TJERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ROSELI RAMOS CAIXEIROADV.(A/S) : LÁZARO PAULO ESCANHOELA JÚNIOR E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PGE-SP - MARCO ANTONIO DUARTE DE AZEVEDO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.783-9 (8)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 6759415000 - TJERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : JOSÉ MARTINELLI E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO CAVALLARO E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.649-6 (9)PROCED. : AMAZONASORIGEM : MS - 20040018525 - TJERELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : AMAZONPREV - FUNDO PREVIDENCIÁRIO DO

ESTADO DO AMAZONASADV.(A/S) : LUCIANE BARROS DE SOUZA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MARIA DOS REMÉDIOS VARELA DE OLIVEIRA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 2

ADV.(A/S) : MARIA DO ROSÁRIO FILARDI DA SILVA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.844-5 (10)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : EIAC - 200002010399181 - TRFRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : FRANKC JOSÉ DE ANDRADE MEDEIROS E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : BRUNO RAFAEL OLIVEIRA GOMES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.991-1 (11)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : AC - 200651010039570 - TRFRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : JORGE DA SILVA MOURAADV.(A/S) : BIANCA MESSIAS MENDESAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.819-5 (12)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 6598795000 - TJERELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : RODRIGO BARRETO RIBEIROADV.(A/S) : RENATO LAPORTA DELPHINOINTDO.(A/S) : DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE RENDAS

IMOBILIÁRIAS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.035-6 (13)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : AC - 200334000193700 - TRFRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : MILTON LOBO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ DE JESUS ALENCAR MAFRA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.337-6 (14)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : EIAC - 70025169756 - TJERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ROBERTA JULIANA RODRIGUES DE ALMEIDAADV.(A/S) : CRISTIANO CAJU FREITAS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.990-6 (15)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : AC - 70024941197 - TJERELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE URUGUAIANAADV.(A/S) : ANTÔNIO GRAEFF MARTINS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MARIA DE LOURDES VARGAS PIRES

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.730-1 (16)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : AC - 70012402236 - TJERELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : LUÍS HENRIQUE SANTOSADV.(A/S) : DPE-RS - LUIZ ALFREDO SCHUTZ

REDISTRIBUÍDO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.497-7 (17)PROCED. : SANTA CATARINAORIGEM : CC - 98796 - STJRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : EMMA MARIA ESPINDOLAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAINTDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

INTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PALHOÇAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PALHOÇA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.619-1 (18)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : AC - 200471000257458 - TRFRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : LILI BECKER VILLAMIL E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MIRIAM WINTER E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.799-8 (19)PROCED. : GOIÁSORIGEM : PROC - 5362008 - TRCJERELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : BANCO BMG S/AADV.(A/S) : WALMIR FRANCISCO DA SILVA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : VALDEMAR RESENDE DOS SANTOSADV.(A/S) : RAINER CABRAL SIQUEIRA E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.802-5 (20)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 72410641 - TJERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : BANCO SANTANDER S/AADV.(A/S) : CÍNTIA APARECIDA DAL ROVERE E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : BRUNO HENRIQUE GONÇALVESAGDO.(A/S) : MARIA ALVESADV.(A/S) : ANDRÉ EDUARDO DE ALMEIDA CONTRERAS E

OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.804-0 (21)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : AC - 70019243435 - TJERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : LUDWICH JERZIORNYADV.(A/S) : RODRIGO ANDRÉ KELLERMANNAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE CACHOEIRINHAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

CACHOEIRINHA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.805-7 (22)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : APCRIM - 70025043688 - TJERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : ROMÁRIO PORTESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.807-1 (23)PROCED. : PARÁORIGEM : PROC - 2005010501444 - TJMRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : JANAIK DE OLIVEIRA SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO MILITARPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.808-9 (24)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : RMS - 24261 - STJRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : AÍRTON JOSÉ SANTILLIADV.(A/S) : WALMIR CARDARELLI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO CAETANO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

CAETANO DO SUL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.809-6 (25)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : APCRIM - 70028300283 - TJERELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 3

AGDO.(A/S) : ADILSON CLÉO DE SOUZAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.810-7 (26)PROCED. : BAHIAORIGEM : PROC - 20087000457514 - TR.CÍVEL E CRIMRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : HENRIQUE DA SILVA SARAIVAADV.(A/S) : HELTON MARCIO PINTO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : CELSO ROBERTO DA ROCHA MIRANDAADV.(A/S) : JOÃO MESTIERI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.811-4 (27)PROCED. : PARANÁORIGEM : APCRIM - 200104010474370 - TRFRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : LAZAR HALFONADV.(A/S) : ROLF KOERNER JÚNIOR E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : CARLOS EDUARDO SÁ DA MATTAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.813-9 (28)PROCED. : MATO GROSSOORIGEM : RELEIT - 33483 - TSERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ADERMO SERAFIMADV.(A/S) : ANTÔNIO TORREÃO BRAZ FILHO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.814-6 (29)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : APCRIM - 20041010008590 - TJERELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : ANTÔNIO TEIXEIRA DE BRITOADV.(A/S) : WANDER FABRÍCIO RODRIGUES OLIVEIRAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.815-3 (30)PROCED. : PARANÁORIGEM : AC - 20070567161 - TJERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : EVARISTO MANOEL MACHADOADV.(A/S) : MARCOS LUIZ RIGONI JÚNIOR E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : GERSON MOISÉS MEDEIROSAGDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DE SANTA

CATARINA - IPESCADV.(A/S) : MICHELE POLESE FONTES E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.816-1 (31)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 7953425200 - TJERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : JOÃO PEREIRA FILHOADV.(A/S) : JULIANA CARAMIGO GENNARINI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.819-2 (32)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : AC - 106809 - TJMRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAISAGDO.(A/S) : DAMÁSIO LUNARDIADV.(A/S) : KARINA SANTOS SILVA E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.820-3 (33)PROCED. : ESPÍRITO SANTOORIGEM : PROC - 48090015784 - TJERELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MARCELO NASCIMENTO DA SILVAAGTE.(S) : FLÁVIO DO NASCIMENTO SILVA

ADV.(A/S) : FÁBIO MODESTO DE AMORIM FILHOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.821-1 (34)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : PROC - 20085151032471701 - TRJEFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ARMINDO PINHEIRO DUARTEADV.(A/S) : JOSÉ GOMES RIBEIRO NETOAGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.824-2 (35)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : PROC - 10000074548348000 - TJERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : GRACILIANO GARCIA CAPANEMAADV.(A/S) : THIAGO NAVES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.825-0 (36)PROCED. : ESPÍRITO SANTOORIGEM : APCRIM - 206024417 - TJERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : RUBENS WENCIONECKADV.(A/S) : LUCIANO PENNA LUCAS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.826-7 (37)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : PROC - 95972 - STJRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : FERNANDO DE MIRANDA IGGNÁCIOADV.(A/S) : JOÃO COSTA RIBEIRO FILHO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO DE JANEIROINTDO.(A/S) : CARLOS CÉSAR ARRAES TAVARESADV.(A/S) : HENRIQUE PEREIRA BAPTISTA E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : WILLIAMS LIMA DE SOUZAADV.(A/S) : LUIZ CARLOS DA SILVA NETOSUSTE.(S) : JUÍZO DE DIREITO DA 1A VARA CRIMINAL DE BANGU

- RJSUSDO.(A/S) : JUÍZO FEDERAL DA 4A VARA CRIMINAL DA SEÇÃO

JUDICÁRIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.828-1 (38)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 10535750 - TJERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : BANCO BRADESCO S/AADV.(A/S) : ANNA MARIA GACCIONEADV.(A/S) : ROSELI MARIA CESÁRIO GRONITZADV.(A/S) : ELCIO MONTORO FAGUNDESAGDO.(A/S) : ANTÔNIO HERERA FILHOADV.(A/S) : JOÃO HENRIQUE GUIZARDI E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.829-9 (39)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : AC - 70026755306 - TJERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : FRANCISCO ANTONIO SANTOSAGTE.(S) : NEIVA BORELLI DOS SANTOSADV.(A/S) : PAULO CESAR GUILLET STENSTRASSER E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : SILVANO DA ROCHA FREITASADV.(A/S) : VALDECIR SOUZA DE LIMA E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.830-0 (40)PROCED. : ESPÍRITO SANTOORIGEM : APCRIM - 32089000015 - TJERELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : EDILSON SILVA LOPES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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ADV.(A/S) : DURVAL ALBERT BARBOSA LIMAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.831-7 (41)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : RELEIT - 27988 - TSERELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : MARCELO SIQUEIRA BUENOADV.(A/S) : NICOLA MARGIOTTA JUNIOR E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.832-4 (42)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 8038985000 - TJERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SOROCABAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE

SOROCABAAGDO.(A/S) : PEDRO LUIS DOS SANTOSADV.(A/S) : JESSE JAMES METIDIERI JÚNIOR E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.833-1 (43)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : APCRIM - 2545 - TJMRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : RAFAEL CARVALHO DAS NEVESAGTE.(S) : LUIZ PAULO FERREIRAADV.(A/S) : FREDERICO SOARES DINIZ E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.838-8 (44)PROCED. : PIAUÍORIGEM : AIRR - 200600322409 - TSTRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : COMPANHIA ENERGÉTICA DO PIAUÍ S/A - CEPISAADV.(A/S) : ALYSSON SOUSA MOURÃOADV.(A/S) : ANGELA OLIVEIRA BALEEIROADV.(A/S) : TIAGO CEDRAZ LEITE OLIVEIRAAGDO.(A/S) : EDILBERTO JESUALDO CARVALHO COSTAADV.(A/S) : JOANA D'ARC GONÇALVES LIMA EZEQUIEL E

OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.839-5 (45)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : EEDRR - 11426200290002001 - TSTRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/AADV.(A/S) : HÉLIO PUGET MONTEIRO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : NICOLAU PATTI NETOADV.(A/S) : ALFREDO LUÍS ALVES E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.843-8 (46)PROCED. : ALAGOASORIGEM : AIRR - 896200600219417 - TSTRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : FUNDAÇÃO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL -

PETROSADV.(A/S) : RENATO LÔBO GUIMARÃES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ISMAR MOURA SOUTO DA ROCHAADV.(A/S) : MARCUS MARCELO MOURA DA ROCHAAGDO.(A/S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRASADV.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS MOTTA LINS E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.844-5 (47)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : AIRR - 792200602003409 - TSTRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : BANCO RURAL S/AADV.(A/S) : NILTON CORREIA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : RENATA CRISTINA SIERVI DO CARMOADV.(A/S) : RENATO SENNA ABREU E SILVA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : PEDRO LOPES RAMOS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.847-7 (48)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : AC - 20070110564272 - TJE

RELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : VALTER DA SILVA AGUIARADV.(A/S) : MÁRIO DE ALMEIDA COSTA NETO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : LUIZ CARLOS CAMARGOSADV.(A/S) : KELEN CRISTINA ARAÚJO RABELO E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.850-2 (49)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : AC - 20070110005008 - TJERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MARIA RUTH JESUS MAGALHÃESADV.(A/S) : ROBERTO GOMES FERREIRA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.852-7 (50)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : RMS - 200200870681 - STJRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : VILMAR GOMES DA SILVAADV.(A/S) : NELSON SOARES DE OLIVEIRA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.853-4 (51)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 8037785200 - TJERELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : CELSO CALLEGARI DA SILVA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : CELIA MOLLICA VILLAR

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.855-9 (52)PROCED. : SANTA CATARINAORIGEM : PROC - 92628 - STJRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : TASSIO PEREIRA INÁCIOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOINTDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLISSUSTE.(S) : JUÍZO FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA

SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SANTA CATARINASUSDO.(A/S) : JUÍZO FEDERAL DA 1ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA

DO ESTADO DE SANTA CATARINA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.856-6 (53)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AIRR - 1002199900515000 - TSTRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : PETROBRÁS DISTRIBUIDORA S/AADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO MAIA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : DERMEVAL CENCHIADV.(A/S) : MARCELO BUENO GAIO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.857-3 (54)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : AC - 20020110352429 - TJERELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : FERNANDA MENDES DE ARAÚJOADV.(A/S) : WANDER PEREZ E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.858-1 (55)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : AI - 20050020081538 - TJERELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALAGTE.(S) : DFTRANS - TRANSPORTE URBANO DO DISTRITO

FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSAGDO.(A/S) : SINDICATO DOS PERMISSIONÁRIOS DO SISTEMA DE

TRANSPORTE PÚBLICO ALTERNATIVO DO DISTRITO FEDERAL - SINTRAFE

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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ADV.(A/S) : PLAUTRO MOREIRA DA CRUZAGDO.(A/S) : FEDERAÇÃO DAS COOPERATIVAS DOS

PROFFISSIONAIS AUTÔNOMOS DE TRANSPORTES ALTERNATIVOS DE BRASÍLIA E DISTRITO FEDERAL - FECOOTAB/DF

ADV.(A/S) : RONILDO LOPES DO NASCIMENTO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.859-8 (56)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : RELEIT - 34303 - TSERELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : COLIGAÇÃO CABO FRIO UM SÓ CORAÇÃO

(PTB/DEM/PTDOB/PSC/PSB/PSDB/PP/PHS/PPS/PRB)ADV.(A/S) : DANIANE MÂNGIA FURTADO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ALAIR FRANCISCO CORRÊAADV.(A/S) : BRUNO CALFAT E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.860-9 (57)PROCED. : SANTA CATARINAORIGEM : PROC - 99409 - STJRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ANDREY PIERRI DA SILVAADV.(A/S) : LUIZ CARLOS ZACCHI E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PALHOÇA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.863-1 (58)PROCED. : SANTA CATARINAORIGEM : CC - 100887 - STJRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ADÉLIA SERBEIN DE OLIVEIRAADV.(A/S) : LUCINEIA APARECIDA DE OLIVEIRAINTDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.864-8 (59)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AIRR - 2019200337202403 - TSTRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : SÉ SUPERMERCADOS LTDAADV.(A/S) : URSULINO SANTOS FILHO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MARCOS RODRIGO LIMAADV.(A/S) : EDU MONTEIRO E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.866-2 (60)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : AC - 70027036094 - TJERELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : CARLOS CÉSAR DA SILVA MARÇAL E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ALEX TONATTO DA SILVA E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.867-0 (61)PROCED. : SANTA CATARINAORIGEM : PROC - 100322 - STJRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : CIONI DE SOUZA FERNANDESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOSUSTE.(S) : JUÍZO FEDERAL DA 2ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA

DE SANTA CATARINASUSDO.(A/S) : JUÍZO FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA

SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SANTA CATARINAINTDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINAINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.868-7 (62)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : APCRIM - 200471080057390 - TRF

RELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : RAUL PETRYADV.(A/S) : ADILSON AIRES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.869-4 (63)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : PROC - 20087000410868 - TR.CÍVEL E CRIMRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : BANCO DAYCOVAL S/AADV.(A/S) : FERNANDO JOSÉ GARCIA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : XX JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DO RIO

DE JANEIROINTDO.(A/S) : ALEXANDRE LINS DE SOUZA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.870-5 (64)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : PROC - 20097000146316 - TR.CÍVEL E CRIMRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BANCO SANTANDER S/AADV.(A/S) : CARLA FABIANA RODRIGUES DA SILVA E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : MARCELO PIRES DE SOUZAADV.(A/S) : MARCELO PIRES DE SOUZA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.871-2 (65)PROCED. : PARANÁORIGEM : APCRIM - 200170000034960 - TRFRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : ÉZIO LUIZ CALLIARIADV.(A/S) : RUBENS ALMEIDA PASSOS DE FREITAS E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.872-0 (66)PROCED. : GOIÁSORIGEM : APCRIM - 200135000134682 - TRFRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ANTÔNIO CARDOSO JÚNIORADV.(A/S) : ADILSON RAMOS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.879-1 (67)PROCED. : RIO GRANDE DO NORTEORIGEM : AC - 20080120973 - TJERELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTEAGDO.(A/S) : DAMIÃO FREIRE DO NASCIMENTOADV.(A/S) : VLADIMIR GUEDES DE MORAIS

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.880-1 (68)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : AC - 20060110666832 - TJERELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : LEONOR MENDES ANJOSADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

E TERRITÓRIOSAGDO.(A/S) : PAULO EDUARDO DUBIEL DE SOUZAADV.(A/S) : ADRIANA MAGALHÃES ROSA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.881-9 (69)PROCED. : PARANÁORIGEM : AC - 4614517 - TJERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE LONDRINAADV.(A/S) : ANA LÚCIA BOHMANN E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : JOAQUINA PEREIRA CHAGASADV.(A/S) : JOSÉ ARTUR DE ALMEIDA E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.882-6 (70)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : APCRIM - 70022903264 - TJERELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : GETULIO VARGASADV.(A/S) : ERNANI VILLELA NELSISAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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RIO GRANDE DO SUL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.886-5 (71)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : PROC - 20097000180804 - TR.CÍVEL E CRIMRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : BANCO SANTANDER BRASIL S/AADV.(A/S) : FERNANDO AUGUSTO DE FARIA CORBOADV.(A/S) : MÁRCIO ALEXANDRE AGUIAR MADUREIRAADV.(A/S) : WILSON SILVA WAISE FILHOAGDO.(A/S) : JOÃO ANGELO THEODOROADV.(A/S) : JACQUELINE HELENA DA CRUZ

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.887-2 (72)PROCED. : RORAIMAORIGEM : RESP - 982811 - STJRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : ESTADO DE RORAIMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMAAGDO.(A/S) : WILSON BARBOSA DA SILVAADV.(A/S) : JOSE CARLOS BARBOSA CAVALCANTE

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.891-5 (73)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : AC - 20010110849854 - TJERELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : ROBERVAL DE ARAÚJOAGDO.(A/S) : ADAMILTON RODRIGUES DA SILVAADV.(A/S) : GILSON DA SILVA VIANA E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.892-2 (74)PROCED. : MARANHÃOORIGEM : HC - 200801000038871 - TRFRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : HUMBERTO DE LIMA COELHOADV.(A/S) : FERNANDA SEREJO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ARMANDO SEREJO

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.895-4 (75)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : AC - 70025314808 - TJERELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : PLAUTO EVANGELHO RUCHIGAADV.(A/S) : MARILIA PINHEIRO MACHADO BUCHABQUI E OUTRO

(A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.897-9 (76)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : APCRIM - 200204010052765 - TRFRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : CARLOS DOMINGOS POLETTOADV.(A/S) : DANIELA RESENDE MOURA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.899-3 (77)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : AC - 70025390584 - TJERELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE IGREJINHAADV.(A/S) : ROBERTO CHIELE E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULINTDO.(A/S) : JUIZA DE DIREITO DA 6ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA

DO FORO CENTRAL

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.903-8 (78)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : AC - 70024258402 - TJERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : MARIA WEILER

ADV.(A/S) : MATEUS DE CARVALHO NEVES DA FONTOURA E OUTRO (A/S)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.904-5 (79)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : PROC - 200600902324 - TJERELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE MAGÉPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MAGÉAGDO.(A/S) : ALFREDO IZAIAS BRANDÃO FILHOADV.(A/S) : KELLY MARTINS RAMOS

HABEAS CORPUS 100.943-7 (80)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : HC - 123122 - STFRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : CLAUDIO CABRAL DOS SANTOSIMPTE.(S) : THIAGO MIRANDA MINAGÉCOATOR(A/S)(ES) : TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL

DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

HABEAS CORPUS 100.944-5 (81)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : HC - 122903 - STFRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : DÁRIO ARACANJO EVANGELISTAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.945-3 (82)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 123308 - STFRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : ADRIANA DA SILVAPACTE.(S) : FERNANDA JAQUELINE DA SILVAIMPTE.(S) : WILLEY LOPES SUCASAS E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 143.979 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.946-1 (83)PROCED. : GOIÁSORIGEM : HC - 122802 - STFRELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : PAULO ANSELMO BRILHANTEIMPTE.(S) : DIVALDO THEÓPHILO DE OLIVEIRA NETTO E OUTRO

(A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.947-0 (84)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 122816 - STFRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEPACTE.(S) : ISRAEL MARCELINO DA SILVAIMPTE.(S) : ISRAEL MARCELINO DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DE

PEDERNEIRAS

HABEAS CORPUS 100.948-8 (85)PROCED. : PARANÁORIGEM : HC - 123259 - STFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : JANETE FERNANDES DA SILVA BOTTER OU JANETE

FERNANDES DA SILVA DALAGNOLIMPTE.(S) : FRANCISCO DE ASSIS RÊGO MONTEIRO ROCHA

JÚNIORCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 132997 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.949-6 (86)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 123312 - STFRELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : RODRIGO PEREIRA FÉLIXIMPTE.(S) : JOÃO CARLOS PEREIRA FILHOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 145.162 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.950-0 (87)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 123412 - STFRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : JULIANO CÉSAR DEMÍLIO PEREZ

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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IMPTE.(S) : JOSÉ CÉSAR PEDRINICOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 148.924 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.951-8 (88)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 123338 - STFRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : ROBSON WILLIAN AMOROSOIMPTE.(S) : JOÃO CARLOS PEREIRA FILHOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 145.161 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.952-6 (89)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : HC - 123385 - STFRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : RICARDO ANDRADE TORALESIMPTE.(S) : JADER MARQUES E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

HABEAS CORPUS 100.953-4 (90)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : HC - 123519 - STFRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEPACTE.(S) : ELIZEU DE ALMEIDA LUCASIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.954-2 (91)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : HC - 123602 - STFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : ALCEMIRO ALUCIANO RIBEIROIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.955-1 (92)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 123719 - STFRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : CARLOS ROBERTO DA LAVRAIMPTE.(S) : AHMAD LAKIS NETO E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇACOATOR(A/S)(ES) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

HABEAS CORPUS 100.956-9 (93)PROCED. : MATO GROSSOORIGEM : HC - 123666 - STFRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEPACTE.(S) : JONILSON RODRIGUES PORTOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MATO

GROSSOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.957-7 (94)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 123694 - STFRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : ROBERTO ROCHA BRAGA DENADAIIMPTE.(S) : BRUNO MARCONCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 95231 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

HABEAS CORPUS 100.958-5 (95)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : HC - 123672 - STFRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : WAGNER COSTAIMPTE.(S) : CAMILO LELIS FELIPE CURYCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 147.223 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

INQUÉRITO 2.477-5 (96)PROCED. : CEARÁORIGEM : INQ - 1417 - TRFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLO

AUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINDIC.(A/S) : MANOEL SALVIANO SOBRINHOADV.(A/S) : EDUARDO ANTÔNIO LUCHO FERRÃO E OUTROSADV.(A/S) : PAULO BAETA NEVES

REDISTRIBUÍDO

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.945-2 (97)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 122770 - STFRELATOR :MIN. EROS GRAUIMPTE.(S) : CARLOS OTÁVIO CORSOADV.(A/S) : LARISSA F MACIEL LONGO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : PRISCILA ZAMBERLANADV.(A/S) : RODRIGO FAUTH ARIOTTIADV.(A/S) : FÁBIO STEFANIIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOS

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.946-1 (98)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 122774 - STFRELATOR :MIN. EROS GRAUIMPTE.(S) : FLÁVIO CIULLA BOHMGAHRENADV.(A/S) : LARISSA F MACIEL LONGO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : FÁBIO STEFANIADV.(A/S) : RODRIGO FAUTH ARIOTTIADV.(A/S) : PRISCILA ZAMBERLANIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOS

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.947-9 (99)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 122750 - STFRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEIMPTE.(S) : MARILIA CORREA DE CORREAADV.(A/S) : LARISSA FIALHO MACIEL LONGO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : FÁBIO STEFANIADV.(A/S) : RODRIGO FAUTH ARIOTTIADV.(A/S) : PRISCILA ZAMBERLANIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOS

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.948-7 (100)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 122737 - STFRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : CLÓVIS FERNANDO VOGTADV.(A/S) : LARISSA FIALHO MACIEL LONGO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : FÁBIO STEFANIADV.(A/S) : RODRIGO FAUTH ARIOTTIADV.(A/S) : PRISCILA ZAMBERLANIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOS

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.949-5 (101)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 122742 - STFRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEIMPTE.(S) : PÉRICLES BARBATOADV.(A/S) : LARISSA FIALHO MACIEL LONGO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : FÁBIO STEFANIADV.(A/S) : RODRIGO FAUTH ARIOTTIADV.(A/S) : PRISCILA ZAMBERLANIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOS

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.950-9 (102)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 123265 - STFRELATOR :MIN. EROS GRAUIMPTE.(S) : JANETH RIBEIRO DO COUTO COCCO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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ADV.(A/S) : GERALDO JÉSUS ARAÚJO TEIXEIRAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.951-7 (103)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 123269 - STFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : IVANIR MELLO DA SILVAADV.(A/S) : JÚLIO CÉSAR DO MONTEIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOS

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.952-5 (104)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 123266 - STFRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : CONSELHO REGIONAL DE TÉCNICOS EM

RADIOLOGIA DA 4ª REGIÃOADV.(A/S) : JÚLIO CÉSAR DO MONTEIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : CÂMARA DOS DEPUTADOS

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.953-3 (105)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 122764 - STFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : JORGE LUIZ DALLPOSSOADV.(A/S) : LEONICE CHIES KAFER E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : VIVIANE PIACENTINIIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO SENADO FEDERALIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

MANDADO DE INJUNÇÃO 1.954-1 (106)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MI - 122724 - STFRELATOR :MIN. EROS GRAUIMPTE.(S) : ALEXANDRE RODRIGUES DOS SANTOSADV.(A/S) : CARLOS EDUARDO REIS CLETO E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOIMPDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONALLIT.PAS.(A/S) : VALE S/A (NOVA DENOMINAÇÃO DE COMPANHIA

VALE DO RIO DOCE-CVRD)

MANDADO DE SEGURANÇA 28.290-8 (107)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MS - 123405 - STFRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOIMPTE.(S) : CRISTIANO DE CASTRO DAYRELLADV.(A/S) : OTAVIO BATISTA ARANTES DE MELLOIMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

(PROCEDIMENTOS DE CONTROLE ADMINISTRATIVO Nº S 200910000019365 E 200910000024415)

MANDADO DE SEGURANÇA 28.291-6 (108)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MS - 123446 - STFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : EDSON LUIZ DUARTE DIASADV.(A/S) : JOÃO ROBERTO EGYDIO PIZA FONTES E OUTRO

(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

(RESOLUÇÃO Nº 80 DE 09/06/2009)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 28.292-4 (109)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MS - 123458 - STFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : FAUZER SCAFF JUNIORADV.(A/S) : JOÃO ROBERTO EGYDIO PIZA FONTES E OUTRO

(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

(RESOLUÇÃO Nº 80, DE 09/06/2009)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

MANDADO DE SEGURANÇA 28.293-2 (110)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : MS - 123451 - STFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOIMPTE.(S) : LUIZ WAGNER DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JOÃO ROBERTO EGYDIO PIZA FONTES E OUTRO

(A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

(RESOLUÇÃO Nº 80 DE 09/06/2009)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECLAMAÇÃO 9.112-1 (111)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : RCL - 122964 - STFRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : LUIZ EDUARDO AURICCHIO BOTTURAADV.(A/S) : FABRÍCIO DOS SANTOS GRAVATA E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : DELEGADO DE POLÍCIA DO GRUPO DE

INTELIGÊNCIA E ATUAÇÃO NO COMPATE ÀS FACÇÕES CRIMINOSAS DA DICCPAT/DEIC DE SÃO PAULO (INQUÉRITOS POLICIAIS NºS 5/2008 E 72/2009)

RECLAMAÇÃO 9.114-7 (112)PROCED. : AMAZONASORIGEM : RCL - 123173 - STFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : MUNICÍPIO DE COARIPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE COARIRECLDO.(A/S) : JÚIZA DE DIREITO DA 1ª VARA DA COMARCA DE

COARI (AÇÃO CIVIL PÚBLICA CAUTELAR Nº 109.2009.000.557-9)

INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS

RECLAMAÇÃO 9.115-5 (113)PROCED. : PARÁORIGEM : RCL - 123262 - STFRELATOR :MIN. EROS GRAURECLTE.(S) : IRACY DE ALMEIDA GALLO RITZMANNRECLTE.(S) : IVANISE COELHO GASPARIMADV.(A/S) : EGÍDIO MACHADO SALES FILHO E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA

DA COMARCA DE BELÉM (AÇÃO CAUTELAR Nº 2009.1.060481-5 E AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº 2009.1.065619-7)

INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARÁINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : ELY BENEVIDES SOUSA FILHOINTDO.(A/S) : FERNANDO JORGE DE AZEVEDOINTDO.(A/S) : CARLOS AUGUSTO DE PAIVA LÉDOINTDO.(A/S) : DOUBLE M COMUNICAÇÃO LTDAINTDO.(A/S) : CARLOS ANDRÉ LEAL MOREIRAINTDO.(A/S) : FÁBIO JUAN DIEGO CORREA LOPEZINTDO.(A/S) : JOÃO CARLOS LEAL MOREIRAINTDO.(A/S) : MAURÍCIO LEAL MOREIRA

RECLAMAÇÃO 9.116-3 (114)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : RCL - 123372 - STFRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECLTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.156413-0)INTDO.(A/S) : GIULIANO AUGUSTO DE LARAINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECLAMAÇÃO 9.117-1 (115)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : RCL - 123318 - STFRELATOR :MIN. CARLOS BRITTO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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RECLTE.(S) : ROBERTO FERREIRAADV.(A/S) : DERMEVAL DOS SANTOSRECLDO.(A/S) : VICE-PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE

JUSTIÇA (AGRE NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 900.353)

INTDO.(A/S) : EMPRESA DE COMUNICAÇÃO VITAL BRASIL LTDAADV.(A/S) : SANDERLEI SANTOS SAPUCAIA E OUTRO (A/S)

RECLAMAÇÃO 9.118-0 (116)PROCED. : PARÁORIGEM : RCL - 123261 - STFRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : ANTONIO PEDRO MARTINS NETOADV.(A/S) : EGÍDIO MACHADO SALES FILHO E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 12ª VARA DO TRABALHO DE

BELÉM (PROCESSO Nº 01572-2006-012-08-00-6)INTDO.(A/S) : MARIA ASSUNÇÃO PACHECOADV.(A/S) : ADRIANA AQUINO DE MIRANDA POMBO E OUTRO

(A/S)INTDO.(A/S) : MÁRIO ANTÔNIO DE OLIVEIRA MARTINSADV.(A/S) : RAIMUNDO JORGE SANTOS DE MATOS

RECLAMAÇÃO 9.119-8 (117)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : RCL - 123368 - STFRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECLTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR-PÚBLICO GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.106578-9)INTDO.(A/S) : JHONATAN DE BARROS AQUINOINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECLAMAÇÃO 9.120-1 (118)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : RCL - 123370 - STFRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECLTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.149145-1)INTDO.(A/S) : MARCOS EDUARDO GERATOINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECLAMAÇÃO 9.121-0 (119)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : RCL - 123367 - STFRELATOR :MIN. EROS GRAURECLTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR-PÚBLICO GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.176525-0)INTDO.(A/S) : RENATO LOPES DA ROCHA CUNHAINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECLAMAÇÃO 9.122-8 (120)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : RCL - 123369 - STFRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECLTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR-PÚBLICO GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.124575-2)INTDO.(A/S) : WAGNER APARECIDO DO NASCIMENTOINTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

RECLAMAÇÃO 9.123-6 (121)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : RCL - 123658 - STFRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : UNIÃO

ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECLDO.(A/S) : JUÍZA DO TRABALHO DA 10ª VARA DO TRABALHO DE

PORTO ALEGRE (PROCESSO Nº 00074.010/97-2)INTDO.(A/S) : ERRIDISON DA COSTA CARDOSOADV.(A/S) : OSCAR JOSÉ PLENTZ NETO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 486.776-1 (122)PROCED. : RIO DE JANEIROORIGEM : AC - 200351010091359 - TRFRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : CASA DA MOEDA DO BRASIL - CMBADV.(A/S) : MÁRCIO DEITOS E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : JORGE VIEIRA DE ABREUADV.(A/S) : SANDRA REGINA DE CARVALHO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 563.557-1 (123)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : EIAPCRIM - 70006250583 - TJERELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : VALDOMIRO FLORESADV.(A/S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO

REDISTRIBUÍDO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.198-8 (124)PROCED. : AMAZONASORIGEM : MS - 20040018525 - TJERELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : FUNDO PREVIDENCIÁRIO DO ESTADO DO

AMAZONAS - AMAZONPREVADV.(A/S) : FÁBIO MARTINS RIBEIRO E OUTRO (A/S)RECTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASADV.(A/S) : PGE-AM - ABRAHAM NISSIM BENOLIELRECDO.(A/S) : MARIA DOS REMÉDIOS VARELA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : MARIA DO ROSÁRIO FILARDI DA SILVA E OUTRO

(A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.496-6 (125)PROCED. : ESPÍRITO SANTOORIGEM : APCRIM - 273208 - CRJECÍVELRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : MARCELO TOLEDO JACOBRECTE.(S) : MAURÍCIO TOLEDO JACOBADV.(A/S) : MILTRO JOSÉ DALCAMIN E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTO

REDISTRIBUÍDO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.573-3 (126)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 6018315200 - TJERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : EDMAR SCUDELLER BELLOTIADV.(A/S) : CRISTIANE GARCIA FRANCO BELLOTIRECDO.(A/S) : CAIXA BENEFICENTE DA POLÍCIA MILITAR DO

ESTADO DE SÃO PAULO - CBPMADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.453-8 (127)PROCED. : DISTRITO FEDERALORIGEM : AC - 20070110747847 - TJERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : GUILHERME FRANCISCO ROSA MACHADO E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : VALTER FERREIRA XAVIER FILHO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.454-6 (128)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : PROC - 3308 - CRJECÍVELRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECTE.(S) : ALESSANDER MARCONDES FRANÇA RAMOSADV.(A/S) : SIMONE SILVA MELCHERRECDO.(A/S) : VIVO S/AADV.(A/S) : WILLIAN MARCONDES SANTANA E OUTRO (A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.458-9 (129)PROCED. : SÃO PAULO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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ORIGEM : EIAC - 4228855501 - TJERELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : CONFEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DO

BRASIL - CNAADV.(A/S) : JULIANA CANAAN ALMEIDA DUARTE MOREIRA E

OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : MANSUETO VENDRAMEADV.(A/S) : NOEL FRANCISCO JUNQUEIRA E OUTRO (A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.459-7 (130)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : HC - 126408 - STJRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : FRANCISCO MARCELINO DE FREITAS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.460-1 (131)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : APCRIM - 10073010035068001 - TJERELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : CARLOS MAGNO NARCISOADV.(A/S) : ALVACY KASSYS DA SILVA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISINTDO.(A/S) : JAIME DE ANDRADE OLIVEIRA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.461-9 (132)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : APCRIM - 1034839350000000 - TJERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULORECDO.(A/S) : ALEXANDRE DOMINGOS BATISTAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE

SERGIPE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.462-7 (133)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 5853005500 - TJERELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : ELIZABETH DE FATIMA PERESTRELOADV.(A/S) : ANTONIA DELFINA NATH E OUTRO (A/S)

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.463-5 (134)PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : APCRIM - 200171130021371 - TRFRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : IVANOR ANTONIO FERROADV.(A/S) : GILMAR DUARTERECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : LEONEL MARTINS XAVIERADV.(A/S) : SIDNEY TICIANIINTDO.(A/S) : RENATO JOSE GABANAADV.(A/S) : OLAVO CRESTANIINTDO.(A/S) : RENATO VARGAS MICHELINADV.(A/S) : GIANCARLO ZANETTE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.464-3 (135)PROCED. : SÃO PAULOORIGEM : AC - 2402485000 - TJERELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : EMA REGINA PENTERICH E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MARIANGELA SANTOS MACHADO BRITA E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : CLAUDIA PRETURLAN CEZARRECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTO

ANDRÉ

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.465-1 (136)

PROCED. : RIO GRANDE DO SULORIGEM : HC - 70027074400 - TJERELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULRECDO.(A/S) : ITAGUASSU BORGES PINHEIRORECDO.(A/S) : FÁBIO BOEIRA

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.466-0 (137)PROCED. : CEARÁORIGEM : APCRIM - 20060010672060 - TJERELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

CEARÁRECDO.(A/S) : FRANCISCO DE ASSIS MOURA DA COSTAADV.(A/S) : HILÁRIO DE MELO TORQUATO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.467-8 (138)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : AC - 10024043246586002 - TJERELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : ALEXANDRE DE OLIVEIRA SIMÃOADV.(A/S) : MOISÉS ELIAS PEREIRA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DISTRIBUÍDO POR PREVENÇÃO

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.469-4 (139)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : AC - 10024056972219001 - TJERELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : VICENTE INÁCIO ROSAADV.(A/S) : ALBERTO BOTELHO MENDES E OUTRO (A/S)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.470-8 (140)PROCED. : MINAS GERAISORIGEM : AC - 10024060333077001 - TJERELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : RINA MÓVEIS LTDAADV.(A/S) : MARIA CLEUSA DE ANDRADE E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : HAÉCIO FLÁVIO DE SOUZA LAGES E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

MINISTRO DISTR REDIST TOT

MIN. CELSO DE MELLO 18 3 21

MIN. MARCO AURÉLIO 15 0 15

MIN. ELLEN GRACIE 14 0 14

MIN. CEZAR PELUSO 14 0 14

MIN. CARLOS BRITTO 11 1 12

MIN. JOAQUIM BARBOSA 14 1 15

MIN. EROS GRAU 17 0 17

MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 15 0 15

MIN. CÁRMEN LÚCIA 17 0 17

TOTAL 135 5 140

Nada mais havendo, foi encerrada a presente Ata de Distribuição. MARY ELLEN GLEASON GOMIDE MADRUGA, Coordenadora de Processamento Inicial, ROSEMARY DE ALMEIDA, Secretária Judiciária.

Brasília, 2 de outubro de 2009.

DECISÕES E DESPACHOS

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 585.943-6 (141)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : COOPERATIVA DE ECONOMIA E CRÉDITO MÚTUO

GERMER LTDA - CREDIGER

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 11

ADV.(A/S) : JANE APARECIDA STEFANES DOMINGUES E OUTRO (A/S)

RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: O Ministro Joaquim Barbosa encaminhou estes autos com o seguinte despacho (fl. 542):

Compulsando os autos, verifico que da decisão que deu provimento ao recurso especial foi interposto Agravo de Instrumento, conforme certidão de fls. 538.

Acredito que o mencionado agravo de instrumento seja o AI 548377, distribuído à relatoria da Ministra Cármen Lúcia em 02.03.2007.

Assim, em face de possível prevenção (art. 69, § 3º, do RISTF), encaminhem-se os autos à Presidência da Corte para que se apure a necessidade de eventual redistribuição.

À vista da citada manifestação, a Secretaria Judiciária informou (fl. 544):

Em atenção ao despacho de fl. 542, pedimos vênia para informar a Vossa Excelência que, por equívoco da Seção de Recebimento e Autuação de Processos, deixou de ser apontada prevenção para o Agravo de Instrumento n.º 548377, distribuído a Excelentíssima Ministra Cármen Lúcia, em 2.3.2007, que, em 18.8.2009, exarou despacho dando provimento ao agravo e admitindo o recurso extraordinário que teve como origem o RESP 507149.

Outrossim, os presentes autos, admitidos na origem, tem como acórdão recorrido os Embargos Infringentes na AC 200072000010139, que deram origem ao mencionado Recurso Especial.

O AI 548377 foi distribuído à Ministra Cármen Lúcia, em 14.6.2005, antes, portanto, da distribuição deste recurso, que tem a mesma origem e foi distribuído em 8.5.2008. Referido agravo foi provido por decisão monocrática da Ministra Cármen Lúcia, que está preventa para o conhecimento deste recurso (art. 69, RISTF).

Ante o exposto, determino a redistribuição dos presentes autos à Ministra Cármen Lúcia.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

PROCESSOS DE COMPETÊNCIA DA PRESIDÊNCIA

AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.623-2 (142)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALAGDO.(A/S) : AGNES MARIA DO SOCORRO SILVA MENEGUELLI E

OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : OSWALDO ESTEVES DOS REISAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Ao apreciar o recurso, neguei-lhe seguimento por entender que o recurso extraordinário se encontra intempestivo.

Reconsidero a decisão agravada e determino à Secretaria que proceda ao regular trâmite do feito.

Publique-se.Brasília, 9 de fevereiro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente.

AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.912-6 (143)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : OBERDAN REIS DE JESUS SANTOS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ADRIANA A SANTOS SOBRAL E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Ao apreciar o recurso, julguei-o prejudicado, em face do provimento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça.

Reconsidero a decisão agravada e determino à Secretaria que proceda ao regular trâmite do feito.

Publique-se.Brasília, 5 de fevereiro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente.

AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.413-3 (144)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : DOCEPAR S/AADV.(A/S) : JOÃO MARCOS COLUSSI E OUTRO (A/S)

AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Ao apreciar o recurso, julguei-o prejudicado, em face do provimento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça.

Reconsidero a decisão agravada e determino à Secretaria que proceda ao regular trâmite do feito.

Publique-se.Brasília, 1º de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente.

AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.427-3 (145)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : UBIRAJARA AMARAL TEIXEIRAADV.(A/S) : PAULA MALUF TEIXEIRA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Ao apreciar o recurso, julguei-o prejudicado, em face do provimento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça.

Reconsidero a decisão agravada e determino à Secretaria que proceda ao regular trâmite do feito.

Publique-se.Brasília, 1º de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente.

AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.620-9 (146)PROCED. : PARANÁRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEAGTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : LUCIA ANA LAZOF E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : WOBERTO & CIA LTDAADV.(A/S) : OMIRES PEDROSO DO NASCIMENTO E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: Ao apreciar o recurso, julguei-o prejudicado, em face do provimento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça.

Reconsidero a decisão agravada e determino à Secretaria que proceda ao regular trâmite do feito.

Publique-se.Brasília, 8 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente.

SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.955-5 (147)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASREQDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS

(MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2008.002310-5)IMPTE.(S) : ROMEU NOGUEIRA CAMPOS JÚNIORADV.(A/S) : PAULO LOBATO TEIXEIRA

DECISÃO: Trata-se de pedido de suspensão de segurança, formulado pelo Estado do Amazonas, com a finalidade de sustar os efeitos do acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça daquele Estado, nos autos do Mandado de Segurança 2008.002310-5.

A decisão impugnada assegurou ao impetrante a majoração da vantagem pessoal denominada “quintos”, a ele individualmente atribuída por meio do art. 82 da Lei Estadual n.º 1.762/86. Defende a tese do direito adquirido a esta vantagem pessoal a partir do momento em que completara o tempo legalmente previsto de exercício em função gratificada. Por conta disso, pede a atualização (REAJUSTE) da vantagem no valor atualmente pago às funções por ele outrora exercidas, quantum este fixado, segundo o impetrante, por intermédio da Lei Delegada n.º 001/2003.

A segurança foi concedida em acórdão que traz a seguinte fundamentação:

No que concerne ao caso específico trazido nestes autos, urge considerar que aos ocupantes do cargo de confiança de Presidente de Autarquia e Fundação, atualmente é pago o valor de R$ 11.000,00 (onze mil reais), sendo R$ 2.000,00 (dois) mil reais de vencimento e R$ 9.000,00 (nove mil reais) de representação, sendo que ao impetrante vem sendo realmente pago valor a menor (cf. contra-cheques de fls. 13/14), antes da supressão, pela impetrada, da aludida vantagem.

Ocorre que a autoridade impetrada, até a presente data, se recusa peremptoriamente em reajustar os vencimentos do impetrante, deixando de levar a efeito a revisão constitucional a que tem direito nos termos do art. 40,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 12

§ 8º, da Constituição Cidadã de 1988. Daí a razão da presente impetração. Contra essa decisão o Estado do Amazonas apresenta o presente

pedido de suspensão. Alega, em síntese, que a manutenção dessa decisão ensejaria grave lesão à ordem e à economia públicas, tudo somado ao potencial efeito multiplicador, caracterizando ameaça às finanças do Estado, além de significar manifesta contrariedade à ordem constitucional. Pede, ao final, a suspensão dos efeitos da decisão impugnada.

Decido.A base normativa que fundamenta o instituto da suspensão (Leis n.os

12.016/09, 8.437/92, 9.494/97 e art. 297 do RISTF) permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal, a fim de evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, suspenda a execução de decisões concessivas de segurança, de liminar ou de tutela antecipada, proferidas em única ou última instância, pelos tribunais locais ou federais, quando a discussão travada na origem for de índole constitucional.

Assim, é a natureza constitucional da controvérsia que justifica a competência do Supremo Tribunal Federal para apreciar o pedido de contracautela, conforme a pacificada jurisprudência desta Corte, destacando-se os seguintes julgados: Rcl-AgR 497, Rel. Carlos Velloso, DJ 6.4.2001; SS-AgR 2.187, Rel. Maurício Corrêa, DJ 21.10.2003; e SS 2.465, Rel. Nelson Jobim, DJ 20.10.2004.

No mandado de segurança originário, sustenta-se a tese do direito adquirido (art. 5º, XXXVI, da Constituição), acolhida pelo TJAM para atualizar a vantagem pleiteada. Não há dúvida, portanto, de que a matéria discutida na origem reveste-se de índole constitucional.

Feitas essas considerações preliminares, passo à análise do pedido, o que faço apenas e tão somente com base nas diretrizes normativas que disciplinam as medidas de contracautela. Ressalte-se, não obstante, que, na análise do pedido de suspensão de decisão judicial, não é vedado ao Presidente do Supremo Tribunal Federal proferir um juízo mínimo de delibação a respeito das questões jurídicas presentes na ação principal, conforme tem entendido a jurisprudência desta Corte, da qual se destacam os seguintes julgados: SS-AgR 846, Rel. Sepúlveda Pertence, DJ 29.5.96; SS-AgR 1.272, Rel. Carlos Velloso, DJ 18.5.2001.

O art. 15 da Lei n.º 12.016/09 autoriza o deferimento do pedido de suspensão de segurança concedida nas ações movidas contra o Poder Público ou seus agentes, a requerimento da pessoa jurídica de direito público interessada, para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas.

No caso, deve-se aplicar o entendimento pacificado por esta Corte de que a execução do acórdão em apreço, ao conceder a atualização de vantagens, antes do seu trânsito em julgado, configura grave lesão à ordem pública, por violação ao disposto no art. 15, caput, da Lei n.º 12.016/09.

Está demonstrada, ainda, a grave lesão à economia pública, consubstanciada na ausência de previsão orçamentária para as despesas em questão, que poderão comprometer a execução do orçamento estadual, diante da multiplicidade de ações sobre a mesma matéria que podem ser intentadas.

A corroborar tal entendimento, há reiterados julgados nesta Corte no mesmo sentido, dos quais se destacam os seguintes: SS 3.137, DJ 21.3.2007; SS-AgR 2.985, DJ 4.12.2006; SS-AgR 3.009, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.010, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.011, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.012, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.034, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.056, DJ 29.6.2007, todos de relatoria da Ministra Ellen Gracie, no período em que Sua Excelência exerceu a Presidência da Corte.

Finalmente, ressalte-se que os argumentos relacionados à existência de direito adquirido não são objeto de análise aprofundada no presente pedido de suspensão, porque dizem respeito ao mérito do mandado de segurança (SS-AgR 1.918, Rel. Maurício Corrêa, DJ 30.4.2004).

Ante o exposto, defiro o pedido para suspender a execução do acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, nos autos do Mandado de Segurança 2008.002310-5.

Publique-se.Comunique-se com urgência.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.956-3 (148)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASREQDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS

(MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2004.000907-0)IMPTE.(S) : ANTÔNIO ALVES PEREIRA SOARESADV.(A/S) : WAGNER DE OLIVEIRA VIEIRA

DECISÃO: Trata-se de pedido de suspensão de segurança, formulado pelo Estado do Amazonas, com a finalidade de sustar os efeitos do acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça daquele Estado, nos autos do Mandado de Segurança 2004.000907-0.

Na origem, pede o impetrante a atualização da gratificação pelo exercício de função comissionada, que se encontra incorporada aos seus

proventos, nas bases em que é paga aos atuais ocupantes de funções equivalentes às que exerceu.

A segurança foi concedida em acórdão que traz a seguinte fundamentação (fls. 87-89):

Os documentos acostados aos autos demonstram que o Impetrante aposentou-se com direito a perceber a vantagem AD-2, porém, se nega a autoridade impetrada a pagar-lhe o valor atual correspondente, ferindo frontalmente o direito líquido e certo daquele e afrontando, sem cerimônia, preceito constitucional. (...)

Pelo exposto, manifesto entendimento consoante com o Parecer Ministerial, confirmando a liminar deferida e concedendo a segurança impetrada, dada a pertinência do mandamus, determinando a inclusão nos proventos do Impetrante da vantagem no valor de R$ 1.500,00 (hum mil e quinhentos reais), referente ao símbolo AD-2, permanecendo insertas em seus proventos as demais gratificações, conforme seu decreto de aposentadoria, devendo a Autoridade Coatora providenciar a imediata atualização.

Contra essa decisão o Estado do Amazonas apresenta o presente pedido de suspensão. Alega, em síntese, que sua manutenção ensejaria grave lesão à ordem e à economia públicas, tudo somado ao potencial efeito multiplicador, caracterizando ameaça às finanças do Estado, além de significar manifesta contrariedade à ordem constitucional.

Decido.A base normativa que fundamenta o instituto da suspensão (Leis n.os

12.016/09, 8.437/92, 9.494/97 e art. 297 do RISTF) permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal, a fim de evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, suspenda a execução de decisões concessivas de segurança, de liminar ou de tutela antecipada, proferidas em única ou última instância, pelos tribunais locais ou federais, quando a discussão travada na origem for de índole constitucional.

Assim, é a natureza constitucional da controvérsia que justifica a competência do Supremo Tribunal Federal para apreciar o pedido de contracautela, conforme a pacificada jurisprudência desta Corte, destacando-se os seguintes julgados: Rcl-AgR 497, Rel. Carlos Velloso, DJ 6.4.2001; SS-AgR 2.187, Rel. Maurício Corrêa, DJ 21.10.2003; e SS 2.465, Rel. Nelson Jobim, DJ 20.10.2004.

No mandado de segurança originário, sustenta-se a tese do direito adquirido (art. 5º, XXXVI, da Constituição), acolhida pelo TJAM para atualizar a vantagem pleiteada. Não há dúvida, portanto, de que a matéria discutida na origem reveste-se de índole constitucional.

Feitas essas considerações preliminares, passo à análise do pedido, o que faço apenas e tão somente com base nas diretrizes normativas que disciplinam as medidas de contracautela. Ressalte-se, não obstante, que, na análise do pedido de suspensão de decisão judicial, não é vedado ao Presidente do Supremo Tribunal Federal proferir um juízo mínimo de delibação a respeito das questões jurídicas presentes na ação principal, conforme tem entendido a jurisprudência desta Corte, da qual se destacam os seguintes julgados: SS-AgR 846, Rel. Sepúlveda Pertence, DJ 29.5.96; SS-AgR 1.272, Rel. Carlos Velloso, DJ 18.5.2001.

O art. 15 da Lei n.º 12.016/09 autoriza o deferimento do pedido de suspensão de segurança concedida nas ações movidas contra o Poder Público ou seus agentes, a requerimento da pessoa jurídica de direito público interessada, para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas.

No caso, deve-se aplicar o entendimento pacificado por esta Corte de que a execução do acórdão em apreço, ao conceder a atualização de vantagens, antes do seu trânsito em julgado, configura grave lesão à ordem pública, por violação ao disposto no art. 15, caput, da Lei n.º 12.016/09.

Está demonstrada, ainda, a grave lesão à economia pública, consubstanciada na ausência de previsão orçamentária para as despesas em questão, que poderão comprometer a execução do orçamento estadual, diante da multiplicidade de ações sobre a mesma matéria que podem ser intentadas.

A corroborar tal entendimento, há reiterados julgados nesta Corte no mesmo sentido, dos quais se destacam os seguintes: SS 3.137, DJ 21.3.2007; SS-AgR 2.985, DJ 4.12.2006; SS-AgR 3.009, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.010, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.011, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.012, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.034, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.056, DJ 29.6.2007, todos de relatoria da Ministra Ellen Gracie, no período em que Sua Excelência exerceu a Presidência da Corte.

Finalmente, ressalte-se que os argumentos relacionados à existência de direito adquirido não são objeto de análise aprofundada no presente pedido de suspensão, porque dizem respeito ao mérito do mandado de segurança (SS-AgR 1.918, Rel. Maurício Corrêa, DJ 30.4.2004).

Ante o exposto, defiro o pedido para suspender a execução do acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, nos autos do Mandado de Segurança 2004.000907-0.

Publique-se.Comunique-se com urgência.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 13

SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.965-2 (149)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASREQDO.(A/S) : RELATOR DO MANDADO DE SEGURANÇA Nº

2005.004584-1 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS

IMPTE.(S) : CRISTINA MOTTA FERREIRA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ ELDAIR DE SOUZA MARTINS

DECISÃO: Trata-se de pedido de suspensão de segurança, formulado pelo Estado do Amazonas, com a finalidade de sustar os efeitos da liminar concedida pelo Tribunal de Justiça daquele Estado, nos autos do Mandado de Segurança 2005.004584-1.

A decisão impugnada concedeu aos impetrantes a incorporação da vantagem pessoal denominada “quintos”. Defende a tese do direito adquirido a esta vantagem pessoal a partir do momento em que completaram o tempo legalmente previsto de exercício em função gratificada. Por conta disso, pedem o pagamento da vantagem no valor correspondente às funções por eles outrora exercidas.

A liminar concedida traz o seguinte dispositivo (fls. 76-77):Ante o exposto, consoante a relevância dos fundamentos da

impetração e o perigo de ineficácia da ordem judicial, CONCEDO A LIMINAR requerida na exordial, para determinar ao setor competente da SEAD, providenciar a inclusão nos proventos da impetrante CRISTINA MOTTA FERREIRA a vantagem pessoal correspondente a 2/5 de Gerente da simbologia AD-2, no valor mensal de R$800,00 (oitocentos reais); e dos impetrantes IVANETE GOMES DE ALMEIDA e MEREDY JANILSON DA COSTA PIMENTEL, a vantagem pessoal correspondente a 1/5 de Gerente AD-2, no valor mensal de R$ 400,00 (quatrocentos reais), nos termos da inicial, a contar do presente mês.

Contra essa decisão o Estado do Amazonas apresenta o presente pedido de suspensão. Alega, em síntese, que a manutenção dessa decisão ensejaria grave lesão à ordem e à economia públicas, tudo somado ao potencial efeito multiplicador, caracterizando ameaça às finanças do Estado, além de significar manifesta contrariedade à ordem constitucional. Pede, ao final, a suspensão dos efeitos da decisão impugnada.

Decido.A base normativa que fundamenta o instituto da suspensão (Leis n.os

12.016/09, 8.437/92, 9.494/97 e art. 297 do RISTF) permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal, a fim de evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, suspenda a execução de decisões concessivas de segurança, de liminar ou de tutela antecipada, proferidas em única ou última instância, pelos tribunais locais ou federais, quando a discussão travada na origem for de índole constitucional.

Assim, é a natureza constitucional da controvérsia que justifica a competência do Supremo Tribunal Federal para apreciar o pedido de contracautela, conforme a pacificada jurisprudência desta Corte, destacando-se os seguintes julgados: Rcl-AgR 497, Rel. Carlos Velloso, DJ 6.4.2001; SS-AgR 2.187, Rel. Maurício Corrêa, DJ 21.10.2003; e SS 2.465, Rel. Nelson Jobim, DJ 20.10.2004.

No mandado de segurança originário, sustenta-se a tese do direito adquirido (art. 5º, XXXVI, da Constituição), acolhida pelo TJAM para conceder a vantagem pleiteada. Não há dúvida, portanto, de que a matéria discutida na origem reveste-se de índole constitucional.

Feitas essas considerações preliminares, passo à análise do pedido, o que faço apenas e tão somente com base nas diretrizes normativas que disciplinam as medidas de contracautela. Ressalte-se, não obstante, que, na análise do pedido de suspensão de decisão judicial, não é vedado ao Presidente do Supremo Tribunal Federal proferir um juízo mínimo de delibação a respeito das questões jurídicas presentes na ação principal, conforme tem entendido a jurisprudência desta Corte, da qual se destacam os seguintes julgados: SS-AgR 846, Rel. Sepúlveda Pertence, DJ 29.5.96; SS-AgR 1.272, Rel. Carlos Velloso, DJ 18.5.2001.

O art. 15 da Lei n.º 12.016/09 autoriza o deferimento do pedido de suspensão de segurança concedida nas ações movidas contra o Poder Público ou seus agentes, a requerimento da pessoa jurídica de direito público interessada, para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas.

No caso, deve-se aplicar o entendimento pacificado por esta Corte de que a execução do acórdão em apreço, ao conceder a vantagens, antes do seu trânsito em julgado, configura grave lesão à ordem pública, por violação ao disposto no art. 15, caput, da Lei n.º 12.016/09.

Está demonstrada, ainda, a grave lesão à economia pública, consubstanciada na ausência de previsão orçamentária para as despesas em questão, que poderão comprometer a execução do orçamento estadual, diante da multiplicidade de ações sobre a mesma matéria que podem ser intentadas.

A corroborar tal entendimento, há reiterados julgados nesta Corte no mesmo sentido, dos quais se destacam os seguintes: SS 3.137, DJ 21.3.2007; SS-AgR 2.985, DJ 4.12.2006; SS-AgR 3.009, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.010, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.011, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.012, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.034, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.056, DJ 29.6.2007, todos

de relatoria da Ministra Ellen Gracie, no período em que Sua Excelência exerceu a Presidência da Corte.

Finalmente, ressalte-se que os argumentos relacionados à existência de direito adquirido não são objeto de análise aprofundada no presente pedido de suspensão, porque dizem respeito ao mérito do mandado de segurança (SS-AgR 1.918, Rel. Maurício Corrêa, DJ 30.4.2004).

Ante o exposto, defiro o pedido para suspender a execução da liminar concedida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, nos autos do Mandado de Segurança 2005.004584-1.

Publique-se.Comunique-se com urgência.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.966-1 (150)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASREQDO.(A/S) : RELATOR DO MANDADO DE SEGURANÇA Nº

2006.003218-4 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS

IMPTE.(S) : MÁRCIA CARVALHO BARBOSAADV.(A/S) : ANTÔNIO IVAN OLIMPIO DA SILVA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de pedido de suspensão de segurança, formulado pelo Estado do Amazonas, com a finalidade de sustar os efeitos da liminar concedida pelo Tribunal de Justiça daquele Estado, nos autos do Mandado de Segurança 2006.003218-4.

Na origem, pede a impetrante a concessão da segurança para assegurar-lhe a “incorporação da vantagem pecuniária denominada adicional de quintos, fixada em 3/5 (três quintos), nos seus vencimentos, de acordo com as diretrizes dos incisos II, III, IV e V do § 3º do art. 1º do Decreto 30.306/99, transformada em Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada (VPNI) e a atualização decorrente de índice legal aplicável anualmente na revisão geral da remuneração dos servidores públicos estaduais; a concessão da segurança para o servidor fazer a opção pelo vencimento do cargo efetivo incluída a vantagem remuneratória de quintos, consoante a regra do artigo 83, inc. I, da Lei n.º 1.762/86” (fl. 55). Defende a tese do direito adquirido a esta vantagem pessoal a partir do momento em que completou o tempo legalmente previsto de exercício em função gratificada.

A liminar concedida traz o seguinte dispositivo (fl. 58):Ante o exposto, consoante a relevância dos fundamentos da

impetração e o perigo de ineficácia da ordem judicial, CONCEDO A LIMINAR requerida na exordial, para determinar ao setor competente da SEAD providenciar a revisão do valor de 3/5 (três quintos) incorporados na vantagem pessoal da impetrante, para o valor atualizado de R% 863,96 (oitocentos e sessenta e três reais e noventa centavos).

Contra essa decisão o Estado do Amazonas apresenta o presente pedido de suspensão. Alega, em síntese, que a manutenção dessa decisão ensejaria grave lesão à ordem e à economia públicas, tudo somado ao potencial efeito multiplicador, caracterizando ameaça às finanças do Estado, além de significar manifesta contrariedade à ordem constitucional. Pede, ao final, a suspensão dos efeitos da decisão impugnada.

Decido.A base normativa que fundamenta o instituto da suspensão (Leis n.os

12.016/09, 8.437/92, 9.494/97 e art. 297 do RISTF) permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal, a fim de evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, suspenda a execução de decisões concessivas de segurança, de liminar ou de tutela antecipada, proferidas em única ou última instância, pelos tribunais locais ou federais, quando a discussão travada na origem for de índole constitucional.

Assim, é a natureza constitucional da controvérsia que justifica a competência do Supremo Tribunal Federal para apreciar o pedido de contracautela, conforme a pacificada jurisprudência desta Corte, destacando-se os seguintes julgados: Rcl-AgR 497, Rel. Carlos Velloso, DJ 6.4.2001; SS-AgR 2.187, Rel. Maurício Corrêa, DJ 21.10.2003; e SS 2.465, Rel. Nelson Jobim, DJ 20.10.2004.

No mandado de segurança originário, sustenta-se a tese do direito adquirido (art. 5º, XXXVI, da Constituição), acolhida pelo TJAM para conceder a vantagem pleiteada. Não há dúvida, portanto, de que a matéria discutida na origem reveste-se de índole constitucional.

Feitas essas considerações preliminares, passo à análise do pedido, o que faço apenas e tão somente com base nas diretrizes normativas que disciplinam as medidas de contracautela. Ressalte-se, não obstante, que, na análise do pedido de suspensão de decisão judicial, não é vedado ao Presidente do Supremo Tribunal Federal proferir um juízo mínimo de delibação a respeito das questões jurídicas presentes na ação principal, conforme tem entendido a jurisprudência desta Corte, da qual se destacam os seguintes julgados: SS-AgR 846, Rel. Sepúlveda Pertence, DJ 29.5.96; SS-AgR 1.272, Rel. Carlos Velloso, DJ 18.5.2001.

O art. 15 da Lei n.º 12.016/09 autoriza o deferimento do pedido de suspensão de segurança concedida nas ações movidas contra o Poder

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 14

Público ou seus agentes, a requerimento da pessoa jurídica de direito público interessada, para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas.

No caso, deve-se aplicar o entendimento pacificado por esta Corte de que a execução do acórdão em apreço, ao conceder a atualização de vantagens, antes do seu trânsito em julgado, configura grave lesão à ordem pública, por violação ao disposto no art. 15, caput, da Lei n.º 12.016/09.

Está demonstrada, ainda, a grave lesão à economia pública, consubstanciada na ausência de previsão orçamentária para as despesas em questão, que poderão comprometer a execução do orçamento estadual, diante da multiplicidade de ações sobre a mesma matéria que podem ser intentadas.

A corroborar tal entendimento, há reiterados julgados nesta Corte no mesmo sentido, dos quais se destacam os seguintes: SS 3.137, DJ 21.3.2007; SS-AgR 2.985, DJ 4.12.2006; SS-AgR 3.009, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.010, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.011, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.012, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.034, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.056, DJ 29.6.2007, todos de relatoria da Ministra Ellen Gracie, no período em que Sua Excelência exerceu a Presidência da Corte.

Finalmente, ressalte-se que os argumentos relacionados à existência de direito adquirido não são objeto de análise aprofundada no presente pedido de suspensão, porque dizem respeito ao mérito do mandado de segurança (SS-AgR 1.918, Rel. Maurício Corrêa, DJ 30.4.2004).

Ante o exposto, defiro o pedido para suspender a execução da liminar concedida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, nos autos do Mandado de Segurança 2006.003218-4.

Publique-se.Comunique-se com urgência.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.968-7 (151)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASREQDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS

(MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2009.002973-9)IMPTE.(S) : BERNARDO WALTER LEMOS DE ALMEIDAADV.(A/S) : MARTHA MAFRA GONZALEZ

DECISÃO: Trata-se de pedido de suspensão de segurança, formulado pelo Estado do Amazonas, com a finalidade de sustar os efeitos da liminar concedida pelo Tribunal de Justiça daquele Estado, nos autos do Mandado de Segurança 2009.002973-9.

A decisão impugnada assegurou ao impetrante a majoração da vantagem pessoal denominada “quintos”. Defende a tese do direito adquirido a esta vantagem pessoal a partir do momento em que completou o tempo legalmente previsto de exercício em função gratificada. Por conta disso, pede a atualização (REAJUSTE) da vantagem no valor atualmente pago às funções por ele outrora exercidas.

A liminar foi concedida com a seguinte fundamentação (fl. 51):No caso em estudo, infiro que a fumaça do bom direito afigura-se

principalmente nas certidões de tempo de serviço e de função atualmente exercida correspondente a simbologia FG-2 (fls. 41 e 65, respectivamente), além dos contracheques acostados aos autos que demonstram o valor a menor percebido pelo impetrante.

Em se tratando de verba alimentícia, e obtendo êxito ao final do julgamento, a priori, tenho configurado o perigo na demora, que enseja a concessão da medida liminar ora pleiteada, visando a evitar mais prejuízos financeiros em desfavor do impetrante.

Ante o exposto, consoante a relevância dos fundamentos da impetração e o perigo de ineficácia da ordem judicial, CONCEDO A LIMINAR requerida na exordial, para determinar ao setor competente da SEAD, providenciar a inclusão nos proventos do impetrante BERNADO WALTER LEMOS DE ALMEIDA a vantagem pessoal correspondente a 5/5 (cinco quintos) de Subcomandante Intermediário da simbologia FG-2, a contar do mês em curso.

Contra essa decisão o Estado do Amazonas apresenta o presente pedido de suspensão. Alega, em síntese, que a manutenção dessa decisão ensejaria grave lesão à ordem e à economia públicas, tudo somado ao potencial efeito multiplicador, caracterizando ameaça às finanças do Estado, além de significar manifesta contrariedade à ordem constitucional. Pede, ao final, a suspensão dos efeitos da decisão impugnada.

Decido.A base normativa que fundamenta o instituto da suspensão (Leis n.os

12.016/09, 8.437/92, 9.494/97 e art. 297 do RISTF) permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal, a fim de evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, suspenda a execução de decisões concessivas de segurança, de liminar ou de tutela antecipada, proferidas em única ou última instância, pelos tribunais locais ou federais, quando a discussão travada na origem for de índole constitucional.

Assim, é a natureza constitucional da controvérsia que justifica a

competência do Supremo Tribunal Federal para apreciar o pedido de contracautela, conforme a pacificada jurisprudência desta Corte, destacando-se os seguintes julgados: Rcl-AgR 497, Rel. Carlos Velloso, DJ 6.4.2001; SS-AgR 2.187, Rel. Maurício Corrêa, DJ 21.10.2003; e SS 2.465, Rel. Nelson Jobim, DJ 20.10.2004.

No mandado de segurança originário, sustenta-se a tese do direito adquirido (art. 5º, XXXVI, da Constituição), acolhida pelo TJAM para atualizar a vantagem pleiteada. Não há dúvida, portanto, de que a matéria discutida na origem reveste-se de índole constitucional.

Feitas essas considerações preliminares, passo à análise do pedido, o que faço apenas e tão somente com base nas diretrizes normativas que disciplinam as medidas de contracautela. Ressalte-se, não obstante, que, na análise do pedido de suspensão de decisão judicial, não é vedado ao Presidente do Supremo Tribunal Federal proferir um juízo mínimo de delibação a respeito das questões jurídicas presentes na ação principal, conforme tem entendido a jurisprudência desta Corte, da qual se destacam os seguintes julgados: SS-AgR 846, Rel. Sepúlveda Pertence, DJ 29.5.96; SS-AgR 1.272, Rel. Carlos Velloso, DJ 18.5.2001.

O art. 15 da Lei n.º 12.016/09 autoriza o deferimento do pedido de suspensão de segurança concedida nas ações movidas contra o Poder Público ou seus agentes, a requerimento da pessoa jurídica de direito público interessada, para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas.

No caso, deve-se aplicar o entendimento pacificado por esta Corte de que a execução do acórdão em apreço, ao conceder a atualização de vantagens, antes do seu trânsito em julgado, configura grave lesão à ordem pública, por violação ao disposto no art. 15, caput, da Lei n.º 12.016/09.

Está demonstrada, ainda, a grave lesão à economia pública, consubstanciada na ausência de previsão orçamentária para as despesas em questão, que poderão comprometer a execução do orçamento estadual, diante da multiplicidade de ações sobre a mesma matéria que podem ser intentadas.

A corroborar tal entendimento, há reiterados julgados nesta Corte no mesmo sentido, dos quais se destacam os seguintes: SS 3.137, DJ 21.3.2007; SS-AgR 2.985, DJ 4.12.2006; SS-AgR 3.009, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.010, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.011, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.012, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.034, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.056, DJ 29.6.2007, todos de relatoria da Ministra Ellen Gracie, no período em que Sua Excelência exerceu a Presidência da Corte.

Finalmente, ressalte-se que os argumentos relacionados à existência de direito adquirido não são objeto de análise aprofundada no presente pedido de suspensão, porque dizem respeito ao mérito do mandado de segurança (SS-AgR 1.918, Rel. Maurício Corrêa, DJ 30.4.2004).

Ante o exposto, defiro o pedido para suspender a execução da liminar concedida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, nos autos do Mandado de Segurança 2009.002973-9.

Publique-se.Comunique-se com urgência.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.969-5 (152)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASREQDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS

(MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2004.004397-8)IMPTE.(S) : SORAYA PRAIA LEITEADV.(A/S) : INÁCIO DE J. B. CASTRO

DECISÃO: Trata-se de pedido de suspensão de segurança, formulado pelo Estado do Amazonas, com a finalidade de sustar os efeitos do acórdão pelo Tribunal de Justiça daquele Estado, nos autos do Mandado de Segurança 2004.004397-8.

A decisão impugnada assegurou à Impetrante a majoração da vantagem pessoal denominada “quintos”, a ela individualmente atribuída por meio do art. 82 da Lei Estadual n.º 1.762/86. Defende a tese do direito adquirido a esta vantagem pessoal a partir do momento em que completara o tempo legalmente previsto de exercício em função gratificada. Por conta disso, pede a atualização (REAJUSTE) da vantagem no valor atualmente pago às funções por ela outrora exercida, quantum este fixado, segundo o impetrante, por intermédio do Decreto n.º 23.219/03.

A segurança foi concedida em acórdão que traz a seguinte fundamentação (fl. 65):

Analisando os autos, constata-se a presença dos requisitos necessários para a concessão de medida de liminar, ou seja, a fumaça do bom direito e o perigo da demora, tendo em vista que a impetrante faz jus a mesma gratificação equivalente a de Gerente, AD-2, contando-se da data da impetração.

De conseguinte, concedo liminarmente a Segurança, como solicitado na fls. 12, contando-se da data da impetração.

Contra essa decisão o Estado do Amazonas apresenta o presente

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 15

pedido de suspensão. Alega, em síntese, que a manutenção dessa decisão ensejaria grave lesão à ordem e à economia públicas, tudo somado ao potencial efeito multiplicador, caracterizando ameaça às finanças do Estado, além de significar manifesta contrariedade à ordem constitucional. Pede, ao final, a suspensão dos efeitos da decisão impugnada.

Decido.A base normativa que fundamenta o instituto da suspensão (Leis n.os

12.016/09, 8.437/92, 9.494/97 e art. 297 do RISTF) permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal, a fim de evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, suspenda a execução de decisões concessivas de segurança, de liminar ou de tutela antecipada, proferidas em única ou última instância, pelos tribunais locais ou federais, quando a discussão travada na origem for de índole constitucional.

Assim, é a natureza constitucional da controvérsia que justifica a competência do Supremo Tribunal Federal para apreciar o pedido de contracautela, conforme a pacificada jurisprudência desta Corte, destacando-se os seguintes julgados: Rcl-AgR 497, Rel. Carlos Velloso, DJ 6.4.2001; SS-AgR 2.187, Rel. Maurício Corrêa, DJ 21.10.2003; e SS 2.465, Rel. Nelson Jobim, DJ 20.10.2004.

No mandado de segurança originário, sustenta-se a tese do direito adquirido (art. 5º, XXXVI, da Constituição), acolhida pelo TJAM para atualizar a vantagem pleiteada. Não há dúvida, portanto, de que a matéria discutida na origem reveste-se de índole constitucional.

Feitas essas considerações preliminares, passo à análise do pedido, o que faço apenas e tão somente com base nas diretrizes normativas que disciplinam as medidas de contracautela. Ressalte-se, não obstante, que, na análise do pedido de suspensão de decisão judicial, não é vedado ao Presidente do Supremo Tribunal Federal proferir um juízo mínimo de delibação a respeito das questões jurídicas presentes na ação principal, conforme tem entendido a jurisprudência desta Corte, da qual se destacam os seguintes julgados: SS-AgR 846, Rel. Sepúlveda Pertence, DJ 29.5.96; SS-AgR 1.272, Rel. Carlos Velloso, DJ 18.5.2001.

O art. 15 da Lei n.º 12.016/09 autoriza o deferimento do pedido de suspensão de segurança concedida nas ações movidas contra o Poder Público ou seus agentes, a requerimento da pessoa jurídica de direito público interessada, para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas.

No caso, deve-se aplicar o entendimento pacificado por esta Corte de que a execução do acórdão em apreço, ao conceder a atualização de vantagens, antes do seu trânsito em julgado, configura grave lesão à ordem pública, por violação ao disposto no art. 15, caput, da Lei n.º 12.016/09.

Está demonstrada, ainda, a grave lesão à economia pública, consubstanciada na ausência de previsão orçamentária para as despesas em questão, que poderão comprometer a execução do orçamento estadual, diante da multiplicidade de ações sobre a mesma matéria que podem ser intentadas.

A corroborar tal entendimento, há reiterados julgados nesta Corte no mesmo sentido, dos quais se destacam os seguintes: SS 3.137, DJ 21.3.2007; SS-AgR 2.985, DJ 4.12.2006; SS-AgR 3.009, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.010, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.011, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.012, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.034, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.056, DJ 29.6.2007, todos de relatoria da Ministra Ellen Gracie, no período em que Sua Excelência exerceu a Presidência da Corte.

Finalmente, ressalte-se que os argumentos relacionados à existência de direito adquirido não são objeto de análise aprofundada no presente pedido de suspensão, porque dizem respeito ao mérito do mandado de segurança (SS-AgR 1.918, Rel. Maurício Corrêa, DJ 30.4.2004).

Ante o exposto, defiro o pedido para suspender a execução da liminar concedida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, nos autos do Mandado de Segurança 2004.004397-8.

Publique-se.Comunique-se com urgência.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.970-9 (153)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASREQDO.(A/S) : RELATOR DO MANDADO DE SEGURANÇA Nº

2005.001325-3 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS

IMPTE.(S) : DENISE ASSIS DA ROCHAADV.(A/S) : JOSÉ ELDAIR DE SOUZA MARTINS

DECISÃO: Trata-se de pedido de suspensão de segurança, formulado pelo Estado do Amazonas, com a finalidade de sustar os efeitos da liminar pelo Tribunal de Justiça daquele Estado, nos autos do Mandado de Segurança 2005.001325-3.

Na origem, pede a impetrante a atualização da gratificação pelo exercício de função comissionada, que se encontra incorporada aos seus proventos, nas bases em que é paga aos atuais ocupantes de funções

equivalentes às que exerceu. A segurança foi concedida em liminar que traz a seguinte

fundamentação (fls. 77 e 78):Trata-se de mandado de segurança impetrado por DENISE ASSIS

DA ROCHA, qualificada na inicial, contra ato do Exmo Sr. Secretário de Estado da Administração e Gestão – SEAD, que não incluiu nos proventos da impetrante o valor atual da parcela referente ao cargo de Chefe de Gabinete, Símbolo AD-1, nos termos da inicial, caracterizando ato omissivo ilegal da Autoridade Coatora. (...)

Aduz a Impetrante que o ato praticado pela Autoridade Coatora gera prejuízos significativos, bem como afeta direito líquido e certo constante do Texto Constitucional.

(...)Ante o exposto, consoante a relevância dos fundamentos da

impetração e o perigo de ineficácia da ordem judicial, CONCEDO A LIMINAR requerida na exordial, para determinar ao setor competente da SEAD, providenciar a inclusão nos proventos da impetrante do valor atual da parcela referente ao cargo de Chefe de Gabinete, Símbolo AD-1, nos termos da inicial, a contar do presente mês.

Contra essa decisão o Estado do Amazonas apresenta o presente pedido de suspensão. Alega, em síntese, que sua manutenção ensejaria grave lesão à ordem e à economia públicas, tudo somado ao potencial efeito multiplicador, caracterizando ameaça às finanças do Estado, além de significar manifesta contrariedade à ordem constitucional.

Sustenta que a remuneração dos atuais exercentes de funções comissionadas inclui vencimento, representação e uma gratificação pro labore faciendo, denominada GATA, a que os inativos não teriam direito. Segundo o requerente, a segurança concedida “encerra duplo equívoco, pois além de pretender incorporar valor de gratificação à qual não fizera jus quando exerceu cargos e funções, pretende que uma verba com caráter pessoal, estatuída de acordo com a produtividade do atual servidor, sirva de base para o cálculo de seus proventos” (fl. 5). Pede, ao final, a suspensão dos efeitos das decisões impugnadas.

Decido.A base normativa que fundamenta o instituto da suspensão (Leis n.os

12.016/09, 8.437/92, 9.494/97 e art. 297 do RISTF) permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal, a fim de evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, suspenda a execução de decisões concessivas de segurança, de liminar ou de tutela antecipada, proferidas em única ou última instância, pelos tribunais locais ou federais, quando a discussão travada na origem for de índole constitucional.

Assim, é a natureza constitucional da controvérsia que justifica a competência do Supremo Tribunal Federal para apreciar o pedido de contracautela, conforme a pacificada jurisprudência desta Corte, destacando-se os seguintes julgados: Rcl-AgR 497, Rel. Carlos Velloso, DJ 6.4.2001; SS-AgR 2.187, Rel. Maurício Corrêa, DJ 21.10.2003; e SS 2.465, Rel. Nelson Jobim, DJ 20.10.2004.

No mandado de segurança originário, sustenta-se a tese do direito adquirido (art. 5º, XXXVI, da Constituição), acolhida pelo TJAM para atualizar a vantagem pleiteada. Não há dúvida, portanto, de que a matéria discutida na origem reveste-se de índole constitucional.

Feitas essas considerações preliminares, passo à análise do pedido, o que faço apenas e tão somente com base nas diretrizes normativas que disciplinam as medidas de contracautela. Ressalte-se, não obstante, que, na análise do pedido de suspensão de decisão judicial, não é vedado ao Presidente do Supremo Tribunal Federal proferir um juízo mínimo de delibação a respeito das questões jurídicas presentes na ação principal, conforme tem entendido a jurisprudência desta Corte, da qual se destacam os seguintes julgados: SS-AgR 846, Rel. Sepúlveda Pertence, DJ 29.5.96; SS-AgR 1.272, Rel. Carlos Velloso, DJ 18.5.2001.

O art. 15 da Lei n.º 12.016/09 autoriza o deferimento do pedido de suspensão de segurança concedida nas ações movidas contra o Poder Público ou seus agentes, a requerimento da pessoa jurídica de direito público interessada, para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas.

No caso, deve-se aplicar o entendimento pacificado por esta Corte de que a execução do acórdão em apreço, ao conceder a atualização de vantagens, antes do seu trânsito em julgado, configura grave lesão à ordem pública, por violação ao disposto no art. 15, caput, da Lei n.º 12.016/09.

Está demonstrada, ainda, a grave lesão à economia pública, consubstanciada na ausência de previsão orçamentária para as despesas em questão, que poderão comprometer a execução do orçamento estadual, diante da multiplicidade de ações sobre a mesma matéria que podem ser intentadas.

A corroborar tal entendimento, há reiterados julgados nesta Corte no mesmo sentido, dos quais se destacam os seguintes: SS 3.137, DJ 21.3.2007; SS-AgR 2.985, DJ 4.12.2006; SS-AgR 3.009, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.010, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.011, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.012, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.034, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.056, DJ 29.6.2007, todos de relatoria da Ministra Ellen Gracie, no período em que Sua Excelência exerceu a Presidência da Corte.

Finalmente, ressalte-se que os argumentos relacionados à existência de direito adquirido não são objeto de análise aprofundada no presente pedido de suspensão, porque dizem respeito ao mérito do mandado de segurança

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 16

(SS-AgR 1.918, Rel. Maurício Corrêa, DJ 30.4.2004).Ante o exposto, defiro o pedido para suspender a execução da liminar

concedida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, nos autos do Mandado de Segurança 2005.001325-3.

Publique-se.Comunique-se com urgência.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.971-7 (154)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASREQDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS

(MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2004.003386-7)IMPTE.(S) : WALDEMAR FIGUEIRA DA COSTAADV.(A/S) : JOSÉ ELDAIR DE SOUZA MARTINS

DECISÃO: Trata-se de pedido de suspensão de segurança, formulado pelo Estado do Amazonas, com a finalidade de sustar os efeitos do acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça daquele Estado, nos autos do Mandado de Segurança 2004.003386-7.

Na origem, pede o impetrante a atualização da gratificação pelo exercício de função comissionada, que se encontra incorporada aos seus proventos, nas bases em que é paga aos atuais ocupantes de funções equivalentes às que exerceu.

A segurança foi concedida em acórdão que traz a seguinte fundamentação (fl. 65):

Conforme se constata através dos Contra-cheques apensados, com título GRATIFICAÇÃO DE FUNÇÃO G, código 0006, o impetrante vem recebendo apenas os ínfimos valores de R$ 70,30 (setenta reais e trinta centavos), devendo os mesmos serem devidamente atualizados, tendo seu valor corrigido para R$ 1.500,00 (Hum mil e quinhentos reais) relativos à atual GATA (gratificação de atividade técnica-Gerente simbologia AD-2), como demonstrado nos autos.

Por tais fundamentos, concedo a segurança, eis que, in casu, é inequívoca a existência de direito adquirido do impetrante, devendo a autoridade coatora reintegrar aos proventos da mesma, de imediato, em folha de pagamento, as vantagens concedidas ao tempo em que se adquiriu o direito ao recebimento atual do correspondente valor financeiro referente ao valor de R$ 1.500,00 (Hum mil e quinhentos reais), atribuído ao símbolo GF-1, hoje denominada GATA (gratificação de atividade técnica-Gerente Simbologia AD-2).

Contra essa decisão o Estado do Amazonas apresenta o presente pedido de suspensão. Alega, em síntese, que sua manutenção ensejaria grave lesão à ordem e à economia públicas, tudo somado ao potencial efeito multiplicador, caracterizando ameaça às finanças do Estado, além de significar manifesta contrariedade à ordem constitucional.

Sustenta que a remuneração dos atuais exercentes de funções comissionadas inclui vencimento, representação e uma gratificação pro labore faciendo, denominada GATA, a que os inativos não teriam direito. Segundo o requerente, a segurança concedida “encerra duplo equívoco, pois além de pretender incorporar valor de gratificação à qual não fizera jus quando exerceu cargos e funções, pretende que uma verba com caráter pessoal, estatuída de acordo com a produtividade do atual servidor, sirva de base para o cálculo de seus proventos” (fl. 5). Pede, ao final, a suspensão dos efeitos das decisões impugnadas.

Decido.A base normativa que fundamenta o instituto da suspensão (Leis n.os

12.016/09, 8.437/92, 9.494/97 e art. 297 do RISTF) permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal, a fim de evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, suspenda a execução de decisões concessivas de segurança, de liminar ou de tutela antecipada, proferidas em única ou última instância, pelos tribunais locais ou federais, quando a discussão travada na origem for de índole constitucional.

Assim, é a natureza constitucional da controvérsia que justifica a competência do Supremo Tribunal Federal para apreciar o pedido de contracautela, conforme a pacificada jurisprudência desta Corte, destacando-se os seguintes julgados: Rcl-AgR 497, Rel. Carlos Velloso, DJ 6.4.2001; SS-AgR 2.187, Rel. Maurício Corrêa, DJ 21.10.2003; e SS 2.465, Rel. Nelson Jobim, DJ 20.10.2004.

No mandado de segurança originário, sustenta-se a tese do direito adquirido (art. 5º, XXXVI, da Constituição), acolhida pelo TJAM para atualizar a vantagem pleiteada. Não há dúvida, portanto, de que a matéria discutida na origem reveste-se de índole constitucional.

Feitas essas considerações preliminares, passo à análise do pedido, o que faço apenas e tão somente com base nas diretrizes normativas que disciplinam as medidas de contracautela. Ressalte-se, não obstante, que, na análise do pedido de suspensão de decisão judicial, não é vedado ao Presidente do Supremo Tribunal Federal proferir um juízo mínimo de delibação a respeito das questões jurídicas presentes na ação principal, conforme tem entendido a jurisprudência desta Corte, da qual se destacam os

seguintes julgados: SS-AgR 846, Rel. Sepúlveda Pertence, DJ 29.5.96; SS-AgR 1.272, Rel. Carlos Velloso, DJ 18.5.2001.

O art. 15 da Lei n.º 12.016/09 autoriza o deferimento do pedido de suspensão de segurança concedida nas ações movidas contra o Poder Público ou seus agentes, a requerimento da pessoa jurídica de direito público interessada, para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas.

No caso, deve-se aplicar o entendimento pacificado por esta Corte de que a execução do acórdão em apreço, ao conceder a atualização de vantagens, antes do seu trânsito em julgado, configura grave lesão à ordem pública, por violação ao disposto no art. 15, caput, da Lei n.º 12.016/09.

Está demonstrada, ainda, a grave lesão à economia pública, consubstanciada na ausência de previsão orçamentária para as despesas em questão, que poderão comprometer a execução do orçamento estadual, diante da multiplicidade de ações sobre a mesma matéria que podem ser intentadas.

A corroborar tal entendimento, há reiterados julgados nesta Corte no mesmo sentido, dos quais se destacam os seguintes: SS 3.137, DJ 21.3.2007; SS-AgR 2.985, DJ 4.12.2006; SS-AgR 3.009, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.010, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.011, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.012, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.034, DJ 29.6.2007; SS-AgR 3.056, DJ 29.6.2007, todos de relatoria da Ministra Ellen Gracie, no período em que Sua Excelência exerceu a Presidência da Corte.

Finalmente, ressalte-se que os argumentos relacionados à existência de direito adquirido não são objeto de análise aprofundada no presente pedido de suspensão, porque dizem respeito ao mérito do mandado de segurança (SS-AgR 1.918, Rel. Maurício Corrêa, DJ 30.4.2004).

Ante o exposto, defiro o pedido para suspender a execução do acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, nos autos do Mandado de Segurança 2004.003386-7.

Publique-se.Comunique-se com urgência.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.972-5 (155)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASREQDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS

(MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2008.004846-8)IMPTE.(S) : MARILDA LOUREIRO JACOBADV.(A/S) : ANTÔNIO RAIMUNDO BARROS DE CARVALHO E

OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de Suspensão de Segurança ajuizada pelo Estado do Amazonas com vistas à suspensão de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça daquele Estado, nos autos do Mandado de Segurança n.º 2008.004846-8.

Na origem, a impetrante sustenta a ilegalidade do ato que, “ao transformar o instituto da pensão em subsídios, causou-lhe prejuízos, porquanto somente efetua-lhe o pagamento na quantia total bruta de R$ 23.953,85 (...), ocasionando-lhe diminuição mensal na ordem de R$ 6.235,65” (fl. 34). Ao prestar informações, a autoridade coatora informou que a redução deveu-se à imposição de “um novo paradigma remuneratório aos magistrados, impondo-se tanto o limite de remuneração, que não pode ser superior ao dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, quanto um sistema próprio, o de subsídios, em que o magistrado somente recebe um valor único” (fl. 50).

A Segurança foi concedida em acórdão assim fundamentado (fls. 58-62):

Discute-se, neste mandamus a viabilidade de incorporação nos proventos da Impetrante do Adicional por Tempo de Serviço –(ATS), no percentual de 35% (trinta e cinco por cento), conforme previsto no art. 250, V, da Lei Complementar n. 17, de 23.01.1997.

Pacificou-se no Excelso Pretório o entendimento segundo o qual as vantagens pessoais, como a ATS, não se submetem ao teto remuneratório previsto no art. 37, IX, da CF/88, especialmente no que se refere ao período anterior à edição da Emenda Constitucional n. 19/98, ou seja, resguardado está o direito da Impetrante eis que o seu ex-cônjuge, Desembargador aposentado desta Corte de Justiça, estava aposentado desde 12 de março de 1991, vindo a óbito em 09 de abril de 2003, antes da edição da Emenda Constitucional n. 41, de 19 de dezembro de 2003. (...)

Resta apenas afirmar que o pedido apresentado está em consonância com a Lei, razão pela qual faz jus ao pagamento mensal do ATS, no percentual de 35% (trinta e cinco por cento), sobre os seus proventos, com espeque no art. 250, V, da Lei Complementar n. 17/97, e, ainda, em observância aos princípios do direito adquirido e da irredutibilidade de vencimentos/proventos, uma vez que tal parcela já está incorporada ao patrimônio da Impetrante antes dos efeitos da EC n. 41/03.

Além do mais, deve-se observar, contudo, o que dispõe o art. 15, § 1º, da Lei Complementar Estadual n. 47/2006, que alterou os dispositivos da

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 17

LC n. 17/97, garantindo a inalterabilidade do quantum da vantagem pessoal incorporada aos vencimentos, para a sua absorção em futuros aumentos ou reajustes dos subsídios.

Contra referido acórdão o Estado do Amazonas formula o presente pedido de suspensão, alegando, em síntese, que a manutenção do ato decisório impugnado, ao afastar a aplicação do teto remuneratório previsto no art. 37, inciso XI, da Constituição Federal, afronta a ordem e a economia públicas. Sustenta, ainda, o potencial efeito multiplicador do provimento judicial impugnado, apto a gerar graves prejuízos às finanças estaduais.

Assevera que o art. 9º da Emenda Constitucional n.º 41/2003, ao determinar a aplicação do art. 17 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, impede a invocação de direito adquirido quanto a vencimentos, remuneração, proventos de aposentadoria, vantagens e adicionais percebidos em desconformidade com a Constituição.

Pede, ao final, a suspensão dos efeitos da decisão impugnada.Decido.A base normativa que fundamenta o instituto da suspensão (Leis n.os

12.016/09, 8.437/92, 9.494/97 e art. 297 do RISTF) permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal, a fim de evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, suspenda a execução de decisões concessivas de segurança, de liminar ou de tutela antecipada, proferidas em única ou última instância, pelos tribunais locais ou federais, quando a discussão travada na origem for de índole constitucional.

Assim, é a natureza constitucional da controvérsia que justifica a competência do Supremo Tribunal Federal para apreciar o pedido de contracautela, conforme a pacificada jurisprudência desta Corte, destacando-se os seguintes julgados: Rcl 497-AgR, Rel. Carlos Velloso, DJ 6.4.2001; SS 2.187-AgR, Rel. Maurício Corrêa, DJ 21.10.2003; e SS 2.465, Rel. Nelson Jobim, DJ 20.10.2004.

No mandado de segurança de origem, discute-se a aplicação do art. 37, XI, da Constituição Federal, introduzido pela Emenda Constitucional n.º 41/2003, em face dos princípios constitucionais do direito adquirido e da segurança jurídica. Não há dúvida, portanto, de que a matéria discutida na origem reveste-se de índole constitucional.

No caso dos autos, verifico a existência de plausibilidade jurídica a justificar o exercício do poder geral de contracautela por esta Presidência.

Assim, na hipótese, é de se aplicar o entendimento pacificado por esta Corte de que a lesão à ordem pública resta configurada no caso de descumprimento da regra do art. 37, XI, da Constituição da República. Nesse sentido, cite-se o SS-AgR 2583; SS 2973-Agr; SS 2663-Agr; SS 2932-Agr; e SS 2447-AgR, Tribunal Pleno, Rel. Ellen Gracie, DJ 25.4.2008, este último com ementa assim anotada:

AGRAVO REGIMENTAL. SUSPENSÃO DE SEGURANÇA. OCORRÊNCIA DE GRAVE LESÃO À ORDEM PÚBLICA, CONSIDERADA EM TERMOS DE ORDEM JURÍDICO-CONSTITUCIONAL. TETO. SUBTETO. ART. 37, XI, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, REDAÇÃO DA EMENDA CONSTITUCIONAL 41/03. DECRETO ESTADUAL 48.407/04.

1. Os agravantes não lograram infirmar ou mesmo elidir os fundamentos adotados para o deferimento do pedido de suspensão.

2. No presente caso, a imediata execução da decisão impugnada impede, em princípio, a aplicação da regra inserta no art. 37, XI, da Constituição da República, que integra o conjunto normativo estabelecido pela Emenda Constitucional 41/2003.

3. Na suspensão de segurança não se aprecia o mérito do processo principal, mas tão-somente a ocorrência dos aspectos relacionados à potencialidade lesiva do ato decisório em face dos interesses públicos relevantes consagrados em lei, quais sejam, a ordem, a saúde, a segurança e a economia públicas.

4. Possibilidade de ocorrência do denominado "efeito multiplicador".5. Precedentes do Plenário.6. Agravo regimental improvido. Ademais, também está presente a probabilidade de concretização do

denominado “efeito multiplicador” (SS 1.836-AgR/RJ, rel. Min. Carlos Velloso, Plenário, unânime, DJ 11.10.2001), em vista da possibilidade de aumento de medidas liminares em demandas que contenham idêntico objeto.

Ante o exposto, defiro o pedido para suspender o acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, nos autos do Mandado de Segurança n.º 2008.004846-8.

Publique-se.Comunique-se com urgência.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.973-3 (156)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASREQDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS

(MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2004.001986-6)IMPTE.(S) : ARNULFO AFFONSOADV.(A/S) : JOSÉ MURILO GADELHA DE HOLLANDA E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: Trata-se de Suspensão de Segurança ajuizada pelo Estado do Amazonas com vistas à suspensão de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça daquele Estado, nos autos do Mandado de Segurança n.º 2004.001986-6.

Na origem, o impetrante, Inspetor Fiscal aposentado, volta-se contra a incidência do subteto salarial que implicou desconto no pagamento do prêmio anual de produtividade, argúi a intangibilidade do direito adquirido e a existência de vício em sua fixação por meio de Decreto.

A Segurança foi concedida em acórdão assim fundamentado (fls. 88-91):

No caso dos autos, a vantagem incorporada em definitivo quando da aposentadoria do impetrante, diga-se, muito antes do Decreto Governamental n.º 24.022/2004 e da Emenda Constitucional 41/03, não pode ser atingida por referidos repositórios legais, de forma a revogá-la ou reduzi-la unilateralmente a despeito de teto remuneratório, sob pena de se estar atingindo seu direito líquido e certo. (...)

Somente através de lei, por conseguinte, se poderia alterar os subsídios dos servidores públicos, sejam eles ativos ou inativos, nos termos do art. 37, X, XV c/c arts. 48, X, e 84, VI, da CF/88, e, ainda, o § 4º, do art. 39, da Constitucionalidade.

Sob esta ótica, a remuneração funcional dos servidores públicos, dentre eles o impetrante, submete-se à reserva de lei, sendo vedado outros atos estatais para regulamentá-la ou modificá-la.

Destaque-se que as matérias que podem ser objeto de Decretos foram expressamente listadas no Texto Constitucional, não estando incluída entre elas a limitação de remuneração.

Em vista de tais considerações, tenho que o Decreto n.º 24.022/04 está eivado de vício de inconstitucionalidade, assim como os artigos 8º e 9º da Emenda Constitucional n.º 41/2003, razão pela qual tenho suas aplicações por afastadas no caso destes autos.

Contra referido acórdão o Estado do Amazonas formula o presente pedido de suspensão, alegando, em síntese, que a manutenção do ato decisório impugnado, ao afastar a aplicação do teto remuneratório previsto no art. 37, inciso XI, da Constituição Federal, afronta a ordem e a economia públicas. Sustenta, ainda, o potencial efeito multiplicador do provimento judicial impugnado, apto a gerar graves prejuízos às finanças estaduais.

Assevera que o art. 9º da Emenda Constitucional n.º 41/2003, ao determinar a aplicação do art. 17 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, impede a invocação de direito adquirido quanto a vencimentos, remuneração, proventos de aposentadoria, vantagens e adicionais percebidos em desconformidade com a Constituição.

Sustenta que o subteto representado pelo subsídio do Governador não foi fixado por Decreto, mas, sim, pela Lei Estadual n.º 2.907, de 08 de julho de 2004.

Pede, ao final, a suspensão dos efeitos da decisão impugnada.Decido.A base normativa que fundamenta o instituto da suspensão (Leis n.os

12.016/09, 8.437/92, 9.494/97 e art. 297 do RISTF) permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal, a fim de evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, suspenda a execução de decisões concessivas de segurança, de liminar ou de tutela antecipada, proferidas em única ou última instância, pelos tribunais locais ou federais, quando a discussão travada na origem for de índole constitucional.

Assim, é a natureza constitucional da controvérsia que justifica a competência do Supremo Tribunal Federal para apreciar o pedido de contracautela, conforme a pacificada jurisprudência desta Corte, destacando-se os seguintes julgados: Rcl 497-AgR, Rel. Carlos Velloso, DJ 6.4.2001; SS 2.187-AgR, Rel. Maurício Corrêa, DJ 21.10.2003; e SS 2.465, Rel. Nelson Jobim, DJ 20.10.2004.

No mandado de segurança de origem, discute-se a aplicação do art. 37, XI, da Constituição Federal, introduzido pela Emenda Constitucional n.º 41/2003, em face dos princípios constitucionais do direito adquirido e da segurança jurídica. Não há dúvida, portanto, de que a matéria discutida na origem reveste-se de índole constitucional.

No caso dos autos, verifico a existência de plausibilidade jurídica a justificar o exercício do poder geral de contracautela por esta Presidência.

Assim, na hipótese, é de se aplicar o entendimento pacificado por esta Corte de que a lesão à ordem pública resta configurada no caso de descumprimento da regra do art. 37, XI, da Constituição da República. Nesse sentido, cite-se o SS-AgR 2583; SS 2973-Agr; SS 2663-Agr; SS 2932-Agr; e SS 2447-AgR, Tribunal Pleno, Rel. Ellen Gracie, DJ 25.4.2008, este último com ementa assim anotada:

AGRAVO REGIMENTAL. SUSPENSÃO DE SEGURANÇA. OCORRÊNCIA DE GRAVE LESÃO À ORDEM PÚBLICA, CONSIDERADA EM TERMOS DE ORDEM JURÍDICO-CONSTITUCIONAL. TETO. SUBTETO. ART. 37, XI, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, REDAÇÃO DA EMENDA CONSTITUCIONAL 41/03. DECRETO ESTADUAL 48.407/04.

1. Os agravantes não lograram infirmar ou mesmo elidir os fundamentos adotados para o deferimento do pedido de suspensão.

2. No presente caso, a imediata execução da decisão impugnada impede, em princípio, a aplicação da regra inserta no art. 37, XI, da Constituição da República, que integra o conjunto normativo estabelecido pela Emenda Constitucional 41/2003.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

Page 18: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL SUPREMO TRIBUNAL … · Incluir o Professor EVERARDO DE ALMEIDA MACIEL no Comitê Interinstitucional de Gestão do II Pacto Republicano de Estado por

STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 18

3. Na suspensão de segurança não se aprecia o mérito do processo principal, mas tão-somente a ocorrência dos aspectos relacionados à potencialidade lesiva do ato decisório em face dos interesses públicos relevantes consagrados em lei, quais sejam, a ordem, a saúde, a segurança e a economia públicas.

4. Possibilidade de ocorrência do denominado "efeito multiplicador".5. Precedentes do Plenário.6. Agravo regimental improvido. Ademais, também está presente a probabilidade de concretização do

denominado “efeito multiplicador” (SS 1.836-AgR/RJ, rel. Min. Carlos Velloso, Plenário, unânime, DJ 11.10.2001), em vista da possibilidade de aumento de medidas liminares em demandas que contenham idêntico objeto.

Ante o exposto, defiro o pedido para suspender o acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, nos autos do Mandado de Segurança n.º 2004.001986-6.

Publique-se.Comunique-se com urgência.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.979-2 (157)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : CAMILLO ASCHAR JUNIOR E OUTRO (A/S)REQDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(MANDADO DE SEGURANÇA Nº 167.493.0/8-00)IMPTE.(S) : ADALGISA DE CARVALHO TURRIADV.(A/S) : DULCE GUARINHO CAPPS MIGUEL

DECISÃO: Trata-se de pedido de suspensão de segurança, formulado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, com a finalidade de sustar os efeitos do acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça daquele Estado, nos autos do Mandado de Segurança 167.493.0/8.

O acórdão impugnado assegurou à impetrante, Agente de Fiscalização Financeira do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, o restabelecimento da Gratificação de Representação, que fora incorporada aos seus vencimentos e, posteriormente, suprimida pela Administração Pública por ocasião da aplicação da Lei Complementar Estadual n.º 1.026/2007. O acórdão traz a seguinte fundamentação (fls. 16-17):

A leitura do art. 16 da lei complementar estadual 1.026, por cópia a fls. 31, permite concluir que a gratificação de representação incorporada TC, que consta expressamente dos comprovantes de pagamento de janeiro e fevereiro de 2008, fls. 12, e que foi retirado no pagamento de março, pago em 4 de abril, não está na lista das vantagens integradas ao salário.

(...)Depois, o art. 11 da lei complementar, fls. 30, estabelece que a

retribuição pecuniária ao novo plano compreende, além do adicional por tempo, sexta-parte, gratificação “pro labore”, outras vantagens pecuniárias previstas nesta ou em outras leis.

A conclusão é simples: se a gratificação de representação incorporada não foi excluída e se ela deve compor a nova retribuição porque compreendida nas outras vantagens, a sua supressão é ilegal e deve ser afastada. (...)

A ordem deve ser concedida, portanto, para o restabelecimento da gratificação desde o pagamento do mês de março de 2008 (feito em abril), com correção monetária segundo a tabela deste tribunal e juros de mora de 0,5% a partir daquele mês, nos termos da Lei n.º 9.494, de 10 de setembro de 1997, art. 1º-F.

Neste pedido de suspensão, o requerente alega, em síntese, que a decisão impugnada, “ao deferir o pagamento de diferenças de vencimentos (Gratificação), antes do seu trânsito em julgado (violação do artigo 5º da Lei 4.348/64) e, mesmo sem a comprovação de redução nominal da remuneração da impetrante, agride a ordem e a economia públicas, com potencial efeito multiplicador do provimento judicial impugnado, apto a gerar graves prejuízos às finanças estaduais, bem como completo desvirtuamento do escopo da Lei Complementar Estadual n.º 1026/2007” (fl. 4).

Decido.A base normativa que fundamenta o instituto da suspensão (Leis n.os

12.016/09, 8.437/92, 9.494/97 e art. 297 do RI-STF) permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal, a fim de evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, suspenda a execução de decisões concessivas de segurança, de liminar ou de tutela antecipada, proferidas em única ou última instância, pelos tribunais locais ou federais, quando a discussão travada na origem for de índole constitucional.

Assim, é a natureza constitucional da controvérsia que justifica a competência do Supremo Tribunal Federal a fim de apreciar o pedido de contracautela, conforme a pacificada jurisprudência desta Corte, destacando-se os seguintes julgados: Rcl-AgR 497, Rel. Carlos Velloso, DJ 6.4.2001; SS-AgR 2.187, Rel. Maurício Corrêa, DJ 21.10.2003; e SS 2.465, Rel. Nelson Jobim, DJ 20.10.2004.

No mandado de segurança originário, sustenta-se a tese do direito adquirido (art. 5º, XXXVI, da Constituição), que foi acolhida pelo TJSP para

restabelecer a gratificação suprimida dos vencimentos da impetrante. Não há dúvida, portanto, de que a matéria discutida na origem reveste-se de índole constitucional.

Feitas essas considerações preliminares, passo à análise do pedido, o que faço apenas e tão somente com base nas diretrizes normativas que disciplinam as medidas de contracautela. Ressalte-se, não obstante, que, na análise do pedido de suspensão de decisão judicial, não é vedado ao Presidente do Supremo Tribunal Federal proferir um juízo mínimo de delibação a respeito das questões jurídicas presentes na ação principal, conforme tem entendido a jurisprudência desta Corte, da qual se destacam os seguintes julgados: SS-AgR 846, Rel. Sepúlveda Pertence, DJ 29.5.96; SS-AgR 1.272, Rel. Carlos Velloso, DJ 18.5.2001.

O art. 15 da Lei n.º 12.016/09 autoriza o deferimento do pedido de suspensão de segurança concedida nas ações movidas contra o Poder Público ou seus agentes, a requerimento da pessoa jurídica de direito público interessada, para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas.

Na hipótese, é de se aplicar o entendimento pacificado por esta Corte de que a execução do acórdão em apreço, com a concessão do aumento de vantagens, antes do trânsito em julgado, configura grave lesão à ordem pública, por violação ao disposto no art. 15, caput, da Lei n.º 12.016/09.

Em 1996, a impetrante incorporou aos seus vencimentos a Gratificação de Representação de Gabinete, atribuída ao cargo de Agente de Fiscalização Financeira.

Em 2007, a Lei n.º 1.026, que instituiu o novo “Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos” dos servidores do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, promoveu o reenquadramento dos servidores do referido órgão e, por força do artigo 16, incorporou ao salário básico os seguintes benefícios:

Artigo 16 – Aos servidores abrangidos por este Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos deixarão de ser atribuídos, a partir da vigência desta lei complementar, por terem seus valores sido integrados no salário básico, os seguintes benefícios:

I – gratificação prevista no artigo 47 da Lei Complementar n.º 743, de 27 de dezembro de 1993;

II – gratificação fixa, de que trata a Lei Complementar n.º 741, de 21 de dezembro de 1993, alterada pelas Leis Complementares nos 755, de 9 de maio de 1994, 763, de 24 de outubro de 1994, 770, de 13 de dezembro de 1994 e 795 de 18 de julho de 1995;

III – gratificação extra, de que trata a Lei Complementar n.º 788, de 27 de dezembro de 1994;

IV – gratificação de que trata a Lei Complementar n.º 904, de 11 de dezembro de 2001;

V – abono de que trata a Lei Complementar n.º 925, de 10 de setembro de 2002.

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo concluiu que a gratificação, cuja supressão motivou o mandado de segurança na origem, não se enquadra em qualquer das hipóteses do citado artigo 16, tendo sido concedida com base no artigo 108 do Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (fl. 16).

Saliente-se que o Estado de São Paulo não refutou tal conclusão, limitando-se a sustentar que, após a reclassificação promovida pela Lei Complementar Estadual n.º 1.026/2007, houve aumento do valor da remuneração total da impetrante.

Ademais, registre-se que o artigo 11 da referida lei preservou as seguintes vantagens:

Artigo 11 – A retribuição pecuniária dos servidores abrangidos por este Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos compreende, além do vencimento, na forma indicada no artigo 10 desta lei complementar, as seguintes vantagens:

I – adicional por tempo de serviço, de que trata o artigo 129 combinado com o inciso XVI do artigo 115 da Constituição do Estado de São Paulo;

II – sexta-parte, nos termos do artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo;

III – gratificação “pro labore” atribuída nos termos da legislação pertinente;

IV – outras vantagens pecuniárias previstas nesta ou em outras leis, inclusive a gratificação de controle externo instituída pelo artigo 42 da Lei Complementar n.º 743, de 2 de dezembro de 1993. Seção II Da Substituição.

Assim, entendo que, no caso, não incide a vedação do artigo 7º, § 2º, da Lei n.º 12.016/09, uma vez que o acórdão impugnado não estendeu ou aumentou vantagens. O Tribunal de origem, ao analisar a legislação local, entendeu que a supressão da gratificação já incorporada ao patrimônio da impetrante é ilegal, determinando seu restabelecimento imediato.

A hipótese em apreço assemelha-se à analisada por mim nos autos da SS 3.546, em que indeferi o pedido de suspensão com base na seguinte fundamentação:

(...) Portanto, a imediata execução da decisão impugnada, em deferir o restabelecimento da gratificação, tem por único efeito prático, por ora, a manutenção do valor dos vencimentos pagos às impetrantes, valor que vinham recebendo desde o ano de 2001. Apreende-se que não há extensão ou aumento de vantagens, mas apenas a manutenção de valores já pagos às impetrantes, a fim de garantir a irredutibilidade de vencimentos. (SS n.º 3.546, DJe 9.12.2008)

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 19

No mesmo sentido, destaco a decisão da Ministra Ellen Gracie, nos autos da Suspensão de Tutela Antecipada n.º 92, que indeferiu pedido semelhante, nos seguintes termos:

(...) Não há como se vislumbrar a ocorrência de qualquer ofensa à ordem ou à economia públicas, porquanto a decisão objurgada não criou nova despesa para os cofres públicos. O pagamento da remuneração aos servidores, nos montantes ordenados pelo tribunal requerido, já vinha ocorrendo a tempo considerável. Impende salientar que não houve concessão de aumento ou extensão de vantagens, mas tão somente, restabelecimento da situação remuneratória anterior.(STA 92, Ministra Ellen Gracie, DJ 9.2.2007)

Quanto à alegação de que a decisão impugnada, ao determinar o pagamento das parcelas vencidas antes da impetração, viola os enunciados das Súmulas 269 e 271 deste Supremo Tribunal Federal e, consequentemente, gera grave lesão à ordem pública, na sua acepção jurídico-administrativa e jurídico-constitucional, verifico presentes os requisitos para o deferimento do pedido de suspensão nesse ponto.

Esta Corte sumulou o entendimento segundo o qual o mandado de segurança não pode ser utilizado para a cobrança de valores pretéritos:

Súmula 271 - CONCESSÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA NÃO PRODUZ EFEITOS PATRIMONIAIS EM RELAÇÃO A PERÍODO PRETÉRITO, OS QUAIS DEVEM SER RECLAMADOS ADMINISTRATIVAMENTE OU PELA VIA JUDICIAL PRÓPRIA.

Nesse sentido, inclusive, a decisão do então Presidente desta Corte, Ministro Carlos Velloso, ao analisar o pedido de Suspensão de Segurança n.º 1.932:

(...)10. E neste ponto, sem adentrar no mérito da questão discutida no mandamus, merece prosperar o pleito de contracautela requerido pelo Estado da Paraíba, em face do aspecto da potencialidade lesiva da economia pública com o cumprimento da liminar que ora se ataca. 11. Com efeito, a medida liminar concedida, como posta, afastando dos impetrantes os efeitos do Decreto Estadual n.º 21.686/2000, causará grave lesão à economia do Estado, uma vez que não existe previsão orçamentária para o pagamento integral dos valores requeridos. 12. Ademais, os impetrantes, ao utilizarem a ação de mandado de segurança para obter o pagamento do precatório, não fizeram uso do instituto jurídico adequado. Segundo previsão constitucional, há a possibilidade de seqüestro da quantia necessária à satisfação do débito, no caso de preterimento de direito de preferência (Art. 100, § 2º, parte final, Constituição Federal), além disso, existe entendimento do colendo Supremo Tribunal Federal, sobre o assunto, consolidado na seguinte súmula: “Súmula 271: Concessão de mandado de segurança não produz efeitos patrimoniais, em relação a período pretérito, os quais devem ser reclamados administrativamente ou pela via judicial própria.” (...) Acolho o pronunciamento do eminente Procurador-Geral da República. Parece-me ocorrer, no caso, risco de grave lesão à economia pública, dado que a liminar vai gerar o denominado efeito multiplicador: dezenas de novos mandados de segurança poderão ser impetrados, inviabilizando o gerenciamento das finanças do Estado, o que recomenda a suspensão dos efeitos da liminar até o julgamento final da causa. Do exposto, defiro o pedido. (...)" Nos termos da decisão acima transcrita, defiro o pedido.” (SS n.º 1.932, Ministro Carlos Velloso, DJ 20.02.2001.)

Ante o exposto, defiro parcialmente o pedido para suspender a segurança concedida nos autos Mandado de Segurança 167.493.0/8, tão somente quanto ao pagamento de valores anteriores à impetração, mantendo a decisão nos seus demais termos.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.983-1 (158)PROCED. : ALAGOASRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : COMPANHIA ENERGÉTICA DE ALAGOAS - CEALADV.(A/S) : ANDRÉ SERRÃO BORGES DE SAMPAIO E OUTRO

(A/S)REQDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO

(AGRAVOS DE INSTRUMENTO Nº 2008.01.00.017446-2, 2008.01.00.017605-1 E 2008.01.00.018109-8 NO MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2008.34.00.001539-8)

IMPTE.(S) : ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DISTRIBUIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA - ABRADEE

ADV.(A/S) : DANIELA RODRIGUES TEIXEIRA DE MORAES REGO E OUTRO (A/S)

DESPACHO: Tendo em vista a complexidade das questões debatidas no processo de origem e a potencial repercussão da decisão a ser proferida neste incidente de contracautela sobre a esfera jurídica de terceiros, determino a intimação da Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (ABRACE), entidade representativa dos interesses dos consumidores livres e especiais de energia elétrica, a fim de que se manifeste, no prazo de cinco dias, sobre o alegado pela requerente na petição inicial.

Defiro, ainda, o pedido formulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) às fls. 665-667, concedendo-lhe prazo de cinco dias para a apresentação de suas razões.

Saliento que o prazo será comum a ambos os interessados, permanecendo os autos disponíveis na Secretaria para a eventual obtenção de cópias, nos termos do art. 40, § 2º, do Código de Processo Civil, com a redação dada pela Lei nº 11.969/2009.

Decorrido o prazo anteriormente fixado, com ou sem a manifestação da ANEEL e da ABRACE, dê-se vista dos autos ao Procurador-Geral da República.

Intimem-se.Brasília, 2 de outubro de 2009.

Ministro GILMAR MENDES Presidente

SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.984-9 (159)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASREQDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS

(MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2008.001984-5)IMPTE.(S) : ERIVAN DE OLIVEIRA SANTANAADV.(A/S) : JOÃO BOSCO RAMOS BATISTA

DECISÃO: Trata-se de suspensão de segurança ajuizada pelo Estado do Amazonas com vistas à suspensão de acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça daquele Estado, nos autos do Mandado de Segurança n.º 2008.001984-5.

Na origem, o impetrante, Desembargador do Tribunal de Justiça do Amazonas, volta-se contra a implantação do regime de subsídio e incidência do teto salarial, que teriam implicado redução nominal na sua remuneração com a supressão do adicional por tempo de serviço até então percebido por ele.

A segurança foi concedida em acórdão assim fundamentado (fls. 53-54):

Ocorre que a jurisprudência desta Casa consolidou a orientação de que o princípio da irredutibilidade impede suprimir vantagens pessoais incorporadas aos proventos do servidor. (...)

A leitura que o TJAM extraiu do princípio da irredutibilidade dá abrigo à pretensão do impetrante. Em face do exposto, divergindo do parecer ministerial, defiro o mandado de segurança. Observe-se, quanto aos efeitos patrimoniais, o disposto no Enunciado 271/STF.

Contra referido acórdão o Estado do Amazonas formula o presente pedido de suspensão, alegando, em síntese, que a manutenção do ato decisório impugnado, ao afastar a aplicação do teto remuneratório previsto no art. 37, inciso XI, da Constituição Federal, bem como o regime de subsídio, fixado pelo art. 39, § 4º, da Constituição, afronta a ordem e a economia públicas. Sustenta, ainda, o potencial efeito multiplicador do provimento judicial impugnado, apto a gerar graves prejuízos às finanças estaduais.

Assevera que o art. 9º da Emenda Constitucional n.º 41/2003, ao determinar a aplicação do art. 17 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, impede a invocação de direito adquirido quanto a vencimentos, remuneração, proventos de aposentadoria, vantagens e adicionais percebidos em desconformidade com a Constituição. Sustenta, também, que, com a instituição do subsídio em parcela única, não há que se falar em direito a vantagem pessoal.

Pede, ao final, a suspensão dos efeitos da decisão impugnada.Decido.A base normativa que fundamenta o instituto da suspensão (Leis n.os

12.016/09, 8.437/92, 9.494/97 e art. 297 do RISTF) permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal, a fim de evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, suspenda a execução de decisões concessivas de segurança, de liminar ou de tutela antecipada, proferidas em única ou última instância, pelos tribunais locais ou federais, quando a discussão travada na origem for de índole constitucional.

Assim, é a natureza constitucional da controvérsia que justifica a competência do Supremo Tribunal Federal para apreciar o pedido de contracautela, conforme a pacificada jurisprudência desta Corte, destacando-se os seguintes julgados: Rcl 497-AgR, Rel. Carlos Velloso, DJ 6.4.2001; SS 2.187-AgR, Rel. Maurício Corrêa, DJ 21.10.2003; e SS 2.465, Rel. Nelson Jobim, DJ 20.10.2004.

No mandado de segurança de origem, discute-se a aplicação dos art. 37, XI, e 39, § 4º, da Constituição Federal, em face dos princípios constitucionais do direito adquirido e da segurança jurídica. Não há dúvida, portanto, de que a matéria discutida na origem reveste-se de índole constitucional.

No caso dos autos, verifico a existência de plausibilidade jurídica a justificar o exercício do poder geral de contracautela por esta Presidência.

É certo que, ao julgar o MS 24.875, este Tribunal deixou assentado que “independentemente de cuidar-se de uma emenda constitucional – a extinção da vantagem, decorrente da instituição do subsídio em ´parcela única´, a nenhum magistrado pode ter acarretado prejuízo financeiro indevido”.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 20

Quanto à incidência do teto, contudo, no MS 24.875, Rel. Sepúlveda Pertence, DJ 6.10.2006, o Tribunal apenas determinou a concessão da segurança para que os impetrantes percebessem o acréscimo previsto no art. 184, III, da Lei n.º 1.711/52, de 20% sobre os proventos da aposentadoria, até sua ulterior absorção pelo subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal determinado em lei.

Essa não é a hipótese ora posta, motivo pelo qual é de se aplicar o entendimento pacificado por esta Corte de que a lesão à ordem pública resta configurada no caso de descumprimento da regra do art. 37, XI, da Constituição da República. Nesse sentido, cite-se o SS-AgR 2583; SS 2973-Agr; SS 2663-Agr; SS 2932-Agr; e SS 2447-AgR, Tribunal Pleno, Rel. Ellen Gracie, DJ 25.4.2008, este último com ementa assim anotada:

AGRAVO REGIMENTAL. SUSPENSÃO DE SEGURANÇA. OCORRÊNCIA DE GRAVE LESÃO À ORDEM PÚBLICA, CONSIDERADA EM TERMOS DE ORDEM JURÍDICO-CONSTITUCIONAL. TETO. SUBTETO. ART. 37, XI, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, REDAÇÃO DA EMENDA CONSTITUCIONAL 41/03. DECRETO ESTADUAL 48.407/04.

1. Os agravantes não lograram infirmar ou mesmo elidir os fundamentos adotados para o deferimento do pedido de suspensão.

2. No presente caso, a imediata execução da decisão impugnada impede, em princípio, a aplicação da regra inserta no art. 37, XI, da Constituição da República, que integra o conjunto normativo estabelecido pela Emenda Constitucional 41/2003.

3. Na suspensão de segurança não se aprecia o mérito do processo principal, mas tão-somente a ocorrência dos aspectos relacionados à potencialidade lesiva do ato decisório em face dos interesses públicos relevantes consagrados em lei, quais sejam, a ordem, a saúde, a segurança e a economia públicas.

4. Possibilidade de ocorrência do denominado "efeito multiplicador".5. Precedentes do Plenário.6. Agravo regimental improvido. Ademais, também está presente a probabilidade de concretização do

denominado “efeito multiplicador” (SS 1.836-AgR/RJ, rel. Min. Carlos Velloso, Plenário, unânime, DJ 11.10.2001), em vista da possibilidade de aumento de medidas liminares em demandas que contenham idêntico objeto.

Ante o exposto, defiro o pedido para suspender o acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, nos autos do Mandado de Segurança n.º 2008.001984-5.

Publique-se.Comunique-se com urgência.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.987-3 (160)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MINISTRO PRESIDENTEREQTE.(S) : TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : CAMILLO ASHCAR JUNIOR E OUTRO (A/S)REQDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(MANDADO DE SEGURANÇA Nº 167.454.0/0)IMPTE.(S) : DÉBORA PAVARINOADV.(A/S) : DULCE GUARINHO CAPPS MIGUEL

DECISÃO: Trata-se de pedido de suspensão de segurança, formulado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, com a finalidade de sustar os efeitos do acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça daquele Estado, nos autos do Mandado de Segurança 167.454.0/0.

O acórdão impugnado assegurou à impetrante, Agente de Fiscalização Financeira do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, o restabelecimento da verba “Gratificação de Representação Incorporada”, que fora suprimida de seus vencimentos pela Administração Pública por ocasião da aplicação da Lei Complementar Estadual n.º 1.026/2007. O acórdão traz a seguinte fundamentação (fls. 16-17):

Outrossim, e conforme se verifica de reiteradas decisões, inexiste fundamento legal para a incorporação da mencionada gratificação de representação de gabinete ao salário base, ex vi do disposto no artigo 16 da Lei Complementar n.º 1.026/07, que elenca exaustivamente os valores que deixarão de ser atribuídos aos servidores.

Cabe, ainda, ressaltar o artigo 11, IV, da mencionada Lei, que dispõe: ‘a retribuição pecuniária dos servidores abrangidos por este Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos compreende, além do vencimento... outras vantagens pecuniárias previstas nesta ou em outras leis...’. (...)

Quanto aos atrasados, deverão ser pagos desde logo. Outrossim, deverão ser computados correção monetária e juros, nos exatos termos do decidido pelo Desembargador IVAN SARTORI, no julgamento de caso análogo ao presente (mandado de segurança n.º 167.455-0/5):

E os atrasados deverão ser pagos desde logo nesta sede, quer em função dos princípios do livre acesso à jurisdição e da economia processual, quer porque as Súmulas 269 e 271 do STF são da década de 60 e, portanto, não mais condizem com a realidade fática atual.

Neste pedido de suspensão, o requerente alega, em síntese, que a decisão impugnada, “ao deferir o pagamento de diferenças de vencimentos (Gratificação), antes do seu trânsito em julgado (violação do artigo 5º da Lei

4.348/64) e, mesmo sem a comprovação de redução nominal da remuneração da impetrante, agride a ordem e a economia públicas, com potencial efeito multiplicador do provimento judicial impugnado, apto a gerar graves prejuízos às finanças estaduais, bem como completo desvirtuamento do escopo da Lei Complementar Estadual n.º 1026/2007” (fl. 4).

Decido.A base normativa que fundamenta o instituto da suspensão (Leis n.os

12.016/09, 8.437/92, 9.494/97 e art. 297 do RI-STF) permite que a Presidência do Supremo Tribunal Federal, a fim de evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas, suspenda a execução de decisões concessivas de segurança, de liminar ou de tutela antecipada, proferidas em única ou última instância, pelos tribunais locais ou federais, quando a discussão travada na origem for de índole constitucional.

Assim, é a natureza constitucional da controvérsia que justifica a competência do Supremo Tribunal Federal a fim de apreciar o pedido de contracautela, conforme a pacificada jurisprudência desta Corte, destacando-se os seguintes julgados: Rcl-AgR 497, Rel. Carlos Velloso, DJ 6.4.2001; SS-AgR 2.187, Rel. Maurício Corrêa, DJ 21.10.2003; e SS 2.465, Rel. Nelson Jobim, DJ 20.10.2004.

No mandado de segurança originário, sustenta-se a tese do direito adquirido (art. 5º, XXXVI, da Constituição), que foi acolhida pelo TJSP para restabelecer a gratificação suprimida dos vencimentos da impetrante. Não há dúvida, portanto, de que a matéria discutida na origem reveste-se de índole constitucional.

Feitas essas considerações preliminares, passo à análise do pedido, o que faço apenas e tão somente com base nas diretrizes normativas que disciplinam as medidas de contracautela. Ressalte-se, não obstante, que, na análise do pedido de suspensão de decisão judicial, não é vedado ao Presidente do Supremo Tribunal Federal proferir um juízo mínimo de delibação a respeito das questões jurídicas presentes na ação principal, conforme tem entendido a jurisprudência desta Corte, da qual se destacam os seguintes julgados: SS-AgR 846, Rel. Sepúlveda Pertence, DJ 29.5.96; SS-AgR 1.272, Rel. Carlos Velloso, DJ 18.5.2001.

O art. 15 da Lei n.º 12.016/09 autoriza o deferimento do pedido de suspensão de segurança concedida nas ações movidas contra o Poder Público ou seus agentes, a requerimento da pessoa jurídica de direito público interessada, para evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas.

Em 1993, a impetrante incorporou aos seus vencimentos a Gratificação de Representação de Gabinete.

Em 2007, a Lei n.º 1.026, que instituiu o novo “Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos” dos servidores do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, promoveu o reenquadramento dos servidores do referido órgão e, por força do artigo 16, incorporou ao salário básico os seguintes benefícios:

Artigo 16 – Aos servidores abrangidos por este Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos deixarão de ser atribuídos, a partir da vigência desta lei complementar, por terem seus valores sido integrados no salário básico, os seguintes benefícios:

I – gratificação prevista no artigo 47 da Lei Complementar n.º 743, de 27 de dezembro de 1993;

II – gratificação fixa, de que trata a Lei Complementar n.º 741, de 21 de dezembro de 1993, alterada pelas Leis Complementares nos 755, de 9 de maio de 1994, 763, de 24 de outubro de 1994, 770, de 13 de dezembro de 1994 e 795 de 18 de julho de 1995;

III – gratificação extra, de que trata a Lei Complementar n.º 788, de 27 de dezembro de 1994;

IV – gratificação de que trata a Lei Complementar n.º 904, de 11 de dezembro de 2001;

V – abono de que trata a Lei Complementar n.º 925, de 10 de setembro de 2002.

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo concluiu que a gratificação, cuja supressão motivou o mandado de segurança na origem, não se enquadra em qualquer das hipóteses do citado artigo 16, tendo sido concedida com base no artigo 135, III, do Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (fl. 16).

Saliente-se que o Estado de São Paulo não refutou tal conclusão, limitando-se a sustentar que, após a reclassificação promovida pela Lei Complementar Estadual n.º 1.026/2007, houve aumento do valor da remuneração total da impetrante.

Ademais, registre-se que o artigo 11 da referida lei preservou as seguintes vantagens:

Artigo 11 – A retribuição pecuniária dos servidores abrangidos por este Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos compreende, além do vencimento, na forma indicada no artigo 10 desta lei complementar, as seguintes vantagens:

I – adicional por tempo de serviço, de que trata o artigo 129 combinado com o inciso XVI do artigo 115 da Constituição do Estado de São Paulo;

II – sexta-parte, nos termos do artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo;

III – gratificação “pro labore” atribuída nos termos da legislação pertinente;

IV – outras vantagens pecuniárias previstas nesta ou em outras leis, inclusive a gratificação de controle externo instituída pelo artigo 42 da Lei

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 21

Complementar n.º 743, de 2 de dezembro de 1993.Assim, entendo que, no caso, não incide a vedação do artigo 7º, § 2º,

da Lei n.º 12.016/09, uma vez que o acórdão impugnado não estendeu ou aumentou vantagens. O Tribunal de origem, ao analisar a legislação local, entendeu que a supressão da gratificação já incorporada ao patrimônio da impetrante é ilegal, determinando seu restabelecimento imediato.

A hipótese em apreço assemelha-se à analisada por mim nos autos da SS 3.546, em que indeferi o pedido de suspensão com base na seguinte fundamentação:

(...) Portanto, a imediata execução da decisão impugnada, em deferir o restabelecimento da gratificação, tem por único efeito prático, por ora, a manutenção do valor dos vencimentos pagos às impetrantes, valor que vinham recebendo desde o ano de 2001. Apreende-se que não há extensão ou aumento de vantagens, mas apenas a manutenção de valores já pagos às impetrantes, a fim de garantir a irredutibilidade de vencimentos. (SS n.º 3.546, DJe 9.12.2008)

No mesmo sentido, destaco a decisão da Ministra Ellen Gracie, nos autos da Suspensão de Tutela Antecipada n.º 92, que indeferiu pedido semelhante, nos seguintes termos:

(...) Não há como se vislumbrar a ocorrência de qualquer ofensa à ordem ou à economia públicas, porquanto a decisão objurgada não criou nova despesa para os cofres públicos. O pagamento da remuneração aos servidores, nos montantes ordenados pelo tribunal requerido, já vinha ocorrendo há tempo considerável. Impende salientar que não houve concessão de aumento ou extensão de vantagens, mas tão somente, restabelecimento da situação remuneratória anterior.(STA 92, Ministra Ellen Gracie, DJ 9.2.2007)

Quanto à alegação de que a decisão impugnada, ao determinar o pagamento das parcelas vencidas antes da impetração, viola os enunciados das Súmulas 269 e 271 deste Supremo Tribunal Federal e, consequentemente, gera grave lesão à ordem pública, na sua acepção jurídico-administrativa e jurídico-constitucional, verifico presentes os requisitos para o deferimento do pedido de suspensão nesse ponto.

Esta Corte sumulou o entendimento segundo o qual o mandado de segurança não pode ser utilizado para a cobrança de valores pretéritos:

Súmula 271 - CONCESSÃO DE MANDADO DE SEGURANÇA NÃO PRODUZ EFEITOS PATRIMONIAIS EM RELAÇÃO A PERÍODO PRETÉRITO, OS QUAIS DEVEM SER RECLAMADOS ADMINISTRATIVAMENTE OU PELA VIA JUDICIAL PRÓPRIA.

Nesse sentido, inclusive, a decisão do então Presidente desta Corte, Ministro Carlos Velloso, ao analisar o pedido de Suspensão de Segurança n.º 1.932:

(...)10. E neste ponto, sem adentrar no mérito da questão discutida no mandamus, merece prosperar o pleito de contracautela requerido pelo Estado da Paraíba, em face do aspecto da potencialidade lesiva da economia pública com o cumprimento da liminar que ora se ataca. 11. Com efeito, a medida liminar concedida, como posta, afastando dos impetrantes os efeitos do Decreto Estadual n.º 21.686/2000, causará grave lesão à economia do Estado, uma vez que não existe previsão orçamentária para o pagamento integral dos valores requeridos. 12. Ademais, os impetrantes, ao utilizarem a ação de mandado de segurança para obter o pagamento do precatório, não fizeram uso do instituto jurídico adequado. Segundo previsão constitucional, há a possibilidade de seqüestro da quantia necessária à satisfação do débito, no caso de preterimento de direito de preferência (Art. 100, § 2º, parte final, Constituição Federal), além disso, existe entendimento do colendo Supremo Tribunal Federal, sobre o assunto, consolidado na seguinte súmula: “Súmula 271: Concessão de mandado de segurança não produz efeitos patrimoniais, em relação a período pretérito, os quais devem ser reclamados administrativamente ou pela via judicial própria.” (...) Acolho o pronunciamento do eminente Procurador-Geral da República. Parece-me ocorrer, no caso, risco de grave lesão à economia pública, dado que a liminar vai gerar o denominado efeito multiplicador: dezenas de novos mandados de segurança poderão ser impetrados, inviabilizando o gerenciamento das finanças do Estado, o que recomenda a suspensão dos efeitos da liminar até o julgamento final da causa. Do exposto, defiro o pedido. (...)" Nos termos da decisão acima transcrita, defiro o pedido.” (SS n.º 1.932, Ministro Carlos Velloso, DJ 20.02.2001.)

Ante o exposto, defiro parcialmente o pedido de suspensão de segurança, para suspender, tão somente quanto ao pagamento de valores anteriores à impetração, o acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, nos autos do Mandado de Segurança 167.454.0/0, mantendo a decisão nos seus demais termos.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro GILMAR MENDESPresidente

PLENÁRIO

NOTAS E AVISOS DIVERSOS

CONVOCAÇÃO De ordem do Exmo. Sr. Ministro Gilmar Mendes, Presidente, fica

convocada sessão solene para dar posse ao Exmo. Sr. Dr. José Antônio Dias Toffoli, no cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal, no dia 23 de outubro de 2009, às 17 horas.

Brasília, 05 de outubro de 2009.Luiz Tomimatsu

Secretário

PAUTA DE JULGAMENTOS

PAUTA Nº 38 - Elaborada nos termos do art. 83 do Regimento Interno, para julgamento do(s) processo(s) abaixo relacionado(s):

EMB.DIV.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 729.055-5 (161)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOEMBTE.(S) : ALEXANDRA LARA DA MOTTA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : SEBASTIÃO HASENCLEVER BORGES NETO E

OUTRO (A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - EDUARDO

GOULART PIMENTA

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilSistema Remuneratório e BenefíciosGratificações Estaduais EspecíficasGratificação de Estímulo à Produção Individual - GEPI

EMB.DIV.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.830-1 (162)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOEMBTE.(S) : ADAIR TARTARIADV.(A/S) : RODRIGO TONIAL E OUTRO (A/S)EMBDO.(A/S) : BRASIL TELECOM S/AADV.(A/S) : THIAGO SILVA DE MORAES E OUTRO (A/S)

Matéria:DIREITO CIVILEmpresasEspécies de SociedadesAnônima

EXTRADIÇÃO 1.126-0 (163)PROCED. : REPÚBLICA FEDERAL DA ALEMANHARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAREQTE.(S) : GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERAL DA ALEMANHAEXTDO.(A/S) : MANFRED WILLADV.(A/S) : EVA INGRID REICHEL BISCHOFF

Matéria:DIREITO INTERNACIONALEstrangeiroAdmissão / Entrada / Permanência / Saída

MANDADO DE SEGURANÇA 25.284-7 (164)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : DAVI RESENDE SOARES E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : DIAMANTINO SILVA FILHO E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOLIT.PAS.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOIntervenção do Estado na PropriedadeDesapropriação

MANDADO DE SEGURANÇA 25.697-4 (165)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAIMPTE.(S) : MARIA DAS GRAÇAS CONSUELO SILVEIRA ALVIM DE

OLIVEIRAADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS MENDES DE OLIVEIRAIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Matéria:

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO

Servidor Público CivilAposentadoria

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 563.708-5 (166)PROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO

GROSSO DO SULRECDO.(A/S) : ADÃO DE FREITAS AMORIM E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : RENATA BARBOSA LACERDA OLIVAINTDO.(A/S) : AFUSE - SINDICATO DOS FUNCIONÁRIOS E

SERVIDORES DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO

ADV.(A/S) : ANTÔNIO MARCOS DUARTE ASSUMPÇÃO E OUTRO (A/S)

INTDO.(A/S) : SINDSAÚDE - SINDICATO DOS TRABALHADORES PÚBLICOS DA SAÚDE NO ESTADO DE SÃO PAULO

ADV.(A/S) : APARECIDO INÁCIO E OUTRO (A/S)

Matéria:DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO

PÚBLICOServidor Público CivilSistema Remuneratório e BenefíciosAdicional de Tempo de Serviço

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 583.937-1 (167)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : FERNANDO CORREA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : DPE-RJ - CLÓVIS BOTELHOADV.(A/S) : DPE-RJ - ADALGISA MARIA STEELE MACABURECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRO

Matéria:DIREITO PENALCrimes Praticados por Particular Contra a Administração em GeralDesacato

Brasília, 05 de outubro de 2009.Luiz Tomimatsu

Secretário

SESSÃO ORDINÁRIA

Ata da 24ª (vigésima quarta) sessão ordinária, realizada em 23 de setembro de 2009.

Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Presentes à sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Ellen Gracie, Carlos Britto, Joaquim Barbosa, Eros Grau e Cármen Lúcia.

Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente).

Procurador-Geral da República, Dr. Roberto Monteiro Gurgel Santos.Secretário, Luiz Tomimatsu.Abriu-se a sessão às quatorze horas, sendo lida e aprovada a ata da

sessão anterior. REGISTROSO SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO (PRESIDENTE, art. 37, I,

do RI) - Tenho a satisfação de informar a presença, no Plenário do Supremo Tribunal Federal, dos Excelentíssimos Senhores Magistrados paraguaios Alberto Martinez Simon, Juiz do foro cível, primeira instância, da cidade de Assunção, Paraguai, e da Senhora Juíza Alma Maria Mendes, juíza do foro trabalhista de primeira instância, também da cidade de Assunção, Paraguai. Sejam bem-vindos.

Registro, ainda, com satisfação, a presença, no Plenário desta Suprema Corte, dos senhores alunos do curso de Direito da Univille, Universidade da Região de Joinville, Santa Catarina, campus Oxford. Sejam todos bem-vindos.

JULGAMENTOS

AÇÃO PENAL 360-0 (168)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOREVISORA :MIN. ELLEN GRACIEAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALASSIST.(S) : JOSÉ ADILSON DOS SANTOSADV.(A/S) : OSVALDO FLAUSINO JÚNIOR

REU(É)(S) : FERNANDO LÚCIO GIACOBOADV.(A/S) : ADELINO MARCON E OUTRO (A/S)

Decisão: Após o voto do Senhor Ministro Marco Aurélio (Relator), julgando improcedente a ação e prejudicada a preliminar e o voto da Senhora Ministra Ellen Gracie (Revisora), julgando-a procedente e rejeitando a preliminar, o julgamento foi suspenso até o mês de março de 2009. Ausentes, justificadamente, o Senhor Ministro Celso de Mello e, neste julgamento, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente), Joaquim Barbosa e Eros Grau. Falaram, pelo Ministério Público Federal o Procurador-Geral da República Dr. Antônio Fernando Barros e Silva de Souza e, pelo réu o Dr. Eduardo Toledo. Presidência do Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Plenário, 11.12.2008.

Decisão: Retirado de pauta por indicação do Relator. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.9.2009.

AÇÃO RESCISÓRIA 1.304-2 (169)PROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAREVISOR :MIN. MENEZES DIREITOAUTOR : VALMIR DO CARMO TABORDA E OUTROSADV. : PAULO MOSERADV. : CLAUDIO FRUETREU : JOQUEI CLUB FAZENDA RIO GRANDEADV. : HUGO MÓSCAADV. : JOSÉ CID CAMPÊLO E OUTROS

Decisão: Retirado de pauta por indicação da Relatora. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.9.2009.

AÇÃO RESCISÓRIA 1.684-0 (170)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAUREVISOR :MIN. SEPÚLVEDA PERTENCEAUTORA : IZOLINA MARIA DE SOUZAADV. : ARISTEU PASSOS GONÇALVESREU : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : ARTHUR PINHEIRO CHAVES E OUTROS

Decisão: Retirado de pauta por indicação do Relator. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.9.2009.

AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 2.769-4 (171)PROCED. : ALAGOASRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO

JUDICIÁRIA DO ESTADO DE ALAGOASINTDO.(A/S) : RICHARD WAGNER MEDEIROS CAVALCANTI MANSO

E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ANA LUZIA COSTA CAVALCANTI MANSO E OUTRO

(A/S)

Decisão: O Tribunal, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.9.2009.

AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 2.912-3 (172)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : ALAIR FRANCISCO CORRÊAADV.(A/S) : HÉLIO CAVALCANTI BARROS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : DÉCIMA QUARTA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE

JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 2003.002.23159 NA AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº 2003.011.001332-9)

INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Decisão: O Tribunal, por votação unânime, julgou prejudicado o recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, em

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.09.2009.

AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 4.931-1 (173)PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 18ª REGIÃOAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE ALEXÂNIAADV.(A/S) : BIANCA C. MARTINS REZENDE E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 00493-2006-052-18-00-2)

Decisão: O Tribunal, por votação majoritária, não conheceu do recurso, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, que dele conhecia. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.09.2009.

AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 5.079-3 (174)PROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO -

PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO

AGDO.(A/S) : ESTADO DE RORAIMAADV.(A/S) : PGE-RR - JOÃO FÉLIX DE SANTANA NETO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 2ª VARA DO TRABALHO DE

BOA VISTA (AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº 00534/2007-052-11-00 E AÇÃO CAUTELAR PREPARATÓRIA Nº 00223/2007-052-11-00)

INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE RORAIMA

Decisão: O Tribunal, por votação majoritária, não conheceu do recurso, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, que dele conhecia. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.09.2009.

AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 5.543-4 (175)PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO FRANCISCO DE GOIÁSADV.(A/S) : FELICÍSSIMO SENA E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : JUÍZA DO TRABALHO DA 4ª VARA DO TRABALHO DE

ANÁPOLIS (ACP 00930-2007-054-18-00-1)

Decisão: O Tribunal, por votação majoritária, não conheceu do recurso, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, que dele conhecia. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.09.2009.

AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 5.744-5 (176)PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE MARACANAÚADV.(A/S) : MARIA STELLA MONTEIRO MONTENEGRO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 7ª REGIÃOINTDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA 32ª VARA DO TRABALHO DE

MARACANAÚ (AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº 03520-2006-032-07-00-4)

Decisão: O Tribunal, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.9.2009.

AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 5.924-3 (177)PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES NO SERVIÇO

PÚBLICO MUNICIPAL DE LIMOEIRO DO NORTEADV.(A/S) : PAULO FRANCO ROCHA DE LIMA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE LIMOEIRO DO NORTEADV.(A/S) : JOÃO BATISTA FREITAS DE ALENCARAGDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA VARA ÚNICA DO TRABALHO

DE LIMOEIRO DO NORTE (RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Nº 00702-2007-023-07-00-3)

Decisão: O Tribunal, por votação majoritária, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, que o provia. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.09.2009.

AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 6.019-5 (178)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : AIDA LANZILOTTI DE ALMEIDA MORAES E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : RICARDO FALLEIROS LEBRÃO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(AGRAVO REGIMENTAL NO PEDIDO DE SEQÜESTRO Nº 156.214.0/2-01)

INTDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: O Tribunal, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.9.2009.

AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 6.020-9 (179)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ABIGAIL DE OLIVEIRA BUZZELATO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MESSIAS TADEU DE OLIVEIRA BENTO FALLEIROS E

OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(PEDIDO DE SEQUESTRO Nº 156.174.0/9-01)INTDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Decisão: O Tribunal, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.9.2009.

AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 6.258-9 (180)PROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEADV.(A/S) : PGE-RN - LUIS MARCELO CAVALCANTI DE SOUSAAGDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTE (MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2008.002468-8)

INTDO.(A/S) : SILVANNA ROCHA DE OLIVEIRA ALMEIDA E OUTRO (A/S)

ADV.(A/S) : ARLINDO CARLOS DE OLIVEIRA

Decisão: O Tribunal, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.09.2009.

AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 6.261-9 (181)PROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEADV.(A/S) : PGE-RN - LUIS MARCELO CAVALCANTI DE SOUSAAGDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTE (MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2008.002158-9)

INTDO.(A/S) : ERIKA VANESSA OLÍMPIO DIAS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : RODRIGO GOMES DA COSTA LIRA

Decisão: O Tribunal, por votação unânime, negou provimento ao

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 24

recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.09.2009.

AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 6.416-6 (182)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ROBERTO CHIMINAZZOADV.(A/S) : MARCELO PELEGRINI BARBOSA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : CAROLINA M. MACHADO DE STEFANOINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO

DE SÃO PAULO (PEDIDO DE SEQUESTRO Nº 12544701/1-00)

Decisão: O Tribunal, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.9.2009.

AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 7.066-2 (183)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : VÂNIA OLIVEIRA MATTARADV.(A/S) : HUMBERTO LUCCHESI DE CARVALHO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - VANESSA

SARAIVA DE ABREU E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 00120-2008-002-03-00-9)

Decisão: O Tribunal, por votação majoritária, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, que o provia. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.09.2009.

AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 7.115-4 (184)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : MÁRCIO LOPES SILVA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : HUMBERTO LUCCHESI DE CARVALHO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - VANESSA

SARAIVA DE ABREU E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO

(PROCESSO Nº 01324-2007-021-03-00-4)

Decisão: O Tribunal, por votação majoritária, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, que o provia. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.09.2009.

AG.REG.NO AG.REG.NA MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 6.482-4

(185)

PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOAGDO.(A/S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO

DE SÃO PAULO - SABESPADV.(A/S) : JENNY MELLO LEME E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTESINTDO.(A/S) : JUÍZA DO TRABALHO DA 51ª VARA DO TRABALHO DE

SÃO PAULO (AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº 01043-2008-051-02-00-0)

Decisão: O Tribunal, por votação majoritária, não conheceu do recurso, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, que dele conhecia. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.09.2009.

AG.REG.NO AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 6.002-1 (186)PROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE LUCIARAADV.(A/S) : DÉBORA SIMONE ROCHA FARIAINTDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE SÃO

FÉLIX DO ARAGUAIA (AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº 00490.2007.061.23.00-3)

INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO

INTDO.(A/S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MATO GROSSO

Decisão: O Tribunal, por votação majoritária, não conheceu do recurso, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, que dele conhecia. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.09.2009.

AG.REG.NO AG.REG.NOS EMB.DIV.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 351.747-3

(187)

PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : SOMA DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES

MOBILIÁRIOS S/A E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : LUIZ ROBERTO DO NASCIMENTO E SILVA E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PFN - MARCOS BURLAMAQUI

Decisão: O Tribunal, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.9.2009.

AG.REG.NO MANDADO DE SEGURANÇA 25.837-3 (188)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : FLORA VALLADARES COELHO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JORGE AMAURY MAIA NUNES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO

Decisão: O Tribunal, por votação majoritária, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, que o provia. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.09.2009.

AG.REG.NO MANDADO DE SEGURANÇA 26.357-1 (189)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : ESPÓLIO DE CLOVIS SCRIPILLITI E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : FÁBIO DE OLIVEIRA LUCHÉSI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: O Tribunal, por votação majoritária, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto da Relatora, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, que o provia. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.09.2009.

AG.REG.NO MANDADO DE SEGURANÇA 27.096-9 (190)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : NAIR ASSIS FERREIRA DE SOUZAADV.(A/S) : ALCINETE NASCIMENTO DE SOUZAAGDO.(A/S) : RELATOR DA PET Nº 3128, DA AC Nº 1202 E DO RMS

Nº 26191 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Decisão: O Tribunal, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Impedida a Senhora Ministra Ellen Gracie. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e,

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licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.09.2009.

AG.REG.NOS EMB.DIV.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 158.241-3

(191)

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : DISTRITO FEDERALADV.(A/S) : PGDF - LÍSIA BARREIRA MONIZ DE ARAGÃO E

OUTROSAGDO.(A/S) : ADAILTON EMILIANO DA SILVA E OUTROSADV.(A/S) : CLAUDIA REGINA SILVA E OUTROS

Decisão: O Tribunal, por votação unânime, negou provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.09.2009.

EMB.DECL.NA EXTRADIÇÃO 1.122-7 (192)PROCED. : ESTADO DE ISRAELRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOEMBTE.(S) : ELIOR NOAM HEN OU ELIYAHU ABU HAZERAADV.(A/S) : FERNANDO MAFFEI DARDISADV.(A/S) : DANIEL GARSONADV.(A/S) : NOEL RICARDO MAFFEI DARDISEMBDO.(A/S) : GOVERNO DE ISRAEL

Decisão: O Tribunal, por maioria de votos, rejeitou os embargos de declaração por considerá-los manifestamente procrastinatórios e autorizou a comunicação da decisão da Corte ao Senhor Presidente da República, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, que acolhia os embargos de declaração, nos termos do seu voto. Prejudicado o pedido de transferência formulado pela Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal em São Paulo. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.9.2009.

EMB.DECL.NA RECLAMAÇÃO 5.304-1 (193)PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOEMBTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOEMBDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SANTA RITA DO ARAGUAIAADV.(A/S) : ALEXANDRE DO CARMO AFIUNEEMBDO.(A/S) : JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE

MINEIROS (PROCESSO Nº 00476-2007-191-18-00-7)

Decisão: O Tribunal, por votação majoritária, não conheceu do recurso, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, que dele conhecia. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.09.2009.

EMB.DECL.NO RECURSO EM HABEAS CORPUS 90.532-3 (194)PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAEMBTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALEMBDO.(A/S) : MARIA FRANCISCA ALVES SOUZAADV.(A/S) : RAFAEL PEREIRA DE SOUZA

Decisão: O Tribunal, por votação unânime, conheceu dos embargos de declaração, dando-lhes efeito infringente para negar provimento ao recurso ordinário, nos termos do voto do Relator. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.9.2009.

EMB.DECL.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 257.805-3 (195)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAUEMBTE. : HUGO HERRMANN FILHOADVDOS. : MAURIVAN BOTTA E OUTROSEMBDO. : BANCO CENTRAL DO BRASILADV. : PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO

BRASIL

Decisão: O Tribunal, por votação unânime, rejeitou os embargos de

declaração, nos termos do voto do Relator. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.9.2009.

INQUÉRITO 2.658-1 (196)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALINDIC.(A/S) : JORGE MALULY NETTOINDIC.(A/S) : JORGE DE FARIA MALULYADV.(A/S) : ALÉCIO JARUCHE E OUTRO (A/S)

Decisão: Retirado de pauta por indicação do Relator. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RISTF). Plenário, 23.9.2009.

MANDADO DE SEGURANÇA 25.383-5 (197)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEIMPTE.(S) : ITAIÁ - MINERAÇÃO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDAADV.(A/S) : UILE REGINALDO PINTOIMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICAADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Decisão: Retirado de pauta por indicação da Relatora. Ausentes, em representação do Tribunal no exterior, os Senhores Ministros Gilmar Mendes (Presidente) e Ricardo Lewandowski e, licenciado, o Senhor Ministro Cezar Peluso (Vice-Presidente). Presidência do Senhor Ministro Celso de Mello (art. 37, I, do RI). Plenário, 23.9.2009.

Brasília, 23 de setembro de 2009.Luiz Tomimatsu

Secretário

SECRETARIA JUDICIÁRIA

Decisões e Despachos dos Relatores

PROCESSOS ORIGINÁRIOS

MED. CAUT. EM AÇÃO CAUTELAR 2.377-7 (198)PROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOREQTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃOREQDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: O Estado do Maranhão postula a extinção deste processo cautelar, sem resolução de mérito, fazendo-o nos seguintes termos (fls. 79/80):

“(...) Na oportunidade da contestação informou a União que foi deferido recurso administrativo interposto pelo Estado, tornando sem efeito o lançamento impugnado na ação cautelar, o que foi anexado ao processo.

Ocorreu, portanto, verdadeira perda superveniente do objeto contido na ação cautelar já que a Gerência de Patrimônio da União tornou sem efeito o lançamento questionado (...).” (grifei)

Tem razão o autor. É que a superveniência do fato por ele próprio relatado faz instaurar, na espécie, típica situação configuradora de prejudicialidade, apta a justificar a extinção deste processo cautelar, por não mais subsistir o interesse processual do Estado do Maranhão (CPC, art. 267, VI).

Sendo assim, e presentes as razões expostas, julgo extinto este processo, por efeito de perda superveniente de seu objeto, restando prejudicado, em conseqüência, o exame do pedido de medida cautelar.

Arquivem-se os presentes autos.Comunique-se, transmitindo-se cópia da presente decisão aos

eminentes Senhores Advogado-Geral da União e Procurador-Geral do Estado do Maranhão.

Publique-se.Brasília, 02 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AÇÃO CAUTELAR 2.397-1 (199)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CEZAR PELUSO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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REQTE.(S) : ALEXANDRE CASTRO CERQUEIRAADV.(A/S) : EDSON CHAVES DA SILVA E OUTRO (A/S)REQDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇAINTDO.(A/S) : J V DE A R C

DECISÃO: Tendo em vista o julgamento superveniente do agravo regimental no HC nº 99.369, julgo prejudicado o pedido, com base no inciso IX e § 1.º do artigo 21 do RISTF, no art. 38 da Lei 8.038, de 28.05.1990, e no art. 557 do CPC. Arquive-se.

Publique-se. Int..Brasília, 01 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

MED. CAUT. EM AÇÃO CAUTELAR 2.457-9 (200)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOREQTE.(S) : PARTIDO FEDERALISTAADV.(A/S) : MÁRIO BARBOSA VILLAS BOASREQDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL

DECISÃO: A presente “medida cautelar” foi ajuizada em razão da existência, nesta Suprema Corte, do AI 750.434/DF, de que sou Relator.

Esse agravo de instrumento visa ao processamento de recurso ordinário interposto, pelo partido político ora requerente, contra decisão que não conheceu, na instância de origem, de mandado de segurança por ele impetrado.

O autor busca, nesta sede cautelar, a concessão incidental de provimento jurisdicional que assegure, desde já, “ao requerente, o direito ao registro requerido (...)” (fls. 03).

Sendo esse o contexto, passo a apreciar questão pertinente à própria admissibilidade da medida cautelar ora ajuizada perante o Supremo Tribunal Federal.

Cabe observar, desde logo, que a formulação, pela Presidência do Tribunal recorrido, de juízo negativo de admissibilidade do recurso – trate-se de recurso ordinário (como na espécie) ou cuide-se de recurso extraordinário – constitui obstáculo processual à instauração da jurisdição cautelar do Supremo Tribunal Federal.

Esse entendimento reflete diretriz jurisprudencial prevalecente no âmbito desta Suprema Corte, como o evidenciam os sucessivos precedentes a respeito de tal orientação.

Com efeito, a concessão de medida cautelar, pelo Supremo Tribunal Federal, quando requerida na perspectiva de recursos – tanto os de caráter ordinário quanto os de índole extraordinária - interpostos pela parte interessada, supõe, para legitimar-se, a conjugação necessária dos seguintes requisitos: (a)que tenha sido instaurada a jurisdição cautelar do Supremo Tribunal Federal (existência de juízo positivo de admissibilidade do recurso, consubstanciado em decisão proferida pelo Presidente do Tribunal de origem ou resultante do provimento de agravo de instrumento); (b)que o recurso interposto possua viabilidade processual; (c)que a postulação de direito material deduzida pela parte recorrente tenha plausibilidade jurídica; e (d) que se demonstre, objetivamente, a ocorrência de situação configuradora do “periculum in mora” (RTJ174/437-438, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Isso significa, portanto, que, presente situação em que já formulado juízo negativo de admissibilidade do recurso (como sucede na espécie), não se revelará cabível a outorga, por esta Corte, de provimento cautelar, como o Supremo Tribunal Federal tem reiteradamente proclamado (RTJ 191/483, v.g.):

“- A concessão de efeito suspensivo, seja a recurso extraordinário ainda não admitido, seja àquele cujo trânsito já foi recusado na instância de origem, seja, também, a agravo de instrumento interposto contra a decisão que negou processamento ao apelo extremo, não se mostra processualmente viável, pois a instauração da jurisdição cautelar do Supremo Tribunal Federal supõe, em caráter necessário, além de outros requisitos (RTJ174/437-438), a formulação, na instância judiciária de origem, de juízo positivo de admissibilidade. Precedentes.”

(RTJ 191/123-124, Rel. Min. CELSO DE MELLO)É que, ausente o necessário juízo positivo de admissibilidade do

recurso (ordinário ou extraordinário), não se instaura a jurisdição cautelar do Supremo Tribunal Federal, consoante reiterados precedentes que esta Suprema Corte firmou na matéria (RTJ 191/483, Rel. Min. CELSO DE MELLO– AC 1.508-AgR/SC, Rel. Min. EROS GRAU – AC 1.509-ED/SC, Rel. Min. ELLEN GRACIE, v.g.).

É por isso – ausência de instauração da jurisdição cautelar do Supremo Tribunal Federal - que tenho por insuscetível de acolhimento a pretensão cautelar formulada pela agremiação partidária ora requerente.

M esmo que se revelasse lícito superar esse obstáculo processual, ainda assim existiria, no caso, outra razão obstativa do processamento, nesta Corte, da presente “medida cautelar”.

É que o autor sequer produziu, nestes autos, cópia (a)da decisão recorrida, (b) da petição de recurso ordinário e, ainda, (c) do próprio ato decisório que formulou o juízo negativo de admissibilidade do recurso ordinário em questão.

Sem tais peças processuais, torna-se inviável o exame da relevância jurídica da pretensão recursal deduzida pelo autor desta “medida cautelar”.

V ê-se, portanto, que a ausência das peças processuais ora mencionadas torna inacolhível a postulação cautelar deduzida pela agremiação partidária requerente.

Soma-se, a essa deficiente instrução do pedido, a circunstância – que se reveste de extremo relevo processual – concernente ao fato de que a eventual concessão do pleito cautelar esgotaria, mediante inadmissível atuação jurisdicional “per saltum”, o próprio objeto do recurso ordinário em causa.

Sendo assim, e em face das razões expostas, nego seguimento à presente “medida cautelar” (fls. 02), restando prejudicado, em conseqüência, o exame do pedido de liminar (fls. 03).

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 02 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MED. CAUT. EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.307-2

(201)

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAREQTE.(S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAREQDO.(A/S) : CONGRESSO NACIONAL

DECISÃOAÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. EMENDA

CONSTITUCIONAL N. 58/2009. ALTERAÇÃO NA COMPOSIÇÃO DAS CÂMARAS MUNICIPAIS (ART. 29, INC. IV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA). RETROAÇÃO DE EFEITOS À ELEIÇÃO DE 2008 (ART. 3º, INC. I). POSSE DE VEREADORES. EXCEPCIONAL URGÊNCIA CONFIGURADA A IMPOR DEFERIMENTO CAUTELAR AD REFERENDUM DO PLENÁRIO.

Relatório.1. Ação Direta de Inconstitucionalidade, com pedido de medida

cautelar, ajuizada em 29.9.2009, pelo Procurador-Geral da República contra o inc. I do art. 3º da Emenda Constitucional n. 58, de 23 de setembro de 2009, a qual alterou o inciso IV do caput do art. 29 e do art. 29-A da Constituição da República, tratando das disposições relativas à recomposição das Câmaras Municipais.

A ação direta de inconstitucionalidade2. O Autor reporta-se ao julgamento do Recurso Extraordinário n.

197.917 (Rel. Min. Maurício Corrêa, DJ 7.5.2004), no qual este Supremo Tribunal assentou, com fundamento no inc. IV do art. 29 da Constituição da República, a necessária observância da proporção entre o número de vereadores e a população dos municípios para a composição das Câmaras Municipais, considerados os limites mínimos e máximos fixados pelas alíneas daquele dispositivo constitucional.

3. Em 23 de setembro de 2009, sobreveio alteração daquelas regras pela Emenda Constitucional n. 581. E afirma o Autor da presente ação que, pelos novos dispositivos constitucionais, “... o número de vereadores indicado no inciso IV do art. 29 representa apenas um limite máximo, desvinculado, em termos proporcionais, da população do município” (fls. 3).

Na presente ação, o digno Procurador-Geral da República põe em questão a validade constitucional do inc. I do art. 3º da Emenda Constitucional n. 58/2009, que determina a retroação dos efeitos das alterações procedidas, aplicáveis ao processo eleitoral de 2008, nos termos seguintes: “... pondo todos os municípios do país a refazer os cálculos dos quocientes eleitoral e partidário (arts. 106 e 107 do Código Eleitoral), com nova distribuição de cadeiras, a depender dos números obtidos, que podem, inclusive, trazer à concorrência partidos que não obtiveram lugares anteriormente (art. 109 do Código Eleitoral)” (fls. 3 e 4).

Assevera aquela autoridade que, especificamente o inc. I do art. 3º da Emenda Constitucional n. 58, objeto da presente ação, “...da maneira que vem posta, provoca grau de instabilidade institucional absolutamente conflitante com os compromissos democráticos assumidos na Constituição da República. Revira procedimento público de decisão, tomada pelo povo em sufrágio, com a inserção intempestiva de novos padrões num modelo rígido de regras fixadas pelo constituinte originário.

8. O resultado inevitável de intervenção casuística dessa estatura é a crise de legitimidade da decisão tomada, que jamais poderá, num ambiente tal, ser dada como definitiva.

9. É esse o viés que o art. 16 da Constituição – aqui adotado como parâmetro de controle – pretende afastar do sistema, ao determinar que ‘[a] lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência’” (destaques no original, fls. 4).

4. Aduz “... que o art. 16 da Constituição da República, conjugado ao art. 5º, LIV, foi colocado pela jurisprudência da Suprema Corte num regime absolutamente singular de tratamento constitucional, suportado pelo art. 60, § 4º, por preservar, como verdadeira garantia, o pleno exercício da cidadania popular” (fls. 5).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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Para fundamentar tal assertiva, o digno Procurador-Geral da República menciona o julgado proferido na ADI n. 3.685, no qual, examinando a aplicação da Emenda Constitucional n. 52/2006, que inseriu nova regra constitucional sobre coligações partidárias eleitorais a ser aplicada ao pleito do mesmo ano de sua promulgação, este Supremo Tribunal assentou que o art. 16 da Constituição da República representa garantia individual do cidadão-eleitor, “... oponível até mesmo à atividade do legislador constituinte derivado, nos termos dos arts. 5º, § 2º, e 60, § 4º, IV” (Rel. Min. Ellen Gracie, DJ 10.8.2006).

5. Sustenta o Autor da presente ação, quanto ao chamado ‘devido processo legal eleitoral’ posto nos arts. 5º, inc. LIV, e 16 da Constituição da República, que:

“14. O Estado democrático tem estreita relação com os modelos procedimentais adotados. Afinal, é pela previsão e pela estabilidade das regras que coordenam os processos de decisões que se garantem a legitimação do resultado e a confiança do cidadão no Estado.

15. Seguindo o tom dos escritos de Niklas Luhmann sobre ‘Legitimação pelo Procedimento’, o Ministro Sepúlveda Pertence, no julgamento da ADI 354, quando ainda se desenhavam os contornos de um hoje bem marcado processo eleitoral, assim como de sua sujeição ao marco do art. 16, então dizia que, ‘[n]a democracia representativa, por definição, nenhum dos processos estatais é tão importante e tão relevante quanto o processo eleitoral, pela razão óbvia de que é ele a complexa disciplina normativa, nos Estados modernos, da dinâmica procedimental do exercício imediato da soberania popular, para a escolha de quem tomará, em nome do titular dessa soberania, as decisões políticas dela derivadas...’. E daí conclui que, ‘... a exigência da disciplina normativa das regras do jogo democrático é que, evidentemente, está à base do artigo 16 da Constituição de 88...’.

16. O pleno exercício dos direitos políticos, aqui pelo ângulo dos legitimados a votar e na compreensão dos partidos políticos, está atrelado à perspectiva de um devido processo legal eleitoral, organizado por regras constitucionais...” (fls. 6 e 7).

6. Daí porque, segundo o Autor, os novos dispositivos constitucionais referentes à composição das Câmaras Municipais “... [r]evolvem o processo eleitoral (especificamente o já aperfeiçoado de 2008), eis que, pela mudança do número de cadeiras nas Câmaras Municipais, interferem nos quocientes eleitoral e partidário” (fls. 8).

Assim, ao determinar o inc. I do art. 3º da Emenda Constitucional n. 58/2009 a retroação dessas regras “[à] revelia dos resultados homologados pela Justiça Eleitoral [quanto ao pleito de 2008], não só o rol dos eleitos e dos suplentes, mas também a participação e o peso dos partidos será absolutamente modificado...”, resultando, segundo o Autor, em “... diplomação de candidatos que, pelas regras vigentes ao tempo da eleição, não foram realmente eleitos, exist[indo] severo risco de degradação do próprio art. 1º, parágrafo único, como do art. 14, da Constituição” (fls. 8).

7. Conclui o Autor afirmando existirem “...inúmeras relações jurídicas que são alcançadas pelas novas regras, mas não há justificativa plausível que fundamente o efeito imediato a fatos pretéritos” (fls. 9), donde “... a patente ofensa a atos jurídicos perfeitos, regidos todos por normas previamente conhecidas, que agora são substituídas, após terem sido integradas à regência dos fatos jurídicos em curso” (fls. 10).

8. Requer suspensão cautelar da eficácia do inc. I do art. 3º da Emenda Constitucional n. 58, de 2009, sob pena de graves reflexos sobre o exercício do Poder Legislativo municipal, pois “... [e]xiste anúncio, confirmado pelos meios de comunicação, de que as regras da EC n. 58 têm ganhado imediata execução em isolados municípios, por aplicação do ato aqui impugnado...”, sendo que “... logo o impulso ganhará localidades mais extensas e populosas, com sério agravamento do estado de inconstitucionalidade” (fls. 10 e 11).

No mérito, pede a procedência do pedido, declarando-se a inconstitucionalidade do inc. I do art. 3º da Emenda Constitucional n. 58, de 23.9.2009, por violação dos arts. 1º, parágrafo único; 5º, inc. XXXVI e LIV; 14; 16; e 60, § 4º, incs. II e IV, da Constituição da República.

10. Distribuídos, os autos vieram-me conclusos em 29.9.2009.Examinados os elementos havidos nos autos, decido sobre o

pedido de medida cautelar sem a audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a emenda constitucional impugnada (§ 3º do art. 10 da Lei n. 9.868/1999).

A urgência qualificada no caso a impor exame e decisão sobre a medida cautelar requerida

11. Examino, de pronto, o requerimento formulado de medida cautelar para suspender, de imediato, os efeitos do art. 3º, inc. I, da Emenda Constitucional n. 58/2009, em face da qualificada urgência alegada e demonstrada pelo digno Autor. Tanto impede o aguardo das próximas sessões do Plenário deste Supremo Tribunal para o fluxo regular das fases do presente processo.

Tal urgência pode ser fácil e claramente demonstrada pela imediata recomposição das Câmaras Municipais de alguns Municípios, com fundamento no dispositivo ora questionado (art. 3º, inc. I, da Emenda Constitucional n. 58, de 23.9.2009), conforme noticiam matérias jornalísticas indicadas na petição inicial (fls. 10, nota de rodapé n. 10).

12. Tal circunstância conduziu os Procuradores Regionais Eleitorais de São Paulo, Goiás, Ceará e Espírito Santo a emitir recomendação a todos os promotores de justiça eleitorais dos respectivos Estados a impugnarem a

diplomação e posse de vereadores fundadas na norma questionada, segundo notícia divulgada no sítio do Ministério Público Federal (http://noticias.pgr.mpf.gov.br/), no qual também consta informação de ajuizamento de ação civil pública em 29.9.2009, contra a diplomação de dois vereadores no Município de Bela Vista, no Estado de Goiás, bem como de deferimento de cautelar em ação cautelar ajuizada pela promotoria eleitoral no Município de Icó/CE, impedindo a posse de cinco novos vereadores com fundamento na Emenda Constitucional n. 58/2009.

13. A controvérsia jurídica instaurada com a promulgação da Emenda Constitucional n. 58/2009, que possibilitou interpretação de suas normas no sentido de estar autorizada posse imediata de candidatos que não teriam obtido votos suficientes para assumir cargo de vereador disputado segundo as regras vigentes nas eleições de 2008, levou o Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Ministro Carlos Britto, em 28.9.2009, a encaminhar ofício aos Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais, informando-lhes que, “...em 2007 o TSE respondeu à Consulta 1421/07 e disciplinou a data-limite para promulgação de emenda constitucional alterando o número de vereadores” (...), na qual ficou decidido, “... por unanimidade, que a regra constitucional (a prevalecer no pleito de 2008) deveria entrar em vigor até o final de junho de 2008, quando terminou o prazo para realização das convenções partidárias que aprovam os nomes dos candidatos ao pleito” (www.tse.jus.br).

14. Considerando que a posse de vereador depende da sua diplomação como eleito pela Justiça Eleitoral, depreende-se daquele ofício e das recomendações dos Procuradores Regionais Eleitorais: a) já se terem empossado alguns vereadores segundo as novas regras e iniciadas providências para a posse imediata de novos vereadores em detrimento do respeito às normas constitucionais e legais referentes às eleições ocorridas há um ano e cujos efeitos já se produziram, inclusive para definição dos eleitos e respectivas posses; b) o risco iminente e inegável de que vereadores empossados com base na norma questionada poderiam iniciar a sua atuação, produzindo-se até mesmo leis sem validade, por se terem produzido por colegiado contaminado pela presença de não eleitos, nos termos constitucionalmente fixados, no pleito de 2008; c) é incontestável haver potencial risco de excessiva judicialização da matéria, proliferando-se ações, ajuizadas em várias partes do País, instaurando insegurança jurídica decorrente de decisões judiciais, que poderão ser diferenciadas e contraditórias.

15. A extraordinária urgência demandada para o exame da cautelar, na espécie em foco, é realçada pelo Autor em petição apresentada em 1º.10.2009, na qual reitera o requerimento de seu imediato exame e decisão, pelo “... agravamento do quadro fático que justificou [esse] pedido ..., com notícias de novas posses de vereadores, com base precisamente na regra do art. 3º, I, da EC nº 58, sendo a última no sentido de que a Câmara Municipal de Conselheiro Pena, no Estado de Minas Gerais, empossou dois novos vereadores...redobrada a urgência da cautelar, é a presente para requerer o imediato exame do pedido de cautelar” (Petição Avulsa n. 122.777/2009).

Somados a esses fatos os graves reflexos que a eventual nulidade dos atos de posse realizados com fundamento na Emenda Constitucional n. 58/2009 teria sobre o exercício do Poder Legislativo municipal, como antes realçado, exigem a imediata manifestação deste Supremo Tribunal em ação de controle concentrado de constitucionalidade, com a dispensa da prévia requisição de informação ao órgão do qual emanou o ato estatal impugnado antes da apreciação da cautelar.

16. A presente ação foi ajuizada às treze horas da última terça-feira (29.9.2009, fls. 2) e a demonstração pelo Autor das condições produzidas pelas novas normas obriga ao exame e à conclusão imediatos sobre o requerimento de suspensão dos efeitos da norma impugnada, que já se fazem sentir e que se comprovam, objetivamente, pela posse de novos vereadores e anúncios de novas posses, tudo feito segundo as novas regras aplicáveis retroativamente por força do inc. I do art. 3º da Emenda Constitucional n. 58/2009.

Também a reiteração do requerimento de imediato exame da medida cautelar, datada de 1º.10.2009 (ontem quinta feira, à tarde), leva-me a adotar a providência judicial excepcional de examiná-lo e decidir sobre ele de imediato, monocraticamente e ad referendum do Plenário , na forma de precedentes deste Supremo Tribunal, em situações como a presente, nas quais a urgência da providência requerida cautelarmente e a objetiva configuração de instabilidade jurídica e política, que a mantença dos efeitos das normas questionadas poderia acarretar, possível mesmo que ela não produza sua plena utilidade e o seguro afastamento dos riscos demonstrados e iminentes se não sobrevier a suspensão imediata de seus efeitos, tudo a impor ao Ministro Relator tomada de decisão imediata – reitere-se - ad referendum do Plenário.

É que, tal como afirmado, em caso análogo, pelo Ministro Menezes Direito, “... em vista (da) proximidade do prazo previsto no art. 7º da Lei Estadual impugnada... e a impossibilidade de submeter o feito a tempo para apreciação do Plenário, aprecio, excepcionalmente, a medida cautelar pleiteada” (Adin 4232 – Rel. Ministro Menezes Direito).

Faço questão de salientar que a pouca ortodoxia da apreciação monocrática, pelo Relator, da cautelar requerida em ação direta de inconstitucionalidade deve-se, exclusivamente, à excepcionalidade da situação e aos riscos decorrentes do aguardo da providência pela instância natural deste Supremo Tribunal, qual seja, o seu Plenário, até a sessão em que o processo vier a ser apregoado para apreciação, ainda que em regime

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de prioridade e urgência, uma vez que as posses dos novos vereadores estão ocorrendo em vários Municípios.

Saliento, ainda uma vez, que a adoção desse comportamento judicial não é inédita, como se pode verificar, por exemplo, na ADI 2.849-MC (Rel. Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 3.4.2003), na ADI 4.232-MC (Rel. Ministro Menezes Direito, DJe 22.5.2009), na med. caut. em ADI 1.899-7 (Rel. o Ministro Carlos Velloso), nas quais concluíram os eminentes Ministros Relatores configurada situação de excepcional urgência, tal como se tem na presente ação direta de inconstitucionalidade, pelo que a apreciação e decisão do requerimento de medida cautelar suspensiva dos efeitos dos atos impugnados não poderiam ser postergados.

Emenda Constitucional como objeto de controle de constitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal: jurisprudência pacificada

17. Realço também ser pacificado neste Supremo Tribunal Federal o cabimento – pelo menos em tese - de ação direta de inconstitucionalidade cujo objeto seja norma constante de Emenda Constitucional.

Emenda Constitucional é fruto de poder constituinte derivado, cuja atuação se conforma a limites formais e materiais postos pela Constituição brasileira (v.g., ADI 830, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 16.9.1994; ADI 939, Rel. Min. Sydney Sanches, DJ 18.3.1994; ADI 1.805-MC, Rel. Min. Néri da Silveira, DJ 14.11.2003; ADI 2.024-MC, Rel. Min. Sepúvelda Pertence, DJ 1.12.2000; ADI 3.105, red. p/ acórdão Min. Cezar Peluso, DJ 18.2.2005; ADI 2.395, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 23.5.2008, dentre outros julgados). O questionamento sobre a observância ou não desses limites viabiliza o exercício do controle concentrado de constitucionalidade neste Supremo Tribunal.

18. Na presente ação direta de inconstitucionalidade, o Autor afirma que a atuação do poder constituinte reformador teria desobedecido aqueles limites materiais, ao determinar a retroação dos efeitos das regras constitucionais de composição das Câmaras Municipais no pleito encerrado em 2008.

Segundo o Procurador-Geral da República, a norma do inc. I do art. 3º da Emenda Constitucional n. 58/2009 teria afrontado a garantia do pleno exercício da cidadania popular, traduzido no devido processo legal eleitoral (expresso nos arts. 5º, inc. LIV, e 16, da Constituição da República).

Tanto significa observância obrigatória à disciplina normativa do processo eleitoral de escolha dos representantes do povo, que teria de vigorar um ano antes da data do pleito, para se garantir segurança jurídica e política não só do processo, mas também do resultado das eleições, bem como das decisões políticas tomadas pelos eleitos em nome dos cidadãos, titulares únicos da soberania popular (art. 1º, I e art. 14, da Constituição do Brasil).

19. As razões expostas na petição inicial, fundadas na jurisprudência deste Supremo Tribunal, denotam a densa plausibilidade da tese de inconstitucionalidade da retroação de efeitos das novas regras de composição das Câmaras Municipais determinada pelo inc. I do art. 3º da Emenda Constitucional n. 58, de 23.9.2009.

Do devido processo eleitoral (arts. 5º, inc. LIV, 14 e 16 da Constituição do Brasil)

20. Dispõe o parágrafo único do art. 1º da Constituição do Brasil que “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.

Já o inc. I, daquele mesmo art. 1º, estabelece que a República Federativa do Brasil constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamento a soberania, leia-se, aqui, a soberania popular, que se exerce por meio da eleição dos representantes dos cidadãos.

Preceitua o art. 5º, inc. LIV, da Constituição que “ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal”.

Nem de longe se imagine que a liberdade, cuja restrição ou privação somente poderia ter lugar mediante devido processo legal substantivo, a dizer, conforme o que dispuser a lei previamente definida e aplicável à esfera de direitos de cada qual dos cidadãos, se restringiria à liberdade física. Todas as manifestações da liberdade estão acobertadas por esta garantia constitucional, que é insuperável, imodificável, até mesmo pela atuação do constituinte reformador, por força do § 4º, do art. 60, da mesma Constituição brasileira.

O voto é a liberdade falada; é a manifestação maior da liberdade política; é instrumento da democracia construída pelo cidadão, a fazer-se autor de sua história política. Transgredir, cercear ou mutilar esta liberdade de manifestação agride não apenas um dispositivo da Constituição, mas o ordenamento jurídico em sua inteireza.

O art. 14 da Constituição do Brasil estabelece que “a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos ...”.

O art. 16 daquele mesmo documento constitucional estatui que “a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência”.

Se nem ao menos se pode ter como válida a aplicação da legislação eleitoral alterada e que entre em vigor em período inferior a um ano antes das eleições, questiona o Autor da presente ação como poderia uma mudança se aplicar a pleito aperfeiçoado um ano antes da data da promulgação da Emenda Constitucional modificadora sem inegável transgressão ao regramento constitucional da matéria.

Bem ensina, dentre outros, José Afonso da Silva que“A ‘ratio legis’ está precisamente em evitar a alteração da regra do

jogo depois que o processo eleitoral tenha sido desencadeado – o que se dá, em geral, dentro de um ano antes do pleito. (...)

Todo processo consiste num conjunto de atos interligados destinados a organizar um procedimento com o fim de compor conflitos de interesses. Em qualquer relação processual, seja judiciária ou simplesmente eleitoral, existem partes, interessados, disputando uma solução aos respectivos interesses. O processo eleitoral compõe-se dos atos que, postos em ação (procedimento), visam a decidir, mediante eleição, quem será eleito; visam, enfim, a selecionar e designar autoridades governamentais. Os atos desse processo são a apresentação de candidaturas, seu registro, o sistema de votos (cédulas ou umas urnas eletrônicas), organização das seções eleitorais, organização e realização do escrutínio e o contencioso eleitoral. Em síntese, a lei que dispuser sobre essa matéria estará alterando o processo eleitoral. (...)

A intencionalidade da norma constitucional ... está em que os atos do processo eleitoral – e, por conseguinte, a dinâmica eleitoral (procedimento) – não se alterem num espaço de tempo em que os interesses eleitorais já se encontrem devidamente estabelecidos, de tal modo que mexer no processo acaba por se configurar um casuísmo. Por isso é que o dispositivo diz que a lei que o fizer entrará em vigor na data de sua publicação, mas não se aplicará à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. Isso significa: a alteração no processo eleitoral só se dará se a lei que a estabelecer entrar em vigor mais de um ano antes da data da eleição cujo processo está sendo por ela modificado. A lei não se aplicará se entrar em vigor dentro do espaço de um ano antes da eleição” (Comentário Contextual à Constituição. São Paulo: Malheiros, 2008, p. 234).

Na mesma linha do que observado pelo Procurador-Geral da República, aliás, há precedentes deste Supremo Tribunal, considerando que a retroação de regras legais sobre processos eleitorais, fora do período anual mínimo antecedente ao pleito, configuraria agressão a direito fundamental do cidadão e, por isso, não poderia prevalecer:

"EMENTA: A inovação trazida pela EC 52/06 conferiu status constitucional à matéria até então integralmente regulamentada por legislação ordinária federal, provocando, assim, a perda da validade de qualquer restrição à plena autonomia das coligações partidárias no plano federal, estadual, distrital e municipal. ... a utilização da nova regra às eleições gerais que se realizarão a menos de sete meses colide com o princípio da anterioridade eleitoral, disposto no art. 16 da CF, que busca evitar a utilização abusiva ou casuística do processo legislativo como instrumento de manipulação e de deformação do processo eleitoral (ADI 354, Rel. Min. Octavio Gallotti, DJ de 12-2-93). Enquanto o art. 150, III, b, da CF encerra garantia individual do contribuinte (ADI 939, Rel. Min. Sydney Sanches, DJ de 18-3-94), o art. 16 representa garantia individual do cidadão-eleitor, detentor originário do poder exercido pelos representantes eleitos e ‘a quem assiste o direito de receber, do Estado, o necessário grau de segurança e de certeza jurídicas contra alterações abruptas das regras inerentes à disputa eleitoral’ (ADI 3.345, Rel. Min. Celso de Mello). Além de o referido princípio conter, em si mesmo, elementos que o caracterizam como uma garantia fundamental oponível até mesmo à atividade do legislador constituinte derivado, nos termos dos arts. 5º, § 2º, e 60, § 4º, IV, a burla ao que contido no art. 16 ainda afronta os direitos individuais da segurança jurídica (CF, art. 5º, caput) e do devido processo legal (CF, art. 5º, LIV). A modificação no texto do art. 16 pela EC 4/93 em nada alterou seu conteúdo principiológico fundamental. Tratou-se de mero aperfeiçoamento técnico levado a efeito para facilitar a regulamentação do processo eleitoral. Pedido que se julga procedente para dar interpretação conforme no sentido de que a inovação trazida no art. 1º da EC 52/06 somente seja aplicada após decorrido um ano da data de sua vigência" (ADI 3.685, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 22-3-06, DJ de 10-8-06).

21. O eleitor brasileiro foi às urnas em 5 de outubro de 2008 e elegeu Prefeitos, Vice-Prefeitos e Vereadores, seus representantes para prover os cargos de Chefia do Poder Executivo e membros do Poder Legislativo nos Municípios brasileiros.

As eleições garantiram, na forma da legislação vigente e em perfeita consonância com o disposto na Constituição, o exercício da liberdade cidadã naquele pleito e o absoluto respeito ao que nele decidido.

Os eleitos pelos cidadãos foram diplomados pela Justiça Eleitoral até 18.12.2008 (Resolução TSE n. 22.579) e tomaram posse em 2009, iniciando-se a atual legislatura.

A eleição é processo político aperfeiçoado segundo as normas jurídicas vigentes em sua preparação e em sua realização. As eleições de 2008 constituem, assim, processo político juridicamente perfeito. Guarda, pois, inteira coerência com a garantia de segurança jurídica que resguarda o ato jurídico perfeito, de modo expresso e imodificável até mesmo pela atuação do constituinte reformador (art. 5º, inc. XXVI, da Constituição). E, note-se, que nem mesmo Emenda Constitucional pode sequer tender a abolir tal garantia (§ 4º do art. 60 da Constituição do Brasil).

Os eleitos, diplomados e empossados vereadores, no número definido pela legislação eleitoral vigente segundo a previsão do art. 16 da Constituição do Brasil, compõem os órgãos legislativos municipais e estão em pleno exercício de suas atribuições.

Ensina José Afonso da Silva que “De acordo com o art. 29, I, da Constituição Federal, os Vereadores são eleitos juntamente com Prefeito e Vice-Prefeito para um mandato de quatro anos. ... não sendo interpostos recursos (contra a diplomação) (ou após serem eles julgados, se forem

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interpostos), fica terminado o processo eleitoral...) (SILVA, José Afonso da – Manual do Vereador. São Paulo: Malheiros, p. 42).

O advento do inc. I do art. 3º da Emenda Constitucional n. 58/2009, segundo o qual “o disposto no art. 1º, a partir do processo eleitoral de 2008...” mudaria, assim, processo eleitoral findo. Observa o eminente Procurador-Geral da República que afrontado estaria, então, não apenas o princípio do devido processo eleitoral, mas também o da segurança jurídica.

Em efeito, a modificação do número de vagas em disputa para vereadores tem notória repercussão no sistema de representação proporcional (arts. 106, 107 e 109 do Código Eleitoral), atingindo candidatos naquele pleito de 2008, os eleitos, partidos políticos e, principalmente, instabilizando os eleitores, que foram às urnas, acreditaram no Estado que, pela Justiça Eleitoral, proclamou os eleitos, promoveu a sua diplomação e validou a sua posse, ficando o eleitor sem saber ao certo o destino do seu voto e sem ter ciência de quem se elegeu e de quem não se elegeu.

22. A posse de suplentes de vereadores, nos termos que vêm ocorrendo, segundo o que ficou posto na Emenda Constitucional n. 58/2009, desacataria, assim, – na dicção do Procurador-Geral da República - não apenas as regras antes mencionadas da Constituição, mas o princípio basilar da democracia, constitucionalmente fixado, segundo o qual o poder do povo é exercido por representantes eleitos. Por eleitos entendem-se aqueles que foram assim proclamados nos termos das normas constitucionais e legais vigentes no processo eleitoral de 2008, que já se aperfeiçoou e cujo procedimento se exauriu.

Suplente é o não eleito (veja-se, por exemplo, o art. 215 do Código Eleitoral, segundo o qual “os candidatos eleitos, assim como os suplentes...”). Nestes termos legais, portanto, poder-se-ia ter que suplente é alguém que não foi escolhido pelo povo, o não eleito, porque se de outra maneira se pudesse interpretar os termos postos, aquela norma não teria qualquer significado.

E se não foi eleito, seria difícil se compatibilizar a sua não eleição com a sua posse, não decorrente da manifestação ou da palavra livre dos cidadãos eleitores, mas pela atuação dos eminentes congressistas.

O que questiona o eminente Procurador-Geral da República é, afinal, como se dar posse a quem eleito não foi e continua não sendo segundo as regras vigentes no momento da eleição. E o questionamento há de ser tido por pertinente, a merecer deste Supremo Tribunal o desempenho de sua competência como guardião da Constituição (art. 102, inc. I, al. a).

O princípio da segurança jurídica e o inc. I do art. 3º da Emenda Constitucional n. 58/2009

23. É de se anotar que a expressão de que se vale o constituinte reformador ao final da norma temporal do inc. I do art. 3º da Emenda Constitucional n. 58/2009, a saber, que as novas regras relativas ao número de vereadores valem “a partir do processo eleitoral de 2008”, podem não permitir que se conforme a regra com a Constituição, como salientado pelo eminente Procurador-Geral da República.

De resto, não se há deixar de notar que a utilização da expressão é curiosa, pois “a partir de” significa momento definidor de algo para valer para o futuro.

No texto normativo em pauta, se tem a partir de côo referência ao passado. O “a partir de” daquele texto significa desde.

E tanto parece, num exame preambular, como é próprio destas análises, dar-se em negação frontal à regra do art. 16 da Constituição.

Definir-se que uma regra fixada no presente pode impor modificação de um processo passado e acabado e para o qual a Constituição impõe que se respeite definição legislativa vigente pelo menos um ano antes do pleito parece não apenas contrariar um dispositivo constitucional: descortina-se a possibilidade de haver descumprimento de todo o sistema jurídica, cuja lógica se guarda pela integração de todas as normas.

O que se tem na espécie é, como anotado pelo Procurador-Geral da República, aplicação a um processo passado, realizado, acabado, aperfeiçoado, segundo as normas vigentes desde pelo menos um ano antes das eleições regramento que se constitui para situações a ocorrerem daqui para a frente.

Se nem certeza do passado o brasileiro pode ter, de que poderia ele se sentir seguro no Direito? Se nem ao menos a sua liberdade política, exercida pelo voto conferido há um ano, pode ser mudado por uma Emenda Constitucional, cujo texto não lhe foi dado previamente a conhecer e cujo contexto também não, de que segurança jurídica se estaria a cogitar verdadeiramente?

Já se disse que o Brasil vive incerteza quanto ao futuro (o que é da vida), mas tem também insegurança quanto ao presente (o que precisa ser depurado para que as pessoas vivam com o conforto da certeza das coisas), e o que é pior e incomum, parece que se quer ter como regular provocar a incerteza quanto ao passado.

A expressão normativa questionada põe em ênfase este dado: não seria dever do Estado, acatando a Constituição que tem na segurança jurídica e no respeito incontornável e imodificável ao ato jurídico perfeito, garantir a certeza, pelo menos quanto ao passado e acabado, como é o processo eleitoral de 2008? E tanto foi devidamente respeitado, é o que indaga o eminente Procurador-Geral da República de modo bem fundamentado, pelo menos nesta análise inicial do processo.

Bem afirmava, com a mestria que lhe é costumeira, o Ministro Sepúlveda Pertence, que “...tanto da regra geral do art. 16 da Constituição brasileira, quanto da norma do art. 45, § 1º, resulta a positivação

constitucional do dogma ético-político, que impõe a definição antecedente das regras e do próprio objeto da disputa eleitoral: por isso, quando admissível, é certo que, de nenhuma modalidade de suprimento da lei complementar reclamada, poderia resultar aquilo que nem da edição dela pudesse advir, ou seja, a alteração do número total da Câmara dos Deputados e de sua distribuição pelas unidades federativas, enquanto circunscrições eleitorais, que não somente não se fizessem anterior ao pleito, mas que fosse posterior à sua realização” (TSE – Recurso 9349, Ac. 12.066, julgado em 10.9.1991 – DJ de 6.3.1999).

24. De se anotar, ainda, que se for (ou se fosse) constitucionalmente possível – e há densa plausibilidade de não o ser – que alguém possa ser empossado vereador, ainda que não eleito segundo as regras vigentes no processo eleitoral, por cargo surgido posteriormente à eleição, poder-se-ia chegar, talvez, a duas outras incongruências da nova regra jurídica com os princípios básicos da Constituição: em primeiro lugar, não eleitos passariam a prover cargos de representantes do povo, em afronta ao que dispõe o parágrafo único do art. 1º da Constituição. Em segundo lugar, o constituinte reformador teria alterado, tacitamente, o modelo de composição e duração dos mandatos, pois a regra do inc. I do art. 29 da Constituição do Brasil estabelece que a “eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, (é) para mandato de quatro anos, mediante pleito direto...”.

Se uma Emenda Constitucional pode, validamente, alterar o quadro de vereadores, permitindo posse de novos membros daquelas Casas, no curso dos mandatos regularmente conquistados nas urnas, estar-se-ia criando mandatos com duração diferenciada em relação àqueles empossados no início da legislatura. Tanto significaria a possibilidade de se terem vereadores com mandatos de quatro anos e outros com mandatos inferiores. Com isso, as Câmaras Municipais teriam Vereadores com mandatos diferentes, iniciados em datas diferentes e, por isso mesmo, com direitos diferentes. E os eleitores sequer teriam se pronunciado sobre estes novos empossados.

A dúvida assim instalada seria bastante para que, até que se concluísse juridicamente sobre a sua validade, não se empossassem novos vereadores com base nas normas questionadas.

É que a eleição, então, teria sido não de representantes do povo, mas de representantes dos representantes do povo, como são os eminentes congressistas, que não detem atribuições para afastar do cenário jurídico-político os princípios constitucionais imodificáveis, como o do processo político juridicamente perfeito, o do devido processo eleitoral, o da fonte única e soberana de representação popular pela atuação direta, universal e secreta do cidadão eleitor.

25. De se acentuar que não consta, na Constituição da República, a referência a suplente de vereador. Tanto se dá relativamente a Deputados e a Senadores.

Válida aquela figura também para a vereança, pela aplicação do princípio da simetria constitucional, não se há deixar de anotar que este Supremo Tribunal Federal, ao analisar Mandado de Injunção impetrado por Michel Miguel Elias Temer, hoje digno Presidente da Câmara dos Deputados, e em cujo processo se examinou a figura do suplente do Deputado ou Senado (art. 56, § 1º, da Constituição brasileira), decidiu que:

“MI 233 / DF - DISTRITO FEDERAL Relator(a): Min. MOREIRA ALVESJulgamento:02/08/1990Órgão Julgador: TRIBUNAL PLENO REQUERENTES: MICHEL MIGUEL ELIAS TEMER LULIA OU MICHEL TEMER E OUTROS REQUERIDO : CONGRESSO NACIONALEmenta : - Mandado de Injunção. Aumento do número de Deputados

Federais. Auto-aplicabilidade do parágrafo 1. do artigo 45, da Constituição. Exegese desse dispositivo e do parágrafo 2. do artigo 4. do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Hipótese de convocação de suplentes de Deputados Federais. Ilegitimidade ativa dos suplentes.

- O parágrafo 1. do artigo 45 da Constituição Federal, como resulta claramente de seu próprio texto, não é auto-aplicável. A interposição de mandado de injunção, que visa a compelir o Congresso Nacional a editar a lei complementar a que se refere esse dispositivo, não se concilia, por incoerência, com a afirmação de sua auto-aplicabilidade, a depender apenas de atos executorios da Câmara dos Deputados.

- Por outro lado, quando o texto do parágrafo 1. do artigo 45 da Constituição manda proceder, no ano anterior as eleições, aos reajustes necessários nos números de deputados fixados na lei complementar de que ela cuida, não permite a conclusão de que essa alteração inicial na composição da Câmara dos Deputados atinja a legislatura em curso, com o preenchimento das vagas criadas, pela convocação de suplentes. Essa EXEGESE, que emerge clara do texto do citado dispositivo, que só tem aplicação a eleições subsequentes a edição da lei complementar, e também confirmada pelo disposto no parágrafo 2. do artigo 4. do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que prevê a irredutibilidade do numero atual de representantes das unidades federativas na Câmara Federal, na legislatura imediata.

- Nos termos do parágrafo 1. do artigo 56 da Constituição Federal, os suplentes de Deputados Federais, além das hipóteses de substituição temporária, nos casos de afastamento dos titulares para investidura em função compatível ou licença por mais de 120 dias, somente são convocados, para substituições definitivas, em vagas ocorrentes, e não para a hipótese de criação de mandatos por aumento da representação.

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 30

- Ocorrência, portanto, de falta de "legitimatio ad causam" dos autores. Mandado de Injunção não conhecido.”

Verifica-se, assim, que nem ao menos se pode ter como não conhecida a matéria de que cuidam os autos por este Supremo Tribunal, que dela cuidou, específica e expressamente, em 1990, instado como foi àquela ocasião pelo hoje eminente Presidente da Câmara dos Deputados. Já são passados, pois, dezenove anos da publicação de seu resultado, mas o caso é análogo e os princípios basilares que se discutem na presente ação não modificaram, apesar das tantas e quantas mudanças processadas no texto da Constituição.

Também por isso se avulta pelo menos a necessidade de ser a matéria objeto de discussão e decisão pelo Colendo Plenário deste Supremo Tribunal Federal.

Da Medida Cautelar e seus Efeitos26. A relevância dos fundamentos apresentados na petição inicial da

presente ação pelo eminente Procurador-Geral da República e a plausibilidade jurídica dos argumentos nela expostos, acrescidos dos riscos inegáveis à legitimidade das composições das Câmaras Municipais, pelo ingresso de novos vereadores - cujas posses são anunciadas e amplamente divulgadas -, impõem o deferimento imediato da medida cautelar requerida, para resguardar eventuais direitos dos eleitores, das Câmaras Municipais, dos partidos políticos, o que não permite sequer alguns poucos dias mais de aguardo da decisão plenária direta da matéria por este Supremo Tribunal Federal, em face exatamente das posses que se sucedem a cada dia, de modo que se faz imprescindível suspender, de imediato, os efeitos do disposto no inc. I do art. 3º da Emenda Constitucional n. 58/2009 ad referendum do Plenário deste Supremo Tribunal.

Como alerta José Afonso da Silva, em seu Manual “...a posse do Vereador no mandato gera várias conseqüências. Torna-o impedido ou incompatível com o exercício de certos cargos, empregos ou funções. Impõe-lhes certos deveres e obrigações. Mas, especialmente, confere-lhe direitos, atribuições, competências e prerrogativas” (Op. cit., p. 44).

E como as posses noticiadas, e sobre as quais faz referência expressa o eminente Procurador-Geral da República, inclusive em sua petição reiterando o pedido de apreciação imediata, podem acarretar início de atividades dos empossados, até mesmo com definição de nova infraestrutura física e humana (gabinetes, assessores, etc.) para os membros ingressos nas Câmaras Municipais, por força do disposto na regra questionada, tenho como necessária a retroação dos efeitos suspensivos cautelarmente deferidos.

Faço-o com base em precedentes deste Supremo Tribunal, como, por exemplo, a Adin n. 1899, na qual concluiu o Relator, Ministro Carlos Velloso, monocraticamente, e ad referendum do Plenário, pela suspensão da norma questionada, com efeitos retroativos, verbis: “Tendo em vista a urgência da providência, defiro, ad referendum da Corte, o pedido de medida cautelar, para suspender os efeitos do ato impugnado, atribuindo a esta decisão —— forte no precedente da ADIn 1.898-DF, Relator o Ministro Octavio Gallotti —— e para preservar-lhe a utilidade, eficácia retroativa, em relação aos pagamentos ou depósitos efetuados em favor dos destinatários da decisão em causa” (DJ 21.10.1998).

No mesmo sentido, a Adin 1898, Relator o Ministro Octavio Gallotti (DJ 30.4.2004).

27. Pelo exposto, em face da urgência qualificada e dos riscos objetivamente comprovados de efeitos de desfazimento dificultoso, defiro a medida cautelar requerida com efeitos ex tunc (art. 11, § 1º, da Lei n. 9868/1999), ad referendum do Plenário deste Supremo Tribunal, para sustar os efeitos do inciso I do art. 3º da Emenda Constitucional n. 58, de 23.9.2009.

Em face da urgência para que a cautelar e seus efeitos sejam apreciados pelo Colendo Plenário deste Supremo Tribunal, peço pauta prioritária para exame da providência pelo eminente Colegiado.

Comunique-se, com urgência, os termos desta decisão às dignas Mesas do Senado Federal e da Câmara dos Deputados para os fins de direito.

Junte-se aos autos a petição avulsa n. 122.777, de 1º.10.2009.Publique-se.Brasília, 02 de outubro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

__________________________________________________________ “Art. 1º O inciso IV do caput do art. 29 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação: ‘Art. 29. .........................IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de:a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes;b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes;c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil) habitantes;d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes;e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes;f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e

vinte mil) habitantes e de até 160.000 (cento sessenta mil) habitantes;g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000 (trezentos mil) habitantes;h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de até 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes;i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) habitantes;j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até 750.000 (setecentos cinquenta mil) habitantes; k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) habitantes;l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes; m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes; n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes;o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes; p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes; q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes; r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três milhões) de habitantes; s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes; t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes;u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes; v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes;w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes;....................................’(NR)Art. 2º O art. 29-A da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:‘Art. 29-A. .......................................I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até 100.000 (cem mil) habitantes;II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre 100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos mil) habitantes;III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre 300.001 (trezentos mil e um) e 500.000 (quinhentos mil) habitantes;IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população entre 500.001 (quinhentos mil e um) e 3.000.000 (três milhões) de habitantes;V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre 3.000.001 (três milhões e um) e 8.000.000 (oito milhões) de habitantes;VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Municípios com população acima de 8.000.001 (oito milhões e um) habitantes................................................’ (NR)Art. 3º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua promulgação, produzindo efeitos:I - o disposto no art. 1º, a partir do processo eleitoral de 2008; e II - o disposto no art. 2º, a partir de 1º de janeiro do ano subsequente ao da promulgação desta Emenda.”

AÇÃO PENAL 452-3 (202)PROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. CEZAR PELUSOREVISOR :MIN. CARLOS BRITTOAUTOR(A/S)(ES) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALREU(É)(S) : NEUDO RIBEIRO CAMPOSADV.(A/S) : ALEXANDER LADISLAU MENEZES E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Com apoio na letra do § 1º do art. 9º da Lei nº 8.038/90, delego:

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 31

(i) competência ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, para que proceda à inquirição da testemunha Francisco Mozarildo Cavalcanti, Senador da República, observado o disposto no art. 221 do Código de Processo Penal;

(ii) competência ao Juiz Federal da Seção Judiciária de Roraima, a quem o feito couber por distribuição, para que proceda à inquirição das testemunhas Sérgio Pillon Guerra, José Iguatemi Souza Rosa, Glair Flores de Menezes Fernandes, Robério Bezerra de Araújo, Roberto Leonel Vieira e Robin Rivero Ribera (qualificados às fls. 1281 e 1401-1402);

(iii) competência ao Juiz Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, a quem o feito couber por distribuição, para que proceda à inquirição das testemunhas Alceste Almeida Madeira, Rodolfo Pereira, Maria Suely Silva Campos e Luiz Carlos Florenciano (qualificados às fls. 1281 e 1401);

(iv) por fim, competência ao Juiz Federal da Seção Judiciária de Belo Horizonte, a quem o feito couber por distribuição, para que proceda à inquirição da testemunha Julio Marcos Mourthe Edmundo (qualificado a fl. 1401).

Publique-se. Int..Brasília, 01 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AÇÃO RESCISÓRIA 2.146-6 (203)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOREVISORA :MIN. ELLEN GRACIEAUTOR(A/S)(ES) : MAURA DE SOUTO PODESTÁ E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ALEXANDRE ARTUR ULBRICHTREU(É)(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO1.Manifeste-se a autora acerca da contestação de folha 52 a 63.2.Publiquem.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

AG.REG. EM PETIÇÃO AVULSA NO HABEAS CORPUS 92.173-6 (204)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : GERALDO GONÇALVES DE SOUSAADV.(A/S) : ANSELMO PIRES DE SOUZAAGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

1. Referente à Petição STF 55.118/2009 (fl. 112).2. Trata-se de agravo regimental interposto contra a decisão proferida

nos seguintes termos:“Trata-se da interposição de “Revisão Criminal do Habeas Corpus nº

92.173, com fulcro no CPP e, sobretudo, na Carta da República, que autoriza o STF a proceder revisão criminal dos seus julgados” (fl. 104).

Sustenta a defesa que o paciente é “réu primário, com domicílio certo e atividade laborativa, responde como réu solto, a processo criminal em Duque de Caxias/RJ, acusado de tentativa de homicídio” (fl. 105).

Alega o impetrante, em síntese: a) “denúncia apresentada com excesso de prazo”; b) “sumário de culpa sem a presença do réu”; c) “pronúncia baseada em nulidades”; e d) ocorrência de “prescrição ou decadência” (fl. 109).

Observa que “o requerente é merecedor do acolhimento in totum do presente pleito de Revisão Criminal do julgado, por tratar-se de instituto constitucional e existir fumus boni iuris, a fumaça do bom direito, no pedido do requerente”

Requer, ao final, o “acolhimento do presente pleito de revisão criminal do julgado, para que seja reformado o acórdão da Colenda Segunda Turma do STF e determinado o trancamento da ação penal/efeito suspensivo do processo criminal de origem” (fl. 105).

Examinando os autos, verifico que, em 02.09.2008, a Colenda 2ª Turma desta Corte Suprema, por unanimidade, não conheceu do presente habeas corpus. Eis o teor da respectiva ementa (fls. 76-77):

“DIREITO PROCESSUAL PENAL. NULIDADE DO PROCESSO. AUSÊNCIA DO RÉU E DE SEU DEFENSOR EM AUDIÊNCIA. HABEAS CORPUS. MATÉRIA NÃO APRECIADA PELA CORTE LOCAL. NÃO CONHECIMENTO, SOB PENA DE DUPLA SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA.

1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra decisão do Superior Tribunal de Justiça, que denegou writ anteriormente aforado perante aquela Corte.

2. Há obstáculo intransponível ao conhecimento deste habeas corpus eis que, conforme ressaltado pelo relator do STJ, a alegação de nulidade do processo por suposta ausência do paciente e de seu defensor na audiência de oitiva de testemunha não foi matéria argüida perante a Corte estadual.

3. A Súmula 691, do STF, se fundamenta na impossibilidade de o STF, no julgamento de ação de sua competência originária, suprimir a instância imediatamente anterior, eis que não houve apreciação da matéria de fundo pelo colegiado no âmbito do Superior Tribunal de Justiça.

4. A supressão de instância, em caso de conhecimento da presente ação mandamental, seria dupla, o que não se admite, eis que o Tribunal de Justiça e o Superior Tribunal de Justiça não apreciaram as alegações feitas.

5. HC não conhecido.”Inconformada com a decisão colegiada, a defesa interpôs o

denominado “Recurso ao Pleno do Supremo Tribunal Federal” (fls. 80-82).Naquela ocasião, por intermédio da decisão monocrática proferida

em 15.10.2008, o mencionado “Recurso ao Pleno” não foi admitido em virtude da falta de previsão legal, da extemporaneidade e da ausência de substrato jurídico (fls. 84-86).

Contra esta decisão, o impetrante interpôs agravo regimental, que foi improvido, por unanimidade, pela 2ª Turma desta Corte Suprema, DJE 03.04.2009, nos termos da seguinte ementa (fls. 95-102):

“AGRAVO REGIMENTAL. HABEAS CORPUS. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. RECURSO. NÃO CABIMENTO. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. EXTEMPORANEIDADE. PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE. NÃO APLICAÇÃO.

1. Este Supremo Tribunal Federal não pode conhecer e julgar pedido de habeas corpus cuja causa de pedir ainda não tenha sido objeto de apreciação pelas Cortes ordinárias e pelo STJ, sob pena de supressão de instância, em afronta às normas constitucionais de competência.

2. O denominado “Recurso ao Pleno”, interposto contra acórdão proferido pela 2ª Turma desta Corte, não foi admitido em razão da manifesta falta de previsão legal, da extemporaneidade e da ausência de substrato jurídico.

3. A aplicação do princípio da fungibilidade se restringe aos casos de dúvida fundada acerca do recurso cabível. Assim, não há, no presente caso, como prestigiá-lo quando se deduz espécie recursal imprópria e impertinente em substituição àquela expressamente indicada (AI-AgR n° 134.518-SP, rel. Min. Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 28.05.1993).

4. É uníssono o entendimento desta Corte no sentido de que a interposição de recursos somente é cabível após a publicação, no Diário da Justiça, da decisão contra a qual se recorre. E, na hipótese de o protocolo das razões recursais realizar-se antes da veiculação do ato judicial a ser impugnado, a parte deve, após a divulgação no órgão oficial, ratificá-las. Precedentes.

5. Agravo regimental improvido.” Em oposição ao referido aresto, a defesa interpôs o presente pedido

de revisão criminal (Petição STF nº 29.907, fls. 104-105).A mera reiteração dos argumentos utilizados pelo agravante não são

capazes de ensejar a alteração do entendimento esposado nas decisões proferidas anteriormente.

Além disso, a revisão criminal, dos processos criminais findos, só será admitida e processada pelo Supremo Tribunal Federal apenas nos casos em que a decisão condenatória for por ele proferida (art. 102, I, j, da Constituição Federal de 1988, art. 624, inciso I e § 1º, do Código de Processo Penal, e art. 263, caput, do Regimento Interno do STF).

Tal hipótese não ocorre presente writ, visto que não há notícia nos autos de qualquer decisão condenatória proferida em desfavor do ora paciente, e, caso houvesse, o fato seria atribuído ao Juízo do III Tribunal do Júri da Comarca da Capital/RJ, instância competente para julgar a ação penal de origem.

Nesse sentido, oportuno destacar a decisão monocrática proferida nos autos da Revisão Criminal 5.410/MG pelo eminente Ministro Ricardo Lewandowski. Colho da referida decisão:

“Trata-se de revisão criminal, ajuizada por JURACY DE PAULA ANDRADE, em nome próprio, sem a indicação da autoridade que proferiu a condenação. No verso da fl. 2 há a indicação de que a condenação ou a sua manutenção não se deu por manifestação do Supremo Tribunal Federal. É o relatório suficiente. Decido. A competência do Supremo Tribunal Federal é taxativamente prevista no art. 102 da Constituição Federal, não abarcada a hipótese de processamento e julgamento de revisão criminal referente a acórdão exarado por outra autoridade judiciária. Ante o exposto, com base no art. 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento à revisão criminal.”

Ante o exposto, não conheço do pedido formulado na Petição STF nº 29.907/2009 (fls. 104-105).” (Fls. 107-110).

3. Inconformado com a referida decisão, o paciente, por intermédio de petição de única lauda (Petição STF 55.118/2009 – fl. 112), interpôs o recurso de agravo regimental.

Sustenta o ora agravante tão-somente o fato de que o juízo de primeira instância procedeu ao sumário de acusação sem a sua presença e a de seu patrono, cerceando a sua ampla defesa.

Ao fim, requer que “V. Exa. exerça o Juízo de retratação, para prosseguir o feito e determinar a realização do Sumário de Acusação perante o r. Juízo de origem e que seja proferida nova sentença” (fl. 112).

4. O agravante não ataca especificamente as razões da decisão agravada, tampouco apresenta qualquer fundamento plausível para o acatamento do seu pleito.

Nesse sentido, destaco o julgamento do agravo regimental no HC 87.419/MG, rel. Min. Gilmar Mendes, DJU 10.02.2006:

“Ao apreciar o presente habeas corpus, proferi a seguinte decisão: “Trata-se de habeas corpus em que é apontado como coatora a Juíza

de Direito da 1a Vara Criminal da Comarca de Curvelo - MG. Não compete ao Supremo Tribunal Federal julgar habeas corpus

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contra ato de Juiz de Direito (art. 102, I, “i”, da Constituição Federal). Ante o exposto, nego seguimento ao pedido e determino a remessa

dos presentes autos ao Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais(TJMG), para proceder como entender de direito (RISTF, art. 21, § 1o).” (fl.105)

O recorrente interpôs o confuso Agravo Regimental (fl. 111), em que alega a extensão da jurisdição desta Corte em toda e qualquer instância, e um eventual impedimento e suspeição de minha pessoa para o julgamento do presente habeas corpus.

Verifica-se, no presente caso, que o agravo interposto está desfundamentado, por não infirmar as razões da decisão recorrida. Outrossim, a petição apresenta-se absolutamente ininteligível, o que torna incompreensível e, por isso, incabível o requerimento do recorrente.

A jurisprudência desta Corte vem negando seguimento às petições desfundamentadas e/ou ininteligíveis, neste sentido: HC no 60.759, Rel. Min. Rafael Mayer, DJ de 12.08.1983, HC no 80.211, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 19.06.2000, AgRPet no 3089, Rel. Min. Eros Grau, DJ de 1o.02.2005, e HC no 72.054-RJ, Rel. Min. Francisco Rezek, DJ de 08.09.1995.

Ante o exposto, nego seguimento ao agravo regimental, por ser manifestamente incabível (RISTF, art. 21, § 1o).”

Com efeito, o presente recurso de agravo regimental está manifestamente desfundamentado, pois não trouxe a parte agravante qualquer argumento capaz de infirmar o entendimento adotado pela decisão impugnada, devendo ela ser mantida pelas suas próprias razões.

Em verdade, a intenção do agravante é de ver novamente apreciada a pretensão deduzida no writ.

5.Diante do exposto, não conheço da presente Petição STF 55.118/2009 (fl. 112).

Publique-se. Arquive-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 8.702-6 (205)PROCED. : TOCANTINSRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOAGTE.(S) : FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE ENSINO SUPERIOR DE

COLINAS DO TOCANTINS - FECOLINASADV.(A/S) : JOSÉ ADELMO DOS SANTOS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : EDIMILSON DA SILVA MELOADV.(A/S) : ELI GOMES DA SILVA FILHOINTDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO

TRABALHO DA 10ª REGIÃO (PROCESSO Nº 00466-2008-861-10-00-1)

DESPACHOAGRAVO – CONTRADITÓRIO.1.Ante a garantia constitucional do contraditório, abro vista à parte

agravada para, querendo, manifestar-se.2.Publiquem.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

EXTRADIÇÃO 1.155-3 (206)PROCED. : ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICARELATOR :MIN. CEZAR PELUSOREQTE.(S) : GOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICAEXTDO.(A/S) : GEORGE ALEXANDER REED OU ALEJANDRO JORGE

MARTINEZ REED

DESPACHO: Oficie-se ao Ministro de Estado da Justiça, para que, por meio do Ministério das Relações Exteriores, solicite ao Governo Estadunidense que complemente o pedido de extradição, com as cópias dos dispositivos legais referentes às causas de suspensão e interrupção da prescrição, no prazo de 60 (sessenta) dias (arts. VIII e IX do Tratado Bilateral).

Publique-se.Brasília, 01 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

EXTRADIÇÃO 1.163-4 (207)PROCED. : REPÚBLICA ORIENTAL DO URUGUAIRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOREQTE.(S) : REPÚBLICA ORIENTAL DO URUGUAIEXTDO.(A/S) : BEETHOVEN PROFUMO PERDOMOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃO

DESPACHO: Reitere-se o Ofício de fl. 178.Publique-se.Brasília, 01 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

EXTRADIÇÃO 1.165-1 (208)PROCED. : REINO DA ESPANHARELATOR :MIN. CEZAR PELUSOREQTE.(S) : GOVERNO DA ESPANHAEXTDO.(A/S) : CARLOS RUIZ SANTAMARIA OU RAMÓN MANUEL

YEPES PENAGOSADV.(A/S) : EDUARDO JOSÉ FERREIRAADV.(A/S) : GENIVALDO DA SILVAADV.(A/S) : EUGÊNIO CARLO BALLIANO MALAVASIADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO BATTAGLIN MACIEL

DESPACHO: À PGR, para que se manifeste acerca do teor da petição de fls. 423-427.

Publique-se.Brasília, 01 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

HABEAS CORPUS 88.060-6 (209)PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : EDGAR ROMERO DE MOREAS BARROS OU EDGAR

ROMERO DE MORAIS BARROSIMPTE.(S) : JOSÉ AUGUSTO BRANCO E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus” impetrado contra decisão, que, emanada do E. Superior Tribunal de Justiça, acha-se consubstanciada em acórdão assim ementado (fls.20):

“‘HABEAS CORPUS’. PENAL. PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO. ART. 10 DA LEI N.º 9.437/97. PRISÃO EM FLAGRANTE. SUPERVENIÊNCIA DA LEI Nº 10.826/03 (ESTATUTO DO DESARMAMENTO). PEDIDO DE TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. ‘ABOLITIO CRIMINIS’. INEXISTÊNCIA. DESNECESSIDADE DE A ARMA ESTAR MUNICIADA PARA CARACTERIZAR CRIME DE PORTE ILEGAL. PRECEDENTES DO STJ.

1. Malgrado o precedente único em sentido contrário, surgido por votação majoritária (3x2) da Primeira Turma do Excelso Pretório, a jurisprudência consolidada nesta Corte é de que se configura o crime de porte ilegal, ainda que a arma esteja desmuniciada.

2. Sem embargo desse entendimento, cumpre anotar, ainda, que a alegada incompatibilidade da munição com a arma, ambas apreendidas no flagrante, além de não ter sido objeto de exame do acórdão impugnado, apresenta-se como questão controversa, insuscetível de deslinde na via do ‘habeas corpus’.

3. As condutas delituosas referentes ao porte e posse de arma de fogo, anteriormente previstas no art. 10 da Lein.º 9.437/1997, foram também tipificadas na Lein.º10.826/2003, além de outras, nos arts. 12, 14 e 16. Inexistência de ‘abolitio criminis’.

4. O fato de ter havido um prazo fixado pela lei nova para se efetivar a regularização do registro de arma de fogo ou mesmo sua entrega mediante indenização não endossa a tese da ‘abolitio criminis’, muito menos com efeito retroativo, já que a conduta delituosa do Paciente foi perpetrada sob a égide da Lei n.º 9.437/97.

5. Ordem denegada.”(HC 44.279/PE, Rel. Min. LAURITA VAZ - grifei)Pretende-se, nesta impetração, o trancamento da Ação

Penalnº231.2001.002277-6, ora em tramitação perante a 2ª Vara Criminal da comarca de Paulista/PE (fls. 12).

As informações prestadas pela MMª. Juíza de Direito da 2ªVara Criminal de Paulista/PE (fls. 82), no entanto, evidenciam que não mais subsiste a situação versada nos presentes autos, eis que foi prolatada “(...) sentença declaratória deextinção da punibilidade do paciente, nos autos do Proc.nº231.2001.2227-6, em24.11.2008 (...)” (fls. 82).

A ocorrência desse fato assume relevo processual, pois faz instaurar, na espécie, situação de prejudicialidade, apta a gerar a extinção deste processo de “habeas corpus”, em face da superveniente perda de seu objeto.

Enfatize-se, por oportuno, que esse entendimento encontra apoio na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (RTJ 132/1185, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – HC 55.437/ES, Rel. Min. MOREIRA ALVES – HC 58.903/MG, Rel. Min. CUNHA PEIXOTO – HC 64.424/RJ, Rel. Min.NÉRIDA SILVEIRA – HC 69.236/PR, Rel. Min. PAULO BROSSARD – HC74.107/SP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA – HC 74.457/RN, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – HC 80.448/RN, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – HC84.077/BA, Rel. Min. GILMAR MENDES - RHC 82.345/RJ, Rel. Min.MAURÍCIO CORRÊA, v.g.), cabendo destacar, dentre outras, as seguintes decisões que esta Corte proferiu a propósito do tema ora em exame:

“Superados os motivos de direito ou de fato que configuravam situação de injusto constrangimento à liberdade de locomoção física do paciente, e afastada, em conseqüência, a possibilidade de ofensa ao seu ‘status libertatis’, reputa-se prejudicado o ‘habeas corpus’ impetrado em seu favor. Precedentes.”

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 33

(RTJ 141/502, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“- A superveniente modificação do quadro processual, resultante de

inovação do estado de fato ou de direito ocorrida posteriormente à impetração do ‘habeas corpus’, faz instaurar situação configuradora de prejudicialidade (RTJ 141/502), justificando-se, em conseqüência, a extinção anômala do processo.”

(RHC 83.799-AgR/CE, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, julgo

prejudicada a presente ação de “habeas corpus”.Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 93.529-0 (210)PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : ROGÉRIO RIBEIRO DA SILVAIMPTE.(S) : MOACIR RODRIGUES XAVIERCOATOR(A/S)(ES) : PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus” impetrado contra decisão que, emanada de eminente Ministro do E. Superior Tribunal de Justiça, em sede de outra ação de “habeas corpus” então em curso naquela Alta Corte judiciária (HC 97.726/GO), denegou medida liminar que lhe havia sido requerida em favor do ora paciente.

O pedido de medida cautelar também foi indeferido, nesta Corte, pela eminente Ministra ELLEN GRACIE, no período de férias forenses (fls. 21/22).

A parte impetrante sustenta, nesta sede processual, a ausência de fundamentação jurídica apta a justificar a segregação cautelar do ora paciente.

Constatei, no entanto, em consulta aos registros processuais que o E. Superior Tribunal de Justiça mantém em sua página oficial na “Internet”, que o HC 97.726/GO, impetrado perante aquela Alta Corte judiciária, foi julgado prejudicado, eis que “(...) o Tribunal de origem concedeu a ordem de ‘habeas corpus’ para revogar a prisão do paciente (...)” (grifei).

A ocorrência desse fato assume relevo processual, pois faz instaurar, na espécie, situação de prejudicialidade, apta a gerar a extinção deste processo de “habeas corpus”, em face da superveniente perda de seu objeto.

Enfatize-se, por oportuno, que esse entendimento encontra apoio na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (RTJ 132/1185, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – HC 55.437/ES, Rel. Min. MOREIRA ALVES – HC 58.903/MG, Rel. Min. CUNHA PEIXOTO – HC 64.424/RJ, Rel. Min.NÉRIDA SILVEIRA – HC 69.236/PR, Rel. Min. PAULO BROSSARD – HC74.107/SP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA – HC 74.457/RN, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – HC 80.448/RN, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE – HC84.077/BA, Rel. Min. GILMAR MENDES - RHC 82.345/RJ, Rel. Min.MAURÍCIO CORRÊA, v.g.), cabendo destacar, dentre outras, as seguintes decisões que esta Corte proferiu a propósito do tema ora em exame:

“Superados os motivos de direito ou de fato que configuravam situação de injusto constrangimento à liberdade de locomoção física do paciente, e afastada, em conseqüência, a possibilidade de ofensa ao seu ‘status libertatis’, reputa-se prejudicado o ‘habeas corpus’ impetrado em seu favor. Precedentes.”

(RTJ 141/502, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“- A superveniente modificação do quadro processual, resultante de

inovação do estado de fato ou de direito ocorrida posteriormente à impetração do ‘habeas corpus’, faz instaurar situação configuradora de prejudicialidade (RTJ 141/502), justificando-se, em conseqüência, a extinção anômala do processo.”

(RHC 83.799-AgR/CE, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, julgo

prejudicada a presente ação de “habeas corpus”.Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 95.789-7 (211)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : AGENOR FÉLIX FILHOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Em consulta aos registros processuais que o E.Tribunal de Justiça do Estado do Paraná mantém em sua página oficial na “Internet”, constatei que não mais persiste a situação versada nos presentes autos, eis que já houve o julgamento da Apelação Criminal nº 507986-3, interposta

pelo ora paciente e a que se negou provimento.Esse dado informativo reveste-se de relevo processual, pois o objeto

do presente “habeas corpus” – direito de apelar em liberdade - já não mais subsiste, pois sobreveio, com a prolação do acórdão emanado do Tribunal local, uma nova situação apta, não só a desconstituir o título anterior, mas, também, a qualificar, como autoridade coatora, o próprio Tribunal de Segunda Instância, e não o E. Superior Tribunal de Justiça, como pretendeu a parte ora impetrante.

Vê-se, portanto, que a discussão em torno da prisão cautelar imposta ao ora paciente, considerada a novação do título que lhe dá suporte legitimador, não mais se acha centrada na sentença condenatória, que constituiu o único objeto de impugnação perante o E. Superior Tribunal de Justiça.

Na realidade, com a superveniência do mencionado acórdão, cessou a controvérsia referente à falta de fundamentação da decisão que negou o direito de apelar em liberdade ao ora paciente, objeto do “habeas corpus” impetrado perante o E. Superior Tribunal de Justiça.

Isso significa, portanto, que eventual situação de injusto constrangimento seria imputável, não àquela Alta Corte judiciária, mas, isso sim, ao próprio E. Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, pois é deste a (nova) decisão que passou a afetar o “status libertatis” do ora paciente, o que torna aplicável, ao caso, a jurisprudência desta Suprema Corte:

“‘Habeas corpus’- Não é o ‘habeas corpus’ o meio processual idôneo para o reexame

de provas a fim de verificar se elas eram, ou não, insuficientes para a condenação, que, aliás, não se baseou apenas no reconhecimento do ora paciente feito na polícia e confirmado em juízo.

- Correta a fixação da pena imposta ao paciente.- Já tendo sido julgada a apelação, está prejudicada a alegação

de existência, não observada, de direito de apelar em liberdade.- A revisão criminal pedida pela impetração deve ser requerida

perante o Tribunal de Alçada Criminal do Estado de São Paulo que é o competente para julgá-la.

‘Habeas corpus’ indeferido.”(HC 76.599/SP, Rel. Min. MOREIRA ALVES - grifei)“(...) - A superveniente alteração do quadro processual, resultante

da prolação de outro ato decisório consubstanciador de nova decretação da prisão cautelar do paciente, faz instaurar situação de prejudicialidade da ação de ‘habeas corpus’, considerada, para esse efeito, a novação jurídica do título legitimador da privação cautelar da liberdade de locomoção física do réu. Precedentes.”

(RTJ 193/367-368, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“(...) III. Prisão preventiva: excesso de prazo superado: é da

jurisprudência do Supremo Tribunal que, com a superveniência da sentença condenatória - que constitui novo título da prisão, encontra-se superada a questão relativa ao antecedente excesso de prazo da prisão.

IV. ‘Habeas corpus’: indeferimento.” (HC 86.630/RJ, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE - grifei)“PENAL. PROCESSO PENAL. ‘HABEAS CORPUS’. PRISÃO

PREVENTIVA. EXCESSO DE PRAZO E FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO QUE A DECRETA. SENTENÇA CONDENATÓRIA SUPERVENIENTE. QUADRILHA OU BANDO. ART. 288, § 1º, DO CÓDIGO PENAL. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. PREJUDICIALIDADE.

I - Não pode o Supremo Tribunal Federal apreciar situação processual nova diversa da apresentada à autoridade tida por coatora, sob pena de supressão de instância.

II - A sentença condenatória superveniente, ainda que, alegadamente e em tese, mantenha a inconsistência de fundamento do decreto de prisão preventiva, é novo título justificador da prisão.

III – ‘Habeas corpus’ prejudicado.”(HC 87.775/SP, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI - grifei)Sendo assim, tendo em vista a nova situação processual registrada

nesta causa, e considerando, ainda, os precedentes jurisprudenciais referidos, julgo prejudicada a presente ação de “habeas corpus”.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 98.552-1 (212)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : EDUARDO AGUIAR BRANDÃOIMPTE.(S) : EDUARDO AGUIAR BRANDÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – PREJUÍZO - ELUCIDAÇÃO.1.O pedido formulado na impetração está circunscrito à expedição de

alvará de soltura em favor do paciente, para assegurar-lhe o direito de permanecer em liberdade até o trânsito em julgado da sentença condenatória.

2.Oficiem ao Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 34

Paulo, visando a obter informações a respeito do estágio da apelação interposta contra a sentença proferida na Ação Penal nº 1364/2006 (folha 78 a 84), devendo ser remetida cópia do acórdão eventualmente formalizado; ao Juízo de Direito do 2º Tribunal do Júri/SP, para encaminhar cópia do ato mediante o qual determinada a prisão preventiva do paciente, mantida na sentença.

3.Ao impetrante, para, querendo, antecipar-se quanto à notícia e à providência.

4.Publiquem.Brasília, 25 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 98.770-2 (213)PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : FRANCISCO DJALMA DA SILVAIMPTE.(S) : PLÍNIO LEITE NUNES E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: (Referente à Petição nº 122.559)Cuida-se de pedido de reconsideração da decisão singular que

indeferiu o pedido de medida acauteladora. Decisão apoiada na pacífica jurisprudência deste nosso Supremo Tribunal Federal quanto à excepcionalidade do trancamento de ação penal pela via processualmente acanhada do habeas corpus. Jurisprudência, essa, assentada na idéia-força de que o trancamento da ação penal é medida restrita a situações que se reportem a conduta não-constitutiva de crime em tese; quando, à toda evidência, já estiver extinta a punibilidade; ou, ainda, se inocorrentes indícios mínimos da autoria (HCs 87.310, 91.005 e RHC 88.139, de minha relatoria; HC 87.293, Ministro Eros Grau; HC 85.740, Ministro Ricardo Lewandowski; e HC 85.134, Ministro Marco Aurélio).

2. Pois bem, o impetrante alega o “fundado risco de que o processo-crime se encerre na Instância de Origem antes mesmo dessa Suprema Corte se manifestar a respeito das questões de altíssimo relevo jurídico postas na presente impetração” (fls. 972). Argumenta que a ação penal objeto destes autos já se encontra na fase de inquirição das testemunhas arroladas pela defesa, designada para o próximo dia 09/10/2009. Daí pugnar pela concessão da medida liminar requestada.

3. Prossigo para esclarecer que, prestadas as informações requeridas ao Tribunal de Justiça do Acre, abri vista dos autos à Procuradoria-Geral da República. Órgão que opinou pela denegação da ordem (fls. 960).

4. Feitos esses breves esclarecimentos, passo a decidir. Fazendo-o, tenho que não há razão para infirmar a decisão já proferida, não obstante o único fundamento apresentado neste pedido. Isto porque este habeas corpus já se encontra regularmente instruído para oportuno julgamento do órgão colegiado respectivo (no caso, a Primeira Turma deste STF). A evidenciar, portanto, a proximidade do julgamento de mérito da impetração. Mais: ao contrário do que alega a defesa, a simples inquirição das testemunhas de defesa não significa o imediato julgamento de mérito da ação penal originária em trâmite no TJ do Acre, conforme estabelecem os artigos 10 e 11 da Lei 8.038/90, combinado com o artigo 107 do Regimento Interno do TJ/AC (requerimento de diligências e alegações escritas).

5. Esse o quadro, e não havendo fato novo apto a justificar a modificação da decisão questionada, reservo-me para um mais detido exame das teses esgrimidas pela inicial deste processo por ocasião do respectivo julgamento de mérito. Motivo pelo qual indefiro o presente pedido de reconsideração.

Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

HABEAS CORPUS 98.837-7 (214)PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : YURE SANDRO BARBOSA DA SILVAIMPTE.(S) : JOSÉ DA SIQUEIRA SILVA JÚNIOR E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 101.875 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS – MEDIDA EM CURSO NO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA – AGILITAÇÃO – LIMINAR – INDEFERIMENTO – PEDIDO DE INFORMAÇÕES.

1.A Assessoria prestou as seguintes informações sobre este processo:

O paciente foi denunciado pela prática do crime previsto no artigo 121, § 2º, incisos II e IV (homicídio qualificado), e 121, § 2º, incisos II e IV, combinado com o artigo 14, inciso II (tentativa de homicídio), combinado também com o artigo 69 (concurso material), todos do Código Penal. Apresentou-se, espontaneamente, à autoridade policial, sendo preso em 25 de maio de 2006, após a expedição de ordem de prisão preventiva. Concluída a instrução processual, veio a ser proferida sentença de pronúncia.

Desprovido recurso em sentido estrito, no qual a defesa alegava ter agido o paciente em legítima defesa, e transitado em julgado o acórdão, o processo-crime retornou ao Juízo de origem. O Ministério Público estadual requereu o desaforamento do processo, da Comarca de Barreiros para uma das Varas do Tribunal do Júri de Recife, Estado de Pernambuco. Houve o acolhimento do pedido.

No interregno entre a apresentação do pedido de desaforamento e a decisão do Tribunal de Justiça, o paciente impetrou habeas corpus no Superior Tribunal – o de nº 101.875, distribuído à Ministra Maria Thereza de Assis Moura. O pleito teve como causa de pedir a demora no Tribunal estadual e o excesso de prazo de prisão preventiva. Sua Excelência, ao indeferir a liminar, consignou: o pedido de desaforamento teria sido incluído na pauta de julgamentos do Tribunal de Justiça e a questão pertinente à demora da submissão do paciente ao Júri deveria ser analisada à luz do caso concreto e submetida à apreciação do Colegiado (folhas 86 e 87).

Neste processo, os impetrantes insurgem-se contra a demora do Superior Tribunal de Justiça em examinar a impetração. Dizem também do excesso de prazo de custódia: o paciente estaria preso há mais de 1050 dias, aguardando julgamento pelo Tribunal do Júri. Pedem a concessão de medida acauteladora, para determinar-se à relatora do Habeas Corpus nº 101.875 que apresente, imediatamente, o processo em mesa. No mérito, busca a concessão definitiva da ordem, reconhecendo-se a ilegalidade da demora na apreciação do habeas pelo Superior Tribunal de Justiça.

Consulta ao sítio do referido Tribunal na internet, nesta data, revelou que o processo se encontra concluso, com parecer do Ministério Público Federal.

Em virtude da decisão proferida ante o pedido de desaforamento, o processo-crime foi remetido ao Primeiro Tribunal do Júri da Comarca de Recife, em 26 de maio de 2009 (folha 183). O Juízo Criminal, por meio do Ofício nº 2009.0185.0001365, autuado nesta Corte como Petição/STF nº 119.888, remeteu ao Supremo a cópia do mandado de prisão preventiva cumprido.

Na sentença de pronúncia, juntada à folha 62 à 64, estão expressos os fundamentos pelos quais se manteve a prisão cautelar: a) o Ministério Público estadual trouxe ao processo termo de declaração com relato da genitora da vítima falecida, no qual ela noticia a pressão que os jurados vêm sofrendo por parte dos familiares do réu; b) os moradores da comunidade teriam clamado por Justiça, numa demonstração da revolta causada pelos crimes. Assim, fazia-se necessária a medida excepcional, como garantia da ordem pública, para afastar a sensação de impunidade, em razão de o acusado ser policial militar.

2.O pedido de liminar confunde-se com o próprio mérito no que voltado ao julgamento do habeas em curso no Superior Tribunal de Justiça. Há de aguardar-se o crivo do Colegiado, sendo conveniente solicitar informações à relatora do Habeas Corpus nº 101.875 do Superior Tribunal de Justiça. Compreendam a quadra vivida pelo Judiciário, de avalanche de processos, estando os juízes no limite do esforço passível de ser implementado nessa angustiosa busca da conciliação entre celeridade e conteúdo. Há de reconhecer-se a dedicação exemplar e a proficiência da relatora – Ministra Maria Thereza de Assis Moura.

3.Indefiro a liminar.4.Solicitem informações à autoridade apontada como coatora.5.Vindo ao processo e não ficando prejudicado o pedido formalizado,

colham o parecer da Procuradoria Geral da República.6.Publiquem.Brasília – residência –, 27 de setembro de 2009, às 11h45.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 99.322-2 (215)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : LUÍS CARLOS DE CASTRO E SILVAIMPTE.(S) : LUÍS CARLOS DE CASTRO E SILVAADV.(A/S) : CRISTIANE MENDONÇA DE OLIVEIRACOATOR(A/S)(ES) : DESEMBARGADORA DA 3ª VICE-PRESIDÊNCIA DO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

DECISÃO: Trata-se de “recurso ordinário em ‘habeas corpus’”, que, interposto com fundamento “no art. 310 do RISTF” (fls.188/191), insurge-se contra decisão por mim proferida (fls.168/169), de que resultou o não-conhecimento, por ininteligível, de ação de “habeas corpus” ajuizada, perante esta Suprema Corte, pela parte ora recorrente (fls. 09/11).

Impende verificar, preliminarmente, se se revela cabível, ou não, o presente “recurso em ‘habeas corpus’” que a parte ora recorrente deduziu com apoio no art. 310 do RISTF.

O exame do sistema recursal prevalecente no âmbito do Supremo Tribunal Federal evidencia que o recurso pertinente no caso (e, portanto, cabível) é o antigo “agravo regimental” (RISTF, art. 317), hoje denominado “agravo” ou “agravo interno” (Lei nº 8.038/90, art.39), e não o recurso ordinário, a que alude o art. 310 do RISTF, expressamente invocado, pelo ora impetrante/paciente, como fundamento normativo de seu recurso.

Vê-se, daí, considerado o princípio da tipicidade recursal, que não

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 35

se mostra suscetível de conhecimento o recurso em questão (o recurso ordinário em “habeas corpus”), que foi erroneamente interposto, no caso, em indevida substituição à espécie recursal legalmente adequada (o agravo), como resulta claro de explícita disposição normativa constante do ordenamento positivo (Lei nº 8.038/90, art. 39; RISTF, art. 317).

Cumpre ressaltar, por relevante, que a absoluta inadequação da via recursal escolhida impede que se dê trânsito, nesta Corte, ao “recurso em ‘habeas corpus’”, utilizado, na espécie, pelo impetrante/paciente.

Na realidade, o ora impetrante/paciente, ao interpor recurso evidentemente incabível, incidiu em erro grosseiro, circunstância essa que sequer permite a útil invocação do princípio da fungibilidade recursal (RTJ 132/1374, Rel. Min. CELSO DE MELLO – Pet 2.223-QO/MA, Rel. Min. ILMAR GALVÃO – Pet 2.285/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – Pet 3.324/DF, Rel. Min. NELSON JOBIM – Pet 3.824/SP, Rel. Min. MARCO AURÉLIO - RE 96.393/PI, Rel. Min. FRANCISCO REZEK).

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, bem por isso, tem negado aplicabilidade ao postulado da fungibilidade recursal, sempre que a errônea interposição de um recurso por outro - tal como ocorre no caso - revelar desconhecimento inescusável, por parte do recorrente, quanto à existência de norma legal expressa, indicativa da espécie recursal cabível e adequada (RTJ 105/792 - RTJ 105/1275 - RTJ 120/458 - RTJ 132/194 – RTJ 142/472):

“Não se deve aplicar o princípio da fungibilidade recursal (artigo 579 e parágrafo do CPP), quando evidenciado erro grosseiro na substituição de um recurso por outro.

‘Habeas corpus’ indeferido.”(HC 72.039/ES, Rel. Min. FRANCISCO REZEK - grifei)Cabe fazer, neste ponto, uma observação final: o “recurso de

‘habeas corpus’” a que se refere o art. 310 do RISTF – preceito expressamente invocado pelo ora recorrente – nada mais é do que um recurso ordinário, previsto na Constituição, interponível, para o Supremo Tribunal Federal, de decisões denegatórias de “habeas corpus” emanadas dos Tribunais Superiores da União (CF, art. 102, II, “a”).

Inadequada, pois, a via recursal eleita, que não guarda qualquer pertinência nem compatibilidade com o princípio da tipicidade ou da legalidade dos recursos.

Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, não conheço, por evidentemente incabível, do presente recurso ordinário em “habeas corpus”, eis que insuscetível de invocação, no caso, a regra inscrita no art. 310 do RISTF.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 99.596-9 (216)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : LEILTON DOS SANTOS CLEMENTE OU LEILTON DOS

SANTOSIMPTE.(S) : EDUARDO RODRIGUESCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – PREJUÍZO - ELUCIDAÇÃO.1.Ante a notícia do julgamento do Habeas Corpus nº 137.401/SP pela

Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que concedeu a ordem para assegurar ao paciente a liberdade provisória (folha 81 a 88), diga o impetrante sobre a persistência do interesse no prosseguimento deste habeas.

2.Publiquem.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 99.702-3 (217)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : CLÁUDIO TRINDADE LUIZPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 98.282 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – INFORMAÇÕES - COMPLEMENTAÇÃO.1.Com as informações prestadas pelo Órgão apontado como coator

(folha 21), não veio a cópia da inicial do Habeas Corpus nº 98.282/RS.2.Solicitem informações complementares ao Superior Tribunal de

Justiça.3.Publiquem.Brasília, 21 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 100.025-1 (218)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : MATURIN AKAIMPTE.(S) : MARCO ANTONIO DO AMARAL FILHOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: Solicitem-se as informações requeridas pelo Ministério Público Federal (fls. 216).

Recebidas as informações, dê-se vista à Procuradoria-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.042-1 (219)PROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : FRANCISCO BARROSO SOBRINHOPACTE.(S) : EDSON ATIARI MAGALHÃESIMPTE.(S) : IZIDORO CELSO NOBRE DA COSTACOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

EMENTA: A INVESTIGAÇÃO PENAL E A QUESTÃO DA DELAÇÃO ANÔNIMA. DOUTRINA. PRECEDENTES. PRETENDIDA EXTINÇÃO DO PROCEDIMENTO INVESTIGATÓRIO, COM O CONSEQÜENTE ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL. DESCARACTERIZAÇÃO, NA ESPÉCIE, DA PLAUSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. MEDIDA CAUTELAR INDEFERIDA.

- As autoridades públicas não podem iniciar qualquer medida de persecução (penal ou disciplinar), apoiando-se, unicamente, para tal fim, em peças apócrifas ou em escritos anônimos. É por essa razão que o escrito anônimo não autoriza, desde que isoladamente considerado, a imediata instauração de “persecutio criminis”.

- Peças apócrifas não podem ser formalmente incorporadas a procedimentos instaurados pelo Estado, salvo quando forem produzidas pelo acusado ou, ainda, quando constituírem, elas próprias, o corpo de delito (como sucede com bilhetes de resgate no crime de extorsão mediante seqüestro, ou como ocorre com cartas que evidenciem a prática de crimes contra a honra, ou que corporifiquem o delito de ameaça ou que materializem o “crimen falsi”, p.ex.).

- Nada impede, contudo, que o Poder Público, provocado por delação anônima (“disque-denúncia”, p. ex.), adote medidas informais destinadas a apurar, previamente, em averiguação sumária, “com prudência e discrição”, a possível ocorrência de eventual situação de ilicitude penal, desde que o faça com o objetivo de conferir a verossimilhança dos fatos nela denunciados, em ordem a promover, então, em caso positivo, a formal instauração da “persecutio criminis”, mantendo-se, assim, completa desvinculação desse procedimento estatal em relação às peças apócrifas.

MINISTÉRIO PÚBLICO. AUTONOMIA INVESTIGATÓRIA. POSSIBILIDADE DE OFERECER DENÚNCIA INDEPENDENTEMENTE DE PRÉVIA INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL.

- O Ministério Público, independentemente da prévia instauração de inquéritopolicial, também pode formar a sua “opinio delicti” com apoio em outros elementos de convicção – inclusive aqueles resultantes de atividade investigatória por ele próprio promovida - que evidenciem a materialidade do fato delituoso e a existência de indícios suficientes de autoria, desde que os dados informativos que dão suporte à acusação penal não derivem de documentos ou escritos anônimos nem os tenham como único fundamento causal. Doutrina. Precedentes.

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida liminar, impetrado contra decisão, que, emanada do E. Superior Tribunal de Justiça, restou consubstanciada em acórdão assim ementado (fls. 49):

“PENAL E PROCESSUAL PENAL. ‘HABEAS CORPUS’ SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. ARTS. 342, 343 E 344 DO CÓDIGO PENAL. INSTAURAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL A PARTIR DE DENÚNCIA ANÔNIMA. ADMISSIBILIDADE.

De acordo com a jurisprudência da Quinta Turma desta Corte, não há ilegalidade na instauração de inquérito policial com base em investigações deflagradas por denúncia anônima, eis que a autoridade policial tem o dever de apurar a veracidade dos fatos alegados, desde que se proceda com a devida cautela (HC 38.093/AM, 5ª Turma, Rel. Min. Gilson Dipp, DJ de 17/12/2004). Além disso, as notícias-crimes levadas ao conhecimento do Estado sob o manto do anonimato têm auxiliado de forma significativa na repressão ao crime (HC 64.096/PR, 5ª Turma, Rel. Min.Arnaldo Esteves Lima, DJ de 04/08/2008). A propósito, na mesma linha, recentemente decidiu a c. Sexta Turma desta Corte no HC 97.122/PE, Relª. Minª. Jane Silva - Desembargadora Convocada do TJ/MG -, DJ de 30/06/2008. Enfim, a denúncia anônima é admitida em nosso ordenamento jurídico, sendo considerada apta a determinar a instauração de inquérito policial, desde que contenham elementos informativos idôneos suficientes para tal medida, e desde que observadas as devidas cautelas no que diz respeito à identidade do investigado (HC 44.649/SP, 5ªTurma, Relª. Minª.

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 36

Laurita Vaz, DJ de 08/10/2007). ‘Habeas corpus’ denegado.”(HC 93.421/RO, Rel. Min. FELIX FISCHER - grifei)Busca-se, na presente sede processual, a extinção do procedimento

de investigação penal ora questionado, sob o fundamento de que – não se revestindo de legitimidade jurídica a instauração de inquérito policial com apoio em “denúncia anônima” – inexiste justa causa autorizadora da adoção, contra os pacientes, de medidas de persecução penal (fls. 02/22).

Em conseqüência desse pleito, pretende-se a concessão de medida liminar para suspender, até final julgamento da presente ação de “habeas corpus”, o curso do Inquérito Policial nº 138/2007, em trâmite perante a 1ª DP/GM da comarca de Guajará-Mirim/RO.

Passo a apreciar o pedido de medida liminar. E, ao fazê-lo, entendo, em juízo de estrita delibação, que se revela insuscetível de acolhimento a postulação cautelar ora deduzida no presente “writ” constitucional.

Não se desconhece que a delação anônima, enquanto fonte única de informação, não constitui fator que se mostre suficiente para legitimar, de modo autônomo, sem o concurso de outros meios de revelação dos fatos, a instauração de procedimentos estatais.

É por essa razão que o Supremo Tribunal Federal, ao aprovar a Resolução STF nº 290/2004 – que instituiu, nesta Corte, o serviço de Ouvidoria – expressamente vedou a possibilidade de formulação de reclamação, críticas ou denúncias de caráter anônimo (art. 4º, II), determinando a sua liminar rejeição.

Mais do que isso, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao julgar o MS 24.405/DF, do Rel. Min. CARLOS VELLOSO, declarou, “incidenter tantum”, a inconstitucionalidade da expressão “manter ou não o sigilo quanto ao objeto e à autoria da denúncia” constante do § 1º do art. 55 da Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União (Leinº 8.443/92).

É certo, no entanto, que essa diretriz jurisprudencial – para não comprometer a apuração de comportamentos ilícitos e, ao mesmo tempo, para resguardar a exigência constitucional de publicidade - há de ser interpretada em termos que, segundo entendo, assim podem ser resumidos:

(a) o escrito anônimo não justifica, por si só, desde que isoladamente considerado, a imediata instauração da “persecutio criminis”, eis que peças apócrifas não podem ser incorporadas, formalmente, ao processo, salvo quando tais documentos forem produzidos pelo acusado, ou, ainda, quando constituírem, eles próprios, o corpo de delito (como sucede com bilhetes de resgate no delito de extorsão mediante seqüestro, ou como ocorre com cartas que evidenciem a prática de crimes contra a honra, ou que corporifiquem o delito de ameaça ou que materializem o “crimen falsi”, p. ex.);

(b) nada impede, contudo, que o Poder Público, provocado por delação anônima (“disque-denúncia”, p.ex.), adote medidas informais destinadas a apurar, previamente, em averiguação sumária, “com prudência e discrição”, a possível ocorrência de eventual situação de ilicitude penal, desde que o faça com o objetivo de conferir a verossimilhança dos fatos nela denunciados, em ordem a promover, então, em caso positivo, a formal instauração da “persecutio criminis”, mantendo-se, assim, completa desvinculação desse procedimento estatal em relação às peças apócrifas; e

(c) o Ministério Público, de outro lado, independentemente da prévia instauração de inquérito policial, também pode formar a sua “opinio delicti” com apoio em outros elementos de convicção que evidenciem a materialidade do fato delituoso e a existência de indícios suficientes de autoria, desde que os dados informativos que dão suporte à acusação penal não derivem de documentos ou escritos anônimos nem os tenham como único fundamento causal.

Cumpre referir, no ponto, o valioso magistério expendido por GIOVANNI LEONE (“Il Codice di Procedura Penale IllustratoArticolo per Articolo”, sob a coordenação de UGO CONTI, vol. I/562-564, itens ns. 154/155, 1937, Società Editrice Libraria, Milano), cujo entendimento, no tema, após reconhecer o desvalor e a ineficácia probante dos escritos anônimos, desde que isoladamente considerados, admite, no entanto, quanto a eles, a possibilidade de a autoridade pública, a partir de tais documentos e mediante atos investigatórios destinados a conferir a verossimilhança de seu conteúdo, promover, então, em caso positivo, a formal instauração da pertinente “persecutio criminis”, mantendo-se, desse modo, completa desvinculação desse procedimento estatal em relação às peças apócrifas que forem encaminhadas aos agentes do Estado, salvo se os escritos anônimos constituírem o próprio corpo de delito ou provierem do acusado.

Impende rememorar, no sentido que ora venho de expor, a precisa lição de JOSÉ FREDERICO MARQUES (“Elementos de Direito Processual Penal”, vol. I/147, item n. 71, 2ª ed., atualizada por Eduardo Reale Ferrari, 2000, Millennium):

“No direito pátrio, a lei penal considera crime a denunciação caluniosa ou a comunicação falsa de crime (Código Penal, arts. 339 e 340), o que implica a exclusão do anonimato na ‘notitia criminis’, uma vez que é corolário dos preceitos legais citados a perfeita individualização de quem faz a comunicação de crime, a fim de que possa ser punido, no caso de atuar abusiva e ilicitamente.

Parece-nos, porém, que nada impede a prática de atos iniciais de investigação da autoridade policial, quando delação anônima lhe chega

às mãos, uma vez que a comunicação apresente informes de certa gravidade e contenha dados capazes de possibilitar diligências específicas para a descoberta de alguma infração ou seu autor. Se, no dizer de G. Leone, não se deve incluir o escrito anônimo entre os atos processuais, não servindo ele de base à ação penal, e tampouco como fonte de conhecimento do juiz, nada impede que, em determinadas hipóteses, a autoridade policial, com prudência e discrição, dele se sirva para pesquisas prévias. Cumpre-lhe, porém, assumir a responsabilidade da abertura das investigações, como se o escrito anônimo não existisse, tudo se passando como se tivesse havido ‘notitia criminis’ inqualificada.” (grifei)

Essa diretriz doutrinária – perfilhada por JORGE ULISSESJACOBY FERNANDES (“Tomada de Contas Especial”, p. 51, itemn. 4.1.1.1.2, 2ªed., 1998, Brasília Jurídica) - é também admitida, em sede de persecução penal, por FERNANDO CAPEZ (“Curso de Processo Penal”, p. 77, item n. 10.13, 7ª ed., 2001, Saraiva):

“A delação anônima (‘notitia criminis inqualificada’) não deve ser repelida de plano, sendo incorreto considerá-la sempre inválida; contudo, requer cautela redobrada, por parte da autoridade policial, a qual deverá, antes de tudo, investigar a verossimilhança das informações.” (grifei)

Idêntica percepção sobre a matéria em exame é revelada por JULIO FABBRINI MIRABETE (“Código de Processo Penal Interpretado”, p.95, item n. 5.4, 7ª ed., 2000, Atlas), que assim se pronuncia:

“(...) Não obstante o art. 5º, IV, da CF, que proíbe o anonimato na manifestação do pensamento, e de opiniões diversas, nada impede a notícia anônima do crime (‘notitia criminis’ inqualificada), mas, nessa hipótese, constitui dever funcional da autoridade pública destinatária, preliminarmente, proceder com a máxima cautela e discrição a investigações preliminares no sentido de apurar a verossimilhança das informações recebidas. Somente com a certeza da existência de indícios da ocorrência do ilícito é que deve instaurar o procedimento regular.” (grifei)

Esse entendimento é também acolhido por NELSON HUNGRIA (“Comentários ao Código Penal”, vol. IX/466, item n. 178, 1958, Forense), cuja análise do tema - realizada sob a égide da Constituição republicana de 1946, que expressamente não permitia o anonimato (art. 141, § 5º), à semelhança do que se registra, presentemente, com a vigente Lei Fundamental (art. 5º, IV, “in fine”) - enfatiza a imprescindibilidade da investigação, ainda que motivada por delação anônima, desde que fundada em fatos verossímeis:

“Segundo o § 1.º do art. 339, ‘A pena é aumentada de sexta parte, se o agente se serve de anonimato ou de nome suposto’. Explica-se: o indivíduo que se resguarda sob o anonimato ou nome suposto é mais perverso do que aquêle que age sem dissimulação. Êle sabe que a autoridade pública não pode deixar de investigar qualquer possível pista (salvo quando evidentemente inverossímil), ainda quando indicada por uma carta anônima ou assinada com pseudônimo; e, por isso mesmo, trata de esconder-se na sombra para dar o bote viperino. Assim, quando descoberto, deve estar sujeito a um plus de pena.” (grifei)

Essa mesma posição – que entende recomendável, nos casos de delação anônima, que a autoridade pública proceda, de maneira discreta, a uma averiguação preliminar em torno da verossimilhança da comunicação (“delatio”) que lhe foi dirigida - é igualmente compartilhada, dentre outros, por GUILHERME DE SOUZA NUCCI (“Código de Processo Penal Comentado”, p.87/88, item n. 29, 2008, RT), DAMÁSIO E.DE JESUS (“Código de Processo Penal Anotado”, p. 9, 23ªed., 2009, Saraiva), GIOVANNI LEONE, (“Trattato di Diritto Processuale Penale”, vol.II/12-13, item n. 1, 1961, Casa Editrice Dott. Eugenio Jovene, Napoli), FERNANDO DA COSTA TOURINHO FILHO (“Código de Processo Penal Comentado”, vol. 1/34-35, 4ª ed., 1999, Saraiva), RODRIGO IENNACO (“Da validade do procedimento de persecução criminal deflagrado por denúncia anônima no Estado Democrático de Direito”, “in” Revista Brasileira de Ciências Criminais, vol. 62/220-263, 2006, RT), ROMEU DE ALMEIDASALLES JUNIOR (“Inquérito Policial e Ação Penal”, item n. 17, p. 19/20, 7ª ed., 1998, Saraiva) e CARLOS FREDERICO COELHO NOGUEIRA (“Comentários ao Código de Processo Penal”, vol. 1/210, item n. 70, 2002, EDIPRO), cumprindo rememorar, ainda, por valiosa, a lição de ROGÉRIO LAURIA TUCCI (“Persecução Penal, Prisão e Liberdade”, p. 34/35, item n. 6, 1980, Saraiva):

“Não deve haver qualquer dúvida, de resto, sobre que a notícia do crime possa ser transmitida anonimamente à autoridade pública (...).

(...) constitui dever funcional da autoridade pública destinatária da notícia do crime, especialmente a policial, proceder, com máxima cautela e discrição, a uma investigação preambular no sentido de apurar a verossimilhança da informação, instaurando o inquérito somente em caso de verificação positiva. E isto, como se a sua cognição fosse espontânea, ou seja, como quando se trate de ‘notitia criminis’ direta ou inqualificada (...).” (grifei)

Vale acrescentar que esse entendimento também fundamentou julgamento que proferi, em sede monocrática, a propósito da questão pertinente aos escritos anônimos. Ao assim julgar, proferi decisão que restou consubstanciada na seguinte ementa:

“DELAÇÃO ANÔNIMA. COMUNICAÇÃO DE FATOS GRAVES QUE TERIAM SIDO PRATICADOS NO ÂMBITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. SITUAÇÕES QUE SE REVESTEM, EM TESE, DE ILICITUDE (PROCEDIMENTOS LICITATÓRIOS SUPOSTAMENTE DIRECIONADOS E

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 37

ALEGADO PAGAMENTO DE DIÁRIAS EXORBITANTES). A QUESTÃO DA VEDAÇÃO CONSTITUCIONAL DO ANONIMATO (CF, ART. 5º, IV, ‘IN FINE’), EM FACE DA NECESSIDADE ÉTICO-JURÍDICA DE INVESTIGAÇÃO DE CONDUTAS FUNCIONAIS DESVIANTES. OBRIGAÇÃO ESTATAL, QUE, IMPOSTA PELO DEVER DE OBSERVÂNCIA DOS POSTULADOS DA LEGALIDADE, DA IMPESSOALIDADE E DA MORALIDADE ADMINISTRATIVA (CF, ART. 37, ‘CAPUT’), TORNA INDERROGÁVEL O ENCARGO DE APURAR COMPORTAMENTOS EVENTUALMENTE LESIVOS AO INTERESSE PÚBLICO. RAZÕES DE INTERESSE SOCIAL EM POSSÍVEL CONFLITO COM A EXIGÊNCIA DE PROTEÇÃO À INCOLUMIDADE MORAL DAS PESSOAS (CF, ART. 5º, X). O DIREITO PÚBLICO SUBJETIVO DO CIDADÃO AO FIEL DESEMPENHO, PELOS AGENTES ESTATAIS, DO DEVER DE PROBIDADE CONSTITUIRIA UMA LIMITAÇÃO EXTERNA AOS DIREITOS DA PERSONALIDADE? LIBERDADES EM ANTAGONISMO. SITUAÇÃO DE TENSÃO DIALÉTICA ENTRE PRINCÍPIOS ESTRUTURANTES DA ORDEM CONSTITUCIONAL. COLISÃO DE DIREITOS QUE SE RESOLVE,EM CADA CASO OCORRENTE, MEDIANTE PONDERAÇÃO DOS VALORES E INTERESSES EM CONFLITO. CONSIDERAÇÕES DOUTRINÁRIAS. LIMINAR INDEFERIDA.”

(MS 24.369-MC/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, “in” Informativo/STF nº 286/2002)

Cabe referir, ainda, que o E. Superior Tribunal de Justiça, ao apreciar a questão da delação anônima, analisada em face do art.5º, IV, “in fine”, da Constituição da República, já se pronunciou no sentido de considerá-la juridicamente possível, desde que o Estado, ao agir em função de comunicações revestidas de caráter apócrifo, atue com cautela, em ordem a evitar a consumação de situações que possam ferir, injustamente, direitos de terceiros:

“CRIMINAL. RHC. ‘NOTITIA CRIMINIS’ ANÔNIMA. INQUÉRITO POLICIAL. VALIDADE.

1. A ‘delatio criminis’ anônima não constitui causa da ação penal que surgirá, em sendo o caso, da investigação policial decorrente. Se colhidos elementos suficientes, haverá, então, ensejo para a denúncia. É bem verdade que a Constituição Federal (art. 5º, IV) veda o anonimato na manifestação do pensamento, nada impedindo, entretanto, mas, pelo contrário, sendo dever da autoridade policial proceder à investigação, cercando-se, naturalmente, de cautela.

2. Recurso ordinário improvido.”(RHC 7.329/GO, Rel. Min. FERNANDO GONÇALVES - grifei)“CONSTITUCIONAL, PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO.

MANDADO DE SEGURANÇA. (...). PROCESSO ADMINISTRATIVO DESENCADEADO ATRAVÉS DE ‘DENÚNCIA ANÔNIMA’. VALIDADE. INTELIGÊNCIA DA CLÁUSULA FINAL DO INCISO IV DO ART. 5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL (VEDAÇÃO DO ANONIMATO). (...). RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.”

(RMS 4.435/MT, Rel. Min. ADHEMAR MACIEL - grifei)“(...) Carta anônima, sequer referida na denúncia e que, quando

muito, propiciou investigações por parte do organismo policial, não se pode reputar de ilícita. É certo que, isoladamente, não terá qualquer valor, mas também não se pode tê-la como prejudicial a todas as outras validamente obtidas.”

(RHC 7.363/RJ, Rel. Min. ANSELMO SANTIAGO - grifei)Vê-se, portanto, não obstante o caráter apócrifo da delação ora

questionada (“denúncia anônima” encaminhada ao representante do Ministério Público local), que, tratando-se de revelação de fatos revestidos de aparente ilicitude penal, existe, “a priori”, a possibilidade de o Estado adotar medidas destinadas a esclarecer, em sumária e prévia apuração, a idoneidade das alegações que lhe foram transmitidas, desde que verossímeis, em atendimento ao dever estatal de fazer prevalecer - consideradas razões de interesse público - a observância do postulado jurídico da legalidade, que impõe, à autoridade pública, a obrigação de apurar a verdade real em torno da materialidade e autoria de eventos supostamente delituosos.

O caso dos autos evidencia que a diretriz jurisprudencial consolidada no âmbito desta Corte foi observada, integralmente, na espécie ora em exame, eis que o Ministério Público só fez instaurar o procedimento de investigação penal depois de haver adotado medidas fundadas em prudente discrição e destinadas a conferir a verossimilhança dos dados que lhe foram transmitidos mediante delação anônima, pois – insista-se – as autoridades públicas não podem iniciar qualquer medida de persecução (penal ou disciplinar) somente com fundamento em peças apócrifas ou em escritos anônimos.

Ou, em outras palavras: a instauração do ora questionado procedimento de investigação penal não guarda direta e imediata vinculação causal com a “notitia criminis” inqualificada – assim chamada por JOSÉ FREDERICO MARQUES (“Elementos de Direito Processual Penal”, vol. I/147, item n. 71, 2ª ed., atualizada por Eduardo Reale Ferrari, 2000, Millennium) -, de que foi destinatário, na espécie em análise, o próprio representante do Ministério Público, que somente movimentou o aparato estatal após averiguação preliminar dos elementos veiculados naquela comunicação de prática delituosa.

É de registrar, ainda, por relevante, que o paciente Edson Atiari Magalhães, ao comparecer perante o Promotor de Justiça local, teria

confirmado, na presença de uma Defensora Pública, o teor de alguns elementos informativos transmitidos pela anônima delação (Apenso, fls. 51/52).

Em suma, analisada a questão sob a perspectiva da delação anônima, e considerados os elementos que venho de mencionar, não vejo como reconhecer, ao menos em sede de estrita delibação, ilicitude na instauração, contra os ora pacientes, da “persecutio criminis” em referência, eis que esta não foi iniciada, unicamente, com apoio na comunicação anônima dirigida ao representante do Ministério Público.

Cumpre enfatizar, finalmente, que a mera instauração de inquérito policial, que objetive a investigação de fatos considerados criminosos pelo ordenamento positivo, não constitui, só por si, ato capaz de caracterizar situação de injusto constrangimento, mesmo porque se impõe, ao Poder Público, adotar as providências necessárias ao integral esclarecimento da prática delituosa.

Por tal razão, firmou-se, nesta Suprema Corte, orientação jurisprudencial no sentido de que “a simples apuração da ‘notitia criminis’ não constitui constrangimento ilegal a ser corrigido pela via do ‘habeas corpus’” (RTJ 78/138).

Havendo suspeita de crime, e existindo elementos idôneos de informação que autorizem a investigação penal do episódio delituoso, torna-se essencial proceder à ampla apuração dos fatos, satisfazendo-se, desse modo, com a legítima instauração do pertinente inquérito, um imperativo inafastável, fundado na necessidade ético-jurídica de sempre se promover a busca da verdade real.

Convém ressaltar, neste ponto, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, cuja orientação firmou-se no sentido de que, havendo suspeita fundada de crime, legitima-se a instauração de inquérito policial (RT 590/450), pois o trancamento da investigação penal somente se justificaria, se os fatos pudessem, desde logo, evidenciar-se como “inexistentes ou não configurantes, em tese, de infração penal” (RT 620/368):

“A SIMPLES APURAÇÃO DE FATO DELITUOSO NÃO CONSTITUI, SÓ POR SI, SITUAÇÃO DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL.

- Havendo suspeita fundada de crime, e existindo elementos idôneos de informação que autorizem a investigação penal do episódio delituoso, torna-se legítima a instauração de inquérito policial, eis que se impõe, ao Poder Público, a adoção de providências necessárias ao integral esclarecimento da verdade real, notadamente nos casos de delitos perseguíveis mediante ação penal pública incondicionada. Precedentes.”

(RTJ 181/1039-1040, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Esse entendimento - que se reflete na jurisprudência dos Tribunais

(RT 598/321 - RT 603/365 - RT 610/321 - RT 639/296-297 - RT 729/590) - também encontra apoio em autorizado magistério doutrinário, como se vê da lição de JULIO FABBRINI MIRABETE (“Código de Processo Penal Interpretado”, p. 1.424, item n. 648.2, 7ª ed., 2000, Atlas):

“Em regra, o ‘habeas corpus’ não é meio para trancar inquérito policial, porque, para a instauração do procedimento inquisitório, basta haver elementos indicativos da ocorrência de fato que, em tese, configura ilícito penal, e indícios que apontem determinada pessoa ou determinadas pessoas como participantes do fato típico e antijurídico. Se os fatos configuram crime em tese, o inquérito policial não pode ser trancado por falta de justa causa.” (grifei)

Todos os elementos que venho de expor levam-me a vislumbrar descaracterizada, ao menos em juízo de sumária cognição, a plausibilidade jurídica da pretensão cautelar deduzida na presente causa.

Sendo assim, em face das razões expostas e sem prejuízo de ulterior reexame da matéria quando do julgamento final desta ação de “habeas corpus”, indefiro o pedido de medida cautelar.

2. Oficie-se, ao MM. Juiz de Direito da comarca de Guajará- -Mirim/RO, para que informe a fase em que presentemente se acha o Inquérito Policial nº 138/2007, encaminhando-se-lhe cópia da presente decisão.

Publique-se.Brasília, 02 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 100.532-6 (220)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : VANDERLEI PINTO DE LIMAPACTE.(S) : VANESSA APARECIDA NUNESIMPTE.(S) : ANTÔNIO HENRIQUE PEREIRA DA SILVACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 144.266 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Tendo em vista as informações de fls. 114-117, que dão conta da revogação da prisão preventiva dos pacientes VANDERLEI PINTO DE LIMA e VANESSA APARECIDA NUNES, julgo prejudicado, por perda de objeto, este habeas corpus.

Publique-se. Int..Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 38

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.558-0 (221)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : BRUNO SANTOS RAMOSIMPTE.(S) : SERGIO DE SOUZA LIMACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 143.626 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida liminar, impetrado contra decisão emanada de eminente Ministro de Tribunal Superior da União, que, em sede de outra ação de “habeas corpus” ainda em curso no Superior Tribunal de Justiça (HC143.626/SP), denegou medida liminar que lhe havia sido requerida em favor do ora paciente.

Presente tal contexto, impende verificar, desde logo, se a situação processual versada nestes autos justifica, ou não, o afastamento, sempre excepcional, da Súmula 691/STF.

O exame dos presentes autos, no entanto, evidencia que não se registra, na espécie, situação de flagrante ilegalidade ou de abuso de poder, cuja ocorrência, uma vez constatada, teria o condão de afastar, “hic et nunc”, a incidência da Súmula 691/STF.

Como se sabe, em situações como a que se verifica nesta causa, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, fundada em decisões colegiadas de ambas as Turmas desta Corte (RTJ 174/233, Rel. Min. CELSO DE MELLO - HC 79.238/RS, Rel. Min. MOREIRA ALVES - HC79.775/AP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA), repele a possibilidade jurídico-processual de determinado Tribunal vir a ser prematuramente substituído pelo Supremo Tribunal Federal:

“A jurisprudência de ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que é insuscetível de conhecimento, por esta Suprema Corte, a ação de ‘habeas corpus’ promovida contra decisão de Relator, que, em sede de outro processo de ‘habeas corpus’, ainda em curso perante Tribunal Superior da União, indeferiu pedido de medida liminar deduzido em favor do paciente. Precedentes.”

(RTJ 186/588, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Vê-se, pois, que se revela processualmente inviável a impetração

de “habeas corpus”, perante este Tribunal, quando vem ela a ser deduzida, como o foi no presente caso, contra a mera denegação de liminar em sede de outra ação de “habeas corpus” (HC 79.350/RS, Rel. Min. MOREIRA ALVES – HC 79.545/RJ, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – HC79.555/RJ, Rel. Min. NELSON JOBIM – HC 79.763/MA, Rel. Min. CELSO DE MELLO - HC 80.006/RJ, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE - HC 80.170/BA, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Tais considerações bem demonstram que é inviável o próprio conhecimento da pretensão deduzida na presente sede processual, eis que não se registra, na espécie, situação de flagrante ilegalidadeapta a ensejar o afastamento - sempre excepcional - da Súmula 691/STF.

Sendo assim, em face das razões expostas, e considerando, notadamente, o que se contém no Enunciado nº 691 da Súmula do Supremo Tribunal Federal, não conheço da presente ação de “habeas corpus”.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.727-2 (222)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : GLALBER COMPRI OU GRALBER COMPRIIMPTE.(S) : DANIEL LEON BIALSKI E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 144.470 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Helio Bialski, Daniel Leon Bialski e Cláudio Hausman em favor de GRALBER COMPRI, contra decisão do Ministro Jorge Mussi, Relator do HC 144.470/SP do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a medida cautelar lá pleiteada.

Os impetrantes narram, em suma, que o paciente foi denunciado, em 5/4/2002, pela prática, em tese, dos delitos previstos nos arts. 157, § 2º, I e II, 159, § 1º, e 288, caput, todos do Código Penal.

Aduzem, mais, que a prisão preventiva de GRALBER foi decretada em 5/4/2002, antes do recebimento da denúncia, contudo o decreto prisional só foi cumprido em 21/1/2003.

Prosseguem, informando que, em 10/9/2003, sobreveio sentença condenatória, impondo ao paciente uma pena de dezenove anos e quatro meses de reclusão, além de dez dias multa, pela prática dos delitos constantes da inicial acusatória.

Contra a sentença condenatória foi interposto recurso de apelação, que aguarda julgamento pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Inconformada, a defesa manejou writ no STJ, no qual alegou a excessiva demora para o julgamento de seu recurso, ocasião em que o Ministro Relator indeferiu o pedido de liminar.

É contra essa última decisão que se insurgem os impetrantes.Inicialmente, pleiteiam a superação da Súmula 691 desta Corte em

face do patente constrangimento ilegal sofrido pelo paciente. Sustentam, em síntese, que tal constrangimento decorre da demora

de mais de quatro anos para julgamento do apelo defensivo, apesar da segregação cautelar do paciente já perdurar por mais de seis anos.

Asseveram, também, que a apelação interposta pelos corréus do paciente já foi apreciada, sendo estes “ABSOLVIDOS da mesma imputação pela absoluta fragilidade probatória contida nos autos” (fl. 6 – grifos no original).

Argumentam que tal situação configura um flagrante desrespeito à dignidade da pessoa humana, além de violar o princípio constitucional da razoável duração do processo (art. 5º, LXXVIII, da Constituição Federal).

Mencionam, em abono aos argumentos expendidos, precedentes desta Corte e de outros Tribunais.

Requerem, ao final, a concessão de medida liminar para que o permitir que GRALBER aguarde em liberdade o julgamento deste writ. No mérito, postulam a confirmação da ordem para revogar sua custódia preventiva, lhe assegurando o direito de permanecer em liberdade até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória.

É o breve relatório. Decido.A superação do teor da Súmula 691 desta Corte somente seria

justificável no caso de flagrante teratologia, ilegalidade manifesta ou abuso de poder, situações nas quais não se enquadra a decisão impugnada.

Ainda que em juízo de mera delibação, não encontro naquela decisão as hipóteses antes mencionadas, aptas a justificar a superação da Súmula 691.

Verifico que a autoridade impetrada, ao indeferir a liminar requerida, apenas assentou a confusão desta com o mérito do pedido, o que também ocorre no presente writ. Não há nesse ato ilegalidade flagrante, tampouco abuso de poder.

Ademais, a orientação desta Corte é que o exame da alegação de excesso de prazo deve ser feito à luz do princípio da proporcionalidade, considerando-se as peculiaridades de cada caso.

Ante esse quadro, é de todo conveniente aguardar o pronunciamento definitivo do Superior Tribunal de Justiça, não sendo a hipótese de se abrir, nesse momento, a via de exceção.

Isso posto, com base no art. 38 da Lei 8.038/1990 e no art. 21, § 1º do RISTF, nego seguimento a este writ. Prejudicado o exame da medida liminar.

Arquive-se.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.729-9 (223)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : MARCELO ALMADA MESSAIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado pela Defensoria Pública da União em favor de MARCELO ALMADA MESSA contra ato do Superior Tribunal de Justiça

A inicial narra que o paciente foi condenado à pena de três anos, oito meses e vinte e quatro dias de reclusão pela prática do crime de roubo tentado, tendo iniciado o cumprimento da pena em 13/5/2009 no regime aberto.

A impetrante afirma que por reconhecer o cometimento de falta grave, qual seja, o comparecimento no Albergue Estadual de Uruguaiana/RS com sinais de embriaguez alcoólica, o Juízo das Execuções determinou a regressão do paciente para o regime semiaberto, revogando, ainda, a permissão de serviço externo e consignando o reinício da contagem dos prazos para a concessão de futuros benefícios.

Informa que a defesa interpôs agravo em execução contra essa decisão, o qual foi improvido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, fato que motivou a impetração de habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça, que, por sua vez, denegou a ordem. Daí a razão do presente writ.

Alega, em suma, que a falta grave cometida pelo apenado não foi incluída pelo legislador no rol do art. 50 da Lei 7.210/84, não podendo, por tal razão, ser considerada para fins de sanção disciplinar.

Sustenta, mais, que o motivo que levou ao reconhecimento da mencionada falta não é tipificado como crime, sendo, no seu entender, inconstitucional a condição imposta ao paciente.

Argumenta, ainda, ser ilegal a alteração da data-base para a concessão de futuros benefícios, sob o mesmo fundamento de inexistência de base legal para tanto.

Por fim, requer, liminarmente, a concessão da ordem para que seja declarada a nulidade do procedimento administrativo disciplinar e da decisão que o homologou, restabelecendo-se o regime de cumprimento de pena

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 39

vigente no momento da suposta infração disciplinar.É o breve relatório. Decido.Este o teor da ementa do acórdão ora atacado:“EXECUÇÃO PENAL. HABEAS CORPUS. FALTA GRAVE.

REGRESSÃO DE REGIME E INTERRUPÇÃO DO PRAZO PARA FINS DE CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DE PROGRESSÃO DE REGIME PRISIONAL. POSSIBILIDADE.

I - O art. 118, inciso I, da Lei de Execução Penal estabelece que o apenado ficará sujeito à transferência para o regime mais gravoso quando praticar fato definido como falta grave ou crime doloso, independentemente do trânsito em julgado de sentença condenatória.

II - In casu, incensurável a r. decisão do e. Tribunal a quo que ratificou a regressão do paciente ao regime semiaberto, pois comprovado, em regular processo administrativo disciplinar, a prática de falta grave, prevista no art. 50, V, da LEP (Precedentes).

III - Em caso de cometimento de falta grave pelo condenado, será interrompido o cômputo do interstício exigido para a concessão do benefício da progressão de regime prisional, qual seja, o cumprimento de pelo menos 1/6 (um sexto) da pena no regime anterior. (Precedentes do STJ e do c. Pretório Excelso).

Ordem denegada” (fl. 105 do apenso).Com efeito, a concessão de medida liminar em habeas corpus se dá

de forma excepcional em casos em que se demonstre, de modo inequívoco, dada a natureza do próprio pedido, a presença dos requisitos autorizadores da medida.

Na espécie, não obstante os argumentos expendidos na longa inicial, a prestação jurisdicional havida, na análise perfunctória que se faz possível nessa fase do processo, não permite identificar as excepcionais hipóteses autorizadoras da liminar.

Isso posto, indefiro a medida liminar.Estando os autos bem instruídos, ouça-se o Procurador-Geral da

República.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

HABEAS CORPUS 100.794-9 (224)PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : SIDNEY ROMUALDOIMPTE.(S) : YDIGORAS RIBEIRO DE ALBUQUERQUE JÚNIORCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 143.403 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: Oficie-se ao Juízo da Vara Criminal da comarca de Afogados da Ingazeira/PE, para que, com urgência, informe sobre o estado do Processo-Crime nº 200.2006.000028-3, em que figura como réu o ora paciente, bem como preste informações sobre o alegado na inicial, cuja cópia determino siga anexa ao ofício.

Recebidas as informações, tornem-me conclusos.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.799-0 (225)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : SIRLENE MARIA DA SILVA BRAZ OU SHIRLENE MARIA

DA SILVA BRAZIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL.

PRISÃO EM FLAGRANTE PELA SUPOSTA PRÁTICA DE TRÁFICO DE ENTORPECENTES. LIBERDADE PROVISÓRIA VEDADA. PRECEDENTES. LIMINAR INDEFERIDA.

Relatório1. Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pela

DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO em favor de SIRLENE MARIA DA SILVA BRAZ ou SHIRLENE MARIA DA SILVA BRAZ, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que, em 13 de agosto de 2009, denegou o Habeas Corpus n. 131.141, nos termos seguintes:

“(...) HABEAS CORPUS. CRIME DE TRÁFICO ILÍCITO DE

ENTORPECENTES. LIBERDADE PROVISÓRIA. VEDAÇÃO EXPRESSA CONTIDA NA LEI N.º 11.343/06. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA E SUFICIENTE PARA JUSTIFICAR A MANUTENÇÃO DA CUSTÓDIA.

1. Na linha do entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, a vedação expressa do benefício da liberdade provisória aos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes, disciplinada no art. 44 da Lei n.º 11.343/06 é, por si

só, motivo suficiente para impedir a concessão da benesse ao réu preso em flagrante por crime hediondo ou equiparado, nos termos do disposto no art. 5.º, inciso LXVI, da Constituição Federal, que impõe a inafiançabilidade das referidas infrações penais.

2. Ordem denegada (...)” (fl. 115 do Apenso). O caso2. Tem-se, nos autos, que, em 19 de julho de 2008, a Paciente foi

presa em flagrante pela suposta prática dos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes (Lei n. 11.343/2006, art. 33).

3. Requerida a liberdade provisória da Paciente, em 25.11.2008, o Juízo da 3ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte-MG, em 1º.12.2008, indeferiu o pedido assentando que:

“(...)Vistos, etc.S[irl]ene Maria da Silva Braz, por seu procurador, busca a liberdade

provisória, para tanto, nega a traficãncia, alegando que ‘Kuba’, traficante local a ameaçou para que guardasse a droga para ele. Aduz, ainda, ser a requerente primária, trabalhadora e possuidora de residência fixa, como também não se encontram presentes os pressupostos ensejadores da custódia cautelar.

Instada a se manifestar, a ilustre representante do Parquet foi pelo indeferimento do pedido (fls. 41/45).

Relatados, tudo visto e examinado. Decido.No que tange à negativa de autoria, apesar de tratar de matéria de

mérito, imprópria de ser debatida em sede de liberdade provisória, vale salientar que, perlustrando o APFD, verifiquei que todas as circunstâncias ali narradas denotam a destinação mercantil da droga arrecadada, bem como o envolvimento direto da requerente com o tráfico de drogas.

Melhor sorte não assiste à requerente S[i]rlene Maria da Silva Braz, ao postular, a referida liberdade provisória, eis que a nova legislação de tóxicos, Lei 11.343/06, em seu art. 44, explicitamente proibiu a concessão de liberdade provisória aos delitos previstos nos arts. 33, caput e § 1°, bem como 34 a 37 do mesmo diploma legal.

‘art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1° e 34 a 37 desta lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos.’ (grifos nosso).

Vejo que a requerente não faz jus à liberdade provisória, eis que foi ela presa em flagrante delito, pela prática do crime de tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/06), havendo o óbice legal previsto no art. 44 da Lei 11.343/06.

Não há que se falar em inconstitucionalidade do citado dispositivo legal, pois o inciso LXVI do artigo 5° da Lex Major previ , às claras:

‘LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança’.

Na espécie, é a própria lei que impede a liberdade provisória da paciente. A expressão 'quando a lei admitir' demonstra que foi reservada ao legislador ordinário a tarefa de definir o cabimento, forma e exigências para o encarceramento, na perpetração de ilícito penal, ou dispor a respeito, tanto de liberdade provisória, quanto de fiança.

É de se observar que há o entendimento de que a Lei 11.464, de 28 de março de 2007, autorizou a concessão da liberdade provisória para os delitos hediondos e assim considerados. Ora, na verdade, a citada lei, em nenhum de seus dispositivos trouxe tal beneficio, se limitando em seu § 1 ° do art. 1° a modificar o regime prisional, passando do integralmente fechado para inicialmente fechado, permitindo a progressão de regime para réus de crimes hediondos e equiparados. Já no § 2°, tratou-se da progressão de regime de tais delitos, fixando prazo de cumprimento de pena para obtenção de tal benefício (condição objetiva). Com efeito, os §§ 3° e 4° da citada Lei 11.464/07, deliberou que o juiz decidirá na sentença condenatória se o réu poderá apelar em liberdade ou manter-se no cárcere, em decisão fundamentada, bem como manteve a prisão temporária pelo prazo de 30 dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

Depara-se que o referido texto legal (Lei 11.464, de 28 de março de 2007), não revogou o art. 2°, I, da Lei 8.072/90, que proíbe a liberdade provisória nos delitos de crimes hediondos. O que houve na verdade foi uma construção jurídica, onde uma minoria entende que a novel Lei 11.464/07, revogou todos os dispositivos da Lei de Crimes Hediondos (Lei 8.072/90), cujo entendimento, maxima venia, não comungo. Nesse sentido é o entendimento atual desse egrégio Tribunal de Justiça:

‘(...)’ (HABEAS CORPUS N° 1.0000.07.462128-5/000. RELATOR: EXMO. SR. DES. EDUARDO BRUM. Acórdão publicado em 23.10.07)

E ainda: ‘(...)’ (HABEAS CORPUS N° 1.0000.07.462359-6/000. RELATOR: EXMO. SR. DES. REYNALDO XIMENES CARNEIRO. Acórdão publicado em 01.11.07).

Ademais, a segregação da requerente até o julgamento final do processo-crime que responde não infringe o princípio da presunção de inocência, por ter caráter meramente cautelar, e justifica-se, obviamente, pela periculosidade do autor de fatos como os narrados no processo que tramita contra a mesma.

Nesse diapasão é o entendimento proferido pelo Supremo Tribunal Federal que, corroborando com anteriores decisões do Superior Tribunal de Justiça, reafirmou que a Lei 11.464/07 não teve o condão de revogar os

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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dispositivos constantes na atual Lei Antidrogas. Vejamos‘Informativo STF n. 499 - 02 de abril de 2008: Liberdade Provisória:

Lei 11.464/07 e Tráfico de Drogas 3-Considerou-se que a inafiançabilidade imposta ao delito imputado ao paciente bastaria para impedir a concessão de liberdade provisória, sendo irrelevante a alteração efetuada pela lei 11.464/07 que, mantendo a vedação de fiança, somente retirara uma redundância contida no texto originário do art. 2°, II, da lei 8.072/90. Ressaltou-se que esta Corte possui orientação consolidada no sentido de que a proibição de liberdade provisória nos processos por crimes hediondos e assemelhados decorre da própria inafiançabilidade imposta pela Constituição à legislação ordinária. Dessa forma, por maiores razões, incabível esse beneficio aos presos em flagrante por tráfico de drogas. Ademais, enfatizou-se que a lei 11.464/07 não alcançaria os dispositivos legais que cuidam do delito de tráfico de drogas que, ao tempo da sua entrada em vigor, já contava com disciplina específica a respeito (Lei 11.343/06: ‘art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1°, e 34 a 37 desta lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, idulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos. Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico’.). Assim, reputou-se que a Lei 11.464/07 não poderia modificar a disciplina que, quando do seu advento, já constava de lei especial, aplicável à espécie. Por fim, rejeitou-se a proposta de concessão de hábeas corpus de ofício para que o paciente progredisse de regime prisional, porquanto ainda pendente de apreciação recurso da acusação que, se provido, majoraria a pena a período superior ao tempo m que custodiado o paciente. Atentou-se para o fato de que este r preso em flagrante quando vigente a Lei 11.434/06, que passou a exigir, na hipótese, o cumprimento de, pelo menos, 2/5 da pena para a progressão. Vencido no ponto, o Min. Marco Aurélio que concedia a ordem, de ofício, para que o juízo de primeiro grau analisasse as condições, visando a progressão de regime de cumprimento da pena. HC 93302/SP, Rel.Min. Cármen Lúcia, 25.03.08. (HC 93302). (grifos nossos).

Nesse Sentido já se encontra a jurisprudência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais:

‘(...)’ (Apelação Criminal n° 1.0000.08.468460-7/000, 1ª Câmara Criminal do TJMG, Rei. Dês. Márcia Milanez. J. 15/04/2008). (grifos nosso).

Quanto à negativa de autoria, esta não encontra suporte, eis que o APFD está formalmente e substancialmente perfeito, a teor, respectivamente dos artigos 5° incisos LXII, LXIII, LXIV da Constituição Federal e arts. 302 e 304, caput, § 1°, 2° e 3° CPPP e das declarações das testemunhas inquiridas pelo delegado de polícia, de onde se pode depreender indícios suficientes de materialidade e autoria delitiva, tendo em vista que policiais militares durante patrulhamento no Bairro Cachoeirinha, foram abordados por um senhor que delatou a ora requerente como ser ajudante de um traficante da região conhecido como ‘Kuba’ guardando para este uma caixa contendo substâncias entorpecentes em sua residência. Diante de tais informações, os milicianos dirigiram-se até o referido local e puderam constatar a veracidade das mesmas, posto que em seu guarda-roupa foram encontrados duas balanças de precisão, sete buchas de substância semelhante à maconha, um invólucro plástico contendo certa quantidade fragmentada de substância semelhante à maconha, três tabletes semelhante à maconha, um invólucro contendo substância semelhante à cocaína, dois invólucros contendo substância semelhante à ‘crack’, dois sacos contendo quantidade significativa de pasta de cor amarelada semelhante à pasta base de cocaína, várias embalagens utilizadas para dolagem de drogas bem como uma fita adesiva.

Tais fatos trazem indícios veementemente fortes de que a ora requerente praticou as condutas descritas no Art. 33 e Art. 35 ambos da Lei 11.343/06.

Dada a gravidade de tais fatos, tenho que se encontram presentes os requisitos do art. 312 do CPP, principalmente par manutenção da ordem pública.

Assim, entende este juiz que no caso em apreço a presença dos requisitos do art. 312 do CPP vem a obstaculizar a concessão da liberdade provisória, prevista no art. 310 e seu parágrafo único do CPP, justificando tal medida, especialmente para a manutenção da ordem pública, diante da gravidade dos fatos narrados acima.

Neste sentido é o entendimento atual de nosso Tribunal de Justiça, senão vejamos:

‘(...)’ (RECURSO EM SENTIDO ESTRITO N° 1.0105.05.169842-8/001 - COMARCA DE GOVERNADOR VALADARES. RELATOR: EXMO. SR. DES. WALTER PINTO DA ROCHA).

‘(...)’ (RECURSO EM SENTIDO. ESTRITO N° 1.0696.05.017808-1/001 - COMARCA DE TUPACIGUARA. RELATOR: EXMO. SR. DES. EDUARDO BRUM).

Aliás, o S. T. J já decidiu que:‘A denegação da liberdade provisória, apesar da primariedade e dos

bons antecedentes do acusado, não acarreta constrangimento ilegal quando a preservação da prisão em flagrante se recomenda, pela presença dos motivos que autorizam a custódia preventiva’. (STJ - RT 583/471).

Aqui, verifica-se a necessidademanutenção da custódia da requerente como garantia da ordem pública, em razão da natureza do delito. Isso porque o tráfico de drogas é prática criminal denunciadora da alta periculosidade dos seus agentes, devendo estas serem afastados do convívio social para evitar ameaça à ordem pública e jurídica, evitando também que

esta sociedade venha a se sentir desprotegida e atemorizada. Além do mais, em liberdade, o traficante encontrará os mesmos estímulos que o levaram à prática delitiva. Nesse sentido, o escólio pretoriano:

‘(...)’ (JTACRESP 45/58).Entretanto, é de bom alvitre ressaltar que algumas das colendas

Câmaras Criminais do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, competentes para julgar os delitos de tráfico de entorpecentes, tem concedido liberdade provisória, em sede de HC, ora pelo fundamento de que a decisão monocrática que a indeferiu não foi fundamentada suficientemente, e ora por entender que a proibição prevista no art. 44, da Lei de Antidrogas, não é mais óbice para o indeferimento de tal benefício, em face da edição da nova Lei 11.464/07, entendendo que esta permitiu a concessão da liberdade provisória aos autores de crimes hediondos e equiparados, entendimento estes com os quais, máxima vênia, este magistrado não comunga, a uma, porque, no momento em que o juiz monocrático aprecia a liberdade provisória, sequer tem em mãos elementos para aquilatar os requisitos da prisão preventiva, possuindo, às vezes, somente o requerimento da parte e o Auto de Prisão em Flagrante Delito, motivo pelo qual fundamenta o indeferimento, quase sempre, na proibição prevista no art. 44, da Lei 11.343/06, por ser, o crime considerado hediondo, e em face de sua gravidade em abstrato, a duas, porque há proibição legal, prevista no art. 44, da Lei Antidrogas, que entendo não estar revogada.

Neste diapasão, foi o recente entendimento da eminente Ministra Ellen Gracie, do Supremo Tribunal Federal, Relatora do HC de n°. 92495/PE, de 27.05.08, referindo-se ao Habeas Corpus impetrado contra julgamento da 5° Turma do Superior Tribunal de Justiça, que revendo sua posição até então adotada, asseverou: ‘A questão no presente caso versa sobre a necessidade, ou não, de fundamentação, ex vi do parágrafo único, do art. 310, do CPP (prisão em flagrante), na hipótese de negativa de liberdade provisória quando se trata de autor de crime de tráfico ilícito de entorpecentes.

Revendo a posição até agora adotada nesta Corte nos últimos tempos, é de ser seguida a ensinança exposta em reiterados acórdão da Augusta Corte que, em síntese, dizem que a proibição para concessão, exteriorizada em texto legal é, por si só, fundamento suficiente. Não é necessário que se motive concretamente a negativa. A regra geral insculpida no parágrafo único, do art. 310, do CPP, resta aí afastada pelo contido na norma específica do art. 40 da Lei 11.343/06.

Aliás, a própria exigência introduzida no parágrafo único, do art. 310, do CPP (regra geral), é de difícil realização na prática dia a dia, sendo quase uma exigência legal inexeqüível. Despiciendo lembrar que a situação aventada no referido parágrafo único dificilmente, ou quase nunca, possibilita que o juiz no início da persecutio criminis, tendo em mãos somente o auto de prisão em flagrante, possa negar liberdade provisória com dados concretos (uma vez que predomina o entendimento de que a gravidade em abstrato e, em algumas vezes, até mesmo a gravidade em concreto, permita, como tal, a segregação cautelar).

(...) Sob outro prisma, a Augusta Corte tem concluído pela negativa da liberdade provisória calcando a diretriz de tal entendimento, também, no art. 5°, inciso XLIII, da Carta Magna. É que proibida constitucionalmente a concessão de fiança para crimes hediondos e assemelhados (tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e terrorismo), inexiste razão para que se possa questionar a liberdade provisória cuia proibição está expressa no art. 40 da lei 11.343/06 (...)’ (Grifei).

Alega, ainda, ser primária, trabalhadora e possuidora de residência fixa, entretanto, estes não são motivos impedientes da custódia provisória, porquanto as condições pessoais não bastam para elidir o édito cautelar quando a necessidade se mostrar patente. Nesse sentido o escólio pretoriano: "HABEAS CORPUS" - PRISÃO EM FLAGRANTE - RELAXAMENTO - LIBERDADE PROVISÓRIA - PLEITO INDEFERIDO - DECRETO FUNDAMENTADO - GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. O fato de o paciente ser primário, ter endereço fixo e trabalho não pode implicar a sua automática liberação, pois, se subsistem razões que recomendam a decretação e manutenção da sua prisão cautelar, seja em nome do resguardo da ordem pública, seja por conveniência da instrução criminal, tais elementos devem ser levados em conta para que se negue o pleito de relaxamento, tal como definido no art. 312 do CPP. Ordem denegada. N°. 1.0000.06.447819-1000(1) - Rel. Sérgio Braga

Dessa forma, verifica-se que os argumentos apresentados pela requerente não são suficientes para impor a liberdade provisória, devendo ela permanecer custodiada onde se encontra.

Posto isso e por tudo mais que dos autos consta, julgo improcedente o pedido de liberdade provisória de S[i]rlene Maria da Silva Braz, devendo permanecer presa onde se encontra.

Transitada, arquivem-se os autos com baixa na distribuição. (...)” (fls. 43-49).

4. Contra esta decisão foi impetrado habeas corpus para o Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Em 3 de fevereiro de 2009, a Quinta Câmara Criminal desse Tribunal denegou a ordem pretendida, verbis:

“(...)HABEAS CORPUS - TRÁFICO DE ENTORPECENTES -

LIBERDADE PROVISÓRIA - VEDAÇÃO EXPRESSA EM LEI - NECESSIDADE DE FUNDAMENTAÇÃO - PRESENÇA DE MOTIVO AUTORIZADOR PARA A DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA - AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. I - Em face da regra

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constitucional da presunção de inocência, a menção à proibição legal de concessão da liberdade provisória não se constitui em fundamento idôneo para indeferi-la, devendo o julgador, ao indeferir o pedido, motivar sua decisão em uma das hipóteses previstas no artigo 312 do CPP. II - Fundamentada a decisão com base nos indícios de materialidade e autoria, e com vistas à garantia da ordem pública, necessária e conveniente a manutenção da custódia preventiva do agente preso em flagrante regular e denunciado por tráfico de drogas (...)” (fl. 110).

5. Contra esse acórdão foi impetrado novo habeas no Superior Tribunal de Justiça, cujo julgamento pela sua Quinta Turma é objeto da presente impetração.

6. No presente habeas corpus, a Impetrante alega que “a defesa dativa [representada pelo advogado EDIMAR CRISTIANO ALVES, do Núcleo de Assistência Judiciária da Faculdade de Direito Milton Campos] impetrou habeas corpus junto ao Colendo Superior Tribunal de Justiça, almejando a liberdade provisória da assistida, tendo em vista ausência de fundamentação idônea para o indeferimento do pedido de liberdade provisória, posto que a custódia cautelar foi mantida apenas em razão da gravidade em abstrato do delito e da vedação legal contida no art. 44 da Lei nº 11.343/2006” (fl. 4).

Afirma “que o motivo para a não concessão da liberdade provisória est[aria] circunscrito tão somente na vedação legal contida o art. 44 da Lei nº 11.343/06” (fl. 5), razão pela qual sustenta que seria “[in]suficiente a vedação legal da concessão da liberdade provisória, sem qualquer consideração relativa ao caso concreto para manter a prisão cautelar da acusada da prática delitiva de tráfico de entorpecentes” (fl. 6).

Cita decisões em casos análogos nos quais foi deferido o pedido de medida liminar e reconhecida a possibilidade de concessão de liberdade provisória em se tratando de delito de tráfico de substância entorpecente (Habeas Corpus ns. 97.976, Rel. Min. Celso de Mello; e 99.832, Rel. Min. Celso de Mello).

Requer “a concessão liminar da liberdade provisória” (fl. 17). No mérito, pede “seja concedida a ordem do presente habeas corpus para garantir a paciente sua liberdade provisória” (fl. 18).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.7. Neste exame preambular, a exposição dos fatos e a verificação das

circunstâncias presentes e comprovadas na ação conduzem ao indeferimento do pedido de liminar, pois não se verifica, de plano, plausibilidade jurídica dos fundamentos apresentados na inicial.

8. Trata-se, no caso, de prisão em flagrante por suposto envolvimento da Paciente com tráfico ilícito de entorpecentes. A orientação deste Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que não cabe liberdade provisória em se tratando de prisão em flagrante por este tipo de delito.

A propósito, o julgamento do Habeas Corpus n. 93.302, de que fui Relatora, DJE 9.5.2008, no qual a Primeira Turma deste Supremo Tribunal assentou que:

(...) 2. A proibição de liberdade provisória, nos casos de crimes hediondos e equiparados, decorre da própria inafiançabilidade imposta pela Constituição da República à legislação ordinária (Constituição da República, art. 5º, inc. XLIII): Precedentes. O art. 2º, inc. II, da Lei n. 8.072/90 atendeu o comando constitucional, ao considerar inafiançáveis os crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos. Inconstitucional seria a legislação ordinária que dispusesse diversamente, tendo como afiançáveis delitos que a Constituição da República determina sejam inafiançáveis. Desnecessidade de se reconhecer a inconstitucionalidade da Lei n. 11.464/07, que, ao retirar a expressão ‘e liberdade provisória’ do art. 2º, inc. II, da Lei n. 8.072/90, limitou-se a uma alteração textual: a proibição da liberdade provisória decorre da vedação da fiança, não da expressão suprimida, a qual, segundo a jurisprudência deste Supremo Tribunal, constituía redundância. Mera alteração textual, sem modificação da norma proibitiva de concessão da liberdade provisória aos crimes hediondos e equiparados, que continua vedada aos presos em flagrante por quaisquer daqueles delitos. 3. A Lei n. 11.464/07 não poderia alcançar o delito de tráfico de drogas, cuja disciplina já constava de lei especial (Lei n. 11.343/06, art. 44, caput), aplicável ao caso vertente. 4. Irrelevância da existência, ou não, de fundamentação cautelar para a prisão em flagrante por crimes hediondos ou equiparados: Precedentes. 5. Licitude da decisão proferida com fundamento no art. 5º, inc. XLIII, da Constituição da República, e no art. 44 da Lei n. 11.343/06, que a jurisprudência deste Supremo Tribunal considera suficiente para impedir a concessão de liberdade provisória. Ordem denegada (...)”.

9. Aliás, esse entendimento no sentido de ser vedada a concessão de liberdade provisória aos presos em flagrante por tráfico de drogas tem sido acolhido por ambas as Turmas deste Supremo Tribunal (v.g., HC 93.653, Rel. Min. Ellen Gracie, DJE 27.6.2008; HC 93.991, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJE 27.6.2008; HC 92.495, Rel. Min. Ellen Gracie, DJE 13.6.2008; HC 94.521–AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJE 1º.8.2008; HC 92.874, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJE 20.6.2008; HC 92.757, Rel. Min. Menezes Direito, DJE 25.4.2008; e HC 93.300, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJE 25.4.2008).

10.Ademais, é de se ressaltar que as afirmações de que haveria decisões monocráticas nas quais este Supremo Tribunal teria reconhecido a possibilidade de concessão de liberdade provisória em se tratando de crime de tráfico de entorpecente (Habeas Corpus ns. 97.976, Rel. Min. Celso de Mello; e 99.832, Rel. Min. Celso de Mello), impõe exame mais detido, que há

de ser feito quando do julgamento de mérito do presente habeas corpus, depois de obtidas informações e apresentado o parecer da Procuradoria-Geral da República.

11. Portanto, não há elementos que demonstrem o bom direito legalmente estatuído como fundamento para o deferimento da medida pleiteada, razão jurídica pela qual indefiro a liminar.

12. Oficie-se ao Juízo da 3ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte-MG, para que a) preste informações pormenorizadas quanto ao alegado na impetração; e b) forneça o andamento processual atualizado da ação penal movida contra a Paciente.

Remeta-se, com o ofício, a cópia da inicial (fls. 2-18) e do presente despacho.

13. Prestadas as informações, dê-se vista dos autos ao Procurador-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 100.839-2 (226)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSOPACTE.(S) : JOÃO MARIA BONETTIIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 139.262 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO: Oficie-se ao Superior Tribunal de Justiça para que preste informações acerca do alegado na inicial, cuja cópia determino siga anexa ao ofício.

Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.863-5 (227)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAPACTE.(S) : FABRICIANO VIEIRA KERNE OU FABRICIANO JOSÉ

VIEIRA KERNEIMPTE.(S) : MARIANO HIGINO DE MEIRA E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de FABRICIANO JOSÉ VIEIRA KERNE, preso em flagrante pela prática do crime de homicídio qualificado (art. 121, §2º, II e IV do Código Penal), desde o dia 23 de maio de 2008.

Foi proferida decisão de pronúncia no dia 11 de maio de 2009.Os impetrantes alegam a ausência dos requisitos do art. 312 do

Código de Processo Penal, por não ter sido demonstrada a periculosidade do paciente, que teria reagido a injusta agressão da vítima, utilizando-se de uma faca de cozinha. Sustentam ter o paciente agido em legítima defesa.

Salientam, ainda, que “logo após a consumação do fato típico, o Paciente pediu ao dono do bar que chamasse uma ambulância e permaneceu no local até a chegada da Polícia Militar, e apesar de estar em estado de choque, se entregou pacificamente e sem oferecer nenhum tipo de resistência” (fls. 16).

Por fim, destacam a ocorrência de excesso de prazo, imputável ao aparelho estatal, que em duas ocasiões deixou de apresentar o réu para audiência de instrução e julgamento, paralisando o andamento do feito.

A decisão de pronúncia assinalou, dentre outras coisas, que houve uma revolta de populares contra o acusado, conforme relatado por uma testemunha (fls. 72/76).

É o relatório.Decido.O acórdão impugnado, proferido à unanimidade pela Quinta Turma do

Superior Tribunal de Justiça no HC n° 133.013/SP, não foi juntado aos autos em sua inteireza.

A leitura de todos os documentos juntados pelos impetrantes não autoriza a concessão do pedido de urgência antes de se conhecer das razões da autoridade apontada como coatora para o indeferimento do pedido.

Do exposto, indefiro a liminar.Oficie-se ao Superior Tribunal de Justiça, comunicando a presente

decisão e solicitando informações, com envio do inteiro teor do acórdão impugnado.

Com as informações, abra-se vista à Procuradoria-Geral da República.

Publique-se. Cumpra-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

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HABEAS CORPUS 100.864-3 (228)PROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : REUBEM COSTA JAPIASSU JÚNIORIMPTE.(S) : THIAGO PINHEIROCOATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 144.935 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – INFORMAÇÕES.1.Com a inicial não veio a cópia das seguintes peças: a petição do

habeas impetrado no Superior Tribunal de Justiça; a inicial da idêntica medida formalizada no Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas e a decisão nele proferida; bem como o mandado de prisão devidamente cumprido. Também não há notícia do estágio atual do Processo-Crime nº 001.08.081151-6, em curso no Juízo da 10ª Vara Criminal da Capital/AL. À míngua de elementos, não se pode apreciar o pleito de concessão de medida acauteladora.

2.Solicitem informações ao Superior Tribunal de Justiça, ao Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas e ao Juízo da 10ª Vara Criminal da Capital/AL.

3.Ao impetrante, para, querendo, antecipar-se quanto à providência.4.Publiquem.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.877-5 (229)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : SHIRLENE MARIA DA SILVA BRAZIMPTE.(S) : EDIMAR CRISTIANO ALVESCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL.

PRISÃO EM FLAGRANTE PELA SUPOSTA PRÁTICA DE TRÁFICO DE ENTORPECENTES. ALEGAÇÃO DE AFASTAMENTO DA VEDAÇÃO LEGAL QUE PROÍBE A CONCESSÃO DE LIBERDADE PROVISÓRIA PELO TRIBUNAL DE JUSTIÇA ESTADUAL E DE AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO CAUTELAR IDÔNEA PARA A MANUTENÇÃO DA PRISÃO. IMPOSSIBILIDADE DE EXAURIMENTO DO OBJETO DA AÇÃO EM FASE PRELIMINAR. INFORMAÇÕES REQUERIDAS. LIMINAR INDEFERIDA.

Relatório1. Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pelo Advogado

EDIMAR CRISTIANO ALVES, do Núcleo de Assistência Judiciária da Faculdade de Direito Milton Campos, em favor de SHIRLENE MARIA DA SILVA BRAZ, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que, em 13 de agosto de 2009, denegou o Habeas Corpus n. 131.141, nos termos seguintes:

“(...) HABEAS CORPUS. CRIME DE TRÁFICO ILÍCITO DE

ENTORPECENTES. LIBERDADE PROVISÓRIA. VEDAÇÃO EXPRESSA CONTIDA NA LEI N.º 11.343/06. FUNDAMENTAÇÃO IDÔNEA E SUFICIENTE PARA JUSTIFICAR A MANUTENÇÃO DA CUSTÓDIA.

1. Na linha do entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, a vedação expressa do benefício da liberdade provisória aos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes, disciplinada no art. 44 da Lei n.º 11.343/06 é, por si só, motivo suficiente para impedir a concessão da benesse ao réu preso em flagrante por crime hediondo ou equiparado, nos termos do disposto no art. 5.º, inciso LXVI, da Constituição Federal, que impõe a inafiançabilidade das referidas infrações penais.

2. Ordem denegada (...)” (fl. 115 do Apenso). O caso2. Tem-se, nos autos, que, em 19 de julho de 2008, a Paciente foi

presa em flagrante pela suposta prática dos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes (Lei n. 11.343/2006, art. 33).

3. Requerida a liberdade provisória da Paciente, em 25.11.2008, o Juízo da 3ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte-MG, em 1º.12.2008, indeferiu o pedido assentando que:

“(...)Vistos, etc.S[irl]ene Maria da Silva Braz, por seu procurador, busca a liberdade

provisória, para tanto, nega a traficãncia, alegando que ‘Kuba’, traficante local a ameaçou para que guardasse a droga para ele. Aduz, ainda, ser a requerente primária, trabalhadora e possuidora de residência fixa, como também não se encontram presentes os pressupostos ensejadores da custódia cautelar.

Instada a se manifestar, a ilustre representante do Parquet foi pelo indeferimento do pedido (fls. 41/45).

Relatados, tudo visto e examinado. Decido.No que tange à negativa de autoria, apesar de tratar de matéria de

mérito, imprópria de ser debatida em sede de liberdade provisória, vale salientar que, perlustrando o APFD, verifiquei que todas as circunstâncias ali

narradas denotam a destinação mercantil da droga arrecadada, bem como o envolvimento direto da requerente com o tráfico de drogas.

Melhor sorte não assiste à requerente S[i]rlene Maria da Silva Braz, ao postular, a referida liberdade provisória, eis que a nova legislação de tóxicos, Lei 11.343/06, em seu art. 44, explicitamente proibiu a concessão de liberdade provisória aos delitos previstos nos arts. 33, caput e § 1°, bem como 34 a 37 do mesmo diploma legal.

‘art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1° e 34 a 37 desta lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, indulto e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos.’ (grifos nosso).

Vejo que a requerente não faz jus à liberdade provisória, eis que foi ela presa em flagrante delito, pela prática do crime de tráfico de drogas (art. 33 da Lei 11.343/06), havendo o óbice legal previsto no art. 44 da Lei 11.343/06.

Não há que se falar em inconstitucionalidade do citado dispositivo legal, pois o inciso LXVI do artigo 5° da Lex Major previ , às claras:

‘LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança’.

Na espécie, é a própria lei que impede a liberdade provisória da paciente. A expressão 'quando a lei admitir' demonstra que foi reservada ao legislador ordinário a tarefa de definir o cabimento, forma e exigências para o encarceramento, na perpetração de ilícito penal, ou dispor a respeito, tanto de liberdade provisória, quanto de fiança.

É de se observar que há o entendimento de que a Lei 11.464, de 28 de março de 2007, autorizou a concessão da liberdade provisória para os delitos hediondos e assim considerados. Ora, na verdade, a citada lei, em nenhum de seus dispositivos trouxe tal beneficio, se limitando em seu § 1 ° do art. 1° a modificar o regime prisional, passando do integralmente fechado para inicialmente fechado, permitindo a progressão de regime para réus de crimes hediondos e equiparados. Já no § 2°, tratou-se da progressão de regime de tais delitos, fixando prazo de cumprimento de pena para obtenção de tal benefício (condição objetiva). Com efeito, os §§ 3° e 4° da citada Lei 11.464/07, deliberou que o juiz decidirá na sentença condenatória se o réu poderá apelar em liberdade ou manter-se no cárcere, em decisão fundamentada, bem como manteve a prisão temporária pelo prazo de 30 dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

Depara-se que o referido texto legal (Lei 11.464, de 28 de março de 2007), não revogou o art. 2°, I, da Lei 8.072/90, que proíbe a liberdade provisória nos delitos de crimes hediondos. O que houve na verdade foi uma construção jurídica, onde uma minoria entende que a novel Lei 11.464/07, revogou todos os dispositivos da Lei de Crimes Hediondos (Lei 8.072/90), cujo entendimento, maxima venia, não comungo. Nesse sentido é o entendimento atual desse egrégio Tribunal de Justiça:

‘(...)’ (HABEAS CORPUS N° 1.0000.07.462128-5/000. RELATOR: EXMO. SR. DES. EDUARDO BRUM. Acórdão publicado em 23.10.07)

E ainda: ‘(...)’ (HABEAS CORPUS N° 1.0000.07.462359-6/000. RELATOR: EXMO. SR. DES. REYNALDO XIMENES CARNEIRO. Acórdão publicado em 01.11.07).

Ademais, a segregação da requerente até o julgamento final do processo-crime que responde não infringe o princípio da presunção de inocência, por ter caráter meramente cautelar, e justifica-se, obviamente, pela periculosidade do autor de fatos como os narrados no processo que tramita contra a mesma.

Nesse diapasão é o entendimento proferido pelo Supremo Tribunal Federal que, corroborando com anteriores decisões do Superior Tribunal de Justiça, reafirmou que a Lei 11.464/07 não teve o condão de revogar os dispositivos constantes na atual Lei Antidrogas. Vejamos

‘Informativo STF n. 499 - 02 de abril de 2008: Liberdade Provisória: Lei 11.464/07 e Tráfico de Drogas 3-Considerou-se que a inafiançabilidade imposta ao delito imputado ao paciente bastaria para impedir a concessão de liberdade provisória, sendo irrelevante a alteração efetuada pela lei 11.464/07 que, mantendo a vedação de fiança, somente retirara uma redundância contida no texto originário do art. 2°, II, da lei 8.072/90. Ressaltou-se que esta Corte possui orientação consolidada no sentido de que a proibição de liberdade provisória nos processos por crimes hediondos e assemelhados decorre da própria inafiançabilidade imposta pela Constituição à legislação ordinária. Dessa forma, por maiores razões, incabível esse beneficio aos presos em flagrante por tráfico de drogas. Ademais, enfatizou-se que a lei 11.464/07 não alcançaria os dispositivos legais que cuidam do delito de tráfico de drogas que, ao tempo da sua entrada em vigor, já contava com disciplina específica a respeito (Lei 11.343/06: ‘art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1°, e 34 a 37 desta lei são inafiançáveis e insuscetíveis de sursis, graça, idulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas penas em restritivas de direitos. Parágrafo único. Nos crimes previstos no caput deste artigo, dar-se-á o livramento condicional após o cumprimento de dois terços da pena, vedada sua concessão ao reincidente específico’.). Assim, reputou-se que a Lei 11.464/07 não poderia modificar a disciplina que, quando do seu advento, já constava de lei especial, aplicável à espécie. Por fim, rejeitou-se a proposta de concessão de hábeas corpus de ofício para que o paciente progredisse de regime prisional, porquanto ainda pendente de apreciação recurso da acusação que, se provido, majoraria a pena a período superior ao tempo m que custodiado o paciente. Atentou-se para o fato de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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que este r preso em flagrante quando vigente a Lei 11.434/06, que passou a exigir, na hipótese, o cumprimento de, pelo menos, 2/5 da pena para a progressão. Vencido no ponto, o Min. Marco Aurélio que concedia a ordem, de ofício, para que o juízo de primeiro grau analisasse as condições, visando a progressão de regime de cumprimento da pena. HC 93302/SP, Rel.Min. Cármen Lúcia, 25.03.08. (HC 93302). (grifos nossos).

Nesse Sentido já se encontra a jurisprudência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais:

‘(...)’ (Apelação Criminal n° 1.0000.08.468460-7/000, 1ª Câmara Criminal do TJMG, Rei. Dês. Márcia Milanez. J. 15/04/2008). (grifos nosso).

Quanto à negativa de autoria, esta não encontra suporte, eis que o APFD está formalmente e substancialmente perfeito, a teor, respectivamente dos artigos 5° incisos LXII, LXIII, LXIV da Constituição Federal e arts. 302 e 304, caput, § 1°, 2° e 3° CPPP e das declarações das testemunhas inquiridas pelo delegado de polícia, de onde se pode depreender indícios suficientes de materialidade e autoria delitiva, tendo em vista que policiais militares durante patrulhamento no Bairro Cachoeirinha, foram abordados por um senhor que delatou a ora requerente como ser ajudante de um traficante da região conhecido como ‘Kuba’ guardando para este uma caixa contendo substâncias entorpecentes em sua residência. Diante de tais informações, os milicianos dirigiram-se até o referido local e puderam constatar a veracidade das mesmas, posto que em seu guarda-roupa foram encontrados duas balanças de precisão, sete buchas de substância semelhante à maconha, um invólucro plástico contendo certa quantidade fragmentada de substância semelhante à maconha, três tabletes semelhante à maconha, um invólucro contendo substância semelhante à cocaína, dois invólucros contendo substância semelhante à ‘crack’, dois sacos contendo quantidade significativa de pasta de cor amarelada semelhante à pasta base de cocaína, várias embalagens utilizadas para dolagem de drogas bem como uma fita adesiva.

Tais fatos trazem indícios veementemente fortes de que a ora requerente praticou as condutas descritas no Art. 33 e Art. 35 ambos da Lei 11.343/06.

Dada a gravidade de tais fatos, tenho que se encontram presentes os requisitos do art. 312 do CPP, principalmente par manutenção da ordem pública.

Assim, entende este juiz que no caso em apreço a presença dos requisitos do art. 312 do CPP vem a obstaculizar a concessão da liberdade provisória, prevista no art. 310 e seu parágrafo único do CPP, justificando tal medida, especialmente para a manutenção da ordem pública, diante da gravidade dos fatos narrados acima.

Neste sentido é o entendimento atual de nosso Tribunal de Justiça, senão vejamos:

‘(...)’ (RECURSO EM SENTIDO ESTRITO N° 1.0105.05.169842-8/001 - COMARCA DE GOVERNADOR VALADARES. RELATOR: EXMO. SR. DES. WALTER PINTO DA ROCHA).

‘(...)’ (RECURSO EM SENTIDO. ESTRITO N° 1.0696.05.017808-1/001 - COMARCA DE TUPACIGUARA. RELATOR: EXMO. SR. DES. EDUARDO BRUM).

Aliás, o S. T. J já decidiu que:‘A denegação da liberdade provisória, apesar da primariedade e dos

bons antecedentes do acusado, não acarreta constrangimento ilegal quando a preservação da prisão em flagrante se recomenda, pela presença dos motivos que autorizam a custódia preventiva’. (STJ - RT 583/471).

Aqui, verifica-se a necessidademanutenção da custódia da requerente como garantia da ordem pública, em razão da natureza do delito. Isso porque o tráfico de drogas é prática criminal denunciadora da alta periculosidade dos seus agentes, devendo estas serem afastados do convívio social para evitar ameaça à ordem pública e jurídica, evitando também que esta sociedade venha a se sentir desprotegida e atemorizada. Além do mais, em liberdade, o traficante encontrará os mesmos estímulos que o levaram à prática delitiva. Nesse sentido, o escólio pretoriano:

‘(...)’ (JTACRESP 45/58).Entretanto, é de bom alvitre ressaltar que algumas das colendas

Câmaras Criminais do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, competentes para julgar os delitos de tráfico de entorpecentes, tem concedido liberdade provisória, em sede de HC, ora pelo fundamento de que a decisão monocrática que a indeferiu não foi fundamentada suficientemente, e ora por entender que a proibição prevista no art. 44, da Lei de Antidrogas, não é mais óbice para o indeferimento de tal benefício, em face da edição da nova Lei 11.464/07, entendendo que esta permitiu a concessão da liberdade provisória aos autores de crimes hediondos e equiparados, entendimento estes com os quais, máxima vênia, este magistrado não comunga, a uma, porque, no momento em que o juiz monocrático aprecia a liberdade provisória, sequer tem em mãos elementos para aquilatar os requisitos da prisão preventiva, possuindo, às vezes, somente o requerimento da parte e o Auto de Prisão em Flagrante Delito, motivo pelo qual fundamenta o indeferimento, quase sempre, na proibição prevista no art. 44, da Lei 11.343/06, por ser, o crime considerado hediondo, e em face de sua gravidade em abstrato, a duas, porque há proibição legal, prevista no art. 44, da Lei Antidrogas, que entendo não estar revogada.

Neste diapasão, foi o recente entendimento da eminente Ministra Ellen Gracie, do Supremo Tribunal Federal, Relatora do HC de n°. 92495/PE, de 27.05.08, referindo-se ao Habeas Corpus impetrado contra julgamento da 5° Turma do Superior Tribunal de Justiça, que revendo sua posição até então

adotada, asseverou: ‘A questão no presente caso versa sobre a necessidade, ou não, de fundamentação, ex vi do parágrafo único, do art. 310, do CPP (prisão em flagrante), na hipótese de negativa de liberdade provisória quando se trata de autor de crime de tráfico ilícito de entorpecentes.

Revendo a posição até agora adotada nesta Corte nos últimos tempos, é de ser seguida a ensinança exposta em reiterados acórdão da Augusta Corte que, em síntese, dizem que a proibição para concessão, exteriorizada em texto legal é, por si só, fundamento suficiente. Não é necessário que se motive concretamente a negativa. A regra geral insculpida no parágrafo único, do art. 310, do CPP, resta aí afastada pelo contido na norma específica do art. 40 da Lei 11.343/06.

Aliás, a própria exigência introduzida no parágrafo único, do art. 310, do CPP (regra geral), é de difícil realização na prática dia a dia, sendo quase uma exigência legal inexeqüível. Despiciendo lembrar que a situação aventada no referido parágrafo único dificilmente, ou quase nunca, possibilita que o juiz no início da persecutio criminis, tendo em mãos somente o auto de prisão em flagrante, possa negar liberdade provisória com dados concretos (uma vez que predomina o entendimento de que a gravidade em abstrato e, em algumas vezes, até mesmo a gravidade em concreto, permita, como tal, a segregação cautelar).

(...) Sob outro prisma, a Augusta Corte tem concluído pela negativa da liberdade provisória calcando a diretriz de tal entendimento, também, no art. 5°, inciso XLIII, da Carta Magna. É que proibida constitucionalmente a concessão de fiança para crimes hediondos e assemelhados (tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e terrorismo), inexiste razão para que se possa questionar a liberdade provisória cuia proibição está expressa no art. 40 da lei 11.343/06 (...)’ (Grifei).

Alega, ainda, ser primária, trabalhadora e possuidora de residência fixa, entretanto, estes não são motivos impedientes da custódia provisória, porquanto as condições pessoais não bastam para elidir o édito cautelar quando a necessidade se mostrar patente. Nesse sentido o escólio pretoriano: "HABEAS CORPUS" - PRISÃO EM FLAGRANTE - RELAXAMENTO - LIBERDADE PROVISÓRIA - PLEITO INDEFERIDO - DECRETO FUNDAMENTADO - GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. O fato de o paciente ser primário, ter endereço fixo e trabalho não pode implicar a sua automática liberação, pois, se subsistem razões que recomendam a decretação e manutenção da sua prisão cautelar, seja em nome do resguardo da ordem pública, seja por conveniência da instrução criminal, tais elementos devem ser levados em conta para que se negue o pleito de relaxamento, tal como definido no art. 312 do CPP. Ordem denegada. N°. 1.0000.06.447819-1000(1) - Rel. Sérgio Braga

Dessa forma, verifica-se que os argumentos apresentados pela requerente não são suficientes para impor a liberdade provisória, devendo ela permanecer custodiada onde se encontra.

Posto isso e por tudo mais que dos autos consta, julgo improcedente o pedido de liberdade provisória de S[i]rlene Maria da Silva Braz, devendo permanecer presa onde se encontra.

Transitada, arquivem-se os autos com baixa na distribuição. (...)” (fls. 35-41).

4. Contra esta decisão foi impetrado habeas corpus para o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (fls. 43-55). Em 3 de fevereiro de 2009, a Quinta Câmara Criminal desse Tribunal denegou a ordem pretendida, verbis:

“(...)HABEAS CORPUS - TRÁFICO DE ENTORPECENTES -

LIBERDADE PROVISÓRIA - VEDAÇÃO EXPRESSA EM LEI - NECESSIDADE DE FUNDAMENTAÇÃO - PRESENÇA DE MOTIVO AUTORIZADOR PARA A DECRETAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA - AUSÊNCIA DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL. I - Em face da regra constitucional da presunção de inocência, a menção à proibição legal de concessão da liberdade provisória não se constitui em fundamento idôneo para indeferi-la, devendo o julgador, ao indeferir o pedido, motivar sua decisão em uma das hipóteses previstas no artigo 312 do CPP. II - Fundamentada a decisão com base nos indícios de materialidade e autoria, e com vistas à garantia da ordem pública, necessária e conveniente a manutenção da custódia preventiva do agente preso em flagrante regular e denunciado por tráfico de drogas (...)” (fl. 62).

5. Contra esse acórdão foi impetrado novo habeas no Superior Tribunal de Justiça, cujo julgamento pela sua Quinta Turma é objeto da presente impetração.

6. No presente habeas corpus, o Impetrante ressalta que “a douta Turma Julgadora [do Superior Tribunal de Justiça] inacreditavelmente ressuscitou a vedação legal do artigo 44 da Lei nº 11.343/06. Isso porque, como bem se observa no Acórdão Estadual (...), o Tribunal de Justiça de Minas Gerais – TJMG afastou a vedação legal. A denegação da ordem, pelo Tribunal Mineiro, originou-se da propalada ‘gravidade do delito’ e ‘repercussão social da conduta’, não em razoa da aventada vedação legal” (fl. 5).

Argumenta “a douta Turma Julgadora [do Superior Tribunal de Justiça], além de valer-se de argumento há muito superado no âmbito deste Pretório Excelso, acabou por provocar ‘reformatio in pejus’, tendo em vista que a Defesa já havia conseguido, junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais – TJMG, o afastamento da vedação estampada no artigo 44 da Lei nº 11.343/06” (fl. 5).

Sustenta que “os argumentos utilizados pelo Acórdão Estadual não [teriam] se volta[do] para os elementos concretos existentes nos autos”, sendo

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que “a denegação da ordem [teria] v[indo] lastreada em dados abstratos, genéricos, sem qualquer vinculação objetiva ao caso concreto” (fl. 7).

Requer “o deferimento, ‘inaudita’, de Liminar, concedendo-se à Paciente o benefício da Liberdade Provisória” (fl. 12). No mérito, pede “seja confirmada a Medida Liminar, a fim de que, concedida a ordem, garanta-se à Paciente o constitucional direito de responder ao processo em liberdade” (fl. 13).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.7. Neste exame preambular, a exposição dos fatos e a verificação das

circunstâncias presentes e comprovadas na ação conduzem ao indeferimento do pedido de liminar, pois não se verifica, de plano, plausibilidade jurídica dos fundamentos apresentados na inicial.

8. A leitura da decisão que julgou improcedente o pedido de liberdade provisória, na qual a demonstração dos elementos que a determinaram e que foram explicitados pelo Juíz de maneira clara, comprovam o pleno atendimento do art. 312 do Código de Processo Penal - o que, de resto, foi confirmado pelo Tribunal de Justiça Mineiro -, não permite que, neste juízo preambular, precário como lhe é próprio, possa ser satisfeito o pleito apresentado, porque sem base legal para o seu deferimento.

O fumus commissi delicti, a dizer, a ocorrência do fato aparentemente punível, com autoria e vigorosos indícios de materialidade apresentados à saciedade pelo Juíz prolator daquela decisão, bem como o periculum libertatis, que inverte os termos da segurança para os indivíduos e para a sociedade do estado de liberdade da Paciente não permitem juízo inicial favorável à sua soltura, na forma aqui requerida.

A liminar exaure o próprio objeto da ação em seu momento inicial e independente de todos os elementos necessários ao convencimento do julgador e à conclusão do julgado. Mister se faz análise da questão de forma aprofundada, o que somente será possível com a complementação da instrução e com o parecer da digna Procuradoria-Geral da República.

9. Pelo exposto, indefiro a liminar.10. Oficie-se ao Juízo da 3ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte-

MG, para que a) preste informações pormenorizadas quanto ao alegado na impetração; e b) forneça o andamento processual atualizado da ação penal movida contra a Paciente.

Remeta-se, com o ofício, a cópia da inicial (fls. 2-18) e do presente despacho.

11. Prestadas as informações, dê-se vista dos autos ao Procurador-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

HABEAS CORPUS 100.878-3 (230)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : FELIPE MALINGRE MAGAN MACHADO DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : RICARDO PONZETTOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 148.128 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – INFORMAÇÕES.1.Com a inicial não veio a cópia das seguintes peças: o mandado de

prisão, devidamente cumprido, que o impetrante afirma ter sido expedido contra o paciente. Também não há notícia do estágio atual do Processo-Crime nº 2009.61.04.00574-3, em curso no Juízo da 5ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Santos/SP. À míngua de elementos, não se pode apreciar o pleito de concessão de medida acauteladora.

2.Solicitem informações ao Superior Tribunal de Justiça e ao Juízo da 5ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Santos/SP.

3.Ao impetrante, para, querendo, antecipar-se quanto à providência.4.Publiquem.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.882-1 (231)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIPACTE.(S) : LUIZ FERNANDO DE OLIVEIRAIMPTE.(S) : HELEN CRISTINA DA SILVA IZIDOROCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Helen Cristina da Silva Izidoro em favor de LUIZ FERNANDO DE OLIVEIRA, contra suposto acórdão do Superior Tribunal de Justiça.

A inicial narra que o paciente foi denunciado e condenado, pela suposta prática do delito descrito nos arts. 213, 224, a, 225, § 1º e § 2º, e art. 71 do Código Penal.

A impetrante afirma que Luiz Fernando foi absolvido no julgamento do recurso de apelação pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

Aduz que, inconformado, o Ministério Público interpôs recurso

especial para o Superior Tribunal de Justiça, que deu provimento para estabelecer o regime prisional fechado.

É contra essa última decisão que se insurge a impetrante.Sustenta, em síntese, a extinção da punibilidade, uma vez que o

paciente casou-se com a vítima e com esta possui dois filhos, e, ainda, que o suposto crime teria ocorrido entre agosto de 2004 e julho de 2005, ou seja, na vigência do art. 107, VII, do Código Penal, revogado pela Lei 11.106/2005.

Alega, assim, que deve ser aplicada a lei penal vigente à época dos fatos, em razão de ser menos gravosa ao paciente.

Menciona, em abono aos argumentos expendidos, precedentes desta Corte e de outros tribunais.

Ao final requer, liminarmente, a concessão da ordem para que seja reconhecida a extinção da punibilidade, expedido alvará de soltura e determinado o imediato trancamento da ação penal.

É o relatório suficiente. Decido.Ressalto que a utilização do sistema de peticionamento eletrônico,

regulamentado pela Resolução 287/2004 do STF, não exime a impetrante de encaminhar os documentos necessários a instrução do feito.

Assim, ante a ausência dos documentos necessários à aferição do quanto alegado na inicial, indefiro a liminar.

Aguarde-se na Secretaria a vinda dos originais, nos termos da referida Resolução. Após, voltem-me conclusos os autos.

Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

HABEAS CORPUS 100.884-8 (232)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : PAULO BASSETOIMPTE.(S) : CÉLIA VITORIA DIAS DA SILVA SCUCUGLIACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 7393951-4 DO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃOCOMPETÊNCIA - HABEAS CORPUS.1.A impetração formalizada mediante a peça de folha 2 a 9 está

dirigida contra ato supostamente praticado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Assim, cabe ao Superior Tribunal de Justiça apreciá-la.

2.Declinando da competência, determino a remessa do processo para o Superior Tribunal de Justiça.

3.Publiquem.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.888-1 (233)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CARLOS BRITTOPACTE.(S) : PEDRO CASCAES FILHOIMPTE.(S) : PEDRO CASCAES NETO E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 215702/2009-000-00-00.0 DO

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

DECISÃO: Vistos, etc.Cuida-se de habeas corpus preventivo, aparelhado com pedido de

medida liminar, impetrado contra decisão singular de Ministro do Tribunal Superior do Trabalho (HC 215702/2009-000-00-00.0). Decisão que negou seguimento à ação ali ajuizada, sob o fundamento de que o conhecimento da matéria pelo TST acarretaria uma indevida supressão de instância.

2. Pois bem, os impetrantes sustentam a evidente ilegalidade da decretação da prisão civil do paciente. Anotam que o Supremo Tribunal Federal já pacificou o entendimento de inconstitucionalidade da prisão civil por força de dívida, determinando, inclusive, o cancelamento da Súmula 619 do STF. Pelo que são manifestamente abusivas as decisões proferidas tanto pelo Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região quanto pelo TST. Daí o pedido de concessão de medida liminar que suspenda a ordem prisional civil, expedida nos autos da Reclamação Trabalhista nº 00571.2007.040-12-00-2, em trâmite na 1ª Vara do Trabalho de Balneário Camboriú/SC. No mérito, o pedido é de deferimento do habeas corpus para que se declare a ilegalidade da prisão civil do depositário infiel.

3. Eis o quadro empírico da causa: a) o paciente foi nomeado depositário judicial de 49 metros cúbicos de brita nº 01, avaliados em R$ 1.568,00 (hum mil, quinhentos e sessenta e oito reais); b) devidamente intimado, o acusado não apresentou os bens penhorados e também não comprovou o depósito do equivalente em dinheiro; c) o Juízo processante da causa decretou a prisão civil de Pedro Cascaes Filho, “incurso nas penas de depositário infiel, por 180 dias” (fls. 21).

4. Feito este aligeirado relato da causa, decido. Fazendo-o, anoto que é pacífica a jurisprudência deste STF no sentido da inadmissibilidade de impetração sucessiva de habeas corpus, sem o julgamento definitivo do HC anteriormente impetrado (cf. HC 79.776, Rel. Min. Moreira Alves; HC 76.347-QO, Rel. Min. Moreira Alves; HC 79.238, Rel. Min. Moreira Alves; HC 79.748,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 45

Rel. Min. Celso de Mello; e HC 79.775, Rel. Min. Maurício Corrêa). Jurisprudência, essa, que deu origem à Súmula nº 691, segundo a qual “não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus impetrado contra decisão do Relator que, em habeas corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.

5. É certo que tal jurisprudência comporta relativização, quando de logo avulta que o cerceio à liberdade de locomoção do paciente decorre de ilegalidade ou de abuso de poder (inciso LXVIII do art. 5º da CF/88). O que me parece ser o caso dos autos. Caso em que, não obstante o enunciado da Súmula 691/STF, a tese veiculada na impetração se me afigura rimada com a recente orientação jurisprudencial deste Supremo Tribunal Federal, de que é exemplo o HC 95.170, de minha relatoria:

“HABEAS CORPUS. SALVO-CONDUTO. PRISÃO CIVIL. DEPOSITÁRIO JUDICIAL. DÍVIDA DE CARÁTER NÃO ALIMENTAR. IMPOSSIBILIDADE. ORDEM CONCEDIDA.

1. O Plenário do Supremo Tribunal Federal firmou a orientação de que só é possível a prisão civil do “responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia” (inciso LXVII do art. 5º da CF/88). Precedentes: HCs 87.585 e 92.566, da relatoria do ministro Marco Aurélio.

2. A norma que se extrai do inciso LXVII do artigo 5º da Constituição Federal é de eficácia restringível. Pelo que as duas exceções nela contidas podem ser aportadas por lei, quebrantando, assim, a força protetora da proibição, como regra geral, da prisão civil por dívida.

3. O Pacto de San José da Costa Rica (ratificado pelo Brasil – Decreto 678, de 6 de novembro de 1992), para valer como norma jurídica interna do Brasil, há de ter como fundamento de validade o § 2º do artigo 5º da Magna Carta. A se contrapor, então, a qualquer norma ordinária originariamente brasileira que preveja a prisão civil por dívida. Noutros termos: o Pacto de San José da Costa Rica, passando a ter como fundamento de validade o § 2º do art. 5º da CF/88, prevalece como norma supralegal em nossa ordem jurídica interna e, assim, proíbe a prisão civil por dívida. Não é norma constitucional —— à falta do rito exigido pelo § 3º do art. 5º ——, mas a sua hierarquia intermediária de norma supralegal autoriza afastar regra ordinária brasileira que possibilite a prisão civil por dívida.

4. No caso, o paciente corre o risco de ver contra si expedido mandado prisional por se encontrar na situação de infiel depositário judicial. Superação do óbice da Súmula 691/STF.

5. Habeas corpus não conhecido. Ordem concedida de ofício.6. Não bastasse, o fato é que essa orientação jurisprudencial já foi

adotada pelo próprio Tribunal Superior do Trabalho. Refiro-me ao ROHC-433/2004-000-05-00.0, cuja ementa reproduzo:

“HABEAS CORPUS. SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. DEPOSITÁRIO JUDICIAL. PRISÃO CIVIL. IMPOSSIBILIDADE. A despeito da concessão da ordem ante o que estatui a Orientação Jurisprudencial nº 89 desta eg. Subseção, bem como antes de se cogitar da hipótese de depositário fiel ou infiel, tem-se que a expedição do decreto prisional na hipótese mostra-se ilegal por outro fundamento, notadamente aquele acerca da ilegalidade da prisão civil do Paciente na condição de depositário infiel, porquanto relacionado com a aplicação das Convenções e dos Tratados Internacionais sobre direitos humanos dos quais o Brasil é signatário, como no caso do Pacto de São José da Costa Rica, que prevê a exclusividade da prisão civil do devedor de alimentos. Precedentes desta eg. Subseção em observância à jurisprudência da Suprema Corte que, inclusive, cancelou entendimento anterior sufragado na Súmula nº 619 daquele Tribunal. Ordem de habeas corpus concedida, com o fim de manter o salvo conduto expedido em favor do Paciente.”

7. Esse o quadro, defiro a liminar requestada. O que faço para suspender a eficácia da ordem prisional civil, decretada nos autos da Reclamação Trabalhista nº 00571.2007.040-12-00-2, em trâmite na 1ª Vara do Trabalho de Balneário Camboriú/SC; reservando-me, é claro, para um mais detido exame da causa por ocasião do julgamento de mérito deste HC.

8. Requisitem-se, com a máxima urgência, informações ao Tribunal Superior do Trabalho (HC 215702/2009-000-00-00.0); ao Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região, bem como à 1ª Vara do Trabalho de Balneário Camboriú/SC; facultada a prestação de esclarecimentos sobre a petição inicial desta ação (cuja cópia acompanhará o expediente).

Comunique-se, com a máxima urgência. Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

HABEAS CORPUS 100.890-2 (234)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIEPACTE.(S) : ARNALDO RAMALDES VIANA FILHOIMPTE.(S) : ARNALDO RAMALDES VIANA FILHOCOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DAS EXECUÇÕES

CRIMINAIS DA COMARCA DE PRESIDENTE PRUDENTE

1. Examinando os autos do presente writ, verifico que a decisão ora hostilizada foi proferida pelo Juiz de Direito da 2ª Vara de Execuções

Criminais da Comarca de Presidente Prudente/SP (fl. 03). 2. O Supremo Tribunal Federal não possui competência para apreciar

o presente writ, uma vez que a autoridade coatora não se encontra no rol inscrito no art. 102, I, alíneas d e i, da Constituição Federal.

3. Ante o exposto, sendo manifesta a incompetência desta Corte, não conheço do presente habeas corpus (RISTF, art. 21, § 1º; e art. 38 da Lei 8.038). Encaminhem-se os autos ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, independentemente de prévia publicação, dada a natureza do pedido.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.892-9 (235)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : CLÁUDIO HELENO DOS SANTOS LACERDAIMPTE.(S) : LUIZ CARLOS DA SILVA NETO E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 145.472 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida liminar, impetrado contra decisão emanada de eminente Ministro de Tribunal Superior da União, que, em sede de outra ação de “habeas corpus” ainda em curso no Superior Tribunal de Justiça (HC145.472/RJ), denegou medida liminar que lhe havia sido requerida em favor do ora paciente.

Presente tal contexto, impende verificar, desde logo, se a situação processual versada nestes autos justifica, ou não, o afastamento, sempre excepcional, da Súmula 691/STF.

O exame dos presentes autos, no entanto, evidencia que não se registra, na espécie, situação de flagrante ilegalidade ou de abuso de poder, cuja ocorrência, uma vez constatada, teria o condão de afastar, “hic et nunc”, a incidência da Súmula 691/STF.

Como se sabe, em situações como a que se verifica nesta causa, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, fundada em decisões colegiadas de ambas as Turmas desta Corte (RTJ 174/233, Rel. Min. CELSO DE MELLO - HC 79.238/RS, Rel. Min. MOREIRA ALVES - HC79.775/AP, Rel. Min. MAURÍCIO CORRÊA), repele a possibilidade jurídico-processual de determinado Tribunal vir a ser prematuramente substituído pelo Supremo Tribunal Federal:

“A jurisprudência de ambas as Turmas do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que é insuscetível de conhecimento, por esta Suprema Corte, a ação de ‘habeas corpus’ promovida contra decisão de Relator, que, em sede de outro processo de ‘habeas corpus’, ainda em curso perante Tribunal Superior da União, indeferiu pedido de medida liminar deduzido em favor do paciente. Precedentes.”

(RTJ 186/588, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Vê-se, pois, que se revela processualmente inviável a impetração

de “habeas corpus”, perante este Tribunal, quando vem ela a ser deduzida, como o foi no presente caso, contra a mera denegação de liminar em sede de outra ação de “habeas corpus” (HC 79.350/RS, Rel. Min. MOREIRA ALVES – HC 79.545/RJ, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI – HC79.555/RJ, Rel. Min. NELSON JOBIM – HC 79.763/MA, Rel. Min. CELSO DE MELLO - HC 80.006/RJ, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE - HC 80.170/BA, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

Tais considerações bem demonstram que é inviável o próprio conhecimento da pretensão deduzida na presente sede processual, eis que não se registra, na espécie, situação de flagrante ilegalidadeapta a ensejar o afastamento - sempre excepcional - da Súmula 691/STF.

Sendo assim, em face das razões expostas, e considerando, notadamente, o que se contém no Enunciado nº 691 da Súmula do Supremo Tribunal Federal, não conheço da presente ação de “habeas corpus”.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

HABEAS CORPUS 100.894-5 (236)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : JUAREZ FERREIRA PINTOIMPTE.(S) : MARCELO KINTZEL GRACIANO E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 147.256 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHOHABEAS CORPUS – INFORMAÇÕES.1.Com a inicial não veio a cópia do mandado de prisão devidamente

cumprido. Também não há notícia do estágio atual do Processo-Crime nº 2009.387-4, em curso no Juízo da Vara Criminal e Anexos da Comarca de Matinhos, Estado do Paraná. À míngua de elementos, não se pode apreciar o pleito de concessão de medida acauteladora.

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 46

2.Solicitem informações ao Superior Tribunal de Justiça e ao Juízo da Vara Criminal e Anexos da Comarca de Matinhos/PR.

3.Aos impetrantes, para, querendo, anteciparem-se quanto à providência.

4.Publiquem.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

HABEAS CORPUS 100.896-1 (237)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAPACTE.(S) : GELSON GOMESPACTE.(S) : GILSON APARECIDO GOMESIMPTE.(S) : DANIEL LEON BIALSKI E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 148854 DO SUPERIOR TRIBUNAL

DE JUSTIÇA

DECISÃOHABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. DECISÃO DO STJ QUE

NEGOU SEGUIMENTO A HABEAS CORPUS PELA APLICAÇÃO DA SÚMULA 691 DO STF. COERÊNCIA COM A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL. PRECEDENTES. HABEAS CORPUS AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Habeas Corpus, com pedido de liminar, impetrado pelos

Advogados DANIEL LEON BIALSKI e HELIO BIALSKI, em favor de GELSON GOMES e GILSON APARECIDO GOMES, presos preventivamente e pronunciados, em 9.9.2009, por suposto cometimento dos crimes seguintes:

“(...) GELSON GOMES, de alcunha ‘Gelsinho’, como incurso no artigo 121, parágrafo 2º, incisos I e IV, combinado com o artigo 29, ambos do Código Penal; no artigo 121, parágrafo 2º, incisos I e IV, combinado com o artigo 14, inciso II, e artigo 29, todos do Código Penal; no artigo 288, parágrafo único, do Código Penal, combinado com os artigos 1º e seguintes da Lei nº 9034/1995; nos artigos 12, 13 e 14 da Lei nº 6368/76, tudo na forma do artigo 69 do Código Penal;

(...) GILSON APARECIDO GOMES, como incurso nos artigos 12, 13 e 14 da Lei nº 6368/76 (...)” (fl. 430).

Na presente ação, voltam-se os Impetrantes contra decisão do eminente Ministro Haroldo Rodrigues, do Superior Tribunal de Justiça, que, em 26.9.2009, negou seguimento ao Habeas Corpus n. 148.854, nos termos seguintes:

“(...) Cuida-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de Gerson Gomes e Gilson Aparecido Gomes, desafiando decisão de Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo que indeferiu pedido de liminar em writ ali deduzido, afirmando não estarem presentes os requisitos legais para a manutenção da custódia cautelar.

Não há como dar seguimento ao pedido.O Superior Tribunal de Justiça tem compreensão assentada no

sentido de não caber habeas corpus contra decisão que denega liminar, a não ser que reste demonstrada flagrante ilegalidade, o que não ocorre na espécie.

Confira-se da nossa jurisprudência:‘(...)’ (HC nº 82.163/SP, Relatora a Desembargadora convocada

JANE SILVA, DJU de 1/10/2007)Ante o exposto, sendo manifesta a inviabilidade do writ, com base no

artigo 210 do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça, indefiro liminarmente o pedido (...)" (fls. 496-497).

2. Tem-se, nos autos, que em 11.9.2009, foi impetrado, em favor dos Pacientes, habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo visando ao reconhecimento da ausência de fundamentação cautelar idônea do decreto de prisão preventiva (fls. 440-462). O pedido de medida liminar foi ali indeferido, em 24.9.2009 (fl. 464).

3. Contra essa decisão foi impetrado novo habeas corpus, desta vez no Superior Tribunal de Justiça (Proc. 148.854), no qual se reiteraram as alegações suscitadas no Tribunal de Justiça paulista (fls. 467-464). A ordem foi indeferida liminarmente, em 26.9.2009 (fls. 496-497).

4. É contra essa decisão que se insurgem os Impetrantes, que reiteram a questão referente ao eventual constrangimento ilegal decorrente da alegada ausência de fundamentação cautelar idônea do decreto de prisão preventiva, defendendo ser possível, no caso, o afastamento da Súmula n. 691 deste Supremo Tribunal.

5. Requerem, assim, “SEJA CONCEDIDA A MEDIDA LIMINAR, permitindo que em liberdade possam [os Pacientes] aguardar o final julgamento deste writ” (fl. 22). E no mérito, pedem “seja CONCEDIDA DEFINITIVAMENTE A ORDEM, para ratificada a liminar, SEJA REVOGADA A MEDIDA CONSTRITIVA e deferir possam os Pacientes recorrer em liberdade da decisão proferida” (fl. 22).

Examinada a matéria posta à apreciação, DECIDO.6. A análise dos dados trazidos na impetração não demonstra

qualquer ilegalidade ou constrangimento ilícito a que estariam submetidos os Pacientes, sequer se comprovando afronta a princípios constitucionais ou legais na decisão questionada.

O que se põe, na presente ação, é mera repetição do que se apresentara ao egrégio Superior Tribunal de Justiça, que também não

vislumbrou qualquer ilegalidade ou constrangimento antijurídico no indeferimento de liminar pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

O temperamento da Súmula n. 691 somente pode ocorrer em situações excepcionalíssimas, quando patente a transgressão às normas vigentes pela decisão questionada, sujeitando a pessoa a constrangimento não fundamentado no sistema jurídico, o que, à evidência, não é o caso dos autos.

Diferentemente do que asseverado na petição inicial da presente ação, a decisão objeto da presente impetração está em harmonia com a jurisprudência do Supremo Tribunal, que somente tem admitido temperamentos à Súmula n. 691 em situações excepcionalíssimas (v.g., Habeas Corpus ns. 89.970, de minha relatoria, DJ 22.6.2007; 90.232, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 2.3.2007; 89.675-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, DJ 2.2.2007; 90.602, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 22.6.2007), não sendo este o caso dos autos.

A decisão questionada está adequada ao que o Supremo Tribunal Federal tem assentado sobre a matéria:

“EMENTA: PENAL. PROCESO PENAL. HABEAS CORPUS. AGRAVO REGIMENTAL. NEGATIVA DE SEGUIMENTO. SÚMULA 691 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. IMPOSSIBILIDADE. I - A decisão atacada indeferiu liminarmente a inicial sob o fundamento da inexistência de flagrante ilegalidade da decisão proferida em sede liminar. II - O não-conhecimento da matéria objeto daquela impetração impede a sua análise por esta Corte, sob pena de supressão de instância. III - Agravo Regimental desprovido” (Agravo Regimental no Habeas Corpus n. 90.209, Rel. Min. Ricardo Lewandowski ,DJ 16.3.2007 – grifos nossos).

No mesmo sentido, o Habeas Corpus n. 73.390, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 17.5.1996; e Habeas Corpus n. 81.115, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 14.12.2001.

7. Perfeitamente aplicável, aqui, a jurisprudência do Supremo Tribunal, que, como antes demonstrado, não admite o conhecimento de habeas corpus, por incabível o exame, per saltum, de fundamentos não apreciados pelo órgão judiciário apontado como coator, máxime em se cuidando de casos como o presente, nos quais não se comprovam os requisitos para o seu acolhimento, como o flagrante constrangimento e a manifesta ilegalidade ou abuso de poder.

Na espécie vertente, os Impetrantes pretendem exatamente o julgamento per saltum de questões que não foram sequer analisadas pelo Superior Tribunal de Justiça em razão a) do descabimento da via eleita pela pendência de julgamento de mérito pela instância precedente e b) da inocorrência de condições excepcionais, com base nas quais se pudesse cogitar da superação dos óbices normativos, aí incluída a Súmula n. 691 do Supremo Tribunal.

8. Pelo exposto, sob pena de supressão de instância e afronta às regras constitucionais e legais de competência, nego seguimento ao presente habeas corpus (art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal), ficando, por óbvio, prejudicado o pedido de liminar.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelator

HABEAS CORPUS 100.897-0 (238)PROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIEPACTE.(S) : CARLOS APARECIDO SILVEIRA DA SILVAIMPTE.(S) : CLAUDIO DALLEDONE JÚNIOR E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

1. Trata-se de habeas corpus impetrado contra julgamento colegiado do Superior Tribunal de Justiça em outro writ anteriormente aforado perante aquela Corte (HC 131.296/PR).

Narra a inicial que o paciente foi preso em flagrante pela suposta prática dos crimes tipificados nos arts. 33 e 35 da Lei 11.343/2006.

Argumentam os impetrantes, em síntese, excesso de prazo na formação da culpa, uma vez que “o Paciente está preso cautelarmente há 526 (quinhentos e vinte e seis) dias, e até agora sequer houve prolação de sentença de 1º grau no caso em tela” (fl. 07).

Requerem a concessão de provimento liminar, para que seja determinada a imediata expedição do alvará de soltura em favor do paciente (fl. 23).

2. O acórdão impugnado pelo presente writ, HC 131.296/PR, rel. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, foi assim ementado:

“HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. CRIMES DE TRÁFICO DE ENTORPECENTES E ASSOCIAÇÃO AO TRÁFICO. EXCESSO DE PRAZO NA FORMAÇÃO DA CULPA. INEXISTÊNCIA. FEITO NA FASE DE MEMORIAIS. SÚMULA 52 DESTA CORTE.

1. Consoante o princípio da razoabilidade, resta devidamente justificada a necessária dilação do prazo para conclusão na fase instrutória, mormente quando se tem em conta a complexidade do feito, que envolve dois réus e, ainda, a necessidade de expedição de precatórias para oitiva de testemunhas. Precedentes da Corte.

2. Ademais, a instrução criminal está encerrada, pois o processo já se

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encontra na fase de apresentação de memoriais. Incidência da Súmula nº 52 desta Corte.

3. Ordem denegada.” (Fl. 27).Com efeito, da leitura do acórdão impugnado na inicial, verifico que o

ato se encontra devidamente motivado, apontando as razões de convencimento da Corte que fundamentou a necessária dilação de prazo para o encerramento da instrução processual.

3. Ressalto que, para fins de apreciação do pedido de medida liminar, é necessário avaliar se o acórdão atacado teve o condão de caracterizar patente constrangimento ilegal. Na hipótese dos autos, as razões do aresto hostilizado mostram-se relevantes e, num primeiro exame, sobrepõem-se aos argumentos lançados no writ.

4.Desse modo, não vislumbro a presença do requisito do fumus boni iuris para a concessão da tutela pleiteada.

5. Saliento, ademais, que a prisão cautelar do paciente pode se justificar com base no parâmetro da razoabilidade, em se tratando de instruções criminais de caráter complexo (HC 89.090/GO, rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, Sessão de 21.11.2006, DJ de 05.10.2007), como parece ocorrer na hipótese.

6. Ante o exposto, indefiro a liminar. Solicitem-se informações à Juíza de Direito da 5ª Vara Criminal do Foro Central da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba/PR e ao Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Após, colha-se a manifestação da Procuradoria-Geral da República.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

HABEAS CORPUS 100.898-8 (239)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : POLLYANA MARANATA FILGUEIRAS MARQUESIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS

GERAISPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAISCOATOR(A/S)(ES) : JUIZ DE DIREITO DA 2ª TURMA RECURSAL DO

JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE

DECISÃO: O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o HC n. 86.834-7/MG, Relator o Ministro Marco Aurélio (Sessão Plenária do dia 23/8/2006), decidiu, por maioria de votos, que não é competente para conhecer de habeas corpus impetrado contra ato de Turma Recursal de Juizado Especial.

Declino da competência para o Tribunal de Justiça de Minas Gerais.Remetam-se os autos.Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.899-6 (240)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUPACTE.(S) : JOSAFÁ FRANCISCO DA SILVAPACTE.(S) : IZALMIRA FERREIRA DA CRUZ SILVAIMPTE.(S) : ALCIR MALDOTTI E OUTRO (A/S)COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Não tendo, à primeira vista, por configurados seus requisitos, indefiro a liminar.

Estando os autos suficientemente instruídos, dê-se vista ao Ministério Público Federal.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

HABEAS CORPUS 100.903-8 (241)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOPACTE.(S) : LUCIANO SOARESIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULOCOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 131.038 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DESPACHO1.Não há pedido de liminar. Estando no processo as peças

indispensáveis à compreensão do tema, colham o parecer da Procuradoria Geral da República.

2.Publiquem.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.911-9 (242)PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : FRANCISCO GLEDSON NOGUEIRA DE LUCENAIMPTE.(S) : DANNIEL FRANCISCO DE ALMEIDA FERREIRACOATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 122.071 DO SUPERIOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: Trata-se de “habeas corpus”, com pedido de medida liminar, impetrado contra decisão emanada de eminente Ministro de Tribunal Superior da União, que, em sede de outra ação de “habeas corpus” ainda em curso no Superior Tribunal de Justiça (HC122.071/CE), denegou medida liminar que lhe havia sido requerida em favor do ora paciente.

Cumpre assinalar, por relevante, que o exame dos registros processuais constantes da página oficial que o Egrégio Superior Tribunal de Justiça mantém na “Internet” evidencia que a decisão questionada na presente impetração é objeto de pedido de reconsideração, ainda pendente de julgamento pelo eminente Ministro- -Relator.

Sendo esse o contexto, passo a examinar, em caráter preliminar, a admissibilidade, na espécie, da presente ação de “habeas corpus”.

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal – presente situação em que também se impugnavam, no Superior Tribunal de Justiça, decisões monocráticas de Relatores questionadas em sede de “agravo regimental” (HC 85.784/SC, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – HC88.603-MC/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.) ou, como na espécie, no âmbito de pedidos de reconsideração (HC 89.712-MC/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO – HC 93.582/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.) – tem advertido não se revelar admissível a impetração imediata de “habeas corpus” perante esta Suprema Corte, enquanto não apreciados, pelo Tribunal de jurisdição inferior, os recursos (ou pedidos de reconsideração) que perante ele já foram deduzidos:

“Não é possível, ao Supremo Tribunal Federal, examinar matéria ainda não decidida definitivamente pelo Superior Tribunal de Justiça - pendente julgamento de agravo regimental - por importar em supressão de instância.

.......................................................‘Habeas corpus’ não conhecido.”(RTJ 190/656, Rel. Min. NELSON JOBIM - grifei)“O tema do regime de cumprimento de pena está ainda sob o crivo

do STJ em agravo regimental em agravo de instrumento, o que inviabiliza seu exame neste ‘habeas corpus’, sob risco de supressão de instância.

.......................................................‘Habeas corpus’ não conhecido.”(HC 83.440/MG, Rel. Min. NELSON JOBIM - grifei)“Estando a matéria pendente de apreciação pelo Superior Tribunal

de Justiça, a competência do Supremo Tribunal Federal só poderá existir após a análise do recurso. (...).”

(HC 84.877-AgR/SP, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA - grifei)Sendo assim, pelas razões expostas, não conheço da presente

ação de “habeas corpus”, restando prejudicado, em conseqüência, o exame do pedido de medida liminar.

Arquivem-se os presentes autos.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.935-6 (243)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOPACTE.(S) : VALMIR MACHADO DE SOUZAPACTE.(S) : VALDEMIR DA ROSA ALBINOIMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃOCOATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

DECISÃO: O exame da presente impetração evidencia a relevância da fundamentação jurídica nela exposta, o que permite reconhecer a presença, na espécie, do pressuposto concernente ao “fumus boni juris”, eis que as “res furtivae” foram avaliadas emR$45,00 (quarenta e cinco reais)!!!!

Torna-se claro, presente esse contexto (em que a subtração patrimonial foi praticada sem violência física ou moral à vítima), que se mostraria aplicável, ao caso, o princípio da insignificância, considerando-se, para tanto, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (RTJ 192/963-964, Rel. Min. CELSO DE MELLO – HC 84.687/MS, Rel. Min. CELSO DE MELLO – HC 88.393/RJ, Rel. Min. CEZAR PELUSO – HC92.438/PR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – HC 92.744/RS, Rel. Min.EROS GRAU – RHC 89.624/RS, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA – RE536.486/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE – RE 550.761/RS, Rel. Min.MENEZES DIREITO, v.g.):

“O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA QUALIFICA-SE COMO FATOR DE DESCARACTERIZAÇÃO MATERIAL DA TIPICIDADE PENAL.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 48

- O princípio da insignificância – que deve ser analisado em conexão com os postulados da fragmentariedade e da intervenção mínima do Estado em matéria penal - tem o sentido de excluir ou de afastar a própria tipicidade penal, examinada na perspectiva de seu caráter material. Doutrina.

Tal postulado – que considera necessária, na aferição do relevo material da tipicidade penal, a presença de certos vetores, tais como (a) a mínima ofensividade da conduta do agente, (b) a nenhuma periculosidade social da ação, (c) o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e (d) a inexpressividade da lesão jurídica provocada - apoiou-se, em seu processo de formulação teórica, no reconhecimento de que o caráter subsidiário do sistema penal reclama e impõe, em função dos próprios objetivos por ele visados, a intervenção mínima do Poder Público.

O POSTULADO DA INSIGNIFICÂNCIA E A FUNÇÃO DO DIREITO PENAL: ‘DE MINIMIS, NON CURAT PRAETOR’.

- O sistema jurídico há de considerar a relevantíssima circunstância de que a privação da liberdade e a restrição de direitos do indivíduo somente se justificam quando estritamente necessárias à própria proteção das pessoas, da sociedade e de outros bens jurídicos que lhes sejam essenciais, notadamente naqueles casos em que os valores penalmente tutelados se exponham a dano, efetivo ou potencial, impregnado de significativa lesividade.

O direito penal não se deve ocupar de condutas que produzam resultado, cujo desvalor - por não importar em lesão significativa a bens jurídicos relevantes - não represente, por isso mesmo, prejuízo importante, seja ao titular do bem jurídico tutelado, seja à integridade da própria ordem social.”

(HC 92.463/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Sendo assim, e em juízo de estrita delibação, defiro o pedidode

medida liminar, em ordem a suspender, cautelarmente, atéfinal julgamento da presente ação de “habeas corpus”, a eficáciada condenação penal imposta, aos ora pacientes, nos autos do Processo-crime nº 072/2.03.001600-5, que tramitou perante a 1ª Vara Judicial da comarca de Torres/RS.

Comunique-se, com urgência, encaminhando-se cópia da presente decisão ao E. Superior Tribunal de Justiça (REsp 1.110.741/RS), ao E.Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul (Apelação Criminalnº 70022473409 – Oitava Câmara Criminal) e aoMM.Juiz de Direito da 1ª Vara Judicial da comarca de Torres/RS (Processo- -crimenº 072/2.03.001600-5).

Publique-se.Brasília, 02 de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

INQUÉRITO 2.500-3 (244)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOREQTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINDIC.(A/S) : CARLOS GOMES BEZERRAADV.(A/S) : MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSA E OUTRO (A/S)INDIC.(A/S) : JÚNIO CÉSAR FERREIRAADV.(A/S) : MARCOS VINICIUS WITCZAK E OUTRO (A/S)INDIC.(A/S) : JOSÉ JAIRO FERREIRA CABRALINDIC.(A/S) : JOSÉ ROBERTO BORGES DA ROCHA LEÃOADV.(A/S) : MARTHIUS SÁVIO CAVALCANTE LOBATO E OUTRO

(A/S)INDIC.(A/S) : SÉRGIO PAULO VEIGA TORRESINDIC.(A/S) : JOSÉ CARLOS FERREIRA

DESPACHO: Trata-se de procedimento penal instaurado contra Carlos Gomes Bezerra, Deputado Federal, e outros litisconsortes passivos.

O exame da presente causa evidencia que o ato de oferecimento da denúncia (fls. 04/56), pelo Ministério Público, foi praticado, regularmente, perante magistrado de primeira instância, em momento anterior ao da diplomação de Carlos Gomes Bezerra como Deputado Federal (CF,art. 53, § 1º).

Essa observação mostra-se necessária, pois o Supremo Tribunal Federal, ao resolver questão de ordem suscitada no Inq571/DF, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE (RTJ 147/902), reformulou antiga orientação de sua jurisprudência (RTJ 110/1, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 124/403, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA – Inq 141/SP, Rel. Min. SOARES MUÑOZ - Inq 342/PR, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI), que atribuía, à diplomação superveniente do réu, como membro do Congresso Nacional, efeito nulificador dos atos processuais anteriormente praticados, inclusive daqueles concernentes ao próprio recebimento da denúncia (ocorrido, na espécie, em 29/11/2006 – fls.308/309), que constitui, como se sabe, causa interruptiva do prazo prescricional (CP, art. 117, I).

Cabe enfatizar, neste ponto, que a diplomação do réu, como membro do Congresso Nacional, revela-se apta a gerar, tão-somente, uma específica conseqüência de ordem processual, consistente no deslocamento, para o Supremo Tribunal Federal, da competência penal originária para a “persecutio criminis” (CF, art. 53, § 1º).

Isso significa, portanto, que a superveniência daquele fato jurídico-

eleitoral – considerada a nova diretriz jurisprudencial firmada na matéria - não mais tem o condão de afetar a integridade jurídica dos atos processuais, cuja validade há de ser aferida com base no ordenamento positivo vigente à época de sua efetivação (RHC78.026/ES, Rel. Min. OCTAVIO GALLOTTI).

Prestigiou-se, pois, corretamente, com tal orientação, o postulado segundo o qual “tempus regit actum”.

2. Cumpre assinalar, de outro lado, que a douta Procuradoria-Geral da República, ao intervir neste procedimento penal, requereu “a remessa de cópia integral dos autos à Procuradoria da República no Distrito Federal, acompanhada da presente manifestação e de cópia do Acórdão nº 481/2007 em anexo, a fim de que seja estabelecida apuração voltada para identificar e responsabilizar as pessoas ligadas à empresa Novadata envolvidas nos fatos” (fls. 366 - grifei).

Acolho essa douta promoção do eminente Procurador-Geral da República e determino, em conseqüência, a remessa das peças, nos termos em que foi requerida.

3. Como anteriormente assinalado, e já havendo sido validamente instaurado, na presente causa, o processo penal de conhecimento, impõe-se a reautuação deste feito, para que seja ele classificado, agora, como ação penal (RISTF, art. 55, II), eis que formalizado, na espécie, o recebimento da denúncia (RISTF, art. 56, V, “in fine”).

Uma vez promovida a reautuação acima determinada, impor-se-á a distribuição da ação penal, observado o critério da prevenção a que se refere o art. 74 do RISTF.

4. O órgão judiciário que recebeu a denúncia contra Carlos Gomes Bezerra qualificava-se, à época do ato em causa, como o juiz natural do réu (CF, art. 109, IV), revestindo-se, portanto, de inquestionável validade jurídica, como já precedentemente assinalado, o recebimento da peça acusatória, não obstante a superveniente investidura desse acusado como Deputado Federal (fls.320).

Considerando que já existe, nos autos, acusação penal, que, oferecida pelo Ministério Público contra Carlos Gomes Bezerra, hoje Deputado Federal (fls.320), foi recebida por órgão judiciário à época competente (fls. 308/309), impõe-se, agora, a efetivação da citação e do interrogatório judicial desse réu e de seus litisconsortes passivos penais (Lei nº 8.038/90, art. 7º).

Sendo assim, nos termos do art. 239, § 1º, do RISTF e do art. 9º, § 1º, da Lei nº 8.038, de 28/05/1990, delego competência a Juiz Federal das Seções Judiciárias do Distrito Federal, de Pernambuco e do Rio de Janeiro, a quem o feito couber por distribuição, para realizar a citação e o interrogatório de Carlos Gomes Bezerra, José Roberto Borges da Rocha Leão e Júnio César Ferreira (Seção Judiciária do Distrito Federal – fls.366), de Sérgio Paulo Veiga Torres e José Carlos Ferreira (Seção Judiciária do Estado do Rio de Janeiro – fls. 05) e de José Jairo Ferreira Cabral (Seção Judiciária do Estado de Pernambuco – fls.366).

5. Registro, por necessário, que os eminentes magistrados federais de 1ª instância deverão observar, quando dos interrogatórios cuja realização lhes foi delegada, a diretriz que o Supremo Tribunal Federal firmou a propósito da efetivação de referido ato processual, nos casos em que haja litisconsortes penais passivos (HC 94.601/CE, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AP 420/MG, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, DJE de 20/03/2009, v.g.):

“O INTERROGATÓRIO JUDICIAL COMO MEIO DE DEFESA DO RÉU.

- Em sede de persecução penal, o interrogatório judicial – notadamente após o advento da Lei nº 10.792/2003 – qualifica-se como ato de defesa do réu, que, além de não ser obrigado a responder a qualquer indagação feita pelo magistrado processante, também não pode sofrer qualquer restrição em sua esfera jurídica em virtude do exercício, sempre legítimo, dessa especial prerrogativa. Doutrina. Precedentes.

POSSIBILIDADE JURÍDICA DE UM DOS LITISCONSORTES PENAIS PASSIVOS, INVOCANDO A GARANTIA DO “DUE PROCESS OF LAW”, VER ASSEGURADO O SEU DIREITO DE FORMULAR REPERGUNTAS AOS CO- -RÉUS, QUANDO DO RESPECTIVO INTERROGATÓRIO JUDICIAL.

- Assiste, a cada um dos litisconsortes penais passivos, o direito – fundado em cláusulas constitucionais (CF, art. 5º, incisosLIV e LV) – de formular reperguntasaos demais co-réus, que, no entanto, não estão obrigados a respondê-las, em face da prerrogativa contra a auto-incriminação, de que também são titulares. O desrespeito a essa franquia individual do réu, resultante da arbitrária recusa em lhe permitir a formulação de reperguntas, qualifica-se como causa geradora de nulidade processual absoluta, por implicar grave transgressão ao estatuto constitucional do direito de defesa. Doutrina. Precedente do STF.”

(HC 94.016/SP, Rel. Min. CELSO DE MELLO)6. Em ordem a viabilizar o exercício pleno do direito de defesa, eis

que diversos os domicílios dos acusados, deverão os ilustres magistrados designar datas distintas para os interrogatórios em questão, de tal modo que não coincidam umas com as outras, procedendo na forma preconizada no julgamento plenário da AP 470-AgR/MG, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA:

“(...) AÇÃO PENAL ORIGINÁRIA (...). INTERROGATÓRIOS (...). PARTICIPAÇÃO DOS CO-RÉUS. CARÁTER FACULTATIVO. INTIMAÇÃO DOS DEFENSORES NO JUÍZO DEPRECADO.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 49

...................................................É legítimo, em face do que dispõe o artigo 188 do CPP, que as

defesas dos co-réus participem dos interrogatórios de outros réus. Deve ser franqueada à defesa de cada réu a oportunidade de

participação no interrogatório dos demais co-réus, evitando-se a coincidência de datas, mas a cada um cabe decidir sobre a conveniência de comparecer ou não à audiência (...).” (grifei)

7. Observe-se, quando da expedição das cartas de ordem, o que dispõe o art. 222, “caput”, “in fine”, do CPP, aplicável, analogicamente, a essa modalidade de comunicação e realização de atos processuais (intimação das partes e dos ilustres defensores).

8. Assinalo, para efeito de mero registro, que, tratando-se de ação penal originária, nela deverá intervir, oportunamente, o Revisor (RISTF, art. 23, III, c/c o art. 24), após lançado, nos autos, pelo Relator, o respectivo relatório (RISTF, art. 243).

Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

MANDADO DE SEGURANÇA 26.863-8 (245)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIIMPTE.(S) : PAULO SALIM MALUFIMPTE.(S) : SYLVIA LUTFALLA MALUFIMPTE.(S) : FLÁVIO MALUFIMPTE.(S) : OTÁVIO MALUFIMPTE.(S) : LÍGIA MALUF CURIIMPTE.(S) : LINA MALUF ALVES DA SILVAIMPTE.(S) : JACQUELINE DE LOURDES COUTINHO TORRES

MALUFADV.(A/S) : ARNALDO MALHEIROS FILHO E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : JUIZ FEDERAL DA 8º VARA FEDERAL CRIMINAL DA

SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO

Trata-se de mandado de segurança, com pedido de medida liminar, impetrado por PAULO SALIM MALUF e outros contra ato do Juízo da 8ª Vara Criminal Federal da 1ª Subseção Judiciária de São Paulo nos autos da Ação Penal 199.61.81.000262-8.

A liminar foi indeferida pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (fls. 100-102).

Em razão da diplomação de Paulo Salim Maluf como Deputado Federal, os autos foram remetidos ao Supremo Tribunal Federal (fl. 249).

O Ministério Público Federal, em parecer da lavra da Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques, opinou pela extinção do feito, sem julgamento do mérito (fls. 259-262).

É o relatório. Decido.O parecer ministerial informa a existência de recurso de apelação

pendente de julgamento, referente à Ação Penal 199.61.81.000262-8.Assim, solicito informações ao TRF da 3ª Região sobre a mencionada

ação, tendo em vista o fato de o réu ter prerrogativa de foro no Supremo Tribunal Federal.

Com as informações, voltem-me os autos conclusos.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

MANDADO DE SEGURANÇA 28.177-4 (246)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. MARCO AURÉLIOIMPTE.(S) : EMPRESA FOLHA DA MANHÃ S/AADV.(A/S) : DIEGO VEGA POSSEBON DA SILVA E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

Petição/STF nº 117.588/2009 DESPACHOLIMINAR – CUMPRIMENTO – CRIME DE RESPONSABILIDADE.1.A Assessoria assim retratou o quadro extravagante deste processo:À folha 103, Vossa Excelência proferiu o seguinte despacho:LIMINAR – OBSERVÂNCIA – MANIFESTAÇÃO DA IMPETRANTE. 1.A Assessoria prestou estas informações:À folha 91, Vossa Excelência proferiu a seguinte decisão:MANDADO DE SEGURANÇA – LIMINAR - OBSERVÂNCIA. 1. Eis as informações prestadas pela Assessoria:O Diretor-Geral da Câmara dos Deputados informa ter-lhe sido

determinada pelo Presidente da Casa Legislativa, Deputado Michel Temer, a adoção imediata das providências atinentes à observância da liminar deferida por Vossa Excelência. Diz da necessidade de contar com tempo suficiente para atender a determinação, ante a obrigatoriedade de proceder à triagem e à organização dos documentos, tendo em vista o disposto no Ato da Mesa nº 70, de 1997.

A impetrante alega o descumprimento da medida acauteladora, pois não obteve acesso aos documentos pretendidos, considerada a justificativa

de triagem e organização. Então, requer seja determinada ao impetrado a viabilização de acesso a tais peças, em três dias, sob pena de responsabilidade criminal.

2. Vê-se mandado de segurança no qual deferida liminar. A observância desta há de fazer-se sem demora, pressupondo-se que a Casa Legislativa esteja devidamente organizada quanto a reembolsos efetivados. Nada justifica a projeção no tempo.

3. Oficiem ao Presidente da Câmara dos Deputados, exemplar profissional do Direito, dando-lhe ciência desta decisão, para que determine imediatamente aos setores administrativos a viabilização do acesso aos documentos públicos mencionados no ato a ser, de forma irrestrita, cumprido. Alfim, deve-se ter presente a democracia, o Estado Democrático de Direito.

4. Publiquem.Brasília ― residência ―, 31 de agosto de 2009, às 10h45.Atendendo à decisão, a Câmara dos Deputados noticia estar

adotando as medidas necessárias à triagem, cópia e autenticação dos documentos solicitados. Requer o exame do pedido de reconsideração formulado no agravo regimental, à folha 54.

O processo está no Gabinete, aguardando a publicação do despacho mediante o qual se oportunizou à agravada a manifestação no agravo regimental interposto.

2.Diga a impetrante sobre a observância da liminar. 3.Publiquem.Brasília - residência -, 13 de setembro de 2009, às 19h50.Atendendo ao despacho, a impetrante reitera o descumprimento da

medida acauteladora e requer seja fixada data a partir da qual, persistindo a omissão, determine-se a apuração da possível prática de crime de responsabilidade.

2.São passados mais de trinta dias da concessão da medida acauteladora. Mostra-se injustificável o descumprimento da ordem judicial. A quadra é realmente muito estranha, revelando, nos mais diversos setores da República, a perda de parâmetros, o abandono a princípios, a inversão de valores. Há de buscar-se, a todo custo, a correção de rumos, sob pena de vingar a Babel. Não bastasse a cientificação do teor da liminar ao presidente da Câmara dos Deputados, Deputado Michel Temer, em 20 de agosto de 2009, a resistência notada veio a ensejar a provocação da impetrante – folha 85 a 88 - e o pronunciamento judicial de folhas 91 e 92 no sentido de dar-se imediato cumprimento ao que decidido presentes as balizas próprias a um Estado que se diga de Direito. Mais uma vez, há notícia da inobservância do que assentado pelo Supremo. A pendência de agravo não conduz ao menosprezo da ordem judicial e, quando este ocorre, tem-se prática a margem, a mais não poder, da ordem jurídica, ensejando, até mesmo como ressaltado pela impetrante, providências de envergadura mais drástica. É hora de atentar-se para a segurança jurídica, princípio medular à democracia.

3.Oficiem ao presidente da Câmara dos Deputados, Deputado Federal Michel Temer, cujo domínio do Direito é proclamado aos quatro ventos, para que, de imediato, dê cumprimento à liminar deferida, disponibilizando à impetrante a documentação relativa às despesas decorrentes de verbas indenizatórias proporcionadas aos integrantes da Casa. Ressalto estar em jogo, na espécie, em primeiro lugar, a inafastabilidade da decisão proferida, a concretude do que nela se contém. Em segundo lugar, o princípio da publicidade, a desaguar na eficiência dos atos da administração pública e, em terceiro, a liberdade de expressão presente o necessário domínio da matéria que, sem dúvida alguma, é do interesse geral da sociedade.

4.Publiquem.Brasília – residência –, 27 de setembro de 2009, às 12h.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

MED. CAUT. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.287-8 (247)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAIMPTE.(S) : CARLOS ALBERTO DOS SANTOS GUIMARÃESADV.(A/S) : RODRIGO LOUREIRO MARTINS E OUTRO (A/S)IMPDO.(A/S) : CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (PCA Nº 642)

DESPACHO : Solicitem-se informações ao Conselho Nacional de Justiça.

Após, apreciarei o pedido de liminar. Publique-se. Brasília, 1º de outubro de 2009

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

PETIÇÃO 4.513-1 (248)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOREQTE.(S) : JOÃO BEZERRA NETOADV.(A/S) : LUIZ CARLOS DE MELO SANTIAGO E OUTRO (A/S)REQDO.(A/S) : PRESIDENTE DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO

BRASIL - SEÇÃO DE MINAS GERAIS

DECISÃO: 1. Trata-se de representação criminal, autuada aqui como

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 50

PETIÇÃO, oferecida por João Bezerra Neto em desfavor de RAIMUNDO CÂNDIDO JÚNIOR, pela suposta prática de crime de abuso de autoridade.

2.Determinei a remessa dos autos ao Ministério Público Federal, que manifestou-se às fls. 57-58, de cujo teor destaco:

“(...)3. Da leitura da inicial e dos documentos juntados, extrai-se que o

representante responde a processo disciplinar perante o Conselho de Ética e disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção de Minas Gerais (fls. 47-49).

4. Ocorre que RAIMUNDO CÂNDIDO JÚNIOR não goza de foro por prerrogativa de função perante o Supremo Tribunal Federal, pois ocupa o cargo de Procurador da República no Estado de Minas Gerais (documento anexo), o que afasta a atribuição dessa Suprema corte para processar e julgar o presente feito.

5. Diante disso, convém remeter os autos ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, por força do disposto no art. 108, I, a, da Constituição Federal.

6. Ante o exposto, requer o Ministério Público Federal a remessa dos autos ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, para adoção das providências que entender cabíveis.”

3.De acordo com o documento de fl. 59, extraído do sítio eletrônico da Procuradoria da República no Estado de Minas Gerais, RAIMUNDO CÂNDIDO JÚNIOR compõe o atual quadro de Procuradores lotados na Procuradoria da República em Minas Gerais.

Dispõe o art. 108, I, ‘a’, da Constituição Federal que compete aos Tribunais Regionais Federais processar e julgar, originariamente, os membros do Ministério público da União.

4.Ante o exposto, com apoio no parecer da PGR, determino a remessa destes autos ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, para o prosseguimento da causa no juízo competente.

Publique-se.Brasília, 01 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECLAMAÇÃO 7.692-0 (249)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECLTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 993.08.024976-8)INTDO.(A/S) : DAMIÃO JOSÉ DA SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO

PAULO

DECISÃO: Reclamação, com pedido de medida liminar, proposta pelo Ministério Público Federal contra ato da 7ª Câmara Ordinária do 4º Grupo da Seção Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo nos autos do Agravo em Execução Penal n. 993.08.024976-8.

2.O reclamante afirma que a autoridade reclamada afrontou o disposto na Súmula Vinculante n. 9.

3.Afirma que a 7ª Câmara Criminal do TJ/SP proveu o agravo para restabelecer todos os dias remidos de Damião José da Silva, com fundamento no disposto no artigo 127 da Lei n. 7.210/84, Lei de Execução Penal.

4.O Ministro MENEZES DIREITO, Relator originário, deferiu o pedido de medida liminar para suspender os efeitos da decisão impugnada nos autos do Agravo em Execução Penal n. 993.08.024976-8.

5.A autoridade reclamada diz que “[e]m sessão de julgamento realizada aos 31 de julho de 2008, a Sétima Câmara Criminal, por maioria de votos, deu provimento à insurgência a fim de restabelecer os dias remidos perdidos em razão da falta grave” [fl. 93].

6.O Ministério Público Federal opinou pela procedência do pedido [fls. 277/282]. Diz que “[d]e fato, a 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do estado de São Paulo violou frontalmente o teor da Súmula Vinculante nº 9 do Supremo Tribunal Federal, ao conceder a ordem ao Agravo em Execução nº 993.08.024976-8, apesar do cometimento de falta grave. Tal decisão fundamenta-se em uma premissa equivocada, qual seja, a de que a Súmula vinculante nº 9 não se aplica a faltas graves ou a decisões de 1º grau que sejam anteriores a sua publicação do Diário de Justiça”.

7.É o relatório. Decido.8.Não procede o quanto definido no acórdão reclamado, no sentido

da inaplicabilidade da Súmula Vinculante n. 9 a faltas graves cometidas anteriormente a sua publicação por ofensa a garantia constitucional da irretroatividade da lei penal mais rigorosa.

9.A Constituição do Brasil estabelece que a súmula aprovada nos termos do artigo 103-A, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública Direta e Indireta.

10.O acórdão reclamado foi proferido em 31.7.08, data posterior à publicação da referida súmula, sendo, portanto, cabível a reclamação.

11.Da análise do mérito vê-se a distinção entre a orientação da mencionada súmula e o acórdão proferido pelo órgão fracionário do TJ/SP, que deu provimento a agravo em execução para restabelecer os dias remidos

do interessado.12.A prática de falta grave durante o cumprimento de pena autoriza a

decretação da perda dos dias remidos, entendimento confirmado pela Súmula Vinculante n. 9:

“O disposto no artigo 127 da Lei nº 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) foi recebido pela ordem constitucional vigente, e não se lhe aplica o limite temporal previsto no caput do artigo 58”.

13.Nesse mesmo sentido as seguintes decisões proferidas monocraticamente: RCL n. 8.061, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 13.8.09; RCL n. 7.359, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 29.6.09; RCL n. 7.130, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 19.6.09; RCL n. 6.950, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 22.6.09, entre outras.

Julgo procedente a reclamação para cassar o acórdão proferido pela 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo nos autos do Agravo em Execução n. 993.08.038230-1 [artigo 161, parágrafo único, do RISTF].

Arquivem-se estes autos.Comunique-se.Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECLAMAÇÃO 7.965-1 (250)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECLTE.(S) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(AGRAVO EM EXECUÇÃO Nº 990.08.123248-0)INTDO.(A/S) : PAULO HENRIQUE GOULART

DECISÃO: Reclamação, com pedido de medida liminar, proposta pelo Ministério Público Federal contra acórdão da 12ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo nos autos do Agravo em Execução Penal n. 990.08.123248-0.

2.O reclamante afirma que a autoridade reclamada afrontou o disposto nas Súmulas Vinculantes ns. 9 e 10.

3.Sustenta que o Juízo da Vara das Execuções Criminais da Comarca de Tupã, em razão de falta disciplinar de natureza grave, determinou a regressão do sentenciado Paulo Henrique Goulart ao regime fechado e declarou a perda dos dias remidos anteriormente à falta disciplinar com fundamento no disposto no artigo 127 da Lei n. 7.210/84, Lei de Execução Penal.

4.Informa que interpôs agravo em execução penal contra esta decisão porquanto considera que deveriam ser abrangidos pela punição os dias trabalhados e ainda não declarados remidos até a data do cometimento da falta grave.

5.Alega que a 12ª Câmara de Direito Criminal do TJ/SP negou provimento ao recurso.

6.Requer a concessão de medida liminar.7.O Ministério Público Federal opinou pela procedência do pedido e

requereu a sua admissão como autor da demanda [fls. 182/188].8.À fl. 191 determinei a retificação da autuação para admitir o

Procurador Geral da República como autor.9.É o relatório. Decido.10.A 12ª Câmara de Direito Criminal do TJ/SP negou provimento ao

Agravo em Execução Penal n. 990.08.123248-0, mantendo a decisão do Juízo da Vara das Execuções que, em razão do cometimento de falta grave, decretou a perda parcial dos dias remidos do executado Paulo Henrique Goulart, sob o argumento de que “sem a necessária decisão judicial concessiva, não há que se falar em dias remidos de pena” [fl. 53].

11.A autoridade reclamada também proferiu entendimento no sentido de que “a decisão monocrática não poderá surtir efeitos sobre os dias remidos que já tenham sido assim declarados por decisão judicial definitiva anterior à falta grave”, violando, assim, o enunciado da Súmula Vinculante n. 9 desta Corte.

12.Não procede o quanto definido no acórdão reclamado, no sentido da inaplicabilidade da Súmula Vinculante n. 9 a faltas graves cometidas anteriormente a sua publicação por ofensa a garantia constitucional da irretroatividade da lei penal mais rigorosa.

13.A Constituição do Brasil estabelece que a súmula aprovada nos termos do artigo 103-A, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à Administração Pública Direta e Indireta.

14.O acórdão reclamado foi proferido em 7 de janeiro de 2009, data posterior à publicação da referida súmula, sendo, portanto, cabível a reclamação.

15.Da análise do mérito vê-se a distinção entre a orientação da mencionada súmula e o acórdão proferido pelo órgão fracionário do TJ/SP, que restabeleceu os dias remidos do interessado.

16.A prática de falta grave durante o cumprimento de pena autoriza a decretação da perda dos dias remidos, entendimento confirmado pela Súmula Vinculante n. 9:

“O disposto no artigo 127 da Lei nº 7.210/1984 (Lei de Execução

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 51

Penal) foi recebido pela ordem constitucional vigente, e não se lhe aplica o limite temporal previsto no caput do artigo 58”.

17.Nesse mesmo sentido as seguintes decisões proferidas monocraticamente: RCL n. 8.061, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 13.8.09; RCL n. 7.359, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 29.6.09; RCL n. 7.130, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 19.6.09; RCL n. 6.950, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 22.6.09, entre outras.

18.O acórdão reclamado afastou a incidência do disposto no artigo 127 da Lei nº 7.210/1984, contrariando o entendimento da Súmula Vinculante n. 10, que enuncia:

“Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte.”

Julgo procedente a reclamação para cassar o acórdão proferido pela 12ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo nos autos do Agravo em Execução n. 993.08.043227-9 [artigo 161, parágrafo único, do RISTF].

Arquivem-se estes autos.Comunique-se.Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator –

RECLAMAÇÃO 8.308-0 (251)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECLTE.(S) : VÁLTERSON PEREIRA NUNES JÚNIORADV.(A/S) : IGOR MARCELO DE LIMA BRITO E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE

ITUIUTABA (PROCESSO Nº 0342.09.120.301-4)RECLDO.(A/S) : DELEGADO DE POLÍCIA DA 20ª DELEGACIA

REGIONAL DE POLÍCIA CIVIL DE ITUIUTABA (INQUÉRITO POLICIAL Nº 298/2006)

DESPACHO: Reitere-se o Ofício nº 7223/R (fl. 26).Publique-se.Brasília, 01 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.893-6 (252)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECLTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULORECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(AGRAVO EM EXECUÇÃO Nº 990.09.037257-5)INTDO.(A/S) : JOSÉ SEVERINO DE MELOADV.(A/S) : FERNANDA CONSENZA BOTELHO NOGUEIRA

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação constitucional, com pedido liminar, ajuizada contra decisão da 12ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que teria contrariado o enunciado da Súmula Vinculante nº 9.

É que a autoridade ora apontada como coatora deu provimento ao Agravo em Execução nº 990.09.037257-5, “para restabelecer os dias remidos anteriormente à falta grave em questão” (fl. 30).

Segundo o reclamante, a decisão ora combatida afronta de maneira inequívoca o enunciado da Súmula Vinculante nº 9, a qual “apenas interpretou a lei (artigo 127 da Lei de Execuções Penais), não havendo falar-se em irretroatividade” (fl. 13).

Requer, liminarmente, que se determine a imediata suspensão dos efeitos do acórdão reclamado, até o julgamento definitivo desta Reclamação. No mérito, pleiteia seja cassado o acórdão ora impugnado (fls. 15-17).

2.É caso de liminar. Esta Corte, diante de velha e aturada jurisprudência no sentido de

que a perda dos dias remidos não afronta os princípios constitucionais da proporcionalidade, isonomia, individualização da pena e dignidade da pessoa humana, aprovou, nos termos do art. 103-A da Constituição Federal, o enunciado da Súmula Vinculante nº 9: “O disposto no artigo 127 da Lei nº 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) foi recebido pela ordem constitucional vigente, e não se lhe aplica o limite temporal previsto no caput do artigo 58”.

A cópia da decisão impugnada está às fls. 24-30, cujo conteúdo, a toda evidência, ofende o enunciado da Súmula, verbis: “Assim, se a garantia constitucional da irretroatividade tem o condão de impedir a aplicação da lei penal mais rigorosa a fato ocorrido anteriormente, da mesma forma, veda a incidência a fato pretérito da Súmula Vinculante nº 9, do Supremo Tribunal Federal” (fl. 29).

Posto o cometimento da falta grave pelo condenado tenha precedido à publicação da Súmula, tanto a decisão monocrática que lhe declarou perdidos os dias remidos quanto a decisão ora impugnada sobrevieram,

respectivamente, em 29.09.2008 e em 13.05.2009, já sob a autoridade daquela. É o que basta, ao menos neste juízo prévio e sumário, para a concessão da medida cautelar.

Relevo que, em casos idênticos, medida liminar tem sido concedida. Ao propósito, decidiu a Min. ELLEN GRACIE: “[A] tese de que o julgamento dos recursos interpostos contra decisões proferidas antes da edição e súmula vinculante, não deve obrigatoriamente observar o enunciado sumular (após sua publicação na imprensa oficial), data vênia, não se mostra em consonância com o disposto no art. 103-A, caput, da Constituição Federal” (RCL nº 6541, DJ de 16.09.2008. Confiram-se, ainda: RCL n° 6791, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJ de 20/10/2008; RCL n° 6739, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJ de 13.10.2008; RCL n° 6950, Rel. Min. CEZAR PELUSO, DJ de 12.11.2008; RCL n° 6947, Rel. Min. CEZAR PELUSO, DJ de 12.11.2008).

3. Ante o exposto, defiro medida liminar, para suspender os efeitos da decisão impugnada (Agravo em Execução nº 990.09.037257-5), até julgamento definitivo desta reclamação. Solicitem-se informações à autoridade ora apontada como coatora (arts. 14, inc. I, da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e 157 do RISTF). Dê-se ciência ao condenado e ao eventual defensor.

Após, dê-se vista à Procuradoria-Geral da República (arts. 16 da Lei nº 8.038, de 28.05.1990, e 160 do RISTF).

Publique-se.Brasília, 01 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.984-3 (253)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECLTE.(S) : DAVIDSON JOSÉ LIMA DA SILVARECLTE.(S) : EDER CORREA DE CARVALHORECLTE.(S) : ETUSA BRAGA DA SILVA GAIORECLTE.(S) : INÊS ROSEJANE CANAAN DE CARVALHORECLTE.(S) : JOÃO BATISTA CANAANRECLTE.(S) : LAMARTINE LARA DE CARVALHORECLTE.(S) : PAULO CÉSAR DE ABREUADV.(A/S) : ZANONE MANUEL DE OLIVEIRA JÚNIOR E OUTRO

(A/S)RECLDO.(A/S) : RELATORA DO HC Nº 1.0000.09.504966-4/000 DO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO: 1. Trata-se de Reclamação, com pedido de liminar, proposta por DAVIDSON JOSÉ LIMA DA SILVA e outros, contra decisão da Desembargadora Márcia Milanez, do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, nos autos do HC nº 1.0000.09.504966-4/000 (fls. 321-324, apenso 2).

Em sede de liminar, a autoridade reclamada indeferiu o pedido em que se alegara ilegalidade da decisão proferida pelo Delegado de Polícia Federal em Juiz de Fora/MG, o qual negou o pedido de vista e extração de cópias do Inquérito Policial nº 0625.05044965-5. Alegou-se, ademais, que a Juíza de Direito da 1ª Vara Criminal e da Infância e Juventude da Comarca de São João Del-Rei/MG não garantiu o direito de vista dos autos, embora lhe tenha sido feito pedido nesse sentido.

Foi ajuizada, então, a presente reclamação, na qual é sustentada afronta ao disposto na Súmula Vinculante nº 14 (fls. 02-21).

Requerem os reclamantes, liminarmente, seja garantido o direito de acesso aos autos do referido Inquérito Policial e, no mérito, a confirmação da liminar.

2. Não é caso de liminar.É que toda medida liminar, que ostente natureza cautelar, visa,

unicamente, a garantir o resultado final do procedimento em que é requerida, trate-se de causa ou recurso.

No caso dos autos, o deferimento do requerido, a título de liminar, implicaria tutela satisfativa, que de certo modo exauriria o objeto da causa e, por conseqüência, usurparia ao órgão competente a apreciação da Reclamação.

3.Ante o exposto, indefiro o pedido de medida liminar.Requisitem-se informações à autoridade reclamada, à Juíza de

Direito da 1ª Vara Criminal e da Infância e Juventude da Comarca de São João Del-Rei/MG e ao Delegado de Polícia Federal em Juiz de Fora/MG.

Após, à PGR.Publique-se. Int..Brasília, 02 de outubro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECLAMAÇÃO 8.998-3 (254)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIRECLTE.(S) : JAIRO APARECIDO BATISTAADV.(A/S) : PAULO SERGIO CURTI E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : JUÍZA DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA

COMARCA DE MONTE ALTO (PROCESSO Nº 368.01.2009.002937-7/000000-000 - CONTROLE Nº

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 52

167/2009)INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO E

OUTROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Trata-se de reclamação, com pedido de medida liminar, proposta por Jairo Aparecido Batista contra decisão da Juíza de Direito da 2ª Vara Criminal da Comarca de Monte Alto/SP.

O reclamante aduz que“Como demonstram os documentos anexos (cópia integral do

processo crime), houve, e ainda está havenso, flagrante desrespeito a Súmula nº 14, na medida em que a Autoridade Policial e M.M. Juíza da 2ª Vara Criminal de Monte Alto sonegaram à defesa vista dos autos principais, processo nº 167/09 e dos autos das escutas, processo nº 111/09, que contém as provas produzidas com as interceptações telefônicas, as quais geraram a prisão em flagrante e posterior prisão preventiva do Réu.

(...)Os Policiais, no Auto do Flagrante dizem que estavam na escuta do

grampo do celular do acusado, quando uma pessoa desconhecida ligou para comprar droga, momento em que saíram para abordá-lo. Contudo, esta gravação não se encontra nos autos, pelo menos nos autos principais e, certamente, não existiu. Tramita em separado (apenso) os autos das escutas de nº 111/09, mas, só agora a defesa teve acesso a estas provas, apesar de haver requerido vista desses autos em 09.06.2009 e, posteriormente em 05 e 06.07.2009, sem que vista fosse concedida e o que é pior, sem qualquer despacho judicial, em total menosprezo com os defensores do reclamante.

Esses autos, das escutas, embora não mais sigilosos desde a prisão do paciente, encontravam-se com o Delegado de Polícia desde 08.06.2009 até a data de 11.08.2009, onde consta haver sido apensado aos autos principais nº 167/2009 em 12.08.2009, mas estranhamente, esses autos principais foram encaminhados à Delegacia em 11.08.2009 e devolvido em 24.08.2009, portanto, não poderia ter sido apensado se os autos principais não se encontravam em cartório. A Denúncia foi oferecida em 16.07.2009. A defesa foi intimada para apresentar a Defesa Preliminar em 24.07.2009, numa sexta-feira, iniciando-se o prazo de dez dias em 27.07.2009, conforme publicação anexa, e, teve que fazê-la sem vista dos processos (sic), ou seja, sem acesso as provas, embora na intimação constasse que: ‘atualmente os autos encontram-se com vista para o defensor do réu’, mas na realidade encontravam-se na Delegacia. Embora a defesa tivesse conhecimento dos autos principais por extração de algumas cópias reprográficas que instruiu o habeas corpus, esse conhecimento não era total, mas as provas contidas no Processo nº 111/09, das escutas, foram totalmente sonegadas à defesa, prejudicando-a na Defesa Prévia, a qual foi apresentada, sem conhecer o teor das interceptações telefônicas feitas pela Autoridade Policial” (fls. 16-17).

Por fim, postula“a concessão de medida liberatória, em caráter liminar, como medida

cabível para cessar o constrangimento ilegal que sofre o reclamante, revogando o Decreto da sua Prisão Preventiva, pois, o mesmo é primário, possui ocupação lícita, residência fixa e não possui antecedentes criminais, não têm indícios de tráfico e com a suposta apreensão de quantidade ínfima de droga, reconhecendo, assim, a ilegalidade da restrição cautelar da liberdade, que não foi fundamentada pelo Exmo. Sr. Desembargador Relator Salles de Abreu, writ impetrado, e muito menos pela MM. Juíza de Primeira Instância, inclusive, usando de provas ilicitamente obtidas e violando a Súmula Vinculante nº 14 do STF, determinado as providências destinadas à sua liberdade e a expedição do Alvará de soltura, requer, ainda, a devolução do prazo para a sua Defesa Preliminar, com acesso às provas que lhe foram sonegadas e vista dos autos, declarando nulos os atos processuais praticados a partir desta fase de Defesa Prévia, para dar provimento a presente reclamação constitucional” (fls. 31-32).

Sustenta, em suma, que tais atos violaram o disposto na Súmula Vinculante 14.

É o relatório.Passo a decidir.O paradigma tido por afrontado é o verbete da Súmula Vinculante 14

do Supremo Tribunal Federal, que possui o seguinte conteúdo:“É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso

amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”.

Não vislumbro, entretanto, no exame perfunctório que se faz possível nessa fase processual, o fumus boni iuris necessário para a concessão da medida liminar requerida.

Isso porque, conforme declarado na própria inicial (“Tramita em separado (apenso) os autos das escutas de nº 111/09, mas só agora a defesa teve acesso a estas provas” – fl. 16) o direito de acesso já foi deferido, razão pela qual não houve ofensa ao preceito sumulado por esta Corte.

Isso posto, indefiro a liminar.Solicitem-se informações ao Juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca

de Monte Alto/SP.Publique-se.Brasília, 1º de outubro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

- Relator -

RECLAMAÇÃO 9.076-1 (255)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECLTE.(S) : PEDRO JANUÁRIO DE LIMAADV.(A/S) : ALEXANDRE VITORINO SILVARECLDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO

DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS (PROCESSO Nº 2008.00.7.009250-1)

RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DO JÚRI DA CIRCUNSCRIÇÃO ESPECIAL JUDICIÁRIA DE BRASÍLIA (PROCESSO Nº 2004.01.1.116145-5)

INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

DECISÃO: 1. Trata-se de reclamação, ajuizada por ELIOR PEDRO JANUÁRIO DE LIMA, contra o Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, e o Tribunal do Júri da Circunscrição Especial Judiciária de Brasília

O reclamante foi denunciado pela prática do delito previsto no art. 121, caput c.c. art. 14, inc. II, na forma do art. 71, por duas vezes, e pelo delito previsto no art. 147, por duas vezes, na forma do art. 69, todos do Código Penal.

O magistrado singular desclassificou as imputações e declarou extinta a punibilidade pelo crime de ameaça. Contra essa decisão, interpôs o Ministério Público recurso em sentido estrito.

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios deu provimento ao recurso para pronunciar o reclamante. Contra essa decisão, a defesa interpôs recursos especial e extraordinário. Inadmitidos ambos, os respectivos agravos de instrumento foram interpostos.

Em razão da ausência de efeito suspensivo dos recursos de natureza extraordinária, embora não tenha transitado em julgado a pronúncia do reclamante, o Juiz-Presidente do Tribunal do Júri determinou a realização do julgamento para o próximo dia 13 de outubro.

Alega o reclamante que há usurpação de competência desta Corte e afronta à súmula 727, consistente na demora da remessa do agravo de instrumento interposto contra essa decisão que não admitiu o recurso extraordinário por parte do TJDFT.

Requer, liminarmente, a suspensão do andamento do Processo nº 2004.01.1.116.145-5, em curso perante o Tribunal do Júri de Brasília, até o julgamento do agravo de instrumento por este Supremo Tribunal Federal ou, alternativamente, até o julgamento do mérito da presente reclamação. No mérito, requer a procedência da reclamação para que se determine a remessa do agravo de instrumento sobrestado no TJDFT.

2.Inadmissível a reclamação.Conforme previsto no art. 102, inciso I, alínea “i”, da Constituição

Federal, bem como nos arts. 156 do Regimento Interno deste Tribunal e 13, caput, da Lei nº 8.038, de 28.05.90, a reclamação só é admissível em duas hipóteses: para a preservação da esfera de competência da Corte e para garantir-lhe a autoridade das decisões.

Ora, a toda evidência, os fundamentos invocados pela reclamante não se relacionam com afronta a decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal nem com usurpação de sua competência. Representam, antes e com exclusividade, razões de mera insurgência contra o ato do juízo reclamado.

Desse modo, o reclamante carece de interesse processual, na modalidade “adequação”, para o uso da ação escolhida (CPC, art. 267, inc. VI), e deve valer-se dos meios e recursos próprios, se lhe quadrem à situação e não tenham ainda sido usados. Nesse sentido é a aturada jurisprudência desta Corte (Rcl nº 654, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 17.08.2001; Rcl nº 2.458, Rel. Min. NELSON JOBIM, DJ de 04.03.2004).

É que o agravo de instrumento que se encontra sobrestado junto ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios aguarda o trânsito em julgado das decisões proferidas no agravo de instrumento e, eventualmente, do recurso especial interpostos junto ao Superior Tribunal de Justiça, conforme a certidão de fl. 17.

Analogicamente, aplica-se aqui o disposto no art. 543, § 1º, do Código de Processo Civil. Sendo assim, considerando-se que não houve sequer decisão acerca da admissibilidade do recurso especial, consoante se verifica do andamento do AG nº 1.084.015, não há usurpação da competência desta Corte, porquanto o procedimento observado está devidamente previsto na lei processual.

3.Diante do exposto, com fundamento no art. 21, § 1º, do RISTF, nego seguimento ao pedido. Oportunamente, arquivem-se.

Publique-se. Int..Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECLAMAÇÃO 9.087-6 (256)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 53

RECLTE.(S) : JOSÉ FRANCISCO MARTINEZADV.(A/S) : ELAINE CRISTINA ACQUATI E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : JUIZ DE DIREITO DA 5ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE

SOROCABA (AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº 1084/1999)INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOINTDO.(A/S) : JOÃO DONIZETI SILVESTREINTDO.(A/S) : OSWALDO DUARTE FILHOINTDO.(A/S) : VALTER JOSÉ NUNES DE CAMPOSINTDO.(A/S) : ANDRÉ JOSÉ VALARELLIINTDO.(A/S) : ANTONIO CARLOS SILVANOINTDO.(A/S) : GABRIEL CÉSAR BITTENCOURTINTDO.(A/S) : JÚLIO CÉSAR FURINIINTDO.(A/S) : JOÃO FRANCISCO DE ANDRADEINTDO.(A/S) : JOÃO BATISTA NUNES VAZINTDO.(A/S) : DURVAL BERNARDO MENDESINTDO.(A/S) : JORGE AUGUSTO VAISINTDO.(A/S) : AUGUSTO CÉSAR DE OLIVEIRAINTDO.(A/S) : EMERSON CANÃSINTDO.(A/S) : LÁZARA MARIA DE ARRUDAINTDO.(A/S) : LUCILA APARECIDA BLAZECKINTDO.(A/S) : ANTONIO CARLOS TREVISANINTDO.(A/S) : LAÉRCIO VALONE NETO PIANTONEINTDO.(A/S) : MARIA APARECIDA DE QUEIRÓZ ALMEIDA

DESPACHORECLAMAÇÃO – DESRESPEITO A ACÓRDÃOS DO SUPREMO –

AUSÊNCIA DE JUNTADA DAS PEÇAS.RECLAMAÇÃO – CONTRADITÓRIO – INFORMAÇÕES - MEDIDA

LIMINAR - EXAME POSTERGADO.1.Noto a ausência de juntada à inicial dos acórdãos desta Corte que

se dizem inobservados. Providencie o reclamante as citadas peças, sob pena de indeferimento da inicial.

2.Uma vez sanado o defeito, deem ciência, via postal, desta reclamação, aos interessados e solicitem informações. Com o recebimento, apreciarei o pedido de concessão de medida acauteladora formulado na inicial.

3.Publiquem.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECLAMAÇÃO 9.098-1 (257)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECLTE.(S) : WELSON GASPARINI JÚNORRECLTE.(S) : LUCIANA MENNA BARRETO GASPARINIADV.(A/S) : ALEXANDRE PASQUALI PARISE E OUTRO (A/S)RECLDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(PROCESSOS Nº 765.920-5/6-00; 765.920-5/8-01)

DESPACHO : Aguardem os autos em secretaria até o recebimento dos originais (art. 3º, parágrafo único, da Resolução STF 197/1999).

Após, voltem-me conclusos.Publique-se. Brasília, 1º de outubro de 2009

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSOS

AG.REG.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 643.543-9 (258)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : MAGDA MONTENEGRO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : JOSÉ GOMES E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : CARLA SOARES VICENTE

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que, em 27/6/2008, deu provimento ao agravo de instrumento (art. 544, §§ 3º e 4º, do CPC) para conhecer e dar provimento ao recurso extraordinário, e determinar a remessa dos autos à Justiça Comum (fls. 98-99).

Verifica-se que a matéria em debate – competência para julgar causas envolvendo complementação de aposentadoria por entidade de previdência privada ¾ teve repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 586.453-RG/SE, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, em juízo de reconsideração, anulo a decisão de fls. 98-99 e uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art.

543-B do CPC, visto que no extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 586.453-RG/SE.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 590.156-7 (259)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 1ª REGIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : ZENITH CABRAL DA SILVAADV.(A/S) : CARLA GOMES PRATA E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que, em 31/5/2006, negou seguimento ao agravo de instrumento (fls. 312-313).

Verifica-se que a matéria em debate – constitucionalidade do recolhimento do FGTS previsto no art. 19-A da Lei 8.036/90, incluído pela MP 2.164-41/2001, no caso de servidor contratado sem concurso público após a Constituição de 1988 - teve repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 596.478-RG/RR, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, em juízo de reconsideração, anulo a decisão de fls. 312-313 e uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 596.478-RG/RR.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 654.006-6 (260)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : NILO RIBEIRO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : PEDRO LOPES RAMOS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRÁSADV.(A/S) : CANDIDO FERREIRA DA CUNHA LOBO E OUTRO

(A/S)INTDO.(A/S) : FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL -

PETROSADV.(A/S) : RENATO LÔBO GUIMARÃES E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que, em 27/6/2008, deu provimento ao agravo de instrumento (art. 544, §§ 3º e 4º, do CPC) para conhecer e dar provimento ao recurso extraordinário, e determinar a remessa dos autos à Justiça Comum (fls. 317-318).

Verifica-se que a matéria em debate – competência para julgar causas envolvendo complementação de aposentadoria por entidade de previdência privada ¾ teve repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 586.453-RG/SE, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, em juízo de reconsideração, anulo a decisão de fls. 317-318 e uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 586.453-RG/SE.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 670.213-1 (261)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DO AMAZONAS - SECRETARIA DE ESTADO

DA EDUCAÇÃO E QUALIDADE DE ENSINO - SEDUCPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASAGDO.(A/S) : JACIREMA DOS SANTOS GOMESADV.(A/S) : JANDER CARDOSO DOS SANTOSAGDO.(A/S) : COOTRASG - COOPERATIVA DE TRABALHO E

SERVIÇOS EM GERAL LTDAADV.(A/S) : ILNAH MONTEIRO DE CASTRO

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que, em 7/8/2007, negou seguimento ao agravo de instrumento (fls. 124-125).

Verifica-se que a matéria em debate – constitucionalidade do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 54

recolhimento do FGTS previsto no art. 19-A da Lei 8.036/90, incluído pela MP 2.164-41/2001, no caso de servidor contratado sem concurso público após a Constituição de 1988 - teve repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 596.478-RG/RR, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, em juízo de reconsideração, anulo a decisão de fls. 124-125 e uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 596.478-RG/RR.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 680.179-1 (262)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASAGDO.(A/S) : MIGUEL DE SOUZA MONTEIROADV.(A/S) : JOSÉ RODRIGUES DE ARAÚJO

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que, em 26/9/2007, negou seguimento ao agravo de instrumento (fl. 126).

Verifica-se que a matéria em debate – constitucionalidade do recolhimento do FGTS previsto no art. 19-A da Lei 8.036/90, incluído pela MP 2.164-41/2001, no caso de servidor contratado sem concurso público após a Constituição de 1988 - teve repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 596.478-RG/RR, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, em juízo de reconsideração, anulo a decisão de fl. 126 e uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 596.478-RG/RR.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 680.863-9 (263)PROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOASAGDO.(A/S) : PAULICÉIA ALMEIDA BÓSON MOTAADV.(A/S) : ELIANE REIS DE MELO E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que, em 13/9/2007, negou seguimento ao agravo de instrumento (fl. 76).

Verifica-se que a matéria em debate – constitucionalidade do recolhimento do FGTS previsto no art. 19-A da Lei 8.036/90, incluído pela MP 2.164-41/2001, no caso de servidor contratado sem concurso público após a Constituição de 1988 - teve repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 596.478-RG/RR, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, em juízo de reconsideração, anulo a decisão de fl. 76 e uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 596.478-RG/RR.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 681.310-2 (264)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASAGDO.(A/S) : NELSON GONÇALVES DE AZEVEDOADV.(A/S) : MÁRIO LÚCIO MACHADO PROFETAAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE HUMAITÁADV.(A/S) : LUCIANA GRANJA TRUNKL

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que, em 17/9/2007, negou seguimento ao agravo de instrumento (fls. 189-190).

Verifica-se que a matéria em debate – constitucionalidade do recolhimento do FGTS previsto no art. 19-A da Lei 8.036/90, incluído pela MP

2.164-41/2001, no caso de servidor contratado sem concurso público após a Constituição de 1988 - teve repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 596.478-RG/RR, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, em juízo de reconsideração, anulo a decisão de fls. 189-190 e uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 596.478-RG/RR.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 681.479-1 (265)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : BURMEISTER WERLANG S/A COMÉRCIO E

IMPORTAÇÃOADV.(A/S) : RAFAEL PANDOLFO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Agravo regimental contra decisão por mim proferida ao examinar

agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra julgado no qual se discute o direito ao creditamento da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS pago antecipadamente em razão da substituição tributária, na hipótese de o fator gerador se realizar com valor inferior ao presumido.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 593.489,

Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário que, ademais, é objeto de julgamento nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade ns. 2.675/PE e 2.777/SP.

3. O reconhecimento da repercussão geral do tema constitucional torna dispensável a determinação de subida do recurso extraordinário ou de conversão deste agravo de instrumento naquele recurso, pois os autos principais deverão aguardar na origem o julgamento de mérito do Recurso Extraordinário n. 593.489, a teor do que dispõe o art. 543-B do Código de Processo Civil.

4. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

5. Pelo exposto, em juízo de reconsideração, anulo a decisão agravada e dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, devendo ser observado quanto a este o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Retornem os autos deste agravo de instrumento à origem para que sejam apensados aos autos principais.

Publique-se.Brasília, 25 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 690.281-8 (266)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIROADV.(A/S) : NIDIA CALDAS FARIASAGDO.(A/S) : SEVERINO MIGUEL BARBOSAADV.(A/S) : EDMILSON DA SILVA NOVAES

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que, em 14/11/2007, negou seguimento ao agravo de instrumento (fls. 380-381).

Verifica-se que a matéria em debate – constitucionalidade do recolhimento do FGTS previsto no art. 19-A da Lei 8.036/90, incluído pela MP 2.164-41/2001, no caso de servidor contratado sem concurso público após a Constituição de 1988 - teve repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 596.478-RG/RR, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, em juízo de reconsideração, anulo a decisão de fls. 380-381 e uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade,

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 55

dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 596.478-RG/RR.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 692.687-2 (267)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DO AMAZONASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONASAGDO.(A/S) : MARIA DE LOURDES MONTENEGRO SILVAADV.(A/S) : ANTÔNIO POLICARPO RIOS ROBERTOAGDO.(A/S) : COOTRASG - COOPERATIVA DE TRABALHO E

SERVIÇOS EM GERAL LTDAADV.(A/S) : ILNAH MONTEIRO DE CASTRO

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que, em 28/11/2007, negou seguimento ao agravo de instrumento (fl. 162).

Verifica-se que a matéria em debate – constitucionalidade do recolhimento do FGTS previsto no art. 19-A da Lei 8.036/90, incluído pela MP 2.164-41/2001, no caso de servidor contratado sem concurso público após a Constituição de 1988 - teve repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 596.478-RG/RR, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, em juízo de reconsideração, anulo a decisão de fl. 162 e uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 596.478-RG/RR.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 702.816-1 (268)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : SINDEPRESTEM - SINDICATO DAS EMPRESAS DE

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A TERCEIROS, COLOCAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA E DE TRABALHO TEMPORÁRIO NO ESTADO DE SÃO PAULO

ADV.(A/S) : RICARDO OLIVEIRA GODOI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO - SESCADV.(A/S) : ROBERTO ROSAS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM

COMERCIAL - SENACADV.(A/S) : ROBERTO MOREIRA DA SILVA LIMA E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Petição 107.644/2009-STF.Sindeprestem – Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços a

terceiros, colocação e administração de mão-de-obra e de trabalho temporário no Estado de São Paulo, por meio de advogado devidamente constituído, requer a desistência do agravo regimental interposto contra a decisão proferida em 20/11/2008.

Isso posto, homologo a desistência requerida.Baixem os autos.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.982-6 (269)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : JORGE ELIAS NEHME E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ADEMAR VIANA COSTA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : CARLA SOARES VICENTE E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que, em 25/6/2008, deu provimento ao agravo de instrumento (art. 544, §§ 3º e 4º, do CPC) para conhecer e dar provimento ao recurso extraordinário, e determinar a remessa dos autos à Justiça Comum do Distrito Federal (fls. 72-73).

Verifica-se que a matéria em debate – competência para julgar causas envolvendo complementação de aposentadoria por entidade de previdência privada ¾ teve repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 586.453-RG/SE, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, em juízo de reconsideração, anulo a decisão de fls. 72-73 e uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 586.453-RG/SE.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 717.743-0 (270)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRÁSADV.(A/S) : FREDERICO LOPES AZEVEDO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : FRANCISCO DEUSDEDIT CONCEIÇÃOADV.(A/S) : ROBERTO MOHAMED AMIN JUNIOR E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que, em 17/12/2008, deu provimento ao agravo de instrumento (art. 544, §§ 3º e 4º, do CPC) para conhecer e dar provimento ao recurso extraordinário (fls. 155-156).

Verifica-se que a matéria em debate – competência para julgar causas envolvendo complementação de aposentadoria por entidade de previdência privada ¾ teve repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 586.453-RG/SE, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, em juízo de reconsideração, anulo a decisão de fls. 155-156 e uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 586.453-RG/SE.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.052-9 (271)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : EUSÉBIO MESQUITA DE SANTANA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ROBERTO MOHAMED AMIN JUNIOR E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : ANA GARCIA FILHA E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que, em 26/3/2009, negou seguimento ao agravo de instrumento (fl. 103).

Verifica-se que a matéria em debate – competência para julgar causas envolvendo complementação de aposentadoria por entidade de previdência privada ¾ teve repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 586.453-RG/SE, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, em juízo de reconsideração, anulo a decisão de fl. 103 e uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 586.453-RG/SE.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.957-1 (272)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : VOTORANTIM CELULOSE E PAPEL S AADV.(A/S) : RODRIGO LEPORACE FARRET E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão de fls. 377-378, em que reconsiderei o agravo de instrumento para dar provimento ao recurso determinando a subida dos autos principais.

A agravante sustenta, em suma, que a decisão agravada merece ser reformada, pois o agravo de instrumento não atendeu os requisitos de admissibilidade.

Passo a decidir.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 56

Nos termos do art. 305 do RISTF, “não caberá recurso da deliberação da Turma ou do Relator que (...) determinar, em agravo de instrumento, o processamento de recurso denegado ou procastinado”.

Nesse sentido é a jurisprudência do Tribunal, transcrevo:“Não cabe qualquer recurso da decisão do Ministro Relator, que, ao

prover agravo de instrumento, determina o processamento do recurso extraordinário denegado na origem pela Presidência do Tribunal a quo” (RTJ 154/194, Rel. Min. Celso de Mello).

Isso posto, não conheço do agravo regimental.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 288.202-0 (273)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : DISTRIBUIDORA SANTA CLARA DE VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : MARCIO ANTONIO DA SILVA NOBREAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Vistos, etc. Trata-se de processo em que se discute a possibilidade de restituição

do ICMS pago antecipadamente no regime de substituição tributária, quando for apurada diferença entre a base de cálculo presumida e a base de cálculo real.

2. Pois bem, o Supremo Tribunal Federal concluiu pela presença de repercussão geral na matéria em exame (RE 593.849, sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski).

3. Por outra volta, esta colenda Corte assentou que, em casos como o presente, o regime de que trata o artigo 543-B do Código de Processo Civil é aplicável inclusive aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos cuja intimação houver ocorrido antes de 03.05.2007 (Questão de Ordem no RE 540.410, sob a relatoria do ministro Cezar Peluso).

4. Isso posto, reconsidero a decisão agravada e, frente ao parágrafo único do art. 328 do RI/STF, determino o retorno dos autos à origem, a fim de que sejam observadas as disposições do art. 543-B do Código de Processo Civil. Prejudicada, portanto, a análise do agravo regimental.

Publique-se.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491.008-0 (274)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : PAINCO INDÚSTRIA E COMÉRCIO S/AADV.(A/S) : JOÃO CARLOS DE LIMA JUNIOR E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: Discute-se nos autos a constitucionalidade do disposto nos artigos 8º e 3º, § 1º, da Lei n. 9.718/98.

2.O Supremo Tribunal Federal, ao julgar os Recursos Extraordinários ns. 346.084, 358.273, 357.950 e 390.840, declarou a inconstitucionalidade do § 1º do artigo 3º da Lei n. 9.718/98 na parte em que acrescentou receitas diversas daquelas do produto da venda de mercadoria, de mercadoria e serviços e de serviço de qualquer natureza ao conceito de receita bruta ao contribuinte. Eis o teor da ementa:

“CONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE – ARTIGO 3º, § 1º, DA LEI Nº 9.718, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1998 – EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1998. O sistema jurídico brasileiro não contempla a figura da constitucionalidade superveniente.

TRIBUTÁRIO – INSTITUTOS – EXPRESSÕES E VOCÁBULOS – SENTIDO. A norma pedagógica do artigo 110 do Código Tributário Nacional ressalta a impossibilidade de a lei tributária alterar a definição, o conteúdo e o alcance de consagrados institutos, conceitos e formas de direito privado utilizados expressa ou implicitamente. Sobrepões-se ao aspecto formal o princípio da realidade, considerados os elementos tributários.

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL – PIS – RECEITA BRUTA – NOÇÃO – INCONSTITUCIONALIDADE DO § 1º DO ARTIGO 3º DA LEI Nº 9.718/98. A jurisprudência do Supremo, ante a redação do artigo 195 da Carta Federal anterior à Emenda Constitucional nº 20/98, consolidou-se no sentido de tomar as expressões receita bruta e faturamento como sinônimas, jungindo-as à venda de mercadorias, de serviços ou de mercadorias e serviços. É inconstitucional o § 1º do artigo 3º da Lei n º 9.718/98, no que ampliou o conceito de receita bruta para envolver a totalidade das receitas auferidas por pessoas jurídicas, independentemente da atividade por elas desenvolvida e da classificação contábil adotada.”

3.Esse entendimento foi confirmado pelo Pleno desta Corte, na Sessão do dia 10 de setembro de 2008, ao apreciar questão de ordem no RE n. 585.235, Relator o Ministro Cezar Peluso.

4.No que respeita ao artigo 8º da Lei n. 9.718/98 --- majoração da alíquota de 2% para 3% ---, o Supremo Tribunal Federal, em recente pronunciamento, ao apreciar o RE n. 527.602, de que fui Relator, com ressalva de meu entendimento, fixou entendimento no sentido da validade jurídico-constitucional do referido dispositivo.

Assim, afasto o sobrestamento e dou parcial provimento ao recurso extraordinário, com esteio no artigo 557, § 1º-A, do CPC, para determinar a exclusão do alargamento da base de cálculo prevista no § 1º do artigo 3º da Lei n. 9.718/98, pois declarada a inconstitucionalidade desse texto normativo por este Tribunal. Julgo prejudicado o agravo regimental.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 504.857-8 (275)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CEZAR PELUSOAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : MARIA DA GRAÇA MACHADOADV.(A/S) : DENISE DA COSTA DE MEDEIROS E OUTRO (A/S)

DECISÃO: 1. Trata-se de agravo regimental contra decisão do teor seguinte:

“DECISÃO: 1. Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, que, em execução de sentença, reconheceu aos credores, litisconsortes ativos facultativos, o direito de ver satisfeito, individualmente e assim como de pequeno valor, o crédito de cada qual.

Sustenta o recorrente, com base no art. 102, II, a, ter havido violação ao art. 100, § 4º, da Constituição da República e art. 87 do ADCT.

2.Inviável o recurso.Como é fato incontroverso e se vê claro aos próprios documentos

apresentados da ora agravante, cada um dos créditos reconhecidos por sentença transitada em julgado pertence apenas ao respectivo pensionista identificado nos autos, a título de revisão de pensão previdenciária. Não se trata, portanto, de hipótese de algum crédito correspondente a obrigação divisível (que se presume dividida em tantas quantos sejam os credores), nem de que sejam titulares credores solidários (quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, cada um com direito à dívida toda), senão de créditos pessoais singulares, individualizados e indivisíveis, pertencentes a um conjunto de servidores públicos que, como lhes permitia a lei processual, se associaram em litisconsórcio ativo facultativo, quando, sem prejuízo, poderia, cada um, ter proposto a mesma ação de forma individual. Observe-se que o caso foi de litisconsórcio ativo, não de ação coletiva, intentada por legitimado extraordinário, ou substituto processual.

O Código de Processo Civil não deixa dúvida, “et pour cause”, de que, em se não cuidando de litisconsórcio necessário e unitário, cada litisconsorte é reputado, nas relações com a parte adversa, como litigante distinto (art. 31). Cada pensionista integrava e integra, na espécie, com a Fazenda no pólo passivo, relação jurídica de crédito independente e autônoma, tão autônoma e independente quanto a relação jurídico-estatutária da qual aquela se irradia.

Daí se vê, logo, que a hipótese de modo algum cabe no âmbito do art. 100, § 4º, da Constituição da República, cujo preceito veda o fracionamento de precatório, enquanto instrumento de requisição judicial correspondente a cada crédito subjetivado, objeto de execução contra a Fazenda Pública, por evitar seja dividido em parcelas cujo valor possa reputar-se pequeno para os fins do § 3º do art. 100. Isso nada tem a ver com somatória de créditos individuais pertencentes a credores distintos, e cada um dos quais pode, ou não, dar origem a precatório, segundo o valor correlato. Soma de créditos, para mero efeito de cálculo ou de especulação, não os transforma todos em crédito único, capaz, como tal, de provocar expedição de um só precatório, insuscetível de fracionamento. Escusaria dizer que só se fraciona o que seja uno. O que proíbe a norma constitucional é apenas que seja fracionado o precatório de cada crédito, considerado na sua identidade e unidade jurídica e aritmética.

Não houve fracionamento de crédito, mas particularização de múltiplos créditos distintos!

Por chegar-se a coisa tão nítida, bastaria, não fora excesso, imaginar que cada pensionista tivesse ajuizado e vencido ação individual contra a mesma ora devedora, ou – o que daria no mesmo – tivesse assentado de lhe promover execução individual, casos em que, em cada processo, seria expedido um único precatório ou, sendo de pequeno valor, uma única requisição, sem que tivera cabida excogitar fracionamento de um só crédito de todos os servidores, como, no fundo, está a pretender a ora agravante.

Não se vislumbra, pois, ofensa sequer remotíssima à norma invocada, no só fato de o juízo, com a confirmação do acórdão recorrido, haver determinado, em relação a cada credor exeqüente, expedição de requisição de crédito de pequeno valor, assim apurado nos termos do art. 1º, §2 do Ato nº 03/2003, da Presidência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, cc. art. 100, § 3º, da Constituição da República.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 57

O recurso é de manifesta improcedência.3.Do exposto, nego seguimento ao recurso, com base no art. 557,

caput, do Código de Processo Civil, e art. 21, § único, do Regimento Interno.” (fls. 119/120).

A parte agravante pede a reconsideração da decisão agravada pelas razões de fls. 123-159, que, em síntese, se contrapõem ao argumento da decisão impugnada.

2. Esta Corte, no julgamento do RE nº 483.994-AgR-QO (Rel. Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, DJE de 20.11.2008), decidiu estender a todos os agravos regimentais e embargos de declaração anteriores a 20.8.2008, interpostos de decisões monocráticas proferidas em processos cujo tema foi reconhecido como de repercussão geral, a seguinte solução: reconsiderar a decisão agravada e determinar a devolução dos autos ao Tribunal de origem, ficando prejudicado o agravo regimental ou os embargos de declaração.

No caso, já houve reconhecimento da existência de repercussão geral quanto à mesma matéria, o que implicará pronunciamento definitivo desta Corte sobre o mérito da causa. Desse modo, torna-se necessário sobrestar o feito, até que seja concluído o julgamento do RE nº 568.645 (Rel. Min. MENEZES DIREITO.

3.Ante o exposto, reconsidero a decisão agravada e, com fundamento no art. 328, parágrafo único, do RISTF, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC, ficando prejudicado o agravo regimental.

Publique-se. Int..Brasília, 11 de setembro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 572.916-8 (276)PROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ELLEN GRACIEAGTE.(S) : BRASTRADE COMÉRCIO EXTERIOR S/A E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : WALDIR LUIZ BRAGA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

1.Os advogados que subscreveram o presente agravo regimental (fls. 628-638) não têm procuração nos autos. E a regra geral que decorre do art. 37, caput, do CPC, expressa ser indispensável a presença, em autos de processo judicial, do instrumento de mandato outorgado pela parte ao advogado, sob pena de não serem considerados os atos por ele praticados.

Nesse sentido: RE 375.787-AgR/BA, rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, unânime, DJ 27.10.2006; RE 394.820-ED-AgR/SP, rel. Min. Carlos Velloso, 2ª Turma, unânime, DJ 23.9.2005; e o AI 664.416-AgR/MG, Plenário, unânime, DJ 14.12.2007, de minha relatoria.

2.Ante o exposto, não conheço do presente agravo regimental (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 593.582-5 (277)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : IRMÃOS MUFFATO & CIA LTDA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : FÁBIO ROGÉRIO HARDT E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de agravo regimental interposto por IRMÃOS MUFFATO & CIA LTDA contra despacho que, em 14/8/2009, determinou a devolução destes autos ao Tribunal de origem, observado o disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil, ante a repercussão geral reconhecida no RE 593.068-RG/SC, Rel. Min. Joaquim Barbosa, e RE 565.160-RG/SC, Rel. Min. Marco Aurélio (fl. 269).

O agravante sustenta, em suma, que o despacho agravado deve ser reformado, insistindo, dessa forma, no provimento do recurso extraordinário.

Não assiste razão ao agravante. É que o entendimento desta Corte é firme no sentido de que é incabível recurso contra decisão que determina a devolução dos autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC. Isso por tratar-se de mero despacho, cujo conteúdo não é impugnável por recurso (art. 504, CPC).

Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, dentre outras: RE 593.078-AgR/PR, Rel. Min. Eros Grau; AI 705.038-AgR/MS, Rel. Min Ellen Gracie; AI 696.454-AgR/MS, Rel. Min. Celso de Mello; AI 630.083-AgR-AgR/PR, de minha relatoria.

Ademais, a admissão do recurso e a devolução dos autos à origem não causam qualquer prejuízo às partes, visto que tão logo julgado o mérito do extraordinário submetido à apreciação do Plenário do STF os Tribunais, Turmas de Uniformização ou Turmas Recursais poderão declarar prejudicados os demais recursos atinentes à mesma questão ou retratar-se.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.143-1 (278)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : WHATMANN BARBOSA IGLESIASADV.(A/S) : ADILSON BASSALHO PEREIRA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: A matéria debatida nestes autos --- existência ou não de direito adquirido de Magistrado à percepção de quintos incorporados em período anterior ao ingresso na magistratura --- depende da conclusão do Plenário deste Tribunal no julgamento do AI n. 410.946-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello.

Determino o sobrestamento deste feito até o julgamento definitivo do aludido recurso.

Publique-se.Brasília, 18 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 481.417-3 (279)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

BERNARDO DO CAMPOAGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO CULTURAL DE MIZUHOADV.(A/S) : JORGE FERREIRA E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que entendeu ser devida no pagamento das parcelas de precatórios judiciais a inclusão dos juros compensatórios e moratórios.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 5º, XXIV, da mesma Carta, bem como ao art. 78 do ADCT.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ possibilidade de cobrança de juros moratórios e compensatórios sobre o parcelamento previsto no art. 78 do ADCT ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 590.751-RG/SP, de minha relatoria).

Isso posto, uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado, quanto ao recurso extraordinário, o disposto no art. 543-B do CPC, visto que nele discute-se questão idêntica à apreciada no RE 590.751-RG/SP.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 497.349-2 (280)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA MUNICIPAL DE SÃO

PAULO - IPREMADV.(A/S) : JOÃO SCATAMBURLOAGDO.(A/S) : ELZA DOS REIS SAMPAIO NARDELLIADV.(A/S) : RAFAEL JONATAN MARCATTO

DECISÃO:É firme a orientação do Supremo Tribunal Federal no sentido de que constitui ônus da parte agravante infirmar todos os fundamentos em que se baseou a decisão agravada para negar seguimento ao recurso extraordinário. Confira-se, a título exemplificativo, o seguinte julgado:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE NÃO ADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INVIABILIDADE DO AGRAVO. ARTIGO 317, § 1º DO RISTF.

1.Incumbe ao recorrente o dever de impugnar os fundamentos da decisão recorrida.

2.Inviável, diante da regra do § 1º do artigo 317 do RISTF, o agravo de instrumento que se limita a reiterar as razões do recurso extraordinário

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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sem abordar o fundamento da decisão agravada. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 330.535-AgR, rel.

min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ 21.09.2001)No mesmo sentido, os seguintes precedentes: AI 488.369 (rel. min.

Sepúlveda Pertence, DJ 02.04.2004), AI 488.975 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ 31.05.2004), AI 482.984 (rel. min. Cezar Peluso, DJ 20.05.2004) e AI 503.582 (rel. min. Nelson Jobim, DJ 25.05.2004).

No presente caso, o agravante não impugnou a assertiva de que a ofensa à Constituição, caso existente, demandaria exame de matéria infraconstitucional, configurando-se, quando muito, violação reflexa ou indireta da Carta Magna. Disso decorre que a agravante não logrou desincumbir-se do ônus que lhe cabia.

Do exposto, nego seguimento ao agravo. Publique-se. Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 526.303-6 (281)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : PAULO SALIM MALUFADV.(A/S) : EDUARDO MAFFIA QUEIROZ NOBREAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULOINTDO.(A/S) : PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULOADV.(A/S) : JOSÉ DE ARAÚJO NOVAES NETO

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL

CIVIL. COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO DE AÇÃO DE IMPROBIDADE. INCONSTITUCIONALIDADE DOS §§ 1º E 2º DO ART. 84 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL, ACRESCIDOS PELA LEI 10.628/2002. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República.

2. O recurso inadmitido tem como objeto o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“AÇÃO CIVIL PÚBLICA - AGRAVO DE INSTRUMENTO. COMPETÊNCIA. FORO

PRIVILEGIADO - ARTIGO 84, DO CPP, COM REDAÇÃO DA LEI FEDERAL N° 10.628/02.

A referida legislação padece de inconstitucionalidade, não podendo instituir foro privilegiado, porquanto somente admissível modificação de regra de competência por meio de Emenda Constitucional. Sempre será sanável o prejuízo se, processada a ação de improbidade perante o juiz de direito das comarcas, venha o Supremo Tribunal Federal negar provimento à ação direta de inconstitucionalidade da Lei Federal 10.628/2002, ou afirmar a constitucionalidade desta.

DERAM PROVIMENTO AO RECURSO” (fl. 34 – grifos nossos).3. No recurso extraordinário, o Agravante sustenta que as sanções

previstas na Lei n. 8.429/92 teriam natureza penal e, por conseguinte, seriam constitucionais os §§ 1º e 2º do art. 84 do Código de Processo Penal, acrescidos pela Lei n. 10.628/02.

4. A decisão agravada teve como fundamento para a inadmissibilidade do recurso extraordinário a ausência de indicação dos dispositivos constitucionais supostamente ofendidos (fls. 95-97).

O Agravante afirma que estariam presentes todos os requisitos de admissibilidade do recurso extraordinário.

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.6. Inicialmente, cumpre afastar o fundamento da decisão agravada de

que não teriam sido apontados os dispositivos constitucionais supostamente ofendidos, pois, da leitura da petição de recurso extraordinário, depreende-se que o Agravante sustentou ofensa aos arts. 37, § 4º, 55, 85, 102, inc. I, alínea c, e 105, inc. I, alínea a, da Constituição da República.

Todavia, a superação desse óbice não é suficiente para o acolhimento da pretensão do Agravante.

7. O Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade dos §§ 1º e 2º do art. 84 do Código de Processo Penal, acrescidos pela Lei n. 10.628/2002:

“III. Foro especial por prerrogativa de função: extensão, no tempo, ao momento posterior à cessação da investidura na função dele determinante. Súmula 394/STF (cancelamento pelo Supremo Tribunal Federal). Lei 10.628/2002, que acrescentou os §§ 1º e 2º ao artigo 84 do C. Processo Penal: pretensão inadmissível de interpretação autêntica da Constituição por lei ordinária e usurpação da competência do Supremo Tribunal para interpretar a Constituição: inconstitucionalidade declarada” (ADI 2.797, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Tribunal Pleno, DJ 19.12.2006).

“I - É inconstitucional o art. 1º da Lei 10.628/02, porquanto, ao se tratar de ação civil pública por ato de improbidade administrativa, quer de

ocupante de cargo público, quer de titular de mandato eletivo, ainda que no exercício de suas funções, a competência para seu processamento e julgamento é do juiz de primeiro grau” (AI 637.566-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 12.9.2008).

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL. LEI N. 10.628/02, QUE ACRESCENTOU OS §§ 1º E 2º AO ART. 84 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO. INCONSTITUCIONALIDADE. ADI N. 2.797 E ADI N. 2.860. 1. O Plenário do Supremo, ao julgar a ADI n. 2.797 e a ADI n. 2.860, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, Sessão de 15.9.05, declarou a inconstitucionalidade da Lei n. 10.628/02, que acrescentou os §§ 1º e 2º ao art. 84 do Código de Processo Penal. 2. Orientação firmada no sentido de que inexiste foro por prerrogativa de função nas ações de improbidade administrativa. Agravo regimental a que nega provimento” (AI 538.389-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJ 29.9.2006 – grifos nossos).

8. Dessa orientação jurisprudencial não divergiu o julgado recorrido.9. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do

Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 552.203-3 (282)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MONTES CLAROS VEICULOS E PECAS LTDAADV.(A/S) : EDUARDO PAOLIELLO NICOLAU E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO (Petição Avulsa n. 129.826/2005)AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. DEFICIÊNCIA

DO TRASLADO: ART. 544, § 1º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 288 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República, contra julgado no qual se discute o direito ao creditamento da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS pago antecipadamente em razão da substituição tributária, na hipótese de o fator gerador se realizar com valor inferior ao presumido.

2. Em 4.11.2005, a Agravante, por meio da petição 129.826/2005, pediu “o sobrestamento do feito, na Secretaria do Tribunal, até a conclusão do julgamento das ADIns nº 2.675 e 2.777, que têm por objeto a mesma matéria discutida nestes autos” (fl. 294).

3. Em 27.6.2006, vieram-me os autos conclusos.Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.4. Há deficiência no traslado. A Agravante não apresentou cópia do

inteiro teor do acórdão recorrido – não consta, nos autos (fls. 126-143), cópia do relatório -, peça obrigatória e indispensável à formação do instrumento, nos termos do art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil, o que não viabiliza a admissão do agravo de instrumento (Súmula 288 do Supremo Tribunal Federal).

Nesse sentido:“1. Mesmo que superado o óbice da intempestividade do agravo de

instrumento, com o deferimento do pedido de devolução do prazo para a sua interposição, ainda assim não mereceria prosperar a irresignação do agravante. É que faltou ao traslado o teor do relatório que integra o acórdão recorrido (art. 544, § 1º, do CPC e Súmula STF nº 288). 2. Agravo regimental improvido” (AI 620.782-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, 20.4.2007 – grifos nossos).

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. TRASLADO DEFICIENTE. PEÇAS OBRIGATÓRIAS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Imposição de multa de 1% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 623.455-AgR/RS, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 24.8.2007).

E“EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PEÇA ESSENCIAL. AUSÊNCIA. SÚMULA 288 DO STF. JUNTADA POSTERIOR. IMPOSSIBILIDADE. I - O relatório adotado como parte integrante do acórdão recorrido configura peça obrigatória, cuja ausência acarreta o não-conhecimento do recurso (Súmula 288 do STF). II - Impossibilidade de ser tardiamente suprida a deficiência na composição do traslado. Precedentes. III - Agravo regimental improvido” (AI 560.674-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJ 23.6.2006 - grifei).

5. Essa deficiência no traslado inviabiliza o exame do agravo de instrumento e também o pedido de sobrestamento, por caber à Agravante o dever de fiscalizar a correta formação do instrumento, que deve estar completo no momento de interposição do recurso. Nesse sentido, o seguinte

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 59

julgado:“EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE

INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. TRASLADO DEFICIENTE. PEÇA OBRIGATÓRIA: CERTIDÃO DE INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Deficiência no traslado que inviabiliza o exame do agravo de instrumento. Compete ao Agravante o dever de fiscalizar a correta formação do instrumento. Precedente. 2. Impossibilidade de regularização na fase recursal” (AI 639.717-ED, de minha relatoria, DJ 20.6.2008).

6. Pelo exposto, diante da deficiência apontada, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 21 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 591.924-1 (283)PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : COOPERATIVA DOS MÉDICOS GINECOLOGISTAS E

OBSTETRAS DE PERNAMBUCO - COPEGOADV.(A/S) : VINICIUS DE NEGREIROS CALADO E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu pela legitimidade da incidência da COFINS sobre os valores derivados de atos cooperativos.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, a inconstitucionalidade da referida revogação.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 598.085-RG/RJ, Rel. Min. Eros Grau).

Isso posto, preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado, quanto ao recurso extraordinário, o disposto no art. 543-B do CPC, visto que nele discute-se questão idêntica à apreciada no RE 598.085-RG/RJ.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 598.334-7 (284)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : COOPERATIVA DE CRÉDITO RURAL DO SUL DE

MINAS GERAIS LTDA - RIVERCREDADV.(A/S) : LILIANE NETO BARROSO E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu pela legitimidade da incidência da COFINS sobre os valores derivados de atos cooperativos.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, a inconstitucionalidade da referida revogação.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 598.085-RG/RJ, Rel. Min. Eros Grau).

Isso posto, preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado, quanto ao recurso extraordinário, o disposto no art. 543-B do CPC, visto que nele discute-se questão idêntica à apreciada no RE 598.085-RG/RJ.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 607.409-5 (285)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : FERNANDO DA SILVA ABS DA CRUZAGDO.(A/S) : ANGELO MORAIS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : EDILSON DE SOUZA E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu pela inaplicabilidade do art. 29-C da Lei 8.036/90.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, sustentou-se, em suma, a constitucionalidade e aplicabilidade do referido dispositivo.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria – constitucionalidade do art. 29-C da Lei 8.036/90, introduzido pela Medida Provisória 2.164/2001, que veda a condenação em honorários advocatícios nas ações entre o FGTS e os titulares de contas vinculadas, bem como naquelas em que figurem os respectivos representantes ou substitutos processuais – cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 581.160-RG/MG, de minha relatoria).

Isso posto, uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado, quanto ao recurso extraordinário, o disposto no art. 543-B do CPC, visto que no presente recurso extraordinário discute-se questão idêntica à apreciada no RE 581.160-RG/MG.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 615.353-2 (286)PROCED. : SERGIPERELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : FERNANDO ANTÔNIO TEIXEIRA DE AMORIMADV.(A/S) : GISELE LEMOS KRAVCHYNCHYN E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : ANTÔNIO AUGUSTO SERRA SECA NETO

DECISÃO: Falta ao instrumento cópia das contrarrazões ao recurso extraordinário ou da certidão de sua não-apresentação, peça de traslado obrigatório, cuja ausência acarreta o não-conhecimento do agravo (Súmula 288/STF e art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil).

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 625.359-0 (287)PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : JOSÉ DE OLIVEIRAADV.(A/S) : CONCEIÇÃO LIMA DE OLIVEIRA CORDEIRO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO:É firme a orientação do Supremo Tribunal Federal no sentido de que constitui ônus da parte agravante infirmar todos os fundamentos em que se baseou a decisão agravada para negar seguimento ao recurso extraordinário. Confira-se, a título exemplificativo, o seguinte julgado:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE NÃO ADMITIU O RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INVIABILIDADE DO AGRAVO. ARTIGO 317, § 1º DO RISTF.

1.Incumbe ao recorrente o dever de impugnar os fundamentos da decisão recorrida.

2.Inviável, diante da regra do § 1º do artigo 317 do RISTF, o agravo de instrumento que se limita a reiterar as razões do recurso extraordinário sem abordar o fundamento da decisão agravada.

Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 330.535-AgR, rel. min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ 21.09.2001)

No mesmo sentido, os seguintes precedentes: AI 488.369 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ 02.04.2004), AI 488.975 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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31.05.2004), AI 482.984 (rel. min. Cezar Peluso, DJ 20.05.2004) e AI 503.582 (rel. min. Nelson Jobim, DJ 25.05.2004).

No presente caso, o agravante não impugnou a assertiva de incidência da Súmula 279/STF. Disso decorre que o agravante não logrou desincumbir-se do ônus que lhe cabia.

Do exposto, nego seguimento ao agravo.Publique-se. Brasília, 7 de agosto de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 630.705-1 (288)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : FLAMBOYANT COMERCIAL AGROPECUÁRIA LTDAADV.(A/S) : LUIZ SÉRGIO DE SOUZA RIZZIAGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE OSASCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE OSASCO

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que entendeu ser indevida no pagamento das parcelas de precatórios judiciais a inclusão dos juros compensatórios e moratórios, ressalvada a incidência destes últimos nos pagamentos em atraso.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 5º, XXIV e XXXVI, da mesma Carta, bem como aos arts. 33 e 78 do ADCT.

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria ¾ possibilidade de cobrança de juros moratórios e compensatórios sobre o parcelamento previsto no art. 78 do ADCT ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 590.751-RG/SP, de minha relatoria).

Isso posto, uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado, quanto ao recurso extraordinário, o disposto no art. 543-B do CPC, visto que nele discute-se questão idêntica à apreciada no RE 590.751-RG/SP.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 632.062-9 (289)PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : VILMAR VITAL DA SILVA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : CRISTINA MAGALHÃES DE OLIVEIRAAGDO.(A/S) : MARTHA VIEIRA BORGES CAMARGOADV.(A/S) : FLÁVIO HENRIQUE DE MELO E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário. O acórdão recorrido porta a seguinte ementa:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. 1- A culpa imputada aos requeridos restou provada de modo pleno, inquestionável, a ponto de se acolher a postulação indenizatória consubstanciada nas provas carreadas para os autos. A pretensão da requerente restou exitosa quanto aos danos morais, pois evidenciada a demonstração da existência do fato danoso ensejador do abalo moral alegado. Nos termos da legislação civil em vigor, o instituto da indenização estriba-se no dever de reparar o prejuízo gerado pelo ato ilícito, assentando-se na conjugação necessária dos elementos fundamentais, quais sejam: a culpa, o dano e nexo de casualidade. 2- No tocante aos lucros cessantes e/ou danos materiais, não cuidou a autora recorrente de comprovar os fatos constitutivos de seu direito, na forma preconizada pelo art. 333, inciso I, do Código de Processo Civil. 3- Relativamente a sucumbência, os litigantes foram em parte vencedores e vencidos sucumbindo reciprocamente (art. 21, CPC), pois o pleito indenizatório material restou improcedente e o pedido de indenização por danos morais procedente, pelo que as custas processuais e os honorários advocatícios deverão ser divididos igualmente. APELO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.” (fls. 77-78).

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 114, VI, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Verifico que o agravante não atacou o fundamento da decisão agravada relativo à ofensa reflexa, limitando-se a alegar o prequestionamento da matéria constitucional. Inviável, portanto, o presente recurso, a teor da Súmula 287 do STF. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 580.361-AgR/RS, de minha relatoria; AI

407.427/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 590.913-AgR/RS, Rel. Min. Eros Grau; AI 466.398-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 519.396/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes.

Ainda que superado tal óbice, como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido.

Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Indico, no mesmo sentido, as seguintes decisões, entre outras: AI 568.011/RJ, Rel. Min. Carlos Velloso; RE 467.249/SE, Rel. Min. Carlos Britto; RE 471.990/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 496.775/PR, Rel. Min. Cezar Peluso.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 633.696-4 (290)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : AUTO POSTO PALÁCIO LTDAADV.(A/S) : WANDERLEI BAN RIBEIRO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRÁSADV.(A/S) : CANDIDO FERREIRA DA CUNHA LOBO E OUTRO

(A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“MANDADO DE SEGURANÇA PREVENTIVO – SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA – Discrepância entre a base de cálculo do fato gerador presumido do ICMS, e o valor real de venda dos combustíveis no varejo – Ressarcimento, decorrente de antecipação tributária, preconizada na Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996, e na Lei Estadual nº 6.374/89 – Admissibilidade da comprovação do recolhimento a maior ser efetivado através do Livro de Movimentação de Combustíveis – Impossibilidade de concessão da ordem, sob pena de normatividade, para casos futuros – Nega-se provimento aos recursos voluntários e dá-se parcial provimento ao recurso ex officio” (fl. 245).

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 150 da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição, faz-se necessário analisar norma infraconstitucional local, bem como o conjunto fático-probatório constante dos autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor das Súmulas 279 e 280 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 642.127-9 (291)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIMED DE LINS - COOPERATIVA DE TRABALHO

MÉDICOADV.(A/S) : JOSÉ LUIZ MATTHES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, violação aos arts. 145, § 2º, e 150, III, b, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. A jurisprudência desta Corte é no sentido de que a discussão sobre a legitimidade da Taxa de Saúde Suplementar depende do prévio exame de normas infraconstitucionais. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Por oportuno, transcrevo, respectivamente, as ementas do RE 430.267-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau, e do AI 660.203-AgR/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TAXA DE SAÚDE COMPLEMENTAR. OFENSA INDIRETA.

1.A legitimidade da cobrança da Taxa de Saúde Complementar é matéria afeta à análise da legislação infraconstitucional pertinente. Precedentes.

Agravo regimental a que se nega provimento”.“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Taxa suplementar

de saúde. Matéria restrita ao âmbito da legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa à Constituição. Precedentes. 3. Art. 93, IX, da Constituição. Ofensa não configurada. Acórdão devidamente fundamentado. 4. Agravo regimental

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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a que se nega provimento”.No mesmo sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI

496.550-AgR/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 497.144-AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 524.336-AgR/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 491.961-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau; AI 602.546-AgR/RJ, Rel. Min. Celso de Mello; AI 505.636-AgR/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia.

Além disso, com a negativa de seguimento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça, tornaram-se definitivos os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido (Súmula 283 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 645.895-1 (292)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPOADV.(A/S) : SUELI DA SILVA MOREIRAAGDO.(A/S) : ESPÓLIO DE OSCAR BOAVA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : VALDIR JOSÉ SOARES FERREIRA E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que reformou a sentença com base na Súmula 12 do STJ.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 100, §1º, da mesma Carta, bem como aos arts. 33 e 78 do ADCT.

O agravo não merece acolhida. Assim, como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, a tardia alegação de ofensa ao texto constitucional, apenas deduzida em embargos de declaração, não supre o prequestionamento.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 663.758-0 (293)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉADV.(A/S) : SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJALAGDO.(A/S) : DUCRÉCIO DA SILVA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : SÉRGIO FERNANDES

DECISÃO: Vistos, etc. Trata-se de agravo de instrumento contra decisão obstativa de

recurso extraordinário, este interposto com fundamento na letra “a” do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Acórdão cuja ementa ficou assim redigida (fls. 589):

“DESAPROPRIAÇÃO - EXECUÇÃO - JUROS COMPENSATÓRIOS - INCLUSÃO DECORRENTE DA DECISÃO EXEQUENDA QUE, DESTINANDO-SE A COMPENSAR OS PROPRIETÁRIOS DO IMÓVEL PELO FATO DE NÃO PODEREM USÁ-LO, NÃO DESNATURA, ANTES REFORÇA O PRINCÍPIO DA JUSTA INDENIZAÇÃO - RECURSO NÃO PROVIDO.

DESAPROPRIAÇÃO - EXECUÇÃO - PAGAMENTO COMPLEMENTAR - UTILIZAÇÃO DO MESMO PRECATÓRIO SATISFEITO PARCIALMENTE - APLICAÇÃO DO ART. 336, V, DO R.I. - ART. 100, § 4º, DA CF., NÃO APLICÁVEL À HIPÓTESE - RECURSO NÃO PROVIDO.”

2. Pois bem, a parte recorrente sustenta violação aos incisos XXIV, LIV e LV do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Carta Magna.

3. Tenho que a insurgência não merece acolhida. Isso porque a controvérsia em torno dos limites objetivos da coisa julgada pertence ao plano infraconstitucional. A propósito, confiram-se, entre outros, os AIs 594.692-ED e 587.396-AgR, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence; bem como o RE 536.247-ED, da relatoria do ministro Cezar Peluso.

4. De mais a mais, anoto que a alegada ofensa às garantias do contraditório e da ampla defesa apenas ocorreria de modo reflexo ou indireto. No mesmo sentido é a jurisprudência desta Corte, de que são exemplos os AIs 517.643-AgR, da relatoria do ministro Celso de Mello; e 273.604-AgR, da relatoria do ministro Moreira Alves.

5. Por outra, pontuo que a jurisdição foi prestada de forma completa, em decisão devidamente fundamentada, embora em sentido contrário aos interesses da parte agravante, o que não configura cerceamento de defesa.

Isso posto, e frente ao caput do art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 675.160-8 (294)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINAAGDO.(A/S) : DENILSON CÉZAR ROSALINOADV.(A/S) : ALEX SANDRO SOMMARIVA E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : SUELY ROSALINO FERNANDES E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : RICHARD MOTTA ÁVILAINTDO.(A/S) : EMERSON DA SILVA GERALDOADV.(A/S) : SARITA CASSETARI VELHOINTDO.(A/S) : MOISÉS PEREIRA DA SILVA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MARCELO DÉCIO COUTO CARNEIROINTDO.(A/S) : MÁRCIO FERNANDES BORGESADV.(A/S) : RICARDO COLOSSI SERAFIM

Trata-se agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário criminal.

No RE, fundado com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 5º, LVII, da mesma Carta.

A questão é relevante.Verifica-se que a matéria em debate ¾ a possibilidade de ações

penais ou inquéritos policiais em curso configurarem maus antecedentes ¾ teve repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal no RE 591.054-RG/SC, Rel. Min. Marco Aurélio.

Isso posto, uma vez preenchidos os requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado, quanto ao recurso extraordinário, o disposto no art. 543-B do CPC, visto que nele discute-se questão idêntica à apreciada no RE 591.054-RG/SC.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 681.541-0 (295)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : SERMED SAÚDE VIRADOURO S/C LTDAADV.(A/S) : AUREANE RODRIGUES DA SILVA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu o recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu pela constitucionalidade do ressarcimento ao SUS, instituído pelo art. 32 da Lei 9.656/1998.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 5º, II, XXXVI e LV, 154, I, 195, § 4º, 196, caput, 198, § 1º, 199, caput, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. O acórdão recorrido encontra-se em harmonia com o entendimento do Supremo Tribunal Federal que, ao julgar a ADI 1.931-MC/DF, Rel. Min. Maurício Corrêa, decidiu pela manutenção da vigência do art. 32 da Lei 9.656/1998, que cuida do ressarcimento ao SUS, por se tratar de norma programática pertinente à realização de políticas públicas.

Ademais, a jurisprudência desta Corte vem ratificando este entendimento. Nesse sentido, transcrevo a ementa do julgamento do RE 586.891-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RESSARCIMENTO AO SUS. ARTIGO 32 DA LEI N. 9.656/98. CONSTITUCIONALIDADE. 1. O Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento da ADI n. 1.931-MC, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 28.5.04, decidiu pela constitucionalidade do ressarcimento ao SUS instituído pela Lei n. 9.656/98. Agravo regimental a que se nega provimento”.

No mesmo sentido: RE 501.981-AgR/RJ e RE 488.026-AgR-ED/RJ, Rel. Min. Eros Grau; RE 581.020/RJ, de minha relatoria; RE 493.217/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes; RE 511.338/RJ, Rel. Min. Carlos Britto; RE 583.548/RJ, Rel. Min. Celso de Mello; AI 685.831/RJ e RE 572.881/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia.

Cabe salientar, por oportuno, que este Tribunal entende que a existência de decisão plenária, em sede de controle abstrato, que tenha como resultado o indeferimento do pedido de medida cautelar, não impede que se proceda, desde logo, por meio do controle difuso, ao julgamento de causas com idêntica controvérsia. Nesse sentido, transcrevo a ementa do RE 500.306-ED/RJ, Rel. Min. Celso de Mello:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO - RESSARCIMENTO AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) - ART. 32 DA LEI Nº 9.656/98 - CONSTITUCIONALIDADE - MEDIDA CAUTELAR APRECIADA PELO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 62

PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - POSSIBILIDADE DE JULGAMENTO IMEDIATO DE OUTRAS CAUSAS, VERSANDO O MESMO TEMA, PELAS TURMAS OU JUÍZES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, COM FUNDAMENTO NO ‘LEADING CASE’ - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

A DENEGAÇÃO DE MEDIDA CAUTELAR, EM SEDE DE CONTROLE NORMATIVO ABSTRATO, NÃO IMPEDE QUE SE PROCEDA AO JULGAMENTO CONCRETO, PELO MÉTODO DIFUSO, DE IDÊNTICO LITÍGIO CONSTITUCIONAL.

- A existência de decisão plenária, proferida em sede de controle normativo abstrato, de que tenha resultado o indeferimento do pedido de medida cautelar, não impede que se proceda, desde logo, por meio do controle difuso, ao julgamento de causas em que se deva resolver, ‘incidenter tantum’, litígio instaurado em torno de idêntica controvérsia constitucional. Precedentes” (grifos no original).

No mesmo sentido, menciono julgamentos da 1ª Turma desta Corte no RE 219.146/RN e RE 224.835/RN, Rel. Min. Sepúlveda Pertence.

Por fim, esta Corte tem consignado o entendimento de que não é cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 684.905-9 (296)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : HERCILIA SÓCIO SANTANAADV.(A/S) : MARIA CECÍLIA MANCINI TRIVELLATO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : CONDOMÍNIO EDIFÍCIO NICIAADV.(A/S) : ANA PAULA VENTURA GASPAR PAULA

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 6º da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. É que a apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame da Lei 8.009/90, legislação ordinária. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras AI 248.880-AgR/PE, Rel. Min. Maurício Corrêa; AI 357.922-AgR/SP, Rel. Min. Nelson Jobim; RE 448.148/SC, Rel. Min. Eros Grau.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 687.570-9 (297)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : BANCO CIDADE S/A OU BANCO CIDADE DE SAO

PAULO S/AADV.(A/S) : MARCELLO DE CAMARGO TEIXEIRA PANELLA E

OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : CAPITAL FORNECEDORA DE ALIMENTOS LTDAADV.(A/S) : JOÃO ROBERTO CANDELOURO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, III, “a”, da Constituição do Brasil.

2.Alega-se, no extraordinário, ofensa ao disposto nos artigos 5º, XXXII e LIV, 102, § 2º, e 192, da CB/88.

3.O agravo não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz dos preceitos constitucionais que o recorrente indica como violados. Além disso, os embargos de declaração são ineficazes para ventilar matéria não arguida oportunamente. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

4.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99, e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

5.Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessária a análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie --- Código de Defesa do Consumidor. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido: o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR,

Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.6.Quanto à alegação de ofensa ao disposto no artigo 5º, LIV, da

Constituição do Brasil, a jurisprudência deste Tribunal fixou-se no sentido de que “as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição”, circunstância que não viabiliza o acesso à instância extraordinária [AI n. 238.917-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20.10.00].

7.Por fim, entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido implicaria, necessariamente, o reexame da matéria fático-probatória e de cláusulas contratuais, providência vedada nesta instância mercê de incidência das Súmulas ns. 279 e 454 do Supremo Tribunal Federal.

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 690.141-7 (298)PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁSAGDO.(A/S) : EDILSON DIAS REISADV.(A/S) : MARCELO FERREIRA DA SILVA

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, fundado no art. 102, III, a e c, da Constituição, alegou-se violação ao art. 5º, caput, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição, faz-se necessário analisar normas infraconstitucionais locais (Lei Estadual 8.033/75 e Constituição do Estado de Goiás), bem como o conjunto fático-probatório dos autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor das Súmulas 279 e 280 do STF.

Além disso, com a negativa de seguimento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça, tornaram-se definitivos os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido (Súmula 283 do STF).

Por fim, verifico que o acórdão recorrido não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição. Incabível, portanto, o recurso pela alínea c do art. 102, III, da Constituição. Nesse sentido: AI 559.324/RJ; AI 488.107/SP, entre outros.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 690.255-8 (299)PROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE RORAIMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMAAGDO.(A/S) : ANTONIO BARROS FERREIRAADV.(A/S) : RANDERSON MELO DE AGUIAR E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário que versa sobre matéria ¾ constitucionalidade do recolhimento do FGTS previsto no art. 19-A da Lei 8.036/90, incluído pela MP 2.164-41/2001, no caso de servidor contratado sem concurso público após a Constituição de 1988 ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 596.478-RG/RR, Rel. Min. Ellen Gracie).

O Plenário desta Corte, em 20/8/2008, ao apreciar Questão de Ordem suscitada no RE 540.410/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, decidiu estender a aplicação do art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos cujo tema constitucional apresente repercussão geral reconhecida pelo Plenário, ainda que interpostos contra acórdãos publicados antes de 3 de maio de 2007.

Isso posto, uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado, quanto ao extraordinário, o disposto no art. 543-B do CPC, visto que nele discute-se questão idêntica à apreciada no RE 596.478-RG/RR.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 691.585-8 (300)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 63

AGTE.(S) : AUTO POSTO CRUPE LTDAADV.(A/S) : GILBERTO DE JESUS DA ROCHA BENTO JÚNIORAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Preliminarmente, afasto o sobrestamento de fl. 99 e passo à análise do recurso.

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, fundado no art. 102, III, a e b, da Constituição, alegou-se, em suma, violação ao art. 150, § 7º, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Verifico que a cópia da certidão de publicação do acórdão recorrido (fl. 26) não foi preenchida, o que inviabiliza a verificação da admissibilidade do recurso, uma vez que não é possível aferir a tempestividade do extraordinário.

Segundo a jurisprudência deste Tribunal, o agravo de instrumento deve ser instruído com as peças obrigatórias e também com as necessárias ao exato conhecimento das questões discutidas (Súmula 288 do STF). A falta de qualquer delas autoriza o relator a negar seguimento ao agravo, com base no art. 21, § 1º, do RISTF e no art. 557 do CPC.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 695.517-6 (301)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : SEMEG SERVIÇOS MÉDICOS GUANABARA LTDAADV.(A/S) : AUREANE RODRIGUES DA SILVA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu o recurso extraordinário interposto contra acórdão que entendeu pela constitucionalidade do ressarcimento ao SUS, instituído pelo art. 32 da Lei 9.656/1998.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 5º, II, XXXVI e LV, 154, I, 195, § 4º, 196, caput, 198, § 1º, 199, caput, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. O acórdão recorrido encontra-se em harmonia com o entendimento do Supremo Tribunal Federal que, ao julgar a ADI 1.931-MC/DF, Rel. Min. Maurício Corrêa, decidiu pela manutenção da vigência do art. 32 da Lei 9.656/1998, que cuida do ressarcimento ao SUS, por se tratar de norma programática pertinente à realização de políticas públicas.

Ademais, a jurisprudência desta Corte vem ratificando este entendimento. Nesse sentido, transcrevo a ementa do julgamento do RE 586.891-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau:

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RESSARCIMENTO AO SUS. ARTIGO 32 DA LEI N. 9.656/98. CONSTITUCIONALIDADE. 1. O Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento da ADI n. 1.931-MC, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 28.5.04, decidiu pela constitucionalidade do ressarcimento ao SUS instituído pela Lei n. 9.656/98. Agravo regimental a que se nega provimento”.

No mesmo sentido: RE 501.981-AgR/RJ e RE 488.026-AgR-ED/RJ, Rel. Min. Eros Grau; RE 581.020/RJ, de minha relatoria; RE 493.217/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes; RE 511.338/RJ, Rel. Min. Carlos Britto; RE 583.548/RJ, Rel. Min. Celso de Mello; AI 685.831/RJ e RE 572.881/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia.

Cabe salientar, por oportuno, que este Tribunal entende que a existência de decisão plenária, em sede de controle abstrato, que tenha como resultado o indeferimento do pedido de medida cautelar, não impede que se proceda, desde logo, por meio do controle difuso, ao julgamento de causas com idêntica controvérsia. Nesse sentido, transcrevo a ementa do RE 500.306-ED/RJ, Rel. Min. Celso de Mello:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO RECURSO DE AGRAVO - RESSARCIMENTO AO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) - ART. 32 DA LEI Nº 9.656/98 - CONSTITUCIONALIDADE - MEDIDA CAUTELAR APRECIADA PELO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - POSSIBILIDADE DE JULGAMENTO IMEDIATO DE OUTRAS CAUSAS, VERSANDO O MESMO TEMA, PELAS TURMAS OU JUÍZES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, COM FUNDAMENTO NO ‘LEADING CASE’ - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.

A DENEGAÇÃO DE MEDIDA CAUTELAR, EM SEDE DE CONTROLE NORMATIVO ABSTRATO, NÃO IMPEDE QUE SE PROCEDA AO JULGAMENTO CONCRETO, PELO MÉTODO DIFUSO, DE IDÊNTICO LITÍGIO CONSTITUCIONAL.

- A existência de decisão plenária, proferida em sede de controle normativo abstrato, de que tenha resultado o indeferimento do pedido de medida cautelar, não impede que se proceda, desde logo, por meio do controle difuso, ao julgamento de causas em que se deva resolver,

‘incidenter tantum’, litígio instaurado em torno de idêntica controvérsia constitucional. Precedentes” (grifos no original).

No mesmo sentido, menciono julgamentos da 1ª Turma desta Corte no RE 219.146/RN e RE 224.835/RN, Rel. Min. Sepúlveda Pertence.

Por fim, esta Corte tem consignado o entendimento de que não é cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 696.819-1 (302)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : FERNANDO PAULO DA SILVAADV.(A/S) : BIRATAN DE OLIVEIRA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PARANÁ

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) que tem como violado o disposto no art. 5º da Carta Magna.

Depreende-se dos autos que o ora agravante foi condenado como incurso no art. 311, caput, c/c o art. 71, e art. 180, § 1º e 2º, todos do Código Penal, à pena de 06 (seis) anos e 10 (dez) meses e multa, em regime semi-aberto.

Inconformado, interpôs recurso de apelação, que foi parcialmente provido para excluir a forma qualificada do delito de receptação e reduzir a pena imposta para 04 (quatro) anos e 10 (dez) meses de reclusão.

Seguiu-se a oposição de embargos de declaração, que foram rejeitados.

No recurso extraordinário, o recorrente alega violação aos princípios da reserva legal, da presunção de inocência, da verdade real, da ampla defesa e do contraditório, sustentando, em síntese, que acórdão recorrido manteve a condenação, embora inexista prova irrefutável da autoria e materialidade do crime de adulteração de veículo.

Afirma, no tocante ao delito de adulteração, a insuficiência de provas quanto à ocorrência de continuidade delitiva.

Aduz, ainda, quanto ao delito de receptação, que não há evidência nos autos de que tenha adquirido coisa que sabia ser produto de crime, elemento essencial para caracterização do crime em referência.

Decido.O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI

664.567-QO, rel. min. Sepúlveda Pertence, estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.” (DJ de 06.09.2007).

Verifico que a publicação da decisão impugnada deu-se em 20.07.2007 (fls. 77) e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Do exposto, nego seguimento ao agravo (RISTF, art. 327, § 1º).Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 697.821-4 (303)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : SMARJA - SOCIEDADE DOS MINERADORES DE

ÁREIA DO RIO JACUÍ LTDAADV.(A/S) : NELSON LACERDA DA SILVA E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“AGRAVO. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. PENHORA SOBRE CRÉDITO DECORRENTE DE PRECATÓRIO. POSSIBILIDADE.

Ainda não possa ensejar compensação, à mingua de previsão legal, é de se admitir a nomeação à penhora de crédito oriundo de precatório, ao propósito de tornar menos gravoso o processo de execução” (fl. 170).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 100 e parágrafos, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. O acórdão recorrido decidiu a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 64

questão com base na legislação ordinária. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, cito o AI 473.242-AgR/SP, Rel. Min. Nelson Jobim, cuja ementa segue transcrita:

“Penhora de Precatório. Controvérsia que demanda o prévio exame de normas infraconstitucionais. Ofensa indireta à CF. Regimental não provido”.

Cito ainda, as seguintes decisões, entre outras: AI 671.147/RS, de minha relatoria e AI 749.570/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 699.375-7 (304)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : FISCHER S/A - COMÉRCIO, INDÚSTRIA E

AGRICULTURAADV.(A/S) : GUSTAVO DE SIQUEIRA CAMPOS E OUTRO (A/S)

Petição 106.743/2009-STFFischer S.A – Comércio, Indústria e Agricultura, representada por

advogado devidamente constituído, requer a reconsideração da decisão de fl. 151.

A pretensão não merece acolhida, uma vez que a apresentação de pedido de reconsideração não tem amparo legal e, assim, não suspende, nem interrompe prazo recursal. O recurso legalmente cabível, no caso, seria o agravo regimental (arts. 557, § 1º, do CPC, e 317 do RISTF). Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 590.183/SP, Rel. Min. Celso de Mello, AI 335.512-AgR-ED/SP, Rel. Min. Ellen Gracie.

Isso posto, não conheço do pedido de reconsideração.À Secretaria para certificar o trânsito em julgado da decisão de fl.

151.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 701.258-4 (305)PROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : HAPVIDA ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDAADV.(A/S) : MARCOS LUÍS BRAID RIBEIRO SIMÕES E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : MARIA APARECIDA DE ANDRADE SILVAADV.(A/S) : GLADSTON VALE MELO

DECISÃO:Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição).

O acórdão recorrido, proferido por Turma Recursal de Juizados Especiais e fundado em provas documentais, condenou a parte ora agravante no pagamento de compensação dos danos materiais e morais decorrentes de inadimplemento parcial de contrato de prestação de serviços de assistência à saúde.

Sustenta a recorrente ofensa ao artigo 5º, LV, da Constituição federal. Observo que não houve afronta às garantias do contraditório e da

ampla defesa, pois o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, em observância aos referidos princípios e garantias constitucionais, tendo enfrentado as questões suscitadas e fundamentado de forma suficiente suas conclusões.

Afasto, também, a alegação de afronta ao dispositivo constitucional mencionado, tal como veiculada no apelo extraordinário. É que a discussão acerca da aplicação das regras de inversão do ônus da prova situa-se no âmbito da legislação infraconstitucional, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário.

Ademais, a aferição da alegada ofensa aos mencionados dispositivos constitucionais exigiria reexame da prova documental que orientara a decisão impugnada, circunstância que inviabiliza o processamento do recurso ante a vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte (cf. AI 694.153-AgR, rel. min. Carmén Lúcia, DJ 07.11.2008; AI 694.516, rel. min. Gilmar Mendes, DJ 12.02.2008).

Por fim, a necessidade de reexame da interpretação conferida na instância ordinária às cláusulas do contrato celebrado entre as partes inviabiliza o presente recurso. Incide na espécie o óbice da Súmula 454 deste Tribunal. Nesse sentido: AI 526.873, rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ 23.02.05, AI 526.641, rel. min. Cezar Peluso, DJ 25.04.05, AI 512.963, rel. min. Gilmar Mendes, DJ 21.10.2004

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo. Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 704.446-8 (306)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE CRICIÚMAADV.(A/S) : ANA CRISTINA SOARES FLORES YOUSSEFAGDO.(A/S) : UNIBANCO LEASING S/A ARRENDAMENTO

MERCANTILADV.(A/S) : RAFAEL BARRETO BORNHAUSEN E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão cuja matéria constitucional nele veiculada, a incidência do ISS sobre operações de arrendamento mercantil (leasing) financeiro, teve repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 592.905/SC, Rel. Min. Eros Grau).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 156, III, da mesma Carta.

Isso posto, uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado, quanto ao recurso extraordinário, o disposto no art. 543-B do CPC, visto que nele discute-se questão idêntica à apreciada no RE 592.905/SC.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 706.345-4 (307)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : UNIMED SÃO CARLOS - COOPERATIVA DE

TRABALHO MÉDICOADV.(A/S) : PAULO HENRIQUE MARQUES DE OLIVEIRA E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : ALAN AUGUSTO DE ALMEIDA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MARCIUS MILORI

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) interposto de acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo concedeu a antecipação dos efeitos da tutela aos autores de ação de indenização, parte ora agravada.

Não prospera o agravo.Inviabiliza o recurso extraordinário o óbice da Súmula 735-STF.

Confira-se, a propósito, o RE 315.052 (rel. min. Moreira Alves), que versa hipótese idêntica à do presente caso. Assim ficou redigida a ementa do referido julgado:

“Recurso extraordinário. Seu não-cabimento.- Esta Primeira Turma, ao julgar o RE 232.387, decidiu que não cabe

recurso extraordinário contra acórdão que defere liminar por entender que ocorrem os requisitos do ‘fumus boni iuris’ e do ‘periculum in mora’, porquanto o que o aresto afirmou, com referência ao primeiro desses requisitos, foi que os fundamentos jurídicos alegados (no caso, constitucionais) eram relevantes, e isso, evidentemente, não é manifestação conclusiva da procedência deles para ocorrer a hipótese de cabimento do recurso extraordinário pela letra ‘a’ do inciso III do artigo 102 da Constituição, que exige, necessariamente, decisão que haja desrespeitado dispositivo constitucional, por negar-lhe vigência ou por tê-lo interpretado erroneamente ao aplicá-lo ou ao deixar de aplicá-lo.

- A mesma fundamentação serve para não se conhecer de recurso extraordinário contra acórdão que dá provimento a agravo de instrumento, para reformar, por entender, em última análise, que há verossimilhança - e não manifestação conclusiva de procedência - da alegação para a obtenção da tutela antecipada, indeferida por decisão interlocutória de primeira instância.

Recurso extraordinário não conhecido.”Do exposto, e com base no art. 557, caput, do Código de Processo

Civil, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 709.856-9 (308)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : SERVENG CIVILSAN S/A - EMPRESAS ASSOCIADAS

DE ENGENHARIAADV.(A/S) : RICARDO MENDES BORGES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ARACIMAR AGNALDO ABISSI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 65

ADV.(A/S) : CRISTIANO PEREIRA DE MAGALHÃES E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal), que tem como violado o disposto no art. 5º, LV, da Carta Magna.

Depreende-se dos autos que a ora agravante ofereceu queixa-crime em face do agravado, por infração ao art. 195, XI e XII, da Lei 9.279/1976, sob a acusação de concorrência desleal.

A queixa-crime foi rejeitada por falta de pressupostos de admissibilidade, pelo que o querelante interpôs recurso em sentido estrito, que foi, por sua vez, julgado deserto por falta de preparo.

Dessa decisão, foi interposto novo recurso em sentido estrito, que não foi conhecido pela 2ª Turma do Colégio Criminal Recursal de São Paulo.

No recurso extraordinário alega-se violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa, pois o juízo monocrático julgou deserto o recurso interposto pela falta de preparo, quando tratava-se de vício absolutamente sanável.

Decido.Verifico que o agravo de instrumento é intempestivo.Com efeito, como se vê da certidão de fls. 137, a publicação da

decisão agravada deu-se em 10.01.2008 (quinta-feira), tendo o prazo para interposição de agravo findado em 15.01.2008 (terça-feira), ao passo que o agravo de instrumento deu entrada no protocolo do Colégio Recursal Criminal da Capital do Estado de São Paulo em 22.01.2008. Nesse sentido, a Súmula 699 desta Corte e ainda:

“AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO DE NATUREZA CRIMINAL. INCIDÊNCIA DA LEI N. 8.038/90 (ARTS. 26 A 28). PRAZO DE INTERPOSIÇÃO: CINCO (5) DIAS. INAPLICABILIDADE DA LEI N. 8.950/94. RECURSO INTEMPESTIVO. AGRAVO NÃO CONHECIDO. - O prazo de interposição do agravo de instrumento, contra decisão denegatória de recurso extraordinário deduzido em matéria penal, ainda é de cinco (5) dias, e não de dez (10) dias, eis que o advento da Lei n. 8.950/94 - por aplicar-se, unicamente, aos procedimentos de natureza civil - não importou em derrogação dos arts. 26 a 28 da Lei n. 8.038/90. Precedentes.” (AI 477.242, rel. min. Celso de Mello, DJ 02.02.2004)

Ademais, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 664.567-QO, rel. min. Sepúlveda Pertence, estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.” (DJ de 06.09.2007).

Verifico que a publicação da decisão impugnada deu-se em 10.10.2007 (fls. 91) e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Do exposto, nego seguimento ao agravo (RISTF, art. 327, § 1º).Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 710.270-8 (309)PROCED. : TOCANTINSRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : CELSON RESPLANDES BARROSADV.(A/S) : SÁVIO BARBALHOAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO TOCANTINSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

TOCANTINS

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) que tem como violado o disposto no art. 5º, XXXVIII, c, da Carta Magna.

Depreende-se dos autos que o ora agravante foi pronunciado como incurso no art. 121, § 2º, I e IV do Código Penal, c/c o art. 1º, I, da Lei 8.072/1990.

O Tribunal do Júri decidiu pela desclassificação do delito para homicídio culposo, pelo que o réu foi condenado à pena de 01 (um) ano e 06 (seis) meses de detenção, substituída por pena restritiva de direitos.

Inconformado, o Ministério Público interpôs recurso de apelação, que foi provido para anular o julgamento e submeter o apelado a novo júri.

No recurso extraordinário, sustenta-se violação à soberania dos veredictos, na medida em que o acórdão recorrido retirou a autoridade do júri ao basear-se em provas produzidas no curso do inquérito policial para fundamentar a decisão.

Alega-se que o Ministério Público não produziu, durante a instrução processual, provas suficientes para a condenação do apelado, o que autorizou o Tribunal do Júri a decidir em seu favor.

Decido.O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI

664.567-QO, rel. min. Sepúlveda Pertence, estabeleceu que “(...) a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da

repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 3.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007.” (DJ de 06.09.2007).

Verifico que a publicação da decisão impugnada deu-se em 15.01.2008 (fls. 29) e a interposição do recurso extraordinário não se fez acompanhar da devida demonstração, nas razões recursais, da existência de repercussão geral, o que inviabiliza o apelo extraordinário.

Do exposto, nego seguimento ao agravo (RISTF, art. 327, § 1º).Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 723.187-7 (310)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ALVARO LUIZ CHIESADV.(A/S) : FELIPE ESTEVES GRANDO E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. NOMEAÇÃO DE BENS À PENHORA. REQUISITOS. CUMPRIMENTO. EFICÁCIA DA NOMEAÇÃO.

Cumpridos os requisitos do art. 655, § 1º, ‘IV’, do CPC, cabível a nomeação de créditos oriundos de precatório.

Precedentes do STJ. Agravo provido” (fl. 79).No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa

ao art. 100 e parágrafos, da mesma Carta.O agravo não merece acolhida. O acórdão recorrido decidiu a

questão com base na legislação ordinária. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, cito o AI 473.242-AgR/SP, Rel. Min. Nelson Jobim, cuja ementa segue transcrita:

“Penhora de Precatório. Controvérsia que demanda o prévio exame de normas infraconstitucionais. Ofensa indireta à CF. Regimental não provido”.

Cito ainda, as seguintes decisões, entre outras: AI 671.147/RS, de minha relatoria e AI 749.570/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 727.909-2 (311)PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MARIA LUIZA GUIMARÃES VIEIRAADV.(A/S) : JOÃO BOSCO PINTO DE CASTROAGDO.(A/S) : MARIA CONCEIÇÃO GONÇALVES DE OLIVEIRAADV.(A/S) : PEDRO MEIRELES COSTA E OUTRO (A/S)

DECISÃO:Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição).

O acórdão recorrido, proferido por Turma Julgadora Mista de Juizados Especiais e fundado em provas documentais e periciais, condenou a parte ora agravante no pagamento de indenização pelo dano material decorrente de acidente de trânsito.

Sustenta a recorrente ofensa ao artigo 5º, LIV, LV, da Constituição federal.

Observo que não houve afronta às garantias do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, pois o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, em observância aos referidos princípios e garantias constitucionais, tendo enfrentado as questões suscitadas e fundamentado de forma suficiente suas conclusões.

Afasto, também, a alegação de afronta aos dispositivos constitucionais mencionados, tal como veiculada no apelo extraordinário. É que a discussão acerca da aplicação das regras de procedimento na esfera dos Juizados Especiais situa-se no âmbito da legislação infraconstitucional, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário.

Ademais, a aferição da alegada ofensa aos mencionados dispositivos constitucionais exigiria reexame da prova documental que orientara a decisão impugnada, circunstância que inviabiliza o processamento do recurso ante a vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte (cf. AI 694.153-AgR, rel. min. Carmén Lúcia, DJ 07.11.2008; AI 694.516, rel. min. Gilmar Mendes, DJ 12.02.2008).

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo. Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 66

Brasília, 24 de setembro de 2009.Ministro JOAQUIM BARBOSA

Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 728.531-6 (312)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : LUIZ RICARDO DE ALBUQUERQUE MACAGI E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO CAVALLINI ANDRADE E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“TETO REMUNERATÓRIO – Aeronautas da Vasp – Inativos – Proventos de aposentadoria reduzidos por força do limite remuneratório estabelecido pelo art. 37, XI, da CF na redação dada pela EC 41/03 – Admissibilidade – Imediata submissão dos vencimentos, proventos e pensões ao teto remuneratório, sem que possa alegar direito adquirido – Inexistente direito líquido e certo – Reforma da sentença – Segurança denegada – Recursos providos” (fl. 95).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 5º, XXXVI, 37, XV, 60, § 4º, IV, e 150, IV, da mesma Carta.

A questão é relevante.Assim, preenchidos os requisitos de admissibilidade do recurso, dou

provimento ao agravo de instrumento e determino a subida dos autos principais para melhor exame da matéria.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 729.239-2 (313)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : RICIERI DONIZETTI LUZIA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MARCELO DE CAMPOS MENDES PEREIRA E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO SÃO PAULO

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“Registro de Imóveis. Dúvida julgada procedente. Negativa de acesso ao registro de carta de adjudicação expedida em reclamação trabalhista. Imóveis penhorados em ações de execução fiscal movida pelo INSS. Indisponibilidade resultante do disposto no art. 53, § 1º, da Lei n. 8.212/1991. Título judicial que assim como qualquer outro, deve ser submetido à qualificação registraria. Registro inviável. Recurso não provido” (fl. 212).

No RE, fundado com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 5º, XXXVI, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. É que o acórdão recorrido está em consonância com a jurisprudência do Tribunal, conforme se observa da ementa do RE 254.497/ES, Rel. Min. Celso de Mello, a seguir transcrita:

“PROCEDIMENTO DE DÚVIDA, EM MATÉRIA DE REGISTROS PÚBLICOS. CARÁTER MATERIALMENTE ADMINISTRATIVO. INEXISTÊNCIA DE CAUSA. NÃO-CABIMENTO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RE NÃO CONHECIDO. - Não cabe recurso extraordinário contra acórdão de Tribunal de Justiça, que, em sede de procedimento de dúvida, instaurado em matéria de registros públicos, julga recurso de apelação. Precedentes”.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 729.691-4 (314)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : AUTO POSTO SANTA EDWIGES LTDAADV.(A/S) : ANA CRISTINA FREIRE DE LIMA DIAS E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Vistos, etc. Trata-se de processo em que se discute a possibilidade de restituição

do ICMS pago antecipadamente no regime de substituição tributária, quando for apurada diferença entre a base de cálculo presumida e a base de cálculo real.

2. Pois bem, o Supremo Tribunal Federal concluiu pela presença de

repercussão geral na matéria em exame (RE 593.849, sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski).

Isso posto, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário. Com base no parágrafo único do art. 328 do RI/STF, determino o retorno dos autos à origem, a fim de que sejam observadas as disposições do art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.805-9 (315)PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : BMP SIDERURGIA S/AADV.(A/S) : RODOLFO DE LIMA GROPEN E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTO

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa, em suma, aos arts. 5º, XXXV e LXIX, 148, e 155, I e § 2º, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada, à exceção do art. 5º, LXIX, da mesma Carta, não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. É que o acórdão recorrido decidiu a questão com base em normas processuais, sendo pacífico na jurisprudência desta Corte o não cabimento de recurso extraordinário sob alegação de má interpretação, aplicação ou inobservância dessas normas. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 562.212/RS, de minha relatoria; AI 592.110/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 645.007/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 524.388/RS, Rel. Min. Marco Aurélio.

Por fim, a pretendida discussão em torno dos requisitos de admissibilidade do mandado de segurança possui natureza meramente processual, que envolve a apreciação de normas infraconstitucionais (RE 225.953/SP, Rel. Min. Celso de Mello; RE 212.537/SP e AI 556.279/MG, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 372.686/PA, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator-

AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.641-9 (316)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : AUTO POSTO DUDÃO LTDAADV.(A/S) : JORGE BERDASCO MARTÍNEZ E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. REPERCUSSÃO GERAL DA

QUESTÃO CONSTITUCIONAL. QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República, contra julgado no qual se discute o direito ao creditamento da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS pago antecipadamente em razão da substituição tributária, na hipótese de o fator gerador se realizar com valor inferior ao presumido.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 593.489,

Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário que, ademais, é objeto de julgamento nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade ns. 2.675/PE e 2.777/SP.

3. O reconhecimento da repercussão geral do tema constitucional torna dispensável a determinação de subida do recurso extraordinário ou de conversão deste agravo de instrumento naquele recurso, pois os autos principais deverão aguardar na origem o julgamento de mérito do Recurso Extraordinário n. 593.489, a teor do que dispõe o art. 543-B do Código de Processo Civil.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 67

No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, devendo ser observado quanto a este o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Retornem os autos deste agravo de instrumento à origem para que sejam apensados aos autos principais.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.915-9 (317)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : JOÃO MARCOS TEIXEIRAADV.(A/S) : SÍLVIA CHRISTINA DE CARVALHO E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 2º, 5º, XXXV, e 37 da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Bem examinados os autos, verifico que o agravante deixou de juntar a cópia integral do recurso extraordinário (fls. 344-357), o que inviabiliza a admissibilidade do recurso.

Segundo a jurisprudência deste Tribunal, o agravo de instrumento deve ser instruído com as peças obrigatórias e também com as necessárias ao exato conhecimento das questões discutidas (Súmula 288 do STF). A falta de qualquer delas autoriza o relator a negar seguimento ao agravo, com base no § 1º do art. 21 do RISTF e no art. 557 do CPC.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. É que a apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de normas infraconstitucionais. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Além disso, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 279 do STF.

Por fim, quanto ao art. 5º, XXXV, da Constituição, observe-se que julgamento contrário aos interesses da parte não basta à configuração da negativa de prestação jurisdicional.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.434-1 (318)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : LUIZ MARCELO COCKELLAGDO.(A/S) : ESTER DE LIMA CAMPOS (REPRESENTADA POR SUA

MÃE OLIMPIA DE LIMA CAMPOS)ADV.(A/S) : ADEMIR DE OLIVEIRA PIERRE E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição), em que se discute a perda da qualidade de segurado para concessão de benefício previdenciário.

O recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende os preceitos dos arts. 5º, caput, I, II, 195, § 5º, versa questões constitucionais não ventiladas na decisão recorrida. Ao inovar nos autos, incidindo no óbice da Súmula 282.

Acrescente-se que inexiste a alegada ofensa ao art. 5º, XXXV e LV, da Constituição, pois o acórdão recorrido, ao julgar o recurso interposto, inequivocamente prestou jurisdição, em observância aos princípios do contraditório e da ampla defesa.

Também, não há violação do art. 93, IX, da Constituição, na medida em que o acórdão recorrido está devidamente fundamentado, ainda que com sua fundamentação não concorde o ora agravante.

Ademais, verifico que a alegada ofensa aos dispositivos tidos por violados demanda o exame prévio da legislação infraconstitucional, de modo que se trata de alegação de violação indireta ou reflexa à Constituição, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário.

Por fim, a análise das questões constitucionais suscitadas implica reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso, ante a vedação contida

no enunciado da Súmula 279 desta Corte.Nesse sentido: RE 556.214 (rel. min. Ellen Gracie, DJe de

25.11.2008); RE 580.576 (rel. min. Carlos Britto, DJe de 23.06.2009); AI 623.793 (rel. min. Menezes Direito, DJe de 11.04.2009); AI 745.324 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 04.08.2009); AI 575.167 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 28.09.2007); AI 625.249 (rel. min. Marco Aurélio, DJe de 15.04.2009); AI 585.178 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 05.06.2006); AI 638.548 (rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ de 10.04.2007); RE 591.350 (rel. min. Cezar Peluso, DJ de 09.03.2006) e AI 396.686-AgR (rel. min. Sydney Sanches, DJ de 22.11.2002).

Do exposto, nego seguimento ao presente agravo.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.523-3 (319)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : SANDOVAL DOS SANTOS GONÇALVESADV.(A/S) : ODILON MONTERIO BONFIMAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário criminal.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, violação ao art. 5º, LV, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. O acórdão recorrido decidiu a questão com base em normas processuais, sendo pacífico na jurisprudência desta Corte o não cabimento de recurso extraordinário sob alegação de má interpretação, aplicação ou inobservância dessas normas. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 562.212/RS, de minha relatoria; AI 592.110/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 645.007/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 524.388/RS, Rel. Min. Marco Aurélio.

Ademais, a violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa, em regra, não dispensa o exame da matéria sob o ponto de vista processual.

Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.166-3 (320)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRÁSADV.(A/S) : CANDIDO FERREIRA DA CUNHA LOBO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA -

DAEEADV.(A/S) : NELSON D DOS SANTOS NAVALHAS

Petição 107.007/2009-STF.Defiro vista dos autos pelo prazo de 5 (cinco) dias (RISTF, art. 86).Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.205-3 (321)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : FUNDO PREVIDENCIÁRIO DO ESTADO DO

AMAZONAS - AMAZONPREVADV.(A/S) : RITA MARIA DE FREITAS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : GUILHERME FARIAS GALINDOADV.(A/S) : AMANDA LIMA MARTINS E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário por ausência de preparo, nos termos do art. 511, caput, do CPC.

Nas razões do agravo alegou-se, em suma, que “o Fundo Previdenciário do Estado do Amazonas – AMAZONPREV é ente pertencente à Fazenda Pública, assim, fazendo jus a todas as prerrogativas, legalmente previstas para esta” (fl. 5).

O recurso não merece acolhida. É que em situação análoga o STF, no julgamento do AI 349.477-AgR/PR, Rel. Min. Celso de Mello, entendeu que

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 68

os entes de cooperação (serviços sociais autônomos e organizações sociais), como no caso dos autos, tem natureza de pessoa jurídica de direito privado e, sendo assim, não dispõem das prerrogativas inerentes à Fazenda Pública.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.075-4 (322)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : WESLEY CARDOSO DOS SANTOS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : FLÁVIO JOSÉ BERTUZZI ABS DA CRUZADV.(A/S) : MOACIR SALMÓRIA E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário que versa sobre matéria ¾ competência para julgar causas envolvendo complementação de aposentadoria por entidade de previdência privada ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 586.453-RG/SE, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado, quanto ao extraordinário, o disposto no art. 543-B do CPC, visto que nele discute-se questão idêntica à apreciada no RE 586.453-RG/SE.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.787-3 (323)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MÚLTIPLOADV.(A/S) : EVARISTO ARAGÃO FERREIRA DOS SANTOS E

OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇUPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE FOZ DO

IGUAÇÚ

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se ofensa aos arts. 5º, II, XXXV e LV, 37, 93, IX, 150, I, e 156, III, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. O acórdão recorrido decidiu a questão com base na legislação infraconstitucional (DL 406/68). A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário (AI 501.290/BA, Rel. Min. Sepúlveda Pertence).

Além disso, o Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

Quanto ao art. 5º, XXXV, da Constituição, observe-se que julgamento contrário aos interesses da parte não basta à configuração da negativa de prestação jurisdicional.

Ademais, o Supremo Tribunal Federal tem decidido no sentido de que o indeferimento de diligência probatória, tida por desnecessária pelo juízo a quo, não viola os princípios do contraditório e da ampla defesa (AI 552.281/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 474.746-AgR/GO, Rel. Min. Carlos Britto; AI 378.628/SP, Rel. Min. Celso de Mello).

Outrossim, para dissentir da conclusão a que chegou o acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Por fim, com a negativa de seguimento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça, tornaram-se definitivos os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido (Súmula 283 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.967-1 (324)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : BANCO SUDAMERIS BRASIL S/AADV.(A/S) : MARCOS JOAQUIM GONÇALVES ALVES E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE LONDRINA

ADV.(A/S) : ANA LÚCIA BOHMANN

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 153, V, e 156, III, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. O acórdão recorrido decidiu a questão com base na legislação infraconstitucional (DL 406/68). A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário (AI 501.290/BA, Rel. Min. Sepúlveda Pertence).

Ademais, para dissentir da conclusão a que chegou o acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.702-4 (325)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO DO BRASIL - PREVIADV.(A/S) : ROSELI APARECIDA SALTORATTO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MARIA ELISA BRAGA CHAGAS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : KARLA DUARTE DE CARVALHO E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário que versa sobre matéria ¾ competência para julgar causas envolvendo complementação de aposentadoria por entidade de previdência privada ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 586.453-RG/SE, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado, quanto ao extraordinário, o disposto no art. 543-B do CPC, visto que nele discute-se questão idêntica à apreciada no RE 586.453-RG/SE.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.526-0 (326)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MODELART METALÚRGICA LTDAADV.(A/S) : DANIEL MARCELINO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se violação aos arts. 5°, XXXV, e 37, caput, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. É que o acórdão recorrido decidiu a questão com base na legislação ordinária (Lei 10.684/2003). A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Quanto ao art. 5º, XXXV, da Constituição, observe-se que julgamento contrário aos interesses da parte não basta à configuração da negativa de prestação jurisdicional.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.615-6 (327)PROCED. : RONDÔNIARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : RONDONIAGORA COMUNICAÇÕES LTDA E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : ELIANIO DE NAZARÉ NASCIMENTOAGDO.(A/S) : ANTÔNIO POSSAMAIADV.(A/S) : FABRÍCIO DOS SANTOS FERNANDES E OUTRO

(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 69

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, IV, e 202 da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. O agravante deixou de juntar a procuração outorgada ao advogado subscritor das contrarrazões ao recurso extraordinário, o que inviabiliza a admissibilidade do recurso.

Segundo a jurisprudência deste Tribunal, o agravo de instrumento deve ser instruído com as peças obrigatórias e também com as necessárias ao exato conhecimento das questões discutidas (Súmula 288 do STF). A falta de qualquer delas autoriza o relator a negar seguimento ao agravo, com base no § 1º do art. 21 do RISTF e no art. 557 do CPC.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. É que para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.660-6 (328)PROCED. : PIAUÍRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : PAULO CÉSAR ALVES DE ARAÚJOADV.(A/S) : EZEQUIEL MIRANDA DIAS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

PIAUÍINTDO.(A/S) : RAIMUNDO MESQUITA LOPESADV.(A/S) : LEÔNCIO DA SILVA COELHO JÚNIOR E OUTRO

(A/S)INTDO.(A/S) : GILVAN SOUSA BARBOSAADV.(A/S) : MARCOS VINÍCIUS BRITO ARAÚJOINTDO.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS SARAIVA SANTIAGOADV.(A/S) : EZEQUIEL CASSIANO DE BRITOINTDO.(A/S) : RENATO GOMES DA SILVA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : RITA DE CASSIA DA COSTA KANEKO

DECISÃO: Vistos, etc.Cuida-se de agravo de instrumento interposto contra decisão

denegatória de recurso extraordinário criminal.Constata-se que a decisão agravada foi publicada em 17.12.2008 (fls.

13) e a petição do presente agravo somente foi protocolada em 14.01.2009 (fls. 02). Logo, de forma extemporânea.

Conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal, em sessão plenária, prossegue vigorante o art. 28 da Lei nº 8.038/90 em matéria penal, restringindo-se a Lei nº 8.950/94, que ampliou o prazo de interposição do agravo para dez dias, ao âmbito normativo do processo civil (AI 197.032, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence).

De mais a mais, não consta dos autos cópia da certidão de publicação do aresto recorrido, da petição de recurso extraordinário, bem como de suas respectivas contrarrazões. Como sabido, incumbe à parte agravante indicar as peças a serem trasladadas e também fiscalizar a correta formação do instrumento, por cuja deficiência responde.

Isso posto, e frente ao art. 38 da Lei nº 8.038/90 e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.947-1 (329)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE RIO DAS OSTRASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE RIO DAS

OSTRASAGDO.(A/S) : BONFIGLIOLI PART EMP IMOB LTDA

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a e c, da Constituição, alegou-se violação ao art. 5º, LIV, LV, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. O acórdão recorrido decidiu a questão com base em normas processuais, sendo pacífico na jurisprudência desta Corte o não-cabimento de recurso extraordinário sob alegação de má interpretação, aplicação ou inobservância dessas normas. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 562.212/RS, de minha relatoria; AI 592.110/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 645.007/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 524.388/RS, Rel. Min. Marco Aurélio.

Ademais, a orientação desta Corte, por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Por fim, verifico que o acórdão recorrido não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição. Incabível, portanto, o recurso pela alínea c do art. 102, III, da Constituição. Nesse sentido: AI 559.324/RJ; AI 488.107/SP, entre outros.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.620-0 (330)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : KÁTIA MARIA DA COSTA SILVAADV.(A/S) : BÁBARA CARLA DA MATA EWERS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: Vistos, etc.Cuida-se de agravo de instrumento interposto contra decisão

denegatória de recurso extraordinário criminal.Constata-se que a decisão agravada foi publicada em 06.03.2009 (fls.

11) e a petição do presente agravo somente foi protocolada em 18.03.2009 (fls. 2). Logo, de forma extemporânea.

Conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal, em sessão plenária, prossegue vigorante o art. 28 da Lei nº 8.038/90 em matéria penal, restringindo-se a Lei nº 8.950/94, que ampliou o prazo de interposição do agravo para dez dias, ao âmbito normativo do processo civil (AI 197.032, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence).

Isso posto, e frente ao art. 38 da Lei nº 8.038/90 e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.457-1 (331)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : HELOÍSA HELENA SOUZA DOS SANTOSADV.(A/S) : FLÁVIO PINHEIRO NETO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA

CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SANTA CATARINA

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

2.O agravo não merece provimento. A parte recorrente não apresentou preliminar formal e fundamentada, no recurso extraordinário, da repercussão geral das questões constitucionais debatidas no caso, não tendo sido observado o disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06.

3.Este Tribunal, no julgamento da Questão de Ordem no AI n. 664.567, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6.9.07, fixou entendimento no sentido de que “a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007”.

4.A intimação do acórdão impugnado deu-se, no caso em exame, em data posterior à fixada naquele julgamento.

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 327, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 752.010-2 (332)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ADRIANA DA SILVA MEDEIROSADV.(A/S) : LARISSA CHAUL DE CARVALHO OLIVEIRA E OUTRO

(A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 70

AGDO.(A/S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA - CEEE

ADV.(A/S) : FLÁVIO BARZONI MOURA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ELLU'S ADMINISTRAÇÃO SERVIÇOS E MÃO DE OBRA

LTDAADV.(A/S) : MARIA FRANCISCA SILVA BETTIMAGDO.(A/S) : COOPERATIVA DE SERVIÇOS E MÃO-DE-OBRA LTDAADV.(A/S) : ANTONIO LOPO E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [CB/88, art. 102, III, § 3º].

2.O agravo não merece provimento. Ambas as Turmas deste Tribunal, por ocasião do julgamento de questão idêntica, fixaram o seguinte entendimento:

“EMENTA: Recurso extraordinário trabalhista: a nulidade de contrato de trabalho firmado com entidade da Administração Pública sem a prévia realização de concurso público – por afronta do artigo 37, II da Constituição – não gera efeitos trabalhistas, sendo devido apenas o saldo de salários pelos dias efetivamente trabalhados: precedentes da Corte.” [AI n. 361.878-AgR, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ de 23.3.04].

“EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO – MATÉRIA TRABALHISTA – DECRETAÇÃO DE NULIDADE DA CONTRATAÇÃO DE SERVIDOR PÚBLICO EFETUADA APÓS A PROMULGAÇÃO DA VIGENTE CONSTITUIÇÃO – RECEBIMENTO DO SALÁRIO COMO ÚNICO EFEITO JURÍDICO VÁLIDO – NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DO CONCURSO PÚBLICO – EXIGÊNCIA CONSTITUCIONAL – RECURSO IMPROVIDO.

O empregado – embora admitido no serviço público, com fundamento em contrato individual de trabalho celebrado sem a necessária observância do postulado do concurso público – tem direito público subjetivo à percepção de remuneração concernente ao período efetivamente trabalhado, sob pena de inaceitável enriquecimento sem causa do Poder Público. Precedentes.” [AI n. 322.524-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, 2ª Turma, DJ de 18.6.02].

3.Além disso, a jurisprudência deste Tribunal fixou-se no sentido de que “as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição”, circunstância que não viabiliza o acesso à instância extraordinária [AI n. 541.361-AgR, de que fui relator, 1ª Turma, DJ de 3.2.06, e AI n. 238.917-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, 2ª Turma, DJ de 20.10.00, entre outros julgados].

Nego seguimento ao agravo com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 752.359-0 (333)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAAGDO.(A/S) : OLGIERDE MELANOWSKIADV.(A/S) : ORLANDO MOISÉS FISCHER PESSUTI E OUTRO

(A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 14, § 9º, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. A apreciação dos temas constitucionais demanda o prévio exame de normas infraconstitucionais (Lei Complementar 64/1990) e da jurisprudência do TSE. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Além disso, a apreciação do RE demanda o exame de matéria de fato, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.241-9 (334)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : CIA AÇUCAREIRA RIO GRANDE E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO VALLADÃO NOGUEIRA E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Em 2/6/2009 intimei a recorrente sobre o interesse no prosseguimento do feito, devido ao pedido de desistência do recurso no Superior Tribunal de Justiça (fl. 201)

Certificado pela Secretaria do Tribunal a ausência de manifestação, prossigo ao julgamento do recurso.

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 5º, LV, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. A pretendida discussão em torno da necessidade de produção de provas possui natureza meramente processual, o que envolve a apreciação de normas infraconstitucionais (AI 540.904/RS, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 473.282/BA, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 232.809/MG, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 399.257/MT, Rel. Min. Carlos Britto).

Além disso, o acórdão recorrido decidiu a questão com base em normas processuais, sendo pacífico na jurisprudência desta Corte o não cabimento de recurso extraordinário sob alegação de má interpretação, aplicação ou inobservância dessas normas. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 562.212/RS, de minha relatoria; AI 592.110/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 645.007/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 524.388/RS, Rel. Min. Marco Aurélio.

Por fim, o Supremo Tribunal Federal tem decidido no sentido de que o indeferimento de diligência probatória, tida por desnecessária pelo juízo a quo, não viola os princípios do contraditório e da ampla defesa (AI 552.281/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 474.746-AgR/GO, Rel. Min. Carlos Britto; AI 378.628/SP, Rel. Min. Celso de Mello).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.749-4 (335)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MS ASSISTÊNCIA MÉDICA S/C LTDAADV.(A/S) : DAGOBERTO JOSÉ STEINMEYER LIMA E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, XXXV e LV, 93, IX, e 105, III, da mesma Carta.

Preliminarmente, verifico não ser necessário examinar a existência de repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso. É que, nos termos do art. 323, primeira parte, do Regimento Interno do STF, redação dada pela Emenda Regimental 21/2007, a verificação da ocorrência de repercussão geral apenas se dará “quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão”. No caso dos autos, há outros fundamentos suficientes para a inadmissibilidade do recurso extraordinário.

O agravo não merece acolhida. É que a orientação desta Corte, por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, XXXV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário.

Ademais, não há contrariedade ao art. 93, IX, da mesma Carta, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Por fim, como tem consignado o Tribunal, por meio de remansosa jurisprudência, não cabe recurso extraordinário fundado em violação ao art. 105, III, da Constituição Federal, para rever a correção, no caso concreto, da decisão do Superior Tribunal de Justiça de conhecer ou não do recurso especial, exceto se o julgamento emanado deste Superior Tribunal apoiar-se em premissas que conflitem, diretamente, com o disposto no referido art. 105, III, o que não ocorre no presente caso. Nesse sentido, transcrevo a ementa do AI 442.654-AgR/PE, Rel. Min. Celso de Mello:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA CARTA POLÍTICA - REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL (STJ) - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO. - A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que a discussão em torno dos requisitos de admissibilidade do recurso especial, dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, não viabiliza o acesso à via recursal

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extraordinária, por tratar-se de tema de caráter eminentemente infraconstitucional, exceto se o julgamento emanado dessa Alta Corte judiciária apoiar-se em premissas que conflitem, diretamente, com o que dispõe o art. 105, III, da Carta Política. Precedentes”.

No mesmo sentido, menciono as seguintes decisões entre outras: AI 399.530-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 521.875-AgR/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 551.506-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau; AI 626.814-ED/MG, Rel. Min. Menezes Direito; AI 147.736-AgR/DF, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 218.785-AgR/GO, Rel. Min. Ilmar Galvão; AI 520.401-AgR/RJ, Rel. Min. Celso de Mello; RE 326.823-AgR/RJ, Rel. Min. Maurício Corrêa.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.249-6 (336)PROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : LUZIA SILVA DE MELOADV.(A/S) : CARLOS MALLER DE SÁ REVORÊDO E OUTRO

(A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

O presente recurso perdeu o objeto. Com efeito, o Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso

especial para restabelecer a sentença originária (REsp 1.059.156/RN, com trânsito em julgado em 4/9/2008).

Isso posto, julgo prejudicado o recurso (RISTF, art. 21, X).Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.826-9 (337)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : LUCIANO RODRIGUES LEITEADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário criminal.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, violação ao art. 5º, LV, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. A verificação de ofensa aos princípios do contraditório e da ampla defesa, em regra, não dispensa o exame da matéria sob o ponto de vista processual.

Com esse entendimento, a orientação do Tribunal, por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Ademais, para se chegar à conclusão adotada pelo agravante na petição do recurso extraordinário, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.677-1 (338)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : CELSO GOTTARDI E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ODILON BRANDÃO PONTESAGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁAGDO.(A/S) : PARANAPREVIDÊNCIA

ADV.(A/S) : ANDRÉA CRISTINE ARCEGO E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL – REDUTOR SALARIAL SOBRE PROVENTOS E VENCIMENTOS – LEI ESTADUAL N° 11.107/1995 – IMPOSIÇÃO DE SUB-TETOS REMUNERATÓRIOS POR PARTE DO ESTADO MEMBRO – PERÍODO POSTERIOR À EC N° 41/2003 – CABIMENTO – ARTS. 37, INC. XI E 39, § 5°, AMBOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL – INTERPRETAÇÃO SISTEMÁTICA – AUSÊNCIA DE VEDAÇÃO EM SENTIDO CONTRÁRIO – PRECEDENTES – INVERSÃO DOS ÔNUS SUCUMBENCIAIS – SENTENÇA REFORMADA – REEXAME NECESSÁRIO NÃO CONHECIDO – APELOS (1) E (2) PROVIDOS” (fl. 126).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 37, XI, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. É que para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição, faz-se necessário analisar normas infraconstitucionais locais (Lei 11.071/95 do Estado do Paraná), o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF. Nesse sentido, cito o AI 502.552-AgR/PR, Rel. Min. Carlos Britto, cuja ementa segue transcrita:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DO PARANÁ. INCIDÊNCIA DE REDUTOR SALARIAL. LEI ESTADUAL Nº 11.071/95. NATUREZA DAS PARCELAS EXCLUÍDAS. DISCUSSÃO DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. Restringe-se ao âmbito infraconstitucional a controvérsia em torno da natureza das parcelas que os recorrentes pretendem ver excluídas do cômputo do teto remuneratório. Indispensável, no caso, o reexame da legislação local, procedimento vedado na instância extraordinária. Agravo regimental desprovido”.

No mesmo sentido: AI 522.326/PR, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 401.251/PR, Rel. Min. Carlos Britto.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.074-1 (339)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : GRÉCIA RODRIGUES DE OLIVEIRA FERREIRAADV.(A/S) : JOSÉ BERNARDO DE ASSIS JUNIOR E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : ASSISTENTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO

(ARISTÓTELES JOSÉ FERREIRA)ADV.(A/S) : FRANCISCO ROGÉRIO DEL CORSI CAMPOSAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISINTDO.(A/S) : JOSÉ APARECIDO DA COSTAADV.(A/S) : ANDERSON ALVES

DECISÃO: A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal. Não se tratando de conflito direto e frontal com o texto da Constituição, como exigido pela jurisprudência da Corte (RTJ 120/912, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - RTJ 132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO), torna-se inviável o trânsito do recurso extraordinário, cujo processamento foi corretamente denegado na origem.

De outro lado, o acórdão recorrido decidiu a controvérsia à luz dos fatos e das provas existentes nos autos, circunstância esta que obsta o próprio conhecimento do apelo extremo, em face do que se contém na Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Sendo assim, pelas razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 15 de setembro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.734-4 (340)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : FEDERAÇÃO DOS CONTABILISTAS DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULAGTE.(S) : SINDICATO DOS CONTABILISTAS DE SANTA MARIAAGTE.(S) : SINDICATO DOS CONTABILISTAS DE CAXIAS DO SULADV.(A/S) : HERON GUIDO DE MOURA E OUTRO (A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS CONTADORES DO RIO GRANDE DO SUL - SINDICONTA/RS

ADV.(A/S) : LAÍS HELENA CORREA NOGUEIRA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ATHANÁSIOS G. FLESSASADV.(A/S) : LUCIANO BRASILEIRO DE OLIVEIRA

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, II, LIV e LV, 8º, I, II, e III, e 93, IX, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. A apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de normas infraconstitucionais (Código Civil, Código de Processo Civil e Consolidação das Leis do Trabalho). A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Ademais, o Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

Além disso, a orientação desta Corte, por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Ademais, não há contrariedade ao art. 93, IX, da mesma Carta, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Por fim, a discussão quanto à valoração da prova, demanda o exame de matéria de fato, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.574-1 (341)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO DO BRASIL - PREVIADV.(A/S) : FABRÍCIO ZIR BOTHOMÉ E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : GLECI TERESINHA FRANCO DE MORAES E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : PAULO LUIZ PEREIRA E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDÊNCIA PRIVADA. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. AUXÍLIO CESTA ALIMENTAÇÃO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL AUTUARIAL. DESNECESSIDADE.

Agravo interno desprovido” (fl. 85).No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em

suma, ofensa aos arts. 5º, LIV, LV, e 202, da mesma Carta.O agravo não merece acolhida. A pretendida discussão em torno da

necessidade de produção de provas possui natureza meramente processual, o que envolve a apreciação de normas infraconstitucionais (AI 540.904/RS, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 473.282/BA, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 232.809/MG, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 399.257/MT, Rel. Min. Carlos Britto).

Além disso, a orientação desta Corte, por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.610-0 (342)PROCED. : SANTA CATARINA

RELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : ANA BEATRIZ CERISARAINTDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLISADV.(A/S) : EMILIANA ALVES LARAINTDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINAINTDO.(A/S) : JUÍZO FEDERAL DA 3ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA

DO ESTADO DE SANTA CATARINAINTDO.(A/S) : JUÍZO FEDERAL DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL

CÍVEL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“CONFLITO DE COMPETÊNCIA. AÇÃO PARA FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. VALOR DA CAUSA INFERIOR A 60 SALÁRIOS MÍNIMOS. ART. 3º, § 1º, DA LEI Nº 10.259/01. COMPLEXIDADE DA CAUSA. PERÍCIA.

1. O art. 3º, § 1º, da Lei nº 10.259/01 estabelece que ‘compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o valor de sessenta salários mínimos, bem como executar as suas sentenças’.

2. Se o valor da ação ordinária, proposta com o fim de compelir os entes políticos das três esferas de governo a fornecer medicamento à pessoa carente, é inferior ao limite de sessenta salários mínimos previstos no artigo 3º da Lei 10.259/2001, deve ser reconhecida a competência do Juizado Especial Federal para processar e julgar a demanda.

3. Não há vedação legal de que conste no pólo passivo de demanda ajuizada nos Juizados Especiais Federais entes públicos diversos daqueles mencionados no 6º, II, da Lei 10.259/01, em face do caráter suplementar emprestado ao artigo 8º da Lei 9.099/95.

4. A Lei n° 10.259/2001 não exclui de sua competência as disputas que envolvam exame pericial. Em se tratando de cobrança inferior a 60 salários mínimos deve-se conhecer a competência absoluta dos Juizados Federais.

5. Agravo regimental não provido” (fl. 101).No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação

aos arts. 5º, LIV e LV e 98, I, da mesma Carta.O agravo não merece acolhida. A orientação desta Corte é no sentido de que a discussão acerca da

complexidade da matéria na definição da competência dos Juizados Especiais demanda o prévio exame de normas infraconstitucionais. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário, a exemplo do que foi decidido no julgamento do AI 691.906-AgR/RN, Rel. Min. Cármen Lúcia, cuja ementa transcrevo a seguir:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS. PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL. JUIZADO ESPECIAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

1. Fornecimento de medicamentos. Impossibilidade do reexame de provas (Súmula 279).

2. Competência dos Juizados Especiais. Complexidade da matéria. Controvérsia infraconstitucional. Precedentes”.

Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 410.306-AgR/BA, Rel. Min. Gilmar Mendes, AI 657.780-AgR/BA, Rel. Min. Menezes Direito, AI 624.713-ED/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia.

Além disso, como tem consignado o Tribunal, por meio de remansosa jurisprudência, a alegada violação ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.684-3 (343)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : FERROBAN - FERROVIAS BANDEIRANTES S/AADV.(A/S) : NILTON DA SILVA CORREIAAGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : WAGNER FERREIRAADV.(A/S) : ÉDISON RODRIGUES LOURENÇO E OUTRO (A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 73

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXECUÇÃO PROVISÓRIA. PENHORA EM DINHEIRO. Decisão, em agravo de petição, mantendo a penhora em dinheiro em execução provisória. Controvérsia dirimida à luz da interpretação de dispositivos da legislação infraconstitucional, não sendo possível, assim, aferir ofensa direta e literal a dispositivo da Constituição Federal de 1988 de modo a admitir o processamento de recurso de revista nos termos do § 2º do artigo 896 da CLT e da Súmula 266 do TST. Agravo de instrumento a que se nega provimento” (fl. 196).

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 5º, II, XXXV, LIV e LV, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como se sabe, o Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

Além disso, a orientação desta Corte, por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.863-4 (344)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : SUDAMAX INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CIGARROS

LTDAADV.(A/S) : CARLOS ROBERTO FORNES MATEUCCI E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, II, XXXV, LIV, LV e LXIX, e 170 da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. A pretendida discussão em torno dos requisitos de admissibilidade do mandado de segurança possui natureza meramente processual, que envolve a apreciação de normas infraconstitucionais (RE 225.953/SP, Rel. Min. Celso de Mello; RE 212.537/SP e AI 556.279/MG, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 372.686/PA, Rel. Min. Ellen Gracie).

Além disso, o acórdão recorrido decidiu a questão com base em normas processuais, sendo pacífico na jurisprudência desta Corte o não cabimento de recurso extraordinário sob alegação de má interpretação, aplicação ou inobservância dessas normas. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 562.212/RS, de minha relatoria; AI 592.110/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 645.007/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 524.388/RS, Rel. Min. Marco Aurélio.

Ademais, o Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

Por fim, a orientação desta Corte, por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.506-6 (345)PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : LUIS GONZAGA COMIN NUNESADV.(A/S) : ATHANÁSIOS GEORGIOS FLESSAS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DO CEARÁ

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário, interposto de acórdão do Superior Tribunal de Justiça, assim ementado:

“RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. DECADÊNCIA. ATO CONCESSIVO DE APOSENTADORIA. ATO ÚNICO E DE EFEITOS CONCRETOS. IMPETRAÇÃO POSTERIOR AO PRAZO DE 120 (CENTO E VINTE) DIAS. DECADÊNCIA CONFIGURADA.

Tratando-se de mandado de segurança com vistas a impugnar o ato concessivo de aposentadoria, o termo inicial do prazo de 120 (cento e vinte) dias para a impetração é a data do próprio ato concessório da aposentadoria ao servidor, uma vez que se trata de um ato único de efeitos concretos (precedentes deste e. STJ).

Agravo regimental desprovido” (fl. 37).No RE, fundado com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-

se violação ao art. 40, § 1º, I, da mesma Carta.O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por

meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. O Tribunal a quo decidiu a questão com base em normas processuais, sendo pacífico na jurisprudência desta Corte o não cabimento de recurso extraordinário sob alegação de má interpretação, aplicação ou inobservância dessas normas. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 562.212/RS, de minha relatoria; AI 592.110/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 645.007/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 524.388/RS, Rel. Min. Marco Aurélio.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.798-9 (346)PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE ANÁPOLISADV.(A/S) : LUCIANA FERREIRA GARCIA ROCHAAGDO.(A/S) : JOANA AUXILIADORA DA SILVAADV.(A/S) : FERNANDA MARTINS FRANCO LEÃO E OUTRO

(A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO. APELAÇÃO CÍVEL EM AÇÃO ORDINÁRIA DE COBRANÇA PARA ATUALIZAÇÃO DE GRATIFICAÇÃO INCORPORADA. SERVIDOR MUNICIPAL. SENTENÇA MANTIDA.

I - Seguindo a sistemática remuneratória dos servidores públicos prevista no artigo 7º, inciso XXX, parágrafo 3º da Constituição Federal, não pode haver discrepância de percentuais entre servidores no exercício do mesmo cargo ou com funções e atribuições idênticas, sob pena de ferir a norma insculpida no Princípio da Isonomia.

II - Em se tratando de revisão de incorporação de gratificação, já reconhecida pela via administrativa, entre servidores do mesmo nível funcional, é de se reconhecer o direito da apelada de ter o percentual adequado a sua função acrescido em seu vencimento.

REMESSA E APELAÇÃO CONHECIDAS E IMPROVIDAS" (fl. 34). No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa

ao art. 7º, XXX, § 3º, da mesma Carta.O agravo não merece acolhida. A apreciação dos temas

constitucionais demanda o prévio exame de normas infraconstitucionais locais (Decreto 11.632/2001, do Município de Anápolis), o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF.

Cabe, por oportuno, transcrever trecho do acórdão recorrido:“Assim (...) a questão sub judice diz respeito não a requerimento para

incorporação de função, mas a revisão de incorporação já reconhecida pela via administrativa como direito da Apelada em ver sua gratificação ser paga no importe de 30% do subsídio do Secretário Municipal, nos termos do artigo 2°, II, do Decreto Municipal nº 11.632/01” (fl.33).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.837-9 (347)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE SANTA CATARINA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 74

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA

AGDO.(A/S) : HOTEL KIRST LTDAADV.(A/S) : MARCOS SPADA ALIBERTI E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que entendeu pela não inclusão dos valores pagos a título de “demanda contratada” (demanda de potência) na base de cálculo do ICMS.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alega-se ofensa aos arts. 150, § 6º, e 155, § 2º, IX, b, e § 3º, da mesma Carta. Sustenta-se, em suma, que a base de cálculo do ICMS corresponde ao valor total da operação de fornecimento de energia elétrica, razão pela qual o valor cobrado a título de “demanda contratada” (demanda de potência) também deve ser incluído.

O agravo não merece acolhida. Bem examinados os autos, verifico que o recurso extraordinário encontra-se sem a assinatura do procurador subscritor da peça. A jurisprudência da Suprema Corte orienta-se no sentido de que não se conhece de recurso sem a assinatura, dado que formalidade essencial de existência do apelo. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 204.804-AgR/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, AI 329.259/RJ e AI 369.606/AM, Rel. Min. Celso de Mello, AI 477.667, Rel. Min. Carlos Velloso.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.173-1 (348)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁAGDO.(A/S) : EMA ANTUNES KENCHICOSKI E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : SERGIO NEY CUÉLLAR TRAMUJAS E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : PARANAPREVIDÊNCIAADV.(A/S) : DAIANE MARIA BISSANI E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário. O acórdão recorrido reconheceu, em favor dos ora agravados, o direito de reenquadramento na função que efetivamente exerciam, anteriormente à Lei Estadual 13.666/2002, preservando-se o nível que ostentavam, quando da sua aposentadoria ocorrida na vigência da Lei Estadual 7.424/1980.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, XXXVI, e 40, § 8º, da mesma carta.

O agravo merece acolhida. É pacífica a jurisprudência deste Tribunal no sentido de que não há direito adquirido a regime jurídico, não havendo falar, portanto, em violação do direito adquirido e do princípio da isonomia se a Administração altera o escalonamento hierárquico da carreira a que pertence o servidor inativo, criando novos níveis para a progressão de servidores da ativa, desde que não implique em redução dos proventos do servidor inativo. Nesse sentido:

“EMENTA: Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Desacerto da decisão não demonstrado. 3. Direito adquirido à regime jurídico. Inexistência. Irredutibilidade de vencimentos. Não-ocorrência. Precedentes. 4. Reenquadramento de servidores inativos na última referência no plano de cargos e salários. Impossibilidade. Precedentes. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 603.036-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes).

“EMENTA: I. Magistério do Estado do Paraná: reenquadramento na sistemática da LC 77/96: extensão aos inativos que preencherem os requisitos individuais exigidos. II. Servidor público: é da jurisprudência do Supremo Tribunal que não há direito adquirido a regime jurídico, no qual se inclui o nível hierárquico que o servidor ocupa na carreira. III. Recurso extraordinário: inviabilidade para o reexame dos fatos da causa, que devem ser considerados ‘na versão do acórdão recorrido’. Precedentes” (AI 598.229-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence).

Cito ainda, as seguintes decisões, entre outras: RE 560.504/DF, e RE 460.765/DF-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso.

Isso posto, com base no art. 544, § 3º e § 4º, do CPC, dou provimento ao agravo de instrumento para conhecer do recurso extraordinário e dar-lhe provimento. Honorários a serem fixados pelo Juízo de Execução, nos termos da legislação processual.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.515-0 (349)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA -

CEEE

ADV.(A/S) : LEONARDO SANTANA DE ABREU E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : RENEO LOPESADV.(A/S) : MARILEI FISCHER

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário, interposto de acórdão assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. CONTRATO DE FINANCIAMENTO FIRMADO PELO USUÁRIO E COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA – CEEE. AUSÊNCIA DE DOCUMENTOS. A documentação juntada com a inicial é suficiente para comprovar o vínculo entre as partes e da negociação. CORREÇÃO MONETÁRIA DEVIDA. Cláusula contratual usual que estabelece restituição de empréstimo após quatro anos, pelo valor histórico. Enriquecimento sem causa. (...) Incidência da correção monetária desde o desembolso do valor contratado. Valor histórico inadmissível. Jurisprudência do STJ. APELO IMPROVIDO” (fl. 105).

No RE, interposto com base no art. 102, III, a e c, da Constituição, alegou-se violação ao art. 5º, XXXVI, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ainda que superados tais óbices, o recurso não prosperaria. É que para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, bem como a análise de cláusulas contratuais, o que atrai a incidência das Súmulas 279 e 454 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.519-9 (350)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ATLAS INDÚSTRIA DE ELETRODOMÉSTICOS LTDAADV.(A/S) : RICARDO M ALMALEH E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“IPI. CREDITAMENTO RELATIVO À AQUISIÇÃO DE BENS DESTINADOS AO ATIVO PERMANENTE. IMPOSSIBILIDADE.

1. Consoante leitura do art. 147, I, do Decreto 2.637/98, não há permissão à utilização de créditos do IPI relativos à aquisição de bens destinados ao ativo permanente da empresa.

2. Ademais, não há que se falar que os bens de produção pertencentes ou não ao ativo imobilizado, por serem usados no processo industrial, acabam se desgastando, fazendo com que o IPI da etapa anterior seja repassado è etapa posterior, já que, como se percebe do mesmo dispositivo ora tratado, há o creditamento de produtos que, embora não se integrando ao novo produto, forem consumidos no processo de industrialização e não desgastados.

3. Precedentes desta Corte” (fls.380).No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição,

alegou-se, em suma, violação aos art. 5º, LV e 153, § 3º, II, da mesma Carta.A questão é relevante.Assim, preenchidos os requisitos de admissibilidade do recurso, dou

provimento ao agravo de instrumento e determino a subida dos autos principais para melhor exame da matéria.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.579-7 (351)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : FIBRA STEEL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDAADV.(A/S) : FÁBIO LUIZ DELGADO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alega-se ofensa ao art. 5º, LV, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. A violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa, em regra, não dispensa o exame da matéria sob o ponto de vista processual, o que caracteriza ofensa reflexa à Constituição e inviabiliza o recurso extraordinário.

Além disso, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 75

acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.925-8 (352)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISAGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : WAGNER LIMA NASCIMENTO SILVAAGDO.(A/S) : ESTELA MARIA CARAZZA CARVALHO E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : FADAIAN CHAGAS CARVALHO E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa aos arts. 1º, 5º, caput, 24, XII, § 1º, 2º e 3º, 25, 149, § 1º, 150, II e 195, § 4º, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Falta o necessário prequestionamento dos artigos apontados, exceto o art. 195, § 4º, da Constituição. Assim, como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. É que o acórdão recorrido está em harmonia com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, pacificada no sentido de que é inconstitucional a cobrança da contribuição previdenciária sobre os proventos de inativos e pensionistas após o advento da EC 20/98 até a edição da EC 41/2003. Nesse sentido: RE 435.210-AgR/AL, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 435.787-AgR/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 405.885-AgR/RS, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 424.055-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.043-1 (353)PROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : GIBRAN LUIS LACHONSKIADV.(A/S) : FRANCISCO ANIS FAIAD E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MARGARETH BOTELHO FERNANDESADV.(A/S) : THAIS HELENA MARQUES DE SOUZA

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“RECURSOS DE APELAÇÕES CÍVEIS – AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER – PRELIMINAR – PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ – INOCORRÊNCIA – ENTREVISTA CONCEDIDA EM CARÁTER SIGILOSO E ATRAVÉS DE MEIO ARDILOSO – PACTO DE SILÊNCIO E DE PROPÓSITO INOBSERVADO – VIOLAÇÃO À HONRA E INTIMIDADE – LEI DE IMPRENSA – ABUSO NO EXERCÍCIO DA LIBERDADE DE MANIFESTAÇÃO – GARANTIA DOS DIREITOS CONSTITUCIONAIS INSCULPIDOS NO ART. 5º DA CARTA MAGNA – RECURSOS IMPROVIDOS.

A liberdade de expressão não pode sobrepor-se à honra e à dignidade humana, uma vez que estes princípios se originam de todo os demais direitos fundamentais garantidos pela nossa Carta Magna de 1988” (fl. 288).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 5º, IV, IX e XIV, e 220, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, a tardia alegação de ofensa ao texto constitucional, apenas deduzida em embargos de declaração, não supre o prequestionamento.

É certo, ainda, que o acórdão recorrido está em harmonia com a jurisprudência da Corte conforme se observa da ementa do AI 595.395/SP, Rel. Min. Celso de Mello, a seguir transcrita:

“LIBERDADE DE INFORMAÇÃO. PRERROGATIVA CONSTITUCIONAL QUE NÃO SE REVESTE DE CARÁTER ABSOLUTO. SITUAÇÃO DE ANTAGONISMO ENTRE O DIREITO DE INFORMAR E OS POSTULADOS DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E DA INTEGRIDADE DA HONRA E DA IMAGEM. A LIBERDADE DE IMPRENSA EM FACE DOS

DIREITOS DA PERSONALIDADE. COLISÃO ENTRE DIREITOS FUNDAMENTAIS, QUE SE RESOLVE, EM CADA CASO, PELO MÉTODO DA PONDERAÇÃO CONCRETA DE VALORES. MAGISTÉRIO DA DOUTRINA. O EXERCÍCIO ABUSIVO DA LIBERDADE DE INFORMAR, DE QUE RESULTE INJUSTO GRAVAME AO PATRIMÔNIO MORAL/MATERIAL E À DIGNIDADE DA PESSOA LESADA, ASSEGURA, AO OFENDIDO, O DIREITO À REPARAÇÃO CIVIL, POR EFEITO DO QUE DETERMINA A PRÓPRIA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA (CF, ART. 5º, INCISOS V E X). INOCORRÊNCIA, EM TAL HIPÓTESE, DE INDEVIDA RESTRIÇÃO JUDICIAL À LIBERDADE DE IMPRENSA. NÃO-RECEPÇÃO DO ART. 52 E DO ART. 56, AMBOS DA LEI DE IMPRENSA, POR INCOMPATIBILIDADE COM A CONSTITUIÇÃO DE 1988. DANO MORAL. AMPLA REPARABILIDADE. PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. EXAME SOBERANO DOS FATOS E PROVAS EFETUADO PELO E. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. MATÉRIA INSUSCETÍVEL DE REVISÃO EM SEDE RECURSAL EXTRAORDINÁRIA. AGRAVO DE INSTRUMENTO IMPROVIDO.”

Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.061-0 (354)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : SOMEVAL SOCIEDADE MERCANTIL DE VEÍCULOS

AUTOMOTORES LTDAADV.(A/S) : JAQUELINE OLIVEIRA SANTOS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário. O acórdão recorrido entendeu pela legitimidade da Instrução Normativa da SRF 54/00, sob o fundamento de que a possibilidade de exclusão do IPI da base de cálculo da contribuição para o PIS e da COFINS, prevista no art. 3º, § 2º, I, da Lei 9.718/98, não se aplica ao cálculo das mencionadas contribuições recolhidas pelos fabricantes e importadores de veículos na condição de contribuintes substitutos dos comerciantes varejistas.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa ao art. 150, I da mesma Carta, sob o argumento de que a Instrução Normativa da SRF 54/00, se sobrepôs ao comando do art. 3º, § 2º, I, da Lei 9.718/98.

O agravo não merece acolhida. O acórdão recorrido decidiu a questão com base na legislação ordinária, Lei 9.718/98, MP 1.991-15/00, MP 2.158-35/01 e IN 54/00. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Por fim, o Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade ao princípio da legalidade, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pela instância a quo. Aplicasse ao caso, por analogia, a Súmula 636 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.327-4 (355)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : JOÃO MENDESADV.(A/S) : JORGE ALEXANDRE RODRIGUES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 58 do ADCT.

O agravo não merece acolhida. Bem examinados os autos, verifico que o agravante deixou de juntar a cópia da petição do recurso extraordinário referente a este agravo, cuja origem é o Processo 2006.72.54.004517-0. A cópia juntada às fls. 173-193 é do Processo 2007.72.54.001816-2, que tem como parte Arcangelo Crepaldi.

Segundo a jurisprudência deste Tribunal, o agravo de instrumento deve ser instruído com as peças obrigatórias e também com as necessárias ao exato conhecimento das questões discutidas (Súmula 288 do STF). A falta de qualquer delas autoriza o relator a negar seguimento ao agravo, com base no § 1º do art. 21 do RISTF e no art. 557 do CPC.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. A

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 76

apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de normas infraconstitucionais. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 338.461-AgR/SP, Rel. Min. Maurício Corrêa; AI 341.583/SP, Rel. Min. Nelson Jobim; AI 614.966/RJ, de minha relatoria; AI 572.418/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 465.810/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.538-9 (356)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULAGDO.(A/S) : REJANE CÔRREA CAUDUROADV.(A/S) : DÉBORA DE MELLO SILVA

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. PROFESSOR. PAGAMENTO DAS DIFERENÇAS REMUNERATÓRIAS RELATIVAS À RETROAÇÃO DA PROMOÇÃO. - O requisito temporal de cinco anos no cargo para a aposentadoria voluntária previsto no inciso II do art. 8º da Emenda Constitucional nº 20/98, vigente à época da aposentadoria, não se aplica às hipóteses de provimento derivado de cargo público, como a promoção de classe dentro da carreira do magistério, fazendo jus o servidor às parcelas retroativas, bem como a implantação do valor da promoção em folha de pagamento. Precedentes desta Corte. - Deve ser afastada a prescrição do fundo do direito, uma vez não decorridos cinco anos desde a publicação do ato de promoção até o ajuizamento da ação, como preleciona a Súmula nº 85 do STJ. Relativamente ao período anterior á publicação, não incide a prescrição qüinqüenal, em face do efeito retroativo do ato administrativo que concedeu a promoção. - O índice de correção monetária não pode ser o previsto no art. 36 da Constituição Estadual, cabível apenas para a via administrativa. Incidência do IGP-M - índice que melhor recompõe as perdas inflacionárias - a contar do vencimento de cada parcela, nos termos da interpretação conjugada da Lei n° 6.899/1981 com as Súmulas n° 43 e 148 do STJ. NEGARAM PROVIMENTO À APELAÇÃO” (fl. 88).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 40, § 1º, III, da mesma Carta, assim como ao art. 2º, II, da EC 41/2003. Sustenta-se, em suma, que ocorreu a violação porque a Constituição exige cinco anos de efetivo exercício no cargo em que se pretende aposentar, no caso, a promoção por acesso é provimento em novo cargo e, portanto, a servidora não teria os cinco anos necessários para a aposentadoria no cargo para o qual foi promovida.

O agravo não merece acolhida. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que a promoção por acesso do servidor constitui forma de provimento derivado e não representa ascensão a cargo diferente daquele em que já estava efetivado. Nesse sentido, cito o AI 651.838/MG, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, cuja ementa segue transcrita:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. REEXAME DE PROVAS E DE LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULAS 279 E 280 DO STF. PROFESSOR. PROMOÇÃO POR ACESSO. CARGO DE CLASSE SUPERIOR. MESMA CARREIRA. ARTIGO 37, II, DA CB/88. OFENSA INOCORRENTE. 1. Reexame de fatos e provas e de legislação local. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmulas ns. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal. 2. O Supremo fixou entendimento no sentido de que a promoção por acesso de professor da rede estadual de ensino não contraria o artigo 37, II, da CB/88, quando ocorre dentro da mesma carreira, não se tratando de ascensão à carreira diversa daquela para a qual o servidor ingressou no serviço público. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.”

No mesmo sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 209.174/ES, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 446.077-AgR/MG, Rel. Min. Carlos Velloso.

Portanto, o acórdão recorrido está em harmonia com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal quando reconhece o direito da agravada de se aposentar com os proventos referentes à promoção por acesso, por não ter sido promovida a cargo diferente daquele que já exercia efetivamente.

Ademais, para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição, faz-se necessário analisar normas infraconstitucionais locais, o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.357-8 (357)PROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : GILENO VARGASADV.(A/S) : ANA CAROLINA PINTO COURI E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : GERALDO DE ANDRADE CARVALHO JÚNIORADV.(A/S) : FABIO SIVIERO BOTELHO DA SILVA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: A decisão de que se recorre negou trânsito a apelo extremo interposto pela parte ora agravante, no qual esta sustenta que o Tribunal “a quo” teria transgredido os preceitos inscritos no art. 5º, incisos XXXV, LIV e LV, e no art. 93, IX, da Constituição da República.

Sob tal perspectiva, revela-se absolutamente inviável o recurso extraordinário em questão.

É que, com relação à alegada ofensa à norma inscrita no art. 5º, XXXV, da Constituição, torna-se evidente que, no caso ora em exame, foi assegurado, à parte ora agravante, o direito de acesso à jurisdição estatal, não se podendo inferir, do insucesso processual que experimentou, o reconhecimento de que lhe teria sido denegada a concernente prestação jurisdicional.

Com efeito, não se negou, à parte recorrente, o direito à prestação jurisdicional do Estado. Este, bem ou mal, apreciou, por intermédio de órgãos judiciários competentes, o litígio que lhe foi submetido.

É preciso ter presente que a prestação jurisdicional, aindaque errônea, incompleta ou insatisfatória, não deixa de configurar-se como resposta efetiva do Estado-Juiz à invocação, pela parte interessada, da tutela jurisdicional do Poder Público, circunstância que afasta a alegada ofensa a quanto prescreve o art.5º, XXXV, da Carta Política, consoante tem enfatizado o magistério jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal (RTJ132/455, Rel. Min. CELSO DE MELLO – RTJ 141/980, Rel. Min. CARLOS VELLOSO - AI120.933-AgR/RS, Rel. Min. NÉRI DA SILVEIRA - AIl25.492-AgR/SP, Rel. Min. CARLOS MADEIRA).

A prestação jurisdicional, que se revela contrária ao interesse de quem a postula, não se identifica, não se equipara, nem se confunde, para efeito de acesso à via recursal extraordinária, com a ausência de prestação jurisdicional.

Cumpre ressaltar, de outro lado, a propósito da alegada violação ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição, que a orientação jurisprudencial emanada desta Suprema Corte, firmada na análise desse particular aspecto no qual se fundamenta o recurso extraordinário em causa, tem salientado, considerado o princípio do devido processo legal (neste compreendida a cláusula inerente à plenitude de defesa), que a suposta ofensa ao texto constitucional, acaso existente, apresentar-se-ia por via reflexa, eis que a sua constatação reclamaria - para que se configurasse - a formulação de juízo prévio de legalidade, fundado na vulneração e infringência de dispositivos de ordem meramente legal.

Daí revelar-se inteiramente ajustável, ao caso ora em exame, o entendimento jurisprudencial desta Corte Suprema, no sentido de que “O devido processo legal - CF, art. 5º, LV - exerce-se deconformidade com a lei” (AI 192.995-AgR/PE, Rel. Min. CARLOS VELLOSO - grifei), razão pela qual a alegação de desrespeito à cláusula do devido processo legal, por traduzir transgressão “indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais” (AI 215.885-AgR/SP, Rel. Min. MOREIRA ALVES – AI414.167/RS, Rel. Min. CEZAR PELUSO - RE 257.533-AgR/RS, Rel. Min. CARLOS VELLOSO), não autoriza o acesso à via recursal extraordinária:

“DUE PROCESS OF LAW E PRINCÍPIO DA LEGALIDADE.- A garantia do devido processo legal exerce-se em conformidade

com o que dispõe a lei, de tal modo que eventual desvio do ato decisório configurará, quando muito, situação tipificadora de conflito de mera legalidade, apto a desautorizar a utilização do recurso extraordinário. Precedentes.”

(RTJ 189/336-337, Rel. Min. CELSO DE MELLO)“– Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LV:

se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal.”

(AI 427.186-AgR/DF, Rel. Min. CARLOS VELLOSO)“Inviável o processamento do extraordinário para debater matéria

infraconstitucional, sob o argumento de violação ao disposto nos incisos LIV e LV do artigo 5º da Constituição.

Agravo regimental improvido.”(AI 447.774-AgR/CE, Rel. Min. ELLEN GRACIE - grifei)Nem se alegue, neste ponto, que a suposta transgressão ao

ordenamento legal - derivada da interpretação que lhe deu o órgão judiciário “a quo” - teria importado em desrespeito ao princípio constitucional da legalidade.

Não se pode desconsiderar, quanto a tal postulado, a orientação firmada pelo Supremo Tribunal Federal, cuja jurisprudência vem proclamando, a propósito desse tema, que o procedimento hermenêutico do Tribunal inferior - quando examina o quadro normativo positivado pelo Estado e dele extrai a interpretação dos diversos diplomas legais que o compõem, para, em razão da inteligência e do sentido exegético que lhes der, obter os elementos necessários à exata composição da lide - não transgride, diretamente, o princípio da legalidade (AI 161.396-AgR/SP, Rel. Min. CELSO

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DE MELLO - AI 192.995-AgR/PE, Rel. Min. CARLOS VELLOSO – AI307.711/PA, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

É por essa razão - ausência de conflito imediato com o texto da Constituição - que a jurisprudência desta Corte vem enfatizando que “A boa ou má interpretação de norma infraconstitucional não enseja o recurso extraordinário, sob color de ofensa ao princípio da legalidade (CF, art. 5º, II)” (RTJ 144/962, Rel. Min. CARLOS VELLOSO - grifei):

“E é pacífica a jurisprudência do S.T.F., no sentido de não admitir, em R.E., alegação de ofensa indireta à Constituição Federal, por má interpretação de normas infraconstitucionais, como as trabalhistas e processuais (...).”

(AI 153.310-AgR/RS, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - grifei)“A alegação de ofensa ao princípio da legalidade, inscrito no art.

5º, II, da Constituição da República, não autoriza, só por si, o acesso à via recursal extraordinária, pelo fato de tal alegação tornar indispensável, para efeito de sua constatação, o exame prévio do ordenamento positivo de caráter infraconstitucional, dando ensejo, em tal situação, à possibilidade de reconhecimento de hipótese de mera transgressão indireta ao texto da Carta Política. Precedentes.”

(RTJ 189/336-337, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Não foi por outro motivo que o eminente Ministro MOREIRA ALVES,

Relator, ao apreciar o tema pertinente ao postulado da legalidade, em conexão com o emprego do recurso extraordinário, assim se pronunciou:

“A alegação de ofensa ao artigo 5º, II, da Constituição, por implicar o exame prévio da legislação infraconstitucional, é alegação de infringência indireta ou reflexa à Carta Magna, não dando margem, assim, ao cabimento do recurso extraordinário.”

(AI 339.607/MG, Rel. Min. MOREIRA ALVES - grifei)Cumpre acentuar, neste ponto, que essa orientação acha-se

presentemente sumulada por esta Corte, como resulta claro da Súmula636 do Supremo Tribunal Federal, cuja formulação possui o seguinte conteúdo:

“Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida.” (grifei)

Cabe registrar, finalmente, a propósito da alegada violação ao postulado constitucional que impõe, ao Poder Judiciário, o dever de motivar suas decisões (CF, art. 93, IX), que o acórdão emanado do Tribunal “a quo” encontra-se extensamente fundamentado, satisfazendo-se, desse modo, por inteiro, a exigência de motivação imposta por aquele preceito da Constituição da República.

É preciso ter presente, ainda no tocante à alegada ausência de motivação da decisão recorrida, que a jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal (RTJ 170/627-628, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.) orienta-se no sentido de que “O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada. Não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RTJ 150/269, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE - grifei).

Em conclusão: qualquer que seja o ângulo sob o qual se examine a pretensão recursal deduzida pela parte ora agravante, o fato é que essa postulação encontra obstáculo de ordem técnica na jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal, consoante resulta claro de decisão, que, emanada desta Corte, reflete, com absoluta fidelidade, o entendimento jurisprudencial prevalecente no âmbito do Tribunal:

“Inviável o processamento do extraordinário para debater matéria infraconstitucional, sob o argumento de violação ao disposto nos artigos 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV e 93, IX da Constituição.

Agravo regimental improvido.”(AI 437.201-AgR/SP, Rel. Min. ELLEN GRACIE - grifei)Sendo assim, e pelas razões expostas, nego provimento ao

presente agravo de instrumento, eis que se revela inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 25 de setembro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.590-8 (358)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : SIRLEI MOTA FRANÇAADV.(A/S) : MICHELI DOS SANTOS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário, interposto de acórdão que manteve sentença que entendeu pela impossibilidade de converter em tempo comum o período trabalhado em condições especiais após 28/5/1998, de acordo com a Súmula 16 da Turma de Uniformização Nacional dos JEF.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa

ao art. 201, § 1º, da mesma Carta, bem como ao art. 15 da Emenda Constitucional 20.

O agravo não merece acolhida. É que a apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de normas infraconstitucionais relativas à contagem de tempo de serviço prestado sob condições especiais (Leis 9.032/95 e 9.528/97, e Decretos 53.831/64, 83.080/79, 2.172/97, e 4.882/03). A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário, de acordo com o decidido pela Primeira Turma do Tribunal, no julgamento do AI 329.355-AgR/SC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence:

“Recurso extraordinário: descabimento: questão relativa à contagem de tempo de serviço especial para efeito de aposentadoria decidida à luz de legislação infraconstitucional (L. 8.213/91): alegada violação a dispositivos constitucionais que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta, que não enseja reexame no RE: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636.”

Nesse sentido menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 366.909/PR, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 467.636/SP, Rel. Min. Nelson Jobim; RE 407.957/RS, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 469.515/MG, Rel. Min. Carlos Britto; RE 477.183/MG, Rel. Min. Eros Grau.

Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Indico, no mesmo sentido, as seguintes decisões, entre outras: AI 568.011/RJ, Rel. Min. Carlos Velloso; RE 467.249/SE, Rel. Min. Carlos Britto; RE 471.990/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 496.775/PR, Rel. Min. Cezar Peluso.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.989-9 (359)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO

HORIZONTEAGDO.(A/S) : JANICE ANTERIO DA ROCHA SILVAADV.(A/S) : EDUARDO MACHADO DIAS E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto em oposição a acórdão que decidiu pela ilegitimidade do recolhimento de contribuição previdenciária incidente sobre o abono de incentivo à participação em reuniões pedagógicas.

2.Deixo de apreciar a existência da repercussão geral, vez que o artigo 323, § 1º, do RISTF dispõe que "[t]al procedimento não terá lugar, quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante, casos em que se presume a existência de repercussão geral”.

3. Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que somente as parcelas incorporáveis ao salário do servidor sofrem a incidência da contribuição previdenciária. Nesse sentido, o RE n. 345.458, 2a Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 11.3.05, e o RE n. 389.903-AgR, 1a

Turma, de minha relatoria, DJ de 5.5.06, ementado nos seguintes termos:“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL INCIDENTE SOBRE HORAS EXTRAS E TERÇO CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS. IMPOSSIBILIDADE.

Somente as parcelas incorporáveis ao salário do servidor sofrem a incidência da contribuição previdenciária.

Agravo regimental a que se nega provimento.”Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo

21, § 1º, do RISTF.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.073-4 (360)PROCED. : BAHIARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DA BAHIAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIAAGDO.(A/S) : RENATO DE SOUZA SALDANHA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JUAREZ APARECIDO JOSÉ DOS SANTOS

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se ofensa aos arts. 5°, caput, XXXVI, 37, caput, XIV, 39, § 1°, 40, § 4º e 93, IX, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 78

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. Para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição, faz-se necessário analisar normas infraconstitucionais locais (Lei Estadual 7.145/97), o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF. Nesse sentido, cito julgamento do AI 604.931-AgR/BA, Rel. Min. Carlos Britto, do qual a ementa segue transcrita:

“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE POLICIAL MILITAR - GAPM. EXTENSÃO AOS SERVIDORES INATIVOS. ACÓRDÃO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, QUE DECIDIU A CONTROVÉRSIA COM BASE NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL PERTINENTE (LEI Nº 7.145/97). INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO STF. Questão restrita ao âmbito infraconstitucional, que não enseja apreciação em recurso extraordinário. Agravo regimental desprovido”.

Por fim, não há contrariedade ao art. 93, IX, da mesma Carta, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.152-0 (361)PROCED. : RORAIMARELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ROBERTO DE ALMEIDAADV.(A/S) : ROBERTO GUEDES DE AMORIMAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE RORAIMAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

RORAIMA

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

2.O agravo é intempestivo. A decisão agravada foi publicada no DJ de 26.5.09 [fl. 112]. A petição de agravo somente foi protocolada no dia 4.6.09, após expirado o prazo de 5 dias previsto no artigo 28 da Lei n. 8.038/90. A intempestividade é evidente.

3.Este Tribunal, resolvendo questão de ordem no julgamento do AI n. 197.032, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 5.12.97, entendeu inaplicáveis ao recurso extraordinário e seu agravo, em matéria criminal, os artigos 541 a 546 do Código de Processo Civil, na redação que lhes foi conferida pela Lei n. 8.950/94.

4.Em matéria penal há de ser observado o prazo da Lei n. 8.038/90 para a interposição do recurso extraordinário e do respectivo agravo de instrumento.

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.249-0 (362)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁAGDO.(A/S) : FALENTIM DE REZENDEADV.(A/S) : SERGIO NEY CUÉLLAR TRAMUJAS E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : PARANAPREVIDÊNCIA SERVIÇO SOCIAL AUTÔNOMOADV.(A/S) : ROGER OLIVEIRA LOPES E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário. O acórdão recorrido reconheceu, em favor do ora agravado, o direito de reenquadramento na função que efetivamente exercia, anteriormente à Lei Estadual 13.666/2002, preservando-se o nível que ostentava, quando da sua aposentadoria ocorrida na vigência da Lei Estadual 7.424/1980.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, XXXVI, e 40, § 8º, da mesma carta.

O agravo merece acolhida. É pacífica a jurisprudência deste Tribunal no sentido de que não há direito adquirido a regime jurídico, não havendo falar, portanto, em violação do direito adquirido e do princípio da isonomia se a Administração altera o escalonamento hierárquico da carreira a que pertence o servidor inativo, criando novos níveis para a progressão de servidores da ativa, desde que não implique em redução dos proventos do servidor inativo. Nesse sentido:

“EMENTA: Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Desacerto da decisão não demonstrado. 3. Direito adquirido à regime jurídico. Inexistência. Irredutibilidade de vencimentos. Não-ocorrência. Precedentes. 4.

Reenquadramento de servidores inativos na última referência no plano de cargos e salários. Impossibilidade. Precedentes. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 603.036-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes).

“EMENTA: I. Magistério do Estado do Paraná: reenquadramento na sistemática da LC 77/96: extensão aos inativos que preencherem os requisitos individuais exigidos. II. Servidor público: é da jurisprudência do Supremo Tribunal que não há direito adquirido a regime jurídico, no qual se inclui o nível hierárquico que o servidor ocupa na carreira. III. Recurso extraordinário: inviabilidade para o reexame dos fatos da causa, que devem ser considerados ‘na versão do acórdão recorrido’. Precedentes” (AI 598.229-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence).

Cito ainda, as seguintes decisões, entre outras: RE 560.504/DF, e RE 460.765/DF-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso.

Isso posto, com base no art. 544, § 3º e § 4º, do CPC, dou provimento ao agravo de instrumento para conhecer do recurso extraordinário e dar-lhe provimento. Honorários a serem fixados pelo Juízo de Execução, nos termos da legislação processual.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.454-1 (363)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : LUIZ ANTÔNIO DOS SANTOSADV.(A/S) : JOSÉ SANTO CECILIANO E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que decidiu que policial militar do Estado do Rio de Janeiro tem direito ao percebimento da Gratificação de Encargos Especiais – GEE, concedida apenas aos coronéis da ativa da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros daquele Estado.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 2º e 37, XIII da mesma carta. Sustentou-se, ainda, a impossibilidade de extensão da Gratificação de Encargos Especiais (GEE).

O recurso não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. É que a apreciação do tema constitucional, no caso, depende do prévio exame de normas infraconstitucionais locais, a cujo exame não se presta o recurso extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF. Nesse sentido, transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas desta Corte:

“Agravo regimental. Agravo de instrumento. Gratificação de encargos especiais. Concessão por processo administrativo. Extensão a outros servidores militares. Impossibilidade. Ofensa a direito local. Precedentes.

1. Não se abre a via do recurso extraordinário para o reexame de matéria ínsita ao plano normativo local. Incidência da Súmula nº 280 desta Corte.

2. Agravo regimental desprovido” (AI 641.870-AgR/RJ, Rel. Min. Menezes Direito, Primeira Turma).

“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. GRATIFICAÇÃO POR ENCARGOS ESPECIAIS. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. OFENSA INDIRETA. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.

1.A controvérsia foi decidida com fundamento na legislação local. Incidência da Súmula n. 280 deste Tribunal.

2.Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 594.415-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma).

Indico, ainda, as seguintes decisões, entre outras: AI 575.082/RJ e AI 578.978/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 650.006/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 720.729-AgR/RJ, de minha relatoria.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.457-2 (364)PROCED. : BAHIARELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : IGOR CAIO REIS SANTOSAGTE.(S) : JOSÉ HILTON SOUZA SANTOSADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DA BAHIAAGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIAADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA

BAHIA

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 79

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

2.O recurso não merece conhecimento. O agravante deixou de trasladar peças essenciais à formação do instrumento. Não constam dos autos cópias da certidão de publicação do acórdão recorrido e da petição de contrarrazões ao recurso extraordinário ou de certidão que comprove sua inexistência. Não tendo sido observado o disposto no artigo 544, § 1º, do Código de Processo Civil, incide a Súmula n. 288 do STF.

3.Ademais, este Tribunal firmou entendimento no sentido de que o ônus de fiscalizar a correta formação do instrumento é exclusivo do agravante [AI n. 237.361-AgR, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 1º.10.99].

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.514-1 (365)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : GILMAR DE OLIVEIRA PINHEIROADV.(A/S) : MÁRCIA REGINA BÜLL E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, III, “a” e “c”, da Constituição do Brasil.

2.Alega-se, no extraordinário, ofensa ao disposto no artigo 5º, LV, da CB/88.

3.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [CB/88, art. 102, III, § 3º].

4.O agravo não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz dos preceitos constitucionais que o recorrente indica como violados. Além disso, os embargos de declaração são ineficazes para ventilar matéria não arguida oportunamente. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

5.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99, e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

6.Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessária a análise da legislação local --- Lei municipal n. 10.072/86. Incide aqui a Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário [AI n. 204.153-AgR, DJ de 30.6.00, e AI n. 231.836-AgR, DJ de 3.9.99].

7. Quanto à alegação de ofensa ao disposto no artigo 5º, LV, da Constituição do Brasil, a jurisprudência deste Tribunal fixou-se no sentido de que “as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição”, circunstância que não viabiliza o acesso à instância extraordinária [AI n. 238.917-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20.10.00].

8.Ademais, entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido implicaria, necessariamente, o reexame da matéria fático-probatória que o orientou, providência vedada nesta instância, em face da incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

9.Por fim, relativamente à alínea “c” do artigo 102 da Constituição do Brasil, melhor sorte não assiste ao recorrente. É que o acórdão impugnado não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição.

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.519-7 (366)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : DESTILARIA DE ÁLCOOL NOVA AVANHANDAVA LTDAADV.(A/S) : MARCELO DUARTE DE OLIVEIRA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que

negou seguimento a recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, III, “a”, da Constituição do Brasil.

2.Deixo de apreciar a existência da repercussão geral, vez que o artigo 323, § 1º, do RISTF dispõe que "[t]al procedimento não terá lugar, quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante, casos em que se presume a existência de repercussão geral”.

3.O agravo não merece provimento. O acórdão recorrido está em consonância com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal segundo a qual o contribuinte não possui direito de crédito de ICMS recolhido quando pago em razão de operações de consumo de energia elétrica, de utilização de serviços de comunicação ou, ainda, de aquisição de bens destinados ao ativo fixo e de materiais de uso e consumo, no período em que vigente o Convênio ICMS 66/88, antes, portanto, da entrada em vigor da Lei Complementar n. 87/96 [AI n. 488.487-AgR, de que fui relator, 1ª Turma, DJ de 5.8.05].

4.No mesmo sentido, o AI n. 456.013-AgR, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 3.2.06, cuja ementa transcrevo:

“1. É pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de que, sob a égide do Convênio ICMS nº 66/88, antes, portanto, da entrada em vigor da Lei Complementar 87/96, não havia ao contribuinte direito de crédito de ICMS recolhido quando pago em razão de operações de consumo de energia elétrica, ou de utilização de serviços de comunicação ou, ainda, de aquisição de bens destinados ao ativo fixo e de materiais de uso e consumo.

2. Agravo regimental improvido”.Nego seguimento ao agravo com fundamento no artigo 21, § 1º, do

RISTF.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.815-4 (367)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : PAULO BIANCHI YANOVICHADV.(A/S) : LEON DANAN E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário criminal.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, violação aos arts. 5º, XXXV, LIV, LV, e 93, IX, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Bem examinados os autos, verifico que o agravante não instruiu adequadamente o agravo com as peças obrigatórias para a sua formação, uma vez que não há autenticação mecânica do protocolo de interposição do recurso extraordinário lançada pelo Tribunal a quo, não sendo possível aferir-se a sua tempestividade (AI 229.960-AgR/DF, Rel. Min. Maurício Corrêa; AI 345.188-AgR/RS, Rel. Min. Celso de Mello; AI 201.348-AgR-ED/BA, Rel. Min. Octavio Gallotti).

Constato, ainda, que não se encontra no instrumento a cópia das contrarrazões ao recurso extraordinário ou da certidão que ateste o transcurso do prazo para o seu oferecimento.

Segundo a jurisprudência deste Tribunal, o agravo de instrumento deve ser instruído com as peças obrigatórias e necessárias ao exato conhecimento das questões discutidas (Súmula 288 do STF). A falta de qualquer delas autoriza o relator a negar seguimento ao agravo, com base no art. 21, § 1º, do RISTF e no art. 28, § 1º, da Lei 8.038/90.

Ademais, a decisão agravada está em consonância com a remansosa jurisprudência desta Corte, no sentido de que não cabe rever, em recurso extraordinário, questões processuais de natureza infraconstitucional relativas aos requisitos de admissibilidade de recurso da competência do Superior Tribunal de Justiça. Nesse sentido, transcrevo a ementa do AI 442.654-AgR/PE, Rel. Min. Celso de Mello:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS INSCRITOS NA CARTA POLÍTICA - REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL (STJ) - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO. - A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou entendimento no sentido de que a discussão em torno dos requisitos de admissibilidade do recurso especial, dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, não viabiliza o acesso à via recursal extraordinária, por tratar-se de tema de caráter eminentemente infraconstitucional, exceto se o julgamento emanado dessa Alta Corte judiciária apoiar-se em premissas que conflitem, diretamente, com o que dispõe o art. 105, III, da Carta Política. Precedentes” (AI 442.654-AgR/PE, Rel. Min. Celso de Mello).

No mesmo sentido, menciono os seguintes precedentes, entre outros: AI 399.530-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 521.875-AgR/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 551.506-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau; AI 626.814-ED/MG, Rel. Min. Menezes Direito.

De qualquer maneira, a orientação desta Corte, por meio de

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 80

remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Além disso, não há contrariedade ao art. 93, IX, da mesma Carta, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. O mencionado dispositivo constitucional não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador informe de forma clara e concisa as razões de seu convencimento, tal como ocorreu. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Por fim, verifico que o acórdão recorrido não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição. Incabível, portanto, o recurso pela alínea c do art. 102, III, da Constituição. Nesse sentido: AI 228.270-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Britto e AI 733.859-AgR/RN, Rel. Min. Eros Grau, entre outros.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.872-1 (368)PROCED. : PARÁRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : PLÍNIO TEIXEIRA COELHOADV.(A/S) : PEDRO XAVIER COELHO SOBRINHO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : ARNULFO PARRA SANTOSADV.(A/S) : GUARACY DA SILVA FREITAS E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : CORACY VILHENA DOS SANTOSADV.(A/S) : ANTONIO JOSE DANTAS RIBEIROINTDO.(A/S) : LEOCADIO RODRIGUES PANTOJAADV.(A/S) : JORGE LUIZ TANGERINOINTDO.(A/S) : SEBASTIÃO ALVES DA SILVAADV.(A/S) : ALBERTO SIMONETTI CABRAL NETO

DECISÃO: O recurso extraordinário é intempestivo. O acórdão recorrido foi publicado em 8.10.04 e a interposição do extraordinário somente ocorreu em 3.11.04, depois de expirado o prazo recursal.

2.Além disso, não há neste instrumento qualquer documento que comprove eventual feriado local ou suspensão de prazos processuais pelo Tribunal a quo, que não seja de conhecimento obrigatório pelo Tribunal ad quem. De resto, não é admitida a juntada posterior de documento como tal quando os autos já se encontrem neste Tribunal. Nesse sentido, AI n. 536.171-AgR, de que fui relator, 1ª Turma, DJ de 10.3.06, e AI n. 413.956-AgR, Relatora a Ministra Ellen Gracie, 2ª Turma, DJ de 3.9.04, entre outros julgados.

Nego seguimento ao agravo com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.952-3 (369)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : SMEP INDÚSTRIA DE EMBALAGENS LTDAADV.(A/S) : FELIPE SIMONETTO APOLLONIO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Vistos, etc. Cuida-se de processo em que se discute a legitimidade da majoração

da alíquota do ICMS, tendo em vista a proibição de vinculação de receita.2. Pois bem, o Supremo Tribunal Federal concluiu pela presença de

repercussão geral na matéria em exame (RE 585.535, sob a relatoria da ministra Ellen Gracie).

Isso posto, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário. Com base no parágrafo único do art. 328 do RI/STF, determino o retorno dos autos à origem, a fim de que sejam observadas as disposições do art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.040-8 (370)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ROMEO SCOMMEGNAADV.(A/S) : MARCOS HENRIQUE SILVÉRIO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : GUSTAVO MARIANI BOLINAADV.(A/S) : GUILHERME ORLANDO ANCHIETA MELO E OUTRO

(A/S)INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

DECISÃO: Vistos, etc. O recurso não merece acolhida, haja vista a impossibilidade de aferir-

se a tempestividade do agravo, dado que a certidão de intimação da decisão agravada se apresenta ilegível.

De mais a mais, o recurso extraordinário foi interposto antes do julgamento dos embargos declaratórios opostos contra o aresto impugnado. Portanto, quando da interposição do apelo extremo (que não veio a ser ratificado), não se estava diante de decisão final da causa apta a ensejar a abertura da via extraordinária na forma do inciso III do art. 102 da Carta Magna.

Isso posto, e frente ao art. 38 da Lei nº 8.038/90 e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.099-5 (371)PROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTEAGDO.(A/S) : CARLOS CÉSAR FONSECA DE OLIVEIRAADV.(A/S) : HELTON DE SOUZA EVANGELISTA E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário. O acórdão porta a seguinte ementa:

“PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. PRELIMINARES DE PRESCRIÇÃO DE FUNDO DE DIREITO E DECADÊNCIA. PRESTAÇÃO DE TRATO SUCESSIVO. SÚMULA 85 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E 443 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. NÃO CARACTERIZAÇÃO. PRECEDENTES DESTE TRIBUNAL. MÉRITO. SERVIDOR PÚBLICO DO PODER JUDICIÁRIO. PRETENSÃO DE PAGAMENTO DA GRATIFICAÇÃO DE TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR, PREVISTA NA LEI 6.373/93 E ALTERAÇÕES POSTERIORES CONTIDAS NAS LEIS 6.485/93, 6.570/94 E 6.719/94. ARGUIÇÃO DE INCOSTITUCIONALIDADE DA LEI 6.373/93 POR VIOLAÇÃO AO INCISO XIV DO ART. 37 DA CF. REJEIÇÃO. REUNIÃO DOS REQUISITOS LEGAIS PELO IMPETRANTE. DIREITO LÍQUIDO E CERTO À PERCEPÇÃO DA VANTAGEM CARACTERIZADO. PRETENSÃO QUE NÃO SE CIRCUNSCREVE À VEDAÇÃO CONTIDA NA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL. IMPLANTAÇÃO DA GRATIFICAÇÃO APÓS TRÂNSITO EM JULGADO. CONCESSÃO PARCIAL DA SEGURANÇA” (fls. 69-70).

No RE, interposto com base no art. 102, III, a e c, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 37, caput, X, XI, XII, XIV, 167, II e 169, § 1º, I e II, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição, faz-se necessário analisar normas infraconstitucionais locais, o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF, conforme se vê do julgamento do AI 733.200-AgR/RN, cuja ementa segue transcrita:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. LEI N. 6.373/93 E LEI COMPLEMENTAR 242/02. OFENSA INDIRETA. LEGISLAÇÃO LOCAL. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PRECEDENTES. A controvérsia foi decidida com fundamento na legislação local. Incidência da Súmula n. 280 deste Tribunal. Agravo regimental a que se nega provimento”.

Além disso, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Por fim, verifico que o acórdão recorrido não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição. Incabível, portanto, o recurso pela alínea c do art. 102, III, da Constituição. Nesse sentido: AI 559.324/RJ; AI 488.107/SP, entre outros.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 81

- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.156-3 (372)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : CENTRO DOS PROFESSORES DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO - CPERS/SINDICATO

ADV.(A/S) : VITAL MOACIR DA SILVEIRA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DESPACHO: Vistos, etc.Oficie-se ao Superior Tribunal de Justiça, solicitando-lhe que informe,

tão logo ocorra, o trânsito em julgado do recurso especial concomitantemente interposto (REsp 650.030), remetendo a esta Corte a cópia pertinente.

Às partes, para, querendo, comunicarem antecipadamente.Aguarde-se na Secretaria.Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.276-1 (373)PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DAS RELIGIOSAS DA INSTRUÇÃO

CRISTÃ - COLÉGIO SANTA CECILIAADV.(A/S) : FRANCISCO HELDER ALVES DO NASCIMENTO E

OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : JOSÉ HERMES ASSUNÇÃO DE OLIVEIRAADV.(A/S) : JOSÉ ANTONIO RIBEIRO MAIA

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário. O acórdão porta a seguinte ementa:

“RECURSO CÍVEL. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS. AMEAÇA E INSCRIÇÃO INDEVIDA DO NOME DO AUTOR NOS ÓRGÃO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. INDENIZAÇÃO PROPORCIONAL AO DANO SOFRIDO. VEDAÇÃO AO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA.

RECURSO CONHECIDO PARCIALMENTE PROVIDO PARA REDUZIR O VALOR DA INDENIZAÇÃO” (fl. 131).

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, II, LIV e 93, IX, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. É que a orientação desta Corte, por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, LIV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário.

Além disso, a exigência do art. 93, IX, da Constituição, não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador informe de forma clara e concisa as razões de seu convencimento, tal como ocorreu. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.284-3 (374)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO DO BRASIL - PREVIADV.(A/S) : FABRÍCIO ZIR BOTHOMÉ E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ALMIRA DE FÁTIMA VALIM CECCONAGDO.(A/S) : ISAIAS CECCONADV.(A/S) : LISANDRO CALIR BIACCHI ADAMES E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso

por outra razão [RISTF, artigo 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [CB/88, artigo 102, III, § 3º].

2.Alega-se, no recurso extraordinário, ofensa ao disposto nos artigos 5º, incisos XXXVI, LIV e LV, 114, I, 201 e 202, caput, da Constituição do Brasil.

3.O agravo não merece provimento. A controvérsia foi decidida no plano da legislação infraconstitucional --- Lei n. 8.078/90, Código de Defesa do Consumidor. Trata-se, portanto, de ofensa indireta à Constituição, insuficiente para desafiar a via extraordinária.

4.Este Tribunal fixou jurisprudência no sentido de que “a ofensa à Constituição, que autoriza admissão do recurso extraordinário, é a ofensa direta, frontal, e não a ofensa indireta, reflexa. Se, para demonstrar a contrariedade à Constituição, tem-se, antes, de demonstrar a ofensa à norma infraconstitucional, é esta que conta para a admissibilidade do recurso” [AI n. 204.153–AgR, 1ª Turma, DJ de 30.6.00, e AI n. 231.836–AgR, 2ª Turma, DJ de 3.9.99].

5.Ademais, entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido implicaria, necessariamente, o reexame de fatos e provas e a análise de cláusulas de contrato, o que é vedado nesta instância, em face do óbice das Súmulas ns. 279 e 454 do Supremo Tribunal Federal.

6.Por fim, a jurisprudência deste Tribunal fixou-se no sentido de que “as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição”, circunstância que não viabiliza o acesso à instância extraordinária [AI n. 238.917-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20.10.00].

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 15 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.303-1 (375)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL D0 MUNICÍPIO DE SÃO PAULOAGDO.(A/S) : ALEXANDRE AUGUSTO JATOBÁ VASCONCELOS E

OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : FABIANO MIGUEL DE OLIVEIRA FILHO E OUTRO

(A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que porta a seguinte ementa:

“Servidor público - Município de São Paulo – Gratificação Especial pela Prestação de Serviços Assistenciais em Saúde - Natureza jurídica de aumento salarial - Possibilidade de inclusão no 13° salário e terço constitucional sobre férias - Apelação e reexame necessário desprovidos” (fl. 111).

No RE, fundado no art. 102, inciso III, alínea a, da Constituição Federal, alegou-se ofensa aos arts. 1°, 2º, 18, caput, 30, I, 37, caput, 39, § 1º, e 169, caput e § 1º, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Falta o necessário prequestionamento dos arts. 1°, 2º, 18, caput, 37, caput, e 39, § 1º, da Constituição. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ademais, o acórdão recorrido, com apoio na legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Leis 11.716/1995, 13.493/2003 e 13.652/2003, do Município de São Paulo), entendeu que a gratificação especial em discussão configura reajuste estipendial concedido indistintamente a todos os servidores e, portanto, deve fazer parte da base de cálculo do terço de férias e do décimo terceiro salário. Para se chegar à conclusão diversa, faz-se necessário o reexame de norma local, o que é inviável nos termos da Súmula 280 do STF. Nesse sentido, menciono, entre outras, as seguintes decisões: AI 584.974-AgR/RS, Rel. Min. Eros Grau; AI 490.312-AgR/MG, Rel. Min. Joaquim Barbosa.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.334-7 (376)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ACIR JOAQUIM DA COSTAADV.(A/S) : RAFAEL CUNHA KULLMANN E OUTRO (A/S)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

DECISÃO: Discute-se nestes autos a constitucionalidade da consideração de processos criminais em andamento para fins de maus antecedentes.

2.O Supremo Tribunal Federal, ao examinar a preliminar de repercussão geral no RE n. 591.054, Relator o Ministro Marco Aurélio, cujo objeto era análogo ao deste feito, recusou o recurso extraordinário, ante a ausência de repercussão geral da questão constitucional.

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 14 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.538-7 (377)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : CÉSAR VIEIRA OURIQUESAGTE.(S) : ODÍLIA AMÉLIA OURIQUESADV.(A/S) : ALLEXSANDRE LÜCKMANN GERENT E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : SANT´ANA - ADMINISTRAÇÃO, CONSTRUÇÃO E

INCORPORAÇÃO DE IMÓVEIS LTDAADV.(A/S) : WILSON MICHEL JENSEN E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se ofensa aos arts. 5°, XXXVI, e 93, IX, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ainda que superado tal óbice, o recurso não prosperaria. É que o acórdão recorrido decidiu a questão com base na legislação ordinária. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Ademais, não há contrariedade ao art. 93, IX, da mesma Carta, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Por fim, cabe ressaltar que a matéria alegada no RE demanda a interpretação de cláusulas contratuais, o que atrai a incidência da Súmula 454 do STF.

Outrossim, com a negativa de seguimento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça (Ag 732.040/SC, com trânsito em julgado em 19/8/2009), tornaram-se definitivos os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido (Súmula 283 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.562-2 (378)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : ARTUR WATZEL JÚNIORADV.(A/S) : MARLENE TEREZINHA GAVAZZI CABRERA E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULO

DECISÃO: Vistos, etc.Cuida-se de agravo de instrumento interposto contra decisão

denegatória de recurso extraordinário criminal.Constata-se que a decisão agravada foi publicada em 28.05.2009 (fls.

90) e a petição do presente agravo somente foi protocolada em 08.06.2009 (fls. 4). Logo, de forma extemporânea.

Conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal, em sessão plenária, prossegue vigorante o art. 28 da Lei nº 8.038/90 em matéria penal, restringindo-se a Lei nº 8.950/94, que ampliou o prazo de interposição do agravo para dez dias, ao âmbito normativo do processo civil (AI 197.032, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence).

De mais a mais, não consta dos autos cópia das contrarrazões ao recurso extraordinário ou de certidão que ateste sua não-apresentação, peças obrigatórias, nos termos do § 1º do art. 544 do CPC, com a redação dada pela Lei nº 10.352/2001. Como sabido, incumbe à parte agravante indicar as peças a serem trasladadas e também fiscalizar a correta formação do instrumento, por cuja deficiência responde.

À derradeira, anoto que a parte recorrente não se desincumbiu do dever processual de que trata o § 2º do art. 543-A do CPC, introduzido pela Lei nº 11.418/2006. Ora, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar a Questão de Ordem no AI 664.567/RS, sob a relatoria do ministro Sepúlveda Pertence, decidiu que: a) “é de exigir-se a demonstração de repercussão geral das questões constitucionais discutidas em qualquer recurso extraordinário, incluído o criminal”; b) “só se aplica a exigência da demonstração da repercussão geral a partir do dia 3 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007”.

Isso posto, e frente ao art. 38 da Lei nº 8.038/90 e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.576-8 (379)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : VILMAR RIBEIRO RODRIGUESPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) interposto pelo Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, de acórdão que entendeu que para a concessão de progressão de regime, somente são exigíveis o cumprimento do lapso temporal e o atestado de bom comportamento carcerário.

No recurso extraordinário, o recorrente sustenta que a decisão do Tribunal a quo contrariou o art. 5º, II, da Carta Magna.

Decido.O Supremo Tribunal Federal, apreciando o AI 754.008-RG, rel. min.

Cezar Peluso, não reconheceu a repercussão geral do tema tratado no presente processo (Requisitos para a concessão de progressão de regime à luz da nova redação dada ao art. 112 da LEP, pela Lei nº 10.792/03, em especial, com relação à realização de exame criminológico).

Do exposto, nos termos dos arts. 543-A, caput, e § 5º; 557, caput, do Código de Processo Civil e do art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao agravo de instrumento.

Publique-se. Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.582-5 (380)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : CENTRO DE EDUCAÇÃO E CRESCIMENTO LTDA E

OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ OSWALDO CORRÊA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal, alegou-se ofensa aos arts. 150, II, 170, IX, 179, 205, e 206 da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Esta Corte, no julgamento da ADI 1.643/DF, Rel. Min. Maurício Côrrea, decidiu pela constitucionalidade do art. 9° da Lei 9.317/96, que prevê a exclusão do Programa Fiscal SIMPLES de determinadas categorias de empresas. Transcrevo a ementa:

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. SISTEMA INTEGRADO DE PAGAMENTO DE IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE. CONFEDERAÇÃO NACIONAL DAS PROFISSÕES LIBERAIS. PERTINÊNCIA TEMÁTICA. LEGITIMIDADE ATIVA. PESSOAS JURÍDICAS IMPEDIDAS DE OPTAR PELO REGIME. CONSTITUCIONALIDADE.

(...)3. Por disposição constitucional (CF, artigo 179), as microempresas e

as empresas de pequeno porte devem ser beneficiadas, nos termos da lei , pela ‘simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas’ (CF, artigo 179).

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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4. Não há ofensa ao princípio da isonomia tributária se a lei, por motivos extrafiscais, imprime tratamento desigual a microempresas e empresas de pequeno porte de capacidade contributiva distinta, afastando do regime do SIMPLES aquelas cujos sócios têm condição de disputar o mercado de trabalho sem assistência do Estado. Ação direta de inconstitucionalidade julgada improcedente”.

Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 411.781-AgR/PR e AI 383.999/PR, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 514.586/PR, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 286.218/RS, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 286.289/RS, Rel. Min. Maurício Corrêa; RE 419.154/RN e AI 452.642-AgR/MG, Rel. Min. Carlos Velloso; RE 288.064/RS, Rel. Min. Eros Grau.

Ademais, ao entender que não há diferença entre os estabelecimentos de ensino e os que exercem atividade de professor, o acórdão recorrido decidiu a questão com base em normas infraconstitucionais, sendo pacífico na jurisprudência desta Corte o não-cabimento de recurso extraordinário sob alegação de má interpretação, aplicação ou inobservância dessas normas. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 512.985-AgR/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 488.129-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 462.681-AgR/RS, Rel. Min. Carlos Britto; AI 502.688-AgR/CE, Rel. Min. Eros Grau; RE 368.885-ED/MT, Rel. Min. Ellen Gracie.

Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, acerca da atividade prestada pela recorrente, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.591-4 (381)PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ADEMIR BERNADINO DE CARVALHOADV.(A/S) : WILLIAM ARIEL ARCANJO LINS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : BERNARDINO PAULINO DE CARVALHOINTDO.(A/S) : ERONIDES VICENTE FERREIRA

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

2.O recurso não merece conhecimento. O agravante deixou de trasladar peças essenciais à formação do instrumento. Não constam dos autos cópias do inteiro teor do acórdão recorrido e da certidão de sua publicação. Não tendo sido observado o disposto no artigo 544, § 1º, do Código de Processo Civil, incide a Súmula n. 288 do STF.

3.Ademais, este Tribunal firmou entendimento no sentido de que o ônus de fiscalizar a correta formação do instrumento é exclusivo do agravante [AI n. 237.361-AgR, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 1º.10.99].

Nego seguimento ao agravo com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.610-1 (382)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : FABIANO LIMA WEBBERAGTE.(S) : EDUARDO LIMA WEBBERADV.(A/S) : PEDRO DA SILVA KREBS E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DECISÃO: O presente recurso não impugna todos os fundamentos em que se apóia o ato decisório ora questionado.

Isso significa que a parte agravante, ao assim proceder, descumpriu uma típica obrigação processual que lhe incumbia atender, pois, como se sabe, impõe-se ao recorrente afastar, pontualmente, cada uma das razões invocadas como suporte da decisão agravada (AI238.454-AgR/SC, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).

O descumprimento desse dever jurídico - ausência de impugnação de cada um dos fundamentos em que se apóia o ato decisório agravado - conduz, nos termos da orientação jurisprudencial firmada por esta Suprema Corte, ao improvimento do agravo interposto (RTJ126/864 - RTJ 133/485 – RTJ 145/940 - RTJ 146/320):

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO - INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO QUE

NÃO IMPUGNA AS RAZÕES DESSE ATO DECISÓRIO - AGRAVO IMPROVIDO.

- Impõe-se, à parte recorrente, quando da interposição do agravo de instrumento, a obrigação processual de impugnar todasas razões em que se assentou a decisão veiculadora do juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes.”

(AI 428.795-AgR/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO)Não basta, portanto, considerada a diretriz jurisprudencial referida,

que a parte agravante, ao deduzir a sua impugnação, restrinja-lhe o conteúdo, limitando-o a alegações extremamente vagas, sem desenvolver, de modo consistente, as razões que apenas genericamente enunciou.

Cabe insistir, neste ponto, que se impõe, a quem recorre, como indeclinável dever processual, o ônus da impugnação especificada, sem o que tornar-se-á inviável a apreciação do recurso interposto.

Sendo assim, pelas razões expostas, não conheço do presente agravo de instrumento.

Publique-se.Brasília, 15 de Setembro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.641-8 (383)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E

TERRITÓRIOSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO

FEDERAL E TERRITÓRIOAGDO.(A/S) : FLORIANO CATHALA LOUREIRO NETOADV.(A/S) : ISMAIL GOMES E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : WANDERLEY MOREIRA VIDALADV.(A/S) : ATAUALPA SOUSA DAS CHAGASADV.(A/S) : VIVIANE MOURA DE SOUSAADV.(A/S) : JOSÉ ALFREDO GAZE DE FRANÇAAGDO.(A/S) : WANDERLEY TEIXEIRA DA SILVAADV.(A/S) : MÁRCIA MARIA ARAÚJO CAIRES E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Vistos, etc.Não consta dos autos cópia das contrarrazões ao recurso

extraordinário apresentado pelo agravado Wanderley Teixeira da Silva, peça obrigatória, nos termos do § 1º do art. 544 do CPC. Como sabido, incumbe à parte agravante indicar as peças a serem trasladadas e também fiscalizar a correta formação do instrumento, por cuja deficiência responde.

Isso posto, e frente ao art. 38 da Lei nº 8.038/90 e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.653-9 (384)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : DIEGO DECKERADV.(A/S) : LUCIANO BONSEMBIANTE CAMPANA E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SUL

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão

denegatória de recurso extraordinário criminal.Constata-se que a decisão agravada foi publicada em 29.07.2009 (fls.

90) e a petição do presente agravo somente foi protocolada em 04.08.2009 (fls. 02). Logo, de forma extemporânea.

Conforme já decidiu o Supremo Tribunal Federal, em sessão plenária, prossegue vigorante o art. 28 da Lei nº 8.038/90 em matéria penal, restringindo-se a Lei nº 8.950/94, que ampliou o prazo de interposição do agravo para dez dias, ao âmbito normativo do processo civil (AI 197.032, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence).

De mais a mais, anoto que a parte recorrente não se desincumbiu do dever processual de que trata o § 2º do art. 543-A do CPC, introduzido pela Lei nº 11.418/2006. Ora, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar a Questão de Ordem no AI 664.567/RS, sob a relatoria do ministro Sepúlveda Pertence, decidiu que: a) “é de exigir-se a demonstração de repercussão geral das questões constitucionais discutidas em qualquer recurso extraordinário, incluído o criminal”; b) “só se aplica a exigência da demonstração da repercussão geral a partir do dia 3 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007”.

Isso posto, e frente ao art. 38 da Lei nº 8.038/90 e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao agravo.

Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 84

Brasília, 25 de setembro de 2009.Ministro CARLOS AYRES BRITTO

Relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.654-6 (385)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLOAGTE.(S) : JERÔNIMO RODRIGUES MANSOADV.(A/S) : JERÔNIMO RODRIGUES MANSO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : JOSE ROBERTO BATISTA DOS SANTOSAGDO.(A/S) : MANOEL JOSE BARBEITASADV.(A/S) : ALOISIO HELENO MANCANO CHAVES

DECISÃO: O recurso extraordinário a que se refere o presente agravo de instrumento não se mostra processualmente viável, eis que desatendida, no caso, a exigência pertinente ao prequestionamento explícito.

Sustenta-se, no recurso extraordinário em questão, que o acórdão recorrido teria ofendido o princípio constitucional atinente à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas (CF, art. 5º, X).

Sob tal perspectiva, revela-se absolutamente inviável o recurso extraordinário interposto pela parte ora agravante.

É que o exame do acórdão recorrido evidencia que, nele, deixaram de ser expressamente examinados os temas de direito constitucional positivo tardiamente suscitados em sede recursal extraordinária.

Como se sabe, ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368, Rel. Min. MOREIRA ALVES - RTJ 131/1391, Rel. Min. CELSO DE MELLO - RTJ144/300, Rel. Min. MARCO AURÉLIO - RTJ 153/989, Rel. Min. CELSO DE MELLO), incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte.

Não ventilada, no acórdão recorrido, a matéria constitucional suscitada pelo recorrente, deixa de configurar-se, tecnicamente, o prequestionamento do tema, necessário ao conhecimento do recurso extraordinário.

A configuração jurídica do prequestionamento - que traduz elemento indispensável ao conhecimento do recurso extraordinário - decorre da oportuna formulação, em momento procedimentalmente adequado, do tema de direito constitucional positivo. Mais do que a satisfação dessa exigência, impõe-se que a matéria questionada tenha sido explicitamente ventilada na decisão recorrida (RTJ 98/754 - RTJ116/451). Sem o cumulativo atendimento desses pressupostos, além de outros igualmente imprescindíveis, não se viabiliza o acesso à via recursal extraordinária, consoante tem proclamado a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (RTJ 159/977).

Impende assinalar, de outro lado, que não se revela cabível proceder, em sede recursal extraordinária, a indagações de caráter eminentemente probatório, especialmente quando se busca discutir elementos fáticos subjacentes à causa penal.

No caso, a verificação da procedência, ou não, das alegações deduzidas pela parte recorrente implicará necessário reexame de fatos e de provas, o que não se admite na sede excepcional do apelo extremo.

Essa pretensão sofre as restrições inerentes ao recurso extraordinário, em cujo âmbito não se reexaminam fatos e provas, circunstância essa que faz incidir, na espécie, a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Não custa enfatizar, consoante adverte o magistério da doutrina (ADA PELLEGRINI GRINOVER, ANTONIO MAGALHÃES GOMES FILHO e ANTONIO SCARANCE FERNANDES, “Recursos no Processo Penal”, p.269/270, item n. 176, 1996, RT), que o reexame dos fatos e das provas constitui tema estranho ao âmbito de atuação do recurso extraordinário (Súmula 279/STF), ainda que se cuide, como no caso, de matéria de índole penal.

Sendo assim, e considerando as razões expostas, nego provimento ao presente agravo de instrumento, eis que se revela inviável o recurso extraordinário a que ele se refere.

Publique-se.Brasília, 15 de setembro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.702-5 (386)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULOAGDO.(A/S) : BAYER S/AADV.(A/S) : PATRÍCIA HELENA BARBELLI E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, sustentou-se, em suma, a legitimidade da incidência do ISS sobre a locação de bens móveis, nos termos do item 79 da lista de serviços do Decreto-Lei 406/68.

O agravo não merece acolhida. O acórdão recorrido está em harmonia com a jurisprudência desta Corte, conforme se observa do julgamento do RE 116.121/SP, Rel. para o acórdão Min. Marco Aurélio, cuja ementa transcrevo a seguir:

“TRIBUTO - FIGURINO CONSTITUCIONAL. A supremacia da Carta Federal é conducente a glosar-se a cobrança de tributo discrepante daqueles nela previstos.

IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS - CONTRATO DE LOCAÇÃO. A terminologia constitucional do Imposto sobre Serviços revela o objeto da tributação. Conflita com a Lei Maior dispositivo que imponha o tributo considerado contrato de locação de bem móvel. Em Direito, os institutos, as expressões e os vocábulos têm sentido próprio, descabendo confundir a locação de serviços com a de móveis, práticas diversas regidas pelo Código Civil, cujas definições são de observância inafastável - artigo 110 do Código Tributário Nacional”.

No mesmo sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 485.707-AgR/DF, Rel. Min. Carlos Velloso; RE 492.689-AgR/MG, Rel. Min. Eros Grau; RE 570.037-AgR/PR, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 490.277-AgR/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes; RE 465.456-AgR/PR, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 450.120-AgR/MG, Rel. Min. Carlos Britto; RE 465.143-AgR/RJ, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 446.003-AgR/PR, Rel. Min. Celso de Mello; AI 551.336-AgR/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 546.588-AgR/MG, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 455.613-AgR/MG, de minha relatoria.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.737-1 (387)PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : AÉCIO FIRMO SILVA THÉ E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCO

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, III, “a”, da Constituição do Brasil em oposição a acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, assim ementado [fl.459]:

“RECURSO DE AGRAVO. DIREITO ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. SERVIDOR PÚBLICO. OFICIAL DE JUSTIÇA. INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE. VERBA QUE NÃO INTEGRA A REMUNERAÇÃO. INCORPORAÇÃO PARA APOSENTADORIA. IMPOSSIBILIDADE.

A indenização de transporte, verba paga aos oficiais de justiça enquanto em atividade, presta-se ao custeio das despesas com deslocamento e não compõem a sua remuneração, sendo uma das razões pela qual não podem integrar os proventos da aposentadoria;

Recurso de agravo não provido, à unanimidade”.2.Alega-se, no recurso extraordinário, ofensa ao disposto nos artigos

1º, III, 5º, XXXVI, e 37, caput, XV, da CB/88.3.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame

só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [artigo 102, III, § 3º, da CB/88].

4.O agravo não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz dos preceitos constitucionais que o recorrente indica como violados. Além disso, os embargos de declaração são ineficazes para ventilar matéria não arguida oportunamente. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

5.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99, e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

6.Ademais, a jurisprudência deste Tribunal fixou-se no sentido de que a verificação, em cada caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada situa-se no campo infraconstitucional [AI n. 135.632-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 3.9.99, AI n. 551.002-AgR, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 16.12.05].

7.Por fim, para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessária a análise da legislação local que disciplina a espécie --- Lei n. 12.643/04 e 12.850/05. Incide o óbice da Súmula n. 280 do STF. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido: o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

Nego seguimento ao agravo com fundamento no artigo 21, § 1º, do

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 85

RISTF.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.809-1 (388)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISAGDO.(A/S) : NÁDIA REGINA DA SILVA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MARIA DE FÁTIMA CHALUB MALTA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, III, “b”, da Constituição do Brasil em oposição a acórdão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, assim ementado [fl. 285]:

“APELAÇÃO CÍVEL. - AÇÃO ORDINÁRIA – ADICIONAL NOTURNO – POLICIAL CIVIL – DIREITO ADQUIRIDO PELA CONSTITUCIÇÃO DA REPÚBLICA E PELA LEI ESTADUAL 10.745/92 – SÚMULA 213, DO STF – PROVIMENTO DO RECURSO”.

2.A parte agravante alega, no recurso extraordinário, ofensa ao disposto nos artigos 2º, 18, 25, 37, X e XIII, e 39, §§ 1º e 3º, da CB/88. Assevera que “não há lei reconhecendo o direito ao adicional noturno aos servidores da Fiscalização e Tributação, não podendo referido benefício ser concedido pelo Judiciário, [...]” [fl. 301].

3.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [artigo 102, III, § 3º, da CB/88].

4.O agravo não merece provimento. Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessária a análise da legislação infraconstitucional local que disciplina a espécie --- artigo 31 da Constituição Estadual de Minas Gerais e Lei estadual n. 10.745/92. Incide o óbice da Súmula n. 280 do STF. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido: o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

Nego seguimento ao agravo com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.837-6 (389)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAUAGTE.(S) : RONILSON CARLOS DE OLIVEIRAADV.(A/S) : LILIAN CAMPOMIZZI BUENO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

2.O agravo é intempestivo. A decisão agravada foi publicada no DJ de 25.4.08 [fl. 228]. A petição de agravo somente foi protocolada no dia 5.5.08, após expirado o prazo de 5 dias previsto no artigo 28 da Lei n. 8.038/90. A intempestividade é evidente.

3.Este Tribunal, resolvendo questão de ordem no julgamento do AI n. 197.032, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 5.12.97, entendeu inaplicáveis ao recurso extraordinário e seu agravo, em matéria criminal, os artigos 541 a 546 do Código de Processo Civil, na redação que lhes foi conferida pela Lei n. 8.950/94.

4.Em matéria penal há de ser observado o prazo da Lei n. 8.038/90 para a interposição do recurso extraordinário e do respectivo agravo de instrumento.

Nego seguimento ao agravo com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.848-0 (390)PROCED. : BAHIARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : CAPEMI - CAIXA DE PECÚLIOS, PENSÕES E

MONTEPIOS BENEFICENTEADV.(A/S) : LUSIANE MARLUCE SOUSA BAHIA E OUTRO (A/S)

AGDO.(A/S) : HELENA VILAS BOAS DOS SANTOSADV.(A/S) : WALDEMIR RODRIGUES GARCIA E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“APELAÇÃO CÍVEL. CONTRATOS DE PECÚLIO POLICIAL MILITAR. DESCONTO EM FOLHA DE PAGAMENTO. MORTE DO SEGURADO. RECUSA DO BENEFÍCIO À VIÚVA POR ATRASO DE TRÊS CONTRIBUIÇÕES. FONTE PAGADORA NEGLIGENCIOU NO DESCONTO. RECISÃO UNILATERAL APÓS 27 ANOS DE CONTRIBUIÇÃO. AÇÃO DE CUMPRIMENTO CONTRATUAL PROCEDÊNCIA. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO A MANUAL DO SEGURADO. NÃO CONFIGURAÇÃO. APELO CONHECIDO E IMPROVIDO” (FL. 97).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa aos arts. 3º, II, 5º, II e XXXVI, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. O acórdão recorrido decidiu a questão com base na legislação ordinária, no caso, o Código de Defesa do Consumidor - CDC. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido: AI 349.529/RS, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 537.096/RS, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 613.681-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau; AI 587.196-AgR/MG, Rel. Min. Cármen Lúcia.

Ademais, como se sabe, o Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).

Por fim, a apreciação do RE demanda o exame de matéria de fato e a interpretação de cláusulas contratuais, o que atrai a incidência das Súmulas 279 e 454 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI - Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.913-0 (391)PROCED. : AMAZONASRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : FUNDO PREVIDENCIÁRIO DO ESTADO DO

AMAZONAS - AMAZONPREVADV.(A/S) : CAROLINE RETTO FROTA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ANTÔNIO DA COSTA ORLANDOADV.(A/S) : ROSEMEIRE SIMÕES DE ALMEIDA

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, XXXVI, 61, e 195, § 5º, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. É que o recurso extraordinário foi julgado deserto, uma vez que a comprovação do preparo deu-se em desacordo com a determinação prevista no art. 511 do Código de Processo Civil. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é no sentido de que incumbe ao recorrente comprovar, no ato de interposição do recurso, o pagamento do respectivo preparo.

No presente caso, trata-se de instituição sem fins lucrativos, com natureza de serviço social autônoma e personalidade jurídica de direito privado, não estando dispensada, portanto, dessa exigência, conforme art. 511, § 1º, do Código de Processo Civil.

Além disso, a jurisprudência da Corte é no sentido que para ter acesso ao benefício da gratuidade, é necessário comprovar sua incapacidade financeira. Nesse sentido cito o julgamento do RE 192.715/SP, Rel. Min. Celso de Mello, cuja ementa segue transcrita:

“BENEFÍCIO DA GRATUIDADE - PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO - POSSIBILIDADE - NECESSIDADE DE COMPROVAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA DE RECURSOS FINANCEIROS - INEXISTÊNCIA, NO CASO, DE DEMONSTRAÇÃO INEQUÍVOCA DO ESTADO DE INCAPACIDADE ECONÔMICA - CONSEQÜENTE INVIABILIDADE DE ACOLHIMENTO DESSE PLEITO - RECURSO IMPROVIDO. - O benefício da gratuidade - que se qualifica como prerrogativa destinada a viabilizar, dentre outras finalidades, o acesso à tutela jurisdicional do Estado - constitui direito público subjetivo reconhecido tanto à pessoa física quanto à pessoa jurídica de direito privado, independentemente de esta possuir, ou não, fins lucrativos. Precedentes. - Tratando-se de entidade de direito privado - com ou sem fins lucrativos -, impõe-se-lhe, para efeito de acesso ao benefício da gratuidade, o ônus de comprovar a sua alegada incapacidade financeira (RT 787/359 - RT 806/129 - RT 833/264 - RF 343/364), não sendo suficiente, portanto, ao contrário do que sucede com a pessoa física ou natural (RTJ 158/963-964 - RT 828/388 - RT 834/296), a mera afirmação de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários advocatícios. Precedentes”.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 86

AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.962-4 (392)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃOAGDO.(A/S) : EDNA BARREIRA COSTAADV.(A/S) : MARIA ISABEL GARBIN ARLANCH E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 2º, 5º, XXXV e LXIX, 37, I e II, 97 e 105, III, a, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido

Além disso, verifico que o agravante não atacou os fundamentos da decisão agravada, relativo à incidência das Súmulas 279 e 282 do STF. Inviável, portanto, o presente recurso, a teor da Súmula 287 do STF. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 580.361-AgR/RS, de minha relatoria; AI 407.427/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 590.913-AgR/RS, Rel. Min. Eros Grau; AI 466.398-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 519.396/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes.

Ainda que superados tais óbices, o recurso não prosperaria. Quanto ao art. 5º, XXXV, da Constituição, observe-se que julgamento contrário aos interesses da parte não basta à configuração da negativa de prestação jurisdicional.

Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.010-3 (393)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIROAGDO.(A/S) : JÚLIO CÉSAR ASSIS DA CUNHAADV.(A/S) : DEBORA BARBOZA DE ASSIS E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 37, II, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Verifico que o agravante não atacou o fundamento da decisão agravada relativo à incidência da Súmula 279 do STF. Inviável, portanto, o presente recurso, a teor da Súmula 287 do STF. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 580.361-AgR/RS, de minha relatoria; AI 407.427/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 590.913-AgR/RS, Rel. Min. Eros Grau; AI 466.398-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 519.396/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes.

Além disso, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.012-8 (394)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : JOAQUIM HEMETÉRIO DE SOUZA NETTO JÚNIOR E

OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ GOMES DE MATOS FILHO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 5º, XXXV e XXXVI, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. A apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de normas infraconstitucionais. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 463.556/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 326.690/DF, Rel. Min. Maurício Côrrea.

Quanto ao art. 5º, XXXV, da Constituição, observe-se que julgamento contrário aos interesses da parte não basta à configuração da negativa de prestação jurisdicional.

Por fim, com a negativa de seguimento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça, tornaram-se definitivos os fundamentos infraconstitucionais que amparam o acórdão recorrido (Súmula 283 do STF).

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.056-2 (395)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSAAGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO

RIO GRANDE DO SULAGDO.(A/S) : JAMIR OLIVEIRA DA SILVAADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) interposto pelo Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul, de acórdão que entendeu que para a concessão de progressão de regime, somente são exigíveis o cumprimento do lapso temporal e o atestado de bom comportamento carcerário.

No recurso extraordinário, o recorrente sustenta que a decisão do Tribunal a quo contrariou o art. 5º, II, da Carta Magna.

Decido.O Supremo Tribunal Federal, apreciando o AI 754.008-RG, rel. min.

Cezar Peluso, não reconheceu a repercussão geral do tema tratado no presente processo (Requisitos para a concessão de progressão de regime à luz da nova redação dada ao art. 112 da LEP, pela Lei nº 10.792/03, em especial, com relação à realização de exame criminológico).

Do exposto, nos termos dos arts. 543-A, caput, e § 5º; 557, caput, do Código de Processo Civil e do art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, nego seguimento ao agravo de instrumento.

Publique-se. Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.058-7 (396)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : RONALDO AZEVEDO PINTOADV.(A/S) : IZABEL CRISTINA V DE ASSUMPÇÃO E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

O agravo não merece acolhida. O agravante não indicou o dispositivo constitucional autorizador do recurso extraordinário, requisito indispensável ao seu conhecimento, a teor do art. 321 do RISTF. No mesmo sentido: AI 558.254-AgR/SP, de minha relatoria; AI 357.834-AgR/BA, Rel. Min. Celso de Mello; AI 554.630-AgR/RJ, Rel. Min. Carlos Velloso.

No tocante à decadência, o acórdão decidiu a questão com base na legislação infraconstitucional (Leis 9.528/97 e 9.711/98), o que configuraria, quando muito, situação de ofensa reflexa à Constituição, inviabilizando o conhecimento do recurso extraordinário.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.082-2 (397)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : COMPANHIA ESTADUAL DE ENERGIA ELÉTRICA -

CEEEADV.(A/S) : SIMONE RODRIGUES FERREIRA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : VALDECIR BAGATINIADV.(A/S) : LORENZO ALBERTO PAULO E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado:

“INTERRUPÇÃO NO FORNECIMENTO DE ENRGIA ELÉTRICA. DÉBITO DECORRENTE DE IRREGULARIDADES TÉCNICAS.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 87

Não se admite a interrupção do serviço de energia elétrica por débito apurado em face de suposta irregularidade técnica no relógio medidor consumo da impetrante” (fl. 22).

No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se ofensa ao art. 175, parágrafo único, I, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. É que a apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de norma infraconstitucional (Lei 8.987/1995 e Código de Defesa do Consumidor-CDC). A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Além disso, a pretendida discussão em torno dos requisitos de admissibilidade do mandado de segurança possui natureza meramente processual, que envolve a apreciação de normas infraconstitucionais (RE 225.953/SP, Rel. Min. Celso de Mello; RE 212.537/SP e AI 556.279/MG, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 372.686/PA, Rel. Min. Ellen Gracie).

Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido, necessário seria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.137-2 (398)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : LAURO MAURÍCIO COSTA NOGUEIRAADV.(A/S) : HENRIQUE DE OLIVEIRA LOPES DA SILVA E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, caput, LIV e LV, 150, II, e 153, III, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. A apreciação dos temas constitucionais demanda o prévio exame de normas infraconstitucionais (Leis 7.713/88 e 8.134/90) e da jurisprudência do STJ. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário.

Além disso, a orientação desta Corte, por meio de remansosa jurisprudência, é a de que a alegada violação ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, em regra, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 556.364-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; AI 589.240-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 450.137-AgR/SP, Rel. Min. Carlos Velloso; AI 563.516-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 450.519-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.141-5 (399)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : CREDEAL MANUFATURA DE PAPÉIS LTDAADV.(A/S) : JOÃO JOAQUIM MARTINELLI E OUTRO (A/S)

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário.

No RE, fundado no art. 102, III, b, da Constituição Federal, alegou-se, em suma, a constitucionalidade do dispositivo mencionado.

No caso, o recurso extraordinário versa sobre matéria – prazo prescricional das ações alusivas à repetição de indébito de tributos sujeitos ao lançamento por homologação – cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 561.908-RG/RS, Rel. Min. Marco Aurélio).

Isso posto, uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado, quanto ao recurso extraordinário, o disposto no art. 543-B do CPC, visto que nele discute-se questão que será apreciada no RE 561.908-RG/RS.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.271-0 (400)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALAGDO.(A/S) : PLANALTO TRANSPORTES LTDAADV.(A/S) : REGIS DE SOUZA RENCK E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : FUNDAÇÃO DOS ECONOMIÁRIOS FEDERAIS -

FUNCEFPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERALINTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão do Superior Tribunal de Justiça, que porta a seguinte ementa:

“TRIBUTÁRIO – CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA – VERBAS RECEBIDAS NOS 15 (QUINZE) PRIMEIROS DIAS DE AFASTAMENTO POR MOTIVO DE DOENÇA – IMPOSSIBILIDADE – BENEFÍCIO DE NATUREZA PREVIDENCIÁRIA – PRECEDENTES STJ.

1. A jurisprudência desta Corte firmou entendimento no sentido de que não incide a contribuição previdenciária sobre a remuneração paga pelo empregador ao empregado, durante os primeiros dias do auxílio-doença, uma vez que tal verba não tem natureza salarial. Inúmeros precedentes.

2. Recurso especial provido” (fl. 107).No RE, fundado no art. 102, inciso III, alínea a, da Constituição

Federal, alegou-se ofensa aos arts. 97, 103-A, e 195, caput, I, a, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. Falta o necessário prequestionamento do art. 195, caput, I, a, da Constituição Federal. Como tem consignado o Tribunal, por meio da Súmula 282, é inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF.

Ainda que superado este óbice, o recurso não prosperaria. A apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de normas infraconstitucionais. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 338.461-AgR/SP, Rel. Min. Maurício Corrêa; AI 341.583/SP, Rel. Min. Nelson Jobim; AI 614.966/RJ, de minha relatoria; AI 572.418/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 465.810/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso.

Além disso, quanto ao art. 97 da Constituição, verifico que não há violação ao princípio da reserva de plenário porque o acórdão recorrido não afastou a aplicação das Leis 8.213/1991 e 8.212/1991. O Tribunal a quo limitou-se a examinar a lei infraconstitucional aplicável à espécie (Lei 8.213/1991), para concluir pela inexistência de natureza salarial, portanto isenta de contribuição previdenciária, na verba paga pelo empregador ao trabalhador nos quinze primeiros dias de auxílio-doença. A discussão, portanto, restringe-se ao âmbito da legislação infraconstitucional, a cujo exame não se presta o recurso extraordinário.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.432-2 (401)PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE

PERNAMBUCOAGDO.(A/S) : ESPEDITO PEDRO DA SILVAADV.(A/S) : JULIO HENRIQUE COSTA BARROS

Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão que porta a seguinte ementa:

“REEXAME NECESSÁRIO E APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS CONTRA O ESTADO. PRISÃO EFETIVADA DE FORMA EQUIVOCADA. CONFUSÃO COM HOMÔNIMO. RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA. 1. Busca o autor compensação pecuniária pelo prejuízo de ordem psíquica por ter sido preso equivocadamente por policiais militares em cumprimento a mandado expedido contra pessoa homônima. 2. É certo que o mandado de prisão estava lacunoso, pois não constava a filiação, elemento decisivo para a distinção entre homônimos, o que caracteriza a ‘faute du service’, o que constituiu a causa mediata da ação estatal defeituosa. 3. Justamente por conta da aludida omissão, cabia aos policiais a confirmação da identidade do autor, o que implica em outra falha do serviço. 4. Não se revela adequada, por isso, a conduta da autoridade policial de simplesmente recolher o autor à prisão - sem buscar qualquer informação que pudesse ratificá-la ou não -, obrigando o

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 88

autor a peticionar em juízo requerendo o relaxamento da prisão, cujo alvará só foi expedido dezessete dias depois. 5. O ordenamento jurídico pátrio, no entanto, prevê a responsabilidade objetiva do Estado no art. 37 §6º CF/88, na modalidade do risco administrativo, em que não se cogita da culpa da Administração ou de seus agentes, bastando que a vítima demonstre o ato lesivo, o nexo causal e o dano experimentado. 6. Presentes os três requisitos caracterizadores da responsabilidade objetiva, não há que se perquirir acerca da culpabilidade, seja do funcionário que emitiu o mandado de prisão, seja dos policiais na execução da ordem, pois esta seria uma questão a ser debatida em sede de direito de regresso pela Administração Pública, incabível nessa oportunidade. 7. O dano moral decorreu da lesão ao patrimônio abstrato ou imaterial do autor, consistente em um bem jurídico, ético e social, que pode ser a liberdade, a honra, a dignidade ou, simplesmente, a paz de espírito, sendo dispensável a prova concreta para a sua caracterização. 8. Não obstante a dificuldade para a quantificação do dano moral - em face da ausência de um critério legal para tanto -, conforme a doutrina e a jurisprudência pátria, o julgador deve fixar uma quantia que seja compatível com a reprovabilidade da conduta, a intensidade e duração do sofrimento da vítima, a capacidade econômica do causador do dano, bem como as condições sociais do ofendido, no intuito de evitar o enriquecimento injustificado do autor e a aplicação de pena exacerbada ao réu. 9. Tal valor não pode ser baixo em demasia, para assegurar o caráter repressivo-pedagógico, nem apresentar-se elevado a ponto de caracterizar um enriquecimento sem causa, pelo que, afigura-se excessivo o valor fixado em primeira instância. 10. Reexame necessário provido parcialmente para o fim de fixar em R$ 20.000,00 (vinte mil reais) o valor da indenização, prejudicado o apelo voluntário” (fl.239).

No RE, interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação ao art. 37, § 6º, da mesma Carta.

O agravo não merece acolhida. O acórdão recorrido, ao concluir pela existência de nexo de causalidade a ensejar a responsabilidade objetiva do Estado, baseou-se no conjunto fático-probatório dos autos, para se chegar à conclusão contrária à adotada, necessário seria o reexame da matéria de fato, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 434.636/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 346.116/PR, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 340.046-AgR/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 346.978/CE, Rel. Min. Ilmar Galvão.

Isso posto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

EMB.DECL.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 663.576-7

(402)

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : FERNANDO REIS DA MOTAADV.(A/S) : LUCIANO HOSSENEMBDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : ANDRÉ LUIS TUCCI E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : COMPANHIA NACIONAL DE SEGUROS GERAIS -

SASSEADV.(A/S) : LUCIANA KLUG E OUTRO (A/S)

Trata-se de embargos de declaração opostos contra decisão da Primeira Turma desta Corte que negou provimento ao agravo regimental.

Insurgiu-se o embargante contra suposta omissão quanto aos argumentos suscitados nas razões do agravo regimental.

Passo a decidir.Em Sessão Administrativa realizada em 2/4/2008, a Corte decidiu

sobrestar todos os processos que aguardam decisão de repercussão geral, independentemente da data de ingresso no Tribunal.

Verifica-se que a matéria em debate – competência para julgar causas envolvendo complementação de aposentadoria por entidade de previdência privada ¾ teve repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 586.453-RG/SE, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, determino o sobrestamento da apreciação dos embargos de declaração até o julgamento de mérito do RE 586.453-RG/SE.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

EMB.DECL.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 690.900-8

(403)

PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : CREFISA S/A - CRÉDITO FINANCIAMENTO E

INVESTIMENTOSADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO JUSTINI ARAÚJO E OUTRO (A/S)EMBDO.(A/S) : OMIR MIRANDAADV.(A/S) : WAGNER CARDEAL OGANAUSKAS

Trata-se de embargos de declaração opostos contra decisão da Primeira Turma que negou provimento ao agravo regimental. Eis o teor do acórdão embargado:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO.

I – Inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Ademais, não opostos embargos de declaração com o fim de suprir a omissão, inviável o recurso, a teor das Súmulas 282 e 356 do STF.

II - Agravo regimental improvido” (fl. 716).A embargante insurge-se contra suposta omissão no acórdão

recorrido a respeito de contradição existente no acórdão do Tribunal a quo.É o breve relatório. Decido.Como se sabe, os embargos de declaração visam sanar omissão,

obscuridade ou contradição de decisão judicial. O acórdão ora atacado não apresenta qualquer desses vícios.

A análise dos autos demonstra que o acórdão examinou de forma adequada a matéria e apreciou, inteiramente, as questões que se apresentavam. As razões de decidir, adotadas por ocasião daquele julgamento, são suficientes para afastar a pretensão da embargante.

Ademais, como consignado na decisão embargada, a matéria constitucional suscitada no extraordinário não foi prequestionada, nem foram interpostos embargos de declaração, o que atrai a incidência das Súmulas 282 e 356 desta Corte.

Ressalta-se, também, que os embargos de declaração não configuram via processual adequada à rediscussão do mérito da causa. São admissíveis em caráter infringente somente em hipóteses excepcionais, de omissão do julgado ou de erro material manifesto. Nesse sentido: RE 223.904-ED/MG, Rel. Min. Ellen Gracie, AO 1.047-ED/RR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, AI 600.506-AgR-ED/GO, Rel. Min. Cezar Peluso.

Outrossim, a jurisprudência desta Corte reconhece a competência do Relator para examinar a admissibilidade dos embargos declaratórios, mesmo que opostos contra decisão colegiada. Nesse sentido: ADI 1.138-ED/RJ, Rel. Min. Carlos Britto; MS 22.899-ED/SP, Rel. Min. Eros Grau; AI 414.533-AgR-ED-ED-EDv-AgR-ED/RN, MI 698-AgR-ED/DF e MS 25.893-AgR-ED/DF, de minha relatoria; AI 436.868-AgR-ED/RJ e RE 509.588-ED/SP e Ext 855-ED/CL, Rel. Min. Celso de Mello; AI 609.912-ED/BA, Rel. Min. Cezar Peluso; HC 89.906, Rel. Min. Cármen Lúcia.

A insurgência da agravante por meio de embargos desprovidos de fundamentação apta a modificar o que decidido pela Turma, demonstra o caráter protelatório deste recurso.

Isso posto, rejeito, desde logo, os presentes embargos declaratórios (art. 21, § 1º, do RISTF) e condeno a embargante ao pagamento de multa de 1% (um por cento) do valor corrigido da causa, ficando a interposição de qualquer outro recurso condicionada ao depósito do respectivo valor.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

EMB.DECL.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 706.224-9

(404)

PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/AADV.(A/S) : DENNIS MACHADO DA SILVEIRA E OUTRO (A/S)EMBDO.(A/S) : ALBERTO RIBAS JUNGBLUTHS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : CARLA SOARES VICENTE E OUTRO (A/S)

Trata-se de embargos de declaração opostos contra decisão da Primeira Turma desta Corte que negou provimento ao agravo regimental.

Insurgiu-se o embargante contra suposta omissão quanto às argumentações no sentido de que a demanda foi proposta contra ex-empregador e não por entidade de previdência privada, bem como ao fato de que, para solucionar a controvérsia será necessária a aplicação das regras do acordo coletivo de trabalho, dispositivos da Consolidação das Leis Trabalhistas, que são leis de direito material trabalhista.

Passo a decidir.Em Sessão Administrativa realizada em 2/4/2008, a Corte decidiu

sobrestar todos os processos que aguardam decisão de repercussão geral, independentemente da data de ingresso no Tribunal.

Verifica-se que a matéria em debate – competência para julgar causas envolvendo complementação de aposentadoria por entidade de previdência privada ¾ teve repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 586.453-RG/SE, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, determino o sobrestamento da apreciação dos embargos de declaração até o julgamento de mérito do RE 586.453-RG/SE.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 89

EMB.DECL.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 698.403-9 (405)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DOS SERVIDORES DO

ESTADO DE MINAS GERAIS - IPSEMGADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISEMBDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES DO DER/MG -

SINTDERADV.(A/S) : HENRIQUE DE ABREU COSTA E OUTRO (A/S)

Trata-se de embargos de declaração contra decisão que, em 12/8/2009, negou seguimento ao agravo regimental.

O agravante alega que a matéria versada nos autos não tem relação com a ADI 3.106/MG.

Não assiste razão ao embargante. É que o entendimento desta Corte é firme no sentido de que é incabível recurso contra decisão que determina a devolução dos autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do CPC. Isso por tratar-se de mero despacho, cujo conteúdo não é impugnável por recurso (art. 504, CPC).

Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, dentre outras: RE 593.078-AgR/PR, Rel. Min. Eros Grau; AI 705.038/MS, Rel. Min Ellen Gracie; AI 696.454-AgR/MS, Rel. Min. Celso de Mello; AI 630.083-AgR/PR, de minha relatoria.

A admissão do recurso e a devolução dos autos à origem não causam qualquer prejuízo às partes, visto que tão logo julgado o mérito do extraordinário submetido à apreciação do Plenário do STF, os Tribunais, Turmas de Uniformização ou Turmas Recursais poderão declarar prejudicados os demais recursos atinentes à mesma questão ou retratar-se.

Isso posto, rejeito, desde logo, os presentes embargos declaratórios (art. 21, § 1º, do RISTF)

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

EMB.DECL.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.207-6 (406)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIEMBTE.(S) : DEPARTAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO DE BAURUADV.(A/S) : CELSO WAGNER THIAGO E OUTRO (A/S)EMBDO.(A/S) : COARACY ANTONIO DOMINGUESADV.(A/S) : HUDSON RICARDO DA SILVA

Trata-se de embargos de declaração opostos contra decisão que negou provimento ao agravo de instrumento.

Insurgiu-se, o embargante, na verdade, contra supostas contradições e omissão no acórdão recorrido. Argumentou-se, em suma, que houve o prequestionamento da matéria constitucional e que a apreciação desta independe da análise da legislação infraconstitucional.

Passo a decidir.Bem reexaminados os autos, vê-se que os embargos de declaração

não merecem acolhida.Como se sabe, os embargos de declaração visam sanar omissão,

obscuridade ou contradição de decisão judicial. A decisão ora atacada não apresenta qualquer desses vícios.

A análise dos autos demonstra que o acórdão examinou de forma adequada a matéria e apreciou, inteiramente, as questões que se apresentavam. As razões de decidir, adotadas por ocasião daquele julgamento, são suficientes para afastar a pretensão do embargante.

Ressalta-se, ainda, que os embargos de declaração não configuram via processual adequada à rediscussão do mérito da causa. São admissíveis em caráter infringente somente em hipóteses excepcionais de omissão do julgado ou de erro material manifesto. Nesse sentido: RE n. 223.904-ED/MG, Rel. Min. Ellen Gracie, AO 1.047-ED/RR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, AI 600.506-AgR-ED/GO, Rel. Min. Cezar Peluso.

Com efeito, os embargos de declaração têm caráter manifestamente protelatório e refletem um inconformismo injustificado do embargante com o resultado da causa.

Isso posto, rejeito, desde logo, os embargos declaratórios (art. 21, § 1º, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -

EMB.DECL.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.825-8 (407)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAEMBTE.(S) : JEDIL COMÉRCIO IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO

LTDAADV.(A/S) : NELSON LACERDA DA SILVA E OUTRO (A/S)EMBDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Embargos de declaração opostos a decisão por mim proferida ao

examinar agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República, contra julgado no qual se discute se a auto-aplicabilidade do § 2º do art. 78 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e a possibilidade de compensação de precatórios de natureza alimentar com débitos tributários.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 566.349, de

minha relatoria, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário.

3. O reconhecimento da repercussão geral do tema constitucional torna dispensável a determinação de subida do recurso extraordinário ou de conversão deste agravo de instrumento naquele recurso, pois os autos principais deverão aguardar na origem o julgamento de mérito do Recurso Extraordinário n. 566.349, a teor do que dispõe o art. 543-B do Código de Processo Civil.

No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, recebo os embargos de declaração como agravo regimental e, em juízo de reconsideração, anulo a decisão agravada e dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, devendo ser observado quanto a este o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Retornem os autos deste agravo de instrumento à origem para que sejam apensados aos autos principais.

Publique-se.Brasília, 25 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 163.414-6 (408)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTES. : ALBINO RODRIGUES E OUTROSADVDOS. : JOSÉ DA SILVA CALDAS E OUTROSRECDO. : UNIÃO (SUCESSORA DA REDE FERROVIÁRIA

FEDERAL S/A - RFFSA)ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão do Tribunal Superior do Trabalho em que se alega violação do art. 5º, XXXV, XXXVI e LV, da Constituição federal.

Cinge-se a controvérsia à procedência da ação rescisória ajuizada pela extinta RFFSA que visou desconstituir acórdão do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2).

Segue resumo dos fatos que desencadearam a referida ação (fls. 966-967):

“Através do DC 02/66, de natureza jurídica, a Corte Superior Trabalhista declarou que os empregados da Autora, sujeitos ao regime trabalhista, fariam jus à complementação dos salários reajustados pela Lei 4.564/64, até os níveis e limites determinados na Lei 4.345/64 (certidão de fls. 67/74). Em razão dessa interpretação normativa os empregados ajuizaram reclamação plúrima, pleiteando a complementação de seus salários reajustados de acordo com a Lei 4.564/64. O pleito foi deferido com base no v. acórdão proferido pelo TST, tendo sido remetida à execução a apuração das eventuais diferenças. A v. sentença exeqüenda concluiu, com base nos elementos revelados por perícia contábil realizada, não haver diferenças em favor dos empregados. Contra essa decisão foi interposto agravo de petição, cujo acórdão está sendo objeto da presente rescisória, que manifestando entendimento contrário e tendo por base a mesma prova pericial, concluiu haverem diferenças em favor dos obreiros. Para tanto, considerou despiciendo o quadro de equivalência de função, porque este não teria atendido os requisitos legais, ‘seja pela sua extemporaneidade, seja, sobretudo, pela impossibilidade de se traçar um paralelo completo entre funções que existem no quadro regular de empregados, mas não presentes no quadro de servidores estatutário da Ferrovia’ (fls. 53).” (grifei).

A ação rescisória foi julgada improcedente pelo TRT2.O Tribunal Superior do Trabalho (TST) deu provimento ao recurso

ordinário para desconstituir o acórdão rescindendo. Aquele Tribunal, por maioria, entendeu que ficou configurada a ofensa à coisa julgada. Destaco a

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 90

ementa (fls. 908):“EXECUÇÃO – LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA – LIMITES – A

liquidação da sentença há que ser feita com observância irrestrita do título executivo judicial, considerando-se os limites subjetivos e objetivos, sob pena de vulneração da coisa julgada.”

Foram rejeitados dois embargos de declaração.A Procuradoria-Geral da República opinou pelo não conhecimento do

recurso.É o relatório. Decido.A tese de ofensa ao art. 5º, XXXVI, por demandar o exame prévio dos

limites objetivos da coisa julgada em face da legislação processual infraconstitucional, é indireta ou reflexa, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário. Nesse sentido: AI 372.358-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ de 28.06.2002), AI 360.265-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ de 20.09.2002), AI 401.735-AgR (rel. min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ de 01.04.2005), AI 451.773-AgR (rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ de 01.09.2006), RE 374.498-AgR (rel. min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJ de 22.10.2004).

E ainda que superado o óbice supramencionado, observo que seria necessário o reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso extraordinário, ante a vedação contida na Súmula 279/STF.

Por fim, inexiste a alegada afronta ao art. 5º, XXXV e LV, da Constituição federal, pois o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, sem violar os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa e tendo enfrentado as questões suscitadas com a devida fundamentação, ainda que com ela não concorde os recorrentes.

Do exposto, nego seguimento ao recurso.Publique-se.Brasília, 9 de setembro de 2009

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 208.112-4 (409)PROCED. : ACRERELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE. : ESTADO DO ACREPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACRERECDO. : CARLOS HENRIQUE LIMA E SILVA E OUTROSADV.(A/S) : JOSÉ BRANCO DA COSTA

DECISÃO : Trata-se de recurso extraordinário interposto de acórdão do Tribunal de Justiça do Acre que reconheceu mora regulamentar em mandado de injunção.

O Estado do Acre alega que o acórdão violou o art. 5º, LXXI, da Constituição ao deferir injunção quando não se constata falta de norma regulamentadora a impedir o exercício de liberdades e direitos constitucionais e/ou prerrogativas inerentes à nacionalidade, soberania e cidadania.

De fato, o acórdão evidencia que o objetivo era garantir isonomia salarial fundada em lei estadual. Destaco dois trechos reveladores:

“Pretendem os impetrantes a regulamentação da Lei no 1.111 e do Decreto Governamental no 113, que importou na criação da Fundação Estadual e Planejamento e Economia Agrícola/FUNCEPA, em substituição à Comissão Estadual de Planejamento Agrícola/CEPA, na qual os impetrantes objetivam garantir igualdade salarial com os demais servidores da FUNCEPA consoante a previsão constante do art. 13, da Lei no1.111 e art. 33, do Decreto Governamental no 113/95, sendo que lhes foi subtraída tal remuneração a partir de janeiro/95.” (fls. 134)

“Conclui-se, portanto, que deve prosperar esta ação, cuja fundamentação se enquadra no exercício de direitos constitucionais, adstrita ao princípio da isonomia, com o conseqüente direito à percepção de diferenças salariais à falta da norma regulamentadora nos precisos termos do inciso LXXI, do art. 5º, da Constituição Federal, segundo o qual será concedido ‘mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e á cidadania.” (fls. 138)

A jurisprudência da Corte revela que não cabe mandado de injunção fundado em contrariedade ao princípio da isonomia, especialmente quando se trata de regulamentação de cargo ou emprego público:

- MANDADO DE INJUNÇÃO. ISONOMIA DE VENCIMENTOS. CONSTITUIÇÃO, ART. 39, PAR. 1. SINDICATO DE SERVIDORES FEDERAIS, EM UMA UNIDADE DA FEDERAÇÃO, QUE VINDICA IGUALDADE DE VENCIMENTOS PARA CERTA CATEGORIA FUNCIONAL, TENDO EM CONTA OS VENCIMENTOS DE OUTRA CATEGORIA FUNCIONAL. LEGITIMIDADE ATIVA DO SINDICATO REQUERENTE. CONSTITUIÇÃO, ART. 8.,III. EMBORA LEGITIMADO O SUPLICANTE, O MANDADO DE INJUNÇÃO, NO CASO, NÃO PODE SER CONHECIDO, POR NÃO SER VIA ADEQUADA A VINDICAR ISONOMIA DE VENCIMENTOS, QUE SÃO FIXADOS EM LEI. OS VENCIMENTOS DOS SERVIDORES QUE COMPOEM A CATEGORIA A QUE SE REFERE A INICIAL DECORREM DE LEI, TANTO QUANTO OS VENCIMENTOS DOS SERVIDORES INDICADOS COMO PARADIGMAS. NÃO CABE DISCUTIR, EM MANDADO DE INJUNÇÃO, OS CONTEUDOS OCUPACIONAIS DOS CARGOS EM

CONFRONTO, AOS EFEITOS DO ART. 39,, PAR. 1., DA CONSTITUIÇÃO, NEM E ELE MEIO ADEQUADO PARA OBTER AUMENTO DE VENCIMENTOS MEDIANTE ALTERAÇÃO DE LEI JA EM VIGOR. PRECEDENTES DO STF. MANDADO DE INJUNÇÃO NÃO CONHECIDO, POR NÃO SER VIA ADEQUADA A DISCUSSÃO DO QUE PRETENDE O REQUERENTE. (MI 347, min. rel. Néri da Silveira, Pleno, DJ 08.04.1994)

O acórdão recorrido divergiu desse entendimento.Do exposto, dou provimento ao recurso extraordinário.Publique-se.Brasília, 25 de setembro de 2009

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 380.712-9 (410)PROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ASE MOTORS LTDA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MONIQUE DE PAULA SCAFF RAFFI E OUTRO (A/S)RECTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO

GROSSO DO SULRECDO.(A/S) : OS MESMOS

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o AI715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, firmou entendimento, posteriormente confirmado no julgamento do RE 540.410-QO/RS, Rel. Min.CEZAR PELUSO, no sentido de que também se aplica o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos deduzidos contra acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 e que veiculem tema em relação ao qual já foi reconhecida a existência de repercussão geral.

Esta Suprema Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, apreciando o RE 593.849/MG, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional nele suscitada, e que coincide, em todos os seus aspectos, com a mesma controvérsia jurídica ora versada na presente causa.

O tema objeto do recurso extraordinário representativo de mencionada controvérsia jurídica, passível de se reproduzir em múltiplos feitos, refere-se à discussão em torno da constitucionalidade, ou não, da restituição da diferença do valor do ICMS recolhido antecipadamente no regime de substituição tributária, quando a base de cálculo da operação for inferior à presumida.

Isso significa que, afastado o sobrestamento desta causa, impõe-se, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei nº 11.418/2006).

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 391.075-2 (411)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : CABRERA VEÍCULOS E PEÇAS LTDAADV.(A/S) : MARCIO ANTONIO DA SILVA NOBRE E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o AI715.423-QO/RS, Rel. Min. ELLEN GRACIE, firmou entendimento, posteriormente confirmado no julgamento do RE 540.410-QO/RS, Rel. Min.CEZAR PELUSO, no sentido de que também se aplica o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos deduzidos contra acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 e que veiculem tema em relação ao qual já foi reconhecida a existência de repercussão geral.

Esta Suprema Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, apreciando o RE 593.849/MG, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, reconheceu existente a repercussão geral da questão constitucional nele suscitada, e que coincide, em todos os seus aspectos, com a mesma controvérsia jurídica ora versada na presente causa.

O tema objeto do recurso extraordinário representativo de mencionada controvérsia jurídica, passível de se reproduzir em múltiplos feitos, refere-se à discussão em torno da constitucionalidade, ou não, da restituição da diferença do valor do ICMS recolhido antecipadamente no regime de substituição tributária, quando a base de cálculo da operação for inferior à presumida.

Isso significa que, afastado o sobrestamento desta causa, impõe-se, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que, neste, seja observado o disposto no art. 543-B e respectivos parágrafos do CPC (Lei nº 11.418/2006).

Publique-se.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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Brasília, 24 de setembro de 2009.Ministro CELSO DE MELLO

Relator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 423.651-6 (412)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : LUCIANO RAFAEL VELENZUELA MARQUEZ

DECISÃO : Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão proferido por Tribunal Regional Federal que teve a seguinte ementa:

“SENTENÇA EXTINTIVA DA EXECUÇÃO FISCAL. RECURSO CABÍVEL. EMBARGOS INFRINGENTES. ART. 34 DA LEI Nº 6.830/80

No caso de o valor da execução ultrapassar 50 OTN´s (283, 43 UFIR), o recurso cabível são os embargos infringentes e não apelação, de acordo com o disposto no art. 34 da Lei de Execuções Fiscais” (fl.24)

No recurso extraordinário a União sustenta que o art. 34 da Lei 6.830/80 é incompatível com o art. 108, II, da Constituição Federal, razão pela qual das sentenças prolatadas em execução fiscal - de valor igual ou inferior a 50 OTN - caberia o recurso de apelação e não o de embargos infringentes.

O recurso extraordinário não merece prosperar. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 710.921-AgR, rel.

min. Eros Grau, DJe de 27.06.2008, já se manifestou no sentido de que o art. 108, II da Constituição federal, não revogou tacitamente o art. 34, da Lei 6830/80. Reproduzo a ementa:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONALIDADE DA LEI 6.830/80. SUPERVENIÊNCIA DO ARTIGO 108, II, DA CB/88. REVOGAÇÃO TÁCITA. NÃO OCORRÊNCIA. PRECEDENTE.

Este Supremo Tribunal Federal já decidiu que o artigo 108, inciso II, da Constituição do Brasil, não revogou tacitamente o disposto no artigo 34 da Lei 6.83/80.

Agravo regimental a que se nega provimento.” Nesse sentido: RE 140.301, rel. min. Octavio Gallotti, DJ de

28.02.1997; RE 591.811, rel. min. Ricardo Lewandowski, DJe de 26.11.2008; AI 740.552, rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 13.03.2009.

Do exposto, nego seguimento ao recurso. Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 434.979-5 (413)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ORLETTI VEÍCULOS E PEÇAS LTDAADV.(A/S) : FLAVIO TEIXEIRA MACIEL LEITE E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre tema (constitucionalidade da restituição da diferença de ICMS pago a mais no regime de substituição tributária, com base no art. 150, § 7º, da CF) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 593.849, rel. min. Ricardo Lewandowski).

Do exposto, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 25 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

PETIÇÃO AVULSA EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO 460.379-9 (414)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOADV.(A/S) : ERMELINDA BISELLI MONTEIRORECDO.(A/S) : EMILE MATTAR E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MARCOS GABRIEL DA ROCHA FRANCO E OUTRO

(A/S)

Referente às Petições/STF 118.920/2009 e 121.862/2009:1.Nada a prover ante a publicação, em 23.9.2008, da decisão que

determinou a devolução dos autos ao Tribunal de origem, nos termos do art. 543-B do Código de Processo Civil.

2.Remeta-se ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para onde foram encaminhados os autos.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 495.949-6 (415)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : MOTOVIATURAS VALE DO RIO PARDO LTDAADV.(A/S) : ANTONINHA BALSEMÃORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : OS MESMOS

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recursos extraordinários interpostos com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República, contra julgado no qual se discute o direito ao creditamento da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS pago antecipadamente em razão da substituição tributária, na hipótese de o fator gerador se realizar com valor inferior ao presumido.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 593.489,

Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário que, ademais, é objeto de julgamento nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade ns. 2.675/PE e 2.777/SP.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Superior Tribunal de Justiça para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 496.028-1 (416)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : DCW DERIVADOS DE PETRÓLEO LTDAADV.(A/S) : FERNANDO AUGUSTO PEREIRA CAETANO E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: A decisão do Superior Tribunal de Justiça que deu provimento ao recurso especial (fls. 400-404) o qual visava ao mesmo fim a que visa o recurso extraordinário já transitou em julgado, prejudicando-o, por perda de seu objeto. Por essa razão, julgo prejudicado o presente recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 500.408-2 (417)PROCED. : GOIÁSRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : PRINCE MOTORS COMÉRCIO DE VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : WAGNER SILVEIRA DA ROCHA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 92

DECISÃO: A repercussão geral da matéria objeto dos presentes autos --- restituição de valores pagos a maior em regime de substituição tributária --- foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal e o mérito da controvérsia será submetido a exame do Pleno desta Corte nos autos do RE n. 593.849, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski.

2.O Plenário deste Tribunal, na Sessão do dia 20 de agosto de 2008, apreciando questão de ordem, decidiu estender a aplicação de dispositivos da repercussão geral a todos os recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados anteriormente a 3 de maio de 2007.

Sendo assim, afasto o sobrestamento e determino a devolução deste feito ao Tribunal de origem [RISTF, 328], para que seja observado o disposto no artigo 543-B e seus parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 504.931-1 (418)PROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO

GROSSORECDO.(A/S) : SINDICATO INTERMUNICIPAL DOS HOTÉIS,

RESTAURANTES, BARES E SIMILARES DO ESTADO DE MATO GROSSO

ADV.(A/S) : FABIANO GODA E OUTRO (A/S)

DESPACHO: A matéria discutida neste recurso (prestação de serviços de segurança pública como fato gerador de taxa) aguarda apreciação pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal (ADI 1942, rel. min. Joaquim Barbosa).

Assim, determino o sobrestamento deste feito até o julgamento da aludida ação, devendo os autos aguardar na Secretaria Judiciária.

Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 511.624-7 (419)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : MULTIMPORT COMÉRCIO, IMPORTAÇÃO E

EXPORTAÇÃO LTDAADV.(A/S) : FLÁVIO DE MENDONÇA CAMPOS E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃO: Vistos, etc. Trata-se de processo em que se discute a possibilidade de restituição

do ICMS pago antecipadamente no regime de substituição tributária, quando for apurada diferença entre a base de cálculo presumida e a base de cálculo real.

2. Pois bem, o Supremo Tribunal Federal concluiu pela presença de repercussão geral na matéria em exame (RE 593.849, sob a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski).

3. Por outra volta, esta Corte assentou que, em casos como o presente, o regime de que trata o artigo 543-B do Código de Processo Civil é aplicável inclusive aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos cuja intimação houver ocorrido antes de 03.05.2007 (Questão de Ordem no RE 540.410, sob a relatoria do ministro Cezar Peluso).

Isso posto, e frente ao parágrafo único do art. 328 do RI/STF, determino o retorno dos autos à origem, a fim de que sejam observadas as disposições do art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 21 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 524.124-6 (420)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : TUPÃ VEL VEÍCULOS E PEÇAS LTDAADV.(A/S) : ALEXANDRE DANTAS FRONZAGLIA E OUTRO (A/S)

DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE

CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS – ICMS. LEI ESTADUAL N. 9.176/95 E LEI COMPLEMENTAR N. 87/95. 1. REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL: DESNECESSIDADE. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO ANTERIOR A 3.5.2007. 2. ART. 155, § 2º, INC. I,

DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 3. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL ESTADUAL: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra o seguinte julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo:

“A impetrante buscou afastar os óbices criados pela impetrada para se ver ressarcida das diferenças do ICMS recolhido a maior em razão da antecipação tributária a partir de março de 1997, isto é, após a entrada em vigor da Emenda Constitucional n. 3/93.

(...)Leis estaduais asseguram a restituição do imposto pago

antecipadamente em razão de substituição tributária, quer no caso de não concretizada a venda presumida, quer tendo esta se efetivado por valor inferior, permitindo o crédito do valor em escrita fiscal, no caso de demora superior a noventa dias no exame do pedido respectivo (Lei Estadual n. 9.176, de 02.10.95 e Lei Complementar n. 87, de 13.09.95).

(...)Assim sendo, o mandado de segurança é de ser concedido,

porquanto a matéria de fato não será objeto da controvérsia, mostrando-se abusiva a exigência da autoridade impetrada não assegurando a imediata e preferencial restituição do imposto pago antecipadamente ou de sua diferença paga a maior” (fls. 296-297).

2. O Recorrente alega que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. 5º, inc. LXIX, 150, § 7º, e 155, § 2º, inc. I, da Constituição da República.

Argumenta que “o mandado de segurança é via manifestamente inadequada para veicular a pretensão aqui deduzida, e o afastamento das prejudiciais de mérito formuladas desde as informações da d. autoridade apontada como coatora, pela C. Câmara Julgadora, ‘data maxima venia’, implicou em negativa de vigência das normas que regem essa ação especialíssima” (fl. 315).

Sustenta que “a Colenda Corte ‘a quo’ confundiu a previsão constitucional do fato gerador não ocorrido com o benefício suplementar disciplinado na lei estadual paulista e no Decreto 41.653, referente à ocorrência do fato gerador mas com a prática, pelo substituído, de preço de venda ao consumidor inferior à base de cálculo legal, este último, benefício adicional, somente concedido pelo Estado de São Paulo” (fl. 322).

Assevera que “os argumentos ‘ad terrorem’ contrários à substituição tributária utilizados pelos contribuintes, acerca de uma suposta impossibilidade de recuperação do imposto na hipótese – excepcionalíssima, aliás – de o fato gerador não ocorrer, agora, após o advento da Lei Estadual n. 9.176, de 02.10.95, que introduziu e alterou alguns dispositivos da Lei n. 6.374/89, instituidora, em São Paulo, do ICMS, resolveram os contribuintes ‘despertar’ para os artigos 247 e 248 do RICMS, mas fazendo-o – como dá mostras a inicial deste ‘mandamus’ – no intuito de preconizar interpretação inaceitável tanto do art. 66-B introduzido na lei estadual quando do Decreto 41.653/97 e demais decretos que o regulamentaram” (fl. 323).

Afirma “ser incabível a correção monetária de créditos do ICM, ainda que lançados a destempo” (fl. 334).

Apreciada a matéria trazida na espécie, DECIDO.3. Inicialmente, quanto à preliminar de repercussão geral, é de se

anotar que o então Recorrente foi intimado do acórdão recorrido antes de 3.5.2007, o que dispensa a demonstração da repercussão geral da questão constitucional em capítulo especial do recurso extraordinário, nos termos do que decidido pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no Agravo de Instrumento 664.567-QO, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence.

4. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.5. Cumpre considerar se teria sido atendida a exigência do

prequestionamento da matéria constitucional. A pretensa afronta ao art. 155, § 2º, inc. I, da Constituição da República não foi objeto de debate e decisão prévios pelo Tribunal de origem. Tampouco foi objeto dos embargos de declaração, de forma a provocar o necessário prequestionamento. Incidem, na espécie, as Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal.

6. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que a controvérsia sobre o cabimento de mandado de segurança é de natureza infraconstitucional.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.

PROCESSUAL CIVIL. CABIMENTO DE MANDADO DE SEGURANÇA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Admissibilidade de mandado de segurança: impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. 2. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI 638.316-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 13.3.2009).

“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Jurisprudência assentada. Cabimento de mandado de segurança. Ofensa constitucional indireta. Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido. Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem razões consistentes, decisão fundada em jurisprudência

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 93

assente na Corte” (RE 571.191-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJ 1º.8.2008).

7. O Tribunal a quo decidiu com base nas disposições da Lei estadual n. 9.176/95 e na Lei Complementar n. 87/95. Para concluir de forma diversa do acórdão recorrido, seria necessária a análise dessa legislação. Assim, a afronta à Constituição da República, se existente, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Incide, na espécie, a Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal.

Nesse sentido:“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. (...)

IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 631.444-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJ 21.8.2009).

“AGRAVO REGIMENTAL. (...) INTERPRETAÇÃO DE DIREITO LOCAL. ÓBICE DA SÚMULA 280/STF. O acórdão recorrido examinou a controvérsia à luz da legislação local (...), de modo que eventual ofensa aos dispositivos constitucionais invocados, se existente, seria reflexa ou indireta, já que dependeria de reexame prévio da norma infraconstitucional. Por essa razão, é incabível o recurso extraordinário. Incidência da Súmula 280 deste Tribunal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 203.875-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ 19.12.2008).

Não há, pois, o que prover quanto às alegações do Recorrente.8. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.

557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).

Publique-se.Brasília, 10 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 526.095-0 (421)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : MÁRIO DE BONI E CIA LTDAADV.(A/S) : ANTONINHA DE OLIVEIRA BALSEMÃO

DECISÃO: Vistos, etc.A decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça, no Recurso

Especial nº 525.625, substituiu o acórdão prolatado pelo Tribunal de origem (art. 512 do Código de Processo Civil). Nessa contextura, o acórdão não mais subsiste. Precedentes: REs 267.490, da relatoria do ministro Marco Aurélio; e 182.317-AgR, da relatoria do ministro Octavio Gallotti, entre outros.

Isso posto, e frente ao caput do art. 557 do CPC e ao inciso IX do art. 21 do RI/STF, julgo prejudicado o presente recurso.

Determino o desapensamento do RE 546.023.Publique-se.Brasília, 25 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 529.030-1 (422)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : UNIMED - VALE DO PIQUIRI - COOPERATIVA DE

TRABALHO MÉDICO VALE DO PIQUIRI LTDAADV.(A/S) : MARCO TÚLIO DE ROSE E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: O Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral da controvérsia objeto dos presentes autos --- cobrança de PIS e COFINS sobre o faturamento das sociedades cooperativas após a edição da Lei n. 9.718/98 c/c a MP 1.858/99 e reedições, que revogou a isenção prevista na LC 70/91--- que será submetida à apreciação do Pleno do Supremo Tribunal Federal, nos autos do RE n. 598.085, de que sou Relator.

2.O Plenário deste Tribunal, na Sessão do dia 20 de agosto de 2008, apreciando questão de ordem, decidiu estender a aplicação de dispositivos da repercussão geral a todos os recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados anteriormente a 3 de maio de 2007.

Sendo assim, afasto o sobrestamento e determino a devolução deste feito ao Tribunal de origem [RISTF, 328], para que seja observado o disposto no artigo 543-B e seus parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 533.812-6 (423)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAU

RECTE.(S) : UNIMED CARATINGA - COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO

ADV.(A/S) : LILIANE NETO BARROSO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: O Superior Tribunal de Justiça, ao apreciar a matéria de sua competência, deu provimento ao recurso especial interposto pela ora recorrente.

Julgo prejudicado o presente recurso por perda do seu objeto [artigo 21, IX, do RISTF].

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 534.739-7 (424)PROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁRECTE.(S) : DIBEBIDAS DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS LTDA.ADV.(A/S) : JOSÉ LUIZ DE MENDONÇA MAHON JUNIORRECDO.(A/S) : OS MESMOS

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recursos extraordinários interpostos com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República, contra julgado no qual se discute o direito ao creditamento da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS pago antecipadamente em razão da substituição tributária, na hipótese de o fator gerador se realizar com valor inferior ao presumido.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 593.489,

Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário que, ademais, é objeto de julgamento nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade ns. 2.675/PE e 2.777/SP.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Superior Tribunal de Justiça para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 554.425-7 (425)PROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : FERNANDES ADVOGADOS ASSOCIADOS S/C LTDAADV.(A/S) : KARINE KLOSTER E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇUADV.(A/S) : ELIZEU LUCIANO DE ALMEIDA FURQUIM

1.Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal de Justiça do Paraná (fls. 600-613 e fls. 639-647), que concluiu pela incompetência da Justiça do Trabalho para julgar o feito, tendo em vista que “o contrato firmado entre as partes refere-se a pagamento de prestação de serviços jurídicos, o que não caracteriza relação de emprego”.

2.A parte recorrente sustenta ofensa aos artigos 87 e 114 da Constituição Federal.

3.A Procuradoria-Geral da República opinou pelo desprovimento do recurso (fls. 738-744).

4.O recurso não merece prosperar. Em primeiro lugar, verifico que o art. 87 da CF/88 não foi prequestionado, porque não abordado pelo acórdão recorrido, nem suscitado nos embargos de declaração que foram opostos (Súmulas/STF 282 e 356).

5.Em segundo lugar, o acórdão recorrido está em conformidade com a jurisprudência desta Corte no sentido da incompetência da Justiça Laboral

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 94

para dirimir questões alheias à relação de emprego. No julgamento da ADI 3.395/DF, rel. Min. Cezar Peluso, DJ 10.11.2006, ficou assentado que o art. 114, I, da Constituição refere-se ao conceito da expressão ‘relação de trabalho’ como uma relação jurídica regida pela Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, estabelecida entre o trabalhador e o empregador, originado de vínculo empregatício.

Nesse sentido, menciono os seguintes julgados: AI 472.861-AgR/ES, rel. Min. Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 07.05.2004, RE 571.666/SC, rel. Min. Eros Grau, DJe 31.03.2009 e RE 481.867/PE, de minha relatoria, DJe 04.08.2009.

6.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do CPC).

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.147-4 (426)PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : ADEMAR CAMATTA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : JOÃO BATISTA DALAPÍCOLA SAMPAIO E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO ESPÍRITO SANTOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO

SANTORECDO.(A/S) : DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DO

ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - DETRAN/ESADV.(A/S) : REGINA CELI MARIANI E OUTRO (A/S)

Referente à Petição/STF 115.331/2009 (fls. 303-308):Ante a celebração de acordo entre as partes devidamente

homologado (fls. 304-307), nos termos do art. 269, III do Código de Processo Civil, julgo prejudicado o presente recurso extraordinário por perda de objeto (art. 21, IX, do RISTF).

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.418-0 (427)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : MIRAK ENGENHARIA LTDAADV.(A/S) : VINICIUS VIEIRA DE MENDONÇA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : MÁRCIA REGINA MESQUITA DE SÁADV.(A/S) : TANIA MARIA NETTO SIMAS E OUTRO (A/S)

1.Trata-se recurso extraordinário contra acórdão que reconheceu a responsabilidade objetiva da prestadora de serviço público pelos danos decorrentes do acidente provocado por trator da ré que atingiu o veículo da autora causando-lhe incapacidade parcial permanente (fls. 694-697).

2.A recorrente alega, em síntese (fls. 699-704), violação ao art. 37, § 6º, da Constituição Federal. Afirma que a responsabilidade do poder público na forma objetiva não se direciona aos terceiros, pois se restringe aos usuários do serviço prestado pela Administração diretamente ou por suas concessionárias e permissionárias. Portanto, ante a excecionalidade da teoria do risco administrativo, não se pode interpretar extensivamente tal dispositivo constitucional, uma vez que a ré é “mera prestadora de serviço privado de empreitada numa obra pública”.

3.Inadmitido o recurso (fls. 724-726), subiram os autos em virtude de provimento do AI 651.453/RJ.

4.A Procuradoria-Geral da República opinou pelo não-conhecimento do recurso (fls. 746-749).

5.O Tribunal de origem aplicou entendimento perfilhado no Supremo Tribunal segundo o qual, nos termos do art. 37, § 6º, da Carta Magna, uma vez estabelecido o nexo de causalidade entre a conduta do poder público e o prejuízo sofrido pela autora, as pessoas jurídicas de direito público ou de direito privado prestadoras de serviço público respondem objetivamente pelos seus atos. Cito o AI 504.920-AgR/ES, rel. Min. Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 20.4.2006; e o RE 272.839/MT, rel. Min. Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJ de 08.04.2008, entre outros.

6.Ademais, rever a decisão recorrida para concluir de forma diversa implica reexame dos fatos e das provas em que se baseou a Corte de origem, o que é vedado em sede extraordinária (Súmula STF 279). Nesse sentido: RE 558.036-AgR/RJ, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, DJ 09.05.2008; AI 655.792-ED/RJ, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJ 08.02.2008.

7.Ressalte-se que o Plenário desta Corte, em 26.08.2009, ao julgar o mérito da repercussão geral reconhecida no RE 591.874/MS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, consignou pela impossibilidade de se restringir o alcance do art. 37, § 6º, da Constituição Federal, porquanto, à luz do princípio da isonomia, não se pode distinguir os usuários do serviço público dos não-usuários, estes chamados de “terceiros”, visto que basta a comprovação do nexo de causalidade entre o ato imputável à Administração e o dano causado

a terceiro para configurar-se a responsabilidade objetiva do Estado (Informativo STF 557).

8.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do CPC).

Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 557.002-9 (428)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : GOLDEN CROSS ASSISTÊNCIA INTERNACIONAL DE

SAÚDE LTDAADV.(A/S) : MARCONNI CHIANCA TOSCANO DA FRANCA E

OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : WALDEA PELEGRINO SANTIAGO DE CARVALHOADV.(A/S) : JULIO CESAR J ALVES

DECISÃO: (Referente à Petição nº 112437)Homologo o pedido de desistência do recurso, feito por procurador

com poderes bastantes, e determino o retorno dos autos à origem.Publique-se.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 563.725-5 (429)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECTE.(S) : MECAUTO S/A MECÂNICA DE AUTOMÓVEISADV.(A/S) : JULIANA SARMENTO CARDOSO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : OS MESMOS

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recursos extraordinários interpostos com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República, contra julgado no qual se discute o direito ao creditamento da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS pago antecipadamente em razão da substituição tributária, na hipótese de o fator gerador se realizar com valor inferior ao presumido.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 593.489,

Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário que, ademais, é objeto de julgamento nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade ns. 2.675/PE e 2.777/SP.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Superior Tribunal de Justiça para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 565.089-8 (430)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : RUBENS ORSI DE CAMPOS FILHO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : FEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES DO

JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FENAJUFE

ADV.(A/S) : PEDRO MAURÍCIO PITA MACHADOINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS POLICIAIS FEDERAIS NO ESTADO

DE SANTA CATARINAADV.(A/S) : SÉRGIO PIRES MENEZES E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DEFESA DOS

SERVIDORES PÚBLICOS - ANDESP

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 95

ADV.(A/S) : WLADIMIR SÉRGIO REALE E OUTRO (A/S)

Petição/STF nº 102.851/2009 DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERVENÇÃO DE TERCEIRO –

INADEQUAÇÃO – INCONVENIÊNCIA.1.Eis as informações prestadas pelo Gabinete:A Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo

requer a admissão no processo como amicus curiae. Alega ser sociedade civil sem fins lucrativos que defende os interesses de servidores públicos brasileiros nas esferas municipal, estadual, distrital e federal. Sustenta caber-lhe a representação e defesa dos direitos e interesses individuais ou coletivos dos respectivos associados, inclusive em questões administrativas e judiciais, conforme o artigo 4º, inciso I, do Estatuto. Por fim, discorre sobre a revisão geral anual prevista no artigo 37, inciso X, da Constituição Federal. Apresenta procuração e cópia do Estatuto.

De acordo com o Estatuto apresentado, a requerente destina-se “à defesa e mútua-assistência dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo” (artigo 1º). O artigo 4º, além de não ter incisos, dispõe: “A ‘ADPESP’ adotará, para seu uso, uma bandeira de forma retangular, de cor branca, tendo ao centro o emblema da Associação”.

O Tribunal, em 17 de dezembro de 2007, decidiu pela existência de repercussão geral na questão constitucional suscitada no extraordinário – cópia do ato anexa.

O processo está no Gabinete. 2.A organicidade do Direito direciona a ter-se como limitada, no

processo, a relação jurídica subjetiva. No caso, para admitir-se a Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo como interessada, deverá ser acolhido todo e qualquer pleito formalizado por associação diversa.

3.Indefiro o pedido.4.Recebo a peça apresentada como memorial.5.Publiquem.Brasília – residência –, 30 de agosto de 2009, às 18h40.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

Em consequência, fica intimado o Dr. Wladimir Sérgio Reale da decisão acima.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 565.089-8 (431)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : RUBENS ORSI DE CAMPOS FILHO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULOINTDO.(A/S) : FEDERAÇÃO NACIONAL DOS TRABALHADORES DO

JUDICIÁRIO FEDERAL E MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO - FENAJUFE

ADV.(A/S) : PEDRO MAURÍCIO PITA MACHADOINTDO.(A/S) : SINDICATO DOS POLICIAIS FEDERAIS NO ESTADO

DE SANTA CATARINAADV.(A/S) : SÉRGIO PIRES MENEZES E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DEFESA DOS

SERVIDORES PÚBLICOS - ANDESPADV.(A/S) : WLADIMIR SÉRGIO REALE E OUTRO (A/S)

Petição/STF nº 105.115/2009DECISÃORECURSO EXTRAORDINÁRIO – INTERVENÇÃO DE TERCEIRO -

INCONVENIÊNCIA. 1.Eis como o Gabinete retratou o pedido formulado pelo cidadão Almir

da Silva Ramos:Almir da Silva Ramos requer a admissão no processo como amicus

curiae. Alega ser parte no Agravo Regimental no Recurso Extraordinário nº 566.808/RJ, o qual veio a ser sobrestado pela Ministra Cármen Lúcia, para aguardar a decisão deste extraordinário. Pleiteou, então, fosse o processo afetado ao Plenário, mas o pedido foi indeferido. Seguiu-se a determinação de baixa à origem, ante o disposto no artigo 543-B do Código de Processo Civil. Contra essa decisão, o requerente afirma haver apresentado novo agravo regimental, pendente de apreciação.

Sustenta que o extraordinário por ele interposto, apesar de ter o mesmo objeto deste, possui causa de pedir diversa, baseada nas decisões da Corte formalizadas nos julgamentos dos Mandados de Injunção nºs 543 e 562.

Pede seja a peça recebida como memorial - abrindo mão, desde já, do direito de vista do processo e de sustentação oral -, com o fim de destacar a matéria nela versada como proposição de questão de ordem, para esclarecer a causa de pedir do Recurso Extraordinário nº 566.808/RJ quando do exame deste recurso, o qual, uma vez julgado, vinculará os demais processos sobrestados.

Apresenta procuração e cópia do respectivo extraordinário, dos demais recursos interpostos neste Tribunal e das decisões proferidas pela Ministra Cármen Lúcia.

O Tribunal, em 17 de dezembro de 2007, reconheceu a existência de repercussão geral na matéria constitucional em debate - a inobservância da cláusula constitucional da reposição do poder aquisitivo dos vencimentos (inciso X do artigo 37 da Constituição Federal) - cópia do ato anexa.

O processo está no Gabinete. 2.Há de ser observada a organicidade na tramitação de todo e

qualquer processo. No caso, formula-se pedido de admissão como terceiro sem que o interesse jurídico se faça na via direta.

3.Indefiro o pleito.4.Recebo a peça apresentada como memorial, devendo vir-me

quando da conclusão do processo. 5.Publiquem.Brasília – residência –, 30 de agosto de 2009, às 18h45.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

Em consequência, fica intimado o Dr. Belizário Meira Neto da decisão acima.

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 566.452-0 (432)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : AUTO POSTO UNIBEL LTDAADV.(A/S) : JORGE BERDASCO MARTINEZ E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de recurso extraordinário, interposto com fundamento na

alínea “a” do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Acórdão cuja ementa é a seguinte (fls. 17):

“ICMS – Substituição tributária – Os lançamentos genéricos efetuados no livro de movimentação de combustíveis (LMC) não preenchem a finalidade pretendida pela autora, que busca a restituição sem, contudo, instruir a inicial com as notas fiscais, comprovando a revenda inferior à prática do mercado, circunstância que lhe garantiria a imediata e preferencial restituição do crédito devido, sem a restrição prevista no Decreto n. 41.653/97 – Recursos providos.”

2. Pois bem, a parte recorrente sustenta violação ao § 7º do art. 150 da Magna Carta.

3. Tenho que a insurgência não merece acolhida. É que, para se chegar a conclusão diversa da adotada pelo Tribunal de origem, se faz necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos. É dizer: incide no caso a Súmula 279 desta colenda Corte.

Isso posto, e frente ao caput do art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 574.360-8 (433)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CEZAR PELUSORECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : RICARDO AMARO DA CRUZ BEOLCH DE OLIVEIRA E

OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ANTÔNIO NABOR AREIAS BULHÕES E OUTRO

(A/S)

(Petição STF nº 117.821/2009)DESPACHO: Manifestem-se os recorridos quanto à petição de fl. 588,

no prazo de 10 (dez) dias.Publique-se. Int..Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministro CEZAR PELUSORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 576.878-3 (434)PROCED. : ALAGOASRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : JOSÉ MARIA FRANÇA DA SILVA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ESTÁCIO DA SILVEIRA LIMA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOAS

1.Trata-se de recurso extraordinário interposto de acórdão que deu provimento à apelação em mandado de segurança ao entendimento que não houve qualquer infringência aos princípios da legalidade ou da igualdade, uma vez que o exame psicotécnico, aplicado tinha previsão legal, o qual se pautou em critérios objetivos, quando foi facultado aos apelados a oportunidade recursal.

Daí o RE dos impetrantes, no qual se sustenta a violação ao art. 5º,

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 96

XXXII, XXXV, LIV, LV e 37, I e II, da Constituição Federal.2.Inadmitido o RE, subiram os autos por força de provimento do

agravo de instrumento (fls. 465-466).3.Inviável o recurso extraordinário. Como se nota do acórdão

recorrido, a Corte de origem, ao reconhecer que não houve ofensa ao dispositivo constitucional apontado, levou em consideração a interpretação da Lei estadual 3.437/75.

Ademais, a verificação do critério de aplicação do exame psicotécnico e da possibilidade de recurso contra seu resultado exigiu do acórdão recorrido a apreciação das provas juntadas aos autos, o que impossibilita a apreciação do RE diante do óbice da Súmula STF 279.

Quanto à alegação de ofensa ao art. 5º e seus incisos, da Constituição Federal, a jurisprudência desta Corte está sedimentada no sentido de que as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, do direito adquirido, do ato jurídico perfeito, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Nesse sentido: AI 372.358-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, unânime, DJ 26.06.2002; RE 461.286-AgR/MS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJ 15.9.2006; AI 682.065-AgR/RS, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJe 04.04.2008 e AI 662.319-AgR/RR, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 06.03.2009.

4.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.469-1 (435)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : BANCO NOSSA CAIXA S/AADV.(A/S) : CLÁUDIA NAHSSEN DE LACERDA FRANZE E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : JOSÉ MARTINEZ SANCHESADV.(A/S) : ODAIR FROES DE ABREU E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de recurso extraordinário, interposto com fundamento na

alínea “a” do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão do Colégio Recursal de São Caetano do Sul/SP. Acórdão cuja ementa é a seguinte (fls. 48):

“Contrato de conta poupança. Plano Bresser. Prescrição quinquenal afastada por inaplicáveis in casu os arts. 178, § 10, III, do ab-rogado C.C., e 206, § 3º, III, do C.C. de 2002, igualmente não sendo caso de se a reconhecer com fulcro no art. 27 do C.D.C. ou no art. 445 do Cód. Com.. Prazo vintenário a ser observado, visto que o crédito pleiteado não se caracteriza como mera verba acessória, mas que comunga da mesma natureza do capital que teria de corrigir e remunerar. Ação que se acolhe, afastada a prescrição, uma vez que, no cálculo da correção monetária para efeito de atualização de cadernetas de poupança iniciadas e renovadas até 15 de junho de 1987, antes da vigência da Resolução n. 1.338/87-BACEN, aplica-se o IPC relativo àquele mês em 26,06%. Recurso provido.”

2. Pois bem, a parte recorrente alega ofensa aos incisos II, XXXVI e LV do art. 5º da Magna Carta.

3. A seu turno, a Procuradoria-Geral da República, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral Francisco Adalberto Nóbrega, opina pelo desprovimento do apelo extremo.

4. Tenho que a insurgência não merece acolhida. Isso porque as questões afetas à verificação da ocorrência de prescrição se situam no campo infraconstitucional. Logo, a adoção de entendimento diverso demandaria o reexame da legislação ordinária pertinente, providência vedada na instância extraordinária.

5. Noutro giro, pontuo que esta colenda Corte já firmou o entendimento de que o princípio constitucional do ato jurídico perfeito se aplica também às leis de ordem pública (ADI 493, da relatoria do ministro Moreira Alves). Nessa contextura, não é possível que normas infraconstitucionais — no caso, o inciso I do art. 17 da Lei nº 7.730/89 e a Resolução 1.338/87 do Banco Central — atinjam o contrato de adesão, referente à caderneta de poupança, durante o período já iniciado para a aquisição da correção monetária (REs 217.636, da relatoria do ministro Moreira Alves; 203.567, da relatoria do ministro Marco Aurélio; e 242.278, da relatoria do ministro Ilmar Galvão).

Isso posto, e frente ao art. 557 do CPC e ao § 1º do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.229-1 (436)PROCED. : ESPÍRITO SANTORELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : ESPÍRITO SANTO CENTRAIS ELÉTRICAS S/A -

ESCELSAADV.(A/S) : LYCURGO LEITE NETO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Referente à Petição/STF 114.545/2009 (fl. 341):1.Indefiro o pedido pois não há nos autos procuração outorgada ao

Dr. Marcelo Pagani Devens (fl. 336), advogado que substabeleceu poderes ao subscritor da presente petição.

2.À Secretaria para retificar a autuação para fazer constar como advogado da parte recorrente, um daqueles constantes dos mandatos constantes dos autos, antes da publicação deste despacho.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.920-1 (437)PROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : EDILSON MEDEIROS E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MÁRCIO LUIZ SILVA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : COLIGAÇÃO TODOS POR CRICIÚMA - PMDB/PL/PPS/

PSCADV.(A/S) : FERNANDO NEVES DA SILVA E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : COLIGAÇÃO VIVA CRICIÚMAADV.(A/S) : AMILCAR ALTHOFF

1.Trata-se de recurso extraordinário em matéria eleitoral interposto contra acórdão no qual se discute admissibilidade de recurso.

2.Esta Corte manifestou-se pela inexistência de repercussão geral da matéria no RE 598.365, rel. Min. Carlos Britto.

3.Conforme estabelecem os artigos 543-A, § 5º, do Código de Processo Civil, e 326 e 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, a decisão de inexistência de repercussão geral proferida por este Tribunal valerá para todos os recursos sobre questão idêntica.

4.Ante o exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário.Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 585.414-1 (438)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERALRECDO.(A/S) : POLICLÍNICA SANTA AMÁLIA S/C LTDAADV.(A/S) : AUREANE RODRIGUES DA SILVA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : DAGOBERTO JOSÉ STEINMEYER LIMA

DECISÃO: A recorrente não esgotou as vias recursais ordinárias cabíveis. O acórdão recorrido reformou, por maioria, sentença que julgara improcedente pedido de declaração de inexistência de vínculo jurídico entre ela e a recorrida. Dessa decisão caberia, ainda, interposição dos embargos infringentes previstos na regra do art. 530 do Código de Processo Civil, conforme redação determinada pela Lei 10.352/2001.

Incide, portanto, o óbice da Súmula 281 desta Corte.Do exposto, nego seguimento ao presente recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 587.459-1 (439)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. MARCO AURÉLIORECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO

PAULORECDO.(A/S) : HELMUT LANDAU REMYADV.(A/S) : CELSO BOTELHO DE MORAES E OUTRO (A/S)

Petição/STF nº 117.335/2009 DECISÃOPROCESSO – DEPÓSITOS – SALDO DA CONTA -

FORNECIMENTO. 1.O Gabinete prestou as seguintes informações:Helmut Landau Remy, em peça subscrita por profissional da

advocacia regularmente credenciada, informa que, embora o crédito tributário

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 97

esteja suspenso em face do depósito judicial do IPTU formalizado neste mandado de segurança, o Município de São Paulo inscreveu os valores em dívida ativa e ajuizou a execução fiscal (Processo nº 218132/06-0). Sustenta que o Juízo da Vara de Execuções Fiscais determinou a constrição dos valores existentes na respectiva conta-corrente. Por fim, requer que Vossa Excelência determine a expedição de ofício, em caráter de urgência, ao Banco Nossa Caixa Nosso Banco, Agência 0871.1, visando ao fornecimento do saldo atualizado da Conta Judicial nº 26.057749.3, com o fim de demonstrar ao referido Juízo que os valores depositados nesta impetração são suficientes para garantir a citada execução fiscal.

O processo está sobrestado, aguardando o julgamento do Recurso Extraordinário nº 423.768 – cópia da decisão anexa.

2.Em se tratando de conta judicial à disposição do Juízo, as partes envolvidas no processo têm o direito a saber o respectivo saldo, utilizando a notícia como entender de direito.

3.Oficiem na forma requerida. 4.Publiquem.Brasília – residência –, 28 de setembro de 2009, às 13h10.

Ministro MARCO AURÉLIORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.562-9 (440)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : DORIVAL SORTINO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ANTONIO LUIZ BUENO BARBOSA E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Vistos, etc.Trata-se de recurso extraordinário, interposto na forma da alínea “a”

do inciso III do art. 102 da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

2. Da leitura dos autos, depreendo que o Tribunal de origem entendeu não incidir o Imposto de Renda sobre o valor da indenização arbitrada em autos de desapropriação.

3. Pois bem, a parte recorrente alega violação ao inciso XXIV do art. 5º da Magna Carta.

4. A Procuradoria-Geral da República, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral Paulo da Tarso Braz Lucas, opina pelo desprovimento do apelo.

5. Tenho que a insurgência não merece acolhida. É que o Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar controvérsia semelhante a esta, concluiu que não pode “ser reduzida a justa indenização pela incidência do imposto de renda” (Representação 1.260, sob a relatoria do ministro Néri da Silveira). No mesmo sentido, vejam-se: os AIs 475.195, sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes; 474.393, sob a relatoria do ministro Cezar Peluso; e 486.062, sob a relatoria do ministro Marco Aurélio; bem como o RE 473.968-AgR, sob a relatoria do ministro Gilmar Mendes.

Isso posto, e frente ao caput do art. 557 do CPC e ao § 1o do art. 21 do RI/STF, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.872-5 (441)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ELPIDIO PEREIRA DA SILVA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : MÁRIO CAMPOS DE OLIVEIRA JÚNIOR E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) interposto de acórdão do Tribunal Regional Federal da 4° Região que julgou improcedente pedido de condenação da União a ressarcir supostos prejuízos causados por desrespeito a política de preços mínimos para a produção agrícola.

O Tribunal a quo não vislumbrou responsabilidade estatal, pois os ora recorrentes não negociaram suas safras de trigo com o Governo Federal, mas sim com particulares no mercado. Entendeu também que a legislação em vigor não compele a União a adquirir safras sequer para formar estoques, pois a aquisição de safras dependeria de política governamental, sujeita a critérios de conveniência, oportunidade e eficiência.

Os recorrentes alegam violação do disposto nos arts. 1°, IV; 3°, I, II e III; 5°, XXIII, XXXVI e LV; 37, caput e § 6°; 93, IX e 187, II, da Carta Magna.

Observo inicialmente que inexiste a alegada ofensa aos arts. 5º, LV, e 93, IX, da Constituição, pois o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, sem ofender os princípios do contraditório e da ampla defesa, tendo enfrentado as questões suscitadas com a devida fundamentação, ainda que com ela não concorde a parte.

Além disso, a análise das demais questões suscitadas implica

reexame prévio da legislação infraconstitucional e dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso extraordinário, em face das vedações contidas nos enunciados das Súmulas 279 e, mutatis mutandis, 636 desta Corte.

Nesse sentido: AI 691.102-ED (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 15.05.2009); RE 586.076 (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 04.05.2009); RE 593.259 (rel. min. Cezar Peluso, DJe de 03.04.2009); AI 694.203 (rel. min. Menezes Direito, DJe de 09.05.2008); AI 727.655 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 15.10.2008); AI 727.653 (rel. min. Eros Grau, DJe de 06.11.2008).

Do exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 593.042-4 (442)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : TMC - TERMINAL MULTIMODAL DE COROA GRANDE

SPE S/AADV.(A/S) : MARCO ANTONIO MENEGHETTI E OUTRO (A/S)

DESPACHO: Façam os subscritores da petição 137448/2008 (fls. 569-570) prova de que cientificaram o recorrido da renúncia ao mandato, para que nomeie substituto, nos termos do disposto no art. 45 do Código de Processo Civil e do art. 5º, § 3º, da Lei 8.906/1994 (Estatuto da Advocacia).

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.315-1 (443)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ANTONIO PALMIRO BOSQUIADV.(A/S) : MÁRIO CAMPOS DE OLIVEIRA JÚNIOR E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) interposto de acórdão do Tribunal Regional Federal da 4° Região que julgou improcedente pedido de condenação da União a ressarcir supostos prejuízos causados por desrespeito a política de preços mínimos para a produção agrícola.

O Tribunal a quo não vislumbrou responsabilidade estatal, pois os ora recorrentes não negociaram suas safras de trigo com o Governo Federal, mas sim com particulares no mercado. Entendeu também que a legislação em vigor não compele a União a adquirir safras sequer para formar estoques, pois a aquisição de safras dependeria de política governamental, sujeita a critérios de conveniência, oportunidade e eficiência.

Os recorrentes alegam violação do disposto nos arts. 1°, IV; 3°, I, II e III; 5°, XXIII, XXXVI e LV; 37, caput e § 6°; 93, IX e 187, II, da Carta Magna.

Observo inicialmente que inexiste a alegada ofensa aos arts. 5º, LV, e 93, IX, da Constituição, pois o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, sem ofender os princípios do contraditório e da ampla defesa, tendo enfrentado as questões suscitadas com a devida fundamentação, ainda que com ela não concorde a parte.

Além disso, a análise das demais questões suscitadas implica reexame prévio da legislação infraconstitucional e dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões da decisão recorrida. Isso inviabiliza o processamento do recurso extraordinário, em face das vedações contidas nos enunciados das Súmulas 279 e, mutatis mutandis, 636 desta Corte.

Nesse sentido: AI 691.102-ED (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 15.05.2009); RE 586.076 (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 04.05.2009); RE 593.259 (rel. min. Cezar Peluso, DJe de 03.04.2009); AI 694.203 (rel. min. Menezes Direito, DJe de 09.05.2008); AI 727.655 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 15.10.2008); AI 727.653 (rel. min. Eros Grau, DJe de 06.11.2008).

Do exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.959-7 (444)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : PAULO ANTONIO MUSA GISSONIRECTE.(S) : VERA COSTA GISSONIADV.(A/S) : CLOVIS SAHIONE E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 98

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) interposto de acórdão que deu parcial provimento à apelação para absolver os réus quanto ao crime previsto no art. 1º, IV, da Lei 8.137/1990, e reduzir a pena imposta quanto ao crime previsto no art. 171, § 3º, do Código Penal.

O recurso busca, alternativamente, a absolvição dos recorrentes ou a decretação da nulidade do acórdão, em relação à parte dispositiva, ante a ausência de critérios de proporcionalidade e individualização da pena.

Ocorre que o Superior Tribunal de Justiça declarou a extinção da punibilidade no tocante ao delito imputado aos recorrentes, em face da ocorrência superveniente da prescrição da pretensão punitiva, e julgou prejudicado o Recurso Especial 945.239-RJ, que visava ao mesmo fim a que visa o presente extraordinário (fls. 1.185-1.187). Tal decisão já transitou em julgado (fl. 1.189).

Do exposto, nos termos do art. 21, IX, do RISTF, julgo prejudicado o recurso extraordinário, por perda do seu objeto.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.314-4 (445)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : JORGE OSVALDO LA SALVIAADV.(A/S) : CHRISTIANO FALK FRAGOSO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICAINTDO.(A/S) : ANDREA SUSSENBACH DA SILVEIRAADV.(A/S) : CHRISTIANO FRAGOSO E OUTRO (A/S)

DECISÃO: A parte ora recorrente, ao deduzir o presente recurso extraordinário, sustentou que o Tribunal “a quo” teria transgredido preceitos inscritos na Constituição da República.

Cumpre ressaltar que não se revela cabível proceder, em sede recursal extraordinária, a indagações de caráter eminentemente probatório, especialmente quando se busca discutir elementos fáticos subjacentes à causa penal.

No caso, a verificação da procedência, ou não, das alegações deduzidas pela parte recorrente implicará necessário reexame de fatos e de provas, o que não se admite na sede excepcional do apelo extremo.

Essa pretensão sofre as restrições inerentes ao recurso extraordinário, em cujo âmbito não se reexaminam fatos e provas, circunstância essa que faz incidir, na espécie, a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal.

Não custa enfatizar, consoante adverte o magistério da doutrina (ADA PELLEGRINI GRINOVER, ANTONIO MAGALHÃES GOMES FILHO e ANTONIO SCARANCE FERNANDES, “Recursos no Processo Penal”, p.269/270, item n. 176, 1996, RT), que o reexame dos fatos e das provas constitui tema estranho ao âmbito de atuação do recurso extraordinário (Súmula 279/STF), ainda que se cuide de matéria de índole penal.

Sendo assim, e pelas razões expostas, não conheço do presente recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 18 de setembro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.734-4 (446)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : LIDERANÇA CAPITALIZAÇÃO S/AADV.(A/S) : MARCOS JOAQUIM GONÇALVES ALVES E OUTRO

(A/S)

DESPACHO: (PET SR/STF n. 116.306/2009)Defiro o pedido de vista acostado à fl. 230, pelo prazo requerido. Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.533-4 (447)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : ASSOCIAÇÃO POLICIAL DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE

DE BAURU - APAS BAURUADV.(A/S) : EVANDRO DIAS JOAQUIM E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) em que se pretende seja declarada a inconstitucionalidade do ressarcimento de valores ao SUS na forma determinada pelo art. 32 da Lei 9.656/98. Alega-se violação aos arts. 145, II; 195; 196; 198, § 1º; 199, da Constituição federal.

Esta Corte, no julgamento da ADI 1.931-MC, de relatoria do Min. Maurício Corrêa, DJ de 28.05.2004, entendeu devido o ressarcimento pela prestação de serviço médico pela rede do SUS e instituições conveniadas, em virtude da impossibilidade de atendimento pela operadora de plano de saúde, em acórdão assim ementado:

“EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI ORDINÁRIA 9656/98. PLANOS DE SEGUROS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE. MEDIDA PROVISÓRIA 1730/98. PRELIMINAR. ILEGITIMIDADE ATIVA. INEXISTÊNCIA. AÇÃO CONHECIDA. INCONSTITUCIONALIDADES FORMAIS E OBSERVÂNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. OFENSA AO DIREITO ADQUIRIDO E AO ATO JURÍDICO PERFEITO.

1. Propositura da ação. Legitimidade. Não depende de autorização específica dos filiados a propositura de ação direta de inconstitucionalidade. Preenchimento dos requisitos necessários.

2. Alegação genérica de existência de vício formal das normas impugnadas. Conhecimento. Impossibilidade.

3. Inconstitucionalidade formal quanto à autorização, ao funcionamento e ao órgão fiscalizador das empresas operadoras de planos de saúde. Alterações introduzidas pela última edição da Medida Provisória 1908-18/99. Modificação da natureza jurídica das empresas. Lei regulamentadora. Possibilidade. Observância do disposto no artigo 197 da Constituição Federal.

4. Prestação de serviço médico pela rede do SUS e instituições conveniadas, em virtude da impossibilidade de atendimento pela operadora de Plano de Saúde. Ressarcimento à Administração Pública mediante condições preestabelecidas em resoluções internas da Câmara de Saúde Complementar. Ofensa ao devido processo legal. Alegação improcedente. Norma programática pertinente à realização de políticas públicas. Conveniência da manutenção da vigência da norma impugnada.

5. Violação ao direito adquirido e ao ato jurídico perfeito. Pedido de inconstitucionalidade do artigo 35, caput e parágrafos 1o e 2o, da Medida Provisória 1730-7/98. Ação não conhecida tendo em vista as substanciais alterações neles promovida pela medida provisória superveniente.

6. Artigo 35-G, caput, incisos I a IV, parágrafos 1o, incisos I a V, e 2o, com a nova versão dada pela Medida Provisória 1908-18/99. Incidência da norma sobre cláusulas contratuais preexistentes, firmadas sob a égide do regime legal anterior. Ofensa aos princípios do direito adquirido e do ato jurídico perfeito. Ação conhecida, para suspender-lhes a eficácia até decisão final da ação.

7. Medida cautelar deferida, em parte, no que tange à suscitada violação ao artigo 5o, XXXVI, da Constituição, quanto ao artigo 35-G, hoje, renumerado como artigo 35-E pela Medida Provisória 1908-18, de 24 de setembro de 1999; ação conhecida, em parte, quanto ao pedido de inconstitucionalidade do § 2o do artigo 10 da Lei 9656/1998, com a redação dada pela Medida Provisória 1908-18/1999, para suspender a eficácia apenas da expressão "atuais e". Suspensão da eficácia do artigo 35-E (redação dada pela MP 2177-44/2001) e da expressão "artigo 35-E", contida no artigo 3o da Medida Provisória 1908-18/99”.

Nesse sentido, confiram-se: RE 597.261-AgR (rel. min. Eros Grau, DJe de 07.08.2009); RE 500.306-ED (rel. min. Celso de Mello, DJe de 12.06.2009); AI 753.740 (rel. min. Cezar Peluso, DJe de 07.08.2009); RE 577.282 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJ de 10.09.2009) e RE 592.189 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 05.08.2009).

Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, nego seguimento ao presente recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.397-3 (448)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : PAULO FERNANDES DOS SANTOSADV.(A/S) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA

DECISÃO: O presente recurso extraordinário é insuscetível de conhecimento, eis que a matéria constitucional nele suscitada não foi objeto de discussão no acórdão recorrido.

Ausente o indispensável prequestionamento da matéria constitucional, que não se admite implícito (RTJ 125/1368, Rel. Min. MOREIRA ALVES - RTJ 131/1391, Rel. Min. CELSO DE MELLO - RTJ144/300, Rel. Min. MARCO AURÉLIO - RTJ 153/989, Rel. Min. CELSO DE MELLO), incidem as Súmulas 282 e 356 desta Corte.

Não ventilada, no acórdão recorrido, a matéria constitucional suscitada pelo recorrente, deixa de configurar-se, tecnicamente, o

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 99

prequestionamento do tema, necessário ao conhecimento do recurso extraordinário.

A configuração jurídica do prequestionamento - que traduz elemento indispensável ao conhecimento do recurso extraordinário - decorre da oportuna formulação, em momento procedimentalmente adequado, do tema de direito constitucional positivo. Mais do que a satisfação dessa exigência, impõe-se que a matéria questionada tenha sido explicitamente ventilada na decisão recorrida (RTJ 98/754 - RTJ116/451). Sem o cumulativo atendimento desses pressupostos, além de outros igualmente imprescindíveis, não se viabiliza o acesso à via recursal extraordinária, consoante tem proclamado a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (RTJ 159/977).

A circunstância de se haver suscitado o tema de direito constitucional, perante o Tribunal “a quo”, sem que este, no entanto, viesse a apreciá-lo expressamente, impunha, ao ora recorrente, para efeito de cognoscibilidade do recurso extraordinário, que deduzisse os pertinentes embargos de declaração, para que, naquela instância jurisdicional, fosse suprida a omissão do acórdão então proferido (RTJ 153/989, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

Cabe registrar, no entanto, que a parte ora recorrente deixou de assim proceder, inviabilizando, desse modo, por ausência de prequestionamento explícito da matéria constitucional, a possibilidade jurídico-processual de ver conhecido o recurso extraordinário.

Sendo assim, e considerando as razões expostas, não conheço do presente recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.704-9 (449)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : BANCO DO BRASIL (SUCESSOR DO BANCO DO

ESTADO DE SANTA CATARINA S/A - BESC)ADV.(A/S) : ENEIDA DE VARGAS E BERNARDES E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : VALDIR MARCO MEZZAROBAADV.(A/S) : DENYSSON FERLIN E OUTRO (A/S)

DECISÃO: O Plenário do Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 540.410-QO, rel. min. Cezar Peluso, acolheu questão de ordem no sentido de “determinar a devolução dos autos, e de todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, ao Tribunal de origem, para os fins do art. 543-B do CPC” (Informativo 516, de 27.08.2008).

Decidiu-se, então, que o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos interpostos de acórdãos publicados antes de 03 de maio de 2007 cujo conteúdo verse sobre tema em que a repercussão geral tenha sido reconhecida.

No presente caso, o recurso extraordinário trata sobre temas (limitação dos juros remuneratórios a 12% ao ano e autorização para a capitalização, pelas instituições financeiras, de juros em periodicidade inferior a um ano – MP 1.963/2000, art. 5º, caput e seu parágrafo único, reeditada pela MP 2.170-36 de 2001) em que a repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 582.650-QO, rel. min. Ellen Gracie; RE 568.396 e RE 592.377, rel. min. Marco Aurélio).

Do exposto, nos termos do art. 328 do RISTF (na redação dada pela Emenda Regimental 21/2007), determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, para que seja observado o disposto no art. 543-B e parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.760-0 (450)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : UNIMED INTRAFEDERATIVA - FEDERAÇÃO

REGIONAL DAS UNIMEDS DA ZONA DA MATA MINEIRA

ADV.(A/S) : LUIZ GUSTAVO ROCHA OLIVEIRA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : LILIANE NETO BARROSORECDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) em que se pretende seja declarada a inconstitucionalidade do ressarcimento de valores ao SUS na forma determinada pelo art. 32 da Lei 9.656/98. Alega violação aos arts. 5º, II, XXXV; 93, IX; 145, II; 150, I, III, b, § 7º; 154, I; 195, § 4º; 196, da Constituição federal.

Inexiste a alegada ofensa aos arts. 5º, XXXV, e 93, IX, da Constituição, pois o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, tendo enfrentado as questões suscitadas, e está devidamente fundamentado, ainda que com sua fundamentação não concorde a ora recorrente.

Esta Corte, no julgamento da ADI 1.931-MC, de relatoria do Min. Maurício Corrêa, DJ de 28.05.2004, entendeu devido o ressarcimento pela prestação de serviço médico pela rede do SUS e instituições conveniadas, em virtude da impossibilidade de atendimento pela operadora de plano de saúde, em acórdão assim ementado:

“EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI ORDINÁRIA 9656/98. PLANOS DE SEGUROS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE. MEDIDA PROVISÓRIA 1730/98. PRELIMINAR. ILEGITIMIDADE ATIVA. INEXISTÊNCIA. AÇÃO CONHECIDA. INCONSTITUCIONALIDADES FORMAIS E OBSERVÂNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. OFENSA AO DIREITO ADQUIRIDO E AO ATO JURÍDICO PERFEITO.

1. Propositura da ação. Legitimidade. Não depende de autorização específica dos filiados a propositura de ação direta de inconstitucionalidade. Preenchimento dos requisitos necessários.

2. Alegação genérica de existência de vício formal das normas impugnadas. Conhecimento. Impossibilidade.

3. Inconstitucionalidade formal quanto à autorização, ao funcionamento e ao órgão fiscalizador das empresas operadoras de planos de saúde. Alterações introduzidas pela última edição da Medida Provisória 1908-18/99. Modificação da natureza jurídica das empresas. Lei regulamentadora. Possibilidade. Observância do disposto no artigo 197 da Constituição Federal.

4. Prestação de serviço médico pela rede do SUS e instituições conveniadas, em virtude da impossibilidade de atendimento pela operadora de Plano de Saúde. Ressarcimento à Administração Pública mediante condições preestabelecidas em resoluções internas da Câmara de Saúde Complementar. Ofensa ao devido processo legal. Alegação improcedente. Norma programática pertinente à realização de políticas públicas. Conveniência da manutenção da vigência da norma impugnada.

5. Violação ao direito adquirido e ao ato jurídico perfeito. Pedido de inconstitucionalidade do artigo 35, caput e parágrafos 1o e 2o, da Medida Provisória 1730-7/98. Ação não conhecida tendo em vista as substanciais alterações neles promovida pela medida provisória superveniente.

6. Artigo 35-G, caput, incisos I a IV, parágrafos 1o, incisos I a V, e 2o, com a nova versão dada pela Medida Provisória 1908-18/99. Incidência da norma sobre cláusulas contratuais preexistentes, firmadas sob a égide do regime legal anterior. Ofensa aos princípios do direito adquirido e do ato jurídico perfeito. Ação conhecida, para suspender-lhes a eficácia até decisão final da ação.

7. Medida cautelar deferida, em parte, no que tange à suscitada violação ao artigo 5o, XXXVI, da Constituição, quanto ao artigo 35-G, hoje, renumerado como artigo 35-E pela Medida Provisória 1908-18, de 24 de setembro de 1999; ação conhecida, em parte, quanto ao pedido de inconstitucionalidade do § 2o do artigo 10 da Lei 9656/1998, com a redação dada pela Medida Provisória 1908-18/1999, para suspender a eficácia apenas da expressão "atuais e". Suspensão da eficácia do artigo 35-E (redação dada pela MP 2177-44/2001) e da expressão "artigo 35-E", contida no artigo 3o da Medida Provisória 1908-18/99”.

Nesse sentido, confiram-se: RE 597.261-AgR (rel. min. Eros Grau, DJe de 07.08.2009); RE 500.306-ED (rel. min. Celso de Mello, DJe de 12.06.2009); AI 753.740 (rel. min. Cezar Peluso, DJe de 07.08.2009); RE 577.282 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJ de 10.09.2009) e RE 592.189 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 05.08.2009).

Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido.Do exposto, nego seguimento ao presente recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.134-6 (451)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : FRANCISCA SOFIA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : DÉCIO SCARAVAGLIONI E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

1.A hipótese dos autos versa sobre a discussão quanto à possibilidade de fracionamento do precatório, em execução de sentença, para pagamento dos honorários advocatícios.

2.Este Tribunal reconheceu a existência de repercussão geral da matéria no RE 564.132, rel. Min. Eros Grau, DJe 27.03.2008.

3.No julgamento do RE 540.410-QO, rel. Min. Cezar Peluso, DJe 16.10.2008, e do AI 715.423-QO, de minha relatoria, DJe 04.09.2008, esta Corte decidiu que, nos casos de matérias com repercussão geral reconhecida, é possível a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais de origem, para os fins previstos no art. 543-B, § 3º, do CPC.

4.Dessa forma, nos termos do art. 328 do RISTF, determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, bem como a observância, no tocante ao apelo extremo interposto, das disposições do art.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 100

543-B do Código de Processo Civil.Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.179-6 (452)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : NOSSA SAÚDE OPERADORA DE PLANOS PRIVADOS

DE ASSISTÊNCIA A SAÚDE LTDAADV.(A/S) : LUIZ CARLOS DA ROCHA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR - ANSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a e b, da Constituição) em que se pretende seja declarada a inconstitucionalidade do ressarcimento de valores ao SUS na forma determinada pelo art. 32 da Lei 9.656/98. Alega-se violação aos arts. 5º, LV; 154, I; 158, I; 195, § 4º; 195; 196; 198, § 1º; 199, da Constituição federal.

O recurso extraordinário, ao alegar que o acórdão recorrido ofende os preceitos dos arts. 158, I; 198, § 1º, versa questões constitucionais não ventiladas na decisão recorrida. Ao inovar nos autos, deduz matéria estranha à controvérsia, incidindo no óbice da Súmula 282.

Não obstante, esta Corte, no julgamento da ADI 1.931-MC, de relatoria do Min. Maurício Corrêa, DJ de 28.05.2004, entendeu devido o ressarcimento pela prestação de serviço médico pela rede do SUS e instituições conveniadas, em virtude da impossibilidade de atendimento pela operadora de plano de saúde, em acórdão assim ementado:

“EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI ORDINÁRIA 9656/98. PLANOS DE SEGUROS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE. MEDIDA PROVISÓRIA 1730/98. PRELIMINAR. ILEGITIMIDADE ATIVA. INEXISTÊNCIA. AÇÃO CONHECIDA. INCONSTITUCIONALIDADES FORMAIS E OBSERVÂNCIA DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. OFENSA AO DIREITO ADQUIRIDO E AO ATO JURÍDICO PERFEITO.

1. Propositura da ação. Legitimidade. Não depende de autorização específica dos filiados a propositura de ação direta de inconstitucionalidade. Preenchimento dos requisitos necessários.

2. Alegação genérica de existência de vício formal das normas impugnadas. Conhecimento. Impossibilidade.

3. Inconstitucionalidade formal quanto à autorização, ao funcionamento e ao órgão fiscalizador das empresas operadoras de planos de saúde. Alterações introduzidas pela última edição da Medida Provisória 1908-18/99. Modificação da natureza jurídica das empresas. Lei regulamentadora. Possibilidade. Observância do disposto no artigo 197 da Constituição Federal.

4. Prestação de serviço médico pela rede do SUS e instituições conveniadas, em virtude da impossibilidade de atendimento pela operadora de Plano de Saúde. Ressarcimento à Administração Pública mediante condições preestabelecidas em resoluções internas da Câmara de Saúde Complementar. Ofensa ao devido processo legal. Alegação improcedente. Norma programática pertinente à realização de políticas públicas. Conveniência da manutenção da vigência da norma impugnada.

5. Violação ao direito adquirido e ao ato jurídico perfeito. Pedido de inconstitucionalidade do artigo 35, caput e parágrafos 1o e 2o, da Medida Provisória 1730-7/98. Ação não conhecida tendo em vista as substanciais alterações neles promovida pela medida provisória superveniente.

6. Artigo 35-G, caput, incisos I a IV, parágrafos 1o, incisos I a V, e 2o, com a nova versão dada pela Medida Provisória 1908-18/99. Incidência da norma sobre cláusulas contratuais preexistentes, firmadas sob a égide do regime legal anterior. Ofensa aos princípios do direito adquirido e do ato jurídico perfeito. Ação conhecida, para suspender-lhes a eficácia até decisão final da ação.

7. Medida cautelar deferida, em parte, no que tange à suscitada violação ao artigo 5o, XXXVI, da Constituição, quanto ao artigo 35-G, hoje, renumerado como artigo 35-E pela Medida Provisória 1908-18, de 24 de setembro de 1999; ação conhecida, em parte, quanto ao pedido de inconstitucionalidade do § 2o do artigo 10 da Lei 9656/1998, com a redação dada pela Medida Provisória 1908-18/1999, para suspender a eficácia apenas da expressão "atuais e". Suspensão da eficácia do artigo 35-E (redação dada pela MP 2177-44/2001) e da expressão "artigo 35-E", contida no artigo 3o da Medida Provisória 1908-18/99”.

Nesse sentido, confiram-se: RE 597.261-AgR (rel. min. Eros Grau, DJe de 07.08.2009); RE 500.306-ED (rel. min. Celso de Mello, DJe de 12.06.2009); AI 753.740 (rel. min. Cezar Peluso, DJe de 07.08.2009); RE 577.282 (rel. min. Ricardo Lewandowski, DJ de 10.09.2009) e RE 592.189 (rel. min. Cármen Lúcia, DJe de 05.08.2009).

Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido.Por fim, pela letra b do inciso III do art. 102 da Constituição, é

incabível o recurso extraordinário porque o acórdão recorrido não declarou a inconstitucionalidade de lei federal.

Do exposto, nego seguimento ao presente recurso.Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.790-5 (453)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : CARLOS JOSÉ ANTONIO KÜMMEL FÉLIX E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : JOSÉ LUIS WAGNER E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFSMPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

1.Trata-se de recurso extraordinário (fls. 232-245) do acórdão que entendeu ser constitucional a Medida Provisória 2.180-35/2001.

2.Inadmitido o recurso na origem (fls. 266-268), subiram os autos em virtude de provimento de agravo de instrumento.

3.A questão debatida no recurso extraordinário refere-se à constitucionalidade do art. 1º-D da Lei 9.494/97, com a redação dada pela Medida Provisória 2.180-35/2001, que dispensa o pagamento de honorários advocatícios nas execuções não embargadas pela Fazenda Pública.

4.O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 420.816, redator para o acórdão o Min. Sepúlveda Pertence, por maioria, sessão de 29.9.2004, declarou a constitucionalidade do referido dispositivo legal, “com interpretação conforme de modo a reduzir-lhe a aplicação à hipótese de execução, por quantia certa, contra a Fazenda Pública (Código de Processo Civil, art. 730), excluídos os casos de pagamentos de obrigações definidos em lei como de pequeno valor, objeto do § 3º do artigo 100 da Constituição.”

5.A questão da inaplicabilidade da MP 2.180-35/2001 nos casos em que as obrigações são definidas de pequeno valor não foi devidamente prequestionada pois não debatida pelo acórdão recorrido, sendo inviáveis os embargos de declaração opostos para fins de prequestionamento quando a questão não tiver sido ventilada no recurso interposto perante o Tribunal a quo. Falta-lhe, pois, o necessário prequestionamento, a teor da Súmula STF 282. Nesse sentido: RE 449.137-AgR/RS, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, pub. DJE 04.4.2008; AI 706.449-AgR/SC, rel. Min. Menezes Direito, 1ª Turma, unânime, pub. DJE 07.11.2008; AI 631.711-AgR/BA; rel. Min. Ricardo Lewandowski; 1ª Turma, unânime, pub. DJE 21.11.2008; AI 663.687-AgR/DF, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, unânime, pub. DJE 20.2.2009, este último assim ementado:

“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. CABIMENTO DE MANDADO DE SEGURANÇA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.

1. O cumprimento do requisito do prequestionamento dá-se quando oportunamente suscitada a matéria constitucional, o que ocorre em momento processualmente adequado, nos termos da legislação vigente. A inovação da matéria em sede de embargos de declaração é juridicamente inaceitável para os fins de comprovação de prequestionamento.

2. Admissibilidade de mandado de segurança: impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta.

3. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil.”

6.Portanto, evidencia-se que o acórdão recorrido está em consonância com a jurisprudência da Suprema Corte, motivo pelo qual, com fundamento no art. 557, caput, do CPC, nego seguimento ao recurso.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.115-5 (454)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - IPERGSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : CLOTILDE MALINOWSKIADV.(A/S) : ROMILDA TEREZINHA PIATTELLI E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Discute-se no presente recurso extraordinário, a possibilidade de pagamento das custas processuais através de requisição de pequeno valor quando a parte for beneficiária da justiça gratuita.

2.Alega-se, no recurso extraordinário, violação do disposto nos artigos 5º, XXXV, 87 e 100, § 4º, da Constituição do Brasil.

3.Deixo de apreciar a existência da repercussão geral, vez que o artigo 323, § 1º, do RISTF dispõe que "[t]al procedimento não terá lugar, quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante, casos em que se presume a existência de repercussão geral”.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 101

4.O recurso não merece provimento. O Plenário deste Tribunal, no julgamento do RE n. 578.695, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 20.3.09, fixou entendimento no sentido de que sendo a parte beneficiária de assistência judiciária gratuita, as custas pertencentes ao cartório não se incluiriam no precatório das verbas por ela pleiteadas, podendo, por essa razão, o cartório executá-las diretamente, sem que haja violação do disposto no artigo 100, § 4º, da CB/88, transcrevo a ementa do aludido julgado:

“CONSTITUCIONAL. EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. CUSTAS PROCESSUAIS. PAGAMENTO VIA REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR - RPV. FRACIONAMENTO DA EXECUÇÃO PRINCIPAL. QUESTÃO NÃO EXAMINADA PELO TRIBUNAL. PECULIARIDADE DO CASO CONCRETO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO DESPROVIDO. I - A tese da possibilidade ou não do fracionamento da execução principal contra a Fazenda Pública para pagamento de custas processuais não pôde ser examinada em razão de peculiaridade do caso concreto. II - No caso, o titular do cartório tem legitimidade para executar as custas processuais, uma vez que a parte, por ser beneficiária de assistência judiciária gratuita, não as adiantou. III - Recurso extraordinário desprovido.”

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.340-9 (455)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSARECTE.(S) : MUNICÍPIO DE SÃO FRANCISCO DE PAULAADV.(A/S) : JOSÉ CONSTANTE CHAGAS JÚNIOR E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DESPACHO: (referente à petição 107491/2009)Manifeste-se o recorrido, Instituto Nacional do seguro Social - INSS,

no prazo de 10(dez) dias, sobre as informações contidas na petição em epígrafe.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.382-4 (456)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : MARCELO VIANA LIMAADV.(A/S) : ELIANE DOS SANTOS E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : TANKA VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDA

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal Superior do Trabalho que, em agravo de instrumento, não admitiu recurso de revista e manteve a responsabilidade subsidiária do Estado do Rio de Janeiro por débitos trabalhistas, nos termos da súmula 331 daquela Corte.

2.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [artigo 102, III, § 3º, da CB/88].

3.O recurso não merece provimento. Este Tribunal fixou jurisprudência no sentido de que a controvérsia a respeito da aferição dos pressupostos de admissibilidade dos recursos trabalhistas é afeta à legislação infraconstitucional. Eventual ofensa à Constituição do Brasil seria, quando muito, indireta [AI n. 486.403-AgR, Relator o Ministro Carlos Britto, 1ª Turma, DJ de 22.4.05, AI n. 537.821-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ de 5.8.05, AI n. 543.896-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJ de 3.2.06, e AI n. 480.496-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, 2ª Turma, DJ de 17.2.06, entre outros julgados].

4.Ademais, o Supremo, ao apreciar a repercussão geral da questão, no AI n. 751.763, Relator o Ministro Cezar Peluso, entendeu tratar-se de matéria de índole infraconstitucional.

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.080-4 (457)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. JOAQUIM BARBOSA

RECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : SIRLENE GONÇALVES GUGLIELMELLIADV.(A/S) : ARIVALDO RESENDE DE CASTRO JÚNIOR E OUTRO

(A/S)

DESPACHO: A matéria discutida neste recurso (Teto remuneratório. Ajuste do vencimento ao teto. Emenda Constitucional 41/2003. Vantagens pessoais. Direito adquirido e segurança jurídica) aguarda apreciação pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal (RE 477.274-AgR, rel. min. Eros Grau).

Assim, determino o sobrestamento deste feito até o julgamento do referido recurso extraordinário, devendo os autos aguardar na Secretaria Judiciária.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro JOAQUIM BARBOSARelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.604-7 (458)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : VANDELCI CLERES DA SILVAADV.(A/S) : MARSAL JUNGLES DOS SANTOS

DECISÃO: O Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral da controvérsia objeto dos presentes autos --- fixação em edital de limite de idade para ingresso nas forças armadas --- que será submetida a exame do Pleno, nos autos do RE n. 572.499, Relatora a Ministra Cármen Lúcia.

Determino a devolução deste feito ao Tribunal de origem [RISTF, 328], para que seja observado o disposto no artigo 543-B e seus parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.652-7 (459)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

SÃO PAULORECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE IPORANGAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE IPORANGA

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão da Câmara Especial do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ementado nos seguintes termos [fl. 241]:

“Apelação Cível – Ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público com o intuito de obrigar o Município de Iporanga a instituir e manter abrigos para crianças e adolescentes em situação irregular, sob pena de multa – Alegação de limitações orçamentárias e de ingerência do Judiciário na esfera do Executivo – Violação ao princípio constitucional da separação dos Poderes – Recurso provido.”

2.Alega-se, no recurso extraordinário, violação do disposto no artigo 227 da CB/88.

3.Deixo de apreciar a existência da repercussão geral, vez que o art. 323, § 1º, do RISTF dispõe que "[t]al procedimento não terá lugar, quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante, casos em que se presume a existência de repercussão geral”.

4.O recurso merece provimento. O Supremo, no julgamento de questão análoga, decidiu que “[e]mbora inquestionável que resida, primariamente, nos Poderes Legislativo e Executivo, a prerrogativa de formular e executar políticas públicas, revela-se possível, no entanto, ao Poder Judiciário, ainda que em bases excepcionais, determinar, especialmente nas hipóteses de políticas públicas definidas pela própria Constituição, sejam estas implementadas, sempre que os órgãos estatais competentes, por descumprirem os encargos político-jurídicos que sobre eles incidem em caráter mandatório, vierem a comprometer, com a sua omissão, a eficácia e a integridade de direitos sociais e culturais impregnados de estatura constitucional” [RE n. 474.704, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 14.3.06].

5.Ademais, o Pleno deste Tribunal, no julgamento da ADPF n. 45-MC, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 29.4.04, fixou o seguinte entendimento:

“EMENTA: ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL. A QUESTÃO DA LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL DO CONTROLE E DA INTERVENÇÃO DO PODER JUDICIÁRIO EM TEMA DE IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS, QUANDO CONFIGURADA HIPÓTESE DE ABUSIVIDADE GOVERNAMENTAL. DIMENSÃO POLÍTICA DA JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL ATRIBUÍDA AO SUPREMO TRIBUNAL

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 102

FEDERAL. INOPONIBILIDADE DO ARBÍTRIO ESTATAL À EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS, ECONÔMICOS E CULTURAIS. CARÁTER RELATIVO DA LIBERDADE DE CONFORMAÇÃO DO LEGISLADOR. CONSIDERAÇÕES EM TORNO DA CLÁUSULA DA "RESERVA DO POSSÍVEL". NECESSIDADE DE PRESERVAÇÃO, EM FAVOR DOS INDIVÍDUOS, DA INTEGRIDADE E DA INTANGIBILIDADE DO NÚCLEO CONSUBSTANCIADOR DO "MÍNIMO EXISTENCIAL". VIABILIDADE INSTRUMENTAL DA ARGÜIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO NO PROCESSO DE CONCRETIZAÇÃO DAS LIBERDADES POSITIVAS (DIREITOS CONSTITUCIONAIS DE SEGUNDA GERAÇÃO)”.

Dou provimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 557, § 1º-A, do CPC.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.756-6 (460)PROCED. : MATO GROSSO DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO

GROSSO DO SULRECDO.(A/S) : LUIZ HENRIQUE TIBURCIOPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO MATO

GROSSO DO SUL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição do Brasil contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul.

2.O Tribunal a quo condenou o Estado ao pagamento de indenização por danos morais, sob o entendimento de que “[d]emonstrado que os problemas de superlotação e de falta de condições mínimas de saúde e higiene do estabelecimento penal (presídio) não foram sanados, após o decurso de um lapso temporal quando da formalização do laudo pericial, violando, por conseguinte, as disposições da Lei de Execução Penal, bem como a Convenção Interamericana de Direitos Humanos, está devidamente comprovada a conduta omissiva culposa do Estado (culpa administrativa)” [fl. 378].

3.Alega-se, no recurso extraordinário, violação do disposto nos artigos 2º, 5º, II, e 37, § 6º, da Constituição do Brasil.

4.O recurso não merece provimento. Para dissentir-se do acórdão recorrido seria necessária a análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido, o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

5.Ademais, o Supremo fixou jurisprudência no sentido de que “as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição”, circunstância que não viabiliza o acesso à instância extraordinária [AI n. 238.917-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20.10.00].

6.Por fim, entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido implicaria, necessariamente, o reexame de fatos e provas, providência vedada nesta instância, em face da incidência do óbice da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.764-7 (461)PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : CERVEJARIA ASTRA S/AADV.(A/S) : FELIPE BARREIRA UCHOA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: O Superior Tribunal de Justiça, ao apreciar a matéria de sua competência, deu provimento ao recurso especial interposto pelo ora recorrente.

Julgo prejudicado o recurso acostado à folha 320 por perda do seu objeto [artigo 21, IX, do RISTF].

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.772-8 (462)PROCED. : RIO GRANDE DO NORTERELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTEPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO NORTERECDO.(A/S) : ALFREDO GUILHERME NETO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : CARLOS HEITOR DE MACEDO CAVALCANTI E

OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição do Brasil contra acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte.

2.Alega-se, no recurso extraordinário, ofensa ao disposto nos artigos 2º, 5º, II, 37, caput e X, 167 e 169 da Constituição do Brasil.

3.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [artigo 102, III, § 3º, da CB/88].

4.O recurso não merece provimento. Para dissentir-se do acórdão impugnado seria necessária a análise da legislação infraconstitucional local que disciplina a espécie, hipótese inadmissível em sede extraordinária em face do óbice da Súmula 280 do Supremo. Nesse sentido, o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

5.Ademais, entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido implicaria, necessariamente, o reexame das cláusulas do edital que o orientou, providência vedada nesta instância, em face da incidência da Súmula n. 454 do Supremo Tribunal Federal.

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.777-9 (463)PROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : GAZETA PUBLICIDADE E NEGÓCIOS LTDAADV.(A/S) : CLAUDIO STÁBILE RIBEIRO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : JATABAIRU FRANCISCO NUNESADV.(A/S) : JATABAIRU FRANCISCO NUNES

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição do Brasil, contra acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso.

2.Alega-se, no recurso extraordinário, ofensa ao disposto nos artigos 5º, IV, IX e XIV, e 220, §§ 1º e 2º, da Constituição do Brasil.

3.O recurso não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz do preceito constitucional que o recorrente indica como violado. Além disso, os embargos de declaração são ineficazes para ventilar matéria não arguida oportunamente. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do STF.

4.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99, e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

5.Ademais, para dissentir-se do arresto impugnado seria necessária a análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido, o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

6.Por fim, entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido implicaria, necessariamente, o reexame da matéria fático-probatória que o orientou, providência vedada nesta instância, em face da incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.786-8 (464)PROCED. : MINAS GERAIS

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 103

RELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ADAILTON JOSÉ DA SILVAPROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS

GERAISRECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, inciso III, alíneas “a” e “c”, da Constituição do Brasil contra acórdão proferido pela Turma Recursal da Comarca de Uberaba/MG.

2.Alega-se, no recurso extraordinário, ofensa ao disposto nos artigos 5º, II, XXXIX, LIV e LV, e 93, IX, da Constituição do Brasil.

3.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [artigo 102, III, § 3º, da CB/88].

4.O recurso não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz dos preceitos constitucionais que o recorrente indica como violados. Além disso, os embargos de declaração são ineficazes para ventilar matéria não arguida oportunamente. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do STF.

5.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99, e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

6.Para dissentir-se do acórdão impugnado seria necessária a análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido, o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

7.Ademais, a jurisprudência do Supremo fixou-se no sentido de que “as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição”, circunstância que não viabiliza o acesso à instância extraordinária [AI n. 238.917-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20.10.00].

8.Por fim, relativamente à interposição do extraordinário com fundamento na alínea “c”, do artigo 102, III, da Constituição do Brasil, melhor sorte não assiste à recorrente. O acórdão impugnado não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição.

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 21 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.795-7 (465)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : BRANCA APPARECIDA DE OLIVEIRARECTE.(S) : LUIZA CHAVESRECTE.(S) : MARIA DO CARMO PIMENTARECTE.(S) : NADIR SANSONI BUENORECTE.(S) : NEUSA D´ANDRETTA BOSSIRECTE.(S) : SUELI CHAN FERREIRARECTE.(S) : YARA DE AGUIAR THOBIASRECTE.(S) : SATIKO NISHIHARAADV.(A/S) : RICARDO RABONEZE E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : MÁRIO SÉRGIO MASCHIETTO

DECISÃO: A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça negou provimento ao recurso interposto pelos ora recorrentes, sob o entendimento de que, “[é] legal o ato administrativo que, com base em determinação do e. Tribunal de Contas Municipal, suspende o pagamento de parcela dos proventos de aposentadoria, incorporada já na vigência da Constituição Federal, em desacordo com o texto constitucional. In casu, servidores ascenderam a carreira de nível mais elevado ao daquele cargo em que ingressaram, em ofensa clara ao princípio do concurso público (art. 37, II, CF; Súmula 685/STF)” [fl. 498].

2.Os recorrentes sustentam que o provimento judicial violou o disposto nos artigos 5º, XXXV, XXXVI, LIV e LV, e 93, IX e X, da Constituição do Brasil.

3.Deixo de apreciar a existência da repercussão geral, vez que o artigo 323, § 1º, do RISTF dispõe que "[t]al procedimento não terá lugar, quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a

jurisprudência dominante, casos em que se presume a existência de repercussão geral”.

4.O recurso não merece provimento. O Supremo, ao julgar a ADI n. 837, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 25.6.99, manifestou entendimento em sentido oposto à pretensão dos recorrentes, como se pode depreender da ementa do aludido julgado:

“EMENTA: Ação direta de inconstitucionalidade. Formas de provimento derivado. Inconstitucionalidade. - Tendo sido editado o Plano de Classificação dos Cargos do Poder Judiciário posteriormente à propositura desta ação direta, ficou ela prejudicada quanto aos servidores desse Poder. - No mais, esta Corte, a partir do julgamento da ADIN 231, firmou o entendimento de que são inconstitucionais as formas de provimento derivado representadas pela ascensão ou acesso, transferência e aproveitamento no tocante a cargos ou empregos públicos. Outros precedentes: ADIN 245 e ADIN 97. - Inconstitucionalidade, no que concerne às normas da Lei nº 8.112/90, do inciso III do artigo 8º; das expressões ascensão e acesso no parágrafo único do artigo 10; das expressões acesso e ascensão no § 4º do artigo 13; das expressões ou ascensão e ou ascender no artigo 17; e do inciso IV do artigo 33. Ação conhecida em parte, e nessa parte julgada procedente para declarar a inconstitucionalidade dos incisos e das expressões acima referidos” [ADI n. 837, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 25.6.99].

5.Por fim, incide, no caso, a Súmula n. 685 deste Tribunal, de seguinte teor, “é inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido.”

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 22 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.800-7 (466)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ILUMATIC S/A - ILUMINAÇÃO E

ELETROMETALÚRGICAADV.(A/S) : MARIA JOSÉ SOARES BONETTI E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: O Tribunal Regional Federal da 3ª Região entendeu que as contribuições sociais instituídas pela Lei Complementar n. 110/01 não se subordinam aos princípios constitucionais tributários.

2.A recorrente alega que o provimento judicial violou o disposto no artigo 150, incisos I e III, alínea “b”, da Constituição do Brasil.

3.Deixo de apreciar a existência da repercussão geral, vez que o art. 323, § 1º, do RISTF dispõe que "[t]al procedimento não terá lugar, quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante, casos em que se presume a existência de repercussão geral”.

4.O Supremo, no julgamento do AI n. 692.316-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 16.5.08, fixou o seguinte entendimento:

“E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS INSTITUÍDAS PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 110/2001 - LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL DE SUA CRIAÇÃO - SUBMISSÃO AO POSTULADO DA ANTERIORIDADE GERAL (CF, ART. 149, ‘CAPUT’, C/C O ART. 150, III, ‘B’) - INAPLICABILIDADE, A TAIS EXAÇÕES TRIBUTÁRIAS, DO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE MITIGADA (CF, ART. 195, § 6º) - ALEGADA VIOLAÇÃO AO PRECEITO INSCRITO NO ART. 195, § 7º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO EXPLÍCITO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - As contribuições sociais criadas pela Lei Complementar nº 110/2001 subsumem-se, quanto à sua precisa natureza jurídica, ao conceito de ‘contribuições sociais gerais’ (ADI 2.556-MC/DF), achando-se submetidas, por isso mesmo, ao princípio da anterioridade geral, que, previsto no art. 149, ‘caput’, da Carta Política, qualifica-se como expressiva garantia constitucional, de ordem tributária, instituída em favor dos contribuintes. Precedentes. - A ausência de efetiva apreciação do litígio constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o acórdão impugnado, não autoriza - ante a falta de prequestionamento explícito da controvérsia jurídica - a utilização do recurso extraordinário”.

Dou parcial provimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 557, § 1º-A, do CPC, para declarar que somente a partir de 1º.1.02 poderão ser cobradas as contribuições de que tratam os artigos 1º e 2º da LC 110/01.

Publique-se.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.811-2 (467)PROCED. : RIO GRANDE DO SUL

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 104

RELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSSPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECDO.(A/S) : BANCO MATONE S/AADV.(A/S) : MÁRIO CELSO KELLERMANN E OUTRO (A/S)INTDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E

REFORMA AGRÁRIA - INCRAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário em que se discute a exigibilidade da contribuição destinada ao INCRA.

2.O Supremo fixou entendimento no sentido de que a contribuição social destinada ao INCRA é devida por empresa urbana, porque se destina a cobrir os riscos aos quais está sujeita toda a coletividade de trabalhadores, como previsto no artigo 195 da Constituição do Brasil [RE n. 255.360-AgR, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 6.10.00; RE n. 263.208, Relator o Ministro Néri da Silveira, DJ de 10.8.00; RE n. 225.368, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 20.4.01; RE n. 238.206, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 20.11.01; RE n. 254.644, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 12.3.02].

Dou provimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 557, § 1º-A, do CPC. Determino a inversão dos ônus da sucumbência, ressalvada a hipótese de assistência pela Justiça gratuita.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.817-1 (468)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAISRECDO.(A/S) : INSTITUTO ESTADUAL DE FLORESTAS - IEFADV.(A/S) : ELTON PEREIRA DE RESENDE E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário, com fundamento no art. 102, III, “a”, da Constituição do Brasil contra acórdão proferido pelo TJ/MG no sentido de que “[e]m ação civil pública é vedada a declaração de inconstitucionalidade com efeito ‘erga omnes’, porquanto implicaria em atribuir-lhe efeito de Ação Direta de Inconstitucionalidade, cuja competência é do Supremo Tribunal Federal” [fl. 484].

2.O Ministério Público estadual alega violação do disposto nos artigos 5º, LIV e LV, 93, IX, 127 e 129, III, da Constituição do Brasil.

3.Sustenta que “a Ação Civil Pública proposta contra o recorrido não visou à apreciação, em tese, da validade constitucional da Lei Estadual, mas sim, em sede de controle incidental de inconstitucionalidade, ao julgamento de uma específica e concreta relação jurídica fundada na mencionada norma legal” [fl. 536].

4.Deixo de apreciar a existência da repercussão geral, vez que o art. 323, § 1º, do RISTF dispõe que "[t]al procedimento não terá lugar, quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante, casos em que se presume a existência de repercussão geral”.

5.O recurso merece prosperar. O Supremo Tribunal Federal, em caso análogo ao presente, o RE n. 227.159, Relator o Ministro Néri da Silveira, DJ de 17.5.02, fixou o seguinte entendimento:

“EMENTA: - Recurso extraordinário. Ação Civil Pública. Ministério Público. Legitimidade. 2. Acórdão que deu como inadequada a ação civil pública para declarar a inconstitucionalidade de ato normativo municipal. 3. Entendimento desta Corte no sentido de que ‘nas ações coletivas, não se nega, à evidência, também, a possibilidade de declaração de inconstitucionalidade, incidenter tantum, de lei ou ato normativo federal ou local.’ 4. Reconhecida a legitimidade do Ministério Público, em qualquer instância, de acordo com a respectiva jurisdição, a propor ação civil pública(CF, arts. 127 e 129, III). 5. Recurso extraordinário conhecido e provido para que se prossiga na ação civil pública movida pelo Ministério Público.” [Grifei].

Dou provimento ao recurso extraordinário com fundamento no disposto no artigo 557, § 1º-A, do CPC.

Publique-se.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.854-6 (469)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : ESTADO DO RIO DE JANEIROPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE

JANEIRORECDO.(A/S) : COMPANHIA BRASILEIRA DE PETRÓLEO IPIRANGAADV.(A/S) : FRANCIS TENÓRIO DUARTE PINTO E OUTRO (A/S)

1.Trata-se de recurso extraordinário interposto com base no art. 102, III, a, da Constituição Federal, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, assim ementado:

“MANDADO DE SEGURANÇA. MODIFICAÇÃO DE DECISUM DO PLENO DO CONSELHO DE CONTRIBUINTES. IMPOSSIBILIDADE. A r. decisão proferida por órgão colegiado máximo da esfera administrativa não pode ser modificada por decisum singular do Exmo. Sr. Secretário do Estado. No caso, cumpre ressaltar também que a r. decisão proferida pelo Exmo. Sr. Secretário não goza da imparcialidade devida. Dessa forma, a r. decisão colegiada deve prevalecer. CONCESSÃO DA ORDEM” (fl. 198)

2.O Estado do Rio de Janeiro alega, no recurso extraordinário, interposto com base no art. 102, III, a, da CF, ofensa ao art. 97 da Constituição e contrariedade à Súmula STF 473, nestes termos:

“Porque houvesse erro material no v. acórdão de fls. 182/187, bem como, omissão a ser sanada, o ora Recorrente interpôs embargos de declaração, que foram parcialmente acolhidos.

Apesar de não ter reconhecido a existência de omissão no acórdão embargado, o eminente Desembargador Relator expressamente manifestou-se no sentido de que “no que tange ao recurso privativo da Fazenda contra decisão do Pleno do Conselho de Contribuintes previsto no inciso II do art. 266 do Decreto-Lei 05/75, que é incompatível com a atual ordem constitucional, eis que esbarra nos ditames que sobrelevam, como princípios máximos, o contraditório, a ampla defesa e o devido processo legal, pelo que inadmissível”...

Ao assim decidir, o v. acórdão recorrido, integrado pelo de fls.. que julgou os embargos de declaração, de uma só vez, violou o disposto no artigo 97 da Constituição Federal, bem como deixou de observar o enunciado da Súmula nº 473 do Supremo Tribunal Federal” (fl. 222).

3.Preliminarmente, verifico a ausência de prequestionamento do art. 97 da CF, porque, ainda que a apontada ofensa tivesse surgido no próprio acórdão recorrido, seria necessária a sua provocação por meio de embargos de declaração, para satisfazer tal requisito (Súmulas STF 282 e 356). Vejam-se o AI 300.772-AgR/SP, rel. Min. Moreira Alves, 1ª Turma, unânime, DJ 18.05.2001; e o AI 254.903-AgR/MG, rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, unânime, DJ 09.03.2001.

Ademais, a jurisprudência sedimentada desta Corte não admite o chamado “prequestionamento implícito”. Nesse sentido, colaciono, entre muitos outros, os seguintes julgados, que, por si sós, demonstram a inviabilidade da pretensão recursal dos recorrentes: AI 508.555-AgR/MG, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 14.10.2005; RE 217.849-AgR/ES, rel. Min. Eros Grau, DJ 22.06.2005; AI 413.963-AgR/SC, rel. Min. Celso de Mello, DJ 1º.04.2005; e AI 253.566-AgR/RS, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ 03.03.2000, este último assim ementado:

“Recurso extraordinário: prequestionamento “explícito”: exigibilidade. O requisito do prequestionamento assenta no fato de não ser aplicável à fase de conhecimento do recurso extraordinário o princípio jura novit curia: instrumento de revisão in jure das decisões proferidas em única ou última instância, o RE não investe o Supremo de competência para vasculhar o acórdão recorrido, à procura de uma norma que poderia ser pertinente ao caso, mas da qual não se cogitou. Daí a necessidade de pronunciamento explícito do Tribunal a quo sobre a questão suscitada no recurso extraordinário: Sendo o prequestionamento, por definição, necessariamente explícito, o chamado “prequestionamento implícito” não é mais do que uma simples e inconcebível contradição em termos.”

4.Ressalte-se que, quanto à alegação de contrariedade à Súmula STF 473, o recurso também não merece prosperar.

Com efeito, o Tribunal de origem entendeu impossível a modificação da decisão proferida por órgão colegiado máximo da esfera administrativa por decisum singular do Sr. Secretário do Estado, por concluir que o art. 266 do Decreto-Lei 05/75 é incompatível com a atual ordem constitucional, uma vez que tal norma fere os princípios da isonomia, da ampla defesa e do devido processo legal.

É certo que a referida Súmula STF 473, em sua primeira parte, evidencia que “a administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos”; entretanto, para desconstituir as conclusões da Corte a quo, seria necessário o reexame dos fatos e das provas constantes dos autos (fl. 279), tendo em vista que também se levou em consideração “que a r. decisão proferida pelo Exmo. Sr. Secretário não goza da imparcialidade devida (fl. 198), bem como a análise da citada legislação local (art. 266 do Decreto-Lei 05/75), o que impede o trânsito do apelo extremo pelo óbice da Súmula STF 280.

5.Dessa forma, nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput).

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.922-4 (470)PROCED. : CEARÁRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE JARDIMPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JARDIM

DECISÃO: O Tribunal Superior do Trabalho prolatou o seguinte acórdão:

“RECURSO DE REVISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. PRETENSÃO DE IMPLANTAÇÃO E PAGAMENTO DE SALÁRIO MÍNIMO A TODOS OS EMPREGADOS DO MUNICÍPIO DE JARDIM, CONCURSADOS OU NÃO, INDEPENDENTEMENTE DA JORNADA LABORAL CUMPRIDA. O pagamento do salário mínimo de forma proporcional à jornada de trabalho cumprida, quando reduzida, ainda que em valor inferior ao salário mínimo mensal, não implica violação do art. 7º, IV, da Carta Política. Exegese consentânea com a norma consagrada no inciso XIII do mesmo preceito constitucional. Precedentes desta Corte Superior. Recurso de revista conhecido por divergência e não provido” [fl. 2.172].

2.O Ministério Público do Trabalho sustenta que o provimento judicial violou o disposto no artigo 7º, IV, da CB/88. Afirma que “a Constituição Federal quando estabeleceu a jornada de trabalho, estabeleceu apenas o limite máximo, portanto, assegurou a possibilidade da jornada ser inferior a oito horas de trabalho diárias ou quarenta e quatro semanais” [fl. 2.187].

3.Deixo de apreciar a existência da repercussão geral, vez que o art. 323, § 1º, do RISTF dispõe que "[t]al procedimento não terá lugar, quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante, casos em que se presume a existência de repercussão geral”.

4.O recurso não merece prosperar. O Supremo, ao julgar o RE n. 48.480, Relator o Ministro Luis Gallotti, DJ de 25.6.62, fixou o seguinte entendimento:

“SALÁRIO MÍNIMO. TRABALHO POR TAREFA. E AO DIA NORMAL QUE SE REFERE O ART. 78 DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO, QUANDO GARANTE AOS TAREFEIROS O SALÁRIO MÍNIMO. SE ELES, POR SUA VONTADE, RESOLVEM TRABALHAR ABAIXO DO HORÁRIO NORMAL, O QUE LHES FICA ASSEGURADO É O SALÁRIO MÍNIMO HORA. A ENTENDER-SE DE OUTRO MODO, RESULTARIA O ABSURDO DE SEREM PAGOS OS TAREFEIROS TAMBÉM PELAS HORAS EM QUE, POR SUA VONTADE, NÃO TRABALHARAM OU NÃO PRODUZIRAM. DIZER, COMO DISSE O ACÓRDÃO RECORRIDO, QUE AOS TAREFEIROS ASSEGURA A LEI A PERCEPÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO DIÁRIO, INDEPENDENTEMENTE DA PRODUÇÃO APRESENTADA, É CONTRARIAR FLAGRANTEMENTE O CITADO ART. 78 NA SUA LETRA E NO SEU ESPÍRITO: NA SUA LETRA, PORQUE ELE GARANTE O SALÁRIO MÍNIMO POR DIA NORMAL E NÃO POR DIA REDUZIDO VOLUNTARIAMENTE PELO EMPREGADO; NO SEU ESPÍRITO, PORQUE É DA ESSÊNCIA DO TRABALHO POR TAREFA QUE A REMUNERAÇÃO SEJA PROPORCIONAL AO QUE PRODUZIU O EMPREGADO. AO TAREFEIRO ESTARÁ ASSEGURADO O SALÁRIO MÍNIMO PELO DIA NORMAL. MAS, QUANDO O DIA DE SERVIÇO FOR DIMINUÍDO, O SALÁRIO MÍNIMO, LOGICAMENTE, TAMBÉM SE REDUZIRÁ E SERÁ PROPORCIONAL AO NUMERO DE HORAS EM QUE TRABALHOU E PRODUZIU. ENTENDIMENTO OPOSTO SERIA PRÊMIO AOS INDOLENTES E DESESTÍMULO AOS PRODUZEM. O CRITÉRIO SEGUIDO POR NOSSA LEI, A EXEMPLO DA MEXICANA E OUTRAS, ESTÁ EM CONSONÂNCIA COM A TENDÊNCIA DE TORNAR MENOS VAGA A RELAÇÃO ENTRE O SALÁRIO E O VALOR DO TRABALHO PRESTADO, EVITANDO-SE, MUITAS VEZES, A IMPOSIÇÃO DE UMA IGUALDADE AOS QUE SE DESIGUALAM NO CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO DE TRABALHAR. RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONHECIDO E PROVIDO”.

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.927-5 (471)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAISRECDO.(A/S) : ADÉLIA REZENDE DE SOUZA FARIA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : FADAIAN CHAGAS CARVALHO E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Discute-se no presente recurso extraordinário o direito dos servidores inativos à vantagem pecuniária instituída pelo decreto n. 36.737/95, do Estado de Minas Gerais, com respaldo no disposto no artigo 40, §§ 4º e 8º, da Constituição do Brasil.

2.O Tribunal a quo afirmou que o decreto estadual possibilitou aos servidores ativos a opção por permanecer trabalhando 6 [seis] horas diárias ou por aumentar esta jornada de trabalho para 8 [oito] horas. Aqueles que optassem por aumentar a carga horária fariam jus a uma vantagem pecuniária.

3.Decidiu que essa vantagem deve ser estendida aos inativos --- com

esteio no disposto no artigo 40, § 8º, da CB/88 ---, em face do princípio da isonomia [fl. 353].

4.O recorrente alega violação do disposto no artigo 40, §§ 4º e 8º, da CB/88.

5.A 2ª Turma do Supremo, no julgamento do AI n. 289.279-AgR, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 18.5.01, fixou o seguinte entendimento:

"EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO LOCAL. SÚMULA 280-STF. MAJORAÇÃO DE VENCIMENTOS. CARGA HORÁRIA. INATIVOS. EXTENSÃO. IMPOSSIBILIDADE. 1. Questão dirimida no Tribunal de origem à luz de normas de direito local. Incidência do óbice da Súmula 280-STF. 2. Vencimentos majorados em virtude do aumento da carga horária. Impossibilidade de extensão aos inativos. Agravo regimental a que se nega provimento".

6.No mesmo sentido, o AI n. 562.310, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 9.2.06; o AI n. 550.575, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 3.10.05, e o RE n. 232.039, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 8.2.02.

Dou provimento ao recurso com esteio no disposto no artigo 557, § 1º-A, do CPC, declarando invertidos os ônus de sucumbência.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.943-7 (472)PROCED. : PERNAMBUCORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : MRG INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDRÁULICAS

LTDAADV.(A/S) : RODRIGO PEREIRA GUEDES E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : EMPRESA DE URBANIZAÇÃO DO RECIFE - URBADV.(A/S) : JOSÉ CARLOS ROBALINO DE BARROS E OUTRO

(A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição do Brasil.

2.O Supremo Tribunal Federal, ao julgar Questão de Ordem no AI n. 664.567, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6.9.07, fixou entendimento no sentido de que “a exigência da demonstração formal e fundamentada no recurso extraordinário da repercussão geral das questões constitucionais discutidas só incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de 2007”.

3.A intimação do acórdão recorrido deu-se, no caso em exame, em data posterior à fixada naquele julgamento.

4.O recorrente, no entanto, ao apresentar a preliminar de repercussão geral, no recurso extraordinário, não fundamentou a existência de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os interesses subjetivos da causa, não observando o disposto no artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06 e art. 327, § 1º, do RISTF.

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 327, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.945-3 (473)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONALRECTE.(S) : GILDO EDGAR WENDTADV.(A/S) : VINÍCIUS LUBIANCA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : OS MESMOS

DECISÃO: A matéria debatida nestes autos --- constitucionalidade da quebra de sigilo bancário por autoridades administrativas tributárias, sem autorização judicial, nos termos do disposto na Lei Complementar n. 105/01 e na Lei n. 10.174/01 --- está submetida à apreciação do Pleno do Supremo Tribunal Federal, nos autos da Ação Cautelar n. 33, Relator o Ministro Marco Aurélio.

Determino o sobrestamento deste feito até o julgamento da aludida ação.

Publique-se.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.954-2 (474)PROCED. : PIAUÍ

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 106

RELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ESTADO DO PIAUÍPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍRECDO.(A/S) : NEUMAN DELMONDES PEREIRAADV.(A/S) : MARTIM FEITOSA CAMÊLO

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão do Tribunal Superior do Trabalho, ementado nos seguintes termos [fl. 312]:

“EMBARGOS - DISPENSA DE PRECATÓRIO – ART. 100, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA – DEFINIÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE PEQUENO VALOR – LEI ESTADUAL – APLICABILIDADE.

Esta C. SBDI-1 já se pronunciou no sentido de que a lei estadual que define as obrigações de pequeno valor, para fins de aplicação do § 3º do art. 100 da Constituição, somente se aplica aos créditos apurados posteriormente à sua vigência. Assim, não há como divisar ofensa ao art. 100, § 3º, da Constituição, porquanto foram observados os critérios preconizados na legislação então vigente para a caracterização da obrigação de pequeno valor.

Embargos não conhecidos”.2.Alega-se, no recurso extraordinário, violação do disposto no artigo

100, § 3º, da Constituição do Brasil.3.Deixo de apreciar a existência da repercussão geral, vez que o art.

323, § 1º, do RISTF dispõe que "[t]al procedimento não terá lugar, quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante, casos em que se presume a existência de repercussão geral”.

4.Este Tribunal, no julgamento da ADI n. 2.868, Relator o Ministro Carlos Britto, DJ de 12.11.04, manifestou o seguinte entendimento:

“AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI 5.250/2002 DO ESTADO DO PIAUÍ, PRECATÓRIO. OBRIGAÇÕES DE PEQUENO VALOR. CF, ART. 100, § 3º. ADCT, ART. 87.

Possibilidade de fixação, pelos estados-membros, de valor referencial inferior ao do art. 87 do ADCT, com a redação dada pela Emenda Constitucional 37/2002.

Ação Direta julgada improcedente.” Dou provimento ao recurso extraordinário com fundamento no

disposto no artigo 557, § 1°-A, do Código de Processo Civil.Publique-se.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.983-6 (475)PROCED. : ALAGOASRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : FRANCISCO DOS SANTOS & CIA LTDA E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : DIVACI OLIVEIRA GOMESRECDO.(A/S) : ESTADO DE ALAGOASPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOAS

DESPACHO: (PET SR/STF n. 116.017/2009)Defiro o pedido de vista acostado à fl. 440, pelo prazo legal. Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.083-4 (476)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICARECDO.(A/S) : HAMILTON ARY DA SILVARECDO.(A/S) : OSCAR STABEL NETORECDO.(A/S) : JAIME ANTONIO POMATTIRECDO.(A/S) : LUIZ CLAUDIO LEOPOLDORECDO.(A/S) : FRANCISCO ANTONIO SANTA HELENARECDO.(A/S) : JOSÉ NELSON GALLASRECDO.(A/S) : CESAR FRANCO DE LIMARECDO.(A/S) : LUIZ ANTONIO DE OLIVEIRARECDO.(A/S) : FERNANDO VICO DA CUNHARECDO.(A/S) : JEFERSON REUS SBROGLIORECDO.(A/S) : LEONARDO BUFFONRECDO.(A/S) : ADRIANA TAGLIARI OSTERMANNRECDO.(A/S) : RICARDO ZANELLA CRUSIUSRECDO.(A/S) : TANHÃ MARIA LAUERMANN SCNEIDERRECDO.(A/S) : FELIX RUSCHELRECDO.(A/S) : JORGE ALBERTO SIMIONOSWSKIRECDO.(A/S) : CLAUDIA COSTIADV.(A/S) : JOÃO JOAQUIM MARTINELLI E OUTRO (A/S)

DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea “a”, da Constituição do Brasil contra acórdão proferido pelo TRF da 4ª Região.

2.Alega-se, no recurso extraordinário, ofensa ao disposto nos artigos 3º, I e III, 5º, caput, 19, III, 37, caput, 62, § 1º, I, alínea b, 146, III, alínea b, e 150, II, da Constituição do Brasil.

3.Deixo de examinar a preliminar de repercussão geral, cujo exame só é possível quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão [RISTF, art. 323]. Se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” [artigo 102, III, § 3º, da CB/88].

4.O recurso não merece provimento. O acórdão recorrido não apreciou a controvérsia à luz dos preceitos constitucionais que o recorrente indica como violados. Além disso, os embargos de declaração são ineficazes para ventilar matéria não arguida oportunamente. Aqui incidem as Súmulas ns. 282 e 356 do STF.

5.O prequestionamento, no entendimento pacificado deste Tribunal, deve ser explícito [AI n. 215.724-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, 1ª Turma, DJ de 15.10.99, e RE n. 192.031-AgR, Relator o Ministro Néri da Silveira, 2ª Turma, DJ de 4.6.99].

6.Para dissentir-se do acórdão impugnado seria necessária a análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie, no caso, Leis n. 8.137/90 e 10.684/03. Eventual ofensa à Constituição dar-se-ia de forma indireta, circunstância que impede a admissão do extraordinário. Nesse sentido, o RE n. 148.512, Relator o Ministro Ilmar Galvão, DJ de 2.8.96; o AI n. 157.906-AgR, Relator o Ministro Sydney Sanches, DJ de 9.12.94; o AI n. 145.680-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 30.4.93, entre outros.

Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.

Publique-se.Brasília, 30 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.115-6 (477)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : SERVIÇO DE GINECOLOGIA, OBSTETRÍCIA E ULTRA-

SONOGRAFIA DR GUSTAVO BECKERADV.(A/S) : RODRIGO DO AMARAL FONSECA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

DECISÃO: O Supremo Tribunal Federal reconheceu a repercussão geral da controvérsia objeto dos presentes autos --- constitucionalidade da cobrança da COFINS nos termos da Lei n. 10.833/03 --- que será submetida a exame do Pleno do Supremo Tribunal Federal nos autos do RE n. 570.122, Relator o Ministro Marco Aurélio.

2.O Plenário deste Tribunal, na Sessão do dia 20 de agosto de 2008, apreciando questão de ordem, decidiu estender a aplicação de dispositivos da repercussão geral a todos os recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados anteriormente a 3 de maio de 2007.

Sendo assim, determino a devolução deste feito ao Tribunal de origem [RISTF, 328], para que seja observado o disposto no artigo 543-B e seus parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 17 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.124-5 (478)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : CIA ITAULEASING DE ARRENDAMENTO MERCANTILADV.(A/S) : ANDRÉ GIORDANO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : TIANE BAPTISTA DA SILVA SALGADO COSTAADV.(A/S) : ADAUTO MACHADO PIRES E OUTRO (A/S)

DECISÃO: A matéria debatida nos autos diz respeito à constitucionalidade do artigo 5º, parágrafo único, da Medida Provisória n. 2.170-36, que disciplina a capitalização mensal dos juros nos contratos celebrados por instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional.

2.A repercussão geral dessa controvérsia foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos do RE n. 568.396, Relator o Ministro Marco Aurélio.

Determino a devolução deste feito ao Tribunal de origem [RISTF, 328], para que seja observado o disposto no artigo 543-B e seus parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 23 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator –

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.150-4 (479)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CELSO DE MELLORECTE.(S) : WINICIUS DINIZ GONÇALVES

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 107

ADV.(A/S) : AURÉLIO RAIDER MELO NOGUEIRARECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAISPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE

MINAS GERAIS

DECISÃO: A parte ora recorrente, ao deduzir o presente recurso extraordinário, sustentou que a decisão recorrida teria transgredido o princípio constitucional da motivação dos atos decisórios (CF, art. 93, IX).

A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem reiteradamente enfatizado que as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, do devido processo legal, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição (RTJ 147/251 - RTJ 159/328 - RTJ 161/284 – RTJ170/627-628 - AI 126.187-AgR/ES, Rel. Min. CELSO DE MELLO – AI153.310-AgR/RS, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - AI 185.669-AgR/RJ, Rel. Min. SYDNEY SANCHES - AI 192.995-AgR/PE, Rel. Min. CARLOS VELLOSO - AI257.310-AgR/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO - RE254.948/BA, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.), o que não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária.

Cumpre registrar, no que se refere à alegada transgressão ao postulado constitucional que impõe, ao Poder Judiciário, o dever de motivar suas decisões (CF, art. 93, IX), que o acórdão emanado do Tribunal “a quo”, encontra-se fundamentado, satisfazendo-se, desse modo, por inteiro, a exigência de motivação imposta por aquele preceito da Constituição da República.

É preciso ter presente, ainda no tocante à alegada ausência de motivação da decisão recorrida, que a jurisprudência firmada pelo Supremo Tribunal Federal (RTJ 170/627-628, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.) orienta-se no sentido de que “O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada. Não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional” (RTJ 150/269, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE - grifei).

Sendo assim, e pelas razões expostas, não conheço do presente recurso extraordinário.

Publique-se.Brasília, 22 de setembro de 2009.

Ministro CELSO DE MELLORelator

Processos com Despachos Idênticos:RELATORA: MIN. ELLEN GRACIE

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 558.881-5 (480)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : COMERCIAL BREVE LTDAADV.(A/S) : MARIA CRISTINA BENEVENI DE OLIVEIRA E OUTRO

(A/S)

1.A hipótese dos autos versa sobre a restituição de ICMS pago antecipadamente no regime de substituição tributária quando há diferença entre a base de cálculo presumida e a base de cálculo real.

2.O Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da matéria no RE 593.849/MG, rel. Min. Ricardo Lewandowski, decisão proferida no dia 17.9.2009.

3.No julgamento do RE 540.410-QO, rel. Min. Cezar Peluso, DJe 16.10.2008, e do AI 715.423-QO, de minha relatoria, DJe 04.09.2008, esta Corte decidiu que, nos casos de matérias com repercussão geral reconhecida, é possível a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais de origem, para os fins previstos no art. 543-B, § 3º, do CPC.

4.Dessa forma, nos termos do art. 328 do RISTF, na redação dada pela Emenda Regimental nº 21/2007, determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, bem como a observância, no tocante ao apelo extremo interposto, das disposições do art. 543-B do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministra Ellen GracieRelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 588.466-0 (481)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : POSTO 18 LAVABEM LTDAADV.(A/S) : LUIZ FERNANDO RUCK CASSIANORECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 480

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592.961-2 (482)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : LUIS GUSTAVO T. BORTOLLOTTIADV.(A/S) : RICARDO VENDRAMINE CAETANO E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 480

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.007-9 (483)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECTE.(S) : FRICKE VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : EDUARDO BROCK E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : OS MESMOS

Despacho: Idêntico ao de nº 480

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.418-4 (484)PROCED. : DISTRITO FEDERALRELATORA :MIN. ELLEN GRACIERECTE.(S) : BRASÍLIA COMÉRCIO E REPRESENTAÇÕES DE

BEBIDAS LTDAADV.(A/S) : WALDEMIR PINHEIRO BANJA E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : DISTRITO FEDERALPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL

Despacho: Idêntico ao de nº 480

Processos com Despachos Idênticos:RELATOR: MIN. CARLOS BRITTO

AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 545.648-0 (485)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : FERNANDA ANDRADE DE FARIA E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : CARLOS ROBERTO SEVERO DA FONSECAADV.(A/S) : CARLOS GILBERTO GONÇALVES VIEIRAINTDO.(A/S) : BANCO MERIDIONAL DO BRASIL S/AADV.(A/S) : VINICIO MARIO CEZNE E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : FLÁVIA STELLA CARDOSOADV.(A/S) : RODRIGO MARRA

DECISÃO: Vistos, etc. Trata-se de processo em que se discute a constitucionalidade da

capitalização mensal de juros (Medida Provisória nº 2.170-36/2001).2. Pois bem, o Supremo Tribunal Federal concluiu pela presença de

repercussão geral na matéria em exame (RE 568.396 substituído pelo RE 592.377, ambos da relatoria do ministro Marco Aurélio).

3. Por outra volta, esta Corte assentou que, em casos como o presente, o regime de que trata o artigo 543-B do Código de Processo Civil é aplicável inclusive aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos cuja intimação houver ocorrido antes de 03.05.2007 (Questão de Ordem no RE 540.410, sob a relatoria do ministro Cezar Peluso).

4. Isso posto, reconsidero a decisão agravada e, frente ao parágrafo único do art. 328 do RI/STF, determino o retorno dos autos à origem, a fim de que sejam observadas as disposições do art. 543-B do Código de Processo Civil. Prejudicada, portanto, a análise do agravo regimental.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 548.758-0 (486)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. CARLOS BRITTOAGTE.(S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEFADV.(A/S) : FERNANDA ANDRADE DE FARIAAGDO.(A/S) : GRAZIELE SCHIAVI E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ANICETO BRANDELERO E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 485

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 511.761-8 (487)PROCED. : BAHIARELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : UNIÃO

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 108

ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : CELIDALVA LIMA SANTOS DORIAADV.(A/S) : MARIA JOSE SILVA OLIVEIRA

DECISÃO: Vistos, etc. Cuida-se de processo em que se discute a possibilidade de

expedição de precatório referente à parcela incontroversa da condenação.2. Pois bem, inicialmente o Supremo Tribunal Federal concluiu pela

presença de repercussão geral na matéria em exame (RE 568.647, sob a relatoria do ministro Marco Aurélio). Contudo, em momento posterior, foi julgado prejudicado o mencionado precedente, ante a falta de interesse da União para a causa, manifestada com a edição do Enunciado nº 31 da Advocacia-Geral da União.

3. Nessa contextura, o recurso extraordinário perdeu o objeto.Isso posto, e frente ao caput do art. 557 do CPC e ao inciso IX do art.

21 do RI/STF, julgo prejudicado o recurso.Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro CARLOS AYRES BRITTORelator

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 580.998-6 (488)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. CARLOS BRITTORECTE.(S) : UNIÃOADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃORECDO.(A/S) : HUMBERTO PIMENTA DE FIGUEIREDO E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : VERA LÚCIA SOARES BARBOSA CAMPOS E OUTRO

(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 487

Processos com Despachos Idênticos:RELATOR: MIN. EROS GRAU

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 462.835-0 (489)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : IRMÃOS ZILLMER & CIA LTDAADV.(A/S) : JULIANA HARTMANN SCHEID E OUTRO (A/S)

DECISÃO: A repercussão geral da matéria objeto dos presentes autos --- restituição de valores pagos a maior em regime de substituição tributária --- foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal e o mérito da controvérsia será submetido a exame do Pleno desta Corte nos autos do RE n. 593.849, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski.

2.O Plenário deste Tribunal, na Sessão do dia 20 de agosto de 2008, apreciando questão de ordem, decidiu estender a aplicação de dispositivos da repercussão geral a todos os recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados anteriormente a 3 de maio de 2007.

Sendo assim, afasto o sobrestamento e determino a devolução deste feito ao Tribunal de origem [RISTF, 328], para que seja observado o disposto no artigo 543-B e seus parágrafos do Código de Processo Civil.

Publique-se.Brasília, 29 de setembro de 2009.

Ministro Eros Grau- Relator -

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 465.171-8 (490)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : M. CARNEIRO AUTOS LTDA.ADV.(A/S) : RAUL H. HAIDAR E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 489

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 470.433-1 (491)PROCED. : MARANHÃORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ESTADO DO MARANHÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃORECDO.(A/S) : COBEPI - COMÉRCIO DE BEBIDAS PINGUINS LTDAADV.(A/S) : JOSÉ HENRIQUE WANDERLEY FILHO E OUTRO

(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 489

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 502.620-5 (492)

PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : SAVANA VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : GUSTAVO MASINA

Despacho: Idêntico ao de nº 489

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 515.879-9 (493)PROCED. : MINAS GERAISRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : PAVEPE - PARÁ DE MINAS VEÍCULOS E PEÇAS LTDAADV.(A/S) : LEONARDO GUEDES DE CARVALHO E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Despacho: Idêntico ao de nº 489

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 523.185-2 (494)PROCED. : MATO GROSSORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO

GROSSORECDO.(A/S) : M A CAMPOS CARVALHO & CIA LTDAADV.(A/S) : PLÍNIO SAMACLAY DE LIMA MORAN E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 489

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 528.053-5 (495)PROCED. : PARAÍBARELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS SANTO AMARO LTDA E

OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DA PARAÍBAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA

Despacho: Idêntico ao de nº 489

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 533.815-1 (496)PROCED. : RIO DE JANEIRORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : TIRANDENTES POSTO DE GASOLINA E SERVIÇOS

LTDA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : LUIZ CARLOS AMÉRICO DOS REIS NETO E OUTRO

(A/S)RECDO.(A/S) : UNIÃOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL

Despacho: Idêntico ao de nº 489

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 540.059-0 (497)PROCED. : SÃO PAULORELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : SUN MOTORS COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO DE

VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : CARLA CANEPA

Despacho: Idêntico ao de nº 489

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 576.515-6 (498)PROCED. : PARANÁRELATOR :MIN. EROS GRAURECTE.(S) : PIOVESAN E ENUMO LTDA E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : LUIZ ALBERTO GIOMBELLI SIMONI E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ

Despacho: Idêntico ao de nº 489

Processos com Despachos Idênticos:RELATOR: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

AGRAVO DE INSTRUMENTO 660.199-6 (499)PROCED. : SANTA CATARINARELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKI

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 109

AGTE.(S) : FUNDAÇÃO CELES DE SEGURIDADE SOCIAL - CELOS

ADV.(A/S) : MARIA CRISTINA DA COSTA FONSECA E OUTRO (A/S)

AGDO.(A/S) : JOSÉ ERDTMANNADV.(A/S) : HEITOR FRANCISCO GOMES COELHOAGDO.(A/S) : CENTRAIS ELÉTRICAS DE SANTA CATARINA S.A. -

CELESCADV.(A/S) : LYCURGO LEITE NETO

Trata-se de agravo de instrumento interposto contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário que versa sobre matéria ¾ competência para julgar causas envolvendo complementação de aposentadoria por entidade de previdência privada ¾ cuja repercussão geral já foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal (RE 586.453-RG/SE, Rel. Min. Ellen Gracie).

Isso posto, uma vez que preenchidos os demais requisitos de admissibilidade, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, com base no art. 328, parágrafo único do RISTF, determino a devolução destes autos ao Tribunal de origem para que seja observado, quanto ao extraordinário, o disposto no art. 543-B do CPC, visto que nele discute-se questão idêntica à apreciada no RE 586.453-RG/SE.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator –

AGRAVO DE INSTRUMENTO 751.852-1 (500)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATOR :MIN. RICARDO LEWANDOWSKIAGTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO

BANCO DO BRASIL - PREVIADV.(A/S) : LARA CORRÊAAGDO.(A/S) : CLARICE MARIA SCHNEIDADV.(A/S) : IDELON CORRÊA DA SILVA JÚNIOR E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 499

Processos com Despachos Idênticos:RELATORA: MIN. CÁRMEN LÚCIA

AGRAVO DE INSTRUMENTO 614.495-3 (501)PROCED. : SANTA CATARINARELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : LE MANS REPECON VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : RYCHARDE FARAH E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINAPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA

CATARINA

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. REPERCUSSÃO GERAL DA

QUESTÃO CONSTITUCIONAL. QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República, contra julgado no qual se discute o direito ao creditamento da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS pago antecipadamente em razão da substituição tributária, na hipótese de o fator gerador se realizar com valor inferior ao presumido.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 593.489,

Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário que, ademais, é objeto de julgamento nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade ns. 2.675/PE e 2.777/SP.

3. O reconhecimento da repercussão geral do tema constitucional torna dispensável a determinação de subida do recurso extraordinário ou de conversão deste agravo de instrumento naquele recurso, pois os autos principais deverão aguardar na origem o julgamento de mérito do Recurso Extraordinário n. 593.489, a teor do que dispõe o art. 543-B do Código de Processo Civil.

No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, devendo ser observado quanto a este o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Retornem os autos deste agravo de instrumento à origem para que sejam apensados aos autos principais.

Publique-se.Brasília, 22 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 631.305-4 (502)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : DIMACAR - DISTRIBUIDORA DE CARROS E

MÁQUINAS AGRÍCOLAS LTDAADV.(A/S) : GUILLERMO ANTÔNIO ARAÚJO GRAUAGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SUL

Despacho: Idêntico ao de nº 501

AGRAVO DE INSTRUMENTO 661.694-1 (503)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : COLAFERRO AUTOMÓVEIS LTDAADV.(A/S) : MARCIO ANTONIO DA SILVA NOBRE E OUTRO

(A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. REPERCUSSÃO GERAL DA

QUESTÃO CONSTITUCIONAL. QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República, contra julgado no qual se discute o direito ao creditamento da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS pago antecipadamente em razão da substituição tributária, na hipótese de o fator gerador se realizar com valor inferior ao presumido.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 593.489,

Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário que, ademais, é objeto de julgamento nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade ns. 2.675/PE e 2.777/SP.

3. O reconhecimento da repercussão geral do tema constitucional torna dispensável a determinação de subida do recurso extraordinário ou de conversão deste agravo de instrumento naquele recurso, pois os autos principais deverão aguardar na origem o julgamento de mérito do Recurso Extraordinário n. 593.489, a teor do que dispõe o art. 543-B do Código de Processo Civil.

No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, devendo ser observado quanto a este o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Retornem os autos deste agravo de instrumento à origem para que sejam apensados aos autos principais.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 679.891-1 (504)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : GUAICÁ AUTO POSTO LTDAADV.(A/S) : GILBERTO DE JESUS DA ROCHA BENTO JÚNIORAGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 503

AGRAVO DE INSTRUMENTO 687.425-8 (505)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : POSTO AVENIDA DE PIRACICABA LTDA

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 110

ADV.(A/S) : GILBERTO DE JESUS DA ROCHA BENTO JR E OUTRO (A/S)

AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 503

AGRAVO DE INSTRUMENTO 678.409-5 (506)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : AUTO POSTO VILA MARIA LTDAADV.(A/S) : RODRIGO HELFSTEIN E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

DECISÃOAGRAVO DE INSTRUMENTO. REPERCUSSÃO GERAL DA

QUESTÃO CONSTITUCIONAL. QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso

extraordinário, interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a, da Constituição da República, contra julgado no qual se discute o direito ao creditamento da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS pago antecipadamente em razão da substituição tributária, na hipótese de o fator gerador se realizar com valor inferior ao presumido.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 593.489,

Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário que, ademais, é objeto de julgamento nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade ns. 2.675/PE e 2.777/SP.

3. O reconhecimento da repercussão geral do tema constitucional torna dispensável a determinação de subida do recurso extraordinário ou de conversão deste agravo de instrumento naquele recurso, pois os autos principais deverão aguardar na origem o julgamento de mérito do Recurso Extraordinário n. 593.489, a teor do que dispõe o art. 543-B do Código de Processo Civil.

No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, devendo ser observado quanto a este o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Retornem os autos deste agravo de instrumento à origem para que sejam apensados aos autos principais.

Publique-se.Brasília, 24 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

AGRAVO DE INSTRUMENTO 680.553-6 (507)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : AUTO POSTO PAU D'ALHO LTDAADV.(A/S) : RICARDO VENDRAMINE CAETANO E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO E

OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 506

AGRAVO DE INSTRUMENTO 688.730-9 (508)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : POSTO PAULISTA LTDAADV.(A/S) : DANIEL CARAJELESCOV E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 506

AGRAVO DE INSTRUMENTO 690.691-6 (509)PROCED. : PARANÁRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : MAXIMUM INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE

LUBRIFICANTES LTDAADV.(A/S) : BRUNO PEDALINOAGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁ

PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ E OUTRO (A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 506

AGRAVO DE INSTRUMENTO 692.358-4 (510)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIAAGTE.(S) : TM DISTRIBUIDORA DE PETRÓLEO LTDAADV.(A/S) : JORGE BERDASCO MARTÍNEZ E OUTRO (A/S)AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO

Despacho: Idêntico ao de nº 506

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487.253-6 (511)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : CASA RENA LTDA. E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : ALETÉIA SILVA ARAÚJO E OUTRO (A/S)ADV.(A/S) : DAVID GONÇALVES DE ANDRADE SILVARECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.

Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute o direito ao creditamento da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS pago antecipadamente em razão da substituição tributária, na hipótese de o fator gerador se realizar com valor inferior ao presumido.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 593.489,

Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário que, ademais, é objeto de julgamento nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade ns. 2.675/PE e 2.777/SP.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 25 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 490.454-3 (512)PROCED. : MINAS GERAISRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : JG AUTOMÓVEIS LTDAADV.(A/S) : MARCOS TEIXEIRA MACIEL LEITE E OUTRO (A/S)RECDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAISADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Despacho: Idêntico ao de nº 511

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 548.999-0 (513)PROCED. : RIO GRANDE DO SULRELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE

DO SULRECDO.(A/S) : VEÍSA VEÍCULOS LTDAADV.(A/S) : RÉGIS DE SOUZA RENCK E OUTRO (A/S)

DECISÃOREPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL.

QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 111

DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM.Relatório1. Recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III,

alínea a, da Constituição da República contra julgado no qual se discute o direito ao creditamento da diferença do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS pago antecipadamente em razão da substituição tributária, na hipótese de o fator gerador se realizar com valor inferior ao presumido.

Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO.2. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário n. 593.489,

Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário que, ademais, é objeto de julgamento nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade ns. 2.675/PE e 2.777/SP.

Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil.

3. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 540.410, Relator o Ministro Cezar Peluso, em 20.8.2008, o Supremo Tribunal Federal resolveu questão de ordem no sentido de que o art. 543-B do Código de Processo Civil também se aplica aos recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados antes de 3.5.2007.

4. Pelo exposto, determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

Publique-se.Brasília, 28 de setembro de 2009.

Ministra CÁRMEN LÚCIARelatora

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.038-9 (514)PROCED. : SÃO PAULORELATORA :MIN. CÁRMEN LÚCIARECTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULOPROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULORECDO.(A/S) : PETROLUMA AUTO POSTO LTDAADV.(A/S) : ANA CRISTINA FREIRE DE LIMA DIAS E OUTRO

(A/S)ADV.(A/S) : BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO E OUTRO

(A/S)

Despacho: Idêntico ao de nº 513

Eu, IRON MESSIAS DE OLIVEIRA, Coordenador de Processamento Final Substituto, conferi. ROSEMARY DE ALMEIDA, Secretária Judiciária.

Brasília, 05 de outubro de 2009.

ÍNDICE DE PESQUISA

(RISTF, art. 82 e seu § 5º)

NOME DO ADVOGADO (OU PARTE, QUANDO NÃO HOUVER ADVOGADO)

ADAUTO MACHADO PIRES (478)ADELINO MARCON (168)ADEMIR DE OLIVEIRA PIERRE (318)ADILSON AIRES (62)ADILSON BASSALHO PEREIRA (278)ADILSON RAMOS (66)ADRIANA A SANTOS SOBRAL (143)ADRIANA AQUINO DE MIRANDA POMBO (116)ADRIANA DA SILVA (82)ADRIANA MAGALHÃES ROSA (68)ADRIANA TAGLIARI OSTERMANN (476)ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - EDUARDO GOULART PIMENTA

(161)

ADVOCACIA-GERAL DO ESTADO - MG - VANESSA SARAIVA DE ABREU(183) (184)ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO(10) (11) (13) (17) (18) (52) (57) (58) (61) (97)(98) (99) (100) (101) (102) (103) (104) (105) (106) (121)(142) (164) (164) (165) (171) (189) (197) (198) (203) (278)(287) (317) (336) (342) (343) (392) (394) (408) (433) (441)(442) (443) (458) (487) (488)ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS(138) (139) (140) (282) (334) (351) (352) (388) (405) (413)(416) (419) (457) (471) (493) (511) (512)AGENOR FÉLIX FILHO (211)AHMAD LAKIS NETO (92)ALBERTO BOTELHO MENDES (139)

ALBERTO SIMONETTI CABRAL NETO (368)ALCEMIRO ALUCIANO RIBEIRO (91)ALCINETE NASCIMENTO DE SOUZA (190)ALCIR MALDOTTI (240)ALÉCIO JARUCHE (196)ALETÉIA SILVA ARAÚJO (511)ALEX SANDRO SOMMARIVA (294)ALEX TONATTO DA SILVA (60)ALEXANDER LADISLAU MENEZES (202)ALEXANDRE ARTUR ULBRICHT (203)ALEXANDRE DANTAS FRONZAGLIA (420)ALEXANDRE DO CARMO AFIUNE (193)ALEXANDRE LINS DE SOUZA (63)ALEXANDRE PASQUALI PARISE (257)ALEXANDRE VITORINO SILVA (255)ALFREDO LUÍS ALVES (45)ALLEXSANDRE LÜCKMANN GERENT (377)ALMIRA DE FÁTIMA VALIM CECCON (374)ALOISIO HELENO MANCANO CHAVES (385)ALVACY KASSYS DA SILVA (131)ALYSSON SOUSA MOURÃO (44)AMANDA LIMA MARTINS (321)AMILCAR ALTHOFF (437)ANA BEATRIZ CERISARA (342)ANA CAROLINA PINTO COURI (357)ANA CRISTINA FREIRE DE LIMA DIAS(314) (514)ANA CRISTINA SOARES FLORES YOUSSEF (306)ANA GARCIA FILHA (271)ANA LÚCIA BOHMANN(69) (324)ANA LUZIA COSTA CAVALCANTI MANSO (171)ANA PAULA VENTURA GASPAR PAULA (296)ANDERSON ALVES (339)ANDRÉ EDUARDO DE ALMEIDA CONTRERAS (20)ANDRÉ GIORDANO (478)ANDRÉ JOSÉ VALARELLI (256)ANDRÉ LUIS TUCCI (402)ANDRÉ SERRÃO BORGES DE SAMPAIO (158)ANDRÉA CRISTINE ARCEGO (338)ANGELA OLIVEIRA BALEEIRO (44)ANICETO BRANDELERO (486)ANNA MARIA GACCIONE (38)ANSELMO PIRES DE SOUZA (204)ANTONIA DELFINA NATH (133)ANTONINHA BALSEMÃO (415)ANTONINHA DE OLIVEIRA BALSEMÃO (421)ANTÔNIO AUGUSTO SERRA SECA NETO (286)ANTÔNIO CARLOS MOTTA LINS (46)ANTONIO CARLOS SILVANO (256)ANTONIO CARLOS TREVISAN (256)ANTÔNIO GRAEFF MARTINS (15)ANTÔNIO HENRIQUE PEREIRA DA SILVA (220)ANTÔNIO IVAN OLIMPIO DA SILVA (150)ANTONIO JOSE DANTAS RIBEIRO (368)ANTONIO LOPO (332)ANTONIO LUIZ BUENO BARBOSA (440)ANTÔNIO MARCOS DUARTE ASSUMPÇÃO (166)ANTÔNIO NABOR AREIAS BULHÕES (433)ANTÔNIO POLICARPO RIOS ROBERTO (267)ANTÔNIO RAIMUNDO BARROS DE CARVALHO (155)ANTÔNIO TORREÃO BRAZ FILHO (28)APARECIDO INÁCIO (166)ARISTEU PASSOS GONÇALVES (170)ARIVALDO RESENDE DE CASTRO JÚNIOR (457)ARLINDO CARLOS DE OLIVEIRA (180)ARMANDO SEREJO (74)ARMANDO VERRI JUNIOR (3)ARNALDO MALHEIROS FILHO (245)ARNALDO RAMALDES VIANA FILHO(234) (234)ARTHUR PINHEIRO CHAVES (170)ATAUALPA SOUSA DAS CHAGAS (383)ATHANÁSIOS G. FLESSAS (340)ATHANÁSIOS GEORGIOS FLESSAS (345)AUGUSTO CÉSAR DE OLIVEIRA (256)AUREANE RODRIGUES DA SILVA(295) (301) (438)AURÉLIO RAIDER MELO NOGUEIRA (479)BÁBARA CARLA DA MATA EWERS (330)BELIZÁRIO MEIRA NETO (431)BERNARDINO PAULINO DE CARVALHO (381)BIANCA C. MARTINS REZENDE (173)BIANCA MESSIAS MENDES (11)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 112

BIRATAN DE OLIVEIRA (302)BONFIGLIOLI PART EMP IMOB LTDA (329)BRANCA APPARECIDA DE OLIVEIRA (465)BRUNO CALFAT (56)BRUNO HENRIQUE GONÇALVES (20)BRUNO MARCON (94)BRUNO PEDALINO (509)BRUNO RAFAEL OLIVEIRA GOMES (10)BRUNO ROMERO PEDROSA MONTEIRO(495) (514)BRUNO SANTOS RAMOS (221)CÂMARA DOS DEPUTADOS(97) (98) (99) (100) (101) (103) (104)CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO (465)CAMILLO ASCHAR JUNIOR (157)CAMILLO ASHCAR JUNIOR (160)CAMILO LELIS FELIPE CURY (95)CANDIDO FERREIRA DA CUNHA LOBO(260) (290) (320)CARLA CANEPA (497)CARLA FABIANA RODRIGUES DA SILVA (64)CARLA GOMES PRATA (259)CARLA SOARES VICENTE(258) (269) (404)CARLOS ANDRÉ LEAL MOREIRA (113)CARLOS APARECIDO SILVEIRA DA SILVA (238)CARLOS AUGUSTO DE PAIVA LÉDO (113)CARLOS EDUARDO CAVALLARO (8)CARLOS EDUARDO REIS CLETO (106)CARLOS GILBERTO GONÇALVES VIEIRA (485)CARLOS HEITOR DE MACEDO CAVALCANTI (462)CARLOS MALLER DE SÁ REVORÊDO (336)CARLOS ROBERTO DA LAVRA (92)CARLOS ROBERTO FORNES MATEUCCI (344)CAROLINA M. MACHADO DE STEFANO (182)CAROLINE RETTO FROTA (391)CELIA MOLLICA VILLAR (51)CÉLIA VITORIA DIAS DA SILVA SCUCUGLIA (232)CELSO BOTELHO DE MORAES (439)CELSO WAGNER THIAGO (406)CESAR FRANCO DE LIMA (476)CÉSAR VIEIRA OURIQUES (377)CHRISTIANO FALK FRAGOSO (445)CHRISTIANO FRAGOSO (445)CÍNTIA APARECIDA DAL ROVERE (20)CLÁUDIA NAHSSEN DE LACERDA FRANZE (435)CLAUDIA PRETURLAN CEZAR (135)CLAUDIA REGINA SILVA (191)CLAUDIO CABRAL DOS SANTOS (80)CLAUDIO DALLEDONE JÚNIOR (238)CLAUDIO FRUET (169)CLÁUDIO HELENO DOS SANTOS LACERDA (235)CLAUDIO STÁBILE RIBEIRO (463)CLODOALDO RIBEIRO MACHADO (2)CLOVIS SAHIONE (444)CONCEIÇÃO LIMA DE OLIVEIRA CORDEIRO (287)CONGRESSO NACIONAL(106) (201)CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (PCA Nº 642) (247)CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (PROCEDIMENTOS DE CONTROLE ADMINISTRATIVO Nº S 200910000019365 E 200910000024415)

(107)

CRISTIANE GARCIA FRANCO BELLOTI (126)CRISTIANE MENDONÇA DE OLIVEIRA (215)CRISTIANO CAJU FREITAS (14)CRISTIANO PEREIRA DE MAGALHÃES (308)CRISTINA MAGALHÃES DE OLIVEIRA (289)DAGOBERTO JOSÉ STEINMEYER LIMA(335) (438)DAIANE MARIA BISSANI (348)DANIANE MÂNGIA FURTADO (56)DANIEL CARAJELESCOV (508)DANIEL GARSON (192)DANIEL LEON BIALSKI(222) (237)DANIEL MARCELINO (326)DANIELA RESENDE MOURA (76)DANIELA RODRIGUES TEIXEIRA DE MORAES REGO (158)DANNIEL FRANCISCO DE ALMEIDA FERREIRA (242)DÁRIO ARACANJO EVANGELISTA (81)DAVID GONÇALVES DE ANDRADE SILVA (511)DAVIDSON JOSÉ LIMA DA SILVA (253)DEBORA BARBOZA DE ASSIS (393)DÉBORA DE MELLO SILVA (356)

DÉBORA SIMONE ROCHA FARIA (186)DEBORAH BARRETO MENDES (5)DÉCIMA QUARTA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 2003.002.23159 NA AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº 2003.011.001332-9)

(172)

DÉCIO SCARAVAGLIONI (451)DEFENSOR PÚBLICO GERAL DA UNIÃO (212)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DA UNIÃO(23) (27) (52) (61) (81) (90) (91) (207) (211) (217)(223) (225) (226) (243)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

(68)

DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DA BAHIA (364)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO (93)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS(239) (464)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA(17) (448)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO(114) (118) (241) (249)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE (132)DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL

(460)

DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(22) (25) (337) (337) (379) (395)DEFENSOR-PÚBLICO GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO(117) (119) (120)DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO (123)DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MATO GROSSO (186)DELEGADO DE POLÍCIA DA 20ª DELEGACIA REGIONAL DE POLÍCIA CIVIL DE ITUIUTABA (INQUÉRITO POLICIAL Nº 298/2006)

(251)

DELEGADO DE POLÍCIA DO GRUPO DE INTELIGÊNCIA E ATUAÇÃO NO COMPATE ÀS FACÇÕES CRIMINOSAS DA DICCPAT/DEIC DE SÃO PAULO (INQUÉRITOS POLICIAIS NºS 5/2008 E 72/2009)

(111)

DENISE DA COSTA DE MEDEIROS (275)DENNIS MACHADO DA SILVEIRA (404)DENYSSON FERLIN (449)DERMEVAL DOS SANTOS (115)DESEMBARGADORA DA 3ª VICE-PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

(215)

DIAMANTINO SILVA FILHO (164)DIEGO VEGA POSSEBON DA SILVA (246)DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE RENDAS IMOBILIÁRIAS DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

(12)

DISTRITO FEDERAL (55)DIVACI OLIVEIRA GOMES (475)DIVALDO THEÓPHILO DE OLIVEIRA NETTO (83)DOUBLE M COMUNICAÇÃO LTDA (113)DPE-RJ - ADALGISA MARIA STEELE MACABU (167)DPE-RJ - CLÓVIS BOTELHO (167)DPE-RS - LUIZ ALFREDO SCHUTZ (16)DULCE GUARINHO CAPPS MIGUEL(157) (160)DURVAL ALBERT BARBOSA LIMA (40)DURVAL BERNARDO MENDES (256)EDER CORREA DE CARVALHO (253)EDGAR ROMERO DE MOREAS BARROS OU EDGAR ROMERO DE MORAIS BARROS

(209)

EDILSON DE SOUZA (285)EDIMAR CRISTIANO ALVES (229)ÉDISON RODRIGUES LOURENÇO (343)EDMILSON DA SILVA NOVAES (266)EDSON ATIARI MAGALHÃES (219)EDSON CHAVES DA SILVA (199)EDU MONTEIRO (59)EDUARDO AGUIAR BRANDÃO (212)EDUARDO ANTÔNIO LUCHO FERRÃO (96)EDUARDO BROCK (483)EDUARDO JOSÉ FERREIRA (208)EDUARDO MACHADO DIAS (359)EDUARDO MAFFIA QUEIROZ NOBRE (281)EDUARDO PAOLIELLO NICOLAU (282)EDUARDO RODRIGUES (216)EGÍDIO MACHADO SALES FILHO(113) (116)ELAINE CRISTINA ACQUATI (256)ELCIO MONTORO FAGUNDES (38)ELI GOMES DA SILVA FILHO (205)ELIANE DOS SANTOS (456)ELIANE REIS DE MELO (263)ELIANIO DE NAZARÉ NASCIMENTO (327)ELIEZER PEREIRA MARTINS(430) (431)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 113

ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO(4) (387)ELIZEU DE ALMEIDA LUCAS (90)ELIZEU LUCIANO DE ALMEIDA FURQUIM (425)ELTON PEREIRA DE RESENDE (468)ELY BENEVIDES SOUSA FILHO (113)EMERSON CANÃS (256)EMILIANA ALVES LARA (342)ENEIDA DE VARGAS E BERNARDES (449)ERMELINDA BISELLI MONTEIRO (414)ERNANDES PEREIRA DOS SANTOS (2)ERNANI VILLELA NELSIS (70)ERONIDES VICENTE FERREIRA (381)ESTÁCIO DA SILVEIRA LIMA (434)ESTADO DE MINAS GERAIS (352)ETUSA BRAGA DA SILVA GAIO (253)EUGÊNIO CARLO BALLIANO MALAVASI (208)EVA INGRID REICHEL BISCHOFF (163)EVANDRO DIAS JOAQUIM (447)EVARISTO ARAGÃO FERREIRA DOS SANTOS (323)EZEQUIEL CASSIANO DE BRITO (328)EZEQUIEL MIRANDA DIAS (328)FABIANO GODA (418)FABIANO LIMA WEBBER (382)FABIANO MIGUEL DE OLIVEIRA FILHO (375)FÁBIO BOEIRA (136)FÁBIO DE OLIVEIRA LUCHÉSI (189)FÁBIO JUAN DIEGO CORREA LOPEZ (113)FÁBIO LUIZ DELGADO (351)FÁBIO MARTINS RIBEIRO (124)FÁBIO MODESTO DE AMORIM FILHO (33)FÁBIO ROGÉRIO HARDT (277)FABIO SIVIERO BOTELHO DA SILVA (357)FÁBIO STEFANI(97) (98) (99) (100) (101)FABRICIANO VIEIRA KERNE OU FABRICIANO JOSÉ VIEIRA KERNE

(227)

FABRÍCIO DOS SANTOS FERNANDES (327)FABRÍCIO DOS SANTOS GRAVATA (111)FABRÍCIO ZIR BOTHOMÉ(341) (374)FADAIAN CHAGAS CARVALHO(352) (471)FEDERAÇÃO DOS CONTABILISTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

(340)

FELICÍSSIMO SENA (175)FELIPE BARREIRA UCHOA (461)FELIPE ESTEVES GRANDO (310)FELIPE MALINGRE MAGAN MACHADO DE OLIVEIRA (230)FELIPE SIMONETTO APOLLONIO (369)FELIX RUSCHEL (476)FERNANDA ANDRADE DE FARIA(485) (486)FERNANDA CONSENZA BOTELHO NOGUEIRA (252)FERNANDA JAQUELINE DA SILVA (82)FERNANDA MARTINS FRANCO LEÃO (346)FERNANDA SEREJO (74)FERNANDO AUGUSTO DE FARIA CORBO (71)FERNANDO AUGUSTO PEREIRA CAETANO (416)FERNANDO DA SILVA ABS DA CRUZ (285)FERNANDO JORGE DE AZEVEDO (113)FERNANDO JOSÉ GARCIA (63)FERNANDO MAFFEI DARDIS (192)FERNANDO NEVES DA SILVA (437)FERNANDO VICO DA CUNHA (476)FLÁVIA STELLA CARDOSO (485)FLÁVIO BARZONI MOURA (332)FLÁVIO DE MENDONÇA CAMPOS (419)FLÁVIO HENRIQUE DE MELO (289)FLÁVIO MALUF (245)FLÁVIO PINHEIRO NETO (331)FLAVIO TEIXEIRA MACIEL LEITE (413)FRANCIS TENÓRIO DUARTE PINTO (469)FRANCISCO ANIS FAIAD (353)FRANCISCO ANTONIO SANTA HELENA (476)FRANCISCO ANTONIO SANTOS (39)FRANCISCO BARROSO SOBRINHO (219)FRANCISCO DE ASSIS RÊGO MONTEIRO ROCHA JÚNIOR (85)FRANCISCO DJALMA DA SILVA (213)FRANCISCO GLEDSON NOGUEIRA DE LUCENA (242)FRANCISCO HELDER ALVES DO NASCIMENTO (373)FRANCISCO MARCELINO DE FREITAS (130)FRANCISCO ROGÉRIO DEL CORSI CAMPOS (339)FREDERICO LOPES AZEVEDO (270)

FREDERICO SOARES DINIZ (43)GABRIEL CÉSAR BITTENCOURT (256)GELSON GOMES (237)GENIVALDO DA SILVA (208)GEORGE ALEXANDER REED OU ALEJANDRO JORGE MARTINEZ REED

(206)

GERALDO JÉSUS ARAÚJO TEIXEIRA (102)GERSON MOISÉS MEDEIROS (30)GIANCARLO ZANETTE (134)GILBERTO DE JESUS DA ROCHA BENTO JR (505)GILBERTO DE JESUS DA ROCHA BENTO JÚNIOR(300) (504)GILMAR DUARTE (134)GILSON APARECIDO GOMES (237)GILSON DA SILVA VIANA (73)GISELE LEMOS KRAVCHYNCHYN (286)GIULIANO AUGUSTO DE LARA (114)GLADSTON VALE MELO (305)GLALBER COMPRI OU GRALBER COMPRI (222)GOVERNO DA ESPANHA (208)GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERAL DA ALEMANHA (163)GOVERNO DE ISRAEL (192)GOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA (206)GUARACY DA SILVA FREITAS (368)GUILHERME ORLANDO ANCHIETA MELO (370)GUILLERMO ANTÔNIO ARAÚJO GRAU (502)GUSTAVO DE SIQUEIRA CAMPOS (304)GUSTAVO MASINA (492)HAÉCIO FLÁVIO DE SOUZA LAGES (140)HAMILTON ARY DA SILVA (476)HEITOR FRANCISCO GOMES COELHO (499)HELEN CRISTINA DA SILVA IZIDORO (231)HÉLIO CAVALCANTI BARROS (172)HÉLIO PUGET MONTEIRO (45)HELTON DE SOUZA EVANGELISTA (371)HELTON MARCIO PINTO (26)HENRIQUE DE ABREU COSTA (405)HENRIQUE DE OLIVEIRA LOPES DA SILVA (398)HENRIQUE PEREIRA BAPTISTA (37)HERON GUIDO DE MOURA (340)HILÁRIO DE MELO TORQUATO (137)HUDSON RICARDO DA SILVA (406)HUGO MÓSCA (169)HUMBERTO LUCCHESI DE CARVALHO(183) (184)IDELON CORRÊA DA SILVA JÚNIOR (500)IGOR CAIO REIS SANTOS (364)IGOR MARCELO DE LIMA BRITO (251)ILNAH MONTEIRO DE CASTRO(261) (267)INÁCIO DE J. B. CASTRO (152)INÊS ROSEJANE CANAAN DE CARVALHO (253)IRACY DE ALMEIDA GALLO RITZMANN (113)ISMAIL GOMES (383)ISRAEL MARCELINO DA SILVA(84) (84)ITAGUASSU BORGES PINHEIRO (136)IZABEL CRISTINA V DE ASSUMPÇÃO (396)IZALMIRA FERREIRA DA CRUZ SILVA (240)IZIDORO CELSO NOBRE DA COSTA (219)J V DE A R C (199)JACQUELINE HELENA DA CRUZ (71)JADER MARQUES (89)JAIME ANTONIO POMATTI (476)JAIME DE ANDRADE OLIVEIRA (131)JANDER CARDOSO DOS SANTOS (261)JANE APARECIDA STEFANES DOMINGUES (141)JANETE FERNANDES DA SILVA BOTTER OU JANETE FERNANDES DA SILVA DALAGNOL

(85)

JAQUELINE OLIVEIRA SANTOS (354)JATABAIRU FRANCISCO NUNES (463)JEFERSON REUS SBROGLIO (476)JENNY MELLO LEME (185)JERÔNIMO RODRIGUES MANSO (385)JESSE JAMES METIDIERI JÚNIOR (42)JESUS ADIB ABI CHEDID (2)JHONATAN DE BARROS AQUINO (117)JOANA D'ARC GONÇALVES LIMA EZEQUIEL (44)JOÃO BATISTA CANAAN (253)JOÃO BATISTA DALAPÍCOLA SAMPAIO (426)JOÃO BATISTA FREITAS DE ALENCAR (177)JOÃO BATISTA NUNES VAZ (256)JOÃO BOSCO PINTO DE CASTRO (311)JOÃO BOSCO RAMOS BATISTA (159)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 114

JOÃO CARLOS DE LIMA JUNIOR (274)JOÃO CARLOS LEAL MOREIRA (113)JOÃO CARLOS PEREIRA FILHO(86) (88)JOÃO COSTA RIBEIRO FILHO (37)JOÃO DONIZETI SILVESTRE (256)JOÃO FRANCISCO DE ANDRADE (256)JOÃO HENRIQUE GUIZARDI (38)JOÃO JOAQUIM MARTINELLI(399) (476)JOÃO MARCOS COLUSSI (144)JOÃO MARIA BONETTI (226)JOÃO MESTIERI (26)JOÃO PEREIRA DA SILVA (6)JOÃO ROBERTO CANDELOURO (297)JOÃO ROBERTO EGYDIO PIZA FONTES(108) (109) (110)JOÃO SCATAMBURLO (280)JONILSON RODRIGUES PORTO (93)JORGE ALBERTO SIMIONOSWSKI (476)JORGE ALEXANDRE RODRIGUES (355)JORGE AMAURY MAIA NUNES (188)JORGE AUGUSTO VAIS (256)JORGE BERDASCO MARTÍNEZ(316) (510)JORGE BERDASCO MARTINEZ (432)JORGE ELIAS NEHME (269)JORGE FERREIRA (279)JORGE LUIZ TANGERINO (368)JORGE MALULY NETTO (196)JOSAFÁ FRANCISCO DA SILVA (240)JOSÉ ADELMO DOS SANTOS (205)JOSÉ ALFREDO GAZE DE FRANÇA (383)JOSÉ ANTONIO RIBEIRO MAIA (373)JOSÉ ARTUR DE ALMEIDA (69)JOSÉ AUGUSTO BRANCO (209)JOSÉ BERNARDO DE ASSIS JUNIOR (339)JOSÉ BRANCO DA COSTA (409)JOSE CARLOS BARBOSA CAVALCANTE (72)JOSÉ CARLOS FERREIRA (244)JOSÉ CARLOS MENDES DE OLIVEIRA (165)JOSÉ CARLOS ROBALINO DE BARROS (472)JOSÉ CÉSAR PEDRINI (87)JOSÉ CID CAMPÊLO (169)JOSÉ CONSTANTE CHAGAS JÚNIOR (455)JOSÉ DA SILVA CALDAS (408)JOSÉ DA SIQUEIRA SILVA JÚNIOR (214)JOSÉ DE ARAÚJO NOVAES NETO (281)JOSÉ DE JESUS ALENCAR MAFRA (13)JOSÉ ELDAIR DE SOUZA MARTINS(149) (153) (154)JOSÉ GOMES DE MATOS FILHO (394)JOSÉ GOMES RIBEIRO NETO (34)JOSÉ HENRIQUE WANDERLEY FILHO (491)JOSÉ JAIRO FERREIRA CABRAL (244)JOSÉ LUIS WAGNER (453)JOSÉ LUIZ DE MENDONÇA MAHON JUNIOR (424)JOSÉ LUIZ MATTHES (291)JOSÉ MURILO GADELHA DE HOLLANDA (156)JOSÉ NELSON GALLAS (476)JOSÉ OSWALDO CORRÊA (380)JOSE ROBERTO BATISTA DOS SANTOS (385)JOSÉ RODRIGUES DE ARAÚJO (262)JOSÉ SANTO CECILIANO (363)JUAREZ APARECIDO JOSÉ DOS SANTOS (360)JUAREZ FERREIRA PINTO (236)JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DE PEDERNEIRAS (84)JUIZ DE DIREITO DA 2ª TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE

(239)

JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ITUIUTABA (PROCESSO Nº 0342.09.120.301-4)

(251)

JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE BELÉM (AÇÃO CAUTELAR Nº 2009.1.060481-5 E AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº 2009.1.065619-7)

(113)

JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA DAS EXECUÇÕES CRIMINAIS DA COMARCA DE PRESIDENTE PRUDENTE

(234)

JUIZ DE DIREITO DA 5ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SOROCABA (AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº 1084/1999)

(256)

JUIZ DO TRABALHO DA 12ª VARA DO TRABALHO DE BELÉM (PROCESSO Nº 01572-2006-012-08-00-6)

(116)

JUIZ DO TRABALHO DA 2ª VARA DO TRABALHO DE BOA VISTA (AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº 00534/2007-052-11-00 E AÇÃO CAUTELAR PREPARATÓRIA Nº 00223/2007-052-11-00)

(174)

JUIZ DO TRABALHO DA 32ª VARA DO TRABALHO DE (176)

MARACANAÚ (AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº 03520-2006-032-07-00-4)JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE MINEIROS (PROCESSO Nº 00476-2007-191-18-00-7)

(193)

JUIZ DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE SÃO FÉLIX DO ARAGUAIA (AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº 00490.2007.061.23.00-3)

(186)

JUIZ DO TRABALHO DA VARA ÚNICA DO TRABALHO DE LIMOEIRO DO NORTE (RECLAMAÇÃO TRABALHISTA Nº 00702-2007-023-07-00-3)

(177)

JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE ALAGOAS

(171)

JUIZ FEDERAL DA 8º VARA FEDERAL CRIMINAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO

(245)

JÚIZA DE DIREITO DA 1ª VARA DA COMARCA DE COARI (AÇÃO CIVIL PÚBLICA CAUTELAR Nº 109.2009.000.557-9)

(112)

JUÍZA DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE MONTE ALTO (PROCESSO Nº 368.01.2009.002937-7/000000-000 - CONTROLE Nº 167/2009)

(254)

JUIZA DE DIREITO DA 6ª VARA DA FAZENDA PÚBLICA DO FORO CENTRAL

(77)

JUÍZA DO TRABALHO DA 10ª VARA DO TRABALHO DE PORTO ALEGRE (PROCESSO Nº 00074.010/97-2)

(121)

JUÍZA DO TRABALHO DA 4ª VARA DO TRABALHO DE ANÁPOLIS (ACP 00930-2007-054-18-00-1)

(175)

JUÍZA DO TRABALHO DA 51ª VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO (AÇÃO CIVIL PÚBLICA Nº 01043-2008-051-02-00-0)

(185)

JUÍZO DE DIREITO DA 1A VARA CRIMINAL DE BANGU - RJ (37)JUÍZO FEDERAL DA 1ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

(52)

JUÍZO FEDERAL DA 2ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SANTA CATARINA

(61)

JUÍZO FEDERAL DA 3ª VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

(342)

JUÍZO FEDERAL DA 4A VARA CRIMINAL DA SEÇÃO JUDICÁRIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

(37)

JUÍZO FEDERAL DA VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

(342)

JUÍZO FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SANTA CATARINA

(61)

JUÍZO FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA

(52)

JULIANA CANAAN ALMEIDA DUARTE MOREIRA (129)JULIANA CARAMIGO GENNARINI (31)JULIANA HARTMANN SCHEID (489)JULIANA SARMENTO CARDOSO (429)JULIANO CÉSAR DEMÍLIO PEREZ (87)JÚLIO CÉSAR DO MONTE(103) (104)JÚLIO CÉSAR FURINI (256)JULIO CESAR J ALVES (428)JULIO HENRIQUE COSTA BARROS (401)KARINA SANTOS SILVA (32)KARINE KLOSTER (425)KARLA DUARTE DE CARVALHO (325)KELEN CRISTINA ARAÚJO RABELO (48)KELLY MARTINS RAMOS (79)LAÉRCIO VALONE NETO PIANTONE (256)LAÍS HELENA CORREA NOGUEIRA (340)LAMARTINE LARA DE CARVALHO (253)LARA CORRÊA (500)LARISSA CHAUL DE CARVALHO OLIVEIRA (332)LARISSA F MACIEL LONGO(97) (98)LARISSA FIALHO MACIEL LONGO(99) (100) (101)LÁZARA MARIA DE ARRUDA (256)LÁZARO PAULO ESCANHOELA JÚNIOR (7)LEILTON DOS SANTOS CLEMENTE OU LEILTON DOS SANTOS (216)LEON DANAN (367)LEONARDO BUFFON (476)LEONARDO GUEDES DE CARVALHO (493)LEONARDO SANTANA DE ABREU (349)LEÔNCIO DA SILVA COELHO JÚNIOR (328)LEONICE CHIES KAFER (105)LÍGIA MALUF CURI (245)LILIAN CAMPOMIZZI BUENO (389)LILIANE NETO BARROSO(284) (423) (450)LINA MALUF ALVES DA SILVA (245)LISANDRO CALIR BIACCHI ADAMES (374)LORENZO ALBERTO PAULO (397)LUCIA ANA LAZOF (146)LUCIANA FERREIRA GARCIA ROCHA (346)LUCIANA GRANJA TRUNKL (264)LUCIANA KLUG (402)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 115

LUCIANE BARROS DE SOUZA (9)LUCIANO BONSEMBIANTE CAMPANA (384)LUCIANO BRASILEIRO DE OLIVEIRA (340)LUCIANO HOSSEN (402)LUCIANO PENNA LUCAS (36)LUCIANO RAFAEL VELENZUELA MARQUEZ (412)LUCIANO SOARES (241)LUCILA APARECIDA BLAZECK (256)LUCINEIA APARECIDA DE OLIVEIRA (58)LUÍS CARLOS DE CASTRO E SILVA (215)LUIZ ALBERTO GIOMBELLI SIMONI (498)LUIZ ANTONIO DE OLIVEIRA (476)LUIZ CARLOS AMÉRICO DOS REIS NETO (496)LUIZ CARLOS DA ROCHA (452)LUIZ CARLOS DA SILVA NETO(37) (235)LUIZ CARLOS DE MELO SANTIAGO (248)LUIZ CARLOS ZACCHI (57)LUIZ CLAUDIO LEOPOLDO (476)LUIZ FERNANDO CAVALLINI ANDRADE (312)LUIZ FERNANDO DE OLIVEIRA (231)LUIZ FERNANDO MAIA (53)LUIZ FERNANDO RUCK CASSIANO (481)LUIZ FERNANDO VALLADÃO NOGUEIRA (334)LUIZ GUSTAVO BATTAGLIN MACIEL (208)LUIZ GUSTAVO JUSTINI ARAÚJO (403)LUIZ GUSTAVO ROCHA OLIVEIRA (450)LUIZ MARCELO COCKELL (318)LUIZ ROBERTO DO NASCIMENTO E SILVA (187)LUIZ SÉRGIO DE SOUZA RIZZI (288)LUIZA CHAVES (465)LUSIANE MARLUCE SOUSA BAHIA (390)LYCURGO LEITE NETO(436) (499)MAGDA MONTENEGRO (258)MARCELLO DE CAMARGO TEIXEIRA PANELLA (297)MARCELO ALMADA MESSA (223)MARCELO BUENO GAIO (53)MARCELO DE CAMPOS MENDES PEREIRA (313)MARCELO DÉCIO COUTO CARNEIRO (294)MARCELO DUARTE DE OLIVEIRA (366)MARCELO FERREIRA DA SILVA (298)MARCELO KINTZEL GRACIANO (236)MARCELO LUIZ ÁVILA DE BESSA (244)MARCELO NASCIMENTO DA SILVA (33)MARCELO PELEGRINI BARBOSA (182)MARCELO PIRES DE SOUZA (64)MARCELO TOLEDO JACOB (125)MÁRCIA MARIA ARAÚJO CAIRES (383)MÁRCIA REGINA BÜLL (365)MÁRCIO ALEXANDRE AGUIAR MADUREIRA (71)MARCIO ANTONIO DA SILVA NOBRE(273) (411) (503)MÁRCIO DEITOS (122)MÁRCIO LUIZ SILVA (437)MARCIUS MILORI (307)MARCO ANTONIO DO AMARAL FILHO (218)MARCO ANTONIO MENEGHETTI (442)MARCO TÚLIO DE ROSE (422)MARCONNI CHIANCA TOSCANO DA FRANCA (428)MARCOS EDUARDO GERATO (118)MARCOS GABRIEL DA ROCHA FRANCO (414)MARCOS HENRIQUE SILVÉRIO (370)MARCOS JOAQUIM GONÇALVES ALVES(324) (446)MARCOS LUÍS BRAID RIBEIRO SIMÕES (305)MARCOS LUIZ RIGONI JÚNIOR (30)MARCOS SPADA ALIBERTI (347)MARCOS TEIXEIRA MACIEL LEITE (512)MARCOS VINÍCIUS BRITO ARAÚJO (328)MARCOS VINICIUS WITCZAK (244)MARCUS MARCELO MOURA DA ROCHA (46)MARIA APARECIDA DE QUEIRÓZ ALMEIDA (256)MARIA CECÍLIA MANCINI TRIVELLATO (296)MARIA CLEUSA DE ANDRADE (140)MARIA CRISTINA BENEVENI DE OLIVEIRA (480)MARIA CRISTINA DA COSTA FONSECA (499)MARIA DE FÁTIMA CHALUB MALTA (388)MARIA DE LOURDES VARGAS PIRES (15)MARIA DO CARMO PIMENTA (465)MARIA DO ROSÁRIO FILARDI DA SILVA(9) (124)MARIA FRANCISCA SILVA BETTIM (332)MARIA ISABEL GARBIN ARLANCH (392)

MARIA JOSE SILVA OLIVEIRA (487)MARIA JOSÉ SOARES BONETTI (466)MARIA STELLA MONTEIRO MONTENEGRO (176)MARIANGELA SANTOS MACHADO BRITA (135)MARIANO HIGINO DE MEIRA (227)MARILEI FISCHER (349)MARILIA PINHEIRO MACHADO BUCHABQUI (75)MÁRIO BARBOSA VILLAS BOAS(1) (200)MÁRIO CAMPOS DE OLIVEIRA JÚNIOR(441) (443)MÁRIO CELSO KELLERMANN (467)MÁRIO DE ALMEIDA COSTA NETO (48)MÁRIO LÚCIO MACHADO PROFETA (264)MÁRIO SÉRGIO MASCHIETTO (465)MARLENE TEREZINHA GAVAZZI CABRERA (378)MARSAL JUNGLES DOS SANTOS (458)MARTHA MAFRA GONZALEZ (151)MARTHIUS SÁVIO CAVALCANTE LOBATO (244)MARTIM FEITOSA CAMÊLO (474)MATEUS DE CARVALHO NEVES DA FONTOURA (78)MATURIN AKA (218)MAURÍCIO LEAL MOREIRA (113)MAURIVAN BOTTA (195)MESSIAS TADEU DE OLIVEIRA BENTO FALLEIROS (179)MICHELE POLESE FONTES (30)MICHELI DOS SANTOS (358)MILTRO JOSÉ DALCAMIN (125)MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO (186)MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE RORAIMA (174)MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO (6)MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO (125)MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(167) (172)MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(16) (123)MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO(175) (185) (186) (193)MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO - PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 11ª REGIÃO

(174)

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 18ª REGIÃO (173)MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 7ª REGIÃO (176)MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL(168) (194) (196) (202)MIRIAM WINTER (18)MOACIR RODRIGUES XAVIER (210)MOACIR SALMÓRIA (322)MOISÉS ELIAS PEREIRA (138)MONIQUE DE PAULA SCAFF RAFFI (410)MUNICÍPIO DE FLORIANÓPOLIS(52) (61)MUNICÍPIO DE PALHOÇA (57)NADIR SANSONI BUENO (465)NELSON D DOS SANTOS NAVALHAS (320)NELSON LACERDA DA SILVA(303) (407)NELSON NERY JUNIOR (2)NELSON SOARES DE OLIVEIRA (50)NEUSA D´ANDRETTA BOSSI (465)NICOLA MARGIOTTA JUNIOR (41)NIDIA CALDAS FARIAS (266)NILTON CORREIA (47)NILTON DA SILVA CORREIA (343)NOEL FRANCISCO JUNQUEIRA (129)NOEL RICARDO MAFFEI DARDIS (192)ODAIR FROES DE ABREU (435)ODILON BRANDÃO PONTES (338)ODILON MONTERIO BONFIM (319)OLAVO CRESTANI (134)OMIRES PEDROSO DO NASCIMENTO (146)ORLANDO BERTONI (2)ORLANDO MOISÉS FISCHER PESSUTI (333)OS MESMOS(410) (415) (424) (429) (473) (483)OSCAR JOSÉ PLENTZ NETO (121)OSCAR STABEL NETO (476)OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES (185)OSVALDO FLAUSINO JÚNIOR (168)OSWALDO DUARTE FILHO (256)OSWALDO ESTEVES DOS REIS (142)OTAVIO BATISTA ARANTES DE MELLO (107)OTÁVIO MALUF (245)PATRÍCIA HELENA BARBELLI (386)PAULA MALUF TEIXEIRA (145)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 116

PAULO ANSELMO BRILHANTE (83)PAULO ANTONIO MUSA GISSONI (444)PAULO BAETA NEVES (96)PAULO BASSETO (232)PAULO CESAR GUILLET STENSTRASSER (39)PAULO FRANCO ROCHA DE LIMA (177)PAULO HENRIQUE GOULART (250)PAULO HENRIQUE MARQUES DE OLIVEIRA (307)PAULO LOBATO TEIXEIRA (147)PAULO LUIZ PEREIRA (341)PAULO MOSER (169)PAULO SALIM MALUF (245)PAULO SERGIO CURTI (254)PEDRO CASCAES FILHO (233)PEDRO CASCAES NETO (233)PEDRO DA SILVA KREBS (382)PEDRO LOPES RAMOS(47) (260)PEDRO MAURÍCIO PITA MACHADO(430) (431)PEDRO MEIRELES COSTA (311)PEDRO XAVIER COELHO SOBRINHO (368)PFN - MARCOS BURLAMAQUI (187)PGDF - LÍSIA BARREIRA MONIZ DE ARAGÃO (191)PGE-AM - ABRAHAM NISSIM BENOLIEL (124)PGE-RN - LUIS MARCELO CAVALCANTI DE SOUSA(180) (181)PGE-RR - JOÃO FÉLIX DE SANTANA NETO (174)PGE-SP - MARCO ANTONIO DUARTE DE AZEVEDO (7)PLAUTRO MOREIRA DA CRUZ (55)PLÍNIO LEITE NUNES (213)PLÍNIO SAMACLAY DE LIMA MORAN (494)POLLYANA MARANATA FILGUEIRAS MARQUES (239)PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS(105) (246)PRESIDENTE DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - SEÇÃO DE MINAS GERAIS

(248)

PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (RESOLUÇÃO Nº 80 DE 09/06/2009)(108) (110)PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA (RESOLUÇÃO Nº 80, DE 09/06/2009)

(109)

PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL (105)PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (210)PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS (PROCESSO Nº 2008.00.7.009250-1)

(255)

PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (PEDIDO DE SEQUESTRO Nº 12544701/1-00)

(182)

PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 10ª REGIÃO (PROCESSO Nº 00466-2008-861-10-00-1)

(205)

PRISCILA ZAMBERLAN(97) (98) (99) (100) (101)PROCURADOR-GERAL D0 MUNICÍPIO DE SÃO PAULO (375)PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL(14) (141) (144) (145) (268) (268) (274) (277) (283) (284)(326) (344) (354) (380) (398) (399) (400) (400) (412) (422)(436) (440) (446) (455) (461) (466) (467) (473) (477) (496)PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA(23) (27) (28) (29) (41) (62) (65) (66) (73) (74)(76) (96) (113) (130) (134) (201) (244) (249) (250) (259)(330) (333) (367) (368) (381) (444) (445) (448) (470) (476)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIO

(383)

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS

(255)

PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA (364)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS(35) (43) (131) (339) (370) (389) (464) (468) (479)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RORAIMA (361)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA(61) (294) (331)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO(114) (117) (118) (119) (120) (132) (252) (254) (256) (281)(319) (378) (459)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ (137)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO(33) (36) (40)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ (113)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ (302)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ (328)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(37) (376)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

(22) (25) (70) (136) (337) (372) (379) (382) (384) (395)PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO TOCANTINS (309)PROCURADOR-GERAL DO BANCO CENTRAL DO BRASIL (195)PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL(438) (484)PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS(49) (54) (55) (127)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(50) (77)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA (360)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA PARAÍBA (495)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE ALAGOAS(263) (434) (475)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS(298) (417)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL (460)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS (32)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO(387) (401)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE RORAIMA(72) (299)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA(17) (52) (57) (58) (342) (347) (501)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO(8) (31) (51) (126) (143) (272) (273) (290) (300) (304)(312) (314) (316) (366) (369) (411) (420) (430) (431) (432)(480) (481) (482) (490) (497) (503) (504) (505) (506) (507)(508) (510) (514)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ACRE (409)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS(112) (147) (148) (149) (150) (151) (152) (153) (154) (155)(156) (159) (261) (262) (264) (267)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ (345)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO(315) (426)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MARANHÃO(198) (491)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO GROSSO(418) (494)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO MATO GROSSO DO SUL(166) (410)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ(338) (348) (362) (424) (498) (509)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PIAUÍ (474)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO(26) (363) (393) (456) (469)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE(67) (371) (462)PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL(60) (75) (78) (265) (275) (303) (310) (356) (372) (407)(415) (421) (429) (451) (454) (483) (489) (492) (502) (513)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE (359)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE CACHOEIRINHA (21)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE COARI (112)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE FOZ DO IGUAÇÚ (323)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE IPORANGA (459)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE JARDIM (470)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MAGÉ (79)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE OSASCO (288)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE PALHOÇA (17)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE RIO DAS OSTRAS (329)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTO ANDRÉ (135)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO

(279)

PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO CAETANO DO SUL (24)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ (58)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO(12) (133) (365) (386) (439)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SOROCABA (42)PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO (259)PROCURADOR-GERAL FEDERAL(4) (34) (142) (291) (295) (301) (335) (355) (358) (396)(400) (423) (447) (450) (452) (453) (461) (467)PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL(5) (276) (350)PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO(178) (179)RAFAEL BARRETO BORNHAUSEN (306)RAFAEL CARVALHO DAS NEVES (43)RAFAEL CUNHA KULLMANN (376)RAFAEL JONATAN MARCATTO (280)RAFAEL PANDOLFO (265)RAFAEL PEREIRA DE SOUZA (194)RAIMUNDO JORGE SANTOS DE MATOS (116)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 117

RAINER CABRAL SIQUEIRA (19)RANDERSON MELO DE AGUIAR (299)RAUL H. HAIDAR (490)REGINA CELI MARIANI (426)REGIS DE SOUZA RENCK (400)RÉGIS DE SOUZA RENCK (513)RELATOR DA PET Nº 3128, DA AC Nº 1202 E DO RMS Nº 26191 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

(190)

RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 7393951-4 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

(232)

RELATOR DO HC Nº 122.071 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(242)

RELATOR DO HC Nº 131.038 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(241)

RELATOR DO HC Nº 132997 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(85)

RELATOR DO HC Nº 139.262 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(226)

RELATOR DO HC Nº 143.403 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(224)

RELATOR DO HC Nº 143.626 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(221)

RELATOR DO HC Nº 144.266 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(220)

RELATOR DO HC Nº 144.470 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(222)

RELATOR DO HC Nº 145.161 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(88)

RELATOR DO HC Nº 145.162 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(86)

RELATOR DO HC Nº 145.472 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(235)

RELATOR DO HC Nº 147.223 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(95)

RELATOR DO HC Nº 147.256 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(236)

RELATOR DO HC Nº 148.128 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(230)

RELATOR DO HC Nº 148.924 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(87)

RELATOR DO HC Nº 148854 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(237)

RELATOR DO HC Nº 215702/2009-000-00-00.0 DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

(233)

RELATOR DO HC Nº 95231 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (94)RELATOR DO HC Nº 98.282 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (217)RELATOR DO MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2005.001325-3 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS

(153)

RELATOR DO MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2005.004584-1 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS

(149)

RELATOR DO MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2006.003218-4 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS

(150)

RELATORA DO HC Nº 1.0000.09.504966-4/000 DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS

(253)

RELATORA DO HC Nº 101.875 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(214)

RELATORA DO HC Nº 143.979 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(82)

RELATORA DO HC Nº 144.935 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

(228)

RENATA BARBOSA LACERDA OLIVA (166)RENATO LAPORTA DELPHINO (12)RENATO LÔBO GUIMARÃES(46) (260)RENATO LOPES DA ROCHA CUNHA (119)RENATO SENNA ABREU E SILVA (47)REPÚBLICA ORIENTAL DO URUGUAI (207)REUBEM COSTA JAPIASSU JÚNIOR (228)RICARDO ANDRADE TORALES (89)RICARDO COLOSSI SERAFIM (294)RICARDO FALLEIROS LEBRÃO (178)RICARDO M ALMALEH (350)RICARDO MENDES BORGES (308)RICARDO OLIVEIRA GODOI (268)RICARDO PONZETTO (230)RICARDO RABONEZE (465)RICARDO VENDRAMINE CAETANO(482) (507)RICARDO ZANELLA CRUSIUS (476)RICHARD MOTTA ÁVILA (294)RITA DE CASSIA DA COSTA KANEKO (328)RITA MARIA DE FREITAS (321)ROBERTO BARBOSA (3)ROBERTO CHIELE (77)

ROBERTO GOMES FERREIRA (49)ROBERTO GUEDES DE AMORIM (361)ROBERTO MOHAMED AMIN JUNIOR(270) (271)ROBERTO MOREIRA DA SILVA LIMA (268)ROBERTO ROCHA BRAGA DENADAI (94)ROBERTO ROSAS (268)ROBERVAL DE ARAÚJO (73)ROBSON WILLIAN AMOROSO (88)RODOLFO DE LIMA GROPEN (315)RODRIGO ANDRÉ KELLERMANN (21)RODRIGO DO AMARAL FONSECA (477)RODRIGO FAUTH ARIOTTI(97) (98) (99) (100) (101)RODRIGO GOMES DA COSTA LIRA (181)RODRIGO HELFSTEIN (506)RODRIGO LEPORACE FARRET (272)RODRIGO LOUREIRO MARTINS (247)RODRIGO MARRA (485)RODRIGO PEREIRA FÉLIX (86)RODRIGO PEREIRA GUEDES (472)RODRIGO TONIAL (162)ROGER OLIVEIRA LOPES (362)ROGÉRIO RIBEIRO DA SILVA (210)ROLF KOERNER JÚNIOR (27)ROMILDA TEREZINHA PIATTELLI (454)RONILDO LOPES DO NASCIMENTO (55)ROSELI APARECIDA SALTORATTO (325)ROSELI MARIA CESÁRIO GRONITZ (38)ROSEMEIRE SIMÕES DE ALMEIDA (391)RUBENS ALMEIDA PASSOS DE FREITAS (65)RYCHARDE FARAH (501)SANDERLEI SANTOS SAPUCAIA (115)SANDRA REGINA DE CARVALHO (122)SARITA CASSETARI VELHO (294)SÁVIO BARBALHO (309)SEBASTIÃO BOTTO DE BARROS TOJAL (293)SEBASTIÃO HASENCLEVER BORGES NETO (161)SENADO FEDERAL(97) (98) (99) (100) (101) (103) (104)SERGIO DE SOUZA LIMA (221)SÉRGIO FERNANDES (293)SERGIO NEY CUÉLLAR TRAMUJAS(348) (362)SÉRGIO PAULO VEIGA TORRES (244)SÉRGIO PIRES MENEZES(430) (431)SHIRLENE MARIA DA SILVA BRAZ (229)SIDNEY ROMUALDO (224)SIDNEY TICIANI (134)SÍLVIA CHRISTINA DE CARVALHO (317)SIMONE RODRIGUES FERREIRA (397)SIMONE SILVA MELCHER (128)SINDICATO DOS CONTABILISTAS DE SANTA MARIA (340)SIRLENE MARIA DA SILVA BRAZ OU SHIRLENE MARIA DA SILVA BRAZ

(225)

SUELI CHAN FERREIRA (465)SUELI DA SILVA MOREIRA (292)SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA(81) (83) (89) (90) (91) (92) (93) (199) (204) (209)(211) (212) (213) (216) (218) (219) (223) (225) (227) (229)(231) (238) (240) (243)SYLVIA LUTFALLA MALUF (245)TANHÃ MARIA LAUERMANN SCNEIDER (476)TANIA MARIA NETTO SIMAS (427)TANKA VIGILÂNCIA E SEGURANÇA LTDA (456)THAIS HELENA MARQUES DE SOUZA (353)THIAGO MIRANDA MINAGÉ (80)THIAGO NAVES (35)THIAGO PINHEIRO (228)THIAGO SILVA DE MORAES (162)TIAGO CEDRAZ LEITE OLIVEIRA (44)TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (188)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (92)TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (AGRAVO EM EXECUÇÃO Nº 990.08.123248-0)

(250)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (AGRAVO EM EXECUÇÃO Nº 990.09.037257-5)

(252)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.106578-9)

(117)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.124575-2)

(120)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.149145-1)

(118)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 118

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.156413-0)

(114)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 990.08.176525-0)

(119)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (AGRAVO EM EXECUÇÃO PENAL Nº 993.08.024976-8)

(249)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (AGRAVO REGIMENTAL NO PEDIDO DE SEQÜESTRO Nº 156.214.0/2-01)

(178)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (MANDADO DE SEGURANÇA Nº 167.454.0/0)

(160)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (MANDADO DE SEGURANÇA Nº 167.493.0/8-00)

(157)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (PEDIDO DE SEQUESTRO Nº 156.174.0/9-01)

(179)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO (PROCESSOS Nº 765.920-5/6-00; 765.920-5/8-01)

(257)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS (MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2004.000907-0)

(148)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS (MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2004.001986-6)

(156)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS (MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2004.003386-7)

(154)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS (MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2004.004397-8)

(152)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS (MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2008.001984-5)

(159)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS (MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2008.002310-5)

(147)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS (MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2008.004846-8)

(155)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAZONAS (MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2009.002973-9)

(151)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2008.002158-9)

(181)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2008.002468-8)

(180)

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO SÃO PAULO (313)TRIBUNAL DO JÚRI DA CIRCUNSCRIÇÃO ESPECIAL JUDICIÁRIA DE BRASÍLIA (PROCESSO Nº 2004.01.1.116145-5)

(255)

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 18ª REGIÃO (PROCESSO Nº 00493-2006-052-18-00-2)

(173)

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO (PROCESSO Nº 00120-2008-002-03-00-9)

(183)

TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO (PROCESSO Nº 01324-2007-021-03-00-4)

(184)

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO (AGRAVOS DE INSTRUMENTO Nº 2008.01.00.017446-2, 2008.01.00.017605-1 E 2008.01.00.018109-8 NO MANDADO DE SEGURANÇA Nº 2008.34.00.001539-8)

(158)

TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL(1) (200)TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

(80)

UILE REGINALDO PINTO (197)URSULINO SANTOS FILHO (59)VALDECIR SOUZA DE LIMA (39)VALDEMIR DA ROSA ALBINO (243)VALDIR JOSÉ SOARES FERREIRA (292)VALE S/A (NOVA DENOMINAÇÃO DE COMPANHIA VALE DO RIO DOCE-CVRD)

(106)

VALMIR MACHADO DE SOUZA (243)VALTER FERREIRA XAVIER FILHO (127)VALTER JOSÉ NUNES DE CAMPOS (256)VANDERLEI PINTO DE LIMA (220)VANESSA APARECIDA NUNES (220)VERA LÚCIA SOARES BARBOSA CAMPOS (488)VICE-PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (AGRE NO AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 900.353)

(115)

VINICIO MARIO CEZNE (485)VINICIUS DE NEGREIROS CALADO (283)VINÍCIUS LUBIANCA (473)VINICIUS VIEIRA DE MENDONÇA (427)VITAL MOACIR DA SILVEIRA (372)VIVIANE MOURA DE SOUSA (383)VIVIANE PIACENTINI (105)VLADIMIR GUEDES DE MORAIS (67)WAGNER APARECIDO DO NASCIMENTO (120)WAGNER CARDEAL OGANAUSKAS (403)WAGNER COSTA (95)WAGNER DE OLIVEIRA VIEIRA (148)WAGNER LIMA NASCIMENTO SILVA (352)WAGNER SILVEIRA DA ROCHA (417)WALDEMIR PINHEIRO BANJA (484)WALDEMIR RODRIGUES GARCIA (390)

WALDIR LUIZ BRAGA (276)WALMIR CARDARELLI (24)WALMIR FRANCISCO DA SILVA (19)WANDER FABRÍCIO RODRIGUES OLIVEIRA (29)WANDER PEREZ (54)WANDERLEI BAN RIBEIRO (290)WELSON GASPARINI JÚNOR (257)WESLEY CARDOSO DOS SANTOS (322)WILLEY LOPES SUCASAS (82)WILLIAM ARIEL ARCANJO LINS (381)WILLIAN MARCONDES SANTANA (128)WILSON MICHEL JENSEN (377)WILSON SILVA WAISE FILHO (71)WLADIMIR SÉRGIO REALE(430) (431)XX JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO (63)YARA DE AGUIAR THOBIAS (465)YDIGORAS RIBEIRO DE ALBUQUERQUE JÚNIOR (224)YURE SANDRO BARBOSA DA SILVA (214)ZANONE MANUEL DE OLIVEIRA JÚNIOR (253)

PETIÇÃO AVULSA/PROTOCOLO/CLASSE E NÚMERO DO PROCESSO

AG.REG. EM PETIÇÃO AVULSA NO HABEAS CORPUS 92.173-6 (204)PETIÇÃO AVULSA EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO 460.379-9 (414)AÇÃO CAUTELAR 2.397-1 (199)AÇÃO CAUTELAR 2.457-9 (1)AÇÃO CAUTELAR 2.458-7 (2)AÇÃO PENAL 360-0 (168)AÇÃO PENAL 452-3 (202)AÇÃO RESCISÓRIA 1.304-2 (169)AÇÃO RESCISÓRIA 1.684-0 (170)AÇÃO RESCISÓRIA 2.146-6 (203)AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 2.769-4 (171)AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 2.912-3 (172)AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 4.931-1 (173)AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 5.079-3 (174)AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 5.543-4 (175)AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 5.744-5 (176)AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 5.924-3 (177)AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 6.019-5 (178)AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 6.020-9 (179)AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 6.258-9 (180)AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 6.261-9 (181)AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 6.416-6 (182)AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 7.066-2 (183)AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 7.115-4 (184)AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 8.702-6 (205)AG.REG.NO AG.REG.NA MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 6.482-4

(185)

AG.REG.NO AG.REG.NA RECLAMAÇÃO 6.002-1 (186)AG.REG.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 643.543-9 (258)AG.REG.NO AG.REG.NOS EMB.DIV.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 351.747-3

(187)

AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 590.156-7 (259)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 654.006-6 (260)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 670.213-1 (261)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 680.179-1 (262)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 680.863-9 (263)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 681.310-2 (264)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 681.479-1 (265)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 690.281-8 (266)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 692.687-2 (267)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 702.816-1 (268)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 705.982-6 (269)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 717.743-0 (270)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.052-9 (271)AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.957-1 (272)AG.REG.NO MANDADO DE SEGURANÇA 25.837-3 (188)AG.REG.NO MANDADO DE SEGURANÇA 26.357-1 (189)AG.REG.NO MANDADO DE SEGURANÇA 27.096-9 (190)AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 288.202-0 (273)AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 491.008-0 (274)AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 504.857-8 (275)AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 545.648-0 (485)AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 548.758-0 (486)AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 572.916-8 (276)AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 593.582-5 (277)AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.623-2 (142)AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.912-6 (143)AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.143-1 (278)AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.413-3 (144)

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AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.427-3 (145)AG.REG.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.620-9 (146)AG.REG.NOS EMB.DIV.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 158.241-3

(191)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 481.417-3 (279)AGRAVO DE INSTRUMENTO 497.349-2 (280)AGRAVO DE INSTRUMENTO 526.303-6 (281)AGRAVO DE INSTRUMENTO 552.203-3 (282)AGRAVO DE INSTRUMENTO 591.924-1 (283)AGRAVO DE INSTRUMENTO 598.334-7 (284)AGRAVO DE INSTRUMENTO 607.409-5 (285)AGRAVO DE INSTRUMENTO 614.495-3 (501)AGRAVO DE INSTRUMENTO 615.353-2 (286)AGRAVO DE INSTRUMENTO 625.359-0 (287)AGRAVO DE INSTRUMENTO 630.705-1 (288)AGRAVO DE INSTRUMENTO 631.305-4 (502)AGRAVO DE INSTRUMENTO 632.062-9 (289)AGRAVO DE INSTRUMENTO 633.696-4 (290)AGRAVO DE INSTRUMENTO 642.127-9 (291)AGRAVO DE INSTRUMENTO 645.895-1 (292)AGRAVO DE INSTRUMENTO 660.199-6 (499)AGRAVO DE INSTRUMENTO 661.694-1 (503)AGRAVO DE INSTRUMENTO 663.758-0 (293)AGRAVO DE INSTRUMENTO 675.160-8 (294)AGRAVO DE INSTRUMENTO 678.409-5 (506)AGRAVO DE INSTRUMENTO 679.891-1 (504)AGRAVO DE INSTRUMENTO 680.553-6 (507)AGRAVO DE INSTRUMENTO 681.541-0 (295)AGRAVO DE INSTRUMENTO 684.905-9 (296)AGRAVO DE INSTRUMENTO 687.425-8 (505)AGRAVO DE INSTRUMENTO 687.570-9 (297)AGRAVO DE INSTRUMENTO 688.730-9 (508)AGRAVO DE INSTRUMENTO 690.141-7 (298)AGRAVO DE INSTRUMENTO 690.255-8 (299)AGRAVO DE INSTRUMENTO 690.691-6 (509)AGRAVO DE INSTRUMENTO 691.585-8 (300)AGRAVO DE INSTRUMENTO 692.358-4 (510)AGRAVO DE INSTRUMENTO 695.517-6 (301)AGRAVO DE INSTRUMENTO 696.819-1 (302)AGRAVO DE INSTRUMENTO 697.821-4 (303)AGRAVO DE INSTRUMENTO 699.375-7 (304)AGRAVO DE INSTRUMENTO 701.258-4 (305)AGRAVO DE INSTRUMENTO 701.851-6 (3)AGRAVO DE INSTRUMENTO 704.446-8 (306)AGRAVO DE INSTRUMENTO 706.345-4 (307)AGRAVO DE INSTRUMENTO 709.856-9 (308)AGRAVO DE INSTRUMENTO 710.270-8 (309)AGRAVO DE INSTRUMENTO 718.425-0 (5)AGRAVO DE INSTRUMENTO 723.187-7 (310)AGRAVO DE INSTRUMENTO 727.909-2 (311)AGRAVO DE INSTRUMENTO 728.531-6 (312)AGRAVO DE INSTRUMENTO 729.239-2 (313)AGRAVO DE INSTRUMENTO 729.691-4 (314)AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.805-9 (315)AGRAVO DE INSTRUMENTO 733.641-9 (316)AGRAVO DE INSTRUMENTO 736.915-9 (317)AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.431-0 (6)AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.434-1 (318)AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.523-3 (319)AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.166-3 (320)AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.205-3 (321)AGRAVO DE INSTRUMENTO 739.208-0 (7)AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.075-4 (322)AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.787-3 (323)AGRAVO DE INSTRUMENTO 741.783-9 (8)AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.649-6 (9)AGRAVO DE INSTRUMENTO 742.967-1 (324)AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.844-5 (10)AGRAVO DE INSTRUMENTO 743.991-1 (11)AGRAVO DE INSTRUMENTO 744.702-4 (325)AGRAVO DE INSTRUMENTO 745.526-0 (326)AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.615-6 (327)AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.660-6 (328)AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.947-1 (329)AGRAVO DE INSTRUMENTO 748.819-5 (12)AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.620-0 (330)AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.457-1 (331)AGRAVO DE INSTRUMENTO 751.852-1 (500)AGRAVO DE INSTRUMENTO 752.010-2 (332)AGRAVO DE INSTRUMENTO 752.359-0 (333)AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.035-6 (13)AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.241-9 (334)AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.749-4 (335)AGRAVO DE INSTRUMENTO 755.337-6 (14)

AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.249-6 (336)AGRAVO DE INSTRUMENTO 757.826-9 (337)AGRAVO DE INSTRUMENTO 758.677-1 (338)AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.074-1 (339)AGRAVO DE INSTRUMENTO 759.734-4 (340)AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.574-1 (341)AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.610-0 (342)AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.684-3 (343)AGRAVO DE INSTRUMENTO 760.863-4 (344)AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.506-6 (345)AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.798-9 (346)AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.837-9 (347)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.173-1 (348)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.515-0 (349)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.519-9 (350)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.579-7 (351)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.925-8 (352)AGRAVO DE INSTRUMENTO 762.990-6 (15)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.043-1 (353)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.061-0 (354)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.327-4 (355)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.538-9 (356)AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.730-1 (16)AGRAVO DE INSTRUMENTO 764.357-8 (357)AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.590-8 (358)AGRAVO DE INSTRUMENTO 765.989-9 (359)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.073-4 (360)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.152-0 (361)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.249-0 (362)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.454-1 (363)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.457-2 (364)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.514-1 (365)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.519-7 (366)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.815-4 (367)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.872-1 (368)AGRAVO DE INSTRUMENTO 766.952-3 (369)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.040-8 (370)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.099-5 (371)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.156-3 (372)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.276-1 (373)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.284-3 (374)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.303-1 (375)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.334-7 (376)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.538-7 (377)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.562-2 (378)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.576-8 (379)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.582-5 (380)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.591-4 (381)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.610-1 (382)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.641-8 (383)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.653-9 (384)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.654-6 (385)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.702-5 (386)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.737-1 (387)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.809-1 (388)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.837-6 (389)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.848-0 (390)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.913-0 (391)AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.962-4 (392)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.010-3 (393)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.012-8 (394)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.056-2 (395)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.058-7 (396)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.082-2 (397)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.137-2 (398)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.141-5 (399)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.271-0 (400)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.432-2 (401)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.497-7 (17)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.619-1 (18)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.799-8 (19)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.802-5 (20)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.804-0 (21)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.805-7 (22)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.807-1 (23)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.808-9 (24)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.809-6 (25)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.810-7 (26)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.811-4 (27)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.813-9 (28)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.814-6 (29)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.815-3 (30)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.816-1 (31)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.819-2 (32)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.820-3 (33)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.821-1 (34)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.824-2 (35)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.825-0 (36)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.826-7 (37)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.828-1 (38)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.829-9 (39)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.830-0 (40)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.831-7 (41)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.832-4 (42)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.833-1 (43)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.838-8 (44)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.839-5 (45)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.843-8 (46)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.844-5 (47)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.847-7 (48)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.850-2 (49)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.852-7 (50)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.853-4 (51)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.855-9 (52)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.856-6 (53)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.857-3 (54)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.858-1 (55)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.859-8 (56)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.860-9 (57)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.863-1 (58)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.864-8 (59)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.866-2 (60)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.867-0 (61)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.868-7 (62)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.869-4 (63)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.870-5 (64)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.871-2 (65)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.872-0 (66)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.879-1 (67)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.880-1 (68)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.881-9 (69)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.882-6 (70)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.886-5 (71)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.887-2 (72)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.891-5 (73)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.892-2 (74)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.895-4 (75)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.897-9 (76)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.899-3 (77)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.903-8 (78)AGRAVO DE INSTRUMENTO 768.904-5 (79)EMB.DECL.NA EXTRADIÇÃO 1.122-7 (192)EMB.DECL.NA RECLAMAÇÃO 5.304-1 (193)EMB.DECL.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 663.576-7 (402)EMB.DECL.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 690.900-8 (403)EMB.DECL.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 706.224-9 (404)EMB.DECL.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 698.403-9 (405)EMB.DECL.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 756.207-6 (406)EMB.DECL.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 761.825-8 (407)EMB.DECL.NO RECURSO EM HABEAS CORPUS 90.532-3 (194)EMB.DECL.NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 257.805-3 (195)EMB.DIV.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 729.055-5 (161)EMB.DIV.NO AG.REG.NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 732.830-1 (162)EMB.DIV.NOS EMB.DECL.NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 718.370-0

(4)

EXTRADIÇÃO 1.126-0 (163)EXTRADIÇÃO 1.155-3 (206)EXTRADIÇÃO 1.163-4 (207)EXTRADIÇÃO 1.165-1 (208)HABEAS CORPUS 88.060-6 (209)HABEAS CORPUS 93.529-0 (210)HABEAS CORPUS 95.789-7 (211)HABEAS CORPUS 98.552-1 (212)HABEAS CORPUS 98.837-7 (214)HABEAS CORPUS 99.322-2 (215)HABEAS CORPUS 99.596-9 (216)HABEAS CORPUS 99.702-3 (217)HABEAS CORPUS 100.025-1 (218)HABEAS CORPUS 100.532-6 (220)HABEAS CORPUS 100.794-9 (224)HABEAS CORPUS 100.839-2 (226)HABEAS CORPUS 100.864-3 (228)HABEAS CORPUS 100.878-3 (230)HABEAS CORPUS 100.884-8 (232)HABEAS CORPUS 100.890-2 (234)HABEAS CORPUS 100.894-5 (236)HABEAS CORPUS 100.896-1 (237)HABEAS CORPUS 100.897-0 (238)

HABEAS CORPUS 100.898-8 (239)HABEAS CORPUS 100.903-8 (241)HABEAS CORPUS 100.943-7 (80)HABEAS CORPUS 100.944-5 (81)HABEAS CORPUS 100.945-3 (82)HABEAS CORPUS 100.946-1 (83)HABEAS CORPUS 100.947-0 (84)HABEAS CORPUS 100.948-8 (85)HABEAS CORPUS 100.949-6 (86)HABEAS CORPUS 100.950-0 (87)HABEAS CORPUS 100.951-8 (88)HABEAS CORPUS 100.952-6 (89)HABEAS CORPUS 100.953-4 (90)HABEAS CORPUS 100.954-2 (91)HABEAS CORPUS 100.955-1 (92)HABEAS CORPUS 100.956-9 (93)HABEAS CORPUS 100.957-7 (94)HABEAS CORPUS 100.958-5 (95)INQUÉRITO 2.477-5 (96)INQUÉRITO 2.500-3 (244)INQUÉRITO 2.658-1 (196)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.945-2 (97)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.946-1 (98)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.947-9 (99)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.948-7 (100)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.949-5 (101)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.950-9 (102)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.951-7 (103)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.952-5 (104)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.953-3 (105)MANDADO DE INJUNÇÃO 1.954-1 (106)MANDADO DE SEGURANÇA 25.284-7 (164)MANDADO DE SEGURANÇA 25.383-5 (197)MANDADO DE SEGURANÇA 25.697-4 (165)MANDADO DE SEGURANÇA 26.863-8 (245)MANDADO DE SEGURANÇA 28.177-4 (246)MANDADO DE SEGURANÇA 28.290-8 (107)MANDADO DE SEGURANÇA 28.291-6 (108)MANDADO DE SEGURANÇA 28.292-4 (109)MANDADO DE SEGURANÇA 28.293-2 (110)MED. CAUT. EM AÇÃO CAUTELAR 2.377-7 (198)MED. CAUT. EM AÇÃO CAUTELAR 2.457-9 (200)MED. CAUT. EM AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 4.307-2

(201)

MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 98.770-2 (213)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.042-1 (219)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.558-0 (221)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.727-2 (222)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.729-9 (223)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.799-0 (225)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.863-5 (227)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.877-5 (229)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.882-1 (231)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.888-1 (233)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.892-9 (235)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.899-6 (240)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.911-9 (242)MED. CAUT. EM HABEAS CORPUS 100.935-6 (243)MED. CAUT. EM MANDADO DE SEGURANÇA 28.287-8 (247)MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.893-6 (252)MED. CAUT. EM RECLAMAÇÃO 8.984-3 (253)PETIÇÃO 4.513-1 (248)RECLAMAÇÃO 7.692-0 (249)RECLAMAÇÃO 7.965-1 (250)RECLAMAÇÃO 8.308-0 (251)RECLAMAÇÃO 8.998-3 (254)RECLAMAÇÃO 9.076-1 (255)RECLAMAÇÃO 9.087-6 (256)RECLAMAÇÃO 9.098-1 (257)RECLAMAÇÃO 9.112-1 (111)RECLAMAÇÃO 9.114-7 (112)RECLAMAÇÃO 9.115-5 (113)RECLAMAÇÃO 9.116-3 (114)RECLAMAÇÃO 9.117-1 (115)RECLAMAÇÃO 9.118-0 (116)RECLAMAÇÃO 9.119-8 (117)RECLAMAÇÃO 9.120-1 (118)RECLAMAÇÃO 9.121-0 (119)RECLAMAÇÃO 9.122-8 (120)RECLAMAÇÃO 9.123-6 (121)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 163.414-6 (408)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 208.112-4 (409)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 380.712-9 (410)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 391.075-2 (411)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984

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STF - DJe nº 190/2009 Divulgação: quarta-feira, 07 de outubro Publicação: quinta-feira, 08 de outubro 121

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 423.651-6 (412)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 434.979-5 (413)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 462.835-0 (489)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 465.171-8 (490)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 470.433-1 (491)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 486.776-1 (122)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 487.253-6 (511)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 490.454-3 (512)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 495.949-6 (415)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 496.028-1 (416)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 500.408-2 (417)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 502.620-5 (492)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 504.931-1 (418)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 511.624-7 (419)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 511.761-8 (487)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 515.879-9 (493)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 523.185-2 (494)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 524.124-6 (420)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 526.095-0 (421)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 528.053-5 (495)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 529.030-1 (422)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 533.812-6 (423)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 533.815-1 (496)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 534.739-7 (424)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 540.059-0 (497)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 548.999-0 (513)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 554.425-7 (425)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.038-9 (514)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.147-4 (426)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.418-0 (427)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 557.002-9 (428)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 558.881-5 (480)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 563.557-1 (123)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 563.708-5 (166)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 563.725-5 (429)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 565.089-8(430) (431)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 566.452-0 (432)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 574.360-8 (433)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 576.515-6 (498)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 576.878-3 (434)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 580.998-6 (488)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 582.469-1 (435)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 583.937-1 (167)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.229-1 (436)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 584.920-1 (437)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 585.414-1 (438)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 585.943-6 (141)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 587.459-1 (439)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 588.466-0 (481)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.562-9 (440)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.872-5 (441)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 592.961-2 (482)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 593.042-4 (442)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 594.315-1 (443)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 595.959-7 (444)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.314-4 (445)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.734-4 (446)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.198-8 (124)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.496-6 (125)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.533-4 (447)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 598.573-3 (126)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.007-9 (483)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.397-3 (448)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.704-9 (449)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.760-0 (450)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.134-6 (451)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.179-6 (452)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 600.790-5 (453)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.115-5 (454)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.340-9 (455)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 601.382-4 (456)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.080-4 (457)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.418-4 (484)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.604-7 (458)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.652-7 (459)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.756-6 (460)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.764-7 (461)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.772-8 (462)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.777-9 (463)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.786-8 (464)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.795-7 (465)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.800-7 (466)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.811-2 (467)

RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.817-1 (468)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.854-6 (469)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.922-4 (470)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.927-5 (471)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.943-7 (472)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.945-3 (473)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.954-2 (474)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 602.983-6 (475)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.083-4 (476)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.115-6 (477)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.124-5 (478)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.150-4 (479)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.453-8 (127)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.454-6 (128)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.458-9 (129)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.459-7 (130)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.460-1 (131)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.461-9 (132)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.462-7 (133)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.463-5 (134)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.464-3 (135)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.465-1 (136)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.466-0 (137)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.467-8 (138)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.469-4 (139)RECURSO EXTRAORDINÁRIO 603.470-8 (140)SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.955-5 (147)SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.956-3 (148)SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.965-2 (149)SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.966-1 (150)SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.968-7 (151)SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.969-5 (152)SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.970-9 (153)SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.971-7 (154)SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.972-5 (155)SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.973-3 (156)SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.979-2 (157)SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.983-1 (158)SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.984-9 (159)SUSPENSÃO DE SEGURANÇA 3.987-3 (160)

Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Odocumento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 429984