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República Federativa do Brasil DIÁRIOrtilllilllllRiNACfONAL SEÇÃO I ANO XXXVIII - Ng 133 CAPITAL FEDERAL SÁBADO. 15 DE OUTUBRO DE 1983 CÂMARA DOS DEPUTADOS Ata da Sessão Em 14 de outubro de 1983 I- ATA DA 133' SESSÃO DA I' SESSÃO LEGISLATIVA DA 47' LEGISLATURA, EM 14 DE OUTUBRO DE 1983 1- Abertura da Sessão 11 - Leitura e assinatura da ata da sessào anterior UI - Leitura do E"pediente REQUERIMENTO Do Sr. Deputado Irineu Collato, requerendo a retirada do projeto n? 1.852, de sua autoria. SEÇÃO DE SINOPSE - CEL Arquivem-,e, nos termos do 4" do artigo 28 do Regimento Interno, as seguintes proposições: Projetos de Lei n's 202. 313, 376, 419, 433, 539,571,601, 1.229, e 704/83. IV - Pequeno Expediente NOSSER ALMEIDA - Conti- nuidade dos cursos da Faculdade Parcelada, Estado do Acre. JOÃO GILBERTO - Apre- ciação, pelo Congresso Nacional, do Decreto-lei n' 2.045/83. JOSÉ CARLOS TEIXEIRA - Acordo Nuclcar BrasiI- Alemanha. SEBASTIÃO CURIÕ - Pror- rogação, por cinco anos, da perma- nência do garimpeiro em Serra Pe- lada, Estado do Pará. HÉLIO DUQUE - Crise cco' nômica. EDUARDO MATARAZZO SUPLICY - Aplicação de tortu- ,as no índio Tuiré. João Pessoa, Estado da Paraíba. Proibição da exibiçlio do documentário. "'Frei Tito". SUMÁRIO OSVALDO NASCIMENTO - Sucessão presidencial. Crise ccono- mica. INOCÊNCIO OLIVEIRA - Depoimentos do Major Hugo Oli- veira Piva e do Prol'. Carlos Girardi na Comissão do Interior da Câma- ra dos Deputados. Liberação de re- CUrsos para execução de programa do Centro Técnico Aeroespacial no Nordeste. DENISAR ARNEIRO - Su- pervalorização do dolar. Dívida ex- terna brasileira. NILSON GIBSON - Pronun- ciamento do Deputado Olivir Ga- bardo sobre o Ministro Délio Jar- dim de Mattos, da Aeronáutica. ALDO ARANTES - Apresen- tação, pela bancada municipal do PMDB, de projeto de decreto legis- lativo sobre declaração de vacc.incia do cargo de Prefeito de Anápolis. Restabelecimento da autonomia municipal de Anápolis. Estado de Goiás. SIQUEIRA CAMPOS - Quar- to aniversário de morte do Deputa- do Federal José de Assis. Sanção do projeto de lei que prorroga por cinco anos a garimpagem manual em Serra Pelada, Estado do Pará. HERÁCLITO FORTES - Re- construção do cais do rio Parnaíba, em Floriano, Estado do Piauí. VALMOR GIAVARINA - Pe- dido de informação ao Ministro CloraIdino Severo, dos Transpor- tes. DASO COIMBRA - Inconsti- tucionalidade do feriado religioso de 12 de outubro. RALPH BIASI - Eleição direta para Presidente da República. HOMERO SANTOS - Cin- qüentenário da Associação Comer- cial e Industrial de Uberlândia, Es- tado de Minas Gerais. lONATHAS NUNES - Dia do Professor. WILMAR PALlS - Controle do cumprimento das penas carce- rárias. RENATO VIANNA - Ele- vação da alíquota do ICM. EDUARDO MATARAZZO SUPLlCY - Comunicação, como Lider. sobre o debate promovido, pelo Departamento Intersindical de Estatistica e Estudos Sócio- econômicos (DI ESSE) a respeito de alternativas para a política eco- nômica e salarial. Comentário sobre a resposta do Líder Nelson Marchezan ao convite que lhe foi formulado por aquele Departa- mento. LU1Z HENRIQUE - Comuni- caçào, como Líder 1 sobre pressu- postos para a negociação entre o Governo e os partidos de oposição sobre a política salarial. Questão de ordem levantada pelo Senador Aloysio Chaves perante a Comis- são de Constituição do Senado Fe- deral. NILSON GIBSON - Comuni- cação, como Líder, sobre a nova proposta para a política salarial, resultante de negociação entre o partido do Governo e os partidos de oposição. Decreto-lei n' 2.045. Resposta ao Deputado Eduardo Matarazzo Suplicy a propósito do convite formulado pelo DIEESE ao Deputado Nelson Marchezan. Resposta ao Deputado Luiz Henri- que sobre a questão de ordem sus- citada pelo Senador Aloysio Cha- ves. CARLOS SANT'ANNA - Co- municaçào, comú Líder. sobre a proposta do Líder Nilson Gibson a Presidência dos Srs.: Walber Guimaràes, 29- Vice-Presidente. Ary Kffuri, 29-Secretário, Francisco Studart, 3 P -Secretário, e Amaurv Müller, 4P -Secretário. . 1- /is 9:00 horas comparecem os Senhores: Flávio Marcilio Paulino Cíeero de Vasconcellos Walber Guimarães Fernando Lyra Ary KtTuri Francisco Studart Amaury Müller Osmar Leitão Carneiro Arnaud José Eudes Antonio Morais Acre Alércio Dias - PDS; Aluízio Bezerra - PMDB; Amilcar de Queiroz - PDS; Geraldo Fleming _ PM DB; José Mello - PMDB; Nasser Almeida - PDS; Ruy Lino - PMDB; Wildy Vianna - PDS. Amazonas Artur Virgílio Neto - PMDB; Carlos Alberto de'Car- li - PMDB; José Fernandes - PDS; José Lins de Albu- querque - PDS; Josué de Souza - PDS; Mário Frota - PMDB; Randoll'o Biltencourt - PMDB; Vivaldo Frota - PDS. Rondônia Assis Canuto - PDS; Francisco Erse - PDS; Fran- cisco Sales - PDS; Lcônidas Rachid - PDS; Múcio Athayde - PMDB; Olavo Pires - PMDB; Orestes Mu- niz - PMDB; Rita Furtado - PDS. Pará Ademir Andrade - PMDB; Antônio Aniaral- PDS; Brabo de Carvalho - PMDB; Coutinho Jorge _ PMDB; Dionísio Hage - PMDB; Domingos Juvenil _ PMDB; Gerson Peres - PDS; Lúcia Viveiros - PDS; Manoel Ribeiro - PDS; Osvaldo Melo - PDS; Ronal- do Campos - PMDB; Sebastião Curió - PDS; Vicente Queiroz - PMDB.

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República Federativa do Brasil

DIÁRIOrtilllilllllRiNACfONALSEÇÃO I

ANO XXXVIII - Ng 133 CAPITAL FEDERAL SÁBADO. 15 DE OUTUBRO DE 1983

CÂMARA DOS DEPUTADOS Ata da 133~ SessãoEm 14 de outubro de 1983

I - ATA DA 133' SESSÃO DAI' SESSÃO LEGISLATIVA DA47' LEGISLATURA, EM 14 DEOUTUBRO DE 1983

1- Abertura da Sessão

11 - Leitura e assinatura da atada sessào anterior

UI - Leitura do E"pediente

REQUERIMENTO

Do Sr. Deputado Irineu Collato,requerendo a retirada do projeto n?1.852, de sua autoria.

SEÇÃO DE SINOPSE - CEL

Arquivem-,e, nos termos do ~ 4"do artigo 28 do Regimento Interno,as seguintes proposições: Projetosde Lei n's 202. 313, 376, 419, 433,539,571,601, 1.229, e 704/83.

IV - Pequeno Expediente

NOSSER ALMEIDA - Conti­nuidade dos cursos da FaculdadeParcelada, Estado do Acre.

JOÃO GILBERTO - Apre­ciação, pelo Congresso Nacional,do Decreto-lei n' 2.045/83.

JOSÉ CARLOS TEIXEIRA ­Acordo Nuclcar BrasiI­Alemanha.

SEBASTIÃO CURIÕ - Pror­rogação, por cinco anos, da perma­nência do garimpeiro em Serra Pe­lada, Estado do Pará.

HÉLIO DUQUE - Crise cco'nômica.

EDUARDO MATARAZZOSUPLICY - Aplicação de tortu­,as no índio Tuiré. João Pessoa,

Estado da Paraíba. Proibição daexibiçlio do documentário. "'FreiTito".

SUMÁRIO

OSVALDO NASCIMENTO ­Sucessão presidencial. Crise ccono­mica.

INOCÊNCIO OLIVEIRA ­Depoimentos do Major Hugo Oli­veira Piva e do Prol'. Carlos Girardina Comissão do Interior da Câma­ra dos Deputados. Liberação de re­CUrsos para execução de programado Centro Técnico Aeroespacial noNordeste.

DENISAR ARNEIRO - Su­pervalorização do dolar. Dívida ex­terna brasileira.

NILSON GIBSON - Pronun­ciamento do Deputado Olivir Ga­bardo sobre o Ministro Délio Jar­dim de Mattos, da Aeronáutica.

ALDO ARANTES - Apresen­tação, pela bancada municipal doPMDB, de projeto de decreto legis­lativo sobre declaração de vacc.inciado cargo de Prefeito de Anápolis.Restabelecimento da autonomiamunicipal de Anápolis. Estado deGoiás.

SIQUEIRA CAMPOS - Quar­

to aniversário de morte do Deputa­do Federal José de Assis. Sançãodo projeto de lei que prorroga porcinco anos a garimpagem manualem Serra Pelada, Estado do Pará.

HERÁCLITO FORTES - Re­construção do cais do rio Parnaíba,em Floriano, Estado do Piauí.

VALMOR GIAVARINA - Pe­dido de informação ao MinistroCloraIdino Severo, dos Transpor­tes.

DASO COIMBRA - Inconsti­tucionalidade do feriado religioso

de 12 de outubro.

RALPH BIASI - Eleição direta

para Presidente da República.

HOMERO SANTOS - Cin­qüentenário da Associação Comer-

cial e Industrial de Uberlândia, Es­tado de Minas Gerais.

lONATHAS NUNES - Dia doProfessor.

WILMAR PALlS - Controledo cumprimento das penas carce­rárias.

RENATO VIANNA - Ele­vação da alíquota do ICM.

EDUARDO MATARAZZOSUPLlCY - Comunicação, comoLider. sobre o debate promovido,pelo Departamento Intersindicalde Estatistica e Estudos Sócio­econômicos (DI ESSE) a respeitode alternativas para a política eco­nômica e salarial. Comentáriosobre a resposta do Líder NelsonMarchezan ao convite que lhe foiformulado por aquele Departa­mento.

LU1Z HENRIQUE - Comuni­caçào, como Líder1 sobre pressu­postos para a negociação entre oGoverno e os partidos de oposiçãosobre a política salarial. Questão deordem levantada pelo SenadorAloysio Chaves perante a Comis­

são de Constituição do Senado Fe­deral.

NILSON GIBSON - Comuni­cação, como Líder, sobre a novaproposta para a política salarial,resultante de negociação entre opartido do Governo e os partidosde oposição. Decreto-lei n' 2.045.Resposta ao Deputado EduardoMatarazzo Suplicy a propósito doconvite formulado pelo DIEESEao Deputado Nelson Marchezan.Resposta ao Deputado Luiz Henri­

que sobre a questão de ordem sus­citada pelo Senador Aloysio Cha­ves.

CARLOS SANT'ANNA - Co­municaçào, comú Líder. sobre aproposta do Líder Nilson Gibson a

Presidência dos Srs.: Walber Guimaràes, 29­Vice-Presidente. Ary Kffuri, 29-Secretário,Francisco Studart, 3P-Secretário, e AmaurvMüller, 4P-Secretário. .

1- /is 9:00 horas comparecem os Senhores:

Flávio MarcilioPaulino Cíeero de VasconcellosWalber GuimarãesFernando LyraAry KtTuriFrancisco StudartAmaury MüllerOsmar LeitãoCarneiro ArnaudJosé Eudes

Antonio Morais

Acre

Alércio Dias - PDS; Aluízio Bezerra - PMDB;Amilcar de Queiroz - PDS; Geraldo Fleming _PM DB; José Mello - PMDB; Nasser Almeida - PDS;Ruy Lino - PMDB; Wildy Vianna - PDS.

Amazonas

Artur Virgílio Neto - PMDB; Carlos Alberto de'Car­li - PMDB; José Fernandes - PDS; José Lins de Albu­querque - PDS; Josué de Souza - PDS; Mário Frota- PMDB; Randoll'o Biltencourt - PMDB; VivaldoFrota - PDS.

Rondônia

Assis Canuto - PDS; Francisco Erse - PDS; Fran­cisco Sales - PDS; Lcônidas Rachid - PDS; MúcioAthayde - PMDB; Olavo Pires - PMDB; Orestes Mu­niz - PMDB; Rita Furtado - PDS.

Pará

Ademir Andrade - PMDB; Antônio Aniaral- PDS;Brabo de Carvalho - PMDB; Coutinho Jorge _PMDB; Dionísio Hage - PMDB; Domingos Juvenil _

PMDB; Gerson Peres - PDS; Lúcia Viveiros - PDS;Manoel Ribeiro - PDS; Osvaldo Melo - PDS; Ronal­do Campos - PMDB; Sebastião Curió - PDS; VicenteQueiroz - PMDB.

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10950 Sábado 15I

DIÁRIO ÍJO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1983

AMAURY MÜLLER - Rene­gociação da dívida externa do País.

RENATO VIANNA - Medi­das restritivas adotadas peloINAMPS no atendimento a deter­minados tipos de tratamento médi­cos. Proposição, a respeito, da As­sociação dos Hospitais de SantaCatarina.

Relatório enviado ao Presidente daRepública e ao Presidente do PDSsobre a utilização da imprensa ofi­cial do Estado de São Paulo peloex-Governador Paulo Salim Maluf.Depoimento em favor de Luiz Ig­nácio Lula da Silva junto à 3' VaraCriminal de Justiça do Distrito Fe­deral. Relatório do Pre'sidente doBanco do Estado de São Paulo(BANESPA) sobre as atividades dobanco nos últimos 4 anos. Necessi­dade de revogação da lei que insti­tuiu o sigilo bancário.

respeito da apreciação do Decreto­lei n" 2.045.

v - Grande Expediente

JOÃO HERCULINO - Obstá­culos à conciliação nacional pro­posta pelo Presidente da Repúblicae pelo Governador Tancredo Ne­ves.

CRISTINO CÚRTES - Politi­ca de crédito agrícola. Preços dosimplementas agrícolas. Fixaçãodos preços mínimos.

NILSON GIBSON - Comuni­cação, como Líder1 sobre o trata­mento de sanidade a que irásubmeter-se, em São Paulo, o Sena­dor Nilo Coelho.

PRESIDENTE - Consideraválida a comunicação.

EDUARDO MATARAZZOSUPLICY - Votos de restabeleci­mento ao Senador Nilo Coelho.

Maranhão

Bayma Júnior - PDS; Cid Carvalho - PMDB; EnocVieira - PDS; Eurico Ribeiro - PDS; Jayme Santana- PDS; João Alberto de Souza - PDS; João Rebelo­PDS; José Burnetl - PDS; José Ribamar Machado ­PDS; Magno Bacelar - PDS; Nagib Haiekel - PDS;Pedro Novais - PMDB; Sarney Filho - PDS; Vieira daSilva - PDS; Victor Trovão - PDS; Wagner Lago ­PMDB.

Piauí

Celso Barros - PDS; Ciro Nogueira - PMDB; Herá­elito Fortes - PMDB; Jonathas Nunes - PDS; JoséLuiz Maia - PDS; Ludgero Raulino - PDS; MiltonBrandão - PDS; Tapety Júnior - PDS; WaIl Ferraz­PMDB.

Ceará

Aécio de Borba - PDS; Alfredo Marques - PMDB;Antônio Morais - PMDB; Carlos Virgílio - PDS; Cla­udio Philomeno - PDS; Evandro Ayres de Moura ­PDS; Flávio Marcílio - PDS; Gomes da Silva - PDS;Haroldo Sanford - PDS; Leorne Belém - PDS; Lúc.!oAlcântara - PDS; Manoel Gonçalves - PDS; ManoelViana - PMDB Mauro Sampaio - PDS; Moysés Pi­mentel- PMDB; Orlando Bezerra - PDS; Ossian I\ra­ripe - PDS; Paes de Andrade - PMDB; Paulo Lustosa- PDS; Sérgio Philomeno - PDS.

Río Grande do Norte

Agenor Maria - PMDB; Antônio Câmara ­PMDB; Antônio Florêncio - PDS; Henrique EduardoAlves - PMDB; Jcssé Freire - PDS; João Faustino ­PDS; Vingt Rosado - PDS; Wandcrlcy Mariz - PDS.

Paraíba

Adauto Pereira - PDS; Aluízio Campos - PMDB;Alvaro Gaudéncio '- PDS; Antônio Gomes - PDS;Carneiro Arnaud - PMDB; Edme Tavares - PDS; Er­nani Satyro - PDS; Joacil Pereira - PDS; João Agripi­no - PMDB; José Maranhão - PMDB; Tarcísio Buriti-PDS.

VI - Designação da Ordem doDia

VII - Encerramento

Discurso do Deputado AdemirAndrade, como Líder, proferido nasessão ordinária de 5- 10-83: Políti­ca de exploração de minérios noBrasil.

2-ATA DAS COMISSÕES

3 - MESA (Relaçllo dosmembros)

4 - LIDERES E VICE­LIDERES DE PARTIDOS (Re­lação dos membros)

5 - COMISSÕES (Relação dosmembros das Comissões Perma­nentes, Especiais. Mistas e de In­quérito)

Pernambuco

Antônio Farias - PDS; Arnaldo Maciel - PMDB;Cristina Tavares - PMDB; Egídio Ferreira Lima ­PMDB; Fernando Lyra - PMDB; Geraldo Melo ­PDS; Gonzaga Vasconcelos - PDS; Inocêncio Oliveira- PDS; Jarbas Vasconcelos - PMDB; João Carlos deCarli - PDS; José Carlos Vasconcelos - PMDB; JoséJorge - PDS; José Mendonça Bezerra - PDS; JoséMoura - PDS; Josias Leite - PDS; Mansueto de Lavor- PMDB; Miguel Arraes - PMDB; Nilson Gibson ­PDS; Oswaldo Coelho - PDS; Oswaldo Lima Filbo­PMDB; Pedro Corrêa - PDS; Ricardo Fiuza - PDS;Roberto Freire - PMDB; Sérgio Murilo - PMDB;Thales Ramalho - PDS.

Alagoas

Albérico Cordeiro - PDS; Djalma Falcão - PMDB;Fernando Collor - PDS; Geraldo Bulhões - PDS; JoséThomaz Nonô - PDS; Manoel Afonso - PMDB; Nel­son Costa - PDS; Renan Calheiros - PMDB.

Sergipe

Adroaldo Campos - PDS; Celso Carvalho - PDS;Francisco Rollemberg - PDS; Gilton Garcia - PDS;Hélio Dantas - PDS; José Carlos Teixeira - PMDB;Walter Baptista - PMDB.

Bahia

Afrísio Vieira Lima - PDS; Angelo Magalhães ­PDS; Antônio Osório - PDS; Carlos Sant'Anna _PMDB; Djalma Bessa - PDS; Elquisson Soares _PMDB; Eraldo Tinoco - PDS; Etelvir Dantas - PDS;Felix Mendonça - PDS; Fernando Gomes - PMDB;Fernando Magalhães - PDS; Fernando Santana ­PMDB; França Teixeira - PDS; Francisco Pinto ­PMDB; Genebaldo Correia - PMDB; Gorgônio Neto- PDS; Haroldo Lima - PMDB; Hélio Correia _PDS; Horácio Matos - PDS; Jairo Azi - PDS; JoãoAlves - PDS; Jorge Medauar - PMDB; Jorge Vianna- PMDB; José Lourenço - PDS; José Penedo - PDS;Jutahy Júnior - PDS; Leur Lomanto - PDS; ManoelNovaes - PDS; Marcelo Cordeiro - PMDB; Ney Fer­reira - PDS; Prisco Viana - PDS; Raymundo Urbano- PMDB; Raul Ferraz - PMDB; Rômu]o Galvão -

PDS; Ruy Baeclar - PDS; Virgildásio de Senna ­PMDB; Wilson Falcão - PDS.

Espírito Santo

Hélio Manhães - PMDB; José Carlos Fonseca ­PDS; Luiz Baptista - PMDB; Max Mauro - PMDB;Myrthes Bevilacqua - PMDB; Nelson Aguiar ­PMDB; Pedro Ceolim - PDS; Stélio Dias - PDS;Theodorico Fcrraço - PDS.

Rio de .Janeiro

Abdias do Nascimento - PDT; Agnaldo Timóteo ­PDT; Alair Ferreira - PDS; Aloysio Teixeira ­PMDB; Amaral Netto - PDS; Arildo Teles - PDT;Arolde de Oliveira - PDS; Bocayuva Cunha - PDT;Brandão Monteiro - PDT; Carlos Peçanha - PMDB;Celso Peçanha - PTB; Clemir Ramos - PDT; DarcílioAyres - PDS; Daso Coimbra - PMDB; Délio dos San­tos - PDT; Denisar Arneiro - PMDB; Eduardo Galil- PDS; Fernando Carvalho - PTB; Figueiredo Filho- PDS; Franeiso Studart - PTB; Gustavo Faria -PMDB; Hamilton Xavier - PDS; Jacques D'Ornellas- PDT; JG de Araújo Jorge - PDT; Jorge Cury ­PTB; Jorge Leite- PMDB; José Colagrossi - PDT; Jo­sé Frejat - PDT; Lázaro Carvalho - PDS; Léo Simões- PDS; Leônidas Sampaio - PMDB; Marcelo Medei­ros - PMDB; Márcio Braga - PMDB; Márcio Mace­do - PMDB; Mário Juruna - PDT; Osmar Leitão­PDS; Roberto Jefferson - PTB; Rubem Medina ­PDS; Saramago Pinheiro - PDS; Sebastião Ataíde ­PDT; Sebastião Nery - PDT; Sérgio Lomba - PDT;Simão Sessim - PDS; Walter easanova - PDT; Wil­mar Palis - PDS.

Minas Gerais

Aécio Cunha - PDS; Antônio Dias - PDS; Bonifá­cio de Andrada - PDS; Carlos Eloy - PDS; CarlosMosconi - PMDB; Cássio Gonçalves - PMDB; Caste­jon Branco - PDS; Christóvam Chiaradia - PDS;Emílio Gallo - PDS; Geraldo Renault - PDS; Home­ro Santos - PDS; Humberto Souto - PDS; Israel Pi­nheiro - PDS; Jairo Magalhães - PDS; João Herculi­no - PMDB; Jorge Carone - PMDB; José Aparecido- PMDB; José Carlos Fagundcs - PDS; José Machado- PDS; José Maria Magalhães - PMDB; José Men-donça de Morais - PMDB; José Ulisses - PMDB; Jú­nia Marise - PMDB; Leopoldo Bessone - PMDB;Luís Dulci - PT; Luiz Baccarini - PMDB; Luiz Gue­des - PMDB; Luiz Leal- PMDB; Magalhães Pinto­PDS; Manoel Costa Júnior - PMDB; Marcos Lima­PMDB; Mário Assad - PDS; Mário de Oliveira ­PMDB; Maurício Campos - PDS; Melo Freire ­PMDB; Milton Reis - PMDB; Navarro Vieira Filho­PDS; Nylton Velloso - PDS; Oscar Corrêa - PDS; Os­valdo Murta - PMDB; Ozanan Coelho - PDS; Pauli­no Cícero de Vasconcellos - PDS; Pimenta da Veiga­PMDB; Raul Belém - PMDB; Raul Bernardo - PDS;Ronaldo Canedo - PDS; Rondon Pacheco - PDS; Ro­semburgo Romano - PMDB; Sérgio Ferrara ­PMDB; Vicente Guabiroba - PDS; Wilson Vaz ­PMDB.

São Paulo

Adail Vettorazzo - PDS; Airton Soares - PT; Alber­to Goldman - PMDB; Alcides Fr;lDciseato - PDS; Ar­mando Pinheiro - PDS; Aurélio Peres - PMDB; BeteMendes - PT; Cardoso Alves - PMDB; Cunha Bueno- PDS; Darcy Passos - PMDB; Del Bosco 'Amarul ­PMDB; Djalma Bom - PT; Doreto Campanari ­PMDB; Eduardo Matarazzo Supliey - PT; EstevamGalvão - PDS; Farabulini Júnior - PTB; Felipe

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Outubro de 1983

Cheidde - PMDB: Ferrcira Martins- PDS; FranciscoDias - PMOB: Freitas Nobre - PMOB; GasthoneRighi - PTB; Gióia Júnior - PDS; Hcrbert Levy ­POS; Irma' Passoni - PT: Israel Dias-Novaes ­PMDB; João Bastos - PMDB; João Cunha - PMDB;João Herrmann - PMDB; José Camargo - PDS; JoséGenoino - PT; Maluly Neto - PDS; Marcelo Gato ­PMDB: Márcio Santilli - PMDB: Marcondes Pereira- PMDB: Mário Hato - PMDB: Mendes Botelho­PTB: Mendonça Falcão - PTB: Moacir Franco ­PTB; Natal Gaie - PDS; Nelson do Carmo - PTB; Oc­tacilio de Almeida - PMOB; Paulo Maluf - PDS; Pau­lo Zarzur - PMDB; Raimundo Leite - PM DB: RalphBiasi - PMDB; Renato Cordeiro - PDS; Ricardo Ri­beiro - PTB; Robcrto Rollcmberg - PMDB; Ruy CÔ­do - PMDB: Salles Leite - PDS; Salvador Julianelli­PDS; Samir Achôa - PMDB; Theodoro Mendes ­PMDB; Tidei de Lima - PMDB; Ulysscs Guimarães­PMDB.

Goiás

Aldo Arantes - PMDB; Brasílio Caiado - PDS:Fernando Cunha - PMDB; Genésio dc Barros ­PMDB: Ibsen de Castro - POS; [ram Saraiva ­PMDB; lrapuan Costa Júnior - PMDB; lturival Nasci­mento - PMDB; Jaime Câmara - PDS; Joaquim Ro­riz - PMDB; Juarez Bernardes - PMDB: Onísio Lu­dovico - PMDB; Paulo Borges - PMDB; SiqueiraCampos - PDS: Tobias Alves - PMDB: Wolney Si­queira - PDS.

Mato Grosso

Benlo Porto - PDS: Cristino Cortes - PDS; Dantcde Oliveira - PMDB; Jonas Pinhciro - PDS; MaçaoTadano - PDS; Márcio de Lacerda - PMDB; MiltonFiguciredo - PMDB.

Mato Grosso do Sul

Albino Coimbra - PDS; Levy Dias - PDS; PlínioMartins - PMDB: Ruben Figueiró - PMDB; SauloQueiroz - PDS; Sérgio Cruz - PMDB.

Paraná

Alceni Guerra - POS; Alencm Furtado - PMDB;Amadeu Geara - PMDB; Ansclmo Peraro - PMDB;Antônio Mazurek - PDS; Antônio Ueno - PDS; Arol­do Moletta - PMDB; Ary Kffuri - PDS; Borges daSilveira - PMDB: Celso Sabóia - PMDB; Dilson Fan­chin - PMDB; Euclides Scalco - PMDB; FabianoBraga Cortes - PDS; Hélio Duque - PMDB; !taloConti - PDS; José Carlos Martinez - PDS; José Tava­res - PMDB; Luiz Antônio Fayet- PDS; Mattos Leão- PMDB; Olivir Gabardo - PMDB; Oscar Alves ­PDS; Otávio Cesário - PDS; Paulo Marqucs ­PMDB; Pedro Sampaio - PMDB; Rcinhold Stephanes- PDS; Renato Bernardi - PMDB; Renato Bucno ­PMDB; Renato Johnson - PDS; Santinho Furtado ­PMDB; Santos Filho - PDS; Sebastião Rodrigues Jú­nior - PMDB; Valmor Giavarina - PMDB; WalberGuimarães - PMDB.

Santa Catarina

Adhemar Ghisi - PDS; Cacildo Maldaner - PMDB;Dirceu Carneiro - PMDB; Epitácio Bittencourt ­PDS; Evaldo Amaral - PDS; Fernando Bastos - PDS;Ivo Vanderlindc - PMDB; João PaganeIla - PDS;Luiz Henrique - PMDB; Nelson Morro - PDS: Nel­son Wedekin - PMDB: Odilon Salmoria - PMDB:Paulo Melro - PDS; Pedro Colin - PDS; Renato Vian­na - PMDB; Walmor de Luca - PMDB.

DlÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Rio Grande do Sul

Aldo Pinto - PDT; Amaury Müller - PDT; AugustoTrein - PDS: Balthazar de Bem e Canto - PDS; DarcyPozza - PDS: Emidio Perondi - PDS; Floriceno Pai­xão - PDT: Guido Moesch - PDS; Hermes Zaneti ­PMDB: Hugo Mardini - PDS; Ibsen PinheiroPMDB; Irajá Rodrigues - PMDB; lrineu ColatoPDS; João Gilbcrto - PMDB; Jorge UequedPMDB; José Fogaça - PMDB; Júlio CostamilanPMDB; Lélio Souza - PMDB; Matheus Sehimidt ­PDT; Nadyr Rosseti - PDT; Nelson Marchezan ­PDS; Nilton Alves - PDT; Oly Facchin - PDS; Osval­do Nascimento - PDT; Paulo Minearone - PMDB;Pedro Germano - PDS; Pratini de Morais - PDS; Ru­bens Ardenghi - PDS; Siegfried Heuser - PMDB; Sin­vaI Guazzelli - PMDB; Victor Faccioni - PDS.

Amapá

Antônio Pontes - PDS; Clarck Platon - PDS; Geo­vani Borges - PDS; Paulo Guerra - PDS.

Roraima

Alcides Lima - PDS; João Batista Fagundes - PDS;Júlio Martins - PDS; Mozarildo Cavalcanti - PDS.

o SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - A lista de pre­sença acusa o comparecimento de 148 Senhores Deputa­dos.

Está aberta a sessào.Sob a proteção de Deus iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da Ata da sessão

anterior.

11- O Sr. NILSON GIBSON, servindo como 2'­Secretário, procede à leitura da ata da scssão anteceden­te, a qual é, sem observações, assinada.

o SR. PRESmENTE (Ary Kffuri) - Passa-se à leitu­ra do expediente.

O SR. FRANCISCO STUDART, 3'-Sccretário, ser­vindo corno 1°-Secretário, procede à leitura do scguinte.

III - EXPEDIENTEREQUERIMENTO

Senhor Presidente,Requeiro de Vossa Excelência a retirada de meu proje­

to que tomou o número PL 1.852 qUe. "proibe a presençade menores cm Casas de Diversões Eletrônicas".

Sala das Sessões. 14 de outubro de 1983. - IrineuColIato.

Deferido pelo Sr. Presidcnte, cm 14-10-83

SEÇÃO DE SINOPSE - CEL

Arquivem-se, nos termos do § 4' do artigo 28 do Regi­mento Interno, as seguintes proposições:Projeto de Lei

N' 202/83 (Homero Santos) - Cria isenção sobre ser­viços postais.

N' 313/83 (Ruben Figueiró) - Assegura aos sucesso­res do permissionário autônomo de veiculo de aluguel,destinado ao transporte individual de passageiros, o di­reito de continuarem explorando o serviço de transportede passageiros, na forma que especifica.

N' 376/83 (Inocéncio Oliveira) - Veda a transferên­cia de rccursos dos incentivos fiscais para o Progmma deIntegração nacional (PIN).

Sábado 15 10951

N' 419/83 (Borges da Silveira) - Dispõc sobre os en­cargos trabalhistas devidos pelas prefcituras municipais.

N° 433/83 (Borges da Silveira) - Inclui os odontólo­gos e os farmacêuticos dentre os beneficiados com a Gra­tificação de Interiorização.

N° 539/83 (Inocêncio Oliveira) - Cria no Grupo­Outras Atividades de Nivel Superior, previsto na Lei n'5.645, de 10 de dezembro de 1970, a calegoria funcionalde Técnico de Assuntos Jurídicos.

N' 571/83 (Pedro Sampaio) - Isenta de tributação aparcela de compensação orgânica paga aos acronautas.

N' 601/83 (J osé Frcjat) - Estabelece o valor do sa­lário minimo regional para limite inferior de qualquerbencfício de prestação continuada da previdência social.(Anexo; PL. 1.229/83)

N' 1.229/83 (João Bastos)- Determina que o cálculopara efeito de aposentadoria e outros benefícios seja fei­to com base nos últimos 12 (doze) meses de salários per­cebidos. (Anexado ao PL. 601/83)

N' 704/83 (Francisco Amaral) - Dispõe sobrc a cu­mulatividade do benefício de que lrata a Lei n' 4.242, de17 de julho de 1963, e dá outras providências.

o SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Está finda a lei­tura do expediente.

IV - Passa-se ao Peqneno Expediente.Tem a palavra o Sr. Nosser Almeida.

O SR. NOSSER ALMEIDA (PDS - AC. ProJlunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Dcputados,atendendo a grande parcela de estudantes de cursos su­periores, o sistema de ensino da Faculdadc Parcelada,que ministra ensinamentos no próprio local de residênciado aluno, é considerado hoje experiência completamcntevitoriosa.

Os mesmos professores que lecionam nas dÍversas fa­culdades que integram a Universidade Federal do Acredeslocam-se, durante as férias, até cidades como Cruzei­ro do Sul, por exemplo, lá desenvolvendo o mesmo currí­culo obscrvado pelos académicos regulares, matricula­dos em Rio Branco.

Os resultados têm sido altamente animadores. Muitosestudantes, concluindo o segundo grau, não teriam con­dições de ingresso na Universidade, por motivos cconô­micos ou por outras di ficuldades, como distância, aloja­mento, alimentação, assistência tl família etc.

A Faculdade Parcelada, indo ao encontro do aluno,supre sua necessidade de formação de nível superior, semprcjuízo da quantidade e qualidade das lições, e eliminatoda essa sêrie de problemas.

Dai o meu desacordo com alguns setores educacionaisacrcanos. que estão, sob os mais variados argumentos,obstaculizando a continuidade da Faculdade Parcelada.

Sem considerar os benefícios que o sistema vem asse­

gurando, e sem oferecer alternativa que o substitua, essegrupo dcfende a extinção dessa modalidade de ensino,atualmente praticada em várias grandes cidades do Esta­do do Acre.

Esse posicionamento, que fere os direitos do corpodiscente, vislumbra a imediata implantação da Faculda­de Plena. Também concordo com essa necessidade; toda­via, considerando quc não há possibilidade, no momen­to, de atendimento desse pleito. defendo o prossegui­mento do sistema de ensino em vigor, até que se remo­vam os obstáculos existentes.

Tendo em vista que já estão disponívcis os recursospara o funcionamcnto da Faculdade Parcelada, conside­ro inadmissível a suspensão do mesmo, sobretudo pelos

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prejuízos que esse fato pode causar aos estudantes denível superior do meu Estado.

À vista do exposto, venho consignar apelo ao Reitorda Universidade Federal do Acre, Dr. Ornar Sabino dePaula, para que assegure a continuidade dos cursos daFaculdade Parcelada, até que se processe a definitiva im­plantação da Faculdade Plena.

o SR. JOÃO GILBERTO (PMDB - RS. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,os últimos acontecimentos referentes ao Decreto-lei n9

2.045 precisam de uma análise mais profunda e vincula­da à tramitação da matéria neste Congresso.

O decreto-lei foi editado em julho. Está em vigor. Nãotem como "ser retirado", como tantos órgãos de impren­sa chcgam a noticiar; não é um projeto de lei que podeser retirado do Congresso. A exemplo do 2.012, ele podeser revogado, mas, mesmo depois de revogado, tem deser apreciado pelo Congresso para concluir seu ciclo le­gislativo.

Portanto. a rejeição do Decrcto-Ici n' 2.045 em vigoroujá revogado no dia de sua votação impõe-se, não podeser afast~da de forma alguma. Quem obra em sentidocontrário, pode estar tendo a malandragem de preparararmadilhas legislativas para o decurso de prazo.

Outro aspecto: o último dia de apreciação normal dodecreto-lei é dia 17, segunda-feira, e é a primeira vez queele virá a plenário. Ora, já vem tarde: no final do seu pra­zo de apreciação normal e depois quejá foram discutidosdecretos-leis posteriorcs a ele, como 02.046,2.047,2.048etc. Necessita-se de duas sessões de discussão se ela forencerrada na primeira sessão por falta de oradores oupor decisào do Plenário. Caso essa discussão não se en~

cerre na segunda~reíra. entraremos, pois, no períodocrítico das dez sessões de urgência para o decurso dê pra­zo com o decreto-lei ainda dependendo de discussão,para depois ser votado.

Tudo isso demonstra como cstão jogando contra o re­·Iógio e o calendário os que sinceramente desejam umanegociação que estruture algo menos violento do que oDecreto-lei n' 2.045 antes de sua votação.

De outra parte, é preciso debruçar-se sobre as supos­tas alternativas do POS e de setores do Governo. Nenhu­ma delas é menos dura do que o Decreto-lei n9 2.024, járcjcitado pela Cámara dos Deputados. Desejam, portan­to. impor à Câmara dos Deputados a desonra e o acha­que dc terminar aprovando um sacrifício maior ao traba­lhador do que aquele que antes rejeitara, o que é inacei­t"vel não só pela Oposição, como também pela consciên­cia jurídica e política daqueles que desejam o Legislativohonrado. forte e participante.

É de se salientar, por mais importante ainda, que ogolpe de Estado intentado contra a Cámara dos Deputa­dos. a instituição parlamentar e os eleitores, através daquestão dc ordcm que procurou impedir a Câmara devotar por falta dc quorum no Senado, ainda está emação. Na vcrdade. apesar da manifestação do Presidenteda República sobre diâlogo ou negociação, apesar doscontatos do PDS com os partidos de Oposição, o gestoneccssúrio da retirada da consulta a respeito no Senadonào roi feilo. o PDS, até aqui. junto com o Governo, a­penas armou cenário de manobra legislativa e não, con­cretamente, de aVltnço de negociação. E mantém, agra­vado com o problema de saúde do Presidente do Senado,a sua ameaça de tentar violentar em definitivo e por den­tro a instituição parlamentar, com a exdrúxula interprc­tação de submeter a Casa que vota primeiro à falta dequnrum na Casa que deliberarâ depois.

Tudo isso nos faz, lamentavelmente, desconfiados,para não sermos ingênuos.

E é preciso que lique claro que a Oposição e aquelesque se envolveram na votação do 2.024 e sua rejeição noCongresso não podem admitir regra de política salarial

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)

mais opressora do que o diploma já rejeitado. O Gover­no, na verdade, não moveu nada em relação a negociaros salários com quem tem titularidade para isso: a repre­sentação classista dos trabalnadores.

As coisas, portanto, pouco ou nada mudaram. Tenha­mos precaução, presença em plenário na próxima sema­na, mobilização c atenção, para não sermos partícipespor omissão de uma nova grande farsa contra os interes­ses dos trabalhadores.

o SR. JOSlt CARLOS TEIXEIRA (PMDB - SE.Scm revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos, registra a imprensa no dia de hoje que uma dele­gação do Ministério da Economia da República Federalda Alemanha suspendeu ontem o financiamento dc seisnovos projetos apresentados pelo Brasil. Nas duas últi­mas décadas, projetos similares alcançaram 312 milhõesde dólares. Esse acordo da transferência de tecnologia ede assistência técnica ao Governo brasileiro deveriadesenvolver-se pelas normas de relações diplomáticas ede assistência entre governo e governo.

Sr. Presidente, verifica-se, neste instante, que o Brasilrccebe, mais uma vez, a não compreensão da comunida·de financeira internacional, e agorajá a nível de governo,por parte do nosso segundo maior parceiro de comérciointernacional, o que vem reafirmar o que dizem as Opo­sições, que Fie fazem presentes, cada vez mais, com niti­dez, com clareza e com segurança.

Esta é a grande hora, é o grande momento de se res­guardar a soberania brasileira. É imprescíndivel que aspalavras do Sr. Presidente da República João Figueiredoem torno de nossa independência econêmica e de nossasoberania se façam presentes, devolvendo à RepúblicaFederal da Alemanha o Acordo Nuclear que não con·vém ao Brasil, ma's que atende apenas aos interesses da­quela comunidade econômica, aos interesses dos meiosfinanceiros da Alemanha. O Acordo prejudica virtual­mente a comunidade científica brasileira, que deveria tertido prioridade, e este Governo ainda insiste em não vol­tar as vistas para aquilo que possuímos de valores huma­nos, de valores éticos, de valores de soberania.

É por isso. Sr. Presidente, que, ao me deparar com estanotícia, constato que este é o grande momento de o Go­verno brasileiro, sem nenhum ato que pudesse ferir qual­quer suscetibilidade nas relações com a República Fede­ral da Alemanha, tomar as providéncias imediatas e ina­diáveis no sentido de também suspender os contratos e­xistentes em prosscguimcnto a este Acordo Nuclear, afim de que todos nós pudéssemos, dcpois, aplaudindoessa decisão. reencontrar o caminho que venha reassegu­rar aquilo que é fundamental dentro dos primados de in­terdependência entre governos e entre povos.

Por isso, Sr. Presidente, quando a imprensa registrarque o Sr. Affonso Celso Pastare está alugando o TeatroMermaid, em Londres, para que possa, na próximaterça-feira. rcunir toda a comunidade financeira da Eu­ropa, a fim de, mais uma vez, justificar as dificuldadesque atravessa a economia brasileira, verificamos q'ue anossa soberania começa a ficar prejudicada. Esta cami­nhada do Sr. Pastare é a repetição de tudo aquilo que sevinha desenvolvendo e que foi amplamente condenadopela sociedade brasileira.

Daí por que, Sr. Presidcnte, ncsta hora o PresidenteFigueiredo, ao nos conclamar para estabelecermos umpacto interno. a fim de que a Nação, unida pelos seusmais variados segmentos, e, além disso, pela presençamaciça dos representantes do povo no Congresso Na­cionai, possa. diminuindo as idiossincrasias, afastandoos privilégios c os interesses individualistas, olhar maisalto seus objetivos c assim, todos unidos, chegaremos aoentendimento comum c poderemos, de uma vez por to­das, dar um basta a csscs assaltantes da comunidade fi­nanceira internacional que não compreendem o papel doBrasil no cenário da América Latina, a sua posiçào no

Outubro de 1983

Tercciro Mundo e as perspectivas que temos para a so­luçào dos grandes problemas da humanidade.

o SR. SEBASTIÃ.O CURIÓ - (PDS - PA. Sem re­visão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, con­tinuando sua campanha, que considero sistemática e in­sidiosa contra o meu projeto quc prorroga por cincoanos a permanência dos garimpeiros em Serra Pelada, oCorreio BraziHeDse publica, hoje, em manchete: "Desa­bamento paralisa área em Serra Pelada. Dois garimpei­ros ficaram feridos e foram transportados de avião paraBelém." Ora, Sr. Presidente, Srs. Deputados, tratando-sede uma comunidade em que trabalham oitenta mil ho­mens e dois ficam feridos, é ridícula uma manchete comoesta. IstO-.caracteriza, mais uma vez, a campanha quevem scndo feita pela Companhia Valc do Rio Doce epelo Departamento Nacional de Produção Mineral comum objetivo bem claro, o de sensibilizar a opinião públi­ca c o próprio Presidente Figueiredo para que vete o pro­jeto.que dá condições dc trabalho a oitcnta mil garimpei­ros, dos quais dependem um milhão de brasileiros. E istonuma época de difícil crise econômica, de desemprego,como esta que atravessamos.

Gostaria dc dcixar claro aqui que, se acidentes estãoocorrendo em Serra Pelada, a culpa é única e exclusiva­mente do Departamento Nacional de Produção Mineral,que, contrariando determinações do próprio Presidenteda República, não procedeu ao rebaixamento das bar­rancas de·Serra Pelada este ano. E isto está comprovadono relatório que o Sr. Ministro César Cals encaminhou a·esta Casa, dizendo que máquinas estão trabalhando láem cima e garimpciros lá em baixo. Isso é um crise. E, semáquinas estão trabalhando lá em cima das barrancas eos garimpeiros em baixo, o Índice de acidentes ainda émuito pequeno. Poderiam ter morrido muito mais ga­rimpeiros. A responsabilidade é do Departamento Na-,cional de Produção Mineral, pois tais fatos não ocorre­ram nos anos anteriores. Tentaram mecanizar Serra Pe­lada em 50%, este ano, à revelia de determinações dopróprio Presidentc da República.

Outra coisa: quatro aspectos são considerados noproblema de Serra Pclada: o dc segurança. que ê muitodiscutível e contornável, porque, com o rebaixamentobcm feito, os garimpeiros terão condições de trabalho; oeconômico. também muito discutível; o outro é o aspec­to social, que não se pode nem discutir, porque é o prin­cipal problema daquela região.

Mas, Sr. Presidente e Srs. Deputados, o que está ha­vendo, hoje, é desespero por parte da Companhia Valedo Rio Doce, porque, com o projeto aprovado pelo Con­gresso Nacional as suas ações estão caindo na Bolsa deValores. Sua preocupação é o aspecto financeiro.

Gostaria ainda de dizer que o Departamento Nacionalde Produção Mincral não rcspondeu a uma acusação fei­ta da tribuna desta Casa pelo nobre Deputado AdemirAndrade. Disse S. Ex' o que o Sr. Eike Batista, filho doSr. Elieser Batista, Presidente da Companhia Vale doRio Doce, cstá organizando, no Rio de Janeiro, umareunião de emprcsas para substituir a DOCEGEO, sub­sidiária da Vale, na exploração do ouro em Serra Pelada.São trés as empresas constituídas pelo Sr. Eike Batista,filho do Presidente da Vale do Rio Doce: Planeta, Au­tran e Taboca~ para explorar o ouro no lugar dos oitentamil brasileiros que lá estão.

Isto é um crime, Sr. Presidente, Srs. Deputados, e dei­xo aqui o meu apelo ao Exm' Sr. Presidente da Repúbli­ca, para quc "nalisc essc relatório, analise essa jogadaeconômica e dê valor aos oitenta mil brasileiros que láestão.

Muito obrigado.

O SR. H1tLlO DUQUE - (PMDB - PRo Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, aabertura política confronta-~e, com violência, com aabertura econômica. A estrutura tecnocrática fundamen­tada na suposta infalibilidade levou, nos últimos 20

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Outubro de 1983

anos, o Brasil à falência financeira. Mas continua a mes­ma. Arrogante e antidemocrática. Totalitária nos seusobjetivos, joga forte no fechamento político. ConspiraGom atos objetivos contra a redemocratização do País.Cultiva o impasse, desejando o confronto com o Con­gresso Nacional. Saudosa dos ventos antidemocráticosde outros tempos, ainda recentes, busca restabelecer oExecutivo imperial dos tempos do A[·S.

A nova classe dos tccnocratas tupiniquins, tendocorno símbolo maior o Ministro do Planejamento, desejaver o Legislativo fechado e amordaçado. A insistência naaprovação do Decreto-Lei n' 2.045 retrata isso com mui­ta nitidcz. Agride a classc política, menos a Oposição,muito mais o próprio PDS, que, através de segmentosresponsávcis, vem demonstrando a impossibilidade daaprovação daquele Decreto nascido de inconfessáveiscompromissos assumidos pelos tecnocratas gestores dapolítica econômica com o FMI. Sem ouvir, representar,mas ilaqueando a boa fê da Nação falando em nome dasociedade civil. Daí a imposição que a tecnocracia faz aoprôprio PDS, quando rejeita projetos altcrnativos elabo­rados por políticos fiéis ao governo. E que expurgado demuitos dos seus conceitos e estratégias, a partir de amplodebate com as Oposições. poderia encaminhar um efeti­vo diúlogo fortalecedor do Legislativo, vale dizer da clas­se política. É que os compromissos foram tão extensosjunto ao FMI, sem o conhecimento e audiência dos bra­sileiros, quc não se admite nenhuma linha de afastamen­to daquilo que se protocolou nas sucessivas "Cartas deIntenções".

A crise é grave e profunda, e não será com um novogolpe de Estado que sc conscguirá encaminhar o Brasilpara um porto seguro. Quem duvidar disso Ida as últi­mas declarações do general Alexandre Lanusse o rede·mocratizador da Argentina em [973. Ele acaba'de decla­rar que o golpe militar de Jorge Rafael Videla foi "umerro nefasto para o País", No Brasil, foi no tempo do AI­S, tendo na sua maior parte de vigência o Sr. Delfim Net­to como "czar" da economia, que se fabricou o falso"milagre", agora considerado pelos banqueiros interna­cionais como ""farsante", A imprevidência e a incompe­tência foram os principais responsáveis pelo endivida­mento externo, que, para tristeza dos brasileiros, trans­formou o banqueiro William Rodhes, do Citybank, noverdadeiro ministro econômico do País. E, no Japào,ainda essa semana, consideravam os seus homens de ne­gócio quc o Brasil pclo seu governo não merece credibili­dade, mas que, quando tiver uma administração eficien­te, sairá da dramática situação em que se encontra.

Quem levou o Brasil a isso?

Foi O pacto tecnoerático-autoritário. A falta de demo­cracia e de liberdade é a principal matriz geradora datriste situação em que estamos mergulhados. Não existealternativa técnica para a crise brasileira. Ela é profundae dilaceladora. A única alternativa é política e passa poresse Poder e pelos setores responsáveis da sociedade na­cional.

Elaborar um novo pacote recessivo e anti-social, atra­vés de decreto· lei, serú uma brutalidade e uma estupidezpolítica. E é isso que os tecnocratas oficiais Iiélerados porDelfim Netto desejam, É hora de a abertura políticaespraiar-se conduzindo à abertura econômica. São nosmomentos de crises dramáticas que se criam objetivassoluções,· E hoje, no Brasil, não existe uma terceiro cami­nho: ou se formulam alternativas ajustadoras para a eco­nomia brasileira com a solidariedade da Nação, ou seprestigiam os tecnocratas, endurecendo o regime. A últi­ma alternativa poderá ser fatal para os donos do poder, amédio e a longo prazo.

A estatégia do Ministro Delfim Nelto é claramentepelo fechamento. Os últimos episôdios, a nível militar,político e econômico deixam isso muito nítido. Até por­que Delllm e Democracia sô têm em comum a letra D.Delfim e Ditadura, ao contrário, são coisas harmônicas e,complementadoras.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

o SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLICY (PT­SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, abusos por parte da Polícia Federal con­tinuam acontecendo no País, também com respeito aosíndios 'brasileiros. Comuiniquei esta manhã ao Presi­dewnte da Comissão do Indio, Deputado Mário Juruna,mais um extraordinário abuso, ocorrido ontem, em JoãoPessoa. na Paraíba, com o índio Tiuré, José HumbertoCosta do Nascimento, potigua",. que tem trabalhado namedição e demarcação de terras dos potiguaras. Estasterras estão sendo ocupadas pela família Lundgren, das"Casas Pernambucanas", que parece ter sido a respon­súsvel por aquele abuso. Hú dois dias, Tiuré estava emSão Paulo, quando soube que sua casa fora invadida.Tiuré, que tem aproximadamente 38 anos, com algunsproblemas de saúde, resolveu ir imediatamente com suafamília a João Pessoa. Ali foí a uma clínica para fazerum exame de coração -- eletrocardiograma -. Estavaacompanhado de sua muliher e filho quando, na saída dac1inica, às 15 horas, foi seqüestrado por dois homens,que depois se soube serem da Polícia Federal. Estes doishomens o levaram para um terreno baldio, onde foi vio­lentamente torturado. Disseram inclusive que iriammatú-lo. Duas pessoas que moravam nas cercanias seaproximaram e viram aquela cena, quando os dois poli­ciais o levaram para a sede da Polícial Federal em JoãoPessoa, onde, aínda sob ameaças, solicitaram que ele as­sinasse papéis que continham inverdades, tais como a deque estaria incentivando conflitos naquela regiào, quan­do o que tem procurado fazer é defender os direitos dosíndios. Tiuré se recusou a assinar aqueles documentos.Como estava gravemente ferido. foi ao médico, com oqual conversei hoje de manhã. O Dr. José Francisco deAndrade me relatou os m/lUS tratos que Tiuré recebeu daPolícia Federal, dizendo que estava com marcas profun­das de algemas nos braços e manchas na coxa, na pernaesquerda, nos testículos, em diversos lugares dos braçose na cabeça, que havia sido castigado fisicamente.

Ora, Sr. Prcsidente, Srs. Deputados, perguntamos seeste é o tratamento que as autoridades governamentais eO próprio PDS podem considerar como adequado porparte da Polícia Federal. Solicitamos ao Ministro da Jus­tiça e à FUNAI providências imediatas e já comunica­mos ao Sr. Délio Cunha o ocorrido. A Comissão doIndio, da qual faço parte, está acompanhando este casoem detalhes.

Sr. Presidente, leio ainda, para que seja transcrito nosAnais da Casa, telex que enviei ao Ministro da Justiça,em protesto contra a proibição da exibição do documen­túrio "Frei Tito":

"PT PROTESTA CONTRA PROIBIÇÃO DE"FRE[ TITO"

O Deputado Eduardo Matarazzo Suplicy, noExercício da Liderança do PT, enviou hoje, por te­lex, a scguinte mensagem ao Ministro das Justiça,Ibrahim Abi-Ackel:

O documentário "Frei Tito", de MarleneFrança, constitui importante registro no cinema detatos da Histôria do Brasil.

Nem todos os fatos de nossa história são agradá·veis. Tentar apagá-los por proibição e censura im­plica evitar que as novas gerações possam aprendercom os erros cometidos pelos antepassados.

Para as gerações presentes, impedir que sejam di­vulgados fatos que ocorreram na década passadasignifica não permítir que possamos todos refletirsobre os abusos que foram cometidos.

"Frei Tito" é um documentário de apenas 15 mi­nutos, mas que custou o dedicado esforço de uma

equipe que trabalhou 6 (seis) meses na montagemdessa memória. O documentário foi aceito para serapresentado, no próximo mês, nos festivais de Bil­bao, na Espanha, e de Berlim, na Alemanha. Tam­bém está prevista sua apresentação no Festival de

Sábado 15 10953

Brasilia. No entanto, foi surpreendentemente proi­biúa sua exibição pela Censura Federal.

Solicitamos a imediata revisão deste ato, nãocondizente com as aspirações de democracia e liber­dade do povo brasileiro.

Brasília, 7 de outubro de 1983. - Eduardo Mata­razzo Suplicy, PT/SP - Líder do PT em Exercício,Freitas Diniz."

Era o que tinha a dizer, Sr. Prcsidente.

O SR, OSVALDO NASCIMENTO - (PDT - RS.Pronuncia o seguinte discurso.) Sr. Presidente, Srs. De­putados, nós, da Oposição, não concordaremos com me­didas que venham mexer no boldo e na mesa do traba­

lhador brasileiro.Por isso, Sr. Prcsidentc e Srs, Deputados, aproveita·

mos esta oportunidade para eonclarma os 244 deputadosda Oposição a fazerem vigília permanete na Cámara, nosentido de lavrar mais uma página histórica de indepen­déncia e autenticidade, votando contra os famigeradosdecretos-leis. Já que não seremos os únicos a tal procedi·menta, pois o povo brasileiro espera unido que esta Casamais uma vez, usando de seu poder, rechace democrati­camente estes atentados que são os Decretos-Lei n's2.036 e 2.045, cuja rajeiçào é a única resposta do Con­gresso para a sociedade brasileira.

Portanto, a partir da próxima semana, a Oposiãocomo um todo estará de ouvido à excuta e de prontidão,para a grande derrota do Governo, que, antes de derro­tar uma nação inteira, será derrotado pelo sua própriaincompetênc!a. .

Temos cer\eZll. i de que o espírito de coragem cívica, deamor à Páiria, iM presidir os atos que legitimam a vonta­de populat, na rejeição dessa [egislação espúria e autori-

tária. (Isto posto. faz-se mister que S. Exb 9 o Sr. Presidente

da República rellita mais, pense mais um pouco, aguçeseus timpanos e recolha o grande e nunca visto clamorpopular pela entrega do poder de voto ao povo, para quelivrement~ escolha seus representantes em eleições geraise diretas para Presidente da República.

Eis aí a grande cartada política, que, além de coroarcom o processo de abertura, estaria definitivamente esta­belecendo a pacificação da família brasileira.

Queremos ainda dizer que a semana que vem será fun­damentaI e histôrica para esta Casa, porque aqui, derro­tando os decretos-lei, estaremos lavrando a grande teseda eleição direta para Presidente da República.

O SR. INOCf:NClO OLIVEIRA (PDS - PE. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Depu­tados, a Comissão do Interior desta Casa, sob a nossa

Presidência, recebeu no dia de ontem, no seu plenário,para depoimentos, o Major Brigadeiro·do-Ar Hugo Oli­veira Piva e o Prof. Carlos Girardi, do CTA - CentroTécnico Aeroespacial, de São José dos Campos - SãoPaulo, sobre os trabalhos do órgão, que previa em 1978um período de sete anos de secas no N ardeste e os estu­dos através do MODART - Modificação Artificial doTempo - para produção de chuvas artificiais na região.

O Prof. Girardi mostrou, através de estudos matemá­ticos estatísticos, que num periodo de 26 em 26 anosrepete-se uma fase de sete anos de longas estiagens noN ordete, e de 13 em 13 anos um periíodo menor de secas,demonstrando que o fato se verifica em fase de uma ro·tação do eixo da Terra, sendo impossível evitá-lo.

Disse ainda que o período crítico das estiagens destafase aconteceu nos anos de 1981, 1982 e [983, mas queainda cm 1984 e 1985 estará o Nordeste sujeito a perío­

dos de estiagens, q ae, no entando, serão menos intensosque no corrente ano.

O Brigadeiro Hugo Piva afirmou que o Nordeste tem90 milhões de hectares, sendo que apenas 20% agricultá­veis. Tembém informou que se toda a água existente no

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Nordeste fosse utilizada, daria para irrigar apenas 2% daárea, ou seja cerca de 2 milhões de hectares. havendo ne­cessidade de aumentar-se o afluxo e retenção de água naregião nordestina, quer pela construção de açudes, bar­ragens, poços artesianos e amazonas: perenização de riose riachos: transposição de bacias de rios: e pelo MO­DART - Modificação Artificiial do Tempo. Informoaque o programa é simples, sendo feito através da nu­cleação artificial com solaçào de cloreto de sódio. Disseda existência de seis bases e três aviõs bandeirantes devi­damente aparelhados do programa e estudos para im­plantação de mais cinco bases. Mostrou qae os recursosequivalente a am dia de emergéncia atualmente gasto noNordeste seriam suficientes para manatençào do progra­ma durante um ano.

Afirmou, também, que os recursos para o MODARTsão rcpassados pelo programa de emergências da SUDE­NE, quc no corrente ano será de 800 milhões de cruzei·ros.

Assim sendo. solicitamos ao Ministro do InteriorMário Andreazza e ao Superintendente da SUDENE,Walfrido Salmito Filho, que liberem os recursos sufi­cientes para qae o CTA possa realizar, na sua plenitude,o programa no N ordestc, proporcionando mais umaopção para minorar o grave problema de falta de chuvase água em nossüa região.

Era o tinha a dizer.

o SR. DENISAR ARNEIRO (PMDB - RJ. Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente. Srs. Deputa·dos, preocupa-nos bastante o que foi publicado na revis­ta Times, de Nova Iorque desta semana, do dia 10, re­portagem de John Greenhard, com o seguinte título: ­"O Superd6lar". - Segundo a reportagem, o Secretáriodo Comércio Americano, Sr. Maleolm Baldrige, fazendouma análise da valorização do dólar, nos últimos 3 anos,chegou à conclusão de que a moeda americanavalorizou-se, frente ao franco francês em 105%, frente aomarco alemão 53% e frente à libra ingleza 50%.

A preocupação dos americanos não pára aí, pois se­gundo o Sr. Fred Bergsten, Diretor do Instituto para E­conomia Internacional em Washinton, o dólar está valo­rizado em 25% acima do que seria o desejável. O Profes­sor Wel1ons, da Harward Busines Shool1, afirma que, emjunho deste ano, os bancos americanos do Caribe têmem depósitos do pessoal local e de latinos-americanosum total de US$ I I9 bilhões de dólares, o que representaum aumento no mesmo prazo de 140%, Os Estados Uni­dos devem comprar este ano, dos países da América La­tina, US! 33.900 bilhões de dólares, ou seja, mais 15%que o ano anterior. Com tudo isso, o temor é de que odéficit da sua balança comercial, que foi calculada. emUS$ 42 bilhões de dólares, vai chegar a US$ 70 bilhões, eo susto maior será no próximo ano. O déficit previsto se­rá muito mais elevado.

O desemprego já deu o seu sinal nos últimos meses, eaté o final do ano mais I milhão e meio de americanosestarão sem trabalho e, no próximo ano, 1984, a conti­nuar o valor do dólar forte, mais) milhão e meio estarãodesempregados, atingindo níveis de um início de estag­nação econômica, o que não interesse a ninguém.

Em recente viagem ao Brasil, o ex-Secretario do Te­souro dos Estados Unidos, empresário Michael Blu­menthal (hoje, Presidente da Burroughs), previu, em reu­nião da Câmara americana, que deveria surgir nos Esta­dos Unidos, no próximo ano, uma nova onda de prote­cionismo, principalmente em decorrência do déficit nabalança comercial, que nesse ano deverá chegar a 100 bi­lhões de dólares.

Sr. Presidente e Srs, Deputados, com esta supervalori­

zação do dólar perante as demais moedas do mundo, oque está ocorrendo nos Estados Unidos ê que a sua ex­portação está decrescendo e sua importação aumentan­do. O americano, com a sua moeda, compra tudo emqualquer parte do mundo, muito mais barato do que

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

pode produzir em sua indústria - aumento de compra(importação), diminuição de vendas (exportação), tran­qüilamente um monstruoso déficit na balança de paga­mentos.

Com este fenômeno, o crescimento da economia ame­ricana pode voltar à estagnação e ate uma recessão, oque certamente seria um desastre para o Brasil e todos ospaises sub desenvolvidos do 3' Mundo, que estão con­fiando na retomada de crescimento norte-americano.

O Brasil, com a sua colossal dívida, beirando os 100bilhões de dólares, é que precisa exportar cada dia mais,naturalmente vai passar a tcr sérios problemas - paranão dizer maiores problemas, ainda, do que os que já es­tamos enfrentando. A nossa preocupação não deve ficarrestrita a exportarmos menos, mas o consideramos deextrema gravidade é que, em qualquer dificuldade nosEstados Unidos, os juros iniciam uma nova escaladapara o alto e todo esforço do nosso aumento com vendasao exterior será para cobrir somente a diferença deste au­mento de juros. Cada I% de aumento nos juros america­nos vai representar um aumento automático na nossadívida externa de I bilhão de dólares anuais.

Sr. Presidente, temos a impressão de que, queiram ounào as nossas autoridades, chegou o momento de sentar­mos na mesa de negociação com os nossos credores. E oprimeiro item a ser discutido é que, deste momento emdiante, os juros das nossas dívidas terão que ser fixos,sob pena de corrermos o risco de nunca mais este Paíspagar os juros do quc deve, não podendo falar nem maisno principal.

O Sr. Prcsidente da Rcpública deve procurar, como es­tá fazendo 1 mas com maior rapidez, ouvir todo o seg­mento da nossa sociedade, expor-lhe estes problemas epedir um crédito de confiança, para tomar uma decisãode estadista, em defesa de sua Pátria.

Diga Sr. Presidente João Baptista de Figueiredo, que oPaís não suporta dívidas com juros móveis - que desejapagar o que devemos ou que dizem que devemos, masnão concordamos em atrelar a nossa economia aos de­mais países do mundo altamente desenvolvido, sob penade ficarmos eternamente dependentes.

Faça isso e terá os cento e vinte milhões de brasileirosao seu lado, aplaudindo-o como a um verdadeiro esta­dista.

O SR. NILSON GIBSON (PDS - PE, Sem revisãodo radar.) - Sr. Presidente, o nobre Deputado OlivirGabardo, recentemente, em pronunciamento à Casa, fezcríticas desairosas contra o Ministro Délio Jardim deMattos, refcrentcs uma denúncia sobre um avião Búfalo,da FAB. Trago a V. Ex' e à Casa informações do Minis­tro Délío Jardim de Mattos que contrariam totalmente

as informações prestadas e a denúncia do nobre Deputa­do Olivir Gabardo.

Exmo. Sr,Deputado Olivir GabardoCâmara dos DeputadosBrasília

Senhor Deputado:Tendo em vista o seu pronunciamento, no plenário da

Câmara, acerca do transporte, por avião da FAB, deuma usina de garimpagem, de Cururu para AIta Flores­ta, gostaríamos de prestar, por amor à verdade, os se­guintes esclarecimentos:

Quando o Ministério da Aeronáutica recebe solici­tação, de qualquer empresa nacional, para que colaboreem uma determinada missão, submete o problema aosseguintes critérios:

a) Se a firma é legalmente constituída; se está em diacom suas obrigações fiscais c se nada eonsta que desabo­ne a sua postura ética.

b) Se a missão pode ser executada pela aviação civil.c) Se o local pcrmite o transporte por meios terestres

ou por navio.

Outubro de 19H3

Após esta avaliação e verificada a possibilidade técni­ca do atendimento, a Força Aérea, em aproveitamentode missões já previstas para a área, aceita realizar otransporte desde que devidamente indenizada em seuscustos operacionais, segundo tabelas fixadas pela sua Se­cretaria de Economia e Finanças.

No caso em tela, efctuamos Um transporte de 18 tone­ladas, para um distância de 200 milhas, em local despro­vido de estradas e rios navegáveis, ao custo de CrS5.321.952,00, para atender a oma empresa nacional,como tantas outras que já foram apoiadas em situaçõessemelhantes,

Atuando dentro da missão constitucional do CorreioAéreo, qual seja a de promover o desenvolvimento e pre­servar a integração, a Força Aérea repudia a precipi­tação de V. Ex' em assacar, contra a instituição, suspeitade procedimento ilegal ou desabonador.

O meu Ministério, como é do conhecimento público,está aberto a todas as correntes de pensamento e, assimsendo, V. Ex' pode e poderá sempre a elc recorrer quan­do suas dúvidas forem maiores que o seu nível de infor­mação.

Atenciosamente, Délio Jardim de Mattos, Ministro daAeronáutica.

PS: Estou enviando cópia desta ao Senhor DeputadoNelson Marchezan.

O SR. ALDO ARANTES (PMDB - GO. pronunciao seguintc discurso.) - Sr. Presidente, Srs, Deputados, abancada do PMDB na Câmara Municipal de Anápolisapresentou à apreciação do Lej1;islativo municipal Proje­to de Decreto Legislativo que declara vago o cargo dePrefeito daquela cidade. Em longa justificativa jurídica,os Vereadores demonstram que a Constituição outorga­da em seu ar\. 15, § 1', letra b, diz que os prefeitos das ci­dades consideradas áreas de segurança nacional serãonomeados, pelo Governador do Estado com a prévia a­provação do Presidente da República. O caráter antide­mocrático da atual Constituição se expressa neste artigo,que retira do povo o direito de eleger os prefeitos das ci­dades consideradas áreas de segurança nacional. E esteproblema é agravado pelo Decreto-lei n' 1.866. de 9 demarço de 1981, que permite ao Presidente nomear o Pre­feito pro tempore nas cidades consideradas área de segu­rança nacional. Esta estranha figura jurídica surgiucomo uma clara manobra política diante da perspectivade vitória das oposições em vários Estados do País, Tudoisto indica, de forma cristalina, o carúter ditatorial do a­tuai regime e o desejo dos atuais detentores de não abrirmão do poder. No entanto, o Prefeito de Anápolis nãoestá amparado nem mesmo por esta legislação arbitrária,pois não é Prefeito nomeado pelo atual Governador nemPrefeito pro tempore. Além de ilegal, a permanéncia doatual Prefeito é sobretudo ilegítima. EIc não conta com oapoio e a confiança do povo anapolino.

Nada justifica que Anápolis, por ser considerada áreade segurança nacional, não tenha o direito de escolher oseu Prefeito. Qual o risco que para a segurança nacionalpoderá representar a eleição do Prefeito de Anápolis?Risco não haverá na tcntativa de manter um Prefeito quenão expresse a vontade da população anapolina? Na ver-odade, o regime procurou vários artificios para retirar omaior número de Municípios da disputa político­eleitoral. No caso de alguns, sob a alegação de serem ca­pitais. No caso de outros, por serem áreas de segurançanacional c, outros, ainda, por serem estâncias hidromi­nerais. Num país democrático, tais "razões" seriam mo­tivos de chacota. A verdadeira razão é evidente. A e­leição em tais Municípios não coloca em risco a segu­

rança nacional, mas, sim, a segurança política de um re­gime que não tem nenhum respaldo popular e procura.desesperadamente, nos casuísmos burlar a vontade po­pular. No caso de Anápolis, isto é muito claro, A cidadesempre foi um baluarte da Oposição. Seu povo sempre

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Outubro de 1983

lutou contra o arbítrio e pela plena democratização doPaís. Esta é a verdadeira razão de o povo não poder ele­ger o seu Prefeito.

A ilegitimidade do mandato do atual Prefeito de Aná­polis tornou-se mais afrontosa após a avassaladora vi­tória do PMDB naquela cidade. Que autoridade politicatem um Prefeito cujo povo está contra o seu partido? Emdeclarações feitas a jornais de Goiânia, o Prefeito afir­mou que permanecerá no cargo ·'enquanto o Presidenteda República quiser". Assim ele deixa mais do que evi­dente que não tem qualquer tipo de compromisso com opovo anapolino. Ele não se importa com a vontade po­pular. Porém está enganado, não há Governo que subsis­ta sem o apoio do povo.

Por todas estas razões, manifesto a minha total solida­riedade à bancada de Vereadores do PMDB de Anápolisem sua luta para declarar vago o cargo de Prefeito. Essaluta não é somente da Câmara Municipal. Ela é a expres­são da vontade do povo anapolino.

A solução definitiva pára este problema está no resta­belecimento da autonomia política da cidade de Anápo­Iis. Com este objetivo apresentei, na Câmara Federal, oProjeto de Lei n' 1.913/83, que já foi aprovado na Co­missão de Constituição e Justiça e encontra-se na Comis­são de Segurança Nacional. A aprovação deste projeto,no entanto, somente serâ possível com lima ampla mobi­

lização do povo de Anápolis.A aspiração do povo anapolino por escolher o seu Pre·

feito é expressão de um sentimento maior do povo brasi­leiro de conquistar a plena democracia no País atravésda realização de eleições diretas para a Presidência daRepública, da ruptura com o atual modelo econômico eda convocação de uma Assembléia Constituinte lívre esoberana.

Era o que tinha a dizer.

o SR. SIQUEIRA CAMPOS (PDS - GO. Pronun­cia O seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos, dois assuntos me trazem hoje à tribuna. Umrelaciona·se ao quarto aniversário da morte do Deputa.do José de Assis; o outro diz respeito a um apelo que di­rijo ao eminente Presidente Figueiredo no sentido de i­mediata sanção do projeto de lei que prorroga por cincoanos a garimpagem manual em Serra Pelada.

José de Assis, Sr. Presidente, desapareceu a 14 de ou­tubro de 1979, no vigor de suas energias físicas e intclee­tuais, no início do segundo mandato de Deputado Fede­ral, deixando uma lacuna quase impossível de preencher,tal a sua dedicação e competência na atividade política ena assisténeia aos M unieípios e aos menos afortunadosda sorte.

Os jornais vém noticiando, com detalhes, a possibili.dade de o Presidente da República vetar o projeto de lei,de autoria do ilustre Deputado Sebastião Curió, queprorroga por cinco anos a permanência dos garimpeirosem Serra Pelada, após o que seria estabelecida a explo­ração mecanizada daquele jazimento de ouro.

A notícia é altamente intranqüílizadora, não somentepara os oitenta mil garimpeiros de Serra Pelada e suasfamílias, mas para o Norte de Goiás, o Sul do Pará eMaranhão, regiões que seriam desestabilizadas com odesemprego de tanta gente.

Por isso, dirijo instante apelo ao eminente PresidenteFigueiredo para que não vete o projeto de lei que prorro­ga a exploração do Garimpo de Serra Pelada pelos ga·rimpeiros, a fim de não criar sérios problemas econômi­cos e sociais para aquelas regiões contíguas a Serra Pela­da.

Por ser o projeto de lei do Deputado Sebastião Curi9sido aprovado pela unanimidade das duas Casas doCongresso N acionaI, fica muito mal para todos nós, nes­ta fase em que vai prosseguindo com êxito total o projetode abertura política do Presidente Figueiredo, ser o mes­mo vetado.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

José de Assis, nobres colegas. está fazendo muita faltaa Goiás, a esta Casa e ao Brasil. Registro nos Anais a ho­menagem e a saudade de todos nós do inesquecível com·panheiro.

Era o que tinha a dizer.

O SR. HERÁCLITO FORTES (PMDB - PI. Pro­nuncia o seguinte discurso,) - Sr. Presidente, Srs. Depu­tados, o .lornal de Floriano, que se edita na cidade deFloriano, uma das mais importantes do meu Estado, oPiauí, publica em seu último número uma nota sob otítulo "O Cais Está se Acabando".

O cais, construído às margens do rio Parnaíba, servede ancoradouro às pequenas embarcações que por ali na­vegam, assim como às canoas a vela que cruzam o rio, le­vando e trazendo passageiros entre Floriano e Barão deGrajaú, no Estado do Maranhão.

Edificado há vários anos, ao longo do tempo não foiadotada nenhuma medida de conservação, e o cais sofre,hoje, a ação inexorável do tempo e das figuas, ameaçadode ruína total, exigindo, portanto, imediatas providên­cias para sua restauração.

Alêm da finalidade de atracação, o cais protege a mar­gem do rio, evitando a erosão e conseqüentemente alar­gamento do seu leito e, invadindo a cidade, causa danossérios às vias púbficas.

Eis por que a cidade vê com apreensão o descaso reve­lado pelas autoridades competentes no sentido de re~tau­

rHr aquela obra, e exigindo das referidas autoridades asprovidências imediatas para a solução do problema.

Com efeito, são muitas as dificuldades causadas à p'o­pulação pelo pêssimo estado de conservação do cais. É adificuldade de atracação das embarcações e a atividadede carga e descarga dos produtos que fazem a economiapiauiense e daquele Município. É a dificuldade de os pas­sageiros das canoas embarcarem e desembarcarem comsegumnça. É a ameaça que paira sobre a cidade, despro­tegida do cais, ter suas ruas erodidas pelo rio.

Faço, pois, daqui veemente apelo ao Presidente daPORTOBRÁS, no sentido de que autorize as medidasindispensáveis à reconstrução do cais do rio Parnaíba nacidade de Floriano, Piauí, atendendo aos justos anseiosda população daquela cidade e contribuindo sensivel­mente para a melhoria da circulação da economiapiauiense.

O SR. VALMOR GIAVARINA (PMDB - PRo Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Depu­tados, há mais de 60 dias fiz um pedido de informaçãosobre a ·'realidade rodoviária do Paraná", não merecen­do, até ontem, do Ministro Cloraldino Severo, dosTransportes, qualquer sati,sfação. Diante disso e comamparo na Lei n9 1.079j50, "denunciei" o Ministro, pe­dindo à Mesa que decretasse a acusação contra aquelaautoridade, por haver cometidocrime de responsabilida­de.

Fui informado, ontem, pelo Presidente FlávioMarcílio que a resposta do Ministro já se encontra naCasa. Tomando conhecimento, pela imprensa, da de­núncia que fiz, apressou-se o Ministro em responder aomeu pedido de informação, fazendo·o prontamente.

Sr. Presidente, o crime de responsabilidade foi cometi­do. Não importa a resposta tardia. S. Ex' teria que fazê­lo dentro do prazo de 30 dias, e não o fez tempestiva­mente. Sua resposta, agora, não elide. O crime não elidea ação penal. O prosseguimento do processo interessamuito mais à Mesa, que representa o Poder, que a esteDeputado, que pouco pode.

É a Mesa, portanto, através de seu Presidente, quedeve pronunciar-se agora. A ofensa do silêncio não ofen­deu ao Deputado em particular, mas ao Poder ao qual oDeputado pertence.

O SR. DASO COIMBRA (PMDB - RJ. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, oPais paralisou suas atividades anteontem, dia 12 de ou-

Sábado 15 10955

tubro, em razão de um fcriado que, não sendo religioso.também nào é cívico e nem histórico.

Os feriados religiosos sào determinados pelas autori­dades eclesiásticas de cada grupo religioso, independen­tementc do calendário oficial dos diversos países. Assim,católicos, judeus, muçulmanos, festcjam suas datas sa­gradas no ambiente restrito de cada comunidade, semque estas se envolvam com o Estado.

Somos testemunha de que a Igreja Católica ApostólicaRomana jamais interferiu junto ao Congresso Nacional,visando à conquista de um feriado especial para quais­quer comemorações em louvor à chamada Padroeira doBrasil. O feriado de 12 de outubro partiu de iniciativa deum parlamentar, eleito pelo Estado do Pará, que tinhaem mente, na proposição, agradar parcela ponderável deseu eleitorado.

Mas a data feriada está respaldada em lei inconstitu­cional. Por isso, merece rcparos e críticas, sobretudoporque impõe aos não católicos romanos um dia de "cul­to" que atenta contra a consciência de grandes segmen­tos da sociedade brasileira.

Na oportunidade da discussão do projeto'de lei men­cionado, manifestamo-nos contrário à sua aprovação. Emais uma vez o fazemos, sobretudo porque o precedenteé perigoso e poderá provocar iniciativas semelhantes deoutros grupos religíosos, pleiteando outros "ferÍados na­cionais".

Tivemos uma semana interrompida. Os prejuízos de­correntes desta paralisaçào foram incalculáveis. Numtempo em que o País precisa produzir, para vencer a gra­ve crise em que foi lançado, um dia de paralisação, à cus­ta de um fcriado que resulta de uma lei inconstitucional,é algo de se lamentar, ante a evidência da inoportunida­de de tal comemoração.

Registro, pois, estas observações, que se fundamentamem princípios de consciência, que não permitem que fi­que calado. diante deste arrepio à Constituição, em des- 'respeito à separação do Estado e Igreja.

O SR. RALPH BIASI (PMDB - SP. Pronuncia o se­guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, a cri­se pela qual esta passando a sociedade braisliera é tãograve que já não é mais possível encontrar soluções per­manentes, através da manipulação dos antigos instru­mentos de poder, sem que se corra o risco do agravamen­to das tensões sociais. Governo e povo se dissociam emescala geométrica.

A dcmocracia relativa perdeu a sua vigência como for­ma de organização política, surgindo outras modalida­des autoritárias de dominação que têm como respaldo opoderio de grupos intermediários que passam a preen­cher o vazio do poder, tais eomo: as forças militares e aburocracia tecnocrática. .

Nesse modelo político novo, estruturado como demo­cracia relativa, é admissível até a participação do povo,desde que dentro dos limites suportáveis e onde jamais aautoridade do Estado seja contestada e as decisões daselites discutidas.

Porém, apareceram novas situações que provocaramum desequilíbrio total do sistema de poder, tendo em vis­ta, principalmente, a onda generalizada de indignaçãopopular, situações que começaram a aparecer devido aoselevados índices da inflação - que bateu todos os recor­des da história do País -, a manipulação dos dados doíndice geral de preços, a deterioração dos salários etc.,além do clima de insatisfação gerada no meio da burgue­sia nacional contra as decisões da cúpula autoritária doSistema.

A legitimidade que paJ'ecia ter o Sistema, tinha comobase econômica o "milagre brasileiro" e como funda­mento ideológico o "combate à subversão e à cor­rupção".

Porêm, hoje asubversão não é mais uma ameaça. Acorrupção é mais favorecida que cerceada pelo Governo,e o propalado "milagre" esgotou-se.

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10956 Sábado 15

o bloco do poder começa a desintegrar-se porque a"legitimidade" do regime autoritário desapareceu.

No desespero, objetivando salvar o Sistema da derro­cada final, os homens do poder formularam uma série demedidas marcadas pelo maquiavelismo e pelo imediatis­mo político, arriscando tudo nesse jogo, a fim de que opoder fosse mantido a qualquer custo.

Daí resolveu o Governo apresentar-se como fiador deuma alternativa histórica de democracia, mas que a ex­periênciajá demonstrou ser embasada em tentativas tra­dicionais de dominação política, a democracia por viaautoritária. É a abertura como liberação das regras doautoritarismo. '

É possível, porém, romper o impasse c superar a crisedo poder, através de propostas políticas quc viabilizem amais ampla mobilização da sociedade civil. A saída está,exatamente, na capacidade que têm os partidos de opo­sição de mobilizar as forças vivas da Nação no sentidode tirar proveito das contradições que se estabeleceramdentro do próprio Sistema e do seu isolamento social, e,a partir dai, traçar sem exitação os passos a serem segui­dos e um roteiro mínimo de proposta política a ser apre­sentada ao Pais.

A experiência adquirida na luta deu respaldo suficien­te aos partidos de oposição, que agora sabem quando ecomo dar os passos decisivos. A manifestação populardas urnas, em 1982, mostrou claramente o pensamento ea ânsia do povo pela mudança. Começaram a existir con­dições políticas necessárias à implementação de uma de­mocracia representativa e que facilitam a negociação nasolução dos impasses. Os governos estaduais adquiriramlegitimidade através das eleições diretas, e a partir daísurgiu uma nova geografia política. O Congresso N acio­nal renovou suas bancadas com a ascensão de liderançaspolíticas representativas dos vários segmentos da socie­dade. O povo começa a realimentar expectativas depoisde tantos anos de arbítrio.

É necessário, portanto, que agora, após toda essa mo­dificação no quadro político, os partidos políticos forta­leçam suas propostas de alternativas políticas para sanara atual crise nacional.

A oposição organizada no Brasil, após a Revolução de1964, surgiu com o MDB, que passou a ser um pontogalvanizador dos descontentamentos populares. Seu pa­pei, depois continuado pelo PMDB, foi por demais im­portante no amadurecimento do processo de redemocra­tização nacional e acabou por forçar a abertura política.

Essc partido, que no arbítrio lutou para não compro­meter sua autenticidade c sua representatividade, quenão perdeu seus nítidos contornos ideológicos configura­dos na sua linha de ação, agora se vê no momento delançar a Campanha Nacional pela Eleição Direta paraPresidente da República, pois o sufrágio dircto para Pre­sidente da República, além de dar mais viabilidade e legi­timidade aos partidos, representaria uma espécie de mar­co zero no reordenamento político do País. A partir daí,a Assembléia Nacional Constituinte seria um marco deruptura para o início do reordenamento institucional.

A maior crise, hoje, no Brasil é a crise de competênciapolítica, é a deterioração da credibilidade política. E éaprovcitando o desgaste das classes dominantes e a ma·turação das elasses dominadas que achamos scja, agora,o momcnto exato para sc lançar esta eampanha.

O desencadeamento deste movimento de mobilizaçãopopular vem corresponder exatamente ao momento deperplexidade das oposições, além da grande possibilida­de que tem a proposta de estimular as bases partidárias.

As eleições diretas para Governadores - com amplaparticipação popular e baixo índice de abstenção -acu­mularam experiências e técnicas de convivência com asmassas populares. E a campanha para Elcição Diretapara Presidente da Repúlbica será a oportnidade de sedi­mentar na população a plena consciência da necessidadede participação do povo nas decisões nacionais.

A eleição indireta é ilusão eleitoral e uma forma deviabilizar candidaturas impostas pclo Sistema autori-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

tário ou resultante de pactos oligárquicos. Só o sufrágiouniversal e direto é capaz de superar as representaçõesartificiais, porque se transforma em instrumento de com­promisso do Governo com as camadas populares.

A eleiçào direta para Presidente da República seráuma resposta política para a profundidade da crise e a ú·nica saída viâvel para se adotarem novos rumos de polí­tica econômica, objetivando um ritmo de crescimentodeterminado, fundamentalmente, pela conjugação de de­cisões tomadas com vistas ao mercado interno e à melho­ria da qualidade de vida da população. Assim, o com­portamento do setor externo não será o fator condicio­nante principal do nível de atividade econômica.Criando-se condições para uma rcformulaçào geral damaneira como a economia brasileira se insere na econo­mia internacional.

A eleição direta para Presidente da República corres­ponde ao consenso democrático; estuário legal e pacíficopara os conflitos da sociedade, exatamente porque nomomento político atual, onde se aprofundam as rupturasinternas e externas, a grande massa da população anseiapor um engajamento no processo político.

Portanto, Sr. Presidente, não vejo outra maneira desoluçào para a crise hrasileira, para a fome, para o endi­vidamente externo, para o fim da corrupção e todos osoutros males que afligem este País, senão através daEleição Direta para Presidente da República.

É a ânsia deste povo sofrido. espolíado, magoado.Somente através da eleição direta para a presidência

da República encontraremos a alternativa política queviabilizará a proposta de convocação de uma AssembléiaNacional Constituinte.

o SR. HOMERO SANTOS (PDS - MG. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,há cinqüenta anos, em 15 de outubro de 1933, pela felizinspiração de Armante Carneiro, nascia a AssociaçãoComercial e Industrial de Uberlândia, em Minas Gerais,instituição que, de sua fundação até o presente' momcn­to, só fez constituir uma história de realizações da maiselevada importância para o desenvolvimento do Municí­pio, da região e, por extensão natural, de Minas e doBrasil.

A comemoração do cinqüentenário da Associação Co­merciai e Industrial de Uberlândia constitui uma bleaoportunidade para o registro da importância destinadaàs lideranças municipais imbuídas do sentimento de res­ponsabilidade para com os destinos da comunidade.

Do ideal de crescimento c desenvolvimento de Uber­lândia, do Triângulo Mineiro, de Minas e do Brasilnutriram-se os dirigentes da ACIUB desde seu primeíropresente e fundador, Armante Carneiro, até o atual diri­gente, Celson Martins Borges, colocando, no exercíciode suas funções, o mais elevado tirocínio, garantia do su­cesso progressivamente alcançado.

Em defesa dos direitos e interesses dos filiados, umelenco significativo de promoções tem encontrado ex­p'ressão que granjeiam o respeito e admiração não só deseus membros, mas também de órgãos superiores e dacomunidade em geral, em face da orientação altamenteética, fundada no bom senso e nos critérios de construirsempre o melhor.

Idealizando, criando e mantendo a Feira Nacional daIndústria, a FENIUB, a Associação Comercial e Indus­trial de Uberlândia projeta, a nível nacional. o potencialdo comércio e da indústria municipal, alargando seushorizontes, lançando-se em novas e frutíferas reaJiwzações, abrindo espaço para seu progresso.

Consciente da dinâmica que domina a vida econômicado País, não dorme sobre oS louros da vitória. Mantém­se alerta, ativa e flexível criando e cstimulando soluçõespara os problemas e apoiando iniciativas destinadas anovas conquistas e realizações.

A história da Associação Comercial e Industrial de'Uberlândia retrata a tradição de seriedade, trabalho eidealismo de suas diretorias, sempre voltadas para a pro-

Outubro de 1983

moção do desenvolvimento sócio-económico, do âmbitomunicipal ao nacional, em consonância com as vocaçõesregionais e estaduais.

Aos cinqüenta anos a ACIUB é uma jovem instituiçãoque pode sentir o justo orgulho de ter contribuído da for­ma mais eficiente e equilibrada para a melhoria, a mo­dernização, o dinamismo dos setores secundário e ter­ciário da economia, experiência que lhe atribui a respon­sabilidade nobre e assumida de continuar a sua preciosacolaboração ao engrandecimento de Uberlândia, doTriângulo Mineiro, de Minas e do Brasil, de acordo comsua norma básica.

à atual diretoria nossas congratulações; a todas que aantecederam, nosso agradecimentos, e à ACIUB nossosvotos de sólido sucesso.

O SR. JÔNATHAS NUNES (PDS - PI. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente e Srs. Deputados, aolongo de minha vida, tenho exercido o magistério. Aquimesmo em Brasília, durante mais de uma década, lecio·nei no Ensino Médio Oficial, na Universidade de Brasíliae no Centro de Ensino Unificado de Brasília - CEUB.Nos últimos anos fiz parte do corpo docente da Fun­dação Universidade Federal do Piauí.

Sr. Presidente, quero destacar que possuo dois com­promissos com a elasse do professorado piauiense: O pri­meiro decorre de minha integração aos seus quadros e osegundo provém de um engajamento político, Realmen­te, na campanha que empreendi rumo a esta Casa dopovo brasileiro, contei com a valiosa ajuda e apoio doprofessorado. Em todas as cidades do Estado, minha pri­meira visita era sempre à unidade escolar local, onde dis­cutia com os diretores e professores oS problemas queafligem a classe,

Sr. Presidente e Srs. Deputados, transcorre amanhã,dia quinze de outubro, o Dia do Professor. Homenagemmais do que justa, eu a considero também necessária eedificonte. Desejo; pois, congratular-me com essa labo­riosa classe, algumas vezes mal compreendida e quasesempre mal remunerada. Oportunamente, pretendo ocu­par esta tribuna para analisar perante a Nação a magna etormentosa questão educacional.

Sr. ,Presidente, aos professores de todo o Brasil, demodo especial aos do Distrito Federal e do Estado doPiauí, envio o meu abraço de solidariedade e de admi­ração, a minha palavra de fé e de saudação.

o SR, WILMAR PAUS (PDS - RJ. Pronuncia o se·,guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, jáafirmava David Hume que a razão da obediência à lei é anecessidade da coesão social, esse sentimento de .q ue ne­nhum homem é uma ilha e de que todos nós precisamosagir ~omo responsáveis pelo nosso semelhante. Ncstecontexto, não há como negar a necessidade da ação deum aparato judiciário e de um aparato de manutençãoda ordem pública e de defesa dos direitos dos cidadãos.

Todavia, a razão pela qual me dirijo a este Plen'ário é areferência que se faz necessária à existência, no Brasil J depenas que em muito ultrapassem ao razoável e aO justo,ao mesmo tempo em que observamos, por vezes, exem­plos gritantes de impunidades.

O nosso sistema policial e judiciário, sofrendo de ca­rência crônica de recursos, apresenla deficiências que de­vem scr objeto de uma profunda crítica por parte dos po­deres públicos, principalmente do Ministério du Justiça,ao qual está afeta a supervisão do nosso sislema penal.

Freqüentemente temos sabido, através da imprensa,de casos de cidadãos que cumprem penas muito maislongas do que aquelas para as quais foram originalmentecondenados. Existem mesmo exemplos de ·indivíduosque, embora absolvidos, têm permanecido durante lon­gos períodos no cárcere, sofrendo do perverso tipo detratamento que sofrem oS presos sem recursos neste País.

Em matéria publicada recentemente, a imprensa se re­fere ao caso de um detento há pouco liberado no Rio de

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Outubro de 1983

Janeiro 14 anos após ter sido preso. E, pasmem os Se­nhores, nove anos após ter sido absolvido pela Justiça.

Esse cidadão foi absolvido em São Gonçalo, no Esta­do do Rio de Janeiro, em 1974, mas o seu alvará de sol­tura só foi emitido oito anos depois. O mais grave é queesse homem, habitante da quc é considerada a capitalcultural do Brasil, foi preso por mera falta de documen­tos em 1969, e somente agora está deixando o presídio.

O caso se constituiu numa verdadeira tragédia de er­ros, acentuados pela morosidade da máquina judiciáriasobrecarregada pelo acúmulo de processos. Tendo absol­vido o réu, em agosto de 1974, o Juiz determinou a expe­dição do alvará de soltura, mas esse, por engano e semdúvida por descaso para com o cidadão indefeso, foi en­caminhado para a comarca de Nova Iguaçu e depois de­volvido à Vara de Execuções Criminais, onde ficou aténovembro do ano passado.

O processo foi devolvido então ao Juiz, que mandouarquivá-lo, supondo que o réu já estivesse solto. Sô pos­teriormente, ao ser informado de que isso não ocorrera,determinou a sua soltura.

Sr. Presidente, como se pode admitir que um casocomo esse ocorra no Rio de Janeiro, até ontem a Capitalda República, com um cidadão brasileiro, inocente dequalquer erime? Até que ponto chega o desrespeito pelosdireitos fundamentais da pessoa humana para que tal sepasse?

Na verdade, é imprescindível que a Justiça em nosSoPaís esteja aparelhada para fazer frente ã avalanche deprocessos, principalmente no que diz respeito às varascriminais, que envolvem um sério risco, seja quanto à se­gurança dos cidadãos, seja quanto à proteção de seus di­reitos.

Para tanto, solicito ao Ministério da Justiça que olhe'por aqueles que cumprem pena nos presídios brasileiros,em condições subumanas, para que lá não passem umminuto a mais do que a pena para a qual foram condena­dos. É preciso que o Poder Público se conscientize de seupapel de guardião dos direitos dos indivíduos, principal­mente daqueles que se encontram sob sua guarda e tute­la.

É preciso implantar, tão logo quanto possível, sistemade processamento de dados nas varas de execuções crimi­nais, que controle o cumprimento das penas daquelesque se encontram presos em cada Estado - como agoraestá sendo féito em São Paulo para que essas terríveisocorrências não se venham a repetir.

Sem dúvida tais sistemas implicam gastos para o Te­souro, por~m mais importante que essas despesas é a dig­nidade dos presos em nossos estabelecimentos penais,que está a exigir uma ação urgente por parte da Justiçabrasileira.

o SR. RENATO VIANNA (PMDB- SC. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,não bastasse os inúmeros decretos-leis que as autorida­des da área econômica empurram goela abaixo daNação, aumentando a cada dia que passa o desespero nasociedade brasileira, novas medidas estão sendo anun­ciadas, em considerável prejuízo para o comércio e paraos consumidores em geral.

A elevação da alíquota do ICM de 16 por cento para18 por cento, segundo recentes declarações do empre­sário Oswaldo Rasi, Vice-Presidente da Federação doComércio do Estado de São Paulo c Presidente do Co­mércio Varejista de Bauru" "será o golpc de misericórdiapara um setor descapitalizado e que enfrenta, no mo­mento, violenta depressão".

O Governo federal tenta com medidas isoladas, im­pondo o sacrifício a apenas determinados segmentos dasociedade, uma solução efémera, ao invés de assumir deuma vez por todas a responsabilidade de realizar uma ra­dicaI reforma tributária, atendendo aOS constantes e vee­mentes apelos da Nação.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Numa época em que o descmprego e a fome rondamos lares de milhões de brasileiros, nenhuma medida seriamais inoportunas do que a elevação da alíquota deICM., sobrecarregando os empresários do comércio demaior comprometimento tributário, principalmente opequeno e médio comerciante, e, por outro lado, repas­sando ao consumidor, submetido a restrições salariais econstantes aumentos dos preços, a uma condição subu­mana de vida.

Não é justo que a sociedade brasileira arque com 'o pe­sado ônus de recuperar a imagem do Governo federal,na esfera econômica, com sacrifícios crescentes que lhesão impostos, na busca tardia de redimir-se da persistên­cia de erros que levaram o País à situação caôtica em quese encontra.

Não apenas nos grandes centros urbanos, mas sobre­tudo no interior, o comércio vive hoje os dias mais te­ncbrosos da sua história, castigado pela recessão, querestringe a capacidade de aquisição de bens pelo povo,obrigando-o à submissão por vezes vexatória dos altoscustos e das dificuldades creditícias dos bancos e estabe­lecimentos financeiros.

A afirmação do Sr. Oswaldo Rasi é extremamenteséria e merece. imediata reflexão pelas autoridades daárea econômica, a fim d.e que a .exemplo do que ocorrecom milhares de indústrias que se acham em estado prê­concordatário ou falimentar, também o comércio cerreaos poucos as suas portas, aumentando os índices de de­semprego e deixando de contribuir na arrecadação de tri­butos, fonte inesgotável de renda,para a Nação, para osEstados e Municípios. '

o Sr. Eduardo Mattarazzo Suplicy - Sr. Presidente,peço a palavra para uma comunicação, como Líder.

o SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Tem a palavrao nobre Deputado.

O SR. EDUARDO MATTARAZZO SUPLICY (PT- SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs.Deputados, no dia de ontem, o DIEESE - Departa­mento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sôcio­econômicos, promoveu debate para o qual foram convi­dados os partidos politicos a exporem o seu pensamentosobre a política econômica, sobre o Decreto-lei n' 2.045,

e para a discussão de alternativas de política econômica.Foram convidados especificamente os Líderes e Presi­dentes de cada partido.

Queremos observar, em primeiro lugar, que se tratoude uma iniciativa importante, que de alguma maneirarespondia ao próprio apelo do Presidente João Figueire­do de promover-se um dialogo, um grande debate sobreas alternativas de política econômica e salarial.

Ficamos surpresos quando verificamos que o Lider doPDS, Deputado Nelson Marchezan, enviara um telegra­ma de resposta, na verdade pouco atencioso, ãquele or­ganismo do qual são sócias entidades sindicais de quasetodo o País. O Deputado Nelson Marchczan mencionou,no telegrama, que aquele convite deveria ter sido remeti­do ao Presidente do PDS, Senador José Sarney. Ora, se oconvite foi enviado ao Líder Nelson Marchezan, o foiCom o objetivo, também, de que fosse estendido ao Presi­

dente do PDS, e, não haveria razão para que um não secomunicasse com o outro ou não mandassem alguns dosseus representantes.

O Deputado Nelson Marchezan disse que havia indi­cado como representante do seu partido o DeputadoLuis Fayet. S. Ex', no entanto, declarou que havia com­parecido à reunião do DIEESE para falar em nome pes­soal. Como integrante do, "Grupo dos 11", estava há al­gum tempo estudando a política salarial, e disse que nãohavia recebido propriamente delegação do Presidente ou­do Líder do seu partido.

Sábado 15 10957

o que observamos é que não há vontade da parte doGoverno nem do PDS de pelo menos ouvirem os traba­lhadores ou com eles dialogar. O Governo, desta forma,confirma que não recebe as entidades sindicais, não rece­be os representantes da CUT, não vai ao encontro dasentidades sindicais quando estas convidam os represen­tantes do partido governamental para discutirem a polí­tica econômica. Então, o que estamos receando, Sr. Pre­sidente, Srs. Deputados, é que este diálogo acabe não secfetivando, que seja mais um diálogo aparente, mais umdiálogo de farsa.

En tregamos as sugestões, as propostas do PT sobre ométodo que utilizaríamos para conversar a respeito dapolítica salarial e mencionamos algumas condições paradialogar. Até agora, porém, não recebemos resposta doLíder Nelson Marchezan ou do Presidente do PDS, Se­nador José Sarney.

O Sr. Luiz l-lenrique - Sr. Presidente, peço a palavrapara uma comunicação, como Líder.

o SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Tem a palavrao nobre Deputado.

O SR. LUIZ HENRIQUE (PMDB - SC. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, estáem pauta na imprensa a negociação sobre a nova políticasalarial. Parece-nos, e parece ao PMDB, que alguns pres­supostos sejam vencidos antes que se possa realmentereunir à mesa os partidos de Oposição para uma nego­ciação efetiva, verdadeira. A primeira colocação quefaço, Sr. Presidente, Srs. Deputados, é sobre a questãode ordem formulada pelo Senador Aloysio Chaves,Líder do PDS, perante a Comissão de Constituição eJustiça do Senado, pela qual procura anular, casuistica­mente, o princípio bicameral que norteia a organizaçãodeste Congresso. A questão de ordem tem o objetivo ca­suístico de paralisar as duas Casas do Congresso Nacio­nal, impedindo-as de votar, impedindo-as de apreciar,impedindo-as de efetivamente deliberar sobre mensagensgovernamentais.

Se o Governo, o PDS realmente desejar a negociação,é fundamental, antes de mais nada, que retirem da Co­missão de Constituição e Justiça do Senado aquela ques­tão de ordem, porque, a permanecer o PDS, insistindoem exigir quorum no Senado para votações em sessão doCongresso Nacional, não há que falar em negociação,não há que falar em diálogo, não há que falar em enten­dimento. Na verdade, o que o Governo pretende é tirardas Oposições uma decisão, de forma violenta, e baseadano poder de fogo que este detém. As Oposições não acei­tam esse tipo de conduta. Por isso, o PMDB reage a essetipo de atitude. Não aceitamos iniciar qualquer' nego­ciação se não for removida essa questão de ordem queprocura paralisar o Congresso, que procura impedir quea Câmara dos Deputados soberanamente aprecie osdecretos-leis que estão sob a deliberação das duas Casas.

Mas não há apenas a questão dc ordem, Sr. Presiden­te. Há outros pressupostos a serem atendidos. Nãoadianta fixar índices percentuais de aumentos salariais senão sabemos qual o critério, qual efetivamente o sistemapelo qual é formulado o INPC. O INPC foi jogado peloGoverno num quarto escuro, estÍl, "fajutado", como sediz na linguagem mais popular. E hoje, manipulado, ex­purgado, calculado por uma média que se diz geométri­ca, não representa a efetiva variação do custo de vida,não representa a efetiva oscilação dos preços, não repre­senta a efetiva medida para caracterizar as alterações docusto de vida no País. Por isso, esta é outra questão fun­damental para que se incie uma negociação séria, efetiva,para valer: que o INPC seja uma medida efetivamentecapaz de estabelecer os índices do custo de vida e de au­mento dos preços.

Mas há outras questões, Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos. A imprensa tem anunciado quais os ingredientes do

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10958 Sábado 15

novO decreto-lei que estaria na mesa do Sr. Ministro doPlanejamento. As Oposições também não aceitam asubstituição de decreto-lei por decretos-leis, porquc odecreto-lei representa uma prática autoritária. Só accita­mos negociar se o Governo enviar para o Congresso umprojeto de lei. As Oposições entendem também que nobojo da negociação se deve inserir a questão do Decreto­lei n' 2.036, que congela o salário do pessoal das estatais.Entendemos que não é possível, numa negociação sala­rial, excluir o pessoal do serviço público e da adminis­tração indireta. Por isso, entendemos também seja essaquestão fundamental na negociação. Atendidos eSsespressuposto, se o Governo e o PDS efetivamente quise­rem negociar, se não estiverem numa tática diversionistade desmobilizar as Oposições, de distrair a ~ossa atençãopara que o decreto-lei acabe passando por decurso deprazo, se for efetivamente sua intenção de negociação,que ponha na mesa antes esses pressupostos, para que asOposições possam, como ontem se debateu no DlEESEcom sindicalistas do Brasil, efetivamente estabelecer amentendimento sobre a política salarial, que haverá de sero início de uma ampla negociação sobre a modificaçàodessa madrasta e perversa política econômica que temoshoje. (Muito bem.)

o Sr. Nilson Gibson - Sr. Presidente, peço a palavrapara uma comunicação, como Líder.

o SR. PRESIDENTE (Ari Kffuri) - Tem a palavra onobre Deputado.

o SR. NILSON GIBSON (PDS - PE. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, a novaproposta legislativa que substituirá o Decreto-lei n'2.045/83 sô será enviado ao CongreRSo Nacional no finalda próxima semana, visto que o Governo, deseja ouvir ediscutir com todos os partidos políticos suas sugestões.O compromisso do Governo foi assumido ontem peloMinislro Leitão de Abreu, em nome do Presidente Fi­gueiredo, em reunião com o Líder Nelson Marchezan.

Realmente, o Governo já possuía prontas duas alter­nativas, conforme informa o Correio Braziliense de hoje.

Vejamos:

"AS OPÇÕES ESTÃO PRONTASALTERNATIVA I - Instituição gradual da livrc

negociação para os salários, a partir de 25-10-83, até31-12-87. assegurando-se o aumento composto deuma parte automática, outra ncgociuda. Nesseperíodo, a parte automátiea será obtida pela multi­plicação do salário ajustado por um fator corres­pondente a 80% do INPC. Pode haver negociaçãoentre empregado e empregador. desde que o resulta­do global na folha de pagamento não ultrapasse ototal que resultaria da aplicação pura e simples doartigo.

A partir de 1'-1-85 e até 31-12-87, a parte auto­mática começa a ter índices decrescentes para o cál­culo; no ano de 85, 70% do INPC; em 86, 60% doIN PC, e no ano de 1987, 50% da variação semestrald~ lNPC. Os resultados continoam semestrais, e apt~rte negociada terá um percentual único anual, emescala ascendente. condicionado apenas ao desem­penho da empresa, grupo ou categoria econômica.Esse percentual poderá ser diferenciado em relaçãoaos empregados, dcsdc que. no global, a folha depagamento do empregador não ultrapasse o totalque resultaria da aplicação dos índices. A parle ne­gociada não podcrá ser repassada para os preços dcprodutos ou serviços prestados pelo empregador.

ALTERNATIVA 11 - De 1.-1-84 a 31-12-86, oaumento salarial - semestral - será composto deuma parte automática e outra negociada. A parteautomática serú calculada pelo INPC, com as se­guintes taxas: em 84, 70% da variação semestral doINPC; em 85, 60%; e 86, 50% da variação do INPC.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)

A parte negociada baseia-se no mesmo critério daAllernativa I, podendo também ser diferente paraos empregados. Nessa segunda alternativa, tambémnão poderá haver repasse do aumento nos preçoscobrados pelos cmpregados. Na Alternativa 11, oaumento independe de negociação, podendo ser re­clamado individualmente pelo empregado.

Em ambas as hipóteses. a parte negociada poderávariar para classes ou grupos de trabalhadores, des­de que a folha tenha. ao final, o mesmo total de rea­juste. Assim. por exemplo, o empregador pode ne­gociar com os assalariados que percebem menos umaumento maior, descontando dos que ganham maisa diferença."

Verifica-se que o Governo praticamente descartou aviabilidade de modificar a essência do Decreto-lei n'2.045/83, que é a limitação dos reajustes salariais em80% do INPC.

No entender do Governo. essa parte da proposta legis­lativa deve ser aprovada.

Afirmamos com segurança que o Governo. isto é, oPresidente Figueiredo é qucm vai definir o decreto-lei re­sultante da negociação política a nível do PDS com asoposições, e vai seguir caminho inverso: Congresso­Governo.

Apelamos, no sentido de que o Decreto-lei n. 2.045/83não seja rejeitado logo no início da sessão. a fim de queas negociaçôes necessfirias possam ser concluídas com aredação de nova proposta e ocorra o consenso, tão ne­cessário aos interesses nacionais.

Fazemos um registro especial: desde o início das dis­cussoes a respeito do Decreto-lei n. 2.043/83 o LíderNelson Marchezan declarou à imprensa que vislumbrouuma fresta. uma abertura nas negociações para apro­vaçào da matéria. E não deu outra coisa.

Portanto, vamos trabalhar em conjunto para aper­feiçoar a lei salarial e os outros benefícios para os traba­lhadores, através de reivindicações.

Não é verdadeira a afirmação do eminente Líder doPT, Deputado Eduardo Matarazzo Suplicy, de qoe oLíder do Governo, Deputado Nelson Marchezan, nãodeseja o diálogo.

Ora, desde o começo, afirma o Líder Nelson Marche­zan que exisle lima abertura para a negociação.

O Líder do PM D B. de plantão. hoje. aborda o proble­ma da exigência legal da presença dos parlamentares noplenário. quando do início da votação da matéria noCongresso. E pede a retiraDa da consulta :l Comissào deJustiça sobre o assunto.

Este é o nosso apelo; vamos aceitar o chamamento doPresidente Figueiredo para discutir e firmar um consen­so.

Sr. Presidente. Srs. Deputados, afirmumos com toda asegurança que o Governo, isto é, o Presidente Figueire­do, é qucm vai definir a proposta legal resultante da ne­gociação política a nível de PDS com as oposições. Acre­ditamos. até, que essa nova proposla seguirá um cami­nho inverso. ou seja, ao invés de ser via Executivo­Congresso. poderá ser Congresso-Executivo. Essa pro­posta. inclusive. já está sendo debatida e estudada noPDS. Acreditamos qoe até o dia 20 do corrente mês te­nhamos um amplo consenso sobre a matéria.

Apelamos, então. para que o Decreto-lei n' 2.045/83nua seja rejeitada logo na primeira sessão, para que pos­samos discuti-lo, afim de que as negociações necessúriaspossam concluir-se com a redação de uma nova propos­ta. O consenso é que é necessário aos interesses nacio­ni.lis.

Fazemos o registro muito especial, aqui da tribuna, deque o nosso Líder Nelson Marchezan, desde o começoafirmava que vislumbrava a abertura que ocorreu.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, efetívamente, o que oDeputado Nelson Marchezan afirmava. desde o inícioda discussão do Decreto-lei n' 2.045, é que haveria essaabertura que estamos tendo.

Outubro de 1983

Portanto. Sr. Presidente, vamos trabalhar em conjun­to para (lperfeiçoar a lei salarial e outros benefícios paraos trabalhadores. procurando atender a uma série de rei­vindicações que são formuladas pela classe operária,como a garantia do emprego, o aumento da multa de10% para 20% nas rescisões de contrato de trabalho, ofortalecimento dos sindicatos e a modificação da Lei deGreve. Isto é que devemos discutir. diante de um consen­so. para que possamos atender à proposta que virá breveao Congresso Nacional. aliás. dentro daquele entendi­mento que esposamos. Essa nova proposta legal vai to­mar o caminho do Congresso Nacional para o Governoc. evidentemente. merecerá o consenso dos partidos polí­ticos.

Realirmumos que o Líder Nelson Marchezan está efe­tivamente interessado nesse debate.

Sr. Presidenle. o nobre Deputado Eduardo MatarazzoSuplicy disse que o Líder do PDS não teria aceito umconvite do DIEESE nem indicado um parlamentar paraacompanhar uma reunião naquela entidade. Ocorre, Sr.Presidente, que o assunto já saiu do âmbito da bancadado PDS. já está com o nosso partido. Tanto é que foiconvocada a Comissào Executiva para hoje, às 10 horas,definir a data da reunião do Diretório Nacional. Então.o ilustre Líder Nelson Marchezan não poderia indicartlm membro da bancada, porque o assunto já teria extra­vasado da sua competência. Inclusive urna comissão de­signada pelo parlido, composta de cinco membros, daqual fazemos parte, já havia entregue o documento sobrea reunião de bancada, ao Sr. Nelson Marchezan.

O nobre Deputado Luiz Antônio Fayel, um dos ilus­tres mem bros desta Casa. foi indicado para fazer partedo "Grupo dos I I", por ser um dos mais abalizados co­legas para discutir a matéria.

Portlmto, contestamos as colocaçoes do Líder do PT.Quanlo à manifestação do ilustre Deputado Luiz Henri­que, referente à consulta formulada pelo PDS à Comis­são de Constituição c Justiça do Senado, devo dizer quea matéria está do outro lado desta Casa. Acredito quedeveria ser levantada por um ilustre Senador do partidoda Oposição, porque transcende a nossa posição aqui naCámara dos Deputados. Todavia. é matéria que deve serdiscutida. porque. após a consulta ser respondida, quemvai uet.:idir a questào é o Plen{trio do Senado. e não o doCongresso, como poderia até pensar, confundindo-se, oilustre parlamentar que argüiu sobre o assunto.

O Sr. Carlos Sant'Anna - Sr. Presidente, peço a pala­vra para uma comunicaçào, como Líder.

O SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Tem a palavra"o nobrc Depulado.

O SR. CARLOS SANT'ANNA (PMDB - BA. ComoLider. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, a pro­posta que O Líder em exercício do PDS fez, no sentido dequc o PMDB e as oposições não eonsumassem a rejeiçãodo Decreto-lei ni? 2.045. na próxima semana, compete àLiderança mainr do PDS formalmente fazê-la às lide­ranças dos partidos de Oposição, para que essas lide­ranças, então, negociem com S. Ex', do ponto de vistaparlamentar, o texto exato em que haverá li mohilizaçãodas oposições para a rejeição do mencionado decreto-lei.

Apenas como um apelo isolado de um dos Vice­Líderes, obviamente - apesar de todo o respeito que nosmerece o Deutado Nilson Gibson - ela perde força; vin­do como uma proposta da Liderança maior do PDS, elapoderá ser examinada pelas Lideranças dos partidos deOposição.

V - O SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Passa-seao Grande Expedicnte.

Tem a palavra o Sr. João Herculino

O SR. JOÃO HERCULINO (PMDB - MG. Sem re­visão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. deputados, nesteplenário eheio de tão caras tradições, volto ao velhotema que tem animado todos os meus dias nesta Casa.

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Outubro de \983

o Brasil se transformou, Sr. Presidente e Srs, Deputa­dos, num barco em que a tripulação se desentendeu, masfoi surpreendida por um furacão imenso, que põe em ris­co a nossa Pátria. Então, no instante em que esüi em ris­co o Brasil, nós, que o amamos tanto, achamos, ser efeti­vamente necessário, como tem pregado o eminente co­mandante Tancredo Neves, que cada um de nós volte aoseu posto, para que possamos salvar o nosso País.

Acontece, Sr. Presidente, que esta palavra de ordemdo comandante Tancredo Neves, esse desejo tambémpregado pelo Presidente Figueiredo, tem encontradoobstáculos que vêm impedindo que cada um de nós volteao scu posto. Estes obstáculos. que impedem a reali­zação do desejo do nosso grande comandante TancredoNeves, são. sem dúvida alguma, os obstáculos colocadosou permitidos pelo Governo, que estão impedindo a nos­sa caminhada. Como é? Nós quercmos salvar O nossoPaís. A Oposição mio tem outro dese.io; sente-se na obri­gação de contribuir de toda forma possível para salvar oBrasil. Acontece, Sr. Presidente, que temos obstáculosquase intransponíveis, ou pelo menos até que o Sr. Presi­dente da República tome uma atitude que permita faça­mos isto. Notamos haver uma distonia entre o Presiden­te da República e o seu Governo. O Presidente da Re­pública usa uma linguagem~o seu Governo usa outra to­talmentc difcrente. E já dizem aí, à boca pequena, quc oGovcrno do Presidente Figuciredo está sendo tuteladopor um general que o acompanha a todos os lugaresonde vai, inclusive aos Estados Unidos, onde foi tratar ocoração, que ê o General Medeiros. Segundo voz corren­te, transformou-se no tutor do Presidente Figueiredo.Estamos diante de Um risco tremendo: o Brasil está sen­tado num barril de pólvora, porque exatamente não hánada mais perigoso para uma nação do que a distoniacntre o Govcrno c o Presidcnte da República. Então. emprimeiro lugar, DO meu entender, cumpre ao PresidenteFigueiredo enquadrar o seu Governo com suas idéias. Opresidente prega a volta do País à plenitude democrática.O Presidente prega a salvação nacional. E o que é que oseu Governo faz'! Faz exatamente aquilo que é contrárioà pregação do Sr. Presidente da República. Estamos ven­do ai aos escândalos se sucedendo numa rapidez eston­teante. A corrupção cresce de maneira aterradora e háabsoluta impunidade. Eu perguntaria à Liderança doGoverno: qual foi a panição que sofreu qualquer um dosenvolvidos nos escândalos, nas corrupções que se suce­dem neste Pais? Infelizmente, sobretudo nos últimostempos....

o Sr. Nilson Gibson - Permite-me V. Ex' um apartc?

o SR. JOÃO HERCULINO - ...não há, nobre De­putado, lider do PDS, uma resposta que venha ungidapela verdade; apenas sofismas poderão responder à mi­nha pergunta.

Com muito prazer ouço o nobrc Dcputado NilsonGibson.

O Sr. Nilson Gibson - Nobre Deputado JoãoJIercu­lino, eu tenho uma grande admiração por V. Ex....

o SR. JOÃO HERCULINO - É rccíproca.

O Sr. Nilson Gibson - ...admíração que não reside notempo atual; ela já vem de antes de ter chegado a estaCasa, quando lia nos jornais as noticias vinculadas a V.Ex., semprc como líder. Inclusive, se não estou equívoca­do, V. Ex' um dos políticos mais ligados ao ex­Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira. Essa admi­ração que tenho por V. Ex' - a partir da legislatura pas­sada e agora também, na atual - não podc, de maneiraalguma ter uma secção, um rompimento, porque o queV. Ex' está realmente abordando na tribuna é conceitosubjetivo, pessoal de V. Ex',,--- e eu o respeito. Evidente­mente que a imprensa tem sempre publicado denúncias,formuladas por oposicionistas interessados em notícias

, para ocupar espaço na imprensa. Todavia, são denúncias

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

sem provas cllbais, sem conteúdo de veracidade, denún­cias com efeito apenas sensacionalistas e que. quandoperseguem o caminho processual legal, são prostradaspor terra, sem incriminar os denunciados. Por isso,nobre Deputado. faço esse reparo após ter sido inquiridopor V. Ex'. Não quero deixar que minha admiração e apossibilidade de apludi-lo desapareça, porque, além deadmirá-lo como Parlamentar, também o admiro comoeducador. Na legislatura passada. aprendi muito em pro­nunciamentos de V. Ex' sobre os problcmas no campoeducacional. setor que V. Ex' abraçou com tanto cari­nho. Entretanto, hoje, ouso discordar de V. Ex' na colo­cação que faz, porque o Presidente João Figueiredo - cV. Ex' sabe disso - admira sua postulação. Com efeito,o Presidentc estendeu suas mãos aos partidos de Opo­siçào para negociação, mormente agora na discussão dapolítica salarial. Enfim, ainda quero continuar a ser ad­mirador de V. Ex', nesta Casa, embora estejamos emcampos opostos. V. Ex' é daqueles quc são apenas oposi­cionista - ainda não se ligou ao outro lado, que procurasempre deturpar os fatos. V. Ex' é dos verdadeiros oposi­cionistas que existem neste país. Muito obrigado a V.

Ex'

O SR. JOÃO HERCULINO - Agradeço a V. Ex' equero dizer que esta adl1']iração é recípr~ea. Nós, que fre­qüentamos o "Senadinho", todas as manhãs, aprende­mos a nos respeitar e, sobretudo, a respeitar o ponto devista de eada um. Acontece que V. Ex' não respondeu àpergunta que fiz.

Quem foi penalizado. quem foi castigado, de todos es­ses que fizeram falcatruas, de todos esses que abusaramdo poder público para enriquecer as suas burras, de to­dos esses que viveram fazendo corrupção em cima decorrupção? V. Ex' sabe perfeitamcnte que a fala donobre colega Juruna, e sobretudo a conseqüência da suafala, se transformou em anedota, porque todo mundopergunta se precisava que Juruna fizesse aquela afir­mação. V. Ex' não pode rcsponder.

O Sr. Nilson Gibson - pcrnambuco condenou a centoe trinta e oito anos de reclusão os implicados no crime damandioca.

O SR. JOÃO HERCULINO - Pernambuco nãocondenou a corrupçào, não Senhor. Pernambuco nãocondenou ladrões. Pernambuco condenou os que assas­sinaram o Promotor da República; não condenou la­drões, não condenou a corrupção. Quer ver os ladrões decasaca da CAPEMI, da Coroa-Brastel condenados. Que­ro ver um deles na cadeia, onde, pelo crime de defender opovo c a democracia, passei noventa dias. Quero ver cs­ses que roubam, quero ver esse povo de casaca lá dentrodo xadrez, porque Pernambuco - nós aplaudimos ­condenou os assassinos e os coniventes do assassinatobárbaro do Procurador da Rcpública. Lamentavelmen­te, nobre Deputado, nem uma só ação do Governo foiverificada contra os escândalos que se repetem, contra acorrupção que envergonha esta pobre Nação brasileira.

Mas não é só isso. Já disse aqui, antes de mim, o nohreDeputado Luiz Henrique, já disse o nobre Líder: pior doque isso, pior do que esses roubos, que são assim setori­zados, é este absurdo de o Presidente da República, como Congresso aberto, querer governar o País, sobretudoquanto aos assuntos mais graves, à custa de decretos-leis,como se estivéssemos mergulhados numa negra ditadu­ra, onde não houvesse um Congresso aberto, ainda quepara cumprir uma formalidade e poder-se dizer lá foraque o Brasil vive numa democracia.

Esta a grande verdade, nobre Deputado. Estamos sempoder atender ao nosso eminente comandante TancrcdoNeves e sem poder atender aos apelos patéticos do Sr.Presidente da República, que não quer resolver o proble­ma. É como dizem aí fora, na gíria: se barba determinas­se respeito, bode não tcria chifrcs. Esta é a grande verda­de. Se dizer alguma coisa, se pregar alguma coisa impu-

Sábado 15 10959

sesse respeito, não cstaríamos nesta miserável situaçãoem que nos encontramos.

o Sr. Nilson Gibson - Nobre Deputado, V. Ex! sabe evou reafirmar: o nobre Líder Nelson Marchezan, reitera­damente, tem orientado o seu corpo de Vice-Líderes nosentido de que afirmem aqui nesta Casa que, de maneiraalguma, criem obstáculos para que se apure qualquer de­núncia que ocorra no País. Hoje, repito essa asscrtiva donosso Líder, e faço mais um adendo: concordo com V.Ex' Aqueles que foram encontrados em culpa, mesmoque sejam dc colarinho branco, como são chamados aífora os crimes praticados dentro das financeiras, devemser punidos como são os pobres e modestos ladrões degalinha.

o SR. JOÃO HERCULINO - Muito obrigado a V.Ex'

Ouço o Deputado Luiz Henrique.

o Sr. Luiz Henrique - Nobre Deputado João Hercu­lino, cumprimento-o pelo brilhante discurso que faz, oque jú é uma praxe, partindo de V. Ex' e V. Ex' o fazCOIll muita autoridade, porque foi punido injustamentepor esses que não punem quem deve ser punido. O nobreDeputado Nílson Gibson, Líder do PDS, deve estarequivocado quando diz que os corruptos são condena­dos. ou que há punição exemplar neste País. Ccrtamentcpensa que o Sr. Kakuei Tanaka, que acaba de seJ, cohde­nado, é Deputado por Assai, no Paraná, da cal nialnis­sei, ou que o Ministro Profumo, condenado na nglater­ra, seja habitan:e de Nova Iguaçu, ou que AI1en:jan;,ien­volVIdo no escandalo de Watergate, tenho n:asc!do :cmBlumenau. Na verdade, esses homens foram pJni~os porjustiças exemplares de países democráticos, 9lamerlta-velmentc não chegamos ainda a esse ponto,. ,

O SR. JOÃO HERCULINO - Agradeço a V. Ex' oaparte e o incorporo ao meu discurso. \

Nobre Deputado, V. Ex' tem absoluta razão, e isto mefaz afirmar. ou melhor, me faz assumir um compromissocom esta Casa, que tanto amo e já sofri por amá-la. Vimaqui de preto porque fui a primeira vítima direta daeleíção indíreta; vim de preto para protestar contra aeleição indireta, porquc achava que o povo estava deluto vendo a morte dos seus ideais, a morte do regime dc­mocrático, agora, comprometo-me, perante a Câmarados Deputados, a vir todo de branco na hora em que umdesses malandros da Coroa-Brastel. da CAPEMI etc. es­tiver atrás das grades, porque então teremos iniciado oprocesso de retorno deste Pais à moralidade democráti­ca. (Palmas) Virei, como vim, de preto, de peito aberto,apcsar das amcaças que porventura eu volte a sofrer,porque sofri muito quando decide vir de preto a esta Ca­sa. "Vou matá-lo quando sair de sua casa; vou matarseus familiares, e·eu dava a resposta que a gente aprendeainda no curso primário.

Mas. Sr. Presidente e Srs. Deputados, para que hajaconseqüência na pregação do nosso eminente Chefe, donosso eminente Comandante Tancredo Neves, é preciso,acima de tudo, que o Governo dê uma demonstração devontade real de salvar este País. Que comece, Sr. Presi­dente. como eu disse, exigindo a punição dos culpadospelas falcatruas, pela corrupção que campeia neste País;que. em vez de mandar decretos-leis em cima dedecretos-leis, organize uma cquipe a fim de apresentaruma emenda total à nossa Constituição, a essa colcha deretalhos que dirige os destinos da economia, da política eda sociedade brasileira. Faça ele uma emenda global,uma emenda que contenha as 83 já existentes. Pasmemos Senhores: são 83 emendas à nossa esfarrapada Consti­tuição! Isso demonstra não merecer ela mais o respeito eo acatamento que a Lei Maior de qualquer país deve me­recer daqueles que lutam, sobretudo, na vida pública edaqueles que querem seguir o caminho da legalidade.São 83 emendas; é a falência da nossa Constituição. En-

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tão, creio que a Oposição se daria, pelo menos inicial­mente, por satisfeita, se nós tivéssemos essa reformaconstitucional através de uma emenda que consubstan­ciasse os desejos da sociedade de hoje. Nós estaríamossatisfeitos se essa emenda constitucional contivesse aeleição direta para Presidente da República. É uma ques­tão até de inteligência.

Já uma alta patente do Exército Nacional, na minhacasa. disse. certa vez: "É preciso que os homens dasForças Armadas voltem aos quartéis, porque a presençade general após general na Presidência da República estáfazendo com que seja deslustrada a História das ForçasArmadas brasileiras, pois estas passam a ser responsá­veis por tudo o que acontece de mal neste País". Entré­guem o poder civil aos civis, em toda a sua amplitude. Oscargos civis estão lotados por militares que vão para a re­serva. É aquele caso que aconteceu nos Estados Unidos,o complexo militar industrial. Esta é a grande verdade.Pergunto: que firma que se preze, de alto gabarito, nãotem um coronel ou um general reformado na sua di­reção? E por que isto acontece? Para haver trânsito nopoder, a fim de possibilitar entendimentos. E não temosnada a reclamar quando esses entendimentos são dignose honestos. Mas, lamentavelmente, é utilizada a forçadas suas posições ou das su,s antigas posições, para finspouco recomendáveis ou que não interessem efetivamen­te à Pátria brasileira, mas sim às multinacionais, que es­tão buscando, nesses militares reformados, o sustentácu­lo para continuar a espoliação nacional.

o Sr. Nilson Gibson - Nobre Deputado, não possoouvir V. Ex' sem dar uma resposta à colocação que faz.

o SR. JOÃO HERCUUNO - Meu querido amigo eSr. Deputado, estou no fim do meu discurso.

o Sr. Nilson Gibson - Não posso deixar de contestaressa colocação de V. Ex' Sabe V. Ex' que, efetivamente,esses militares que têm colaborado com o Governo,quando convocados para determinadas atividades públi­cas, evidentemente vêm só com a inteligência e a vontadede trabalhar e colaborar, jamais para abrir as portas,como V. Ex~ disse; a esse trânsito, para facilitar determi­nadas operações. Eu não poderia ficar ouvindo as suascolocações sem contestá-las.

o SR.•JOÃO HERCULINO - Deputado NilsonGibson, vou tratar da canonização de V. Ex' Vou pedirao Santo Padre que acredite na sua honestidade.

o Sr. Nilson Gibson - Agradeço a V. Ex' Veja que,agora, também a Princesa Grace vai ser canonizada. Eutambém gostaria de sê-lo e espero, posteriormente, cha­mar V. Ex' para entrar no reino de Deus.

o SR. JOÃO HERCULINO - V. Ex' está lembran­do dos seus velhos tempos de seminarista, porque, casocontrário, não faria uma afirmação tão ingênua. Essa êuma grande verdade. Mas respeito-o muito e sei que V.Ex' eslá cumprindo, apenas formalmente, o seu dever,porque no seu coração e na sua alma de verdadeiro pa­triota isso não pode encontrar guarida.

Sr. Presidente, lamentavelmente a situação é esta.Queremos salvar o barco, mas não temos condições, por­que o Sr. Presidente da República, até agora, só temdado a este País conversa de gabinete; ainda não tomouuma medida eficaz, uma medida objetiva contra o queacontece por ai. Ainda outro dia ele declarou que algunstentam atingi-lo através da sua família. Eu não gosto deentrar nesses negócios de família. Nessas coisas defamília nós, mineiros. normalmente não entramos. Masse houve denúncia contra um membro da família do Pre­sidente. tinha de ser ele a primeira pessoa a se levantar.Vou contar um caso aos Senhores: outro dia, uma filhaminha, que trabalha numa organização de minha pro­priedade, que dirijo, faltou 15 dias ao serviço. O chefe dopessoal nào descontou os dias que ela falhou. Mandei

DIÁRIO DO CONG RESSO NACIONAL (Seção I)

que fosse feito o desconto. Paguci, por fora, os dias queela falhou, porque é preciso ter respeito pela instituição.O Sr. Presidente da República fica apenas dizendo quetentam atingi-lo de maneira indireta.

O Sr. Nilson Gibson - Mas o nobre Presidente não fi­cou dizendo isto. Dá licença para um esclarecimento? Ocurador da massa falida, Promotor Hélio Gama, indi­ciou - apenas indiciou - não denunciou. Há uma dis­tinção entre...

O SR. JOÃO HERCULlNO - Já fez muito.

O Sr. Nilson Gibson - Veja V. Ex'; e agora o Juiz deucaráter sigiloso à peça processual. O que é que pretendiaV. Ex'? Que o Presidente o fizesse'! Está sub judice o as­sunto. Qual seria'a sugestão de V. Ex' ao Presidente daRepública num caso sub judice?

O SR. JOÃO HERCULlNO - Que não entrasse, quenào fizesse intervenção, aqui, na Câmara dos Deputa­dos, para impedir que seu filho fosse ouvido na Comis­são Parlamentar de Inquérito criada para estudar o as­sunto.

O Sr. Nilson Gibson - Não existe isso.

O SR. JOÃO HERCULINO - Ela foi suspensa. AComissão foi suspensa.

O Sr. Nilson Gibson - Deputado, Professor, Dr. JoãoHerculino, não existe isso.

O SR. JOÃO HERCULlNO - A Comissão foi sus­pensa para que o filho do Presidente da República nãofosse ouvido. Essa a grande verdade.

O Sr. Nilson Gibsou - V. Ex', infelizmente, assacauma denúncia contra a Presidência da Mesa, porquequem decidiu esse caso, esse problema jurídico, esseproblema legal foi a Presidência da Casa, com a Mesa.Então, agora V. Ex' está jorrando acusações contra ...

O SR. ,JOÃO HERCULlNO - Considere-se atingi­da. Essa a grande verdade.

O Sr. Nilson Gibson - Eu defendo o Presidente daCasa e, infelizmeQte, acho que V. Ex', nesta manhã glo­riosa, nesta Câmara dos Deputados, não foi feliz no seupronunciamento e na sua acusaçào.

O Sr. Cid Carvalho - Permite V. Ex' um aparte?

O Sr. Nilson Gibson - Ele não me cortou ainda oaparte.

O Sr. João Herculino - Considere-o cassado.

O Sr. Cid Carvalho - Eu gostaria de fazer um esclare­cimento, como membro da Comissão de Inquérito.

O SR. PRESIDENTE - (Francisco Studart) - Oorador, por gentileza. informe à Mesa a quem defere osapartes que deseja conceder.

o SR. JOÃO HERCULlNO - Defiro o aparte aoDeputado Cid Carvalho.

O SR. PRESIDENTE (Francisco Studart) - ao mes­mo tempo, a Presidência lembra ao nobre orador quedispõe apenas de I minuto para concluir sua oração.

O SR. JOÃO HERCULlNO - Vou terminar, Sr.Presidente.

O Sr. Cid Carvalho - Então não vou dar o apartepara não obstruir o discurso de V. Ex' É que eu, comomembro da CPI da CAPEMI, sem exaltação. ia dar a ex­plicação devida li Casa sobre o acontecido.

o SR. JOÃO HERCULINO - O Sr. Presidente per­mita que o Deputado Cid Carvalho dê essa explicação'!Dilate um pouco o meu tempo.

OUlubro de 1983

O SR. PRESIDENTE - Francisco Sludarl) - A Pre­sidência não pode liberalizar o Regimento porque há ou­tros oradores inscritos.

O Sr. Nilson Gibson - O nobre Deputado João Her­culino tem anistia.

O Sr. Cid Carvalho - Permita V. Ex' Na verdade V.Ex' tem toda razão. Primeiro, foi a convocação do filhodo Sr. Presidente da República que gerou uma nova in­terpretação jurídica, da seguinte maneira: o Líder emexercício. Deputado Jorge Arbage, requereu ao nobrePresidente desta Casa, Deputado Flávio Marcílio, quedeu procedência às suas alegaçàes e as encaminhou~à Co­misstlo de Inquérito da CAPEM I.

O Sr. Nilson Gibson - Com fundamento em parecerda Comisstlo de Justiça, da lavra do ex-Deputado Djal­ma Marinho. Não esqueça V. Ex' de acrescentar esse de­talhe.

O Sr. Cid Carvalho - Na Comissão, como aquele as­sunto chegava repentinamente, propus fosse dado vistacoletiva. Da vista coletiva, o que se viu é que não tem amenor procedência, nem o argumento do Deputado Jor­ge Arbage e nem o próprio deferimento do Presidentedesta Casa. Em virtude disso. a Comisstlo está aguardan­do apenas o prazo que se deu para continuar os seus tra­balhos na próxima semana. Era o esclarecimento quequeria dar a V. Ex'.

O SR. JOÃO HERCULINO""': Fico muito grato a V.Ex'

Termino. Sr. Presidente, dirigindo apelo também aoSr. Presidente João Figueiredo no sentido de fazer comque este País retome os caminhos da dignidade. da res­peitabilidade. Que puna os culpados pelas faleatruaspraticadas c acobertadas por homens do Governo; quefaça com que este Pais possa respirar tranqüilamente;que retire o Decreto-lei 2.045; que faça possamos esperarque no dia de amanhã os nossos filhos e os nossos netosencontrem um País trilhando os caminhos da verdadeirademocracia, que é o caminho da ordem. da pal c da jus­tiça social. (Palmas. O orador é cumprimentado.)

Duraflle o discur....·(} do Sr. .!olio Herculino () Sr.Ary Kfjilri. 2P-Secretârio. deixa a cadeira da presi­dência. que é ocupada pelo Sr. Fraoci,co Studarl. 3P­Secretário.

O SR. PRESIDENTE (Francisco Studart) - Tem apalavra o Sr. Cristina Cortes. (Pausa.)

O SR. CRISTlNO CORTES (PDS - MT. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputado" petaprimeira vez, nesta Legislatura, estamos ocupando a tri­buna. Na Legislatura passada lutamos, durante os qua­tro anos, em prol do homem do campo. Aqui, por mui­tas e muitas vezes mostramos, com números e dados,como aqueles que lavram a terra no interior deste Paissão injustiçados. Dissemos, Sr. Presidente, durante aque~

le período, aos responsáveis pelo setor pecuário e agríco­la, que estava havendo uma defasagem muito grande emrelação à economia rural, economia primária, c a econo­mia industrial. Sempre alertamos. principalmente o Sr.Secretário do Planejamento c o Ministro da Agricultura,sobre o quanto era perigoso para o povo brasileiro acondução daquela política económica, porque se repre­sava o setor rural enquanto se deixava, na área indus­trial, que os preços subissem continuadamente. Dizia oGoverno que havia subsídios - e, inegavelmente, até1978, nós os tínhamos. Para os homens do campo o juropara a aquisição do adubo era zero. Pagávamos 15% aoano de juros de financiamentos rurais e o VBC era 100%.Mas assim mesmo o preço daquilo que produzíamos nãorepresentava o preço do custo dessa mesma produção.

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Outubro de 1983

Mas hoje, depois desses quatro anos, foi retirado pau­latinamente o crédito aos agricultores e aumentada ataxa de juros. Chegamos ao absurdo de o produtor ruralhoje pagar correção plena. Evidentemente, se o Governodá ao grande produtor - aquele que planta mais de 300hectares; 300 hectares é muito pouco, mas é consideradopelo Governo como área de grande produtor - somente50% de financiamento, com correção de 85% das ORTNse 3% de juros, de onde esse agricultor vai conseguir osrestantes 50%? Ele vai procurar os bancos particulares,que lhe emprestam com correção plena, a 3% ao ano.

Perguntaria, então, a esta Casa: A que preço poderáser vendido o produto para corresponder a seu verdadei­ro custo?

Sr. Presidente, Srs. Deputados, ouvimos, ainda hápoucos momentos, o ilustre Deputado João Herculinodiscorrer sobre problemas políticos do atual Governo.Mas nós, que vivemos no interior deste País, no Centro­Oeste, na região de Mato Grosso, que só agora está co­meçando a crescer, olhamos com muito mais tristeza,com muito mais apreensão o problema da alimentaçãodo povo brasileiro. Porque quando faltar na mesa aqueleprato mais comum do brasileiro, o arroz - porque o fei­jão há muito já vem faltando - quando faltar àqueleque vive na terra condições de produzir, não sei onde vaiparar este País.

E vejam, Sr. Presidente, Srs. Deputados, que a im­prensa clama c grita contra o aumento dos artigos de pri­meira necessidade. Evidentemente, há uma defasagemmuito grande entre o que se ganha e o que se paga. Mas énecessário que esta Casa tenha conhecimento de que, seo consumidor está pagando caro o preço do produto pri­mário, ou seja, o preço da carne, o preço do arroz, opreço do feijão, o preço do óleo de soja, enfim, o preçode uma porção de alimentos que são produzidos pela ter­ra, o produtor está recebendo menos do que devia.

E aqui quero fazer, em rápidas palavras, Sr. Presideu­te, Srs. Deputados, um paralelo entre 1976 e 1983, para­lelo este que vem de agosto de 1976 a agosto de 1983. Ti­vemos, nesse período - vamos partir da área da indús­tria que fornece implementos agrícolas para a produção,no setor primário, como tratores de rodas e respectivosimplementos - um aumento de 8.060%. Adubo - ve­jam os Srs. Deputados que este é o preço de agosto, por­que, hoje, talvez, o adubo esteja custando quase o dobro.No dia 30 de agosto fechamos contrato de adubo na basede 190 mil cruzeiros a tonelada e, hoje, a mesma tonela­da está custando 270 mil cruzeiros. Todos esses dadosque estamos mostrando são ainda do dia 30 de agosto. Oaumento do óleo diesel foi de 7.490%. Vejam V. Ex's queo óleo diesel, hoje, é um produto de primeira necessida­de; ele é de importância vital, pois tudo 'lquilo que semove numa propriedade rural usa esse combustível. E

cu, com tristeza, já ouvi autoridades responsáveis pelosetor dizerem que o preço do óleo diesel tem influénciamuito pequena na produção primária. E nós, que moure­jamos com a terra, que vivemos o dia-a-dia no intcriordeste país, onde temos uma propriedade rural, sentimosquanto estão enganados aqueles que assim o dizem.

Sr. Presidente e Srs. Deputados, continuando a dar osnúmeros nesse período, vejam V. Ex's que houve Um au­mento de 6.977% do arroz para o consumidor. Agora, oaumento para o produtor foi de 2.769%. Ê, portanto,uma injustiça muito grande a maneira como é conduzidaa comercialização, hoje fcita praticamente por um órgãogovernamental, a CF? O aumento para o consumidorchegou a quase 7.000%, enquanto o aumento para o pro­dutor foi de 2.769%.

Pergunto, en~ào, aos Srs. Deputados como pode oprodutor, pagando 8,60%, ou 7,90%, produzir algo comum aumento de apenas 2.769%.

De maneira geral, todos os aumentos foram mais oumenos iguais, com exceção do feijão, por causa daquebra de safra. Também a soja, produto de exportação,

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

foge a estc padrão a que nos estamos referindo neste mo­mtSrtoPresidente e Srs. Deputados, é muito sério oproblema da agricultura, principalmente com relaçãoaos produtos mais consumidos pelos brasileiros - arroz,feijão, milho, óleo de soja e de milho - porque está ha­vendo um verdadeiro retraimento dos produtores dessescereais.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, não sei aonde vamosparar se continuarmos com esta política, se continuar­mos fazcndo com que O produtor fique desanimado, nãotendo ele, neste momento, dinheiro para produzir, por­que os próprios bancos particulares estão com medo deemprestar o dinheiro a 50%, mesmo com correção plenae 5% de juros, pois receiam que não haja retorno dessecapital.

Com muito prazer, ouço o aparte do Deputado Fran­cisco Sales.

o Sr. Francisco Sales - Deputado Cristina Cortes,quero, antes de tudo, parabenizar seu Estado por té-Ioaqui como seu representante. V. Ex' está fazendo umprouunciamento em benefício do homem do campo, fa­lando especificamente das dificuldades pelas quais passao agricultor brasileiro. Ê bem verdade que a atual políti­ca agrícola do Governo está totalmente errada. O ho­mem do campo está desassistido, faltando crédito e a­poio à nossa agricultura e à nOSH3 pecuária. Acima de tu­do, falta estímulo ao nosso agricultor. Os insumos, os a­dubos, os defensivos agrícolas sobem dia a dia. A mão­de-obra do campo do trabalhador rural, conseqüente­mente, também está subindo. O produtor, o nosso verda­deiro agricultor não tem estímulo nenhum para plantar,porque, quando produz, normalmente as suas despesascom plantio, derrubada, queima e colheita praticamentejá superaram de muito a receita da produção colhida.Esta é a verdadeira realidade, hoje, no Brasil. Num paíseminentemente agrícola como o nosso, hoje, estamos im­portando arroz e milho, havendo falta de feijão. Paraque V. Ex' tenha uma idéia - já que falou na soja ­praticamente já não temos soja. Foi proibida também aexportação de soja. Temos algumas culturas básicascomo o cacau e o café, culturas nobres, que ainda estãosobrevivendo graças ao mercado externo. Mas nôs, quevivemos basicamente das culturas de baixa renda, ou se­ja, do arroz, do milho e do feijão, o pequeno agricultor,aquele que trabalha no campo, com seu suor, não esta­mos sendo bem remunerados, não estamos sendo bemrecompensados, não estamos tendo uenhum apoio dosbancos. Só quem tem apoio hoje dos bancos oficiais sãoos grandes fazendeiros. É lastimável ver o estado a quechegou o nosso agricultor. O homem do Nordeste, o ho­mem da Região Norte, do Mato Grosso, de Rondónia,do Acre, que trabalha a terra, cstá totalmente à mercêdos atravessadores, sem condição nenhuma de produzir,de descnvolver e de suprir as necessidades básicas de ali­mentação e da sua família, de ser bem remunerado pelotrabalho do dia a dia, do sol a sol, da luta na qual se em­penha juntamente com a esposa e filhos. V. Ex' está deparabéns e seu Estado também. Juntos poderemos traba­lhar, durante esta Legislatura, para que o homem docampo, o nosso pequcno agricultor tenha melhores dias.V. Ex' é uma voz viva que defende o homem do campo.

O SR. CRISTlNO CORTE.'; - Ê com prazer que in­corporo ao meu pronunciamento o aparte de V. Ex~

Mas, Sr. Prcsidente e Srs. Deputados, há dias estive­mos em uma reunião de produtores rurais e ali ouvimosum dos conferencístas dizer: ""Deus há de nos ajudar anunca mais ver o Presidente da República eleger comometa prioritária do seu Governo o apoio a agricultura".Ten ho grande respeito a S. Ex' o Sr. Presidente João Fi­gueiredo, mas infelizmente não mc foi possível det'endê­lo, porque aquele conferencista alinhou os números emostrou a situação de diversos setores da economia ru-

Sábado 15 10961

ral, principalmente dos produtores de bens de primeiranecessidade. Tivemos que aceitar e reconhecer que ele es­tava Com toda a razão.

É com prazer que concedo aparte a V. Ex', DeputadoJonas Pinheiro, porque V. Ex' como eu, também sofrena carne o problema desta política.

O Sr_ ,Jonas Pinheiro - Deputado Cristino Cortes, es­tamos prcstando bastante atenção às suas palavras. SabeV. Ex' o apreço que tenho por seu trabalho, como políti­co e também como produtor rural. Nossos caminhos,nesta luta, já se cruzaram muitas vezes, porque, na mi­nha atividade de técnico em área rum I, debatemos fre­qücntemente o problema da agricultura brasileira. FazV. Ex' um retrospecto da nossa política de crédito rural.Hoje, estamos vendo que nosso produtor, com correçãoplena, está tendo inúmeras dificuldades em exercer suaúnica atividade, que é a arte de produzir alimentos paraa subsistência da população. A dificuldade do hom.em docampo é imensa. Por isso, a voz de V. Ex~ nesta Casa teráde ser ouvida, porque desta forma nos aliaremos em de­fesa da agricultura brasileira, sobretudo da agriculturamato-grossense. Mato Grosso, com 881 mil km', atéhoje só tem cultivados I milhão e 800 mil hectares. VejaV. Ex' o potencial do nosso Estado. E o seu pronuncia­mento, ouvido pelo Governo, será, de fato, um argumen­to cm favor da agricullura de Mato Grosso e do Brasil.Parabenizo V. Ex'

O SR. CRISIINQ CORTES - Agradeço a V. Ex' oaparte, qu~ pr#e)osamente incorporo ao meu pronun­ciamento.. i' I

I I', I .Sr. Presidente, Srs. Deputados, contmuando, no mes-

mo período, ou ~ejla, de agosto de 1976 a agosto de 1983,tivemos au;"'ento na colheitadeira de cerca de 6.937%. E,de agosto a outubro de 1983, essa colheitadeira já subiu45%.

Não entendo, Sr. Presidente, como o órgão que con­trola o preço dos implementas agrícolas não sente essaproblemática. Parece-me que está completamente divor­ciado dos números, porque, se há um decreto regulamen­tando os aumentos nesse setor, como é possível um au­mento: em apenas noventa dias, de 45%? O adubo teveaumento de quase 100% cm noventa dias, e o produtorcontinua com o preço mínimo. Enquanto isso, os res­ponsáveis pela política agrícola do Governo fazem comose nada entendessem, porque o preço mínimo dado aosprodutos primários, com um aumento baseado no preçode maio do ano passado, representa praticamente nada.Os preços de todos os implementas agricolas estão com­pletamente descontrolados. Sobem de maneira assusta­dora. Não há uma diretriz. Em razão disso, depois queos produtos já estavam nas mãos da CFP, já estavam nasmãos dos atravessadores, é que veio esse aumento, paradeixar o consumidor, que vive e depende de salário, àmercê desses comerciantes. A grande verdade é que opreço mínimo deveria ser, sem dúvida alguma, a baseprincipal de apoio que o produtor rural precisaria ter. Énccessário quc o Governo olhe com seriedade o proble­ma do preço da produção. Ê necessário que haja serieda­de por parte dos homens que compõem os gabinetes téc­nico e econômico da CFP, ao analisarem o custo da pro­dução, porque, se csse custo fosse real, se tivesse propi­ciado ao produtor preço condizeute e um pouco de lucroa que faz jus, evidentemente esse produtor hoje estariabem melhor remunerado e teria mais condiçõcs de pro­duzir. No entanto, o que vemos é o produtor completa­mente empobrecido, sem condição alguma de produzir,porque, se o Governo lhe dá 50% com juros cm partesubsidiados, cm compensação, os outros 50% ele terá demendigar, porque o que temos visto é o banco se negan­do a dar os outros 50%, e com razão, com receio de quenão haj~l o retorno desse capital.

Quando emprestamos COm muita usura corremos ris­co, porque o produtor que apanha dinheiro com cor­reção plena para produzir arroz, milho, feijão, com a

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política de preços tão mal conduzida, evidentemente, ha­verá de estar em dificuldades para efetuar o retorno destecapital.

Com prazer, ouço o Deputado Valmor Giavarina.

o Sr. Valmor Giavarina ~ Nobre Deputado CristinaCortes, V. Ex' aborda tema realmente apaixonante.Constantemente nos indagamos por que, no Brasil, que éconsiderado um dos maiores celeiros do mundo, o maiorpaís da América do Sul, inclusive em produção agrícola,assistimos a essa massa tão grande de trabalhadores pas­sando fome'! V. Ex' fala em produção de arroz, feijão.Talvez tenha pensado em batata, chuchu e outros produ­tos agrícolas, mas não interessa ao Governo incentivar asua produção, porque as autoridades governamentais es­tão voltadas para outro tipo de cultura. Sabemos quequem quiser plantar soja, por'exemplo, em grande quan­tidade, terá todo o apoio e incentivo do Governo; bastatelefonar ao Banco do Brasil. Quem quiser plantar milhoem grande quantidade terá todo o apoio governamental.Por quê? Porque - já cansei de falar nesta Casa - essesprodutos representam dólares, são produtos exportáveis.Mas quem quiser plantar feijão, quem quiser plantar ba­tata, quem quiser plantar arroz, não encontra apoio doGoverno Federal, porque não exportamos feijão, não ex­portamos batata, não exportamos arroz. Eis aí O grandeproblema nesse quadro. Há os que têm condições deplantar - esses têm o apoio governamental. Porém, ospequenos, que não têm condições de plantar, esses nãotêm esse apoio. Por isso que há fome no meio das gran­des plantações. Parabenizo V. Ex' pelo feliz pronuncia­mento que ora faz, demonstrando de maneira clara e in­sofismável a realidade agrícola nacional.

o SR. CRISTINO CORTES - Agradeço o aparte aV. Ex~ e prazerosamente o incorporo ao meu pronuncia­mento.

Sr. Presidente, o relógio é o nosso inimigo, e neste mo­mento está sendo tambêm inimigo do nosso produtor.Mas, temos que nos curvar às regras da Casa. Ao encer­rar as minhas palavras quero, desta tribuna, fazer umapelo aos homens responsáveis pelo setor da produçãodeste País, ou seja, àqueles que compõem o Ministérioda Agricultura: ainda é tempo de acorrer para esta reali­dade. Nào estamos aqui pregando nenhuma hecatombe,mas sim dizendo que o produtor brasileiro, principal­mente o de produtos de primeira necessidade, não tem,neste momento, condições de continuar produzindo.

Muito obrigado. (Palmas.)

O Sr. Nilson Gibson - Sr. Presidente, peço a palavrapara uma comunicação, como Líder.

O SR. PRESIDENTE (Francisco Studart) - Tem apalavra o nobre Deputado.

O SR. NILSON GIBSON (PDS - PE. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, como Comunicação de Li­derança, queria esclarecer a V. Ex' e ao Plenário que oSenador Nilo Coelho, que estava internado no HospitalSanta Lúcia, foi para São Paulo. Em nome do PDS e,creio no dos demais partidos, desejamos o pronto resta­belecimento do ilustre Senador e que S. Ex' volte às suasatividades nesta Casa o mais breve possível.

O SR. PRESIDENTE (Francisco Studart) - NobreDeputado Nilson Gibson, embora não coubesse, regi­·mentalmente, a comunicação de Liderança nesta oportu­nidade, a Presidência a considera da maior importáncia ea registra nos Anais da Casa, pois interessa a toda aNação, em se tratando do Presidente do Senado Federal,Senador Nilo Coelho.

O SR. PRESIDENTE (Francisco Studart) - Conce­do a palavra ao Sr. Deputado Eduardo Matarazzo Supli­ey.

O SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLICY (PT­SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. De-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção l)

putados, ao iniciar o nosso pronunciamento, queremosem nome da Liderança do Partido dos Trabalhadores,desejar o pronto restabelecimento do Presidente do Se­

. nado, Senador Nilo Coelho, que há um mês, em noitemomorável, certamente considerada por todos nós comoa mais importante da presente Legislatura, soube dignifi­car o seu mandato e a posição de Presidente daquela Ca­sa, ao presidir uma sessão extremamente tensa do Con­gresso Nacional. Acreditamos que, se porventura, emvirtude do mal que o acometeu, S.Ex' não tiver con­dições de estar aqui presente por ocasião da apreciação evotação do Decreto-lei n' 2.045, como julgam os seusmédicos, toda a casa e o próprio PDS saberão respeitar aposição do Senador Nilo Coelho, contrária à questão deordem que havia sido colocada pelo Senador AloysioChaves, visando a tentar impedir que a Câmara dos De­putados pudesse apreciar e votar o Decreto-lei n' 2.024.Teremos, pois, que votar aquele Decreto-lei primeira­mente na Câmara e depois no Senado.

Sr. Presidente, Sr8. Deputados, na segunda-feira retra­sada, 3 de outubro de 1983, enviei ao Exm' Sr. Presiden.te da República, General João Baptista de Oliveira Fi­gueiredo, e ao Presidente do PDS, José Sarney, relatóriooficial, em que mostrava como o então Governador Pau­lo. Salim Maluf havia utilizado de maneira indevida aImprensa Oficial do Estado para beneficio próprio e doPDS, gastando cerca de 650 milhões de cruzeiros, em ter­mos de cruzeiros do ano passado, mais de um bihão emcruzeiros corrigidos deste ano, para impressão de estatu­to, programas, cartazes e panfletos do PDS. Havia suge­rido ao Presidente da República que, na própria defesada dignidade da vida nacional, tomasse providências nosentido de o PDS restituir aos cofres do povo paulista a­quele dinheiro, por uso indevido. Não vi qualquer provi­dência; nem mesmo o Presidente da República acusou orecebimento do ofício, embora eu o tivesse entregue emmãos ao Ministro Seixas, assessor do Ministro Leitão deAbreu. Nem o próprio Prsidente do PDS, Senador JosêSarney, indicou que tivesse recebido a carta e que queriatomar alguma providéncia. O que notamos é que o PDSnão tem preocupação alguma em averiguar problemasde mau uso de recursos públicos.

Ainda hoje, o Deputado João Hcrculino mencionavaque em Pernambuco foram condenados os assassinos doProcurador Pedro Jorge de Melo e Silva. Porém, obser­vamos que a Justiça, no País, ainda não conseguiu agili­dade suficiente para impedir que em atos como o que a­quele Procurador denunciava e investigava sejam efeti­vamente apurados e apontados os responsáveis, os cul­pados.

Hoje à tarde, comparecerei à Terceira Vara Criminalda Justiça do Distrito Federal, por solicitação do Juizdaquela Vara, com o intuito de depor como testemunhade defesa de Luiz Inácio Lula da silva. Presidente do Par­tido dos Trabalhadores, em virtude de, no ano passado,como candidato a Governador de São Paulo, em entre­vista à Folha, ao lhe ser perguntado sobre como se ca­racterizava a administração Paulo Salim Maluf, ter res­pondido que se caracterizava pelo aumento da repressãopolicial, pelo aumento da corrupção e pela, "eara-de­pau" com que o Governador mentia ao povo de SãoPaulo. Na verdade, não havia da parte do Presidente doPartido dos Trabalhadores a intenção de injuriar a auto­ridade constituída ou o ex-Governador Paulo Salim Ma­luf. Mas ele ali estava expressando o seu sentimento de.cidadão, o seu sentimento de indignação com respeito atantas notícias que tinha, e notícias bem fundamentadas,sobre como, de fato, se caracterizava a sua adminis­tração. Com respeito à repressão aos trabalhadores, aosmovimentos sociais, estava ali o exemplo, o que haviaocorrido, aos olhos de todos, na Freguesia do Ó. OS ad­ministradores regionais da Prefeitura, da administraçãoReynaldo de Barros e membros da administração Malufhaviam simplesmente combinado um verdadeiro massa-

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cre aos manifestantes que ali foram protestar contra asua administração. Houve repressão policial violenta,também durante os movimentos de reivindicação dostrabalhadores do ABC.

Com respeito ao mau uso de recursos públicos, jáapresentamos os caos, por exemplo, da Imprensa Oficialdo BANESPA, Sr. Luís Carlos Bresser Pereira, a respei­to do estado em que encontrou aquela instituição apósquatro anos da gestão Paulo Salim Malur e José MariaMarin. E vamos mostrar algu"ns desses det~lhes.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, diz o Presidente doBANESPA, em relatório do primeiro semestre desteauo, que me foi enviado em 19 de julho de 1983:

.. "O BANESPA sofreu graves prejuízos nos últi­mos quatro anos. Somente na área de operações, obanco registrou no período perdas no valor de Cr$22.713.279.35d,97. Destas, em operaçàes já venci­das, os valores alcançam a casa dos Cr$16.183.494.439,00. E a Créditos em Liquidação fo­ram transferidos Cr$ 4.896.504.824,01, números in·discutíveis por si só e que mostram os resultados degestões mal-orientadas.

O BANESPA, no entanto, se mostrou mais forte queos administradores que por ele passaram e como insti­tuição se mantém firme, prestigiado pela clientela, pro­duzindo bons negócios e lucros razoáveis, dada a suacondição de banco comprometido com o bem sociaL"

É necessário salientar, Sr. Presidente, que neste rela­tlÍrio há até o cuidado de promover a defesa da insti­tuição, depois de tudo o que aconteceu. Como responsá­vel por ela, o Sr. Luíz Carlos Bresser Pereira tinha quecolocar em termos principalmente de defesa da continui­dade da existéncia da instituição, pois o Governo Mon­toro já tinha tido uma experiência. Quando surgiram de­núncias a respeito da má administração da Caixa Econô­mica do Estado de São Paulo, houve até risco para a ins­tituição. Na medida em que os depositantes perderam aconfiança na instituição, em virtude de tantos desviosocorridos na administração passada, houve até retiradade depósitos. E recuperar a imagem depois de uma máadministração é muito difícil. Dai por que os termos des­te relatlÍrio serem muito prudente.

Diz ainda o Sr. Bresser Pereira:

"E o que sustentou esta resisténcia e impediu quea estrutura do banco saísse arranhada nos últimosquatro anos foi o profissionalismo de seus funcio­nários. Mais de 90% das operações que foram trans­feridas para as Contas d~. "Operações Vencidas" e"Créditos em Liquidação" quando tramitaram nobanco não foram aprovadas pelos gerentes. E atémesmo quando a diretoria impunha suas decisõessem a observância dos critérios técnicos, muitos ge­rentes registravam, por escrito nas ordens de ope­ração a discordância e a imposição. O empreguismosem freios que campeou ua administração passadapode ser considerado de proporções limitada noBANESPA. Atê mesmo os 190 "funcionários fan­tasmas" encontrados registrados nas empresas doconglomerado só se mantiveram nesta condiçãoporque não compareciam ao trabalho não se expon­do ao repúdio dos funcionários efetivos.

O banco não atravessou estes quatro anos incólu­me. Ao contrário, como iremos mostrar, no limite

·do possível foi bastante manipulado. A instituição co seu pessoal, entretanto, souberam se defender. Aintegridade do banco e de seus homens não foi al­cançada. E a prova disto é que em poucas semanas,com os cuidados administrativos devidamente to­mados, a instituição reviveu.

A legislação federal que regulamenta as ativida­des das instituições financeiras no Brasil impede que

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se faça publico as operações realizadas entre os ban­cos e seus clientes" Há poucas exceções a esta regra..:E isto ocorre quando alguns dos lados, se sentindoprejudicado, recorre à Justiça ou então quando aprópria Justiça assim o determina. Afora estas si­tuações, os bancos e seus diretores estão proibidospela "lei do sigilo bancário" de revelar as ope­rações".

Quero aqui abrir um parêntese. Acreditamos que essalei do sigilo bancário deva ser modificada, principalmen­te no que se refere às operações de crédito subsidiado.Estamos elaborando projeto de lei no sentido de que asoperações de crédito subsidiado deixem de ser objeto desigilo bancário. Não ê possível, Srs. Deputados, que emnosso País haja abuso tão grande na distribuição de crê­dito subsidiado, com desvio de sua finalidade, e que tudoisso seja protegido sob manto da lei, que impede a trans­parência dessas informuções aos olhos do povo.

Vejam o próprio escândalo da mandioca. Qua:l foi atremenda dificuldade para se encontrar os responsáveis?Foi exatamente essa questão do sigilo bancário. Em pri­meiro lugar, os beneficiários do crédito subsidiado rece­biam empréstimos a taxas de juros muito menores doque as de mercado, c utilizavam esses recursos na com­pra de títulos que prometiam um retorno muito acimadaquilo que pagavam pelos seus empréstimos. Obvia­mente, isso representava uma transferênçia de rendapara as mãos de poucos que não contribuí~m para o au­mento da produção nacional. A contrapartida disso éque, na economia como um todo, precisarrtos retirar al­guma coisa daqueles que efetivamente conrribuem parao aumento da produção de bens e serviços; Por esta ra­zão é que temos, hoje, decreto-lei como o 2.p45, que pro­cura retirar dos trabalhadores o poder aqui~itivo de seussalários. Por quê? Porque o arrocho salarial é o outrolado da medalha da corrupção descnfread~.

INobre Deputado Luiz Henrique, com t040 prazer da-

rei o aparte a V. Ex' Porém, gostaria de fazer, antes, umareflexào sobre o que ouvi, ainda há poucos! dias, de umempresário. Há alguns anos, quando cu qa DeputadoEstadual em São Paulo, encontrci-me com oireferído em­presário e lhe relatei o que havia testemunh4do no recin­to da Assembléia Legislativa de São Paulo. Isto em 1979.O Governador Paulo salim Maluf aliciava deputados domeu partido, o então MDB que tinha lá umá bancada de53 Deputados contra 26, apenas, da ARENA.. Eu obser­vava como, dc maneira sofisticada, às vezes mais velada­mente às vezes mais abertamente l o GOv~rn01 sob acoordenaçào de Paulo Salim Maluf, do enFo Líder daARENA, Deputado Armando Pinheiro, elde um entãomembro do MDB, que já recebia empréftimo do BA­NESPA, como vou relatar aqui, galvanizava outros ele­mentos do MDB para votar no Prefeito "biônico" Rey­naldo de Barros. Um dia, indignado relatei a esse empre­sário o que estava ocorrendo na Assembléia, o que euhavia testemunhado. Um Deputado do MDB abriuquestão na bancada, em virtude de ter sido transferido ojuiz da cidade de Assis para Taubaté, às vésperas de umadecisão de arquivamento de processo, que iria indiciarum colega seu, um sôcio seu, ex-Prefeito da cidade, poratos de corrupção. O novo juiz arquivou o processo cer­ca de 10 dias antes da votação para escolha do PrefeitoReynaldo de Barros. Outro caso foi a concessão de em­préstimo subsidiado por indicação de um Deputado doMDB, na cidade de São Carlos, tudo por um chefe de ga­binete do então Ministro da Agricultura, Antônio Del­fim Netto, em conluio com o Deputado Paulo Salim Ma­luf. Este concedia empréstimo àquele grupo por indi­cação de um Deputado do MDB, coordenado por outroque hoje é membro desta Casa. Tudo isto já ,mencioneiclaramente, com todos os nomes, na Assembl~ia Legisla­tiva. Ainda há outros exemplos de como s~ oferecia aDeputados até o controle de Secretarias noigoverno de

DIÁRIO DO CONGRESSO .NACIONAL (Seção I)

Reynaldo de Barros, caso eles viessem a aprovar o seunome.

Ao relatar este episódio ao empresário, ele me disse,na semana passada: "Quando você me contou aquilo, E­duardo, fiquei pensando que você não imaginava comoeram as coisas, porque não adian ta, tem sido assim mes­mo. Mas o problema sério, que estou vendo agora, é quese antigamente havia muito roubo, muita corrupção, to­davia - eu pensava - o produto do roubo ficava noBrasil, e os que roubavam compravam fazendas, inves­tiam em indúslrias". Então, o empresário achava que eraum processo de criaçào de riqueza. "'Mas agora", disse­me ele, "~o problema é que muitas vezes os que desviamrecursos públicos desta maneira os estão enviando parao exterior. Então a situação é grave, porque se trata deum saque internacional".

Ora eu continuo a me indignar com o desvio de recur­sos, seja nacional ou internacionalmcnte. O importante éque esta Nação não perca a sua capacidade de se indig­nar, como está ocorrendo hoje com o próprio Presidenteda República e com o Presidente do PDS, que nada dis­seram sobre o relatório em que eu documentei o desviode recursos da Imprensa Oficial do Estado.

Ouço V. Ex'

O Sr, Luiz Henrique - Nobre Deputado EduardoMatarazzo Suplicy, veja V. Ex' que o regime produziuessas monstruosidades. O regime fechado, o regime au­toritário, o regime arbitrário produziu a eleição biônicadc Prefeitos das Capitais, a eleição biônica de Governa­dores de Estado e a eleição biônica de Presidente da Re­pública. Pois bem. Foi este sistema fechado, hermético,que produziu a figura de que V. Ex' está tratando nestamanhã. Foi ele Prefeito de São Paulo, sem o voto do po­vo; foi ele Governador de Estado, sem o voto do povo. Eo que é mais triste e lamentável é que a imprensa o colo­ca como virtual vencedor da corrida para a Presidênciada República, caso essa corrida, para a desdita daNação, se promova dentro do círculo fechado do Colé­gio Eleitoral. E a imprensa ainda noticia que o cidadão éo candidato mais credenciado porque apresentou a pla­taforma mais viável, mais factível, mais condizente comas necessidades da Nação. Foi porque tivesse propostomudanças, reformas de base, alterações substanciais nacondução da política econômica e social do Pais? Sim­plesmente porque tem sido mais hábil nesses atos de queV. Ex' fala, porque tem sido mais hábil em oferecer jan­tares, ou na tarefa da missão do envolvimento no alicia­mento de pessoas. É lamentável que o País esteja diantedesse quadro, que reclama - e reclama com mais força- a necessidade de se ouvir o povo, de se abrir o regime,a fim de que se caminhe efetivamente para uma demo­cracia, através de eleições diretas para Presidente da Re·publica.

O SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLICY - Defato, observamos esse absurdo. Este sistema de eleiçõespelo Colégio Eleitoral, que o povo não considera legíti­mo no sentido de efetivamente representá-lo, está produ­zindo distorções tão graves quanto essas dos presidenciá­veis que, utilizando recursos públicos, disputam a prefe­rência de quem? Deste Colégio Eleitoral restrito.

Temos notícia de que o Sr. Paulo Maluf abusa ex­traordinariamente. Temos notícia de que o MinistroMário Andreazza está reformando um andar inteiro deum prédio do Sistema do BNH, para instalar seu escri­tório político, como se fosse sua propriedade, utilizandorecursos públicos para sua campanha. E nào fez cerimô-nia disso, nobre Deputado Nilson Gibson. .

Antes de conceder o aparte a V. Ex' solicito a suaatenção para algumas dessas graves irregularidades quevou relatar c que foram causadas pela administraç;toMaluf-Marin.

"A Administração da política de crédito do BA­NESPA durante o governo de Paulo Maluf e José

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Maria Marin foi marcada pela ausência de critériostécnicos e de diretrizes claras do ponto de vista em­presarial e social.

O banco não cumpriu nem seu papel de insti­tuição ligada ao Estado e, portanto, co-responsáveldos problemas sociais vividos. nem de empresa pri­vada (o BANESPA é uma empresa de economiamista: onde o Governo do Estado de São Paulo é omaior acionista) que precisa ser efeciente parasobreviver à agressiva concorrência do mercado fi­nanceiro.

Em razão desta indcfinição, por exemplo, o ban­co deu pouca atenção ao atendimento às pequenas emédias empresas e aos setores econômicos commaior capacidade de geração de emprego. Sob o as­pecto empresarial, cOmO se verá mais adiante, os re­cursos foram tão mal-aplicados que provocaramuma queda na rentabilidade do banco e o cresci­mento da conta. "crédito em liqüidação" (operaçõesvencidas). Internamente, na estrutura do banco,desvirtuou-se a hierarquia das relações entre a dire­toria e as gerências regionais e agêpcias. Os direto­res desconheciam as avaliações dos gerentes ou nãoconsultavam estes profissionais em operações duvi­dosas. E, COm freqüência, simplesmente impunhamsuas ordens, desrespeitando as próprias normas in­ternas de operação. O que caracteriza claramente amá gestão dos negócios.

Como resultado inevitável deste tipo de adminis­tração, o BANESPA acumulou no período os se­guintes resultados:

- Operações transferidas para Créditos em Li-qüidação. 4.896.504.824,01

- Operações vencidas .. " 16.183.494.439,00- Operações vincendas com perspectivas de ili-

qüidez . .. .. .. . .. .. . .. . ... . .. 1.633.280.091,86- TOTAL.............. 22.713.279.354,87

Na evolução dos depósitos à vista de 1979 a 1982,o Banco do Estado de Sào Paulo perdeu mercadO;,não acompanhando sequer o crescimento dos mciosde pagamento. A análise comparativa da evoluçãodos depósitos ã vista do BANESPA no períodomostra que se o banco tivesse acompanhado a ex­pansão média apresentada pelos seus principaisconcorrentes, teria atingido, em 1982, um volume dedepósitos à vista da ordem de Cr$ 252,3 bilhões,contra apcnas Cr$ 213,7 bilhões efetivamente capta­dos. Esta diferença de 15%, significou concretamen­te perda de posição no mercado e, cm última análi­se, uma menor capacidade de financiamento às ati­vidades econômicas e sociais em geral. O que provaque as volumosa~ verbas de propaganda gastas nãoatingiram seus objetivos.

Enquanto a evolução média do PatrimônioLiquido dos 10 maiores bancos privados do Paísapresenton, na gestão de Paulo Maluf e José MariaMarin, um índice de crescimento de 1.475%, o BA­NESPA evoluiu somente 770%. Esta visível descapi­talização do banco oficial do Estado se deu entre

outras razões pelo mau direcionamento do crédito.O que fica cvidenciado pela conta Crédito em Liqüi­dação (operações vencidas), que sofreu uma evo­lução de 1.644%: no período de 1979 a 1982, en­quanto a média dos 10 maiores bancos privados doPaís registra na mesma conta uma evolução de751%, Esta evasão acarretou Uma redução substan­cial nos resultados operacionais do banco.

O grande número de operações com objetivos defavorecimento pessoal e político reduziu, abaixo doaceitável, a rentabilidade dos créditos concedidospelo BANESPA. Por exemplo, enquanto na amos­tra dos 10 maiores bancos privados do País o índicede rentabilidade (resultado operacional/total da

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operação de crédito) indicava 5,84%, o BANESPA,excluindo seus repasses internos, apresentou umíndice de apenas 1,71%. Se o BANESPA tivesseacompanhado o índice de rentabilidade dos bancosanalisados, seu resultado operacional, em dezemrode 1982, seria de Cr$ 18,4 bilhões e não os Cr$ 5,4bilhões efetivamente auferidos. Ou seja, Uma dife­rença de mais de 13 bilhões."

Concedo o aparte ao nobre Deputado Nilson Gibson.Entretanto, como havia mencionado que não tinha rece­bido carta do Senador José Sarney, quero ressaltar queacabo de reeebé-la, Sr. Líder do PDS em exercício, nosseguintes termos:

"Brasília, 10 de outubro de 1983Senhor DeputadoEduardo Suplicy,Acuso o recebimento do Expediente de V. Ex'

encaminhando doeumentaçào do Diretor dô Ser­viço de Imprensa Oficial do Estado de São Paulo,relativa a "possíveis irregularidades" naquele ór­gão.

Em se tratando do exame de atos administrati­vos, entendemos que existe legislação específicapara O assunto, com procedimentos para definir res­ponsabilidades.

Assim, a documentaçào deve ser dirigida ao or­ganismo próprio, dentro da lei, para receber o enca­minhamento previsto.

Atenciosamente,Senador José Sarney,"

Tem o aparte V. Ex', Deputado Nilson Gibson.

o Sr. Nilson Gibson - Nobre Deputado, o SenadorJosé Sarney inclusive faz um aditamento, até explicaqual o caminho que V. Ex' deve seguir para que sejam a­dotadas as providéncias cabíveis. Ele aconsclha que V.Ex' utilize os meios legais, a fim dc que aquele que forencontrado em culpa seja punido. Mas, nobre DeputadoEduardo Suplicy, V. Ex' dizia que se sentia indignado,em decorrência de determinadas acusações...

o SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLICYSenti indignação.

o Sr. Nilson Gibson - Não é privilégio de V. Ex' sen­tir essa indignação quando, evidentemente, vemos irre­gularidades, i1icitudes e determinados comportamentosque não são corretos, dcntro da sociedade e que não sãoapurados. Disso não tenho dúvida alguma. Concordocom V. Ex', que é do Estado de São Paulo. Temos co­nhecimento de grandes irregularidades e ilicitudes noGoverno de São Paulo, recentemente, principalmente naSecretaria dc Educação. Nisso nós somos solidários comV. Ex', que vê que o Governador de São Paulo não ado­ta as providências cabíveis para que seja dado conheci­mento ao povo sobre a matéria. Mas eu desejaria dizer aV. Ex'. que se refere a um relatório...

o SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLlCY ­Peço a V. Ex' que conclua, porque o Presidente está cha­mando a minha atenção.

O Sr. Nilson Gibson - V. Ex' faz acusações a um cole­ga seu, a um conterrâneo seu, aliás o Deputado Federalmais votado do Brasil, que é o nosso companheiro PauloSalim Maluf. Ocorre o seguinte: se V. Ex' faz uma acu­sação, se tem documentos comprobatórios de que houveum comportamento ilícito do ilustre Deputado PauloSalim Maluf, poderá agir segundo preceitua o Código deProcesso Penal, através de açào pública, como ensina onosso Presidente do PDS. O Senador José Sarney ensinaa V. Ex' o caminho que deve tomar para reclamar asprovidências cabíveis, a fim de que sejam apuradas essasqenúncias. Em relação...

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

o SR. EDUARDO MATARAZZO SlIPLICY - A­gradeço o aparte de V. Ex' Não tenho tempo, infeliz­mente.

o Sr. Nilson Gihson - Vou contestar ainda aquela co­locação que V. Ex' fez quanto ao Ministro do Interior,Mária A ndreazza.

o SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLICY ­Não é verdade que ele está...

O Sr. Nilson Gíbson - Não são verdadeiros esses ar­gumentos que V. Ex' está usando. Não pertence...

o SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLlCYOnde ele está fazendo o escritório político?

o Sr. Nilson Gibson - ...de maneira alguma, ao Siste­ma Financeiro de Habitação algum imóvel.

o SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLlCY - NoedifÍcio da SEMA.

O SR. PRESIDENTE (Amaury Müller) - A Mesapede a compreensão do ilustre aparteante para o fato deque o tempo do orador já está esgotado e há outros ora­dores inscritos.

o SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLICY ­Para concluir. Sr. Presidente...

O Sr. Nilson Gibson - Obrigado, Sr. Presidente.

O SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLlCY - Sr.Presidente, não terei tempo de ler todo este relatório,mas vou pedir sua transcrição, na íntegra, ressaltandoque os tremendos dcsvios que ocorreram na CorretoraBANESPA não foram efetivamente sanados inteiramen­te, nem foi feita alguma coisa com os seus responsáveis,além de terem sido destituídos dois deles.

Esta é a lista das financeiras que foram beneficiadascom as operações daquele tipo. Aqui está o exemplo daoperação típica que fazia a Corretora BANESPA, du­rante a administração Paulo Maluf, uma operação como Banco Regional, que está sendo liquidadajudicialmen­te.

O Sr. Nilson Gibson - Nohre Deputado EduardoMatarazzo Suplicy...

O SR. EDlJARDO MATARAZZO SUPLICY ­Não lhe posso conceder o aparte porque não há maístempo.

O Sr. Nilson Gibson - ...devem ser tomadas providên­cias para que sejam apuradas ...

O SR. PRESIDENTE(Amaury Müller) - A Mesa in­siste com o Deputado Nilson Gibson para que observe acircunstância de que o tempo do orador já se esgotou hádois minutos.

o SR. EDUARDO MATARAZZO SUPLlCY ­Leio, Sr. Presidente:

"Exemplo: Operação com o Banco Regional S.A. (emliquidação judicial) Nos casos de compra de ações, ondeo Banco Regional era cliente da Banespa Corretora, obanco pagava apenas no prazo de cinco dias úteis após odia do pregão (+5). J â na venda de ações à Corretora, obanco recebia o pagamento um dia após o dia do pregão(+ 1). Um privilégio absurdo dentro do mercado, pois asnormas da Bolsa de Valores determinam que as ope­rações obrigatoriamente devem ser liquidadas no tercei­ro dia útil após o dia do pregão (D+3). Idéntico procedi­mento ocorria com alguns clientes pessoas físicas. Os ir­mãos Jayme Michaan Chalan e Ralph Miehaan Chalan(ambos diretores do Banco Regional), por exemplo, ti-

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nham o raro privilégio de nas compras de ações da Ba­nespa Corretora pagarem em um prazo de sete dias úteisapós o dia do pregão(D+'7) e nas vendas li Corretora re­ceberem no mesmo dia do pregão (0+0). Um tipo demanobra muito rendosa em geral e conveniente nos mo­mentos de aperto de caixa,"Está aqui também. Sr. Presidente. o relatório das despe­

sas de propaganda e publicidade, extraordinariamente e­levadas, muito acima dos seus concorrentes. Vou pedirque tudo isso seja registrado. Além disso, uma inade­quação da mídia, que pagava recursos extraordiná.rios àsempresas jornalísticas, das quais os proprietários eramparlamentares do PDS.

Havia, também, cento e noventa fantasmas, muitosdos quais trabalhando para parlamentares do PDS; ha­via, ínclussive, o caso de inúmeros Deputados do PDSque receberam empréstimos subsidiados e não pagaramdevidamente. Alguns desses Deputados eram do MDB,antigamente, e passaram para o PDS. Aqui está a manei­ra como o Governador Maluf aliciava membros da Opo­sição para se transferirem para o PDS. Aqui estão os re­latórios. E este ê do BANESPA, membro da atual admi­nistração do Governo Franco Montoro. Então, nâo éverdade que o Governo Franco Montoro tenha dado umatestado de idoneidade ao ex-Governador Paulo Maluf,porque este relatório está aqui registrado nos Anais doCongresso Nacional. da Cámara dos Deputados. e, por­tanto, é do conhecimento da opinião pública.

Espero que o Governo Montoro haja da mesma ma­neira com a fmprensa Oficial do Estado e com O BA­NESPA, de modo mais rigoroso, levando esle caso à Jus­tiça. Eu os transmito ao Congresso Nacional para que aopinião pública saiba como se caracterizou a sua admi­nistração, a administração Maluf-Marin, o Governopassado, e a ameaça que constitucm para o Brasil.

O Sr. Jor~e Vianna - Eu desejaria dizer a V. Ex' que,infelizmente, na Bahia, a corrupção não permitiu queprovássemos a mesma coisa. Coisa semelhante deve estarocorrendo com o BANESB, na Bahia.

O SR. EDlIARDO MATARAZZO SUPLlCY - Enão permitiremos que isto se repita na administração a­tuaI. Se repetir-se estaremos aqui também denunciando.(Palmas.)

Durante o discurso do Sr. Eduardo Matarazzo Su­p/icy. o Sr. Francisco S/1/dart. 3'-Secretário. deixa acadeira da presidência. que é ocupada pelo Sr. Amau­ry Mülier. 4'-Secretário.

o SR. PRESIDENTE (Amaury Müller) - Tem a pa­lavra o Sr. Renato Vianna. (Pausa.)

O SR: RENATO VIANNA (PMDB - Se. Pronuncia oseguinte discurso) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, naárea da Previdência Social, é inconcebível que critériosde custo do tratamento sobreponham-se ao critério hu­mano e social. Quando está em xeque a saúde de milha­res e de até milhões de pessoas. nào é lícito falar~se emarrocho das despesas de atendimento, restrições a certostipos de terapia, bloqueio do acesso a determinados me­dicamentos, redução dos quadros de especialista e outrosprocedimentos que resultam em pcrda da qualidade c dapresteza nos serviços devidos pelo INAM PS aos seus se­gurados.

Forçoso é reconhecer que a estrutura da saúde no Bra­sil atravessa uma das mais graves crises. Problemas deordem atuarial têm, inclusive, ameaçado de colapso osistema da Previdência Social, deficit~rio desde as suasorigens, mas nunca tão vulnerável, como nos últimosanos, aos desequilíbrios causados pela crônica dívida daUnião, devedora perene e confessa da parecela corres­pondente a um terço do total a ser arrecadado pela gi­gantesca máquina previdenciária. A contribuição tripar-

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tite - empregado, empregador e Uniào - continua,pois, desfalcada do terceiro apoio do tripé de susten­tação ~o sistema previdenciário.

A situação, como se sabe, tem sido agravada por fre­qüentes distúrbios conjunturais de ordem financeira,quer decorrentes de desvios de fundos, por ocasionais in­fidelidadcs de agen tes do órgão, quer em conseqüênciada arrecadação a menor, por inadimplência de empre­sários sonegadores ou tornados insolventes pela crise e­conômica, quer, ainda, pela diminuição das rendas arre­cadadas em função do processo recessivo que estamos vi­vendo.

Todos esses fatores adversos estarão contribuindo,por certo, para a sêrie de medidas restritivos ao atendi­mento médico a que fazem jus os associados dessa mo­numental empresa seguradora - que assim pode ser de­finido o SIMPAS - os quais pagam em dia suas contri­buições, ao contrário do patrão maior, o Governo daUnião, e, portanto, têm todo o direito de reclamar con­tra as falhas clamorosas registradas na prestação de ser­viços médicos-hospitalares. Não é justo que recaia sobreeles o ônus de erros antigos e modernos, cujo acúmuloestá de fato criando dificuldades aos responsáveis pelosetor, não resta dúvida, mas não poderá jamais ser des­contado sobre os contribuin tes, em forma de amesqui­nhamento da quantidade e da qualidade do atendimentooferecijo. .

O Sr. Jor~e Vianna - Permite-me V. Ex! um aparte?

O SR. RENATO VIANA - Pois não, Deputado Jor-ge Vianna. ~. .

O Sr. Jorge Vianna - V. Ex' mal começa o seu discur­so, ejá o interrompo. Mas gostaria de dizer a V. Ex! queo assunto que traz hoje a debate é o mais grave que esta

.Nação está vivendo: a saúde de seu povo. Hoje mesmo,através dos jornais, a Previdência Social comunica que,se o Governo não liberar o dinheiro, não terá os 420 bi­lhões de cruzeiros, o rombo atual. Quer dizer, não valeua pena o sacrifício do ano passado, quando voltou a au­mentar a contribuição de empregadores para salvar a as­sistência médica, tida como a causadora de todos os ma­les da -Previdência. No começo do seu discurso V. Ex'lembra que o responsável por tudo isso é o Governo,porque não só não entra com o seu dinheiro neste ano,mas nunca entrou. Alguns bilhões ou trilhões de cruze­rios dariam para pagar tudo e sanear esta situação. A­liás, o próprio Ministro da Previdência Social está dizen­do agora que, se o Governo comprisse a sua obrigação,não haveria crise nenhuma. Parabenizo V. Ex' pela colo­cação que faz, mostrando que a assistência médica não énem nunca foi responsável pelos males da PrevidénciaSocial. No ano passado, diziam que a Previdência podiagastar até 25% do seu orçamento em assistência médica,e neste ano ainda não se chegou aos 19%. V. Ex! chamalogo a atenção de todos para o fato de que não há porque fazer um cerceamento nem tais modificações, comoas que estão pretendendo, a esta altura, na asistência mé­dica, para degradá-la ainda mais. Continuo ouvindo odiscurso de V. Ex'- O SR. RENATO VIANA-Agradeço a V. Ex', nobreDepulado, que, além de grande parlamentar, é médico etenho a certeza de que aqui se associa aos reclamos dasua classe, porque o atual sistema desagrada a classe mé­dica, as associações hospitalares e também os própriospacientes segurados da Previdência Social.

Prossigo Sr. Presidente.Vejamos, por exemplo, como o INAMPS procurou fa­

zer tabula rasa das carências dos seus contribuintes, emmatéria de internamento hospitalar, implantando umsistema de atendimento denominado AIH - Autori­zação dc Internamento Hospitalar -, a partir do qual seestabelecem limites máximos ao número de baixas narede de hospitais, fixando-se, além disso - medida in­compativel com os melhores principias da medicina so­cial - prazo certo para a duração do tratamento de de-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

terminadas doenças, assim como do período destinado àconvalescença.

Nem é preciso ser médico para compreender o quantosemelhante sistemática conflita com o adequado atendi­mento do problema. Pois ninguém ignora que o organis­mo humano, mesmo acometido de idêntica enfermidade,reage de maneira diversa à terapia nele aplicada, em con~

formidade com fatores que variam de pessoa para pessoa- idade, compleição física, condições sócio-econômicase muitos outros de caráter físico-psíquico que não' se en­formam em padrões preestabelecidos.

Pode-se afirmar que o desagrado foi geral, a começarpelo do paciente - o vcrdadeiro prejudicado, é claro, atéos vários segmentos da classe médica, inclusive asso­ciações e entidades representativas de profissionais de di­ferentes categorias da área médica.

No Estado de Santa Catarina, especialmente na cidadede Blumenau, tem sido veemente a condenação da AIH,classificada de artifício utilizado pela Previdência Socialpara baixar os custos da assistência técnica, com o inde­sejável efeito colateral de degradar a qualidade da medi­cina social.

As mcdidas restritivas - aponta ainda a classe médicade Santa Catarina - poderão tornar-se causas de defi­ciências e insucessos nos tratamentos médicos,Constituir-se-ão, ademais, em obstáculos ao aperfeiçoa­mento dos serviços hospitalares, cada vez mais incapaci­tados para se equiparem e manterem um padrão condig­no de desempenho, o que redundará, evidentemente, emsérios prejuízos para a sociedade.

Também os dirigentes hospitalares do Estado de SantaCatarina, em assembléia geral extraordinária realizadaem 6 de setembro último, aprovou, por unanimidade deseus membros, a seguinte proposição:

I - Rejeição à implantação do sistema AIH, no Esta­do de Santa Catarina, nos termos e condições até agoraapresentados e conhecidos, tendo em vista o seu insuces­so no Estado do Paraná.

O Sr. Jorge Vianna - Deputado, permita-me inter­romper novamente. Efetivamente, V. Ex' vê que, ao in­vés de estarem melhorando, os tecnocratas estão pioran­do a assistência médica. É preciso que esta Casa e aNação fiquem sabendo que, pelo antigo regime da Previ­dência Social, um hospital de primeira, quer dizer, o me­lhor hospital psiquiátrico do Brasil receberia hoje, dediária global - diária global incluindo médico, psiquia­tra, enfermagem, comida, dormida, tudo - 3 mil c 500cruzeiros. O melhor hospital receberia de diária global 3mil e 500 cruzeiros. E ai se diz que o hospital é ladrão,que o hospital rouba, que gasta não sei quantos quilôme­tros de esparadrapo. Qual é a pensão mais miserável doBrasil que não cobra isso? Pois bem, isso aí a Previdênciaachou que era muito e passou a utilizar o que V. Ex' co­loca muito bem, a AIH, qualquer que seja a doença equalquer que seja o indivíduo que vai ser internado. Nãoé o líder do PDS que vai ser internado, não é o Ministroque vai ser internado. Mesmo porque, quando o Minis­tro precisa, ele vai para Cleveland. O povo brasileiro éque vai para os hospitais. No momento do internamen­to, qualquer que seja a doença, o hospital vai ser pagopela doença. Quer dizer, se o sujeito tiver lá uma diarre­ia, e se não fícar bom com I ou 2 dias, ele vai receber...

O SR. RENATO VIANNA - Ele vai embora.

O Sr. Jorge Vianna - Tanto faz ele passar 1 dia inter­nado, quanto passar \O dias internado, o hospital vai re­ceber pelo internamento, o médico vai receber a mesmacoisa. Então, está-se vendo o que vai ser feito. Quer di­zer, o antibiótico que for necessário dar... A corrupção aívai ser desenfreada. Eles estão levando a classe médica eos hospitais, na medida de sua sobrevivência, a diminui·rem o padrão de atendimento médico. E o indivíduo nãovai passar no hospital a quantidade de dias necessários,

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nem vai ter o atendimento médico necessário. Está vistoe revisto que não é dessa forma que vamos resolver oproblema da assistência médica brasileira.

o SR. RENATO VIANNA - Obrigado, DeputadoJorge Vianna.

Continuo alinhando as proposições da Associação dosHospitais de Santa Catarina.

2 - Somente admitir a implantação de novo plano,com a interveniência e aprovação de uma comissão mis­ta, formada por representantes das entidades de classesdos médicos, hospitais, INAMPS e segurados (emprega­dos e empregadores).

3 - Pela mesma comissão mista e ouvida as entidadesinteressadas, como alternativa, até a impla~tação defini­tiva de novo plano, deverão ser apresentadas medidas deaperfeiçoamento do sistema - "GIH".

4 - Concitar a que todas as entidades de médicos ehospitais, assim como os hospitais e casas de saúde emgeral, não firmem qualquer entendimento isolado com oINAMPS, sem a interveniência das mesmas entidades.

5 - Qualquer entendimento sobre o novo plano quealtere o "GIH" seja somente feito mediante contrato es­crito com ampla explicitação dos deveres e direitos daspartes interessadas, notadamente com referência deta­lhada e desdobrada dos diversos CUStOS (diárias, taxas desala, materiais, medicamentos, serviços auxiliares dediagnástico e tratamento, forma e prazos de apresen­tação das contas, prazos de pagamentos, periodicidade eíndices de reajustes.

Se a "AIH" não encontrou acolhimento entre as pes­soas e entidades atingidas pelas restrições nela implícitas,muito menos aceitação tiveram ,as novas normas vigcntespara o tratamento da insuficiência renal crônica, quepreconizam um método rec~bido com reservas pelas au­toridades especialistas em nefrblogia.

Trata-se da substituição do processo de hemodiálise,de custo mensal orçado entre 600 a 900 mil cruzeiros, pormétodo de menor custo, é verdade, mas que apresenta a­centuados inconvenientes, expondo, inclusive, o pacientea riscos de infecção, por falta de condições para realizaro tratamento prescrito, que consiste na ','Diálise Perito­neal Ambulatorial Continua - CARPD".

A nova orientação do atendimento a pacientes dessaárea específica foi preconizada pela Portaria n' 24I/83 eestá sendo considerada atentatória à vida dos doentes re­nais. Baixado com o mesmo intuito de reduzir as despe.sas operacionais de ordem técnica, o ato em questão con­traria frontalmente os interesses dos 6.200 pacientes re­nais cránicos do Brasil, diminuindo-lhes em grau subs­tancial as perspectivas de cura.

A Diálise Peritoneal Contínua Ambulatorial é feita emcasa, depois que um cateter é introduzido pelo abdomemdo doente, ao qual compete a tarefa de manipular, deseis em seis horas, bolsas plásticas com a solução medi·camentosa.

Trata-se de manutenção, a nivel de núcleo familiar, deum tratamento delicado que exige equipamento e prepa­ro técnicos, os quais, embora rudimentares, nem sempreestão ao alcance dos mais carentes.

Foi estipulado em apenas oito, por médico, o númerode pacientes a serem atendidos através da hemodiálise.Contra a limitação, protestam tanto os especialistascomo os integrantes da Sociedade Latino-Americana deNefrologia, Sociedade de Medicina e Cirurgia e Asso­ciação Médica Brasileira, unânimes no entendimento deque a CAPD encerra "um enorme risco de infectação dopaciente" .

Na edição de ontem, 13 de ",utubro de 1983, o Jornaldo Brasil, na coluna "Informe", registrou uma passeatade protesto com faixas e cartazes, realizada em Londri­na, norte do Paraná, constituída por cem doentes renaiscrônicos, que pediam a revogação da Portaria 241 de 11de agosto de 1983, do Ministêrio da Previdência e Assis-

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tência Social, que reduziu em cinqüenta por cento as Ver­bas para os hospitais que realizam a hemodiálise.

Ouço o Deputado Carlos Sant'Ana.

o Sr. Carlos Sant'Ana, Deputado Renato Vianna,traz um dos assuntos mais sérios ao estudo desta Casa.Quero ressaltar os aspectos que V. Ex' está desenvolven­do. especialmente a circunstância de que a Previdênciaestá sem recursos, ou conta com parcos recursos, em de­corréncia da política recessiva do Governo. O desempre­go retira uma massa de contribuinte, da previdência,porque considerável número de empregados passam àclassificação de desempregados. De outra parte, com oachatamento salarial e com o desnível salarial, há perdado poder aquisitivo, diminuindo, também, o que se reco­lhe 11 Prcvidência. Entcndc-se, então, que a Previdência,com a massa global de recursos muito afetada, tenha departir para a racionalização da assislência médica quepresta. Nada temos contra isto. Entendemos inclusiveque a racionalização ê de máxima importância para quese maximize os mínimos recursos disponíveis. Mas V.Ex' enfaliza que isso não pode ser feilo com prejuízo daqualidade da assistência médica, inclusive quando se op­la, por exemplo, por métodos como a diálise pcritonealcontínua, praticamente um método subsidiário, em com­paração com a hemodiálise, e que só se utiliza, em deter­minadas condições, em pacientes altamente qualificados,que têm, portanto, condições de enfrentar o problema dainfecção secundária, quando eles próprios fazem a diáli­se peritoneal contínua, ou em serviços também extrema­mente organizados. Parabenizo V. Ex', que trata de umassunto da mais alta importância, Lamento, apenas, apequena platéia para lhe assistir, mas estou certo de queo discurso de V. Ex~ calará fundo nos especialistas na

queslão.

O SR, RENATO VIANNA -Agradcço a V. Ex', Dc­plltado Carlos Sant'Ana, o apartc, qlle enriqllcce o meupronunciamento. Sei que V. Exll-, como médico, tambémtem pleno conhecimento das dificuldades que se abatemhoje, não só sobre a classe médica, como também sobre arede hospitalar e sobre os próprios pacientes.

Aliás, neste País, onde vivemos recessão constante,quer-mc parceer que o Governo Federal não cuida devi­damente dc dois setores fundamentais para que a criatu­ra, se não viva, pelo menos sobreviva condignamente: aeducação e a saúde. Os parcos recursos aplicados na edu­cação nesle País constituem demonstraçào de que o Go­verno Federal não tem interesse em erradicar o analfabe­tismo, para que essa massa de ignorantes continue sobsua tutela. O outro setor fundamental, Deputado CarlosSant'Ana, é justamente a saúde, para que a pessoa pelomenos possa ter o seu desenvolvimento físico e psíquicopleno. possa viver dignamente, com segurança, e ter noEstado justamente o tutelado r dessa sua vida em socie­dade.

Ouço o nobre Deplltado Luiz Henrique.

o Sr. Luiz Henrique - Permite-me, nobre Deputado.O Goveno parece que tem Minitros bem quistos e Minis­tros malditos, porque não é possíveL que o Governo for­mule políticas contrárias à açào de seus próprios Minis­térios, O Ministro Hêlio Beltrão denunciou recentemen­te à Naçào que o arrocho salarial proveniente da cdiçãodo Decretro-Lei n" 2.045 iria retirar da arrecadação daPrevidência Social, este ano, cerca de 400 bilhões de cru­zeiros. Não se pode admitir que o Governo edite um dc­ereto sc~m olhar, primeiramente, para as circunstânicias cos desdobramentos sociais que dele advirão e cujos resul­

lados já estão nas ruas - o caos social, o desemprego, odesespero, a miséria e a fome - e quc não olhe tambémpara as consequências e os desdobramentos que serãogerados cont.ra ele próprio, como está aconlecento COm aPrevidência, que jã apresenta llm novo rombo, um novodéficit provocado pelo arrocho salarial, que já perdura

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)

desde 25 de janeiro deste ano e que está fÚzendo com quea Previdência transforme a assistência médica num ver­dadeiro suplício para o contribuinte, para o beneficiário.Quero, em nome da liderança do PM DB, cumprin,cntá­lo pela oportunidade e pela profundidade de seu discur­so.

O SR. RENATO VIANNA - agradeço o aparte a V.Ex', nobre Deputado Luiz Henrique, Um dos brilhantesVice-Líderes do nosso partido nesta Casa. V. Ex' maisuma vez reitera a nOSSa afirmaçáo de que à medida emque aumenta O número de segurados, de pacientes daPrevidência Social. o Governo reduz a receita a ela desti­nada, prcjudicando sensivelmcnte a qualidade do atendi­mento médico"hospitalar.

Prossigo, Sr. Prcsidente.Releva assinnlar, a propósito, a preocupação das asso­

ciações médicas, como a UNIMED de Blumenau, comoutro aspecto da limitação do emprego da hemodiúlise, aser considerado pelas autoridades do INAMPS, casoprocedam denúncia de que a Portaria n" 241/83 teria.tambêm, intenção de beneficinr'determinada companhiamultinalcional. Aliás, a interferência de conglomeradoseSlangeiros no campo tem-se constituído em objeto defundadas reclamações da grande maioria das associaçõesmédicas do País.

Estes e outros acontecimentos lamentávies registradosno campo da assistência mêdica a cargo da PrevidênciaSocial fazem parte de um conjunto de medidas, adotadasna área, que estão se refletindo, negativamente, na opi"nião pública brasileira, devendo, portando, ser reezami­nados pclo Dr. Aloísio SaBes da Fonseca, Presidente doINAMPS, o qual, embora tcnha afirmado em recente de­poímento prestado da Comissão Parlamentar de In­

quérito do Senado Federal sobre a Previdência Socialque " ... a imagem pública e a credibilidade institucionaldo INAMPS estão sendo rápida e progressivamente re"cuperadas ...~" não pode ignorar a avalanche de protes­tos levantados pela sociedade contra as normas recente"mentes estabelecidas, ora ciladas, além de outras tam­bém lesivas aos direitos da clientela especílica da entida­de, baixadas sem consulta aos interesses da grande massade filiados e dos órgãos vinculados ao sistema,

Apelamos à sensibilidade política e ao espírito públicodo Dr. Aloísio Sanes no sentido de que contemple osproblemas em questão, acima de tudo, do ponto de vistado trabalhador de baixa renda, impossibilitado de recor­rer a médicos ou entidades particulares.

Ouço o nobre Deputado Walmor de Luca.

O Sr. Walmor de Luca - Nobrc Deputado RenatoVianna, cumprimento. V, Ex', pois com o brilho que lheé peculiar, trata de um assumto extremamente atual, queesti, na ordem do dia das discussões nacionais que tomaconta, inclusive, dos debates na imprensa: a situação porque passa a Previdência Social, espeeialmcte no que serefere à assistênicia médica. Normas mais recentes têmsido baixadas. Extremamente polémicas, elas estão, hoje,a provocar reação em órgãos. de classe como as asso­ciações médicas dos mais diferentes Estados. Existeaquela norma referente à hemodiáiise. Sem dúvida ne"nhuma, o tratamento que V. Ex' dá a esse problema é omais adequado. Eu não quero fazer uma revisão, pro­priamente, nos conceitos de V. Ex' Pelo contrário, queroendossá-los, na medida em que V. Ex' coloca como fun­damentai que se ouça a sociedade, que se abra o debate.Exatamente, é este o ponto nevrálgico desta questão. ODr. Aloysio Salles deveria comprender que ele acertariae recuperaria a imagem do INPS peranle a opiniãopública nacional, na medida em que de transformasse aPrevidência Social num órgão transparente, onde os bc­neficiários pudessem efetivamente influenciar nas deci­sões, Aí creio que encontraríamos o caminho correto.Por outro lado, entendo haver alguma coisa de correto

Oulubro de 1983

nas medidas tomadas pela atual administraç"o da Previ­dência Social. Não é possível a Previdência Social destePaís continuar com O modelo que privilegia os serviçosaltamente sofisticados. Não é possivel a previdência So­cial continuar a remunerar trabalhos médicos por tabe­las que não se coadunam com a rcalidade brasileira. Pre­sisamos de coragem, nesta Casa. especialmente nós, aOposição, para dizer inclusive que estamos dispostos adebatcr em outros termos com O Ministro da PrevidénciaSocial. Hélio Beltrão, e com a direção do INPS, no senti­do dc encontrar um caminho mais adequado para supe­rar esta nova crise em que se acha mergulhado hoje aPrevidência SociaL Sou daqueles - inclusive como pro­fissinoal na área - que entendem que não serú atravésdesse tratamento privilegiado da remuneração pela uni-

·dade de serviço que se encontrará solução para:l crise daassistência médica brasileira. Mas estamos, neste mo­mento, a colacar recursos nas mãos de pessoas muitasvezes sem capacidade profissional e - pior ainda ­inescrupulosas, que se aprovitam da sistemática de paga"menta das contas hospitalarcs para roubar a PrevidênciaSocial. É necessário exatamente coibir o roubo e a cor"rupção que grassam no seio da asisténcia médica brasi­leira. Dai por que algumas dessas medidas tomadas naPrevidéncia SocIal nós as temos hojc como corretas ecertas, em que pese condenarmos a sua verticalidade, oseu autoritarismo, por terem sido baixadas sem uma dis­cussão e sem uma democratização da Previdencia Social.

Meus cumprimentos a V. Ex' peia disposíção em trazereste tema ao debate nesta Casa, que, por certo, pela suuatualidade, merece nosso respeito e nosso aplauso.

o SR. RENATO VIANNA -Agradeço a V. Ex', De­putado Walmor de Luca, sempre brilhante e digno repre­

sentante do povo eatarincnse nesta Casa, já por três le­gislaturas, que também, como profissional do ramo, bio­químico que é, tem conhecimento pleno nüo só das difi­culdades. COmo apresenta sugestões para o aperreiçoa­menta do sistema prividenciário vigente.

Mas o que criticamos, Sr. Presidente e Srs. Deputados,é justamente o tratamento discriminatório dispensadopelo Instituto Nacional da Previdência Social. Governa­dores, Presidentes da República e pessoas int1uentes têmtratamentco feito em clínicas altamente especializadas esofisticadas do estrangeiro. E, depois, o ressarcimento éfeito em dólares e em moeda estrangeira. Ao passo que otrabalhador, o mais humilde, tem tratamento médico­ambulatorial na sua casa, correndo o risco de infecção

do órgão ou da parte do corpo adoecida.Por isso, Sr. Presidente, o nosso apelo continua. Para

terminar, peço que o Dr Aloysio SalIes da Fonseca veja

esses segurados como seres humanos, pessoas carentes,merecedora de cuidados médicos. e nuo como meros nú­meros figurando na carteira de contribuinte para efeitode recolhimento da parcela dos seus míseros salários aOScofres da instituição.

Era o quc tínhamos a dizer, Sr. Presidente. (Palmas,)

Durante o discurso do Sr. Renato Vianna o Sr.Amaury Müller. 4'-Secretário, deixa a cadeira dapresidência. que é ocupada pelo Sr. Walber Guima­rães, 2'- Vice-Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Walber Guimarães) - Tem apalavra o Sr. Amaury Müller (Pausa.)

O SR. AMAURY MÜLLER (PDT - RS. Pronunciaseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,pais do carnaval, do juiz artilheiro, do desemprego, dosubemprego, do salário da fome, o Brasil nào conseguesolucionar seus mais angustiantes problemas porque, no

poder de forma ilegítima, estão encarapitados teenocra­tas incapazes e incompetentes. Por isso, Sr. Presidente eSrs. Deputados, o descalabro continua ...

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Outubro de 1983

As últimas notícias dão conta de que o Brasil, atravésde seu Governo, deu a mão à palmatória e detonou oprocesso de renegociação da nossa estonteante dívida ex­terna. Devemos, hoje, à comunidade financeira interna­cional, alguma coisa como 100 bilhões de dólares, Aocâmbio oficial, isto representa perto de 80 trilhões decruzeiros - ou 4 vezes toda a arrecadação orçamentáriada Uniào prevista para 1984. Trocada em miúdos, cadabrasileiro deve ao exterior nada menos que 615 mil cru­zeiros - o que representa 2 anos de trabalho para cadaum dos milhões de empregados que percebem um saláriomínimo de rendimentos mensais.

Negocia-se, agora, com o Fundo Monetário Interna­cional, um congelamento da divida pelo prazo de 5 anos.Neste espaço de tempo, O País pagaria "apenas" osjurosdo monstruoso débito, a uma taxa de 12 ou 13% ao ano,e isto significa um pagamento anual de 12 a 13 bilhões dedólares. Apenas dc juros, já que o principal fica para seramortizado entre o sexto e nono anos. No sexto ano, as­sim, deveríamos remeter para o exterior um pagamentolíquido de 37 bilhões de dólares; no sétimo, 34 bilhões,no oitavo ano, 31 bilhões e, finalmente, para nosso desa­fogo - se é que se pode cbamar isso de desafogo - qui­taríamos nossa dívida externa já no nono ano, remeten­do para o exterior um saldo líquido de 27 bilhões dedólares...

Sr. Presidente, este é o plano... Os números que estãoai, a sercm exibidos - e que não podem ser subtraidospor aqueles que teimam em defender o indefensável ­não são números políticos. Eles resultam de um elemen­tar exercício contábil - tomando-se, por baixo e muitopor baixo - juros de 12% ao ano sobre a nossa divida.

Agora, vcjamos: cm 1983, devemos alcançar um supe­rávit de 6,5 bilhões de dólares em nossa balança comer­ciaI. Mas este saldo favorável - é bom que se diga - se­rá obtido às custas de um profundo e perigoso dese­quilíbrio social e económico. Nunca, em toda a históriaeconómica do Pais, Srs. Deputados, atingimos niveis tãoaterradores de inflação - já se contabiliza, de graça, demão beijada, 160% ao ano; nunca o desemprego foi tãoalarmante - 10% da força de trabalho, ou cerca de 5 mi­lhões de brasileiros, irmãos nossos com igual dircito aopão, à felicidade e à esperança. Nunca uma recessão re­nitente fez cair o produto real de maneira tão acentuada;nunea a dívida públiea interna chegou a superar de longea arrecadação anual <Ao Tesouro - o Governo deve, ho­je, sem ter como pagar, cerca de 15 trilhões de cruzeiros;jamais, na História brasileira, as taxas dejuros chegarama atingir 12, 13, 15% ao mês, inviabilizando o investi­mento produtivo, estimulando a especulação, realimen­tando o processo inflacionário, empobrecendo cada vezmais os pobres e enriquecendo cada vcz mais os poucosricos...

Está ai, a olhos vistos, Sr. Presidente, o resultado so­cial do superávit de 6,5 bilhões de dólares. Imagine agoraV. Ex' o que resultará quando tivermos, a partir de 1984,dc apurar divisas líquidas da ordem dc 12 bilhões dedólares, apenas na balança comercial. Por isso, apesar deser o País do carnaval, do futebol, do juiz artilheiro, detantas outras coisas que enfeitam os eartões postais, masescondem a miséria do nosso povo, o descalabro conti­nua... A imprevidência campeia... A incompetência sealastra... O engodo da sociedade brasileira cada vez maisse dissemina...

O Governo já se desmoralizou perante a comunidadebrasileira, e, agora, através da nova. Carta de Intençõesdo FMI, pretende desmoralizar também o Pais junto àcomunidade internacional. Neste documento fantasioso,contra o qual as Oposições haverão de brandir as suasarmas - armas de paz e de denúncia, nesse documento,repito, que inclusive provocou a exoneração do Sr. Car­los Langoni do Banco Central, por discordância expres­sa das metas irrealistas nele contidas, o Governo brasilei-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

ro - Governo ilegítimo, porque não brotou da vontadepopular, à revelia de quem quer que seja, compromete­se, entre outras coisas:

a) com uma inflação de aproximadamente 60% aolongo de 1984, quando neste ano da graça de 1983 esta­mos disparando aceleradamente para os 200% ao ano.Como o Governo alcançará este objetivo se a sua avidezpor recursos financeiros o obriga a colocar títulos públi­cos remunerados a 9,10% e até 12% ao mês? Osjuros pa­gos pelas ORTNs, Sr. Jlresidcnte, balizam as taxas deju­ros no mercado financeiro. os quais, por sua vez, impul­sionam os custos das empresas e exercitam cada vez maiso processo inflaeionário. Ou pretende o Governo. após ofechamento de contrato eom o FMl, deixar de pagarsuas contas correntes, ou pretende aplicar um magistralgolpe na praça, congelando a dívida pública e decretan­do a falência de milhares e milhares de iI)vestidores?Qualquer das duas alternativas, Srs. Deputados, signifi­ca o caos económico e financeiro do País, Então, diantedeste quadro doloroso e sombrio, que alternativa resta?Com a arrecadação do Tesouro, o Governo poderá supe­rar o problema? E as demais despcsas, como ficam? Ouefetivamente estamos na iminéncia de um calote mons­truoso do Governo aos seus credores? Com a palavraaqueles que ainda se arriscam, jogando-se contra a socie­dade para responder a essas questões.

Mais ainda, Sr. Presidente, item b:b) compromete-se, ademais, a reduzir o déficit públi­

co a zero, até o final de 1984. Como fazé-Io, Sr. Presiden­te? Com a arrecadação do Tesouro? e - volto a insistir- as demais despesas? Ou, efetivamente, estamos naiminência de um calote monstruoso do Governo aos seuscredores? As Oposições, aqui e agora, denunciam:aproxima-se um grande calote, que o Governo, o regimeautoritário, pretende aplicar na sociedade brasileira.

Ouço V. Ex' com muito prazer, Deputado Nilson Gib­son, para manter a ordem cronológica.

o Sr. Nilson Gibson - Concederei a vez ao nobre co­lega. Posteriormentc, apartearei V. Ex'

O Sr. Valmor Giavarina - Nobre Deputado AmauryMüller, a história que V. Ex' está contando me fazlembrar outra história que ouvi na minha terra. Conta-seque o Vereador de um Município pequeno chegou tardeà sessão e foi advertido pelo Presidente. Mas ele estavatodo sujo de barro e, para justificar o atraso, disse que oPrefeito não estava consertando as estradas. E a provaestava ali: ele teve que ir a pé, deixando o seu jipe na es­trada, porquv."o jipe atolou-se". Nobre Deputado, ou­tro Vereador o aparteou, para dizer que ele estava erra­do; deveria corrigir o vernáculo; _....Não é atolou-se, é seatolou". Ai o Líder da bancada quis desfazer a celeuma ediss,; "Se foi com as rodas da frente, então é atolou-se sefoi com as rodas de trás, é se atolou". Quando ele expli­cou que foi com as quatro rodas, o Presidente terminou a'questão:. "Então seu jipe.se atolou-se"; O Brasil, nobreDeputado,. "se atolou-se", e não sei como vai sair desta.

O SR. AMAURY MÜLLER - Profundamente sensi­bilizado, agradeço a V. Ex' O aparte que, reproduzindoimagem magistralmente colocada, dá bem uma nítidaidéia da situação a que fomos levados, pela incompetên­cia, pcla incapacidade e pela falta de patriotismo daque­les que se encarapitaram no Poder, à revelia da vontadepopular. Mas o dia em que eles do poder sairão pela von·tade do povo, pela manifestação das urnas, peja expres­são maior da sociedade brasileira está próximo. O deses­pero já tomou conta do regime, e ele está acuado, encur­ralado nas suas próprias contradições. Muito obrigado.

• Ouço com muito prazer o nobre Deputado NilsonGibson.

O Sr. Nilson GibSQn - Nobre Deputado AmauryMüller, V. Ex' fez um trabalho, pelo menos de início, de

Sábado 15 10967

profundidade, um estudo que ell - poderia até contessa­lo - apesar de estarmos debatendo freqüentemente acrise econômica do País, ainda nào tinha ouvido de ou­tros Parlamentares. Nas colocações iniciais, V. Ex' traz ocronograma para ser discutido, a Carta de Intenções en­ct1minhada aos nossos credores, a fim de que possamosrenegociar, reestudar a dívida externa. Mas creio que V.Ex' está apenas na vontade...

o SR. AMAURY MÜLLER - Má vontade?

O Sr. Nilson Gibson - Não, na vontade de que, numfuturo próximo, o partido de V. Ex' possa assumir o po­der.

O SR. AMAURY MÜLLER - V. Ex' se equivoca.Não disse que o meu partido estaria prestes a assumir opoder. Disse, sim, que, se qualquer partido de Oposiçãochegar ao poder, ou se todos os partidos de Oposiçãounidos, chegarem ao poder, haverá dc se mudar este qua­dro doloroso e sombrio.

O Sr. Nilson Gibson - Também é uma colocação queconsidero muito otimista, que diverge do pessimismoque V. Ex' apresenta em relação à Carta de Intençõesque o País apregoa, para que possamos reduzir a nossainflação a 60%, no ano de 1984.

O SR. AMAURY MÜLLER - E V. Ex' acredita nes­sa lírica pretensão?

O Sr. Nilson Gibson - Ê claro sou otimista.

O SR. AMAURY MüLLER - Eu também sou oti­mista, mas não cego para a História.

O Sr, Nilson Gibson - Acredito que nào seria o caso.Se V. Ex' fosse um homem que desenvolvesse seu traba­lho no setor primário, na agricultura, jamais poderia seragricultor no Nordeste, pois não se conformaria ao veraquelas nuvens carregadas irem embora e não cair águapara que pudesse colher os produtos da terra. Mas estenão é o assunto que nos interessa. Vamos ao pronuncia­mento de V. Ex'

O SR, AMAURY MÜLLER - Com a brevidade queo tempo está a exigir.

O Sr. Nilson Gibson - O nobre Deputado que me anotecedeu no aparte foi muito infelíz, porque tentou empa­nar um pronunciamento da envergadura do de V. Ex',com colocações como as que S. Ex' fez, dizendo que,"atolou-se" e "se atolou". Isso não condiz com esta Ca­sa, em hipótese alguma. Teremos que discutir o proble­ma da economia brasileira e não procurar saber do casode um jipe de um Vereador que se atolou ou deixou deatolar.

O SR. AMAURY MÜLLER - É que V. Ex' não en­tendeu a metáfora empregada pelo Deputado ValmorGiavarina.

o Sr. Nilson Gibson - Exatamente não entendi a ino­portunidade do aparte de S. Ex' Pedi um esclarecimentoporque, evidentemente, há um ponto obscuro no pro­nunciamento de V. Ex' A imagem não foi bem colocada.

O SR. AMAURY MÜLLER - É exatamente por is­so, por não entender, que V. Ex' continua a defender oindefensável, a tentar explicar o inexplicável. Pediria a V.Ex' que concluisse o séu aparte.

O Sr. Nilson Gibson - V. Ex' aborda, no seu pronun·ciamento, o descalabro, problcma de incompetência. To­davia V.. Ex', no final, toma uma posição, que eu nãoacredito seja deste ilustre parlamentar, que conheço bas­tante, embora em posições contrárias, e com quem, emSão Paulo, tivemos oportunidade de debater assuntos se­melhantes. Eu não entendo: V. Ex' quer que nós passe­mos calote nos nossos credores?

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10968 Sábado IS

o SR. AMAURY MÜLLER - Nobre Deputado,acho que, mais uma vez, V. Ex' não entendeu as coisas.

o Sr. Nilson Gibson - Pelo amor de Deus, não dcfen­da essa tcse, quc já foi aqui defendida pelo Presidente...

o SR. AMAURY MÜLLER - Ou V. Ex' cstá detur­pando, deliberadamente, a bússola do meu discurso paratorpedeá-lo, ou V. Ex' está precisando realmente de maisluzes.

o Sr. Nilson Gibson - Escute bem: o único Estadoque temos no País, cuja direção está entregue à agre­miação de V. Ex' - e posso dizer que tenho até uma cer­ta admiração pelo programa do PDT - ...

o SR. AMAURY MÜLLER - Muito obrigado.

o Sr. Nilson Gibson - ... é um dos Estados que maisdeve, inelusive arcando com problemas do nosso endivi­damento externo, por causa do seu metrô, da Ponte Rio­Niterói e do aeroporto. Veja V. Ex' que este Estado go­vcrnado pelo PDT foi privilegiado no contexto da infra­estrutura do País. Mas eu queria chcgar ao seguinte: V.Ex' também está advogando uma tese que é daqueles quenão querem fazer um trabalho evidentemente apurado.como o nobre Presidente do PMDB, Deputado UlyssesGuimarães, que, há cerca de uns cinco dias, fazia umpronunciamento propondo a mesma coisa que V. Ex':passar o calote. V. Ex', evidentemente, no exercício detal trabalho, não aceita essa Carta de Intenções com queo nosso Governo porcura, futuramente zerar o déficit ebaixar a taxa de inflação para 60%. Não acredita V. Ex'nessa viabilidade da estrutura cconômica do País? Quepessimismo carrega V. Ex' hoje nesta tribuna? Sempre oconsiderei como um dos Parlamentares mais lúcidos.Quando iniciei meu ligeiro aparte, rclativamente às colo­cações de V. Ex~ sobre a situação econômica, inclusivecom referência à Carta de Intenções, V. Ex' falava sobreo problema do desemprego no País.

o SR. AMAURY MÜLLER - Sr. Presidente, façouma pergunta à Presidência: se o orador que está na tri­buna é o Deputado Nilson Gibson, ou cu, porque o dis­curso paralelo de S. Ex' deixou-me na dúvida.

o Sr. Nilson Gibson - Vou cncerrar c sci que o Dcpu­tado Amaury MaIler é homem liberal e habituado ao de­bate. Quanto ao desemprego, V. Ex' diz que ele existe emconseqaécia da nossa dívida externa. Discordo integral­mente. Por que essa colocação?

O SR. AMAURY MÜLLER - Retomo a palavra, Sr.Presidente. O aparte de V. Ex', que muito me honrou,constitui o mais flagrante calote que V. Ex" passou aomeu discurso. (Risos.) Mas, continuo, Sr. Presidente.

Ainda há mais. O Governo almeja um saldo, na ba­lança comercial, de 9 bilhões de dólares em 1984. Comodcvc 14 bilhões ou tcm um compromisso da ordem de 14bilhões, de onde tirará - se é que aleançará esse saldo de9 bilhões nas suas contas com o comércio exterior - osrestantes 5 bilhões? Do bolso raspado e vazio dos traba­lhadores?

Ora, Sr. Presidente, Srs. Deputados, as únicas formasconhecidas de se obter divisas consistem em superávit dabalança comercial, superávit na balança de serviços, nosinvestimentos externos diretos. ou no esvaziamento deeventuais reservas, ou ainda, no crescente endividamentoexterno. Como não temos um tostão, sequer, de reservaspara esvaziar. como as empresas multinacionais não irãoinvestir num País claudicante e duvidoso, e como nãopoderemos incrementar ainda mais o endividamento ex­terno, sobraria apenas a vã e sonhadora hipótese de umsuperávit de 5 bilhões de dólares na balança de serviços,o que representa uma cândida ou uma draconiana utopiados formuladores de nossa política de salvação econômi­ca e social.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Eis aí, Sr. Presidente, Srs. Deputados, um balanço an­tecipado do futuro que nos espera. E notem os Srs. Par­lamentares que não estou sendo pessimista, como pre­tcndeu inutilmente, com seus argumentos rot"s e esfarra­pados, o ilustre Líder do Partido Oficial. Estou sendo atéotimista, estou propondo fórmulas dentro aquilo que éviável e possível para se obter esses recursos que o Go­verno diz que vai obter.

Chegamos a este termo porquc a Nação vem sendo tu­telada por um grupo de tecnocratas deslumbrados, aquem falta aquela visão política e humanista que deveria"pautar qualquer planejamento económico. Não estaría­mos. aqui, à beira do caos, se os formuladorcs de nossosdestinos fossem a anônima e legítima massa de cidadãosbrasileiros que compõem este País, que não têm voz eque não têm vez e contra quem, nobre Deputado NilsonGibson, o Governo de V. Ex' uma vez mais brande osinstrumentos, os mecanismos do autoritarismo paratirar-lhe o que já não têm: nem liberdade, nem pão, nemesperanças.

Não estaríamos no desespero absoluto se a sociedadebrasileira participasse cfctivamente das grandes decisõesnacionais, ao invés de ser gerida por meia-dúzia de ilumi­nados. Apenas a democracia, Srs. Deputados, representaa solução justa para um País, por maiores os descami­nhos e atropelos que possam acometê-lo. O povo pagarápor seus erros, mas não é justo esperar que pague peloserro~ alheios, ainda mais quando tais erros se embasamna ineúria administrativa, no despreparo, na negligênciae no mais profundo desprezo pela vontade de umaNação intcira.

O Sr. Cid Carvalho - Permite V. Ex' um aparte?

O SR. AMAURY MüLLER - Ouço V. Ex' com mui­to prazer.

O Sr. Cid" Carvalho - Nobre Dcputado AmauryMüller, estamos todos ouvindo com a maior atenção opronunciamento de V. Ex!]. V. Ex' entra, agora, numaquestão que me parece fundamental: em que medida oPaís inteiro, a Nação inteira pode avalizar os erros defalsos dirigcntes. Sou daqueles, nobre Deputado, que cn­tendem que, se a Nação é viável, essa direção que aí estáé inviável. Logo, há uma contradição entre a Nação e adireção. Um País numa crise como a que enfrentamosnão vai resolver problema nenhum, não vai pagar dívidanenhuma se não estiver exercitando todas as suas potcn­ciaJidades. E esta Nação tem condição de se mobilizarpara isso. Mas só pode se mobilizar se readquirir a suacredibilidade. De forma que resolver os problemas doPaís da sua dívida interna e externa, através de uma di­reção nacional inteiramente desacreditada e sem nenhu­ma capacidade de mobilizar a Nação é inteiramente im­possível. Sou daqueles que acham que o País tem seuscompromissos, mas tem de ver em que medida é respon­sável por compromissos assumidos em scu nome. E só aatitude viril da moratória, só uma virada de página, só areformulação da direção nacional é que" pode mobilizaras forças para atravessarmos essa crise tão profunda queenfrentamos. Muito obrigado a V. Ex'

O SR. AMAURY MüLLER - Eu é que quero expres­sar minha gratidão pelo oportuno aparte de V. Ex' e rci­terar aqui que são colocações como as que V. Ex' faz, se­melhantes às que fez o nobre Deputado Valmor Giavari­na, que o nobre Líder da Minoria governista nesta Casanão consegue ou não quer entender. Na sua ânsia de ser­vir a um regime, que nada lhe dá senão encargos espi­nhosos como este de defender o indefensável, mas paraviver na doce vida. à sombra do poder, arrisca-se S. Ex'até a agredir o próprio processo histórico.

Mas quero concluir, Sr. Presidente, lembrando que,enquanto o Governo esmaga os salários, estimula o de­semprego, patrocina o subemprego, eleva os Índices demortalidade infantil e taxas comprometedoras para llmpaís civilizado e que pretende ser democrático. Enquanto

Outubro de 1983

tudo isso acontece, protegidos do regime, que levam umavida principesca, excursionam pelo exterior gastando oque não temos. O Governo, que se dá ao luxo até de ace­nar com a possibilidade de cortar o cafezinho nas repar­tições públicas, cafezinho que é uma instituição nacio­nal. sob o pretexto de fazer economia, quer agora, não sócortar O cafezinho, o que é uma pilhéria sem graça, masinvestir contra as empresas estatais, que constituem ummarco histórico da soberania nacional, também com opretexto ridículo e hipócrita de conter despesas que elepatrocina nessas viagens principescas de presidentes deestatais ao exterior. Mas não traz nenhum benefício aosseus empregados.

O Sr. Valmor Giavarina - Permita-me. V. Ex', nobreDeputado Amaury Maller, me perdoe, mas não está fa­zendo justiça à vivacidade do nobre Líder da Minoria,Deputado Nilson Gibson. S. Ex' é um homem muito co­medido.

O SR. AMAURY MüLLER - E atilado.

o Sr. Valmor Giavarina - E atilado. S. Ex' chega aoponto - para que V. Ex' sinta, perceba, veja a vivacida­de do Líder da Minoria - de aqui tomar uma postura elá fora tomar outra. Aqui, S. Ex' é defensor intransigcntedo indefensável, disto que aí está S. Ex' chegou a ficarquatro horas sentado ali levando cantadas e defendendoO que é indefensável. Mas, nobre Deputado, ele é ma­nhoso. Tive oportunidade. recentemente, de ler um dis­curso que o nobre Deputado Nilson Gibson não leu.

O SR. AMAURY MüLLER - Era isso que eu ialembrar" V. Ex....· Um discurso cncaminhado à Mesa.

o Sr. Valmor Giavarina - Encaminhou como lido umdiscurso onde tece críticas terríveis ao Governo que aí es­tá, para depois mandar tirar separata desse discurso paramostrar aos seus eleitores no seu Estado que aqui eletoma uma postura de defensor do povo. De modo que,nobre Deputado, V. Ex' tem que entender melhor o De­putado Nilson Gibson. Ele ê um homem de duas postu­ras: uma para efeito interno e outra para efeito externo.

O SR. AMAURY MüLLER - Eu nutro pelo nobreDeputado Nilson Gibson o maior respeito, a maior ad­miração. Creio que divcrgir é próprio do homcm. Mas,para que essas divergências não separem as pessoas e sir­vam. ao revés. para aproximá-Ias, elas precisam ser cons"'cientes e responsáveis. E na medida em que debatemos,na medida em que o Deputado Nilson Gibson tenta de­fender um governo que nada lhe dá, senão esses encargosespinhosos, mas se manifesta, através de um pronuncia­mento de Pequeno Expediente encaminhado à Mesapara publicação no Diário do Congresso, contrário a de­terminadas diretrizes que o Governo vem adotando, eureconheço nele essé direito de divergir, que é próprio doshomens.

O Sr. Nilson Gihson - Permite-me, nobre Deputado?

o SR. AMAURY MüLLER - Tenho quc concluir,nobre Deputado Nilson Gibson. Não posso mais conce­der apartes. A Presidência me alerta que o meu tempo es­tá esgotado.

o Sr. Nilson Gibson - Apenas para esclarecer deter­minadas posições que eu venho adotando - e posso rea­firmar, hoje. aqui, como afirmei naquele pronunciamen­to, que tive a honra de o nobre Deputado Valmar Giava­rina pedir para que fosse também adotado como pro­nunciamento dcIc aqui no Pequeno Expediente. Eu dc­fendi, Sr. Presidente e nobre Deputado Amaury Maller,a tese de que o Presidente da República deveria invertersituação que estava ocorrendo. Primeiro cuidar doproblcma da economia, do problcma da nossa dívida ex­terna, quc V. Ex' hoje está dcbatendo, e dcixar para umplano secundário a sucessão presidencial. O outro assun­to que V. Ex' abordou em seu pronunciamento é o da

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Outubro de 1983

credibilidade. Defendi. defendo e continuo ainda expon­do a minha posição, que é mais importante conquistar­mos a credibilidade do País do que reeebermos o aval doFM I. Coloco-me nesta posição. Por isso pedi que ficasseesclarecido o nosso pronunciamento, deixando registra­do que me senti muito honrado quando o Deputado Val­mor Giavarina leu o meu discurso pela segunda vez aquinesta Casa.

o SR. AMAURY MÜLLER - Para concluir, Sr. Pre­sidente, dianle de tudo isto ~ e isto é muito pouco paraa realidade brasileira - quero dizer que a sorte estálançada ... Não existem caminhos visíveis que conduzamao saneamento de nossa economia sem que, em contra­partida, se pague um preço por demais elevado no cam­po social. Os homens que, um dia, se assenhorearam doleme da Nação, à revelia de seu povo e de suas insti­tuições, llaverão de pôr a mão na consciência e assumir apérfida paternidade do monstro que geraram. Dos malesfeitos, e do sangue derramado, pelo menos restará umalição para a p';steridade: o poder, Sr. Presidente, aindaque legítimo, embriaga. Mas o poder, Srs. Deputados,quando ilegítimo, e pelos resultados que costuma trazer,coloca os seus detentores dentre os mais pérfidos vilõesda humjlnidade. (Palmas.)

o SR. PRESIDENTE (Walber Guimarães) - Nadamais havendo a tratar, vou levantar a sessão.

DEIXAM DE COMPARECER OS SENHORES:

Pará

Carlos Vinagre - PMDB; Jorge Arbage - PDS.

Maranhào

Edison Lobão - PDS.

Ceará

Furtado Leite - PDS; Marcelo Linhares - PDS.

Paraíba

Raymundo Asfora - PMDB.

Pernambuco

Carlos Wilson - PMDB.

Sergipe

Augusto Franco - PDS.

Bahia

Domingos Leonelli - PMDB; Francisco Benjamim ­PDS.

Rio de Janeiro

José Eudes - PT.

Minas Gerais

Aníbal Teixeira - PMDB; Jorge Vargas - PMDB; Jua­rc/ Batista - PMDB.

São Paulo

Airton Sandoval - PMDB~ Diogo Nomura - PDS;

F1úvio Bierrenbach - PMDB; Francisco Amaral ­PMDB: Ivelc Vargas - PTB.

Mato Grosso

Gilson dc Barros - PMDB.

Mato Grosso do Sul

lIarr)' i\nlllrim - PMDB; Ubaldo Barém - PDS.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Paraná

Norton Macedo - PDS.

Rio Grantle do Sul

Rosa Flores - PMDB.

ORDEM DO DIA

(VI - Levanta-se a Sessão às I2 horas e 35 minutos.)

DISCURSO DO DEPUTADO ADEMIR AN­DRADE, PROFERIDO NA SESSÃO ORDI­NÁRIA DE 5-10-I983.

O SR. ADEMIR ANDRADE (PMDB - PA. ComoLíder.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados, não voltaria aesta tribuna se não tivesse sido solicitado pela Liderançado meu Partido, como homem da região, como políticodo Município de Marabá, para ainda tratar do assuntorelativo a Serra Pelada.

Aos garimpeiros, que comemoram esta primeira vi­tória, alerto que temos mais dois passos em nossa luta: oprimeiro é a aprovação desse projeto no Senado; o se­gundo é a sanção do Presidente da Rept1blica. Aconselhoos companheiros garimpeiros a que, na mcdida do possí­vel, continuem firmes e permaneçam em Brasília, até quea questão seja totalmente definida.

Passo a ler um trecho do relatório do DepartamentoNacional da Produção Mineral - DNPM, sobre SerraPelada, que diz o seguinte, no seu item 5.3:

"5.3.-Mineração aurífera

Ao longo de toda a coluna metavulcano­sedimentar ocorrem disseminações auríferas a níveisde ppm e/ou ppb, porém existem dois intervalosque apresentam ouro em quantidades anômalas daordem de kg/mJ • O primeiro intervalo, encaixadonos metamorfitos vermelhos da Serra Velha, obede­ce ao mesmo mergulho dcsta rocha, aproximada­mente 359 SW. Trata-se de um metachert com apro­ximadamente 20 em de espessura e de ocorrênciarestrita, por sinal atualmente destruido pelos traba­lhos de garimpagem. O outro encontra-se na basedos metamorfitos vermelhos, a aproximadamente50 metros abaixo da atual superfície. Esta faixa mi­neralizada é parte integrante de um metamorfitoargilo-grafitoso, bastante cataclasado com micro­fraturas, enriquecido em ouro paladiado."

Ora, Sr. Presidente, Srs. Deputados, isso demonstraclaramente que em Serra Pelada existe ainda enormequantidade de ouro, que, defendemos, deve ser explora­do pelos garimpeiros que lá estão.

Ouço o Sr. Deputado José Lourenço.

O Sr•.José Lourenço - Nobre Deputado, apenas parainformar que, após entendimentos com o Senador Aloy­sio Chaves, posso garantir a V. Ex' que esta matéria seráaprovada também em regime de urgência no Senado daRepública. Era a comunicação que gostaria de fazer.

O SR. ADEMIR ANDRADE - Fico extremamentesatisfeito com esta notícia. Começo a achar que o PoderLegislativo deste País está realmente cumprindo seu pa­pel. Mas gostaria que V. Ex' nos pudesse dar essa garan­tia - aí, sim, eu ficaria ainda mais satisfeito - de que oPresidente da República sancionará esta lei. Creio po­rém, que V. Ex' não poderá fazer tal afirmação, porquenào sabe se o Presidente irá vetá-lo ou sancioná-lo. Gos­taria de ter a resposta do Líder do PDS. Como nada érespondido, fica portanto a dúvida.

Diria ainda, Sr. Presidente, Srs. Deputados, que o art.73 do Código de Mineração e os artigos 29, 110, 112, 113da lei que regulamenta este mesmo Código, mostram de

Sábado 15 10969

maneira clara e insofismáve! que O poder de decisão estánas mãos do Ministro de Minas e Energia e do Sr. Presi­dente da República. O que este Congresso está fazendo éapoiando a luta dos garimpeiros, exercendo sua pressãolegítima, como Poder que cfetivamente representa o po­vo, esperando que o Presidente tcnha sensibilidade parasancionar a lei e, efetivamente, deixar nas mãos dos ga­rimpeiros de Serra Pelada aquela rica mina:

Dou o aparte ao companheiro Márcio de Lacerda,com muita satisfação.

O Sr. Márcio de Lacerda - Deputado Ademir Andra­de, é muito válida a preocupação de V. Ex' com relaçãoà garantia de que realmente 0.5 garimpeiros de Serra Pe­lada terão, prorrogado o prazo para explorar a mina pormais 5 anos, com a sanção desta lei aprovada pelo Con­gresso. Meu Estado, O Mato Grosso, sabe V. Ex' muitobem, é um dos que tem grande ocorréncia de garimpos ede conflitos em suas áreas. Os Estados de Mato Grosso,Pará, Amazonas, assim como toda a Amazônia, estão re­queridos e com alvará de pesquisa concedida peloDNPM. Ocorre que nenhuma empresa mineradora pro­move essas pesquisas. Todas as descobertas minerais naAmazônia, sem exceção, de todos os minérios - o ouro,diamante, ~assiterita e tantos outros - foram feitas pe­los garimpeiros. Depois de os garimpeiros, a duras pe­nas, abrirem o garimpo, iniciarem a exploração, como éo caso de Serra Pelada - e esta deve ser a décima comis­são de garimpeiros daquela região que vem a Brasília ­os detentores da autorização legal, do alvará de pesqui­sa, requerem ao Departamento Nacional da ProduçãoMineral, ao Ministério das Minas e Energia, a garantiapara poderem efetuar suas pesquisas - pesquisas entreaspas. Fomos testemunhas de despejos violentíssimos,ocorridos no Município de Alta Floresta, no Garimpode Nova Planeta, há pouco mais de quatro meses, quan­do o DNPM determinou que a Polícia Federal evacuasseda área mais de dez mil garimpeiros que ali trabalhavam,para que pudesse entregar o minério deseoberto pelosgarimpeiros a uma firma multinacional. Este é um fenô­meno que ocorre em todas as ocorrências minerais daAmazônia, nos Estados do Pará, Amazonas e Territóriode Roraima. Ninguém se esqueça também da expulsãodos garimpeiros de cassiterita de Rondônia - quandohouve, inclusive, muitas mortes - efetuada pela PolíciaFederal. É o risco que ainda eorrem não só os garimpei­ros de Serra Pelada. mas de toda a Amazônia.

O SR. ADEMIR ANDRADE - Agradeço ao Deputa­do Márcio de Lacerda o aparte. Digo a V. Ex' que fatoscomo os narrados continuam acontecendo. Ainda an­teontem e ontem, dois garimpos foram fechados peloGoverno. O problema dos garimpos é muito amplo, e dizrespeito à soberania nacional. São interesses patrióticosque aqui defendemos, quando lutamos para que a explo­ração seja feita pelos garimpeiros, é porque entendemosque são brasileiros que estão gozando desta riqueza.Mesmo sabendo que o processo não é o mais justo, queos que têm mais dinheiro exploram os chamados formi­gas ou meia-praças, ainda assim é a opção que nos restadefender, pois deixar esta exploração na mão do Gover­no, significa a insegurança, o desvio, ou a entrega destasriquezas a empresas multinacionais, pois não se podeconfiar num Governo sem independência e sem respaldopopular.

Eles alegam a questão da segurança. Entendemos queé uma questão séria e que dcve ser profundamente anali­sada, mas não podemos aceitar nunca que isto seja con­dição para fechar o Garimpo. Os garimpeiros estão dis­postos a pagar pelo serviço de rebaixamento das encos­tas e a parar o tempo necessário à realizaçào do serviço,desde que cada um continue com o seu barranco e possaexplorá-lo até seu final.

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10970 Sábado 15

Mas voltando ao assunto do projeto, quando levanta­mos dúvida sobre o comportamento do Presidente Fi­gueiredo, temos razão para fazê-lo. Deus qucira que es­tejamos errados. Oxalá S. Ex' se sensibilize COm oproblema; queremos que a pressão dos garimpciros sejatão forte que S. Ex' não tenha o poder de vetar, como seiefetivamente ser sua vontade; e se não é a sua, pelo me­

nos é a das multinacionais, que, hoje, praticamente, co­mandam os destinos do nosso Pais.

Direi porque duvido da decisão do Presidente Figuei­redo. Duvido porque estou vendo o que se está fazendocontra os trabalhadores; duvido porque estou vendo queo seu Governo se submete às determinações do FMI, du­vido porque S. Ex' lança nas costas do trabalhador bra­sileiro este Decreto-lei 2.045, que leva o nosso povo apassar fome e necessidade, a ponto de saquear lojas eroubar supermercados porque não agüenta a dor da mi­séria. É por isso que duvido do Presidente da República.Duvido porque ainda na semana passada, assisti a estaNação inteira clamar pela reforma tributária. Todos osDeputados, Prefeitos e Governadores deste País estão aexigir da Presidência da República uma reforma tribu­tária, enquanto o Presidente Figueiredo se mantém in­transigente, afirmando que não a dará, como se fosse umrei, COmo se fosse proprietário do Brasil. Duvido porquevejo a Nação inteira exigir a moratória da nossa dívidaexterna, a suspensão dos pagamentos, tanto dos juros,como dos valores efetivos dos empréstimos.

A teimosia cega em pagar esta dívida é que está condu­

zindo toda política econômica. Uma política suicidapara nós, boa para os bancos estrangeiros. Estão a nosexigir 9 bilhões de dólares de superávit em 1984. Tudoque produzimos é para ser exportado. Querem nos obri­gar a mandar para outros países, o que necessitamospara comer. Desejam sacrificar os trabalhadores, dimi­nuindo o seu nível de vida e seu poder de compra, parasobrar para a exportação. Aumentam os juros internos,para que haja captação de dólares no exterior, acabamos subsídios, provocando um aumento incontrolável nospreços, enfim fazem o que são ordenados a fazcr, semouvir o único poder representativo do povo, que é oCongresso Nacional.

A Nação inteira clama por uma mudança de rumos,com propostas concretas, como as apresentadas peloPMDB, entre outras, mas o Presidente Figueiredo sóouve o Ministro Delfim Netto, que é um incompetente.E quem diz que cle é incompetente não sou só eu, é todaa Nação brasileira. É a lógica, é o bom senso, pois comose pode admitir o sacrifício do trabalhador, concomitan­temente com a especulação financeira, que nada produze beneficia amplamente os agiotas.

Há poucos dias, no. '"Jornal Nacional", o SI. Ermíriode Moraes era questionado por um repórter nos seguin­tes termos,:, ·'Mas, se nós declararmos a moratória, os Es­tados Unidos não nos emprestarão mais dinheiro". Aoque ele respondeu mais ou menos assim;, "'Não precisa­mos mais do dinheiro dos Estados Unidos. Precisàm05ter a nossa própria economia. Precisamos redirecionarnossos destinos em função do nosso povoH. Pergunto:Quem tem mais capacidade? Um industrial que venceuna vida, inclusive sem a ajuda do Governo, até porqueestá até se opondo diretamente a ele, como o Sr. Ermíriode Moraes, ou o Ministro Delfim Netto, que nunca foinada, a não ser homem de Governo, que teve inclusiveseus auxiliares diretos, acusados nesta Casa, de cor­rupção, de terem desviado dinheiro quando foi Embai­xador em Paris? Quem é o mais competente? No entanto.o Presidente Figueiredo ouve apenas o Ministro DelfimNetto. Por tudo isso, duvidamos da sua atitude.

Concedo o aparte ao Deputado Gilson de Barros.

OIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

o Sr. Gilson de Barros - Nobre Deputado, hoje acon­teceu aqui, algo realmente extraordinário, inusitado: umDeputado do PDS apresentou um projeto que beneficiaos trabalhadores. Não estamos acostumados a ver Depu­tados do PDS defenderem garimpeiros. Se o DeputadoSebastião Curió realmente quer ser defensor de garim­peiros, terá que assumir com o PMDB alguns compro­missos, como por exemplo, o de pressionar o Ministroda Justiça, para que S. Ex' mande apurar o assassinatode 300 garimpeiros no Mato Grosso. S. ExQ vai ter queapoiar nossa pretensão de modificar o Código de Mine­ração, para assegurar aos garimpeiros, aos trabalhado­res, o direito ao solo e ao subsolo nacional l ao invés deentregá-los, como atualmente se faz, às BRASCAN,Saint Louis, Saint James, enfim, a poderosos grupos es­trangeiros que nos sugam o ouro, o diamante. a cassiteri­ta e outras riquezas, além de ludibriarem o Fisco, cau­sando grandes prejuízos à Nação. Essa luta de V. Ex',corno a de tantos companheiros do PMDB do Pará, doAmazonas, do Mato Grosso. de Goiás e de outras re­giões auríferas, hoje está robustecida, muito embora, porironia da sorte, por um projeto de um Deputado do PDSque jamais defendeu o trabalhador, muito menos os ga­rimpeiros deste País.

o SR, ADEMIR ANDRADE - Deputado Gilson deBarros, fico contente de ouvir V. Ex', entretanto, comojá disse, começo a confiar mais nos políticos, começo aacreditar que a sociedade está sabendo fazer a sua pres~

sào, e, de certa forma, está recebendo respostas, porque,mesmo dentro do PDS, já vimos Deputados votandocontra iniciativas do Governo, fazendo inclusive, críticasostensivas ao seu próprio governo. Temos aí o caso doSenador Nilo Coelho, que está condenando abertamentea posição do Regime, já implorando pela vinda de umnovo Governo. Mas voltando ao Ministro Delfim Netto,está com essa farsa, com essa história de dizer que nósdevemos ler o Decreto dele, porque este decreto-lei, nãodcle, mas do FMI, diz que também diminui a prestaçãoda casa e a prestação do aluguel. Ora, do aluguel eu con­cordo, mas da prestação do BNH, absolutamente. Elepode até fazer com que ela seja 0,8% do INPC, mas eleprorroga o prazo, faz uma renegociação da dívida, per­petuando por toda a vida aquele que quer ter a sua casa eque vai ter que pagar durante anos e anos, talvez morrer,sem que ela seja efetivamente sua, e que só venha apossuí-Ia depois que tenha morrido.

Queria dizer ainda que o povo brasileiro, abismadodiante de tanta corrupção, de tanta sujeira, que enlameiaesta Nação, está a exigir a punição desses homens quedesviam os dinheiros públicos, e que, infelizmente, o Pre­sidente Figueiredo não tem tido o mínimo pulso paraagir. Não sei o que falta a S. Ex', pois teria, se agisse, oapoio de toda a Nação. A impressão que temos é de queo Presidente da República não lê jornal, não vê televisão,não sabe de coisa alguma. A impressão que temos é que,como no caso Juruna, o Presidente recebe as notícias pe­las màos do Minístro Leitão de Abreu, como um fuxi­quinho que sc faz por detrás da porta, às escondidas,como sugerem as fotos publicadas na revista "VEJA" eno '"Correio Brasiliense". Ou S. Ex' não vê as coisas ounão tem sensibilidade, ou está demonstrando ser total­mente incompetente para reger os destinos do Brasil e jádeveria, a esta altura, ter desístido de ser Presidente, ouentão, Nobre Líder do PDS, se quisesse deixar seu nomena história, demonstrando o seu desejo de fazer destePaís uma democracia, que apoiasse a realizaçào deeleições diretas - conforme o desejo do povo - paraeleger um Presidente da República comprometido comos interesses maiores da nacionalidade, comprometidocom a melhoria de vida de seu povo, preocupado em de-

Outubro de 1983

fender as suas riquezas, em impedir que as multinacio­nais levem tudo o que temos aqui.

o Sr. José Lourenço - Permite V. Ex' um aparte?

o SR. PRESIDENTE (Paulino Cícero de Vascon­cellos) - A Mesa lembra ao nobre orador que seu tempoestá esgotado e, infelizmente, não é mais possível conce­der apartes. A Mesa, não podendo ser generosa com otempo dcstinado a outros oradores inscritos, lamentanão poder permitir o aparte.

o SR, ADEMIR ANDRADE - Concluo, Sr. Presi­dente, dizendo que, o modelo mineral brasileiro é forma­do pelo tripê - Governo - Iniciativa Privada Nacionale participação estrangeira. A sanção deste projeto castra­ria os interesses da Cia. Vale do Rio Doce. Como SerraPelada está localizada na área de Carajás, é óbvio que ainiciativa privada c principalmente O capital estrangeiroterão que pensar duas vezes antes de investir, motivo es­te, que acima de qualquer coisa, mais preocupa o Gover­no, e motivo também que por nosso lado mais nos incen­tiva à luta pelo direito dos garimpeiros. Muito emborare!evante a luta do garimpo de Serra Pelada, a luta maioré a do povo brasileiro, em busca da sua liberdade, embusca de um Governo que respaldado pela vontade po­pular, coloque fim ao imperialismo internacional, moti­vo maior da desgraça dos Países do Terceiro Mundo.

Esta é a nossa manifestaçào.

SEÇÃO DE SINOPSE - CEL

Arquivem-se, nos termos do artigo 117 do RegimentoInterno, as seguintes proposições:

Projetos de Lei

N' 136/83 (Jorge Carone) - Acrescenta artigo à Lein' 4.595, de 31 de dezembro de 1964, para determinarque as deliberações emanadas do Conselho MonetárioNacional e do Banco Central do Brasil, sejam submeti­das à apreciação do Congresso Nacional.

N' 465/83 (Inocéncio Oliveira) - Veda às insti­tuições financeiras a exigéncia do aval nos contratos deempréstimo contraído por pessoas físicas, e determinaoulras providências.

N' 779/83 (Jorge Arbage) - Altera dispositivo daLei n' 5.692, de 11 de agosto de 1971, que "fixa diretrizese bases para o ensino de ]'? e 29 graus".

N' 908/75 (Francisco Amaral) - Altera dispositivos·da Lei n' 5.971, de Ii de dezembro de 1973, que dispõesobre a atividade turística no País.

N' 919/83 (Jorge Arbage) - Dispõe sobre a inclu­são do ensino de religião como disciplina obrigatória,nas escolas de todos os níveis e modalidades.

N0 1.234/83 (Francisco Dias) - Introduz modifi­cação na Lei n' 6.268, de 11 de novembro de 1975, quedispõe sobre a averbação do pagamento de títulos pro­testados, a identificação do devedor em títulos cambiaise duplicatas de fatura, e dá outras providéncias.

N' 1.374/83 (Mozarildo Cavalcanti) - Acrescentaitem e parágrafo ao artigo 17 do Decreto-lei n' 411, de 8de janeiro de 1969, que "dispõe sobre a Administraçãodos Territórios Federais,'a organização dos seus Municí­pios c dá outras providências.

N' 1.607/75 (Francisco Amaral) - Dispõe sobrereajustamento salarial e dá outras providências.

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Outubro de 1983 .

:IP

2/83

13/8.1

11/83

18/8.1

21/83

2.1/8.1

JOÃO HERCULJI/O

OSVALJW.-LIMA FILHO

RA ftWNlJO ASF~RA

FRANCISCO DIAS

FRANcrsco STUDART

OSWALDO LI:-fA FILHO

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

SECRETARIA-GERAL DA MESA1 983

REQUERIMENTOS DE INFORMAÇÕES EnCAMINHADOS

EMENTA

Solioita informações a SEPLAN sobre 08 aumentos

dos p~eços dos de~ivados do pet~óleo.

Solicita info~maçõe8 ao S~. MINISTRO EXTRAORDI­

NARIO PARA ASSUNTOS FUI/OlARIaS 8ob~e o despejo

de 150 fam'Ílias de ag'l'i("H1.tOf'(,B da "Fazenda MH.

Zata", em Pernambuoo.

Solicita info~mrrçõe8 à CAIKA ECONOMfCA FEDERAL

sobre finanoiamento na ~onstrução na ~araiba.

Solicita info~mações ao MINISTtRIO DA FAZENDA

sobre arrecadação de todas as loterias reali­

zadas no Pats.

Solicita à SEPLAN e ao HANCO CENTRAL DO BRA­

SIL relação nominal das empreBGR estatais in~

dimpZentea com ~omp~omis8oa no exterior e in­

fOJ1mações sobr'e o montante da d{vida e:r:terna

de órgãos públiaoe.

SoLioita informações ao MINISTtRIO DA FAZENDA

SObJ18 a reme8sa de dÕZaJ168 par~ o ~xterior por

DATA DA RE:.zSSA ~O GAEI::S~S :::.::FRESIO~:;';I..... c.:.. .~::'P:.;;:': 1.::-'\

Of. SGM-20, de Og.03 ••;.'

Of. SGM-13ô, de lS.05.:3

Of. SGM-137, de 16.05.83

Of. SG/of-i4j, de 'ir. g5'. f~

Df. SGM-24{, de C9.a~.BZ

Sábad@ 15 10971

ompresas naaionaiB e e~tl'angeira8~

1981 e 1982.

em 1980~

Df. SGM-393 1 de 24.06.93

21/8.1

25/8.1

35/83

U/B3

,17/83

,l$/8S

40/83

41 /83

.J 2/83

.J .1/8.~

41/8.1

RAr/IUNDO ASFCRA

OSVALDO NELO

FERREIRA MARTINS

OSt'ALDO .'.ff;00

CRISTINA TAVARES

SF-RGIO CRUZ

EDISON LOBÃO

SISGFRIED !lEUSER

FRA,','crsr'O AMARAL

FR,lflCT8('O II1·!ARilL

RAYMUNDO ASFORA

Solioita informações ao MfNISTtRIO DA JUSTIÇA

8ob~e projetos e recursos para a construção

de uma penitenciá~ia em Campina Grande (PBJ.

SoZicita informações ao MEC sobre_ as obras do

Patrimônio Histórico de Belém da Pará.

Solicita info~mações ao S~, MINIS7'RO EXTRAORDI­

NÁRIO PARA ASSUNTOS FUNDIÃRIOS 80b~e a·a~recada

çào pelo INCRA, nos exetcicios de 1978 a 1982,

do Imposto Territo~ial Rural.

SoZi~ita informações ao UINlsrtRTo DAS MINAS E

ENERGIA sobre a implantação do projeto AZbrá8­

Alunorte.

Soliaita informações ao INSTITUTO BRASr~EIRO

DE DESENVOLVIMENTO FGORESTAG - IHDF 80bre 08

projetos aprovados pelo órgão nos úZtimos

anos.

Solicita informações ao MINISTtRIO DO INTE­

RIOR sobre o número de mutu5rios ·do Sistema

F1:nanceiT'o de H<'zbitGçã.(I lnacUmr't.·tltes 110S lUtimos 5 anos.

Solicita info~mações ao MINISTtRIO DA AGRICUL­TURA sabp€ comerciaZização de arroz e fp-ijão

Solicita info~maçõe8 ao'UINISTtRIO DA FA~FNDA

FJobre o mon.tante ded!tz7~do do Imposto de R.Plda

a títuZo do rJT'édito finmlae{po antl17~(l<ldQ rOl'

emp:t'eS:18 de aapitaúJ naoionais e P01' empNJaaS

de capitaZ estpangeipo.

Solicita informações ao BANCO NACIONAL DA HABf

TAÇÃO sobre os mutuáf'l:os em at)'OBO nas presta­

ções aa casa própria.

Solicita infol'mações ao MINISTtRro DO IIlTF:RIOR

sobre aquisiç5es de ter~~non rpZo BNH nos aZtimOS 3 anos.

Solicita informações ao MINISTF-RIO DAS COMUNI­

CAÇBEE sobre tarifas de telefonia e telex.

Of. SGII-395, de 24.06.8l

Of. SGM-b86, de 29.08.83

Of. SGM-b87, ·de 29.08.83

Of. SGU-b88, de "g.ra.B3

Of. SGM-589~ de ~~.J8.aJ

Df. SGM-591 1 J~ ~J.(5.f~

Df. SGM-592, de 2P.:g.~z

Of. SGM-.S!l.3 1 de U. ~ li. !J J

Ofl SGN~.'j9';~ dé 2J, 1 ...- , ,.

Of. SG!-J-59.S~ àl:!. :;9 " ::,'

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10972 Sâbado 15 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

SECRETARIA-GERAL DA MESA

1 9 8 3

REQUERIMEIITOS DE INFORMAÇÕES ENCAUINIIADOS

Outubro de 1983

::~

41183.

HI83

50/83

ALtRCIO DIAS

ARIiALDO I·IACIF:L

HeLIO DUQUE

EMENTA DATA DA .riE:·:~SSI.. p.J G::=;::~:-E ;;:~'':':: ;.~

PRESIDt'!C!.!" D.~ .~~?~'E:I c.~

50lieita info~mações ao MINISTE:RIO DOS TRANSPO~

TES sobre o andamento dos trabathon de pavimen­

tação da BR-364, no trecho Cuiabá-Po~to Velho-

Abunã-Rio Braneo. Df. SGM-598, de 29.08.~J

Soliaita info~maçõe. ao MINISTE:RIO DA FAZENDA

sobre a Loteria Esportiva Federal e a Loto. Of. SGM-599, de 29.03.83

Solicita informações ao MINISTtRIO DAS MINAS E

ENERGIA sobre operações no mercado financeiro

internacional, pela PETROBRAs, de agosto de

1982 a 30 de abril de 1983. Of. ~GM-601, de 29.09.83

53/83

55/83

56/83

5?/83

58/83

59183

61/83

62183

6"/83

6;/83

65/83

FRAlICISCO AMARAL

AIRTOII SOARE:S

MOZARILDO CAVALCAI/TI

FRANCISCO AMARAL

FRAIiCISCO AMARAL

WALL FERRAZ

OSVALDO MELO

HeLIO DUQUE

CRISTII/A TAVARES

FRANCISCO AMARAL

RAYfIUI/DO ASFIJRA

RAYHUNDO ASFIJRA

Soli~ita informações ao GABINETE: CIVIL DA PRE­

SIDEI/CIA DA REP~BLICA sob~e o não atendimento

e quais os impedimentos aos requerimentos en­viados a dive~8oB MinistroB de Estado.

Solioita informações ao MII/~STE:RIO DA FAZENDA

8obl'i: a CGI tj!4I.! apul"ou ípregularidades "la Cai:...

xa Econâmida Fede~at de Goiás.

Solicita informaçõen ao TRIBUNAL DE CONTAS DAUNIXO sobre as contas do Governo do Território

Ft/.deral. de Roraima, re'1.ativas are eX81'c"Ícios de

1979 a 1982 - Governo Otomar de SOU3a Pinto.

Solicita informações 00 NJNISTtRIO DAS MINAS EENERGIA 60bre a Conta de ReB~rVa GZobal da Re­

versão, movimentada pela ELETROBRAs.

Soliaita informações aos MINISTSRIO DA FAZEI/DA,

SECRETARIA DE: PLANE:JAlIENTO DA PRESIDtNCIA DA R~

PO~LICA e MINISTtRIO DA PREVID~NCIA E: ASSISTEI/­

CIA SOCIAL, sob~e o débito da União pal'a com a

Previdência SociaZ.

Solicita informações ao MINISTtRIO DA AGRICUL­

TURA sobre a impLantação do Parque Nacional da

Capivara, em são Raimundo JJ6nato, no Piaul.

Solicita informaçõ•• à SECRE:TARIA DE PLANEJAMEN

TO DA PRESIDENCIA DA REP~BLICA sob~e a implant~

ção de Tróleibu8 em Beqém.

Solicita informações ao MINISTtRJO DA AERONAUTJCA 80bre as obras de ampLiação do Aeroporto de

Macaé. no Estado do Rio de Janeiro.

Solicita informaç~eB ao MINISTtRIO DO INTERIOR

sobre a·situação juriaico-financeipa do Conju~

to Residencial YpiI'anga~ em Recifo.

Solicita informações ao MINISTCRIO DA PREVIOtN­CIA E ASSISTeNCIA SOCIAL eobre os débito. em

at~a80 das ppefeitu~a8 municipais e 80bre acor­

dos para pagamento paraelado.

Soticita info~maçõe8 ao MINI5TF.RTO DA AGRICUL­

TURA nobre a intervenção na CoopBrativa RBgio­

na! dos Produtores de Sisa7-- da Paraíba.

Solicita info~mações ao MINISTtRID DO INTERIOR8ob~e a paraZisação dae obras da Barragem ds

"Curimatã"~ no Estado "da Para'Íba.

Of. Sa:·f-81E, de (',,·.1:' ....:..:

Of. GP-O-2.38~. de07.10.83, ao ~F.IEV~AL DE CC1TAS I'E UIII;'.(.

0f_ SGM-820, de 04.1D.83

0f. SGM-82;~ dB 04.1Ü.jJ

Df. SGM-822~ de aq.l'. ~2

Of. SGM-82;, de 04.10.;3

Of. SGM-825, de G;.la.53

Df. SGM-8:27, de C'J.1.~. ::,;:

0[. SGM-828, de 04.10.83

Page 25: República Federativa do Brasil DIÁRIOrtilllilllllRiNACfONALimagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD15OUT1983.pdf · 2012-03-03 · nência do garimpeiro em Serra Pe ... bardo sobre

Outubro de 1983

.\U?OR

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

SECRETARIA-GERAL DA UESA

1 983

REQUERIUoYTOS DE INPORMAÇaES ENCAMINHADOS

EuellTA D..iT~ Cri P:::·:::;;5!: ..:~ ;;.:'E:::~-:~ ~..::.::?ii~S~;~::C::.:'. :.~ :=:~?::;:.:,;~.

Sábado 15 10973

es/83

67/83

88/83

6P/a3

10/83

11/83

72/83

73/83

74/83

ALBeRICO CORDEIRO

PAULO MIIICAROIIE

RAnlUlIDO ASFORA

OSVALDO Meío

OSVALDO MELO

FRANCISCO MIAi?AL

RAYMUlIDO ASFORA

ORESTES MUNIZ

Solioita informações ao MINISTeRIO DA INDOSTRIA

E DO COl1eRCIO sobre programas destinado,s "" ds­senvotvimento da atividade turiatica do Nordes­

te.

Solicita informações ao MINIST/JRIO DA PAZEIIDA8ob~e os gastos e as apZicações do Fundo PIS/

PASEP.

Solioita informações ao MINIST/JRIO DO INTERIOR

sobre as Zocatidades em que Bstão situados os

açudes constru~dos neste Governo.

SoUoita informações ao MINISTr.RIO DAS MINAS EENERGIA sobre o Projeto da Fábrica Albrás-AZu­

norte J no Pará.

Solioita informações à SECRETARIA DE PLANEJAMEIITO DA PRESJ;.DtNCIA DA. REP(JRLICA sobre emp"esas

brasileiras com sode p~ópria ou ~Lugada no ext~

l"io}'.

Solicita informações ao MINISTeRIO DO INTERIOR

sobre Projetos BNH-COHAB. no Pará.

Solicita informações a~ PODER EXECUTIVO sobre

a composição das delegaçõee.oficiais braeileira8 às Conferências Internacionais do Traba­lha promovidas pela Organização InternacionaL

do TJ:Oabalho - OU:

Solicita informações ao MINISTtRIO DO INTERIOR

sobre investimentos nas obras de abasteoimento

de água de João Peosoa.

Solicita informações ao MINISTtRIO DA FAZENDASObl'B o número de Instituições ;'·Financeil"as que

estão amparadas pelo Banco Centl'aZ do Brasil.

Of. SGM-829. de 04.10.93

Df. SGf.t-8JO, de [I';.1J. 21

Of. SGM-83i, de 04.1J.g3

Of. 5GI1-B32, de a4. L". ,o'

Of. X/oI-eH, de 04.1G. ,J

Of; SGU-e3S. de C4.10;,J

7E/83 EDUARDO MATARAZZO SUPLICY SoUcita informações aO MINIST/JRIO DA FAZENDAsobre a fiecaZiaação das Instituições Financei

ra8~ e§peciaZmente com a Ziquidação da COl'oa­

Bra.teZ. Of. SGN-89!?, de (lt:.l(J ••';.~

ATA DAS COMISSÕESCOMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA

Décima Reunião Ordinária da Turma "B",realizada no dia 4 de outubro de 1983.

Às dez horas do dia quatro de outubro de mil nove­centos e oitenta e três na Sala n' 17 do Anexo II da Câ­mara dos Deputados, sob a Presidência do Senhor De­putado Brabo de Carvalho, Vice-Presidente, presentes osSenhores Deputados Bonifácio de Andrada, Presidente,Leorne Belém, Vice-Presidente, Antônio Dias, ArmandoPinheiro, Osvaldo Melo, Valmor Giavarina, João Gil­berto, Ernani Sátyro, Guido Moesch, Gomes da Silva,Nilson Gibson, Arnaldo Maciel, Júlio Martins, GersonPeres, Plínio Martins, Hamilton Xavier, José Tavares,Jorge Carone, Rondon Pacheco, Ademir Andrade, JoséGenoino e Otâvio Cesârio, reuniu-se a Comissão deConstituição e Justiça. A ata da reunião anterior foi

aprovada por unanimidade. ORDEM DO DIA: I) ­Projeto de Lei n' 1.889/83 - do Sr. Leônidas Sampaio- que "assegura ao trabalhador autônomo o direito àgratificação de Natal e à remuneração de férias, e dá ou­tras providências". Relator: Deputado Osvado Melo.Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa, com emenda. Em votação, foi aprovado una­nimemente o parecer do relator. 2) - Projeto de Lei n.1.810/83 - do Sr. Djalma Bom - que "estabelece opiso salarial para o empregado da categoria profissionaldos metalúrgicos". Relator: Deputado Osvaldo Mclo.Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa. Em votaçào, foi aprovado unanimemente oparecer do relator. 3) - Emenda oferecida em plenárioao Projeto de Lei n. 1.116-B/79, que "assegura a difusãodos programas partidários, modificando o texto do ar!.118 da Lei n. 5.682, de 2 dejulho de 1971, alterado pelaLei n. 6.339, de I' de julho de 1976, e dá outras providên­cias". Relator: Deputado Nilson Gibson. Parecer: pelaconstitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e,

no mérito, pela aprovação. O Deputado João Gilberto,que pedira vista, devolveu o projeto, apresentando votoem separado pela constitucionalidade e, no mérito, pelarejeição. Adiada a discussão. 4) - Projeto de DecretoLcgilativo n. 31/83 - da Comissão de Economia, Indús­tria e Comércio (Mensagem n. 522/81-PE) - que "con­cede homologação a ato do Conselho Monetário Nacio­nal que autorizou a emissão de papel-moeda, no ano de1981, no valor de Cr$ 150.000.000.000,00 (cento e cin­qüenta bilhões de cruzeiros)". Relator: Deputado Osval­do Melo. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidadee técnica legislativa. O Deputado João Gilberto, que pe­dira vista, devolveu o projeto, apresentando voto em se­parado pela ilegalidade. Na votação, constatou-se empa­te. Votaram com o relator os Deputados Ernani Sátyra,Gerson Peres, Gomes da Silva, Guido Moeseh, NilsonGibson e Hamilton Xavier; votaram contra o relator osDeputados Jorge Carane, Arnaldo Maciel, João Gilber­to, José Tavares, Plínio Martins, Valmor Giavarina eBrabo de Carvalo. A decisão ficou adiada para reunião

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Outubro de 19S3DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)------------------------ ----------------------------

10974 Sábado 15

seguinte (arl. 77, parágrafo único, do Regimento Inter­no). 5) - Projeto de Lei n' 1.745/83 - do Sr. HerbertLevy - que "introduz alterações na Lei n' 6.223, de 14de julho de 1975, que dispõe sobre a fiscalização finan­ceira c orçamentária da União pelo Congrcsso Nacional,c dú outras providências". Relator: Deputado João Gil­berto. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade etécnica legislativa, com emenda. Em votação, foi aprova­do unanimemente o parecer do relator. 6) - Rcdaçãopara scgunda discussão do Projcto de Lei n' 218-A/79,quc "assegura a permanência no emprego do trabalha­dor readaptado em virtude de acidente, e dá outras pro­vidências". Relator: Deputado Nilson Gibson. Em vo­tação, foi aprovada unanimemente a Redação para Se­gunda Discussão oferecida pelo relator. 7) - Projeto deLei n' 1.905/83 - do Sr. Eaclides Scalco - que "declarade utilidadc pública a Associação Comunitária SantoInácio de Loyola, com sede em Curitiba, no Estado doParaná". Relator: ,Deputado Valmor Giavarina. Pare­cer: pela consdtuci~naliaahc,:juridicidade e técnica legis­lativa. Em voth.~àol foi kpro~ado unanimemente o pare­cer do rclator.I:i) - Prdjeto Ge Lei n' 4.306/8 I - do Sr.José Ribamar Machado!- que "dispõe sobre penalidadeà infringência das tabelas da SUNAB, e dá outras provi­dências". Relator: Deputado Valmor Giavarina. Pare­cer: pela constitucionalidade c, no mérito, pela rejeição.Discutiu a matéria o Deputado Gomes da Silva. Em voetuçà0 1 foi aprovado unanimemente o parecer do relator.9) Projeto de Lei N' 4.382/81 - do Senado Federal ­que "altera a redação do arl. 394 do Código de ProcessoPenal e acrescenta parágrafo ao ar!. 34 do Código deProcesso Penal Militar". Relator: Deputado Ernani Sá­tyro. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade, téc­nica legislativa c, no mérito, pela aprovação. Discutiu amatéria o Deputado Gomes da Silva. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do rclator. 10) ­Projeto de Lei n' 1.749/83 - do Sr. Manoel Affonso­que "modifica dispositivo da Lei n' 5.107, de 13 de se­tembro de 1966, que dispõe sobre o Fundo de Garantiado Tempo dc Serviço". Relator: Deputado GuidoMoeseh. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidadee técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanime­mente o parecer do relator. 11) Projeto dc Lei n'I.799/83 - do Sr. Henrique Eduardo Alves - que "a­crescenta parágrafo ao art. I' da Lei n" 5.197, de 3 deja­neiro de 1967, que dispõe sobre a proteção à fauna". Re­lator: Deputado Guido Moesch. Parecer: pela constitu­cionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Em vo­tação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator.12) Projeto de Lei n' 1.394/83 - do Sr. Anselmo Peraro- que "dispõe sobre a aposentadoria ao 25 anos de ser­viço aos representantes de laboratórios de Divisão Far­macêutica". Relator: Deputado Gomes da Silva. Pare­cer: pela constitucionalidade, juridieidade e técnica legis­lativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o pare­cer do relator. 13) - Projeto de Lei n" 1.566/83 - do Sr.Cardoso Alves - que. "isenta do imposto a casa própriaou o único imóvel constante do inventário, até a impor­tância correspondente a 5.000 UPCs". Relator: Deputa­do Gomes da Silva. Parecer: pela constitucionalidade,juridicidade c técnica legislativa. Em votação, foi apro­vado unanimemente o parecer do .elator. 14) - Emendaoferecida em Plenário ao Projeto de Lei n" 5.809-A/81,que "proibe o pagamento de honorários a diretores e delucros a sócios por empresas em débito para com a Previ­dência Social". Relator: Dcputado Nilson Gibson. Pare­cer; pela constitucionalidade1 juridicidade e técnica legis­lativa, com subemenda. Em votação, foi aprovado una­nimerilCnte o parecer do relator. 15) - Projeto de Lei n"2.120/83 - do Sr. Josê Luiz Maia - que "dispõe sobreo vestibular para os cursos de Comunicação Social nascondições que especifica, c dá outras providências". Re­lator: Deputado Nilson Gibson. Parecer: pela constitu­cionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com subs­titutivo. Em votação, foi aprovado unanimemente o pu­reeer do relator. 16) - Projeto de Lei n' 1.409/83 - do

Sr. Albino Coimbra - que "autoriza o Poder Executivoa criar a Escola Técnica Federal de Mato Grosso do Sul,e dá outras providências". Relator: Deputado ArnaldoMaciel. Parecer: pela constitucionalidade, juridie.idade etécnica legislativa. Em votação. foi aprovado unanime­mente o parecer do relator. 17) - Projeto de Lei n'2.67Bj76 - do Sr. Francisco Amaral - que "dispõesobre o pagamento de indenizações pelas sociedades se­guradoras, c dá outras providências". Relator: Deputa­do Arnaldo Maciel. Parecer: pela constitucionalidade,juridieidade c técnica legislativa. Em votação, foi apro­vado unanimemente o parecer do relator. 18) - Projetode Lei n' 1.622/83 - do Sr. Ibsen Pinheiro - que "fixaem 10 dias o prazo para, após o término do aviso prévio,o empregador fazer os registros na Carteira de Trabalhoe pagar os respectivos consectários decorrentes da resci­são, e dá outras providências". Relator: Deputado PlínioMartins. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidadee técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanime­mente o parecer do relator. 19) - Projeto de Lei n'1.623/83 - do Sr. Ibsen Pinheiro - que "modifica o ar­tigo 9' da Lei n' 605, de 5 de janeiro de 1949 - Lei doRepouso Semanal Remunerado e o pagamento de sa­lário, nos dias feriados civis e religiosos - e dá outrasprovidências". Relator: Deputado Plínio Martins. Pare­cer: pela constitucionalidade,juridieidade e técnica legis­lativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o pare­cer do relator. 20) - Projeto de Lei n' 1.531/83 - do Sr.Ibsen Pinneiro - que "introduz parágrafo único ao arti­go 464 da Consolidação das Leis do Trabalho, e dá ou­tras providências". Relator: Deputado Gerson Peres.Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente oparceer do relator. 21) - Projeto de Lei n' 1.634/83 ­do Sr. Sérgio Ferrara - que "regula a rcalização deeleições em asscmbléias-gerais convocadas por entidadesdesportivas no País". Relator: Deputado Gerson Peres.Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa. Em votação, foi ap~ovado unanimemente oparccér do relator. 22) - Projeto de Lei n' 1.351/83­do Sr. Renato Vianna - que "dispõe sobre a aposenta:daria especial do advogado autônomo, e determina DU­

tras providências". Relator: Deputado Hamilton Xavier.Parccer: pela constitucionalidade e, no mérito, pela re­jeição. Em votação, foi aprovado unanimemente o pare­cer do relator. 23) - Projeto de Lei n' 1.470/83 - do Sr.Jorge Cury - que "acrescenta parágrafo único ao art. 11do Decreto-lei n' 5.452, de I' de maio de 1943 - Conso­lidação das Leis do Trabalho - e dá outras providên­cias". Rclator: Deputado Hamilton Xavier. Parecer:pela eonstitueionalidadc, Icgalidade e técnica legislativa,com substitutivo. Em votação, foi aprovado unanime­mente o parecer do relator. 24) - Projeto de Lei n'1.828/83 do Sr. Jorge Arbage - que "dispõe sobre aadoçào de eritêrios para a taxação de juros incidentessobre contratos de financiamentos agrícolas, c dâ outrasprovidências". Relator: Deputado Jorge Carone. Pare­cer: pela constitucionalidade, jurídicidade e técnica legis­lativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o pare­cer do relator. 25) - Projeto de Lei n' 1.888/83 - do Sr.Francisco Amaral - que "dá denominação ao aeropor­to internacional de Campinas". Relator: Deputado Jor­ge Carone. Parecer: pela constitucionalidade, juridicida­de e técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unani­memente o parecer do relator. 26) - Projeto de Lei n'1.734/83 - do Sr. Paulo Lustosa - que "institui o Fun­do de Descnvolvimento dos Recursos Minerais do Nor­deste". Relator: Deputado Arnaldo Maciel. Parecer:pela constitucionalidade, juridieidade e técnica legislati­va. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecerdo relator. O Deputado Brabo de Carvalho deixa a ea­dcira da Presidência, que é ocupada pelo Deputado Bo­nifácio Andrada. 27) - Projeto dc Lei n' 1.797/83 - doSr. Vai mor Giavarina - que "fixa em 60 anos a idadepara aposentadoria por velhice de ex-combatente~'. Re­lator: Deputado José Tavares. Parecer: pela constitucio-

nulidade, juridicidade e técnica legislativa. Em votação,foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 28)­Projeto de Lei n' 1.802/83 - do Sr. Nilson Gibson ­que "altera dispositivo do Decreto-lei n' 75, de 21 de no­vem bro de 1966, que dispõe sobre a aplicação da cor­reção monctitria aos dêbitos trabalhistas". Relator: De­putado José Tavares. Parecer: pela constitucionalidade,juridicidade e técnica legislativa. Em votaçào, foi apro­vado unanimemente o parecer do relator. 29) - Projetode Lei n' 473/83 - do Sr. Marcondes Pereira - que"cria -o Fundo Nacional de Pleno Emprego (FNPE),para a aplicaçào do disposto nos artigos 43, item X, c[65, item XVI, da Constituição Federal, referente aoseguro-desemprego, e determina outras providências".Relator: Deputado Rondon Pacheco. Parceer: pela cons­titucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Em vo­tação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator.30) - Projeto de Lei n' 602/83 - do Sr. Gastone Righi- que "institui, como crime de usura, a cobrança de ju­ros c comissões superiores à taxa de 12% ao ano, acimada correção monetária c a exigência de saldos médios ousujeição a contratos de outra natureza, para concessãode empréstimos, modificando o arl. 4' da lei n' 1.521, de26 de dezembro de 1951". Relator: Deputado Brabo deCarvalho. Parecer: pela constitucionalidade, juridicida­de. técnica legislativa e, no mérito. peja aprovação. Emvotação. foi aprovado unanimemente o parecer do rela­tor. 31) - Projeto de Lei n' 626/83 - do Sr. Iram Sarai­va - que "altera a redaçào do caput do art. 143 da Con­solidação das Leis do Trabalho, para facultar ao empre­gado a conversão de todo o período de fêrias em abonopecuniário". Relator: Deputado. Brabo de Carvalho. Pa­recer: pela ';onstitucionalidade, juridicidade e técnica le­gislativa. Em votação 1 foi nprovado unanimemente o pa­reCer do relator. 32) - Projeto de Lei n° i,882/83 - doSr. Anselmo Peraro - que "altera a redaçào do caput doart. 487 da Consolidação das Leis do Trabalho, aumen­tando o prazo estipulado para o aviso-prévio". Relator:Deputado Nilso Gibson. Parecer: pela constitucionalida­de·, juridicidade c técnica legislativa. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do relator. 33) ­Projeto de Lei n' 6.703/82 - do Sr. Bonifácio de Andra­da - que "dispõe sobre a profissão de barbeiro e cabele­reiro c define o exercício da mcsma". Rclator: DcputadoNilson Gibson. Parecer: pela constitucionalidade, juridi­cidade c técnica legislativa. Em votação, foi aprovadounanimemente o parecer do relator. 34) - Projeto de Lein' 1.472/83 - do Sr. Francisco Amaral - que "dispõesobre a dedução, do lucro tributável, para fins do Impos­to sobre a Renda, do dobro das dcspcsas realizadas comprogramas de transporte do trabalhador e dctermina ou­tras providências". Relator: Deputado Gomes da Silva.Parecer: pela constitucionalidade, juridieidade e têcnicalegislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente oparccer do relator. 35) - Projeto de Lei n' 1.906/83 ­do Sr. Carlos Mosconi - que "modifica dispositivo dalei n' 6.360, de 23 de setembro de 1979, proibindo a pro­paganda de drogas e medicamentos nos veícuJos de co­municação de massa". Relator: Deputado Brabo de Car­valho. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade etécnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanime­mente o parecer do rclator. 36) - Projeto de Lei n'432/83 - do Sr. Borges da Silveira - que "altera a re­dação do ar!. 188 do Código Eleitoral". Relator. Depu­tado Brabo de Carvalho. Parecer: pela constitucionalida­de, juridicidade c, no mérito, pela rejcição. Em votaçãofoi aprovado unanimemente o pareecr do relator. 37)­Projeto de Lei n' 1.673/83 - do Sr. Siqueira Campos­que "inclui trecho de estrada no Sistema Rodoviário doPlano Nacional de Viação, aprovado pela Lei n' 5.917,de 10 de setembro de 1973". Relator: Deputado ArnaldoMaciel. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade etécnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanime­

mente o parecer do relator. 38) - Projeto de Lei n"1.927/83 - do Se Orestes Muniz - que "cria a EscolaTécnica Federal de Rondônia, na Cidade de Porto Velho

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Outubro de 1983

- Rondánia - e determina outras providências". Rela­lar: Deputado Arnaldo Maciel: Parecer: pela constitu­cionalidade. juridicidade e técnica legislativa. Em vo­tação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator.39) - Projeto de Lei n' 1.834/83 - do Sr. MarcondesPereira - que ·'acrescenta parúgrafo 39 ao art. 19 do

Decreto-lei n' 201. de 27 de fevereiro de 1967, que dispõesobre a responstlbilidade dos Prefeitos e Vereadores e dáoutras providências". Relator: Deputado GuidoMoesch. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade.técnica legislativa e, no merito, pela aprovação. Em vo­tação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator.40) - Projeto de Lei n' 1.593/83 - do Sr, Oscar Alves- que "atribui ao registro de admissões e dispensas, doMinistério do Trabalho, criado pela Lei n' 4,923, de 23de dezembro de 1965. a incumbencia de manter tambemum serviço de registro de emprego (SARE), e dá outrasprovidências". Relator: Deputado Guido Moeseh. Pare­cer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legis­lativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o pare­cer do relator. 41) - Projeto de Decreto Legislativo n'34/83 ~ da Comissão de Relações Exteriores (Mensa­gem n' 143/83 - PE) - que "A prova o texto do Acordorelativo ã construção de uma ponte internacional sobre oRio Tacutu. entre o governo da República Federativa doBrasil e o governo da República Cooperativista da Guia­na, celebrado em Georgetown, a 29 de janeiro de 1982",Relator: Deputado Leorne Belém, Parecer: pela consti­tucionalidade, juridicidac!e e técnica legislativa. Em vo­tação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator.42) - Projeto de Lei Complementar n' 39/83 - do Sr.Edme Tavarcs - que "altera dispositivo da Lei Comple­mentar n' 11, de 25 de maio de 1971, que instituiu oPRORURAL". Relator: Deputado Leorne Belem. Pare­cer: pela constitucionalidade,juridicidade e técnica legis­lativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o pare­cer do relator. 43) - Projeto de Lei n' 1.023/83 - do Sr.Jorge Carone - que "estabelece jornada de trabalhopara os servidores públicos civis da União e dá outrasprovidências". Relator: Deputado Josê Tavares. Pare­cer, ora reformulado, pela constitucionalidade, juridici­dade e técnica legislativa, com emenda. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do relator. 44) ­Projeto de Lei n' 1.568/83 - do Sr. Jorge Carone - que"introduz alterações nos artigos 532 e 538 da Consoli­dação das Leis do Trabalho, dispondo sobre a reeleiçãonos sindicatos e nas associações sindicais de grau supe­rior". Relator: Deputado José Tavarcs. Parecer: pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa.Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer dorelator. 45) - Projeto de Lei n' 1.904/83 - do Sr. WildyVianna - que "altera a redação do § 2' do artigo 9' daLei n' 4,070, de 15 dejunho de 1962, que elevou o Terri­tório do Acre à categoria de Estado". Relator: DeputadoBrabo de Carvalho. Parecer: pela inconstitucionalidade.

Adiada a discussão. 46) - Projeto de Lei n' 605/83 ­do Sr. José Carlos Teixeira - que "dispõe sobre oexercício da profissão dc Tecnico Agropecuário". Rela­tor: Deputado Brabo de Carvalho. Parecer: pela consti­tucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, comduas emendas. Em votação, foi aprovado unanimementeo parecer do relator. 47) - Projeto de Lei n' 6.701/82­do Sr. Tidei de Lima - que "dispõe sobre o fornecimen­to gratuito de material didático para alunos matricula­dos nas escolas públicas de l' grau, e dá outras providén­cias". Relator: Deputado Guido Moesch. Parecer: pelaconstitucionalidade, juridicidade e tecnica legislativa,Em votação. foi aprovado unanimemente o parecer dorelator. 48) - Projeto de Lei n' 1.811/83 - do Sr. Fran­cisco Dias - que "dispõe sobre o pagamento de remune­ração pelo empregador aos herdciros, em caso de faleci­mento do empregado, e dá outras providências", Rela­tor: Deputado Guido Moesch. Parecer: pela constitucio­nalidade, juridicidade e técnica legislativa. Em votação,foi aprovado unanimemente o parecc;:r do relator. 49) ­Projeto de Lei n' 1.136/83 - do Sr. Celso Peçanha -

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

que "concede aposentadoria cspecial ao jogador profis­sional de futebol, aos 15 anos de exercício na atividade",Relator: Deputado Leorne Bclém. Parecer: pela consti­tucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Em vo­tação. foi aprovado unanimemente o parecer do relator.50) - Projeto de Lei n' 1.850/83 - do Sr. Aluízio Bezer­ra - que "exclui o Município de Senador Guiomard, noEstado do Acre, dentre os declarados de interesse da se­gurança nacional". Relator: Deputado Leorne Belém.Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa, Em votação, foi aprovado unanimemente opurecer do relator. 5 I) - Emenda oferecida em Plenárioao Projeto de Lei n° 2.989-A/80, que "determina a cons­trução de conjuntos habitacionais pelo BN H para seremalocados aos trabalhadores que ganham até 5 saláriosminimos regionais". Relator: Deputado Jorge Carone.Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa. Em votação, foi aprovado unanimemente oparecer do relator. 52) - Projeto de Lei n' 5.737/81 ­do Sr. Osvaldo Melo - que "estabelece vantagens aosadquirentes de casa própria pelo Sistema Financeiro daHabitaçuo, no caso e condições que especifica". Relator:Deputado Jorge Carone. Parecer: pela constitucionalida­de, juridicidade e tecnica legislativa. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do relator. 53) ­Projeto de Lei n° 949/83 - do Sr. Domingos Juvenil­que "dispõe sobre a criação de Escola Federal de Pesca,sediada no Município de Vigia, Estado do Pará", Rela­tpr: Deputado Leorne Belém. Parecer: pela constitucio­nalidade, juridicidade e técnica legislativa. Em votação,foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 54) ­Projeto de Lei n' 1.660/83 - do Sr. Airon Rios - que'"dispõe sobre a criação da Universidade do Agreste Me­ridional e do Vale do Ipanema, no Estado de Pernambu­co. e dá outras providéncias". Relator: Deputado Leor­ne Belem. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidadee técnica legislativa. Em votação, foi aprovado unanime­

mente o parecer do relator. 55) - Projeto de Lei n'1.815/83 - do Sr. Valmor Giavar!na - que "acrescentaparágrafo único ao art. 67 da Lei n' 5.ÚJ8, de 21 de se­tembro de 1966 - Código Nacional de Tránsito - tor­nando obrigatórias as indicações do tipo sangüineo e, sediabético, na Carteira Nacional de Habilitação". Rela­tor: Deputado José Tavares. Parecer: pela constituciona­lidade, juridicidade e técnica legislativa. Em votaçào, foiaprovado unanimemente o parecer do relator. 56) ­Projeto de Lei n' 1.763/83 - do Sr. Francisco Amaral- que "esclui dos encargos do Decreto-lei n' 2.047, de10 dejulho de 1983, as pessoas que especifica, e dá outrasprovidências". Relator: Deputado José Tavares. Pare­cer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legis­lativa, Em votação, foi aprovado unanimemente o pare­cer do relator. 57) - Projeto de Lei n' 6.166/82 - do Sr.Alberto Goldman - que "introduz modificações na Lein' 3.071, de I' de janeiro de 1916 (Código Civil), e na Lei11' 6.533, de 24 de maio de 1978, e determina outras pro­vidências relativas ao direito autoral dos fotografadoscom fins lucrativos". Relator: Deputado Leorne Belém.Parecer: p,ila constitucionalidade, juridicidade, técnicalegislativa e, no mérito, pela aprovaçào. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do relator. 58) ­Projeto de Lei n' 1.851/83 - do Sr. Aluízio Bezerra­que "exclui o Município de Plácido de Castro, no Estadodo Acre, dentre os declarados de interesse de segurançanacional". Relator: Deputado Lcorne Belém. Parecerpela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislati­va. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecerdo relator. 59) - Projeto de Lei n' 417/83 - do Sr. Bor­ges da Silveira - que "revoga a Lei n' 6.950. de 4 de no­vembro de 1981, que altera a Lei n9 3.807, de 26 de agos·to de 1960, fixa novo limite máximo do salário-de­contribuição previsto na Lei n' 6,.332, de 18 de maio de1976, c dá outras providências". Relator: DeputadoTheodoro Mendes. Parecer: pela constitucionalidade, in­juridicidade e ilegalidade. O Deputado José Tavares, quepedira vista conjunta com o Deputado Joaci! Pereira, de-

Sábado 15 10975

volveu o projeto, aprcsentando voto em separado pelaconsUtucionaJidade l juridicidade e técnÍCa legislativa,com substitutivo. Discutiram a matéria os DeputadosGerson Peres e Hamilton Xavier. Adiada a discussão.Encerramento: Às doze horas e trint.a minutos, nadamais havendo a tratar, foi encerrada a reunião e, paraconstar, eu. Ruy Osmar Prudéncio da Silva, Secretário,lavrei a presente Ata, que depois de aprovada será assi­nada pelo Senhor Presidente.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇAVigésima Non~ Reunião Ordinária Plenária,Realizada no dia 5 de outubro de de 1983.

Às dez horas do dia cinco de outubro de mil novecen,tos c oitenta e tres, na Sala n' 17 do Anexo 11 da Câmarados Deputados, sob a Presidência do Senhor DeputadoBonifúcio de Andrada, Presidente, presentes os SenhoresDeputados Leorne Belém e Brabo de Carvalho, Vice­Presidentes, Valmor Giavarina, João Gilberto, OsvaldoMelo, Hamilton Xavier. Josê Genoino, Ernani Sátyro,Gerson Peres, Nilson Gibson, Gorgônio Neto, JutahyJúnior, Otávio Cesário, Theodoro Mendes, João Cunha,Pimcnta da Veiga, Mário Assad, Arnaldo Maciel, GuidoMoesch, Rondon Pacheco, Jorge Carone, Egídio Ferrei­ra Lima, Armando Pinheiro, Gastone Righi, BrandãoMonteiro, Walter Casanova, Ibsen Pinheiro, NelsonMorro e Natal Gale, reuniu-se a Comissão de Consti­tuição e Justiça. A Ata da reunião anterior foi aprovadapor unanimidade. Ordem do Dia: I) Projeto de Lei n"2.284/83 - do Sr. Sebastião Curió - que "concede au­torização, a título precário, para que os atuais garimpei­ros continuem explorando o ouro de Serra Pelada, e de­termina outras providéncias". Relator: Deputado Brabode Carvalho. Parecer: pela constitucionalidade, juridici­dade c têcnica legislativa. Discutiram a materia os Depu­tados João Gilberto, Theodoro Mendes e Ernani Sátyrõ.Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer dorelator. 2) Projeto de Lei n' 445/83 - do Sr. FranciscoDias - que "autoriza o Poder Executivo a instituir o"cupão de alimentação", e dá outras providências". Re­lator: Deputado João Gilberto, Parecer: pela constitu­cionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com emen­da. Em votação, foi aprovado unanimemente o parecerdo relator. 3) Projeto de Lei n' 1.226/75 - do Sr.Francisco Amaral - que "cria seguro de vida opcionalpara o usuário do transporte aéreo". Relator: DeputadoHamilton Xavier. Parecer: pela constitucionalidade,juri­dicidade e técnica legislativa, com emenda. Em votação,foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 4)Projeto de Lei n' 1.537/83 - do Sr. Rubens Ardenghi- que "dispõe sobre habitação rural", Relator: Deputa­do Hamilton Xavier. Parecer: pela constitucionalidade,juridicidade e técnica legislativa, Em votação, foi apro­vado unanimemente o parecer do relator. 5) Projeto deLei n° 732/83 - do Sr. Inocêncio Oliveira - que "per­mite ao médico assistente o desligamento dos aparelhosde um paciente em estado de coma terminal ou na omis­são de um medicamento que iria prolongar inutilmentelima vida vegetativa, sem possibilidade de reeuperar con­dições de vida sofrível, em comum acordo com os fami­liares, e dá outras providências". Relator: DeputadoRondon Pacheco. Parecer: pela inconstitucionalidade.Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer dorelator. 6) Projeto dc Lei n' 767/83 - do Sr. PauloZarzur (anexo o Projeto de Lei n' 799/83) - que "acres­centa parágrafos ao ari. l' da Lei n' 6.195, de 19 de de­zembro de 1974, para estender ao trabalhador rural,bóias-frias, diaristas ou tarefeiros o direito ao seguro deacidentes do trabalho, e determina outras providências",Relator: Deputado Jose Genoíno. Parecer: pela inconsti­tucionalidade deste e pela constitucionalidade, juridici­dade e técnica legislativa do Projeto de Lei n' 799/83,anexado. Em votação, foi aprovado unanimemente o pa­recer do relator. Aprovado também requerimento do re­lator, solicitando a desanexação do Projeto de Lei n'

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799/83 deste. 7) Projeto de Lei n' 806/83 - do Sr.Evandro Ayres de Moura - que "dispõe sobre o paga­mento de férias ou licença-prémio não gozadas e nemcomputadas ao tempo de serviço público federal, esta­dual ou municipal". Relator: Deputado Raimundo Lei­te. Parecer: pela inconstitucionalidade. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do relator. 8) Proje­to de Lei n' 807/83 - do Sr. Sérgio Cruz - que "conce­de anistia ajornalistas profissionais, processados ou con­denados com base na Lei de Segurança Nacional". Rela­tor: Deputado Guido Mocsch. Parecer: pela iaconstitu­cionalidade. Concedida vista ao Deputado João Cunha,9) Projeto de Lei n' 846/83 - da Sr' Cristina Tavares- que "estende ao empregado doméstico a proteção dalegislação de acidentes do trabalho". Relator: DeputadoMário Assad. Parecer: pela inconstitucionalidade. Faceao voto em separado do Deputado Valmor Giavarina, orelator solicitou, e foi atendido, a retirada do projeto dapauta, para reexame. 10) Projeto de Lei n' 861/83 ­do Sr. Osvaldo Melo - que "modifica a redação do inci­so IH do arl. 50 da Lei n' 6.880, de 9 de dezembro de1980 - Estatuto dos Militares". Relator: Deputado Jor­ge Arbagc. Parecer: pela inconstitucionalidade. Em vo­tação, foi aprovado unanimemente o pareccr do relator.11) Projeto de Lei n' 865/83 - do Sr. Manoel Affonso- que "revoga o item I do arl. 70 do Decreto Federal n'·80.228, de 25 de agosto de 1977". Relator: DeputadoGomes da Silva. Parecer: pela inconstitucionalidade. Emvotação, foi aprovado unanimemente o parecer do rela­tor. 12) Projeto de Lei n' 869/83 - da Sr' Lúcia Vivei­ros - que "cria a Fundação Universidade de Bragança edá outras providências". Relator: Deputado Joacil Pe­reira. Parecer; pela inconstitucionalidade. Em votação,foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 13)Projeto de Lei n' 882/83 - do Sr. Freitas Nobre --,­que "acrescenta dispositivo à Lei n- 6.683, de 28 de agos­to de 1979 (Lei da Anistia)". Relator: Deputado JorgeArbage. Parecer: pela inconstitucionalidade. Concedidavista ao Deputado João Gilberto. 14) Projeto de Lei n'885/83 - do Sr. Cunha Bueno - que "dispõe sobre acriação do Instituto Brasileiro de Gerontologia, e deter­mina outras providéncias". Relator: Deputado Raimun­do Leite. Parecer: pela inconstitucionalidade. Em vo­tação, roi aprovado unanimemente o parecer do relator.15) Projeto de Lei n' 893/83 (anexo o Projeto de Lei n'1.471/83) - Do Sr. Pedro Germano - que "uniformizaas aposentadorias, as pensões e as contribuições do bene­ficiário, na previdência social do servidor federal e doempregado regido pela legislação trabalhista". Relator:Deputado Gorgânio Neto. Parecer: pela inconstitucio­nalidade. Em votação, foi aprovado unanimemente o pa­recer do relator. 16) Projeto de Lei n' 920/83 - do Sr.Sérgio Cruz - que "susta por cinco anos o despejo depequenos arrendatários e parceiros rurais. e dá outrasprovidências". Relator: Deputado Rondon Pacheco. Pa­recer: pela inconstitucionalidade. Concedida vista aoDeputado José Genoino. 17) Projeto de Lei n' 936/83- do Sr. Paulo Lustosa - que "dispõe sobre a criaçãodo Fundo Nacional de Casas do Estudante Carente, e dáoutras providências". Relator: Deputado Walter Casa­nova. Parecer: pela inconstitucionalidade. Concedidavista ao Deputado Valmor Giavarina. 18) Projeto deLei n- 937/83 - do Sr. Paulo Lustosa - que "dispõesobre vencimentos de Juízes da União". Relator: Depu·tado Osvaldo Melo. Parecer: pela inconstitucionalidade.Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer dorelator. 19) Projeto de Lei n' 942/83 - do Sr. Men­donça Falcão - que "dispõe sobre recurso em feitos dajustiça desportiva". Relator: Deputado Armando Pionheiro. Parecer: pela inconstitucionalidade. Concedidavista conjunta aos Deputados Brabo de Carvalho e JoãoCunha. 20) Projeto de Lei n- 948/83 (anexo o Projetode Lei o' 967/83) - do Sr. Brandão Monteiro - que"institui o monopólio da atividade das instituições finan­ceiras, de que trata a Lei n' 4.595, de 31 de dezembro de1964". Relator: Deputado Armando Pinheiro. Parecer:

DIÃRI'O DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)

pela inconstitucionalidade. Concedida vista conjunta aosDeputados João Cunlia e Vai mor Giavarina. 21) Pro­jeto de Lei n- 956/83 - do Sr. Hélio Dantas - que"proíbe a fabricação de veículos que especifica e dá ou­tras providências". Relator: Deputado Hamilton Xavier.Parecer: pela inconstitucionalidade. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do relator. 22) Pro­jetu de Lei n' 989/83 - do Sr. João Divino - que "de­termina que o reajustamento de vencimentos da Magis­tratura Federal. concedido anualmente, não seja inferioraos índices de inflação oficialmente apurados". ReJator:Deputado Joacil Pereira. Parecer: pela inconstitucionali­dade. Em votação, foi aprovado unanimemente o pare­cer do relator. 23) Projeto de Lei n' 1.025/83 - do Sr.Carneiro Arnaud - que "restabelece direito de scrvido·res públicos, no caso que especifica". Relator: DeputadoJoacil Pereira. Parecer: pela inconstitucionalidade. Emvotação, foi aprovado unanimemcnte o parecer do rela­tor. 24) Projeto de Lei n' 1.026/83 - do Sr. LeônidasSampaio - que "considera como de efetivo exercício asfaltas dadas ao serviço por servidores públicos da União,na forma que especifica, e dá outras providências". Rela­tor: Deputado Osvaldo Melo. Parecer: pela inconstitu­cionalidade. Em votação, foi aprovado unanimemente oparecer do relator. 25) Projeto de Lei n' 1.056/83 - doSr. Nilson Gibson - que "dispõe sobre a incorporaçãode gratificação aos vencimentos do cargo efetivo, após 5anos de exercício na função gratificada". Relator: Depu­tado Jorge Arbage. Parecer: pela inconstitucionalidade.Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer dorelator. 26) Projeto de Lei n' 1.083/83 - do Sr. IbsenPinheiro - que "permite a troca de partido, sem perdado mandato, nos casos de aliança ou acordo partidário, edá outras providências". Relator: Deputado ArmandoPinheiro. Parecer: pela inconstitucionalidade. Concedidavista ao Deputado João Gilberto. 27) Projeto de Lei n'1.095/83 - do Sr. Antônio Pontes - que "dispõe sobrea utilização de nomes brasileiros nos produtos que men­ciona, e dá outras providências". Relator: Deputado Ar­naldo Maciel. Parecer: peja inconstitucionalidade. Emvotação, foi aprovado o parecer do relator, contra os vo­tos dos Deputados João Gilberto e José Genoino.28) Projeto de Lei n' 1.097/83 - do Sr. Adhemar Ghi­si - que "estende aos sindicatos de trabalhadores de to­das as categorias os benefícios fiscais já concedidos aostaxistas para aquisição de carro a álcool". Relator: De­putado Raimundo Leite. Parecer: pela inconstitucionali.dade. Concedida vista ao Deputado João Gilberto.29) Projeto de Lei n' 1.122/83 - do Sr. Francisco Dias- que "permite aposentadoria voluntária, com proven­tos proporcionais ao tempo de serviço, aos professorespúblicos federais, nas condições que especifica, e dá ou­tras providências". Relator: Deputado Plínio Martins.Parecer: pela inconstitucionalidade. Em votação, foiaprovado unanimemente O parecer do relator. 30) Pro­jeto de Lei n' 1.125/83 - do Sr. Carneiro Arnaud - que'"autoriza o aproveitamento de servidores públicos civisda União em cargos compatíveis com sua formação uni·versitária". Relator: Deputado Joacil Pereira. Parecer:pela inconstitucionalidade. Em votação, foi aprovadounanimemente o parecer do relator. 31) Projeto de Lein' 1.l83/83 - do Sr. Paulo Lustosa - que "dispõesobre a atualização salarial dos militares e servidorespúblicos civis da União". Relator: Deputado DjalmaBessa. Parecer: pela inconstitucionalidade. Em votação,foi aprovado unanimemente o parecer do relator. 32)1bProjeto de Lei n' 1.250/83 - do Sr. Nelson do Carmo- que "suspende a emissão de títulos da dívida públicados governos federal, estaduais e municipais pelo perío­do de dois anos, e dá outras providências". Relator: De­putado Armando Pinheiro. Parecer: pela inconstitucio­nalidade. Concedida vista ao Deputado Jorge Carone.33) Projeto de Lei n' 1.252/83 - do Sr. Ruy Côdo ­que "acrescenta parágrafo ao artigo 57 da Lei n' 6.697,de 10 de outubro de 1979 (Código de Menores), determi.nando a localização de casas de diversões eletrônicas a

mais de 500 metros das escolas". Relator: DeputadoTheodoro Mendes. Parecer: pela inconstitucionalidade.Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer dorelator. 34) Projeto de Lei n' 1.268/83 - do Sr.Adroaldo Campos - que "dispõe que a compra do car­ro novo de passeio por parte de pessoa física ou jurídicafica condicionada à prova de possuir espaço em garagcmpara guardá-lo". Relator: Deputado Antônio Dias. Pa­recer: peja inconstitucionalidade. Em votação. foi apro­vado unanimemente o parecer do relator. 35) Projetode Lei n' 1.308/83 - da Sr' Lúcia Viveiros - que "dis­põe sobre admissão de funcionário inativo em virtude deconcurso público. e dá outras providências". Relator:Deputado Plínio Martins. Parecer: pela inconstituciona­lidade. Em votação, foi aprovado unanimemente o pare·cer do reJator. 36) Projeto de Lei n' 1.331/83 - do Sr.Ruy Côdo - que "estabelece novos critérios de escolhados membros do Conselho Federal de Educação". Rela­tor: Deputado Natal Gale. Parecer: péla inconstituciona­lidade. Concedida vista ao Deputado Gorgõnio Ncto.37) Projeto de Lei n' 1.387/83 - do Sr. Agnaldo Ti­móteo - que "altera o Código de Menores, a rim deinserir-lhe nova modalidade assistencial". Relator: De­putado Armando Pinheiro. Parecer: pela inconstitucio­nalidade. Concedida vista ao Deputado Jorge Carone.38) Projeto de Lei n- 1.411/83 - do Sr. Celso Peçanha- que "assegura o pagamento da pensão nos termos doDecreto-lei n° 3.347, de 12 dejunho de 1941, aos depen­dentes dos ferroviários". Relator: Deputado Natal Gale.Parecer: pela inconstitucionalidade. Em votação, foiaprovado o parecer do relator, contra os votos dos De­putados João Gilberto e Josê Genoino. 39) Projeto deLei n' 1.629/83 - do Sr. Nelson Wedekin - que "intro­duz modificação no Decreto-lei n' 1.867, de 25 de marçode 1981, que alterou o Decreto-lei n' 1.861, de 25 de feve­reiro de 1981, este dispondo sobre as contribuições com­pulsórias recolhidas pelo lAPAS à conta de diversas en­tidades". Relator: Deputado Osvaldo Melo. Parecer:pela inconstitucionalidade. Em votação. foi aprovado oparecer do relator, contra os votos dos Deputados JoãoGilberto e José Genoino. 40) Projeto de Lei n'1.705/83 - do Sr. Saramago Pinheiro - que "dispõesobre a dupla promoção do militar na passagem para areserva remunerada". Relator: Deputado Júlio Martins.Parecer: pela inconstitucionalidade. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do relator. 41) Pro­jeto de Lei Complementar n- 16/83 - do Sr. João Divi­no - que "isenta dos tributos que especifica a aquisiçãode equipamentos rodoviários pelas municipalidades".Relator: Deputado Júlio Martins. Parecer: pela inconsti­tucionalidade. Concedida vista ao Deputado TheodoroMendes. 42) Projeto de Lei Complementar n' 30/83­do Sr. Frnacisco Amaral - que "fixa o termo final domandato dos Prefeitos nomeados e dá outras providên~

cias". Relator: Deputado Armando Pinheiro. Parecer:pela inconstitucionalidade. Concedida vista ao Deputa­do Brabo de Carvalho. 43) Projelo de Lei Complemen­tar n' 44/83 - do Sr. Múcio Athayde - que "institui oimposto que menciona. e dá outras providências". Rela·toro Deputado Djalma Bessa. Parecer: pela inconstitu­cionalidade. Em votação, foi aprovado unanimemente oparecer do relator. 44) Projeto de Lei n' 274/83 - doSr. Paulo Zarzur - que "dispõe sobre o prazo de venci­mento das contas de água c energia elétrica, e dá outrasprovidências". Relator: Deputado Darcilio Ayres. Pare­cer: pela inconstitucionalidade. Discutiram a matéria osDeputados Jorge Carone e Theodoro Mendes. Em vo­tação, foi rejeitado o parecer do relator. Aprovado o Pa­recer do Deputado Valmor Giavarina, designadO relalordo vencedor, pela constitucionalidade, juridicidade, téc­nica legislativa e. no mérito. pela aprovuçào 1 com substi·tutivo. O parecer do primitivo relator passou a constituirvoto em separado. 46) Projeto de Lei n' 395/83 - doSr. José Frejat - que "dispàe sobre a participação de re­prcs~ntantes oposicionistas em missão oficial ao exte­rior". Relator: Deputado Pedro CoJin. Parecer: peja in·

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Outubro de 1983

constitucionalidade. Em votação, foi aprovado unani­memente o parecer do relator. O Deputado Valmor Gia­varina apresentou valo em separado. 47) Projeto deLei n° 413j83 - Do Sr. Renato Vianna - que "altera ovalor do salário-família do servidor público". Relator:Deputado Joacil Pereira. Parecer: pela inconstitucionali­dade. Em votação, foi rejeitado o parecer do relator,contra os votos dos Deputados Gorgônio Neto, EmaniSátyro, Juthay Júnior, Hamilton Xavier, Otávio Cesário,Rondon Pacheco, Mário Assad, Pedro CoJin e Brabo deCan'alho. Aprovado o parecer do Deputado José Tava­res, designado relator do vencedor, pela constitucionali­dade, juridicidade e técnica legislativa. O parecer do pri­mitivo relator passou a constituir voto em separado. 48)Projeto de Lei no 470j83 - do Sr. Inocêncio Oliveira- que "isenta do Imposto sobre Circulação de Merca­dorias - ICM as operações comerciais interestaduaisentre pessoas jurídicas". Relator: Deputado ArnaldoMaciel. Parecer. pela inconstitucionalidade. Discutiu amatéria o Deputado Theodoro Mendes. Em votação, foiaprovado unanimemente o parecer do relator. 49) Pro­jeto de Lei no 702j83 - do Sr. Adhemar Ghisi - qne"introduz modificação no Decreto-lei no 1.910, de 29 dedezem bro de 1981, que dispõe sobre contribuições para ocusteio da Prcvidência Social, visando excluir do deverde contribuir os aposentados e pensionistas que perce­bem importância de valor até o salário mínimo". Rela­tor: Deputado Mário Assad. Parecer: pela inconstitucio­nalidade. Voto em separado do Deputado José Tavarcs,pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislati­'a. Discutiu a matéria o Deputado Theodoro Mendes. Orelator solicitou, e foi atendido, a retirada do projeto dapauta, para reexame. 50) Projeto de Lei no 820j83 ­

da Sr" Lúcia Viveiros - que "imprime nova redação aoitem I do art. 11 da Lei Orgánica da Previdência Social,para alterar as condições de perda da qualidade de de­pendente de segurado do sistema". Relator: DeputadoOtávio Cesário. Parecer: pela inconstitucionalidade. Dis­cutiu a matéria o Deputado Brabo de Carvalho. Em vo­tação, foi rejeitado o parecer do relator, contra os votosdos Deputados Ernani Sátyro, Hamilton Xavier e NilsonGibson. Aprovado o parecer do Deputado José Tavares,designado relator do vencedor, pela constitucionalidade,juridicidade e técnica legislativa, com emenda. O parecerdo primitivo relator passou a constituir voto em separa­do. O Deputado Brabo de Carvalho votou com res­trições. 51) Projeto de Lci no 831 j83 - do Sr. OlivirGabardo -' que "concede adicional de insalubridade aservidores da SUCAM". Relator: Deputado AntônioDias. Parecer: pela ineonstitucionalidadc. Em votação,foi aprovado o parece do relator, contra o voto do Depu­

tado José Genoino. 52) Projeto de Lei no 859/83 - doSr. Jorge Carone - que "somente permite a elevação ta­rifária dos transportes coletivos quando efetivada conco­mitantemente com o reajuste dos salários". Relator: De­putado Hamilton Xavier. Parecer: pela inconstituciona­lidade. Voto em separado do Deputado Valmor Giavari­na pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legis­lativa. Em votação, foi aprovado unanimemente o ·pare­cer do relator, ora reformulado, pela constitucionalida­de, juridicidade e técnica legislativa. 53) Projeto de Lein' 1.359j83 - do Sr. Eduardo Matarazzo Supliey - que"estabelece o reajuste automático dos salários, emfunção da variação do INPC, o reajuste anual referente

.aos ganhos cm produtividade e a"s critérios de eqüidadeacordados em negociação entre empregados e emprega­dores, garante informações às entidades de trabalhado­res c dá outras providéncias". Relator: Deputado NilsonGibson. Parecer: pela inconstitucionalidade. Adiada adiscussão. 54) Projeto de Lei n' 1.600j83 - do Sr. Pe­dro Germano - que "uniformiza o salário-maternidadeda empregada regida pela legislação trabalhista, da fun­cionária federal e da trabalhadora rural". Relator: De­putado Arnaldo Maciel. Parecer: pela inconstitucionali­dade. Em votação, foi aprovado o parecer do relator,contra o voto do Deputado José Genoino, 55) Projeto

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

de Lei Complementar n' 47 j83 - do Sr. JG de AraújoJorge - quc "estabelece normas sobre a sucessão presi­dencial em 1984, a convocação de uma Assembléia Na­cional Constituinte e as eleições para Presidente da Re­pública". Relator: Deputado Jairo Magalhães. Parecer:pela inconstitucionalidade. Em votação, foi aprovadounanimemente o parecer do relator. 56) Projeto de LeiComplemenlar no 63j83 - do Sr. Renato Bueno - que"isenta do Imposto de Renda e do Imposto sobre Ser­viços os médicos recém-formados, nas condições que es­pecifica". Relator: Dcputado Júlio Martins. Parccer:pela inconstitucionalidade. Em votação, foi aprovadounanimemente o parecer do relator. 57) Projeto de Lein' 677 j83 - da Sr' Cristina Tavares - que "dispõesobre Assessoria Especializada dos Partidos Políticos".Relator: Deputado Armando Pinheiro. Parecer: pela in­constitucionalidade. O Deputado Jorge Carone, que pe­dira vista, devolveu o projeto, aprcsentando voto em se­parado pela constitucionalidade,juridieidade, técnica le­gislativa e, no mérito, pela aprovaçào l com substitutivo.Adiada a discussão. 58) Projeto de Decreto Legislativono 31 j83 - a Comissão dc Economia, Indústria c Co­mércio (Mensagem n° 522j81-PE) - que "concede ho­mologação a ato do Conselho Monetário Nacional queautorizou a emissão de papel-moeda, no ano de 1981, novalor de Cr$ 150.000.000.000,00 (cento e cinqüenta bi­lhões de cruzeiros)". Relator: Deputado Osvaldo Melo.Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa. Voto em separado do Deputado Joào Gilber­to, pela ilegalidade. Tendo em vista o empate na votaçãoocorrido na reuniilo anterior, o Senhor Presidentereabriu a discussão. O Deputado João Gilberto fez umresumo de seu voto em scparado c do voto do relator. ODeputado Armando Pinheiro requereu - e foi atendido- o adiamento da discussão, face a ausência do relator.O Deputado João Gilberto manifestou seu desagradopela decisão da Presidência em adiar a votação da ma­téria. O Senhor Presidente, justificando sua atitude,lembrou episôdio ocorrido com o Projeto de Lei n'1.208/83, que em cireunstáncias semelhantes tivera a vo­tação adiada mais de uma vez, em virtude da ausência dorelator, Deputado Gomes da Silva. Disse que a discussàodeste projeto fora reaberta devido a alta releváncia damatéria. Esclareceu que o critério estabelecido para aapreciação dos projetos na reunião, que seriam votados,mesmo sem a presença dos relatores, exceto se algummembro levantassc objeção. O Deputado João Gilbertolembrou que a presença do relator seria despicienda,uma vez que seu voto já fora proferido, sendo, pois, doconhecimento geral, principalmente porque durante areunião ele mesmo já fizera uma explanação sobre seu

conteúdo. O Senhor Presidente, após consulta, marcoupara quarta·feira, dia 19 próximo l data para a decisào,com ou sem a presença do Deputado Osvaldo Melo. ODeputado Nilson Gibson requereu - e foi atendido - adistribuição antecipada dos dois votos constantes doprocesso a todos os membros dcstc ôrgão. Encerramcn­to: às doze horas e quarenta minutos, nada mais haven­do a tralar, foi encerrada a reunião e, para constar, eu,Ruy Omar Prudência da Silva, Secretário, lavrei a pre­sente Ata, que depois de aprovada será assinada pclo Se­nhor Presidente.

O Deputado Bonifácio de Andrada, Presidente da Co­missào de Constituição e Justiça, fez a seguinte

Redistribuição

Em 7-10-83Ao Sr. Ademir Andrade:

Projeto de Lei no 1.091j83 - do Sr. Francisco Amaral- que "revoga dispositivo da legislação que disciplina orepouso semanal renumerado, para o fim de desvincularo benefício das faltas ou atrasos ao serviço".

Sábado 15 \0977

Ao Sr. Antônio Dias:

Projeto de Lei no 1.526j83 - do Sr. Francisco Dias­que '"fixa valores a serem cobrados nas loterias que men­ciona, e dá outras providéncias".

Ao Sr. Brandão Monteiro:

Projeto de Lei no 1.611j83 - do Sr. Paulo Lustosa­que "preserva a pensão previdenciária aos fihos maioresque sejam inativos ou estejam desempregados".

Ao Sr. Djalma Bessa:

Projeto de Lei n' 3.625j80 - do Sr. Jorge Cury - que"determina a devolução das condecorações c a reinclu­são nos quadros das respectivas ordens das quais tenhasido excluído o ex-Presidente João Belchior MarquesGoulart e dá outras providências".

Ao Sr. Gastone Righi:

Projeto de Lei no 6.606j82 - do Sr. Jorge Cury - que"altera dispositivo da Consolidação das Leis do Traba­lho, abreviando o prazo concedido ao empregador paraa apresentação de reclamatôria em caso de apuração defalta grave".

Ao Sr. Gcrson Peres:

Projcto de Lci n' 1.553j83 - do Sr. Jorge Arbage ­que "introduz modificação no Estatuto da Terra - Lein' 4.504, de 3D de novembro de 1964 - dispondo sobre anão incidência do Imposto Territorial Rural ás situaçõesque especifica".

Ao Sr. Gomes da Silva:

Projeto de Lei no 1.388j83 - do Sr. Adroaldo Cam­pos - que "altera a Lei n' 6.437, de 20 de agosto de 1977que configura infrações à legislação sanitária fedcral, es­tabelece as sanções respectivas e dá outras providên­cias",

Projeto de Lei n' 6.427 j82 - do Sr. Jorge Cury - que"dispõe sobre moradia para porteiros de edifícios, e dáoutras providências".

Ao Sr. Gorgônio Neto:

Projeto de Lei n' 1.238j83 -'-- do Sr. Paulo Lustosa­que "isenta da retenção do Imposto de Renda, na fontepagadora, a pessoa física com renda líquida mensal infe­rior a dez salários mínimos".

Ao Sr. Hamilton Xavier:

Projeto de Lei n' 1.340j83 - do Sr. Geraldo Bulhões- que "estabelece o salário mínimo profissional dosbancários e determina outras providências)',

"Ao Sr. Jairo Magalhães:- Projeto de Lei no 1.694j83 - do Sr. JorgeCury­

que "altera dispositivo da Lei no 6.868, de 3 de dezembrode 1980, que aboliu a exigéncia da apresentação de ates­tados de bons antecedentes e de boa conduta".

Ao Sr. Joaeil Pereira:Projeto de Lei no 6.388j82 - do Sr. Jorge Cury - que

"altera a redação do art. 11 do Decreto-lei no 5.452, dc I'de maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho) eda outras providêacias".

Ao Sr. Jorge Arbage:Projeto de Lei Complementar no 260j81 - do Sr. Jor­

ge Cury - que "altera a redação da lctra "n" c suprimea letra "p" do item I do art. lo da Lei Complementar no5. de 29 de abril de 1970, e dá outras providências".

Ao Sr. Jorge Medauar:Projeto de Lei no 6.656j82 - do Sr. Jorge Cury - que

"dá nova redação ao ar!. 20 da Lei no 5.559, de II de de-

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10978 Sábado 15

zembro de 1968, reconhecendo ao aposentado o direitoao salário-família, e dá outras providências".

Projeto de Lei n' 6.659/82 - do Sr. .Jorge Cury - que"dá nova redação ao "caput" do art. 4. da Lei n. 5.107,de 13 de setembro c(e 1966, que cria o Fundo de Garantiado Tempo de Serviço, e dá outras providências".

Ao Sr. José Burnet!:Projeto de Lei n. 1.313/83 - do Sr. Carneiro Arnaud

- que "dispõe sobre a atualização dos serviços médico­hospitalares prestados ao INAMPS".

Ao Sr. José Carlos Fonseca:Projeto de Lei n. 1.379/83 - do Sr. Francisco Amaral

- que "altera o art. 4. do Decreto-lei n. 1.706, de 27 deoutubro de 1939, que institui o Livro do Mérito".

Projeto de Lei n. 3.640/80 - do Sr. Jorge Cury - que"determina a devolução das condecorações e a reinclu­são nos quadros das respectivas ordens dos quais tenhamsido excluídos os ex-Senadores, Deputados Federais,Deputados Estaduais, Prefeitos, Vice-Prefeitos, Verea­dores e aqueles outros não detentores de cargos oufunções públicas, apenados pelos Atos Institucionais re­vogados pela Emenda Coustitucional n. lI, de 17 de ou­tubro de 1978 e os anistiados pela Lei nO 6.683, de 28 deagosto de 1979, e dá outras providências".

Projeto de Lei nO 3.689/80 - do Sr. Jorge Cury - que"determina a devolução das condecorações e a reinclu­são nos quadros das respectivas ordens dos quais tenhamsido excluídos os ex-Governadores e ex-Vice­Governadores de Estado, apenados com a perda de man­datos e suspensão de direitos políticos por Atos revoga­dos pela Emenda Constitucional nO li, de 17 de outubrode 1978, ou pela Lei n. 6.683, de 28 de agosto de 1979, edá outras providências".

Ao Sr. José Gcnoino:Projeto de Lci n" 1.643/83 - do Sr. João Paganella­

que "altcra o art. 55 da Lei nO 4.506, de 30 de novembrode 1964 - Lei do Imposto de Renda".

Projeto de Lei n. 6.643/82 - do Sr. Jorge Cury - que"acrescenta o inciso VII do art. 473 da Consolidação dasLeis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nO 5.452, del0 de maio de 1943".

Ao Sr. José Penedo:Projeto de Lei nO 1.652/83 - do Sr. Denisar Arneiro

- quc "reinclui na incidência do Imposto de Renda ren­.dimentos auferidos por militares".

Ao Sr. José Tavares:Projeto de Lei nO 972/83 - do Sr. Leur Lomanto ­

que "veda a dispensa do empregado reclamante na Jus­tiça do Trabalho".

Projeto de Lei nO 2.419/79 - do Sr. Jorge Cury- que"aplica-se aos funcionários aposentados dos Poderes Le­gislativos e Judiciário, a Lei nO 6.703, de 26 de outubrode 1979".

Ao Sr. Jutahy Júnior:Projeto de Lei nO 1.130/83 - do Sr. Adroaldo Cam­

pos - que "estabelece que nenhuma pensão será inferiorao salário mínimo regional".

Projeto de Lei nO 1.264/83 - do Sr. Leônidas Sam­paio - que "dispõe sobre a contagem em dobro do tem­po de serviço militar, para a finalidade e no caso que es­pecifica",

Ao Sr. Luiz Leal:Projeto de Lei nO 701/83 - do Sr. Inocêncio Oliveira

- que "acrescenta dispositivo à Lei nO 6.229, de 17 deju-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

lho de 1975, que dispõe sobre a organização do SistemaNacional de Saúde", regulando a reposição parcial dopreço do medicamento".

Projeto de Lei n. 768/83 - do Sr. Léo Simões - que"modifica dispositivo da Consolidação das Leis do Tra­balho, no capítulo conccrnente às férias".

Projeto de Lei nO 6.596/82 - do Sr. Jorge Cury - que"altera dispositivo da Lei nO 6.649, de 16 de maio de1979, que disciplina a locação predial urbana".

Ao Sr. Mário Assad:Projeto de Lei nO 1.589/83 - do Sr. Victor Faccioni­

que "cria o Sistema Nacional de Bolsas de. E~tudo(SNBEj e dá outras providências".

Ao Sr. Milton Reis:Projeto de Lei nO 1.158/83 - do Sr. Renato Bueno­

que "dispõe sobre indenização a Municípios paranaen­ses em virtude da construção da Usina Hidrelétrica deItaipu".

Projeto de Lei n. 1.699/83 - do Sr. Cunha Bueno ­que "faculta as companhias seguradoras e às entidadesde previdência privada a aplicação de suas reservas técni­cas em empreendimentos de construção civil e determinaoutras providências".

Projeto de Lei nO 6.525/82 - do Sr. Jorge Cury - que"altera dispositivos da Lei n" 5.889, de 8 de junho de1973, que instituiu normas reguladoras do trabalho ru­ral".

Ao Sr. Nilson Gibson: .Projeto de Lei nO 1.277/83 - do Sr. Brandão Montei­

ro - que "altera a redação do ar!. 22 do Decreto-lei n. 5,de 4 de abril de 1966, que estabelece normas para a recu­peração econômica das atividades da Marinha­Mercante, dos portos nacionais e da Rede FerroviáriaFederal S/A, e dá outras providências".

Projeto de Lei n. 1.319/83 - do Sr. Morazildo Caval­cante - que "dá nova redação ao artigo 15 do Decreto­lei nO 411, de 8 de janeiro de 1969, que dispõe sobre a ad­ministração dos Territórios Federais, a organização dosseus Municípios e dá outras providências".

Ao Sr. Otávio Cesário:Projeto de Lei n' 1.342/83 - do Sr. Antônio Mazurek

- que "dispõe sobre a venda de gasolina automotiva ede álcool etílico hidratado em embalagens de até 5 (cin­co) litros, no caso indicado".

Ao Sr. Raimundo Leite:Projeto de Lei nO 983/83 - do Sr. Jorge Leite - que

"determina as empresas de transportes coletivos rodo­viários, a manutenção de caixas com medicamentos paraprimeiros socorros, nos ônibus". (anexo o PL 1.129/83).

Ao Sr. Ronaldo Canedo:Projeto de Lei n. 1.646/83 - do Sr. Paulo Lustosa­

que "acrescenta parágrafo ao art. 273 da Consolidaçãodas Leis do Trabalho aprovada pelo Decreto-lei nO 5.452,de I. de maio de 1943, dispondo sobre a jornada parcialde trabalho da mulher".

Ao Sr. Theodoro Mendes.Projeto de Lei nO 817/83 - do Sr. Diogo Nomura­

que "dispõe sobre a participação dos municípios na arre­Cadação bruta de apostas da Loteria Esportiva Federal,para os fins que especifica, e dá outras providências".

Projeto dc Lei nO 6.090/82 - do Sr. Ruy Côdo - que"dispõe sobre a Merenda Escolar e dá outras providên­cias'~ .

Sala da Comissão, 7 de outubro de 1983. - Ruy OrnarPrudêncio da SUva - Secretário.

Outubro de 1983

O Deputado Bonifácio de Andrada, Presidente da Co­missão de Constituição e Justiça, fez a seguinte

Distribuição

Em 10-10-83Ao Sr. Ademir Andrade:Projeto de Lei nO 2.171/83 - do Sr. Henrique Eduar­

do Alves - que "dá nova redação ao ar!. 5., da Lei nO5.107, de 13 de setembro de 1966 - Fundo de Garantia·do Tempo de Serviço".

Ao Sr. Afrisio Vieira Lima:Projeto de Lei n. 2.001/83 - do Sr. Dionísio Hage­

que "estabelece o regime de trabalho do pessoal docentede lo e 20 graus da rede oficial de ensino".

Projeto de Lei nO 2.044/83 - do Sr. Francisco Dias­que "estabelece condições para construção de núcleoshabitacionais no País".

Ao Sr. Antônio Dias:Projeto de Lei nO 2.038/83 - do Sr. Francisco Amaral

- que "considera como atividades penosas, para efeitode aposentadoria especial, as profissões de cantor e locu­tor de Rádio e Televisão".

Projeto de Lei nO 2.057/83 - do Sr. Cardoso Alves ­que "acrescenta parágrafo único ao art. 13, do Deereto­lei nO 73, de 21 de novembro de 1966, que "dispõe sobrco sistema nacional de seguros privados, regula as ope­rações de seguros c resseguros e dá outras providências",suprimindo cláusula de franquia".

Projeto de Lei nO 2.097/83 - do Sr. Mário Frota ­que "altera a redação do art. 6. da Lei nO 5.107, de 13 desetembro de 1966, que criou o FGTS".

Projeto de Lei n' 2.119/83 - do Sr. José Luiz Maia­que "altera a redação dos artigos 2. e 30 da Lei nO 6.746,de lO de dezembro de 1979, que alterou dispositivos doEstatuto da Terra".

Projeto de Lei n' 2.191/83 - do Sr. Leônidas Sam­paio - que "dispõe sobre gratuidade nos transportes co­letivos a excepcionais, e dá outras providéncias".

Ao Sr. Armando Pinheiro:Projeto de Lei nO 2.051/83 - do Sr. Herbert Levy ­

que "estabelece normas para o funcionamento e liqui­dação das empresas estatais".

Projeto de Lei n. 2.069/83 - do Sr. Francisco Dias­que "dispõe sobre a remissão total de débito relativos atributos federais, e dá outras providéncias".

Ao Sr. Arnaldo Maciel:Projeto de Lei nO 2.002/83 - do Sr. Flávio Bierren­

bach - que "proíbe qualquer pagamento pelo uso demarcas estrangeiras nos casos que especifica e dá outrasprovidênciasH

Projeto de Lei nO 2.023/83 - do Sr. Nilson Gibson ­que "modifica dispositivo da Consolidação das Leis doTrabalho, aprovada pelo Decreto-lei nO 5.452, de l0 dcmaio de 1943, e dá outras providências".

Projeto de Lei nO 2.058/83 - do Sr. Siqueira Campos- que "altera a redação e revoga dispositivos da Conso­lidação das Leis do Trabalho relativos às férias dos em­pregados".

Projeto de Lei nO 2.132/83 - do Sr. Augusto Trein­que "dispõe sobre a liquidação pelos bancos, dos che­ques que menciona, e dá outras providências".

Projeto de Lei nO 2.140/83 - do Sr. Freitas Nobre­que "determina que as empresas concessionárias de ser­viços de telefonia apresentem fotografia do contador deassinante, a requerimento deste",

Projeto de Lei nO 2.153/83 - do Sr. Augusto Trein­que "dá nova redação ao § 1°do art. 279 da Consoli­dação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lein. 5.452, de lo de maio de 1943".

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Outubro de 1983

Ao Sr. Brandão Monteiro:Projeto de Lei n' 2.169/83 - do Sr. Augusto Trein­

que "institui o adicional por tempo de trabalho c dá ou­tras providências".

Ao Sr. Brabo de Carvalho:Projeto de Lei n' 2.064/83 - do Sr. Manoel Costa Jú­

nior - que "determina a instalação, nas zonas de garim­po, de escolas, postos de saúde. rede de saneamento bási­co, de geração de energia, de comunicação e abertura deestradas".

Projeto de Lei n' 2.079/83 - do Sr. Fernando Gomes- que "cria a contribuição de exportação de cacau e dáoutras providências".

Projeto de Lei n' 2.090/83 - do Sr. RenatoJohnsson- que "estabelece medidas para permitir ocumprimento da política de integração dos serviçospúblicos de telecomunicações, instituída pela Lei n'5.792, de 11 de julho de 1972".

Projeto de Lei n' 2.116/83 - do Sr. Leônidas Rachid- que "reduz o número de medicamentos oferecidos àvenda em todo o País e dá outras providências".

Ao Sr. .Darcílio Ayres:Projeto de Lei n' 2.088/83 - do Sr. Marcondes Perei­

ra - que "deelara de utilidade pública a CorporaçãoMusical Santana do Paraíba, com sede em São José dosCampos, no Estado de São Paulo".

Ao Sr. Djalma Bessa:Projeto de Lei n' 1.989/83 - do Sr. Marcelo Gato­

que "acrescenta parágrafo ao art. 3' da Lei n' 5.107, de13 de setembro de 1966, que criou o Fundo de Garantiado Tempo de Serviço. estabelecendo a mensalidade paracrédito dos valores relativos a juros e a correção mone­tária",

Ao Sr. Edison Lobão:Projeto de Lei n' 2.148/83 - do Sr. Alcides Lima ­

que "institui o Dia Nacional da Extensão Rural".

Projeto de Lei n' 2.172/83 - do Sr. Marcondes Perei­ra - que "declara de utilidade pública a Associação deProteção e Assistência aos Condenados, com sede emSão José dos Campos, no Estado de São Paulo".

Ao Sr. Egídio Ferreira Lima:Projeto de Lei n' 1.992/83 - do Sr. Theodoro Mendes

- que "dcelara de utilidade púlbica a Associação dosEngenheiros e Arquitetos de Sorocaba, no Estado de SãoPaulo".

Projeto de Lei n' 2.093/83 - do Sr. Paulo Lustosa­que "altera a Lei Orgânica dos Partidos Políticos no querespeita ao Fundo Partidário, a divulgação das ativida­des dos partidos políticos e determina outras providên­cias".

Projeto de Lei n' 2.131/83 - do Sr. Freitas Nobre­que "dispõe sobre o exercício da profissão de Escritor".

Ao Sr. Elquisson Soares:Projeto de Lei n' 2.037/83 - do Sr. Adhemar Ghisi­

que "introduz modificação na Lei n' 3.807, de 26 deagosto de 1960, para o fim de assegurar a mulher separa­da judicialmente o direito à pensão previdenciária deixa­da pelo ex-marido, nos casos que especifica".

Projeto de Lei n' 2.122/83 - do Sr. Leônidas Sam­paio - que "altera a redação do art. 5' do Decreto n'74.379, de 8 de agosto de 1974, proibindo a interrupçãodo serviço telefônico pelas empresas concessionárias, emrazão de atraso no pagamento das respectivas contas edá outras providênciasn.

Ao Sr. Ernani Satyro:Projeto de Lei n' 2.025/83 - do Sr. Francisco Amaral

- que "modifica a redação do art. 7' da Lei n' 5.107, de13 de setembro de 1966, que instituiu O Fundo de Garan­tia do Tempo de Serviço".

DIÁRIO DO CONGRESSO NACION;:\L (Seção I)

Projeto de Lei n' 2.042/83 - do Sr. Rubens Ardengbi- que "fixa em cinco anos o interstício para que dirigen­tes de instituições financeiras públicas possam ocuparcargos diretivos em instituições financeiras privadas, edetermina outras providências".

Projeto de Lei n' 2.084/83 - do Sr. Cardoso Alvcs­que "acrescenta um parágrafo ao artigo 50 do Decreto­lei n' 3.688, de 3 de outubro de 1941 (Lei das Contra­venções Penais), permitindo jogos de azar quando explo­rado por entidade beneficente, assistencial ou filantrópi-ca",

Ao Sr. Gastone Rghi:Projeto de Lei n' 2.053/83 - do Sr. Celso Barros ­

que "altera dispositivo da Lei n' 1.579, de 18 de marçode 1952, que "dispõe sobre as Comissões Parlamentaresde Inquérito".

Ao Sr. Gerson Peres:Projeto de Lei n' 2.077/83 - do Sr. Doreto Campana­

ri - que "isenta da contribuição previdenciária, partedo empregador, os sindicatos de trabalhadores rurais".

Projeto de Lei n' 2.099/83 - do Sr. Leôtlidas Rachid- que "isenta de impostos federais as cooperativas se­diadas na Amazônia Ocidental".

Ao Sr. Gomes da Silva:Projeto de Lei n' 2.035/83 - do Sr. França Teixeira

- que "estabelece a obrigatoriedade de os fabricantes deautomóveis garantirem seus produtos contra a corrosãopor 3 (três) anos".

Projeto de Lei n' 2.071 /83 - do Sr. Francisco Amaral- que "permite acesso as áreas restritas de trànsito, nasvias públicas, aos carros-fortes transportadores de valo­res, para carga ou descarga, e determina outras provi­dências".

Projeto de Lei n' 2.092/83 - do Sr. Felipe Cheidde­que "determina o cômputo do tempo de serviço efetivodo cônjuge, após o casamento, que deverá ser acrescen­tado ao do cabeça do casal, para fins de aposentadoria".

Projeto de Lei n' 2.111/83 - do Sr. Ruy Lino - que"altera o art. 74 da Consolidação das Leis do Trabalho,dispondo sobre organização de horário de trabalho paraempregados estudantes".

Projeto de Lei n' 2.139/83 - do Sr. Carneiro Arnaud- que "dispõe sobre revogação do § 4' do art. 5', da Lein' 3.807, de 26 de agosto de 1960 - Lei Orgânica da Pre­vidência Social".

Ao Sr. Gorgónio Neto:Projeto de Lei n' 2.073/83 - do Sr. Carlos Vinagre­

que "modifica o art. 1.150 do Código Civil c o art. 35 daLei n' 3.365, de21 dejunho de 1941, assegurando ao ex­propriado ou a seus herdeiros necessários o direito dereivindicar o imóvel expropriado, na hipótese que men­ciona".

Ao Sr. Guido Moesch:

Projeto de Lei n' 1.993/83 - do Sr. Gióia Júnior ­que "dispõe sobre a prestação de alimentação gratuita àgestante e às crianças necessitadas".

Projeto de Lei n' 2.028/83 - do Sr. Dionísio Hage­que "isenta do Imposto de Renda das Gratificações deRaios-X e de Substâncias Radioativas".

Projeto de Lei n' 2.045/83 - do Sr. Francisco Dias­que ··destina as importâncias não pagas dos prêmios daLoteria Federal, Loteria Esportiva Federal e Loteria deNúmeros (LOTO), aos municípios atingidos por desas­tres climáticos, econômicos ou ecológicos. c dá outrasprovidências".

Projeto de Lei n' 2.082/83 - do Sr. Denisar Arneiro- que "obriga a utilização do transporte ferroviáriopara as cargas dos órgãos e entidades da AdministraçãoPública Direta e Indireta, suas subsidiárias e fundaçõesinstituídas pela União".

Sábado 15 10979

Ao Sr. Hamilton Xavier:Projeto de Lei n' 2.006/83 - do Sr. Henriqne Eduar­

do Alves - que "introduz alteração na Lei n' 3.807, de26 de agosto de 1960, e dá outras providências".

Projeto de Lei n' 2.055/83 - do Sr. Theodoro Mendes- que "dá nova redação ao art. 10 da Lei Orgânica daPrevidência Social".

Projeto de Lei n' 2.062/83 - do Sr. Délio dos Santos- que "dá nova redação ao eaput do art. 492 da Conso­lidação das leis do Trabalho, assegurando estabilidadeao trabalhador 3 (três) meses após sua admissão no em­prego".

Projeto de Lei n' 2.086/83 - do Sr. Doreto Campana­ri - que "estende o adicional de periculosidade aos mo­toristas em transporte de carga".

Projeto de Lei n' 2.1 .2/83 - do Sr. Alberto Goldman- que "altera dispositivos da Lei n' 5.682, de 21 dejulhode 1971 - Lei Orgânica dos Partidos Políticos - parapermitir a formação de Diretórios Municipais em cida-des de mais de um milhão de habitantes". •

Projeto de Lei n' 2.157/83 - do Sr. Marcondes Perci­ra - que "proíbe o exercício de qualquer atividade comvínculo empregatício, por aposentados e reformados,nas condições que fixa".

Ao Sr. Jairo Magalhães:Projeto de Lei n° 1.991/83 - do Sr. Sérgio Cruz ­

que "institui o Dia do Revisor Tipográfico, e dá outrasprovidências" .

Projeto de Lei n' 2.046/83 - do Sr. Celso Peçanha­que "altera a redação do caput do art. 193 da CLT, paraestender o direito ao adicional de periculosidade aos "e­letricitários" que trabalham em condições de risco acen­tuado". .

Projeto de Lei n' 2.106/83 - do Sr. Homero Suntos- que "isenta de multa, pelo prazo de 2 anos, os empre­gados rurais que tenham deixado de proceder ao registrode seus empregados".

Projeto de Lei n'! 2.166/83 - do Sr. Aldo Arantes ­que "modifica os artigos 4', inciso XIII, e 15, § 3', da Lein' 5.991, de 17 de dezembro de 1973, que dispõe sobre ocontrole sanitário do comércio de drogas, medicamen­tos, insumos farmacêuticos e correlatos e dá outras pro­vidências" .

Ao Sr. Joaci! Pereira:Projeto de Lei n' 2.098/83 - do Sr. Nelson do Carmo

_ que "revoga o art. 566 da Consolidação das Leis doTrabalho, permitindo a sindicalização dos funcionáriospúblicos".

Projeto' de Lei n' 2.173/83 - do Sr. Siqueira Campos_ que ~'vcda a transmissão 1 pelas emissoras de rádio etelevisão, de programas e mensagens sobre educação se­xual, e dá outras providências".

Redação para Segunda Discussão do Projeto de Lei n'6.082-A/82 - que "dispõe sobre a inviolabilidade dosVereadores" .

Ao Sr. João Cunha:Projeto de Lei n' 2.102/83 - do Sr. Francisco Sales­

que "acrescentu dispositivos à Consolidação das Leis doTrabalho, dispondo sobre a instituição, no âmbito dossindicatos das categorias profissionais, da Comissão deConciliação e Agilização do Processo Trabalhista".

Ao Sr. João Gilberto:Projeto de Lei n' 2.007/83 - do Sr. Marcondes Perei­

ra - que "acrescenta parágrafo único ao art. 476 daConsolidação das Leis do Trabalho e dá outras provi­dências".

Projeto de Lei n' 2.125/83 - do Sr. Mário Frota­que "altera a Lei n' 6.334, de 31 de maio de 1976, quefixa idade máxima para inscrição em concurso públicodestinado ao ingresso em empregos e cargos do ServiçoPúblico Federal".

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10980 Sábado 15

Ao Sr. Jorge Arbage:Projeto de Lei n" 2.041/83 - do Sr. Siqueira Campos

- que "institui O salário mínimo profissional para as ca­tegorias que, na forma do Decreto-lei n' 1.632, de 4 de"gosto de 1978, cxcrçam atividades consideradas essen­ciais à segurança nacional'~.

Projeto de Lei n" 2.048/83 - do Sr. Clarck Platon ­que "concede isenção do Imposto sobre Produtos Indus­trializados às saídas de máquinas e implementas agríco­las e industriais destinadas ao Território Federal doAmapá".

Projeto de Lei n" 2.205/83 - do Sr. Francisco Dias­que "fixa prazo para restituição do Imposto de Renda, edá outras providências".

Ao Sr. Jorgc Carone:Projeto de Lei n" 2.081/83 - do Sr. Walter Casanova

- que "proíbe a interrupção dos calouros, nos progra­mas de rádio e televisão, durante sua interpretação".

Projeto de Lei n' 2.137/83 - do Sr. Augusto Trein ­que "obriga a adição de até 10% de farinha de trigo mou­risco ou sarraceno à farinha de trigo pura".

Ao Sr. Jorge Medauar:Projeto de Lei n" 2.186/83 - do Sr. Antônio Pontes

.- quc "dispõc sobre a prescrição do prazo para intentaração em que seja parte o trabalhador rural, e dá outrasprovidências".

Ao Sr. José Burnetl:Projeto de Lei n' 1.997/83 - do Sr. Marcondes Perei­

ra - que "declara de lutilidade pública a "FundaçãoAvibrás", com scdc em São ,José dos Campos, no Estadode São Paulo". i

Projeto de Lei n" 2.061/83 - do Sr. Siegfried Heuser- que "'acrescenta parágrafos ao art. 239, da Lei nl?6.404, de 15 de dezcmbro de 1976, que dispõe sobre associedades por ações",

Projeto de Lei n" 2.135/83 - do Sr. Carlos Sant'Anna- quc "autoriza o Poder Executivo a instituir contri­buição compulsória, correspondente ao valor do custode um cigarro, para o combate ao câncer, da forma queespecifica".

Projeto de Lei n' 2.152/83 - do Sr. Henrique Eduar­do Alves - que institui o Fundo de Prevenção ContraIncêndios, e dá outras providéncias".

Ao Sr. José Carlos Fonseca:Projeto de Lei n" 2.170/83 - do Sr. Marcelo Gato­

que "altera a redação do "caput" do arl. 4' do Decreto­lei n'! 1.034, de 21 de outubro de 1969, dispondo sobre vi­gilância de estabe!ccimcnto de crédito".

Projeto de Lei n' 3.639/80 - do Sr. Jorge Cury - que"determina li devolução das condecoraçàes e a reinclu­são nos quadros das respcctivas ordens dos quais tenhasido excluído o ex-Presidente Jânio da Silva Quadros edá outras providências:

Projeto de Lei n° 4.727/81 - do Sr. Jorge Cury - que"congela os alugueres dos prédios residenciais e dá ou­tras providências".

Ao Sr. José Gcnoino:Projeto de Lei n' 2.031/83 - do Sr. Hermes Zaneti­

que Hassegura uma pensão de 70% do salário mínimo re­gional aos excepcionais cujas famílias percebam menosde três salários mínimos regionais",

Projeto de Lei n" 2.052/83 - do Sr. Herbert Levy­que "dispõe sobre o exercício da profissão de Comer­ciário".

Ao Sr. José Melo:Projeto de Lei n' 1.990/83 - do Sr. Fernando Bastos

- que "autoriza o funcionamento de moinho de trigo,do tipo colonial, na condição que especifica".

Projeto de Lei n" 2.036/83 - do Sr. Gerson Peres ­que Ucria o Polígono Castanheiro da Amazônia e dá ou..tras providências".

Projeto de Lei n° 2.009/83 - do Sr. Francisco Amaral- que "concede estabilidade provisória, por dois anos,aos servidorcs contratados pelo regime da CLT nos anoseleitorais" .

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Projelo de Lei n" 2.054/83 - do Sr. Iram Saraiva ­que "Isenla do Imposto de Renda os proventos de inati­vidade auferidos pelos trabalhadores com idade superiora 60 anos".

Projeto de Lei n' 2.070/83 - do Sr. Saramago Pinbei­ro - que "·proíbe a construçào de moradias em locais in­seguros".

Ao Sr. José Penedo:Projeto de Lei n° 2.107/83 - do Sr. Paulo Lustosa­

qUe "extingue o Fundo Nacional de Telecomunicações-FNT":

Ao Sr. José Tavares:Projeto de Lei n" 2.043/83 - do Sr. Nilson Gibson ­

que "atribui vantagens aos ocupantes de cargos oufunções em comissão".

Projeto de Lei no 2.056/83 - do Sr. Mozarildo Caval­canti - qUI; "dispõe sobre a venda de bens imóveis resi­denciais da União, situados na área urbana de Boa Vista,Roraima e dá outras providências".

Projeto dc Lei no 2. I 17/83 - do Sr. Ronaldo Campos- que, "autoriza o Poder Executivo a criar a EscolaAgrotéenica de Monte Alegre, no Estado do Pará, e dáoutras providências".

Projeto de Lei n" 2.151/83 - do Sr. Valmor Giavarina- qu~ "dispõe sobre o emprego de guardas-mirins e acontribuição previdenciária correspondente".

Projeto de Lei n" 2.183/83 - do Sr. Celso Barros ­que "dispõe sobre a criação da Zona Franca de Parnaí­ba, e dá outras providências".

Ao Sr. Júlio Martins:Projeto de Lei no 2.000/83 - do Sr. Domingos Juvenil

~ que ·"acrescenta dispositivo a Lei n' 6.950, de 4 de no­vem bro de 1981, para o fim de excluir da taxação ali pre­vista e destinada à previdência social os petrechos utili­zados na pesca artesanal".

Projeto de Lei n" 2.033/83 - do Sr. Mozarildo Caval­canti - que udispõe sobre a venda de bens imóveis resi­denciais da União, situados na árca urbana de BO!l Vist!l,Roraima e dá outras providências".

Projeto de Lei n" 2.094/83 - do Sr. Clarck Platon­que "isenta do imposto sobre a importação a entrada demáquinas e implementas agrícolas e industriais para oTerritório Fcderal do Am!lpá".

Projeto de Lei 2.126/83 - do Sr. Mozarildo Caval­canti - que "dispõe sobre a venda de bens imóveis resi­denciais da União aos deputados Federais e Servidoresda Câmara dos Deputados".

Projeto de Lei n" 2.190/83 - do Sr. Marcelo Gato­que "acrescenta dispositivo ao arl. 58 da Consolidaçãodas Leis do Trabalho fixando, em 6 (seis) horas, a jorna­da de trabalho dos que exercem a>'suas atividades em re­gime de turnos de revezamento".

Ao Sr. Leorne Belém:Projeto de Lei n" 2.0 I7/83 - do Sr. Lélio Souza ­

que" exclui, dentre os considerados de interesse da Se­gurança Nacional, o Município de Porto Lucena, no Es­tado do Rio Grande do Sul".

Projeto de Lei " 2.018/83 - do Sr. Lélio Souza- que"exclui, dentre os considerados de interesse da Segu­ranç!l Nacional, o Município de Porto Xavier, no Estadodo Rio Grande do Sul".

Ao Sr. Luiz Leal:Projeto de Lei n" 6.595/82 - do Sr. Jorge Cury - que

"introduz alteração na alínea "e", do inciso lI, do art. 8lJ,da Lci n" 5.107. de 13 de setembro de 1966, que criou oFGTS".

Ao Sr. Mário Assad:Projeto de Lei n" 2.049/83 - do Sr. Denisar Arneiro

- que "permite a tolerância de 5% na pesagem de c!lrgaem veículos de transporte".

Projeto de Lei n" 2.142/83 - do Sr. José Carlos Tei­xeira - que "altcra a redação da Lei n" 4.726, 13 de ju­lho de 1965, pam suprimir restrições ao arquivamentono Registro do Comércio de documentos relativos a pes­soas com antecedentes criminais".

Outubro de \983

Projeto de Lei n" 2.145/83 - do Sr. Siqueim Campos- que "dispõe sobre o fornecimento de géneros de pri­meira necessidade ao trabalhador desempregado e dáoutras providências".

Projeto de Lei n' 2.181/83 - do Sr. Milton Reis­que "!Iltem !I redação do *4" do arl. 5" do Código deProcesso Penal".

Ao Sr. Miton Reis:Projeto de Lei n' 6.607/82 - do Sr. Jorge Cury~ que

"acrescenta parágrafo único ao art. 58 da Consolidaçãodas Lei do Trabalho e dá outras providências".

Ao Sr. Natal Gale:Projeto de Leí n' 2.065/83 - do Sr. Djalma Bom _

que "acrescenta ~§ 7" e 8" ao artigo 543, da Consolidaçãodas Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n"5.452, dc I' de maio de 1943".

Projeto de Lei n" 2.076/83 - do Sr. Carlos Teixeira­que "dispõe sobre a obrigatoriedade de exames periódi­cos nos cigarros produzidos no País, pela Secretaria Na­cional de Vigiláncia Sanitária e dá outras providências".

Projeto de Lei n' 2.110/83 - do Sr. Ruy Côdo - que" torna obrigatória !I realização de partidas preliminaresentre amadores em todos os jogos oficiais entre equipesprofissionais, e determina outras providências".

Ao Sr. Nilson Gibson:Projeto de Lei n" 2.030/83 - do Sr. Sérgio Cruz ­

que "dispõe sobre o parcelamento dos débitos relativos atributos federais, e dá outras providéncias".

Projeto de Lei n" 2.039/83 - do Sr. Leopold~ Bessoné- que "dispõe sobre manutenção de contas no exterior,por cidadãos brasileiros. e dá outras providências",

Projeto de Lei n' 2.050/83 - do Sr. Pedro Colin ­que "altera a Lei n" 6.136, de 7 de novembro de 1974,que inclui o salário-maternidade entre as prestações daPrevidência Social, e dá outras providências".

Projeto de Lei n" 2.083/83 - do Sr. Ademir Andrade- que "acrescenta dispositivo à Consolidação das Leisdo Trabalho, na parte que trata da competêncía da Jus­tiça do Trabalho".

Projeto de Lei 2.109/83 - do Sr. Francisco Amaral­que "'dispõe sobre a aposentadoria do motorista deguin­dastes e empilhadeiras",

Projeto de Lei n" 2.114/83 - do Poder Exccutivo ­Mensagem n° 338/83 - que "autoriz!l o Instituto doAçúcar e do Ãlcool a alienar bens de sua propriedade lo­calizados nos Estados de Minas Gerais, São Panlo,Bahia, Alagoas, Pernambuco e Paraíba e dá outras pro­vidências".

Projeto de Lei n' 2.115/83 - do Poder Executivo­Mensagem n" 339/83 - que "dispõe sobre a criação decargos na Secretaria do Tribunal Superior do Trabalho,e dá outras providências".

Projeto de Lei n" 2.164/83 - da Sr' Myrthes BeviHic­qua - que "garante ao aposentado o direito de votar eser votado na sua organização de classe".

Ao Sr. Otávio Cesário:Projeto de Lei n" 2.124/83 - do Sr. Paulo Lustosa ­

que "dá nova denominação e estruturação ao Ministérioda Educação e Cultura".

Projeto de Lei n" 2.155/83 - do Sr. Prisco Vian!l ­que "altera dispositivos da Lei n' 4.737, de 15 de julho de1965 - Código Eleitoral- e da Lei n' 5.682, de 21 dejulho dc 1971 - Lci Orgânica dos Partidos Políticos­para rcgular a propaganda eleitoral e partidária".

Ao Sr. Osvaldo Melo:Projeto de Lei n' 2.059/83 - do Sr. Ruben Figueiró

- que "faculta ao mutuário do Sistema Financeiro deHabitação optar pela transferência de seu contrato decompra e venda para contrato de locação e dá outrasprovidências".

Projeto de Lei n' 2.100/83 - do Sr. Sérgio Cruz­que "dispõe sobre o !Ieréscimo de um dia no salário ou·provento dos trabalhadores regidos pel!l CLT, e dá ou­tras providências".

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Outubro de 1983

Projeto de Lei n' 2.129/83 - do Sr. Jorge Vianna­que "dispõe sobre a atividade de corretagem internacio­nal de cacau e seus derivados".

Ao Sr. Onísio Ludovico:Projeto de Lei n' 2.206/83 - do Sr. Renato Johnsson

- que "dispõe sobre as obrigações dos consórcios debens duráveis".

Ao Sr. Pedro Colin:Projeto de Lei n' 2.063/83 - do Sr. Délio dos Santos

- que "dispõe sobre a inalterabilidade dos valores dealuguéis de imóveis, pelo prazo de 2 (dois) anos".

Projeto de Lei n' 2.075/83 - do Sr. Amaury MilIler- que "acrescenta dispositivo à Lei n' 6.717, de 12 denovembro de 1979, que "autoriza modalidade de concur­so de prognósticos da Loteria Federal regida peloDecreto-lei n' 204, de 27 de fevereiro de 1967", e dá ou­tras providências".

Projeto de Lei n' 2.080/83 - do Sr. Augusto Trein­que "estabelece rito especial para cobrança judicial dcsalários e dá outras providências".

Projeto de Lci n' 2.113/83 - do Sr. Carneiro Arnaud- que "dá nova redação ao art. 10 da Lei n' 5.890, de 8de junho de 1973, que alterou a Lei Orgániea da Previ­dência Social".

Projeto de Lei n9 2.144/83 - do Sr. Hermes Zaneti ­que "inclui o marido entre os dependentes de mulher se­gurada da Previdência Social".

Ao Sr. Plínio Martins:Projeto de Lei n' 2.121/83 - do Sr. Jônathas Nunes

- que "cria a Zona Franca de Luiz Correia e Parnaíba,no Estado do Piauí, e dá outras providências".

Projeto de Lei n° 2.127/83 - do Sr. Mozarildo Caval­canti - que "dispõe sobre a criação e instalação de Su­perintendência Regional do lNAMPS no Território Fe­deral de Roraima, e dá outras providências".

Ao Sr. Raymundo Asfora:-, Projeto de Lei n' 2.187/83 - do Sr. Siqueira Campos':"" que "institui o auxílio-educação para o ensino de I' e2' grau e os cursos de nível superior".

ko Sr. Raimundo Leite:Projeto de Lei n' 2.085/83 - do Sr. Ferreira Martins

- que "dispõe sobre o parcelamento do pagamento doImposto sobre a Propriedade Territorial Rural- ITR".

Projeto de Lei n' 2.118/83 - do Sr. Augusto Trein­que "altera a redação do art. 6' da Lei n' 5.890, de 8 dejunho de 1973, que altera a legislação da previdência so­cial".

Ao Sr. Roberto Freire:Projeto de Lei n' 6.664/82 - do Sr. Jorge Cury - que

"introduz alterações nos dispositivos da Consolidaçãodas Leis do Trabalho que se referem a aumento de remu­neração por hora extraordinária".

Ao S~. Rondon Pacheco:Projeto de Lei n' 2.066/83 - do Sr. José Genoino ­

que "estabelece o dircito de acesso, de qualquer cidadãobrasileiro, às atas das reuniões do Conselho de Segu-'rança Nacional".

Ao Sr. Sérgio Murilo:Projeto de Lei n' 1.996/83 - do Sr. Renato Cordeiro

- que "dispõe sobre o auxílio-desemprego".Ao Sr. Theodoro Mendes:Projeto dc Lci n' 2.024/83 - do Sr. lrincu Colato ­

que "prevê isenção do Imposto sobre Produtos Indus­trializados na compra de automóveis a álcool destinadosao transporte cscolar autônomo e ao uso das cooperati-

- vas rurais".Projeto de Lei n' 2.150/83 - do Sr. Francisco Dias­

que "dispõe sobre a correção trimestral dos proventos daaposentadoria, e dá outras providências".

Ao Sr. Valmor Giavarina:Projeto de Lei n' 2.032/83 - do Sr. Hermes Zaneti ­

que "introduz modificação no artigo 19 da Lei das Con­travenções Pcnais - Decreto-lei n' 3.688, de 3 de ou­tubro de 1941".

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Projeto de Lei n' 2.047/83 - do Sr. Amaury MilIler,- que "concede isenção do Imposto sobre Produtos In­dustrialiZados para veículos a álcool, no caso que especi­fica".

Projeto de Lei n° 2.128/83 - do Sr. Odilon Salmoria- que "altera a Política Nacional do trigo estabelecendonovas normas para seu abastecimento, sua industriali­zação e comercialização".

Projeto de Lei n' 2.149/83 - do Sr. Celso Sabóia ­que "determina que sejam custeados pela previdência so­cial os procedimentos médicos necessários ao planeja­mento familiar e determina outras providéncias".

Projeto de Lei n' 1.983/82 - do Sr. Nilson Gibson­que "cria a Junta de Conciliação e Julgamento de BeloJardim, no Estado de Pernambuco, e determina outrasprovidências" .

Sala da Comissão, 10 de outubro de 1983. - RuyOrnar Prudêncio da Silva, Secretário.

O Deputado Bonifácio de Andrada, Presidente da Co­missão de Constituição e Justiça, fez a seguinte

Redistribuição

Em 7-10-83Ao Sr. Nilson Gibson:,Projeto de Lei n' 1.918/83 - do Sr. Marcelo Unhares

- que "dispõe sobre a emissão de uma série especial deselos comemorativos do primeiro centenário da aboliçãoda escravatura no Estado do Ceará~·.

Sala da Comissão, 7 de outubro de 1983. - Rny OrnarPrudêncio da Silva, Secretário.

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Décima Reunião Ordinária, realizada nodia 14 de setembro de 1983

Às dez horas e trinta minutos do dia quatorze de se­tembro de mil novecentos e oitenta e três, realizou-se noPlenário da Comissão de Defesa do Consumidor, a suadécima reunião ordinária, sob a Presidência do Deputa­do Paulo Lustosa. Compareceram os Senhores Deputa­dos Agenor Maria, Agnaldo Timóteo, Figueiredo Filho,França Teixeira, Hélio Manhães, José Carlos Vasconce­los e Mendes Botelho. Havendo número regimental, oSenhor Presidente declarou aberlos os trabalhos, pondoem votação a Ata da reunião anterior que foi aprovadapor unanimidade. A seguir o Senhor Presidente fez as se­guintes comunicações: 1) O Burreau de Denúncias daComissão tem funcionado a co~tento, e de um modo ge­rai o êxito no encaminhamento das denúncias que nostem sido feitas tem sido quase que total e a Comissãotem sido procurada por entidades e firmas, como o Con­sórsio Nacional Garavelo, para esclarecimento das de­núncias existentes; 2) A Comissão tem recebido comuni­cação de vários Estados c Municípios dando ciência dacriação de órgão de Defesa do Consumidor e de Comis­sões semelhantes a nossa nas Assembléias Legislativas eCâmara de Vereadores; 3) De 12 a 16 de outubro próxi­mo será realizado em Brasília o VI Congresso Brasileirode Ciência e Tecnologia de Alimentos para o qual a Co-,missão foi convidada a participar; 4) A comissão rece­beu convite para participar também, do 4' Encontro Na·cional de Entidades de Defesa do Consumidor a realizar­se em São Paulo, de 18 a 20 de novembro próximo; 5) AUniversidade Federal de Viçosa encaminhou a Comissãoproposta de Assessoria na implementação de um progra­ma de Educação do consumidor, de âmbito nacional. Pe­diu aos Senhorcs Deputados que examinassem a propos­ta e se achassem viável seria pleiteado do Presidentc daCámara a assinatura de um convênio entre a Universida­de Federal de Viçosa e este Órgão Técnica para reali­zação do programa; 6) O Dr. Milton Dallari, solicitou aindicação de um membro da comissão para participar deuma reunião da SEAP com representantes da indústria

Sábado 15 10981

farmacêutica para discutirem o problema do preço dosmedicamentos. Dando continuidade aos trabalhos o Se­nhor Presidente falou que haviam algumas pendênciasna Comissão que precisavam ser resolvidas com urgên­cias. A primeira delas é relacionada com a consolidaçãoda legislação de defesa do consumidor. O Deputado Sa­mir Achoa foi designado para coordenar esta consoli­dação, mas como ainda não apresentou uma proposta oSenhor Presidente sugeriu que a Comissão recorresse aAssessoria Legislativa para que esta elaborassc o traba­lho com a supervisão do Deputado Samir Achoa e doDeputado Virgildásio de Senna. A segunda consiste emvoltar a insistir com o Presidente da República nacriação de uma Secretaria Especial de Defesa do Consu·midor porquanto é impossível que o Governo Federalpossa operar na área de proteção efetiva ao consumidorsem dispor de um, esquema de coordenação desta pro­teção e que os órgãos instalados nos vários Ministériosnão têm estrutura, não têm meios, não têm instrumen­tos. O Deputado Hélio Manhães concordou com o Se­nhor Presidente e voltou a insistir na ida de um grupo daComissão ao Presidente da República para apresentarum trabalho objetivo com reivindicações em favor doconsumidor. Sugeriu que cada membro da Comissãoapresentasse suas sugestões que seriam reunidas num do­cumento final. O Deputado Paulo Lustosa achou válidaa sua proposta e citou alguns itens fundamentais que de­veriam ser apresentadas e cobradas soluções: 1) Estabe­lecimento de critérios de fixação dc aumento das taxas deserviço público; 2) Conclusões da mesa-redonda sobre apolítica habitacional brasileira; 3) Criação da SecretariaEspecial de Defesa do Consumidor; 4) Tabelamento dospreços de medicamentos e alimentos básicos. Pedindo apalavra, o Deputado França Teixeira informou que aFORO lançou um carro com três anos de garantia con­tra a corrosão e pediu que a Comissão enviasse ofício atodas as fábricas de automóveis sugerindo que as mes­mas estendessem essa garantia a todos os carros de suafabricação, Informou também que está tramitando naCâmara dos Deputados um projeto de lei, de sua auto­ria, que trata do assunto mas na sua opinião as fábricasdeveriam dar esta garantia independentemente de umalegislação que as obrigue a tal. O Senhor Presidente aca­tou a idéia e prometeu enviar o Ofício e a cópia do Proje­to de Lei do Deputado para as fábricas de automóveis.Continuou o Senhor Presidente afirmando que mandaráofício também em nome da Comissão, ao Dr. MiltonDallari solicitando uma rápida intervenção no mercadode óleo de soja, sugerindo seja suspensa a exportação doproduto até que o preço do mercado volte a normalida­de. O Deputado Hélio Manhães mostrou sua indignaçãocom as altas constantes do preço de óleo no que o Se­nh,?r Presidente falou que isto é caso de polícia e que eleiria sugerir ao Governador do Distrito Federal, como jávem fazendo com todos os governadores, a criação deuma Delegacia de Defesa do Consumidor, que tem po­der de polícia uma vez que esta Comissão não pode atuarneste sentido. A seguir o Deputado Agenor Maria enfo­cou o problema do Nordeste afirmando que parasolucioná-lo era preciso em primeiro lugar fazer uma Re­forma Tributária, mas que infelizmente o congresso nãopode legislar sobre a matéria financeira. Debateram o as­suntos os Senhores Deputados Agnaldo Timôteo, JoséCarlos de Vasconcelos e Hélio Manhães. Às doze horas,nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião e,para constar cu. Maria Júlia Rabello de Moura, Secre­tária lavrei a presente Ata qe depois de lida e aprovadaserá assinada pelo Senbor Presidente.

Distribuição n' 8/83

Elaborada pelo Senhor Presidente Deputado PauloLustosa

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10982 Sábado 15

Em 10-10-83- Ao Senhor Deputado Del Bosco Amaral1. Projeto de Lei nº 1.398/83 - Define os crimes e

contravenções contra a economia popular e estabelece orespectivo processo de julgamento.

Autor: Cunha BuenoBrasília-DF. 10 de outubro de 1983. - Maria Júlia

Rahello de Moura. Secretária.

COMISSÃO DE ECONOMIADistribuição n' 18/83

Efetuada pelo Senhor Presidente. Deputado PedroSampaioEm 6-10-83

Ao Senhor Deputado Eduardo Matarazzo Suplicy.I. Projeto de Lei n" 906/83 - Altera a letra c do arl.

2' do Dccrcto n' 24.150, de 20 de abril de 1934, para dis­pensar a exigência de exploração trienal no mesmo ra­mo, em caso de renovação de locação comercial ou in­

dustriaLAutor: Deputado José Frejat.Ao Scnhor Deputado Odilon Salmoria.2. Projetü de Lei n' 3.139/80- Torna obrigatória a

cobrança da gorjeta nos estabelecimentos hoteleiros e si­milares e dá outras providências.

A utor: Deputado Marcelo Cordeiro.Ao Scnhor Deputado Gustavo Faria.3. Projeto de Lei n' 1.746/83 - Concede remissão

total aos débitos dü Imposto Territürial Rural que espe­cifica. e dá outras providências.

Autor: Deputado Sérgio Cruz.Ao Senhm Deputado Sebastião Nery.4. Projeto de Lei n' 1.563/83 - Dispõe sobre os

anúncios classificados de jornais quanto ã oferta de em­prcgos.

Autor: Depuladü Sérgio Lomba.Ao Senhor Deputado Genebaldo Correia.5. Projcto de Lei nº 2.875/80 - Obriga as compa-

nhias seguradoras a efetuarem seguro de táxis.Autor: Deputado Marcelo Cordeiro.Ao Senhor Deputado José Lourenço.6. Projeto de Lci n' 32/83 - Dispõe sobre o fimlll­

ciamento. pelo Banco do Brasil, às municipalidades,para aquisição de máquinas e implementas rodoviários edá outras providências.

Autor; Deputado Adhemar Ghisi.Ao Senhor Deputado Darcy Passos.7. Projeto de Lei n' 552/83 - Isenta de correção

monetária os financiamentos concedidos pelo BNH amutuários com renda mensal de até cinco salários míni­mos, estabelece a consolidação dc débitos e dá outrasprovidências.

A utor; Deputado Marcelo Cordeiro.Ao Senhor Deputado João Agripino.8. Projeto de Lei n' 1.062/83 - Introduz modifi­

caç(jes no Decreto-lei n' 1.242, de 30 dc outubro de 1972.que alterou o Decreto-lei n' 999, de 21 de outubro de1969. relativo à criação da TRU.

Autor; Deputado Freitas NolJre.Ao Senhor Deputado José Ulisses.

9. Projeto de Lei n' 1.427/83 - Autoriza ü Poder

Executivo a prorrogar, pelo prazo de 2 (dois) anos, o pa­gamento de débitüs dos Estados para com a União.

Autor: Deputado Joaquim Roriz.Ao Senhor Deputado Saulo Queiroz.10. Projeto de Lei n' 1.199/83 - Dispõe sobre a

aplicação. pelas agências bancárias, dos depósitos rcce­bidos de tcrceiros, no município onde estão situadas.

Autor: Deputado José Frejal.Ao Senhor Deputado Saulo Queiroz.11. Projeto de Lei n' 1.620/83 - Dispõe sobrc os

serviços de Registro do Comércio e atividades afins e dáoutras providências.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Autor; Deputado Francisco Erse.Ao Senhor Deputado José Jorge.12. Projeto de Lei n' 1.043/83 - Dispõe sobre a

criação do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste­FDNE. altera a legislação do Imposto sobre a Renda re­lativa a incentivos fiscais de pessoas físicas. e dá outras

providências.Autor: Deputado Paulo Lustosa.Ao Senhor Deputado Virgildásio de Senna.13. Projeto de Lei n' I.t72/83 - Enquadra as enti­

dadcs do Sistema Nacional de Seguros Privados nas dis­

posições do Decreto-lei n' 8.621. de 10 de janeiro de1946, e do Decreto-lei n' 9.853, de 13 de setembro de1946, c estende aos securitários os benefícios e atividadesdo SENAC e SESC.

Autor: Deputado Celsü Peçanha.Ao Senhor Deputado Luiz Fayel.14. Projeto de Lei n' 1.858/83 - Equipara os preços

de tratores. máquinas e implementos agrícolas em todo oTerritório Nacional.

Autor: Deputado Carneiro Arnaud.15. Projeto dc Lei n' 1.781/83 - Isenta do Imposto

de Renda os rendimentos adicionados ao salário do tra­balhador em razão da insalubridade ou periculosidade.

Autor; Deputado Darcy Pozza.Ao Senhor Deputado Pratini de Moraes.16. Projeto de Lei n" 1.546/83 - Extingue gradual­

mente o sjstema de indexação. correção monetária e ou­tros, previsto pela Lei n' 4.380, de 21 de agosto de 1964, e

dá outras providências.Autor; Deputado Victor Faccioni.Ao Senhor Deputado Ralph Biasi.17. Projcto de Lei n' 1.484/83 - Dispõe sobre a in­

cidência de correção monetária a partir da data em quefor requerido o pagamento de indenização referente li

contrato de seguro, e dá outras providências.Autor: Deputado José Tavares.Ao Senhor Deputado Isracl Pinheiro.18. Projeto de Lei n' 1.092/83 - Dispõe sobre a

aplicação obrigatória e exclusiva da "'Tabela Price" aoscontratos de financiamentos realizados no Sistema Fi­n'anceiro da Habitação.

Autor: Deputado José Frejat.

i 19. Projeto de Lei n' 1.181/83 - Concede isençàod:o Imposto sobre Produtos Industrializados para veicu­Ie\s automotores com motor a álcool. quando adquiridos

p~los pequenos e médios agricultores.Autor; Deputadü Fernando Gomes.

I 20. Projeto de Lei n? 1.603/83 - Concede isençãodo Imposto sobre Produtos Industrializados incidentesobre máquinas e equipamentos, bem como seus aces­sórios, quando adquiridos pelas Prefeituras Municipais,n~s condições que menciona.IAutor: Deputado Nilton Alves.I Ao Senhor Deputado Evandro Ayres de Moura.i 21. Projeto de Lei n? 6.700/82 - Dá nova redação

a6s iN 2' e 4' do arl. 38 da Lci n' 4.595. de 31 de de­z/'mbro de 1964, alterando disposições relativas ao sigilob~ncário.

Autor: Deputado Tidei de Lima.: 22. Projeto de Lei n' 1.458/83 - Dispõe sobre a

etiação de sctor de assistência jurídica aos empregados,n~s empresas que especifica, e dá outras providências.!Autor: Deputado Francisco Dias.

Brasília, 7 de outubro de 1983. - Delzuite Macêdo deAvelar~ Secretária.

COMISSÃO DO fNDIO

3' Reunião Ordinária. realizada nodia 4 de outubro de 1983.

(Com a presença do Sr. Andrê Tora!. antropólogo do

Museu Nacional do Rio de Janeiro)

Aos quatro dias do més de outubro do ano de mil no­vecentos e oitenta e três, às dez horas e q~arenta minu-

Outubro de 1983

tos. no Plenário da Comissão de Redação. localizado noEdifício Anexo 11 da Câmara dos Deputados. reuniu-se aComissão do Indio sob a Presidência do Sr. DcputadoAlcides Lima. I' Vice-Prcsidente da Comissão e com apresença dos Srs. Deputados Ricardo Ribeiro, 2' Vice­Presidente. Márcio Santilli, Orestes Muniz, RonaldoCampos. Eduardo MataraLZo Suplicy, Rubens Ar­denghi, Domingos Leonelli, Luiz Guedes. Gilson de Bar­

ros, Nasser Almeida. Assis Canuto, Randolfo Bitten­court e Mansueto De Lavor. Declarada aberta a Reu­

nião, foi dispensada a leitura da Ata da Reunião ante­rior, considerada aprovada sem restrições. Inicialmente,o Sr. Presidente comunicou ao Plenário que por motivode força maior. o Sr. João Javaê, Cacique da AldeiaBoto Velho, não poderá comparecer à Reunião, ficandoprevista a sua presença para o próximo dia onze do cor­rente. A seguir. foi concedida a palavra ao Sr. André To­ral. antropólogo do Museu·N acionai do Rio de Janeiro.que discorreu sobre a construção da cstrada Transara­guaia. Passou-se. então, à fase dos debates e o assuntofoi discutido com o conferencista pelos Srs. DeputadosMá1cio Santilli, Randolfo Bittencourt, Mansueto De La­vor, Domingos Leonelli, Assis Canuto e Ricardo Ribei­ro. Finalizando, o Sr. Presidente agradeceu a presençados convidados. lamentou o esvaziamento do Plenáriopor parte da maioria dos membros da Comissão, e deu

conhecimento dos detalhes sobre a viagem ã região dosíndios Pataxós que está programada para o próximo dia

doze do corrente. E nada mais havendo a tratar, a Reu­niào foi encerrada às treze horas c eu, Ivan Roque Alves,Técnico Legislativo, Classe Especial, servindo como Se­crelúrio, lavrei a presente Ata que. depois de lida e apro­

vada. será assinada pelo Sr. I' Vice-Presidente, Deputa­do Alcides Lima, e irá à publicação.

COMISSÃO no INTERIOR

Distribuição de Projeto

o Senhor Presidente da Comissão do Interior, Depu­tado Inocêncio Oliveira. fez. em 14 dc outubro de 1983. aseguinte distribuição.

Ao Sr. Deputado Pedro Novaes

Projeto de Lei n' 1.984/83, do Sr. Geovani Borges,que '"autoriza li criaçào de fundação habitacional noTerritório Pederal do Amapá, e dá outras providências".

Sala da Comissão. 14 de outubro de 1983. - DeoícioMendes Teixeira. Secretário Substituto.

Distribuição de Projetos

O Senho!' Presidente da Comissão do Interior, Depu­tado Inocéncio Oliveira, fez, em 13 de oatubro de 1983,as seguintes distribuições:

Ao Sr. Deputado Ângelo MagalhãesProjeto de Lei n'" 259/83, do Sr. Paulo Lustosa, que

"acreseenta dispositivo à Lei n' 5.107, de 13 dc setembrode 1966. determinando percentual mínimo de aplicaçõesdos recursos do FGTS em financiamento da produçãode moradias populares". (Anexo o PL n' 2.301/83, doSr. Henrique Eduardo Alves)

Ao Sr. Deputado A ntónio PontesProjeto de Lei n' 853/83. do Sr. Henrique Eduardo

Alves. que "introduz modificação na Lei n' 3.807, de 26de agosto de 1960 (Lei Orgânica da Previdência Social),visando ampliar o alcance da isenção ali prevista para otrabalhador que constrói casa própria de tipo económi­co".

Ao Sr. Deputado Augusto Franco

Projeto de Lei n° 1.066/83, do Sr. Horácio Hortiz, que"isenta o proprietário de casa popular de até 100 m' da

responsabilidade solidária com o construtor pelas obri­gações previdenciárias. introduzindo alteração no § 2' doarl. 79 da Lci Orgânica da Previdência Social - Lei n'3.807, de 26 de agosto de 1960".

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Outubro de 1983

Ao Sr. Deputado Evandro Ayres de MouraProjeto de Lei n' 1.393/83, do Sr. Hélio Manhães, que

"dispõe sobre anistia de juros, multas c correção mone­tária para mutuário do Sistcma Habitacional Financei­ro, exclui () seu nome do SPC, e dá outras providências".

Ao Sr. Deputado Délio dos SantosProjeto de Lei n' 1.414/83, do Sr. Adroaldo Campos, "

Que "dispensa a autenticação de documentos que transi­tem pela administração pública dircta ou indireta e Ban­co Nacional da Habitação".

Ao Sr. Deputado João RebcloProjeto de Lei n' 1.532/83, do Sr. R uben Figueiró, que

"institui normas de proteção aos mutuários do SistcmaFinanceiro da Habitação que tenham seus salários atra­sados por responsabilidade do empregador".

Ao Sr. Domingos LeonelliProjeto de Lei n' 1.632/83, do Sr. Leônidas Sampaio,

que "dispõe sobre o funcionamento de cassinos. e dá ou­tras providéncias".

Ao Sr. Deputado Heráclito FortesProjeto de Lei n' 1.807/83, do Sr. Júlio Martins, que

"altera a redação do artigo 6' da Lei n° 7.106, de 28 dejunho de 1983, que deline os crimes de responsabilidadedo Governador do Distrito Federal, dos Governadoresdos Territórios Federais c de seus respectivos Secre­tários. e dá outras providências".

Ao Sr. Deputado Mansueto De LavorProjcto de Lei n' 1.819/83, do Sr. Carneiro Arnaud,

que "altcra dispositivo da Lci n' 4.380, de 21 de agostode 1964, que institui a correção monetária nos contratosimobiliúrios de interesse social, o sistema financeiro paraaquisição da casa própria, cria o Banco Nacional da Ha­bitação (BNH), e Sociedade de Crédito [mobiliário, asLetras Imobiliárias, o Serviço Federal de Habitação eUrbanismo. e dá outras providências".

Sala da Comissão, 14 de outubro de 1983. - BeníeioMendes Teixeira, Secretário Substituto.

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUltRITODESTINADA A INVESTIGAR OS EPiSÓDIOS QUEENVOLVERAM O BANCO NACIONAL DA HABI­TAÇÃO E O GRUPO DELFIN E QUE CULMINA­RAM COM A INTERVENÇÃO DO BANCO CEN­TRAL NO REFERIDO GRUPO.

8' Reunião realizada em 29-9-83

Às dez horas do dia vinte e nove do mês de setembrode mil novecentos oitenta e três, presentes os SenhoresDeputados Brandão Monteiro, Vice-Presidente noexercício da Presidência. Alberto Goldmann, Relator;Paulo Minearone, Arthur Virgílio Netto, Nelson Vede­kim, Sérgio Ferrara, membros cfetivos da Comissão;Irma Passoni; Márcio Braga, Gustavo de Faria,membros suplentes; e. mais o senhor Deputado NilsonGibson, reuniu-se no plenária da Comissão de Minas eEnergia, Anexo " da Câmara dos Deputados, emBrasília, Distrito Federal, esta Comissão Parlamentar deInquérito destinada a investigar os episódios que envol­veram o Banco Nacional de Habitação e o Grupo Delfinque culminaram com a intervenção do Banco Central noreferido Grupo, para tomada de depoimento dos senho­res Lycio de Farias e Mário Villela Falcão, ex-Diretoresdo BNH. Ata: Lida, discutida e aprovada a da reuniãoanterior. Expediente: Leitura dos seguintes ofícios: GP­0-2303 da Presidência da Câmara dos Deputados, enca­minhando sugestão dos senhores líderes à Comissão;1599/83 do BNH, encaminhando cópia :do laudo apre·sentado pelo engenheiro José Carlos Pellegrino;1665/83, ainda do BNH, respondendo o ofício n'013/83-PR, da Comissão, que requisitava informações

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

sobre matéria paga por aquela empresa; or. PRESo83/1462 do BACEN, respondendo o Of. n" 05/83-PR.,da Comissão, que solicitava informações sobre a decre­tação da intervenção no Grupo Delfin. O Senhor Rela­tor, Deputado Alberto Goldman, encaminhou a Presi­dência dois requerimentos, que são: no primeiro, propõeum novo calendário de convocações, iniciando peloadiamento sine die do depoimento do Senhor RonaldGuimarl1es Levinsohn, previsto para 20-10 próximo. Asdemais datas ficarão assim dispostas: 6-10 - MaurícioSchulman. ex-Presidente do BNH: 20-10 - Luiz Antô­nio Pompéia, Diretor da EMBRAESP; Victor Luiz Viei­ra, perito da CEF; Osvaldo Freitas Grossmann, peritodo BACEN: 27-10- Luiz Carlos Vital, Chefe do Depar­tamento de Engenharia do BNH; Ayrton Alvarenga Xe­rez, encarregado da Fiscalização de Obras BNH; 10-1 I- Mário Castorino de Fontes Brito e Zaven Boghossia­ni, Diretores do BNH. No segundo, propõe requisiçãode docomentos e pedidos de informações aos seguintesórgãos e empresas: Junta Comercial do Estado de SãoPaulo o contrato inicial e alterações das Empresas Dellin- Crédito Imobiliário S.A., União das ConstrutorasS.A., APX-Participação Empreendimentos Uda, IPE­ROIG Construtora e Imobiliária Uda e Santa CatarinaComércio e Participações Ltda; À Junta Comercial doRio de Janeiro o contrato inicial e alterações das Empre­sas Dellin-Rio Crédito Imobiário S.A.. ConstrutoraNovo Mundo Uda, KECIL KOS-Empresa de Cons­truções Comércio e Indústria Uda, Galdeano SimõesEmpreendimentos Imobiliários S.A., Mestra­Empreendimentos e Construções Uda, Arca Editora eGrálica S.A., Mercator !nvestiment Company Ud, Mo­paI Engenharia Ltda, Antígua Comércio ParticipaçõesEmpreendimentos Uda, Emader Empresa Auxiliar deEngenharia e Sistema Imobiliário S.A; à Receita Federalas declarações de bens os últimos 15 anos dos Direitos daDelfín-Rio e Dellin-Crédito Imobiliário; ao BNH, o for­necimento dos saldos do Grupo Delfin para com o BNHanteriores a 1973. a instrução n' 15, o ofício do DiretorMário Castorino de Fontes Brito ao Presidente do BNHem 21-10-82, o fornecimento de todas as avaliações exis­tentes no BNH, realizadas por peritos oficiais ou porparticulares, exceto as já encaminhadas, a respeito dasglebas de Jacarepaguá (Rio) e Cotia (SP) e estudo de via­bilidade dos empreendimcntos a serem realizados nosimóveis objetos de dação, o estudo do Dr. Luiz CarlosVital- Chefe do Departamento de Engenharia do BNHa respeito do valor das áreas objeto da dação, o forneci­mento da ID/GDA n' 14 de 7-12-77 e o fornecimento dorelatório do Grupo de Trabalho constituído em 9-7-81

propondo fórmulas para a recuperação do Grupo Del­lin; Ao Ministério 'do Interior o fornecimento dos estu­dos ou anteprojetos de lei remetidos à consideração dossetores competentes que visavam dar nova redação aoartigo I' do Decretai-lei n' 1.477 de 28-8-76, exceto a ex­posição de motivos que concluiu pela emissão do

Decreto-lei n' 2.015. Submetida a votação, as propostasforam aprovadas. O Senhor Deputado Paulo Mincaronelevantou Questão de Ordem, com assento na disposiçãodo art. 81, 111, § 2' do Regimento Interno, solicitando aComissão que fosse encaminhado a Presidência destaCasa a relação dos senhores Deputados que deixaram de

comparecer a cinco reuniões consecutivas da Comissão.A proposta foi acolhida pcla Prcsidência. O senhor Pre­sidente convidou os senhores Depoentes a tomarem as­sento à mesa e, após, prestaram o compromisso de pra­xe. Os senhores Depoentes foram ouvidos separadamen­te e inquiridos pelos senhores Deputados Alberto Gold­man, Nelson Vedekim, Irma Passoni, Sêrgio Ferrara,Paulo Mincarone. Gustavo ~e. Faria, Arthur VirgilioNctto e Brandão Monteiro. O depoimento e as inqui­rições foram gravados, e depois de traduzidos e datilo­grafados serão anexados aos autos do presente inquérito.Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente agrade-

Sábado 15 10983

ceu as presenças dos Depoentes e encerrou a reunião àsquinze horas e trinta minutos, convocando os senhoresmembros da Comissão para a próxima reunião, arealizar-se no dia seis do próximo mês, às nove horas,para tomada de depoimento do senhor Maurício Schul­man, ex-Presidente do BNH. E, para constar, eu, Sebas­tião Augusto Machado, Secretário, lavrei a presente Ata,que depois de lida, discutida e aprovada será assinadapelo senhor Presidente.

Slf Reunião Ordinária realizadaem 10 de a~osto de 1983

Aos dez dias do mês de agosto de mil noveccntos e oi­tenta e três, reuniu-se. às dez horas, na Sala Quinze doAnexo II a Comissão de Serviço Público, sob a Presidên­cia do Senhor Deputado Paes de Andrade. Comparece­ram os Senhores Deputados Jorge Leite e Francisco Erse- Vice-Presidentes, Francisco Pinto, Gomes da Silva,M ozarildo Cavalcanti, Myrthcs Bevilácqua c RenatoVianna. Aberto os trabalhos, o Senhor Presidente, apóscomunicar que não há Expediente a ser lido, comunica aPauta dos Trabalhos da presente Reunião e concede apalavra ao Senhor Deputado Renato Vianna, que lê oseu parecer às seguintes proposições: favorável ao Proje­to de Lei Complementar n' 33, de 1983, que "altera o ar­tigo 61 da Lei Orgânica da Magistratura Nacional", deautoria do Senhor Deputado Paulo Lustosa. Em discus­são, nenhum dos presentes fez uso da palavra. Em vo­tação, é aprovado por unanimidade o Parecer do Rela­tor. O projeto vai à Comissão de Finanças; favorável,com adoção da emenda oferecida pela Comissão deConstituição e Jostiça, ao Projeto de Lei n' 320, de 1983,que "faculta ao Servidor Estatutário converter em pecú­nia, a Licença Especial de que trata a Lei n' 1.711, de 28de ootubro de 1952, e dâ outras providências", de auto­ria do Senhor Deputado Leônidas Sampaio. Em di~cus­

são, nenhum dos presentes fez uso da palavra. Em vo­tação. é aprovado por unanimidade o Parecer do Rela­tor. O projeto vai à Comissão de Finanças. A seguir oSenhor Presidente concede a palavra à Senhora Deputa­da Myrthes Bevilácqua, que lê o seu parecer favorável aoProjeto de Lei n' 456, de 1983, que "institui a licença­paternidade para os funcionários públicos". de autoriado Senhor Deputado Francisco Amaral. Em discussão,nenhum dos presentes fez uso da palavra. Em votação, éaprovado por unanimidade o Parecer da Relatora. Oprojeto vai à Comissão de Finanças. Nada mais havendoa tratar, e como nenhum dos presentes quisesse fazer usoda palavra, o Senhor Presidente dá por encerrada a Reu­nião às dez horas e trinta minutos. E, para constar, cu,Oclair de Maltos Rezende, Secretário, lavrei a presenteAta que, depois de lida e aprovada, será assinada peloSenhor Presidente.

COMISSÃO DE SERViÇO P(rBLICO6' Rennião Ordinária realizada

em 17 dc a~osto de 1983

Aos dezessete dias do mês de agosto de mil novecentose oitenta e três. reuniu-se, às dez horas, na Sala Quinzedo Anexo 11, a Comissão de Serviço Público, sob a Presi­dência do Senhor Deputado Jorge Leite, Primeiro Vice­Presidente. Compareceram os Senhores DeputadosFrancisco Erse, Vice-Presidente, Francisco Pinto, Go­mes da Silva, Mozarildo Cavalcanti, Myrthes Bevilácquae Renato Vianna. Deixa de comparecer, por motivo jus-

. tilicado o Senhor Deputado Paes de Andrade. Abertosos trabalhos foi lida e aprovada a Ata da Reunião ante­rior. O Senhor Presidente faculta o uso da palavra aosSenhores Membros que queiram fazê-lo. Nenhum dosprcsentcs fez uso da palavra. O Senhor Presidente, apóscomunicar a Pauta da presente Reunião, dá a palavra aoSenhor Deputado Renato Vianna, que lê o seu Pareceràs seguintes proposições: Favorável ao Projeto de Lei n'

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10984 Sábado 15

80-B, de 1983 - Substitutivo do Senado ao Projeto deLei n" 80-A, de 1983, que "altera a composição e a orga­nização interna dos Tribunais Regionais do Trabalhoque menciona, cria cargos, e dá outras providências", deautoria do Poder Executivo. Em discussão, nenhum dospresentes fez uso da palavra. Em votação, é aprovadopor unanimidade o Parecer do Relator. O projeto vai à

Coordenação de Comissões; favorável ao Projeto de Lein9 1.717 de 1983, que "fixa os valores de retribuição do

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Grupo-Atividades de Comercialização e Classificaçãodo Café, e dá outras providéncias", de autoria do'PoderExecutivo. Em discussão, nenhum dos presentes fez usoda palavra. Em votação, é aprovado por unanimidade oParecer do Relator. O projeto vai à Comissão de Fi­nanças. Favorável ao Projeto de Lei n" 1.524, de 1983,que '"reajusta os atuais valores de vencimentos e proven­tos dos servidores ativos e inativos do Senado Federal, edá outras providéncias", de autoria do Senado Federal.

Outubro de 19lU

Em discussão, nenhum dos presentes fez uso da palavra.Em votação, é aprovado por unanimidade o parecer doRelator. O projeto vai à Comissão de Finanças. Nadamais havendo a tratar, e como nenhum dos presentesquisesse fazer uso da palavra, o Senhor Presidente dá porencerrada 3 Reunião às onze horas. E1 para constar, eu,Oelair de Mattos Rezende, Secretário. lavrei a presenteAta que, depois de lida e aprovada, será assinada peloSenhor Presidente.

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MESA LIDERANÇAS

Presidente:

Flávio Marcílio - PDS

1."-Vice-Presidente:

Paulino Cicero, de Vasconcellos - PDS

2.0 _ Vice-Presidente:

Walber Guimarães - PMDB

l.°-Secretário:

Fernando Lyra - PMDB

2.0 -Secretário:

Ary Kffuri - PDS

3.o-Secretário:

Francisco Studart - PTB

4.0 -Secretário:

Amaury Müller - PDT

SUPLENTES

Osmar Leitão - PDS

Carneiro Arnaud - PMDB

José Eudes - PT

Antônio Morais - PMDB

PDS

Lider:

Nelson Marchezan

Vice-Lideres:

Alcides Franciscato

Amaral NettoDjalma BessaEdison LobãoGióia Júnior

Joacil PereiraJorg€ ArbageRicardo Fiuza

Siqueira CamposCelso Barros

Nilson GibsonJosé Lour<mço

Francisco BenjamimAugusto Franco

José Carlos FonsecaSaramago Pinheiro

otávio CesárioAdhemar GhisiAugusto Trein

PMDB

Lider:

Freitas Nobre

Vice-Lideres:

Egidio Ferreira Lima

Sinval GuazzelliCardoso Alves

Carlos Sant'AnaChagas VasconcelosDel Bosco AmaralEpitácio Cafeteira

Haroldo LimaHélio Duque

Hélio Manhães

Iram SaraivaJoão Herculino

João HerrmannJorge Medauar

José Carlos VasconcelosJuarez BatistaLélio de SouzaLuiz Hemique

Marcelo CordeiroMárcio Macedo

Mário FrotaPaulo MarquesRoberto Freire

Sebastião Rodrigues Jr.Walmor de Luca

PDT

Lider:

Bocayuva Cunha

Vice-Líderes:

Nadir RossettiSérgio Lomba

Brandão MonteiroClemír Ramos

PTB

Líder:

Ivete Vargas

Vice-Líderes:

Celso PeçanhaRicardo RibeiroGasthcne Righi

PTLíder:

Airton Soares

Vice-Líder

Eduardo Matarazzo SuplicyIrma Passoni

DEPARTAMENTO DE COMISSÕES

COMISSÕES PERMANENTES

1) COMISSÃO DE AGRICULTURA EPOLITICA RURAL

Diretor: Jolimar Corrêa PintoLocal: Anexo Ir - Telefone 224-2848

Ramal 6278

Onisio LudovicoPaulo MarquesPimenta da VeigaRaul FerrazVago

PDT

MáriO JurunaVago

PT

Jonathas NunesRubens Ardenghi

PDS

PMDB

Marcelo Gato

Suplentes

Presidente: Fernando Cunha - PMDBVice-Presidente: Dirceu Carneiro - PMDBVice-Presidente: Antônio Florêncio - PDS

Titulares

PDS

Irineu Colato

Arildo Teles

2) COMISSÃO DE CIÊNCIA ETECNOLOGIA

Jorge VargasManoel AffonsoManoel Costa JúniorMansueto de LavarNelson AguiarOlavo Pires

Eduardo MatarazzoSnplicy

Reuniões:Quartas e Quintas'-feiras. às 10 horasLocal: Anexo Ir - sala 11 - R.: 6293 e 6294Secretârio: José Maria de Andrade Córdova

Jorge UequedJorge Vargas

Adail VettorazzoBrasílio Caiado

Evaldo AmaralJoão Rebelo

Juarez BernardesLélio SouzaMárcio LacerdaIWarcondes PereiraMattos LeãoMelo FreireOswaldo Lima FilhoRaul BelémSantinho Furtado

PT

PDTSérgio Lomba

PMDB

Epitácio BittencourtEstevam GalvãoHumberto SoutoIsrael PinheiroJosé Carlos FagundesOtávio Cesár:ioOsvaldo CoelhoPedro ~ GermanoPrisco VianaRubem MedinaSaIles LeiteSebastião Curió

PMDBDel Bosco AmaralDoreto CampanariHélio DuqueIsrael Dias-NovaesJoão Bastos

Suplentes

PDS

Airton Soares

Aldo PintoOsvaldo Nascimento

Airton SandovalArolda MolettaCardoso AlvesCarlos VinagreFernando GomesGeraldo FlemingHarry AmorimIvo VanderlindeJorge ViannaJuarez Batista

Agenor MariaAntônio CâmaraCarlos MosconiCasildo MaldanerDante de Oliveira

Afrísio Vieira LimaAlceni GuerraAntônio DiasAntônio FariasAntônio FlorêncioAntônio MazurekAntônio UenoAssis CanutoCristino CortesDarcy PozzaDiogo NomuraEnoc Vieira

Gerardo RenaultHélio DantasJoão Carlos de CarliJoão PaganeIlaJonas PinheiroLevy DiasMaçao TadanoPedro CeolimReinhold stephanesRenato CordeiroSaramago PinheiroWildy Vianna

Adauto PereiraAlcides LimaAmilcar de QueirozBalthazar de Bem

e CantoBento PortoCarlos EloyCelso CarvalhoEmidio PerondiFabiano Braga CortesFrancisco SalesGeovani Borges

Coordenação de Comissões Permanentes

Diretora: Sílvia Barroso MartinsLocal: Anexo Ir - Telefone: 224-5179

Ramais: 6285 e 6289

Presidente: Iturival Nascimento - PMDEVice-Presidente: José Mendonça de Moraes

PMDB

Vice-Presidente: Antônio Gomes - PDS

Titulares

PDS

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3~ COMISSÃO DE COMUNICAÇÃO

Presidente: Henrique Eduardo AlvesPMDB

4} COMISSÃO DE CONSTITUiÇÃO EJUSTiÇA

Vice-Presidente: Moacir Franco - PTBVice-Presidente: José Carlos Martinez - PDS

Titulares

Gerardo RenaultGerson Peres,José BurnettJosé CamargoJosé Carlos Martinez.José Luiz ,MaiaNagib HaickelNylton Ve1losoOrlando BezerraRenato JohnssonVic~or Trovão

PDSJosé LourençoJosé MouraJosé Thomaz NonôLuiz Antonio FayetOscar COrrêaPratini de MoraesRicardo FiuzaRubem MedinaSaulo QueirOZSérgio Philomeno

PMDB

Haroldo LimaHélio DuqueJoão AgripinoJosé UlissesManoel AffonsoOdilon SalmoriaRalph BiasiSiegfried Heuser

PMDBMãrio HatoMiguel ArmesMúcio AthaydeNelson WedekinOswaldo Lima FilhoSebastião Rodrigues

JúniorVirgild:ísio de Senna4' vagas

PDT

Alencar FurtadoAlberto GoldmanAntônio CâmaraArthur Virgílio NetoCiro NogueiraCoutinho JorgeCristina TavaresDarcy PassosGustavo Faria

Amaral NettoAntônio FariasAntônio OsórioCelso de BarrosEstevam GalvãoEtelvir DantasFernando Col1orHerbert LevyJoão Alberto de SouzaJosé JOrge

Adauto PereiraAlcides FranciscatoBalthazar de Bem e

cantoCarlos VirgílioDjalma BessaEduardo Ga1i1Evandro Ayres de

MouraFelix MendonçaGeraldo BulhõesGeraldo Mele.

Suplentes

PDS

Eduardo MatarazwSu,plicy

7} COMISSÃO DE EDUCAÇÃO ECULTURA

Aldo Pinto

PT

José GenoinoReuniõeS:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 hora'Local: Anexo II - Sala 4 - R.: 6314Secretária: Delzuite Macedo de Aguiar

PTRicardo Ribeiro

6} COMISSÃO DE ECONOMIA,INDúSTRIA E COMÉRCIOPresidente: Pedro Sampaio - PMDB

Vice-Presidente: Genebaldo Correia - PMDBVice-Presidente: Israel Pinheiro - PDS

Titulares

PTB

Sebastião NeryPDT

PTBFernando Carvalho

Carlos WilsonCid CarvalhoEuclides ScalcoHenrique Eduardo

AlvesIrajá RodriguesIrapuan Costa JúniorJosé FogaçaMarcelo Cordeiro

Presidente: João Faustino - PDSVice-Presidente: Ferreira Martins - PDSVice-Presidente: Hermes Zaneti - PMDR

TitularesPDS

Rômulo GalvãoSalvador JulianelliStélio DiasVictor Faccioni

Darcílio AyresEraldo TinocoOly FachinRita Furtado

Walter Casanova

Luiz LealMárcio MacedoMilton ReisRenan CalheirosRoberto FreireWagner Lago6 vagas

PT

PT

Theodoro MendesValmor Giavarina

PDT

Matheus Sclunidt

PTB

PTB

PDT

PMDB

PDS

França Teixeira

PMDB

Samir AchôaVirgildásio de Senna

Suplentes

PDS

Suplentes

PDS

Mozarildo CavalcantiSérgio Philomeno

PMDBMário FrotaRonaldo Campos2 vagas

PDT

Gastone Righi

Brandão Monteiro

José Genoino

Reuniões

Terças, quartas, quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 17 - Ramal 6.308Secretário: Ruy Omar Pl'udêncio da Silva

5} COMISSÃO DE DEFESA DOCONSUMIDOR

Airton Soares

Aurélio PeresJosé Carlos

Vasconce1los

Presidente: Paulo Lustosa - PDSVice-Presidente: Agnaldo Timóteo - PDTVice-Presidente: Olivir Gabardo - pMDB

Titulares

Floriceno Paixão

Celso Barros Lázaro CarvalhoDarcílio Ayres Magalhães PintoEdison Lobão Nelson MorroFrancisco Benjamim Ney FerreiraGomes da Silva Osmar LeitãoGonzaga Vasconcelos Pedro ColinHélio Correia Ricardo FiuzaJoão Paganella Ronaldo CanedoJosé Carlos Fonseca Sarney FilhoJosé Mendonça Bezerra Tarcisio BuritiJosé Penedo Theodorico FerraçoJutahy Júnior

Amadeu GearaCal'doso AlvesFrancisco AmaralIbsen PinheiroJorge LeiteJorge MedauarLélio SouzaLuiz Hem'ique

Nílton Alves

Raimundo LeiteRaymundo AsroraSérgio Murilo

Agenor MariaDel Bosco AmaralHélio Manhães

Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo IISecretária: Maria Júlia Rabe110 de Moura

Albino CoimbraFigueiredo Filho

Celso Peçanha

Aécio CunhaCláudio Philomeno

VagoVago

.João GilbertoJorge CaroneJosé MeloJosé TavaresOnísio LudovicoPimenta da VeigaPlínio Martins

PDS

Sal1es LeiteSiqueira CamposVieira da Silva

PDSJosé BurnettJúlio MartinsMário AssadNatal GaleNilson GibsonOctávio CesárioOsvaldo MeloRondon Pacheco

PTB

PDT

Sérgio MuriloVagoVago

PMDB

Carneiro ArnaudIbsen PinheiroMarcelo MedeirOS

PDT

PMDB

PMDB

Pedro CeolimRômulo GalvãcSaulo QueirozVingt Rosado

PMDB

Cristina Tav'ilresManuel VianaSinval Guazzelli

Anibal TêixeiraAntônio MoraisCarlos Wilson

Carlos VirgílioGióia JúniorJaime CâmaraMagno Bacelar

Fernando Carvalho

Sebastião Nery

Alair :E'erreiraFernando Col1orFrança TeixeiraManoel Ribeiro

Ademir AndradeAluízio CamposArnaldo MacielDjaIma FalcãoEgídio Ferreira LimaElquisson SoaresJoão Cunha

JG de Araújo Jorge

Suplentes

PDS

Reuniões:

Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - Ramais 6304 e G300Secretário: Iole Lazzarini

Heráclito FortesMárcio BragaPaulo ZarzurSamir Achôa

Presidente: Bonifácio de Andrada - PDSVice-Presidente: Leorne Belém - PDSVice-Presidente: Brabo de Carvalho - PMDB

Titulares

Reuniões:

Quartas e Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Anexo II - Sala 3 - R.: 6295Secretário: Luiz de Oliveira Pinto

Afrísio Vieira LimaAntônio DiasArmando PinheiroDjalma BessaEduardo GalilErnani satyroGerson PeresGorgônio NetoGuido MoeschHamilton XavierJairo MagalhãesJoacil PereiraJorg~ Arbage

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Moacir FrancoPT

PDTAb>dias do Nascimento Clemir Ramos

PTB

Irma PassoniReuniões:Quartas-feiras, às 10 :00 horasLoca],; Anexo rI - Sala 9 - R.: 6318Secretária: Tasmânia Maria de Brito Guerra

Luiz GuedesMárcio SantilliOrestes MunizRandolfo BittencourtRonaldo CamposSérgio Cruz

Nagib HaickelNosser AlmeidaPaulo GuerraRita FurtadoRuben:: Ardenghi

Irineu ColatoJosé Mendonça BezerraJosué de SouzaOtávio CesárioUbaldo BarémWildy Vianna

PMDB

João HerrmannJosé Carlos VasconcelosManoel Costa Jr.3 vagas

Suplentes

PDS

Aldo ArantesDante de OliveiraEduardo Matarazzo

Suplicy (PT)Gilson de BarrosIbsen Pinheiro

Adhemar GmsiAlbino CoimbraAntonio MazurekAssis CanutoBento PortoFrança Teixeira

Coutinho JorgeDomingos LeonelliFreitas NobreHaroldo LimaIsra€l Dias-Novaes

11) COMISSÃO DO iNDlO

Jaime CámaraJoão Batista FagundesJoão PaganellaJosé FernandesManoel RibeiroMozarildo Cavalcante

PMDB

Pr€sidente: Mário Juruna - PDTVice-Presidente: Alcides Lima - PDSVice-Presidente: Ricardo Ribeiro - PTB

Titulares

rPDS

Jessé FreireRenato CordeiroThales RamalhoWanderley Mariz

PMDB

Raul BelémRuy CôdoWilson Vaz

PDT

Múcio AthaydeSérgio CruzWalmor de Luca

PDTVago

PTB

PMDB

Suplentes

PDS

Presidente: Irajá Rodrigues - PMDBVice-Presidente: Floriceno Paixão - PDTVice-Presidente: José Carlos Fagundes - PDS

Titulares

PDSJayme SantanaRenato JohnssonVicent·e Guabiroba

Ademir AndradeDomingos JuvenilLeopoldo BessoneMarcos Lima

Ricardo Ribeiro

Nadyr Rossetti

9) COMISSÃO DE FINANÇAS

Luiz BaccariniLuiz LealMoysés Pimentel

Aécio de BorbaChristóvam ChiaradiaFernando MagalhãesIbsen de Castro

Angelo MagalhãesCelso CarvalhoEtelvir DantasFerreira Martins

PT

PMDB

Márcio BragaRandolfo BittencourtRaymundo UrbanoTobias AlvesWall Ferraz

PDTWalter Casanova

PTB

SuplentesPDS

Magno BacelarNorton MacedoOscar AlvesSimão SessimVieira da Silva

PMDBMarcondes PereiraOctacílio AlmeidaOlivir GabardoPaulo MarquesRaimundo Asfóra

Celso Peçanha

Carlos Bant'AnnaCasildo MaldanerDionísio HageFrancisco DiasJoão Bastos

Luís Dulci

Arildo Teles

Aldo ArantesFrancisco AmaralGenebaldo CorreiaGenésio de BarrosJoão HerculinoLuiz Baptista

Albérico CordeiroBrasílio CaiadoCunha BuenoJairo MagalhãesLeur Lomanto

Arildo TelesPTB

PDT

8) COMISSÃO DE ESPORTE ETURISMOPresidente: Márcio Braga - PMDB

Vice-Presidente: Oly Fachin - PDSVice-Presidente: Albérico Cordeiro - PDS

TituIarl~S

PDT

PTB

Agnaldo Timóteo

Vago

Reuniões:

Terças-feiras, às 10 horasQuintas-feiras, às 9 horasLocal: Plenário da Comissão de Redação'Secretário: Ivan Roque Alves - R.: 6391 e 6393

12) COMISSÃO DO INTERIIOR

Presidente: Inocêncio Oliveira - PDSVice-Presidente: Evandro Ayres de MOura

PDSVice-Presidente: Heráclito Fortes - PMDB

Titulares

PMDB

Aldo Arantes José Maria MagalhãesCarlos Alberto de Carli Luiz BaptístaDante çl~ Oliveira Luiz GuedesDilson Fancmn Manoel Costa Jr.Domingos Leonelli Mansueto de LavorJorge Medauar Mário FrotaJosé Carlos Olavo Pires

Vasconcelos Orestes MunizJosé Maranhão Pedro Novaes

Albérico Cordeiro Leur LomantoAngelo Magalhães Lúcia ViveirosAntônio Mazurek Manoel GonçalvesAntônia Pontes Manoel NovaesAssis Oanuto Milton BrandãoAugusto Franco Nagib HaickelClarck Platon Nylton VellosoCristino Cortes Orlando BezerraGeraldo Melo Osvaldo CoelhoGnton Garcia Paulo GuerraJoão Rebelo Pedro CorrêaJosé Luiz Maia Victor TrovãoJosé Mendonça Bezerra Vingt RosadoJosué de Souza Wanderley MarizJutahy Júnior

PDS

Manoel NovaesMarcelo LinharesUbaldo BarémWilson Falcão

Siegfríed Hemer2 vagas

PTB

PDS

Haroldo SanfordJoão AlvesOzanam Coelho

Ulysses GuimarãesWilson Vaz

PTB

PMDB

PMDB

PTB

Alencar FurtadoFrancisco Pinto

João HerculinoRoberto Rollemberg

Aécio de BorbaAlvaro GaudêncioAmilcar de QueirozJorge ArbageJosué de Souza

Mendonça Falcão

Augusto TreinCastejon BrancoFurtado LeiteGeraldo Bulhões

10) COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FI­NANCEIRA E TOMADA DE CONTAS

Ricardo Ribeiro

Reuniões:

Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLOcaI: Anexo rI - Sala 15 - R.: 6325Secretário: Geraldo da Silva

Suplentes

PDS

Celso Peçanha

Reuniões:

Quartas e Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Anexo II - sala n.o Ui - R.: 6322 e 6323

Secretário: Jarbas Leal Viana

Presidente: Humberto Soutc} - PDSVice-Presidente: Nosser de Almeida - PDSVice-Presidente: Milton Figueiredo - PMDB

Titulares

PTB

PD\S

José Carlos MartinezJosé MouraManoel RibeiroPaulo Lustosa

PMDBHeráclito FortesJosé Eudes (PT)Manoel AffonsoMilton Reis

PDT

Aloysio TeixeiraBete Mendes (PT)Ciro NogueiraIbsen PinheiroJoão Bastos

SuplentesPDS

Aécio de BOrba Léo SimõesAlbino Coimbra Marcelo LinharesArolde de Oliveira Simão SessimFrancisco Erre Siqueira CamposJoão Carlos de Carli Victor Faccioni

PMDBLeônidas SampaioLuiz HenriqueRaul FerrazRoberto Rollemberg

Mendonça Falcão

Ricardo RibeiroReuniões:

Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Plenário da Comissão de Defesa do

Consumidorsecretária: Maria Linda Morais de MagalhãesRamais: 6386 e 6387

Agnaldo Timóteo

Elquisson SoaresFelipe CheiddeHélio ManhãesHenrique Eduardo

Alves

Aécio CunhaAlércio DiasFernando CollorFrança Teixeira

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Miguel ArraesMilton ReisNelson AguiarOctacilio Alm.eidaPaulo MarquesRenato BuenoRosa FloresSebastião Rodrigues

Júnior

PDT

Abdias do Nascimento José FrejatClemir Ramos Nilton Alves

PTB

Jarbas VasconeelosJoão HerrmannJosé AparecidoJosé Carlos TeixeiraJosé FogaçaJÚIlÍa MarireLeopoldo BessoneMárcio MacedoMárcio Santilli

Ivete Vargas

PT

João AgripinoWalmor de Lucavago

PDT

PMDB

Suplentes

PDS

José LourençoJosé MachadoLevy DiasLuiz Antonio FayetManoel GonçalvesPratini de MoraesRondon Pacheco

Alberto GoldmanCoutinho JorgeFernando Santana

Aécio CunhaAdhemar GhisiBento PortoClarck PlatonHaroldo SanfordIrineu ColatoJoão Alberto de SouzaJosé Fernandes

Mário Juruna

Vago.

PT

Ronaldo CamposSinval GuazzelliWagner LagoWalter BaptistaVago

PDT

PDS

'PTB

Suplentes

Délio dos Santos

Irma Passoni

Oswaldo MurtaPaulo BorgesRaul FerrazRenato BernardiRoberto Freire

13} COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA

Luís Dulci

Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLo~al: Anexo II - Sala 8 - R.: 6333

PMDB

Manoel AffonsoManoel Costa Jr.Odilon SalmoriaOrestes MunizPaes de AndradePedro SampaioRaymundo UrbanoRuy CôdoTheodoro MendesTobias AlvesUlysses Guimarã€sWalter BaptistaVago

PDT

Jacques D'OrneIlasSérgio Lomba

PTB

PT

PDT

Vago

Lúcio AlcântaraLudgero RaulinoMauro SampaioOscar Alves

PMDB

Manuel VianaMário HatoMax Mauro

Suplentes

PDS

Joacil PereiraJoão AlvesJoão Batista FagundesJoão Carlos de CarliJosé Thomáz NonôLúcia ViveirosNosser AlmeidaOscar CorrêaOsvaldo MeloOzanan CoelhoPaulo GuerraPaulo LustosaRaul Bernardosararnago PinheiroSiqueira Campos

Armando PinheiroAugusto FrancoBOllifácio de AndradaCláudio PhilomenoErnani satyroFernando BastosFernando MagalhãesFurtado LeiteGilton GarciaGogônio NetoHamilton XavierHélio DantasHomero Santosítalo ContiJaime CâmaraJayme Santana

Albino CoimbraAlceni GuerraFigueiredo FilhoLeônidas Rachid

Anselmo P.eraroDor..to CampanariEuclides ScalcoLeônidas Sampaio

Anibal TeixeiraArnaldo MacielArthur Virgílio NetoBorges da SilveiraCarlos Sant'AnnaDionísio HageDjalma FalcãoGustavo FariaJoão CunhaJoão GilbertoJorge CaroneJuarez BernardesLuiz GlWdes

Bete Mendes

Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - sala 7 - R.: 6347 e 6348Secretária: Edna Medeiros Barreto

Mendes Botelho

Agnaldo TimóteoJG de Araújo Jorge

16} COMISSÃO DE SAúDEPresidente: Borges da Silveira - PMDB

Vice-President.. : Carlos Mosconi - PMDB

Vice-Presidente: Tapety Júnior - PDS

TituIares

PDS

José Eudes

PTB

PMDB

Flávio BierrenbachFreitas NobreIram saraivaIrapuan Costa Júnior

João Herculino

PDT

PDT

Suplentes

PDS--

Siqueira CamposVago

PMDB

José Carlos VasconcelosPedro Novaes

Aluizio BezerraChagas VasconcelosDaso CoimbraFernando Santa-na

Matheus Schmidt

Presidente: Diogo Nomura - PDSVice-Presidente: Pedro Colin - PDSVice-Presidente: Israel Dias-Novaes - PMDE

Titulares

PDS

Adroaldo Campos Marcelo LinharesAntônio Ueno Nelson MorroCunha Bueno Norton MacedoEdison Lobão Ossian AraripeEnoc Vieira Paulo MalufFrancisco Benjamim Rubens ArdenghiJessé Freire santos FilhoJonathas Nunes Sarney FilhoJosé Camargo Tarcisio BuritiJosé Carlos FDnseca Thales RamalhoJosé Machado Theodorico FerraçoJosé Penedo Ubaldo BarémJosé Ribamar Machado Wilson FalcãoMagalhães Pinto VagoMaluly Neto

14} COMISSÃO DE REDAÇÃOPresidente: Aloysio Teixeira - PMDB

Vice-Presidente: Mário Rato - PMDBVice-Presidente: Rita Furtado - PDS

TituIa.res

PDS

Djalma Bessa Simão SessimFrancisco Rollemberg

PMDB

Daso Coimbra

15} COMISSÃO DE RELAÇÕESEXTERIORES

J oacil Per,eiraPrisco Viana

Sérgio Lomba

Moacir Franco

Reuniões:

Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 7 - R.: 6336Secretária: Allia Felício Tobias

Freitas NobreJúnia Marise

Délio dos Santos

Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - sala 14 - R.: 6342 e 6340Secretária: Laura Perrela Parisi

Marcos LimaVicente Queiroz

Léo SimõesMaurício CamposNelson CostaPaulo MelroPrisco VianaWolney Siqueira

João FaustinoJonas PinheiroJosé JorgeJosé MouraJúlio MartinsLéo SimõesLeorne BelémLúcio AlcântaraLudgero RaulinoMauro SampaioOssian AraripeRuy BacelarTapety JúniorVivaldo FrotaWilmar Pa1lis

PTB

PDT

PT

Milton FigueiredoPlínio MartinsRaimundo LeiteRandolfo BittencourtRenato ViannaRuben FigueiróVagoVagoVagoVagoVagoVagoVagoVago

PDT

Osvaldo NascimentoPTB

PMDB

Nadyr Rossetti

NelsOn do Carmo

Bayma JúniorEmllio GalloEpitácio BittencourtEvaldo AmaralFelix MendonçaGonzaga VasconcelosJoão Batista Fagundes

PMDB

Celso SabóiaGenésio de BarrosMarcelo Cordeiro

Adroaldo CamposAlcides LimaAlércio DiasAntônio AmaralAntônio OsórioBayma JúniorCelso BarrosChristóvam ChiaradiaEurico RibeiroFabiano Braga CortesFrancisco ErseF1rancisco SalesGeovani BorgesHerbert LevyHugo MardiniIbsen de Castro

José Frejat

Vago

Presidente: Hugo Mardini - PDSVice-Presidente: Horácio Matos - PDSVice-Presidente: Cid Carvalho - PMDB

Titulares

PDS

Aloysio TeixeiraAluízio BezerraAluízio CamposAnibal TeixeiraAroldo MolettaDenisar ArnelroFernando GomesHaroldo LimaHarry AmorimJoão HerrmannJoaquim RorizJosé MelloMarcelo CordeiroMárcio Lacerda

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PDT

PMDB

17) COMiISSÃO DE SEGURANÇANACIONAL

Suplentes

PDSNava.rro Vieira FilhoPedro GermanoRaul BernardoSimão 8essimWilmar PaIlis

Leônidas RachidMaçao TadanoMaurício camposPaulo MalufSantos Filhostélio DiasVictor FaccioniWolney Siqueira

PT

PDT

PDS

PMDB

Paulo ZarzurRuy CôdoSérgio FerraraTidei de Lima

PMDB

Suplentes

José Colagrossi

Adail VettorazzoAmaral NettoAlcit1es FranciscatoAugusto TreinCarlos EloyEdme TavaresEmídio PerondiEraldo Tinoco

Carlos PeçanhaDomingos JuvenilFelipe CheiddeJoaquim RorizPaulo Mincaroni

Bete Mendes

Hélio CorreiaHomero SantosJairo AziJosé FernandesLázaro CarvalhoManoel Ribeiro

PMDB

Jmge UequedMoyses Pimentel

PDS

PDT

Osmar LeitãoRonaldo CanedoVivaldo FrotaVago

PMDB

Mário de OliveiraNelson WedekinRenan Calheiros

Epitácio CafeteiraFreitas NobreGilson de Barros

Reuniões:

Quartas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 12 - R.: 6360Secretário: Oclair de Mattos Rezende

sebastião Ataide i

Adhemar GhisiAlcides FranciscatoAlvaro GaudêncioAntônio AmaralFernando BastosJosé Lins de

Albuquerque

Amadeu GearaAurélio PeresÇássio GonçalvesJúlio CostamilanLUiz Henrique

Presidente: Dj&lma Bom - PTVice-Presidente: Edme Tavar.es - PDSVice-Presidente: Francisco Amaral - PMDB

19) COMISSÃO DE TRABALHO ELEGISLAÇÃO SOCIAL

Titulares

Navarro Vieira FilhoPedro CorrêaRita FurtadoSalvador Julianelli

Mattos LeãoRenato Bueno3 vagas

Pl\IDB

Ruy Lino

PDT

Castejon BrancoFrancisco RollembergInocêncio OliveiraJairo AziJosé Lins de Albu­

querque

Carneiro ArnaudJorge ViannaJosé .Maria MagalhãesLuiz Guedes

Presidente: ítalo Conti - PDSVice-Presidente: Francisco Rollemberg - PDSVice-Presidente: Gilson de Barros - PMDB

Titulares

PDS

Sebastião CurióNey Ferreira

Ruben Figueiró

vago

Reuniões:

Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - Sala 10 - R.: 6352Secretária: Iná Fernandes Costa

Suplentes

PDS

Antônio Pontes Milton BrandãoJosé Ribamar Machado Vicente Guabiroba

Gastone Righi

Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLOcal: Anexo II - sala 13 -- R.: 6355 e 6358Secretário: Walter Flores Figueira

Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - sala 5 - R.: 6372 e 6373Secretário: Carlos Brasil de Araújo

Jaques D'Ornellas

FaríLbulini Júnior

Flávio ·BierrenbachLuiz Baccarini

vago

PTB

PMDB

José Tavares

PDT

PTB

Jorge Cury

Antônio GOmesEmílio GalloGióia JúniorMaluly NetoMáric AssadNatal Gale

Brabo de CarvalhoDarcy PassosDomingos LeonelliFernando CunhaIvo Vanderlinde

Brandão Monteiro

PTB

Suplentes

PDSNelson CostaNilson GibsonPaulo MelroReinhold StephanesVago

PMDB

Marcelo GatoMirthes BeviIac~ua

VagoVago

PDT

Airton SandovalDilson FanchinFrancisco DiasGeraldo FlemingJosé Ulisses

Sebastião Ataíde

Nelson do Carmo

Djalma Bom

Reuniões:

Juarez BatistaLuiz LealOrestes MunizPaulo BorgesRosa Flores

PDT

PTB

PT

18) COMISSÃO DE SERVIÇOPÜBLlCO

Gastone Righi

PTB

PT

COORDENAÇÃO .DE COMISSÕESTEMPQRARIAS

Titulares

Presidente: .Paes de Andrade - PMDHVice-Presidente: Jorge Leite - PMDBVice-Presidente: Francisco Erse - PDS

Seção de Comissões Parlamentaresde Inquérito

Chefe: Lucy Stumpf Alves de Souza

Local: Anexo II ~ Tel. 223-728<1Ramal 6403

Diretor: Walter Gouvêa Costa

Local: Anexo II - Tel: 226-2912

Ramal: 6401

Seção de Comissões Especiais

Chefe: Stella Prata da Silva Lopes

Local: Anexo II - Te!.: 223-8289Ramais: 6408 e 6409

Darcy PozzaEurico Ribeiro

Titula.res

PDS

J·osé Eudes

Reuniões:

Alair FerreiraAlércio Dias

Presidente: Ruy Bacelar - PDSVice-Presidente: Denisar Arneiro PMDBVice-Presidente: Mendes Botelho - PTB

20) COMISSÃO DE TRANSPORTES

Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 15 - R.: 6367Secretário: Agassis Nylander Brito

PDS

Oly FacchinWildy Vianna

Gomes da Silva

Guido MoeschHorácio Matos

PDS

Mozarildo CavalcantiVago

PMDB

Francisco Pinto Renato ViannaMyrthes Bevilacqua

Suplentes

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1) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADAA DAR PARECER AO PROJETO DELEI Nl? 634175, DO PODER EXE·CUTIVO, QUE INSTITUI O cóDIGOCIVIL

Airton SoaresJoão Herrmann

Sérgio Lomba

PMDB

Israel Dias-NovaesPimenta da Veiga

PDT

Aldo ArantesAlencar FurtadoAnibal Teixeira

PMDB

Fernando SantanaHélio Duque

PDT

PDT

Presidente: Pimenta da Veiga - PMDBVice-Presidente: Elquisson Soares - PMDBVice-Presidente: Gilton Garcia - PDS

Relator-Geral: Err.ani Sátyro - PDS

Relatores Parciais:

Dep. Israel Dias-Novaes -- parte Geral - Pes­soas, Bens e Fatos JurídicosDep. Francisco Rollemberg - Livro I - ParteEspecial - ObrigaçõesDep. Francisco Benjamim - Livro H - ParteEspecial - Atividade NegociaIDep. Afrísio Vieira Lima - Livro IH - ParteEspecial - CoisasDep. Brandão Monteiro - Livro IV - ParteEspecial - FamfliaDep. Roberto Freire - Livro V - Parte Especial- Sucessões e Livro Complementar

Titulares

PDSAfrísio Vieira Lima Francisco RollembergFrancisco Benjamim

PMDB

Cristina Tavares Roberto FreireIsrael Dias-Novaes

Terças-feiras, 9:30 h.Local: Plenário da Comissão de EconomiaSecretária: Marci Ferreira BorgesRamal: 6406

5) COMISSÃO PARLAMENTAR DE IN­QUÉRITO DESTINADA A EXAMINARA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS HI·DRICOS NO BRASIL

Flávio BierrenbachJoão CunhaJosé Fogaça

PDT

Pratini de MoraesRicardo Fiuza

PMDB

Titulares

PDS

Suplent.~'3

PDS

Jacques D'OrnBllas

Dj alma FalcãoEduardo Matarazzo

Suplicy

Reuniões:

REQUERIMENTO N.O 12/83

Prazo: de 27-9-83 a 19-6-84

Presidente: Deputado Osvaldo CoelhoVice-Presidente: Deputado Mendes Botelho

Relator: Deputado Coutinho Jorge

Sebastião Nery

Antonio MazurekLuiz Antonio FayetLúcio Alcântara

Presidente: Theodorico FerraçoVice-Presidente: Brandão Monteiro

Relator:

Arthur Virgílio Neto Sérgio FerraraNelson VBdekin Paulo Mincaroni

Suplentes

1'00

TitulaJres

PDSJoão Batista FagundBs Renato JohnssonJairo Magalhães Theodorico FerraçoJorge Arbage

REQUERIMENTO N.o 10/83

Prazo: 17-8-83 a 11-5-84

PMDB

3) COMISSÃO PARLAMENTAR DE IN·QUéRITO DESTINADA A INVESTI·GAR OS EPISóDIOS QUE ENVOL·VERAM O BANCO NACIONAL DAHABITAÇÃO E O GRUPO DELFIN EQUE CULMINARAM COM A INTER·VENÇÃO DO BANCO CENTRAL NOREFERIDO GRUPO

Quintas-feiras, 10 :OOh

Local: Plenário das Comissões Parlamentaresde Inquérito - Anexo H

Secretária: Márcia de Andrade PereiraRamal 6407

Reuniões:

Suplentes

PDSGuido MoeschJorge ArbageVago

PMDB

Arnaldo MacielDjalma Falcão

Brabo de CarvalhoDarcy PassosJosé Melo

Brandão Monteiro

Celso BarrosGerson PeresGorgônio Neto

Anexo II - Sala 14 - Ramais: 6408 e 6409Secretário: Antonio Fernando Borges Manzan

2) COMISSÃO PARLAMENTAR DE IN·QUéRITO DESTINADA A INVESTI­GAR EM TODA A SUA PLENITUDEE CONSEQO~NCIAS AS ATIVIDA­DES DO GRUPO CAPEMI

REQUERIMENTO N.o 9/83

Prazo: 18-5-83 - 7-3-84

Presidente: Deputado Léo SimõesVice-Presidente: Deputado Siqueira Campos

Relator: Deputado Matheus Schmidt

Titulares

PDS

Nilton Alves

Reuniões:

Quintas-feiras, 9 :00 horas

Local: Plenário das CPIs

Secretário: Sebastião Augusto MachadoRamal 6405

4) COMISSÃO PARLAMENTAR DE IN­QUÉRITO DESTINADA A APURARAS CAUSAS E CONSEQO~NCIAS DOELEVADO ENDIVIDAMENTO EXTER­NO BRASILEIRO, TENDO EM VISTAAS NEGOCIAÇõES COM O FUNDOMONETARIO INTERNACIONAL

Francisco BenjamimLudgero RaulinoOsvaldo Coelho

Marcelo CordeiroRandolfo BittencourtFernando Santana

PDT

PTB

Marcelo LinharesMilton BrandãoVictor Trovão

PMDB

PMDB

VagoVagoVago

PDT

Suplentes

PDS

Mendes Botelho

Adroaldo CamposAntônio FlorêncioEtelvir DantasEvandro AyrBs de

Moura

Aldo.-Pinto

Antonio GomesJ essé FreireJosias LeiteManoel Novaes

Coutinho JorgeDomingos LeonelliJorge Vargas

Geraldo FlemingPaulo MarquesVago

PTB

Reuniões:

Local: Plenário das CPls - Anexo IrSecretária: Nelma Cavalcanti BonifácioAnexo H - Tel.: 213·6410

Vago

Osvaldo Nascimento

Octávio CesárioPedro Colin

Tarcísio BurityVictor Faccioni

Márcio BragaRuben Figueiró

PDT

PMDB

Adhemar GhisiJorge ArbageJosé Camargo

Gustavo FariaIrajá RodriguesIrma Passoni (PT)

Adhemar GhisiJcsué de SouzaNey Ferreira

REQUERIMlElNTO N.o 08/83

Prazo: 16-8-33 a 10-5-84

Presidente: Alencar Furtado - PMDB/PRVice-PrBsidente: Sebastião Nery - PDT/RJ

Relator: Sebastião Nery - PDT/RJ

Titulares

PDS

PDT

J oacil PereiraMaçao Tadano

Sebastião Curió

PMDB

Airton Soares (PT)

Orestes Muniz

Suplentes

PDS

PDT

Antônio AmaralBento PortoEdison Lobão

Israel PinheiroSarney Filho

Ademir AndmdeCid CarvalhoFarabulini Júnior

Vago

Reunião:

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r

DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL

PREÇO DE ASSINATURA(Inclusa as despesas de correio)

Seçêo I (CAmara dos Deputados)

Via-Superfície:

Semestre .. . . . Cr$Ano . . . . . . . . . . . . . . . Cr$Exemplar avulso . Cr$

Saçêo II (Senado Federal)

Via-Superfície:

3.000,006.000,00

50,00

SemestreAnoExemplar avulso

........... Cr$. . . . . . . . . . . . . . . . Cr$

...................... Cr$

3.000,006.000,00

50,00

Os pedidos devem ser acompanhados de Cheque Visado, pagáveis em Brasília ou

Ordem de Pagamemo pela Caixa Econômica Federal - Agência PSCEGRAF, Conta-Corrente n9

920001-2, a favor do:

Centro Gráfico do Senado Federal

Praça dos Três Poderes - Caixa Postal 1.203 - Brasília - DF

CEP 70.160

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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL

QUADRO COMPARATIVO

(4~ edição)

Texto constitucional vigent~ (incluindo a EmendaConstitucional n9 22/82) comparado à Constituição promulga­da em 1967 e à Carta de 1946.

li'

152 notas explicativas, contendo os textos dos AtosInstitucionais e das Emendas à Constituição de 1946.

Indice temático do texto constitucional vigente.

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LEGISLAÇÃO ELEITORALE PARTIDÁRIA

(4' edição - 1982)Leis e Instruções que regularão as eleições de 1982

Textos atualizados, consolidados, anotados e indexados:

- Código Eleitoral- Lei Orgânica dos Partidos Políticos- Lei das Inelegibilidades- Lei de Transporte e Alimentação- Lei das Sublegendas

Legislação alteradora e correlata.instruções do Tribunal Superior Eleitoral.

À venda na Subsecretaria de Edições TécnicasSenado Federal (229 andar do Anexo I) ­

Brasília, DF - CEP 70160, ou mediante vale postal­ou cheque visado pagável em Brasília (a favor daSubsecretaria de Edições Técnicas do Senado Fede­ral). Atende-se, também, pelo reembolso postal.

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SEGURANÇA NACIONAL

(2' edição - 1,982)

Lei nQ6.620, de 17-12-78

lndice temático. Tramitação legislativa.1 __

- Legislação vigente (Lei nQ6.620/78) comparada, artigo porartigo, à legislação anterior (Decretos-Leis nQs 314/67 e510/69 e Lei nQ1.802/53).

- Notas a cada dispositivo: legislação correlata, comentáriosde juristas e da imprensa, elaboração legislativa.

- Textos constitucionais e legislação ordinária (de 1824 a1982).

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DIREITO FINANCEIRO"

Lei n'" 4.320. de 17 de março de 1964. que "estatu'i Normas Geraisde Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços

da União. dos Estados. dos Municípios e do Distrito Federal".

Normas disciplinadoras da matéria.

Plano de contas único da Administração Direta.

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