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República Federativa do Brasil DI Á RIOlWlllliríNAC10NAL SEÇÃO I ANO XXXVIII - N9 085 CAPITAL FEDERAL SÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 1983 CÂMARA DOS DEPUTADOS I- ATA DA RS" SESSÃO DA Sf.SS.3.o LEGISLATIVA DA l.EGIS1.ATlIRA EM 5 DE AGOSTO DE 19R3. I- Abertura da Sessào 11 - Leitura e assinatura da ata da sessào anterior 11I - Leitura do Expediente aFInas N0s 211 e 212/83, do Sr. Deputa- do Freitas Nobre, Líder do Partido do Movimento Democrático Brasi- leiro. IV - Pequeno Expediente DANTE DE OLIVEIRA - Carta de Princípios do Il Encontro de Vereadores do Estado de Mato Grosso. Remuneraçào dos Verea- dores. NOSSER ALMEIDA - Insta- laçào de agência do Banco do Bra- sil em Tarauacá, Estado do Acre. SUMÁRIO GENEBALDO CORREIA Remuneração dos Veradores. Dívi- da externa brasileira. IVO VANDERUNDE - Si- tuação do produtor rural no Brasil e na Austrália. RUBEN FIGUEIRÓ - Nego- ciações da dívida externa do Brasil com o FMI. EVANDRO AYRES DE MOU- RA - Recomposição dos débitos dos agropecuaristas do Nordeste. HERÁCLITO FORTES - Construção do açude de Miranda, Município de Barras, Estado do Piauí. JOÃO GILBERTO - Retirada dos subsídios à agricultura. OSVALDO NASCIMENTO- Desigualdade de remuneração en- tre os servidores do Senado Federal e da Cámara dos Deputados. OSVALDO MELO - Progra- ma Nacional de Alimentação Esco- lar - PNAE. AGENOR MARIA - Unifor- mização do preço do feijão vendido aos operários das frentes de emer- géncia no Nordeste e aos emprega- dos das fazendas. MANOEL GONÇALVES Remuneração dos Vereadores. ANTÓNIO DIAS - Admissão de servidores públicos pelo sistema de concurso público. SIQUEIRA CAMPOS - Ne- crológio do Dr. Oswaldo Ayres da Silva. CELSO PEÇANHA - Admi- nistração do PIS-PASEP. WILMA R PAUS - VI Con- gresso Internacional de Odontolo- gia, Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro. OSCAR ALVES - Atuação da Secretaria de Agricultura do Esta- do do Paraná. JOSÉ FREJAT - Cassação de mandatos e perda de direitos políti- cos no Uruguai. Ata da Sessão em 5 de agosto de 1983 Presidência dos Srs,: Fernando Lyra. j9-Secretário; Ary Kffuri, 2 9 -Secretário; e Amaury Müller. 4 9 -Secretário. l-ÀS 9:00 HORAS COMPARECEM OS SENHO- RES: Flávio Marcílio Paulino Cícero de Vasconcelos Walber Guimarães Fernando Lyra Ary Kffuri Francisco Studart Amaury Müller Osmar Leitão Carneiro Arnaud José Eudes Acre Alércio Dias - PDS; Aluízio Bezerra - PMDB; Amílcar de Queiroz - PDS; José Mello - PMDB; Nas- ser Almeida - PDS; Ruy Lino - PMDB; Wildy Vianna - PDS. Amazonas Artur Virgílio Neto - PMDB; Carlos Alberto de Car- li - PMDB; José Fernandes - PDS; José Lins de Albu- querque - PDS; Josué de Souza - PDS; Mário Frota - PMDB; Randolfo Bittencourt - PMDB; Vivaldo Frota - PDS. Rondônia Assis Canuto - PDS; Francisco Erse - PDS; Fran- cisco Sales - PDS; Leónidas Rachid - PDS; Múcio Athaíde - PMDB; Olavo Pires - PMDB; Orestes Mu- niz - PMDB; Rita Furtado - PDS.

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República Federativa do Brasil

DIÁRIOlWlllliríNAC10NALSEÇÃO I

ANO XXXVIII - N9 085 CAPITAL FEDERAL SÁBADO, 6 DE AGOSTO DE 1983

CÂMARA DOS DEPUTADOS

I - ATA DA RS" SESSÃO DA

1~ Sf.SS.3.o LEGISLATIVA DA

47~ l.EGIS1.ATlIRA EM 5 DE

AGOSTO DE 19R3.

I - Abertura da Sessào

11 - Leitura e assinatura da atada sessào anterior

11I - Leitura do Expediente

aFInas

N0s 211 e 212/83, do Sr. Deputa­do Freitas Nobre, Líder do Partidodo Movimento Democrático Brasi­leiro.

IV - Pequeno Expediente

DANTE DE OLIVEIRA ­Carta de Princípios do Il Encontrode Vereadores do Estado de MatoGrosso. Remuneraçào dos Verea­dores.

NOSSER ALMEIDA - Insta­laçào de agência do Banco do Bra­sil em Tarauacá, Estado do Acre.

SUMÁRIO

GENEBALDO CORREIARemuneração dos Veradores. Dívi­da externa brasileira.

IVO VANDERUNDE - Si­tuação do produtor rural no Brasile na Austrália.

RUBEN FIGUEIRÓ - Nego­ciações da dívida externa do Brasilcom o FMI.

EVANDRO AYRES DE MOU­RA - Recomposição dos débitosdos agropecuaristas do Nordeste.

HERÁCLITO FORTES ­Construção do açude de Miranda,Município de Barras, Estado doPiauí.

JOÃO GILBERTO - Retiradados subsídios à agricultura.

OSVALDO NASCIMENTO­Desigualdade de remuneração en­tre os servidores do Senado Federale da Cámara dos Deputados.

OSVALDO MELO - Progra­ma Nacional de Alimentação Esco­lar - PNAE.

AGENOR MARIA - Unifor­mização do preço do feijão vendidoaos operários das frentes de emer­géncia no Nordeste e aos emprega­dos das fazendas.

MANOEL GONÇALVESRemuneração dos Vereadores.

ANTÓNIO DIAS - Admissãode servidores públicos pelo sistemade concurso público.

SIQUEIRA CAMPOS - Ne­crológio do Dr. Oswaldo Ayres daSilva.

CELSO PEÇANHA - Admi­nistração do PIS-PASEP.

WILMA R PAUS - VI Con­gresso Internacional de Odontolo­gia, Rio de Janeiro, Estado do Riode Janeiro.

OSCAR ALVES - Atuação daSecretaria de Agricultura do Esta­do do Paraná.

JOSÉ FREJAT - Cassação demandatos e perda de direitos políti­cos no Uruguai.

Ata da 85~ Sessão

em 5 de agosto de 1983Presidência dos Srs,:

Fernando Lyra. j9-Secretário;Ary Kffuri, 29-Secretário; e

Amaury Müller. 49-Secretário.l-ÀS 9:00 HORAS COMPARECEM OS SENHO­

RES:Flávio MarcílioPaulino Cícero de VasconcelosWalber GuimarãesFernando LyraAry KffuriFrancisco StudartAmaury MüllerOsmar LeitãoCarneiro ArnaudJosé Eudes

AcreAlércio Dias - PDS; Aluízio Bezerra - PMDB;

Amílcar de Queiroz - PDS; José Mello - PMDB; Nas­ser Almeida - PDS; Ruy Lino - PMDB; Wildy Vianna- PDS.

Amazonas

Artur Virgílio Neto - PMDB; Carlos Alberto de Car­li - PMDB; José Fernandes - PDS; José Lins de Albu­querque - PDS; Josué de Souza - PDS; Mário Frota- PMDB; Randolfo Bittencourt - PMDB; VivaldoFrota - PDS.

Rondônia

Assis Canuto - PDS; Francisco Erse - PDS; Fran­cisco Sales - PDS; Leónidas Rachid - PDS; MúcioAthaíde - PMDB; Olavo Pires - PMDB; Orestes Mu­niz - PMDB; Rita Furtado - PDS.

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6796 Sábado 6 DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 19~D

VII - Encerramento

Vi - Desi~nação da Ordem doDia

RAIMUNDO LEiTE - Refor­ma Tributária. Empobrecimentodos Municípios brasileiros.

Discurso do Deputado AluízioBezerra no Pequeno Expediente dasessão de 3-8-83: Problemas fun­diários em Tarauacá, Estado doAcre.

Minas Gerais

Adail Vettorazzo - PDS; Airton Sandoval- PMDB;Airton Soares - PT; Alberto Goldman - PMDB; Alci­des Franciscato - PDS; Armando Pinheiro - PDS;Aurélio Peres - PMDB; Bete Mendes - PT; CardosoAlves - PMDB; Cunha Bueno - PDS; Darcy Passos­PMDB; Del Bosco Amaral - PMDB; Djalma Bom ­PT; Diogo Nomura ---l PDS; Doreto Campanari ­PMDB: Eduardo Matarazzo Suplicy - PT; EstevamGalvão - PDS;" Farabulini Júnior - PTB; Felipe

Espírito Santo

São Paulo

Ferraz - PMDB: Rômulo Galviio - PDS; Ruy Bacelar- PDS; Virgildásio de Senna - PMDB; Wilson Falcão- PDS.

Abdias do Nascimento - PDT; Agnaldo Timóteo ­PDT; Aloysio Teixeira - PMDB; Amaral Netto ­PDS; Arildo Teles - PDT; Arolde de Oliveira - PDS;Bocaiúva Cunha - PDT; Brandão Monteiro - PDT;Carlos Peçanha - PMDB; Celso Peçanha - PTB; Cle­mir Ramos - PDT; Darcílio Ayres - PDS; DasoCoimbra - PMDB; Délio dos Santos - PDT; DenisarArneiro - PMDB; Eduardo Galil - PDS; FernandoCarvalho - PTB; Figueiredo Filho - PDS; GustavoFaria - PMDB; Hamilton Xavier - PDS; JacquesD'Ornellas - PDT: JG de Araújo Jorge - PDT; JiúlioCaruso - PDT; Jorgc Cury - PTB: Jorge Leite ­PMDB: José Frejat - PDT; Lázaro Carvalho - POS;Léo Simôes - PDS; Leônid.\s Sampaio - PMDB: Mar­celo Medciros - PMDB; Márcio Braga - PMDB;Múrcio Macedo - PMDB; Múrio Juruna - PDT; Ro­herto Jefferson - PTB; Rubem Medina - PDS; Sara­mago Pinheiro - PDS; Sebastião Ataíde - PDT; Se­bastião Nery - PDT; Sérgio Lomba - PDT; SimãoSessim - PDS; Walter Casanova - PDT; Wilmar Palis- PDS.

ArgiJano Dario - PMDB; Hélio Manhães - PMDB;José Carlos Fonseca - PDS; Luiz Baptista - PMDB;Max Mauro - PMDB; Mirthes Bevilacqua - PMDB;Pedro Ceolim - PDS; Stélio Dias - PDS; TheodoricoFerraço - PDS.

Rio de Janeiro

Aécio Cunha - PDS; Anibal Teixeira - PMDB; An­tônio Dias - PDS; Bonifácio de Andrada - PDS; Car­los Colta - PMDB; Carlos Eloy - PDS; Carlos Mos­coni - PMDB; Cássio Gonçalves - PMDB; Christó­vam Chiaradia - PDS; Emílio GaBo - PDS; GeraldoRenault - PDS; Homero Santos - PDS; HumbertoSouto - PDS; Israel Pinheiro - PDS; Jairo Magalhães- PDS: João Herculino - PMDB; Jorge Carone ­PMDB; Jorge Vargas - PMDB: José Aparecido ­PMDB; José Carlos Fagundes - PDS; José Machado­PDS; José Maria Magalhães - PMDB; José Mendonçade Morais - PMDB; José Ulisscs - PMDB; Juarez Ba­tista - PMDB; Júnia Marise - PMDB; Leopoldo Bes­sone - PMDB; Luís Dulci - PT; Luiz Baccarini ­PMDB; Luiz Guedes - PMDB; Luiz Leal - PMDB;Magalhães Pinto - PDS; Manoel Costa Júnior ­PMDB; Marcos Lima - PMDB; Mário Hassad ­PDS: Mário de Oliveira - PMDB; Maurício Campos­PDS; Melo Freire - PMDB; Milton Reis - PMDB;Navarro Vieira Filho - PDS; Nylton VeHoso - PDS;Oscar Corrêa - PDS; Osvaldo Murta - PMDB; Oza­nan Coelho - PDS; Pimenta da Veiga - PMDB; RaulBelém - PMDB; Raul Bernardo - PDS; Ronaldo Ca­nedo - PDS; Rondon Pacheco - PDS; Sérgio Ferrara- PMDB; Vicente Guabiroba - PDS; Wilson Vaz ­PMDB.

4-LfDERES E ViCf.­UDERES .DE PARTIDOS (Re­lação do:-: membros)

5 - C()MiSS()f.~ (Relação dosmembros das Comissões Perma­nentes. Especiais, Mistas e de in­quérito)

2-ATA DAS COMISS()ES

3 - MESA (Relação dosmembros)

Discurso do Deputado João Pa­ganella no Grande Expediente dasessão de 3-8-83: Compromissosparlamentares do orador. Efeitosdas enchentes no Estado de SantaCatarina. A tarefa de reconstrução.

Alagoas

Adroaldo Campos - PDS; Augusto Franco - PDS;Celso Carvalho - PDS; Francisco Rollemberg - PDS;Gilton Garcia - PDS; Hêlio Dantas - PDS; SeixasDória - PMDB; Walter Baptista - PMDB.

Bahia

Sergipe

Albérico Cordeiro - PDS; Djalma Falcão - PMDB;Geraldo Bulhões - PDS; Fernando Collor - PDS; JoséThomaz Noná - PDS; Manoel Afonso - PMDB: Nel­son Costa - PDS; Renan Calheiros - PMDB.

Pernamhuco

Antônio Farias - PDS; Carlos Wilson - PMDB;Cristina Tavares - PMDB; Egídio Ferreira Lima ­PMDB; Geraldo Melo - PDS; Gonzaga Vasconcelos­PDS; Inocêncio Oliveira - PDS; Jarbas Vasconcellos­PMDB; João Carlos de Carli - PDS; José Carlos Vas­concelos - PMDB; josé Jorge - PDS; José MendonçaBezerra - PDS; José Moura - PDS; Josias Leite ­PDS; Mansueto de Lavor - PMDB; Miguel Arraes ­PMDB: Nilson Gib~on - PDS; Oswaldo Coelho ­PDS; Oswaldo Lima Filho - PMDB; Pedro Corrêa­PDS; Ricardo Fiuza - PDS; Roberto Freire - PMDB;Sérgio Murilo - PMDB; Thales Ramalho - PDS.

Edme Tavares - PDS; Ernani Satyro - PDS; Joacil Pe­reira - PDS: José Maranhão - PMDB; Raimundo As­fora - PMDB; Tarcísio Buriti - PDS.

Afrísio Vieira Lima - PDS; Angelo Magalhães ­PDS: Antônio Osório - PDS; Carlos Sant'Ana ­PMDB; Djalma Bessa - PDS; Domingos Leonelli ­PMDB; Elquisson Soares - PMDB: Eraldo Tinoco ­PDS; Etelvir Dantas - PDS; Felix Mendonça - PDS;Fernando Gomes - PMDB; Fernando Magalhães ­PDS; Fernando Santana - PMDB; França Teixeira­PDS; Francisco Benjamim - PDS; Francisco Pinto ­PMDB; Genebaldo Correia - PMDB; Gorgónio Neto- PDS; Haroldo Lima - PMDB; Hélio Correia ­PDS; Horácio Matos - PDS; João Alves - PDS; JorgeMedauar - PMDB; Jorge Vianna - PMDB; José Lou­renço - PDS; José Penedo - PDS; Jutahy Júnior ­PDS: Leur Lomanto ..:...- PDS; Manoel Novaes - PDS;Marcelo Cordeiro - PMDB; Ney Ferreira - PDS; Pris­co Viana - PDS; Raymundo Urbano - PMDB; Raul

DENiSAR ARNEIRO - Con­tradições do processo de desenvol­vimento econômico brasileiro.Custo social da "Ferrovia doAço". Dívida externa do País.

RAUL FERRAZ - Reformatributária. Empobrecimento dosMunicípios brasileiros.

FRANCISCO DIAS - Mora­tória ou reescalonamento da dívidaexterna brasileira.

FRANCiSCO ROLLEMBERG- Ampliação da área consideradade emergência no Estado de Sergi­pe.

AMAURY MÜLLER - Acei­tação. pelo Brasil, das exigênciasdo Fundo Monetário internacio­nal.

LEÔNIDAS SAMPAiO - Ma­téria publicada em O Fluminensesobre o Dia Nacional da Saúde.

V - Grande Expediente

Ceará

Maranhão

Piauí

Ademir Andrade - PMDB; Antônio Amaral- PDS;Brabo de Carvalho - PMDB; Coutinho Jorge ­PMDB; Dionísio Hage - PMDB; Domingos Juvenil­PMDB; Gerson Peres - PSD; Jorge Arbage - PDS;Lúcia Viveiros - PDS: Manoel Ribeiro - PDS; Osval­do Melo - PDS; Ronaldo Campos - PMDB; Sebas­tião Curió - PDS: Vicente Queiroz - PMDB.

Pará

Aécio Borba - PDS; Carlos Virgílio - PDS; ChagasVasconcelos - PMDB; Cláudio Philomeno - PDS;Evandro Ayres dt< Moura - PDS; Furtado Leite ­PDS; Gomes da Silva - PDS; Haroldo Sanford - PDS;Iranildo Pereira~·PMDB; Leorne Belém - PDS; LúcioAlc:lntara - PDS; Manoel Gonçalves - PDS; MarceloLinhares - PDS: Mauro Sampaio - PDS; Moisés Pi­mentel- PMDB; Orlando Bezerra - PDS; Ossian Ara­ripe - PDS; Paes de Andrade - PMDB; Paulo Lustosa- PDS; Sérgio Philomeno - PDS.

Celso Barros - PDS; Ciro Nogueira- PMDB; Herá­clito Fortes - PMDB: Jonathas Nunes - PDS; JoséLuiz Maia - PDS; Ludgero Raulino - PDS; MiltonBrandão - PDS; Tapety}únior - PDS; Wall Ferraz­PMDB.

Bayma Júnior - PDS; Cid Carvalho - PMDB; Edi­son Lobão - PDS; Enoc Vieira - PDS; Epitácio Cafe­teira - PMDB: Eurico Ribeiro - PDS; Jaime Santana- PDS; João Alberto de Souza - PDS: João Rebelo ­PDS: José Burnett - PDS; José Ribamar Machado ­PDS; Magn~ Bacelar - PDS; Nagib Haickel - PDS;Sarney Filho - PDS; Victor Trovão - PDS; WagnerLago - PMDB.

Rio Grande do Norte,Agenor Maria - PMDB; Antônio Câmara ~

PMDB; Antônio Floréncio - PDS; Henrique EduardoAlves - PMDB; Jessé Freire - PDS; João Faustino ­PD~; Vingt Rosado - PDS.

Paraíha

Adauto Pereira _ PDS;' Aloísio Campos - PMDB;Alvaro Gaudêncio - PDS; Antônio Gomes - PDS;

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AgÇ>sto de 1983

Cheidde - PMDB; Ferreira Martins - PDS; FlávioBierrembach - PMDB; Fr;mcisco Amaral - PMDB;Francisco Dias - PMDB; Fr~itas Nobre - PMDB;Gasthone Righi - PTB; Gióia Júnior - PDS; HerbertLevy - PDS; Irma Passoni - PT; Israel Dias-Novaes- PMDB; Ivete Vargas - PTB; João Bastos - PMDB;João Cunha - PMDB; João Herrmann - PMDB; JoséCamargo - PDS; José Genoino - PT; Maluly Neto ­PDS; Marcelo Gato - PMDB; Márcio Santilli ­PMDB; Marcondes Pereira - PMDB; Mário Hato ­PMDB; Mendes Botelho - PTB; Mendonça Falcão ­PTB; Moacir Franco - PTB; Natal Gale - PDS; Nel­son do Carmo - PTB; Octacílio de Almeida - PMDB;Paulo Maluf - PDS; Paulo Zarzur - PMDB; Raimun­do Leite - PMDB; Ralph Biasi - PMDB; Renato Cor­deiro - PDS; Ricardo Ribeiro - PTB; RobertoRollemberg - PMDB; Ruy Côdo - PMDB; Salles Lei­te - PDS; Salvador Julianelli - PDS; Samir Achôa ­PMDB; Theodoro Mendes - PMDB; Tidei de Lima­PMDB; Ulysses Guimarães - PMDB.

Goiás

Aldo Arantes - PMDB; Brasílio Caiado - PDS;Fernando Cunha - PMDB; Genésio de Barros ­PMDB; Ibsem de Castro - PDS; Iram Saraiva ­PMDB; lrapuan Costa Júnior - PMDB; Iturival Nasci­mento - PMDB; Jaime Câmara - PDS; João Divino- PMDB; Joaquim Roriz - PMDB; Juarez Bernardes- PMDB; Paulo Borges - PMDB; Siqueira Campos-PDS; Tobias Alves - PMDB; Wolney Siqueira - PDS.

Mato Grosso

Bento Porto - PDS; Cristino Cortes - PDS; Dantede Oliveira - PMDB; Gilson de Barros - PMDB; Jo­nas Pinheiro da Silva - PDS; Maçao Tadano - PDS;Márcio Lacerda - PMDB; Milton Figueiredo ­PMDB.

Mato Grosso do Sul

Albino Coimbra - PDS; Harry Amorim - PMDB;Levy Dias - PDS; Plínio Martins - PMDB; Ruben Fi­gueiró - PMDB; Saulo Queiroz - PDS; Sérgio Cruz­PMDB; Ubaldo Barém - PDS.

Paraná

Alceni Guerra - PDS; Alencar Furtado - PMDB;Amadeu Geara - PMDB; Anselmo Peraro - PMDB;Antônio Mazurek - PDS; Antônio Ueno - PDS; Arol­do Moletta - PMDB; Borges da Silveira - PMDB;­Celso Sabóia - PMDB; Dilson Fanchin - PMDB; Eu­clides Scalco - PMDB; Fabiano Braga Cortes - PDS;Hélio Duque - PMDB; ltalo Conti - PDS; José CarlosMartinez - PDS; José Tavares - PMDB; Luiz AntônioFayet - PDS; Matos Leão - PMDB; Norton Macedo- PDS; Olivir Gabardo - PMDB; Oscar Alves - PDS;Otávio Cesário - PDS; Paulo Marques - PMDB; Pe­dro Sampaio - PMDB; Reinhold Stephanes - PDS;Renato Bernardi - PMDB; Renato Johnson - PDS;Santinho Furtado - PMDB; Santos Fi1)lO - PDS; Se­bastião Rodrigues Júnior - PMDB; Valmor Giavarina- PMDB.

Santa Catarina

Adhemar Ghisi - PDS; Cacildo Maldaner - PMDB;Dirceu Carneiro - PMDB; Epitácio Bittencourt ­PDS; Evaldo Amaral - PDS; Fernando Bastos - PDS;Ivo Vanderlinde - PMDB; João Paganella - PDS;Luiz Henrique - PMDB; Nelson Morro - PDS; Nel­son Wedekin - PMDB; Odilon Salmoria - PMDB;Paulo Melro - PDS; Pedro Colin - PDS; Renato Via­na - PMDB; Walmor de Luca - PMDB.

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Rio Grande do Sul

Aldo Pinto - PDT; Augusto Trein - PDS; Balthazarde Bem e Canto - PDS; Darcy Pozza - PDS; EmídioPerondi - PDS; FlQriceno Paixão - PDT; GuidoMoesch - PDS; Hermes Zaneti - PMDB; Hugo Mar­dini - PDS; Ibsen Pinheiro - PMDB; Irajá Rodrigues- PMDB; Irineu Colato - PDS; João Gilberto ­PMDB; Jorge Ueqüed - PMDB; José Fogaça ­PMDB; Júlio Costamilan - PMDB; Lélio Souza ­PMDB; Matheus Schimidt - PDT; Nelson Marchezan- PDS; Nilton Alves - PDT; Oly Facchin - PDS; Os­valdo Nascimento - PDT; Paulo Mincarone - PMDB;Pedro Germano - PDS; Pratini de Morais - PDS;Rosa Flores - PMDB; Rubens Ardenghi - PDS; Sieg­fried Heuser - PMDB; Sinval GuazzeUi - PMDB; Vic­tor Faccione - PDS.

Amapá

Antônio Pontes - PDS; Clarck Platon - PDS; Geo­vani Borges - PDS; Paulo Guerra - PDS.

Roraima

Alcides Lima - PDS; João Batista Fagundes - PDS;Júlio Martins - PDS; Mozarildo Cavalcanti - PDS.

O SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - A lista de pre­sença acusa o comparecimento de 184 Senhores Deputa­dos.

Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão

anterior.

11 - O SR. NOSSER ALMEIDA, Servindo como 29Secretário, procede à leitura da ata da sessão anteceden­te, a qual é, sem observações, assinada.

O SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Passa-se à leitu­ra do expediente.

O SR. AMAURY MÜLLER, 49 Secretário, servindocomo 19 Secretário procede à leitura do seguinte.

IH - EXPEDIENTE

OFICIOS

Do Sr. Líder do PMDB, nos seguintes termos:Brasília, 3 de agosto de 1983

Oficio n9 211 /83A Sua Excelência o Senhor Deputado Fl4vio MarcílioDigníssimo Presidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente:Tenho a honra de comunicar a Vossa Excelência que o

Deputado Manoel Costa Jr. passa a integrar, na qualida­de de suplente, a Comissão de Relações Exteriores, emvaga existente.

Aproveito a oportunidade para renovar a Vossa Exce­lência protestos de estima e consideração. - FreitasNobre.

Do Sr. Líder do PMDB, nos seguintes termos:Brasília, 3 de agosto de 1983

Oficio n9 212/83A Sua Excelência o Senhor Deputado Flávio MarcílioDigníssimo Presidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente:Tenho a honra de comunicar a Vossa Excelência que

os Deputados Roberto Rollemberg e Ciro Nogueira pas­sam a integrar, na qualidade de suplentes, a Comissão deEsporte e Turismo, em vagas existentes.

Aproveito a oportunidade para renovar a Vossa Exce­lência protestos de estima e consideração. - FreitasNobre.

Sábado 6 6797

O SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Está finda a lei­tura do expediente.

IV Passa-se ao Pequeno Expediente.Tem a palavra o Sr. Dante de Oliveira.

O SR. DANTE DE OLIVEIRA (PMDB - MT. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, passo a ler docu­mento do 11 Encontro de Vereadores do Estado de MatoGrosso, institulado "Carta de princípios", com o seguin­te teor:

"11 ENCONTRO DE VEREADORES DO ES­TADO DE MATO GROSSO

CUIABÁ 14 a 16 de julho de 1983CARTA DE PRINCIPIOS

OS Vereadores mato-grossenses reunidos emCuiabá, em Assembléia Geral da União dos Verea­dores do Estado de Mato Grosso (UVEMAT) pordecisão plenária expedem o presente DocumentoOficial ressaltando:

19) A luta constante dos Srs. Vereadores pela Re­forma Tributária como fórmula imediata da auto­nomia municipal.

29) O prestigiamento do Legislativo Municipal daelaboração da própria Lei de Organização Munici­pal ( Lei Orgânica Municipal.)

39) Assistência ao Vereador através da sua Cartei­ra Previdênciaria (velha aspiração dos Vereadoresmato-grossenses, iniciada pelos Vereadores RobertoFrança e Maria Nazareth.

49) Apoio incondicional ao homem do campo lu­tando por melhores condições de vida e trabalho.

59) Luta dos Vereadores para que suas iniciativassejam atendidas pelos Órgãos Públicos Municipais,Estaduais e Federais, fortalecendo o Poder Legisla­tivo Municipal.

69) Luta para que seja restabelecida a plenitudedemocrática com eleições livres e diretas para Presi­dente da República, Prefeitos das Capitais, Estân­cias Hidrominerais e Áreas de Segurança Nacional.

79) Fortalecimento da UVEMAT, a legítima re­presentante dos interesses dos Vereadores mato­grossenses

89) A urgente necessidade de se adotarem medi­das, que visem encontrar soluções para a grave criseeconômica por que passa o País;

Isto posto.O 11 Encontro vem propugnar por uma luta pela

valorização do Vereador que é o alicerce da grandepirâmide sócio-econômica do País.

E neste momento histórico em que vários dos Srs.Vereadores se deslocarem até Cuiabá para partici­parem da Assembléia Geral da UVEMAT há de sefortalecer as Lideranças Políticas Municipais comampliação das prerrogativas constitucionais, ressal­tando a imunidade parlamentar, dando-se-Ihes o ne­cessário respaldo para o fiel desempenho de tãonobre missão.

Cuiabá, 16 de julho de 1983. - Barbosa Caramo­m, Presidente".

Sr. Presidente, realço o item 6 do documento que aca­bo de ler, em que todos eles, inclusive os membros dopartido do Governo, se comprometem a lutar pelo resta­belecimento da democracia, com eleições diretas paraPresidente da República, Prefeitos das Capitais, das es­tâncias hidrominerais e áreas de segurança nacional.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, outro assunto. Ê la­mentável ver nesta Casa o boicote que o Líder do Gover­no Nélson Marchezan vem fazendo contra os Vereado­res deste País ao engavetar o Projeto n9 143-A, do Sena­do Federal, que visa a aumentar os salários de todos osVereadores brasileiros, e de primeira necessidade paratodos eles. Ao andarmos pelos diversos Municípios do

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6798 Sábado 6

Estado de Mato Grosso, neste recesso, fomos cobradosem todos eles pelo nosso engajamento na luta pela apro­vação deste projeto.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, é lamentável ver maisuma vez que o Sr. Nelson Marchezan já deixou até mes­mo de ser Líder do partido do Governo, para assumir di­retamente a liderança do Fundo Monetário Internacio­nal, já que, anteontem, após sair de uma audiência com oGeneral encarregado do Serviço Nacional de Infor­mações, disse ele que a aprovação do Decreto n9 2.045era uma exigência do Fundo Monetário Internacional eteria de ser aprovado de qualquer maneira.

Isso demonstra muito bem a subserviência com quecertos Parlamentares usam do seu mandato. Infelizmen­te, nas horas difíceis da campanha eleitoral, eles sabemperfeitamente correr os seus Estados, pedir aos Vereado­res para que os ajudem na sua desesperada cata de votospara vir aqui. não a defender os interesses do povo brasi­leiro, até mesmo dos Vereadores, mas, infelizmente, paradefender os interesses de multinacionais e do Fundo Mo­netário Internacional, que hoje ordena e comanda verda­deiramente e de fato este País.

Portanto, Sr. Presidente, pedimos a todos os Deputa­dos, a esta Casa e principalmente aos Líderes do Gover­no, ao Líder do FMI, que se lembrem ao menos um se­gundo sequer dos Vereadores deste País.

o SR. NOSSER ALMEIDA (PDS - AC. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, ocrédito, como componente fundamental de qualquerprojeto de desenvolvimento, deve ser acessível nas suasmúltiplas finalidades, e estar próximo da área de deman­da.

Por compreender isso e tendo em conta que ao sistemafinanceiro privado não interessa investir no financiamen­to de atividade produtiva localizada em pontos longin­quos do País, que não asseguram rápido e lucrativo re­torno do capital, o Banco do Brasil vem executando ex­tenso programa de ampliação de sua rede de agências.

Essa aplaudida iniciativa objetiva sobretudo a interio­rização das linhas de crédito mantidas pelo Banco, queassim oferece contribuição relevante para a implemen­tação das atividades industriais, comerciais e agrícolasde cada região.

A agência do Banco do Brasil garante crédito oficialadequado e oportuno, respaldando os negócios que vi­sam à dinamização da economia regional - como umbraço avançado que sustenta o processo de desenvolvi­mento das áreas mais distantes e empobrecidas.

A cidade de Tarauacá, que é um dos mais significati­vos pólos sócio-econômicos do meu Estado, inclui-se,por isso mesmo, entre as comunidades contempladaspelo plano de expansão do Banco do Brasil.

Tal decisão atendeu procedente pleito da classe produ­tora local, sem desconsiderar os vários aspectos concer­nentes à viabilidade. oportunidade e objetividade danova dependência, tida, afinal, como imprescindívelpara o real aproveitamento das potencialidades da re­gião e para a sólida efetivação do seu crescimento econô­mico.

Deferiu-se, portanto, apoio financeiro indispensávelao desenvolvimento da economia municipal, e das áreasadjacentes, guardada perfeita consonância com as priori­dades recomendadas no programa de expansão da redede agências.

Contudo, concluída satisfatoriamente a etapa de estu­dos e aprovação da carta patente pelo Banco Central, acidade ainda não foi beneficiada com a instalação daAgência, que permanece precariamente substituída porum Posto Avançado, sem mínimo poder decisório e por­te organizacional correspondente às pretensões do Mu­nicípio.

Daí a insistência das autoridades, das lideranças em­presariais e do povo em geral, no sentido de que a alta di-

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

reção do Branco do Brasil concretize a instalação daAgência - benefício básico para a continuidade do pro­grcsso da cidade, e para a regíão integrada por MuniCÍ­pios carentes de expressiva assistência creditícia.

A minha intervenção tem a finalidade de consignarapelo ao Presidente Oswaldo Colin - notabilizado emtodo o País pela firme defesa dos interesses do Banco epela exata compreensão de sua importáncia como fatorde crescimento da economia brasileira - no scntido deque determine a pronta instalação da Agência de Ta­rauacá, dessa forma contribuindo para o progresso da ci­dade, para a riqueza do Estado e para a recuperação daeconomia nacional.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

O SR. GENEBALDO CORREIA (PMDB - BA.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos, quero, inicialmente, associar-me ao pronunciamen­to aqui feito pelo nobre Deputado Dante de Oliveira, fi­xando a responsabilidade da Liderança do Governo nes­ta Casa pela não aprovação do projeto de lei que aumen­ta o limite de despesa orçamentária dos Municípios pararemuneração dos seus Vereadores.

Não posso, entretanto, deixar de estender tambémesta responsabilidade à Mesa da Casa, porque, por di­versas vezes, companheiros nossos fizeram, desta tribu­na, reclamações no sentido de que este projeto volte a serincluído na pauta de discussão dos trabalhos.

A seguir, Sr. Presidente, registro o meu contentamentopelo fato de que a tese da moratória, que antes era enten­dida como um palavrão quando anunciada como so­lução viável por parte do PMDB, hoje já conta com oapoio de determinados setores do próprio Partido doGoverno. E lamento ter ouvido, ontem, do Sr. Ministroda Fazenda, uma resposta que considero agressiva, oupelo menos decortês, em relaçào ao Senador Murilo Ba­daró, que defendeu referida tese ou a necessidade de queela seja defendida por parte do Partido do Governo. Dis­se o Sr. Ministro da Fazenda que o Senador, ao sustentara tese da moratória, está fora da realidade, porque S. Ex~não sabe o que o Ministério e o Governo estão fazendono campo financeiro.

Realmente, Sr. Presidente, creio que o Senador MuriloBadaró não saiba o que o Ministro da Fazenda está le­vando a efeito, porque a Nação brasileira não sabe o queos Ministros da área econômica estão fazendo ou fize­ram. Há poucos dias a Nação assistiu, estarrecida, àsviagens secretas do Ministro Delfim Netto ao exterior,para tratar de assuntos da maior importância para oPaís; e ele as fez de forma sigilosa, escondido da Naçào,escondido deste Parlamento. Então, é natural que o Se­nador Murilo Badaró não tenha conhecimento do que seestá fazendo. A Nação conhece apenas os efeitos negati­vos da ação desses Ministros e deste Governo, que se re­fletem nas dificuldades da vida do povo brasileiro, que seagravam a cada instante. É na mesma do povo que se fazsentir o reflexo dessas medidas. O povo toma conheci­mento não das causas das medidas, mas das conseqüên­cias dessas mesmas medidas. Quero congratular-me como Presidente do meu Partido, o Deputado Ulysses Gui­marães, que, ao reassumir o seu posto, deu conta de queaquela Presidência, dentro de poucos dias, apresentará àNação, formalmente, uma proposta para a saída da criseeconômica que o País está vivendo. Este documento, quedeverá merecer o pronunciamento dos mecanismos dedeliberação do nosso partido, visará a interpretar os in­teresses nacionais e a apontar uma saída para a crise queatinge tão violentamente o povo brasileiro. (Palmas.)

O SR. IVO VANDERLINDE (PMDB - SC. Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos, li no Jornal Correio Agropecuário nY 470, de 25 dejulho a 7 de agosto de 1983, Opinião de Huáscar Terrado Valle, sob o títulQ, "O Maior Inimigo do ProdutorRural".

Agosto de 1983

Qual é o maior inimigo do produtor rural brasileiro?A largata? Os fungos? A Seca? As enchentes? Nada disto.O maior inimigo do produtor rural brasileiro é o gover­no. Incrível! Assombroso! Não dá para entender, mas éa triste verdade! Há algum tempo promoveram um semi·nário internacional de crédito rural, creio que com o ob­jetivo velhaco de apoiar a retirada dos derradeiros subsí­dios aos produtores rurais. Entretanto, o resultado saiu'pela culatra. O tal seminário provou, além de qualquerdúvida, que, enquanto todos os países apóiam e subsi­diam a agropecuária, só no Brasil ela é perseguida, con­fiscada, boicotada, vilipendiada, sacrificada, explorada,humilhada, espoliada.

Vale a pena comparar o que acontece no Brasil e naAustrália, um dos grandes exportadores mundiais de ali­mentos, apesar de secas, enchentes e pragas muito maisdanosas que no Brasil. Os dados seguintes são do Bole­tim do Banco do Brasil de outubro de 1982, com a apre­sentação do Ministro Galvêas (insuspeito, pois faz partedo grupo que está liquidando com nossa agropecuária).No Brasil, depois que lançaram :,l. "prioridade", os finan­ciamentos a prazo médio e longo foram cancelados e sórestaram os financiamentos a prazo curtos, a juros estra­tosféricos, inteiramente incompatíveis com a baixa ren­tabilidade e alto risco da atividade agrícola. Na Aus­trália, onde, ao contrário do Brasil, o governo é amigodo produtor rural, os fazendeíros contam com financia­mentos de 8 a 30 anos de prazo, com períodos de carên­cia de 8 a 10 anos. Só isto chega para provar que nossoGoverno é nosso maior inimigo. Mas há mais. Os produ~tores australianos têm tranqüilidade para planejar suaatividade e para produzir, pois. o governo instituiu meca­nismos para garantir a sustentação dos preços. Entre es­tas medidas está a drástica restrição à importação deprodutos concorrentes.

No Brasil, como sempre, é o contrário. Nossos diri­gentes agem como se fossem elementos infiltrados de ou­tras nações, que desejam a ruina do Pais. Neste sentido,quando é estoques a preços abaixo do custo, e faz o

."dumping" no mercado, para aviltar os preços e arrui­nar os produtores rurais. Para aniquilar os pecuaristas,importa carne do Uruguai. Para desencorajar os produ­tores de maçã e do alho, autoriza importações na horada safra. Isto não é apenas incompetênci~, e sim a dispo­sição indiscutível de prejudicar-nos, provando, pela ené­sima vez, que temos inimigos em postos-chave do poder,que desejam destruir-nos, ao contrário da Austrália,onde o governo é patriota e tudo faz para defender osprodutores rurais. Não é à toa que Tião Maia saiu doBrasil e naturalizou-se australiano. Ele sabia o que fazia,e podia fazê-lo. Milhões de outros o seguiriam, inclusiveeu, se pudesse.

Alêm disto, na Austrália existe o planejamento agríco­la, coisa impossível de existir no Brasil, pois nossas deci­sões econômicas, tomadas para atender aos interesses deoutros países, são casuísticas e alienadas dos interessesnacionais. Ao contrário do Brasil, na Austrália os pro­dutores rurais contam com, "um clima econômico des­provido de incerteza, remuneração justa e perspectivaspromissoras para sua atividade". No Brasil, o clima eco­nômico, graças aos tais Ministros da área econômica, éde pânico e desesperança. Quanto à remuneração, é cadavez mais injusta, pois é fruto da Política Federal detransferência de renda dos campos para as cidades, ouseja, para multinacionais, os bancos e as estatais.

No Brasil, os tecnocratas do Planalto dizem que preci­samos exportar, ao mesmo tempo que desestimulam asatividades produtivas e incentivam as atividades especu­lativas, como as bancárias, por exemplo. Exportar o quê,deste jeito? Na Austrália, ao contrário, a ênfase é na pro­dução de divisas, mesmo em detrimento do mercado in­terno e, para tanto, estimulam a produção de mercado­rias, em vez de sabotá-Ias, como no Brasil. Existem aindana Austrália, imensas vantagens tributárias para o setorrural, além de mecanismos inteligentes para compensar a

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Agosto de 1983

frustração de safras e para uniformizar a renda dos pro­dutores rurais. Aqui, ao contrário, as maiores calamida­des, que são as enchentes, são provocadas deliberada­mente pelas hidrelétricas estatais, que enchem as repre­sas até a boca, para não perderem um só quilowatt, e de­pois as descarregam estupidamente nos momentos maiscríticos das chuvas. Chegamos, portanto, a conclusãoóbvia: o Brasil, como país, é viável, porém não com estagente que está aí.

o SR. RUBEN FIGUEIRÚ (PMDB - MS. Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos temos percebido que as ações do Governo, na áreaeconômica, não mais expressam um comportamentouniforme e assentado em planos concretos e sérios. An­tes, as medidas são adotadas ao talante dos ventos quesopram de organismos internacionais, hoje inseridos namassa de decisões, influindo ao modo de seus interesses,causando prejuízos ao País e subordinando nossas auto­ridades e povo aos caprichos de seus lucros demasiada­mente pesadospara todos nós.

Este sentimento de sujeição a que todos estamos sendosubmetidos, que ofende a soberania nacional e O respeitopróprio da Nação, pode ser início de forte síndrome, queabata a moral do povo, pois que as resistências do ho­mem comum, e em comum de todos os segmentos da so­ciedade, estão sendo corroídas por um sistema econômi­co realmente comprometedor, que não interessa ao Bra­sil e que esvazia o Governo perante a opinião pública in­terna.

Registra a imprensa a presença, entre nós, de maisuma delegação do Fundo Monetário Internacional. Eem reuniões com técnicos e economistas do Ministério

\da Fazenda, aqueles representantes estão influindo naelaboração dos diversos orçamentos que o País terá queadotar para o ano de 1984. Assim, subordina-se o PoderExecutivo ao FMI. E quando remeter a proposta orça­mentária ao Congresso Nacional, igualmente, por via in­direta, o Poder Legislativo estará sofrendo a mesma su­bordinação, já subordinado, em razão de preceitos cons­titucionais, aos ditames do Executivo em matéria de eco­nomia, mesmo no instante de legislar.

A grande diferença entre um e outro dos Poderes cons­tituídos, no momento, está na representação popular deque dispõe o Congresso Nacional e o Poder Legislativo,e de que não dispõe o Poder Executivo. Assim, a sensibi­lidade do legislador e membro do Parlamento é bemmaior para a percepção e recusa desta estranha sujeição,a que passivamente se submete o Poder Executivo, capazde ser autoritário no campo interno, e incapaz de impor­se diante dos organismos internacionais que dominamnossa economia.

E para não submeter-se ao Fundo Monetário Interna­cional, arrastando atrás de si a sujeição de todo o povo,cumpre ao Congresso Nacional deixar toda a responsa­bilidade do texto da lei orçamentária do próximo exercl­cio por conta do Poder Executivo, aplicando o dispostono artigo 66 da Constituição através da negativa de dis­cutir e votar uma proposta tirada da gaveta do FMI.

E se a tanto não quiserem chegar os Sr. Deputados eSenadores, devem os mesmos, na qualidade de legítimosrepresentantes do povo, assumir o encargo de mudar, omais rapidamente possível, o texto constitucional que osimpede de propor modificações ao Projeto de Lei Orça­mentária, oriundo do Poder Executivo. E, neste caso, osSenadores e Deputados assumiriam os riscos de umanova política econômica, em consonância com os recla­mos da Nação, e em defesa dos mais legítimos interessesnacionais.

É a proposta que faço aos membros do Congresso Na­cional. advertindo-nos, a todos nós, contra a conivênciaa que poderemos ser conduzidos, se votarmos a LeiOrçamentária produzida pelo FMl e encaminhada aoCongresso pelo Sr. Presidente da República.

Era o que tinha a dizer.

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

o SR. EVANDRO AYRES DE MOURA (PDS­CE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, nesse reinício de legislatura esta Casatem ouvido, em quase sua unanimidade, pronunciamen­tos sobre as secas ou sobre as enchentes, catástrofes queafligem hoje os Estados do Nordeste e do Centro-Sul.

As enchentes deixam seus prejuízos materiais imensos,inclusive nos parques industriais que foram cobertos pe­las águas, em Santa Catarina. Mas, baixadas as águas, areconstrução é imediata. A seca, ao contrário, vem redu­zindo a capacidade de resistência física de suas popu­lações, com sua marca nas gerações futuras, pelo defi­nhamento de sua raça, tão bem descrita pelo genial Eu­clides da Cunha, em. "Os Sertões".

Ninguém pode ter uma noção ou idéia do que seja osofrimento daquela gente. Mais de 10 milhões de pessoasestão no estado crítico de miséria e fome crônica. O Go­verno Federal está gastando Cr$ 1bilhão por dia, no so­corro à população, com 1.500,000 de nordestinos, querepresentam 7.500.000 habitantes, dando-lhes umsalário-desemprego de I MVR, que nada representa,mas que sem o qual aquelas populações já teriam pereci­do.

E, a par dessas medidas, milhares de caminhões-pipasdestribuem água às cidades, povoados, vilas e proprieda­des, água muitas vezes levada de mais de 100 quilôme­tros, para saciar a sede de milhões de pessoas.

Infelizmente esses recursos, em uma época de dificul­dades como a que atravessamos, representam um esforçoenorme que poderia, em época normal, ser dirigido paraconstrução de obras de irrigação, açudes e até para oprojeto de transposição de águas do São Francisco, pre­parando a região para futuras estiagens. O que exigimosdo Governo, em nome desse povo e dessa miséria insus­tentável, é um tratamento prioritário para a região. Ago­ra mesmo vimos o IBDF mudar toda sua sistemáticapara o Nordeste. Quando somente o Sul fazia refloresta­mento, adiantava o Instituto 50% do valor do respectivo,projeto, pagando os outros 50%, quando executado ametade do mesmo. Hoje, exige que sejam realizados100% do projeto, para pagar 50% e os outros 50% somen­te serão pagos 6 meses depois, significando que esse rece­bimento, corroído pela inflação, nada mais representa. Êum plano preconcebido para retirar o Nordeste do Pro­grama, quando, depois de 5 secas, esse mesmo programadeveria ser todo voltado para o reflorestamento da re­gião.

E o pior, contrariando as leis que regem o contrato fir­mado, vem agora estabelecer que os projetos não im­plantados terão seu valor executado com valor corrigido,sem fazer a ressalva dos que trabalharam, que emprega­ram seu capital, que, em vistorias do rBDF, puderamcomprovar haverem os serviços sido realizados e por fa­tores estranhos, como as secas, a implantação do Projetofoi frustrada. Onde o risco dos capitais empregados? Se­rá que aquele que deu o capital, terra e trabalho possa vira ser obrigado a acrescer ao seu prejuízo o capital doparceiro, que assim terá uma aplicação sem risco, in­venção nova em negócios, recebendo devolução com ju­ros e correção monetária?

O Governo Federal - e tenho a satisfação de ter sidoo iniciador do movimento, inclusive mediante projetoapresentado - autorizou a composição da dívida dosagropecuaristas da região assolada pela seca. E, ali nin­guém mais atingido pelas estiagens do que os rebanhos,pela escassez das pastagens e a inexistência de torta, pelaqueda das safras de algodão. Fez o Banco do Brasilvários empréstimos para retenção de matrizes, com re­passe da SEAP - Secretaria Especial de Abastecimentoe Preços. Os contratos estão-se vencendo e os gerentesexigindo o pagamento com juros e correção plena, por­que a SEAP, desconhecendo que o Conselho MonetárioNacional é um órgão do Governo e que suas decisões,por delegação da Lei nQ 4.595/64, têm força de lei, infor­ma que seus repasses não estão incluídos. ignorando que

Sábado 6 6799

o destino ou finalidade da aplicação, e não a origem dosrecursos, é que determina o enquadramento.

E a exigência vem trazer a liquidação do rebanho. fique animais financiados a Cr$ 100 mil hoje não valemCr$ 30 mil, não há comprador, pois ninguém tem pastoou condições para salvar os rebanhos. Apelo assim paraDr. Kleber Leite e para o Sr. Ministro Delfim Netto,para que explicitamente indiquem que aqueles financia­mentos estão amparados pela Res. nQ 829 e Cir. nQ 789,como recentemente o Banco Central já decidiu relativa­mente à avicultura, nos EGFs feitos com repasse daCFP.

Exemplos desse gênero poderia citá-los para mostradas discriminação e má vontade da tecnocracia contratudo o que se faz procurando ajudar o Nordeste.

Vamos ver o que sairá dessa viagem do Presidente Au­reliano Chaves. Não queremos medidas paliativas, e exi­gimos sim, em nome da dignidade da Pátria, que nova fi­losofia seja adotada, programando-se, em anos de secase de inverno a construção de obras públicas e particula­res, capazes de em 10, 20 ou 50 anos, mudar Q. "facies"do semi-árido.

O SR. HERÁCLITO FORTES (PMDB - PI. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, aimprensa brasileira noticia hoje a liberação, através doPresidente em exercício Aureliano Chaves, de recursospara o Nordeste.

Fazemos daqui um apelo ao Sr. Ministro do Interiorpara que, através do DNOCS, mande contruir, no Mu­nicípio de Barras, Estado do Piauí, o açude de Miranda,que amenizará o sofrimento dos habitantes daquele e devários outros Municípios vizinhos. Esta reivindicação jáse encontra no DNOCS, dependendo apenas da elabo­ração do Projeto. O estudo da viabilidade já foi realizadoe está apenas aguardando a execução do projeto e a suaposterior construção.

Queremos aqui, pois, fazer um apelo a S. Ex' o Sr. Mi­nistro do Interior e ao Diretor-Geral do DNOCS paraque atendam à população do Município de Barras, nomeu Estado.

O SR. JOÃO GILBERTO (PMDB - RS. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, aretirada dos subsídios à agricultura poderia ser uma me­dida técnica e economicamente indicada. Porém, o Go­verno brasileiro a praticou num momento particulamen­te errado e de uma forma que causará graves conseqüên­cias para todos.

Várias culturas tornar-se-ão inviáveis. A agriculturabrasileira foi condicionada durante décadas a dependên­cia dos financiamentos. Não veio a medida liberadorados subsídios apoiada em outras, como controle dos in­sumos, que nos últimos anos apresentaram elevação depreços absurdamente superiores ao aumento dos preçosmínimos dos produtos agropecuários.

A retirada dos subsídios acontece num momento dejuros inacessíveis. Para a atividade agropecuária, soma­dos os juros, os oitenta por cento da correção monetáriae as capitalizações dos juros semetrais no Banco do Bra­sil e às vezes até mensais em alguns bancos particulares,teremos juros finais em um ano que estarão acima dos120 por cento e, em alguns casos, até 150 por cento.

Em viagem pela região agropecuária do Rio Grandedo Sul recentemente, em contato com cooperativas decrédito e de produção e com agricultores,impressionaram-me os cálculos que ouvi e que acompa­nhei. Um dado bem real e que diz tudo: de cada um mi­lhão de cruzeiros gastos para formar uma lavoura de ar­roz irrigado no Rio Grande do Sul, seiscentos mil serãode custos financeiros e quatrocentos mil de gastos reaiscom o plantio, desenvolvimento e colheita.

Na outra ponta do processo econômico. o consumidorserá dramaticamente atingido pelas conseqüéncias destedesajuste total da política governamental para com aagropecuária.

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6800 Sábado 6

Impõe-se um amplo reestudo da política econômicaque os governantes escolheram para o País.

O principal é que os setores da Sociedade sejam ouvi­dos, sejam consultados, participem das decisões que vãoatingi-los.

Neste País cortam-se salários por decreto-lei, o que ébem representativo do isolamento do Governo e da ma­neira como a Sociedade Nacional é marginalizada doprocesso de decisões.

Também as medidas para a produção primária sãoadotadas sem nenhum diálogo, sem nenhuma discussão,e sacrifícios impõem-se sem compensações e sem consul­tas aos homens que produzem.

o SR. OSVALDO NASCIMENTO (PDT - RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,ocupamos hoje este espaço do Pequeno Expediente bus­cando justiça, em primeiro lugar, para o funcionário des­ta Casa.

De passagem, diga-se aos nobres Srs. Deputados que anossa preocupação tem sido basicamente em cima doachatamento salarial e da exploração do homem pelohomem. E dever-se-ia começar essa grande luta, essagrande campanha de movimento justicialista, isto é, deum tratamento equânime, igualitária nesta Casa,levando-se justiça ao seu funcionalismo, que, afinal, sus­tenta este Poder. Lamentavelmente, a disparidade é mui­to grande quando se confronta o salário do funcionárioda Câmara Federal com o Senado, Sr. Presidente, poisenquanto um motorista do Senado ganha 576 mil e 925cruzeiros, um funcionário desta Casa, enquadrado nomesmo cargo, com idênticas atribuições, ganha apenas120 mil 740 cruzeiros.

Portanto, há discrepância, tratamento desigual entreas duas Casas que servem à classe política, e não po­deríamos silenciar diante de tamanha anomalia. Recor­remos, pois, ao espírito de justiça de V. Ex' para que en­caminhe à Mesa projeto de resolução conferindo justaremuneração ao funcionário desta Casa, que já nãoagüenta mais o arrocho salarial e que vem sendo pressio­nado pelo alto custo de vida e pelos decretos que a cadadia mais empobrecem o trabalhador brasileiro.

O SR. OSVALDP MELO (PDS - PA. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, leio, para que cons­te dos Anais, telegrama que enviei à Sr' Ministra da Edu­cação sobre a merenda escolar, assim como a justificati­va desse telegrama:

"Destinatário: Ministra Esther FerrazEndereço: Ministério Educação - Esplanada

MinistériosData: 6-8-83

Momento recebo informações tentativas repassartotalmente recursos Programa Merenda Escolarpara gerência exclusiva das Secretarias Estado Edu­caçã~ et Municipais quero manifestar profundaapreensão diante tal idéia que possibilitaria vg seexecutada não escrupulosamente vg mutilar orien­tação et operacionalização programa que vem sen­do cumpridos eficazmente pelo Governo Federalcom complementação unidades Federadas pt Totalrepasse dos encargos merenda a estados et munici­pais irah fatalmente fragmentar unidade programaet comprometer perigosamente em muitos casos ospróprios objetivos vg permitindo ateh uso parti­dário et eleitoreiro esquema originalmente voltadosem distinções para população escolar carente pt

Acrescente se a isto esfacelamento total de enor­me et dedicada equipe trabalho que aa nivel nacio­nal vem garantindo execução continua et eficaz pro­grama pt

Creio vg Senhora Ministra vg que tal medida vgainda no nascedouro vg deve ser objetivo grande re­flexão para que no futuro não tenhamos que nos pe-

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

nitenciar pela adoção de uma descentralização ino­portuna et prejudicial pt Cordiais Saudações. - De­putado Osvaldo Melo, PDS - Parah"

"PROGRAMA NACIONAL DE ALIMEN­TAÇÃO ESCOLAR-PNAE

Instituído em 31 de março de 1955, pelo Decreton9 37.106 do então Presidente João Café Filho, óPrograma de Merenda Escolar, hoje Programa Na­cional de Alimentação Escolar - PNAE, cresceumuito acima das expectativas, tornando-se um dosmaiores Programas sociais do mundo e o mais co­nhecido e respeitado Programa Social do Brasil.

Atinge todos os Estados e Territórios do País e,praticamente, quase todos os municípios. Atendemais de 130JJOO escolas, beneficiando, diariamente,mais de 17,5 milhões de crianças matriculadas emescolas de 19 grau e pré-escolares, na faixa de 4 a 14anos.

O Presidente CastelIo Branco, em mensagem da­tada de 20-5-64 ao Congresso Nacional, propoz queo Programa fosse considerado de interesse militar, oque já era fato por aprovação unânime dos parla­mentares. O Presidente Juscelino Kubitschekjá lhehavia dado, inclusive, a autonomia administrativa,conforme Decreto n9 45.583 de 18-3-59. Em 1982, oPresidente João Figueiredo incluiu a Merenda Esco­lar no FINSOCIAL, com a segunda maior dotação,abaixo apenas do Programa da Casa Própria, obvia­mente, por custo específico.

O Ministro do Planejamento, Reis Veloso, escre­veu que: "na Merenda Escolar é um fato notável aforma como os Estados e Municípios se integramcom os esforços da União para executarem, descen­tralizadamente, este Programa de interesse comum,associando-se, ainda, de forma expontânea a Comu­nidade"..." justificando mesmo um estudo capaz depossibilitar a aplicação desta experiência vitoriosapara viabilizar outros Programas de interesse nacio­nal"...(documento na SEMORjSEPLAN -1978).

O Programa de Merenda Escolar teve no Paiscrescimento considerável, com a ajuda das NaçõesUnidas - UNICEF e do Governo Americano ­USAID, até que, por decisão do Presidente Médici,passou a ser custeado com recursos nacional.

Sempre foi constante a integração "União, Esta­do, Município e Comunidade" na realização con­junta do Programa e, desde 1959, sempre coube aomunicípio a ação totalmente descentralizada de suaexecução.

Nunca, até então, se registraram problemas quegerassem reclamações graves contra o Programa, nasua forma de execução, quer pela União, Estado,Município ou Comunidade envolvida. a PNAEsempre foi muito respeitado e bastante elogiado emtodos os Estados do Brasil, sem nunca se ter envol­vido em política partidária, fato este recomendadoexpressamente a partir da Presidência da República.

A partir de 1981, fatores gerenciais, mais de or­dem pessoal que administrativas, levaram à adoçãode medidas ditas descentralizantes, as quais, anali­sadas, mostram exatamente o oposto e que sistema­ticamente vêm prejudicando a viabilidade do Pro­grama.

O sistema de compra passou a ser repentinamen­te executado pela CaBAL, sem estrutura apropria­da, com grandes prejuízos técnicos e financeirospara o MEC, representando uma total centralizaçãode compras ao invés de descentralização.

Com a assinatura de Convênios para descentrali­zação da execução, entre o INAEjSecretarias deEducação dos Estados (janjjun - 1982), o Progra­ma caiu perigosámente na sua qualidade, provocan­do grande elevação de custo, perdas enormes de ali-

Agosto de 1983

mentos, ociosidade de pessoal, grande interferênciapolítica e acentuada queda de beneficiários atendi­dos.

Não houve uma só Unidade Federada em que seobservou melhora qualitativa no Programa. Não seapurou um único centavo de economia de custo.Não se reduziu sequer em 1 (um), o número de ser­vidores utilizados pelo Programa.

Somente arranjos de números podem ser mostra­dos para justificarem a "descentralização" que, emverdade apenas centralizou tudo.

Basta apurar os fatos junto às Diretoras de Esco­las, aos ex-Prefeitos e ex-Secretários de Educação.Vejam 1981, 1982 e 1983, que revelam a cada ano,uma situação pior que a do ano anterior e a customaior, mesmo deflacionado. Isto em qualquer Esta­do, Município ou no País como num todo, sem ex­ceção.

Agora, numa operação "Pilatos", se prepara ogolpe de misericórdia no Programa: sua total trans­ferência para os Estados, inclusive dos recursos fe­derais totais! "É entregar a arma para o bandido".

São mais de 40 bilhões de cruzeiros neste 29 se­mestre.

O que se pretente fazer:- Passar o recurso total ao Estado. (milhões ou

bilhões de cruzeiros por Unidade Federada).- Retirar totalmente a ação Federal, menos a fi­

nanciadora.- Recolher o pessoal, hoje atuando no Progra­

ma, para as suas origens, ou dispensá-los, simples­mente perdendo-se anos de especialização, dinheiroe tempo de treinamento.

- Cada Estado "deve esquecer que um dia hou­ve ação Federal no Programa e fazer o que bem en­tender e quiser. ..? É muito bom na teoria, mas de re­sultado bem duvidoso.

O que pode ocorrer:- Abalo moral em mais de 400.000 servidores

que há anos respeitam a disciplina adotada no Pro­grama, originando até mesmo o pânico funcional,prejudicando muito a execução.

- a Programa se transformará numa babeI deprogramas, impossível de se evitar dicotomias nasorientações técnico, administrativas e executivas, anível de Brasil.

- Autorização de atendimento a "excessões" daclientela impondo gastos adicionais e, basta um per­centual pequeno por Estado, para gerar despesas ex­tras de bilhões ao MEC ou FINSaCIAL ou Entida­de Federal financiadora.

- Introdução do critério político no atendimen­to, a partir das Unidades Federadas, chegando-seao cúmulo de usar o recurso federal para beneficiaráreas políticas contrárias ao próprio Governo Fede­ral.

- Descontentamento nas lideranças políticas deáreas opostas.

- Desvios de alimentos por absoluta impossibi­lidade de controle de "N" formas de programas.

- Comprometer, com a perda do seu bom con­ceito e má utilização de recursos, o próprio FINSa­CIAL como um todo.

- Prejuízos irrecuperáveis para as crianças esuas famílias, até há bem pouco tempo tranqüilascom o seu atendimento pela merenda escolar.

Todos estes itens já estão ocorrendo e tendem aagravar quantativamente até provocarem o clamorgeneralizado.

O que ainda pode ser feito para evitar o pior:- Voltar o processo à sua forma ideal de funcio­

namento, comprovada e aprovada anteriormentepor Estados e Municípios.

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Agosto de 1983

- Adotar processo seguro de preparação préviapara transferéncia de responsabilidade aos Estados,sem qualquer perigo identificável de retrocesso qua­litativo.

- Testar paulatinamente qualquer nova formade execução do Programa para não se perder a efi­cácia anterior.

- Lembrar que, mais do que se livrar de um tra­balho, não se pode prejudicar a criança brasileiraem uma de suas tão raras e benéficas conquistas.

- Não mudar o "time" ou a "técnica" que só es­tá ganhando.

Podemos ter certeza, e basta conferir, de que aMerenda Escolar conta como o apoio de mais de100 milhões de Brasileiros! E, certamente, com oapoio do Presidente da República, não devendocomprometer esta situação com a perda do seu exce­lente conceito junto à opinião pública de todas asáreas da Comunidade Brasileira, situação esta,construída ao longo de anos de muito trabalho ho­nesto e dedicado, o que impõe preservar.

Era o que tinha a dizer.

o SR. AGENOR MARIA (PMDB - RN. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, queroregistrar um apelo ao Ministro do Interior, Sr. MárioDavid Andreazza, com referência ao preço da quota defeijão liberada para os operários que trabalham nas fren­tes de emergência, no sentido de que essa quota seja ex­tensiva aos operários que trabalham nas fazendas. Ora,Sr. Presidente, os operários das frentes de emergência re­cebem essa quota de feijão à razão de 150 cruzeiros oquilo, enquanto que os operários das fazendas, que nãoparticipam das frentes de emergência, têm que disputar omesmo feijão na mercearia à razão de 500 a 600 cruzei­ros. Isso está criando problema sui generis: o homem queverdadeiramente trabalha no campo está abandonando aterra, para inscrever-se nas frentes de emergência, tendoem vista a diferença do preço do feijão.

É preciso que se entenda que, no Nordeste, necessita­mos de homens que trabalhem na terra. Não se concebeque o Governo Federal fixe essa cota de feijão, permitin­do tal paradoxo. Os operários que trabalham na roçanão têm direito à cota a preços subsidiados, enquantoque aqueles que estão nas frentes de emergência têm essedireito.

Com estas palavras, espero que o Governo compreen­da que não podemos criar dissidência entre os operáriosque trabalham nas fazendas e aqueles outros das frentesde emergência.

o SR. MANOEL GONÇALVES (PDS - CE. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Depu­tados, diante da atenção e da expectativa de toda aNação, deverá receber a devida consideração do Ple­nário desta Casa o Projeto de Lei Complementar n9 143­A, de 1980, originário do Senado Federal, que dá novaredação ao art. 79 da Lei Complementar n925, de 2 de ju­lho de 1975, estabelecendo critérios e limites para a fi­xação da remuneração de Vereadores.

A alteração proposta, que traduz a consciência dostempos atuais, institui que "a despesa com a remune­ração dos Vereadores não poderá, em cada Município,ultrapassar, anualmente, 5% da receita efetivamente rea­lizada no exercício imediatamente anterior", promoven­do, assim, em toda a sua plenitude, os objetivos de jus­tiça e eqüidade implícitos na legislação específica.

Destaco que o projeto após ter sido analisado, com di­ligência e sabedoria, pelas doutas Comissões de Consti­tuição e Justiça e de Finanças, foi aprovado por unani­midade.

Pautado por parâmetros de indiscutível coerência, oprojeto em tela, tendo em vista sua extraordinária di­mensão no universo político nacional, representa ele-

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

mento insubstituível de valorização do cargo de Verea­dor, e constitui instrumento, realista e moderado, desti­nado a abrir espaço real para correção do injusto critériovigente relativo ao estipêndio dos integrantes das Câma­ras municipais.

Com efeito, como já foi dito, prevalece no País, há cer­ca de duas décadas, uma esdrúxula discriminação sala­rial contra os Vereadores, circunstância que, alêm decontrariar os objetivos de justiça, que todos persegui­mos, peca pela sua inadequação à realidade nacional eaos declarados propósitos governamentais de fortaleci­mento das instituições municipais.

Não podemos esquecer, na análise da matéria. que osVereadores, com a experiência da política cotidianamen­te vivida junto às bases comunitárias, são, por excelên­

.cia, os fiéis intérpretes do pensamento, das aspirações edas necessidades da população municipal junto às de-mais esferas governamentais, a nível legislativo ou execu­tivo.

A política municipal, sem prejuízo de sua importânciana configuração do País, ê modelada, em seus traços es­senciais, pelo conhecimento da realidade local, consti­tuindo, destarte, os vereadores verdadeiros elos de li­gação entre o povo e os representantes das Câmaras Al­tas - Deputados Estaduais, Federais e Senadores -, as­sim como entre as comunidades e os demais setores go­vernamentais, quer do Estado, quer da União.

Existe, sem dúvida, nítida interação entre o comporta­mento dessa classe e a atividade geral no mundo político,sendo, pois, decisiva a atuação das Câmaras Municipaispara compor a fisionomia política do País.

Justo me parece recordar, a propósito, que sempre es­tiveram tais órgãos à altura das responsabilidades quelhes tocam na construção de processos políticos sólidos egenuínos, jamais foram indiferentes aos aspectos rele­vantes de suas atribuições e à própria tarefa de afir­mação da nacionalidade.

Creio mesmo que, na medida em que o pedil políticodo País revela coerência e consistência, maiores são osreflexos da vitalidade dessas corporações.

Por assim entender o assunto, sou dos que crêem, Sr.Presidente, ser nosso dever forjar e estimular o estabele­cimento de regras que abram espaço ao engrandecimen­to do Poder Legislativo Municipal, ampliem os horizon­tes de sua ação, promovam seus valores e legítimos inte­resses.

Na moldura desse pensamento, permito-me recordar,à guisa de ilustração, que o problema da remuneraçãodos Vereadores vem apresentando distorções gritantes,não obstante o Poder Público ter sempre reconhecido àclasse o direito de auferir rendimentos como retribuiçãoaos serviços prestados à comunidade.

Sem pretender analisar, em todos os seus atos e des­dobramentos, a questão da remuneração dos edis, men­ciono, por oportuno, que desde a Emenda Constitucio­nal n9 4, de 28 de fevereiro de 1975, originária de Mensa­gem submetida ao Congresso Nacional pelo então Presi­dente da República, General Ernesto Geisel, a matériavem experimentando uma evolução positiva.

Como já se disse, exerceu tal Mensagem um papel pre­ponderante na linha de procedimento com vistas a darao assunto uma solução justa e racional, servindo debase para outras iniciativas do gênero, tais como as LeisComplementares n9 25, de 2 de julho de 1975, e 38, de l3de novembro de 1979.

Para o cumprimento de mais uma significativa etapanesse processo de aprimoramento e reconhecimento dopapel do vereador no cenário político e administrativoda Nação, o Plenário desta Casa deverá agora apreciar oProjeto de Lei Complementar n9 l43-A, que visa a elevarde três para cinco por cento da receita efeticamente obti­da no exercício imediatamente inferior ao limite dos en­cargos municipais com a remuneração dos Vereadores.

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Vale ressaltar, como se sabe, que a Lei Complementarn9 38, que promoveu a vinculação dos estipêndios dosVereadores à remuneração total dos Deputados Esta­duais, não alcançou seus verdadeiros objetivos, postoque muitos Municípios dela não puderam beneficiar-se,"dado o limite percentual máximo que a lei vigente auto­riza".

O mencionado texto legal, por outro lado, ao estabele­cer que os Municípios só podem destinar até 3% de suareceita ao pagamento dos Vereadores, apresenta incon­venientes sempre que eventual aumento populacionaleleva o número desses representantes, e o montante dis­ponível a tal pagamento passa a ser divido por um maiornúmero de titulares.

Além de obviar as distorções apontadas, o projeto delei a que me refiro, evidenciando clara consciência políti­ca e social, virá em beneficio dos Vereadores das peque­nas comunas, que recebem remuneração "extremamenteaviltante" e incompatível com o papel que desempenhamjunto à coletividade.

Ressalte-se, finalmente, que o Vereador é o represen­tante popular mais exposto a todo tipo de necessidadepor que passa o povo e, nessas condições, está muitomais vulnerável a toda espécie de pedidos e favores, denatureza pessoal, por parte de seus eleitores, principal­mente em decorrência da extrema pobreza que enfren­tam os municípios brasileiros, notadamente os do Nor­deste, assolados com cinco anos de seca.

Nào se pode conceber, Sr. Presidente, um Vereadorauferir subsídios muitas vezes inferiores ao salário míni­mo da região a que pertence ou, numa verdadeira inver­são da hierarquia salarial, menores do que os vencimen­tos recebidos pelos funcionários da respectiva CâmaraMunicipal.

Estou convencido, pois, de que o Projeto de Lei n9

l43-A vem reparar uma penosa injustiça infligida aoprincipal representante popular, que é, a meu ver, o Ve­reador.

É relevante, ademais, ter presente a história e a tra­dição em que se embasa o projeto, para entender que omesmo satisfaz, de forma linear, aos dispositivos consti­tucionais pertinentes, e aos princípios gen:is do direito eda justiça social.

Ante o exposto, e na certeza de as imperfeições da sis­temática vigente se configuram uma síndrome de gravesprejuízos para a revitalização do Poder Legislativo Mu­nicipal, julgo de meu dever emprestar integral apoio àmatéria, interpretando-a como um instrumento de matu­ridade política, digno do País e à altura de nossas con­vicções democráticas e de justiça.

Eis por que. Sr. Presidente, concito os nobres Colegas,de todos os Partidos, a emprestarem seu integral e indis­pensável apoio à matéria, que atende aos legítimos an­seios e às comprovadas necessidades desse tão importan­te segmento dentro do processo político brasileiro.

Muito obrigado.

O SR. ANTÚNIO DIAS (PDS - MG. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, aexigência de concurso público para nomeação de servi­dores é prática de longa data que ultimamente não vemsendo observada pelos organismos públicos federais e es­taduais na estruturação de seus quadros de pessoal. Essefato redunda em conseqüências danosas, que envolvempossibilidades de crítica desde a lisura na admissão docandidato até a impossibilidade de investigar se, real­mente, aquela pessoa possui condições de preencher ocargo.

Enfrentamos grave crise econômica, que está exigindoausteridade, contençào de gastos e boa administraçãopara ser superada. O funcionalismo público tem, certa­mente, papel de destaque a desempenhar nesse quadro- os governos estaduais e federais necessitam de pessoalaltamente gabaritado para melhor serem capazes de bus­car soluções e pô-Ias em execução.

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o desemprego e a insegurança no trabalho que a atualcrise trouxe ao trabalhador brasileiro faz com que umavaga no funcionalismo público seja uma excelente alter­nativa para a população produtiva do País, e é justo quetodos tenham acesso a essa oportunidade.

Por esse motivo é que estamos elaborando projeto delei a ser apresentado oportunamente proibindo qualquercontratação que não seja efetuada por meio de concursopúblico. A determinação, naturalmente, envolve autar­quias, empresas mistas, e até mesmo contratações decor­rentes de convênios entre Estados e órgãos públicos, eabrange igualmente a efetivação no cargo pelas normasda CLT.

Um dos objetivos da medida que, esperamos, merece­rá apoio de todos, é aprimorar a qualificação dos contra­tados para o funcionalismo público, o que redundaránum melhor desempenho de todos os organismos. O ou­tro objetivo, igualmente importante, é a moralidade doserviço público, descartando-se a possibilidade da no­meação política, tão comum nos nossos dias.

Nossas repartições federais e estaduais estão abarrota­das de funcionários incapazes, nomeados para o cargopelos mais variados motivos, que vão desde a troca de fa­vores à fisiologia eleitoral. O momento é de mudanças, eessa é prioritária - o critério para a contratação de ser­vidores públicos deve ser, única e exclusivamente, o dacompetência. E o caminho é o da igualdade e justiça, quesó o concurso público proporciona.

Muito obrigado.

o SR. SIQUEIRA CAMPOS (PDS - GO. Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos, o norte de Goiás, a luta do seu povo pela emanci­pação política e todos os nortenses acabam de sofreruma grande e irreparável perda, com o falecimento doDr. Oswaldo Ayres da Silva, sob cuja liderança foi res­taurada a bandeira da causa libertária daquela região.

Jovem, ainda, o Dr. Oswaldo Ayres da Silva, no inícioda década de trinta, captando todos os anseios de liber­tação da gente nortense de Goiás, entregou-se inteira­mente à tarefa de mobilizar a população de Porto Nacio­nal, capital cultural da regíão, a favor da criação do Es­tado do Tocantins.

Fundou jornais, promoveu reuniões e comícios eatuou junto às autoridades estaduais e federais, até queconseguiu levar a consciência libertária a todos os recan­tos do norte/nordeste goiano e todo o Estado de Goíás.

Sim. Porque entendia, como hoje entendemos todosnós, goianos, que criado o Estado do Tocantins, com odesmembramento da Região Amazônica do nosso Esta­do, estariam libertas e emancipadas todas as populaçõesmarginalizadas e oprimidas de todas as suas regiões.

Culto, fluente e exímio convencedor, Oswaldo Ayresda Silva conseguiu atrair para a nossa causa maíor oapoio de toda a Aeronáutica brasileira, porque ao seulado passou a atual um dos seus mais notáveis líderes, oCoronel Lysias Rodrigues, depois Brigadeiro, que per­corria a região na sublime missão de integrá-la atravésdo Correio Aéreo Nacional.

A simpatia da Justiça goiana foi conseguida, graças àadesão à causa do Dr. Feliciano Machado Braga, ínclitoJuiz de Direito da Câmara de Porto Nacional.

Ainda agora, sob avançada idade e acometido do malque lhe causou a morte, o Dr. Oswaldo Ayres da Silvanão se furtou a participar da audiência realizada pelaComissão do Interior a respeito da criação do Estado doTocantins, enviando sua opinião abalizada, que refletetoda a verdade de um grande povo, em carta de própriopunho, que foi inserida nos Anais daquela Comissão.

Registrando o fato que consternou toda a gente nor­tense de Goiás, quero deixar consignada a opinião dopovo sobre seu grande líder desaparecido: Oswaldo Ay­res da Silva, legenda maior em que se transformou naluta Iibertária do norte goiano, continua vivo nas pági­nas da História, no coração e na consciência do povo.

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Profundamente contristado, solicito à Mesa que envieas condolências mais sentidas desta Casa à família doilustre extinto, à Câmara Municipal, ao Prefeito Euwal­do Thomaz de Souza, à Associação Tocantinense de Im­prensa e ao jornal O Norte de Goiaz, com os quais, assimcomo com o povo nortense de Goiás, me solidarizo.

Os ideais de liberdade de Oswaldo Ayres da Silva con­tinuam. com maior intensidade ainda. a motivar a lutado povo nortense pela criação do Estado do Tocantins.

Era o que tinha a dizer.

o SR. CELSO PEÇANHA (PTB - RJ. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, apresentei à Casa anteon­tem projeto de lei complementar que visa alterar a LeiComplementar n9 95, de I I de setembro de 1975, paradeterminar a administração do PIS-PASEP por um Con­selho Diretor com representação de trabalhadores e ser­vidores.

O projeto está vazado nos seguintes termos:

"Art. 19 A Lei Complementar n9 26, de lIdesetembro de 1975, passa a vigorar acrescida do se­guinte artigo numerado como 69, renumerando-seos atuais 69 e 79 para 79 e 89, respectivamente:

"Art. 69 O Fundo de participação PIS-PASEPserá gerido por um Conselho Diretor, órgão cole­giado constituído de seis membros efetivos e de su­plentes em igual número.

Parágrafo único. Terão representação no Con­selho a que se refere este artigo, além dos membrosa serem indicados pelo Ministério da Fazenda, Cai­xa Econômica Federal, Banco do Brasil S/A e Ban­co Nacional de Desenvolvimento Econômico e So­cial, um representante das categorias profissionais eum representante dos servidores públicos, eleitospor forma a ser determinada em regulamento."

Art. 29 O Poder Executivo regulamentará apresente lei nos 60 (sessenta) dias imediatamentesubseqüentes à sua publicação.

Art. 39 Esta lei entra em vigor na data de suapublicação.

Art. 4Q Revogam-se as disposições em con-trário.

J ustificaçào

A gestão de fundos de interesse direto tanto detrabalhadores como de servidores deverá, por nor­ma mínima de justiça e racionalidade, ter a repre­sentação dos interessados, seus beneficiários dire­tos, assim como já tem dos representantes dos ór­gãos governamentais.

A medida que apresentamos ao exame do Con­gresso Nacional vem, como corolário desse mínimode justiça e racionalidade a que nos referimos, possi­bilitar a participação da coletividade obreira do Paísna gestão do Fundo de Participação PIS-PASEP,em boa hora criado para minorar as dificuldades aque o trabalhador brasileiro está permanentementesubmetido.

A obviedade da proposição não nos exige maiorargumentação pois fala por si própria, restando­nos, portanto, aguardar apenas o referendo de nos­sos ilustres pares.

Sala das Sessões, 4 de agosto de 1983

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

O SR. WILMAR PAUS (PDS - RJ. Pronuncia o se­guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, já sedisse que o Brasil é um País de desdentados, afirmaçãoaparentemente verdadeira, se considerarmos, dentre os120 milhões de brasileiros, a percentagem modesta da­queles cujas condições sócio-culturais e financeiras lhes

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permitem freqüentar dentistas. Além do mais, é o que secolhe das conclusões do VI Congresso Internacional deOdontologia, realizado no Rio de Janeiro, em julho últi­mo, sob o patrocinio da Associação Brasileira de Odon­tologia.

Pois a triste verdade é que, segundo se patenteou naoportunidade em questão, nem pelo fato de dispor de 72Faculdades de Odontologia - o país mais bem dotadodo mundo, nesse particular - o Brasil deixa de registraruma desalentadora estatística: 30 milhões de pessoas quenão podem sorrir sem testemunhar a miséria humana emque se encontram. E ainda pior: que adquirem, por viado mau estado dos dentes, numerosas doenças infeccio­sas, depauperando o organismo e agravando o seu jáprecário estado geral de saúde, inerente às populações debaixa renda.

Eis por que, Srs. Deputados, desejo congratular-mecom os organizadores do conclave pelo êxito da pro­moção, que reuniu aproximadamente dez mil profissio­nais da área, incluindo estudantes de Odontologia, aten­tos aos temas debatidos em centenas de conferências,cursos e mesas-redondas. Com efeito, iniciativa dessa na­tureza, que tem o intuito primordial de comtemplar asmelhores conquistas cientíticas e tecnológicas alcançadasno campo, assim como difundir boas práticas de cuidadocom os dentes, merece o inteiro apoio e incentivo do Po­der Público.

A tônica do Congresso recaiu, em feliz escolha, sobredemonstrações visuais e práticas, a nível de entendimen­to do público, em torno do valor dos cuidados preventi­vos, sobre os curativos. Um corredor de painéis educati­vos contra a cárie - o Túnel da Prevenção - apresenta­va sugestivos cartazes, audivisuais e até uma câmara ul­travioleta, novidade no País, que revela as placas forma­doras da cárie, com o uso de algumas gotas de fluoreceí­na sobre os dentes.

Do Congresso em tela, uma série de reivindicaçõessurgirão como resultado. Entre os pleitos a serem enca­minhados pelos dentistas aos órgãos do Governo, figu­ram em destaque o barateamento das consultas, atravésda redução das taxas de importação dos produtos odon­tológicos, a adoção de medidas para prevenção contracáries e a concessão, aos profissionais da Odontologia,de três níveis salariais na carreira, equiparando-os à clas­se médica, esta uma antiga luta baseada no princípio daeqüidade.

A conveniência de se retirar da lista de supérfluos daCacex diversos produtos necessários ao atendimento dapopulação, ou, pelo menos, de se reduzir o valor das alí­quotas de importação e sobretaxa dos artigos em causafoi, todavia, dos assuntos mais discutidos no simpósio le­vado a efeito no Campus da UERJ. Os Ministérios daSaúde e da Indústria e Comércio serão chamados a cola­borar na solução do problema, criando esquemas maiscompatíveis com a socialização da assistência odontoló­gica no Brasil.

Considerando a quase nenhuma orientação e assistên­cia odontológica recebida pelas comunidades de baixarenda, é de se aplaudir vivamente as referidas sugestõesdos profissionais da Odontologia, cujo atendimento viráabrir novas e maiores oportunidades de atendimento naárea à população carente e aos trabalhadores de modogeral.

O SR. OSCAR ALVES (PDS - PR.Pronuncia o se­guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, o Sr.Jayme Canet Jr., hoje no PMDB, quando Governadorpromoveu, no início de seu Governo, a Reforma Admi­nistrativa do Estado, através da implantação da lei n9

6.636/74. A Secretaria da Agricultura, comandada peloentão Secretário, Engenheiro Agrônomo Dr. Paulo Car­neiro Ribeiro, foi uma das poucas que implantou total­mente os princípios previstos naquela lei, tornando-a um

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dos órgãos do setor agrícola mais bem estruturados destePaís.

Quando o Deputado Federal Reinhold Stephanes,PDS, em 1979 assumiu a pasta da Agricultura, observouque a organização e o trabalho da SEAG estavam sus­tentados em três pilares mestres: eficiência, treinamentode recursos humanos e juventude. O Deputado não tevedúvidas em preservar e dar continuidade ao trabalhosério e competente, aprimorando-o e dando consistênciaao que estava bem direcionado.

Hoje, passados quatro meses do Governo Richa, pas­samos a ver e sentir na agricultura um ambiente negati­vista, atos de perseguição, um império do medo, um sen­timento de omissão e decadência de uma casa que já teveseu apogeu, vê-se desmoronar um trabalho que levouquase 8 anos para ser consolidado. O preconceito ideoló­gico é o candidato mais sério ao prêmio Nobel da An­tiadministração. Os atos de destribuição dos inconfor­mados que assumiram aquela casa não têm origem emqualquer idealismo, mas sim na frustação e incompetên­cia que os afligem, pois enquanto alegam defender a mo­ralidade e as classes subprivilegiadas, cuja vida eles narealidade não conhecem, atingem técnicos dos mais altogabarito nacional, pela sua ótica distorcida de ética e jul­gamento de valor, muitos com curso de especializaçãono exterior, o que os torna com uma visão de agriculturanão só a nível nacional como também internacional.

É correto e justo buscar-se corrigir as distorções quedentro de outra óticajugam ter ocorrido na Secretaria daAgricultura e suas vinculadas nos últimos anos, mas con­venhamos que esta postura de intelectualismo tupini­quim decepciona, pois um setor cresce e se expande pelascircunstâncias históricas com que se defronta, mas atéagora não conseguimos compreender o que querem oscontestatórios da agricultura do Paraná. A desmonta­gem de um sistema estadual competente já foi efetivada.Seu azedum.e caboclo já atingiu lares e famílias, que hojesofrem pelos seus atos. Mas, para que afinal tanto ódio erancor, se nenhuma pedra construtiva ainda foi adicio­nada? Foi a essa gente que o Paraná pretendia entregaros rumos da nossa gricultura? Não me parece, pois dila­pidam o setor agrícola, constrangem, num amadorismoadministrativo até então desconhecido no nosso meio etravestido de uma cultura humanística agridem a culturacientífica, a racionalidade e o bom senso. Suas intenções,que geraram um clima de terror dentro da Secretaria daAgricultura e algumas de suas vinculadas, bem como nomeio rural, depois de muito papel e tinta e palavras aovento, nada fizeram de concreto, mostrando que sua ig­norância é patente e centralizada. Esse ódio contra pes­soas identificadas com os ideais democráticos numa es­pécie de poluição intelectual, que sob o pretesto de salva­rem a agricultura e a sociedade pregam o desespero aosseus subordinados, evidencia uma situação aparente dedesequilibrados.

Esses indivíduos que vivem à sombra do apocalipse,cobertos pela sua teoria de fracasso, que sofrem com afelicidade alheia, que buscam notoriedade a qualquerpreço, que propagam no seio da juventude o espírito derevolta e a gana da destruição, são convocados, hoje como poder à destilar seu veneno e curar os males criadospor essa civilização que tanto criticam.

Se as coisas não podiam continuar assim, muito bem,mostrem seus espíritos democráticos, convivam com osopositores ideológicos, como foi feito com vocês, mos­trem a competência que pressupunham possuir, desar­mem seus espíritos e concretizam as mudanças propos­tas. A tarefa construtora é árdua demais para a compe­tência dos contestat6rios e negativistas. Se não, provemo contrário. Façam algum esforço para que os agritulto­res os levem a sério. Apresentem seu plano de ação paraa agricultura paranaense. Corrijam" as famosas dis­torções que diziam ter nossa pesquisa tupiniquim. Quecorreções foram efetuadas na assistência técnica que é de

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suas responsabilidades? O ab~stecimento, tão criticado-ontem, onde estão os instrumentos que levariam as suascorreções? A armazenagem, setor de tanta agressão ver­bal, quais as correções já efetivadas? Os postos de reven­da para agropecuarístas, vazios. Assim também, nos de­mais subsetores do Sistema Estadual de Agricultura.Provem serem competentes. Até agora s6 provara!U quenão conseguiram deixar raízes, pois o ódio só destrói enão consegue formar história.

Governador José Richa, foram essas suas promessasao povo paranaense? Foram essas as suas palavras na te­levisão? V. Ex' é o responsável maior por essa agressãoaos produtores paranaenses, tanto na sua representaçãoquanto pela sua omissão. Não é possível destruir em ape­nas quatro meses um trabalho que levou um período tãolongo para ser estruturado.

O SR. JOS€"FREJAT (PDT - RJ. Pronuncia o se­guinte discurso.) - Sr. Presidente e Srs. Deputl!dos, oGoverno do Uruguai fechou as portas ao entendimentopara a volta ao regime democrático naquele infelicitadopaís, ao promulgar o Ato Institucional n9 14, no dia 2 do

corrente mês de julho.O ato ditatorial do Presidente Gregório Alvarez ou­

torga ao Poder Executivo o direito de cassar mandatos.É mais um ato arbitrário da ditadura militar que dominao Uruguai há dez anos, violentando o bravo povo irmãoe amesquinhando a tradição democrática uruguaia.

Há dez anos foi dado o golpe militar que fechou a Câ­mara e o Senado e extinguiu os Partidos Políticos doUruguai. O golpe militar seguiu as pegadas das demaisditaduras latino-americanas, como o Brasil, Argentina,Paraguai, preparado e financiada por agentes externos.

O novo golpe dentro do golpe, no Uruguai, foi anun­ciado pelo General Hugo Liiíares Brum, Ministro do In­terior da ditadura. O Ato Institucional pune tambémcom a perda do direito de voto todos os culpados de"desvio de conduta e de ações ou omissões que pertubema paz e a ordem pública".

A justificativa é a mesma. O cinismo não tem limite, láe cá. Dizem os militares uruguaios que o Ato Institucio­nal n9 14 foi editado após ser constatada li!. "aplicação detécnicas e tãticas subversivas para pertubar e obscurecero ambiente social e político, com o objetivo de desestabi­lizar o regime e criar um clima de caos e desconfiançapropício a ações ainda mais violentas".

Ora, foram os militares uruguaios que desestabiliza­ram a democrácia uruguaia, promoveram o caos econô­mico, político e administrativo, praticaram a mais san­grenta violência contra cidadãos democráticos, subverte­ram a ordem e institucionalizaram a desordem, a cor­rupção e a ditadura.

Sentimos profundamente o agravamento da situaçãopolítica no Uruguai. Estamos solidários com os bravoscombatentes democráticos daquele país irmão. E faze­mos votos de que se restabeleça o diálogo para a restau­ração democrática no bravo país de José Artigas.

O SR. FRANCISCO ROLLEMBERG (PDS - SE.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. rresidente, Srs.Deputados, por diversas vezes ocupamos a Tribuna des­ta Casa para reafirmar nosso posicionamento político arespeito do Nordeste, principalmente em face da drama­ticidade que representa a seca para a economia daquelaregião.

As condições subumanas da população do Nordesteestão aflorando com maior intensidade, e o crescenteempobrecimento dos segmentos marginalizados ficammais palpáveis ainda, com as secas que não se consti­tuem mais em fenômenos acidentais.

Hoje, o Nordeste se apresenta como um grande terri­t6rio onde a maioria da sua força de trabalho vive semocupação definida ou exercendo atividades que permi­tem apenas a sobrevivência. Os rendimentos de 24,1% dapopulação economicamente ativa (PEA) do Nordeste

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situam-se abaixo de meio salário mínimo e de 54,2% atéum salário mínimo. I 1,3% da PEA é constituído de mão­de-obra não remunerada.

A fragilidade da economia da região, acentuada sensi­velmente com as irregularidades climáticas, está gerandoum quadro de fome, de dependência, de desarticulaçãoda estrutura produtiva. E assim, no setor agrícola, carac­terizado por formas arcaicas de produção, predomina aeconomia de subsistência nos minifúndios integrada aoslatifúndios relativamente improdutivos, dedicados emmaior escala às culturas comerciais e à pecuarização ex­tensiva.

As secas no Nordeste transformaram o pequeno pro­dutor em flagelado e em deserdado da terra, porque osefeitos das irregularidades climáticas incidem, commaior intensidade, exatamente nos pequenos proprie­tários, no posseiro, no arrendatário e no trabalhador ru­ral sem terra - que têm na agricultura de subsistênciaseu principal sustento e sua atividade produtiva predo­minante.

É bom, porém, repetir: a pobreza do Nordeste não éfenômeno acidental e nem fatalidade climática ou cultu­ral. Já em 1967 documento do GTDN - intitulado, "U­ma Política de Desenvolvimento Econômico para0 Nor­deste" - alertava para o definhamento da economianordestina frente á expansão do Centro-Sul. A subordi­nação regional, com a transferência de recursos do Nor­deste para o Sudeste já fora, naquela época, denunciada.Esta erosão de recursos do Nordeste para financiar a re­produção do capital do Sudeste fazia parte da dinâmicada exploração colonial vigente.

A Intervenção do Poder Público, porém, por não pro­mover modificações estruturais nas relações de pro­dução, não superou os desequilíbrios e disparidades re­gionais. As condições de vida, de trabalho, de aumentoda produtividade, de aproveitamento dos recursos desolo e água não se alteram.

Alguma coisa, porém, começa a mudar no quadropolítico-institucional. Grupos de pressão exigem novasredefinições de prioridades no que concerne à políticafundiária, de investimentos públicos e de tecnologias al­ternativas para o Nordeste.

Neste sentido, é importante lembrar o trabalho doGoverno do Estado de Sergipe, que pretende viabilizarplanos objetivos de soerguimento da economia agrope­cuária do Estado, desestruturada com repetidas estia­gen~ que assolam a região.

Queremos, aqui, salientar a assinatura do Decrefo n9

5.747, de 31 de maio de 1983, do Governo de Sergipe,que amplia área declarada em situação de emergêncianaquele Estado, através da inclusão dos Municípios deBarra dos Coqueiros, Brejo Grande, CarmópolÍs, Estân­cia, General Maynard, Ilha das Flores, Indiaroba, Ma­ruim, Pirambu, Rosário do Catete, Santa Luzia do Ita­nhy, Santo Amato das Brotas, São Cristovão e Umbaú­ba.

Segundo a Secretaria de Agricultura do Estado,

"a escassez de chuvas em todo o Estado tem pre­judicado, em primeiro lugar, a pecuária, (...) na me­dida em que as chuvas fracas caídas não foramsufi­cientes para acuImular reservas de água e recuperar'as pastagens (...) Estas irregularidades poderão dizi­mar o rebanho, por morte, matança de matrizes ouexpotàção para outros Estados, trazendo prejuízoaos pecuaristas, cujos níveis de descapitalização jásão bem acentuados".

Continua, ainda, afrrmando a Secretaria de Agricultu­ra do Estado que

"a insuficiência de chuvas vem determinando ele­vadas perdas nas culturas anuais, como é o caso domilho, feijão e algodão, na região semi-árida e asculturas de mandioca, inhame, batata e hortaliçasno Agreste e litoral".

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6804 Sábado 6

A decretação das áreas de emergência é uma medidaimportante, muito embora represente um paliativo que,num primeiro momento, objetiva apenas manter os bai­xos níveis de consumo da populacão.

Esperamos que os esforços do Governo Estadual se­jam complementados com o aporte de recursos do Go­verno Federal, a fim de superar o imediatismo e a des­continuidade dos programas de combate à seca, bemcomo a timidez dos projetos de recuperação da econo­'mia agropecuária.

O Estado de Sergipe, e em todo o Nordeste não reinvi­dicam regalias e excessos. Exigem, porém, que o Gover­no Central estabeleça uma eficiente política de alocaçãode recursos com prioridades definidas. A excessiva cen­tralização que determinou, até hoje, a desigual repar­tição entre as diferentes esferas de Governo, transfor­mou cada Unidade da Federação e cada Município empedinte.

Já afirmávamos, anteriormente, e insistimos de novo:a crise que abala o Nordeste e, em particular, o Estadode Sergipe, se não enfrentada com determinação política,provocará, talvez a curto prazo, um processo de desesta­bilização político-institucional, estimulando saidas de­sesperadas de consequências imprevisíveis.

Os Governos Estaduais estão fazendo o que lhes é'possível. Compete agora ao Poder Central ser avalista deuma grande proposta de diminuição das disparidades re­gionais e superação do estado de probreza absoluta daregião.

O SR. AMAURY MüLLER (PDT - RS. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,nova missão do Fundo Monetário Internacional esteveno Brasil, durante o recesso parlamentar, para verificarin loco a veracidade das estatísticas apresentadas pelasautoridades econômicas à sua credenciada Ana MariaJul.

Na verdade, o adiamento da liberação da segunda par­cela - USS 411 milhões - do empréstimo do FMI aoBrasil marcou o inicio de uma nova e mais perigosa eta­pa da crise creditícia do Terceiro Mundo.

Já em junho, a revista Business Week comentava que,se o FMI liberasse o dinheiro ao Brasil, mesmo sem ocumprimento das metas econômicas estipuladas, o Méxi­co, a Argentina, o Peru e outros devedores, em circuns­tâncias similares, exigiriam que o Fundo reduzisse a rigi­dez das medidas de austeridade que lhes foram impostascomo condição para recebimento de ajuda financeira.

Permanecem até agora, entretanto, as divergências en­tre os bancos comerciais norte-americanos sobre a formade encarar a crise brasileira, o que ocorre igualmente en­tre os bancos centrais. O Banco da Inglaterra, ansiosoem proteger o mercado financeiro internacional, estáapoiando os esforços do governo norte-americano paramanter o fluxo aos devedores latino-americanos, que ne­cessitam de recursos adicionais de 20 a 30 bilhões dedólares este ano e de outros 30 bilhões em 1984. Do con­trário, não poderão cumprir suas obrigações.

Diante desta situação, os grandes bancos americanosnão têm outra saída senão continuar emprestando. As­sim, não surpreende que o .Brasil consiga mais 3 bilhõesde dólares este ano e outros 5 bilhões em 1984.

Da mesma maneira que a ninguém surpreenderá se oGoverno aceitar todas as condições, até mesmo que elascheguem a custar a independência do povo brasileiro.

Ê o que tinha a dizer.

O SR. LEÔNIDAS SAMPAIO (PMDB - RJ. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Depu­tados hoje é o Dia Nacional da Saúde. Obrigado, Dou­tor. Assim o jornal O Fluminense abre sua edição espe­cial homenageando o sanitarista Oswaldo Cruz na datacomemorativa ao seu nascimento.

Temos em mãos esta edição e desejamos parabeniz!lr onosso jornal, O Fluminense por mais este excelente traba-

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

lho. Vamos ler desta, tribuna, alguns títulos e partes deartigos, para que fique consignado nos Anais desta Casamais este trabalho do jornal da Velha Província.

Comemora-se hoje o Dia Nacional da Saúde. En­tidades médicas de todo o País organizaram progra­mas para assinalar a passagem da data, consagradaao dia de nascimento do sanitarista Oswaldo Cruz,nascido no dia 5 de ,agosto de 1872. Oswaldo Cruzfoi o fundador da medicina experimental no Brasil,e entre seus feitos mais brilhantes figuram a erradi­cação da febre amarela, da peste bubônica e davaríola, tendo ele contribuído também para as pes­quisas acerca da doença de Chagas, como instrutor

, de Carlos Chagas.

Pelos idos de 1900, O Fluminense teve ativa parti­cipação na campanha de combate às pestes que as­solavam o Rio de Janeiro. Seu apoio a OswaldoCruz e demais autoridades da área de Saúde Públicaconstitui importante fator de conscientização da co­munidade, então bombardeada com informações deoutros periódicos, que viam nos métodos do consa­grado sanitarista uma oportunidade de acirrar os â­nimos entre republicanos e imperialistas, a pontodestes terem sido até responsabilizados pela existên­cia da peste bubônica.

Inicialmente, O Fluminense chegou a contestar osmétodos de Oswaldo Cruz, que pregava a higieni­zação total da cidade e proibiu a comercialização delegumes entre o Rio e Niterói. Para esclarecer defi­nitivamente os fatos, a direção do Jornal auscultoucientistas internacionais, que se dedicaram a escre­ver artigos explicando a situação e apoiando Oswal­do Cruz. Imediatamente (em uma semana), criou-sea colunll. "Saúde Pública", com informes acerca daluta contra a peste bubônica, febre amarela e outrasenfermidades.

Niterói acabou se constituindo no depositário dosdoentes da peste, com os hospitais do Barreto e deJurujuba superlotados. O jornal passou a enfrentarsérias resistências e ameaças, pois a chamada eliteimperial insurgia-se contra a veiculação de notíciaspró-higienização, ao passo que outros veículosagiam em sentido diametralmente aposto.

É com orgulho e alegria que hoje, 83 anos depois,registramos a passagem do Dia Nacional da Saúde,consagrado à data de nascimento de Oswaldo Cruz,cuja morte teve repercussão prolongada nas páginasde O Fluminense, em fevereiro de 1917. Nosso pas­sado nos credenciou para o presente, em que dedica­mos à laboriosa classe médica do Brasil, particular­mente à do Estado do Rio de Janeiro, esta edição es­pecial, cujo propósito se fundamenta nos mesmos'principios que nortearam o comportamento dosjor­nalistas que nos antecederam: trabalhar e construir,como os médicos, o trabalho e a vida.

v - O SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Passa-seao Grande Expediente.

Tem a palavra o Sr. Francisco Dias.

O SR. FRANCISCO DIAS (PMDB - SP. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, nobres Deputados,sinto-me muito feliz nesta manhã, nesta primeira expe­riência de se atender aos Deputados que precisam exte­riorizar suas idéias, seus pensamentos e suas atitudesatravés da tribuna da Câmara Federal. Pela forma anti­ga, era difícil ocuparmos a tribuna, em razão do tempo

.tão limitado e do grande número de oradores interessa­dos em falar à Nação. Minha alegria é ainda maior,quando vejo aqui expressivo número de companheiros,participando ativamente dos debates, da luta pela demo­cracia neste País, denunciando tudo aquilo que, na reali­dade, se tem constituído num grande problema para esta

Agosto de 1983

Nação - os desacertos, os desmandos nas áreas federal,estaduais e municipais.

Ê preciso que o Congresso Nacional, altaneiro e dinâ­mico, se erga e se faça presente, aja de modo objetivo,para que possa dar a esta Nação o alento que ela espera.E, quando falo da Nação, não estou falando apenas dosPoderes Públicos, estou falando do povo, que é o quemaís reclama e pede, através das nossas vozes, por me­lhorias sociais. Ê isso que o povo espera.

Neste nosso discurso, nesta manhã, Sr. Presidente,nobres colegas, fazemos uma análise dos problemas se­riíssimos que o País enfrenta nos momentos atuais: amoratória, tão proclamada, o FMI e um problema quetem gerado polêmica nacional - moratória ou reescalo­namento da dívida nacional.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, não é a primeira vezque o Brasil, em sua história financeira, defronta-se comsituação semelhante a esta para fazer face aos compro­missos de nossa dívída externa. A rigor, a situação deaperto financeiro vem desde a Indepenência. Esse em­préstimo da Independência, de 2 milhões de libras ester­linas, levou 40 anos para ser pago, assim mesmo, com re­cursos provenientes do estrangeiro. O que vale dizer:com um novo empréstimo, após um período de 20 anos(de 1830 a 1850) em que nem as amortizações foram pa­gas.

A quem se der o trabalho de pesquisar e analisar asjustificativas dos gestores financeiros do Brasil para oproblema da nossa dívida externa - da Independência anossos dias - verificará a mesma e monótona argumen­tação para tentar explicar nossa inadimplência: de Ama­ro Cavalcanti ao atual trio condutor das finanças brasi­leiras, passando, inclusive, por figuras notáveis comoBernardino de Campos, Campos SaIles, José Maria Whi­taker e Oswaldo Aranha, que, no seu relatório sobre asnegociações para um novo acordo, há cinqüenta anos,acentuava que o Brasil, "nunca pagou seus empréstimoscom seus próprios recursos".

Portanto, nada de novo sob o sol.Não mudaram os fatos e as explicàções para este pesa­

delo que o Brasil vive desde 1822: são os mesmos. A polí­tica financeira que vem sendo adotada nos últimos anose, mais precisamente, a partir de setembro do ano passa­do, com medidas recessivas no campo econômico­financeiro, são caracterizadoras de uma moratória táci­ta, e que mais uma vez submetem nossos interesses aojugo e aos ditames do capital internacional, em prejuízodo nosso desenvolvimento e do nosso bem-estar. Talpolítica financeira está corroendo o sentimento nacionale é causadora da insatisfação pessoal dos brasileiros e doenfraquecimento do já pálido grau de coesão social.

Embora os fatos e as explicações se assemelhem, oBrasil de hoje é bem diferente daquele que viveu momen­tos difíceis - mas não tão tormentosos como os atuais- em 1898, em 1914, em 1931, em 1934, e em 1964. Porisso mesmo, e sem procurar ultradimensionar a catastró­fica realidade atual com seus danosos reflexos na vidasocial e política do País pela incúria e imprevidência nagestão econômico-financeira - o que lamentavelmentetem demonstrado ser um mal insanável na nossa admi­nistração pública -, estamos assistindo à corrosão e àerosão dos princípios informadores de nossos valores(que não são só os materiais) e que podem comprometero próprio espírito de nacionalidade e até mesmo levar­nos a abdicar, como lembrou o Prof. Celso Furtado, denossa soberania, neste triste devaneio de ajustar a econo­mia do País aos preceitos impostos pelo Fundo Mone­tário Internacional.

Para uns, a situação do País só é sanável com uma mo­ratória; para outros, com uma renegociação da dívida.Em ambos os casos, porém, é o reconhecimento de nãose poder atender aos compromissos assumidos no exte­rior.

A par dos argumentos expendidos pelos defensoresdas duas posições, vê-se que a tendência é evitar um

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acordo sobre a "mora", os atrasos de pagamento, ou se­ja, a moratória, pelo menos declarada, jâ que tacitamen­te não hâ como negâ-Ia. Por outro lado, o que se observaé o permanente périplo das autoridades monetârias noscentros financeiros internacionais na busca de novos em­préstimos para cobrir os anteriores, sem que para tantose configurem prazos maiores, juros menos extorsivos econdições mais favorâveis de pagamento, o que poderiacaracterizar uma renegociação.

O fato incontrastável é que à incompetência dos nos­sos gestores se soma a veracidade dos banqueiros inter­nacionais, que, captando petrodólares a taxas acima dasusuais, procuraram no mapa geográfico dos países sub­desenvolvidos aquele ou aqueles que apresentavammaiores viabilidades de desenvolvimento e insistiram nooferecimento de empréstimos sem indagar em que tipode investimentos seriam aplicados e, mais ainda, da ca­pacidade de endividamento de cada país tomador dessesrecursos a cujas taxas extorsivas o mundo industrializa­do recusava-se a aceitar.

Banqueiros e tomadores agiram inescrupulosamente.Não pode, portanto, todo o mundo encontrar-se convul­sionado devido à volúpia do lucro fâcil dos banqueirosque viram nos petrodólares oportunidade para aumentode ganho substancial, como muito bem se pode observarna matéria intitulada. "Após Q. "milagre", o medo e de­sesperança", publicáda em O Estado de S. Paulo, ediçãode 24 de julho deste ano, que assinala;. "Os bancos inter­nacionais, procurando um lugar onde investir os seusgrandes depósitos em petrodólares, consideravam favo­ravelmente o país latino-americano, o qual dava a im­pressão de levar o desenvolvimento a sério, com um go­verno controlado pelos militares e que parecia estâvel".

Não é preciso dizer que era a época dQ. "milagre".Nesse período, de 1968 a 1973, c;:m que o crescimento realera de dez por cento ao ano, mas ,que, também, sem ne­nhuma ligação de causa e efeito com o indigitado cresci­mento, foi o período de maior repressão e autoritarismoneste País, sem liberdade de imprensa e com o Congressomanietado; com a soCiedade desinformada e os sindica­tos sob vigilância, não se podia questionar a validade da­queles vultosos empréstimos e muito menos se sabia doseu montante. Hoje, porém, sabe-se que Q. "milagre" ele­vou a dívida externa para 12 bilhões e 600 milhões dedólares em 1973, ou seja, três vezes mais do que era em1968.

De lá para cá não parou mais de crescer o endivida­mento do Brasil. Na mesma proporção, a sociedade bra­sileira que jamais foi consultada ou informada sobre ossonhos megalomaníacos de um "Brasil potência", "po­tência emergente", ou coisas que tais a ilustrar a fanta­siosa publicidade oficial, além de torpemente enganada,a sociedade brasileira, principalmente os assalariados eos pequenos e médios empresârios, que tiveram de inícioseu poder aquisitivo diminuído, debate-se, hoje, no infer­nal dilema de sobreviver entre o desemprego e a fome.

Foi para isto que a dívida externa (sem contra a inter­na, com remotas possibilidades de ser registrada) aumen­tou meteoricamente de 12,6 bilhões de dólares em 1973para. os atuais 90 bilhões de dólares?

Foi para assistirmos a este quadro aterrador que a in­flação saltou de 15,5%, em 1973, para os 130% do mo­mento, devendo chegar, segundo se estima, a 160% no fi­nal do ano, ou mais?

É difícil acreditar que tudo tenha sido adredementepreparado para se chegar à hecatombe em que o povo(não se sabe até quando!) tenta, de forma desesperadora,sobreviver.

É difícil acreditar tenha havido uma urdidura tão dia­bólica para reduzir o povo brasileiro à inanição e à mor­te em um curto, mas sofrido, espaço de dez anos.

Ou acreditavam, de fato nos "milagres" (tanto que osmilagreiros continuam a infernizar o povo brasileiro), ouachavam que era verdade aquela historiazinha de que o

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Brasil constituía uma "ilha de prosperidade". Só assimse pode compreender como, no período de 1973 a 1979,que coincide com os chamados dois choques do petróleo,o Brasil aumentou seu consumo de petróleo naqueles 6anos em mais de 40 por cento, quando todos os países di­minuíram. Só assim se pode entender - "abrindo umajanela" não somente para o mundo, mas principalmentepara o próprio Brasil -, o panglossianismo medicista eo progmatismo prussiano do Governo Geisel.

Não fossem os projetos faraônicos e megalomaníacosdesenvolvidos a partir de 1974 (muitos dos quais incon­clusos), sem se falar no acordo nuclear, que prevê umdispêndio de 30 bilhões de dólares, a par das medidasque deveriam ter sido tomadas tanto interna quanto ex­ternamente para deter uma inflação galopante, sem falarna diminuição do consumo de petróleo e no incrementodo uso de alternativas energéticas para aquele combustí­vel fÍssil, o Brasil não estaria na situação em que se en­contra.

Após 1979, com o atual Governo, às medidas iniciaisde refreamento da expansão seguem-se, no final daquelemesmo ano, o aquecimento da economia, vindo, poste­riormente, a adotar a desaceleração. Essa política de en­saio e erro; a falta de uma orientação segura que coincidecom um período de desorganização monetâria nos paísesdesenvolvidos em que reinam as elevadas taxas de jurosdo capital que os países subdesenvolvidos necessitam eque só dispõem, em contrapartida no sistema de comér­cio exterior a colocação de suas matérias-primas, cujainstabilidade de preços é grande, enfim, os desacertos dapolítica financeira interna aliada à desordem monetáriainternacional têm levado o Brasil a importar menos pa­gando cada vez mais, e a exportar cada vez maÍs receben­do menos, aviltando nossos produtos e exaurindo nossasdivisas, em que pese ao satisfatório desempenho da ba­lança comercial nestes últimos sete meses.

E eu acresceria aqui, Sr. Presidente, Srs. Deputados,as grandes investidas do Governo Feperal no sentido dastucuruÍs da vida, da Ferrovia do Aço e as hidrelétricasconstruídas, sabendo-se que no momento, pelo menos éo que as pesquisas mostram, há superávit de aproxima­damente 72% de energia ociosa em razão da não utili­zação dessa energia. Enquanto hâ energia ociosa no Sul eno Centro-Sul, o Governo continua tomando empresta­do dólares e mais dólares para a construção dessas usi­nas nucleares e dessas usÍnas hidrelétricas. E o mais gri­tante, conforme ouvíamos esses dias, é o problema daFerrovia do Aço, onde foram despendidos milhões e mi­lhões de dólares. É um absurdo ser desatívada apenaspor capricho do Governo, por entender ser esta uma me­dida de solução dos problemas, quando se sabe que nãoé uma das medidas que podem solucionar o problema.Porque ali, pelo menos, 6 mil funcionârios ficarão sememprego. E aí começarâ o caos.

Eu, que represento aqui o Estado de São Paulo e tenhofalado muito sobre o pCClblema do desemprego, princi­palmente na Grande São Paulo, jâ me preocupo comesta ameaça, porque a desativação da Ferrovia do Açosignificarâ, sem dúvida alguma, a ida de quase todos es­ses desempregados e suas famílias para os grandes cen­tros, a Grande Belo Horizonte, a Grande São Paulo, aGrande Curitiba, a Grande Porto Alegre, a Grande Rio,e outros centros, para ali mourejar, para obter pelo me­nos alguma coÍsa suficiente para o desempenho da suavida do lar. É uma preocupação que domina este Depu­tado e tenho certeza que domina cada um dos colegasnesta Casa. Não se pode permitir a desativação da Fer­rovia do Aço. O País roda sobre pneus e sobre asfalto eprecisa mudar esse panorama para ferrovias e hidrovias.Como desativar tal empreéndimento? Não posso concor­dar, de forma alguma, com essa idéia do Governo.

O Sr. Antônio Dias - Permite V. Ex' um aparte?Nobre Deputado Francisco Dias, quero cumprimentâ-lo

Sábado 6 6805

sobretudo por este ponto de vista que acaba de agoraproferir, salientando a insensibilidade política de deter­minados setores do Governo no sentido de fazer parar asobras da Ferrovia do Aço. Este assunto foi levado aoilustre Presidente Aureliano Chaves, que tanto dignificaas suas funções, e imediatamente S. Ex'., homem saídodeste Parlamento, estadista que assimilou a sabedoriapolítica dos mineiros na Assembléia Legislativa de Mi­nas, sensível aos apelos de tantas pessoas como V. Ex',ouviu as razões e argumentos de todos aqueles de Minase São Paulo no sentido de que as obras da Ferrovia doAço não deveriam parar. Imediatamente o ilustre políti­co, de que tanto a Nação brasileira carece na Presidênciada República, imediatamente determinou aos Ministrosda área econômica não se interromper a construção daFerrovia do Aço. Cumprimento' V. Ex'

O SR. FRANCISCO DIAS - Agradeço ao nobre De­putado o aparte. Externo a minha satisfação em ouviresta notícia. Temo-nos debatido pelo fortalecimento dopoder político deste País. Ficamos estarrecidos em ver,na época atual, pessoas concorrerem à Presidência daRepública sem terem enfrentado as lides políticas noParlamento deste País. Daí por que a minha alegria emsaber que o Presidente interino Aureliano Chaves tomoumedida realmente saneadora e inteligente. É homemsensível aos problemas políticos, porque os viveu nesteParlamento. Não é o caso de outros Presidentes que ocu­param a mais alta magistratura desta Nação, e jamaisimaginaram ser, nem nunca foram, políticos.

Daí a razão da minha satisfação em ouvir o aparte deV. Ex'

Continuo:

O que estamos assistindo, Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos - o desemprego, a miséria, a fome, a inflação dilu­viana, a política salarial de arrocho, cujo terceiro decretoem menos de dois meses tramÍtará no Congresso Nacio­nal só até a remessa de outro, mais draconiano ainda ­.é o resultado do arbítrio, pois os bafejos da abertura nãoalcançaram ainda a área econômica do Governo, e quesão, também os responsáveis pela usurpação das prerro­gativas do Poder Legislativo, causa maior do ilustre Pre­sidente desta Casa, o eminente Deputado FlávioMarcílio.

Jamais o Poder Legislativo compactuaria com os desa­certos cometidos na política financeira e, principalmen­te, se o orçamento fosse uno, pois, como é hoje, sendotrês, não há nenhum. Ao Congresso Nacional não se lhepode imputar nada, jâ que não se lhe permite atuar naplenitude de sua competência e de suas indelegâveis prer­rogativas.

Só a cegueira do arbítrio e a voragem da tirania po­dem permitir que não se ouça a vontade popular atravésde seus legítimos representantes. Se as medidas são to­madas sem auscultar o povo é porque o Legislativo ja­mais concordaria com a política econômica catastróficaimposta neste País há 19 anos e que para muitos é prepa­ratória de uma convulsão social, sobretudo agora quan­do os articuladores da política econômica submetem oPaís aos caprichos demoníacos do FMI, um simplesagente dos interesses dos grandes bancos internacionais,como se viu claramente por ocasião da votação do au­mento da quota americana de 8,4 bilhões de dólares na­quele organismo.

De nada adiantou a resistência dos Deputados. Foimais forte o "Iobby" dos banqueiros.

Pretendiam os representantes americanos que o F~I

exigisse dos bancos a baixa dos juros cobrados aos paísesqo Terceiro Mundo e que houvesse um reescalonamentovoluntário por parte dos bancos e não dos devedores ­todos ou quase todos na situação do Brasil. Pelo que senoticia, essa tímida e pálida resistência dos Deputadosamericanos resumiu~se somente a uma brava atitude li­berai de não se conceder um empréstimo de I, 1 bilhão

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de dólares à África do Sul, devido à sua política de segre­gação racial, não tanto pelos sentimentos humanitaris­tas, mas visando às eleições de 1984, onde o voto do ne­gro não pode ser desprezado. Assim sendo, os banquei­ros continuarão cobrando o que quiserem e no prazo quebem entenderem.

Coincidentemente ou não, o dólar voltou a ser cotadoem elevadas taxas, tanto dentro como fora dos EstadosUnidos.

Enquanto o Governo americano estiver voltado ape­nas para a reorganização de sua própria economia,esquecendo-se de sua responsabilidade mundial e sobre­tudo continental, servindo-se de apoio para a obtençãode maiores lucros dos conglomerados econômicos e fi­nanceiros à custa do sacrifício dos povos subdesenvolvi­dos, principalmente dos povos da América Latina, cujasolidariedade - no ano em que se comemora o bicente­nário de Bolívar - tornou-se, apenas, uma figura de re­tórica, com uma moribunda Organização dos EstadosAmericanos.e os povos desses países convulsionados pornão aceitarem a condenação à morte pela espoliação desuas riquezas e aviltamento dos preços de seus produtos,com a imposição de um arrocho salarial desumano, que,no dizer do jornalista Helival Rios, da Folha de S. Paulo,trata-se de um verdadeiro "genocídio", a situação socialnesta parte do Planeta encontra-se explosiva.

Será que os funcionários do FMI e os banqueiros in­ternacionais não perceberam que já propiciaram, pelasinsensíveis e descabidas medidas de uns e a voluptuosavoracidade de outros, os elementos indispensáveis para acena que poderá desenrolar-se no palco por eles mesmosmontado e cujo nome, como a identificou o ex-SenadorJarbas Passarinho, é "a ruptura do tecido social"? Onome dessa tragédia (impensada até mesmo por Hitler),se preferirem uma denominação mais ao gosto do povo- afinal esses trágicos modernos, os burocratas do FMIe os banqueiros internacionais, sentem-se benfeitores etutores dos povos - tem um subtítulo, igualmente cu­nhado pelo ex-Presidente do Senado Feperal em sua lúci­da entrevista à Folha de S. Paulo do último domingo:"convulsão social".

Esta "convulsão social", de que fala o ex-Ministro eex-Governador Jarbas Passarinho. admitida por políti­cos e analistas de tendências as mais diversas, poderá sero escoadouro em que desaguará o País se submeter-se àscatastróficas diretrizes impostas pelo FMI, compromete­doras da ordem pública e da paz social.

Chegou-se a um impasse indesejável. Transposta abarreira econômica, o problema nacional - dentre osvários que enfrentamos - localiza-se no plano político.O insuspeito Prof. Octávio Gouveia de Bulhões, falandoem Belo Horizonte na última sexta-feira, conforme sepode verificar pelo Jornal do Brasil do dia 30 de julhopassado, admitindo a perda de confiança da sociedll.debrasileira nas decisões adotadas pela área econômica, di­zia: "o Governo Federal deveria chamar o CongressoNacional a participar de todas elas, pois existe perigo deconvulsão social no País". Assinala, a seguir, o ex­Ministro da Fazenda do Governo Castello Branco: "nãopodemos dissociar a economia da política. pois as deci­sões de natureza econômica teriam de ter o respaldo doCongresso Nacional, dos partidos políticos e até dasoposições" .

Foram necessários transcorrer 19 anos de arbítrio eautoritarismo para que um qualificado porta-voz detudo o que vem acontecendo há duas décadas no Brasilreconhecesse de público o que esta Casa sempre defen­deu, sempre se bateu e nunca foi ouvida pelos detentoresdo Poder; as medidas econômicas só se legitimam comdecisões políticas democráticas.

Ainda há tempo para os discípulos do Dr. Bulhõesaprenderem. Que sejam rápidos, porém. (Palmas.)

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

o SR. RAUL FERRAZ (PMDB - BA. Pronunc~a oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,este Congresso reúne uma verdadeira seleção da políticabrasileira atual. Se não é a seleção ideal - pois é sabidoque muitos segmentos da sociedade não estão aqui repre­sentados - é pelo menos a seleção possível.

Que se faça ao Congresso a crítica que se quiser: justaou injusta. Uma crítica, porém, não merece ser feita: é ade que não tenha havido um esforço dos Parlamentaresno sentido de assumir as tarefas próprias do Legislativo,bem como o de não debater exaustivamente, e com asmais diversas sugestões, os grandes temas que envolvemo momento nacional.

A inflação, a dívida externa, o problema salarial, o de­semprego, a habitação, a saúde, a educação, o problemafundiário, urbano e rural. o problema energético, osproblemas institucionais, os direitos humanos - eis ape­nas alguns dos temas que diariamente são aqui debati­dos, quer a nível de projetos, quer a nível de grandes dis­cussões.

Nada disso, porém, impede que este Parlamento sejaalvo de críticas como as contidas no editorial do Jornaldo Brasil do dia 19 de agosto, quando do reinício de nos­sos trabalhos, mostrando, em resumo, que nos trintadias de recesso, esta instituição "não teve sua ausênciapercebida pela opinião pública". Mais ainda diz o edito­rialista: "Do Poder Legislativo, o povo brasileiro se ha­bituou a pensar em termos de ausência. mesmo quandoas duas Casas que o compõem se encontram abertas e empleno funcionamento".

Lamentando fatos dessa natureza, volto hoje à tribu­na, procurando dar o máximo de mim, buscando ser dig­no do mandato a mim outorgado pelo povo baiano.

No desempenho da missão a que me propus, voltohoje a tratar de assuntos diretamente ligados às comuni­dades locais, que compõem o território brasileiro e abri­gam toda a sua população, mas que são vistas pelas de­mais esferas do Governo como entidades de "terceiraclasse", destinadas apenas ao fornecimento de recursospara os cofres públicos estaduais e federais e dos votosnecessários à manutenção da classe política dominante,quase toda ela forjada num sistema oligárquico, quepouco ou quase nada tem a ver com o povo brasileiropropriamente dito.

Se insisto na tese de defender os Municípios brasileirose as comunidades locais, não é que não haja quem o façaneste Congresso. É visível a boa vontade existente, e atémesmo se percebe uma quase unanimidade em torno datiío decantada e esperada reforma tributária.

Tem. V. Ex' o aparte.

O Sr. Genebaldo Correia - Deputado Raul Ferraz,quero cumprimentá-lo pelo discurso que pronuncia nesteinstante, coerente com a sua atuação política, mais umavez defendendo os Municípios brasileiros. V. Ex', semsombra de dúvida, em diversas oportunidades - nestaCasa, como Prefeito de Vitória da Conquista, como can­didato a Deputado - sempre pregou, como faz nesteinstante, a reforma tributária. Mas peço permissão a V.Ex' para interromper o seu pronunciamento e dizer quealgo de mais grave está ocorrendo neste momento. OsGovernadores dos Estados, em decorrência da crise queatinge a toda a Nação, estão manipulanto os recursos re­ferentes às cotas do ICM. Em muitos Estados está,se re­gistrando atraso na entrega dessas cotas, isto é, o Secre­tário da Fazenda, para garantir o caixa do Estado, estáutilizando os recursos que deveriam ser entregues, comomanda a lei, aos Municípios. Isso, num quadro de difi­culdades como o que estamos vivendo, contribui paraagravar a situação das comunidades brasileiras. Apro­veito a oportunidade para fazer esta denúncia, ao tempoem q~e manifesto o meu apoio ao seu discurso e minhasolidariedade a V. Ex'

Agosto de 1983

O SR. RAUL FERRAZ - Agradeço ao ilustre Depu­tado Genebaldo Correia o aparte, que incorporo ao meudiscurso, garantindo que a seqüência do meu pronuncia­mento melhor responderá a ele.

Verdade, porém, que ainda não passou pela cabeça denossos governantes, e tampouco dos nossos legisladores,a dimensão do grau de submissão, ou dos prejuízos que oBrasil vem contraindo em termos administrativos, com aescravização de nossas municipalidades.

Quando se fala em autonomia municipal, há uma ten-. dência para se voltarem as atenções apenas para aseleições diretas dos Prefeitos das Capitais e dos Municí­pios considerados área de segurança nacional. Voltam-seigualmente as atenções para o endividamento das Capi­tais, para as estatísticas de favelados e das invasões; parao drama dos transportes urbanos nos grandes centros,bem como para o dramático problema da habitação, eainda para o estado falimentar dos grandes conglomera­dos urbanos.

Quando se discute, especificamente, a reforma tribu­tária, o município é posto em segundo plano, dando-seênfase à precária situação dos Estados-membros, hojeigualmente à beira da falência, segundo entendimentogeral.

Acho que a discussão tem sido deslocada - e prefiroacreditar que involuntariamente - das causas para osefeitos.

Até mesmo as eleições diretas, que libertarão, pelas ur­nas, o imenso eleitorado concentrado nas metrópoles,são insuficientes para a solução do drama hoje vivido.

Com ou sem essas eleições, o problema da autonomiamunicipal. tal qual acontece com os demais Municípios,onde o Governo ditatorial sempre permitiu eleições, con­tinuaria, em toda a sua intensidade, com os malefíciosque tem trazido à vida política e administrativa do País.

Por outro lado, se é verdade que as Capitais sofremmais com o drama do problema habitacional, do sistemaviário e de transporte, do saneamento básico e das inva­sões, bem como do superpovoamento, a tudo isso corres­ponde o despovoamento de muitas regiões abandonadas,despovoamento que, por sua vez, resulta do e~vaziamen­

to econômico e cultural, o qual, num círculo vicioso, re­sulta em mais pobreza, mais abandono, mais subserviên­cia ~ submissão, tão do agrado das oligarquias que man­têm o seu domínio político facilitado através do cliente­Iismo.

É preciso que se dê um "basta" nessa situação humi­lhante. Não apenas por uma questão de justiça para comos Municípios mas igualmente por uma questão de or­dem administrativa, já que as organizações comunais,quando livres, expressam os sentimentos mais puros,que, somados, irão dar sentido e expressão à sociedadecomo um todo.

A autonomia municipal expressa ainda a liberdade in­dividuaI e libera a capacidade criadora do homem, quese desprenderá da condição de mero objeto de um siste­ma opressor.

o municipalismo brasileiro, Sr. Presidente, Srs. Depu­tados, não pode e não deve mais ficar preso aos bonssentimentos e à boa vontade de correntes espa~sas quereivindicam migalhas e obtêm apenas compreensão eboa vontade.

Ê necessário que se crie uma filosofia própria, comcontornos definidos e bandeira de luta, capaz de mostrarsua força e de se impor perante as outras esferas gover­namentais. Ao invés de pedir favores e de implorar miga­lhas, os Municípios podem e devem virar a mesa, denun­ciando o chamado sistema federativo como sendo o seugrande algoz, seu grande carrasco.

Conclamo os Srs. Prefeitos e Vereadores e os demaisbrasileiros que realmente se preocupem com os Municí·pios a examinarem um assunto que nosso povo e nossospolíticos foram totalmente condicionados a aceitar como

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Agosto de 1983

sendo a própria salvação para todos os males. É o cha­mado sistema federativo, ou "a nossa querida Fede­ração", como é comumente chamada a nossa forma deEstado por todos os setores do nosso mundo administra­tivo e político.

o Sr. Antônio Dias - Permite-me V. Ex' um aparte?

O SR. RAUL FERRAZ - Com muito prazer. Depu­tado Antônio Dias.

O Sr. Antônio D~as - Nobre Deputado Raul Ferraz, aBahia, sempre sábia, mostrou-se mais sábia ainda quan­do mandou para esta Casa o ilustre homem público, di­nâmico Prefeito da grande cidade de Vitória da Conquis­ta: V. Ex', que traz ao debate um tema da mais alta signi­ficação para a autonomia dos Municípios. Querocongratular-me com V. Ex' e dizer-lhe que, enquanto opoder for decididamente concentrador, jamais terão osMunicípios a verdadeira independência e a autonomiade que carecem e pelas quais V. Ex' e muitos outros Par­lamentares batalham nesta Casa. V. Ex' tem o nossoapoio e, no momento em que este Congresso discutir es­sas idéias que nos traz, haveremos de outorgar a autono­mia a esses Municípios, a fun de que eles - como o seu,de Vitória da Conquista, como o meU, a minha queridaMontes Claros, e tantos outros pelo Brasil afora - ja­mais venham de pires na mão buscar dinheiro dos cofrespúblicos estaduais ou federais. Quero, como exemplo, ci­tar um fato extremamente grave. Não sei se também noEstado de V. Ex' ocorreu isso, mas os Municípios minei­ros, no mês passado, receberam cerca de 50% apenas dacota do Fundo de Participação dos Municípios a que ti­nham direito. Em determinados Municipios, como o deJaraúba, o Fundo de Participação dos Municípios nãodá nem para a folha de pagamento dos funcionários.Esta é uma situação extremamente grave, que precisa­mos denunciar a todas as camadas da sociedade brasilei­ra. É preciso que o Município conquiste a sua autono­mia. Por isso o debate da matéria que V. Ex' traz a estaCasa é muito oportuno. Amanhã haveremos de vencer,concedendo a autonomia ao seu Município, Vitória daConquista, btm como a todos os Municípios brasileiros.

o SR. RAUL FERRAZ - Agradeço o aparte aonobre Deputado Antônio Dias e incorporo-o ao meudiscurso. Fico muito alegre em saber que V. Ex' tambémengrossará as fileiras dos que lutam pelo municipalismono Brasil.

Os Prefeitos e Vereadores, bem como as organizaçõesmunicipalistas devem analisar esse sistema com indis­pensável senso crítico e com o devido cuidado, buscandoencontrar as pretensas vantagens que têm os Municípiosbrasileiros em viver numa federação.

Já disse eu anteriormente, em discurso proferido destaTribuna, que o sistema federativo não interessa aos Mu­nicípios brasileiros. Sei que ele é muito bom e até mesmouma condição sine qua non para os Estados-membros. Epode, eventualmente, interessar ao Governo Federal.Com certeza, porém, em nada interessa aos Municípios.

O dogma que se criou em torno do sistema federativo,aliado ao completo desconhecimento quanto às formasde Estado, leva a um enorme engano na conceituação depaís unitário, o qual, para o brasileiro de modo geral,significa governo de uma pessoa só, ou centralização ex­cessiva do poder.

O desconhecimento leva à confusão entre forma de es­tado e forma de governo, dois capítulos bem distintos daciência política.

País unitário, na verdade, é aquele que não é divididoem estados-membros, qualquer que seja a sua forma degoverno. Centralização ou descentralização pode ocor­rer em qualquer forma de estado, federativo ou unitário.O globo terrestre está cheio de países unitários descen-

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

tralizados, e, entre os poucos federativos, encontramostambém os centralizados e os descentralizados.

Ora, as dificuldades vividas pela nossa administraçãopública situam-se exatamente no fato de sermos um paísfederativo. E federação, no Brasil, é um luxo incom­preensível, por excessivamente caro e debilitador dosnossos esforços e das nossas riquezas.

Quem se der ao trabalho de comparar uma Consti­tuição estadual com a Lei Orgânica dos Municípios, háde verificar, concretamente, que o Estado-membro ounão deveria existir, ou, a persistir essa figura inútil, deve­ria haver uma inversão no quadro tributário. Os Municí­pios devem arrecadar o que os Estados-membros arreca­dam, e estes poderiam contentar-se com os míseros per­centuais de que dispõem os Municípios na receita total.

Um dos temas que já parecem tranqüilos, dentro dapropalada reforma tributária, é o de que os recursos de­vem ser destinados aos três níveis de governo, proporcio­nalmente aos encargos e atribuições que a cada um ca­bem.

Tais encargos, tais atribuições constam da Consti­tuição Federal e das estaduais, bem como da Lei Orgâni­ca dos Municípios. Os arts. 89 e seguintes da Carta Mag­na do País mostram o rosário imenso de normas e de dis­positivos que parece não ter fim e que dita a competênciada União. Podemos dispensar a leitura desses dispositi­vos, por demais conhecidos.

Mas vale a pena comparar, no Plenário, as competên­cias dos Municípios e dos Estados, constantes das leis or­gânicas e das Constituições estaduais. Vejamos o que diza Lei Orgânica dos Municípios da Bahia sobre a compe­tência municipal, comparando-a, em seguida, com acompetência do mesmo Estado, contida em sua Consti­tuição.

Ouço, com prazer, o nobre Deputado Alcides Lima.

O Sr. Alcides Lima - Nobre Deputado Raul Ferraz,ilustre representante do povo baiano, quero associar-mea V. Ex', quando defende a autonomia e a valorizaçãodos Municípios como células básicas de toda a estruturafederativa. É exatamente através do fortalecimento doMunicípio que nós fortalecemos o sistema federativocomo um todo, porque ele é o gerador de toda a dinâmi­ca política, social e econômica desse sistema. Quando V.Ex' inclui a reforma tributária como um dos caminhospara alcançar esse objetivo, completa, de forma brilhan­te, o pensameJ;lto de valorização dos Municípios e, porconseguinte, do fortalecimento da Federação. Eu incluo,neste particular, os Territórios Federais, que precisamser incorporados na reforma tributária, porque a lei queregulamenta a política tributária dos Territórios e doDistrito Federal também é anacrônica, é draconiana eatenta contra os interesses da Federação. Congratulo-mecom V. Ex' por seu brilhante discurso.

O SR. RAUL FERRAZ - Agradeço ao nobre Depu­tado o seu brilhante aparte, que incorporo ao meu dis­curso.

Prossigo, Sr. Presidente:

"DA COMPETÊNCIA DO MUNICIPIO

Art. 37. Compete, privativamente, ao municí­pio, prover a tudo quanto respeite ao seu peculiarinteresse, cabendo-lhe, dentre outras atribuiçõesprevistas nesta lei, as seguintes:

1 - Administrar seu patrimônio;2 - Instituir e arrecadar tributos;3 - Fixar e cobrar tributos;4 - Elaborar o orçamento;5 - Organizar o quadro de pessoal e estabelecer

o regime jurídico de seus servidores;6 - Dispor sobre organização, concessão, per­

missão, autorização e execução de seus serviços;

Sábado 6 6807

7 - Prover sobre:a) Abastecimento de água;b) Iluminação pública;c) Esgotos;d) Mercados, feiras e matadouros;e) Vigilância;f) Prevenção e extinção de incêndio;8 - Constituir servidões necessárias aos seus ser­

viços;9 - Adquirir bens, inclusive mediante desapro­

priação, por necessidade pública ou interesse social;10 - Planejar e promover o desenvolvimento in­

tegrado;11 - Regulamentar as construções, loteamento e

arruamento;12 - Regulamentar a utilização dos logradouros

públicos e especicialmente na zona urbana:a) Determinar o itinerário e os pontos de para­

da dos coletivos;b) Fixar os locais de estacionamento dos veícu­

los;c) Conceder, permitir ou autorizar serviços de

transportes coletivos e de táxis e fixar as respectivastarifas;

d) Fixar e sinalizar os limites das "zonas de si­lêncio" e de trânsito e tráfego em condições espe­ciais;

e) Disciplinar os serviços de carga e descarga efixar a tonelagem máxima permitida a veículos quecirculem em vias públicas;

13 - Prover sobre limpeza das vias e logradou"ros públicos, remoção e destino do lixo e de outrosresíduas de qualquer natureza;

14 - Prover sobre cemitérios e serviços de sepul­tamento e fiscalizar os cemitérios particulares;

15 - Regulamentar, licenciar e fiscalizar a afi­xação e distribuição de cartazes e anúncios ou dequalquer outro meio de propaganda;

16 - Fixar horário de funcionamento de estabe­lecimentos comerciais, industriais e similares, obser­vada a legislação federal;

17 - Sinalizar as vias e as estradas municipais,bem como regulamentar e fiscalizar a sua utilização;

18 - Dispor sobre registro, vacinação e capturade animais objetivando a erradicação da raiva e ou­tra doença de que possam ser portadores ou trans­missores;

19 - Dispor sobre apreenção, depósito e vendade animais e mercadorias por transgressão da legis­lação municipal;

20 - Estabelecer e aplicar penalidade por vio­lação de suas leis;

21 - Manter a tradição de festas populares;22 - Dar assistência aos presos pobres não sen­

tenciados.Art. 38. Ao Município compete, concorrente­

mente com o Estado:1- Zelar pela saúde, higiene e segurança públi­

ca;2 - Promover a educação, a cultura e a assistên­

cia social;

3 - prover sobre a defesa da flora e da fauna, as­sim como dos bens locais de valor histórico, artísti­co, turístico ou arqueológico;

4 - prover sobre a extinção de incêndios;5 - conceder licença ou autorização para aber­

tura e funcionamento de estabelecimentos indus­triais, comerciais e similares;

6 - fiscalizar, nos locais de venda direta ao con­sumidor, as condições sanitárias dos gêneros ali­mentícios;

7 - fazer cessar, no exercício do poder de políciaadministrativa, as atividades que violarem as nor-

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6808 Sâbado 6

mas de saúde, sossego, higiene, segurança, funcio­nalidade, estética, moralidade e outras de interesseda coletividade.

§ 19 Sempre que conveniente ao interesse públi­co, os serviços previstos neste artigo, quando execu­tados pelo Estado, terão um caráter regional com aparticipação dos Municípios da região; na sua insta­lação e manutenção.

§ 29 Os Municípios poderão organizar e man­ter guardas municipais para colaboração na segu­rança pública, subordinadas à Polícia Estadual naforma e condições regulamentares.

Art. 39. O Município poderá eleger ao Estado,mediante convênio, os serviços de competência con­corrente de sua responsabilidade a que se refere estalei, desde que lhe assegure os recursos necessários.

Art. 40. Ao Município é facultado celebrarconvênios com o Estado ou a União para a pres­tação de serviços de sua competência, quando lhefaltarem recursos técnicos ou financeiros, ou quan­do houver interesse mútuo.

Parágrafo único. Quando, nos termos do art.107 da Constituição do Estado, o território de umMunicípio, ou parte dele, for declarado área de rele­vante interesse para a execução do plano de desen­volvimento econômico e social, o Município con­vencionará com o Estado a realização dos serviçosincluídos nos respectivos planos de desenvolvimen­to.

Art. 41. Os Municípios poderão consorciar-separa a realização de obras ou serviços de interessecomum.

Parágrafo únioo. Lei especial disporá sobre aorganização dos serviços de interesse comum na re­gião metropolitana de Salvador.

Art. 42. A concessão de serviço público só seráfeita com autorização da Câmara Municipal, me­diante contrato, precedido de concorrência. A per­missão, sempre a título precário, será outorgada pordecreto, após edital de chamamento de interessadospara escolha do melhor pretendente.

§ 19 Serão nulas de pleno direito as concessõese permissões, bem como qualquer autorização paraexploração de serviço público, feitas em desacordocom o estabelecimento neste artigo.

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

§ 29 Os serviços concedidos ou permitidos fica­rão sempre sujeitos à regulamentação e fiscalizaçãodo Município, c~bendo ao Prefeito aprovar ospreços respectivos.

§ 39 O Município poderá revogar a concessãoou permissão desde que os serviços sejam executa­dos em desconformidade com o contato ou ato, bemcomo aqueles que se revelarem manifestadamenteinsuficientes para o atendimento dos usuários.

§ 49 As concorrências para a concessão de ser­viços públicos deverão ser precedidas de amplapublicidade, inclusive em jornais da Capital, me­diante edital ou comunicado resumido.

Art. 43. Os preços dos serviços públicos ou deentidade pública, explorados diretamente pelo Mu­nicípio ou por órgão de sua administração descen­tralizada, serão fixados pelo Executivo, cabendo àCâmara Municipal apenas definir os serviços queserão remunerados pelo custo, acima do custo eabaixo do custo, tendo em vista o seu interesse eco­nômico social.

Parágrafo único. Na formação do custo dosserviços de natureza industrial computar-se-ão,além das despesas operacionais, as reservas para de­preciação e reposição dos equipamentos e insta­lações.

DA COMPETBNCIA DO ESTADO(Constituição do Estado da Bahia)

Art. 69 Competem ao Estado da Bahia, em seuterritório, todos os poderes que, explícita ou impli­citamente, não lhe sejam vedados pela ConstituiçãoFederal.

Art. 79 A lei regulará o sistema tributário esta­dual com observância da Constituição Federal, dasleis complementares da União e das normas geraisde direito financeiro.

§ I" Além dos impedimentos indicados no itemIII do art. 19 da Constituição Federal, o Estado nãofará incidir impostos em agências telegráficas nacio­nais, empresa de televisão e radiofusão, nem sobredistribuição de jornais e periódicos.

§ 29 Lei ordinária fixará as alíquotas e base docálculo das contribuições ou tributos exigíveis emrazão de competições esportivas.

Agosto de 1983

Art. 89 A lei disporá sobre a organização admi­nistrativa do Estado, seus serviços públicos e pes­soal da administração, observados os princípios doartigo 13 da Constituição Federal."

Posso garantir aos senhores que quem lê a Consti­tuição Federal, no capítulo dos encargos, da competên­cia da União e, em seguida, a Lei Orgânica dos Municí­pios simplesmente ao ver o que compete ao Estado, deacordo com a Assembléia Legislativa. A ele nada compe­te. Então, os encargos são da União e dos Municípios,daí por que estes devem ter os recursos de que dispõe oEstado. Deve haver uma inversão. Esta, a minha propos­ta. Na reforma tributária, o que cabia ao Estado deve ca­ber ao Município, e vice-versa. Os Estados podem, per­feitamente, se contentar com os míseros 2 ou 3% de que oMunicípio dispõe.

Tem o aparte V. Ex~, nobre Deputado Nilson Gibson.

o Sr. Nilson Gibson - Nobre Deputado Raul Ferraz,V. Ex\ com a experiência, inteligência e cultura que de­monstrou quando administrou a Prefeitura de Vitória daConquista, traz hoje ao debate um assunto de grande im­portância, que se refere à estrutura da Federação, princi­palmente no tocante aos Municipios, celula mater denossa forma de Estado. Queria pedir licença a V. Ex~

para fazer um registro, que atinge também o Estado daBahia; e que diz respeito à visita do Presidente em exercí­cio, Dr. Aureliano Chaves, à cidade do Recife no dia deontem, quando, na reunião da SUDENE liberou a im­portância de 131 bilhões de cruzeiros à região nordesti­na. O Presidente em exercício, Dr. Aureliano Chaves, noseu pronunciamento feito ontem, na SUDENE, na cida­de do Recife, após exposição de motivos feita pelo Mi­nistro do Interior, Mário Andreazza, disse da necessida­de de se cumprirem os compromissos que envolvem a li­beração dos recursos que anunciou, no montante de Cr$131.874.783,944 em programas para a região. Ainda, li­berou o Presidente o FME e FPM, para a área nordesti­na, sem descontos. Ao destacar o seu compromisso desolidariedade com a região nordestina, o Presidente Au­reliano Chaves lembrou que, ao falar diante de Governa­dores, a sua responsabilidade se tornava ainda maior, eexternou a sua preocupação com o cumprimento doscompromissos, ora assumidos, afirmando de maneira ex­pressa: "é fundamental que o que está escrito seja trans-

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Agosto de 1983 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 6 6809

CONVf:NIOS

RECURSOS DESTINADOS AOS ESTADOS DO NORDESTE NESTA DATA 4-8-83

formado em responsabilidade". E o que está escrito é o seguinte:

O SR. RAUL FERRAZ - O que não invalida o tra­balho.

O SR. RAUL FERRAZ - Sr. Presidente, Srs. Depu­tados, vou pedir dispensa da leitura do rosário imensodos encargos e atribuições que pertencem aos Municí­pios e dos poucos - são três artigos e dois parágrafos ­que ditam a competência dos Estados. Peço aos ilustresDeputados que leiam, com cuidado, a parte da Consti­tuição que trata da competência estadual. Trato aqui daConstituição do Estado da Bahia, mas as Constituiçõesde todos os Estados são muito parecidas. Todas elas, aoinvés de dizer o que o Estado pode fazer, dizem o que elenão pode fazer. A competência do Estado é, então, nega­tiva. Remeto os ilustres Deputados às Constituições Es­taduais para verificarem que, com três artigos, é liquida­da a competência do Estado. O Estado não pode fazer is­so, não pode fazer aquilo. Essa é a competência do Esta­do. Quem quiser leia e depois diga se o Deputado RaulFerraz tem ou não razão.

Ora, Sr. Presidente, Srs. Deputados, quem lê na Cons­tituição Federal os poderes da União, digo, a sua compe­tência, e, em seguida, lê também a Lei Orgânica dos Mu­nicípios de um Estado-membro, facilmente concluiráque o que se gasta com os Estados no Brasil é simples­mente o elevado preço pelo luxo de sua existência, pois, àexceção de uns pequenos encargos em que ele tem com­petência concorrente com os Municípios - diga-se depassagem - em atividades que ou já o são ou poderiamser exercidas por estes, nada mais compete aos Estadosalém da aplicação de mais de um terço da receita nacio­nal na manutenção de sua corte.

Podemos imaginar esses recursos entregues aos Esta­dos, se estivessem em poder dos Municípios. Teríamosmuitos Municípios, ou cidades, de nível europeu. Seriaaberto um enorme mercado de trabalho neste País, poisque os administradores locais teriam condições de con­tratar equipes técnicas em todos os setores e atividades,ao invés de concentrar os nossos profissionais nos sun­tuosos palácios de Governo, nas Secretarias e nas empre­sas públicas ou de economia mista, mesmo nas grandesindústrias que ficam nos grandes ceritros, exatamenteporque é para lá que vão os recursos arrecadados no in­terior, que sofre, assim, o grande impacto do esvazia­mento econômico, cultural e populacional.

Tenho estudado· razoavelmente o problema da refor­ma tributária. Tenho visto excelentes propostas que vãodesde o federalismo fiscal até o simples aumento de alí­quotas, ou ainda transferência de determinados tributosde uma área governamental para outra.

Fato é, no entanto, que não se conhece exemplo, emnenhum país do mundo, em que os Municípios sejam tãomaltratados. Nos países federativos, pelo menos atéonde conseguimos tomar conhecimento, os Municípiosarrecadam mais do que os Estados. Estados Unidos eAlemanha são exemplos bem conhecidos. Já nos paísesunitários, a parte que nos federativos fica para os Esta­dos pertence aos Municípios.

E termino o meu pronunciamento com a seguinte in­dagação: por que no Brasil os Municípios têm de se con­tentar com míseros dois ou três por cento, enquanto os

O Sr. Antônio Câmara - Serei breve, nobre Deputa­do. Quero apenas solidarizar-me com V. Ex' pela impor­tância do tema que aborda, a reforma tributária nacio­nal, que é hoje - pode-se dizer - imperativo de caráternacional. E V. Ex' hoje conseguiu um tento sem prece­dentes: recebeu, de um representante mineiro, da sensa­tez e da sabedoria mineiras, todo o respaldo, com argu­mentos que acorreram em seu socorro, através do apartedo Deputado Antônio Dias, que comungou com V. Ex'Este Governo, concentrador de rendas, segundo pala­vras de S. Ex', não pode escravizar o Município, que é acéllula mater da sociedade brasileira. Congratulo-mecom V. Ex' pela abrangência do tema que aborda e pelaseriedade com que o trata, tema hoje discutido em todo oPaís.

800.000.000,00

3.000.000.000,00

Cr$

5.874.000.000,00

15.200.000.000,00

28.987.000.000,0053.861.000.000,00

78.000.000.000,00

13.738.944,00131.874.738.944,00

O Sr. Nilson Gibson - Realmente ainda não é o essen­cial, para o Nordeste, onde estamos há cinco anos comuma seca tenaz, que prejudica sensivelmente a situaçãodos 9 Estados nordestinos. Essas medidas adotadas on­tem pelo Governo vão apenas minimizar o problema.Foi aquela promessa que o Presidente Figueiredo fez, nodia 19 de junho, em resposta ao silêncio dos Governado­res, ocorrido no dia 28 de maio. Continuo a escutar o seubrilhante discurso, nobre Deputado.

O Sr. Nilson Gibson - Foram cento e trinta e um mi­lhões de cruzeiros, Deputado.

O SR. RAUL FERRAZ - ... dos mil e quatrocentoscafeicultores da nossa cidade, cinco vão alcançar essa so­ma.

O Sr. Nilson Gibson - Deputado Raul Ferraz, ontema liberação foi da ordem de cento e trinta e um milhões. .

O SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Lembro aonobre orador que dispõe de apenas 5 minutos para con­cluir seu pronunciamento.

O SR. RAUL FERRAZ - Ouço o nobre DeputadoAntônio Câmara.

15 bilhões 200 milhões decruzeiros

28 bilhões 987 milhões decruzeiros

17 bilhões de cruzeiros17 bilhões de cruzeiros28 bilhões de cruzeiros16 bilhões de cruzeiros78 bilhões de cruzeiros

1. SEPLANParticipação da União no Capital daALCANORTE 800 milhões de cruzeiros

2. SEPLAN/BNDESPAR/Governos EstadulÚ!lFundo de participação para apoio às pequenas emédias empresas para Participação acionária 3 bilhões de cruzeiros

3. Ministério da FazendaCEF/FAS(Bahia - Ceará - Paraíba - Piauí - RioGrande do Norte - Sergipe) 5 bilhões 874 milhões de

cruzeiros

5. Ministério da SaúdeRecursos do FINSOCIAL através do InstitutoNacional de Alimentação e Nutrição(Maranhão - Piauí - Ceará - Rio Grande doNorte - Paraíba - Pernambuco - Alagoas -Sergipe - Bahia - Minas Gerais) .

4. Ministério dos Transportes - TransportesUrbanos/EBTU(Piauí - Sergipe - Paraíba - Alagoas - Ceará- Rio Grande do Norte - Pernambuco -Bahia) - Recursos da União: .

SUBTOTAL: .6. SEPLAN/BNDES

Apoio às Pequenas e Médias Empresas .Apoio às Prefeituras Municipais .Desenvolvimento do Semi-árido .Conservação e melhoria das Estradas Vicinais .

TOTAL: .7. MEC/INAE

. RECURSOS DO PROGRAMA NACIONALDE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR/83, PARAESTADOS DO NORDESTE, CASTIGADOSPELA SECA: .

TOTAL: .

Foi o primeiro ato que S. Ex' anunciou, em benefícioda região. Queria dizer a V. Ex' que os nove Estadosnordestinos, incluindo Minas Gerais na parte norte, fica­ram eufóricos com as medidas do Governo. Muito gratopela sua atenção.

O SR. RAUL FERRAZ - Agradeço a V. Ex' peloaparte, que incorporo ao meu discurso, com muito pra­zer. Devo dizer que V. Ex' tratou do problema nordesti­no, quando o meu discurso procura ser mais abrangente,procura ser de âmbito nacional. Quanto aos cento e qua­renta milhões de cruzeiros liberados para o Nordeste, éde se louvar essa providência. Porém, faço uma obser­vação. Certa feita, Prefeito de Vitória da Conquista, as­sisti o Presidente Figueiredo, numa reunião da SUDE­NE, ser ovacionado durante quase cinco minutos pelosgovernadores e outras autoridades por liberar determi­nada soma, cujo montante me foge à memória, comosendo a salvação para o Nordeste. Prontamente umapessoa que estava ao meu lado fez o cálculo, converteuaquela importância e constatou ser ela menor do que asafra de café de Vitória da Conquista que estava sendocolhida. Fora, no entanto, considerada como a salvaçãodo Nordeste.

É o caso destes cento e quarenta milhões. Nós estamostambém às vésperas da colheita de uma safra de café,coincidentemente, e posso dizer que...

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6810 Sábado 6

Estados, que praticamente não têm encargos ou atri­buições, são aquinhoados com mais de um terço dos re­cursos totais?

Com a resposta os que pensam de maneira diferente.(Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Concedo a pa­lavra ao Sr. Deputado Airton Soares. (Pausa.)

Não está presente.

O SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Concedo a pa­lavra ao Sr. Deputado Denisar Arneiro.

O Sr. Denisar Arneiro (PMDB- RJ. Pronuncia o se­guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, em1974, no Governo Geisel, o então Ministro dos Trans­portes, General Dirceu Nogueira, anunciou a construçãode uma ferrovia que seria considerada, pelo seu traçado,pela sua audácia arquitetônica e pela sua importância, asalvação da economia nacional. Esta ferrovia teria con­dições de transportar, quando pronta, até 100 milhões detoneladas por ano.

Nós, transportadores rodoviários, procuramos conhe­cer, de imediato, no Ministério dos Transportes, os pIa­nos desta ferrovia que seria implantada no Brasil e queseria considerada a maravilha do mundo moderno. Ten­tamos levantar, no Ministério dos Transportes, todo oseu plano de construção, e qual não foi a nossa surpresaquando fomos informados de que os planos finais aindaestavam sendo executados, embora a construção já ti­vesse sido iniciada, pois sabiam onde iniciar e onde ter­minar. A parte complementar da obra, que seria a cons­trução e o traçado do leito ferroviário, seria projetada àmedida que as diversas fases da obra fossem implemen­tadas.

A ferrovia, que recebeu o nome de "Ferrovia do Aço",foi apelidada posteriormente pelo Ministro de "Ferroviados 1000 Dias."

De acordo com o projeto inicial, a ferrovia ligaria BeloHorizonte a São Paulo. Porém, logo após o início da suaconstrução, constatou-se que, em virtude do alto valorda obra, o Brasil não teria condições de implantar a idéiaoriginal. Foi, então, o plano reformulado, passando oprojeto a ligar Belo Horizonte a Volta Redonda, com oencurtamento da distânc-!d em 50% (cinqüenta por cen­to), a um custo ..~t;mado em 9 bilhões e 42 milhões decruzeiros. Anos após, em 1979, mais um trecho foi aban­donado: Belo Horizonte - Jeceaba.

Era tão absurdo o valor do investimento que, emboravivêssemos na época do chamado "Milagre Brasileiro",escrevemos, em janeiro de 1975, um artigo na "RevistaBR", especializada em transportes, em que denunciamoso projeto.

Afirmamos, naquela época, que o custo da ferrovia,do início da sua construção até a sua operação a plenacarga, chegaria a 95 bilhões de cruzeiros, isto é, o mesmovalor do Orçamento brasileiro para o ano corrente de1975.

Constatávamos, na época, que, se somássemos o quetínhamos gasto na construção e pavimentação de toda aRede Rodoviária Federal até aquela época, incluindo aponte Costa e Silva, este valor estava ainda muito longe

.dos 95 bilhões de cruzeiros que, prevíamos, iria custar aFerrovia do Aço. Considerávamos que, naquela época,em que o País era considerado um mar de tranqüilidadee de progresso, iríamos praticar uma loucura. Daí a nos­sa ousadia em afirmar que a denominada "Ferrovia dos1000 Dias" somente seria inaugurada no decorrer da dé­cada de 1980, se saísse...

Hoje, o Sr. Ministro dos Transportes declara que até ofinal de dezembro de 82 foram investidos 56 bilhões decruzeiros, que, somados aos 15 bilhões destinados até de­zembro de 83, já chegam a um total de 71 bilhões de cru­zeiros.

DlÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Como, Sr. Presidente e Srs. Deputados, um simples emédio empresário brasileiro podia prever que esta obrafaraônica seria uma sangria permanente para o nossoTesouro? Porque enxergávamos que o País gastandodólares inclusive para a importação de maquinarias es­pecializadas para a perfuração de túneis, num total de 51quilômetros, e construção de mais de 90 pontes - (algu­mas também com quilômentros de extenção) - iríamosconstruir uma estrada modelo, perfeita, a mais modernado mundo, para transportar não o aço, mas sim minério.O minério, que é a mercadoria mais barata do mundo,seria transportada na estrada mais cara do mundo.

As nossas críticas, porém, como as de muitos outros,caíram no vazio, com a argumentação de que o nossoposicionamento resultava apenas de um sentimento anti­ferroviarista, esquecendo-se de que somos, antes de ro­doviaristas, transportadores de carga, e que transportarminério não era nossa especialidade.

Ninguém, Sr. Presidente e Sr. Deputados, ninguém doGoverno teve a coragem de obstar esta loucura, que ago­ra resulta em problemas insolúveis para o próprio Go­verno.

A Ferrovia do Aço já foi paralisada em 1976 e em1978, sempre, porém, recomeçando suas obras com cus­tos cada vez maiores.

Ano após ano, comprova-se a necessidade da recons­trução de muitos trechos, em decorrência de aterros des­barrancados, cabeças de ponte desmoronadas, indo, aolongo destes também longos anos, o Tesour.o desembol­sando o dinheiro que não tinha e não tem para o términodesta obra.

Queremos aqui abrir um parêntese para reproduziruma afirmação do Sr. Ministro do Planejamento nestaCasa, em 28/06/83, disse o Sr. Ministro: "A contraparti­da desse endividamento pode ser aceita, de um lado,como tendo nos ajudado a financiar alguns grandes pro­jetos, como se fez desde 1974; mas, de outro lado, não épossível ignorar que realmente esses projetos empurra­ram para cima a dívida externa".

Queremos, Sr. Presidente e Srs. Deputados, solicitar acompreensão de V.Exas, para reproduzirmos, no nossopronunciamento, parte da reportagem, elaborada pelarevista "Veja" desta semana, sobre a Ferrovia do Aço,que retrata com fidelidade a história da sua construção.Consideramos importante, além do registro da reporta­gem nos Anais desta Casa, trazermos o tema para deba­te.

Tem o aparte V. Exa.

O Sr. Jorge Carone - V. Exa. traz um assunto real­mente muito sério à Casa. Sou mineiro e autor da lei quecriou a METAMIG, Metais de Minas Gerais S/A, e queprevê a construção de uma ferrovia ligando a orla maríti­ma ao quadrilátero ferrífero. Queria dizer a V. Exa. queMinas Gerais vem sendo explorada há muitos anos. Noprincípio, era os portugueses que levavam daqui umaquantidade fabulosa do nosso ouro. Depois, foram asnossas matérias-primas, o minério, o manganês etc. En­tão, a grande vantagem desta obra é que ela pode ser de­pois, eletrificada. Não vamos cometer o mesmo erro deabrir e pavimentar estradas, que dependem, depois, demanutenção muito cara. Então, entendo que a ferrovia,apesar de muito combatida, no futuro poderá prestargrandes serviços, porque é um meio de transporte maisbarato e que poderá resolver o problema da ida do mi­nério e da volta de produtos manufaturados. Minas estácansada de ser explorada. Não só São Paulo e outros Es­tados brasileiros recebem o nosso minério - o manga­nês e a bauxita a preço de banana - mas omundo intei­ro. Então, acho que temos direito a alguma parcela.

O SR. DENISAR ARNEIRO - No prosseguir domeu pronunciamento, exatamente no que vou dizer ago­t8, V. Ex' vai ter um esclarecimento sobre a nossa po­sição.

Agosto de 1983

. A reportagem, titulada "Fim de um Mamute", nosubtítulo "Sem Estudo", diz o seguinte:

"A história da Ferrovia do Aço é de certa maneira umbom retrato da imprevidência do que se denominou"Milagre Brasileiro". A persistência com que a obra foimantida durante oito anos é o exemplo da fase em que o"Milagre", tendo terminado, poderia ter sido impedidode transformar-se em pesadelo. O fato da obra só ter pa­rado na semana passada, depois de consumir mais de 2bilhões de dólares, explica por que há hoje no País umverdadeiro pesadelo.

A idéia de se construir essa superferrovia sugiu em1972, quando o Brasil crescia a 11% ao ano. O Engenhei­ro Eliseu Resende era então diretor do DNER e o Minis­tro Mário Andreazza estava na Pasta dos Transportes.Realizou-se um estudo de viabilidade que baseou-se qua­se que exclusivamente em estudos econômicos - semque houvesse um real estudo de engenharia. Mais t'arde,quando o quilômetro da obra ficou cerca de vinte vezesmais caro que a quantia estimada no estudo, pagou-se opreço da falta de pesquisas adequadas na área de enge­nharia: considerara-se econômicamente viável uma fer­rovia sem se dar o devido peso à região montanhosa pelaqual ela passaria.

A obra foi iniciada em 1975, depois de ganhar no en­tão Ministro dos Transportes, Dirceu Nogueira, um de­fensor entusiástico - mas ainda aí não havia um projetode engenharia pronto, algo inédito no País para um tra­balho de tal vulto. A essa época, batizou-se a obra de"Ferrovia dos 1.000 Dias", ou seja, ela deveria ficarpronta em 1978. Não ficou. O que havia, em 1978, eraum amplo estudo da diretoria da Rede Ferroviária Fede­ral - o primeiro a alcançar o nível de importância daobra - no qual concluía-se que a estrada era econômica­mente inviável. Essa conclusão era defendida pelo entãoMinistro da Fazenda, Mário Henrique Simonsen, paraquem a Ferrovia do Aço serviria apenas para "tornarnosso minério o mais veloz do mundo". Anos antes, con­vidado a participar do projeto, o empresário AugustoTrajano de Azevedo Antunes, Presidente da MineraçõesBrasileiras Reunidas, a maior exportadora de minério deferro do País, já refugara, defendendo a conveniência dareestruturação das velhas linhas existentes. .

Considerado inviável pelos técnicos do Governo, colo­cado sob suspeita por um respeitado empresário e ataca­do pelo pelo próprio Ministro da Fazenda, o projeto ti­nha tudo para morrer, mas o seu padrinho, Dirceu No­gueira, manteve-o à tona, até que Simonsen o afogou.Assim, foi paralisado em 1976 e em 1978, por decisão doPresidente Ernesto Geisel, praticamente colocado de la­do. A ferrovia, porém, resurgiu das cinzas em 1979. Aessa altura não só o Brasil não ostentava mais as taxas decrescimento de 1972, como também a economia mundialjá sofria o segundo choque do petróleo. Mas o mineiroEliseu Resende - que mais tarde seria candidato ao Go­verno de seu Estado pelo PDS - estava então no Minis­tério dos Transportes e acreditou que a obra poderia serfinanciada pelo Banco Mundial.

Em maio de 1980 Resende foi para os Estados Unidosnegociar 400 milhões dólares para a obra, cujo custo, à­quela altura, estava estimado em 3 bilhões de dólares.Em Washington, Resende foi nocauteado. Os técnicosdo Banco Mundial disseram-lhe, com todas as letras, queo projeto não era conveniente para o Brasil do ponto devista econômico e, por isso, não iam emprestar o dinhei­ro pedido. Repetiram, portanto, o que dissera a Rede,assegurara Simonsen, sugerira Antunes e aconselhara asituação da economia mundial. Mesmo assim, Resende eas empreiteiras que estavam na obra não desistiram.

Sem recursos externos e com a caixa nacional co­meçando a ratear, o Ministério dos Transportes exauriuboa parte de seus recursos na ferrovia. Como fizesse isso.praticamente cortou o acesso do Brasil a financiamentos'·

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Agosto de 1983

do Banco Mundial na área de transportes, pois a insti­tuição não podia dar dinheiro a juros baixos a um paísque insistia em queimar recursos numa obra consideradainviável. Aos trancos e barrancos as obras prosseguiram,às'custas da pauperização do orçamento dos transportes.

Em maio de 1981, o Presidente João Figueiredo visi­tou as obras e, num acampamento, em São João Del Rei,garantiu que o Governo continuaria dando recursos."Não posso deixar de terminar a Ferrovia do Aço, nãoposso parar a construção de Tucuruí, não posso parar aconstrução de algumas usinas hidrelétricas. Teremosuma crise energética piorada". Um ano depois, em 1982,o cofre do Ministério dos Transportes estava virtualmen­te seco. Mas antes de paralisar a obra num ano eleitoral,os empreiteiros resolveram bancar as despesas, num ve­lho e vicioso exercício de engenharia contábil, à esperade que em dias melhores, e próximos, o Governo pagasseos atrasados e os juros.

O jogo durou até agora - quando, enfim batido poruma realidade visível desde 1976, o Governo cedeu à ló­gica e conformou-se em entregar os pontos. Durantetodo o período em que a Ferrovia do Aço foi tocada noGoverno Figueiredo, teve a oposição impotente do Mi­nistro do Planejamento Antônio Delfim Netto, que sóhoje, quase ao fim da partida, reedita a proeza de Simon­sen e consegue ver a obra parada. A suspensão ocorrenum momento astucioso. A rigor, faltam de 100 a 200milhões de dólares para que sejam concluídas as grandesobras de abertura de túneis e construção de pontes. Emseguida, faltam de 200 a 400 milhões de dólares para asobras de superestrutura, até a colocação dos trilhos e,num lance final, entra uma conta de 600 milhões de dóla­res para o pagamento de equipamentos de sinalização,eletrificação e locomotivas, compradas ao consórcio in­glês GAC.

Resta, agora, CI problema do que fazer com o mamute.Uma alternativa não descartada, mas que ainda não sesabe se é viável, seria a transferência do equipamento in­glês para a atual "linha do Centro", com o objetivo demodernizá-la. A possibilidade de ser pavimentado o leitoda ferrovia, transformando-a numa estrada de rodagem,parece improvável - não há necessidade, em Minas, deoutra Transamazônica. Se as propostas exóticas sobramentre os defensores da obra, entre os seus críticos tam­bém não falta imaginação. Um deles acha que a ferroviadeveria ficar reservada para a visitação pública. "Seriamuito didático - um verdadeiro monumento à incúriaadministrativa", sugeriu. A hipótese mais provável é opuro e simples abandono da obra".

Porém, Sr. Presidente e Srs. Deputados, 48 horas apósas declarações do Sr. Ministro dos Transportes Cloraldi­no Severo, de que o Governo finalmente tinha chegado àconclusão de que não teria condições econômicas paraprosseguir a construção da referida ferrovia, vem a novanotícia: através de remanejamento de verbas, foram des­tinados mais 15 bilhões de cruzeiros neste ano, para quea construção tenha prosseguimento.

Comprova-se, portanto, que as loucuras continuam econtinuarão a ser praticadas pelo Governo, cujos admi­nistradores ecnômicos e financeiros perderam completa­mente o controle da situação, o que direciona inevitavel­mente para a moratória, que é a única forma de conser­guimos tempo para constatarmos a realidade de nossascontas e, após isso, planejarmos nosso futuro, para ospróximos anos e não mais para o "fechamento" do mêsem curso, sem conserguirmos saldar empr>éstimos venci­dos há mais de 45 dias.

Os nossos credores terão que reconhecer que não po­dem correr o risco de transformar o Brasil numa Améri­ca Central, pois o nosso povo não tem mais furo no cintopara apertar. Mais um aperto colocará em risco o recebi­mento daquilo a que os países desenvolvidos. alegam terdireito.

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Ê imprescindível que o Governo obtenha a credibili­dade junto ao povo, pois será a única forma de atraves­sarmos as dificuldades, que, estamos certos, serão aindapiores. Ê inacreditável, porém, qúe sejam quase que so­mente os representantes das oposições que estejam aler­tando o Governo para as providências que precisa tomarpara a sua própria sobrevivência.

O jornalista Zózimo, na sua coluna do Jornal do Bra­sil, publicada no dia 19 do corrente, deu a seguinte nota:

"Mar de Ro.sas" - Um estagiário da Escola Su­perior de Guerra, depois de ouvir atentamente aspalestras do Ministro Ernane Galvêas e dos Srs.Luiz Sande e Carlos Langoni, chegou à conclusãode que o Brasil vive um momento de grande prospe­ridade. E pelo que ouviu, supõe que o País esteja sepreparando para emprestar dinheiro aos vizinhosmenos favorecidos".

Sr. Presidente, Srs. Deputados, tal afirmativa compro­va que atingimos o clímax do cinismo e da irresponsabi­lidade das nossas autoridades financeiras, que não secontentando em mentir e desmentir diariamente para onosso povo (este sem condições de aferir o que é verdadee o que é mentira), resolveram também enganar uma eli­te do País: Aqueles que cursam a Escola Superior deGuerra, onde talvez os próprios palestrantes já tenhamsido alunos.

o Sr. Nilson Gibson - Permite-me V. Ex' um aparte?

o SR. DENISAR ARNEIRO - Pois não, com muitoprazer.

o Sr. Nilson Gibson - Nobre Deputado, Denisar Ar­neiro, conheço V. Ex', um dos mais autênticos Líderesdos transportadores de carga que temos no País e quecom essa representação chegou a esta Casa. Os transpor­tadores de carga, evidentemente. são uma das categoriasda atividade econômica mais sensivelmente prejudica­das. O pronunciamento que V. Ex' traz a debate nestaCasa é um dos mais importante no concernente à cons­trução da Ferrovia do Aço. V. Ex' fez um cronogramadessa obra, desde o ano de 1978, e o vem delineando atéa data presente, demonstrando que aquela época estavano calendário como a da entrega aos interesses na utili­zação da Ferrovia do Aço. E hoje, em 1983, praticamen­te não temos ainda prontos 50% da sua construção. V.Ex' examina a ida do Ministro Eliseu Resende aos Esta­dos Unidos, onde nada conseguiu, porque o projeto,tornara-se inviável. Em seguida, faz um relato da suspen­são dos trabalhos, que, todavia, 48 horas depois são libe­rados. O pronunciamento de V. Ex' traça, evidentemen­te, a pressão com que são tomadas determinadas medi­das em vários setores da área governamental. ParabenizoV. Ex' pelo seu discurso.

o SR. DENISAR ARNEIRO - Agradeço a V. Ex',Deputado Nilson Gibson, o aparte.

Prossigo, Sr. Presidente.

Em setembro de 1982, o Sr. Ministro do Planejamen­to, em palestra proferida na Escola de Guerra Naval,afirmou que "Quando um País vai ao "FMI" ele temque estar em dificuldades mesmo; que o fundo impõeque se tenha uma taxa de câmbio ajustada ao nível depreços internos; que o fundo impõe um tipo de políticaque garanta que, em 5, 6, 7 anos se saia da situação emque se encontrava.

Após a ida ao Fundo, afirma-se que em breve teremosnovamente o crescimento da economia e que o "FMI"não quer impor ao. Brasil soluções globais adotadas pe­los técnicos do Fundo".

Com referência'à declaração de insolvência pelo Méxi­co, o Sr. Ministro declarou que não podemos cometer

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equívocos sobre'esse aspecto, visto que não temos auto­suficiência em petróleo e que caso declare-se um DeCant,levaria seis meses para saber onde é que está o dinheiro eficaria sem receber petróleo, porque ninguém dá um litrosequer de petróleo a crédito.

Ouço o nobre Deputado Virgildásio de Senna.

o Sr. Virgildásio de Senna - Nobre Deputado, queroinicialmente retificar o pronunciamento do nobre Líderdo PDS. Entendo que V. Ex' está falando como repre­sentante do povo neste Parlamento, e alia a isso sua ex­periência de transportador responsável no processo eco­nômico brasileiro. Em segundo lugar, permito-me assi­nalar a importância histórica do seu pronunciamento.Está V. Ex' fazendo uma análise do que é capaz o autori­tarismo armado da incompetência. O que V. Ex' está as­sinalando é o mesmo processo de que se serviu o Czar daRússia, Pedro, o Grande, para traçar o ramal ferroviárioque liga duas grandes cidades naquele país: simplesmen­te a espada jogada sobre o mapa. Não é possível, e V.Ex' está assinalando com muita precisão, que uma estra­da como esta, de tamanha importância tenha sido feitaao arrepio do Decreto-lei n9 200, que não permitia ne­nhum inicio de obra sem o seu projeto completo e sem osrecursos necessários e definidos para a sua execução. Oque V. Ex' está denunciando à Casa é o crime de respon­sabilidade do Ministro e do Presidente da República deentão. Seríamos inteiramente favoráveis à Ferrovia doAço, desde que esta atendesse aos reclamos da lei, lei quecabia ao Presidente da República, por juramento públi­co, defender antes de tudo, e não autorizar um Ministroreconhecidamente incompetente, saído não se sabe deonde, a começar um projeto cuja marcha, cujo desca­labro em sua execução é o que V. Ex' está assinalandoem seu discurso. Não há incompatibilidade alguma entretransportadores rodoviários e ferroviários, como se quisassinalar, pela origem profissional de V. Ex' O trabalhode V. Ex', o seu discurso denuncia à Nação a irresponsa­bilidade com que são tomadas decisões transferindo aopovo brasileiro o ônus do seu pagamento, pela incompe­tência, pela improvisação, pela falta de responsabilidade.

o SR. DENISAR ARNEIRO - Agradeço a V. Ex' oaparte.

Com relação à dívida externa, Sr. Presidente, afirmouo Ministro que nós não tínhamos, na época, dívidas im­portantes a curto prazo. Toda a nossa dívida era distri­buída no tempo, direitinho, tudo em oito anos, tudo comquatro anos de carência, não tendo nada que não estives­se registrado. Afirmou também, o Sr. Ministro que noBrasil "se vence a dívida de uma empresa privada - aempresa X tomou um empréstimo externo e não podepagar... - O Banco Central vai lá e paga; vem aqui den­tro e cobra a dívida da empresa". Tal fato, segundo oMinistro, tinha a finalidade de preservar a imagem doPaís de todas as formas, e isso é que fazia diferença, poismostrava para o banqueiro que nós éramos diferentes, eque o "Latin-América" foi um negócio inventado pelosgeógrafos americanos, para simplificar o estudo de geo­grafia nos Estados Unidos.

Hoje, o Banco Central, contradizendo o Sr. Ministro,centraliza todas as operações de câmbio, com a finalida­de de garantir o fornecimento do petróleo ao Brasil,atrasando, se for necessário, o pagamento de compro­missos de empresas privadas no exterior.

Comprova-se, portanto, que a preocupação anteriordo Ministro, em preservar de todas as formas a imagemdo País no exterior, ficou em segundo plano.

O Governo atualmente descarta a sugestão dos trans­portadores que preferem o controle físico do produto(racionamento) ao aumento indiscriminado dos deriva­dos, solução esta sempre adotada pelo Governo visandodiminuir o consumo. Tal medida tem gerado uma in­flação desenfreada. Verifica-se, porém, .que o Governo

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não está preocupado em reduzir a importação e a vendados derivados de petróleo, pois este é um excelente meiode arrecadação, e a queda nas vendas dos derivados im­possibilitaria o Governo de continuar financiando e sub­sidiando vários projetos, que não sabemos quais.

Com relação à estatização da economia, o Sr. Minis­tro, na mesma palestra proferida na Escola de GuerraNaval em 1982, afirmou:

"Nós não vamos caminhar para economia estati­zada, acho que nós vamos caminhar mais para umaeconomia de mercado. Aliás, eu acho que essa éuma das coisas mais importantes que aconteceramem 64. Em 64, o Governo, desde o início, decidiuque a economia seria descentralizada. E foi essa de­cisão que tornou possível começar a construção deuma sociedade politicamente aberta. O que nós vi­vemos hoje, para gosto de alguns e desgosto de ou­tros, essa abertura, só foi possível porque, constan­temente, o Governo manteve o setor privado sólido,forte, sabendo que, ainda que o setor economica­mente descentralizado não conduza, necessariamen­te, a um sistema politicamente aberto, um sistemaeconomicamente centralizado conduz, necessaria­mente, ao sistema totalitário".

Hoje, comprova-se que a nossa economia está aindamais estatizada, que o setor privado está em concordata,e à medida que comprovamos também um sistema eco­nomicamente centralizado, preocupa-nos a afirmação doMinistro de que, necessariamente, seremos direcionadosao sistema totalitário.

Mas os absurdos não param aí.Recentemente foi instituído pelo Decreto-lei n? 2.047,

de 20 de julho de 1983, o empréstimo compulsório paracustear auxílio exigido em decorrência de calamidadepública: ajudar nossos irmãos do Sul, cujos estadosencontram-se inundados pelas águas e afogados pelosproblemas financeiros.

Ocorre, porém, Sr. Presidente e Srs. Deputados, quemais uma vez foram beneficiados os magnatas e os milio­nários deste País. O decreto-lei limitou o empréstimonão somente a 2% do patrimônio líquido do mutuante,mas também à quantia de 60 milhões de cruzeiros.

Ora, Senhores, quem, além dos banqueiros que detêmas grandes fortunas neste País, conseguiu obter, a títulode ingressos isentos, não tributáveis os tributados exclu­sivamente na fonte, importância superior a 1,5 bilhões decruzeiros? O Governo, em contrapartida, devolverá oempréstimo compulsório corrigido apenas na base de40% sobre os 80% do nosso INPC,já devidamente expur­gado.

Mas, Senhores, o que devemos esperar para os próxi­mos anos, quais os motivos que nos impelem a concor­dar com a dramaticidade decorrente de um pedido demoratória?

É concordância geral dos economistas, fàvoráveis oucontra a política do Governo, que as grandes dificulda­des brasileiras decorreram, principalmente, da explosãodos juros internacionais. Tal fato foi provocado, segun­do o ex-Ministro Mário Simonsen, pela "descoorde­nação da política econômica norte-americana: apertomonetário com aumento dos déficits orçamentários".

Sobre este tema, juros internacionais, queremos aquifazer um alerta não somente aos pequenos e médios em­presários, mas também ao povo brasileiro, de que dentrode mais um ano os juros internacionais estarão muitomais caros do que hoje estão.

Há dois anos, quando estivemos nos Estados Unidospudemos verificar que os banqueiros americanos esta­vam captando, a curto prazo, a juros altos e a longo pra­zo a juros mais baixos. No prazo de 6 meses, pagavam

. juros de até 18% aa; em 12 meses, 16% aa; em 2 anos 12%aa; e por 3 anos 10% aa. Voltando aos Estados Unidos,

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

durante o recesso parlamentar, comprovamos que osju­ros, que já alcançaram o patamar mínimo, já começarama aumentar, invertendo a situação de dois anos atrás. Arazão é muito simples. O governo americano, com umdéficit orçamentário previsto de 205 bilhões de dólarespara este ano, começa a entrar no mercado fazendo cap­tação de recursos, e os juros aumentam, à medida que oprazo é maior. Os banqueiros americanos estão apostan­do na alta dos juros para os próximos anos.

Tal fato é tremendamente preocupante, na medida emque o Brasil despende na conta juros (em valores maisbaixos) acima de 10 bilhões de dólares por ano. Com oaumento da taxa de juros, a situação do Brasil no futuroserá ainda pior.

É necessário, portanto, que tenhamos a coragem deconvocar os nossos credores, para dizermos que não so­mos caloteiros, que desejamos pagar nossas dívidas, sim,mas que é necessário um prazo maior. Não podemos fu­gir da realidade brasileira de que primeiro precisamosacertar os nossos problemas internos, para depois, en­tão, findo um prazo nunca inferior a 5 anos, iniciarmos aiiquidação dos nossos compromissos internacionais, cu­jas taxas não poderão estar acima de 6 a 8% aa, sob o ris­co de não podermos honrar os pagamentos.

É necessário, antes de tudo, que o Governo readquiraa credibilidade junto ao povo brasileiro, dando ciênciada gravidade da situação do País, não escondendo nemmanipulando dados, nem mesmo expurgando índicessem dar conhecimento à Nação. Uma solução apontadapor um ex-integrante do Governo, o Dr. Mário Henri­que Simonsen, é a elaboração de um orçamento único,aprovado pelo Congresso Nacional, já que é exigência daabertura democrática que a sociedade, por seus represen­tantes no Legislativo, decida quanto, quando e onde gas­tar. É necessário, em resumo, o restabelecimento dasprerrogativas do Congresso Nacional.

O povo brasileiro, Sr. Presidente e Srs. Deputados, de­monstrou sua solidariedade nos momentos difíceis vivi­dos pela população do Sul do País, provando que êumpovo amigo, ordeiro, que unidos todos demonstraram edirecionaram os órgãos do Governo a tomarem as pri­meiras providências em relação às calamidades. Nin­guém pode negar que todos nós ficamos surpresos com opoder de mobilização demonstrado por este mesmopovo que dividiu o pouco que tinha em prol daquelesmais necessitados. Contribuiu para isso a divulgação nuae crua da situação vivida pelos nossos irmãos do Sul, ra­zão pela qual afirmamos que não faltará apoio destemesmo povo, embora não tenha nenhuma responsabili­dade pelos erros que foram cometidos, apoio ao Gover­no, a partir do momento em que vislumbrar nos seus go­vernantes a credibilidade necessária para fazê-lo supor­tar, mais uma vez, novos sacrifícios.

A continuar tudo como está, este mesmo povo, usan­do o mesmo poder de mobilização que provou ter, per­derá a paciência e dirá um basta ao FMI e ao Governo,com conseqüências desastrosas para a história do nossoPaís, que sempre conseguiu solucionar os seus problemascom paz, com tranqüilidade.

Temos confiança em que o Presidente Figueiredo, quejá passou para a História como o homem da aberturapolítica, não quererá também ser registrado no seu cur­riculum como o Presidente que mais sacrificou o seu po­vo, por insistir em manter à frente do seu Governo ho­mens insensíveis ou incompetentes para atender o povobrasileiro, no mínimo necessário para a sua própriasobrevivência. (Palmas.)

Durante o discurso do Sr. Denisar Arneiro. o Sr.Ary Kffuri. ]p-Secretário, deixa a cadeira da presi­dência. que é ocupada pelo Sr. Fernando Lyra. }p­

Secretário.

o SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Tem a pa­lavra o Sr. Raimundo Leite. (Pausa.)

Agosto de 1983

O SR. RAIMUNDO LEITE (PMDB - SP. Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, nobres Srs.Deputados, aproveitando a oportunidade de pela pri­meira vez falar efetivamente no Grande Expediente, va·mos abordar problema do qual fui grande vítima, já quefui Prefeito Municipal de São Caetano do Sul, no Estadode São Paulo: o empobrecimento dos Municípios.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, na tentativa de evitar arepetição da distorção existente em 1948, época em que aReceita Federal tinha seu orçamento decrescendo grada­tivamente, enquanto o dos Estados e Municípios se de­senvolvia em escala ascendente, o Governo que se insta­lou no País em 1964 elaborou dois anos depois a Refor7.ma Tributária.

Reforma essa em que se incorreu no erro oposto. Porela, o Orçamento da União abocanharia a maior partedos impostos, com um apetite que terminou por apelidá­lo de.. "Leão", enquanto Estados e Municípios dispu­nham de duas minguadas fontes de renda: os Estados re­colheriam o Imposto de Circulação de Mercadorias e ode Transmissão de Imóveis, e os Municípios, o Predial eTerritorial Urbano, e o de Serviços.

Tamanha penúria estatal e municipal só poderia resul­tar numa extrema dependência da,. "generosidade" doGoverno Federal para com os chefes estaduais e munici­pais.

A criação do Fundo de Participação dos Estados eMunicípios serviu apenas para acentuar as disparidadesde tratamento, já que sua locação de recursos freqüente­mente obedece a critérios subjetivos, além do fato de quesuas verbas vêm sofrendo contínuas reduções, lançandoessas esferas da federação em estado de insolvência.

As transferências de recursos do Fundo de Partici­pação sempre tiveram um sistema de distribuição caóti­co, com fluxo financeiro permanentemente emperrado.De repente, prefeitos dos cantos cantos do nosso País ti­veram que se sujeitar a vir a Brasília peregrinar por gabi­netes de tecnocratas à procura de novas dotações orça­mentárias.

A verba de alguns dos nossos 4 mil Municípios muitasvezes mal dá para cumprir compromissos com o saláriode seus servidores e saldar as dívidas assumidas anterior­mente. A falta de recursos força os administradores a re­correrem a empréstimos, para fazer face à inflação e aoaumento de seus gastos.

Empréstimos esses que são geralmente concretizadosem bases mais rigorosas que as utilizadas para as empre·sas com fins lucrativos, que contam com juros subsidia­dos e correção monetária favorecida, prefixada.

Por outro lado, os Municípios vêm recebendo, nos úl­timos anos, novas atribuições e serviços, como por exem­plo no campo do saneamento: graças ao êxodo rural, oaumento da população urbana se efetua descontrolada­mente, obrigando os governos municipais a administraresse crescimento, despendendo maiores recursos comcalçamentos; esgotos, pavimentação, limpeza urbana.

E conveniente lembrar também que alguns serviços decompetência do Governo Federal ou Estadual utilizamrecursos municipais para serem instalados na região,como por exemplo as agências de correio e a Justiça Elei­toral, ou mesmo serviços de polícia, educação e saúde.Muitas vezes é necessário contribuir ou com instalaçõesou com o pagamento de servidores.

Ser prefeito, hoje, de oposição, exige vocação malaba­rista e permanente imaginação criadora para reunir re­cursos suficientes ao bem-estar dos cidadãos do Municí­pio.

Apenas para dar uma idéia, nosso País conta comaproximadamente 70 milhões de brasileiros sofrendo deesquistossomose; 40 milhões de portadores de tuberculo­se; e doze milhões de infectados pela doença de Chagas.

Ora, Sr. Presidente, Srs. Deputados, todos sabemosque a maior incidência dessas enfermidades acontece jus­tamente na zona rural, nos municípios mais pobres, onde

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a renda per capita é de todo insuficiente para o sustentode uma única pessoa, muito menos para uma família.

E ao prefeito que o cidadão dirige suas reivindicações,mesmo nos casos em que a solução dos problemas não éda competência municipal, como no caso da saúde, da á­gua, da iluminação pública, da segurança. Por outro la­do, o aumento do salário mínimo não corresponde aoaumento dos gêneros alimentícios, o que torna essas po­pulações ainda mais carentes.

Temos, no Brasil, cidadãos que vivem em palafitas, su­jeitos às mais variadas enfermidades, habitando rios e la­goas contaminadas; outras que não dispõem de infra­estrutura básica para se instalar em suas residências,como água, luz, esgoto, pavimentação.

Sabe-se, inclusive, que menos de 30% dos domicíliosmunicipais dispõem de instalações sanitárias, e que ape­nas metade da população brasileira conta com abasteci­mento de água.

O transporte é inexistente praticamente na zona rural,onde pode-se andar léguas e léguas a pé para se chegarao trabalho ou a uma escola. Os trens mostram-se insufi­cientes para atender aos trabalhadores de subúrbios,com carência de linhas e vagões superlotados, gerandopingentes e graves acidentes.

Ora, todo brasileiro deve ter direito à moradia, a umemprego, a um salário digno, à saúde, educação, lazer,transporte, alimentação, saneamento básico. Ê o mínimoque um cidadão pode desejar para seu bem-estar.

Mas em que Município privilegiado isso 'acontece?Desafio, Sr. Presidente, Srs. Deputados, que alguém

aqui nesta Casa possa, em sã consciência, apontar um ú­nico nome.

E isso ocorre porque a situação dos nossos Municípiosé de penúria. Com a concentração de poderes e recursosnas mãos do Poder Executivo, foi inevitável o enfraque­cimento das esferas de governos locais, particularmenteos Municípios. Tamanha centralização na União só po­deria resultar no desenquilíbrio do sistema federativobrasileiro.

Para que a Federação possa funcionar a contento, énecessário a existência de um equilíbrio entre as esferasde Governo federal, estadual e municipal. A exageradatendência concentradora da Administração Pública Cen­trai desestabiliza esse conjunto, sacrificando organismoslocais.

Para conseguir recursos indispensáveis, muitas vezesfoi necessário a prefeitos fazer concessões, aceitar impo­sições arbitrárias e até mesmo agradar autoridades doGoverno na esperança de receber alguns excedentes.

E, no entanto, o Tesouro Nacional está cada vez arre­banhando maiores recursos. A arrecadação do Impostode Renda aumenta ano a ano, assim como a do IPI.

Mas o Governo Federal continua insaciável: afinal,não há recursos que cheguem para sanar o descalabroadministrativo que estamos vivendo, a irresponsabilida­de financeira por parte dos dirigentes deste País. E,sobretudo, a impunidade. Estamos mergulhando cadavez mais fundo nesse poço, sem que tenhamos qualquercontrole sobre a falência da Nação.

Reportagem publicado pelo jornal Folha de S. Paulo,no dia 3 de abril deste ano, demonstra que a arrecadaçãode tributos da União aumentou 12,4 pontos percentuaisde 1967 a 1979 - em doze anos, portanto. A dos Muni­cipíos, nesse mesmo período, cresceu 1,1 por cento. e osEstadoz perderam nesses doze anos 13,5% da sua arreca­dação.

Esses dados, que fazem parte de um levantamento fei­to pela Secretaria de Economia e Finanças do Ministérioda Fazenda, lembram ainda que os Municípios ficamcom 100% do total que recolhem com o ISS e o IPTU erecebem dos Estados 50% do ITBI e 20% do ICM. Mas asua maior fonte de recuperação é o Governo Federal,que repassa parte do que recolhe através dos seus tribu­tos.

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Das dez fontes de tri.butação que cabem à União, ape­nas 11,5% de duas delas - o Imposto de Renda e o IPI- vão para o Fundo de Participação dos Municípios.Reunindo toda essa verba, a pesquisa mostrou que em 12anos os Municípios tiveram a sua arrecadação aumenta­da em apenas 1,1%.

A constatação desse quadro caótico foi que nos levoua apresentar, em maio deste ano, Projeto de lei Comple­mentar modificando o Código Tributário Nacional,atualmente em tramitação nesta Casa. A referida pro­posta teve por objetivo minorar as dificuldades munici­pais, ao introduzir novo parágrafo ao art. nY 95 do Códi­go, que trata da distribuição de cotas do Fundo de Parti­cipação dos Municípios.

Tem o aparte o nobre Deputado José Lourenço.

O Sr. José Lourenço - Nobre Deputado RaimundoLeite, entendemos que não pode haver abertura política,como, aliás, está ocorrendo neste País, sem que paralela­mente se reformule o Sistema Tributário Nacional. A au­tonomia dos Estados no contexto do sistema federal sig­nifica para nós - e a entendemos como tal - a atri­buição de impostos aos Estados, a participação dos Esta­dos na Renda Nacional, no Sistema Tributário Nacio­nal, com percentuais que lhes dêem independência. De­fendemos essa mesma filosofia para os Municípios. Nãoé possível que a União fique com 70% dos tributos nacio­nais, os Estados com 20 a 25% e os Municípios com 5 a10%. Isso gera aquele quadro que aqui presenciamosconstantemente e que V. Ex' tão bem interpreta, ou seja,a corrida permanente a Brasília, com despesas enormes,dos Prefeitos e Governadores, como meros pedintes daUnião. É dentro desse contexto de reformulação da polí­tica tributária nacional que me associo a V. Ex' Gostariaainda de acrescentar ao seu discurso a reivindicação dosVereadores de todo o País, que têm visitado esta Casacom o objetivo de pedir a interferência da classe políticanessa decisão que permitirá o aumento de seus subsídios3 para 5%. Ora, a esse respeito, o nobre Deputado Dantede Oliveira, no discurso que aqui pronunciou, acusou oDeputado Nelson Marchezan, Líder do meu partido, deinsensível ao problema. A bem da verdade e para esclare­cer o fato, o Líder Nélson Marchezan convocou, ontem,em seu Gabinete, uma reunião de todos os Líderes dopartido, quando lhes propôs pedido de urgência para osprojetos dos Deputados Adroaldo Campos e Lúcia Al­cântara, em tramitação nesta Casa, projetos esses que fi­xam em 5% os subsídios dos Vereadores. Tal não foiaceito pelos Líderes da Oposição. O pedido de urgência,inclusive, foi rejeitado pelo Líder do PT, e a culpa pelofato de esses projetos estarem hoje na Comissão de Jus­tiça com o Relator, Deputado Brabo de Carvalho, sedeve a que a oposição não vem contribuindo para que oPDS possa encontrar uma solução de meio termÓ;-riettr--·3, nem 5, mas 4%, como foi proposto pelo nobre Deputa­do Nélson Marchezan aos Líderes das Oposições, quetambém não aceitaram a proposta e pediram tempo parapensar. Meu aparte se insere no pronunciamento de V.Ex', porque também devemos levar em consideração queos representantes do povo nas Câmaras de Vereadoresprecisam ter subsídios compatíveis com o trabalho queexercem. Urge que façamos uma análise global, dentrodo processo de evolução política do País, para que pos­samos chegar a um estágio de desenvolvimento econômi­co e político compatível com as reais necessidades daNação. Felicito V. Ex' pelo seu pronunciamento e, aomesmo tempo, quero deixar claro que o meu partido,através do Líder Nélson Marchezan, reafirma, neste mo­mento, sua disposição de atender aos reclamos dos Ve­readores deste País, esperando contar para isso com aparticipação da Oposição nesta Casa do Congresso Na­cional.

o SR. RAIMUNDO LEITE - Agradeço a V. Ex' oaparte e o incorporo ao meu discurso. Faço ainda uma

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solitação a V. Ex', como Vice-Líder do partido do Go­verno, no sentido de que dê o apoio necessário ao proje­to de lei de nossa autoria - ao qual há pouco fizemos re­ferência - quando de sua tramitação nesta Casa, a fimde que seja aprovado e, em conseqüência, venha minorara situação aflitiva em que se encontram hoje os Municí­pios brasileiros.

Prossigo, Sr. Presidente.Ocorre que para a fixação dos coeficientes para a par­

tilha do Fundo leva-se em conta a população estimadapelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IB­GE) para cada Município, cálculo esse que vem sendoquestionado, já que vivemos num País onde a populaçãoé flutuante, com grande mobilidade demográfica.

Na verdade, entre um censo e outro diversos Municí­pios sofrem modificações substanciàiifem suas comuni­dades, alguns deles tendo seu contingente demográficoaumentado, sem que sua participação no Fundo acom­panhe esse crescimento, e outros esvaziados pelo êxodorural apenas por determinado período, sem que mais tar­de esse fator acidental seja revisto para fins de distri­buição de verbas.

Considerando essa realidade é que o referido Projetode Lei determina que a distribuição de recursos terá porbase a população definida nos Censos Gerais,. "facuIta­das estimativas de atualização, desde que incorra consi­deração de fator negativo em relação ao último Censo".

Tal medida beneficiaria especialmente as regiões degrandes variações demográficas, como os Municípios ru­rais sujeitos a alterações climáticas, a crises nas. safrasagrícolas ou modificações de métodos de produção ouocupação de terras. Esses Municípios de economia agro­pecuária que, ao contrário dos industrializados, não têmrecolhimento significativo do ISS (Imposto Sobre Ser­viços) e do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano)têm sido prejudicados também pela estimativa demográ­fica do IBGE no tocante ao sistema de distribuição doFundo de Participação dos Municípios.

Pelo projeto, será levado sempre em conta um fatorpositivo de população a partir do último Censo Geral,desprezando-se as estimativas negativas. A medida éjus­ta, já que nesses Municípios, onde ocorre êxodo rural, ~que existe maior carência de recursos.

A proposta abrange apenas determinado aspecto desseemaranhado de dificuldades impostas aos Municípiosbrasileiros, que reclamam por uma distribuição mais jus­ta de recursos. Por uma Reforma Tributária que o Presi·dente João Figueiredo já declarou, em 9 de março passa­do, ao Jornal de Brasília, ser cada vez mais difícil.

Segundo o Presidente e de acordo com a notícia, essaReforma Tributária é difícil. "em função de compromis­sos assumidos com empresas privadas e bancos estran­geiros". Reconheceu na ocasião o Presidente Figueiredoque, quanto mais dependente do·Poder Central é o Mu­nicípio, mais ferida é a Federação, e que o ideal é quecada Município tenha os meios necessários para o seudesenvolvimentO. ecol)ômico e para óferecer um melhormeio de vida à sua população.

Mas a mudança desse quadro não é possível, dado osencargos que a União assumiu e aos esforços que tem feioto par~. "não saldar com grande atraso" compromissosacertados com empresas privadas e entidades financeirasestrangeiras.

Ou seja, nossos Municípios são cada vez mais esvazia­dos para que o Governo Federal, único responsável poressa crise econômica que enfrentamos, possa honrarcompromissos por ele assumidos arbitrariamente. Afi­nai, não foram os Governos que se sucederam ao golpede 1964 que, com o respaldo do Partido do Governo, atébem pouco tempo majoritário nesta Casa, definiram asdiretrizes, as prioridades e as dívidas que hoje não temoscondições de saldar?

Nossos Municípios não podem esperar indefinida­mente pela solução milagrosa que o Governo Federal es­pera encontrar. A impressão generalizada é de que ao

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mesmo tempo em qUe, "rolamos a dívida", como gostamde dizer nossas autoridades financeiras, somos por elaesmagados progressivamente.

Já não é mais possível pedir aos cidadãos brasileirosespírito de renúncia, compreensão e abnegação. NossosMunicípios não podem mais suportar a penúria que lhesestá sendo imposta. Precisamos exigir urna Reforma Tri­butária que restaure o equilíbrio federativo do nossoPaís, e ao mesmo tempo apoiar todas as medidas de ini­ciativa desta Casa no sentido de minorar o estado de in­solvência em que se encontra a maior parte dos Municí­pios brasileiros.

De 1977 a 1982 fui Prefeito de São Caetano do Sul, noEstado de São Paulo, e conheci de perto o drama dasnossas Prefeituras Municipais. São Caetano do Sul che­gou, no passado, a ostentar a invejável posição dI;, "Mu­nicípio rico", para hoje estar enquadrado no mesmonível de penúria de todos os demais Municípios brasilei­ros.

Senti, na carne, o drama de ser Prefeito de Oposição,sendo vítima de indigna discriminação por parte do Go­verno do Sr. Paulo Salim Maluf. O mesmo tratamentoodioso foi dispensado por esse senhor a outros Prefeitosdo PMDB do meu Estado.

Todos esses motivos me levaram a, quando candidato,prometer a meu eleitorado que lutaria contra o empobre­cimento cada vez maior dos Municípios e por uma justadistribuição de renda pública. Agora, eleito pelo meu po­vo, sendo esta a primeira vez que faço uso do tempo des­tinado ao Grande Expediente, não poderia deixar deusá-lo objetivamente na defesa desse tema.

O adiamento da Reforma Tributária, anunciado peloPresidente Figueiredo, devido à conjuntura econômicanacional, nos leva ao desencanto, já' que estava entre as .suas promessas tornar realidade essa velha reivindicaçãomunicipal.

E hora de reagir. Devemos apoiar todos os movimen­tos a favor não só da reforma global do sistema de tribu­tação, mas também aqueles que, de alguma forma, con­tribuam para minorar as dificuldades enfrentadas pelosnossos Municípios. (Palmas.)

Durante o discurso do Sr. Raimundo Leite, o Sr.Fernando Lyra, IP-Secretário, deixa a cadeira da pre­sidência, que é ocupada pelo Sr. Amaury Müller, 4P­Secretário.

Durante o discurso do Sr. Raimundo Leite, o Sr.Amaury Müller, 4p-Secretário, deixa a cadeira da

presidência. que é ocupada pelo Sr. Fernando Lyra.IP-Seeretário.

o SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Concedo apalavra ao Sr. Deputado Mário Frota. (Pausa.) Não estápresente.

Concedo a palavra ao Sr. Deputado Darcy Passos.(Pausa.) Não está presente.

v - O SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Nadamais havendo a tratar, vou levantar a sessão.

DEIXAM DE COMPARECER OS SENHORES:

Acre

Geraldo Fleming - PMDB.

Pará

Carlos Vinagre - PMDB.

Maranhão

Vieira da Silva - PDS.

Rio Grande do Norte

Wanderley Mariz - PDS.

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

ParlUôa

João Agripino - PMDB.Pernambuco

Arnaldo Maciel - PMDB.

Bahia

Jairo Azi - PDS.

Rio de Janeiro

Alair Ferreira - PDS.

Minas Gerais

Castejon Branco - PDS.

Paraná

Renato Bueno - PMDB.

Rio Grande do Sul

Nadir Rosseti - PDT.

VI - Levanta-se a sessão às 11 horas e 35 minu­tos.

DISCURSO DO SR. DEPUTADO ALUIzIOBEZERRA, PROFERIDO NA SESSÃO ORDI­NÁRIA DE 3-8-83.

O SR. ALUIzIO BEZERRA (PMDB - AC) - Sr.Presidente, Srs. Deputados, gostaria de denunciar aqui aviolência perpetrada contra dezenas de famílias de traba­lhadores rurais no Município de Tarauacá, Estado doAcre, em meados do mês de julho passado.

Por atitude arbitrária da direção regional do IBDF, asfamílias tarauacaenses foram impedidas de colocaremroçados nas terras em que moram e trabalham já há 10,15, 20 anos. Os trabalhadores se vêem, assim, impedidosde plantarem para sua própria sobrevivência, enquantoaos grandes são dadas todas as facilidades para a derru­bada em grande escala de matas em centenas de hectares.

O fato torna-se ainda mais grave na medida em que oIBDF chegou a convocar policiais federais para impediros desmates na área em conflito, tendo esses mesmos po­liciais espancado diversos trabalhadores, inclusive o Pre­sidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ta­rauacá, Raimundo Soares de Araújo.

E importante levar em conta a própria declaração. prestada pelo Presidente do IBDF em Brasília, segundo

o qual o delegado desse órgão no Acre fugiu da sua com­petência ao proibir os desmatamentos, que visavam uni­camente o plantio agrícola na área.

Cabe, agora, urgentemente, e esta é uma exigência dopovo de todo o Acre, a desapropriação da área onde seencontram os posseiros, como solução mais viável para oproblema, garantindo-lhes a posse da terra e o direito aotr.abalho.

DISCURSO DO SR. DEPUTADO JOÃO PA­GANELLA, PROFERIDO NA SESSÃO ORDI­NÁRIA DE 3-8-83.

O SR. JOÃO PAGANELLA (PDS - SC) - Sr. Pre­sidente, Srs. Deputados, ocupando pela primeira vez atribuna desta Casa,' neste horário e, no meu primeiromandato, permito-me dois minutos para um registro ini­ciai que certamente não interessa nem ao Plenário nem àNação, mas interessa às pessoas que convivem comigo eque são tão importantes quanto os demais. De origemhumilde, corno tantos milhões de brasileiros, nasci naminha pequenina Esmeralda, encrustada nos Camposverdes da legendária Vacaria e, ali, tive desde logo orien­tação paternal rigida, mas humana, a mesma que me le-

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vou logo depois ao então Ginásio São FqlOcisco, de Va­caria, onde recebia o mesmo tratamento.

Já na industrial Caxias do Sul, no Colégio do Carmo,buscando a formação profissional, tive a oportunidadede também constituir minha família, encontrar a compa­nheira e ver nascer o meu primeiro filho, ao tempo emque desempenhava os primeiros trabalhos - com o mo­desto emprego de encaixotador - tudo que serviu debase para que pudesse emprestar colaboração aos queme cercavam e fosse útil aos demais.

Inspirado nas lições do meu velho e hoje falecido paide que os novos deviam buscar cidades novas, vi-me derepente do outro lado do Rio Uruguai, na minha queridae bela Chapecó, lá no oeste catarinense, que, com tantosoutros, enviou-me para cá, sobre os quais certamenteainda terei muito o que dizer. Ali fui adotado como fi­lho, como cidadão honorário. Ali desempenhei ativida­des sem conta. Fui contador, jogador de futebol- des­portista, portanto - professor, vereador, vice-prefeito,advogado, secretário dos negócios do oeste quase 7 anos,titular, pois, da única Secretària de Estado descentraliza­da que conheço em todo o País. Pude ter a ventura e a fe­licidade de realizar um trabalho que certamente inspirouos mais de 73 mil oestinos e catarinenses, que me manda­ram para esta Casa, a fim de falar em seu nome e respal­dar suas aspirações.

Neste momento, representando meu Estado e minharegião, ocorre-me as palavras proferidas pelo meu sau­doso Professor Celso Fíori na sua oração de paraninfodo Curso de Ciências Juridicàs e Sociais, quando dizia:"O que faço agora, parado à beira da estrada, com umdiploma na mão?"

Esta é, pois, Sr. Presidente, Srs. Deputados, a situação-em que me encontro. Jamais esperava ter de estrear antee diante da situação deveras aflitiva e calamitosa porquepassa o meu Estado. Não posso nem devo, pois, fugirdeste compromisso para com a gente Catarinense.

Foi terrível o que aconteceu ali em poucos meses. Dejaneiro até agora não tivemos, no Estado de Santa Cata­rina, mais do que 62 ou 63 dias de tempo bom. Tivemos4 ou 5 enchentes sucessivas; tivemos chuvas de granizo,vendaval, perdemos a totalidade da nossa safra agrícola.Observava há pouco um companheiro do Governo doEstado: Só não tivemos terremoto!

Por quê? Ecertamente o que todos indagam. Acusamalguns a ausência das matas que cobriam antes aquelesolo fértil e generoso; ausência que não tem mais o cQn­dão de reter as águas que caem em profusão.

Aqui faço um parêntese para lembrar, com tristeza,que não consegui junto ao IBDF J;lem mesmo 400 hecta­res da quota de reflorestamento para eSsa minha região!

Outros, meu caro Presidente, acusam as barragens queconsubstanciam o aproveitamento da Bacia do Prata.Seriam elas, com sua acumulação de água, as responsá­veis pelo fenômeno? Alguns ainda lembram as profeciasdo legendário monge São João Maria, inspirador, pelosseus seguidores, da epopéia do Contestado, que o meuEstado, com exceções, tem deixado de cultuar, mas que,nas crendices e afirmações populares, têm revelado osurgimento do fenômeno. Há ainda aqueles que, cientifi­camente, acusam os fenômenos naturais "E Niiío"; seriaele, pois, com um nome tão significativo, tão carinhoso,o causador de toda essa ocorrencia em meu Estado, no'Rio Grande do Sul e no Paraná? Não sei.

Prefiro, Sr. P,residente, caros Srs. Deputados, ficarcom a afirm4ã6do velho caboclo que morava no Goio­en, às margens do Rio Uruguai, quando, em 1965, outraenchente arrastou a vila e levou sua casa. Lá estávamos,depois, pacientemente para ajudá-lo a reconstruí-Ia.Aconselhávamos que não erigisse mais a casa ali, quemudasse do local; haviam tantos lugares mais compatr·veis, de menos riscos. Mas ele dizia: "Não adianta, Dr.Paganella, isto acontece, vai acontecer de novo daqui a50 anos, mas eu não estarei mais aqui!" E aconteceu, de

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fato, em menos de 20 anos. A enchente levou novamentea sua casa e as dos ribeirinhos que teimam, na sua sobre­vivência, num permanente amplexo com o rio!

Os efeitos das ocorrências climáticas em meu Estadosão quase indescritíveis. As palavras não têm mesmo ocondão de revelar tudo aquilo que aconteceu: 250.000pessoas desabrigadas, grande parte das quais sequer viusuas casas e seus pertences serem levados definitivamentepela correnteza. Setenta e cinco por cento da economia eda arrecadação do ICM ficaram irremediavelmente pre­judicados. Dos 200 municípios que compõem o Estado,150 foram diretamente, e os restantes indiretamente,atingidos.

São quarenta mil crianças, em Santa Catarina, de zeroa seis anos, traumatizadas com estes acontecimentos, vi­vendo e convivendo nos abrigos que lhes foram arranja­dos; crianças estas que precisam receber, a partir desteinstante, um tratamento capaz de lhes recompor a vidaemocionalmente.

o Sr. Theodorico Ferraco - Permite-me V. Ex' u~aparte?

o SR. JOÃO PAGANELLA - Pois não DeputadoTheodorico Ferraço.

o Sr. Theodorico Ferraco - Deputado João Paga­nella, estou ouvindo com muita atenção o discurso de V.Ex' Não é um pronunciamento qualquer. São palavrasque brotam da alma, que brotam do coração. V. Ex' es­tá, diante desta Casa, dizendo o que se passa na sua ter­.ra, de onde é um dos melhores representantes nesta Ca­sa, a descrever a tristeza e os problemas dos nossos ir­mãos catarinenses, que estão passando por maus mo­mentos. Queremos prestar-lhe a nossa solidariedade.Ainda hoje conversávamos com outro companheiro deV. Ex' e perguntávamos o que poderíamos fazer em fa­vor de Santa Catarina e S. Ex' respondia que aquele Es­tado vai depender mais de seus próprios filhos, que vãoter de nascer de novo, reconstruir a sua vida, tirar a ma­deira, a telha, o seu tijolo e novamente começar a levan­tar a sua casa e iniciar a sua agricultura, as' pontes, asconstruções. Não há ninguém, hoje, no País que não es­teja com o seu coração triste, apaixonado, ao ver que osnossos irmãos sofrem tanto e que quase nada podemosfazer. V. Ex' registra aqui este sentimento, e ficamos soli­dários com V. Ex', com o Governador Espiridião Amin,que foi nosso companheiro, que tanto tem sofrido. S. Ex'é um homem do povo, uma das maiores revelações admi­nistrativas que o Brasil conhece, e que hoje chora pelosseus irmãos. É preciso vir aqui buscar as migalhas doGoverno Federal, lutar para levar aquilo que os nossosirmãos estão a necessitar. O Presidente em exercício, Au­reliano Chaves, com todo o seu Ministério, particular­mente com o Ministro Andreazza, tem procurado enviarum pouco de bens materiais para o seu povo. Queremostambém dar o nosso grito de alerta para que o GovernoFederal concentre todo o seu poder e carinho no nossopovo, na nossa gente, nos nossos irmãos que estão so­frendo e que são gente como nós.

O SR. JOÃO PAGANELLA - Agradeço ao nobreDeputado Theodorico Ferraço a gentileza do aparte, quecorrobora a minha pregação, o qual incorporo, commuita satisfação, ao meu pronunciamento.

Mas, Sr. Presidente, prossigo.dizendo que perdemos anossa safra agrícola, algo ao redor de 1,3 milhões de to­neladas, e, o que é mais terrível, no momento da colhei­ta. Isto é ainda pior para mim; me angustia, como repre­sentante da Região Oeste, que responde por 40% da pro­dução agrícola de Santa Catarina, o quinto maior produ­tor nacional de alimentos.

Pelas estimativas, perdemos cerca de 10 mil cabeças degado. Ainda não conseguimos avaliar o ·que perdemos

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

em pequenos animais, suínos e aves, que inclusive são oforte da produção do meu Oeste. Por estimativas ­quem sabe? - superficiais, perdemos 20 milhões de me­tros cúbicos de terras férteis, levadas definitivamente, eque precisamos de alguma forma serem efetivamente re­cuperadas. Foram 5, 10, 15 mil postes de eletrificação,espalhados pelo interior e cidades catarinenses, derruba­dos e arrancados; as populações, sem energia, estão vol­tando ao candeeiro, à vela, ao liquinho. Vimos inter­rompida grande parcela das nossas comunicações; popu­lações isoladas, sem condições de se comunicarem nemmesmo com seus familiares. Vimos praticamente destruí­do o porto de Itajaí, inaugurado há pouco mais de 30dias, escoadouro natural da produção Catarinense, espe­cialmente da sua agroindústria e que está lá, desgraçada­mente, aguardando reconstrução.

No que diz respeito à malha viária, devemos ter perdi­do 200 Km de rodovias estaduais, cerca de 15 pontes degrande e média extensão, sem contar centenas de bueirose pequenas, mas indispensáveis, pontes pelo interior dosmunicípios, que deixaram e mantêm populações ilhadase isoladas. Mais de 70 municípios ficaram sem água P9­tável que passaram improvisadamente, a ser abastecidoscom garrafões, sacos plásticos ou embalagens de qual­quer natureza.

Vi-me até, no dia 13 de julho, quando o sol tenuamen­te brilhou no planalto, sozinho a bordo de um avião,voando para o oeste, carregado de suprimentos, especial­mente filme plástico para embalar a água, material esteque uma generosa indústria não afetada produzira à noi­te para dar-mos a beber aos que tinham sede.

Perdemos as nossas fábricas, lojas e os recursos da ati­vidade autônoma...

Muito mais teria a dizer de Santa Catarina, nessas la­mentáveis condições; todavia, creio que, pela partici­pação, sem dúvida alguma de maior relevância, que deue dá aos lamentáveis episódios a valorosa imprensa na­cional, o Brasil inteiro e o Governo em todos os níveis,têm amplo e geral conhecimento do que lá ocorre. Espe­ramos, outrossim, que o Governo tenha também a cons­ciência da real necessidade da reconstrução do meu e dosoutros Estados afetados.

O Sr. Renato Vianna - Permite-me V. Ex' um aparte?

O SR. JOÃO PAGANELLA - Com prazer.

O Sr. Renato Vianna - Nobre Deputado e compa­nheiro João Paganella, V. Ex' estréia na tribuna destaCasa não só traçando o perfil biográfico da sua trajetóriade homem público, mas analisando com muita proprie­dade e com conhecimento de causa o drama por que pas-'sa a sociedade catarinense diante do fenômeno dascheias que se abatem sobre várias das regiões mais im­portantes do nosso Estado de Santa Catarina. E gos­taríamos de dizer ao nobre companheiro que a nossapreocupação vai mais longe, quando estamos propondoaté a criação de uma frente sulista, dos Estados do RioGrande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná, para quepossamos exercer uma pressão concreta e efetiva sobre oGoverno Federal no sentido de que hoje liberação ime­diata e concreta de recursos para atender às necessidadesdo nosso Estado de Santa Catarina, do Rio Grande doSul e do Paraná. Apenas quanto a divulgação feita peloSr. Presidente em exercício Aureliano Chaves e pelos Mi­nistros que o acompanharam aos Estados do Sul de queSanta Catarina receberia 34 bilhões e 400 milhões de cru­zeiros, cabe aqui uma advertência nossa, na qualidade deParlamentares, de que nessa verba não se incluam as des­pesas de reconstrução das rodovias federais, a cargo doDNER, nem dela se deduzam as contribuições feitas pelaCOBAL, através de alimentação e de cestas de alimen­tos; que não se incluam nela as obras de proteção de bar­ragens, como não se incluam sobretudo, a título de

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adiantamento, os juros pelo atraso do recolhimento dascontribuições previdenciárias. Caso contrário, esseauxílio seria apenas de fachada, porque, se deduzirmosessas importâncias, o Estado de Santa Catarina, nestemomento dramático, não receberá sequer 1/3 da quantiadivulgada por S. Ex' o Sr. Presidente da República. Porisso, nesta hora dramática por que passam as comunida­des de Santa Catarina, do Paraná e do Rio Grande doSul, exercemos o poder de fiscalização e denunciamos asirregularidades que acontecem. Gostaríamos de cumpri­mentar V. Ex', porque sabemos da sua dignidade e dasua probidade no momento em que analisa, como disse,com conhecimento de causa e como homem ligado aoOeste catarinense, as dificuldades por que passa aagroindústria, a agricultura e a pecuária daquela sofridaregião do nosso Estado, que tantas contribuições temdado á riqueza do Brasil e à receita tributária da nossaUnião. Muito obrigado.

O SR. 'JOÃO PAGANELLA - Agradeço ao nobre·Deputado Renato Vianna e quero dizer que, no meu Es-.tado, estamos trabalhando independentemente de cores~político-partidárias. Os integrantes dos Partidos de Opo­sição somam-se ao Governador Esperidião Amim nabusca uníssona da solução para os problemas que en­frentamos.

Mas abordo, na seqüência, exatamente aquilo a que sereferiu o Deputado Renato Vianna: as providências.Não podemos deixar de destacar que S. Ex' o Presidenteem exercício, Dl'. Aureliano Chaves, desceu, com grandeparte dos integrantes do seu Governo, lá em FI<?rianópo­lis, numa situação de aeroparto totalmente fechado: só O'

avião presidencial pousou em FlQrianópolis naquela ma­nhã; todas as demais linhas áereas estavam suspensas.Isto é uma demonstração inequívoca da vontade, do de­sejo, da determinação do Governo Federal de nos aju­dar. Os 32,4 bilhões de cruzeiros que estão anunciados eque esperamos cheguem a Santa Catarina têm realmenteum destino carimbado; mas temos outros tantos proble­mas, que precisam de um envolvimento maior, de umasoma maior de recursos, a que me reportarei afinal. Masnão podemos, os catarinenses, dizer que tenhamos sidoesquecidos. Pelo contrário, o Governo Federalmobilizou-se inteiramente. A operação de emergênciaque se desenvolveu e ainda se desenvolve em Santa Cata­rina foi ampla e totalmente respaldada pelo Governo Fe­deral. O Ministro Mário Andreazza, a quem devo fazerum destaque especial, esteve conosco durante todos osmomentos. Abandonou mesmo a convenção do nossoPartido - ele que tinha interesses, nós sabemos - parair conosco a Santa Catarina adotar providências.

O Sr. Valmor Giavarina - Permite um aparte, Exce­lência?

O SR. JOÃO PAGANELLA - Pois não, nobre De­putado.

O Sr. Valmor Giavarina - Nobre Deputado João Pa­ganella, ouvia o discurso de V, Ex' e me reportava háquase quarenta anos. V. Ex' falava do oeste catarinense eeu revia, nas imagens da televisão, a minha infância sen­do inundada, porque, não obstante ser político do Para­ná, também nasci naquela região, numa pequena cidadependurada ao lado do Rio do Peixe, que é Capinzal, aliperto de Joaçaba. De modo que ouvia, entristecido, V.Ex' pintar aquele quadro infeliz. Mas, nobre Deputado,tenho de cumprimentá-lo pela oportunidade de narrarnesta Casa, para que todos tomem conhecimento, o so­frimento dos flagelados do Sul do País: Paraná, SantaCatarina e Rio Grande do Sul. Devo - permita-me ­discordar num ponto só de V. Ex' O Governo está fazen­do o que está fazendo, mas é obrigação do Governo fazê­lo. Antes eu ressaltaria a solidariedade nacional do povob~~sileiro, das pessoas que estão §ofrendo e que estio

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dando um pouco daquilo que não têm, como aconteceurecentemente com os nordestinos, que mandaram inclu­sive auxílio para os irmãos do Sul. Cumprimento V. Ex'e faço esta colocação: o Governo realmente está toman­do decisões, mas é sua obrigação fazer isso. Não é obri­gação do povo do Nordeste esta grande solidariedadenacional. Obrigado, Excelência. Cumprimento-o pelodiscurso.

O SR. JOÃO PAGANELLA - Agradeço o aparte aonobre Deputado. Diria, caro Líder, Deputado AdhemarGhisi, que realmente vou enfocar a participação do povoe o farei logo após, porque realmente a considero muitoimportante.

Ouço V. Ex'

O Sr. Adhemar Ghisi - Nobre Deputado, serei brevenesta intervenção. Quero dizer inicialmente que me a­praz muito aparteá-Io nesta hora, quando V. Ex' traz aoconhecimento da Casa e, conseqüentemente, da Nação,o drama pelo qual passa a população de nosso queridoEstado. V. Ex' cita, numa palavra de agradecimento, apresença do Governo Federal socorrendo as populaçõesflageladas. V. Ex' reclama uma presença mais efetivadeste mesmo Governo Federal, a fim de permitir, em ter­mos estáveis e rápidos, a reconstrução barriga verde. V.Ex' tem a nossa solidariedade e creio não apenas V. Ex'como todos aqueles que haverão de lutar para que SantaCatarina volte a ser o belo modelo que sempre foi de de­senvolvimento econômico e social dentro da Nação bra­sileira. Era isto que queria transmitir a· V. Ex',parabenizando-o pelas palavras tão oportunas e justas.

O SR. JOÃO PAGANELLA - Eu é que lhe agra­deço, eminente Deputado Adhemar Ghisi, meu compa­nheiro de representação.

Prosseguindo, Sr. Presidente, realmente o exemplo desolidariedade que recebemos do povo brasileiro está ca­Iando fundo no coração de todos. Vimos, na realidade,todos os órgãos do Governo Fe~eral envolvidos nessa gi­gantesca tarefa, destacadamente as Forças Armadas, aSEDEC, a LBA, o BNH, o SESI, o SENAI, o IBDF, oINCRA, o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Feder~l,a RFF, o BNDES e tantos outros. Todos estivera~ e es­tão presentes no meu Estado: as companhias aéreastransportando os donativos do povo brasileiro, as em­presas, fazendo doações, os voluntários trabalhando diae noite em toda a parte, os artistas participando signifi­cativamente. Estão aí os exemplos de Roberto Carlos edo popular Chacrinha, que também vai promover um es­petáculo, no dia 13 de agosto, com um grande elenco deexpressão da música nacional, em benefício dos flagela­dos. Os jogadores de futebol, envolvidos de Norte a Sul,deram a sua colaboração, a sua contribuição, assimcomo as embaixadas, os países amigos, os estudantes, osmédicos, enfim todo o Brasil, a quem nós, como catari­nenses, temos hoje e teremos sempre o dever de dizer:muito obrigado, Brasil, muito obrigado brasileiros portudo que fizeram por Santa Catarina e - quem sabe ­certamente por aquilo que ainda irão fazer, porque va­mos enfrentar agora a fase mais aguda, mais difícil, dareconstrução.

Meu caro Presidente, meus companheiros, a enchenteé algoz, é violenta; ela mata e arrasa de repente; a seca ésádica, mata aos poucos, mas há uma pequena distinção:a seca não destrói, não leva os bens inanimados. Hoje,por exemplo, têm livros os estudantes do Nordeste, nãoos têm mais os estudantes de Blumenau. É verdade queos estudantes do Nordeste podem devorar, no sentido deler, os seus livros, mas a situação é a mesma; não podemcomê-los.

Os estudantes de Blumenau não têm condições de de­vorar, de ler seus livros, que já não existem, mas preci­sam, como os demais, superar os efeitos da enchente al­goz.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Acredito que o conjunto, a gama de providências ado­tadas pelo Governo Federal e pelo Governo Estadual,comandado pelo nosso Governador Espiridião Amin,pelos nossos prefeitos e autoridades, realmente vai pro­piciar ao povo catarinense condições para sua rápida epronta recuperação. Mas algumas medidas, que me per­mito sinteticamente destacar, precisam efetivamente serpostas em prática. Nosso Estado e seus municípios nãopodem prescindir de uma cobertura capaz de recuperar,pelo menos, a queda vertiginosa no recolhimento do seuICM, sob penas de prejudicar o seu funcionamento nor­mal como Unidade Fe~erada. É preciso, no momentoem que o Governo institui o empréstimo compulsóriopara cobrir também esses danos, lembrar não seria justoque os empresários de Santa Catarina contribuíssemcom esse empréstimo, recebendo-o em dois anos com45% da correção monetária, e tivessem que fazer finan­ciamentos, pagando 70 ou 80% de mesma correção mo­netária, para recuperar seus prejuízos. Afinal, é a pessoafísica que capitaliza a pessoa jurídica. Seria dar com umamão e tirar com as duas.

É preciso ser reexaminado esse assunto, assim como oproblema do reflorestamento, que já enfoquei. Os Esta­dos do Sul necessitam, neste momento, participar comuma cota maior. Urge se estude, científica e tecnicamen­te, a viabilização de obras públicas que permitam que orio Itajaí, o rio do Peixe e o rio Iguaçu tenham o trata­mento que teve, por exemplo, o rio Tubarão, que foi to­talmente dragado, corrigido, não acontecendo mais na­quela região do meu caro Deputado Adhemar Ghisi oque as demais regiões enfrentaram.

Precisamos, Sr. Presidente, que as obras previstas parao rio Uruguai contemplem não só a geração de energia,mas o seu aproveitamento rodohidroferroviário e tam­bém a situação das periódicas enchentes. Precisamos deapoio para a Secretaria da Reconstrução, que está sendoimplantada pelo nosso Estado. Precisamos, efetivamen­te, que o PROINVEST mande os seus recursos para osEstados de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul e doParaná. Nós gostaríamõs de fazer um apelo aos nobrescolegas no sentido de que não se esqueçam de Santa Ca­tarina na distribuição de suas vergas de subvenção so­cial, lembrando que o nosso Presidente Flávio Marcíliojá enviou a contribuição desta Casa, mas - quem sabe- poderá mandar mais alimentos para lá, meu nobrePresidente, Deputado Ary Kffuri, que preside esta Ses­são.

Por último, creio que o mais importante é nós todos a­judarmos, de uma ou de outra forma, a salvar e manter omodelo econômico de nosso Estado, exemplo para estePaís.

Muito obrigado. (Palmas.)

ATAS DE COMISSÕES

COMISSÃO DE AGRICULTURAE POLITICA RURAL

Distribuição de Projetos n9 9/83

O Senhor Presidente da Comissão de Agricultura ePolítica Rural fez, nesta data, a seguinte distribuição:

1. Projeto de Lei n9 41/83, do Sr. Adhemar Ghisi,que "modifica a redação do art. 19 da Lei n? 5.197, de 3de janeiro de 1967, que dispõe sobre a proteção à fauna,e dá outras providências."

Ao Senhor Deputado Emídio Perondi:

2. Projeto de Lei n9 393/83, do Sr. Jorge Carone, que"subordina as importações de produtos agropecuários aparecer favorável da Comissão de Agricultura e PolíticaRural da Câmara dos Deputados".

Agosto de 1983

Ao Senhor Deputado Jorge Vianna:

3. Projeto de Lei n9 615/83, do Sr. Jorge Arbage, que"dispensa a hipoteca de bens reais em financiamentosaos pequenos e médios produtores".

Ao Senhor Deputado Santinho Furtado:

4. Projeto de Lei n9 731/83, do Sr. Inocêncio Olivei­ra, que "modifica a redação da alínea "b" do art. 3? doDecreto-lei n9 1.179, de 6 de julho de 1971, que institui oprograma de redistribuição de terras e de estímulo àagroindústri,a do Norte e do Nordeste (PROTERRA),altera a legislação do imposto de renda relativa a incenti­vos fiscais, e dá outras providências".

Ao Senhor Deputado Oswaldo Lima Filho:

5. Projeto de Lei n9 745/83, do Sr. Jorge Arbage, que"destina parte certa dos recursos oficiais de financiamen­to agropecuário para aplicação nas área da SUDAM eda SUDENE".

Ao Senhor Deputado Alcides Lima:

6. Projeto de Lei n9 700/83, do Sr. Inocêncio Olivei­ra, que prevê a instalação de postos de estações experi­mentais de piscicultura em todos os açudes públicos doNordeste.

Ao Senhor Deputado Maçao Tadano:

7. Projeto de Lei n9 889/83, do Sr. João Carlos deCarli, que autoriza as superintendências do desenvolvi­mento a exigir das empresas que tenham projetos apro­vados pelas mesmas a contratação de Agrônomos, Vete­rinários, Engenheiros de Pesca e Engenheiros Florestais.

Ao Senhor Deputado Ivo Vanderlinde:

8. Projeto de Lei n9 6.228-A/83, do Poder Executivo(Mens. n9 194/83) - Emenda oferecida em Plenário aoProjeto de Lei n9 6.228-A, de 1982, que autoriza o Insti­tuto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - IN­CRA - a doar o imóvel que menciona.

Ao Senhor Deputado Saramago Pinheiro:

9. Projeto de Lei n? 781/83, do Sr. Odilon Salmoria,que torna obrigatório o uso do milho nos programas ofi­ciais de alimentação, suplementação alimentar e nu­trição, e determina outras providências.

Ao Senhor Deputado João Paganella:

Sala da Comissão, 3 de agosto de 1983. - José Mariade Andrade Córdova, Secretário.

COMISSÃO DE CrENCIA E TECNOLOGIA

Distribnição

O Presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia,Deputado Fernando Cunha, fez a seguinte distribuiçãoem 3 de agosto de 1983:

Ao Senhor Deputado Irineu Co1ato:

Projeto de Lei n9 463/83, do Sr. Inocêncio Oliveiraque "Fixa em 20% (vinte por cento), no máximo, a quotade utilização de gesso sintético na indústria de cimento,na construção civil e obras artesanais, e dá outras provi­dências".

Ao Senhor Deputado Adail Vettorazzo:

Projeto de Lei n9 871/83, do Sr. Dante de Oliveira que"Altera dispositivos da Lei n9 6.996, de 7 de junho de

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Agosto de 1983

1982, que dispõe sobre a utilização de processamentoeletrônico de dados nos serviços eleitorais, e dá outrasprovidências".

Brasília, 3 de agosto de 1983. - Luiz de Oliveira Pin­to, Secretário.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA

Ata da Quinta Reunião Ordinária da turma "A",realizada no dia 30 de junho

de 1983

Ãs dez horas e trinta minutos do dia trinta de junho demil novecentos e oitenta e três, na Sala n9 17, do Anexo11 da Câmara dos Deputados, sob a Presidência do Se­nhor Deputado Brabo de Carvalho, Vice-Presidente,presentes os Senhores Deputados Jorge Carone, ValmorGiavarina, João Divino, Theodoro Mendes, DjalmaBessa, Arnaldo Maciel, Hamilton Xavier, Gorgônio Ne­to, Guido Moesch, Aluízio Campos, Gastone Righi, Ar­mando Pinheiro, Elquisson Soares, Plínio Martins e Rai­mundo Leite, reuniu-se a Comissão de Constituição eJustiça. A Ata da reunião anterior foi aprovada por una­nimidade. ORDEM DO DIA: I) Projeto de Lei n9713/83 - da Sr' Lúcia Viveiros - que "autoriza o Po­der Executivo a criar a Universidade de Santarém, noEstado do Pará". Relator: Deputado João Divino. Pare­cer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legis­lativa. Discutiu a matéria o Deputado Hamilton Xavier.Adiada a discussão. 2) Projeto de Lei n9 709/83 - doSr. Jorge Arbage - que "dispõe sobre a transformaçãodo Banco Nacional de Crédito Cooperativo no BancoRural do Brasil S/A, e dá outras providências". Relator:Deputado Armando Pinheiro. Parecer: pela inconstitu­cionalidade. O Deputado Jorge Carone, que pedira vista,devolveu o projeto, apresentando voto em separado pelaconstitucionalidade, com emenda. Adiada a discussão.3) Projeto de Decreto Legislativo n926/83 - da Comis­são de Relações Exteriores (Mensagem n949/83-PE) ­que "aprova o texto do Acordo sobre Cooperação Eco­nômica e Indústrial entre o Governo da República Fede­rativa do Brasil e o Governo da República Italiana, ce­lebrado em Roma, a 18 de outubro de 1982". Relator:Deputado Mário Assad. Parecer: pela constitucionalida­de, juridicidade e técnica legislativa (lido pelo DeputadoHamilton Xavier). Em votação, foi aprovado unanime­mente o parecer do relator. 4) Projeto de Decreto Legis­lativo n9 27/83 - da Comissão de Relações Exteriores(Mensagem n9403/82) - que "aprova o texto do Acor­do de Cooperação Cultural, Científica e Técnica entre oGoverno da República Federativa do Brasil e o Governoda Antigua e Barbuda, celebrado em Brasília, em 17 deagosto de 1982". Relator: Deputado Mário Assad. Pare­cer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legis­lativa (lido pelo Deputado Hamilton Xavier). Em vo­tação, foi aprovado unanimemente o parecer do relator.5) Projeto de Lei n9708/83 - do Sr. Ruben Figueiró­que "permite o ingresso de maiores de 13 anos em bailescarnavalescos noturnos". Relator: Deputado TheodoroMendes. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade,legalidade e técnica legislativa. Em votação, foi aprova­do unanimemente o parecer do relator: 6) Projeto de Lein9 719/83 - da Sr' Myrthes Bevilacqua - que "intro­duz parágrafo no art. da lei n96.367, de 19 de outubro de1976, que dispõe sobre o seguro de acidentes do trabalhoa cargo do INPS, dispondo sobre a estabilidade do tra­balhador acidentado" . Relator: Deputado TheodoroMendes. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade,legalidade e técnica legislativa. Em votação, foi aprova­do unanimemente o parecer do relator. 7) Projeto de Lein9 809/83 - do Sr. Celso Barros - que "inclui um re­presentante dos corretores de imóveis no órgão superiorde deliberação do Banco Nacional da Habitação, e dá

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

outras providências". Relator: Deputado Arnaldo Ma­ciel. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e têc­nica legislativa. Em votação, foi aprovado unanimemen­te o parecer do relator. 8) Projeto de Lei n9704/83 - doSr. Francisco Amaral - que "dispõe sobre a cumulativi­dade do benefício de que trata a Lei n94.242, de 17 de ju­lho de 1963, e dá outras providências". Relator: Deputa­do Arnaldo Maciel. Parecer: pela inconstitucionalidade.Adiada a discussão. 9) Projeto de Lei n9 507/83 - doSr. Siqueira Campos - que "da nova redação ao art. 19da Lei n9 5.958, de 10 de dezembro de 1973, que dispõesobre a retroatividade de opção pelo regime do Fundo deGarantia do Tempo de Serviço". Relator: Deputado Ha­milton Xavier. Parecer: pela constitucionalidade, juridi­cidade, legalidade e técnica legislativa. O Deputado Ar­naldo Maciel, que pedira vista, devolveu o projeto, apre­sentando voto em separado, concordando com o relator.Em votação, foi aprovado unanimemente o parecer dorelator. 10) Projeto de Lei n9 910/83 - do Sr. PauloLustosa - que "dispõe sobre a propaganda comercialna televisão". Relator: Deputado Arnaldo Maciel. Pare­cer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legis­lativa, com emenda. Em votação, foi aprovado unanime­mente o parecer do relator. lI) Projeto de lei n9 363/83- do Sr. Celso Peçanha - que "dispõe sobre a conces­são de gratificação de insalubridade, no caso que especi­fica". Relator: Deputado Nilson Gibson. Parecer: pelainconstitucionalidade. O Deputado Arnaldo Maciel, quepedira vista, devolveu o projeto, apresentando voto emseparado, concordando com o relator. Adiada a discus­são. 12) Projeto de Lei n9416/83 (anexo o PL n9642/83)- do Sr. Nelson do Carmo - que "altera a redação dosartigos 29 e 79 da Lei que instituiu o salário-família dotrabalhador, concedendo incentivos para a paternidaderesponsável". Relator: Deputado Gomes da Silva. Pare­cer: pela inconstitucionalidade deste e pela constitucio­nalidade, juridicidade e técnica legislativa do Projeto deLei n9 642/83, anexado. Concedida vista ao DeputadoGastone Righi. 13) Projeto de Lei n9 885/83 - do Sr.Cunha Bueno - que "dispõe sobre a criação do institutoBrasileiro de Gerontologia e determina outras providên­cias". Relator: Deputado Raimundo Leite. Parecer: pelainconstitucionalidade. Adiada a discussão. Encerramen­to: às doze horas, nada mais havendo a tratar, foi encer­rada a reunião e, para constar, eu, Ruy amar Prudêncioda Silva, Secretário, lavrei a presente Ata, que depois deaprovada será assinada pelo Senhor Presidente.

x x xO Deputado Bonifácio de Andrada, Presidente da Co­

missão de Constituição eJustiça, fez a seguinte

Distribuição

Em 29-6-83Ao Sr. Afrísio Vieira Lima:Projeto de Lei n9 1.233/83 - do Sr. Francisco Dias­

que "inclui entre os objetivos do Banco Nacional de Ha­bitação - BNH, a realização de programas do tipo co­modato, e dá outras providências".

Ao Sr. Aluízio Campos:Projeto de Lei n9 1.184/83 - do Sr. Paulo Lustosa­

.que "obriga as entidades que especifica a publicaremseus relatórios e balanços de modo regionalizado".

Projeto e Lei n9 1.237/83 - do Sr. Paulo Lustosa ­que "institui adicional de Imposto de Renda na FO,ntepara atender a calamidade do Nordeste".

Projeto de Lei n9 1.288/83 - do Sr. Armando Pinhei­ro - que "estabelece critério para reajustamento dasprestações relativas a casa própria no Sistema FiJ;lancei­ro de Habitação".

Ao Sr. Antônio Dias:Projeto de Lei n9 1.178/83 - do Sr. Sérgio Cruz­

que "concede tarifa especial ao consumidor que substi-

Sábado 6 6817

tu!r o gás liquefeito de petróleo por energia elêtrica e dáoutras providências".

Projeto de Lei n9 1.231/83 - do Sr. Fr~ncisco Amaral- que "altera a redação de dispositivo da Lei n9 7.064,de 6 de dezembro de 1982, que dispõe sobre a situação detrabalhadores contratados ou transferidos para prestarserviços no exterior".

Projeto de Lei n9 1.268/83 - do Sr. Adroaldo Cam­pos - que "dispõe que a compra do carro novo de pas­seio por parte de pessoa física ou jurídica fica condicio­nada à prova de possuir espaço em garage para guardá­10".

Projeto de Lei n9 1.352/83 - do Sr. José Frejat - que"revoga o parágrafo 19 do art. 13 da Lei n95.890, de 8 dejunho de 1973, que "altera a legislação de PrevidênciaSocial e dá outras providências", para contar a carênciados trabalhadores autônomos a partir do início de suaatividade" .

Ao Sr. Armando Pinheiro:Projeto de Lei n9 1.250/83 - do Sr. Nelson do Carmo

- que "suspende a emissão de títulos da dívída públicados governos federais, estadual e municipais pelo perio­do de 2 (dois) anos e dá outras providências".

Ao Sr. Arnaldo Maciel:Projeto de Lei n9 1.182/83 - do Sr. Paulo Lustosa~

que "institui o seguro-saúde nas condições que especifi­ca".

Projeto de Lei 0 9 1.287/83 - do Sr. Ricardo Ribeiro- que "atribui ao Departamento de Polícia Feperal(DPF) a competência para a fiscalização da utilização deveículos automotores oficiais, na forma que menciona".

Projeto de Lei n9 1.337/83 - do Sr. Francisco Diá's­que "modifica a redação do parágrafo 99 do art. 10, daLei n9 5.890, de 8 de junho de 1973, que altera a legis­lação de previdência social e dá outras providências".

Ao Sr. Brandão Monteiro:Projeto de Lei n9 1.185/83 - do Sr. Paulo Lustosa­

que "institui atribuições inerentes à profissão de Enge­nheiro de Operação e dá outras providências".

Ao Sr. Brabo de Carvalho:Projeto de Lei n9 1.373/83 - do Sr. Ronaldo Campos

- que "destina parte da receita líquida da Loteria Es­portiva Federal às entidades que menciona".

Ao Sr. Darcílio Ayres:Projeto de Lei n9 1.243/83 - do Sr. Paulo Zarzur­

que "obriga a realização de exames pré-anastésicos empacientes cirúrgicos, para evitar choques anestésicos".

Projeto de Lei n9 1.321/83 - do Sr. Leônidas Sam­paio - que "proibe a divulgação, através dos veiculos decomunicação social, de anúncios de serviços de saúdeque não contenham o nome e o número de registro doresponsáveis técnico".

Ao Sr. Djalma Bessa:Projeto de Lei n9 1.369/83 - do Sr. Adroaldo Cam­

pos - que "isenta do pagamento de foro à União quemsomente tiver um imóvel aforado no Estado".

Ao Sr. Francisco Amaral:Projeto d~ Lei n9 1.175/83 - do Sr. Léo Simões ­

que "dá nova redação ao § 19 do art. 461 da Consoli­dação das Leis do Trabalho, para o fim de melhor definiro conceito de trabalho de igual valor".

Ao Sr. Francisco Benjamim:Projeto de Lei n9 1.174/83 - do Sr. Francisco Amaral

- que "dispõe sobre a remuneração da hora suplemen­tar de trabalho não será inferior à da hora normal acres­cida de 100%, durante o prazo que especifica",

Projeto de Lei n9 1.269/83 - so Sr. Márcio Macedo- que "acrescenta parágrafo ao art. 11 da Consolidaçãodas Leis do Trabalho".

Ao Sr. Gerson Peres:Projeto de Lei n9 1.280/83 - do Sr. Celso Peçanha­

que "revoga o art. 13 da Lei n9 6.367, de 19 de outubrode 1976, que dispõe sobre o seguro de acidentes do traba­lho a cargo do INPS e dá outras providências".

Page 24: República Federativa do Brasil DIÁRIOlWlllliríNAC10 Limagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD06AGO1983.pdf · 2012-03-13 · OSVALDO MELO - Progra ma Nacional de Alimentação Esco

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Projeto de Lei n9 1.311(83 - do Sr. Orestes Muniz­que "dispõe sobre a criação de Superintendência Regio­nal do INPS e postos do INAMPS no Estado de Rondô­nia".

Projeto de Lei n9 1.320(8"3 - do Sr. Sérgio Cruz ­que "autoriza o Poder Executivo a Instituir a FundaçãoUniversidade Federal da Grande Dourados, no Estadode Mato Grosso do Sul".

Ao Sr. Gomes da Silva:Projeto de Lei n9 1.228(83 - do Sr. Nilton Alves ­

que "altera dispositivo da Lei n9 6.592, de 17 de no­vembro de 1978, para o fim de permitir que a pensão es­pecial nela prevista, em favor do ex-combatente, possatransferir-se para seus dependentes em caso de morte".

Projeto de Lei n9 1.274(83 - do Sr. Saulo Queiroz­que "cria o Fundo para Investimentos Agropecuários ­FINAGRO".

Projeto de Lei n9 1.279(83 - do Sr. Albino Coimbra- que "dispõe sobre a Capoeira, que passa a ser consi­derada Luta Nacional, e dá outras providências".. Projeto de Lei n9 1.327(83 - do Sr. Leônidas Sam­

paio - que "institui o "Dia Nacional do Cirurgião­Dentista", e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.347(83 - do Sr. Saulo Queiroz­que "assegura abertura de créditos, pelos agentes finan­ceiros do Sistema Nacional de Crédito Rural, aos agri­cultores dos Estados que menciona, com a finalidade enas condições que especifica".

Projeto de Lei n9 1.350(83 - do Sr. Nelson Wedekim- que "acrescenta dispositivo ao Decreto-lei n9 1.572,de 19 de setembro de 1977, que revogou a Lei n93.577, de4 de junho de 1959, objetivando resguardar direitos dasinstituições que especifica".

Ao Sr. Gorgônio Neto:Projeto de Lei n9 1.160(83 - do Sr. Celso Peçanha­

que "acrescenta dispositivos a CLT, dispondo sobre con­dições de trabalho dos Assistentes Sociais".

Projeto de Lei n9 1.272(83 - do Sr. Mozarildo Caval­canti - que "autoriza o Poder Executivo a criar a Uni­versidade Federal de Roraima e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.299(83 - do Sr. Léo Simões ­que "estabelece as bases para venda e financiamento deimóveis habitacionais e comerciais".

Projeto de Lei n9 1.300(83 - do Sr. Henrique Eduar­do Alves - que "acrescenta dispositivo ao Decreto n9

24J 50, de 20 de abril de 1934, tornando obrigatória a in­denização do fundo de comércio nas desapropriações".

Projeto de Lei n9 1.355(83 - do Sr. Jorge Arbage­que "considera insalubre a atividade dos servidores daSUCAM. na Amazônia Legal, e dá outras providên­cias".

Projeto de Lei n9 1.345(83 - do Sr. Albérico Cordeiro- que "considera Certidões do Ministério da Marinha,documentos hábeis para percepção de benefícios da Lein9 4.242, de 17 de julho de 1963, que fixa novos valorespara os vencimentos dos Servidores do Poder Executivo,Civis e Militares, e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.372(83 - do Sr. Geovani Borges- que "autoriza o Poder Executivo a constituir a socie­dade de economia mista Banco do Amapá S(A.".

Ao Sr. Guido Moesch:Projeto de Lei n9 I. I57(83 - do Sr. Dionísio Hage­

que "assegura a clubes, sociedades ou centros comuni­tários de moradores de conjuntos habitacionais a manu­tenção de posse de áreas destinadas ao lazer da comuni­dade".

Projeto de Lei n9 1.271(83 - do Sr. Márcio Macedo- que "estabelece a aposentadoria da mulher seguradado INPS aos trinta anos de serviço com salário integral edá outras providências". .

Projeto de Lei n9 1.316(83 - do Sr. Adroaldo Cam­pos - que "isenta do pagamento da taxa de ocupaçãodos terrenos da marinha quem tiver um único imóvel ca-

DlÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

dastrado no Serviço do Patrimônio da União do Esta­do".

Projeto de Lei n9 1.333(83 - do Sr. Adroaldo Cam­pos - que "modifica a redação do § 29 do art. 127. doDecreto-lei n99.760, de 5 de setembro de 1946, vedandoque seja utilizado, em importância superior ao da cor­reção monetária, o valor da taxa de ocupação dos terre·nos da marinha".

Ao Sr. Hamilton Xavier:Projeto de Lei n9 1.255(83 - do Sr. Mário Frota ­

que "dispõe sobre deduções do Imposto de Rend~ e dáoutras providências".

Projeto de Lei n9 1.307(83 - do Sr. Celso Peçanha­que "concede aposentadoria aos ascensoristas aos 25anos de serviço".

Projeto de Lei n9 1.318(83 - do Sr. Lélio Souza ­que "modifica e revoga dispositivos do Decreto-lei n970,de 21 de novembro de 1966, altera dispositivos da Lei n95.741, de 19 de dezembro de 1971, que dispõe sobre hipo­teca, e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.351(83 - do Sr. Renato Vianna­que "dispõe sobre a aposentadoria especial do advogadoautônomo, e determina outras providências".

Projeto de Lei n9 1.357(83 - do Sr. Fqmcisco Amaral- que "introduz alterações na Lei n9 6.649, de 16 demaio de 1979, que regula a locação predial urbana, deforma a estabelecer o modo e o prazo para regulamen­tação do seguro de fiança locativa, bem COlpO a proibirque nas locações feitas a partir de 19 de junho de 1984 seutilize outro tipo de garantia".

Ao Sr. Jairo Magalhães:Projeto de Lei n9 1.180(83 - do Sr. Odilon Salmoria

- que "modifica a redação do art. 69 do Decreto-lei n91.940, de 25 de maio de 1982, que institui contribuiçãoSocial, cria o Fundo de Investimento Social (FINSO-CIAL) e dá outras providências". .

Projeto de Lei n9 1.284(83 - do Sr. Saramago Pinhei­ro - que "concede adicional de insalubridade à catego­ria profissional que menciona".

Projeto de Lei n9 1.197(83 - do Sr. Francisco Amaral- que "dispensa as municipalidades de recolhimento dacontribuição previdenciária. parte patronal. pelo prazode três (3) anos".

Projeto de Lei n9 1.363(83 - do Sr. Ruy Côdo - que"extingue o curso da Ciências Biológicas, modalidademédica, e dá outras providências".

Ao Sr. Joacil Pereira:Projeto de Lei n9 1.257(83 - do Sr. Ruben Figueiró

- que "autoriza o Poder Executivo a criar uma escolaagrícola de nível médio no Município de Ivinhema, noEstado de Mato Grosso do Sul".

Projeto de Lei n9 1.312(83 - do Sr. Mozarildo Caval­canti - que "autoriza o Poder Executivo a criar o Tribu­nal de Justiça do Território Federal de Roraima e dá ou­tras providéncias".

Ao Sr. João Divino:Projeto de Lei n9 1.238/83 - do Sr. Paulo Lustosa­

que "isenta da retenção do Imposto de Renda, na fontepagadora. a pessoa fisica com renda líquida mensal infe­rior a dez salários mínimos".

Projeto de Lei n9 1.313(83 - do Sr. Carneiro Arnaud- que "dispõe sobre a atualização dos serviços médico­hospitalares prestados ao INAMPS".

Projeto de Lei n9 1.340(83 - do Sr. Geraldo Bulhões- que "estabelece o salário mínimo profissional dosbancários e determina outras providências".

Projeto de Lei n9 1.342(83 - do Sr. Antônio Mazurek- que "dispõe sobre a venda de gasolina automotiva ede álcool etílico hidratado em embalagens de até 5 (cin­co) litros, no caso indicado".

Agosto de 1983

Ao Sr. João Gilberto:Projeto de Lei n9 1.190(83 - do Sr. Paulo Lustosa ­

que "determina percentuais de alocação de recursos noOrçamento da União, para gastos em educação e saú­de".

Projeto de Lei n9 1.200(83 - do Sr. Henrique Eduar­do Alves - que "altera dispositivo da Lei n93.807, de 26de agosto de 1960 - Lei Orgânica da Previdência So­cial".

Ao Sr. Jorge Arbage:Projeto de Lei n9 1.176(83 - do Sr. Nilson Gibson­

que "altera a redação do art. 15, do Decreto-lei n99.295,de 27 de maio de 1946, que cria o Conselho Federal deContabilidade, define as atribuições do Contador e doGuarda-Livros, e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.192(83 - do Sr. Freitas Nobre­que "acrescenta dispositivo a Lei n95.890, de 8 de junhode 1973, que alterou a legislação de previdência social".

Projeto de Lei n9 1.193(83 - do Sr. Freitas Nobre­que "dispõe sobre a organização de cooperativas de con­sumo em empresas com mais de 200 (duzentos) emprega­dos".

Projeto de Lei n9 1.285(83 - do Sr. Nilson Gibson­que "estabelece a proibição da despedida do empregado,sem justa causa, introduzindo modificações no contextoda Consolidação das Leis do Trabalho".

Projeto de Lei n9 1.289(83 - do Sr. Adroaldo Cam­pos - que "dispõe que o empregador, sem empregado,não contribuirá para o PIS".

Ao Sr. Jorge Carone:Projeto de Lei n9 1.170(83 - do Sr. Juarez Batista­

que "dispõe sobre a reserva de uma parte do Fundo Fe­deral de !=lletrificação para remunerar permanentementeos municípios que perdem áreas terreitoriais com a cons­trução de barragens".

Projeto de Lei n9 1.194(83 - do Sr. Frçitas Nobre­que "dispõe sobre a exigência de receituário agronômi­co, pra a finalidade que especifica".

Projeto de Lei n9 1.251(83 - do Sr. Nelson do Carmo- que "dispõe sobre a aplicação de recursos do FINORem financiamentos agropecuários a grupos de pequenosprodutores" .

Projeto de Lei n9 1.259(83 - do Sr. Fqmcisco Amaral- que "introduz alterações na Seção 11, do Capítulo 11,do Título 11, da Consolidação das Leis do Trabalho,concernentes à Duração do Trabalho, visando reduzir ajorn"da diária (ou semanal) de trabalho e elevar o per­centual de remuneração de horas extras ordinárias".

Projeto de Lei n9 1.290(83 - do Sr. Sérgio Cruz ­que "institui o bônus ao consumidor de leite, e dá outrasprovidências".

Projeto de Lei n9 1.309(83 - do Sr. Denisar Aroeiro- que "proíbe a importação de trigo e a exportação demilho e determina outras providências".

Projeto de Lei n9 1.323(83 - do Sr. Siqueira Campos- que "dispõe sobre anistia de débitos resultantes de fi­nanciamentos ou empréstimos agrícolas, nos casos econdições que especifica".

Projeto de Lei Complementar n9 55(83 - do Sr. JoséEudes - que "modifica o § 19 do art. 69 da Lei Comple­mentar n9 16, de 30 de outubro de 1973, que altera dispo­sitivos da Lei Complementar n9 li, de 25 de maio de1971, que institui o Programa de Assistência ao Traba­lhador Rural - PRORURAL".

Ao Sr. Jorge Medauar:Projeto de Lei n9 1.360(83 - do Sr. Geiovani Borges

- que "altera a redação do caput do art. 55, da Lei n9

5.682, de 21 de julho de 1971 - Lei Orgânica dos Parti­dos Políticos".

Ao Sr. José Burnett:'Projeto de Lei n9 1.211(83 - do Sr. Henrique Eduar­

do Alves - que "qualifica como insalubres as atividades

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Agosto de 1983

que especifica, de modo a possibilitar a seus exercentes orecebimento do adicional correspondente".

Projeto de Lei n9 1.235/83 - do Sr. Paulo Lustosa­que "faculta o uso de sistemas de conexão de estaçõesdos Serviços de Radioamador e de Rádio do Cidadão àrede telefônica".

Projeto de Lei n9 1.329/83 - do Sr. Victor Fa~cioni­que "define a atividade do Transportador Rodoviário debens e dá outras providências".

Ao Sr. José Genoino:Projeto de Lei n9 1.260/83 - do Sr. Pedro Germano

- que "acrescenta item ao art. 59 da Lei Orgânica daPrevidência Social, para facultar a filiação das donas-de­casa e dos índios ao sistema previdenciário".

Ao Sr. José Melo:Projeto de Lei n9 1.219/83 - do Sr. Osvaldo Melo­

que "acrescenta dispositivo a Lei n93.807, de 26 de agos­to de 1960, disciplinando o pecúlio a que tem direito ossegurados servidores da Previdência Social".

Proj~to de Lei n9 1.310/83 - do Sr: Edme Tavares ­que "acrescenta dispositivo à Lei n9 3.857, de 22 de de­zembro de 1960, que cria a Ordem dos Músicos do Brasile dispõe sobre o regulamento do exercício da profissãode músico, e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.305/83 - do Sr. Paulo Lustosa­que "acrescenta § 29 ao art. 70 da Lei n94.117, de 27 deagosto de 1962 - Código Brasileiro de Telecomuni­cações".

Projeto de Lei n9 1.354/83 - do Sr. Nilson Gibson­que "introduz alteração na Lei n9 6.435, de 15 de julhode 1977, que dispõe sobre as entidades de previdênciaprivada".

Projeto de Lei n9 1.362/83 - do Sr. Jorge Arbage ­que "acrescenta dispositivo à Lei nQ6.354, de 2 de se­tembro de 1976, que dispõe sobre as relações de trabalhodo atleta profissional de futebol, estabelecendo taxasobre cessões de jogadores que ultrapassem certo valor,destinada a finalidades de caráter assistencial".

Ao Sr. José Penedo:Projeto de Lei nQ1.215/83 - do Sr. Carneiro Arnaud

- que "modifica dispositivo da Lei n95.859, de II de de­zembro de 1972, que dispõe sobre a profissão de empre­gado doméstico, visando ampliar os direitos trabalhistasali estabelecidos".

Projeto de Lei nQ1.244/83 - do Sr. Leônidas Sam­paio - que "dispõe sobre a prova de casamento, paraefeito de levantamento do PIS-PASEP, e dá outras pro­vidências".

Projeto de Lei n9 1.358/83 - do Sr. Leônidas Sam­paio - que "dá nova redação aos artigos 59 e 61 daConsolidação das Leis do Trabalho, e determina outrasprovidências".

Ao Sr. José Tavares:Projeto de Lei nQ1.277/83 - do Sr. Brandão Montei­

ro - que "altera a redação do art. 22 do Decreto-lei nQ

05, de 4 de abril de 1966, que estabelece normas para arecuperação econômica das atividades da Marinha­Mercante, dos portos nacionais e da Rede FerroviáriaFederal S/A, e dá outras providências".

Projeto de Lei nQ1.297/83 - do Sr. Nilson Gibson ­que "imprime nova redação ao art. 2Q da Lei n96.592; de17 de novembro de 1978, que concede ampà1'o aos ex­combatentes julgados incapazes definitivamente para oserviço militar".

Projeto de Lei n91.298/83 - do Sr. Victor Fapcioni­que "disciplina e limita o comprometimento da renda fa­miliar dos mutuários do Sistema Fiqanceiro de Habi­tação e os reajustes das prestações da casa própria".

Projeto de Lei nQ1.339/83 - do Sr. Geraldo Bulhões- que "altera dispositivo da Lei n9 5.540, de 28 de no­vembro de 1968, que "fixa normas de Organização e

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Funcionamento do Ensino Superior e sua Articulaçãocom a Escola Média", e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.349/83 - do Sr. José Moura ­que "destina 20% dos valores das multas de trânsito arre­cadadas de motoristas rofissionais, na forma que especi­fica".

Ao Sr. Júlio Martins:Projeto de Lei n9 1.201/83 - do Sr. Léo Simões ­

que "modifica dispositivo da Lei nQ5.988, de 14 de de­zembro de 1973, que regula os direitos autorais e dá ou­tras providências".

Ao Sr. Leorne Belém:Projeto de Lei n9 1.283/83 - do Sr. Ffímcisco Amaral

- que "estabelece isenções para gratificação esponta­neamente paga pela empresa ao empregado demitido".

Projeto de Lei nQ1.292/83 - do Sr. Arthur VirgílioNeto - que "suprime da relação de municílpios declara­dos de interesse da Segurança Nacional, pela Lei n9

5.449, de 4 de junho de 1968, o de Atalaia do Norte, noEstado do Amazonas, e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.368/83 - do Sr. Arthur VirgílioNeto - que "acrescenta § ao art. 168 do Decreto-lei n9

5.452, de 19 de maio de 1943 - Consolidação das Leis doTrabalho".

Ao Sr. Mário Assad:Projeto de Lei nQ1.173/83 - do Sr. Octacílio Almeida

- que "proíbe a demissão da mulher gestante, até ses­senta dias após o retorno ao trabalho".

Projeto de Lei n9 1.188/83 - do Sr. Paulo Lustosa ­que "estabelece reserva de mercado para a,produção decarros elétricos".

Projeto de Lei n9 1.294/83 - do Sr. Iram Saraiva ­que "altera o art. 89 da Lei n95.107, de 13 de setembro de1966, que cria o Fundo de Garantia do Tempo de Ser­viço e dá outras providências, permitindo a utilização daconta vinculada para aquisição de material escolar".

Ao Sr. Márcio Macedo:Projeto de Lei nQ1.240/83 - do Sr. Léo Simões ­

que "altera a redação do § 6Q do art. 39 da Lei nQ5.890, de8 de junho de 1973, que altera a Legislação de Previdên­cia Social e dá outras providências".

Ao Sr. Natal Gale:Projeto de Lei n9 1.264/83 - do Sr. Leônidas Sam­

paio - que "dispõe sobre a contagem em dobro do tem­po de serviço militar, para a finalidade e no caso que es­pecifica".

Projeto de ·Lei n9 1.270/83 - do Sr. Márcio Macedo- que "altera o art. 33 da Lei Orgânica da PrevidênciaSocial, e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.317/83 - do Sr. Jorge Arbage­que "altera a redação do § 29 do art. 14, da Lei n95.692,de 11 de agosto de 1971, dispondo sobre as Diretrizes eBases do ensino de 19 e 29 graus".

Projeto de Lei n91.334/83 - do Sr. Iram Saraiva - que"concede isenção do pagamento do Imposto sobre Pro­dutos Industrializados dos veículos automotores nacio­nais para defu:ientes físicos".

Projeto de Lei nQ1.346/83 - do Sr. Sérgio Cruz ­que "veda a antecipação de cobrança de multas por in­fração de trânsito, e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.367/83 - do Sr. Francisco Dias­que "dispõe sobre a forma de pagamento do salário­família relativo a menor dependente do trabalhador".

Ao Sr. Nelson Morro:Projeto de Lei nQ1.172/83 - do Sr. Celso Peçanha­

que "enquadra as entidades do Sistema Nacional de Se­guros Privados nas disposições do Decreto-lei n9 8.621,de 10 de janeiro de 1946, e do Decreto-lei n99.853, de 13de setembro de 1946, e estende aos securitários os benefí­cios e atividades do SENAC e SESC".

Sábado 6 6819

Projeto de Lei n9 1.214/83 - do Sr. Leônidas Sam­paio - que "proíbe a exportação de diamantes "in natu­ra", e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.336/83 - do Sr. Ffímcisco Dias­que "dispõe sobre o trabalho do nutricionista nas empre­sas que menciona, e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.353/83 - do Sr. Fernando Cunha- que "dá nova redação ao art. 242 da Lei nQ6.404, de15 de dezembro de 1976 - Lei das Sociedades porAções".

Ao Sr. Nilson Gibson:Projeto de Lei n9 1.217/83 - do Sr. Manoel Ribeiro

- que "dispõe sobre a natureza jurídica das entidades defiscalização profissional".

Projeto de Lei n9 1.223/83 - do Sr. Ibsen Pinheiro­que "concede medida liminar de manutenção do empre­go ao empregado que estiver acionando o empregadorna Justiça do Trabalho, e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.224/83 - do Sr. Cardoso Alves­que "modifica o art. 84 da Lei n96.964, de 9 de dezembrode 1981, que alterou a lei que define a situação jurídicado estrangeiro no Brasil, cria o Conselho Nacional deImigração, e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.254/83 - do Sr. Arthur VirgílioNeto - que "acrescenta parágrafo único ao art. 512 doDecreto-lei n9 5.452, de 19 de maio de 1943 - Consoli­dação das Leis do Trabalho".

Projeto de Lei n9 1.278/83 - do Sr. Raymundo As­fóra - que "denomina Estação Cristinano Lauritzen aestação ferroviária de Campina Grande, e dá outras pro­vidências".

Projeto de Lei nQ1.356/83 - do Sr. Henrique Eduar­do Alves - que "equipara os sindicatos de trabalhado­res às entidades filantrópicas para os fins que mencio­na".

Projeto de Lei nQ1.359/83 - do Sr. Eduardo Mata­razzo Suplicy - que "estabelece o reajuste automáticodos salários, em função da variação no INPC o reajusteanual referente aos ganhos em produtividade e aos cri­térios de eqüidade acordados em negociação entre em­pregados e empregadores, garante informações às enti­dades de trabalhadores, e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.371/83 - do Sr. Nelson Wedekin- que "dispõe sobre a concessão de vantagens de natu­reza trabalhista e previdenciária aos enfermeiros, auxi­liar de enfermagem e atendentes de hospitais, e dá outrasprovidências".

Ao Sr. Otávio Cesário:Emenda Oferecida em Plenário ao Projeto de Lei n9

661-A/83 - que "dá nova redação ao art. 49 da Lei n9

5.371, de 5 de dezembro de 1967, que autoriza a insti­tuição da Fundação Nacional do lndio e dá outras pro­vidências".

Projeto de Lei n9 1.227/83 - do Sr. Brandão Montei­ro - que "institui o monopólio estatal das importaçõesde matérias-primas farmacêuticas, e dá outras providên­cias" ~

Ao Sr. Osvaldo Melo:Projeto de Lei n9 1.179/83 - do Sr. Mozarildo Caval­

canti - que "autoriza o Poder Executivo a providenciara abertura e a exploração do garimpo de cassiterita doSurucucus, nos termos que especifica".

Projeto de Lei n9 1.199/83 - do Sr. José Frçjat- que"dispõe sobre a aplicação, pelas agências bancárias, dosdepósitos recebidos de terceiros, no município onde es­tão situadas".

Projeto de Lei n9 1.210/83 - do Sr. Airon Rios - que"dispõe sobre a criação do Colégio Agrícola de Arcover­de, no Estado de Pernambuco".

Projeto de Lei n9 1.221/83 - do Sr. Geraldo Bulhões- que "autoriza a suplementação de vencimentos de

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6820 .Sãbado 6I

professores do ensino de 19 grau, estaduais ou munici­pais, no caso que especifica e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.232/83 - do Sr. Frí\ncisco Dias­que "altera a redação da Lei n95.107, de 13 de setembro

. de 1966, para permitir que o empregado optante peloFundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, pos­sa utilizar, por empréstimo, parte do saldo de sua contav"inculada, e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.302/83 - do Sr. Márcio Macedo- que "dá nova redação ao § 39do art. 59 da Lei Orgâni­ca da Previdência Social".

Projeto de Lei n9 1.343/83 - da Sr' Cristina Tavares- que "institiu a contribuição previdenciária sobre a re­ceita bruta, para a pessoa jurídica de fins econômicos e afirma individual".

Ao Sr. Pedro Colin:Projeto de Lei n9 1.328/83 - do Sr. Henrique Eduar­

do Alves - que "introduz alteração na Lei n9 5.107, de13 de setembro de 1966, que criou o Fundo de Garantiado Tempo de Serviço".

Ao Sr. Plínio Martins:Projeto de Lei n9 1.202/83 - do Sr. Rubens Ardenghi

- que "permite o abatimento dos gastos efetivos cominstrução, na renda bruta da pessoa física".

Projeto de Lei n9 1.203/83 - do Sr. Siqueira Campos- que "exclui da incidência do Imposto de Renda osproventos de aposentadoria e pensões".

Projeto de Lei n9 1.253/83 - do Sr. José Carlos Fa­gundes - que "altera o Código Nacional de Trânsito".

Projeto de Lei n9 1.273/83 - do Sr. Ronaldo Campos- que "institui a FU,ndação Universidade Federal doBaixo Amazonas e Tapajós, com sede em Santarém, e dáoutras providências".

Projeto de Lei n9 1.308/83 - da Sr' Lúcia Viveiros­que "dispõe sobre admissão de funcionário inativo emvirtude de concurso público, e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.341/83 - do Sr. Roberto Jefferson- que "altera a redação do art. 19 da Lei n94.923, de 28de dezembro de 1965, que institui o cadastro permanentedas admissões e dispensas de empregados, estabelece me­didas contra o desemprego e de assistência aos emprega­dos, e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.365/83 - do Sr. Salvador Julia­nelli - que "altera a redação de dispositivos da Consoli­dação das Leis do Trabalho".

Ao Sr. Raymundo Asfóra:Projeto de Lei n9 1.364/83 - do Sr. Salvador Julia­

nelli - que "dispõe sobre a remarcação de preços de'mercadorias com preço nacional".

Ao Sr. Raimundo Leite:Projeto de Lei n9 1.189/83 - do Sr. Paulo Lustosa ­

que "estabelece retribuição pecuniária ao autor, nos ca­sos que especifica".

Projeto de Lei n9 1.248/83 - do Sr. Vicente Queiroz- que "concede pensão especial aos que serviram àsForças Armadas no período de 1939 a 1945".

Projeto de Lei n9 1.315/83 - do Sr. Paulo Lustosa­que "institui seguro obrigatório para espectadores em es­tádios, cinemas e outras casas de diversões".

Projeto de Lei n91.370/83 - do Sr. Fr\lncisco Erse­que "aplica aos denominados "Soldados da Borracha"disposições das Leis' n9s. 5.813, de 14 de setembro de1943 e 5.698, de 24 de agosto de 1971, e dá outras provi­dências".

Ao Sr. Roberto Frçire:Projeto de Lei n9 1.239/83 - do Sr. Paulo Lustosa ­

que "autoriza o abatimento das despesas com segurançae vigia, da renda bruta das pessoas físicas".

Projeto de Lei n9 1.303/83 - do Sr. Márcio Macedo,que "torna obrigatória a afixação, nos postos reven-

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

dedores de gasolina para fins automotivos e de álcooletílico hidratado, de cartazes informativos da existênciados equipamentos necessários à aferição da qualidade docombustível comercializado".

Ao Sr. VaImor Giavarina:Projeto de Lei n9 1.195/83 - do Sr. José Tavares­

que "dispõe sobre a aplicação da correção monetária aosresgates de seguros feitos fora do prazo".

Projeto de Lei n9 1.225/83 - do Sr. Cardoso Alves­que "modifica a redação do § 49 do art. 110 da Lei n95.682, de 21 de julho de 1971 - Lei Orgânica dos Parti­dos Políticos".

Projeto de Lei n9 1.234/83 - do Sr. Frí\ncisco Dias ­que "introduz modificação na Lei n96.268, de 11 de no­vembro de 1975, que dispõe sobre a averbação do paga­mento de títulos protestados, a identificação do devedorem títulos cambiais e dupulicatas de fatura, e dá outrasprovidências".

Projeto de Lei n9 1.291/83 - do Sr. Wilmar Palis­que "regula as condições a serem observadas quanto àrenovação, ou não, dos contratos dos atletas profissio­nais".

Ao Sr. Wagner Lago:Projeto de Lei n91.152/83 - do Sr. Orestes Muniz­

que "dispõe sobre a criação do Banco do Centro OesteS/A".

Projeto de Lei n9 1.169/83 - do Sr. Fr\lnciscoRollemberg - que "dispõe sobre a criação, na 5' Regiãoda Justiça do Trabalho, de duas Juntas de Conciliação eJulgamento, com sede em Aracaju, Estado de Sergipe".

Projeto de Lei n9 1.205/83 - do Sr. Renato Cordeiro- que "determina que pelo menos 10% do quadro de te- .lefonistas, das empresas de telefonia, sejam ocupadospor paraplégicos".

Projeto de Lei n9 1.206/83 - do Sr. Renato Cordeiro- que "determina que o DNER reserve 20% de seu qua­dro de caixas-cobradores de pedágio a paraplégicos".

Projeto de Lei n9 1.246/83 - do Sr. Siqueira Campos- que "determina que as fábricas de veículos mante­nham modelos de automóveis de passeio por períodosmínimos de cinco anos".

Projeto de Lei n9 1.301/83 - do Sr. Jaime Câmara­que "proíbe a pesca econômica nas bacias dos rios Ara­guaia e Tocantins e determina outras providências".

Projeto de Lei n9 1.314/83 - do Sr. Alércio Dias­que "fixa indenização a ser paga pelos órgãos encarrega­dos da conservação e manutenção das estradas nos casosque especifica".

Ao Sr. Walter Casanova:Projeto de Lei n9 1.155/83 - do Sr. Geraldo Flc;:meing

- que "dispõe sobre a criação da Zona Frí\nca de RioBranco, no Estado do Acre".

Projeto de Lei n9 1.187/83 - do Sr. Paulo Lustosa­que "acrescenta parágrafo único ao art. 18 da Lei n96.360, de 23 de setembro de 1976, dispondo sobre o regis­tro de drogas, medicamentos, e insumos farmacêuticosde procedência estrangeira".

Sala da Comissão, 29 dejunho de 1983. - Ruy OrnarPrudêncio da Silva, Secretário.

O Deputado Bonifácio de Andrada, Presidente da Co­missão de Constituição e 1ustiça, fez a seguinte

Redistribuição

Em 30-6-83Ao Sr. Djalma Bessa:Projeto de Lei n9960/83 - do Sr. Haroldo Sanford­

que "estabelece que as diretrizes, para efeito de infideli­dade partidária, somente podem ser fixadas com maioriaabsoluta, apurada em votação secreta, alterando "o caputdo art. 73 da Lei Orgânica dos Partidos Políticos".

Agosto de 1983

Ao Sr. Hamilton Xavier:Projeto de Lei n9 168/83 - do Sr. José Maurício ­

que "fixa condições para ingresso nas Universidades, edá outras providências".

Projeto de Lei n9 590/83 - da Sra. Cristina Tavares- que "dá nova redação ao art. 128 do Decreto-lei n9

2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), dispon­do sobre o aborto praticado por médico".

Ao Ar. José Genoino:Projeto de Lei n9 567/83 - do Sr. Inocêncio Oliveira

- que "autoriza a distribuição gratuita de anovula­tórios".

Ao Sr. José Tavares,:Projeto de Lei n9 315/83 - do Sr. Nilson Gibson­

que "dispõe sobre os Conselhos Federal e Regionais deContabilidade, as prerrogativas dos profissionais e dáoutras providências".

Projeto de Lei n9 328/83 - do Sr. Jorge Ca~one­que "dispõe sobre o registro de distribuição judicial, suabaixa e cancelamento em ações de despejo na "denúnciavazia".

Ao Sr. Leorne Belém:Projeto de Lei n9 16/83 - do Sr. Jorge Uequed - que

"exclui o Município de Tramandaí dos municípios decla­rados áreas de interesse da segurança nacional".

Projeto de Lei n9 17/83 - do Sr. Jorge Uequed - que"exclui o Município de Osório da relação dos municípiosdeclarados áreas de segurança nacional".

Projeto de Lei n9 18/83 - do Sr. Jorge Uequed - que"exclui o Município de Rio Grande, no Rio Grande doSul, do inciso VII do artigo 19 da Lei 5.449, de 4 de junhode 1968, que declara de interesse da segurança nacional,nos termos do art. 16, parágrafo 19, alínea b, da Consti­tuição, os municípios ali especificados, e dá outras provi­dências".

Ao Sr. Mário Assad:Projeto de Lei n9 230/83 - do Sr. Jorge Arbage­

que "autoriza o Poder Executivo à instituir a FundaçãoUniverdidade Federal de Castanhal, no Estado'do'Pa­rá".

Ao Sr. Nilson Gibson:Projeto de Lei n9 278/83 - do Sr. Inocêncio Oliveira

- que "declara a gratuidade da emissão da Carteira deSaúde e o fornecimento de atestados médicos, pelos ór­gãos públicos federais, para os fins que especifica".

Projeto de Lei n9343/83 - do Sr. Paulo Zarzur - que"estabelece normas sobre utilização dos livros didáticos,e dá outras providências".

Ao Sr. Raymundo Asfóra:Projeto de Lei n9 252/83 - do Sr. Inocêncio Oliveira

- que "dispõe sobre a concessão de qiíinqilênios aosservidores públicos regidos pela legislação trabalhista":

Sala da Comissão, 30 de junho de 1983. - Ruy OrnarPrudêncio da Silva, Secretário.

O Deputado Bonifácio de Andrada, Presidente da Co­missão de Constituição e Justiça, fez a seguinte

Distribuição

Em 30-6-83Ao Sr. Airon Rios:Projeto de Lei n9 1.379/83 - do Sr. Francisco Amaral

- que "altera o art. 49 do Decreto-lei n9 1.706, de 27 deoutubro de 1939, que institui o Livro do Mérito".

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Agosto de 1983

Ao Sr. Aluízio Campos:Projeto de Lei nQ 1.405/83 - do Sr. Henrique Eduar­

do Alves - que "altera dispositivo da Lei nQ 5.107, de 13de setembro de 1966, visando permitir a utilização departe dos depósitos em conta vinculada do FqTS paraaquisição da casa própria fora do Sistema Financeiro deHabitação".

Ao Sr. Antônio Dias:Projeto de Lei nQ 1.406/83 - do Sr. Adhemar Ghisi ­

que "acrescenta dispositivos à Lei nQ 5.768, de 20 l.ie de­zembro de 1971, que altera a legislação sobre a distri­buição gratuita de prêmios mediante sorteio, vale-brindeou concurso, a título de propaganda, estabelece normasde proteção à poupança popular, e dá outras providêni-cas".

Ao Sr. Armando Pinheiro:Projeto de Lei nQ 1.387/83 - do Sr. Agnaldo Timóteo

- que "altera o Código de Menores a fim de inserir-lhenova modalidade assistencial".

Projeto de Lei nQ 1.412/83 - do Sr. Sérgio Cruz ­que "proíbe o funcionamento de curso cuja profissão es­teja legalmente reconhecida e dá outras providências".

Ao Sr. Arnaldo Maciel:Projeto de Lei n9 1.389/83 - do Sr. Ronaldo Campos

- que "dispõe sobre a criação de Escola de Agrope­cuária de Oriximiná, Estado do Pará".

Projeto de Lei nQ 1.409/83 - do Sr. Albino Coimbra- que "autoriza o Poder Executivo a criar a Escola Téc­nica Federal de Mato Grosso do Sul, e dá outras provi­dências".

Projeto de Lei n9 1.427/83 - do Sr. Joaquim Roriz ­que "autoriza o Poder Executivo a prorrogar, pelo prazode 2 (dois) anos, o pagamento de débitos dos Estadospara com a União".

Emendas do Senado ao Projeto de Lei n9 1.657-C/75- que "autoriza o Governo Federal a instituir a Fun­dação Universidade Feçleral de Campina Grande e dáoutras providências".

Ao Sr. Brandão Monteiro:Projeto de Lei n9 1.426/83 - do Sr. Adroaldo Cam­

pos - que "iguala o salário mínimo em todo o territóriobrasileiro".

Projeto de Lei n9 1.444/83 - do Sr. Nelson Wedekin- que "dispõe sobre o abatimento por dependente, emdobro, no caso de filho excepcional".

Ao Sr. Brabo de Carvalho:Projeto de Lei n9 1.417/83 - do Sr. Navarro Vieira

Filho - que "altera dispositivos da Lei n9 6.681, de 16de agosto de 1979, dispondo sobre a inscrição de médi­cos, cirurgiões-dentistas e farmacêuticos militares nosConselhos Regionais de Medicina, Odontologia e Far­mácia",

Emenda Oferecida em Plenário ao Projeto de Lei n9

3.544-A/80 - que "autoriza o Poder Executivo a insti­tuir a "Fundação Universidade Federal do Norte de Mi­nas" e dá outras providências".

Ao Sr. Djalma Bessa:Projeto de Lei n9 1.384/83 - da Sr' Cristina Tavares

- que "regula a fabricação, a comercialização e a im­portação de equipamentos de processamento eletrônicode dados e determina outras providências".

Projeto de Lei n9 1.438/83 - do Sr. Wall Ferraz ­que "acrescenta dispositivo à Lei n9 6.733, de 4 de de-

DlÃRIO DOCONGRESSO NACIONAL (Seção I)

zembro de 1979, que dispõe sobre a nomeação dos diri­gentes das Fundações instituídas ou mantidas pelaUnião".

Ao Sr. Elquison Soares:Emenda Oferecida em Plenário ao Projeto de Lei nQ

2.872-A/80 - que "acrescenta parágrafo único ao art.37 da Lei nQ 3.807, de 26 de agosto de 1960 - Lei Orgâ­nica da Previdência Social - e dá outras providências".

Emenda Oferecida em Plenário ao Projeto de Lei n9

3.371-A/80 - que "introduz alterações na Lei n95.107,de 13 de setembro de 1966, para o fim de estender o regi.me de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço a todosos empregados cumulativamente com o instituto da esta­bilidade, e dá outras providências".

Ao Sr. Ernani Sátyro:Projeto de Lei n9 1.439/83 - do Sr. Osvaldo Melo­

que "introduz modificação na Lei n9 6.226, de 14 de ju­lho de 1975, de modo a fazer que a contagem recíprocade tempo de serviço nela estabelecido beneficie tambémos militares".

Ao Sr. Francisco Benjamim:Projeto de Lei nQ 1.382/83 - do Sr. Leônidas Sam­

paio - que "acrescenta dispositivo ao arL 243, da Lei n9

4.737, de 15 de julho de 1965, que "institui o CódigoEleitoral", e dá outras providências".

Emenda Oferecida em Plenário ao Projeto de Lei nQ

2.075-A/79 - que "introduz alterações no Código deMineração".

Ao Sr. Gerson Peres:Projeto de Lei n9 1.410/83 - do Sr. Nelson Wedekin

- que "altera dispositivos da Consolidação das Leis doTrabalho, para estabelecer, como regra, que o pagamen­to de salários se faça pelo sistema de contra-cheques ecrédito em conta bancária do empregado".

Ao Sr. Gomes da Silva:Projeto de Lei n9 1.381/83 - do Sr. Jorge Uequed­

que "estabelece a remuneração mínima do trabalhadorna respectiva empresa, é dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.394/83 - do Sr. Anselmo Peraro- que "dispõe sobre a aposentadoria aos 25 (vinte e cin­co) anos de serviço aos Representantes de Laboratóriosde Divisão Farmacêutica".

Projeto de Lei nQ 1.401/83 - do Sr. Fernando Bastos- que "declara de utilidade pública o "BESC Clubs Pre­vidência, Assitência e Cultura", com sede na cidade deFlorianópolis, no Estado de Santa Catarina".

Projeto de Lei nQ 1.402/83 - do Sr. Fernando Bastos- que "declara de utilidade pública a Creche e OrfanatoVinde a Mim as Criancinhas, com sede na cidade de SãoJosé, Estado de Santa Catarina".

Projeto de Lei n9 1.424/83 - do Sr. Alencar Furtado- que "dispõe sobre a inclusão do estudo da Flora Bra­sileira, no currículo dos cursos de Medicina, Farmácia ecorrelatos".

Projeto de Lei nQ 1.472183 - do Sr. Francisco Amaral- que "dispõe sobre a dedução, do lucro tributável,para fins do Imposto sobre a Renda, do dobro das des­pesas realizadas com programas de transporte do traba­lhador e determina outras providências".

Projeto de Lei n9 1.592/83 - do Tribunal Superior doTrabalho - que "dispõe sobre a criação de cargos noQuadro Permanente da Secretaria do Tribunal Regionaldo Trabalho da Décima Região, e dá outras providên­cias".

Ao Sr. Gorgônio Neto:Projeto de Lei n9 1.400/83 - do Sr. Leônidas Sam­

paio - que "altera dispositivo da Lei nQ 5.107, de 13 desetembro de 1966, que criou o Fundo de Garantia doTempo de Serviço, e dá outras providências".

Ao Sr. Guido Moesch:Projeto de Lei n9 1.296/83 - do Sr. Eduardo Mata­

razzo Suplicy - que proíbe qualquer expurgo ou modifi-

Sábado 6 6821

cação do INPC com o objetivo de obter outro resultadoque não seja a variação real do custo de vida".

Projeto de Lei n9 1.448/83 - do Sr. Paulo Mincarone- que "dispõe sobre a composição do lndice Nacionalde Preços ao Consumidor".

Ao Sr. Hamilton Xavier:Projeto de Lei n9 1.376/83 - do Sr. Cunha Bueno ­

que "dispõe sobre a inviolabilidade dos Vereadores".Projeto de Lei n9 1.399/83 - do Sr. FqlllCisco Dias­

que "dispõe sobre moradias para empregados domésti­cos, nas condições que especifica, e dá outras providên­cias".

Projeto de Lei n9 1.423/83 - do Sr. Paulo Zarzur­que "determina a venda de alcool carburante, a preçossubsidiados, exclusivamente, para motoristas de praça".

Ao Sr. Jairo Magalhães:Emenda Oferecida em Plenário ao Projeto de Lei nQ

2.405-B/79 - que "proíbe a cobrança de taxas, sobreta­xas e multas, sem base legal".

Emenda Oferecida em Plenário (em Segunda Discus­são) ao Projeto de Lei n9 2.7 I7-B/79 - que dispõe sobrea concessão de desconto nas passagens de transportes co­letivos urbanos aos estudantes de nível superior".

Emenda Oferecida em Plenário ao Projeto de Lei n93.591-A/80 - que "acrescenta alínea ao art. 29 doDecreto-lei n9869, de 12 de setembro de 1969, que dispõe,sobre a inclusão da Educação Moral e Cívica, como dis­ciplina obrigatória, nos sistemas de ensino no País, e dáoutras providências".

Ao Sr. Joacil Pereira:Projeto de Lei nQ 1.377/83 - do Sr. Dionísio Hage­

que "autoriza o Poder Executivo a criar as escolas queespecifica, e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.404/83 - do Sr. Jorge Uequed­que "altera o Código da Propriedade Industrial- Lei n9

5.772, de 21 de dezembro de 1971".

Ao Sr. João Cunha:Projeto de Lei nQ 1.473/83 - do Sr. Herbert Levy­

que "proíbe a publicidade do fumo vinculada a qualqueratividade esportiva, e dá outras providências".

Ao Sr. João Divino:Projeto de Lei n9 1.388/83 - do Sr. Adroaldo Cam­

pos - que "altera a Lei n96.437, de 20 de agosto de 1977que configura infrações à legislação sanitária federal, es­tabelece as sanções respectivas, e dá outras providên­cias".

Ao Sr. João Gilberto:Emenda Oferecida em Plenário ao Projeto de Lei n9

1.288-A/79 - que "veda a cobrança de juros sobre osempréstimos do Crédito Educativo".

Ao Sr. Jorge Carone:Projeto de Lei nQ 1.430/83 - do Sr. Pedro Germano

- que "estende o Seguro Rural a todas as unidades daFederação e determina outras providências".

Projeto de Lei n9 1.459/83 - do Sr. Hélio Dantas­que "acrescenta parágrafos ao art. 79 do Decreto-lei nQ

1.963, de 14 de outubro de 1982, que dispõe sobre recur­sos do Programa Nacional de Política Fundiária, sobrefinanciamento do Projeto de construção de casa para otrabalhador rural, e dá outras providências".

Ao Sr. Jorge Leite:Projeto de Lei n9 1.432/83 - do Sr. Nilson Gibson ­

que "acrescenta dispositivo a Lei n96.815, de 19 de agos­to de 1980, que define a situação jurídica do estrangeirono Brasil, de modo a suspender temporariamente a con­cessão de vistos temporários ou permanentes nos casosque especifica".

Ao Sr. José Genoino:Projeto de Lei n9 1.397/83 - do Sr. Fernando Cunha

- que "estabelece data e condições para a transferênciado Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Bra­sil para o Distrito Federal".

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6822 Sábado 6

Ao Sr. José Melo:Projeto de Lei n9 1.440/83 - do Sr. Fqmcisco Dias­

que "proibe às empresas de transporte coletivo utílizar afigura de motorista-cobrador, e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.449/83 - do Sr. Arnaldo Maciel- que "denomina Auxíliar de Serviços do Lar os atuaisempregados domésticos".

Ao Sr. José Tavares:Projeto de Lei n9 1.375/83 - do Sr. Domingos Juvenil

- q'ue "concede aposentadoria aos 50 (cinqüenta) anosde idade aos pescadores profissionais, e dá outras provi­dências".

Projeto de Lei n9 1.391/83 - do Sr. Siqueira Campos- que "inclui a prática da hipnose entre as atribuiçõesdo psicólogo".

Projeto de Lei n91.396/83 - do Sr. Valmor Giavarina- que "obriga o estudo da "Flqra Brasileira e seus Re­cursos Medicinais" nos cursos que especifica, e dá outrasprovidências".

Projeto de Lei n9 1.443/83 - do Sr. Geraldo Bulhões- que "dispensa do pagamento de IPI, no prazo e con­dições que especifica, as aquisições de veículos utílitáriosdestinados ao meio rural".

Ao Sr. Júlio Martins:Proje~o de Lei n91.431/83 - do Sr. Frlilncisco Amaral

- que "suspende por dois anos a vigência do dispostono art. 49 da Lei n95.655, de 20 de maio de 1971, que dis­põe sobre a remuneração legal do investimento dos con­cessionários de serviços públicos de energia elétrica, e dáoutras providências".

Ao Sr. Lázaro Carvalho:Emenda Oferecida em Plenário ao Projeto de Lei n9

3.595-A/80 - que "acrescenta parágrafos ao art. 79 daLei Orgânica da Previdência Social para isentar o ex­combatente da Segunda Guerra Mundial, na hipótese deconstrução da casa própria, da contribuição devida àPrevidência Social, e determina outras providências".

Ao Sr. Leorne Belém:Projeto de Lei n9 1.386/83 - do Sr. Jorge Arbage­

que "define como crime contra a segurança nacional odelito que especifica".

Projeto de Lei n9 1.462/83 - do Sr. Osvaldo Melo ­que "dispõe sobre abatimento do Imposto sobre Produ­tos Industrializados, no caso que menciona".

Projeto de Lei n9 1.469/83 - do Sr. Léo Simões ­que institui o "Dia do Guia do Turismo".

Ao Sr. Luiz Leal:Emenda Oferecida em Plenário ao Prejeto de Lei n9

2.403-A/79 - que "dispõe sobre a aposentadoria de ra­dialistas, jornalistas e escritores".

Ao Sr. Mário Assad:Projeto de Lei n9 1.433/83 - do Sr. Homero - que

"dispõe sobre a situação do servidor público candidato acargo eletivo, e dá outras providências".

Ao Sr. Matheus Schmidt:Projeto de Lei n9 1.442/83 - do Sr. José Moura ­

que "acrescenta dispositivos à Lei n9 5.540, de 11 de no­vembro de 1968, que "fixa normas de organização e fun­cionamento do ensino superior e sua articulação com aescola média, e dá outras providências".

Ao Sr. Natal Gale:Projeto de Lei n9 1.429/83 - do Sr. Ivo Vanderlinde

- que "altera a redação do caput e do § 39 do art. 392 edo art. 396 da Consolidação das Leis do Trabalho, apro­vada pelo Decreto-lei n9 5.452, de 19 de maio de 1943,dispondo sobre a licença de empregado gestante e operiodo destinado à amamentação do filho durante ajornada de trabalho".

Ao Sr. Nelson Morro:Projeto de Lei n9 1.428/83 - do Sr. Adail Vetorazzo

- que "obriga ajuntada dos comprovantes de pagamen­tos a profissionais liberais, nas declarações de rendimen­tos das pessoas físicas".

DlÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Ao Sr. Nilson Gibson:Projeto de Lei n9 1.385/83 - do Sr. Celso Peçanha­

que "altera dispositivos da Lei n94.769, de 9 de setembrode 1965, que dispõe sobre exercício da profissão de Téc­nico de Administração, e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.393/83 - do Sr. Hélio Manhães­que "dispõe sobre anistia de juros, multas e correçãomonetária para mutuário do Sistema Habitacional Fi­nanceiro, exclui o seu nome do S.P.C, e dá outras provi­dências".

Projeto de Lei n9 1.446/83 - do Sr. Márcio Macedo- que "altera a redação do art. 566, da Consolidaçãodas Leis do Trabalho".

Emenda Oferecida em Plenário ao Projeto de Lei n91.859-A/79 - que "fixa o piso salarial para Atendentes,Auxiliares e Técnicos de Enfermagem e determina outrasprovidências".

Ao Sr. Otávio Cesário:Projeto de Lei n9 1.415/83 - do Sr. Mauro Sampaio

- que "acrescenta dispositivo à Lei n9 6.015, de 31 dedezembro de 1973, que dispõe sobre registros públicos,dispensando do registro imobíliário as aquisições deimóveis que especifica".

Ao Sr. Osvaldo Melo:Emendas Oferecidas em Plenário ao Projeto de Lei n9

65-A/83 - que "dispõe sobre o reescalonamento de dé­bitos provenientes de financiamentos concedidos aosagropecuaristas da área do Polígono das Secas, até 31 dedezembro de 1982".

Emendas Oferecidas em Plenário ao Projeto de Lei n9

959-A/79 - que "dá nova definição ao capital estrangei­ro, para efeitos da Lei n94.131, de 3 de setembro de 1962,que "disciplina a aplicação do capital estrangeiro e as re­messas de valores para o exterior", e dá outras providên­cias".

Projeto de Lei n9 1.378/83 - do Sr. Carneiro Arnaud- que "dispõe sobre a aposentadoria especial dos Enfer­meiros e Auxiliares de Enfermagem aos 25 (vinte e cinco)anos de serviço com vencimentos integrais".

Projeto de Lei n9 1.447/83 - do Sr. Márcio Macedo- que "institui Administração Colegiada no SistemaNacional de Previdência Social, e dá outras providên­cias".

Emenda Oferecida em· Plenário ao Projeto de Lei n9

3.047-A/80 - que institui o salário mínimo do menornão aprendiz e determina outras providências".

Ao Sr. Pimenta da Veiga:Emenda Oferecida em Plenário (em segunda Discus­

são) ao Projeto de Lei n9 3.259-B/80 - que "determinaobrigatoriedade de reações sorológicas para doença deChagas, antes de qualquer transfusão de sangue".

Ao Sr. Plínio Martins:Projeto de Lei n9 1.390/83 - da Sr. Lúcia Viveiros ­

que "proíbe a utilização de bromato de potássio pelospanificadores, como aditivo químico, nos produtos desua fabricação".

Projeto de Lei n9 1.460/83 - da Sr. Mirthes Bevilac­qua - que "dispõe sobre a correção monetária de sa­lários, proventos e pensões pagos com atraso".

Ao Sr. Raimundo Asfóra:Projeto de Lei n9 1.403/83 - do Sr. Rubens Ardenghi

- que proíbe a propaganda para televisão ou rádio, dequalquer medicamento popular ou dos que exigem pres­crição médica".

Ao Sr. Raimundo Leite:Emendas oferecidas em Plenário ao Projeto de Lei n9

3.082-A/80 que "altera a Lei n94.131, de 3 de setembrode 1962, modificada pela Lei n94.390, de 29 de agosto de1964, que institui a fiscalização democrática das empre­sas de capital estrangeiro mediante a obrigatoriedade dedivulgação de dados, e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.441/83 - do Sr. Gióia Júnior­que "concede aos Ministros de Culto Religioso livre

Agosto de 1983

acesso aos hospitais para prestarem assistência religiosaaos doentes".

Ao Sr. Valmor Giavarina:Projeto de Lei n9 1.398/83 - do Sr. Cunha Bueno ­

que "define os crimes e contravenções contra a economiapopular e estabelece o respectivo processo de julgamen­to".

Projeto de Lei n9 1.413/83 - do Sr. Jorge Arbage­que "define o jogo de azar como crime, punível com re­clusão, excluindo-o da Lei das Contravenções Penais, edando outras providências".

Projeto de Lei n9 1.414/83 - do Sr. Adroaldo Cam­pos - que "dispensa a autenticação de documentos quetransitem pela administração pública direta e indireta eBanco Nacional da Habitação".

Ao Sr. Wagner Lago:Projeto de Lei n9 1.395/83 - do Sr. José Eudes - que

"acrescenta parágrafo ao art. 25 da Lei n93.807, de 26 deagosto de 1960 - Lei Orgânica da Previdência Social­e elimina o atual parágrafo único dispondo sobre atesta­do médico comprobatório da incapacidade temporáriapara o trabalho do segurado da Previdência Social".

Ao Sr. Walter Casanova:Projeto de Lei n9 1.380/80 - do Sr. Henrique Eduar­

do Alves - que "introduz alteração na Lei n9 3.807, de26 de agosto de 1960 - Lei da Previdência Social".

Sala da Comissão, 30 de junho de 1983. - Ruy OrnarPrudêncio da Silva, Secretário.

COMISSÃO DE ECONOMIA, INDÚSTRIAE COMtRCIO

Termo de Reunião

A Comissão de Economia, Indústria e Comércio, dei­xou de realizar sua reunião ordinária do dia 12 de maiode 1983, por falta de matéria.

Compareceram os Senhores Deputados: Pedro Sam­paio, Presidente; Genebaldo Correia, Vice-Presidente daTurma "A"; Israel Pinheiro, Vice-Presidente da Turma"B"; José Ulisses, Estevam Galvão, Etelvir Dantas, Odi­lon Salmoria, Oscar Corrêa Jr. Haroldo Lima, AntonioFarias, José Thomaz Nonô, Hélio Duque, FernandoCarvalho, Herbert Levy, Celso Sabóia, Antônio Osório,José Lourenço, Alencar Furtado, Virgildásio de Sena,Gustavo de Faria, Rubem Medina, Amaral Netto, JoãoAgripino, Luiz Fayet, Coutinho Jorge, Antonio Câmara,Cristina Tavares, Saulo Queiroz, Arthur Virgílio Neto,José Jorge, Nylton Velloso Eduardo Matarazzo Suplicy,e Darcy Passos.

Sala da Comissão, )9 de agosto de 1983. - DelzulteMacedo de Avelar, Secretária.

Termo de Reunião

A Comissão de Economia, Indústria e Comércio, dei­xou de realizar sua reunião ordin~ria do dia 19 de maiode 1983, por falta de matéria.

Compareceram os Senhores Deputados: PedroSampaio, Presidente; Geraldo Correia, Vice-Presidenteda Turma "A"; Israel Pinheiro, Vice-Presidente da Tur­ma "B"; Siegfried Heuser, Hélio Duque, Amaral Netto,José Thomaz Nonô, Estevam Galvão, Coutinho Jorge,Luiz Fayet, Oscar Corrêa Júnior, Haroldo Lima, Fer­nando Collor, Ralph Biasi, Ciro Nogueira, Antônio Fa­rias, Gustavo de Faria, Eduardo Matarazzo Suplicy,Alencar Furtado, Odilon Salmoria, Herbert Levy,Arthur Virgílio Neto, Cristina Tavares, João AlbertoSouza, João Agripino, José Moura, Rubem Medina, Jo­sé Jorge, Darcy Passos, Antônio Osório, José Ulisses, eAlberto Goldman.

Sala da Comissão, 19 de agosto de 1983. - DelzulteMacedo de Avelar, Secretária.

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Agosto de 1983

Termo de Reunião

A Comissão de Economia, Indústria e Comércio, dei­xou de realizar sua reunião ordinária do dia 26 de maiode 1983, por falta de matéria.

Compareceram os Senhores Deputados: Pedro Sam­paio, Presidente; Genebaldo Correia, Vice-Presidente daTurma "A"; Israel Pinheiro, Vice-Presidente da Turma"B"; Ciro Nogueira, Antônio Osório, José Thomaz No­nô, Herbert Levy, Luiz Fayet, Osório Salmoria, Gustavode Faria, Antonio Farias, Fernando Carvalho, Celso Sa­bóia, Siegfried Heuser, Antônio Câmara, Darcy Passos,João Agripino, Fernando Collor, Saulo Queiroz, Alen­car Furtado, Oscar Correa, José Moura, José Ulisses,Cristina Tavares, Amaral Netto, Alberto Goldman, Ha­roldo Lima, Etelvir Dantas, Estevam Galvão, RalphBiasi e Rubem Medina.

Sala da Comissão, lQ de agosto de 1983. - DelzuiteMacedo de Avelar, Secretária.

Termo de Reunião

A Comissão de Economia, Indústria e Comércio, dei­xou de realizar sua reunião ordinária do dia 9 de junhode 1983, por falta de matéria.

Compareceram os Senhores Deputados: Pedro Sam­paio, Presidente; Genebaldo Correia, Vice-Presidente daTurma "A"; Israel Pinheiro, Vice-Presidente da Turma"B"; Ralph Biasi, Herbert Levy, Siegfried Heuser,Eduardo Matarazzo Suplicy, José Thomaz Nonô, Anto­nio Farias, Sergio Philomeno, Saulo Queiroz, José Mou­ra, Luiz Fayet, Odilon Salmoria, João Agripino, DarcyPassos, Coutinho Jorge, Alberto Goldman, Oscar Cor­rêa Jr. José Jorge, Fernando Collor, José Ulisses, RubemMedina e Pratini de Moraes.

Sala da Comissão, IQ de agosto de 1983. - DelzuiteMácedo de Avelar, Secretária.

Termo de Reunião

A Comissão de Economia, Indústria e Comércio, dei­xou de realizar sua reunião ordinária do dia 16 de junhode 1983, por falta de matéria.

Compareceram os Senhores Deputados: Pedro Sam­paio, Presidente; Genebaldo Correia, Vice-Presidente daTurma "A"; Israel Pinheiro, Vice-Presidente da Turma"B"; Etelvir Dantas, Herbert Levy, Siegfried Heuser,Celso Sabóia, Eduardo Matarazzo Suplicy, José ThomazNonô, António Farias, José Moura, Sérgio Philomeno,Saulo Queiroz, Luiz Fayet, Odilon Salmoria, João Agri­pino, Darcy Passos, Alencar Furtado, Coutinho Jorge,Fernando Collor, Oscar Corrêa, Alberto Goldman, JoséJorge, José Ulisses, Celso Barros, Rubem Medina, Gus­tavo de Faria, Ciro Nogueira e Pratini de Moraes.

Sala da Comissão, IQ de agosto de 1983. - DelzuiteMacedo de Avelar, Secretária.

Termo de Reunião

A Comissão de Economia, Indústria e Comércio, dei­xou de realizar sua reunião ordinária do dia 23 de junhode 1983, por falta de matéria.

Compareceram os Senhores Deputados: GenebaldoCorreia, Vice-Presidente no exercício da Presidência; Is­rael Pinheiro, Vice-Presidente da Turma "B"; EtelvirDantas, Herbert Levy, Siegfried Heuser, Celso Sabóia,Eduardo Matarazzo Suplicy, José Thomaz Nonô, Antô­nio Farias, José Moura, Sérgi~ Philomeno, Saulo Quei­roz, Luiz Fayet, Odilon Salmoria, João Agripino, DarcyPassos, Alencar Furtado, Coutinho Jorge, FernandoCollor, Oscar Corrêa, Alberto Goldman, José Jorge, Jo­sé Ulisses, Celso Barros, Rubem Medina, Gustavo deFaria, Ciro Nogueira e Pratini de Moraes.

Sala da Comissão, lQ de agosto de 1983. - DelzuiteMacedo de Avelar, Secretária.

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Termo de Reunião

A Comissão de Economia, Indústria e Comércio, dei­xou de realizar sua"reunião ordinária do dia 30 de junhode 1983, por falta de matéria.

Compareceram os Senhores Deputados: GenebaldoCorreia, Vice-Presidente, no exercício da Presidência; Is­rael Pinheiro, Vice-Presidente da Turma "B"; EtelvirDantas, Herbert Levy, Siegfried Heuser, Celso Sabóia,Eduardo Matarazzo Suplicy, José Thomaz Nonô, Antô­nio Farias, José Moura, Sérgio Philomeno, Saulo Quei­roz, Luiz Fayet, Odilon Salmoria, João Agripino, DarcyPassos, Alencar Furtado, Coutinho Jorge, FernandoCollor, Oscar Corrêa, Alberto Goldman, José Jorge, Jo­sé Ulisses, Celso Barros, Rubem Medina, Gustavo deFaria, Ciro Nogueira e Pratini de Moraes.

Sala da Comissão, IQ de junho de 1983. - DelzuiteMacedo de Avelar, Secretária.

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA

O Sr. Presidente da Comissão de Educação e Cultura,Deputado João Faustino, fez, nesta data, a seguinte

Distribuh;ão

Ao Sr. Deputado Ferreira Martins:I) Projeto de Decreto Legislativo nQ 27/83, da Co­

missão de Relações Exteriores, (mensagem nQ403/83),que "aprova o texto do Acordo de Cooperação Cultural,Científica e Técnica entre o Governo da República Fepe­rativa do Brasil e o Governo de Antígua e Barbuda, ce·lebrado em Brasília, em 17 de agosto de 1982".

Brasília, 23 de junho de 1983.

COMISSÃO DE FINANÇAS

O Senhor Deputado Irajá Rodrigues, Presidente daComissão de Finanças, fez a seguinte

Distribuição

Em 3-8-83Ao Senhor Deputado Aécio de Borba:Projeto de Lei nQ462/83 - do Sr. Inocêncio Oliveira

- Isenta o empregador rural proprietário de até 30 (trin­ta) hectares localizados no Nordeste Brasileiro, das con­tribuições devidas ao Instituto Nacional de Colonizaçãoe Reforma Agrária.

Ao Senhor Deputado José Carlos Fagundes:Projeto de Lei nQ1.657-D/75 - Emendas do Senado

ao Projeto de Lei n9 1.657-C, de 1975, que "autoriza oGoverno Federal a instituir a Fundação UniversidadeFederal de Campina Grande, e dá outras providências".

Projeto de Lei nQ688/83 - da Sr' Lúcia Viveiros ­Dispõe sobre a manutenção de creches por entidades daadministração federal.

Projeto de Lei n9 1.207/83 - do Poder Executivo(Mensagem nQ179/83) - Concede pensão especial a Au­gusto Schulze, e dá outras providências.

Ao Senhor Deputado Múcio Athayde:Projeto de Lei n9986/83 - do Tribunal Superior Elei­

toral - Cria o Quadro Permanente da Secretaria do Tri­bunal Regional Eleitoral do Estado de Rondônia, e dáoutras providências.

Ao Senhor Deputado Sérgio Cruz:Projeto de Lei n9 49/83 (anexo o Projeto de Lei nQ

173/83) - do Sr. Adhemar Ghisi - Modifica o art. 19da Lei nQ6.243, de 24 de setembro de 1975, que "regula asituação do aposentado pela Previdência Social que vol­ta ao trabalho e a do segurado que se vincula a seu regi­me após completar sessenta anos de idade, e dá outrasprovidências".

Projeto de Lei nQ340/83 - do Sr. Paulo Lustosa ­Altera a redação do item III do art. 89 da Lei nQ 5.107, de13 de setembro de 1966, para permitir movimentação doFGTS no caso que prevê.

Sábado 6 6823

Projeto de Lei n9 506/83 - do Sr. Manoel Affonso ­Altera dispositivo do Decreto-lei nQ1.873, de 27 de maiode 1981, que dispõe sobre a concessão de adicionais deinsalubridade e de periculosidade aos servidores públicosfederais, e dá outras providências.

Projeto de Lei n9 511/83 - do Sr. Inocêncio Oliveira- Acrescenta parágrafo único ao art. 69 da Lei nQ5.645,de 10 de dezembro de 1970, que estabelece diretrizes paraa classificação de cargos do serviço civil da União e dasautarquias federais, e dá outras providências.

Projeto de Lei nQ 945/83 - Do Poder Executivo(Mensagem n9 165, de 1983) - Fixa os valores de retri­buição da Categoria Funcional de Artífice de Confecçãode Roupas e Uniformes, e dá outras providências.

Sala da Comissão, 3 de agosto de 1983. - Jarbas LealViana, Secretário.

COMISSÃO DO INTERIORAta da l' Reunião Extraordinária,

realizada no dia 14 de junho de 1983

Aos 14 (quatorze) dias do mês de junho do ano de1983 (hum mil novecentos e oitenta e três), reuniu-se, às10:00 horas, a Comissão do Interior da Câmara dos De­putados. Presentes os Senhores Deputados: InocêncioOliveira, Presidente, Evandro Ayres de Moura e Herácli­to Fortes, Vice-Presidentes, José Luiz Maia, Alcides li­ma, Irma Passoni, Assis Canuto, João Rebelo, PauloGuerra, José Maranhão, Jorge Medauar, Oswaldo Coe­lho, José Moura, Antonio Mazurek, Albérico Cordeiro,Milton Brandão, Jonas Pinheiro, Nylton VelIoso, JoséMaria Magalhães, Leur Lomanto, Sinval GuazzeIli,Wanderley Mariz, Dante OLiveira, José Mendonça, Pe­dro Corrêa, José Carlos Vasconcelos, Manoel Gonçalvese Luiz Baptista. Ata. Foi lida e aprovada sem restrições aAta da reunião anterior. Ordem do Dia: O Sr. Presiden­te, Deputado Inocêncio Oliveira informa aos presentesque a reunião foi especialmente convocada para se ouviros Senhores José Kleber Leite de Castro, Diretor do Cré­dito Rural do Banco Central e Sebastião Jander de Si­queira, Chefe da Comissão de Recursos Especiais doPROAGRO. O Sr. Presidente faz a apresentação dosconvidados e em seguida passa a palavra ao Senhor JoséKlebç,r. O Diretor do Crédito Agrícola do Banco Centralinicia sua exposição dizendo ser motivo de muita alegriacomparecer à Comissão do Interior, atendendo a conviteque lhe fora dirigido, com o objetivo de prestar algumasinformações acerca das atuais diretrizes do Crédito Ru­ral. Declara que entende que,' de fato, este tipo de diálo­go é muito importante, na medida em que permite que secoloque à consideração dos Senhores Deputados, as difi­culdades, os embaraços e as apreensões do Governo e aomesmo tempo, se possa recolher alternativas e sugestõesque depois possam ser úteis no exercício de suas atri­buições. Diz o expositor que o Crédito Rural sem dúvidaalguma já alcançou, no Brasil, desenvolvimento bastanteamplo, com fundamento na própria legislação que o ins­titucionalizou, a Lei n9 4.829, sendo importante, nessasua introdução, que se saliente estar-se hoje operandonesse segmento, com aproximadamente 150 instituiçõesfinanceiras, entre bancos oficiais, bancos comerciais pri­vados, Caixas Econômicas e também, conforme decisãomais recente, com os próprios bancos de investimento.Diz que em conseqüência da estrutura aberta que a legis­lação atribuiu ao sistema nacional de crédito rural, já ointegram hoje 8.502 agências bancárias em todo o terri­tório nacional, assegurando, pois, a capilaridade que éfundamental para 'dar melhores condições de acesso aoprodutor rural na demanda dos seus recursos. Fala emseguida sobre a relevância que é ter o sistema financeiro,com o apoio da própria autoridade, do Banco Central,ou por iniciativa própria, logrado, ao longo dos anos,desde 1965, estimular o treinamento do seu pessoal, al­cançando índices de eficiência na alocação dos recursos

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6824 Sábado 6I

que merecem, sem dúvida, registro também em sua expo­sição. Faz o Dr. Kleber Leite o histórico dos debatesacerca do crédito rural até o seminário internacional rea­lizado em agosto de 1983, no Rio de Janeiro, especifica­mente sobre Crédito Rural, resultando em grande e per­manente repercussão. Desenvolve, em sua oração, os te­mas relacionados com geração de recursos para o créditorural; atribuição de subsídios; o seguro através doPROAGRO e o preço mínimo, com destaque especialpara o compasso entre os encargos financeiros e a in­flação, inferindo-se esta da variação das ObrigaçõesReajustáveis do Tesouro Nacional, completando que naRegião Centro-Sul dever-se-á incorporar 85%, 95% e100% da inflação, respectivamente em 1983, 1984 e 1985.Na Região Nordeste, na área da SUDAM. Vale do Je­quitinhonha e Espírito Santo, 70%, 80% e 85% nos mes­mos períodos. Para os programas especiais do Nordestee das demais áreas carentes, as taxas foram estipuladasem 55%, 65% e 75 da inflação, medida pela ORTN, res­pectivamente para 1983, 1984 e 1985. Declara o exposi­tor que nas regiões do Nordeste, assoladas por estiagem,o Conselho Monetário Nacional deliberou que serãomantidas as taxas anteriores, isto é, os encargos de 35%ao ano nas aplicações genéricas, de 12% ao ano nos pro­gramas especiais e de 5% ao ano no Programa Sertanejo,enquanto perdurar a adversidade climática. Faz o ora­dor referências ao PROAGRO declarando que conside­ra que o Programa nasceu marcado por dois vícios con­gênitos que vêm dificultando sobremaneira a sua exe­cução: o hábito brasileiro de utilizar o crédito ruralcomo varinha de condão para resolver todos os proble­mas setoriais, ou seja: o PROAGRO nasceu como umprograma jugulado ao crédito agrícola, quando na ver­dade, teria que ter um espectro maior e alcançar tambémaqueles produtores que exercem a sua atividade valer-sede financiamentos. Outro vício foi a própria concei­tuação das coberturas ou indenização do Programa quese restringem aos saldos devedqres das contas vinculadase não aos danos reais dos produtores. "É preciso que to­memos essas providências, reexaminemos e, se houverpossibilidade de alocação de recursos complementaresaos programas, venhamos a revê-Ias a curto prazo, por­que o Programa, sem dúvida nenhuma, se tornou degrande importância". Diz que como medidas especiais,merecem igualmente referência, nas atuais diretrizes docrédito rural, as determinações do Governo relativamen­te às enchentes verificadas na Região Centro-Sul. Decla­ra que foi expedida a Circular de nO 776, recomendandoàs instituições financeiras três coisas: Primeira, agilizaros processos de cobertura do PROAGRO; segunda, quese prorroguem todas as dívidas rurais de acordo com acapacidade de pagamento residual dos produtores; ter­ceira, que lhes concedam os créditos complementares deinvestimento ou de custeio imprescindíveis à continuida­de das suas explorações. Fala também sobre o programado PROÃLCOOL - que proporcionou até hoje 352programas de destilarias, envolvendo 370 bilhões de cru­zeiros; sobre o PAGRI que tomará novas feições, graçasa crédito complementar concedido pelo Banco Mundial,da ordem de 400 milhões, o que permitirá ao Banco Cen­tral alocar-lhe recursos, em nova etapa, de cerca de I bi­lhão e duzentos milhões de dólares, terminando por es­clarecer que com alterações que serão introduzidas oPAGRI, que passará a ser denominado PANAGRI, pro­piciará financiamento do "leasing" agrícola, o financia­mento do capital de risco para capitalização de empresasagroindustriais e o financiamento também do capital degiro isolado, constituindo grande reivindicação das em­presas no setor. Agradece por fim o expositor a oportu­nidade que lhe foi concedida pelo Sr. Presidente para ex­por diante dos membros da Comissão do Interior.Coloca-se à disposição de todos para esclarecer quais­quer matérias, possivelmente após a exposição do Presi­dente da Comissão Especial de Recursos do PROA-

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

GRO. o. Sr. Presidente Inocêncio Oliveira declara que,após a brilhante exposição do Dr. José Kleber Leite deCastro, Diretor do Crédito Rural do Banco Central,concede a palavra ao Dr. Sebastião Jander, Diretor daComissão de Recurso Especial do PROAGRO. O Sr. Se­bastião Jander declara que primeiro gostaria de agrade­cer ao Presidente da Comissão do Interior a excelenteoportunidade que lhe concede para expor assuntos rela­cionados a crédito e seguro agrocreditícios. Em seguida,passa à sua exposição, falando sobre a política de apoioao desenvolvimento da agricultura, do crédito rural e doseguro que estão, inquestionavelmente, entre os que de­vem ter uma vinculação mais estreita a nível operacional.Fala sobre o problema da incerteza e do risco nas ativi­dades rurais que não se restringe à decisão do empre­sário. Tece considerações sobre as reais funções do segu­ro, à natureza institucional para a sua prática; sobre asprovidências governamentais no sentido de encontrar ca­minhos mais adequados para implantar mais eficientesistemas de seguridade, segundo as reais necessidades daagropecuária. Menciona a criação do PROAGRO,referindo-se à Lei nO 5.969, de 11 de dezembro de 1973,alterada pela de no 6.685, de 3 de julho de 1979 que asse­gura ao produtor beneficiário do crédito rural, a manu­tenção da sua capacidade de investimento quando fenô­menos adversos reduzem sua perspectiva de produção e,portanto, a sua capacidade de recuperar as inversões rea­lizadas. Diz que a relação custo/benefício de um progra­ma com características como as do PROAGRO não é ta­refa fácil de ser analisada, mas que o Programa está con­tribuindo para amortecer o choque causado por perdasdesastrosas e melhorar a posição dos produtores e suascooperativas diante das instituições de crédito. Encerrasua exposição declarando-se disposto a conceder oportu­nidades aos ilustres membros da Comissão do Interiorpara que levantem as questões que julgarem necessárias,a fim de que possa esclarecer dúvidas. Agradece a opor­tunidade que lhe foi concedida para apresentar a presen­te palestra. Em seguida, o Sr. Presidente, Deputado Ino­cêncio Oliveira, diz que a exposição dos dois dignos de­poentes, vai-se passar à segunda fase dos trabalhos, que éa fase dos debates. Passa entà..i a palavra aos debatedo­res, falando sucessivamente os Senhores Evandro Ayresde Moura, José Luiz Maia, João Rebelo, Alcides Lima,Oswaldo Coelho, Albérico Cordeiro, José Maranhão,Celso Carvalho, Milton Brandão, Celso Sabóia, JonasPinheiro da Silva, Etelvir Dantas e Ivo Wanderline. Osparlamentares levantaram dúvidas e trouxeram proble­mas relacionados com o crédito rural. A todos, quer oDr. José Kleber Leite de Castro, quer o Dr. SebastiãoJander de Siqueira prestaram os esclarecimentos neces­sários, com as explicações de caso por caso, debatendoos problemas de cada região representada pelos parla­mentares. Por último, fala o Sr. Inocêncio Oliveira paraagradecer aos expositores a valiosa contribuição que de­ram com os depoimemntos prestados que servirão comosubsídios à atividade de cada um dos presentes julgandodevidamente esclarecidos os problemas de crédito ruralem nosso País. Nada mais havendo a tratar foi encerradaa reunião. Para constar, eu, Edson Nogueira da Gama,Secretário, lavrei a presente Ata que, depois de lida eaprovada, será assinada pelo Sr. Presidente.

ATA DA l' AUDIl':NCIA PÚBLICA,REALIZADA NOS DIAS 28 E 29 DE JUNHO DE 1983

Aos 28 (vinte e oito) dias do mês de junho do ano de1983 (hum mil novecentos e oitenta e três), reuniu-se emAudiência Pública a Comissão do Interior, presentes au­toridades do Estado de Goiás especialmente convidadasa fim de prestarem seu depoimento acerca do Projeto deLei Complementar no 1/83, do Sr. Deputado SiqueiraCampos, que "cria o Estado de Tocantins e determinaoutras providências", servindo os referidos depoimentosde subsídio ao Relatório a ser exarado pela Sr' Deputada

Agosto de 1983

Irma Passoni. A referida Audiência fora marcada inicial­mente para ser realizada nos dias 28 e 29 de junho de1983, das 10:00 às 13:00 horas e das 15:00 às 17:30 horas.No entanto, não havendo comparecido todos os convi­dados relacionados, resolveu o Sr. Presidente da Comis­são, Deputado Inocêncio Oliveira, de comum acordocom a relatora do Projeto 1/83, autora do Requerimentovisando a realização da audiência Pública, bem como aconcordância do autor da Proposição, Deputado Siquei­ra Campos, que a reunião seria realizada nos dois diasprefixados, porém obedecendo-se apenas ao primeirohorário, ou seja, das 10:00 às 13:00 horas. Assim, presta­ram depoimento no dia 28, a partir das 10:00 horas, pelaordem, as seguintes autoridades: Senador Benedito Fer­reira, Prefeito Antônio Euleutério Filho, da PrefeituraMunicipal de Colinas de Goiás; Prefeito Jacinto Nunes,da Prefeitura Municipal de Gurupi; D. Aloísio Hiláriode Pinho, Bispo de Tocantinópolis. No dia 29, a partirdas 10:00 horas, foram ouvidos os Senhores: ProfessorOliviera Leite Gonçalves, representando a Senhora Rei­tora Maria do Rosário Cassimiro, da Universidade Fe­deral de Goiás; Senador Mauro Borges Teixeira, PrefeitoEuvaldo Tomás de Souza, da Prefeitura Municipal dePorto Nacional; Deputado Estadual Hagahus Araujo eSilva; Deputado Estadual Francisco Maranhão Japias­su; Dr. Athos Magno Costa e Silva, Presidente Regionaldo PT; Prefeito Manoel Marinho, da Prefeitura de Au­gustinópolis, Deputado Estadual Mário Bezerra Caval­canti; Engenheiro José Maia Leite, Presidente da CO­NORTE e Dr. Raymundo Gomes Marinho, Médico doINAMPS da cidade de Araguaína. Além dessas autori­dades a Comissão recebeu do Sr. Deputado Brito Miran­da, o Ofício nO 07\ /83, de 27 de junho de 1983, em queapresenta justificativas pelo seu não comparecimento; doPadre Rui Cavalcante Barboza, as "Razões Para aCriação do Estado do Tocantins". Do Sr. João de SousaLima, Prefeito de Araguaína, Sinopse de sua posição,sob o título "Estado do Tocantins: Meio Milhão de Pes­soas Em Busca de Identidade"; e o depoimento do Sr.Deputado Estadual Antônio Totó Aires Cavalcante, to­mado após o encerramento dos trabalhos, eis que o refe­rido Parlamentar não tinha conhecimento da mudançanos horários preestabelecidos dentro dos quais seria eleouvido. No decorrer dos debates usaram da palavra osSenhores Deputados: Raul Ferraz, Siqueira Campos,Luiz Baptista, Milton Brandão e Irma Passoni. Os traba­lhos foram encerrados às 13 horas e 15 minutos do dia 29de junho de 1983. Os documentos aqui mencionados, re­cebidos pela Comi~são do Interior bem como o trasladodas gravações a serem efetuadas pelo Departamento deTaquigrafia, ficarão fazendo parte integrante da presenteAta, com as respectivas cópias encaminhadas à SenhoraRelatora, Deputada Irma Passoni. Eu, Edson Nogueirada Gama, Secretário da Comissão do Interior, lavrei apresente Ata que vai à publicação e após lida e aprovadaserá assinada pelo Senhor Presidente.

Ata da 13' Reunião Ordinária,realizada em 36 de junho de 1983

Aos 30 (trinta) dias do mês de junho do ano de 1983(mil novecentos e oitenta e três) às 10:00 horas, reuniu-sea Comissão do Interior da Câmara dos Deputados, pre­sentes os Senhores: Inocêncio Oliveira, Presidente; Evan­dro Ayres de Moura e Heráclito FO,rtes, Vice­Presidentes; Albérico Cordeiro, Ângelo Magalhães, An­tonio Mazurek, Dante de Oliveira, Dilson Faflchin, Epi­tácio Cafeteira, Jorge Medauar, José Maranhão, 'JoséMaria Magalhães, Luiz Baptista, Raul Ferraz, OrestesMuniz, Oswaldo Murta, Augusto FfílDco, Clarck Pla­ton, Jutahy Júnior, Manoel Novaes, Milton Brandão,Nylton Venoso, Orlando Bezerra, Oswald~ Coelho,Vingt Rosado, José Carlos Vasconcelos, Luiz Guedes,Manoel Costa Júnior, Mansueto de Lavor, Olavo Pires,Sinval Guazzelli e Wagner Lago. Ata: foi lida e aprova-

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Agosto de 1983

da, sem restrições, a Ata da reunião anterior. Ordem doDia: em seguida, o Sr. Presidente Deputado InocêncioOliveira passa à Ordem do Dia constante das seguintesmatérias: Projeto de Lei n9 175/83, do Sr. Fr\lnciscoAmaral, que "introduz alteração na Lei n9 4.380, de 21de agosto de 1964, na parte que trata da criação e compe­tência do Banco Nacional da Habitação, visando am­pliar as atribuições do Conselho de Administração", ten­do como Relator o Sr. Deputado Sinval Guazelli. Pare­cer: favorável. Aprovado por unanimidade. Vai à Co­missão de Fiscalização Fil)anceira e Tomada de Contas.Projeto de Lei n9340/83, do Sr. Paulo Lustosa, que "al­tera a redação do item III do art. 89 da Lei n95.107, de 13de setembro de 1966, para permitir movimentação doFGTS no caso que prevê, tendo como Relator o Sr.Orestes Muniz. Parecer: favorável ao Projeto n9 340/83,nos termos da emenda oferecida pela Comissão de Cons­tituição e Justiça; pela desanexação do PL n9 1.216/83,-por "tratar-se de providência de caráter diverso". Apro­vado por unanimidade. Vai à Comissão de Finanças.Projeto de Lei n9585/83, do Sr. Paulo Zarzur, que "dis­põe sobre a inclusão de utensílios domésticos em unida­des habitacionais financiadas com recursos de órgão in­tegrante do Sistema Fil)anceiro de Habitação, tendocomo Relator o Sr. José Maranhão. Parecer: pela re­jeição. Antes de apreciada a matéria o Senhor Presidentedefere pedido de vista formulado pela Sr' Irma Passoni.Projeto de Lei n9 5.661/81, do Poder Executivo, que"dispõe sobre medidas aplicáveis às empresas benefi­ciárias de recursos dos fundos de investimentos criadospelo Decreto-lei n9 1.376, de 12 de dezembro de 1974, edá outras providências", tendo como Relator o Sr. PauloGuerra. Parecer: pela aprovação. O Sr. José Maranhão,que pedira vista do Projeto, devolve-o com emenda que éaceita pelo Sr. Relator. Aprovado por unanimidade. Vaià Comissão de Indústria e Comércio. Em seguida, o Sr.Deputado Evandro Ayres de Moura encaminha à Mesadocumento em que reivindica seja solicitado à SEPLANque adote "dentro da previsão, transferir duodécimosiguais, com excesso de janeiro a novembro pago em de­zembro e o de dezembro acrescido na cota de janeiro se­guinte" e pedindo que "a ocasional queda de receita, porfatores imprevisíveis, em um mês, seja coberta a débitoda reserva de contingência, ressarcindo-se desse débitonos meses futuros pelo excesso de receita" argumentan­do que o critério até aqui adotado pela SEPLAN cria"impedimentos insanáveis para a implantação de umaadministração racional". Aprovado por unanimidade,será o documento encaminhado à Secretaria do Planeja­mento. Instalação da Subcomissão das Áreas Metropoli­tanas, Urbanização e Habitação. O Senhor Presidentefaz breve relato das finalidades dessa Subcomissão, des­tacando os estudos que deverá promover relativamenteao Projeto de Lei do Uso do Solo Urbano, sobre o qualterá a Comissão do Interior que se pronunciar. Em se­guida, informa aos presentes que comporão a nova Sub­comissão os seguintes Senhores Deputados: EvandroAyres de Moura como Presidente; Irma Passoni comoVice-Presidente; Deputado Raul Ferraz e Lúcio Alcânta­ra, respectivamente Relator e Relator-Substituto, e ain­da os Senhores: Nylton VelIoso, João RebelIo, GeraldoMelo, José Jorge, Oswaldo Coelho, Paulo Guerra, JoséLuiz Maia, Dilson Fapchin, Roberto Freire, OswaldoMurta, Dante de Oliveira, José Carlos Vasconcelos, Ma­noel Costa Júnior e Délio dos Santos. O Sr. DeputadoRaul Ferraz sugere ao Sr. Presidente que a denominaçãodo órgão que se está instalando seja alterada para Subco­missão para Estudo das Áreas Metropolitanas, Solo Ur­bano e Habitação, por considerar que assim denominadaestará mais de acordo com os propósitos principais paraos quais fora criada. Colocada em votação é aprovadapor unanimidade a sugestão do Sr. Raul Ferraz. É indi­cado o funcionário Gilson Sobral para secretariar onovo órgão técnico. Considerada instalada a Subcomis-

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

são, o Sr. Deputado Evandro Ayres de Moura convidaos respectivos membros para a sua primeira reunião a serealizar no dia 2 de agosto de 1983. Nada mais havendoa tratar foi encerrada a reunião. Para constar, eu, EdsonNogueira da Gama, Secretário, lavrei a presente Ata quevai à publicação e que depois de lida e aprovada será as­sinada pelo Sr. Presidente.

Relação de Matérias Pendentes(Período de I a 31-7-83)

A) Matérias aguardando parecer do relator:

I) Projeto de Lei Complementar n9 1/83 - do Sr. Si­queira Campos, que "cria o Estado de Tocantins e deter­mina outras providênicias".

Relatora: Deputada Irma Passoni.2) Projeto de Lei Complementar n9 31/83 - do Sr.

Paulo Lustosa, que "inclui os Municípios de Cascavel ePacajus na Região Metropolitana de Fortaleza, alteran­do o § 89 do art. 19 da Lei Complementar n9 14, de 8 dejunho de 1973".

Obs: Anexo o Projeto de Lei Complementar n975/83.Relator: Deput~do Dilson Fanchin.3) Projeto de Lei Complementar n9 241-A/81 - do

Sr. Nilson Gibson, emenda oferecida em Plenário aoProjeto de Lei Complementer n9 241-A/81, que "fixanormas sobre repetição de topônimos de cidades e vilas,incorporadas ao texto da Lei Complementar n9 I, de 9 denovembro de 1967."

Relator: Deputado Augusto Franco.4) Projeto de Lei n9 88/83 ...:. do Sr. José Maurício,

que "proíbe a participação de empresas lJlultinacionaisno Sistema de Habitação, e dá outras providências".

Relator: Deputado Roberto Freire.5) Projeto de Lei n9 96/83 - do Sr. José Carlos Tei­

xeira, que "estabelece isenção de contribuição previden­ciária para construção de tipo econômico de área não su­perior a 70 metro quadrados".

Relator:Deputado Epitácio Cafeteira.6) Projeto de Lei n9 143/83 - do Sr. Antônio Pontes,

que "dispõe sobre a movimentação de F.G.T.S. para ofim que menciona, e dá outras providências".

Relator: Deputado José Maranhão.7) Projeto de Lei n9209/83 - do Sr. Octacílio Almei­

da, que "introduz modificações na Lei n97.069, de 20 dedezembro de 1982, que "dispõe sobre o reajustamento dealugueres em locações residenciais e dá outras providên­cias".

Relator: Deputado Clark Platon.8) Projeto de Lei n9311/83 - do Sr. Adhemar Chisi,

que "dispõe sobre o revestimento de tijolos de diamitonas edificações e dá outras providências".

Relator: Deputado Antônio Mazurek.9) Projeto de Lei n9 316/83 - do Sr. Francisco Dias,

que "dispõe sobre facilidades para construção de casaspopulares, e dá outras providências".

Relator: Deputado Domingos Leonelli.10) Projeto de Lei n9 345/83 - do Sr. Inocêncio Oli­

veira, que "dispõe sobre os projetos de saneamento bási­co dos centr,gs urbanos do País, desenvolvidos com assis­tência técnica e financeira de órgãos federais".

Relator: Deputado Albérico Cordeiro.11) Projeto de Lei n9 365/83 - do Sr. Airton Soares,

que "assegura ao trabalhador desempregado a não exi­gência do pagamento de prestação de casa própria, fi­nanciada por órgão do Sistema Financeiro de Habi­tação".

Obs: Anexos os PL. n9s 1.126/83, 1.029/83 e 1.667/83.Relator: Deputado Jutahy Júnior.12) Projeto de Lei n9 552/83 - do Sr. Marcelo Cor­

deiro, que "isenta de correção monetária os financia­mentos concedidos pelo BNH a mutuários com rendamensal de até cinco salários mínimos, estabelece a conso­lidação de débitos e dá outras providências".

Sábado 6 6825

Obs: Anexo o PL. n9 1.527/83.Relator: Deputado Wagner Lago.13) Projeto de Lei n9 585/83 - do Sr. Paulo Zarzur,

que "dispõe sobre a inclusão de utensílios domésticos emunidades habitacionais financiadas com recursos de ór­gão integrante do Sistema Financeiro de Habitação".

Relator: Deputado José Maranhão.14) Projeto de Lei N9 686/83 - do Sr. Lúcio Alcânta­

ra, que "confere direito real de uso sobre terra públicadevoluta urbana a quem não tendo propriedade imóvelalguma, nela mantiver, por um ano, sua moradia, embarraco, favela ou outra construção".

Relator: Deputado Manoel Costa Júnior.15) Projeto de Lei n9696/83 - do Sr. Inocêncio Oli­

veira, que "isenta o empregador rural de I (um) módulorural, das contribuições devidas ao Instituto Nacional deColonização e Reforma Agrária". Relator: DeputadoJosé Luiz Maia.

16) Projeto de Lei n9 703/83 - do Sr. FranciscoAmaral, que "estabele privilégios em favor do ex­combatente, na aquisição de casa própria através do Sis­tema Financeiro de Habitação".

Relator: Deputado José Carlos Vasconcelos.17) Projeto de Lei n9747/83 - do Sr. Ivo Vanderlin­

de, que "acrescenta dispositivo à Lei n9 5.107, de 13 desetembro de 1966 (FGTS), impondo responsabilidadesolidária ao BNH pelo inadimplemento das empresasquanto aos depósitos mensais".

Relator: Deputado Luiz Baptista.18) Projeto de Lei n9906/83 - do Sr. José Frejat, que

"altera a letra "c" do art. 29 do Decreto n924.150, de 20de abril de 1934, para dispensar a exigência de explo­ração trienal no mesmo ramo, em caso de renovação delocação comercial ou industrial".

Relator: Deputado Délio dos Santos.19) Projeto de Lei n9 1.602-A/79 - do Sr. Joel Lima,

emenda oferecida em Plenário ao Projeto de Lei n9

l.062-A/79, que "dispõe sobre a venda aos servidoresque menciona, dos imóveis funcionais por estes ocupa­dos em Brasília".

Relator: Deputado Olavo Pires.20) Projeto de Lei n9 4.406-A/Sl - do Sr. Jerônimo

Santana, Substitutivo oferecido em Plenário ao Projetode Lei n94.406-A/81, que "dispõe sobre as terras devolu­tas dos territórios Federais".

Relator: Deputado Gilton Garcia.

B) Matérias aguardando votação na Comissão

I) Projeto de Lei Complementar n9 133-A/80 - doPoder Executivo (Mens. n9 346/80) - Emendas de Ple­nário ao Projeto de Lei Complementar n9 133-A/SO, que"dispõe sobre a criação de Territórios Federais, e dá ou­tras providências".

Relator: Deputado Modesto da Silveira.Parecer: Pela aprovação das Emendas n9s: 1,2,4,5,6,

S, 9 e 10; pelo aproveitamento das Emendas n9s: 7 e 13 naforma da subemenda da Comissão de Constituição e Jus­tiça; aproveitamento das Emendas n9s li e 12, na formadas subemendas do Relator; e pela reijeição da Emendan9 3.

Em S-1O-S1 - Concedida vista à Deputada Lúcia Vi­veiros.

2) Projeto de Lei n9 5.661/SI - do Poder Executivo,que "dispõe sobre medidas aplicáveis às empresas bene­ficiárias de recursos dos Fundos de Investimentos cria­dos pelo Decreto-lei n9 1.376, de 12 de dezembro de1974, e dá outras providências".

Relator: Deputado Paulo Guerra.Parecer: Pela aprovação.Em 16-6-83 - Concedida vista ao Deputado José Ma­

ranhão.3) Projeto de Lei n9 340/83 - do Sr. Paulo Lustosa,

que "altera a redação do item IH do art. 89 da Lei n9

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6826 Sábado 6

5.107, de 13 de setembro de 1966, para permitir movi­mentação do FGTS no caso que prevê".

Relator: Deputado Orestre Muniz.Parecer: Pela aprovação.Obs: Aguarda encaminhamento à Comissão de Fi­

nanças.

Anexo o PL. n9 1.612/83.Sala da Comissão, em 19 de agosto de 1983. - Edson

Nogueira da Gama, Secretário.

Distribuição de Projeto

O Senhor Presidente da Comissão do Interior, Depu­tado Inocêncio Oliveira, fez, em 2 de agosto de 1983, aseguinte distribuição:

Ao Sr. Deputado Leur Lomanto:

Projeto de Lei n9 691/83 - do Sr. Sérgio Cruz, que"acrescenta parágrafo ao artigo 19 do Estatuto do lndioe dá outras providências".

Sala da Comissão, 2 de agosto de 1983. - Edson No­gueira da Gama, Secretário.

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUl!:RITODESTINADA A INVESTIGAR EM TODA A SUA

PLENITUDE E CONSEQÜl!:NCIAS ASATIVIDADES DO GRUPO CAPEMi

Ata da 4' Reunião, realizada em 16-6-83

Às dez horas e quinze minutos do dia dezesseis de ju­nho de mil novecentos e oitenta e três, no Plenário dasComissões Parlamentares de Inquérito, Anexo 11 da Cá­mara dos Deputados, em Brasília, presentes os Deputa­dos Léo Simões - Presidente, Matheus Schmidt - Re­lator, Luiz Dulci, Sebastião Curió, Orestes Muniz e Is­rael Pinheiro, membros efetivos; Joacil Pereira, MaçaoTadano, Israel Dias-Novaes e Airton Soares, suplentes;e, ainda, os Deputados Brabo de Carvalho, Eduardo Su­plicy, Elquisson Soares, Celso Carvalho, Adroaldo Cam­pos, Edison Lobão, ltalo Conti, João Carlos de Carli,Virgildásio da Senna, Carlos Wilson e Seixas Dória, eSenador Passos Pôrto, reuniu-se esta Comissão Parla­mentar de Inquérito destinada a investigar em toda a suaplenitude e conseqüências as atividades do Grupo CA­PEMI, com a finalidade de ouvir o depoimento do Sr.

DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Adernar Messias Aragão da CAPEMI - Caixa de Pe­cúlios. Havendo número regimental, foram iniciados ostrabalhos. Ata: lida, discutida e aprovada a da reuniãoanterior. O Presidente comunicou a presença do Sr. Ade­rnar Messias Aragão e convidou-o a tomar assento à Me­sa. A Secretária procedeu à leitura do currículo do De­poente. Devidamente compromissado, na forma da lei, oSr. Adernar Messias de Aragão fez a sua explanação.Para uma Questão de Ordem, usou da palavra o Deputa­do Airton Soares, consultando a Presidência sobre o ho­rário de duração da reunião uma vez que a exposição doDepoente foi longa, restando pouco tempo para as inda­gações. O Presidente explicou que a sessão teria seu pra­zo dilatado até às quinze horas e trinta minutos quandocomeçaria a Ordem do Dia da Câmara. O Deputado Is­rael Dias-Novaes indagou se o Relator disporia de maistempo que os outros membros da Comissão para as in­quirições e o Presidente assegurou que ele teria o temponecessário para formular as perguntas. Inquiriram o Sr.Adernar Messias Aragão os Deputados MatheusSchmidt, Israel Dias-Novaes, Sebastião Curió, OrestesMuniz, Maçao Tadano, Luiz Dulci e Airton Soares. ODepoente foi assessorado pelo Sr. Waldênio Corrêa deAndrade Mello. Diante do adiantado da hora, não ha­vendo mais quem quisesse fazer uso da palavra, o Presi­dente agradeceu a presença do Sr. Adernar Messias Ara­gão e do seu Assessor e encerrou a reunião às quinze ho­ras e vinte e cinco minutos. O depoimento foi gravado e,depois de traduzido e datilografado, será anexado aosautos do inquérito. E, para constar, eu, Márcia de An­drade Pereira, Secretária, lavrei a presente Ata que, de­pois de lida, discutida e aprovada, será assinada peloPresidente. - Léo Simões.

SEÇÃO DE COMISSÕES PARLAMENTARESDE INQUl!:RITO

Programação das CPIs para a semanade 8 a 12 de agosto de 1983

- Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a in­vestigar em toda a sua plenitude e conseqüências as ativi­dades do grupo CAPEMI.

Data: 11-8-83.Hora: 10:00.Pauta: Tomada de depoimento do Dr. Mauro Reis,

Presidente do IBDF.Brasília, 4 de agosto de 1983. - Lucy StumpfAlves de

Souza, .Chefe.

Agosto de 1983

SECRETARIA-GERAL DA MESAResenha da Correspondência Recebida

4-7-83 - Of. CN/n9 91, de 30-6-83, do SF, comuni­cando aprovação de Requerimento do Sr. Senador Mar­co Maciel, propondo a constituição de uma ComissãoEspecial Mista, encarregada de programar comemo­ração pela passagem dos centenários da Proclamação daRepública e da Primeira Carta Republicana do País e so­licitando a aquiescência da CD para a criação da referidaComissão e indicação dos Srs. Deputados que a integra­rão.

13-7-83 - Aviso n9275-SUPAR, de 11-7-83, do Gab.Civil da Preso da República, encaminhando cópia doAviso n9 12-MEAF, de 7-7-83, com os esclarecimentosdo Ministério Extraordinário para Assuntos Fundiáriossobre os quesitos do Requerimento n926/83, de autoriado Dep. Raymundo Asfora, formulado com o objetivode instruir o PL n94.406/81, que "dispõe sobre as terrasdevolutas dos Territórios Federais".

14-7-83 - or. 59/83-GAB, de 10-7-83, do SenadorRoberto Campos, comunicando impossibilidade de seucomparecimento na audiência pública sobre "A CriseEconômica" na Com. de Economia, Indústria e Comér­cio.

3-8-83 - O.E. n967/83-CEDF, de 26-7-83, do Sr. Pre­sidente do Conselho de Educação do DF, confirmandoparticipação no Seminário "Educação: 12 Anos De­pois", na Com. de Educação Cultura.

- OF/SE/FNDE/n9353/83, de 29-7-83, da Diretora­Geral do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Edu­cação, confirmando participação no Seminário "Edu­cação: 12 Anos Depois", na Com. de Educação e Cultu­ra.

- Of. s/n9, de 28-7-83, da Sr' Presidente da FUNA­BEM, comunicando impossibilidade de seu compareci­mento no Seminário "Educação: 12 Anos Depois", naCom. de Educação e Cultura.

_ Of. DG/n9459, de 2-8-83, do Diretor-Geral doDNOS, aceitando convite para participar de debatesobre transposição das águas do Rio São Francisco, naCom. do Interior, sugerindo a data de 25-8-83.

- Telex n9 851094-DNOCS, aceitando convite paraparticipar de debate na Com. do Interior, sugerindo adata de 24-8-83.

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MESA LIDERANÇAS

Presidente:

Flávio }farcilio -- PI>S

1.0-Vic.e-Presidente:

Paulino Cícero de Vasconcellos - PDS

2.°_Vice-Presidente:

Walber Guimarães -- PMDB

LO-Secretário:

Fernando Lyra -- PMDB

2.0 -Secretário:

Ary Kffuri -- PI>S

3.0 -Secretário:

Francisco Studart -- PTB

4.0 -Secr·etário:

Amaury Müller -- PI>T

SUPLENTES

Osmar Leitão -- PI>S

Carneiro Arnaud -- PMDB

JoSi'í Eudes -- PT

Antônio Morais -- PMI>B

BLOCO PARLAMENTAR DA MAIORIA

(PDSjPTB)

Líder:Nelson Marchezan

PDSLider:

Nelson MarchezanVice-Líderes:

Alcides FranciscatoAmaral NettoDjalma BessaEdison LobãoGióia Júnior

Joacil PereiraJorge ArbageRicardo Fiúza

Siqueira CamposCelso Barros

Nilson GibsonJosé Lourenço

Francisco BenjamimAugusto Franco

José Carlos FonsecaSaramago Pinheiro

Otávio CesárioAdhemar GhisiAugusto Trein

PMDBLíder:

Freitas NobreVice-Líderes:

Egídio Ferreira LímaSinval Guazzelli

Cardoso AlvesCarlos sant'Ana

Chagas VasconcelosDel Bosco AmaralEpitácio Cafeteira

Haroldo LimaHélio Duque

Hélio Manhães

Iram SaraivaJoão Herculino

João HerrmannJorge Medauar

José Carlos VasconcelosJuarez BatistaLélio de SouzaLuiz Henrique

Marcelo CordeiroMárcio Macedo

Mário FrotaPaulo MarquesRoberto Freire

Sebastião Rodrigues Jr.Walmor de Luca

PDT

Líder:

Bocayuva Cunha

Vice-Líderes:

Nadir RossettiSérgio LombaJiúlio Caruso

Brandão Monteiro

PTBLíder:

Ivete Vargas

Vice-Líderes:

Celso PeçanhaRicardo RibeiroGastone Righi

PT

Líder:

Airton Soares

Vice-Líder

Eduardo Matarazzo SuplicyJosé Genoíno

DEPARTAMENTO DE COMISSÕESDiretor: Jolimar Corrêa Pinto

Local: Anexo II - Telefone 224-2848Ramal 6278

Coordenação de Comissões Permanentes

Diretora: Sílvia Barroso MartinsLocal: Anexo II - Telefone: 224-5179

Ramais: 6285 e 6289

Airton SandovalAroldo MoletaCardoso AlvesCarlos VinagreFernando GomesGeraldo FlemingHarry AmorimIvo VanderlindeJorge ViannaJuarez Batista

PMDB

Juarez BernardesLélio SouzaMárcio LacerdaMarcondes PereiraMattos LeãoMelo FreireOsvaldo Lima FilhoRaul BelémSantinho Furtado

Jorge VargasManoel Costa JúniorManoel AffonsoMansueto de LavorOlavo PiresPaulo Marques

AriIdo TelesJiulio Caruso

Mendonça Falcão

Pimenta da VeigaRaul FerrazVagoVagoVago

PDTMário Juruna

PTB

PDS

COMISSÕES PERMANENTES

1) COMISSAO DE AGRICULTURA EPOLITICA RURAL

Presidente: Iturival Nascimento - PMDBVice-Presidente: José Mendonça de Moraes

PMDB

Vice-Presidente: Antônio Gomes - PDS

Titulares

PT

Irineu Colato

PMDBMarcelo Gato

Suplentes

PDS

Jonathas NunesRubens Ardenghi

Jorge UequedJorge Vargas

Evaldo AmaralJoão Rebello

Adail vettorazzoBrasílio Caiado

2) COMISSAO DE CI~NCIA ETECNOLOGIAPresidente: Fernando Cunha - PMDB

Vice-Presidente: Dirceu Carneiro - PMDBVice-Presidente: Antônio Florêncio - PDS

Titulares

PDS

Eduardo SuplicyReuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Anexo II - sala 11 - R.: 6293 e 6294Secretário: José Maria de Andrade Córdoba

Epitácio BittencourtEstevam GalvãoHumberto SoutoIsrael PinheiroJosé Carlos FagundesOctávio CesárioOswaldo CoelhoPedro GermanoPrisco VianaRubem MedinaSalles LeiteSebastião Curió

PMDB

Del Bosco AmaralDoreto CampanariHélio DuqueIsrael Dias-NovaesJoão Bastos

PDTSérgio Lomba

PT

Agenor MariaAntônio CâmaraCasildo MaldanerCarlos MosconiDante Oliveira

Afrísio Vieira LimaAntônio DiasAntônio FariasAntônio FlorêncioAntônio MazurekAntônio UenoAlceni GuerraAssis CanutoCristino CortesDarcy PozzaDiogo NomuraEnoc Vieira

Suplentes

PDS

Aldo PintoOsvaldo Nascimento

Airton Soares

Gerardo RenaultHélio DantasJoão Carlos de CarliJoão PaganeIlaJonas PinheiroLevy DiasMaçao TadanoPedro CeolimRenato CordeiroReinhold StephanesSaramago PinheiroWildy Vianna

Adauto PereiraAlcides LimaAmílcar de QueirozBalthazar de Bem

e CantoBento PortoCarlos EloyCelso CarvalhoEmídio PerondiFabiano Braga CortesFrancisco SaIlesGeovani Borges

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Fernando Carvalho

Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - Ramais 6304 e 6300Secretário: Iole Lazzarini

Gastone Righi

Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Anexo II - Sala 3 - R.: 6295Secretário: Luiz de Oliveira Pinto

4) COMISSÃO DE CONSTITUiÇÃO EJUSTiÇAPresidente: Bonifácio de Andrada - PDS

Vice-Presidente: Eduardo Galil - PDSVice-Presidente: Brabo de Carvalho - PMDB

Titulares

Gerardo RenaultGerson PeresJosé BurnettJosé CamargoJosé Carlos MartinezMartins MaiaNagib HaickelNylton VeIlosoOrlando BezerraRenato JohnssonVictor Trovão

PT

PDT

PTB

PMDBRalph BiasiHaroldo LimaHélio DuqueJoão AgripinoJosé UlissesManoel AffonsoOdilon SalmoriaSiegfried Heuser

PMDBMário HatoMiguel Arraes)).i[úcio AthaydeNelson WedekimOswaldo Lima FilhoSebastião Rodrigues

JúniorVirgildásio de Senna4 vagas

PDT

Presidente: Pedro sampaio - PMDBVice-Presidente: Genebaldo Correia - pMDBVice-Presidente: Israel Pinheiro - PDS

TitularesPDS

José Thomaz NonóLuiz FayetOscar CorrêaFernando CollorHerbert LevyPrattini de MoraelRicardo FiúzaRubem MedinaSaulo QueirozSérgio Philomeno

Amaral NettoAntônio FariasEstevam GalvãoEtelvir DantasAntônio OsórioCelso de BarrosJoão Alberto de SouzaJosé LourençoJosé JorgeJosé Moura

Alencar FurtadoAlberto GoldmanAntônio CâmaraArthur Virgílio NetoCiro NogueiraCoutinho JorgeCristina TavaresDarcy PassosGustavo de Faria

Eduardo Suplicy

Sebastião Nery

Fernando Carvalho

Adauto PereiraAlcides FranciscatoBalthazar de Bem e

CantoCarlos VirgílioDjalma BessaEduardo GalilEvandro Ayres de

MouraFelix MendonçaGeraldo BulhõesGeraldo Melo

Carlos WilsonCid CarvalhoEuclides ScalcoHenrique Eduardo

AlvesIrapuan· Costa JúniorIrajá RodriguesJosé FogaçaMarcelo Cordeiro

PTBAldo Pinto

Suplentes

PDS

6) COMISSÃO DE ECONOMIA,INDOSTRIA E COM~RCIO

PT

Theodoro MendesVa1mor Giavarina

PDT

Matheus Schmidt

PTB

PT

PDT

Walter Casanova

PTB

PMDB

Milton ReisRenan CalheirosRoberto FreireWagner Lago8 vagas

PDT

pMDB

Samir AchôaVirgildásio de Senna

Jorge Cury

José Genoino

Brandão Monteiro

Raimundo AsfóraRaimundo LeiteSérgio Murilo

Roberto Jefferson

Amadeu GearaFrancisco AmaralJorge LeiteJorge MedauarLélio SouzaLuiz HenriqueLuiz LealMárcio Macedo

Floriceno Paixão

Airton Soares

Suplentes

PDSAiron Rios Lázaro CarvalhoDarcílio Ayres Magalhães PintoEdison Lobão Nelson MorroFrancisco Benjamim Ney FerreiraGomes da Silva Osmar LeitãoGonzaga Vasconcelos Pedro ColinHélio Correia Ricardo FiúzaJoão Paganela Ronaldo CanedoJosé Carlos Fonseca Sarney FilhoJosé Mendonça Bezerra Tarcísio BuritiJosé Penedo Theodorico FerraçoJutahy Júnior

Presidente: Paulo Lustosa - PDSVice-Presidente: Agnaldo Timóteo - PDTVice-Presidente: Olivir Gabardo - PMDB

Titulares

PDSAécio Cunha França TeixeiraCláudio Philomeno

Agenor MariaDel Bosco AmaralHélio Manhães

5) COMISSÃO DE DEFESA DOCONSUMIDOR

Reuniões

Terças, quartas, quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - Sala 17 - Ramal 6.308Secretário: Ruy Ornar Prudêncio da Silva

PMDB

VagoVago

PTB

PMDB

Carneiro ArnaudIbsen PinheiroMarcelo Medeiros

PDT

PTB

PMDB

Sérgio MuriloVagoVago

Cristina TavaresManoel VianaSinval Guazzelli

3) COMISSÃO DE COMUNICAÇÃOPresidente: Henrique Eduardo Alves

PMDBVice-Presidente: Moacir Franco - PTBVice-Presidente: José Carlos Martinez - PDS

TitularesPDS

SaIles LeiteSiqueira CamposVieira da Silva

PDTJ.G. de Araújo Jorge

PTB

Suplentes

PDS

Pedro CeolimRômulo GalvãoSaulo QueirozVingt Rosado

Anibal TeixeiraAntônio MoraisCarlos Wilson

Carlos VirgílioGióia JúniorJaime CâmaraMagno Bacelar

Alair FerreiraFernando CollorFrança TeixeiraManoel Ribeiro

l;lebastião Nery

Heráclito FortesMárcio BragaPaulo ZarzurSamir Ãchôa

7) COMISSÃO DE EDUCAÇÃO ECULTURA

PTJosé GenoinoReuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 hora"Local: Anexo II - Sala 4 - R.: 6314Secretária: DeIzuite Macedo de Aguiar

Ricardo Ribeiro

Presidente João Faustino - PDSVice-Presidente Ferreira Martins - PDSVice-Presidente Hermes Zaneti - PMDB

TitularesPDS

Rômulo GalvãoSalvador Julianellistélio DiasVictor l"accioni

Darcilio AyresEraldo TinocoO1y FacchinRita l"urtado

PTB

Suplentes

PDS

Nilton AlvesPTB

Roberto Jefferson

Mozarildo CavalcantiSérgio Philomeno

PMDB

Aw·élio Peres Mário FrotaHélio Manhães Ronaldo CamposJosé Carlos Vasconcellos

PDT

Albino CoimbraFigueiredo Filho

Mendes Botelho

Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo nSecretária: Maria Júlia Rabello de Moura

PDS

José BurnettJúlio MartinsLeorne BelémMário AssadNatal GaleNilson GibsonOctávio CesárioOsvaldo MeloRondon Pacheco

PMDB

João Divino.João GilbertoJorge CaroneJosé MeloJosé TavaresPimenta da VeigaPlinio Martins

Afrísio Vieira LimaAntônio DiasArmando PinheiroDjalma BessaErnani SátyroGerson PeresGorgõnio NetoGuido MoeschHamilton XavierJairo MagalhãesJoacil PereiraJorgp Arbage

Ademir AndradeAluízio CamposArnaldO MacielDja1ma FalcãoEgídio Ferreira LimaElquisson SoaresJoão Cunha

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8) COMISSÃO DE ESPORTE ETURISMO

Irma Passoni

Reuniões:Quartas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 9 - R.: 6318Secretária: Tasmânia Maria de Brito Guerra

Presidente: Márcio Braga - PMDBVice-Presidente: Oly Fachin - PDSVice-Presidente: Albérico Cordeiro - PDS

TituIar,e8

PDS

João Carlos de CarliAécio de BorbaAlbino CoimbraFrancisco ErseLéo Simões

Mário Juruna

PT

Mário FrotaMansueto de LavorManoel CostaOlavo PiresOrestes MunizOswaldo MurtaPaulo BorgesRaul FerrazRenato BernardiRoberto FreireRonaldo CamposSinval GuazzelliWagner LagoWalter Baptista

PDT

PMDB

Plínio MartinsRaimundo LeiteRandolfo Bittencourt:Renato VianaRuben FigueiróVagoVagoVagoVagoVagoVagoVagoVagoVago

PDT

Osvaldo Nascimento

PT

Suplentes

PDSFrancisco ErseF.rancisco SalesGeovani BorgesHerbert LevyHugo MardíniIbsen de CastroJoão FaustinoJonas PinheiroJosé JorgeJosé MouraOssian AraripeRuy BacelarTapety JúniorVivaldo FrotaWilmar Pallis

Irma Passe,ni

Délio dos Santos

Luiz DulciReunióes:

Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - Sala 8 - R.: 6333

José Frejat

11) COMISSÃO DO INTERIOR

Aldo ArantesCarlos CottaCarlos de CarliDante de OliveiraDilson FanchinDomingos LeonelliEpitácio CafeteiraJorge MedauarJosé CarlOS

VasconcellosJosé MaranhãoJosé Maria MagalhãesLuiz BaptistaLuiz Guedes

Aloysio TeixeiraAluízio BezerraAluízio CamposAnibal TeixeiraAroldo MolettaDenisar ArneiroFernando GomesHarry AmorimHaroldo LimaJoaquim RorizJoão HerrmannJosé MeloMárcio LacerdaMilton Figueiredo

Adroaldo CamposAlércio DiasAlcides LimaAntônio AmaralAntônio OsórioBaima JúniorCelso BarrosChristóvan ChiaradiaEurico RibeiroFabiano Braga CortesJúlio MartinsLéo SimõesLeorne BelémLúcio AlcântaraLudgero RaulinoMauro Sampaio

Presidente: Inocêncio Oliveira - PDSVic·e-Presidente: Evandro Ayres de Moura

PDSVice-Presidente: Heráclito Fortes - PMDB

Titulares

PDSAlbérico Cordeiro Lúcia ViveirosAngelo Magalhães Manoel GonçalvesAntônio Mazurek Manoel NovaesAntônio Pontes Martins MaiaAssis Canuto Milton BrandãoAugusto Franco Nagib HaickelCristina Cortes Nylton VellosoClarck Platon Orlando BezerraGeraldo Melo Oswaldo CoelhoGilton Garcia Paulo GuerraJoão Rebello Pedro CorrêaJosé Mendonça Bezerra Victor TrovãoJosué de Souza Vingt RosadoJutahy Júnior Wanderley MarizLeur Lomanto

PMDB

Manoel NovaesMarcelo LinharesUbaldo BarémWilson Falcão

Furtado LeiteGeraldo BulhõesOzanam Coelho

Jaime santanaRenato JohnssonVicente Guabiroba

PTB

Ulysses GuimarãesWilSOn Vaz

PTB

PMDB

PTB

Jessé FreireRenato CordeiroThales RamalhoWanderley Mariz

PMDB

Mauricio FruetRaul BelémWilscn Vaz

PDT

PTB

PMDB

Múcio AthaydeSérgio CruzWalmor de Luca

PDT

PMDB

Siegfried HeuserVago

Suplentes

PDS

Suplentes

PDS

Nadir Rossetti

Aécio de BorbaAlvaro GaudêncioAmilcar de QueirozJorge ArbageJosué de Souza

Ricardo Ribeiro

Luiz BaccariniLuiz LealMoysés Pimentel

9) COMISSÃO DE FINANÇASPresidente: Irajá Rodrigues - PMDB

Vice-Presidente: Floriceno Paixão - PDTVice-Presidente: José Carlos Fagundes - PDS

Titulares

PDSAécio de BorbaChristóvam ChiaradiaFernando MagalhãesIbsen de Castro

João HerculinoRoberto Rollemberg

10) COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FI­NANCEIRA E TOMADA DE CONTAS

Presidente: Humberto Souto - PDSVice-Presidente: Nasser de Almeida - PDSVice-Presidente: Milton Figueiredo - PMDB

Titulares

PDS

Ricardo Ribeiro

Reuniões:

Augusto TreinCastejon BrancoHaroldo SanfordJoão Alves

Mendonça Falcão

PTB

Alencar FurtadoFrancisco PintoRuy Côdo

Ademir AndradeDomingos JuvenilLeopoldo Bessone

Celso Peçanha

Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Anexo II - sala n.O 16 - R.: 6322 e 6323Secretário: Jarbas Leal Viana

Ricardo Ribeiro

Reuniões:Quarta3 e Quintas-feiras, às 10:00 horasLOcal: Anexo II - Sala 15 - R.: 6325secretário: Geraldo da Silva

Angelo Magalhães,Celso CarvalhoEtelvir DantasFerreira Martins

Siqueira CamposAroldo de OliveiraSimão Sessim2 vagas

José Carlos MartinezJosé MouraManoel RibeiroPaulo Lustosa

Heráclito FortesJosé EudesManoel AffonsoMilton Reis

PTB

PDT

·PDT

PT

PMDB

Márcio BragaRandolfo BittencourtRaymundo UrbanoTobias AlvesWall Ferraz

PDT

PTB

Walter Casanova

PMDB

Marcondes PereiraOctacílio AlmeidaOlivir GabardoPaulo MarquesRaimundo Asfóra

PDT

Clemir RamosPTB

PT

PMDB

PMDB

Leônidas SampaioLuiz Henrique3 vagas

Suplentes

PDS

Magno BacelarNorton MacedoOscar AlvesSimão SessimVieira da Silva

Suplentes

PDS

Carlos Sant'AnaCasildo MaldanerDionísio HageFrancisco DiasHermes ZanetiJoão Bastos

Luiz Dulci

Abdias Nascimento

Arildo Teles

Celso Peçanha

Moacir Franco

Albérico CordeiroBrasílio CaiadoCunha BuenoJairo MagalhãesLeur Lomanto

Aloysio TeixeiraBete MendesIbsen PinheiroJoão Bastos

Arildo Teles

Francisco AmaralGenebaldo CorreiaGenésio de BarrosJoão HerculinoLuiz Baptista

Aécio CunhaAlércio DiasFernando CollorFrança Teixeira

Agnaldo Timóteo

Mendonça Falcão

Elquisson SoaresFelipe CheideHélio ManhãesHenrique Eduardo

Alvoo

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12) COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA

Presidente: Hugo Mardini - PDSVice-Presidente: Horácio Matos - PDSVice-Presidente: Cid Carvalho - PMDB

Titulares

PDS

14) COMISSÃO DE RELAçõeSEXTERIORES

Presidente: Diogo Nomura - PDSVICe-Presidente: Israel Dias-Novaes - PMDBVice-Pl'esidente: Pedro Colin - PDS

Titulares

Agnaldo TimóteoJ.G. de Araújo Jorge

Farabulini Júnior

PDT

Jaques D'OrnellasSérgio Lomba

PTB

P'I'

13) COMISSÃO DE REDAÇÃO

Renato AzeredoRenato BuenoVagoVago

Navarro Vieira FilhoPedro CorrêaRita FurtadoSalvador Julianelli

Sebastião Curió

PTB

PDT

PDT

Lúcio A1'cântaraLudgero RaulinoMauro SampaioOscar Alves

PMDB

Manuel VianaMário HatoMax Mauro

PMDB

Ruy Lino

Titulares

PDS

Titulares

PDS

Suplentes

PDS

Bete Mendes

Castejon BrancoFrancisco RollembergInocêncio OliveiraJairo AziJosé Lins Albuquerque

Anselmo PeraroDoreto CampanariEuclides ScalcoLeônidas Sampaio

Albino CoimbraAlceni GuerraFigueiredo FilhoLeônidas Rachid

Ney Ferreira

Reuniões:Quartas e Quintas~feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo 11 - sala 7 - R.: 6347 e 6343Secretária: Edna Medeiros Barreto

Presidente: Borges da Silveira - PMDBVice-Presidente: Carlos Mosconi - PMDBVice-Presidente: Tapety Júnior - PDS

16) COMISSÃO DE SEGURANÇANACIONAL

Ricardo Ribeiro

Jaques D'Ornellas

PDT

Farabulini Júnior

Carneiro ArnaudJorge ViannaJOsé Maria MagalhãesLuiz GuedesMattos Leão

PTB

PMDB

vago

15) COMISSÃO DE SAúDE

Presidente: ítalo Conti - PDSVice-Presidente: Francisco Rollemberg - PDSVice-Presidente: Gilson de Barros - PMDB

Jiúlio Caruso

Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo 11 - Sala 10 - R.: 6352Secretária: Iná Fernandes Costa

Huben Figueiró

José FrejatNilton Alves

Joacil PereiraJoão AlvesJoão Batista FagundesJoão Carlos de CarliJosé Thomáz NonôLúcia ViveirosNosser AlmeidaOscar CorrêaOsvaldo MeloOzanan CoelhoPaulo GuerraPaulo LustosaRaul Bernardosaramago PinheiroSiqueira Campos

Júnia MariseLeopoldo BessoneMárcio MacedoMárcio SantilliMiguel ArraesMilton ReisOctacílio AlmeidaPaulo MarquesRenato BuenoRosa FloresSebastião Rcdrigues

JúniorSeixas Dória

PT

PDT

PTB

Abdias NascimentoClemir Ramos

Armando PinheiroAugusto FrancoBonifácio de AndradaCláudio PhilomenoErnani SátyroFernando BastosFernando MagalhãesFurtado LeiteGilton GarciaGogônio NetoHamilton XavierHélio DantasHomero Santosítalo ContiJaime CâmaraJaime Santana

AlUÍzio BezerraArgilano DarioChagas VasconcelosDaso CoimbraFernando SantanaFlávio BierrenbachFreitas NobreIram SaraivaIrapuan Costa JúniorJarbas VasconcelosJoão HerrmannJosé Aparecido de

OliveiraJosé Fogaça

José Eudes

Ivette Vargas

Adroaldo Campos Nelson MorroAntônio Ueno Norton MacedoCunha Bueno Ossian AraripeEdison Lobão Paulo MalufEnor;: Vieira Rubens ArdenghiFrancisco Benjamin santos FilhoJessé Freire Sarney FilhoJonathas Nunes Tarcisio BuritiJosé Camargo Thales RamalhoJosé Carlos Fonseca Theodorico FerraçoJosé Machado Ubaldo BarémJosé Penedo Wilson FalcãoJosé Ribamar Machado VagoMagalhães PintoMaluly NetoMarcelo Linhares

PMDB

Arthur Virgílio Neto Ruy CôdoBorges da Silveira Dionísio HageCarlos Sant'Ana Djalma FalcãoJoão Cunha Gustavo de FariaJoão Gilberto Theodoro MendesJorge Carone Tobias AlvesJuarez Bernardes Ulysses GuimarãesLuiz Guedes Walter BaptistaManoel l'..ffonso VagoOdilon Salmol'ia VagoPaes de Andrade VagoPedro Sampaio VagoRaymundo Urbano Vago

PDS

Suplentes

PMDB

PDS

Léo SimõesMauricio CamposNelson CostaPaulo MelroPrisco VianaWolney Siqueira

José LourençoJosé MachadoLevy DiasLuiz FayetManoel GonçalvesPratini de MoraesRondon Pacheco

Marcos LimaVicent~ Queiroz

PTB

PDT

PTB

Horácio OrtizJoão AgripinoWalmor de Luca

PDT

PDT

PMDB

João HerculinoPDT

PMDB

Suplentes

PDS

Suplentes

PDSSiqueira CamposSimão 8essim

PMDB

Júnia MariseJosé Carlos Vasconcellos

Nadir Rossetti

Nelson do Carmo

Baima JúniorEmílio Ga110Epitácio BittencourtEvaldo AmaralFelix MendonçaGonzaga VasconcelosJoão Batista Fagundes

PMDB

Presidente: Aloyzio Teixeira - PMDBVice-Presidente: Mário Hato - PMDBVice-Presidente: Rita Furtado - PDS

Titulares

PDSFrancisco Rollemberg

Freitas Nobre

Alberto GoldmanCoutinho JorgeFernando Santana

Joaci! PeI'eiraPrisco Viana

Aécio CunhaAdhemar GhisiBento PortoClarck PlatonHaroldo SanfordIrineu ColatoJoão Alberto de SouzaJosé Fernandes

Matheus Schmidt

Celso SabóiaGenésio de BarrosMarcelo Cordeiro

Daso CoimbraEpitácio Cafeteira

Sérgio Lomba

Moacir Franco

Reunióes:

Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo 11 - Sala 7 - R.: 6336

Secretária: Allia Felicio Tobias

Airon RiosDjalma Bessa

Bocayuva Cunha

Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo 11 - sala 14 - R.: 6342 e 6340Secretária: Laura Perrela Parisi

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Antônio Pontes Milton BrandãoJosé Ribamar Machado Vicente Guabiroba

Suplentes

PDS

Flávio BierrenbachLuiz Baccarini

PMDB

Rub:m Figueiró

Antônio GOmesEmílio GalloGióia JúniorMaluly NetoMárir AssadNatal Gale

Suplentes

PDS

Nelson CostaNilson GibsonPaulo MelroReinhold StephanesVago

PT

Djalma Bom

Reuniiíes:

Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo H - sala 5 - R.: 6372 e 6373Secretário: Carlos Brasil de Araújo

17) COMISSÃO DE SERViÇOPOBLlCO

Presidente: Paes de Andrade - PMDBVice-Presidente: Jorge Leite - PMDBVice-Presidente: Francisco Erse - PDS

Titulares

Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLOcal: Anexo II - sala 13 -o R.: 6355 e 6358Secretário: Walter Flores Figueira

Farabulini Júnior

Reuniões:Quartas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 12 - R.: 6360Secretário: OeIair de Mattos Rezende

Chefe: Lucy Stumpf Alves de Souza

Local: Anexo TI - Tel. 223-7280Ramal 6403

COORDENAÇÃO Di: COM~S}ÕES

TEMPORÁRiAS

Chefe: Slella Prata da Silva Lopes

Local: Anexo II - Tel.: 223-8289Ramais: 6408 e 6409

Seção de Comissões Especiais

Seção de Comissões Parlamenta,resde Inquérito

Local: Anexo II - Tel: ~26-29l2

Ramal: 6401

Presidente: Pimenta da Veiga - PMDBVice-Presidente: Elquisson Soares - PMDBVice-Presidente: Gilton Garcia - PDS

Relator-Geral: Ernani Sátyro - PDS

1) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADAA DAR PARECER AO PROJETO DELEI N9 634175, DO PODER EXE­CUTIVO, QUE INSTITUI O CóDIGOCIVIL

DiretCl·: \Valter Gouvêa Costa

Relatores Parciais:

Dep. Israel Dias-Novaes - Parte Geral - Pes­soas, Bens e Fatos JurídicosDep. Francisco Rollemberg - Livro I - ParteEspecial - ObrigaçõesDep. Francisco Benjamim - Livro II - ParteEspecial - Atividade NegociaIDep. Afrísio Vieira Lima - Livro IH - ParteEspecial - CoisasDep. Brandão Monteiro - Livro IV - ParteEspecial - FamíliaDep. Roberto Freire - Livro V - Parte Especial- Sucessões e Livro Complementar

PMDB

Marcelo GatoMirthes Bevilacc;;uaVagoVago

PTB

PT

PDT

PDT

PMDB

Paulo ZarzurRuy CôdoSérgio FerraraTidei de Lima

Titulaa-es

PDS

Lázaro CarvalhoManoel RibeiroNavarro Vieira FilhoPedro GermanoRaul BernardoSimão SessimWilmar Pallis

Brandão Monteiro

Reuniões:

José Eudes

Gastone Righi

Alair FerreiraAlércio DiasDarcy PozzaEurico RibeiroHélio CorreiaHomero SantosJairo AziJosé Fernandes

Bocaiúva Cunha

Presidente: Ruy Bacelar - PDSVice-Presidente: Denisar Arneiro PMDBVice-Presidente: Mendes Botelho - PTB

í9} COMISSÃO DE TRANSPORTES

Carlos PeçanhaDomingos JuvenilFelipe CheiddeJoaquim RorizPaulo Mincaroni

Brabo de CarvalhoDarcy PassosDomingos LeonelliFernando CunhaIvo Vanderlinde

Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - Sala 15 - R.: 6367Secretário: Agassis Nylander Brito

PTB

Jorge UequedMoyses Pimentel

PTB

PDS

Mozarildo CavalcantiVago

PMDB

Renato Viana

PMDB

Suplentes

PDS

Oly FacchinWildy Vianna

Guido MoeschHorácio Mates

Gastone Righi

Francisco PintoMyrthes Bevilacqua

Gomes da Silva

Epitácio CafeteiraFreitas NobreGilson de Barros

18) COMISSÃO DE TRABALHO ELEGISLAÇÃO SOCIAL

PTB Titulares

PDS

Titulares

Presidente: Djalma Bom - PTVice-Presidente: Edme Tavar,es - PDSVice-Presidente: Francisco Amaral - PMDB

Afrisio Vieira Lima Francisco RollembergFrancisco Benjamim

PDT

PMDB

Roberlo Freire

PDT

PDS

Guido MoeschJorge ArbageVago

PMDB

Arnaldo MacielDjalma Falcão

Brabo de CarvalhoDarcy PassosJosé Melo

Brandão Monteiro

Cristina TavaresIsrael Dias-Novaes

Celso BarrosGerson PeresGorgônio Neto

Vago

Reunião:

Anexo H - Sala 14 - Ramais: 6408 e 6409Secretário: Antonio Fernando Borges Manzan

PT

Leônidas RachidMaçao TadanoMaurício camposPaulo MalufSantos FilhoStélio DiasVictor FaccioniWolney Siqueira

PMDB

Luiz LealOrestes MunizPaulo BorgesRosa FloresVago

PDT

PTB

Suplentes

PDS

Nilton Alves

Adail VettorazzoAmaral NettoAlcides FranciscatoAugusto TreinCarlos EloyEdme TavaresEmidio PerondiEraldo Tinoco

Airton SandovalFrancisco DiasGeraldo FlemingJosé UlissesJuarez Batista

Bete Mendes

Nelson do Caa-mo

José Lins deAlbuquerque

Osmar LeitãoRonaldo CanedoVivaldo Frota

PDT

PTB

PDS

PMDB

Mário de OliveiraNelson WedekimRenan Calheiros

Sebastião Ataide

Amadeu GearaAurélio PeresCássio GonçalvesJúlio CostamilanLuiz Henrique

Jorge Cury

Airon RiosAlcides FranciscatoAdhemar GhisiAlvaro GaudêncioAntônio AmaralFernando Bastos

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2) COMISSÃO PARLAMENTAR DE IN­QUÉRITO DESTINADA A INVESTI­GAR EM TODA A SUA PLENITUDEE CONSEQüÊNCIAS AS ATIVIDA­DES DO GRUPO CAPEMI

PMDB

PA -- Ademir Andrade MG -- Luiz Dulci

MA -- Cid Carvalho RO -- Orestes Muni~

SP -- Farabulini Júnior

Airton SoaresJoão Herrmann

PMDB

Israel Dias-NovaesPimenta da Veiga

PDT

REQUERIMENTO N." 9/83

Prazo: 18-5-83 -- 7-3-34

Presidente: Deputado Léo Simões\:lce-Presidente: Deputado Siqueira Campos

Relator: Deputado Matheus Schmidt

TitularesPDS

11G -- Israel Pinheiro PA -- Sebastião CurióMA -- Sarney Filho

PDT

Suplentes

PDS

PA -- Antônio Amaral PB -- Joacil Pereira

MT -- Bento Porto MT -- Maçao Tadano

MA -- Edison Lobão

Sérgio Lomba

Reuniões:

Quintas-feiras, 10 :OOh

Local: Plenário das Comissões Parlamentaresde Inquérito -- Anexo Ir

Secretária: Márcia de Andrade PereiraRamal 6407

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olARIO DO CONGRESSO NACIONAL

PREÇO DE ASSINATURA(Inclusa as despesas de correio)

Seção I (Câmara dos Deputados)

Via-Superfície:

Sem estre Cr$Ano Cr$Exemplar avulso Cr$

Seção II (Senado Federal)

Via-Superfície:

Semestre " Cr$Ano Cr$Exemplar avulso Cr$

3.000,006.000,00

50,00

3.000,006.000,00

50,00

Os pedidos devem ser acompanhados de Cheque Visado, pagáveis em Brasília ou

Ordem de Pagamemo pela Caixa Econômica Federal - Agência PSCEGRAF, Conta-Corrente nQ

920001-2, a favor do:

Centro Gráfico do Senado Federal

Praça dos Três Poderes - Caixa Postal 1.203 - Brasília - DF

CEP 70.160

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[ EDIÇÃO DE HOJE: 40 PÁGINAS

Centro Gráfico do Senado FederalCaixa Postal 07/1203

Brasília - DF

IPREÇO DESTE EXEMPLAR: CrS 50.00 I