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releitura do projeto casa atelier

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Releitura do projeto CASA-ATELIER CHAMARELLI

TEORIA DO PROJETO

UNIPÊ – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA

5 de Dezembro de 2012

SUMÁRIO

1. Introdução...............................................................................................................................4

2. Genius Loci.............................................................................................................................5

3 . Identidade...........................................................................................................................................8

4 . Significado do uso.............................................................................................................................11

5 . Plástica..............................................................................................................................................15

6 . Estrutura............................................................................................................................................19

7 . Conclusão..........................................................................................................................................21

1. INTRODUÇÃO

Essa leitura tem a intenção de ilustrar e reanalisar o projeto da Casa-atelier Chamarelli criada na 2ª unidade de Projeto I.

As diretrizes dadas para este projeto eram de uma casa-atelier que conciliasse forma e

função para um artista solteiro, em um terreno em declive, que deveria ser aproveitado da melhor forma possível, tanto com a implantação da forma arquitetônica quanto pelo agenciamento pensado por cada um.

Dentro destas, criei um projeto de solução simples para uma área de grande densidade domiciliar, que acomodaria um local para exposição de painéis de street art e ilustrações, servindo de ponto de encontro de amigos e jovens artistas da cidade.

O escolhido para inspirar, seja com sua arte ou com seu estilo de vida, foi o artista plástico Fernando ChamarelliFernando ChamarelliFernando ChamarelliFernando Chamarelli....

Chamarelli é um jovem artista plástico paulistano que usa a técnica de tinta acrílica sobre tela. Sua arte tem inspirações nos povos antigos, como Incas, Maias, Astecas, e na cultura popular brasileira, com misturas de cores e street art. Começou sua história na arte fazendo HQs (histórias em quadrinhos), partindo para a tatuagem e depois se rendeu as telas e murais, em 2007. Mudou-se para Florianópolis, aonde mantém vários projetos paralelos com amigos e divide atelier com o artista plástico Rodrigo Level. Imagem 1: Fernando Chamarelli.

Hoje é conhecido internacionalmente, participando de exposições em várias cidades dos Estados Unidos (Imagem 3), no Canadá, Inglaterra, México, Espanha, Alemanha , entre outros países.

Já trabalhou para empresas como Brastemp, Absolut Vodka, Microsoft, Itaú, Umbro (Imagem 2), entre outros.

Imagem 2: Emblema criado

a marca Umbro. Fonte: Google Imagens

Imagem 3: Fernando em sua exposição Pangea, na Galeria Anno Domini, nos EUA. Fonte: Flickr - lfchamarelli

• Algumas obras do artista:

Imagem 4: ‘‘4 sinfonias do bem-tevi’’, 2007 (acrílico e óleo sobre tela, 60x90cm). Fonte: Flickr --- lfchamarelli

Imagem 5: Sem nome (de novo trabalho), 2012. Fonte: Facebook --- Fernando Chamarelli

2. GENIUS LOCI

A edificação estará ruas Coronel José de Cristoda região é a Avenida Francisco Moura.

O terreno apresenta forma retangular, medindo 57m x 26m, e apresenta declividade de 13 metros.

Imagem 7: Corte apresentando a declividade do terreno.

estará localizada no bairro do Treze de Maio em João Pessoa, entre as Coronel José de Cristo, Dr. Francisco Lianza e Severina de Freitas. A principal

da região é a Avenida Francisco Moura. A seguir, um esquema da leitura da área:

Legenda:

Imagemárea

O terreno apresenta forma retangular, medindo 57m x 26m, e apresenta declividade de

Corte apresentando a declividade do terreno.

Treze de Maio em João Pessoa, entre as s. A principal grande via

A seguir, um esquema da leitura da área:

Legenda:

Imagem 6: Esquema da área

O terreno apresenta forma retangular, medindo 57m x 26m, e apresenta declividade de

Ao visitar o terreno, pude perceber que a rua com maior fluxo é onde se apresenta a área mais alta do terreno, ou seja, da Rua Coronel José de Cristo (Imagem 8), sendo está destinada ao acesso de trabalho e exposição, em meu projeto. A Rua Dr. Francisco Lianza (Imagem 9), localizada na área mais baixa do terreno, é pequena, de difícil acesso por conta de sua grande declividade, e com pouco fluxo de carros, foi a escolhida para o acesso íntimo para as dependências da casa, fazendo com que fossem divididas em fluxo comercial e íntimo.

Imagem 8:

Rua Coronel José de Cristo. Fonte: Arquivo pessoal

Imagem 9:

Rua Dr. Francisco Lianza. Fonte: Arquivo pessoal

Em seu entorno, se localiza construções residenciais térreas (Imagem academia (Imagem 10), aonde existeconstruções residenciais foi primadotado, que teve como base o elemento simples do telhado aparente.

Imagem Casas residenciais em frente ao

terreno, Rua Coronel José de Cristo. Fonte: Google street view

Em seu entorno, se localiza construções residenciais térreas (Imagem , aonde existe bastante fluxo de pessoas. A grande presença de

construções residenciais foi primordial para o desenvolvimento do partido arquitetônico , que teve como base o elemento simples do telhado de duas águas

Imagem 10:

Academia na lateral do terreno, na Rua Coronel José de Cristo. Fonte: Google street view

Imagem 11: Casas residenciais em frente ao

terreno, Rua Coronel José de Cristo. Fonte: Google street view

Em seu entorno, se localiza construções residenciais térreas (Imagem 11), e uma . A grande presença de

ordial para o desenvolvimento do partido arquitetônico de duas águas com madeiramento

Academia na lateral do terreno, na Rua Coronel José de Cristo. Fonte: Google street

2. IDENTIDADE

Como Identidade do presente projeto foram utilizadas como inspiração as casas João

Luiz Bettega, projetada pelo arquiteto curitibano João Vilanova Artigas, e Voelkip do grupo

SAOTA, analisas na primeira e segunda unidade do terceiro período. Os citados projetos

apresentam características e usos diferenciados, fazendo assim com que um pouco de cada um

influenciasse meu projeto.

A casa João Luiz Bettega foi projetada para o médico curitibano João Luiz Bettega,

apresentando aproximadamente 500m², dividida em dois pavimentos. A casa foi implantada à

direita do lote, para que todos os dormitórios pudessem usufruir dos raios solares durante o

inverno curitibano, pensando assim numa salubridade para as áreas íntimas. Localiza-se na cidade

de Curitiba (PA), cidade natal do arquiteto, em uma área que começava a apresentar

características de metrópole, em 1953. Por vários motivos ela veio a chocar os moradores da

cidade, seja pela cor forte vermelha nas fachadas, por não apresentar telhado de duas águas

aparente e pela entrada principal se dar pelo meio do terreno.

A cor forte foi uma das características que busquei em meu projeto, um amarelo forte,

para iluminar e destacar a casa das demais da região, porém em contra partido, usei o telhado de

telha cerâmica de duas águas aparente, sendo este um material mais isolante térmico que a telha

de cibrocimento usada no projeto de Artigas. O telhado de duas águas é bastante presente na

região, como dito no Genius Loci.

Além de abrigar as 9 pessoas presentes na família (três meninos, três meninas, o casal

e uma empregada), houve a necessidade do projeto de um consultório, já que o Senhor Bettega

atendia os pacientes em casa, para isso, o consultório ficou instalado a frente do terreno no

pavimento superior, trazendo maior visibilidade, privacidade e circulação própria.

O terreno apresenta grande aclividade de 6.5m, e para resolver a implantação da casa,

ele manteve a maior parte da casa 5 metros acima do nível da rua, usando uma escada para fazer

ligação do acesso ao consultório, e rampa para levar até a entrada social.

Imagem 12: Maquete eletrônica da Casa João Luiz Bettega, e plantas térreo e superior. Escada faz

o direcionamento dos pacientes até o consultório. Rampa é utilizada para fazer a ligação para a

entrada social, localizada no meio do terreno. Os quartos foram implantados no pavimento

superior, para maior privacidade e aproveitamento da ventilação e iluminação da área. Em meu

projeto, a entrada de trabalho é feita pela rua principal, mais alta, já a entrada social/íntima se dá

pela rua secundária, mais baixa; Além da implantação da área íntima no meio do terreno, para

trazer maior privacidade.

A casa Voelklip foi projetada para uma família de 4 pessoas, que a utilizaria em

períodos de veraneios, que apresenta terreno com aproximadamente 588m², dividida em inferior

e térreo. Localizada a beira mar da praia Voelklip, em Hermanus, Cabo Ocidental (África do Sul),

área de clima privilegiado. A parte posterior do terreno se dá para a cadeia de montanhas, cenário

da região.

O terreno apresenta formado de L alongado, e leve declividade, sendo essa usada a

favor do projeto, já que a área íntima (quartos) se localiza na parte inferior da casa (como

destacado na Imagem 13), tendo uma visão privilegiada do mar, e aproximando os moradores do

mesmo.

O projeto apresenta arquitetura contemporânea onde todos os espaços são abertos

para o exterior, sendo bastante diferenciado dos outros projetos ao seu redor, onde são

localizadas casas sem muitas aberturas. Os materiais foram usados para reforçar o caráter de

casa de praia, a pedido dos clientes, apresentando esquadrias de madeira e vidro, aproveitando

todas as possibilidades de abertura, fazendo assim possível a entrada de ventilação e iluminação

natural da região. A grande quantidade de aberturas trouxe maior leveza para o projeto.

A casa Voelklip me ajudo a compreender como a declividade poderia ser utilizada em

meu projeto, já que utilizei a mesma, que é a principal e mais marcante característica presente no

terreno, para projetar a área intima da casa na parte inferior do terreno, trazendo assim maior

privacidade, que julguei de extrema necessidade para um jovem artista. Além deu usar a madeira,

presente nas edificações do arredor.

Imagem 13: Fachada sudeste da casa Voelklip. Nota-se o uso dos materiais como madeira, e vidro

(que abre os ambientes diretamente para a praia), escolhidos para que a edificação remetesse as

casas de praia. Os quartos estão localizados no pavimento inferior, como destacado na imagem,

para que os mesmos estivessem virados para a praia e se mantivessem privados. No primeiro

pavimento está localizada toda a área social do projeto, chamada de ‘coração da casa’, com ampla

sala de estar, sala de jantar, louge,terraço.

3. SIGNIFICADO DO USO

O programa básico apresentado para o projeto foi:

ATELIER:

1 Salão de Exposição

1 Estúdio

1 WC Masc, considerando PNE

1 WC Fem, considerando PNE

1 Depósito

4 Vagas de carro

1 Vaga PNE

CASA:

1 Suíte

1Lavabo

1 Cozinha

1 Área de serviço

1 Sala de jantar, estar e TV

1 Garagem coberta

Área total do terreno: 1.515,37m²

Taxa de ocupação: 60%

Como visto na planta ao lado, a casa foi dividida em dois blocos: trabalho e íntimo. Essa divisão foi feita para que o artista tivesse maior privacidade em momentos de descanso, já que sua área de trabalho é totalmente aberta ao público.

A ligação das duas áreas é feita por uma escada de peças de pedra, na área de jardim (central), que une o solário ao escritório.

Pela visão do pedestre, o bloco de trabalho é o único a ser visto, já que o bloco íntimo foi implantado no meio do terreno, aonde o declive que bastante considerável.

Para a ligação direta da rua inferior com o bloco íntimo, foi projetada uma escada de peças de pedra no grande jardim frontal, além da rampa com inclinação de 20% para a entrada do carro. Essa entrada seria apenas usada pelo próprio artista e por amigos, sendo assim, uma entrada bastante íntima em uma rua com uma grande declividade (como dito no Genius Loci).

1. Estacionamento 2. Vaga PCD 3. Salão de exposição 4. Depósito 5. WCS 6. Estúdio 7. Solário 8. Suíte 9. Escritório 10. Cozinha 11. Área de serviço 12. Sala de jantar, estar e TV 13. Garagem 14. Lavabo

Imagem 14: Planta baixa

Imagem 15: Corte AA. Grande sdisposição das telas e murais dos criar maior interação do artista com seus amigos, podendo ser fechada com persianasiluminação, do salão. Banheiro

Imagem 16: Corte BB. Podemos perceber que o primeiro bloco está em um nível mais alto que outro bloco, sendo assim, o pedestre apenas vê a galeria ao passar pela rua. (2) com a estúdio (1) é feito pela escada. O estúdio instaladas janelas, como visto no corte AA, para que os visitantes pudessem observar ocriação do artista, criando assim, maior interação do artista com seus amigos.

Grande salão de exposição (2) que mede 7.70 x 16.50, com vão livredisposição das telas e murais dos artistas. Foram instaladas 4 janelas para visualização do Estúdiocriar maior interação do artista com seus amigos, podendo ser fechada com persianas

. Banheiro (4) separado do salão por uma pequena circulação.

Podemos perceber que o primeiro bloco está em um nível mais alto que outro bloco, sendo assim, o pedestre apenas vê a galeria ao passar pela rua. A ligação do s

stúdio (1) é feito pela escada. O estúdio fica em um nível 3m abaixo do Salão, por isso foram instaladas janelas, como visto no corte AA, para que os visitantes pudessem observar ocriação do artista, criando assim, maior interação do artista com seus amigos.

16.50, com vão livre, para 4 janelas para visualização do Estúdio, para

criar maior interação do artista com seus amigos, podendo ser fechada com persianas, e 3 janelas para alão por uma pequena circulação.

Podemos perceber que o primeiro bloco está em um nível mais alto que outro A ligação do salão de exposição

fica em um nível 3m abaixo do Salão, por isso foram instaladas janelas, como visto no corte AA, para que os visitantes pudessem observar o momento de

Imagem 17: Corte CC. A ligação do bloco de trabalho com o bloco íntimo é feito pela escada presente no jardim, como visto na imagem acima. Garagem coberta inclinação de 20%. A sala de estar, jantar e tv (12) é dividida do escritório pelo pmadeira, e pela escada. A cozinha (10) é aberta para a sala, e a entrada para a área de serviço (11) se dá por uma porta na cozinha.

Imagem 18: Corte DD. Escritório (9)para assuntos rápidos e trabalhos gráficos.escada, já que estão a 1,50m de

ligação do bloco de trabalho com o bloco íntimo é feito pela escada presente no jardim, como visto na imagem acima. Garagem coberta (13): a entrada é feita pe

A sala de estar, jantar e tv (12) é dividida do escritório pelo pmadeira, e pela escada. A cozinha (10) é aberta para a sala, e a entrada para a área de serviço (11) se

Escritório (9) fica ao lado do quarto do artista, sendo ele um ppara assuntos rápidos e trabalhos gráficos. O mesmo é separado da sala de estar, jantar e TV pela

de desnível. A cozinha é aberta para a sala.

ligação do bloco de trabalho com o bloco íntimo é feito pela escada presente no (13): a entrada é feita pela rampa, com

A sala de estar, jantar e tv (12) é dividida do escritório pelo painel de peças de madeira, e pela escada. A cozinha (10) é aberta para a sala, e a entrada para a área de serviço (11) se

ca ao lado do quarto do artista, sendo ele um pequeno espaço separado da sala de estar, jantar e TV pela

4. PLÁSTICA

Para a criação do seguinte projeto tomei base das geométricas e angulares (imagem 19), presentes no projeto João Luiz Bettega e na Voelklip, sendo os ângulos em função da inclinação do telhado e da parece em empena. Para que a casa tivesse maior ligação com seu exterior, adicionei materiais que remetessem as casas ao seu redor, como a madeira e as pedras.

Imagem 19: Presença de ângulos nas fachadas da Casa Atelier Chamarelli (a), Casa João Luiz Bettega (b), e Casa Voelklip (c).

Imagem 20: Croquis do processo de criação volumétrica. Formas angulares, que durante o processo foram se modificando. A forma foi influenciada pelo terreno e pelo entorno (casa com telhado de duas águas)

As áreas construídas foram divididas em dois blocos de estruturas separadas: Área de Área de Área de Área de trabalhotrabalhotrabalhotrabalho, na parte mais alta e com maior visibilidade comercial do terreno, e Área intimaÁrea intimaÁrea intimaÁrea intima na parte mais baixa do terreno. Divisão feita para melhor aproveitamento do terreno de 57x26m. A área mais aterrada foi de exposição e atelier, locais que foram necessários a utilização de pisos planos. Esta divisão de área íntima é vista em ambas as casas que serviram como inspiração. Na casa João Luiz Bettega houve a divisão do consultório do cliente, que era localizada na fachada frontal, deixando a área íntima na parte posterior; Já na casa Voelklip a área íntima ficou localizada na parte inferior do terreno, por ter sido aproveitado a aclividade.

Para dar maior destaque na área de trabalho busquei uma solução simples para o primeiro bloco, com o uso da grande parede em empeno com cor forte, que chama bastante atenção, pintada de cor amarelo neon (cor forte, que está presente no projeto de Vilanova Artigas) e seu telhado com madeiramento completamente aparente.

Imagem 21:

Indicação da fachada Sudeste

Foram utilizadas janelas recuadas com fechamento de brises (como visto na Imagem 21), a fim de aproveitar à ventilação presente na área mais alta do terreno, que vem do Sudeste. Já a iluminação da sala de exposição vem das janelas na parte superior (Imagem 22), mesmo método usado no quarto e escritório do artista.

Imagem 22: Janelas na parte superior, para iluminação

Entre a área de exposição e o estúdio foram implantados janelões de vidro (Imagem 23), para maior interação do artista com o público, que pode ser interrompida com o uso das persianas instaladas, dando privacidade quando desejado.

A casa, ou segundo bloco, foi terreno (Imagem 24) para melhor aproveitamento

É separada da área íntimos. A ligação das duas áreas se dá pelaspelo solário do estúdio.

Imagem

A casa, ou segundo bloco, foi implantada no meio do declive, sendo encaixada no para melhor aproveitamento do mesmo, e redução de custo da obra

de trabalho por um jardim, dando maior privacidade em momentos gação das duas áreas se dá pelas escadas e caminhos feitos no meio do jardim,

Imagem 2área de trabalho, com a área íntima.

Imagem 23: Aberturas.

no meio do declive, sendo encaixada no redução de custo da obra.

Imagem 24: Planos encaixados no terreno

maior privacidade em momentos escadas e caminhos feitos no meio do jardim,

Imagem 25: Escada que liga a área de trabalho, com a área

A casa apresenta nível mais alto e mais baixo, e isso foi utilizado para dividir as áreas sociais (Sala de jantar, estar e TV) da íntima (quarto), com o uso da escada e do painel de madeira. A funcionalidade da vida de um jovem solteiro se mostra no tamanho dos cômodos apresentadas no projeto, trazendo áreas pequenas e necessárias.

Imagem 26: Circulação - casa

Imagem 27: Maquete física. Volumetria e adaptação da casa ao terreno.

5. ESTRUTURA A estrutura adotada no projeto apresenta solução simples já que os blocos foram encaixados

no terreno, se adaptando ao mesmo, não havendo a necessidade do uso de balanços, pavimentos superiores ou apoios robustos, solução tomada pelos arquitetos da SAOTA na casa Voelklip, que se adaptou ao terreno que apresentava leve aclive, como visto na imagem 26.

Imagem 26: Corte da Casa Voelklip. Forma como o grupo SAOTA resolveu a aclividade do projeto. Utilizou-se de tal característica para implantar outros ambientes. Solução que me levou a utilizar a forma e declividade do terreno para escalonar os ambientes, como visto na categoria Significado do Uso. No bloco 1 (Área de trabalho) foram utilizados 27 pilares embutidos nas paredes que

suportam a carga de 9 vigas. Essa estrutura sustenta o telhado, com seu madeiramento e telhas cerâmicas, cargas não tão grandes. Não houve a utilização de lajes, já que foi preferível manter o madeiramento aparente, deixando os ambientes ainda mais ventilados e trazendo algumas características de rusticidade, usado pelo grupo SAOTA na casa Voelklip, para que a mesma ficasse com aparência de ‘casa de praia’, a pedido dos clientes.

Imagem 27: Planta de forma – Área de trabalho.

Imagem 28: Planta de forma – Área íntima. Foram utilizados 21 pilares e 12 vigas que suportam a carga do madeiramento e das telhas cerâmicas.

6. CONCLUSÃO/CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a releitura do projeto pude perceber características das casas analisadas nas unidades anteriores, muitas dessas características usadas inconscientemente. Seja pela cor forte, pelos materiais usados, forma de utilização do terreno ou na divisão das áreas. Cada projeto analisado no decorrer das unidades me esclareceu dúvidas, me trouxe outras idéias e maneiras de se criar projetos interessantes, me utilizando do terreno da melhor forma possível, resolvendo problemas que podemos enfrentar ao projetar.

Ao analisar o projeto segundo as tendências arquitetônicas, pude entender que meu projeto apresenta diversas características da arquitetura contextualista. Tomei tal conclusão pelo projeto apresentar características da região. O que me levou a utilizar o telhado de duas águas com madeiramento aparente foram as construções presentes no arredor do terreno, partindo da região como inspiração. Tal decisão foi tomada a fim de não ‘ferir’ uma área residencial com uma volumetria inovadora, que em meu ver, não caberia em tal região. Com isso, tive que criar uma volumetria diferencia, porém que se assemelhassem com as demais.

O Contextualismo veio com a necessidade da inserção das construções em cidade históricas, e que as mesmas não agredissem as já existentes, com padrões antigos e rico passado histórico, se utilizando de elementos tradicionais da região, sejam esses elementos: cores, formas, alturas de prédios, elementos construtivos. Houve assim o começo de um entendimento do “espírito do lugar” como ponto de partida para uma criação projetual. Toda essa ideologia é uma critica a arquitetura moderna praticada nos anos anteriores, que pensava em elementos independentes e isolados, sem buscar maiores conexões com as construções existentes e seu arredor. Concluo então que, a casa foi projetada para se encaixar da melhor forma possível na região, apresentando ligação com as demais edificações e as características das mesmas, assim, não destoando do seu arredor.