relatório julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/relatório...a saúde dos...

172
Relatório Julho de 2008 Carlos Matias Dias (Médico de Saúde Pública) Eleonora Paixão (Estatista) Maria João Branco (Médica de Saúde Pública) José Marinho Falcão (Médico de Saúde Pública, Epidemiologista) Departamento de Epidemiologia Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, IP Projecto financiado por: Fundação Merck Sharp e Dohme

Upload: others

Post on 24-Mar-2021

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

��������������� ����

� �������� ��� ��������������������� �

Relatório Julho de 2008

Carlos Matias Dias (Médico de Saúde Pública)

Eleonora Paixão

(Estatista)

Maria João Branco (Médica de Saúde Pública)

José Marinho Falcão

(Médico de Saúde Pública, Epidemiologista)

Departamento de Epidemiologia Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, IP

Projecto financiado por: Fundação Merck Sharp e Dohme

Page 2: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)
Page 3: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia iii

AGRADECIMENTOS

- Ao Dr. Baltazar Nunes, pelo apoio metodológico;

- À Inês Batista e à Zilda Pimenta, pelo apoio na composição do relatório final.

Page 4: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia iv

Page 5: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia v

Índice RESUMO ...................................................................................................................................1

INTRODUÇÃO............................................................................................................................5

OBJECTIVO ...............................................................................................................................7

MATERIAL E MÉTODOS ...........................................................................................................7

RESULTADOS .........................................................................................................................15

CARACTERÍSTICAS DEMOGRÁFICAS.........................................................................................15

ANOS DE IMIGRAÇÃO ..........................................................................................................15

CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-DEMOGRÁFICA .............................................................................16

ESTADO DE SAÚDE.................................................................................................................23

INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE SAÚDE ..................................................................................23

INCAPACIDADE TEMPORÁRIA ...............................................................................................26

INCAPACIDADE DE LONGA DURAÇÃO ....................................................................................49

DOENÇAS CRÓNICAS ..........................................................................................................51

SAÚDE MENTAL ..................................................................................................................60

QUALIDADE DE VIDA............................................................................................................64

UTILIZAÇÃO DE CUIDADOS DE SAÚDE.......................................................................................68

PROTECÇÃO SOCIAL ...........................................................................................................68

DESPESAS COM A SAÚDE ....................................................................................................72

CONSULTAS MÉDICAS .........................................................................................................76

CONSUMO DE MEDICAMENTOS ............................................................................................85

CUIDADOS PREVENTIVOS ....................................................................................................96

SAÚDE ORAL ....................................................................................................................102

SAÚDE REPRODUTIVA E PLANEAMENTO FAMILIAR................................................................112

Page 6: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia vi

DETERMINANTES DE SAÚDE..................................................................................................124

CONSUMO DO TABACO......................................................................................................124

CONSUMO DE ALIMENTOS E BEBIDAS ALCOÓLICAS ..............................................................141

INSEGURANÇA ALIMENTAR ................................................................................................154

ACTIVIDADE FÍSICA ...........................................................................................................155

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES.................................................................................................159

REFERÊNCIAS.......................................................................................................................165

Page 7: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 1

RESUMO

Este relatório contem os resultados de uma análise secundária dos dados obtidos através do

Quarto Inquérito Nacional de Saúde à população Portuguesa (4ºINS), realizado entre Fevereiro

de 2005 e Fevereiro de 2006 pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, em parceria

com o Instituto Nacional de Estatística, com a colaboração da Direcção-Geral da Saúde.

Comparou-se a distribuição de indicadores de estado de saúde, morbilidade, utilização de

cuidados de saúde e determinantes de saúde, entre a população que, residindo em Portugal, é

natural de outro país e a população natural e residente em Portugal. Apresentam-se valores

populacionais, obtidas através da análise ponderada dos dados amostrais, assim como valores

amostrais e valores padronizados para a idade.

Relevam-se alguns resultados.

Caracterização sócio-demografica:

Cerca de 6,3% da população estudada era imigrante, da qual um pouco mais de um quarto

(27,5%) residia em Portugal há 5 anos ou menos e cerca de um quinto (19,5%) há 30 anos ou

mais. A população imigrante tinha uma maior proporção de homens (imigrantes: 50,6%;

portugueses: 47,5%), uma estrutura etária mais jovem, com mais de metade no grupo etário 25-44

anos (imigrantes: 51,7%; portugueses: 29,4%) e uma maior proporção de indivíduos com 10 ou

mais anos de escolaridade (imigrantes: 43,2%; portugueses: 23,5%). A população imigrante

revelou, também, uma proporção mais elevada de trabalhadores activos (imigrantes: 64,1%;

portugueses: 46,1%) e de desempregados (imigrantes: 7,0%; portugueses: 4,7%), enquanto que a

proporção de reformados, estudantes e domésticas era maior na população portuguesa.

Estado de saúde:

De uma forma geral, os imigrantes revelaram indicadores de estado de saúde mais favoráveis do

que os portugueses, com uma maior proporção a classificar o seu estado de saúde como bom ou

muito bom (imigrantes: 62,8%; portugueses, 48,4%), diferença atenuada após padronização para

a idade (imigrantes: 58,6%; portugueses: 50,5%).

Constatou-se, também, uma menor proporção de incapacidade física de curta duração na

população imigrante (sem padronização – imigrantes: 10,7%; portugueses: 12,2%; com

padronização - imigrantes: 11,1%; portugueses:11,6%). Note-se que quase metade destas pessoas

recorreu ao médico nas duas semanas anteriores à entrevista (imigrantes: 49,0%; portugueses:

Page 8: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 2

50,4%) e tomou medicamentos prescritos por este prestador (imigrantes: 51,6%; portugueses:

58,4%), devido à sua doença.

Observou-se uma menor prevalência de doenças crónicas, à excepção da asma (sem

padronização: imigrantes: 5,7%; portugueses: 5,2%; padronizada: imigrantes: 6,1%; portugueses:

5,1%).

A doença crónica mais frequente foi a hipertensão arterial (sem padronização: imigrantes: 13,1%;

portugueses: 18,6%; com padronização: imigrantes: 16,1%; portugueses: 16,3%), seguindo-se a

diabetes (sem padronização: imigrantes: 2,8%; portugueses: 6,1%; com padronização: imigrantes:

3,8%; portugueses: 6,7%).

Relativamente à saúde mental, cerca de um terço da população revelou provável sofrimento

psicológico (sem padronização: imigrantes: 22,2% %; portugueses: 27,1%; com padronização:

imigrantes: 23,7%; portugueses: 26,2%). Esta situação foi mais frequente entre as mulheres.

Utilização de cuidados de saúde:

Em ambas as populações, a maioria referiu ser beneficiária do Serviço Nacional de Saúde (SNS)

(imigrantes: 85,0%; portugueses: 79,9%), verificando-se, no entanto, que mais imigrantes do que

portugueses referiram ter seguro de saúde (imigrantes: 12,2%; portugueses: 10,5%).

A proporção da população que referiu ter efectuado despesas em cuidados de saúde nas duas

semanas anteriores à entrevista era ligeiramente superior entre os portugueses (imigrantes:

31,7%; portugueses: 33,8%), verificando-se uma quantia dispendida mais elevada entre os

portugueses e nas mulheres.

Quanto à utilização de cuidados, um pouco menos de metade dos portugueses referiu ter

consultado o médico entre uma e três vezes, nos 3 meses anteriores à entrevista (sem

padronização: imigrantes: 44,3%; portugueses: 49,9%; com padronização: imigrantes: 45,4%;

portugueses: 49,0%), percentagem crescente com o tempo de imigração. A maioria destas

consultas foi realizada no âmbito do SNS, tendo cerca de um terço procurado um prestador

privado (imigrantes: 31,3%; portugueses: 32,5%). Das consultas efectuadas no âmbito do SNS,

cerca de um quinto foram realizadas em serviços de urgência (imigrantes: 20,4%; portugueses:

17,6%).

Os imigrantes consumiram menos medicamentos nas duas semanas anteriores à entrevista do que

os portugueses (sem padronização - imigrantes: 44,7%; portugueses: 51,6%; com padronização -

Page 9: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 3

imigrantes: 47,5%; portugueses: 49,1%). A tensão arterial elevada foi o motivo mais invocado

para terapêutica medicamentosa, na globalidade e em cada sexo.

Uma proporção apreciável da população com 20 ou mais anos de idade referiu ter medido a sua

pressão arterial há 3 anos ou menos (imigrantes: 87,9%; portugueses: 93,3%); também a grande

maioria dos imigrantes e dos portugueses, com 30 ou mais anos de idade, referiu ter medido a sua

colesterolémia, pelo menos uma vez, há 3 anos ou menos (imigrantes: 84,9%; portugueses:

88,4%).

Embora a proporção da população que referiu ter consultado alguma vez um prestador da área da

saúde oral tenha sido elevada em ambos os grupos (sem padronização - imigrantes: 84,7%;

portugueses: 85,1%; com padronização – imigrantes: 84,4%; portugueses: 84,7%), a realização

de uma consulta no ano anterior à entrevista foi menos frequente (sem padronização - imigrantes:

46,3%; portugueses: 47,4%; com padronização - imigrantes: 45,7%; portugueses: 49,5%).

Determinantes de saúde:

Cerca de um quinto da população imigrante (19,4%) referiu tomar uma ou duas refeições por dia,

situação mais frequente entre as mulheres. Na globalidade, verificou-se que mais portugueses

referiram restrições alimentares por dificuldades económicas do que imigrantes (imigrantes:

29,4%; portugueses: 34,3%).

Na população com 10 e mais anos de idade a percentagem de fumadores diários era mais elevada

entre os imigrantes (sem padronização - imigrantes: 22,2%; portugueses: 17,3%; com

padronização - imigrantes: 21,2%; portugueses: 18,3%). No entanto, uma proporção mais elevada

de portugueses admitiu fumar mais de um maço de cigarros por dia (imigrantes: 15,1%;

portugueses: 18,5%). Praticamente metade dos fumadores já havia tentado deixar de fumar, em

especial entre os imigrantes (imigrantes: 52,8%; portugueses: 45,1%) e, fundamentalmente, entre

as mulheres imigrantes (65,4%). O “medo de problemas de saúde” foi a razão mais invocada por

ambos os grupos para aquela tentativa.

A percentagem de abstémios foi apreciável (sem padronização - imigrantes: 46,1%; portugueses:

48,4%; com padronização - imigrantes: 44,1%; portugueses: 44,0%) e maior nas mulheres de

ambos os grupos. Entre os bebedores, observou-se uma maior frequência de consumidores de

vinho, nos portugueses, e de cerveja, nos imigrantes, enquanto que a proporção de consumidores

de bebidas com elevado teor de álcool foi semelhante em ambas as populações. O consumo de

bebidas alcoólicas aos fins-de-semana era mais frequente entre os imigrantes (15,8%).

Page 10: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 4

Page 11: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 5

INTRODUÇÃO

O movimento de pessoas de um lugar para o outro é um fenómeno tão antigo como a

humanidade, que se repete ao longo dos tempos, ainda que por razões diferentes. Na actualidade

podem ser invocados diversos motivos para os movimentos migratórios, tais como a

globalização, o desemprego, a desorganização das economias tradicionais, a desigualdade

económica entre os países e entre o hemisfério norte e o hemisfério sul1.

Portugal é um país de emigrantes e imigrantes, sendo que, relativamente à imigração, é um

destino importante para populações de outros países da Europa, assim como de outros

Continentes2. A imigração para Portugal tem sido devida, essencialmente, a motivos laborais. Há,

no entanto, autores que alertam para a problemática da reunificação familiar, fenómeno com

tendência crescente, à semelhança do que acontece em países de imigração tradicional3.

O tema “Saúde e Migrações” foi escolhido pela recente Presidência Portuguesa da União

Europeia, em 2007, reflexo da importância que os governos têm atribuído a este assunto 4.

A relação entre a imigração e a saúde daquele que emigrou é complexa e envolve factores

socioeconómicos, culturais, comportamentais, ambientais e biológicos, além da história pessoal

de vida pré-emigração5. Alguns, senão muitos, sofrerão de exclusão e, ou, pobreza, factores

importantes na abordagem desta temática.

Esta relação complexa, reflectida em diferentes definições de “imigrante”, justifica a necessidade

da definição do conceito de “imigrante” que, no presente estudo, deve ser entendida como

abrangendo todos os casos em que há uma decisão livremente assumida de uma pessoa para se

deslocar através de um determinado limite espacial, nomeadamente entre países, com o objectivo

de aí fixar residência temporária ou permanente e onde adquire laços sociais significativos6,7.

No âmbito do Plano Nacional de Saúde 2004-2010: mais saúde para todos são apontadas como

«Estratégias para a Gestão da Mudança», entre outras, as relacionadas com a redução das

desigualdades em saúde, que tomarão corpo num programa nacional a desenvolver e para o qual

concorrerá, especificamente, um Programa de Cuidados de Saúde a Imigrantes8.

Page 12: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 6

Estudos de base populacional sobre o estado de saúde, os seus factores determinantes e a

utilização de serviços de saúde das populações migrantes podem contribuir para o planeamento

de programas de saúde e prestação de cuidados.

Em Portugal, têm sido poucos os trabalhos que abordam a saúde da população migrante4. Através

do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (4ºINS) – 2005-20069 obteve-se informação sobre este

tema.

Assim, é finalidade deste estudo contribuir para o conhecimento do estado de saúde, factores

determinantes de saúde e utilização de cuidados de saúde dos imigrantes residentes, em Portugal.

Page 13: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 7

OBJECTIVO

Determinar indicadores epidemiológicos do estado de saúde, determinantes de saúde e utilização

de cuidados da população imigrante residente em Portugal e compará-los com os da população

portuguesa.

MATERIAL E MÉTODOS

Desenho geral do estudo

Este trabalho consistiu na análise secundária dos dados obtidos através do 4ºINS, através da qual

se descreve a distribuição de variáveis caracterizadoras do estado de saúde, determinantes de

saúde e utilização de cuidados de saúde em duas sub-populações residentes em Portugal: a

população imigrante e a população portuguesa não emigrante. Excluíram-se, portanto, aquelas

pessoas que, tendo nascido em Portugal, estiveram emigradas, apesar de terem sido inquiridas no

4ºINS.

Descrição sumária da fonte de dados

A fonte dos dados utilizados neste trabalho foi o 4ºINS. O INS é um inquérito geral de saúde

realizado periodicamente à população portuguesa. O 4ºINS foi realizado pelo Instituto Nacional

de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), em parceria com o Instituto Nacional de Estatística (INE),

com a colaboração da Direcção-Geral da Saúde (DGS) e abrangeu, pela primeira vez, a

população das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira. Tal como nas 3 edições anteriores,

este INS permite obter estimativas representativas a nível da Região (NUTS 2, versão de 1989).

A amostra do INS, probabilística e multi-etápica (multistage cluster sample), foi obtida a partir

de uma amostra-mãe (AM) de unidades de alojamento, destinada a servir de base de amostragem

aos inquéritos realizados pelo INE, junto das famílias. A AM foi seleccionada a partir dos dados

do Recenseamento da População e Habitação de 2001 (Censos 2001), utilizando-se, também aí,

um esquema de amostragem complexo.

Os alojamentos colectivos, que compreendem os hotéis e similares e ainda as convivências (apoio

social, educação, militar, prisional, religiosa, saúde, trabalho e outras) foram excluídos da AM e

como tal, não fizeram parte da amostra do INS.

Page 14: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 8

O trabalho de campo decorreu ao longo de 52 semanas, entre Fevereiro de 2005 e Fevereiro de

2006 em todo o território português. Em cada uma das regiões NUTS II, as áreas seleccionadas

foram distribuídas de forma uniforme, por trimestre e por semana, de modo a minimizar os efeitos

sazonais nos resultados do inquérito.

A estrutura do questionário utilizado no 4ºINS foi construída considerando as recomendações das

estruturas centrais e regionais do Ministério da Saúde e das Secretarias dos Assuntos Sociais das

Regiões Autónomas, mantendo, simultaneamente, a máxima comparabilidade com os INS

anteriores. Os instrumentos de inquirição obedeceram, sempre que possível, às recomendações de

entidades internacionais (OMS, OCDE, EUROSTAT).

O 4º INS abrangeu diversas áreas temáticas, algumas pela primeira vez (saúde mental, cuidados

preventivos, qualidade de vida, insegurança alimentar), outras com remodelação do seu conteúdo.

Foram as seguintes, as áreas abordadas ao longo das 52 semanas de inquirição:

1) Caracterização sócio-demográfica; 2) informações gerais de saúde; 3) incapacidade

temporária; 4) doenças crónicas; 5) cuidados de saúde; 6) consumo de medicamentos; 7)

despesas e rendimentos; 8) consumo de tabaco; 9) consumo de alimentos e bebidas; 10) saúde

reprodutiva e planeamento familiar; 11) saúde mental.

Seis áreas de inquirição, foram aplicadas apenas num dos quatro trimestres de trabalho de campo:

1) Incapacidade de longa duração; 2) saúde oral; 3) actividade física; 4) cuidados preventivos;

5) qualidade de vida; 6) insegurança alimentar.

A recolha dos dados do 4º INS foi efectuada através de entrevistas directas realizadas por

entrevistadores treinados em técnicas gerais de entrevista, a quem foi ministrada formação

específica para as temáticas do 4ºINS. As entrevistas decorreram com o apoio de

microcomputador nas unidades de alojamento seleccionadas, tendo sido colhidos dados relativos

a cada um dos residentes nas unidades de alojamento. Para algumas perguntas foram utilizadas

ajudas visuais e aceitou-se informação fornecida por um informador privilegiado (proxy).

A base de microdados, informatizada, foi submetida a um processo de codificação de algumas

das variáveis, verificação do preenchimento completo e validação por congruência. A base de

microdados final incluiu, também, ponderadores amostrais que permitem a obtenção de

estimativas populacionais.

Page 15: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 9

Definição de caso

Foram utilizadas as seguintes definições de caso para “imigrante” e “português não migrante”:

Imigrante:

Pessoa que não nasceu em Portugal;

Pessoa que residia em Portugal, em permanência, pelo menos um ano antes da entrevista.

Português não migrante:

Pessoa que nasceu em Portugal;

Pessoa que viveu sempre em Portugal.

Variáveis estudadas

Seleccionaram-se as seguintes variáveis para o estudo :

A. Características demográficas e sociais

i. Caracterização sócio-demográfica:

Sexo; idade; anos de escolaridade concluídos com aproveitamento; ocupação; profissão

(utilizada a Classificação Nacional das Profissões10);

ii. Situação relativa à imigração:

Tempo de residência em Portugal (consideraram-se as seguintes classes de acordo com os

valores dos quartis da distribuição: �5 anos, 6-15 anos, 16-29 anos, �30 anos);

B. Estado de saúde

iii. Informações gerais de saúde:

Auto-percepção do estado de saúde dos indivíduos de 15 e mais anos de idade;

Page 16: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 10

iv. Incapacidade temporária nos indivíduos de 1 e mais anos de idade:

Consideraram-se os seguintes itens: Incapacidade temporária nas duas semanas anteriores à

entrevista; impacto na actividade dos activos e estudantes (absentismo); grau de incapacidade

(medido pela necessidade de ficar acamado); situação de doença; causa da doença;

procedimentos face à doença; procura de prestador de cuidados;

v. Incapacidade de longa duração nos indivíduos de 10 e mais anos de idade:

Consideraram-se os seguintes itens: Incapacidade de mobilização total; incapacidade motora

relacionada com a marcha; incapacidade para a realização com autonomia de, pelo menos,

uma actividade da vida diária; incapacidade sensorial. Nesta área consideraram-se as

proporções estimadas para as categorias mais desfavoráveis da resposta (incapacidade severa

ou de grau 2) as quais traduziam, genericamente, a incapacidade para a realização de uma

acção sem ajuda;

vi. Doenças crónicas:

Estudaram-se as seguintes doenças, com diagnóstico comunicado por médico ou enfermeiro:

Diabetes, e necessidade do seu tratamento nos 12 meses precedentes ao INS; asma, e

necessidade do seu tratamento medicamentoso oral nos 12 meses precedentes ao INS;

hipertensão arterial, e necessidade do seu tratamento medicamentoso oral nos 12 meses

precedentes ao INS; dor crónica; outra situação confirmada por prestador de saúde;

vii. Saúde Mental dos indivíduos de 15 e mais anos:

Ocorrência de provável sofrimento psicológico, nas quatro semanas que precederam a

entrevista, avaliado através da aplicação da escala Mental Health Inventory11 em que:

MHI� 52� indivíduos com provável sofrimento psicológico

MHI> 52� indivíduos sem provável sofrimento psicológico;

viii. Qualidade de vida dos indivíduos de 15 e mais anos:

Auto percepção da qualidade de vida, nas duas semanas que precederam a entrevista;

C. Utilização de cuidados de saúde

ix. Protecção social

Entidade utilizada para fins de cuidados de saúde (incluindo seguros de saúde);

Page 17: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 11

x. Despesas com a saúde

Despesas com a saúde nas duas semanas anteriores à entrevista;

xi. Consultas médicas

Frequência de consulta médica, nos três meses anteriores à entrevista; motivo de consulta;

prestador consultado/local da consulta;

xii. Consumo de medicamentos:

Consumo de medicamentos receitados nas duas semanas anteriores à entrevista; motivo da

prescrição; auto-medicação;

xiii. Cuidados preventivos:

Pressão arterial (PA) dos indivíduos com idade igual ou superior a 20 anos: medição da PA,

intervalo de tempo (foram consideradas três categorias: medição da PA nos 3 anos que

precederam o INS; medição há mais de 3 anos, relativamente ao INS; nunca mediu);

colesterol dos indivíduos com idade igual ou superior a 30 anos: doseamento e intervalo de

tempo (foram consideradas três categorias: doseamento de colesterolémia nos 3 anos que

precederam o INS; doseamento há mais de 3 anos, relativamente ao INS; nunca mediu);

mamografia de mulheres com idade igual ou superior a 40 anos (foram consideradas três

categorias: realização de mamografia nos 2 anos que precederam o INS; realização há mais

de 2 anos, relativamente ao INS; nunca fez); citologia cervical de mulheres entre os 30 e os

60 anos de idade (foram consideradas três categorias: realização de citologia nos 3 anos que

precederam o INS; realização há mais de 3 anos, relativamente ao INS; nunca fez);

xiv. Saúde Oral nos indivíduos de 2 e mais anos:

Procura de prestador na área da saúde oral; consulta nos últimos 12 meses e motivo; hábitos

de higiene oral: frequência de escovagem e escovagem antes de deitar;

xv. Saúde reprodutiva e planeamento familiar das mulheres de 15-55 anos:

Experiência de gravidez; percentagem de mulheres com crianças com 5 anos ou menos de

idade; crianças com 5 anos ou menos de idade, cujas mães tiveram uma consulta pré-

concepcional relativamente à respectiva gestação; crianças com 5 anos ou menos de idade,

cujas mães nunca amamentaram; prática de planeamento familiar; motivos para não fazer PF;

utilização de métodos contraceptivos; vigilância em planeamento familiar; uso de

contracepção oral de emergência (COE);

Page 18: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 12

D. Determinantes de saúde

xvi. Consumo de tabaco nos indivíduos de 10 e mais anos de idade:

Hábitos tabágicos diários; quantidade (são consideradas duas classes: �20 cigarros; >20

cigarros); evolução dos hábitos tabágicos; tentativa de cessação; número de tentativas de

cessação; motivos para deixar de fumar; fumo passivo: permanência em espaços fechados

com fumadores, evitar fumar em presença de não fumadores, indução mudança de

comportamento a fumadores;

xvii. Consumo de alimentos e bebidas alcoólicas:

Nº de refeições principais, pequeno-almoço e jantar, almoço por dia, habitualmente e

exclusivamente; abstinência total de álcool (vinho, cerveja, bebidas brancas, licorosas,

whisky, gim, vodka) nos 12 meses precedentes à entrevista; consumo diário de vinho ou de

cerveja nos 7 dias anteriores à entrevista; consumo diário de bebidas destiladas, licorosas, e

de whisky, gin ou vodka, nos 7 dias anteriores à entrevista; alteração de hábitos de consumo

ao fim-de-semana;

xviii. Insegurança alimentar:

Dificuldades alimentares da família, por razões económicas, nos 12 meses anteriores à

entrevista; dificuldades alimentares do próprio, por razões económicas nos 12 meses

anteriores à entrevista;

xix. Actividade física nos indivíduos de 15 e mais anos de idade (não confinados à cama ou à

cadeira): Prática de actividade física ligeira (marcha), moderada ou intensa, nos 7 dias anteriores

à entrevista.

Page 19: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 13

Tratamento dos dados e análise estatística

Foram calculadas as frequências relativas, apresentadas em percentagem ponderada, para cada

nível das variáveis de desagregação. Para alguns resultados, nomeadamente os que caracterizam a

amostra, apresentam-se as estimativas ponderadas e não ponderadas.

Quando indicado, as estimativas relativas a alguns indicadores foram padronizadas para a idade

através da aplicação do método directo de padronização, utilizando a população padrão Europeia.

Nos casos em que a estimativa na população tinha uma percentagem inferior a 0,05, esta foi

arredondada para 0,0%.

Todos os cálculos apresentados foram obtidos pela utilização do programa informático de análise

estatística SPSS 15 12.

Page 20: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 14

Page 21: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 15

RESULTADOS

A base de micro dados do 4ºINS inclui informação relativa a 41193 pessoas. Neste estudo

utilizou-se a informação relativa aos 37238 indivíduos que obedecem à definição de caso

utilizada. Excluíram-se, assim, as 3955 pessoas naturais de Portugal que estiveram emigradas

mas residiam em Portugal à data da entrevista.

Das 37238 pessoas incluídas nesta análise, 1745 eram imigrantes (4,7%) e 35493 portugueses

não migrantes (95,3%), o que correspondeu a valores extrapolados para a população de 608689

(6,3%) imigrantes e 8983062 (93,7%), portugueses sem experiência de migração.

Características demográficas e sociais

Anos de imigração

A proporção amostral de imigrantes em cada um dos períodos de tempo de imigração

considerados não foi homogénea, com um menor número de efectivos no grupo de imigrantes de

longa duração (tempo de imigração igual ou superior a 30 anos) (Tabela 1).

Tabela 1 – Distribuição percentual e total populacional de imigrantes, pelo número de anos de residência em Portugal.

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂

Imigrantes 1745 6,3 608689

Anos de residência 1745

�5 27,5 167447

6-15 25,7 156596

16-29 27,3 166189

�30 19,5 118458

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor

ponderado)

Page 22: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 16

Caracterização sócio-demográfica

Nas Tabelas 2, 3, 4 descreve-se a caracterização da amostra inquirida segundo o sexo, grupo

etário, anos de escolaridade com aproveitamento, ocupação e «profissão principal.

Verificou-se que na amostra de imigrantes a percentagem de homens era ligeiramente superior à

de mulheres (Homens: 50,6%; Mulheres: 49,4%), enquanto que na amostra de portugueses não

imigrantes essa relação surge invertida (Homens: 47,5%; Mulheres: 52,5%). Saliente-se, ainda, as

diferenças apreciáveis na distribuição percentual por classe etária, sobretudo na classe 25-44 anos

que incluiu cerca de 51,7% dos imigrantes mas apenas 29,4% dos portugueses não migrantes.

Genericamente, os imigrantes tinham um nível de instrução mais elevado do que os portugueses

não migrantes, com os dois níveis de escolaridade mais elevados (10 ou mais anos de

escolaridade) a conterem quase o dobro de imigrantes (imigrantes: 43,2%; portugueses: 23,5%).

Mais de metade dos imigrantes declararam-se trabalhadores no activo, percentagem mais elevada

do que a observada nos portugueses não migrantes (imigrantes: 64,1%; portugueses: 46,1%). A

percentagem de desempregados também se revelou ligeiramente superior nos imigrantes

(imigrantes: 7,0%; portugueses: 4,7%) (Tabela 3).

A classe profissional «operários, artífices e trabalhadores similares) foi a mais referida pelos

imigrantes, mas também pelos portugueses não migrantes (imigrantes: 21,5%; portugueses:

19,2%) (Tabela 4).

O padrão de caracterização sócio-demográfica agora referido manteve-se quando se desagregou a

amostra de imigrantes segundo o seu tempo de permanência em Portugal (tabela 2.1).

Exceptuaram-se os imigrantes com 30 ou mais anos de permanência, em que predominaram as

mulheres (57,8%) e em que se observou a maior percentagem de imigrantes com escolaridade

elevada (23,4% tinham 12 ou mais anos de escolaridade). Refira-se, também, que entre os

imigrantes com menor tempo de permanência, a profissão mais frequentemente referida foi a de

trabalhadores não qualificados (33,7%) (Tabela 4.1).

Page 23: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 17

Tabela 2 – Distribuição percentual e totais populacionais, por sexo, grupo etário e anos de escolaridade com aproveitamento, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Total 1745 6,3 608689 35493 93,7 8983062

Sexo 1745 35493

masculino 50,6 307880 47,5 4262479

feminino 49,4 300810 52,5 4720583

Grupo etário 1745 35493

0-14 9,9 59976 17,6 1576817

15-24 14,1 85815 13,3 1192637

25-44 51,7 314724 29,4 2643443

45-64 19,2 117009 23,1 2078542

≥ 65 5,1 31166 16,6 1491624

Anos de escolaridade (c/aproveitamento)

1745 35491

<5 20,3 123538 48,6 4367811

5-6 12,5 76135 13,2 1187664

7-9 23,9 145578 14,7 1320146

10-12 26,6 162163 12,6 1128145

>12 16,6 101276 10,9 979126

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 24: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 18

Tabela 2.1 – Distribuição percentual e totais populacionais, por sexo, grupo etário e anos de escolaridade com aproveitamento, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Anos de residência

�5 6-15 16-29 �30

Estimativas na população Estimativas na

população Estimativas na população Estimativas na

população

p̂ n=463

N̂ p̂ n=455

N̂ p̂ n=461

N̂ p̂ n=366

Sexo

masculino 50,2 84044 53,0 83067 54,6 90736 42,2 50033

feminino 49,8 83403 47,0 73529 45,4 75454 57,8 68424

Grupo etário

0-14 24,7 41437 11,8 18540 0,0 - 0,0 -

15-24 15,9 26570 24,2 37821 12,9 21424 0,0 -

25-44 47,8 80085 50,1 78447 60,9 101192 46,4 55000

45-64 10,9 18210 11,1 17420 20,1 33394 40,5 47984

≥ 65 0,7 1145 2,8 4368 6,1 10179 13,1 15473

Anos de escolaridade (c/aproveitamento)

<5 25,4 42609 18,6 29156 15,2 25283 22,4 26490

5-6 11,6 19412 18,2 28475 9,8 16322 10,1 11925

7-9 24,4 40856 24,2 37819 27,2 45173 18,3 21729

10-12 27,7 46345 25,7 40229 27,0 44945 25,9 30644

>12 10,9 18224 13,4 20916 20,7 34466 23,4 27670

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 25: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 19

Tabela 3 – Distribuição percentual e totais populacionais, por ocupação principal nas duas semanas anteriores à entrevista do Inquérito Nacional de Saúde, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Ocupação 1741 35411

Trabalhadores activos

64,1 389937 46,1 4138802

Desempregados 7,0 42396 4,7 420178

Reformados 5,3 32074 16,2 1449714

Estudantes 13,2 80261 17,3 1556223

Domésticas(os) 5,8 35293 6,5 585609

Estágios não remunerados

0,4 2560 0,0 3506

Permanentemente incapacitados

0,9 5500 1,2 105708

Outra 3,3 20117 7,9 711147

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 26: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 20

Tabela 3.1 – Distribuição percentual e totais populacionais, por ocupação principal, nas duas semanas anteriores à entrevista do Inquérito Nacional de Saúde, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Anos de residência

�5 6-15 16-29 �30

Estimativas na população Estimativas na

população Estimativas na população Estimativas na

população

p̂ n=463

N̂ p̂ n=453

N̂ p̂ n=461

N̂ p̂ n=364

Ocupação

Trabalhadores activos 54,0 90473 57,7 90156 74,5 123738 72,4 85571

Desempregados 7,6 12712 4,6 7231 7,5 12407 8,5 10046

Reformados 1,4 2382 2,0 3084 7,8 12898 11,6 13709

Estudantes 20,3 33919 24,7 38683 4,5 7522 0,1 137

Domésticas(os) 6,9 11618 5,6 8699 3,9 6470 7,2 8507

Estágio não remunerados 0,0 - 0,0 - 1,5 2560 0,0 -

Permanentemente incapacitados 0,7 1089 2,6 4020 0,1 166 0,2 226

Outra 9,1 15253 2,8 4435 0,3 429 0,0 -

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 27: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 21

Tabela 4 – Distribuição percentual e totais populacionais, por profissão, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Profissão 1329 23365

Quadros superiores da administração pública, dirigentes e quadros superiores de empresas

5,5 25918 5,6 334995

Especialistas de profissões intelectuais e cientificas

9,7 45590 8,4 499635

Técnicos e profissionais de nível intermédio

8,6 40681 7,2 428271

Pessoal administrativo e similares

11,1 52536 10,6 632433

Pessoal dos serviços e vendedores

17,6 83092 13,7 817366

Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e pescas

1,5 6997 11,2 669513

Operários, artífices e trabalhadores similares

21,5 101685 19,2 1149420

Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores de montagem

5,7 26957 9,2 550873

Trabalhadores não qualificados

18,6 87954 14,7 875895

Militares de profissão

0,1 671 0,3 18540

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 28: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 22

Tabela 4.1 – Distribuição percentual e totais populacionais, por profissão, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Anos de residência

�5 6-15 16-29 �30

Estimativas na população Estimativas na

população Estimativas na população Estimativas na

população

p̂ n=300

N̂ p̂ n=287

N̂ p̂ n=406

N̂ p̂ n=336

Profissão

Quadros superiores da administração pública, dirigentes e quadros superiores de empresas

5,5 5867 3,9 4066 5,0 7617 7,6 8368

Especialistas de profissões intelectuais e cientificas

1,4 1504 6,8 7165 10,0 15123 19,9 (21798

Técnicos e profissionais de nível intermédio

1,7 1776 6,8 7175 13,4 20198 10,5 11532

Pessoal administrativo e similares

5,3 5640 6,7 7058 14,6 22091 16,2 17747

Pessoal dos serviços e vendedores

21,9 23355 13,9 14565 17,6 26571 17,0 18602

Agricultores e trabalhadores qualificados da agricultura e pescas

0,8 847 2,4 2550 0,5 694 2,7 2907

Operários, artífices e trabalhadores similares

25,0 26675 30,2 31661 19,5 29460 12,7 13889

Operadores de instalações e máquinas e trabalhadores de montagem

4,6 4867 6,2 6464 6,3 9582 5,5 6044

Trabalhadores não qualificados 33,7 35923 23,0 24149 12,9 19417 7,7 8466

Militares de profissão 0,2 166 0,0 - 0,1 224 0,3 281

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 29: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 23

Estado de saúde

Informações gerais sobre saúde

A “ boa ou muito boa” auto-percepção do estado de saúde foi mais frequente entre os imigrantes

do que entre os portugueses (imigrantes: 62,8%; portugueses: 48,4%). Contudo, no primeiro

grupo, esta apreciação favorável foi diminuindo com o tempo de permanência no país, não

atingindo nunca os valores observados na população portuguesa. Estas diferenças permaneceram,

mesmo depois de removido o efeito da idade, por padronização (Tabelas 5 e 5.1).

Quando se desagregou este indicador por sexo, constatou-se que os homens, quer imigrantes,

quer portugueses apresentaram uma auto-percepção do estado de saúde mais favorável do que as

mulheres, mesmo após padronização para a idade (Tabelas 5.2).

Tabela 5 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) e totais populacionais, por auto apreciação do estado de saúde, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes, com idade � 15 anos.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Auto percepção do estado de saúde

1029 19940

Muito bom/Bom 62,8 323107 48,4 3590694

Razoável 30,4 156393 35,6 2640268

Mau/Muito mau 6,8 514460 15,9 1181189

% padronizadas

Muito bom/Bom 58,6 50,5

Razoável 33,7 35,3

Mau/Muito mau 7,7 14,2

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 30: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 24

Tabela 5.1 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) e totais populacionais, por auto apreciação do estado de saúde, na população de imigrantes, com idade � 15 anos, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Imigrantes – Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Auto percepção do estado de saúde

231 223 303 272

Muito bom/Bom 73,2 90344 67,4 84667 55,7 76264 56,0 71832

Razoável 24,0 29617 27,9 35048 34,9 47813 34,2 43915

Mau/Muito mau 2,9 3533 4,7 5863 9,5 12963 9,8 12600

% padronizadas

Muito bom/Bom 75,0 68,0 50,9 57,6

Razoável 20,8 27,5 39,5 33,5

Mau/Muito mau 4,2 4,5 9,6 8,9

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 31: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ss

aa úúdd ee

ddoo ss

ii mmii gg

rr aann tt

ee ss ee

mm PP

oo rrtt uu

gg aall ––

rree ss

uu lltt aa

dd ooss

dd oo QQ

uu aarr tt

oo II nn

qq uuéé rr

ii tt oo NN

aa ccii oo

nn aall dd

ee SS

aa úúdd ee

((22 00

00 55// 22

00 0066 ))

Inst

ituto

Nac

iona

l de

Saú

de D

r. R

icar

do J

orge

- D

epar

tam

ento

de

Epi

dem

iolo

gia

25

Tabe

la 5

.2 –

Dis

trib

uiçã

o pe

rcen

tual

(% p

onde

rada

, sem

e c

om p

adro

niza

ção

pela

idad

e), p

or a

uto

apre

ciaç

ão d

o es

tado

de

saúd

e, n

a po

pula

ção

de im

igra

ntes

, se

gund

o o

núm

ero

de a

nos

de r

esid

ênci

a em

Por

tuga

l e to

tal,

e de

por

tugu

eses

não

mig

rant

es, c

om id

ade � 1

5 an

os, s

egun

do o

sex

o.

Im

igra

ntes

Ano

s de

res

idên

cia

em P

ortu

gal

�5

6-15

16

-29

�30

To

tal

Por

tugu

eses

não

m

igra

ntes

H

M p̂

H p̂

M p̂

H p̂

M p̂

H p̂

M p̂

H p̂

M p̂

H p̂

M p̂

Aut

o pe

rcep

ção

do e

stad

o de

saú

de

n=10

4 n=

127

n=97

n=

126

n=11

8 n=

185

n=10

3 n=

169

n=42

2 n=

607

n=78

59

n=12

081

Mui

to b

om/B

om

76,2

70

,8

79,8

52

,4

59,6

51

,8

69,9

45

,6

71,2

55

,2

56,7

41

,2

Raz

oáve

l 22

,4

25,2

18

,1

39,9

31

,2

38,4

23

,1

42,5

23

,8

36,4

32

,3

38,5

Mau

/Mui

to m

au

1,4

4,0

2,2

7,7

9,1%

9,

8 6,

9 12

,0

5,0

8,4

10,9

20

,3

% p

adro

niza

das

Mui

to b

om/B

om

78,9

68

,9

79,8

53

,5

54,9

46

,3

69,7

47

,7

66,7

51

,1

56,8

44

,8

Raz

oáve

l 19

,1

23,3

16

,6

39,1

36

,0

43,9

25

,2

40,9

27

,9

39,2

32

,6

38,1

Mau

/Mui

to m

au

1,9

7,8

3,6

7,4

9,1

9,8

5,1

11,4

5,

4 9,

7 10

,6

17,1

n –

núm

ero

de in

diví

duos

ent

revi

stad

os c

om re

spos

tas

válid

as (v

alor

não

pon

dera

do); p̂

- per

cent

agem

est

imad

a (v

alor

pon

dera

do)

Page 32: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 26

Incapacidade temporária

A grande maioria dos entrevistados declarou não ter sofrido qualquer situação relacionada com a

saúde que tivesse justificado a alteração da sua rotina diária, nas duas semanas anteriores à

entrevista (imigrantes: 89,3%; portugueses: 87,9%) (Tabelas 6 e 6.1). Estimou-se que foram

menos de 15%, os homens e as mulheres, imigrantes e portugueses que, globalmente, referiram

dias de incapacidade temporária. No entanto, observaram-se percentagens ligeiramente superiores

de incapacidade temporária no sexo feminino (Tabela 6.2). Nestas tabelas estão também descritos

os resultados padronizados para a idade, não se observando alterações de relevo nesta relação.

Entre as pessoas que declararam ter deixado de realizar alguma das actividades habituais, quer

em casa, no trabalho, na escola, ou no seu tempo livre (imigrantes: 10,7%; portugueses: 12,2%),

analisou-se o impacto da incapacidade temporária traduzida quer em termos de absentismo

laboral ou escolar, quer quanto a permanência na cama. Assim, 78,1% dos imigrantes e 61,2%

dos portugueses, activos e estudantes, com incapacidade temporária declarada, referiram dias de

absentismo, na sua maioria, um a três dias (Tabelas 7 e 7.1). Tanto nos imigrantes como nos

portugueses, a frequência de absentismo, globalmente, foi mais elevada nos homens (Tabela 7.2).

Entre os que referiram incapacidade temporária, a permanência “ na cama” foi mais frequente nos

imigrantes (imigrantes: 53,2%; portugueses: 44,3%) (Tabelas 8 e 8.1), nomeadamente entre as

mulheres (mulheres imigrantes: 55,3%; homens imigrantes: 50,8%). Esta diferença não se

verificou na população portuguesa não migrante que revelou percentagens semelhantes em ambos

os sexos (cerca de 44,0%) (Tabela 8.2)

Uma proporção apreciável de inquiridos referiu ter-se sentido mal, ou mesmo ter estado

adoentado, apesar de não declarar qualquer dia de incapacidade (imigrantes: 18,3%; portugueses:

14,5%). (Tabelas 9 e 9.1). Este facto foi mais frequente nas mulheres do que nos homens, quer

imigrantes (19,4%), quer portuguesas (21,3%) (Tabela 9.2). Nestas Tabelas estão ainda descritos

os resultados padronizados pela idade, não se observando alteração na distribuição referida.

Note-se que a maioria dos respondentes que referiu qualquer situação relacionada com a sua

saúde, independentemente de provocar, ou não, incapacidade temporária, invocou a existência de

uma doença, como motivo (imigrantes: 96,8%; portugueses: 97,2%).

Page 33: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 27

Exceptuam-se 2,5% de mulheres imigrantes, todas com cinco anos, ou menos, de imigração, e

0,3% de portuguesas que indicaram o parto eutócico como motivo de incapacidade de curta

duração (Tabelas 10 e 10.1). Os acidentes, por outro lado, foram referidos mais frequentemente

pelos homens (Tabela 10.2).

Cerca de metade das pessoas que referiu algum tipo de doença nas duas semanas anteriores à

entrevista recorreu ao médico (imigrantes: 49,0%; portugueses: 50,4%), enquanto que quase

metade não terá procurado qualquer ajuda (imigrantes: 46,0%; portugueses: 43,6%) (Tabelas 11 e

11.1). Entre os homens imigrantes, a maioria referiu ter consultado o médico (59,4%), enquanto

que as 52,3% das mulheres imigrantes referiu não ter consultado ninguém (52,3%). Os homens e

as mulheres portuguesas não se diferenciaram quanto à procura de cuidados, com metade a referir

ter procurado o médico (homens: 50,5%; mulheres: 50,3%) (Tabela 11.2).

Relativamente à atitude face à doença, pouco mais de metade dos inquiridos referiu ter tomado

medicamentos prescritos pelo médico (imigrantes: 51,6%; portugueses: 58,4%), opção logo

seguida pela toma de medicamentos já conhecidos (imigrantes: 36,6%; portugueses: 31,9%)

(Tabelas 12 e 12.1). Este padrão de comportamento não foi substancialmente diferente entre os

sexos (Tabela 12.2).

Page 34: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 28

Tabela 6 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) e totais populacionais, por dias de incapacidade temporária para as actividades do dia-a-dia devida à ocorrência de qualquer situação relacionada* com a saúde, nas duas semanas anteriores à entrevista, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes, com idade � 1 ano.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Incapacidade temporária 1742 35214

Nenhum dia 89,3 542594 87,9 7797162

1 a 3 dias 5,3 31928 5,8 510415

4 a 7 dias 2,1 12717 2,1 186163

8 a 14 dias 3,3 20123 4,3 380712

% padronizadas

Nenhum dia 88,9 88,4

1 a 3 dias 5,1 5,8

4 a 7 dias 2,0 2,0

8 a 14 dias 4,0 3,8

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

*Refere-se a doença, acidente, violência ou qualquer outro motivo relacionado com a saúde (consultas, tratamentos, exames complementares de diagnóstico, etc.)

Page 35: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 29

Tabela 6.1 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) e totais populacionais, por dias de incapacidade temporária para as actividades do dia-a-dia devida à ocorrência de qualquer situação relacionada* com a saúde, nas duas semanas anteriores à entrevista, na população de imigrantes, com idade � 1 ano, segundo o número de anos de residência em Portugal

Imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Incapacidade temporária 460 455 461 366

Nenhum dia 89,7 149065 92,7 145176 87,8 145850 86,5 102504

1 a 3 dias 6,0 10024 3,5 5442 3,8 6247 8,6 10215

4 a 7 dias 2,1 3489 0,1 172 4,4 7353 1,4 1704

8 a 14 dias 2,1 3544 3,7 5805 4,1 6739 3,4 4035

% padronizadas

Nenhum dia 83,3 90,5 87,8 91,2

1 a 3 dias 4,8 3,5 3,7 5,5

4 a 7 dias 3,1 0,1 4,3 0,8

8 a 14 dias 11,8 5,9 4,2 2,5

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado) *Refere-se a doença, acidente, violência ou qualquer outro motivo relacionado com a saúde (consultas, tratamentos, exames complementares de diagnóstico, etc.)

Page 36: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 30

Tabela 6.2 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade), por dias de incapacidade temporária para as actividades do dia-a-dia devida à ocorrência de qualquer situação relacionada* com a saúde, nas duas semanas anteriores à entrevista, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, com idade � 1 ano, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

Incapacidade temporária n=223 n=237 n=217 n=238 n=222 n=239 n=153 n=213 n=815 n=927 n=16734 n=18480

Nenhum dia 87,5 92,0 93,9 91,4 88,6 86,8 91,0 83,3 90,1 88,6 89,4 86,5

1 a 3 dias 7,6 4,5 1,1 6,2 4,3 3,1 8,5 8,7 5,0 5,5 5,2 6,2

4 a 7 dias 3,5 0,7 0,2 0,0 2,4 6,8 0,1 2,4 1,7 2,5 1,9 2,3

8 a 14 dias 1,4 2,9 4,8 2,4 4,7 3,3 0,5 5,6 3,1 3,5 3,5 5,0

% padronizadas

Nenhum dia 78,5 93,1 90,2 89,7 88,2 87,2 94,2 88,9 89,5 88,3 89,6 87,4

1 a 3 dias 5,4 4,6 5,8 5,8 4,8 2,9 5,4 5,7 4,9 5,3 5,2 6,3

4 a 7 dias 5,2 0,5 0,2 0,0 2,0 6,7 0,0 1,4 1,7 2,4 1,8 2,1

8 a 14 dias 10,9 1,8 3,8 4,5 5,0 3,1 0,3 4,1 3,9 4,0 3,4 4,2

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado);

*Refere-se a doença, acidente, violência ou qualquer outro motivo relacionado com a saúde (consultas, tratamentos, exames complementares de diagnóstico, etc.)

Page 37: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 31

Tabela 7 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por número de dias de absentismo ao trabalho (ou escola) devido à ocorrência de qualquer situação relacionada* com a saúde, nas duas semanas anteriores à entrevista, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes, activos e estudantes.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Faltou ao trabalho (à escola) 113 1357

Nenhum dia 21,9 9833 38,8 200057

1 a 3 dias 57,4 25836 37,1 191570

4 a 7 dias 10,7 4809 8,4 43208

8 a 14 dias 10,0 4497 15,7 80927

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

*Refere-se a doença, acidente, violência ou qualquer outro motivo relacionado com a saúde (consultas, tratamentos, exames complementares de diagnóstico, etc.)

Page 38: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ss

aa úúdd ee

ddoo ss

ii mmii gg

rr aann tt

ee ss ee

mm PP

oo rrtt uu

gg aall ––

rree ss

uu lltt aa

dd ooss

dd oo QQ

uu aarr tt

oo II nn

qq uuéé rr

ii tt oo NN

aa ccii oo

nn aall dd

ee SS

aa úúdd ee

((22 00

00 55// 22

00 0066 ))

Inst

ituto

Nac

iona

l de

Saú

de D

r. R

icar

do J

orge

- D

epar

tam

ento

de

Epi

dem

iolo

gia

32

Tabe

la 7

.1 –

Dis

trib

uiçã

o pe

rcen

tual

(%

pon

dera

da)

e to

tais

pop

ulac

iona

is,

por

núm

ero

de d

ias

de a

bsen

tism

o ao

tra

balh

o (o

u es

cola

) de

vido

à

ocor

rênc

ia d

e qu

alqu

er s

ituaç

ão r

elac

iona

da*

com

a s

aúde

, na

s du

as s

eman

as a

nter

iore

s à

entr

evis

ta,

na p

opul

ação

de

imig

rant

es,

activ

os e

es

tuda

ntes

, seg

undo

o n

úmer

o de

ano

s de

res

idên

cia

em P

ortu

gal.

Im

igra

ntes

– a

nos

de r

esid

ênci

a em

Por

tuga

l

�5

6-15

16-2

9

�30

A

mos

tra

Est

imat

ivas

na

popu

laçã

o

Am

ostr

a E

stim

ativ

as n

a po

pula

ção

A

mos

tra

Est

imat

ivas

na

popu

laçã

o

Am

ostra

E

stim

ativ

as n

a po

pula

ção

n

n

n

n

Falt

ou a

o tr

abal

ho (

à es

cola

) 29

26

36

22

Nen

hum

dia

17,7

17

51

29,3

28

79

13,8

19

80

29,5

32

23

1 a

3 di

as

62

,4

6188

46

,1

4524

18

54,5

77

97

10

67

,0

7327

4 a

7 di

as

18

,5

1837

0,

0 -

4

20,8

29

72

0,0

-

8 a

14 d

ias

1,

4 14

2

24

,6

2410

3 10

,9

1562

5 3,

5 38

3

n –

núm

ero

de in

diví

duos

ent

revi

stad

os c

om re

spos

tas

válid

as (v

alor

não

pon

dera

do);

p̂- p

erce

ntag

em e

stim

ada

(val

or p

onde

rado

); N̂

- tot

al p

opul

acio

nal e

stim

ado

na c

ateg

oria

da

variá

vel (

valo

r pon

dera

do)

*Ref

ere-

se a

doe

nça,

aci

dent

e, v

iolê

ncia

ou

qual

quer

out

ro m

otiv

o re

laci

onad

o co

m a

saú

de (c

onsu

ltas,

trat

amen

tos,

exa

mes

com

plem

enta

res

de d

iagn

óstic

o, e

tc.)

Page 39: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 33

Tabela 7.2 – Distribuição percentual (% ponderada), por número de dias de absentismo ao trabalho (ou escola) devido à ocorrência de qualquer situação relacionada* com a saúde, nas duas semanas anteriores à entrevista, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, activos e estudantes, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

Faltou ao trabalho (à escola) n=10 n=19 n=15 n=11 n=14 n=22 n=9 n=13 n=48 n=65 n=628 n=729

Nenhum dia 1,6 41,6 13,2 46,6 1,5 23,6 17,1 38,2 7,5 35,5 34,9 42,4

1 a 3 dias 67,1 55,4 42,7 49,7 60,7 49,5 77,8 59,5 61,8 53,4 38,3 36,0

4 a 7 dias 30,9 0,0 0,0 0,0 34,5 9,9 0,0 0,0 18,4 3,4 9,9 7,0

8 a 14 dias 0,4 3,0 44,0 3,7 3,4 16,9 5,1 2,4 12,4 7,8 16,9 14,6

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado);

*Refere-se a doença, acidente, violência ou qualquer outro motivo relacionado com a saúde (consultas, tratamentos, exames complementares de diagnóstico, etc. )

Page 40: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 34

Tabela 8 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por número de dias que necessitaram de estar acamados devido à ocorrência de qualquer situação relacionada com a saúde*, nas duas semanas anteriores à entrevista, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes, com idade � 1 ano.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Necessidade de ficar acamado 157 3179

Nenhum dia 46,8 30330 55,8 600719

1 a 3 dias 37,6 24328 26,2 282250

4 a 7 dias 4,0 2609 7,0 74876

8 a 14 dias 11,6 7502 11,1 119445

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

*Refere-se a doença, acidente, violência ou qualquer outro motivo relacionado com a saúde (consultas, tratamentos, exames complementares de diagnóstico, etc.)

Page 41: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 35

Tabela 8.1 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por número de dias que necessitaram de estar acamados devido à ocorrência de qualquer situação relacionada com a saúde*, nas duas semanas anteriores à entrevista, na população de imigrantes, com idade � 1 ano, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Necessidade de ficar acamado 36 29 55 37

Nenhum dia 30,5 5201 70,4 8034 52,8 10743 39,8 6351

1 a 3 dias 42,8 7298 16,9 1933 34,5 7023 50,6 8074

4 a 7 dias 6,8 1159 0,0 - 5,7 1159 1,8 291

8 a 14 dias 19,9 3397 12,7 1453 7,0 1414 7,8 1238

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado) *Refere-se a doença, acidente, violência ou qualquer outro motivo relacionado com a saúde (consultas, tratamentos, exames complementares de diagnóstico, etc.)

Page 42: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 36

Tabela 8.2 – Distribuição percentual (% ponderada), por número de dias que necessitaram de estar acamados devido à ocorrência de qualquer situação relacionada com a saúde*, nas duas semanas anteriores à entrevista, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, com idade � 1 ano, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

Necessidade de ficar acamado n=14 n=22 n=16 n=13 n=20 n=35 n=10 n=27 n=60 n=97 n=1266 n=1913

Nenhum dia 33,1 26,4 91,9 53,0 48,6 57,3 39,8 39,8 49,2 44,7 56,1 55,5

1 a 3 dias 44,9 39,5 8,1 24,0 37,5 31,5 59,9 46,9 38,4 36,8 26,5 26,0

4 a 7 dias 11,2 0,0 0,0 0,0 2,1 9,5 0,3 2,4 4,6 3,5 6,9 7,0

8 a 14 dias 10,8 34,1 0,0 23,0 11,9 1,8 0,0 10,8 7,8 15,0 10,6 11,5

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado);

*Refere-se a doença, acidente, violência ou qualquer outro motivo relacionado com a saúde (consultas, tratamentos, exames complementares de diagnóstico, etc.)

Page 43: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 37

Tabela 9 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) e totais populacionais de respondentes que referiram “terem-se sentido mal” ou “estarem adoentados”, sem repercussões no quotidiano, nas duas semanas anteriores à entrevista, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes, com idade � 1.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Sentiu-se mal ou esteve adoentado 1587 32305

Sim 14,5 78927 18,3 1447613

% padronizada 15,3 17,8

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 44: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ss

aa úúdd ee

ddoo ss

ii mmii gg

rr aann tt

ee ss ee

mm PP

oo rrtt uu

gg aall ––

rree ss

uu lltt aa

dd ooss

dd oo QQ

uu aarr tt

oo II nn

qq uuéé rr

ii tt oo NN

aa ccii oo

nn aall dd

ee SS

aa úúdd ee

((22 00

00 55// 22

00 0066 ))

Inst

ituto

Nac

iona

l de

Saú

de D

r. R

icar

do J

orge

- D

epar

tam

ento

de

Epi

dem

iolo

gia

38

Tabe

la 9

.1 –

Dis

trib

uiçã

o pe

rcen

tual

(%

pon

dera

da,

sem

e c

om p

adro

niza

ção

pela

idad

e) e

tota

is p

opul

acio

nais

de

resp

onde

ntes

que

ref

erir

am “

tere

m-s

e se

ntid

o m

al”

ou “

esta

rem

ado

enta

dos”

, se

m r

eper

cuss

ões

no q

uoti

dian

o, n

as d

uas

sem

anas

ant

erio

res

à en

trev

ista

, na

pop

ulaç

ão d

e im

igra

ntes

, co

m id

ade � 1

ano

, seg

undo

o n

úmer

o de

ano

s de

res

idên

cia

em P

ortu

gal.

Im

igra

ntes

– a

nos

de r

esid

ênci

a em

Por

tuga

l

�5

6-15

16-2

9

�30

A

mos

tra

Est

imat

ivas

na

popu

laçã

o

Am

ostr

a E

stim

ativ

as n

a po

pula

ção

A

mos

tra

Est

imat

ivas

na

popu

laçã

o

Am

ostr

a E

stim

ativ

as n

a po

pula

ção

n

n

n

n

Sen

tiu-s

e m

al o

u es

teve

ado

enta

do

426

42

6

406

32

9

Sim

14,1

21

138

12,4

17

981

16,9

24

597

14,8

15

210

% p

adro

niza

da

12

,7

11

,5

17

,6

14

,9

n –

núm

ero

de in

diví

duos

ent

revi

stad

os c

om re

spos

tas

válid

as (v

alor

não

pon

dera

do);

p̂- p

erce

ntag

em e

stim

ada

(val

or p

onde

rado

); N̂

- tot

al p

opul

acio

nal e

stim

ado

na c

ateg

oria

da

variá

vel (

valo

r pon

dera

do)

Page 45: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 39

Tabela 9.2 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) de respondentes que referiram “terem-se sentido mal” ou “estarem adoentados”, sem repercussões no quotidiano, nas duas semanas anteriores à entrevista, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, com idade � 1 ano, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

Sentiu-se mal ou esteve adoentado n=211 n=215 n=201 n=225 n=202 n=204 n=143 n=186 n=757 n=830 n=15607 n=16698

Sim 9,6 18,4 8,1 17,4 12,9 21,7 7,9 20,4 9,8 19,4 15,2 21,3

% padronizada 10,7 14,5 7,0 17,8 15,7 21,7 5,6 24,3 11,5 19,6 15,0 20,4

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado)

Page 46: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 40

Tabela 10 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais por tipo de ocorrência, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes, com idade � 1, que referiram a ocorrência de qualquer situação relacionada com a saúde*, com ou sem repercussões no quotidiano, nas duas semanas anteriores à entrevista.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

O que teve? 372 8191

Doença 96,8 139145 97,2 2452511

Acidente 1,7 2395 2,6 64406

Violência 0,0 - 0,1 2441

Parto normal 1,5 2156 0,2 5047

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

*Refere-se a doença, acidente, violência ou qualquer outro motivo relacionado com a saúde (consultas, tratamentos, exames complementares de diagnóstico, etc.)

Page 47: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ss

aa úúdd ee

ddoo ss

ii mmii gg

rr aann tt

ee ss ee

mm PP

oo rrtt uu

gg aall ––

rree ss

uu lltt aa

dd ooss

dd oo QQ

uu aarr tt

oo II nn

qq uuéé rr

ii tt oo NN

aa ccii oo

nn aall dd

ee SS

aa úúdd ee

((22 00

00 55// 22

00 0066 ))

Inst

ituto

Nac

iona

l de

Saú

de D

r. R

icar

do J

orge

- D

epar

tam

ento

de

Epi

dem

iolo

gia

41

Tabe

la 1

0.1

– D

istr

ibui

ção

perc

entu

al (

% p

onde

rada

) e

tota

is p

opul

acio

nais

, po

r tip

o de

oco

rrên

cia,

na

popu

laçã

o de

imig

rant

es,

com

idad

e � 1

ano

, qu

e re

feriu

a o

corr

ênci

a de

qua

lque

r si

tuaç

ão r

elac

iona

da c

om a

saú

de*,

com

ou

sem

rep

ercu

ssõe

s no

quo

tidi

ano,

nas

dua

s se

man

as a

nter

iore

s à

entre

vist

a, s

egun

do o

núm

ero

de a

nos

de r

esid

ênci

a em

Por

tuga

l.

Im

igra

ntes

– a

nos

de r

esid

ênci

a em

Por

tuga

l

�5

6-15

16-2

9

�30

A

mos

tra

Est

imat

ivas

na

popu

laçã

o

Am

ostr

a E

stim

ativ

as n

a po

pula

ção

A

mos

tra

Est

imat

ivas

na

popu

laçã

o

Am

ostra

E

stim

ativ

as n

a po

pula

ção

n

n

n

n

O q

ue t

eve?

72

81

13

2

87

Doe

nça

89

,1

3404

6

98

,9

2908

8

99

,8

4484

6

10

0,0

3116

4

Aci

dent

e

5,

2 19

93

1,1

313

0,2

90

0,0

-

Vio

lênc

ia

0,

0 -

0,0

-

0,

0 -

0,0

-

Par

to n

orm

al

5,

6 21

56

0,0

-

0,

0 -

0,0

-

n –

núm

ero

de in

diví

duos

ent

revi

stad

os c

om re

spos

tas

válid

as (v

alor

não

pon

dera

do);

p̂- p

erce

ntag

em e

stim

ada

(val

or p

onde

rado

); N̂

- tot

al p

opul

acio

nal e

stim

ado

na c

ateg

oria

da

variá

vel (

valo

r pon

dera

do)

*Ref

ere-

se a

doe

nça,

aci

dent

e, v

iolê

ncia

ou

qual

quer

out

ro m

otiv

o re

laci

onad

o co

m a

saú

de (c

onsu

ltas,

trat

amen

tos,

exa

mes

com

plem

enta

res

de d

iagn

óstic

o, e

tc.)

Page 48: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 42

Tabela 10.2 – Distribuição percentual (% ponderada), por tipo de ocorrência, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, com idade � 1 ano, que referiram a ocorrência de qualquer situação relacionada com a saúde*, com ou sem repercussões no quotidiano, nas duas semanas anteriores à entrevista, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

O que teve? n=31 n=41 n=33 n=48 n=44 n=88 n=23 n=64 n=131 n=241 n=3234 n=4957

Doença 90,4 88,1 100,0 98,3 99,6 100,0 100,0 100,0 97,0 96,8 96,3 97,7

Violência 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,1

Acidente 9,6 1,6 0,0 1,7 0,4 0,0 0,0 0,0 3,0 0,7 3,5 1,9

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado)

*Refere-se a doença, acidente, violência ou qualquer outro motivo relacionado com a saúde (consultas, tratamentos, exames complementares de diagnóstico, etc.)

Page 49: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 43

Tabela 11 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais por tipo de prestador consultado, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes, com idade � 1, que referiram a ocorrência de qualquer situação relacionada com a saúde*, com ou sem repercussões no quotidiano, nas duas semanas anteriores à entrevista.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Prestador#

Médico 371 49,0 69313 8177 50,4 1268921

Enfermeiro 371 4,5 6365 8177 2,8 71394

Farmacêutico 371 2,7 3790 8177 4,4 111121

Prestador na área das medicinas

alternativas 371 1,5 2153 8177 1,2 29179

Ervanário 371 0,0 - 8177 0,5 11411

Endireita, curandeiro, virtuoso

371 0,0 - 8177 0,5 11996

Outro 371 1,2 1661 8177 1,3 31612

Não procurou ninguém 371 46,0 65158 8178 43,6 1097933

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado);

*Refere-se a doença, acidente, violência ou qualquer outro motivo relacionado com a saúde (consultas, tratamentos, exames complementares de diagnóstico, etc.); #Categorias não mutuamente exclusivas.

Page 50: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ss

aa úúdd ee

ddoo ss

ii mmii gg

rr aann tt

ee ss ee

mm PP

oo rrtt uu

gg aall ––

rree ss

uu lltt aa

dd ooss

dd oo QQ

uu aarr tt

oo II nn

qq uuéé rr

ii tt oo NN

aa ccii oo

nn aall dd

ee SS

aa úúdd ee

((22 00

00 55// 22

00 0066 ))

Inst

ituto

Nac

iona

l de

Saú

de D

r. R

icar

do J

orge

- D

epar

tam

ento

de

Epi

dem

iolo

gia

44

Tabe

la 1

1.1

– D

istr

ibui

ção

perc

entu

al (

% p

onde

rada

) e

tota

is p

opul

acio

nais

, por

tip

o de

pre

stad

or c

onsu

ltad

o, n

a po

pula

ção

de im

igra

ntes

, com

idad

e � 1

an

o, q

ue r

efer

iu a

oco

rrên

cia

de q

ualq

uer

situ

ação

rel

acio

nada

com

a s

aúde

*, c

om o

u se

m r

eper

cuss

ões

no q

uotid

iano

, na

s du

as s

eman

as a

nter

iore

s à

entr

evis

ta, s

egun

do o

núm

ero

de a

nos

de r

esid

ênci

a em

Por

tuga

l.

Im

igra

ntes

– a

nos

de r

esid

ênci

a em

Por

tuga

l

�5

6-15

16-2

9

�30

A

mos

tra

Est

imat

ivas

na

popu

laçã

o

Am

ostr

a E

stim

ativ

as n

a po

pula

ção

A

mos

tra

Est

imat

ivas

na

popu

laçã

o

Am

ostra

E

stim

ativ

as n

a po

pula

ção

n

n

n

n

Pre

stad

or#

Méd

ico

71

37,7

13

582

81

55

,6

1634

6

132

52,6

23

620

87

50

,6

1576

6

Enf

erm

eiro

71

3,

0 10

89

81

-

-

132

11,0

49

21

87

1,

1 35

5

Farm

acêu

tico

71

3,3

1183

81

1,4

400

13

2 3,

9 17

51

87

1,

5 45

7

Pre

stad

or d

e m

edic

inas

al

tern

ativ

as

71

0,1

29

81

0,

0 -

13

2 1,

4 62

5

87

4,8

1498

Erv

anár

io

71

0,0

-

81

0,0

-

132

0,0

-

87

0,0

-

End

ireita

, cu

rand

eiro

, vi

rtuo

so

71

0,0

-

81

0,0

-

132

0,0

-

87

0,0

-

Out

ro

71

0,0

-

81

0,0

-

132

3,2

1446

87

0,7

215

Não

pro

curo

u ni

ngué

m

71

59,0

21

245

81

43

,5

1279

7

132

39,4

17

689

87

43

,1

1342

8

n –

núm

ero

de in

diví

duos

ent

revi

stad

os c

om re

spos

tas

válid

as (v

alor

não

pon

dera

do);

p̂- p

erce

ntag

em e

stim

ada

(val

or p

onde

rado

); N̂

- tot

al p

opul

acio

nal e

stim

ado

na c

ateg

oria

da

variá

vel (

valo

r pon

dera

do);

*Ref

ere-

se a

doe

nça,

aci

dent

e, v

iolê

ncia

ou

qual

quer

out

ro m

otiv

o re

laci

onad

o co

m a

saú

de (c

onsu

ltas,

trat

amen

tos,

exa

mes

com

plem

enta

res

de d

iagn

óstic

o, e

tc.);

# C

ateg

oria

s nã

o m

utua

men

te e

xclu

siva

s.

Page 51: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 45

Tabela 11.2 – Distribuição percentual (% ponderada), por tipo de prestador consultado, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, com idade � 1 ano, que referiram a ocorrência de qualquer situação relacionada com a saúde*, com ou sem repercussões no quotidiano, nas duas semanas anteriores à entrevista, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

Prestador# n=31 n=40 n=33 n=48 n=44 n=88 n=23 n=64 n=131 n=240 n=3233 n=4944

Médico 67,9 9,4 65,8 49,2 49,5 55,2 57,4 48,2 59,4 41,8 50,5 50,3

Enfermeiro 6,3 0,0 0,0 0,0 12,2 9,9 3,3 0,4 6,8 2,9 2,6 3,0

Farmacêutico 0,5 5,8 2,1 0,9 1,4 6,1 0,3 1,9 1,1 3,8 4,0 4,7

A um prestador de, pelos menos uma, especialidade da área das medicinas

alternativas 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 2,6 0,0 6,5 0,0% 2,6 1,1 1,2

Ervanário 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 0,5

Endireita, curandeiro, virtuoso 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,8 0,3

Outro 0,0 0,0 0,0 0,0 6,0 0,9 2,7 0,0 2,5 0,3 1,1 1,3

Não procurou ninguém 31,5 84,6 32,2 50,7 43,2 36,1 39,6 44,3 37,0 52,3 43,6 43,5

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado);

*Refere-se a doença, acidente, violência ou qualquer outro motivo relacionado com a saúde (consultas, tratamentos, exames complementares de diagnóstico, etc.) #Categorias não mutuamente exclusivas.

Page 52: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 46

Tabela 12 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais por procedimento perante a doença, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes, com idade � 1, que referiram a ocorrência de qualquer situação relacionada com a saúde*, com ou sem repercussões no quotidiano, nas duas semanas anteriores à entrevista.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Procedimentos perante a doença#

Fez tratamentos caseiros

371 15,5 21888 8177 20,6 518180

Modificou a alimentação

371 7,4 10430 88177 11,2 282032

Tomou medicamentos que

já conhecia 370 36,6 51312 8176 31,9 804088

Tomou medicamentos

indicados por terceiros

370 2,7 3825 8176 3,1 77478

Tomou medicamentos indicados pelo

médico

370 51,6 72299 8177 58,4 1472303

Fez tratamentos da área das medicinas

alternativas 371 2,3 3280 8177 1,4 34226

Outra 371 9,1 12860 8177 7,4 186693

Não fez nada 371 18,0 25500 8178 13,9 349860

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

*Refere-se a doença, acidente, violência ou qualquer outro motivo relacionado com a saúde (consultas, tratamentos, exames complementares de diagnóstico, etc.) #Categorias não mutuamente exclusivas

Page 53: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 47

Tabela 12.1 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por procedimento perante a doença, na população de imigrantes, com idade � 1 ano, que referiu a ocorrência de qualquer situação relacionada com a saúde*, com ou sem repercussões no quotidiano, nas duas semanas anteriores à entrevista, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Fez tratamentos caseiros

71 15,1 5428 81 4,8 1425 132 17,1 7701 87 23,5 7334

Modificou a alimentação

71 3,3 1204 81 2,1 631 132 7,5 3349 87 16,8 5245

Tomou medicamentos que já conhecia

71 51,2 18446 80 22,3 6259 132 38,0 17068 87 30,6 9540

Tomou medicamentos indicados por terceiros

71 6,9 2474 80 0,2 44 132 2,5 1129 87 0,6 179

Tomou medicamentos indicados pelo médico

71 46,7 16835 80 55,8 15661 132 48,5 21815 87 57,7 17988

Fez tratamentos da área das medicinas alternativas

71 3,7 1333 81 0,0 13 132 1,4 635 87 4,2 1299

Outra 71 8,5 3062 81 13,7 4041 132 9,1 4085 87 5,4 1671

Não fez nada 71 11,2 4031 81 23,3 6857 132 21,9 9845 87 15,3 4767

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado (valor ponderado); #Categorias não mutuamente exclusivas; *Refere-se a doença, acidente, violência ou qualquer outro motivo relacionado com a saúde (consultas, tratamentos, exames complementares de diagnóstico, etc.)

Page 54: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 48

Tabela 12.2 – Distribuição percentual (% ponderada), por procedimento perante a doença, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, com idade � 1 ano, que referiram a ocorrência de qualquer situação relacionada com a saúde*, com ou sem repercussões no quotidiano, nas duas semanas anteriores à entrevista, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

Procedimentos perante a doença# n=31 n=40 n=33 n=48 n=44 n=88 n=23 n=64 n=131 n=240 n=3233 n=4944

Fez tratamentos caseiros 7,4 22,3 8,9 2,2 10,2 23,1 10,4 28,2 9,1 19,8 21,3 20,1

Modificou a alimentação 5,7 1,1 4,2 0,8 0,7 13,2 28,7 12,6 6,9 7,7 11,0 11,3

Tomou medicamentos que já conhecia 44,7 57,2 7,7 32,3 46,7 30,5 32,6 29,9 36,4 36,7 28,6 34,2

Tomou medicamentos indicados por terceiros 0,0 13,3 0,2 ,2 0,1 4,6 0,0 ,8 0,1 4,6 3,3 2,9

Tomou medicamentos indicados pelo médico 73,5 21,6 67,3 48,0 48,0 49,0 75,4 51,5 63,4 43,3 55,3 60,6

Fez tratamentos, em pelo menos uma das especialidades na área das

medicinas alternativas 6,3 1,3 0,1 0,0 0,0 2,6 0,0 5,6 1,9 2,6 1,2 1,5

Outra 16,9 0,6 20,5 9,5 14,8 4,2 1,9 6,6 14,8 5,2 7,4 7,4

Não fez nada 8,6 13,6 19,0 26,1 21,9 21,9 21,0 13,3 17,2 18,6 15,2 13,0

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); #Categorias não mutuamente exclusivas

*Refere-se a doença, acidente, violência ou qualquer outro motivo relacionado com a saúde (consultas, tratamentos, exames complementares de diagnóstico, etc.)

Page 55: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 49

Incapacidade de longa duração

Esta área foi apenas inquirida num dos trimestres de trabalho de campo do 4ºINS. Devido a este

facto, a baixa frequência da maior parte das situações de incapacidade física de longa duração e a

estrutura etária mais jovem da população imigrante, resultou na pouca expressão dos indicadores

desta área.

Dos cerca de 456 imigrantes e 8200 portugueses não migrantes de 10 e mais anos que foram

entrevistados, os que referiram incapacidade motora permanente (pessoas sempre acamadas,

sempre sentadas ou confinadas ao espaço da casa), foram pouco frequentes em ambos os grupos,

apesar de serem mais frequentes na população portuguesa não migrante. Assim, na população

residente em Portugal os sempre acamados representaram 0,5% entre os imigrantes e 0,9% entre

os portugueses não migrantes, enquanto que as pessoas que referiram estar sempre sentadas

representaram 0,4% entre os portugueses não migrantes, não se observando casos entre os

imigrantes.

Foi na área da incapacidade para a locomoção que se verificaram as prevalências mais elevadas

em ambos os grupos. De facto, apenas 3,1% dos imigrantes referiram conseguir andar no máximo

200 metros em locais planos, sendo 7,0% a percentagem de portugueses não migrantes que

referiram esta limitação. As escadas constituíram obstáculo apenas para 0,1% dos imigrantes e

1,4% dos portugueses não migrantes.

Tal como nos itens anteriores, também no que concerne às actividades da vida diária, a

prevalência de incapacidade de longa duração foi sempre mais frequente nos portugueses do que

nos imigrantes. A frequência mais elevada observou-se na transferência de posição (deitar-se e

levantar-se da cama/ cadeira), apenas possível com ajuda para 0,1% do imigrantes e 2,5% dos

portugueses não migrantes. Nas restantes actividades da vida diária apenas se registaram casos

para os portugueses não migrantes: 2,1% só tomam banho com ajuda; 1,1% só comem e só

conseguem vestir-se e despir-se com ajuda e 0,4% utilizam os sanitários só com ajuda.

Relativamente à incapacidade para a execução de actividades de autonomia instrumental, mais

uma vez foram observadas prevalências mais elevadas entre os portugueses não migrantes do que

entre os imigrantes. A frequência mais elevada da realização de actividades só com ajuda foi

observada entre os portugueses não migrantes, relativamente a: fazer a lida da casa, (imigrantes:

0,5%; portugueses: 3,6%); ida às compras (imigrantes, 0,3%; portugueses, 2,5%); preparação de

Page 56: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 50

refeições (imigrantes: 0,1%; portugueses: 2,3%) e a utilização de transportes públicos

(imigrantes: 0,7%; portugueses: 2,1%).

Page 57: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 51

Doenças crónicas

Na análise desta área apenas foram consideradas as situações em que o respondente referiu ter

sido a doença confirmada pelo médico ou enfermeiro.

De uma forma geral, a proporção de doentes crónicos era menor nos imigrantes, excepto no caso

da asma com uma frequência semelhante em ambas as populações.

Na sua maioria, os diabéticos referiram utilizar dieta (65,6%) e, ou, anti diabéticos orais (68,7%).

A referência à utilização de insulina foi feita por 4,8% de imigrantes diabéticos, enquanto que

entre os portugueses, a percentagem ponderada foi mais do dobro daquela. Não se observaram

diferenças apreciáveis na frequência da diabetes entre os sexos (Tabelas 13, 13.1 e 13.2).

A asma foi referida por 5,7% de imigrantes e 5,2% de portugueses. Cerca de metade dos

asmáticos, quer imigrantes, quer portugueses, referiu fazer terapêutica para controlo desta

doença. A percentagem de asmáticos era ligeiramente superior nas mulheres (Tabelas 14, 14.1 e

14.2).

Declararam-se hipertensos 13,1% dos imigrantes e 18,6% dos portugueses. Também para esta

doença a prevalência foi mais elevada nas mulheres. A grande maioria recorreu à terapêutica

medicamentosa para controlar a situação (Tabelas 14, 14.1 e 14.2).

Em todas as Tabelas atrás referidas constam também os resultados padronizados pela idade.

No 4ºINS foram referidas outras patologias crónicas, ainda que com pouca frequência. Destaque-

se a dor crónica, afectando 13,5% dos imigrantes e a depressão referida por 6,8%. Ambas as

situações foram referidas mais frequentemente pelas mulheres (Tabelas 15 e 15.1).

Page 58: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 52

Tabela 13 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) e totais populacionais de respondentes que referiram ter diabetes confirmada através de diagnóstico médico e que fizeram tratamentos nos 12 meses anteriores à entrevista, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Diabetes 1745 35482

Sim 2,8 17039 6,1 548234

%taxa padronizada 3,8 6,7

Tratamento feito#

Dieta 44 65,6 11181 2426 65,3 357996

Anti diabéticos orais 44 68,7 11698 2426 69,2 379417

Insulina 44 4,8 817 2426 13,9 76312

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado) #Categorias não mutuamente exclusivas

Page 59: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 53

Tabela 13.1 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) e totais populacionais de respondentes que referiram ter diabetes confirmada através de diagnóstico médico e que fizeram tratamentos nos 12 meses anteriores à entrevista, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Diabetes 463 455 461 366

Sim 1,4 2290 2,2 3391 4,7 7813 3,0 3546

% padronizada 2,8 2,9 6,0 2,5

Tratamento #

Dieta 5 96,1 2201 5 53,2 1804 18 55,0 4299 14 81,2 2878

Anti diabéticos orais 5 98,4 2253 7 85,3 2893 18 47,4 3700 14 80,4 2852

Insulina 5 5,1 116 7 - - 18 2,0 155 14 15,4 546

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado) #Categorias não mutuamente exclusivas

Page 60: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 54

Tabela 13.2 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) de respondentes que referiram ter diabetes confirmada através de diagnóstico médico e que fizeram tratamentos nos 12 meses anteriores à entrevista, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

Diabetes n=225 n=238 n=217 n=238 n=222 n=239 n=153 n=213 n=817 n=928 n=16871 n=18611

Sim 2,6 0,2 3,5 0,6 5,7 3,5 1,1 4,4 3,5 2,1 5,2 6,9

% padronizada 4,9 14,2 5,1 0,4 6,6 4,8 1,0 3,5 4,5 3,0 6,2 7,1

Tratamento #

Dieta 100,0 29,4 45,6 100,0 65,5 34,7 72,9 82,7 67,4 62,6 61,5 67,9

Anti diabéticos orais 100,0 70,6 92,4 41,7 36,4 68,8 100,0 76,7 67,6 70,5 73,9 66,0

Insulina 0,0 92,1 0,0 0,0 0,1 5,6 0,0 18,3 0,1 13,0 15,0 13,2

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); #Categorias não mutuamente exclusivas

Page 61: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 55

Tabela 14 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) e totais populacionais de respondentes que referiram ter asma e/ou hipertensão arterial confirmada através de diagnóstico médico e que fizeram terapêutica medicamentosa oral e dieta nos 12 meses anteriores à entrevista, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Asma 1745 35489

Sim 5,7 34749 5,2 471405

% padronizada 6,1 5,1

Tratamentos 96 1737

Sim 51,1 17768 57,3 270238

Hipertensão arterial 1744 35476

Sim 13,1 79563 18,6 1668064

% padronizada 16,1 16,3

Tratamentos#

Dieta 208 32,3 25710 7209 45,2 753558

Comprimidos 208 73,5 58474 7209 82,1 1370135

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado) #Categorias não mutuamente exclusivas

Page 62: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 56

Tabela 14.1 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) e totais populacionais de respondentes que referiram ter asma e/ou hipertensão arterial confirmada através de diagnóstico médico e que fizeram terapêutica medicamentosa oral e dieta nos 12 meses anteriores à entrevista, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Asma 463 455 461 366

Sim 2,4 4024 4,6 7257 7,5 12432 9,3 11036

% padronizada 2,5 4,1 7,7 8,5

Tratamento 13 14,3 34 30,5 24 60,0 25 68,1

Hipertensão arterial 463 454 461 366

Sim 6,0 9971 7,3 11347 16,1 26762 26,6 31484

% padronizada 5,4 12,5 19,5 19,0

Tratamentos#

Dieta 19 41,2 4108 26 18,2 2069 71 43,1 11547 92 25,4 7985

Comprimidos 19 54,9 5475 26 58,1 6597 71 78,4 20969 92 80,8 25432

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável

(valor ponderado); #

Categorias não mutuamente exclusivas;

Page 63: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 57

Tabela 14.2 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) de respondentes que referiram ter asma e/ou hipertensão arterial confirmada através de diagnóstico médico e que fizeram terapêutica medicamentosa oral e dieta nos 12 meses anteriores à entrevista, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

Asma n=225 n=238 n=217 n=238 n=222 n=239 n=153 n=213 n=817 n=928 n=16875 n=18614

Sim 2,3 2,5 2,7 6,8 7,4 7,6 7,5 10,6 4,8 6,7 4,6 5,8

% padronizada 3,0 1,6 2,4 6,0 6,5 7,7 5,4 11,4 4,5 7,2 4,6 5,6

Tratamentos

Sim 5,6 22,1 33,7 29,0 57,0 63,6 89,5 57,1 55,0 48,3 54,2 59,6

Hipertensão arterial n=225 n=238 n=217) n=237 n=222 n=239 n=153 n=213 n=817 n=927 n=16867 n=18609

Sim 2,7 9,3 5,8 8,9 15,3 17,1 31,6 22,9 11,9 14,2 14,6 22,2

% padronizada 3,8 6,5 10,1 13,3 19,2 18,4 20,9 18,7 15,2 16,5 13,9 18,3

Tratamentos#

Dieta 82,2 29,3 25,8 12,6 39,6 46,9 15,2 35,6 29,9 34,4 42,4 46,8

Comprimidos 80,1 47,6 39,1 72,3 68,7 88,7 76,7 84,9 69,0 77,4 78,5 84,3

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); #Categorias não mutuamente exclusivas

Page 64: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 58

Tabela 15 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais de respondentes que referiram sofrer das doenças listadas#, com base em informação dada pelo médico, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Dor crónica 1745 13,5 82209 35487 15,2 1369619

Doença reumática 1743 5,9 35746 35452 14,1 1265791

Osteoporose 1743 3,0 18302 35439 6,0 538064

Glaucoma 1745 0,1 730 35484 0,7 58695

Retinopatia 1744 0,1 416 35481 0,8 72487

Tumor maligno 1745 0,7 4159 35486 1,8 159665

Litíase renal 1745 2,4 14625 35485 4,3 389208

Insuficiência renal crónica 1745 0,3 1774 35484 1,4 128395

Úlcera da perna 1744 0,2 1405 35484 0,8 73905

DPOC 1743 2,7 16495 35482 3,3 295713

História de AVC 1745 1,1 6875 35487 1,5 134304

História de Enfarte do Miocárdio 1745 0,7 3962 35486 1,1 102224

Ansiedade 1743 2,7 16692 35483 3,8 345336

Depressão 1743 6,8 41564 35482 7,2 648070

Obesidade 1743 2,7 16598 35486 2,3 210919

Outra 1742 19,1 115932 35479 22,7 2037340

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado) #Categorias não mutuamente exclusivas

Page 65: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 59

Tabela 15.1 – Distribuição percentual (% ponderada) de respondentes que referiram sofrer das doenças listadas#, com base em informação dada pelo médico, na população de imigrantes, e de portugueses não migrantes, segundo o sexo.

Imigrantes Portugueses não migrantes

H M H M

n p̂ n p̂

n p̂

n p̂

Dor crónica 817 9,1

928 18,0

16873 11,4

18614 18,7

Doença reumática

817 3,3 926 8,6 16859 8,6 18593 19,0

Osteoporose 817 0,1

926 6,0

16863 1,0

18576 10,5

Glaucoma 817 0,2 928 0,1 16873 0,4 18611 0,8

Retinopatia 817 0,0 927 0,1 16871 0,8 18610 0,8

Tumor maligno

817 0,2 928 1,2 16873 1,5 18613 2,0

Litíase renal 817 3,0 928 1,8 16873 3,9 18612 4,7

Insuficiência renal crónica

817 0,5 928 0,1 16869 1,1 18615 1,7

Úlcera da perna

817 0,0 927 0,4 16873 0,6 18611 1,0

DPOC 816 3,1 927 2,3 16872 2,9 18610 3,6

História de AVC

817 1,1 928 1,1 16873 1,5 18614 1,5

História de Enfarte do Miocárdio

817 1,0 928 0,3 16873 1,5 18613 0,8

Ansiedade 817 1,0 926 4,5 16872 2,2 18611 5,3

Depressão 816 3,8 927 10,0 16873 3,2 18609 10,8

Obesidade 816 1,8 927 3,7 16873 1,7 18613 3,0

Outra 816 17,3 926 20,9 16867 21,2 18612 24,0

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); #Categorias não mutuamente exclusivas

Page 66: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 60

Saúde mental

Estimou-se que 22,2% dos imigrantes e 27,1% dos portugueses viviam com provável sofrimento

psicológico (Tabela 16 e 16.1).

Da análise deste indicador desagregado por sexo, é de referir que as mulheres apresentaram uma

prevalência de sofrimento psicológico apreciavelmente superior aos homens, quer no grupo dos

imigrantes (homens, 13,4%; mulheres, 30,2%) quer no grupo dos portugueses (homens, 16,7%;

mulheres, 36,2%) (Tabela 16.2).

Entre os imigrantes, a menor prevalência de sofrimento psicológico foi observada naqueles com 6

a 15 anos de permanência em Portugal (18,6%), e a mais elevada naqueles com 5 anos ou menos

de tempo de imigração. A remoção do efeito da idade alterou a classe com a maior frequência de

provável sofrimento psicológico que se deslocou para os imigrantes há mais tempo em Portugal.

Page 67: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 61

Tabela 16 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) e totais populacionais, por nível de saúde mental nas quatro semanas anteriores à entrevista, medido através da aplicação da escala Mental Health Inventory (MHI), na população de imigrantes e de portugueses não migrantes, com idade � 15 anos.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

MHI 1028 19941

Com provável sofrimento psicológico

MHI�52

22,2 114267 27,1 2008610

% padronizada 23,7 26,2

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 68: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ss

aa úúdd ee

ddoo ss

ii mmii gg

rr aann tt

ee ss ee

mm PP

oo rrtt uu

gg aall ––

rree ss

uu lltt aa

dd ooss

dd oo QQ

uu aarr tt

oo II nn

qq uuéé rr

ii tt oo NN

aa ccii oo

nn aall dd

ee SS

aa úúdd ee

((22 00

00 55// 22

00 0066 ))

Inst

ituto

Nac

iona

l de

Saú

de D

r. R

icar

do J

orge

- D

epar

tam

ento

de

Epi

dem

iolo

gia

62

Tabe

la 1

6.1

– D

istr

ibui

ção

perc

entu

al (

% p

onde

rada

, sem

e c

om p

adro

niza

ção

pela

idad

e) e

tot

ais

popu

laci

onai

s, p

or n

ível

de

saúd

e m

enta

l na

s qu

atro

se

man

as a

nter

iore

s à

entr

evis

ta, m

edid

o at

ravé

s da

apl

icaç

ão d

a es

cala

Men

tal H

ealt

h In

vent

or (

MH

I), n

a po

pula

ção

de im

igra

ntes

, com

idad

e � 1

5 an

os, s

egun

do o

núm

ero

de a

nos

de re

sidê

ncia

em

Por

tuga

l.

Im

igra

ntes

– a

nos

de r

esid

ênci

a em

Por

tuga

l

�5

6-

15

16

-29

�30

A

mos

tra

Est

imat

ivas

na

popu

laçã

o

Am

ostr

a E

stim

ativ

as n

a po

pula

ção

A

mos

tra

Est

imat

ivas

na

popu

laçã

o

Am

ostra

E

stim

ativ

as n

a po

pula

ção

n

n

n

n

MH

I 23

1

223

30

2

272

Com

pro

váve

l so

frim

ento

ps

icol

ógic

o M

HI�

52

25

,9

3197

3

18

,6

2329

5

20

,3

2782

1

24

,3

3117

7

% p

adro

niza

da

23

,5

17

,3

22

,8

24

,6

n –

núm

ero

de in

diví

duos

ent

revi

stad

os c

om re

spos

tas

válid

as (v

alor

não

pon

dera

do);

p̂- p

erce

ntag

em e

stim

ada

(val

or p

onde

rado

); N̂

- tot

al p

opul

acio

nal e

stim

ado

na c

ateg

oria

da

variá

vel (

valo

r pon

dera

do)

Page 69: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 63

Tabela 16.2 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade), por nível de saúde mental nas quatro semanas anteriores à entrevista, medido através da aplicação da escala Mental Health Inventor (MHI), na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, com idade � 15 anos, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

MHI n=104 n=127 n=97 n=126 n=118 n=184 n=103 n=169 n=422 n=606 n=7859 n=12082

Com provável sofrimento psicológico MHI�52 18,3 31,7 11,8 26,8 12,4 28,0 11,9 33,5 13,4 30,2 16,7 36,2

% padronizada 16,1 33,7 12,6 24,0 14,1 31,0 12,1 36,1 15,7 31,2 16,7 34,6

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado)

Page 70: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 64

Qualidade de vida

Pretendeu-se saber como os inquiridos com 15 e mais anos de idade avaliavam a sua qualidade de

vida, nas duas semanas que antecederam a entrevista.

Assim, 60,9% dos imigrantes e 49,5% dos portugueses qualificaram a sua qualidade de vida de

forma Boa ou Muito Boa, tendo sido encontrada a maior diferença entre as mulheres imigrantes e

as mulheres portuguesas (mulheres imigrantes: 63,3%; mulheres portuguesas: 46,0%). No grupo

dos imigrantes, as mulheres referiram uma opinião acerca da respectiva qualidade de vida mais

favorável do que os homens, enquanto que no grupo dos portugueses se observou o inverso

(Tabelas 17, 17.1 e 17.2). A padronização para a idade não alterou substancialmente este quadro

como se pode verificar nas Tabelas já mencionadas.

Page 71: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 65

Tabela 17 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) e totais populacionais, por auto apreciação da qualidade de vida, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes, com idade � 15 anos.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Classifica a sua qualidade de vida 218 4551

Muito boa/Boa 60,9 262742 49,5 3621714

Nem má, nem boa 36,3 156867 43,7 3196363

Má/Muito má 2,8 12008 6,7 491661

% padronizadas

Muito boa/Boa 59,2 50,5

Nem má, nem boa 38,5 43,4

Má/Muito má 2,3 6,1

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado))

Page 72: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 66

Tabela 17.1 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) e totais populacionais, por auto apreciação da qualidade de vida, na população de imigrantes, com idade � 15 anos, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Classifica a sua qualidade de vida 47 38 67 66

Muito boa/Boa 57,5 54883 42,2 29230 72,7 108471 59,7 4777

Nem má, nem boa 37,8 36047 57,8 40086 25,5 38131 36,2 42604

Má/Muito má 4,7 4531 0,0 - 1,8 2699 4,1 70158

% padronizadas

Muito boa/Boa 54,6 47,5 75,9 60,1

Nem má, nem boa 43,3 52,5 21,9 33,2

Má/Muito má 2,1 0,0 2,2 6,7

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor

ponderado)

Page 73: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 67

Tabela 17.2 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade), por auto apreciação da qualidade de vida, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, com idade � 15 anos, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

Classifica a sua qualidade de vida n=18 n=29 n=17 n=21 n=22 n=45 n=22 n=44 n=79 n=139 n=1771 n=2780

Muito boa/Boa 48,3 61,3 22,1 56,8 74,5 71,0 58,4 60,4 57,1 63,3 53,5 46,0

Nem má, nem boa 51,7 31,9 77,9 43,2 25,5 25,6 31,6 38,9 40,4 33,7 41,1 46,1

Má/Muito má 0,0 6,7 0,0 0,0 0,0 3,4 10,1 0,7 2,5 3,0 5,4 7,9

% padronizadas

Muito boa/Boa 42,4 44,1 34,1 62,6 76,3 75,1 56,3 45,2 49,7 63,6 53,3 48,3

Nem má, nem boa 43,5 53,1 65,9 37,4 23,7 21,3 35,2 54,3 48,5 33,7 41,4 45,0

Má/Muito má 0,0 2,7 0,0 0,0 0,0 3,6 8,5 0,5 1,8 2,7 5,2 6,7

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado)

Page 74: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 68

Utilização de cuidados de saúde

Protecção social

A larga maioria dos inquiridos era beneficiária do Serviço Nacional de Saúde (imigrantes, 85,0%;

portugueses, 79,9%). A percentagem daqueles que referiu ter um seguro de saúde foi pequena,

mas foram mais os imigrantes a referirem esta modalidade (12,2%), chegando a ser registada por

17,1%, no grupo de imigrantes mais antigos. Dos portugueses não migrantes, apenas 10,5%

referiu ter um seguro de saúde. Este padrão manteve-se quando se analisaram os resultados por

sexo (Tabelas 18, 18.1 e 18.2).

Page 75: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 69

Tabela 18 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por adesão a seguro de saúde e por entidade a que recorre para utilização de benefícios na procura de cuidados de saúde, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Tem seguro de saúde 1743 35439

Sim 12,2 74095 10,5 945126

Entidade a que recorre mais vezes para utilização de benefícios

1741 35487

Serviço Nacional de Saúde

85,0 516853 79,9 7174375

Outro subsistema 12,2 74341 18,9 1695151

Não utiliza 2,8 16964 1,3 112786

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 76: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ss

aa úúdd ee

ddoo ss

ii mmii gg

rr aann tt

ee ss ee

mm PP

oo rrtt uu

gg aall ––

rree ss

uu lltt aa

dd ooss

dd oo QQ

uu aarr tt

oo II nn

qq uuéé rr

ii tt oo NN

aa ccii oo

nn aall dd

ee SS

aa úúdd ee

((22 00

00 55// 22

00 0066 ))

Inst

ituto

Nac

iona

l de

Saú

de D

r. R

icar

do J

orge

- D

epar

tam

ento

de

Epi

dem

iolo

gia

70

Tabe

la 1

8.1

– D

istr

ibui

ção

perc

entu

al (

% p

onde

rada

) e

tota

is p

opul

acio

nais

, por

ade

são

a se

guro

de

saúd

e e

por

enti

dade

a q

ue r

ecor

re p

ara

utili

zaçã

o de

ben

efíc

ios

na p

rocu

ra d

e cu

idad

os d

e sa

úde,

na

popu

laçã

o de

imig

rant

es, s

egun

do o

núm

ero

de a

nos

de r

esid

ênci

a em

Por

tuga

l.

Im

igra

ntes

– a

nos

de r

esid

ênci

a em

Por

tuga

l

�5

6-

15

16

-29

�30

A

mos

tra

Est

imat

ivas

na

popu

laçã

o

Am

ostr

a E

stim

ativ

as n

a po

pula

ção

A

mos

tra

Est

imat

ivas

na

popu

laçã

o

Am

ostra

E

stim

ativ

as n

a po

pula

ção

n

n

n

n

Tem

seg

uro

de

saúd

e 46

3

455

45

9

366

Sim

5,9

9911

13

,9

2179

2

13

,4

2209

7

17

,1

2029

6

Ent

idad

e a

que

reco

rre

mai

s ve

zes

para

ut

iliza

ção

de

bene

fício

s

461

45

3

461

36

6

Ser

viço

Nac

iona

l de

Saú

de

88

,4

1477

79

94,1

14

7247

84

,1

1398

47

69,2

81

980

Out

ro s

ubsi

stem

a

7,3

1225

2

2,

7 42

11

13,7

22

773

29,6

35

105

Não

util

iza

4,

2 70

80

3,2

4942

2,

1 35

70

1,2

1372

n –

núm

ero

de in

diví

duos

ent

revi

stad

os c

om re

spos

tas

válid

as (v

alor

não

pon

dera

do);

p̂- p

erce

ntag

em e

stim

ada

(val

or p

onde

rado

); N̂

- tot

al p

opul

acio

nal e

stim

ado

na c

ateg

oria

da

variá

vel (

valo

r pon

dera

do)

Page 77: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 71

Tabela 18.2 – Distribuição percentual (% ponderada), por adesão a seguro de saúde e por entidade a que recorre para utilização de benefícios na procura de cuidados de saúde, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

Tem seguro de saúde n=225 n=238 n=217 n=238 n=222 n=237 n=153 n=213 n=817 n=926 n=16842 n=18597

Sim 8,5 3,3 12,5 15,5 12,7 14,3 24,1 12,0 13,4 11,0 11,4 9,7

Entidade a que recorre mais vezes para utilização de benefícios n=224 n=237 n=215 n=238 n=222 n=239 n=153 n=213 n=814 n=927 n=16872 n=18615

Serviço Nacional de Saúde 86,6 90,3 92,3 96,2 85,6 82,4 80,4 61,0 86,8 83,1 80,4 79,4

Outro subsistema 7,7 6,9 2,5 2,9 12,5 15,1 19,6 37,0 9,7 14,8 18,3 19,4

Não utiliza 5,6 2,8 5,2 0,9 1,9 2,5 0,0 2,0 3,5 2,1 1,3 1,2

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado)

Page 78: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 72

Despesas com a saúde

Os imigrantes apresentaram uma despesa total com a saúde estimada em 9 980 047 � e os

portugueses de 229 423 037 �. A maior parte dos inquiridos não fez despesas relacionadas com a

saúde nas duas semanas anteriores à entrevista (imigrantes: 68,4%; portugueses: 66,2%).

Estimou-se que menos de 10% dos inquiridos tiveram gastos superiores a 50 �, nas duas semanas

de referência (Tabelas 19 e 19.1). Os portugueses, em geral, despenderam mais do que os

emigrantes com a saúde. As mulheres apresentaram gastos mais elevados do que os homens

(Tabelas 19.2).

Page 79: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 73

Tabela 19 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por gastos pessoais com a saúde, nas duas semanas anteriores à entrevista, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Despesas com a saúde 1726 35143

Nenhuma 68,4 411720 66,2 5881212

Menos de 25 � 17,4 104788 15,0 1331547

25 � a 50 � 7,3 43672 9,5 847122

51 � a 75 � 2,8 16578 4,0 357773

76 � a 100 � 1,1 6371 2,1 186381

101 � a 125 � 0,6 3877 0,9 75996

126 � a 150 � 0,5 3056 0,6 56446

151 � a 250 � 1,5 8808 0,9 78060

Mais de 250 � 0,5 2797 0,8 66747

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 80: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 74

Tabela 19.1 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por gastos pessoais com a saúde, nas duas semanas anteriores à entrevista, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Despesas com a saúde 462 450 455 359

Nenhuma 76,6 128298 80,4 124391 57,4 94534 56,1 64497

Menos de 25 � 13,6 22723 12,0 18551 24,6 40420 20,1 23093

25 � a 50 � 5,1 8507 4,6 7179 8,7 14290 11,9 13696

51 � a 75 � 0,9 1553 0,8 1180 4,4 7206 5,8 6639

76 � a 100 � 1,6 2599 0,7 1053 1,1 1730 0,9 989

101 � a 125 � 0,1 201 0,9 1386 1,1 1841 0,4 449

126 � a 150 � 1,3 2162 0,1 196 0,3 474 0,2 223

151 � a 250 � 0,7 1187 0,4 600 2,3 3704 2,9 3317

Mais de 250 � 0,1 205 0,1 120 0,2 379 1,8 2092

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 81: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 75

Tabela 19.2 – Distribuição percentual (% ponderada), por gastos pessoais com a saúde, nas duas semanas anteriores à entrevista, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

Despesas com a saúde n=225 n=237 n=215 n=235 n=220 n=235 n=152 n=207 n=812 n=914 n=16727 n=18416

Nenhuma 79,9 73,3 84,8 75,4 64,1 49,2 70,7 45,4 75,1 61,5 72,5 60,6

Menos de 25 � 12,8 14,4 9,4 15,0 22,4 27,3 13,1 25,1 14,8 20,2 12,6 17,1

25 � a 50 � 3,4 6,8 5,0 4,3 5,6 12,4 8,1 14,7 5,2 9,4 2,9 11,2

51 � a 75 � 0,9 1,0 0,4 1,1 3,7 5,2 3,9 7,1 2,1 3,5 4,0 5,0

76 � a 100 � 3,1 0,0 0,2 1,2 0,2 2,1 0,0 1,5 0,9 1,2 1,8 2,3

101 � a 125 � 0,0 0,2 0,0 1,9 0,3 2,1 0,0 0,7 0,1 1,2 0,7 1,0

126 � a 150 � 0,0 2,6 0,0 0,2 0,0 0,6 0,0 0,3 0,0 1,0 0,5 0,8

151 � a 250 � 0,0 1,4 0,0 0,8 3,7 0,5 1,3 4,0 1,3 1,6 0,8 0,9

Mais de 250 � 0,0 0,2 0,1 0,0 0,0 0,5 2,7 1,2 0,5 0,5 0,5 1,0

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado)

Page 82: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 76

Consultas médicas

A percentagem de imigrantes que referiu ter consultado o médico, uma a três vezes, nos três

meses anteriores à entrevista, foi de 44,3%, percentagem ligeiramente inferior à estimada para o

grupo dos portugueses (49,9%) (Tabela 20). A percentagem de imigrantes que referiu ter

consultado o médico aumentou com o tempo de imigração (Tabela 20.1) e foi maior nas

mulheres. Exceptuaram-se os imigrantes do sexo masculino com cinco ou menos anos de

imigração os quais revelaram uma maior frequência (36,9%) dos que as mulheres do mesmo

grupo (29,1%) (Tabela 20.3).

Nas tabelas citadas estão descritos os motivos de consulta. Valerá a pena referir que de entre

«outras razões», as consultas de rotina, quer para vigilância de saúde quer para seguimento de

doença, foi a razão mais invocada. No grupo de imigrantes de cinco ou menos anos, 13,4% de

todas as «outras razões» registadas correspondeu a consultas de gravidez e puerpério.

Nas Tabelas 20.2 e 20.4 estão descritos os resultados padronizados pela idade.

Da análise da última consulta realizada nos três meses anteriores à entrevista, ressalta que a

maioria foi realizada no âmbito do Serviço Nacional de Saúde (imigrantes: 68,5%; portugueses:

66,4%), cerca de um terço procurou um prestador privado (imigrantes: 31,3%; portugueses:

32,5%). O recurso ao prestador do SNS variou na razão inversa do tempo de imigração, com os

imigrantes mais recentes a utilizarem mais frequentemente (77,3%) do que aqueles com mais

tempo de imigração (56,3%), constatando-se o efeito contrário relativamente ao prestador

privado. Das consultas realizadas no âmbito do SNS, 20,4% foram realizadas em serviços de

urgência, no caso de imigrantes, enquanto que 17,6% de portugueses utilizaram esses serviços

(Tabelas 21 e 21.1). Mas foram as consultas no Centro de Saúde, fora do âmbito da Urgência, as

mais utilizadas (imigrantes: 59,8%; portugueses: 62,5%). As estimativas calculadas seguiram o

mesmo padrão quando se fez a análise desagregada por sexo, não parecendo verificar-se

diferenças apreciáveis entre os sexos (Tabela 21.2).

Page 83: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 77

Tabela 20 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por número de consultas médicas nos três meses anteriores à entrevista e respectivo motivo, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Consulta médica 1742 35457

1 a 3 consultas 44,3 269528 49,9 4481217

� 4 consultas 5,0 30562 6,5 585811

Não foi a consultas 50,7 308271 43, 6 3913182

Motivo 737 17917

Porque se sentiu doente 49,0 147159 42,6 2159585

Para pedir receitas ou exames 10,0 29993 15,6 790228

Para ter baixa 0,8 2440 0,8 38852

Por outra razão 40,2 120497 41,0 2078332

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 84: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 78

Tabela 20.1 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por número de consultas médicas nos três meses anteriores à entrevista e respectivo motivo, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Consulta médica 461 455 460 366

1 a 3 consultas 33,0 55169 41,7 65298 48,5 80514 57,9 68548

� 4 consultas 4,7 7847 2,7 4177 7,2 11972 5,5 6566

Não foi a consultas

62,3 104116 55,6 87121 44,3 73690 36,6 43344

Motivo 131 171 224 211

Porque se sentiu doente 52,9 33308 52,9 36778 49,9 46139 41,2 30934

Para pedir receitas ou exames 3,8 2403 10,4 7238 7,0 6432 18,5 13920

Para ter baixa 0,0 23 0,2 173 2,3 2126 0,2 118

Por outra razão 43,3 27281 36,4 25286 40,9 37788 40,1 30142

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor

ponderado)

Page 85: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 79

Tabela 20.2 – Distribuição percentual padronizada pela idade (% ponderada), por número de consultas médicas nos três meses anteriores à entrevista, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal Total

�5 6-15 16-29 �30

Portugueses não migrantes

n p̂ p n p̂ p

n p̂ p n p̂ p

n p̂ p n p̂ p

Consulta médica 461 455 460 366 1742 35457

1 a 3 consultas 39,1 44,6 49,1 55,8 45,4 49,0

� 4 consultas 4,7 2,4 7,1 5,9 5,1 6,2

Não foi a consultas 56,2 53,0 43,8 38,3 49,5 44,8

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ p - percentagem estimada, padronizada pela idade (valor ponderado)

Page 86: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 80

Tabela 20.3– Distribuição percentual (% ponderada), por número de consultas médicas nos três meses anteriores à entrevista e respectivo motivo, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

Consulta médica n=224 n=237 n=217 n=238 n=221 n=239 n=153 n=213 n=815 n=927 n=16861 n=18596

1 a 3 consultas 36,9 29,1 35,3 49,0 48,8 48,0 49,7 63,9 42,0 46,6 45,0 54,3

� 4 consultas 3,4 6,0 2,7 2,6 6,2 8,4 1,5 8,5 3,7 6,3 5,4 7,6

Não foi a consultas 59,7 64,9 62,0 48,4 45,0 43,6 48,8 27,7 54,2 47,0 49,6 38,1

Motivo

Porque se sentiu doente 60,5 44,1 50,9 54,6 46,7 53,6 33,6 45,1 48,6 49,4 42,5 42,7

Para pedir receitas ou exames 0,6 7,6 11,8 9,3 2,9 11,7 23,6 15,9 8,1 11,7 13,6 17,1

Para ter baixa 0,1 0,0 0,0 0,5 4,3 0,0 0,0 0,2 1,5 0,2 0,8 0,8

Por outra razão 38,9 48,4 37,3 35,7 46,1 34,7 42,8 38,7 41,8 38,7 43,2 39,4

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado)

Page 87: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 81

Tabela 20.4– Distribuição percentual padronizada pela idade (% ponderada), por número de consultas médicas nos três meses anteriores à entrevista, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂p

M

p̂p

H

p̂p

M

p̂p

H

p̂p

M

p̂p

H

p̂p

M

p̂p

H

p̂p

M

p̂p

H

p̂p

M

p̂p

Consulta médica n=224 n=237 n=217 n=238 n=221 n=239 n=153 n=213 n=815 n=927 n=16861 n=18596

1 a 3 consultas 43,2 23,6 36,8 50,5 49,1 48,9 46,4 64,5 42,9 47,5 44,7 53,1

� 4 consultas 4,9 3,9 2,2 2,6 6,0 8,1 1,0 10,4 3,7 6,4 5,2 7,2

Não foi a consultas 51,8 72,5 61,0 46,8 44,9 43,0 52,7 25,2 53,4 46,1 50,2 39,7

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ p - percentagem estimada, padronizada pela idade (valor ponderado)

Page 88: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 82

Tabela 21 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por tipo de médico consultado e local de consulta no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes que referiram ter consultado o médico nos três meses anteriores à entrevista.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Médico 737 17892

Prestador no SNS 68,5 205514 66,4 3357893

Prestador noutro serviço do Estado 0,2 707 1,1 57208

Prestador privado 31,3 93869 32,5 1643023

No SNS, a consulta foi 472 12074

Numa consulta do serviço de urgência

(centro de saúde /hospital

20,4 41963 17,6 589361

Noutra consulta do centro de saúde 59,8 122928 62,5 2099211

Noutra consulta do hospital

19,8 40623 19,9 669321

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 89: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 83

Tabela 21.1 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por tipo de médico consultado e local de consulta no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, na população de imigrantes, que referiram ter consultado o médico nos três meses anteriores à entrevista, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Médico 131 171 224 211

Prestador no SNS 77,3 48686 74,9 52044 67,5 62457 56,3 42326

Prestador noutro serviço do Estado

0,0 - 0,0 - 0,0 - 0,9 707

Prestador privado 22,7 14330 25,1 17430 32,5 30029 42,7 32080

No SNS, a consulta foi 97 111 128 136

Numa consulta do serviço de urgência

(centro de saúde /hospital

22,6 11011 27,0 14074 16,2 10135 15,9 6742

Noutra consulta do centro de saúde 64,4 31333 53,6 27877 61,4 38339 60,0 25379

Noutra consulta do hospital

13,0 6342 19,4 10094 22,4 13983 24,1 10205

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor

ponderado)

Page 90: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ss

aa úúdd ee

ddoo ss

ii mmii gg

rr aann tt

ee ss ee

mm PP

oo rrtt uu

gg aall ––

rree ss

uu lltt aa

dd ooss

dd oo QQ

uu aarr tt

oo II nn

qq uuéé rr

ii tt oo NN

aa ccii oo

nn aall dd

ee SS

aa úúdd ee

((22 00

00 55// 22

00 0066 ))

Inst

ituto

Nac

iona

l de

Saú

de D

r. R

icar

do J

orge

- D

epar

tam

ento

de

Epi

dem

iolo

gia

84

Tabe

la 2

1.2

– D

istr

ibui

ção

perc

entu

al (

% p

onde

rada

), p

or t

ipo

de m

édic

o co

nsul

tado

e l

ocal

de

cons

ulta

no

âmbi

to d

o S

ervi

ço N

acio

nal

de S

aúde

, na

po

pula

ção

de im

igra

ntes

, se

gund

o o

núm

ero

de a

nos

de r

esid

ênci

a em

Por

tuga

l e t

otal

, e

de p

ortu

gues

es n

ão m

igra

ntes

, qu

e re

ferir

am t

er c

onsu

ltado

o m

édic

o no

s trê

s m

eses

ant

erio

res

à en

trev

ista

, seg

undo

o s

exo.

Im

igra

ntes

Ano

s de

res

idên

cia

em P

ortu

gal

�5

6-15

16

-29

�30

To

tal

Por

tugu

eses

não

m

igra

ntes

H

M

H p̂

M p̂

H p̂

M p̂

H p̂

M p̂

H p̂

M p̂

H p̂

M p̂

Méd

ico

n=

59

n=72

n=

72

n=99

n=

90

n=13

4 n=

71

n=14

0 n=

292

n=44

5 n=

7455

n=

1043

7

Pre

stad

or n

o S

NS

77

,8

76,6

74

,5

75,2

68

,5

66,3

53

,4

57,9

69

,4

67,7

63

,9

68,2

Pre

stad

or n

outr

o se

rviç

o do

Est

ado

0,0

0,0

0,0

0,0

0,0

0,0

0,0

1,4

0,0

0,4

1,6

0,8

Pre

stad

or p

rivad

o 22

,2

23,4

25

,5

24,8

31

,5

33,7

46

,6

40,7

30

,6

31,8

34

,5

31,0

No

SN

S, a

con

sult

a fo

i n=

46

n=51

n=

47

n=64

n=

52

n=76

n=

48

n=88

n=

193

n=27

9 n=

4864

n=

7210

Num

a co

nsul

ta d

o se

rviç

o de

urg

ênci

a (c

entro

de

saúd

e /h

ospi

tal

16,7

29

,5

27,7

26

,5

14,2

18

,7

17,1

15

,4

18,5

22

,1

21,5

14

,8

Nou

tra c

onsu

lta d

o ce

ntro

de

saúd

e 74

,1

52,9

50

,4

56,1

63

,5

58,8

70

,6

54,9

64

,2

55,8

57

,3

66,1

Nou

tra c

onsu

lta d

o ho

spita

l 9,

1 17

,6

21,

17,3

22

,3

22,5

12

,3

29,7

17

,3

22,0

21

,2

19,0

n –

núm

ero

de in

diví

duos

ent

revi

stad

os c

om re

spos

tas

válid

as (v

alor

não

pon

dera

do);

p̂- p

erce

ntag

em e

stim

ada

(val

or p

onde

rado

)

Page 91: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 85

Consumo de medicamentos

Quase metade dos respondentes referiu o consumo de medicamentos nas duas semanas anteriores

à entrevista, sendo a percentagem de imigrantes ligeiramente menor do que a dos os portugueses

(imigrantes: 44,7%; portugueses: 51,6%) (Tabela 22). Esta diferença pode ter como explicação as

diferentes estruturas etárias das duas populações. De facto, após padronizar pela idade, a

diferença atenuou-se.

Cerca de 48% das mulheres em idade fértil com menos de 50 anos, quer imigrantes, quer

portuguesas, declararam utilizar pílulas contraceptivas. Não considerando esta situação, a tensão

arterial elevada foi o motivo mais invocado para terapêutica medicamentosa, na globalidade e em

cada sexo (Tabelas 22, 22.1 e 22.2). Nas mesmas Tabelas estão ainda descritos resultados

padronizados pela idade.

Um aspecto interessante prende-se com o consumo de medicamentos do âmbito da saúde mental,

nomeadamente medicamentos para a ansiedade, depressão e para dormir. Globalmente os

portugueses declararam consumir este tipo de medicamentos mais do que os imigrantes, assim

como as mulheres, imigrantes e portuguesas, mais do que os homens (Tabela 22.2)

A prática de auto medicação foi mais frequente nos imigrantes do que nos portugueses

(imigrantes, 10,7%; portugueses, 9,4%) e ligeiramente superior em ambas as populações (Tabelas

23, 23.1 e 23.2).

Page 92: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 86

Tabela 22 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) e totais populacionais, por consumo de medicamentos receitados, nas duas semanas anteriores à entrevista e respectivo motivo de prescrição, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Consumiram medicamentos 1742 35467

Sim 44,7 271374 51,6 4627783

% padronizada 47,5 49,1

Motivo#

Tensão arterial elevada

707 18,4 50023 18045 28,9 1336632

Outra doença cardiovascular

707 5,2 14054 18042 12,0 554085

Baixar o nível do colesterol

706 10,5 28376 18044 17,1 792680

Diabetes 706 3,3 8972 18046 8,3 382982

Dores articulares 707 7,6 20503 18044 18,7 865590

Dores de cabeça/enxaqueca

705 11,8 31800 18046 14,0 647960

Outra dor 705 16,7 45111 18042 13,1 605309

Ansiedade 707 9,2 24976 18040 12,0 557066

Depressão 707 7,3 19686 18046 9,4 435502

Comprimidos para dormir

706 10,4 27990 18041 15,8 728771

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado) #Categorias não mutuamente exclusivas

Page 93: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 87

Tabela 22 (cont.) – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por motivo de consumo de medicamentos na população de imigrantes e de portugueses não migrantes, que consumiram medicamentos receitados, nas duas semanas anteriores à entrevista.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Motivo#

Asma 707 4,8 13142 18046 3,6 167702

Bronquite crónica ou enfisema

707 2,0 5437 18045 3,1 142817

Sintomas alérgicos (eczema, rinite)

705 6,8 18396 18042 5,1 235601

Problemas do estômago

706 7,9 21363 18042 8,6 397796

Antibióticos 707 6,0 16236 18046 7,2 334105

Pílulas contraceptivas

(mulheres em idade fértil com <50 anos)

361 48,9 63035 5275 48,1 768102

Terapêutica hormonal de substituição (mulheres em

menopausa ou � 45 anos)

171 7,9 4293 7277 10,7 174002

Outros medicamentos receitados 706 26,4 71667 18041 30,3 1400303

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado) #Categorias não mutuamente exclusivas

Page 94: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 88

Tabela 22.1 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) e totais populacionais, por consumo de medicamentos receitados, nas duas semanas anteriores à entrevista e respectivo motivo de prescrição na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Consumiram medicamentos 461 455 461 365

Sim 34,8 58202 34,7 54408 53,7 89280 59,3 69485

% padronizada 41,0 38,0 55,9 58,0

Motivo#

Tensão arterial elevada

126 9,5 5518 140 10,8 5890 222 17,2 15327 219 33,5 23289

Outra doença cardiovascular

126 3,2 1891 140 2,7 1479 222 6,6 5888 219 6,9 4796

Baixar o nível do colesterol

126 4,9 2842 140 5,8 3137 221 8,2 7304 219 21,7 15093

Diabetes 126 2,0 1191 140 5,3 2893 221 3,7 3327 219 2,2 1561

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor

ponderado); #Categorias não mutuamente exclusivas

Page 95: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 89

Tabela 22.1 (cont.) – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por motivo de consumo de medicamentos na população de imigrantes que consumiu medicamentos receitados, nas duas semanas anteriores à entrevista, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Motivo#

Dores articulares 126 4,4 2580 140 5,2 2853 222 6,9 6197 219 12,8 8874

Dores de cabeça/enxaqueca

126 14,7 8557 139 6,9 3686 221 11,7 10424 219 13,1 9132

Outra dor 126 14,9 8686 139 27,7 14728 221 12,4 11069 219 15,3 10628

Ansiedade 126 1,3 757 140 9,4 5095 222 6,9 6161 219 18,7 12962

Depressão 126 0,4 241 140 5,1 2753 222 9,8 8711 219 11,5 7981

Comprimidos para dormir

126 2,1 1229 139 6,6 3507 222 13,1 11657 219 16,7 11598

Asma 126 0,5 265 140 2,9 1603 222 8,1 7214 219 5,8 4061

Bronquite crónica ou enfisema

126 0,0 - 140 1,9 1039 222 3,7 3276 219 1,6 1121

Sintomas alérgicos (eczema, rinite

126 13,3 7753 139 3,5 1858 221 5,2 4660 219 5,9 4125

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor

ponderado); #Categorias não mutuamente exclusivas

Page 96: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 90

Tabela 22.1 (cont.) – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por motivo de consumo de medicamentos na população de imigrantes que consumiu medicamentos receitados, nas duas semanas anteriores à entrevista, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Motivo#

Problemas do estômago

126 6,0 3483 140 5,4 2963 221 4,7 4227 219 15,4 10689

Antibióticos 126 11,5 6668 140 5,1 2798 222 5,9 5275 219 2,2 1494

Pílulas contraceptivas

(mulheres em idade fértil com <50 anos)

86 52,8 17641 81 41,6 11383 113 59,7 24881 81 34,4 9130

Terapêutica hormonal de substituição (mulheres em

menopausa ou � 45 anos)

9 0,0 - 19 3,4 296 52 8,1 1059 91 9,5 2937

Outros medicamentos

receitados 126 23,7 13774 140 20,8 11319 221 28,7 25593 219 30,2 20981

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor

ponderado); #Categorias não mutuamente exclusivas

Page 97: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 91

Tabela 22.2 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade), por consumo de medicamentos receitados, nas duas semanas anteriores à entrevista e respectivo motivo de prescrição, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

Consumiram medicamentos n=225 n=236 n=217 n=238 n=222 n=239 n=153 n=212 n=817 n=925 n=16872 n=18595

Sim 27,2 42,4 22,5 48,6 40,5 69,6 44,5 70,4 32,7 57,1 38,9 62,9

% taxa padronizada 35,7 35,0 26,4 50,8 44,4 70,7 39,1 76,3 36,9 58,6 37,9 59,7

Motivo#

Tensão arterial elevada 8,0 10,4 8,4 12,1 22,8 13,2 45,2 28,0 21,7 16,5 29,5 28,5

Outra doença cardiovascular 7,3 0,6 7,4 0,3 11,1 3,5 11,3 4,8 9,6 2,6 13,6 11,1

Baixar o nível do colesterol 7,3 3,3 1,8 7,8 9,5 7,3 27,3 19,1 11,5 9,8 20,3 15,4

Diabetes 4,7 0,3 14,4 0,6 4,5 3,2 2,7 2,0 6,0 1,7 9,6 7,5

Dores articulares 4,8 4,2 0,0 8,0 2,5 10,1 7,1 15,4 3,6 9,9 12,2 22,4

Dores de cabeça/enxaqueca 12,4 16,2 1,5 9,9 5,4 16,1 5,3 16,9 6,3 15,1 7,8 17,5

Outra dor 18,3 12,8 30,4 26,3 14,3 11,1 19,9 13,1 19,4 15,1 13,9 12,6

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); #Categorias não mutuamente exclusivas

Page 98: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 92

Tabela 22.2 (cont.) – Distribuição percentual (% ponderada), por motivo de consumo de medicamentos, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, que consumiu medicamentos receitados, nas duas semanas anteriores à entrevista, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

Motivo n=225 n=236 n=217 n=238 n=222 n=239 n=153 n=212 n=817 n=925 n=16872 n=18595

Ansiedade 2,6 0,5 5,5 11,4 4,7 8,4 8,8 23,3 5,3 11,5 8,9 13,8

Depressão 0,0 0,7 5,0 5,1 3,8 14,0 3,8 15,1 3,1 9,7 5,4 11,7

Comprimidos para dormir 4,8 0,4 6,4 6,7 5,1 18,6 7,7 20,9 5,8 13,0 10,3 18,8

Asma 0,0 0,8 2,4 3,2 10,3 6,5 7,7 5,0 5,9 4,2 3,7 3,6

Bronquite crónica ou enfisema 0,0 0,0 2,0 1,8 2,0 4,9 5,0 0,0 2,2 1,9 4,0 2,6

Sintomas alérgicos (eczema, rinite) 18,3 10,1 2,4 4,1 0,3 8,7 8,8 4,6 6,7 6,9 4,9 5,2

Problemas do estômago 5,8 6,1 7,1 4,6 5,7 4,1 14,7 15,7 8,0 7,8 8,0 9,0

Antibióticos 25,6 2,3 1,2 7,2 8,6 4,0 0,0 3,1 9,2 4,1 8,6 6,5

Outros medicamentos receitados 40,1 13,0 27,3 17,4 39,0 21,5 37,1 27,0 36,7 20,4 37,5 26,2

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); #Categorias não mutuamente exclusivas

Page 99: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 93

Tabela 23 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, de respondentes que referiram a prática de auto medicação, nas duas semanas anteriores à entrevista, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Auto medicação 1740 35473

Sim 10,7 64778 9,4 840775

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 100: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 94

Tabela 23.1 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, de respondentes que referiram a prática de auto medicação, nas duas semanas anteriores à entrevista, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Auto medicação 460 454 461 365

Sim 13,5 22484 7,6 11743 10,0 16610 11,8 13941

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor

ponderado)

Page 101: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ss

aa úúdd ee

ddoo ss

ii mmii gg

rr aann tt

ee ss ee

mm PP

oo rrtt uu

gg aall ––

rree ss

uu lltt aa

dd ooss

dd oo QQ

uu aarr tt

oo II nn

qq uuéé rr

ii tt oo NN

aa ccii oo

nn aall dd

ee SS

aa úúdd ee

((22 00

00 55// 22

00 0066 ))

Inst

ituto

Nac

iona

l de

Saú

de D

r. R

icar

do J

orge

- D

epar

tam

ento

de

Epi

dem

iolo

gia

95

Ta

bela

23.

2 –

Dis

trib

uiçã

o pe

rcen

tual

(% p

onde

rada

), d

e re

spon

dent

es q

ue r

efer

iram

a p

rátic

a de

aut

o m

edic

ação

, nas

dua

s se

man

as a

nter

iore

s à

entre

vist

a, n

a po

pula

ção

de im

igra

ntes

, seg

undo

o n

úmer

o de

ano

s de

res

idên

cia

em P

ortu

gal e

tota

l, e

de p

ortu

gues

es n

ão m

igra

ntes

, seg

undo

o s

exo.

Im

igra

ntes

Ano

s de

res

idên

cia

em P

ortu

gal

�5

6-15

16

-29

�30

To

tal

Por

tugu

eses

não

m

igra

ntes

H

M

H p̂

M p̂

H p̂

M p̂

H p̂

M p̂

H p̂

M p̂

H p̂

M p̂

Aut

o m

edic

ação

n=

224

n=23

6 n=

217

n=23

7 n=

222

n=23

9 n=

153

n=21

2 n=

816

n=92

4 n=

1687

2 n=

1860

1

Sim

14

,5

12,4

7,

6 7,

5 6,

8 13

,8

7,3

15,0

9,

2 12

,2

8,4

10,2

n –

núm

ero

de in

diví

duos

ent

revi

stad

os c

om re

spos

tas

válid

as (v

alor

não

pon

dera

do);

p̂- p

erce

ntag

em e

stim

ada

(val

or p

onde

rado

)

Page 102: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 96

Cuidados preventivos

Abordaram-se práticas preventivas relativas a patologias mais relevantes. Assim, foram

consideradas as seguintes situações susceptíveis de rastreio: hipertensão arterial, dislipidémia,

cancros femininos, da mama e do colo do útero.

Relativamente à hipertensão arterial adoptou-se como critério de prática preventiva adequada, a

realização de uma medição da pressão arterial (PA), nos três anos, ou menos, anteriores à

entrevista, pelos indivíduos com idade igual ou superior a 20 anos.

Na sua maioria, imigrantes e portugueses não migrantes de 20 e mais anos tinham medido a sua

tensão arterial nos últimos três anos (imigrantes: 87,9%; portugueses: 93,3%). Nos imigrantes

esta percentagem aumentou com o tempo de imigração. As mulheres apresentaram percentagens

mais elevadas do que os homens no cumprimento do critério adoptado (Tabelas 24, 24.1 e 24.2).

Como “ comportamento preventivo” relativo à dislipidémia considerou-se a realização de uma

análise para doseamento da colesterolémia nos três ou menos anos anteriores à entrevista, nos

indivíduos com idade igual ou superior a 30 anos.

A grande maioria dos inquiridos cumpriu com o critério adoptado (imigrantes, 84,9%;

portugueses: 88,4%) (Tabela 24). Também para este indicador as percentagens aumentaram com

o tempo de imigração, à excepção do grupo dos imigrantes com 6 a 15 anos de tempo de

residência que revelou um comportamento diferente. Com efeito, foi este grupo que apresentou a

maior percentagem de indivíduos que não tinha medido a PA (11,6%) e a colesterolémia (21,7%)

e, fundamentalmente, os indivíduos do sexo masculino (Tabelas 24.1 e 24.2).

O comportamento preventivo relativo ao cancro da mama foi avaliado pela realização de uma

mamografia nos dois ou menos anos anteriores à entrevista, pelas mulheres com idade entre os

40 e os 69 anos. Deste grupo etário, responderam apenas 53 imigrantes, das quais 74,8%

realizaram a mamografia. Uma percentagem ligeiramente inferior foi estimada para as

portuguesas (71,9%). Contudo, relativamente aquelas que declararam nunca ter realizado o

exame, a percentagem estimada para as imigrantes (7,1%) correspondeu praticamente a menos de

metade da estimada para as portuguesas (15,5%) (Tabela 25). Se considerarmos para análise

todas as mulheres de 40 e mais anos, as percentagens encontradas de mulheres com exame

realizado há 2 anos ou menos, não se alterou grandemente para as imigrantes, enquanto que para

as portuguesas baixou consideravelmente, (mulheres imigrantes: 72,8%; portuguesas: 58,3%).

Page 103: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 97

Relativamente ao cancro do colo do útero foi considerada como prática preventiva adequada a

realização de uma citologia nos três anos, ou menos, anteriores à entrevista por mulheres do

grupo etário 30 a 60 anos.

Uma proporção mais elevada de mulheres imigrantes referiu a execução daquele exame de

acordo com o critério adoptado de prática preventiva adequada, do que as portuguesas (mulheres

imigrantes: 73,5%; portuguesas: 60,6%). Contudo, deverá se realçado que 15,8% das mulheres

imigrantes e 21,8% das portuguesas referiu nunca ter efectuado esse exame (Tabela 25).

Page 104: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 98

Tabela 24 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por frequência da medição da pressão arterial e medição da colesterolémia, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes, respectivamente, com idades � 20 anos e � 30 anos.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Medição da pressão arterial 371 6679

�3 anos 87,9 424835 93,3 6341724

>3 anos 7,0 33959 3,6 243456

Nunca mediu 5,0 24398 3,1 210266

Medição da colesterolémia 284 5584

�3 anos 84,9 319492 88,4 4809075

>3 anos 5,2 19631 5,1 275791

Nunca mediu 9,8 37053 6,6 357729

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 105: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 99

Tabela 24.1 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por frequência da medição da pressão arterial e medição da colesterolémia, na população de imigrantes, respectivamente, com idades � 20 anos e � 30 anos, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Medição da pressão arterial 72 99 105 95

�3 anos 74,8 53540 81,8 123469 91,9 103789 97,5 144038

>3 anos 22,1 15806 6,5 9846 4,0 4549 2,5 3757

Nunca mediu 3,2 2279 11,6 17574 4,0 4546 0,0 -

Medição da colesterolémia 37 68 85 94

�3 anos 76,1 20921 74,0 79596 85,5 80879 94,2 138097

>3 anos 20,2 5569 4,3 4618 10,0 9444 0,0 -

Nunca mediu 3,7 1017 21,7 23332 4,5 4273 5,8 8430

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor

ponderado)

Page 106: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 100

Tabela 24.2 – Distribuição percentual (% ponderada), por frequência da medição da pressão arterial e medição da colesterolémia, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, respectivamente, com idades � 20 anos e � 30 anos, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

Medição da tensão arterial n=35 n=37 n=47 n=52 n=52 n=53 (n=43) n=52 n=177 n=194 n=3041 n=3638

�3 anos 75,6 74,1 71,0 92,4 86,5 98,1 94,0 100,0 82,0 93,2 90,1 96,0

>3 anos 19,1 24,5 9,4 3,7 6,4 1,3 6,0 0,0 9,0 5,2 4,8 2,6

Nunca mediu 5,4 1,5 19,6 3,9 7,0 0,6 0,0 0,0 9,0 1,5 5,1 1,4

Medição da colesterolémia n=21 n=16 n=30 n=38 n=42 n=43 n=42 n=52 n=135 n=149 n=2463 n=3121

�3 anos 79,7 70,6 68,4 79,2 84,4 86,6 88,7 98,2 80,8 88,6 84,0 92,0

>3 anos 17,9 23,8 3,4 5,1 12,9 7,0 0,0 0,0 6,2 4,4 7,0 3,5

Nunca mediu 2,4 5,7 28,2 15,7 2,6 6,4 11,3 1,8 13,1 7,0 9,1 4,5

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado)

Page 107: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 101

Tabela 25 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por frequência de rastreios, do cancro da mama por mamografia e de rastreio do cancro do colo do útero por colpocitologia, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes, do sexo feminino, respectivamente, com idade 40-69 anos e 30-64 anos.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Realização de mamografia 53 1491

�2 anos 74,8 37924 71,9 982667

>2 anos 18,0 9136 12,6 171724

Nunca fez 7,1 3616 15,5 211883

Realização de colpocitologia 105 1677

�3 anos 73,5 98964 60,6 1013894

>3 anos 10,8 14499 17,5 293216

Nunca fez 15,8 21228 21,8 365432

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 108: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 102

Saúde oral

Da análise ressaltou que se, por um lado, as percentagens estimadas para os que referiram já ter

consultado alguma vez um prestador da área da saúde oral foram altas, nomeadamente da ordem

dos 85%, quer para imigrantes, quer para os portugueses, por outro lado, elas desceram

praticamente para metade quando se considerou a realização de uma consulta no ano anterior à

entrevista, (imigrantes: 46,3%; portugueses: 47,4%). Destes respondentes, a maioria referiu ter

realizado a consulta por motivos de vigilância, prevenção, correcção, mais os imigrantes e os

homens de ambos os grupos (Tabelas 26, 26.1, 27 e 27.1). Nas Tabelas 28 e 28.1 estão descritos

os resultados padronizados pela idade.

Quanto a hábitos de higiene oral, os indicadores mais favoráveis observaram-se no grupo dos

imigrantes e nas mulheres, nestas, tanto imigrantes como portuguesas, conforme pode ser

analisado nas Tabelas 29 e 29.1.

Page 109: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 103

Tabela 26 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) e totais populacionais, de respondentes que consultaram, pelo menos uma vez, um prestador da área da Saúde Oral, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes, com idade � 2 anos.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Consultaram alguma vez um prestador da área da Saúde Oral

436 8644

Sim 84,7 463341 85,1 7504249

% padronizada 84,4 84,7

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 110: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 104

Tabela 26.1 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) e totais populacionais, de respondentes que consultaram, pelo menos uma vez, um prestador da área da Saúde Oral, na população de imigrantes, com idade � 2 anos, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Consultaram alguma vez um prestador da área da Saúde Oral

93 139 108 96

Sim 81,6 66088 80,0 160697 87,3 100938 90,8 135618

% padronizada 89,1 80,5 87,6 94,1

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 111: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 105

Tabela 27 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) e totais populacionais, de respondentes que tiveram uma consulta com um prestador da área da Saúde Oral, nos 12 meses anteriores à entrevista e por motivo, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes, com idade � 2 anos.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Consulta nos 12 meses anteriores ao INS

384 7305

Sim 46,3 214413 47,4 3551761

% padronizada 45,7 49,5

Motivo 177 3069

Queixas/Doença 28,4 60061 31,4 1115470

Vigilância/Prevenção/Correcção

50,2 106114 44,2 1569092

Outras razões 21,5 45387 24,3 862628

% padronizada

Queixas/Doença 28,3 31,5

Vigilância/Prevenção/Correcção

51,2 44,1

Outras razões 20,5 24,3

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 112: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ss

aa úúdd ee

ddoo ss

ii mmii gg

rr aann tt

ee ss ee

mm PP

oo rrtt uu

gg aall ––

rree ss

uu lltt aa

dd ooss

dd oo QQ

uu aarr tt

oo II nn

qq uuéé rr

ii tt oo NN

aa ccii oo

nn aall dd

ee SS

aa úúdd ee

((22 00

00 55// 22

00 0066 ))

Inst

ituto

Nac

iona

l de

Saú

de D

r. R

icar

do J

orge

- D

epar

tam

ento

de

Epi

dem

iolo

gia

106

Tabe

la 2

7.1

– D

istri

buiç

ão p

erce

ntua

l (%

pon

dera

da,

sem

e c

om p

adro

niza

ção

pela

ida

de)

e to

tais

pop

ulac

iona

is,

de r

espo

nden

tes

que

tiver

am u

ma

cons

ulta

com

um

pre

stad

or d

a ár

ea d

a S

aúde

Ora

l, no

s 12

mes

es a

nter

iore

s à

entr

evis

ta e

por

mot

ivo,

na

popu

laçã

o de

imig

rant

es,

com

idad

e � 2

an

os, s

egun

do o

núm

ero

de a

nos

de r

esid

ênci

a em

Por

tuga

l.

Im

igra

ntes

– a

nos

de r

esid

ênci

a em

Por

tuga

l

�5

6-

15

16

-29

�30

A

mos

tra

Est

imat

ivas

na

popu

laçã

o

Am

ostr

a E

stim

ativ

as n

a po

pula

ção

A

mos

tra

Est

imat

ivas

na

popu

laçã

o

Am

ostra

E

stim

ativ

as n

a po

pula

ção

n

n

n

n

Con

sulta

nos

12

mes

es a

nter

iore

s ao

INS

80

116

98

90

Sim

48,1

31

803

42,9

68

899

53,0

53

517

44,4

60

194

% p

adro

niza

da

48

,0

40

,1

50

,7

53

,2

Mot

ivo

28

57

48

44

Que

ixas

/Doe

nça

29

,7

9448

25

,9

1786

3

38

,6

1956

2

21

,9

1318

9

Vig

ilânc

ia/P

reve

nção

/Cor

recç

ão

68

,8

2189

3

45

,9

3164

5

36

,9

1870

0

56

,3

3387

6

Out

ras

razõ

es

1,

5 46

3

28

,1

1939

1

24

,5

1240

4

21

,8

1312

9

% p

adro

niza

da

Que

ixas

/Doe

nça

38

,6

24

,1

36

,7

25

,8

Vig

ilânc

ia/P

reve

nção

/Cor

recç

ão

58

,6

46

,2

36

,8

53

,3

Out

ras

razõ

es

2,

9

29,7

26,5

21,0

n –

núm

ero

de in

diví

duos

ent

revi

stad

os c

om r

espo

stas

vál

idas

(va

lor

não

pond

erad

o);

p̂-

perc

enta

gem

est

imad

a (v

alor

pon

dera

do);

N̂-

tota

l pop

ulac

iona

l est

imad

o na

cat

egor

ia d

a va

riáve

l (va

lor

pond

erad

o)

Page 113: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ss

aa úúdd ee

ddoo ss

ii mmii gg

rr aann tt

ee ss ee

mm PP

oo rrtt uu

gg aall ––

rree ss

uu lltt aa

dd ooss

dd oo QQ

uu aarr tt

oo II nn

qq uuéé rr

ii tt oo NN

aa ccii oo

nn aall dd

ee SS

aa úúdd ee

((22 00

00 55// 22

00 0066 ))

Inst

ituto

Nac

iona

l de

Saú

de D

r. R

icar

do J

orge

- D

epar

tam

ento

de

Epi

dem

iolo

gia

107

Tabe

la 2

8 –

Dis

trib

uiçã

o pe

rcen

tual

(%

pon

dera

da),

de r

espo

nden

tes

que

cons

ulta

ram

, pe

lo m

enos

um

a ve

z, u

m p

rest

ador

da

área

da

Saú

de O

ral,

que

tiver

am u

ma

cons

ulta

, nos

12

mes

es a

nter

iore

s à

entr

evis

ta e

res

pect

ivo

mot

ivo,

na

popu

laçã

o de

imig

rant

es, s

egun

do o

núm

ero

de a

nos

de r

esid

ênci

a em

P

ortu

gal e

tota

l, e

de p

ortu

gues

es n

ão m

igra

ntes

, com

idad

e � 2

ano

s, s

egun

do o

sex

o.

Im

igra

ntes

Ano

s de

res

idên

cia

em P

ortu

gal

�5

6-15

16

-29

�30

To

tal

Por

tugu

eses

não

m

igra

ntes

H

M

H p̂

M p̂

H p̂

M p̂

H p̂

M p̂

H p̂

M p̂

H p̂

M p̂

Con

sult

aram

alg

uma

vez

um

pres

tado

r da

áre

a da

Saú

de O

ral

n=43

n=

50

n=62

n=

77

n=55

n=

53

n=44

n=

52

n=20

4 n=

232

n=40

87

n=45

57

Sim

76

,2

85,6

78

,2

81,4

83

,5

91,8

86

,4

94,0

81

,3

87,6

82

,1

87,9

Con

sult

a no

s 12

mes

es a

nter

iore

s ao

INS

n=

36

n=44

n=

51

n=65

n=

48

n=50

n=

40

n=50

n=

175

n=20

9 n=

3356

n=

3949

Sim

27

,7

61,7

41

,1

44,3

62

,1

43,3

26

,8

56,6

40

,9

50,6

46

,5

48,1

Mot

ivo

n=9

n=19

n=

25

n=32

n=

26

n=22

n=

16

n=28

n=

76

n=10

1 n=

1391

n=

1678

Que

ixas

/Doe

nça

2,7

37,8

22

,7

28,3

41

,1

34,2

31

,1

18,9

29

,5

27,6

32

,8

30,3

Vig

ilânc

ia/P

reve

nção

/Cor

recç

ão

97,3

60

,3

55,4

38

,9

33,0

43

,8

61,9

54

,4

51,6

49

,2

45,9

42

,9

Out

ras

razõ

es

0,0

1,9

21,9

32

,8

25,9

22

,0

7,0

26,6

18

,9

23,1

21

,3

26,8

n –

núm

ero

de in

diví

duos

ent

revi

stad

os c

om re

spos

tas

válid

as (v

alor

não

pon

dera

do);

p̂- p

erce

ntag

em e

stim

ada

(val

or p

onde

rado

)

Page 114: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 108

Tabela 28.1 –Distribuição percentual padronizada pela idade (% ponderada), de respondentes que consultaram, pelo menos uma vez, um prestador da área da Saúde Oral e que tiveram uma consulta, nos 12 meses anteriores à entrevista, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, com idades � 2 anos, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ p

M

p̂ p

H

p̂ p

M

p̂ p

H

p̂ p

M

p̂ p

H

p̂ p

M

p̂ p

H

p̂ p

M

p̂ p

H

p̂ p

M

p̂ p

Consultaram alguma vez um prestador da área da Saúde Oral n=43 n=50 n=62 n=77 n=55 n=53 n=44 n=52 n=204 n=232 n=4087 n=4557

Sim 75,7 70,0 77,6 75,9 64,4 73,0 68,7 74,1 75,4 84,3 80,7 85,8

Consulta nos 12 meses anteriores ao INS n=36 n=44 n=51 n=65 n=48 n=50 n=40 n=50 n=175 n=209 n=3356 n=3949

Sim 23,8 42,3 40,0 51,7 47,3 33,7 23,2 45,9 39,5 52,6 48,7 52,1

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ p - percentagem estimada, padronizada pela idade (valor ponderado)

Page 115: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 109

Tabela 29 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por frequência de escovagem dos dentes por dia e prática de escovagem antes do deitar, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes, com idade � 2 anos.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Escovagem dos dentes 427 7839

Nunca 0,7 3800 5,2 426385

Às vezes 4,9 26589 11,2 921746

1 vez ao dia 19,6 106163 24,3 2006831

2 vezes aos dia 47,8 258626 40,6 3352736

Mais de duas vezes ao dia 26,9 145737 18,7 1542393

Escovagem antes do deitar 423 7385

Sim 85,5 458823 76,7 5987490

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 116: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 110

Tabela 29.1 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por frequência de escovagem dos dentes por dia e prática de escovagem antes do deitar, na população de imigrantes, com idade � 2 anos, segundo o número de anos de residência em Portugal

Imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Escovagem dos dentes 93 137 104 93

Nunca 0,5 367 0,0 - 0,0 - 2,3 3432

Às vezes 5,0 4067 2,0 3939 4,6 5203 9,1 13380

1 vez ao dia 26,7 21627 19,7 39480 21,2 23812 14,4 21245

2 vezes aos dia 45,8 37118 50,9 102019 42,8 47908 48,6 71581

Mais de duas vezes ao dia 22,0 17836 27,4 55006 31,4 35142 25,6 37753

Escovagem antes do deitar 91 137 104 91

Sim 82,4 66261 90,5 181391 79,7 89296 84,7 121875

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor

ponderado)

Page 117: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 111

Tabela 29.1 – Distribuição percentual (% ponderada), por frequência de escovagem dos dentes por dia e prática de escovagem antes do deitar, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, com idades � 2 anos, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

Escovagem dos dentes n=43 n=50 n=61 n=76 n=54 n=50 n=44 n=49 n=202 n=225 n=3859 n=3980

Nunca 0,0 0,8 0,0 0,0 0,0 0,0 5,4 0,0 1,4 0,1 5,3 5,0

Às vezes 11,7 0,0 0,4 3,3 8,3 ,5 16,9 3,1 8,1 2,2 13,5 9,0

1 vez ao dia 39,1 17,4 22,4 17,4 29,3 12,0 21,8 8,8 26,2 14,0 27,8 21,0

2 vezes aos dia 26,2 60,5 48,8 52,6 31,8 55,3 44,5 51,7 40,5 54,1 37,3 43,8

Mais de duas vezes ao dia 23,0 21,3 28,4 26,7 30,6 32,2 11,5 36,5 23,8 29,6 16,1 21,1

Escovagem antes do deitar n=43 n=48 n=61 n=76 n=54 n=50 n=42 n=49 n=200 n=223 n=3618 n=3767

Sim 69,6 92,2 85,3 94,9 72,7 87,6 73,9 92,5 77,2 92,5 72,9 80,2

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado)

Page 118: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 112

Saúde reprodutiva e planeamento familiar

Responderam a esta área as mulheres com idade entre os 15 e os 55 anos.

No âmbito da saúde reprodutiva, foi maior a percentagem de mulheres imigrantes que referiram

ter já passado pela experiência de gravidez (mulheres imigrantes: 74,3%; mulheres portuguesas:

66,8%), constatando-se que 3,3% das imigrantes estavam grávidas à data da entrevista (Tabela 30

e 30.1).

Daquelas mulheres que declararam ter filhos, 46,9% das imigrantes e 31,5% das portuguesas

referiram a existência de um filho mais novo (ou filho único) com menos de 5 anos. Cerca de

metade das mães destas crianças fizeram uma consulta pré concepcional relativa a este filho

(Tabelas 30 e 30.1) e estimou-se em cerca de 60,2%, as imigrantes e em 55,4%, as portuguesas,

que amamentaram, em exclusivo, este filho, pelo menos, até aos 3 meses. Foram as portuguesas

que referiram uma percentagem ligeiramente maior do que as imigrantes, de aleitamento materno

exclusivo até aos 6 meses de vida (mulheres imigrantes: 35,3%; portuguesas: 39,8%), mas

também foram mais, as que nunca amamentaram (mulheres imigrantes: 5,8%; portuguesas: 8,8%)

(Tabela 31).

Relativamente ao planeamento familiar, um pouco mais de metade das mulheres inquiridas

referiu ter prática contraceptiva (mulheres imigrantes: 58,6%; portuguesas: 56,2%). O método

mais utilizado era a “ pílula” , seguido de longe pelo preservativo, sem parecer haver diferenças

apreciáveis entre os dois grupos de mulheres (Tabelas 32 e 32.1).

A maioria das mulheres que referiu prática contraceptiva fazia vigilância da sua utilização,

fundamentalmente, num Centro de Saúde (mulheres imigrantes: 44,7%; portuguesas: 45,7%) .

Contudo a procura do sector privado para vigilância teve alguma expressão apresentando

percentagens da ordem de grandeza equivalente à não procura de cuidados (Tabelas 33 e 33.1).

O principal motivo invocado pelas mulheres que não tinham qualquer prática contraceptiva foi a

inexistência de actividade sexual (mulheres imigrantes: 42,7%; portuguesas: 47,3%), logo

seguido da referência à menopausa (mulheres imigrantes: 19,1%; portuguesas 12:5%). O desejo

de engravidar foi referido por 7,5% das inquiridas.

Apesar das baixas percentagens estimadas, valerá a pena referir que de entre as imigrantes se

identificaram 8,5% de usuárias da contracepção hormonal de emergência, utilização que

Page 119: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 113

decresceu com o tempo de imigração, mas sempre mais alta do que a verificada no grupo de

portuguesas (3,8%) (Tabelas 34 e 34.1).

Page 120: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 114

Tabela 30 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por história reprodutiva, por respondentes que referiram ter um filho mais novo (ou o único) com � 5 anos e por consulta pré-concepcional anterior à gestação desse filho, na população de mulheres imigrantes e de portuguesas não migrantes, com idade 15-55 anos.

Mulheres imigrantes Portuguesas não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

História reprodutiva 510 6796

Já esteve grávida 74,3 177013 66,8 1721063

Está grávida actualmente

3,3 7973 1,0 25348

Tem filhos 368 5006

Filho mais novo (ou o único) com � 5

anos 46,9 81899 31,5 537082

Consulta pré concepcional

140 1239

Relativa à gestação do filho mais novo (ou o único) com � 5 anos

55,1 45110 54,7 293601

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 121: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 115

Tabela 30.1 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por história reprodutiva, por respondentes que referiram ter um filho mais novo (ou o único) com � 5 anos e por consulta pré-concepcional anterior à gestação desse filho, na população de mulheres imigrantes, com idade 15-55 anos, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Mulheres imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

História reprodutiva 124 111 157 118

Já esteve grávida 69,0 48047 67,7 35023 69,8 43625 92,7 50318

Está grávida actualmente

2,6 1842 6,2 3184 3,6 2238 1,3 708

Tem filhos 79 76 111 102

Filho mais novo (ou o único) com

� 5 anos 55,0 25288 60,2 21817 44,0 19160 32,0 15634

Consulta pré concepcional 36 33 41 30

Relativa à gestação do filho mais novo (ou o único) com � 5 anos

49,5 12514 42,1 9190 55,6 10649 81,6 12757

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor

ponderado)

Page 122: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 116

Tabela 31 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por experiência de aleitamento materno, relativo ao filho mais novo (ou o único) com � 5 anos, na população de mulheres imigrantes e de portuguesas não migrantes, com idade 15-55 anos.

Mulheres imigrantes Portuguesas não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Filho mais novo (ou o único) com � 5 anos

140 1239

Aleitamento materno exclusivo até 7 dias

de vida 9,3 7649 8,1 43338

Aleitamento materno exclusivo até 1 mês

12,5 10207 13,9 74698

Aleitamento materno exclusivo até 2

meses 12,2 9957 13,7 73835

Aleitamento materno exclusivo até 3

meses 24,9 20412 15,6 83758

Aleitamento materno exclusivo até 6 ou

mais meses 35,3 28907 39,8 213996

Nunca tomou leite materno 5,8 4767 8,8 47458

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 123: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 117

Tabela 32 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por prática contraceptiva e método utilizado, na população de mulheres imigrantes e de portuguesas não migrantes, com idade 15-55.

Mulheres imigrantes Portuguesas não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Prática -contraceptiva

510 6796

Sim 58,6 139591 56,2 1447831

Método#

Pílula 290 63,7 88907 3763 66,5 963377

DIU 290 10,4 14514 3763 8,2 119331

Preservativo 290 14,6 20375 3763 12,9 186211

Diafragma 290 0.0 - 3763 0,1 1285

Espermicidas 290 0,0 3763 0,3 5049

Hormonal injectável trimestral

290 0,7 1012 3763 - 709

Implante 290 1,1 1524 3763 0,7 9600

Pelo menos um método de

abstinência periódica

290 5,2 7194 3763 2,6 37122

Coito interrompido 290 6,0 8315 3763 4,5 64747

Laqueação das trompas

290 3,9 5450 3763 6,7 96293

Vasectomia 290 0,6 833 3763 0,2 2304

Outro 290 0,9 1195 3763 0,6 9292

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado) #Categorias não mutuamente exclusivas

Page 124: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ss

aa úúdd ee

ddoo ss

ii mmii gg

rr aann tt

ee ss ee

mm PP

oo rrtt uu

gg aall ––

rree ss

uu lltt aa

dd ooss

dd oo QQ

uu aarr tt

oo II nn

qq uuéé rr

ii tt oo NN

aa ccii oo

nn aall dd

ee SS

aa úúdd ee

((22 00

00 55// 22

00 0066 ))

Inst

ituto

Nac

iona

l de

Saú

de D

r. R

icar

do J

orge

- D

epar

tam

ento

de

Epi

dem

iolo

gia

118

Tabe

la 3

2.1

– D

istri

buiç

ão p

erce

ntua

l (%

pon

dera

da)

e to

tais

pop

ulac

iona

is,

por

prát

ica

cont

race

ptiv

a e

mét

odo

utili

zado

, na

pop

ulaç

ão d

e m

ulhe

res

imig

rant

es, c

om id

ade

15-5

5, s

egun

do o

núm

ero

de a

nos

de re

sidê

ncia

em

Por

tuga

l.

M

ulhe

res

imig

rant

es –

ano

s de

res

idên

cia

em P

ortu

gal

�5

6-

15

16

-29

�30

A

mos

tra

Est

imat

ivas

na

popu

laçã

o

Am

ostr

a E

stim

ativ

as n

a po

pula

ção

A

mos

tra

Est

imat

ivas

na

popu

laçã

o

Am

ostra

E

stim

ativ

as n

a po

pula

ção

n

n

n

n

Prá

tica

ant

i-co

ntra

cept

iva

124

11

1

157

11

8

Sim

55,6

38

711

68,7

35

540

53,6

33

522

58,6

31

819

Mét

odo#

Pílu

la

71

64,8

25

102

71

67

,7

2405

1

85

71,0

23

790

63

50

,2

1596

5

DIU

71

6,

6 25

65

71

11

,0

3926

85

7,5

2508

63

17,3

55

15

Pre

serv

ativ

o 71

19

,6

7593

71

6,9

2444

85

10,5

35

08

63

21

,5

6830

n –

núm

ero

de in

diví

duos

ent

revi

stad

os c

om re

spos

tas

válid

as (v

alor

não

pon

dera

do);

p̂- p

erce

ntag

em e

stim

ada

(val

or p

onde

rado

); N̂

- tot

al p

opul

acio

nal e

stim

ado

na c

ateg

oria

da

variá

vel (

valo

r

pond

erad

o); # C

ateg

oria

s nã

o m

utua

men

te e

xclu

siva

s

Page 125: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ss

aa úúdd ee

ddoo ss

ii mmii gg

rr aann tt

ee ss ee

mm PP

oo rrtt uu

gg aall ––

rree ss

uu lltt aa

dd ooss

dd oo QQ

uu aarr tt

oo II nn

qq uuéé rr

ii tt oo NN

aa ccii oo

nn aall dd

ee SS

aa úúdd ee

((22 00

00 55// 22

00 0066 ))

Inst

ituto

Nac

iona

l de

Saú

de D

r. R

icar

do J

orge

- D

epar

tam

ento

de

Epi

dem

iolo

gia

119

Tabe

la 3

2.1

(con

t.) –

Dis

tribu

ição

per

cent

ual

(% p

onde

rada

) e

tota

is p

opul

acio

nais

, po

r pr

átic

a co

ntra

cept

iva

e m

étod

o ut

iliza

do,

na p

opul

ação

de

mul

here

s im

igra

ntes

, com

idad

e 15

-55,

seg

undo

o n

úmer

o de

ano

s de

resi

dênc

ia e

m P

ortu

gal.

M

ulhe

res

imig

rant

es –

ano

s de

res

idên

cia

em P

ortu

gal

�5

6-

15

16

-29

�30

A

mos

tra

Est

imat

ivas

na

popu

laçã

o

Am

ostr

a E

stim

ativ

as n

a po

pula

ção

A

mos

tra

Est

imat

ivas

na

popu

laçã

o

Am

ostra

E

stim

ativ

as n

a po

pula

ção

n

n

n

n

Mét

odo#

Dia

fragm

a 71

0,

0 -

71

0,

0 -

85

0,

0 -

63

0,

0 -

Esp

erm

icid

as

71

0,0

-

71

0,0

-

85

0,0

-

63

0,0

-

Hor

mon

al

inje

ctáv

el

trim

estr

al

71

0,0

-

71

2,8

1012

85

0,0

-

63

0,0

-

Impl

ante

71

3,

5 13

72

71

0,

0 -

85

0,

5 15

2

63

0,0

-

Pel

o m

enos

um

m

étod

o de

ab

stin

ênci

a pe

riódi

ca

71

9,1

3530

71

2,1

761

85

4,

3 14

48

63

4,

6 14

55

Coi

to in

terr

ompi

do

71

11,0

42

75

71

4,

2 14

96

85

3,

4 11

32

63

4,

4 14

12

Laqu

eaçã

o da

s tr

ompa

s

71

0,2

71

71

7,

1 25

38

85

4,

3 14

54

63

4,

4 13

87

Vas

ecto

mia

71

0,

0 -

71

0,

3 10

5

85

0,0

63

2,3

729

Out

ro

71

1,7

677

71

0,

0 -

85

1,

5 51

9

63

0,0

-

n –

núm

ero

de in

diví

duos

ent

revi

stad

os c

om re

spos

tas

válid

as (v

alor

não

pon

dera

do);

p̂- p

erce

ntag

em e

stim

ada

(val

or p

onde

rado

); N̂

- tot

al p

opul

acio

nal e

stim

ado

na c

ateg

oria

da

variá

vel (

valo

r

pond

erad

o); # C

ateg

oria

s nã

o m

utua

men

te e

xclu

siva

s

Page 126: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 120

Tabela 33 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por vigilância médica em Planeamento Familiar e local, na população de mulheres imigrantes e de portuguesas não migrantes, com idade 15-55, que referiram prática contraceptiva.

Mulheres imigrantes Portuguesas não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Vigilância em Planeamento Familiar

290 3763

Num Centro de Saúde

44,7 62426 45,7 661152

Na maternidade/hospital

4,6 6452 6,0 86693

Consultório/Clínica privada

23,8 33223 24,2 350735

Outro 2,6 3694 1,7 24130

Não fez vigilância 24,2 33796 22,5 325120

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 127: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 121

Tabela 33.1 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por vigilância médica em Planeamento Familiar e local, na população de mulheres imigrantes, com idade 15-55, que referiram prática contraceptiva, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Mulheres imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Vigilância em Planeamento Familiar

71 71 85 63

Num Centro de saúde 52,1 20166 52,4 18622 43,0 14398 29,0 9241

Na maternidade/hospi

tal 3,4 1321 5,6 1982 0,9 310 8,9 2840

Consultório/Clínica privada 11,0 4242 15,6 5559 30,3 10156 41,7 13265

Outro 5,5 2112 4,2 1501 0,0 - 0,3 81

Não fez vigilância 28,1 10870 22,2 7877 25,8 8658 20,1 6391

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor

ponderado)

Page 128: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 122

Tabela 34 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, de respondentes que referiram a utilização de contracepção oral de emergência, na população de mulheres imigrantes e de portuguesas não migrantes, com idade 15-55.

Mulheres imigrantes Portuguesas não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Contracepção oral de emergência 510

6796

Sim 8,5 20145 3,8 96976

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 129: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 123

Tabela 34 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, de respondentes que referiram a utilização de contracepção oral de emergência, na população de mulheres imigrantes, com idade 15-55, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Mulheres imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Contracepção oral de emergência

124 111 157 118

Sim 10,2 7094 11,7 6073 6,4 3989 5,5 2988

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor

ponderado)

Page 130: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 124

Determinantes de saúde

Consumo do tabaco

A proporção de fumadores diários de cigarros foi 22,2% nos imigrantes e 17,3% nos portugueses,

Destes, 15,1% de imigrantes e 18,5% de portugueses, admitiram fumar mais de um maço de

cigarros por dia. A média ponderada de cigarros consumidos por dia pelos fumadores nos dois

grupos foi semelhante. Para os imigrantes foi estimada uma média de 17,6 cigarros por dia

(mediana=18,0, desvio padrão=11,8; mínimo=1, máximo=60), constatando-se que 75% dos

fumadores fumavam 10 ou mais cigarros. No grupo de fumadores portugueses foi estimada uma

média de 17,8 cigarros (mediana=20,0, desvio padrão=11,1; mínimo=1, máximo=80),

constatando-se, igualmente, que 75% dos fumadores fumavam 10 ou mais cigarros. Nos

imigrantes, o tabagismo aumentou com o tempo de permanência no país.

Outro aspecto interessante a reter é que se a diferença na prevalência de fumadores entre os dois

grupos em estudo foi apenas de 5%, o mesmo não se verificou quando se procedeu à análise por

sexo, em que se observou prevalências semelhantes nos homens, enquanto que as mulheres

imigrantes revelaram uma prevalência superior à das portuguesas (imigrantes: 17,0%;

portuguesas: 9,6%). De qualquer modo o tabagismo foi sempre mais prevalente nos homens

(Tabelas 35, 35.1 e 35.2). Nestas Tabelas estão também descritos resultados padronizados pela

idade.

A maior parte não alterou hábitos nos dois anos precedentes à entrevista (imigrantes, 68,2%;

portugueses, 67,5%). As percentagens estimadas para aqueles que referiram diminuição do

consumo equivaleram-se às estimadas para os que aumentaram e iniciaram o consumo. Contudo,

quando se analisou esta variável por sexo verificou-se que a percentagem de mulheres que

iniciaram o consumo ou, mesmo, fumaram mais, foi maior do que a percentagem daquelas que

referiram fumar menos (Tabelas 36, 36.1 e 36.2).

Praticamente metade dos fumadores já tinha tentado deixar de fumar, mais os imigrantes

(imigrantes: 52,8%; portugueses: 45,1%) e, fundamentalmente as mulheres imigrantes (65,4%)

(Tabelas 37, 37.1 e 37.2).

Page 131: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 125

O medo de problemas de saúde foi a razão mais invocada, quer pelos imigrantes, quer pelos

portugueses, para tentarem deixar de fumar.

Mais de um terço de imigrantes não fumadores estava exposto ao fumo passivo e especialmente

os homens (Tabela 38, 38.1 e 38.2).

A percentagem de imigrantes fumadores que referiu evitar fumar, quase sempre, em presença de

não fumadores foi ligeiramente inferior, cerca de 3%, relativamente à percentagem daqueles que

nunca o faziam (40,8%). Os imigrantes que adoptavam este comportamento eram em maior

percentagem do que os portugueses (imigrantes: 37,9%; portugueses: 29,1%). As mulheres, quer

imigrantes, quer portuguesas, pareceram estar mais sensibilizadas para este comportamento

(imigrantes: 43,0%; portuguesas: 34,3%) (Tabelas 39, 39.1 e 39.2).

Constatou-se que a maioria dos não fumadores, quer imigrantes, quer portugueses, não pedia aos

fumadores para evitarem fumar na respectiva presença (imigrantes: 68,1%; portugueses: 78,4%).

Contudo, verificou-se uma percentagem maior de imigrantes não fumadores a adoptarem essa

atitude do que portugueses não fumadores (Tabelas 39, 39.1 e 39.2).

Page 132: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 126

Tabela 35 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) e totais populacionais, de respondentes que referiram hábitos tabágicos diários e por quantidade de consumo, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes, com idade � 10 anos.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Hábitos tabágicos diários 1658 31860

Sim 22,2 127628 17,3 1373658

% padronizada 21,2 18,3

Quantidade 374 5270

�20 Cigarros 84,9 101599 81,5 1105823

>20 Cigarros 15,1 18028 18,5 250315

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 133: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 127

Tabela 35.1 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) e totais populacionais, de respondentes que referiram hábitos tabágicos diários e por quantidade de consumo, na população de imigrantes, com idade � 10 anos, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra

Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Hábitos tabágicos diários 397 434 461 366

Sim 17,2 24265 17,6 26134 24,1 39970 31,5 37259

% padronizada 17,3 15,9 23,3 38,9

Quantidade 85 73 116 100

�20 Cigarros 82,3 19979 80,5 21199 89,2 29911 86,0 30511

>20 Cigarros 17,7 4286 19,5 5136 10,8 3629 14,0 4977

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor

ponderado)

Page 134: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 128

Tabela 35.2 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade), de respondentes que referiram hábitos tabágicos diários e por quantidade de consumo, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, com idade � 10 anos, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

Hábitos tabágicos diários n=189 n=208 n=211 n=223 n=222 n=239 n=153 n=213 n=775 n=883 n=14992 n=16868

Sim 20,5 14,3 25,3 8,5 25,3 22,5 44,1 22,2 27,5 17,0 26,0 9,6

% padronizada 18,7 16,9 21,4 9,0 26,6 21,7 51,9 26,6 25,9 16,3 26,5 10,8

Quantidade n=51 n=34 n=47 n=26 n=76 n=40 n=52 n=48 n=226 n=148 n=3895 n=1375

�20 Cigarros 70,7 97,4 75,5 98,3 85,3 94,8 79,6 94,5 78,4 95,8 75,7 95,2

>20 Cigarros 29,3 2,6 24,5 1,7 14,7 5,2 20,4 5,5 21,6 4,2 24,3 4,8

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado)

Page 135: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 129

Tabela 36 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por evolução no consumo de tabaco, na população de imigrantes e portugueses não migrantes, com idade � 10 anos

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Há dois anos atrás 427 5951

Fumava mais 16,4 22836 14,8 226351

Fumava o mesmo 68,2 94868 67,5 1035576

Fumava menos 12,3 17144 14,2 217569

Não fumava 3,1 4298 3,5 53958

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 136: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 130

Tabela 36.1 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por evolução no consumo de tabaco, na população de imigrantes, com idade � 10 anos, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra

Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Há dois anos atrás 93 89 135 110

Fumava mais 15,7 4210 2,8 896 15,5 6325 28,6 11405

Fumava o mesmo 71,2 19077 84,6 26808 61,0 24898 60,4 24086

Fumava menos 6,4 1725 10,5 3341 22,3 9117 7,4 2960

Não fumava 6,6 1773 2,1 650 1,2 471 3,5 1404

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor

ponderado)

Page 137: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 131

Tabela 36.2 – Distribuição percentual (% ponderada), por evolução do consumo de tabaco, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, com idade � 10 anos, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

Há dois anos atrás n=54 n=39 n=58 n=31 n=85 n=50 n=58 n=52 n=255 n=172 n=4376 n=1575

Fumava mais 17,4 13,8 2,8 3,0 17,7 12,6 31,7 24,6 16,9 15,6 14,0 16,5

Fumava o mesmo 72,5 69,9 83,4 89,1 69,9 49,3 66,2 52,9 73,4 60,0 70,0 61,5

Fumava menos 9,3 3,2 12,4 3,4 11,4 36,8 1,9 14,6 8,8 17,8 13,2 16,6

Não fumava 0,8 13,1 1,4 4,4 1,0 1,4 0,1 7,9 0,9 6,6 2,8 5,4

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado)

Page 138: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 132

Tabela 37 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por tentativa de cessação de fumar e respectiva frequência, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes, com idade � 10 anos.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Alguma vez tentou deixar de fumar 425 5949

Sim 52,8 73035 45,1 689086

Tentou deixar de fumar 218 2534

Uma vez 49,7 36330 42,6 293596

Duas a três vezes 25,8 18808 35,6 244957

Mais de três vezes 24,5 17898 21,8 150039

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 139: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 133

Tabela 37.1 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por tentativa de cessação de fumar e respectiva frequência, na população de imigrantes, com idade � 10 anos, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra

Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Alguma vez tentou deixar de fumar 91 89 135 110

Sim 42,1 10916 35,1 11125 67,3 27458 59,1 23537

Tentou deixar de fumar 43 39 70 66

Uma vez 38,2 4167 56,2 6251 45,7 12547 56,8 13365

Duas a três vezes 36,6 3999 36,7 4088 22,3 6119 19,5 4601

Mais de três vezes 25,2 2750 7,1% 786 32,0 8792 23,7 5571

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor

ponderado)

Page 140: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 134

Tabela 37.2 – Distribuição percentual (% ponderada), por tentativa de cessação de fumar e respectiva frequência, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, com idade � 10 anos, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

Alguma vez tentou deixar de fumar n=53 n=38 n=58 n=31 n=85 N50 n=58 n=52 n=254 N171 n=4375 n=1574

Sim 20,0 65,8 28,9 59,2 57,0 80,8 64,7 51,7 44,8 65,4 44,0 47,7

Tentou deixar de fumar n=24 n=19 n=22 n=17 n=40 n=30 n=37 n=29 n=123 n=95 n=1816 n=718

Uma vez 23,2 43,1 43,8 79,9 54,1 37,9 55,1 59,4 50,3 49,1 43,5 40,7

Duas a três vezes 44,5 34,1 51,0 9,6 9,5 34,1 26,2 8,8 26,4 25,0 35,2 36,5

Mais de três vezes 32,4 22,8 5,3 10,5 36,4 28,0 18,7 31,7 23,3 25,8 21,3 22,8

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado)

Page 141: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 135

Tabela 38 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por exposição ao fumo passivo, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes, com idade � 10 anos.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Ao longo da semana, está em espaços fechados junto de fumadores

1645 31768

Sempre/A maior parte do tempo 9,6 54374 4,7 375053

Algum tempo 28,2 160022 25,2 1988974

Pouco tempo/Nunca 62,2 352106 70,1 5535781

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 142: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 136

Tabela 38.1 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por exposição ao fumo passivo, na população de imigrantes, com idade � 10 anos, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Ao longo da semana, está em espaços fechados junto de fumadores

395 430 455 365

Sempre/A maior parte do tempo 7,7 10784 10,0 14305 9,8 16112 11,1 13173

Algum tempo 33,2 46632 26,9 38712 29,0 47633 22,8 27045

Pouco tempo/Nunca 59,1 82996 63,1 90674 61,1 100293 66,0 78144

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor

ponderado)

Page 143: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 137

Tabela 38.2 – Distribuição percentual (% ponderada), por exposição ao fumo passivo, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, com idade � 10 anos, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

Ao longo da semana, está em espaços fechados junto de fumadores

n=187 n=208 n=210 n=220 n=218 n=237 n=152 n=213 n=767 n=878 n=14920 n=16848

Sempre/A maior parte do tempo 8,1 7,3 11,7 7,8 7,6 12,4 18,8 5,6 10,8 8,3 5,7 3,9

Algum tempo 31,6 34,6 28,8 24,6 32,2 25,2 32,3 15,9 31,2 25,3 32,6 18,6

Pouco tempo/Nunca 60,3 58,1 59,5 67,7 60,1 62,4 48,9 78,5 58,0 66,4 61,7 77,5

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado)

Page 144: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 138

Tabela 39 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por respondentes que sendo fumadores evitam fumar em presença de não fumadores e por respondentes não fumadores que tentam induzir alteração de comportamento taabágico a fumadores, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes, com idade � 10 anos.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Sendo fumador, evita fumar na presença de pessoas que não fumem

423 5906

Sempre/Muitas vezes 37,9 50935 29,1 439666

Algumas vezes 21,3 28583 18,2 275095

Poucas vezes ou nunca 40,8 54745 52,7 796282

Não sendo fumador pede aos fumadores que evitem fumar na sua presença

1207 25671

Sempre/Muitas vezes 19,7 82740 11,1 698877

Algumas vezes 12,2 51342 10,5 663508

Poucas vezes ou nunca 68,1 286539 78,4 4953453

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 145: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 139

Tabela 39.1 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por respondentes que sendo fumadores evitam fumar em presença de não fumadores e por respondentes não fumadores que tentam induzir alteração do comportamento tabágico a fumadores, na população de imigrantes, com idade � 10 anos, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Sendo fumador, evita fumar na presença de pessoas que não fumem

93 87 134 109

Sempre/Muitas vezes 18,9 5065 30,5 8608 44,7 17643 49,3 19619

Algumas vezes 37,7 10089 25,9 7318 20,3 8010 8,0 3167

Poucas vezes ou nunca 43,4 11632 43,6 12288 35,0 13841 42,7 16984

Não sendo fumador pede aos fumadores que evitem fumar na sua presença

300 335 320 252

Sempre/Muitas vezes 15,6 17672 17,4 18948 26,4 32329 18,2 13790

Algumas vezes 10,5 11905 12,1 13142 11,3 13846 16,4 12449

Poucas vezes ou nunca 73,8 83512 70,5 76856 62,4 76514 65,4 49656

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor

ponderado)

Page 146: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 140

Tabela 39.2 – Distribuição percentual (% ponderada), por respondentes que sendo fumadores evitam fumar em presença de não fumadores e por respondentes não fumadores que tentam induzir alteração do comportamento tabágico a fumadores, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, com idade � 10 anos, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

Sendo fumador, evita fumar na presença de pessoas que não fumem

n=54 n=39 n=56 n=31 n=84 n=50 n=57 n=52 n=121 n=172 n=4337 n=1569

Sempre/Muitas vezes 11,3 27,4 29,0 35,7 51,9 35,7 37,6 64,5 34,5 43,0 26,9 34,3

Algumas vezes 39,5 35,6 23,2 35,1 15,0 26,9 4,8 12,1 18,7 25,2 18,0 18,6

Poucas vezes ou nunca 49,2 37,0 47,8 29,2 33,1 37,5 57,7 23,4 46,8 31,9 55,0 47,0

Não sendo fumador pede aos fumadores que evitem fumar na sua presença

n=132 n=168 n=148 n=187 n=135 n=185 n=92 n=160 n=507 n=700 n=10464 n=15207

Sempre/Muitas vezes 11,5 19,1 20,7 14,4 26,3 26,4 20,8 16,9 20,2 19,2 10,6 11,4

Algumas vezes 16,7 5,2 8,7 15,1 10,5 12,3 16,1 16,6 12,4 12,1 9,8 11,0

Poucas vezes ou nunca 71,8 75,6 70,6 70,5 63,2 61,3 63,1 66,6 67,5 68,7 79,5 77,7

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado)

Page 147: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 141

Consumo de alimentos e bebidas alcoólicas

A grande maioria dos respondentes referiu fazer três refeições principais por dia (imigrantes:

87,9%; portugueses: 92,9%). Contudo estimou-se em 19,4%, os imigrantes que referiram não

comer mais nada senão duas refeições por dia, ou menos. A percentagem mais elevada foi obtida

nas mulheres (Tabelas 40, 40.1 e 40.2).

Relativamente ao consumo de bebidas alcoólicas, constatou-se que quase metade dos inquiridos

declarou ser abstémio (imigrantes: 46,1%; portugueses: 48,4%). A percentagem de mulheres que

declarou não beber bebidas alcoólicas foi superior à dos homens, tanto nos imigrantes, como nos

portugueses não migrantes (Tabelas 41, 41.1 e 41.2). Nestas Tabelas constam também os

resultados padronizados pela idade.

Nas Tabelas 42 e 43 caracterizaram-se os consumidores detalhando o padrão de consumo de

álcool. De reter, a percentagem maior de portugueses que referiu consumir vinho diariamente

(46,3%) relativamente aos imigrantes (27,1%). Por outro lado, a percentagem de imigrantes que

declarou ter bebido cerveja diariamente foi superior à dos portugueses não migrantes (imigrantes:

17,1%; portugueses: 13,1%). As percentagens daqueles que referiram consumir diariamente

bebidas com alto teor de álcool foram praticamente idênticas nos dois grupos. A maioria bebia o

mesmo nos fins-de-semana, mas os imigrantes revelaram maior percentagem de indivíduos a

referir mudança de comportamento, especialmente à custa daqueles que referiram beber só ao

fim-de-semana (15,8%).

Page 148: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 142

Tabela 40 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por número de refeições principais (pequeno almoço, almoço e jantar) e por número de refeições principais em exclusivo (sem consumirem qualquer outro alimento fora das refeições), na população de imigrantes e de portugueses não migrantes.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Refeições principais por dia 1743 35476

1 1,0 6083 0,8 71541

2 11,1 67824 6,3 562355

3 87,9 534575 92,9 8345875

Refeições principais por dia, em exclusivo (sem comerem fora das refeições principais)

558 9613

1 1,1 2150 0,9 21877

2 18,3 36651 9,2 218928

3 80,6 161423 89,9 2141626

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - população estimada (valor ponderado)

Page 149: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ss

aa úúdd ee

ddoo ss

ii mmii gg

rr aann tt

ee ss ee

mm PP

oo rrtt uu

gg aall ––

rree ss

uu lltt aa

dd ooss

dd oo QQ

uu aarr tt

oo II nn

qq uuéé rr

ii tt oo NN

aa ccii oo

nn aall dd

ee SS

aa úúdd ee

((22 00

00 55// 22

00 0066 ))

Inst

ituto

Nac

iona

l de

Saú

de D

r. R

icar

do J

orge

- D

epar

tam

ento

de

Epi

dem

iolo

gia

143

Tabe

la 4

0.1

– D

istr

ibui

ção

perc

entu

al (

% p

onde

rada

) e

tota

is p

opul

acio

nais

, por

núm

ero

de r

efei

ções

pri

ncip

ais

(peq

ueno

alm

oço,

alm

oço

e ja

ntar

) e

por

núm

ero

de r

efei

ções

pri

ncip

ais

em e

xclu

sivo

(se

m c

onsu

mire

m q

ualq

uer

outr

o al

imen

to f

ora

das

refe

içõe

s),

na p

opul

ação

de

imig

rant

es,

segu

ndo

o nú

mer

o de

ano

s de

resi

dênc

ia e

m P

ortu

gal.

Im

igra

ntes

– a

nos

de r

esid

ênci

a em

Por

tuga

l

�5

6-

15

16

-29

�30

A

mos

tra

Est

imat

ivas

na

popu

laçã

o

Am

ostr

a E

stim

ativ

as n

a po

pula

ção

A

mos

tra

Est

imat

ivas

na

popu

laçã

o

Am

ostra

E

stim

ativ

as n

a po

pula

ção

n

n

n

n

Ref

eiçõ

es

prin

cipa

is p

or d

ia

461

45

5

461

36

6

1

0,3

487

1,5

2329

1,

5 25

70

0,6

698

2

13,8

23

069

11,7

18

258

8,4

1394

5

10

,6

1255

2

3

85,9

14

3685

86

,9

1360

08

90,1

14

9674

88

,8

1052

08

Ref

eiçõ

es

prin

cipa

is p

or

dia,

em

exc

lusi

vo

(sem

com

erem

fora

da

s re

feiç

ões

prin

cipa

is)

150

13

7

155

11

6

1

0,2

91

0,2

92

3,8

1967

0,

0 -

2

19,8

10

361

15,5

87

64

21,5

11

215

16,1

63

10

3

80,1

41

946

84,3

47

550

74,8

39

088

83,9

32

839

n –

núm

ero

de in

diví

duos

ent

revi

stad

os c

om re

spos

tas

válid

as (v

alor

não

pon

dera

do);

p̂- p

erce

ntag

em e

stim

ada

(val

or p

onde

rado

); N̂

- pop

ulaç

ão e

stim

ada

(val

or p

onde

rado

)

Page 150: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ss

aa úúdd ee

ddoo ss

ii mmii gg

rr aann tt

ee ss ee

mm PP

oo rrtt uu

gg aall ––

rree ss

uu lltt aa

dd ooss

dd oo QQ

uu aarr tt

oo II nn

qq uuéé rr

ii tt oo NN

aa ccii oo

nn aall dd

ee SS

aa úúdd ee

((22 00

00 55// 22

00 0066 ))

Inst

ituto

Nac

iona

l de

Saú

de D

r. R

icar

do J

orge

- D

epar

tam

ento

de

Epi

dem

iolo

gia

144

Tabe

la 4

0.2

– D

istri

buiç

ão p

erce

ntua

l (%

pon

dera

da),

por

núm

ero

de r

efei

ções

pri

ncip

ais

(peq

ueno

alm

oço,

alm

oço

e ja

ntar

) e

por

núm

ero

de r

efei

ções

pr

inci

pais

em

exc

lusi

vo (s

em c

onsu

mire

m q

ualq

uer o

utro

alim

ento

fora

das

refe

içõe

s), n

a po

pula

ção

de im

igra

ntes

, seg

undo

o n

úmer

o de

ano

s de

resi

dênc

ia

em P

ortu

gal e

tota

l, e

de p

ortu

gues

es n

ão m

igra

ntes

, seg

undo

o s

exo.

Im

igra

ntes

Ano

s de

res

idên

cia

em P

ortu

gal

�5

6-15

16

-29

�30

To

tal

Por

tugu

eses

não

m

igra

ntes

H

M p̂

H p̂

M

H p̂

M p̂

H p̂

M p̂

H p̂

M p̂

H p̂

M p̂

Ref

eiçõ

es p

rinc

ipai

s po

r di

a

n=22

5 n=

236

n=21

7 n=

238

n=22

2 n=

239

n=15

3 n=

213

n=81

7 n=

926

n=16

867

n=18

609

1 0,

3 0,

3 2,

5 0,

3 0,

7 2,

5 0,

2 0,

9 1,

0 1,

0 0,

9 0,

7

2 10

,3

17,3

12

,2

11,0

9,

9 6,

6 16

,1

6,6

11,6

10

,7

6,5

6,1

3 89

,4

82,4

85

,3

88,6

89

,4

90,9

83

,8

92,5

87

,4

88,4

92

,6

93,2

Ref

eiçõ

es p

rinc

ipai

s po

r di

a, e

m

excl

usiv

o (s

em c

omer

em fo

ra d

as

refe

içõe

s pr

inci

pais

) n=

75

n=75

n=

72

n=65

n=

84

n= 7

1 n=

70

n=46

n=

301

n=25

7 n=

5152

n=

4461

1 0,

1 0,

3 0,

0 0,

4 1,

2 6,

9 0,

0 0,

0 0,

3 1,

9 1,

0 0,

9

2 13

,2

24,7

9,

2 23

,8

28,5

12

,6

12,5

22

,8

16,0

21

,1

8,6

9,9

3 86

,7

75,1

90

,8

75,9

70

,2

80,5

87

,5

77,2

83

,7

77,0

90

,4

89,3

n –

núm

ero

de in

diví

duos

ent

revi

stad

os c

om re

spos

tas

válid

as (v

alor

não

pon

dera

do);

p̂- p

erce

ntag

em e

stim

ada

(val

or p

onde

rado

)

Page 151: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 145

Tabela 41 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) e totais populacionais, por respondentes que referiram abstinência ao álcool (não consumiram vinho, cerveja, bagaço/aguardente/brandy, vinho do Porto/Martini/licores, whisky/gim/vodka) nos 12 meses anteriores à entrevista, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Consumo de bebidas alcoólicas 1734 35452

Não 46,1 474958 48,4 4338906

% padronizada 44,1 44,0

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - população estimada (valor ponderado)

Page 152: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 146

Tabela 41.1 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) e totais populacionais, por respondentes que referiram abstinência ao álcool (não consumiram vinho, cerveja, bagaço/aguardente/brandy, vinho do Porto/Martini/licores, whisky/gim/vodka) nos 12 meses anteriores à entrevista, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Consumo de bebidas alcoólicas

460 449 459 366

Não 60,2 100349 53,3 78685 38,8 63353 27,5 32571

% padronizada 55,5 52,0 40,3 28,6

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - população estimada (valor ponderado)

Page 153: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 147

Tabela 41.2 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade), por respondentes que referiram abstinência ao álcool (não consumiram vinho, cerveja, bagaço/aguardente/brandy, vinho do Porto/Martini/licores, whisky/gim/vodka) nos 12 meses anteriores à entrevista, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

Consumo de bebidas alcoólicas n=225 n=235 n=215 n=234 n=222 n=237 n=153 n=213 n=815 n=919 n=16847 n=18605

Não 58,5 61,9 44,0 64,4 28,0 52,2 14,3 37,2 38,4 54,3 36,5 59,1

% padronizada 51,8 46,4 34,4 62,1 27,8 53,7 16,8 37,4 34,7 53,1 30,3 55,8

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado)

Page 154: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 148

Tabela 42 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por consumo diário de bebidas alcoólicas, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Bebeu diariamente vinho 820 27,1 71446 14401 46,3 1862320

Bebeu diariamente cerveja

731 17,1 41147 10535 13,1 373184

Bebeu diariamente bagaço/aguardente/brandy

159 16,7 6771 2962 15,2 120703

Bebeu diariamente Porto/Martini/ licores

415 0,9 1240 6579 1,3 24440

Bebeu diariamente whisky/gim/vodka 357 4,1 4121 4588 4,2 54230

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - população estimada (valor ponderado)

Page 155: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ss

aa úúdd ee

ddoo ss

ii mmii gg

rr aann tt

ee ss ee

mm PP

oo rrtt uu

gg aall ––

rree ss

uu lltt aa

dd ooss

dd oo QQ

uu aarr tt

oo II nn

qq uuéé rr

ii tt oo NN

aa ccii oo

nn aall dd

ee SS

aa úúdd ee

((22 00

00 55// 22

00 0066 ))

Inst

ituto

Nac

iona

l de

Saú

de D

r. R

icar

do J

orge

- D

epar

tam

ento

de

Epi

dem

iolo

gia

149

Tabe

la 4

2.1

– D

istr

ibui

ção

perc

entu

al (

% p

onde

rada

) e

tota

is p

opul

acio

nais

, po

r co

nsum

o di

ário

de

bebi

das

alco

ólic

as n

a po

pula

ção

de i

mig

rant

es,

segu

ndo

o nú

mer

o de

ano

s de

resi

dênc

ia e

m P

ortu

gal.

Im

igra

ntes

– a

nos

de r

esid

ênci

a em

Por

tuga

l

�5

6-

15

16

-29

�30

A

mos

tra

Est

imat

ivas

na

popu

laçã

o

Am

ostr

a E

stim

ativ

as n

a po

pula

ção

A

mos

tra

Est

imat

ivas

na

popu

laçã

o

Am

ostra

E

stim

ativ

as n

a po

pula

ção

n

n

n

n

Beb

eu d

iaria

men

te

vinh

o

176

14,8

74

13

16

9 31

,6

1654

6

242

24,7

20

009

23

3 34

,2

2747

7

Beb

eu d

iaria

men

te

cerv

eja

179

24,0

11

696

16

2 24

,1

1276

6

203

13,6

10

617

18

7 10

,0

6069

Beb

eu d

iaria

men

te

baga

ço/a

guar

den

te/b

rand

y 34

12

,2

659

37

27

,8

2576

48

1,9

251

40

26

,0

3285

Beb

eu d

iaria

men

te

Por

to/M

arti

ni/

licor

es

77

0,0

-

99

0,0

-

130

2,5

1240

109

0,0

-

Beb

eu d

iaria

men

te

whi

sky/

gim

/ vo

dka

73

1,2

205

71

1,

3 22

2

112

5,3

1739

101

5,9%

19

57

n –

núm

ero

de in

diví

duos

ent

revi

stad

os c

om re

spos

tas

válid

as (v

alor

não

pon

dera

do);

p̂- p

erce

ntag

em e

stim

ada

(val

or p

onde

rado

); N̂

- pop

ulaç

ão e

stim

ada

(val

or p

onde

rado

)

Page 156: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 150

Tabela 42.2 – Distribuição percentual (% ponderada), por consumo diário de bebidas alcoólicas, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

Consumo de vinho n=105 n=71 n=96 n=73 n=146 n=96 n=124 n=109 n=471 n=349 n=9002 n=5399

Bebeu diariamente 17,2 11,8 38,8 16,1 31,3 10,3 54,8 12,8 36,5 12,5 56,2 32,2

Consumo de cerveja n=110 n=69 n=106 n=56 n=141 n=62 n=113 n=74 n=470 n=261 n=7772 n=2763

Bebeu, , diariamente 34,8 9,7 33,6 2,8 16,6 5,1 16,6 1,7 23,8 4,7 17,7 1,2

Consumo de bagaço/aguardente/brandy n=29 n=5 n=29 n=8 n=41 n7= n=36 n=4 n=135 n=24 n=315 n=2647

Bebeu diariamente 13,4 0,0 35,3 0,0 2,0 0,0 27,1 0,0 18,2 0,0 16,7 2,0

Consumo de Porto/Martini//licores n=46 n=31 n=51 n=48 n=63 n=67 n=50 n=59 n=210 n=205 n=3646 n=2933

Bebeu diariamente 0,0 0,0 0,0 0,0 4,0 0,0 0,0 0,0 1,6 0,0 2,1 0,3

Consumo de whisky/gim/vodka n=56 n=17 n=53 n=18 n=81 n=31 n=75 n=26 n=265 n=92 n=3773 n=815

Bebeu diariamente 1,6 0,0 1,7 0,0 6,6 0,1 8,1 0,0 5,4 0,0 5,1 0,5

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado)

Page 157: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 151

Tabela 43 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por padrão de consumo de bebidas alcoólicas nos fins-de-semana comparativamente aos dias de semana, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Consumo de bebidas nos fins-de-semana

672 11589

Bebeu menos no fim-de-semana 11,4 25992 5,2 177686

Bebeu o mesmo no fim-de-semana

42,5 96837 63,6 2176858

Bebeu mais no fim-de-semana 27,5 62697 23,3 798357

Não bebeu no fim-de-semana

2,7 6226 2,4 80850

Só bebeu no fim-de-semana

15,8 35996 5,5 188826

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor ponderado)

Page 158: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 152

Tabela 43.1 – Distribuição percentual (% ponderada) e totais populacionais, por padrão de consumo de bebidas alcoólicas nos fins-de-semana comparativamente aos dias de semana, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal.

Imigrantes – anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

Amostra Estimativas na população

n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂ n p̂ N̂

Consumo de bebidas nos fins-de-semana

146 141 200 185

Bebeu menos no fim-de-semana

5,7 2478 12,2 6237 15,7 11328 9,8 5948

Bebeu o mesmo no fim-de-semana

35,4 15472 32,2 16518 47,3 34208 50,7 30638

Bebeu mais no fim-de-semana

29,3 12820 37,0 18971 20,7 14942 26,4 15964

Não bebeu no fim-de-semana

1,7 756 0,5 268 5,9 4238 1,6 964

Só bebeu no fim-de-semana

27,9 12229 18,1 9263 10,5 7594 11,4 6910

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - total populacional estimado na categoria da variável (valor

ponderado)

Page 159: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 153

Tabela 43.2 – Distribuição percentual (% ponderada), por padrão de consumo de bebidas alcoólicas nos fins-de-semana comparativamente aos dias de semana, na população de imigrantes, segundo o número de anos de residência em Portugal e total, e de portugueses não migrantes, segundo o sexo.

Imigrantes

Anos de residência em Portugal

�5 6-15 16-29 �30

Total

Portugueses não migrantes

H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

p̂ H

p̂ M

Consumo de bebidas nos fins-de-semana n=95 n=51 n=84 n=57 n=131 n=69 n=115 n=70 n=425 n=247 n=8082 n=3507

Bebeu menos no fim-de-semana 9,0 1,1 12,3 11,9 13,2 21,1 12,6 5,1 12,1 10,1 5,2 5,2

Bebeu o mesmo no fim-de-semana 39,7 29,5 29,9 36,9 49,5 42,6 54,2 44,6 44,5 38,9 62,5 65,7

Bebeu mais no fim-de-semana 26,5 33,1 40,6 29,8 25,4 10,3 27,0 25,4 29,5 23,8 26,3 17,8

Não bebeu no fim-de-semana 1,5 2,0 0,0 1,5 2,9 12,3 1,0 2,7 1,5 5,0 1,7 3,6

Só bebeu no fim-de-semana 23,3 34,3 17,2 19,9 9,0 13,7 5,3 22,2 12,4 22,1 4,3 7,7

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado); p̂ - percentagem estimada (valor ponderado)

Page 160: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 154

Insegurança alimentar

Relativamente a esta área de inquirição, os indivíduos foram questionados acerca quer da sua

experiência individual, quer sobre a dos restantes familiares residentes no agregado,

relativamente aos doze meses que precederam a entrevista. Note-se que foram obtidos dados

para, apenas, 23 representantes da família, no grupo dos imigrantes e para 615, no grupo dos

portugueses não migrantes.

Na globalidade, mais portugueses do que imigrantes referiram restrições alimentares por

dificuldades económicas (imigrantes: 29,4%; portugueses: 34,3%), constatando-se mesmo e

existência de fome (imigrantes: 11,8%; portugueses: 15,0%). O aspecto, eventualmente mais

relevante prendeu-se com as diferenças de percentagens encontradas entre os imigrantes segundo

o tempo de imigração. Com efeito, 61,5% dos imigrantes com cinco ou menos anos de imigração

referiram restrições alimentares por motivos económicos. Esta percentagem diminuiu, com o

tempo de permanência no país chegando mesmo a anular-se nos grupos de imigrantes com 16 ou

mais anos de imigração. O mesmo se passou relativamente à ocorrência de fome.

Da análise desagregada por sexo ressaltaram algumas diferenças, nomeadamente as restrições

alimentares ocorreram com mais frequência nos homens imigrantes do que nas mulheres deste

grupo, tendo sido eles, a referiram o fenómeno da fome, enquanto que no grupo dos portugueses

foram as mulheres a declararem uma percentagem mais elevada de insegurança alimentar.

A ocorrência da situação com familiares teve pouca expressão. Manteve-se, contudo, o mesmo

padrão, em que a situação foi referida pelo grupo de imigrantes mais recentes e, aqui,

fundamentalmente, pelas mulheres.

Page 161: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 155

Actividade física

Entre outras perguntas, a actividade física foi avaliada inquirindo os indivíduos de 15 e mais anos

sobre o tempo gasto a andar no trabalho/escola e em casa, a deslocar-se de um lado para outro e

ainda sobre o acto de caminhar somente por recreação, desporto ou lazer. Considerou-se, assim

que esta seria actividade mínima desenvolvida.

Ainda que a maioria (imigrantes: 67,8%; portugueses: 57,3%) referiu que anda, pelo menos, 10

minutos seguidos em 3 ou mais dias da semana, foi apreciável a percentagem de indivíduos que

despenderam menos tempo a andar (Tabela 44).

O tempo médio ponderado gasto neste tipo de actividade, em um dia da semana em causa, foi de

1 hora e 34 minutos (mediana=1h, desvio padrão=1h 47m; mínimo=10m, máximo=10h) para os

imigrantes; de 1 hora e 40 minutos (mediana=1h, desvio padrão=2h; mínimo=0m, máximo=15h)

para os portugueses.

As diferenças entre os homens e mulheres imigrantes foram pequenas e menores do que as

verificadas entre homens e mulheres portugueses. Os homens portugueses revelaram-se mais

sedentários do que os imigrantes e do que as mulheres portuguesas (Tabela 44.1).

Nas Tabelas estão também descritos os resultados padronizados pela idade.

Page 162: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 156

Tabela 44 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade) e totais populacionais, por dias em que os respondentes declararam andar pelo menos 10 minutos, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes, �15 anos.

Imigrantes Portugueses não migrantes

Amostra Estimativas na população Amostra Estimativas na

população

n p̂ N̂ n p̂ N̂

Andou pelo menos 10 minutos 378 7254

Nenhum dia 22,3 119727 30,6 2189162

1-2 dias 9,9 52878 12,1 863037

�3 dias 67,8 364141 57,3 4092625

% padronizadas

Nenhum dia 22,3 30,6

1-2 dias 8,6 12,1

�3 dias 69,2 57,3

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado); N̂ - população estimada (valor ponderado)

Page 163: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 157

Tabela 44.1 – Distribuição percentual (% ponderada, sem e com padronização pela idade), por dias em que os respondentes declararam andar pelo menos 10 minutos, na população de imigrantes e de portugueses não migrantes, �15 anos, segundo o sexo.

Imigrantes Portugueses não migrantes

H M H M

n p̂ n p̂

n p̂

n p̂

Andou pelo menos 10 minutos

188 190 3389 3865

Nenhum dia 20,7 24,0 34,0 27,7

1-2 dias 11,3 8,3 11,0 13,0

�3 dias 67,9 67,7 55,0 59,3

% padronizadas

Nenhum dia 22,2 22,9 34,0 27,4

1-2 dias 9,9 7,1 11,1 13,0

�3 dias 67,8 69,9 54,9 59,6

n – número de indivíduos entrevistados com respostas válidas (valor não ponderado);

p̂ - percentagem estimada (valor ponderado

Page 164: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 158

Page 165: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 159

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES

Apreciação geral:

Os resultados obtidos através do 4ºINS, realizado entre Fevereiro de 2005 e Fevereiro de 2006,

permitem estudar diversos aspectos do estado de saúde, factores determinantes e utilização de

cuidados de saúde pelas pessoas que, residindo em Portugal, não são naturais deste país. A

comparação daquela população com a população natural e residente no país é clássica e originou,

no passado, avanços na compreensão dos factores causais de certas doenças.

Apesar da forte tradição migratória, são escassos os estudos efectuados sobre a saúde das

populações migrantes. Este relatório tem, assim, como finalidade contribuir para um maior

conhecimento acerca da saúde da população imigrante em Portugal.

Discussão dos métodos

Não podem deixar de ser referidos alguns aspectos de ordem metodológica a ter em consideração

na leitura deste relatório e na apreciação e utilização dos indicadores agora divulgados. Desde

logo, o facto de o INS ser um estudo transversal, o que não permite abordar as dinâmicas de

saúde/doença nem as relações com factores determinantes e com a utilização de cuidados de saúde.

Por outro lado, embora o INS seja efectuado numa amostra representativa da população

portuguesa, esta não foi planeada de modo a representar todos os segmentos da população. Assim,

a população imigrante não foi considerada no desenho da amostra utilizada no 4ºINS, o que desde

logo, contribui para explicar o número relativamente reduzido de imigrantes entrevistados, assim

como alguns dos resultados obtidos, aparentemente mais favoráveis para os imigrantes do que

seria de supor. Refira-se, no entanto, que a escassez de estudos sobre a saúde dos imigrantes em

Portugal coloca esta apreciação numa base factual frágil.

Por outro lado, a amostra utilizada no 4ºINS, obtida a partir da denominada “ amostra-mãe” ,

elaborada pelo INE, é uma amostra de unidades de alojamento, o que coloca os imigrantes agora

estudados num grupo eventualmente diferente daquele em que viverão outros imigrantes,

provavelmente com menor tempo de permanência em Portugal, ou em situação não legalizada.

Na aplicação do questionário e no trabalho de recolha dos dados não foram, também, tidas em

consideração as diferenças linguísticas entre entrevistados imigrantes e entrevistadores,

Page 166: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 160

portugueses, o que impediu, certamente, a resposta por parte daqueles imigrantes que não falassem

a língua portuguesa, ou que não tivessem ajuda de uma outra pessoa com esse conhecimento

durante a entrevista.

A aplicação de algumas áreas temáticas apenas num dos trimestres do trabalho de campo poderá

estar associada à baixa frequência obtida para alguns dos indicadores. Refira-se nomeadamente, o

caso da incapacidade de longa duração, em que a baixa frequência da maior parte desta situações

na população geral, bem como a estrutura etária mais jovem da população imigrante, terá

contribuído para a pouca expressão dos indicadores obtidos.

Nesta fase do estudo não foram efectuados testes de hipóteses, uma vez que a informação

disponível acerca dos parâmetros utilizados no desenho da amostra não era suficiente. Este

aspecto será incluído em análises posteriores. Assim, não foi possível afirmar se as diferenças

observadas entre as duas populações eram estatisticamente significativas.

Discussão dos resultados

De uma forma geral, a população imigrante estudada através dos dados do 4ºINS revelou

características de saúde que a aproximam da população portuguesa não migrante. A estrutura etária

mais jovem da população imigrante condicionou, certamente, indicadores de saúde mais

favoráveis. As características metodológicas já referidas condicionam certamente o diagnóstico da

situação agora obtido e devem ser tidas sempre em consideração durante a leitura e interpretação

deste trabalho.

Na componente demográfica, verificou-se que 6,3% (608 689) da população era imigrante,

estimativa superior à referida pelo INE 13. Da população imigrante, verificou-se que 27,5%

residia em Portugal há 5 anos ou menos e 19,5% há 30 anos ou mais.

A maior percentagem de imigrantes era do sexo masculino (imigrantes: 50,6%; portugueses:

47,5%), com uma estrutura etária mais jovem, salientando-se a diferença percentual na classe

etária dos 25-44 anos (imigrantes: 51,7%; portugueses: 29,4%), o que corresponde aos efeitos

clássicos da migração dos indivíduos mais aptos. A maior proporção de trabalhadores activos e

de desempregados observou-se entre os imigrantes, enquanto que a maior proporção de

reformados, estudantes e domésticas se verificou na população portuguesa não migrante, o que

resulta, provavelmente, da estrutura demográfica diferente. Já a instrução mais elevada, que se

Page 167: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 161

verificou ser na população imigrante (imigrantes: 43,2%; portugueses: 23,5%), embora

corresponda provavelmente aos imigrantes vindos dos países de Leste, como se sabe mais

escolarizados, coloca desafios novos na sua integração social e laboral.

Como seria de esperar, os imigrantes revelaram indicadores de estado de saúde mais favoráveis

do que os portugueses, desde o indicador geral de auto-apreciação do estado de saúde, bom ou

muito bom em 61,2% do imigrantes, contrariamente aos portugueses não migrantes com apenas

48,4% (com padronização - imigrantes: 15,7%; portugueses: 16,7%), à menor prevalência de

incapacidade física de curta duração (sem padronização – imigrantes: 10,7%; portugueses:

12,2%; com padronização – imigrantes: 11,7%; portugueses: 12,6%).

A prevalência de doenças crónicas foi sensivelmente igual em termos globais em ambos os

grupos, no caso da asma (sem padronização - imigrantes: 5,7%; portugueses: 5,2%; com

padronização – imigrantes: 6,1%; portugueses: 5,1%). No entanto, em duas das doenças mais

frequentes, observaram-se prevalências mais baixas nos imigrantes: hipertensão arterial (sem

padronização - imigrantes: 13,1%; portugueses: 18,6%; com padronização – imigrantes: 16,1%;

portugueses: 16,3%) e diabetes (sem padronização – imigrantes: 6,7%; portugueses: 6,1%; com

padronização: imigrantes: 3,8%; portugueses: 16,7%).

A frequência de sofrimento psicológico foi menor nos imigrantes do que nos portugueses não

migrantes (sem padronização - imigrantes, 22,2%; portugueses, 27,1%; com padronização -

imigrantes: 15,7%; portugueses: 16,7%). Note-se que o indicador utilizado (índice de Saúde

Mental – MHI-5) é uma medida que resulta da utilização de uma componente de escala

desenvolvida especificamente para estudos de base populacional (SF-36) e não para diagnóstico

clínico.

É de referir a menor frequência de utilização de cuidados de saúde oral no ano anterior à

entrevista (sem padronização - imigrantes: 46,3%; portugueses, 47,4%; com padronização –

imigrantes: 45,7%; portugueses: 49,5%).

A maioria das consultas efectuadas nos 3 meses anteriores à entrevista teve lugar no Serviço

Nacional de Saúde, tendo cerca de um terço dos entrevistados em ambas as populações procurado

um prestador privado (imigrantes: 31,3%; portugueses: 32,5%). Destas consultas, 20,4% foram

realizadas em serviços de urgência, no caso de imigrantes, enquanto que 17,6% de portugueses

não migrantes utilizam esses serviços, o que, em conjunto com a verificação de uma menor

percentagem de imigrantes que utilizam consultas nos centros de saúde (imigrantes: 59,8%;

Page 168: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 162

portugueses: 62,5%), sugere uma menor acessibilidade. A frequência de utilização de consultas

médicas pelos imigrantes nos 3 meses anteriores aumenta com o tempo de imigração, reflexo

provável quer da idade, quer da maior integração do grupo que foi incluído na amostra do 4ºINS.

Por outro lado, embora o SNS seja referido pela maior parte das pessoas de ambos os grupos

(imigrantes: 85,0%; portugueses: 79,9%), a posse de um seguro de saúde foi mais frequentemente

referida pelos imigrantes (imigrantes: 12,2%; portugueses: 10,5%) o que carece de estudo mais

aprofundado. Uma das explicações poderá ser a cobertura por seguros de saúde obtida através da

entidade empregadora dos imigrantes.

A proporção da população que refere ter efectuado despesas em cuidados de saúde nas duas

semanas anteriores à entrevista foi semelhante em ambos os grupos (imigrantes: 31,7%;

portugueses: 33,8%), verificando-se que a quantia dispendida é mais elevada nos portugueses e

nas mulheres.

Quase metade das pessoas com incapacidade temporária, nas duas semanas anteriores à entrevista

recorreu ao médico (imigrantes: 49,0%; portugueses: 50,4%) e tomou medicamentos receitados

pelo médico (imigrantes: 51,6%; portugueses: 58,4%), sendo esta utilização de medicamentos

ligeiramente inferior nos imigrantes. A não utilização de cuidados médicos por 46,0% de

imigrantes e 43,6% dos portugueses não migrantes, é um facto inesperado e que carece de

investigação adicional, apenas possível através da análise dos motivos de doença aguda nestes

grupos.

Em geral, o consumo de medicamentos nas duas semanas anteriores à entrevista foi inferior nos

imigrantes do que nos portugueses não migrantes (sem padronização – imigrantes: 44,7%;

portugueses: 51,6%; com padronização – imigrantes: 45,7%; portugueses: 49,5%). Estes

indicadores podem sugerir quer dificuldades de acesso aos cuidados, quer dificuldades

financeiras na aquisição de medicamentos, o recurso mais frequente a auto-cuidados, ou uma

menor literacia em saúde por parte dos imigrantes.

É de notar que pressão arterial elevada foi o motivo mais invocado para terapêutica

medicamentosa, na globalidade e em cada sexo, em ambas as populações, facto que demonstra a

importância que esta doença tem em diversos grupos da sociedade actual.

A medição da pressão arterial há 3 anos ou menos foi menos frequentemente referida pela

população imigrante com 20 ou mais anos de idade, assim como a medição da colesterolémia,

pelo menos uma vez, há 3 anos ou menos foi menos referida pela população imigrante com 30 ou

Page 169: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 163

mais anos de idade (pressão arterial – imigrantes: 87,9%; portugueses: 93,3%; colesterolémia –

imigrantes: 84,9%; portugueses: 88,4%).

Na população com 10 e mais anos de idade, a prevalência de fumadores diários era superior nos

imigrantes (sem padronização – imigrantes: 22,2%; portugueses: 17,3%; com padronização –

imigrantes: 21,2%; portugueses: 18,3%), embora o consumo de um maço ou mais fosse mais

frequente nos portugueses não migrantes. Também a tentativa de cessação tabágica parece ser

mais frequente nos imigrantes (imigrantes: 52,8%; portugueses: 45,1%), essencialmente entre as

mulheres (65,4%).

No que concerne ao consumo de bebidas alcoólicas, a percentagem de abstémios era apreciável,

embora inferior nos imigrantes (sem padronização – imigrantes: 46,1%; portugueses: 48,4%: com

padronização – imigrantes: 44,1%; portugueses: 44,0%). Entre os bebedores observou-se uma

maior frequência de consumidores de vinho, nos portugueses, e de cerveja, nos imigrantes,

enquanto que a proporção de consumidores de bebidas com elevado teor de álcool é semelhante

em ambas as populações. O consumo de bebidas alcoólicas aos fins-de-semana era mais

frequente entre os imigrantes (15,8%), situação que pode reflectir os padrões de consumo de

bebias alcoólicas habituais na Europa central e de Leste.

Refira-se que quase um quinto da população imigrante (19,4%) refere tomar apenas uma ou duas

refeições por dia, situação mais frequente nas mulheres. No entanto, na globalidade verificou-se

que mais portugueses do que imigrantes referiram restrições alimentares por dificuldades

económicas (imigrantes: 29,4%; portugueses: 34,3%).

A actividade física, tal como avaliada pelo 4ºINS, pareceu ser menos intensa entre a população

masculina portuguesa do que entre a população imigrante. Embora esta determinante careça de

análise mais aprofundada, a observação obtida é concordante com uma população imigrante mais

jovem e apta.

Conclusões:

1) Os imigrantes têm indicadores globais de saúde mais favoráveis do que a população portuguesa,

revelando, muito provavelmente, um efeito de selecção da população imigrante estudada no 4ºINS;

2) No entanto, os indicadores de utilização de cuidados preventivos parecem ser menos favoráveis

na população imigrante (medição da pressão arterial, colesterolémia e consultas de saúde oral

Page 170: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 164

menos frequentes), tal como os indicadores relativos aos estilos de vida (consumo de tabaco e

consumo de bebidas alcoólicas mais frequentes);

3) Os indicadores de utilização de cuidados de saúde sugerem uma menor acessibilidade a

consultas médicas e um menor consumo de medicamentos por parte dos imigrantes, havendo que

esclarecer a mais frequente posse de seguros de saúde por esta população;

4) Com base nos resultados agora divulgados torna-se justificável proceder a estudos de maior

dimensão sobre a saúde em amostras representativas da população imigrada em Portugal.

5) Os estudos sobre a saúde dos imigrantes deverão incluir aqueles cuja situação não está

legalizada, aqueles que não dominam a língua portuguesa e aqueles que não residem em unidades

de alojamento tradicional e familiar, habitualmente captados nos inquéritos realizados em amostras

fornecidas pelo INE.

Page 171: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 165

REFERÊNCIAS

1. Instituto Migração e Direitos Humanos. Glossário. [Em linha] (Consultado 16-11-2007).

Disponível na www:<URL: http://www.migrante.org.br/glossario.htm#acnur.

2. Markos Kyprianou. Commissioner responsible for Health. Improving the health of

migrants in Europe. Portuguese Presidency Conference on 'Health and Migration' Lisbon,

27 September.

3. Fonseca ML. A imigração e famílias em Portugal. Migrações transatlânticas e

transeuropeias. ISCTE 2005. Trabalho efectuado no Centro de Estudos geográficos da

Universidade de Lisboa, no âmbito do projecto Reunificação familiar e imigração em

Portugal, promovido pelo ACIME, com o apoio da Fundação Luso-Americana.

(Consultado 16-11-2007). Disponível na www:<URL: http://home.iscte.pt/~ansmd/1.

4. Machado FL. Migrações, saúde e doença – que investigação em Portugal? Migrações

2007;1:201-203.

5. Ng E, Wilkins R, Gendron F, Berthelot J-M. Dynamics of Immigrants’health in Canada:

Evidence from the National Population Health Survey. Healthy today, healthy tomorrow?

Findings from the National Population Health Survey (Statistics Canada, Catalogue 82-

618) Ottawa: Statistics Canada, 2006.

6. UNESCO. Social and Human Sciences. Social tranformations UNESCO's Glossary on

Migration. (Consultado 16-11-2007). Disponível na www:<URL:

www.unesco.org/shs/migration/glossary.

7. Instituto Nacional de Estatística. Conceitos estatísticos. (Consultado 16-11-2007).

Disponível na www:<URL: Infoline: http://conceitos.ine.pt/definicoes.aspe.

8. Direcção-Geral da Saúde. Plano Nacional de Saúde 2004-2010: mais saúde para todos.

Lisboa, Direcção-Geral da Saúde 2004. Vol. II – Orientações estratégicas.

9. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Inquérito Nacional

de Saúde 2005/2006. Lisboa, INSA, 2007.

10. Instituto do Emprego e Formação Profissional. Classificação Nacional das Profissões.

Versão 1994. Lisboa, Instituto do Emprego e Formação Profissional, 1994.

Page 172: Relatório Julho de 2008repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/267/4/Relatório...A saúde dos imigrantes em Portugal – resultados do Quarto Inquérito Nacional de Saúde (2005/2006)

AA ssaaúúddee ddooss iimmiiggrraanntteess eemm PPoorrttuuggaall –– rreessuullttaaddooss ddoo QQuuaarrttoo IInnqquuéérriittoo NNaacciioonnaall ddee SSaaúúddee ((22000055//22000066))

Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge - Departamento de Epidemiologia 166

11. World Health Organization. EuroHIS – Development of Common instruments for Health

Interview Surveys in the European Region. WHO, Copenhagen, 2003.

12. SPSS 15.0 for Windows. Release 15.0 (6 sep 2006). SPSS Inc.

13. Instituto Nacional de Estatística. Estatísticas Demográficas 2006, População e Sociedade.

Lisboa 2008, ISSN:0377-2284.