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SATC - ASSOCIAÇÃO BENEFICIENTE DA INDÚSTRA CARBONÍFERA DE SANTA CATARINA FACULDADE SATC ENGENHARIA ELÉTRICA RELATÓRIO FINAL: DRIVE+CONVERSOR BUCK E GERADOR TRABALHANDO EM CONJUNTO Anderson Rovani Deivid Mioteli Mateus Bortolatto Max Gabriel Steiner Criciúma, SC Dezembro de 2016

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SATC - ASSOCIAÇÃO BENEFICIENTE DA INDÚSTRA CARBONÍFERA DE

SANTA CATARINA

FACULDADE SATC – ENGENHARIA ELÉTRICA

RELATÓRIO FINAL: DRIVE+CONVERSOR BUCK E GERADOR

TRABALHANDO EM CONJUNTO

Anderson Rovani

Deivid Mioteli

Mateus Bortolatto

Max Gabriel Steiner

Criciúma, SC – Dezembro de 2016

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Gráfico teste de tensão com carga. .................................................. 7

Gráfico 2 - Gráfico teste de tensão com carga. .................................................. 8

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SUMÁRIO

1.0 INTRODUÇÃO 4

2.0 Driver e Conversor 5

2.1 Comentários e Problemas Encontrados 5

3.0 GERADOR 7

3.1 Comentários e Problemas Encontradas 8

4.0 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO 9

4.1 Comentários e Problemas Encontrados 9

5.0 CONCLUSÃO 11

6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12

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1.0 INTRODUÇÃO

O projeto multidisciplinar consiste na união das disciplinas de

Conversão Eletromecânica de Energia II e Eletrônica de Potência I e tem como

objetivo a construção de um motor/gerador CC acompanhado de um conversor

CC-CC Buck para adaptar os níveis de tensão do gerador ao solicitado.

O motor/gerador CC é uma máquina capaz de converter energia

mecânica em energia elétrica, assim fornecendo energia para diversos

sistemas. Porém, essa energia gerada deverá passar por um conversor CC-CC

do tipo Buck para ser manipulada.

O conversor CC-CC Buck é um circuito eletrônico utilizado para

converter uma tensão CC em outra tensão CC de valor mais baixo e são

utilizados, por exemplo, para reduzir a tensão de baterias de laptops (12-24V),

para fornecer os poucos volts necessários para o funcionamento de

processadores.

O motor/gerador teve por objetivo gerar uma tensão CC de 12 volts

em um regime de rotação uniforme.

O conversor adotado foi do tipo Buck com os padrões Vi = 12V, Po =

45W, ΔILmax = 10%, Vo = 5V, Fs = 32kHz e ΔVomax = 1%.

O projeto foi desenvolvido em três etapas, sendo este documento o

relatório final, que vai tratar da união das 3 etapas anteriores.

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2.0 Driver e Conversor

Como já foi apresentado em oportunidades anteriores, o drive é um

circuito de interfase entre o circuito de controle e o circuito de potência, e tem

como funções amplificar os níveis de corrente e tensão para acionar os

transistores quando se encontram em diferentes potenciais, e também realizar

a proteção dos transistores quando detectado um curto circuito.

O conversor CC -CC, tem como fundamento converter uma tensão

CC em um outro nível de tensão CC. Existem inúmeros tipos de conversores,

dentre os mais comuns são o conversor buck, o conversor boost e o conversor

buck-boost.

O conversor empregado ao nosso grupo, por sorteio, foi o conversor

buck. Esse conversor tem como função converter um sinal de tensão CC, em

um sinal CC de valor inferior. Seria ele então, como muito popularmente é

chamado, um conversor abaixador de tensão.

Os aspectos construtivos tanto do drive, quanto do conversor foram

abordados nos relatórios de avanço 1 e 2.

Ambos os circuitos, drive e conversor, foram projetados e concluídos

com sucesso.

2.1 Comentários e Problemas Encontrados

Quando falamos a respeito do circuito drive, pode-se afirmar que foi

a etapa mais bem sucedida. O circuito foi calculado, parametrizado e

executado com sucesso. Mas no decorrer das execuções práticas, algumas

dificuldades foram encontradas.

Quando na confecção das placas, aconteceram alguns erros básicos

durante o processo de impressão, corrosão, e soldagem dos componentes,

devido à falta de prática dos membros da equipe nesses pontos. Porém, esses

problemas foram corrigidos com sucesso.

Na construção do conversor buck, vários detalhes interferiram no

seu perfeito funcionamento. Já nos primeiros testes, foi constatado uma tensão

inferior ao que havia sido estipulado para o projeto. A origem desta subtensão

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era desconhecida. Foi efetuado a troca de vários componentes, e nenhum

resultado satisfatório foi obtido inicialmente.

Ainda nesses primeiros testes, era constatado um ruído acústico

agudo elevado, principalmente, quando o sinal do drive era modificado, ou

melhor, o seu duty cycle era aumentado. A princípio, esse ruído parecia ter

origem dos capacitores do circuito. Foi efetuada a troca desses, porém o ruído

permaneceu.

Perante esses problemas, tanto o professor da disciplina relacionada

quanto outras pessoas que se prontificaram a auxiliar na resolução deste

problema, foram ouvidas. Várias ideias foram levantadas, mas todas não

trouxeram êxito para a solução do problema.

Por fim, ao estudar mais afundo o papel do diodo nos circuito

conversores, constatou-se que, dependendo principalmente da potência do

conversor, eles sofrem um grande aquecimento. Mediante esta constatação,

tentamos observar algo relacionado na prática. Dessa forma, durante os testes,

realmente a equipe observou que o diodo sofria um grave aquecimento. Como

simples solução, o dissipador que já havia sido adicionado inicialmente ao

mosfet, foi também utilizado no diodo para a dissipação desse calor excessivo.

Depois que essa atitude foi tomada, ficou claro que o problema era

apenas o excesso de aquecimento do diodo. Ele atingia certa temperatura, e

perdia a sua principal propriedade para este circuito específico: a recuperação

rápida. A perda dessa característica, gerava ruídos no circuito inteiro, mas

principalmente no chaveamento. Isso interferia diretamente no resultado final.

Dessa maneira, com a adição dissipador, o problema foi resolvido.

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3.0 GERADOR

Como também já foi apresentado na etapa anterior, foram feitos dois

modelos de geradores: um com estator bobinado e outro com ímãs

permanentes no estator. O funcionamento de ambos já foi descrito na etapa

citada acima.

É interessante ressaltar mais uma vez, que o método de geração

com estator bobinado mostrou-se insuficiente para atender a demanda do

circuito conversor operando a plena carga, pois o conversor buck solicitado ao

nosso grupo, necessita de em torno de 80 watts na entrada, para seu pleno

funcionamento. Esse gerador, devido a suas dimensões reduzidas, mesmo

com uma excitação elevada e, uma rotação acima da comumente utilizada,

gerou aproximadamente 60 watts.

Já o gerador CC com ímãs permanentes mostrou-se eficiente para

essa aplicação. Os gráficos abaixo irão dar uma visão gerada com uma carga

de 60 watts conectados na saída de ambos os motores.

Gráfico 1 - Gráfico teste de tensão com carga.

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Motor Estator Bobinado - Com Carga

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Gráfico 2 - Gráfico teste de tensão com carga.

Analisando estes gráficos, evidenciamos o que já foi dito

anteriormente, e comprova a melhor eficiência do gerador CC com excitação

com ímãs permanentes.

3.1 Comentários e Problemas Encontradas

Basicamente, no gerador CC com excitação com ímãs permanentes

não foram encontrados problemas. Porém, o gerador CC com excitação

externa trouxe um pouco mais de trabalho. Pelo fato deste gerador não estar

gerando a potência necessária na saída, o grupo optou por rebobinar pela

segunda vez as bobinas do estator. Essa atitude trouxe uma melhoria

significante na tensão gerada na saída. Porém, não foi suficiente para alcançar

os níveis de potência exigidos pela carga.

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Velocidade (RPM)

Motor ímãs Permanentes no Estator - Com Carga

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4.0 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

Como solicitação da etapa final, tanto para a extração de alguns

dados básicos quanto para a demonstração aos avaliadores, todo o sistema foi

conectado, ou seja, o drive foi novamente conectado ao conversor, e quem

alimentou o conversor foi o gerador CC com imãs permanente no estator.

Nesta aplicação final, surgiu um problema que não era esperado: o

drive de acionamento do mosfet do conversor estava apresentando muitas

interferências, provavelmente provindas do circuito no qual ele estava

acoplado. Por esse motivo, o grupo, juntamente com o professor, optou por

substituir o drive de acionamento do mosfet pelo gerador de sinais. Sendo

assim foi possível testar de maneira eficaz o comportamento de todo o sistema

acoplado e extrair dados e valores.

Após solucionar o problema do drive, acoplamos ao eixo do gerador

CC um motor CA controlado por um inversor de frequência (equipamentos

disponibilizados pela faculdade SATC) para desempenhara função de fonte

geradora de tração mecânica para o eixo do gerador; com o uso do inversor, foi

possível ajustar a velocidade do motor para que a tensão de saída do gerador

CC fosse adequada com os parâmetros e características do sistema de

conversão.

Para atender as características do conversor designado a equipe, foi

necessário aplicar no motor CA uma rotação nominal de aproximadamente

1500 RPM, e desse modo o gerador aplicado no projeto gerou uma tensão de

saída, a qual alimenta o conversor, de aproximadamente 12 Volts. A tensão de

saída do conversor, perante esses valores aplicados, foi de aproximadamente

5,2 Volts.

4.1 Comentários e Problemas Encontrados

O principal problema encontrado foi o acoplamento feito entre o

motor CA disposto pela faculdade SATC e o gerador CC. Como não foi

fabricado, e sim desenvolvido no laboratório por meio de tentativa e erro, os

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eixos acabaram ficando desalinhados um em relação ao outro, provocando

vibrações e perturbações no conjunto.

Depois de muitos testes, o gerador foi acoplado com êxito e os

testes foram concluídos com sucesso.

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5.0 CONCLUSÃO

Após a realização de todas as etapas deste projeto, foi possível

obter sucesso no desenvolvimento de um sistema de conversão Buck

alimentado por um gerador de corrente contínua. O projeto ao todo foi dividido

em três grandes etapas ao qual estas foram apresentadas e descriminadas

detalhadamente através relatórios individuais de cada etapa.

Apesar das dificuldades e problemas encontrados, este projeto foi de

grande importância para somar e aprimorar os conhecimentos e ensinamentos

apresentados em sala de aula no decorrer deste semestre para as disciplinas

de Conversão II ministrada pelo professor Marcelo Benetti e Eletrônica de

Potência ministrada pelo professor Luis Felipe Carbonera, podendo comprovar

de modo prático todas as teorias expostas em sala de aula.

É importante ressaltar que alguns critérios e análises, principalmente

na etapa do gerador CC, foram tomadas de forma empírica devido a

praticidade para analise do comportamento desta máquina síncrona, sendo

efetuado na parte prática alguns ajustes e adequações nos equipamentos,

conforme descrito anteriormente neste documento.

Por fim o projeto teve uma grande contribuição na carreira

acadêmicas dos alunos que nele se emprenharam para desenvolver e por o

sistema em operação conforme proposta inicial apresentada pelos professores

ministrantes deste, e como um todo obtendo sucesso em seu desenvolvimento.

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6.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, José Luiz Antunes de. Eletrônica de potência. 4.ed. São

Paulo: Livros Erica Ed., 1991. 297, [2]p

FITZGERALD, A. E; KINGSLEY, Charles; UMANS, Stephen

D. Máquinas elétricas: com introdução à eletrônica de potência. 6.ed

Porto Alegre: Bookman, 2007. 648p.

MARTIGNONI, Alfonso. Máquinas elétricas de corrente

contínua. Porto Alegre: Globo, 1971. xii, 257 p.

BARBI, Ivo. Eletrônica de potência. 3. ed. Florianópolis: Ed. do Autor,

2000. vi, 408 p. ISBN 8590104621.

NASCIMENTO JUNIOR, Geraldo Carvalho do. Máquinas

elétricas: teoria e ensaios. 3. ed. São Paulo: Érica, 2010 260 p. ISBN

9788536501260