relatÓrio e contas 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/pc13105.pdf · há um ano escrevemos no...

91
RELATÓRIO E CONTAS 2006

Upload: others

Post on 20-Aug-2020

2 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

RELATÓRIO E CONTAS 2006

Page 2: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

2 | 74

ÍNDICE

1 | MENSAGEM DO PRESIDENTE ....................................................................................................................... 3

2 | ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO .............................................................................................................. 5

3 | GOVERNO DA SOCIEDADE............................................................................................................................ 7

4 | ACTIVIDADE DESENVOLVIDA E PERSPECTIVAS PARA 2007 ................................................................. 15

4.1 PROSPECÇÃO, CONCEPÇÃO E GESTÃO DE PROJECTOS DE REQUALIFICAÇÃO URBANA.........................................15

4.2 GESTÃO DE ACTIVOS ..........................................................................................................................................25

4.3 GESTÃO URBANA ................................................................................................................................................26

4.4 GESTÃO DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS ..................................................................................................................27

5 | ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA ....................................................................................................... 28

6 | PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ........................................................................................ 35

7 | NOTA FINAL ................................................................................................................................................... 36

8 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS.............................................................................................................. 37

9 | ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS............................................................ 43

10 | CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS .......................................................................................................... 72

11 | RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO............................................................................................. 73

12 | PARECER DO AUDITOR EXTERNO............................................................................................................. 74

Page 3: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

3 | 74

1 | MENSAGEM DO PRESIDENTE

Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho de Administração da Parque EXPO que o relançamento da Empresa assenta (…) no novo posicionamento, afirmando-se como agente do sector empresarial do Estado ao serviço da valorização dos territórios, da qualificação das cidades e do aumento da qualidade de vida dos cidadãos(…)”.

Um ano volvido, esta convicção, que foi uma inquestionável aposta estratégica defendida pelo Conselho de Administração a que tenho a honra de presidir, e a que os colaboradores da Empresa desde a primeira hora aderiram e diariamente enriqueceram, tornou-se uma missão partilhada, uma visão permanentemente materializada, um cultura empresarial consensual, entusiasticamente prosseguida por todos.

O trabalho desenvolvido na prospecção e apresentação de propostas, a concepção e desenho de programas nacionais e de modelos de intervenção no território foi notório no exercício de 2006. Mais de vinte propostas foram elaboradas e enviadas a potenciais e novos clientes, com resultados positivos já no ano de 2006, e perspectivas muito promissoras para 2007. À medida que projectos chegam ao seu termo, como é o caso de algumas intervenções no âmbito do Programa POLIS, outros clientes e projectos entram em fase de concepção e gestão. Também no mercado internacional foram dados passos importantes para a fixação de clientes em alguns mercados seleccionados, e onde a Parque EXPO estará, já em 2007, presente com equipas locais permanentes.

Em simultâneo, tiveram continuação as políticas de redução de custos de estrutura e indirectos, a racionalização de processos e a adequação dos recursos humanos, esta última com uma redução no corrente exercício de aproximadamente 20%, apesar da admissão de novos colaboradores para reforço de competências consideradas essenciais para a nova missão. Numa estrutura organizativa clássica, que provou ser a mais adequada, que em 2006 sofreu alguns ajustamentos, os projectos encontram-se agora agrupados em três direcções de negócios (Direcção de Prospecção e Concepção, Direcção de Projectos Internacionais, e Direcção de Gestão de Projectos).

O ano de 2006 foi ainda um ano em que se deu continuação, moderada, à alienação de terrenos e de imóveis da propriedade da Parque EXPO no Parque das Nações, ao mesmo tempo que se reactivou o projecto de criação de uma empresa para a gestão do território conjuntamente com os Municípios de Lisboa e Loures, e que terá concretização em 2007.

Prosseguiu, em 2006, e com resultados muito relevantes, a reestruturação do Passivo Financeiro, que sofreu uma redução de cerca de 120 milhões de euros. A Parque EXPO é hoje uma empresa

Page 4: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

4 | 74

financeiramente mais equilibrada que há um ano, tendo igualmente procedido à resolução de inúmeras questões de clientes e fornecedores que urgia clarificar. Para 2007 é estimada uma redução do passivo da mesma ordem de grandeza, ancorada na assunção pela Câmara Municipal de Lisboa dos juros da dívida à Parque EXPO (o valor desta dívida já havia sido reconhecida no ano anterior), que totaliza cerca de 43 milhões de euros, e na conclusão das negociações quanto aos custos de infra-estruturação do território e gestão urbana com a Câmara Municipal de Loures.

Este ano será igualmente elaborado, e pela primeira vez, o Relatório de Sustentabilidade do Grupo Parque EXPO, sinal inequívoco da atenção crescente que esta Empresa dedica a questões de responsabilidade social, e que são inerentes à sua dimensão de serviço público.

A Parque EXPO afirmou-se, sem qualquer margem para dúvida, como a Empresa do Estado Português para projectos e intervenções de (re)ordenamento do território, que progressivamente tem sabido fazer o seu caminho de reconversão desde o projecto de realização da Exposição de 1998, que gradualmente, e a partir do Parque das Nações, tem aberto novos horizontes e realizado intervenções em novos espaços, ao mesmo tempo que tem sabido prosseguir com o saneamento da situação financeira herdada.

O que nos orgulha, ao mesmo tempo que corresponde a uma responsabilidade acrescida.

Neste ano de 2007 em que agora entramos, asseguramos continuidade, reforço e termo ao programa traçado por este Conselho de Administração para este mandato.

Page 5: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

5 | 74

2 | ENQUADRAMENTO ESTRATÉGICO

A Parque Expo assume-se como instrumento das políticas públicas de ambiente, ordenamento do território e desenvolvimento urbano, apoiando o Governo na concepção de programas de implementação dessas políticas e actuando como veículo da sua operacionalização.

Tendo o desenvolvimento sustentável, nas vertentes económica, social e ambiental, como o elemento fulcral da orientação estratégica para as intervenções no território, a Parque Expo tem por missão provocar a mutação do território, promovendo a qualidade de vida urbana, a competitividade das cidades e o equilíbrio ambiental do território na sua generalidade.

A Parque Expo considera-se particularmente vocacionada para intervir em territórios que, pela sua natureza, tenham de ser objecto de intervenção prioritária no âmbito das políticas públicas referidas:

� Áreas urbanas consolidadas, centros históricos e áreas críticas - caracterizadas pela degradação do património e espaço público, pelo abandono da actividade económica e por processos de desertificação, em particular os territórios onde o património do Estado pode funcionar como motor de transformação;

� Áreas urbanas obsoletas - que correspondem a áreas industriais, portuárias, ferroviárias ou afectas a outras actividades económicas ou serviços desactivados;

� Património do Estado - relevante na perspectiva da reconversão dos seus usos e da sua integração no tecido e vida urbana;

� Unidades territoriais das zonas costeiras, zonas ribeirinhas, lagoas e albufeiras - visando a sua protecção e valorização ambiental;

� Novos territórios urbanos - gerados por Projectos de importância estratégica nacional ou regional, nos domínios do desenvolvimento económico e de grandes infra-estruturas cuja compatibilização com os aspectos sociais e ambientais determinam uma actuação integrada e de harmonização de interesses.

A nível internacional consideram-se prioritárias as intervenções em frentes de água e os projectos de desenvolvimento urbano, nomeadamente nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), Brasil, países do Norte de África e eventualmente outros territórios onde as competências da Parque Expo podem ser potenciadas e a sua participação servir de veículo à exportação de outras competências nacionais.

Os territórios concretos objecto de intervenção, muitas vezes um misto destas cinco categorias, necessitam da elaboração de uma visão estratégica e de uma intervenção integradora.

A assunção do papel de instrumento das políticas públicas e os tipos de território de intervenção que constituem a missão prioritária da Parque Expo determinam quer as estratégias e tipologias da sua intervenção quer o núcleo fundamental dos seus produtos e dos seus potenciais clientes e parceiros.

Page 6: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

6 | 74

A Parque Expo pretende exercer a sua intervenção no território através das seguintes formas de actuação: como agente do Estado, como prestadora de serviços e eventualmente assumindo uma participação accionista em sociedades de capitais públicos especificamente constituídas para uma dada intervenção concreta.

Os produtos finais resultantes da intervenção e do papel da Parque Expo são: concepção de Programas Nacionais das políticas públicas; concepção de documentos de enquadramento estratégico; produção de programas de acção; gestão integrada de operações de reabilitação urbana e ambiental e de desenvolvimento urbano.

Os produtos finais estão intimamente ligados às estratégias de intervenção fundamentais – operações de reabilitação e revitalização urbanas; operações de valorização, qualificação e refuncionalização de património; operações de requalificação ambiental e renaturalização; operações de desenvolvimento urbano.

Da combinação dos diversos factores - tipos de território, formas de actuação, produtos e estratégias de intervenção – decorre a definição do universo de clientes da Parque Expo e os seus parceiros privilegiados, entendidos como as entidades capazes de potenciar a intervenção da Parque Expo num determinado mercado.

São clientes potenciais da Parque Expo: o Estado/Governo, Institutos e Empresas Públicas e as Autoridades Portuárias; Autarquias Locais e Empresas Municipais e Intermunicipais; Entidades Privadas proprietárias de territórios que requerem intervenções que se enquadrem na missão da Parque Expo.

Page 7: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

7 | 74

3 | GOVERNO DA SOCIEDADE

Para um adequado conhecimento da estrutura e do modelo de gestão e controlo da Parque Expo são apresentados neste Relatório os aspectos mais relevantes que se prendem com o Governo da Sociedade.

ESTRUTURA DO GRUPO PARQUE EXPO

EMPRESAS DO GRUPO - PARTICIPAÇÃO E RESULTADOS Valores em euros

Empresas do Grupo, Participadas e Associadas Particip (%)Capital Social

Res. Líquido 2006

Oceanário de Lisboa, S.A. 100,00% 1.000.000 831.870

Atlântico - Pavilhão Multiusos de Lisboa, S.A. 100,00% 1.500.000 343.019

Parque Expo - Imobiliária, S.A. 100,00% 50.000 134.791

G.I.L. - Gare Intermodal de Lisboa, S.A. 51,00% 1.952.160 -2.733.102 1)

Telecabine de Lisboa, Lda. 30,00% 1.000.000 516.671 1)

EXPOBI 1 – Promoção e Desenvolvimento Imobiliário, S.A. 30,00% 50.000 1.766

EXPOBI 2 – Promoção e Desenvolvimento Imobiliário, S.A. 30,00% 50.000 -3.483

Polo das Nações - Construções e Empreendimentos Imobiliários, S.A. 30,00% 50.000 -1.175.548

Marina do Parque das Nações, S.A. 16,35% 16.400.872 -196.752 1)

Coimbra Inovação Parque - Parque de Inovação em Ciência, Tecnologia, Saúde, S.A.

8,00% 150.000 n.d.

VALORSUL – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos da Área Metropolitana de Lisboa (Norte), S.A.

5,79% 22.500.000 4.503.330

Climaespaço – Sociedade de Produção e Distribuição Urbana de Energia Térmica, S.A.

5,75% 7.500.000 1.290.036 1)

1) Resultado provisório

ESTRUTURA ACCIONISTA

O Capital Social da Parque Expo 98, S.A., sociedade de capitais exclusivamente públicos, tem o valor de € 66.051.000 e está representado por 80.550.000 títulos nominativos com o valor de 82 cêntimos por acção, sendo 79.800.000 acções do Estado Português (99,1%) e 750.000 acções detidas pela Câmara Municipal de Lisboa (0,9%).

Page 8: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

8 | 74

MISSÃO E OBJECTIVOS DA EMPRESA

A Missão da Parque Expo consiste na promoção da qualidade da vida urbana e da competitividade do território.

Para cumprimento desta Missão, a empresa realiza operações de renovação urbana e de requalificação ambiental, valorizando as vertentes ambientais, sócio-culturais e económicas, numa perspectiva integrada e de desenvolvimento sustentável.

A Parque Expo assume-se como um instrumento da operacionalização das políticas públicas ambientais de ordenamento do território e desenvolvimento regional, actuando também como plataforma de articulação com a iniciativa privada.

Os principais objectivos para o triénio 2005-2007 são os seguintes:

� Desenvolver as actividades inerentes à nova missão de forma a garantir a respectiva sustentabilidade económico-financeira

Os projectos em curso – ver detalhe a partir da página 19 – permitem antecipar que será conseguida a sustentabilidade da nova missão. Importa clarificar que não poderão ser considerados como custos das actividades de renovação urbana e reconversão ambiental os elevados encargos financeiros suportados pela Parque Expo decorrentes do projecto EXPO ’98.

� Melhorar de forma significativa a situação económico-financeira

A concretização do acordo financeiro com o Município de Lisboa e subsequente operação financeira de desconto da dívida reconhecida, acrescida da dinâmica imprimida na alienação de activos, pese embora a retracção do mercado imobiliário, permitiu reduzir o endividamento nos dois últimos anos em cerca de 145 M€, o que é muito significativo. Essa redução, aliada à renegociação das taxas de juros dos empréstimos efectuada, permitirá aliviar a partir de 2007 a pressão que os encargos financeiros têm nos resultados da empresa. De salientar a obtenção de resultados operacionais positivos nos últimos três anos.

� Adequar o quadro de colaboradores às necessidades efectivas

Nos dois primeiros anos do mandato (2005-2006) registou-se uma redução de 95 colaboradores, processo essencialmente concretizado ao longo de 2006 – ver detalhe do quadro de pessoal na página 32. Uma redução adicional mantém-se dependente da concretização da transferência da gestão urbana para os Municípios de Lisboa e Loures ou para entidade autónoma de gestão do território.

� Concluir o projecto Parque das Nações

No final de 2006 as parcelas de terreno por vender representam apenas 4% de área bruta de construção a comercializar. A estimativa das despesas com a infra-estruturação que falta realizar representa apenas cerca 2,5% (13,9 M€) do custo total com o projecto imobiliário.

Page 9: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

9 | 74

Em termos de projectos falta concretizar a parte norte do Parque do Tejo (Plano de Pormenor 6). O conceito inicial não teve adesão por parte do mercado pelo que se procede actualmente à sua reformulação.

� Concluir os Projectos Polis geridos pela Parque Expo

Encontram-se praticamente concluidas as intervenções de Matosinhos, Castelo Branco e Leiria, prevendo-se a liquidação das respectivas sociedades Polis durante 2007. Cinco outras cidades verão concluídas as intervenções em 2007, permanecendo em curso obras no Cacém e Costa de Caparica.

MODELO DE GOVERNO E IDENTIFICAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

O modelo de governo adoptado pela Parque Expo é o modelo clássico composto pela Assembleia Geral, Conselho de Administração e Fiscal Único.

O período do mandato dos actuais órgãos sociais é o triénio 2005-2007, e iniciou-se em 14 de Junho de 2005.

Mesa da Assembleia Geral

Presidente José Clemente Gomes

Vogal Teresa Isabel Carvalho Costa

A Assembleia Geral, além dos poderes que tem por força da lei e pelos estatutos, reservou para si a competência para autorizar a constituição e alienação de sociedades nas quais a empresa tenha mais de 50% do capital social.

Conselho de Administração

Presidente Rolando José Ribeiro Borges Martins

Vogal José Manuel Rosado Catarino

Vogal Rui Fernando Medeiro Palma

Vogal Emílio José Pereira Rosa

Vogal João Soares Louro

Page 10: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

10 | 74

O Conselho de Administração é constituído por cinco membros, designados em Assembleia Geral, por um período de três anos, que elege também o Presidente do Conselho de Administração.

Ao Conselho de Administração cabe designadamente: aprovar o Plano de Actividades Anual e Plurianual; aprovar o Orçamento e acompanhar a sua execução; aprovar a cooptação de Administradores; aprovar a prestação de garantias pela sociedade; aprovar a mudança de sede; aprovar aumentos de capital; aprovar os projectos de fusão, cisão e transformação da sociedade.

Ao Presidente do Conselho de Administração incumbe especialmente: representar o Conselho em juízo e fora dele; coordenar a actividade do Conselho de Administração e convocar e dirigir as respectivas reuniões; zelar pela correcta execução das deliberações do Conselho de Administração; exercer voto de qualidade.

O Conselho de Administração reúne ordinariamente pelo menos uma vez por mês, só podendo deliberar desde que esteja presente ou representada a maioria dos seus membros. Do Conselho de Administração emana uma Comissão Executiva, composta por três membros, na qual aquele órgão delegou parte dos seus poderes, nomeadamente os de gestão corrente. A delegação de poderes de gestão na Comissão Executiva não exclui a competência do Conselho de Administração para tomar resoluções sobre os mesmos assuntos. A Comissão Executiva está obrigada a prestar ao Conselho de Administração todas as informações relativas aos negócios da sociedade, em ordem a permitir o acompanhamento da gestão da empresa e o esclarecimento de questões concretas no âmbito das matérias delegadas.

No modelo do governo da Parque Expo o Presidente do Conselho de Administração é simultaneamente Presidente da Comissão Executiva.

Sem prejuízo do exercício colegial das funções do Conselho de Administração, foi cometida, a cada um dos membros executivos, a responsabilidade pelo acompanhamento das seguintes áreas funcionais:

a) Rolando José Ribeiro Borges Martins

� Gabinete de Apoio ao Conselho de Administração;

� Núcleo de Comunicação e Assessoria Mediática;

� Gabinete de Planeamento e Controlo;

� Gabinete de Recursos Humanos;

� Direcção de Prospecção e Concepção;

� Direcção de Projectos Internacionais.

b) José Manuel Rosado Catarino

� Direcção de Gestão de Projectos;

� Sistema de Gestão da Qualidade;

� Núcleo de Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social.

Page 11: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

11 | 74

c) Rui Fernando Medeiro Palma

� Direcção de Gestão do Território;

� Direcção Administrativa e Financeira.

Fiscal Único

Efectivo J. Monteiro & Associados, SROC Lda

Suplente António Alexandre Pereira Borges

A fiscalização é exercida pelo Fiscal Único, uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, com os poderes de vigilância, fiscalização e verificação legalmente previstos.

Além do Fiscal Único, a fiscalização da actividade e das contas da sociedade é efectuada por um Auditor Externo, PricewatehouseCoopers, estando ambos registados na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários. Para além da certificação legal de contas, são emitidos diversos pareceres e relatórios decorrentes do acompanhamento efectuado pelas duas entidades.

O controlo da actividade da empresa é efectuado através de um conjunto alargado de entidades internas e externas à empresa, sendo de destacar o papel exercido pelos membros não executivos do Conselho de Administração nas funções de acompanhamento e vigilância do desenvolvimento das actividades da sociedade.

Em termos internos, o Gabinete de Auditoria verifica o cumprimento dos procedimentos internos e a conformidade dos actos contratuais com as deliberações tomadas pelo Conselho de Administração e Comissão Executiva. A aplicação do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) motiva igualmente a realização de auditorias regulares a todos os processos do SGQ.

Acrescem ainda mecanismos internos de controlo operacional associados ao funcionamento dos serviços, cabendo salientar o Gabinete de Planeamento e Controlo, que analisa e reporta o desenvolvimento da actividade da empresa.

Além da informação periódica prestada aos Accionistas, à Inspecção Geral de Finanças, ao Tribunal de Contas e ao Controlador Financeiro do Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, a empresa satisfaz também as necessidades de informação do mercado de capitais, em virtude de possuir um empréstimo por obrigações cotado, havendo um responsável da empresa que centraliza todas as informações e responde a todas as questões solicitadas pelos investidores. Além desta via de comunicação a Parque Expo disponibiliza no seu sítio institucional - www.parqueexpo.pt - informação sobre a empresa e a sua actividade.

Page 12: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

12 | 74

REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

As remunerações dos membros do Conselho de Administração são estabelecidas por uma Comissão de Vencimentos constituída por 3 membros. Os montantes atribuídos no ano de 2006 foram os seguintes:

Unid: Euros

Remuneração base

Despesas de representação

Viatura de Serviço

Combustível (viatura serviço)

Subsídios de refeição

Seg. Social Obrigatório

Seguros de saúde

Seguros de vida

Regime de Seg. Social

Rolando Borges Martins Presidente 126.149 12.416 8.764 4.580 1.041 13.777 235 2.118 RGSSJosé Catarino Vogal Executivo 109.694 12.416 8.837 11.674 1.203 0 964 1.841 CGARui Palma Vogal Executivo 109.694 12.416 8.094 3.506 1.356 13.777 635 1.841 RGSSEmílio Rosa Vogal Não Executivo 31.537 --- --- --- --- 4.604 470 529 RGSSJoão Soares Louro Vogal Não Executivo 31.537 --- --- --- --- 5.740 470 --- RGSS

(RGSS - Regime Geral de Segurança Social; CGA - Caixa Geral de Aposentações)

RemuneraçãoOutras regalias e compensações

Administrador Cargo

Encargos com benefícios sociais

Informações adicionais:

� As despesas de representação auferidas referem-se a doze meses;

� Não foram atribuidos em 2006 quaisquer prémios de gestão aos membros do Conselho de Administração;

� As verbas apresentadas relativamente às viaturas de serviço correspondem ao somatório das rendas pagas em 2006 referentes a contratos de aluguer operacional de viaturas celebrados em 2005, pelo período de 4 anos, sem opção de compra;

� As verbas apresentadas relativamente a combustiveis incluem os consumos referentes a todas as deslocações realizadas em serviço;

� A empresa não tem nenhum plano complementar de reforma instituído;

� Não se verificaram ou não se aplicam as seguintes situações: remuneração por acumulação de funções; remuneração complementar; gastos com utilização de telefones; opção de vencimento de origem; usufruto de casa de função e exercício de funções remuneradas fora do grupo.

Relativamente aos restantes órgãos sociais, o fiscal único J. Monteiro & Associados, SROC, Lda auferiu 22.952,28 € anuais e foram atribuídas as seguintes senhas de presença aos membros da Mesa da Assembleia Geral:

CargoSenhas de Presença

José Clemente Gomes Presidente 1.056 €Teresa Costa Vogal 528 €

Page 13: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

13 | 74

REGULAMENTOS INTERNOS E EXTERNOS A QUE A EMPRESA ESTÁ SUJEITA

A actividade de prospecção, concepção e gestão de projectos de requalificação urbana desenvolvida pela Parque Expo, tendo sido obtida certificação por entidade acreditada pelo Instituto Português da Qualidade, cumpre os requisitos da norma NP EN ISO 9001:2000.

O principal regulamento a que a empresa está sujeita, no âmbito das actividades que desenvolve, é o regime jurídico das empreitadas de obras públicas (Decreto-Lei n.º 59/99). Relativamente ao regime jurídico de realização de despesas públicas e da contratação pública relativa à locação e aquisição de bens móveis e serviços (Decreto-Lei n.º 197/99) a Parque Expo acolheu os seus princípios nos seus procedimentos internos.

INFORMAÇÃO SOBRE TRANSACÇÕES RELEVANTES COM ENTIDADES RELACIONADAS

A exploração dos equipamentos Oceanário e Pavilhão Atlântico é efectuada pelas sociedades Oceanário de Lisboa, S.A. e Atlântico – Pavilhão Multiusos de Lisboa, S.A. ao abrigo de contratos de concessão de exploração celebrados entre a proprietária (Parque Expo) e as duas sociedades, suas participadas e detidas a 100%. As rendas pagas em 2006 foram de 1,5 M€ pela exploração do Oceanário e 1,0 M€ pela exploração do Pavilhão Atlântico.

INFORMAÇÃO SOBRE OUTRAS TRANSACÇÕES

Os procedimentos adoptados pela Parque Expo para o processo ordinário de aquisição de bens e serviços estabelecem que, previamente à recepção do bem ou serviço, é necessário cumprir três etapas: i) selecção de fornecedor; ii) aprovação interna da despesa; iii) formalização da aquisição junto do fornecedor.

A selecção do fornecedor carece, regra geral, de consulta prévia ao mercado, abrangendo pelo menos três fornecedores. A aprovação de despesa é efectuada de acordo com a delegação de competências estabelecida. As regras internas estabelecem que a formalização da despesa é sempre reduzida a escrito através de nota de encomenda, sendo que nos casos em que o valor seja superior a 25.000 euros o contrato deverá ser formalizado.

Todas as transacções relativas a aquisições de bens e serviços ocorreram em condições de mercado no cumprimento das normas legais e internas, à excepção de alguns casos de contratos de prestação de serviços inerentes à gestão urbana, cuja prorrogação da adjudicação tem sido efectuada em função da expectativas de transferência dessa responsabilidade para os Municípios de Lisboa e Loures.

De acordo com os registos contabilísticos, os montantes registados em fornecimentos e serviços externos ascenderam a 9,8 milhões de euros, destacando-se os seguintes fornecedores:

Page 14: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

14 | 74

Valor % Notas1.427.574 15% 1)586.598 6% 2)511.415 5% 3)

1) Arrendamento à Parque Expo do Edifício EXPO '98

2)

3) Subcontratação para estabelecimento de ramais de baixa tensão e de telecomunicações.

FornecedorDois Zero Um - Sociedade de Investimentos Imobiliários, Lda.EPAL-Empresa Portuguesa das Águas Livres, S.A.OMNINSTAL Electricidade, S.A.

Cerca de 90% do valor em causa refere-se a aquisição de água para distribuição aos residentes na parte do Concelho de Loures do Parque das Nações.

No âmbito da actividade de gestão urbana do Parque das Nações cujos custos são registados como despesas por conta dos municípios, há a destacar os contratos celebrados com a Cespa Portugal no valor global de 1,7 M€. As actividades realizadas foram as seguintes: manutenção e conservação de espaços verdes; limpeza urbana; recolha e transporte de resíduos sólidos urbanos.

ANÁLISE DE SUSTENTABILIDADE DA EMPRESA

A Parque Expo tem em curso a elaboração do seu primeiro Relatório de Sustentabilidade, relativo ao exercício de 2006, cuja divulgação ocorrerá em 2007, e que descreverá as políticas prosseguidas com vista a eficiência económica, social e ambiental.

GRAU DE CUMPRIMENTO DOS PRINCÍPIOS DE BOM GOVERNO

A empresa cumpre genericamente os princípios do bom governo das sociedades. No que respeita às estruturas de Administração e Fiscalização e sem prejuízo do modelo de governo em vigor assegurar já a segregação das funções de administração executiva e de fiscalização, ainda não se procedeu à especialização das funções de supervisão, através da criação de comissões especializadas, em virtude de se aguardar a publicação do diploma legal que regulará a matéria no sector empresarial do Estado. Dispondo, embora, de procedimentos internos que impedem a prática de despesas confidenciais ou não documentadas e de regras estritas de formalização do negócios, a empresa ainda não possui um Código de Ética que agregue e sistematize toda essa matéria.

Page 15: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

15 | 74

4 | ACTIVIDADE DESENVOLVIDA E PERSPECTIVAS PARA 2007

As principais actividades desenvolvidas pela Parque Expo são as seguintes:

4.1 PROSPECÇÃO, CONCEPÇÃO E GESTÃO DE PROJECTOS DE

REQUALIFICAÇÃO URBANA

Em 2006 o Programa Polis manteve-se como o principal foco da actividade da Parque Expo em projectos de Requalificação Urbana e Ambiental. No âmbito dos contratos de mandato com representação celebrados com as 10 Sociedades Polis, a Parque Expo foi responsável pelo acompanhamento e operacionalização das intervenções Polis nas componentes técnica, administrativa e jurídica com vista à implementação dos respectivos Planos Estratégicos. Apresentam-se de seguida as principais actividades desenvolvidas em 2006, por intervenção:

� Albufeira

� Coordenação do desenvolvimento do plano de pormenor da Praça dos Pescadores, no que se refere ao acompanhamento da Discussão Pública e à elaboração da proposta final do plano;

� Conclusão dos projectos técnicos relativos às intervenções na Frente Urbana Poente (Jardim da Esplanada) e ao tratamento e valorização da Praça dos Pescadores e Cais Herculano;

� Contratação do projecto de execução de Construção de Acessos Pedonais à Praia e Infra-estruturas complementares

� Contratação da elaboração do Plano e Modelo de Gestão Urbana do Centro Antigo;

� Coordenação da gestão e conclusão das seguintes empreitadas: Requalificação dos arruamentos do Centro Antigo; Frente urbana poente; Ligação ao percurso pedonal da Marina; Parque de Estacionamento P5; Valorização da Avª da Liberdade e espaço envolvente; Tratamento das Arribas;

� Condução dos processos de libertação de terrenos necessários à intervenção, com especial ênfase para os litígios judiciais envolvidos em algumas situações.

� Cacém

� Coordenação da alteração em Regime Simplificado do Plano de Pormenor da Área Central do Cacém;

� Gestão e coordenação do projecto da Praça da Nova Baixa, revisão do projecto do Parque de Estacionamento do Mercado e coordenação de diversos processos de reparcelamento/loteamento de terrenos;

Page 16: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

16 | 74

� Preparação e realização dos concursos públicos para a contratação das empreitadas de construção dos parques de estacionamento do Mercado e da Nova Baixa e para a construção do Centro de Interpretação Ambiental;

� Conclusão das empreitadas referentes aos Edifícios das Parcelas 1, 2, 5 e 6 e Jardim-de-infância Popular;

� Gestão e coordenação das seguintes empreitadas: Infra-estruturas e espaços públicos na generalidade da intervenção e incluindo o Parque Linear; Novos Acessos ao IC19; Parque Urbano; Fornecimento de mobiliário urbano;

� Condução do processo de alienação de activos, nomeadamente de espaços comerciais e lotes de terreno;

� Condução dos processos expropriativos envolvendo as diligências correspondentes ao desenvolvimento litigioso, bem como as negociações conducentes aos acordos amigáveis, os quais se integram em muitos casos no âmbito de uma complexa operação de realojamento habitacional e de relocalização de actividades económicas.

� Castelo Branco

� Desenvolvimento das diligências necessárias à dissolução e consequente liquidação da sociedade PolisCastelo Branco,S.A.. Início do processo de transferência do arquivo para a Câmara Municipal de Castelo Branco (CMCB);

� Coordenação da conclusão dos seguintes projectos técnicos: Centro Cívico/Largo da Devesa; Passeio da Muralha; Centro Lúdico no Parque da Cidade;

� Coordenação e organização dos processos de licenciamento dos seguintes projectos: Edifício de Apoio a Jovens; Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental; Mirante de S. Gens / Encosta do Castelo; Espaço Público da igreja de Sta. Maria; Centro de Interpretação do Jardim do Paço; entre outros;

� Conclusão da Empreitada de requalificação do espaço público do Largo da Devesa e dos trabalhos pendentes no Jardim do Paço, fecho de contas de empreitadas concluídas e entrega dos equipamentos à CMCB;

� Celebração de protocolo entre a Sociedade Polis, a CMCB e o Instituto da Conservação da Natureza, no que respeita à gestão e funcionamento do Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental;

� Conclusão dos processos libertação de terrenos necessários à intervenção, com especial ênfase para os litígios judiciais envolvidos em algumas situações;

� Acompanhamento dos processos judiciais em curso relativos à contratação de empreitadas.

Page 17: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

17 | 74

� Coimbra

� Coordenação do desenvolvimento dos planos de pormenor do Parque Verde do Mondego e do Eixo Portagem/Av. João das Regras;

� Coordenação dos projectos técnicos relativos à intervenção no Parque Verde do Mondego (4ª e 5ª fases) e Piscinas Descobertas;

� Condução dos processos de aprovação dos projectos Parque Verde do Mondego – 1ª, 2ª e 3ª fases, Parque Manuel Braga, Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental e Ponte Pedonal;

� Conclusão da empreitada da Ponte Pedonal e Ciclovia e obra de acesso à Avª Inês de Castro;

� Gestão e coordenação das empreitadas da Entrada Poente do Parque Verde do Mondego, Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental e 1ª e 2ª Fases do Parque Verde do Mondego;

� Condução dos processos para a realização de acordos amigáveis com vista à disponibilização dos terrenos necessários para a intervenção.

� Costa de Caparica

� Coordenação do desenvolvimento dos seguintes planos de pormenor: das Praias Equipadas; das Praias de Transição; da Frente Urbana e Rural Nascente;

� Conclusão dos projectos de Execução do Jardim Urbano e das Praias Urbanas;

� Coordenação dos projectos de Apoios de Praia e dos Edifícios, Espaços Públicos e Infra-estruturas do Bairro do Campo da Bola;

� Realização de concurso público para a contratação da empreitada de Requalificação das Praias Urbanas;

� Conclusão do processo de Avaliação de Impacte Ambiental da intervenção prevista na área dos novos parques de campismo, bem como do Estudo de Transportes à Fonte da Telha;

� Início da empreitada de Construção do Jardim Urbano e do Centro de Interpretação Ambiental;

� Coordenação dos processos de realojamento e demolição de construções clandestinas, com vista à disponibilização de terrenos necessários à intervenção.

� Leiria

� Coordenação do desenvolvimento dos planos de pormenor do Sistema Rio – S. Romão/Olhalvas, Leiria Centro, Santo Agostinho e Centro Histórico;

� Coordenação dos projectos técnicos relativos à infra-estruturação dos Novos Parques Ribeirinhos, Valorização Ambiental de Sto. Agostinho (1ª Fase), Jardim Luís de

Page 18: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

18 | 74

Camões, ROSSIO, Obras Hidráulicas no Rio Lis e Reformulação da Ponte do Arrabalde;

� Gestão e coordenação das empreitadas das Zonas 1, 2 e 3, Rossio, Fonte Quente, Recuperação do Moinho de Papel, Parque Desportivo de S. Romão, Parque Infantil dos Caniços, Parque Verde da Encosta do Castelo, Nova Casa Mortuária e Pontes Pedonais.

� Condução dos processos de fechos de contas e transferência para a Autarquia das intervenções concluídas;

� Condução dos processos de realização de acordos amigáveis com vista à disponibilização dos terrenos necessários para a intervenção;

� Desenvolvimento das diligências necessárias à dissolução e consequente liquidação da sociedade LeiriaPolis,S.A..

� Matosinhos

� Desenvolvimento das diligências relativas à liquidação da sociedade PolisMatosinhos,S.A..

� Viana do Castelo

� Conclusão do Projecto de Execução do Novo Mercado Municipal e dos Espaços Públicos Envolventes;

� Gestão e coordenação das seguintes empreitadas de construção: parque de estacionamento subterrâneo no Campo da Agonia; Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental; Parque Urbano; Ponte Móvel Pedonal; Infra-estruturas e Espaços Públicos do Parque da Cidade;

� Conclusão das seguintes empreitadas de construção: Anel Viário envolvente ao centro histórico; Praça da Liberdade;

� Condução do processo de alienação de activos, nomeadamente de espaços comerciais e lotes de terreno no Parque da Cidade;

� Condução do processo expropriativo do Edifício Jardim, com especial ênfase para a celebração de novos acordos amigáveis, realização de posses administrativas e contestação de processos judiciais interpostos por alguns proprietários que deram origem à suspensão do processo expropriativo;

� Condução do processo de libertação de terrenos no Parque da Cidade e no Centro Histórico, envolvendo as tentativas de acordos amigáveis e a realização das diligências respeitantes à expropriação litigiosa.

Page 19: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

19 | 74

� Vila Nova de Gaia

� Coordenação do desenvolvimento dos quatro planos de pormenor que cobrem a zona de intervenção do Programa Polis;

� Conclusão do projecto de execução da Via Panorâmica de ligação à VL8;

� Realização de concursos públicos relativos a: Construção do Centro Cívico da Afurada; Ligação da marginal para Sul (VL2); Arrumos de Aprestos de Pesca da Afurada; Via Marítima do Cabedelo – 3ª Fase; Rotunda Lago do Linho e Faixa Marginal entre a Afurada e o Vale de S. Paio;

� Gestão das empreitadas de beneficiação dos espaços públicos da Afurada, Arrumos de Aprestos de Apoio à actividade piscatória, construção da Praça do Centro Cívico e Ligação da marginal para Sul;

� Conclusão das empreitadas do Mercado Provisório da Afurada, da Plataforma do Porto de Pesca e da Remodelação da Marginal – troço 1;

� Condução dos processos de expropriação com vista à disponibilização de terrenos necessários para a intervenção.

� Viseu

� Coordenação do desenvolvimento dos planos de pormenor da Cava do Viriato e Áreas Envolventes e do Parque Urbano da Aguieira;

� Coordenação dos projectos técnicos relativos ao Espaço Público da Cava do Viriato, Parque Urbano da Radial de Santiago, Estações do Funicular, Açudes e Obras Hidráulicas, Roda e Mecanismo do Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental e ligação do Arruamento periférico da Aguieira à via existente a Nascente;

� Condução do processo de licenciamento dos Projectos do Parque da Feira e Acessos no Parque Urbano da Aguieira;

� Gestão e coordenação das empreitadas de execução do Parque da Feira, Ponte Pedonal e Acessos no Parque Urbano da Aguieira, Parque Linear do Rio Pavia e Arruamento Periférico de Acesso ao Parque Urbano;

� Coordenação dos processos de fornecimento de equipamentos de monitorização e da Roda e Mecanismo para o Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental;

� Condução dos processos de expropriação, com especial ênfase para os litígios judiciais envolvidos em algumas situações e para a realização de acordos amigáveis com vista à disponibilização de terrenos necessários para a intervenção;

Para além destas actividades específicas a cada intervenção, a Parque Expo assegurou as

seguintes actividades comuns a todos os projectos:

Page 20: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

20 | 74

� Gestão da comunicação e marketing das diversas intervenções, através da realização de um amplo conjunto de actividades de divulgação e informação, bem como um conjunto de iniciativas de sensibilização ambiental junto das escolas, associações diversas e outros segmentos das populações locais;

� Controlo financeiro das operações, nomeadamente o controlo de custos e a gestão dos contratos de comparticipação comunitária;

� Acompanhamento ambiental das intervenções, destacando-se as actividades relacionadas com o acompanhamento ambiental de empreitadas, a monitorização ambiental e o desenvolvimento dos vários Centros de Monitorização e Interpretação Ambiental.

Relativamente ao Programa Polis as perspectivas para 2007 são as seguintes:

� Desenvolver e concluir as acções em curso nas diversas intervenções, nas vertentes de projectos, obras e disponibilização de terrenos, em particular das intervenções no Cacém e na Costa de Caparica, cujas conclusões estão previstas para 2008 e 2010;

� Assegurar a conclusão das intervenções do Programa Polis de Albufeira, Coimbra, Viana do Castelo, Vila Nova de Gaia e Viseu;

� Assegurar o encerramento das Sociedades PolisMatosinhos, PolisCastelo Branco e LeiriaPolis, e dar início ao encerramento das Sociedades PolisAlbufeira, CoimbraPolis, GaiaPolis e ViseuPolis.

Para além do Programa Polis, a Parque Expo tem vindo a desenvolver com maior dinâmica, desde 2005, novos projectos de requalificação urbana e tem colaborado com o Governo na definição e operacionalização de Programas Nacionais, com destaque para o Programa Escolas e para o Programa Litoral.

Apresentam-se de seguida as actividades e factos ocorridos em 2006 relativamente aos principais projectos:

� Programa Escolas

Por despacho da Exma Srª Ministra da Edução (Despacho n.º 7503/2006, de 4 de Abril), foi criado um Grupo de Trabalho, com a participação da Parque Expo, incumbido de proceder à elaboração do “Programa Integrado de Modernização das Escolas do Ensino Secundário de Lisboa e Porto”, com os seguintes objectivos: Levantamento e identificação das situações físicas e funcionais das escolas; Identificação da tipologia das intervenções a realizar, tendo em conta o diagnóstico efectuado; Estimativa de custos e modelo de financiamento; Concepção do programa de execução e respectiva calendarização; Elaboração do conceito/imagem associado ao Programa;

A Parque Expo desempenhou um papel de primeiro plano na concretização de todos os objectivos do Grupo de Trabalho. Em Julho de 2006 foi entregue à Srª Ministra da Educação o “Programa integrado de Modernização das Escolas do Ensino Secundário de Lisboa e do Porto”.

Page 21: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

21 | 74

Na sequência das conclusões do estudo apresentado, o Conselho de Ministros aprovou em 6 de Dezembro de 2006 o “Programa de Modernização do Parque Escolar destinado ao Ensino Secundário” e a criação de uma entidade pública empresarial - “Parque Escolar, E.P.E.” – que terá a responsabilidade de planear, gerir e desenvolver o processo de modernização das instalações do ensino secundário.

A perspectiva da Parque Expo para 2007 é a de continuar a sua colaboração com o Ministério da Educação, quer para a concretização deste Programa quer para a realização de Estudo semelhante abrangendo o restante território nacional, na sequência de Resolução do Conselho de Ministros.

� Centro Histórico de Vila Nova de Gaia

Em Março de 2006 a Parque Expo foi contratada pelo Município de Vila Nova de Gaia para elaborar um Estudo de Enquadramento Estratégico da Área Crítica de Reconversão Urbanística de Vila Nova de Gaia, com uma dimensão superior a 140 hectares. A Parque Expo concluiu o estudo e fez a sua apresentação pública em Setembro. Em Dezembro de 2006 a Assembleia Municipal aprovou a constituição da Sociedade de Reabilitação Urbana “Cidade Gaia”, a qual será responsável pelo desenvolvimento da intervenção.

Encontram-se em curso as negociações com o Município de Vila Nova de Gaia para que a Parque Expo seja responsável pela gestão da intervenção.

� Ria Formosa

Por despacho n.º 18250/2006, de 3 de Agosto, do Exmo. Sr. Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, foi criado um Grupo de Trabalho, com a participação da Parque Expo, incumbido de apresentar uma proposta de Plano Estratégico da Intervenção de Requalificação e Valorização da Ria Formosa.

A proposta de Plano em elaboração contempla a delimitação e caracterização da área a intervencionar, a definição preliminar das intervenções a efectuar, a quantificação preliminar do investimento associado e proposta para o seu financiamento, o planeamento físico e financeiro das acções consideradas e uma proposta de solução institucional base para a implementação do plano e instrumentos legais necessários, assente numa estratégia integrada para esta zona costeira singular, suportada em três eixos estratégicos: i) preservar o património natural e paisagístico; ii) qualificar a interface ribeirinha ; iii) valorizar os recursos como factor de competitividade.

A proposta de Plano incluirá o modelo jurídico para a implementação desta intervenção, prevendo-se a criação de uma sociedade específica para o desenvolvimento do Programa tendo como accionistas o Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional e os Municípios abrangidos, para a qual a Parque Expo poderá vir a prestar serviços de gestão e coordenação da intervenção.

Page 22: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

22 | 74

� Revitalização Baixa-Chiado

Na sequência de estudos realizados pela Parque Expo em 2005, relativos à frente ribeirinha da Baixa Pombalina e à refuncionalização da Praça do Comércio, em 3 de Julho de 2006 o Sr. Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional designou o Presidente do Conselho de Administração da Parque Expo como representante do Ministério para a coordenação e detecção das possíveis intervenções futuras do Governo e colaborar na definição das soluções institucionais de colaboração entre o Governo e o Município de Lisboa.

O Governo, após ponderação do Relatório elaborado pelo Comissariado da Baixa-Chiado, e aprovado pela Câmara Municipal de Lisboa, decidiu intervir em dois Projectos considerados estruturantes - a requalificação da frente ribeirinha entre o Cais de Sodré e Sta Apolónia e a requalificação funcional do Terreiro do Paço - e constituir uma Sociedade com o Município de Lisboa.

Neste enquadramento, foi a Parque Expo mandatada pelo Sr. Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional para, no quadro da Sociedade a constituir, ser a entidade responsável pela gestão da operação de requalificação da frente ribeirinha entre o Cais do Sodré e Santa Apolónia, bem como pela operação de requalificação funcional da Praça do Comércio.

� Reconversão Pedrouços Dafundo

É objectivo do Governo, através da Administração do Porto de Lisboa (APL), proceder à reconversão e requalificação urbanística da área de domínio público entre Belém e Dafundo permitindo, como primeiro objectivo a sua fruição pelos cidadãos, e ancorada em pólos de investigação, de turismo, de náutica e de cultura no seio de um espaço público de excelência propiciador do lazer e da aproximação dos cidadãos ao Tejo.

Esta operação de reconversão e requalificação, cujo interesse público foi já anteriormente declarado e que se pretende venha a constituir um projecto de referência, está a ser equacionada com a participação da Parque Expo.

No decurso de 2006 foram concluídos ou encontram-se em fase de conclusão os trabalhos inerentes aos seguintes contratos de prestação de serviços:

� Margueira, SGFII, S.A. - Análise e Parecer ao Plano de Urbanização de Almada Nascente e Assessoria Técnica Especializada nos domínios do Ordenamento do Território e do Urbanismo;

� Município de Estremoz - Definição do Enquadramento e Implementação a Curto Prazo de Acções Candidatáveis a Financiamento no âmbito do QCA III, Elaboração das Propostas de Intervenção no Espaço Público e à Constituição da SRU para o Centro Histórico de Estremoz;

Page 23: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

23 | 74

� Óbidos Requalifica, E.M. - Elaboração de Cadernos de Encargos para Alienação de Quatro Unidades de Execução do Projecto de Requalificação Urbana de Óbidos;

� Município de Vila Real de Santo António (VRSA) - Elaboração de estudos de concepção do “Parque Industrial Norte” e de “Requalficação da Entrada Norte” da cidade de VRSA.;

� Porto Lazer, E.M. - Elaboração de diversos Estudos, nomeadamente: Estudo de Mercado Potencial de Eventos para o Pavilhão Rosa Mota; Estudo de Intervenção de Renovação do Pavilhão; “Business Plan” ; Elaboração de Termos de Referência para os Projectos de Execução a contratar;

� Soturis (empresa do grupo Petrogal) - Estudo de Enquadramento Estratégico do Parque de Sacavém;

� Município de Marvão - Execução da Acção Integrada de Planeamento Territorial do Concelho de Marvão.

De referir que em Outubro o projecto São João da Caparica foi renegociado com a Urbanizadora da Praia do Sol,S.A., tendo o âmbito do projecto - elaboração do Plano de Pormenor de São João da Caparica (PP1) - sido alargado para a elaboração de mais dois Planos de Pormenor, Torrão (PP2) e Abas da Raposeira (PP3). Encontram-se em curso a elaboração das Propostas Preliminares dos três Planos.

No início de 2007 foram celebrados contratos de prestação de serviços com a Viseu Novo, S.R.U. e com a Câmara Municipal de Portalegre para elaboração de Estudos de Enquadramento Estratégico.

Da intensa actividade de prospecção em território nacional e da interlocução com potenciais clientes, resultaram a elaboração e submissão de cerca de 20 propostas de prestação de serviços, das quais se espera que resultem novos projectos em 2007. Apresentam-se alguns exemplos: Elaboração de Estudos de Enquadramento Estratégico para os municípios de Leiria, Loures, Elvas, Vila Nova de Gaia (Laborim) no âmbito da operacionalização de intervenções de reconversão, requalificação e reabilitação urbana; Elaboração de Estudos de Enquadramento Estratégico para os terrenos ocupados pela Siderurgia Nacional e Quimiparque; Concepção e operacionalização de uma intervenção de requalificação urbana em Belém (“Belém Redescoberta”).

A elaboração dos Estudos de Enquadramento Estratégico, verdadeiros estudos operacionais das intervenções, tem normalmente como expectativa da Parque Expo a futura gestão da operacionalização das intervenções.

De referir também que o ano de 2007 será marcado pelo envolvimento da Parque Expo na preparação da Representação Portuguesa na EXPO Zaragoza 2008, como entidade executora, em apoio ao Comissário-Geral de Portugal na Exposição Internacional de Saragoça em 2008, que terá como tema “A água e o desenvolvimento sustentável”.

Page 24: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

24 | 74

Mercado Internacional

A Parque Expo desenvolveu também uma forte actividade de prospecção de projectos de requalificação urbana fora do território nacional. Teve como principais mercados alvo o Brasil, o Norte de África, Angola e Moçambique, a Europa de Leste e o caso particular da China em virtude da realização da EXPO 2010 em Xangai.

Ao longo do ano foram apresentadas as seguintes propostas de prestação de serviços:

� Concepção de uma operação de revitalização da zona designada “Cracolândia” na cidade de S. Paulo (Brasil), no âmbito do Projecto Nova Luz;

� Concepção de uma operação de requalificação da área do Cais Mauá, na cidade de Porto Alegre (Brasil) – Projecto Cais do Porto;

� Elaboração de estudos de viabilidade e de concepção pública para a construção e gestão do Centro Multifuncional de Eventos e Feiras do Ceára - Projecto Centro de Convenções em Fortaleza (Brasil). Esta proposta foi apresentada no âmbito de um concurso internacional e a participação da Parque Expo foi efectuada em consórcio com a KPMG Brasil e a Nasser Hissa Arquitectos;

� Concepção de operação de requalificação urbana na zona do Cais José Estelita. Esta operação corresponde à autonomização do Sector 4 da operação global definida no Projecto Urbanístico Recife | Olinda desenvolvida pela Parque Expo entre Setembro de 2004 e Novembro de 2005;

� Elaboração dos Planos Estratégicos e de Acção da zona costeira da Baía de Argel (Argélia). Esta proposta foi apresentada no âmbito de um concurso internacional e a participação da Parque Expo foi efectuada em consórcio com a empresa nacional Risco e com a CNERU, um parceiro local;

� Assessoria técnica especializada em sede de Urbanismo, Planeamento Estratégico do Território e Conceito de Negócio, no âmbito do Estudo de Ideias para a Zona da Marina Vicente de Pinzón, em Fortaleza (Brasil);

� Elaboração do Plano Director de Ordenamento e Urbanização de “Wilaya d’ Alger” (Argélia), no âmbito de um concurso internacional.

� Consultoria para o planeamento do projecto urbano a desenvolver após a realização da Shanghai World EXPO 2010.

Para 2007 o objectivo da Parque Expo para o mercado internacional é conseguir celebrar cinco contratos de prestação de serviços de concepção de operações de desenvolvimento urbano, bem como obter a gestão de uma intervenção.

Face aos objectivos traçados, já se verificou em Janeiro de 2007 a celebração de um contrato com a sociedade Muniz Deusdará para prestação de serviços no âmbito do projecto Marina Vicente de Pinzón, em Fortaleza (Brasil).

Por outro lado, em 30 de Janeiro de 2007, a Parque Expo foi anunciada como a entidade vencedora do concurso internacional para elaboração do Plan Directeur, d’Urbanisme et

Page 25: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

25 | 74

d’Aménagement de la Wilaya de Alger (PDAU), aguardando-se a conclusão da fase de discussão para se concretizar a assinatura do contrato.

Estão em curso negociações com vista à participação da Parque Expo na elaboração do plano de ordenamento da orla costeira de Benguela (Angola) e na concepção e gestão da cidade da Graça, província de Benguela (Angola).

4.2 GESTÃO DE ACTIVOS

A actividade de Gestão de Activos está centrada no Parque das Nações e corresponde à exploração e alienação de lotes de terreno e de edifícios que são propriedade da Parque Expo.

Inerente à alienação dos terrenos está associada a continuação da actividade de infra-estruturação do Parque das Nações.

Venda de património imobiliário

Em 2006 alienaram-se cerca de 43.000 m2 de área bruta de construção (ABC) destinados ao desenvolvimento de empreendimentos imobiliários por privados, no valor total de aproximadamente 30,8 M€.

Dos negócios concluídos destacam-se os seguintes:

� Lote 1.12.01 (Equipamento Hoteleiro)

� Parcela 3.23 (Habitação)

� Parcelas 6.07 (Equipamento Colectivo / Desporto)

No que respeita ao património edificado, foram alienados cerca de 12.000m2 destinados a Comércio e Serviços, que permitiram um encaixe total de aproximadamente 31,5 M€, destacando-se as seguintes operações:

� Edifício Lisboa (Serviços e Comércio)

� Edifício do Centro de Comunicação (Serviços).

Gestão de património edificado

Estando a alienação dos Edifícios sujeita às condições e à procura do mercado imobiliário, a Parque Expo rentabiliza o seu património imobiliário através do arrendamento e concessão, tendo obtido receitas no montante de 4,8 M€.

Page 26: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

26 | 74

Gestão de Parques de estacionamento

A receita gerada em 2006 pela exploração dos parques de estacionamentos ascendeu a 1,2 M€. Decorrente da libertação de terrenos foram encerradas alguns parques provisórios, estando no final de 2006 em exploração os seguintes Parques de Estacionamento:

� Definitivos: Tágides (junto ao Pavilhão Atlântico e à FIL); Oceanário;

� Provisórios: Atlântico; Bojador; Cabeço das Rolas.

Infra-estruturação do Parque das Nações

A infra-estruturação do Parque das Nações encontra-se praticamente concluída à excepção do Parque do Tejo (PP6). As despesas realizadas em 2006 foram fundamentalmente relativas a ligações de redes e aquisição e montagem de postos de transformação, e ascenderam a cerca de 0,9 M€.

Relativamente ao projecto Parque das Nações as perspectivas para 2007 apontam ainda para actividade com expressão relevante na alienação de activos, fruto dos objectivos delineados em matéria de vendas de terrenos e de edifícios. Para os anos posteriores reservam-se os terrenos do Plano de Pormenor 6, na zona norte do Parque das Nações.

4.3 GESTÃO URBANA

Com a concretização em finais de 2005 do acordo financeiro com a Câmara Municipal de Lisboa relativo ao reconhecimento da dívida referente a Acessibilidades, a Expropriações, à Taxa pela Realização de Infra-estruturas Urbanísticas e à Gestão Urbana (2000-2004), admitia-se ser possível concretizar durante o ano de 2006 o processo de transferência da gestão urbana do Parque das Nações para o Município. Apesar da disponibilidade e interesse manifestado pela Parque Expo tal situação não ocorreu.

Assim, durante o ano de 2006, a Parque Expo continuou a assegurar por conta dos Municípios a gestão urbana do Parque das Nações, nomeadamente: a manutenção de pavimentos e redes de drenagem, espaços verdes, mobiliário, equipamento, arte urbana e fontes e jogos de água; manutenção da iluminação pública e da sinalização semafórica; manutenção e gestão da Galeria Técnica; limpeza urbana, recolha e transporte de resíduos sólidos urbanos (R.S.U.); operação e manutenção do sistema automático de recolha de R.S.U.; manutenção das instalações sanitárias públicas; manutenção das redes de drenagem de águas residuais domésticas e pluviais; vigilância do espaço público e gestão de acessos, circulação e tráfego na Zona de Acesso Condicionado; monitorização ambiental; fiscalização da ocupação do espaço público, nomeadamente por estaleiros de obras.

Page 27: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

27 | 74

Em termos financeiros, esta actividade implicou que a Parque Expo suportasse em 2006 encargos superiores a seis milhões de euros com os contratos de prestadores de serviços e com a estrutura de recursos humanos que mantém afecta de forma directa e indirecta.

De salientar que, uma vez que ainda não foi celebrado nenhum acordo financeiro com a Câmara Municipal de Loures, a dívida deste Município ascende a 41 milhões de euros no final de 2006.

Como perspectivas para 2007, de referir que os Municípios de Lisboa e Loures retomaram os contactos com a Parque Expo com vista à constituição de uma sociedade tripartida para assegurar a gestão urbana do Parque das Nações. O dossiê relativo a este assunto foi actualizado pela Parque Expo no final de 2006, encontrando-se em análise por parte das Autarquias.

4.4 GESTÃO DE PARTICIPAÇÕES SOCIAIS

Em 2006 verificou-se a dissolução, partilha de activos e liquidação de três sociedades do portfólio de participações sociais da Parque Expo, nomeadamente a EXMO, S.A., sociedade veiculo para para promoção de um terreno em Lavadores - Vila Nova de Gaia, em parceria com a Sagestamo do Grupo Parpública, e as sociedades Espaço Portimão, Lda. e 1.10, S.A., no âmbito da parceria com a Geril e Somague para desenvolvimento de um projecto imobiliário no Parque das Nações.

No que diz respeito às restantes empresas do Grupo, merecem particular destaque a Oceanário de Lisboa, S.A., que registou o seu melhor ano de sempre em termos financeiros (resultado líquido de 832 mil euros), tendo recebido mais de 950.000 visitantes, e a Atlântico – Pavilhão Multiusos, S.A., que para além de ter um desempenho financeiro muito positivo, com resultados líquidos de 321 mil euros, viu ainda confirmada a sua excelência como escolha para sede da Presidência Portuguesa da União Europeia.

Relativamente à participação na Marina do Parque das Nações, S.A., há a referir como facto mais relevante ocorrido em 2006 a aprovação do projecto de recuperação da Marina e, já no início de 2007, o lançamento do concurso para execução da reabilitação da Marina, tendo como principal objectivo a redução significativa da taxa de assoreamento de forma a tornar viável economicamente a operacionalidade do equipamento. A Parque Expo irá reforçar em 2007 as diligências com vista a alcançar uma posição de concertação dos accionistas sobre o financiamento das obras de reabilitação da Marina.

Page 28: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

28 | 74

5 | ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS

A Parque Expo obteve no exercício de 2006 um Resultado Líquido positivo no valor de 1.164 milhares de Euros que compara com o prejuízo de 4.715 milhares de Euros apurado no exercício anterior.

Resultado 2006 2005 Variação

Operacional 2.403 12.018 -9.615

Financeiro -16.599 -16.688 89

Corrente -14.196 -4.670 -9.526

Extraordinário 15.382 -12 15.395

Antes de impostos 1.186 -4.682 5.868

Líquido 1.164 -4.715 5.879valores em milhares de euros

Relativamente ao período homólogo o Resultado Operacional registou um decréscimo significativo. Esta variação deve-se essencialmente a dois factos com natureza extraordinária registados em 2005:

� A reversão dos ajustamentos relacionados com os custos suportados por conta do Estado Português com as actividades realizadas pelos Comissariados de Portugal nas Feiras Internacionais de Taejon e de Lisboa;

� A alienação do terreno do Pavilhão da Realidade Virtual, tendo a Parque Expo suportado os custos inerentes à sua demolição. Por se tratar de uma venda de um terreno, o resultado desta operação foi classificado como operacional.

Os Resultados Financeiros mantiveram-se ao mesmo nível do valor registado em 2005.

Os Resultados Extraordinários manifestaram uma evolução significativa justificada pelo resultado positivo apurado com a alienação do Edifício Lisboa e pela redução de provisões. Relativamente a esta última rubrica registe-se a redução da provisão para processos judiciais em curso com desfechos favoráveis à Parque Expo e a libertação da provisão para responsabilidades contingentes pela valorização no exercício dos instrumentos financeiros derivados.

Page 29: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

29 | 74

DECOMPOSIÇÃO DOS PROVEITOS E CUSTOS OPERACIONAIS

Proveitos Operacionais: 2006 2005 Variação %

Venda de terrenos e fracções 30.766 27.803 2.964 11%

Rentabilização de Activos 10.018 10.134 -116 -1%

Concepção e gestão de projectos 9.121 9.432 -311 -3%

Outras prestações de serviços 4.163 3.870 293 8%

Total 54.068 51.239 2.829 6%

Reversão de ajustamentos 2.477 7.913 -5.436 -69%

Total Proveitos Operacionais 56.545 59.152 -2.607 -4%valores em milhares de euros

Os Proveitos Operacionais atingiram o montante de 56.545 milhares de Euros, traduzindo uma redução de 4% face aos 59.152 milhares de Euros registados no ano anterior. Esta variação não traduz uma diminuição nominal do volume de negócios. Na verdade, se expurgarmos dos proveitos operacionais os valores da reversão de ajustamentos verificados em 2005 e 2006, os proveitos operacionais aumentaram em cerca de 6% relativamente ao ano anterior.

As alienações de terrenos e fracções registaram um crescimento de 11% merecendo particular destaque as vendas da parcela 3.23 e do lote 1.12.01, os quais geraram uma receita superior a 29 milhões de Euros.

Custos Operacionais: 2006 2005 Variação %

Custo das vendas de lotes de terreno e fracções 22.356 6.074 16.282 268%Fornecimentos e Serviços Externos 9.811 9.367 444 5%Custos com o pessoal (excepto indemnizações) 11.759 12.954 -1.195 -9%Outros custos operacionais 2.999 2.304 695 30%Amortizações 5.121 5.971 -851 -14%Ajustamentos 659 6.821 -6.161 -90%Provisões 65 2.037 -1.972 -97%Indemnizações com recursos humanos 1.372 1.606 -234 -15%Total de custos operacionais 54.142 47.134 7.008 15%

valores em milhares de euros

Os custos operacionais (excluindo os custos inerentes à alienação de terrenos, amortizações, ajustamentos e provisões), decresceram em termos homólogos cerca de 1,1%, com o desempenho favorável dos custos com o pessoal (-1.429 m€)1 e desfavorável das rubricas de outros custos

1 Este valor inclui a variação das indemnizações

Page 30: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

30 | 74

operacionais desembolsáveis (+695 m€) e dos fornecimentos e serviços externos (+444 m€), estes devido a incremento de actividade.

Os resultados operacionais em 2006 são positivos no valor de 2.403 milhares de Euros.

DECOMPOSIÇÃO DO RESULTADO FINANCEIRO

O Resultado Financeiro registou o valor de –16.599 milhares de euros, apresentando uma redução face ao ano anterior, no montante de 89 milhares de Euros. Refira-se que os resultados financeiros de 2006 incluem 4,2 milhões de Euros de encargos suportados com a cessão do crédito sobre a Câmara Municipal de Lisboa.

Em 2006 verificou-se uma boa performance das empresas participadas, particularmente o Oceanário de Lisboa, o Pavilhão Atlântico e a Espaço Portimão com os resultados líquidos de 832, 343 e 264 2 mil euros, respectivamente.

DECOMPOSIÇÃO DO RESULTADO EXTRAORDINÁRIO

Proveitos Extraodinários: 2006 2005 Variação %

Ganhos em imobilizações 9.439 2.375 7.063 297%Redução de amortizações e de provisões 4.320 13.872 -9.552 -69%Correcções relativas a exercícios anteriores 2.570 217 2.353 1084%Out. proveitos e ganhos extraordinários 1.903 2.212 -309 -14%Total Proveitos Extraordinários 18.232 18.677 -445 -2%

Custos Extraordinários: 2006 2005 Variação %

Perdas em imobilizações 739 8.706 -7.967 -92%Multas e penalidades 78 1.760 -1.683 -96%Correcções relativas a exercícios anteriores 1.820 8.062 -6.241 -77%Outros custos e perdas extraordinários 212 161 51 32%Total Custos Extraordinários 2.849 18.689 -15.840 -85%

Resultado Extraordinário 15.382 -12 15.394valores em milhares de euros

Os resultados extraordinários contribuíram positivamente em 15.382 mil Euros para o resultado líquido do exercício. Este contributo foi gerado por:

� Ganhos em imobilizações resultantes das mais valias com a alienação do Edifício Lisboa (8.590 m€) e de duas fracções do edifício do lote 2.15.01 (780 m€);

2 Valor correspondente a 33,3% do resultado.

Page 31: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

31 | 74

� Redução de provisões, com destaque para:

� A valorização do “mark to market” do SWAP até ao momento da sua alienação, com a consequente redução de provisões para responsabilidades contingentes no valor de 1.637 mil Euros;

� A resolução de processos judiciais com sentenças favoráveis o que permitiu a redução de provisões no valor de 1.154 mil Euros;

� O valor da adjudicação para a demolição do Pavilhão da Realidade Virtual, o que permitiu reduzir a provisão criada em anos anteriores no valor de 628 mil Euros;

� A contabilização como custos do exercício das indemnizações para rescisão de contratos de trabalho, as quais se encontravam parcialmente provisionadas, permitiu libertar a provisão em 436 mil Euros;

� A depreciação corrente do imobilizado e a consequente redução do seu valor liquido permitiu libertar provisões por perdas de imparidade no valor de 465 mil Euros.

� Correcções relativas a exercícios anteriores resultantes de aumentos de área de construção relativamente a terrenos alienados (735 mil Euros);

Com contributo negativo para os resultados extraordinários registam-se a menos-valia de 704 mil euros resultante da alienação do edifício Centro de Comunicação, a correcção de proveitos de exercícios anteriores no valor de 711 mil Euros e o custo indemnizatório por decisão judicial no valor 354 mil Euros.

BALANÇO

Em 2006 manteve-se a tendência de redução do Activo Líquido da Parque Expo. A variação verificada foi de 23% face ao ano anterior, passando de 549,6 milhões de Euros em 2005 para 421 milhões de Euros em 2006. Esta redução substancial teve origem:

� Na operação de cessão do crédito sobre a Câmara Municipal de Lisboa, no valor nominal de 144,5 milhões de Euros, cujo valor actualizado líquido de juros e comissões foi de 96,6 milhões de Euros;

� Na alienação dos edifícios Centro de Comunicação e Lisboa;

� Na alienação de terrenos.

Rubrica 2006 2005 Variação %

Activo 420.998 549.563 -128.565 -23%

Passivo 413.439 543.168 -129.729 -24%

Capital Próprio 7.560 6.396 1.164 18%valores em milhares de euros

Tendo presente estas operações e o recebimento de clientes, as dívidas de terceiros reduziram-se em cerca de 138 milhões de Euros, embora a rubrica de acréscimos e diferimentos tenha

Page 32: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

32 | 74

aumentado em cerca 42 milhões de Euros. Esta última variação deve-se ao registo em custos diferidos dos juros vincendos resultantes da alienação do crédito sobre a Autarquia de Lisboa.

Verificou-se também uma diminuição substancial do Passivo consubstanciada fundamentalmente na redução da dívida remunerada no montante de 120 milhões de Euros.

Relativamente aos movimentos registados com provisões verificou-se uma diminuição no valor de 4,3 milhões de Euros.

A 31 de Dezembro de 2006 o Capital Próprio era positivo de 7,56 milhões de Euros. Relativamente a 2005 registou uma variação positiva correspondente ao Resultado Liquido do Exercício.

Artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais

A 31 de Dezembro o Balanço da Empresa reflecte Capitais Próprios de 7.560 milhares de Euros, o qual corresponde apenas a cerca de 11% do capital social, pelo que se regista o incumprimento do disposto no art. 35º do Código das Sociedades Comerciais.

ENDIVIDAMENTO

O endividamento da Parque Expo tem diminuído progressiva e consistentemente desde 1998.

Endividamento Bancário a 31/12

327

1.332

1.102

822

680

525 518 472447

0

200

400

600

800

1.000

1.200

1.400

1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

A actual estrutura do passivo remunerado da Parque Expo assenta em três tipos de endividamento:

� Empréstimos obrigacionistas de médio e longo prazo, avalizados pelo Estado Português (60,2%);

� Financiamento hipotecário de médio e longo prazo (6,3%);

� Crédito de curto prazo (33,5%), sob a forma de linhas de crédito renováveis, na modalidade de contas-correntes caucionadas, descobertos bancários autorizados e hot-money.

Page 33: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

33 | 74

Endividamento Bancário: Total % Curto Prazo

Empréstimo Obrigacionista 197.136 60,2% 98.727Empréstimo Hipotecário 20.654 6,3% 20.654Linhas de crédito de curto prazo 109.607 33,5% 109.607

Total 327.398 100,0% 228.988

Na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa de 7 de Março de 2007 foi aprovada a fixação da data – 01/01/2007 – para o início do pagamento à Parque Expo dos juros previstos no acordo financeiro celebrado com o Município em Outubro de 2005. Com esta aprovação a Parque Expo está em condições de realizar uma segunda operação financeira de desconto de dívida, o que permitirá um encaixe financeiro de cerca de 43 milhões de euros. Com esta operação e com os recebimentos previstos da alienação de activos será possível em 2007 proceder a nova redução significativa do endividamento.

RECURSOS HUMANOS

A 31 de Dezembro de 2006 o total de colaboradores ao serviço da empresa era de 222. Este valor traduz um decréscimo de 21% relativamente à mesma data do exercício anterior. Esta redução resultou fundamentalmente da diminuição das actividades ligadas à gestão do território do Projecto Parque das Nações e da conclusão das intervenções em algumas das cidades dos contratos de mandato do Programa Polis.

Nº de ColaboradoresRepartição por DepartamentosProspecção e Concepção 24 19 5Gestão de Projectos 78 89 -11Projectos Internacionais 10 12 -2Gestão do Território 46 80 -34Direcção Administrativa Financeira 27 31 -4Gabinetes e NCAM 20 20 0Órgãos Sociais e Staff 12 12 0Outros 5 19 -14Total 222 282 -60

Dez-06 Dez-05 Variação

Das saídas ocorridas ao longo de 2006, cerca de 76 colaboradores (70 %) ocorreram por mútuo acordo, 11% por caducidade dos contratos de trabalho consequência da conclusão de projectos específicos, 7% pela finalização de estágios, sendo as restantes resultado de termo de requisições e cedências dentro do Grupo.

Page 34: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

34 | 74

Relativamente às admissões, durante 2006 registaram-se 16 entradas de colaboradores das quais 10 foram reforçar a equipa de Projectos, com enfoque especial na actividade de prospecção e concepção.

Nº de ColaboradoresRepartição por Departamentos Entradas SaídasProspecção e Concepção 6 10 5 6 5Gestão de Projectos 3 2 8 8 -11Projectos Internacionais 1 2 2 3 -2Gestão do Território 2 6 7 35 -34Direcção Administrativa Financeira 1 5 2 8 -4Gabinetes e NCAM 2 3 3 2 0Órgãos Sociais e Staff 1 0 1 0 0Outros 0 5 5 14 -14Total 16 33 33 76 -601 - A passagem de estagiários a contratados influencia o total de entradas e saídasapresentados. Ocorreram em 2006 seis situações.

VariaçãoEntradas 1 Saídas 1Transferências

A tradução financeira das entradas e saídas bem como da actual estrutura de recursos humanos revela uma redução muito significativa nos custos com o pessoal de mais 1,4 M€ (9,8%).

Remunerações e Encargos - Órgãos Sociais 516.939 792.185 -275.245Remunerações e Encargos - Pessoal 10.790.591 11.623.838 -833.247Indemnizações - Rescisões 1.372.093 1.605.857 -233.764Outros 451.369 538.188 -86.820Total 13.130.992 14.560.068 -1.429.076

Valores em euros

2005 VariaçãoRubricas 2006

Page 35: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

35 | 74

6 | PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Nos termos previstos na alínea f) do nº 5 do artigo 66º do Código das Sociedades Comerciais e para os efeitos previstos na alínea b) do nº 1 do artigo 11º dos Estatutos da Parque Expo 98, S.A., aprovados pelo Decreto-Lei nº 88/93, de 23 de Março, o Conselho de Administração propõe que ao lucro apurado no exercício de 2006, no valor de 1.164.339,50 €, seja dada a seguinte distribuição:

� 5%, no montante de 58.216,98 €, para efeitos de reserva legal, nos termos previstos no n.º 1 do artigo 295 do Código das Sociedades Comerciais;

� 95%, no montante de 1.106.122,52 €, seja transferido para a conta de Resultados Transitados.

Page 36: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O D E G E S T Ã O

36 | 74

7 | NOTA FINAL

O Conselho de Administração entende ser seu dever agradecer:

� Ao Governo Português e em particular ao Ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional, a confiança depositada e o apoio demonstrado;

� Às Câmaras Municipais de Lisboa e Loures, o diálogo e espírito de cooperação mantidos;

� Aos membros da Mesa da Assembleia Geral, Fiscal Único e Auditores Externos, a colaboração sempre demonstrada;

� A todas as entidades, públicas e privadas, com quem a Parque Expo se relacionou ao longo de 2006, em particular aos seus clientes, a confiança depositada;

� E a todos os colaboradores da Parque Expo, o profissionalismo, competência, dedicação e empenho que sempre têm evidenciado.

Lisboa, 13 de Março de 2007

O Conselho de Administração

Rolando Borges Martins

(Presidente)

José Catarino

(Administrador)

Rui Palma

(Administrador)

Emílio Rosa

(Administrador)

João Soares Louro 3

(Administrador)

3 Ausente por doença.

Page 37: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

D E M O N S T R A Ç Õ E S F I N A N C E I R A S

37 | 74

8 | DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Page 38: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

BALANÇO ANALÍTICOParque EXPO 98, SA

DEZEMBRO - 2005POC ACTIVO ACTIVO BRUTO AMORTIZAÇÕES E ACTIVO LIQUIDO ACTIVO LIQUIDO POC CAPITAL PROPRIO E PASSIVO DEZEMBRO - 2006 DEZEMBRO - 2005

AJUSTAMENTOS

C IMOBILIZADO

I Imobilizações incorpóreas A CAPITAL PRÓPRIO

1 431 Despesas de instalação............................................................................... 1.102.802,56 1.102.802,56 0,00 0,00

1 432 Despesas de investigação e desenvolvimento....................................... 156.947,14 90.647,24 66.299,90 118.615,82 I 51 Capital................................................................................................................................. 66.051.000,00 66.051.000,00

2 433 Propriedade Industrial e outros direitos...................................................... 13.258.142,66 702.743,40 12.555.399,26 12.752.196,93 III 55 Ajustamentos em partes de capital em filiais e associadas.................................. -2.796.438,42 -2.796.438,42

4 446 Imobilizações em Curso................................................................................ 0,00 0,00 0,00 Reservas:

1/2 571 Reservas legais.................................................................................................. 475.594,73 475.594,73

14.517.892,36 1.896.193,20 12.621.699,16 12.870.812,75 5 574 a 579 Outras reservas...................................................................................................... 48.331.122,75 48.331.122,75

II Imobilizacoes Corpóreas V 59 Resultados transitados....................................................................................... -105.665.735,10 -100.950.855,24

1 421 Terrenos e Recursos Naturais.................................................................... 19.422.610,07 19.422.610,07 15.733.852,99

1 422 Edifícios e outras construções........................................................................ 202.402.836,70 50.978.810,54 151.424.026,16 174.960.181,47 6.395.543,96 11.110.423,82

2 423 Equipamento Básico..................................................................................... 1.734.756,52 1.250.489,43 484.267,09 651.031,62

2 424 Equipamento de transporte....................................................................... 661.291,08 659.870,82 1.420,26 53.766,55 VI 88 Resultado líquido do exercício................................................................................. 1.164.339,50 -4.714.879,86

3 425 Ferramentas e utensílios........................................................................... 12.562,11 10.436,55 2.125,56 3.530,48

3 426 Equipamento administrativo............................................................................ 3.421.081,98 3.067.715,02 353.366,96 541.130,56

3 429 Outras imobilizações corpóreas................................................................... 730.689,16 445.557,27 285.131,89 346.001,22 Total do capital próprio.................................................................. 7.559.883,46 6.395.543,96

4 441/6 Imobilizações em Curso.................................................................................... 252.483,76 252.483,76 0,00

4 448 Adiantamentos por conta Imobiliz.Corpóreas................................................ 34.615,89 34.615,89 34.615,89

PASSIVO

228.672.927,27 56.412.879,63 172.260.047,64 192.324.110,78 B Provisões

III Investimentos Financeiros 3 293/8 Outras provisões.............................................................................................. 2.193.343,48 6.448.229,07

1 4111 Partes de capital em empresas do grupo....................................................... 4.813.499,15 4.813.499,15 3.903.819,26

3 4112 Partes de capital em empresas associadas............................................. 919.263,50 919.263,50 1.535.469,61 2.193.343,48 6.448.229,07

5 4113 Títulos e outras aplicações financeiras........................................................... 4.946.989,00 2.285.197,00 2.661.792,00 2.661.792,00 C DÍVIDAS A TERCEIROS - MÉDIO E LONGO PRAZO

1 Empréstimos por obrigações:

10.679.751,65 2.285.197,00 8.394.554,65 8.101.080,87 23222 Não convertíveis.......................................................................................................... 98.408.918,97 197.498.726,00

D CIRCULANTE 2 2313 Empréstimo hipotecário...................................................................................................... 0,00 19.425.927,00

I Existências 4 223 Fornecedores c/c.................................................................................................................. 0,00 800.000,00

3 32 Mercadorias..................................................................................................... 25.571.750,62 0,00 25.571.750,62 42.402.463,25

98.408.918,97 217.724.653,00

25.571.750,62 0,00 25.571.750,62 42.402.463,25 C DÍVIDAS A TERCEIROS - CURTO PRAZO

II Dívidas de Terceiros 1 Empréstimos por obrigações:

1 211 Clientes c/c.................................................................................................. 72.975.763,21 72.975.763,21 33.832.584,85 23221 Não convertíveis................................................................................................ 98.727.067,82 49.385.828,75

1 212 Clientes - Títulos a receber........................................................................... 6.892.447,85 6.892.447,85 16.053.395,25 2 2312 Empréstimo hipotecário....................................................................................... 20.654.399,60 23.508.327,00

1 213 Clientes - Factoring....................................................................................... 0,00 0,00 13.902.936,69 2 2311+12 Dívidas a instituições de crédito............................................................................... 109.607.342,80 157.113.602,62

3 218 Clientes de cobrança duvidosa............................................................... 4.392.835,40 4.392.835,40 0,00 0,00 2 215 Letras descontadas................................................................................................. 6.879.017,08 0,00

4 252 Empresas do grupo..................................................................................... 128.542,79 128.542,79 109.176,25 3 269 Adiantamentos por conta de vendas............................................................................. 3.603.607,00 7.434.291,71

4 253+254 Empresas participadas e participantes................................................. 3.154.445,77 2.412.739,60 741.706,17 5.441.180,35 4 221 Fornecedores, c/c.............................................................................................................. 7.202.202,57 9.625.132,88

4 229 Adiantamentos a fornecedores............................................................... 883.079,72 883.079,72 12.812.599,36 4 228 Fornecedores - facturas em recepção e conferência............................................... 1.590.287,06 369.909,11

4 24 Estado e outros entes públicos............................................................... 881.206,07 881.206,07 626.071,13 6 252 Empresas do grupo................................................................................................... 2.728.463,21 1.100.000,00

Outros devedores: 8 261 Fornecedores de imobilizado......................................................................................... 5.169.937,71 5.350.456,92

- Câmara Municipal de Lisboa................................................................................ 10.877.070,29 10.877.070,29 150.289.685,61 8 24 Estado e outros entes públicos.......................................................................... 1.327.250,48 1.916.302,96

- Câmara Municipal de Loures............................................................................. 41.083.158,95 41.083.158,95 39.658.940,88 8 262/8+219 Outros credores......................................................................................................... 2.036.824,52 7.836.466,02

- Estado Português.................................................................................................. 15.722.524,52 9.975.957,94 5.746.566,58 5.746.566,58

- Devedores Diversos........................................................................................... 10.410.462,41 2.272.141,36 8.138.321,05 8.292.941,07 259.526.399,85 263.640.317,97

III 167.401.536,98 19.053.674,30 148.347.862,68 286.766.078,02 D ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

3 Títulos negociáveis: 273 Acréscimos de custos........................................................................................ 22.113.409,28 23.363.485,07

1513+1523+153/9 Outros títulos negociáveis................................................................................. 0,00 0,00 0,00 0,00 274 Proveitos diferidos:

- Subsídios para investimentos...................................................................... 17.667.337,53 18.120.460,77

IV 0,00 0,00 0,00 0,00 - Outros proveitos diferidos............................................................................. 13.529.094,68 13.870.525,49

Depósitos bancários e caixa

12+13+14 Depósitos bancários...................................................................................... 397.207,37 397.207,37 260.817,38 53.309.841,49 55.354.471,33

11 Caixa................................................................................................................. 6.366.614,72 6.366.614,72 1.459.399,02

Total do passivo............................................................................. 413.438.503,79 543.167.671,37

E 6.763.822,09 0,00 6.763.822,09 1.720.216,40

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

271 Acréscimos de proveitos................................................................................. 3.274.757,27 3.274.757,27 4.682.419,81

272 Custos diferidos............................................................................................... 43.763.893,14 43.763.893,14 696.033,45

47.038.650,41 0,00 47.038.650,41 5.378.453,26

Total de amortizações 58.309.072,83

Total de ajustamentos 21.338.871,30

Total do activo 500.646.331,38 79.647.944,13 420.998.387,25 549.563.215,33 Total do capital próprio e do passivo 420.998.387,25 549.563.215,33

(a) - Em confomidade com o artigo 9º da 4º Directiva da CEE

O Técnico Oficial de Contas nº 35356 O Conselho de Administração

262+266+267+268+221

CEEExercíciosDEZEMBRO - 2006

Valores expressos em €

Código das ContasCEE(a)

Código das contas

Page 39: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZASParque EXPO 98, SA

Valores Expressos em €

EXERCÍCIOSPOC

2006POC

2006 2005

A CUSTOS E PERDAS B PROVEITOS E GANHOS

2.a) 61 Custo das mercadorias e das matérias consumidas: 1 71 Vendas:Mercadorias........................................................................................................................................22.355.993,10 6.074.130,75 Mercadorias........................................................................................................... 30.766.300,00 27.802.709,85Matérias.................................................................................................................. 22.355.993,10 6.074.130,75 Produtos................................................................................................................... 0,00 0,00

2.b) 62 Fornecimentos e serviços externos.............................................................................. 9.811.097,35 9.366.949,36 1 72 Prestações de serviços............................................................................................ 19.139.009,21 49.905.309,21 19.566.641,49 47.369.351,34

3 Custos com o pessoal: 2 (3) Variação da produção................................................................................................. 3.a) 641+642 Remunerações.......................................................................................................... 9.495.979,68 10.193.577,28 3 75 Trabalhos para a própria empresa............................................................................... 0,00 0,003.b) Encargos sociais e outros custos com o pessoal: 4 73 Proveitos suplementares............................................................................................. 4.162.551,26 3.869.543,73

643+644 Pensões...................................................................................................................... 0,00 0,00 4 74 Subsídios à exploração............................................................................................... 0,00 0,00645/8 Outros.......................................................................................................................... 3.635.012,67 13.130.992,35 4.366.490,71 14.560.067,99 4 76 Outros proveitos e ganhos operacionais......................................................................... 0,00 0,00

4 77 Reversões de amortizações e ajustamentos..................................................................... 2.477.222,93 6.639.774,19 7.913.181,12 11.782.724,854.a) 662+663 Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo....................................................... 5.120.621,12 5.971.435,494.b) 666+667 Ajustamentos................................................................................................................... 659.350,24 6.820.840,29 (B)............................................................................................... 56.545.083,40 59.152.076,195 67 Provisões......................................................................................................................... 65.037,58 5.845.008,94 2.036.798,00 14.829.073,78

5 782 Ganhos em empresas do grupo e associadas................................................................ 1.727.657,28 1.070.793,245 63 Impostos........................................................................................................................ 2.984.262,62 2.279.272,15 5 784 Rendimentos de participações de capital............................................................................ 58.435,38 123.654,425 65 Outros custos e perdas operacionais.......................................................................... 14.505,23 2.998.767,85 24.457,00 2.303.729,15

6 (4) Rendimentos de tít.negociáveis e de outras aplic.financeiras:(A)....................................................................................................................... 54.141.859,59 47.133.951,03 Relativos a empresas do grupo..................................................................................

Outros......................................................................................................................... 208.898,21 228.550,326 682 Perdas em empresas do grupo e associadas................................................................. 379.292,68 4.822,546 683+684 Amortizações e ajust. de aplicações e investimentos financeiros.................................. 0,00 3.502.933,70 7 (5) Outros juros e proveitos similares:7 (2) Juros e custos similares: Relativos a empresas do grupo.................................................................................

Relativos a empresas do grupo................................................................................. Outros....................................................................................................................... 1.353.754,37 3.348.745,24 288.333,84 1.711.331,82Outros........................................................................................................................... 19.568.615,61 19.568.615,61 14.891.514,80 18.394.448,50

(D).............................................................................................. 59.893.828,64 60.863.408,01(C)........................................................................................... 74.089.767,88 65.533.222,07

9 79 Proveitos e ganhos extraordinários 18.231.597,47 18.676.725,5910 69 Custos e perdas extraordinários 2.849.336,91 18.689.051,53

(E).................................................................................................................... 76.939.104,79 84.222.273,60 (F).................................................................................................. 78.125.426,11 79.540.133,60

8+11 86 Imposto sobre o rendimento do exercício 21.981,82 32.739,86 Resumo:

(G).................................................................................. 76.961.086,61 84.255.013,46 Resultados operacionais: (B) - (A) = 2.403.223,81 12.018.125,16 Resultados financeiros: (D - B) - (C - A) = -16.599.163,05 -16.687.939,22

13 88 Resultado líquido do exercício 1.164.339,50 -4.714.879,86 Resultados correntes: (D) - (C) = -14.195.939,24 -4.669.814,06 Resultados antes de impostos: (F) - (E) = 1.186.321,32 -4.682.140,00

78.125.426,11 79.540.133,60 Resultado líquido do exercício: (F) - (G) = 1.164.339,50 -4.714.879,86

Legenda:

(1) Em conformidade com o artigo 24º da 4º Directiva da CEE O Técnico Oficial de Contas nº 35356 O Conselho de Administração

(2) 681+685+686+687+688

(3) Diferença algébrica entre as existências iniciais e finais de «Produtos acabados

e intermédios» (C/33),«Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos» (C/34) e

e «Produtos e trabalhos em curso» (C/35), tomamndo ainda em consideração o

o movimento registado em «Regularização de existências» (C/38).

(4) 7812+7815+7816+783

(5) 7811+7813+7814+7818+785+786+787+788

Código das Contas

CEE(1)

CEE(1)

EXERCÍCIOS Código das Contas

2005

Page 40: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

2006 2005

Vendas e Prestações de Serviços 59.180.608 61.147.544

Custo das Vendas e Prestações de Serviços 39.136.663 42.612.047

Resultados Brutos ---------------------------------------------------- 20.043.945 18.535.497

Custos de Administrativos 9.124.490 11.130.989

Outros Proveitos e Custos Operacionais 5.948.696 7.009.601

Resultados Operacionais ----------------------------------------- 16.868.150 14.414.108

Custo Liquido de Financiamento -17.247.914 -17.825.209

Ganhos (perdas) em filiais e associadas 1.566.086 -1.271.039

Resultados Correntes ----------------------------------------------- 1.186.322 -4.682.140

Imposto Sobre Resultados Correntes -21.982 -32.740

Resultados Correntes Após Impostos ------------------------ 1.164.340 -4.714.880

Resultados Extraordinários 0 0

Imposto Sobre os Resultados Extraordinários 0 0

Resultado Líquido do Exercício ------------------------------------------- 1.164.340 -4.714.880

Resultado por Acção ------------------------------------------- 0,01 -0,06

O Técnico Oficial de Contas nº 35356 O Conselho de Administração

Parque EXPO 98, SA

Demonstração dos Resultados por Funções

Valores Expressos em €

Page 41: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

Actividades Operacionais

Recebimentos de clientes 73.218.929 94.919.420

Pagamentos a fornecedores ( 23.959.848) ( 24.598.698)

Pagamentos ao pessoal ( 8.673.028) ( 10.327.517)

Fluxo Gerado pelas Operações 40.586.054 59.993.206

Pagamento/recebimento do imposto s/ rendimento 343.667 534.895

Outros rec.e pag. relativos a actividade operacional 88.742.826 ( 9.270.270)

Fluxos Gerados antes das rubricas extraordinárias 89.086.493 ( 8.735.375)

Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 486.441 1.292.418

Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias ( 2.095) ( 5.129)

Fluxos das Actividades Operacionais 130.156.894 52.545.121

Actividades de Investimento

Recebimentos provenientes de:

Imobilizações corpóreas 2.529.498

Dividendos 93.174 93.174 298.654 2.828.152

Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros ( 1.000.000)

Redução de capital e prestações suplementares 98.400

Imobilizações corpóreas ( 247.011) ( 148.611) ( 2.445.377) ( 3.445.377)

Fluxos das Actividades de Investimento ( 55.437) ( 617.225)

Actividades de Financiamento

Pag / Rec resp a juros e custos similares ( 13.909.148) ( 14.103.039)

Pagamentos respeitantes a empréstimos obtidos ( 119.947.785) ( 133.856.933) ( 36.899.353) ( 51.002.392)

Fluxo das Actividades de Financiamento ( 133.856.933) ( 51.002.392)

Variação de Caixa e Equivalentes ( 3.755.476) 925.504

Efeito das Diferenças de Câmbio

Caixa e seus Equivalentes no Início do Período ( 5.314.888) ( 6.240.392)

Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período ( 9.070.364) ( 5.314.888)

O Técnico Oficial de Contas n.º 35356 O Conselho de Administração

2006 2005

Parque EXPO 98, SADEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Valores em €

Page 42: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

valores em €

2006 2005Numerário

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 397.207 260.817

Equivalentes a caixa

Caixa e seus equivalentes 7.495 7.495

Cheque em caixa 6.359.120 1.451.904

Outras disponibilidades (a)

Disponibilidades constantes do balanço 6.763.822 1.720.216

Descoberto Bancário ( 15.834.187) ( 7.035.105)

Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período ( 9.070.365) ( 5.314.889)

(a) a desenvolver segundo as rubricas do balanço

O Técnico Oficial de Contas nº 35356 O Conselho de Administração

ANEXO À DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

Page 43: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

43 | 74

9 | ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

(Montantes expressos em EUROS)

INTRODUÇÃO

As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade (POC). As notas cuja numeração não é mencionada neste anexo não são aplicáveis à Empresa ou não são relevantes para a leitura das demonstrações financeiras.

1 - ACTIVIDADE E PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS

a) Identificação da empresa, objecto social e estrutura organizacional:

A Parque Expo 98, S.A. é uma sociedade anónima com sede na Av. D. João II, lote 1.07.2.1, no Parque das Nações, em Lisboa.

A sociedade foi constituída pelo Decreto-Lei Nº 88/93 de 23 de Março e tem como objecto social principal a realização do projecto de reordenação urbana da zona de intervenção da Exposição Mundial de Lisboa em 1998, abreviadamente designada EXPO ’98, bem como a concepção, execução, exploração e desmantelamento da Exposição. Ao objecto social principal referido acresce ainda, sem qualquer limitação geográfica, o desenvolvimento das actividades que a seguir se enunciam:

� Promover a desactivação, desmobilização, utilização e rentabilização de estruturas e infra-estruturas construídas ou erigidas, com carácter provisório, para a realização da EXPO ’98, de acordo com o plano de actividades e desenvolvimento por si definido;

� Gerir e rentabilizar o património imobiliário e as estruturas e infra-estruturas construídas no âmbito do projecto global da EXPO ’98 as quais constituem parte integrante do seu activo, bem como de todas aquelas cuja gestão se encontra atribuída à sociedade, segundo uma lógica de gestão urbana integrada;

� Coordenar e dinamizar o desenvolvimento das actividades de cultura e lazer, bem como o desenvolvimento e adaptação de conteúdos desta natureza às soluções oferecidas pelas novas tecnologias – Actividade descontinuada no ano de 2002;

� Intervir em projectos de ordenamento do território e urbanísticos, designadamente de reabilitação urbana e recuperação de patrimónios arquitectónicos;

� Celebrar contratos de prestação de serviços relativos a programas de requalificação urbana, de valorização ambiental ou de gestão de condomínios.

No exercício da sua actividade social pode não só constituir outras sociedades, mas também adquirir ou alienar participações no capital de outras sociedades, mesmo que com objecto social diferente do seu, carecendo em qualquer dos casos de autorização prévia da Assembleia Geral

Page 44: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

44 | 74

sempre que tal envolva uma sociedade em relação à qual exista, ou passe a existir, uma relação de domínio.

Em 2006 foi ajustado o modelo organizacional estabelecido no ano anterior e que se pauta pela adopção de quatro Direcções com actuação nas áreas de negócio da empresa:

� Prospecção e Concepção – Assegura as actividades de angariação de novos projectos em território nacional, de acordo com a estratégia da Empresa, promovendo acções de prospecção de projectos e programas e realiza a concepção de intervenções integradas de revitalização de territórios, na perspectiva de desenvolvimento urbano sustentável;

� Gestão de Projectos: Efectua a implementação e gestão de projectos de âmbito nacional, incluindo os integrados em programas nacionais da responsabilidade da Administração Central, Local e de outras entidades públicas e privadas;

� Projectos Internacionais: Assegura as actividades de prospecção e angariação de projectos de âmbito internacional, de acordo com a estratégia da Empresa, assegurando consequentemente a respectiva concepção e gestão;

� Gestão do Território: Assegura as actividades no Parque das Nações.

As restantes áreas da empresa mantiveram as anteriores atribuições.

Na procura constante de racionalização de custos e melhoria dos serviços, foram celebrados contratos de outsourcing relativamente à prestação de serviços de assessoria mediática, rede de dados e helpdesk.

b) Princípios Contabilísticos

As Demonstrações Financeiras anexas foram preparadas a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos em conformidade com os preceitos legais, em harmonia com os princípios definidos no Plano Oficial de Contabilidade e em consequência da aplicação de princípios de gestão que permitam reflectir, da forma mais apropriada, a situação financeira e os resultados da actividade. Assim, as Demonstrações Financeiras foram preparadas segundo a convenção dos custos históricos4 na base da continuidade das operações e em conformidade com os princípios contabilísticos fundamentais da especialização ou acréscimo, consistência, materialidade, não compensação de saldos, prudência e de substância sobre a forma.

2 – Valores comparativos

No exercício de 2006 não se verificaram alterações das práticas ou políticas contabilisticas, pelo que os valores apresentados nas Demonstrações Financeiras são comparáveis com o exercício

4 Excepto no que respeita aos investimentos financeiros em filiais e associadas que foram valorizadas pelo método da equivalência patrimonial e aos

juros da cessão do crédito sobre a Câmara Municipal de Lisboa que se encontram valorizados pelo seu justo valor.

Page 45: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

45 | 74

anterior, nos aspectos significativos, excepto no que diz respeito ao valor das letras descontadas ainda não vencidas, as quais passaram a ser apresentadas no activo e no passivo de curto prazo.

Apesar de não ter sido alterado o Balanço de 2005, a re-expressão desta forma de apresentação aumentava o activo no valor de 6.288.036 Euros especificamente na rubrica de clientes – títulos a receber e o passivo em igual montante na rubrica de letras descontadas.

3 - Principais Critérios Contabilísticos e Valorimétricos

a) Imobilizações Incorpóreas

Estão valorizadas ao custo de aquisição e são constituídas basicamente pelo direito de opção de recompra dos terrenos do Centro de Exposições de Lisboa à Associação Parque Atlântico no caso dos terrenos serem afectos a outros fins que não sejam a realização de feiras e exposições. Inclui também direitos, despesas de instalação e de aumento de capital, assim como estudos de natureza estratégica e certificação da qualidade. As amortizações são calculadas de acordo com o método das quotas constantes e dentro dos limites das taxas legais.

b) Imobilizações Corpóreas

As imobilizações corpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição ou ao valor histórico de aquisição ou construção, incluindo os custos directos, indirectos e financeiros que lhes foram atribuíveis durante o respectivo período de construção. As amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes, a partir do mês da entrada em funcionamento dos respectivos bens, de forma a reintegrá-los durante o período de vida útil esperado.

O número de anos máximo utilizado para amortização das imobilizações corpóreas é o seguinte:

Descrição Nº de Anos

Edifícios e Outras Construções 4 a 50

Equipamento de Transporte 4

Ferramentas e Utensílios 7

Equipamento Administrativo 4

Outras Imobilizações Corpóreas 7

As despesas correntes de reparação e manutenção são consideradas como custo no ano em que ocorrem.

Os imobilizados subsidiados são igualmente registados ao custo de aquisição e amortizados às mesmas taxas das restantes imobilizações, sendo os subsídios recebidos registados em Acréscimos e Diferimentos e transferidos para resultados (Resultados Extraordinários) no mesmo período de amortização das imobilizações subsidiadas, ou registados em Reservas, no caso de terrenos e de investimentos afectos à EXPO ’98.

c) Investimentos Financeiros

Page 46: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

46 | 74

Os investimentos financeiros em Empresas do Grupo e Associadas são registados ao valor determinado pelo método da equivalência patrimonial e, consequentemente, os resultados das filiais e associadas são reconhecidos no exercício a que respeitam.

Quando os capitais próprios das empresas filiais e associadas são negativos e as responsabilidades decorrentes dos passivos dessas empresas não estão garantidas por terceiros, constitui-se uma provisão para outros riscos e encargos, na parte proporcional à percentagem detida no capital.

d) Moeda estrangeira (Países terceiros)

As operações em moeda estrangeira, relativas a contratos em que o câmbio não esteja fixado, são registadas ao câmbio em vigor nas datas das operações, sendo as respectivas diferenças registadas em resultados do exercício.

e) Locação Financeira

Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira, assim como as correspondentes responsabilidades, encontram-se reflectidos no Balanço de acordo com o princípio contabilístico da substância sobre a forma e estão valorizados ao custo de aquisição.

f) Existências

As existências estão valorizadas ao custo como segue:

� Terrenos da zona de intervenção - estão valorizados ao custo de aquisição, acrescido dos custos directos e dos custos indirectos que lhes foram atribuídos até à entrada na fase de exploração. A este valor, acresceu-se, em 2000, o custo estimado para completar as obras de infra-estruturação, o qual foi registado por contrapartida de Acréscimos e Diferimentos (ver nota 48.4.1).

No apuramento de resultados com a venda dos lotes utilizou-se o critério de conclusão total da obra, tendo-se estimado para o efeito os custos necessários à sua conclusão, em conformidade com o estipulado no n.º 7 da Directriz Contabilística n.º 3.

g) Instrumentos Financeiros

Em termos de mensuração os instrumentos financeiros foram quantificados ao justo valor calculado pelo banco que liderava a operação tendo por base a soma algébrica de dois valores: o valor presente dos cash flows estimados relativos à componente de SWAP de taxa de juro (IRS), deduzido da valorização do risco assumido pela venda de cobertura (CDS).

Refira-se que em Agosto de 2006 a Parque Expo alienou este activo, sendo que os resultados apurados a 31 de Dezembro de 2006 incorporam o efeito da alienação.

h) Acréscimos e Diferimentos

Nesta rubrica são registados os custos incorridos e proveitos observados que serão reconhecidos em exercícios futuros, bem como os custos e proveitos referentes a este exercício, ainda que não

Page 47: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

47 | 74

tenham documentação vinculativa, cuja despesa ou receita só será incorrida em exercícios seguintes.

i) Ajustamentos ao Activo:

O ajustamento em terceiros de cobrança duvidosa, clientes e outros devedores, foi calculado com base na avaliação dos riscos estimados pela não cobrança de contas a receber.

Com base em avaliações independentes foram calculadas as menos valias a incorrer com a alienação de alguns edifícios.

Os ajustamentos para investimentos financeiros foram calculados com base na análise da rentabilidade dos projectos.

j) Provisões

Regista:

� As responsabilidades contingentes, respeitantes a processos de contencioso em que a Parque Expo é ré;

� As responsabilidade assumidas na venda de terrenos (obrigação de demolição do Bowling Internacional de Lisboa);

� As responsabilidade inerentes à participação da Parque Expo no Capital Próprio negativo das suas participadas desde que o passivo dessas empresas não esteja avalizado pelo Estado Português5.

k) Classificação do Balanço

Os activos realizáveis e os passivos exigíveis a mais de um ano da data do Balanço são classificados, respectivamente, no realizável e no passivo a médio e longo prazo.

l) Reconhecimento dos proveitos da actividade imobiliária

Os proveitos da actividade imobiliária são reconhecidos em resultados quando há perspectivas seguras da sua realização, nomeadamente após a celebração do contrato promessa de compra e venda e o pagamento, por parte dos promitentes compradores, de montantes expressivos que praticamente inviabilizem reversão do negócio.

m) Encargos Financeiros

Os encargos financeiros (juros) relacionados com o financiamento para a aquisição dos terrenos, instalações e equipamentos, localizados na Zona de Intervenção da EXPO ’98, que eram propriedade das empresas petrolíferas foram directamente imputados ao valor nominal dessas aquisições.

5 A totalidade do passivo bancário da Gare Intermodal de Lisboa encontra-se avalizado pelo Estado Português.

Page 48: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

48 | 74

Os restantes encargos financeiros (juros e outros encargos de natureza similar) suportados com o financiamento para as despesas inerentes à EXPO ’98 foram capitalizados proporcionalmente, exercício a exercício, ao acréscimo anual de cada rubrica do investimento, em imobilizado.

A partir de 1999 os encargos financeiros foram sempre considerados como custo do exercício.

n) Encargos Gerais Departamentais

Os encargos gerais departamentais, com excepção dos custos com recursos humanos afectos ao projecto de São João da Caparica, foram reconhecidos como custo do exercício.

o) Factoring

Os créditos enviados para o factoring com recurso são apresentados no Activo e os respectivos adiantamentos no Passivo.

p) Subsídios ao investimento

Os subsídios ao investimento são contabilizados de acordo com o principio do acréscimo sendo transferidos numa base sistemática, para proveitos e ganhos extraordinários, à medida que são contabilizadas as amortizações do imobilizado a que respeitam.

q) Concessões de Direito de Superfície

As concessões de direitos de superfície são reconhecidas tempestivamente pelo período a que respeitam.

4 - Cotações Utilizadas

Na conversão dos movimentos de transacções em moeda estrangeira foram utilizadas as taxas determinadas através do Euro para as moedas aderentes, ou no caso de outras moedas, a cotação à data de 31 de Dezembro de 2006.

6 - Impostos sobre Lucros

6.1 – Impostos Correntes

A Empresa encontra-se sujeita ao Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) à taxa normal de 25%, acrescida de Derrama à taxa máxima de 10%, conduzindo a uma taxa de imposto agregada máxima de 27,5%.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social a partir de 2001, dez anos para períodos anteriores), excepto quando tenha havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são prolongados ou suspensos. Consequentemente, as declarações fiscais da Empresa dos exercícios de 2003 a 2006 poderão ainda ser sujeitas a revisão. O Conselho de Administração entende que eventuais

Page 49: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

49 | 74

correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais, àquelas declarações de impostos, não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2006.

Também de acordo com a legislação fiscal em vigor, os prejuízos fiscais são reportáveis durante um período de seis anos após a sua ocorrência e susceptíveis de dedução a lucros fiscais gerados durante esse período. A empresa não tem qualquer responsabilidade a pagar de IRC, excepto no que respeita à tributação autónoma.

6.2 – Impostos Diferidos

Apesar de existirem situações que originam a contabilização de impostos diferidos, nomeadamente devido a diferenças temporárias, por uma questão de prudência, optou-se pela sua não contabilização uma vez que não é possível prever com fiabilidade os resultados dos próximos anos e, consequentemente, quantificar a matéria colectável que cubra o efeito dos impostos diferidos em 31 de Dezembro de 2006.

7 - Número Médio de Empregados

Durante o exercício de 2006 o número médio de empregados foi de 240. Em 2005 tinha sido 308. Os valores médios apresentados incluem estagiários.

8 - Despesas de Instalação

Esta rubrica regista o valor de 1.102.803 Euros relativo a despesas de implantação, arranque, organização e aumentos de capital. Este valor encontra-se totalmente amortizado a 31 de Dezembro de 2006.

10 – Movimento do Activo Imobilizado

Durante o exercício, o movimento ocorrido nas rubricas do Activo Imobilizado foi o seguinte:

Page 50: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

50 | 74

SaldoInicial

AumentosAlienaçõesReduções

Transferên. AbatesSaldoFinal

Imobilizações Incorpóreas:Despesas de instalação 1.102.803 1.102.803

Despesas de I & D 156.947 156.947

Propriedade industrial e outros direitos 13.258.143 13.258.143Total de imobilizações incorpóreas 14.517.892 14.517.892

Imobilizações Corpóreas:Terrenos e recursos naturais 15.733.853 (3.572.339) 7.261.096 19.422.610

Edifícios e outras construções 224.906.421 60.013 (22.563.597) 202.402.837

Equipamento básico 3.663.917 33.349 (1.909.073) (53.436) 1.734.757Equipamento de transporte 975.692 (237.024) (77.377) 661.291

Ferramentas e utensílios 13.821 (1.258) 12.562Equipamento administrativo 4.234.202 30.648 (830.758) (13.009) 3.421.082

Outras imobilizações corpóreas 751.628 148 (21.087) 730.689

Imobilizado em Curso 252.484 252.484Adiantamentos p/conta Imob em Curso 34.616 34.616

Total de imobilizações corpóreas 250.314.150 376.641 (29.135.137) 7.261.096 (143.823) 228.672.927

Investimentos Financeiros:Partes de capital em empresas do grupo 10.386.278 1.417.885 (1.124.411) 10.679.752

Total de investimentos financeiros 10.386.278 1.417.885 (1.124.411) 10.679.752Total 275.218.320 1.794.526 (30.259.548) 7.261.096 (143.823) 253.870.571

RUBRICAS

Dos valores do quadro anterior destacam-se:

� A diminuição de 3.572.339 Euros em Terrenos e Recursos Naturais e de 22.563.597 Euros em Edifícios e Outras Construções, resultantes da alienação dos seguintes activos:

Activos Corpóreos Terreno Edifício Valor

Edifício Centro de Comunicação 644.503 10.007.793 10.652.296

Edifício Lisboa 2.308.877 11.558.321 13.867.198

Fracção G do Lote 2.15.01 306.661 494.199 800.860

Fracção M do Lote 2.15.01 312.298 503.284 815.582

Total 3.572.339 22.563.597 26.135.936

� A transferência para imobilizado corpóreo do valor contabilístico do terreno do lote 2.15.01 no montante de 7.482.931,89 Euros;

� A transferência para existências do valor contabilístico atribuído à parcela 6.09 no montante de 221.836 Euros;

� A alienação de bens provenientes do Pavilhão da Realidade Virtual;

� Os movimentos relacionados com partes de capital em empresas do Grupo, com destaque para:

Page 51: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

51 | 74

� Os efeitos positivos decorrentes da valorização das participações no Oceanário de Lisboa, Atlântico - Pavilhão Multiusos de Lisboa, Espaço Portimão / 1.10, Telecabine de Lisboa, Parque Expo Imobiliária e Expobi 1 (ver detalhe na nota 16.1. e/ou nota 45);

� A distribuição de resultados de 2005 e consequente diminuição de valor das participadas no montante de 494.500 Euros (ver detalhe na nota 16.1. e/ou nota 45);

� A extinção da EXMO;

� A diminuição do valor das participações financeiras no Pólo das Nações e Expobi 2.

Movimentos de Amortizações:

SaldoInicial

Reforço Anulação AbatesSaldoFinal

Imobilizações Incorpóreas:

Despesas de instalação 1.102.803 1.102.803

Despesas de I & D 38.331 52.316 90.647

Propriedade industrial e outros direitos 505.946 196.798 702.743

Total amortizações de imob.incorpóreo 1.647.080 249.114 1.896.193

Imobilizações Corpóreas:

Edifícios e outras construções 49.946.240 4.385.270 (3.352.699) 50.978.811

Equipamento básico 3.012.886 173.271 (1.908.949) (26.718) 1.250.489

Equipamento de transporte 921.925 47.305 (237.024) (72.336) 659.871

Ferramentas e utensílios 10.290 1.403 (1.257) 10.437

Equipamento administrativo 3.693.071 203.263 (818.483) (10.136) 3.067.715

Outras imobilizações corpóreas 405.627 60.996 (21.066) 445.557

Total amortizações de imob.corpóreo 57.990.039 4.871.508 (6.339.477) (109.190) 56.412.880

Total 59.637.119 5.120.621 (6.339.477) (109.190) 58.309.073

RUBRICAS

Dos valores do quadro anterior destacam-se:

� O abate nas amortizações acumuladas relativas a edifícios no valor de 3.352.699 Euros com a seguinte discriminação relativamente aos valores mais relevantes:

� Edifício Centro de Comunicação, no montante de 1.398.486 Euros;

� Edifício Lisboa, no valor de 956.731 Euros;

� Fracções G e M do Lote 2.15.01, no total de 997.483 Euros.

� O anulação das amortizações acumuladas relativas a equipamento básico, no valor de 1.908.949 Euros, inerente à alienação de equipamentos do Pavilhão da Realidade Virtual.

11 - Custos Financeiros Capitalizados

Nos exercícios de 2005 e 2006 não foram capitalizados quaisquer encargos financeiros.

Page 52: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

52 | 74

15 - Locação Financeira

Conforme evidenciado na nota 3.e), a Empresa tem registado os contratos de locação financeira com base no princípio da substância sobre a forma.

Os compromissos contratuais à data de 31 de Dezembro de 2006 respeitam a um contrato de aluguer de longa duração no montante de 6.577 Euros com vencimento em 2007.

16 – Empresas do Grupo, Empresas Associadas e Empresas Participadas

16.1 – Movimento no exercício e valor das participações: Empresa do Grupo, Participada ou Associada

Morada Capital Social Capital Próprio em 31/12/2006

Particip.(%)

Valor da Partic.

Ganho no Exercício

Perda no Exercício

Ref. Prov.

41 78 68 67

AtlânticoPavilhão Multiusos de Lisboa, SA

Rossio OlivaisLote 2.13.01 - Lisboa

1.500.000 2.039.600 100,00% 2.039.600 343.019 0 0

Oceanário de Lisboa, SA Esplanada D.Carlos IDoca dos Olivais - Lisboa

1.000.000 2.517.768 100,00% 2.517.768 831.870 0 0

Parque Expo Imobiliária, SA Av. D. João IILote 1.07.2.1 - Lisboa

50.000 256.130 100,00% 256.130 134.791 0 0

G.I.L.Gare Intermodal de Lisboa, SA (2)

Av. D. João IILote 1.07.1.5 - Lisboa

1.960.000 -26.549.352 51,00% 0 0 0 0

EXMOSoc.Inv. Imobiliários, SA (4)

Rua do Comércio, 10 0 0 0,00% 0 0 41.265 0

Espaço PortimãoSociedade Imobiliária., Lda (3)

Av. D.João IILt 1.07.2.1 Lisboa

6.000 0 33,33% 0 264.347 0 0

1.10Construções e Emp.Imobiliários, SA (3)

Av. D.João IILt 1.07.2.1 Lisboa

60.000 0 33,20% 0 23.548 0 0

Expobi 1Prom. Desen. Imobiário, SA

Alam.dos Oceanos L2.08piso 0 - Lisboa

50.000 200.981 30,00% 60.294 530 0 0

Expobi 2Prom. Desen. Imobiliário, SA

Alam.dos Oceanos L2.08piso 0 - Lisboa

50.000 68.129 30,00% 20.439 0 1.045 0

Polo das NaçõesConst.Empreend.Imoliários, S.A.

Av. D. João II, Lote 1.17.02 - Piso 11 - Lisboa

50.000 -52.272 30,00% 0 0 336.983 15.682

Telecabine de Lisboa, Lda. Av. Marechal Gomes Costa, nº 37, Lisboa

1.000.000 2.795.102 30,00% 838.531 129.553 0 0

Marina do Parque das Nações, SA (1) Edifício da Capitania da Marina do Parque das Nações - Lisboa

16.400.872 14.778.526 16,35% 2.681.927 0 0 0

Coimbra Inovação Parque (1) Casa Aninhas, Praça 8 de Maio - Coimbra

150.000 n.d. 8,00% 12.000 0 0 0

Valorsul - Val e Trat.R.S.Área Metropol. Lisboa (Norte) SA (1)

Plat.Rib.CP-Est.MercBobadela S. João da Talha

22.500.000 43.522.801 5,79% 1.953.948 58.435 0 0

Climaespaço- Soc.Prod.Distr. Energia Térmica, SA (1)

Campo Grande, nº 28, 5ºLisboa

7.500.000 4.708.797 5,75% 299.114 0 0 0

Total 10.679.752 1.786.093 379.293 15.682(1) - Não é utilizado o método da equivalência patrimonial

(2) - O passivo bancário encontra-se totalmente avalizado pelo Estado Impacto das participações financeiras no resultado de 2006 1.391.118

(3) - Em liquidação/partilha/dissolução

(4) - Extinta em 2006

Page 53: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

53 | 74

Da análise do quadro destacam-se:

� Os ganhos nas sociedades: Oceanário de Lisboa (€ 831.870), Atlântico – Pavilhão Multiusos de Lisboa (€ 343.019), Espaço Portimão (€ 264.347), Parque Expo Imobiliária (€ 134.791) e Telecabine de Lisboa (€129.553);

� A perda na sociedade Pólo das Nações com impacto negativo no resultado de 2006 no valor de 352.668 Euros;

� A distribuição de dividendos da Valorsul (€ 58.435);

� A liquidação e partilha das sociedades Espaço Portimão e 1.10;

� A extinção da sociedade Exmo com impacto no resultado de -41.265 Euros.

Impacto das participações financeiras e ajustamentos financeiros nos resultados de 2006:

Conta Resultado das Participações Financeiras Valor

Ganhos em empresas do grupo e participadas (Nota 45)

Pelo resultado positivo das empresas filhas 1.727.657

Rendimentos de participações de Capital(Nota 45)

Pela distribuição de dividendos da Valorsul 58.435

Perdas em empresas do grupo e participadas (Nota 45)

Pelo resultado nagativo das empresas filhas -379.293

Provisões Comunhão nas perdas do Pólo das Nações -15.682

Resultado das participações financeiras 1.391.118

O período contabilístico da Telecabine de Lisboa é de Abril a Março. Para efeito da aplicação do método da equivalência patrimonial foram utilizadas as contas de Novembro.

Nas sociedades em as participações sociais são valorizadas pelo método da equivalência patrimonial foram realizadas as Assembleias Gerais das sociedades Parque Expo Imobiliária, Expobi 1, Expobi 2 e Pólo das Nações. Relativamente às participadas Atlântico e Oceanário de Lisboa os Relatórios e Contas foram aprovados pelos respectivos Conselhos de Administração, aguardando-se a realização das respectivas Assembleias Gerais.

Foram também efectuadas as Assembleias Gerais de liquidação, partilha e dissolução das participadas 1.10, Espaço Portimão e Exmo.

Page 54: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

54 | 74

21 - AJUSTAMENTOS

No exercício de 2006 foram efectuados os movimentos seguintes na rubrica de ajustamentos:

SaldoInicial

Reforço ReversãoSaldoFinal

Dívidas de Terceiros:Clientes de cobrança duvidosa 5.859.497 620.765 (2.087.426) 4.392.835

Empresas participadas e participantes 2.383.306 29.434 2.412.740Outros devedores:

- Estado Português 9.975.958 9.975.958 - Devedores Diversos 2.652.786 9.152 (389.797) 2.272.141

Total de dívidas de terceiros 20.871.547 659.350 (2.477.223) 19.053.674Títulos negociáveis:Outros títulos negociáveis 1.217.737 (1.217.737)

Total de títulos negociáveis 1.217.737 (1.217.737)Total 22.089.284 659.350 (3.694.960) 19.053.674

Nota: Não consta dos valores apresentados o ajustamento à participação financeira da Marina do Parque das Nações no valor de 2.285.197 Euros.

RUBRICAS

Da análise do quadro anterior destacam-se os seguintes movimentos:

� O reforço do ajustamento para clientes de cobrança duvidosa no valor de 620.765 Euros;

� A recuperação de créditos sobre clientes e outros devedores no valor de 2.477.223 Euros;

� Na sequência da alienação do swap taxa de juro com venda de cobertura, procedeu-se à reversão do ajustamento, efectuado em anos anteriores, no valor de 1.217.737 Euros, para resultados do exercício.

23 – DÍVIDAS DE COBRANÇA DUVIDOSA

Valor

Clientes 4.392.835Empresas participadas e participantes (1) 2.412.740

Outros devedores: - Estado Português / Metropolitano de Lisboa 9.975.958

- Devedores Diversos 2.272.141

Total de dívidas de cobrança duvidosa 19.053.674(1) - Cerca de 85% dos suprimentos à Marina do Parque das Nações

RUBRICAS

Page 55: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

55 | 74

29 – VALOR DAS DÍVIDAS A TERCEIROS A MAIS DE CINCO ANOS

29.1- Empréstimos bancários de Médio Longo Prazo:

29.1.1 - Empréstimos por obrigações:

Em 2006 procedeu-se à amortização de 49.204.459 Euros do empréstimo obrigacionista (2ª emissão/97).

Desta forma, em 31 de Dezembro de 2006, as principais condições e taxas de juro dos empréstimos por obrigações resumem-se da seguinte forma:

Modalidade: emissão de obrigações à taxa variável, por subscrição particular e directa;

Valor: 197.135.987 sendo:

98.727.068 Euros da 1ª emissão e 98.408.919 Euros da 2º emissão.

Taxa de juro:

� 1ª emissão – A taxa de juro nominal aplicável a cada um dos períodos de juro é variável e igual à “euribor a 6 meses” cotada no segundo Dia Útil Target imediatamente anterior à data de inicio de cada período de juros, adicionada de 0,12%.

� Prazo do empréstimo: 10 anos

� Reembolso antecipado: poderá ser efectuado reembolso antecipado por parte do emitente (CALL OPTION), total ou parcialmente, neste último caso por redução do valor nominal.

� Reembolso: O empréstimo será amortizado ao par, de uma só vez em 13 de Agosto de 2007.

� 2ª emissão - A taxa de juro nominal aplicável a cada um dos períodos de juro é variável e igual à euribor a 6 meses cotada no segundo Dia Útil Target imediatamente anterior à data de inicio de cada período de juros, adicionada de 0,12%.

� Os juros são postecipados, pagos semestralmente, a 19 de Maio e a 19 de Novembro de cada ano.

� Prazo do empréstimo: 13 anos

� Reembolso antecipado: poderá ser efectuado reembolso antecipado por parte do emitente (CALL OPTION), total ou parcialmente, neste último caso por redução do valor nominal.

� O Reembolso das Obrigações será efectuado em quatro prestações, por redução do valor nominal, de acordo com a seguinte calendarização:

- 50% no final do 11º ano, ou seja, em 19 de Novembro de 2008

- 25% no final do 12º ano, ou seja, em 19 de Novembro de 2009

- 25% no final do 13º ano, ou seja, em 19 de Novembro de 2010

Page 56: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

56 | 74

Salvo se o emitente vier a exercer a opção de reembolso antecipado (Call Option) prevista na presente ficha técnica, os valores por Obrigação atrás referidos, que não tenham ainda sido reembolsados serão deduzidos no pró-rata do montante reembolsado antecipadamente por Obrigação.

29.1.2 – Empréstimo hipotecário:

As condições do empréstimo hipotecário celebrado em 2002, são as seguintes:

� Amortização de capital em 2 prestações semestrais e sucessivas com o vencimento da primeira em Junho de 2007;

� Relação financiamento/garantia de 80%;

� Taxa de juro: Euribor a 6 meses acrescida de 0,60%.

(Ver nota 30.1)

29.2- Dívidas a fornecedores:

Decorrente do contrato de Associação em Participação celebrado em 1998 com a Radiotelevisão Portuguesa (RTP), realizou-se em 2002 um acordo de regularização de dívida no montante de 7,5 milhões de Euros com a seguinte calendarização de pagamentos:

Anos Valor €

2002 3.500.000

2003 800.000

2004 800.000

2005 800.000

2006 800.000

2007 800.000

Total 7.500.000

A prestação relativa a 2006 foi integralmente liquidada no início de 2007, pelo que em 31 de Dezembro de 2006 o valor em dívida à RTP era de 1,6 milhões de Euros.

29.3- Valor das dívidas a terceiros a médio / longo prazo:

Tendo em conta a maturidade dos empréstimos bancários superior a um ano estabeleceu-se a seguinte relação entre curto e médio/longo prazos:

1ª emissão 2ª emissão(1) (2) (3)=(1)+(2) (4) (5)=(1)+(4) (6) (5)+(6)

2007 98.727.068 98.727.068 20.654.400 119.381.467 119.381.4672008 49.204.459 49.204.459 49.204.459 49.204.4592009 24.602.230 24.602.230 24.602.230 24.602.2302010 24.602.230 24.602.230 24.602.230 24.602.230

Total 98.727.068 98.408.919 197.135.987 20.654.400 119.381.467 98.408.919 217.790.386

Nota: Os valores apresentados não incluem a utilização de linhas de curto prazo no valor de 109.607.343 euros

ObrigacionistaAnos Total TotalHipotecário Curto Prazo M/L Prazo

Page 57: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

57 | 74

30 – VALOR DAS DÍVIDAS A TERCEIROS COBERTAS POR GARANTIAS REAIS

30.1 – Empréstimos hipotecário:

Relativamente aos imóveis que constituíram inicialmente a garantia do empréstimo hipotecário foram alienados o Edifício Administrativo, o Centro de Comunicação e o Edifício Lisboa, com o necessário expurgo do valor hipotecado.

Em Dezembro de 2006 o valor do empréstimo hipotecário era de 20.654.400 Euros com a seguinte relação entre os valores de capital e garantia:

Edifícios Avaliação Empréstimo

Pavilhão de Portugal 20.715.000 16.572.000Pavilhão da Realidade Virtual 5.103.000 4.082.400Total 25.818.000 20.654.400

Coeficiente Capital / Garantia 80,00%

Refira-se que em Dezembro de 2005 foi celebrado um contrato de promessa de compra e venda do terreno do Pavilhão da Realidade Virtual. O expurgo da hipoteca, correspondente a este imóvel no valor de 4.082.400 Euros, ocorrerá com a celebração da escritura que se prevê realizar em 2007.

30.2 – Factoring:

Em 2006 foram pagos na totalidade (€ 13.902.937) os adiantamentos correspondentes a dois contratos de factoring, com recurso, sobre créditos inerentes aos seguintes contratos de promessa de compra e venda (CPCV):

� Promessa de alienação do direito de superfície sobre o lote 2.21.01 à Azinor Comércio Internacional e Representações;

� Promessa de alienação da parcela 1.08 à Norfin – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Imobiliário.

Page 58: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

58 | 74

32. – GARANTIAS PRESTADAS

32.1 – Garantias bancárias e seguros caução:

As garantias prestadas ascendiam, em 31 de Dezembro de 2006, a 4.075.432 Euros, sendo:

GARANTIAS PRESTADAS: 2006 2005

Espaço Portimão 3.116.667Costapolis 2.781.509 2.781.509Cacémpolis 1.662.452Gaiapolis 974.285Leiria Polis 882.762Polis Castelo Branco 873.009Polisalbufeira 805.981Coimbrapolis 680.796Direcção Geral dos Impostos 959.823 505.872Hewlett Packard International 271.000 271.000Tribunal Trabalho 73.493Câmara Municipal de Lisboa 50.221 50.221EDP 2.424 12.151LTE 2.458 12.037Governo Civil de Lisboa 1.496 1.496Município do Marvão 6.500

Total 4.075.432 12.703.732

32.2 – Outras garantias:

Em Dezembro de 2004 o edifício EXPO ’98 foi alienado à sociedade Dois Zero Um – Sociedade de Investimentos, Lda, pelo valor de 30,5 milhões de Euros. Inerente ao preço do negócio existem as seguintes condições:

� A Parque Expo garante ao comprador e até 30 de Junho de 2009 o rendimento anual de 2.212.250 Euros devidamente actualizado;

� A Parque Expo Imobiliária, sociedade detida a 100% pela Parque Expo, é responsável pela gestão e exploração do edifício Administrativo ou seja, são suas as receitas provenientes do condomínio e serviços prestados tendo a responsabilidade de suportar as despesas inerentes, com excepção das grandes reparações, seguro do edifício e Imposto Municipal sobre os Imóveis, as quais são da responsabilidade do proprietário.

34 - MOVIMENTOS OCORRIDOS NAS PROVISÕES:

CONTAS SALDO INICIAL AUMENTO REDUÇÃO SALDO FINAL

Provisões para processos judiciais em curso 1.802.324 49.356 -1.153.766 697.914

Para rescisão contratos trabalho 436.000 -436.000

Para menos valias de edifícios 2.573.108 -1.093.360 1.479.748

Outras 1.636.797 15.682 -1.636.797 15.682

Total 6.448.229 65.038 -4.319.923 2.193.343

Page 59: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

59 | 74

Relativamente ao reforço das provisões merecem destaque as seguintes situações:

� Reforço da provisão para processos judiciais em curso no valor de 49.356 Euros.

� Constituição da provisão no valor de 15.682 Euros para fazer face às responsabilidades inerentes à participação no capital próprio negativo da sociedade Pólo das Nações.

� A redução de provisões foi registada em proveitos extraordinários, sendo de evidenciar os movimentos seguintes:

� Redução da provisão para responsabilidades contingentes, no valor de 1.153.766 Euros, decorrente de processos movidos em anos anteriores contra a empresa, os quais, tiveram, na sua maior parte em 2006, resolução a favor da Parque Expo;

� Redução da provisão para rescisão de contratos de trabalho, no valor de 436.000 Euros, mediante o pagamento das indemnizações previstas em 2005 e formalizadas em 2006;

� Redução da provisão para menos valias, no valor de 1.093.360 Euros, a qual resultou das seguintes situações:

- Diferença entre a estimativa para demolição do Pavilhão da Realidade Virtual e o valor da empreitada;

- Diferença entre o valor contabilístico do Pavilhão de Portugal e da Torre Vasco da Gama e a respectiva avaliação.

� Alienação do Swap e eliminação da provisão no valor de 1.636.739 Euros inerente ao risco associado ao instrumento financeiro derivado.

Após estes movimentos as provisões decompõem-se da seguinte forma:

Rubricas Valor €

Por imparidade da Torre Vasco da Gama 1.146.359

Para processos judiciais em curso 697.914

Demolição do Pavilhão da Realidade Virtual 333.389

Capital Próprio negativo do Pólo das Nações 15.682

Total 2.193.343

37 - PARTICIPAÇÃO NO CAPITAL SUBSCRITO

O Estado Português detém 99,1% do capital subscrito sendo a parte restante detida pelo Município de Lisboa.

38 - ACÇÕES SUBSCRITAS NO CAPITAL

O capital social está representado por 80.550.000 títulos nominativos com o valor de 82 Cêntimos por acção, sendo 79.800.000 acções do Estado Português e 750.000 acções da Câmara Municipal de Lisboa.

Page 60: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

60 | 74

40 - MOVIMENTOS OCORRIDOS NO EXERCÍCIO NAS RUBRICAS DE CAPITAIS PRÓPRIOS

RUBRICAS SALDO INICIAL AUMENTOS APLICAÇÕES SALDO FINAL

Capital 66.051.000 66.051.000

Ajustamentos partes capital filiais e associadas (2.796.438) (2.796.438)

Reservas legais 475.595 475.595

Outras reservas 48.331.123 48.331.123

Resultados transitados (100.950.855) 4.714.880 (105.665.735)

Resultado líquido do exercício (4.714.880) 1.164.340 (4.714.880) 1.164.340

Total 6.395.544 1.164.340 0 7.559.883

O capital foi subscrito e encontra-se totalmente realizado.

43 - REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

As remunerações atribuídas aos membros dos Órgãos Sociais da Empresa, no exercício de 2006, foram respectivamente:

Designação Valor

Conselho de Administração (*) 453.369

Fiscal Único 22.952

Assembleia Geral 1.584

Total 477.905

(*) – Inclui vencimentos, encargos sociais, ajudas de custo, subsídios de férias e Natal e gratificações.

Não há responsabilidades assumidas relativamente a pensões de reforma dos membros dos órgãos acima referidos.

Page 61: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

61 | 74

44 - VENDAS, PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, PROVEITOS SUPLEMENTARES E OUTROS GANHOS OPERACIONAIS.

Rubricas 2006 2005

Vendas de Lotes de Terrenos 30.766.300 27.802.710

Total 1 30.766.300 27.802.710

Concepção e Gestão de Projectos 9.120.851 9.432.166

Arrendamentos 2.930.544 3.072.786

Cedências de exploração (Pav. Atlântico, Oceanário e Telecabine)

2.825.737 2.473.173

Concessões 1.794.509 2.003.291

Bilheteira (Estacionamentos e Cartão do Parque) 1.289.082 1.554.778

Aluguer de espaços 1.171.143 1.057.424

Outros 7.143 -26.976

Total 2 19.139.009 19.566.641

Ramais de ligação e redes de saneamento 1.775.077 1.618.860

Fornecimento de Água 932.199 877.783

Prestação de serviços financeiros 285.646 335.462

Prestação de serviços diversos 1.169.630 1.037.439

Total 3 4.162.551 3.869.544

Reversões de amortizações e ajustamentos 2.477.223 7.913.181

Total 4 2.477.223 7.913.181

Total 1+2+3+4 56.545.083 59.152.076

45 - DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS FINANCEIROS

CUSTOS E PERDAS EXERCÍCIO PROVEITOS E GANHOS EXERCÍCIO

2006 2005 2006 2005

Juros suportados 17.559.354 14.428.958 Juros obtidos 344.364 516.883

Perdas empresas do grupo e associadas 379.293 4.823 Ganhos empresas do grupo e associadas 1.727.657 1.070.793

Provisões para aplicações financeiras 3.502.934 Rendimentos de participações de capital 58.435 123.654

Diferenças de câmbio desfavoráveis 4.498 14.232 Diferenças de câmbio favoráveis 1 1

Descontos de pronto pagamento concedidos Descontos de pronto pagamento obtidos 551

Perdas na alienação de aplicações de tesouraria

1.117.737Ganhos na alienação de aplicações de tesouraria

Outros custos e perdas financeiros 887.027 448.324 Outros proveitos e ganhos financeiros 1.217.737

Resultados Financeiros (16.599.163) (16.687.939)

3.348.745 1.711.332 3.348.745 1.711.332

Page 62: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

62 | 74

Discriminação dos valores mais expressivos:

� Juros suportados:

RUBRICAS 2006 2005

Juros de empréstimos bancários 5.971.058 7.483.031

Juros da cessão do crédito sobre a Câmara Municipal de Lisboa

3.990.660

Juros de empréstimos por obrigações 7.262.812 6.725.107

Juros de mora 36.697 152.485Juros empresas do Grupo e associadas 81.714 53.874

Juros de contratos de locação financeira 1.086 6.296

Outros não especificados 215.327 8.165

Total 17.559.354 14.428.958

Apesar do valor dos empréstimos bancários ter reduzido significativamente, os juros aumentaram em cerca de 3,1 M€. Esta variação encontra-se justificada pelo reconhecimento de custos financeiros no valor de 4 M€, relacionados com o contrato de cessão do crédito sobre a Câmara Municipal de Lisboa. Refira-se ainda que as comissões cobradas pela entidade bancária (0,2 M€) que adquiriu o crédito encontram-se reflectidas na conta de Outros Custos e Perdas Financeiras e justificam a evolução desta rubrica.

� Resultados em empresas do Grupo e associadas e rendimentos de participações de capital (ver nota 16.1);

� Alienação do SWAP de taxa de juro com venda de cobertura, pelo valor de 100.000 Euros, com o apuramento de 1.117.737 Euros de menos-valia financeira;

� Libertação da provisão no valor de 1.217.737 Euros constituída em anos anteriores para fazer face ao risco inerente à detenção do SWAP.

46 - DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

CUSTOS E PERDAS EXERCÍCIO PROVEITOS E GANHOS EXERCÍCIO

2006 2005 2006 2005

Donativos 90.000 130.457 Restituição de impostos

Perdas em imobilizações 739.250 8.706.290 Ganhos em imobilizações 9.438.554 2.375.391

Multas e penalidades 77.629 1.760.179 Benefícios de penalidades contratuais 6.651

Aumentos de amortizações e provisões 206 Redução de amortizações e de provisões 4.319.923 13.872.169

Correcções relativas a exercícios anteriores 1.820.382 8.061.610 Correcções relativas a exercícios anteriores 2.569.760 217.013

Outros custos e perdas extraordinários 122.076 30.309 Outros proveitos e ganhos extraordinários 1.896.709 2.212.153

Resultados Extraordinários 15.382.261 (12.326)

18.231.597 18.676.726 18.231.597 18.676.726

Page 63: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

63 | 74

Explicação dos valores mais expressivos:

� Perdas e ganhos em imobilizações: Relativamente ao valor registado em 2006 em perdas em imobilizações, cerca de 703,9 mil Euros corresponde à menos valia registada com a alienação do Edifício Centro de Comunicação;

� Proveitos e ganhos em imobilizações (2006): A mais-valia de 8,6 M€, resultante da alienação do Edifício Lisboa, justifica a maior parte do valor desta rubrica. O remanescente encontra-se justificado pela alienação das fracções M e G do edifício do lote 2.15.01 (restaurantes da frente ribeirinha), que registaram cerca de 780 mil Euros de resultado positivo;

� Redução de amortizações e de provisões no valor de 4.319.923 Euros (ver nota 34);

� Proveitos relativos a exercícios anteriores:

RUBRICAS Valor

Acréscimo do valor de venda de terrenos em ex. anteriores devido a aumentos de área

735.399

Débito à Estradas de Portugal relacionado com expropriação de terrenos da Parque Expo

626.782

Utilização da Galeria Técnica pela Climaespaço (2005) 212.931

Participação nos resultados de 2004 e 2005 da companhia de seguros 187.176

Rectificação da estimativa de custos a suportar com a demolição do Bowling 155.500

Gestão e coordenação 103.333

Diversos 548.639

Total de proveitos de exercícios anteriores 2.569.760

47 - INFORMAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS

Artigo 397 º do Código das Sociedades Comerciais

A Parque Expo 98, S.A. não concedeu empréstimos, não efectuou pagamentos de despesas pessoais, não prestou garantias nem facultou adiantamentos aos seus Administradores.

Também não foram celebrados quaisquer contratos entre a Sociedade e os seus Administradores, directamente ou por pessoa interposta.

Outras obrigações legais

A sociedade Parque Expo 98, S.A. tem a sua situação regularizada perante a Segurança Social.

Page 64: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

64 | 74

48 - OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES PARA MELHOR COMPREENSÃO DA POSIÇÃO FINANCEIRA E DOS RESULTADOS

48.1.- Garantias Prestadas e Obtidas

Em 31 de Dezembro de 2006 as garantias prestadas a terceiros pela sociedade totalizavam 4.075.432 Euros (ver discriminação na nota 32).

Na mesma data, as garantias obtidas compostas por fianças bancárias e seguros caução somavam 11.192.344 Euros (2005 – 21.351.902 Euros).

48.2.- Responsabilidades Contingentes

Decorrente de processos judiciais em curso contra a Sociedade existe uma responsabilidade contingente de cerca de 14.515 milhares de Euros (2005 – 16.172 milhares de Euros) correspondente aos valores dos pedidos de terceiros por acções em curso.

É convicção da Administração da Empresa que, se dos processos em curso advierem quaisquer responsabilidades para a Sociedade, estas serão em valor significativamente inferior aos valores das acções, pelo que se considera que a provisão existente, no montante de 697.914 Euros, foi constituída segundo exigentes critérios de prudência.

48.3.- Garantia e aval prestado pelo Estado

Em 31 de Dezembro de 2006 o montante do aval prestado pelo Estado à Sociedade ascendia a 197.135.987 Euros (2005 – 246.884.555 Euros) e incidia sobre as duas emissões do empréstimo obrigacionista.

48.4.- Acréscimos e Diferimentos

48.4.1 - Acréscimos de Proveitos:

RUBRICAS 2006 2005

Proveitos do exercício a facturar no exercício seguinte 3.143.676 3.759.928

Juros a receber de emp. Grupo e Associadas 131.081 922.492

Total 3.274.757 4.682.420

Page 65: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

65 | 74

48.4.2 - Custos Diferidos:

RUBRICAS 2006 2005

Juros resultantes da Cessão do Crédito s/ a CM Lisboa 43.145.547 0

Custos diferidos - FSE 351.510 416.483

Custos diferidos - Pessoal 183.911 183.911

Seguros 48.123 49.572

Contratos de Locação Financeira 0 3.012

Custos diferidos - Financeiros 33.003 0

Custos diferidos - Operacionais 1.800 4.690

Custos diferidos - Impostos 0 38.366

Total 43.763.893 696.033

(ver nota 48.7.1)

48.4.3 - Acréscimos de Custos:

RUBRICAS 2006 2005

Infraestruturação de terrenos 15.041.868 16.258.481

Custos de 2005 a debitar em 2006 3.394.427 2.849.739

Juros a Liquidar 2.039.210 2.283.475

Remunerações a Liquidar 1.468.634 1.802.521

Seguros a Liquidar 169.270 169.270

Total 22.113.409 23.363.485

De acordo com a regra do contrato completado foi efectuada uma estimativa dos custos a incorrer com a realização de infra-estruturas para finalizar o projecto do Parque das Nações. Esta estimativa foi reavaliada em 2006 e considera-se ajustada aos valores a realizar para finalizar o projecto.

Page 66: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

66 | 74

48.4.4 - Proveitos diferidos:

RUBRICAS 2006 2005

Subsídios para Investimento ( nota 48.9 ) 17.667.338 18.120.461

Concessão de direito de superfície (Torre V. Gama) 13.529.095 13.870.525

Total 31.196.432 31.990.986

48.5 – Imobilizações Corpóreas

48.5.1 – Edifícios e Outras Construções

O valor líquido a 31 de Dezembro de 2006 dos imóveis que fazem parte do imobilizado corpóreo da empresa totaliza 170.846.636 Euros como se descrimina:

Terreno Edifício

Oceanário 2.481.335 69.400.629 11.058.107 60.823.856

Pavilhão Atlântico 6.343.038 57.946.687 19.118.218 45.171.507

Pavilhão de Portugal 1.040.411 27.537.388 4.349.210 24.228.589

Torre Vasco da Gama 559.336 16.786.928 2.678.758 14.667.506

Rest.Quiosques - Parcela 2.15.01 6.863.973 11.061.626 11.061.627 6.863.972

Parques de Estacionamento 16 - Parcela 2.33 5.723.959 851.541 4.872.418

Parques de Estacionamento 5 - Parcela 2.05 4.228.013 369.933 3.858.080

Prédio Urbano em Ponta Delgada 2.244.591 2.244.591

Restaurante da Doca 718.130 1.815.562 302.231 2.231.461

Telecabine 2.416.662 603.958 1.812.704

Palácio dos Suíços 607.859 129.696 478.164

Parra & Mendonça 566.647 124.661 441.986

Torre da Refinaria 423.552 423.552

Restaurante SS3 307.991 307.991

Edifício Chepsi 364.621 80.218 284.404

Terreno em Direito de Superfície - Bombas da BP 257.634 257.634

Terreno em Direito de Superfície - Bombas da Repsol 246.646 246.646

Clube do Mar 201.114 16.542 184.571

Porta do Tejo 180.564 180.564

Parques de Estacionamento Pedro e Inês 72.486 5.436 67.049

Olivais Velho 41.151 9.054 32.097

Outros 1.386.913 219.621 1.167.293Total 19.422.610 202.402.837 50.978.811 170.846.636

DesignaçãoActivo Bruto

Amortizações Valor Liquido

Page 67: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

67 | 74

48.6 - Estado e Outros Entes Públicos

Os saldos das sub-contas desta rubrica estão descriminados no quadro abaixo:

SALDO DEVEDOR

SALDO CREDOR

SALDO DEVEDOR

SALDO CREDOR

Imposto sobre o Rendimento 875.693 0 538.243 0

Retenção de Imposto sobre o Rendimento 0 188.080 0 215.326IVA – Imposto sobre o Valor Acrescentado 5.513 940.565 87.828 1.472.310

Imposto do Selo 0 160 0 160

Segurança Social 0 198.445 0 228.507Total 881.206 1.327.250 626.071 1.916.303

RUBRICAS2006 2005

48.7 - Devedores e Credores diversos

Esta conta regista as transações da Sociedade com terceiras entidades, públicas e privadas, que não foram lançadas nas contas de clientes por não resultarem directamente da sua actual actividade operacional.

48.7.1 – Câmara Municipal de Lisboa

No primeiro trimestre de 2005 foi aprovado, pelo executivo do Município de Lisboa e posteriormente pela Assembleia Municipal, o reconhecimento dos custos suportados pela Parque Expo por conta da edilidade no valor de 155 milhões de Euros. A este valor foi deduzido cerca de 10,5 milhões de Euros relativos à Taxa Municipal para a Realização de Infra-estruturas Urbanas (TRIU).

Com base na decisão da Assembleia Municipal foi celebrado o acordo financeiro entre a Parque Expo e a Autarquia de Lisboa nos termos seguintes:

� Pagamento da dívida em 36 prestações semestrais de igual valor, devidas a 15 de Março e 15 de Setembro de cada ano, com um período de carência de 2 anos, vencendo-se a primeira a 15 de Março de 2007;

� Incidência de juros contados dia a dia à taxa Euribor a 12 meses, a partir do momento da transferência da gestão urbana do Parque das Nações para a Autarquia de Lisboa;

� Pelo pagamento de qualquer prestação em mora, incidência de juros mediante o acréscimo da sobretaxa de 2% ao ano;

� Possibilidade da Parque Expo ceder a terceiros, total ou parcialmente, o montante da dívida.

Em 2006 a Parque Expo vendeu a totalidade deste crédito ao Depfa Bank. Tendo em conta as condições do acordo celebrado entre a Parque Expo e a Câmara Municipal de Lisboa, os juros sobre o valor em dívida só são devidos pela Autarquia a partir do momento em que esta assuma a gestão urbana do Parque das Nações.

Page 68: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

68 | 74

Este facto originou:

� O reconhecimento de juros como custo do exercício no valor de 4 milhões de Euros correspondentes ao período decorrido entre a data da cessão do crédito e 31 de Dezembro de 2006;

� O registo de 43 milhões de Euros em custos diferidos correspondentes aos encargos financeiros vincendos pelo serviço da dívida.

Em Março de 2007 o Executivo Camarário e a Assembleia Municipal reconheceram e aprovaram que os juros sobre o serviço da dívida vencidos a partir de 1 de Janeiro de 2007 são da responsabilidade do Município de Lisboa. Este facto irá permitir à Parque Expo efectuar uma nova cessão em 2007 sobre o valor de 43 milhões de Euros e reduzir significativamente a sua exposição bancária.

Face à necessidade de uma gestão urbana integrada foi retomada a possibilidade de criar uma sociedade tripartida com a participação das Autarquias de Lisboa e de Loures e pela Parque Expo. No decurso deste entendimento foi submetido em 2006 às Autarquias um plano de negócios desta actividade, que se encontra em apreciação..

48.7.2 – Câmara Municipal de Loures

O processo de ressarcimento de custos por conta da Autarquia de Loures encontra-se dependente da solução que se venha a encontrar para a gestão urbana do Parque das Nações.

RESUMO DOS VALORES RELATIVOS ÀS AUTARQUIAS DE LISBOA E LOURES:

TotalCM Lisboa CM Loures

Infra-estruturas 0 28.342.532 28.342.532Gestão Urbana (GU):

2000 1.872.913 1.872.9132001 1.712.579 1.712.5792002 1.737.394 1.737.3942003 1.289.636 1.289.6362004 1.456.786 1.456.7862005 5.060.805 1.533.404 6.594.2102006 5.816.265 1.424.218 7.240.483

Total GU 10.877.070 11.026.931 21.904.001

Acessibilidades 0 1.713.696 1.713.696

Total 10.877.070 41.083.159 51.960.229

Valores contabilizados

Page 69: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

69 | 74

48.7.3 – Estado Português

Devedores Diversos Valor €

Compensação ao Metropolitano de Lisboa 9.975.958

Custos com o Comissariado da Expo' 98 4.863.688

Participação na Feira em Taejon (Coreia) 882.878

Total 15.722.525

Metropolitano de Lisboa

A Parque Expo 98, S.A., celebrou, em Agosto de 1994, um acordo com o Metropolitano de Lisboa através do qual a Parque Expo se comprometeu a entregar 9.975.958 Euros a título de compensação pela antecipação da construção da linha amarela no percurso Alameda - Oriente, por forma a que a mesma, inicialmente prevista para 2003, estivesse concluída antes da inauguração da EXPO ’98 (22 de Maio de 1998). O valor em Balanço reflecte os valores pagos ao Metro e que a Administração da Parque Expo, por entender que não lhe competia suportar tais encargos, veio mais tarde a registar como valores a receber do Estado Português.

Comissariado da EXPO ’98

O valor em Balanço reflecte os valores das despesas e receitas do Comissariado à Exposição Mundial de Lisboa suportadas por conta do Estado Português.

Comissariado de Taejon

O valor em Balanço reflecte os valores das despesas da participação nacional na Exposição realizada em 1993 na Coreia (Taejon), as quais foram realizadas por conta do Estado Português, conforme ponto 12 da resolução do Conselho de Ministros n. º 45/93 de 25 de Maio.

Refira-se que o Orçamento Geral do Estado para 2007 (Lei 53 A/2006, de 29 de Dezembro) prevê no Artigo 109.º, alínea o) a regularização à Parque Expo das responsabilidades do Estado no âmbito das actividades dos Comissariados de Portugal nas exposições internacionais de Taejon e de Lisboa.

48.7.4 – Devedores Diversos

Saldos relevantes da conta de devedores diversos:

Devedores Diversos Valor €

Gare Intermodal de Lisboa - Terreno 8.366.454

Estradas de Portugal 530.205

Outros 1.513.803

Total 10.410.462

Page 70: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

70 | 74

48.8 - Provisões para Outros Devedores

A rubrica provisões para outros devedores decompõe-se como segue:

Provisões para Outros Devedores Valor €

Empresas participadas e participantes:Marina do Parque das Nações - Suprimentos 2.412.740

Estado Português:Compensação ao Metropolitano de Lisboa 9.975.958

Devedores diversos:Gare Intermodal de Lisboa - Terreno 732.686Estradas de Portugal 530.205Metropolitano de Lisboa 504.236LisboaGás 163.515Secretaria Regional dos Açores 116.719Diversos 224.782

Total 2.272.142

48.9. - Subsídios para Investimentos

A decomposição do saldo da conta de subsídios ao investimento em 31 de Dezembro de 2006 é a que consta no quadro seguinte:

EdifícioSubsídio Atribuído

2005Proveito

do Exercício2006

Pavilhão Atlântico 18.388.832 15.814.396 367.777 15.446.620Torre Vasco da Gama 2.512.495 2.160.746 50.250 2.110.496

Projecto WI-FI 209.663 145.319 35.097 110.222Total 21.110.990 18.120.461 453.123 17.667.338

Page 71: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

A N E X O A O B A L A N Ç O E À

D E M O N S T R A Ç Ã O D E R E S U L T A D O S

71 | 74

Lisboa, 13 de Março de 2007

O Conselho de Administração

Rolando Borges Martins

(Presidente)

José Catarino

(Administrador)

Rui Palma

(Administrador)

Emílio Rosa

(Administrador)

João Soares Louro 6

(Administrador)

Fernando Antunes

(TOC n.º 35356)

6 Ausente por doença

Page 72: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

C E R T I F I C A Ç Ã O L E G A L D E C O N T A S

72 | 74

10 | CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

Page 73: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho
Page 74: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho
Page 75: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho
Page 76: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho
Page 77: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho
Page 78: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho
Page 79: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

R E L A T Ó R I O E P A R E C E R D O F I S C A L Ú N I C O

73 | 74

11 | RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO

Page 80: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho
Page 81: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho
Page 82: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho
Page 83: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho
Page 84: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

P A R E C E R D O A U D I T O R E X T E R N O

74 | 74

12 | PARECER DO AUDITOR EXTERNO

Page 85: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho
Page 86: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho
Page 87: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho
Page 88: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho
Page 89: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho
Page 90: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

DELIBERAÇÃO DA ASSEMBLEIA GERAL

EXTRACTO DA ACTA DA ASSEMBLEIA GERAL Nº. 35 Aos dezoito dias do mês de Abril de 2007, pelas dez horas, e conforme decisão da

Assembleia Geral do dia vinte e nove do mês de Março de 2007, reiniciou-se em

Lisboa, na Avenida D. João II, Lote 1.07.2.1, a Assembleia Geral Anual da

Sociedade Parque EXPO 98, SA, presidida pelo Dr. José Clemente Gomes e

secretariada pela Dra. Teresa Isabel Carvalho Costa.

... “Após confirmação da presença dos representantes de todos os accionistas, o

Presidente da Mesa procedeu à reabertura da Assembleia com a leitura da ordem de

trabalhos:------------------------------------------------------------------------------------------

Ponto Um – Deliberar sobre o relatório de gestão e as contas do exercício de 2006;--

Ponto Dois – Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados;--------------------

Ponto Três - Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da

Sociedade;----------------------------------------------------------------------------------------

Ponto Quatro – Proceder à apreciação da situação da Marina do Parque das Nações.-

Ponto Quinto – Deliberar sobre os seguintes assuntos previstos no n.º 3 do art.º 35º

do Código das Sociedades Comerciais:-------------------------------------------------------

a) A dissolução da Sociedade;------------------------------------------------------------

b) A redução do capital social para montante não inferior ao capital próprio da

Sociedade;--------------------------------------------------------------------------------

c) A realização, pelos sócios, de entradas para reforço da cobertura do capital.--

… Seguidamente e entrando no ponto um da ordem de trabalhos, o Presidente da Mesa deu a palavra ao Presidente do Conselho de Administração para apresentação do Relatório de Gestão e as Contas do Exercício de 2006… …

Page 91: RELATÓRIO E CONTAS 2006web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC13105.pdf · Há um ano escrevemos no Relatório e Contas de 2005: “(…)É, assim, uma profunda convicção do Conselho

O Presidente da Mesa colocou à votação o Relatório de Gestão e as Contas do Exercício de 2006, tomando a palavra o representante do accionista Estado, Dr.ª Luísa Maria do Rosário Roque, que votou favoravelmente a aprovação do Relatório de Gestão e as Contas de 2006 apresentadas pelo CA, atentas as Reservas e as Ênfases expressas na Certificação Legal das Contas, emitindo a seguinte declaração de voto, que foi acompanhada pela Câmara Municipal de Lisboa: “ Tendo em conta o elevado nível de

endividamento da sociedade, os accionistas recomendam ao Conselho de

Administração a continuação da afectação prioritária dos meios financeiros

disponíveis à amortização da dívida”-------------------------------------------------------------

Não havendo mais intervenções foi aprovado o relatório de gestão e as contas do exercício de 2006, com os votos favoráveis dos accionistas, atentas as reservas e as ênfases expressas na Certificação Legal das Conta.---------------------------------------------

Passando ao ponto dois da ordem de trabalhos o Presidente da Mesa leu e colocou à votação a proposta de aplicação de resultados, apresentada pela Administração, constante da página 35 do Relatório e Contas 2006, no sentido do lucro apurado no exercício de 2006, no valor de €1.164.339,50, ter a seguinte distribuição: 5%, no montante de € 58.216,98 para efeitos de reserva legal, nos termos previstos no n.º 1 do artigo 295º do Código das Sociedades Comerciais e, 95%, no montante de €1.106.122,52, para transferência para a conta de resultados transitados, a qual foi aprovada por unanimidade.” Lisboa, 27 de Abril de 2007 Guilherme Barbosa Secretário-Geral da Parque Expo 98, S.A.