relatÓrio e contas 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/pc6218.pdf · gescartão, sgps, s.a....

120
Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Vila do Conde sob o nº 3549 Capital Social: € 99 925 000 Pessoa Colectiva nº 503032603 Sociedade Aberta RELATÓRIO E CONTAS 2004

Upload: others

Post on 02-Nov-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde

Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Vila do Conde sob o nº 3549 Capital Social: € 99 925 000

Pessoa Colectiva nº 503032603 Sociedade Aberta

RELATÓRIO E CONTAS 2004

Page 2: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Relatório e Contas 2004

ÍNDICE

Relatório do Conselho de Administração Apresentação........................................................................................................................... 2

Enquadramento Macroeconómico............................................................................................ 2

Evolução do Sector e do Mercado............................................................................................ 4

Investimentos............................................................................................................................ 5

Normas Internacionais de Relato Financeiro............................................................................ 7

Comportamento Bolsista.......................................................................................................... 7

Órgãos Sociais.......................................................................................................................... 7

Perspectiva para 2005.............................................................................................................. 9

Proposta para Aplicação de Resultados................................................................................... 9

Notas Finais............................................................................................................................. 10

Anexos ao Relatório do Conselho de Administração (conforme o disposto dos art. 447º e 448º do Código das Sociedades Comerciais) Lista dos Titulares de Participações Qualificadas (conforme o disposto dos art. 16º e 20º do Código dos Valores Mobiliários) Demonstrações Financeiras

Balanço Demonstrações dos Resultados Demonstração dos Fluxos de Caixa Anexo ao Balanço e às Demonstrações dos Resultados Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria Relatório e Parecer do Fiscal Único

Extracto da Acta da Assembleia Geral

Page 3: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Page 4: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 2 Relatório e Contas 2004

Senhores Accionistas: Em cumprimento da Lei e dos Estatutos da sociedade vimos apresentar a V.Exas. o Relatório de Gestão consolidado referente ao exercício de 2004.

1. Apresentação

O Grupo Gescartão é composto pela Gescartão SGPS, S.A., Sociedade Aberta, criada em 31 de Maio de 1993, ao abrigo do Decreto-Lei n.º39/93 de 13 de Fevereiro, como resultado do processo de reestruturação da Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, S.A., e pelas suas subsidiárias.

Em Março de 2000, a Imocapital SGPS, S.A., sociedade detida em partes iguais pela Sonae Indústria SGPS, S.A. e pela Papeles Y Cartones de Europa, S.A. (Europac) adquiriu 65% do capital da Gescartão. Em Julho de 2003, através de Oferta Pública de Venda, foram alienados pela Portucel SGPS, S.A. os restantes 35% que detinha da Gescartão. Em Janeiro de 2004, a Gescartão SGPS, S.A. passou a integrar o índice de referência da bolsa nacional, o PSI-20.

Em 11 de Fevereiro de 2005, a Sonae SGPS, S.A. e a Europac S.A. acordaram os termos para a alienação à Europac S.A. da totalidade da participação e créditos na Imocapital SGPS, S.A detidos pela primeira, bem como de acções representativas de 3,58% da Gescartão. A transacção da participação no capital da Imocapital está sujeita, nos termos da legislação em vigor, a autorização da Autoridade para a Concorrência.

A actividade do Grupo Gescartão insere-se no “sector castanho”, designação comum para o sector dos papéis industriais e de embalagem e que engloba, para além da produção de papéis para a produção de cartão canelado, também a produção do próprio cartão canelado e das embalagens.

A Gescartão tem vindo a potenciar o desenvolvimento desta fileira industrial, explorando toda a cadeia de valor, e conjugando num esforço comum as forças susceptíveis de promover um melhor aproveitamento dos recursos da floresta, bem como os resíduos urbanos, que incluem uma parte importante do papel utilizado no fabrico de embalagens.

2. Enquadramento Macroeconómico

Uma vez mais, as principais economias mundiais evoluíram em 2004 sob indisfarçável heterogeneidade. Confirmar-se-ia a aceleração do crescimento nos Estados Unidos. O vigor, embora em ténue abrandamento, dos mercados do Japão e da Ásia Oriental. E, na Europa Continental, uma retoma que, se já palpável, persiste em desenvolver-se sob maior lentidão – e ainda distante de uma genuína expansão sustentada. Não obstante, o volume de trocas comerciais a nível mundial veio a registar em 2004 um impulso ímpar em termos históricos (9,5%, após 3,6% em 2002 e 5,1% em 2003). No mesmo tom, o crescimento do PIB mundial evoluiu de 3,5% em 2003 para cerca de 5% em 2004 – níveis todavia provavelmente irrepetíveis

Page 5: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 3 Relatório e Contas 2004

nos anos mais próximos, à conta da persistente incerteza global e da titubeante confiança das famílias. A economia portuguesa emergiu da recessão de 2003 (-1,2%), com um crescimento real estimado entre 1 e 1,5% consentido pela ligeira recuperação das exportações (7,3%) e pela reanimação da procura interna (1,8% face a -2,7% em 2003). O que, no entanto, não impediu novo passo divergente face à área do euro (crescimento de 1,8%). Embora os analistas não deixem de assinalar sinais de abrandamento no segundo semestre – indissociáveis do efeito efemeramente induzido pela realização do Euro 2004 –, a retoma da procura interna veio fundamentalmente a assentar na dinâmica do consumo privado e do investimento empresarial, denunciando uma sensível inflexão do clima de expectativas junto das famílias e do sector dos negócios, cuja depressiva tendência se manifestava desde 2001. No mesmo sentido, a queda do nível de emprego terá entretanto sido estancada, reflectindo-se num aumento muito ligeiro do desemprego (6,5% em final de ano). A tímida reanimação da actividade produtiva consentiu ainda que se estreitasse o diferencial de inflação face à média da área do euro. Assim, 2004 encerrou com uma inflação média no consumo (IPC) de 2,4% (3,3% em 2003), realidade confirmada pelo indicador harmonizado. De toda a forma, voltou a expor-se uma das mais graves debilidades estruturais da economia, já que a melhoria da procura externa não terá, por si só, impedido novo agravamento do défice comercial – reflexo da retoma da procura interna, da escalada de cotações do crude e de uma deterioração dos termos de troca externos –, o qual terá ultrapassado os 6% do PIB em 2004. Admitindo que a gradual consolidação da retoma da economia nos anos mais próximos será inevitavelmente acompanhada da expansão do consumo privado e do investimento, é largamente provável o agravamento da dependência mercantil, com contributo negativo da procura externa líquida para o crescimento. Ainda no plano estrutural, 2004 ficou assinalado por novas dificuldades de consolidação das finanças públicas e da observância do Pacto de Estabilidade e Crescimento. Pelo terceiro ano consecutivo, o governo recorreu a expedientes extraordinários para minorar a amplitude do défice, num quadro de iniludíveis dificuldades de controlo e aplicação de cortes em certas categorias da despesa pública, e de preocupantes sinais no plano da sustentabilidade financeira da segurança social. Com efeito, embora as receitas fiscais excedessem o inicialmente orçamentado para 2004, as despesas correntes com pensões públicas, cresceram significativamente acima do que estava previsto. Factos que, aliás, motivam as organizações internacionais a invocar a premência de vigorosas reformas na administração pública, sistema fiscal e segurança social. Num prognóstico fortemente condicionado pelo ritmo das economias europeias relevantes e pela instabilidade no mercado do petróleo, admite-se que o crescimento da economia portuguesa recupere, lentamente, em 2005 (2,2%) e 2006 (2,8%) todavia posicionando-se nesse horizonte ainda aquém de um patamar consentâneo com uma significativa descida do desemprego.

Page 6: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 4 Relatório e Contas 2004

3. Evolução do Sector e do Mercado Durante 2004 não houve variações muito significativas do lado da procura nos principais mercados em que opera a Gescartão. A principal alteração no mercado teve origem, ainda que indirectamente, no aumento da produção de cartão canelado nos Estados Unidos da América. Esta forte actividade absorveu uma parte bastante significativa do excedente de KLB que, directa ou indirectamente, tinha pressionado os preços na Europa durante todo o ano de 2003 e contribuiu para manter o mercado europeu menos vulnerável das variações cambiais euro/dólar americano. A alteração da oferta proveniente dos Estados Unidos da América foi sentida gradualmente a partir do final de Janeiro, o que permitiu um anúncio de aumento de preço do KLB a partir de Abril (50€/ton). Foram, assim, efectuados, de forma diferenciada nos vários mercados, um primeiro aumento de preços entre Abril e Junho e um segundo aumento entre Setembro e Outubro (50€/ton). A pressão de compra verificada a partir do primeiro trimestre permitiu uma significativa redução de stocks de produtos acabados. O ano ficou marcado por uma grande agressividade no mercado da embalagem, quer no sector industrial de grandes contas, quer na área hortifrutícola. Em número significativo de sectores e mercados, verificou-se uma redução significativa do preço de venda do cartão canelado. Esta pressão de contracção de margens no negócio da embalagem criou resistências acrescidas à aceitação do aumento do preço do papel, uma vez que os transformadores se viram impossibilitados de repercutir esse incremento de custo nos seus preços de venda. Tudo leva a crer que o excesso de capacidade de transformação, a maior diversificação e oferta de papéis reciclados e os processos de compra de embalagem mais agressivos, em parte por pressão da grande distribuição, tenderão a retirar o carácter flutuante dos preços na cadeia e a evoluir para uma situação mais madura, com consolidação de descidas e fortíssimas resistências às subidas. No entanto, de acordo com dados das organizações do sector cartão canelado, este mercado tem crescido de uma forma consistente entre 2 a 3% ao ano e assim deverá tendencialmente continuar a crescer, embora com algumas diferenças significativas entre mercados. A embalagem de cartão canelado continua a ser a preferida face aos outros materiais pelo seu especial desempenho, atributos ambientais (100% reciclável), apelo ao merchandising e custo relativo. De salientar o segmento hortifrutícola, onde temporariamente e aparentemente perdeu lugar para os tabuleiros de plástico. Na realidade, e de acordo com dados oficiais, a embalagem de cartão canelado está novamente a ganhar terreno, pela sua performance e atributos. De facto, destaca-se cada vez mais por ser uma embalagem limpa, leve e simultaneamente robusta, disponível quando e onde é necessária e ainda por contribuir de forma decisiva para a diferenciação da concorrência. Numa economia cada vez mais aberta, a logística constitui e constituirá um factor diferenciador, pelos impactos ambientais que, nomeadamente, os transportes provocam. A embalagem de cartão canelado potencia a máxima utilização de espaço, minimizando os custos de transporte, nomeadamente dispensando o retorno, necessário nos reutilizáveis

Page 7: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 5 Relatório e Contas 2004

A nível interno e considerando o mercado do cartão canelado um barómetro da economia, 2004 foi, para este sector, um ano difícil, apesar da ligeira retoma que se fez sentir sobretudo no 1º semestre. Influenciada pelo fluxo proveniente do Europeu de Futebol EURO 2004, esta animação sentiu-se principalmente no sector alimentar.

4. Investimentos Nos termos definidos no Decreto-Lei nº. 19/2003, de 3 de Fevereiro, as acções representativas de 51% do capital social da Gescartão SGPS, S.A., detidas pela Imocapital, encontram-se indisponíveis até ao momento da verificação do cumprimento integral das obrigações referidas no diploma. As citadas obrigações consistem:

o na construção e instalação de uma unidade fabril com uma capacidade de produção mínima de 150 mil toneladas por ano de papel reciclado, que represente um montante de investimento no valor de 125 milhões de euros e entrada em funcionamento da mesma no prazo de 24 meses após o licenciamento da construção e laboração, devendo o respectivo pedido inicial de licenciamento, ser apresentado no prazo máximo de 2 meses após a entrada em vigor do novo Decreto-Lei;

o na realização, no prazo de 9 meses após o respectivo licenciamento, de um investimento industrial no concelho de Mourão, que represente um montante de investimento do valor mínimo de 10 milhões de euros, devendo o pedido inicial de licenciamento, ser apresentado no prazo máximo de 2 meses após a entrada em vigor do novo Decreto-Lei;

o na realização, no prazo máximo de 36 meses a contar da entrada em vigor do referido Decreto-Lei, de investimentos no sector agrícola, agro-industrial, industrial ou serviços, incluindo turismo, no montante global de 40 milhões euros, os quais poderão ser concretizados através de um ou mais fundos de capital de risco e/ou uma ou mais sociedades de capital de risco, já existentes ou a constituir pela Imocapital, vocacionados para investimento em participações no sector agrícola, agro-industrial, industrial ou serviços, incluindo turismo.

Em Assembleia Geral de 28 de Março de 2003, foi ratificada a decisão do Conselho de Administração da Gescartão de assunção, pela Gescartão, das referidas obrigações de substituição, efectuando os investimentos através de sociedades dominadas. Relativamente à nova unidade fabril destinada à produção de papel reciclado para a indústria de embalagem, o processo de licenciamento teve início com o procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), mediante apresentação do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) à entidade coordenadora do licenciamento, dentro do prazo fixado pelo Decreto-Lei nº 19/2003 de 3 de Fevereiro. Tendo sido declarada a conformidade do EIA, seguiu-se-lhe a fase de Consulta Pública do EIA, cujo prazo terminou a 25 de Agosto de 2003. Foi emitida, em 3 de Maio de 2004, a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada a que a entrada em funcionamento da nova captação de água proposta pela Portucel Viana – elemento indispensável à viabilização do projecto – fique suspensa até ao início de actividade de uma alternativa adequada de abastecimento público de água à captação municipal de Bertiandos.

Page 8: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 6 Relatório e Contas 2004

Perante o teor da D.I.A., em 24 de Maio de 2004 interpôs o Conselho de Administração da Portucel Viana uma reclamação nos termos do artigo 161º do Código de Procedimento Administrativo, dirigida ao Senhor Secretário de Estado do Ambiente. Em 31 de Maio de 2004 foi dado conhecimento desta reclamação administrativa à Direcção Regional da Economia do Norte (Ministério da Economia), tendo sido requerida a esta entidade a suspensão do prazo previsto no artigo 9º nº5 do Decreto Regulamentar nº8/2003 de 11 de Abril. A suspensão requerida veio a ser deferida pela entidade coordenadora do licenciamento em 3 de Junho de 2004. Em 22 de Outubro de 2004, a Portucel Viana foi notificada de que a reclamação por si apresentada fora deferida e, consequentemente, revogada a DIA nos termos em que havia sido emitida, por falta de fundamentação adequada, delegando na CCDR-Norte a incumbência de emitir nova Declaração de Impacte Ambiental. Entretanto, e no que respeita ao desenvolvimento do projecto propriamente dito, foram concluídos, no decurso do ano de 2004, os trabalhos da Pré-Engenharia e completadas as especificações dos equipamentos mais significativos do Projecto. Foram igualmente concluídas consultas ao mercado para os principais equipamentos do projecto, nomeadamente para a Máquina de Papel, Bobinadora, Instalação de Fibra Secundária 2 e Estação de Tratamento de Efluentes, e realizadas as consultas para as primeiras empreitadas do projecto, isto é, infra-estruturas e redes enterradas. Com o objectivo de implementar uma unidade fabril de produção de embalagens na Zona Industrial de Mourão, a Gescartão constituiu a Sulpac – Empresa Produtora de Embalagens de Cartão SA, com o capital social de 4,5 milhões de euros. O pedido inicial de licenciamento da unidade industrial foi apresentado junto da Direcção Regional do Alentejo do Ministério da Economia em 31 de Março de 2003, e o licenciamento da obra consta de Ofício emitido pela Câmara Municipal de Mourão em 17 de Dezembro de 2003. A Sulpac iniciou a sua actividade comercial ainda durante o ano de 2003. A primeira embalagem foi produzida em 18 de Maio de 2004, com o início da fase de testes. Em Dezembro de 2003 foi constituída a Investalentejo, SGPS, SA com o objectivo de vir a ser a entidade gestora das obrigações de investimento no Alentejo ao abrigo do art. 4 do DL 19/2003. A Investalentejo tem actualmente em estudo diversos projectos cuja concretização se direcciona no cumprimento das referidas obrigações. Inserido neste contexto, foi adquirido, em 5 de Novembro de 2004, 51% do capital da empresa Ipaper – Indústria de Papeis Impregnados,S.A., cujo objecto social é produção e comercialização de papeis lisos ou impressos, em seco ou impregnados, e de outros produtos para a indústria de mobiliário e construção. A Ipaper, durante o ano de 2004, iniciou o processo de investimento numa unidade impregnação de papéis fenólicos em Sines, com capacidade produtiva instalada que permita abastecer na totalidade as necessidades de papéis kraft fenólico do negócio de termolaminados da Sonae Indústria. Prevê-se que o investimento total ascenda a 6,8 milhões de euros e o seu arranque ocorra em Setembro de 2005. No âmbito da alienação da Imocapital atrás referida, foi acordado o estabelecimento de uma parceria entre a Sonae (49%) e a Gescartão (51%) na sociedade Investalentejo. Sobre o capital desta sociedade existirão opções de cujo exercício resultará o controlo integral pela Sonae.

Page 9: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 7 Relatório e Contas 2004

5. Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) No âmbito do disposto no Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho nº1606 / 2002, a empresa concluiu o diagnóstico das alterações das políticas contabilísticas que terá que adoptar para dar cumprimento às IAS / IFRS. As equipas de trabalho e os sistemas informáticos de apoio encontram-se preparados para responder às novas necessidades de informação. O trabalho desenvolvido, acompanhado pela Deloitte & Associados, SROC, S.A., foi supervisionado pelo Conselho de Administração da Gescartão SGPS, acompanhando activamente a definição das políticas contabilísticas a adoptar. Considerando o percurso já percorrido, nomeadamente as suas etapas mais criticas, a Gescartão encontra-se em condições de aplicar as disposições exigidas por este normativo. No que concerne à divulgação, a Gescartão vai cumprir o disposto no parágrafo 20 da Recomendação para Orientação Adicional sobre a Transição para as Normas Internacionais de Relato Financeiro do Comité Europeu dos Reguladores de Valores Mobiliários (CESR). A primeira informação com a adopção plena das IAS / IFRS será comunicada com base nas demonstrações financeiras intercalares respeitantes a 31 de Março de 2005, contendo comparativos a 31 de Março de 2004 convertidos para IAS / IFRS e as respectivas reconciliações com a informação apresentada anteriormente em POC, de acordo com o sugerido na recomendação do CESR.

6. Comportamento Bolsista O título Gescartão, admitido à cotação em Julho de 2003, fechou a 31 de Dezembro de 2004 em 10,6 euros, a que corresponde uma valorização durante o ano de 37,3%, sendo esta bastante superior à valorização do principal índice do mercado português, o PSI 20, que ascendeu a 12,2%. O volume transaccionado ascendeu a 4.696.175 acções a que correspondeu um volume médio diário de 19.090, volume este bastante satisfatório considerando a juventude do título, mesmo considerando o decréscimo de 8% relativamente ao ano de 2003.

7. Órgãos Sociais Na Assembleia Geral realizada em 28 de Março de 2003 foram nomeados os Órgãos Sociais da Gescartão SGPS para o triénio 2003/2005. Em 14 de Julho de 2003, o Dr. Rogério Beatriz (Administrador eleito na Assembleia Geral de 28 de Março) apresentou a sua renúncia, com efeitos a partir de 17 de Julho do mesmo ano. Em reunião de 18 de Julho de 2003, o Conselho de Administração decidiu cooptar D. Juan Jordano Perez para o lugar em aberto, cooptação ratificada em Assembleia Geral realizada em 29 de Abril de 2004.

Page 10: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 8 Relatório e Contas 2004

Na primeira data, 14 de Julho de 2003, o Dr. Mário Augusto Nunes Baptista (membro da Comissão de Vencimentos) apresentou também a sua renúncia, com efeitos a partir de 17 de Julho do mesmo ano. Na sua reunião do dia 4 de Fevereiro de 2004, o Conselho de Administração deliberou proceder à nomeação da Dr.ª Susana Manuela Abreu Alves Pereira para o cargo de Secretário da Sociedade Efectivo, e da Dr.ª Maria Gabriela de Castro Chouzal para o cargo de Secretário da Sociedade Suplente. Em 19 de Julho de 2004 foi do conhecimento da Gescartão SGPS, SA que, por via da fusão, a sociedade Magalhães, Neves & Associados, SROC, SA (Fiscal Único da sociedade) foi absorvida pela sociedade António Dias & Associados, SROC, SA (Fiscal Suplente da sociedade). A referida sociedade incorporante procedeu também à alteração da sua firma para “Deloitte & Associados, SROC, SA”. Pela extinção da sociedade que exercia o cargo de Fiscal Único, o Fiscal Suplente, ora Deloitte & Associados, SROC, SA, substituirá o extinto Fiscal Único até à próxima Assembleia Geral Anual. Assim sendo, a actual composição dos órgãos sociais é a seguinte:

Mesa da Assembleia Geral Presidente Dra. Luzia Ferreira Gomes

Vice-Presidente Dra. Júlia Maria Moreira da Silva Santos Secretário D. Vicente Guilarte Gutierrez

Comissão de Vencimentos

Eng.º. Ângelo Gabriel Ribeirinho dos Santos Paupério D. Fernando Isidro Rincón

Conselho de Administração Presidente D. Fernando Padrón Estarriol

Vogal D. Enrique Isidro Rincón Vogal D. Juan Jordano Perez Vogal Dr. Manuel Guilherme Costa Vogal Dr. Paulo Manuel Ferreira Sobral

Fiscal Único

ROC Suplente Deloitte & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, SA, representada por Dr. Jorge Manuel de Araújo de Beja Neves

Secretário da Sociedade Efectivo Dra. Susana Manuela Abreu Alves Pereira

Secretário da Sociedade Suplente Dra. Maria Gabriela de Castro Chouzal

Page 11: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 9 Relatório e Contas 2004

8. Perspectiva para 2005 A indústria americana de cartão canelado continua a apresentar um crescimento estável, apesar das modestas taxas de operação e dos inventários terem subido menos do que o habitual no início do ano. Tal demonstra que os produtores de papel estão, de forma disciplina, a tentar encontrar um equilíbrio satisfatório entre oferta e procura. Mantendo-se esta situação, parecem existir condições para implementar os aumentos de preços do papel kraft que três grandes produtores norte-americanos anunciaram para meados de Março de 2005. Todavia, apesar dos níveis relativamente baixos dos stocks nos Estados Unidos e o desempenho da indústria transformadora de cartão canelado, os produtores americanos poderão ser pressionados a colocar algum excesso de tonelagem no exterior, de forma a conseguirem manter os níveis de stock e, principalmente, preservar a opção de realizar aumentos no início da Primavera. Apoiados na valorização do euro, que segundos analistas poderá continuar, é também previsível que os produtores europeus continuem a sofrer pressões dos produtores dos norte-americanos e sobretudo dos sul-americanos. Dado o crescimento previsto para economia europeia, cada vez mais tímido, e, em simultâneo, a transferência de actividades industriais para a Europa de Leste e para a Ásia, não será previsível, a curto prazo, que a procura de embalagem cresça na Europa. Assim, antecipa-se um ano de 2005 marcado pela instabilidade e pela incerteza quanto ao predomínio de forças, embora cadenciado por aumentos dos preços da energia com implicações no preço dos papéis reciclados. O Grupo Gescartão continuará a dar especial atenção ao alargamento da União Europeia a leste, desenvolvendo os esforços que vierem a ser aconselháveis para acompanhar esta deslocação de centro de gravidade que afectará toda a economia e, em particular, o sector.

9. Proposta para Aplicação de Resultados Nos termos legais e estatutários, o Conselho de Administração propõe à Assembleia Geral que os resultados apurados no exercício pela Gescartão SGPS SA, no montante de 10.635.999,45 euros (dez milhões, seiscentos e trinta e cinco mil, novecentos e noventa e nove euros e quarenta e cinco cêntimos) tenham a seguinte aplicação:

o para Reserva Legal, o montante de 531.799,97 euros (quinhentos trinta e um, setecentos noventa e nove euros e noventa e sete cêntimos);

o para Resultados Transitados, o montante de 10.104.199,48 (dez milhões, cento e quatro mil, cento e noventa euros e quarenta e oito cêntimos).

Page 12: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 10 Relatório e Contas 2004

10. Notas Finais Ao Fiscal Único queremos agradecer a sua cooperação no acompanhamento da actividade da Empresa. Aos Clientes, Fornecedores, Instituições Financeiras, Colaboradores e a todos os que, directa ou indirectamente, contribuíram para os objectivos alcançados, manifestamos o nosso sincero agradecimento pela colaboração prestada. Guilhabreu, 15 de Março de 2005 O Conselho de Administração ________________________ Fernando Padrón Estarriol ________________________ Enrique Isidro Rincon ________________________ Juan Jordano Perez ________________________ Manuel Guilherme Costa ________________________ Paulo Ferreira Sobral

Page 13: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________

ANEXOS AO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Page 14: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexos ao Relatório do Conselho de Administração

Anexo a que se refere o artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais Títulos detidos pelos órgãos de administração e fiscalização e respectivas transacções, durante 2004:

Paulo Manuel Ferreira Sobral (Administrador) Aquisições Alienações Saldo Descrição Data Quantidade Preço Md € Quantidade Preço Md € Quantidade

31-12-2003 12.660 (a) 31-12-2004 12.660 (a)(a) inclui 1000 acções pertencentes ao cônjuge Maria Teresa Madalena Santos Anexo a que se refere o artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais Na data de encerramento do exercício social e de acordo com as notificações recebidas:

Detentores de capital

Acções detidas

% directa de direitos de

voto Imocapital SGPS, SA (a) 12.990.250 65,00%Papeles Y Cartones Europa, SA 528.050 2,64%Sonae – Indústria de Revestimentos, SA (b) 715.160 3,58%

(a) A Imocapital é detida em partes iguais pela Sonae SGPS, SA e pela Papeles Y Cartones

Europa, SA. (b) A Sonae – Indústria de Revestimentos é integralmente detida pela Sonae Indústria SGPS,

SA. Sobre as acções detidas por esta sociedade Sonae SGPS, SA e a Sonae Indústria SGPS, SA, “atribuíram-se mutuamente uma opção de venda e uma opção de compra”.

Page 15: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________

LISTA DOS TITULARES DE PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS

Page 16: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________ Gescartão SGPS, SA Lista dos Titulares de Participações Qualificadas

LISTA DOS TITULARES DE PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS No disposto dos art. 16º e 20º do Código de Valores Mobiliários, informamos que os titulares de participações qualificadas a 31 de Dezembro de 2004, de acordo com as notificações recebidas, são:

Detentores de capital

Acções detidas

% de direitos de voto

Imocapital SGPS, S.A. (a) 12.990.250 65,00%Harpalus, S.L. 1.071.196 5,36%Papeles Y Cartones Europa, S.A. 528.050 2,64%Sonae - Indústria de Revestimentos, S.A. (b) 715.160 3,58%Fundos sob gestão do Santander – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário S.A.

573.374 2,87%

BPI Fundos – Gestão de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. (total imputado)

418.840 2,10%

Fundos sob gestão de AF Investimentos – Fundos Mobiliários S.A.

414.946 2,08%

(a) A Imocapital é detida em partes iguais pela Sonae SGPS, SA e pela Papeles Y Cartones

Europa, SA. (b) A Sonae – Indústria de Revestimentos é integralmente detida pela Sonae Indústria SGPS,

SA. Sobre as acções detidas por esta sociedade Sonae SGPS, SA e a Sonae Indústria SGPS, SA, “atribuíram-se mutuamente uma opção de venda e uma opção de compra”.

Page 17: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

Page 18: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

GESCARTÃO, S.G.P.S., S.A.

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003(Montantes expressos em Euros)

2004

AmortizaçõesActivo e provisões Activo

ACTIVO Notas bruto Acumuladas líquido 2003

IMOBILIZADO Imobilizações incorpóreas

Despesas de instalação 26.560 26.560 - 8.853 Despesas de investigação e de desenvolvimento 75.439 75.439 - -

10 101.999 101.999 - 8.853 Imobilizações corpóreas

Equipamento de básico 25 10 15 20 Equipamento de transporte 37.006 17.184 19.822 23.798 Equipamento administrativo 20.628 17.942 2.686 5.812 Outras imobilizações corpóreas 691 691 - -

10 58.350 35.827 22.523 29.630 Investimentos financeiros

Partes de capital em empresas do grupo 10 e 16 109.319.039 - 109.319.039 109.832.526

CIRCULANTE Dívidas de terceiros - médio e longo prazo

Empresas do grupo 16 54.250.000 - 54.250.000 50.000.000 Dívidas de terceiros - curto prazo

Clientes 16 778.260 - 778.260 439.110 Empresas do grupo 16 2.393.365 - 2.393.365 850.489 Estado e outros entes públicos 28 2.007.222 - 2.007.222 5.060.430 Outros devedores 1.608 - 1.608 88.600

5.180.455 - 5.180.455 6.438.629 Depósitos bancários e caixa

Depósitos bancários 4.181 4.181 1.613.907 Caixa 500 500 500

17 4.681 4.681 1.614.407

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Acréscimos de proveito 16 e 48 4.465.373 4.465.373 4.052.055 Custos diferidos 48 84.669 84.669 71.044 Activos por impostos diferidos 6 e 48 2.265.344 2.265.344 3.510.129

6.815.386 6.815.386 7.633.228

Total de amortizações 137.826 Total de provisões -Total do activo 175.729.910 137.826 175.592.084 175.557.273

As notas anexas fazem parte integrante das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2004.

Page 19: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

GESCARTÃO, S.G.P.S., S.A.

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003(Montantes expressos em Euros)

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Notas 2004 2003

CAPITAL PRÓPRIO Capital 36, 37 e 40 99.925.000 99.925.000 Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas 40 15.572.916 16.046.527 Reservas legais 40 2.448.041 1.555.447 Resultados transitados 40 38.378.415 21.419.141 Resultado líquido do exercício 40 10.635.999 17.851.868

Total do capital próprio 166.960.371 156.797.983

PASSIVODívidas a terceiros - curto prazo

Dívidas a instituições de crédito 17 1.927.866 5.190.202 Fornecedores, conta corrente 16 85.462 292.468 Empresas do grupo 16 357.161 2.397.129 Fornecedores de imobilizado, conta corrente 22.541 30.980 Estado e outros entes públicos 28 2.827.313 3.950.338 Outros credores 16 3.289.752 6.512.812

8.510.095 18.373.929

Acréscimos e diferimentosAcréscimos de custos 48 102.902 365.824 Passivos por impostos diferidos 6 e 48 18.716 19.537

121.618 385.361

Total do passivo 8.631.713 18.759.290

Total do capital próprio e passivo 175.592.084 175.557.273

As notas anexas fazem parte integrante das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2004.

Page 20: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

GESCARTÃO, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003

(Montantes expressos em Euros)

Notas 2004 2003CUSTOS E PERDAS

Fornecimentos e serviços externos 1.815.854 940.520 Custos com o pessoal:

Remunerações 341.832 324.321 Encargos sociais:

Pensões 31 2.986 (20.056)Outros 86.911 431.729 93.850 398.115

Amortizações do imobilizado corpóreo eincorpóreo 10 21.236 20.614

Provisões - 21.236 - 20.614

Impostos 13.421 990 Outros custos operacionais 225 13.646 382 1.372

(A) 2.282.465 1.360.621

Perdas em empresas do grupo e associadas 45 651.462 1.950.013 Juros e custos similares:

Relativos a empresas do grupo 45 - 49.248 Outros 45 111.189 762.651 1.526.801 3.526.062

(C) 3.045.116 4.886.683

Custos e perdas extraordinários 46 231 170.974

(E) 3.045.347 5.057.657 Imposto sobre o rendimento do exercício

Imposto corrente 6 1.747 1.756 Imposto diferido 6 1.243.964 1.245.711 (3.507.095) (3.505.339)

(G) 4.291.058 1.552.318

Resultado líquido do exercício 10.636.000 17.851.868

14.927.058 19.404.186 PROVEITOS E GANHOS

Prestações de serviços 2.250.000 2.250.000 1.449.000 1.449.000

Proveitos suplementares 23.736 Outros proveitos e ganhos operacionais - - - 23.736

(B) 2.250.000 1.472.736

Ganhos em empresas do grupo e associadas 45 8.010.758 13.211.379 Outros juros e proveitos similares:

Relativos a empresas do grupo 16 e 45 4.663.318 4.137.019 Outros 45 1.412 12.675.488 556.858 17.905.256

(D) 14.925.488 19.377.992

Proveitos e ganhos extraordinários 46 1.570 26.194

(F) 14.927.058 19.404.186

Resultados operacionais: (B) - (A) (32.465) 112.115 Resultados financeiros: (D - B) - (C - A) 11.912.837 14.379.194 Resultados correntes: (D) - (C) 11.880.372 14.491.309 Resultados antes de impostos: (F) - (E) 11.881.711 14.346.529 Resultado líquido do exercício: (F) - (G) 10.636.000 17.851.868

As notas anexas fazem parte integrante das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2004.

Page 21: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

GESCARTÃO, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM

31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003

(Montantes expressos em Euros)

2004 2003

Vendas e prestações de serviços 2.250.000 1.449.000 Custo das vendas e das prestações de serviços (2.268.819) (1.335.513)

RESULTADOS BRUTOS (18.819) 113.487

Outros proveitos e ganhos operacionais - -Custos de distribuição - -Custos administrativos - -Outros custos e perdas operacionais (15.535) (1.372)

RESULTADOS OPERACIONAIS (34.354) 112.115

Custo líquido de financiamento 4.555.430 3.117.828 Ganhos (perdas) em filiais e associadas 7.359.296 11.221.096 Ganhos (perdas) na alienação de imobilizações - -Resultados não Usuais ou não Frequentes 1.339 (104.510)

RESULTADOS CORRENTES 11.881.711 14.346.529

Impostos sobre os resultados correntes (1.245.711) 3.505.339 RESULTADOS CORRENTES APÓS IMPOSTOS 10.636.000 17.851.868

Resultados extraordinários - -Impostos sobre os resultados extraordinários - -

RESULTADOS LÍQUIDOS 10.636.000 17.851.868

RESULTADOS POR ACÇÃO 0,532 0,893

As notas anexas fazem parte integrante das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2004.

Page 22: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

GESCARTÃO, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÕES DE FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM

31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003(Montantes expressos em Euros)

Notas 2004 2003

ACTIVIDADES OPERACIONAISRecebimentos de clientes 1.910.850 1.009.890 Pagamentos a fornecedores (2.316.730) (688.279)Pagamentos ao pessoal (413.096) (407.871) Fluxos gerados pelas operações (818.976) (86.260)

(Pagamentos)/recebimentos do imposto sobre o rendimento 395.881 (5.767.868)Outros (pagamentos)/recebimentos relativos à actividade operacional (119.815) (1.325.264) Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias (542.910) (7.179.392)

Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 70 17.568 Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias (231) (122.890)

Fluxos das actividades operacionais (1) (543.071) (7.284.714)

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros - 120.000.000 Imobilizações corpóreas - 11.935 Juros e proveitos similares 1.411 641.822 Dividendos 7.499.172 25.000.000

7.500.583 145.653.757 Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros (3.180.000) (3.052.853)Imobilizações corpóreas (5.782) (7.634)Imobilizações incorpóreas - -

(3.185.782) (3.060.487)

Variação de empréstimos concedidos (2.000.000) (50.000.000)

Fluxos das actividades de investimento (2) 2.314.801 92.593.270

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO Pagamentos respeitantes a:

Amortização de contratos de locação financeira (7.931) (1.256)Juros e custos similares (111.189) (1.576.049)Outros - (7.815)

(119.120) (1.585.120)

Variação de empréstimos obtidos - (96.690.066)

Fluxos das actividades de financiamento (3) (119.120) (98.275.186)

VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (1)+(2)+(3) 1.652.610 (12.966.630)

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO EXERCÍCIO 17 (3.575.795) 9.390.835

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO EXERCÍCIO 17 (1.923.185) (3.575.795)

As notas anexas fazem parte integrante das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2004.

Page 23: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras do exercício de 2004

GESCARTÃO, SGPS, S.A. – SOCIEDADE ABERTA NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATIVAS AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 (Montantes expressos em Euros) NOTA 1 – INTRODUÇÃO A GESCARTÃO, SGPS, S.A., Sociedade Aberta, (adiante designada por “Gescartão” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima constituída em 31 de Maio de 1993, ao abrigo de Decreto-Lei n.º 39/93, de 13 de Fevereiro, como resultado do processo de reestruturação da Portucel – Empresa de Celulose e Papel de Portugal, S.A. (Portucel) e de que resultou, também, a Portucel – Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, S.A. (Portucel SGPS). A Empresa tem como principal actividade a gestão de participações sociais. Em 3 de Março de 2000 a Imocapital SGPS, S.A., sociedade constituída em partes iguais pela Sonae Indústria, SGPS, S.A. e pela Papeles Y Cartones de Europa, S.A. (Europac), adquiriu 65% do capital da Gescartão. Em Julho de 2003, através de Oferta Pública de Venda, foram alienados pela Portucel, SGPS, S.A. os restantes 35% que detinha na Gescartão. As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade (POC). As notas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis à Empresa ou a sua apresentação não é relevante para a apreciação das Demonstrações Financeiras anexas. NOTA 2 – VALORES COMPARATIVOS A Empresa não procedeu a alterações de práticas e políticas contabilísticas, pelo que todos os valores apresentados são comparáveis, nos aspectos relevantes, com os do exercício anterior. NOTA 3 – BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS

E CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS Bases de apresentação As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal. Principais princípios contabilísticos e critérios valorimétricos a) Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas correspondem a despesas de investigação e desenvolvimento e a despesas de instalação, sendo amortizadas pelo método das quotas constantes durante um período de 3 anos.

Page 24: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras do exercício de 2004

b) Imobilizações corpóreas As imobilizações corpóreas encontram-se registadas ao custo de aquisição. As amortizações são calculadas em base anual, pelo método das quotas constantes, a partir do exercício, inclusive, em que os respectivos bens entram em funcionamento, utilizando-se de entre as taxas permitidas pela legislação fiscal em vigor, as que permitam a reintegração do imobilizado, durante a sua vida útil estimada. As taxas de amortização actualmente em utilização correspondem às seguintes vidas úteis estimadas médias: Anos de vida útil Equipamento básico 5 Equipamento transporte 4 Equipamento administrativo 4-8 Os encargos com reparações e manutenção de natureza corrente são registados como custos do exercício em que são ocorridos. c) Contratos de locação financeira Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira e/ou outros equiparados, de acordo com o previsto na Directriz Contabilística nº 25, bem como as correspondentes responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do activo é registado no imobilizado corpóreo e a correspondente responsabilidade é registada no passivo. Os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo, calculada conforme descrito na Nota 3 b), são registados como custos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam. d) Investimentos financeiros Os investimentos em empresas do grupo e associadas encontram-se registados pelo método da equivalência patrimonial. De acordo com este método as participações financeiras são ajustadas anualmente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das empresas do grupo e associadas, corrigidos dos resultados provenientes das operações efectuadas entre essas empresas, por contrapartida de ganhos ou perdas financeiras do exercício. Adicionalmente, os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma redução no saldo da rubrica de investimentos financeiros. e) Especialização de exercícios A Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização de exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas, são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos, sendo apresentado na Nota 48 um detalhe das mesmas. f) Fundo de Pensões Nos termos do Regulamento dos Benefícios Sociais em vigor, os empregados têm direito após a passagem à reforma ou em situação de invalidez, a um complemento mensal de pensão de reforma ou de invalidez.

Page 25: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras do exercício de 2004

Esse complemento está definido de acordo com uma fórmula que tem em consideração uma remuneração mensal ilíquida actualizada para a categoria profissional do empregado à data da reforma e o número de anos de serviço, no máximo de 30, sendo ainda garantidas pensões de sobrevivência ao cônjuge e a descendentes directos. A cobertura destas responsabilidades é assegurada por um fundo de pensões autónomo, denominado Fundo de Pensões Gescartão, gerido por entidade externa. O Fundo de Pensões Gescartão foi constituído em 14 de Agosto de 2004, em resultado da sua separação do Fundo de Pensões Portucel. A fim de estimar as responsabilidades pelo pagamento dos referidos complementos de pensões de reforma ou de invalidez, a Empresa segue o procedimento de obter semestralmente cálculos actuariais das mesmas. A Empresa adopta como política contabilística para o reconhecimento das suas responsabilidades por estes complementos, os critérios consagrados na Directriz Contabilística n.º 19, emanada pela Comissão de Normalização Contabilística (Nota 31). g) Indemnizações pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho Os encargos associados a indemnizações pagas a trabalhadores pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho são registadas, como custo extraordinário, no exercício em que o respectivo acordo produz efeitos. Caso o acordo não seja assinado no mesmo exercício em que produz efeitos, é constituída uma provisão para fazer face às responsabilidades assumidas pela Empresa. h) Imposto sobre o rendimento O encargo com o imposto sobre o rendimento é apurado tendo em consideração as disposições do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC). A Empresa regista nas contas o efeito fiscal decorrente das diferenças temporárias que se verificaram entre os resultados anuais determinados numa óptica contabilística e numa óptica fiscal, adoptando essa prática em exercícios anteriores em conformidade com o disposto na Norma Internacional de Contabilidade (revista) n.º 12 aplicada supletivamente ao Plano Oficial de Contabilidade por força da entrada em vigor da Directriz contabilística n.º 18 e a partir de 1 de Janeiro de 2002 em conformidade com o disposto na Directriz Contabilística n.º 28 (Nota 6). Os activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efectuada uma reapreciação das diferenças subjacentes aos activos por impostos diferidos no sentido de reconhecer activos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preenchido as condições para o seu registo e, ou, para reduzir o montante dos impostos diferidos activos registados em função da expectativa actual da sua recuperação futura. Em Março de 2001, o conjunto de empresas dominadas pela Gescartão aderiu, nos termos da legislação então em vigor, ao Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (RETGS), mediante o qual o imposto sobre o rendimento incide sobre a soma das matérias colectáveis das empresas incluídas no grupo fiscal. Consequentemente, essas empresas transferem os saldos com o Estado, relativos ao imposto sobre o rendimento para a Gescartão, pois cabe à empresa-mãe o pagamento do imposto do grupo.

Page 26: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras do exercício de 2004

Durante o exercício de 2004 integraram o perímetro fiscal, para além da Gescartão SGPS, as seguintes subsidiárias: Celnave, Celpap, Investalentejo, Lepe, Portucel Embalagem, Portucel Recicla, Portucel Viana e Sulpac. NOTA 6 – IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais da Empresa estão sujeitas a revisão e correcção por parte da administração tributária durante um período de quatro anos e deste modo, a situação fiscal dos anos de 2001 a 2004 poderá ainda vir a ser sujeita a revisão e eventuais correcções (dez anos para a Segurança Social até 2000, inclusive, e cinco anos a partir de 2001). O Conselho de Administração entende que as eventuais correcções resultantes de revisões por parte da administração tributária à situação fiscal e parafiscal da Empresa em relação aos exercícios em aberto não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras anexas. A Empresa regista nas suas contas o efeito fiscal decorrente das diferenças temporais que se verificam entre os resultados anuais determinados numa óptica contabilística e numa óptica fiscal (Nota 3.h)). O imposto sobre o rendimento apurado no exercício, inclui o efeito do imposto gerado pelas diferenças temporais e é composto como segue – débito/(crédito):

Demonstraçãodos

resultadosActivos por Passivos por ImpostosImpostos Impostos sobre odiferidos diferidos rendimento(Nota 48) (Nota 48)

i) Impostos diferidos: Saldo em 1 de Janeiro de 2004 3.510.129 (19.537)

Variação do Fundo de Pensões: Euros (2.986) - 821 (821) Utilização de prejuizos fiscais gerados em exercícios anteriores: Euros 4.526.490 (1.244.785) - 1.244.785

Saldo em 31 de Dezembro de 2004 2.265.344 (18.716) 1.243.964

ii) Impostos correntes:Tributação autónoma 1.747

1.747Impostos sobre o rendimento 1.245.711

O detalhe dos activos por impostos diferidos a 31 de Dezembro de 2004 é como segue:

Prejuízo Imposto Ano limitefiscal diferido de utilização

Gerados em 1999 3.853.449 1.059.698 2005Gerados em 2000 4.384.166 1.205.646 2006

8.237.615 2.265.344

Page 27: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras do exercício de 2004

NOTA 7 – NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL Durante os exercícios de 2004 e 2003, a Empresa teve ao seu serviço, em média 6 e 7 empregados, respectivamente. Por categorias:

! Quadros: 3 ! Técnicos: 2 ! Administrativos: 1

NOTA 10 – MOVIMENTOS NO ACTIVO IMOBILIZADO

Saldo Alienações Equivalência SaldoACTIVO BRUTO inicial Aumentos e abates patrimonial final

Imobilizações incorpóreasDespesas de instalação 26.560 - - - 26.560Despesas de investigação e de desenvolvimento 75.439 - - - 75.439

101.999 - - - 101.999Imobilizações corpóreas

Equipamento básico 25 - - - 25Equipamento de transporte 31.730 5.276 - - 37.006Equipamento administrativo 20.628 - - - 20.628Outras imobilizações corpóreas 691 - - - 691

53.074 5.276 - - 58.350

Investimentos financeiros Partes de capital em empresas do grupo 109.832.526 100.000 - (613.487) 109.319.039

109.987.599 105.276 (613.487) 109.479.388

A variação na rubrica de “Partes de capital em empresas do grupo” analisa-se como segue: Aumentos:

Constituição da Papelnova 100.000

Movimentos de equivalência patrimonial:Dividendos pagos pela Portucel Embalagem (7.499.172)

Apropriação de resultados: Portucel Viana 3.893.011 Portucel Embalagem 4.123.771 Portucel Recicla (384.959) Lepe (48.693) Sulpac (144.797) Investalentejo (71.413) Portucel España 37.203 Papelnova (1.600)

7.402.523Outras variações em resultados: Variação de margens em existências (43.227)

Variação nos capitais próprios de empresas participadas Portucel Embalagem - constituição de Reserva Fiscal ao Investimento 289.268 Portucel Viana - anulação da Reserva Fiscal ao Investimento constituida em 2003 (761.628) Outras variações nos capitais próprios de empresas participadas (1.251)

(473.611)

(613.487)

Page 28: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras do exercício de 2004

Na apropriação do resultado líquido das empresas do Grupo foi expurgado o efeito de ganhos e perdas associados a transacções intra-grupo.

Saldo Reduções/ SaldoAMORTIZAÇÕES ACUMULADAS inicial Reforço Regularizações final

Imobilizações incorpóreasDespesas de instalação 17.707 8.853 - 26.560Despesas de investigação e de desenvolvimento 75.439 - - 75.439

93.146 8.853 - 101.999Imobilizações corpóreas

Equipamento básico 5 5 - 10Equipamento de transporte 7.932 9.252 - 17.184Equipamento administrativo 14.816 3.126 - 17.942Outras imobilizações corpóreas 691 - - 691

23.444 12.383 35.827116.590 21.236 137.826

NOTA 15 - VALOR DOS BENS UTILIZADOS EM REGIME DE LOCAÇÃO FINANCEIRA Em 31 de Dezembro de 2004, a Empresa mantém os seguintes bens em regime de locação financeira:

Data deinício docontrato

Valor de mercado dosbens no iníciodo contrato

Amortizaçõesacumuladas

Valor líquido

Período docontrato (meses)

Equipamento de transporte 2003 31.730 15.865 15.865 48 NOTA 16 – EMPRESAS DO GRUPO E RELACIONADAS a) A composição em 31 de Dezembro de 2003 e de 2002, das partes de capital em

Empresas do Grupo e Associadas e a principal informação financeira sobre as Empresas do Grupo é como segue:

Sede social % 2004 2003Portucel Viana Viana do Castelo 145.668.507 62.902.368 3.893.011 100% 3.893.011 62.743.515 59.655.359Portucel Embalagem Albaraque 42.728.574 21.376.288 4.123.771 100% 4.123.771 21.376.288 24.463.675Portucel Recicla Mourão 15.055.816 14.506.068 (384.959) 100% (384.959) 14.506.068 14.891.027Lepe Marinha Grande 3.020.356 1.007.550 (48.693) 100% (48.693) 1.451.480 1.500.172Sulpac Mourão 11.628.926 4.352.199 (144.797) 100% (144.797) 4.352.199 4.496.996Investalentejo Vila do Conde 4.600.088 4.428.586 (71.413) 100% (71.413) 4.428.586 4.500.000Portucel España Madrid 417.645 362.503 37.203 100% 37.203 362.503 325.297Papelnova Viana do Castelo 99.150 98.400 (1.600) 100% (1.600) 98.400 -

362.503 109.319.039 109.832.526

Valor de balançoTotal do activo

Resultado líquido

apropriadoCapitais próprios

Resultado líquido

Page 29: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras do exercício de 2004

A Empresa prepara demonstrações financeiras consolidadas cujos principais indicadores são como segue: Total do activo 221.144.365 Total do capital próprio 166.913.911 Total dos proveitos 180.674.415 Resultado líquido 10.632.099 b) Os saldos em 31 de Dezembro de 2004 e as transacções efectuadas, durante o

exercício findo naquela data, com as principais empresas do grupo e relacionadas são os seguintes:

Empresas Empresas Acréscimos Empresas Clientes do grupo do grupo de Forne- do grupo Outros

CP MLP Proveitos cedores CP credores(Nota 48)

Empresas participadas e participantes Sonae Indústria SGPS, S.A - - - - 45.553 - - Sonae SGPS, S.A 24.990 Star - Viagens e Turismo,SA - - - - 275 - - Optimus Telecomunicações, S.A. - - - - 980 -Empresas do grupo Portucel Embalagem - Empresa Produtora de Embalagens de Cartão, S.A. (7.140) 2.153.749 - 56.260 - - 68.557 Portucel Viana - Empresa Produtora de Papéis Industriais, S.A. 361.760 239.616 54.250.000 4.409.113 - - - Portucel Viana Energia - Empresa Cogeração Energética, S.A. 207.060 - - - - - - Portucel Recicla - Indústria de Papel Reciclado, S.A. 14.280 - - - - 230.244 Lepe - Empresa Portuguesa de Embalagens, S.A. 21.420 - - - - 20.098 - Sulpac - Empresa Produtora de Embalagens de Cartão, S.A 51.170 - - - - 53.362 - Investalentejo, SGPS, S.A. 121.380 - - - - 32.348 3.150.000 Papelnova - Recolha e Recuperação de Desperdícios, S.A. - - - - - - 70.000 Celpap - Terminal de Celulose e Papel de Portugal, Lda. 4.760 - - - - 11.340 - Celnave - Agência de Navegação, Lda. 3.570 - - - - 9.769 -

778.260 2.393.365 54.250.000 4.465.373 71.798 357.161 3.288.557

PassivoActivo

TransacçõesFornecimentos Prestação Juros e

e serviços de proveitosexternos Serviços financeiros

Empresas do participadas e participantes Europac - Papeles Y Cartones de Europa 668.800 - - Sonae Industria Consultoria e Gestão, S.A 58.200 - - Sonae Indústria SGPS, S.A 860.880 - - Sonae SGPS, S.A 21.000 - - Star - Viagens e Turismo, S.A 4.241 - - Optimus Telecomunicações, S.A. 8.366 - -Empresas do grupo Portucel Embalagem - Empresa Produtora de Embalagens de Cartão, S.A. 55.000 614.000 56.260 Portucel Viana - Empresa Produtora de Papéis Industriais, S.A. - 1.184.000 4.607.058 Portucel Viana Energia - Empresa de Cogeração Energética, S.A. - 174.000 - Portucel Recicla - Indústria de Papel Reciclado, S.A. - 52.000 - Lepe - Empresa Portuguesa de Embalagens, S.A. - 58.000 - Sulpac - Empresa Produtora de Embalagens de Cartão, S.A - 43.000 - Investalentejo, SGPS, S.A. - 102.000 - Celpap - Terminal de Celulose e Papel de Portugal, Lda. - 14.000 - Celnave - Agência de Navegação, Lda. - 9.000 -

1.676.487 2.250.000 4.663.318

Os saldos de Euros 3.150.000 e Euros 70.000 em “Outros Credores” com a Sulpac e a Investalentejo, respectivamente, referem-se à parte do capital social subscrito nestas duas sociedades e cuja realização foi diferida por um período máximo de cinco anos, ou seja, até 01/10/2008 e 17/12/2008, respectivamente.

Page 30: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras do exercício de 2004

A rubrica “Empresas do grupo – CP” inclui: (i) os montantes relativos a imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC) transferidos para a Gescartão pelas suas dominadas no âmbito do RETGS (Nota 3.h)); e ainda, (ii) um empréstimo concedido à Portucel Embalagem, no montante de Euros 2.000.000, que vence juros a taxas de mercado. O saldo da rubrica “Empresas do grupo – MLP”, refere-se a um contrato de suprimentos celebrado com a Portucel Viana, o qual tem duração de 10 anos e vence juros calculados a uma taxa de base de 4,5% acrescido de uma margem de 4 p.p. fixada em função da notação do rating atribuído pela Companhia Portuguesa de Rating. O montante dos juros apurados no exercício de 2004 relativos a este empréstimo ascendeu a Euros 4.607.058. Ao valor inicial do empréstimo – Euros 50.000.000 – foi capitalizada em Janeiro de 2004 a primeira anuidade de juros – Euros 4.250.000. NOTA 17 – CAIXA E EQUIVALENTES Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, esta rubrica tinha a seguinte composição:

2004 2003Numerário 500 500Depósitos bancários à ordem 4.181 1.613.907Descobertos bancários (1.927.866) (5.190.202)

(1.923.185) (3.575.795)

NOTA 28 – ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, não existiam dívidas em situação de mora com o Estado e outros entes públicos. Os saldos com estas entidades eram os seguintes:

2004 2003 2004 2003Imposto sobre o Valor Acrescentado 99.531 78.135 - 26.491Imposto sobre o rendimento das Pessoas Colectivas 1.907.691 4.982.295 2.816.841 3.912.474Segurança Social - - 6.203 6.746Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares - - 4.269 4.627

2.007.222 5.060.430 2.827.313 3.950.338

Saldos devedores Saldos credores

Conforme referido na Nota 3.h), os saldos com o Estado das empresas aderentes ao Regime Especial de Tributação de Grupos de Sociedades relativos a imposto sobre o rendimento, foram transferidos para a Gescartão, os quais são contabilizados no activo e no passivo na rubrica “Estado e outros entes públicos” por contrapartida das respectivas transferências recebidas ou efectuadas.

Page 31: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras do exercício de 2004

Em 31 de Dezembro de 2004 o saldo credor da rubrica “Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas” refere-se ao imposto sobre o rendimento do exercício da Gescartão e empresas aderentes, incluindo a tributação autónoma. O saldo devedor da mesma rubrica tem a seguinte composição: Retenções na fonte da Gescartão e aderentes 121.020 Pagamentos por conta da Gescartão e aderentes 1.786.671 ------------ 1.907.691 ====== NOTA 31 – COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS a) Complementos de pensões de reforma e sobrevivência Conforme referido na Nota 3 f), a Empresa assumiu a responsabilidade pelo pagamento de complementos de pensões de reforma por invalidez ou velhice e pensões de sobrevivência. Os estudos actuariais desenvolvidos por entidade independente, com referência a 31 de Dezembro de 2004 e de 2003, para efeitos de apuramento nessas datas das responsabilidades acumuladas tiveram por base os seguintes pressupostos: 2004 2003 Tábua de mortalidade GRM 80 GRM 80 Tábua de invalidez EKV - 80 - Suíça EKV - 80 - SuíçaTaxa de desconto 6% 6% Taxa de crescimento dos salários 3% 3% Taxa de crescimento das pensões 2% 2% Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003 a cobertura das responsabilidades da Empresa pelos activos do fundo analisa-se como se segue:

2004 2003Responsabilidade por serviços passados: Colaboradores no activo 44.228 34.008

Valor do Fundo afecto à cobertura das responsabilidades da Empresa 112.286 105.052 Excesso/(défice) de cobertura (Nota 48) 68.058 71.044Percentagem de cobertura 254% 309%

A Empresa adopta como política contabilística para reconhecimento das suas responsabilidades por estes complementos, os critérios consagrados na Directriz Contabilística n.º 19, aprovada pelo Conselho Geral da Comissão de Normalização Contabilística em 21 de Maio de 1997. Em consequência, a variação no valor do Fundo de Pensões face ao valor das responsabilidades por serviços passados apurada entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2004, no montante de Euros 2.986, foi registada a crédito da rubrica de ”Custos diferidos” por contrapartida da rubrica de “Custos com o pessoal” (Nota 48).

Page 32: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras do exercício de 2004

Os valores registados nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2004 e de 2003 na rubrica de custos com o pessoal têm a seguinte composição:

2004 2003

Custo com os serviços correntes 9.039 9.097

Custo financeiro 2.582 3.469

Transferências - -

Rendimentos dos activos do plano (7.234) (5.333)

(Ganhos) e perdas actuariais (1.401) (27.289)

2.986 (20.056)

NOTA 36 – DECOMPOSIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL Em 31 de Dezembro de 2004, o capital social da Empresa é composto por 19.985.000 acções com o valor nominal de 5 Euros cada. NOTA 37 – IDENTIFICAÇÃO DAS PESSOAS COLECTIVAS COM MAIS DE 20% DO CAPITAL SOCIAL SUBSCRITO Em 31 de Dezembro de 2004, o capital era detido em 65% pela Imocapital, SGPS, S.A. NOTA 40 – VARIAÇÃO NAS RUBRICAS DO CAPITAL PRÓPRIO O movimento ocorrido nas rubricas de capital próprio durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2004 foi como se segue:

Saldo Aumentos/ Transfe- Saldo inicial (Diminuições) rências final

Capital social 99.925.000 - 99.925.000Ajustamentos de partes de capital em empresas filiais e associadasReservas legais 1.555.447 892.594 2.448.041Resultados transitados 21.419.141 - 16.959.274 38.378.415Resultado líquido: Exercício de 2003 17.851.868 - (17.851.868) - Exercício de 2004 - 10.635.999 - 10.635.999

156.797.983 10.162.388 - 166.960.371

16.046.527 (473.611) - 15.572.916

De acordo com a legislação vigente e os seus estatutos, a Empresa é obrigada a transferir para a rubrica de reserva legal, no mínimo, 5% do resultado líquido anual até que a mesma atinja 20% do capital social. Esta reserva não pode ser distribuída aos accionistas, podendo contudo, ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas todas as outras reservas, ou incorporada no capital.

Page 33: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras do exercício de 2004

NOTA 45 - DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS FINANCEIROS Os resultados financeiros para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, têm a seguinte composição:

2004 2003 2004 2003Custos e Perdas Proveitos e GanhosPerdas em empresas do grupo (Nota 16) 651.462 1.950.013 Ganhos em empresas do grupo (Nota 16) 8.010.758 13.211.379Juros suportados 96.331 1.574.970 Juros recebidos (Nota 16) 4.664.730 4.693.877Outros custos e perdas financeiras 14.858 1.079

762.651 3.526.062Resultados financeiros 11.912.837 14.379.194

12.675.488 17.905.256 12.675.488 17.905.256

NOTA 46 – DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS Os resultados extraordinários para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, têm a seguinte composição: Custos e perdas 2004 2003 Proveitos e ganhos 2004 2003

Multas e penalidades - 203 Ganhos em imobilizações - 894 Correcções relativas a exercícios Correcções relativas a exercícios anteriores 231 58.342 anteriores 70 17.546 Outros custos e perdas Outros proveitos e ganhos extraordinárias - 112.429 extraordinários 1.500 7.754

231 170.974 Resultados extraordinários 1.339 (144.780)

1.570 26.194 1.570 26.194

Page 34: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras do exercício de 2004

NOTA 48 – ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, os saldos destas rubricas apresentavam a seguinte composição:

2004 2003Acréscimo de proveitos

Juros a receber (Nota 16) 4.465.373 4.052.0554.465.373 4.052.055

Custos diferidosFundo de pensões (Nota 31) 68.058 71.044Seguros 16.611 -

84.669 71.044

Activos por impostos diferidos (Nota 6) 2.265.344 3.510.129

Acréscimos de custosServiços de consultoria e gestão - 281.700Encargos com férias, subsídio de férias e prémios 96.102 79.565Outros 6.800 4.559

102.902 365.824

Passivos por impostos diferidos (Nota 6) 18.716 19.537

NOTA 49 – OUTRAS INFORMAÇÕES CONSIDERADAS RELEVANTES (i) Decreto-Lei nº. 19/2003, de 3 de Fevereiro

Em virtude do encerramento da unidade fabril em Mourão, em Abril de 2001, a actividade da Portucel Recicla ficou, desde 2002, essencialmente circunscrita ao projecto da nova fábrica de papel reciclado em Mourão, obrigação decorrente do Decreto-Lei nº. 364/99, em consequência da construção da Barragem do Alqueva. Desde o início de 2002, que o projecto da nova fábrica se encontrava total e detalhadamente definido, estando o começo da sua implementação apenas dependente da contratualização adequada da disponibilidade, em tempo útil, das infra-estruturas energéticas necessárias, a construir por terceiros. O Decreto-Lei nº 19/2003, de 3 de Fevereiro, veio modificar os termos do Contrato de compra e venda das acções representativas da Gescartão, tendo a Imocapital assumido, através de sociedade que com ela se encontra em situação de domínio, em substituição das obrigações constantes dos artigos 26º e 27º do Caderno de Encargos anexo ao DL nº364/99, as seguintes obrigações:

• construção e instalação de uma unidade fabril com uma capacidade de produção mínima de 150 mil toneladas por ano de papel reciclado, que represente um montante de investimento no valor de 125 milhões de euros e entrada em funcionamento da mesma no prazo de 24 meses após o licenciamento da construção e laboração, devendo o respectivo pedido inicial de licenciamento, ser apresentado no prazo máximo de 2 meses após a entrada em vigor do novo Decreto-Lei;

Page 35: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras do exercício de 2004

• realização, no prazo de 9 meses após o respectivo licenciamento, de um investimento industrial no concelho de Mourão, que represente um montante de investimento do valor mínimo de 10 milhões de euros, devendo o pedido inicial de licenciamento, ser apresentado no prazo máximo de 2 meses após a entrada em vigor do novo Decreto-Lei;

• realização, no prazo máximo de 36 meses a contar da entrada em vigor do referido Decreto-Lei, de investimentos no sector agrícola, agro-industrial, industrial ou serviços, incluindo turismo, no montante global de 40 milhões euros, os quais poderão ser concretizados através de um ou mais fundos de capital de risco e/ou uma ou mais sociedades de capital de risco, já existentes ou a constituir pela IMOCAPITAL, vocacionados para investimento em participações no sector agrícola, agro-industrial, industrial ou serviços, incluindo turismo.

Em Assembleia Geral de 28 de Março de 2003, foi ratificada a decisão do Conselho de Administração da GESCARTÃO de assunção, pela Gescartão, das referidas obrigações de substituição, efectuando os investimentos através de sociedades dominadas. Relativamente à nova unidade fabril destinada à produção de papel reciclado para a indústria de embalagem, o processo de licenciamento teve início com o procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), mediante apresentação do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) à entidade coordenadora do licenciamento, dentro do prazo fixado pelo Decreto-Lei nº 19/2003 de 3 de Fevereiro. Tendo sido declarada a conformidade do EIA, seguiu-se-lhe a fase de Consulta Pública do EIA, cujo prazo terminou a 25 de Agosto de 2003. Foi emitida, em 3 de Maio de 2004, a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada a que a entrada em funcionamento da nova captação de água proposta pela Portucel Viana – elemento indispensável à viabilização do projecto – fique suspensa até ao início de actividade de uma alternativa adequada de abastecimento público de água à captação municipal de Bertiandos. Perante o teor da D.I.A., em 24 de Maio de 2004 interpôs o Conselho de Administração da Portucel Viana uma reclamação nos termos do artigo 161º do Código de Procedimento Administrativo, dirigida ao Senhor Secretário de Estado do Ambiente. Em 31 de Maio de 2004 foi dado conhecimento desta reclamação administrativa à Direcção Regional da Economia do Norte (Ministério da Economia), tendo sido requerida a esta entidade a suspensão do prazo previsto no artigo 9º nº5 do Decreto Regulamentar nº8/2003 de 11 de Abril. A suspensão requerida veio a ser deferida pela entidade coordenadora do licenciamento em 3 de Junho de 2004. Em 22 de Outubro de 2004, a Portucel Viana foi notificada de que a reclamação por si apresentada fora deferida e, consequentemente, revogada a DIA nos termos em que havia sido emitida, por falta de fundamentação adequada, delegando na CCDR-Norte a incumbência de emitir nova Declaração de Impacte Ambiental. Entretanto, e no que respeita ao desenvolvimento do projecto propriamente dito, foram concluídos, no decurso do ano de 2004, os trabalhos da Pré-Engenharia e completadas as especificações dos equipamentos mais significativos do Projecto. Foram igualmente concluídas consultas ao mercado para os principais equipamentos do projecto, nomeadamente para a Máquina de Papel, Bobinadora, Instalação de Fibra Secundária 2 e Estação de Tratamento de Efluentes, e realizadas as consultas para as primeiras empreitadas do projecto, isto é, infra-estruturas e redes enterradas.

Page 36: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras do exercício de 2004

Com o objectivo de implementar uma unidade fabril de produção de embalagens na Zona Industrial de Mourão, a Gescartão constituiu a Sulpac – Empresa Produtora de Embalagens de Cartão SA, com o capital social de €4,5 milhões. O pedido inicial de licenciamento da unidade industrial foi apresentado junto da Direcção Regional do Alentejo do Ministério da Economia em 31 de Março de 2003, e o licenciamento da obra consta de Ofício emitido pela Câmara Municipal de Mourão em 17 de Dezembro de 2003. A Sulpac iniciou a sua actividade comercial ainda durante o ano de 2003. A primeira embalagem foi produzida em 18 de Maio de 2004, com o início da fase de testes. Em Dezembro de 2003 foi constituída a Investalentejo, SGPS, SA com o objectivo de vir a ser a entidade gestora das obrigações de investimento no Alentejo ao abrigo do art. 4 do DL 19/2003. A Investalentejo tem actualmente em estudo diversos projectos cuja concretização se direcciona no cumprimento das referidas obrigações. Inserido neste contexto, foi adquirido, em 5 de Novembro de 2004, 51% do capital da empresa Ipaper – Indústria de Papeis Impregnados, S.A., cujo objecto social é produção e comercialização de papeis lisos ou impressos, em seco ou impregnados, e de outros produtos para a indústria de mobiliário e construção. A Ipaper, durante o ano de 2004, iniciou o processo de investimento numa unidade impregnação de papéis fenólicos em Sines, com capacidade produtiva instalada que permita abastecer na totalidade as necessidades de papéis kraft fenólico do negócio de termolaminados da Sonae Indústria. Prevê-se que o investimento total ascenda a €6,8 milhões, e o seu arranque em Setembro de 2005. (ii) Dívida da EDIA – Empresa de Desenvolvimento de Infraestruturas do Alqueva Ainda relacionado com o processo mencionado na alínea anterior, em 31 de Dezembro de 2004 mantinha-se no activo uma conta a receber, vencida, de cerca de Euros 8 milhões (Nota 53) relativa na sua maioria à terceira (e última) prestação indemnizatória definida no Auto de Expropriação Amigável celebrado com a EDIA, em consequência da submersão das suas instalações industriais com a construção da Barragem do Alqueva. Em 17 de Junho de 2003 deu entrada em tribunal a competente acção executiva para cobrança da terceira prestação indemnizatória referente ao acto de expropriação. A acção está a correr nos seus termos tendo sido apresentado a correspondente contestação após dedução de embargos pela executada, aguardando-se a marcação da audiência de julgamento. NOTA 50 – EVENTOS SUBSQUENTES Em 11 de Fevereiro de 2005 a Sonae SGPS, SA acordou os termos para a alienação à Europac S.A. da totalidade da sua participação e créditos na Imocapital SGPS, S.A., bem como de acções representativas de 3,58% da Gescartão. A transacção da participação no capital da Imocapital está sujeita, nos termos da legislação em vigor, a autorização da Autoridade para a Concorrência.

Page 37: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória
Page 38: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória
Page 39: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória
Page 40: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________

EXTRACTO DA ACTA DA ASSEMBLEIA GERAL

Page 41: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

GESCARTÃO-SGPS, S.A.

Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde

Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Vila do Conde sob o nº 3549

Capital Social: € 99 925 000

Pessoa Colectiva nº 503032603

Sociedade Aberta

Certifico que, nos termos da acta número vinte e dois de quatro de Maio de dois mil e

cinco, tomada no livro de actas da Assembleia Geral de accionistas, se mostra que

foram aprovadas por unanimidade as seguinte propostas:

a) “Propõe-se que o Relatório de Gestão, Contas e respectivos anexos, relativos ao

exercício de 2004, sejam aprovados, tal como apresentados.”;

b) “Propõe-se que o Relatório de Gestão, Contas Consolidadas e respectivos anexos,

relativos ao exercício de 2004, sejam aprovados, tal como apresentados.”;

c) “Nos termos legais e estatutários, o Conselho de Administração propõe à

Assembleia Geral que os resultados apurados no exercício pela Gescartão SGPS, S.A.,

no montante

de dez milhões seiscentos e trinta e cinco mil novecentos e noventa e nove euros e

quarenta e cinco cêntimos tenham a seguinte aplicação:

- para Reserva Legal, o montante de quinhentos e trinta e um mil setecentos e noventa

e nove euros e noventa e sete cêntimos;

- para Resultados Transitados, o montante de dez milhões cento e quatro mil cento e

noventa e nove euros e quarenta e oito cêntimos.”

Guilhabreu, 10 de Maio de 2005

A Secretária da Sociedade,

______________________

(Susana Alves Pereira)

Page 42: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde

Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Vila do Conde sob o nº 3549 Capital Social: € 99 925 000

Pessoa Colectiva nº 503032603 Sociedade Aberta

RELATÓRIO E CONTAS 2004

CONSOLIDADO

Page 43: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Relatório e Contas Consolidado 2004

ÍNDICE

Relatório do Conselho de Administração Apresentação........................................................................................................................... 2

Enquadramento Macroeconómico............................................................................................ 2

Evolução do Sector e do Mercado............................................................................................ 4

Actividade Operacional............................................................................................................. 5

Investimentos........................................................................................................................... 10

Situação Económica e Financeira............................................................................................ 12

Normas Internacionais de Relato Financeiro........................................................................... 12

Comportamento Bolsista.......................................................................................................... 13

Órgãos Sociais......................................................................................................................... 13

Perspectiva para 2005..............................................................................................................14

Notas Finais............................................................................................................................. 16

Anexos ao Relatório do Conselho de Administração (conforme o disposto dos art. 447º e 448º do Código das Sociedades Comerciais) Lista dos Titulares de Participações Qualificadas (conforme o disposto dos art. 16º e 20º do Código dos Valores Mobiliários) Demonstrações Financeiras Consolidadas

Balanço Demonstrações dos Resultados Anexo ao Balanço e às Demonstrações dos Resultados Demonstração dos Fluxos de Caixa Anexo à Demonstração dos Fluxos de Caixa Certificação Legal das Contas Relatório e Parecer do Fiscal Único Relatório de Auditoria

Extracto da Acta da Assembleia Geral

Relatório sobre Governo da Sociedade

Page 44: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Page 45: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 2 Relatório e Contas Consolidado 2004

Senhores Accionistas: Em cumprimento da Lei e dos Estatutos da sociedade vimos apresentar a V.Exas. o Relatório de Gestão consolidado referente ao exercício de 2004.

1. Apresentação

O Grupo Gescartão é composto pela Gescartão SGPS, S.A., Sociedade Aberta, criada em 31 de Maio de 1993, ao abrigo do Decreto-Lei n.º39/93 de 13 de Fevereiro, como resultado do processo de reestruturação da Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, S.A., e pelas suas subsidiárias.

Em Março de 2000, a Imocapital SGPS, S.A., sociedade detida em partes iguais pela Sonae Indústria SGPS, S.A. e pela Papeles Y Cartones de Europa, S.A. (Europac) adquiriu 65% do capital da Gescartão. Em Julho de 2003, através de Oferta Pública de Venda, foram alienados pela Portucel SGPS, S.A. os restantes 35% que detinha da Gescartão. Em Janeiro de 2004, a Gescartão SGPS, S.A. passou a integrar o índice de referência da bolsa nacional, o PSI-20.

Em 11 de Fevereiro de 2005, a Sonae SGPS, S.A. e a Europac S.A. acordaram os termos para a alienação à Europac S.A. da totalidade da participação e créditos na Imocapital SGPS, S.A detidos pela primeira, bem como de acções representativas de 3,58% da Gescartão. A transacção da participação no capital da Imocapital está sujeita, nos termos da legislação em vigor, a autorização da Autoridade para a Concorrência.

A actividade do Grupo Gescartão insere-se no “sector castanho”, designação comum para o sector dos papéis industriais e de embalagem e que engloba, para além da produção de papéis para a produção de cartão canelado, também a produção do próprio cartão canelado e das embalagens.

A Gescartão tem vindo a potenciar o desenvolvimento desta fileira industrial, explorando toda a cadeia de valor, e conjugando num esforço comum as forças susceptíveis de promover um melhor aproveitamento dos recursos da floresta, bem como os resíduos urbanos, que incluem uma parte importante do papel utilizado no fabrico de embalagens.

2. Enquadramento Macroeconómico

Uma vez mais, as principais economias mundiais evoluíram em 2004 sob indisfarçável heterogeneidade. Confirmar-se-ia a aceleração do crescimento nos Estados Unidos. O vigor, embora em ténue abrandamento, dos mercados do Japão e da Ásia Oriental. E, na Europa Continental, uma retoma que, se já palpável, persiste em desenvolver-se sob maior lentidão – e ainda distante de uma genuína expansão sustentada. Não obstante, o volume de trocas comerciais a nível mundial veio a registar em 2004 um impulso ímpar em termos históricos (9,5%, após 3,6% em 2002 e 5,1% em 2003). No mesmo tom, o crescimento do PIB mundial evoluiu de 3,5% em 2003 para cerca de 5% em 2004 – níveis todavia provavelmente irrepetíveis

Page 46: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 3 Relatório e Contas Consolidado 2004

nos anos mais próximos, à conta da persistente incerteza global e da titubeante confiança das famílias. A economia portuguesa emergiu da recessão de 2003 (-1,2%), com um crescimento real estimado entre 1 e 1,5% consentido pela ligeira recuperação das exportações (7,3%) e pela reanimação da procura interna (1,8% face a -2,7% em 2003). O que, no entanto, não impediu novo passo divergente face à área do euro (crescimento de 1,8%). Embora os analistas não deixem de assinalar sinais de abrandamento no segundo semestre – indissociáveis do efeito efemeramente induzido pela realização do Euro 2004 –, a retoma da procura interna veio fundamentalmente a assentar na dinâmica do consumo privado e do investimento empresarial, denunciando uma sensível inflexão do clima de expectativas junto das famílias e do sector dos negócios, cuja depressiva tendência se manifestava desde 2001. No mesmo sentido, a queda do nível de emprego terá entretanto sido estancada, reflectindo-se num aumento muito ligeiro do desemprego (6,5% em final de ano). A tímida reanimação da actividade produtiva consentiu ainda que se estreitasse o diferencial de inflação face à média da área do euro. Assim, 2004 encerrou com uma inflação média no consumo (IPC) de 2,4% (3,3% em 2003), realidade confirmada pelo indicador harmonizado. De toda a forma, voltou a expor-se uma das mais graves debilidades estruturais da economia, já que a melhoria da procura externa não terá, por si só, impedido novo agravamento do défice comercial – reflexo da retoma da procura interna, da escalada de cotações do crude e de uma deterioração dos termos de troca externos –, o qual terá ultrapassado os 6% do PIB em 2004. Admitindo que a gradual consolidação da retoma da economia nos anos mais próximos será inevitavelmente acompanhada da expansão do consumo privado e do investimento, é largamente provável o agravamento da dependência mercantil, com contributo negativo da procura externa líquida para o crescimento. Ainda no plano estrutural, 2004 ficou assinalado por novas dificuldades de consolidação das finanças públicas e da observância do Pacto de Estabilidade e Crescimento. Pelo terceiro ano consecutivo, o governo recorreu a expedientes extraordinários para minorar a amplitude do défice, num quadro de iniludíveis dificuldades de controlo e aplicação de cortes em certas categorias da despesa pública, e de preocupantes sinais no plano da sustentabilidade financeira da segurança social. Com efeito, embora as receitas fiscais excedessem o inicialmente orçamentado para 2004, as despesas correntes com pensões públicas, cresceram significativamente acima do que estava previsto. Factos que, aliás, motivam as organizações internacionais a invocar a premência de vigorosas reformas na administração pública, sistema fiscal e segurança social. Num prognóstico fortemente condicionado pelo ritmo das economias europeias relevantes e pela instabilidade no mercado do petróleo, admite-se que o crescimento da economia portuguesa recupere, lentamente, em 2005 (2,2%) e 2006 (2,8%) todavia posicionando-se nesse horizonte ainda aquém de um patamar consentâneo com uma significativa descida do desemprego.

Page 47: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 4 Relatório e Contas Consolidado 2004

3. Evolução do Sector e do Mercado Durante 2004 não houve variações muito significativas do lado da procura nos principais mercados em que opera a Gescartão. A principal alteração no mercado teve origem, ainda que indirectamente, no aumento da produção de cartão canelado nos Estados Unidos da América. Esta forte actividade absorveu uma parte bastante significativa do excedente de KLB que, directa ou indirectamente, tinha pressionado os preços na Europa durante todo o ano de 2003 e contribuiu para manter o mercado europeu menos vulnerável das variações cambiais euro/dólar americano. A alteração da oferta proveniente dos Estados Unidos da América foi sentida gradualmente a partir do final de Janeiro, o que permitiu um anúncio de aumento de preço do KLB a partir de Abril (50€/ton). Foram, assim, efectuados, de forma diferenciada nos vários mercados, um primeiro aumento de preços entre Abril e Junho e um segundo aumento entre Setembro e Outubro (50€/ton). A pressão de compra verificada a partir do primeiro trimestre permitiu uma significativa redução de stocks de produtos acabados. O ano ficou marcado por uma grande agressividade no mercado da embalagem, quer no sector industrial de grandes contas, quer na área hortifrutícola. Em número significativo de sectores e mercados, verificou-se uma redução significativa do preço de venda do cartão canelado. Esta pressão de contracção de margens no negócio da embalagem criou resistências acrescidas à aceitação do aumento do preço do papel, uma vez que os transformadores se viram impossibilitados de repercutir esse incremento de custo nos seus preços de venda. Tudo leva a crer que o excesso de capacidade de transformação, a maior diversificação e oferta de papéis reciclados e os processos de compra de embalagem mais agressivos, em parte por pressão da grande distribuição, tenderão a retirar o carácter flutuante dos preços na cadeia e a evoluir para uma situação mais madura, com consolidação de descidas e fortíssimas resistências às subidas. No entanto, de acordo com dados das organizações do sector cartão canelado, este mercado tem crescido de uma forma consistente entre 2 a 3% ao ano e assim deverá tendencialmente continuar a crescer, embora com algumas diferenças significativas entre mercados. A embalagem de cartão canelado continua a ser a preferida face aos outros materiais pelo seu especial desempenho, atributos ambientais (100% reciclável), apelo ao merchandising e custo relativo. De salientar o segmento hortifrutícola, onde temporariamente e aparentemente perdeu lugar para os tabuleiros de plástico. Na realidade, e de acordo com dados oficiais, a embalagem de cartão canelado está novamente a ganhar terreno, pela sua performance e atributos. De facto, destaca-se cada vez mais por ser uma embalagem limpa, leve e simultaneamente robusta, disponível quando e onde é necessária e ainda por contribuir de forma decisiva para a diferenciação da concorrência. Numa economia cada vez mais aberta, a logística constitui e constituirá um factor diferenciador, pelos impactos ambientais que, nomeadamente, os transportes provocam. A embalagem de cartão canelado potencia a máxima utilização de espaço, minimizando os custos de transporte, nomeadamente dispensando o retorno, necessário nos reutilizáveis

Page 48: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 5 Relatório e Contas Consolidado 2004

A nível interno e considerando o mercado do cartão canelado um barómetro da economia, 2004 foi, para este sector, um ano difícil, apesar da ligeira retoma que se fez sentir sobretudo no 1º semestre. Influenciada pelo fluxo proveniente do Europeu de Futebol EURO 2004, esta animação sentiu-se principalmente no sector alimentar.

4. Actividade Operacional

4.1. Portucel Viana O primeiro trimestre foi marcado por uma situação de mercado ainda bastante deprimida. A partir de segundo trimestre, foram-se reflectindo gradualmente nos resultados os efeitos dos aumentos de preço, de uma forma quase linear até ao final do ano. Apesar do difícil enquadramento comercial, a Portucel Viana continuou a consolidar a sua imagem de fornecedor/parceiro com excelência de serviço na capacidade de resposta, fiabilidade de entregas e consistência no produto entregue. O valor de vendas foi de 114,6 milhões de euros, 3% acima do valor verificado em 2003, ao passo que o volume de vendas foi de 276,6 mil toneladas, cerca de 22 mil toneladas acima do volume de vendas registadas no ano anterior. Este aumento das vendas em volume, que foi realizado fundamentalmente em mercados de transição da bacia mediterrânica, teve como consequência uma redução de stocks de produto acabado na ordem das 8 mil toneladas. Como resultado das condições do mercado de Kraftliner e da evolução cambial do euro face ao dólar americano, que em 2004 apresentou um valor médio superior em 10% ao registado durante o ano de 2003, o preço de venda do papel situou-se em média mais de 5% abaixo do registado no ano anterior. Assim, não obstante a subida de 8,8% registada na quantidade vendida, em valor o acréscimo foi somente de 3,2%. Saliente-se, no entanto, a evolução positiva nos preços médios que desde o final de Março apresentaram uma valorização de 21%. O volume de produção anual cifrou-se em 268,3 mil toneladas de Portoliner, sendo de realçar o elevado ritmo de operação conseguido durante o último trimestre, que permitiu compensar, quase totalmente, o atraso inicial ditado pela conjuntura comercial desfavorável e por algumas incidências operacionais que afectaram a eficiência da máquina de papel durante o primeiro semestre de 2004. Esse significativo aumento da eficiência fabril durante os últimos meses do ano reflectiu, aliás, o sucesso das intervenções de manutenção e de modernização concretizadas durante a paragem geral que decorreu em finais de Agosto, de que se deverão destacar as modificações introduzidas na refinação da pasta e na desfibração e depuração da fibra secundária. No cômputo anual, a Portucel Viana conseguiu um bom desempenho industrial, que se traduziu numa boa performance do ponto de vista dos custos de produção, tendo sido conseguida a manutenção, a preços constantes, do cash-cost unitário. Dando resposta a um factor que vem sendo crescentemente valorizado pelos clientes, foi dada particular atenção ao estudo conjunto de soluções tendentes à resolução de problemas

Page 49: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 6 Relatório e Contas Consolidado 2004

encontrados na transformação do papel e do cartão canelado. Neste sentido, foram efectuadas, durante o ano de 2004, diversas visitas técnicas a clientes que manifestaram interesse no debate de questões processuais relacionadas com o Portoliner. Estas acções contaram com a participação activa do corpo técnico da Portucel Embalagem, fazendo uso da larga experiência detida na utilização dos papéis de embalagem. O objectivo de redução permanente do impacto ambiental da actividade continua a ser uma prioridade de gestão, o que se reflecte na actuação constante de todos os colaboradores da empresa e se concretiza nos investimentos julgados mais adequados. Para além do Projecto ViaNova, que a frente se aludirá, merecem igualmente referência os investimentos de desenvolvimento tecnológico e de reforço da fiabilidade da operação concretizados durante a paragem geral, cujos efeitos se deverão reflectir positivamente nos próximos exercícios. Foram ainda concretizados diversos projectos de pequena e média dimensão destinados a modernizar e racionalizar processos e beneficiar equipamentos e instalações, com o objectivo de garantir e melhorar a fiabilidade da fábrica e das suas operações. No seu conjunto, o valor global dos investimentos ascendeu a 6,8 milhões de euros. O investimento realizado foi completamente financiado pelo cash-flow gerado no valor de 21 milhões de euros. Os meios libertos permitiram melhorar os rácios de desempenho financeiro - a cobertura do imobilizado pelos capitais permanentes melhorou de 131% para 135%, a autonomia financeira manteve-se nos 43% e a liquidez geral passou de 1,9 para 2,2. Em resultado da degradação dos preços médios de venda no ano, os resultados operacionais da empresa apresentam uma descida, face ao ano anterior, de 6,7 milhões de euros, atingindo o valor de 11 milhões de euros. Este valor representa 9,6% do valor das vendas de papel quando no ano anterior representavam 15,9%.

4.2. Portucel Embalagem Influenciados por uma boa produtividade e pelo esforço de resposta ao mercado da crescente exigência de serviço, a Portucel Embalagem apresentou resultados bastante satisfatórios, conseguindo que as vendas da empresa totalizassem, no ano, 152 milhões de m2, a que correspondeu um valor de facturação de 67,1 milhões de euros, representando um acréscimo de 0,6% das vendas em quantidade e, em valor, praticamente estável, como consequência do nível de degradação dos preços. A Portucel Embalagem continuou o seu esforço de resposta ao mercado de modelos especiais e de impressões de alta qualidade, sector que tem mantido um maior dinamismo, potencial de crescimento e melhores margens. As vendas de modelos especiais de prensa continuam a apresentar uma evolução positiva dentro do conjunto global das embalagens, sinal que o caminho seguido tem sido uma aposta ganhadora. Relativamente à distribuição das vendas por sectores de actividade, registamos presença em todos eles. De salientar que o sector do papel e cartão continua a ser o de maior peso nas vendas totais, logo seguido dos sectores da alimentação, bebidas e minerais não metálicos.

Page 50: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 7 Relatório e Contas Consolidado 2004

A empresa continuou também a promover os factores diferenciadores, ao nível da concepção e serviço global ao cliente, dinamizando grandes projectos na área da parceria com grandes clientes ou grupos. Estes projectos têm como objectivo uma análise global da relação com o cliente com vista a obtenção de optimizações aos mais variados níveis, quer do ponto de vista do cliente, quer do fornecedor de embalagem, de forma a maximizar a satisfação do cliente. O volume de produção atingido em 2004 situou-se nos 151,8 milhões de m2, a que corresponderam cerca de 76 mil toneladas. Continuou-se com o esforço de melhoria da eficiência ao nível da operação e do acabamento, para ser possível responder a um mercado cada vez mais exigente, em termos de prazos de entrega cada vez mais curtos. A principal orientação estratégica ao nível industrial continuou a ser, de facto, a racionalização de custos, sem perder de vista o prosseguimento das melhorias de qualidade e características do produto, com vista a acompanhar as crescentes exigências do mercado. Assim, o bom desempenho industrial traduziu-se numa boa performance do ponto de vista dos custos de produção, tendo o cash-cost apresentado, em termos reais, um aumento de 1%, valor inferior à taxa de inflação verificada, reflectindo a sua estagnação. A preocupação de se produzirem produtos cada vez mais leves, quer por questões de custo quer ambientais, continuou a ser uma constante, registando-se alguns ajustamentos ao nível das gramagens, no sentido da sua redução. Procurando oferecer continuamente ao mercado novas soluções, nomeadamente para um sector altamente dinâmico em Portugal como são os sectores dos vinhos e alimentar, adquiriu-se a capacidade de oferecer ao mercado produtos completamente inovador como sejam as caixas com divisórias coladas e caixas formadas por duas peças “Twin Box”. Paralelamente, foram efectuadas melhorias ao nível da impressão nomeadamente na unidade de Guilhabreu e Albarraque. Pela primeira vez, a Portucel Embalagem tem a possibilidade de impermeabilizar, no interior da caneladura, os cartões a utilizar na agricultura, criando a tão necessária resistência à humidade a que estão sujeitas estas embalagens. O montante global de investimentos em 2004 foi significativo tendo atingido os 5,3 milhões de euros. O ano de 2004 foi um ano bastante positivo para a empresa em termos de resultado. A empresa encerrou o exercício com um resultado operacional cerca de 5,5 milhões de euros.

4.3. Portucel Viana Energia Em 5 de Abril de 2004, a Portucel Viana adquiriu os 95% que não detinha do capital da Portucel Viana Energia. A Portucel Viana Energia está a executar um plano de investimento, que poderá ascender a cerca de 30 milhões de euros, numa central de co-geração e numa caldeira de biomassa para queima de resíduos industriais. Quando concluída a totalidade dos investimentos programados, estes terão um impacto no EBITDA do grupo Gescartão superior a 10 milhões de euros por ano. A nova central de co-geração deverá iniciar a sua actividade no início do segundo semestre de 2005.

Page 51: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 8 Relatório e Contas Consolidado 2004

Ao longo de 2004, o projecto de co-geração (CHP1) observou significativo avanço, quer com a entrega do turbo-gerador a gás e da nova caldeira recuperativa, quer com a conclusão da instalação da conduta de gás natural, em funcionamento desde o final do ano. Em Fevereiro de 2004, foi obtida Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável relativa ao projecto da segunda unidade de co-geração (CHP2), associada ao projecto ViaNova. Adicionalmente, foi também obtida Autorização Prévia para a queima de biomassa e rejeitados da reciclagem de papel na nova caldeira de biomassa. Foram concluídas as negociações e aprovada a aquisição da nova caldeira de biomassa, cuja entrada em exploração está prevista para o quarto trimestre de 2006.

4.4. Lepe Num ano marcado por uma grande agressividade no mercado da embalagem, a política desta empresa manteve-se direccionada para a manutenção da quota de mercado, margens e níveis de produção, bem como redução de custos. A estratégia comercial adoptada pela Lepe permitiu a manutenção do volume de vendas próximo dos 16 milhões de m2. O valor das vendas situou-se nos 6,2 milhões de euros, valor que compara com 6,3 milhões de euros no ano anterior. A produção total do ano foi claramente afectada pela procura interna, situando-se nos 13 milhões de m2 (valor que compara com 14 milhões de m2 no ano transacto).

4.5. Sulpac Em Outubro de 2003, no seguimento das obrigações decorrentes do DL 19/2003 de 3 de Fevereiro, iniciou a sua actividade a empresa Sulpac – Empresa Produtora de Embalagens de Cartão, SA, localizada na Zona Industrial de Mourão. Esta é detida a 100% pela Gescartão SGPS, com um capital social de 4,5 milhões de euros. Com este investimento pretende-se, por um lado, estimular o tecido empresarial da região e, por outro, abastecer o mercado regional de produtos hortifrutícolas, especialmente da zona sul de Portugal, o mercado fronteiriço espanhol e ainda o restante mercado nacional que actualmente é fornecido minoritariamente pela Portucel Embalagem. Ao longo do primeiro semestre implementou-se praticamente todo o investimento, tendo ocorrido a formação dos colaboradores, realizados os respectivos testes de produção, bem como preparada toda a documentação, com vista ao pedido da respectiva licença de laboração. Assim, no pleno respeito pela legislação laboral relativa aos contratos individuais de trabalho, a Sulpac viu a sua actividade produtiva, iniciada em meados de Agosto, começar a ganhar dimensão e expressão a partir de finais de Setembro. A Sulpac é uma unidade industrial dotada da mais moderna tecnologia do sector, com capacidade para, em velocidade cruzeiro e dois turnos, produzir cerca de 10 Milhões de m2

Page 52: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 9 Relatório e Contas Consolidado 2004

anuais de embalagens de cartão canelado, especialmente direccionadas às utilizações do sector agrícola, com destaque para o sector hortifrutícola mais sofisticado. Esta Unidade com uma área de 5 100 m2, utilizando as melhores matérias-primas e dispondo de uma qualidade excelente de impressão, em linha com as mais actuais tendências de mercado, tem como objectivo fundamental penetrar no mercado espanhol, tirando partido do seu forte crescimento e da sua proximidade geográfica e cultural. Com o objectivo de desenvolver acções comerciais junto de alguns clientes com vista à criação do seu mercado, a Sulpac iniciou em Outubro de 2003 a comercialização e montagem de tabuleiros para a agricultura. A sua aposta vai no sentido de dar o melhor serviço aos seus clientes, com clara estratégia de diferenciação relativamente aos restantes produtores. Na fase inicial estes foram produzidos pela Portucel Embalagem, iniciando em meados de 2004 a produção própria. Foi essa aposta que a Sulpac fez, conseguindo, com uma rede profissional de agentes em Espanha com um vasto conhecimento do mercado local, que as vendas, naquele mercado, no último trimestre, já tivessem uma expressão assinalável. Nesta primeira campanha, iniciada em Setembro e a terminar em Junho de 2005, a Sulpac espera atingir os 3 milhões de m2 vendidos. A empresa encontra-se preparada para começar a desenvolver todos os procedimentos tendentes à obtenção da sua certificação de qualidade pela norma NP EN ISSO 9001:2000, tendo em vista transmitir confiança ao mercado e aos seus clientes, relativamente à excelência da sua qualidade produto/serviço.

4.6. Outras Participadas No fim do exercício de 2002, a EDIA – Empresa de Desenvolvimento de Infra-estruturas do Alqueva, encontrava-se em mora no pagamento à Portucel Recicla de um montante de cerca de 8 milhões de euros, relativo na sua maioria à 3ª prestação do acordo de expropriação oportunamente celebrado entre as duas entidades. Em 17 de Junho de 2003 deu entrada em tribunal a competente acção executiva para cobrança da terceira prestação indemnizatória referente ao acto de expropriação. A acção está a correr os seus termos tendo sido apresentado a correspondente contestação após dedução de embargos pela executada, aguardando-se a marcação da audiência de julgamento. Esta a ser levado a cabo a elaboração do projecto de fusão da Portucel Recicla com a Portucel Viana, prevendo-se a sua concretização durante o ano de 2005. No que respeita à actividade da empresa de operação portuária Celpap, a difícil conjuntura económica teve sobre ela reflexos muito negativos, uma vez que os movimentos de cargas registaram, durante 2004, decréscimos da ordem dos 30%, relativamente ao ano anterior. Em consequência da drástica redução de actividade e de despesas extraordinárias relacionadas com a sua reestruturação, a empresa apresentou resultados líquidos negativos de 22 mil euros.

Page 53: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 10 Relatório e Contas Consolidado 2004

5. Investimentos Nos termos definidos no Decreto-Lei nº. 19/2003, de 3 de Fevereiro, as acções representativas de 51% do capital social da Gescartão SGPS, S.A., detidas pela Imocapital, encontram-se indisponíveis até ao momento da verificação do cumprimento integral das obrigações referidas no diploma. As citadas obrigações consistem:

o na construção e instalação de uma unidade fabril com uma capacidade de produção mínima de 150 mil toneladas por ano de papel reciclado, que represente um montante de investimento no valor de 125 milhões de euros e entrada em funcionamento da mesma no prazo de 24 meses após o licenciamento da construção e laboração, devendo o respectivo pedido inicial de licenciamento, ser apresentado no prazo máximo de 2 meses após a entrada em vigor do novo Decreto-Lei;

o na realização, no prazo de 9 meses após o respectivo licenciamento, de um investimento industrial no concelho de Mourão, que represente um montante de investimento do valor mínimo de 10 milhões de euros, devendo o pedido inicial de licenciamento, ser apresentado no prazo máximo de 2 meses após a entrada em vigor do novo Decreto-Lei;

o na realização, no prazo máximo de 36 meses a contar da entrada em vigor do referido Decreto-Lei, de investimentos no sector agrícola, agro-industrial, industrial ou serviços, incluindo turismo, no montante global de 40 milhões euros, os quais poderão ser concretizados através de um ou mais fundos de capital de risco e/ou uma ou mais sociedades de capital de risco, já existentes ou a constituir pela Imocapital, vocacionados para investimento em participações no sector agrícola, agro-industrial, industrial ou serviços, incluindo turismo.

Em Assembleia Geral de 28 de Março de 2003, foi ratificada a decisão do Conselho de Administração da Gescartão de assunção, pela Gescartão, das referidas obrigações de substituição, efectuando os investimentos através de sociedades dominadas. Relativamente à nova unidade fabril destinada à produção de papel reciclado para a indústria de embalagem, o processo de licenciamento teve início com o procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), mediante apresentação do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) à entidade coordenadora do licenciamento, dentro do prazo fixado pelo Decreto-Lei nº 19/2003 de 3 de Fevereiro. Tendo sido declarada a conformidade do EIA, seguiu-se-lhe a fase de Consulta Pública do EIA, cujo prazo terminou a 25 de Agosto de 2003. Foi emitida, em 3 de Maio de 2004, a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada a que a entrada em funcionamento da nova captação de água proposta pela Portucel Viana – elemento indispensável à viabilização do projecto – fique suspensa até ao início de actividade de uma alternativa adequada de abastecimento público de água à captação municipal de Bertiandos. Perante o teor da D.I.A., em 24 de Maio de 2004 interpôs o Conselho de Administração da Portucel Viana uma reclamação nos termos do artigo 161º do Código de Procedimento Administrativo, dirigida ao Senhor Secretário de Estado do Ambiente. Em 31 de Maio de 2004 foi dado conhecimento desta reclamação administrativa à Direcção Regional da Economia do Norte (Ministério da Economia), tendo sido requerida a esta entidade a suspensão do prazo previsto no artigo 9º nº5 do Decreto Regulamentar nº8/2003 de 11 de Abril.

Page 54: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 11 Relatório e Contas Consolidado 2004

A suspensão requerida veio a ser deferida pela entidade coordenadora do licenciamento em 3 de Junho de 2004. Em 22 de Outubro de 2004, a Portucel Viana foi notificada de que a reclamação por si apresentada fora deferida e, consequentemente, revogada a DIA nos termos em que havia sido emitida, por falta de fundamentação adequada, delegando na CCDR-Norte a incumbência de emitir nova Declaração de Impacte Ambiental. Entretanto, e no que respeita ao desenvolvimento do projecto propriamente dito, foram concluídos, no decurso do ano de 2004, os trabalhos da Pré-Engenharia e completadas as especificações dos equipamentos mais significativos do Projecto. Foram igualmente concluídas consultas ao mercado para os principais equipamentos do projecto, nomeadamente para a Máquina de Papel, Bobinadora, Instalação de Fibra Secundária 2 e Estação de Tratamento de Efluentes, e realizadas as consultas para as primeiras empreitadas do projecto, isto é, infra-estruturas e redes enterradas. Com o objectivo de implementar uma unidade fabril de produção de embalagens na Zona Industrial de Mourão, a Gescartão constituiu a Sulpac – Empresa Produtora de Embalagens de Cartão SA, com o capital social de 4,5 milhões de euros. O pedido inicial de licenciamento da unidade industrial foi apresentado junto da Direcção Regional do Alentejo do Ministério da Economia em 31 de Março de 2003, e o licenciamento da obra consta de Ofício emitido pela Câmara Municipal de Mourão em 17 de Dezembro de 2003. A Sulpac iniciou a sua actividade comercial ainda durante o ano de 2003. A primeira embalagem foi produzida em 18 de Maio de 2004, com o início da fase de testes. Em Dezembro de 2003 foi constituída a Investalentejo, SGPS, SA com o objectivo de vir a ser a entidade gestora das obrigações de investimento no Alentejo ao abrigo do art. 4 do DL 19/2003. A Investalentejo tem actualmente em estudo diversos projectos cuja concretização se direcciona no cumprimento das referidas obrigações. Inserido neste contexto, foi adquirido, em 5 de Novembro de 2004, 51% do capital da empresa Ipaper – Indústria de Papeis Impregnados,S.A., cujo objecto social é produção e comercialização de papeis lisos ou impressos, em seco ou impregnados, e de outros produtos para a indústria de mobiliário e construção. A Ipaper, durante o ano de 2004, iniciou o processo de investimento numa unidade impregnação de papéis fenólicos em Sines, com capacidade produtiva instalada que permita abastecer na totalidade as necessidades de papéis kraft fenólico do negócio de termolaminados da Sonae Indústria. Prevê-se que o investimento total ascenda a 6,8 milhões de euros e o seu arranque ocorra em Setembro de 2005. No âmbito da alienação da Imocapital atrás referida, foi acordado o estabelecimento de uma parceria entre a Sonae (49%) e a Gescartão (51%) na sociedade Investalentejo. Sobre o capital desta sociedade existirão opções de cujo exercício resultará o controlo integral pela Sonae.

Page 55: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 12 Relatório e Contas Consolidado 2004

6. Situação Económica e Financeira O volume de negócios consolidado atingiu, em 2004, cerca de 178,1 milhões de euros, valor este ligeiramente inferior aos 179,2 milhões de euros registados em 2003. A margem EBITDA ascendeu a 38,0 milhões de euros que compara com 46,1 milhões de euros em 2003. O resultado consolidado líquido ascendeu, no final do ano, a 10,6 milhões de euros traduzindo um decréscimo de cerca de 41,8% face aos 17,9 milhões de euros verificados no ano anterior. O investimento consolidado totalizou 35,1 milhões de euros, que compara com 10,8 registados no exercício anterior. Este investimento, na sua maioria relativo a equipamento, foi predominantemente efectuado pela Portucel Viana (6,8 milhões de euros), Portucel Embalagem (5,3 milhões de euros), Sulpac (8,1 milhões de euros) e Portucel Viana Energia (12,9 milhões de euros). O endividamento remunerado líquido consolidado passou de 2,2 milhões de Euros em 2003 para -4,7 milhões de euros em 2004.

INDICADORES CONSOLIDADOS 2004 2003

(milhões de euros)

Vendas 175,7 172,4 Mercado Interno 73,4 76,8 Mercado Externo 102,3 95,6 EBITDA 38,0 46,1 Resultado Operacional 15,9 23,9 Resultado Líquido 10,6 17,9 Auto-financiamento 32,7 40,2 Investimento 35,1 10,8 Endividamento Líquido (4,7) 2,2 Efectivo Médio 870 892

7. Normas Internacionais de Relato Financeiro (IAS/IFRS) No âmbito do disposto no Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho nº1606 / 2002, a empresa concluiu o diagnóstico das alterações das políticas contabilísticas que terá que adoptar para dar cumprimento às IAS / IFRS. As equipas de trabalho e os sistemas informáticos de apoio encontram-se preparados para responder às novas necessidades de informação.

Page 56: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 13 Relatório e Contas Consolidado 2004

O trabalho desenvolvido, acompanhado pela Deloitte & Associados, SROC, S.A., foi supervisionado pelo Conselho de Administração da Gescartão SGPS, acompanhando activamente a definição das políticas contabilísticas a adoptar. Considerando o percurso já percorrido, nomeadamente as suas etapas mais criticas, a Gescartão encontra-se em condições de aplicar as disposições exigidas por este normativo. No que concerne à divulgação, a Gescartão vai cumprir o disposto no parágrafo 20 da Recomendação para Orientação Adicional sobre a Transição para as Normas Internacionais de Relato Financeiro do Comité Europeu dos Reguladores de Valores Mobiliários (CESR). A primeira informação com a adopção plena das IAS / IFRS será comunicada com base nas demonstrações financeiras intercalares respeitantes a 31 de Março de 2005, contendo comparativos a 31 de Março de 2004 convertidos para IAS / IFRS e as respectivas reconciliações com a informação apresentada anteriormente em POC, de acordo com o sugerido na recomendação do CESR.

8. Comportamento Bolsista O título Gescartão, admitido à cotação em Julho de 2003, fechou a 31 de Dezembro de 2004 em 10,6 euros, a que corresponde uma valorização durante o ano de 37,3%, sendo esta bastante superior à valorização do principal índice do mercado português, o PSI 20, que ascendeu a 12,2%. O volume transaccionado ascendeu a 4.696.175 acções a que correspondeu um volume médio diário de 19.090, volume este bastante satisfatório considerando a juventude do título, mesmo considerando o decréscimo de 8% relativamente ao ano de 2003.

9. Órgãos Sociais Na Assembleia Geral realizada em 28 de Março de 2003 foram nomeados os Órgãos Sociais da Gescartão SGPS para o triénio 2003/2005. Em 14 de Julho de 2003, o Dr. Rogério Beatriz (Administrador eleito na Assembleia Geral de 28 de Março) apresentou a sua renúncia, com efeitos a partir de 17 de Julho do mesmo ano. Em reunião de 18 de Julho de 2003, o Conselho de Administração decidiu cooptar D. Juan Jordano Perez para o lugar em aberto, cooptação ratificada em Assembleia Geral realizada em 29 de Abril de 2004. Na primeira data, 14 de Julho de 2003, o Dr. Mário Augusto Nunes Baptista (membro da Comissão de Vencimentos) apresentou também a sua renúncia, com efeitos a partir de 17 de Julho do mesmo ano. Na sua reunião do dia 4 de Fevereiro de 2004, o Conselho de Administração deliberou proceder à nomeação da Dr.ª Susana Manuela Abreu Alves Pereira para o cargo de Secretário da Sociedade Efectivo, e da Dr.ª Maria Gabriela de Castro Chouzal para o cargo de Secretário da Sociedade Suplente.

Page 57: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 14 Relatório e Contas Consolidado 2004

Em 19 de Julho de 2004 foi do conhecimento da Gescartão SGPS, SA que, por via da fusão, a sociedade Magalhães, Neves & Associados, SROC, SA (Fiscal Único da sociedade) foi absorvida pela sociedade António Dias & Associados, SROC, SA (Fiscal Suplente da sociedade). A referida sociedade incorporante procedeu também à alteração da sua firma para “Deloitte & Associados, SROC, SA”. Pela extinção da sociedade que exercia o cargo de Fiscal Único, o Fiscal Suplente, ora Deloitte & Associados, SROC, SA, substituirá o extinto Fiscal Único até à próxima Assembleia Geral Anual. Assim sendo, a actual composição dos órgãos sociais é a seguinte:

Mesa da Assembleia Geral Presidente Dra. Luzia Ferreira Gomes

Vice-Presidente Dra. Júlia Maria Moreira da Silva Santos Secretário D. Vicente Guilarte Gutierrez

Comissão de Vencimentos

Eng.º. Ângelo Gabriel Ribeirinho dos Santos Paupério D. Fernando Isidro Rincón

Conselho de Administração Presidente D. Fernando Padrón Estarriol

Vogal D. Enrique Isidro Rincón Vogal D. Juan Jordano Perez Vogal Dr. Manuel Guilherme Costa Vogal Dr. Paulo Manuel Ferreira Sobral

Fiscal Único

ROC Suplente Deloitte & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, SA, representada por Dr. Jorge Manuel de Araújo de Beja Neves

Secretário da Sociedade Efectivo Dra. Susana Manuela Abreu Alves Pereira

Secretário da Sociedade Suplente Dra. Maria Gabriela de Castro Chouzal

10. Perspectiva para 2005 A indústria americana de cartão canelado continua a apresentar um crescimento estável, apesar das modestas taxas de operação e dos inventários terem subido menos do que o habitual no início do ano. Tal demonstra que os produtores de papel estão, de forma disciplina, a tentar encontrar um equilíbrio satisfatório entre oferta e procura. Mantendo-se esta situação, parecem existir condições para implementar os aumentos de preços do papel kraft que três grandes produtores norte-americanos anunciaram para meados de Março de 2005.

Page 58: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 15 Relatório e Contas Consolidado 2004

Todavia, apesar dos níveis relativamente baixos dos stocks nos Estados Unidos e o desempenho da indústria transformadora de cartão canelado, os produtores americanos poderão ser pressionados a colocar algum excesso de tonelagem no exterior, de forma a conseguirem manter os níveis de stock e, principalmente, preservar a opção de realizar aumentos no início da Primavera. Apoiados na valorização do euro, que segundos analistas poderá continuar, é também previsível que os produtores europeus continuem a sofrer pressões dos produtores dos norte-americanos e sobretudo dos sul-americanos. Dado o crescimento previsto para economia europeia, cada vez mais tímido, e, em simultâneo, a transferência de actividades industriais para a Europa de Leste e para a Ásia, não será previsível, a curto prazo, que a procura de embalagem cresça na Europa. Assim, antecipa-se um ano de 2005 marcado pela instabilidade e pela incerteza quanto ao predomínio de forças, embora cadenciado por aumentos dos preços da energia com implicações no preço dos papéis reciclados. O Grupo Gescartão continuará a dar especial atenção ao alargamento da União Europeia a leste, desenvolvendo os esforços que vierem a ser aconselháveis para acompanhar esta deslocação de centro de gravidade que afectará toda a economia e, em particular, o sector.

Page 59: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 16 Relatório e Contas Consolidado 2004

11. Notas Finais Ao Fiscal Único queremos agradecer a sua cooperação no acompanhamento da actividade da Empresa. Aos Clientes, Fornecedores, Instituições Financeiras, Colaboradores e a todos os que, directa ou indirectamente, contribuíram para os objectivos alcançados, manifestamos o nosso sincero agradecimento pela colaboração prestada. Guilhabreu, 15 de Março de 2005 O Conselho de Administração ________________________ Fernando Padrón Estarriol ________________________ Enrique Isidro Rincon ________________________ Juan Jordano Perez ________________________ Manuel Guilherme Costa ________________________ Paulo Ferreira Sobral

Page 60: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________

ANEXOS AO RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Page 61: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexos ao Relatório do Conselho de Administração

Anexo a que se refere o artigo 447º do Código das Sociedades Comerciais Títulos detidos pelos órgãos de administração e fiscalização e respectivas transacções, durante 2004:

Paulo Manuel Ferreira Sobral (Administrador) Aquisições Alienações Saldo Descrição Data Quantidade Preço Md € Quantidade Preço Md € Quantidade

31-12-2003 12.660 (a) 31-12-2004 12.660 (a)(a) inclui 1000 acções pertencentes ao cônjuge Maria Teresa Madalena Santos Anexo a que se refere o artigo 448º do Código das Sociedades Comerciais Na data de encerramento do exercício social e de acordo com as notificações recebidas:

Detentores de capital

Acções detidas

% directa de direitos de

voto Imocapital SGPS, SA (a) 12.990.250 65,00%Papeles Y Cartones Europa, SA 528.050 2,64%Sonae – Indústria de Revestimentos, SA (b) 715.160 3,58%

(a) A Imocapital é detida em partes iguais pela Sonae SGPS, SA e pela Papeles Y Cartones

Europa, SA. (b) A Sonae – Indústria de Revestimentos é integralmente detida pela Sonae Indústria SGPS,

SA. Sobre as acções detidas por esta sociedade a Sonae SGPS, SA e a Sonae Indústria SGPS, SA, “atribuíram-se mutuamente uma opção de venda e uma opção de compra”.

Page 62: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________

LISTA DOS TITULARES DE PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS

Page 63: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________ Gescartão SGPS, SA Lista dos Titulares de Participações Qualificadas

LISTA DOS TITULARES DE PARTICIPAÇÕES QUALIFICADAS No disposto dos art. 16º e 20º do Código de Valores Mobiliários, informamos que os titulares de participações qualificadas a 31 de Dezembro de 2004, de acordo com as notificações recebidas, são:

Detentores de capital

Acções detidas

% de direitos de voto

Imocapital SGPS, S.A. (a) 12.990.250 65,00%Harpalus, S.L. 1.071.196 5,36%Papeles Y Cartones Europa, S.A. 528.050 2,64%Sonae - Indústria de Revestimentos, S.A. (b) 715.160 3,58%Fundos sob gestão do Santander – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário S.A.

573.374 2,87%

BPI Fundos – Gestão de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. (total imputado)

418.840 2,10%

Fundos sob gestão de AF Investimentos – Fundos Mobiliários S.A.

414.946 2,08%

(a) A Imocapital é detida em partes iguais pela Sonae SGPS, SA e pela Papeles Y Cartones

Europa, SA. (b) A Sonae – Indústria de Revestimentos é integralmente detida pela Sonae Indústria SGPS,

SA. Sobre as acções detidas por esta sociedade a Sonae SGPS, SA e a Sonae Indústria SGPS, SA, “atribuíram-se mutuamente uma opção de venda e uma opção de compra”.

Page 64: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004

Page 65: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

GESCARTÃO, SGPS, S.A.

BALANÇOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003(Montantes expressos em Euros)

2003

AmortizaçõesActivo acumuladas Activo Activo

ACTIVO Notas bruto e provisões líquido líquido

IMOBILIZADOImobilizações incorpóreas

Despesas de instalação 674.130 373.857 300.273 8.853Despesas de investigação e de desenvolvimento 6.942.349 6.696.046 246.303 100.971Propriedade industrial e outros direitos 37.105 26.082 11.023 17.820Diferenças de consolidação 10 1.375.110 114.593 1.260.517 -Imobilizações em curso 4.194.543 - 4.194.543 3.450.681

27 13.223.237 7.210.578 6.012.659 3.578.325

Imobilizações corpóreas Terrenos e recursos naturais 20.026.392 - 20.026.392 19.999.521Edifícios e outras construções 66.379.068 35.506.687 30.872.381 30.622.320Equipamento básico 223.746.412 179.339.976 44.406.436 48.600.630Equipamento de transporte 7.357.370 5.568.913 1.788.457 1.680.849Ferramentas e utensílios 587.560 541.818 45.742 46.689Equipamento administrativo 6.503.404 5.737.455 765.949 911.611Taras e vasilhame 24.886 15.632 9.254 12.603Outras imobilizações corpóreas 17.863.070 16.968.397 894.673 1.585.476Imobilizações em curso 16.434.496 - 16.434.496 3.038.019Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas 32.776 - 32.776 293.779

27 e 42 358.955.434 243.678.878 115.276.556 106.791.497

Investimentos financeiros Partes de capital em empresas do grupo 5.000 - 5.000 5.000Partes de capital em empresas associadas - - - 10.481Títulos e outras aplicações financeiras 69.495 - 69.495 69.495

27 74.495 - 74.495 84.976

CIRCULANTEDívidas de terceiros - Médio e longo prazo

Clientes de cobrança duvidosa 46 373.849 373.849 - 1.704Empresas participadas e participantes - - - 35.824Outros devedores 46 251.350 57.972 193.378 -

625.199 431.821 193.378 37.528

Existências - Curto prazoMatérias-primas,subsidiárias e de consumo 46 12.989.999 64.075 12.925.924 14.843.719Produtos e trabalhos em curso 249.164 - 249.164 238.811Subprodutos,desperdícios,resíduos e refugos 21.738 - 21.738 19.091Produtos acabados e intermédios 8.957.391 - 8.957.391 11.886.099Mercadorias 24.220 - 24.220 54.740Adiantamentos por conta de compras - - - 6.171

22.242.512 64.075 22.178.437 27.048.631

Dívidas de terceiros - Curto prazo Clientes, c/c 58 39.961.442 - 39.961.442 34.523.227Clientes - Títulos a receber - - - 44.169Clientes de cobrança duvidosa 46 1.331.752 990.482 341.270 235.153Empresas participadas e participantes 30.500 - 30.500 -Adiantamentos a fornecedores 6.024 - 6.024 1.569Estado e outros entes públicos 52 7.732.609 - 7.732.609 12.159.395Outros devedores 46 e 53 8.358.471 25.087 8.333.384 8.301.878

57.420.798 1.015.569 56.405.229 55.265.391

Títulos negociáveisOutras aplicações de tesouraria 46 e 51 18.256 18.256 - -

Depósitos bancários e caixaDepósitos bancários 14.279.550 14.279.550 9.039.442Caixa 16.177 16.177 74.219

51 14.295.727 14.295.727 9.113.661

Acréscimos e diferimentosAcréscimos de proveitos 54 116.862 116.862 74.684Custos diferidos 54 2.793.843 2.793.843 2.626.985Activos por impostos diferidos 38 e 54 3.797.179 3.797.179 5.125.748

6.707.884 6.707.884 7.827.417

Total de amortizações 250.889.456Total de provisões 1.529.721Total do activo 473.563.542 252.419.177 221.144.365 209.747.426

As Notas anexas fazem parte integrante das demonstrações financeiras do exercício de 2004.

2004

Page 66: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

GESCARTÃO, SGPS, S.A.

BALANÇOS CONSOLIDADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003(Montantes expressos em Euros)

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Notas 2004 2003

CAPITAL PRÓPRIOCapital 99.925.000 99.925.000Diferenças de consolidação (6.487.019) (6.487.019)Reservas de reavaliação 13.538.696 13.538.792Reserva legal 6.408.896 4.858.706Outras reservas 1.265.352 563.732Resultados transitados 41.630.887 26.436.650Resultado liquido do exercicio 57 10.632.099 17.918.809

Total do Capital Próprio 55 166.913.911 156.754.670

INTERESSES MINORITÁRIOS 56 391.888 317.086

PASSIVOProvisões para riscos e encargos

Outras provisões para riscos e encargos 46 416.876 1.672.350

Dívidas a terceiros - Médio e longo prazoDívidas a instituições de crédito 50 1.208.626 1.113.182Fornecedores de imobilizado, c/c 11.252 18.303

1.219.878 1.131.485

Dívidas a terceiros - Curto prazoDívidas a instituições de crédito 50 8.422.569 10.215.602Adiantamentos por conta de vendas 275 604Fornecedores c/c 58 15.607.028 15.392.904Fornecedores - Facturas em recepção e conferência 58 867.339 494.127Fornecedores - Titulos a pagar 345.992 -Adiantamentos de clientes 9.601 10.837Fornecedores de imobilizado, c/c 58 7.983.503 4.263.031Estado e outros entes públicos 52 5.734.925 6.812.202Outros credores 53 1.081.837 980.539

40.053.069 38.169.846

Acréscimos e diferimentosAcréscimos de custos 54 10.053.182 9.164.418Proveitos diferidos 54 1.180.089 1.573.067Passivos por impostos diferidos 38 e 54 915.472 964.504

12.148.743 11.701.989

Total do Passivo 53.838.566 52.675.670

Total do Capital Próprio, Interesses Minoritários e Passivo 221.144.365 209.747.426

As Notas anexas fazem parte integrante das demonstrações financeiras do exercício de 2004.

Page 67: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

GESCARTÃO, SGPS, S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PARA OS EXERCICÍCIOS FINDOS EM31 DE DEZEMBRO DE 2003 E 2002

(Montantes expressos em Euros)

NotasCUSTOS E PERDAS

Custo das mercadorias vendidas e das matériasconsumidas 58 71.049.841 67.337.576

Fornecimentos e serviços externos 58 40.515.364 49.863.086Custos com o pessoal:

Remunerações 21.081.002 20.483.052Encargos sociais:

Pensões 1.020.789 486.534Outros 6.138.524 28.240.315 5.945.779 26.915.365

Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 27 21.935.188 22.134.423Provisões 46 122.585 22.057.773 103.727 22.238.150

Impostos 152.058 135.473Outros custos e perdas operacionais 196.967 349.025 218.207 353.680

(A) 162.212.318 166.707.857Amortizações e provisões de aplicações e

investimentos financeiros 18.256Juros e custos similares:

Relativos a empresas do grupo - -Outros 44 983.250 983.250 2.499.625 2.499.625

(C) 163.195.568 169.225.738

Custos e perdas extraordinários 45 2.773.230 5.736.691(E) 165.968.798 174.962.429

Imposto sobre o rendimento do exercícioImposto corrente 38 3.115.511 4.715.464Imposto diferido 38 953.105 4.068.616 (3.949.890) 765.574

(G) 170.037.414 175.728.003

Interesses minoritários 56 4.902 5.017Resultado líquido consolidado do exercício 57 10.632.099 17.918.809

180.674.415 193.651.829

PROVEITOS E GANHOSVendas 36 e 58 175.691.309 172.380.985Prestações de serviços 36 e 58 2.450.604 178.141.913 6.816.305 179.197.290Variação da produção (2.895.501) 4.823.278Trabalhos para a própria empresa 850.742 319.655Proveitos suplementares 2.030.820 6.242.414Subsídios à exploração 10.997 12.948Outros proveitos e ganhos operacionais - 2.041.817 - 6.255.362

(B) 178.138.971 190.595.585Outros juros e proveitos similares:

Relativos a empresas do grupo - -Outros 44 637.594 637.594 1.637.317 1.637.317

(D) 178.776.565 192.232.902

Proveitos e ganhos extraordinários 45 1.897.850 1.418.927

(F) 180.674.415 193.651.829

Resultados operacionais: (B) - (A) 15.926.653 23.887.728Resultados financeiros: (D - B) - (C - A) (345.656) (880.564)Resultados correntes: (D) - (C) 15.580.997 23.007.164Resultados antes de impostos: (F) - (E) 14.705.617 18.689.400Resultado consolidado com os

interesses minoritários do exercício (F) - (G) 10.637.001 17.923.826Resultado consolidado líquido do exercício

após interesses minoritários 10.632.099 17.918.809

As Notas anexas fazem parte integrante das demonstrações financeiras do exercício de 2004.

2004 2003

Page 68: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

GESCARTÃO, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES PARA OS EXERCICÍCIOS FINDOS EM31 DE DEZEMBRO DE 2003 E 2002

(Montantes expressos em Euros)

Notas 2004 2003

Vendas e prestações de serviços 36 178.141.913 179.197.290 Custo das vendas e das prestações de serviços (143.596.107) (135.842.876)

RESULTADOS BRUTOS 34.545.806 43.354.414

Outros proveitos e ganhos operacionais 1.002.794 995.179 Custos de distribuição (14.445.923) (13.007.546)Custos administrativos (2.926.053) (2.795.937)Outros custos e perdas operacionais (2.539.674) (4.443.590)

RESULTADOS OPERACIONAIS 59 15.636.950 24.102.520

Custo líquido de financiamento 59 (95.700) (975.708)Ganhos (perdas) em filiais e associadas - -Ganhos (perdas) em outros investimentos - (18.256)Resultados não Usuais ou não Frequentes (336.459) (2.589.228)

RESULTADOS CORRENTES 59 15.204.791 20.519.328

Impostos sobre os resultados correntes (4.234.831) (765.574)RESULTADOS CORRENTES APÓS IMPOSTOS 10.969.960 19.753.754

Resultados de operações em descontinuação 59 (332.959) (1.829.928)Resultados extraordinários - -Impostos sobre os resultados extraordinários - -

RESULTADOS LÍQUIDOS 59 10.637.001 17.923.826

Interesses minoritários 56 (4.902) (5.017)

RESULTADOS LÍQUIDOS APÓS INTERESSES MINORITÁRIOS 57 10.632.099 17.918.809

RESULTADOS POR ACÇÃO 0,532 0,897

As Notas anexas fazem parte integrante das demonstrações financeiras do exercício de 2004.

Page 69: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

GRUPO GESCARTÃO ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 (Montantes expressos em Euros, excepto quando especificamente referido) NOTA INTRODUTÓRIA O Grupo Gescartão (Grupo) é composto pela Gescartão, SGPS, S.A., Sociedade Aberta, (“Sociedade” ou “Gescartão”), criada em 31 de Maio de 1993, ao abrigo de Decreto-Lei n.º 39/93 de 13 de Fevereiro, como resultado do processo de reestruturação da Portucel – Empresa de Celulose e Papel de Portugal, S.A (Portucel), e suas subsidiárias (Nota 1). Em 3 de Março de 2000 a Imocapital, SGPS, S.A., sociedade detida em partes iguais pela Sonae Indústria, SGPS, S.A. e pela Papeles Y Cartones de Europa, S.A. (Europac), adquiriu 65% do capital da Gescartão. Em Julho de 2003, através de Oferta Pública de Venda, foram alienados pela Portucel, SGPS, S.A. os restantes 35% que detinha na Gescartão. O objecto social do Grupo consiste, sobretudo, na produção e comercialização de papéis e de embalagens de cartão canelado, cabendo à Gescartão a gestão das participações sociais. As notas que se seguem respeitam a numeração definida no Plano Oficial de Contabilidade para a apresentação de demonstrações financeiras consolidadas. As notas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicadas ao Grupo ou a sua apresentação não é relevante para a apreciação das demonstrações financeiras consolidadas anexas. Bases da consolidação As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal e, portanto, de acordo com os princípios contabilísticos e normas de consolidação consignados no Plano Oficial de Contabilidade (POC), com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Decreto-Lei 238/91, de 2 de Julho, e com as directrizes contabilísticas da CNC.

Page 70: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

I – INFORMAÇÕES RELATIVAS ÀS EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO E A OUTRAS.

NOTA 1 – EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO PELO MÉTODO INTEGRAL As empresas incluídas na consolidação, mediante a aplicação do método de consolidação integral (Nota 23), conforme estabelecido na alínea a) do nº1 do Artigo 1º do Decreto-Lei nº238/91, suas sedes e a proporção do capital detido directa e indirectamente pela Gescartão em 31 de Dezembro de 2004, são as seguintes:

Denominação social Sede Directa Indirecta Total

Empresa-Mãe Gescartão, SGPS, S.A Vila do Conde - - -

Subsidiárias: Celnave - Agência de Navegação, Lda. Viana do Castelo - 100% 100%

Celpap - Terminal de Celulose e Papel de Portugal, Lda. Viana do Castelo - 100% 100%

Emprobal - Empresa de Produção e Comercialização

de Embalagens, Lda.

Investalentejo - SGPS, S.A. Vila do Conde 100% - 100%

Ipaper - Indústria de Papeis Impregnados, S.A. Maia - 51% 51%

Lepe - Empresa Portuguesa de Embalagens, S.A. Marinha Grande 100% - 100%

Portucel Embalagem - Empresa Produtora de

Embalagens de Cartão, S.A.

Papelnova - Recolha e Recuperação de Desperdícios, S.A. Mourão 100% - 100%

Portucel España, S.A. Madrid 100% - 100%

Portucel Recicla - Indústria de Papel Reciclado, S.A. Mourão 100% - 100%

Portucel Viana - Empresa de Papéis Industriais, S.A. Viana do Castelo 100% - 100%

Portucel Viana Energia - Empresa de Cogeração

Energética, S.A.

Sulpac - Empresa Produtora de Embalagens de Cartão, S.A. Mourão 100% - 100%

Funchal - 60%

% de participação do capital

60%

Viana do Castelo - 100% 100%

100% - 100%Albarraque

Durante o exercício de 2004, e relativamente a 2003, foram incluídas as seguintes sociedades no perímetro de consolidação: (a) Ipaper – Indústria de Papeis Impregnados, S.A.: participação adquirida em 5 de

Novembro de 2004; (b) Papelnova - Recolha e Recuperação de Desperdícios, S.A.: constituída em 17 de Maio

de 2004; e (c) Portucel Viana Energia - Empresa de Cogeração Energética, S.A.: adquirida participação

de 95% do capital social em 5 de Abril de 2004 (os restantes 5% já pertenciam ao Grupo).

O efeito da entrada no perímetro de consolidação destas sociedades não é materialmente relevante para estas demonstrações financeiras consolidadas.

Page 71: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

NOTA 2 – EMPRESAS EXCLUÍDAS DE CONSOLIDAÇÃO Foi excluída do perímetro de consolidação a subsidiária Enercicla – Sociedade de Cogeração Eléctrica, Lda. por se encontrar inactiva desde Abril de 2001, aquando da desactivação da unidade produtiva da Portucel Recicla, em Mourão. A inclusão desta sociedade na consolidação não produziria efeitos materialmente relevantes. NOTA 5 – EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO PELO MÉTODO PROPORCIONAL Em 31 de Dezembro de 2004, a Vianaport estava incluída na consolidação, mediante a aplicação do método de consolidação proporcional (Nota 23), conforme estabelecido no POC. A sua sede e proporção do capital detido directa e indirectamente pela Gescartão em 31 de Dezembro de 2004, é a seguinte:

Denominação social Sede Directa Indirecta Total

Vianaport - Empresa de Trabalho Portuário, Lda. Viana do Castelo - 50% 50%

% de participação do capital

A referida sociedade entrou no perímetro de consolidação no exercício de 2004, em resultado da aquisição, em 25 de Março de 2004, de 17% do seu capital social (os restantes 33% já eram detidos pelo Grupo). O efeito da entrada da sociedade não é materialmente relevante para estas demonstrações financeiras consolidadas. NOTA 7 – NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2004, o número médio de trabalhadores ao serviço das empresas incluídas na consolidação ascendeu a 870 (892 em 2003), dividido pelas seguintes categorias:

2004 2003Quadros 128 131Técnicos 109 111Administrativos 98 101Directos 535 549

870 892

Page 72: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

III – INFORMAÇÕES RELATIVAS AOS PROCEDIMENTOS DE CONSOLIDAÇÃO NOTA 10 – DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO O saldo apresentado na rubrica do activo “Diferenças de consolidação” resulta da aquisição, no início de Abril de 2004, da participação financeira na Portucel Viana Energia - Empresa de Cogeração Energética, S.A. e corresponde à diferença apurada entre o custo de aquisição e a proporção do valor do património líquido da mesma à data de 31 de Março de 2004. Esta diferença de consolidação será amortizada por um período de 12 anos, período este que corresponde à melhor estimativa da Administração de recuperação do investimento efectuado (Nota 27). Na rubrica de capital próprio “Diferenças de consolidação”, o saldo resulta essencialmente da aquisição, em exercícios anteriores, da participação financeira na Lepe – Empresa Portuguesa de Embalagens, S.A. e corresponde à diferença apurada na data de aquisição entre o custo de aquisição e a proporção do valor do património líquido da mesma. NOTA 15 – CONSISTÊNCIA NA APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS Os principais critérios valorimétricos seguidos pelas empresas do Grupo Gescartão, foram consistentes entre as empresas incluídas na consolidação e são descritos na Nota 23. IV – INFORMAÇÕES RELATIVAS A COMPROMISSOS NOTA 21 – COMPROMISSOS FINANCEIROS E OUTRAS RESPONSABILIDADES a) Complemento de pensões de reforma e sobrevivência Conforme referido na Nota 23.g) a Gescartão e as suas subsidiárias criadas com a reestruturação indicada na Nota Introdutória (Portucel Embalagem, Portucel Recicla e Portucel Viana) assumiram responsabilidades pelo pagamento de complementos de pensões de reforma por invalidez ou velhice e pensões de sobrevivência. Os estudos actuariais desenvolvidos por entidade independente, com referência a 31 de Dezembro de 2004 e 2003, para efeitos de apuramento, nessas datas, das responsabilidades acumuladas tiveram por base os seguintes pressupostos:

MétodoTábua de mortalidadeTábua de invalidezTaxa de descontoTaxa de crescimento de saláriosTaxa de crescimento de pensões

2004 2003

GRM 80

6%EKV - 80 - Suíça

Projected Unit CreditGRM 80

EKV - 80 - Suíça

Projected Unit Credit

3%2%

6%3%2%

Page 73: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

A cobertura das responsabilidades pelos activos do fundo que lhe estavam afectos, era como segue:

2004 2003

Responsabilidades por serviços passados 25.950.163 24.230.213

Valor do fundo afecto à cobertura das responsabilidades do Grupo 23.239.383 22.211.595

Excesso/(défice) de cobertura (Nota 54) (2.710.780) (2.018.618)

Percentagem de cobertura 89,6% 91,7%

O défice de cobertura encontra-se registado nas rubricas de custos diferidos e acréscimos de custos (Nota 54). O movimento das responsabilidades por serviços passados entre 1 de Janeiro de 2004 e 31 de Dezembro de 2004 pode ser resumido como segue: Responsabilidade por serviços passados em 1 de Janeiro de 2004 24.230.213 Custo dos serviços correntes 1.145.090 Custo dos juros 1.506.080 Perdas (ganhos) actuariais (325.161 ) Complementos de reforma pagos (606.059 ) -------------- Responsabilidade por serviços passados em 31 de Dezembro de 2004 25.950.163 ======= O movimento da situação patrimonial do Fundo durante o exercício de 2004 foi como segue: Saldo em 1 de Janeiro de 2004 22.211.595 Contribuições em 2004 115.586 Rendimento do fundo, líquido 1.518.261 Complementos de reforma pagos (606.059 ) -------------- Saldo estimado em 31 de Dezembro de 2004 23.239.383 =======

Page 74: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

A variação líquida do fundo afecto à cobertura das responsabilidades do Grupo e das responsabilidades por serviços passados apurada no exercício de 2004, no montante de Euros (692.162), foi registada nas rubricas de custos diferidos e de acréscimos de custos (Nota 54), por contrapartida das seguintes rubricas:

2004 2003Resultados do exercício

Custos com pessoal 1.020.790 486.534 Proveitos e ganhos extraordinários (Nota 45) (213.042) (565.617)

807.748 (79.083)Caixa e equivalentes (115.586) -

692.162 (79.083)

Débito/(Crédito)

O valor a crédito em “Caixa e equivalentes” diz respeito a uma dotação efectuada para o fundo. Os “Resultados do exercício” no montante de Euros 807.748 foram registados na rubrica de “Custos com o pessoal”, com a excepção do resultado relativo à Portucel Recicla o qual foi considerado em “Proveitos e ganhos extraordinários”, em virtude da desactivação daquela unidade fabril (Nota 45). Este montante tem a seguinte composição:

2004 2003

Custos com serviços correntes 1.145.090 1.140.958

Custo financeiro 1.506.080 1.475.398

Transferências - -

Rendimento dos activos do plano (1.518.261) (1.136.490)

(Ganhos)/perdas actuariais (325.161) (1.558.949)

807.748 (79.083)

DR/(CR)

b) Outros compromissos Em 31 de Dezembro de 2004 o Grupo tinha responsabilidades por letras a receber, descontadas e não vencidas, no montante de Euros 234.060 (Euros 318.999 em 2003). Adicionalmente, o Grupo tinha assumido, naquela data, compromissos com fornecedores, no montante de Euros 15.498.661 (Euros 6.422.056 em 2003) para aquisição de imobilizado corpóreo. NOTA 22 – RESPONSABILIDADES POR GARANTIAS PRESTADAS Em 31 de Dezembro de 2004 as garantias prestadas pelo Grupo, não incluídas no balanço anexo, ascendiam a Euros 2.176.302 (Euros 1.956.603 em 2003), das quais Euros 1.847.049 estão relacionadas com garantias prestadas ao IAPMEI associadas a subsídios ao investimento.

Page 75: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

V – INFORMAÇÕES RELATIVAS A POLITÍCAS CONTABILISTICAS NOTA 23 – BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS PRINCÍPIOS

CONTABILÍSTICOS E CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS Bases de apresentação As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas indicadas nas Notas 1 e 5, mantidos de acordo com princípios de contabilidade consagrados no Plano Oficial de Contabilidade e geralmente aceites em Portugal. Princípios de consolidação São os seguintes os métodos de consolidação adoptados pelo Grupo: a) Investimentos financeiros em empresas do Grupo

As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha directa ou indirectamente, mais de 50% dos direitos de voto em Assembleia Geral de Accionistas e detenha o poder de controlar as suas políticas financeiras e operacionais (definição de controlo utilizada pelo Grupo), foram incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas anexas pelo método de consolidação integral, conforme estabelecido na alínea a) do nº1 do Artigo 1º do Decreto-Lei nº238/91. As transacções e saldos significativos entre as empresas foram eliminados no processo de consolidação. O capital próprio e o resultado líquido destas empresas correspondente à participação de terceiros nas mesmas, é apresentado separadamente no balanço consolidado e na demonstração dos resultados consolidada, respectivamente, na rubrica “Interesses minoritários” (Nota 56). As empresas do Grupo incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas encontram-se detalhadas na Nota 1. Sempre que necessário, são efectuados ajustamentos às demonstrações financeiras das filiais para adequar/harmonizar as suas políticas contabilísticas com as usadas pelo Grupo. As transacções, os saldos e os dividendos distribuídos entre empresas do Grupo são eliminados no processo de consolidação.

b) Investimentos financeiros em empresas de controlo conjunto As participações financeiras em empresas nas quais o Grupo detenha, directa ou indirectamente, o controlo conjuntamente com uma ou mais empresas não incluídas na consolidação, são incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas anexas pelo método de consolidação proporcional, conforme previsto no nº13.5 do POC, ou seja, na proporção dos direitos no seu capital que são detidos pelo Grupo. As empresas incluídas na consolidação pelo método proporcional encontram-se detalhadas na Nota 5.

Page 76: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

c) Investimentos financeiros em empresas participadas

Os investimentos financeiros representativos de partes de capital em empresas participadas em menos de 20%, encontram-se apresentados ao custo de aquisição, ou pelo seu valor estimado de realização, quando este é mais baixo.

Os investimentos financeiros, não materialmente relevantes, encontram-se incluídos no balanço consolidado, pelo custo de aquisição. Principais princípios contabilísticos e critérios valorimétricos a) Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas são constituídas basicamente por despesas de instalação, de investigação e desenvolvimento bem como por despesas de formação associadas a projectos de investimento. Estas despesas são amortizadas de acordo com o método das quotas constantes ao longo de um período de três anos. b) Imobilizações corpóreas As imobilizações corpóreas são originalmente registadas ao custo de aquisição, o qual no caso das imobilizações transferidas da Portucel, S.A., em 31 de Maio de 1993, foi determinado com base em avaliação efectuada por entidade especializada e independente. Os bens adquiridos até 31 de Dezembro de 1997 encontram-se registados ao custo de aquisição podendo encontrar-se reavaliados de acordo com as disposições legais (Nota 41). As amortizações são calculadas, sobre o valor de aquisição ou reavaliado, pelo método das quotas constantes, a partir da sua entrada em funcionamento, utilizando de entre as taxas permitidas pela legislação fiscal em vigor, as que permitam a reintegração do imobilizado, durante a sua vida útil estimada. A partir do exercício findo em 31 de Dezembro de 2000, a subsidiária Portucel Viana passou a acelerar o período de amortização dos itens incluídos nas rubricas de “Equipamento Básico” e “Outras imobilizações corpóreas” em virtude da utilização contínua dos mesmos, em três turnos. As taxas de amortização utilizadas correspondem às seguintes vidas úteis estimadas médias:

Anos médios de vida útil

Equipamentos e outras construções 10 – 50 Equipamento básico 4 – 12 Equipamento de transporte 4 – 8 Ferramentas e utensílios 4 – 10 Equipamento administrativo 4 – 10 Taras e vasilhames 7 Outras imobilizações corpóreas 7

Page 77: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

Os encargos com reparações e manutenção de natureza correntes são registados como custos do exercício em que são incorridos. As reparações que aumentam a utilidade económica dos activos imobilizados são registadas como imobilizações corpóreas e amortizadas durante a vida útil remanescente dos mesmos. Os terrenos não são objecto de amortização. c) Contratos de locação financeira Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de locação financeira e/ou outros equiparados, de acordo com o previsto na Directriz Contabilística nº 25, bem como as correspondentes responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método, o custo do activo é registado no imobilizado corpóreo e a correspondente responsabilidade é registada no passivo. Os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo, calculada conforme descrito na Nota 23.b), são registados como custos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam. d) Existências As matérias-primas, subsidiárias e de consumo e as mercadorias encontram-se valorizadas ao custo médio de aquisição, que inclui o preço de factura e todas as despesas até à sua entrada em armazém, o qual é inferior ao seu valor respectivo de mercado. Os produtos e trabalhos em curso, subprodutos, desperdício, resíduos e refugos e produtos acabados e intermédios encontram-se valorizados ao custo médio mensal de produção, que inclui o custo da matéria-prima incorporada, mão-de-obra directa e gastos gerais de fabrico, e que é inferior ao valor de mercado. A provisão para depreciação de existências cobre a diferença entre o custo de produção/aquisição das existências e o respectivo valor estimado de realização, sempre que este seja inferior ao primeiro (Nota 46). e) Provisão para créditos de cobrança duvidosa A provisão para créditos de cobrança duvidosa é calculada tendo por base os riscos previstos de cobrança no final de cada ano (Nota 46). f) Especialização de exercícios As empresas do Grupo registam as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos (Nota 54).

Page 78: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

g) Fundo de Pensões Nos termos dos Regulamentos dos Benefícios Sociais em vigor, para as empresas criadas na sequência do processo de reestruturação referido na Nota Introdutória (Gescartão, Portucel Embalagem, Portucel Recicla e Portucel Viana), os empregados do quadro permanente com mais de cinco anos de serviço, incluindo os trabalhadores transferidos da Portucel, S.A., em Maio de 93, itêm direito após a passagem à reforma ou situação de invalidez, a um complemento mensal de pensão de reforma ou invalidez. Este complemento está definido de acordo com uma fórmula que tem em consideração uma remuneração mensal ilíquida actualizada para a categoria profissional do empregado à data da reforma e o número de anos de serviço, no máximo de 30, sendo ainda garantidas pensões de sobrevivência ao cônjuge e a descendentes directos. A cobertura destas responsabilidades é assegurada por um fundo de pensões autónomo, denominado Fundo de Pensões Gescartão, gerido por entidade externa. O Fundo de Pensões Gescartão foi constituído em 14 de Agosto de 2004, em resultado da sua separação do Fundo de Pensões Portucel. A fim de estimar as responsabilidades pelo pagamento dos referidos complementos de pensões de reforma e pensões de sobrevivência, as Empresas acima mencionadas seguem o procedimento de obter semestralmente cálculos actuariais das mesmas. O Grupo adopta como política contabilística para o reconhecimento das suas responsabilidades por estes complementos, os critérios consagrados pela Directriz Contabilística n.º 19, emanada pela Comissão de Normalização Contabilística (Nota 21.a)). h) Indemnizações pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho Os encargos associados a indemnizações pagas a trabalhadores pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho são registados, como custo extraordinário, no exercício em que o respectivo acordo é concluído. Caso o acordo não seja assinado no mesmo exercício em que produz efeitos, é constituída uma provisão para fazer face às responsabilidades assumidas pela Empresa (Nota 45). i) Subsídios recebidos para financiamento de imobilizações corpóreas Os subsídios recebidos a fundo perdido para o financiamento de imobilizações corpóreas são registados em balanço como proveitos diferidos para posterior reconhecimento na demonstração dos resultados de cada exercício, proporcionalmente às amortizações das respectivas imobilizações corpóreas subsidiadas. A parcela do subsídio reconhecida como proveito no exercício, bem como as correspondentes amortizações, integram os resultados extraordinários do exercício (Notas 27, 45 e 54).

Page 79: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

j) Saldos e transacções em moeda estrangeira As transacções em moeda estrangeira foram convertidos para Euros utilizando-se as taxas de câmbio vigentes em 31 de Dezembro de 2004. As diferenças de câmbio realizadas no exercício, bem como as potenciais apuradas nos saldos existentes na data do balanço por referência às paridades vigentes nessa data, integram os resultados correntes do exercício. k) Imposto sobre o rendimento O encargo com o imposto sobre o rendimento é apurado tendo em consideração as disposições do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC). O Grupo regista nas contas o efeito fiscal decorrente das diferenças temporárias que se verificaram entre os resultados anuais determinados numa óptica contabilística e numa óptica fiscal, adoptando essa prática em exercícios anteriores em conformidade com o disposto na Norma Internacional de Contabilidade (revista) n.º 12 aplicada supletivamente ao Plano Oficial de Contabilidade por força da entrada em vigor da Directriz contabilística n.º 18 e a partir de 1 de Janeiro de 2002 em conformidade com o disposto na Directriz Contabilística nº 28 (Nota 38). Em Março de 2001, o conjunto de empresas que constitui o Grupo Gescartão aderiu, nos termos da legislação então em vigor, ao Regime Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (RETGS), regulamentado pelo artº 63 do Código do IRC. Nos termos da lei, a opção então formulada é válida por um período de cinco anos, desde que cumpridos os restantes requisitos, condição que, nos termos da legislação enquadradora da opção inicialmente formulada, e no entendimento do Conselho de Administração, nunca deixou de se verificar. Durante o exercício de 2004 integraram o perímetro fiscal, para além da Gescartão SGPS, as seguintes subsidiárias: Celnave, Celpap, Investalentejo, Lepe, Portucel Embalagem, Portucel Recicla, Portucel Viana e Sulpac.

Page 80: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

VI – INFORMAÇÕES RELATIVAS A DETERMINADAS RUBRICAS NOTA 27 – MOVIMENTOS NO ACTIVO IMOBILIZADO ACTIVO BRUTO

Imobilizações incorpóreasDespesas de instalação 591.983 - - 80.367 1.780 674.130 Despesas de investigação e de desenvolvimento 6.681.884 4.600 - 234.365 21.500 6.942.349 Propriedade industrial e outros direitos 36.480 600 - - 25 37.105 Diferenças de consolidação - 1.375.110 - - - 1.375.110 Imobilizações em curso 3.450.681 1.325.304 28.924 (552.518) - 4.194.543

10.761.028 2.705.614 28.924 (237.786) 23.305 13.223.237

Imobilizações corpóreasTerrenos e recursos naturais 19.999.521 177 429.806 456.500 - 20.026.392 Edifícios e outras construções 63.069.912 163.030 13.415 3.159.541 - 66.379.068 Equipamento básico 214.760.873 782.839 3.868.519 12.071.219 - 223.746.412 Equipamento de transporte 7.114.007 533.960 399.344 108.747 - 7.357.370 Ferramentas e utensílios 643.349 29.469 258 (85.000) - 587.560 Equipamento administrativo 8.786.259 196.965 1.290.063 (1.199.294) 9.537 6.503.404 Taras e vasilhame 24.886 - - - - 24.886 Outras imobilizações corpóreas 17.777.347 64.353 163.916 183.926 1.360 17.863.070 Imobilizações em curso 3.038.019 24.822.528 118.608 (16.244.474) 4.937.031 16.434.496 Adiantamentos por conta de imobilizaçõescorpóreas 293.779 853.241 - (1.114.244) - 32.776

335.507.952 27.446.562 6.283.929 (2.663.079) 4.947.928 358.955.434

Investimentos financeirosPartes de capital em empresas do grupo 5.000 - - - - 5.000 Partes de capital em empresas associadas 10.481 - - - (10.481) -Títulos e outras aplicações financeiras 69.495 - - - - 69.495

84.976 - - - (10.481) 74.495 346.353.956 30.152.176 6.312.853 (2.900.865) 4.960.752 372.253.166

Saldo finalVariação de perímetro

Saldo inicial Aumentos AlienaçõesTransferências

e Abates

Os valores mais significativos incluídos na rubrica de “Imobilizações em curso”, em 31 de Dezembro de 2004, e o respectivo movimento durante o exercício, respeitam aos seguintes projectos:

AumentosTransfe-rências

Variação de Perímetro Saldo final

i) Construção de nova unidade fabril em Viana do Castelo destinada à produção de papel reciclado para a indústria de embalagem:

Imobilizações incorpóreas em curso 914.547 - - 4.034.176Imobilizações corpóreas em curso - - - 542.033

914.547 - - 4.576.209

ii) Construção de uma fábrica de embalagens de cartão em Mourão:Imobilizações incorpóreas em curso 441.075 (548.160) - -Imobilizações corpóreas em curso 7.106.963 (7.210.273) - 1.036.700

7.548.038 (7.758.433) - 1.036.700

iii) Construção de uma central de ciclo combinado para produção de energia em Viana do Castelo:

Imobilizações corpóreas em curso 8.020.769 - 4.663.231 12.684.000

A rubrica de diferenças de consolidação, no valor de Euros 1.375.110, respeita ao “goodwill” apurado na aquisição de 95% do capital social da Portucel Viana Energia, e será amortizada durante 12 anos, período este que corresponde à melhor estimativa da Administração de recuperação do investimento efectuado. O apuramento deste saldo foi efectuado como segue:

Percentagem Capital próprio Diferença Custo de de capital em Capital próprio deaquisição adquirido 31-Mar-04 adquirido consolidação1.436.931 95% 65.075 61.821 1.375.110

Page 81: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS Transferências

e AbatesImobilizações incorpóreas

Despesas de instalação 583.130 13.943 - (224.996) 1.780 373.857 Despesas de investigação e de desenvolvimento 6.580.913 113.309 - (11.634) 13.458 6.696.046 Propriedade industrial e outros direitos 18.660 7.397 - - 25 26.082 Diferenças de consolidação - 114.593 - - - 114.593

7.182.703 249.242 - (236.630) 15.263 7.210.578

Imobilizações corpóreasEdifícios e outras construções 32.447.592 3.064.720 5.625 - - 35.506.687 Equipamento básico 166.160.243 17.044.948 3.865.215 - - 179.339.976 Equipamento de transporte 5.433.158 516.274 363.964 (16.555) - 5.568.913 Ferramentas e utensílios 596.660 32.235 258 (86.819) - 541.818 Equipamento administrativo 7.874.648 506.000 1.288.152 (1.363.178) 8.137 5.737.455 Taras e vasilhame 12.283 3.349 - - - 15.632 Outras imobilizações corpóreas 16.191.871 949.613 163.916 (10.489) 1.318 16.968.397

228.716.455 22.117.139 5.687.130 (1.477.041) 9.455 243.678.878 235.899.158 22.366.381 5.687.130 (1.713.671) 24.718 250.889.456

Variação de perímetro

Saldo finalSaldo inicial Aumentos Alienações

O reforço registado nas amortizações acumuladas no montante de Euros 22.366.381, correspondente às amortizações do exercício, inclui uma parcela de Euros 431.193 que foi reclassificada para a rubrica de custos extraordinários, de acordo com o critério referido na Nota 23.i) (Nota 45). NOTA 36 – INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS O Grupo Gescartão encontra-se dividido em duas áreas de negócio principais:

(i) Produção de papel para embalagens de cartão e/ou actividades conexas. Este segmento inclui as empresas Portucel Viana, Portucel Viana Energia, Portucel Recicla, Papelnova e Portucel España. De referir que a Portucel Recicla se encontra sem actividade industrial.

(ii) Produção e comercialização de cartão canelado e embalagens de cartão, a qual

abrange a Portucel Embalagem, a Lepe, a Emprobal e a Sulpac. As restantes empresas do Grupo desenvolvem actividades residuais. Na preparação da informação segmental abaixo apresentada foram eliminados os saldos e transacções entre empresas do mesmo segmento. A coluna “eliminações” inclui as restantes eliminações efectuadas com vista a obter-se as contas consolidadas, nomeadamente, as eliminações de saldos e transacções inter-segmentais. As rubricas de resultados seguem o conceito da Demonstração dos resultados por funções. Os montantes identificados em resultados em operações em descontinuação dizem respeito aos resultados da Portucel Recicla (Nota 59).

Page 82: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

A informação financeira acerca dos referidos segmentos de negócio é a seguinte:

Papel Embalagem Outros Eliminações Consolidado

RéditosVendas externas 106.189.267 69.502.042 -Vendas inter-segmentais 8.749.699 726.254 - (9.475.953)

Vendas totais 114.938.966 70.228.296 - (9.475.953) 175.691.309Prestações de serviços externas 1.373.440 - 1.077.164Prestações de serviços inter-segmentais - 55.000 3.269.530 (3.324.530)

Prestações de serviços totais 1.373.440 55.000 4.346.694 (3.324.530) 2.450.604Réditos totais 116.312.406 70.283.296 4.346.694 (12.800.483) 178.141.913

Resultados segmentais/operacionais 10.760.346 5.048.441 (171.837) - 15.636.950

Custo líquido de financiamento (95.700)Ganhos (perdas) em filiais e associadas -Ganhos (perdas) em outros investimentos -Resultados não Usuais ou não Frequentes (336.459)Impostos sobre os resultados correntes (4.234.831)

Resultados de actividades ordinárias 10.969.960

Resultados em operações de descontinuação (332.959)Resultados de líquidos 10.637.001

Interesses minoritários (4.902)Resultados de líquido após

interesses minoritários 10.632.099

Outras informaçõesActivos do segmento 144.957.055 57.066.196 1.561.602 (5.191.635) 198.393.218Activos não imputados 22.751.147Activos totais consolidados 221.144.365

Passivos do segmento 19.875.045 23.867.403 1.059.030 (5.125.451) 39.676.027Passivos não imputados 14.162.539Passivos totais consolidados 53.838.566

Investimento (Nota 27) 21.262.584 13.569.333 291.492 35.123.409Amortizações (Nota 27) 17.522.596 4.794.644 73.859 22.391.099

Os activos e passivos relacionados com a função financeira, com impostos sobre o rendimento e com investimentos financeiros não estão incluídos nos activos e passivos segmentais, na medida em que os resultados relativos a esses activos e passivos não são imputados aos resultados segmentais. A decomposição dos activos e passivos não imputados é a seguinte:

Activos Passivosnão não

imputados imputados

Investimentos Financeiros (Nota 27) 74.495 -Imposto sobre o Rendimento (Notas 38 e 52) 8.277.393 4.519.149Disponibilidades 14.295.727 -Dívidas a instituições de crédito (Nota 50) - 9.631.195Outros activos/passivos não imputados 103.532 12.195

22.751.147 14.162.539

Page 83: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

Nos exercícios de 2004 e 2003 as vendas e prestações de serviço por mercado geográfico foram as seguintes:

2004 2003 Vendas: Mercado interno 73.415.032 76.812.730 Mercado comunitário 77.402.058 81.123.993 Mercado extracomunitário 24.874.219 14.444.262

175.691.309 172.380.985 Prestações de serviços: Mercado interno 2.196.223 6.351.226 Mercado comunitário 236.531 375.306 Mercado extracomunitário 17.850 89.773

2.450.604 6.816.305

NOTA 38 – IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais da Sociedade e suas subsidiárias estão sujeitas a revisão e correcção por parte da administração tributária durante um período de quatro anos e, deste modo, a situação fiscal da Sociedade e suas subsidiárias dos anos de 2001 a 2004 poderá ainda vir a ser sujeita a revisão e eventuais correcções (Segurança Social e o Imposto sobre as Sucessões e Doações podem ser revistos ao longo de um prazo de dez anos). O Conselho de Administração entende que as eventuais correcções resultantes de revisões por parte da administração tributária à situação fiscal e parafiscal da Sociedade e suas subsidiárias em relação aos exercícios em aberto não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas anexas. A subsidiária Portucel Viana recebeu em 6 de Fevereiro de 2003, no seguimento de uma inspecção fiscal ao ano de 2000, uma liquidação adicional em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, no montante de aproximadamente Euros 2.470.000, relativo à não aceitação, pela administração tributária, do efeito da utilização, a partir de 2000, do regime intensivo previsto no artigo 9º do Decreto Regulamentar nº 2/90, de 12 de Junho, aplicável às reintegrações e amortizações de parte das suas imobilizações corpóreas, as quais foram acrescidas, naquele exercício, em aproximadamente Euros 6.323.000. Durante o exercício de 2003, a Empresa pagou a liquidação adicional no montante de Euros2.472.044 (Nota 52). Contudo, o Conselho de Administração, por entender que a fundamentação apresentada pela administração tributária não está de acordo com a legislação fiscal portuguesa, apresentou impugnação judicial relativamente à referida liquidação adicional. Deste modo, não foi registada nas demonstrações financeiras consolidadas qualquer provisão para fazer face a um eventual desfecho desfavorável desta impugnação e de outras que, eventualmente, venham a suceder relacionadas com este assunto. Adicionalmente, durante o ano de 2004 a Empresa recebeu das Autoridades Fiscais um relatório de inspecção tributária que poderá originar, relativamente a situação similar nos exercícios de 2001 e 2002, uma liquidação adicional em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas no montante de aproximadamente Euros 3.450.00. Até à presente data essa notificação não gerou qualquer liquidação adicional de IRC por parte da Administração Fiscal.

Page 84: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

A subsidiária Portucel Embalagem recebeu em Setembro de 2003, no seguimento de uma inspecção fiscal ao exercício de 2001, uma notificação da administração tributária contestando a dedutibilidade das menos valias fiscais incorridas na sequência da alienação em 2001 da totalidade do capital social da Lepe – Empresa Portuguesa de Embalagens, S.A. à Gescartão, SGPS, S.A., que poderá resultar numa liquidação adicional de aproximadamente Euros 2.400.000, excluindo juros e coimas. O Conselho de Administração entende que a fundamentação apresentada pela administração tributária não está de acordo com a legislação fiscal portuguesa, pelo que deverá apresentar impugnação judicial relativamente à liquidação adicional eventualmente proveniente desta situação. Deste modo, não foi constituída qualquer provisão nas demonstrações financeiras consolidadas anexas para fazer face a um eventual desfecho desfavorável relativo a este assunto. O Grupo regista, de acordo com o disposto na Directriz Contabilística nº 28, nas suas contas o efeito fiscal decorrente das diferenças temporais que se verificam entre os resultados anuais determinados numa óptica contabilística e numa óptica fiscal (Nota 23.k)). O movimento ocorrido nos activos e passivos por impostos diferidos e os impostos correntes do exercício, podem ser detalhados como segue (débito/(crédito)):

Demonstraçãodos resultados

Passivos por Activos por Impostoimpostos impostos Compensação sobre odiferidos diferidos RETGS rendimento

i) Impostos diferidos:Saldo em 1 de Janeiro de 2004 (964.504) 5.125.748

Variação líquida das responsabilidades comcomplementos de reforma – Euros 692.162 (Nota 21) (57.765) 248.110 (190.345)

40% de acréscimo das amortizações originadas pela reavaliação de 1998 não aceites fiscalmente 106.797 (106.797)

Impostos diferidos relativos a prejuizos fiscais:Reforço 147.487 (147.487)Utilização (1.244.785) 1.244.785

Utilização da provisão para depreciação de existênciasnão considerada como custo fiscal (81.125) 81.125

Provisões para outros riscos e encargos:Reforço 20.625 (20.625)Utilização (92.449) 92.449 Redução (326.432) 326.432

Saldo em 31 de Dezeembro de 2004 (915.472) 3.797.179 326.432 953.105

ii) Impostos correntes 3.115.511 Imposto sobre o rendimento do exercício 4.068.616

Balanço

Page 85: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

Em 31 de Dezembro de 2004, o detalhe dos activos e passivos por impostos diferidos registados em conformidade com a Directriz Contabilística nº 28 e de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, é como segue:

Activos por impostos diferidos: Prejuízos fiscais reportáveis 2.493.172 Complementos de pensões de reforma 1.266.172 Provisões para outros riscos e encargos 37.835

3.797.179

Passivos por impostos diferidos: Reavaliações de imobilizado (394.764) Complementos de pensões de reforma (520.708)

(915.472)

Os montantes e limite de utilização dos activos por impostos diferidos, relativos a prejuízos fiscais reportáveis, são como segue:

Imposto Ano limitediferido de utilização

Gerados em 1999 1.059.700 2005Gerados em 2000 1.284.866 2006Gerados em 2003 1.119 2009Gerados em 2004 147.487 2010

2.493.172

Nos termos do Decreto-Lei nº 23/2004, de 23 de Janeiro, a subsidiária Portucel Embalagem procedeu à constituição de uma reserva fiscal ao investimento no valor de Euros 289.268, correspondente a 20% do montante da colecta do Imposto sobre o Rendimento do Exercício, apurada nos termos da legislação vigente. Aquela reserva foi registada como uma diminuição da conta a pagar relativa a imposto sobre o rendimento do exercício de 2004 por contrapartida de criação da reserva fiscal acima referida (Notas 52 e 55). Visando o cumprimento do previsto no Artigo 9º do supra-mencionado Decreto-Lei, o Conselho de Administração desta subsidiária no relatório de gestão relativo ao exercício de 2004 vai propor aos accionistas, a ratificação da constituição da referida reserva especial no montante correspondente à dedução acima mencionada, que deverá ser deliberada na Assembleia Geral destinada à aprovação de contas de 2004. De acordo com o número dois do artigo 9º do Decreto-Lei nº 23/2004, de 23 Janeiro, esta reserva especial não pode ser utilizada para distribuição aos accionistas antes do fim do quinto exercício posterior ao da sua constituição, sem prejuízo dos demais requisitos legais. Para beneficiar do regime previsto naquele diploma, sem quaisquer penalidades, a subsidiária deverá cumprir determinados requisitos até ao final dos exercícios de 2005 e 2006 de investimento ao abrigo do mesmo, relativamente às reservas constituídas nos exercícios de 2003 e 2004, respectivamente, os quais o Conselho de Administração da Empresa considera que serão cumpridos.

Page 86: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

O Conselho de Administração da subsidiária Portucel Viana entendeu não estarem criadas as condições desta poder vir a beneficiar da reserva fiscal ao investimento no valor de Euros 761.628 constituída no exercício de 2003 pelo que decidiu proceder à sua anulação no exercício, transferindo este valor de reservas para conta a pagar ao Estado (Notas 52 e 55). NOTA 41 – REAVALIAÇÃO DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS O Grupo procedeu em anos anteriores à reavaliação das suas imobilizações corpóreas pela aplicação ao custo e às amortizações acumuladas de índices de actualização monetária, ao abrigo da legislação aplicável, nomeadamente do Decreto –Lei n.º 31/98, de 11 de Fevereiro (Nota 23.b)). NOTA 42 – EFEITO DAS REAVALIAÇÕES NO IMOBILIZADO

Custos históricos Reavaliações

Valores contabilisticos

reavaliados(a) (a) (a)

Terrenos e recursos naturais 17.433.367 2.593.025 20.026.392Edificios e outras construções 27.399.957 3.472.424 30.872.381Equipamento básico 44.350.947 55.489 44.406.436Equipamento de transporte 1.787.835 622 1.788.457Ferramentas e utensilios 45.739 3 45.742Equipamento administrativo 765.301 648 765.949Taras e vasilhames 9.254 - 9.254Outras imobilizações corpóreas 894.673 - 894.673

92.687.073 6.122.211 98.809.284(a) - valores líquidos de amortizações

NOTA 44 – DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS FINANCEIROS Custos e Perdas 2004 2003Juros suportados 236.851 1.678.882 Provisões para aplicações financeiras - 18.256 Diferenças de câmbio desfavoráveis 11.431 120.162 Descontos de pronto pagamento concedidos 581.096 630.499 Outros custos e perdas financeiras 153.872 70.082

983.250 2.517.881 Resultados financeiros (345.656) (880.564)

637.594 1.637.317 Proveitos e GanhosJuros obtidos 240.624 1.183.452 Diferenças de câmbio favoráveis 16.851 68.800 Descontos de pronto pagamento obtidos 370.052 380.121 Outros proveitos e ganhos financeiros 10.067 4.944

637.594 1.637.317

A rubrica “Outros custos e perdas financeiras” inclui Euros 81.636 de custos com serviços bancários.

Page 87: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

NOTA 45 – DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS Custos e Perdas 2004 2003Donativos 17.905 22.065Dividas incobráveis 788 3.103Perdas em existências 213.033 24.774Perdas em Imobilizações 10.484 1.884Amortizações de bens subsidiados (Nota 27) 431.193 501.069Multas e penalidades 4.805 1.878Correcções relativas a exercícios anteriores 181.716 91.643Indemnizações por rescisão contratos de trabalho (Nota 23 h)) 828.394 2.464.301Outros custos e perdas extraordinários 1.084.912 2.625.974

2.773.230 5.736.691Resultados extraordinários -875.380 -4.317.764

1.897.850 1.418.927Proveitos e ganhosRecuperação de dividas 1.465 -Ganhos de existências 20.696 583Ganhos em imobilizações 704.059 55.496Reduções de amortizações e provisões (nota 46) 21.297 52.340Correcções relativas a exerc. anteriores 255.031 174.240Subsidios ao investimento 431.193 501.069Outros proveitos e ganhos extraordinários 464.109 635.199

1.897.850 1.418.927

O Grupo reconheceu em custos extraordinários o montante de Euros 431.193 relativos à amortização de bens subsidiados, em conformidade com a prática contabilística descrita nas Notas 23.i) e 27. Em 31 de Dezembro de 2004, a rubrica “Outros custos e perdas extraordinários” inclui, essencialmente:

(i) Euros 502.829 referentes às custas judiciais relativas ao processo de autorização judicial de redução do capital social da Portucel Viana, no montante de Euros 100.000.000, concretizado em Janeiro de 2003 – o débito destas custas foi alvo de reclamação, no ano de 2003, dado que o Conselho de Administração desta subsidiária entendia que a referida liquidação não se encontrava de acordo com a legislação em vigor;

(ii) Euros 75.000 relativos a provisões para indemnizações por rescisão de contratos de trabalho, já acordadas, mas a ocorrer futuramente (Nota 23 h) e 46);

(iii) custos associados à cessação da actividade da Portucel Recicla, como segue: Custos de inactividade - Custos com pessoal 445.408Custos de inactividade - Fornecimentos e serviços externos 24.736

470.144

A rubrica “Outros proveitos e ganhos extraordinários” inclui o proveito com o fundo de pensões, no montante de Euros 213.042 (Nota 21.a)) e, ainda, excesso de estimativa para impostos no montante de Euros 165.749.

Page 88: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

NOTA 46 – MOVIMENTOS NAS CONTAS DE PROVISÕES

VariaçãoSaldo Constituição/ Utilização/ de Saldoinicial Reforço Anulação Regularização perímetro final

(Nota 45)Provisões para aplicações de tesouraria 18.256 - - - - 18.256 Provisões para cobrança duvidosa 2.183.760 111.495 (20.931) (826.934) - 1.447.390 Provisões para riscos e encargos 1.672.350 88.970 - (1.523.213) 178.769 416.876 Provisões para depreciação de existências 358.901 174 (366) (294.634) - 64.075

4.233.267 200.639 (21.297) (2.644.781) 178.769 1.946.597

A rubrica de provisão para riscos e encargos inclui, em “Constituição/Reforço”, o montante de Euros 78.054 que devido à sua natureza foi registado na rubrica de resultados extraordinários do exercício, nomeadamente o valor de Euros 75.000 relativo a indemnizações por rescisão de contratos de trabalho (Nota 45). NOTA 47 – BENS UTILIZADOS EM REGIME DE LOCAÇÃO FINANCEIRA Em 31 de Dezembro de 2004 o Grupo mantém os seguintes bens em regime de locação financeira:

Valor demercado dosbens no início Amortizações Valordo contrato acumuladas líquido

Equipamento básico 447.759 65.348 382.411Equipamento de transporte 533.849 227.537 306.312Equipamento administrativo 181.320 84.515 96.805

1.162.928 377.400 785.528

NOTA 50 – DÍVIDAS A INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Em 31 de Dezembro de 2004, o detalhe dos empréstimos obtidos pelo Grupo Gescartão era como segue:

Curto Médio eprazo longo prazo Total

Dívidas a instituições de crédito:Empréstimos IAPMEI (Subsídios reembolsáveis) (i) 1.113.185 - 1.113.185Empréstimo IFADAP (ii) 604.312 1.208.626 1.812.938Contas caucionadas 199.519 - 199.519Descobertos bancários (Nota 51) 6.505.553 - 6.505.553

8.422.569 1.208.626 9.631.195

As contas caucionadas e os descobertos bancários vencem juros a taxas correntes de mercado.

Page 89: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

Os empréstimos obtidos respeitam a: (i) Empréstimos obtidos ao abrigo do protocolo entre o Banco BPI, o BES e o IAPMEI, no

estabelecimento de um conjunto de procedimentos a seguir na concessão de financiamentos a empresas no âmbito do PEDIP II e à medida 3.6 – SIMDEPEDIP.

Capital em dívida

Montante Data concessão em 31.12.2004

5.049.169 Julho de 1999 1.009.835

620.101 Outubro de 2001 103.350

1.113.185

Estes empréstimos revestem a forma de subsídios reembolsáveis, sendo que no primeiro o Grupo assume, presentemente, os juros relativos a cerca de 28% do capital em dívida e no segundo os juros são, na totalidade, da responsabilidade do IAPMEI.

(ii) Um empréstimo de Euros 1.812.938 obtido em Maio de 2004 através da utilização de

uma linha de crédito bonificado para apoio à constituição de stocks extraordinários de madeira. Esta linha de crédito foi criada pelo IFADAP – Instituto de Financiamento e Apoio ao Desenvolvimento da Agricultura e Pescas na sequência dos incêndios registados no país em 2003. O reembolso deste empréstimo será feito em três prestações anuais sucessivas e iguais, vencendo-se a primeira em Maio de 2005. A taxa de juro está indexada à Euribor a 12 meses acrescida de 1,5 pontos percentuais sendo os juros bonificados em 80% no primeiro ano e em 50% nos restantes.

Os empréstimos classificados no médio e longo prazo têm o seguinte plano de reembolso:

2006 604.3132007 604.313

1.208.626

NOTA 51 – CAIXA E EQUIVALENTES

2004 2003

Numerário 16.177 74.219

Depósitos bancários à ordem 6.137.550 8.912.442

Depósitos bancários a prazo 8.142.000 127.000

Descobertos bancários (Nota 50) (6.505.553) (7.683.661)

Titulos negociáveis 18.256 18.256

7.808.430 1.448.256

Page 90: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

NOTA 52 – ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

2004 2003 2004 2003

Imposto Sobre o Valor Acrescentado 3.252.395 4.648.663 1.172.293 1.917.855Segurança Social - - 494.712 535.081Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Singulares - - 403.612 304.392Imposto Sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas 4.480.214 7.510.732 3.603.677 3.999.055Outros - - 60.631 55.819

7.732.609 12.159.395 5.734.925 6.812.202

Saldo credorSaldo devedor

Em 31 de Dezembro de 2004, o saldo devedor da rubrica “Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas” tem a seguinte composição: Retenções na fonte 122.088 Pagamentos por conta 1.886.082 Liquidação adicional de imposto (Nota 38) 2.472.044 ------------ 4.480.214 ====== Em 31 de Dezembro de 2004, o detalhe do saldo credor da rubrica “Imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas” é como segue: Imposto corrente do exercício (Nota 38) 3.115.511 Reserva fiscal ao investimento Constituição - Portucel Embalagem (Notas 38 e 55) (289.268) Anulação – Portucel Viana (Notas 38 e 55) 761.628 Outros 15.806 ------------ 3.603.677 ======

Page 91: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

NOTA 53 – OUTROS DEVEDORES E CREDORES Os principais valores relativos à rubrica “Outros devedores e credores” decompõem-se como se segue:

2004 2003 2004 2003Pessoal 30.025 105.183 93.448 107.652Comissionistas - - 242.310 301.984EDIA 7.981.714 7.981.714 - -Outros devedores e credores diversos 346.732 240.068 746.077 570.903

8.358.471 8.326.965 1.081.835 980.539

Saldo devedor Saldo credor

Do valor registado na rubrica de “Outros devedores e credores – EDIA”, Euros 7.832.833 corresponde ao valor da indemnização ainda por receber da Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva, S.A. (EDIA) pela desactivação da unidade produtiva da Portucel Recicla (Nota 60). A rubrica de “Credores diversos” inclui o montante de Euros 502.829 relativo a custas judiciais a pagar ao Tribunal Judicial de Viana do Castelo (Nota 45). NOTA 54 – ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

2004 2003Acréscimos de proveitos:

Juros a receber 8.569 8.530Subsídios à exploração 6.840 58.833Descontos e abatimentos 66.220 -Seguros 26.090 -Outros 9.143 7.321

116.862 74.684Custos diferidos:

Fundo de Pensões (Nota 21.a)) 1.893.482 1.683.427Conservação e reparação 825.871 897.178Outros 74.490 46.380

2.793.843 2.626.985

Activos por impostos diferidos (Nota 38) 3.797.179 5.125.748

Acréscimos de custos:Encargos com férias, subsídio de férias e prémios 3.910.060 3.719.558Fundo de Pensões (Nota 21.a)) 4.604.263 3.702.045Encargos financeiros vencidos e não pagos 12.193 7.615Descontos e abatimentos em vendas 683.678 522.553Custos variáveis comerciais 234.607 209.901Comissões a pagar 330.361 510.483Serviços de consultoria e gestão - 281.700Outros 278.020 210.563

10.053.182 9.164.418Proveitos diferidos:

Subsídios ao investimento 1.066.356 1.497.548Outros 113.733 75.517

1.180.089 1.573.065

Passivos por impostos diferidos (Nota 38) 915.472 964.504

Page 92: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

O montante registado na rubrica “Custos diferidos - Conservação e reparação” refere-se a despesas de conservação plurianual em imobilizado, não recorrentes, e são amortizadas por um período de três anos. A rubrica de “Subsídios ao investimento” respeita a subsídios recebidos a fundo perdido para financiamento de imobilizado, reconhecidos na demonstração de resultados de cada exercício proporcionalmente às amortizações das respectivas imobilizações subsidiadas (Notas 21.i) e 45). NOTA 55 – MOVIMENTOS NOS CAPITAIS PRÓPRIOS

Aumentos DiminuiçõesCapital 99.925.000 - - - 99.925.000 Diferenças de consolidação (Nota 10) (6.487.019) - - - (6.487.019)Reservas de reavaliação 13.538.792 - (96) - 13.538.696 Reserva legal 4.858.706 - - 1.550.190 6.408.896 Outras reservas 563.732 289.268 (761.628) 1.173.980 1.265.352 Resultados transitados 26.436.650 - (402) 15.194.639 41.630.887 Resultado líquido: Exercício de 2003 17.918.809 - - (17.918.809) - Exercício de 2004 - 10.632.099 - 10.632.099

156.754.670 10.921.367 (762.126) - 166.913.911

Saldo FinalSaldo inicial Transferências

Reservas legais – de acordo com a legislação vigente e os seus estatutos, as empresas que constituem o Grupo são obrigadas a transferir para a rubrica de reservas legais, no mínimo 5% do resultado líquido anual até que a mesma atinja 20% do capital. Esta reserva não pode ser distribuída aos accionistas, podendo contudo, ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas todas as outras reservas, ou incorporada no capital. Reservas de reavaliação – a reavaliação do imobilizado corpóreo foi efectuada nos termos da legislação aplicável (Nota 41). De acordo com a legislação vigente e as práticas contabilísticas seguidas em Portugal, estas reservas não são distribuíveis aos accionistas podendo apenas, em determinadas circunstâncias, ser utilizadas em futuros aumentos de capital ou em outras aplicações especificadas na legislação. Diferenças de consolidação – esta rubrica inclui, essencialmente, o “Goodwill” apurado na aquisição da Lepe – Empresa Portuguesa de Embalagens, S.A. deduzido das amortizações efectuadas entre 1998 e 2000. Nos termos do Decreto-Lei nº23/2004, de 23 de Janeiro, o Conselho de Administração da subsidiária Portucel Embalagem irá propor aos accionistas a ratificação da constituição de uma reserva fiscal correspondente a 20% da colecta efectuada por esta empresa em 31 de Dezembro de 2004 no valor de Euros 289.268 (Notas 38 e 52). No exercício de 2003 foi constituída uma reserva de idêntica natureza, pelas subsidiárias Portucel Viana e Portucel Embalagem, no valor global de Euros 1.173.980. De acordo com o número dois do artigo 9º do mesmo diploma, esta reserva especial não pode ser utilizada para distribuição aos accionistas antes do fim do quinto exercício posterior ao da sua constituição, sem prejuízo dos demais requisitos legais.

Page 93: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

Para beneficiar do regime previsto naquele diploma, sem quaisquer penalidades, as Empresas deverão cumprir determinados requisitos de investimento ao abrigo do mesmo até ao final do exercício de 2005. No entanto, a 31 de Dezembro de 2004 o Conselho de Administração da Portucel Viana considera que não existem condições para estes serem cumpridos pelo que decidiu proceder à sua anulação no exercício, transferindo este valor (Euros 761.628) de “Outras reservas” para conta a pagar ao Estado (Notas 38 e 52). NOTA 56 - INTERESSES MINORITÁRIOS Os interesses minoritários representam a proporção dos capitais próprios das empresas incluídas na consolidação (Nota 1), que não é detida pelo Grupo Gescartão. O aumento de Euros 4.902 verificado na rubrica de interesses minoritários entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2004 é explicado pela proporção do resultado apurado por aquelas empresas no exercício de 2004 (Nota 57). NOTA 57 – EXPLICITAÇÃO DO RESULTADO LÍQUIDO CONSOLIDADO O resultado líquido consolidado dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2004 e 2003, foi obtido da forma que segue:

2004 2003Resultados da Gescartão, SGPS 10.636.000 17.851.868 Resultados das empresas subsidiárias 6.995.202 11.427.825 Anulação das equivalências patrimoniais (6.826.068) (11.427.863)Variação das margens em existências (43.227) 73.473 Movimentos em trânsito (15.133) (1.477)Amortização da diferença de consolidação

da Portucel Viana Energia (Nota 10) (114.593) -Outras correcções 4.820 -Interesses minoritários (Nota 56) (4.902) (5.017)Resultado consolidado líquido do exercício 10.632.099 17.918.809

Page 94: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

NOTA 58 – EMPRESAS RELACIONADAS Os principais saldos, em 31 de Dezembro de 2004 e as principais transacções efectuadas, durante o exercício findo naquela data, com as empresas relacionadas são os seguintes:

Custos ProveitosAquisição Fornecimentos Vendas e

de e serviços prestaçõesimobilizado Compras externos de serviços

Papeles Y Cartones de Europa, S.A. - 14.513.871 844.632 4.459.550Fábrica de Papel do Ave, S.A. - - - 1.448.842Trasloga, S.L. - 210.546 - 2.335.359

Box Lines Navegação, S.A. - 321.751 - -Contacto - Sociedade de Construções, S.A. 1.573.966 - - -Ecociclo - Energia e Ambiente, S.A. - 1.403.798 - -Maiequipa - Gestão Florestal, S.A. - 401.040 - -Mainroad - Serv. Tecnol. Informação, S.A. - - 203.160 -Modelo Continente Hipermercados,S.A. - - - 136.375Modis Distribuição Centralizada,S.A. - - - 322.431Movelpartes - Componentes para Indústria Mobiliária, S.A. - - - 219.970Novis Telecom, S.A. - - 149.994 -Racionalizacion y Manufacturas Florestales, S.A. - 1.987.664 - -Sonae Indústria, SGPS, S.A. - - 860.880 -Sonae Indústria - Prod. e Com. de Derivados de Mad., S.A. - 911.091 - 302.915Tableros Tradema, S.L. - - - 169.053Tafisa - Tableros de Fibras, S.A. - - - 112.278

1.573.966 19.749.761 2.058.666 9.506.773

Activo PassivoClientes Fornecedores Fornecedores Fornecedores

conta conta facturas em decorrente corrente recep e confª imobiliz., c/c

Papeles Y Cartones de Europa, S.A. 1.308.437 3.166.737 - -Fábrica de Papel do Ave, S.A. 500.449 - - -Trasloga, S.L. 1.255.540 204.532 - -

Box Lines Navegação, S.A. - 109.761 - -Ecociclo - Energia e Ambiente, S.A. - 447.189 - -Finlog - Aluguer e Com. Auto, S.A. - - - 177.240Racionalizacion y Manufacturas Florestales, S.A. - 258.294 167.540 -Sonae Indústria - Prod. e Com. de Derivados de Mad., S.A. 91.749 79.292 - -

3.156.175 4.265.805 167.540 177.240

Page 95: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

NOTA 59 - RECONCILIAÇÃO DAS RUBRICAS DE RESULTADOS EVIDENCIADAS NA DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS E NA DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES. A demonstração de resultados por funções foi preparada em conformidade com o estabelecido pela Directriz Contabilística n.º 20, a qual apresenta um conceito de resultados extraordinários diferente do definido no Plano Oficial de Contabilidade (POC) para preparação da demonstração dos resultados por naturezas. Assim, o valor dos resultados extraordinários (Euros 875.380 negativos) apresentado na demonstração dos resultados por naturezas (Nota 45), foi parcialmente reclassificado para resultados operacionais e para resultados não usuais ou não frequentes. Adicionalmente, os contributos da Portucel Recicla, S.A. para o consolidado, no montante de Euros 332.959 negativos, foram reclassificados para resultados de operações em descontinuação, em resultado do encerramento da sua unidade produtiva (Nota 60). Estes contributos encontram-se, na demonstração dos resultados por naturezas, incluídos nas seguintes rubricas:

Portucel Recicla -Contributos para

Demonstração dos resultados por naturezas o consolidadoResultados operacionais 197.253Resultados financeiros 29.964Resultados correntes 227.217Resultados extraordinários (726.391)Imposto sobre o rendimento do exercício 166.215Resultado líquido do exercício (332.959)

Os custos e proveitos financeiros na demonstração de resultados por naturezas, foram parcialmente reclassificados para rubricas de resultados operacionais na demonstração de resultados por funções. As situações acima referidas proporcionam as seguintes diferenças nas diversas naturezas de resultados:

Por Reclas- Por Naturezas sificação funções

Resultados operacionais 15.926.653 (289.703) 15.636.950 Resultados financeiros (345.656) 249.956 (95.700)Resultados correntes 15.580.997 (376.206) 15.204.791 Resultados de operações em descontinuação - (332.959) (332.959)Resultados extraordinários (875.380) 875.380 -Resultado líquido do exercício 10.637.001 - 10.637.001

Demonstração dos resultados de 2004

Page 96: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

NOTA 60 – OUTRAS INFORMAÇÕES CONSIDERADAS RELEVANTES (i) Decreto-Lei nº. 19/2003, de 3 de Fevereiro

Em virtude do encerramento da unidade fabril em Mourão, em Abril de 2001, a actividade da Portucel Recicla ficou, desde 2002, essencialmente circunscrita ao projecto da nova fábrica de papel reciclado em Mourão, obrigação decorrente do Decreto-Lei nº. 364/99, em consequência da construção da Barragem do Alqueva. Desde o início de 2002, que o projecto da nova fábrica se encontrava total e detalhadamente definido, estando o começo da sua implementação apenas dependente da contratualização adequada da disponibilidade, em tempo útil, das infra-estruturas energéticas necessárias, a construir por terceiros. O Decreto-Lei nº 19/2003, de 3 de Fevereiro, veio modificar os termos do Contrato de compra e venda das acções representativas da Gescartão, tendo a Imocapital assumido, através de sociedade que com ela se encontra em situação de domínio, em substituição das obrigações constantes dos artigos 26º e 27º do Caderno de Encargos anexo ao DL nº364/99, as seguintes obrigações:

• construção e instalação de uma unidade fabril com uma capacidade de produção mínima de 150 mil toneladas por ano de papel reciclado, que represente um montante de investimento no valor de 125 milhões de euros e entrada em funcionamento da mesma no prazo de 24 meses após o licenciamento da construção e laboração, devendo o respectivo pedido inicial de licenciamento, ser apresentado no prazo máximo de 2 meses após a entrada em vigor do novo Decreto-Lei;

• realização, no prazo de 9 meses após o respectivo licenciamento, de um investimento industrial no concelho de Mourão, que represente um montante de investimento do valor mínimo de 10 milhões de euros, devendo o pedido inicial de licenciamento, ser apresentado no prazo máximo de 2 meses após a entrada em vigor do novo Decreto-Lei;

• realização, no prazo máximo de 36 meses a contar da entrada em vigor do referido Decreto-Lei, de investimentos no sector agrícola, agro-industrial, industrial ou serviços, incluindo turismo, no montante global de 40 milhões euros, os quais poderão ser concretizados através de um ou mais fundos de capital de risco e/ou uma ou mais sociedades de capital de risco, já existentes ou a constituir pela IMOCAPITAL, vocacionados para investimento em participações no sector agrícola, agro-industrial, industrial ou serviços, incluindo turismo.

Em Assembleia Geral de 28 de Março de 2003, foi ratificada a decisão do Conselho de Administração da GESCARTÃO de assunção, pela Gescartão, das referidas obrigações de substituição, efectuando os investimentos através de sociedades dominadas. Relativamente à nova unidade fabril destinada à produção de papel reciclado para a indústria de embalagem, o processo de licenciamento teve início com o procedimento de Avaliação de Impacte Ambiental (AIA), mediante apresentação do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) à entidade coordenadora do licenciamento, dentro do prazo fixado pelo Decreto-Lei nº 19/2003 de 3 de Fevereiro. Tendo sido declarada a conformidade do EIA, seguiu-se-lhe a fase de Consulta Pública do EIA, cujo prazo terminou a 25 de Agosto de 2003.

Page 97: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

Foi emitida, em 3 de Maio de 2004, a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável condicionada a que a entrada em funcionamento da nova captação de água proposta pela Portucel Viana – elemento indispensável à viabilização do projecto – fique suspensa até ao início de actividade de uma alternativa adequada de abastecimento público de água à captação municipal de Bertiandos. Perante o teor da D.I.A., em 24 de Maio de 2004 interpôs o Conselho de Administração da Portucel Viana uma reclamação nos termos do artigo 161º do Código de Procedimento Administrativo, dirigida ao Senhor Secretário de Estado do Ambiente. Em 31 de Maio de 2004 foi dado conhecimento desta reclamação administrativa à Direcção Regional da Economia do Norte (Ministério da Economia), tendo sido requerida a esta entidade a suspensão do prazo previsto no artigo 9º nº5 do Decreto Regulamentar nº8/2003 de 11 de Abril. A suspensão requerida veio a ser deferida pela entidade coordenadora do licenciamento em 3 de Junho de 2004. Em 22 de Outubro de 2004, a Portucel Viana foi notificada de que a reclamação por si apresentada fora deferida e, consequentemente, revogada a DIA nos termos em que havia sido emitida, por falta de fundamentação adequada, delegando na CCDR-Norte a incumbência de emitir nova Declaração de Impacte Ambiental. Entretanto, e no que respeita ao desenvolvimento do projecto propriamente dito, foram concluídos, no decurso do ano de 2004, os trabalhos da Pré-Engenharia e completadas as especificações dos equipamentos mais significativos do Projecto. Foram igualmente concluídas consultas ao mercado para os principais equipamentos do projecto, nomeadamente para a Máquina de Papel, Bobinadora, Instalação de Fibra Secundária 2 e Estação de Tratamento de Efluentes, e realizadas as consultas para as primeiras empreitadas do projecto, isto é, infra-estruturas e redes enterradas. Com o objectivo de implementar uma unidade fabril de produção de embalagens na Zona Industrial de Mourão, a Gescartão constituiu a Sulpac – Empresa Produtora de Embalagens de Cartão SA, com o capital social de €4,5 milhões. O pedido inicial de licenciamento da unidade industrial foi apresentado junto da Direcção Regional do Alentejo do Ministério da Economia em 31 de Março de 2003, e o licenciamento da obra consta de Ofício emitido pela Câmara Municipal de Mourão em 17 de Dezembro de 2003. A Sulpac iniciou a sua actividade comercial ainda durante o ano de 2003. A primeira embalagem foi produzida em 18 de Maio de 2004, com o início da fase de testes. Em Dezembro de 2003 foi constituída a Investalentejo, SGPS, SA com o objectivo de vir a ser a entidade gestora das obrigações de investimento no Alentejo ao abrigo do art. 4 do DL 19/2003. A Investalentejo tem actualmente em estudo diversos projectos cuja concretização se direcciona no cumprimento das referidas obrigações. Inserido neste contexto, foi adquirido, em 5 de Novembro de 2004, 51% do capital da empresa Ipaper – Indústria de Papeis Impregnados, S.A., cujo objecto social é produção e comercialização de papeis lisos ou impressos, em seco ou impregnados, e de outros produtos para a indústria de mobiliário e construção. A Ipaper, durante o ano de 2004, iniciou o processo de investimento numa unidade impregnação de papéis fenólicos em Sines, com capacidade produtiva instalada que permita abastecer na totalidade as necessidades de papéis kraft fenólico do negócio de termolaminados da Sonae Indústria. Prevê-se que o investimento total ascenda a €6,8 milhões, e o seu arranque em Setembro de 2005.

Page 98: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidadas do exercício de 2004

(ii) Dívida da EDIA – Empresa de Desenvolvimento de Infraestruturas do Alqueva Ainda relacionado com o processo mencionado na alínea anterior, em 31 de Dezembro de 2004 mantinha-se no activo uma conta a receber, vencida, de cerca de Euros 8 milhões (Nota 53) relativa na sua maioria à terceira (e última) prestação indemnizatória definida no Auto de Expropriação Amigável celebrado com a EDIA, em consequência da submersão das instalações industriais da Portucel Recicla com a construção da Barragem do Alqueva. Em 17 de Junho de 2003 deu entrada em tribunal a competente acção executiva para cobrança da terceira prestação indemnizatória referente ao acto de expropriação. A acção está a correr nos seus termos tendo sido apresentado a correspondente contestação após dedução de embargos pela executada, aguardando-se a marcação da audiência de julgamento. NOTA 61 – EVENTOS SUBSQUENTES Em 11 de Fevereiro de 2005 a Sonae SGPS, SA acordou os termos para a alienação à Europac S.A. da totalidade da sua participação e créditos na Imocapital SGPS, S.A., bem como de acções representativas de 3,58% da Gescartão. A transacção da participação no capital da Imocapital está sujeita, nos termos da legislação em vigor, a autorização da Autoridade para a Concorrência.

Page 99: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

GESCARTÃO, S.G.P.S., S.A.

DEMONSTRAÇÕES CONSOLIDADAS DE FLUXOS DE CAIXA PARA OS EXERCICÍCIOS FINDOS EM31 DE DEZEMBRO DE 2004 E 2003

(Montantes expressos em Euros)

2004 2003

ACTIVIDADES OPERACIONAISRecebimentos de clientes 173.143.974 182.773.733 Pagamentos a fornecedores (104.172.189) (110.270.856)Pagamentos ao pessoal (26.776.905) (30.887.377) Fluxos gerados pelas operações 42.194.880 41.615.500

(Pagamentos)/recebimentos do imposto sobre o rendimento (398.983) (14.109.384)Outros (pagamentos)/recebimentos relativos à actividade operacional (3.285.693) (356.922) Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias 38.510.204 27.149.194

Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 342.545 191.533 Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias (1.771.122) (1.019.636)

Fluxos das actividades operacionais (1) 37.081.627 26.321.091

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO Recebimentos provenientes de:

Investimentos Financeiros - -Imobilizações corpóreas 1.289.816 221.196 Imobilizações incorpóreas 28.924 -Subsídios de investimento - -Juros e proveitos similares 611.472 1.572.549 Dividendos - -Outros - -

1.930.212 1.793.745 Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros (894.306) (352.853)Imobilizações corpóreas (25.572.657) (9.190.736)Imobilizações incorpóreas (1.308.010) (401.719)Outros - -

(27.774.973) (9.945.308)

Variação de empréstimos concedidos (257.837) -

Fluxos das actividades de investimento (2) (26.102.598) (8.151.563)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO

Recebimentos provenientes de:Aumentos de capital, prestações suplementares e prémios de emissão - -Subsídios e doações - -Venda de acções (quotas) próprias - -Cobertura de prejuízos - -Outros - -

- -Pagamentos respeitantes a:

Amortização de contratos de locação financeira (88.042) (246.640)Juros e custos similares (974.500) (2.374.576)Dividendos - -Reduções de capital e prestações suplementares - -Aquisição de acções (quotas) próprias - -Outros - -

(1.062.542) (2.621.216)

Variação de empréstimos obtidos (3.556.313) (63.383.615)

Fluxos das actividades de financiamento (3) (4.618.855) (66.004.831)

VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (1)+(2)+(3) 6.360.174 (47.835.303)CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO EXERCÍCIO 1.448.256 49.283.559 CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO EXERCÍCIO 7.808.430 1.448.256

Gescartão SGPS, SA 1 Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa 2004

Page 100: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 2 Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa 2004

GRUPO GESCARTÃO ANEXO À DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS FLUXOS DE CAIXA PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 (Montantes expressos em Euros) As notas que se seguem respeitam a numeração definida na Directriz Contabilística n.º14 para a apresentação do anexo à demonstração consolidada dos fluxos de caixa. As notas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicadas ao Grupo ou a sua apresentação não é relevante para a apreciação da demonstração consolidada dos fluxos de caixa. 1. AQUISIÇÃO/ALIENAÇÃO DE PARTES DE CAPITAL Relativamente à aquisição de partes de capital ocorrida em 2004 é de referir o seguinte:

a) Preço de aquisição

% de capitalSociedade adquirido Preço total

Ipaper - Indústria de Papeis Impregnados, S.A. 51% 23.820

Portucel Viana Energia - Empresa de Cogeração Energética, S.A. 95% 1.436.931

Vianaport - Empresa de Trabalho Portuário, Lda. 17% 3.990

1.464.741

b) Parcela do preço que foi pago

Valor pagoSociedade no exercício

Ipaper - Indústria de Papeis Impregnados, S.A. 23.820

Portucel Viana Energia - Empresa de Cogeração Energética, S.A. 1.436.931

Vianaport - Empresa de Trabalho Portuário, Lda. 3.9901.464.741

c) Caixa e equivalentes existentes nas participadas adquiridas

Caixa eequivalentes

Sociedade adquiridos

Ipaper - Indústria de Papeis Impregnados, S.A. 418

Portucel Viana Energia - Empresa de Cogeração Energética, S.A. 568.587

Vianaport - Empresa de Trabalho Portuário, Lda. 1.430

570.435

Os saldos de caixa e equivalentes existentes nas sociedades adquiridas à data de entrada no perímetro de consolidação, encontram-se registados na rubrica de “Pagamentos respeitantes a investimentos financeiros” a deduzir ao valor pago no exercício pela aquisição das referidas participações (Nota 1.b)).

Page 101: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

____________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________Gescartão SGPS, SA 3 Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa 2004

d) Outros activos e passivos adquiridos ou alienados

Outros activos e passivos adquiridosImobili- Dívidas a Dívidas a

Sociedade zações Existências receber pagar

Ipaper - Indústria de Papeis Impregnados, S.A. 273.800 - 48.282 1.107

Portucel Viana Energia - Empresa de Cogeração Energética, S.A. 4.671.272 114.754 1.041.933 6.331.472

Vianaport - Empresa de Trabalho Portuário, Lda. 2.885 - 109.964 33.483

4.947.957 114.754 1.200.179 6.366.062

2. DISCRIMINAÇÃO DOS COMPONENTES DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

2004 2003

Numerário 16.177 74.219

Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 14.279.550 9.039.442

Equivalentes a caixa (6.487.297) (7.665.405)

Caixa e seus equivalentes (i) 7.808.430 1.448.256

Depósitos à ordem (saldos credores) (ii) 6.505.553 7.683.661

Titulos Negociáveis (iii) 18.256 18.256

Disponibilidades constantes no balanço: (i)+(ii)-(iii) 14.295.727 9.113.661

4. REPARTIÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA POR RAMOS DE ACTIVIDADE

Segmentos de negócioPapel Embalagem Outros Eliminações Consolidado

Fluxos das actividades operacionais 28.946.065 8.518.471 (496.266) 113.357 37.081.627

Fluxos das actividades de investimento (18.574.033) (7.100.591) 2.319.482 (2.747.456) (26.102.598)

Fluxos das actividades de financiamento (2.969.403) (4.009.182) (274.369) 2.634.099 (4.618.855)

7.402.629 (2.591.302) 1.548.847 - 6.360.174

Na preparação da informação segmental foram eliminados os principais fluxos de caixa entre empresas do mesmo segmento. A coluna “eliminações” inclui as restantes eliminações efectuadas com vista a obter-se os fluxos de caixa consolidados, nomeadamente, a eliminação de fluxos relativos a dividendos e empréstimos inter-segmentais.

Page 102: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória
Page 103: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória
Page 104: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória
Page 105: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória
Page 106: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória
Page 107: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________

EXTRACTO DA ACTA DA ASSEMBLEIA GERAL

Page 108: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

GESCARTÃO-SGPS, S.A.

Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde

Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Vila do Conde sob o nº 3549

Capital Social: € 99 925 000

Pessoa Colectiva nº 503032603

Sociedade Aberta

Certifico que, nos termos da acta número vinte e dois de quatro de Maio de dois mil e

cinco, tomada no livro de actas da Assembleia Geral de accionistas, se mostra que

foram aprovadas por unanimidade as seguinte propostas:

a) “Propõe-se que o Relatório de Gestão, Contas e respectivos anexos, relativos ao

exercício de 2004, sejam aprovados, tal como apresentados.”;

b) “Propõe-se que o Relatório de Gestão, Contas Consolidadas e respectivos anexos,

relativos ao exercício de 2004, sejam aprovados, tal como apresentados.”;

c) “Nos termos legais e estatutários, o Conselho de Administração propõe à

Assembleia Geral que os resultados apurados no exercício pela Gescartão SGPS, S.A.,

no montante

de dez milhões seiscentos e trinta e cinco mil novecentos e noventa e nove euros e

quarenta e cinco cêntimos tenham a seguinte aplicação:

- para Reserva Legal, o montante de quinhentos e trinta e um mil setecentos e noventa

e nove euros e noventa e sete cêntimos;

- para Resultados Transitados, o montante de dez milhões cento e quatro mil cento e

noventa e nove euros e quarenta e oito cêntimos.”

Guilhabreu, 10 de Maio de 2005

A Secretária da Sociedade,

______________________

(Susana Alves Pereira)

Page 109: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

______________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________________________________

RELATÓRIO SOBRE GOVERNO DA SOCIEDADE

Page 110: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

Pag. 1 de 11

RELATÓRIO SOBRE GOVERNO DA SOCIEDADE

GESCARTÃO SGPS

31 DE DEZEMBRO DE 2004

Em cumprimento do disposto no Regulamento nº. 7/2001 de 20 de Dezembro de 2001 da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, com as alterações introduzidas pelo Regulamento nº. 11/2003 de 19 de Novembro de 2003, o presente anexo contém uma descrição das práticas da GESCARTÃO SGPS, S.A. sobre Governo da Sociedade. 0- DECLARAÇÃO DE CUMPRIMENTO A adopção das recomendações da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários sobre governo das sociedades está expressa no corpo deste relatório em cada um dos capítulos em que está organizado. 1- DIVULGAÇÃO DA INFORMAÇÃO 1.1. Repartição de Competências no Processo de Decisão As decisões de gestão são tomadas em reunião de Conselho de Administração da sociedade. O Conselho de Administração funciona colegialmente, sendo composto por um Presidente e quatro Vogais. O Conselho de Administração assume, como principais competências, o planeamento e gestão do portfolio de negócios, a gestão financeira do grupo, a gestão dos principais quadros do grupo e a gestão dos sistemas de informação do grupo. O organigrama da sociedade é, actualmente, o seguinte:

Page 111: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

Pag. 2 de 11

1.2. Comissões Internas A composição e atribuições da Comissão de Vencimentos estão descritas no ponto 1.9. infra. Para além desta, não existem outras comissões específicas. 1.3. Controlo de Riscos O Conselho de Administração recebe informação mensal sobre a actividade dos principais negócios do grupo. Durante o ano o Conselho de Administração efectua sessões de discussão com os principais quadros das empresas do grupo sobre as actividades desenvolvidas e a desenvolver, nas quais são discutidas as principais ameaças e riscos, bem como planos de acção e respectivos pontos de situação. No que respeita aos riscos de segurança dos activos tangíveis e das pessoas (riscos “técnico-operacionais”), são realizadas auditorias às unidades principais e implementadas acções preventivas e correctivas dos riscos seguráveis. Em conjunto com o seu mediador de seguros, a empresa reavalia regularmente a cobertura dos riscos seguráveis nas empresas participadas. 1.4. Evolução da cotação das acções Em 17 de Julho de 2003 foram admitidas à negociação no Mercado de Cotações Oficiais, 9.413.510 acções da Gescartão, SGPS, S.A., representativas de 47,1% do capital social, verificando-se, em Janeiro de 2004, a admissão à negociação das acções representativas de 1,9% do capital social (379.140 acções) em virtude de terem sido objecto de venda sob o regime de indisponibilidade por um prazo de 6 meses. Em 02 de Janeiro de 2004, a Gescartão, SGPS, S.A. passou a integrar o índice de referência da bolsa nacional, o PSI-20.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Direcção Sistemas Informação

Direcção Financeira

Departamento Legal

Direcção RecursosHumanos

Departamento Controlo Gestão

Page 112: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

Pag. 3 de 11

A evolução da cotação das acções e a descrição dos factos ocorridos ao longo do ano estão reflectidos nos quadros que se seguem:

GESCARTÃO SGPS, SA - Evolução da Cotação das Acções - Ano 2004

7,0

7,5

8,0

8,5

9,0

9,5

10,0

10,5

11,0

11,5

12,0

Jan-04 Fev-04 Mar-04 Abr-04 Mai-04 Jun-04 Jul-04 Ago-04 Set-04 Out-04 Nov-04 Dez-04

30 de AbrilDivulgação de Resultados do

1º Trimestre

30 de SetembroDivulgação de Resultados

do 1º Semestre

29 de OutubroDivulgação de Resultados do

3º Trimestre

Fonte: Gescartão SGPS; Euronext Lisbon

Estatísticas Acções Gescartão SGPS, S.A. - Ano 2004

Total de Acções 19.985.000 Cotação Mínima ( 06 Jan. 04) 7,64 €

Acções Livres no Mercado (a) 9.792.650 Cotação Máxima (26 Out. 04) 11,61 €

Capitalização Bolsista (31 Dez.04) (b) 211.841.000 € Cotação Média (c) 9,73 €

Quantidade Média Transaccionada (d) 19.586 Valor de Abertura (02 Jan. 04) 7,77 €

Valorização (e) 36,42% Valor de Fecho (31 Dez. 04) 10,60 €

(a) 49% das acções cotadas em bolsa

(b) A capitalização bolsista apresentada tem em conta o n.º total de acções da Gescartão SGPS, S.A

(c) Média dos valores diários de fecho de 01 Jan.04 a 31 Dez. 04

(d) Volume médio diário transaccionado

(e) Valorização face ao valor de abertura (02 Jan. 04)

Fonte: Gescartão SGPS; Euronext Lisbon

1.5. Distribuição de dividendos A sociedade tem vindo a adoptar uma política de não distribuição de dividendos, por forma a assegurar o financiamento do seu significativo plano de investimentos. 1.6. Planos de Atribuição de Acções e de Opções Não existem planos de atribuição de acções ou de atribuição de opções de aquisição de acções.

Page 113: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

Pag. 4 de 11

1.7. Operações realizadas com Partes Relacionadas A sociedade não efectuou nenhum negócio ou operação com os membros do Conselho de Administração. As transacções com o Fiscal Único decorrem exclusivamente do exercício da sua função, estando os honorários pagos descritos no parágrafo 1.10. infra. As transacções entre a sociedade (ou suas participadas) e sociedades em relação de domínio ou de grupo fazem parte da actividade normal das respectivas sociedades, são realizadas em condições normais de mercado, e estão sumariadas na Nota 58 do anexo às contas consolidadas, não merecendo divulgação específica. 1.8. Relações com investidores A sociedade tem como regra informar os seus accionistas e o mercado de capitais dos factos relevantes da sua vida de uma forma imediata, no sentido de evitar hiatos entre o conhecimento e a divulgação desses factos. Para o efeito, a sociedade serve-se dos meios habituais de comunicação de factos relevantes ao mercado e aos seus accionistas, disponibilizando nomeadamente no seu sítio www.gescartao.pt toda a informação relevante, observando as disposições legais e regulamentares. A Gescartão SGPS, S.A. através do seu representante para as relações com o mercado, interage com analistas e investidores, prestando esclarecimentos sobre os factos relevantes da vida da sociedade por esta já divulgados, e observando as disposições legais e regulamentares. Em 2004, as relações com o mercado foram asseguradas pelo Dr. Paulo Manuel Ferreira Sobral, tendo o Conselho de Administração, a 19 de Abril de 2005, designado a Drª. Susana Manuela Abreu Alves Pereira como representante para as relações com o mercado, em substituição do primeiro. O representante para as relações com o mercado pode ser contactado através de: Telefone: 351.22.9871302; Telefax: 351.22.9871305; E-mail: [email protected] Avaliada a estrutura accionista da sociedade, o conjunto de consultas efectuadas e o número de reuniões solicitadas, constata-se que os meios técnicos e humanos actualmente afectos ao apoio do investidor têm garantido a igualdade de tratamento dos accionistas e um esclarecimento rápido e eficaz. 1.9. Comissão de Remunerações Na Gescartão, a Assembleia Geral pode designar uma Comissão de Vencimentos, que tem como missão fixar as remunerações dos membros dos órgão sociais.

Page 114: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

Pag. 5 de 11

A Comissão de Vencimentos eleita na Assembleia Geral da Gescartão, realizada em 28 de Março de 2003, era composta por: - Eng. Ângelo Gabriel Ribeirinho dos Santos Paupério - D. Fernando Isidro Rincón - Dr. Mário Neves Baptista Na sequência da renúncia, em 14 de Julho de 2003, com efeitos a partir de 17 de Julho do mesmo ano, do Dr. Mário Neves Baptista, a Comissão de Vencimentos funcionou, durante o ano de 2004, com dois membros. Em virtude das renúncias apresentadas pelo Eng. Ângelo Gabriel Ribeirinho dos Santos Paupério, em 19 de Abril de 2005, e de D. Fernando Isidro Rincón, em 19 de Abril de 2005, com efeitos a partir de 03 de Maio de 2005, foram eleitos, na Assembleia Geral Anual realizada no dia 04 de Maio de 2005, e até ao final do mandato em curso (2003/2005), os três novos membros, que integram actualmente a Comissão de Vencimentos: - Pablo Hernandez Garcia - Vicente Guilarte Gutierrez* - Jorge Requejo Liberal. Nenhum dos membros da Comissão de Vencimentos é membro do Conselho de Administração, seu cônjuge, parente ou afim em linha recta até ao terceiro grau inclusivé. *Vice-Presidente da Mesa da Assembleia Geral 1.10. Remuneração anual paga ao Auditor O auditor da sociedade é a Deloitte que em 2004 facturou à sociedade e às filiais e associadas no perímetro de consolidação o valor total de 85.914 euros, sendo 79% relativos a auditoria e revisão legal de contas, 6% a consultoria fiscal e o restante relativo a consultoria na mudança para as Normas Internacionais de Relato Financeiro. Os serviços de consultoria são prestados por técnicos diferentes dos que estão envolvidos no processo de auditoria, pelo que consideramos estar assegurada a independência do auditor. 2- EXERCÍCIO DE DIREITOS DE VOTO E REPRESENTAÇÃO DE ACCIONISTAS O contrato da sociedade prevê que apenas podem participar na Assembleia Geral os accionistas titulares de direito de voto, devendo a prova de titularidade de acções ser comunicada à sociedade, nos termos estabelecidos na lei, até cinco dias úteis antes da data da realização da Assembleia.

Page 115: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

Pag. 6 de 11

A cada grupo de cem acções corresponde um voto, sem prejuízo do direito de agrupamento. Os accionistas que sejam pessoas singulares poderão fazer-se representar nas reuniões da Assembleia Geral por cônjuge, ascendente ou descendente, administrador ou outro accionista, mediante carta dirigida ao Presidente da Mesa que indique o nome, domicílio do representante e data da Assembleia. As pessoas colectivas podem fazer-se representar pela pessoa que para o efeito designarem através de carta cuja autenticidade é apreciada pelo Presidente da Mesa. Enquanto a sociedade for considerada “sociedade com o capital aberto ao investimento público”, os accionistas poderão votar por correspondência. Só serão considerados os votos por correspondência, desde que recebidos na sede da sociedade, por meio de carta registada com aviso de recepção dirigida ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, com, pelo menos, três dias úteis de antecedência em relação à data da Assembleia, sem prejuízo da obrigatoriedade da prova da qualidade de accionista. A declaração de voto deverá ser assinada pelo titular das acções ou pelo seu representante legal, devendo o accionista, se pessoa singular, acompanhar a declaração de cópia autenticada do seu bilhete de identidade; se pessoa colectiva, deverá a assinatura ser reconhecida notarialmente na qualidade e com poderes para o acto. Compete ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, ou ao seu substituto, verificar da conformidade das declarações de voto por correspondência, valendo como não emitidos os votos correspondentes às declarações não aceites. Não existe um modelo específico de voto por correspondência. Não está consagrada a possibilidade de exercício do direito de voto por meios electrónicos. São colocados à disposição dos senhores accionistas, na sede social e no sítio da sociedade na Internet, no prazo legal, as propostas a submeter à Assembleia Geral de Accionistas, acompanhadas dos relatórios, documentos e demais elementos de informação preparatória que legalmente as devem acompanhar. 3- REGRAS SOCIETÁRIAS 3.1. Códigos de Conduta e Regulamentos Internos dos órgãos da sociedade Na sociedade não existem códigos formais de conduta ou outros regulamentos internos dos órgãos da sociedade, para além das disposições legais e estatutárias. Os estatutos da sociedade poderão ser consultados no sítio em www.gescartao.pt.

Page 116: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

Pag. 7 de 11

3.2. Controlo do Risco na Actividade da Sociedade. Conforme mencionado no parágrafo 1.3., o Conselho de Administração recebe mensalmente informação sobre a actividade das principais participadas. A produção desta informação é coordenada e auditada pelo Departamento de Controlo de Gestão da Gescartão SGPS, S.A.. 3.3. Medidas susceptíveis de interferir no êxito de Ofertas Públicas de Aquisição. Para além do número de acções a que corresponde um voto e das obrigações de representação, mencionadas no parágrafo 2 supra, não existem limitações ao exercício do direito de voto. O Decreto-Lei nº. 19/2003 de 3 de Fevereiro, no seu artigo 7º, determinou a constituição de “penhor de 1º grau sobre as acções representativas de 51% do capital da GESCARTÃO”. Para além desta imposição, não existem restrições à transmissibilidade das acções. A sociedade não tem conhecimento de direitos especiais que envolvam as suas acções. No dia 23 de Dezembro de 2004, por comunicado emitido pela Sonae, SGPS, S.A., difundido através do sítio da CMVM e do sítio da Sonae, a Gescartão tomou conhecimento, apenas e só, de alguns dos termos de um acordo parassocial, descritos no citado Comunicado. O acordo parassocial em causa vigorou entre as accionistas da Imocapital, SGPS, S.A.. Este acordo cessou com a aquisição da totalidade do capital social da Imocapital, SGPS, S.A. por parte da Papeles y Cartones da Europa, S.A., no início do ano de 2005. A sociedade não adoptou quaisquer medidas impeditivas do êxito de Ofertas Públicas de Aquisição. 4- ORGÃO DE ADMINISTRAÇÃO 4.1. Caracterização O Conselho de Administração, durante o ano de 2004, teve a seguinte composição: D. Fernando Padrón Estarriol – Presidente D. Enrique Isidro Rincón D. Juan Bautista Jordano Perez Dr. Manuel Guilherme Oliveira da Costa Dr. Paulo Manuel Ferreira Sobral

Page 117: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

Pag. 8 de 11

Assim, o Conselho de Administração, durante o ano de 2004 foi composto por cinco membros executivos, não existindo membros não executivos, nem membros independentes nos termos definidos pelo Regulamento nº. 11/2003 da CMVM. Em virtude da aquisição da totalidade do capital social da Imocapital, SGPS, S.A. por parte da Papeles y Cartones de Europa, S.A., no início do ano de 2005, foram apresentadas renúncias ao cargo pelos Dr. Manuel Guilherme Oliveira da Costa e Dr. Paulo Manuel Ferreira Sobral. O Conselho de Administração, em reunião de 19 de Abril de 2005, deliberou cooptar o Dr. Miguel Moraes Salgueiro Teixeira de Abreu, em substituição do Dr. Manuel Guilherme Oliveira da Costa, e o Dr. Manuel Maria Luís Gomes de Andrade Neves, em substituição do Dr. Paulo Manuel Ferreira Sobral. As cooptações foram ratificadas pela Assembleia Geral Anual, realizada em 04 de Maio de 2005. No dia 05 de Maio de 2005, em reunião do Conselho de Administração, foi cooptado D. José Miguel Isidro Rincón, para o lugar deixado em aberto por D. Juan Bautista Jordano Perez, que apresentou renúncia ao cargo de Administrador, no mesmo dia 05 de Maio. Os Administradores cooptados durante o ano de 2005, exercerão o seu cargo até ao final do mandato em curso (2003/2005), tal como os dois Administradores eleitos em Assembleia Geral Anual de 28 de Março de 2003. Os membros, actualmente em funções, do Conselho de Administração são: D. Fernando Padrón Estarriol – Presidente D. Enrique Isidro Rincón Dr. Miguel Moraes Salgueiro Teixeira de Abreu Dr. Manuel Maria Luís Gomes de Andrade Neves D. José Miguel Isidro Rincón O Conselho de Administração, actualmente em funções, é composto por três membros executivos (D. Fernando Padrón Estarriol, D. Enrique Isidro Rincón e D. José Miguel Isidro Rincón), e por dois membros não executivos (Dr. Miguel Moraes Salgueiro Teixeira de Abreu e Dr. Manuel Maria Luís Gomes de Andrade Neves). Nos termos definidos pelo nº. 2 do artigo 1º do Regulamento nº. 07/2001 da CMVM, os Administradores Dr. Miguel Moraes Salgueiro Teixeira de Abreu e Dr. Manuel Maria Luís Gomes de Andrade Neves, são Administradores Independentes, sendo que o Conselho considera não existirem circunstâncias concretas que justifiquem juízo contrário. As funções exercidas pelos membros do órgão de administração, à data de 05 Maio de 2005 (data da última cooptação efectuada no Conselho de Administração em funções), em outras sociedades são as seguintes:

Page 118: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

Pag. 9 de 11

D. Fernando Padrón Estarriol Sociedades do mesmo grupo:

• Investalentejo – SGPS, S.A. (Administrador) • Lepe – Empresa Portuguesa de Embalagens, S.A. (Administrador) • Portucel Embalagem - Empresa Produtora de Embalagens de

Cartão, S.A. (Administrador) • Portucel Recicla – Indústria de Papel Reciclado, S.A. (Presidente

do Conselho de Administração) • Portucel Viana - Empresa Produtora de Papéis Industriais, S.A.

(Administrador) • Portucel Viana Energia – Empresa de Cogeração Energética, S.A.

(Presidente do Conselho de Administração) • Sulpac – Empresa Produtora de Embalagens de Cartão, S.A.

(Administrador) • Papelnova – Recolha e Recuperação de Desperdícios, S.A.

(Presidente do Conselho de Administração) Outras sociedades:

• Imocapital, SGPS S.A. (Administrador) • Multienergias, A.I.E. (Membro do Conselho de Direcção) • Papeles Y Cartones Europa, S.A. (Europa&C) (Administrador) • Viajes Tikal, S.A. (Administrador)

D. Enrique Isidro Rincon Sociedades do mesmo grupo:

• Emprobal – Empresa de Produção e Comercialização de Embalagens, Lda (Gerente)

• Lepe – Empresa Portuguesa de Embalagens, S.A. (Administrador) • Portucel Embalagem - Empresa Produtora de Embalagens de

Cartão, S.A. (Presidente do Conselho de Administração) • Portucel Recicla – Indústria de Papel Reciclado, S.A.

(Administrador) • Sulpac – Empresa Produtora de Embalagens de Cartão, S.A.

(Presidente do Conselho de Administração) Outras sociedades:

• Imocapital, SGPS S.A. (Administrador) • Win Soto, S.A. (Administrador Único) • Papeles Y Cartones Europa, S.A. (Europa&C) representante

singular do Administrador Win Soto, S.A.

Dr. Miguel Moraes Salgueiro Teixeira de Abreu Sociedades do mesmo grupo:

• Portucel Embalagem - Empresa Produtora de Embalagens de Cartão, S.A. (Administrador)

• Portucel Recicla – Indústria de Papel Reciclado, S.A. (Administrador)

• Portucel Viana - Empresa Produtora de Papéis Industriais, S.A. (Administrador)

Outras sociedades: • Hidrocentrais Reunidas, S.A. (Administrador)

Page 119: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

Pag. 10 de 11

• Centrais Eólicas Reunidas – Centeol, S.A. (Administrador) • Hidrocentrais de Castro Daire, S.A. (Administrador) • Hidrocentrais dos Arcos, S.A. (Administrador) • Hidrocentrais do Minho, S.A. (Administrador) • Hidrocentrais de Bestança, S.A. (Administrador) • HDR – Hidroeléctrica, Lda (Gerente) • Alcoa Fujikura (Portugal) – Sistemas Eléctricos de Distribuição, S.A.

(Presidente da Assembleia Geral) • Servilusa, Agências Funerárias, S.A.(Presidente da Assembleia Geral) • Servilusa, SGPS, S.A. (Presidente da Assembleia Geral)

Dr. Manuel Maria Luís Gomes de Andrade Neves Não exerce qualquer cargo social em outras sociedades. D. José Miguel Isidro Rincón Outras sociedades:

• Imocapital, SGPS S.A. (Presidente do Conselho de Administração) • Papeles Y Cartones Europa, S.A. (Europa&C) (representante

singular do Presidente do Conselho de Administração Corporación Oudaloi, S.A.)

• Viajes Tikal, S.A. (Presidente do Conselho de Administração) • Corporación Oudaloi, S.A. (Administrador Solidário)

4.2. Comissão Executiva e outras Comissões com competências em matéria de gestão Durante o ano de 2004, o Conselho de Administração foi composto por cinco membros executivos, não existindo Comissão Executiva, nem outras comissões com competência em matéria de gestão. Não foram constituídas comissões de controlo interno para avaliação da estrutura e governo societários uma vez que essa avaliação é efectuada no plenário do Conselho de Administração. O Conselho de Administração actualmente em funções está ainda a elaborar as suas regras de funcionamento, que serão reflectidas no Relatório de Governo da Sociedade referente ao ano de 2005. 4.3. Modo de funcionamento do órgão de administração Durante o ano de 2004, o Conselho de Administração reuniu, em sessão ordinária, duas vezes por mês com a presença de todos os administradores em quase todas as reuniões, num total de 21 reuniões, estando as actas correspondentes registadas no respectivo livro de actas. O Conselho de Administração recebeu informação sobre os assuntos incluídos na ordem de trabalhos com pelo menos 24 horas de antecedência.

Page 120: RELATÓRIO E CONTAS 2004web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PC6218.pdf · Gescartão, SGPS, S.A. Sede social: Rua do Monte Grande, Guilhabreu, Vila do Conde Matriculada na Conservatória

Pag. 11 de 11

Não foi definida lista de incompatibilidades nem número máximo de cargos acumuláveis pelos administradores em órgão de administração de outras sociedades. 4.4. Politica de Remuneração No decurso do ano 2004, todos os administradores da Sociedade foram não remunerados. Saliente-se que o administrador Manuel Guilherme Oliveira da Costa foi remunerado através da Sociedade Participada Portucel Viana S.A. Guilhabreu, 31 de Maio de 2005 O Conselho de Administração