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RELATÓRIO E CONTAS

CONSOLIDADO 2002

PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

Sede: Mitrena - Apartado 55 . 2901-861 SetúbalCapital Social € 767.500.000

Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Setúbal sob on.º 05888/20001204

Pessoa Colectiva n.º 503025798Sociedade Aberta

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PORTUCEL – EMPRESA PRODUTORA DE PAST A E PAPEL, S. A.

Sociedade Aberta / Publicly Held Company Mitrena – Apartado 55 . 2901-861 Setúbal – Portugal

Tel./Phone: +351 265 709 000 Fax: +351 265 709 165 www.portucelsoporcel.com

SUMÁRIO Pág MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO I RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Contexto Económico 1 Mercado e Comercialização 4 Actividade Industrial 9 Investimento Industrial 11 Actividade Florestal e Abastecimento de Madeiras 13 Desenvolvimento, Qualidade e Ambiente 16 Investigação e Desenvolvimento 21 Recursos Humanos 22 Sistemas de Informação 23 Resultados Económicos e Financeiros 25 Desempenho no Mercado de Capitais 27 Comunicação e Relações Corporativas 29 Perspectivas Futuras 30 Proposta de Aplicação de Resultados 31 Corpos Sociais 33 Anexo 34 Relatório sobre o Governo da Sociedade 36

CONTAS

Balanço Demonstração dos Resultados por Natureza Demonstração dos Resultados por Funções Demonstração dos Fluxos de Caixa

ANEXO ÁS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS E RELATÓRIO DA AUDITORIA RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES

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I

Mensagem do Presidente do Conselho de Administração

Senhores Accionistas,

Se 2001 representou um ano de viragem em que o Grupo Portucel Soporcel assumiu a sua

vocação papeleira, 2002 consolidou o caminho para assegurar a liderança, a curto prazo, no

exigente segmento europeu de mercado dos papéis finos não revestidos.

Apesar do clima de incerteza que já há algum tempo domina a actividade económica, a

firmeza e a persistência que têm pautado a nossa política empresarial nos últimos anos

permitem-nos fazer hoje um balanço extremamente positivo da actividade do Grupo. De facto,

após alguns anos de restruturação profunda, estamos a viver uma fase de consolidação e

tranquilidade, que nos permite recolher os frutos do caminho estratégico seguido.

Actualmente, o Grupo Portucel Soporcel goza de elevados níveis de rendibilidade, suportados

por uma procura contínua da melhoria de competitividade e por uma estratégia de

desenvolvimento que tem sido delineada com base nos seguintes factores chave:

?? maximização do potencial da elevada qualidade dos papéis de fibra de eucalipto;

?? superior qualidade dos nossos activos e procura incessante de melhoria de

performance e eficiência na sua utilização, com consequente racionalização de

custos;

?? modelo de negócio baseado numa estratégia de mercado centrada na procura de

satisfação total dos nossos clientes, tendo por base a criação crescente de valor

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II

através do mix de mercados, produtos e marcas, o que resulta num posicionamento

estratégico prioritário em sectores de maior valor acrescentado.

Os resultados atingidos são a melhor forma de aferir o sucesso da estratégia seguida e o ano

de 2002 veio comprovar o seu mérito já que, num contexto económico desfavorável e de

quebra generalizada dos preços da pasta e do papel, os nossos resultados cresceram 25%.

No entanto, quando falamos de resultados não nos limitamos à expressão mais visível dos

números, mas também ao importante trabalho efectuado ao nível da reorganização

empresarial em curso. O Grupo tem vindo a promover a alteração da sua estrutura

organizacional, ajustando o desenho das principais áreas funcionais a objectivos que se

prendem com a maximização do potencial de integração das duas empresas e a capacidade

de resposta aos desafios crescentes do mercado em que se insere a nossa actividade. Assim,

durante o ano 2002, procedeu-se à reorganização das áreas comercial, florestal e áreas de

suporte, nomeadamente nas actividades financeira e de sistemas de informação.

Também na área industrial se assistiu a um esforço adicional de coordenação da actividade

entre as três fábricas do Grupo, o que proporcionou a obtenção de novos máximos de

produção.

A área comercial esteve também em destaque durante o ano, não só pela importância da

reorganização efectuada que se traduziu, entre outras coisas, na abertura de novos

escritórios nos EUA, Alemanha e Áustria, e também no reconhecimento internacional de que

as nossas marcas foram alvo, quer em termos de notoriedade, quer em termos de qualidade.

Esta mensagem não ficaria completa se não abordasse a questão florestal, uma das vertentes

fundamentais do sucesso do Grupo, cuja filosofia de gestão se baseia no desenvolvimento

sustentável e na responsabilidade social da empresa.

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III

É na floresta – que em velocidade de cruzeiro representa já cerca de 20% das necessidades

do Grupo em matéria prima lenhosa (mas podendo subir dramaticamente em momentos

conjunturais adversos do mercado) – que se ancoram as responsabilidades sociais da

empresa em matéria de conservação de recursos (solo, água, biodiversidade, etc.); é na

floresta que radicam justificadas esperanças na futura contabilidade de Quioto; é através da

floresta que a Empresa partilha com a Sociedade uma parte significativa do valor que gera; é

através da floresta, afinal, que se justifica a própria existência do Grupo em Portugal.

De facto o Grupo Portucel Soporcel tem perfeita consciência que para além do sucesso no

negócio, no sentido restrito do termo, a Sociedade se vai tornando cada vez mais exigente

quanto à maneira de estar da Empresa na envolvente social e ambiental que a enquadra.

É por isso, também, que a componente florestal do Grupo, para além de uma óbvia e

promissora área de negócios, se perfila com importância fundamental nas suas prioridades

internas e externas:

?? internamente, o ano que passou fica marcado pelo entusiasmo com que foi assumida

a nova organização da área florestal do Grupo que passou a integrar, numa lógica

coerente e estabilizada, a gestão patrimonial, a silvicultura, a investigação e o

abastecimento de madeiras;

?? externamente, houve lugar ao aprofundamento de princípios tão fundamentais como a

preparação do património florestal da empresa para a certificação florestal, a análise

das oportunidades que resultam da próxima e previsível adopção dos princípios do

Protocolo de Quioto no quadro jurídico nacional e internacional e a afirmação da

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IV

importância da floresta, enquanto recurso natural competitivo e renovável, no tecido

económico do País.

A questão ambiental, no seu todo, está aliás na linha da frente das preocupações da

Empresa, tendo sido definida uma Política de Qualidade e Ambiente conjunta para o Grupo,

cujas metas e indicadores são revistos periodicamente de modo a garantir a sua eficácia no

processo de melhoria contínua. A empresa tem acompanhado e até liderado o movimento de

certificação de sistemas da Qualidade em Portugal, o que espelha bem o compromisso de

responsabilidade assumido nesta matéria.

Estamos confiantes na nossa capacidade para enfrentar os próximos desafios e prosseguir

com a estratégia de crescimento e integração, tendo em vista o objectivo central de conquista

da liderança sustentada, a nível europeu, no sector de papéis de impressão e escrita não

revestidos. Este objectivo pode ser conseguido por via de crescimento orgânico – com uma

nova máquina de papel -, e/ou por via de integração de activos industriais nesta área de

negócio. A escolha de um potencial parceiro do sector, no âmbito da 2ª fase de reprivatização

da empresa, deverá assentar na capacidade de contribuição dos seus activos para sustentar

esta estratégia que deverá traduzir-se necessariamente num aumento de valor.

Na construção desta realidade, todos os intervenientes - colaboradores, accionistas, clientes e

fornecedores - representam elos fundamentais. Todos temos de contribuir para dar corpo às

metas de crescimento do Grupo Portucel Soporcel. Mais do que nunca, todos temos um

papel activo na estratégia de desenvolvimento da empresa.

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

1. CONTEXTO ECONÓMICO

De uma forma geral, a evolução da actividade económica, em 2002, ficou muito aquém das

expectativas no final do ano anterior.

As perspectivas de recuperação do crescimento económico permaneceram débeis e

irregulares ao longo do ano, sendo dominante a revisão em baixa dos índices de crescimento

das principais economias, designadamente a partir do final do primeiro trimestre.

Ao mesmo tempo, a margem de manobra política, começou a ficar seriamente limitada quanto

à sua eficácia.

Nos Estados Unidos da América, o uso intensivo do expansionismo monetário e fiscal

permitindo, no curto prazo, uma ligeira melhoria no indicador de crescimento da actividade,

agravou o desequilíbrio das contas externas, ameaçou a força do dólar, e fragilizou a posição

orçamental.

Na Europa, por outro lado, a situação dominante foi contrária ao activismo das políticas

económicas de curto prazo, acabando por conduzir a baixos níveis de crescimento e mesmo à

quebra acentuada de confiança dos agentes económicos e do investimento das empresas.

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No final do ano, assistiu-se ao agravamento do clima de incerteza, não só pelo acréscimo dos

riscos geo-políticos e pela subida dos preços do petróleo, como também pela persistência das

perspectivas pouco optimistas quanto à recuperação do crescimento económico na Europa.

Economias que representam mercados importantes, mantiveram-se praticamente estagnadas,

apresentando mesmo, no final de 2002, continuada tendência de desaceleração do ritmo de

crescimento.

Esta situação, repercutindo-se nos desequilíbrios orçamentais, particularmente nas principais

economias, tem vindo, por consequência, a afastar a possibilidade de utilização de medidas

políticas incentivadoras da actividade económica, cujos efeitos não deixarão de se fazer sentir

em 2003.

Neste quadro conjunturalmente desfavorável para a economia internacional, Portugal teve

ainda que recorrer a um profundo ajustamento orçamental, em resultado da ultrapassagem,

em 2001, do limite máximo do déficit autorizado pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento.

A subida de impostos, a redução de despesas, particularmente de investimento, e a

perspectiva de limitações em matéria de salários, designadamente na função pública,

conduziram ao acentuar da quebra das expectativas dos consumidores e das empresas ao

longo do ano.

A perda de confiança dos agentes económicos conjugada com o efeito negativo do

enquadramento externo, levou a uma nova queda na formação bruta de capital fixo, tanto na

construção, como em bens de equipamento. Simultaneamente, o consumo privado

aproximou-se da estagnação, enquanto que o ritmo das exportações foi sucessivamente

revisto em baixa.

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No final do ano registava-se uma subida da taxa de desemprego, maioritariamente como

consequência do encerramento de empresas localizadas em sectores tradicionais da

economia.

Neste contexto depressivo para a economia internacional e nacional não parece expectável

que se assista a uma conjuntura fácil em 2003. Porém, a clarificação da situação internacional

e melhores perspectivas em matéria orçamental poderão, já no decurso do ano, permitir que

se comece a desenhar a esperada viragem para um novo período de crescimento assente em

bases mais sólidas.

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2. MERCADO E COMERCIALIZAÇÃO PASTA Tradicionalmente transaccionadas a um preço mais reduzido que as pastas de fibra longa do

Norte (NBSK), as pastas branqueadas de Eucalipto (BEKP) lograram, desde Maio de 2002,

inverter aquela situação, tendo o diferencial a seu favor chegado a atingir os 26 euros.

A evolução dos preços BEKP/NBSK, embora inédita tendo em conta a extensão do período

em que se observou, permitiu demonstrar que em condições idênticas de procura e oferta, as

pastas de fibra curta de eucalipto oferecem características de valorização idênticas às

tradicionalmente atribuídas às pastas de fibra longa.

Em consequência da crescente valorização das pastas de eucalipto branqueado foi possível ,

num contexto económico desfavorável, que o mercado mundial absorvesse um crescimento

da oferta de 8% (12% no mercado europeu) relativamente ao ano anterior, cerca de 500 mil

toneladas, tendo a taxa de utilização da capacidade produtiva vindo a situar-se na ordem dos

97%, bastante acima dos valores atingidos pelos produtores de NBSK.

Na América do Norte a procura de BEKP subiu cerca de 10%, reflectindo a crescente

apreciação que as pastas de eucalipto continuam a merecer, mesmo em mercados

tradicionalmente consumidores de outras fibras. Em simultâneo verificou-se uma ligeira

contracção na procura das pastas nos principais mercados asiáticos, nomeadamente na

China e na Coreia do Sul, não podendo o BEKP escapar a esta tendência.

Com valores médios anuais cerca de 4% inferiores aos valores médios atingidos em 2001, os

preços na Europa da pasta de eucalipto variaram, em 2002, entre 465€ e 525€, intervalo

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bastante estreito se tivermos em conta a elevada volatilidade que caracteriza o

desenvolvimento dos preços dos produtos.

As vendas de pastas do Grupo Portucel Soporcel atingiram um volume de 606 mil toneladas,

ultrapassando em cerca de 30 mil toneladas os valores globais observados no ano anterior.

Esta situação reflecte, por um lado uma redução nos volumes vendidos pela Soporcel e por

outro lado um aumento dos quantitativos vendidos pela Portucel, em consequência dos

acrescidos níveis de produção atingidos.

O Grupo Portucel Soporcel manteve a Europa como seu principal mercado, sobretudo os

países da União Europeia, sendo marginais as quantidades vendidas noutros mercados.

Evidenciando os resultados da progressiva valorização do produto, a pasta vendida pelo

Grupo continuou a ser maioritariamente direccionada para os segmentos mais exigentes do

mercado, tendo os produtores de papéis especiais absorvido cerca de 55% do volume

colocado no mercado em 2002. O restante quantitativo destinou-se essencialmente à

fabricação de papéis revestidos de impressão e escrita, cerca de 20%, e à fabricação de

papéis não revestidos de impressão e escrita, cerca de 12%.

PAPEL

No quadro das expectativas existentes no início do ano, apontando para uma evolução

favorável da actividade económica ao longo de todo o período, constituía perspectiva do

Grupo que se viesse a verificar um crescimento no volume de encomendas de produtos de

papel com origem e destino na Europa Ocidental, na ordem dos 3% relativamente ao ano

transacto.

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Contrariando esta perspectiva, o volume das transacções de papéis finos não revestidos na

Europa acabou por representar um decréscimo de 2,3%, ou seja 137.000 toneladas. Refira-se

ainda que este dec réscimo foi mais acentuado no que respeita a encomendas provenientes

dos mercados fora da Europa, onde a redução atingiu mais de 213.000 toneladas.

Realce-se, contudo, que a situação atrás descrita não se apresentou constante ao longo de

todo o ano, com o primeiro semestre a evoluir de forma bastante encorajadora para a

indústria, tendo mesmo o volume de encomendas de papéis finos não revestidos, nos

mercados da Europa Ocidental, aumentado em relação ao período homólogo de 2001, em

aproximadamente 4%.

Esta tendência veio porém a sofrer uma significativa inversão na segunda metade do ano,

período em que o volume de encomendas diminuiu, também em relação a igual período de

2001, em mais de 9%.

Não obstante esta forte contracção da procura, o grupo Portucel Soporcel viu aumentar, em

cerca de 13% ou seja 85 mil toneladas, a sua carteira de encomendas provenientes dos

mercados Europeus. Em conformidade, as vendas do Grupo nos mercados regulares

Europeus passaram a representar cerca de 85% do volume total de vendas dos produtos de

papel.

Enquanto isto, o grupo Portucel Soporcel estabeleceu uma actividade regular no mercado dos

EUA que representou, já em 2002, mais de 3% do seu volume de vendas, essencialmente na

comercialização das suas marcas de referência – Navigator, Discovery e Soporset. A este

crescimento em mercados estratégicos, como a Europa e os EUA, correspondeu uma

redução significativa em mercados menos interessantes, e igualmente menos rentáveis.

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No seu conjunto, o total do volume de papéis vendidos pelo grupo, em 2002, atingiu as 906

mil toneladas, contra as 831 mil toneladas vendidas no ano anterior o que correspondeu a um

aumento de 8%.

Para além do enriquecimento do mix geográfico, é ainda de realçar o claro enriquecimento do

mix de produtos. Assim, em 2002, as vendas de papéis de escritório aumentaram mais de

20% e as vendas de grandes formatos para a indústria gráfica aumentaram 10%.

Refira-se neste particular a evolução negativa do consumo aparente na Europa Ocidental, no

conjunto de produtos para a indústria gráfica e em bobines, em respectivamente 4% e 1%

relativamente a 2001. Por outro lado os produtos para escritório em A4 apresentaram um

crescimento de cerca de 2,5%. Consequentemente, as vendas em folhas cresceram mais de

94 mil toneladas, ou seja mais de 16%, representando agora mais de 75% das vendas do

Grupo, enquanto que em 2001 não chegavam aos 70%.

Apraz igualmente registar que, numa situação adversa de mercado como a ocorrida em 2002,

o grupo Portucel Soporcel conseguiu aumentar a sua quota no mercado europeu de papel em

cerca de 2%. Assim, nos papéis de escritório a quota de mercado passou de 12% em 2001

para 14% em 2002 e nos papéis para a indústria gráfica de 13% em 2001 para 15% nos

períodos em comparação.

Durante 2002, ocorreram igualmente um conjunto de factos extremamente relevantes para a

vida Comercial do Grupo, nomeadamente:

O resultado de um estudo independente pela Opticom International Research, feito na

Europa entre Outubro e Novembro de 2002 a mais de 4100 empresas consumidoras

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de papel de escritório, classificando a marca Navigator como a segunda marca de

papel com maior “Brand Equity”.

A quarta edição do estudo anual efectuado pela EMGE para avaliação, junto ao

“trade”, da performance dos fabricantes de papel de escritório a operar no mercado

Europeu e das suas marcas próprias, colocando o Grupo no primeiro lugar do ranking

de fabricantes, tendo a sua marca Discovery alcançado o primeiro lugar entre as

marcas em apreço.

Pela segunda vez consecutiva, num estudo efectuado no último trimestre a mais de

750 empresas gráficas em toda a Europa, a marca Soporset conquistou o primeiro

lugar, entre mais de 25 marcas de papel offset, quer na avaliação de “Brand

Awareness”, quer no ranking das marcas mais utilizadas pelos gráficos Europeus. No

mesmo estudo e igualmente para ambos os indicadores, a marca Inaset conquistou o

terceiro lugar.

No plano de internacionalização da actividade do Grupo foram constituídas, em 2002, mais

duas empresas afiliadas visando a prestação de serviços de apoio à comercialização no

exterior dos produtos de papel. Em Abril foi incorporada a Soporcel Deutschland GmbH,

responsável pelo apoio às actividades comerciais no mercado alemão e em Outubro foi

constituída a Soporcel Austria GmbH responsável pelo apoio às actividades comerciais nos

mercados da Áustria, Suíça e Europa do Leste.

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3. ACTIVIDADE INDUSTRIAL

O ano de 2002 foi consagrado à consolidação do processo de coordenação da actividade

industrial entre as três unidades industriais do Grupo Portucel Soporcel - a fábrica de pasta de

Cacia, o complexo integrado de Setúbal e o complexo integrado da Figueira da Foz – tendo

sempre como linha de orientação a procura e concretização de oportunidades de criação de

sinergias, tanto tecnológicas como de racionalização do planeamento das actividades

produtivas.

Esta orientação proporcionou um desempenho notável, tendo todas as fábricas ultrapassado

os seus anteriores máximos de produção.

Produção (103 t) Fábrica

Pasta Papel

Cacia 248 -

Setúbal 474 246

Figueira da Foz 500 676

Grupo Portucel Soporcel 1.222 922

Neste contexto, foi efectuada a racionalização da actividade de manutenção, recorrendo-se a

soluções de “outsourcing” com parceiros seleccionados. A actividade de “Full Service

Maintenance Outsourcing”, implementada inicialmente nas áreas de recuperação e energia

nas fábricas de pasta de Cacia e Setúbal, foi estendida a todas as áreas de actividade das

três fábricas de pasta do grupo. Este facto, associado à alteração dos intervalos entre

paragens para manutenções periódicas no Complexo industrial da Figueira da Foz, permitiu

um assinalável acréscimo da produção local de pasta, em 2002, que atingiu as 500 mil

toneladas, ou seja um aumento de cerca de 8% face ao ano anterior.

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O recurso a acordos de “outsourcing” foi também implementado em actividades

complementares ao processo produtivo, designadamente nas actividades de embalagem de

pasta e movimentação e armazenagem dos produtos finais, quer na pasta quer no papel.

Também nas áreas de transformação de produtos de papel foi estabelecido um acordo para a

prestação de serviços auxiliares às operações, tendo por objectivo a reorganização e

flexibilização dos meios empregues.

Para os níveis de produção atingidos contribuíram de forma significativa os programas de

melhoria da eficiência desenvolvidos nas fábricas de pasta e papel de Setúbal.

Referência da maior importância, no âmbito da estratégia de desenvolvimento do Grupo,

corresponde ao desempenho muito positivo da produção de papel, em 2002, tendo sido

atingida uma produção acabada global na ordem das 922 mil toneladas. Salienta-se ainda a

evolução muito favorável dos ganhos de eficiência obtidos na segunda fábrica de papel

instalada na Figueira da Foz, que continuaram a ultrapassar as expectativas desenhadas

quando do arranque das operações, em meados de 2000.

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4. INVESTIMENTO INDUSTRIAL

O investimento industrial, enquanto factor determinante do incremento da produtividade e da

competitividade do grupo, mereceu especial atenção no período em apreço, designadamente

nos domínios da renovação e modernização do parque industrial, da melhoria de eficiência e

do aperfeiçoamento ambiental.

Na Fábrica de Cacia, salienta-se a implementação do projecto de melhoria da eficiência da

Lavagem e Crivagem de pasta, que entrou em funcionamento em Fevereiro de 2002, e o

início de realização do projecto da Evaporação, que entrará em funcionamento em Maio de

2003.

Na Fábrica de Pasta em Setúbal, foram iniciados dois importantes projectos com incidência

especial na área ambiental, a transformação da Caldeira de Biomassa em leito fluidizado e a

instalação do reforço da Lavagem de pasta destinada à integração no fabrico de papel.

Na Fábrica de Papel foram realizados investimentos industriais na área da Transformação de

Papel, como sejam a modernização e ampliação de uma das linhas de corte de formatos

reduzidos (A4, A3), dimensionando-a de acordo com o aumento de capacidade introduzida na

Máquina de Papel III, tendo sido iniciado também o projecto de instalação de uma nova

Enresmadora de formatos gráficos, a concluir em 2003. Na área de Produção de Papel,

refere-se o início de execução do projecto de alteração da Máquina de Papel I, e a instalação

de uma nova Bobinadora de Papel. Este investimento na Máquina de Papel I, tem por

objectivo a melhoria da qualidade do papel e a optimização da capacidade de produção, como

resposta às acrescidas exigências do mercado.

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No Complexo Industrial da Figueira da Foz, salientam-se como realizações de investimento

mais relevantes as referentes ao aumento de capacidade de transformação de produtos de

papel e ao projecto Ambiente III. Este projecto destina-se a dar resposta à directiva Europeia

do IPPC, transposta para a ordem jurídica Portuguesa através do decreto lei n.º 194/2000,

consagrando acrescidas exigências na utilização das melhores técnicas disponíveis e na

obtenção de valores muito rigorosos nos parâmetros ambientais.

Foram ainda efectuados alguns investimentos de substituição de equipamentos e introduzidas

melhorias processuais, para além da profunda alteração introduzida na Bobinadora 3. Refira-

se ainda a instalação de uma quarta rebobinadora de papel, permitindo assim aumentar a

produção de bobines de papel para envelopes.

Na área da qualidade e ambiente, destacam-se os investimentos efectuados na construção do

armazém de óleos e na construção de um Eco Parque para armazenamento temporário e

triagem de resíduos.

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5. ACTIVIDADE FLORESTAL E ABASTECIMENTO DE

MADEIRAS

A consolidação das medidas estruturais, visando a reorganização da actividade florestal do

Grupo Portucel Soporcel veio permitir, já em 2002, a realização de um inventário florestal com

o recurso a uma metodologia única, bem como a adopção de medidas tendentes à criação de

uma base de dados conjunta, com as informações relativas ao cadastro patrimonial e jurídico

das terras próprias e dos espaços arrendados.

O lançamento e conclusão de um novo modelo organizacional concebendo um sistema

integrado de planeamento Florestal que procederá à recolha e tratamento de informação

necessária ao planeamento estratégico, táctico e operacional de todo o Grupo, bem como o

prosseguimento dos trabalhos técnicos de preparação para a certificação Florestal de acordo

com a norma portuguesa, que irá ser presente ao Pan European Forest Certification scheme,

foram dois projectos da maior relevância que, associados à realização de um plano

estratégico para a floresta de eucalipto, permitem caracterizar 2002 como um ano de grande

mudança e desenvolvimento para a área Florestal do Grupo.

Para consolidar e dar corpo às alterações efectuadas na área Florestal, concentraram-se num

só local (Setúbal) todos os recursos e competências florestais do grupo.

O elevado nível de oferta de rolaria que se continuou a observar no mercado local permitiu,

uma vez mais, a exploração de matas próprias ao mínimo indispensável, tendo em vista a

satisfação de compromissos contratuais e de decisões técnicas inadiáveis. Em resultado, a

idade de rotação do património florestal próprio continuou a aumentar contribuindo desta

forma para uma maior fixação do carbono nos povoamentos florestais da empresa.

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No sentido de debater importantes objectivos estratégicos comuns a todos os intervenientes

da fileira florestal, o Grupo Portucel Soporcel organizou o seu primeiro encontro com

Empresários e Produtores Florestais na Herdade de Espirra, em Julho de 2002.

Esta iniciativa, que irá ser regularmente levada a cabo, contou com a presença de mais de

meia centena de empresários florestais, tendo-se debatido as ameaças e oportunidades para

a fileira florestal nacional, num contexto internacional onde a competitividade é factor chave.

Foram também discutidas questões importantes de natureza estratégica comuns a todos os

intervenientes da fileira florestal, nomeadamente:

?? A necessidade de elevação geral da idade de corte da floresta de eucalipto para os

12 a 14 anos;

?? A importância da selecção de povoamentos com maiores diâmetros, conducentes a

uma exploração florestal mecanizada mais eficiente e produtiva;

?? A utilização de plantas melhoradas e Planos de Gestão Florestal que contribuam para

uma gestão florestal sustentada;

?? A necessidade de deslocalização da floresta de eucalipto das áreas de menor

produtividade para as de maior produtividade florestal, com diminuição da área total

florestada mas com o aumento dos volumes produzidos e da rendibilidade dos

produtores;

A gestão integrada dos meios e recursos do grupo afectos ao aprovisionamento da matéria

prima lenhosa permitiu, já em 2002, alcançar objectivos importantes e que há muito vêm a ser

perseguidos.

Entre estes destacam-se:

?? a significativa redução das importações do grupo, que prossegue uma trajectória

francamente descendente,

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?? a consolidação da contenção nos cortes de matas próprias, face à crescente oferta do

mercado, com elevação da idade mínima de corte para os 12 anos, agora possível

fruto da gestão integrada do património da Portucel e da Soporcel e,

?? A regularização dos fluxos de entradas de madeira nas fábricas, o que permitiu atingir

uma gestão mais eficiente dos procedimentos ligados às recepções;

Para um consumo global que totalizou 3,7 milhões m3 contra 3,3 milhões de m3 em 2001,

foram recepcionados nos três centros de produção 3,6 milhões de m3, dos quais 75%

provenientes do mercado local, 19% de povoamentos do Grupo e 6% importados. Face a

2001 evidencia-se a importante redução nos contingentes de importação e a estabilização das

componentes de madeiras próprias e mercado face ao ano anterior.

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6. DESENVOLVIMENTO, QUALIDADE E AMBIENTE

A adopção de uma política integrada da qualidade e ambiente é, assumidamente, um vector

fundamental no desenvolvimento estratégico do Grupo Portucel Soporcel.

Esta política foi particularmente marcada, em 2002, pela adaptação dos Sistemas de Gestão

da Qualidade e de Acreditação dos Laboratórios aos novos referenciais normativos ISO

9000:2000 e NP EN ISO/IEC 17025, assim como pela integração dos Sistemas de Gestão da

Qualidade e do Ambiente, esperando-se que o Sistema da Qualidade, que já se encontra

certificado nos termos da nova Norma, no complexo de Setúbal, venha a ser identicamente

certificado nas outras fábricas do Grupo no decurso das auditorias que terão lugar em 2003.

Estão também a ser finalizados os trabalhos do Projecto de Certificação do Sistema de

Gestão Ambiental, separadamente para as actividades pasta e papel, pela Norma NP EN

ISO/14001/99, que se espera venham a ser objecto de certificação no decorrer de 2003.

Todos os outros sistemas estão certificados e mantiveram essa condição nas várias auditorias

realizadas, em 2002, pelas entidades competentes.

O desenvolvimento dos aspectos da Qualidade nas suas diversas vertentes, associado à

especialização da produção de papéis de impressão e escrita, tem merecido crescente

determinação no Grupo Portucel Soporcel , política esta cuja prossecução tem garantido a

obtenção de metas de qualidade particularmente elevadas, as quais se tem vindo a confirmar

pelo permanente “benchmarking” com a concorrência internacional.

Em Cacia, manteve-se a aposta na fabricação da pasta branca para utilização no segmento

dos papéis especiais, sendo já alocada a estas aplicações mais de 50% da produção.

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Sublinhe-se, neste particular, que a fábrica de Cacia se assume como o maior fornecedor de

pasta para o fabrico de papéis decorativos, constituindo uma referência de Qualidade no

mercado.

As fábricas de pasta de Setúbal e da Figueira têm, por seu lado, orientado a especialização

da sua produção para o fabrico de papéis de impressão e escrita, dada a natureza integrada

das operações com o fabrico daqueles tipos de papéis.

Mantendo-se na primeira linha das preocupações da Empresa, desde a Administração a

todos os seus colaboradores, as questões Ambientais têm sido alvo de uma política

simultaneamente proactiva e continuadamente estimulada, com a plena adesão aos princípios

e práticas do desenvolvimento sustentado, fazendo do Grupo Portucel Soporcel um dos

membros portugueses mais activo no World Business Council for Sustainable Development.

O Conselho de Impacte Ambiental continuou a reunir bianualmente, na Portucel, presidido por

uma personalidade independente e incluindo representantes de Universidades e Institutos de

Investigação, visando o acompanhamento da actividade ambiental do Grupo e dar parecer

independente ao Conselho de Administração, sempre que solicitado, neste domínio.

De forma coerente com esta política, em todas as unidades industriais foram elaborados

cuidadosos e detalhados Planos Directores, tendo por objectivo o adequado cumprimento da

nova legislação nacional decorrente da transposição da Directiva de Prevenção e Controlo

Integrados da Poluição (IPPC), preparando as instalações industriais para a aplicação das

Melhores Técnicas disponíveis, no pressuposto da compatibilização da eficácia ambiental

com a viabilidade económica da sua implementação.

No que se refere ao cumprimento da actual legislação portuguesa, as fábricas do Grupo

atingiram, generalizadamente, os parâmetros legais.

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Em Setúbal, os indicadores ambientais mostraram uma melhoria significativa, com particular

ênfase no efluente líquido. Também como consequência da instalação do novo electrofiltro na

Caldeira de Biomassa, foi registada uma significativa redução na emissão de partículas,

resultado este a consolidar com a alteração da fornalha para leito fluidizado, a realizar em

2003. Adicionalmente, as alterações processuais introduzidas nos Fornos de Cal permitiram já

que, de uma forma consistente, fossem atingidos os parâmetros legalmente exigidos para a

instalação.

Para cumprimento da Directiva 2000/532/CE de 3 de Maio, foram implementadas na Figueira

da Foz acções no sentido da efectiva segregação e destino de resíduos de embalagens de

produtos perigosos. Foi também concretizada a implementação de um plano de

valorização/reutilização de resíduos processuais enviados para aterro, tendo sido atingida em

2002 uma taxa de valorização de cerca de 60%.

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Indicadores Ambientais 2002

Os valores médios anuais obtidos, nas diferentes unidades de pasta e papel, para os

principais parâmetros ambientais constam das tabelas seguintes:

Efluentes Líquidos

Valores médios 2002 Valor Limite Unidade Parâmetro

Cacia Figueira* Setúbal F. Pasta

Setúbal F. Papel

F. Pasta

F. Papel

F. Pasta

F. Papel

SST 2,9 1,8 2,0 59 3,0 60 kg/tAD mg/l

CQO 34,2 19,0 16,0 120 50 150 kg/tAD mg/l

CBO5 1,9 2,8 1,3 21 6,0 40 kg/tAD mg/l

AOX 0,18 0,17 0,14 --- 1,5 --- kg/tAD ---

* Emissões conjuntas da produção de pasta e de papel

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Emissões Gasosas

Valores médios 2002 Parâmetro Fonte de Emissão

Cacia Figueira * Setúbal F. Pasta

Unidade

Partículas C. Recuperação 0,41 0,50 1,00 kg/tAD

C. Biomassa 0,24 0,03 0,10 kg/tAD

Forno de Cal 0,08 0,09 0,06 kg/tAD

C. Fuel * --- 0,02 --- kg/tAD

CR + Forno Cal 0,49 0,59 1,06 kg/tAD

S total C. Recuperação 0,27 0,12 0,41 kg S/tAD

C. Biomassa 0,94 0,07 0,21 kg S/tAD

Forno de Cal 0,22 0,48 0,53 kg S/tAD

C. Fuel * --- 0,43 --- kg S/tAD

CR + Forno Cal 0,49 0,60 0,94 kg S/tAD

NOx C. Recuperação 0,66 1,10 0,99 kg NO2/tAD

C. Biomassa 0,84 0,34 0,40 kg NO2/tAD

Forno de Cal 0,28 0,55 0,18 kg NO2/tAD

C. Fuel * --- 0,33 --- kg NO2/tAD

Cogeração * --- --- --- kg NO2/tAD

CR + Forno Cal 0,94 1,65 1,17 kg NO2/tAD

* Emissões conjuntas da produção de pasta e de papel

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7. INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Como responsável pela prossecução dos objectivos do Grupo Portucel Soporcel, no domínio

da investigação aplicada na fileira florestal do eucalipto, o Raiz – Instituto de Investigação da

Floresta e Papel prosseguiu, em 2002, o programa de investigação nas áreas florestal e

tecnológica, orientado pelo objectivo da sustentabilidade da fileira do eucalipto e do reforço da

competitividade da indústria.

Da actividade desenvolvida, na área florestal mereceu destaque especial: a constituição de

um quadro de referência para níveis de fertilidade dos solos; o aumento significativo do

número de clones caracterizados sob o ponto de vista tecnológico; os avanços na busca de

genes candidatos na formação da madeira, projecto de biotecnologia em parceria com

laboratórios de Espanha e França; a produção de recomendações importantes para melhorar

a eficácia da luta contra as principais pragas e a procura de novas soluções técnicas em

conjugação com as estruturas operacionais com vista à avaliação do potencial produtivo.

Na área tecnológica, salientam-se os trabalhos realizados no desenvolvimento de uma

solução para a renovação de elementos não processuais e o projecto e dimensionamento de

uma instalação à escala industrial; o estudo final da pré-deslinhificação com oxigénio; o

estudo da contribuição da fibra de eucalipto para a qualidade da impressão jacto-tinta e o

apoio técnico à indústria no domínio da definição das condições e critérios de aplicação do

IPPC ao caso nacional.

Refere-se finalmente, no quadro da cooperação internacional, a colaboração mantida com o

IDEA – Instituto para o Desenvolvimento do Eucalipto e suas Aplicações, contribuindo para

intensificar este espaço de comunicação em torno do objectivo de promoção da pasta e papel

produzidos a partir de eucalipto.

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8. RECURSOS HUMANOS

No âmbito da prossecução e contínuo aperfeiçoamento das políticas e práticas definidas, a

gestão dos Recursos Humanos, em consonância com as necessidades do Grupo, deu no ano

em apreço, mais um passo importante no desenvolvimento profissional e formação dos seus

quadros.

Nesse sentido foram efectuadas 634 acções de formação envolvendo 4014 participantes

ocupando cerca de 2,39% do potencial de horas no conjunto do Centro fabril de Cacia e do

complexo Fabril de Setúbal e de 1,23 % no Complexo Fabril da Figueira da Foz.

A Higiene, Segurança e Saúde no trabalho têm merecido especial atenção de forma

continuada, sendo de realçar o dinamismo das Comissões de Higiene e Segurança, cujo

trabalho produziu notórias melhorias nas diversas áreas.

No contexto da obtenção de sinergias no Grupo Portucel Soporcel, foram definidas e

implementadas novas estruturas organizativas nas áreas Comercial, Florestal e Financeira.

O quadro de pessoal do Grupo Portucel Soporcel situava-se, no final de 2002, em 2296

elementos, ao que corresponde uma redução de 56 efectivos face ao final do ano anterior.

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9. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

Durante o ano de 2002, foram continuadas as acções tendentes à progressiva uniformização

e actualização dos Sistemas de Informação do Grupo Portucel Soporcel, componente da

maior importância para a eficácia da gestão e funcionamento do Grupo.

Para além do necessário envolvimento nas alterações organizativas verificadas, há a salientar

a reestruturação do Sistema de Comunicações de dados entre os diversos locais de

operações, os desenvolvimentos e a avaliação de soluções conjuntas e a continuidade da

implementação das opções tomadas quanto à evolução da base tecnológica dos sistemas de

gestão.

Entre as múltiplas actividades desenvolvidas destacam-se:

?? O suporte aos investimentos nas áreas fabris visando a integração dos novos meios

com as funcionalidades existentes;

?? O continuado acompanhamento da fase de teste, após implementação, da plataforma

tecnológica de suporte à estratégia do Grupo no domínio do comércio electrónico;

?? O desenvolvimento e implementação de novas funcionalidades tendentes à satisfação

dos novos requisitos exigidos pela complementação de operações fabris intra-Grupo

e pela adopção de novas práticas no circuito de comercialização dos produtos;

?? O desenvolvimento do processo de actualização generalizada da plataforma

tecnológica de suporte às ferramentas de utilização pessoal;

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?? A uniformização da estrutura tecnológica e criação de novas funcionalidades,

nomeadamente na componente segurança de dados;

?? A optimização, na Portucel, da solução ERP -SAP, com a geração de novas

funcionalidades e a sua extensão a outras empresas do Grupo.

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10. RESULTADOS ECONÓMICOS E FINANCEIROS

Apesar do contexto desfavorável de mercado que afectou a indústria de pasta e do papel em

grande parte do ano, o Grupo Portucel Soporcel viu uma vez mais expressivamente

concretizados os benefícios resultantes da integração das suas operações, situação esta

traduzida pelo efeito volume dos produtos transaccionados, pela menor volatilidade das suas

receitas, e pela clara redução do impacto da natureza cíclica da indústria nos resultados

gerados.

Neste quadro, o volume de negócios do Grupo Portucel Soporcel ascendeu a 1 085,6 milhões

de euros registando um acréscimo de 3,4% face ao ano transacto. Destaque-se que o volume

de negócios de papel correspondeu a 793,3 milhões de euros, o que representou cerca de

73% do volume total de vendas do Grupo.

O resultado operacional, em 2002, foi de 191,7 milhões de euros, representando um

acréscimo de 11% relativamente ao ano anterior, para o qual contribuiu não só o efeito

volume dos quantitativos vendidos, como também uma sensível economia nos custos

operativos.

O EBITDA foi de 335,2 milhões de euros atingindo uma margem sobre as vendas superior

aos 30%, tendo o cash flow de exploração ascendido a 233,7 milhões de euros,

representando cerca de 21,5% sobre as vendas.

Os resultados financeiros atingiram 57,3 milhões de euros negativos enquanto que no ano

transacto tinham correspondido a 47,2 milhões de euros também negativos.

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Esta evolução encontra justificação no nível médio de financiamento ao longo dos dois anos

em comparação, e que em 2001 foi progressivamente acrescido à medida do pagamento das

prestações resultantes da aquisição da Soporcel. É no entanto de salientar a significativa

capacidade de geração de fundos detida pelo Grupo Portucel Soporcel, e que se encontra

expressa na substancial redução do endividamento líquido entre o final de 2002 e de 2001,

em cerca de 192 milhões de euros.

Em consequência o resultado líquido antes de impostos, totalizou 133,7 milhões de euros

cerca de 20 milhões de euros superiores ao valor obtido no ano transacto.

Com uma estimativa de impostos a situar-se nos 46,1 milhões de euros (41 milhões de euros

em 2001), o Grupo Portucel Soporcel atingiu um resultado liquido no exercício de 89,5

milhões de euros, representando um acréscimo face a 2001 de 25%.

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27

11. DESEMPENHO NO MERCADO DE CAPITAIS

Face à incapacidade das principais economias iniciarem o processo de retoma do

crescimento da actividade, aliada numa fase inicial aos vários escândalos financeiros

ocorridos nos EUA na primeira metade do ano, e posteriormente às tensões geopolíticas que

se foram agravando, 2002 foi um dos piores anos para as principais bolsas internacionais em

quase 30 anos, consumado num terceiro ano consecutivo de queda generalizada. O índice de

referência da Bolsa de Nova Iorque desceu 6% em 2000, 7% em 2001 e 16,8% em 2002; o

índice da Bolsa de Frankfurt, depois de duas quedas em 2000 e 2001, perdeu 43,9% em

2002, quase metade do seu valor. A Bolsa nacional, à semelhança do que aconteceu em

todas as praças internacionais, sofreu também a terceira queda anual consecutiva e terminou

o ano com uma desvalorização acumulada de 25,6%.

Neste cenário de baixa generalizada, a Portucel apresentou uma das menores quedas da

Euronext Lisboa, ao terminar o ano de 2002 com uma perda de 1,7%. Apesar do panorama

degradado dos mercados accionistas, a empresa conseguiu acumular ganhos de quase 8%

até final de Agosto, tendo assim contribuído positivamente para o comportamento do mercado

nacional. Em Setembro, um mês altamente adverso para as bolsas mundiais, a Portucel foi

arrastada pela queda generalizada dos mercados internacionais, tendo então passado para

terreno negativo.

A generalidade das empresas do sector apresentaram desvalorizações muito mais elevadas,

afectando os seus principais índices de referência no mercado de capitais, situação

evidenciada pela evolução do índice S&P Paper Products, que apresentou um saldo anual

negativo de cerca de 19%.

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No final de 2002, o capital social da Portucel estava disperso por mais de 17 mil accionistas

nacionais e estrangeiros; os investidores institucionais detinham 83% das acções admitidas à

negociação, sendo as restantes 17% detidas por accionistas particulares.

A média mensal do número de acções transaccionadas na Euronext Lisboa ascendeu a cerca

de 8,6 milhões durante 2002.

Portucel versus PSI 20 versus S&P Paper Prod

40,050,060,070,080,090,0

100,0110,0120,0130,0140,0

31-12-2001 31-03-2002 30-06-2002 30-09-2002 31-12-2002

PSI 20 S&P Paper Index Portucel

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12. COMUNICAÇÃO E RELAÇÕES CORPORATIVAS

O Grupo Portucel Soporcel, como empresa socialmente responsável, procura desempenhar

um papel relevante no desenvolvimento socio-económico das regiões onde se encontram

inseridas as suas unidades fabris.

No âmbito da sua política social, o Grupo desenvolveu em 2002 um conjunto de iniciativas

destinadas a reforçar a sua interacção com a sociedade envolvente, através de parcerias nas

áreas social, pedagógica e ambiental.

Destacam-se os principais projectos desenvolvidos:

- Apoio ao Projecto Delfim, que tem como objectivo a preservação dos golfinhos do

Estuário do Sado;

- Recuperação de uma Igreja datada do Séc. XVIII, em Lavos, concelho da Figueira da

Foz;

- Patrocínio do projecto pedagógico “Cantar de Galo” desenvolvido na Herdade do

Cascavel, em Coruche, que no ano 2002, contou com a visita de cerca de 35.000

crianças;

- Apoio à publicação da Agenda Ecológica, uma iniciativa do Agrupamento de Escolas

do Rio Azul, distribuída a todas as crianças do 1º ciclo do distrito de Setúbal.

- Apoio específico na época natalícia a instituições de solidariedade social que

desenvolvem as suas actividades nas regiões onde estão implantadas as unidades

fabris do Grupo.

- Apoio dado às escolas situadas na área geográfica das unidades fabris,

nomeadamente em ofertas de papel.

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13. PERSPECTIVAS FUTURAS

No contexto de incerteza que reina actualmente sobre a generalidade das economias

mundiais, as perspectivas para 2003 não podem deixar de ser reservadas. Neste quadro ,

espera-se que na primeira metade de 2003 as empresas e particulares se encontrem ainda a

ajustar o seu comportamento , culminando numa procura agregada relativamente fraca. O

segundo semestre do ano deverá testemunhar uma melhoria da procura , conduzindo a um

maior crescimento económico. De facto, espera-se que a economia europeia entre no

segundo semestre de 2003 num período de maior dinamismo , que continuará em 2004. As

expectativas de crescimento da (OCDE) para esta zona económica são de 1,9% em 2003 e

de 2,7% em 2004.

O mercado europeu de papel não terá, ao longo de pelo menos a primeira metade de 2003,

razões para grande optimismo. O nível das encomendas entradas nos fabricantes europeus

no final do ano transacto não permite prever que as vendas sejam favoráveis nos primeiros

meses do corrente ano.

O Grupo Portucel Soporcel, confiante nas suas capacidades para enfrentar os desafios que o

futuro próximo lhe reserva, vai continuar a implementar em 2003 a sua estratégia de

crescimento e integração, numa procura incessante de melhoria de competitividade e

consequente aumento de valor para o accionista.

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PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

O Conselho de Administração propõe aos Senhores Accionistas que, aos resultados líquidos

do exercício de 2002, no montante de 89.485.831,59 euros, seja dada a seguinte aplicação:

1. Nos termos da legislação em vigor, seja destinada a importância de 4.474.291,58 euros à

constituição da Reserva Legal.

2. Em conformidade com a alínea b) do artigo 25º dos Estatutos da Sociedade, seja

destinado o valor de 8.501.154,00 à Reserva para Estabilização de Dividendos.

3. Para distribuição de Dividendos o montante de 24.176.250,00 euros.

4. O remanescente, no valor de 52.334.136,01 euros, seja levado à conta de Resultados

Transitados.

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Setúbal, 11 de Março de 2003

O Conselho de Administração

Jorge Armindo de Carvalho Teixeira – Presidente

Luis Alberto Caldeira Deslandes – Vogal

Artur Porfírio Silveira de Almeida Soutinho – Vogal

Manuel Maria Pimenta Gil Mata – Vogal

Manuel Guilherme Oliveira da Costa – Vogal

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14. CORPOS SOCIAIS

Os Órgãos Sociais da Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA têm a seguinte

constituição:

Mesa da Assembleia Geral

Presidente: João António Morais Silva Leitão

Vice Presidente: Alfredo Manuel de Oliveira Varela Pinto

Secretário: António Alexandre de Almeida e Noronha da Cunha Reis

Conselho de Administração

Presidente: Jorge Armindo de Carvalho Teixeira

Vogal: Luis Alberto Caldeira Deslandes

Vogal: Artur Porfírio Silveira de Almeida Soutinho

Vogal: Manuel Maria Pimenta Gil Mata

Vogal: Manuel Guilherme Oliveira da Costa

Fiscal Único

R.O.C. Belarmino Martins, Eugénio Ferreira e Associados, SROC

Representada por António Alberto Henrique Assis ou Eugénio

Luís Lopes Ferreira

R.O.C. Suplente: José Manuel de Oliveira Vitorino

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15. ANEXO

Em anexo ao Relatório do Conselho de Administração da Portucel - Empresa Produtora de

Pasta e Papel, S.A., e no cumprimento das disposições consignadas no código das

Sociedades Comerciais aprovado pelo Decreto - Lei 262/86 de 2 de Setembro, informa-se o

seguinte:

1. Para efeitos do disposto no Art.º 447, n.º 5 do Código das Sociedades Comerciais, os

membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização, abaixo indicados, são titulares, de

harmonia com o disposto nos n.º 1, 2 e 3 do mesmo Art.º 447, das seguintes acções da

Portucel, SA:

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Jorge Armindo de Carvalho Teixeira 113.995 acções

Luís Alberto Caldeira Deslandes 40.000 acções

Manuel Guilherme Oliveira da Costa 1.000 acções

Nem os membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização acima identificados, nem os

restantes membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização da sociedade e das

sociedades que com ela se encontram em relação de domínio ou grupo são titulares de outras

acções ou obrigações das mesmas sociedades.

Durante o ano de 2002 foram efectuadas pelos membros dos Órgãos de Administração e

Fiscalização da Sociedade as seguintes transacções:

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Transacção Nº acções Data Preço Un.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Jorge Armindo de Carvalho Teixeira Compra 28.995 03.07.02 1,22 EUR

Jorge Armindo de Carvalho Teixeira Compra 10.000 03.07.02 1,23 EUR

2. Para efeitos do disposto no Art.º 448, nº4 do Código das Sociedades Comerciais a relação

dos accionistas titulares de pelo menos um décimo do Capital Social da Portucel, S.A., à data

de 31 de Dezembro de 2002, é a seguinte:

Nº acções Direitos de Voto

Portucel, SGPS, SA 427.682.769 55,72%

Sonae Wood Products, BV 223.937.794 25,00%

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Relatório sobre o Governo da Sociedade ( Regulamento da C.M.V.M. nº 7/2001 )

Capítulo I – Divulgação de Informação

Organigrama da Sociedade

PORTUCEL

DIR. MANUTENÇÃO

Joaquim Belfo DIR. DE

CONTABILIDADE Maria J.Monteiro

DIR. FINANCEIRA Maria J.Monteiro

DIRECÇÃO TÉCNICA José Ataíde

DIR. COMERCIAL PASTA

Rui Fonseca

NUCLEO DE PROJECTOS Ângelo Loureiro

DIR. DE PLANEAMENTO E CONTR. GESTÃO

Jeronimo Ferreira

DIR. DE INFORMÁTICA

Jerónimo Ferreira

DIR. PESSOAL

E ORGANIZAÇÃO João Ventura

DIR. DE COMPRAS José Freire

DIR. ABAST. DE MADEIRAS Victor Coelho

SERVIÇOS DE APOIO

Paulo Valdez

RELAÇÕES COM INVESTIDORES

Leonor Cardoso

Jorge Armindo Luis Deslandes Artur Soutinho

Manuel. Gil Mata Guilherme Costa

AUDITORIA INTERNA Neutel Neves

IMAGEM E COMUM. INSTITUCIONAL

Ana Nery

SECRETÁRIO GERAL A. Cunha Reis

PORTUCEL SOPORCEL(Papel) Sales e Marketing, ACE

Pedro Vaz Pinto

DIR.PASTA SETÚBAL

Oscar Arantes

DIR. PAPEL SETÚBAL

A. Vale Rego

DIR. FABRIL CACIA

José Nordeste

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Descrição da evolução da cotação das acções

A Portucel terminou o ano de 2002 a perder 1,7%, desvalorização muito inferior à registada

pelo principal índice de referência do mercado doméstico – o PSI 20 -, cuja composição

integra. A cotação das acções da Portucel teve um crescimento sustentado durante quase

toda a primeira metade do ano, em contra-ciclo com o mercado, não havendo correlação

significativa entre a sua evolução e factos comunicados pela empresa, nomeadamente

anúncios de resultados e pagamento de dividendos. Em linha com o mercado, a cotação

desceu no final de Junho e no mês de Julho, tornando a recuperar em Agosto período que

termina com um ganho acumulado de 7,6%. Em Setembro, seguindo a tendência dos

mercados em geral, a cotação das acções desvalorizou 11%, iniciando um movimento de

recuperação ao longo do mês de Outubro. Nos meses de Novembro e Dezembro, as acções

desvalorizaram 4% e 2,5% respectivamente.

Política de distribuição de dividendos

Dada a elevada ciclicidade da indústria, a empresa considera vantajoso promover a

estabilização do nível de dividendos a distribuir, sendo esse propósito assumido

estatutariamente através da existência de uma reserva estabelecida para o efeito, a reforçar

anualmente com um mínimo de 10% do lucro distribuível.

Planos de atribuição de acções e de opções de aquisição de acções

Não existem quaisquer planos de atribuição de acções ou de opções de aquisição de acções

em vigor.

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Dados relativos à utilização de novas tecnologias na divulgação de informação

financeira

A Empresa faz uso corrente das novas tecnologias de informação para a divulgação de

informação financeira: as divulgações de resultados trimestrais, semestrais e anuais são

sempre feitas, à data do envio para publicação, através de correio electrónico e colocadas na

página da Empresa na Internet, cujo endereço é www.portucelsoporcel.com Os documentos

de prestação de contas anuais, após aprovados, são também disponibilizados na mesma

página.

Gabinete de Apoio ao Investidor

A Portucel dispõe de um Gabinete de Relações com Investidores, que assegura um contacto

permanente com o mercado e promove a comunicação da informação financeira da Empresa

ou outra que seja relevante para a evolução do desempenho da Portucel no mercado de

capitais, de acordo com princípios de coerência, regularidade, equidade, credibilidade e

oportunidade.

A Drª Maria Leonor Teixeira Gomes Cardoso é a responsável pelo Gabinete e pode ser

contactada através do telefone com o nº 21 382 42 73 ou do seguinte endereço electrónico:

[email protected].

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Capítulo II – Exercício do direito de voto e representação dos accionistas

A Portucel tem vindo, desde sempre, a utilizar uma política de incentivo à participação dos

seus accionistas nas Assembleias Gerais. Desde logo, através da divulgação periódica de

relatórios sobre a sua actividade e sobre os resultados económicos e financeiros, com a

preocupação de não se restringir ao mero cumprimento dos preceitos legais em vigor sobre

esta matéria.

Ao nível da convocação da Assembleia Geral, há a preocupação de lhe dar a divulgação mais

completa possível, havendo na Portucel um Gabinete que, durante o período prévio às

Assembleias Gerais, analisa todas as dúvidas e presta todas as informações necessárias ao

pleno esclarecimento dos accionistas.

Na própria convocatória, está previsto sempre o voto por correspondência e as formas como

os accionistas se podem fazer representar, especificando-se todas as regras estabelecidas

para que, de uma forma simples e expedita, os accionistas sejam devidamente esclarecidos.

Os estatutos prevêem a possibilidade de todos os accionistas participarem na assembleia

independentemente do número de acções que possuam. Contudo, no que diz respeito ao

exercício do direito de voto, há regras limitativas.

Assim, de acordo com o artigo 10º dos estatutos, sem prejuízo do direito de agrupamento,

contar-se-á um voto por cada mil acções, não sendo contados os votos que ultrapassem os

correspondentes a 25% do capital social, quando os mesmos sejam emitidos com referência a

acções ordinárias, por um só accionista em nome próprio ou como representante de outro.

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40

Capítulo III – Regras Societárias

A Portucel rege-se pelas leis gerais aplicáveis às sociedades comerciais abertas e pelos seus

estatutos, não tendo a sua actividade legislação específica aplicável.

Em termos de procedimentos de controlo interno, a Portucel possui um órgão de auditoria

interna, que exerce a sua actividade a todos os níveis da Empresa, isto para além, como é

óbvio, do Fiscal Único e dos auditores externos que nos termos da lei exercem funções

obrigatoriamente neste tipo de sociedades.

Ao nível da gestão dos riscos, esta é feita a vários níveis através da Direcção de Planeamento

e Controlo de Gestão, da Direcção Financeira e do Gabinete de Relação com os Investidores,

que procede a um acompanhamento da evolução da cotação dos títulos da Portucel. Todos

estes departamentos da Empresa publicam e divulgam com periodicidade mensal, ou

quinzenal, documentos através dos quais, de forma exaustiva, se procede à análise da

situação económica ou financeira da Empresa. Foi criado, durante o exercício de 2002, um

órgão específico para o acompanhamento e análise de riscos patrimoniais.

Também as Direcções das Unidades Fabris elaboraram com periodicidade quinzenal

relatórios operacionais onde se dá conta da situação das mesmas, com referência específica,

entre outras coisas, às questões de resolução urgente, manutenção dos equipamentos e

stocks existentes.

No que diz respeito à actividade comercial propriamente dita, a Direcção de Marketing da

Empresa elabora um relatório semanal dando conhecimento da evolução das vendas de

pasta e do papel, tendência da evolução dos mercados e suas perspectivas futuras e situação

dos stocks.

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41

Não há conhecimento de existência de acordos parassociais celebrados entre accionistas da

Empresa, sendo os limites ao exercício do direito de voto unicamente os que constam dos

estatutos e que foram atrás referidos.

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42

Capítulo IV – Órgão de Administração

A Portucel tem um Conselho de Administração composto por cinco membros, um Presidente

e quatro vogais, exercendo todos os seus membros funções executivas. Face ao número de

Administradores que se encontram em funções e à circunstância de todos serem executivos,

não há Comissão Executiva ou qualquer uma outra com competência especifica.

Todos os membros do Conselho de Administração exercem funções em órgãos de

administração de outras sociedades, como se especifica em seguida:

Dr. Jorge Armindo de Carvalho Teixeira

Com funções executivas

??Presidente do Conselho de Administração da Portucel - Empresa de Celulose e Papel de

Portugal, SGPS, S.A.;

??Presidente do Conselho de Administração da Portucel Florestal - Empresa de

Desenvolvimento Agro-Florestal, S.A.;

??Presidente do Conselho de Administração da Aliança Florestal - Sociedade para o

Desenvolvimento Agro-Florestal, S.A.;

??Presidente do Conselho de Administração da Portucel Tejo – Empresa de Celulose do

Tejo, S.A.;

??Presidente do Conselho de Administração da Sociedade de Vinhos da Herdade de

Espirra – Produção e Comercialização de Vinhos, S.A;

??Presidente do Conselho de Administração da Lazer e Floresta – Empresa de

Desenvolvimento Agro Florestal, Imobiliária e Turismo, S.A.;

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??Presidente do Conselho de Administração da Celpinus – Empresa de Desenvolvimento

Agro-Florestal, S.A.;

??Presidente do Conselho de Administração da Portucel International Trading, S.A,;

??Presidente do Conselho de Administração da Portucel International Trading, GmbH

??Presidente do Conselho de Administração da Portucel España;

??Presidente do Conselho de Administração da Imobiliária do Tojal – Compra, Venda e

Gestão de Imóveis, S.A.;

??Vice Presidente do Conselho de Administração e Presidente da Comissão Executiva da

Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, S.A.;

??Presidente do Conselho de Gerência da Tecnipapel – Sociedade de Transformação e

Distribuição de Papel, Ltda;

??Presidente da CELPA – Associação da Indústria Papeleira.

Sem funções executivas

??Vogal do Conselho de Administração da Inapa, I.P.G. – Investimentos, Participações e

Gestão, S.A.;

??Presidente da Assembleia Geral da Aflomec – Empresa de Exploração Florestal, S.A.;

??Presidente da Assembleia Geral dos Viveiros Aliança – Empresa Produtora de Plantas,

S.A.;

??Presidente do Conselho de Administração da Fundição do Alto da Lixa, S.A.;

??Vice Presidente da AEP – Associação Empresarial de Portugal;

??Presidente do Conselho Fiscal da CIP – Confederação da Indústria Portuguesa;

??Membro do Conselho Fiscal do Futebol Clube do Porto.

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PORTUCEL – EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

Sociedade Aberta / Publicly Held Company Mitrena – Apartado 55 . 2901-861 Setúbal – Portugal

Tel./Phone: +351 265 709 000 Fax: +351 265 709 165 www.portucelsoporcel.com

44

Eng. Luís Alberto Caldeira Deslandes

?? Vogal do Conselho de Administração e Vice Presidente da Comissão Executiva da

Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA;

?? Vogal do Conselho de Administração da Aliança Florestal – Sociedade para o

Desenvolvimento Agro Florestal, SA;

?? Presidente da PortucelSoporcel (Papel) Sales e Marketing, ACE;

?? Presidente do Conselho de Administração das empresas associadas do Grupo Portucel

Soporcel:

?? Portucel Pasta y Papel, SA;

?? Portucel UK LTD;

?? Soporcel España SA;

?? Soporcel Italy SRL;

?? Soporcel UK LTD;

?? Soporcel France EURL;

?? Soporcel International BV;

?? Soporcel North America INC;

?? Soporcel 2000;

?? Soporcel Deutschland GMBH;

?? Soporcel Austria GMBH.

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PORTUCEL – EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

Sociedade Aberta / Publicly Held Company Mitrena – Apartado 55 . 2901-861 Setúbal – Portugal

Tel./Phone: +351 265 709 000 Fax: +351 265 709 165 www.portucelsoporcel.com

45

Dr. Artur Porfírio Silveira de Almeida Soutinho

?? Presidente do Conselho de Administração da Portucel Serviços – Empresa de Prestação

de Serviços, SA;

?? Presidente do Conselho de Administração da Arboser, Serviços Agro-Industriais, SA;

?? Vogal do Conselho de Administração da Portucel – Empresa de Celulose e Papel de

Portugal, SGPS, SA;

?? Vogal do Conselho de Administração da Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, SA;

?? Vogal do Conselho de Administração da Portucel International Trading, SA;

?? Vogal do Conselho de Administração da Portucel International Trading, GmbH;

?? Vogal da PortucelSoporcel (Papel) – Sales e Marketing, ACE;

?? Membro do Conselho de Gerência da Tecnipapel - Sociedade de Transformação e

Distribuição de Papel, Lda.;

?? Membro do Conselho de Gerência da Sacocel – Sociedade Produtora de Embalagens e

Sacos de Papel, Lda.;

?? Membro do Conselho de Gerência da Empremédia – Corretores de Seguros, Lda.;

?? Membro da Direcção da Portucel Brasil, Lda..

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PORTUCEL – EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

Sociedade Aberta / Publicly Held Company Mitrena – Apartado 55 . 2901-861 Setúbal – Portugal

Tel./Phone: +351 265 709 000 Fax: +351 265 709 165 www.portucelsoporcel.com

46

Eng. Manuel Maria Pimenta Gil Mata

Com funções executivas

??Presidente do Conselho de Administração da Enerpulp – Cogeração Energética da Pasta,

SA;

??Presidente do Conselho de Administração da Setipel – Serviços Técnicos da Indústria de

Papel, SA;

??Presidente do Conselho de Administração da SPCG – Sociedade Portuguesa de

Cogeração, SA;

??Presidente do Conselho de Administração da Socortel – Sociedade de Corte de Papel, SA;

??Vogal do Conselho de Administração da Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, SA;

??Vogal do Conselho de Administração da Portucel – Empresa de Celulose e Papel de

Portugal, SGPS, SA;

??Vogal do Conselho de Administração da ARBOSER – Serviços Agro-Industriais, SA;

??Membro do Sustainability Strategy Steering Group da CEPI.

Sem funções executivas

??Presidente do Conselho de Administração do Grupo Rinave, SA;

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PORTUCEL – EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

Sociedade Aberta / Publicly Held Company Mitrena – Apartado 55 . 2901-861 Setúbal – Portugal

Tel./Phone: +351 265 709 000 Fax: +351 265 709 165 www.portucelsoporcel.com

47

Dr. Manuel Guilherme Oliveira da Costa

??Presidente do Conselho de Administração da Gescartão - SGPS, S.A;

??Presidente do Conselho de Administração da Portucel Viana - Empresa Produtora de

Papéis Industriais, S.A.;

??Vogal do Conselho de Administração da Imocapital - SGPS, S.A.;

??Vogal do Conselho de Administração da Portucel Viana Energia - Empresa de Cogeração

Energética, S.A.;

??Vogal do Conselho de Administração da Portucel Embalagem - Empresa Produtora de

Embalagens de Cartão, S.A.;

??Vogal do Conselho de Administração da Lepe –Empresa Portuguesa de Embalagens –

S.A;

??Vogal do Conselho de Administração da Portucel Recicla - Indústria de Papel Reciclado,

S.A.;

??Vogal do Conselho de Administração da Socelpac - SGPS, S.A.;

??Vogal do Conselho de Administração da Maiequipa - Gestão Florestal, S.A.;

??Vogal do Conselho de Administração da Ecociclo - Energia e Ambiente, S.A.;

??Vogal do Conselho de Administração da Sonae - Produtos e Derivados Florestais, SGPS,

S.A.;

??Vogal do Conselho de Administração da Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, S.A..

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PORTUCEL – EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

Sociedade Aberta / Publicly Held Company Mitrena – Apartado 55 . 2901-861 Setúbal – Portugal

Tel./Phone: +351 265 709 000 Fax: +351 265 709 165 www.portucelsoporcel.com

48

No exercício de 2002, o Conselho de Administração reuniu 28 vezes.

A remuneração dos Administradores é fixada por uma Comissão de Vencimentos que fixa

uma verba para a remuneração base, outra para despesas de representação e,

eventualmente, prémios de gestão pelos resultados alcançados.

As remunerações pagas em 2002 aos membros do Conselho de Administração da Portucel,

S.A., totalizaram 219.874 euros.

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PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, SA

BALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002(Montantes expressos em milhares de euros)

2002 2001Activo Amortizações Activo Activo

ACTIVO Notas bruto e provisões líquido líquido

IMOBILIZADO Imobilizações incorpóreas

Despesas de instalação 39 636 ( 34 992) 4 644 8 336 Despesas de investigação e de desenvolvimento 41 820 ( 31 202) 10 618 15 986 Propriedade industrial e outros direitos 2 103 ( 1 901) 202 413 Diferenças de consolidação 428 132 ( 34 251) 393 881 411 007 Imobilizações em curso 7 142 - 7 142 4 610

27 518 833 ( 102 346) 416 487 440 352

Imobilizações corpóreas Terrenos e recursos naturais 133 823 ( 127) 133 696 135 316 Edifícios e outras construções 361 977 ( 154 268) 207 709 220 316 Equipamento básico 2 128 072 (1 281 686) 846 386 890 013 Equipamento de transporte 34 315 ( 19 598) 14 717 16 294 Ferramentas e utensílios 3 686 ( 3 177) 509 562 Equipamento administrativo 30 675 ( 24 396) 6 279 7 524 Taras e vasilhame 357 ( 102) 255 93 Outras imobilizações corpóreas 11 181 ( 7 987) 3 194 4 642 Imobilizações em curso 55 310 - 55 310 60 465 Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas 10 848 - 10 848 3 384

27 2 770 244 ( 1 491 341) 1 278 903 1 338 609

Investimentos financeiros Partes de capital em empresas do grupo 571 - 571 1 748 Empréstimos a empresas do grupo 92 - 92 92 Partes de capital em empresas associadas 11 - 11 908 Empréstimos a empresas associadas - - - 310 Títulos e outras aplicações financeiras 26 904 - 26 904 26 286 Outros empréstimos concedidos 25 - 25 -Adiantamentos por conta de investimentos financeiros - - - -

27 27 603 - 27 603 29 344 CIRCULANTE

Existências - Médio e longo prazoProdutos e trabalhos em curso 279 767 - 279 767 281 549 Adiantamentos por conta de compras - - - -

53 279 767 - 279 767 281 549 Existências - Curto prazo

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 101 886 - 101 886 99 685 Produtos e trabalhos em curso 24 778 - 24 778 30 304 Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos 480 - 480 544 Produtos acabados, intermédios e subprodutos 47 661 ( 25) 47 636 40 043 Mercadorias 164 - 164 158 Adiantamentos por conta de compras 289 - 289 4 856

53 175 258 ( 25) 175 233 175 590

Dívidas de terceiros - Curto prazo Clientes, conta corrente 206 605 - 206 605 231 634 Clientes, títulos a receber - - - -Clientes de cobrança duvidosa 2 778 ( 2 740) 38 2 Empresas do grupo 55 - - - 31 676 Adiantamentos a fornecedores 2 750 ( 68) 2 682 13 971 Adiantamentos a fornecedores de imobilizado 216 - 216 0 Estado e outros entes públicos 54 23 528 - 23 528 44 072 Outros devedores 56 5 624 ( 33) 5 591 7 296

241 501 ( 2 841) 238 660 328 651 Títulos negociáveis

Outros títulos negociáveis - - - -Outras aplicações de tesouraria - - - -

59 - - - -Depósitos bancários e caixa

Depósitos bancários 281 896 - 281 896 119 440 Caixa 46 - 46 54

59 281 942 - 281 942 119 494

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Acréscimos de proveitos 57 4 979 - 4 979 3 689 Custos diferidos 57 26 183 - 26 183 24 287

31 162 - 31 162 27 976

Total de amortizações ( 1 593 687)

Total de provisões ( 2 866)

Total do activo 4 326 310 ( 1 596 553) 2 729 757 2 741 565

As Notas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações financeiras.

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PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, SA

BALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002(Montantes expressos em milhares de euros)

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Notas 2002 2001

CAPITAL PRÓPRIO Capital 767 500 767 500 Acções próprias - Valor nominal ( 60) ( 60)Acções próprias - Descontos e prémios 7 7 Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas ( 551) ( 411)Reservas de reavaliação 38 450 38 450 Reserva legal 17 796 10 321 Reservas estatutárias 29 262 22 450 Outras reservas (3 102) (2 527)Resultados transitados 121 339 86 796 Resultado líquido do exercício 89 486 71 700

Total do capital próprio 51 1 060 127 994 226

INTERESSES MINORITÁRIOS 52 77 082 79 125

PROVISÃO PARA OUTROS RISCOS E ENCARGOSOutras provisões para riscos e encargos 46 5 456 6 317

5 456 6 317

DÍVIDAS A TERCEIROS - Médio e longo prazo Dívidas a instituições de crédito 50 890 035 377 463 Fornecedores de imobilizado, conta corrente 6 236 11 054 Outros credores 56 20 -

896 291 388 517

DÍVIDAS A TERCEIROS - Curto prazoDívidas a instituições de crédito 50 148 867 735 482 Adiantamentos por conta de vendas 472 55 Fornecedores, conta corrente 97 768 116 766 Fornecedores - facturas em recepção e conferência 10 165 11 606 Empresas do grupo 251 111 1 Adiantamentos de clientes 6 -Outros empréstimos obtidos 15 -Fornecedores de imobilizado, conta corrente 17 005 24 203 Estado e outros entes públicos 54 18 885 13 061 Outros credores 56 3 092 238 362

547 386 1 139 536

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOSAcréscimos de custos 57 128 729 115 330 Proveitos diferidos 57 14 686 18 514

143 415 133 844

Total do passivo 1 592 548 1 668 214

Total do capital próprio e do passivo 2 729 757 2 741 565

As Notas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações financeiras.

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PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, SA

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS POR NATUREZAS PARA O EXERCÍCIO FINDOEM 31 DE DEZEMBRO DE 2002

(Montantes expressos em milhares de euros)

NotasCUSTOS E PERDAS

Custo das mercadorias vendidas e dasmatérias consumidas 402 136 413 435

Fornecimentos e serviços externos 228 938 218 420

Custos com o pessoal:Remunerações 71 291 70 670 Encargos sociais:

Pensões 15 141 12 198 Outros 21 563 107 995 21 578 104 446

Amortizações do imobilizado corpóreo eincorpóreo 27 144 261 143 392

Provisões 1 114 145 375 1 401 144 793

Impostos 2 650 2 470 Outros custos operacionais 11 260 13 910 6 535 9 005

(A) 898 354 890 099

Perdas em empresas do grupo e associadas 215 771 Juros e custos similares:

Relativos a empresas do grupo 16 762 5 073 Outros 44 57 227 74 204 62 247 68 091

(C) 972 558 958 190

Custos e perdas extraordinários 45 13 258 24 374

(E) 985 816 982 564

Imposto sobre o rendimento do exercício 38 46 149 41 017

(G) 1 031 965 1 023 581

Resultado líquido do exercício - do grupo 89 486 71 700 Resultado líquido do exercício - minoritários ( 1 949) 87 537 ( 590) 71 110

1 119 502 1 094 691

PROVEITOS E GANHOS

Vendas - Produtos 36 1 074 027 1 029 915 Prestações de serviços 36 11 577 1 085 604 19 959 1 049 874

Variação da produção ( 1 301) 3 621 Trabalhos para a própria empresa 1 937 4 825 Proveitos suplementares 2 478 1 946 Subsídios à exploração 680 1 012 Outros proveitos e ganhos operacionais 622 4 416 1 450 12 854

(B) 1 090 020 1 062 728

Ganhos em empresas do grupo e associadas 38 84 Rendimentos de participações de capital 919 3 923 Rendimentos de títulos negociáveis e de outras

aplicações financeiras - outros 243 375 Outros juros e proveitos similares:

Relativos a empresas do grupo 6 662 1 442 Outros 44 9 085 16 947 15 095 20 919

(D) 1 106 967 1 083 647

Proveitos e ganhos extraordinários 45 12 535 11 044

(F) 1 119 502 1 094 691

Resultados operacionais: 191 666 172 629 Resultados financeiros: (D - B) - (C - A) ( 57 257) ( 47 172)Resultados correntes: (D) - (C) 134 409 125 457 Resultados antes de impostos: (F) - (E) 133 686 112 127 Resultado consolidado com interesses minoritários do exercício: (F) - (G) 87 537 71 110 Resultado líquido do exercício após interesses minoritários: 89 486 71 700

As Notas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações financeiras.

2002 2001

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PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, SA

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS POR FUNÇÕES PARA OEXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002

(Montantes expressos em milhares de euros)

Notas 2002 2001

Vendas e prestação de serviços 1 085 604 1 049 874 Custo das vendas e das prestações de serviços 60 ( 746 557) ( 714 026)

RESULTADOS BRUTOS 339 047 335 848

Outros proveitos e ganhos operacionais 6 784 6 708 Custos de distribuição ( 69 054) ( 65 586)Custos administrativos ( 63 528) ( 57 773)Outros custos e perdas operacionais ( 19 673) ( 51 370)

RESULTADOS OPERACIONAIS 60 193 576 167 827

Custo líquido de financiamento ( 58 140) ( 51 945)Ganhos (perdas) em filiais e associadas 741 3 236 Ganhos (perdas) em outros investimentos 112 133 Ganhos (perdas) não usuais 646 117

RESULTADOS CORRENTES 60 136 935 119 368

Impostos sobre os resultados correntes ( 47 156) ( 43 530)

RESULTADOS CORRENTES APÓS IMPOSTOS 89 779 75 838

Resultados extraordinários 60 ( 3 249) ( 7 241)Impostos sobre os resultados extraordinários 1 007 2 513

RESULTADO LÍQUIDO 87 537 71 110

Interesses minoritários 1 949 590

RESULTADO LÍQUIDO - GRUPO 89 486 71 700

RESULTADO POR ACÇÃO * 0,117 0,138

* O número de acções utilizado para o cálculo do resultado por acção relativamente ao exercício de 2002 e 2001 foi de767 500 milhares e de 518 808 milhares, respectivamente, correspondendo ao número médio ponderado das acções emcirculação durante o exercício.

As notas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações financeiras.

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PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, SA

DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA CONSOLIDADOS PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002

(Montantes expressos em milhares de euros)

Notas 2002 2001

ACTIVIDADES OPERACIONAISRecebimentos de clientes 1 106 320 1 072 479 Pagamentos a fornecedores ( 638 867) ( 627 379)Pagamentos ao pessoal ( 100 436) ( 107 543) Fluxos gerados pelas operações 367 017 337 557

(Pagamentos)/recebimentos do imposto sobre o rendimento ( 26 463) ( 83 349)Outros (pagamentos)/recebimentos relativos à actividade operacional ( 10 471) ( 11 604)

Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias 330 083 242 604

Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 3 214 5 300 Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias ( 1 597) ( 7 133) Fluxos das actividades operacionais (1) 331 700 240 771

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 1 796 -Imobilizações corpóreas 3 209 6 741 Subsídios de investimento 197 2 885 Juros e proveitos similares 15 645 14 957 Dividendos 919 3 923

21 766 28 506 Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros ( 231 590) ( 790 406)Imobilizações corpóreas ( 77 393) ( 107 399)Imobilizações incorpóreas - -

( 308 983) ( 897 805)

Fluxos das actividades de investimento (2) ( 287 217) ( 869 299)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 1 142 677 694 300 Aumentos de capital - 332 500

1 142 677 1 026 800

Pagamentos respeitantes a:Empréstimos obtidos ( 933 935) ( 207 831)Amortização de contratos de locação financeira ( 640) ( 1 026)Juros e custos similares ( 67 112) ( 55 885)Dividendos 51 ( 23 025) ( 45 286)

(1 024 712) ( 310 028)

Fluxos das actividades de financiamento (3) 117 965 716 772

VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (1)+(2)+(3) 162 448 88 244

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO EXERCÍCIO 119 494 12 897

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES PROVENIENTES DASOPORCEL E DAS SUAS SUBSIDIÁRIAS - 18 353

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO EXERCÍCIO 59 281 942 119 494

As Notas anexas fazem parte integrante destas Demonstrações financeiras.

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PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, SA NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS RELATIVAS AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002 (Montantes expressos em milhares de euros) NOTA INTRODUTÓRIA A Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA, designação desde Dezembro de 2000 da anterior Portucel Industrial – Empresa Produtora de Celulose, SA (adiante designada por Empresa ou Portucel) é uma sociedade anónima constituída em 31 de Maio de 1993, ao abrigo do Decreto-Lei nº 39/93 de 13 de Fevereiro, como resultado do processo de reestruturação da Portucel – Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SA e de que resultou, também, a Portucel – Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA (adiante designada por Portucel SGPS). A actividade principal da Empresa e das suas subsidiárias (adiante designadas por Grupo PortucelSoporcel ou Grupo e discriminadas nas Notas 1, 2 e 3) consiste na produção e comercialização de pastas celulósicas, papel e seus derivados ou afins, na aquisição de madeiras e produção florestal e agrícola, no corte das florestas e na produção e comercialização de energia eléctrica e energia térmica. Em resultado do processo de aquisição do capital social da Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA (adiante designada por Soporcel) iniciado em Dezembro de 2000 e concluído no primeiro semestre de 2001, a Empresa detém 100% do capital social daquela sociedade (ver Nota 10). A Portucel é uma Sociedade aberta onde o Estado é accionista maioritário por intermédio da Portucel SGPS. No final de 2002 concretizou-se o processo de fusão por incorporação da Papercel - Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA, anterior accionista da Portucel, na Portucel SGPS, passando esta última a deter a maioria do capital da Portucel. Em Janeiro de 2003 o Estado revogou o anterior modelo para a segunda fase do processo de reprivatização da Empresa que tinha sido aprovado em Maio de 2001 (ver Nota 61). As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano Oficial de Contabilidade (POC) para a apresentação de demonstrações financeiras consolidadas. As notas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis ao Grupo PortucelSoporcel ou a sua apresentação não é relevante para a apreciação das demonstrações financeiras consolidadas anexas.

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NOTA 1 – EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO Na sequência da aquisição da Soporcel, as empresas incluídas na consolidação, em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, foram as seguintes:

Percentagem docapital detido

Denominação social Sede Directa Indirecta 2002 2001

Produção de Pasta de Celulose e PapelPortucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA Setúbal ? ?Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA Figueira da Foz 100% - ? ?

Comercialização de Pasta e PapelTecnipapel – Sociedade de Transformação e Distribuição de Papel, Lda Setúbal 100% - ? ?Portucel (UK), Ltd Reino Unido 100% - ? ?Portucel Pasta y Papel, SA Espanha 100% - ? ?Soporcel España, SA Espanha - 100% ? ?Soporcel International, BV Holanda - 100% ? ?Soporcel France, EURL França - 100% ? ?Soporcel United Kingdom, Ltd Reino Unido - 100% ? ?Soporcel Italia, SRL Itália - 100% ? ?Soporcel 2000 - Serviços Comerciais de Papel, Soc. Unipessoal, Lda Figueira da Foz - 100% ? ?Soporcel North America Inc. EUA - 100% ? ?Soporcel Deutschland, GmbH Alemanha - 100% ? -Soporcel Handels, GmbH Austria - 100% ? -

Agro - FlorestalPortucel Florestal – Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, SA Lisboa 60% - ? ?Celpinus – Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, SA Lisboa 60% - ? ?Lazer e Floresta – Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal Imobiliário e Turístico, SA Lisboa 60% - ? ?Aliança Florestal – Sociedade para o Desenvolvimento Agro-Florestal, SA Lisboa 50% 50% ? ?Arboser – Serviços Agro-Industriais, SA Palmela 50% 30% ? ?Emporsil - Empresa Portuguesa de Sivicultura, Lda Lisboa - 100% ? ?Sociedade de Vinhos da Herdade de Espirra - Produção e Comercialização de Vinhos, SA Lisboa - 60% ? ?Viveiros Aliança - Empresa Produtora de Plantas, SA Lisboa - 100% ? -Aflomec - Empresa de Exploração Florestal, SA Lisboa - 100% ? -

Cogeração energéticaSPCG – Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, SA Setúbal 100% - ? ?Enerpulp – Cogeração Energética de Pasta, SA Lisboa 100% - ? ?

OutrosSagitta Trading, SA Lisboa 100% - - ?Setipel – Serviços Técnicos para a Indústria Papeleira, SA Lisboa 100% - ? ?Gespapel – Gestão e Serviços Técnicos Especializados, Lda Lisboa 100% - - ?Empremédia - Corretores de Seguros, Lda Lisboa - 100% ? ?Socortel - Sociedade de Corte de Papel, SA Figueira da Foz 50% 50% ? -

Empresa-mãe

integralConsolidação

As Empresas acima referidas foram incluídas na consolidação pelo método de consolidação integral, com base no estabelecido na alínea a) do nº 1 do artigo 1º do Decreto-Lei nº 238/91 de 2 de Julho.

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A Sagitta Trading, SA e a Gespapel - Gestão e Serviços Técnicos Especializados, Lda, foram liquidadas pelo que deixaram de fazer parte do perímetro de consolidação. As entidades que passaram a fazer parte do perímetro de consolidação em 31 de Dezembro de 2002 pela primeira vez correspondem a empresas constituídas pelo Grupo. NOTA 2 – EMPRESAS EXCLUÍDAS DA CONSOLIDAÇÃO As empresas não consolidadas pelo método da consolidação integral ou proporcional, suas sedes sociais e a proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, são as seguintes:

Denominação social Sede Directa Indirecta Total 2002 2001

Portucel International Trading, SA Luxemburgo 80% - 80% ? ?Sacocel - Sociedade Produtora de Embalagens e Sacos de Papel, Lda Lisboa 100% - 100% ? ?Portucel Brasil Brasil 99% - 99% ? ?PortucelSoporcel Papel - Sales e Marketing, ACE Figueira da Foz 50% 50% 100% - -MICEP - Manutenção Industrial de Celulose e Papel, ACE Setúbal - 50% 50% - -Cutpaper - Transformação, Corte e Embalagem de Papel, ACE Figueira da Foz - 50% 50% - -

EquivalênciaPercentagem do capital detido patrimonial

Estas empresas não foram consolidadas pelo método da consolidação integral ou proporcional, mas esse efeito é considerado materialmente irrelevante para a apresentação de uma imagem fiel e verdadeira da situação financeira e resultados das operações do Grupo (nº 1 do Artigo 4º do Decreto-Lei nº 238/91, de 2 de Julho). Estas participações encontram-se registadas na rubrica partes de capital em empresas do grupo, valorizadas pelo método da equivalência patrimonial. Em 2001 foi constituído pela Setipel, juntamente com outra empresa, um Agrupamento Complementar de Empresas (ACE) designado MICEP - Manutenção Industrial de Celulose e Papel, ACE, tendo por objectivo a aquisição dos serviços necessários à prestação de serviços de manutenção aos centros fabris da Portucel. Em 2002 foram constituídos outros dois ACE's. O PortucelSoporcel Papel - Sales e Marketing, ACE formado pela Portucel e pela Soporcel, com o objectivo de integrar a função comercial da actividade industrial do papel das duas empresas e o Cutpaper - Transformação, Corte e Embalagem de Papel, ACE formado pela Socortel juntamente com outra empresa, com o objectivo de desenvolver actividades de corte, embalagem, armazenagem e expedição de papel no centro fabril da Soporcel. Por representarem um efeito não materialmente relevante, a parte correspondente do Grupo nos activos e passivos e nos custos e proveitos destas entidades não foi incluída nas presentes demonstrações financeiras.

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NOTA 3 – EMPRESAS ASSOCIADAS As Empresas associadas, suas respectivas sedes e a proporção do capital detido em 2002 e 2001 são como segue:

Empresa Sede 2002 2001

Controlled Sport (Portugal) - Turismo, Cinegética e Castelo Agricultura, SA Branco - 41.16%

Proporção docapital detido

A participação na Controlled Sport (Portugal) - Turismo, Cinegética e Agricultura, SA foi alienada em 2002. NOTA 7 – NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL Durante os exercícios de 2002 e de 2001, o número médio de pessoas ao serviço do Grupo PortucelSoporcel foi o seguinte:

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Empresa 2002 2001

Portucel 1 150 1 208Soporcel e suas subsidiárias 981 999Aliança Florestal 95 137Arboser 49 43Portucel Florestal 41 63SPCG 17 18Aflomec 13 -Viveiros Aliança 8 -Portucel Pasta y Papel 4 5Portucel (UK) 5 5Socortel 3 -Lazer e Floresta 2 2Sociedade de Vinhos da Espirra 1 -Gespapel - 3Sagitta - 2

2 369 2 485

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NOTA 10 – DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO Em Dezembro de 2000 a Empresa adquiriu à Arjo Wiggins Appleton, p.l.c. a participação de 40% que esta empresa detinha no capital social da Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, SA. Em Dezembro de 2000, foi ainda celebrado um contrato promessa de compra e venda, com a Papercel - Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA (ver Nota 1) para a aquisição da participação de 40% detida por esta entidade no capital social da Soporcel, pelas mesmas condições do contrato realizado com a Arjo Wiggins Appleton, p.l.c. acima referido.

No contexto das operações referidas acima e em condições e pressupostos rigorosamente idênticos, foi ainda em Dezembro de 2000 feito o anúncio preliminar da Oferta Pública de Aquisição (OPA) global e obrigatória, sobre o restante capital social da Soporcel que previa desde logo a aquisição potestativa das acções remanescentes, caso a OPA garantisse mais de 90% dos direitos de voto. A OPA foi concluída em Maio de 2001 e executada a aquisição potestativa de 0,6% do capital, passando a Portucel a deter 100% do capital social da Soporcel. O custo de aquisição dos 100% do capital social da Soporcel foi de €1 154 842 milhares.

Em consequência do referido acima, as diferenças de consolidação apuradas correspondem ao diferencial verificado entre o custo de aquisição da participação de 100% do capital social da Soporcel e os correspondentes capitais próprios à data de referência da primeira consolidação reportada a 1 de Janeiro de 2001, ajustado pelo efeito da atribuição do justo valor dos activos imobilizados da Soporcel. As diferenças de consolidação estão a ser amortizadas por um período de 25 anos, que foi definido como o mais adequado tendo em conta a vida útil remanescente dos seus principais equipamentos. Em 31 de Dezembro de 2002 o saldo das diferenças de consolidação corresponde ao montante líquido de €393 881 milhares, após dedução da respectiva amortização acumulada no montante de €34 251 milhares. NOTA 15 – CONSISTÊNCIA NA APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS

VALORIMÉTRICOS São consistentes os principais critérios de valorimetria seguidos pelas empresas do Grupo incluídas na consolidação, descritos na Nota 23.

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NOTA 18 – CRITÉRIOS DE CONTABILIZAÇÃO DAS PARTICIPAÇÕES EM ASSOCIADAS As participações em empresas associadas são registadas pelo método da equivalência patrimonial tendo sido inicialmente contabilizadas pelo custo de aquisição. Este é acrescido ou reduzido da diferença para o valor correspondente à proporção dos capitais próprios dessas empresas, reportados à data de aquisição ou da primeira aplicação do método da equivalência patrimonial. Esta diferença é registada por contrapartida da rubrica de ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas no capital próprio. De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são ajustadas anualmente pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das associadas por contrapartida de ganhos ou perdas financeiros do exercício. Adicionalmente, os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma redução no saldo da rubrica de investimentos financeiros. NOTA 21 – COMPROMISSOS FINANCEIROS ASSUMIDOS a) Complemento de pensões de reforma e sobrevivência Presentemente, coexistem diversos planos de complemento de pensões de reforma e de sobrevivência no conjunto das empresas consolidadas. (i) Nos termos do Regulamento dos Benefícios Sociais em vigor, os empregados do quadro

permanente da Portucel e das suas subsidiárias (com exclusão da Soporcel e das suas subsidiárias), com mais de cinco anos de serviço têm direito após a passagem à reforma ou em situação de invalidez, a um complemento mensal de pensão de reforma ou de invalidez (Plano Portucel). Esse complemento está definido de acordo com uma fórmula que tem em consideração a remuneração mensal ilíquida actualizada para a categoria profissional do empregado à data da reforma e o número de anos de serviço, no máximo de 30, sendo ainda garantidas pensões de sobrevivência ao cônjuge e a descendentes directos.

Para cobrir esta responsabilidade, foi constituído um fundo de pensões autónomo denominado Fundo de Pensões Portucel, gerido por entidade externa.

(ii) Os colaboradores da Soporcel e empresas suas participadas têm direito após a

passagem à reforma ou em situação de invalidez, a um complemento mensal de pensão

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de reforma ou de invalidez, e ainda, são garantidas pensões de sobrevivência (Plano Soporcel).

Para cobrir esta responsabilidade, foram constituídos fundos de pensões autónomos, geridos por entidade externa, estando os activos dos fundos repartidos por cada uma das empresas.

Os estudos actuariais desenvolvidos por entidade independente, com referência a 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, para efeitos de apuramento nessas datas das responsabilidades acumuladas tiveram por base os seguintes pressupostos:

31 de Dezembro de 2002 31 de Dezembro de 2001Plano Plano Plano Plano

Portucel Soporcel Portucel Soporcel

Tábuas de mortalidade TV 73/77 TV 73/77 TV 73/77 TV 73/77Tábuas de invalidez EKV-80-Suíça EKV-80-Suíça EKV-80-Suíça EKV-80-SuíçaTaxa de desconto 6% 4% 6% 4%Taxa de crescimento dos salários 3% 4% 3% 4%Taxa de crescimento das pensões 2% 2% 2% 2%Taxa de rendimento 6% 6% 6% 6% Em 31 de Dezembro de 2002 a cobertura das responsabilidades das empresas pelos activos dos Fundos, era como segue:

31 de Dezembro de 2002 31 de Dezembro de 2001Plano Plano Plano Plano

Portucel Soporcel Portucel SoporcelResponsabilidade por serviços passados:

Colaboradores no activo e pré-reformados 29 365 33 894 28 027 30 498 Colaboradores reformados 5 226 12 067 4 294 11 095

(A) 34 591 45 961 32 321 41 593

Valor do Fundo afecto à cobertura das responsabilidades (B) 31 272 37 699 33 795 36 109

Excesso/(insuficiência) de cobertura ( 3 319) ( 8 262) 1 474 ( 5 484)

Saldo acumulado dos (Ganhos)/perdas actuariaisnão imputados a resultados ("corridor") 1 313 2 896 2 140 3 556

Excesso/(insuficiência) de cobertura (Nota 57) ( 2 006) ( 5 366) 3 614 ( 1 928)

Percentagem de cobertura (B)/(A) 90% 82% 105% 87%

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Conforme referido na Nota 23 h), a Empresa adopta como política contabilística para reconhecimento das suas responsabilidades com estes complementos, os critérios consagrados pela Directriz Contabilística nº 19. Adicionalmente, para efeitos do inerente registo contabilístico, no exercício de 2001, o Grupo passou a adoptar a metodologia de "corridor" prevista na Norma Internacional de Contabilidade nº 19, segundo a qual, os ganhos e perdas actuariais apurados só terão reflexo nos resultados do exercício na medida em que, no início do período, o seu valor acumulado ultrapasse (i) 10% do valor dos Fundos afectos à cobertura das responsabilidades das empresas do Grupo, ou (ii) 10% do valor das responsabilidades por serviços passados, dos dois o mais elevado. Nos exercícios em que o valor acumulado dos ganhos e perdas actuariais ainda não reflectido em resultados ultrapassar os limites acima referidos, o valor inicial em excesso será imputado a resultados em função do número médio de anos de trabalho remanescente para os trabalhadores integrados nos planos. Em consequência, no exercício de 2002 foi registado (i) a débito €2 352 milhares na rubrica de custos diferidos, (ii) a crédito €11 410 milhares na rubrica de acréscimos de custos, relativos à variação do excesso da cobertura no valor do Fundo de Pensões face ao valor das responsabilidades por serviços passados e (iii) a crédito €5 851 milhares na rubrica de caixa e bancos relativo às dotações efectuadas no exercício para o fundo, e (iv) a débito €14 909 milhares na rubrica de custos com pessoal. O valor registado a débito na rubrica de custos com o pessoal tem a seguinte composição:

DR/(CR)Plano Plano

Portucel Soporcel Total

Custo com os serviços correntes 1 710 2 421 4 131 Custo financeiro 1 938 3 333 5 271 Rendimento dos activos do Plano 2 539 3 170 5 709 Transferências e ajustamentos ( 297) 95 ( 202)

5 890 9 019 14 909

b) Compromissos de compra Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, a Portucel tinha assumido compromissos com fornecedores no montante de €36 000 milhares e €13 277 milhares, respectivamente, para a aquisição de bens para o imobilizado corpóreo.

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NOTA 22 – GARANTIAS PRESTADAS Em 31 de Dezembro de 2002 o Grupo tinha assumido responsabilidades por garantias bancárias prestadas no montante de €4 504 milhares (2001: €18 755 milhares) principalmente a favor de alfândegas e de entidades relacionadas com a atribuição de subsídios ao investimento. NOTA 23 – BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS PRINCÍPIOS

CONTABILÍSTICOS E CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS Bases de apresentação As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas indicadas na Nota 1, mantidos de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites, tendo-se utilizado os procedimentos de consolidação a seguir descritos. Procedimentos de consolidação A consolidação das empresas referidas na Nota 1, efectuou-se pelo método da consolidação integral. As transacções e saldos significativos entre as empresas foram eliminados no processo de consolidação. O valor correspondente à participação de terceiros nas empresas subsidiárias é apresentado no balanço na rubrica interesses minoritários. Os investimentos financeiros representativos de partes de capital em empresas associadas encontram-se valorizados no balanço consolidado, pelo método da equivalência patrimonial. Os investimentos financeiros representativos de partes de capital em empresas participadas em menos de 20%, foram valorizados ao mais baixo de entre o custo de aquisição e o seu valor estimado de realização. Os dividendos distribuídos são reconhecidos como proveitos no exercício em que é tomada a decisão de distribuição de dividendos. Principais critérios valorimétricos Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras consolidadas foram os seguintes:

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a) Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas são constituídas basicamente por despesas associadas a estudos, projectos de investigação e outros considerados relevantes para o desenvolvimento das actividades no futuro. Estas despesas, excluindo as que se encontram em curso e as diferenças de consolidação (ver Nota 10), são amortizadas pelo método das quotas constantes ao longo de um período de entre três a cinco anos. Pela sua reduzida expressão a diferença de aquisição apurada aquando da aquisição da Papéis Inapa, SA e subsidiárias foi na sequência da operação de fusão efectuada em 2000, reflectida nos capitais próprios da Empresa. Adicionalmente, na rubrica de Propriedade industrial e outros direitos estão registadas despesas relacionadas com a comparticipação no ramal ferroviário situado junto das instalações fabris da Soporcel na Figueira da Foz, que serão utilizadas em condições mais favoráveis durante um período de 10 anos. Assim, estas despesas são amortizadas pelo método das quotas constantes durante aquele período. b) Imobilizações corpóreas As imobilizações corpóreas são originalmente registadas ao custo de aquisição, reavaliado de acordo com as disposições legais. O valor das imobilizações transferidas em 31 de Maio de 1993 (data de constituição da Empresa e da Portucel Florestal - ver Nota Introdutória), foi determinado com base em avaliação efectuada por entidade especializada. Conforme referido na Nota 10, no contexto da operação de compra do capital da Soporcel o seu imobilizado corpóreo foi reavaliado para o justo valor em 1 de Janeiro de 2001, com base em avaliação independente efectuada por uma entidade especializada. As amortizações são calculadas, pelo método das quotas constantes, a partir da data de entrada em funcionamento dos bens, utilizando de entre as taxas permitidas pela legislação fiscal em vigor, as que permitam a reintegração do imobilizado, durante a sua vida útil estimada. As taxas de amortização utilizadas correspondem às seguintes vidas úteis médias estimadas:

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Anos médios de vida útil Recursos naturais 14 Edifícios e outras construções 12 – 30 Equipamento básico 6 – 25 Equipamento de transporte 5 - 9 Ferramentas e utensílios 2 - 8 Equipamento administrativo 4 - 8 Taras e vasilhames 6 Outras imobilizações corpóreas 4 - 10 Os encargos com reparações e manutenção de natureza corrente são registados na demonstração de resultados do exercício em que são incorridos. Os custos associados às reparações programadas dos centros fabris, que ocorrem com intervalos de cerca de dezoito meses, são imputados à demonstração de resultados em base duodecimal ao longo desse período. As reparações que aumentam a utilidade económica dos activos imobilizados são registadas como imobilizações corpóreas e amortizadas durante a vida útil remanescente dos mesmos. c) Contratos de locação financeira Os bens adquiridos em regime de locação financeira encontram-se relevados na situação patrimonial como estabelece a Directriz Contabilística nº 25, emanada da Comissão de Normalização Contabilística. Assim, (i) o valor dos bens é registado em imobilizado corpóreo sendo depreciado em conformidade com a vida útil esperada e (ii) a responsabilidade para com terceiros, pela parte de capital incluída nas rendas vincendas, é evidenciada no passivo. d) Existências Florestas As florestas encontram-se classificadas na rubrica produtos e trabalhos em curso, essencialmente a longo prazo, excluindo os terrenos que são classificados nas imobilizações corpóreas. As florestas transferidas em 31 de Maio de 1993 (data da constituição da Portucel Florestal - ver Nota Introdutória), encontram-se registadas ao custo reavaliado, com base em avaliação efectuada por uma entidade especializada, deduzido do montante atribuído à madeira cortada. O custo das florestas adquiridas ou com as plantações efectuadas após aquela data e os custos

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incorridos com o desenvolvimento, conservação e manutenção das florestas são incluídos no valor destas. O custo da madeira é transferido para custo de produção quando a madeira é cortada. Os cortes de madeira própria são valorizados ao custo específico de cada mata, atribuído a cada corte, o qual inclui os custos totais incorridos em cada mata, desde o último corte. Outras matérias-primas, subsidiárias e de consumo e mercadorias As outras matérias-primas, subsidiárias e de consumo e mercadorias encontram-se valorizadas ao custo médio de aquisição, que inclui o preço de factura e todas as despesas até à sua entrada em armazém, o qual é inferior ao respectivo valor de mercado. Como método de valorização das saídas ou consumos é utilizado o custo médio. Produtos acabados e intermédios e outros produtos e trabalhos em curso Os produtos acabados e intermédios e produtos e trabalhos em curso, que não as florestas, encontram-se valorizados ao custo médio mensal de produção acumulado, que inclui o custo da matéria-prima incorporada, mão-de-obra directa e gastos gerais de fabrico. Como método de valorização das saídas ou consumos é utilizado o custo médio. e) Provisão para depreciação de existências e para créditos de cobrança duvidosa É constituída provisão para depreciação de existências pela diferença entre (i) o custo de produção dos produtos acabados e intermédios (ii) o custo de aquisição das matérias primas e mercadorias e o valor de realização estimado, sempre que este seja inferior aos primeiros. A provisão para créditos de cobrança duvidosa é calculada tendo por base os riscos previstos de cobrança no final de cada ano. f) Títulos negociáveis Os títulos negociáveis são registados ao mais baixo de entre o custo de aquisição ou o esperado valor de realização. Os juros auferidos são reconhecidos como proveitos no exercício a que se referem e os dividendos distribuídos são reconhecidos como proveitos no exercício em que é tomada a decisão de distribuição dos dividendos. g) Especialização de exercícios As Empresas do Grupo registam as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização dos exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em

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que são geradas independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos. h) Complemento de pensões de reforma e sobrevivência As empresas incluídas na consolidação adoptam como política contabilística para reconhecimento das suas responsabilidades por estes complementos, os critérios consagrados pela Directriz Contabilística nº 19, emanada da Comissão de Normalização Contabilística. Adicionalmente, em 2001 o Grupo passou a adoptar para efeitos do inerente registo contabilístico, a metodologia de "corridor" conforme disposto na Norma Internacional de Contabilidade nº 19 (ver Nota 21 a)). i) Encargos com pré-reformas A Empresa e a Portucel Florestal, assumiram a responsabilidade pelo pagamento de pré-reformas, nos termos de acordos celebrados com diversos empregados, até ao momento da sua passagem à reforma pela Segurança Social. Estes pagamentos mensais correspondem a uma parte do salário do empregado à data da pré-reforma. O valor actual das responsabilidades por pagamentos futuros de pré-reformas é determinado por cálculo actuarial e registado como custo do exercício em que se celebra o acordo de pré-reforma. No final de cada exercício é actualizado o cálculo actuarial das responsabilidades e ajustado, através da demonstração de resultados do exercício, o saldo da rubrica acréscimos de custos. j) Indemnizações pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho Os encargos associados a indemnizações a trabalhadores pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho são registados, como custo extraordinário, no exercício em que o respectivo acordo é concluído. k) Subsídios atribuídos para financiamento de imobilizações corpóreas Os subsídios recebidos a fundo perdido para o financiamento de imobilizações corpóreas estão registados em balanço na rubrica de proveitos diferidos para posterior reconhecimento na demonstração dos resultados de cada exercício, proporcionalmente às amortizações das imobilizações corpóreas subsidiadas. A parcela de subsídio reconhecido como proveito no exercício, bem como as correspondentes amortizações, integram os resultados extraordinários do exercício.

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l) Subsídios à exploração À subsidiária Soporcel foi atribuído um incentivo fiscal traduzido pela redução à colecta do IRC dos exercícios de 1998 a 2007 de determinados montantes apurados e escalonados em função do esforço com investimentos industriais que para o efeito foram considerados elegíveis (ver Nota 38). Os subsídios atribuídos sobre a forma de incentivo fiscal durante um período pré-determinado são reconhecidos na demonstração de resultados no período em que se verifica a redução da carga fiscal. m) Subsídios recebidos para a exploração florestal Os subsídios recebidos a fundo perdido para o financiamento da reflorestação e da melhoria das condições de produção das florestas em crescimento, são diferidos na rubrica de proveitos diferidos para posterior reconhecimento na demonstração dos resultados durante um período de 10 anos e de 5 anos, respectivamente. n) Transacções em moeda estrangeira As transacções em moeda estrangeira são convertidas em euros aos câmbios vigentes à data da operação. As diferenças de câmbio realizadas no exercício, bem como as potenciais apuradas nos saldos existentes na data do balanço por referência às paridades vigentes nessa data, integram os resultados correntes do exercício. o) Imposto sobre o rendimento O encargo com o imposto sobre o rendimento é apurado tendo em consideração as disposições do Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC). O Grupo adopta, de acordo com o disposto na Directriz Contabilística nº 28, o conceito de contabilização de impostos diferidos (ver Nota 38). NOTA 27 – MOVIMENTO DO ACTIVO IMOBILIZADO Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, o movimento ocorrido no valor bruto das imobilizações incorpóreas, imobilizações corpóreas e investimentos financeiros, bem como nas respectivas amortizações acumuladas, foi o seguinte:

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Transfe-rências e

Saldo Alienações regula- Saldoinicial Aumentos e abates rizações final

Imobilizações incorpóreas:Despesas de instalação 38 790 - ( 95) 941 39 636 Despesas de investigação e desenvol- vimento 39 730 257 - 1 833 41 820 Propriedade industrial e outros direitos 2 088 - - 15 2 103 Diferenças de consolidação 428 132 - - - 428 132 Imobilizações em curso 4 610 5 372 - ( 2 840) 7 142

513 350 5 629 ( 95) ( 51) 518 833

Imobilizações corpóreas:Terrenos e recursos naturais 135 409 75 ( 1 850) 189 133 823 Edifícios e outras construções 357 516 347 ( 6) 4 120 361 977 Equipamento básico 2 079 173 5 409 ( 1 128) 44 618 2 128 072 Equipamento de transporte 35 035 1 035 ( 2 604) 849 34 315 Ferramentas e utensílios 3 485 57 ( 5) 149 3 686 Equipamento administrativo 29 445 682 ( 601) 1 149 30 675 Taras e vasilhame 163 332 ( 138) - 357 Outras imobilizações corpóreas 11 773 194 ( 877) 91 11 181 Imobilizações em curso 60 465 42 048 - ( 47 203) 55 310 Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas 3 384 11 308 - ( 3 844) 10 848

2 715 848 61 487 ( 7 209) 118 2 770 244

Investimentos financeiros:Partes de capital em empresas do grupo 1 748 - ( 1 177) - 571 Empréstimos a empresas do grupo 92 - - - 92 Partes de capital em empresas associadas 908 - ( 897) - 11 Empréstimos a empresas associadas 310 - ( 310) - -Títulos e outras aplicações financeiras 26 286 634 ( 16) - 26 904 Outros empréstimos concedidos - 25 - - 25

29 344 659 ( 2 400) - 27 603

3 258 542 67 775 ( 9 704) 67 3 316 680

Activo bruto

Os movimentos verificados no exercício nas rubricas de partes de capital em empresas do Grupo resultaram essencialmente da aplicação do método da equivalência patrimonial na valorização das participações e da inclusão na consolidação da Viveiros Aliança - Empresa Produtora de Plantas, SA e da Aflomec - Empresa de Exploração Florestal, SA (ver Notas 1, 2 e 27 a)). A redução verificada em partes de capital em empresas associadas resulta da alienação da Controlled Sport (Portugal) Turismo, Cinegética e Agricultura, SA.

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Saldo Regula- Saldoinicial Aumentos rizações final

Imobilizações incorpóreas:Despesas de instalação 30 454 4 631 ( 93) 34 992Despesas de investigação e desenvolvimento 23 744 7 458 - 31 202Propriedade industrial e outros direitos 1 675 226 - 1 901Diferenças de consolidação 17 125 17 126 - 34 251

72 998 29 441 ( 93) 102 346

Imobilizações corpóreas:Terrenos e recursos naturais 93 34 - 127Edifícios e outras construções 137 200 17 140 ( 72) 154 268Equipamento básico 1 189 160 93 354 ( 828) 1 281 686Equipamento de transporte 18 741 3 049 ( 2 192) 19 598Ferramentas e utensílios 2 923 258 ( 4) 3 177Equipamento administrativo 21 921 3 071 ( 596) 24 396Taras e vasilhame 70 90 ( 58) 102Outras imobilizações corpóreas 7 131 1 391 ( 535) 7 987

1 377 239 118 387 ( 4 285) 1 491 341

1 450 237 147 828 ( 4 378) 1 593 687

Amortizações acumuladas

As amortizações do exercício ascenderam a €147 828 milhares tendo €3 567 milhares sido reclassificados para a rubrica de custos extraordinários, dos quais €2 717 milhares de acordo com o critério referido na Nota 23 k) (ver Nota 45). a) A composição em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001 da rubrica de investimentos

financeiros em empresas do grupo e associadas e a principal informação financeira sobre essas empresas do grupo e associadas sumariza-se como segue:

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Parte doresultado

Total do Capitais Resultado % de líquido 2001Sede activo próprios líquido participação apropriado Inv. Fin. Provisão Inv. Fin.

Empresas do grupo:Portucel International Trading, SA (a) Luxemburgo 1 405 455 ( 13) 80.00% 38 364 - 326

Sacocel - Sociedade Produtora de Embalagens e Sacos de Papel, Lda (b) Lisboa 2 079 207 144 100.00% - 207 - 207

Portucel Brasil Brasil 810 ( 74) 231 99.00% ( 215) - ( 74) 215

Viveiros Aliança, SA (d) Lisboa - - - - - - - 500

Aflomec, SA (d) Lisboa - - - - - - - 500

( 177) 571 ( 74) 1 748

Empresas associadas:Controlled Sport (Portugal) Turismo, Castelo Cinegética e Agricultura, SA Branco - - - - - - - 896

TASC - Tecnologia de Automação Sistemas e Controlo, Lda (c) Setúbal - - - - - 11 - 12

- 11 - 908

2002Empresa

Valor de balanço

(a) Demonstrações financeiras ainda não aprovadas reportadas a 31 de Dezembro de 2001 (b) Demonstrações financeiras aprovadas reportadas a 31 de Dezembro de 2000 (c) Demonstrações financeiras não disponíveis (d) Empresas que passaram a consolidar pelo método integral

b) Os empréstimos concedidos a empresas do grupo referem-se em 31 de Dezembro de

2002 a um empréstimo concedido à Sacocel – Sociedade de Produtos de Embalagens e Sacos de Papel, Lda no montante de €92 milhares (2001: €92 milhares). Este empréstimo não vence juros nem tem prazo de reembolso definido. Em 31 de Dezembro de 2001 na rubrica de empréstimos a associadas encontrava-se registado um empréstimo à Controlled Sport (Portugal) Turismo, Cinegética e Agricultura, SA pelo montante de €301, entretanto liquidado em resultado da alienação da participação que a Portucel detinha naquela empresa.

c) A rubrica títulos e outras aplicações financeiras inclui principalmente (i) €3 282 milhares

respeitantes à participação de 94% do Grupo no capital do Raíz – Instituto de Investigação da Floresta e Papel, cujo objecto social não visa o desenvolvimento de actividades com fins lucrativos, (ii) €22 201 milhares relativos ao custo de aquisição de 8% do capital da ENCE – Empresa Nacional de Celulose, SA, empresa espanhola produtora de pasta celulósica, que em 31 de Dezembro de 2002 correspondia a 2 037 600 acções e (iii) €1 338 milhares referente à participação de 1,27% no capital da Expresso Paper Platform B.V., empresa constituída em 25 de Maio de 2001, e que tem por objecto social disponibilizar e promover os meios necessários para a realização de transacções automáticas entre os agentes da indústria do papel, incluindo produtores, distribuidores e clientes finais (2001: €712 milhares).

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d) A repartição das imobilizações corpóreas e em curso (incluindo os adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas), em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001 por actividades, é como segue:

2002 2001

Produção de pasta 1 614 267 1 390 119 Produção de papel 984 409 916 691 Produção florestal 105 206 90 574 Actividades auxiliares e comuns 66 362 318 464

2 770 244 2 715 848

NOTA 36 – INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS O Grupo PortucelSoporcel encontra-se organizado em três áreas, uma associada à produção de pasta de papel, outra à produção de papel de impressão e escrita e outra à produção de madeira. Estas três áreas são a base para o relato da informação segmental principal da Empresa. A pasta de papel é produzida em três fábricas, localizadas em Setúbal, Cacia e Figueira da Foz e o papel é produzido em Setúbal e na Figueira da Foz, em fábricas localizadas junto das fábricas de pasta de papel. A produção interna de madeira é efectuada em florestas plantadas em terrenos próprios e arrendados situados em território nacional. A madeira produzida é essencialmente consumida na produção de pasta de papel. Na produção de papel é consumida uma parte significativa da produção própria de pasta. As vendas de ambos os produtos (pasta e papel) destinam-se essencialmente ao mercado externo.

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A informação financeira de 2002 relativa a segmentos de negócio é a seguinte:

ELIMI-FLORESTA PASTA P A P E L O U T R O S N A Ç Õ E S TOTAL

R É D I T O S

Vendas e prestações de serviços - Externas 2 740 270 615 793 322 18 927 - 1 085 604 Vendas e prest. de serviços - Intersegmental 38 234 176 967 - 27 468 ( 242 669) - Réditos totais 4 0 9 7 4 4 4 7 5 8 2 7 9 3 3 2 2 4 6 3 9 5 ( 242 669) 1 0 8 5 6 0 4

R E S U L T A D O S

Resultados segmentais ( 4 838) 7 3 2 3 6 1 4 5 8 7 8 9 3 8 8 - 2 2 3 6 6 4 Custos não imputados - - - ( 30 088) - ( 30 088) Resultados operacionais * ( 4 838) 7 3 2 3 6 1 4 5 8 7 8 ( 20 700) - 1 9 3 5 7 6 Custo de financiamento ( 1 460) ( 26 958) ( 44 339) ( 449) - ( 73 206) Proveitos financeiros - 3 311 11 755 - - 15 066 Ganhos (perdas) em filiais e associadas - - 741 - - 741 Outros ganhos (perdas) 758 - - - 758 Impostos sobre os lucros 1 291 12 ( 50 269) 2 817 - ( 46 149) Resultados de act ividades segmentais ( 4 249) 4 9 6 0 1 6 3 7 6 6 ( 18 332) - 9 0 7 8 6 Resultados extraordinários * ( 1 782) ( 87) ( 332) ( 1 048) - ( 3 249) Resultados l íquidos ( 6 031) 4 9 5 1 4 6 3 4 3 4 ( 19 380) - 8 7 5 3 7 Interesses minoritários 1 949 - - - 1 949 Resultados l íquidos do Grupo ( 4 082) 4 9 5 1 4 6 3 4 3 4 ( 19 380) - 8 9 4 8 6

O U T R A S I N F O R M A Ç Õ E S

Activos do segmento 416 994 841 585 1 035 555 126 078 - 2 420 212 Investimentos financeiros 3 282 22 202 2 119 - - 27 603 Activos da Empresa não Imputados - - - 281 942 - 281 942 Activos totais consolidados 2 7 2 9 7 5 7 Passivos do segmento 43 292 666 587 702 611 174 602 - 1 587 092 Passivos da Empresa não Imputados - - - 5 456 - 5 456 Passivos totais consol idados 1 5 9 2 5 4 8 Dispêndio de Capital Fixo 2 055 23 700 40 458 904 - 67 117 Depreciações ( 1 572) ( 42 714) ( 95 957) ( 4 018) - ( 144 261)

* Apresentação conforme demonstração dos resultados por funções (ver Nota 60) A informação relativa à distribuição das vendas e das prestações de serviços de 2002 por mercados geográficos é a seguinte:

PASTA PAPEL TOTAL

Vendas e prestações de serviços: Alemanha 72 655 104 714 177 369 Espanha 44 962 113 354 158 316 França 32 068 122 582 154 650 Grã-Bretanha 20 325 88 714 109 039 Itália 18 712 88 723 107 435 Portugal 11 450 76 523 87 973 Holanda 22 619 32 130 54 749 Outros 47 824 166 582 214 406

270 615 793 322 1 063 937

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NOTA 38 - IMPOSTOS As empresas incluídas na consolidação são tributadas individualmente, sendo o Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) auto-liquidado por cada uma das empresas. De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais dessas empresas estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de 4 anos. Contudo, no caso de serem apresentados prejuízos fiscais, estes podem ser sujeitos a revisão pelas autoridades fiscais por um período de 10 anos. A Administração da Empresa entende que as correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não deverão ter um efeito significativo nas demonstrações financeiras consolidadas em 31 de Dezembro de 2002. O encargo com o imposto sobre o rendimento apurado no exercício de 2002, no montante de €46 149 milhares (2001: €41 017 milhares), encontra-se ajustado pelo efeito do imposto diferido gerado pelas diferenças temporais abaixo referidas, no montante de €903 milhares, credor (2001: €3 670 milhares) (ver Nota 23 o)).

Demonstraçãodos

Imposto Imposto resultadosdiferido diferido Impostoactivo passivo sobre o

(Nota 57) (Nota 57) rendimento

Saldo em 1 de Janeiro de 2002 7 921 ( 88 957) -

Encargos com amortização e grandes reparações na Soporcel com diferente tratamento contabilístico e fiscal nas contas sociais e consolidadas (ver Nota 10) - ( 4 841) 4 841

Variação no exercício de provisões para outros riscos e encargos tributadas ( 326) - 326

Prejuízos/benefícios fiscais das empresas do grupodedutíveis em exercícios futuros 658 - ( 658)

Variação na cobertura líquida das responsabilidades com pensões de reforma no exercício de 2002 1 717 1 319 ( 3 036)

Acréscimo das amortizações do exercício originadas por reavaliações, não aceite fiscalmente - 2 432 ( 2 432)

Outros 2 ( 58) 56

9 972 ( 90 105) ( 903)

Imposto corrente 47 052

Imposto sobre o rendimento 46 149

Balanço

DR/(CR)

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Adicionalmente, o encargo com o imposto sobre o rendimento registado, encontra-se (i) reduzido por uma dedução à colecta, no montante de €2 921 milhares (em 2001: €3 912 milhares), correspondente ao incentivo fiscal definido para o exercício de 2002, concedido pelo Estado Português à Soporcel no âmbito do projecto de que resultou a instalação da segunda máquina de papel (ver Nota 23 l)) e (ii) aumentado pelo efeito quantificado em €5 651 milhares relativo à amortização das diferenças de consolidação não aceite fiscalmente. Esta duas situações explicam a diferença apurada entre a taxa efectiva e teórica do IRC aplicável ao exercício de 2002. Na sequência do apuramento em 2002 do valor final do investimento, que é inferior ao valor inicialmente previsto e utilizado em exercícios anteriores para o cálculo do incentivo fiscal a deduzir, foi efectuada uma correcção à declaração fiscal de 2001 da Soporcel no valor de €991 milhares. Ascende a €2 453 milhares a diferença entre o valor do incentivo fiscal deduzido provisoriamente até ao exercício de 2000 e aquele que seria dedutível com base no valor final do investimento. Esta diferença será compensada em base sistemática, nas deduções do incentivo a efectuar até ao exercício de 2007 ascendendo a €1 561 milhares a parcela por regularizar em 31 de Dezembro de 2002. Em 31 de Dezembro de 2002 o incentivo fiscal ainda por utilizar, ascende a €10 222 milhares. NOTA 39 – REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais da Empresa-mãe nos exercícios de 2002 e de 2001, foram respectivamente:

2002 2001

Conselho de Administração 220 604 Fiscal Único 45 40 Conselho de Impacte Ambiental 3 1 Assembleia Geral 1 1

269 646

Adicionalmente, a Empresa suportou custos no montante de €529 milhares (2001: €473 milhares) debitados pela Portucel SGPS e registados na rubrica de fornecimentos e serviços externos, como comparticipação pelas remunerações pagas aos Administradores que desempenham funções em ambas as empresas.

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NOTA 41 – CRITÉRIOS DE REAVALIAÇÃO DO IMOBILIZADO As imobilizações corpóreas adquiridas até 31 de Dezembro de 1997 pela Portucel, pela Arboser e pela Portucel Florestal foram reavaliadas em 1998, de acordo com os critérios estabelecidos no Decreto-Lei nº 31/98, de 11 de Fevereiro, gerando reservas de reavaliação no montante de €44 688 milhares (ver Nota 51). Os bens pertencentes à Soporcel adquiridos até 31 de Dezembro de 1996, foram objecto de reavaliação, sempre que aplicável, nos termos fixados nos Decretos-Lei nºs 118B/86 de 27 de Maio, 111/88 de 2 de Abril, 49/91 de 25 de Janeiro, 264/92 de 24 de Novembro e 31/98 de 11 de Fevereiro. O imobilizado corpóreo da Soporcel foi ainda reavaliado com base em avaliação independente efectuada por entidade especializada (ver Nota 23 b)). NOTA 42 – EFEITO DAS REAVALIAÇÕES NO IMOBILIZADO

ValoresCustos Reava- contabilísticos

históricos liações reavaliadosBens reavaliados Terrenos e recursos naturais 18 539 2 957 21 496 Edifícios e outras construções 34 767 3 534 38 301 Equipamento básico 234 460 17 868 252 328 Equipamento de transporte 1 805 83 1 888 Ferramentas e utensílios 47 - 47 Equipamento administrativo 2 703 - 2 703 Taras e vasilhame 93 - 93 Outras imobilizações corpóreas 274 - 274

292 688 24 442 317 130 Bens não reavaliados 895 615 - 895 615

1 188 303 24 442 1 212 745

Os valores acima encontram-se líquidos de amortizações. NOTA 43 - VALORES COMPARATIVOS A Empresa e as restantes empresas consolidadas não procederam a alterações de práticas contabilísticas, pelo que todos os valores apresentados são comparáveis, nos aspectos relevantes, com os do exercício anterior.

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NOTA 44 – DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS FINANCEIROS CONSOLIDADOS

Os resultados financeiros têm a seguinte composição: Custos e perdas 2002 2001 Proveitos e ganhos 2002 2001

Juros suportados - empresas do grupo Juros obtidos - empresas do grupo (Nota 55) 16 762 5 073 (Nota 55) 6 662 1 442 Outros juros suportados 40 052 44 725 Juros obtidos 2 135 3 039 Perdas em empresas do grupo e Ganhos em empresas do grupo e associadas 215 771 associadas 38 84 Diferenças de câmbio desfavoráveis 8 208 10 526 Rendimentos de participações de capital 919 3 923 Descontos de pronto pagamento Diferenças de câmbio favoráveis 6 599 11 516 concedidos 6 238 5 337 Descontos de pronto pagamentoOutros custos e perdas financeiros 2 729 1 659 obtidos 347 514

74 204 68 091 Outros proveitos e ganhosResultados financeiros ( 57 257) ( 47 172) financeiros 247 401

16 947 20 919 16 947 20 919

Os rendimentos de participações de capital correspondem aos dividendos recebidos pelas acções da ENCE detidas pela Empresa (ver Nota 27 c)). NOTA 45 – DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

CONSOLIDADOS Os resultados extraordinários têm a seguinte composição: Custos e perdas 2002 2001 Proveitos e ganhos 2002 2001

Donativos 548 430 Ganhos em existências 1 768 1 323 Dívidas incobráveis 1 317 - Ganhos em imobilizações 1 650 1 594 Perdas em existências 1 310 1 530 Benefícios e penalidades contratuais 9 887 Perdas em imobilizações 337 1 965 Reduções de amortizações e provisões 2 662 1 273 Multas e penalidades 56 4 363 Correcções relativas a exercíciosCorrecções relativas a exercícios anteriores 2 247 985 anteriores 737 1 026 Outros proveitos e ganhosAmortizações do exercício dos bens extraordinários 4 199 4 982 subsidiados (Nota 27) 2 717 2 851 Outros custos e perdas extraordinários 6 236 12 209

13 258 24 374 Resultados extraordinários ( 723) ( 13 330)

12 535 11 044 12 535 11 044

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Em 31 de Dezembro de 2002 os outros proveitos e ganhos extraordinários correspondiam principalmente, ao reconhecimento em resultados da parcela dos subsídios ao investimento transferida da rubrica de proveitos diferidos, em conformidade com o procedimento descrito na Nota 23 k) (ver Nota 58) e que tem contrapartida no montante das amortizações incluído nos custos extraordinários. Os outros custos e perdas extraordinários incluem as indemnizações a trabalhadores pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho no montante de €3 249 milhares e €1 293 milhares relativos a insuficiências de estimativa de IRC em exercícios anteriores. Em 31 de Dezembro de 2001 os outros proveitos e ganhos extraordinários correspondiam principalmente, ao reconhecimento em resultados da parcela dos subsídios ao investimento transferida da rubrica de proveitos diferidos e que tem contrapartida no montante das amortizações incluído nos custos extraordinários. Os outros custos e perdas extraordinários incluem as indemnizações a trabalhadores pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho no montante de €7 241 milhares e €3 631 milhares relativos a insuficiências de estimativa de IRC em exercícios anteriores. NOTA 46 – MOVIMENTO OCORRIDO NAS PROVISÕES Durante o exercício de 2002, realizaram-se os seguintes movimentos nas contas de provisões:

Saldo Saldoinicial Reforço Redução final

Provisões para outros riscos e encargos - Provisões para regularização de activos 5 966 - ( 1 325) 4 641 - Provisões para processos judiciais 351 661 ( 271) 741 - Equivalência patrimonial da Portucel Brasil - 74 - 74

6 317 735 ( 1 596) 5 456

Provisões para depreciação de existências 25 - - 25

Provisões para clientes de cobrança duvidosa 4 405 278 ( 1 943) 2 740

Provisões para outros devedores - 33 - 33

Provisão para adiantamentos a fornecedores - 68 - 68

10 747 1 114 ( 3 539) 8 322 Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, o saldo da provisão para regularização de activos corresponde à parcela ainda não utilizada da provisão constituída na sequência da aquisição pela Portucel do capital social da Papéis Inapa, SA, e que se destina a fazer face a eventuais perdas a incorrer com regularizações dos activos e materialização de responsabilidades da empresa.

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NOTA 47 – VALOR DOS BENS UTILIZADOS EM REGIME DE LOCAÇÃO

FINANCEIRA Em 31 de Dezembro de 2002 o Grupo PortucelSoporcel utiliza os seguintes bens adquiridos em regime de locação financeira:

Data de Valor de mercado Período do início do dos bens no início contratocontrato do contrato (meses)

Equipamento básico 1997 24 940 84 e 96Equipamento de transporte 1999 a 2002 1 726 48

26 666

NOTA 50 - EMPRÉSTIMOS Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001 os empréstimos tinham a seguinte composição:

Médio Médio Curto e longo Curto e longoprazo prazo Total prazo prazo Total

Empréstimos sindicados - 450 000 450 000 670 000 259 494 929 494 Emissões de papel comercial 40 000 346 579 386 579 - -Financiamentos do BEI 21 798 79 115 100 913 12 101 100 781 112 882 Descobertos bancários 75 446 - 75 446 39 993 - 39 993 Empréstimos em USD 2 885 10 291 13 176 7 882 14 460 22 342 Empréstimos em CHF 3 398 - 3 398 3 328 - 3 328 Empréstimos em JPY 1 331 2 066 3 397 - - -Empréstimos em EUR 3 059 - 3 059 - - -Empréstimo do Fundo EFTA 142 856 998 1 456 998 2 454 Financiamentos do IAPMEI/PEDIP 803 1 128 1 931 639 1 685 2 324 Outros 5 - 5 83 45 128

148 867 890 035 1 038 902 735 482 377 463 1 112 945

2002 2001

?? Empréstimos sindicados A dívida relativa a empréstimos sindicados corresponde a dois financiamentos, no montante de €150 000 milhares e de €300 000 milhares, contraídos pela Portucel junto de sindicatos bancários em Junho de 2002 e em Agosto de 2002, respectivamente. O empréstimo de €150 000 milhares é reembolsado em 4 prestações semestrais de igual valor, vencendo-se a

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primeira em Dezembro de 2005 e a última em Maio de 2007. O empréstimo de €300 000 milhares é reembolsado em 4 prestações semestrais de igual valor, vencendo-se a primeira em Fevereiro de 2006 e a última em Agosto de 2007. Os dois empréstimos vencem juros à taxa equivalente à EURIBOR para seis meses acrescida de 0.9% e 1%, respectivamente. ?? Papel comercial A dívida relativa a papel comercial corresponde a: - Financiamentos contraídos pela Portucel no montante de €346 579 milhares, classificados a

médio e longo prazo, relacionados com a emissão de vários Programas de Papel Comercial por oferta privada e com garantia de subscrição. O prazo dos Programas de Papel Comercial é de um ano, vencendo-se antes de 31 de Dezembro de 2003, podendo, contudo, ser renovados por períodos iguais. Relativamente a estes financiamentos, que se encontram classificados a médio e longo prazo, a Administração da Empresa não prevê que estes venham a ser reembolsados no prazo de um ano. Estes empréstimos vencem juros a taxas anuais, que em 2002, variaram entre 3.4% e 3.87%.

- Financiamento contraído pela Soporcel no montante de €40 000 milhares registados a curto

prazo. Este financiamento vence juros a taxas anuais que variaram entre 3.48% e 3.59%. ?? Financiamentos do BEI Estes financiamentos foram concedidos pelo Banco Europeu de Investimento (BEI) e vencem juros a taxas anuais que variam entre 2.88% e 5.41%. O prazo de reembolso e os montantes de divisas em dívida, relativamente ao saldo registado a médio e longo prazo, eram os seguintes :

Anos2004 2005 2006 2007 seguintes Total

Euros (EUR) 19 163 16 516 10 743 9 643 19 286 75 351

Francos suíços (CHF) 3 819 1 637 - - - 5 456 ?? Descobertos bancários Os descobertos bancários correspondem a contas correntes caucionadas que vencem juros a taxas correntes de mercado.

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?? Empréstimos em USD Em 31 de Dezembro de 2002 o empréstimo em dólares americanos (USD) registado a curto prazo corresponde ao contravalor de USD 3 025 820 e o registado a médio e longo prazo corresponde ao contravalor de USD 10 792 195. O empréstimo a curto prazo é um financiamento à exportação contraído junto do BCP. O empréstimo, que se encontra registado a médio e longo prazo não tem data de reembolso definida, não prevendo a Administração que venha a ser reembolsado no prazo de um ano. Estes empréstimos venceram juros a taxas anuais que variaram entre 2.3% e 2.8%. ?? Empréstimo em CHF Em 31 de Dezembro de 2002 o empréstimo em francos Suíços (CHF) registado a curto prazo corresponde ao contravalor de CHF 4 935 071. Este empréstimo venceu juros a taxas anuais que variaram entre 1.6% e 2.6%. ?? Empréstimos em JPY Em 31 de Dezembro de 2002 o empréstimo em ienes Japoneses (JPY) registado a curto prazo corresponde ao contravalor de JPY 165 569 805 e o registado a médio e longo prazo corresponde ao contravalor de JPY 257 048 604. O empréstimo a curto prazo é um financiamento à exportação contraído junto do BCP. O empréstimo registado a médio e longo prazo não tem data de reembolso definida, não prevendo a Administração que venha a ser reembolsado no prazo de um ano. Estes empréstimos venceram juros a taxas anuais que variaram entre 0.70% e 0.96%. ?? Empréstimo em EUR Em 31 de Dezembro de 2002 o empréstimo em euros registado a curto prazo corresponde a um financiamento à exportação contraído junto do BCP. Este empréstimo venceu juros a taxas anuais que variaram entre 3.9% e 4.3%. ?? Financiamentos do IAPMEI Estes financiamentos obtidos no âmbito do PEDIP correspondem a (i) um empréstimo com o valor inicial de € 2 508 milhares que será reembolsado em prestações semestrais até 2004 e não vence juros, e (ii) um empréstimo com o valor inicial de €406 milhares que será reembolsado em prestações semestrais iguais no período compreendido entre 2003 e 2008 e não vence juros.

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?? Empréstimo do Fundo EFTA As dívidas a instituições de crédito, incluem um empréstimo contraído junto do Fundo EFTA para o Desenvolvimento Industrial de Portugal, pela Portucel, destinado à modernização e racionalização de instalações e ao desenvolvimento de projectos específicos no âmbito da sua actividade. Este empréstimo, com o capital inicial no montante de €998 milhares, foi subscrito em 12 de Julho de 2001 e vence juros semestrais e postecipados indexados à Taxa Base Anual. Este empréstimo será reembolsado em sete prestações semestrais e sucessivas vencendo-se a primeira em 12 de Julho de 2003. NOTA 51 – MOVIMENTO NAS RUBRICAS DE CAPITAIS PRÓPRIOS O movimento ocorrido nas rubricas de capital próprio durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, foi como segue:

Saldo Aumentos/ Distribuições/ Saldo inicial (diminuições) transferências final

Capital 767 500 - - 767 500 Acções próprias - valor nominal ( 60) - - ( 60)Acções próprias - descontos e prémios 7 - - 7 Ajustamentos de partes de capital em empresas filiais e associadas ( 411) ( 140) - ( 551)Reservas de reavaliação 38 450 - - 38 450 Reserva legal 10 321 - 7 475 17 796 Reservas estatutárias 22 450 - 6 812 29 262 Outras reservas ( 2 527) ( 575) ( 3 102)Resultados transitados 86 796 155 34 388 121 339 Resultado líquido:

° Exercício de 2001 71 700 - ( 71 700) -° Exercício de 2002 - 89 486 - 89 486

994 226 88 926 ( 23 025) 1 060 127

Em Assembleia Geral da Empresa, realizada em 2 de Julho de 2001, foi aprovada uma proposta para a realização de um aumento de capital de €332 500 milhares, correspondendo a 332 500 milhares novas acções com o valor nominal de €1 cada.

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Em 31 de Dezembro de 2002, as pessoas colectivas de que há conhecimento com posições de valor igual ou superior a 20% do capital eram as seguintes: Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA 55.72% Sonae Wood Products 29.18% A rubrica ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas, reflecte o efeito da adopção do método da equivalência patrimonial como critério de registo das participações financeiras detidas pelo Grupo PortucelSoporcel. A reserva de reavaliação apurada em 1998 pela aplicação do Decreto-Lei nº 31/98, de 11 de Fevereiro, ascendeu a €44 688 milhares, tendo a este valor sido deduzido o inerente imposto diferido passivo, estimado em €6 238 milhares, líquido de interesses minoritários (ver Notas 38 e 41). De acordo com a lei vigente, a reserva legal é reforçada, no mínimo, em 5% do lucro líquido apurado em cada exercício, até atingir pelo menos 20% do capital social. As reservas legais e de reavaliação não são distribuíveis em numerário, podendo, contudo, ser incorporadas no capital social ou utilizadas para cobertura de eventuais prejuízos. De acordo com os Estatutos da Empresa, pelo menos 10% do resultado líquido anual distribuível deverá ser aplicado na constituição ou reforço de uma reserva especial destinada à estabilização de dividendos. O saldo da rubrica de outras reservas corresponde à diferença apurada em 1 de Janeiro de 2000 entre o valor de aquisição da Papéis Inapa, SA e o valor dos seus capitais próprios ajustados, a qual, na sequência da operação de fusão veio a ser classificada como reserva de fusão. O movimento ocorrido em 2002 resulta de acertos finais efectuados ao preço de aquisição daquela empresa. Por deliberação da Assembleia Geral de 17 de Abril de 2002, a Empresa procedeu à distribuição de dividendos no montante de €23 025 milhares e ao reforço das reservas estatutárias em €6 812 milhares.

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NOTA 52 – INTERESSES MINORITÁRIOS Os interesses minoritários representam a proporção dos capitais próprios da Portucel Florestal, da Celpinus, da Lazer e Floresta, da Arboser e da Sociedade de Vinhos da Herdade de Espirra que não é detida pela Portucel. A evolução verificada no seu saldo é explicada pela proporção no resultado apurado por estas subsidiárias em 2002. NOTA 53 – EXISTÊNCIAS Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001 o saldo desta rubrica apresentava a seguinte composição:

2002 2001 2002 2001 2002 2001Matérias-primas, subsidiárias e de consumo: Matérias-primas: Madeiras 39 888 36 917 - - 39 888 36 917 Outras 4 122 5 313 - - 4 122 5 313 Matérias subsidiárias 7 636 4 502 - - 7 636 4 502 Materiais diversos 47 004 42 480 - - 47 004 42 480 Embalagens de consumo 2 364 5 763 - - 2 364 5 763 Outros 872 4 710 - - 872 4 710

101 886 99 685 - - 101 886 99 685

Produtos e trabalhos em curso: Florestas 18 362 23 161 279 767 281 549 298 129 304 710 Papel 3 665 3 765 - - 3 665 3 765 Pasta 785 880 - - 785 880 Outros 1 966 2 498 - - 1 966 2 498

24 778 30 304 279 767 281 549 304 545 311 853

Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos 480 544 - - 480 544

Produtos acabados, intermédios e subprodutos: Papel 14 854 16 700 - - 14 854 16 700 Pasta 25 456 23 218 - - 25 456 23 218 Outros 7 351 150 - - 7 351 150

47 661 40 068 - - 47 661 40 068

Mercadorias 164 158 - - 164 158

Adiantamentos por conta de compras 289 4 856 - - 289 4 856

175 258 175 615 279 767 281 549 455 025 457 164

Curto prazo Médio e longo prazo Total

A rubrica de materiais diversos inclui essencialmente peças de reserva para reparações e manutenção de equipamento básico.

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As florestas e os contratos de corte diferido classificados a médio e longo prazo em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, correspondem a florestas em fase de crescimento, as quais não se espera sejam cortadas no prazo de um ano. Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001 as existências à guarda de terceiros ascendiam a €10 105 milhares e €8 293 milhares, respectivamente. Estas existências encontram-se essencialmente localizadas em armazéns exteriores à Empresa localizados no estrangeiro. Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001 encontravam-se em trânsito matérias primas no montante de €1 631 milhares e €3 703 milhares, respectivamente. Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001 as rubricas de adiantamentos por conta de compras correspondem aos adiantamentos a fornecedores para a aquisição de madeira. Os adiantamentos efectuados resultam das condições de compra definidas contratualmente com um fornecedor para a aquisição de madeira a preço pré-determinado. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2002, o movimento na rubrica produtos e trabalhos em curso – florestas foi como segue: Saldo inicial 304 710 Custos de plantação, reflorestação e conservação 15 977 Florestas em propriedades alienadas ( 2 005)Cortes efectuados no exercício ( 20 553)

Saldo final 298 129

NOTA 54 – ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001 não existiam dívidas em situação de mora com o Estado e outros entes públicos. Os saldos com estas entidades eram os seguintes:

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2002 2001 2002 2001

Imposto sobre o Valor Acrescentado 21 774 20 955 356 442 Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas 116 18 826 13 636 8 181 Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas - retenções na fonte 1 008 3 834 61 239 Segurança Social 12 - 1 690 1 689 Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares - - retenções na fonte 178 - 1 976 1 853 Outros 440 457 1 166 657

23 528 44 072 18 885 13 061

Saldos devedores Saldos credores

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NOTA 55 – EMPRESAS DO GRUPO Os saldos em 31 de Dezembro de 2002 e as transacções efectuadas durante o exercício findo naquela data, com as empresas do grupo Portucel SGPS são as seguintes:

Forne-Clientes, Adianta- Outros cedores Outros

conta mentos a devedores conta Empresas Credorescorrente forneced. (Nota 56) corrente do Grupo (Nota 56)

Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, - 251 111 - SGPS, SA 2 - - 8 - -Portucel Tejo - Empresa de Celulose do Tejo, SA 26 - 15 - - -Portucel International Trading, SA 818 - 108 - - 366 CPK - Companhia Produtora de Papel Kraftsack, SA 433 - - 33 - -Portucel Brasil - 957 - - - 29 MICEP - Manutenção Industrial de Celulose e Papel, ACE 1 216 - - 154 - -ASIP - Assistência e Serviços para a Indústria do Papel, ACE 489 - - - - -Cutpaper - Transformação, Corte e Embalagem de Papel, ACE 463 - - - - -PortucelSoporcel Papel - Sales e Marketing, ACE 170 - - 118 - -Outras 6 - 9 18 - 38

3 623 957 132 331 251 111 433

Activo Passivo

Forneci- Juros e Juros ementos e custos Vendas e Proveitos proveitosserviços similares prestações suple- similares

Compras externos (Nota 44) de serviços mentares (Nota 44)

Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA - 1 038 16 762 149 63 6 662 Portucel Tejo - Empresa de Celulose do Tejo, SA - - - 530 48 -Portucel International Trading, SA - 242 - - - -Portucel Serviços - Empresa de Prestação de Serviços, SA - 1 818 - 592 7 -CPK - Companhia Produtora de Papel Kraftsack, SA - 117 - 4 128 513 -Portucel Brasil 12 011 - - - - -MICEP - Manutenção Industrial de Celulose e Papel, ACE - 7 673 - 2 788 81 -ASIP - Assistência e Serviços para a Indústria do Papel, ACE - 2 009 - 1 572 1 -Cutpaper - Transformação, Corte e Embalagem de Papel, ACE - 14 - 1 168 - -PortucelSoporcel Papel - Sales e Marketing, ACE - 100 - 143 - -Outros - 119 - 181 13 -

12 011 13 130 16 762 11 251 726 6 662

Transacções

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O montante incluído na rubrica empresas do grupo no passivo registado a curto prazo resulta de um saldo a pagar à Portucel, SGPS por diversas empresas do Grupo PortucelSoporcel. Estas contas vencem juros em função do seu saldo diário, calculados a uma taxa de juro anual que se aproxima dos valores correntes de mercado. A Portucel Serviços assegura ao Grupo serviços de assistência administrativa e de gestão. O MICEP, um ACE constituído em 2001 e participado em 50% pela Portucel, presta serviços de manutenção do equipamento fabril da Empresa. A Portucel Brasil presta serviços de logística à Portucel na expedição da madeira adquirida no Brasil. NOTA 56 – OUTROS DEVEDORES E CREDORES Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, o saldo a curto prazo desta rubrica apresentava a seguinte composição:

2002 2001 2002 2001

Pessoal 776 2 246 106 684 Empresas do grupo (Nota 55) 132 16 433 231 089 Subsídio ao investimento (Nota 58) 1 205 1 529 - 3 368 Credores por subscrições não liberadas - - - 425 Adiantamentos por vendas de imobilizado - - 1 132 794 Outros 3 511 3 505 1 421 2 002

5 624 7 296 3 092 238 362

Saldos devedores Saldos credores

Em 31 Dezembro de 2001 os saldos em dívida pelo pessoal incluem €571 milhares (2001: €2 096 milhares) de adiantamentos concedidos pela Portucel Florestal por conta de indemnizações relativas a cessações por mútuo acordo de contratos de trabalho que irão concretizar-se em 2003. O valor relativo a rescisões concluídas em 2002 ascendeu a €1 782 milhares, e foi contabilizado no exercício na rubrica de outros custos e perdas extraordinários (ver Notas 23 j)). Em 31 de Dezembro de 2001 a rubrica de outros credores registada a curto prazo incluía essencialmente um valor a pagar ao principal accionista a Papercel – Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA no montante de €230 948 milhares, que correspondia à dívida remanescente relativa à aquisição da participação que aquela detinha na Soporcel (ver Nota 10).

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NOTA 57 – ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, os saldos destas rubricas apresentavam a seguinte composição:

2002 2001

Acréscimos de proveitos:Indemnizações por sinistro 1 839 1 174 Restituições de emolumentos pelo Estado 2 169 901 Juros a receber 662 507 Encargos com indemnização a recuperar - 886 Outros 309 221

4 979 3 689

Custos diferidos:Impostos diferidos activos (Nota 38) 9 972 7 921 Fundo de pensões (Nota 21 a)) 6 605 4 253 Grandes reparações (Nota 23 b)) 3 742 10 798 Encargos com empréstimos de ML prazo 2 746 729 Outros 3 118 586

26 183 24 287

Acréscimos de custos:Impostos diferidos passivos (Nota 38) 90 105 88 957 Fundo de pensões (Nota 21 a)) 13 977 2 567 Encargos com férias, subsídio de férias e prémios de produtividade 9 634 9 303 Juros a liquidar 8 154 4 001 Descontos e outros custos com vendas 4 060 3 435 Penalidades por rescisões contratuais 1 279 3 131 Pensões de pré-reforma (Nota 23 i)) 198 433 Outros 1 322 3 503

128 729 115 330

Proveitos diferidos:Subsídios ao investimento: Programa Estratégico da Dinamização e Modernização da Indústria Portuguesa (Nota 58) 4 094 5 172 Outros subsídios 10 592 13 342

14 686 18 514

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NOTA 58 – SUBSÍDIOS AO INVESTIMENTO No decurso do exercício findo em 31 de Dezembro de 1995 foi atribuído à Portucel um subsídio no âmbito do Programa Estratégico de Dinamização e Modernização da Indústria Portuguesa (PEDIP II). Este subsídio revestindo a forma de subsídio reembolsável e de subsídio a fundo perdido, destinou-se à aplicação na execução de um projecto de investimento no montante global de €85 milhões a realizar no período de 1994 a 1997. O subsídio atribuído e liquidado à Empresa, no montante de €25 495 milhares, reparte-se da seguinte forma: Subsídio reembolsável ao investimento 11 456 Subsídio a fundo perdido 14 039

25 495

O subsídio reembolsável foi integralmente reembolsado até 31 de Dezembro de 2002, tendo sido paga em Maio de 2002 a última prestação no montante de €3 368 milhares (ver Nota 56). NOTA 59 - CAIXA E EQUIVALENTES Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, esta rubrica tinha a seguinte composição:

2002 2001

Numerário 46 54 Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 281 896 119 440

281 942 119 494

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NOTA 60 - DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES a) Reconciliação da rubrica de resultados extraordinários evidenciada na

demonstração dos resultados por naturezas e na demonstração dos resultados por funções

A demonstração dos resultados por funções foi preparada em conformidade com o estabelecido pela Directriz Contabilística nº 20, a qual apresenta um conceito de resultados extraordinários diferente do definido no Plano Oficial de Contabilidade (POC) para preparação da demonstração dos resultados por naturezas. Assim, em 31 de Dezembro de 2002, parte do valor dos custos e perdas extraordinários no montante de €10 009 milhares, tendo sido excluído os €3 249 milhares relativos a indemnizações ao pessoal, e os proveitos e ganhos extraordinários no montante de €12 535 milhares apresentados na demonstração dos resultados por naturezas (ver Nota 45), foram reclassificados para as rubricas de resultados correntes. Em 31 de Dezembro de 2001, parte do valor dos custos e perdas extraordinários no montante de €17 133 milhares, tendo sido excluído os €7 241 milhares relativos a indemnizações ao pessoal, e os proveitos e ganhos extraordinários no montante de €11 044 milhares apresentados na demonstração dos resultados por naturezas, foram reclassificados para as rubricas de resultados correntes. Estas reclassificações proporcionaram as seguintes diferenças nas diversas naturezas de resultados:

Por Reclas- Por Por Reclas- Pornaturezas sificação funções naturezas sificação funções

Resultados operacionais 191 666 1 910 193 576 172 629 ( 4 802) 167 827 Resultados financeiros ( 57 257) ( 30) ( 57 287) ( 47 172) ( 1 404) ( 48 576)Resultados correntes 134 409 2 526 136 935 125 457 ( 6 089) 119 368 Resultados extraordinários ( 723) ( 2 526) ( 3 249) ( 13 330) 6 089 ( 7 241)Resultado líquido do exercício 89 486 - 89 486 71 700 - 71 700

Demonstração dos resultados em 2002 Demonstração dos resultados em 2001

b) Custo das vendas e das prestações de serviços

Produtos Subprodutos Prestaçõesacabados e desperdícios deintermédios Mercadorias e refugos serviços Total

Existências iniciais 40 068 158 544 - 40 770 Entradas provenientes da produção/compras 1 030 086 - 18 980 9 595 1 058 661 Regularização de existências 307 - - 307 Saídas para a produção e imobilizado ( 285 816) - ( 19 060) - ( 304 876)Existências finais ( 47 661) ( 164) ( 480) - ( 48 305)

Custo das vendas 736 984 ( 6) ( 16) 9 595 746 557

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NOTA 61 – PROCESSO DE REPRIVATIZAÇÃO O Estado revogou o anterior modelo para a segunda fase do processo de reprivatização da Empresa que tinha sido aprovado em Maio de 2001, com a publicação do Decreto-Lei 6/2003, de 15 de Janeiro, devendo agora realizar-se em dois segmentos. Um segmento corresponde à venda directa de até 115 125 000 acções do capital da Empresa a um conjunto de instituições financeiras que deverão proceder à subsequente dispersão de acções junto de investidores institucionais. A venda das acções será feita directamente pelo Estado ou por intermédio da Portucel, SGPS. As condições para a realização desta venda serão determinadas pelo Conselho de Ministros. O outro segmento corresponderá à realização de um concurso para a entrada de um parceiro do sector da pasta e do papel através de um aumento de capital, em que serão emitidas acções representativas de um valor até 25% do capital social da Portucel, a ser realizado preferencialmente em espécie mediante a entrada de activos industriais ou de participações financeiras em empresas do referido sector. A realização deste segmento ficará dependente da obtenção de aprovação pela Assembleia Geral da Portucel das deliberações que determinem diversos aspectos relacionados com o aumento de capital e do concurso, no prazo que vier a ser fixado pelo Conselho de Ministros. Mediante resoluções do Conselho de Ministros será aprovado o caderno de encargos do concurso e será determinado o concorrente vencedor. Nos termos deste Decreto-Lei, caso não sejam adoptadas as deliberações acima referidas ou não seja seleccionado um concorrente vencedor no âmbito do concurso, encontra-se autorizada a alienação de um lote indivisível de acções representativas de um valor até 30% do capital da Portucel ao concorrente que vier a ser escolhido no âmbito de novo concurso. A aprovação do caderno de encargos deste novo concurso e a determinação do concorrente vencedor será efectuado mediante resoluções do Conselho de Ministros. O calendário definitivo para o lançamento desta segunda fase da reprivatização não é ainda conhecido.

- : - : - : - : - : -

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Belarmino Martins, Eugénio Ferreira e Associados, S.R.O.C., Lda. Inscrita na Lista dos Revisores Oficiais de Contas sob o nº39

Sede: Avenida da Liberdade 245 - 8ºC, 1269 - 035 Lisboa Inscrita na Comissão de Valores Mobiliários sob o nº 330

NIPC 501 514 252 Capital social €16,800 Correspondente da PricewaterhouseCoopers

Matriculada na Conservatória do Registo Comercial sob o nº 10676

Belarmino Martins, Eugénio Ferreira e Associados, SROC, Lda. Avenida da Liberdade, 245 - 8º C 1269 - 035 Lisboa Portugal Telefone +351 21319 70 00 Facsimile +351 21316 11 12

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Relatório e Parecer do Fiscal Único

(Contas consolidadas) Senhores Accionistas, 1 Nos termos da lei e do mandato que nos conferiram, apresentamos o relatório sobre a actividade fiscalizadora desenvolvida e damos parecer sobre o Relatório Consolidado de Gestão e sobre as Demonstrações Financeiras Consolidadas apresentados pelo Conselho de Administração da Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2002. 2 No decurso do exercício acompanhámos, com a periodicidade e a extensão que considerámos adequada, a actividade da Empresa e das suas filiais e associadas mais significativas. Verificámos a regularidade da escrituração contabilística e da respectiva documentação. Vigiámos também pela observância da lei e dos estatutos. 3 Como consequência do trabalho de revisão legal efectuado, emitimos a respectiva Certificação Legal das Contas, em anexo, bem como o Relatório sobre a Fiscalização endereçado ao Conselho de Administração nos termos do artº 451º do Código das Sociedades Comerciais. 4 No âmbito das nossas funções verificámos que: i) o Balanço Consolidado, as Demonstrações Consolidadas dos Resultados por

naturezas e por funções, a Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa e o correspondente Anexo permitem uma adequada compreensão da situação financeira da empresa e dos seus resultados;

ii) as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos adoptados são adequados; iii) o Relatório Consolidado de Gestão é suficientemente esclarecedor da evolução dos

negócios e da situação da sociedade e do conjunto das filiais incluídas na consolidação evidenciando os aspectos mais significativos;

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Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA

(2)

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5 Nestes termos, tendo em consideração as informações recebidas do Conselho de Administração e Serviços e as conclusões constantes da Certificação Legal das Contas, somos do parecer que: i) seja aprovado o Relatório Consolidado de Gestão; ii) sejam aprovadas as Demonstrações Financeiras Consolidadas; Lisboa, 12 de Março de 2003 O Fiscal Único Belarmino Martins, Eugénio Ferreira & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda representada por: _________________________________ António Alberto Henriques Assis, R.O.C.

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Belarmino Martins, Eugénio Ferreira e Associados, S.R.O.C., Lda. Inscrita na Lista dos Revisores Oficiais de Contas sob o nº39

Sede: Avenida da Liberdade 245 - 8ºC, 1269 - 035 Lisboa Inscrita na Comissão de Valores Mobiliários sob o nº 330

NIPC 501 514 252 Capital social Euros 16 800 Correspondente da PricewaterhouseCoopers

Matriculada na Conservatória do Registo Comercial sob o nº 10 676

Belarmino Martins, Eugénio Ferreira e Associados, SROC, Lda. Avenida da Liberdade, 245 - 8º C 1269 - 035 Lisboa Portugal Telefone +351 21319 70 00 Facsimile +351 21316 11 12

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas

Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a Informação Financeira Consolidada

Introdução 1 Nos termos da legislação aplicável, apresentamos a Certificação Legal das Contas e Relatório de Auditoria sobre a informação financeira contida no Relatório consolidado de gestão e nas demonstrações financeiras consolidadas anexas da Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA, as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2002, (que evidencia um total de €2,729,757 milhares, um total de interesses minoritários de €77,082 milhares e um total de capital próprio de €1,060,127 milhares, incluindo um resultado líquido de €89,486 milhares), as Demonstrações consolidadas dos resultados, por naturezas e por funções, e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e o correspondente Anexo. Responsabilidades 2 É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa (i) a preparação do Relatório consolidado de gestão e de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos de caixa consolidados; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iv) a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados; e (v) a divulgação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a actividade do conjunto das empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou resultados. 3 A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos de prestação de contas acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no nosso exame. 4 As demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2002 de uma subsidiária incluída na consolidação, representando, aproximadamente, 47% dos activos consolidados e, aproximadamente, 56% do total dos proveitos consolidados, foram objecto de exame por outro revisor oficial de contas, em cuja opinião nos baseámos para expressar a nossa opinião sobre os montantes relativos a essa subsidiária incluídos nas contas consolidadas.

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Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA

(2)

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas

Âmbito 5 O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas não contêm distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: (i) a verificação de as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação; (ii) verificação das operações de consolidação e da aplicação do método da equivalência patrimonial; (iii) a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias; (iv) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; (v) a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas; e (vi) a apreciação se a informação financeira consolidada é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. 6 O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira consolidada constante do relatório consolidado de gestão com os restantes documentos de prestação de contas. 7 Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Opinião 8 Em nossa opinião, com base no nosso trabalho e no trabalho do outro revisor oficial de contas, as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA em 31 de Dezembro de 2002, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e a informação nelas constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita. Lisboa, 12 de Março de 2003 Belarmino Martins, Eugénio Ferreira & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda representada por: _________________________________ António Alberto Henriques Assis, R.O.C.

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PricewaterhouseCoopers - Auditores e Consultores, Lda. Sede: Avenida da Liberdade 245 8º A, 1269 - 034 Lisboa Contribuinte nº. 504193279 Capital social €750,000 Matriculada na Conservatória do Registo Comercial sob o nº. 7297

PricewaterhouseCoopers Avenida da Liberdade, 245 - 8º A 1269 - 034 Lisboa Portugal Telefone +351 21319 70 00 Facsimile +351 21316 11 14

Aos Accionistas e Conselho de Administração da Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA

Relatório dos Auditores Independentes 1 Auditámos o Balanço consolidado da Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA, em 31 de Dezembro de 2002, bem como as Demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas e por funções do exercício findo naquela data e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa e respectivo anexo. Estas demonstrações financeiras consolidadas são da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras consolidadas, baseada na nossa auditoria. 2 A nossa auditoria foi efectuada de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria. Estas normas exigem que planeemos e executemos a auditoria por forma a obtermos um grau de segurança aceitável sobre se as referidas demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Uma auditoria inclui (i) a verificação numa base de amostragem do suporte dos valores e informações constantes das demonstrações financeiras (ii) a apreciação da razoabilidade dos princípios contabilísticos adoptados e das estimativas significativas efectuadas pela Administração e (iii) a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras. Entendemos que a auditoria efectuada constitui base aceitável para a expressão da nossa opinião. 3 As demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2002 de uma subsidiária incluída na consolidação, representando, aproximadamente, 47% dos activos consolidados e, aproximadamente, 56% do total dos proveitos consolidados, foram objecto de exame por outro auditor, em cuja opinião nos baseámos para expressar a nossa opinião sobre os montantes relativos a essa subsidiária incluídos nas contas consolidadas. 4 Em nossa opinião, com base no nosso trabalho e no trabalho do outro auditor, as demonstrações financeiras consolidadas apresentam de forma apropriada, em todos os seus aspectos materialmente relevantes, a situação financeira consolidada da Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA, em 31 de Dezembro de 2002, bem como os resultados consolidados das suas operações e os fluxos consolidados de caixa no exercício findo naquela data, de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal. Lisboa, 12 de Março de 2003

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PORTUCEL – EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.

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ADITAMENTO AO CAPÍTULO RESPEITANTE AO GOVERNO DAS SOCIEDADES

" No Capítulo respeitante ao Governo das Sociedade esclarece-se o seguinte:

1. Os membros do Conselho de Administração foram eleitos na Assembleia Geral

realizada em 30 de Março de 2001 para exercerem os seus cargos de forma

independente. O vogal do Conselho de Administração, Sr. Dr. Manuel Guilherme

Oliveira da Costa foi eleito nos termos previstos no disposto nos números 6 e 7

do artigo 392º do Código das Sociedades Comerciais.

Para a sociedade, os administradores exercem o cargo de forma independente

desde que não o façam por designação de pessoa colectiva, eleita como

membro do Conselho nos termos do disposto no número 4 do artigo 390º do

referido diploma legal.

2. As remunerações pagas em 2002 aos membros do Conselho de Administração

da Portucel, S.A. totalizaram 219.874 euros, não tendo sido paga qualquer

remuneração variável”.

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(Extracto da acta número dezassete da Assembleia Geral da PORTUCEL - EMPRESA PRODUTORA DE PASTA E PAPEL, S.A.,

realizada em 31 de Março de 2003, devidamente rectificada )

-------------------------------------------ACTA NÚMERO DEZASSETE---------------------------------------

Aos trinta e um dias do mês de Março de 2003, pelas quinze horas, na sede social, sita na

Península da Mitrena, freguesia do Sado, em Setúbal, reuniu a Assembleia Geral da Portucel

- Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA, Pessoa Colectiva nº 503025798, matriculada na

Conservatória do Registo Comercial de Setúbal sob o número 05888/20001204, com o

capital social de 767.500.000 Euros, conforme convocatória publicada nos termos legais e

posterior agendamento de outros dois pontos da Ordem do Dia, a pedido do accionista

Portucel SGPS, SA, nos termos do disposto no artigo trezentos e setenta e oito do Código

das Sociedades Comerciais, que, tendo sido aceite pelo Senhor Presidente da Mesa da

Assembleia Geral, levou à publicação de um aditamento à convocatória, nos mesmos termos

do que esta, tudo com a antecedência legal, com a seguinte:-------------------------------------------

--------------------------------------------------ORDEM DO DIA----------------------------------------------------

1- Deliberar sobre o relatório da gestão e as contas do exercício de 2002;-----------------------

2- Deliberar sobre o relatório e as contas consolidadas do exercício de 2002;--------------------

3- Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados;----------------------------------------------

4- Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade;------------------

5- Deliberar, nos termos do Decreto-Lei nº6/2003, de 15 de Janeiro, e da Resolução do

Conselho de Ministros n.º 30/2003, sobre os critérios de identificação de subscritor ou

subscritores de eventual aumento de capital e avaliação de entradas, sem prejuízo de

ulterior deliberação, após conclusão do concurso previsto no Decreto-Lei nº 6/2003, de

15 de Janeiro, sobre esse aumento de capital;--------------------------------------------------------

6- Designar o revisor oficial de contas, a quem caberá, nos termos do disposto nos artigos

28º e 89º do Código das Sociedades Comerciais, proceder à verificação das entradas em

espécie a efectuar por quem vier a subscrever o aumento de capital previsto no número

anterior;-----------------------------------------------------------------------------------------------------------

7- Deliberar sobre o alargamento da composição do conselho de administração de cinco

para sete membros;--------------------------------------------------------------------------------------------

8- Proceder à eleição de dois novos vogais do conselho de administração para exercerem

funções até ao termo do mandato deste órgão actualmente em curso.--------------------------

Estavam presentes o Vice-Presidente e o Secretário da Mesa da Assembleia Geral,

respectivamente, os senhores Dr. Alfredo Manuel de Oliveira Varela Pinto e Dr. António

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Alexandre de Almeida e Noronha da Cunha Reis, o Fiscal Único, Belarmino Martins, Eugénio

Ferreira e Associados, SROC, representado pelo senhor Dr. Eugénio Luís Lopes Ferreira e

os Presidente e Vogais do Conselho de Administração, respectivamente, os Dr. Jorge

Armindo de Carvalho Teixeira, Eng. Luís Alberto Caldeira Deslandes, Dr. Artur Porfírio

Silveira de Almeida Soutinho, Eng. Manuel Maria Pimenta Gil Mata e Dr. Manuel Guilherme

Oliveira da Costa. O Senhor Presidente da Mesa encontrava-se impedido por motivos de

força maior, pelo que, nos termos legais, o Senhor Vice-Presidente assumiu a direcção dos

trabalhos.---------------------------------------------------------------------------------------------------------------

O Senhor Presidente da Mesa em exercício, após examinar a lista dos accionistas presentes

ou representados na Assembleia, a regularidade das representações e verificando que se

encontravam presentes ou representados quarenta e cinco accionistas titulares de

seiscentos e quarenta e nove milhões oitocentos e vinte e nove mil e cinquenta e cinco

acções da sociedade com direito a voto totalizando cerca de 85% do capital social e

correspondentes a seiscentos e quarenta e nove mil oitocentos e vinte e nove votos,

declarou aberta a sessão, saudando todos os presentes na Assembleia. Desde logo, por

todos os presentes foi dispensada a leitura da convocatória, por ser do conhecimento de

todos, tendo sido mencionado as publicações da convocatória efectuadas nos termos da lei e

respectivas datas, as quais já eram do conhecimento de todos os presentes.----------------------

De seguida, o Senhor Presidente da Mesa passou à discussão dos pontos números um e

dois da Ordem do dia, para serem discutidos em conjunto, embora com votação separada

como é próprio da autonomia das correspondentes deliberações.--------------------------------------

Não pretendendo mais ninguém usar da palavra , o Senhor Presidente da Mesa em exercício

disse então que se ia passar à votação, em separado, dos documentos referidos no primeiro

e no segundo pontos da Ordem do Dia .-----------------------------------------------------------------------

Postos à votação o Relatório do Conselho de Administração e o Balanço e as Contas

relativos ao exercício de 2002, estando todos os accionistas presentes, foram os mesmos

aprovados com a abstenção dos accionistas SONAE WOOD PRODUCTS, BV, António Luís

Teixeira de Almeida e Maria Julieta Dias Alves de Almeida. Em seguida, foram postos à

votação o Relatório e as Contas Consolidadas relativas ao mesmo exercício de 2002, tendo

sido aprovados com as mesmas abstenções emitidas quanto ao ponto anterior.-------------------

Entrou-se então na discussão do Ponto Três da Ordem do Dia, tendo o Senhor Presidente da

Mesa da Assembleia Geral em exercício lido a proposta de aplicação de resultados

apresentada pelo Conselho de Administração, que era do seguinte teor:----------------------------

"O Conselho de Administração propõe aos senhores accionistas que, aos resultados líquidos

do exercício de 2002, no montante de 89.485.831,59 euros, seja dada a seguinte aplicação:--

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Nos termos da legislação em vigor, seja destinada a importância de 4.474.291,58 euros à

constituição da reserva legal.-------------------------------------------------------------------------------------

Em conformidade com a alínea b) do artigo 25º dos Estatutos da Sociedade, seja destinado o

valor de 8.501.154,00 euros à reserva para estabilização de dividendos.----------------------------

Para distribuição de dividendos, o montante de 24.176.250,00 euros.--------------------------------

O remanescente, no valor de 52.334.136,01 Euros, seja levado à conta de resultados

transitados."-----------------------------------------------------------------------------------------------------------

Posta à votação na presença de todos os accionistas, foi a mesma aprovada com a

abstenção dos accionistas Sonae Wood Products BV, António Luís Teixeira de Almeida e

Maria Julieta Dias Alves de Almeida.----------------------------------------------------------------------------

Entrando-se então na discussão do ponto quatro da Ordem do Dia, o Senhor Presidente da

Mesa em exercício referiu ter sido apresentada pela accionista PORTUCEL- Empresa de

Pasta e Papel de Portugal, SGPS, SA uma proposta do seguinte teor:-------------------------------

" A Portucel - Empresa de Pasta e Papel de Portugal SGPS, SA, propõe que seja aprovado

um voto de confiança no Conselho de Administração e no Órgão de fiscalização da Portucel -

Empresa de Produtora de Pasta e Papel, SA, e em cada um dos seus membros, pela forma

como foi exercida a Administração e fiscalização da Sociedade no decurso do exercício de

2002."-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Nenhum accionista pretendeu usar da palavra pelo que o Senhor Presidente da Mesa em

exercício pôs à votação a proposta formulada perante todos os accionistas presentes que foi

aprovada com as abstenções dos accionistas SONAE WOOD PRODUCTS B.V. e de

Flarimundo Figueiras Vale de Gato.-----------------------------------------------------------------------------

(...)

E não havendo mais nada a tratar, o Senhor Presidente da Mesa deu por encerrada a

sessão, da qual foi lavrada a presente acta que, depois de lida e achada conforme vai

assinada por ele próprio e pelo Secretário da Mesa.-------------------------------------------------------

a) Alfredo Varela Pinto

b) António Alexandre da Cunha Reis

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DISPENSA DE PUBLICAÇ ÃO DE CONTAS

“A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários , ao abrigo do disposto no nº 3 do

art. 250º do Código dos Valores Mobiliários, dispensou a publicação das contas

individuais.

Os documentos de prestação de contas alvo desta dispensa encontram-se

disponíveis para consulta, juntamente com os restantes, na sede desta Sociedade,

de acordo com o estabelecido pelo Código das Sociedades Comerciais”.