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Relatório e Contas 2011

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Relatório e Contas 2011

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

ÍNDICE I. RELATÓRIO DE ATIVIDADES…………….…………….…………….…………….…………………………. 3

1. Enquadramento 2. Evolução do Tráfego

3. Atividades desenvolvidas

II. RECURSOS HUMANOS……………………………………………………………………………………… 22

III. GOVERNO DA SOCIEDADE………………………………………………………………………………… 27

1. Missão, objetivos e políticas da empresa

2. Regulamentos internos e externos

3. Transações relevantes com entidades relacionadas

4. Outras transações

5. Modelo de governo e identificação dos órgãos sociais

6. Remuneração dos membros dos orgãos sociais

7. Análise de sustentabilidade da empresa

8. Avaliação do cumprimento dos Princípios de Bom Governo

9. Código de Ética

10. Informação sobre a existência de um sistema de controlo compatível com a dimensão e complexidade da empresa

11. Identificação dos mecanismos adotados com vista à prevenção de conflitos de interesse

12. Explicitação fundamentada da divulgação de toda a informação atualizada prevista na RCM nº

49/2007, de 28/03

13. Informação sobre o efetivo exercício de poderes de autoridade

IV - CUMPRIMENTO DAS ORIENTAÇÕES LEGAIS DE INFORMAÇÃO……………………………………… 41

1. Objetivos de gestão previstos no artigo 11º do Decreto-Lei nº 300/2007, de 23 de agosto

2. Gestão do Risco Financeiro

3. Prazo Médio de Pagamentos a fornecedores

4. Atrasos nos pagamentos

5. Cumprimentos dos deveres especiais de informação

6. Cumprimento das recomendações do acionista

7. Remunerações

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

8. Contratação pública

9. Implementação das medidas previstas no Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC),

designadamente sobre a adesão da empresa ao Sistema Nacional de Compras Públicas (SNCP)

10. Limites máximos de acréscimo de endividamento definidos para 2011 conforme Despacho nº

155/2011 – MEF, de 28 de abril

11. Plano de Redução de Custos definidos para 2011 conforme Despacho nº 155/2011 – MEF, de 28 de abril 11. Princípio da Unidade de Tesouraria do Estado previsto no artº 77 da Lei nº 55 – A/2010, de 30

de dezembro

V – EVOLUÇÃO DA TAXA MÉDIA ANUAL DE FINANCIAMENTO…………………………………………… 52

VI - ANÁLISE ECONÓMICO-FINANCEIRA……………………………………………………………………… 53

VII – OBJETIVOS DE GESTÃO ………………………………………………………………………………….. 63 VIII – PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS ………………………………………………………… 64 IX – NOTAS FINAIS.………………………………………………………………………………………….…… 65 X – CONTAS DO EXERCÍCIO……………………………………………………………………………………… 66 XI – NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS…………………………………………………………… 70

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

I. RELATÓRIO DE ATIVIDADES Num ano caracterizado por uma conjuntura europeia e nacional de recessão económica e financeira,

o porto de Setúbal, no conjunto da sua comunidade de agentes dinamizadores, demonstrou ser

competitivo a avaliar pelos resultados obtidos a nível do movimento de mercadorias, tendo ficado a

cerca de 100 mil toneladas de atingir o recorde registado no ano anterior, de sete milhões de

toneladas. Os números confirmam o porto como pólo essencial para a economia nacional, sobretudo

na sua vertente exportadora e nos segmentos da carga de elevado valor, como sejam contentores e

veículos, que bateram recordes de movimentação.

Em 2011, o porto de Setúbal viu aumentar a oferta de serviços de linha regular da FLOTA SUARDIAZ,

para carga roll-on/roll-off, da SEATRADE, de fruta e carga geral, da MAERSK e da TARROS, para

transporte de contentores, o que demonstra a crescente preferência por parte de grandes

armadores em escalar este porto.

Foi também em 2011 que se assistiu ao primeiro embarque direto de

veículos fabricados na Autoeuropa para o exterior da União Europeia,

como seja o caso do Japão, a que se seguiu a China. O porto de Setúbal

viu assim reforçada a sua posição como um porto de primeira linha na

rede logística da Volkswagen, com ligações diretas regulares a portos do

Extremo Oriente asseguradas pelos armadores Norvegian Car Carriers e

NYK Line.

Ao nível dos acessos terrestres ao hinterland, a conclusão da ligação rodoviária do porto de Setúbal

às autoestradas A2 e A12, por uma via dedicada sem cruzamento e fora do perímetro urbano,

permitiu ganhos significativos de tempo, segurança e congestionamento, facilitando o escoamento

das mercadorias com destino ou origem no porto, traduzindo-se num aumento de competitividade

para o porto e todos os seus clientes.

O impacto económico das atividades desenvolvidas no

Porto de Setúbal foi objeto de um estudo realizado pelo

ISEG (CEGE), onde se concluiu que os efeitos totais das

atividades do porto na economia representam cerca de

10,7 mil milhões de euros de volume de negócios, ou seja,

3,3% da região da Grande Lisboa, e de 2,3 mil milhões de

euros de Valor Acrescentado Bruto (VAB), ou seja 5% do

VAB da Grande Lisboa, correspondendo a 33,3 mil postos de trabalho.

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1. Enquadramento

Segundo dados mais recentes da UNCTAD-United Nations Conference on Trade and Development, a

economia mundial deverá ter registado um crescimento de 2,8% em 2011, o que representa um

abrandamento em relação ao ano anterior. Para tal contribuiu a elevada taxa de desemprego e a

diminuição dos rendimentos disponíveis nas economias desenvolvidas, que constituíram um entrave

à recuperação espectável. A redução do crescimento também teve como causa o efeito da crise da

dívida soberana nos países da área euro, que se agravou na segunda metade do ano.

O comércio mundial, de acordo com os dados da Organização Mundial do Comércio, deverá crescer

menos do que inicialmente previsto relativamente a 2011, tendo sido revista a previsão inicial de

6,5% para 5,8%. O transporte marítimo, que representa 80% do volume de comércio mundial e 70%

do seu valor, viu reforçadas as rotas marítimas Sul-Sul. A China continua a ser o principal recetor e

expedidor de mercadorias, começando a ganhar força nestas relações os países africanos e da

América Latina.

Segundo o Banco de Portugal, 2011 ficou marcado pela crise das dívidas soberanas na Área Euro

resultante das fortes tensões nos mercados financeiros que contribuíram para a perda de acesso do

sector público e, em consequência, do sector bancário, a financiamento de mercado em condições

normais. Em consequência, Portugal solicitou assistência financeira junto do Fundo Monetário

Internacional e da União Europeia, formalizado no Programa de Assistência Económica e Financeira,

no qual o governo português se comprometeu a adotar medidas de ajustamento dos desequilíbrios

macroeconómicos e de caráter estrutural, mas que terão um inevitável efeito de contração da

economia a curto prazo.

Principais Indicadores Económicos 2009 2010 2011

P

PIB em volume (%) Portugal -2,9 1,4 -1,6

Área do Euro -4,2 1,9 [1,5; 1,7]

Índice harmonizado de preços no consumidor (%)

Portugal 2,4 3,5 3,6

Área do Euro 2,2 2,7 [2,6; 2,8]

Fonte: “Boletim Económico do Banco de Portugal – Inverno”, Janeiro de 2012; “Projeções Macroeconómicas para a Área Euro”, Banco Central Europeu, Dezembro de 2011. Legenda: (p) - projeções

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2. Evolução do Tráfego

Movimento de navios Em 2011, escalaram o porto de Setúbal 1.520 navios, o que corresponde a uma média de 4,2 navios

por dia, a grande maioria dos quais (1.443) veio em atividade comercial e os restantes por outros

motivos (visita, reparação, dragagens, etc). O GT médio tem vindo a aumentar com a dimensão

média dos navios, implicando ganhos de eficiência e escala nos fretes.

Movimento de navios em

atividade comercial 2009 2010 2011 Var.10/09 Var.11/10

Nº. Nacionais 247 191 126 -22,7% -34,0%

GT (1000 Tons.) Nacionais 943 812 555 -13,9% -31,6%

Nº. Estrangeiros 1.074 1.268 1.317 18,1% 3,9%

GT (1000 Tons.) Estrangeiros 13.651 16.079 16.447 17,8% 2,3%

Total Navios 1.321 1.459 1.443 10,4% -1,1%

Total (1000 Tons.) GT 14.594 16.891 17.033 15,7% 0,8%

GT Médio (1000 Tons.) 11,05 11,58 11,80 4,8% 1,9%

Fonte: APSS, SA

Movimento de mercadorias Em 2011, o porto de Setúbal movimentou 6,9 milhões de toneladas, ficando muito próximo de

atingir o recorde de sete milhões de toneladas registado no ano anterior. Não obstante o panorama

adverso da nossa economia, houve margem para um crescimento bastante significativo na

movimentação de carga fracionada e roll-on/roll-off, segmentos nos quais o porto de Setúbal é líder

nacional há alguns anos, bem como na carga contentorizada, que tem vindo a assumir um papel

expressivo no conjunto da carga geral.

Gráfico I – Evolução do porto de Setúbal nos

últimos cinco anos

O porto de Setúbal tem registado, nos últimos

anos, um tráfego total situado no intervalo de

variação entre as 6 e 7 milhões de toneladas

movimentadas, com uma sólida tendência para

cargas de maior valor e, mais importante,

demonstrando uma vocação exportadora,

suportada num hinterland constituído por um

tecido empresarial com capacidade competitiva

nos mercados externos.

0

1.000

2.000

3.000

4.000

5.000

6.000

7.000

8.000

2006 2007 2008 2009 2010 2011

1.000 tons.

Total Carga Descarga

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A grande maioria das mercadorias transportadas através do porto de Setúbal teve como origem ou

destino o mercado externo, sobretudo países situados fora da União Europeia (como é o caso da

Guiné Equatorial, Angola, Argélia, Brasil, Uruguai, entre outros).

Importa salientar a recuperação considerável verificada ao nível do comércio com países

pertencentes à União Europeia, como é o caso da Espanha, Alemanha, Holanda, Reino Unido, entre

os principais.

A taxa de cobertura das importações pelas exportações foi de 146%, o que significa que o porto

continua a ser essencialmente exportador.

O tráfego de cabotagem perdeu peso relativo, certamente devido ao facto de estar suportado em

mercadorias como o cimento a granel e produtos petrolíferos, que registaram uma diminuição na

movimentação.

Unidade: 1.000 toneladas

Movimento de mercadorias por

origem/destino 2009 2010 2011 Var.10/09 Var.11/10

União Europeia 2.379 1.700 1.903 -28,5% 12,0%

Importação 1.085 819 902 -24,5% 10,1%

Exportação 1.294 881 1.002 -31,9% 13,7%

Restantes países 2.510 4.341 4.229 72,9% -2,6%

Importação 915 1.727 1.591 88,7% -7,8%

Exportação 1.595 2.614 2.637 63,9% 0,9%

Total comércio externo 4.889 6.041 6.132 23,6% 1,5%

Importação 2.000 2.546 2.493 27,3% -2,1%

Exportação 2.889 3.495 3.639 21,0% 4,1%

Total cabotagem 971 966 760 -0,6% -21,2%

Cabotagem entrada 430 478 366 11,1% -23,5%

Cabotagem saída 541 488 395 -9,8% -19,1%

Total geral 5.860 7.006 6.893 19,6% -1,6%

Fonte: APSS, SA

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Unidade: toneladas

Fonte: APSS, SA

País Carga Descarrega Total País Carga Descarrega Total

África do Sul 80 12.326 12.406 Holanda 106.134 52.803 158.937

Al emanha 171.609 49.012 220.621 Honduras 111 0 111

Angol a 215.317 374 215.691 Hong Kong 264 0 264

Arábi a Saudita 18.108 0 18.108 Iemen 87 0 87

Argél ia 347.276 6.470 353.746 Índia 5.535 31.837 37.371

Argentina 61.420 7.669 69.089 Irlanda 20.308 3.562 23.870

Aus trá l ia 168 0 168 Israel 1.645 3.964 5.608

Barem 59 0 59 Itá l ia 131.059 118.918 249.978

Bél gica 18.344 83.267 101.611 Japão 651 30.008 30.660

Benin 117.460 0 117.460 Jordânia 2.901 5.883 8.785

Bras i l 279.009 220.967 499.975 Kuwai t 178 0 178

Brunei 177 0 177 Letónia 3.340 0 3.340

Bul garia 23.050 0 23.050 Líbano 18.498 15.652 34.150

Cabo Verde 140.306 7.127 147.434 Líbia Jamahira Árabe 1.219 3.579 4.798

Camarões 1.046 0 1.046 Lituânia 0 7.610 7.610

Catar 382 0 382 Madagáscar 70 0 70

Chi le 117 0 117 Malta 806 0 806

China , R.P. 237.966 55.974 293.939 Marrocos 125.485 116.536 242.021

Chipre 1.149 73 1.222 Mauritânia 40.356 0 40.356

Colômbia 1.161 1.841 3.002 Méxi co 1.499 19.957 21.456

Comores 2.540 0 2.540 Mocambique 6.774 90.508 97.282

Congo 2.772 0 2.772 Montenegro 106 0 106

Congo, R. D. 401 0 401 Nicarágua 546 0 546

Coreia do Sul 176 31.411 31.587 Nigéri a 17.702 0 17.702

Costa do Marfim 138.273 0 138.273 Noruega 5.266 1.821 7.088

Costa Rica 4.997 23.995 28.992 Panamá 582 4.622 5.204

Croácia 264 0 264 Paraguai 752 0 752

Dinamarca 5.675 2.592 8.267 Peru 2.753 0 2.753

Domi ni cana, Repúbl ica 455 0 455 Poloni a 6.338 5.995 12.333

E.U.A. 44.866 330.010 374.877 Portuga l 394.714 365.707 760.420

Egipto 45.092 28.759 73.850 Reino Unido 112.424 28.397 140.821

Emi ratos Árabes Uni dos 1.839 0 1.839 Roménia 595 8.451 9.046

Equador 12.444 10.480 22.924 Russ ia , Federação da 2.418 0 2.418

Espanha 218.530 458.105 676.636 São Sa lvador 1.617 0 1.617

Fi l i pi nas 0 4.922 4.922 São Tomé e Principe 8.652 0 8.652

Finlândia 109.112 27.293 136.405 Senegal 66.881 12.635 79.516

França 465 36.303 36.768 Serra Leoa 42.951 0 42.951

Gabão 5.070 0 5.070 Siria , Repúbl ica Árabe 11.467 25.560 37.027

Gâmbia 69 0 69 Suécia 72.148 2.010 74.158

Gana 31.549 0 31.549 Ta i lândi a 0 245 245

Geórgia 142 0 142 Taiwan 0 2.011 2.011

Gibra ltar 0 6.203 6.203 Togo 34.235 0 34.235

Grécia 22.914 23.080 45.995 Tuni s ia 59.293 20.207 79.499

Guatemala 584 0 584 Turqui a 60.274 9.851 70.126

Guiana 0 4.752 4.752 Ucrâni a 14 23.997 24.012

Guiné 2.229 0 2.229 Uruguai 170 378.299 378.469

Guiné Equatori a l 258.187 4 258.191 Venezuela 2.562 33.045 35.607

Guiné-Biss au 118.096 3.355 121.452 Total Geral 4.032.549 2.860.037 6.892.587

Haiti 222 0 222

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Analisando o movimento de mercadorias por modo de acondicionamento, destaca-se o crescimento

significativo da carga geral em todos os seus segmentos – fracionada (28%), contentorizada (48%) e

roll-on/roll-off (4%), totalizando cerca de 3,2 milhões de toneladas. Os principais crescimentos

registaram-se no movimento de madeiras, cimento ensacado, fruta e produtos metalúrgicos.

Destaca-se igualmente a movimentação de cerca de 77 mil TEU, correspondente a 44 mil

contentores, o que representa um crescimento de 52% (em TEU) face ao ano anterior (e 45% em

número). O número de veículos movimentados atingiu as 175 mil unidades.

Por sua vez, o tráfego de granéis, líquidos e sólidos, apresentou uma variação negativa

comparativamente a 2010, a qual se ficou a dever à redução verificada quer na movimentação de

produtos refinados (fuelóleo, gasóleo e gasolina), quer no clinquer, cimento a granel e carvão/coque.

Com variação positiva destaca-se a movimentação de ácidos, madeira a granel (estilha) e minérios. Unidade: 1.000 toneladas

Movimento de mercadorias por

modo de acondicionamento 2009 2010 2011 Var.10/09 Var.11/10

Granéis líquidos 687 701 628 2,0% -10,4%

Granéis sólidos 3.318 3.856 3.097 16,2% -19,7%

Carga geral 1.855 2.449 3.168 32,0% 29,3%

Carga fracionada 1.421 1.696 2.167 19,4% 27,7%

Carga contentorizada 232 498 736 114,7% 47,7%

Carga roll-on/roll-off 202 255 265 26,2% 4,0%

Total 5.860 7.006 6.893 19,6% -1,6%

Nº de caixas de 20' e 40' 17.045 30.230 43.675 77,4% 44,5%

Nº TEU 25.506 50.744 77.127 98,9% 52,0%

Nº de veículos 132.555 173.529 174.569 30,9% 0,6%

Fonte: APSS, SA

O volume de mercadorias movimentadas nos terminais de serviço público ultrapassou, de forma

expressiva, o total registado nos terminais de uso privativo. A explicação reside, por um lado, no

crescimento verificado em todos os terminais de serviço público, fortemente suportado em cargas

para exportação, totalizando mais de quatro milhões de toneladas; por outro, na redução registada

em alguns terminais de uso privativo, que habitualmente movimentam grandes quantidades de

carga a granel, como é o caso do carvão, coque, clínquer e produtos refinados.

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Unidade: 1.000 toneladas

Principais mercadorias

movimentadas 2009 2010 2011 Var.10/09 Var.11/10

Cimento 957 1.090 1.182 13,9% 8,4%

P. Metalúrgicos 621 843 965 35,8% 14,4%

Clínquer 1.297 1.433 788 10,5% -45,0%

Madeiras 240 500 689 108,3% 37,8%

Minérios 345 334 623 -3,1% 86,3%

Carvão/Coque 568 570 360 0,4% -36,8%

Adubos 145 353 312 143,4% -11,7%

Ro-Ro 202 255 265 26,2% 4,0%

Gasóleo/Gasolina 275 292 255 6,3% -12,6%

P. Agrícolas 184 227 186 23,4% -18,2%

Ácidos 93 161 178 73,1% 10,5%

Fuelóleo 273 204 143 -25,3% -29,7%

Frutas 36 33 34 -7,4% 3,1%

Pasta de Madeira 215 92 32 -57,2% -64,9%

Pedras Ornamentais 14 7 4 -53,4% -45,3%

Outros 395 612 876 54,9% 43,2%

Total 5.860 7.006 6.893 19,6% -1,6%

Fonte: APSS, SA

Unidade: 1.000 toneladas

Movimento de mercadorias por cais 2009 2010 2011 Var.10/09 Var.11/10

Terminais de serviço público 2.313 3.332 4.105 44,0% 23,2%

Multiusos - Zona 1 1.071 1.569 1.772 46,5% 12,9%

Multiusos - Zona 2 575 864 1.149 50,3% 33,0%

Terminal Roll-On Roll-Off 156 210 239 34,6% 14,0%

Sapec – Granéis Sólidos 419 525 771 25,2% 47,0%

Sapec - Granéis Líquidos 92 164 173 78,1% 5,7%

Terminais de uso privativo 3.545 3.675 2.788 3,7% -24,1%

Termitrena 1.785 1.974 1.144 10,6% -42,0%

Secil 854 872 916 2,1% 5,1%

Praias Sado 458 351 363 -23,4% 3,3%

Tanquisado/Eco-Oil 375 402 312 7,2% -22,3%

Outros 73 76 52 3,8% -31,1%

Total 5.858 7.006 6.893 19,6% -1,6%

Rácio Term. serv. púb./Uso privat. 0,7 0,9 1,5 39,0% 62,4%

Fonte: APSS, SA

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Gráfico II – Evolução do tráfego de

contentores

Entre 2006 e 2011, a movimentação de

carga contentorizada quintuplicou,

passando de 16 mil para 77 mil TEU, a

que certamente não terá sido alheio o

esforço comercial de captação deste

tráfego e o novo fluxo exportador de

papel da fábrica Portucel Soporcel.

Gráfico III – Veículos exportados no Terminal Roll-on/Roll-off

A movimentação de veículos em

sistema roll-on/roll-off apresenta-se

como um segmento estratégico para o

porto de Setúbal, aproveitando as

sinergias que a localização de uma

fábrica automóvel permitem obter,

afirmando-se como o primeiro porto

nacional neste segmento. A exportação

de veículos por modo marítimo

apresenta, em 2011, valores idênticos

aos verificados em 2006, fruto do

sucesso comercial dos modelos

fabricados pela AutoEuropa usando o

porto de Setúbal como ponto preferencial para o escoamento dos mesmos.

Movimento de pescado Em 2011 o volume de pescado transacionado nos portos de Setúbal e Sesimbra registou um

crescimento expressivo de 32%, ultrapassando as 21 mil toneladas descarregadas, mais 5.170

toneladas que no ano anterior.

Pescado 2010 2011 Var. 2010/2011 (%)

Portos € Kg €/kg € Kg €/kg € Kg €/kg

Setúbal 5.178.648 3.482.773 1,49 4.720.196 3.746.501 1,26 -9% 8% -15%

Sesimbra 19.573.739 12.752.692 1,53 21.227.133 17.658.985 1,20 8% 38% -22%

TOTAL 24.752.388 16.235.465 1,52 25.947.329 21.405.486 1,21 5% 32% -20%

Fonte: Dados Docapesca - Portos e Lotas, SA

1612

2026

51

77

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

2006 2007 2008 2009 2010 2011

1.000 TEU

121

74 7665

77

110

0

20

40

60

80

100

120

140

2006 2007 2008 2009 2010 2011

1.000 viaturas

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Tráfego fluvial no Rio Sado Em 2011, o movimento de passageiros no Rio Sado atingiu 1.538.081, tendo sido vendidos 1.242.622

bilhetes (passes incluídos), de acordo com os dados da Atlantic Ferries, empresa concessionária do

serviço de transporte regular entre as duas margens do rio.

Evolução do Tráfego Fluvial entre as duas margens do Rio Sado

Unidade: número de bilhetes

Nº de Bilhetes vendidos

2009 2010 2011 VAR abs. 2010/2011

VAR % 2010/2011

Veículos 352.483 299.457 273.114 -26.343 -8,8%

Velocípedes 9.346 9.413 8.949 -464 -4,9%

Passageiros 874.885 966.536 953.024 -13.512 -1,4%

Passes 8.308 7.487 7.535 48 0,6%

TOTAL 1.245.022 1.282.893 1.242.622 -40.271 -3,1%

Fonte: Atlantic Ferries

Evolução mensal do tráfego fluvial (por ferry e catamaran)

Fonte: Atlantic Ferries

0

50.000

100.000

150.000

200.000

250.000

300.000

350.000

Jan-11 Mar-11 Mai-11 Jul-11 Set-11 Nov-11

Nº de viagens

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

3. Atividades desenvolvidas

No que respeita às intervenções realizadas em 2011, destaca-se, pela importância do investimento e

impacto socioeconómico gerado, a conclusão da construção da ponte-cais nº 3 no porto de

Sesimbra, cumprindo os prazos e montantes previstos. Com a aprovação do financiamento PROMAR

e assegurada a dotação PIDDAC, esta obra foi iniciada em 2010, tendo como objetivo o aumento da

frente acostável e melhoria das condições de segurança das embarcações de pesca em Sesimbra.

No porto de Sesimbra foram ainda melhoradas

as condições de acostagem das embarcações

marítimo-turísticas na sequência da instalação

do pontão Espadarte entre as pontes-cais nº 1

e 2.

No porto de Setúbal, a ligação ferroviária de acesso aos terminais Multiusos Zona 1, Zona 2 e Roll-

On/Roll-off foi objeto de uma intervenção de requalificação, a nível do reforço das zonas onde estão

instalados os aparelhos de mudança de via, tendo em vista a melhoria das manobras e da circulação

ferroviária para os referidos terminais.

Ao nível das acessibilidades aos terminais portuários, destaca-se ainda a reparação das juntas de

dilatação do viaduto da Cachofarra, melhorando os níveis de segurança numa via de intenso tráfego

em ambos os sentidos, sobretudo de veículos pesados.

Ao nível da reabilitação e beneficiação de infraestruturas, outras intervenções são merecedoras de

destaque, entre elas, a colocação de uma cobertura autoportante sobre o edifício do Cais 3, visando

proteger o edifício das intempéries; a reparação do molhe exterior da doca dos pescadores, na

sequência dos danos causados à estrutura por um navio em saída do porto; a demolição do Edifício

da Salmex; a reparação de uma defensa danificada no Terminal Roll-On/Roll-Off; a elaboração do

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

projeto técnico de beneficiação dos

corredores laterais e do corpo Sul

do edifício Mercado de 2ª venda de

pescado de Setúbal (ex-lota); a

realização de algumas intervenções

de modernização no edifício sede

da APSS e na delegação do porto de

Sesimbra, entre as principais.

Ao nível da gestão de infraestruturas elétricas e unidades de climatização, as intervenções

centraram-se na beneficiação geral do sistema de iluminação, montagem de um novo quadro geral e

gerador de emergência no edifício sede, bem como a montagem de 78 painéis fotovoltaicos,

destinados à produção e venda de energia elétrica à Rede Elétrica Nacional no âmbito do programa

de microprodução de energia com tarifa bonificada; na Certificação Energética do edifício-sede; no

lançamento de uma campanha com 50 medidas para a poupança de energia no âmbito do Programa

ECO.AP (alteração do tipo de iluminação,

regulação e controlo, montagem de sistemas

de aquecimento solar na pilotagem, etc); na

continuação dos trabalhos de preparação da

transferência da alimentação elétrica dos

edifícios das oficinas, serviços de segurança e

CDRN para a EDP; no melhoramento da rede

de distribuição de energia em baixa tensão e

iluminação pública; na beneficiação geral do posto de transformação do edifício do mercado de 2ª

venda (ex-lota); na substituição das unidades de climatização e no melhoramento e substituição de

lanternas e farolins do sistema de assinalamento marítimo.

A APSS analisou e emitiu cerca de 60 pareceres técnicos relativamente a processos de autorização e

de licenciamento de obras particulares, na quase totalidade respeitantes a obras de conservação,

bem como participou em diversos grupos de trabalho, designadamente relativos à desafetação de

usos na frente ribeirinha de Setúbal, ao Plano Diretor Municipal de Setúbal, à construção de uma

rotunda nas Fontainhas, ao Plano Diretor Municipal de Sesimbra, ao reordenamento da marginal de

Sesimbra poente e dos apoios de praia da Praia do Ouro, entre os principais.

No âmbito do Sistema de Informação Geográfica, procedeu-se à atualização cartográfica, servindo de

instrumento de apoio à gestão da campanha de dragagens de manutenção e à gestão do sistema de

informação meteorológica APSS.

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Desempenho Ambiental No âmbito da monitorização ambiental, a avaliação da qualidade da água distribuída na área de

jurisdição da APSS (Setúbal e Sesimbra) foi feita de acordo com as recomendações do Instituto

Regulador de Águas e Resíduos, tendo-se verificado que se encontrava dentro dos parâmetros

legislados ou recomendados. Há apenas a referir a baixa concentração de oxigénio dissolvido no

edifício dos cacifos de Setúbal. No último trimestre foram ainda realizadas as campanhas de

caracterização de sedimentos para apoio às dragagens de manutenção que se realizarão em 2012.

Tendo como objetivo fomentar uma abordagem que garanta a sustentabilidade ambiental da

atividade de construção civil, privilegiando a redução, reutilização e reciclagem de resíduos, foram

elaborados Planos de Prevenção e Gestão de Resíduos de Construção e Demolição para oito

empreitadas realizadas pela APSS.

Ao nível da gestão de resíduos, em 2011 movimentaram-se nos portos de Setúbal e Sesimbra cerca

230 mil toneladas de resíduos, 47% dos quais seguiram destinos de valorização (armazenamento,

reciclagem, refinação) e 53% foram para destruição. Verificou-se um aumento superior a 10%

relativamente ao volume movimentado no ano anterior, fruto de intervenções de limpeza de grande

dimensão realizadas, assim como a descontaminação de embarcações no Trem Naval, o que explica

o volume elevado de resíduos enviados para eliminação.

Unidade: kg

Tipo de Resíduos movimentados em 2011 Valorização Eliminação

Óleos usados 16.221

Resíduos com hidrocarbonetos (a)

3.000 22.200

Embalagens e absorventes contaminados 1.773 174

Filtros de óleo 465

Solventes 65

Lâmpadas (c) (c)

Embalagens de madeira e plástico 16.594

Resíduos de Construções e Demolições 26.630

Resíduos de Equipamentos, Elétricos e Eletrónicos 10. 200

Redes 5.700 3.060

Resíduos de Navios (b)

62.100

Resíduos urbanos 19.380 36 520

Outros 7.908 385

Total/destino 107.926 124.439

Total geral 232.365

% 47 53

% (excluindo os resíduos de navios) (d)

64 36 Notas: (a) Inclui resíduos de combustíveis; (b) Estes resíduos são obrigatoriamente enviados para eliminação por conterem “restos de cozinha e de mesa de transportes internacionais”; (c) Resíduo não contabilizado por ser inserido no circuito

integrado de gestão de REEE aquando da aquisição de novos elementos; (d) Excluindo os resíduos de navios cujo destino é obrigatoriamente a eliminação.

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

As preocupações com a valorização de resíduos estão em melhoria contínua, verificando-se

atualmente, para quase todas as tipologias de resíduos, pelo menos um encaminhamento para

destinos de valorização. Registaram-se pela primeira vez, proveitos relacionados com a valorização

de resíduos.

Outros circuitos de recolha seletiva anteriormente implementados foram mantidos, destacando-se o

encaminhamento de óleos usados para a Sogilub–Sociedade de Gestão Integrada de Óleos

Lubrificantes Usados, Lda.

No âmbito do Plano Portuário de Gestão de Resíduos, foram registadas 539 recolhas (face a 350

recolhas no ano anterior), perfazendo um total de 62.100 kilogramas de resíduos, enviados

obrigatoriamente para eliminação por conterem “restos de cozinha e de mesa de transportes

internacionais”. A APSS procedeu à verificação da Declaração de Resíduos dos navios comerciais que

utilizaram o Porto de Setúbal e dos procedimentos associados às descargas de resíduos.

A APSS continuou em 2011 a remodelar os pontos de recolha de óleos usados permitindo, com as

novas estruturas, a adoção de melhores práticas ambientais e a integração paisagística no ambiente

envolvente. Na Doca das Fontainhas procedeu-se à substituição e relocalização de um oleão de

metal por um depósito em polietileno rotomoldado de alta resistência e com paredes duplas,

possibilitando a retenção no seu interior de um eventual derrame, sendo esta ocorrência visível

através de um sinalizador exterior. Na Doca dos Pescadores foi instalada uma cobertura de proteção

no ponto de recolha de óleos e de outros materiais contaminados. No Trem Naval de Santa Catarina

foi instalado um ponto de recolha coberto para óleo usado, embalagens, filtros de óleo e

absorventes. Foi igualmente efetuada a sinalização dos diversos contentores de resíduos na APSS.

Atendendo à praga do escaravelho das palmeiras, que atacou o sul do país e à importância que esta

espécie ornamental assume nas áreas verdes da APSS, foram efetuadas diversas aplicações de

pesticida e corte de exemplares de palmeiras no âmbito do combate obrigatório a esta praga.

Sistema de Gestão da Qualidade Em 2011, foi concluída a auditoria de acompanhamento ao Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ)

da APSS, segundo o referencial NP EN ISO 9001:2008. Esta ação inseriu-se no segundo ciclo de

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

auditorias levadas a cabo pela Lloyd’s Register Quality Assurance, com carácter anual, desde a

obtenção do primeiro certificado da Qualidade em 2009.

Foram também concluídas as auditorias de concessão realizadas pela entidade certificadora Lloyd’s

Register Quality Assurance, que tiveram como objetivo a confirmação que o Sistema de Gestão da

Qualidade e Ambiente da APSS cumpre todos os requisitos da norma de referência NP EN ISO

14001:2004.

Procedeu-se a uma revisão da Política da Qualidade de modo a introduzir a componente ambiental

no âmbito da Certificação da Qualidade e Ambiente, tendo sido desenvolvida uma matriz que

abrange as diversas

atividades exercidas

pela empresa e a

respetiva avaliação dos

impactes ambientais,

no sentido de controlar

e mitigar os seus

efeitos.

Na ótica da melhoria contínua, foram contabilizados 103 pedidos de ação no âmbito do SGQA dos

quais resultaram ações corretivas, preventivas e de melhoria.

Igualmente, em 2011, realizaram-se diversas auditorias internas promovidas pela bolsa de auditores

dos processos internos, a fim de se avaliar o grau de implementação do Sistema de Gestão da

Qualidade e Ambiente nos diversos serviços da APSS. Foi dado seguimento às reclamações

apresentadas no ano anterior, bem como se realizaram questionários à satisfação dos clientes do

porto, abrangendo a comunidade portuária local e comandantes dos navios que escalaram o porto

de Setúbal.

A aplicação informática de apoio ao Sistema de Gestão da Qualidade B-Quality foi desenvolvida,

nomeadamente no controlo documental, documentos inteligentes, calendarização de atividades

internas, plano de manutenção de equipamentos e fichas de funções dos colaboradores, tendo sido

estendida ao acompanhamento de concessões e de licenças dominiais.

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Segurança Marítima e Portuária No âmbito da segurança foram realizadas as seguintes ações:

• Prestação de serviços de tráfego marítimo pelo Centro de Controlo do Tráfego Marítimo

(VTS) do Porto de Setúbal em regime

permanente, em conformidade com as

disposições da Resolução IMO A.857

(20) “Guidelines for Vessel Traffic

Services”;

• Realização de várias ações de

assessoria técnica internas e externas,

e de participação em diversos atos de

coordenação com outras entidades e organismos oficiais com competências no âmbito dos

serviços de tráfego marítimo, da segurança, da proteção marítimo-portuária, e da

prevenção da poluição marítima;

• Emissão de autorizações na Janela Única Portuária (JUP) para movimentação de

mercadorias perigosas (HAZMAT), realização de trabalhos a bordo, fornecimentos a navios;

• Gestão da manutenção dos equipamentos e sistemas do Centro de Controlo de Tráfego

marítimo (VTS), de videovigilância, de deteção e combate a incêndios e poluição no mar por

hidrocarbonetos da APSS;

• Atualização do Plano de Emergência Interno (PEI) e do Plano de Contingência Interno (PCI)

para Combate a Derrames Acidentais de Hidrocarbonetos da APSS.

Proteção Portuária

• Participação e envolvimento da APSS em exercícios de proteção envolvendo instalações

portuárias, navios de bandeira estrangeira e demais autoridades;

• Desenvolveu-se o exercício Bomba-Set

2011, com a coordenação da APSS e da

Capitania do Porto de Setúbal

(Autoridade Marítima), colocando todas

as onze instalações portuárias, os navios

em porto e o operador de transporte de

passageiros do rio Sado a participar

simultaneamente num exercício, que

envolveu centenas de pessoas da

comunidade portuária em estreita

colaboração com a Polícia Marítima, PSP, GNR, Unidade de Controlo costeiro, Serviço de

Estrangeiros e Fronteiras, Governo Civil, Polícia Judiciária, entre outras.

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

• Participação da APSS no projeto CASSANDRA - Common assessment and analysis of risk in

global supply chains”, referente ao 7º Quadro da Comissão Europeia, call security,

designadamente na promoção da reunião de arranque do Living-Lab Setúbal-Norte de

África, que contou com a presença de diversos parceiros, entre eles, a AICEP, Autoridade

Tributária e Aduaneira, Grupo OREY (Atlantic Lusofrete), TARROS, SADOPORT, GMV, TNO,

ATOS, etc.

Parcerias e cooperação

Em Janeiro de 2011, a CP Carga – Logística e Transportes

Ferroviários de mercadorias, SA e a APSS assinaram um

protocolo de colaboração, visando a construção de novas

soluções logísticas integrando a componente marítimo-

ferroviária de e para o porto de Setúbal, com o objetivo de

expandir o hinterland para as regiões espanholas da Andaluzia

e Extremadura.

Em Maio de 2011, foi constituída a APLOP-Associação de Portos de Língua Portuguesa que reúne os

principais representantes do sector portuário da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, com

o objetivo de explorar as oportunidades de negócio e de cooperação entre as economias dos países

integrantes.

No âmbito do protocolo de cooperação com os portos de Cabo Verde, a APSS participou, através de

uma ação de formação, no Seminário Internacional sobre Parcerias Público-Privadas - o Caso das

Concessões Portuárias.

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A APSS participou no 4º Curso Focal Gloss, que decorreu a bordo de um navio entre os portos de

Barcelona e Civitavecchia, organizado pela APTMCD - Associação Portuguesa para o Transporte

Marítimo de Curta Distância.

A convite da Escola Europeia de Short-Sea-Shipping, a APSS participou ainda no Curso Life Rail Cargo,

sobre Intermodalidade Marítimo-Ferroviária, que se realizou num comboio, onde se deram a

conhecer as experiências de sucesso intermodais nos terminais portuários de Setúbal aos

participantes, na sua maioria carregadores, transitários e agentes.

Ações de Marketing Em 2011, as ações de Marketing desenvolvidas tiveram subjacente a estratégia da APSS de enfoque

no cliente e na satisfação das suas expetativas, designadamente através da atuação estruturada e

sistemática junto dos operadores de transporte marítimo e carregadores, promovendo um

relacionamento de proximidade, o que permitiu identificar necessidades e aspetos de serviço a

ajustar às exigências do mercado. O plano anual de acompanhamento de clientes foi integralmente

cumprido, tendo-se ainda efetuado diversos contatos com potenciais clientes carregadores e

armadores designadamente no segmento de contentores.

Procurou-se divulgar a oferta de serviços logístico-

portuários do porto de Setúbal, no sentido de

aumentar o seu nível de notoriedade junto dos

diversos públicos. Para cada iniciativa, foram

usados os instrumentos de marketing que se

entenderam mais adequados aos targets e

objetivos a atingir. Foram editados diversos suportes informativos em papel e assegurada a

atualização regular dos conteúdos do site da APSS, para além da dinamização da presença nas redes

sociais (Facebook e Youtube).

Merece ainda referência a criação do Museu

Virtual do Porto de Setúbal, que já se encontra

online. Os objetivos do projeto assentaram na

preservação de elementos do património

histórico da APSS e, por outro lado, na sua

disponibilização para consulta virtual, uma vez

que representam uma boa fonte de informação

para trabalhos científicos ou empresariais e

outros de caráter menos estruturado e lúdico.

O projeto contemplou a definição da identidade gráfica do Museu Virtual, incluindo criação de

logótipo e de layout das páginas Web, apostando no design e na simplicidade da consulta; definição

das estruturas de catalogação e de descritores (tags) que permite a pesquisa temática dos

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

elementos do espólio; seleção de matérias, digitalização, catalogação e colocação online dos

documentos. Este projeto inclui a dinamização da campanha “Retratos do Porto de Setúbal”, que

apela à participação dos colaboradores, ex-colaboradores da APSS e de outras empresas/entidades

ligadas ao porto.

Em cumprimento do disposto na Resolução do Conselho de Ministros nº 47/2010, de 25 de junho, é

de referir que o mix das ações de comunicação desenvolvidas em 2011 contemplaram o recurso a

publicidade institucional, visando-se com este instrumento de marketing aumentar o nível de

notoriedade junto de diversos públicos. As ações foram selecionadas e calendarizadas, tendo-se

executado e monitorizado o Plano de Media anual. O investimento total foi de 19.936,34 €, a que

acresce o IVA, montante inferior ao orçamentado. Conforme previsto no plano, foram realizadas

diversas ações de publicidade institucional em órgãos de comunicação social nacional, regional e do

sector marítimo-portuário, incluindo órgãos de comunicação online.

Sistemas e Tecnologias de Informação

• Implementação do sistema de envio de mensagens para o Centro de Controlo de Tráfego

Marítimo (VTS) de acordo com o projeto de harmonização das mensagens de segurança –

PortPlus;

• Reformulação do ambiente de auditoria existente na JUP-Janela Única Portuária para

controlo do estado das comunicações no envio das mensagens para o SDS - Sistema de

Declarações Sumárias e SSN - SafeSeaNet;

• Aplicação dos processos ITIL – Information Technology Infrastruture Library, através da

implementação em modo de avaliação de qualidade da ferramenta de help-desk – Service

Manager, por forma a permitir melhorar significativamente a gestão de incidentes

informáticos;

• Implementação dos sistemas System Center Configuration Manager e System Center

Operations Manager, que permitem efetuar uma gestão mais eficiente aos sistemas de

informação nomeadamente em ações preditivas, oferecendo uma maior capacidade pró-

ativa aos técnicos;

• Execução de um plano de simulacros, onde foi possível avaliar a resposta dos sistemas

informáticos a variados cenários de ocorrência de anomalias graves;

• Implementação de um certificado digital no serviço de correio eletrónico;

• Implementação de um sistema de alta disponibilidade no servidor Exchange 2010 com a

criação de redundância em dois servidores;

• Melhoria no sistema de recuperação de dados JUP – Janela Única Portuária, com a aplicação

de políticas de armazenamento de dados ORACLE, permitindo aumentar a possibilidade de

recuperação de dados.

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Gestão de concessões No âmbito da gestão de licenças e concessões portuárias, procedeu-se ao acompanhamento das

mesmas designadamente através de:

a) Atualização, nos termos previstos nos contratos de concessão e licenças, das rendas fixas e

taxas variáveis, bem como controlo da faturação das concessões e licenças;

b) Análise dos tarifários das concessões de serviço público, enquadramento da sua atualização

e revisão em termos contratuais e tendo em conta a conjuntura económica;

c) Análise dos objetos contratuais, processos de atualização das garantias bancárias do

contrato, dos seguros, planos de segurança, movimentação de mercadorias, indicadores

económico-financeiros, de mapas de pessoal e equipamento;

d) Análise da documentação relativa aos processos de licenciamento, atualização de tarifários,

garantias bancárias e taxas a cobrar às empresas de estiva, reboques e amarrações;

e) Atribuição de licenças a novas agências de navegação, propondo-se o cancelamento de

outras que não cumpriam todos os requisitos legais e atualização de algumas cauções;

f) Envio de informação trimestral para o GPERI- Gabinete de Planeamento Estratégico e

Relações Internacionais do MOPTC e para o GASEPC-Gabinete de Acompanhamento do

Sector Empresarial do Estado – Parcerias Público Privadas e Concessões do Ministério das

Finanças.

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

II. RECURSOS HUMANOS Tem vindo a registar-se uma diminuição do efetivo, mais significativa no ano de 2010, em

consequência de um programa de incentivo à aposentação antecipada e à rescisão amigável de

vínculos laborais. Ainda assim, em 2011 foi negociada a saída de 3 trabalhadores e não foi renovada

a comissão de serviço do único colaborador com vínculo além quadro. Não foram feitas admissões.

Analisando a distribuição do efetivo de pessoal por natureza do vínculo, verifica-se que a totalidade

do efetivo de pessoal se encontra vinculada ao quadro da administração.

Unidade: 1 efetivo

Evolução do Efetivo de Pessoal 2009 2010 2011

Efetivo 177 168 164

Homens 132 123 119

Mulheres 45 45 45

Efetivo Médio 181 175 165

Fonte: APSS\DRH

Unidade: 1 efetivo

Distribuição do efetivo de pessoal por natureza

do vínculo 2009 2010 2011

Quadro 176 167 164

Além do quadro 1 1 0

Comissão de serviço 1 1 0

Requisição 0 0 0

Contrato individual de trabalho a termo certo 0 0 0

Contrato individual de trabalho a termo incerto 0 0 0

Fonte: APSS\DRH

Distribuição do efetivo de pessoal por funções

Os 164 colaboradores da empresa estão distribuídos por funções conforme apresentado no quadro

seguinte, continuando a função de apoio técnico-administrativo a deter o maior peso,

representando cerca de 43,29%, logo seguida da função navegação e segurança que representa,

atualmente, cerca de 24,39% no total de efetivos.

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Unidade: 1 efetivo

Distribuição do efetivo por funções 2009 2010 2011

Recursos Dominiais 11 9 9

Navegação e Segurança 41 40 40

Operação Portuária e Fiscalização da Atividade Portuária 18 16 15

Obras, Projetos e Ambiente 30 29 29

Apoio Técnico-Administrativo 77 74 71

Fonte: APSS\DRH

Unidade: 1 efetivo

Distribuição por níveis de habilitação H M T

3º Ciclo do ensino básico 53 11 64

Ensino Secundário 22 9 31

Ensino Superior 45 25 70

Total 120 45 165

Fonte: APSS\DRH

Cerca de 42,40 % do efetivo de trabalhadores da APSS possui como habilitações escolares o ensino

superior tendo-se verificado um aumento de 3% face ao ano 2010 em virtude de 5 dos 9

trabalhadores que, em 2011, beneficiaram do Estatuto do Trabalhador Estudante, para a frequência

de licenciaturas, mestrados e doutoramentos em diversas áreas, terem concluído a sua formação.

Distribuição do efetivo de pessoal por escalões etários

Assinala-se o facto de o efetivo ser relativamente jovem, com uma idade média de 46,85 anos. A

maioria dos trabalhadores tem idade inferior a 50 anos, sendo a idade média das mulheres de

44,59% e a dos homens 47,59%.

Unidade: 1 efetivo

Distribuição do efetivo de pessoal por escalões etários 2009 2010 2011

De 18 a 24 0 0 0

De 25 a 29 1 1 1

De 30 a 34 14 8 3

De 35 a 39 25 25 29

De 40 a 44 42 27 20

De 45 a 49 44 47 46

De 50 a 54 40 48 46

De 55 a 59 8 9 16

De 60 a 61 0 0 1

De 62 a 64 1 1 1

65 e mais anos 2 2 1

Fonte: APSS\DRH

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Distribuição do efetivo de pessoal por níveis de antiguidade

A antiguidade média é de 17 anos o que representa alguma maturidade do quadro de pessoal,

sendo, em qualquer dos géneros, superior a 15 anos.

Unidade: 1 efetivo

Distribuição do efetivo de pessoal por níveis de

antiguidade 2009 2010 2011

Até 1 ano 0 0 0

De 1 a 2 anos 1 0 0

De 2 a 5 anos 17 5 0

De 5 a 10 anos 39 41 42

De 10 a 15 anos 27 33 34

Mais de 15 anos 93 89 88

Fonte: APSS\DRH

Evolução do potencial de trabalho utilizado

Em 2011, registou-se uma diminuição do número total de horas de trabalho extraordinário ou

suplementar, representando um decréscimo de cerca de 22,56% relativamente ao ano transato.

A área onde o recurso foi mais evidente foi a de Segurança Marítima e Portuária, seguida da

Operação Portuária e Fiscalização da Atividade Portuária, onde habitualmente se regista maior

número de horas de trabalho suplementar.

Unidade: Milhares de horas

Evolução do potencial de trabalho utilizado 2009 2010 2011

Trabalho normal 299 290 286

Trabalho suplementar 2,8 3,3 2,5

Horas efetivamente trabalhadas 302 293 289

Fonte: APSS\DRH

Unidade: 1 efetivo

Evolução da produtividade 2009 2010 2011

Efetivo médio 181 175 165

VAB (em milhares de euros) 15.036 18.973 19.879

Produtividade média (em milhares de euros) 83 108 120

Fonte: APSS\DRH

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Evolução da taxa de absentismo

A taxa de absentismo diminuiu para 4,3 % pelo facto de terem diminuído o número de ausências ao

abrigo da legislação de proteção da parentalidade, no entanto, continuam a ser a doença e os

acidentes em serviço os principais motivos do absentismo.

No grupo das outras faltas justificadas destacam-se as ausências para tratamento ambulatório e a

dispensa para prestação de provas ao abrigo do estatuto de trabalhador estudante.

Unidade: Milhares de horas

Evolução da taxa de absentismo 2009 2010 2011

Potencial Máximo de trabalho 320 315 301

Total de horas de ausência 19 19 13

Taxa de absentismo 6,0 6,0 4,3

Fonte: APSS\DRH

Unidade: 1 hora

Evolução das ausências por tipo de falta 2009 2010 2011

Doença 7.833 7.111 6.685

Acidente de Trabalho 6.566 4.796 2.192

Outras faltas justificadas 4.323 6.822 4.018

Faltas injustificadas 0 43 0

Fonte: APSS\DRH

Evolução da formação profissional

Durante o ano de 2011 realizaram-se 45 ações de formação profissional, com 90 participantes,

abrangendo cerca de 34,76% dos efetivos.

Nas instalações da empresa realizaram-se 93 horas de formação, distribuindo-se as cerca de 1.345

horas de formação externa por áreas diversas, desde a informática, eletrotecnia, infraestruturas,

secretariado, gestão administrativa, higiene e segurança no trabalho.

De salientar 829 horas respeitantes à dispensa para a frequência de aulas e prestação de provas de

avaliação, ao abrigo do Estatuto do Trabalhador Estudante, do qual beneficiam 9 trabalhadores,

todos a frequentar o ensino superior.

Evolução da formação profissional 2009 2010 2011

Nº de horas 3894 4003 2267

Nº de participantes 264 292 90

Fonte: APSS\DRH

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

No âmbito da prevenção da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST), foi realizada uma ação

de Primeiros Socorros, que envolveu doze trabalhadores, com o objetivo de dotar os participantes

com os conhecimentos necessários para, em situações de perigo grave e iminente, assegurarem a

evacuação e socorro.

Estágios e parcerias

Em 2011 realizaram-se três estágios curriculares, dois na área de informática, para alunos de cursos

técnico-profissionais, solicitados por alguns estabelecimentos de ensino do concelho de Setúbal,

num total de 210 horas e outro de nível superior – Mestrado na área de logística - que teve a

duração de três meses, sempre com o objetivo de proporcionar a aquisição de competências

técnicas e sociais relevantes para a respetiva qualificação profissional e integração no mercado de

trabalho.

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Financeiro

Mercado

Processos Internos

Aprendizagem e

Crescimento

F8 - Custos e Proveitos

M6 -Contentores,

Roro e Madrid

AC1 -Acessibilidades

M7 - Área Dominial e

Lazer

P3 -Gestão da Qualidade

AC2 -Adequação dos

Recursos

Humanos

P5 - Segurança e Ambiente

P4 -Intervenção e Requalificação

III. GOVERNO DA SOCIEDADE

1. Missão, objetivos e políticas da empresa

O enquadramento jurídico e económico da empresa é dado pelo Decreto-lei nº 338/98, de 3 de

novembro, o qual institui a APSS em sociedade anónima de capitais públicos, que “tem por objeto a

administração dos portos de Setúbal e Sesimbra, visando a sua exploração económica, conservação e

desenvolvimento e abrangendo o exercício das competências e prerrogativas de autoridade

portuária, nos seus múltiplos aspetos de ordem económica, financeira e patrimonial, de gestão de

efetivos, de exploração portuária e atividades associadas”.

A missão da APSS é: “Assegurar uma administração portuária próxima de todos os stakeholders,

dominando o roll-on/rol-off nacional, suas soluções e inovação bem como todo e qualquer serviço

roll-on/rol-off iberizado; assegurando permanentes serviços de dragagem para manutenção dos 10m

livres de calado em qualquer condição de maré e procurando alcançar os 12,5m livres em qualquer

condição de maré; sendo uma referência ao nível ambiental e de segurança; trabalhando carga

geral, contentorizada e em granéis, através dos seus concessionários, por forma a tornar-se a

solução mais próxima de Madrid”.

Em termos operacionais, a

concretização dos objetivos

globais previstos no Plano

Estratégico da APSS para o triénio

2009-2011 materializou-se em

2011 num conjunto de ações e

intervenções, para os quais foram

definidas metas e serviços

responsáveis, que englobaram

diversos níveis de gestão

(apresentado segundo o modelo

Balanced Scorecard na figura),

designadamente:

• A nível das Acessibilidades (AC1), a APSS continuou a promover o projeto de melhoria das

acessibilidades marítimas do porto de Setúbal, dando-se, em simultâneo, continuidade à

execução do plano de dragagens de manutenção. Igualmente, as acessibilidades terrestres

foram objeto de diversas intervenções de melhoramento – quer rodoviárias, quer

ferroviárias-, conforme apresentado no ponto 3 do capítulo I, destacando-se ainda a

continuação da divulgação do projeto da ligação ferroviária aos terminais da Termitrena. As

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

medidas de adequação dos recursos humanos (AC2) são enumeradas no capítulo II do

relatório.

• No âmbito dos Processos Internos (PI3 a PI5), destaca-se a atribuição da Certificação da

Qualidade e Ambiente dos serviços, a execução do plano de monitorização ambiental e de

gestão de resíduos, as ações desenvolvidas no âmbito da segurança marítima e portuária e

as intervenções a nível da melhoria das infraestruturas e edifícios, conforme descritas no

ponto 3 do capítulo I do relatório.

• No domínio dos Mercados/Clientes (M6 e M7), regista-se a vinda de novas linhas regulares

para o porto de Setúbal em 2011, a execução do plano de visitas a clientes e uma política

comercial ativa e de cooperação em conjunto com agentes da comunidade portuária e

outras administrações portuárias. Igualmente, registaram-se algumas intervenções de

requalificação de espaços na frente ribeirinha, entre outras, reportadas no ponto 3 do

capítulo I do relatório.

• O desempenho financeiro (F8) da empresa é objeto do capítulo VI do relatório.

2. Regulamentos internos e externos

Em virtude da complexidade e multiplicidade do enquadramento legal que condiciona a atividade da

empresa e que se exerce em matérias tão diversas e dispares como ambiente, segurança,

financiamentos comunitários, contratação, concessões, entre outras, a listagem que seguidamente

se apresenta está longe de ser exaustiva. Enumeram-se ainda os regulamentos internos da APSS, que

se encontram disponíveis para consulta no site da empresa (www.portodesetubal.pt).

Regulamentos Externos

• Decreto-Lei nº 338/98, de 3/11: transforma a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra,

instituto público dotado de personalidade jurídica de direito público e de autonomia

administrativa, financeira e patrimonial, em sociedade anónima de capitais exclusivamente

públicos.

• Decreto-Lei n.º 298/93, de 28/08 e Decreto-Lei n.º 324/94, de 30/12: estabelecem o quadro

jurídico das operações portuárias.

• Decreto-Lei n.º 324/94, de 30/12: estabelece a lei geral das concessões.

• Decreto-Lei nº 273/2000, de 9/11: aprova o regulamento do Sistema Tarifário dos Portos do

Continente.

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

• Despacho nº7/SEAMP/2001: aprova os procedimentos ambientais a considerar em área de

administração portuária, estabelecendo orientações para a concretização desses objetivos no

sentido da integração da componente ambiental na gestão quotidiana do porto.

• Decreto-Lei nº 165/2003, de 24/07: relativo à receção dos resíduos dos navios.

• Decreto-Lei nº 180/2004, de 27/07: integra a informação do Sistema VTS Português no sistema

comunitário de acompanhamento e de informação do tráfego marítimo.

• RCM nº 70/2008, de 22/04: aprova as orientações estratégicas destinadas ao sector empresarial

do Estado

• Decreto-Lei nº 46/2002, de 2/03: atribui às autoridades portuárias a competência integrada em matéria de segurança nas suas áreas de jurisdição.

• Diretiva 2005/65/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26/10: sobre o reforço da segurança nos portos.

• Decreto-Lei n.º 226/2006, de 15/11: transpõe para o direito nacional a Diretiva do Código ISPS.

• Lei nº 58/2005, de 29/12/2005: aprova a Lei da Água, transpondo para a ordem jurídica nacional

a Diretiva nº. 2000/60/CE do Parlamento e do Conselho e estabelecendo as bases e o quadro

institucional para a gestão sustentável das águas.

• RCM nº 49/2007, de 28/03: aprova os Princípios de Bom Governo das Empresas do Sector

Empresarial do Estado.

• Decreto-Lei nº 226 – A/2007, de 31 /05: estabelece o regime da utilização dos recursos hídricos,

alterado pelo Decreto-Lei nº. 391-A/2007, de 21/12.

• Decreto-Lei nº300/2007, de 23/08: define o regime jurídico do sector empresarial do Estado,

alterando o Decreto-Lei nº 558/99, de 17/12.

• Decreto-Lei nº 300/2007, de 23/08: altera o Decreto-Lei nº 558/99, de 17/12, que estabelece o regime jurídico do Sector empresarial do Estado e bases gerais do estatuto das empresas públicas.

• Decreto-Lei nº 197/2005, de 8/11 e Diretiva sobre Avaliação de Impactes Ambientais: incide sobre os projetos de construção de novas estruturas portuárias e ampliação das já existentes.

Regulamento Internos

• Código de Ética da APSS

• Regulamento de Tarifas da APSS

• Regulamento de Exploração dos Portos de Setúbal e Sesimbra

• Regulamento de Atribuição do Desconto de Carregador Estratégico a aplicar na TUP Carga

• Regulamento do Exercício da Atividade de Reboque de Embarcações e de Navios

• Regulamento da Atividade de Amarração de Embarcações

• Regulamento de Segurança sobre Prevenção e Proteção contra Incêndios e Derrames Acidentais em Terminais Portuários

• Regulamento de funcionamento e utilização do Terminal Roll-on/Roll-off do porto de Setúbal

• Regulamento do Serviço de Tráfego Marítimo (VTS)

• Regulamento de Tarifas da área dominial da APSS

• Regulamento de utilização das instalações do Trem Naval de combate à poluição e reboques

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

• Regulamento de utilização da Doca dos Pescadores

• Regulamento sobre o regime jurídico dos armazéns e módulos do edifício da antiga lota de

Setúbal

• Regulamento de utilização do Ancoradouro Toca do Pai Lopes/Esguelha, Outão, Soltróia

• Tarifário da Doca de Recreio das Fontainhas - lado nascente

• Regulamento de utilização da Doca de Recreio das Fontainhas – lado poente

• Normas de utilização do cais destinado a embarcações de atividade marítimo-turística localizado

a poente da primeira ponte-cais do Porto de Sesimbra

• Regulamento de Utilização de Instalações Portuárias por Embarcações Destinadas ao Exercício de

Atividades Marítimo-Turísticas em área de jurisdição da APSS

• Tarifário de Estacionamento de embarcações a seco, resultante de ações de remoção

• Regulamento interno de pilotagem

• Regulamento de alienação de bens e serviços

• Regulamento de recolha de resíduos da APSS

• Regulamento de fardamento do pessoal que exerce funções de fiscalização

• Regulamento de fardamento do pessoal auxiliar de pilotagem

• Regulamento de deslocações em serviço, ajudas de custo e de transportes

• Regulamento sobre faltas por motivo de doença

• Regulamento de avaliação de desempenho

• Regulamento de utilização das caixas de rede e empilhador – Sesimbra

• Regulamento de utilização do fundeadouro de tráfego local

• Regulamento de registo e controlo dos tempos de trabalho.

3. Transações relevantes com entidades relacionadas

IPTM - Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos

Regista-se como “transação relevante” a transferência de 4,5% dos proveitos registados na conta 72

– “Prestação de Serviços”, excluindo a receita do serviço de pilotagem, para o IPTM - Instituto

Portuário e dos Transportes Marítimos, em conformidade com o disposto na alínea d) do nº 1 do

artigo 28º do Estatutos do IPTM, publicados em anexo ao Decreto-Lei nº 257/2002, de 22 de

Novembro.

Atendendo às atribuições especificadas no referido diploma, constituem receitas próprias do IPTM,

entre outras, “uma percentagem das receitas de exploração de cada porto integrado em

administração portuária, a fixar anualmente por despacho do ministro da tutela”.

APP – Associação dos Portos de Portugal

Nos termos dos seus estatutos, a APP – Associação dos Portos de Portugal tem, como sócios

fundadores, as administrações portuárias e como objeto “assegurar a defesa e promoção dos

interesses dos seus associados e contribuir para o desenvolvimento e modernização do sistema

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

portuário nacional”. Os recursos financeiros da associação são, entre outros, as contribuições dos

sócios.

4. Outras transações

Em matéria de aquisição de bens e serviços, a APSS adotou o Decreto-Lei nº 18/2008, de 29 de

Janeiro, com as devidas atualizações.

Não se verificaram transações que não tenham ocorrido em condições de mercado.

Não se registaram transações de valor superior a 1 milhão de Euros e que representassem mais de

5% dos fornecimentos e serviços externos.

5. Modelo de governo e identificação dos órgãos sociais

Cargo Órgãos Sociais Eleição Mandato

Presidente

Secretária

Mesa da Assembleia Geral

Dr. Carlos António Lopes Pereira

Dra. Susana Silva Santos

28-03-2008

28-03-2008

2008-2010

2008-2010

Presidente

Vogal (1)

Vogal (2)

Conselho de Administração

Eng.º Carlos Manuel Gouveia Lopes

Dr. Francisco José Rodrigues Gonçalves

Dr. Ricardo Jorge de Sousa Roque

28-03-2008

28-03-2008

28-03-2008

2008-2010

2008-2010

2008-2010

Presidente

Vogal (1)

Vogal (2)

Suplente

Conselho Fiscal

Dra. Teresa Isabel Carvalho Costa

Dra. Ana Teresa Pereira Peralta Reyes

Dra. Sara Alexandra Ribeiro Pereira Simões Duarte Ambrósio

Dra. Alexandra Brito Carvalho

28-03-2008

28-03-2008

28-03-2008

28-03-2008

2008-2010

2008-2010

2008-2010

2008-2010

Efetivo

Suplente

Revisor Oficial de Contas

PriceWaterHouseCoopers & Associados – SROC, Lda.

(representada pelo Dr. Jorge Manuel Santos Costa)

Dr. José Manuel Henriques Bernardo

02-10-2008

02-10-2008

2008-2010

2008-2010

Os principais elementos curriculares dos órgãos sociais podem ser consultados no site da APSS

(www.portodesetubal.pt), bem como no portal das empresas do Sector Empresarial do Estado.

Funções e responsabilidades Do Conselho de Administração: as estabelecidas no artigo 10º dos Estatutos da APSS, aprovados

pelo Decreto-lei nº 338/98, de 03/11 e, subsidiariamente, no Código das Sociedades Comerciais.

Do Presidente Engº Carlos Gouveia Lopes: as estabelecidas no artigo 13º dos Estatutos da APSS,

aprovados pelo Decreto-Lei nº 338/98, de 03/11, e responsabilidades específicas nas áreas da

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

informática e telecomunicações, desenvolvimento estratégico e logístico, navegação e segurança

marítima e portuária, pilotagem, equipamentos, infraestruturas, ambiente e porto de Sesimbra.

Do Vogal Dr. Francisco Gonçalves: responsabilidades específicas nas áreas financeira, das atividades

gerais e arquivo e gestão do património dominial e gestão da qualidade.

Do Vogal Dr. Ricardo Roque: responsabilidades nas áreas jurídica, recursos humanos e gestão das

concessões.

Do Conselho Fiscal: as estabelecidas na alteração ao artigo 16º dos Estatutos da APSS, aprovada em

Assembleia Geral de 28/03/2008 e, subsidiariamente, no Código das Sociedades Comerciais.

Decisões mais relevantes adotadas em 2011

Em cumprimento da alínea i) do artigo 13º-A do decreto-lei nº 300/2007, de 23 de Agosto, durante o

exercício de 2011, o conselho de administração da APSS realizou 52 sessões, delas resultando um

conjunto de deliberações, entre as quais se enumeram as seguintes:

• Adjudicação da empreitada de execução de uma cobertura autoportante sobre o edifício do

cais 3 no porto de Setúbal,

• Uniformização dos procedimentos de atualização anual das rendas a pagar pelas

concessionárias de serviço público,

• Renovação do incentivo ao uso do modo ferroviário para 2011,

• Aprovação do plano de ações do projeto da Melhoria das Acessibilidades Marítimas do

porto de Setúbal,

• Adjudicação dos serviços de desmontagem e montagem do novo equipamento no posto de

transformação do edifício do Mercado de 2ª venda (ex-lota) de Setúbal,

• Participação em parceria num projeto de investigação e desenvolvimento promovido pelo

Laboratório Nacional de Energia e Geologia, conjuntamente com o Instituto Hidrográfico e a

Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa,

• Celebração de contrato de prestação de serviços para recolha de Resíduos Sólidos Urbanos

e limpeza de contentores em zonas não urbanas do porto de Setúbal,

• Celebração do protocolo sobre o Projeto de Ligação Ferroviária aos Terminais Portuários da

Mitrena,

• Aprovação do projeto de fundeadouros para embarcações de tráfego local e correção dos

limites do fundeadouro comercial, ambos em Setúbal,

• Lançamento do concurso público para atribuição de licença de utilização privativa de seis

armazéns no edifício do mercado de 2ª venda de pescado (ex-lota),

• Adjudicação da empreitada de reparação de via férrea e aparelhos de mudança de via no

porto de Setúbal,

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

• Adjudicação da empreitada execução das dragagens de manutenção das bacias e canais de

navegação do porto de Setúbal para o período 2011/2012,

• Aprovação do programa de medidas de melhoria para a redução do consumo de energia na

APSS,

• Renovação da participação no projeto Cassandra Motrack,

• Adjudicação da empreitada de pavimentação da área por debaixo da passagem desnivelada

da Cachofarra, junto à entrada do Terminal Roll-on/Roll-off,

• Celebração de um protocolo com a Câmara Municipal de Setúbal com vista à gestão de

resíduos equivalentes a Resíduos sólidos Urbanos associados ao edifício da antiga lota do

porto de Setúbal,

• Adjudicação da construção de um cais flutuante para embarcações de recreio, incluindo

marítimo-turísticas, no molhe em frente ao Hotel do Mar, em Sesimbra,

• Adjudicação dos trabalhos de reparação da defensa situada entre os cabeços 75/76, no

Terminal Roll-on/Roll-off,

• Aprovação de participação da APSS no protocolo de colaboração sobre a dignificação da

imagem do pescador,

• Aprovação do estudo prévio realizado pela WW do projeto de consolidação do paramento

lateral da doca de recreio das Fontainhas, no Porto de Setúbal,

• Adjudicação da empreitada de reparação do molhe exterior da Doca de Pesca do porto de

Setúbal,

• Lançamento do Museu Virtual do Porto de Setúbal,

• Aprovação das normas de utilização do cais destinada a embarcações marítimo-turísticas no

porto de Sesimbra,

• Aprovação do Regulamento de Tarifas da APSS para 2012,

• Aprovação do relatório final do “Estudo sobre o impacto económico dos portos de Setúbal

e Sesimbra”,

• Comparticipação do estudo de tráfego da estrada EN-10-4, a fim de se obter uma

fotografia das acessibilidades rodoviárias do porto de Setúbal e as condições da EN 10-4 e

avaliar projetos futuros para os próximos 10 anos,

• Aprovação da participação da APSS na candidatura do projeto MoS Training/TrainMoS.

6. Remuneração dos membros dos orgãos sociais

Estatuto Remuneratório Fixado

As remunerações foram fixadas em reunião de 9 de julho de 2009 pela Comissão de Fixação de

Remunerações nomeada em Assembleia Geral da APSS, realizada em 28 de março de 2008. Foi,

igualmente, naquela data e pela mesma comissão, fixada remuneração variável anual para os

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

membros do Conselho de Administração tendo em conformidade sido celebrado contrato de gestão

entre o acionista e os gestores. Por determinação do acionista Estado em Março de 2010 e, apesar

de terem sido ultrapassados os objetivos estabelecidos no referido contrato, bem como constar na

cláusula 11ª que qualquer alteração ao contrato só seria válida e eficaz se constante de documento

assinado pelas partes, aquela remuneração variável, não foi paga nem em 2010 relativamente a

2009, nem em 2011 referente a 2010.

A remuneração fixa mensal dos membros do Conselho de Administração foi reduzida a partir de 1 de junho de 2010 em 5%, por força do disposto no artigo 12º da Lei nº 12-A/2010, de 30 de junho e por seu efeito também a dos membros do Conselho Fiscal. A partir de 1 de janeiro de 2011, a remuneração fixa mensal dos membros do Conselho de Administração foi de novo reduzida, agora em 10%, por força do artigo 19º da Lei 55-A/2010, de 31 de dezembro, o qual se aplicou também às remunerações dos membros do Conselho Fiscal, que em consequência voltaram a ser reduzidas.

1. Mesa da Assembleia Geral

Presidente: senha de presença no valor de 572,58 €.

Em 2011 e por força da Lei n.º 55-A/2010, de 31 de dezembro, passou a ser de 515,32 €.

Secretária: senha de presença no valor de 343,33 €.

Em 2011 e por força da Lei n.º 55-A/2010, de 31 de dezembro, passou a ser de 321,74 €.

2. Conselho de Administração

Presidente:

Remuneração Fixa de 5.738,70 €, 14 vezes por ano.

Remuneração Variável Anual de 28.119,64 €, correspondente a 35% da remuneração fixa em função

do cumprimento dos objetivos anuais definidos no contrato de gestão, (apesar de em 2009 a

execução dos objetivos ter atingido 122,1% e em 2010 ter sido de 132,1%, aquela remuneração não

foi paga nem em 2010, nem em 2011, conforme supra referido).

A partir de 01-06-2010 e por força da Lei nº 12-A/2010, de 30 de junho, a remuneração fixa efetiva

foi de 5.451,76 €.

Desde 01-01-2011 e por força da Lei n.º 55-A/2010, de 31 de dezembro, a remuneração efetiva

passou a ser de 4.906,58 €.

Vogais (1) e (2):

Remuneração Fixa de 4.825,67 €, 14 vezes por ano.

Remuneração Variável Anual de 23.645,78 € correspondente a 35% da remuneração fixa em função

do cumprimento dos objetivos anuais definidos no contrato de gestão, (apesar de em 2009 a

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

execução dos objetivos ter atingido 122,1% e em 2010 ter sido de 132,1%, aquela remuneração não

foi paga nem em 2010, nem em 2011, conforme supra referido).

A partir de 01-06-2010 e por força da Lei nº 12-A/2010, de 30 de junho, a remuneração fixa efetiva

foi de 4.584,39 €.

Desde 01-01-2011 e por força da Lei nº 55-A/2010, de 31 de dezembro, a remuneração efetiva

passou a ser de 4.125,95€.

3. Conselho Fiscal

Presidente:

Remuneração de 20% da remuneração atribuída ao Presidente do Conselho de Administração, 14

vezes por ano, no valor de 1.147,74 €.

A partir de 01-06-2010 e por força da Lei nº 12-A/2010, de 30 de junho, a remuneração fixa efetiva

foi de 1.090,35 €.

Desde 01-01-2011 e por força da Lei nº 55-A/2010, de 31 de dezembro, a remuneração efetiva foi

reduzida em resultado da aplicação do disposto no nº 2 do artigo 19º da referida lei.

Vogais (1) e (2):

Remuneração de 15% da remuneração atribuída ao Presidente do Conselho de Administração, 14

vezes por ano, no valor de 860,81 €.

A partir de 01-06-2010 e por força da Lei nº 12-A/2010, de 30 de junho, a remuneração fixa efetiva

foi de 817,76 €.

Desde 01-01-2011 e por força da Lei nº 55-A/2010, de 31 de dezembro, a remuneração efetiva foi

reduzida em resultado da aplicação do disposto no nº 2 do artigo 19º da referida lei.

4. Revisor Oficial de Contas

Efetivo – Avença anual para o exercício a findar em 31/12/2011: 15.471,00 € acrescido de IVA.

As remunerações totais estão detalhadas no ponto 7 do capítulo IV.

7. Análise de sustentabilidade da empresa

Em síntese e sem prejuízo de uma análise mais detalhada constar do Relatório de Sustentabilidade,

elaborado anualmente desde 2007 e disponível no site da empresa (www.portodesetubal.pt),

salientam-se as principais linhas de atuação prosseguidas pela APSS:

• Melhorar a competitividade dos serviços prestados no porto de Setúbal, aferido no âmbito

da Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade e Ambiente segundo o referencial NP EN

ISO 9001:2008 e NP ISO 14001:2004 e que, em 2011, se traduziu num acréscimo de linhas

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

regulares com escala no porto de Setúbal, no reforço da liderança nacional no segmento da

carga fracionada, roll-on/roll-off e no crescimento da carga contentorizada, entre outros;

• Melhoria dos acessos rodoferroviários, que, em 2011, se materializou em diversas

intervenções de melhoria nos acessos aos terminais portuários (reportadas no ponto 3 do

capítulo I do relatório) e de divulgação do projeto de construção da ligação ferroviária aos

terminais da Termitrena;

• Assegurar o desenvolvimento sustentado dos portos de Setúbal e Sesimbra que, em 2011,

englobou diversas ações de monitorização ambiental, gestão de resíduos, medidas de

melhoria da eficiência energética, segurança marítima e portuária, desenvolvimento da

info-estrututura, entre as principais, reportadas no ponto 3 do capítulo I;

• Promover o desenvolvimento da atividade piscatória que, em 2011, se consubstanciou na

conclusão da construção da ponte-cais nº 3 do porto de Sesimbra, melhorando e

aumentando as condições de acostagem das embarcações de pesca e na continuação das

intervenções de requalificação do edifício do Mercado de 2ª venda (ex-lota);

• Promover a valorização e adequação dos recursos humanos, cujo cumprimento é

reportado no capítulo II.

Os principais riscos para a atividade foram avaliados no âmbito do Plano de Gestão de Riscos de

Corrupção e Infrações Conexas, o qual assenta numa matriz de riscos identificados e avaliados de

acordo com a probabilidade de ocorrência e gravidade das suas consequências, que foi objeto de

revisão.

Tendo presente as orientações do governo constantes no recente Plano Estratégico dos Transportes,

a APSS decidiu manter os objetivos estratégicos globais definidos no âmbito do Plano Estratégico, tal

como consta no Plano de Atividades e Orçamento para 2012.

8. Avaliação do cumprimento dos Princípios de Bom Governo

No que respeita aos Princípios de Bom Governo definidos na Resolução de Conselho de Ministros nº

49/2007, de 28 de março, para as empresas pertencentes ao Sector Empresarial do Estado, no

quadro seguinte apresenta-se um resumo da avaliação do seu cumprimento:

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Princípios de Bom Governo Avaliação em documentos de suporte

1. Missão, objetivos e princípios gerais de

atuação

A APSS prossegue com a missão e objetivos enunciados no Plano

Estratégico, aprovados no Plano de Atividades e Orçamento e divulgados

no site da empresa (www.portodesetubal.pt). Os princípios de

atuação no domínio económico, social e ambiental são igualmente

objeto de análise no Relatório de Sustentabilidade.

A avaliação do cumprimento destas orientações é analisada no capítulo

III (Governo da Sociedade).

2. Estruturas de Administração e Fiscalização A estrutura dos órgãos sociais é reportada no ponto 5 do capítulo III.

3. Remuneração e outros direitos As remunerações são divulgadas no capítulo III.

4. Prevenção de conflitos de interesses Esta questão é abordada no ponto 11 do capítulo III.

5. Divulgação de informação relevante A divulgação de informação relevante é avaliada no ponto 12 do capítulo

III e no capítulo IV do presente relatório.

6. Ajustamento à dimensão e especificidade da

empresa

Face à dimensão da empresa, não foi adotado um plano de igualdade,

no entanto a APSS tem procurado adotar medidas que proporcionem

igualdade de tratamento e oportunidades a todos os colaboradores da

empresa.

Importa salientar que no Relatório 2011 dos Princípios de Bom Governo, da Direcção-Geral do

Tesouro e Finanças, a APSS figura na lista das empresas do Sector Empresarial do Estado que

obtiveram um elevado grau de cumprimento desses mesmos princípios.

9. Código de Ética

O Código de Ética da APSS foi aprovado em 2007 e divulgado a todos os colaboradores,

encontrando-se disponível para consulta no site da empresa (www.portodesetubal.pt).

10. Informação sobre a existência de um sistema de controlo compatível com a dimensão e complexidade da empresa

De acordo com o ponto 19 da Resolução de Conselho de Ministros nº 49/2007, de 25 de março, e

atendendo a que a APSS está classificada como empresa do tipo B, o conselho de administração da

APSS implementou um sistema de controlo tradicional, que procura abarcar todos os riscos e

proteger os investimentos assumidos, que assenta, designadamente:

• no Plano de Gestão de Riscos de Corrupção e de Infrações Conexas,

• no acompanhamento direto da gestão de concessões e licenças,

• na existência de seguros e garantias,

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

• na Plano de Proteção do Porto e do Plano de Emergência Interno,

• na execução do Plano de Gestão de Resíduos e do Plano de Monitorização Ambiental,

• no controlo da evolução dos principais indicadores económico-financeiros e de evolução do

tráfego de mercadoria

• Plano de Auditorias Internas.

11. Identificação dos mecanismos adotados com vista à prevenção de conflitos de

interesse

Em cumprimento do disposto no ponto 22 da Resolução de Conselho de Ministros nº 49/2007, de 25

de Março, os membros do conselho de administração abstêm-se de intervir nas decisões que

envolvem os seus próprios interesses, designadamente na aprovação de despesas por si realizadas.

Para além disso, no início de cada mandato, prestaram informação à IGF, cumprindo os deveres

declarativos do conselho de administração de sociedades anónimas de capitais públicos ou

participadas, previstos no nº 9 do artigo 22º do Decreto-Lei nº 71/2007, de 27 de março, alterado

pela Lei nº 64-A/2008, de 31 de março e pelo Decreto-Lei nº 8/2012, de 18 de janeiro.

12. Explicitação fundamentada da divulgação de toda a informação atualizada prevista na RCM n º 49/2007, de 28/03

Informação a constar no site do SEE Divulgação Comentários

S N N.A.

Estatutos atualizados (pdf) X

Historial, visão, missão e estratégia X

Ficha síntese da empresa X

Identificação da empresa Missão, objetivos, políticas, obrigações de serviço público e modelo de financiamento

X

Modelo de Governo/Identificação dos Órgãos Sociais Modelo de Governo (identificação dos órgãos sociais) Estatuto remuneratório fixado Remunerações auferidas e demais regalias

X X X

Regulamentos e Transações Regulamentos Internos e Externos Transações relevantes com entidades relacionadas Outras transações

X X X

Análise da sustentabilidade económica, social e ambiental

X

Avaliação do cumprimento dos PBG X

Código de Ética X

Informação financeira histórica e atual X

Esforço financeiro do Estado X

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Informação a constar no site da empresa Divulgação

Comentários S N N.A.

Existência de site X

Historial, Visão; Missão e Estratégia X

Organigrama X

Órgãos Sociais e Modelo de Governo:

Identificação dos órgãos sociais

Identificação das áreas de responsabilidade do CA

Identificação de comissões existentes na sociedade

Identificar sistemas de controlo de riscos

Remuneração dos órgãos sociais

Regulamentos Internos e Externos

Transações fora das condições de mercado

Transações relevantes com entidades relacionadas

X

X

X

X

X

X

X

X

Análise de sustentabilidade Económica, Social e

Ambiental

X

Código de Ética X

Relatório e Contas X

Provedor do Cliente X

13. Informação sobre o efetivo exercício de poderes de autoridade

Dando cumprimento ao disposto na alínea g) do artigo 13º-A do Decreto-Lei nº 300/2007, de 23 de

agosto, no que respeita ao efetivo exercício de poderes de autoridade nos termos previstos no artigo

14º do mesmo diploma, designadamente:

a) Quanto à “expropriação por utilidade pública”, não se verificaram quaisquer alterações

desta natureza durante o exercício de 2011;

b) No que respeita à “utilização, proteção e gestão das infraestruturas afetas ao serviço

público”, o capítulo I do relatório descreve as ações desenvolvidas em 2011 em matéria de

requalificação de infraestruturas e acessos, segurança marítima e portuária, ambiente,

qualidade do serviço;

c) Relativamente ao “licenciamento e concessão, nos termos da legislação aplicável à

utilização do domínio público, da ocupação ou do exercício de qualquer atividade nos

terrenos, edificações e outras infraestruturas que lhe estejam afetas”, a APSS procedeu ao

acompanhamento das concessões e licenças atribuídas, conforme é reportado no ponto 3

do capítulo I do presente relatório.

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IV - Cumprimento das orientações legais Tendo presente as orientações para elaboração do relatório de gestão constantes no ofício-circular

nº 653, de 25 de janeiro, da Direção-Geral do Tesouro e Finanças, procede-se à divulgação de

informação relativamente ao cumprimento das seguintes orientações legais:

1. Objetivos de gestão previstos no artigo 11º do Decreto-Lei nº 300/2007, de 23

de agosto

A APSS, como sociedade anónima pertencente ao Sector Empresarial do Estado (SEE), tem procurado

cumprir com as orientações de gestão estratégica destinadas à globalidade do SEE, cuja evidência se

materializa, designadamente, através de:

• Objetivos e metas quantificadas previstos no Contrato de Gestão celebrado com os

membros do conselho de administração para o mandato 2008/2010, e que a empresa

manteve para o ano de 2011, conforme apresentados no ponto 7 do capítulo V;

• Sistema de Gestão de Qualidade e Ambiente, certificado segundo os referenciais NP EN

ISO 9001:2008 e NP ISO 14001:2004;

• Adoção de uma política de recursos humanos e promoção da igualdade, reportada no

capítulo II do presente relatório, no Relatório de Sustentabilidade e no Relatório Único;

• Adoção de uma política de inovação e sustentabilidade, através da integração da JUP

(Janela Única Portuária) com a SDS (Sistema de Declaração Sumária) da Alfândega;

• Plano de atividade e de investimento da empresa, assentes em princípios de equilíbrio

económico-financeiro;

• Relatório de sustentabilidade da empresa, que avalia o cumprimento dos princípios de

sustentabilidade económica, financeira, social e ambiental;

• Resultados positivos a nível do movimento de mercadorias no porto de Setúbal, com o

reforço da liderança nacional nos segmentos roll-on/roll-off e carga fracionada e

crescimento na carga contentorizada;

• Resultados obtidos, quer operacionais quer líquidos, sustentados e positivos;

• Indicadores financeiros previstos na alínea a) do n.º 1 do ponto II do anexo à RCM 70/2008,

de 22 de abril, conforme quadro seguinte:

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ÁREA DE ACTUAÇÃO INDICADOR 2010 ORÇ. 2011

2011

EFICIÊNCIA

Custos Operacionais/EBITDA 1,72 1,25 1,08

Custos com Pessoal/EBITDA 1,17 0,67 0,70

Taxa de variação dos custos com pessoal -1,26% -13,76% -19,40%

Custos de Aprovisionamento/EBITDA 0,42 0,24 0,28

Taxa de variação dos custos de aprovisionamento -4,34% -9,54% -9,10%

COMPORTABILIDADE DE INVESTIMENTOS E CAPACIDADE DE

ENDIVIDAMENTO

Dívida/Capital Próprio. 0,01 0,00 0,00

EBITDA/Juros Líquidos 0,00 0,00 0,00

Período de recup. do investimento (Pay back period) 0,24 0,40 0,25

PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS A FORNECEDORES

Fornecedores/compras × 365 (RCM 34/2008, DE 22/2) 38 40 51

Evolução (dias) face ao ano anterior -13 -11 13

RENTABILIDADE E CRESCIMENTO

EBITDA/Receitas 0,37 0,50 0,48

Taxa de Crescimento das Receitas 6,38% -2,60% 2,91%

REMUNERAÇÃO DO CAPITAL INVESTIDO Resultado Líquido/Capital Investido 0,03 0,04 0,05

Custos de Aprovisionamento = CMVMC+FSE Dívida = Passivo Remunerado

Capital Investido = Ativo Total Líquido

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2. Gestão do Risco Financeiro

Gestão de Risco Financeiro Despacho n.º 101/09-SETF, de 30 de janeiro

CUMPRIMENTO Descrição

S N N.A.

Procedimentos adotados em matéria de avaliação de risco e medidas de cobertura respetiva

- Diversificação de instrumentos de financiamento - Diversificação das modalidades de taxa de juro disponíveis - Diversificação de entidades credoras - Contratação de instrumentos de gestão de cobertura de riscos em função das condições de mercado

X

X X

X

Em janeiro de 2011 a empresa liquidou total e

antecipadamente o único empréstimo existente, pelo que

a gestão do risco associado a este tipo de operações

deixou de ser uma preocupação.

Adoção de política ativa de reforço de capitais permanentes

- Consolidação passivo remunerado: transformação de passivo de Curto em M/L prazo, em condições favoráveis - Contratação da operação que minimiza o custo financeiro (all-in-cost) da operação - Minimização da prestação de garantias reais - Minimização de cláusulas restritivas (covenants)

X

X X X

Dada a liquidez existente nos últimos anos, a APSS não

teve necessidade de transformar passivo de curto prazo

em médio e longo prazo. Pelo contrário, é de registar a

redução constante e até antecipada dos capitais alheios

(no final de 2005 a dívida era de 11,2 milhões de euros,

enquanto que no final de 2011 a empresa não apresenta

qualquer endividamento remunerado), o que permitiu

minimizar os custos financeiros.

Não foram prestadas garantias reais aquando da

contratação do empréstimo.

Por outro lado, os capitais próprios da APSS têm registado

acréscimos resultantes dos resultados positivos obtidos,

não tendo estes acréscimos sido superiores devido à

distribuição de dividendos ao acionista.

Em 2010, os capitais próprios registaram um acréscimo

decorrente do aumento de capital.

Medidas prosseguidas com vista à otimização da estrutura financeira da empresa

- Adoção de política que minimize a afetação de capitais alheios à cobertura financeira de investimentos - Opção pelos investimentos com comprovada rendibilidade social/empresarial e que beneficiam de FC e de CP - Utilização de auto financiamento e de receitas de desinvestimento

X

X

X

Têm sido privilegiados os investimentos que beneficiam

de co-financiamento comunitário, de subsídios

OE/PIDDAC e de recursos próprios, com o objetivo de

minimizar a afetação de capitais alheios à cobertura dos

investimentos anuais. Aliás, a redução dos capitais alheios,

nomeadamente a redução constante da dívida com

empréstimos bancários refletiu-se de forma significativa

na constante melhoria dos indicadores financeiros

obtidos.

Inclusão nos R&C - Descrição da evolução da taxa média anual de financiamento nos últimos 5 anos - Juros suportados anualmente com o passivo remunerado e outros encargos nos últimos 5 anos - Análise de eficiência da política de financiamento e do uso de instrumentos de gestão de risco financeiro

X

X

X

Ver ponto 5 do presente relatório.

Reflexão nas DF 2011 do efeito das variações do justo valor dos contratos de swap em carteira

X

Com a liquidação do único empréstimo existente, o derivado associado foi também regularizado.

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3. Prazo Médio de Pagamentos a fornecedores Tendo como principal objetivo a redução dos prazos de pagamento a fornecedores de bens e serviços praticados por entidades públicas, foi aprovado através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 34/2008 de 14 de fevereiro, o PROGRAMA “PAGAR A TEMPO E HORAS”. Este programa abrange serviços e fundos da administração direta e indireta do Estado, Regiões Autónomas, os municípios e empresas públicas, de acordo com diferentes regras e mecanismos. De acordo com o definido no nº 6 do Anexo à RCM n.º 34/2008 e Despacho n.º 9870/2009 de 13 de Abril, a evolução do Prazo Médio de Pagamentos a Fornecedores (PMP) da APSS é o seguinte:

Prazo Médio de Pagamentos a Fornecedores nos termos da RCM 34/2008 com as alterações introduzidas pelo Despacho 9870/2009

PMP 1ºT 2010 2ºT 2010 3ºT 2010 4ºT 2010 1ºT 2011 2ºT 2011 3ºT 2011 4ºT 2011

PMP a Fornecedores

(dias)

48

46

40

38

37

38

49

51

Por norma, todos os contratos de fornecimento de bens e/ou prestação de serviços são negociados

com um Prazo de Pagamento, máximo, de 60 dias (da data de emissão da fatura). Habitualmente

este prazo é cumprido, contudo existem algumas exceções devido ao tempo necessário na

obtenção/análise de esclarecimentos que resultam num dilatar do prazo acordado e, em

consequência, do prazo médio de pagamentos. Exemplo disso, são um conjunto de faturas

relativamente às quais a APSS não concorda com o seu pagamento.

Considerando para o respetivo cálculo o montante de 277 mil euros correspondentes às faturas não

aceites de 2005 e 2006, o prazo médio de pagamentos é conforme se pode verificar no quadro

seguinte:

Prazo Médio de Pagamentos a Fornecedores nos termos da RCM 34/2008 com as alterações introduzidas pelo Despacho 9870/2009

PMP 1ºT 2010 2ºT 2010 3ºT 2010 4ºT 2010 1ºT 2011 2ºT 2011 3ºT 2011 4ºT 2011

PMP a Fornecedores

(dias)

65

64

61

60

58

60

69

72

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4. Atrasos nos pagamentos

A APSS não tem situações que se enquadrem no previsto no DL 65-A/2011, de 17 de maio, ou seja o não pagamento de faturas correspondentes ao fornecimento de bens e serviços após o decurso de 90 dias, ou mais, sobre a data convencionada para o pagamento das faturas ou, na sua ausência, sobre a data constante das mesmas.

5. Cumprimento dos deveres especiais de informação

Em cumprimento do Despacho nº 14277/2008, de 23 de maio, são remetidos, à DGTF (Direção Geral

do Tesouro e Finanças) e à IGF (Inspeção Geral de Finanças), nos prazos oportunos, os planos de

atividade e orçamento anuais, que incluem o plano de investimentos, os relatórios e contas, que

incluem a certificação legal de contas do revisor oficial de contas e o relatório anual do conselho

fiscal, os relatórios trimestrais de execução orçamental, acompanhados dos relatórios do órgão de

fiscalização, bem como cópias das atas das Assembleias Gerais. Para além disso, a informação é,

ainda, prestada de forma desmaterializada através do Sistema de Recolha de Informação Económica

e Financeira (SIRIEF).

6. Cumprimento das recomendações do acionista

No cumprimento das orientações do acionista às Administrações Portuárias no que diz respeito ao

registo contabilístico pelo concedente das infraestruturas portuárias, relativo aos ativos adquiridos

e/ou construídos pelos concessionários, a APP - Associação dos Portos de Portugal remeteu à

Comissão de Normalização Contabilística Ofício nº 51/2011 de 13 de maio de 2011, solicitando o seu

parecer.

Em 21/06/2011, a CNC respondeu através do ofício n.º 034/11, solicitando um conjunto de

informação alargado com vista a uma análise adequada e com a preocupação de enquadrar o mais

objetivamente a matéria em causa. Novamente a APP respondeu através do ofício n.º 81/2011 de 5

de setembro de 2011.

Já em 2012 a CNC respondeu, enviando ofício n.º 01/12, datado de 03 de janeiro, no qual são

apontadas algumas hipóteses de tratamento dos ativos em questão.

Atendendo a que à data da receção do ofício as Administrações Portuárias se encontravam a

desenvolver os trabalhos de encerramento de contas relativas ao exercício de 2011; que a CNC

aponta para diferentes cenários possíveis em termos de procedimentos contabilísticos a desenvolver

sobre esta matéria, cujas condições de aplicação e consequências futuras importa avaliar antes da

implementação da opção a seguir; que dada a complexidade do tema e o fato de não haver

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

nenhuma experiência anterior deste tipo se prevê que a análise e tarefas de reconhecimento e

mensuração serão necessariamente demoradas, implicando uma afetação elevada de recursos

internos e externos; consideram as Administrações Portuárias que estes procedimentos apenas

poderão ser acolhidos para o ano de 2012, adotando-se para o relatório e contas do exercício de

2011 os procedimentos do ano anterior, ou seja, a divulgação em anexo às demonstrações

financeiras.

7. Remunerações

Dos órgãos sociais

7.1.Mesa da Assembleia Geral

Unidade: €

Mandato Presidente

Carlos Pereira Vice-Presidente

Secretária Susana Santos

2011 515 N.A. 322

7.2.Órgãos de Fiscalização

2010 2011

Conselho Fiscal Presidente Teresa Costa

Vogal Ana Teresa

Reys

Vogal Sara

Ambrósio

Presidente Teresa Costa

Vogal Ana Teresa

Reys

Vogal Sara

Ambrósio

Remuneração anual fixa (€) 16.068 12.051 12.051 16.068 12.051 12.051

Redução decorrente da Lei 55-A/2010 (€) N.A. N.A. N.A. 1.488 704 860

Remuneração anual efetiva (€) 15.552 11.664 11.664 13.777 10.774 10.558

ROC - PricewaterhouseCoopers & Associados 2010 2011 **

Remuneração anual auferida (€) 17.190 15.471

** Em 2011 foi aplicado o artigo 22º da Lei 55-A/2011 (Lei OE/2011) SIM _X_ Não___

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7.3. Conselho de Administração Remunerações 2011

Presidente

Carlos G. Lopes

Vogal Francisco Gonçalves

Vogal Ricardo Roque

1. Remuneração

1.1. Remuneração base Anual/Fixa (€) 80.342 67.559 67.559

1.2. Redução decorrente da Lei 12-A/2010 (€) 4.017 3.379 3.379

1.3. Redução decorrente da Lei 55-A/2010 (€) 7.633 6.418 6.418

1.4. Remuneração Anual Efetiva (1.1.- 1.2.-1.3.) (€) 68.692 57.763 57.763

1.5. Senha de presença (€) 0 0 0

1.6. Acumulação de funções de gestão (€) 0 0 0

1.7. Remuneração variável (€) 0 0 0

1.8. IHT (isenção de horário de trabalho) (€) 0 0 0

1.9. Outras (identificar detalhadamente) (€) 0 0 0

2. Outras regalias e compensações

2.1. Plafond Anual em comunicações móveis (€) 1.500 1.500 1.500

2.2. Gastos na utilização de comunicações móveis (€) 382 271 789

2.3. Subsídio de deslocação (€) 0 0 0

2.4. Subsídio de refeição (€) 1.164 1.410 1.338

2.5. Outras (identificar detalhadamente) (€) 0 0 0

3. Encargos com benefícios sociais

3.1. Regime de Proteção Social (€) 13.971 11.758 11.756

3.2. Seguros de saúde (€) 449 449 449

3.3. Seguros de vida (€) 0 0 0

3.4. Seguro de Acidentes Pessoais (€) 278 278 278

3.5. Outros (identificar detalhadamente) (€) 0 0 0

4. Parque Automóvel

4.1. Marca Audi Audi Audi

4.2. Modelo A6 A4 A4

4.3. Matrícula 96-40-ZX 72-02-ZX 71-98-ZX

4.4. Modalidade de Utilização (Aquisição/ALD/Renting/Leasing) Aquisição Aquisição Aquisição

4.5. Valor de referência da viatura nova (€) 47.625,78 41.417,85 40.956,36

4.6. Ano Inicio 2005 2005 2005

4.7. Ano Termo - - -

4.8. Nº Prestações (se aplicável) - - -

4.9. Valor Residual (€) - - -

4.10. Valor de renda/prestação anual da viatura de serviço (€)

4.11. Combustível gasto com a viatura (€) 2.643 3.525 1.885

4.12. Plafond anual combustível atribuído (€) 5.000 5.000 5.000

4.13. Outros (identificar detalhadamente) (€)

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5. Informações Adicionais

5.1.Opção pela remuneração do lugar de origem (s/n) Não Não Não

5.2. Remuneração Iíquida Anual pelo lugar de origem (€)

5.3. Regime de Proteção social

5.3.1. Segurança social (s/n) Sim Sim Sim

5.3.2. Outro (indicar)

5.4. Exercício funções remuneradas fora grupo (s/n) Não Não Não

5.5. Outras (identificar detalhadamente)

Legenda: a) Corresponde à remuneração anual bruta auferida, decorrente do estatuto remuneratório fixado ou do lugar de origem

caso esta opção tenha sido autorizada. b) Caso a viatura tenha sido adquirida através de contratos Leasing, ALD, Renting, etc, deverá ser colocado o número

de prestações contratualizadas.

Às remunerações dos órgãos sociais foram aplicadas, conforme os casos, todas as orientações legais,

nomeadamente:

• A não atribuição de prémios de gestão, nos termos do artigo 24º da Lei 55-A/2010, de 31

de dezembro;

• A aplicação da redução remuneratória nos termos do artigo 19º da Lei 55-A/2010, de 31 de

dezembro;

• A manutenção da redução de 5%, prevista no artigo 19º da Lei 55-A/2010, de 31 de

dezembro, por aplicação do artigo 12º da Lei 12-A/2010 de 30 de junho;

• A aplicação da redução remuneratória nos termos do artigo 22º da Lei 55-A/2010, de 31 de

dezembro.

Dos restantes trabalhadores

Às remunerações dos restantes trabalhadores foi aplicada a redução remuneratória nos termos do

art.º 19º da Lei 55-A/2010.

8. Contratação pública

De acordo com o Ofício Circular n.º 6132 da Direcção-Geral do Tesouro e Finanças, de 06/08/2010, há que prestar informação sobre a forma de aplicação das normas de contratação pública, especificamente para contratos de prestação de serviços de valor igual ou superior a 125.000 euros (s/IVA). Durante o ano de 2011, a APSS efetuou as seguintes adjudicações de prestações de serviços, que se enquadrem nos parâmetros atrás referidos, através da plataforma eletrónica Construlink:

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• Adjudicação, em 12/5/2011, à empresa Operandus, Lda, para a prestação de serviços de

limpeza dos edifícios por um período de 3 anos com início a 01/06/2011, no montante de

167.551 euros.

O procedimento adotado foi o Concurso Público, nos termos da alínea b), do n.º 1 do art.º

20.º do Código dos Contratos Públicos (CCP), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de

29/01/2010.

• Adjudicação, em 30/6/2011, à empresa EID, SA da prestação de serviços de Manutenção

dos Equipamentos, Subsistemas e software do Centro de Controlo de Tráfego Marítimo, por

um período de 3 anos com início a 22/07/2011, no valor de 145.950 euros.

O procedimento adotado foi o Concurso Público, nos termos da alínea b), do n.º 1 do art.º

20.º do Código dos Contratos Públicos (CCP), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de

29/01/2010.

• Adjudicação, em 22/6/2011, à empresa EDP Comercial do fornecimento de energia elétrica

para o período de 01/07/2011 a 30/06/2012, pelo valor de 273.748 euros.

O procedimento adotado foi o Ajuste Direto, nos termos da alínea f), do n.º 1 do art.º 26.º

do Código dos Contratos Públicos (CCP), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de

29/01/2010, com convite às quatro empresas fornecedoras de energia elétrica.

• Adjudicação, em 10/11/2011, à empresa Limpersado, Lda da prestação de serviços de

limpeza da área de jurisdição da APSS por um período de 3 anos com início a 01/01/2012,

no montante de 302.845 euros.

O procedimento adotado foi o Concurso Público, nos termos da alínea b), do n.º 1 do art.º

20.º do Código dos Contratos Públicos (CCP), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de

29/01/2010.

9. Implementação das medidas previstas no Plano de Estabilidade e Crescimento

(PEC), designadamente sobre a adesão da empresa ao Sistema Nacional de

Compras Públicas (SNCP).

Conforme se pode verificar pela análise às contas, a APSS tem vindo a reduzir os seus gastos,

nomeadamente com a rubrica de fornecimentos e serviços externos, consequência de uma análise e

avaliação rigorosa das necessidades ao nível da aquisição de bens e serviços.

A APSS procedeu à adesão, de forma voluntária, à Agência Nacional de Compras Públicas em

21/01/2010.

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

10. Limites máximos de acréscimo de endividamento definidos para 2011

conforme Despacho nº 155/2011-MEF, de 28 de abril

Em janeiro de 2011 a APSS liquidou total e antecipadamente o único empréstimo existente pelo que

desde essa data passou a ter um endividamento nulo.

11. Plano de Redução de Custos definidos para 2011 conforme Despacho nº

155/2011-MEF, de 28 de abril

No âmbito das Orientações Estratégicas para o Setor Empresarial do Estado, foi definida uma política

de otimização da estrutura de gastos operacionais, através da redução de 15% dos gastos com

Fornecimentos e Serviços Externos e Gastos com Pessoal, face aos registados em 2009.

Desta forma, apresenta-se, através dos seguintes quadros, a situação reportada a 31/12/2011:

(unidade: mil euros)

GASTOS E PERDAS 2009 2011 Variação %

Fornecimentos e Serviços Externos 3.239,62 2.817,06 -422,56 -13,0%

Gastos com Pessoal 8.822,65 7.021,46 -1.801,19 -20,4%

FSE + GASTOS COM PESSOAL 12.062,27 9.838,52 -2.223,75 -18,4%

12.Princípio da Unidade de Tesouraria do Estado previsto no artigo 77º da Lei nº

55-A/2010, de 30 de dezembro

Dando cumprimento ao artigo 77º do Capítulo VI da Lei n.º 55-A/2010, de 31 de dezembro, a APSS

procedeu, em dezembro de 2010, à abertura de conta junto do IGCP, tendo durante o ano de 2011

efetuado, nessa conta, todas as aplicações financeiras dos excedentes de tesouraria existentes.

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Síntese do cumprimento das orientações legais

S N N.A.

Objectivos de Gestão:

Volume de Negócios X 11,3%

Margem EBITDA X 28,0%

Resultados Líquidos X 61,1%

ROACE X 12,9%

Movimento de Mercadorias X 32,8%

PMP X 8,6%

Grau de Cumprimento do Plano de Investimentos X 1,2%

Eficiência X 9,2%

Gestão do Risco Financeiro X

Evolução do PMP a fornecedores

X

13 dias

Em Agos to de 2011 foi regi sta do na

conta de fornecedores um va lor

s i gni fica tivo (627 mi l euros)

referente a tra ba lhos de

draga gens de ma nutenção. Ainda

que o referido va lor tenha s i do

pa go em Outubro, de a cordo com o

prazo acordado de 60 dias , em

vi rtude da fórmula de cálculo

definida na respeti va l egi s la çã o,

es te monta nte a fetou de forma

nega tiva o cál cul o do PMP do 3º

tri mestre e consequentemente do

final do ano.

Atrasos nos Pagamentos ("Arrears") X 0

Deveres Especiais de Informação X

Recomendações do acionista na aprovação de contas:

Consulta à Comissão de Normalização Contabilistica sobre registo contabi listico pelo

concedente das infraestruturas portuárias, relativo aos ativos adquridos e/ou construidos

pelo concessionário X 100%

Remunerações:

Não atribuição de prémios de gestão X

Órgãos sociais - redução remuneratória nos termos do art.º 19º da Lei 55-A/2010 X 23.600 €

Órgãos Sociais - redução de 5% por apl icação artigo 12º da Lei n.º 12-A/2010 X 12.782 €

Auditor Externo - redução remuneratória nos termos do artº 22º da Lei 55-A/2010 X

Restantes trabalhadores - redução remuneratórianos termos do art.º 19º da Lei 55-A/2010 X 418.101 €

Contratação Pública

Normas de contratação pública X

Normas de contratação pública pelas participadas X

Adesão ao Sistema Nacional de Compras Públicas X 0%

Limites de Crescimento do Endividamento X -100%

Plano de Redução de Custos

Gastos com pessoal X -20,4%

Fornecimentos e Serviços Externos X -13,0%

Princípio da Unidade de Tesouraria X 96,3%

Cumprimento das Orientações legaisCumprimento

Quantificação Justificação

Tendo em consideração que o

contrato de gestão assinado pelos

membros do CA apenas fixou

objetivos para 2009 e 2010, forma

mantidos estes ultimos para 2011.

Assim, a execução dos objetivos

atingiu neste exercicio atingiu

165,2%.

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

V. Evolução da Taxa Média Anual de Financiamento A evolução da Taxa Média de Financiamento praticada nos empréstimos bancários contratados pela APSS, está diretamente associada à evolução da Taxa EURIBOR a 6 Meses, a qual registou uma grande variação nos últimos anos. Por outro lado, o montante de Juros liquidados tem vindo a sofrer significativos decréscimos, fruto da política de amortização antecipada dos referidos empréstimos. Em janeiro de 2011, foi efetuada a amortização total do único empréstimo bancário existente. Conforme descrito na Nota 5. das Notas às Demonstrações Financeiras na negociação do empréstimo contratado com o Banco BPI foram definidas regras para o apuramento da Taxa de Juro, em função da evolução da EURIBOR a 6 meses.

2007 2008 2009 2010 2011

Taxa Média Financiamento (%) 4,46% 4,52% 3,90% 2,58% 2,58%

Juros Pagos (Euros ) 332.754,77 197.966,48 71.358,79 28.627,86 10.658,45

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

VI. Análise Económico-Financeira

6.1 Investimentos

O investimento total realizado pela APSS, no exercício de 2011, ascendeu ao montante de 2 milhões

de euros, correspondendo a 75% do valor de investimento orçamentado para este exercício (2,7

milhões de euros).

Os Trabalhos para a Própria Empresa sobre os ativos fixos da empresa têm vindo a revelar-se cada

vez mais significativos, representando 10% do valor do investimento realizado no exercício de 2011

(211,37 mil euros). Comparativamente com o exercício de 2010, verificou-se um acréscimo de 71%

(88 mil euros).

(unidade: mil euros)

2011

Plano Monitorização Ambiental dos Portos de Setúbal e Sesimbra 9

Intervenções de Requalificação na Área Dominial 667

Ordenamento do Porto de Sesimbra 687

Modernização do Edifício Sede 60

Reforço das Condições de Protecção do Porto no âmbito do ISPS 0

Melhoramentos dos Passadiços a Nascente do Terminal Ro-Ro 0

Outras Imobilizações 589

Reparação da Via Férrea 186

Implementação SD em SAP 25

Instalação de Páineis Fotovoltaicos e Solares 19

Equipamento Administrativo 60

Equipamento Básico 34

Trabalhos para a própria Empresa (TPE´S) 152

Outros 114

TOTAL 2.012

Nota : Valores c/IVA Pró-Rata Incluído

INVESTIMENTO

Intervenções de Requalificação na Área Dominial 27,86

Modernização do Edifício Sede 27,22

Outros Activos BDPE 156,29

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A cobertura financeira dos investimentos realizados em 2011, foi assegurada pelas verbas

provenientes do Cap.º 50.º do OE/PIDDAC, fundos comunitários e Fundos Próprios, conforme

detalhe a seguir apresentado:

A decomposição dos subsídios ao investimento, por projeto e fonte de financiamento, é a seguinte:

• PLANO DE MONITORIZAÇÃO AMBIENTAL DOS PORTOS DE SETÚBAL E SESIMBRA

No âmbito do projeto “Plano de Monitorização Ambiental dos Portos de Setúbal e Sesimbra”, foram

realizados trabalhos de monitorização da qualidade da água no local de imersão de dragados e a

caracterização físico-química dos sedimentos a dragar no Estuário do Sado.

(unidade: mil euros)

COBERTURA FINANCEIRA 2011 %

INTERNOS 982,42 48,82%

EXTERNOS

SUBSÍDIOS AO INVESTIMENTO 1.029,92 51,18%

PIDDAC 350,00 17,39%

IFAP/PROMAR 675,21 33,55%

FEDER 4,71 0,23%

TOTAL 2.012,34 100,00%

(unidade: mil euros)

ORIGEM PROJETO MONTANTE

Ordenamento do Porto de Sesimbra 350,00

Ordenamento do Porto de Sesimbra 675,21

Plano Monitorização Ambiental Portos de Setúbal e Sesimbra 4,71

1.029,92

OE/PIDDAC

IFAP/PROMAR

FEDER

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

• ORDENAMENTO DO PORTO DE SESIMBRA

No âmbito do projeto “Ordenamento do Porto de Sesimbra” foi concluída, no final do 1.º semestre

de 2011, a empreitada de “Construção da Ponte-Cais n.º 3 no Porto de Pesca de Sesimbra”. Esta obra

ascendeu ao montante de 1,35 milhões de euros, sendo financiada por verbas do Cap.º 50.º do

OE/PIDDAC, IFAP/PROMAR e fundos próprios.

Também foram realizados trabalhos de beneficiação no fundeadouro de embarcações de recreio no

Porto de Sesimbra.

• INTERVENÇÕES DE REQUALIFICAÇÃO NA ÁREA DOMINIAL

No âmbito do projeto “Intervenções de Requalificação na Área Dominial” foram realizados diversos

trabalhos com vista à beneficiação/melhoramento dos espaços que integram a área sob jurisdição da

APSS. De entre outros destacam-se os seguintes:

o Pavimentação da área junto à desnivelada da Cachofarra (12,6 mil euros);

o Execução da Cobertura do Edifício do Cais 3 (192 mil euros);

o Reparação do Molhe Exterior da Doca de Pesca, no Porto de Setúbal (353 mil euros);

o Recarga no pavimento da zona 1 do terminal Tersado (13,8 mil euros);

o Reparação das juntas de dilatação do viaduto da Cachofarra (46,9 mil euros);

O investimento realizado foi suportado exclusivamente por Fundos Próprios.

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6.2 Análise Económico-Financeira

No exercício de 2011, o resultado líquido da APSS ascendeu ao montante de 5,3 milhões de euros,

ficando registado como o melhor resultado de sempre.

O resultado antes de impostos atingiu o valor de 7,4 milhões de euros (superior em 59%

comparativamente ao ano de 2010). Com a incidência da carga fiscal (28,3%), no valor de 2,1 milhões

de euros, foi atingido um resultado líquido de 5,3 milhões de euros, verificando-se um significativo

acréscimo de 59% (+ 1,97 milhões de euros) face ao obtido no exercício anterior.

(unidade: mil euros)

2011 2010 Var. 11/10

Rendimentos Operacionais 23.595,75 22.867,51 3%

Serviços Portuários 8.127,16 8.454,46 -4%

Taxas e Licenças 2.124,91 2.170,23 -2%

Concessões 9.078,43 8.213,53 11%

Trabalhos p/Própria Empresa 211,37 123,35 71%

Reversões de Ajustamentos 75,65 38,79 95%

Outros Rendimentos 1.159,59 1.189,31 -2%

Subsídios ao Investimento 2.818,66 2.677,84 5%

Gastos Operacionais 16.343,94 18.279,04 -11%

Fornecimentos e Serviços Externos 2.817,06 3.098,97 -9%

Gastos com Pessoal 7.021,46 8.711,26 -19%

Depreciações e Amortizações 5.576,33 5.508,63 1%

Perdas de Imparidade 102,07 171,62 -41%

Outros Gastos e Perdas 827,02 788,58 5%

Resultado Operacional 7.251,81 4.588,47 58%

Rendimentos e Gastos Financeiros 147,14 70,52 109%

Juros e rendimentos similares obtidos 148,42 98,06 51%

Juros e gastos similares suportados -1,27 -27,54 -95%

Resultado Antes de Impostos 7.398,96 4.658,99 59%Imposto sobre o Rendimento 2.095,02 1.330,44 57%

Imposto Corrente 2.060,92 1.293,37 59%

Imposto Diferido 34,11 37,07 -8%

RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 5.303,93 3.328,55 59%

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Rendimentos Operacionais

O acréscimo dos Rendimentos Operacionais tem vindo a revelar-se preponderante para a evolução

dos Resultados Líquidos nos últimos anos.

Em termos globais, os Rendimentos Operacionais, comparativamente com o exercício de 2010,

registaram um acréscimo de 3% (+ 728,2 mil euros). Da análise ao quadro atrás apresentado,

constata-se que os rendimentos provenientes das Concessões são de extrema importância para

consolidação do desempenho operacional, registando um aumento de 11% (+ 864,9 mil euros) face a

2010. Por outro lado, verificou-se um decréscimo dos rendimentos com Serviços Portuários e Taxas e

Licenças de 4% (- 327,3 mil euros) e 2% (- 45,3 mil euros), respetivamente.

As perdas provenientes dos Serviços Portuários resultaram, essencialmente, do decréscimo

verificado na TUP Navio (- 60,7 mil euros; -2,2%), TUP Carga (- 172,6 mil euros; - 6,5%) e Tarifa de

Pilotagem (- 72,5 mil euros; - 2,5%).

O decréscimo desta natureza de rendimentos, resulta diretamente da movimentação de

mercadorias no Porto de Setúbal, que no exercício em análise sofreu uma redução de 1,6%,

atingindo 6.892.670 Ton (2010: 7.006.253 Ton). Paralelamente, também se verificou uma redução

do n.º de navios em 1,1% (- 16 navios), face ao ano de 2010.

Os rendimentos provenientes das Taxas e Licenças de natureza dominial sofreram um decréscimo de

45,3 mil euros (-2%) comparativamente com o ano de 2010, justificado pela conclusão de alguns

contratos de licenciamento (por ex. Europrol, 2001 Eventos). Também ao nível das taxas de

ocupação dos armazéns da lota tem-se verificado um significativo número de desocupações.

Este decréscimo não se revelou superior devido ao efeito do aumento dos ganhos com as taxas de

ocupação de módulos, resultante do acréscimo de área cobrada bem como do aumento das

respetivas taxas de ocupação.

No entanto, pela positiva, destacam-se os ganhos resultantes da Náutica de Recreio com um

acréscimo de 10,5% (+ 32 mil euros) face ao exercício de 2010.

Em termos globais, os ganhos com Concessões registaram um aumento de 11% (+ 864,9 mil euros)

face ao ano de 2010. As Concessões Portuárias registaram um acréscimo de 12,5% (+ 897,6 mil

euros), excetuando a Concessão da Tanquisado/Eco-OIl que sofreu um decréscimo dos rendimentos

em 16,9% (-45,5 mil euros) reflexo da redução de 22,3% em termos de movimentação portuária,

todas as restantes concessões registaram valores superiores aos obtidos em 2010. Em termos de

movimentação de mercadorias registaram-se acréscimos significativos, com especial destaque para

o Terminal Multiusos Zona 2 (+33%; +285.260 Ton) e Terminal Sapec-Sólidos (+47%; + 246.507 Ton).

De referir que o acréscimo de rendimentos com a Concessão Teporset (+307,9%;+ 606,7 mil euros),

deve-se ao ajustamento da renda fixa referente ao ano de 2010, bem como ao início da faturação da

taxa variável.

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Relativamente às Concessões de natureza Não Portuária, registou-se uma quebra de 3,12% (-32,7 mil

euros), justificada pelo decréscimo dos rendimentos provenientes da Concessão com a Atlantic

Ferries (- 29,3%).

Gastos Operacionais

Os Gastos Operacionais registaram um decréscimo de 11% (- 1,9 milhões de euros),

comparativamente com igual período do exercício anterior. A contribuir para esta significativa

redução estão os gastos com “Fornecimentos e Serviços Externos” e “Gastos com Pessoal”, com

decréscimos de 9% (- 281 mil euros) e 19% (- 1,69 milhões de euros), respetivamente.

O decréscimo registado nos Fornecimentos e Serviços Externos comparativamente com o ano de

2010, resultou da redução na generalidade das rubricas desta natureza, destacando-se, no entanto,

a redução de gastos com Trabalhos Especializados (- 22,4%; - 116,5 mil euros), Publicidade e

Propaganda (- 51,8%; - 44,6 mil euros), Honorários (- 49,7%; - 41,5 mil euros) e Conservação e

Reparação (- 9,9%; - 78,9 mil euros).

Nos últimos anos, a APSS tem vindo a implementar o plano de reestruturação do quadro de pessoal,

nomeadamente através de uma redução de efetivos. No ano de 2011, apesar de não se registarem

saídas de efetivos, já foi notório o reflexo, em termos de redução de gastos, do ajustamento que foi

feito nos últimos anos no quadro de pessoal desta Administração (-2%; - 170 mil euros).

No entanto, o grande decréscimo de gastos registado nesta rubrica deve-se, essencialmente, à

aplicação das regras de contenção orçamental aprovadas em Orçamento de Estado:

o Redução remuneratória (art.º 19.º da Lei n.º 55-A/2010, de 31 de Dezembro);

o Suspensão do pagamento do subsídio de férias para o ano de 2012 (art.º 21.º da Lei n.º 64-

B/2011, de 30 de Novembro);

A aplicação das referidas regras resultou numa redução de gastos com pessoal de,

aproximadamente, 900 mil euros.

O acréscimo dos gastos com Depreciações e Amortizações está associado ao início de amortização

de novos investimentos, nomeadamente, o projeto de “Construção da Ponte-Cais n.º 3, no porto de

Sesimbra”, cujo investimento ascendeu a 1,35 milhões de euros.

Os Gastos com o Pessoal e as Depreciações e Amortizações continuam a representar um significativo

peso na globalidade dos Gastos Operacionais, de respetivamente, 42,9% e 34,1% (2010: 47,7% e

30,1%, respetivamente).

Conjuntamente, estas duas rubricas absorvem 53,4% (62,2% em 2010) dos rendimentos

operacionais obtidos pela APSS no exercício em análise.

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Rendimentos e Gastos Financeiros

Os resultados de natureza Financeira registaram um aumento de 109% (+ 76,6 mil euros). Os gastos

desta natureza atingiram 1,27 mil euros (-95% face ao ano de 2010), devido à amortização total

antecipada do empréstimo bancário negociado junto do Banco BPI, efetuada em janeiro de 2011.

Por outro lado, os rendimentos financeiros sofreram um significativo aumento resultado do elevado

montante de disponibilidades de tesouraria aplicadas ao longo do ano (no final do ano de 2011

ascendiam a 9 milhões de euros);

EBITDA

O indicador EBITDA registou um acréscimo de 35% face a igual período de 2010, resultante da

conjugação do aumento dos Rendimentos Operacionais (+3%) e da redução de Gastos da mesma

natureza (-16%). Considerando o efeito das Depreciações/Amortizações e dos Subsídios ao

Investimento apura-se, no ano de 2011, um EBIT de 7,3 milhões de euros, superior em 58% ao

obtido em 2010.

Meios Libertos Líquidos

Os meios libertos, numa ótica operacional, registaram um acréscimo de 28,5% (+ 1,8 milhões de

euros) face ao ano de 2010, destacando-se a significativa variação positiva dos Resultados Líquidos

obtidos:

(unidade: mil euros)

2011 2010 Var. 11/10

Rendimentos Operacionais 20.777,09 20.189,67 3%

Gastos Operacionais 10.767,61 12.770,41 -16%

EBITDA 10.009,48 7.419,26 35%

Depreciações e Amortizações -5.576,33 -5.508,63 1%

Subsídios ao Investimento 2.818,66 2.677,84 5%

EBIT 7.251,81 4.588,47 58%

(unidade: mil euros)

CASH FLOW 2011 2010

Resultados Líquidos 5.303,93 3.328,55

Depreciações e Amortizações 5.576,33 5.508,63

Provisões e Ajustamentos 26,43 132,83

Subsídios ao Investimento -2.818,66 -2.677,84

8.088,03 6.292,16

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VAB – Valor Acrescentado Bruto

O Valor Acrescentado Bruto ascendeu, no exercício em análise, ao montante de 19,9 milhões de

euros, verificando-se um acréscimo de 4,8% (+ 906 mil euros) face ao ano de 2010.

Na base deste acréscimo está a obtenção de Resultados Operacionais superiores em 58% (+2,7

milhões de euros) face ao exercício de 2010.

Com o acréscimo do VAB e em simultâneo com o contínuo decréscimo do Efetivo Médio, de 175

para 165, o indicador do VAB Per Capita atingiu os 120,48 mil euros.

Fundo de Maneio

O Fundo de Maneio da APSS, obtido no final do ano de 2011, atingiu o valor de 10,8 milhões de

euros que, comparativamente com o ano anterior, corresponde a um aumento de 90,8% (+5,1

milhões de euros).

A variação do Fundo de Maneio, resultou do significativo aumento do Ativo Corrente, e em

específico da rubrica de Caixa e Depósitos Bancários.

(unidade: mil euros)

2011 2010

Impostos (s/IVA) 2,00 3,85

Gastos c\ Pessoal 7.021,46 8.711,25

Encargos Financeiros 1,27 27,54

Depreciações e Amortizações 5.576,33 5.508,63

Provisões e Ajustamentos 26,43 132,83

Resultados Operacionais 7.251,81 4.588,47

19.879,29 18.972,58

Efetivo Médio 165 175

VAB/Efetivo Médio 120,48 108,41

VAB - VALOR ACRESCENTADO BRUTO

(unidade: mil euros)

FUNDO DE MANEIO 2011 2010

ATIVO CORRENTE 15.022,66 10.858,65

PASSIVO CORRENTE 4.272,89 5.211,37

10.749,77 5.647,28

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Estrutura de Capitais

A evolução da Estrutura de Capitais da APSS conforme se pode analisar através do seguinte quadro,

registou algumas variações no exercício de 2011:

No exercício de 2011, os Capitais Próprios da APSS, registaram apenas uma variação de + 1,2% (+ 967

mil euros), decorrente de:

� Distribuição de Dividendos ao Acionista da APSS, relativos ao exercício de 2010, que

correspondeu a 90% do Resultado Líquido obtido, ou seja, - 2.996 mil euros;

� Aumento dos Resultados Líquidos referentes ao ano de 2011, no valor de + 5.304 mil euros;

� Reconhecimento dos Subsídios ao Investimento e respetivos Passivos por Impostos

Diferidos: - 1.341 mil euros;

A variação da rubrica do Passivo Não Corrente (- 569 mil euros) resulta da ocorrência dos seguintes

movimentos:

� o contínuo pagamento das Aposentações decorrentes do Decreto-Lei n.º 467/99, do Fundo

de Aposentações do ex. INPP e da renda vitalícia a colaborador da APSS;

� a atualização à data de 31 de dezembro de 2011, das responsabilidades da APSS no Fundo

de Aposentações do ex. INPP, que se refletiu num acréscimo de 51,9 mil euros;

� a atualização à data de 31 de dezembro de 2011, das responsabilidades da APSS com o

pagamento da pensão vitalícia a colaborador da APSS, com um acréscimo de 10 mil euros;

� a atualização/reconhecimento dos Impostos por Ativos e Passivos Diferidos (ver Nota 9. das

Notas às Demonstrações Financeiras);

O decréscimo do Passivo Corrente (- 938,5 mil euros), no exercício em análise, tem a sua origem no

seguinte:

� liquidação total antecipada da dívida referente ao Empréstimo negociado com o Banco BPI,

efetuada em janeiro de 2011;

� aumento relevante das Dívidas com Estado e Outros Entes Públicos, resultante do aumento

de Impostos sobre o Rendimento a liquidar em 2012, fruto dos elevados Resultados

Líquidos obtidos em 2011.

(unidade: mil euros)

ESTRUTURA DE CAPITAIS 2011 % 2010 %

Capitais Próprios 78.620,35 80,9% 77.653,53 79,4%

Passivo Não Corrente 14.334,80 14,7% 14.904,14 15,2%

Passivo Corrente 4.272,89 4,4% 5.211,37 5,3%

97.228,04 100,0% 97.769,04 100,0%

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Em termos globais, a estrutura de capitais (próprios e alheios) da APSS sofreu um ligeiro decréscimo

de 541 mil euros (- 0,55%), comparativamente com o exercício de 2010.

A obtenção de Resultados Líquidos superiores aos obtidos no período homólogo, refletiu-se numa

melhoria significativa dos valores dos indicadores de natureza económica e financeira

A redução dos Capitais Alheios, nomeadamente a liquidação total da dívida com Empréstimos

Bancários, foi fundamental na significativa melhoria dos Indicadores Financeiros obtidos no ano de

2011, quando comparados com o ano anterior.

O Indicador do Prazo Médio de Recebimentos sofreu um decréscimo, dado a regularização das

dívidas de clientes face ao ano anterior.

2011 2010

ECONÓMICOS

VAB\ENCARGOS PESSOAL 283,12 217,79

RENT.CAP.PRÓPRIOS Res.Liquidos/Cap.Próprios 6,75 4,29

RENT.CAP.TOTAIS Res.Líquidos/(Cap.Próprios+Passivo) 5,46 3,40

EBIT (em milhares de euros) Res. Operacionais 7.251,81 4.588,47

EBITDA (em milhares de euros) Res.Operacionais+Amort.+Ajust.+Provisões 10.009,48 7.419,26

MARGEM EBIT EBIT/Prest.Serviços 37,51 24,36

MARGEM EBITDA EBITDA/Prest.Serviços 51,78 39,38

FINANCEIROS

LIQUIDEZ (Activo Corrente)/(Passivo Corrente) 3,11 1,76

AUTONOMIA FINANCEIRA Cap.Próprio/Activo Total Liquido 0,81 0,79

SOLVABILIDADE Cap.Próprio/Passivo Total 4,23 3,86

COBERTURA DO IMOBILIZADO Cap.Permanentes/Imob. Liquido 1,11 1,06

PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTOS (DIAS) 64 d 69 d

PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTOS (conforme Programa Pagar a Tempo e Horas) 51 d 38 d

INDICADORES ECONÓMICOS E FINANCEIROS

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

VII. Objetivos de Gestão

Em junho de 2009, foi celebrado o Contrato de Gestão conforme estipulado nos artigos 18º e 33º do

Estatuto do Gestor Público (Decreto-Lei n.º 71/2007, de 27 de Março), onde foram definidos os

objetivos de gestão do Conselho de Administração da APSS, para o mandato de 2008/2010.

Em virtude de não terem sido definidos objetivos de gestão para o ano de 2011, foi tido como

referência os objetivos definidos para o ano de 2010, pelo que são mensuráveis através dos

indicadores apresentados no quadro abaixo:

No ano de 2011, o nível de execução dos objetivos de gestão atingiu os 165,2%, que corresponde a

uma remuneração variável de 35% sobre a remuneração base anual. À semelhança dos anos

anteriores, em resultado do congelamento, por parte do Acionista, não vai ser paga qualquer

remuneração variável aos membros do Conselho de Administração.

PESO DE 2010 QUANTIFICAÇÃO

CADA RUBRICA OBJETIVOS REAL DIFERENÇA VAR. %

Volume de Negócios (em milhares de euros) ¹ 10,0% 20.028 18.095 20.490 2.395 13% 11,3%

Margem EBITDA (%) ² 18,7% 37,0% 32,6% 48,9% 16,3% 50% 28,0%

Resultados Líquidos (em milhares de euros) 21,3% 3.329 1.849 5.304 3.455 187% 61,1%

ROACE (%) ³ 10,0% 5,7% 7,1% 9,2% 2,1% 30% 13,0%

Movimento de Mercadorias (em milhares de toneladas) 25,0% 7.004 5.250 6.893 1.643 31% 32,8%

PMP (N.º de dias) ⁴ 8,0% 38 55 51 4 8% 8,6%

Grau de Cumprimento do Plano de Investimentos (%) ⁵ 2,0% 109% 90% 53% -37% -41% 1,2%

Eficiência ⁶ 5,0% 2,46 3,00 1,63 1,37 84% 9,2%

165,2%

¹ Vendas + Prestação de Serviços + Proveitos Suplementares + Outros Proveitos e Ganhos Operacionais

² EBITDA/Volume de Negócios, sendo o EBITDA = Resultados Operacionais + Amortizações + Ajustamentos + Provisões

⁴ PMP calculado de acordo com a RCM n.º 34/2008 e Despacho n.º 9870/2009, de 13 de Abril;

⁶ Custos Operacionais/EBITDA

2011

⁵ Valor do Investimento realizado/valor do investimento orçamentado em Fundos Próprios - corresponde à taxa de realização do investimento orçamentado mas apenas

relativamente ao financiado com Fundos Próprios

³ EBIT/Capital Empregue Médio, sendo no EBIT considerados os subsidios ao investimento (levados a proveito no ano) e correspondendo o Capital Empregue à média da Situação Líquida +

Passivo Remunerado

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VIII. Proposta de Aplicação de Resultados

O Conselho de Administração da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA propõe que a

aplicação dos Resultados Líquidos apurados, no montante de 5.303.932,08 euros, seja realizada da

seguinte forma:

Reservas Legais – 10% 530.393,21€

Reserva de Investimentos – 40% 2.121.572,83€

Distribuição de Lucros – 50% 2.651.966,04€

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

XI. Notas às Demonstrações Financeiras (em milhares de Euros)

1. IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE

A Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA (adiante designada por “APSS” ou “Empresa”),

foi inicialmente constituída sobre a forma de instituto público dotado de personalidade jurídica de

direito público e de autonomia administrativa, financeira e patrimonial. Pelo Decreto-lei n.º 338/98,

de 3 de novembro, foi transformada em Sociedade Anónima de capitais exclusivamente públicos,

passando a reger-se pelo referido diploma e pelos seus Estatutos e, em tudo o que neles não estiver

previsto, pelas normas aplicáveis às sociedades anónimas e pelas normas especiais cuja aplicação

decorra do objeto da Empresa.

A APSS sucedeu assim automática e globalmente à Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra,

instituto público, e continuou a personalidade jurídica desta, conservando a universalidade dos bens,

direitos e obrigações integrantes da sua esfera jurídica no momento da transformação.

Mantiveram-se integrados no domínio público do Estado afeto à APSS os terrenos, terraplenos e

molhes de proteção situados dentro da área de jurisdição da Administração dos Portos de Setúbal e

Sesimbra, instituto público, ou com ela confinantes, delimitada pelos contornos e linhas definidos

pelos pontos constantes da planta anexa ao referido diploma e ainda os bens afetos à atividade de

pesca, serviços de primeira venda e atividades conexas.

Neste contexto, os bens de domínio público encontram-se afetos à atividade da Empresa, que os

pode administrar livremente, nesse âmbito, mas não pode dispor dos mesmos no que diz respeito ao

comércio jurídico privado.

Foram desafetados do domínio público do Estado e integrados no património da APSS, todos os

equipamentos e edifícios, ainda que implantados sobre terrenos dominiais, afetos à Administração

dos Portos de Setúbal e Sesimbra, instituto público. A Empresa sucedeu ainda na titularidade de

todos os bens, direitos e obrigações do Departamento de Pilotagem de Setúbal do Instituto Nacional

de Pilotagem dos Portos (INPP). Passou também a constituir património da APSS, os imóveis do INPP

afetos ao Departamento de Pilotagem de Setúbal.

A APSS assegura o exercício das competências necessárias ao regular funcionamento dos dois

portos, nos seus múltiplos aspetos de ordem económica, financeira e patrimonial, de gestão de

efetivos e de exploração portuária e ainda as atividades que lhe sejam complementares, subsidiárias

ou acessórias. Assim, são competências da Empresa:

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

a) atribuição de usos privativos e definição de respetivo interesse público para efeitos de

concessão, relativamente aos bens de domínio público que lhe está afeto, bem como à

prática de todos os atos respeitantes à execução, modificação e extinção da licença ou

concessão;

b) licenciamento de atividades portuárias de exercício condicionado e concessão de

serviços públicos portuários, podendo praticar todos os atos necessários à atribuição,

execução, modificação e extinção da licença ou concessão, nos termos da legislação

aplicável;

c) expropriação por utilidade pública, ocupação de terrenos, implantação de traçados e

exercício de servidões administrativas necessárias à expansão ou desenvolvimento

portuários, nos termos legais;

d) fixação das taxas a cobrar pela utilização dos portos, dos serviços neles prestados e pela

ocupação de espaços dominiais ou destinados a atividades comerciais ou industriais;

e) proteção das suas instalações e do seu pessoal;

f) uso público dos serviços inerentes à atividade portuária e sua fiscalização.

Na sua área de jurisdição, só a APSS pode conceder licenças para execução de obras diretamente

relacionadas com a sua atividade e cobrar taxas inerentes às mesmas.

As atribuições referentes à gestão da água na área de jurisdição da APSS, incluindo a supervisão da

sua qualidade, competem ao Instituto da Água e à respetiva Direção Regional do Ambiente. A APSS

terá de obter parecer prévio das entidades responsáveis pela proteção do ambiente, no que respeita

a utilização de edifícios ou de instalações a licenciar, de que possa resultar poluição de qualquer

natureza.

No âmbito das orientações da política comum de transportes e da política nacional para o sector

marítimo-portuário, a Empresa tem vindo a alterar o modelo de gestão de autoridade portuária,

através do acionamento dos processos de concessão ao sector privado das operações e

infraestruturas portuárias, com o consequente afastamento da APSS da área operacional (cada vez

mais "Landlord Port" e menos "Tool Port") e acentuando as funções de controlo e fiscalização e de

Autoridade Portuária.

Os prazos das concessões são de 10, 20, 25 e 30 anos, conforme o Contrato de Concessão em causa.

A Empresa foi inicialmente constituída com um capital social de 6.501.830,59 Euros, tendo

subsequentemente sido aumentado para 15.100.000,00 Euros (ver Nota 10). Este reforço foi

determinado em função da estrutura dos capitais próprios, das responsabilidades e das reservas

subjacentes ao valor de avaliação dos bens integrados nas contas aquando da sua constituição.

A Empresa tem sede na Praça da República, em Setúbal.

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

A partir do exercício de 2010, as demonstrações financeiras passaram a ser preparadas de acordo

com o referencial contabilístico SNC – Sistema de Normalização Contabilística, aprovado pelo

Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho.

Com a transição houve que se proceder a ajustamentos e reclassificações, com o intuito de adaptar

as contas de acordo com o novo referencial contabilístico.

Para o efeito, foi elaborado um balanço de abertura em 1 de Janeiro de 2009 de acordo com as

NCRF, de forma que fosse possível apresentar, para fins comparativos, as demonstrações financeiras

do ano 2009 de acordo com as NCRF.

O quadro abaixo, apresenta a reconciliação dos resultados e dos capitais próprios relativos ao ano de

2009, de acordo com as NCRF:

Isenções à aplicação retrospetiva

Com a transição para o SNC, a APSS utilizou a isenção prevista na NCRF 3, tendo valorizado os bens

do Ativo Fixo de acordo com o valor contabilístico do POC nessa data.

(unidade: euros)

RESULTADOS DO ANO 2009, DE ACORDO COM O POC 2.405.309

Desreconhecimento de activos intangíveis capitalizados no ano n-1 -216.812

Anulação de amortizações devido ao desreconhecimento de activos intangíveis

capitalizados em anos anteriores 463.782

Anulação de subsídios ao investimento devido ao desreconhecimento de

activos intangíveis capitalizados em anos anteriores -219.418

Reconhecimento de Instrumentos Financeiros Derivados -15.687

Reconhecimento de Activos por Impostos Diferidos -55.906

Desreconhecimento das Existências (Inventários) -5.077

RESULTADOS DO ANO 2009, DE ACORDO COM O SNC 2.356.191

CAPITAL PRÓPRIO EM 1 DE JANEIRO DE 2009, DE ACORDO COM O POC 37.677.749

Desreconhecimento dos activos intangíveis -139.731

Desreconhecimento de activos tangíveis -76.145

Reconhecimento de Instrumentos Financeiros Derivados -3.875

Desreconhecimento das Existências (Inventários) -27.383

Reconhecimento de Activos por Impostos Diferidos - Provisões 314.092

Reclassificação dos subsídios ao investimento e reconhecimento dos

respectivos passivos por impostos diferidos (NCRF 22) 40.178.279

CAPITAL PRÓPRIO EM 1 DE JANEIRO DE 2009, DE ACORDO COM O SNC 77.922.985

CAPITAL PRÓPRIO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009, DE ACORDO COM O POC 37.714.302

Desreconhecimento dos activos intangíveis -195.626

Reconhecimento de Instrumentos Financeiros Derivados -15.405

Desreconhecimento das Existências (Inventários) -31.115

Reconhecimento de Activos por Impostos Diferidos - Provisões 259.985

Reclassificação dos subsídios ao investimento e reconhecimento dos

respectivos passivos por impostos diferidos (NCRF 22) 38.991.263

CAPITAL PRÓPRIO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009, DE ACORDO COM O SNC 76.723.405

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram

as seguintes:

a) Ativos Fixos Tangíveis

Os Ativos Fixos Tangíveis (incluindo os bens de domínio público), integrados à data de constituição

da Empresa (ver Nota 1.), foram subsequentemente registados com base em avaliação patrimonial

efetuada em 1999 por entidade independente. A avaliação abrangeu parte significativa dos bens

integrados e reportou-se à data de 2 de Dezembro de 1998, tendo sido utilizado o método do “Valor

em Uso Continuado”. Os bens adquiridos posteriormente à data de constituição da Empresa,

encontram-se registados ao custo de aquisição, o qual inclui o valor da fatura do fornecedor e

respetivas despesas de compra.

As reparações que se estimam aumentar a vida útil dos bens que lhe estão subjacentes, são

registadas em Ativos Fixos Tangíveis; as restantes são registadas em custos do exercício em que são

efetuadas.

Depreciações

Todas as amortizações são calculadas pelo método das quotas constantes a partir do ano de

aquisição do respetivo bem (Ver Nota 4).

As taxas utilizadas são as estimadas para a vida útil económica dos bens, as quais se enquadram nos

limites previstos no Decreto Regulamentar n.º 25/2009, de 14 de Setembro.

As principais taxas de amortização utilizadas são as seguintes:

Relativamente às embarcações ferries, cuja taxa de amortização utilizada inicialmente correspondeu

a uma vida útil esperada de 5 anos (face ao desgaste/depreciação dos bens), no exercício de 2007,

efetuou-se uma amortização extraordinária, no valor de 320.383,33 Euros, referente ao Valor

Líquido Contabilístico, à data de 31 de dezembro de 2007, de todas as embarcações ferries afetas ao

serviço público do transporte fluvial entre Setúbal e Tróia, dado terem sido transferidas da

Concessionária com hipotecas sobre as mesmas, situação confirmada em 2007.

ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS TAXA DE AMORTIZAÇÃO

Edificios e Outras Construções 2% - 5% - 10%

Equipamento Básico 12,5%

Equipamento Transporte 25%

Equipamento Administrativo 12,5% - 15% - 20% - 25% - 33,33%

Outras Imobilizações Corpóreas 10% - 12,5% - 20%

ATIVOS FIXOS TANGÍVEIS - BDPE TAXA DE AMORTIZAÇÃO

Edificios e Outras Construções 4% - 5% - 8,33% - 10%

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b) Contas a Receber de Clientes e Outros Devedores

As Contas a receber de Clientes e Outros Devedores são registadas ao justo valor, deduzidas das

respetivas perdas de imparidade.

A imparidade das contas a receber foi reconhecida quando se verificou uma evidência objetiva do

não recebimento das dívidas.

O valor da perda por imparidade corresponde à totalidade do valor em dívida. O valor da perda por

imparidade é reconhecido na demonstração de resultados.

c) Subsídios ao investimento

De acordo com a NCRF 22, os subsídios recebidos a fundo perdido para o financiamento de Ativos

Fixos Tangíveis, são contabilizados quando existe confirmação do valor a receber, sendo os mesmos

registados em Capitais Próprios e posteriormente reconhecidos como proveitos ao longo da vida útil

estimada dos bens que lhes estão subjacentes, em consonância com as correspondentes

amortizações (ver Nota 29).

d) Benefícios Pós-Emprego

- A APSS assumiu a responsabilidade do pagamento de pensões de reforma antecipadas, aos

trabalhadores que optaram pelo benefício previsto no Decreto-Lei n.º 467/99, de 6 de

Novembro. Este decreto refere que, desde que se verificassem determinadas condições até 31

de Dezembro de 2002, era permitida a reforma antecipada dos trabalhadores ligados aos

institutos e demais entidades portuárias, que fossem subscritores da Caixa Geral de

Aposentações. Esta responsabilidade cessa quando os trabalhadores que tenham optado pela

aposentação perfaçam 36 anos de serviço ou 70 anos de idade.

Esta responsabilidade terminou no decorrer do exercício de 2011 (ver Notas 7 e 17).

- Nos termos do artigo n.º 17 do Decreto-Lei n.º 338/98, de 3 de novembro, a APSS ficou

obrigada a contribuir, em conjunto com as outras Administrações, para a manutenção do fundo

de aposentações do INPP - Instituto Nacional de Pilotagem dos Portos, criado pelo Decreto-Lei

n.º 188/89, de 3 de junho, relativamente aos aposentados que integravam o ex. departamento

de pilotagem.

Para o financiamento destas responsabilidades, as quais são avaliadas por estudo atuarial

efetuado anualmente por entidade independente, foi constituída uma provisão, a qual se

encontra registada na rubrica de Benefícios Pós-Emprego (ver Notas 7 e 17).

- Decorrente de um acidente em serviço que, resultou numa incapacidade permanente absoluta

para o exercício das suas funções, foi determinado pela Caixa Geral de Aposentações o valor

anual da pensão vitalícia a pagar ao trabalhador. Conforme determina o art.º 43.º do Decreto-

Lei n.º 503/99, de 20 de novembro, o pagamento da pensão vitalícia é encargo da APSS, por se

tratar de um organismo com autonomia administrativa e financeira.

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

Com vista à cobertura dos encargos com a pensão vitalícia foi constituída uma provisão, com

base no estudo atuarial realizado por entidade independente, que se encontra registada na

rubrica de Benefícios Pós-Emprego (ver Notas 7 e 17).

A APSS adota como política contabilística para reconhecimento das suas responsabilidades com

pensões de reforma, os critérios consagrados na Norma NCRF 28 – Benefícios dos Empregados.

Os ganhos e perdas atuariais são registados na rubrica de Gastos com Pessoal.

e) Imposto sobre o rendimento

O Imposto sobre o Rendimento (IRC) é apurado tendo em consideração as disposições do Código do

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (CIRC).

Para o apuramento dos Ativos e Passivos por Impostos Diferidos, a Empresa adota o disposto na

NCRF 25.

f) Passivos e dispêndios de carácter ambiental

A empresa adota como política contabilística para o reconhecimento dos dispêndios de carácter

ambiental, os critérios consagrados pela norma NCRF 26 (ver Nota 24).

g) Instrumentos Financeiros Derivados

O empréstimo bancário de médio e longo prazo negociado com o Banco BPI, incluia um contrato de

opção sobre a taxa de juro subjacente de forma a gerir o risco associado.

Com a amortização total do referido empréstimo, no início de 2011, procedeu-se à regularização do

respetivo instrumento financeiro associado.

h) Financiamentos Obtidos

O empréstimo bancário negociado com o Banco BPI foi inicialmente reconhecido pelo justo valor.

Posteriormente, o empréstimo foi registado ao custo amortizado.

Em janeiro de 2011, efetuou-se a amortização total do referido empréstimo.

Desta forma, a APSS apresenta, à data de 31 de dezembro de 2011, um endividamento nulo.

i) Provisões

São constituídas provisões sempre que a APSS tenha uma obrigação presente resultante de

acontecimentos passados e sempre que seja provável que uma diminuição, estimada com

fiabilidade, de recursos incorporando benefícios económicos será necessária para liquidar a

obrigação.

j) Rédito

O Rédito compreende o justo valor das prestações de serviços, líquido de impostos e eventuais

descontos.

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

l) Estimativas

Não existem estimativas significativas passíveis de originar ajustamentos materiais.

4. ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS

4.1 – Movimentos ocorridos no exercício

No final do ano de 2011, os Ativos Fixos Tangíveis em Curso totalizavam o valor de 31,08 mil euros,

referentes a trabalhos preparatórios realizados com vista à execução das respetivas empreitadas, no

decorrer do ano de 2012.

4.2. Bens dos Ativos Fixos Tangíveis cedidos a Terceiros

Encontram-se em poder de terceiros os seguintes bens:

� Duas secretárias, três cadeiras e um armário, conforme autorizado na De 0407/2006CA, a título

temporário e gratuito - Alfândega de Setúbal;

� Equipamento Informático em consequência da implementação do SIIGEP - Sistema de Gestão

Portuária:

- um computador e um transceiver - Capitania do Porto de Setúbal;

- um computador , um transceiver, uma impressora e uma Workstation - Policia Marítima;

- um computador , um transceiver e uma impressora - Alfândega de Setúbal;

- um computador , um transceiver e uma impressora - Brigada Fiscal

(unidade: mil euros)

ATIVOS TANGÍVEISEDIFICIOS E OUT.

CONSTRUÇÕESEQUIP. BÁSICO

EQUIPAMENTO

TRANSPORTE

EQUIPAMENTO

ADMINISTRATIVO

OUT.ATIVOS

FIXOS

ATIVOS EM

CURSO

BDPE - EDIFICIOS E

OUT. CONST.TOTAL

1 DE JANEIRO DE 2010

Valor de Aquisição 16.375,68 2.157,63 752,75 3.613,08 1.782,90 620,79 119.296,72 144.599,55

Depreciações Acumuladas 5.103,93 1.993,99 735,70 3.325,41 1.401,84 0,00 40.984,92 53.545,79

Valor Líquido 11.271,74 163,63 17,06 287,67 381,06 620,79 78.311,80 91.053,76

31 DE DEZEMBRO DE 2010

Aquisições 35,52 21,34 99,48 20,70 734,22 547,95 1.459,21

Alienações/Abates 75,32 29,43 8,68 0,21 113,64

Transferências 26,18 -615,68 589,50 0,00

Depreciação do Exercício 695,62 36,60 6,07 211,73 104,74 4.340,25 5.395,00

VALOR LÍQUIDO A 31/12/ 2010 10.536,32 118,95 2,31 201,40 297,03 739,33 75.108,99 87.004,33

31 DE DEZEMBRO DE 2010

Valor de Aquisição 16.335,88 2.149,54 744,08 3.738,53 1.803,60 739,33 120.434,17 145.945,13

Depreciações Acumuladas 5.799,56 2.030,59 741,76 3.537,14 1.506,58 0,00 45.325,17 58.940,80

Valor Líquido 10.536,32 118,95 2,31 201,40 297,03 739,33 75.109,00 87.004,34

31 DE DEZEMBRO DE 2011

Valor Líquido a 1 de Janeiro de 2011 10.536,32 118,95 2,31 201,40 297,03 739,33 75.109,00 87.004,34

Aquisições 131,76 34,30 0,27 60,84 18,73 1.381,27 376,36 2.003,51

Alienações/Abates 0,00 0,00 55,83 0,30 5,00 0,00 0,00 61,13

Transferências 239,56 0,00 0,00 21,69 0,00 -2.089,51 1.828,26 0,00

Depreciação do Exercício 807,08 69,84 -54,41 177,70 76,04 0,00 4.438,95 5.515,20

VALOR LÍQUIDO A 31/12/2011 10.100,56 83,41 1,16 105,93 234,72 31,08 72.874,67 83.431,52

31 DE DEZEMBRO DE 2011

Valor de Aquisição 16.707,20 2.183,84 688,51 3.820,76 1.817,33 31,08 122.638,79 147.887,51

Depreciações Acumuladas 6.606,64 2.100,43 687,35 3.714,83 1.582,62 0,00 49.764,11 64.455,99

Valor Líquido 10.100,56 83,41 1,16 105,93 234,72 31,08 72.874,67 83.431,52

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4.3. Trabalhos para a própria empresa

Os Trabalhos para a própria empresa são realizados sobre os bens do Ativo Fixo e são valorizados de

acordo com os gastos de mão-de-obra e materiais utilizados.

4.4. Garantias

Não foram dados quaisquer ativos tangíveis em garantia de cumprimento de obrigações bancárias

e/ou outras.

5. FINANCIAMENTOS OBTIDOS

O valor das dívidas a terceiros remuneradas são como segue:

O Empréstimo Bancário de Médio e Longo Prazo negociado com o Banco BPI, em 23 de julho de

2002, no valor de 10.000.000 Euros, apresentava as seguintes condições contratuais:

• Prazo de Reembolso no período de 2004 a 2012;

• Pagamento de juros postecipados;

• Os períodos de contagem de juros eram semestrais;

• O empréstimo vencia juros à taxa nominal correspondente à EURIBOR a 6 meses, acrescido

de uma margem.

Os custos associados ao empréstimo obtido, quando ocorridos, eram registados como gastos do

exercício.

Em janeiro de 2011, ocorreu a liquidação total antecipada do referido empréstimo.

6. INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Em finais de 2005 a Empresa renegociou o empréstimo de médio/longo prazo no BPI, ficando as

novas condições a ser conforme se descreve na Nota 5. As condições do novo empréstimo incluía um

contrato de opção sobre a taxa de juro subjacente de forma a gerir o risco associado. A gestão de

risco da APSS decorre da imprevisibilidade da evolução futura dos mercados financeiros.

Com a liquidação do empréstimo bancário, em janeiro de 2011, deixou de existir o risco associado ao

contrato de opção.

DESCRIÇÃO CURTO PRAZO M/L PRAZO CURTO PRAZO M/L PRAZO

Empréstimo Bancário - Banco BPI 0,00 0,00 809,84 0,00

TOTAL 0,00 0,00 809,84 0,00

2011 2010

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7. PROVISÕES, PERDAS POR IMPARIDADE

Provisões para Benefícios Pós-Emprego

As provisões constituídas para os Benefícios Pós-Emprego, visam garantir:

• encargos associados ao Fundo de Aposentação do ex. INPP da responsabilidade da APSS,

quantificados através do Estudo Atuarial, realizado por entidade independente, reportado

a 31 de dezembro de 2011.

• responsabilidade futura com o pagamento de uma pensão vitalícia a um trabalhador,

resultante de um sinistro ocorrido ao serviço da APSS e, devidamente suportado por um

Estudo Atuarial realizado por entidade independente.

No ano de 2011, foram extintas as responsabilidades com os Aposentados resultantes do

Decreto-lei n.º 467/99, de 6 de novembro, com o pagamento total das restantes pensões.

Outras Provisões

Visam cobrir as responsabilidades com os encargos sobre as remunerações em atraso dos ex.

Trabalhadores da Transado, SA, existentes à data em que a APSS assumiu a gestão do serviço

público da travessia do Sado, em meados de dezembro de 2006.

(unidade: mil euros)

AJUSTAMENTOS SALDO A

01/01/2010

REFORÇO REVERSÃO SALDO A

31/12/2010

REFORÇO REVERSÃO SALDO A

31/12/2011

DÍVIDAS DE TERCEIROS

Clientes de Cobrança Duvidosa 698,37 171,62 182,06 687,93 102,07 28,10 761,90

Outros Devedores C/P 981,22 981,22 23,00 958,22

Outros Devedores M/L 24,55 24,55 24,55 0,00

TOTAL 1.704,13 171,62 182,06 1.693,69 102,07 75,64 1.720,12

(unidade: mil euros)

PROVISÕESSALDO A

01/01/2010

REFORÇO REVERSÃO SALDO A

31/12/2010

REFORÇO REVERSÃO SALDO A

31/12/2011

298 - Outras Provisões

Transado (Custos c/Pessoal) 140,97 140,97 140,97

273 - Benefícios Pós-Emprego

Fundo de Aposentações do ex.INPP 853,69 114,14 739,54 51,88 97,58 693,84

Aposentados - DL 467/99 37,27 21,38 15,89 15,89 0,00

Renda Vitalicia 90,12 1,36 88,76 10,11 9,05 89,82

Processos Judiciais em Curso 22,00 22,00 0,00 0,00

TOTAL 1.144,05 0,00 158,89 985,16 61,99 122,52 924,64

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

8. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

O pagamento do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC) é efetuado com base em

declarações de autoliquidação, que ficam sujeitas a inspeção e eventual ajustamento pelas

autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Contudo, no caso de serem apresentados

prejuízos fiscais, estas podem ser sujeitas a inspeção e eventual ajustamento pelas autoridades

fiscais por um período de 10 anos. Os prejuízos fiscais apurados até ao exercício anterior, podem ser

deduzidos aos lucros fiscais nos 6 anos seguintes. A partir de 2010, a possibilidade de recuperação de

prejuízos fiscais é apenas de 4 anos.

No exercício de 2011, foi apurado imposto corrente no valor de 2.060,92 mil euros. No valor do

imposto apurado no exercício está incluída a verba de 8,48 mil euros que corresponde a custos do

exercício sujeitos a tributação autónoma.

Para o apuramento das taxas nominal e efetiva do imposto, para além da derrama, também foi tido em conta a derrama estadual de 2,5% sobre a parte dos lucros tributáveis que excederam os 2 milhões de euros, conforme previsto no art.º 87.º-A do Lei n.º 12-A/2010, de 30 de junho de 2010. A taxa efetiva do encargo com IRC no exercício é de 28,32%, e encontra-se acima da taxa nominal de

28,29%.

A reconciliação entre o resultado contabilístico e o resultado tributável e entre o imposto corrente e

o imposto do exercício sobre o rendimento é como segue:

(unidade: mil euros)

RECONCILIAÇÃO DA TAXA DE IMPOSTO 2011 2010

Resultado Antes de Impostos 7.398,96 4.729,98

Variação Patrimonial Positiva

Variação Patrimonial Negativa -65,89

Taxa nominal de imposto 28,29% 27,88%

2.074,47 1.318,69

Diferenças permanentes a acrescer (i) 43,32 33,76

Diferenças permanentes a deduzir (i) -65,36 -69,76

Util ização de Imposto Diferido 34,11 45,29

Tributação Autónoma 8,48 10,68

Reconhecimento de imposto diferido 0,00 -8,22

Imposto sobre o Rendimento 2.095,02 1.330,44

Imposto Corrente 2.060,92 1.293,37

Imposto Diferido do Exercício 34,11 37,07

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9. ATIVOS E PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOS

Os movimentos nos Ativos e Passivos por Impostos Diferidos, foram os seguintes:

A taxa de imposto utilizada para determinação dos impostos diferidos ativos e passivos foi de 27,5%.

Todos os reconhecimentos e/ou utilizações efetuados ao nível dos Ativos Por Impostos Diferidos

serão refletidos em termos de resultados.

Relativamente aos Passivos por Impostos Diferidos, quaisquer movimentos serão registados ao nível

do Capital Próprio.

(unidade: mil euros)

Gastos de beneficios de cessação de emprego 61,99 Pagam. de beneficios de cessação de emprego 122,52

Realizações de util idade social 13,71 Reversão de perdas de imparidade tributadas 51,59

Multas, coimas, juros e outras infracções 1,01 Mais-val ias contabilisticas 10,90

50% dif. positiva entre mais e menos valias fiscais 5,45 Correcções instrumentos financeiros derivados 5,58

Donativos não previstos ou além dos limites legais 2,55 Beneficios fiscais 0,75

Menos-Valias Contabil isticas 0,00 Excesso de estimativa de imposto 39,69

Perdas por imparidades em créditos não

fiscalmente dedutiveis ou para além do limite54,68

Reversão de provisões tributadas 0,00

Ajudas de custo e compensação pela deslocação

em viatura própria13,73

153,12 231,03

28,29% 28,29%

43,32 65,36

2011

A Acrescer A Deduzir

(unidade: mil euros)

ACTIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOSProvisões para Outros

Riscos e EncargosProvisões

1.ª Adopção do

SNCTOTAL

Em 1 de Janeiro de 2010 180,52 297,34 87,30 565,16

Reconhecimento 6,81 1,41 8,22

Util ização 27,83 17,46 45,29

Em 31 de Dezembro de 2010 187,33 270,92 69,84 528,09

Reconhecimento 0,00

Util ização 16,65 17,46 34,11

Em 31 de Dezembro de 2011 187,33 254,27 52,38 493,98

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10. CAPITAL SOCIAL

Conforme previsto no artigo 10.º dos Estatutos anexos ao Decreto-Lei n.º 338/98, de 3 de novembro

(ver Nota 1), o capital social, integralmente subscrito e realizado, foi inicialmente fixado em

6.501.830,59 euros.

Subsequentemente, o capital passou para 14.000.000,00 euros, por incorporação de parte da

reserva de avaliação, resultante da avaliação patrimonial efetuada em 1999, conforme Despacho n.º

96/2001 da Inspeção-Geral das Finanças.

Em 5 de maio de 2010, por Deliberação Social Unânime por Escrito, foi aprovado o aumento do

capital social no valor de 1.100.000 euros, passando o mesmo para 15.100.000,00 euros.

O capital social, que se encontra totalmente subscrito e realizado, é detido exclusivamente pelo

Estado Português - Direção Geral do Tesouro e das Finanças.

O capital social atual, no montante de 15.100.000,00 euros, é constituído por 3.020.000 ações, com

o valor nominal de 5 euros cada. As ações são nominativas e revestem a forma escritural.

(unidade: mil euros)

PASSIVOS POR IMPOSTOS DIFERIDOSSubsídios ao

Investimento

Em 1 de Janeiro de 2010 14.058,07

Reconhecimento 597,31

Util ização 736,41

Em 31 de Dezembro de 2010 13.918,98

Reconhecimento 266,32

Util ização 775,13

Em 31 de Dezembro de 2011 13.410,17

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11. MOVIMENTOS OCORRIDOS NAS RUBRICAS DE CAPITAIS PRÓPRIOS

Reservas Legais

De acordo com o artigo 17.º dos Estatutos da Empresa, anualmente deverá ser transferido para

Reserva Legal, no mínimo 10% do lucro do exercício até que seja atingido pelo menos 20% do capital

social.

A reserva legal não se encontra disponível para distribuição, apenas podendo ser utilizada para

aumentar capital ou para compensar prejuízos.

Resultados Líquidos

O Resultado Líquido do Exercício de 2010, conforme deliberação em Assembleia Geral datada de 31

de março de 2011, foi distribuído da seguinte forma:

Outras Variações do Capital Próprio

Os subsídios ao investimento reconhecidos inicialmente em capital próprio, são transferidos para

resultados durante a vida útil estimada do respetivo ativo subsidiado.

Paralelamente, são ajustados os respetivos Passivos por Impostos Diferidos (Ver Nota 9.).

(unidade: mil euros)

MOVIMENTO RUBRICAS

CAPITAL PRÓPRIOSALDO INICIAL AUMENTO REDUÇÃO SALDO FINAL

Capital 15.100,00 15.100,00

Reservas Legais 1.492,28 332,85 1.825,14

Outras Reservas 20.607,54 20.607,54

Resultados Transitados 20,62 20,62

Out. Variações do Capital Próprio 37.104,53 1.341,41 35.763,12

Resultados Liquidos 3.328,55 5.303,93 3.328,55 5.303,93

(unidade: mil euros)

DESCRIÇÃO VALOR

Reservas Legais - 10% 332,85

Outras Reservas

Distribuição de Dividendos 2.995,69

TOTAL 3.328,55

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12. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

13. GASTOS COM PESSOAL

O significativo decréscimo de gastos desta natureza deve-se, essencialmente, à aplicação das regras

de contenção orçamental aprovadas em Orçamento de Estado:

o Redução remuneratória (art.º 19.º da Lei n.º 55-A/2010, de 31 de dezembro);

o Suspensão do pagamento do subsídio de férias para o ano de 2012 (art.º 21.º da Lei n.º 64-

B/2011, de 30 de novembro);

Contribuiu também para este decréscimo, o não pagamento de quaisquer indemnizações ao pessoal,

quando no ano de 2010, estes gastos ascenderam a 492 mil euros.

Pela aplicação do art.º 163 da Lei n.º 55-A/2010, de 31 de dezembro, a APSS passou a entregar uma

contribuição mensal de 2,5% das remunerações sujeitas a desconto para a CGA, referente aos

trabalhadores beneficiários da ADSE.

(unidade: mil euros)

Fornecimentos e Serviços Externos 2011 2010

Serviços Especializados 1.459,17 1.707,39

Materiais 37,16 52,89

Energia e Fluídos 814,94 785,51

Deslocações, Estadas e Transportes 71,67 88,23

Serviços Diversos 434,12 464,94

TOTAIS 2.817,06 3.098,97

(unidade: mil euros)

GASTOS COM PESSOAL 2011 2010

Remunerações dos Orgãos Sociais 241,08 271,44

Remunerações do Pessoal 5.447,72 6.448,77

Benefícios Pòs-Emprego 62,90 5,98

Indemnizações 0,00 491,85

Encargos sobre Remunerações 1.043,17 1.143,48

Seguros Acid. Trabalho e Doenças Prof. 56,14 64,01

Gastos de Acção Social 62,11 118,61

Outros Gastos com Pessoal 108,32 167,10

TOTAIS 7.021,46 8.711,25

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

14. SALDOS A PAGAR AO PESSOAL

Com a aplicação do art.º 21.º da Lei n.º 64-B/2011, de 30 de ezembro (Orçamento de Estado para

2012), que aprova a suspensão do pagamento de subsídios de férias ou equivalentes, a estimativa de

Gastos com Pessoal é apenas referente ao mês de férias (gasto do exercício de 2011 cujo pagamento

irá ocorrer em 2012).

15. VOLUME DE EMPREGO

À data de 31 de dezembro de 2011, o número de empregados ao serviço da Empresa foi de 164

(2010: 168 empregados) e apresentava a seguinte distribuição:

16. REMUNERAÇÕES DOS ORGÃOS SOCIAIS

No sentido de dar cumprimento ao estabelecido no ponto 9 da R.C.M. n.º 155/2005 de 6 de Outubro

discriminam-se as remunerações auferidas pelos órgãos sociais, durante o exercício de 2011, após a

aplicação das reduções decorrentes da lei nº 12-A/2010, de 30 de junho e da lei nº 55-A/2010, de 31

de dezembro:

(unidade: mil euros)

31.12.2011 31.12.2010

Férias e Subsídios de Férias 486,11 1.023,86

Indemnizações ao Pessoal 0,00 198,30

TOTAL 486,11 1.222,15

DÉBITOS AO PESSOAL

(unidade: mil euros)

PESSOAL APSS

QUADRO 164

Com Contrato Permanente 164

TOTAL 164

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A) Conselho de Administração

Todos os membros do Conselho de Administração beneficiam de um seguro de saúde tal como os

restantes colaboradores da empresa. Todos são beneficiários da Segurança Social.

Com a celebração do Contrato de Gestão foram definidos os objetivos de gestão a atingir no

mandato 2008/2010, e respetivos prémios de gestão. No entanto, de acordo com o art.º 29.º da

Lei n.º 55-A/2010, de 31 de dezembro, foi aprovado o não pagamento de prémios de gestão para o

período de execução do Programa de Estabilidade e Crescimento (2010-2013).

Não existem planos complementares de reforma de que sejam beneficiários os membros do

Conselho de Administração.

B) Órgãos de Fiscalização

Na Assembleia Geral de 28 de março de 2008, foi deliberada a nomeação dos Órgãos Sociais para o

mandato de 2008/2010. Relativamente aos Órgãos de Fiscalização (art.º 15.º dos Estatutos da APSS),

foi aprovada a constituição de um Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

B1) Conselho Fiscal

(*) O valor indicado respeita ao mês de dezembro em virtude de durante o ano se terem registado alterações na taxa de redução por efeito da aplicação do disposto no nº 2 do artº 19º da Lei do Orçamento do Estado para 2011, aprovada pela Lei nº 55-A/2010, de 31 de dezembro.

(unidade: euros)

Nome/Cargo Rem. Base Subsídio Subsídio Desp. Repres. Subs. Refeição

(valor mensal) Férias Natal (valor mensal) (valor dia útil)

Carlos Manuel Gouveia Lopes, Presidente 4.906,58 4.906,58 4.906,58 0,00 7,23

Francisco José Rodrigues Gonçalves, Administrador 4.125,95 4.125,95 4.125,95 0,00 7,23

Ricardo Jorge de Sousa Roque, Administrador 4.125,95 4.125,95 4.125,95 0,00 7,23

Remunerações Principais Remunerações Acessórias

(unidade: euros)

Nome/Cargo Rem. Base Subsídio Subsídio

(mensal *) Férias Natal

Teresa Isabel Carvalho Costa (Presidente) 984,09 984,09 984,09

Ana Teresa Pereira Peralta Reys (Vogal) 769,41 769,41 769,41

Sara Alexandra Ribeiro P. S. Duarte Ambrósio (Vogal) 756,31 756,31 756,31

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

B2) Revisor Oficial de Contas

C) Mesa da Assembleia Geral

17. BENEFÍCIOS PÓS-EMPREGO

17.1 - Fundo de Aposentações do ex- INPP

Conforme referido na Nota 3. d), a Empresa é responsável pela manutenção do fundo de

aposentações do INPP - Instituto Nacional de Pilotagem dos Portos, criado pelo Decreto-Lei n.º

188/89, de 3 de junho, relativamente aos aposentados que integravam o ex. departamento de

pilotagem.

As responsabilidades acumuladas, apuradas no estudo atuarial efetuado por entidade independente,

com referência a 31 de dezembro de 2011, e os pressupostos utilizados foram os seguintes:

(unidade: euros)

Nome/Cargo Avença Contratada Periodicidade

(sem IVA)

Pricewaterhousecoopers & Associados - SROC, Lda, Efectivo 3.867,75 trimestral

Representada por Jorge Manuel Santos Costa

José Manuel Henriques Bernardo, Suplente

(unidade: euros)

Nome/Cargo Senhas de Presença

(por Assemb. Geral)

Carlos António Lopes Pereira, Presidente 515,32

Susana Silva Santos, Secretária 321,74

(unidade: mil euros)

Responsabilidades por Serviços Passados 2011 2010

Saldo Inicial 739,54 853,69

Custo Financeiro 41,82 41,82

(Ganhos) e Perdas Atuariais 10,06 -50,42

Pagamentos efetuados no exercicio -97,58 -105,55

Saldo Final 693,84 739,54

Provisão em Balanço (Ver Nota 7.) 693,84 739,54

Percentagem de Cobertura da Provisão 100% 100%

TÁBUAS DE MORTALIDADE TV 88-90 TV 88-90

TAXA DE DESCONTO 4,55% 5,06%

TAXA DE CRESCIMENTO PENSÕES 1,75% 1,75%

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

A atualização das responsabilidades futuras da APSS, à data de 31 de dezembro de 2011, foi

registada a débito na rubrica de custos com pessoal, pelo seu valor líquido.

17.2 – Acidente de Trabalho – Pensão Vitalícia

Conforme disposto no art.º 43.º do Decreto-Lei n.º 503/99, os encargos resultantes do acidente de

serviço são da responsabilidade da APSS (ver Nota 3. d). O valor da Provisão constituída resulta de

estudo atuarial elaborado por entidade independente.

A atualização das responsabilidades futuras da APSS, à data de 31 de dezembro de 2011, foi

registada a débito na rubrica de custos com pessoal, pelo seu valor líquido.

17.3 – Pensões de Reforma – Decreto-Lei n.º 467/99, de 6 de Novembro

Conforme referido na Nota 3. d), a Empresa era responsável pelo pagamento de pensões de reforma

antecipadas aos trabalhadores que optaram pelo benefício previsto no Decreto-Lei n.º 467/99, de 6

de novembro.

Esta responsabilidade foi extinta após o pagamento total das pensões em dívida, ocorrida no

decorrer do exercício de 2011.

(unidade: mil euros)

Responsabilidades por Serviços Passados 2011 2010

Saldo Inicial 88,76 90,12

Custo Financeiro 4,43 4,50

(Ganhos) e Perdas Atuariais 5,69 3,08

Pagamentos efetuados no exercicio -9,05 -8,94

Saldo Final 89,82 88,76

Provisão em Balanço (Ver Nota 7.) 89,82 88,76

Percentagem de Cobertura da Provisão 100% 100%

TÁBUAS DE MORTALIDADE TD 88/90 TD 88/90

TAXA DE DESCONTO 5,25% 5,06%

TAXA DE CRESCIMENTO PENSÕES 0% 0%

(unidade: mil euros)

Responsabilidades por Serviços Passados 2011 2010

Saldo Inicial 15,89 37,27

(Ganhos) e Perdas Atuariais -1,03

Pagamentos efetuados no exercicio -15,89 -20,36

Saldo Final 0,00 15,89

Provisão em Balanço (Ver Nota 7.) 15,89

Percentagem de Cobertura da Provisão 100%

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Relatório e Contas 2011 APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, SA

18. OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS

19. RENDIMENTOS E GASTOS FINANCEIROS

A redução de gastos provenientes de “Juros Suportados” ficou a dever-se à amortização total do

capital do Empréstimo Bancário contraído junto do banco BPI.

O aumento dos “Juros Obtidos” está relacionado com o significativo aumento das disponibilidades

de tesouraria aplicadas ao longo do ano.

(unidade: mil euros)

OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS 2011 2010

Rendimentos Suplementares 718,98 868,45

Rend. em Investimentos não Financeiros 12,40 5,13

Subsidios ao Investimento 2.818,66 2.677,84

Outros 428,20 315,72

TOTAIS 3.978,25 3.867,15

(unidade: mil euros)

Rendimentos e Gastos Financeiros 2011 2010

Juros Suportados 1,27 24,83

Outros Gastos e Perdas de Financiamento 2,71

Juros Obtidos 141,73 91,24

Outros Ganhos de Financiamento 6,68 6,82

TOTAIS 147,14 70,52

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20. CLIENTES E OUTRAS CONTAS A RECEBER

(unidade: mil euros)

CLIENTES 2011 2010

Clientes - Médio e Longo Prazo 1.047,11

Clientes C/C 3.570,66 3.764,87

Clientes Cobrança Duvidosa 0,00 0,00

Clientes Cobrança Duvidosa 761,90 687,93

Perdas por Imparidade (Ver Nota 7.) -761,90 -687,93

TOTAL 3.570,66 4.811,98

(unidade: mil euros)

OUTRAS CONTAS A RECEBER 2011 2010

Outros Devedores - Médio e Longo Prazo 0,00 0,00

Pessoal 24,55

Perdas por Imparidade

P-24,55

Outros Devedores - Curto Prazo 8,26 193,77

Pessoal 7,99 215,21

Fornecedores c/c 0,27 1,56

Outros Devedores 958,22 958,22

Perdas por Imparidade Outros Devedores -958,22 -981,22

Acréscimo de Rendimentos 533,90 347,27

Juros a Receber 16,79 21,70

Outros Acréscimos - Concessões e Taxas e Licenças 517,11 325,57

TOTAL 542,15 541,03

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21. FORNECEDORES E OUTRAS CONTAS A PAGAR

22. DIFERIMENTOS DE RENDIMENTOS E GASTOS

(unidade: mil euros)

FORNECEDORES 2011 2010

Fornecedores C/C 566,51 595,95

TOTAL 566,51 595,95

(unidade: mil euros)

OUTRAS CONTAS A PAGAR 2011 2010

Outros Credores - Curto Prazo 664,61 336,30

Pessoal 1,74 1,96

Fornec. Imobilizado 319,49 261,35

Outros Credores 264,27

Depósitos de Garantia 79,11 72,99

Acréscimo de Gastos 517,95 1.273,02

Pessoal 486,11 1.222,15

Outros Acréscimos 31,84 50,87

TOTAL 1.182,56 1.609,32

(unidade: mil euros)

DIFERIMENTOS 2011 2010

Rendimentos 1.140,80 1.172,81

Concessões 659,53 602,73

Taxas e Licenças 438,09 517,00

Outros Rendimentos 43,18 53,08

Gastos 16,00 40,81

Quotizações 1,77 1,10

Outros Gastos 14,23 39,71

TOTAL 1.156,80 1.213,61

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23. ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

24. INFORMAÇÕES SOBRE MATÉRIAS AMBIENTAIS

Em 31 de dezembro de 2011 não se encontra registado nas demonstrações financeiras qualquer

passivo de carácter ambiental nem é divulgado qualquer contingência ambiental, por ser convicção

da Administração da Empresa que não existem a essa data obrigações ou contingências provenientes

de acontecimentos passados de que resultem encargos materialmente relevantes para a Empresa.

No entanto, no exercício de 2011, a APSS reconheceu como encargos de natureza ambiental no valor

de 8,8 mil euros, de forma a dar resposta aos diversos requisitos legais.

25. COMPROMISSOS DE COMPRA

À data de 31 de dezembro de 2011, os compromissos com fornecedores, para aquisição de bens e

prestação de serviços para o ativo fixo tangível, totalizam o montante de 96,7 mil euros.

26. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Em 31 de dezembro de 2011, o detalhe da Caixa e Equivalentes de caixa era o seguinte:

(unidade: mil euros)

ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS 2011 2010

Activo Corrente 31,88 52,54

IVA - Reembolsos Pedidos 31,88 52,54

Passivo Corrente 1.383,02 1.009,37

Impostos s/Rendimento 995,72 598,42

Retenção de Impostos s/Rendimentos 98,97 113,61

Contribuições p/ Segurança Social 130,74 145,28

Outras Tributações 157,59 152,06

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27. RESPONSABILIDADES ASSUMIDAS

Empréstimo da APP – Reestruturação do Sector Portuário

A APSS foi solidariamente responsável, em conjunto com as restantes Administrações dos Portos,

pelo pagamento de um empréstimo contraído pela APP – Associação dos Portos de Portugal junto de

um sindicato bancário em Julho de 2000, o qual se destinou a financiar o reembolso antecipado da

totalidade do empréstimo obrigacionista APAJP/94.

Em janeiro de 2007 foram negociados empréstimos bancários com o Banco BPI e Banco Millennium

BCP, com vista ao financiamento do reembolso antecipado do empréstimo atrás referido, ficando,

assim, individualizadas as responsabilidades de cada Administração Portuária e da APP – Associação

dos Portos de Portugal.

Em julho de 2009, a APSS procedeu à amortização total do referido empréstimo bancário.

Com a contratação do empréstimo relativo à dívida da APP – Associação dos Portos de Portugal, a

APSS assumiu, em conjunto com as restantes Administrações Portuárias, a posição de Fiadora.

Em 17 de janeiro de 2012, a APP – Associação dos Portos de Portugal procedeu à liquidação total

antecipada do referido empréstimo, extinguindo-se, em consequência, a responsabilidade da APSS

como fiadora perante a dívida em questão.

CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 31.12.2011 31.12.2010

Numerário Caixa 0,99 0,73

Depósitos Bancários Mobilizáveis Depósitos à ordem 339,84 238,61 Depósitos a prazo Outros depósitos

Equivalentes a caixa Descobertos Bancários Títulos Negociáveis

Caixa e seus equivalentes 340,82 239,35

Outras Disponibilidades Outras aplicações de tesouraria 8.800,00 4.550,00

DISPONIBILIDADES DO BALANÇO 9.140,82 4.789,35

(unidade: mil euros)

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28. REPARTIÇÃO DAS PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS POR ACTIVIDADES E MERCADOS

29. SUBSÍDIOS AO INVESTIMENTO

Os Subsídios ao Investimento recebidos para efeitos de financiamento dos Ativos Fixos Tangíveis, são

registados em Capital Próprio (Outras Variações do Capital Próprio), sendo reconhecidos como

proveito do exercício ao longo da vida útil estimada (em consonância com a respetiva amortização

do bem).

(unidade: mil euros)

PRESTAÇÕES DE SERVIÇOSMERCADO NACIONAL

2011

MERCADO NACIONAL

2010

Serviços Portuários 8.127,16 8.454,46

Taxas e Licenças 1.787,93 1.865,37

Náutica de Recreio 336,97 304,86

Concessões 9.078,43 8.213,53

TOTAL 19.330,49 18.838,22

(unidade: mil euros)

SUBSÍDIOS AO INVESTIMENTO 2010Novos

Subsídios

Proveito do

ExercícioRegularizações 2011

FEDER 17.748,70 4,71 1.228,31 0,00 16.525,09

FUNDO DE COESÃO 12.606,57 0,00 307,75 0,00 12.298,82

IFAP 538,75 675,21 106,89 61,49 1.045,58

OE/PIDDAC 19.720,46 350,00 1.175,71 0,00 18.894,75

TOTAL 50.614,47 1.029,92 2.818,66 61,49 48.764,24

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30. RECONHECIMENTO, REGISTO, MENSURAÇÃO E DIVULGAÇÃO DAS INFRAESTRUTURAS

PORTUÁRIAS CONSTRUIDAS E/OU BENS DE EQUIPAMENTO ADQUIRIDOS POR

CONCESSIONÁRIOS DE SERVIÇO PÚBLICO E POR CONCESSIONÁRIOS DE USO PRIVATIVO QUE

REVERTAM PARA A ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA NO FINAL DO PERÍODO CONTRATUAL

Na ausência de normativo específico e aplicável aos concedentes, em particular às Administrações Portuárias, no que respeita à política contabilística para a relevação das infraestruturas portuárias construídas e/ou bens de equipamento adquiridos por concessionários de serviço público e por concessionários de uso privativo que revertam para a Administração Portuária no final da concessão, têm estas entidades vindo a estudar a questão em conjunto, tendo no decurso do ano de 2011 colocado o assunto à Comissão de Normalização Contabilística (CNC). Já em 2012 a CNC respondeu, mas atendendo a que:

1. à data da receção do ofício as Administrações Portuárias se encontravam a desenvolver os

trabalhos de encerramento de contas relativas ao exercício de 2011;

2. a CNC aponta para diferentes cenários possíveis em termos de procedimentos

contabilísticos a desenvolver sobre esta matéria, cujas condições de aplicação e

consequências futuras importa avaliar antes da implementação da opção a seguir;

3. dada a complexidade do tema e o fato de não haver nenhuma experiência anterior deste

tipo se prevê que a análise e tarefas de reconhecimento e mensuração serão

necessariamente demoradas, implicando uma afetação elevada de recursos internos e

externos;

consideraram as Administrações Portuárias que estes procedimentos apenas poderão ser acolhidos

para o ano de 2012.

No entanto, e apesar das dificuldades anteriormente expressas, mas com o intuito de uma total transparência das contas, decidiu-se à semelhança do ano anterior, proceder à divulgação dos bens que ao abrigo de contratos de concessão, quer de serviço público, quer de uso privativo, revertam para esta Administração Portuária no final dos respetivos contratos. Para o efeito procedeu-se a um levantamento dos bens em causa, relativamente a cada concessão, separados por infraestruturas e equipamentos. Ao nível das infraestruturas encontram-se cais, duques d’alba, pontões, passadiços e edifícios. Por sua vez, ao nível dos equipamentos destacam-se pórticos, guindastes, gruas, outros equipamentos de movimentação de mercadorias, ferries e catamarans. No quadro seguinte são elencados os referidos bens tendo por base os valores líquidos contabilísticos, à data de 31/12/2011, disponibilizados pelos concessionários.

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31-12-2011

Concessões de Serviço Público

Infraestrutura 0

Equipamento 823

Infraestrutura 186

Equipamento 6.520

Infraestrutura 160

Equipamento 2.850

Infraestrutura 749

Equipamento 421

Infraestrutura 4.870

Equipamento 19.596

Infraestrutura 6.710

Equipamento 0

Infraestrutura (*) 1.133

Equipamento (*) 899

Infraestrutura (*) 0

Equipamento (*) 465

Concessões e Licenças de Uso Privativo

Infraestrutura (*) 1.583

Equipamento (*) 4.499

Infraestrutura 8.100

Equipamento 0

Infraestrutura 649

Equipamento 0

Infraestrutura 855

Equipamento 250

Infraestrutura 973

Equipamento 0

Infraestrutura 351

Equipamento 0

(*) O valor indicado é a 31/12/2009

Direito de Uso Privativo de uma Parcela do Dominío

Públ ico do Estado - Edifício SedeClube Naval de Sesimbra 13-05-2004 30 anos

Direito de Uso Privativo de uma Parcela do Dominío

Públ ico do Estado - Porto de RecreioClube Naval de Sesimbra 12-09-2003 30 anos

Terminal Uralada Uralada Portugal , SA 01-01-2004 12 anos

Terminal Praias do Sado Almina, SA/EDP, SA/Somincor, SA 01-01-1996 30 anos

Terminal Secil-Outão Secil 18-03-2005 30 anos

Terminal Portuário de Setúbal Teporset, SA 22-12-2007 28 + 2 anos

Exploração do porto de pesca de Sesimbra Docapesca Portos e Lotas, SA 08-07-1994 25 anos

Exploração do porto de pesca de Setúbal Docapesca Portos e Lotas, SA 08-06-1994 25 anos

Transporte Fluvial de passageiros, veiculos ligeiros e

pesados e de mercadorias, entre Setúbal e TróiaAtlantic Ferries, SA 09-10-2007

15 + 5 + 5

anos

Marina para apoio à navegação e abrigo portuário de

embarcações de recreio, bem como de instalações e

serviços de apoio de natureza comercial , turística,

cultural e desportiva e de animação a ela afectas

Marina de Tróia, SA 01-08-2008 50 anos

Terminal Portuário SAPEC Sapec Terminais Portuários, SA 30-06-1995 25 anos

Terminal de Granéis Líquidos do porto de Setúbal Sapec Terminais Portuários, SA 12-06-2003 25 anos

Terminal Multiusos Zona 1 Tersado, SA 22-11-200420 + 10

anos

Terminal Multiusos Zona 2 Sadoport, SA 22-11-200420 + 10

anos

(unidade: mil euros)

Concessão ConcessionáriaData de

inícioPrazo

Bens da

concessão

Valor Liquido

Contabilistico

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31. DIVULGAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS

Nos termos do nº 1 do art.º 21 do Decreto-Lei n.º 411/91 de 17/10, informamos não ser esta

empresa devedora de quaisquer contribuições, vencidas, à Segurança Social.

32. EVENTOS SUBSEQUENTES

À data da elaboração deste Relatório não se conhecem quaisquer eventos passíveis de alterar a análise da situação financeira da APSS.

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