relatório do exercício de monitoramento de políticas

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Relatório do Exercício de Monitoramento de Políticas Públicas Movimento da Sociedade Civil para a Justiça e Paz Apoio Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento na Guiné Bissau PNUD, através do Projecto de Apoio à Consolidação das Instituições Democraticas - PACID Agosto de 2017

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Relatório do Exercício de Monitoramento de Políticas Públicas

Movimento da Sociedade Civil para a Justiça e Paz

Apoio

Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento na Guiné Bissau PNUD,

através do Projecto de Apoio à Consolidação das Instituições Democraticas - PACID

Agosto de 2017

Painel da Equipa de Técnica das Organizações da Sociedade Civil :

Coordenação no âmbito do Movimento da Sociedade Civil para a Justiça e Paz

➢ Jorge Gomes

➢ Lázaro Barbosa

➢ Famata Camará

Seguimento do PNUD

➢ Gabriel Dava

➢ José Malam Jassi

Grupo de Monitoramento no Terreno - Setor da Saúde

➢ Clotilde Neves

➢ João da Silva

➢ Tony Lutug

➢ Finhamba Quessange

➢ Filinto Sé

➢ Ednilson Barbosa

➢ Elisabeth Lopes

➢ Valentim

Grupo de Monitoramento no terreno - Setor da Agricultura

➢ Bubacar Djalo

➢ Graciana

➢ Bernardino dos Santos

➢ Eli Albino Ale

➢ Famata Camara

Consultoras do Instituto Baobá

➢ Denise Valéria de Lima

➢ Paula Frassineti Guimarães Sá

➢ Mara Vanessa Fonseca Dutra

Sumário

1. Apresentação.................................................................................................................... 5

1.1. O Plano Nacional de Investimento Agrícola de Guiné Bissau ....................................... 5

1.2. Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário II .......................................................... 6

2. Metodologia ..................................................................................................................... 7

3. Resultados do Exercício de Monitoramento .................................................................... 8

3.1. Resultados do Monitoramento na Área da Agricultura ................................................ 8

3.1.1. Monitoramento do Componente 1- Infraestruturas Rurais ..................................... 9

3.1.2. Componente 2 - Desenvolvimento de Fileiras Alimentares .................................... 16

3.2. Resultados do Monitoramento na área da Saúde ...................................................... 19

3.2.1. Governação e Liderança .......................................................................................... 19

3.2.2. Gestão, Desenvolvimento e Valorização de Recursos Humanos ............................ 20

3.2.3. Securização dos produtos farmacêuticos................................................................ 22

3.2.4. Vigilância integrada das doenças ............................................................................ 22

3.2.5. Avaliação da Satisfação dos Utentes ....................................................................... 23

4. Conclusões e Recomendações para as Políticas Públicas .............................................. 28

4.1. Conclusões e Recomendações para o PNIA ................................................................ 28

4.1.1. Sobre o Desenho do PNIA ....................................................................................... 28

4.1.2. Sobre a Execução do PNIA ....................................................................................... 32

4.1.3. Recomendações para o PNIA .................................................................................. 34

4.2. Considerações e Recomendações sobre o II PNDS ..................................................... 37

4.2.1. Recomendações ao III PNDS .................................................................................... 40

5. Considerações Finais ...................................................................................................... 41

6. ANEXOS........................................................................................................................... 42

6.1. Gráficos Analíticos da Avaliação de Satisfação de Utentes por Unidade Sanitária .... 42

6.2. Ferramentas de Monitoramento ................................................................................ 54

6.3. Questionário estruturado para a Agricultura e Infraestruturas ................................... 54

6.4. Questionário estruturado para a Saúde e Infraestruturas ........................................... 66

6.5. Questionário de Avaliação da Satisfação dos Utentes ................................................ 70

1. Apresentação

Este relatório reúne os principais dados, achados, conclusões e recomendações

elaboradas durante o processo de formação das Organizações da Sociedade Civil para o

acompanhamento de políticas públicas. A primeira parte da formação ocorreu em em

dezembro de 2016 e culminou com uma oficina de análise e sistematização de dados

realizada em agosto de 2017.

Apesar de se tratar de um exercício de monitoramento, o empenho de todos e todas

profissionais e das Organizações da Sociedade Civil envolvidas gerou resultados que

podem contribuir para a melhoria de construção e elaboração de Políticas Públicas no

país No âmbito da Saúde, foram entrevistados cerca de 20 agentes do Estado e 240

utentes responderam ao questionário de avaliação do Nível de Satisfação dos Utentes

relativas a 18 Unidades Sanitárias do País. No âmbito da Agricultura, igualmente, mais

de 60 pessoas foram entrevistadas, entre técnicos e gestores do governo, chefes

comunitários e famílias.

Neste exercício de monitoramento foram priorizadas duas políticas pelo seu potencial

de impactar positivamente a vida de milhares de famílias guineenses e pelo seu caráter

estruturante, quais sejam o Plano Nacional de Investimentos Agrícolas e o Plano

Nacional de Desenvolvimento Sanitário. No entanto, não se pode ignorar a conjuntura

política que o país atravessa, com apoio reduzido dos parceiros internacionais que

aguardam a retomada do processo democrático, o desaparelhamento do Estado, a

restrição de recursos orçamentários e ainda certa desesperança após tantos anos de

golpes e interrupções democráticas. Nesse contexto, observa-se que as políticas

públicas são desconhecidas das comunidades e, no caso da Agricultura, dos próprios

agentes estatais.

Outro fato relevante é a qualidade dos documentos das políticas. Observa-se um esforço

louvável de diagnóstico, de envolvimento dos técnicos, do uso de consultas públicas e

engajamento de profissionais para elaboração das políticas . No entanto, novas

abordagens de políticas públicas poderiam ser adotadas, agregando novas estratégias

para o tema gênero e integração das políticas públicas.

1.1. O Plano Nacional de Investimento Agrícola de Guiné Bissau

O Plano Nacional de Investimento Agrícola de Guiné Bissau (PNIA) foi concebido como

ferramenta para implementar na Guiné-Bissau a Política Agrícola Comum da CEDEAO e

a Política NEPAD. Esse Programa deveria também contribuir para a realização dos

Objetivos de Desenvolvimento ODM, destinados a reduzir a pobreza e a fome pela

metade até 2015.

A primeira fase do PNIA estava prevista para ser realizada entre os anos de 2012 e 2017.

Esta fase seria caracterizada pela criação ou reabilitação de infraestruturas e instalações

de apoio à produção. Também havia a previsão de um plano geral de sistemas de

irrigação, intensificação e diversificação da produção, bem como programas de apoio

para os produtores na área de insumos, capacitação, estruturação da supervisão em

zonas rurais e reforço das organizações.

Assim sendo, no período 2012-2017 o PNIA resolveria problemas relacionados ao

processamento, armazenamento, conservação e abertura dos principais centros de

produção, especialmente para a produção de alimentos (que aparece como o ramo de

agricultura que mais contribuem para o crescimento do PIB agrícola com um forte

contributo para a redução da pobreza). No final desta fase, o défice de cereais,

especialmente arroz, seria reduzido em pelo menos 50%.

Os objetivos da Fase 1 do PNIA (2012 a 2017) contemplam:

⁻ Criação ou reabilitação de infraestruturas e instalações de apoio à produção.

⁻ Criação de um plano geral de sistemas hidro agrícolas, intensificação e

diversificação da produção

⁻ Programas de apoio para a produção de insumos,

⁻ Capacitação, estruturação do mundo rural,

⁻ Reforço das organizações.

⁻ Atacar prioritariamente o problema de equipamento dos produtores e serviços

rurais , transformação, armazenamento, conservação, estocagem e abertura dos

principais centros de produção, especialmente em matéria da produção de

alimentos (que aparece como o ramo de agricultura que mais contribuem para

o crescimento do PIB agrícola com um forte contributo para a redução da

pobreza).

⁻ Fortalecimento institucional dos mecanismos de MADR e os mecanismos de

coordenação setorial, de modo a garantir uma eficiente gestão dos esforços

desenvolvidos no âmbito do PNIA.

⁻ Ao final desta fase, a agricultura deverá estar mais produtiva e competitiva,

diversificada e capaz de gerar excedentes comercializáveis.

⁻ Redução do défice de cereais, especialmente arroz, em pelo menos 50%.

Para atingir tais objetivos, o PNIA foi organizado em sete sub-programas, dentre os

quais selecionou-se o Programa de Promoção das Fileiras de Produtos Vegetais para o

exercício de monitoramento.

1.2. Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário II

O Segundo Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário (PNDS II), orçado em

123.143.290.000,00 FCFA, foi elaborado com a expectativa suprir a baixa execução do

primeiro plano e para contribuir com o Documento de Estratégia Nacional de Redução

da Pobreza (DENARP). Ou seja, para além de um programa de saúde, tem a pretensão

de apoiar o desenvolvimento socioeconômico do país, uma vez que as precárias

condições de saúde da população estão na base de vários problemas econômicos e

sociais.

O II PNS foi organizado em oito eixos estratégicos a serem desenvolvidos em duas

etapas: a primeira de 2008 – 2012, concentrado essencialmente no reforço de

capacidade de intervenção do Serviço Nacional de Saúde (eixos 1 a 4); e, na etapa de

2013 – 2017 orientada para promover mais ganhos em saúde, melhorando

significativamente os indicadores do estado de saúde da população (eixos 5 a 8).

Eixos Estratégicos do PNDS II:

1. Governação, Liderança, Parceria e Financiamento do Sistema Nacional de

Saúde (2008 – 2012)

2. Gestão, Desenvolvimento e Valorização de Recursos Humanos da Saúde

(2008 – 2012)

3. Melhoria do acesso - infraestruturas, equipamentos da saúde e estratégia

avançada (2008 – 2012)

4. Securização dos produtos farmacêuticos (2008 – 2012)

5. Vigilância integrada das doenças e outras situações de emergência (2013 –

2017)

6. Colaboração intersetorial e promoção da saúde (2013 – 2017)

7. Monitorização & Avaliação e promoção da pesquisa operacional (2013 –

2017)

8. Desenvolvimento de cuidados essenciais e de referência (2013 – 2017)

O exercício de monitoramento do II PNDS enfocou temas que perpassam quase todos

os eixos do Plano, enfocando a realização das diretrizes do plano e também o nível de

satisfação dos utentes, em especial as mulheres que recebem atendimento em

maternidades, hospitais e centros de saúde.

2. Metodologia

O plano de monitoramento foi concebido inicialmente durante a primeira formação de

técnicos e técnicas das OSCs realizado em dezembro de 2016. O Relatório produzido

para a Segunda Formação expõe o passo a passo da construção desse processo.

Posteriormente, no período de abril a maio de 2017, por meio de videoconferências e

trocas de e-mails, foram revistas as ferramentas de monitoria e organizadas as equipas

de terreno.

Foram então elaboradas três ferramentas de monitoramento (ver anexo):

• Questionário estruturado de monitoramento do eixo “Promoção das

Fileiras de produtos vegetais para Agricultura e Infraestrutura”;

• Questionário estruturado de monitoramento para a Sáude, focalizando o

eixo de fortalecimento de Recursos Humanos, e;

• Questionário de avaliação da satisfação dos utentes dos serviços

sanitários.

Duas equipas de monitoramento foram para o terreno: uma equipa dedicada ao tema

da saúde e outra para a agricultura. A equipa da agricultura manteve a mesma

composição e a equipa da saúde realizou um revezamento de técnicos no terreno,

diluindo o esforço e propiciando que mais pessoas vivenciassem a experiência do

monitoramento.

Todas as regiões do país foram visitadas, buscando desconcentrar as ações da capital

Bissau. Uma vez coletados os dados os mesmos foram sistematizados e analisados

durante a segunda oficina de formação, realizada na última semana de agosto de 2017.

Uma vez elaborada a primeira versão deste relatório, foi realizada uma videoconferência

para finalizar as recomendações.

3. Resultados do Exercício de Monitoramento

Conforme destacado, foram monitoradas duas políticas públicas, portanto, os

resultados aqui apresentados referem-se ao PNIA, no que concerne ao seu Programa de

Promoção das Fileiras de Produtos Vegetais, e ao II PNDS, abrangendo principalmente

as medidas de aprimoramento da gestão da saúde e a satisfação dos utentes dos

serviços sanitários.

3.1. Resultados do Monitoramento na Área da Agricultura

O exercício de monitoramento buscou avaliar a situação da implantação das obras e

ações previstas no Componente 1 - Infraestruturas Rurais e no Componente 2

Desenvolvimento das Fileiras Alimentares que constam no PNIA.

Componente 1 - Infraestruturas Rurais

Componente 2 - Desenvolvimento de Fileiras Alimentares

Construção e reabilitação de Celeiro em todos os 37 setores administrativos do país.

Divulgação na área rural de pesticidas, sementes melhoras de cereais

O desenvolvimento e reabilitação de infraestrutura dos mercados agrícolas

Aquisição pelos produtores de tratores, bombas e acessórios para irrigação, tração animal, ceifeiras, máquinas de descasque

Reabilitação de 750 km de pistas rurais, especialmente em regiões remotas para permitir o acesso às principais áreas.

Produção anual de caju

Ações de fortalecimento da produção de raízes e tubérculos

Melhorias Hidro agrícolas para a produção de arroz de bas-fond (média de 1222 ha/ano)

Fortalecimento de associações de mulheres

Elaboração do Plano Nacional de Horticultura

Fonte: Programme National D´Investissement Agricole, 2015 -2025 (Terra Ranka)

O Componente de Infraestruturas Rurais abrange, portanto a construção e reabilitação

de estradas, celeiros e mercados e também melhorias hidroagrícolas. Já o Componente

Desenvolvimento de Fileiras Agroalimentares engloba os principais produtos agrícolas

do país: o caju, que é responsável pelas exportações do país, as hortaliças que jogam um

papel importante para o aspecto nutricional e também a economia das mulheres nas

cidades mais urbanizadas. A produção de cereais também é uma fileira de destaque e

foi investigada. Nesse componente incluem-se também a Divulgação, com foco nas

sementes melhoradas e defensivos agrícolas; além das mudanças tecnológicas

abrangidas pela aquisição de máquinas e implementos agrícolas e sistemas de irrigação.

3.1.1. Monitoramento do Componente 1- Infraestruturas Rurais

Para verificar o nível de realização dos indicadores e ações previstas no PNIA, os técnicos

da Sociedade Civil entrevistaram técnicos das Direções Gerais de Agricultura das

Regiões, pelo menos um chefe de Tabanka e uma família escolhida aleatoriamente. Em

algumas situações, os técnicos realizaram verificações no local, mas em virtude das

fortes chuvas nem sempre foi possível a verificação in loco.

A seguir, apresentam-se se os achados para cada um dos itens avaliados e as análises

realizadas.

• Construção de celeiros e mercados nos 37 setores

Conforme se pode observar pelas informações registradas no Quadro 1, a situação da

instalação de infraestruturas de celeiros e mercados é totalmente precária. O PNIA

previa construir ou reabilitar um celeiro por setor, mas as únicas ações relatadas pelos

atores no terreno foram:

- Em Catió há um celeiro em construção desde o ano de 2015 pelo projeto PASA,

mas que até agora não foi concluído;

- Em Oio, há 1 celeiro no setor de Bissorã

- Em Cacheu foram reabilitados 2 celeiros no setor de Bula

- Em Bafatá, um pequeno celeiro foi construído no setor de Ganadu

- Em Gabu, foi informado que o governo fez levantamento de dados, mas não

avançou com a construção do celeiro, a exceção de um celeiro que está em

construção pelo projeto PASA.

Neste tema houve uma contradição entre informações prestadas pelas autoridades e

pelas comunidades sobre a realização de obras de reabilitações. Entretanto o que nos

chamou atenção foi o fato de que 80% das comunidades escutadas desconhecem as

políticas nacionais. Alguns delegados também desconheciam as metas estabelecidas

pela política avaliada.

Percebeu-se também que, na transição de cargos nas Direções Regionais, os técnicos de

governo que saem levam consigo toda a informação, deixando os novos ocupantes dos

cargos sem dados ou informações sobre as ações desenvolvidas e a situação das

comunidades. Observa-se também que há falta de comunicação entre o nível central e

o nível regional e local. Os técnicos do governo, embora com boa vontade, não dispõe

de recursos nem de orientações do nível central.

Observou-se também que há várias ONGs que são parceiras das comunidades, provendo

assistência técnica e apoio através de projetos. Esse fato também acontece no setor da

saúde.

• Reabilitação de 750 km de pistas rurais, especialmente em áreas remotas

Conforme consta do Quadro 2, após auscultação e recolha de informações entre 25

respondentes, observou-se que, dos 750 km indicados no plano foram reabilitadas

apenas 122.5 Km. Isso equivale a menos de 20% da meta estabelecida. E, mesmo estas

pistas reabilitadas encontram-se em avançado estado de degradação.

Para certificar as informações oferecidas, a equipa deslocou-se ao terreno

concretamente na região de Tombali, onde apenas 11,5 Km foram reabilitados (Mato

Farroba, Ga-Tone e Catchal) e, se encontra em bom estado. Em Gabu, apenas 20 km

foram reabilitadas sendo que a pista que liga Baco Madina a Gã-Cissé encontra-se em

estado bastante degradado ou sem sinais de qualquer reabilitação antes realizada.

Na região Cacheu e Biombo os trabalhos de reabilitação das pistas rurais, antes indicadas

pelo pessoal da DRA, não foi corroborada pelos atores no terreno. Esse fato motivou a

deslocação da equipe ao terreno onde se constatou que, os 21 km reabilitados entre as

tabancas de Pelundo a Djolmet se encontra em estado bastante degradado, sem

qualquer sinal de reabilitação. Em relação às outras regiões não foram encontrados

indícios de pistas rurais reabilitadas.

• Melhorias Hidro agrícolas para a produção de arroz de bas-fond (média de

1222 ha/ano)

Entre as regiões visitadas apenas uma região foi beneficiada com o melhoramento

Hidro-Agrícola, a saber a região de Tombali, na aldeia de Ga-Tone e Cudoco. No entanto,

essa melhoria na realidade gerou um impacto negativo. Segundo os informantes locais,

a qualidade de barragens montadas com descarregadores aumentou o caudal de agua

resultando que durante 3 anos a população ficou impossibilitada de produzir arroz nas

referidas bolanhas.

Quadro 1 – Síntese das Entrevistas sobre a Situação da Construção e Reabilitação de Celeiros e Mercados – Nível Nacional

Região Instituição Localidade

Construção e reabilitação de celeiros

Observações Desenvolvimento e

reabilitação de Mercados Agrícolas

Observações

Tombali

DRA (Delegacia Regional da Agricultura)

Catió SIM - 1 1 celeiro em construção desde 2015 no sector de Catió na Tabanca de Cabaceira, pelo projeto PASA

NÃO

Ch Família Catió NÃO NÃO

Régulo Cufar NÃO NÃO

Biombo

DRA Quinhamel NÃO SIM Existe 1 no sector de Quinhamel

DR Comércio Quinhamel NÃO NÃO

Régulo Prabis NÃO NÃO

Oio DRA Bissorã SIM - 1 1 no sector Bissorã SIM

DR Comércio Mansoa NÃO NÃO

Bolama Régulo Bolama NÃO NÃO

Cacheu

DRA Canchungo SIM - 2 2 reabilitados no sector de Bula SIM Tem 1 no sector de Bula mas foi abandonado e não está em uso

DR Comércio Canchungo SIM Idem SIM Idem

Chefe Tabanca Jolmete NÃO NÃO

Bafatá

DRA Bafatá SIM 1 pequeno celeiro construído na aldeia Mandjano no sector de Ganadu

NÃO

DR Comércio Bafatá NÃO NÃO

Régulo Gã-Mamudo NÃO NÃO

DRA Gabu NÃO O governo fez levantamento de dados para construção mas não avançou.

NÃO

Chefe Família Sintchã Tombom NÃO NÃO

Gabu Chefe Tabanca Bacó Madina SIM Está em construção com apoio de PASA

NÃO

Régulo Gã-sissé NÃO NÃO

Quínara

DRA Buba NÃO NÃO

Chefe Tabanca Sintcham Tchanno NÃO NÃO

DR Comércio NÃO NÃO

Quadro 2 – Análise da Reabilitação de Estradas e de Melhorias Hidro Agricolas

ANALISE NACIONAL: DADOS/INFORMAÕES FORNECIDAS

REGIÃO PARTES

REABILITAÇÃO DE 750 Km DE PISTAS RURAIS Melhoria Hidro Agricola

DRA CH.T C R CH.F DRA CH.T C R CH.F

TOMBALI Sim Não Não Sim Não Não Não

QUINARA Não Não Não Não Não Não

GABU Sim Sim

Não Sim

Bafatá Sim Não Não

OIO Sim Não

CACHEU Sim Sim Não Não Não

BOLAMA Não Não

BUBAQUE Não Não

BIOMBO Sim Não Não Não Não Não

SECTOR A. BISSAU ? ? ? ? ?

TOTAL RESPOSTAS 25 12

TOTAL SIM: 9 1

TOTAL NÃO 16 11

ANÁLISE

Após auscultação e recolha de informações entre 25 respondentes em todas as regiões do país, observou-se que, dos 750 km indicados no plano apenas foram reabilitadas 122.5 Km, e que mesmo essas pistas encontram-se em estado avançado de degradação. Para certificar as informações oferecidas, a equipa deslocou-se ao terreno concretamente na região de Tombali, onde apenas 11,5 Km foram reabilitados (Mato Farroba, Ga-Tone e Catchal) e, se encontra no bom estado. Em Gabu, apenas 20 Km foram reabilitadas tendo a pista que liga Baco Madina a Gã-Cissé no estado bastante degrada ou sem sinais de qualquer reabilitação antes realizada. Na região Cacheu e Biombo os trabalhos de reabilitação das pistas rurais antes indicadas pelo pessoal da DRA, não foi corroborada pelos atores no terreno. Esse fato motivou a deslocação da equipe ao terreno onde constatou-se que, os 21 km reabilitados entre as tabancas de Pelundo a Djolmet se encontra no estado bastante degradado, sem qualquer sinal de reabilitação. Em relação as outras regiões não foram encontrados indícios de pistas rurais reabilitadas

Entre regiões visitadas apenas uma região foi melhorado o Hidro Agrícola sendo na região de Tombali concretamente na aldeia de Ga-Tone e Cudoco. Esta melhoria pouco ofereceu vantagens agrícolas em termos de produção e produtividade agrícola. Segundo os informantes locais, a qualidade de barragens montadas com descarregadores aumentou o caudal de agua que durante 3 anos a população ficou impossibilitado de produzir arroz nas referidas bolanhas.

3.1.2. Componente 2 - Desenvolvimento de Fileiras Alimentares

O componente 2 trata do desenvolvimento das fileiras alimentares e para tal prevê

ações de divulgação de pesticidas e sementes melhoradas, o desenvolvimento da fileira

do caju através do processamento das castanhas, da aquisição de implementos agrícolas

e de irrigação, do fortalecimento das organizações das mulheres e da elaboração de um

Plano Nacional de Horticultura, dentre outras ações.

• Horticultura

Após visita a todas as regionais identificou-se que não houve avanços na Horticultura

como decorrência das ações governamentais. Apenas uma região foi beneficiada com

kits de irrigação para a horticultura (do projeto PASA) e apenas uma associação de

mulheres foi parcialmente criada, ou seja, houve um esforço inicial, mas não foi

concluído com o registro da associação. Algumas ações nesse setor foram desenvolvidas

com o esforço das organizações da sociedade civil. Mas também, há alguma contradição

nos dados – casos em que se informa que há associações de mulheres, mas da iniciativa

privada ou ONGs (apenas 2, em Gabu e em Quinara) e mais uma incentivada pelo

governo mas não chegou a ser formalizada.

Os entrevistados desconhecem o Plano Nacional de Horticultura, inclusive os que

pertencem à administração regional.

• Aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas

O Quadro 3 sintetiza os resultados sobre a aquisição de máquinas e implementos

agrícolas e de irrigação. Conforme se percebe, não houve aquisição de nenhum trator

no período, nem de ceifeiras ou bombas de irrigação.

A falta de equipamentos sobrecarrega as pessoas, especialmente as mulheres que se

encarregam da pilagem e têm dupla jornada de trabalho: na casa e na bolanha.

Apenas alguns privados adquiriram máquinas de descasque para seu uso e o Projeto

PASA adquiriu uma máquina que é cedida mediante pagamento pelos agricultores.

Houve também o registro de uma comunidade que foi beneficiada com uma máquina

de descasque, mas que depois verificaram que veio com defeitos e está sem uso.

Quanto a distribuição de sementes melhoradas, 9 das 22 famílias entrevistadas

receberam sementes, mas em alguns casos as sementes não estavam em boas

condições, não apresentaram produtividade e acabaram sendo consumidas.

Sobre a divulgação de fertilizantes e pesticidas, 8 famílias declararam ter recebido do

governo . No entanto, não obtivemos informações se as famílias foram capacitadas para

fazer um uso correto desses pesticidas, uma vez que podem representar um sério risco

à saúde dos agricultores e dos consumidores, além do potencial de contaminação da

água e do solo.

• Produção de castanha de caju

A primeira constatação é de que nas regiões há muita dificuldade para obter dados

precisos e consistentes nas Direções Regionais do Comércio sobre a produção de

castanha de caju. Apesar de ser o principal produto de exportação e que mobiliza a

economia de várias localidades, não foram encontrados indícios sobre a contribuição

das políticas públicas aos produtores, nem no campo da produção, nem do

processamento. A Guiné Bissau continua exportando a castanha sem processamento,

perdendo uma grande oportunidade de gerar empregos e renda no país.

Conforme os poucos dados obtidos, a comparação entre os anos de 2015 e 2016

demonstra um decréscimo na produção. As razões desse decréscimo não estão claras,

se foram climáticas ou devido a problemas de tratos culturais ou outros fatores (dentre

os dados coletados, registrou-se a ausência de dados para Oio e Quínara e, na região

Bijagós, somente os dados de Bubaque foram registrados).

Quadro 3 – Síntese das Entrevistas sobre a Situação da Aquisição de Bens e Implementos Agrícolas e de Irrigação – Nível Nacional

Região Instituição Localidade Trator Bomba de irrigação Ceifeiras Máquinas de descasque

Tombali

DR Agricultura Catió NÃO NÃO NÃO NÃO

Ch Família Catió NÃO NÃO NÃO NÃO

Régulo Cufar NÃO NÃO NÃO NÃO

Biombo

DRA Quinhamel NÃO NÃO NÃO SIM privatizados, dos produtores

DR Comércio Quinhamel NÃO NÃO NÃO Sim - idem

Régulo Prabis NÃO NÃO NÃO NÃO

Oio DRA Bissorã NÃO NÃO NÃO NÃO

DR Comércio Mansoa NÃO NÃO NÃO NÃO

Bolama Régulo Bolama NÃO NÃO NÃO SIM – pelo projeto PASA com uso pago

Cacheu

DRA Canchungo NÃO NÃO NÃO SIM – privatizadas (dos produtores)

DR Comércio Canchungo NÃO NÃO NÃO SIM - privatizadas

Chefe Tabanca Jolmete NÃO NÃO NÃO NÃO

Bafatá

DRA Bafatá NÃO NÃO NÃO NÃO

DR Comércio Bafatá NÃO NÃO NÃO SIM - privatizado

Régulo Gã-Mamudo NÃO NÃO NÃO SIM

Gabu

DRA Gabu NÃO NÃO NÃO SIM - privatizada

Chefe Família Sintchã Tombom NÃO NÃO NÃO SIM - privatizada

Chefe Tabanca Bacó Madina NÃO NÃO NÃO SIM - privatizada

Régulo Gã-sissé NÃO NÃO NÃO NÃO

Quínara

DRA Buba NÃO NÃO NÃO SIM

Chefe Tabanca Sintcham Tchanno NÃO NÃO NÃO NÃO

DR Comércio Buba NÃO NÃO NÃO NÃO

3.2. Resultados do Monitoramento na área da Saúde

A situação do setor da saúde na Guiné Bissau é precária como pode comprovar uma

rápida visita às Unidades Sanitárias da capital onde o estado dramático das instalações,

a falta de condições de trabalho, os baixos salários e a insalubridade das instalações

resultam numa das mais altas taxas de mortalidade materno-infantil.

No exercício de monitoramento foi realizado um esforço para perpassar os 8 eixos do

PNDS II nas Direções Regionais e na esfera do Ministério da Saúde, além de avaliar o

nível de satisfação dos utentes com os serviços prestados nas unidades sanitárias.

Foram visitadas e realizadas entrevistas em Direções Regionais de quase todas as

regiões, com algumas exceções. Estas devido ou a ausência das autoridades no

momento da missão de monitoramento, ou a falta de dados em virtude da transição de

cargos. Tal fato evidencia que não existe uma cultura de repasse de informações entre

os técnicos do governo que deixam as suas funções. Os motivos não foram esclarecidos.

De acordo com os resultados das entrevistas e dados levantados em campo,

apresentam-se os achados, conclusões e recomendações para cada um dos eixos do

PNDS II.

3.2.1. Governação e Liderança

O tema da Governança e Liderança abarca a realização, monitoramento e avaliação dos

Planos Anuais e Bianuais em nível nacional e regional e a criação e funcionamento das

instâncias de governança.

No âmbito nacional, é necessário referir que ano de 2012, o país foi confrontado com o

golpe de estado de 12 de Abril, que gerou uma consequência muito negativa para o

sistema de saúde com a retirada dos parceiros do Governo. O ciclo continuado de

instabilidades nos anos de 2015, 2016 e 2017 afetou a programação governamental, de

forma que a taxa de cobertura do Programa Nacional do Desenvolvimento Saúde

(PNDSI) resultou extremamente baixa e deficiente.

O Comité de Gestão do PNDS II foi instituído, mas não funcionou em sua plenitude e se

restringiu a certos programas financiados pelos parceiros. Apesar da existência de um

plano de apoio às regiões para a elaboração de planos operacionais anuais ou bianuais,

esse nunca chegou a ser aplicado. Nesse âmbito os parceiros apoiam os diferentes

programas de acordo com os planos bienais ou trienais dependendo da disponibilidade

financeira.

Outra meta do PNDS II era a aprovação do Plano Nacional de Saúde, o que não se deu

efetivamente. Houve uma validação do documento por parte do Comitê de Pilotagem,

mas em face da instabilidade institucional não chegou a ser aprovado no Conselho de

Ministros.

Ainda sobre as instâncias de governança, o Comitê Nacional de Saúde foi recriado no

ano de 2013 através de despacho, sendo instituído em todas as regiões. Porém o

funcionamento foi fraco, segundo as entrevistas, por falta de engajamento dos próprios

membros. Por fim, o Plano de Investimentos para o Serviço Nacional de Saúde não foi

elaborado e pouco se avançou nessa área.

Quanto à situação da gestão da saúde pública no nível regional, em um universo de 10

regiões, 9 declararam ter realizado planos anuais. Em três das regiões a parceria com

outras instituições foi determinante para a realização e monitoramento de políticas

públicas. Segundo relatos, alguns parceiros premiam os funcionários com um incentivo

financeiro quando cumprem as metas estabelecidas, gerando complementação dos

baixos salários.

Algumas Direções Regionais alertaram para o fato de que os planos, ainda que

elaborados, muitas vezes não são respeitados. Isso decorre das mudanças desses, a

partir do nível central, o que ocasiona a sobreposição de atividades. Os técnicos

afirmaram que seria muito importante que esse planejamento fosse realizado de forma

tripartite, ou seja, considerando os níveis Central, Regional e os parceiros.

Quanto ao monitoramento dos planos anuais, das 9 regiões que declararam que os

elaboram, sete tinham por prática realizar o monitoramento. No entanto, com o fim das

parcerias, apenas duas regionais seguem realizando o monitoramento. Os motivos são

a falta de recursos financeiros e humanos, sendo que as duas regionais que deram

sequência ao monitoramento somente conseguiram fazer porque contam com apoio de

parcerias internacionais.

Em Bafatá, a regional realiza regularmente os encontros mensais, supervisões das

atividades e monitoramento centralizado. Isso é possível graças à coparticipação

tripartida dos parceiros dos EMI que apoiam na supervisão e a PLAN que apoia no

monitoramento de algumas áreas.

Quanto ao atingimento de metas, não foi possível aferir, muito embora em algumas

Direções Regionais a sobreposição de atividades e as mudanças no nível central afetam

o atingimento das metas.

Duas regionais afirmaram desconhecer o Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário,

o que pode se dever às mudanças de pessoal responsável.

3.2.2. Gestão, Desenvolvimento e Valorização de Recursos Humanos

No campo da gestão desenvolvimento e valorização de recursos humanos foi realizado

um concurso, mas não foi possível obter informações sobre a quantidade de pessoas

efetivamente contratadas para os cargos e funções estabelecidos.

No âmbito regional, foi averiguada a situação da capacitação continuada e da estrutura

de recursos humanos atribuída a cada unidade sanitária visitada. Conforme as

entrevistas, 952 profissionais atuam nas regiões sanitárias. Desses, 581 receberam pelo

menos uma capacitação presencial no ano passado, o que equivale a 61% dos

entrevistados. Esse número apesar de aparentemente ser um bom indicador, precisa

ser aprimorado. No setor saúde é fundamental que a formação continuada seja

reforçada, considerando o surgimento de novas práticas, o estabelecimento de

diferentes protocolos, a configuração de novas evidências, os avanços tecnológicos e os

desafios de novas enfermidades. Também ficou claro durante o monitoramento a

necessidade de capacitação de profissionais no atendimento de urgências materno-

infantis. Durante a visita, um dos técnicos que estava atuando no monitoramento teve

que intervir para socorrer uma criança em situação de emergência, pois os profissionais

do local não estavam prestando o devido atendimento.

Não apenas no setor da medicina pública a situação é crítica. No setor da medicina

privada há uma paralisia quanto às iniciativas previstas no PNDS II. Segundo as

entrevistas realizadas, o quadro legal para o exercício da medicina privada não foi

elaborado, estando em uso diretrizes que foram estabelecidas em 1993.

Os baixos salários também dificultam uma política de valorização e desenvolvimento

dos Recursos Humanos da Saúde.

Quadro 4 – Situação da Capacitação Continuada e Dotação de RH nas Unidades

Sanitárias

REGIÃO Quantos

Profissionais atuam na área da Saúde?

Quantas estruturas de saúde têm a

dotação Mínima de RH?

Quantos Profissionais receberam pelo menos

uma capacitação por ano?

1 Região Bafatá 174 14 102

2 Região Cacheu 221 5 143

3 Região Gabu 119 20 74

4 Região Oio 75 2 75

5 Região Bissau Sem informação - -

6 Região Quinara 61 9 61

7 Região Biombo 164 11 27

8 Região Tombali 60 16 64

9 Bijagos 51 10 10

10 Região Bolama (Bolama) 27 25 25

Total 952 112 581

Fonte: Entrevistas realizadas nas Direções Regionais de Saúde

3.2.3. Securização dos produtos farmacêuticos

No campo da securização dos produtos farmacêuticos, as entrevistas indicaram que a

política farmacêutica foi aprovada e a Comissão Nacional de Farmácias e do

Medicamento criada. Também foi realizada a revisão da política de medicamentos e

produtos essenciais.

A política farmacêutica vem sendo implementada com a operacionalização do sistema

de fiscalização e inspeção farmacêutica, a implementação do sistema de

farmacovigilância e de informação farmacêutica. Também foi definida a gratuidade de

medicamentos. Este eixo é, aparentemente, o que mais avançou na área da sáude.

3.2.4. Vigilância integrada das doenças

A situação dos registros de óbitos, enfermidades e estado nutricional das grávidas foram

objeto das entrevistas realizadas junto às Direções Regionais de Saúde. O quadro 5

expressa a situação dos registros.

Quadro 5 – Situação dos Registros de Óbitos e Enfermidades

REGIÃO Há registros sobre os óbitos ocorridos nos hospitais e centros de saúde?

Há registros sobre o estado nutricional das grávidas?

Há registros sobre doenças mentais?

Há registros sobre as Doenças

Transmissíveis?

Há registros sobre

deficiências visuais?

1 Bafatá sim sim sim sim sim

2 Cacheu sim sim não sim sim

3 Gabu sim sim não sim sim

4 Oio sim sim não sim sim

5 Bissau - - - - -

6 Quinara sim sim não sim sim

7 Biombo sim sim sim sim sim

8 Tombali sim não não sim não

9 Bijagos Sem informação Sem informação Sem informação

Sem informação

Sem informação

10 Bolama Sem informação Sem informação Sem informação

Sem informação

Sem informação

Fonte: Entrevistas realizadas nas Direções Regionais

Em Biombo foi relatada a situação dos doentes mentais e a necessidade de que seja

reforçada a capacitação e reciclagem contínua nesta matéria. A despistagem, registro e

seguimento dos casos devem ser estabelecidas. Também seria importante que as

doenças mentais e transmissíveis sejam incluídas nas atividades dos agentes de saúde

comunitária.

Em Bafatá não há registros dos doentes mentais. Contudo, foi identificada a necessidade

de criação de uma estrutura sanitária para lidar especificamente com essa questão.

Em Gabu foi ressaltada a ocorrência do consumo de substâncias ilícitas gerando

situações complexas de saúde mental.

Em Cacheu foi destacado que a contratação de especialistas para realizar as consultas

necessárias para os registros poderia favorecer uma maior precisão dos diagnósticos.

Em várias regiões foi citada a necessidade de evitar duplicidade de esforços, e do apoio

do nível central em termos de microplanos (para determinados temas) para superar os

desafios que hoje se apresentam .

Outro tema abordado nas entrevistas diz respeito à estratégia de licenciar unidades

sanitárias nos setores não governamentais. Questionados sobre o tema, apenas as

Regiões de Cacheu, Tombali e Bijagos relataram iniciativas dessa ordem. Em Cacheu a

ONG Vida que trabalha com agentes de saúde comuntários foi licenciada desde 2013. E

atualmente as OSCs ENDA que cuida de alguns indicadores sociais (TS, VIH, TB, HSH)

vocacionado para a área de PF e VIH; a GRDR também atua com indicadores sociais e

construção de latrinas. Nessa região o apoio das OSCs é muito bem visto porque supre

as áreas onde as Direções Regionais não conseguem atuar.

A Região do Oio conta também com duas unidades sanitárias licenciadas nos setores

não governamentais, nomeadamente a Administração Católica de Nhacra e o Centro

Nhoma da Irmã Valéria, construída recentemente.

3.2.5. Avaliação da Satisfação dos Utentes

A avaliação da Satisfação dos Utentes foi uma pesquisa realizada em todas as regiões do país, envolvendo 240 utentes em 18 Unidades Sanitárias, conforme demonstra o Quadro 6.

Quadro 6 – Regiões, Unidades Sanitárias e Número de Utentes Entrevistados(as).

Região Lista de unidades de saúde visitadas Número de

Utentes Entrevistados

Bafatá Centro de Saúde de Contubel 20

Bafatá Hospital Regional de Bafatá 10

Bissau Maternidade do Hospital Simão Mendes 30

Gabu Hospital Regional de Gabu 10

Região Lista de unidades de saúde visitadas Número de

Utentes Entrevistados

Cacheu Hospital Regional de Canchungo 10

Cacheu Centro de Saúde de São Domingos 10

Cacheu Centro de Saúde de Cacheu 10

Gabu Maternidade do Hospital Regional de Gabu 30

Oio Hospital Regional de Farim Tipo A 10

Oio Serviço de Pediatria do Centro de Saúde de Bissorã 10

Oio Hospital Regional de Mansoa 10

Quinara Hospital Regional Arafam Mané 10

Biombo Hospital de Quinhamel 10

Biombo Hospital de Cumura 10

Biombo Centro de Saúde Dorse 10

Bubaque Hospital Regional Marcelino Banca - Serviço de Pediatria 10

Bubaque Hospital Regional Marcelino Banca - Serviço de Maternidade 10

Bolama Hospital Regional de Bolama 10

Tombali Hospital Regional Musna Sambu de Tombali 10

Total 240

Nas referidas unidades sanitárias, foram entrevistas preferencialmente as senhoras que

buscaram serviços da Maternidade e das Unidades Pediátricas, embora alguns utentes

do sexo masculino tenham sido entrevistados, porém em número reduzido.

Foram avaliados os seguintes itens:

⁻ Serviços Médicos

⁻ Serviços de Enfermagem

⁻ Tempo de Espera

⁻ Higiene e Limpeza

⁻ Conforto das Instalações.

Os indicadores de satisfação foram calculados usando uma fórmula que considera o

número dos utentes que se declararam Muito Satisfeitos + Satisfeitos, dividido pelo

número total de respondentes.

Antes de passar aos resultados, é importante destacar que, do ponto de vista

metodológico há que considerar algumas características do contexto que podem ter

influenciado as respostas. Primeiro, os utentes não têm certeza se a sua opinião será

identificada, ou seja, se os profissionais que atendem na Unidade Sanitária saberão

quem respondeu o que. Outro fator de contexto que pode gerar viés no quesito Higiene

e Limpeza é a precariedade das residências dos utentes do interior. Foi relatado que

uma das Unidades Sanitárias era aberta, havia porcos ali e a situação, para os

profissionais de saúde que aplicaram os questionários era totalmente insalubre. No

entanto, alguns utentes a avaliaram como satisfatória. Mas, esse exercício é necessário

e revela algumas situações mais específicas, conforme se analisa cada unidade sanitária

em separado.

De forma geral, os níveis de satisfação com os atendimentos médico e o atendimento

da enfermagem situam-se em 69% e 65% de satisfação, respectivamente (onde o ótimo

seria 100% de satisfação). Com certeza há um espaço de aprimoramento o que pode se

dar pela capacitação dos profissionais, mas principalmente pela melhoria das condições

de atendimento nas Unidades que favoreçam aos profissionais mais tempo e mais

ferramentas para os atendimentos.

Os quesitos Conforto das Instalação, Tempo de Espera e Higiene e Limpeza são os que

apresentam os menores índices de satisfação: 18% para o Conforto das Unidades, 45%

para o Tempo de Espera e 48% para Higiene e Limpeza.

Gráfico 1 – Indicadores de Satisfação dos Utentes para o Conjunto das Unidades

Sanitárias

O gráfico 2 dá uma visão sobre os diferentes níveis de satisfação declarados, também

para o conjunto das 18 Unidades Sanitárias avaliadas (em anexo, constam os gráficos e

tabelas que demonstram o nível de satisfação dos utentes por Unidade Sanitária). Aqui

também fica claro, pela observação das barras em cor verde que há um elevado número

de utentes que se declaram Muito Satisfeitos ou Satisfeitos com o atendimento médico

e o atendimento da enfermagem.

69%

65%

45%

48%

18%

Atendimento Médico

Atendimento da Enfermagem

Tempo de Espera

Higiene e Limpeza

Conforto

No quesito Tempo de Espera há uma variação nos dados. Um número significativo de

utentes se afirmou satisfeito e outro número de utentes, quase da mesma amplitude,

se manifestou como pouco satisfeito (barras em tom de rosa). Se somarmos o número

de utentes satisfeitos ou muito satisfeitos, o valor dessa soma é muito próxima à soma

dos pouco satisfeitos e insatisfeitos. Para o quesito Higiene e Limpeza as opiniões

tendem para uma maior satisfação, enquanto o quesito Conforto das Instalações é o que

tem pior avaliação. Em amarelo aparecem os Utentes que se declaram indiferentes ou

não se sentem capazes de avaliar os quesitos.

Gráfico 2 – Nível de Satisfação dos Utentes com o Conjunto de Unidades Sanitárias

De fato, há que considerar que a atividade avaliativa em relação às políticas públicas é

um aprendizado. As comunidades tendem a identificar a política com o agente da

política. Se o agente é gentil, as pessoas passam a ver a própria política de forma mais

branda, ainda que não esteja satisfatória. Se o agente da política não ganhou a simpatia

e a confiança da comunidade, então a política em si se posiciona em uma avaliação mais

baixa.

Os gráficos a seguir apresentam o nível de satisfação para cada uma das Unidades

Sanitárias. A análise visual se guia pelo mesmo padrão de cores em todos os gráficos. Os

gráficos onde predominam o verde são aqueles que apresentam o maior nível

ServiçosMédicos

Serviços deEnfermagem

Tempo deEspera

Higiene eLimpeza

Conforto dasInstalações

Muito Satisfeitos 37 37 22 13 3

Satisfeitos 128 120 85 103 39

Indiferentes 46 55 41 54 54

Pouco Satisfeitos 10 25 66 47 90

Insatisfeitos 19 3 26 23 54

0

20

40

60

80

100

120

140Nível de Satisfação dos Utentes com o Conjunto de Unidades Sanitárias

satisfação. Os gráficos onde predominam os tons de rosa e vermelho são aqueles com o

pior nível de satisfação dos utentes.

O Quadro 7 traz um ranking das Unidades Sanitárias por ordem decrescente de

Satisfação Média dos Utentes, ou seja, considerando todas os quesitos avaliados.

Quadro 7 – Ranking das Unidades Sanitárias por Índice Médio de Satisfação dos

Utentes

Região Lista de unidades de saúde visitadas Satisfação dos

Utentes

Biombo Hospital de Cumura 90%

Tombali Hospital Regional Musan Sambu de Tombali 72%

Gabu Hospital Regional de Gabu 68%

Gabu Centro de Saúde de Contubel 63%

Gabu Maternidade do Hospital Regional de Gabu 63%

Cacheu Hospital Regional de Canchungo 58%

Quinara Hospital Regional Arafam Mané 58%

Oio Hospital Regional de Mansoa 56%

Cacheu Centro de Saúde de São Domingos 52%

Biombo Centro de Saúde Dorse 50%

Cacheu Centro de Saúde de Cacheu 44%

Bissau Maternidade do Hospital Simão Mendes 41%

Oio Serviço de Pediatria do Centro de Saúde de Bissorã 38%

Bafatá Hospital Regional de Bafatá 36%

Oio Hospital Regional de Farim Tipo A 36%

Biombo Hospital de Quinhamel 26%

Bolama Hospital Regional de Bolama 22%

Bubaque Hospital Regional Marcelinoo Banca - Serviço de Pediatria 20%

Bubaque Hospital Regional Marcelino Banca - Serviço de Maternidade 8%

O quadro 7 mantém o mesmo padrão de cores, assinalando com verde forte as Unidades

Sanitárias com nível de satisfação média acima de 70%; com verde mais claro, as

Unidades com nível de satisfação média acima de 50% e com tom rosa para aquelas com

nível de satisfação inferior a 50%.

Destacando os extremos, temos os serviços sanitários da Maternidade do Hospital

Regional Marcelino Banca, localizado na regional de Bubaque, com o mais baixo

indicador de satisfação de apenas 8%, ou seja, há 92% de insatisfação quanto aos

quesitos analisados (atendimento médico e de enfermagem, tempo de espera, higiene

e conforto). No outro extremo, o Hospital de Cumura conta com 80% de satisfação.

O Hospital Nacional Simão Mendes, localizado na capital da Guiné Bissau, apresenta

indicadores de satisfação abaixo da média das demais Unidades Sanitárias. Relatos das

Utentes dão conta da ocorrência comum de duas mães que recém deram a luz

compartilharem com seus bebês o mesmo leito. Essa situação além de ser

desconfortável para as mães e os bebês, gera risco de infecções. Outras observações

realizadas in loco demonstram que não há uma barreira real entre a ala de tratamento

de malária e as outras áreas do Hospital. Ademais, a ala de tratamento da desnutrição

infantil não oferece alimentação às crianças, além da suplementação.

Tais situações demonstram a precariedade e a urgência de medidas nas Unidades

Sanitárias da Guiné Bissau.

4. Conclusões e Recomendações para as Políticas Públicas

O exercício de Monitoramento de Políticas Públicas que resultou no levantamento de

dados significativos para ampliar a compreensão sobre o estado das políticas públicas

na Guiné Bissau gerou conclusões e recomendações aqui sintetizadas.

4.1. Conclusões e Recomendações para o PNIA

4.1.1. Sobre o Desenho do PNIA

O Plano Nacional de Investimentos Agrícolas é um documento robusto que trata do

principal motor da economia guineense que é a agricultura. Embora bem escrito, o plano

segue uma linha estratégica que se alinha bem com países desenvolvidos, cujos

agricultores têm acesso à educação e a informação em tempo real. Essa não é a

característica da agricultura praticada na Guiné-Bissau, nem na maior parte das

propriedades do Brasil e dos demais países emergentes. O documento embora

apresente um diagnóstico realista, desconsidera nas suas estratégias que a maior parte

da população rural da Guiné-Bissau tem baixo nível de escolaridade e de acesso à

informação. Desconsidera também a necessidade de um processo de transição

tecnológica que só pode acontecer a partir de um diálogo coerente e responsável que

reconhece a fragilidade dos ecossistemas, a cultura e a capacidade de colocação de

produtos no mercado. Algumas vezes, aumentar a produtividade pode gerar um

problema para as populações, em certas circunstâncias trabalhar para o melhoramento

e sanidade dos produtos agrícolas apresenta maiores impactos na qualidade de vida e

renda do que aumentos de produtividade.

Uma das ações citadas no PNIA diz respeito à Divulgação de pesticidas e fertilizantes.

Está comprovado que o fornecimento de pesticidas sem capacitação e

acompanhamento técnico pode gerar um grande risco para a saúde dos agricultores,

dos consumidores e dos ecossistemas. Em vários países como Brasil e Índia a

contaminação da água, do ar e do solo atinge grande parte das populações rurais com

aumento do número de casos de cancro, doenças de pele e respiratórias causadas pelos

agrotóxicos. Em 2013, 23 estudantes indianos morreram em decorrência do contato

com agrotóxicos. No Brasil, recentemente há registros de mortes de crianças e zonas

rurais por intoxicação com agrotóxicos.

Esse equívoco de política agrícola tem se repetido e de certa forma as universidades têm

uma responsabilidade nisso. A grande maioria dos técnicos é formada olhando exemplos

e estratégias que funcionaram bem nos países desenvolvidos, em condições totalmente

distintas dos países africanos e sul-americanos. Ao desenhar estratégias que casam bem

com a ínfima minoria de agricultores empresariais, o Estado ignora a maior parte da

população e condena essas pessoas a saírem do campo, engrossando as periferias das

grandes cidades, sem nenhuma condição de empregabilidade.

O equívoco de tratar a pequena agricultura como se o seu desenvolvimento natural

fosse se transformar em agricultura empresarial é generalizado e talvez seja uma das

razões pelas quais os países não consigam sair do ciclo de miséria e

subdesenvolvimento. Estima-se que 90% da agricultura mundial, em número de pessoas

envolvidas, seja realizada em propriedades familiares. Ou seja, os planos Agrícolas

focalizam normalmente 10% dos envolvidos na agricultura.

Outro equívoco recorrente é colocar a questão de gênero como algo transversal ou

aplicada a determinadas atividades Agrícolas, como a horticultura, por exemplo, quando

se sabe que no meio rural as mulheres representam uma porcentagem significativa da

mão-de-obra e que, pela sua condição de dupla jornada de trabalho, requer condições

específicas para receber capacitação e se apropriar de novas tecnologias. Por outro lado,

dados da FAO indicam que nenhum investimento gera tanto retorno social quanto o

investimento na capacitação das mulheres rurais.

Ou seja, o PNIA reúne ações pertinentes construídas a partir de diagnósticos sérios e

abrangentes, mas a linha usada para costurar essas ações são linhas frágeis que não se

adequam ao contexto onde essas ações serão desenvolvidas.

Para trazer maior clareza ao que está sendo exposto, reunimos informações que

constam do relatório da 16ª. Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU que, ao

analisar o Direito a Alimentação, destacou a importância da Agroecologia, da produção

de alimentos saudáveis e da mudança de enfoque da política que abandona o enfoque

do subsídio para oferecer políticas de compras de alimentos e produtos dos agricultores

para fins públicos, como alimentação em hospitais e merenda escolar. Eis a síntese do

relatório:

“Este relatório explora como os Estados podem e devem alcançar uma

reorientação dos seus sistemas agrícolas para modos de produção que são

altamente produtivos, altamente sustentáveis e que contribuam para a

realização progressiva do direito humano alimentação.

Com base em uma extensa revisão da literatura científica publicada nos

últimos cinco anos, o Relator Especial identifica a agroecologia como um

modo de desenvolvimento agrícola que não só mostra fortes conexões

conceituais com o direito à alimentação, mas provou resultados para o

rápido progresso na concretização deste direito humano para muitos

grupos vulneráveis em vários países e ambientes. Além disso, a

agroecologia oferece vantagens que são complementares às abordagens

convencionais mais conhecidas, como a criação de sistemas de variedades

de alto rendimento. E contribui fortemente para o desenvolvimento

econômico mais amplo.

O relatório argumenta que a ampliação dessas experiências é o principal

desafio hoje. Políticas públicas apropriadas podem criar um ambiente

propício para tais modos de produção. Essas políticas incluem a priorização

da aquisição de bens e produtos produzidos pelo agricultores para as

finalidades de despesas públicas, em vez de apenas fornecer subsídios de

insumos; investir no conhecimento e em serviços de pesquisa e extensão

Agrícolas, investindo em formas de organização que encoraja parcerias,

incluindo escolas de campo de fazendeiros e redes de inovação de

movimentos; investir em sistemas de pesquisa e extensão Agrícolass

Agrários; capacitando mulheres; e criando um ambiente habilitador

macroeconômico, incluindo e conectando fazendas sustentáveis a

mercados justos.”

O relatório citado destaca, portanto, três objetivos fundamentais dos sistemas

Agrícolass Agrárioss que uma vez compreendidos e incorporados, pode gerar estratégias

mais consistentes e aderentes ao contexto guineense:

i. Primeiro, os sistemas alimentares devem garantir a disponibilidade de alimentos

para todos, ou seja, deve corresponder às necessidades locais e mundiais. Isso

nos remete ao conceito de soberania alimentar, ou seja, a capacidade de suprir

as necessidades localmente, valorizando os sistemas de produção e os produtos

da agrobiodiversidade local.

ii. Em segundo lugar, a agricultura deve desenvolver-se de forma a aumentar a

renda dos pequenos proprietários, estimulando a demanda por bens e serviços

de vendedores locais e fornecedores de serviços. Somente apoiando pequenos

produtores podemos ajudar a quebrar o ciclo vicioso que leva da pobreza rural à

expansão das favelas urbanas, em que a pobreza gera mais pobreza.

iii. Em terceiro lugar, a agricultura não deve comprometer sua capacidade de

satisfazer as necessidades futuras. A perda de biodiversidade, o uso

insustentável da água e a poluição dos solos e da água são questões que

comprometem a capacidade contínua dos recursos naturais para apoiar a

agricultura. As mudanças climáticas também tem afetado a produção de várias

regiões do planeta. Na África subsaariana, as áreas áridas e semi-áridas deverão

aumentar de 60 milhões para 90 milhões de hectares, enquanto no sul da África,

estima-se que os rendimentos da agricultura alimentada com chuva possam ser

reduzidos em até 50 por cento entre 2000 e 2020.

Por outro lado, como destaca o relatório da ONU, a maioria dos esforços no passado se

concentrou em melhorar as sementes e garantir que os agricultores fossem assistidos

com um conjunto de insumos que poderiam aumentar os rendimentos, replicando o

modelo industrial onde os insumos externos servem a um modelo de produção linear.

Em vez disso, a Agroecologia procura melhorar a sustentabilidade dos agroecosistemas

imitando a natureza em vez de tentar impor um modelo que serve para a indústria, mas

não para o campo. O relatório da ONU sugere ainda que a ampliação das práticas

agroecológicas pode aumentar simultaneamente a produtividade Agrícolas e a

segurança alimentar, melhorar os rendimentos e meios de subsistência rurais e reverter

a tendência para perda de espécies e erosão genética.

Há uma ampla variedade de técnicas baseadas na perspectiva agroecológica que foram

desenvolvidas e testadas com sucesso em diversas regiões e países africanos. Essas

abordagens envolvem a manutenção ou introdução de biodiversidade Agrícolas

(diversidade de culturas, pecuária, agroflorestais, peixes, polinizadores, insetos, biota

do solo e outros componentes que ocorrem em torno de sistemas de produção) para

alcançar os resultados desejados em produção e sustentabilidade. Alguns exemplos

dessas tecnologias que poderiam ser inspiradoras para a Guiné-Bissau:

• O gerenciamento integrado de nutrientes reconcilia a necessidade de fixar

nitrogênio em sistemas agrícolas através da importação de fontes inorgânicas,

substituindo-as por fontes orgânicas e também controlando a erosão.

• A agroflorestação incorpora árvores multifuncionais nos sistemas agrícolas. Na

Tanzânia, 350 mil hectares de terras foram reabilitados nas Províncias ocidentais

de Shinyanga e Tabora usando agrosilvicultura;

• O enfoque de “colheita de água” em áreas secas permite o cultivo de árvores

anteriormente abandonadas e terras degradadas e melhora da produtividade

da água das culturas.

• Na África Ocidental, as barreiras de pedras construídas ao lado dos campos

diminuíram o escoamento da água durante a estação chuvosa, permitindo uma

melhoria da umidade do solo, o reabastecimento de lençóis freáticos e reduções

na erosão do solo. A capacidade de retenção de água é multiplicada por cinco a

dez vezes, a produção de biomassa se multiplica por 10 a 15 vezes, e o gado

pode se alimentar da grama que cresce ao longo das barreiras de pedras após

as chuvas.

• A integração de gado em sistemas agrícolas, como gado leiteiro, porcos e aves,

fornece uma fonte de proteína para a família, bem como um meio de fertilização

dos solos; assim como a incorporação de peixes, camarões e outros recursos

aquáticos nos sistemas de produção, como nos campos de arroz irrigado e

lagoas de peixe.

Centenas de exemplos de tecnologias agroecológicas poderiam ser citadas para

favorecer o desenvolvimento de uma agricultura que gera saúde para as pessoas e para

os escossistemas, não depende de recursos externos e empodera os/as agricultoras.

O caso do caju é emblemático. O caju, que é plantado nas áreas altas, pode ser cultivado

em sistemas agroflorestais com ajustes no manejo de solo de forma a reduzir o impacto

do carreamento de solo para as bolanhas de arroz de mangrove. Pequenos ajustes

tecnológicos poderiam gerar ganhos de produtividade e redução de impactos

ambientais.

Por outro lado, as bolanhas de arroz podem se beneficiar da integração com sistemas

de produção de peixes e ainda tecnologias simples de descasque e separação que

reduziria o esforço das mulheres na tarefa da pilhagem, melhorando suas condições de

vida e saúde e aumentando sua esperança de vida.

Os Hospitais da Guiné Bissau, com raras exceções, não dispõem de alimentação para as

pessoas que estão internadas. Em um país com desnutrição crônica de grávidas e

crianças uma política de compras institucionais de pequenos agricultores poderia

beneficiar os utentes dos hospitais e os agricultores. Essa tarefa demandaria o suporte

das OSCs que costumam ser mais eficientes do que os governos (experiência em vários

países) no incentivo ao associativismo;

Esse tipo de desenho integrado de políticas pode gerar avanços mais rápidos e mais

consistentes para todos.

4.1.2. Sobre a Execução do PNIA

Apesar de ser o principal motor da economia nacional, a agricultura segue o ritmo

possível que os atores não estatais conseguem imprimir. As informações coletadas no

terreno corroboram a percepção de que as Políticas Públicas da Agricultura não estão a

ser executadas, à exceção de algumas ações para as quais há parceiros externos e outras

poucas atividades realizadas cargo de ONGs. Há, de fato, uma situação de total

abandono do setor agrário. Os agentes do Estado não têm nem salários condizentes nem

condições mínimas de trabalho.

Um dos indicadores principais do PNIA era a redução do déficit da produção de arroz em

50% o qual não se realizou, pelo contrário, manteve-se no mesmo patamar ao longo de

dez anos. Como demonstram notícias de jornal e estimativas que embasam projetos do

Banco Mundial e outros parceiros internacionais, o déficit da produção de arroz gira em

torno de 80 a 90 mil toneladas por ano.

Sobre o crescimento do PIB, conforme dados do Banco Mundial no período de 2011 a

2016 o PIB da Guine Bissau cresceu apenas 2%, com graves oscilações de queda nos anos

de 2012 e 2014. Os dados da renda per capita também apontam para um

empobrecimento da população, ou seja, a Guiné Bissau estancou e nem de longe

alcança o indicador previsto no PNIA de taxa de crescimento de 6% anualmente.

De fato, as entrevistas demonstram que os agricultores seguem totalmente

desassistidos pelo Estado e suportam os impactos negativos da falta de infraestrutura

de forma generalizada. Os poucos relatos sobre a distribuição de sementes ou de

máquinas de descasque deram conta de que as sementes estavam vencidas e não

germinavam. Quanto às máquinas, essas vieram quebradas. A construção de uma

estrada rural não concluída há três anos, gerou a inundação das bolanhas de uma

comunidade, ocasionando prejuízos a uma população já extremamente pobre.

As mulheres, que são responsáveis pela maior parte da produção agrícola, seguem em

condições de vida precárias, alijadas do processo de desenvolvimento. A falta de espaço

para expressão, a ausência de capacitação, o analfabetismo e as difíceis condições no

campo mantêm grande parte das mulheres em situação de miséria e condições

desumanas de trabalho.

O Plano de Horticultura que foi idealizado com a perspectiva de apoiar o associativismo

feminino não foi elaborado e pouco se avançou no campo do associativismo. A

experiência de vários países demonstra que o associativismo é uma estratégia de longo

prazo que demanda assessoria técnica e políticas convergentes que resultem em

resultados de curto, médio e longo prazo para que as populações se engajem no

processo. Uma das lições aprendidas pelos projetos de cooperação nessa área diz

respeito à busca de adequação das associações às formas de organização tradicionais,

com suporte para a inclusão de grupos vulneráveis e subjugados e para a

democratização dos processos de tomadas de decisão. É um aprendizado social que

envolve o protagonismo juvenil, o reforço da participação das mulheres e a integração

de políticas.

Apesar da disponibilidade de terra, água, clima tropical, mão de obra e a vontade de

produzir e superar desafios que é característica dos guineenses, a população se vê

privada de meios e condições de avançar em qualquer projeto de garantia da segurança

alimentar e da modernização agrícola.

O grande potencial da indústria do caju é desperdiçado a cada safra pela ausência de

estratégias e unidades de processamento. Tecnologias simples e baratas já foram

implementadas em outros países (ver as experiências do Ceará e do Rio Grande do

Norte, por exemplo) poderiam motivar um programa de industrialização das castanhas

no nível da propriedade rural, gerando emprego e renda no campo.

Os resultados da fraca execução da política agrária são o empobrecimento, o risco de

degradação ambiental, o crescimento do desflorestamento e o inchaço da capital,

Bissau, que, por sua vez, não oferece oportunidades de emprego. Alguns guineenses

migram e passam a apoiar as famílias a partir de outros países, alguns jovens

entrevistados relataram a ausência e precariedade do emprego, a falta de

oportunidades educacionais e um total ostracismo que os estimulam a buscar

oportunidades fora do país.

Nesse aspecto é muito importante o governo compreender que há certas tarefas em

que as ONGs são mais eficientes que o aparato estatal, por várias razões: as ONGs têm

maior flexibilidade e agilidade para assimilar mudanças; o controle de qualidade dos

serviços dos técnicos é avaliado de forma mais imediata que nos órgãos do governo; as

ONGs podem estar mais próximas das populações, mobilizando recursos humanos locais

para apoiar nas tarefas, entre outros aspectos.

4.1.3. Recomendações para o PNIA

Recomendações ao Governo Central acerca do Desenho e Estratégias do PNIA

• Buscar os Parceiros do Desenvolvimento que possam apoiar a revisitar as

estratégias do PNIA considerando a orientação de especialistas em Agroecologia

e Desenvolvimento Rural Sustentável

• Realizar um mapeamento de sinergias e complementaridade entre as políticas

públicas, com especial destaque para as Políticas da Saúde, Educação e

Agricultura

• Aproveitar as oportunidades de integração de políticas, estabelecendo

resultados de parcerias e cooperações

• Buscar parcerias que favoreçam a capacitação dos técnicos do governo e da

sociedade civil em Agroecologia e também em metodologias participativas e

colaborativas.

• Aprimorar a gestão de Recursos Humanos, revisando os salários dos técnicos do

governo e estabelecendo procedimentos para a passagem de cargos nas

Direções Gerais

• Investir em gestão e acesso a informação em todos os níveis do governo, mas

especialmente nas Direções Regionais.

Recomendações acerca do Componente de Infraestruturas Rurais

Recomendações ao nível Central:

• Realizar um estudo aprofundado sobre a real necessidade em termos de

armazenagem de produtos agrícolas nas regiões

• Realizar um levantamento dos mercados existentes e programar a reabilitação

e/ou construção de novos mercados de forma a favorecer a comercialização dos

produtos agrícolas.

• Realizar um inventário sobre o estado das pistas rurais e os impactos dessa

situação na economia local e nacional

• Revisar as metas do PNIA em termos de construção e reabilitação das pistas

rurais, celeiros e mercados rurais.

• Retomar as obras de reabilitação e construção de todos os itens do Componente

de Infraestruturas Rurais: celeiros, mercados, pistas rurais e melhorias

hidroagrícolas zelando pela qualidade e durabilidade dos serviços prestados.

• Realizar estudos técnicos aprofundados de impactos sociais e ambientais,

especialmente para evitar impactos para as populações das áreas no entorno

das obras.

• Estabelecer parcerias com os Sindicatos de Arquitetos e Engenheiros Civis para

que possam aconselhar e monitorar a realização dos estudos e das obras

referidas.

• Buscar estreitar as relações com as OSCs que atuam nas zonas rurais de forma a

estabelecer sinergias e complementaridades no terreno

• Melhorar a comunicação entre as instituições para que os técnicos das regiões

estejam mais informados sobre as políticas públicas

• Equipar e fortalecer a Direções Regionais de forma a que possam exercer as suas

funções de forma eficiente

• Que o governo faça o ressarcimento para a comunidade que foi prejudicada em

suas bolanhas quando da construção da estrada em Tombali.

Recomendações às Direções Regionais

• Manter o nível central informado sobre eventuais impactos negativos das obras

realizadas nas regiões.

• Melhorar a gestão administrativa especialmente quando da passagem de

cargos, para que os novos ocupantes recebam todas as informações e

documentos relacionados com o posto do funcionário(a) que está a ser

substituído.

• Melhorar a comunicação com as comunidades para que essas possam ter

conhecimento dos projetos e ações governamentais nas regiões.

• Estreitar a ligação com os parceiros das ONGs que atuam nas comunidades

Recomendações acerca do Componente de Fileiras Alimentares:

Recomendações ao Governo Central

Sobre o Fortalecimento da Horticultura

• Em conjunto com os Parceiros do Desenvolvimento e as OSCs reavaliar a

estratégia de fortalecimento organizacional de mulheres, de forma a identificar

como seria possível, em parceria com as OSCs, realizar o assessoramento às

organizações de mulheres no seu processo de criação e sustentabilidade.

• Reconhecer e estabelecer um diálogo com as formas tradicionais de organização

e construir uma proposta de organização social que seja compatível com as

culturas locais.

• Realizar a Distribuição dos kits de irrigação com o cuidado de que as mulheres e

demais usuários sejam capacitadas em boas práticas de irrigação.

• Priorizar a elaboração do Plano de Horticultura com uma visão de

sustentabilidade e autonomia das cidades.

• Buscar parcerias para o desenvolvimento de tecnologias aplicadas à pequena

agricultura de Guiné Bissau, como por exemplo, com a Embrapa Arroz e Feijão

de Goiânia – Brasil, que desenvolveu máquinas de fácil construção para a

agricultura familiar para o descasque e pilagem de grãos.

• Equipar laboratórios de análise e capacitar os técnicos do governo e agricultores

sobre boas práticas de uso de fertilizantes e pesticidas e sobre riscos de

contaminação do solo e da água;

• Incentivar o uso de fertilizantes e controladores de pragas naturais.

Recomendações para o PNUD e outros Parceiros de Desenvolvimento

• Apoiar a sensibilização e diálogo da sociedade civil com os órgãos de governo

sobre o sofrimento das pessoas no campo pela falta de máquinas e

equipamentos, baseada em histórias reais vividas pelas pessoas das tabancas;

• Sensibilizar sobre o sofrimento das mulheres e medidas simples que podem

reduzir o trabalho de grande esforço

Sobre o Fortalecimento da produção de caju

• Criar uma política específica para a agroindustrialização da castanha do caju,

buscando parcerias internacionais que possam aportar soluções práticas para o

processamento da castanha e caju

• Buscar a cooperação técnica do Brasil em matéria do aproveitamento da polpa

do caju em processos de agroindústrias familiares;

• Criar um programa de profissionalização de jovens homens e mulheres para a

gestão e operação de agroindústrias baseadas no caju;

• Reforçar capacidade dos técnicos nacionais para a coleta, registro e

processamento de dados sobre a produção do caju.

• Oferecer materiais e equipamentos para o bom funcionamento das Delegacias

Regionais do Comércio e da Agricultura, como computadores e meios de

transporte, de forma que os servidores públicos possam realizar o trabalho de

animação e informação junto às comunidades.

• Elaborar um plano de capacitação continuada dos técnicos da Agricultura, com

metas de mudanças de comportamento e impactos na eficiência do trabalho.

4.2. Considerações e Recomendações sobre o II PNDS

O II Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário (PNDS) que se encerra neste ano,

relata todas as dificuldades de implementação do primeiro plano, devido a crises e

instabilidades políticas. O III PNDS que está em fase avançada de elaboração

provavelmente fará um relato parecido sobre o II PNDS. A crise política afeta

principalmente as políticas essenciais, dentre elas a de saúde e agricultura, que têm

impactos negativos convergentes, ou seja, a queda da produção agrícola per capita

impacta a segurança alimentar que impacta o estado geral de saúde da população, que

impacta a economia, e assim por diante.

A crise política deixa os desamparados ainda mais desamparados, e ninguém está mais

desamparado do que uma pessoa enferma e com fome, sem ter acesso a atenção

médica de qualidade e ao alimento. A desnutrição é uma das grandes causas de

enfermidades na Guiné Bissau. Pode-se inferir então que o mais indicado é que essas

duas políticas, PNIA e PNDS, caminhassem de mãos dadas, aportando soluções por

ambas as vias.

Segundo dados disponibilizados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em Guiné–

Bissau a alta prevalência de doenças infecto-contagiosas (DIC) é um dos problemas de

saúde que mais impactam as estatísticas de mortalidade, sendo esta apontada como

uma necessidade prioritária de enfrentamento das autoridades governamentais.

Contudo, apesar de não existirem dados que evidenciem o impacto nas taxas de

mortalidade ocasionadas por doenças não transmissíveis (DNT), a OMS destaca o

aumento de sua prevalência na população, provavelmente associadas a uma

alimentação desequilibrada e a manutenção de comportamentos de risco, tais como o

tabagismo e o alcoolismo. Destacam-se também, o aumento no consumo de drogas pela

população e práticas sexuais de risco.

As condições acima são agravadas pela notória incapacidade do Sistema Nacional de

Saúde em desenvolver e monitorar a eficácia das estratégias e políticas. Como

consequência, o país apresenta uma alta taxa de morbi-mortalidade, sobretudo

materno-infantil, ocasionada pela malária, pelas infecções respiratórias agudas (IRA) e

as doenças diarreicas.

A limitação orçamentária do país faz com que haja uma dependência de capital externo

para a implementação de programas de sáude. Tanto é assim que as duas unidades

sanitárias que afirmaram realizar planejamento e monitoramento dos planos anuais

(que são metas de gestão do IIPNDS), o fazem porque há um parceiro financiando o

processo, inclusive os prêmios recebidos pelos funcionários quando conseguem atingir

as metas estabelecidas. As demais unidades visitadas afirmaram não ter nem pessoal

nem recursos disponíveis para realizar o monitoramento. Además, os registros de

mortalidade e morbidade também são prejudicados pela ausência de especialistas.

Alguns fatores foram descritos como determinantes para que as metas estabelecidas

não fossem alcançadas, os quais são descritos a seguir:

• A falta de infraestrutura e equipamentos tidos como essenciais;

• A escassez de recursos humanos, tanto em termos quantitativos quanto em

relação à necessidade de capacitação continuada dos que prestam serviços à

população

• A distribuição inadequada de profissionais de saúde nas diversas regiões do país

pela dificuldade de atração de profissionais para o interior;

• Os baixos salários dos técnicos da saúde

• Prevalência de práticas consideradas prejudiciais à sustentabilidade do Sistema

Nacional de Saúde (SNS), tais como o roubo de equipamentos das unidades

sanitárias e de medicamentos.

As entrevistas com profissionais da saúde demonstram que os serviços de atendimento

no país são precários e a oferta ainda bastante limitada, para a população no geral.

Normalmente, as pessoas de maior poder aquisitivo buscam outros países, como

Portugal, para a realização de tratamentos específicos. Igualmente, a fila no consulado

português para a obtenção de visto para tratamento de saúde é extensa.

No entanto, as entrevistas com as utentes revelam melhorias nos serviços ao longo dos

anos. Muitas manifestações na pesquisa de satisfação vinham acompanhadas de relatos

sobre situações muito mais graves do passado, então em comparação, relatam

melhorias. Mas também há casos de mulheres que procuram as maternidades uma

primeira vez e a experiência é tão traumática que, nas gestações seguintes, a mulher se

afasta das unidades sanitárias seja pra o pré-natal seja para o parto, gerando riscos para

a mãe e o bebê.

No contexto da avaliação da satisfação dos utentes, a análise das Unidades Sanitárias

que ocupam os extremos das avaliações, ou seja, a análise da melhor avaliada e da pior

avaliada, pode gerar oportunidades de aprendizagem sobre o aprimoramento das

políticas públicas. Compreender por que e como o Hospital de Cumura chegou a 80% e

como e por que a Maternidade do Hospital Regional Marcelino Banca não atingiu 10%

de satisfação pode auxiliar na elaboração de estratégias regionais que utilizem o

compartilhamento de experiências como uma forma de aprimoramento dos serviços.

Outra situação que chama atenção são as condições de trabalho e os baixos salários que

reduzem as chances de um bom técnico da área da saúde permanecer nas regiões. Foi

relatado que essa rotatividade gera ineficiências em todos os aspectos, além de

demandar mais investimento em capacitação.

A atenção aos doentes mentais é outro aspecto onde se pode avançar. A ausência de

especialistas nas regionais e o desamparo dos pacientes com déficits intelectuais e

transtornos mentais podem gerar situações traumáticas e uma situação de desamparo

para doentes, comunidades e famílias. Programas para o combate ao consumo de

drogas ilícitas também passam a ser demandados dado o aumento no consumo de tais

substâncias em algumas regiões. O desemprego, a falta de oportunidades, a pobreza

extrema e o fato da população ser essencialmente jovem também são fatores a serem

considerados como críticos, dada a possibilidade que esses representam no que se

refere ao uso de drogas ilícitas.

Outro tema urgente se trata da mobilização de esforços para acompanhar e reverter a

situação nutricional das crianças e das gestantes. A ausência de certos nutrientes nesses

dois momentos da vida pode gerar prejuízos futuros muito expressivos, para além do

risco de óbito infantil e materno. Deficiências de aprendizagem, incapacidade para

certas atividades profissionais, desenvolvimento de doenças associadas a desnutrição

são ameaças que pairam sobre as populações caso não se tomem medidas eficazes

nessa área.

Por fim, especialmente no setor de saúde, há uma grande oportunidade para serem

desenvolvidos processos de monitoramento com foco em aprendizagem. O

monitoramento não é apenas uma ação de fiscalização, mas principalmente de correção

de rumos, de busca de novos caminhos o que somente é possível realizar se houver um

compromisso verdadeiro com aprender e melhorar.

A importância da atuação das OSCs no campo da saúde foi relatada em várias regiões.

Reforçar e reconhecer essas parcerias são estratégias no mínimo inteligente da parte

das instituições governamentais. Como destacado anteriormente, há certas ações que

são mais bem executadas pelas OSCs, seja pela rapidez, ausência de burocracia,

proximidade ao público destinatário final, menor custo de transação, entre outros

fatores.

Como o III PNDS está já em vias de ser aprovado, as recomendações aqui registradas se

destinam a esse plano que se inicia.

4.2.1. Recomendações ao III PNDS

Recomendações ao Governo Central acerca do Planejamento e Monitoramento

• Criar e ou reforçar as parcerias com as OSCs, recomendando aos parceiros

internacionais o financiamento das OSCs que realizam serviços

complementares ao Estado.

• Estimular o controle social e a participação das comunidades na elaboração

dos planos regionais e execução de suas ações

• Reforçar a cultura do planejamento, com apoio do governo central para que

todas as direções regionais realizem e monitorem os planos anuais ou

bianuais tendo como referência as metas nacionais e regionais estabelecidas;

• Realizar o planejamento tripartite: com o nível central, regional e parceiros.

• Implementar incentivos para os funcionários do serviço sanitário em todas

as regiões com base no monitoramento dos planos e atingimento das metas;

• Monitorar fiscalizar a execução do plano nacional e dos planos das regiões

• Ministério da Saúde deve disponibilizar recursos humanos e financeiros para

o monitoramento, prevendo essa tarefa na dotação mínima de RH das

regionais.

• Criar um banco de dados online sobre as atividades nas regionais evitando a

perda de informações.

Recomendações Sobre a Capacitação de Recursos Humanos

• Ampliar o esforço de capacitação do pessoal da saúde para atingir um índice

de 80% de capacitação anual especialmente no setor de maternidade

ajudando a reduzir a mortalidade materno-infantil.

• Disponibilizar meios que possibilitem a capacitação a distância

• Rever os salários dos profissionais da saúde e premiá-los de acordo com o

desempenho nas capacitações

• Realizar avaliações de impacto das capacitações, ou seja, que mudanças

foram provocadas pela capacitação (por exemplo, melhoria do atendimento,

redução das infecções, redução do tempo de internação, aumento do nível

de satisfação dos utentes etc).

• Valorização dos profissionais da saúde com diferentes estratégias de

reconhecimento.

Recomendações para a gestão da saúde a nível nacional, regional e local

• Envolvimento e participação da juventude local é fundamental,

considerando que mais de 60% da população tem idade inferior a 25 anos;

• Realizar Estratégias de Educação Ambiental e Saúde e ações que melhorem

as condições de saúde da população: manejo de lixo, utilização de água

potável, higiene com os alimentos, higiene geral das residências, controle de

insetos e água parada, dentre outras.

• Criação de um Sistema de Banco de Dados, em nível regional e nacional, que

permita a construção e o monitoramento de indicadores de saúde e

educação

• Coordenação com Organismos Internacionais e ONGs: estabelecimento de

agendas conjuntas e definidas anualmente, com indicadores de impacto e

indicadores de avaliação que possam ser monitorados

• Necessidade de um maior envolvimento das comunidades, da sociedade civil

e do setor privado no processo de empoderamento e o controle do acesso a

saúde e controle ambiental – conselhos populares

5. Considerações Finais

A avaliação de uma política pública é uma tarefa complexa e que precisa ser realizado

com muito critério e responsabilidade.

O que este processo buscou realizar e o relatório precisa deixar claro, foi um exercício

de monitoramento de alguns aspectos das políticas e extrapolar para o quadro geral.

Dadas as condições político institucionais do país, é de se inferir que a situação dos

componentes de políticas e dos indicadores analisados possa ser extrapolado para a

maioria das ações.

Mas, é necessário que se olhe para este documento com as limitações próprias de um

exercício num processo de formação de técnicos.

Parte das análises e recomendações foram elaboradas pelas formadoras considerando

a sua experiência em elaboração, monitoramento e avaliação de políticas públicas e

também na sua concepção e visão de mundo sobre o que é saúde e o que é agricultura

numa perspectiva dos países em desenvolvimento.

Agradecemos a confiança, participação e engajamento das OSCs envolvidas, a

colaboração dos técnicos do governo e o acompanhamento do PNUD da Guiné Bissau.

Nota:

“As opiniões expressas nesta publicação são em exclusivo dos autores e não representam

necessariamente a opinião das Nações Unidas, do PNUD ou dos Estados Membros das

Nações Unidas".

6. ANEXOS

6.1. Gráficos Analíticos da Avaliação de Satisfação de Utentes por Unidade

Sanitária

0

4

8

12

16

20

ServiçosMédicos

Serviços deEnfermagem

Tempo deEspera

Higiene eLimpeza

Conforto dasInstalações

Títu

lo d

o E

ixo

Centro de Saúde de Contubel - Bafatá

Muito Satisfeitos

Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

0

1

2

3

4

5

6

ServiçosMédicos

Serviços deEnfermagem

Tempo deEspera

Higiene eLimpeza

Conforto dasInstalações

Títu

lo d

o E

ixo

Hospital Regional de Bafatá

Muito Satisfeitos

Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

0

5

10

15

20

25

ServiçosMédicos

Serviços deEnfermagem

Tempo deEspera

Higiene eLimpeza

Conforto dasInstalações

Títu

lo d

o E

ixo

Maternidade do Hospital Simão Mendes

Muito Satisfeitos

Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

0

2

4

6

8

10

12

ServiçosMédicos

Serviços deEnfermagem

Tempo deEspera

Higiene eLimpeza

Conforto dasInstalações

Títu

lo d

o E

ixo

Hospital Regional de Gabu

Muito Satisfeitos

Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

0

2

4

6

8

10

ServiçosMédicos

Serviços deEnfermagem

Tempo deEspera

Higiene eLimpeza

Conforto dasInstalações

Títu

lo d

o E

ixo

Hospital Regional de Canchungo

Muito Satisfeitos

Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

0

2

4

6

8

ServiçosMédicos

Serviços deEnfermagem

Tempo deEspera

Higiene eLimpeza

Conforto dasInstalações

Títu

lo d

o E

ixo

Centro de Saúde de São Domingos

Muito Satisfeitos

Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

0

2

4

6

8

10

ServiçosMédicos

Serviços deEnfermagem

Tempo deEspera

Higiene eLimpeza

Conforto dasInstalações

Títu

lo d

o E

ixo

Centro de Saúde de Cacheu

Muito Satisfeitos

Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

0

5

10

15

20

25

ServiçosMédicos

Serviços deEnfermagem

Tempo deEspera

Higiene eLimpeza

Conforto dasInstalações

Títu

lo d

o E

ixo

Maternidade do Hospital Regional de Gabu

Muito Satisfeitos

Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

0

2

4

6

8

ServiçosMédicos

Serviços deEnfermagem

Tempo deEspera

Higiene eLimpeza

Conforto dasInstalações

Títu

lo d

o E

ixo

Hospital Regional de Farim Tipo A

Muito Satisfeitos

Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

0

1

2

3

4

5

6

ServiçosMédicos

Serviços deEnfermagem

Tempo deEspera

Higiene eLimpeza

Conforto dasInstalações

Títu

lo d

o E

ixo

Serviço de Pediatria do Centro de Saúde de Bissorã

Muito Satisfeitos

Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

0

2

4

6

8

10

ServiçosMédicos

Serviços deEnfermagem

Tempo deEspera

Higiene eLimpeza

Conforto dasInstalações

Títu

lo d

o E

ixo

Hospital Regional de Mansoa

Muito Satisfeitos

Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

0

1

2

3

4

5

6

ServiçosMédicos

Serviços deEnfermagem

Tempo deEspera

Higiene eLimpeza

Conforto dasInstalações

Títu

lo d

o E

ixo

Hospital Regional Arafam Mané

Muito Satisfeitos

Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

0

2

4

6

8

10

ServiçosMédicos

Serviços deEnfermagem

Tempo deEspera

Higiene eLimpeza

Conforto dasInstalações

Títu

lo d

o E

ixo

Hospital de Quinhamel

Muito Satisfeitos

Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

0

2

4

6

8

10

ServiçosMédicos

Serviços deEnfermagem

Tempo deEspera

Higiene eLimpeza

Conforto dasInstalações

Títu

lo d

o E

ixo

Hospital de Cumura

Muito Satisfeitos

Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

0

2

4

6

8

10

ServiçosMédicos

Serviços deEnfermagem

Tempo deEspera

Higiene eLimpeza

Conforto dasInstalações

Títu

lo d

o E

ixo

Centro de Saúde Dorse

Muito Satisfeitos

Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

0

2

4

6

8

10

ServiçosMédicos

Serviços deEnfermagem

Tempo deEspera

Higiene eLimpeza

Conforto dasInstalações

Títu

lo d

o E

ixo

Hospital Regional Marcelinoo Banca - Serviço de Pediatria

Muito Satisfeitos

Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

0

2

4

6

8

10

ServiçosMédicos

Serviços deEnfermagem

Tempo deEspera

Higiene eLimpeza

Conforto dasInstalações

Títu

lo d

o E

ixo

Hospital Regional Marcelinoo Banca - Serviço de Maternidade

Muito Satisfeitos

Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

01234567

ServiçosMédicos

Serviços deEnfermagem

Tempo deEspera

Higiene eLimpeza

Conforto dasInstalações

Títu

lo d

o E

ixo

Hospital Regional de Bolama

Muito Satisfeitos

Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

0

2

4

6

8

10

12

ServiçosMédicos

Serviços deEnfermagem

Tempo deEspera

Higiene eLimpeza

Conforto dasInstalações

Títu

lo d

o E

ixo

Hospital Regional Musna Sambu de Tombali

Muito Satisfeitos

Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

Quadro 8 – Sistematização dos Questionários de Avaliação da Satisfação dos Utentes

Centro de Saúde de Contubel Muito

Satisfeitos Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

Serviços Médicos 2 14 1 0 3

Serviços de Enfermagem 2 17 1 0 0

Tempo de Espera 0 10 5 5 0

Higiene e Limpeza 0 13 6 1 0

Conforto das Instalações 0 5 9 6 0

TOTAL 4 59 22 12 3

Hospital Regional de Bafatá Muito

Satisfeitos Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

Serviços Médicos 0 5 2 1 2

Serviços de Enfermagem 2 4 0 4 0

Tempo de Espera 1 3 2 2 2

Higiene e Limpeza 0 3 2 2 3

Conforto das Instalações 0 0 3 5 2

Total 3 15 9 14 9

Maternidade do Hospital Simão

Mendes Muito

Satisfeitos Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

Serviços Médicos 3 18 7 1 1

Serviços de Enfermagem 1 12 11 5 1

Tempo de Espera 0 20 1 5 4

Higiene e Limpeza 0 7 7 6 10

Conforto das Instalações 0 1 5 13 11

TOTAL 4 58 31 30 27

Hospital Regional de Gabu Muito

Satisfeitos Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

Serviços Médicos 1 6 3 0 0

Serviços de Enfermagem 1 7 2 0 0

Tempo de Espera 0 5 0 3 2

Higiene e Limpeza 0 10 0 0 0

Conforto das Instalações 0 4 4 2 0

Total 2 32 9 5 2

Hospital Regional de Canchungo Muito

Satisfeitos Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

Serviços Médicos 4 4 1 0 1

Serviços de Enfermagem 7 3 0 0 0

Tempo de Espera 8 0 1 1 0

Higiene e Limpeza 1 2 6 1 0

Conforto das Instalações 0 0 2 5 3

TOTAL 20 9 10 7 4

Centro de Saúde de São Domingos Muito

Satisfeitos Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

Serviços Médicos 0 7 3 0 0

Serviços de Enfermagem 0 6 0 3 1

Tempo de Espera 0 2 1 5 2

Higiene e Limpeza 7 2 0 1 0

Conforto das Instalações 0 2 5 2 1

Total 7 19 9 11 4

Centro de Saúde de Cacheu Muito

Satisfeitos Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

Serviços Médicos 0 6 3 1 0

Serviços de Enfermagem 0 5 3 2 0

Tempo de Espera 0 2 1 2 5

Higiene e Limpeza 0 9 1 0 0

Conforto das Instalações 0 0 4 6 0

TOTAL 0 22 12 11 5

Maternidade do Hospital Regional de Gabu

Muito Satisfeitos

Satisfeitos Indiferen-

tes Pouco

Satisfeitos Insatisfeitos

Serviços Médicos 3 22 5 0 0

Serviços de Enfermagem 3 20 6 1 0

Tempo de Espera 1 11 2 12 4

Higiene e Limpeza 0 23 4 3 0

Conforto das Instalações 0 12 11 7 0

Total 7 88 28 23 4

Hospital Regional de Farim Tipo A Muito

Satisfeitos Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

Serviços Médicos 5 4 1 0

Serviços de Enfermagem 5 4 1 0

Tempo de Espera 1 2 7 0

Higiene e Limpeza 7 1 2 0

Conforto das Instalações 0 1 5 4

Total 0 18 12 16 4

Serviço de Pediatria do Centro de Saúde de Bissorã

Muito Satisfeitos

Satisfeitos Indiferen-

tes Pouco

Satisfeitos Insatisfeitos

Serviços Médicos 3 3 1 0 3

Serviços de Enfermagem 2 5 1 2 0

Tempo de Espera 2 0 0 3 5

Higiene e Limpeza 0 2 3 5 0

Conforto das Instalações 0 2 1 4 3

Total 7 12 6 14 11

Hospital Regional de Mansoa Muito

Satisfeitos Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

Serviços Médicos 8 1 1 0

Serviços de Enfermagem 8 1 1 0

Tempo de Espera 3 3 4 0

Higiene e Limpeza 8 2 0 0

Conforto das Instalações 1 0 7 2

TOTAL 0 28 7 13 2

Hospital Regional Arafam Mané Muito

Satisfeitos Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

Serviços Médicos 3 5 0 2 0

Serviços de Enfermagem 4 4 2 0 0

Tempo de Espera 2 5 3 0 0

Higiene e Limpeza 3 2 3 2 0

Conforto das Instalações 0 1 0 5 4

Total 12 17 8 9 4

Hospital de Quinhamel Muito

Satisfeitos Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

Serviços Médicos 0 8 2 0 0

Serviços de Enfermagem 0 5 2 3 0

Tempo de Espera 0 0 5 4 1

Higiene e Limpeza 0 0 1 1 8

Conforto das Instalações 0 0 0 2 8

TOTAL 0 13 10 10 17

Hospital de Cumura Muito

Satisfeitos Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

Serviços Médicos 5 5 0 0 0

Serviços de Enfermagem 5 4 1 0 0

Tempo de Espera 0 8 1 1 0

Higiene e Limpeza 2 8 0 0 0

Conforto das Instalações 3 5 2 0 0

Total 15 30 4 1 0

Centro de Saúde Dorse Muito

Satisfeitos Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

Serviços Médicos 0 3 0 0 7

Serviços de Enfermagem 0 8 0 1 1

Tempo de Espera 0 8 1 1 0

Higiene e Limpeza 0 4 3 3 0

Conforto das Instalações 0 2 0 7 1

TOTAL 0 25 4 12 9

Hospital Regional Marcelinoo Banca - Serviço de Pediatria

Muito Satisfeitos

Satisfeitos Indiferen-

tes Pouco

Satisfeitos Insatisfeitos

Serviços Médicos 1 5 3 1 0

Serviços de Enfermagem 0 3 6 1 0

Tempo de Espera 0 1 8 1 0

Higiene e Limpeza 0 0 2 8 0

Conforto das Instalações 0 0 0 3 7

Total 1 9 19 14 7

Hospital Regional Marcelinoo Banca - Serviço de Maternidade

Muito Satisfeitos

Satisfeitos Indiferen-

tes Pouco

Satisfeitos Insatisfeitos

Serviços Médicos 0 1 5 2 2

Serviços de Enfermagem 0 2 8 0 0

Tempo de Espera 0 1 1 7 1

Higiene e Limpeza 0 0 2 6 2

Conforto das Instalações 0 0 0 4 6

TOTAL 0 4 16 19 11

Hospital Regional de Bolama Muito

Satisfeitos Satisfeitos

Indiferen-tes

Pouco Satisfeitos

Insatisfeitos

Serviços Médicos 2 3 5 0 0

Serviços de Enfermagem 1 2 6 1 0

Tempo de Espera 0 3 4 3 0

Higiene e Limpeza 0 0 5 5 0

Conforto das Instalações 0 0 3 5 2

Total 3 8 23 14 2

Hospital Regional Musna Sambu de Tombali

Muito Satisfeitos

Satisfeitos Indiferen-

tes Pouco

Satisfeitos Insatisfeitos

Serviços Médicos 10 0 0 0 0

Serviços de Enfermagem 9 0 1 0 0

Tempo de Espera 8 2 0 0 0

Higiene e Limpeza 0 3 6 1 0

Conforto das Instalações 0 4 4 2 0

TOTAL 27 9 11 3 0

6.2. Ferramentas de Monitoramento

Questionário estruturado para a Agricultura e Infraestruturas

QUESTIONÁRIO - AGRICULTURA

NOME DO(A) TÉCNICO(A) QUE PREENCHEU ESTE QUESTIONÁRIO:

..........................................................................

1. IDENTIFICAÇÃO

a. Nome da pessoa entrevistada:

____________________________________________________

b. Faixa etária: ( ) Jovem ( ) Adulto ( ) Idoso

c. Gênero: ( ) Mulher ( ) Homem

d. Instituição a que pertence a pessoa

entrevistada:_____________________________________

e. Categoria: ( )Serviço público ( ) Agricultura ( ) Comércio ( ) Sacerdote

( ) Professor

f. Região/cidade:

________________________/________________________________________

g. Data da entrevista: ___/_________/_________

2. PERGUNTAS DE MONITORAMENTO PARA O PERÍODO DE 2012 A 2016

2.1. INFRAESTRUTURAS RURAIS

Construção de celeiros e lojas em aldeias (um por setor)

( ) Realizado – Indique a quantidade de celeiros por setor

( ) Realizado – Indique a quantidade de lojas por setor

( ) Parcialmente Realizado – Indique a quantidade de celeiros por setor

( ) Parcialmente Realizado – Indique a quantidade de lojas por setor

( ) Não Realizado

Observações: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Reabilitação de 750 km de pistas rurais, especialmente em regiões remotas para permitir o acesso às principais áreas. Indique a estimativa de quilômetros de pistas reabilitadas em:

Quinara : _________________________________________

Tombali: __________________________________________

Gabu: _______________________________________

Bafatá: _______________________________________

Oio: ______________________________________________

Cacheu: ___________________________________________

Biombo: _______________________________________

Bolama/Bijagós: _______________________________________

SAB: _______________________________________

Observações: __________________________________________________________

______________________________________________________________________

Melhorias Hidro Agrícolas para a produção de arroz de bas-fond (média de 1222 ha/ano)

Região de Quinara:

Iussi:_________________________________________________

Balanta: ______________________________________________

Região de Tombali:

Gatom: _______________________________________________

Catchak: ______________________________________________

Madina Kubac: _________________________________________

Região de Cacheu

Pundam:_______________________________________________

N'Ntchumol: ____________________________________________

João Landim / Pete: ______________________________________

Região de Biombo

N'tus: __________________________________________________

Safim Bor : ______________________________________________

Prabis Veja-Bral : _________________________________________

Ondame: ________________________________________________

Setor Autônomo de Bissau: _________________________________

Observações: __________________________________________________________

Construção e reabilitação de Celeiro em todos os 37 setores administrativos do país.

Número de celeiros construídos ou reabilitados: ___________________________

Observações: __________________________________________________________

O desenvolvimento e reabilitação de infraestrutura dos mercados agrícolas (idem).

Número de mercados reabilitados ou reconstruídos: ______________________

Observações: __________________________________________________________

______________________________________________________________________

2.2. Componente 2 - Desenvolvimento de Fileiras Alimentares

Divulgação na área rural de:

Pesticidas

quantidade,............. tipo.......................... para que cultura: ___________________________

Fertilizantes

Quantidade................. tipo...................... para que cultura_____________________________

Sementes melhoradas de cereais (toneladas)? _______________________________________

Observações: ___________________________________________________________________________________________________________________________________________

Aquisição pelos produtores de:

Tratores______________________________________________

Bombas e acessórios para irrigação _______________________________________

Tração animal ________________________________________________________

Ceifeiras (Cortador de Arroz) ___________________________________________

Maquinas de descasque: ______________________________________________

Observações: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Produtos agroflorestais alimentares

Produção anual de castanha de caju na região de Tombali

2012: _____________________________________________________

2013: _____________________________________________________

2014: _____________________________________________________

2015: _____________________________________________________

2016: _____________________________________________________

Produção anual de castanha de caju na região de Quinara

2012: _____________________________________________________

2013: _____________________________________________________

2014: _____________________________________________________

2015: _____________________________________________________

2016: _____________________________________________________

Produção anual de castanha de caju na região de Gabu

2012: _____________________________________________________

2013: _____________________________________________________

2014: _____________________________________________________

2015: _____________________________________________________

2016: _____________________________________________________

Produção anual de castanha de caju na região de Bafata

2012: _____________________________________________________

2013: _____________________________________________________

2014: _____________________________________________________

2015: _____________________________________________________

2016: _____________________________________________________

Produção anual de castanha de caju na região de Oio

2012: _____________________________________________________

2013: _____________________________________________________

2014: _____________________________________________________

2015: _____________________________________________________

2016: _____________________________________________________

Produção anual de castanha de caju na região de Cacheu

2012: _____________________________________________________

2013: _____________________________________________________

2014: _____________________________________________________

2015: _____________________________________________________

2016: _____________________________________________________

Produção anual de castanha de caju na região de Biombo

2012: _____________________________________________________

2013: _____________________________________________________

2014: _____________________________________________________

2015: _____________________________________________________

2016: _____________________________________________________

Produção anual de castanha de caju na região de Bolama

2012: _____________________________________________________

2013: _____________________________________________________

2014: _____________________________________________________

2015: _____________________________________________________

2016: _____________________________________________________

Produção anual de castanha de caju na região de Bijagós

2012: _____________________________________________________

2013: _____________________________________________________

2014: _____________________________________________________

2015: _____________________________________________________

2016: _____________________________________________________

Produção anual de castanha de caju no SAB

2012: _____________________________________________________

2013: _____________________________________________________

2014: _____________________________________________________

2015: _____________________________________________________

2016: _____________________________________________________

Unidades de processamento semi-industrial instaladas em Tombali

2012: _____________________________________________________

2013: _____________________________________________________

2014: _____________________________________________________

2015: _____________________________________________________

2016: _____________________________________________________

Observações: ____________________________________________________________

Unidades de processamento semi-industrial instaladas em Quinara

2012: _____________________________________________________

2013: _____________________________________________________

2014: _____________________________________________________

2015: _____________________________________________________

2016: _____________________________________________________

Observações: ____________________________________________________________

Unidades de processamento semi-industrial instaladas em Gabu

2012: _____________________________________________________

2013: _____________________________________________________

2014: _____________________________________________________

2015: _____________________________________________________

2016: _____________________________________________________

Observações: ____________________________________________________________

Unidades de processamento semi-industrial instaladas Bafata

2012: _____________________________________________________

2013: _____________________________________________________

2014: _____________________________________________________

2015: _____________________________________________________

2016: _____________________________________________________

Observações: ____________________________________________________________

Unidades de processamento semi-industrial instaladas Oio

2012: _____________________________________________________

2013: _____________________________________________________

2014: _____________________________________________________

2015: _____________________________________________________

2016: _____________________________________________________

Observações: ____________________________________________________________

Unidades de processamento semi-industrial instaladas Cacheu

2012: _____________________________________________________

2013: _____________________________________________________

2014: _____________________________________________________

2015: _____________________________________________________

2016: _____________________________________________________

Observações: __________________________________________________________

Unidades de processamento semi-industrial instaladas Biombo

2012: _____________________________________________________

2013: _____________________________________________________

2014: _____________________________________________________

2015: _____________________________________________________

2016: _____________________________________________________

Observações: ____________________________________________________________

Unidades de processamento semi-industrial instaladas em Bolama/ Bijagos

2012: _____________________________________________________

2013: _____________________________________________________

2014: _____________________________________________________

2015: _____________________________________________________

2016: _____________________________________________________

Observações: ____________________________________________________________

Unidades de processamento semi-industrial instaladas no SAB

2012: _____________________________________________________

2013: _____________________________________________________

2014: _____________________________________________________

2015: _____________________________________________________

2016: _____________________________________________________

Observações: ____________________________________________________________

Raízes/Tubérculos em Tombali

Número de agricultores beneficiados com kits de irrigação de baixo custo

______________________________________________________________________

Número de associações de mulheres criadas ou fortalecidas

______________________________________________________________________

Plano de Desenvolvimento Nacional da Horticultura elaborado

______________________________________________________________________

Mercados Urbanos construídos

______________________________________________________________________

Raízes/Tubérculos em Quinara

Número de agricultores beneficiados com kits de irrigação de baixo custo

______________________________________________________________________

Número de associações de mulheres criadas ou fortalecidas

______________________________________________________________________

Plano de Desenvolvimento Nacional da Horticultura elaborado

______________________________________________________________________

Mercados Urbanos construídos

______________________________________________________________________

Raízes/Tubérculos em Gabu

Número de agricultores beneficiados com kits de irrigação de baixo custo

______________________________________________________________________

Número de associações de mulheres criadas ou fortalecidas

______________________________________________________________________

Plano de Desenvolvimento Nacional da Horticultura elaborado

______________________________________________________________________

Mercados Urbanos construídos

____________________________________________________________________

Raízes/Tubérculos Bafata

Número de agricultores beneficiados com kits de irrigação de baixo custo

______________________________________________________________________

Número de associações de mulheres criadas ou fortalecidas

______________________________________________________________________

Plano de Desenvolvimento Nacional da Horticultura elaborado

______________________________________________________________________

Mercados Urbanos construídos

____________________________________________________________________

Raízes/Tubérculos Oio

Número de agricultores beneficiados com kits de irrigação de baixo custo

______________________________________________________________________

Número de associações de mulheres criadas ou fortalecidas

______________________________________________________________________

Plano de Desenvolvimento Nacional da Horticultura elaborado

______________________________________________________________________

Mercados Urbanos construídos

_____________________________________________________________________

Raízes/Tubérculos Cacheu

Número de agricultores beneficiados com kits de irrigação de baixo custo

______________________________________________________________________

Número de associações de mulheres criadas ou fortalecidas

______________________________________________________________________

Plano de Desenvolvimento Nacional da Horticultura elaborado

______________________________________________________________________

Mercados Urbanos construídos

____________________________________________________________________

• Raízes/Tubérculos Biombo

Número de agricultores beneficiados com kits de irrigação de baixo custo

______________________________________________________________________

Número de associações de mulheres criadas ou fortalecidas

______________________________________________________________________

Plano de Desenvolvimento Nacional da Horticultura elaborado

______________________________________________________________________

Mercados Urbanos construídos

_____________________________________________________________________

Raízes/Tubérculos em Bolama/ Bijagos

Número de agricultores beneficiados com kits de irrigação de baixo custo

______________________________________________________________________

Número de associações de mulheres criadas ou fortalecidas

______________________________________________________________________

Plano de Desenvolvimento Nacional da Horticultura elaborado

______________________________________________________________________

Mercados Urbanos construídos

______________________________________________________________________

Raízes/Tubérculos no SAB

Número de agricultores beneficiados com kits de irrigação de baixo custo

______________________________________________________________________

Número de associações de mulheres criadas ou fortalecidas

______________________________________________________________________

Plano de Desenvolvimento Nacional da Horticultura elaborado

______________________________________________________________________

Mercados Urbanos construídos

_____________________________________________________________________

Hortaliças em Tombali

Número de agricultores beneficiados com kits de irrigação de baixo custo

______________________________________________________________________

Número de associações de mulheres criadas ou fortalecidas

______________________________________________________________________

Plano de Desenvolvimento Nacional da Horticultura elaborado

______________________________________________________________________

Mercados Urbanos construídos

______________________________________________________________________

Hortaliças em Quinara

Número de agricultores beneficiados com kits de irrigação de baixo custo

______________________________________________________________________

Número de associações de mulheres criadas ou fortalecidas

______________________________________________________________________

Plano de Desenvolvimento Nacional da Horticultura elaborado

______________________________________________________________________

Mercados Urbanos construídos

______________________________________________________________________

Hortaliças em Gabu

Número de agricultores beneficiados com kits de irrigação de baixo custo

______________________________________________________________________

Número de associações de mulheres criadas ou fortalecidas

______________________________________________________________________

Plano de Desenvolvimento Nacional da Horticultura elaborado

______________________________________________________________________

Mercados Urbanos construídos

______________________________________________________________________

Hortaliças Bafata

Número de agricultores beneficiados com kits de irrigação de baixo custo

______________________________________________________________________

Número de associações de mulheres criadas ou fortalecidas

______________________________________________________________________

Plano de Desenvolvimento Nacional da Horticultura elaborado

______________________________________________________________________

Mercados Urbanos construídos

______________________________________________________________________

Hortaliças Oio

Número de agricultores beneficiados com kits de irrigação de baixo custo

______________________________________________________________________

Número de associações de mulheres criadas ou fortalecidas

______________________________________________________________________

Plano de Desenvolvimento Nacional da Horticultura elaborado

______________________________________________________________________

Mercados Urbanos construídos

______________________________________________________________________

Hortaliças Cacheu

Número de agricultores beneficiados com kits de irrigação de baixo custo

______________________________________________________________________

Número de associações de mulheres criadas ou fortalecidas

______________________________________________________________________

Plano de Desenvolvimento Nacional da Horticultura elaborado

______________________________________________________________________

Mercados Urbanos construídos

______________________________________________________________________

Hortaliças Biombo

Número de agricultores beneficiados com kits de irrigação de baixo custo

______________________________________________________________________

Número de associações de mulheres criadas ou fortalecidas

______________________________________________________________________

Plano de Desenvolvimento Nacional da Horticultura elaborado

______________________________________________________________________

Mercados Urbanos construídos

Hortaliças em Bolama/ Bijagos

Número de agricultores beneficiados com kits de irrigação de baixo custo

______________________________________________________________________

Número de associações de mulheres criadas ou fortalecidas

______________________________________________________________________

Plano de Desenvolvimento Nacional da Horticultura elaborado

______________________________________________________________________

Mercados Urbanos construídos

______________________________________________________________________

Hortaliças no SAB

Número de agricultores beneficiados com kits de irrigação de baixo custo

______________________________________________________________________

Número de associações de mulheres criadas ou fortalecidas

______________________________________________________________________

Plano de Desenvolvimento Nacional da Horticultura elaborado

______________________________________________________________________

Mercados Urbanos construídos

_____________________________________________________________________

Questionário estruturado para a Saúde e Infraestruturas PROPOSTA DE INDICADORES PARA MONITORAMENTO NA ÁREA DE SAÚDE E DESENVOLVIMENTO

SANITÁRIO SOBRE GOVERNAÇÃO, LIDERANÇA, FINANCIAMENTO & PARCERIA

1. Que regiões realizaram planos de ação regionais de desenvolvimento sanitário (anuais ou bianuais)?

REGIÃO SIM NÃO OBSERVAÇÕES

1 Região Bafatá

2 Região Cacheu

3 Região Gabu

4 Região Oio

5 Região Bissau

6 Região Quinara

7 Região Biombo

8 Região Tombali

9 Bijagos

10 Região Bolama (Bolama)

Outras Observações:

_____________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________

2. Que regiões realizaram o monitoramento dos planos regionais de desenvolvimento sanitário?

REGIÃO SIM NÃO OBSERVAÇÕES

1 Região Bafatá

2 Região Cacheu

3 Região Gabu

4 Região Oio

5 Região Bissau

6 Região Quinara

7 Região Biombo

8 Região Tombali

9 Bijagos

10 Região Bolama (Bolama)

Outras Observações:

_____________________________________________________________________________________

3. Como as regiões avaliam o atingimento de metas dos planos regionais de desenvolvimento sanitário?

REGIÃO Avaliação das Metas dos Planos Regional de Desenvolvimento Sanitário

Não foram

sequer iniciadas

Foram iniciadas mas não

foram realizadas

50% realizadas

75% das metas

realizadas

Plenamente realizadas

1 Região Bafatá

2 Região Cacheu

3 Região Gabu

4 Região Oio

5 Região Bissau

6 Região Quinara

7 Região Biombo

8 Região Tombali

9 Bijagos

10 Região Bolama (Bolama)

Outras Observações:

_____________________________________________________________________________________

4. Quantas unidades sanitárias foram licenciadas nos setores não governamentais por ano? (assinale em cada ano a quantidade)

REGIÃO 2012 2013 2014 2015 2016 2017

1 Região Bafatá

2 Região Cacheu

3 Região Gabu

4 Região Oio

5 Região Bissau

6 Região Quinara

7 Região Biombo

8 Região Tombali

9 Bijagos

10 Região Bolama (Bolama)

Outras Observações:

_____________________________________________________________________________________

5. CAPACITAÇÃO CONTINUADA E ESTRUTURA DE RECURSOS HUMANOS

Para cada região assinale as respostas obtidas nas entrevistas:

REGIÃO Quantos

Profissionais atuam na área da Saúde?

Quantas estruturas de saúde

nessa região foram

atendidas com a

dotação Mínima de

RH?

Quantos Profissionais receberam pelo menos

uma capacitação

por ano?

Quantos receberam capacitação presencial?

Quantos receberam capacitação

por Educação a Distância?

1 Região Bafatá

2 Região Cacheu

3 Região Gabu

4 Região Oio

5 Região Bissau

6 Região Quinara

7 Região Biombo

8 Região Tombali

9 Bijagos

10 Região Bolama (Bolama)

6. SOBRE A REALIZAÇÃO DE REGISTROS NAS REGIONAIS DE SAÚDE

REGIÃO Há registros sobre os óbitos ocorridos nos hospitais e centros de saúde?

Há registros sobre o estado nutricional das grávidas?

Há registros sobre doenças mentais?

Há registros sobre as Doenças

Transmissíveis?

Há registros sobre

deficiências visuais?

1 Região Bafatá

2 Região Cacheu

3 Região Gabu

4 Região Oio

5 Região Bissau

6 Região Quinara

7 Região Biombo

8 Região Tombali

9 Bijagos

10 Região Bolama (Bolama)

Outras Observações:

_____________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________________

Questionário de Avaliação da Satisfação dos Utentes

Avaliação dos Serviços de Saúde

Unidade de Saúde:

Data: ___________________________

Para cada um dos itens abaixo, escolha uma nota para avaliar o seu nível de satisfação com os serviços prestado na

________________________________________________________, onde se deve considerar: muito insatisfeita(1), insatisfeita (2), indiferente(3), satisfeita(4) ou muito

satisfeita (5), cada qual com pontuação variando de 1 a 5 ponto:

Utente 1

Aspecto Avaliado

Nota

11

22

33

44

45

Atendimento Médico

Atendimento da Enfermagem

Tempo de espera para o atendimento

Higiene e Limpeza

Conforto do ambiente (espaço, ventilação, instalações)

Nota:

“As opiniões expressas nesta publicação são em exclusivo dos autores e não representam necessariamente a opinião das Nações Unidas, do PNUD ou

dos Estados Membros das Nações Unidas".