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Relatório DECIF 2016 Análise dos Bombeiros ao Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais e consequentes propostas para 2017

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DECIF

2016 Análise dos Bombeiros ao Dispositivo

Especial de Combate a Incêndios

Florestais e consequentes propostas

para 2017

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Conteúdo

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................3

2. METODOLOGIA ...................................................................................................................................5

3. ANÁLISE AO DECIF 2016 .......................................................................................................................6

3.1. PONTOS FRACOS ..................................................................................................................................... 6 3.1.1. Organização de Meios.................................................................................................................... 7 3.1.2. Gruata ............................................................................................................................................ 7 3.1.3. Viaturas .......................................................................................................................................... 8 3.1.4. Planeamento, Organização, Logística e Equipamentos ................................................................. 8 3.1.5. Formação e Instrução................................................................................................................... 10 3.1.6. Circular Financeira........................................................................................................................ 10

3.2. PONTOS FORTES ................................................................................................................................... 11

4. CONSTATAÇÕES / CONSTRANGIMENTOS............................................................................................13

4.1. ESTRUTURA OPERACIONAL.................................................................................................................. 13 4.1.1. Comando Autónomo dos Bombeiros .......................................................................................... 14 4.1.2. Carta de Missão ........................................................................................................................... 15 4.1.3. Zonas Operacionais ..................................................................................................................... 15 4.1.4. Comandamento Distrital de Bombeiros...................................................................................... 16 4.1.5. Comandamento Nacional de Bombeiros .................................................................................... 16 4.1.6. Equipas de Intervenção Permanente (EIP’s) ............................................................................... 16

5. PROPOSTAS DECIF 2017 .....................................................................................................................17

5.1. COMANDO NACIONAL E DISTRITAL DE OPERAÇÕES DE SOCORRO .................................................... 17 5.2. CRIAÇÃO DO DNPS – DISPOSITIVO NACIONAL DE PROTECÇÃO E SOCORRO ..................................... 17 5.3. CIRCULAR FINANCEIRA ......................................................................................................................... 18

5.3.1. Reposição de veículos / Reequipamentos................................................................................... 19 5.3.2. Reparação de veículos ................................................................................................................. 21 5.3.3. Danos em equipamentos diversos/Reposição ............................................................................ 21 5.3.4. Inquéritos ..................................................................................................................................... 22 5.3.5. Alimentação................................................................................................................................. 22 5.3.6. Combustíveis................................................................................................................................ 22 5.3.7. Compensação e Reembolso: ECINS/ELACS.................................................................................. 23 5.3.8. Comunicação de despesas ........................................................................................................... 23 5.3.9. Período de Carência..................................................................................................................... 23 5.3.10. Grupos de Reforço ....................................................................................................................... 24 5.3.11. Triangulação ................................................................................................................................ 26 5.3.12. Sectorização / Pontos de Trânsito............................................................................................... 26 5.3.13. Máquinas de Rastos .................................................................................................................... 27

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5.3.14. Comunicações .............................................................................................................................. 28 5.3.15. Rescaldo e Vigilância ................................................................................................................... 28 5.3.16. Logística ....................................................................................................................................... 29

5.3.16.1. Veículos de abastecimento de combustível .................................................................................................29 5.3.16.2. Quarteis e Bases de Apoio Logístico (BAL)...................................................................................................29 5.3.16.3. Veículos Operacionais............................................................................................................. 30

5.3.16.3.1.1. Renovação de frota ......................................................................................................... 30 5.4. USO DO FOGO ...................................................................................................................................... 30 5.5. SEGURANÇA.......................................................................................................................................... 31 5.6. OUTROS AGENTES DE PROTECÇÃO CIVIL ............................................................................................. 32

5.6.1. Presença de forças de segurança nos teatros de operações ...................................................... 32 5.7. FEB ........................................................................................................................................................ 32

6. OUTROS............................................................................................................................................33

6.1. PLANOS MUNICIPAIS DE EMERGÊNCIA ............................................................................................... 33 6.1.1. Gabinetes Técnicos Florestais (GTF`s) ......................................................................................... 33 6.1.2. Coordenador Municipal de Protecção Civil (CMPC) .................................................................... 34 6.1.3. Acidentes com Bombeiros ............................................................................................................ 34 6.1.4. Seguros ......................................................................................................................................... 35 6.1.5. Formação ...................................................................................................................................... 35

6.1.5.1. Instrução ...................................................................................................................................... 36 6.2. LEI DE FINANCIAMENTO....................................................................................................................... 37

CONCLUSÃO..............................................................................................................................................37

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1. INTRODUÇÃO

Começa a ser lugar-comum, dizer-se que o desenvolvimento das sociedades

modernas cria um conceito de qualidade de vida, que atribui uma maior

importância à segurança e à protecção dos cidadãos e dos seus haveres.

Esta é, sem dúvida, a razão principal que motiva as Associações Humanitárias e

os Corpos de Bombeiros a assumir o papel fundamental, no contexto dos

agentes de protecção civil.

O envelhecimento da população, o abandono progressivo do interior e a

desertificação das nossas aldeias, a centralização dos serviços nas grandes

cidades, colocam os bombeiros permanentemente no centro das atenções.

A sua participação é, por isso, transversal e tem influência significativa na

qualidade de vida das nossas Gentes.

É com este enquadramento e conscientes das nossas responsabilidades que

pretendemos ouvir, reflectir e sobretudo alertar para uma cultura de segurança

permanente, a fim de obtermos todos os anos resultados positivos.

Temo-lo referido inúmeras vezes, mas nunca é demais afirmar, que nenhum

bem material vale a vida de uma Mulher ou de um Homem Bombeiro, contudo,

o fogo não tem, nem nunca terá, em conta essa realidade.

É preciso, é necessário, é fundamental, criar condições a montante, função essa

que não depende dos Bombeiros, outrossim de uma floresta bem cuidada,

tratada e adaptada às novas realidades nomeadamente climatéricas passando

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sobretudo por uma prevenção estrutural permanente, nas zonas com maior

incidência de fogos florestais.

Apesar da competência da Prevenção Estrutural não ser da responsabilidade

dos Bombeiros, nada nos impede de referir alguns aspectos que reputamos de

relevantes para uma substancial melhoria dessa área, tais como:

• Realização de Fogos Controlados, Plantação de Espécies Autóctones,

Concretização do Mosaico Florestal, Detecção e Vigilância.

• Vias primárias e secundárias: Construção de novas e manutenção das

existentes.

• Sinalização de estradas e caminhos e outras infraestruturas de combate a

incêndios.

• Criação do Observatório Nacional para os Incêndios Florestais.

Estes são, entre muitos outros, objectivos que se impõe serem rapidamente

implementados.

Uma floresta limpa, planeada, ordenada e permanentemente vigiada é

fundamental para contrariar a propagação dos incêndios florestais. Há ainda

um factor primordial, prioritário e urgente que é a elaboração do cadastro da

propriedade florestal.

Sendo esta uma importante premissa, existem naturalmente outras, que

procuraremos elencar através deste documento, que em sede de discussão

alargada fomos melhorando com a inclusão dos contributos entretanto

propostos.

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Ninguém pode ter a veleidade de pensar em erradicar, definitivamente os

incêndios florestais, podemos no entanto, isso sim, aprender com os erros

cometidos e procurar criar todos os dias condições para melhorar o que

considerarmos ter sido no passado, menos bem conseguido.

2. METODOLOGIA

Este trabalho recebeu os contributos do Conselho Nacional Operacional da LBP

(CNO), das Federações Distritais em reunião realizada em Peniche e outros

entretanto enviados por AHB’s e algumas Federações, a fim de concorrerem

para análise profunda e rigorosa do dispositivo de combate a incêndios

florestais DECIF - 2016.

É certo que o DECIF 2016 contemplou no seu dispositivo um maior número de

recursos humanos, meios aéreos, terrestres e equipamentos, contudo, não foi

isento de falhas, que urge corrigir de forma concreta e objectiva já para o DECIF

2017 e seguintes. Nesse sentido contemplamos, um conjunto de propostas que

a serem acolhidas contribuirão substancialmente para a sua melhoria.

Assim, ficou decidido enviar um draft para servir como guião da discussão nas

sessões administrativas e técnicas sobre o DECIF, a levar a efeito durante o mês

de Março, elaborando-se um relatório a ser discutido com o Governo.

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Propomo-nos por isso apresentar uma análise do DECIF 2016 (Pontos Fracos e

Pontos Fortes) e consequentes propostas para o DECIF 2017.

3. ANÁLISE AO DECIF 2016

3.1. PONTOS FRACOS

• Apesar do RNBP nos dar números constantes e estáveis da quantidade de

Bombeiros efectivos e de reservas, constata-se que em algumas regiões

do país existe redução de Bombeiros Voluntários e também dificuldades

de disponibilidade durante o dia, para o desempenho das funções

inerentes ao socorro;

• Verifica-se, por outro lado, que não é atractiva a compensação atribuída

aos Bombeiros que compõem os grupos intervenientes no DECIF e

também por isso a indisponibilidade de alguns, conduzindo de forma

acentuada à falta de pessoal em várias zonas do território;

• Constata-se a exploração da imagem dos Bombeiros em muitos teatros

de operações, onde após demasiadas horas de trabalho descansam sem

condições logísticas adequadas;

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• Constata-se falta de sensibilização e incentivos às entidades

empregadoras na dispensa dos Bombeiros, para o desempenho das suas

funções, nomeadamente os funcionários públicos;

• Constata-se a total inexistência de incentivos ao Bombeiro Voluntário.

3.1.1. Organização de Meios

• Excesso de meios nalguns teatros de operações (TO) e falta nalguns

outros;

• A triangulação de meios mal planeada provoca desgaste ao dispositivo;

• Pré posicionamentos inadequados ao espaço e ao tempo nas BAL;

• Falta de meios aéreos pesados em alguns teatros de operações

nomeadamente indefinição de disponibilidade do Kamov.

3.1.2. Gruata

O empenhamento dos Gruatas está a ser desviado dos fins para que foram

criados, o que tem conduzido à falta de empenhamento e desmotivação do

pessoal.

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3.1.3. Viaturas

• Falta de identificadores do Dispositivo de Via Verde nas viaturas de

combate.

• Constata-se que as viaturas de tipologia “todo o terreno” não se

encontram preparadas para efectuarem deslocações em grandes

distâncias, pelos seus próprios meios.

3.1.4. Planeamento, Organização, Logística e Equipamentos

Constata-se:

• Quer ao nível dos planos de defesa da floresta, quer ao nível genérico do

ordenamento do território, quer ainda ao nível do apoio da intervenção

no terreno:

o Falta de postos de abastecimento de água, Balsas, etc.;

o Falta de limpeza de estradas e caminhos rurais;

o Falta de disponibilidade de meios humanos e de equipamentos,

nomeadamente de máquinas de rasto para consolidação e

rescaldos;

o Falta de vigilância e detecção atempada;

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o Funcionamento inadequado da rede SIRESP, essencialmente em

picos de comunicação;

o Falta de georreferenciação nos rádios da rede SIRESP;

o Uso indevido do fogo de supressão por elementos não autorizados;

o Falta de apoio na logística aos Bombeiros, no que respeita ao

garante da alimentação e abastecimento dos veículos;

o Falta de accionamento nos Planos Municipais de Emergência;

o Nos grandes teatros de operações algumas Câmaras Municipais

não estão preparadas para corresponder às necessidades

decorrentes das operações;

o Nalguns teatros de operações, foi notória alguma desorientação da

estrutura operacional da ANPC;

o Falta de formatação adequada dos grupos de reforço, com o envio

de Brigadas separadas;

o Falta de planeamento nos Teatros de Operações aquando da

chegada dos meios de reforço;

o Falta de guias locais nos TO.

o Em muitos teatros de operações houve grande dificuldade na

movimentação dos meios de socorro pelo facto da presença

indesejada de viaturas e pessoas alheias aos sinistros que não só

dificultaram as operações, como e ainda colocaram em risco a

segurança de todos.

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3.1.5. Formação e Instrução

• Constata-se da necessidade da melhoria de rotinas estratégicas;

• Constatam-se insuficiências nas acções de treino operacional conjunto

com outras forças no âmbito da ANPC;

• Falta de integração dos estagiários no contexto de combate no TO.

3.1.6. Circular Financeira

• Constata-se a divulgação da circular financeira, por parte da ANPC, sem

que antes tenha sido analisada, discutida e negociada com a LBP,

demonstrando uma total falta de respeito institucional e legal, para com

os Bombeiros Portugueses;

• Constata-se também existirem equipamentos utilizados nas operações

não contemplados na circular;

• Constata-se ainda o não pagamento de despesas de natureza

logística/administrativa que as Entidades detentoras de Corpos de

Bombeiros assumem, de forma a cumprir as normas impostas pela ANPC;

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• Desajustada intromissão das inspecções da ANPC nas AHB, desvirtuando

os princípios de um relacionamento institucional que se deseja saudável;

• Das dificuldades criadas pela exigência de registos fotográficos pelos

materiais danificados no decurso das operações;

• A incapacidade física motivada pela amplitude temporal na guarda de

equipamentos danificados por razões de logística e ambientais;

• Inexistência de apoios à revisão geral dos veículos no final do dispositivo;

3.2. PONTOS FORTES

• Coesão, conhecimento, competência e profissionalismo dos bombeiros

portugueses no contexto de protecção e socorro, continuando a ser o

único agente de protecção civil a manter-se 24/24 horas nos teatros de

operações.

• Independentemente dos meios disponíveis ficou mais uma vez afirmada a

total disponibilidade dos bombeiros na defesa da vida e dos haveres de

todos os portugueses.

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• Inquestionável esforço e capacidade de gestão das AHBV que em muitos

momentos de grandes dificuldades financeiras tudo fizeram para

corresponder às solicitações e necessidades urgentes dos Corpos de

Bombeiros;

• A salutar disponibilidade e entreajuda dos Corpos de Bombeiros, no todo

nacional afirmando os valores da solidariedade e fraternidade entre as

estruturas dos bombeiros Portugueses;

• A permanente preocupação com a segurança dos Bombeiros

concretizando-se o objectivo de menos acidentes com pessoal e veículos.

Exemplos comparativos:

• A falta de efectivos nalguns TO levou a que os Gruatas fossem usados

como equipas de primeira intervenção. São também com frequência

utilizados nos rescaldos e vigilância, próximos de locais onde ocorrem

incêndios de grande dimensão, criando com este facto, desmoralização e

desmotivação do grupo.

• Em muitos casos, constata-se a falta de planeamento e disponibilização

de logística adequada, quando da deslocação de vários grupos a nível

nacional.

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• A formatação de grupos de socorro mistos conflitua com a organização e

comandamento dos distritos de origem.

• Preparar uma brigada por distrito.

• Os desgastes/avarias que as viaturas sofrem, muitas vezes não são

visíveis no imediato, só sendo detectadas depois de concluído o

dispositivo.

• Quando da deslocação em grupos de reforço, todas as viaturas devem

estar munidas de identificadores de isenção.

Constatados que foram os Pontos Fracos e Pontos Fortes do DECIF 2016,

entendemos fazer as seguintes Propostas:

4. CONSTATAÇÕES / CONSTRANGIMENTOS

4.1. ESTRUTURA OPERACIONAL

Constata-se da indispensabilidade de uma estrutura de comando autónomo

para o sector dos bombeiros, representativa destes no universo dos agentes de

protecção civil.

Em 2003 e 2005 os Bombeiros Portugueses foram duramente criticados e

exactamente por isso, o poder politico à época, criou outras forças de combate

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e o comando sob a responsabilidade da Protecção Civil, julgando que isso

resolveria o problema. Nada mais errado! Quando as condições meteorológicas

adversas regressaram com idêntico grau de severidade, os problemas voltaram

a ter exactamente a mesma expressão, e só não tende a ser pior porque os

Bombeiros Portugueses não se constituem como força corporativa, capaz de

fazer greves ou retaliar perante as sucessivas adversidades e constantes

desrespeitos institucionais.

Ninguém, por mais que queira abstrair-se, se revê num comandamento de

organizações diferentes da sua e urge que o poder político compreenda e

devolva aos Bombeiros a estrutura de comando autónomo com reforço

expressivo das competências da Direcção Nacional de Bombeiros.

Como tal, pugnamos para que, e à semelhança do que se passa nos outros

países da Europa e do Mundo, a coordenação global do sector Protecção Civil

seja da competência da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) e a

responsabilidade do Comandamento Operacional nos vários teatros de

operações seja dos Bombeiros.

Constata-se a falta de um elemento da Liga dos Bombeiros Portugueses no

CNOS e nos CDOS.

4.1.1. Comando Autónomo dos Bombeiros

Perante a situação estrutural em que estão enquadrados os Bombeiros

Portugueses entendemos fazer um estudo profundo que depois de analisado e

discutido conclua por uma nova concepção de base, assente no modelo

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organizacional dos Bombeiros Portugueses, incidindo este no seu conceito de

autonomia.

4.1.2. Carta de Missão

A excessiva rotatividade dos elementos de comando em curto espaço de tempo

de exercício nas funções pode, por falta de experiência, comprometer a

qualidade de comando de operações. Urge pois compreender o que está na

base desta dificuldade de manutenção de elementos de comando nas

respectivas funções;

4.1.3. Zonas Operacionais

Recomenda-se que se avance imediatamente para a definição de zonas

operacionais e respectivos comandantes operacionais, estes a eleger pelos

comandantes dos Corpos de Bombeiros de cada zona. Traduz-se esta opção

num maior e melhor conhecimento de proximidade, organização operacional,

potencializando a capacidade de comando e controlo das operações, bem como

a formação e treino específico conjunto, salvaguardando sempre as

responsabilidades e exclusivas competências do Comandante Local (COS).

Esta estratégia foi devidamente testada ao longo de vários anos com resultados

altamente positivos.

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4.1.4. Comandamento Distrital de Bombeiros

Concebe-se um modelo de coabitação do nível de coordenação de Protecção

Civil, representada pelo CODIS (Coordenador Operacional Distrital de Protecção

Civil) e de comando operacional dos Bombeiros representado pelo Comandante

Distrital de Bombeiros.

Defendemos uma separação de competências de coordenação de acções de

protecção civil e de comando de operações de protecção e socorro.

4.1.5. Comandamento Nacional de Bombeiros

Concebe-se um modelo de coabitação do nível de coordenação de Protecção

Civil, representada pelo CONAC (Coordenador Operacional Nacional de

Protecção Civil) e de comando operacional dos Bombeiros representado pelo

Comandante Nacional de Bombeiros.

Defendemos uma separação de competências de coordenação de acções de

protecção civil e de comando de operações de protecção e socorro.

Este modelo não só aumenta os níveis de eficiência como diminui os custos

operacionais.

4.1.6. Equipas de Intervenção Permanente (EIP’s)

Reclamamos perante o Governo e a Associação Nacional dos Municípios

Portugueses, a criação com carácter de urgência, de mais Equipas de

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Intervenção Permanente, contemplando-se uma por município ou mais onde tal

se justifique. A concretização deste objectivo deve passar por negociações de

definição de prioridades com a participação da LBP, constatando-se a

necessidade urgente da sua implementação nos Corpos de Bombeiros

enquanto equipas especializadas.

Para um estudo rigoroso e concreto que defina os locais para a sua instalação e

consequentes prioridades, deve ser constituído um Grupo de Trabalho onde

tenham acento a ANPC, a ANMP e a LBP, apresentando propostas, que definam

as prioridades anuais a concluir até 2020.

5. PROPOSTAS DECIF 2017

5.1. COMANDO NACIONAL E DISTRITAL DE OPERAÇÕES DE

SOCORRO

Criar no âmbito do CNOS e dos CDOS um oficial de ligação em representação da

Liga dos Bombeiros Portugueses.

5.2. CRIAÇÃO DO DNPS – DISPOSITIVO NACIONAL DE PROTECÇÃO E

SOCORRO

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É reconhecido hoje que existem factores, quer por força das alterações

climatéricas, quer por necessidades emergentes da própria sociedade, que têm

conduzido a existirem fogos florestais e outros incidentes ou acidentes

climatéricos que exigem forte empenhamento operacional da parte dos

Bombeiros Portugueses.

Acresce que hoje os acidentes e catástrofes são de enorme exigência a que urge

dar respostas operacionais, competentes e rápidas.

Todas estas situações são uma consequência do mundo moderno destacando-

se assim a necessidade de criar um dispositivo que dê sustentabilidade à

operacionalidade pronta e permanente dos Corpos de Bombeiros, bem como

garanta os apoios financeiros às Entidades Detentoras dos Corpos de

Bombeiros.

Pelo que fica afirmado, torna-se premente a melhoria do sistema com a criação

de um Dispositivo Nacional de Protecção e Socorro, que vise garantir

sustentabilidade no âmbito da DON – Directiva Operacional Nacional e da

Directiva Financeira.

Há que protocolar entre a LBP e a ANPC uma Convenção/Contratualização, no

sentido de garantir um Dispositivo Global que dê cobertura financeira às

necessidades operacionais, de 01 de Janeiro a 31 de Dezembro.

5.3. CIRCULAR FINANCEIRA

A Autoridade Nacional de Proteção Civil:

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• Deve contemplar todas as despesas inerentes ao DNPS – Dispositivo

Nacional de Protecção e Socorro, desde 1 de Janeiro a 31 de Dezembro.

Assim este documento deve obrigatoriamente ser apresentado à LBP em

devido tempo de forma a permitir a sua análise, recolha de contributos e

consequentes propostas.

• As Directivas Operacional e Financeira só devem ser remetidas a

Conselho Nacional de Bombeiros depois de encerradas as negociações

entre os parceiros.

• Impõe-se que se faça um maior equilíbrio entre as missões atribuídas aos

bombeiros e os recursos financeiros que são disponibilizados tendo como

base a proposta do DNPS.

• Assegurar que todos os critérios da Circular Financeira sejam aplicados de

igual forma por todos os CODIS.

5.3.1. Reposição de veículos / Reequipamentos

• Existência de um Plano Nacional de Reequipamento para substituir

veículos de maior idade e mais desgastados;

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• Criação urgente da Comissão Distrital de Reequipamentos constituída

por:

- CODIS, que coordena;

- Presidente da Federação de Bombeiros;

- Um Presidente de Direção e um Comandante eleitos pelos seus pares

em plenário da Federação.

• Afirmamos a premente necessidade de passar do valor de 80% para 85%

a comparticipação até ao “limite de vida útil”, tendo como base o valor

real das viaturas;

• Incluir a percentagem de 60% de apoio à reposição de veículos para além

da vida útil que tenham comprovadamente sido submetidos a

renovações de superestrutura (existem veículos fora do tempo de vida

útil que são completamente recuperados e cuja percentagem atribuída

não cobre minimamente os investimentos de recuperação feitos pelas

Associações);

• A comparticipação da ANPC deve existir sempre, independentemente do

sinistro ser dentro ou fora da área de actuação do Corpo de Bombeiros,

desde 1 de Janeiro a 31 de Dezembro (dentro dos conceitos do DNPS);

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• As Entidades detentoras de Corpos de Bombeiros que tenham viaturas

acidentadas em serviço devem ser ressarcidas no prazo máximo de 365

dias a contar da data do acidente.

5.3.2. Reparação de veículos

Conclui-se da importância em fazer-se um estudo urgente e rigoroso das

necessidades de equipamentos e viaturas minimamente necessárias à

operacionalidade dos Corpos de Bombeiros, através das Comissões Distritais de

Reequipamento (a constituírem-se conforme proposta da LBP).

Devem ser sempre consideradas em todas as acções de acordo com a proposta

do DNPS.

Há necessidade de contemplar um prazo de verificação das anomalias

registadas, atendendo a que por vezes (muitas) estas não são imediatamente

detectáveis.

5.3.3. Danos em equipamentos diversos/Reposição

• Os danos em EPIS devem ser contemplados com valor fixo por elemento,

em função do número de Bombeiros que constituem o dispositivo de

cada Corpo;

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• É imperiosa a concretização do objectivo de contemplar cada Bombeiro

com três equipamentos EPIS.

• Os EPI devem obrigatoriamente ter as melhores características técnicas

do mercado (Cumprindo a ficha técnica definida e aprovada entre a ANPC

e LBP), devendo optar-se sempre pela qualidade. Constata-se igualmente

a necessidade urgente de alteração do regulamento de fardamentos.

• Em relação aos Rádios, as Associações/Corpo de Bombeiros devem ser

ressarcidas através da sua imediata substituição.

5.3.4. Inquéritos

Sempre que se entenda necessário proceder à elaboração de inquéritos, ou

relatórios, devem as equipas técnicas, constituídas para o efeito, ter

obrigatoriamente na sua composição um ou mais representantes da Liga dos

Bombeiros Portugueses, com competência e especialização das matérias a

inquirir.

5.3.5. Alimentação

As refeições devem ser totalmente comparticipadas introduzindo-se um valor

de referência.

5.3.6. Combustíveis

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Reembolsar o valor do combustível gasto no DNPS a 100% do valor real de

mercado, com base nos Kms e hora de bomba. Devendo também serem sempre

considerados os apoios ao pagamento dos combustíveis para instrução nos

quartéis e fora deles.

5.3.7. Compensação e Reembolso: ECINS/ELACS

Atendendo ao esforço realizado, às exigências, ao risco e às dificuldades

inerentes durante as 24 horas de disponibilidade permanente entendemos que

o mínimo a pagar a esses operacionais seja de 50€/dia.

5.3.8. Comunicação de despesas

Constata-se a necessidade de definir um sistema de reporte de despesa à ANPC

para além da comunicação ao CDOS. Sugere-se o envio de um e-mail, a

comunicar o dano que possibilita eventuais comprovativos à posteriori.

As despesas efectuadas devem ser ressarcidas mensalmente.

5.3.9. Período de Carência

Entendemos que deve ser considerado um período de carência, de forma a

poderem ser realizadas pequenas reparações e operações de manutenção aos

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veículos, a fim de se tornar mais transparente, mais justo e porventura mais

económico o processo de ressarcimento de despesas efectuadas.

5.3.10. Grupos de Reforço

• O modelo de contratualização dos GRUATA deve continuar a ser

desenvolvido. Salvo melhor opinião é convicção ao momento que a

contratualização efectuada não trouxe as mais-valias esperadas, como tal

deve reavaliar-se os efeitos da sua operacionalidade ou eventualmente

reformular o modelo GRIF, adaptando-o à necessária contratualização.

• Deverá haver um maior rigor na escolha ou disponibilidade das viaturas

para integrar os GRIF, não só no que diz respeito ao seu estado de

conservação e operacionalidade, mas também tendo em conta a relação

de veículos de cada CB;

• Os GRIF devem ser constituídos prioritariamente por veículos de CB`s cuja

mancha florestal seja de risco menor ou de perigosidade reduzida.

A este respeito sugere-se que:

• Possam existir menos grupos de reforço mas constituídos por mais

elementos, de forma a garantir, em continuidade, os períodos de

trabalho com pessoal em descanso;

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• Na constituição do GRIF deve ser acrescentado um VLCI, um VTPT e uma

ambulância;

• Devem ser sempre constituídos com dois elementos de comando com

formação considerada adequada ao comandamento destes grupos,

compensados de igual valor monetário;

• Sempre que um Corpo de Bombeiros constitua 3 ou mais ECIN’s, deve

integrar o Dispositivo 1 elemento de Comando desse Corpo de

Bombeiros;

• As viaturas têm de reunir garantias de bom estado de conservação e

operacionalidade;

• Todos os grupos quando da sua chegada ao TO devem ter a sua missão

perfeitamente definida e sempre que possível devem iniciá-la no período

diurno;

• Garantir a disponibilidade de guias que acompanhem os grupos em

reforço nos TO. Poderá recorrer-se a elementos dos gabinetes técnicos

florestais das Câmaras Municipais;

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• A rendição das forças não tem sido adequada ao restabelecimento físico

dos grupos. Os mesmos carecem de implementação de normativo de

rendição, sugerindo-se que seja sempre feita no período da manhã;

• Em termos de grandes deslocações, terá de ser revista a metodologia,

para que a segurança do pessoal esteja devidamente salvaguardada.

Sugere-se que a deslocação dos Bombeiros seja feita em transporte

colectivo. Também em relação às viaturas e equipamentos devem ser

utilizados transportes alternativos;

• O pré-posicionamento dos meios deve ocorrer de forma antecipada no

sentido de minimizar o tempo de entrada no TO.

5.3.11. Triangulação

• Constata-se a necessidade de desmobilização atempada das equipas em

triangulação sempre que o primeiro meio a chegar ao local avalie que não

há necessidade de reforço;

• A triangulação entre zonas limites de Distritos diferentes deve ser

adequadamente efectuada, como tal sugere-se melhor coordenação

inter-distrital.

5.3.12. Sectorização / Pontos de Trânsito

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Continuam a constatar-se sectorizações de TO demasiado extensas, situações

que devem ser corrigidas;

A implementação dos pontos de trânsito não está consolidada, não tendo sido

efectivo o controlo de entradas e saídas nos TO.

5.3.13. Máquinas de Rastos

Continua a ser muito longo o tempo de espera que medeia entre a mobilização

e a entrada em operações. Estas devem estar pré posicionadas, em locais

específicos porventura sediados em quartéis de Bombeiros com maior

incidência de risco de incêndio florestal;

É assumidamente evidenciada a necessidade de uma maior utilização de

máquinas de rastos nas operações de combate, consolidação de rescaldos e

abertura de caminhos.

Há necessidade de reforçar a formação sobre a forma do enquadramento

operacional deste tipo de meios.

Na operacionalidade e utilização das máquinas de rasto, propriedade de

empresas privadas, existem por vezes dificuldades dado que as mesmas não

têm seguro com cobertura de risco de incêndio. Acrescente-se que estas

entidades têm dificuldades em contratar tais seguros dado o risco acrescido.

Em caso de acidente, com as mesmas, em TO, a falta deste pode criar

problemas insanáveis. Por outro lado, existem dificuldades, por inexistência de

máquinas de rastos na maioria dos municípios, o que se torna necessário e

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urgente equacionar soluções adequadas, de forma e erradicar definitivamente

estas situações.

O DECIF deve garantir a contratualização destes equipamentos, operadores

particulares e respectivos seguros.

5.3.14. Comunicações

• Reforçar a rede SIRESP nos picos das comunicações de forma a não

colapsar.

• Reajustar as coordenadas da rede SIRESP compatibilizando com as dos

meios aéreos;

• Constatando-se que existem zonas do território sem cobertura efectiva

de rede;

• Devem manter-se em perfeita operacionalidade as redes de banda alta,

ROB e REPC, a fim de colmatar essas falhas.

• Garantir a eficiência dos Sistemas de Georreferenciação dos Rádios

SIRESP

5.3.15. Rescaldo e Vigilância

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Para reposição da capacidade de primeira intervenção torna-se prioritário um

maior envolvimento do primeiro e segundos pilares nas acções de rescaldo e

vigilância, estas devem ter como principais intervenientes os Sapadores

Florestais, Comissões de Baldios, Associações Florestais ZIFs, Autarquias e

Forças Armadas entre outros.

5.3.16. Logística

Apesar de significativas melhorias sentem-se ainda falhas de apoio sanitário,

alimentar, combustíveis e reparação de veículos, entre outros. Quando os

meios em presença no TO forem para além dos meios do próprio Município a

responsabilidade logística deve ser assumida através dos seus Serviços

Municipais de Protecção Civil.

A partir do momento que esteja no TO mais de 50 elementos, deverá estar

sempre presente uma ambulância de prevenção.

5.3.16.1. Veículos de abastecimento de combustível

Necessidade da existência de veículo de abastecimento de combustível

disponível 24h / dia em cada distrito, sob a coordenação do CDOS.

5.3.16.2. Quarteis e Bases de Apoio Logístico (BAL)

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Estudo rigoroso das necessidades de construção e reparação dos quartéis de

Bombeiros.

Para além das BAL existentes definir locais estratégicos de apoio logístico por

município (As escolas poderão ser locais preferenciais).

As BAL de categoria secundária devem também ter capacidade de apoio à

manutenção preventiva dos veículos.

5.3.16.3. Veículos Operacionais

5.3.16.3.1.1. Renovação de frota

Constata-se da gradual degradação e envelhecimento dos veículos de

combate aos fogos florestais. É necessário e urgente, um plano de

reequipamento plurianual que permita renovar a frota de veículos

operacionais.

Propomos como prioritário a criação das Comissões Distritais de

Reequipamentos.

5.4. USO DO FOGO

É notório o abuso no uso do fogo de supressão nomeadamente do fogo táctico.

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Exigir o reconhecimento da competência e da utilização das técnicas de uso do

fogo como ferramenta de supressão aos elementos dos Corpos de Bombeiros

que detenham formação / credenciação para tal, atribuída pela ANPC.

Existem situações em que se deve assumir a possibilidade de deixar arder, uma

vez que os riscos humanos e os custos no seu combate são muitas vezes

superiores, comparativamente aos danos causados pela progressão do

incêndio. Assim, devem desenvolver-se estratégias de forma calculada e

planeada, ancorando o incêndio preferencialmente nos caminhos ou noutras

zonas de contenção.

5.5. SEGURANÇA

• Incluir obrigatoriamente nos períodos de menor empenhamento

operacional do DECIF, instrução de segurança às equipas de combate a

incêndio (ECIN e ELAC);

• Definir a obrigatoriedade de existência de Adjunto para a segurança, em

incidentes de fase III, com todas as células activadas de forma a

sistematizar a utilização dos “vigilantes” das frentes de fogo em combate;

• Criar equipas de investigação técnica de acidentes em permanência,

capazes de em tempo oportuno comparecer nos Teatros de Operações e

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elaborar relatórios circunstanciados sobre os acidentes ocorridos no

desenrolar das operações;

• Os vigias são fundamentais para a segurança e para o apoio à gestão do

combate. Para além de monitorizarem a posição e comportamento do

incêndio apoiam no estabelecimento de caminhos de fuga. Estes vigias

não estão a ser implementados no TO.

Há que rever esta situação com carácter de urgência.

5.6. OUTROS AGENTES DE PROTECÇÃO CIVIL

5.6.1. Presença de forças de segurança nos teatros de operações

Conclui-se da necessidade do reforço das forças de segurança a fim de garantir

organização, rigor e disciplina no trânsito e dos cidadãos bem como na

protecção das forças em acção.

5.7. FEB

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A FEB é cada vez menos uma força de Bombeiros, sendo antes uma Força

Especial de Protecção Civil. Como tal, deve reequacionar-se o seu

posicionamento no seio da estrutura dos Bombeiros. Se é critério obrigatório

para admissão na FEB, ser bombeiro, entendemos que deve ser também

critério para manutenção nessa função a sua permanência no quadro activo dos

respectivos Corpos de Bombeiros. Assim deverá ser imediatamente

reequacionado o enquadramento legal desta estrutura no contexto da ANPC.

6. OUTROS

6.1. PLANOS MUNICIPAIS DE EMERGÊNCIA

Constatou-se uma relutância contínua por parte das Comissões Municipais de

Protecção Civil em activar os seus Planos Municipais de Emergência, urge

intervir nesta situação. Propõe-se que sejam sensibilizados os Presidentes de

Câmara para actuarem em conformidade com a Lei.

6.1.1. Gabinetes Técnicos Florestais (GTF`s)

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Os GTF dos Municípios devem fazer um acompanhamento mais próximo dos

POM devendo estes de revestirem-se de conceitos práticos aplicáveis no

decorrer das operações.

6.1.2. Coordenador Municipal de Protecção Civil (CMPC)

No conceito de protecção civil como órgão de coordenação, existe a figura de

Coordenador Municipal de Protecção Civil e não outro.

6.1.3. Acidentes com Bombeiros

Importa em bom rigor que os resultados dos inquéritos e relatórios elaborados

pelas entidades competentes, de análise aos acidentes ocorridos possam trazer

ensinamentos de forma a evitar idênticas situações futuras.

Devendo ter-se sempre em linha de conta a Confidencialidade e Protecção dos

Dados Pessoais.

A má compreensão do comportamento do fogo, a deficiente análise dos

factores determinantes na propagação do incêndio e o não cumprimento das

regras básicas de segurança facilitam a ocorrência de acidentes. Para que tal

não aconteça deve ser reduzido o número de horas de trabalho na frente de

fogo através de uma maior rotatividade das equipas.

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O esforço físico dispensado no combate, associado às condições ambientais

extremas perto do incêndio e o elevado número de horas de trabalho facilitam

a exaustão. Bombeiros nestas condições são mais vulneráveis a acidentes e têm

naturalmente menor rendimento, pondo em causa a sua própria segurança e a

segurança dos restantes elementos da equipa.

A boa condição física, a constante hidratação, o descanso frequente e a

rotatividade dos elementos nos teatros de operações são fundamentais para

o sucesso das missões e salvaguarda da integridade física dos Bombeiros.

Intensificar a Vigilância Médica dos Bombeiros, garantindo um rastreio

adequado, visando a melhoria das suas condições físicas.

6.1.4. Seguros

Impõe-se com urgência aprofundar rigorosamente as insuficiências detectadas

que permitam propor ao Governo e à Associação Nacional de Municípios

Portugueses a reabertura de negociações de uma apólice que inclua novos

direitos e actualize os valores indemnizatórios.

6.1.5. Formação

É nosso entendimento que a ENB, deva afirmar-se por uma postura de

descentralização levando a escola ao Bombeiro libertando-se e libertando-os de

processos burocráticos ou do emaranhado de procedimentos administrativos

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dando respostas rápidas, concretas e objectivas às necessidades dos

Bombeiros.

É ainda nosso entendimento que, de acordo com reflexões e propostas

analisadas em tempo entre a LBP e a ENB, a formação de ingresso e acesso e

ainda a formação de quadros de comando deve, obrigatoriamente, ser

assegurada pela ANPC com atribuição à ENB, das verbas necessárias para o

efeito e de acordo com uma planificação organizacional aprovada pelos

parceiros (ANPC/LBP/ENB) e assegurada através das Comissões Distritais de

Formação.

Quanto à formação especializada e/ou de aperfeiçoamento técnico é nosso

entendimento que a mesma deve ser assegurada e financiada pela ANPC tendo

em conta as necessidades operacionais de cada Corpo de Bombeiros, quer ao

nível da sua área de actuação quer ao nível do município ou mesmo ao nível

supra municipal. Esta deve corresponder às orientações definidas pelos

parceiros ANPC/DNB, assentes em critérios e medidas planeadas e com o

respectivo enquadramento financeiro.

Como tal a LBP entende e por isso propõe que para o efeito seja constituído

com carácter de urgência um Grupo de Trabalho envolvendo a ANPC/LBP/ENB.

6.1.5.1. Instrução

A instrução contínua é uma ferramenta fundamental e deverá ser

implementada em situações reais com uso de fogo de supressão para gestão de

combustíveis, consubstanciando assim a instrução em contexto do trabalho.

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6.2. LEI DE FINANCIAMENTO

Instrumento fundamental sobre o qual urge efectuar imediatamente uma

revisão e actualização dos seus valores.

CONCLUSÃO

Este documento deve ser considerado como matriz orientadora das Estratégias

e Dinâmicas que vincularão futuramente as partes envolvidas: MAI / ANPC /

LBP.

Liga dos Bombeiros Portugueses