relatÓrio de projeto de geotecnia

36
RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA MARÍLIA – SP (Setembro/2020) Obra de Reforma do Ginásio CEMESC

Upload: others

Post on 01-Jul-2022

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

MARÍLIA – SP (Setembro/2020)

Obra de Reforma do Ginásio CEMESC

Page 2: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 1

2. ESTUDOS REALIZADOS ................................................................................................ 1

2.1. DIAGNÓSTICO ATUAL DA ÁREA ......................................................... 1

2.2. INVESTIGAÇÃO GEOLÓGICO-GEOTÉCNICA DA ÁREA .................... 9

2.2.1. GEOMORFOLOGIA ................................................................................ 9

2.2.2. CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICO-GEOTÉCNICA DA ÁREA .............. 9

3. APRESENTAÇÃO DAS SOLUÇÕES PROPOSTAS .................................................... 12

4. AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE GLOBAL .................................................................. 14

4.1. RESULTADO DA ANÁLISE DE ESTABILIDADE ................................. 16

5. DRENAGEM SUPERFICIAL ......................................................................................... 17

5.1. DIMENSIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS ....................................... 18

5.1.1. DETERMINAÇÃO DA DESCARGA DE PROJETO .............................. 18

5.1.2. INTENSIDADE DE CHUVA CRÍTICA ................................................... 20

5.1.3. DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DE VAZÃO ............................... 21

5.1.4. VELOCIDADE MÁXIMA PERMISSÍVEL ............................................... 21

5.1.5. ANÁLISE DAS VAZÕES DE PICO DA BACIA ..................................... 22

5.1.6. PROJETO HIDRÁULICO DOS ELEMENTOS DO SISTEMA DE

DRENAGEM SUPERFICIAL .......................................................................................... 22

5.1.6.1. MEIA-CANA EM CONCRETO .............................................................. 24

6. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS .................................................................................... 25

6.1. EXECUÇÃO DOS ATERROS COMPACTADOS ................................. 25

6.2. GEOTÊXTIL NÃO TECIDO .................................................................. 26

6.3. CANALETA MEIA-CANA ...................................................................... 27

6.4. COBERTURA VEGETAL ...................................................................... 27

7. QUANTITATIVO E ESTIMATIVA DE ORÇAMENTO .................................................... 28

EQUIPE TÉCNICA ............................................................................................................... 29

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 30

ANEXO A - PLANTAS .......................................................................................................... 32

ANEXO B – QUANTITATIVO E ESTIMATIVA DE ORÇAMENTO ...................................... 33

Page 3: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

1

1. INTRODUÇÃO

Apresenta-se neste Relatório a descrição das soluções propostas para a

execução dos serviços e obras a serem realizadas, dos estudos e itens de projetos

elaborados para tanto, incluindo as respectivas especificações técnicas.

O Mapa de Situação do local objeto de estudo dos serviços descritos neste

relatório é apresentado na Figura 1.

Figura 1: Mapa de Situação do Local Objeto de Estudo Fonte: Google Earth com imagem do ano de 2020.

Page 4: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

1

2. ESTUDOS REALIZADOS

Descrevem-se a seguir, de forma abrangente, a natureza dos estudos realizados

bem como os procedimentos metodológicos empregados e os resultados obtidos.

2.1. DIAGNÓSTICO ATUAL DA ÁREA

Na data de 12 de setembro de 2020 foi realizada uma visita técnica de campo no

Centro Municipal, Educacional, Esportivo e Cultural “Francisco de Assis Nascimento”

(CEMESC – Nova Marília), localizado à Rua Sylvia Ribeiro de Carvalho, nº 95, Bairro

Núcleo Habitacional Nova Marília, de propriedade da Prefeitura Municipal de Marília.

Durante a visita técnica, foi possível observar que a edificação apresenta, de

maneira geral, patologias decorrentes do tempo associadas à ausência de manutenção

periódica dos sistemas e estruturas.

Referente às patologias associadas aos problemas geotécnicos, foi possível

observar descolamentos e afundamentos de piso, em diversos locais da área objeto de

estudo, decorrentes de recalques diferenciais do terreno relativos à deficiência dos

procedimentos de execução de compactação de aterros à época de execução das obras.

Adicionalmente, referente aos taludes em aterro compactado existentes no

entorno da edificação, observam-se que os mesmos não possuem sistema de drenagem

superficial. A ausência de um sistema de drenagem superficial associada a uma

cobertura vegetal inadequada proporciona um aumento do volume de escoamento

superficial e, consequentemente, um aumento da velocidade do fluxo, causando a

desagregação e transporte de partículas de solo. A interação desses fatores define,

portanto, uma predisposição à ocorrência de processo erosivo na área de interesse.

Desta forma e de maneira a garantir a estabilidade global das estruturas e dos

maciços em solo existentes, faz-se necessária a proposição de intervenções localizadas,

relativas à escavação e recomposição de aterro com material adequado, com o objetivo

de proporcionar suporte adequado às estruturas bem como a reconformação dos taludes

no entorno da área, incluindo implantação de sistema de drenagem e proteção superficial

com grama.

As Fotos 1 a 14 apresentam o relatório fotográfico da visita técnica realizada.

Page 5: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

2

Foto 1 – Vista geral da área – Face Oeste.

Foto 2 – Vista Lateral – Face Leste.

Page 6: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

3

Foto 3 – Vista geral do talude – Face Leste.

Foto 4 – Vista geral do talude – Face Sul.

Page 7: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

4

Foto 5 – Vista geral do talude – Face Oeste.

Foto 6 – Área interna do Ginásio (ausência de manutenção geral).

Page 8: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

5

Foto 7 – Área interna do Ginásio (ausência de manutenção geral).

Foto 8 – Vista frontal do CEMESC (ausência de manutenção geral).

Page 9: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

6

Foto 9 – Vista do talude – Face Leste.

Foto 10 – Vista do talude – Face Oeste.

Page 10: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

7

Foto 11 – Recalque existente no piso – Face Leste.

Foto 12 – Vista geral – Face Sul (ausência de manutenção geral).

Page 11: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

8

Foto 13 – Vista geral – Face Sul (ausência de manutenção geral).

Foto 14 – Recalque existente no piso – Face Oeste.

Page 12: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

9

2.2. INVESTIGAÇÃO GEOLÓGICO-GEOTÉCNICA DA ÁREA

2.2.1. GEOMORFOLOGIA

A região Oeste situa-se geologicamente sobre a Bacia do Paraná. A geologia da

região é composta pelo Grupo Bauru, sotoposta a esta, a Formação Serra Geral e

posteriormente a Formação Botucatu (OLIVEIRA FILHO et al., 2002)

O Grupo Bauru na região é composto pelas Formações Marília e Adamantina. A

Formação Marília caracteriza-se por ser um arenito sedimentar carbonático com matriz

argilosa. Abaixo a Formação Adamantina, com profundidade média até os 260 metros,

caracteriza-se por apresentar arenitos esbranquiçados, com pouca matriz argilosa.

A Formação Serra Geral na região é constituída de basaltos em derrames

tabulares de espessura e extensão muito variável, intercalando localmente corpos de

arenitos finos selecionados (DAEE, 1979). Na região possui uma espessura de 600 a 900

metros, sendo a camada confinante da Formação Botucatu.

Formação Botucatu, na região caracterizada pelos Aquíferos Guarani e Piramboia,

é constituída de arenitos finos a médios, bem selecionados, com estratificação cruzada

de grande porte, eólicos, em cunhas ou erodidos no topo, com espessuras que oscilam

de 80 a 220 metros.

A cidade de Marília encontra-se localizada na Bacia Sedimentar do Paraná

(morfoestrutura) e no Planalto Ocidental Paulista (morfoescultura), mais precisamente no

Planalto Residual de Marília (ROSS & MOROZ, 1996), cujas formas de relevo

predominantes são as colinas com topos aplanados, convexos e tabulares com altimetria

variando entre 500 e 600 metros, declividade variando entre 10 a 20% e predomínio de

Latossolos e de Argissolos (MARQUES DOS SANTOS & RODRIGUES NUNES, 2007).

2.2.2. CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICO-GEOTÉCNICA DA ÁREA

Entre os dias 06 e 08 de julho de 2020 foram realizados os serviços de sondagem

de simples reconhecimento com SPT na área objeto de projeto.

O objetivo das investigações foi propiciar o reconhecimento da estratigrafia local,

possibilitando a montagem do perfil geotécnico, o qual faz parte das análises de

estabilidade bem como da definição dos parâmetros geotécnicos das respectivas

camadas (GERSCOVICH et al., 2016).

No total, foram executados 04 (quatro) furos de sondagem, totalizando 70,72m

perfurados, conforme procedimentos descritos na ABNT NBR 6484/2001.

Page 13: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

10

Adicionalmente, foram coletadas 02 (duas) amostras para realização dos

seguintes ensaios de caracterização:

Ensaio de compactação, conforme procedimentos descritos na ABNT NBR

7182/2016.

Ensaio para determinação do Índice de Suporte Califórnia (CBR), conforme procedimentos descritos na ABNT NBR 9895 e norma DNIT 172/2016.

Complementarmente foi coletada 01 (uma) amostra indeformada para realização

de ensaio de Compressão Edométrica (ABNT NBR 12007).

Dados das sondagens e dos ensaios de laboratório realizados indicam que o

subsolo da região é composto por uma camada de aterro formada por silte areno argiloso

fofo a pouco compacto (NSPT máximo igual a 8), espessura variável e podendo atingir

profundidades de até 5,0m. Subjacente a esta, tem-se uma camada de areia, espessura

variável, pouco compacta a compacta, abaixo da qual se tem uma camada de silte areno

argiloso compacto a muito compacto.

Durante a realização das sondagens (Julho/2020) o nível d’água encontrava-se a

uma profundidade média de 5,80m, em todos os furos de sondagem executados.

Referente aos ensaios de compactação executados, os resultados indicaram

valores médios para massa específica seca máxima e teor de umidade ótimo iguais a

1,82g/cm³ e 13,9%, respectivamente.

Com relação à determinação do índice de suporte Califórnia (CBR) os resultados

indicaram índices iguais a 4% e 11% e índices de expansão de 4,0% e 3,5%,

respectivamente para as Amostras 01 e 02, os quais apontam solos com índices de

expansão no limite para utilização em aterro (índice de expansão máximo recomendado

igual a 4%, conforme norma DNIT 108/2009).

A despeito do ensaio de adensamento realizado, não se verifica um

comportamento muito compressível dos solos, ou seja, não há indícios da presença de

solos muito moles, tendo em vista os resultados apresentados (Figura 2), os quais

indicam comportamento de solo granular fofo a pouco compacto, de acordo com o índice

de vazios apresentado e corroborando com os resultados apresentados nas sondagens

realizadas.

Page 14: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

11

Figura 2: Resultado do ensaio de adensamento realizado (índice de vazios inicial: 0,69).

Page 15: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

12

3. APRESENTAÇÃO DAS SOLUÇÕES PROPOSTAS

Tendo em vista as patologias associadas aos problemas geotécnicos, decorrentes

de recalques diferenciais do terreno relativos à deficiência dos procedimentos de

execução de compactação de aterros à época de execução das obras e, também,

considerando os taludes em aterro compactado existentes no entorno da edificação, os

quais não possuem sistema de drenagem superficial, são propostas intervenções

localizadas, relativas à escavação e recomposição de aterro com material adequado, com

o objetivo de proporcionar suporte adequado às estruturas bem como a reconformação

dos taludes no entorno da área, incluindo implantação de sistema de drenagem e

proteção superficial com grama.

A seguir é apresentada uma descrição sucinta das soluções técnicas alternativas

propostas:

Recomposição dos aterros inadequados:

Para a recomposição dos aterros inadequados é proposta a escavação geral de

0,60m da área.

Posteriormente à etapa de escavação, deverá ser realizada a regularização geral

da área.

Com o objetivo de promover a separação e reforço da camada de base, é

proposta a instalação de uma camada em geotêxtil não tecido em Poliéster (PET), com

resistência mínima de 21 kN/m.

Sobre a camada de geotêxtil não tecido, serão executadas as camadas em aterro

compactado, com espessuras de, no máximo, 0,30m cada, até a cota final definida em

projeto.

Imperioso destacar que as estruturas principais do CEMESC não serão objeto de

demolição/remoção, devendo-se tomar cuidado na execução das etapas de escavação e

compactação.

Reconformação dos taludes:

A etapa de reconformação dos taludes envolve a escavação de 0,60m da camada

de aterro inadequado.

Posteriormente à etapa de escavação, deverá ser realizada a regularização geral

da área.

Page 16: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

13

Na sequência, serão executadas as camadas em aterro compactado, com

espessuras de, no máximo, 0,30m cada, até a cota final definida nos desenhos de

projeto.

Proteção Superficial

Posteriormente à etapa de recomposição dos aterros, deverá ser prevista a

proteção superficial das áreas livres com plantio de grama.

Adicionalmente, também está prevista a implantação de dispositivos de drenagem

superficial (canaletas meia-cana em concreto).

Destaca-se também que durante as atividades de remoção da camada de aterro

inadequado existente, deverá ser providenciada a disposição do material escavado em

Bota-fora devidamente licenciado. Ressalta-se que por conta das características

apresentadas do material utilizado, conforme descrito no item 2.2.2, não se recomenda o

reaproveitamento do material nas atividades de recomposição dos aterros. Desta forma,

o material a ser utilizado na recomposição dos aterros deverá atender ao disposto no

item 6.1.

O balanço de solo final previsto para as soluções propostas é apresentado no

Quadro 1.

Quadro 1: Balanço de solo.

Volume de Corte (m³) Aterro Inadequado

Volume de Aterro (m³) (empolamento 25%)

Balanço Total (m³)

3.364,51 3.701,65 -3.701,65

O Anexo A apresenta os desenhos de projeto para as soluções propostas.

Page 17: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

14

4. AVALIAÇÃO DA ESTABILIDADE GLOBAL

Para uma melhor compreensão dos mecanismos que envolvem o comportamento

geotécnico do maciço, e de forma a contribuir com a formulação das diretrizes de

recuperação dos taludes em solo, foi realizado estudo de estabilidade global da área em

estudo.

O estudo de estabilidade dos taludes é feito a partir da avaliação do Fator de

Segurança, que visa caracterizar o risco de ruptura instantânea por meio do conceito de

equilíbrio limite, quando as tensões atuantes se igualam à resistência do solo.

O fator de segurança (FS) é o valor numérico da relação estabelecida entre a

resistência ao cisalhamento do solo e a resistência ao cisalhamento mobilizado para

garantir o equilíbrio do corpo deslizante, sob o efeito dos esforços atuantes.

O fator de segurança admitido neste estudo foi definido com base na ABNT NBR

11.682 (2009), segundo a qual o Fator de Segurança (FS) mínimo recomendado para

situação definitiva é de 1,5, conforme Figuras 3 a 5.

Figura 3: Fatores de segurança mínimos para deslizamentos. Fonte: ABNT NBR 11682/2009.

Page 18: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

15

Figura 4: Nível de segurança desejado contra a perda de vidas humanas. Fonte: ABNT NBR 11682/2009.

Figura 5: Nível de segurança desejado contra danos materiais e ambientais.

Fonte: ABNT NBR 11682/2009.

Para o estudo de estabilidade foi utilizado o software SLIDE 7.0 (Rocscience Inc.),

com base no Método do Equilíbrio Limite. O método utilizado foi o de Bishop Simplificado,

o qual considera em seus cálculos uma superfície de ruptura com forma circular.

O Anexo A apresenta em planta a localização da seção considerada

representativa do estudo em questão.

O Quadro 2 apresenta os parâmetros geotécnicos utilizados na simulação

numérica, os quais foram adotados com base na descrição apresentada no item 2.2.2. Os

valores dos parâmetros foram adotados segundo recomendações da NC-03 (1980).

Page 19: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

16

Quadro 2 - Parâmetros geotécnicos adotados no modelo numérico.

Descrição Parâmetros

γ' (kN/m3) c’ (kPa) φ’ (º) Aterro - Silte Areno Argiloso fofo a pouco

compacto 16,0 5 25

Areia pouco compacta a compacta 18,0 10 30 Silte Areno Argiloso compacto a muito

compacto 19,0 20 35

Para o estudo de estabilidade foi considerada a situação pré-execução da

reconformação proposta para os taludes em aterro compactado existentes no entorno da

área.

4.1. RESULTADO DA ANÁLISE DE ESTABILIDADE

A Figura 6 apresenta o fator de segurança obtido.

Figura 6: Fator de Segurança para a Seção avaliada.

De acordo com o resultado obtido, observa-se que o Fator de Segurança é superior

ao mínimo recomendado (FS ≥ 1,50) corroborando para uma satisfatória condição de

estabilidade do maciço.

Ressalta-se, entretanto, a necessidade em se executar, após a recomposição

Page 20: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

17

localizada do aterro, a proteção superficial do talude por meio de cobertura vegetal. A

cobertura vegetal tem como funções principais: aumentar a resistência das camadas

superficiais de solo pela presença de raiz; proteger as camadas contra erosão superficial e

reduzir a infiltração de água no solo (IPT, 1991).

5. DRENAGEM SUPERFICIAL

O projeto de drenagem corresponde ao detalhamento dos dispositivos de drenagem

superficiais e de obras de arte correntes, necessários à captação e condução das águas que

se relacionam com as instabilidades geotécnicas.

Um sistema de drenagem adequado deve prevenir a geração de poropressões, além

de proteger a estrutura contra a deterioração causada pela água. É vital que a estrutura

esteja protegida contra infiltração de água, a qual pode resultar em carregamentos

adicionais que podem causar deslizamento ou ruptura do solo.

Mesmo quando o terreno não possui um nível d’água, pode ocorrer presença de

água por infiltração na superfície, ou pela existência ou desenvolvimento de fluxo

subterrâneo, gerado, por exemplo, pela ruptura acidental de tubulações de água e esgoto.

Para proteger a estrutura contra os efeitos nocivos da água, algumas medidas preventivas

devem ser tomadas.

A prática usual recomenda a execução dos convencionais serviços de drenagem de

superfície.

Os elementos básicos necessários à elaboração do projeto foram definidos com base

nos estudos hidrológicos, nos estudos topográficos, no projeto geométrico e nas inspeções

de campo.

Para a concepção do presente projeto de drenagem foram considerados:

• Tipo de dispositivo;

• Localização; e

• Dimensão.

Para o presente projeto, foram previstas as seguintes atividades/execução de

dispositivos:

• Canaleta meia-cana em concreto; e

• Proteção superficial com grama.

Page 21: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

18

5.1. DIMENSIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS

5.1.1. DETERMINAÇÃO DA DESCARGA DE PROJ ETO

Tendo em vista o documento IS-203 Estudos Hidrológicos em seu item 3.2.3,

apresentado em DNIT (2006), (itens a e b, os quais apresentam recomendações para

período de recorrência e tempo de concentração, respectivamente); levando-se em

consideração os seguintes fatores:

• Importância e segurança da obra;

• Estimativa de custos de restauração, na hipótese de destruição;

• Risco para as vidas humanas em face de acidentes provocados pela

destruição da obra;

• Outros fatores de ordem econômica.

E, considerando tratar-se de dimensionamento de dispositivos para obras de

drenagem superficial, será considerado o período de recorrência de 10 anos e tempo de

concentração igual a 10 minutos para cada dispositivo de drenagem a ser projetado.

O tempo de recorrência foi selecionado tendo em vista os valores usuais

apresentados em DNIT (2006) e apresentados no Quadro 3.

Page 22: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

19

Quadro 3 – Período de recorrência sugerido.

Fonte: DNIT (2006).

De acordo com a área total da bacia de contribuição, a metodologia utilizada na

determinação das descargas das bacias será conforme o Método Racional, conforme

apresentado na equação a seguir:

Q = c ∗ i ∗ A

3,6

Em que:

Q: Descarga máxima em (m³/s)

c: Coeficiente de deflúvio, considerado igual a 0,25 (DNIT, 2005)

i: intensidade da chuva (mm/h)

A: Área da bacia hidrográfica em (km²)

Para a definição do coeficiente de deflúvio (c), foram consideradas como

características das áreas das bacias tributárias, predominantemente, áreas gramadas.

Page 23: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

20

5.1.2. INTENSIDADE DE CHUVA CRÍTICA

Para o cálculo da intensidade da chuva, foi utilizada a equação de precipitação

intensa para a estação localizada em Garça/SP, por ser considerada a mais próxima da

região, obtida por meio do documento Precipitações Intensas no Estado de São Paulo,

DAEE (2018).

i t,T= 44,54 (t + 30)-0,8987 + 2,92 (t+10)-0,6051 [-0,4866 – 0,9132 lnln (T/T-1)]

Em que:

i t,T: intensidade da chuva, correspondente à duração t e período de retorno T, em

mm/min (mm/min);

t: tempo de concentração (min) - para 10 ≤ t ≤ 1440 min;

t = 10 min

T: Período de retorno (anos);

T = 10 anos (Quadro 5)

Os parâmetros utilizados resultam em:

i t,T = 2,365 mm/min

Desta forma, tem-se que a intensidade de chuva a ser utilizada no projeto é igual

a 141,9 mm/h.

Portanto, a descarga máxima para os elementos do projeto de drenagem

superficial será obtida por meio da equação abaixo:

Q = 0,25 ∗ 141,9 ∗ A

3,6

Em que:

Q: Descarga máxima em (m³/s)

A: Área da bacia hidrográfica em (km²)

Page 24: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

21

5.1.3. DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DE VAZÃO

Considerando-se as dimensões dos dispositivos de drenagem, foi calculada a

capacidade de vazão em função da declividade longitudinal do greide.

Aplicando-se a fórmula de Manning, temos:

v = 1n∗ R2/3 ∗ I1/2

Q = A ∗ v (equação da continuidade)

Q = A ∗1n∗ R2/3 ∗ I1/2

Em que:

Q: Vazão de escoamento, em m³/s;

A: Área da seção molhada do canal, em m²;

v: Velocidade de escoamento, em m/s;

n: Coeficiente de rugosidade de Manning;

R: Raio hidráulico, em m e

I: Declividade do canal, em m/m.

5.1.4. VELOCIDADE MÁXIMA PERMISSÍVEL

O dimensionamento de cada dispositivo de drenagem está condicionado ao fator

velocidade, o qual não deve ultrapassar os valores pré-estabelecidos, função do tipo de

revestimento utilizado. Todos os dispositivos deverão receber o revestimento adequado,

conforme os estudos e verificação em função das velocidades máximas admissíveis.

Page 25: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

22

5.1.5. ANÁLISE DAS VAZÕES DE PICO DA BACIA

O Quadro 4 apresenta o resultado do cálculo da vazão para o dimensionamento

dos elementos de drenagem previstos em projeto.

Quadro 4: Cálculo da vazão para dimensionamento dos elementos de drenagem.

Sub-bacia A (m²) C* Q (m³/s) Q (L/s)

I - Meia-cana em concreto 3.700 0,25 0,036 36,5

5.1.6. PROJ ETO HIDRÁULICO DOS ELEMENTOS DO SISTEMA DE DRENAGEM SUPERFICIAL

I – Meia-cana em concreto

Figura 7: Parâmetros para a determinação do raio hidráulico e perímetro molhado.

Meia-cana em concreto:

( )8sen2 θθ −

= DS h e

( )4

sen1 θθ−

= DRh

Devem ser respeitadas também as seguintes condições:

• Altura livre mínima igual a 20% da lâmina líquida;

• Velocidade máxima de acordo com o material do canal (ver Quadro 5).

Page 26: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

23

Quadro 5: Velocidade máxima de escoamento.

Velocidade (m/s) Tipo de Material

0,23 a 0,3 Areia muito fina

0,3 a 0,46 Areia solta média

0,46 a 0,61 Areia grossa

0,61 a 0,76 Terreno arenoso comum

0,76 a 0,84 Terreno silte argiloso

0,84 a 0,91 Terreno de aluvião

0,91 a 1,14 Terreno argiloso compacto

1,14 a 1,22 Terreno argiloso duro

1,22 a 1,52 Solo cascalhado

1,52 a 1,83 Cascalho grosso e pedregulho

1,83 a 2,44 Rochas sedimentares moles-xistos

2,44 a 3,05 Alvenaria

3,05 a 4,00 Rochas compactas

4,00 a 6,00 Concreto

Fonte: PORTO (1999).

Page 27: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

24

5.1.6.1. MEIA-CANA EM CONCRETO

Page 28: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

25

6. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

No presente projeto são aplicáveis como base as especificações gerais do

DNER/DNIT, a seguir relacionadas:

DNIT 104/2009-ES – Terraplenagem - Serviços preliminares

DNIT 108/2009-ES – Terraplanagem – Aterros

Complementarmente, são também aplicáveis as seguintes especificações

particulares:

6.1. EXECUÇÃO DOS ATERROS COMPACTADOS

Os materiais a serem utilizados na execução dos aterros devem atender às

seguintes especificações mínimas:

• Ser isento de matérias orgânicas, micáceas e diatomáceas. Não devem

ser constituídos de turfas ou argilas orgânicas;

• Não devem apresentar uma incidência de pedregulhos maior que 5%;

• Para efeito da execução do aterro, recomenda-se que os materiais

apresentem capacidade de suporte adequada (ISC ≥ 2%) e expansão

menor ou igual a 4%.

O lançamento do material para a construção dos aterros deve ser executado em

camadas sucessivas, de até 0,30m, e em extensões tais que permitam seu

umedecimento e compactação de acordo com as especificações de projeto. No caso do

solo lançado estar excessivamente úmido, deverá ser providenciada a sua aeração. Tal

aeração e exposição deverão ser feitas com revolvimento do solo com grade de disco e

secagem, se possível, à sombra.

Para o lançamento de uma nova camada sobre uma já executada, deverá ser feita

uma escarificação superficial da camada existente de modo a assegurar uma boa ligação

entre camadas.

No caso do solo estar excessivamente seco, deverá ser promovida a umectação

do mesmo com caminhão pipa e posterior homogeneização do solo com grade de discos.

Todas as camadas deverão ser convenientemente compactadas. Para o corpo

dos aterros, a compactação deve ser procedida com o solo na umidade ótima, até ±5%,

até se obter a massa específica aparente seca entre 93% e 98% da massa específica

seca máxima, definida no ensaio de PROCTOR NORMAL (ABNT NBR 7182/2016). Os

Page 29: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

26

trechos que não atingirem as condições mínimas de compactação deverão ser

escarificados, homogeneizados, levados à umidade adequada e novamente

compactados, de acordo com a massa específica aparente seca exigida.

O controle de compactação consiste na execução de, no mínimo, 2 (dois) ensaios

para cada 500m³ de solo compactado.

Durante a implantação, os serviços já executados deverão ser mantidos com boa

conformação e permanente drenagem superficial.

6.2. GEOTÊXTIL NÃO TECIDO

A especificação técnica mínima do geotêxtil não tecido é apresentada no Quadro

6.

Quadro 6: Especificação Técnica do Geotêxtil Não tecido.

Propriedade Método de ensaio Valor Mínimo Frequência Mínima de

Amostragem Resistência à tração – Transversal

ABNT NBR ISO 10319 21 kN/m

Por lote fornecido Alongamento na ruptura – Transversal 50%

Resistência à tração – Longitudinal ABNT NBR ISO 10319

21 kN/m

Alongamento na ruptura – Longitudinal 50%

Resistência ao Puncionamento – CBR ABNT NBR ISO 12236 4,50 kN Por lote fornecido

Matéria Prima 100% Poliéster (PET) n.a.

n.a.: não se aplica.

O FABRICANTE deverá possuir um sistema de controle de qualidade do material

durante a sua fabricação.

Além disso, deverá ser fornecido o Certificado de Controle de Qualidade de

Fabricação do material, garantindo as especificações técnicas exigidas, a quantidade de

bobinas fornecidas com as respectivas identificações de cada bobina, conforme prescrito

na ABNT NBR ISO 10320.

Os lotes deste material somente deverão ser liberados após a apresentação dos

resultados dos testes, sendo comprovadas que as amostragens atendem aos critérios

especificados.

Page 30: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

27

6.3. CANALETA MEIA-CANA

A canaleta meia-cana em concreto deverá ser implantada de acordo com as

características apresentadas nos Desenhos de Projeto (Anexo A).

6.4. COBERTURA VEGETAL

Os serviços de proteção vegetal consistem no plantio de grama com a finalidade

de proteger superficialmente as áreas expostas dos taludes (cortes e aterros),

proporcionando condições de resistência à erosão superficial.

A proteção vegetal será constituída por grama. Recomenda-se a utilização do

sistema de leivas, que consiste em placas de gramas já desenvolvidas e que são

transportadas para plantio no local desejado.

Para o bom desenvolvimento vegetal há necessidade de se espalhar, sobre o

talude a ser protegido, uma camada de solo de regularização/solo vegetal. Quando

necessária, a utilização de adubos e corretivos só deverá ser feita por meio de fórmulas

obtidas após a análise química do solo a ser protegido e da camada de solo de

regularização utilizada.

Deverão ser utilizadas leivas de porte baixo, de sistema radicular profundo e

abundante, de preferência nativas ou adaptadas à região. Deverão ter dimensões

uniformes, sendo extraídas por processo manual ou mecânico. O plantio deverá ser

preferencialmente feito 2 (dois) meses antes do período de chuvas e ser seguido por

irrigação.

Quando houver necessidade, a irrigação deverá ser feita com equipamento

aspersor, não sendo admitidos métodos que possam comprometer a estabilidade dos

maciços. A irrigação será processada à medida que as leivas forem implantadas.

No caso de não aceitação dos serviços, deverá ser providenciado o replantio.

A fixação da grama em leivas poderá ser realizada por meio de ripas de madeira

ou bambu, grampos de ferro, estacas de madeira etc., após cobertura com uma camada

de solo, devidamente compactada levemente com soquete de madeira ou de ferro.

Page 31: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

28

7. QUANTITATIVO E ESTIMATIVA DE ORÇAMENTO

Para obtenção dos custos unitários dos serviços previstos no Projeto foram

utilizadas as composições de custo do Sistema Nacional de Preços e Índice da

Construção Civil (SINAPI), com data base de agosto de 2020/SP.

O Anexo B apresenta o Quantitativo e a estimativa de orçamento.

Araraquara, 29 de setembro de 2020.

Engº Arthur Lima Rocha Engº Civil Responsável – ALTI Engenharia

CREASP: 5069682357

Page 32: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

29

EQUIPE TÉCNICA

• Thelma Sumie Maggi Marisa Kamiji – Engenheira Civil, Mestre em Geotecnia

• Lucas Bezerra Costa – Tecnólogo em Construção Civil - Edificações

Page 33: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

30

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12007 – Solo – Ensaio de Adensamento Unidimensional. Associação Brasileira de Normas Técnicas. Rio de Janeiro: ABNT, 1990.

______. NBR 6484: Solo - Sondagens de simples reconhecimento com SPT –

Método de ensaio. Rio de Janeiro: ABNT, 2001. ______. NBR 11.682: Estabilidade de taludes – Procedimento. Rio de Janeiro:

ABNT, 2009. ______. NBR ISO 10319: Geossintéticos — Ensaio de tração faixa larga. Rio

de Janeiro, ABNT, 2013. ______. NBR ISO 12236: Geossintéticos — Ensaio de puncionamento

estático (punção CBR). Rio de Janeiro, ABNT, 2013. ______. NBR 7182: Solo - Ensaio de compactação. Rio de Janeiro: ABNT,

2016. ______. NBR 9895. Solo - Índice de suporte Califórnia (ISC) - Método de

ensaio. Rio de Janeiro: ABNT, 2017. ______. NBR ISO 10320: Geotêxteis e produtos correlatos – Identificação na

obra. Rio de Janeiro, ABNT, 2018. DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES.

Manual de Hidrologia Básica para Estruturas de Drenagem. – 2ed. – Rio de Janeiro, 2005. 133p. (IPT. Publ., 715).

______. Diretrizes básicas para estudos e projetos rodoviários: escopos

básicos / instruções de serviço. - 3. ed. - Rio de Janeiro, 2006. 484p. (IPR. Publ., 726). ______. DNIT 108/2009-ES – Terraplenagem - Aterros – Especificação de

Serviço. Rio de Janeiro, Brasil. DNIT, 2009. ______. DNIT 104/2009-ES – Terraplenagem – Serviços Preliminares –

Especificação de Serviço. Rio de Janeiro, Brasil. DNIT, 2009. ______. DNIT 172/2016 – ME – Solos – Determinação do Índice de Suporte

Califórnia utilizando amostras não trabalhadas – Método de ensaio. Rio de Janeiro, Brasil. DNIT, 2016.

GERSCOVICH, D., DANZIGER, B. R., SARAMAGO, R. (2016). Contenções –

Teoria e aplicações em obra. São Paulo. Oficina de Textos. GOOGLE EARTH. Disponível em: http://earth.google.com/. Consulta realizada em

set. 2020.

Page 34: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

31

IPT (1991). Manual de geotecnia: taludes de rodovias: orientações para diagnóstico e soluções de seus problemas. Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S.A.. Coord. Carvalho, P.A.S. São Paulo. (Publicação IPT nº 1843).

MARQUES DOS SANTOS, C.A.; RODRIGUES NUNES, J.O. Mapeamento

Geomorfológico do Perímetro Urbano do Município de Marília – SP. Geografia em Atos, n. 7, v.1. Presidente Prudente, 2007.

NC-03 (1980). Normas Técnicas Complementares – Volume II. Departamento

de Projeto Civil. Companhia do Metropolitano de São Paulo – METRO. 177 p. OLIVEIRA FILHO, J. A.; PRANDI, E. C.; RODRIGUES NETTO, F. A.; LAPERUTA,

E. D.; POLEGATO & JOÃO CARLOS; COLABONO, M. G. A Formação Serra Geral como Fonte de Abastecimento da Região de Marília – SP. XII Congresso Brasileiro de Águas Subterrâneas, 2002.

PORTO, R.M. (1999). Hidráulica Básica. 591pp. EDUSP. São Paulo/SP. ROSS, J. L. S.; MOROZ, I. C. Mapa geomorfológico do Estado de São Paulo.

Revista do Departamento de Geografia, São Paulo, n.10, p.41-56, 1996. SÃO PAULO (ESTADO). DEPARTAMENTO DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA.

CENTRO TECNOLÓGICO DE HIDRÁULICA. Estudo de águas subterrâneas, Regiões 10 e 11, Presidente Prudente e Marília, 3v. [Atlas], 1979.

______. Precipitações intensas no Estado de São Paulo. São Paulo:

DAEE/CTH, 2018. 246p.

Page 35: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

32

ANEXO A - PLANTAS

Page 36: RELATÓRIO DE PROJETO DE GEOTECNIA

33

ANEXO B – QUANTITATIVO E ESTIMATIVA DE ORÇAMENTO