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Dezembro/2014

A serviço de:

Relatório de Impacto Ambiental

(RIMA) para atividade de

extração de areia da Mineradora Araçá

2

INDICE:

Apresentação.....................................................................................pag.3

Responsabilidades.............................................................................pag.4

O empreendimento e suas atividades................................................pag.5

Legislação ambiental..........................................................................pag.15

Qual área será afetada pela mineradora?..........................................pag.16

Diagnóstico Ambiental........................................................................pag.16

Levantamento de impacto ambiental..................................................pag.36

Programas Ambientais........................................................................pag.43

Prognósticos e Conclusões...............................................................pag. 55

Equipe ..............................................................................................pag. 56

Glossário ..........................................................................................pag. 57

RIMA - Mineradora Araçá Ltda.

3

Este Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) apresenta

um resumo, de forma simples e em linguagem direta, do

Estudo de Impacto Ambiental (EIA) referente à

implantação de atividades de extração de área no

Município de Cabo Frio/RJ, que será executado pela

empresa Mineradora Araçá LTDA.

Este relatório propõe-se a prestar esclarecimentos à

população interessada, com base no resultado do EIA,

dos impactos oriundos da implantação da mineração de

areia, além das e propostas para redução e controle dos

impactos ambientais negativos que venham a ocorrer.

Além disso, o processo de licenciamento, o qual o

empreendimento se encontra, para sua expansão,

permite ao cidadão acompanhar e fiscalizar os

compromissos assumidos pela mineradora junto aos

órgãos ambientais competentes.

Vale ressaltar que todo esforço será feito para minimizar

os aspectos negativos e proporcionar melhorias à

população.

APRESENTAÇÃO


4

RESPONSABILIDADES

IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

NOME/RAZÃO SOCIAL MINERADORA ARAÇA LTDA

ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA

ESTRADA DO ARAÇA, KM 02, FAZENDA ARAÇA, TAMOIS,

CABO FRIO - RJ.

CNPJ 03.480.051/0001-56

INSCRIÇÃO ESTADUAL 86.268.167

REPRESENTANTE LEGAL RAUL SUISSO TINOCO

TELEFONE 022 99890-4936

EMAIL [email protected]/

[email protected]

IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA RESPONSÁVEL PELO EIA/RIMA

NOME/RAZÃO SOCIAL BERBERT GEOSISTEMAS LTDA

ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA

RUA CEL. MONTEIRO DE BARROS, 214, SL J, AUSTIN, NOVA IGUAÇU - RJ.

CNPJ 18.051.407/0001-03

INSTRIÇÃO MUNICIPAL 37516-1

IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO EIA/RIMA

NOME MARCELO CAVALCANTE BERBERT

TELEFONES 021 98894-5214/ 021 98178-6711

EMAIL [email protected]


5

O EMPREENDIMENTO E SUAS ATIVIDADES

O Empreendimento

A área onde está localizado o empreendimento da Mineradora

Araçá Ltda., encontra-se inserida na Fazenda Araçá, propriedade

que fica na divisa dos municípios de Cabo Frio – RJ e São Pedro

da Aldeia - RJ.


6

Como Chegar?

O acesso a mineradora se da pela RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto)

até a altura da Estrada da Agrisa. Entrando nesta estrada

percorremos 5,8km em rodovia não pavimentada até a segunda

porteira da Fazenda Araçá, acesso ao empreendimento.


7 Mineradora Araçá Ltda.

Areia: O que é?

A substância mineral areia é a matéria prima de maior consumo

mundial, sendo um produto muito usado para o setor de construção

civil, metalúrgica, siderúrgica, vidreira, além de outros usos industriais,

como filtros, jateamento e perfurações.

Esse material utilizado para as atividades descritas acima é

comumente encontrado em rios e planícies.

Areias de praias e dunas litorâneas, muito frequentes na Região dos

Lagos não apresentam boa qualidade como matéria prima para

construção civil devido à presença de sais.

8

A areia depositada em planícies provém de processos da dinâmica

terrestre, promovidos pelos rios, oceanos, geleiras e ventos,

processos esses que levam milhares e milhares de anos de ações

contínuas.


PLANÍCIE

9

Hoje a mineradora Araçá já possui duas áreas de extração de areia

devidamente autorizadas pelos órgãos responsáveis (polígonos

vermelhos) e visa ampliá-las (polígonos amarelos).


Por que licenciar está atividade?

Além de causar alguns impactos ambientais negativos, que serão

apresentados posteriormente, a areia é um produto altamente

comercializado, apresentando também impactos positivos.

Essas áreas são polígonos delimitados junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM, um autarquia federal.

10

A comercialização da areia é uma atividade econômica de grande

expressão no cenário brasileiro, sendo responsável por até 3% do PIB

nacional. Pode ser um agregado para a construção civil como

comentado anteriormente , além de contratar mão de obra

preferencialmente local para as atividades mineradoras. Sendo assim,

gera-se aumento do emprego e renda local.

O conhecimento da jazida e das características da substância mineral

areia, tendo em vista o seu melhor aproveitamento por se só, já

justificariam o empreendimento.

A atividade extrativa mineral da substância mineral areia nas planícies

do município de Cabo Frio, destinada à indústria de agregados para

construção civil, é responsável pela 2ª maior produção do estado do

Rio de Janeiro, devido à quantidade e qualidade do produto,

justificando o empreendimento sob o ponto de vista geológico e

logístico, estando capacitado a abastecer vários municípios da região,

assim como a Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Além disso a atividade mineradora gera impostos a serem recolhidos

pelo governo a fim de reinvestir esse dinheiro no que determina a lei.

Segundo a administração do empreendimento o valor médio anual de

impostos pagos pela empresa é de R$ 201.901,44, incluindo neste, os

tributos pagos relacionados aos funcionários contratados, e a venda

da areia.


11

A retirada de areia no empreendimento, se faz, por extração em cava

submersa.

Isto é, quando a mineração atinge o nível do lençol freático e iniciam-

se um processos de formação de lagoas, os empreendimentos utiliza

barcas que irão retirar a areia dessas lagoas.


Como se dá a extração da substancia areia?

12 RIMA - Mineradora Araçá Ltda.

Depois de sua separação e venda, a areia da região é escoada por

vias pavimentadas como a BR 101, ou as rodovias estaduais RJ-106

(Rodovia Amaral Peixoto), RJ-102, RJ-124 (Via Lagos) e RJ-140.

Essa areia é direcionada para uma grande peneira, pois ao ser

retirada da lagoa outros materiais como sedimentos finos, conchas e

pedaços de vegetais também são extraídos. Assim, essa mistura de

água, argila, restos vegetais e areia passa pela separação da peneira

e a areia pode, por fim, ser comercializada.

Todo o material que não será usado para fins lucrativos, ou seja, não

será utilizado para venda chama-se rejeito e .

Pelas características locais encontradas não é possível propor a

mudança na metodologia aplicada atualmente, podendo ser o processo

otimizado com a aplicação de maquinário específico e/ou medidas

corretivas.


O licenciamento das novas áreas será somado às áreas em que a

mineradora já atua, podendo chegar a aproximadamente 1.400.000 m2

(140 ha), com um volume estimado em 13.000.000m3 a serem

minerados, podendo fornecer areia por mais de 100 anos ao mercado

consumidor.

O mapa abaixo retirado do EIA, mostra a expansão das atividades ao

longo doa anos

Quanto de areia será extraído durante a mineração e qual

será o cenário futuro?


De acordo com o Código Florestal (Lei nº 12.651, de 25 de maio de

2012) algumas áreas devem ser mantidas sem alterações

independente de qualquer atividade da mineração.

Para a escolha dos locais, dentro das áreas a serem mineradas, é

necessário que se obedeça uma série de limitações de ordem legal e

operacional. Assim, para este empreendimento apresentamos as área

que não serão mineradas.

Áreas que não serão alvo da Atividade Mineradora

Deve ser mantidas sem alterações, no interior do polígono vermelho,

as área em Áreas de Preservação Permanente do Rio Una, 10m a

partir do Reflorestamento Eucalipto para garantir a estabilidade do

solo e 10m dos Fragmentos Florestais.


LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

O licenciamento ambiental é uma obrigação para instalação de

qualquer empreendimento ou atividade potencialmente poluidora ou

degradadora do meio ambiente.

A implantação dessas atividades deve ser controlada por normas

federais, sendo que as mais importantes são aquelas oriundas da Lei

nº6.938/81, que instituiu o Sistema Nacional do Meio ambiente–

SISNAMA, e as Resoluções editadas pelo Conselho Nacional de

Meio Ambiente–CONAMA. As principais instruções encontram-se

Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81).

Vale ressaltar que qualquer violação à legislação ambiental, tanto na

fase de licenciamento, quanto durante a fase operacional acarretará

nas punições apresentadas pela Lei n° 9.605/98–Lei dos Crimes

Ambientais.


Qual área será afetada pelo empreendimento?

Para o entendimento dos aspectos gerados pela atividade mineradora

foram determinadas áreas em torno da extração do local de extração

de areia. Essas áreas foram nomeadas de Área de Influência Direta

(AID) e Área de Influência Indireta(AII).

Segundo o órgão que solicitou o estudo (INEA), a AID caracteriza-se

pela propriedade onde ocorrem as atividades, e a AII se faz presente

em um raio mínimo de 5 km dos limites da propriedade.

Além disso existe a Área Diretamente Afetada (ADA), que fica dentro

da AID, sendo o local onde ocorrerão as atividades de extração de

areia propriamente dita.


DIAGNÓSTICOS AMBIENTAIS

Ambiente Físico

Entende-se meio físico como conjunto de componentes ambientais

químicos e físicos como água, ar, solo que se relacionam e são

estudados como Geologia, Geomorfologia, Relevo, Clima e etc.

Foi realizado um diagnóstico ambiental durante o ano de 2014 para

interpretar de que forma essas componentes interagem, entendendo-

as com a finalidade de prevenir impactos negativos sobre elas

Geologia e Geomorfologia

A história geológica da região do empreendimento está relacionada

ao Ciclo Brasiliano, evento esse de idade neoproterozóica e

formador do megacontinente Gondwana.

Com a variações do nível do mar durante anos e anos no período

Quaternário houve a formação de diversos depósitos marinhos e

fluviais arenosos e areno-argilosos, local onde se localiza o

empreendimento.

Esses cordões arenosos e areno-argilosos formaram a maior parte

do relevo, as planícies costeiras e algumas colina também podem

ser observadas, dando assim o aspecto geomorfológico do local.


Solo

Solos são materiais minerais e/ou orgânicos, dispostos em camadas

ou horizontes na superfície superior do terreno, são resultado do

decomposição das rochas e/ou dos restos de vegetais e animais.

Sendo assim, eles resultam da ação combinada de relevo, clima e

organismos sobre o material original.

Após a apresentação e descrição de solos feita na área, ficou

verificado a predominância de solos arenosos com variações de

matéria orgânica, como pode ser visto nas imagens


Aspectos Hidrogeológicos

Hidrogeologia é o ramo das ciências que estuda as águas

subterrâneas, quanto seu volume, distribuição e qualidade.

Em relação aos recursos hídricos, que são os rios e canais, a área da

Mineração Araçá está localizada na Região Hidrográfica Lagos São

João, região esta que se localiza a leste da Região Hidrográfica da

Baía de Guanabara, como ilustrado na figura abaixo.

As águas interiores, sob a forma de rios e lagoas, são a marca da

Região Hidrográfica Lagos São João, que é popularmente conhecida

em como “Região dos Lagos”.

Como exemplo, podemos destaca-se a lagoa de Araruama, um

grande corpo d´água salino. Contudo, o recurso hídrico principal mais

próximo ao empreendimento é o Rio Una.


As águas interiores, sob a forma de rios e lagoas, são a marca da

Região Hidrográfica Lagos São João, que é popularmente conhecida

em como “Região dos Lagos”.

Como exemplo, podemos destaca-se a lagoa de Araruama, um

grande corpo d´água salino. Contudo, o recurso hídrico principal mais

próximo ao empreendimento é o Rio Una.

Para também foi realizada uma medição das águas subterrâneas a fim

de identificar e diagnosticar os níveis do lençol freático na região do

empreendimento .


Aspectos Climáticos

Na região na qual o empreendimento está localizado apresenta uma

notável diversidade climática, variando do clima tropical ao semiárido ,

com temperatura média anual varia de 20 a 27oC.

O vento na região apresenta, como primeira predominância, os

quadrantes sul e oeste-sudoeste e, como segunda, os quadrantes N-

NW e E-NW.

A quantidade de chuva cresce de sudeste para noroeste, variando de

menos de 1.000 mm/ano até pouco menos de 2.500 mm/ano.


Ruídos e Qualidade do Ar

A mineradora Araçá realiza suas atividades em um local rural e devido a

isso, não apresenta problemas de particulados no ar ou perturbações

por emissão de ruídos.

Contudo, alguns aspectos das atividades mineradoras podem afetar

negativamente esse equilíbrio na qualidade do ar. Tais como motores

dos veículos, balsas, máquinas, equipamentos e caminhões que estarão

em atividade durante a mineração, e o peneiramento do material

extraído.


Meio Biótico

O meio Biótico se caracteriza pelo conjunto dos seres vivos em um

ecossistema. Neste trabalho foi realizada uma classificação detalhada

dos animais e da vegetação presente tanto nas áreas de Influência

Direta quanto na Indireta.

Flora

O levantamento de dados para caracterizar a vegetação local foi

realizada por pesquisas e levantamentos de campo.

Dentre as classificações de vegetações descritas no trabalho,

destacam-se as áreas de reflorestamento de eucalipto, as pastagens,

as Áreas de Preservação Permanente e Fragmentos florestais no

interior da propriedade onde ocorrem as atividades.

A vegetação pertence ao bioma Mata Atlântica, predominando a

vegetação de restinga, restinga arbórea.

Foram identificadas ainda algumas espécies exóticas como Jamelão,

Amendoeiras , Leucenas entre outras que compõem a paisagem da

propriedades.

É importante ressaltarmos que o empreendimento não pretende cortar

ou fazer supressões no interior da propriedade e que não foram

encontradas espécies raras ou ameaçadas de extinção.


(A): Melão de São Caetano (Momordica charantia); (B) e (D):

bromélias da espécie Tillandsia stricta; (D): Olho de boi

(Mucuna urens).

Diferentes fisionomias vegetais encontradas na APP.


Áreas Protegidas

O empreendimento e suas área de influência não se encontram

dentro de nenhuma Unidade de Conservação onde a presença

humana deve ser limitada .


O Código Florestal aponta a necessidade de demarcação de uma

área de reserva legal a ser mantida ou recomposta , em cada

propriedade rural.

A implementação da reserva legal, que irá abarcar toda Fazenda

Araçá, irá permitir a criação de novos habitats para a fauna.

Legenda:


Fauna

Com o objetivo de identificar os animais que existem dentro da Fazenda,

foram feitas entrevista e levantamentos de campo com visitas técnicas de

equipe especializada, composta por biólogos.

Após dias de estudo, conseguiu-se chegar em um resultado satisfatório

sobre os mamíferos, répteis, anfíbios, e aves que habitam aquela região.

Para os mamíferos da região foram realizadas entrevistas na propriedade

para sabermos que animais faziam parte do dia a dia daquelas pessoas.

Assim , geramos a seguinte lista:

MAMMALIA - Ordem/Familia/Espécie Nome Comum

Canidae

Cerdpcyon thous (Linneaus,1766) Cachorro do Mato

Mustelidae

Lontra longicaudis (Olfers, 1818) Lontra

Procyonidae

Procyon cancrivorus ( Cuvier, 1798 ) Mão Pelada

Cebidae

Callithrix sp. Sagui

Didelphidae

Philander frenatus (Olfers, 1818) Cuíca-quatro-olhos

Gracilinanus microtarsus (Wagner, 1842) Cuíca, catita

Didelphis sp. Gambá

Caviidae

Cavia sp. Preá

Hydrochoesrus hydrochaeris (Linnaeus, 1766) Capivara

Morcego

CARNIVORA

PRIMATES

DIDELPHIMORPHIA

RODENTIA

CHIROPTERA


Foram identificadas algumas espécies ameaçadas nos grupos de aves

e repteis e será proposto um Programa de Monitoramento da Fauna,

com o objetivo de aumentar o conhecimento sobre essas espécies, e

propor medidas de conservação.

A seguir são apresentadas os registros fotográficos de alguns animais

capturados.

Pererequinha (Dendropsophus pseudomeridianus).

Perereca (Hypsiboas semilineatus - girinos).

Perereca-de-banheiro (Scinax alter).

Perereca-verde (Hypsiboas albomarginatus).


Carcará (Caracara plancus) Coruja-buraqueira (Athene cunicularia)

Saí-Azul (Dacnis cayana). Frango-D’água-Azul (Porphyrio martinica

Coleiro-Do-Brejo (Sporophila collaris) Mergulhão-Caçador (Podilymbus podiceps).


Meio Socioeconômico

Estando a propriedade onde se localiza o empreendimento em dois

municípios apresentamos a seguir os seguintes levantamentos

Dinâmica populacional de Cabo Frio

Evolução populacional

de Cabo Frio – RJ

De acordo com o Censo de 2010, Cabo Frio contava com uma

população de 186.227 habitantes, o que corresponde a 23% do

contingente populacional da Região das Baixadas Litorâneas, com

uma proporção de 95,2 homens para cada 100 mulheres, contando

também com uma densidade demográfica de 453,7 habitantes por

km2, contra 160,4 habitantes por km2 de sua região.

A taxa de urbanização correspondia a 75% da população, e em

comparação com a década anterior, a população do município

aumentou 46,8%, sendo o 9º maior crescimento no estado do Rio

de Janeiro.


Dinâmica populacional de São Pedro da Aldeia

Pirâmide etária

de Cabo Frio -

RJ em 2010.

De acordo com o Censo de 2010, o município de São Pedro da Aldeia

tinha uma população de 87.875 habitantes, o que correspondia a 10,8%

do contingente da Região das Baixadas Litorâneas, com uma proporção

de 97,7 homens para cada 100 mulheres, e com uma densidade

demográfica de 264 habitantes por km², contra 160,4 habitantes por km²

da sua região.

A taxa de urbanização municipal correspondia a 93% da população e em

comparação com a década anterior, a população do município aumentou

39%, sendo o 13º maior crescimento no estado.


Evolução populacional de São

Pedro da Aldeia – RJ

Pirâmide etária de São Pedro da Aldeia - RJ em 2010


Educação

Nos ensinos infantil, fundamental e médio de Cabo Frio, em 2009, o

número total de matrículas, foi de 45.103 alunos, evoluindo para

44.431 em 2010, com uma variação de -1,5% no número de alunos

de acordo com os estudos socioeconômicos desenvolvidos para o

município (2011).

No município de São Pedro da Aldeia, em 2009, o total de

matrículas nos ensinos infantil, fundamental e médio de foi de

21.471 alunos, evoluindo de 21.314 em 2010, sendo portanto uma

variação de -0,7% no número de estudantes. Na rede municipal

houveram 41% das matrículas na Creche em 2010 e o total de

matrículas evoluiu -56% no período de 2005 a 2010, contra

variação de -19% do corpo docente.

Saúde

Números de estabelecimentos de saúde em cabo

frio, RJ – IBGE


Números de estabelecimentos de saúde em São

Pedro da Aldeia, RJ – IBGE

Foi observado que ambos os municípios são atendidos pelas suas

redes municipais de saúde na mesmas proporções porem, Cabo Frio

apresenta um hospital federal e uma rede de hospitais e clinicas

privadas maior que São Pedro.

Finanças Públicas

O município de Cabo Frio – RJ apresentou equilíbrio em suas

contas, tendo uma receita total de R$ 504,5 milhões em 2010, sendo

a 11ª do estado.

Suas receitas correntes estão comprometidas em 87% com o

custeio da máquina administrativa, sua autonomia financeira é de

12,4% e seu esforço tributário chegou a 11,6% da receita total.


São Pedro da Aldeia – RJ possui uma receita total de R$ 107,7

milhões em 2010, ficou como 42ª do estado, apesar de não ter

apresentado equilíbrio orçamentário. Sua autonomia financeira é de

14,1% e seu esforço tributário chegou a 27,1% da receita total, e no

geral, suas receitas correntes estão compromissadas em 90% com

o custeio da administração municipal.

Patrimônio Etnohistórico, Cultural, Arqueológico e

Turístico

O turismo é pouco desenvolvido na região do Distrito de Tamoios,

falta infraestrutura básica para o desenvolvimento local. De acordo

com a região em que se insere o empreendimento, o potencial

turístico da AID é muito baixo e não há interesse atual do

proprietário no desenvolvimento desta atividade.

Dois Territórios Quilombolas presentes no município de Cabo Frio já

possuem a documentação comprobatória e já encontram-se

mapeados. E como observamos o empreendimento não afeta

diretamente nenhuma das duas comunidades


LEVANTAMENTO DOS IMPATOS AMBIENTAIS

Para o desenvolvimento da Avaliação dos Impactos Ambientais,

foram levados em consideração parâmetros definidos pela Resolução

Conama nº 001/86..

“qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e

biológicas no meio ambiente, causada por qualquer forma

de matéria ou energia resultante das atividades humanas

que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança

e o bem estar da população; as atividades sociais e

econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do

meio ambiente; a qualidade dos recursos ambientais”

Assim no decorrer do desenvolvimento dos diagnósticos ambientais

os especialistas de cada área avaliaram os possíveis impactos que

poderiam ocorrer durante as fases do empreendimento


A Avaliação de Impactos Ambientais buscou assegurar uma análise

sistemática dos impactos ambientais. Teve por objetivo garantir que

os responsáveis pela tomada de decisão apresentem soluções adequadas, gerando medidas de mitigação, controle e recuperação

Ações do

Empreendimento

Causa Efeito

Impacto

Ambiental

Quem sofre os efeitos

Componentes

Ambientais

Mitigar, controlar ou

recuperar os impactos

ambientais

Programas

Ambientais

Os impactos são identificados segundo a experiência da equipe

responsável pela elaboração dos estudos ambientais, e podem ter

aspectos POSITIVOS ou NEGATIVOS.

Além disso, os impactos estão relacionados aos o Meio Físico,

Meio Biótico e Meio Socioeconômico e as suas componentes

ambientais afetadas.


Para o RIMA apresentaremos os impacto que afetaram

negativamente e com maior Significância as componentes

ambientais estudadas dentre a seguinte classificação:

A seguir apresentamos as componentes ambientais analisadas no

estudo além das fases do empreendimento e os impactos

relacionados.

Componentes Ambientais

Ar

Relevo

Solo

Águas Subterrâneas

Águas superficiais

Paisagem

Cobertura Vegetal

Fauna

Áreas Protegidas

Emprego e Renda

Demanda/Oferta de Bens e Serviços

Condições de vida

Infraestrutura Local

Organização Socioambiental

Uso e ocupação do solo

Infraestrutura Regional

Finanças Públicas

Patrimônio arqueológico

Patrimônio histórico e cultural

SIGNIFICÂNCIA

MUITO BAIXA

BAIXA

MÉDIA

ALTA

MUITO ALTA


Fases Ações do Empreendimento

Pla

neja

men

to

Contratação de pessoal temporario (Serviços Terceirizados)

Coleta de dados primários para ensaios e caracterizações gerais

Coleta de dados secundários para caracterizações gerais

Determinação das áreas de lavra


Imp

lan

tação

Sinalização

Compra ou aluguel de maquinas e equipamentos

Construção ou serviços de melhoria das vias de acesso

Preparação dos locais de disposição de estéreis e de rejeitos da lavra

Construção e montagem das instalações e equipamentos de apoio a lavra

Disposição dos resíduos sólidos


Op

era

çã

o

Sinalização

Contratação de mão de obra

Construção ou serviços de melhoria das vias de acesso

Aquisição de bens, insumos e serviços

Estoque/Estocagem de insumos

Remoção da Vegetação

Decapeamento e terraplanagem

Estocagem de solo vegetal

Extração da substância mineral

Separação Granulométrica

Retirada, deslocamento e empilhamento da substância mineral

Armazenamento e secagem da substância mineral

Transporte e disposição dos rejeitos finos

Disposição dos rejeitos grossos

Venda da substancia mineral

Carregamento e Transporte por vias públicas

Disposição de resíduos (sólidos e líquidos)

Remanejamento das linha de transmissão de energia elétrica

Manutenção de equipamentos e veículos


En

cerr

am

en

to

Encerramento das atividades de venda

Fechamento do acesso e alteração na sinalização

Recuperação topográfica

Vegetação e recuperação de áreas degradadas

Desmontagem das infraestruturas de apoio

Remoção de insumos e resíduos

Dispensa da mão de obra

Mudança da atividade econômica


O Quadro a seguir, apresenta resumidamente, a avaliação de

impacto ambiental das atividades do empreendimento nas áreas

de extração de areia da Mineradora Araçá nas fases de

implantação e operação.

Natureza Significância

Construção ou serviços de melhoria das vias de

acesso

Alteração da circulação de pessoas,

equipamentos e/ou veículosFauna Negativo Alta

Preparação dos locais de disposição de

estéreis e de rejeitos da lavra



Construção e montagem das instalações e

equipamentos de apoio a lavra



Águas subterrâneas Negativo Alta

Águas superficiais Negativo Alta

Construção ou serviços de melhoria das vias de

acesso





Fauna Negativo Alta

Cobertura vegetal Negativo Alta





Fauna Negativo Alta




OP

ER

AÇ

ÃO

Decapeamento e terraplanagem

Modificação dos fluxos hídricos

CRITÉRIOS DE

AVALIAÇÃO AMBIENTAL

Disposição dos resíduos (sólidos e líquidos)

IMP

LA

NT

AÇ

ÃO

Modificação da qualidade do solo

Remoção da Vegetação

AÇÕES DO EMPREENDIMENTO DESCRIÇÃO DO IMPACTOCOMPONENTES

AMBIENTAIS



Natureza Significância

Estocagem de solo vegetalAlteração da circulação de pessoas,


Águas subterrâneas Negativo Muito Alta

Águas superficiais Negativo Muito Alta



Fauna Negativo Alta


Águas subterrâneas Negativo Muito Alta

Águas superficiais Negativo Muito Alta

Modificação do leito da lagoa Águas subterrâneas Negativo Alta

Modificação da qualidade da água Águas subterrâneas Negativo Alta



Retirada, deslocamento e empilhamento da

substância mineral





Fauna Negativo Alta


Modificação do leito da lagoa Águas subterrâneas Negativo Alta

Disposição dos resíduos (sólidos e líquidos) Modificação da qualidade da água Águas subterrâneas Negativo Alta

Remanejamento das linha de transmissão de

energia elétrica



COMPONENTES

AMBIENTAIS

CRITÉRIOS DE

AVALIAÇÃO AMBIENTAL

OP

ER

AÇ

ÃO

Extração da Substância Mineral

Transporte e disposição dos rejeitos finos

AÇÕES DO EMPREENDIMENTO DESCRIÇÃO DO IMPACTO

Modificação do ecossistema

Modificação dos fluxos hidricos

Perda de solo

Modificação dos fluxos hidricos


A partir da identificação e avaliação dos impactos a equipe teve

a possibilidade de desenvolver programas e ações que buscarão

minimizar e controlar, principalmente, os impactos que afetam as

componentes ambientais com média ou maior significância.

Para as componentes ambientais Fauna e Cobertura Vegetal,

por exemplo, foram desenvolvidos Programas de Recuperação

de Áreas Degradadas (PRAD) e um programa que visa o

monitoramento da fauna a fim de controlar os impactos sobre

essa componente.

Para as componentes ambientais Águas subterrâneas e Águas

superficiais o Programa de Monitoramento das Águas

Subterrâneas e Superficiais também foram elaborados a fim de

controlar e mitigar os impactos que afetam com significância alta

essas componentes.

A seguir apresentaremos todos os programas ambientais

elaborados a partir da avaliação de impactos ambientais do

estudo.


PROGRAMAS AMBIENTAIS

(In – Instalação; Op – Operação).

Com o levantamento de informações para o estudo, foi observado uma

necessidade de implementação e/ou manutenção de ações corretivas na

mineração. Para isso foram desenvolvidos 9 (nove) programas

abrangendo os ambientes físico, biótico e socioeconômico.

Para cada um dos programas, foram apresentados no EIA, os objetivos,

parâmetros, metodologias e possíveis mitigações a serem consideradas

na implantação de novas áreas. Foram também apresentados os impacto

correlacionados que de alguma forma estaria tendo suas ações negativas

minimizadas e/ou erradicadas.

A seguir apresentamos o quadro que correlaciona os programas

propostos as fases de implantação e operação do empreendimento:


PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL

Alteração da arrecadação de impostos

Alteração da circulação de pessoas, equipamentos e/ou veículos

Alteração da cobertura vegetal

Alteração da oferta da substancia mineral no mercado

Alteração da oferta de habitats e alimentos para fauna

Alteração da renda e poder de compra

Alteração do uso e cobertura do solo

Alteração dos niveis de ruidos e vibrações

Conservação e Preservação de Áreas Protegidas e de Importancia Ecologica

Favorecimento da implantação de medidas de recuperação

Geração de desemprego

Geração de empregos diretos e indiretos

Geração de expectativas relacionadas ao empreendimento

Incremento da atividade comercial

Modificação da Paisagem

Modificação da qualidade da água

Modificação da qualidade do ar



Modificação do leito da lagoa

Modificação do relevo


Otimização das atividades de lavra

Perda de diversidade e modificação do fluxo genico

Perda de solo

Remoção da vegetação

Risco de ocorrência de acidentes de trabalho

Risco de vazamentos

Sobrecarga da infraestrutura publica e serviços

Programa de Gestão Ambiental

Impactos correlacionados

O objetivo do Programa de Gestão Ambiental é garantir um

desempenho satisfatório ao empreendimento, e, acima de tudo

buscar sistematizar as práticas usadas para acompanhar os

processos gerais ocorridos.

Esse é um programa central que deve ser gerenciado pela

administração do empreendimento a fim de manter a otimizar suas

praticas diárias.

PDCA


PROGRAMA DE RECUPEÇÃO DE ÁREAS DEGRADAS (PRAD)








Favorecimento da implantação de medidas de recuperação

Conservação e Preservação de Áreas Protegidas e de

Importância Ecologica

Programa de Recuperação de Áreas Degradadas


O PRAD tem como objetivo geral a recuperação das áreas

afetadas pela atividade de extração de área tendo como foco

principal as bordas da lagoa formada e as estradas de acesso a

lagoa.

Esta recuperação visa o estabelecimento de funções ambientais

perdidas, principalmente ao longo do empreendimento, dentre as

quais podemos citar: fluxos de infiltração para reabastecimento do

lençol freático, oferta de habitas e alimentos para fauna,

reestabelecimento de ecossistemas levando em consideração toda

legislação pertinente.

Como objetivos específicos esse programa busca:

- Reduzir o processo de erosão e a instabilidade física dos

taludes da lagoa de extração e estradas,

- Ampliar áreas florestais para compensar as taxas de

evaporação da água do lençol freático, exposta pela atividade

mineraria com o aumento da lagoa de extração, através do

favorecimento dos fluxos de infiltração da agua da chuva por

raízes florestais;

- Favorecer o reestabelecimento de comunidades aluviais,

presentes na área antes da atividade mineraria;


A baixo segue um mapa com as áreas que estão envolvidas em

projetos de recuperação da área;

O cenário apresentado a baixo, tenta demostra o futuro com a área

da lagoa completamente minerada


PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA FAUNA E

ACOMPANHAMENTO DA SUPRESSÃO VEGETAL E

AFUGENTAMENTO DA FAUNA






Programa de monitoramento de Fauna e Acompanhamento da Supressão Vegetal e


O programa de monitoramento da fauna e acompanhamento da

supressão vegetal e afugentamento da fauna visa:

Flora

Em relação à supressão da vegetação, caso exista, o seu

acompanhamento visa mitigar os impacto à flora e fauna, devendo um

profissional habilitado estar presente. Todo processo deve ocorrer junto

ao órgão ambiental responsável cumprindo a legislação.

- Mitigação e compensação das áreas a serem suprimidas

relacionadas com esse processo e as diretrizes mínimas a serem

seguidas para o afugentamento da fauna.

Fauna

Avaliar indivíduos da herpetofauna e avifauna afetadas pelas atividades

do empreendimento por meio de parâmetros ecológicos;

Registrar as pressões antrópicas à fauna local oriundas das atividades

do empreendimento, sugerindo ações de manejo;

Aumentar o conhecimento sobre a fauna de vertebrados terrestres das

áreas sobre influência direta do empreendimento;


Monitorar espécies ameaçadas, por exemplo duas (sporophila collaris e

S. Bouvreuil) das quatro espécies da avifauna ameaçadas de extinção

são consideradas aves de interesse econômico e foram encontradas no

empreendimento. Tal característica aumenta a preocupação em relação

ao futuro de tais espécies, uma vez que a pressão sobre as mesmas

aumenta consideravelmente.

Para herpetofauna as atividades devem ser focadas na espécie

ameaçada de jacaré-de-papo-amarelo (caiman latirostris) com a

finalidade de atender a constituição do estado do rio de janeiro que em

seu artigo 258 capítulo VIII versa sobre a proteção e a preservação das

espécies de fauna e flora vulneráveis ou raras.

Foto ilustrativa


PROGRAMA DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS

SUBTERRÂNEAS E SUPERFICIAIS

Impactos correlacionados Modificação da qualidade da água

Programa Monitoramento de águas subterraneas e superficiais

O objetivo principal deste programa é a coleta de dados para formar

uma base de informações continuas que possibilitem, a partir do

diagnóstico a tomada decisão que promovam a manutenção da

qualidade ambiental das águas superficiais e subterrâneas da AID e

consequentemente de todo sistema envolvido.

Como objetivo específico o programa visa monitorar o nível do lençol

freático e da qualidade da água do lençol freático e das águas

superficiais, por meio de medições e coletas/análises nos 20 poços de

monitoramento instalados e nos corpos hídricos.

As setas indicam o fluxo da água tendo nas partes claras da figura um

lençol freático menos profundo


PROGRAMA DE CONTROLE E MONITORAMENTO DE

EROSÃO, MOVIMENTOS DE MASSA E ASSOREAMENTO



Modificação do leito da lagoa


Programa de Controle e Monitoramento de Erosão, Movimentos de Massa e Assoreamento


Este programa tem dois objetivos principais:

- Monitorar os taludes formados nas bordas das lagoas de extração;

- Propor medidas de controle para minimizar o assoreamento dos

canais de drenagem.

Os indicadores deste programa serão:

- Monitoramento e controle das margens das lagoas consideradas

instáveis.

- Controle de carreamento de partículas sólidas.

Concomitante aos outros programas propostos, equipes deverão

realizar verificações no período de um a dois meses em todos os locais

identificados, alertando para possíveis modificações e verificando a

eficiência das medidas implementadas


PROGRAMA DE CONTROLE, MANUTENÇÃO DE

MÁQUINAS, VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS






Risco de vazamentos

Alteração dos niveis de ruidos e vibrações

Programa de Controle Ambiental de Manutenção de Máquinas, Veículos e Equipamentos


O presente programa tem como objetivo principal estabelecer

diretrizes para o controle da manutenção das máquinas, veículos

e equipamentos em todas as fases do empreendimento.

Desta forma visamos prevenir a atividade de vazamentos de óleo

e combustíveis, emissão de gases e ruídos em níveis acima dos

permitidos, e acidentes de trabalho.

É necessária a realização de periódicas nas máquinas pesadas

seguindo as diretrizes metodológicas retratadas abaixo:

- Adoção de check list, em campo, de itens básicos do veículo:

faróis, lanternas, sinalização sonora de ré, estado dos pneus,

cintos de segurança, vazamentos de óleo e combustível,

emissão de fumaça negra e emissão de ruídos muito

elevados;

- Paralização imediata de unidade que se apresente fora dos

padrões de manutenção;

- Manter as máquinas e equipamentos regulados e com

silenciadores;


PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS E EFLUENTES




Risco de vazamentos


Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e efluentes

O presente programa tem como objetivo principal estabelecer diretrizes

para o gerenciamento dos resíduos e efluentes, considerando o

manuseio, classificação, segregação, armazenamento, transporte e

disposição final, respeitando a legislação ambiental e normas

reguladores vigentes.

Os indicadores de desempenho desse programa são:

- Número de manifestos de resíduos e efluentes emitidos;

- Número de vezes que as fossas são limpas dentro de um período X

de tempo.

Ordem de prioridade de manejo de resíduos


PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL







Programa de Educação Ambiental


O objetivo principal do PEA é fornecer condições para a produção e

aquisição de conhecimento, desenvolvendo habilidades, atitudes, hábitos

e valores visando um desenvolvimento da atividade de forma sustentável.

Como objetivos específicos do PEA, apresentamos:

- Desenvolver ações educativas visando capacitar/habilitar os

trabalhadores envolvidos, com o empreendimento para que avaliem

as implicações dos danos e riscos em função de suas atividades em

conformidade a NR nº 9 do ministério do trabalho

- Produção de material para capacitação interna dos profissionais

envolvidos nos processos de lavra, descarte e a disposição final dos

resíduos do empreendimento por meio de treinamento vinculado ao

programa de gestão de resíduos sólidos (PGRS).

- Articulação com as demais equipes dos programas ambientais

visando integrar e compatibilizar as diversas ações do projeto que

envolva educação ambiental (ex; programa de comunicação social).

- Difundir material educativo para a população do entorno.


PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO E RESPONSABILIDADE

SOCIAL

Programa de Comunicação e Responsabilidade Social


Geração de expectativas relacionadas ao empreendimento

Geração de desemprego

Geração de empregos diretos e indiretos

Alteração dos níveis de ruídos e vibrações

O objetivo do programa é a abertura de um canal de comunicação

entre o empreendedor e a sociedade, especialmente a população

afetada, de forma a motivar e possibilitar a sua participação no

empreendimento.

São seus objetivos específicos:

- Garantir o acesso ao conjunto das informações sobre o

empreendimento, aos impactos ambientais e sociais associados

e aos programas ambientais;

- Informar, caso aja necessidade a quantidade e o perfil da mão

de obra necessária ao empreendimento, visando à contratação

de trabalhadores da região;

- Contribuir para a redução de conflitos sociais decorrentes do

empreendimento por meio de atendimento a reclamações

- Interagir com os demais programas ambientais visando auxiliar

sua implantação


PROGNÓSTICOS E CONCLUSÕES

O Prognóstico Ambiental, no contexto dos estudos ambientais

(EIA/RIMA, RCA, PCA, PRAD, etc..), constitui-se em uma etapa onde, a

partir das informações do diagnóstico e das feições dos elementos

formadores do empreendimento somados ainda as suas ações, se

delineia quadros prospectivos de uma qualidade ambiental futura e se

identifica e caracteriza os possíveis impactos ambientais (positivos ou

negativos).

Conforme relatado no estudo, a Mineradora Araçá Ltda. não cogita a

hipótese da não continuidade das suas atividades de lavra, porém, na

hipótese da sua não implantação, a propriedade onde se encontra a

mineradora é caracterizada como sendo área rural pelo Plano Diretor

do município de Cabo Frio, sendo de propriedade de seus associados,

os quais ainda mantém nas suas propriedades, atividades

agropecuárias de criação de gado bovino para corte e pequenas

lavouras.

O principal argumento para a implementação do empreendimento

baseia-se na própria experiência da Mineradora Araçá Ltda., que ao

longo dos últimos 12 anos vem logrando êxito financeiro com a

atividade, gerando impostos e empregos na região.

Os impactos ambientais identificados e avaliado nesse estudo serão

mitigados com a implementação dos 9 (nove) Programas apresentados

e propostos nesse Estudo de Impacto Ambiental - EIA, os quais se

tornam compromissos entre o empreendedor e o órgão ambiental,

visando melhorar a qualidade ambiental não só da área de influência,

como também da região do entorno viabilizando assim o Projeto.


EQUIPE TÉCNICA

Nome Qualificação profissional Área de atuação no estudoNúmero no Conselho de

Classe / Região

Número do Registro

CTF/IBAMAAssinatura

Marcelo Cavalcante Berbert Geólogo

Coordenação do Estudo;

Caracterização da Lavra; Identificação

e Avaliação de Impactos Ambientais;

Prognósticos; Programas

Ambientais.

CREA/RJ 1983103040 214555

Daniel de Oliveira D'el Rei Pinto GeógrafoGeoprocessamento; análises

espaciais; produção cartográfica.CREA/RJ 2008142252 1603028

Fernando Augusto Arruzzo Graduando em Geologia Diagnóstico Ambiental do Meio Físico. - 6177659

Flávia Ozorio José Engenheira Florestal

Diagnóstico ambiental de flora;

Identificação de Impactos Ambientais;

Programas Ambientais.

CREA/RJ 2012106325 5541367

Flávio Lemos de Souza Advogado Legislação Ambiental. OAB 173508 5977284

Jonas Rogério da Rocha

Graduando em Engenharia

Civil / Técnico em Topografia /

desenhista

Topografia; produção cartográfica. - 6077373

Leonardo Rodrigues Aquino Geólogo

Topografia; Caracterização da Lavra;

Diagnóstico Ambiental do Meio Físico;


Ambientais.

CREA/RJ 2012126272 6113571

Luis Felipe Farina Graduando em Geologia Caracterização da Lavra. - 6113682

Luís Fernando Menezes da Silva Graduando em Engenharia FlorestalDiagnóstico ambiental de flora. - 6012118

Rafael Bessa A. de Carvalho BiólogoDiagnóstico Ambiental de Fauna

(avifauna).CRBio-02 84918 1895369

Rafael Cunha Pontes BiólogoDiagnóstico Ambiental de Fauna

(herpetofauna).CRBio-02 71982 1943070

Ricardo Carelli Araújo Biólogo

Diagnóstico Ambiental; Identificação e

Avaliação de Impactos Ambientais;


Ambientais.

CRBio-02 91559 5670301

Roberta Liz Oliveira Hering BiólogaDiagnóstico

Socioeconômico/Socioambiental.CRBio-02 78396 3193232


Glossário

1 - Planícies: Uma planície é uma grande área geográfica com pouca ou

raramente com nenhum tipo de variação de altitude. Podem ser classificadas em

planícies costeiras, quando o agente de sedimentação é o mar; fluviais, quando

um rio é responsável por sua formação: e planícies de origem lacustre, ou seja,

formadas pela ação de um lago.

2 - Região dos Lagos: É uma região do Estado do Rio de Janeiro dividida em

sete municípios em torno das lagoas de Araruama e Saquarema, a leste da

capital do Rio de Janeiro.

3 - Ciclo Brasiliano: Evento geológico acerca de 750 milhões de anos que uniu

placas formando um supercontinente composto por Brasil e África.

4 - Neoproterozóico: Período da Terra entre as idades de 1 bilhão de anos e 542

milhões de anos.

5 - Gondwana: O Gondwana foi uma grande massa de continental localizada no

hemisfério sul há cerca de 180 milhões e composta pelas atuais América do Sul,

África, Oceania, Antárctica e o sub-continente indiano. Juntamente com

a Laurásia, outra grande massa continental, localizada a norte, formava o

supercontinente Pangea.

6 - Quaternário: Período da Terra mais recente. O quaternário consiste no

espaço de tempo que vai de 1,8 milhões de anos atrás até os dias de hoje.

7 - Depósitos Marinhos: Depósitos sedimentares relacionados a ambientes

marinhos. São resultantes da ação das ondas ou da precipitação de sedimentos

em ambientes marinhos.

8 - Depósitos Fluviais: depósito de sedimentos clásticos

(areia, cascalho e/ou lama) formado por um sistema fluvial no leito e nas

margens da drenagem, incluindo as planícies de inundação e as áreas deltaicas,

com material mais fino extravasado dos canais nas cheias.

9 - Planícies Costeiras: São planícies onde o agente de sedimentação é o mar.

10 - Matéria Orgânica: Matéria orgânica é o composto formado por restos

vegetais (folhas, galhos, raízes, cascas etc.) e animais (em menor escala) que

integram o solo.


11-Clima Tropical: O clima tropical é um clima quente que abrange a região

próxima aos trópicos de Câncer e de Capricórnio. O clima tropical apresenta

estações bastante equilibradas quanto á distribuição das chuvas, porém à medida

que vai se aproximando dos trópicos a estação seca tende a aumentar,

caracterizando o clima tropical seco, quando a estação seca é mais prolongada

que a estação úmida.

12-Clima Semi-árido: O clima semiárido é um tipo de clima caracterizado pela

baixa umidade e pouco volume pluviométrtico. Na classificação mundial do clima,

o clima semiárido é aquele que apresenta precipitação de chuvas média entre

200 mm e 400 mm.

13-Bioma: Bioma é um conjunto de ecossistemas constituído por características

(fauna e flora) fisionômicas de vegetação semelhantes em determinada região.

No Brasil os Biomas conhecidos são: Mata Atlântica, Amazônico, Caatinga,

Cerrado, Pantanal e Pampa.

14-Unidade de conservação: Uma Unidade de Conservação (UC) é denominada

dada pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC)

(Lei n°9.985, de 18 de julho de 2000) às áreas naturais passíveis de proteção por

suas características especiais. São “espaços territoriais e seus recursos

ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais

relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos de

conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se

aplicam garantias adequadas de proteção da lei” (art. 1°, I).

15-Lençol freático: Lençol freático é o nome dado a superfície que delimita

a zona de saturação da zona de aeração, ou seja, abaixo dessa superfície a água

subterrânea preenche todos os espaços porosos e permeáveis das rochas ou dos

solos.

16-Sedimento: sedimento resultante da erosão, da precipitação química a partir

de oceanos, vales ou rios ou biológica (gerado por organismos vivos ou mortos),

depositado na superfície da Terra em camadas de partículas soltas quando

diminui a energia do fluido que o transporta, água, gelo ou vento.

17-Polígono: um polígono é uma figura plana limitada por uma linha poligonal

fechada, ou seja, é uma figura limitada por linhas retas, sendo que estas linhas

deveriam ser mais de quatro, e figura qualquer região do plano cercada por uma

ou mais bordas.

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