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ffl folitécnieo 1 daGuarda Polytechnic of Guarda RELATÓRIO DE ESTÁGIO Licenciatura em Desporto Catarina Maria Simões da Costa Santos julho 1 2018

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fflfolitécnieo

1 daGuardaPolytechnicof Guarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Desporto

Catarina Maria Simões da Costa Santos

julho 1 2018

INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA

ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO, COMUNICAÇÃO E DESPORTO

LICENCIATURA EM DESPORTO

ESTÁGIO CURRICULAR

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

CATARINA MARIA SIMÕES DA COSTA SANTOS

5008280

GUARDA, JULHO DE 2018

INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA

ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO, COMUNICAÇÃO E DESPORTO

LICENCIATURA EM DESPORTO

ESTÁGIO CURRICULAR

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Relatório final de estágio realizado no

âmbito da Unidade Curricular de Estágio, do 3º

ano da Licenciatura em Desporto – Menor de

Exercício Físico e Bem-Estar, da Escola

Superior de Educação, Comunicação e

Desporto, sob a coordenação do Professor

Doutor Pedro Tiago Matos Esteves. É

submetido ao Instituto Politécnico da Guarda,

como requisito para a obtenção do grau de

Licenciada em Desporto.

Docente Coordenador | Professor Doutor Tiago Matos Esteves

Tutor de Estágio | Lúcia Filipa Primo da Cruz

Change is the law of life…

John F. Kennedy

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

vii Catarina Santos | 5008280

Ficha de Identificação do Estágio Curricular

Entidade formadora | Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto (ESECD)

| Instituto Politécnico da Guarda (IPG)

Diretor da ESECD | Professor Doutor Pedro José Arrifano Tadeu

Diretor de curso | Professor Doutor Pedro Tiago Matos Esteves

Docente coordenador | Professor Doutor Pedro Tiago Matos Esteves

Discente | Catarina Maria Simões da Costa Santos

Número de discente | 5008280

Curso | Desporto – Menor em Exercício Físico e Bem-Estar

Ciclo de estudos pretendido | 1º ciclo – Licenciatura

Entidade acolhedora | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

Endereço | Rua das Covas, Lote 34, 6300-389 Guarda

Contactos | 271 238 285 | [email protected]

Tutor de estágio | Lúcia Filipa Primo da Cruz

Habilitações académicas | Mestre em Ciências do Desporto

Título Profissional de Técnico de Exercício Físico | 30639

Cargo | Diretora Técnica

Contactos | 925702990 | [email protected]

Data de início do estágio | 04 de outubro de 2017

Data de fim do estágio | 03 de junho de 2018

Duração | 486 horas

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

ix Catarina Santos | 5008280

| RESUMO |

O presente documento, elaborado com vista à obtenção do grau de licenciada em

Desporto – Menor Exercício Físico e Bem-estar, pela Escola Superior de Educação,

Comunicação e Desporto, do Instituto Politécnico da Guarda, diz respeito ao estágio

curricular desenvolvido na entidade acolhedora nomenclada de Natura Clube & Spa. O

objeto primordial da apresentação dos conteúdos estabelece-se na análise crítica dos

objetivos de aprendizagem definidos e alcançados no decorrer das 486 horas previstas.

Através de um processo contínuo de reminiscência de conhecimento, a etapa do

contexto prático torna-se fulcral para o tranfer e consolidação de competências e

capacidades que, de forma holística, pretendem profissionalizar os discentes na área do

exercício físico, condição física e saúde.

Neste sentido expõe-se as atividades desenvolvidas, tendo por base o processo

faseado em contexto prático, de acordo com as áreas de intervenção definidas a priori.

Elenca-se o trabalho desenvolvido em torno da sala de exercício físico, enfatizando a

avaliação e prescrição do treino e o acompanhamento e controlo individualizado, e das

atividades de grupo terrestres e aquáticas, centralizando-se no planeamento e intervenção

pedagógica.

Refletindo-se sobre o processo de ensino-aprendizagem, através de um balanço

geral em torno dos aspetos positivos e negativos, evidencia-se a identificação de

capacidades e competências adquiridas.

Palavras-chave: Estágio curricular; Exercício Físico; Bem-estar; Atividades de grupo;

Atividades aquáticas; Sala de exercício.

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

xi Catarina Santos | 5008280

| RESUMEN |

El presente documento, elaborado para la obtención del grado en Deportes - Rama

Ejercicio Físico y Bienestar, por la Escola Superior de Educação, Comunicação e

Desporto, del Instituto Politécnico da Guarda, se refiere a la práctica externa desarrollada

en la entidad empleadora Natura Clube & Spa. El objeto primordial de la presentación de

los contenidos se establece en el análisis critica de los objetivos de aprendizaje definidos

y alcanzados en el transcurso de las 486 horas que han sido previstas.

En consecuencia, a través de un proceso continuo de reflexión, la etapa del

contexto práctico se vuelve fundamental para el traspaso y consolidación de competencias

y capacidades que, desde un punto de vista integrador, pretenden profesionalizar los

alumnos en el área del ejercicio físico, condición física y salud.

En este sentido, se exponen las actividades desarrolladas, teniendo por base el

proceso en contexto práctico, de acuerdo con las áreas de intervención delineadas. Se

refiere el trabajo desarollado en la sala de ejercicio físico, como la evaluación y

prescripción del entrenamiento y el acompañamiento y control individualizado, y de las

actividades dirigidas terrestres y acuáticas, centralizándose en la planificación e

intervención pedagógica.

Al reflexionar sobre el proceso de enseñanza-aprendizaje, a través de un balance

general de los aspectos positivos y negativos, se evidencia la identificación de

capacidades y competencias adquiridas.

Palabras clave: Práctica externa; Ejercicio físico; Bienestar; Actividades dirigidas;

Actividades acuáticas; Sala de ejercicio.

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

xiii Catarina Santos | 5008280

| ÍNDICE |

Ficha de Identificação do Estágio Curricular ................................................................. vii

| RESUMO | ..................................................................................................................... ix

| RESUMEN | .................................................................................................................. xi

| ÍNDICE DE FIGURAS | ............................................................................................. xvii

| ÍNDICE DE TABELAS | ........................................................................................... xviii

| ÍNDICE DE GRÁFICOS | ........................................................................................... xix

| ÍNDICE DE ABREVIATURAS E SIGLAS | .............................................................. xx

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 1

CAPÍTULO I | Enquadramento e caracterização da entidade acolhedora ....................... 5

1.1. Enquadramento territorial da entidade acolhedora ............................................ 5

1.2. Caracterização da entidade acolhedora .............................................................. 6

1.2.1. Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa ....................................................... 6

1.3. Recursos ............................................................................................................. 7

1.3.1. Recursos humanos ...................................................................................... 7

1.3.1.1. Estrutura organizacional ...................................................................... 7

1.3.2. Recursos físicos .......................................................................................... 8

1.3.2.1. Receção e sala de espera ..................................................................... 8

1.3.2.2. Sala de exercício.................................................................................. 8

1.3.2.3. Sala de atividades de grupo ................................................................. 9

1.3.2.4. Zona de banho – Piscina, jacuzzi, banho turco e sauna ...................... 9

1.3.2.5. Gabinete de avaliação.......................................................................... 9

1.3.2.6. Balneários femininos e masculinos ..................................................... 9

1.3.2.7. Espaço outdoor .................................................................................. 10

1.3.3. Recursos materiais .................................................................................... 10

1.4. Canais de comunicação .................................................................................... 10

CAPÍTULO II | Objetivos e planeamento do estágio ..................................................... 13

2.1. Objetivos de estágio ......................................................................................... 13

2.1.1. Objetivos gerais ........................................................................................ 13

2.1.2. Objetivos específicos ................................................................................ 14

2.1.2.1. Sala de exercício................................................................................ 14

2.1.2.2. Atividades de grupo .......................................................................... 14

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

xiv Catarina Santos | 5008280

2.1.2.3. Atividades aquáticas .......................................................................... 15

2.2. Planeamento ..................................................................................................... 15

2.2.1. Áreas de intervenção ................................................................................ 15

2.2.2. Fases de intervenção ................................................................................. 16

2.2.3. Calendarização.......................................................................................... 17

2.2.3.1. Calendarização mensal ...................................................................... 18

2.2.3.2. Calendarização anual......................................................................... 18

CAPÍTULO III | Atividades decorrentes do estágio....................................................... 23

2.3. Cronograma das atividades .............................................................................. 24

2.4. Sala de Exercício ............................................................................................. 24

2.4.1. Observação de sessões de treino ............................................................... 24

2.4.2. Acompanhamento de sessões de treino .................................................... 25

2.4.3. Avaliação e prescrição do treino .............................................................. 25

2.4.3.1. Fluxograma de intervenção ............................................................... 26

2.4.3.2. Estratificação de riscos ...................................................................... 27

2.4.3.3. Avaliação da composição corporal ................................................... 29

2.4.3.4. Avaliação da aptidão física ............................................................... 30

2.4.3.5. Periodização, prescrição e controlo do exercício .............................. 35

2.4.4. Intervenção pedagógica ............................................................................ 36

2.4.4.1. Acompanhamento e controlo individualizado................................... 36

2.5. Atividades de grupo terrestres ......................................................................... 53

2.5.1. Observação das aulas de grupo ................................................................. 54

2.5.2. Controlo mensal das aulas de grupo ......................................................... 54

2.5.3. Planeamento das aulas de grupo ............................................................... 55

2.6. Atividades aquáticas ........................................................................................ 58

2.6.1. Hidroginástica ........................................................................................... 58

2.6.1.1. Planificação da Hidroginástica .......................................................... 59

2.7. Tarefas e funções auxiliares ............................................................................. 61

2.8. Projeto da atividade de promoção .................................................................... 62

CAPÍTULO IV | Atividades complementares ................................................................ 66

3.1. Ações de formação ........................................................................................... 66

3.1.1. XXIV Convenção Internacional de Atividade Física Manz ..................... 66

3.1.2. II Seminário Treino Jovem Nadador ........................................................ 68

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

xv Catarina Santos | 5008280

3.1.3. Convenção MUNDOHIDRO ................................................................... 70

3.1.4. 41ºCongresso Técnico-Científico da APTN ............................................. 72

3.2. Atividades do plano anual da entidade acolhedora .......................................... 74

3.2.1. Treinos Outdoor ........................................................................................... 74

3.2.2. Natura Games ............................................................................................... 74

3.2.3. Dias comemorativos ..................................................................................... 74

| CONSIDERAÇÕES FINAIS | ...................................................................................... 79

| REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | ........................................................................ 85

ANEXOS

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

xvii Catarina Santos | 5008280

| ÍNDICE DE FIGURAS |

Figura Nº1 – Enquadramento territorial | Guarda.......................................................................... 5

Figura Nº2 - Logótipo | Guarda ..................................................................................................... 5

Figura Nº3 – Logótipos | NATURA IMB HOTELS ..................................................................... 6

Figura Nº4 – Enquadramento territorial | NATURA IMB HOTELS ............................................ 6

Figura Nº5 – Logótipo e Organograma | NATURA IMB HOTELS ............................................. 7

Figura Nº6 – Receção do hotel | Natura Clube & Spa ................................................................... 8

Figura Nº7 – Receção do ginásio | Hotel Lusitânia Congress & Spa ............................................ 8

Figura Nº8 – Sala de exercício | Natura Clube & Spa ................................................................... 8

Figura Nº9 – Zona de banho | Natura Clube & Spa ...................................................................... 9

Figura Nº10 – Espaço outdoor | Natura Clube & Spa ................................................................. 10

Figura Nº11 – Fases de Intervenção | Estágio Curricular ............................................................ 16

Figura Nº12 – Calendarização mensal | Natura Clube & Spa ..................................................... 18

Figura Nº13 – Calendarização anual | Natura Clube & Spa ........................................................ 19

Figura Nº14 – Cronograma de atividades | Natura Clube & Spa ................................................ 24

Figura Nº15 – Fluxograma | Sala de exercício ............................................................................ 26

Figura Nº16 – Cartaz Natura Aqua Experience | Projeto da atividade de promoção .................. 63

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

xviii Catarina Santos | 5008280

| ÍNDICE DE TABELAS |

Tabela Nº1 – Linhas orientadoras | Estratificação de riscos ....................................................... 28

Tabela Nº2 - Funções da avaliação dos FR | Estratificação de riscos ......................................... 28

Tabela Nº3 - Classificação do IMC e ratio C/A | Estratificação de riscos .................................. 29

Tabela Nº4 - Fórmulas e equações | Avaliação da composição corporal .................................... 30

Tabela Nº5 - Categorias da Aptidão Física | Avaliação da AF .................................................... 30

Tabela Nº6 – Equação de Rockport | Avaliação da ApC ............................................................. 31

Tabela Nº7 – Equação de Cooper | Avaliação da ApC ............................................................... 32

Tabela Nº8 – Classificação do Cooper 2400m| Avaliação da ApC ............................................ 32

Tabela Nº9 – Classificação do Vo2max| Avaliação da ApC ....................................................... 32

Tabela Nº10 – Repetições permitidas com várias % de 1 RM | Avaliação da FM ..................... 32

Tabela Nº11 – Repetições permitidas com várias % de 1 RM | Avaliação da FM ..................... 34

Tabela Nº12 – Partial Curl Up | Avaliação da RM .................................................................... 34

Tabela Nº13 –Push Up | Avaliação da RM ................................................................................. 34

Tabela Nº14 – Fórmula de Tanaka | Fcmáx ................................................................................ 37

Tabela Nº15 – Avaliação inicial #1| Caso A ............................................................................... 37

Tabela Nº16 – Categorização da PAS/PAD | Pressão arterial ..................................................... 38

Tabela Nº17 – Periodização do EF | Cliente A ........................................................................... 39

Tabela Nº18 – Avaliação inicial #1| Caso B ............................................................................... 42

Tabela Nº19 – Periodização do EF | Caso B ............................................................................... 42

Tabela Nº20 – Avaliação inicial #1 | Caso C .............................................................................. 45

Tabela Nº21 – Periodização do EF | Caso C ............................................................................... 46

Tabela Nº22 – Avaliação inicial #1| Caso D ............................................................................... 49

Tabela Nº23 – Periodização do EF | Caso D ............................................................................... 50

Tabela Nº24 – Fórmula de Karvonen | FCtreino ......................................................................... 52

Tabela Nº25 – Controlo mensal | Atividades de grupo ............................................................... 54

Tabela Nº26 – Estrutura das aulas | Atividades de grupo ............................................................ 55

Tabela Nº27 - Escala de Borg | PSE ............................................................................................ 56

Tabela Nº28 – Modalidades | Aulas de Grupo ............................................................................ 57

Tabela Nº29 – Partes da aula de Hidroginástica | Atividades aquáticas...................................... 60

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

xix Catarina Santos | 5008280

| ÍNDICE DE GRÁFICOS |

Gráfico Nº1 – Percentagem de gordura | Caso A ........................................................................ 39

Gráfico Nº2 – Bioimpedância | Caso A ....................................................................................... 39

Gráfico Nº3 – Perímetros (cm) | Caso A ..................................................................................... 40

Gráfico Nº4 – Ratio Cintura/Anca | Caso A ................................................................................ 40

Gráfico Nº5 – Pregas (mm) | Caso A .......................................................................................... 40

Gráfico Nº6 – Biompedância | Caso B ........................................................................................ 43

Gráfico Nº7 – Percentagem de gordura | Caso B ........................................................................ 43

Gráfico Nº8 – Perímetros (cm) | Caso B ..................................................................................... 43

Gráfico Nº9 – Ratio Cintura/Anca (cm) | Caso B ....................................................................... 43

Gráfico Nº10 – Pregas (mm) | Caso B ......................................................................................... 44

Gráfico Nº11 – Percentagem de Gordura | Caso C ..................................................................... 47

Gráfico Nº12 – Biompedância | Caso C ...................................................................................... 47

Gráfico Nº13 – Perímetros (cm) | Caso C ................................................................................... 48

Gráfico Nº14 – Ratio Cintura/Anca (cm) | Caso C ..................................................................... 48

Gráfico Nº15 – Pregas (mm) | Caso C ......................................................................................... 48

Gráfico Nº16 – Percentagem de Gordura | Caso D ..................................................................... 51

Gráfico Nº17 – Biompedância | Caso D ...................................................................................... 51

Gráfico Nº18 – Perímetros (cm) | Caso C ................................................................................... 51

Gráfico Nº19 – Ratio Cintura/Anca (cm) | Caso C ..................................................................... 51

Gráfico Nº20 – Pregas (mm) | Caso CD ...................................................................................... 52

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

xx Catarina Santos | 5008280

| ÍNDICE DE ABREVIATURAS E SIGLAS |

(RE) Relatório de Estágio

(UC) Unidade Curricular

(IMB) Imobiliária Manuel Brancal

(ESEV) Escola Superior de Educação

de Viseu

(ACSM) American College of Sports

Medicine

(ISAK) International Society of the

Advancement of Kinanthropometry

(FR) Fatores de Risco

(DVC) Doenças Cardiovasculares

(EPOC) Excess Post Exercise Oxygen

Consumption

(HIIT) High-Intensity Interval Training

(FITT) Frequency, Intensity, Time and

Type

(TI) Treino Intervalado

(GAP) Glúteos, Abdominais e Pernas

(NDP) Natação Pura Desportiva

(AMA) Adaptação ao Meio Aquático

(EF) Exercício Físico

(ApF) Aptidão Física

(ApC) Aptidão Cardiorrespiratória

(VO2máx) Consumo máximo de

oxigénio

(FC) Frequência Cardíaca

(FCmáx) Frequência Cardíaca máxima

(FCrep) Frequência Cardíaca de

repouso

(PSE) Perceção Subjetiva de Esforço

(bmp) Batimentos por minuto

(CMAE) Ciclo Muscular Alongamento-

Encurtamento

(RM) Repetição Máxima

(AA) Adaptação Anatómica

(IMC) Índice Massa Corporal

(MM) Massa Magra

(MG) Massa Gorda

(kcal) Quilocalorias

(kg) Quilogramas

(m) Metros

(cm) Centímetros

(mm) Milímetros

(%) Percentagem

(C/A) Cintura/Anca

(∑) Somatório

1 Catarina Santos | 5008280

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

INTRODUÇÃO

O presente documento constitui-se como o Relatório de Estágio (RE), da Unidade

Curricular (UC) de Estágio, da Licenciatura em Desporto – Menor em Exercício Físico e

Bem-Estar, da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto, do Instituto

Politécnico da Guarda. O documento que de seguida se expõe para avaliação tem por base

a apresentação dos conteúdos relativos à UC, realizados em contexto prático, na respetiva

entidade acolhedora. Por conseguinte, o mesmo implica uma exposição clarificada dos

objetivos de aprendizagem, definidos a priori, de modo a formalizar e a conceber/perfazer

o período temporal de 486 horas totais, sendo que 420 horas são destinadas ao contacto

(380h de estágio e 40h de orientação tutorial com o coordenador de estágio), distribuídas

por 36 semanas do presente ano letivo.

Neste seguimento, o processo de estágio teve lugar nas instalações do Hotel

Lusitânia – Natura Clube & Spa, sito na cidade da Guarda (ver convenção de estágio em

ANEXO IV). A escolha da entidade acolhedora, do ponto de vista factual, realizou-se

através de um processo de seleção, de acordo com as opções disponíveis, pela então

docente detentora do cargo de diretora de curso, Professora Doutora Carolina Júlia Félix

Vila-Chã.

O objetivo central e generalizado deste Estágio Curricular visou aperfeiçoar,

integrar e correlacionar os conhecimentos teóricos, teórico-práticos e práticos adquiridos

por via de um leque diversificado de conhecimentos nos domínios de investigação, de

conhecimento técnico, científico e pedagógico, presentes nas UCs integrantes do Plano

Curricular, em vigor, da Licenciatura em Desporto. Através de uma prática íntegra e

orientada in situ pretendeu-se profissionalizar os discentes, de acordo com as

metodologias e as competências subjacentes às distintas áreas de intervenção, com intuito

de promover uma intervenção profissional qualificada.

Desta forma, o objetivo primordial do RE passa pela explicitação detalhada dos

conteúdos inerentes à efetivação do Estágio Curricular, tais como as atividades

desenvolvidas, indo ao encontro dos objetivos gerais e específicos das respetivas áreas de

intervenção. De referir, e não menos importante, o tratamento da informação respeitante

ao enquadramento da entidade acolhedora, de modo a existir uma coerência entre os

espaços disponíveis e as atividades nele realizadas.

2 Catarina Santos | 5008280

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

A par desta, verifica-se um elo de ligação entre as metodologias adotadas e o paradigma

cartesiano, por forma a efetivar um transfer e conversão dos conteúdos teóricos para um

contexto que se incidiu na promoção da sua práxis, ou seja, uma correlação entre a

evidência científica e a prática sistemática, com uma incidência orientada para os diversos

segmentos.

De um ponto de vista de forma, o presente documento encontra-se estruturado em

quatro capítulos e subdividido em diversos pontos, respeitantes à informação abordada

em cada capítulo: CAPÍTULO I - Enquadramento e caracterização da entidade

acolhedora; CAPÍTULO II – Objetivos e planeamento do Estágio; CAPÍTULO III –

Atividades decorrentes do estágio; CAPÍTULO IV – Atividades complementares.

Para concluir, de uma forma minuciosa reflete-se sobre todo o processo de ensino-

aprendizagem concretizado em contexto prático. Assim, elencando um parecer pessoal

adjacente às dificuldades e às competências que a presente jornada concedeu apresenta-

se as considerações finais.

.

3 Catarina Santos | 5008280

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

CAPÍTULO I |

Enquadramento e caracterização da entidade acolhedora

5 Catarina Santos | 5008280

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

CAPÍTULO I | Enquadramento e caracterização da entidade

acolhedora

1.1. Enquadramento territorial da entidade acolhedora

Neste enquadramento pretende-se fazer uma ligação entre o aspeto sociogeográfico e

os recursos existentes no âmbito da promoção da atividade física, condição física e bem-

estar. Esta ligação torna-se necessária uma vez que os recursos existentes resultam da

análise interpretativa do território (Figura Nº1) e da demografia do concelho, o qual se

traduz num levantamento da informação, nomeadamente dados estatísticos relativos à

quantificação dos espaços, que fornecem uma visão multifatorial, no que diz respeito à

adesão da população, segundo a tipologia em vigor nesses mesmo. Após um levantamento

generalizado, verifica-se a existência de doze ginásios sitos na cidade da Guarda (Figura

Nº2). Importante ressaltar que, apenas dois são detentores de um tanque de aprendizagem,

para as diversas atividades aquáticas, o que prediz uma escassez numa potencial área de

investimento.

No que concerne à localização dos recursos disponíveis, verifica-se que a maioria

estão sediados na periferia urbana, o que dita uma maior oferta para o aglomerado

residencial. De acordo com os Censos1 realizados no ano de dois mil e onze, a cidade da

Guarda possui 26565 habitantes residentes (residência oficial no concelho), sendo que o

grupo etário predominante encontra-se na faixa dos 25 aos 64 anos.

A existência de um Instituto Politécnico pode apresentar-se como uma mais-valia para

a absorção de jovens, ainda que seja de forma sazonal, o que prediz uma potencialidade

na inovação dos espaços desportivos.

1 Disponível em: https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpgid=ine_main&xpid=INE

Figura Nº2 - Logótipo | Guarda

Fonte: http://www.mun-guarda.pt/Portal/

Figura Nº1 – Enquadramento territorial | Guarda

Fonte: http://www.mun-guarda.pt/Portal/

6 Catarina Santos | 5008280

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

1.2. Caracterização da entidade acolhedora

1.2.1. Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

O Hotel Lusitânia Congress & Spa encontra-se situado na cidade da Guarda (Figura

Nº3), integrando o grupo NATURA IMB HOTELS (Figura Nº4), e oferece uma panóplia

de serviços. Localizado apenas a dez (10) minutos de carro do centro histórico da cidade

da Guarda, este dispõe de um clube de bem-estar. O Natura Clube & Spa está totalmente

equipado, com um ginásio, um spa (sauna húmida e seca, jacuzzi e cabine de massagens),

uma piscina interior e exterior, um court de ténis e um percurso pedestre na área

circundante ao hotel. De ressaltar, que o Hotel Lusitânia é o primeiro hotel biológico de

Portugal, possuindo uma quinta orgânica. Relativamente ao funcionamento do ginásio,

este é detentor da particularidade, comparando com os demais ginásios existentes na

cidade, de permanecer aberto durante os 365/366 dias do ano. No entanto, possui um

horário de segunda a sexta, das 09h:30min às 21h:00min, sábados, das 10h:00min às

20h00min, e domingos, das 10h:00min às 19h00min. Desta forma, o ginásio é parte

integrante dos serviços do hotel, onde oferece várias atividades que promovem a atividade

física e o bem-estar, tais como as aulas de hidroginástica, aulas de iniciação e/ou

aperfeiçoamento das técnicas de nado (vários níveis e escalões) e atividades de grupo

(pilates, bike, TRX, circuit training, natura pump, step natura, GAP, mobility, core e

ABDO express).

Figura Nº4 – Enquadramento territorial | NATURA IMB HOTELS

Fonte: http://www.naturaimbhotels.com

Figura Nº3 – Logótipos | NATURA IMB HOTELS

Fonte: http://www.naturaimbhotels.com

7 Catarina Santos | 5008280

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

1.3. Recursos

1.3.1. Recursos humanos

1.3.1.1. Estrutura organizacional

No que diz respeito ao funcionamento da entidade acolhedora, esta expressa-se de

forma hierárquica (Figura Nº5). O grupo NATURA IMB HOTELS apresenta um

administrador executivo, Dr. Luís Veiga, responsável pelo conjunto de 5 (cinco) hotéis,

mencionados anteriormente, pertencentes ao grupo da família Manuel Brancal

(Imobiliária Manuel Brancal – IMB, S.A.). No que concerne ao Hotel Lusitânia Congress

& Spa - Guarda, este encontra-se sob alçada do diretor geral, José Almeida. A

coordenação geral, tendo como responsável Sérgio Ferraz, é efetivada em prol do Natura

Clube & Spa – Covilhã e Natura Clube & Spa – Guarda. A direção técnica do Natura

Clube & Spa – Guarda é da responsabilidade de Lúcia Cruz, integrando, a par com Marco

Pecêgo, a equipa de técnicos permanentes. Por fim, na qualidade de terapeutas e

rececionistas (front office) apresentam-se Tânia Moura e Rute Almeida.

Figura Nº5 – Logótipo e Organograma | NATURA IMB HOTELS

Fonte: http://www.naturaimbhotels.com

8 Catarina Santos | 5008280

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

1.3.2. Recursos físicos

O Natura Clube & Spa – Guarda dinamiza atividades nas instalações do Hotel

Lusitânia Congress & Spa (Figura Nº6), sendo detentor de um leque de espaços para a

prática das mais diversas atividades (terrestres e aquáticas), de modo a promover a

atividade física e a proporcionar o bem-estar dos utentes. Desta forma, o ginásio é

constituído, espacialmente, por zonas e setores de atividades, que se integram para as

devidas funcionalidades, como se apresenta de seguida.

1.3.2.1. Receção e sala de espera

Compreende o hall de entrada do ginásio (Figura Nº7) possuído uma área de

atendimento ao cliente, gabinete de massagens, locais de arrumação de material, um

espaço de observação e sala de espera para visitantes, com mesas, cadeiras, televisão e

duas máquinas de venda automática.

1.3.2.2. Sala de exercício

Espaço equipado com uma diversidade de materiais, como máquinas de

musculação, ergómetros, pesos livres, uma parede com espelho, uma televisão, entre

outros (Figura Nº8). De referir que, este mesmo subdivide-se em dois setores: treino

cardiovascular e treino de força.

Fig. Nº 8

Fonte: http://www.naturaimbhotels.com

Figura Nº7 – Receção do ginásio | Hotel Lusitânia Congress & Spa

Fonte: http://www.naturaimbhotels.com

Figura Nº6 – Receção do hotel | Natura Clube & Spa

Fonte: http://www.naturaimbhotels.com

Figura Nº8 – Sala de exercício | Natura Clube & Spa

Fonte: http://www.naturaimbhotels.com

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1.3.2.3. Sala de atividades de grupo

Espaço com uma área, aproximadamente, de 80m2 e com capacidade para 15

pessoas, possuindo uma variedade de instrumentos para a prática das distintas aulas de

grupo. Existência, para além do material específico, de duas paredes espelhadas, chão

revestido, coluna de som e plataforma para a instrução. Adjacente a esta sala, verifica-se

a existência da sala de Bike, com a capacidade para 12 pessoas, sendo esta composta por

bicicletas e uma coluna de som.

1.3.2.4. Zona de banho – Piscina, jacuzzi, banho turco e sauna

Nave que compreende um tanque interior de natação, com 1,50m de profundidade,

um local de arrumação de material, um espaço com material de tratamento de água,

climatização e instalações elétricas, jacuzzi e chuveiro, e espreguiçadeiras (Figura Nº9).

Fora desta área, paralelamente aos balneários, encontra-se o banho turco e a sauna.

1.3.2.5. Gabinete de avaliação

Gabinete constituído por uma marquesa, um computador e material de avaliação

antropométrica. Espaço com a função de planeamento e prescrição do exercício físico

(sala de exercício e atividades de grupo).

1.3.2.6. Balneários femininos e masculinos

Espaço composto por cacifos, casas de banho, bancos de apoio e cabines de

chuveiro.

Figura Nº9 – Zona de banho | Natura Clube & Spa

Fonte: http://www.naturaimbhotels.com

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1.3.2.7. Espaço outdoor

Detentor de uma piscina externa, no entanto sazonal (junho a setembro), com

chuveiros, espreguiçadeiras e um circuito pedestre, envolto da área circundante ao hotel

e à horta biológica do mesmo. De salientar, e não menos importante, a existência de um

court de ténis (Figura Nº10).

1.3.3. Recursos materiais

O Natura Clube & Spa é titular de uma diversificada panóplia de material para as

distintas atividades desportivas e de lazer. O material encontra-se, na generalidade, em

excelentes condições, sendo que a entidade providencia a regular aquisição de material,

tendo por base a segurança dos utentes e a constante inovação e melhoramento dos

serviços prestados. Em ANEXOS (ANEXO I, II e III) é possível visualizar-se, de forma

qualitativa, o inventário do material existente na sala de exercício, sala de atividades de

grupo e piscina, referindo-se o estado de conservação que apresenta.2

1.4. Canais de comunicação

O processo de transmissão entre o emissor e o recetor, efetiva-se através dos canais

de comunicação digitais. O website é a primeira porta de entrada para o cliente, podendo

visualizar os serviços e instalações do Hotel Lusitânia Congress & Spa. Neste

seguimento, o marketing digital apresenta-se com maior relevância na dimensão social,

verificando-se a existência de diversas páginas, de acordo com os serviços, na rede

Facebook. Em termos de comunicação interna e gestão, o Natura Clube & Spa recorre ao

programa NEWSPA.

2 Importante ressaltar que, por motivos legais e de normas de funcionamento, presentes no regulamento em

vigor do grupo NATURA IMB HOTELS, verifica-se a impossibilidade de quantificar e efetuar um registo

fotográfico de qualquer tipo de material existente nos espaços mencionados anteriormente.

Figura Nº10 – Espaço outdoor | Natura Clube & Spa

Fonte: http://www.naturaimbhotels.com

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CAPÍTULO II |

Objetivos e planeamento do estágio

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CAPÍTULO II | Objetivos e planeamento do estágio

2.1. Objetivos de estágio

De modo a existir um processo de intervenção preciso e progressivo, verificou-se a

necessidade de delimitar os objetivos a atingir, de acordo com as áreas de intervenção

enunciadas no presente capítulo. Neste seguimento, inseriram-se objetivos gerais que

traduzem uma generalidade dos conteúdos e competências que respondem às exigências

pressupostas na Unidade Curricular de Estágio do Menor de Exercício Físico e Bem-

Estar, inserido no Plano de Estágio (ANEXO IV)

2.1.1. Objetivos gerais

o Adquirir e consolidar os conhecimentos inerentes às áreas científicas, técnicas e

pedagógicas, para uma intervenção profissional qualificada;

o Desenvolver competências, conhecimentos e aptidões necessárias para o desempenho

de funções específicas ou para a integração em contextos clínicos (ramo do exercício

físico e bem-estar), baseando a prática na evidência e respeitando as metodologias em

vigor;

o Refletir criticamente sobre a intervenção profissional e reajustar os procedimentos

sempre que necessário;

o Desenvolver as competências técnicas in situ, de modo a observar, analisar, intervir e

comunicar com os distintos agentes envolvidos;

o Diagnosticar e caraterizar a entidade acolhedora em termos da história, estrutura,

recursos, tecnologias e canais de comunicação internos e externos;

o Aprimorar a reflexão crítica nas distintas situações, tendo em conta os fatores

intrínsecos e extrínsecos de intervenção, reajustando os procedimentos sempre que

necessário;

o Aperfeiçoar as competências que objetivam e respondam às exigências colocadas pela

realidade de intervenção moral, ética e deontológica;

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o Promover e melhorar as interações sociais e profissionais, com base na qualidade de

vida e bem-estar dos intervenientes.

2.1.2. Objetivos específicos

2.1.2.1. Sala de exercício

o Domínio das metodologias de iniciação ao exercício físico, aplicando questionários e

estratificando o risco dos agentes envolvidos, definindo linhas orientadoras para a

prescrição do exercício;

o Observar, analisar e refletir as distintas metodologias empregues nas sessões da

entidade acolhedora, de modo a uma intervenção íntegra e viável, de acordo com os

parâmetros normalizados;

o Intervir no processo de avaliação inicial dos clientes, aplicando avaliações

antropométricas e reconhecendo a utilização de equipamento adequado;

o Desenhar uma correta periodização, aplicando os princípios de treino ajustados aos

diferentes níveis de condição física dos clientes, de modo a rentabilizar o processo de

treino;

o Selecionar e aplicar testes de avaliação da aptidão cardiorrespiratória, testes de força

e flexibilidade, em função do contexto, interpretando corretamente os resultados e

estabelecendo a relação com a prescrição do exercício;

o Explicitar, controlar e adaptar a técnica de execução dos exercícios, em diferentes

níveis de prática e em cada modelo, garantindo a segurança e eficiência do

movimento, tendo em conta a definição dos objetivos específicos em cada exercício

e as principais componentes críticas;

o Interagir ativamente e de forma autónoma com os intervenientes da sala de exercício.

2.1.2.2. Atividades de grupo

o Identificar ferramentas de liderança e motivação, eficientes para a condução de uma

aula de grupo;

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o Elaborar e planear aulas de grupo, com a metodologia apropriada, recorrendo a

técnicas de execução, a uma vasta seleção musical e às ferramentas de motivação mais

ajustadas ao controlo da intensidade do esforço e aos objetivos de cada fase da aula;

o Intervir na lecionação de aulas de grupo, emitindo feedbacks adequados à situação

existente.

2.1.2.3. Atividades aquáticas

o Planear programas progressivos nas aulas de atividades aquáticas, num contexto de

aprendizagem;

o Observar e integrar as metodologias já existentes, efetivadas pelos professores da

entidade acolhedora, promovendo a obtenção de aptidões práticas;

o Auxiliar e colaborar, elaborando planos de aula, nos diferentes níveis/graus de

aprendizagem;

o Intervir na lecionação de aulas de natação, emitindo feedbacks adequados à situação

existente.

2.2. Planeamento

2.2.1. Áreas de intervenção

De acordo com o Guia de Funcionamento da Unidade Curricular de Estágio –

Menor em Exercício Físico e Bem-estar, a intervenção pedagógica visou possibilitar aos

estagiários a observação, a exploração e aplicação de metodologias nas diversas áreas de

intervenção do exercício físico, condição física e saúde 3. Neste seguimento, e de acordo

com os objetivos idealizados, as áreas de intervenção a exploradas, no decorrer do período

temporal estipulado, centraram-se nas atividades de grupo, nas atividades aquáticas e na

sala de exercício.

3 Adaptado de Guia de Funcionamento da Unidade Curricular de Estágio – Menor em Exercício Físico

e Bem-Estar (2017/2018)

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o Atividades de grupo: observar as metodologias e planificações das

atividades lecionadas na entidade acolhedora, de modo a, progressivamente e de

forma autónoma, planear, coorientar e lecionar essas mesmas;

o Atividades aquáticas: observar e realizar registos, produzindo relatórios

qualitativos referentes à lecionação das aulas de natação e hidroginástica. Planear e

lecionar, de forma supervisionada, aulas de Adaptação ao Meio Aquático (AMA),

iniciação/ aperfeiçoamento de técnicas de nado (Nível I, II e III) e aulas de

hidroginástica;

o Sala de exercício: observar e registar os procedimentos empregues no

acompanhamento e na prescrição do exercício. Intervir no acompanhamento inicial

e individualizado de 4 (quatro) clientes, incrementando questionários de

estratificação de riscos e aplicando avaliações antropométricas e testes de avaliação

da aptidão física. De forma progressiva, efetuar-se-á a devida prescrição e

planeamento da periodização de treino.

2.2.2. Fases de intervenção

O estágio curricular é suportado tendo em conta três fases (Figura Nº11)

relacionáveis e que, de uma forma sucinta, se explicitam de seguida:

Figura Nº11 – Fases de Intervenção | Estágio Curricular Fonte: Fonte própria

FASE DE INTERVENÇÃO

PEDAGÓGICA

05/12/2017

03/07/2018

04/07/2018

24/07/2018

04/10/2017

04/12/2018

FASE DE INTEGRAÇÃO E

PLANEAMENTO

FASE DE CONCLUSÃO E

AVALIAÇÃO

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o Fase de integração e planeamento: Procede-se à integração na entidade acolhedora,

com o reconhecimento dos espaços e serviços disponíveis nas instalações. Avaliação

dos potenciais domínios de intervenção e início da observação e realização das

aulas/sessões, respetivas às áreas de intervenção já mencionadas (terrestres e

aquáticas). Caracterização dos recursos disponíveis (humanos, físicos e materiais),

elaboração da calendarização semanal, mensal e anual, de acordo com o planeamento

das fases de intervenção e das atividades a realizar. A par com a integração e

planeamento, verifica-se a elaboração do Plano Individual de Estágio e respetivo

poster (ANEXO V), sujeitos a uma exposição e, consequente, avaliação.

o Fase de intervenção pedagógica: Processo de intervenção pedagógica, sendo que

pelo menos duas (2) horas corresponderão a sessões de atividades de grupo.

Possibilidade de coorientação das atividades, intervindo no processo de avaliação da

aptidão física, avaliando e prescrevendo sessões de treino (4 clientes). Efetivar

relatórios que apresentem as avaliações, a prescrição e o controlo de resultados. Neste

seguimento, planear e realizar ações de promoção na comunidade ou na entidade

acolhedora, apresentando um projeto da proposta. Por fim, participar em ações de

promoção e congressos/seminários, produzindo relatórios.

o Fase de conclusão e avaliação: Prevê-se a avaliação da congruência entre os

objetivos definidos e os atingidos, refletindo sobre os métodos e os recursos

utilizados. De forma conclusiva, procede-se à elaboração do Relatório Final de

Estágio e finalização do dossier, com a respetiva entrega e defesa, ambos alvo de um

processo de avaliação.

2.2.3. Calendarização

A Unidade Curricular de Estágio - Menor em Exercício Físico e Bem-Estar possui

uma duração de 486 horas totais, sendo 420 horas de contacto (380 horas de estágio e 40

horas de orientação tutorial com o coordenador de estágio), distribuídas por 36 semanas

durante o ano letivo de dois mil e dezassete/dois mil e dezoito (2017/2018).

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O horário semanal contempla uma carga mínima de 10,5 horas na entidade acolhedora e

1 hora para reunião com o coordenador de estágio da Escola Superior de Educação,

Comunicação e Desporto.

2.2.3.1. Calendarização semanal

O horário semanal, inserido de acordo com a planificação de atividades do ginásio

(ANEXO VI) contemplou onze (11) horas semanais, sendo que se verificou uma

rotatividade entre os períodos da manhã e da tarde, ao longo de todo o percurso do estágio

curricular (Figura Nº12).

2.2.3.2. Calendarização anual

O estágio curricular teve início aos quatro (4) dias do mês de outubro de dois mil

dezassete e teve o seu término no dia três (3) do mês de junho de dois mil e dezoito, Neste

seguimento, por forma a facilitar todos os intervenientes, procedeu-se à idealização e,

posterior, concretização de uma planificação anual que, de seguida, se apresenta, com

todos os pressupostos adjacentes ao período de estágio (Figura Nº13).

4 Adaptado de Guia de Funcionamento da Unidade Curricular de Estágio – Menor em Exercício Físico

e Bem-Estar (2017/2018)

Figura Nº12 – Calendarização mensal | Natura Clube & Spa

Fonte: Fonte própria

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Figura Nº13 – Calendarização anual | Natura Clube & Spa

Fonte: Fonte própria

SETEMBRO DEZEMBRO JANEIRO FEVEREIRO MARÇO MAIO

S

T 1

Q 2

Q 1 1 3

S 1 1 2 2 4 1 1

S 2 2 3 3 5 2 2

D 3 3 4 4 1 1 6 3 3

S 4 4 1 5 5 7

T 5 5 2 6 6 8

Q 6 6 3 7 7 9

Q 7 5 5 7 4 8 8 10

S 8 8 5 9 9 11

S 9 9 6 10 10 7 7 12

D 10 10 7 11 11 13

S 11 11 8 12 12 14

T 12 12 9 13 13 15

Q 13 13 10 14 14 16

Q 14 14 11 15 15 17

S 15 15 12 16 16 18

S 16 16 13 17 17 19

D 17 17 14 18 18 20

S 18 18 15 19 19 21

T 19 19 16 20 20 22

Q 20 20 17 21 21 23

Q 21 21 18 22 22 24

S 22 22 19 23 23 25

S 23 25 25 23 20 24 24 21 21 26

D 24 26 26 24 21 25 25 21 22 27

S 25 25 22 26 26 28

T 26 26 23 27 27 29

Q 27 27 24 28 28 30

Q 28 28 25 29 31

S 29 29 26 30

S 30 30 27 31 28 28

D 31 28 29 29

S 29

T 30

Q 31

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ABRIL

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NOVEMBRO

1

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3

4

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OUTUBRO

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CALENDARIZAÇÃO ANUAL - ESTÁGIO CURRICULAR | HOTEL LUSITÂNIA - NATURA CLUBE & SPAJUNHO

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Fins de semana

Feriados

Estágio

Interrupções letivas

Ações de Formação

Atividades de promoção

LEGENDA

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CAPÍTULO III |

Atividades decorrentes do estágio

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CAPÍTULO III | Atividades decorrentes do estágio

O presente capítulo tem por base a congruência entre os objetivos idealizados a priori

da iniciação da segunda fase de intervenção, intitulada de fase de intervenção pedagógica,

e a efetivação dos mesmos, num contexto prático de intervenção, na respetiva entidade

acolhedora. Neste seguimento, abordar-se-ão todas as áreas de intervenção alvo de

contacto direto e indireto, por parte da discente estagiária, tendo em conta a bibliografia

analisada, apresentando-se um enquadramento teórico das temáticas.

O conhecimento relativo à consciencialização da importância para que um indivíduo

adquira um estilo de vida mais ativo tem sido alvo de estudo por parte dos meios de

comunicação e pela comunidade científica (Deschamps, 2009). Assim, este aspeto

primordial auxilia no desenvolvimento da motivação, tendo em conta a relevância da

prática regular de exercícios físicos, enquanto componente importante para a vida do

sujeito (Soares, 2004).

No entanto, importa ressaltar, que apesar de se verificarem valores positivos

significativos no crescimento desta indústria e nas estratégias implementadas na área da

saúde pública dos indivíduos, o número de pessoas que inicia um programa de exercício

físico ou uma atividade física é comutativamente elevado no que respeita à desistência,

sendo esta mais acentuada no final do primeiro e do terceiro mês de participação nos

programas, advindo de um curto período de tempo de permanência (Dishman, 1994).

A atividade e o exercício físico são usados frequentemente de forma recíproca, no

entanto são termos distintos. A atividade física é definida como qualquer movimento

corporal produzido pela contração dos músculos esqueléticos que resulta num aumento

substancial das necessidades calóricas sobre o metabolismo basal. O exercício físico é um

tipo de atividade física que consiste num movimento corporal planeado, estruturado e

repetitivo com intenções de melhorar e/ou manter uma ou umas componentes da aptidão

física. A aptidão física, geralmente, é definida como um conjunto de características ou

atributos que os indivíduos possuem ou adquirem (ACSM, 2010), que traduz a capacidade

de realizar tarefas diárias, sem fadiga excessiva, e com energia suficiente para disfrutar

de atividades de lazer e atender a emergências imprevistas (ACSM, 2018).

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2.3. Cronograma das atividades

De modo a facilitar a compreensão do processo faseado das respetivas áreas de

intervenção, observa-se um cronograma minucioso com as atividades desenvolvidas

subjacentes. No decurso do estágio foram propostas várias atividades, entre as quais, a

participação ativa no quotidiano do ginásio, acompanhamento dos clientes na sala de

exercício e lecionação de aulas de grupo, atividades do plano anual e projeto de

promoção. Todas as atividades previstas e realizadas estão, seguidamente, retratadas no

cronograma e que, no presente capítulo, serão alvo de tratamento (Figura Nº14).

2.4. Sala de Exercício

2.4.1. Observação de sessões de treino

A fase de integração e planeamento pressupõe o início da observação e realização

das aulas/sessões, de acordo com as respetivas áreas de intervenção (terrestres e

aquáticas), com um mínimo de quatro (4) sessões de treino a serem observadas.

Posteriormente, o estagiário deverá observar pelo menos uma sessão de treino por mês.

(GFUC- Modelo PED.007.02). Desta forma, procedeu-se à observação e registo das

díspares instruções, produzindo um relatório referente à lecionação de cada sessão e de

acordo com as metodologias e procedimentos empregues.

Neste sentido, por via de uma grelha de avaliação (ANEXO VII) realizaram-se

observações das diversas sessões de treino na sala de exercício.

(I) Conhecimento do ginásio

(II) Procedimentos do ginásio

(III) Aulas de grupo como participante

(IV) Aulas de grupo como instrutora

(V) Supervisão de treinos

(VI) Eventos de promoção

(VII) Atividades do plano anual

(VIII) Formação

(IX) Planificação e prescrição do EF

out nov dez jan fev mar abr mai jun

Meses do estágio

Ati

vid

ades

des

env

olv

idas

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Figura Nº14 – Cronograma de atividades | Natura Clube & Spa

Fonte: Fonte própria

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Assim, tendo como alvo de avaliação qualitativa o técnico de exercício físico, durante

o desempenho das suas competências, inerentes à iniciação, ao decorrer e à finalização

da sessão, foram observados elementos direcionados para o planeamento, prescrição e

domínio, verificando-se a adequação dos pressupostos idealizados e a sua instrução, a

gestão e organização da sessão, indo ao encontro da comunicação e do clima que assumia

perante o cliente.

2.4.2. Acompanhamento de sessões de treino

A aprendizagem de todos os procedimentos realizados no ginásio, nomeadamente

relativos à avaliação morfológica, prescrição de exercício (planos de treino) e avaliações

ditaram o início do acompanhamento de sessões de treino, de uma forma generalizada,

resultando da necessidade de uma intervenção no âmbito da supervisão dos treinos

prescritos pela equipa constituinte do ginásio. Por conseguinte, explicitar a correta técnica

de exercitação, corrigir erros técnicos e posturais, emitindo os devidos feedbacks

cinestésicos, ajustar os equipamentos à biomecânica de cada cliente e realizar avaliações

antropométricas, assumem-se como as funções específicas do acompanhamento.

Sobre a metodologia de avaliação morfológica utilizada por parte da entidade acolhedora,

ressalta-se a mensuração dos parâmetros da composição corporal por via de uma balança

bioimpedância e uma fita métrica. Assim, são avaliados a massa corporal (kg), o índice

massa corporal - IMC (kg/m2), a percentagem (%) de massa gorda (MG), a % de massa

magra (MM), o metabolismo basal (kcal), a gordura visceral de cada sujeito e o perímetro

abdominal, da anca e da cintura (cm).

2.4.3. Avaliação e prescrição do treino

No que concerne à aplicação das metodologias de iniciação ao exercício físico, dever-

se-á incutir uma estrutura linear nos procedimentos empregues no acompanhamento,

prescrição e planeamento da periodização do treino. De modo a intervir no

acompanhamento inicial e individualizado de quatro (4) clientes, aplicou-se as distintas

metodologias de avaliação inicial, como a estratificação de riscos, de avaliações

antropométricas, de testes de avaliação da aptidão física, tendo em conta as guidelines,

de modo a delinear uma correta periodização, aplicando os princípios de treino ajustados

aos diferentes níveis de condição física e distintos objetivos dos clientes em causa.

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Contudo, inicialmente realizou-se um desenho de intervenção (Figura Nº15) de modo a

cumprir todos os pressupostos da avaliação e prescrição do treino.

2.4.3.1. Fluxograma de intervenção

O fluxograma pretende demostrar a representação esquemática do processo de

intervenção nos estudos casos. O acompanhamento individualizado composto por uma

amostra de pelo menos quatro (4) clientes teve o seu início no incremento dos

questionários de anamnese, e aplicando avaliações da aptidão física foi idealizado, numa

primeira avaliação de elegibilidade, para um universo de seis (6) sujeitos. A priori, de

modo a avaliar a mesma, definiram-se os critérios de identificação para uma seleção

profícua e que, de certa forma, fosse possível a permanência dos mesmos por um período

mínimo de dois meses. Decorrido o primeiro mesociclo, os sujeitos foram subtidos a um

momento número de dois (2) de avaliações, realizando-se os mesmos testes, à exceção da

aplicação do questionário. Nesta fase, perderam-se dois (2) indivíduos, devido a

desistência do ginásio. Neste sentido, realizaram-se quatro (4) avaliações, das seis (6)

previstas. Os dados foram registados num template idealizado a priori (ANEXO IX).

Figura Nº15 – Fluxograma | Sala de exercício

Fonte: Fonte própria

Procedimentos: Avaliações Aval iação da elegibilidade ( n=6)

.Disponibilidade semanal;.Treino regular <1 mês;

.Compromisso de permanência (>2 meses);

.Idade: 18-64 anos.

Perdidos no follow up (n=2)

.Desistência

Avaliação inicial #1.Questionário de anamnese;.Avaliação antropométrica;

.Avaliação da aptidão física:|Força muscular

|Cardiorrespiratória|Flexibilidade|Resistência muscular

Avaliação #2.Avaliação antropométrica;.Avaliação da aptidão física:

|Força muscular|Cardiorrespiratória

|Flexibilidade|Resistência muscular

Avaliação final #3.Avaliação antropométrica;.Avaliação da aptidão física:

|Força muscular|Cardiorrespiratória

|Flexibilidade|Resistência muscular

Tratamento estatístico dos dados (n=4)

Apresentação qualitativados resultados

Ide

nti

fica

ção

Incr

em

ento

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Catarina Santos | 5008280

Por fim, cumpriu-se o último momento de avaliação mantendo-se os mesmos

procedimentos, produzindo-se assim um relatório qualitativo consequente da dissecação

e análise dos dados estatísticos. Importa ressaltar que, ao fim desta etapa, contabilizou-se

no total uma dissipação de três (3) sujeitos no follow-up.

2.4.3.2.Estratificação de riscos

A determinação prévia da condição de saúde é fundamental para otimizar a segurança

durante a aplicação dos testes físicos, durante a participação num dado programa de

exercício físico, para assim garantir a eficácia e adequação da prescrição (ACSM). Após

acordo mútuo, deu-se início à avaliação do estado de saúde e estilo de vida dos sujeitos,

através de uma estratificação de riscos de doenças coronárias, pela aplicação de um

questionário de anamnese. Assim, averiguou-se o histórico de atividade física contando

com cinco (5) opções para o leitor, designadas de muito ativo (pratica atividade física

quatro ou cinco vezes por semana, pelo menos trinta minutos por dia), ativo (pratica

atividade física três vezes por semana, pelo menos trinta minutos por dia),

moderadamente ativo (pratica atividade física uma ou duas vezes por semana, trinta

minutos por dia) e sedentário (não pratica nenhum tipo de atividade física).

Seguidamente, avaliou-se o estado de saúde e respetivos fatores de riscos (FR). Tendo

em conta o questionário de prontidão para a atividade física que avalia os sintomas de

doença coronária, Physical Activity Questionnaire (PAR-Q & YOU) e a análise dos FR

de doenças (ACSM, 2010) torna-se importante ressaltar que o primeiro é composto por

sete (7) questões que vão ao encontro da necessidade ou não da presença médica aquando

da avaliação da aptidão física. Para a análise dos FR, questionou-se, adaptando-se as

guidelines do American College of Sports Medicine e American Heart Association,

(Health/Fitness Facility Preparticipation Screening Questionnaire) (ACSM, 2010), os

parâmetros relativos à idade, histórico familiar, tabagismo, sedentarismo, obesidade,

hipertensão e diabetes (ANEXO X).

Neste seguimento, as recomendações apropriadas, para a atividade/exercício

físico, são elaboradas com base no processo de estratificação de riscos, onde os sujeitos

são classificados numa das três categorias de risco: (a) risco baixo, (b) risco moderado,

ou (c) risco elevado (Tabela Nº1).

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

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Catarina Santos | 5008280

Fonte: (ACSM, 2014)

Fonte: (ACSM, 2014)

Esta estratificação permite identificar contraindicações para a prática de exercício

físico, necessitando ou não de uma observação/avaliação médica a priori (Tabela Nº2), e

é baseada na presença/ausência do conhecimento de doenças cardiovasculares (CV),

pulmonares e/ou metabólicas, na presença/ausência de sinais ou sintomas que sugerem

doenças CV, pulmonares e/ou metabólicas e na presença/ausência de fatores de risco de

doenças CV.

Categoria do risco Linhas orientadoras

Risco baixo Homens e mulheres assintomáticas e que não tenham mais de ≥

1 FR (CV)

Risco moderado Homens e mulheres assintomáticas que tem ≥ 2 FR

Risco alto Indivíduos com doença cardiovascular, pulmonar e/ou

metabólica diagnosticada; ≥1 FR; Sinais ou sintomas

A avaliação dos FR permite elaborar recomendações relativamente à:

Necessidade de exame médico e subsequente clarificação antes de iniciar o EF ou

alterar substancialmente o princípio de FITT do programa de EF já existente;

Necessidade de um teste de esforço antes de iniciar o EF programado;

Necessidade de supervisão do médico durante a aplicação de testes de esforço

máximo ou submáximo.

Tabela Nº1 – Linhas orientadoras | Estratificação de riscos |

Tabela Nº2 - Funções da avaliação dos FR | Estratificação de riscos

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Catarina Santos | 5008280

Fonte: (ACSM, 2014)

2.4.3.3. Avaliação da composição corporal

Após a fase preliminar da estratificação de riscos, dá-se enfâse à avaliação da

composição corporal, por via do estudo antropométrico. Neste sentido, a antropometria é

o ramo das ciências biológicas que tem como objetivo o estudo dos carateres mensuráveis

da morfologia humana. (Fragoso & Vieira, 2005). O estudo antropométrico dos sujeitos

foi baseado nas metodologias standards, para a mensuração das pregas adiposas e

perímetros, da International Society of the Advancement of Kinanthropometry (ISAK),

publicadas no livro International Standards for Anthropometric Assessment (2001).

Através do nível III de avaliação da composição corporal, designado de método

duplamente indireto, que se baseia em equações de regressão que tomam como padrão de

referência os métodos indiretos (e.g. bioimpedância e antropometria) (Fragoso & Vieira,

2005), procedeu-se à mensuração das pregas adiposas (subsescapular, bicipital, tricipital,

íliocristal, supraespinhal, abdominal, crural e geminal - mm), perímetros (braço com/sem

contração, cintura, anca, abdominal, geminal e coxa - cm) e altura (m). A par desta,

empregou-se o instrumento de medição, bioimpedância, onde foi possível registar a

massa corporal (kg), o IMC (kg/m2), a % de MG, a % de MM, o metabolismo basal (kcal)

e a gordura visceral de cada sujeito. O ratio C/A também foi alvo de uma mensuração e

dissecação, segundo os valores padrão (Tabela Nº3).

Tabela Nº3 - Classificação do IMC e ratio C/A | Estratificação de riscos

Tabela Nº3 – Classificação do IMC e ratio C/A | Estratificação de riscos

Fonte: (ACSM, 2014)

<18,5

18,5-24,9

25,0-29,9

I 30,0-34,9

II 35,0-39,9

III ≥40

Mulheres Homens

≤0,80 ≤0,95

0,81-0,85 0,96-1,0

≥0,85 ≥1

Risco

Baixo

Moderado

Elevado

Abaixo do peso

Normal

Sobrepeso

Obes idade, classes

Muito elevado

Extremamente elevado

Circunferência da cintura

Homens, ≤ 102

Mulheres , ≤ 88cm

Homens, > 102

Mulheres , > 88cm

Elevado

Muito elevado

Extremamente elevado

-

-

-

-

Aumentado Elevado

Muito elevado

)

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Catarina Santos | 5008280

Fonte: Jackson e Pollock (1978)

Fonte: (adaptado de Casperson et al., 1985; ACSM, 2014)

)

Após a recolha dos valores, aferiu-se o cálculo da densidade corporal pela fórmula

de Jackson e Pollock (1978), constituída pelo somatório (∑) de três (3) pregas adiposas

(homens e mulheres) e a % de MG por meio da utilização da equação de Siri, que resulta

no protocolo de conversão da densidade corporal em percentagem de gordura. (Tabela

Nº4). Para a análise de resultados recorreu-se a tabelas normativas.

a. Densi (g/cm3) = 1,1125025 – (0,0013125*∑3) + (0,0000055*(∑3)2) – (0,000244*I)

b. Densi (g/cm3) = 1,0994921 – (0,0009929*∑3) + (0,0000023*(∑3)2) – (0,0001392*I)

2.4.3.4.Avaliação da aptidão física

A aptidão física (ApF) expressa a capacidade funcional direcionada para a realização

de esforços associados à prática de atividade física, representada por um conjunto de

componentes relacionadas à saúde e ao desempenho em termos da performance

desportiva (ACSM, 2018). Nesta ótica, traduz-se como elencando um conjunto de

atributos, naturais ou adquiridos, que permitem a realização de atividades quotidianas

com intensidades moderadas a vigorosas que, sobretudo, proporcionam o bem-estar e a

prevenção de doenças (Tabela Nº5).

Fórmula de Jackson e Pollock (1978)

a. Homens

∑3 = peitoral + tricipital + subescapular

b. Mulheres

∑3 =tricipital + íliocristal + crural

Equação de Siri (1961): %MG = (4,95/Densi – 4,5)*100

AF relacionada com a saúde

AF relacionada com o desempenho

a) Aptidão cardiorrespiratória; Agilidade | Coordenação

Potência | Tempo de reação

Equilíbrio | Velocidade

b) Força muscular;

c) Resistência muscular;

d) Flexibilidade.

Tabela Nº5 - Categorias da Aptidão Física | Avaliação da AF

Tabela Nº5 - Categorias da Aptidão Física| Avaliação da AF

Fonte: (adaptado de Casperson et al., 1985; ACSM,2014)

Tabela Nº4 - Fórmulas e equações | Avaliação da composição corporal

Fórmulas e equações | Avaliação da composição corporal

Fonte: Jackson & Pollock (1980)

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Catarina Santos | 5008280

Fonte: (Rockport Shoes Walking Institute)

)

Posteriormente à avaliação corporal e para uma correta prescrição do exercício físico

enalteceu-se a avaliação dos parâmetros relativos às componentes da aptidão física. A

ApF, como já referido, divide-se em duas categorias: aptidão física relacionada com a

saúde e aptidão física relacionada com o desempenho desportivo (ACSM, 2018).

a) Aptidão cardiorrespiratória (ApC) – A resistência aeróbia consiste na

capacidade dos sistemas cardiovasculares e respiratório em suprir o trabalho muscular,

conjuntamente, com o sistema metabólico (Hollmann & Hettinger, 1989). Segundo

Bompa (1999) a resistência cardiorrespiratória pode ser definida como a capacidade do

organismo em resistir à fadiga numa atividade motora prolongada.

Neste sentido, para a avaliação desta componente foram escolhidos, de acordo

com os sujeitos, dois testes de predição do consumo máximo de oxigénio (VO2máx)

(mL/kg/min).

Atualmente, entre vários testes de definição de VO2máx., considera-se o Teste de

Rockport (Rockport One-Mile Walking Fitness Test) o mais apropriado para pessoas

sedentárias (Sharkey, 1998). Neste seguimento procedeu-se à aplicação deste em dois

sujeitos, com um historial de inatividade física. O teste citado, caracterizando-se como

um método indireto, incide na identificação do consumo máximo de oxigénio por meio

de uma caminhada de 1609m, adaptando-se a uma treadmill (passadeira ergométrica),

sendo que o sujeito imprime uma velocidade máxima. O valor resultante é obtido por via

da mensuração de parâmetros relativos à frequência cardíaca (FC), idade, peso, tempo e

género do sujeito, aplicando-se a seguinte equação (Tabela 6):

Equação do Teste de Rockport (Rockport Shoes Walking Institute, 1986)

VO2máx *= 132.853 - (0.0769 × P) - (0.3877 × I) + (6.315 × G) - (3.2649 × T) - (0.1565 × FC)

*P-Peso (kg); I-Idade (anos); G-Género (F-0; M-1); T-Tempo (min); FC-Frequência Cardíaca (bpm)

Nos restantes sujeitos, praticantes regulares de EF, aplicou-se o teste de Cooper

de 2400m (1,5 mile), sendo este um dos mais simples e efetivos testes para uma válida

mensuração da capacidade aeróbia, e analisando-se categoricamente o nível da ApC por

via dos valores (tempo) apresentados na Tabela Nº8 e Nº9.

Tabela Nº6 – Equação de Rockport | Avaliação da ApC

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

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Catarina Santos | 5008280

Fonte: (Tavares, 2008)

)

Fonte: (ACSM, 2010)

)

Fonte: (ACSM, 2010)

)

Fonte: (ACSM, 2010)

)

Na ótica do anterior este também se realizou numa passadeira, com uma inclinação de

1%. Assim, o Vo2máx pode ser calculado a partir da seguinte fórmula (Tabela Nº7):

*T-Tempo.

b) Força muscular

Um dos objetivos da avaliação da condição muscular é determinar a força máxima.

Para Mil-Homens, Correira e Mendonça (2017), o conceito de força muscular é definido

como sendo a capacidade que um determinado músculo, ou grupo muscular, possui para

gerar a máxima tensão, a uma dada velocidade, num determinado exercício. Antes de

prescrever qualquer programa estruturado incumbe a necessidade de se aferir a

quantidade de peso para uma dada série de um exercício (carga) e o número de vezes que

esse mesmo pode ser realizado (repetições), sendo que estas duas variáveis estão

inversamente relacionadas (Tabela Nº10).

Equação do Teste de Cooper 2400m

VO2máx *= (483/T) + 3,5

Tabela Nº8 – Classificação do Vo2max| Avaliação da ApC

Classificação da capacidade aeróbia pelo

VO2máx

VO2máx

(ml/kg/min)Categoria

> 52

42,1 - 52

34,1 - 42

28 - 34

< 28

Excelente

Bom

Médio

Fraco

Muito fraco

>16:01 >19:01

16:00-14:01 19:00-18:31

14:00-12:01 18:30-15:55

12:00-10:46 15:54-13:31

10:45-9:45 13:30-12:30

<9:44 <12:29

Homens MulheresCategorias

Cooper 2400m

Muito fraca

Fraca

Média

Boa

Excelente

Superior

Tabela Nº7 – Equação de Cooper | Avaliação da ApC

Tabela Nº9 – Classificação do Cooper 2400m| Avaliação da ApC

Tabela Nº10 – Repetições permitidas

com várias % de 1 RM | Avaliação da FM

10

11

12

15

Nº de

repetições

1

2

3

4

5

6

7

8

9

75

70

67

65

90

87

85

83

80

77

% 1RM

100

95

93

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

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Catarina Santos | 5008280

Quanto mais pesada for a carga, menos repetições podem ser realizadas e vice-versa

(Tavares, 2008). A força dinâmica por norma é mensurada por meio de uma (1) repetição

máxima (1RM), que traduz o peso máximo que se consegue levantar numa repetição

completa do movimento em causa (Heyward, 2013).

Relativamente aos métodos de aferição da repetição máxima, recorreu-se à utilização

do método direto para a determinação de 1 Repetição Máxima (RM) e o método de

estimação de 1RM através do coeficiente de repetições (Tavares, 2008).

O método direto carateriza-se pela aconselhável utilização nos exercícios centrais ou

exercícios complementares que envolvam mais que uma articulação e grandes grupos

musculares. Este método deve ser implementado a sujeitos que possuem, pelo menos,

quatro (4) a cinco (5) semanas de treino e uma correta técnica de execução. Neste sentido,

o sujeito deverá realizar uma série de aquecimento de oito (8) a dez (10) repetições com

a carga utilizada para 12-15 RM, o que corresponde a um valor de 65-70% de 1RM.

Após recuperar dois (2) minutos, dever-se-á aumentar a carga em cerca de 20%

(aproximadamente 90% de 1RM) e realizar uma série de três (3) a quatro (4) repetições.

Seguidamente recupera três (3) a quatro (4) minutos para se proceder a um novo aumento

em torno dos 10-15%, entanto completar o máximo de repetições. Caso o sujeito não

complete duas (2) repetições, estará determinada a carga de 1RM. No entanto, se a

situação for inversa, repete-se os procedimentos anteriores, mas aumentando apenas em

5%. Por fim, se o sujeito não conseguir completar qualquer repetição diminui-se em 2,5%

e retoma-se os procedimentos.

O método de estimação de 1RM através do coeficiente de repetições é

aconselhável para praticantes principiantes e de nível intermédio, assim como para

exercícios complementares, que envolvam grupos musculares pequenos. O sujeito realiza

uma série de aquecimento de 8-10 repetições, com uma carga de 50-60% RM. Após

recuperar dois (2) minutos, a carga aumenta cerca de 10% (70-80% 1RM) e realiza-se

três (3) a quatro (4) repetições. Recupera-se novamente dois (2) a três (3) minutos e a

carga é aumentada em 5% (75-85% 1RM). Se o número de repetições for superior a dez

(10), aumentar a carga em 5-10%. Caso o número se mantenha entre 1-10 repetições

dever-se-á recorrer à Tabela Nº11, que refere qual o coeficiente correspondente,

multiplicando o mesmo pela carga obtida, de modo a estimar o valor final de 1 RM

(Tavares, 2008).

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

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Catarina Santos | 5008280

Fonte: (Tavares, 2008)

)

Fonte: (ACSM, 2014)

)

Fonte: (ACSM, 2014)

)

Aquando da avaliação da força muscular, mais concretamente na intervenção

pedagógica de dois casos, elaborou-se uma bateria de testes constituída pelos seguintes

exercícios: leg press, leg extension, seated row, bench press, barbell curl, deadlift, back

squat e biceps curl.

c) Resistência muscular

A resistência muscular define-se como a capacidade mista de força e resistência, que

se manifesta na possibilidade de realizar esforços, em vários regimes de contração

muscular (isométrico, concêntrico ou CMAE), em atividades de média e longa duração,

resistindo à fadiga e mantendo o funcionamento muscular em níveis elevados. (Cunha,

2017). Por forma a avaliar esta componente recorreu-se às diretrizes do ACSM (2018),

tendo em conta o número máximo de repetições realizadas no espaço de um (1) minuto,

aplicando-se o teste de abdominais parciais (partial curl up) (Tabela Nº12) e o teste de

flexão de braços (push-up) (Tabela Nº13).

Percentil M F

90 75 70

80 56 45

70 41 37

60 31 32

50 27 27

40 23 21

30 20 17

20 13 12

10 4 5

20-29

Género

Idade

Partial

Curl Up

1,23

8 1,27

9 1,32

10 1,36

1,10

4 1,13

5 1,16

6 1,20

Repetições

completadas

Coeficiente de

repetição

1 1,00

2 1,07

3

7

Tabela Nº11 – Repetições permitidas com

várias % de 1 RM | Avaliação da FM

Tabela Nº13 – Partial Curl Up |

Avaliação da RM

20-29 30-39

≥ 48 ≥ 40

38-47 31-39

30-37 25-30

23-29 18-24

≤ 22 ≤ 17

≥ 37 ≥ 32

31-36 25-31

24-30 20-24

18-23 dez/19

≤ 17 ≤ 11

Excelente

Bom

Razoável

Fraco

Push-Up

Idade

Superior

Excelente

Bom

Razoável

Fraco

Homens

Mulheres

Superior

Tabela Nº12 – Push Up |

Avaliação da RM

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Catarina Santos | 5008280

d) Flexibilidade

A flexibilidade diz respeito à amplitude de movimento de uma articulação simples

e/ou múltipla, traduzindo-se na habilidade para desempenhar tarefas gerais, como a

mobilidade articular, adequada para a realização das tarefas simples do quotidiano, e

específicas, como a amplitude necessária, para realizar ações motoras e movimentos

desportivos (ACSM, 2010). Os procedimentos realizados para avaliar a flexibilidade,

tendo em conta os recursos disponíveis, não se afirmam com uma viabilidade significativa

da flexibilidade. No entanto, face ao exposto procedeu-se à exclusiva aplicação do teste

de flexibilidade de ombros, sendo este caraterizado por três (3) tentativas

2.4.3.5. Periodização, prescrição e controlo do exercício

A periodização de qualquer programa de EF tem como objetivo primordial planear

o treino numa perspetiva a longo prazo a partir de variações sistemáticas e pré-

programadas na especificidade, intensidade e volume de treino (Baechle & Earle, 2008).

Esta comutação entre o volume e a intensidade de treino deverá ser construída de acordo

com uma perspetiva macro (ano ou semestre), meso (mês) e micro (semana) (Baechle &

Groves, 2000).

Assim estes pressupostos que se apresentam a jusante da avaliação inicial, tendo esta

como objetivo primordial o conhecimento minucioso do sujeito, Badillo e Ayestaran

(2001) caracterizam-nos como a organização dos meios e métodos de treino, de forma

lógica, como meio para alcançar os resultados desejados.

Segundo Garganta e Prista (2003) a organização do treino não é uma tarefa simples.

Refletindo sobre este paradigma há que equacionar determinadas especificidades para

uma correta otimização da prescrição do exercício, tendo em conta a adequação dos

objetivos e necessidades do sujeito, bem como as suas limitações e motivações, não só

assente no tipo de atividade que irá realizar, mas também no tão célebre princípio de FITT

(Frequency, Intensity, Time and Type).

A prescrição do exercício não é linear a qualquer sujeito, envolvendo uma constante

modificação e manipulação nas variáveis de treino como a escolha de exercícios, número

de séries e as suas repetições, com o respetivo intervalo, a velocidade de execução, os

métodos de treino e os tipos de força (Fleck & Kraemer, 2006). Assim, embora existam

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

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Catarina Santos | 5008280

princípios gerais de adaptação que se aplicam à grande maioria dos sujeitos, há uma

panóplia de fatores que afetam a conceção de um programa de exercício físico, sendo

estes de competência física, psicológica ou emocional. Todavia, o planeamento do treino

rege-se pelos princípios base biológicos que orientam um programa de exercício físico,

como o princípio da especificidade, que relaciona as respostas e as adaptações do

organismo específicas do tipo de atividade, dos músculos e sistemas energéticos

(Heyward, 2013), o principio da sobrecarga progressiva, sendo que a intensidade deve

aumentar progressivamente de treino para treino, para o incremento de novos estímulos

(Castelo, Barreto, & Alves, 2000) o principio da reversibilidade, onde as alterações do

organismo adquiridas ao longo das atividades inerentes ao exercício são transitórias

(Alves, 2000), verificando-se cargas de grande volume e pequena intensidade com um

maior efeito e mais prolongado e, por fim, o principio da heterocronia, que assenta no

facto de quanto maior for a intensidade do exercício mais rapidamente o efeito do

exercício se faz sentir, porém, também mais rapidamente desaparece esse mesmo efeito.

2.4.4. Intervenção pedagógica

2.4.4.1. Acompanhamento e controlo individualizado

o Caso A

Sujeito A, do género feminino, com 26 anos de idade, estudante de enfermagem.

Iniciou a sua frequência no ginásio no dia quinze de janeiro de dois mil e dezoito. No dia

vinte e três (23), após uma explicação minuciosa dos procedimentos a realizar, aplicou-

se o questionário de anamnese, inserido na avaliação inicial. Verificou-se que

relativamente ao histórico de atividade física o sujeito à data não praticava qualquer

atividade física (sedentarismo).

Relativamente à avaliação para determinar a aplicação de testes máximos e

atividades vigorosas, o sujeito não apresenta qualquer contraindicação para a prática do

exercício físico, verificando-se a ausência de sinais ou sintomas. Seguidamente, com a

aplicação do questionário para averiguar o risco preditivo de DCV, pulmonares e/ou

metabólicas, determinou-se que o sujeito enquadra-se num risco moderado, apresentando

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

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Catarina Santos | 5008280

Fonte: Fonte própria

)

)

Fonte: (Tanaka, 2001)

)

)

dois (2) fatores de risco (tabagismo e sedentarismo), o que prediz uma aplicação de um

teste submáximo.

O objetivo primordial estabeleceu-se na perda de alguma massa gorda, tendo em

conta a condição física geral. Apresentando uma disponibilidade semanal de 5/6 dias e

finda a aplicação na íntegra do questionário inicial, prosseguiu-se para a avaliação da

composição corporal, da aptidão cardiorrespiratória, da resistência muscular e da

flexibilidade. Para uma melhor compreensão, apresenta-se a Tabela Nº15 tendo como

objetivo a exposição dos resultados obtidos na primeira avaliação.

Realizando uma análise descritiva dos dados expostos, verifica-se que o sujeito

foi categorizado como pré-hipertenso (Tabela Nº16) possuindo valores de 121/80mmHg

de tensão arterial (TA). Encontrando-se no deadline da categoria normal, tal facto não se

afirmou como condicionador para a prática de EF. A sua massa corporal (MC) incidiu

nos 61,8kg e a sua altura num 1,73m o que resultou num IMC de 20,6kg/m2, traduzindo-

se numa classificação normal. O seu ratio C/A foi de 0,76, considerado como risco baixo.

Importa ressaltar que a FCmáx foi obtida por via da fórmula de Tanaka (2001) (Tabela

Nº14) com um valor de 190bat/min. Neste seguimento, a aptidão cardiorrespiratória foi

mensurada pela aplicação do teste de Rockport, tendo-se verificado um consumo máximo

de oxigénio (Vo2máx) de 35,7ml/kg/min, sendo classificado como médio. Por fim, a

avaliação da resistência muscular, englobando o teste de push-ups e partial curls up,

determinou o sujeito como bom e a flexibilidade de ombros foi conseguida nas três

tentativas possíveis.

Fórmula de Tanaka FCmáx = 208 - (0,7 * Idade)

Parâmetros Parâmetros

Altura (m) 1,73 1368 MB (kca l )

Peso (kg) 61,8 3 G. viscera l

FCrep (bat/min) 88 0,76 Ratio C/A

PAS (mmHg) 121 190 Fcmáx (bat/min)

PAD (mmHg) 80 35,7 Vo₂máx (ml/kg/min)

IMC (kg/m²) 20,6 35 Parcial curl up (reps)

MG (%) 30,3 16 Push-up (reps)

MM (%) 28,5

Avaliação inicial #1Valores

Tabela Nº14 – Avaliação inicial #1| Caso A

Tabela Nº15 – Fórmula de Tanaka | Fcmáx

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38

Catarina Santos | 5008280

Fonte: (ACSM, 2018)

)

)

Dada como concluída a avaliação inicial (#1), iniciou-se o processo de

periodização e prescrição de um programa de exercício físico para o Sujeito A.

Tendo em conta os dois objetivos propostos, idealizou-se uma periodização com

base no modelo proposto por Matveev e adaptado por Bompa (1999). Neste sentido,

optou-se por uma periodização linear com uma duração de vinte (20) semanas. A primeira

fase do período preparatório, designada de preparação geral, teve o seu primeiro

mesociclo direcionado para a adaptação anatómica (AA), onde predomina o volume

sobre a intensidade, visto que o sujeito não possuía qualquer historial de frequência de

ginásios ou prática regular de exercício físico. Este contemplou seis (6) semanas, sendo

que a primeira foi exclusiva para as avaliações da aptidão física. Seguidamente, à sétima

semana, o sujeito inicia a fase de preparação específica dividida em dois mesociclos, com

cinco microciclos cada, tendo em conta o objetivo a alcançar.

Tavares (2008) refere que o treino de força promove valores significativos do

EPOC (Excess Post Exercise Oxygen Consumption), proporcionando um maior dispêndio

energético, traduzindo-se num aumento da taxa de metabolismo basal dos sujeitos. É

neste sentido e que de acordo com o objetivo do sujeito, que se torna importante o trabalho

deste elemento.

Bompa e Cornacchia (2012) (citados por Tavares, 2008) afirmam que para

principiantes, a fase de AA poderá ser constituída por 8-12 exercícios, com um volume

de 1-3 séries de 10-15 repetições, com um intervalo de 1/1:30min e entre 2-3min entre

circuito, com uma intensidade de 45-65% 1RM. Desta forma, implementou-se o método

de circuito por forma a estimular a uma maior perda de massa gorda pela diversidade de

estímulos adjacentes a este método, envolvendo grandes grupos musculares e

multiarticulares.

Relativamente à componente aeróbia, tendo em conta a grande disponibilidade do

sujeito, este mesmo optou por realizar aulas de grupo (Bike, e Circuit training) e

frequentar a piscina.

Tabela Nº16 – Categorização da PAS/PAD | Pressão arterial

Tabela Nº17 – Periodização do EF | Cliente A

Categoria

≥160 Estádio 2 ≥100

PA diastól ica (mmHg)

<120

120-139

140-159

Normal <80

Pré-hipertensão

Hipertensão

Estádio 1

80-89

90-99

PA s is tól ica (mmHg)

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Catarina Santos | 5008280

Fonte: Fonte própria

)

)

No entanto, esta mesma era alvo de desenvolvimento no decorrer de cada treino.

Neste sentido a periodização e prescrição (Tabela Nº17) delineou-se em torno do treino

da força, com uma frequência de 3x/semana. Em ANEXO XI, apresenta-se um plano de

treino, relativo à preparação geral, o que se traduz no mesociclo da AA.

É neste sentido que após a aplicação e cumprimento de todos os procedimentos,

elaborou-se uma análise pormenorizada dos resultados obtidos ao longo dos quatro (4)

meses de aplicação do programa de EF.

Através da análise de biompedância (Gráfico Nº2) definindo-se como uma

avaliação generalizada, verificou-se que o sujeito obteve uma perda de massa corporal na

ordem dos 4,6kg, detendo uma homogeneidade entre a primeira e segunda avaliação, e a

segunda e a terceira avaliação, com um perda de 2,2kg e 2,4kg, respetivamente. O IMC

teve uma redução de 1,5kg/m2, mantendo-se com a classificação inicial (normal). Por fim,

a % de MG diminuiu 4,9%, relacionando-se com um aumento congruente da % de MM

(2,6%). No entanto, importa referir a aplicação da fórmula da densidade corporal e

equação de Siri, para a obtenção precisa da % de gordura (Gráfico Nº1). Os resultados

vão ao encontro dos já mencionados.

Gráfico Nº1 – Percentagem de gordura | Caso A

Fonte: Fonte própria Gráfico Nº2 – Bioimpedância | Caso A

Fonte: Fonte própria

Tabela Nº18 – Periodização do EF | Cliente A

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

AV I I I I I TC TC TC R AV TC TC TC TC AV T T T AV

40% 40% 40% 50% 50% 45% 45% 45% 45% 50% 50% 50% 50% 40% 40% 40%

60% 60% 60% 60% 60% 55% 55% 55% 55% 65% 65% 65% 65% 60% 60% 60%

X X X

X X X

X X X

X X X

PERÍODO

FASES

MESOCICLO

PREPARATÓRIO

CARGA MÍNIMA

TRANSIÇÃO

MAIO

Recuperação

Estabilização

Preparação Geral

JANEIRO

AVALIAÇÃO E CONTROLO

Preparação Específica

PERIODIZAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO FÍSICO - CLIENTE A

APTIDÃO AERÓBIA

FORÇA MUSCULAR

RESISTÊNCIA MUSCULAR

FLEXIBILIDADE

1 2

CARGA MÁXIMA

Adaptação Anatómica

SEMANAS

MICROCICLOS

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

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Catarina Santos | 5008280

A análise mais específica e minuciosa contemplou a mensuração de perímetros

(cm) e pregas (mm). No que respeita ao primeiro parâmetro o sujeito apresentou, de forma

continua, perdas na ordem dos 0,5-5cm (Gráfico Nº3). Desta forma, avaliando-se o ratio

C/A, atenta-se ao facto de uma diminuição de 0,76 para 0,71, tendo em conta a perda

significativa e equitativa de 6cm no perímetro da cintura e da anca (Gráfico Nº4).

Através da avaliação do segundo parâmetro, confirmou-se melhorias em todas as

pregas avaliadas, expressando uma redução entre os valores de 1,6-8,5mm, sendo a região

abdominal significativamente alterada (Gráfico Nº5).

Gráfico Nº3 – Perímetros (cm) | Caso A

Fonte: Fonte própria

Gráfico Nº4 – Ratio Cintura/Anca | Caso A

Fonte: Fonte própria

Gráfico Nº5 – Pregas (mm) | Caso A

Fonte: Fonte própria

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

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Catarina Santos | 5008280

É ainda de referir que o sujeito apresentou melhorias na força máxima, tendo

aumentado a sua RM em todos os exercícios da bateria de testes, nos três momentos

avaliativos. Na avaliação inicial da aptidão cardiorrespiratória a sua classificação era

média, no entanto alcançou o patamar bom, passando de 35,7ml/kg/min Vo2máx para

46,7ml/kg/min Vo2máx, tal facto se justifica, em grande parte, pela frequência assídua

nas aulas de grupo. Por fim, a resistência muscular também beneficiou de melhorias,

enquanto a flexibilidade se manteve incorruptível à primeira avaliação.

o Caso B

Sujeito B, do género feminino, com 24 anos de idade, estudante de enfermagem.

A par do Sujeito A, iniciou a sua frequência no ginásio no dia quinze de janeiro de dois

mil e dezoito, mantendo-se os mesmos procedimentos mencionados anteriormente.

Verificou-se que relativamente ao histórico de atividade física o sujeito à data não

praticava qualquer atividade física, no entanto já tinha frequentado o ginásio em causa.

Relativamente à avaliação para determinar a aplicação de testes máximos e

atividades vigorosas, o sujeito inicialmente apresentou uma contraindicação para a prática

do exercício físico, verificando-se a presença de um problema osteoarticular. No entanto,

esta mesma viria a ser suprimida, pela apresentação de um exame médico, com a

validação da prática do EF. Seguidamente, com a aplicação do questionário para

averiguar o risco preditivo de DCV, pulmonares e/ou metabólicas, determinou-se que o

sujeito enquadrava-se num risco baixo, sem qualquer FR presente.

O objetivo pessoal do sujeito estabeleceu-se na perda significativa de massa gorda,

tendo adjacente o aumento da %MM. Sendo que possuía uma disponibilidade semanal de

5/6 dias e a sua assiduidade se fazia em conjunto com o Sujeito A, efetivaram-se as

avaliações de forma integrada, bem como a periodização e prescrição. Desta forma,

apresenta-se a Tabela Nº18, tendo como objetivo a exposição dos resultados obtidos na

primeira avaliação.

Realizando uma análise descritiva dos dados expostos, verifica-se que o sujeito

foi categorizado como normal possuindo valores de 106/71mmHg de tensão arterial (TA).

A sua massa corporal inicial apresentou-se nos 69kg e a sua altura 1,63m o que resultou

num IMC de 26kg/m2, traduzindo-se numa classificação normal. O seu ratio C/A foi de

0,79, considerado como risco baixo. A FCmáx (fórmula de Tanaka) obteve um valor de

191bat/min.

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

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Fonte: Fonte própria

)

)

Neste seguimento, a aptidão cardiorrespiratória foi mensurada pela aplicação do teste de

Rockport, tendo-se verificado um Vo2máx de 33,3ml/kg/min, sendo classificado como

fraco. Por fim, a avaliação da resistência muscular, circunscreveu o sujeito como razoável

e fraco. A flexibilidade de ombros foi marcada pela heterogeneidade de ambos os ombros,

sendo que o lado esquerdo apenas foi conseguido na terceira tentativa.

Concluída a avaliação inicial #1, iniciou-se o processo de periodização e

prescrição de um programa de exercício físico para o Sujeito B. Como os interesses e os

objetivos se delinearam na mesma ótica do Sujeito A, este processo foi marcado pela

paridade de implementação de métodos de treino, alterando-se algumas intensidades de

exercitação. A periodização (Tabela Nº19) contou com um macrociclo composto por

quatro mesociclos, tendo a sua duração sido de vinte (20) semanas. Para além da

frequência das aulas de Bike, o sujeito frequentava de forma assídua (2-3vezes/semana) a

aula de atividades de grupo aquáticas, denominada de hidroginástica.

Tabela Nº19 – Avaliação inicial #1| Caso B

Parâmetros Parâmetros

Altura (m) 1,63 1382 MB (kca l )

Peso (kg) 69,1 6 G. viscera l

FCrep (bat/min) 84 0,79 Ratio C/A

PAS (mmHg) 106 191 Fcmáx (bat/min)

PAD (mmHg) 71 33,3 Vo₂máx (ml/kg/min)

IMC (kg/m²) 26 25 Parcial curl up (reps)

MG (%) 43 16 Push-up (reps)

MM (%) 23

Valores

Avaliação inicial #1

Tabela Nº20 – Periodização do EF | Caso B

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

AV I I I I I TC TC TC TC AV TC TC TC TC AV T T T AV

40% 40% 55% 55% 55% 45% 45% 45% 45% 50% 50% 50% 50% 40% 40% 40%

60% 60% 65% 65% 65% 55% 55% 55% 55% 60% 60% 60% 60% 60% 60% 60%

X X X

X X X

X X X

X X X

JANEIRO MAIO

AVALIAÇÃO E CONTROLO

APTIDÃO AERÓBIA

FORÇA MUSCULAR

RESISTÊNCIA MUSCULAR

FLEXIBILIDADE

CARGA MÁXIMA

MESOCICLO Adaptação Anatómica 1 2 Estabilização

SEMANAS

MICROCICLOS

CARGA MÍNIMA

FASES Preparação Geral Preparação Específica Recuperação

PERIODIZAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO FÍSICO -SUJEITO B

PERÍODO PREPARATÓRIO TRANSIÇÃO

Fonte: Fonte própria

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Relativamente à primeira análise de composição corporal (Gráfico Nº6) verificou-

se que o sujeito obteve uma perda de MC na ordem dos 4,4kg, sendo que a maior

quantidade de quilogramas perdidos aconteceu entre a primeira e segunda avaliação. O

IMC teve uma redução de 1,4kg/m2, alterando a sua classificação de sobrepeso para

normal (24,6kg/m2). Por fim, o objetivo principal foi alcançado, sendo que a % de MG

diminuiu 7,9% (Gráfico Nº7) relacionando-se com um aumento 3,8% de MM.

Abordando os perímetros, o sujeito apresentou algumas discrepâncias,

verificando-se um aumento no perímetro do braço e no perímetro geminal, vindo este a

ser diminuído na última avaliação, enquanto os restantes perímetros sofreram uma

redução em torno dos 1,6-5,6cm (Gráfico Nº8). O ratio C/A sofreu uma diminuição de

0,76 para 0,71, tendo em conta a perda significativa e equitativa de 6cm no perímetro da

cintura e da anca (Gráfico Nº9).

Gráfico Nº6 – Biompedância | Caso B

Fonte: Fonte própria

Gráfico Nº7 – Percentagem de gordura | Caso B

Fonte: Fonte própria

Gráfico Nº9 – Ratio Cintura/Anca (cm) | Caso B

Fonte: Fonte própria

Gráfico Nº8 – Perímetros (cm) | Caso B

Fonte: Fonte própria

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

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Catarina Santos | 5008280

Relativamente às pregas (mm), a redução foi clara e progressiva, à exceção da

prega abdominal (Gráfico Nº10) que manteve o seu valor entre a avaliação momento #2

e a avaliação final. Tal facto poder-se-á justificar pela predisposição genética do sujeito,

imprimindo uma maior dificuldade de remoção de adipócitos na zona mencionada ou pelo

simples facto de o sujeito ter reduzido a sua frequência e assiduidade no ginásio, devido

a questões do seu percurso académico.

Cessando, na avaliação final da aptidão aeróbia o sujeito obteve um Vo2máx de

37,2 ml/kg/min, classificando-se como médio. Facto que se aprimorou, visto que a sua

capacidade inicial encontrava-se fraca. A força máxima também obteve melhorias, no

entanto não significativas, indo de encontro à resistência muscular (muito bom/razoável).

o Caso C e D

Sujeito C e D, do género masculino, com 24 e 30 anos de idade, respetivamente.

Optou-se pela junção dos dois sujeitos visto que o objetivo individual ia ao encontro de

ambos e devido ao caso particular do Sujeito D, que seguidamente se explicita. Sujeito C,

iniciou a sua frequência no ginásio no dia quatro de janeiro de dois mil e dezoito,

iniciando-se as avaliações no dia dois de fevereiro do presente ano. Decorrente da

aplicação dos questionários aferiu-se que o sujeito classificou-se como ativo perante o

histórico de atividade física, tendo sido praticante de atletismo.

Relativamente à avaliação para determinar a aplicação de testes máximos e

atividades vigorosas, o sujeito não apresentou nenhuma contraindicação para a prática do

exercício físico, classificando-se com um risco baixo, sem presença de sinais/ sintomas

ou FR.

Gráfico Nº10 – Pregas (mm) | Caso B

Fonte: Fonte própria

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

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Catarina Santos | 5008280

O objetivo do sujeito ao inscrever-se no ginásio estabeleceu-se única e

exclusivamente, numa primeira fase, no aumento da massa magra (hipertrofia), para

posteriormente se incidir na definição muscular, o que pressupõe um efeito antagónico

relativo à massa muscular. A sua disponibilidade semanal era de 3/4dias, sendo que para

além do seu objetivo, o sujeito pretendeu realizar aulas de grupo pelo menos 1-2

dias/semana.

Desta forma, apresenta-se a Tabela Nº20 tendo como objetivo a exposição dos

resultados obtidos na primeira avaliação.

Através dos dados expostos, verifica-se que o sujeito foi classificado como pré-

hipertenso possuindo valores de 121/88mmHg de tensão arterial (TA). A sua MC inicial

incidiu nos 77,8,kg e a sua altura num 1,82m o que resultou num IMC de 23,5kg/m2,

traduzindo-se numa classificação normal. O seu ratio C/A foi de 0,87, considerado como

risco baixo. A mensuração da FCmáx demonstrou um valor de 193bat/min.

Por consequência, a aptidão cardiorrespiratória foi calculada pela aplicação do

teste de Cooper de 2400m (1,5 mile) tendo-se verificado uma duração de 11´28´´,

traduzindo-se em um Vo2máx de 46,3ml/kg/min, sendo classificado como bom. No que

diz respeito aos testes de partial curl up e push-up o sujeito foi classificado como muito

bom e razoável, respetivamente. A flexibilidade de ombros foi alcançada somente no lado

direito, apenas na terceira tentativa.

A periodização linear contou com um macrociclo composto por cinco (5)

mesociclos, nomeadamente a AA, com cargas de 40-50%, a Preparação Específica 1,

respeitante aos microciclos de Hipertrofia (65-75%), a Recuperação (40-60%), a

Preparação Física 2, incidindo na Definição Muscular, com a aplicação de cargas em

torno dos 30-50% e, novamente, a Recuperação, inserida no Período de Transição.

Parâmetros Parâmetros

Altura (m) 1,82 1752 MB (kca l )

Peso (kg) 77,8 5 G. viscera l

FCrep (bat/min) 72 0,87 Ratio C/A

PAS (mmHg) 121 193 Fcmáx (bat/min)

PAD (mmHg) 88 46,3 Vo₂máx (ml/kg/min)

IMC (kg/m²) 23,5 41 Parcial curl up (reps)

MG (%) 21,1 29 Push-up (reps)

MM (%) 39,2

Avaliação inicial #1Valores

Tabela Nº21 – Avaliação inicial #1 | Caso C

Fonte: Fonte própria

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

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Catarina Santos | 5008280

Colmatando todos os mesociclos, verificou-se uma duração total de vinte (20) semanas

(Tabela Nº21).

Na perspetiva de uma prescrição linear aos objetivos propostos pelo sujeito,

idealizou-se uma periodização com vista ao aumento da massa muscular por via do

mecanismo regulador de hipertrofia muscular que tinha como objetivo induzir adaptações

ao nível do aumento da força muscular. Para isto o estímulo do treino da força centrou-se

em intensidades submáximas, volumes elevados e intervalos reduzidos, no caso de ações

musculares isométricas e concêntricas. (Mil-Homens, Correia, & Mendonça, 2015).

Com vista a alcançar uma definição máxima do músculo-esquelético, tendo como

objetivo principal aumentar o conteúdo de proteína do músculo e a densidade capilar

através da realização de longas séries, com elevadas repetições, podendo verificar-se um

incremento momentâneo na força muscular e que, por sua vez, resulta numa maior

definição muscular (Tavares, 2008), recorreu-se ao modelo proposto por Bompa,

DiPasquale e Cornacchia (2012).

T

R

E

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

AV I I I H H H H H R AV DM DM DM DM DM DM AV T T

40% 40% 40% 65% 65% 65% 65% 65% 40% 30% 30% 30% 40% 40% 40% 40% 40%

60% 60% 60% 75% 75% 75% 75% 75% 60% 40% 40% 40% 50% 50% 50% 60% 60%

X X X

X X X

X X X

X X X

Semana 4

Semana 5

Semana 6

30 reps/exercício

40 reps/exercício

50 reps/exercício

2 exercícios ou 100 reps

4 exercícios ou 200 reps

8 exercícios ou 400 reps

Semana 1

Semana 2

Semana 3

DEFINIÇÃO MUSCULAR

Velocidade de contração Moderada

Número de sessões 2-4 sessões

Duração do mesociclo 6 semanas

Repetições ≥30 reps

Séries 2-3 séries

Intervalo de repouso 60 seg

1 sessão HIPERTROFIA

Intensidade da carga 30-50%

+++

Taxa de produção de força

Pré-ativação

Atividade reflexa

Sessões aeróbias

FLEXIBILIDADE

MICROCICLOS

CARGA MÍNIMA (1RM)

CARGA MÁXIMA (1RM)

RESISTÊNCIA MUSCULAR

AVALIAÇÃO E CONTROLO

DINÂMICA DA CARGA DE TREINO ADAPTAÇÕES INDUZIDAS

Massa muscular

Força Máxima

+++

Adapt Anatómica

Preparação Geral Preparação Específica

PREPARATÓRIO

1

Intervalo de repouso

PERIODIZAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO FÍSICO - CLIENTE C

APTIDÃO AERÓBIA

FORÇA MUSCULAR

PERÍODO

FASES Preparação Específica

MESOCICLO

SEMANAS

2

F

E

V

E

R

E

I

R

O

M

A

I

O

PREPARATÓRIO T

R

E

+

Intensidade da carga

Utilização do potencial

muscular

Repetições

Séries

Número de sessões

Duração do mesociclo

65-85%

6 - 12 reps

5 séries

60-90 seg

Moderada

2-3 sessões

6 semanas

Velocidade de contração +

+

-

Tabela Nº22 – Periodização do EF | Caso C

Fonte: Fonte: Fonte própria; (Tavares, 2008); (Mil-Homens, Correia & Mendonça)

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

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Catarina Santos | 5008280

Este mesmo evidencia que os exercícios aeróbios não são suficientes para reduzir a massa

magra, por forma a demonstrar um aumento da definição e estriação muscular. É nesta

ótica, que através do incremento de intervalos de repouso curtos, com transições rápidas,

e o aumento significativo do número de repetições, com exercícios alternados, irá induzir

ao organismo uma produção de energia através dos ácidos gordos.

Na primeira semana o objetivo centrou-se em aumentar o número de repetições

para trinta (30), por exercício, verificando-se um aumento gradual de dez (10) repetições

nas duas (2) semanas seguintes, com um intervalo de um (1) minuto entre exercícios. Nas

semanas subsequentes incidiu-se numa junção de dois (2), quatro (4) e oito (8) exercícios

ou cem (100), duzentas (200) e quatrocentas (400) repetições sem parar, com um número

de séries em torno das 2-3 (Tabela Nº21).

Efetuando a análise pormenorizada relativa aos resultados de composição

corporal, após o período de intervenção (Gráfico Nº11), verificou-se que o sujeito obteve

uma perda de MC na ordem dos 3,4kg. O IMC teve uma redução de 1,5kg/m2, alterando

a sua classificação para normal (22kg/m2). No que concerne à % de MM, o sujeito elevou

esta mesma em 2,3%, no entanto, devido ao seu objetivo de definição muscular, verificou-

se um declínio de 1,4%, entre o segundo e o terceiro momento avaliativo. A par desta, a

% de MG teve uma diminuição significativa de 11,6 % (Gráfico Nº12).

No que respeita à avaliação dos perímetros, o sujeito teve perdas na ordem dos

0,3-6cm (Gráfico Nº13). Imposta ressaltar, o facto do perímetro do braço sem/com

contração ter aumentado 1,2cm e 1,3cm, respetivamente, da avaliação inicial #1 para a

avaliação momento #2, no entanto quando comparado com a avaliação final #3, este

mesmo teve um decréscimo de 0,3cm. A justificação em torno desta oscilação poderá

assentar no facto do primeiro mesociclo incidir para um aumento da massa muscular,

Gráfico Nº12 – Biompedância | Caso C

Fonte: Fonte própria

Gráfico Nº11 – Percentagem de Gordura | Caso C

Fonte: Fonte própria

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

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Catarina Santos | 5008280

enquanto que o segundo se direcionou para uma diminuição dessa mesma, tendo em conta

a obtenção de um resultado cingido à definição muscular. Também o perímetro da coxa

direita e esquerda foi alvo de algumas oscilações, sendo que inicialmente apurou-se um

decréscimo e, posteriormente, um aumento, induzido pelas alterações no tónus muscular.

Avaliando-se o ratio C/A este aumentou de 0,87 para 0,89cm, mantendo-se num

risco baixo (Gráfico Nº14).

No parâmetro das pregas (mm) a redução foi progressiva, à exceção da prega

peitoral, tendo-se o seu valor (11mm) mantido da avaliação momento #2 para a avaliação

final #3 (Gráfico Nº10)

Gráfico Nº13 – Perímetros (cm) | Caso C

Fonte: Fonte própria

Gráfico Nº14 – Ratio Cintura/Anca (cm) | Caso C

Fonte: Fonte própria

Gráfico Nº15 – Pregas (mm) | Caso C

Fonte: Fonte própria

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

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Catarina Santos | 5008280

Por fim, na avaliação da aptidão aeróbia o sujeito iniciou com um Vo2máx de 46,3

ml/kg/min e ao longo de todo o processo o seu desempenho traduziu-se numa melhora do

seu consumo máximo (47,4 ml/kg/min), classificando-se como bom A força máxima,

conseguida por via do método direto de 1RM, obteve melhorias significativas de forma

exponencial entre a avaliação inicial #1 e a avaliação momento #2, bem como a

resistência muscular (muito bom/excelente). A flexibilidade apenas foi conseguida na

última avaliação, em ambos os ombros.

O Sujeito D, do género masculino, com 30 anos de idade, iniciou a sua frequência

no ginásio no dia nove de fevereiro, tendo sido efetuadas as avaliações no dia dezasseis

do mesmo mês do presente ano. Após o resultado da aplicação dos questionários aferiu-

se que o sujeito classificou-se como moderadamente ativo, realizando pontualmente

sessões de sala de exercício e corrida

A avaliação para determinar a aplicação de testes máximos e atividades vigorosas,

foi positiva, sendo que não era detentor de qualquer contraindicação para a prática do

exercício físico, bem como a presença de FR, que determinou o sujeito com um risco

baixo, para o desenvolvimento de DCV, pulmonares e/ou metabólicas.

O objetivo do sujeito centrou-se na Hipertrofia, indo ao encontro do Sujeito C,

possuindo uma disponibilidade de 2/3 dias por semana para o treino. Desta forma, na

Tabela Nº22, a exposição dos resultados obtidos na primeira avaliação ditam uma PAS

de 118mmHg e uma PAD de 78mmHg, categorizando-se como normal na avaliação da

TA (Tabela Nº16). A sua MC recaiu sobre os 80,4kg e a sua altura no 1,77m o que resultou

num IMC de 25,6kg/m2, classificando-se como sobrepeso. O seu ratio C/A foi de 0,85,

considerado como risco baixo.

Parâmetros Parâmetros

Altura (m) 1,77 1685 MB (kca l )

Peso (kg) 80,4 3 G. viscera l

FCrep (bat/min) 78 0,85 Ratio C/A

PAS (mmHg) 118 187 Fcmáx (bat/min)

PAD (mmHg) 78 39,1 Vo₂máx (ml/kg/min)

IMC (kg/m²) 25,6 45 Parcial curl up (reps)

MG (%) 16,8 30 Push-up (reps)

MM (%) 40,2

Avaliação inicial #1Valores

Tabela Nº23 – Avaliação inicial #1| Caso D

Fonte: Fonte própria

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

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Catarina Santos | 5008280

Importa ressaltar que a FCmáx foi obtida por via da fórmula de Tanaka (2001)

(Tabela Nº14) com um valor de 187bat/min. Neste seguimento, a aptidão

cardiorrespiratória foi mensurada pela aplicação do teste de Cooper 2400m (1,5mile),

tendo-se verificado um consumo máximo de oxigénio de 39,1ml/kg/min, sendo

classificado como médio. Por fim, a avaliação da resistência muscular, englobando o teste

de push-ups e partial curls up, determinou o sujeito como muito bom e bom,

respetivamente, e a flexibilidade de ombros foi conseguida na segunda e terceira tentativa.

Relativamente à periodização do treino esta foi delineada com alguns eixos

semelhantes aos do Sujeito C, relativamente ao objetivo de Hipertrofia, no entanto a

Preparação Física Especifica 2 incidiu na Hipertrofia/Melhoria, indo ao encontro do

objetivo do sujeito. É neste sentido que se estabeleceram dois mesociclos, compostos por

seis semanas cada, com intensidades entre os 65%-85% de carga mínima e carga máxima

de 1RM, respetivamente (Tabela Nº23).

Expondo-se os resultados resultantes das avaliações realizadas, ressalta-se que não

existiu uma assiduidade incessante perante as sessões de treino, o que se traduziu nos

valores obtidos pelo sujeito, sendo que não foi possível realizar a avaliação final #3. Os

resultados referem-se às duas primeiras avaliações e após a finalização da segunda o

sujeito informou a sua necessidade de ausência por tempo incerto. Neste sentido, foram

concebidos apenas dois planos de treino, referentes à AA e à Preparação Específica 1,

contabilizando um total de onze (11) semanas concretizadas.

T

R

E

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

AV I I I H H H H H H AV HM HM HM HM HM HM AV T T

40% 40% 40% 65% 65% 65% 65% 65% 65% 75% 75% 75% 75% 75% 75% 40% 40%

60% 60% 60% 75% 75% 75% 75% 75% 75% 85% 85% 85% 85% 85% 85% 60% 60%

X X X

X X X

X X X

X X X

Número de sessões

Duração do mesociclo

65-85%

6 - 12 rep

5

60-90 seg

Moderada

2-3 sessões

10-12 semanas

Velocidade de contração +

+

-

+

Intensidade da carga

Utilização do potencial

muscular

Repetições

Séries

Intervalo de repouso

PERIODIZAÇÃO DA PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO FÍSICO - CLIENTE D

APTIDÃO AERÓBIA

FORÇA MUSCULAR

PERÍODO

FASES Preparação Específica

MESOCICLO

SEMANAS

2

F

E

V

E

R

E

I

R

O

M

A

I

O

PREPARATÓRIO T

R

EAdapt Anatómica

Preparação Geral Preparação Específica

PREPARATÓRIO

1

FLEXIBILIDADE

MICROCICLOS

CARGA MÍNIMA (1RM)

CARGA MÁXIMA (1RM)

RESISTÊNCIA MUSCULAR

AVALIAÇÃO E CONTROLO

DINÂMICA DA CARGA DE TREINO ADAPTAÇÕES INDUZIDAS

Massa muscular

Força Máxima

+++

+++

Taxa de produção de força

Pré-ativação

Atividade reflexa

Tabela Nº24 – Periodização do EF | Caso D

Fonte: Fonte própria; (Tavares, 2008)

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

51

Catarina Santos | 5008280

Elaborando a análise relativa aos resultados da balança de bioimpedância, o

sujeito aumentou o sua MC em 3,5kg, logo o seu IMC teve um aumento de 1,1kg/m2 com

repercussões na sua % de MG e % de MM, como a Tabela Nº24 demostra. A falta de

regularidade e incumprimento dos planos de treino estão na base desta evidência.

No que respeita à avaliação dos perímetros, o sujeito em grande percentagem teve

os seus valores aumentados, o que poderia ter sido induzido pelo aumento da massa

muscular, no entanto verificou-se que estes mesmos possuíram uma maior incidência na

zona abdominal, o que poderá ser resultado do aumento da % de MG (Gráfico Nº18). A

par com a perda de % de MM, observou-se que o sujeito diminui o seu perímetro no braço

com contração. Determinando o ratio C/A este aumentou de 0,85 para 0,87cm, mantendo-

se num risco baixo (Gráfico Nº19).

Gráfico Nº17 – Biompedância | Caso D

Fonte: Fonte própria Gráfico Nº16 – Percentagem de Gordura | Caso D

Fonte: Fonte própria

Gráfico Nº18 – Perímetros (cm) | Caso C

Fonte: Fonte própria

Gráfico Nº19 – Ratio Cintura/Anca (cm) | Caso C

Fonte: Fonte própria

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

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Catarina Santos | 5008280

Por fim, dissecando o último parâmetro, referente às pregas adiposas expõe-se o

facto do sujeito, durante o período de treino, ter aumentado quase todas as pregas, à

exceção da prega tricipital, que manteve o seu valor inicial, e da prega peitoral, reduzida

em 1mm (Gráfico Nº20). Este aumento deve-se, como anteriormente referido, ao aumento

da % de MG, adjacente não só à assiduidade mas, eventualmente, também a um

incremento de um balanço energético negativo.

Ultimando as análises descritivas, e no que diz respeito à avaliação da aptidão

aeróbia, o sujeito viu o seu consumo máximo de oxigénio decair de 39,1 para 37,8

ml/kg/min, mantendo-se numa classificação de médio (Tabela Nº9). Relativamente à

duração realizada no teste de Cooper de 2400m, este classificou-se como fraco (Tabela

Nº8). Esta componente, e tendo em conta que o sujeito não participava em aulas de grupo,

foi incrementada através de um método contínuo variado (variando intensidades e

inclinações), prescrito pela FCtreino, através da fórmula de Karvonen (Sardinha &

Baptista, 2006), de modo a encontrar a FC de treino (Tabela Nº24).

As intensidades da zona alvo de treino definiram-se em torno de um limite inferior

de 55% e um limite superior de 70% do Vo2 de reserva, para um trabalho aeróbio eficaz

para o sujeito.

Fórmula de Karvonen (1957)

FC de treino = Intensidade x (FCmáx-FCrep) + FCrep)

Gráfico Nº20 – Pregas (mm) | Caso CD

Fonte: Fonte própria

Tabela Nº25 – Fórmula de Karvonen | FCtreino

Fonte: (Sardinha & Baptista, 2006)

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

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Catarina Santos | 5008280

A força máxima, obtida por via do método direto de 1RM (kg), manteve-se

imparcial a alterações significativas, no entanto o seu desempenho na componente da

resistência muscular foi alterado no teste de push-ups, sendo posteriormente classificado

como razoável. A flexibilidade foi conseguida nas duas últimas tentativas, em ambos os

ombros.

Demostrando de forma conclusiva uma reflexão generalizada sobre todo processo

de intervenção afirma-se que o mesmo foi alcançado, tendo em conta os objetivos do

Sujeito A, Sujeito B e Sujeito C, o que prediz uma taxa de ocorrência positiva de 75%.

Relativamente ao Sujeito D, as suas escolhas foram para além da possibilidade de

controlo, por forma a uma exequibilidade na intervenção.

2.5. Atividades de grupo terrestres

A atividade física tem sido identificada como importante elemento profilático e

terapêutico, essencial para que o homem moderno tenha uma qualidade de vida superior

(Rojas, 2003). É neste sentido que a prática regular de exercício físico tem tido uma

aceitação pública crescente e os efeitos benéficos da atividade física têm adquirido uma

crescente importância social (Martins, 2004). Deixou de ser vista, simplesmente, como

uma forma de ócio para se extrapolar ao nível de uma necessidade de bem-estar,

promoção da saúde e prevenção de doenças, relacionando-se com a redução de doenças

cardiovasculares, diabetes mellitus, pressão arterial alta, cancro e obesidade (Tharrett &

Peterson, 2006).

Assim, em Portugal e na Europa, o mercado do fitness cresceu significativamente nas

últimas décadas, sendo que se verifica em constante expansão e desenvolvimento A título

de exemplo, o mercado português do fitness cresceu 13%, em 2015, somando assim 730

mil pessoas envolvidas, enquanto isso, o número de ginásios aumentou para 1365,

levando uma média de 537 membros por clube no final do ano de 2015 (AGAP, 2015).

Uma das maiores tendências da indústria do fitness diz respeito às atividades

realizadas em grupo. De acordo com um estudo realizado, a nível mundial, pelo ACSM’s

Health & Fitness Journal® (FIT), relativo às tendências do fitness no ano 2018,

Worldwide Survey of Fitness Trends for 2018 (ACSM) verifica-se que as atividades de

grupo ocupam o segundo posto, apenas tendo a montante o High-Intensity Interval

Training (HIIT), que assume a liderança para o decorrente ano.

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

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Catarina Santos | 5008280

Este tipo de atividade está documentado como sendo uma forte promotora de

exercício e permite uma maior aderência a longo prazo

Instrutores de atividade de grupo ensinam, lideram e motivam indivíduos inseridos

num grupo, intencionalmente, maior (mais de cinco). Os programas de grupo são

desenhados para que as sessões sejam eficazes, em diferentes níveis de aptidão física, e

motivadoras, possuindo técnicas de liderança que ajudem os sujeitos a atingir os seus

objetivos.

2.5.1. Observação das aulas de grupo

A observação das aulas de grupo realizou-se em torno da produção de um relatório,

referente à lecionação de cada aula. Com recurso a uma grelha de avaliação (ANEXO

VIII) realizaram-se observações das diversas aulas de atividades de grupo, terrestres e

aquáticas, como alvo de avaliação qualitativa o técnico de exercício físico e toda a

envolvente, durante o desempenho das suas funções.

2.5.2. Controlo mensal das aulas de grupo

O controlo mensal teve por base a quantificação das aulas de grupo com a função de

de instrutora. De seguida, através de uma tabela (Tabela Nº25), demonstra-se um exemplo

(mês de maio) do controlo mensal efetivado durante o estágio curricular.

AULAS S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D

BIKE 1

TRX

STEP NATURA

NATURA PUMP

CORE

PILATES

GAP

CIRCUIT TRAINNING 1 1

HIDROGINÁSTICA

AULAS 30 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 1 2 3

CIRCUIT TRAINNING 1

GAP 1 1

BIKE 1 1 1 1 1

TRX

STEP NATURA

NATURA PUMP

PILATES

MOBILITY

CORE

ABDO EXPRESS

HIDROGINÁSTICA 1 1 1 7 21

Nr Aulas lecionadas

Projeto de promoção

D

CONTROLO DE AULAS DE GRUPO REALIZADAS - MAIO 2018

TAR

DE

D D D

D DD

MA

NH

Ã

FER

IAD

OFE

RIA

DO

FER

IAD

OFE

RIA

DO

D

nov/17

dez/17

jan/18

fev/18

mar/18

abr/18

mai/18

jun/18

Me

ses

Nr d

e au

las

97

7

18

21

5

3

16

17

10

Tabela Nº26 – Controlo mensal | Atividades de grupo

Fonte: Fonte própria

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

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2.5.3. Planeamento das aulas de grupo

No que concerne à oferta de aulas de grupo, o ginásio possui um vasto leque de

modalidades ao dispor dos clientes. Com intuito de proporcionar novos desafios e novos

estímulos ao organismo, sendo estes fundamentais para a otimização do treino, de modo

a estimular a sua participação e o seu entusiasmo, as respetivas coreografias são alteradas

mensal ou trimestralmente. A intervenção neste âmbito realizou-se em torno de seis (6)

modalidades, das oito (8) disponíveis.

No que diz respeito à lecionação, estas regeram-se por um planeamento prévio

respeitante à estrutura de cada aula (Tabela Nº26). É nesta ótica que se verifica um

faseamento estrutural assente em três partes primordiais (Cerca, 2003).

Importante ressaltar o facto do planeamento das aulas não recorrer a uma

periodização assente nos princípios gerais, pelo simples facto de não se verificar uma

consistência sistemática na lecionação da mesma modalidade. Isto é, verificando-se, na

maioria, coreografias mensais, estas mesmas, eram idealizadas e lecionadas num processo

rotativo entre os instrutores do ginásio, à exceção da modalidade de Bike e de Pump.

Assim, a sua construção baseou-se no treino intervalado (TI), que segundo Tubino

(1984) se define como o meio de preparação física que compreende alternâncias entre

períodos de trabalho e de recuperação com intensidades e durações controladas, ao

mesmo tempo que exige uma orientação das variáveis de treino nos objetivos propostos.

Ainda Billat (2001) descreve o TI como a prática de séries repetidas de exercícios a alta

intensidade, intercalando com períodos de repouso (ativo ou passivo).

Neste sentido, observa-se a génese da definição de treino intervalado de alta

intensidade (High Intensity Interval Training – HITT), que se caracteriza por esforços

Parte inicial

Parte fundamental

Parte final

Ativação funcional (5-10´)

Desenvolvimento da AF (25´)

Retorno à calma/relaxamento (5-10´)

Tabela Nº27 – Estrutura das aulas | Atividades de grupo

Fonte: (Cerca, 2003)

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“explosivos” (all out) de exercício a 90% ou mais do VO2máx (ou FCres) e uma

capacidade aeróbia máxima por curtos períodos de tempo, intercalando com períodos de

retorno à calma com uma baixa intensidade ou em descanso induzindo melhorias

equivalentes, ou até mesmo superiores, aos tradicionais métodos contínuos, em

parâmetros fisiológicos (Gibala, 2012).

Respeitante ao processo de ensino-aprendizagem das respetivas modalidades, indo

ao encontro da ideologia do israelita Muska Mosston, utilizou-se o estilo de ensino por

comando. Este caracteriza-se, do ponto de vista pedagógico, pela determinação de

objetivos, escolha das atividades e a realização das habilidades, conforme a forma de

execução. A metodologia baseia-se, sobretudo na utilização de situações didáticas que

dão margem apenas para uma só resposta e onde o comando precede o movimento.

Para a mensuração da PSE foi utilizada a escala de Borg (1998) (Tabela Nº27), que

quantifica o esforço por meio de uma escala numérica que varia de seis (não esforço) a

vinte (esforço máximo).

Por consequente, de seguida, efetua-se uma breve contextualização das modalidades

existentes e em ANEXO XII apresenta-se os planos (um exemplo) referentes a cada uma

(Tabela Nº28).

6 Nenhum esforço

7

8

9 Muito leve

10

11 Leve

12

13 Um pouco intenso

14

15 Intenso

16

17 Muito intenso

18

19 Demasiado intenso

20 Esforço máximo

Extremamente leve

Tabela Nº28 - Escala de Borg | PSE

Fonte: (Borg, 1998)

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:

Modalidades Descrição

Bike

Executada em bicicletas imóveis que são compostas por um botão

de carga onde o praticante ajusta a intensidade da pedalada

conforme o ritmo e as instruções do monitor

GAP

O GAP (Glúteos, Abdominais e Pernas) é uma das atividades com

base na Localizada. Esta é uma atividade onde o praticante repete

várias séries de exercícios, que utilizam a sobrecarga do próprio

corpo ou de pesos livres (halteres, barras ou caneleiras), objetivando

desenvolver a força e resistência muscular.

Circuit Training Carateriza-se pelos movimentos funcionais variados de intensidade

elevada.

Natura Pump

Conjunto de exercícios que trabalham todos os principais grupos

musculares, praticados através de barras e pesos, em movimentos

sincronizados, que visam a resistência e definição muscular.

Mobility Trabalho de mobilidade articular desenvolvendo a amplitude do

movimento (ROM).

Core Série de exercícios focalizados no trabalho de toda a área

abdominal, lombar e pélvica.

Abdo express Série de exercícios abdominais, focando-se no fortalecimento e

aumento da resistência da musculatura do abdómen.

Tabela Nº29 – Modalidades | Aulas de Grupo

Fonte: (Borg, 1998)

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2.6. Atividades aquáticas

A priori da inserção, nesta área de intervenção, delinearam-se objetivos concretos a

alcançar no decorrer do estágio curricular. Aqui, inseriam-se duas distintas áreas, a AMA

e ensino da natação, e a hidroginástica. De facto, esta última foi alvo de uma intervenção

profícua, e que de seguida se apresenta com todos os pressupostos inerentes às

metodologias de otimização incutidas, no entanto na primeira não se verificou uma

homogeneidade do processo em causa. A dissemelhança assenta no facto de não existir

qualquer intervenção, à exceção de duas coorientações e observações, na AMA,

decorrentes da fase de integração e planeamento.

Contextualizando, nos últimos anos, as atividades de grupo aquáticas, no caso

particular da hidroginástica, têm assumido um papel preponderante na promoção da

aptidão física e na prevenção primária da saúde (Barbosa & Queirós, 2005). É certo que

a evidência científica afirma que à medida que mais pessoas aderem e se envolvem em

programas de atividade física ou programas estruturados de exercício físico, verifica-se

uma maior incidência de pequenas lesões e de incidentes articulares (Atalaia, Pedro, &

Santos, 2009). Neste seguimento, o exercício físico em meio aquático acaba por ser

solicitado, em grande massa, muito devido às propriedades constituintes do meio líquido

(e.g. pressão hidrostática), oferecendo uma redução da carga mecânica sobre o aparelho

locomotor, e devido às suas influências fisiológicas.

2.6.1. Hidroginástica

A hidroginástica é uma opção de exercício físico importante para suprimir as

necessidades de diferentes grupos de sujeitos, seja pela diferenciação na questão de

géneros (masculino e feminino), faixa etária, nível de condição física ou segundo os

objetivos intrínsecos de cada um. Embora a hidroginástica não seja exclusiva a idosos, é

neste público que se encontra um maior número de praticantes. A importância do

aproveitamento das condições, dos materiais específicos bem como a prescrição, com

base na intensidade e volume, tendem a aumentar significativamente a resposta

fisiológica aguda na Hidroginástica (Costa et al., 2008).

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

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Assim, afirma-se que um conjunto de benefícios, na dimensão biomecânica, fisiológica e

psicológica, subjazem a hidroginástica (Barbosa & Santarém, 2000).

2.6.1.1. Planificação da Hidroginástica

Para uma intensidade de exercitação otimizada urgem adaptações fisiológicas

crónicas fundamentais para a melhoria da ApF, sendo as mais evidenciadas a melhoria da

composição corporal, a melhoria da capacidade cardiorrespiratória, o aumento da

resistência muscular e o aumento da flexibilidade (Bartolomeu, 2013).

O controlo da intensidade de exercitação deverá incidir na predição de uma zona alvo,

incidindo num intervalo de intensidade ideal para atingir um conjunto de adaptações

agudas significativas. A zona alvo é caraterizada por um limite superior e um limite

inferior, caso o trabalho se encontro a jusante deste último (carga insuficiente) as

adaptações não serão induzidas de forma lenta. No entanto, se a carga é excessiva, a

solicitação das vias bioenergéticas pode ser contraditória aos objetivos delineados e a

probabilidade de ocorrência de lesões é aumentada exponencialmente (Barbosa &

Queirós, 2005).

No que diz respeito ao método de aferição da avaliação e controlo da intensidade

utilizado em contexto prático e tendo em conta o meio envolvente e os recursos

disponíveis, recorreu-se à mensuração que tem por base a utilização de uma escala de

PSE (Tabela Nº24), no contexto do projeto da atividade de promoção, e o teste de fala.

De facto são métodos bastante subjetivos o que pressupõe uma menor validade e/ou

fiabilidade, no entanto primam pela facilidade de se incutirem no terreno.

Considerando a estruturação evidenciada por Barbosa & Queirós (2005) procedeu-se

à planificação tendo em conta as diversas partes de uma aula de hidroginástica e a

respetiva duração. Cada parte da aula tem como alicerce o desenvolvimento de uma

determinada componente da ApF.

A fase que determina o início da aula caracteriza-se como sendo uma fase de

preparação e orientação física, psicológica e pedagógica para as atividades e designa-se

de aquecimento. Seguidamente, a parte fundamental é composta por um condicionamento

cardiorrespiratório que, como tal o nome indica, tem como primazia incidir no sistema

2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

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cardiorrespiratório e alteração da composição corporal, e por um condicionamento

muscular, visando o desenvolvimento da força resistente. Por fim, a parte final, de

alongamentos (flexibilidade) e retorno à calma (Tabela Nº29).

Relativamente à música utilizada, esta variou de ritmo entre os 120 e 150

batimentos por minuto (bpm), de acordo com as distintas partes da aula. Num estudo

realizado em 2010 (Barbosa et al.) concluíram que a cadência musical cria um aumento

na resposta fisiológica, afirmando que os instrutores devem escolher as cadências das

músicas de acordo com os objetivos da sessão, que levam a atingir a intensidade desejada.

No decorrer da colocação em prática, dos conhecimentos previamente adquiridos

de forma autodidata, a música afirmou-se como tendo uma função de elemento

caracterizador, visto que se assevera como uma determinante não só motivacional mas

como também estrutural, na realização das aulas. No entanto, numa primeira abordagem

esta estava presente somente enquanto elemento motivacional, não sendo determinante

na realização da aula, contudo após algumas intervenções persuadidas pelo à vontade na

dissecação da música, tornou-se fator primordial para a respetiva realização.

É neste sentido que se efetua um transfer para os métodos de ensino que, de uma

forma prototípica, se relaciona com a seleção musical. Durante a lecionação prevaleceu a

utilização dos seguintes métodos de montagem coreográfica: (a) estilo livre e o (b)

método da pirâmide invertida.

A justificação, da utilização dos mesmos, prende-se pelo simples facto de se

verificar uma disparidade entre os sujeitos, no que respeita à idade e à condição física.

(a) Estilo livre: define-se por contemplar um conjunto de movimentos realizados

de forma aleatória, sem um padrão cíclico e apenas com a harmonia entre a

transição de exercícios;

Parte da aula Duração

1. Aquecimento

2. Condicionamento cardiorrespiratório

3. Condicionamento muscular

4. Alongamentos e retorno à calma

5-10´

20-30´

5-15´

5-10´

Total

45´

Tabela Nº30 – Partes da aula de Hidroginástica | Atividades aquáticas

Fonte: (Barbosa & Queirós, 2005; AEA, 2010)

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(b) Método da pirâmide invertida: Iniciando os movimentos com um maior

número de repetições, gradualmente e sucessivamente (múltiplos de 2) os

mesmos serão reduzidos até culminar num produto final pretendido.

De um ponto de vista prático, os exercícios utilizados em Hidroginástica são

agrupados em seis (6) grupos principais: andar, correr, balanços, chutar, saltar e tesouras

apresentando-se, deste modo, uma panóplia de exercícios inseridos na realização dos

planos de aulas (ANEXO XII) e na colocação dos mesmos em contexto prático. É ainda

habitual o recurso a materiais de impulsão, de peso, de arrasto, de borracha e de flutuação,

para oferecer resistência, tais como o esparguete, halteres, luvas, entre outros. Assim,

recorreu-se, em grande escala, a estes mesmos nas situações em que as aulas não

possuíam um número muito elevado de indivíduos praticantes. Por fim, importa ressaltar,

que a fase de iniciação da lecionação desta atividade de grupo aquática teve o seu início

no decorrer do mês de janeiro, findando no mês de maio de dois mil e dezoito (2018), e

contabilizando dezanove (19) aulas dirigidas de forma autónoma.

2.7. Tarefas e funções auxiliares

Inicialmente, a par com a fase de integração, urgiu o conhecimento gradual, de modo

a criar alicerces de informação, do processo de funcionamento do ginásio. No que

concerne ao espaço, o funcionamento da receção é primordial para a viabilização do

controlo de clientes, pagamento e outras informações.É nesta ótica que o trabalho

desenvolvido assentou nos conteúdos da função de rececionista: entrada e saída de

clientes; pagamentos; e manutenção do espaço (toalhas). Importa ressaltar, que a entrada

dos clientes era efetiva mediante a apresentação do cartão de cliente e registada por duas

vias: (1) registo em papel (ANEXO XVII) e (2) registo no sistema NewSpa. Aquando

desta, caso solicitado, era disponibilizado uma chave de cacifo mediante a troca por bem,

ou uma toalha grande/pequena, de acordo com a mensalidade do cliente. Relativamente

aos pagamentos, qualquer tipo de faturação, como mensalidades, merchandising, bebidas,

alugueres de espaço ou massagens, incumbia o registo no referido programa e na folha de

clientes, bem como no documento de controlo de mensalidades. Este registo mencionava

o valor e o meio de pagamento (numerário ou multibanco) e o número de fatura (i.e.

50€,MB7850).

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A manutenção do espaço ditava a reposição de toalhas e a verificação do ginásio,

sauna, banho turco (2/2 horas) e jacuzzi. Desta forma, devido ao enquadramento do

ginásio a apresentação do mesmo era deveras solicitada pelos hóspedes, bem como a

marcação de massagens.

Por fim, quando o período de estágio decorria aos domingos, as tarefas eram

desempenhadas de forma autónoma, visto a existência de uma só pessoa responsável pelo

espaço. Nestes dias, para além da abertura e fecho de todo o ginásio, incluindo o fecho de

multibanco, contagem do dinheiro em caixa e do fundo e a impressão dos relatórios

diários, verificava-se a necessidade de análise e registo do cloro e do pH da água da

piscina interior e exterior (a partir do fim de maio).

2.8. Projeto da atividade de promoção

Inserido como parte integrante da avaliação da UC de Estágio Curricular,

estruturou-se e implementou-se um projeto de atividade de promoção na entidade

acolhedora. Neste seguimento, após a idealização de um protótipo de viabilidade e todo

um processo faseado logístico, implementou-se um projeto no âmbito das atividades de

grupo aquáticas, hidroginástica e suas variantes, sendo este intitulado de Natura Aqua

Experience (Figura Nº16). Este surge na sequência da escassez proeminente relacionada

com o elo de ligação entre a correta exercitação e as capacidades físicas dos sujeitos,

tendo em conta os fatores determinantes para aderir à atividade.

No que concerne à aplicação do projeto visou-se, fundamentalmente, a

diversificação das vertentes da Hidroginástica, de modo a existir uma intensidade de

exercitação adequada a cada sujeito. Verificando-se a existência, na entidade em causa,

de uma lecionação de sete (7) aulas semanais intituladas de Hidroginástica, observa-se

uma disparidade nos graus de dificuldade instaurados, perante a exercitação de diferentes

exercícios., limitando assim a diversificação e a imposição de novos estímulos.

Desta forma, numa ótica holística e de uniformizar a problemática, propôs-se

aulas devidamente estruturadas, de acordo com diferentes métodos de montagem

coreográfica e diferentes intensidades.

A par com a comemoração do dia mundial da criança aplicou-se o projeto, no dia

um de junho de dois mil e dezoito, com uma duração total de dez (10) horas. Este contou

com as seguintes aulas, Aquacombat, Aqua Abdo Express, Aqua Circuit Training,

Aquasénior e AquaHITT decorridas em meio aquático.

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Neste seguimento, apresenta-se o cartaz de promoção, realizado a priori, inserido

nos conteúdos de divulgação do projeto de atividade de promoção.

Figura Nº16 – Cartaz Natura Aqua Experience | Projeto da atividade de promoção

Fonte: Fonte própria

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CAPÍTULO IV |

Atividades complementares

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CAPÍTULO IV | Atividades complementares

Serve o presente capítulo para expor as atividades complementares realizadas

durante o período de estágio. Neste sentido, são elencadas atividades que constam, ou

não, na definição de objetivos, de acordo com as áreas e fases de intervenção. Através de

uma redação reflexiva retrospetiva apresenta-se a participação em ações de caráter

formativo (convenções, congressos, seminários,..), a realização de atividades presentes

no plano anual de atividades da entidade acolhedora de estágio e outras funções/tarefas

primordiais à manutenção e funcionalidade do espaço mencionado.

3.1. Ações de formação

Tal como previsto no GFUC (Modelo PED.007.02), o estagiário deve participar em

ações de formação, produzindo um relatório. Assim, apresentam-se 5 (cinco) distintos

eventos, nas mais diversas temáticas como as atividades de fitness, a natação e a

hidroginástica.

3.1.1. XXIV Convenção Internacional de Atividade Física Manz

Entre os dias vinte e cinco (25) e vinte e seis (26) de novembro de dois mil e

dezassete (2017), nas instalações do Altice Arena, sito na cidade de Lisboa, decorreu o

maior evento de fitness realizado em Portugal, dirigido para a promoção de um estilo de

vida ativo e saudável, fazendo chegar aos participantes e espetadores, amadores ou

profissionais, as mais completas ferramentas para optarem a esses mesmos estilos. Sendo

a terceira edição da Convenção Manz integrada no #Portugalfit verificou-se uma panóplia

de atividades, nas mais diversas vertentes. Importante ressaltar que este evento assenta

em três grandes pilares: o exercício; a alimentação; a mente. A presença de 29 professores

convidados oriundos de todo o país e ainda dos Estados Unidos da América, Brasil, Reino

Unido, Itália, Espanha, Suécia e Angola, ditou uma adesão acima das expetativas,

contando com aulas abertas no deambulatório, sessões de showcooking, atividades de

mente, troféu Carlos Rebolo, Manz Cross Games e os workshops e masters da Convenção

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da Manz. De acordo com o pacote escolhido para a participação na convenção, pack

masterclasses, foi possível a participação em todas as masters da Manz. Neste

seguimento, a convenção iniciou-se com a apresentação da nova coreografia da Les Mills

BODYSTEPTM, por parte da equipa nacional Manz Les Mills, orientada para o aumento

da capacidade cardiorrespiratória, tonificação e coordenação, contemplando opções com

movimentos básicos até aos movimentos mais atléticos. De seguida, realizou-se, também

com a equipa nacional Manz Les Mills e a convidada, vinda do Reino Unido, Tori Willard,

a apresentação da Les Mills CXWORKTM, tendo esta aula as caraterísticas de um treino

intenso que combina exercícios de força com pesos e elásticos, de modo a um

fortalecimento do core e um reforço da postura, com incidência na força funcional e

mobilidade.

Relativamente ao período da tarde, foram efetuadas as masters de Les Mills

BODYVIVE 3.1TM, direcionada para a melhoria da condição muscular, aumento da

resistência, da capacidade cardiovascular, agilidade, flexibilidade e equilíbrio, aliadas a

uma evolução constante do treino que proporciona a perda de peso. Adaptada a qualquer

idade ou condição física, sem a necessidade de seguir o ritmo da música, apenas com o

peso do próprio corpo e com a presença de Daniel Gonzalez, oriundo de Alicante

(Espanha), realizou-se a master de Functional Moves. Seguidamente e novamente com a

apresentação da nova coreografia de Les Mills GRITTM, em apenas 30 minutos realizou-

se um treino intervalado de alta intensidade, com exercícios que aumentam a resistência,

velocidade e estimulam a perda de peso.

No dia 26 de novembro, no segundo e último dia da convenção, este mesmo

iniciou-se com a master Les Mils BODYBALANCETM, inspirada na prática de Yoga, Tai

Chi e Pilates, sendo um programa direcionado para a interação entre o equilíbrio, o corpo

e a mente, focalizando o controlo da respiração. Relativamente às masters, a última

apresentação de coreografia intitulou-se de Les Mills BODYCOMBATTM, com

movimentos inspirados em artes marciais como o Karaté, Taekwondo, Tai Chi, Muay

Thai.

Por fim, para além dos expositores existentes e dos showcookings, a existência de

masters abertas ao longo dos dois dias, no deambulatório, contou com a recente novidade

da Les Mills SprintTM, e com as tão tradicionais aulas de RPMTM ou POWERJUMPRM.

De forma conclusiva, afirma-se que a convenção objetivou uma oportunidade de

partilha de experiências e retenção de ideias, com conteúdos relevantes em todas as áreas

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do universo do fitness, com convidados de renome em todo o mundo. De modo a

convalidar tal relatório, em anexo (ANEXO XIII) junta-se o respetivo certificado de

participação.

3.1.2. II Seminário Treino Jovem Nadador

Aos sete dias de abril de dois mil e dezoito, pelas 9h00min, na Aula Magna, do

Instituto Politécnico de Viseu (IPV), teve início o II Seminário Treino Jovem Nadador.

O evento deu continuidade ao I Seminário de Treino do Jovem Nadador e integrou o

Plano de Atividades do Departamento de Ciências do Desporto e Motricidade da Escola

Superior de Educação de Viseu (ESEV). Este mesmo pretendeu enaltecer, focalizar e

profundar o conhecimento do treino de jovens nadadores, visando a excelência da sua

performance, fomentar o conhecimento do planeamento e periodização do treino na

natação, sensibilizar para as consequências da especialização precoce na natação, dar a

conhecer aos técnicos/treinadores e futuros técnicos/treinadores os mais recentes

contributos da metodologia de treino em natação, criar atitudes positivas relativamente à

competição de jovens, identificar mecanismos para a deteção de talentos, realçar os

diferentes papéis dos agentes intervenientes na formação do jovem nadador, identificar

boas práticas promotoras da saúde e do bem-estar dos jovens nadadores e enriquecer o

vocabulário desportivo específico da natação.

Nesta ótica, constou-se três painéis concernentes a distintas temáticas com o

campo de ação da natação. Para a abertura do seminário contou-se com a presença do

Professor Doutor Luís Rama (FCDEF-UC) com a preleção intitulada de Fatores

determinantes do rendimento do jovem nadador, onde foi possível abordar e reter de que

forma é que um jovem consegue atingir a excelência ao alto nível, com uma dependência

estrita e relacional do treino ótimo, das estratégias mais adequadas desse mesmo e da

calendarização adaptada e desafiadora ao nível a que o atleta se encontra. Desta forma,

há a incumbência da determinação de um estado maturacional, tendo em conta a definição

do perfil antropométrico, da habilidade técnica, das características biofísicas do

indivíduo, que nesta fase encontram-se em constante alteração, que irão relacionar-se com

o conceito de “talento”. De ressaltar a menção da relação entre um maior sucesso e os

fatores intrínsecos, como o efeito da idade relativa baseada no semestre de nascimento,

verificando-se associações significativas nos indivíduos que nascem no segundo trimestre

do ano, bem como o efeito genético (20 a 80 %) e as skills psicológicas, com a adaptação

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de estratégias de coping, e orientações motivacionais. Por fim, a abordagem tomou o

sentido do caso específico da Natação Pura Desportiva (NDP), onde as questões

antropométricas e de maturação estão estritamente relacionadas com a economia do

esforço, tendo em conta alguns indicadores avaliados, como por exemplo o teste T30,

associado à capacidade aeróbia e à economia do nado, as forças de arrasto, a propulsão,

o deslize, associado à posição hidrodinâmica e os marcadores bioenergéticos de cada

individuo, verificando-se desta forma que o processo de treino também influencia o

processo de rendimento.

Ainda dentro do Painel 1, ocorreu a apresentação do Professor Doutor Ricardo

Fernandes, com a temática do polo aquático, Avaliação longitudinal do jovem jogador de

polo aquático (Projeto INEX). O projeto INEX procura identificar o talento em jovens

entre os onze e os catorze anos, tendo em conta cinco modalidades distintas (andebol,

basquetebol, polo aquático, voleibol e futebol) e de oitenta clubes diferentes (duzentos

por modalidade), da região do Grande Porto. O objetivo primordial é o de colmatar a

ausência de estudos, no que diz respeito à trajetória de jovens ao nível da excelência

desportiva. Assim, por se tratar de um estudo longitudinal, nos próximos anos serão

avaliados domínios de natureza percetiva, biológica, psicológica e natureza contextual,

tendo esta preleção sido dirigida única e exclusivamente para os procedimentos a serem

realizados no campo de ação do polo aquático.

Seguidamente, no período da tarde, iniciou-se o Painel 2, que contou com as

apresentações do Professor Doutor Mário Costa (IPG) e do Professor Doutor Nuno

Amaro (IPL), intituladas de Partidas e viragens – modelo técnico e exercitação prática e

Treino da força em nadadores pré-púberes, respetivamente. No que concerne à temática

das partidas e viragens através de uma nota introdutória é competência do treinador de

NPD apresentar uma proficiência científica e pedagógica, de modo a inserir um modelo

de ensino apropriado, para assim implementar o modelo de trabalho técnico. Assim, a

prova de natação é desmitificada em três partes, a partida, o nado e a viragem, tendo em

conta uma macro-sequência de ensino. Dando ênfase aos conteúdos da partida e da

viragem, enalteceram-se os diferentes tipos execução faseados, com os respetivos pontos

críticos a montante de uma exercitação prática, como complemento de observação.

Por fim, no Painel 3, o Professor Doutor Henrique Neiva (UBI) proferiu a preleção

do Ensino e aperfeiçoamento técnico em natação mencionando os aspetos críticos da

Adaptação ao Meio Aquático (AMA), enfatizando os erros graves no ensino e o

planeamento das técnicas alternadas e simultâneas.

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A sessão foi encerrada com a demostração do programa do consciente, em relação

à aprendizagem de novas habilidades motoras. Neste sentido, abordou-se a necessidade

de uma aprendizagem e execução lenta, com ações simples, ou seja, conscientes, de modo

a objetivar-se o inconsciente, com ações rápidas e reativas, de caráter mais complexo ou

não. Caso não existem melhorias por parte dos indivíduos, nunca esquecendo a adaptação

inter-individual, tentar uma abordagem nova e distinta.

Concluindo, ao fim de 7 horas, tal seminário apresentou-se como uma atividade

de formação deveras enriquecedora no âmbito do treino desportivo, direcionado para a

natação, com o cumprimento de todos os objetivos proposto pela organização

responsável. Sem dúvida que a aquisição de ferramentas de trabalho, neste campo de

ação, se demostrou como a principal mais-valia, de modo a ser possível implementar as

diferentes estratégias aquando do ensino da Natação Pura Desportiva ou Adaptação ao

Meio Aquático. Em anexo (ANEXO XIV) junta-se o respetivo certificado de

participação.

3.1.3. Convenção MUNDOHIDRO

Entre os dias catorze (14) e quinze (15) de abril de dois mil e dezoito (2018)

decorreu a convenção MUNDOHIDRO, nas Piscinas Municipais da Covilhã, com uma

carga horária total de dez (10) horas e tendo como instrutores, Nuno Santos, Pedro Santos

e Marco Gomes. Este evento teve como objetivo primordial formar os participantes nas

vertentes de AquaSénior (natação e hidroginástica), AquaFuncional e AquaHigh (alta

intensidade), tendo em conta uma componente teórica e prática. Neste seguimento, no

decorrer da tarde do dia de sábado iniciou-se a formação de AquaSénior, direcionada para

o ensino da natação.

Iniciando como o formador Nuno Santos foi possível averiguar que a natação

sénior apresenta uma população alvo pouco ativa com dificuldades no desempenho das

tarefas quotidianas, tonando-se muitas vezes dependentes de outros. Assim, é importante

referir que as atividades realizadas pela população sénior na piscina não devem dirigir-se

exclusivamente para o ensino da natação. Um programa de natação sénior deve orientar

o seu foco para a promoção e desenvolvimento da mobilidade articular, relaxamento

muscular, criatividade e relacionamento social, sendo o domínio das técnicas de

deslocamento e o domínio do equilíbrio sobre as forças da água em movimento os dois

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eixos alvos de incidência. Outro aspeto que importa ressaltar e que se enfatizou, é a

superação dos sujeitos no pudor de mostrar o corpo.

Nesta ótica abordou-se a modificação dos estilos de nado, a hierarquização de

conteúdos a adquirir nos diferentes níveis de aprendizagem com progressões

pedagógicas, tendo em conta o equilíbrio, a respiração e a propulsão, as guidelines

práticas, de acordo com as contraindicações e precauções, limitações cognitivas,

auditivas, visuais, o equilíbrio deficiente e outras indicações relevantes à prática. Finda a

componente teórica, seguiu-se para a nave das piscinas de modo a iniciar a componente

prática.

Relativamente ao segundo dia, e último, este foi direcionado para a hidroginástica,

tendo adjacente a sua componente funcional, e para o treino de alta intensidade em meio

aquático. Com início às 9h30min, pelos formadores Marco Gomes e Pedro Santos,

abordou-se a contextualização e conceção de um treino funcional, tendo em conta a sua

génese, a sua definição e objetivos inerentes à sua prática. É nesta ótica que se afirma que

o treino funcional visa melhorar a capacidade funcional, ou seja, a habilidade de realizar

atividade normais da vida quotidiana (ou desportiva) com eficiência, autonomia e

independência. Daí a necessidade de dissecar a distinção entre o convencional e o

funciona. Caracterizando-se o primeiro por movimentos estáticos, isolados, incidindo nos

músculos, nas repetições, exercícios e equipamentos o que vai de encontro ao que é

funcional, dinâmico, integrado, incidindo em movimentos, variações, tarefas e

ferramentas para a vida quotidiana.

Assente numa trilogia, deve-se ter em conta as questões fundamentais do

planeamento: Ações comuns da população alvo?; Movimentos mais solicitados

(seleção)?;, Grupos musculares solicitados (posturais,..)?. Assim o treino funcional deve

incidir em movimentos direcionados para o puxar, empurrar, levantar, deitar, rodar,

agachar que vão encontro das ações mais comuns do dia-a-dia, e nos grupos musculares

posturais, abdominal, membros inferiores, ombros, rotadores e entre outros.

Seguidamente, após a abordagem dos movimentos de base e das progressões do treino

funcional (o que fazer e como fazer), através de exemplos, iniciou-se a componente

prática até às 12h30min.

Por fim, no período da tarde, com a presença dos três formadores, a aprendizagem

verificou-se em torno do AquaHigh (HIIT). Com uma duração de três horas, aliando a

teoria e a prática, ressaltou-se a definição de HIIT e os seus benefícios, tendo em conta as

vias energéticas alvo, bem como as zonas de treino. Por consequente, a exequibilidade de

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uma sessão de treino de alta intensidade deve ter em conta a organização das séries, o

ratio trabalho/recuperação, a montagem de estações, de acordo com a escolha dos

exercícios, a montagem do circuito, a determinação da intensidade das estações e a

determinação do número de repetições por estação. Relativamente aos tipos de HIIT

foram descritos, dissecados, tendo em conta exemplos, e colocados em prática o treino

tendo em conta o protocolo de TABATA, AMRAP (As Many Rounds/Repetition As

Possible) e EMOM (Every Minute On a Minute). Por fim, os métodos e metodologias

utilizadas neste contexto podem averiguar-se em torno do método de pirâmide

progressiva, crescente, decrescente e piramidal, e a organização dos exercícios por pré-

exaustao/pós-exaustão, super série simples, super série tripla ou drop set. A prática deu-

se com as mesmas diretrizes, anteriormente referidas.

De forma conclusiva, refere-se ter sido um evento formativo de numerosa

aprendizagem, no entanto na ótica prática, o que se afirmou como uma mais-valia para a

adequação e idealização do projeto da atividade de promoção na entidade acolhedora. Em

anexo (ANEXO XV) junta-se o respetivo certificado de participação.

3.1.4. 41ºCongresso Técnico-Científico da APTN

O 41º Congresso Técnico-Científico da Associação Portuguesa de Técnicos de

Natação (APTN) realizou-se entre os dias vinte e oito (28) e vinte e nove (29) de dois mil

e dezoito (2018), na cidade de Braga. Durante os dois as temáticas abordadas centraram-

se em três grandes áreas: a área do treino desportivo; a área do ensino e segurança no

meio aquático; e a área da direção técnica, da gestão desportiva e do coaching.

O evento teve o seu início marcado pela preleção do investigador grego Argyris

Toubekis, sita no Auditorio Vita, intitulada de Estimação da carga para um planeamento

do treino eficaz e melhoria da performance de nado. Neste sentido, eis que surge a

questão inicial: How we can make or swimmer more faster?, à qual foi possível retirar as

seguintes ilações. Assente em dois eixos, a carga do treino (training load) pode-se

evidenciar de forma externa, respeitante ao total de trabalho completo designado pelo

treinador, e de forma interna, com especial relevo, respeitante às adaptações individuais

da resposta de perceção, sendo que a quantificação deve ter em conta a intensidade,

volume, frequência e sessões para um melhor planeamento da época, tendo em conta o

período de treino e a sua magnitude.

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A segunda questão centrou-se nos métodos para estimar a carga de treino (Is it

posible to estimate the training load?), sendo possível estimar a carga de treino usando a

FC, através do modelo de Banister, o modelo de Edwards (The 5 Domains Intensity

Model) e o modelo de Lucia, que resulta no tempo gasto em cada um dos três (3) campos

de intensidade, usando a concentração de lactato no sangue e usando a escala de PSE (CT

= PSE x tduração). Como conclusões, o investigador afirma que a avaliação da estimação

da carga de treino é deveras importante para a performance dos nadadores.

Seguidamente, com a intervenção de três oradores, assistiu-se a uma mesa

redonda, moderada por José Manuel Borges, com a seguinte temática: Novas carreiras,

novas identidades: a transição de carreira de nadadores Internacionais portugueses.

Todo o percurso desportivo individual foi abordado pelos ex-nadadores, Raquel

Felgueiras, Ricardo Machado e João Coelho, ressaltando as dificuldades sentidas na

conciliação dos treinos com as suas carreiras académicas e/ou profissionais e as mais-

valias existentes no seio da natação.

Tendo lugar na Universidade do Minho – Campus Gualtar, a parte da tarde foi

determinada por comunicações orais livres, onde se marcou presença nas seguintes: (1)

Avaliação das assimetrias propulsivas em nado dinâmico: ferramenta e diagnóstico para

o processo treino; (2) Relação entre desempenho nos 50, 100 e 200m de nado crol e

variáveis de força fora de água em nadadores do escalão infantis; (3) A exposição ao

ruído ocupacional em piscinas cobertas. Relativamente às sessões paralelas, indo ao

encontro do ensino e segurança aquática presenciou-se o espanhol Arturo Abraldes, com

a seguinte temática: Segurança na água e formação em natação.

Em parceria com a Asociación Latinoamericana de Educación Acuática, Especial

e Hidroterapia (AIDEA) e a FPN, participou-se no seminário satélite prático sobre o

fitness, intitulado de Uma visão motivacional do fitness aquático, decorrido nas Piscinas

de Maximinos, com o espanhol Ricardo Mateo.

O segundo dia e último dia ficou marcado pela observação das sessões paralelas

na área do ensino e segurança aquática, Natação artística – Descomplicada e com

contributos para o ensino da natação (Marta Martins) e o Ensino da competência

aquática: um valor acrescentado à educação básica (Jorge Campaniço).

Findo o 41º Congresso da APTN, assume-se de especial relevância na ótica da

exposição de distintas vertentes desportivas da natação, tendo em conta a investigação e

evidência científica mais recente no panorama da natação nacional e internacional, o que

possibilita uma formação idónea dos técnicos de natação. (ANEXO XVI)

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3.2. Atividades do plano anual da entidade acolhedora

As atividades presentes no plano anual do ginásio tomaram-se com parte integrante

das funções realizadas pela discente estagiária. Nesta ótica abordam-se as mais diversas

atividades realizadas, o seu objetivo e o papel desempenhado no decorrer das mesmas.

3.2.1. Treinos Outdoor

A realização de treinos Outdoor é caraterizada por três períodos distintos ao longo do

dia, sendo estes correspondentes às aulas de grupo a realizar nesse mesmo dia.

Concluindo-se desta forma a não realização de aulas durante este período. Nesta ótica é

realizado um treino orientado no exterior, com a devida planificação e material especifico

aos exercícios a implementar. A função exercida realizou-se em torno da preparação do

circuito, da monitorização da atividade e acompanhamento dos clientes.

3.2.2. Natura Games

Indo ao encontro dos treinos Outdoor, realizou-se no dia vinte e três (23) de maio os

Natura Games Outdoor. A atividade tem por objetivo realizar uma prova cronometrada

com exercícios direcionados para a força superior, média e inferior, agilidade e

resistências. De acordo com o grupo etário, os participantes são posicionados numa tabela

classificativa final. Esta atividade é realizada após uma versão indoor, onde

posteriormente à realização das duas são efetua-se uma análise qualitativa dos resultados

.

3.2.3. Dias comemorativos

Ao longo do ano, são enfatizadas uma panóplia de atividades direcionadas à

comemoração de datas singulares e simbólicas, presentes no plano anual de atividades do

ginásio. É neste sentido que se enfatiza a presença na atividade do Magusto, Dia do Pai,

Dia da Mãe e Dia da Criança, elencando as funções desempenhadas no período respetivo

às mesmas. Por conseguinte, a participação efetivou-se em torno da preparação de todo o

material necessário à temática e no auxílio da sua concretização.

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Através de uma descrição aprimorada ressalta-se a atividade do Magusto que teve

lugar no dia nove (9) de novembro, com três períodos temporais distintos (13h30min;

16h30min; 20h30min), assente numa celebração do S. Martinho, contendo, deste modo,

a oferta de produtos que caracterizam este dia (castanhas e bebidas regionais).

No dia sete (7) de dezembro, possuindo a nomenclatura de evento anual, concretizou-

se mais um Jantar de Natal entre colaboradores e clientes do ginásio. Toda a logística e

preparação do espaço teve por base uma intervenção sistemática ao longo do mencionado

dia. Verificou-se a necessidade de implementação de jogos lúdicos, o que pressupôs uma

idealização antecipada, de acordo com os recursos materiais necessários. Relativamente

à decoração e disposição da sala, sita no Hotel Lusitânia, foi alvo de alteração por parte

de duas colaboradoras e da discente estagiária. No decorrer do jantar, as funções foram

determinadas pelo auxílio nas mais diversas tarefas (receção dos clientes, jogos, entrega

de prémios,…)-

A atividade Dia do Pai realizou-se no dia dezanove (19) de março, verificando-se o

acesso livre à piscina, válido para os pais/clientes Natura Clube acompanhados pelos

filhos e filhos/clientes do Natura Clube acompanhados pelo pai. A função desempenhada

determinou-se pela presença constante na piscina e pela receção aos clientes participantes.

Ainda no mês corrente celebrou-se o Dia da Mãe (6 de maio), sendo que o acesso à piscina

foi detentor dos mesmos pressupostos da atividade mencionada anteriormente, bem como

as funções desempenhadas.

Por fim, no dia um (1) de junho, a par com o projeto da atividade de promoção Natura

Aqua Experience realizou-se o Dia Mundial da Criança, onde estas mesmas (clientes)

possuíam acesso livre à piscina no período da tarde (16h-19h). Foram incutidos jogos

lúdicos em contexto aquático e, posteriormente, realizou-se um lanche-convívio de modo

a encerrar a época desportiva 2017-2018, relativa às aulas à natação/AMA.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS |

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| CONSIDERAÇÕES FINAIS |

Apresentando uma análise retrospetiva do processo desenvolvido em torno de

sete (7) meses de contexto prático, afirma-se que a Unidade Curricular de Estágio

constitui um papel primordial para a formação dos discentes no âmbito do Exercício

Físico e Bem-Estar. A possibilidade de um transfer do contexto académico para a

realidade do contexto profissional, incute um enriquecimento pessoal, através da

aquisição de um conjunto de competências e saberes, que se apresentam fulcrais na base

da formação orientada para um prática profissional suscetível ao êxito. É nesta ótica que

se caracteriza este momento como um eixo de aproximação com o campo específico,

para o qual se obteve as respetivas competências, no culminar de três anos de formação

teórica, teórico-prática e prática.

Assente numa trilogia, a definição das fases e áreas de intervenção constituíram

a base da simbiose entre os objetivos gerais e específicos, e as atividades realizadas no

decorrer do período mencionado. Ressalta-se o facto de essa trilogia em grande parte ter

sido alvo de uma correta intervenção e, acima de tudo, caracterizadora de uma

intervenção incessante. Assim, urge a necessidade de mencionar que nessas três grandes

áreas de intervenção, delineadas a priori, instituiu-se um contacto direto e proeminente.

Referindo-se a estas mesmas, intituladas de sala de exercício, atividades de grupo e

atividades aquáticas, incumbe afirmar que esta última não foi possessora de uma

completa dissecação interventiva, isto é, a área subjacente ao ensino da natação e à

adaptação do meio aquático não se tornou crucial para a retenção e aplicação de

conhecimentos, pelo simples facto dos objetivos idealizados não terem sido fomentados

e permitidos de serem executados e atingidos, o que se traduz num fator deveras

negativo. A justificação para tal facto define-se como uma incógnita, algo que irá

permanecer, pelo menos até à redação final deste documento.

A efetivação faseada permitiu não só uma dinâmica na aprendizagem, mas

também a estruturação dos pressupostos e a incidência progressiva nas funções a

desempenhar. A fase de integração e planeamento, incutindo uma observação

sistemática, determinou a percetibilidade da logística advinda do funcionamento da

entidade acolhedora e das metodologias em vigor, no que respeita às áreas alvo de

contacto.

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Seguidamente, tornou-se factual a necessidade de uma intervenção onipresente,

como descrito no Capítulo IV. Efetuando uma análise crítica a este facto, inicialmente a

o parecer de exercer funções para as quais não havia um consentimento exposto, tornou-

se como um obstáculo a transpor, sendo que à medida que a integração iria sendo

efetivada com uma tendência proficiente a dificuldade de operacionalização das funções

de receção acabou por se caracterizar numa ótica pleonástica.

É neste seguimento, inserindo-se a fase de intervenção, que viria a considera-se

a fase determinista de todo o processo de aprendizagem e que em torno do balanço

generalizado se explicita os aspetos negativos e positivos, adjacentes a essa mesma.

Coloca-se em evidência a rápida inserção na lecionação de aulas, por parte da

orientadora de estágio, o que ditou que o início fosse antecipado face à respetiva fase de

intervenção, determinando, desta forma, um processo de inclusão simplificado. No

entanto, relativo a algumas dificuldades que surgiram, no que diz respeito ao aspeto

técnico pormenorizado de duas aulas (bike e pump), foi possível identificar,

implementar e reter metodologias e ferramentas de condução e liderança eficientes para

a orientação de uma aula de grupo, contornando qualquer dificuldade adjacente a esse

aspeto. Assim, a participação ativa em todas as aulas permitiu que, posteriormente, a

lecionação se tornasse autónoma, quer nas atividades de grupo terrestres, quer nas

atividades aquáticas, referindo-se única exclusivamente à hidroginástica. Esta última

teve o seu planeamento conseguido e à medida que a intervenção começou a ser regular,

a capacidade de improviso também foi alvo de implementação, caso ocorresse uma

situação de substituição do instrutor responsável.

Relativamente as aspetos negativos comprova-se que a conciliação de um

contexto prático a par do desenvolvimento do plano curricular, referente à Licenciatura

em Desporto, não é o mais viável e aceitável, tendo em conta a carga horária e todos os

pressupostos inerentes às metodologias de avaliação de determinadas UCs, bem como

à enfase de conteúdos que incumbem uma abordagem prévia à iniciação do estágio

curricular.

Colmatando todo a intervenção, afirma-se um sentimento de preparação profícua

para um futuro contingente, no entanto a veracidade não assenta na total capacitação das

competências a serem incutidas em qualquer contexto profissional. Cada vez mais o

quotidiano assenta numa constante mudança e adaptação, por parte dos sujeitos, tendo

em contas distintas a exigências imprimidas pelos díspares contextos.

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O RE encerra uma jornada académica de três anos, ressaltando-se o constante

processo de conhecimento adquirido, com bons momentos e outros menos bons. No

entanto, a essência do sucesso prende-se por esse mesmo facto e é com a ultrapassagem

de pequenos obstáculos que as conquistas se tornam mais gratificantes.

Neste sentido, resta terminar, afirmando a grande satisfação no término de um

ciclo para o início de um outro, investindo no desenvolvimento e aperfeiçoamento de

competências contíguas à área do Desporto.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |

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| REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |

ACSM. (2010). ACSM’s Guidelines for Exercise Testing and Prescription. Philadelphia,

PA.

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2017 / 2018 Relatório de Estágio | Hotel Lusitânia – Natura Clube & Spa

Catarina Santos | 5008280

ANEXOS |

| ÍNDICE DE ANEXOS |

ANEXO I – INVENTÁRIO DO MATERIAL DA SALA DE ATIVIDADES DE GRUPO

ANEXO II – INVENTÁRIO DO MATERIAL DA PISCINA

ANEXO III – INVENTÁRIO DO MATERIAL DA SALA DE EXERCÍCIO

ANEXO IV – CONVENÇÃO E PLANO DE ESTÁGIO

ANEXO V – POSTER DO PLANO INDIVIDUAL DE ESTÁGIO

ANEXO VI – HORÁRIO DE ATIVIDADES DE GRUPO E ATIVIDADES AQUÁTICAS

ANEXO VII – GRELHA DE AVALIAÇÃO | SALA DE EXERCÍCIO

ANEXO VIII – GRELHA DE AVALIAÇÃO | ATIVIDADES DE GRUPO

ANEXO IX – TEMPLATE DA AVALIAÇÃO E CONTROLO DO PROCESSO DE

INTERVENÇÃO

ANEXO X – FICHA/QUESTIONÁRIO DE ANAMNESE

ANEXO XI – PLANO DE TREINO | SUJEITO A| ADAPTAÇÃO ANATÓMICA

ANEXO XII – PLANOS DE AULAS | PLANO DE AULA BIKE, PUMP, GAP, MOBILITY,

CORE, ABDO EXPRESS, CIRCUIT TRAINING, HIDROGINÁSTICA | ATIVIDADE DE

GRUPO TERRESTRES

ANEXO XIII – CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO | XXIV CONVENÇÃO

INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA MANZ

ANEXO XIV – CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO | II SEMINÁRIO TREINO DO JOVEM

NADADOR

ANEXO XV – CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO | MUNDO HIDRO

ANEXO XVI – CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO | CONGRESSO APTN

ANEXO XVII – REGISTO DE ENTRADAS E SAÍDAS | NATURA CLUBE & SPA

ANEXO XVIII – CONTROLO DAS HORAS DE ESTÁGIO (OUT/17 A JUN/18)

ANEXO I – INVENTÁRIO DO MATERIAL DA SALA DE ATIVIDADES DE GRUPO

1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

1 2 3 4 5

LEGENDA

MU

ITO

MA

U

MA

U

RA

ZO

ÁV

EL

BO

M

MU

ITO

BO

MCaneleiras 2kg

Caneleiras 3kg

Arcos Caneleiras 4kg

Coluna de som Steps

Barras

Discos 1,25kg

Discos 2,5kgDiscos 5kg

Luvas de boxe

Sacos Kohler

Wall Ball 9kg

Corda funcional

AB Wheel

Cones sinalizadores

Escada de agilidade

Trampolim

Bola medicinal 10kg

Halteres de PVC 1kg

Halteres de PVC 2kg

Balance Pillow

Wall Ball 3kg

Wall Ball 6kg

Material Estado de conservação

Nome

Bola medicinal 2kg

Bola medicinal 4kg

Bola medicinal 8kg

Kettlebell 8kg

Kettlebell 12kg

Kettlebell 16 kg

Foam roller

Tatami

Power bag 10kg

Power bag 15kg

Power BoxBosu

Kettlebell 6kg

Caneleiras 1kg

Corda de saltar

Stroops

Suportes de TRX

Colchonetes

Suporte de barras e discos

Bandas de latex - mini

Bandas de latex

Barras paralelas

Fitball

Elásticos de resitência - fraca

Elásticos de resitência - média

Elásticos de resitência - alta

Elásticos de resistência - extrema

TRX

Estado de conservaçãoMaterial

Nome

ANEXO II – INVENTÁRIO DO MATERIAL DA PISCINA

1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

1 2 3 4 5

RA

ZOÁ

VEL

BO

M

MU

ITO

BO

M

LEGENDA

MU

ITO

MA

U

MA

U

Robot de limpeza

Separadores de pista

Jacuzzi e chuveiro

Espreguiçadeiras

Material Estado de conservação

Nome

Tijolos

Abecedário - 26 peças (A-Z)

Puzzle flutuante multiformas

Tapetes flutuantes

Tapetes flutuantes - Furados

Sistema de som

Bolas médias

Mini Tobogan

Jogo do ring - 5 argolas

Multiformas flutuantes

Figuras flutuantes

Halter-gim triangular ECO

União Plana - 7 orifícios

Cesto de basket flutuante

Pranchas - Grandes

Pranchas - Eurokick

Arcos flutuantes - Grandes

União de batata frita - Redondas

Braçadeiras insufláveis

Cintos flutuadores - Elementos

Pull-Buoys

Arcos flutuantes - Pequenos

Ovnis

Material Estado de conservação

Nome

Pranchas - Pequenas

Pranchas - Triângulares

Batatas fritas - Redondas

ANEXO III – INVENTÁRIO DA SALA DE EXERCÍCIO

1 2 3 4 5

1 2 3 4 5

LEGENDA

MU

ITO

MA

U

MA

U

RA

ZO

ÁV

EL

BO

M

MU

ITO

BO

M

Elástico de latex

Barra de Pull-up

Discos - vários kg

Barra em W

Haltere Dumbbell - vários kg

Presilhas em aço

Rack para Dumbbell

Banco olímpico reto

Weight lifting belt

Stepper

Ergómetro bicicleta horizontal

Supino plano

Supino inclinado

Barra olímpica

Seated Row

Hip Abduction

Hip Adduction

Ergómetro passadeira

Ergómetro remo

Elíptica

Material Estado de conservação

Nome

Leg Press

Pectoral Fly

Leg Extension

ANEXO IV – CONVENÇÃO E PLANO DE ESTÁGIO

ANEXO IV – CONVENÇÃO E PLANO DE ESTÁGIO

ANEXO V – POSTER DO PLANO INDIVIDUAL DE ESTÁGIO

ANEXO VI – HORÁRIO DE ATIVIDADES DE GRUPO E ATIVIDADES AQUÁTICAS

ANEXO VII – GRELHA DE AVALIAÇÃO | SALA DE EXERCÍCIO

ATIVIDADE DURAÇÃO OBSERVADO

DATA HORA Nº CLIENTES OBSERVADOR

Demonstração de entusiasmo nos momentos

específicos do exercício

Aceitar e utilizar as ideia do(s) cliente(s)

Estar apresentável (vestuário adequado e boa forma)

Utilizar o nome do(s) cliente(s)

Pressionar para empenhamento no esforço

Estar atento às intervenções do(s) cliente(s)

Utlizar vocabulário positivo e demostrar dinamismo

CLIMA

Rir, sorrir e apresentar bom-humor

Utilização específica de vocabulário

Utilização de volume da voz adequado ao espaço

Comunicação com lógica sequencial e com ênfase nos

aspetos essenciais

Utilização de linguagem apropriada ao nível de

compreensão do(s) cliente(s)

GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DA SESSÃO

Tempo de organização (cliente e materiais) reduzido

Utilização de pausas e prática não específica só

quando apropriado

COMUNICAÇÃO

Comunicação de forma clara e precisa

DISPOSIÇÃO DOS CLIENTES E DO INSTRUTOR DE CONTROLO

Colocação adequada do(s) cliente(S) na sala

Disposição adequada do instrutor em relação ao(s)

REGISTO DE OBSERVAÇÃO DE SALA DE EXERCÍCIO

Cumprimentar o(s) cliente(s) no início da sessão

ELEMENTOS A OBSERVAR SIM NÃO NÃO OBSERVADO

INÍCIO DA SESSÃO

Apresentação do conteúdo (contexto e objetivos)

ELEMENTOS A OBSERVAR SIM NÃO NÃO OBSERVADO

Contacto visual (olhar nos olhos) durante a

comunicação com o(s) cliente(s)

Postura do instrutor ao nível do(s) cliente(s)PLANO E DOMÍNIO DA SESSÃO

Sessão preparada (exercícios, cargas, repetições,…)

Sessão preparada (grupos musculares)

Capacidade de adequação a imprevistos

Os exercícios estão adaptados ao nível do cliente

A resposta da intensidade de treino é controlada (FC)

A prescrição tem continuidade (periodização)

Confiança e segurança durante o ensino

Despedida ao(s) cliente(S) no final da sessão

Motivação para a sessão seguinte

Feedbacks positivos ao(S) cliente(s)

Correção da postura corporal

Questionamento aos alunos, com o objetivo de

controlar aquisição de conhecimentos

Está focado com o exercício e não se distrai com

terceiros, ou outros objetos

Está concentrado durante o descanso do(s) cliente(s) e

não se distrai com terceiros

Apresentação de cuidados de segurança e higiene

Apresentação do exercício a realizar

Adaptado de Ficha de Intervenção Pedagógica da Licenciatura em Condição Física e Saúde no Desporto da Escola Superior Desporto de Rio

M aior

Promover o diálogo no final da sessão, com

esclarecimento de possíveis questões

OBSERVAÇÕES/SUGESTÕES

FIM DA AULA

INSTRUÇÃO

Descrição de como realizar o exercício, apresentando as

componentes críticas

Apresentação dos objetivos do exercício

Demonstração sempre que necessária, com técnica

correta, com planos de movimento virados para o(s)

clientes(s)

ANEXO VIII – GRELHA DE AVALIAÇÃO | ATIVIDADES DE GRUPO

ANEXO IX – TEMPLATE DA AVALIAÇÃO E CONTROLO DO PROCESSO DE INTERVENÇÃO

ANEXO IX – TEMPLATE DA AVALIAÇÃO E CONTROLO DO PROCESSO DE INTERVENÇÃO

ANEXO X – FICHA/QUESTIONÁRIO DE ANAMNESE

ANEXO XI – PLANO DE TREINO | SUJEITO A | ADAPTAÇÃO ANATÓMICA

ANEXO XII – PLANOS DE AULAS | PLANO DE AULA GAP | ATIVIDADE DE GRUPO TERRESTRES

Data Nº Nº Zona Figura

Nº Zona Figura

RA Reto abdominal

OE Oblíquo externo

OI Oblíquo interno

Observações:Abdominal oblíquo alternado (bicicleta)

Exercício

11

14

12

13

Scissors side crunch (10xDIR | 10xESQ)

Prancha de antebraço (plank ) - 1x45seg

Abdominal com pernas verticais e toque nos

tornozelos

Oblique roll down

Prancha de antebraço (plank ) - 2x30/10

Impulso com haltere

Rotação bilateral (twist )8

9

10

OI OE

A

A

A

RA

3

4

5

6

7

Alongamento

OI OE

1

Exercício

2 RA

RA Abdominal com descanso das mãos (crunch )

Material

Objetivo

Colchão; Haltere/Disco

/ /

Desenvolver a força e tonificar o abdómen, região central do

corpo, onde se controla o equilíbrio e o centro de força.

Aula

Lege

nd

a

15 seg

20 reps/exerc

15 seg

A Abdominal

ALONGAMENTOS FINAIS

RA

OI OE

Crunch invertido

ANEXO XII – PLANOS DE AULAS | PLANO DE AULA BIKE | ATIVIDADE DE GRUPO TERRESTRES

2-

SU

B P

– 7

- 6:4

8

3-DNV 7 –

4 P

LAN

S -

6 -

2:0

0

5 PLAN S

6 P

LAN

S -

6 -

1:0

1

7- DNV 7 - 8 PROG P 8-

9 P

LAN

S -

6 –

2:3

0

10 A

CEL S

– 3

:20 –

21”

19”21”11”21”

11-

SU

B P

– 7

- 5:3

5

12 -

PLN

S –

5 –

3:4

3

II 3:54 (c/carga) 8 - 3:17 6:06 3:03

1-P

LN

S –

5 –

3:0

8

4

2

8

8

8

4

2

8

8

4

2

16

16

8

4

8

4

4

8

4

4

2

ANEXO XII – PLANOS DE AULAS | PLANO DE AULA PUMP| ATIVIDADE DE GRUPO TERRESTRES

1 WARM UP

Closer 3:47

INTRO

2/2 4X

REMADA ALTA 2/2 4X

2/2 4X

CLEAN AND PRESS 4X

AGACHAMENTOS 16X

LUNGE D 8X

LUNGE E 8X

AGACHAMENTO 8X

TRANSIÇÃO

2/2 4X

REMADA ALTA 2/2 4X

CLEAN AND PRESS 4X

TRANSIÇÃO BICIP

CURL 8X

3

PEITO

Sax 4:30

INTRO

2/2 4X

3/1 4X

MEIO 4X

SINGLES 8X

2/2 4X

3/1 4X

DESCANSO

SINGLES 8X

TRANSIÇÃO DOIS PESOS

ADUÇÃO (PEITO) 8X

ELEVAÇÃO (OMBRO) 8X

ADUÇÃO + OMBRO 16X

ELEVAÇÃO OMBRO 90º 16X

2

PERNAS

Slide 3:45

INTRO

2/2 4X

MEIOS 4X

SINGLES 8X

2/2 4X

MEIOS 4X

SINGLES 8X

DESCANSO

LUNGE D 8X

LUNGE E 8X

DESCANSO

SINGLES 8X

MEIOS 4X

2/2 4X

SINGLES 8X

MEIOS 4X

2/2 4X

ANEXO XII – PLANOS DE AULAS | PLANO DE AULA PUMP| ATIVIDADE DE GRUPO TERRESTRES

4 COSTAS

Take me Home 3:53 4

Intro

2/2 4X

REMADA ALTA 8X

4/4 2X

CLEAN AND PRESS 4X

REMADA ALTA 8X

PRESS 8X

2/2 8X

DESCANSO

2/2 4X

REMADA ALTA 8X

PRESS 8X

REMADA ALTA 8X

PRESS 8X

2/2 4X

5

TRÍCEPS

Easy Lady 3:45

INTRO

TESTA 2/2 4X

3/1 4X

2/2 4X

BARRIGA 8X

MEIOS BARRIGA 4X

TESTA 2/2 4X

3/1 4X

2/2 4X

BARRIGA 8X

MEIOS BARRIGA 4X

TRANSIÇÃO

AFUNDO 1 APOIO 8X

AFUNDO 1 APOIO 8X

AFUNDOS ALTERNADOS 8X

ANEXO XII – PLANOS DE AULAS | PLANO DE AULA PUMP| ATIVIDADE DE GRUPO TERRESTRES

6

BÍCEPS

Boom Clap 3:45

Intro

2/2 4X

3/1 4X

SINGLE 8X

3 MEIOS 2X

2/2 4X

3/1 4X

DESCANSO

SINGLES 8X

3 MEIOS 2X

2/2 4X

SINGLE 8X

3 MEIOS 2X

SINGLES 8X

2/2 4X

7

ABDOMINAIS

Daddy Cool 3:45

INTRO

Crunch Cruzado D+E 8X

Crunch entre os joelhos 8X

Elevação MI toca nos pés 8X

Crunch Cruzado D+E 8X

Crunch entre os joelhos 8X

Elevação MI toca nos pés 8X

DESCANSO

Crunch Cruzado D+E 8X

Crunch entre os joelhos 8X

Elevação MI toca nos pés 8X

Crunch Cruzado D+E 8X

Crunch entre os joelhos 8X

Elevação MI toca nos pés 8X

Isometria toca nos pés

ANEXO XII – PLANOS DE AULAS | PLANO DE AULA GAP | ATIVIDADE DE GRUPO TERRESTRES

GAP

G: Elevação posterior MI fletido c/elástico D

G: Elevação posterior MI fletido c/elástico E

G: Elevação posterior MI extensão c/elástico D

G: Elevação posterior MI extensão c/elástico E

G: Ponte de glúteos com calcanhar e elástico

A: Com disco rotação D e E

A: Crunch: puxar as pernas

A: Elevação MI

A: Oblíquo ao calcanhar D

A: Oblíquo ao calcanhar E

P: C/ elástico extensão D

P: C/ elástico extensão E

P: Side Lunge D

P: Side Lunge E

P: 10 + 10 agachamentos ao meio

ALONGAMENTOS

Material: Colchão, Elástico e Peso

Material: Colchão, Elástico e Peso

OUTUBRO 2017

OUTUBRO 2017

ANEXO XII – PLANOS DE AULAS | PLANO DE AULA MOBILITY | ATIVIDADE DE GRUPO TERRESTRES

Data Nº Nº Zona Figura

Nº Zona Figura

A Anterior

P Posterior

L Lateral

MS

MI

1

Exercício

2

Cat Strech

Material

Objetivo

/ /Aula

3

4

5

6

7

8

9

10

Shoulder circles (cabeça em suspensão)

Shoulder TW R (joelho fletido cruza por cima o

joelho oposto, braço a 90º)

Dynamic chest stretch (rotação do tronco)

Head rolls (direita|esquerda)

Spinal twist (mão no joelho contrário e olhar para

trás)

Lumbar rotation stretch (direita|esquerda)

Knee stretch (puxar joelho ao peito,

direita|esquerda)

Exercício

11Abdominal stretch-snake (mãos ao nível dos

ombros)

14 Alogamento dos braços e pescoço

12 Elevação dos ombros

13Flexão do joelho (direita|esquerda,

anterior|posterior)

Observações:

Lege

nd

a

Membros inferiores

Membros superiores

Archer squat (mãos atrás da cabeça)

Squat with reach (costas direitas e roda o tronco,

cotovelo encaixa na p.m. do joelho)

ANEXO XII – PLANOS DE AULAS | PLANO DE AULA CORE | ATIVIDADE DE GRUPO TERRESTRES

Aula Data Nº

Material

Nº Figura

4

5

6

7

1

Exercício

2

Scissor Kicks

Objetivo

Colchão e peso

/ / Exercício

Bird dog E-D

Russian twist (bilateral)

Ponte glúteos com um MI em extensão

Elevação do tronco com peso

Prancha "up-down" | Isométrica (2 cyc )

Superman

Bird dog D-E

Observações:Ponte glúteos - Elevação pélvica

8

9

10

3

Aquecimento dinâmico: 4min;

Alongamentos finais: 5min;

Nr de clientes:

Abdominal Crunch

Tempo total: 30 minutos;

Tabata --> Work : 40seg; Rest : 20 seg;

ALONGAMENTOS FINAIS

ANEXO XII – PLANOS DE AULAS | PLANO DE AULA ABDO EXPRESS | ATIVIDADE DE GRUPO TERRESTRES

Data Nº Nº Zona Figura

Nº Zona Figura

RA Reto abdominal

OE Oblíquo externo

OI Oblíquo interno

A

Desenvolver a força e tonificar o abdómen, região central do

corpo, onde se controla o equilíbrio e o centro de força.

Aula

Lege

nd

a

20 reps/exerc

Abdominal

ALONGAMENTOS FINAIS

A

OI

OE

Crunch

OI

OE

1

Exercício

2 RA

RAAbdominal com pernas verticais e toque nos

tornozelos

Material

Objetivo

Colchão

/ /

RA

RA/O

3

4

5

6

7

8

9

10

RA/O

RA

A

Prancha de antebraço (plank )

Rotação bilateral (twist)

Abdominais em V

Plank lateral com as pernas cruzadas (DIR)

Plank lateral com as pernas cruzadas (ESQ)

Exercício

Observações:Abdominal oblíquo alternado (bicicleta)

TABATA ( 40seg-work; 20seg-rest)

Crunch

Prancha de antebraço (plank )

ANEXO XII – PLANOS DE AULAS | PLANO DE AULA CIRCUIT TRAINING | ATIVIDADE DE GRUPO TERRESTRES

Data Nº

Nº Zona Figura

C Core

MI Membros inferiores

T Tricípite

P

A

TABATA ( 40seg - work ; 20seg - rest )

Lege

nd

a

Observações:

Peito

Abdominal

Dips na box jump

Sit-ups

Agachamentos na BOSU (squat )

Prancha de antebraço

Aula

A

MI

C

3

4

5

6

T/P

Box jump

1

Exercício

2 MI

Geral Jumping jacks

Material

Objetivo

Box jump

/ /

ANEXO XIII – CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO | XXIV CONVENÇÃO INTERNACIONAL DE ATIVIDADE FÍSICA MANZ

Catarina Maria Simões da Costa Santos

Catarina Maria Simões da Costa Santos

Catarina Maria Simões da Costa Santos

Catarina Maria Simões da Costa Santos

Masters - 15:00 h

Masters - 15:00 h

Masters - 15:00 h

Masters - 15:00 h

ANEXO XIV – CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO |II SEMINÁRIO TREINO DO JOVEM NADADOR

ANEXO XV – CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO | MUNDO HIDRO

ANEXO XVI – CERTIFICADO DE PARTICIPAÇÃO | CONGRESSO APTN

ANEXO XVII – REGISTO DE ENTRADAS E SAÍDAS | NATURA CLUBE & SPA

Nome Código TipoEntregou Recebeu

Dia ____/________________/_________

Folha ____/_____

Cliente

CLIENTES NATURA CLUBE

CacifoToalha

Banho

Toalha

RostoRoupão

ANEXO XVIII – CONTROLO DAS HORAS DE ESTÁGIO (OUT/17 A JUN/18)

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 1 2 3 4

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

Manhã 3 3 2 3 2 4

Tarde 3 3 3 5 3 3 3 3

4330 31 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 1 2

S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D

Manhã 3 3 2 3,5 2,5

Tarde 3 2 3 3 3 3 3

3427 28 29 30 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D

Manhã 3 3 3 3

Tarde 5 F 5

221 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 1 2 3 4

S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D

Manhã 2,5 3 2 3 3

Tarde 3 2,5 3 3 3 5 3 2,5

3929 30 31 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 1 2 3 4

S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D

Manhã 3 3 5 5 2 3

Tarde 2,5 3 2,5 3 2,5 D 3 3 3 3 2,5 3

52

26 27 28 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 1

S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D

Manhã 2,5 4 2,5 3 4,5

Tarde 2,5 2,5 3 3 2,5 3 4,5 3 3 3 2,5 F

491 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 1 2 3 4 5

D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

Manhã 3,5 4

Tarde 2,5 3 2,5 3 2,5 3 2,5 3 3 6 3 4,5 3 3

6130 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 1 2 3

S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D

Manhã 5 4 5,5 5

Tarde 3 3 7 3 3 5 7 3 2,5

561 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 1 2 3 4 5

S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q

Manhã 6

Tarde

26

T:

9,5

381

D D D D10

D

jun/18

D D D D D

D

abr/18

9 D D D

D

fev/18

D D D

FDD

jan/18

D

FER

IAD

O

CONTROLO DAS HORAS DE ESTÁGIO - out/17 a jun/18

out/17

dez/17

nov/17

FER

IAD

O

FER

IAD

O

FER

IAD

O

D

mar/18

D

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FER

IAD

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FER

IAD

O

D D D

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D

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mai/18