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RELATÓRIO DE COACHING Ano Lectivo 2009/2010 Lúcia Coelho Isabel Gonçalves (Coord. GATu) Julho, 2010

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RELATÓRIO DE COACHING

Ano Lectivo 2009/2010

Lúcia Coelho

Isabel Gonçalves (Coord. GATu)

Julho, 2010

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Programa de Tutorado – há 7 anos a promover a integração académica!

pág. 2

0 Índice

1 Introdução ..................................................................................................................................................................... 3

2 Objectivos ...................................................................................................................................................................... 4

3 Actividades.................................................................................................................................................................... 5

4 Cursos .............................................................................................................................................................................. 6

LEAN................................................................................................................................................................................. 6

LEGI................................................................................................................................................................................... 7

LEGM ................................................................................................................................................................................ 7

LEIC A............................................................................................................................................................................... 7

LEIC T............................................................................................................................................................................... 7

LEMat ................................................................................................................................................................................ 8

LERC ................................................................................................................................................................................. 8

LMAC................................................................................................................................................................................ 8

MA ..................................................................................................................................................................................... 8

MEAero ............................................................................................................................................................................ 9

MEAmb ............................................................................................................................................................................. 9

MEBiom ..........................................................................................................................................................................10

MEC.................................................................................................................................................................................10

MEEC...............................................................................................................................................................................10

MEFT ...............................................................................................................................................................................11

MEMec ............................................................................................................................................................................11

DEQB..............................................................................................................................................................................11

5 Sugestões e Considerações Finais .......................................................................................................................12

6 Anexos ...........................................................................................................................................................................13

Anexo 1 – Guião de Coaching de Tutores ...........................................................................................................13

Anexo 2 – Guião de Coaching de Coordenadores ............................................................................................15

7 Bibliografia .................................................................................................................................................................16

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1 Introdução

“Sê fiel a ti mesmo” William Shakespeare

O Coaching é amplamente definido como um processo planeado e contínuo de desenvolvimento pessoal,

que envolve as competências de ouvir tendo em atenção o contexto, de perguntar e de validar o outro,

ajudando-o a estabelecer o foco para o processo de mudança, a descobrir possibilidades, a planear

acções e a remover barreiras de modo a que as metas a que se propôs sejam alcançadas.

Esquematicamente:

O Gabinete de Apoio ao Tutorado (GATu) tem vindo a associar as metodologias de Coaching ao

Tutorado desde o ano lectivo de 2005/06, quer no acompanhamento dos tutorandos pelos tutores quer

no acompanhamento dos tutorandos.

O Coaching pode ser definido de diversas formas mas aquela que mais se adapta ao nosso contexto

talvez seja a definição de Whitmore1 que refere que a essência do Coaching consiste “em libertar o

potencial de uma pessoa para o aumentar ao máximo o seu desempenho, ajudando-o a

aprender em vez de o ensinar”.

A palavra Coaching que hoje tem função de disciplina, começou por ser usada no campo desportivo, mas

rapidamente se expandiu por muitas outras áreas, tendo como vectores comuns em todas aquelas em

que está presente, o desenvolvimento pessoal, o alcançar de objectivos, a adaptação à mudança, e,

finalmente a promoção de competências que permitam ultrapassar obstáculos sempre, aspirando

sempre a ser ou fazer melhor. Os imperativos de Bolonha, em que o foco é, precisamente, no

aprendente e no processo de ensino aprendizagem e não tanto no docente e no processo de ensino

(exclusivamente) abrem caminho para uma maior aceitação do Coaching permitir aos alunos uma

educação baseada na sua própria experiencia e autoconhecimento, aprendendo de uma forma activa e

não passiva.

1 Coaching para Docentes – Motivar para o Sucesso (2009) de Juan Fernando Bou Pérez, Porto Editora.

influência mútua

influência mútua

aprender com a acção

aprender com a acção melhor

desempenhomelhor

desempenho

maior auto-eficácia

maior auto-eficácia

concretização de objectivos concretização de objectivos

desenvolvimentodesenvolvimento

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2 Objectivos

“Se quer um ano próspero, cultive grãos. Se quer dez anos prósperos, cultive árvores. Se quer

cem anos de prosperidade, cultive pessoas” Provérbio Chinês

O GATu desenvolveu um conjunto de actividades de apoio aos Tutores, baseadas nos princípios do

Coaching, em que no fundo se procura potenciar as competências dos Docentes para apoiarem o

desenvolvimento pessoal dos seus Alunos, partindo do pressuposto de que o Coaching, enquanto

atitude, se transmite por modelagem e que a equipa do Tutorado deve, nos seus contactos com os

Tutores, modelar precisamente os comportamentos que se pretende promover no contexto da relação

Docente – Aluno, ou mais especificamente, Tutor – Tutorando. Essas actividades consistem,

essencialmente: no apoio individualizado ao Tutor (presencial, telefónico ou por e-mail); no apoio à

resolução das dificuldades apresentadas por Tutores e Tutorandos (intervindo, por solicitação dos

Tutores, junto de Tutorandos que apresentam dificuldades que transcendem o âmbito de actuação do

Tutor); na formação dos Tutores (nomeadamente em metodologias de Coaching) e, finalmente, no

apoio às actividades propostas pelos Tutores para um melhor funcionamento do Programa de Tutorado.

Assim, através da metodologia de Coaching, a equipa acompanha, docente a docente, curso a curso,

semestre a semestre, os passos do docente na tutoria, ajudando-o a lidar com as situações que vão

surgindo em cada caso, o que permite fazer um ponto da situação personalizado com o docente e

generalizado do Tutorado em cada curso.

Desta forma, antes do final do 1º semestre, são efectuados contactos telefónicos individuais a cada

Tutor e Coordenador de Tutorado, seguindo um guião de questões pré-definidas específicas para este

semestre (anexo1).

No início do ano lectivo, o objectivo passa por verificar se está tudo a funcionar (Portal do Tutor,

contactos com os alunos; grelha de desempenho), por saber se já ocorreu e como correu a primeira

reunião com os tutorandos, por identificar as dificuldades sentidas e recolher o feedback dos Tutores

sobre o Programa. Mediante o feedback obtido, analisam-se as situações nas quais é necessária a

intervenção do GATu (atendimento de alunos, encaminhamento para workshops, NAPE ou SMAP).

Já no 2º semestre, partindo da informação obtida no semestre anterior dá-se continuidade ao

acompanhamento feito aos docentes, verificando se já realizaram alguma reunião, se houve um aumento

ou diminuição de participação dos tutorandos, se ainda se pode fazer algo nos caso críticos antes de

fechar o ano lectivo e aproveitam-se todas as sugestões feitas ao Programa para possíveis melhorias no

ano seguinte.

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3 Actividades Os preparativos de cada ano lectivo começam com as reuniões entre os Coordenadores de Curso e a

Equipa dp GATu, tendo como objectivo analisar o que tem sido feito nesse curso, melhorar as boas

práticas e em conjunto com os docentes elaborar novos planos para colmatar as falhas existentes.

Já as formações são realizadas, no mínimo duas vezes por ano lectivo, preferencialmente em períodos

sem aulas e sobre temáticas solicitadas pelos docentes. As formações fixas elaboradas pela equipa do

Tutorado são: Modelos e Práticas de Tutoria I e II e Coaching & Tutorado; as formações externas realizadas

mediante solicitações específicas e necessidades identificadas pelos tutores (e outros docentes do IST,

que também podem participar) são: The Coaching Clinic®; Como Ser Eficaz; Técnicas de Apresentação em

Público; Técnicas vocais; etc. Todas têm o intuito de auxiliar os professores, não só nas suas actividades

de Tutoria, como também de docência ou investigação.

No que respeita aos alunos, o Tutorado tem igualmente um conjunto de workshops previamente

definidos, sendo o Para Prescrever e prescrição, o De Bom a Excelente e as Sessões de Relaxamento, os que

mais importam referir neste relatório, uma vez que, dependendo da problemática identificada, o Tutor

encaminha o aluno para a nossa equipa para que lhe indiquemos o workshop adequado.

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4 Cursos O presente relatório pretende apresentar um resumo das actividades de Coaching realizadas no

decorrer do 1º e 2º semestre de 09/10 nos vários cursos abrangidos:

Curso Coord. de Tutorado Coord. de Curso Nº de Tutores % Tutores

Contactados

LEAN Prof. Falcão de Campos 2 100%

LEGI Prof. José Figueiredo 3 67%

LEGM Prof. Garcia Pereira Prof. Carlos Guimarães 2 100%

LEIC A Prof. Pavão Martins 8 94%

LEIC T Prof. Nuno Mamede 15 66%

LEMat Prof. Fernanda Margarido 4 100%

LERC Prof. Luís Rodrigues 4 100%

LMAC Prof. Pedro Girão 2 65%

MA Prof, Teresa Heitor Prof. Nuno Matos Silva 6 71%

MAero Prof. Luís Costa Campos Prof. Fernando Lau 9 94%

MEAmb Prof. António Jorge de Sousa 3 71%

MEB Prof. Isabel Sá Correia Prof. Jorge Leitão 11 69%

MEBiom Prof. Paulo Freitas 7 71%

MEC Prof. Jaime Santos Prof. Dídia Covas 41 82%

MEEC Prof. Leonel Sousa Prof. Luís Miguel Silveira 8 100%

MEFT Prof. João Seixas Prof. Pedro Sebastião 8 75%

MEMec Prof. Hélder Rodrigues 20 75%

MEQ Prof. Sebastião Alves Ferreira Prof. Jorge Leitão 13 69%

O Coordenador do Tutorado é responsável por adaptar o Programa à realidade do Curso e

acompanhar a sua execução.

LEAN – Licenciatura Bolonha em Engenharia e Arquitectura Naval – 100% de Tutores contactados

O coordenador ajuda a divulgar o programa nas suas aulas, embora informalmente. Este ano lectivo o

grupo era muito equilibrado e bem integrado, à excepção de um aluno que entrou em 3ª fase. O Tutor

nomeado para o 1º ano, embora tenha sido nomeado apenas em Dezembro, acabou por funcionar de

forma bastante satisfatória, na medida em que, por dar aulas aos alunos de LEAN no 1º semestre teve

maior proximidade com os alunos.

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Os Tutores consideram o Programa muito importante, para informação dos diferentes hábitos a

adoptar, devido à diferenças (já conhecidas) entre o ensino secundário e o ensino superior – “fazer

diferença” para uma pessoa já é contribuir positivamente, principalmente num curso tão pequeno.

LEGI – Licenciatura Bolonha em Engenharia e Gestão Industrial – 67% de Tutores contactados

O programa está a decorrer sem problemas. O grupo de tutorandos é equilibrado e bem integrado,

com excepção de um aluno que entrou em 3ª fase. No 1º semestre não foi identificado nenhum

problema de maior, mas no 2ºsemestre o programa sofreu uma quebra de adesão.

No 1º semestre a equipa sentiu dificuldade em chegar ao contacto com os tutores, apenas o

coordenador foi contactado; mas essa dificuldade foi colmatada uma vez que no 2º semestre o contacto

foi feito a 100%. O facto de o tutor ser, simultaneamente, um docente do 1º ano facilitou seguramente

o contacto tutor-tutorando.

LEGM – Licenciatura Bolonha em Engenharia Geológica e Minas – 100% de Tutores contactados

No 1º ano, o empenho e motivação da única tutora permitiu-lhe fazer um excelente trabalho, embora

sem resultados imediatos. Já no 2º ano, a tutora tem tido poucos contactos pessoais com os tutorandos,

apenas via e-mail, que parece ser a forma de actuação que tem funcionado melhor. No 3º ano, como o

tutor não tinha enviado e-mail aos tutorandos, foi-lhe sugerido que enviasse para relembrar a sua

disponibilidade.

Os principais problemas enfrentados neste curso são: a falta de adesão dos estudantes às actividades do

Programa; falta de motivação e sobranceria dos alunos face ao curso, mesmo considerando os seus

fracos resultados académicos. Existe também a frustração de a maioria dos tutorandos deste curso não

estarem na sua primeira opção.

LEIC A – Licenciatura Bolonha em Engenharia Informática e Computadores, Alameda – 94% Contactados

O Coordenador de Tutorado fez a atribuição dos tutorandos aos tutores com o apoio da equipa

técnica do Tutorado. A tardia atribuição dos tutorandos aos tutores levou a um atraso nos contactos

com os alunos, assim, todos os tutores foram contactados telefonicamente e por e-mail, com o intuito

de serem alertados para o facto da atribuição já estar feita, bem como para a urgência de reunir com os

tutorandos. Da mesma forma, tranquilizou-se os tutores relativamente ao elevado número de

tutorandos que ficou a cargo de cada um.

Ainda assim, esta situação originou taxas de participação, em geral, inferiores a 50%, mesmo existindo

muitos alunos com dificuldades.

LEIC T – Licenciatura Bolonha em Engenharia Informática e Computadores – 66% de Tutores contactados

Os Tutores estão desmotivados com a falta de adesão dos alunos. Consideram que estes têm as

prioridades trocadas enquanto receptores de uma ajuda que eles não valorizam. Nas reuniões aparecem

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poucos e são poucos também os que chegam a responder aos e-mails. Tendencialmente, os que

aparecem são bons alunos.

Os Tutores são empenhados com os alunos que demonstram interesse e com eles trabalham as

questões relacionadas com a gestão de tempo (incluindo o horário de estudo), com o planeamento e

organização do estudo e com os métodos de trabalho propriamente ditos; os tutores aproveitam ainda

alguns encontros informais para fazer um ponto da situação com os alunos (estes encontros informais

não são complicados no campus do Taguspark). Os casos de tutoria bem sucedida devem-se a muito

esforço, preocupação e insistência por parte dos Tutores.

LEMat – Licenciatura Bolonha em Engenharia dos Materiais – 100% de Tutores contactados

No 1º semestre a maioria dos tutores contactaram os seus tutorandos mas apenas uma média de

aproximadamente 20% respondeu e apareceu. No caso do 2ºano houve contactos por parte de

tutorandos a solicitar reuniões. Os tutores consideram ter uma boa relação com os seus tutorandos,

especialmente quando estes são seus alunos, ainda assim eles recorrem pouco à tutoria.

LERC – Licenciatura Bolonha em Engenharia de Redes e Comunicações – 100% de Tutores contactados

A atribuição de tutorandos aos respectivos Tutores demorou mais tempo por causa dos alunos de 2ª

fase. Os tutores revelaram sentir-se desmotivados com a pouca receptividade dos alunos, referindo que

a experiência tem sido muito desanimadora no Taguspark.

Existe muita vontade de desenvolver o programa no Taguspark mas a receptividade por parte dos

alunos tem sido muito fraca ou mesmo quase inexistente. Tentou-se mais uma vez este ano dar uma

nova oportunidade para ver se a situação muda e os Tutorandos começam envolver-se e a participar no

programa mas infelizmente ainda sem resultados significativos.

LMAC – Licenciatura Bolonha em Matemática Aplicada e Computação – 65% de Tutores contactados

Os dois tutores do 1º ano reuniram-se em grupo para se apresentarem e falarem sobre o programa e

obtiveram uma taxa de participação em torno dos 95%. Demonstraram estar muito empenhados e

atentos aos tutorandos, uma vez que houve a preocupação de contactar pessoalmente os alunos com

baixo rendimento no 1º semestre; registou-se ainda um acompanhamento detalhado no caso de alunos

que apresentavam dúvidas sobre a vocação para o curso.

MA – Mestrado Integrado em Arquitectura – 71% de Tutores contactados

No 1ºSemestre a mudança de responsáveis atrasou a atribuição de Tutores que, por sua vez, atrasou

todos os contactos entre Tutores a tutorandos. Alguns laços que deveriam ter sido criados no início do

ano lectivo não foram consolidados fazendo com que existisse uma crescente quebra da adesão inicial.

O coordenador começou com muita motivação e algumas iniciativas, mas no final do 2º Semestre já se

encontrava algo desmotivado por sentir que o seu esforço não teria muitos resultados. Neste curso, a

tutoria decorre de num formato muito informal e descontraído, na sua grande maioria, sendo para

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alguns professores mais fácil de obter maior adesão no 2º Semestre, contactando os tutorandos em

contexto de sala de aula.

As principais dificuldades sentidas pela equipa relacionaram-se sobretudo com os contactos com os

Tutores no 1º Semestre. Ainda assim, o Coordenador de Tutorado facilita imenso esse contacto

respondendo aos e-mails e telefonando às horas previamente marcadas. No 2º Semestre, com a ajuda da

secretária do departamento a percentagem de Tutores contactados chegou aos 100% e essa dificuldade

foi ultrapassada.

Por fim, gostaríamos ainda de sublinhar que neste curso existem Tutores muito empenhados e

preocupados na sua actividade, que procuram fomentar o espírito de equipa e conhecimento das várias

arquitecturas urbanas ao vivo, procedendo alguns deles inclusivamente ao envio de e-mails com notícias

sobre Arquitectura para lhes incutir vontade de conhecimento. Na verdade, o ensino da arquitectura

corresponde frequentemente a um modelo tutorial, correndo-se apenas o risco de se considerar que

este tipo de ensino dispensa um tutorado mais ‘transversal’ (tal como o que é proposto pelo GATu).

MEAero – Mestrado Integrado em Engenharia Aeroespacial – 94% de Tutores contactados

O Coordenador de Tutorado, embora pouco activo no 1º Semestre, no 2º Semestre tornou-se bastante

participativo através do workshop realizado na sua aula de seminário. Houve um grande empenho neste

workshop, quer por parte da equipa do Tutorado quer do coordenador mas infelizmente os alunos não

se mostraram muito receptivos (para ver os resultados da avaliação deste workshop consultar

https://dspace.ist.utl.pt/bitstream/2295/687644/1/Aval_DBE_MEAero.pdf)

Os tutores parecem gradualmente passivos com o decorrer do ano lectivo, o que está directamente

relacionado com o desinteresse manifestado por alguns tutorandos – aliás, o workshop ‘De bom a

excelente’ especialmente inserido na UC de Seminário de 2º ano tem precisamente como objectivo

promover as competências de relacionamento interpessoal entre os estudantes – o típico aluno de

Aeroespacial, de acordo com os tutores, é muito desenvolvido do ponto de vista cognitivo, mas

apresenta algumas limitações ao nível do relacionamento interpessoal, o que os leva a não encararem de

forma positiva, nomeadamente, o tutorado, de que precisariam (do ponto de vista dos tutores)

precisamente para desenvolver competências nestas áreas.

No 1º Semestre a adesão foi bastante superior à do 2º Semestre, uma vez que no 1º Semestre a maioria

dos Tutores ainda não se tinha reunido com os alunos (à data da entrevista - finais de Abril).

As reuniões individuais embora constituam uma carga excessiva para os Tutores, pelo que indica o

Coordenador que tem recebido muitas queixas, são também o motivo de maior adesão por parte dos

alunos, o que acaba por deixar os tutores mais satisfeitos com o seu esforço acrescido.

MEAmb – Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente – 71% de Tutores contactados

Apenas um tutor do 1º ano ficou por contactar. Contudo, o outro tutor já reuniu com os tutorandos e

detectou um problema com um professor de cálculo, que terá sido ultrapassado no 2º semestre. No 2º

ano foram identificados cerca de dez alunos com baixos resultados académicos. À reunião de 1º

semestre foram cerca de 10 tutorandos igualmente e neste grupo estavam 5 alunos identificados como

de baixo rendimento académico.

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MEBiom – Mestrado Integrado em Engenharia Biomédica – 71% de Tutores contactados

Os tutores do 1º ano, dois do Técnico e dois da Faculdade de Medicina, foram contactados. Os dois

primeiros têm realizado reuniões individuais com os seus tutorandos e os alunos têm aparecido na sua

maioria. Já os dois tutores da Faculdade de Medicina têm tido maior dificuldade em iniciar o

acompanhamento aos seus tutorandos, pelo desconhecimento em relação ao programa e por não terem

acesso ao portal do tutor.

No 2º ano existe alguma desmotivação, devido à pouca adesão dos alunos nesta fase, mas o trabalho do

Tutorado é considerado excelente. No 2º semestre, em que os alunos estão cada vez mais

independentes e como responsáveis que são já seguem o seu caminho, sendo normal não haver tanta

adesão.

MEC – Mestrado Integrado em Engenharia Civil – 82% de Tutores contactados

Para se reduzir o número de tutorandos por Tutor no 1º ano, aumentou-se consideravelmente a

listagem de Tutores. Infelizmente muitos já foram informados ou tiveram tutorandos atribuídos muito

tarde, perto do final do 1º Semestre, o que atrasou consecutivamente as primeiras reuniões, reflectindo-

se num Coaching, em alguns casos, inconclusivo no 1º semestre. Ainda assim, todas estas alterações

permitiram-nos verificar que os Tutores que foram contactados a tempo e que, por sua vez,

contactaram os seus tutorandos logo no início do 1º Semestre (através de entrevista individual)

obtiveram uma adesão acima dos 50% por parte dos alunos. Contudo, os professores queixam-se de

pouca adesão ao programa e sentem-se desmotivados, nomeadamente, pela crescente falta de interesse,

alegadamente por falta de tempo, por parte dos alunos, neste 2º semestre.

A fraca adesão dos alunos, foi a dificuldade mais sentida pelos docentes. Os professores consideram que

enquanto não for obrigatório comparecer a uma primeira reunião, os alunos não aderem por falta de

percepção do que o Tutor pode fazer por eles. Consideram ainda que os alunos continuam a não dar

prioridade ao e-mail como contacto privilegiado, o que acaba por dificultar a comunicação.

Foram identificadas como boas práticas de tutoria: o acompanhamento individualizado aos que,

efectivamente, procuram; as reuniões de balanço dos semestres; e o encaminhamento de alunos para os

nossos workshops.

MEEC – Mestrado Integrado em Engenharia Electrotécnica e Computadores – 100% de Tutores contactados

O Programa de Tutorado em Meec funciona de forma diferente dos restantes cursos, são atribuídos

Tutores apenas aos alunos que o solicitam – uma vantagem deste sistema consiste no facto de os

tutorandos assim atribuídos comparecerem a quase todos nas reuniões, faltando apenas um ou outro.

Ainda assim, existem alunos que não aparecem e isso preocupa e desmotiva os docentes. A maioria dos

Tutores optou pelas reuniões individuais, ou a pares na primeira reunião, e consideram estar a resultar

melhor. Existem Tutores ainda sem tutorandos atribuídos - estes demonstraram claramente o seu

desagrado face ao programa – tudo leva a crer que o Coordenador tem optado pelos docentes mais

interessados e motivados.

As notas do 1º teste de Química, entre outras UC com rendimento académico igualmente baixo, são

representativas da falta de apoio que deveria chegar a todos os alunos do curso. Cada vez mais

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alunos nos contactam no sentido de terem acesso à tutoria, o que nos leva a acreditar que se esta

informação chegasse de igual forma a todos os alunos, haveria uma maior adesão ao Programa.

Identificamos como boas práticas de tutoria: o envio de e-mails a fazer o ponto da situação com alguma

regularidade, tentar fazer mais que duas reuniões por semestre; organização e planeamento mais

detalhado com alunos de 2ª ou/e 3ª fase.

MEFT – Mestrado Integrado em Engenharia Física e Tecnológica – 75% de Tutores contactados

A Coordenação de Tutorado não tem no seu portal acesso à funcionalidade para atribuir tutores aos

alunos, sendo que terá sido a Coordenação de Curso a desempenhar essa função. As funções do

coordenador de Tutorado deveriam ficar mais bem esclarecidas no início e o trabalho deveria ser

reconhecido (por ex. atribuição de créditos à semelhança do que acontece com o trabalho dos tutores).

Todos os tutores do 1º ano contactados pareceram motivados por fazerem parte do programa e

satisfeitos pelo Programa estar efectivamente a funcionar (e bem) este ano. Relativamente aos tutores

do 2º ano, dos dois tutores contactados, um deixou de ter disponibilidade para ser tutor e o outro não

tem recebido qualquer solicitação dos seus tutorandos, à semelhança do que aconteceu no ano anterior.

MEMec – Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica – 75% de Tutores contactados

O Coordenador do Tutorado sentiu algumas dificuldades no início do ano pelas indicações recebidas

terem ‘assustado’ os Tutores, nomeadamente o excesso de informação condensada e as reuniões

individuais. Não obstante, o Coordenador tranquilizou os Tutores e mesmo os mais resistentes ficaram

mais entusiasmados com o programa e perceberam que o trabalho envolvido não seria tanto como

inicialmente pensaram. Alguns tutores de 1º ano iniciaram o contacto com os seus tutorandos através

de reuniões individuais, outros fizeram primeiro uma reunião de grupo e depois contactaram os alunos

que não compareceram para reuniões individuais. As taxas de participação, no 1º semestre começaram

por ser inferiores a 50%, mas no 2º semestre, devido à colaboração com portfolio a adesão subiu

consideravelmente No 2º ano, apesar do contacto com os tutorandos ser quase inexistente, na

generalidade os tutores mostraram-se motivados.

DEQB – Departamento de Engenharia Química e Biológica – 69% Contactados

O Coordenador do Tutorado tem estado em contacto com os Tutores do Departamento. Sugeriu-lhes

que reunissem primeiro com os tutorandos em grupo e depois de identificadas as dificuldades fazerem

as reuniões individuais. Considera ser uma estratégia intermédia, mas que permite economizar mais

tempo e centralizar esforços.

Relativamente ao 1º ano, os tutores queixam-se de uma fraca adesão, mesmo depois de vários esforços

de sua parte, ainda assim, continuaram motivados e estão a planear fazer as reuniões para o final dos

semestres. No 2º semestre, a adesão aumentou nos casos em que os tutores passaram a ser

professores dos seus tutorandos.

Quanto aos tutores de 2º ano, como não receberam quaisquer contactos no 1º semestre, acabaram por

desmotivar e fazer pouco no 2º semestre, excepto uma tutora que acompanhou um aluno com alguma

regularidade.

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5 Sugestões e Considerações Finais

“Coaching é o desejo profundo de fazer diferença, seja na vida do indivíduo, do grupo, ou de

toda a organização” Robert Hargrove, Master Coach

Através de toda a análise feita, detalhadamente, curso a curso, e que deverá ser complementada pela

consulta dos dados relativos aos inquéritos aos tutorandos, podemos verificar que embora o Programa

esteja em franca ascensão – cerca de 50% dos estudantes participam no Programa com alguma

regularidade na maior parte dos cursos - ainda existem algumas barreiras a ultrapassar. Acreditamos

que quem está no terreno poderá contribuir proficuamente com sugestões de melhoria. Desta forma,

de entre os diversos tutores, surgiram as seguintes sugestões:

• O programa deveria ser obrigatório, pelo menos numa primeira reunião de esclarecimento, e a

sua assiduidade controlada de alguma forma;

• Numa primeira reunião não é produtivo que seja individual – sugere-se que as primeiras

reuniões sejam feitas em grupos pequenos (4 a 6 alunos) e depois mediante as problemáticas

apresentadas se convoquem reuniões individuais;

• Melhorias à ficha do tutor: repete informação, é complicada e demorada de preencher;

• A equipa do Tutorado deveria ter acesso ao Portal do Tutor, nomeadamente no caso de MEC,

uma vez que facilitaria no sentido de se saber exactamente a situação de cada tutorando;

• Formações para docentes mais compactas, palestras de poucas horas (ou horários repartidos)

com temáticas novas e variadas;

• Divulgação do Programa no inicio do ano lectivo em ambos os campus;

• Existência de um mês zero para preparar os alunos - sem matéria nova, mas com uma forma

nova de olhar para a mesma matéria;

• Criação de ferramentas no Fénix que assegurem uma distribuição mais equitativa de tutorandos

pelos tutores;

• Os alunos que entram em 2ª fase deviam poder fazer apenas 2 disciplinas, porque é muito

desmotivante para eles tentarem fazer as 5 e não conseguirem.

Como teremos margem para verificar, muitas destas sugestões já serão implementadas no próximo ano

lectivo, nomeadamente o controlo da assiduidade ao programa ou a melhoria significativa da ficha do

tutor, mas existirão algumas medidas mais complicadas de aplicar e não igualmente eficazes em todos os

cursos, que terão que ser melhor analisadas.

Assim, importa referir que as alterações implementadas são fruto da cooperação de todos os

intervenientes, para que o programa chegue de forma eficaz e eficiente a todos os alunos do 1º e 2º

anos do IST. O Coaching realizado a todos os docentes não só tem valor pelo o acompanhamento

prestado aos docentes e discentes como também pela colaboração de todos para uma escola melhor e

um ensino de excelência.

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Programa de Tutorado – há 7 anos a promover a integração académica!

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6 Anexos

Anexo 1 – Guião de Coaching de Tutores

GUIÃO DE COACHING

TUTORES

Data ___.___.______

Horário Atendimento: _______________

Nome ________________________

Ano ________________________

Curso ________________________

1. Acesso ao portal Sim � Não �

Visualiza o contacto (e-mail institucional e pessoal) e a foto dos alunos? Acede à

grelha de desempenho?

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2. Está disponível para receber novos alunos que não tenham Tutor

atribuído e que o solicitem à equipa técnica (Tutorandos motivados)?

�Sim �Não

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3 . J á se reun iu c om os Tu to randos ? Sim � Não �

Qua is as ques tões que os a l unos ma i s c o l ocam? _____________________________________________________________________

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C O N S E L H O

PEDAGÓGICO

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4 . P r i nc i pa is van tagens que vê no p rog rama (ac t ua is

e po tenc ia i s )?

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5 . Suges tões

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6. Pr inc ipa is p rob lemas iden t i f i cados pe lo tu to r

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Anexo 2 – Guião de Coaching de Coordenadores

GUIÃO DE COACHING

COORDENADORES

Data ___.___.______

Horário Atendimento: _______________

Nome ________________________

Ano ________________________

Curso ________________________

1º Semestre :

1. Atribuição de Tutorandos aos respectivos Tutores �Sim �Não

2. Como prefere ser contactado / qual o horário que mais lhe convém?

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3. Que tipo de informação gostaria de receber sobre os assuntos tratados com os Tutores?

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4. Antevê algumas dificuldades / Quais?

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5. Tem algum pedido especial / algo que possamos fazer para ajudar?

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2º Semestre :

6. Ideias para Tutores no próximo ano lectivo?

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7. Como proceder com alunos de baixo/elevado rendimento identificados?

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C O N S E L H O

PEDAGÓGICO

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7 Bibliografia

� PÉREZ, Juan Fernando Bou, Coaching para Docentes – Motivar para o Sucesso, 2009, Porto Editora