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1ª REVISÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL DO FUNDÃO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO GRAU DE EXECUÇÃO DO PDM EM VIGOR SETEMBRO de 2015 CÂMARA MUNICIPAL DO FUNDÃO

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1ª REVISÃO DO

PLANO DIRETOR MUNICIPAL

DO FUNDÃO

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO

GRAU DE EXECUÇÃO DO PDM EM

VIGOR

SETEMBRO de 2015

CÂMARA MUNICIPAL DO FUNDÃO

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1ª REVISÃO DO

PLANO DIRETOR MUNICIPAL

DO FUNDÃO

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO

GRAU DE EXECUÇÃO DO PDM EM

VIGOR

SETEMBRO de 2015

Na capa: Na capa: (1) vista sobre o Fundão; (2)Medronheiros,

em Alcaria; (3) Aldeia de Castelo Novo; (4) Ponte Romana, em

Peroviseu; (5) Vista sobre o rio Zêzere, Janeiro de Cima; (6)

Casas, na Soalheira; e (7) Casa Redonda, em Bogas de Cima.

Rua Engenheiro Ferry Borges, Nº 2 – B, Escritório A 1600-237 LISBOA PORTUGAL

T 21 456 98 70 F 21 456 98 79

[email protected] www.plural-planeamento.pt

CÂMARA MUNICIPAL DO FUNDÃO

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

ÍNDICE

1. CONSIDERAÇÕES GENÉRICAS ________________________________________________________________ 1

2. ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL _______________________________________________ 3

3. PROPOSTAS DE ORDENAMENTO TERRITORIAL _________________________________________________ 5

3.1 ESPAÇOS RURAIS ___________________________________________________________________________ 6 3.1.1 Espaços Agrícolas ______________________________________________________________________________ 6

3.1.2 Espaços Florestais ______________________________________________________________________________ 7 3.1.3 Espaços Agro-Silvo-Pastoris ______________________________________________________________________ 8

3.1.4 Espaço de Interesse Turístico _____________________________________________________________________ 9

3.1.5 Análise Global – Solo Rústico/ Espaços rurais ________________________________________________________ 9

3.2 SOLO URBANO _____________________________________________________________________________ 10 3.2.1 Espaços Urbanos e Urbanizáveis _________________________________________________________________ 15

3.2.2 Espaços Industriais ____________________________________________________________________________ 17

3.2.3 Espaços Verdes Urbanos ________________________________________________________________________ 18

3.2.4 Análise Global - Solo Urbano _____________________________________________________________________ 18

3.2.5 Perímetros Urbanos - Análise do Nível de Ocupação __________________________________________________ 29 3.2.5.1 Freguesia de Alcaide ....................................................................................................................................................................... 29 3.2.5.2 Freguesia de Alcaria ....................................................................................................................................................................... 31 3.2.5.3 Freguesia de Alcongosta................................................................................................................................................................. 33 3.2.5.4 Freguesia de Alpedrinha ................................................................................................................................................................. 35 3.2.5.5 Freguesia de Barroca ...................................................................................................................................................................... 37 3.2.5.6 Freguesia de Bogas de Cima .......................................................................................................................................................... 39 3.2.5.7 Freguesia de Capinha ..................................................................................................................................................................... 42 3.2.5.8 Freguesia de Castelejo ................................................................................................................................................................... 44 3.2.5.9 Freguesia de Castelo Novo ............................................................................................................................................................. 46 3.2.5.10 Freguesia de Enxames ................................................................................................................................................................. 48 3.2.5.11 Freguesia de Fatela ...................................................................................................................................................................... 51 3.2.5.12 Freguesia de Lavacolhos .............................................................................................................................................................. 52 3.2.5.13 Freguesia de Orca ......................................................................................................................................................................... 54 3.2.5.14 Freguesia de Peroviseu ................................................................................................................................................................ 56 3.2.5.15 Freguesia de Silvares .................................................................................................................................................................... 58 3.2.5.16 Freguesia de Soalheira ................................................................................................................................................................. 61 3.2.5.17 Freguesia de Souto da Casa ........................................................................................................................................................ 63 3.2.5.18 Freguesia de Telhado ................................................................................................................................................................... 65 3.2.5.19 Freguesias de Três Povos ............................................................................................................................................................ 67 3.2.5.20 União de Freguesias de Fundão, Valverde, Donas, Aldeia de Joanes e Aldeia Nova do Cabo .................................................. 70 3.2.5.21 União de Freguesias de Janeiro de Cima e Bogas de Baixo ....................................................................................................... 76 3.2.5.22 União de Freguesias de Póvoa de Atalaia e Atalaia do Campo ................................................................................................... 79 3.2.5.23 União de Freguesias de Vale de Prazeres e Mata da Rainha ...................................................................................................... 81

4. PATRIMÓNIO HISTÓRICO E CULTURAL ________________________________________________________ 85

5. EQUIPAMENTOS COLETIVOS ________________________________________________________________ 86

6. INDÚSTRIA ________________________________________________________________________________ 89

7. TURISMO _________________________________________________________________________________ 90

8. REDE VIÁRIA ______________________________________________________________________________ 92

9. INFRAESTRUTURAS URBANAS _______________________________________________________________ 93

10. UNIDADES OPERATIVAS DE PLANEAMENTO E GESTÃO ________________________________________ 94

11. SERVIDÕES ADMINISTRATIVAS E OUTRAS RESTRIÇÕES DE UTILIDADE PÚBLICA __________________ 96

12. SINTESE CONCLUSIVA DA AVALIAÇÃO DO PDM DO FUNDÃO ___________________________________ 98

ANEXO – QUADROS ESTATÍSTICOS DE APOIO __________________________________________________ 101

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Planta de Ordenamento – Solo Urbano – Perímetros Urbanos em vigor ____________________________________________ 13 Figura 2: Solo Urbano em Vigor – Dinâmica existente _________________________________________________________________ 27 Figura 3: Perímetro Urbano de Alcaide – Análise do nível de Ocupação ___________________________________________________ 30 Figura 4: Perímetros Urbanos de Alcaria – Análise do nível de Ocupação __________________________________________________ 32 Figura 5: Perímetro Urbano de Alcongosta – Análise do nível de Ocupação ________________________________________________ 34 Figura 6: Perímetro Urbano de Alpedrinha – Análise do nível de Ocupação ________________________________________________ 36 Figura 7: Perímetros Urbanos de Barroca – Análise do nível de Ocupação _________________________________________________ 38 Figura 8: Perímetros Urbanos de Bogas de Cima – Análise do nível de Ocupação ___________________________________________ 40 Figura 9: Perímetro Urbano de Capinha – Análise do nível de Ocupação __________________________________________________ 42 Figura 10: Perímetros Urbanos de Castelejo – Análise do nível de Ocupação _______________________________________________ 45 Figura 11: Perímetro Urbano de Castelo Novo – Análise do nível de Ocupação _____________________________________________ 47 Figura 12: Perímetros Urbanos de Enxames – Análise do nível de Ocupação _______________________________________________ 49 Figura 13: Perímetro Urbano de Fatela – Análise do nível de Ocupação ___________________________________________________ 51 Figura 14: Perímetro Urbano de Lavacolhos – Análise do nível de Ocupação _______________________________________________ 53 Figura 15: Perímetros Urbanos de Orca – Análise do nível de Ocupação __________________________________________________ 55 Figura 16: Perímetros Urbanos de Peroviseu – Análise do nível de Ocupação ______________________________________________ 57 Figura 17: Perímetros Urbanos de Silvares – Análise do nível de Ocupação ________________________________________________ 59 Figura 18: Perímetro Urbano da Soalheira – Análise do nível de Ocupação ________________________________________________ 61 Figura 19: Perímetros Urbanos de Souto da Casa – Análise do nível de Ocupação __________________________________________ 64 Figura 20: Perímetros Urbanos de Telhado – Análise do nível de Ocupação ________________________________________________ 66 Figura 21: Perímetro Urbano dos Três Povos – Análise do nível de Ocupação ______________________________________________ 68 Figura 22: Perímetro Urbano do Fundão e Aldeia de Joanes – Análise do nível de Ocupação __________________________________ 71 Figura 23: Perímetro Urbano do Aldeia Nova do Cabo – Análise do nível de Ocupação _______________________________________ 72 Figura 24: Perímetro Urbano da Zona Industrial do Fundão – Análise do nível de Ocupação ___________________________________ 72 Figura 25: Perímetro Urbano de Donas/ Teixugas e Chãos – Análise do nível de Ocupação ___________________________________ 73 Figura 26: Perímetro Urbano de Valverde e Carvalhal – Análise do nível de Ocupação _______________________________________ 74 Figura 27: Perímetros Urbanos da União de Freguesias de Janeiro de Cima e de Bogas de Baixo ______________________________ 77 Figura 28: Perímetros Urbanos da UF de Póvoa da Atalaia e Atalaia do Campo – Análise do nível de Ocupação ___________________ 79 Figura 29: Perímetros Urbanos da UF de Vale de Prazeres e Mata da Rainha – Análise do nível de Ocupação ____________________ 83

ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Distribuição das categorias de espaços e do nível de ocupação dos Perímetros Urbanos do concelho ___________________ 20 Gráfico 2: Nível de Ocupação dos perímetros urbanos do concelho do Fundão _____________________________________________ 22 Gráfico 3: N.º de licenças de edifícios, por uso e destino, para o concelho do Fundão, durante a vigência do PDM, entre 2001 e 2014 __ 23 Gráfico 4: Edifícios licenciados, por ano, no concelho do Fundão, durante a vigência do PDM, entre 2001 e 2014, por tipo de obra ____ 23 Gráfico 5: N.º de licenças emitidas pela Autarquia para o concelho, entre 2005 e 2014, por freguesia ____________________________ 24 Gráfico 6: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alcaide, por ano ____________________________________________ 31 Gráfico 7: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alcaide, entre 2005-2014 ____________________________________ 31 Gráfico 8: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alcaria, por ano ____________________________________________ 33 Gráfico 9: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alcaria, entre 2005-2014 _____________________________________ 33 Gráfico 10: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alcongosta, por ano ________________________________________ 35 Gráfico 11: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alcongosta, entre 2005-2014 ________________________________ 35 Gráfico 12: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alpedrinha, por ano ________________________________________ 37 Gráfico 13: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alpedrinha, entre 2005-2014 _________________________________ 37 Gráfico 14: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Barroca, por ano __________________________________________ 39 Gráfico 15: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Barroca, entre 2005-2014 ___________________________________ 39 Gráfico 16: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Bogas de Cima, por ano ____________________________________ 41 Gráfico 17: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Bogas de Cima, entre 2005-2014 _____________________________ 41 Gráfico 18: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Capinha, por ano __________________________________________ 43 Gráfico 19: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Capinha, entre 2005-2014 ___________________________________ 43 Gráfico 20: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Castelejo, por ano _________________________________________ 46 Gráfico 21: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Castelejo, entre 2005-2014 __________________________________ 46 Gráfico 22: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Castelo Novo, por ano ______________________________________ 48 Gráfico 23: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Castelo Novo, entre 2005-2014_______________________________ 48 Gráfico 24: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Enxames, por ano _________________________________________ 50

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

Gráfico 25: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Enxames, entre 2005-2014 __________________________________ 50 Gráfico 26: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Fatela, por ano ___________________________________________ 52 Gráfico 27: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Fatela, entre 2005-2014 ____________________________________ 52 Gráfico 28: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Lavacolhos, por ano _______________________________________ 54 Gráfico 29: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Lavacolhos, entre 2005-2014 ________________________________ 54 Gráfico 30: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Orca, por ano _____________________________________________ 56 Gráfico 31: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Orca, entre 2005-2014 _____________________________________ 56 Gráfico 32: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Peroviseu, por ano ________________________________________ 58 Gráfico 33: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Peroviseu, entre 2005-2014 _________________________________ 58 Gráfico 34: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Silvares, por ano __________________________________________ 60 Gráfico 35: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Silvares, entre 2005-2014 ___________________________________ 60 Gráfico 36: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Soalheira, por ano _________________________________________ 62 Gráfico 37: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Soalheira, entre 2005-2014 __________________________________ 62 Gráfico 38: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Souto da Casa, por ano_____________________________________ 65 Gráfico 39: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Souto da Casa, entre 2005-2014 _____________________________ 65 Gráfico 40: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Telhado, por ano __________________________________________ 67 Gráfico 41: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Telhado, entre 2005-2014 ___________________________________ 67 Gráfico 42: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Três Povos, por ano _______________________________________ 69 Gráfico 43: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Três Povos, entre 2005-2014 ________________________________ 69 Gráfico 44: Licenças emitidas pela Autarquia para UF do Fundão, Valverde, Donas, A. de Joanes e A. Nova Cabo, por ano __________ 75 Gráfico 45: Licenças emitidas pela Autarquia para a UF do Fundão, Valverde, Donas, A. de Joanes e A. Nova Cabo, entre 2005-2014 _ 75 Gráfico 46: Licenças emitidas pela Autarquia para UF de Janeiro de Cima e Bogas de Baixo, por ano ___________________________ 78 Gráfico 47: Licenças emitidas pela Autarquia para UF de Janeiro de Cima e Bogas de Baixo,, entre 2005-2014 ____________________ 78 Gráfico 48: Licenças emitidas pela Autarquia para a UF de Póvoa da Atalaia e Atalaia do Campo, por ano _______________________ 81 Gráfico 49: Licenças emitidas pela Autarquia para a UF de Póvoa da Atalaia e Atalaia do Campo, entre 2005-2014 ________________ 81 Gráfico 50: Licenças emitidas pela Autarquia para a UF de Vale de Prazeres e Mata da Rainha, por ano _________________________ 84 Gráfico 51: Licenças emitidas pela Autarquia para a UF de Vale de Prazeres e Mata da Rainha, entre 2005-2014 __________________ 84

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 1: PDM em Vigor - Estratégia de desenvolvimento municipal ______________________________________________________ 3 Quadro 2: Classificação e Qualificação do solo do PDM em vigor _________________________________________________________ 5 Quadro 3: Espaços agrícolas - regime de edificabilidade ________________________________________________________________ 7 Quadro 4: Perímetros urbanos em vigor, por freguesia _________________________________________________________________ 10 Quadro 5: PDM em vigor - Nível hierárquico dos aglomerados ___________________________________________________________ 15 Quadro 6: Índices definidos no PDM em vigor ________________________________________________________________________ 16 Quadro 7: Globalidade dos Perímetros Urbanos – Análise do nível de Ocupação, por categorias de Espaço ______________________ 19 Quadro 8: Perímetros Urbanos do Concelho do Fundão – Análise do nível de Ocupação ______________________________________ 21 Quadro 9: Perímetro Urbano de Alcaide – Análise do nível de Ocupação __________________________________________________ 30 Quadro 10: Perímetros Urbanos de Alcaria – Análise do nível de Ocupação ________________________________________________ 32 Quadro 11: Perímetro Urbano de Alcongosta – Análise do nível de Ocupação ______________________________________________ 34 Quadro 12: Perímetro Urbano de Alpedrinha – Análise do nível de Ocupação ______________________________________________ 36 Quadro 13: Perímetros Urbanos de Barroca – Análise do nível de Ocupação _______________________________________________ 38 Quadro 14: Perímetros Urbanos de Bogas de Cima – Análise do nível de Ocupação _________________________________________ 41 Quadro 15: Perímetro Urbano de Capinha – Análise do nível de Ocupação ________________________________________________ 43 Quadro 16: Perímetros Urbanos de Castelejo – Análise do nível de Ocupação ______________________________________________ 45 Quadro 17: Perímetro Urbano de Castelo Novo – Análise do nível de Ocupação ____________________________________________ 47 Quadro 18: Perímetros Urbanos de Enxames – Análise do nível de Ocupação ______________________________________________ 49 Quadro 19: Perímetros Urbanos de Fatela – Análise do nível de Ocupação ________________________________________________ 51 Quadro 20: Perímetro Urbano de Lavacolhos – Análise do nível de Ocupação ______________________________________________ 53 Quadro 21: Perímetros Urbanos de Orca – Análise do nível de Ocupação _________________________________________________ 55 Quadro 22: Perímetros Urbanos de Peroviseu – Análise do nível de Ocupação _____________________________________________ 57 Quadro 23: Perímetros Urbanos de Silvares – Análise do nível de Ocupação _______________________________________________ 59 Quadro 24: Perímetro Urbano de Soalheira – Análise do nível de Ocupação _______________________________________________ 61 Quadro 25: Perímetros Urbanos de Souto da Casa – Análise do nível de Ocupação _________________________________________ 64 Quadro 26: Perímetros Urbanos de Telhado – Análise do nível de Ocupação _______________________________________________ 66 Quadro 27: Perímetro Urbano dos Três Povos – Análise do nível de Ocupação _____________________________________________ 69 Quadro 28: Perímetros Urbanos da UF do Fundão, Valverde, Donas, Aldeia de Joanes e Aldeia Nova do Cabo – Categorias de Espaço 74

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor

Quadro 29: Perímetros Urbanos da UF do Fundão, Valverde, Donas, Aldeia de Joanes e Aldeia Nova do Cabo – Análise do nível de ocupação ______________________________________________________________________________________________ 75

Quadro 30: Perímetros Urbanos da União de Freguesias de Janeiro de Cima e de Bogas de Baixo _____________________________ 77 Quadro 31: Perímetros Urbanos da UF de Póvoa da Atalaia e Atalaia do Campo – Análise do nível de Ocupação __________________ 80 Quadro 32: Perímetros Urbanos da UF de Vale de Prazeres e Mata da Rainha – Análise do nível de Ocupação ___________________ 83 Quadro 33: Equipamentos – Avaliação do nível de execução das propostas do PDM em vigor _________________________________ 86 Quadro 34: Indústria - Avaliação do nível de execução das propostas do PDM em vigor ______________________________________ 89 Quadro 35: Rede Viária e Transportes – nível de execução das propostas do PDM em vigor___________________________________ 92 Quadro 36: Infraestruturas – Propostas do PDM em vigor ______________________________________________________________ 93 Quadro 37: Planos de Ordenamento - análise do nível de execução ______________________________________________________ 94 Quadro 38: Perímetros Urbanos - Quantificação do nível de ocupação durante a vigência do PDM, por freguesia _________________ 102 Quadro 39: N.º de edifícios licenciados, por freguesia, tipo de obra e destino da obra, entre 2001 e 2014 ________________________ 103 Quadro 40: População residente no concelho do Fundão, e variação populacional entre 2001 e 2011, por freguesia _______________ 104

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 1

1. CONSIDERAÇÕES GENÉRICAS

A necessidade de proceder à elaboração de um relatório do estado do ordenamento do território está claramente

expressa no art.º 77º do Decreto-Lei n.º 80/2015, de 14 de maio, que aprova a revisão do Regime dos

Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT), tendo sido reforçada pelo Decreto Regulamentar n.º 15/2015, de 19

de agosto, que estabelece os critérios de classificação e reclassificação do solo, bem como as categorias de

qualificação do solo rústico e urbano.

Neste sentido, ao abrigo do art.º 189º do RJIGT, a câmara municipal deve elaborar, de quatro em quatro anos,

um relatório sobre o estado do ordenamento do território, a submeter, respetivamente, à apreciação da

assembleia municipal, traduzindo o “balanço da execução dos programas e dos planos territoriais, objeto de

avaliação, bem como dos níveis de coordenação interna e externa obtidos, fundamentando uma eventual

necessidade de revisão”. O processo de revisão será assim consubstanciado na “identificação dos níveis de

execução e na evolução das condições ambientais, económicas, sociais e culturais que lhes estão subjacentes,

suscetível de determinar uma modificação do modelo territorial definido” (art. 93º).

O presente Relatório de Avaliação do Grau de Execução do município do Fundão, é elaborado no âmbito da

revisão do Plano Diretor Municipal do Fundão e tem como objetivo avaliar a execução das medidas consagradas

no PDM em vigor1. Entende-se que a avaliação da execução deste instrumento constitui uma etapa chave no

processo da revisão do PDM.

De modo a organizar as matérias a tratar, optou-se por individualizar as temáticas que permitem avaliar o nível

de execução do Plano e perceber como evoluiu o concelho durante o seu período de vigência, designadamente:

Estratégia de Desenvolvimento Municipal: tendo em consideração a estratégia definida para o

concelho, verifica-se se os objetivos definidos nas diversas áreas foram ou não atingidos;

Propostas de Ordenamento Territorial: com base nos elementos do Plano, é feita a análise do grau

de implementação da Classificação e Qualificação do Solo, identificando as classes, categorias e

subcategorias de espaço definidas na Planta de Ordenamento e no Regulamento. Procede-se

também à análise de cada classe e subcategoria de espaço, tendo por base objetivos e parâmetros

urbanísticos, bem como à análise do nível de ocupação dos perímetros urbanos;

Património Histórico e Cultural: identifica a estratégia e mecanismos de atuação patrimonial;

Equipamentos Coletivos: procede-se à identificação das propostas definidas pelo PDM em vigor e

verifica-se o seu grau de implementação na vigência do Plano;

Indústria: avaliam-se as propostas de desenvolvimento socioeconómico definidas no Plano;

1 ratificado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 82/2000, de 10 de julho, alterada pela Declaração n.º 331/2001, de 8 de novembro, pela Declaração n.º

9/2003, de 13 de Janeiro, e pelo Aviso n.º 162/2008, de 3 de Janeiro.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 2

Turismo: analisa-se a estratégia municipal para a promoção do turismo e identificam-se os

mecanismos utilizados para alcançar as metas definidas;

Rede Viária: Identificam-se quais as intervenções efetuadas neste âmbito durante a vigência do

PDM;

Infraestruturas Urbanas: identificam-se as intervenções efetuadas ao nível do abastecimento de

água e saneamento durante a vigência do PDM;

Unidades Operativas de Planeamento e Gestão: procede-se à análise do grau de concretização das

diversas UOPG definidas pelo Plano;

Condicionantes Legais: identificam-se as condicionantes presentes na Planta de Condicionantes do

PDM em vigor e os constrangimentos na gestão do território.

Por fim, após a avaliação das diversas valências procede-se à identificação dos principais constrangimentos

detetados durante a vigência do PDM em vigor, permitindo um conhecimento de qual deverá ser a estratégia a

adotar na revisão do PDM.

Com esta abordagem, é então possível, identificar e elencar os principais constrangimentos do PDM em vigor a

que a 1ª revisão terá que dar uma resposta adequada.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 3

2. ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL

Tendo presente a realidade do concelho à data do diagnóstico efetuado, o Plano Diretor Municipal do Fundão

em vigor define linhas de atuação, com o objetivo de suprimir as carências detetadas e de potenciar os pontos

fortes a desenvolver. A prioridade do plano visa resolver os problemas de desenvolvimento do que ordenamento.

Neste sentido, define uma estratégia de desenvolvimento adequada às potencialidades e condicionamentos,

destinada à fixação da população, ao desenvolvimento das atividades económicas, à melhoria das condições de

vida da população e à recuperação dos recursos naturais. Considera ainda, com especial relevância, uma

estrutura urbana apoiada na rede viária, ajustada à necessidade de movimentação da população, na procura de

equipamentos e serviços.

Numa perspetiva integrada de desenvolvimento, o Plano define diversos objetivos estratégicos, por diferentes

linhas de atuação, que serviram de base à definição da Proposta de Ordenamento em vigor:

Quadro 1: PDM em Vigor - Estratégia de desenvolvimento municipal

Linhas de atuação

Estratégia/ objetivos

Paisagem

Valorizar as características paisagísticas do Concelho, respeitando o solo agrícola, os perímetros florestais, as áreas com aptidão para atividades agrícolas específicas, bem como o enquadramento paisagístico dos conjuntos edificados com interesse do ponto de vista do património histórico-cultural;

Incentivar a revitalização do complexo florestal, nomeadamente na sua função de proteção dos recursos hídricos e defesa contra a erosão;

Evitar a dispersão incoerente da construção.

Manter as características de baixa densidade das zonas rurais do concelho.

Aproveitar os recursos naturais na sua componente de desporto e lazer.

Aproveitar o estudo “Proteção e Valorização da Paisagem e dos Recursos Naturais”

Acessibilidade

Melhorar as condições de acessibilidade, nomeadamente no que se refere às freguesias mais afastadas do Fundão e à ligação com o IP2;

Manter os níveis aceitáveis de mobilidade intermunicipal e regional;

Estabelecer regras que garantam boas condições de implementação de promoções recreativas (turísticas e outras), na perspetiva da manutenção dos valores concelhios e do planeamento estratégico do Município.

Procura de solo urbano

Promover a concentração da oferta de solo urbano ou urbanizável de forma a responder às pressões de procura de habitação. Os critérios a adotar são:

Delimitação de perímetros urbanos, incluindo: as áreas urbanas existentes (infraestruturadas, com ocupação edificada e/ou comprometidas para uso não rural, e as áreas urbanizáveis (expansões possíveis das atuais áreas urbanas).

Só nestas áreas haverá lugar a investimentos públicos em infraestruturas e equipamentos;

Identificar perímetros urbanos que constituam prioridade na localização de investimentos públicos em infraestruturas e equipamentos, priorizando a tendência para a concentração, por potenciar a polarização da população residente noutros aglomerados (rentabilização dos equipamentos e das infraestruturas).

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 4

Agricultura e Silvicultura

Defender os recursos agrícolas e florestais através de:

Proteção às áreas vocacionadas para o desenvolvimento destas atividades;

Controlo da construção nestas zonas de forma a salvaguardar os solos de maior potencial;

Apoio à reflorestação das áreas ardidas com as espécies florestais autóctones.

Minimizar as diferenças de oportunidades para a família residente em meio rural, através da melhoria da acessibilidade, facilitando:

O acesso quotidiano do agricultor a bens e serviços básicos e aos equipamentos coletivos de ensino e saúde;

O escoamento do produto agrícola e florestal.

Indústria

Definir áreas destinadas a uso industrial na Planta de Ordenamento e regular, no que respeita ao impacto ambiental das atividades a instalar.

Permitir a localização de unidades fabris fora dos perímetros industriais, obedecendo estas, aos requisitos expressos no Regulamento.

Turismo

Potenciar o enquadramento do turismo de habitação e agroturismo, de qualidade, em harmonia com o meio ambiente (natural e construído), bem como dotar o concelho do Fundão do apoio logístico (equipamentos coletivos) necessário à atividade turística.

Reforçar as medidas genéricas de proteção do património natural e edificado.

Definir e selecionar áreas onde as vantagens, no referente a esta atividade, são mais evidentes e deverão ser mantidas ou melhoradas.

Incentivar a criação de unidades de comércio e serviços no espaço concelhio, contribuindo para uma melhor adequação da oferta ao que se admite poder vir a ser a procura.

Incremento da pesca e da caça como atividades de lazer.

Da análise dos objetivos traçados, considera-se que procuraram colmatar as dificuldades detetadas, bem como

promover as potencialidades existentes. Cruzando-as com a proposta de ordenamento, verifica-se que

efetivamente houve intenção de as alcançar, contudo por questões de orientação regional e nacional, o concelho

do Fundão, apesar de ter criado condições para o desenvolvimento económico e gerar emprego, acabou por não

ter tido grande capacidade para absorver dinâmicas, face ao seu contexto geográfico.

Nos últimos anos, sob vigência do Plano, foram introduzidas melhorias nas mais diversas áreas (acessibilidades,

equipamentos, infraestruturas básicas, etc.), essenciais à promoção do desenvolvimento socioeconómico e

turístico de todo o concelho, destacando-se a elaboração do Plano Estratégico para o Desenvolvimento do

Turismo, que permitam ao concelho evidenciar-se no contexto nacional. A construção da A23 possibilitou sem

dúvida uma significativa melhoria nas acessibilidades externas, sendo que as internas beneficiaram com a

construção de novos troços municipais e com a melhoria de vias existentes.

Por outro lado, houve uma preocupação em salvaguardar os valores culturais existentes e de preservar os

núcleos antigos, e embora em alguns deles esta tendência se tenha verificado, noutros surgiram intervenções

que introduziram linguagens dissonantes ao contexto local. Relativamente ao património natural, o concelho

integra a Serra da Gardunha, uma interessante paisagem bem salvaguardada.

Por último, nos últimos anos houve grande preocupação de prover os aglomerados das condições necessárias

para abastecimento de água e saneamento, contudo ao nível dos espaços rurais esta responsabilidade fica

ainda a cargo dos interessados.

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3. PROPOSTAS DE ORDENAMENTO TERRITORIAL

Para a operacionalização das linhas de atuação definidas pelo PDM, foi desenvolvida uma proposta de

ordenamento e um normativo regulamentar que procuraram alcançar a concretização das perspetivas de

desenvolvimento. A Proposta de Ordenamento do PDM em vigor foi estabelecida, fundamentalmente, segundo

os seguintes objetivos específicos:

fixação das populações;

desenvolvimento das atividades económicas;

melhoria das condições de vida das populações;

recuperação dos recursos naturais.

A Proposta de Ordenamento do PDM em vigor contempla quatro classes de espaços definidas na Planta de

Ordenamento, à escala 1:25 000, e no Regulamento do Plano, elaborados à luz do quadro legal vigente aquando

da elaboração do Plano, integrando as seguintes categorias e subcategorias de espaço:

Quadro 2: Classificação e Qualificação do solo do PDM em vigor

Classes Categorias Subcategorias

SOLO RÚSTICO ESPAÇOS RURAIS

Espaços Agrícolas

Espaços Florestais

Espaços Agro-Silvo-Pastoris

Espaços de Interesse Turístico

SOLO URBANO

ESPAÇOS URBANOS e URBANIZÁVEIS

Espaços Urbanos

Espaços Urbanizáveis I

Espaços Urbanizáveis II

ESPAÇOS VERDES URBANOS Espaços Verdes Urbanos

ESPAÇOS INDUSTRIAIS Espaços Industriais Existentes

Espaços Industriais - Expansão

O atual Plano Diretor Municipal em vigor faz a diferenciação entre espaços rurais, espaços urbanos e

urbanizáveis, espaços verdes urbanos e espaços industriais, correspondendo o solo urbano aos espaços

delimitados por perímetro urbano.

De seguida procede-se à análise de cada classe de espaço definida no PDM em vigor, identificando os

respetivos critérios de delimitação, objetivos, parâmetros urbanísticos e consequências verificadas na gestão dos

últimos anos.

Para os espaços urbanos, urbanizáveis, espaços verdes e espaços industriais, que correspondem aos espaços

delimitados por perímetro urbano procede-se também à análise do nível de ocupação, a partir da avaliação da

dinâmica urbanística verificada durante a vigência do Plano, patente no número de alvarás e licenciamentos

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emitidos pela Autarquia, e do conhecimento do território, suportada por bases cartográficas e ortofotomapas de

2011, elaborados pela Municípia, SA. Esta análise é apresentada no subcapítulo "Perímetros Urbanos - Análise

do Nível de Ocupação".

3.1 ESPAÇOS RURAIS

A classe de “Espaços Rurais” corresponde ao conjunto de espaços destinados essencialmente a usos rurais,

não podendo ser utilizado para urbanização ou construção, com exceção de situações específicas definidas no

Regulamento do Plano. Na Planta de Ordenamento e no regulamento do Plano, estes espaços dividem-se em

Espaços agrícolas, Espaços florestais, Espaços agro-silvo-pastoris (EAP) e Espaço de interesse turístico (EIT).

A edificação nestes espaços é admitida quando permitida em cada subcategoria de espaço e nas situações

referidas adiante, sendo que os empreendimentos turísticos são permitidos em todas as categorias de espaços,

desde que não interfiram com áreas de RAN, REN ou qualquer outra servidão, que contenham projetos de

arranjos de espaços exteriores e estudos de viabilidade económica, e obedeçam aos seguintes parâmetros

urbanísticos:

Área mínima de terreno – 30.000 m2;

Índice máximo de construção – 0,05;

Número máximo de pisos – 3.

De uma forma geral, os parâmetros definidos no PDM em vigor são bastante restritivos, o que resultou em

constrangimentos na capacidade construtiva em zonas de propriedade muito fracionada (minifúndio) e em zonas

periurbanas. Contudo, no seguimento da análise territorial, verificam-se duas situações: (1) núcleos urbanos que

não foram contemplados com perímetro urbano à data de elaboração do PDM; e (2) novas construções na

envolvência dos perímetros urbanos em vigor, tendo por base os parâmetros estabelecimentos pelo Plano.

3.1.1 Espaços Agrícolas

Estas áreas são constituídas pelos solos com maior aptidão para as atividades agrícolas e têm como objetivo a

preservação da estrutura da produção agrícola e do coberto vegetal. São áreas que pelas suas características

naturais e ou introduzidas, se destinam, à atividade agrícola.

Estas áreas incluem, fundamentalmente, duas categorias de superfícies:

A Reserva Agrícola Nacional, compreendendo os solos com maior potencialidade agrícola, quer

devido às suas características intrínsecas e ambientais, quer devido a melhoramentos já

introduzidos e/ou a introduzir como sejam os sistemas de regadio ligados ao Projeto do Regadio da

Cova da Beira.

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Áreas de Uso Predominantemente Agrícola, não integradas na RAN, mas em que as condições

naturais e socioeconómicas determinam a manutenção desta atividade.

Áreas Servidas por infraestruturas coletivas de rega.

Para estes espaços, a edificabilidade fica sujeita às seguintes condições:

Quadro 3: Espaços agrícolas - regime de edificabilidade

Usos Área máx.

de implantação

Área máx. de construção

Índice máx. de

construção

Número máx. Pisos

Outros

Apoios agrícolas/ habitacional

120 m2 240 m2 - 2 Saneamento autónomo

Equipamentos/ turismo rural/ unidade

agroindustriais * - - 0.05 2

Projetos de exteriores

Garantir acesso

Saneamento autónomo

* as instalações agropecuárias têm que respeitar um afastamento de 200 metros a habitações e equipamentos.

Sobrepõem-se a estas regras, as restrições relativas ao aproveitamento hidroagrícola e respetivas

infraestruturas, definidas no regulamento do Plano (art. 56º).

Da análise dos espaços agrícolas, verifica-se que durante a vigência do PDM, um dos principais

constrangimentos incidiu na capacidade construtiva em zonas de propriedade fracionada, contudo surgiram

novas construções nestes espaços.

3.1.2 Espaços Florestais

Correspondem a áreas de produção florestal ou que se manifestam como importantes para o equilíbrio

ambiental. A delimitação dos espaços florestais resultou da consideração das superfícies incluídas num dos

ecossistemas da REN (áreas sujeitas a risco de erosão) e das florestas atuais.

Os espaços florestais são zonas destinadas à produção de material lenhoso, resinas e outros produtos florestais,

que têm como objetivo assegurar a correção das disponibilidades hídricas e diminuir o risco de erosão dos solos.

O Plano, para os espaços florestais, não abrangidos pela REN, autoriza a edificação, nas seguintes condições:

Apoio à exploração florestal, devidamente justificado, não podendo o índice de utilização exceder o

valor de 0,01 e uma altura de 5 m;

habitação do respetivo proprietário, em parcelas de área igual ou superior a 5000 m2 e nas

seguintes condições:

Área máxima de construção — 250 m2;

Número máximo de pisos — 2;

Infraestruturas autónomas, exceto no caso de existir rede pública.

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O Plano define também medidas de florestação, estabelecendo para os espaços florestais de produção, a

ocupação com espécies florestais resinosas ou folhosas, de preferência autóctones ou tradicionais.

Os principais povoamentos florestais existentes no concelho são constituídos por áreas florestais de pinheiro-

bravo, na zona do sistema da serra da Gardunha, nas freguesias de Alcaide, Enxames e Vale dos Prazeres bem

como em várias manchas dispersas no resto do território, seguido do eucalipto, a Nordeste, no Salgueiro, em

Vale dos Prazeres, em Fatela, em Enxames, na Capinha e, a Sudeste, na Orca, e dos carvalhais, de grande

valor ecológico, têm maior expressão numa faixa a Norte do concelho (Capinha, Peroviseu, Fatela, Valverde e

Alcaria).

Estas áreas, na medida do possível, foram salvaguardadas da ocupação e obedecem às condições

estabelecidas pelo Plano.

3.1.3 Espaços Agro-Silvo-Pastoris

As áreas agro-silvo-pastoris são aquelas cujo uso predominante é o da exploração da pastorícia. Grosso modo,

correspondem às zonas rurais que não se incluem em nenhuma das outras duas classificações.

Nos espaços agro-silvo-pastoris, não abrangidos pela RAN ou REN, são autorizadas edificações nas seguintes

condições:

Área mínima de parcela de 5.000 m2;

Área máxima de construção — 250 m2;

Número máximo de pisos — 2;

1 fogo/ parcela;

O abastecimento de água e a drenagem dos esgotos deverão ser resolvidos por sistemas

autónomos, salvo se o interessado custear a totalidade das despesas com a extensão das redes

públicas ou se estas já existirem.

Nestes espaços são permitidas unidades ligadas às indústrias extrativas, à transformação de produtos agrícolas,

pecuários ou florestais e de equipamentos de interesse social e cultural, desde que respeitem um Índice de

construção de 0,10 e fiquem garantidas as condições de acesso, integração paisagística e infraestruturas. As

instalações agropecuárias intensivas devem respeitar um afastamento mínimo de 200 m a qualquer zona

residencial, a equipamentos coletivos ou a edifícios habitacionais.

Constata-se que estes espaços mantiveram o seu uso durante a vigência do Plano, tendo surgido algumas das

atividades previstas pelo Plano.

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3.1.4 Espaço de Interesse Turístico

O espaço de interesse turístico (EIT) definido na Planta de Ordenamento, corresponde a um espaço com

vocação para o desenvolvimento do turismo no concelho, pelo seu interesse paisagístico e histórico-cultural, que

devem ser alvo de ações específicas de preservação e de desenvolvimento e divulgação dos seus atributos, em

termos de aproveitamento turístico.

A área de interesse turístico abrange a área da Serra da Gardunha, compreendendo os núcleos de Alpedrinha e

Castelo Novo.

Para este espaço, o Plano define os seguintes condicionalismos:

Parcela mínima de 25.000 m2;

Índice de construção — 0,05, apenas sendo permitida a construção de um fogo;

O abastecimento de água e a drenagem de esgotos deverão ser resolvidos por sistemas

autónomos, salvo se o interessado custear a totalidade das despesas com a extensão da rede

pública.

Durante a vigência do Plano, este espaço não foi implementado.

3.1.5 Análise Global – Solo Rústico/ Espaços rurais

Da análise das diversas categorias de solo rústico definidas na Planta de Ordenamento, e verificando o ocorrido

durante a vigência do PDM, resultam as conclusões que seguidamente se enunciam.

Neste período diversas construções surgiram em Solo Rústico, no seguimento das regras definidas para a

edificação. Contudo, verificaram-se diversos constrangimentos na aplicação dos indicadores, em resultado da

dimensão e fracionamento do cadastro existente. A ausência de especificações relativamente a usos não

residenciais também é um ponto negativo do atual instrumento, no que se refere por exemplo à instalação e

legalização de atividades comerciais.

Conclui-se ainda, que os espaços agrícolas correspondentes a áreas de RAN, revelam algumas discrepâncias,

havendo diversos espaços da RAN entretanto desafetados.

No âmbito da revisão do PDM, as situações que durante a vigência do plano foram detetadas como

constrangimentos ao desenvolvimento do concelho, devem ser analisadas e revistas. Devendo a classificação

do solo rústico ser atualizada em função do atual uso e ocupação do solo.

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3.2 SOLO URBANO

O solo urbano integra os espaços delimitados por perímetro urbano na Planta de Ordenamento, tal como

representados na Figura 1, para os diversos aglomerados do concelho. Os perímetros urbanos integram

espaços urbanos e urbanizáveis, espaços industriais e espaços verdes, que correspondem a áreas de reserva

agrícola nacional (RAN).

O PDM em vigor contempla a definição de 54 perímetros urbanos, distribuídos pelas 23 freguesias do concelho,

de acordo com a atual divisão administrativa. No total, abrangem uma área de 1.662,7 ha, correspondendo a

uma pequena percentagem do território municipal, de apenas 2,4%.

Para além dos aglomerados sede de freguesia, o PDM delimita perímetro urbano para a maioria dos restantes

aglomerados, tal como identificados no Quadro 4 e Figura 1.

Quadro 4: Perímetros urbanos em vigor, por freguesia

Freguesia Perímetro Urbano/

Aglomerado

Espaços Urbanos

Espaços Urbanizáveis Espaços Industriais Espaços Verdes

Total I II Existente Proposta

ha ha ha ha ha ha ha %

Alcaide Alcaide 18,2 4,3 22,5 1,4%

Alcaria

Alcaria 17,5 20,0 37,4 2,3%

Espanadeira 5,8 5,8 0,4%

Pesinho 7,3 7,3 0,4%

Alcongosta Alcongosta 14,3 4,6 18,9 1,1%

Alpedrinha Alpedrinha 57,9 21,7 5,8 85,4 5,1%

Barroca

Barroca 17,0 1,1 18,1 1,1%

Alqueidão 10,1 10,1 0,6%

São Martinho 16,2 16,2 1,0%

Bogas de Cima

Bogas de Cima 12,1 4,5 16,5 1,0%

Bogas do Meio 5,1 5,1 0,3%

Boxinos 4,8 4,8 0,3%

Descoberto 6,1 6,1 0,4%

Malhada Velha 6,8 6,8 0,4%

Capinha Capinha 25,9 19,6 0,8 46,4 2,8%

Castelejo

Castelejo 20,9 9,9 30,7 1,8%

Açor 6,9 6,9 0,4%

Enxabarda 7,1 0,35 7,48 0,4%

Castelo Novo

Castelo Novo 13,7 2,2 15,9 1,0%

Enxames Enxames 29,1 29,1 1,8%

Fatela Fatela 15,9 7,6 4,3 27,8 1,7%

Lavacolhos Lavacolhos 18,8 18,8 1,1%

Orca

Orca 29,9 2,8 1,7 34,3 2,1%

Martianas 5,0 5,0 0,3%

Zebras 5,8 5,8 0,3%

Peroviseu Peroviseu 18,8 22,7 1,9 43,3 2,6%

Vales de Peroviseu 2,3 2,3 0,1%

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 11

Freguesia Perímetro Urbano/

Aglomerado

Espaços Urbanos

Espaços Urbanizáveis Espaços Industriais Espaços Verdes

Total I II Existente Proposta

ha ha ha ha ha ha ha %

Silvares Silvares 61,7 11,5 13,8 87,0 5,2%

Rio 6,6 6,6 0,4%

Soalheira Soalheira 42,9 9,2 2,0 54,1 3,3%

Souto da Casa

Souto da Casa 37,5 8,7 46,1 2,8%

Vale do Urso 3,9 3,9 0,2%

Telhado Telhado 10,8 4,5 2,7 18,0 1,1%

Freixial 2,8 2,8 0,2%

Três Povos Salgueiro/ Escarigo 74,8 15,2 10,4 100,4 6,0%

UF Fundão, Valverde, Donas,

Aldeia de Joanes e

Aldeia Nova do Cabo

Fundão 71,3 68,0 183,8 3,1 326,1 19,6%

ZI do Fundão 59,0 87,0 145,9 8,8%

Aldeia Nova do Cabo

17,8 9,8 4,6 32,2 1,9%

Chãos 3,5 3,5 0,2%

Donas/Teixugas 20,6 5,8 6,2 32,6 2,0%

Valverde/Carvalhal 33,0 37,2 5,5 75,6 4,5%

UF Janeiro de Cima e Bogas de

Baixo

Janeiro de Cima 20,9 5,9 0,4 27,2 1,6%

Bogas de Baixo 15,7 3,4 0,4 19,5 1,2%

Ladeira 5,8 5,8 0,4%

Maxial 9,8 9,8 0,6%

Urgueiro 5,1 5,1 0,3%

UF Póvoa de Atalaia e Atalaia do

Campo

Atalaia do Campo 15,6 5,2 2,6 23,3 1,4%

Povoa da Atalaia 34,8 7,5 42,3 2,5%

UF Vale de Prazeres e

Mata da Rainha

Vale de Prazeres 16,7 1,3 2,1 20,2 1,2%

Cortiçada 2,5 2,5 0,2%

Mata da Rainha 14,5 1,0 15,5 0,9%

Povoa da Palhaça 1,7 1,7 0,1%

Quinta do Monte Leal

11,2 11,2 0,7%

Quintas da Torre 8,7 8,7 0,5%

TOTAL 949,3 313,0 183,8 59,0 87,0 70,3 1.662,7

100,0% 57,1% 18,8% 11,1% 3,5% 5,2% 4,2% 100,0%

Fonte: CM Fundão

As regras de transformação do uso do solo, estabelecidas no regulamento do Plano, definem dimensões

mínimas, densidades residenciais e de construção muito baixas e regras de proteção do meio ambiente.

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Figura 1: Planta de Ordenamento – Solo Urbano – Perímetros Urbanos em vigor

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 15

3.2.1 Espaços Urbanos e Urbanizáveis

Consideram-se espaços urbanos e urbanizáveis as áreas delimitadas na planta de ordenamento, incluídas em

perímetro urbano. Estes espaços representam a maior parte das área integradas em perímetro urbano, cerca de

87%, correspondendo os espaços urbanos (áreas consolidadas) a 57,1%, ou seja. 949,3ha, e os espaços

urbanizáveis, destinados à expansão urbana, a 29,9%, ocupando cerca de 496,8ha.

Para estes espaços, o regulamento do PDM determina um conjunto de disposições particulares, definidos em

função da hierarquia urbana estabelecida pelo Plano (Quadro 5).

Quadro 5: PDM em vigor - Nível hierárquico dos aglomerados

Fonte: PDM em vigor

Para os Espaços Urbanos incluídos no interior do perímetro do Fundão, define os seguintes condicionamentos:

A ampliação ou construção de novos edifícios em substituição de existentes não poderá ultrapassar os

valores dos índices de implantação e de construção existentes na zona envolvente;

Na construção de novas edificações deverão ser respeitados os parâmetros urbanísticos atrás referidos. No

entanto, para a ampliação ou reabilitação de edifícios existentes admite-se a adoção de parâmetros

urbanísticos diferenciados, de acordo com a zona e edificações envolventes;

O vocabulário arquitetónico das novas edificações terá de tomar em consideração as tipologias envolventes;

Não poderão ser reduzidas as superfícies de pátios, jardins e outros espaços livres, quando existentes, salvo

em casos de conjuntos justificados em plano de pormenor da zona.

Para os restantes Espaços Urbanos, o PDM em vigor determina que a ocupação de lotes já constituídos fica

vinculada às disposições decorrentes dos compromissos assumidos pela Câmara Municipal à data de aprovação

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 16

do PDM. Quando se tratar de lotes ou prédios com construção, os direitos de reconstrução não poderão ser

superiores aos que já existem, majorados até à cércea dominante e alinhamento dos edifícios contínuos.

No que se refere a indicadores, para os Espaços Urbanos e Espaços Urbanizáveis o Plano define os seguintes:

Quadro 6: Índices definidos no PDM em vigor

Perímetros Urbanos Subcategoria de

Espaço Índice máximo de

construção

Número máximo de

pisos

Fundão

Espaços urbanos envolvente envolvente

Espaço urbanizável I 1,2 4 ou 12 m*1

Espaço urbanizável II 0,6 2 ou 6,5 m

Alpedrinha, Silvares e Capinha Espaços urbanos e urbanizáveis

0,5 3 ou 9 m*2

Restantes espaços urbanos e urbanizáveis do concelho (aglomerados de níveis III, IV e V)

Espaços urbanos e urbanizáveis

0,4 2 ou 6,5 m*2

*1 exceto para instalações técnicas devidamente justificadas (em casos excecionais, este número poderá ser de 6, se proposto em plano de pormenor; *2 exceto para instalações técnicas devidamente justificadas

Fonte: PDM em vigor

Para os espaços urbanos (área consolidada) do perímetro urbano do Fundão os parâmetros urbanísticos

regulam-se pelas seguintes condições:

A construção de novos edifícios, a ampliação ou construção de novos edifícios em substituição de

existentes não poderá ultrapassar os valores dos índices de implantação e de construção existentes

na zona envolvente;

O vocabulário arquitetónico das novas edificações terá de tomar em consideração as tipologias

envolventes;

Não poderão ser reduzidas as superfícies de pátios, jardins e outros espaços livres, quando

existentes, salvo em casos de conjuntos justificados em plano de pormenor da zona.

Nas áreas dos perímetros urbanos de Salgueiro, Quintãs e Escarigo em sobreposição com o aproveitamento

hidroagrícola da Cova da Beira, a edificabilidade permitida impõe que sejam respeitados simultaneamente os

condicionalismos da legislação em vigor aplicáveis àquele aproveitamento, que seja obtida a autorização de

exclusão pela entidade competente, e que não obstrua a passagem de água nas infraestruturas de rega.

Durante a vigência do Plano, da experiência da Autarquia, concluiu-se que o maior condicionalismo verificado

nestes espaços deveu-se ao estabelecimento de uma cércea máxima de 6,5m e 2 pisos para a maioria dos

perímetros urbanos, em casos onde por vezes existem edifícios com 3 pisos. Outro grande problema detetado

na gestão do território destes espaços, deveu-se à inexistência de perímetro urbano para alguns pequenos

aglomerados existentes, e que correspondem a espaços urbanos consolidados.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 17

3.2.2 Espaços Industriais

As áreas industriais abrangem zonas em que predominam as construções industriais e destinam-se,

exclusivamente, à implantação de edificações e instalações para a atividade industrial e atividades

complementares de apoio. Os espaços industriais localizados e delimitados na planta de ordenamento do PDM

em vigor correspondem à Zona Industrial do Fundão e respetiva zona de expansão, localizada a norte da

Cidade, junto à EN18.

Estes espaços ocupam uma área total de 145 ha e representam 8,8% da área dos perímetros urbanos em vigor,

sendo que 59ha, 41% dos espaços industriais, correspondem a áreas existentes, e os restantes - 87ha, se

destinavam à expansão da zona industrial.

A ocupação nos espaços destinados à expansão deve ser regida por Plano de Pormenor, respeitando os

seguintes parâmetros:

Definição de uma faixa de proteção que garanta um afastamento mínimo de 50 m aos limites dos

lotes e zonas residenciais, habitações ou equipamentos;

Criação de uma cortina arbórea em torno desta área industrial que ocupe pelo menos 60% da

referida faixa de proteção, onde seja dada prioridade à manutenção da vegetação original,

especialmente se se verificar a existência de árvores de grande porte, por forma a evitar o contacto

visual entre estas áreas e as zonas residenciais ou de equipamento;

Independentemente de as indústrias serem obrigadas a um tratamento prévio dos efluentes

industriais, de acordo com a legislação em vigor, deverão estar obrigatoriamente ligadas a um

sistema público eficaz de saneamento e tratamento de efluentes residuais;

Está impedida a construção para fins habitacionais, com exceção da destinada ao guarda das

instalações.

Até à elaboração de Plano de Pormenor, o PDM estabelece que a ocupação destes espaços far-se-á de acordo

com os seguintes parâmetros:

O índice de implantação (bruto) máximo é de 0,30;

O índice de implantação (líquido) máximo, em cada lote, é de 0,50;

O coeficiente volumétrico máximo, em cada lote, é de 5 m3/m2;

Os afastamentos mínimos das construções aos limites dos lotes são os seguintes:

Afastamento frontal - 7,5 m;

Afastamento lateral - 5 m;

Afastamento posterior - 5 m;

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 18

Cércea máxima - 7 m, exceto instalações técnicas devidamente justificadas;

Percentagem máxima de solo impermeabilizado - 70%.

As indústrias existentes legalizadas à data da publicação do PDM em vigor, podem proceder a alterações e/ou

ampliações das suas instalações, desde que não se localizem em áreas abrangidas pelas RAN e ou REN,

garantam as infraestruturas básicas (arruamentos de acesso, abastecimento de energia elétrica e água, esgotos

e tratamento de efluentes) e cumpram os aspetos de proteção ambiental.

Atualmente, os espaços industriais delimitados no PDM em vigor, integrando a zona existente e a área de

expansão, encontram-se ocupados, incluindo uma área de especialização de manufatura de micropeça e

industria de polimentos. Existe ainda a intenção de criar duas novas zonas industriais, uma na Soalheira, junto à

A23/IP2, onde já existe um plano de pormenor em curso, que tem como objetivo criar um cluster agroindustrial

Gardunha Sul, junto à Soalheira, e outra em Silvares, que dispões de plano de pormenor aprovado. Estas zonas

devem ficar acauteladas na revisão do PDM e a zona industrial do fundão deve ser alargada, para enquadrar as

pretensões existentes na envolvente.

3.2.3 Espaços Verdes Urbanos

Os espaços verdes urbanos encontram-se delimitados na planta de ordenamento, sem prejuízo da legislação

específica relativa à RAN e do fomento hidroagrícola, onde podem ser permitidas intervenções que se destinem

a oferecer estruturas de equipamentos destinados à satisfação da procura da população urbana. Nestes

espaços podem ser permitidas intervenções que se destinem a oferecer estruturas de equipamento destinados á

satisfação da procura da população urbana, sem prejuízo da legislação específica relativa à RAN.

Os Espaços Verdes definidos na Planta de Ordenamento totalizam 70,6ha, ou seja, cerca de 4,2% dos espaços

incluídos em perímetro urbano, e incidem em 38% dos perímetros urbanos definidos para os aglomerados do

concelho, nomeadamente em Aldeia Nova do Cabo, Alpedrinha, Atalaia do Campo, Barroca, Bogas de Baixo,

Capinha, Donas/Teixugas, Enxabarda, Fatela, Fundão, Janeiro de Cima, Mata da Rainha, Orca, Peroviseu,

Salgueiro/ Escarigo, Silvares, Soalheira, Telhado, Vale de Prazeres e Valverde/Carvalhal.

Durante a vigência do PDM, estes espaços não foram objeto de intervenção, nem de qualquer tratamento mais

detalhado na sua preservação. Consistiram, na prática, a zonas non aedificandi, abandonadas ou eventualmente

cultivadas, em regime de pequena agricultura de subsistência.

A Autarquia é da opinião que os espaços verdes urbanos devem propiciar zonas de desafogo, de recreio e lazer,

além de outras funções ecológicas, situação que em meio rural de baixa densidade, está assegurada pela

envolvente natural, sem necessidade de qualquer intervenção.

3.2.4 Análise Global - Solo Urbano

O concelho do Fundão é constituído por 23 freguesias, todas elas com perímetro urbano definido para as

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 19

respetivas sedes, e antigas sedes, de acordo com a anterior divisão administrativa, existindo para além destes,

perímetros urbanos definidos para a maioria dos restantes aglomerados, bem como para a Zona Industrial do

Fundão, situada a norte da Cidade, junto à EN18.

Para se ter um maior conhecimento dos perímetros urbanos definidos no PDM em vigor para o concelho, quanto

a quantificação de área disponível por ocupar e adequação destas às necessidades presentes, resultou da

analise da dinâmica urbanística e do nível de ocupação de cada perímetro urbano, tal como apresentado no

subcapítulo seguinte "Perímetros Urbanos - Análise do Nível de Ocupação".

Para efetuar este trabalho, recorreu-se à sua comparação com a situação atual, com base no conhecimento do

território, apoiado em cartografia e ortofotomapas relativamente recentes (2011), propriedade da Municípia SA, e

em dados de licenciamento disponibilizados pela Autarquia, entre 2005 e 2014, e pelo Instituto Nacional de

Estatística (INE), entre 2001 e 2014 (Quadro 39, em anexo).

Na globalidade, o PDM em vigor define 54 perímetros urbanos distribuídos pelo território municipal, constituídos

por Espaços Urbanos, Espaços Urbanizáveis, Espaços Industriais e Espaços Verdes, que ocupam uma área de

1.662,7 ha, representando apenas 2,4% da área total do concelho, que dispõe de 70.020,8 ha, o que demonstra

o fraco peso do solo urbano no seu território.

Quadro 7: Globalidade dos Perímetros Urbanos – Análise do nível de Ocupação, por categorias de Espaço

Categorias Subcategorias Área

Área Ocupada no interior do perímetro

Área por ocupar no interior do perímetro

ha % ha % ha %

ESPAÇOS URBANOS e

URBANIZÁVEIS

Espaços Urbanos 949,3 57,1% 862,4 90,8% 86,9 9,2%

Espaços Urbanizáveis I 313,0 18,8% 195,6 62,5% 117,4 37,5%

Espaços Urbanizáveis II 183,8 11,1% 117,8 64,1% 66,0 35,9%

ESPAÇOS VERDES URBANOS

Espaços Verdes Urbanos 70,7 4,3% 43,9 62,2% 26,7 37,8%

ESPAÇOS INDUSTRIAIS

Espaços Industriais Existentes 59,0 3,5% 54,1 91,7% 4,9 8,3%

Espaços Industriais - Expansão 87,0 5,2% 55,1 63,3% 31,9 36,7%

TOTAL 1.662,7 100% 1.328,9 79,9% 333,8 20,1%

Fonte: Cálculos próprios

Da análise do Quadro 7, conclui-se que da totalidade dos espaços definidos pelos perímetros urbanos, grande

parte dos espaços classificados como solo urbano foram ocupados durante a vigência do PDM, cerca de 79,9%,

sendo que da totalidade de espaços urbanizáveis definidos (496,8ha), destinados à expansão urbana, 63%

foram ocupados, dispondo os perímetros urbanos ainda de espaços disponíveis por ocupar (Quadro 38, em

anexo).

Quanto aos espaços verdes, assumem uma percentagem de 4,3% na quantificação da área global dos

perímetros urbanos, e destinam-se à salvaguarda de áreas de RAN, bem como de locais atravessados por

linhas de água ou de declive acentuado. Durante a vigência do Plano, considera-se que estas áreas na

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 20

generalidade foram salvaguardadas da ocupação, com exceção de alguns casos, em resultado da aferição dos

seus limites a uma escala de maior detalhe, de processos de exclusão específicos ou de preexistências.

Relativamente aos espaços industriais, encontram-se maioritariamente ocupados ou comprometidos, existindo

porém áreas que deverão ser requalificadas. Segundo a Autarquia não existem espaços disponíveis, devendo a

revisão prever a sua ampliação, bem como a criação de uma nova zona industrial em Soalheira e em Silvares,

integrando os planos de pormenor desenvolvidos.

Gráfico 1: Distribuição das categorias de espaços e do nível de ocupação dos Perímetros Urbanos do concelho

Fonte: cálculos próprios

A aferição do nível de ocupação atual, como já referido anteriormente, resulta da identificação de áreas que

efetivamente já se encontram consolidadas e edificadas, resultante de uma análise pormenorizada de cada

perímetro urbano, com visitas de campo, da verificação da existência de compromissos urbanísticos (planos

aprovados, operações de loteamento ou processo de licenciamento emitidos) e do apoio a ortofotomapas

relativamente recentes (2011), elaborados pela Municípia, SA.

No quadro seguinte, bem como no Gráfico 2, apresenta-se a quantificação dos perímetros urbanos por

freguesia, identificando-se ainda a quantificação das áreas que efetivamente já se encontram ocupadas no seu

interior, onde se incluem a totalidade dos Espaços Urbanos, bem como os Espaços Urbanizáveis que foram

sendo ocupados na vigência do PDM.

70,7%

16,2%

6,6%

2,2%

4,3%

Espaços Urbanos, Urbanizáveis Ocupados

Espaços Urbanos e Urbanizáveis por Ocupar

Espaços Industriais Ocupados

Espaços Industriais por Ocupar

Espaços Verdes

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 21

Quadro 8: Perímetros Urbanos do Concelho do Fundão – Análise do nível de Ocupação

Freguesia Aglomerado

Perímetro Urbano/ Solo Urbano N.º Processos de

Licenciamento

Área Total Área Urbana Ocupada Área Urbana Por

Ocupar Solo

Urbano Solo

Rústico Total

ha % ha % ha % n.º n.º n.º n.º

Alcaide Alcaide 22,5 22,5 1,4% 20,3 20,3 90,5% 2,1 2,1 9,5% 22 22 18 40

Alcaria

Alcaria 37,4

50,6

2,2% 28,1

36,8

75,2% 9,3

13,8

24,8% 24

30 89 119 Espanadeira 5,8 0,4% 2,9 49,8% 2,9 50,2% 5

Pesinho 7,3 0,4% 5,8 78,5% 1,6 21,5% 1

Alcongosta Alcongosta 18,9 18,9 1,1% 16,8 16,8 89,2% 2,0 2,0 10,8% 8 8 9 17

Alpedrinha Alpedrinha 85,4 85,4 5,1% 56,9 56,9 66,7% 28,4 28,4 33,3% 56 56 29 85

Barroca

Barroca 18,1

44,4

1,1% 15,9

39,3

87,9% 2,2

5,2

12,1% 34

41 25 66 Alqueidão 10,1 0,6% 9,3 92,2% 0,8 7,8% 2

São Martinho 16,2 1,0% 14,0 86,5% 2,2 13,5% 5

Bogas de Cima

Bogas de Cima 16,5

39,4

1,0% 12,7

33,3

76,8% 3,8

6,0

23,2% 9

28 2 30

Bogas do Meio 5,1 0,3% 4,7 91,1% 0,5 8,9% 7

Boxinos 4,8 0,3% 4,3 90,8% 0,4 9,2% 1

Descoberto 6,1 0,4% 5,5 90,4% 0,6 9,6% 4

Malhada Velha 6,8 0,4% 6,1 89,7% 0,7 10,3% 7

Capinha Capinha 46,4 46,4 2,8% 32,0 32,0 69,0% 14,4 14,4 31,0% 36 36 17 53

Castelejo

Castelejo 30,7

45,2

1,8% 28,5

41,7

92,6% 2,3

3,5

7,4% 38

47 13 60 Açor 6,9 0,4% 5,7 82,4% 1,2 17,6% 3

Enxabarda 7,5 0,5% 7,5 100,0% 0,0 0,0% 6

Castelo Novo Castelo Novo 15,9

15,9 1,0% 12,5

12,5 78,6% 3,4

3,4 21,4%

31 31 56 87

Enxames Enxames 29,1 29,1 1,8% 28,8 28,8 98,9% 0,3 0,3 1,1% 4 4 18 22

Fatela Fatela 27,8 27,8 1,7% 22,5 22,5 81,0% 5,3 5,3 19,0% 30 30 10 40

Lavacolhos Lavacolhos 18,8 18,8 1,1% 17,4 17,4 92,5% 1,4 1,4 7,5% 18 18 0 18

Orca

Orca 34,3

45,1

2,1% 26,5

37,2

77,1% 7,9

7,9

22,9% 31

39 23 62 Martianas 5,0 0,3% 5,0 99,3% 0,0 0,7% 6

Zebras 5,8 0,3% 5,8 100,0% 0,0 0,0% 2

Peroviseu Peroviseu 43,3

45,6 2,6% 31,7

33,9 73,2% 11,6

11,7 26,8% 31

33 29 62 Vales de Peroviseu 2,3 0,1% 2,2 95,1% 0,1 4,9% 2

Silvares Silvares 87,0

93,6 5,2% 68,2

74,8 78,5% 18,7

18,7 21,5% 90

90 14 104 Rio 6,6 0,4% 6,6 100,0% 0,0 0,0% 0

Soalheira Soalheira 54,1 54,1 3,3% 41,6 41,6 76,8% 12,5 12,5 23,2% 65 65 21 86

Souto da Casa

Souto da Casa 46,1 50,1

2,8% 36,0 39,9

78,0% 10,2 10,2

22,0% 25 28 14 42

Vale do Urso 3,9 0,2% 3,9 98,9% 0,0 1,1% 3

Telhado Telhado 18,0

20,8 1,1% 14,9

17,7 82,8% 3,1

3,1 17,2% 25

26 26 52 Freixial 2,8 0,2% 2,8 100,0% 0,0 0,0% 1

Três Povos Salgueiro/ Escarigo 100,4 100,4 6,0% 83,6 83,6 83,3% 16,8 16,8 16,7% 32 32 12 44

UF Fundão,

Valverde, Donas,

Aldeia de Joanes e

Aldeia Nova do

Cabo

Fundão 326,1

616,0

19,6% 240,1

469,3

73,6% 86,0

146,7

26,4% 176

334 301 635

ZI do Fundão 145,9 8,8% 109,2 74,8% 36,8 25,2% 79

Aldeia Nova do Cabo 32,2 1,9% 29,1 90,2% 3,2 9,8%

9

Chãos 3,5 0,2% 3,3 96,3% 0,1 3,7% 5

Donas/Teixugas 32,6 2,0% 27,4 84,0% 5,2 16,0% 28

Valverde/Carvalhal 75,6 4,5% 60,2 79,6% 15,4 20,4% 37

UF Janeiro de Cima e Bogas de

Baixo

Janeiro de Cima 27,2

67,5

1,6% 26,9

60,5

98,9% 0,3

7,0

1,1% 29

42 10 52

Bogas de Baixo 19,5 1,2% 15,1 77,5% 4,4 22,5% 7

Ladeira 5,8 0,4% 4,9 83,8% 0,9 16,2% 0

Maxial 9,8 0,6% 9,3 94,4% 0,5 5,6% 6

Urgueiro 5,1 0,3% 4,4 84,8% 0,8 15,2% 0

UF Póvoa de Atalaia e Atalaia

do Campo

Atalaia do Campo 23,3

65,7

1,4% 20,1

57,7

86,3% 3,2

7,9

13,7% 15

50 16 66

Povoa da Atalaia 42,3 2,5% 37,6 88,9% 4,7 11,1% 35

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 22

Freguesia Aglomerado

Perímetro Urbano/ Solo Urbano N.º Processos de

Licenciamento

Área Total Área Urbana Ocupada Área Urbana Por

Ocupar Solo

Urbano Solo

Rústico Total

ha % ha % ha % n.º n.º n.º n.º

UF Vale de Prazeres e

Mata da Rainha

Vale de Prazeres 20,2

59,8

1,2% 17,5

54,3

87,1% 2,6

5,5

12,9% 14

29 52 81

Cortiçada 2,5 0,2% 2,5 100,0% 0,0 0,0% 6

Mata da Rainha 15,5 0,9% 13,6 87,7% 1,9 12,3% 6

Povoa da Palhaça 1,7 0,1% 1,7 100,0% 0,0 0,0% 1

Quinta do Monte Leal 11,2 0,7% 10,3 91,4% 1,0 8,6%

1

Quintas da Torre 8,7 0,5% 8,7 100,0% 0,0 0,0% 1

TOTAL 1.662,7 100,0% 1.328,8 79,9% 333,9 20,1% 1.119 804 1.923

58,2% 41,8% 100%

Fonte: CM Fundão

Gráfico 2: Nível de Ocupação dos perímetros urbanos do concelho do Fundão

Fonte: CM Fundão

Da análise do grau do nível de ocupação dos diversos perímetros urbanos definidos na Planta de Ordenamento

do PDM do Fundão, constata-se que ao longo dos últimos anos tiveram um nível de ocupação satisfatório, uma

vez que durante a vigência do PDM a maior parte dos espaços urbanizáveis definidos foram parcialmente

ocupados, integrando o concelho, no geral, ainda de 20,1% de solo urbano disponível para ocupar. Contudo,

para além das áreas de expansão definidas em cada perímetro urbano, os espaços urbanos integram ainda

áreas intersticiais passíveis de colmatar.

Fazendo esta análise por perímetro urbano, verifica-se que os aglomerados com maior percentagem de solo

urbano por ocupar, incluindo espaços urbanos e urbanizáveis, correspondem aos perímetros urbanos das

freguesias de Alpedrinha (33,3%), Capinha (31%), Alcaria (27,2%), Peroviseu (25,7%) e da UF do Fundão

(23,8%). Por outro lado, é também possível identificar quais as freguesias que no mesmo período tiveram uma

maior ocupação, e que atualmente apresentam pouco espaço disponível para ocupar, tal como acontece com

Enxames (1,1%), Lavacolhos (7,5%), Castelejo (7,7%) e UF de Vale de Prazeres e Mata da Rainha (9,2%), no

0

100

200

300

400

500

600

700

Alcaide

Alcaria

Alcongosta

Alpedrinha

Barroca

Bogas de C

ima

Capinha

Castelejo

Castelo N

ovo

Enxam

es

Fatela

Lavacolhos

Orca

Pêro V

iseu

Silvares

Soalheira

Souto da C

asa

Telhado

Três P

ovos

UF

Fundão, V

alverde, Donas, A

ldeia de Joanes e A

ldeia Nova do C

abo

UF

Janeiro de Cim

a e Bogas de B

aixo

UF

Póvoa de A

talaia e Atalaia do

Cam

po

UF

Vale de P

razeres e Mata da

Rainha

Áreas Urbanas Ocupadas Áreas Urbanas por Ocupar

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 23

seguimento dos Espaços Urbanizáveis terem sido maioritariamente ocupados.

Esta análise permite perceber que os espaços que ainda se encontram disponíveis no interior de cada perímetro

urbano, são em muitos casos suficientes para as necessidades futuras que se preveem, devendo em algumas

situações estas áreas ser aferidas ou deslocadas para locais mais apropriados, tendo presente o cenário de

decréscimo populacional do concelho, uma vez que entre 2001 e 2011, segundo os dados dos Censos do

INE, Fundão registou uma redução na ordem dos 7,2%, ou seja, perdeu 2.269 habitantes (Quadro 40, em

anexo).

Verificando o grau de ocupação do concelho, conclui-se que está intimamente relacionado com a dinâmica

urbanística registada, patente na emissão de licenças, tanto para a construção de novos edifícios, como para

efetuar intervenções em edifícios existentes. Durante a vigência do PDM, ou seja, entre 2001 e 2014, de acordo

com os dados disponibilizados pelo INE, foram emitidas 2557 licenças para a totalidade do concelho (Gráfico 4),

54,6% destinadas à construção de novas

edifícios, sendo que destas 70% incidiu na

construção de novas habitações, e as restantes

destinaram-se a intervenções em edificado

existente.

Verifica-se que a dinâmica construtiva, a par da

situação económica do país, tem vindo a reduzir

drasticamente nos últimos anos, sendo que no

ano de 2014, só foram licenciadas 58 novas

construções.

Gráfico 4: Edifícios licenciados, por ano, no concelho do Fundão, durante a vigência do PDM, entre 2001 e 2014, por tipo de obra

Fonte: INE

Analisando agora a expressão territorial destes processos, tendo por base os dados georreferenciados

0

50

100

150

200

250

300

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Construções novas Ampliações, alterações e reconstruções

Gráfico 3: N.º de licenças de edifícios, por uso e destino, para o concelho do Fundão, durante a vigência do PDM, entre 2001 e 2014

Fonte: INE

0100200300400500600700800900

1000

habitação outros usos habitação outros usos

Construções novas Ampliações, alterações e

reconstruções

N.º licenças

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 24

relativamente aos licenciamentos emitidos pela Câmara desde 2005, conclui-se que durante o mesmo período,

entre 2005 e 2014, a Autarquia emitiu 1896 licenças para processos de obras em edifícios, incidindo 59,2%

destas em áreas situadas no interior dos perímetros urbanos, e 40,8% em solo rústico, concentrando a freguesia

da União das Freguesias do Fundão, Valverde, Donas, Aldeia de Joanes e Aldeia Nova do Cabo, cerca de

33,6% dos licenciamentos registados no concelho. Observando o ocorrido nas restantes freguesias, verifica-se

que todas tiveram pouca expressão quando comparadas à sede de concelho, contudo Alcaria, Silvares,

Soalheira, Castelo Novo e Alpedrinha, destacam-se positivamente das restantes.

Em solo rústico, salienta-se a expressão dos licenciamentos na UF do Fundão, concentrando 39% destes

processos, em Alcaria (11,5%) e em Castelejo (7,2%), destinados à construção de novos edifícios em solo

rústico, tendo por base os indicadores urbanísticos definidos no PDM. Regira-se ainda que nos últimos tempos

têm surgido muitos pedidos de recuperação de edifícios existentes por parte de cidadãos estrangeiros que têm

adquirido propriedades na UF de Vale Prazeres.

Gráfico 5: N.º de licenças emitidas pela Autarquia para o concelho, entre 2005 e 2014, por freguesia

Fonte: CM Fundão

Verifica-se que uma grande parte dos licenciamentos emitidos, cerca de 42%, incidem em solo rústico, situando-

se as restantes no interior do perímetro urbano. Esta situação resulta do facto do PDM em vigor não ter

contemplado a totalidade das áreas urbanas consolidadas com perímetro urbano. Esta situação verifica-se em

diversos aglomerados, na maioria das freguesias.

As principais conclusões que se podem retirar da análise global da ocupação dos perímetros urbanos do

concelho do Fundão durante o período de vigência do PDM são:

Integra 54 perímetros urbanos, distribuídos pelas 23 freguesias, compostos por Espaços Urbanos,

0

100

200

300

400

500

600

700

Alcaide

Alcaria

Alcongosta

Alpedrinha

Barroca

Bogas de C

ima

Capinha

Castelejo

Castelo N

ovo

Enxam

es

Fatela

Lavacolhos

Orca

Pêro V

iseu

Silvares

Soalheira

Souto da C

asa

Telhado

Três P

ovos

UF

Fundão, V

alverde, Donas, A

. Joanes, A. N

ova C

abo

UF

Janeiro de Cim

a e Bogas de B

aixo

UF

Póvoa de A

talaia e Atalaia do C

ampo

UF

Vale de P

razeres e Mata da R

ainha

No interior de Perímetro Urbano Em Solo Rural

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 25

Espaços Urbanizáveis, Espaços Verdes e Espaços Industriais, totalizando uma área de 1.662,7 ha,

ou seja, 2,4% do território municipal;

Identificam-se diversas construções existentes nas imediações dos perímetros urbanos, bem como

alguns pequenos núcleos urbanos, em solo rústico, não contemplados com perímetro urbano pelo

PDM em vigor;

Os Espaços Urbanos correspondem às zonas urbanas consolidadas, infraestruturadas e/ou

comprometidas dos aglomerados do concelho, representam 57,1% das áreas urbanas integradas

em perímetro urbano, que integram 9,2% de espaços intersticiais por colmatar e/ou ocupar, alguns

condicionados face à presença de zonas alagáveis, declivosas ou atravessadas por linhas de

drenagem natural;

Os Espaços Urbanizáveis I e II destinam-se à expansão urbana dos aglomerados e representam

29,9% das áreas integradas em perímetro urbano, sendo que durante a vigência do PDM

registaram uma ocupação de 63,1%, possuindo ainda uma área de 183,4 ha por ocupar, distribuída

um pouco por todo o território municipal;

Os Espaços Industriais totalizam 146 ha, 8,7% da área integrada em perímetro urbano, e durante a

vigência do Plano registaram uma ocupação de 75%, não existindo espaços disponíveis para incluir

novas atividades, face à dimensão dos espaços residuais;

No total, os perímetros urbanos registaram um nível de ocupação de 79,9%, apresentam 20,1% de

espaços por ocupar, cerca de 334 ha distribuídos um pouco por todo o território;

De acordo com os dados do INE, entre 2001 e 2014 foram emitidas um total de 2.557 licenças,

45,4% destinada a intervenções em edifícios existentes, e 38,2% à construção de novos edifícios

residenciais;

De acordo com os dados da CM, entre 2005 e 2014, foram registados 1896 licenciamentos para o

concelho, incindindo 59,2% destes no interior dos perímetros urbanos e os restantes em solo

rústico, maioritariamente concentrados a UF do Fundão/ Valverde/ Donas/ Aldeia de Joanes/ Aldeia

Nova Cabo (33,6%).

Da totalidade dos licenciamentos emitidos para os perímetros urbanos do concelho, a UF do

Fundão foi a que concentrou a maioria dos processos (29,9%), seguida de Silvares (8,0%),

Soalheira (5,8%) e Alpedrinha (5,0%).

Desta análise, conclui-se que ainda existe uma percentagem considerável de Espaços Urbanos e de Espaços

Urbanizáveis vagos, pelo que aparentemente não há necessidade, no âmbito da revisão do PDM, de

alargamentos significativos de perímetros urbano na maior parte dos casos, apenas para incluir construções

situadas nas imediações, em solo rústico.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 26

Contudo, há que atender que diversos dos aglomerados, e outros conjuntos edificados, não foram contemplados

com perímetro urbano no PDM em vigor, devendo o processo de revisão resolver esta situação, bem como

salvaguardar as áreas atravessadas por cursos de água, as zonas declivosas, com afloramentos rochosos, entre

outras.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 27

Figura 2: Solo Urbano em Vigor – Dinâmica existente

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 29

3.2.5 Perímetros Urbanos - Análise do Nível de Ocupação

Para a análise do nível de ocupação dos perímetros urbanos definidos no PDM do Fundão, recorreu-se à sua

comparação com a situação atual, com base no conhecimento do território, apoiado em cartografia relativamente

recente (2011), elaborada pela Municípia, SA, e em dados de licenciamento disponibilizados pela Autarquia e do

Instituto Nacional de Estatística (INE).

Esta análise é acompanhada de figuras que ilustram os perímetros urbanos em vigor, onde são identificadas as

diferentes categorias de espaço definidas no PDM em vigor, os espaços que durante a vigência do PDM foram

ocupados ou se encontram comprometidos e a localização dos processos de licenciamento ocorridos desde

2005, ano a partir do qual a Autarquia dispõe desta informação georreferenciada. Contudo, quando desagregada

esta informação ao ano, conforme apresentado nos gráficos, foram tratados a partir de 2006, pelo fato do ano de

2005, não se encontrar integralmente georreferenciado.

No entanto, como o PDM do Fundão se encontra em vigor desde 20002, optou-se por completar a análise com

os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), relativos ao n.º de edifícios licenciados, por freguesia, tipo de

obra e destino da obra, entre 2001 e 2014, permitindo perceber o tipo de intervenções e destino de construções

licenciadas, em cada freguesia, desde a aprovação do Plano (Quadro 39, em anexo).

As áreas identificadas no âmbito da presente análise como “Ocupadas” correspondem a espaços considerados

urbanizados, pelo facto de já se encontrarem consolidados ou comprometidos. Existem porém diversos espaços

intersticiais por ocupar no interior destas zonas, que não foram identificados por não possuírem dimensão

relevante, face à escala da presente análise. A quantificação destas áreas consta do Quadro 38, apresentado

em anexo.

3.2.5.1 Freguesia de Alcaide

A freguesia de Alcaide integra o perímetro urbano em vigor definidos para o aglomerado sede de freguesia,

totalizando cerca de 22,5 ha. Alcaide está situado na encosta Norte da Serra da Gardunha, junto à EN345-4 e a

cerca de 6 km a Nascente do Fundão. Atravessado por uma linha de água de alguma importância a sul, é um

aglomerado de alguma dimensão, cuja estrutura urbana, a Poente, mantém as características originais, e que

apresenta um desenvolvimento linear com alguma dispersão, no seu prolongamento para Nascente. Neste

aglomerado existem diversos exemplos de recuperação, assim como algumas casas senhoriais. Os edifícios do

núcleo mais antigo ainda conservam um pouco das características tradicionais, enquanto que na zona mais

recente as casas são sobretudo moradias unifamiliares com 2 pisos.

2 Ratificado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 82/2000, de 10 de julho, alterada pela Declaração n.º 331/2001, de 8 de novembro, pela Declaração n.º

9/2003, de 13 de Janeiro, e pelo Aviso n.º 162/2008, de 3 de Janeiro.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 30

Figura 3: Perímetro Urbano de Alcaide – Análise do nível de Ocupação

Quadro 9: Perímetro Urbano de Alcaide – Análise do nível de Ocupação

Aglomerado

PERÍMETRO URBANO EM VIGOR NÍVEL DE OCUPAÇÃO PROCESSOS DE LICENCIAMENTO

(2005-2014)

Espaços Urbanos

Espaços Urbanizáveis

I Total

Solo Urbano Ocupado

Solo Urbano por Ocupar

Solo Urbano

Solo Rústico

Total

ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º

Alcaide 18,2 80,8% 4,3 19,2% 22,5 100,0% 20,3 90,5% 2,1 9,5% 22 18 40

TOTAL 18,2 80,8% 4,3 19,2% 22,5 100,0% 20,3 90,5% 2,1 9,5% 22 18 40

Fonte: CM Fundão

O perímetro urbano de Alcaide é constituído por Espaços Urbanos (80,8%), nas áreas que já se encontram

edificadas, e por um Espaço Urbanizável (19,2%), destinadas à expansão do aglomerado, situado a nascente.

Analisando o nível de ocupação deste perímetro urbano, conclui-se que os espaços urbanos se encontram

bastante consolidados (90,5%), com espaços intersticiais por ocupar, e que os espaços destinados à expansão

do aglomerado, na generalidade foram ocupados, ou seja, durante a vigência do PDM cerca de 79% destes

espaços foram ocupados, com maior expressão ao longo da via. No total, o perímetro urbano apresenta 9,5% de

solo urbano por ocupar.

A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em

Alcaide, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM, foram

emitidas 69 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas essencialmente a intervenções em edifícios existentes

(56,5%), representando a construção de novos edifícios para habitação 31,9%, do número total de licenças

emitidas durante este período.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 31

Gráfico 6: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alcaide, por ano

Gráfico 7: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alcaide, entre 2005-2014

Fonte: CM Fundão

Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas

um total de 40 licenças, sendo que destas cerca de 55% incidiu em áreas interiores ao perímetro urbano de

Alcaide, a maioria destinada a intervenções em edifícios existentes.

Conclui-se, que a dinâmica de Alcaide nos últimos anos foi fraca, acompanhando os registos populacionais, visto

que entre 2001 e 2011, a freguesia observou um decréscimo populacional na ordem dos 19,3%, sendo que

neste período a construção de novos edifícios foi pouco significativa.

3.2.5.2 Freguesia de Alcaria

Esta freguesia conta com a presença de três núcleos urbanos: Alcaria, Pesinho e Espanadeira/cruzamento EN

18. Alcaria é a freguesia que, a seguir ao Fundão, tem mais procura, pela sua proximidade à cidade, por ter

acesso pelo seu principal eixo, a EN18, e por possuir área disponível para a edificação.

O aglomerado de Alcaria está implantado numa encosta do rio Zêzere, que lhe confere um interessante

enquadramento natural e paisagístico, com uma praia fluvial, sendo atravessado pela linha férrea, que o divide,

pela CM 1046, que possibilita a ligação à EN18 e a Dominguizo, na Covilhã, através de uma ponte nova sobre o

Zêzere. O aglomerado possui arruamentos de traçado complexo e estreito e um casario característico, tendo a

expansão urbana sido feita de modo linear, essencialmente, para Nascente e ao longo do eixo principal, que

estabelece a ligação à EN18, com moradias unifamiliares.

Espanadeira/ cruzamento da EN18 integra um conjunto de construções que ao longo dos tempos foram sendo

edificadas em torno do cruzamento entre dois importantes eixos. As construções existentes são de diversas

tipologias e usos: armazéns industriais, moradias unifamiliares e até edifícios de habitação coletiva com mais de

4 pisos.

0

1

2

3

4

5

6

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Solo Urbano Solo Rústico

0

5

10

15

20

25

Perímetro Urbano

de Alcaide

Solo Rústico

22

18

Page 40: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL …imprensa.cm-fundao.pt/urbanismo/reot_fnd.pdf · 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução

1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 32

Pesinho abrange a pequena aldeia, localizada no extremo Poente da freguesia, numa encosta do rio Zêzere,

com pouca relação funcional com Alcaria, e com linguagens arquitetónicas diferentes das características do

local. O acesso é possibilitado pela EM515, que estabelece a ligação à EN343 e, recentemente, ao aglomerado

de Barco, no concelho da Covilhã, integrando uma variante, que o contorna e permite o atravessamento do rio.

Figura 4: Perímetros Urbanos de Alcaria – Análise do nível de Ocupação

Quadro 10: Perímetros Urbanos de Alcaria – Análise do nível de Ocupação

Aglomerado

PERÍMETRO URBANO EM VIGOR NÍVEL DE OCUPAÇÃO PROCESSOS DE

LICENCIAMENTO (2005-2014)

Espaços Urbanos

Espaços Urbanizáveis I

Total Solo Urbano

Ocupado Solo Urbano por Ocupar

Solo Urbano

Solo Rústic

o Total

ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º

Alcaria 17,5 46,7% 20,0 53,3% 37,4 74,0% 28,1 75,2% 9,3 24,8% 24

89 119 Espanadeira 5,8 100,0% 5,8 11,5% 2,9 49,8% 2,9 50,2% 5

Pesinho 7,3 100,0% 7,3 14,5% 5,8 78,5% 1,6 21,5% 1

TOTAL 30,6 60,5% 20,0 39,5% 50,6 100,0% 36,8 73,8% 13,8 27,2% 30 89 119

Fonte: CM Fundão

Da análise dos perímetros urbanos de Alcaria, verifica-se que o da sede é o único que integra espaços

urbanizáveis na freguesia, destinados à expansão urbana, sendo que os restantes se encontram classificados

como espaços urbanos, abrangendo os núcleos edificados existentes ou áreas comprometidas. O perímetro

urbano de Alcaria é constituído por Espaços Urbanos (60,5%), nas áreas que já se encontram edificadas, e por

um Espaço Urbanizável (39,5%), destinadas à expansão de Alcaria.

Analisando o nível de ocupação dos perímetros urbanos, conclui-se que os espaços urbanos se encontram

maioritariamente ocupados, com espaços intersticiais por ocupar, existindo porém em Espanadeira espaços

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 33

urbanos que acabaram por não ser ocupados. Relativamente aos espaços destinados à expansão do

aglomerado, situados em Alcaria, na generalidade foram ocupados, ou seja, durante a vigência do PDM

apresentaram um nível de ocupação na ordem dos 80%, tendo em consideração que a restante área não é

adequada à edificação. No total, os perímetros urbanos, apresentam ainda 27,2% de solo urbano por ocupar.

A análise do nível de ocupação acompanha a dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em Alcaria, uma

vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas 123

licenças, entre 2001 e 2014, destinadas essencialmente a novas construções habitacionais (43,9%),

representando as intervenções em edifícios existentes 38,2%, do número total de licenças emitidas durante este

período.

Gráfico 8: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alcaria, por ano

Gráfico 9: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alcaria, entre 2005-2014

Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas

um total de 119 licenças, sendo que a grande maioria, 74,8%, incidiu em áreas exteriores aos perímetros

urbanos de Alcaria, em áreas consolidadas, desprovidas de perímetro urbano, situadas ao longo da EN18 e na

via de ligação à sede.

Conclui-se, que a Alcaria foi a segunda freguesia com maior dinâmica do concelho, tendo em consideração a

nova divisão administrativa, concentrando 6,2% do total de licenças emitidas para o território municipal. Apesar

desta situação, à semelhança do contexto regional e municipal, Alcaria também registou decréscimo

populacional, tendo perdido entre 2001 e 2011, 91 habitantes, ou seja -7,16% do seu total populacional registado

na ação censitária de 2001.

3.2.5.3 Freguesia de Alcongosta

Situado na Serra da Gardunha, a Sul da cidade do Fundão, o aglomerado de Alcongosta está encaixado numa

encosta orientada a Norte e tem acesso pela EM 521, que a partir da EN18 estabelece a ligação principal ao

aglomerado. De declive acentuado, o aglomerado encontra-se constrangido pela passagem da ribeira de

0

5

10

15

20

25

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Solo Urbano Solo Rústico

0

5

10

15

20

25

30

Perimetro Urbano de

Alcaria

Perimetro Urbano de

Espanadeira

Perimetro Urbano de Pesinho

Solo Rústico

24

5

1

30

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 34

Bárbara, a Poente, e por ser atravessado na vertente Este pela A23. Com um núcleo antigo de estrutura radial,

registou um desenvolvimento ao longo da encosta. A Norte deste conjunto, existem diversas construções

unifamiliares que se dispõem, encosta acima, junto ao acesso para o campo de futebol. Pelas restrições

existentes, face à orografia, a dinâmica construtiva na freguesia tem sido muito fraca.

Figura 5: Perímetro Urbano de Alcongosta – Análise do nível de Ocupação

Quadro 11: Perímetro Urbano de Alcongosta – Análise do nível de Ocupação

Aglomerado

PERÍMETRO URBANO EM VIGOR NÍVEL DE OCUPAÇÃO

PROCESSOS DE LICENCIAMENTO (2005-

2014)

Espaços Urbanos

Espaços Urbanizáveis I

Total Solo Urbano

Ocupado Solo Urbano por Ocupar

Solo Urbano

Solo Rústico

Total

ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º

Alcongosta 14,3 75,7% 4,6 24,3% 18,9 84,1% 16,8 89,2% 2,0 10,8% 8 9 17

TOTAL 14,3 75,7% 4,6 24,3% 18,9 84,1% 16,8 89,2% 2,0 10,8% 8 9 17

Fonte: CM Fundão

O perímetro urbano de Alcongosta é constituído por Espaços Urbanos (75,7%), nas áreas que já se encontram

edificadas, e por um Espaço Urbanizável (24,3%), destinado à expansão do aglomerado.

Analisando o nível de ocupação deste perímetro urbano, verifica-se que os espaços urbanos se encontram

maioritariamente consolidados (93%), com espaços intersticiais por ocupar, e que os espaços destinados à

expansão do aglomerado, na generalidade foram ocupados, ou seja, durante a vigência do PDM cerca de 78,3%

destes espaços foram ocupados, com processos de urbanização. No total, o perímetro urbano apresenta 10,8%

de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços que ainda não foram ocupados durante a

vigência do plano.

A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em

Alcongosta, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram

emitidas 35 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas maioritariamente a intervenções em edifícios existentes

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 35

(62,9%), representando a construção de novos edifícios para habitação apenas 17,1% do número total de

licenças emitidas durante este período.

Gráfico 10: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alcongosta, por ano

Gráfico 11: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alcongosta, entre 2005-2014

Fonte: CM Fundão

Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas

um total de 17 licenças, sendo que destas cerca de 47% incidiu em áreas interiores ao perímetro urbano de

Alcongosta, destinadas maioritariamente a intervenções em edifícios existentes, tendo assumido maior destaque

nos últimos anos (2013 e 2014), ao contrário do esperado, face ao contexto municipal e regional.

Conclui-se, que a dinâmica de Alcongosta tem sido muito fraca, certamente resultante das limitações orográficas

existentes, sendo que entre 2001 e 2011, a freguesia observou um decréscimo populacional na ordem dos

13,3%, tendo perdido entre estas duas ações censitárias, 76 habitantes.

3.2.5.4 Freguesia de Alpedrinha

Situada a Sudeste do Fundão, esta freguesia integra a vila de Alpedrinha, que é atravessada a Poente pela A23,

no interior pela EN18 e contornada a Sul pela via-férrea. De estrutura urbana antiga de dimensão razoável,

Alpedrinha é um dos aglomerados mais importantes do concelho, integrando um conjunto de imóveis de grande

valor patrimonial.

As áreas de expansão mais recente incidem essencialmente a Nascente da linha de água, que atravessa de

Norte para Sul e que estruturalmente divide a zona antiga da mais recente. No interior do núcleo verifica-se uma

grande preocupação e tendência na reabilitação do edificado.

As áreas de ocupação mais recente são constituídas por moradias unifamiliares e até por alguns edifícios de

habitação coletiva com 4 ou mais pisos.

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Solo Urbano Solo Rústico

0

2

4

6

8

10

Perimetro Urbano de Alcongosta

Solo Rústico

89

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 36

Figura 6: Perímetro Urbano de Alpedrinha – Análise do nível de Ocupação

Quadro 12: Perímetro Urbano de Alpedrinha – Análise do nível de Ocupação

Aglomerado

PERÍMETRO URBANO EM VIGOR NÍVEL DE OCUPAÇÃO PROCESSOS DE LICENCIAMENTO

(2005-2014)

Espaços Urbanos

Espaços Urbanizáveis I

Espaços Verdes

Total Solo Urbano

Ocupado Solo Urbano por Ocupar

Solo Urban

o

Solo Rústic

o Total

ha % ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º

Alpedrinha 57,9 67,8% 21,7 25,4% 5,8 6,8% 85,4 100,0% 56,9 66,7% 28,4 33,3% 56 29 85

TOTAL 57,9 67,8% 21,7 25,4% 5,8 6,8% 85,4 100,0% 56,9 66,7% 28,4 33,3% 56 29 85

Fonte: CM Fundão

O perímetro urbano de Alpedrinha é constituído por Espaços Urbanos (67,8%), nas áreas que já se encontram

edificadas, por Espaços Urbanizáveis (25,4%), destinadas à expansão do aglomerado, e por Espaços Verdes

(6,8%), que têm por objetivo proteger a zona de vale atravessada pela ribeira.

Analisando o nível de ocupação deste perímetro urbano, conclui-se que os espaços urbanos se encontram

maioritariamente consolidados (80%), existindo porém alguns espaços intersticiais por ocupar localizados nas

imediações e que a área adjacente à ribeira não foi ocupada face aos constrangimentos hidrográficos existentes.

A área destinada à expansão do aglomerado, com uma área de 21,7ha, apresentou um nível de ocupação de

45,2%, existindo neste sentindo ainda uma vasta área de espaços urbanizáveis por ocupar em Alpedrinha. No

total, o perímetro urbano apresenta 33,3% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços

urbanos e urbanizáveis que não foram ocupados.

De acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas 104 licenças,

entre 2001 e 2014, destinadas maioritariamente a intervenções em edifícios existentes (54,8%), representando a

construção de novos edifícios habitacionais 27,9% do número total de licenças emitidas durante este período.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 37

Alpedrinha efetivamente é um dos aglomerados com maior dinâmica municipal, especialmente com processos

de intervenção em edificado existente.

Gráfico 12: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alpedrinha, por ano

Gráfico 13: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Alpedrinha, entre 2005-2014

Fonte: CM Fundão

Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas

um total de 85 licenças, sendo que destas cerca de 65,9% incidiu em áreas interiores ao perímetro urbano de

Alpedrinha, a maioria em espaços urbanos, destinadas a intervenções em edifícios existentes, conforme referido.

Conclui-se, que a dinâmica de Alpedrinha tem sido expressiva, especialmente entre 2011 e 2013, apesar de não

ser alheia às perdas populacionais, visto que entre as últimas ações censitárias (2001 e 2011), a freguesia

observou um decréscimo de 8,19%, ou seja, menos 97 habitantes.

3.2.5.5 Freguesia de Barroca

Situada no limite Noroeste do concelho, e contornada pelo rio Zêzere, faz a fronteira com o concelho de

Pampilhosa da Serra, apresenta uma topografia acidentada e uma presença dominante de afloramentos

rochosos. A freguesia de Barroca é composta pelos núcleos urbanos de Barroca, Alqueidão e São Martinho.

Barroca situa-se, sensivelmente, ao centro da freguesia e a Norte da EN238, num cume sobranceiro ao rio

Zêzere, entre dois dos seus afluentes. O aglomerado encontra-se dividido em dois núcleos de épocas e

estruturas distintas, adotando os declives mais favoráveis para a implantação de arruamentos e de edifícios.

Integra alguns edifícios históricos de valor arquitetónico, embora degradados, no entanto verifica-se já uma certa

preocupação na sua recuperação. As zonas de expansão incidem em duas áreas opostas, uma a Nascente do

núcleo antigo e da ribeira da Barroca, e outra mais recente, a Poente do aglomerado, ao longo do acesso para o

Santuário de Nossa Senhora da Rocha e a Sul da EN238.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Solo Urbano Solo Rústico

0

10

20

30

40

50

60

Perímetro Urbano de Alpedrinha

Solo Rústico

56

29

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 38

Alqueidão é um pequeno aglomerado situado num extremo do concelho, num local de topografia acidentada e

sobranceiro ao rio Zêzere, apresentando uma vista de grande valor natural e paisagístico assim como terrenos

favoráveis à agricultura. Este aglomerado, de estrutura incaracterística, contempla edifícios de 2 e 3 pisos com

linguagens descontextualizadas.

São Martinho está situado a Nascente de Barroca, junto à EN238, com desenvolvimento a partir desta via para

Sul. Possui um povoamento disperso, condicionado pelo atravessamento das ribeiras que o contornam a Sul e a

Poente, como pela topografia acidentada. O edifícios, essencialmente, moradias unifamiliares, encontram-se um

pouco degradados.

Figura 7: Perímetros Urbanos de Barroca – Análise do nível de Ocupação

Quadro 13: Perímetros Urbanos de Barroca – Análise do nível de Ocupação

Aglomerado

PERÍMETRO URBANO EM VIGOR NÍVEL DE OCUPAÇÃO PROCESSOS DE

LICENCIAMENTO (2005-2014)

Espaços Urbanos

Espaços Verdes Total Solo Urbano

Ocupado Solo Urbano por

Ocupar Solo

Urbano Solo

Rústico Total

ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º

Barroca 17,0 93,9% 1,1 6,1% 18,1 40,8% 15,9 87,9% 2,2 12,1% 34

25 66 Alqueidão 10,1 100,0% 10,1 22,7% 9,3 92,2% 0,8 7,8% 2

São Martinho 16,2 100,0% 16,2 36,5% 14,0 86,5% 2,2 13,5% 5

TOTAL 43,3 97,5% 1,1 2,5% 44,4 100,0% 39,3 88,3% 5,2 11,7% 41 25 66

Fonte: CM Fundão

Os perímetros urbanos da freguesia de Barroca são constituídos por Espaços Urbanos (97,5%), integrando

áreas que já se encontram edificadas ou comprometidas, e por um Espaço Verde (2,5%), situado no perímetro

urbano de Barroca, para salvaguardar uma zona baixa, atravessada por uma linha de água. O PDM em vigor

não definiu espaços urbanizáveis para a freguesia de Barroca, visto existirem áreas intersticiais por colmatar.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 39

Analisando o nível de ocupação destes perímetros urbanos, verifica-se que os espaços urbanos se encontram

consolidados, com poucos espaços por ocupar, tendo as áreas adjacentes às linhas de água que atravessam

Barroca e São Martinho, sido preservadas de edificação.

Os espaços destinados à expansão do aglomerado, na generalidade foram ocupados, ou seja, durante a

vigência do PDM cerca de 79% destes espaços foram ocupados, com maior expressão ao longo da via. No total,

o perímetro urbano apresenta 11,7% de solo urbano por ocupar.

De acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas para a freguesia

apenas um total de 50 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas a intervenções em edifícios existentes (44%) e à

construção de novos edifícios habitacionais (40%).

Gráfico 14: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Barroca, por ano

Gráfico 15: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Barroca, entre 2005-2014

Fonte: CM Fundão

Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas

um total de 66 licenças, sendo que destas cerca de 55% incidiu em áreas interiores ao perímetro urbano de

Barroca, e as restantes (34%) nas imediações dos perímetros urbanos existentes.

Conclui-se, que a dinâmica em Barroca tem sido baixa, acompanhando os registos populacionais, visto que

entre 2001 e 2011, a freguesia observou um decréscimo populacional na ordem dos 21,8%, tendo perdido neste

período 138 dos seus habitantes.

3.2.5.6 Freguesia de Bogas de Cima

Integrada na zona central da vertente Poente do concelho, a freguesia de Bogas de Cima apresenta declives

acentuados. É constituída pelos núcleos urbanos de Bogas de Cima, Bogas do Meio, Boxinos, Descoberto e

Malhada Velha, que no conjunto apresentam grandes problemas de desertificação, pois têm vindo a perder

drasticamente a sua população.

0

5

10

15

20

25

30

35

Perímetro Urbano de

Barroca

Perímetro Urbano de Alqueidao

Perímetro Urbano de S.

Martinho

Solo Rústico

34

25

25

Page 48: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL …imprensa.cm-fundao.pt/urbanismo/reot_fnd.pdf · 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução

1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 40

Bogas de Cima é um aglomerado de estrutura linear, limitado, a Poente e a Sul, por importantes linhas de água

e com desenvolvimento ao longo do eixo principal. Inclui alguns edifícios de cariz tradicional, embora em mau

estado de conservação ou enquadrados por edifícios de construção mais recente. No interior do aglomerado os

edifícios são em banda com 2 e 3 pisos e nas zonas periféricas são unifamiliares, geralmente de tipologia de

ocupação isolada. A ocupação mais recente surgiu a Nascente, a meia encosta.

Bogas do Meio está situada no extremo Poente da freguesia, numa encosta da ribeira da Meimoa. É de pequena

dimensão e apresenta declive acentuado, sendo a sua estrutura urbana incaracterística, com início em torno da

igreja. É composto por arruamentos estreitos e edifícios de 3 pisos com linguagens arquitetónicas dissonantes.

Existem algumas construções novas no interior do aglomerado, resultantes de processos de substituição de

edifícios antigos.

Os aglomerados de Boxinos, de Descoberto e de Malhada Velha são pequenos conjuntos urbanos implantados

em encostas de declive acentuado, sobranceiros a afluentes da ribeira das Bogas. A ocupação foi-se fazendo ao

longo dos arruamentos existentes. A dinâmica é muito fraca, embora existam diversos edifícios já adulterados

devido à introdução de materiais e estruturas descontextualizados.

Figura 8: Perímetros Urbanos de Bogas de Cima – Análise do nível de Ocupação

Page 49: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL …imprensa.cm-fundao.pt/urbanismo/reot_fnd.pdf · 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução

1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 41

Quadro 14: Perímetros Urbanos de Bogas de Cima – Análise do nível de Ocupação

Aglomerado

PERÍMETRO URBANO EM VIGOR NÍVEL DE OCUPAÇÃO

PROCESSOS DE LICENCIAMENTO (2005-2014)

Espaços Urbanos

Espaços Urbanizáveis I

Total Solo Urbano

Ocupado Solo Urbano por

Ocupar Solo

Urbano Solo

Rústico Total

ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º

Bogas de Cima 12,1 73,0% 4,5 27,0% 16,5 42,0% 12,7 76,8% 3,8 23,2% 9

2 30

Bogas do Meio 5,1 100,0% 5,1 13,0% 4,7 91,1% 0,5 8,9% 7

Boxinos 4,8 100,0% 4,8 12,1% 4,3 90,8% 0,4 9,2% 1

Descoberto 6,1 100,0% 6,1 15,5% 5,5 90,4% 0,6 9,6% 4

Malhada Velha 6,8 100,0% 6,8 17,4% 6,1 89,7% 0,7 10,3% 7

TOTAL 34,9 88,7% 4,5 11,3% 39,4 100,0% 33,3 84,7% 6,0 15,3% 28 2 30

Fonte: CM Fundão

Os perímetros urbanos de Bogas de Cima são maioritariamente constituídos por Espaços Urbanos (88,7%), nas

áreas que já se encontram edificadas, sendo que no aglomerado de Bogas de Cima, integra um Espaço

Urbanizável (11,3%), destinado à expansão urbana.

Analisando o nível de ocupação destes perímetros urbanos, verifica-se que os espaços urbanos se encontram

consolidados (91,4%), excluindo as áreas atravessadas por linhas de água, com espaços intersticiais por ocupar,

e que os espaços destinados à expansão do aglomerado, registaram um nível de ocupação de apenas 31,7%,

uma vez que se encontram condicionados pelo atravessamento de linhas de drenagem natural. No total, os

perímetros urbanos apresentam 15,3% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços urbanos

que não foram ocupados, apesar de maior parte destes espaços corresponder a áreas condicionadas.

A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em

Bogas de Cima, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM

foram emitidas 46 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas maioritariamente a intervenções em edifícios

existentes (63%), representando a construção de novos edifícios para habitação 28,3% do número total de

licenças emitidas durante este período.

Gráfico 16: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Bogas de Cima, por ano

Gráfico 17: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Bogas de Cima, entre 2005-2014

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

5

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Solo Urbano Solo Rústico

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

Bogas de Cima

Bogas do Meio

Boxinos Descoberto Malhada Velha

Solo Rústico

9

7

1

4

7

2

Page 50: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL …imprensa.cm-fundao.pt/urbanismo/reot_fnd.pdf · 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução

1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 42

Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas

um total de 30 licenças, sendo que destas 93% incidiu em áreas interiores ao perímetro urbano, maioritariamente

no de Bogas de Cima e de Bogas do Meio, destinadas a intervenções em edifícios existentes.

Conclui-se, que a dinâmica de Bogas de Cima tem sido pouco expressiva, a acompanhar os movimentos

populacionais, visto que entre as últimas ações censitárias (2001 e 2011), a freguesia observou um decréscimo

significativo de 25,5%, ou seja, menos 119 habitantes.

3.2.5.7 Freguesia de Capinha

Situada a Nordeste da cidade do Fundão, numa colina sobranceira à serra da Santinha, é composta pelo

aglomerado sede de freguesia, Capinha, atravessado pela EN345, que possibilita a ligação à Covilhã, e pelo

início da EN346, que estabelece a ligação a Peroviseu, e contornado pela ribeira das Poldras, a Poente, e

atravessada por um seu afluente, a Sudeste do conjunto mais antigo.

O núcleo antigo de Capinha, de traçado orgânico, tem arruamentos estreitos e irregulares e possui um

interessante património arquitetónico, com diversas casas senhoriais. As áreas de expansão mais recentes

localizam-se ao longo dos arruamentos que permitem aceder ao interior do aglomerado. Os edifícios têm, na

generalidade, 2 a 3 pisos, constituindo moradias unifamiliares em banda. Na generalidade, o parque edificado

encontra-se em bom estado de conservação, existindo diversos edifícios reabilitados.

Figura 9: Perímetro Urbano de Capinha – Análise do nível de Ocupação

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 43

Quadro 15: Perímetro Urbano de Capinha – Análise do nível de Ocupação

Aglomerado

PERÍMETRO URBANO EM VIGOR NÍVEL DE OCUPAÇÃO PROCESSOS DE

LICENCIAMENTO (2005-2014)

Espaços Urbanos

Espaços Urbanizáveis I

Espaços Verdes Total Solo Urbano

Ocupado Solo Urbano por Ocupar

Solo Urbano

Solo Rústico

Total

ha % ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º

Capinha 25,9 55,9% 19,6 42,3% 0,8 1,8% 46,4 206,5% 32,0 69,0% 14,4 31,0% 36 17 53

Fonte: CM Fundão

O perímetro urbano de Capinha é constituído por Espaços Urbanos (55,9%), nas áreas que já se encontram

edificadas, por três Espaços Urbanizáveis (42,3%), destinadas à expansão do aglomerado, e por um Espaço

Verde (1,8%), numa área adjacente ao atravessamento de uma linha de água.

Analisando o nível de ocupação deste perímetro urbano, conclui-se que os espaços urbanos apresentam um

nível de ocupação de 82%, por se encontrarem maioritariamente consolidados e infraestruturados, existindo

espaços intersticiais por colmatar, e que os espaços urbanizáveis, destinados à expansão do aglomerado,

registaram uma ocupação na ordem dos 50,8%, com incidência ao longo de vias existentes. No total, o perímetro

urbano apresenta 31% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços urbanos que não foram

ocupados.

A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em

Capinha, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram

emitidas 50 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas maioritariamente a intervenções em edifícios existentes

(56%), representando a construção de novos edifícios para habitação 32%, do número total de licenças emitidas

durante este período.

Gráfico 18: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Capinha, por ano

Gráfico 19: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Capinha, entre 2005-2014

Fonte: CM Fundão

0

2

4

6

8

10

12

14

16

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Solo Urbano Solo Rústico

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Perímetro Urbano de Capinha

Solo Rústico

36

17

Page 52: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL …imprensa.cm-fundao.pt/urbanismo/reot_fnd.pdf · 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução

1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 44

Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas

um total de 53 licenças, sendo que destas 37,9% incidiu no interior do perímetro urbano de Capinha, a maioria

destinada a intervenções em edifícios existentes.

Conclui-se, que a dinâmica de Capinha nos últimos anos foi fraca, acompanhando os registos populacionais,

visto que entre 2001 e 2011, a freguesia observou um decréscimo populacional na ordem dos 20,3%, tendo

perdido durante este período, 126 habitantes.

3.2.5.8 Freguesia de Castelejo

A freguesia de Castelejo é de pequena dimensão, confrontando a norte com o concelho da Covilhã e a sul com o

de Castelo Branco. Da freguesia fazem parte, para além da povoação principal, os aglomerados de Açor e de

Enxabarda.

Castelejo está implantado numa encosta, algo inclinada, cortada por alguns afluentes à ribeira do Tormentoso

que o contorna a Sul. Apresenta um núcleo antigo, apoiado, essencialmente, na EN238, que atravessa e

estrutura o aglomerado. O conjunto teve início ao longo eixo principal, onde se situa a igreja, e desenvolveu-se,

ora ao longo deste, ora em arruamentos perpendiculares. É atravessado por uma via de tráfego intenso, possui

um parque edificado degradado, integrando ainda edifícios de cariz tradicional, de 3 pisos, com interesse no seu

conjunto.

Açor está situado no extremo Sudoeste da freguesia, com acesso a partir do CM1063. De estrutura linear, esta

aldeia desenvolve-se ao longo do eixo principal e sobre uma encosta com alguma inclinação, orientada a

Nascente e atravessada por alguns afluentes à ribeira da Enxabarda. Este aglomerado encontra-se

descaracterizado e em mau estado de conservação, apresenta edificações com linguagens arquitetónicas

descontextualizadas, e outras ainda antigas, em avançado estado de degradação.

Enxabarda localiza-se a Sul de Castelejo e tem acesso pela EM517, a partir da EN238, a Poente da sede de

freguesia. É um conjunto urbano de alguma dimensão, pois inclui para além do seu núcleo antigo, bolsas

periféricas urbanizadas, atravessado pela ribeira da Enxabarda e alguns afluentes. O núcleo mais antigo é

denso, composto por ruas estreitas de traçado um pouco irregular, e está disposto sobre uma encosta

sobranceira à ribeira da Enxabarda e a um afluente, que o contorna na vertente Norte e Nascente. Os edifícios

nesta zona são em banda e têm geralmente 2 e 3 pisos. As áreas de ocupação mais recente, situadas a Norte

do núcleo antigo e ao longo do arruamento que permite o seu acesso, dispõem-se numa zona menos acidentada

sobranceira à ribeira e têm uma ocupação bastante dispersa.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 45

Figura 10: Perímetros Urbanos de Castelejo – Análise do nível de Ocupação

Quadro 16: Perímetros Urbanos de Castelejo – Análise do nível de Ocupação

Aglomerado

PERÍMETRO URBANO EM VIGOR NÍVEL DE OCUPAÇÃO

PROCESSOS DE LICENCIAMENTO (2005-

2014)

Espaços Urbanos

Espaços Urbanizáveis I

Espaços Verdes

Total Solo Urbano

Ocupado Solo Urbano por Ocupar

Solo Urbano

Solo Rústico

Total

ha % ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º

Castelejo 20,9 67,9% 9,9 32,1% 30,7 68,1% 28,5 92,6% 2,3 7,4% 38

13 60 Açor 6,9 100,0% 6,9 15,3% 5,7 82,4% 1,2 17,6% 3

Enxabarda 7,1 95,4% 0,3 4,6% 7,5 16,6% 7,5 100,0% 0,0 0,0% 6

TOTAL 34,9 77,4% 9,9 21,8% 0,3 0,8% 45,2 100,0% 41,7 92,3% 3,5 7,7% 47 13 60

Fonte: CM Fundão

Os perímetros urbanos de Castelejo são constituídos por Espaços Urbanos (77,4%), nas áreas que já se

encontram edificadas, por um Espaço Urbanizável (21,8%), localizado apenas no perímetro de Castelejo e

destinado à expansão do aglomerado, e por um Espaço Verde (0,8%), em Enxabarda, para proteção da área

atravessada pela ribeira da Enxabarda.

Analisando o nível de ocupação destes perímetros urbanos, verifica-se que os espaços urbanos se encontram

maioritariamente consolidados (94,5%), salvaguardando as áreas sensíveis atravessadas por linhas de

drenagem natural, e que os espaços destinados à expansão do aglomerado, na generalidade foram ocupados,

apresentando uma ocupação de 84%. No total, os perímetros urbanos da freguesia de Castelejo, apresentam

7,7% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços urbanos que não foram colmatados.

A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em

Castelejo, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram

emitidas 56 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas maioritariamente a intervenções em edifícios existentes

(64,3%), representando a construção de novos edifícios para habitação 28,6%, do número total de licenças

emitidas durante este período.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 46

Gráfico 20: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Castelejo, por ano

Gráfico 21: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Castelejo, entre 2005-2014

Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas

um total de 60 licenças, sendo que destas cerca de 78,3% incidiu em áreas interiores ao perímetro urbano,

maioritariamente em Castelejo, concentrando 63% do total dos processos, destinados essencialmente a

intervenções em edifícios existentes.

Conclui-se, que a dinâmica da freguesia tem sido pouco expressiva, a acompanhar os movimentos

populacionais, visto que entre as últimas ações censitárias (2001 e 2011), observou um decréscimo significativo

de 20,39%, ou seja, menos 168 habitantes.

3.2.5.9 Freguesia de Castelo Novo

Com uma área considerável, a freguesia de Castelo Novo está situada na zona central/ Sul do concelho, fazendo

fronteira com o concelho de Castelo Branco, a Poente e a Sul. A freguesia apresenta uma densidade

populacional baixa, pelo facto de ter apenas concentração populacional na aldeia de Castelo Novo e, de forma

mais dispersa, na zona de Gândaras, mas para a qual não foi definido perímetro urbano. Na vertente sul da

freguesia, junto à A23 e ao aglomerado da Soalheira, integra a área destinada à zona industrial, com plano de

pormenor em curso.

Castelo Novo, está situado a meia encosta da Serra da Gardunha, numa área orientada a Nascente, implantada

a Sul da ribeira de Alpreade. É atravessado pela EM523, que a partir da EN 18 possibilita o seu acesso. A aldeia

de Castelo Novo, de grande interesse patrimonial, é uma das Aldeias Históricas de Portugal, tendo já sido vila e

sede de concelho. A malha urbana é complexa, de estrutura radio concêntrica em torno do castelo e da igreja,

com pequenas áreas de expansão na periferia. Os edifícios no interior da aldeia são representativos da

construção tradicional em granito, com 2 pisos. As construções mais recentes, são poucas, na maioria moradias

unifamiliares isoladas.

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2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Solo Urbano Solo Rústico

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Perímetro Urbano de

Castelejo

Perímetro Urbano de

Acor

Perímetro Urbano de

Enxabarda

Solo Rústico

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 47

Figura 11: Perímetro Urbano de Castelo Novo – Análise do nível de Ocupação

Quadro 17: Perímetro Urbano de Castelo Novo – Análise do nível de Ocupação

Aglomerado

PERÍMETRO URBANO EM VIGOR NÍVEL DE OCUPAÇÃO PROCESSOS DE

LICENCIAMENTO (2005-2014)

Espaços Urbanos

Espaços Urbanizáveis I

Total Solo Urbano

Ocupado Solo Urbano por Ocupar

Solo Urbano

Solo Rústico

Total

ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º

Castelo Novo 13,7 86,1% 2,2 13,9% 15,9 100,0% 12,5 78,6% 3,4 21,4% 31 56 87

Fonte: CM Fundão

O perímetro urbano de Castelo Novo é constituído por Espaços Urbanos (86,1%), nas áreas que já se

encontram edificadas e infraestruturadas, e por um Espaço Urbanizável (13,9%), situado a sul, destinado à

expansão do aglomerado. É também abrangido pela unidade operativa de planeamento de Castelo Novo,

destinada à elaboração do plano de pormenor de salvaguarda da aldeia histórica de Portugal, que acabou por

não desenvolvida, apenas um regulamento que visa preservar e disciplinar as alterações no tecido urbano.

Analisando o nível de ocupação deste perímetro urbano, conclui-se que os espaços urbanos apresentam uma

ocupação de 84,3%, pelo fato de integrar uma zona sensível, baixa, atravessada por uma linha de drenagem

natural. Quanto aos espaços destinados à expansão do aglomerado, possuem uma configuração estreita e um

nível de ocupação de 68,2%. No total, o perímetro urbano apresenta 21,4% de solo urbano por ocupar, tendo em

consideração os espaços urbanos que não foram ocupados, em grande medida pela presença de áreas

condicionadas.

A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em

Castelo Novo, uma vez que de acordo com os dados do INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas 79

licenças, entre 2001 e 2014, destinadas maioritariamente a intervenções em edifícios existentes (57%),

representando a construção de novos edifícios para habitação 25,3% do número total de licenças emitidas

durante este período.

Page 56: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL …imprensa.cm-fundao.pt/urbanismo/reot_fnd.pdf · 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução

1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 48

Gráfico 22: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Castelo Novo, por ano

Gráfico 23: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Castelo Novo, entre 2005-2014

Fonte: CM Fundão

Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas

um total de 87 licenças, sendo que destas apenas 35,6% incidiu no interior do perímetro urbano de Castelo

Novo, destinadas a intervenções em edificado existente, sendo que as restantes localizaram-se em solo rústico,

na zona das Gândaras e no povoamento disperso situado nas suas imediações e na zona industrial da

Soalheira, na maioria, destinadas à construção de novos edifícios.

Considera-se que a dinâmica de Castelo Novo nos últimos anos foi positiva, face ao contexto municipal, tendo

sido uma das freguesias que registou maior número de processos de licenciamento durante a vigência do PDM,

especialmente nos últimos anos, pelo fato de ser uma das Aldeias Históricas de Portugal, onde as intervenções

de conservação assumem prioridade. Na última ação censitária, entre 2001 e 2011, reduziu 7,52%, ou seja,

perdeu 33 habitantes durante este período.

3.2.5.10 Freguesia de Enxames

Situada na área central da zona Nordeste do concelho, entre a Serra da Gardunha e a Serra da Canaveira,

apresenta uma topografia bastante plana, sendo atravessada pela ribeira dos Enxames, um afluente da ribeira

da Meimoa, que passa entre as diversas aglutinações de casas da freguesia. É caracterizada por uma grande

dispersão, não existindo um núcleo consolidado onde se regista maior concentração de população.

Enxames não possui uma estrutura urbana definida, sendo constituído por vários conjuntos de casas que se

foram agregando ao longo dos arruamentos existentes, constituindo, desta forma, uma situação particular no

território concelhio. No entanto, dispõe de alguns equipamentos de caracter básico, no âmbito da saúde,

desporto e lazer, enquadrados no conjunto urbano de Enxames. Na generalidade, os edifícios são de construção

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Perímetro Urbano de Castelo Novo

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 49

relativamente recente e correspondem a moradias unifamiliares com 2 pisos, estando alguns inseridos em

pequenas quintas.

Ao todo, a freguesia de Enxames é constituída pelos conjuntos urbanos existentes em Amieiro Alto, Salgueiral,

Enxames, Sr.ª do Fastio, Bairro da Ponte Nova e Rossio do Magalão.

Figura 12: Perímetros Urbanos de Enxames – Análise do nível de Ocupação

Quadro 18: Perímetros Urbanos de Enxames – Análise do nível de Ocupação

Aglomerado

PERÍMETRO URBANO EM VIGOR NÍVEL DE OCUPAÇÃO PROCESSOS DE

LICENCIAMENTO (2005-2014)

Espaços Urbanos Total Solo Urbano

Ocupado Solo Urbano por

Ocupar Solo

Urbano Solo

Rústico Total

ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º

Enxames 29,1 100,0% 29,1 100,0% 28,8 98,9% 0,3 1,1% 4 18 22

Fonte: CM Fundão

Page 58: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL …imprensa.cm-fundao.pt/urbanismo/reot_fnd.pdf · 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução

1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 50

Os perímetros urbanos definidos para os conjuntos edificatórios de Enxames são constituídos exclusivamente

por Espaços Urbanos (100%), integrando as áreas consolidadas existentes, com espaços no interior por

colmatar.

Analisando o nível de ocupação destes perímetros urbanos, verifica-se que os espaços urbanos se encontram

maioritariamente consolidados, existindo porém conjuntos urbanos em áreas exteriores aos perímetros urbanos

definidos.

A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em

Enxames, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram

emitidas 35 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas maioritariamente a novas construções habitacionais

(48,6%), representando as intervenções em edifícios existentes 34,3%, do número total de licenças emitidas

durante este período.

Gráfico 24: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Enxames, por ano

Gráfico 25: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Enxames, entre 2005-2014

Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas

um total de 22 licenças, sendo que destas 81,8% incidiu em áreas exteriores aos perímetros urbanos,

especialmente a nascente, nas imediações de um troço viário existente, destinadas à construção de novos

edifícios.

Conclui-se, que a Enxames apesenta um povoamento disperso, incaracterístico, constituído por construções

relativamente recentes, referentes a habitações unifamiliares. A dinâmica é pouco expressiva, sendo que nas

últimas ações censitárias (2001 e 2011), a freguesia observou um decréscimo de 12,75%, ou seja, menos 76

habitantes.

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Solo Urbano Solo Rústico

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Perímetros Urbanos de Enxames

Solo Rústico

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 51

3.2.5.11 Freguesia de Fatela

Situada a Nascente do Fundão, junto à EN343, apresenta uma topografia pouco acidentada e está integrada na

área do Aproveitamento Hidroagrícola da Cova da Beira. A freguesia é constituída pelo aglomerado de Fatela e

pelo pequeno núcleo urbano da Fatela-Gare, que integra as edificações que situadas em torno da estação, e ao

longo da via, e uma pequena área industrial, com início no cruzamento entre a EN345, classificado como solo

rústico.

Fatela apresenta uma estrutura linear, com desenvolvimento original a partir da zona da igreja, tendo as áreas

de ocupação mais recente surgido, essencialmente, a Sul deste núcleo, ao longo do arruamento principal e de

uma via de acesso local, com extensão para Sudeste, e a Nordeste da área central, também ao longo de uma

via. Integra diversos imóveis de interesse patrimonial e alguns edifícios tradicionais de revestimento a pedra,

existindo porém linguagens arquitetónicas desenquadradas face ao contexto local. Fatela é cruzada por um

afluente à ribeira de Pouca Farinha, que atravessa a Sul do núcleo antigo.

Figura 13: Perímetro Urbano de Fatela – Análise do nível de Ocupação

Quadro 19: Perímetros Urbanos de Fatela – Análise do nível de Ocupação

Aglomerado

PERÍMETRO URBANO EM VIGOR NÍVEL DE OCUPAÇÃO PROCESSOS DE LICENCIAMENTO

(2005-2014)

Espaços Urbanos

Espaços Urbanizáveis I

Espaços Verdes

Total Solo Urbano

Ocupado Solo Urbano por Ocupar

Solo Urbano

Solo Rústico

Total

ha % ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º

Fatela 15,9 57,3% 7,6 27,3% 4,3 15,4% 27,8 100,0% 22,5 81,0% 5,3 19,0% 30 10 40

Fonte: CM Fundão

O perímetro urbano de Fatela é constituído por Espaços Urbanos (57,3%), nas áreas que já se encontram

edificadas, e por dois Espaços Urbanizáveis (27,3%), um a norte e outro a nascente, destinados à expansão do

aglomerado, e por um Espaço Verde (15,4%), nas traseiras do edificado existente a sudoeste.

Analisando o nível de ocupação deste perímetro urbano, verifica-se que os espaços urbanos se encontram

consolidados, com espaços intersticiais por ocupar, e que os espaços destinados à expansão do aglomerado

apresentaram um nível de ocupação de 48%, sendo que a bolsa situada a nascente foi integralmente ocupada.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 52

No total, o perímetro urbano apresenta 19% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços que

não foram ocupados.

A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em

Fatela, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram

emitidas 58 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas essencialmente a intervenções em edifícios existentes

(65,5%), representando a construção de novos edifícios para habitação 27,6% do número total de licenças

emitidas durante este período.

Gráfico 26: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Fatela, por ano

Gráfico 27: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Fatela, entre 2005-2014

Fonte: CM Fundão

Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas

um total de 40 licenças, sendo que destas cerca de 75% incidiu no interior do perímetro urbano de Fatela, a

maioria destinada a intervenções em edifícios existentes.

Conclui-se, que a dinâmica de Fatela nos últimos anos foi expressiva na intervenção dos edifícios existentes no

interior do seu núcleo antigo, e que Fatela foi uma das 3 freguesias com aumento populacional, entre 2001 e

2011, tendo observado um ligeiro aumento de 2,75%, ou seja, de mais 15 habitantes.

3.2.5.12 Freguesia de Lavacolhos

A freguesia de Lavacolhos está situada a Poente da cidade do Fundão e integra o aglomerado urbano de

Lavacolhos, atravessado pela EN238, que estabelece a ligação entre o Fundão e o concelho de Pampilhosa da

Serra. A Norte do aglomerado, numa zona de vale, passa a ribeira de Ximassas, que nasce na Gardunha, e a

Poente passa a ribeira da Malhada, que contorna um pouco a povoação.

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Perímetro Urbano de Fatela

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 53

O núcleo urbano de Lavacolhos dispõe de uma malha bastante interessante, organizada em torno da igreja, com

um desenvolvimento radial e orgânico, edifícios em banda com 2 pisos, representativos de uma arquitetura

tradicional, existindo, no entanto, diversos edifícios adulterados. As áreas de expansão surgem a Nascente do

núcleo antigo e são ocupadas, essencialmente, por moradias unifamiliares isoladas.

Figura 14: Perímetro Urbano de Lavacolhos – Análise do nível de Ocupação

Quadro 20: Perímetro Urbano de Lavacolhos – Análise do nível de Ocupação

Aglomerado

PERÍMETRO URBANO EM VIGOR NÍVEL DE OCUPAÇÃO PROCESSOS DE LICENCIAMENTO (2005-2014)

Espaços Urbanos

Total Solo Urbano

Ocupado Solo Urbano por

Ocupar Solo Urbano Solo Rústico Total

ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º

Lavacolhos 18,8 100,0% 18,8 100,0% 17,4 92,5% 1,4 7,5% 18 0 18

Fonte: CM Fundão

O perímetro urbano de Lavacolhos totaliza 18,8 ha e é constituído apenas por Espaços Urbanos (100%),

considerando as áreas edificadas e infraestruturadas.

Analisando o nível de ocupação deste perímetro urbano, conclui-se que os espaços urbanos se encontram

consolidados (92,5%), com espaços intersticiais por colmatar. No total, o perímetro urbano apresenta 7,5% de

solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços urbanos que não foram ocupados e que se

encontram condicionados.

A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em

Lavacolhos, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram

emitidas 23 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas essencialmente a intervenções em edifícios existentes

(65,2%), representando a construção de novos edifícios para habitação 26,1% do número total de licenças

emitidas durante este período.

Page 62: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL …imprensa.cm-fundao.pt/urbanismo/reot_fnd.pdf · 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução

1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 54

Gráfico 28: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Lavacolhos, por ano

Gráfico 29: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Lavacolhos, entre 2005-2014

Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas

um total de 18 licenças, sendo que todas estas incidiram no interior do perímetro urbano de Lavacolhos e que a

maioria se destinou a intervenções em edifícios existentes.

Conclui-se, que a dinâmica de Lavacolhos foi muito fraca e que entre 2001 e 2011, a freguesia observou um

decréscimo populacional na ordem dos 2,48%, tendo perdido durante este período, 6 habitantes.

3.2.5.13 Freguesia de Orca

Esta freguesia, de relevo montanhoso, está situada na vertente Sudeste do território, junto ao concelho de

Idanha-a-Nova e de Castelo Branco e é limitada a Nascente pelo ribeiro do Taveiro e a Sul pela ribeira de

Alpreade. É atravessada pela EN239, sendo composta por três aglomerados: Orca, Martianas e Zebras.

Orca é um aglomerado de alguma dimensão, atravessado pela EN239, que permite o acesso a Idanha-a-Nova,

sendo composto por um núcleo antigo muito denso, situado na vertente Sul do eixo que atravessa Orca. A

estrutura do núcleo é complexa, com ruas muito estreitas e de traçado labiríntico, enquanto que as zonas de

ocupação mais recente se localizam essencialmente numa zona situada a Norte da EN239. Este conjunto é

atravessado por um afluente da ribeira do Taveiro, que passa a Este do núcleo antigo e se desenvolve para

Norte. Na zona mais antiga, existem ainda diversos edifícios com interesse, embora algo degradados, assim

como alguns de caracter tradicional com 2 e 3 pisos. Nas zonas mais recentes, a tipologia dominante é a

habitação unifamiliar.

Martianas é uma pequena aldeia de traçado linear e com ocupação dispersa, mais acentuada no núcleo mais a

Sul. Localizada a Nordeste de Orca e muito próxima do concelho vizinho, nesta aldeia há a destacar o

enquadramento paisagístico, situada no vale do ribeiro do Taveiro, a meia encosta, com presença de diversos

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 55

afloramentos graníticos que vão pontuando a paisagem. As casas são moradias unifamiliares, algumas em

banda, e apresentam 2 a 3 pisos.

Zebras é uma pequena aldeia com início junto à EM558 e a Nascente da Ribeira de Alpreade. O núcleo mais

antigo possui alguns imóveis com interesse e diversos edifícios tradicionais que se dispõem a partir de uma zona

central, ao longo de arruamentos muito estreitos e de traçado complexo. Estes têm 2 pisos, sendo que, no

núcleo mais denso, são em banda e nas zonas periféricas de tipologia isolada.

Figura 15: Perímetros Urbanos de Orca – Análise do nível de Ocupação

Quadro 21: Perímetros Urbanos de Orca – Análise do nível de Ocupação

Aglomerado

PERÍMETRO URBANO EM VIGOR NÍVEL DE OCUPAÇÃO PROCESSOS DE

LICENCIAMENTO (2005-2014)

Espaços Urbanos

Espaços Urbanizáveis I

Espaços Verdes Total Solo Urbano

Ocupado Solo Urbano por Ocupar

Solo Urbano

Solo Rústico

Total

ha % ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º

Orca 29,9 87,1% 2,8 8,1% 1,7 4,9% 34,3 76,1% 26,5 77,1% 7,9 22,9% 31

23 62 Martianas 5,0 100,0% 5,0 11,1% 5,0 99,3% 0,0 0,7% 6

Zebras 5,8 100,0% 5,8 12,9% 5,8 100,0% 0,0 0,0% 2

TOTAL 40,7 90,2% 2,8 6,1% 1,7 3,7% 45,1 100,0% 37,2 82,5% 7,9 17,5% 39 23 62

Fonte: CM Fundão

Os perímetros urbanos de Orca são constituídos por Espaços Urbanos (90,2%), nas áreas que já se encontram

edificadas, por um Espaço Urbanizável (6,1%), destinado à expansão do aglomerado de Orca, e por um Espaço

Verde (3,7%), que tem por objetivo salvaguardar da ocupação a zona baixa, atravessada por uma linha de

drenagem natural, existente em Orca.

Analisando o nível de ocupação destes perímetros urbanos, verifica-se que os espaços urbanos se encontram

consolidados, com espaços intersticiais por colmatar, e que os espaços destinados à expansão do aglomerado,

durante a vigência do PDM não foram ocupados. No total, o perímetro urbano apresenta 17,5% de solo urbano

por ocupar, tendo em consideração os espaços urbanos e urbanizáveis que não foram ocupados.

Page 64: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL …imprensa.cm-fundao.pt/urbanismo/reot_fnd.pdf · 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução

1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 56

A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em

Orca, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram

emitidos um total de 73 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas essencialmente a intervenções em edifícios

existentes (63%), sendo que a construção de novos edifícios para habitação foi pouco expressiva (13,7%),

relativamente ao número total de licenças emitidas durante este período.

Gráfico 30: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Orca, por ano

Gráfico 31: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Orca, entre 2005-2014

Fonte: CM Fundão

Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas

um total de 62 licenças, com maior peso no último ano, sendo que destas cerca de 62,9% incidiu em áreas

interiores ao perímetro urbano e 50% do número total de licenças no interior do de Orca, tendo em consideração

que a maioria se destinou a intervenções em edifícios existentes.

Conclui-se, que a dinâmica de Orca nos últimos anos foi pouco expressiva, face ao contexto municipal (3,2% do

total concelhio), e que entre 2001 e 2011, a freguesia observou um decréscimo populacional na ordem dos

18,75%, tendo perdido 150 habitantes.

3.2.5.14 Freguesia de Peroviseu

Localizada no extremo Norte do concelho, a freguesia de Peroviseu é atravessada pela EN346, que possibilita a

ligação entre Alcaria e Penamacor. A Sul, a freguesia é delimitada pela ribeira da Meimoa, numa orografia pouco

acidentada. Esta freguesia é composta pelos aglomerados de Peroviseu e de Vales de Peroviseu.

Peroviseu é um aglomerado de alguma dimensão, constituído pelo núcleo antigo e por uma área de ocupação

recente. O núcleo antigo é denso e dispõe-se sobre uma encosta inclinada e orientada a Sudoeste, tendo-se

desenvolvido numa malha labiríntica, composta por ruas estreitas e irregulares. O conjunto inclui diversos

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 57

edifícios de cariz tradicional, alguns com linguagens arquitetónicas descontextualizadas. As construções mais

recentes, distribuem-se um pouco por todo o núcleo histórico, particularmente, numa área situada a Sul e a

Poente da EN346, e referem-se a moradias unifamiliares de tipologia isolada e com 2 pisos de volumetria. O

aglomerado é atravessado por diversas linhas de água, que, de certa forma, condicionam a sua ocupação.

Vales de Peroviseu está implantada numa encosta de inclinação suave e com exposição a Sul. É uma pequena

aldeia que teve início junto à capela e, posteriormente, se estendeu ao longo do arruamento que a estrutura e dá

acesso. Atualmente, e no geral, a ocupação é dispersa e já se prolonga até à EN 346, através de moradias

unifamiliares que vão pontuando o arruamento de acesso.

Figura 16: Perímetros Urbanos de Peroviseu – Análise do nível de Ocupação

Quadro 22: Perímetros Urbanos de Peroviseu – Análise do nível de Ocupação

Aglomerado

PERÍMETRO URBANO EM VIGOR NÍVEL DE OCUPAÇÃO

PROCESSOS DE LICENCIAMENTO

(2005-2014)

Espaços Urbanos

Espaços Urbanizáveis I

Espaços Verdes

Total Solo Urbano

Ocupado Solo Urbano por Ocupar

Solo Urbano

Solo Rústico

Total

ha % ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º

Peroviseu 18,8 43,3% 22,7 52,4% 1,9 4,3% 43,3 95,0% 31,7 73,2% 11,6 26,8% 31 29 62

Vales de Peroviseu 2,3 100,0% 2,3 5,0% 2,2 95,1% 0,1 4,9% 2

TOTAL 21,0 46,1% 22,7 49,8% 1,9 4,1% 45,6 100,0% 33,9 74,3% 11,7 25,7% 33 29 62

Fonte: CM Fundão

Os perímetros urbanos de Peroviseu são constituídos por Espaços Urbanos (46,1%), nas áreas que já se

encontram edificadas, por várias bolsas de Espaço Urbanizável (49,8%), destinadas à expansão do aglomerado,

situadas nas extremidades da área urbana de Peroviseu, e por Espaços Verdes (4,1%), numa área baixa, com

suscetibilidade de alagamento, também existente na sede de freguesia.

Analisando o nível de ocupação deste perímetro urbano, verifica-se que os espaços urbanos se encontram

maioritariamente consolidados, com uma ocupação na ordem dos 79,8%, com espaços intersticiais por ocupar, e

que os espaços destinados à expansão de Peroviseu, registaram uma ocupação de 68,3% durante a vigência do

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 58

PDM, com maior expressão a sudoeste. No total, o perímetro urbano apresenta 25,7% de solo urbano por

ocupar.

A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em

Alcaide, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram

emitidas 93 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas a intervenções em edifícios existentes (40,9%) e à

construção de novos edifícios residenciais 35,8%.

Gráfico 32: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Peroviseu, por ano

Gráfico 33: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Peroviseu, entre 2005-2014

Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas

um total de 62 licenças, sendo que destas cerca de 53,2% incidiu no interior dos perímetros urbanos,

maioritariamente no de Peroviseu, e as restantes em solo rústico (46,8%), disseminadas pelo território da

freguesia.

Esta freguesia tem apresentado alguma dinâmica construtiva, ainda que na última ação censitária, entre 2001 e

2011, tenha perdido uma parte substancial da sua população (-12,39%), equivalente a menos 103 habitantes.

3.2.5.15 Freguesia de Silvares

A freguesia de Silvares está situada na vertente noroeste do Fundão, junto ao rio Zêzere que estabelece a

fronteira entre o concelho do Fundão e da Covilhã, que lhe confere uma envolvente natural e paisagística de

destaque. É constituída por dois núcleos urbanos, integrados em perímetro urbano: Silvares e Rio.

Silvares situa-se numa encosta do rio Zêzere bastante acidentada, constituindo um importante núcleo urbano de

estrutura densa e de grande dimensão. Esta Vila é atravessada pela EN238, que possibilita a ligação ao Fundão

e se assume como o eixo estruturante da ocupação, concentrando numa área central, junto à igreja, as

principais funções terciárias de apoio. Os edifícios são geralmente em banda e com 3 pisos, sendo que parte

deles continua a ser de cariz tradicional. A ocupação mais recente processou-se ao longo da EN238, quer

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 59

através de uma simples ocupação linear, quer através da criação de vias perpendiculares a esta, mas também

numa área a Norte do aglomerado, junto à via que dá acesso à outra margem do rio (concelho da Covilhã) e

numa área a Sul do afluente ao Zêzere, que atravessa o aglomerado a Sul. Nestas áreas surgiram não só

moradias unifamiliares (2 e 3 pisos), isoladas ou em banda, mas também edifícios de habitação coletiva e

equipamentos. Em Silvares, numa área exterior ao perímetro urbano, encontra-se em vigor o Plano de Pormenor

da Zona Industrial de Silvares, publicado no Diário da República, 2ª Série – Nº 226 - 21 de novembro de 2013,

que totaliza uma área de 19,8 ha e prevê a constituição de 57 novos lotes destinados a industria e/ou

armazenagem. Este plano ainda não foi implementado.

Rio é um pequeno núcleo construído de raiz para os trabalhadores das Minas da Panasqueira. Este núcleo foi

recentemente recuperado, mantendo os edifícios e estruturas originais (residências, refeitório, edifícios de apoio

e o edifico da lavagem do minério), tendo sido alguns destes adaptados para acolher a atual Pousada da

Juventude da Mina, inaugurada em 2007. A aldeia encontra-se junto ao Rio Zêzere, permitindo o acesso a um

conjunto de atividades desportivas.

Figura 17: Perímetros Urbanos de Silvares – Análise do nível de Ocupação

Quadro 23: Perímetros Urbanos de Silvares – Análise do nível de Ocupação

Aglomerado

PERÍMETRO URBANO EM VIGOR NÍVEL DE OCUPAÇÃO PROCESSOS DE

LICENCIAMENTO (2005-2014)

Espaços Urbanos

Espaços Urbanizáveis I

Espaços Verdes

Total Solo Urbano

Ocupado Solo Urbano por Ocupar

Solo Urbano

Solo Rústico

Total

ha % ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º

Silvares 61,7 70,9% 11,5 13,3% 13,8 15,8% 87,0 93,0% 68,2 78,5% 18,7 21,5% 90 14 104

Rio 6,6 100,0% 6,6 7,0% 6,6 100,0% 0,0 0,0% 0

TOTAL 68,2 72,9% 11,5 12,3% 13,8 14,7% 93,6 100,0% 74,8 80,0% 18,7 20,0% 90 14 104

Fonte: CM Fundão

Os perímetros urbanos de Silvares são constituídos por Espaços Urbanos (72,9%), nas áreas que já se

encontram edificadas e/ ou comprometidas, por um Espaço Urbanizável (12,3%) no perímetro de Silvares,

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 60

destinadas à expansão da Vila, e por Espaços Verdes (14,7%), que têm por objetivo salvaguardar as áreas

sensíveis, atravessadas por linhas de drenagem natural.

Analisando o nível de ocupação destes perímetros urbanos, verifica-se que os espaços urbanos se encontram

consolidados (93,4%), com espaços intersticiais por ocupar, e que os espaços destinados à expansão do

aglomerado, na generalidade, observaram uma ocupação na ordem dos 62,2%, tendo o espaço a norte sido

ocupado de forma avulsa. No total, os perímetros urbanos apresentam 20% de solo urbano por ocupar. A área

abrangida pelo PP da Zona Industrial também ainda não registou qualquer tipo de ocupação, encontrando-se a

aguardar a sua implementação.

Silvares é uma dos principais centros do concelho do Fundão, e neste sentido tem registado uma dinâmica

urbanística expressiva. De acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram

emitidas 111 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas maioritariamente a intervenções em edifícios existentes

(51,4%), representando a construção de novos edifícios para habitação 24,3% do número total de licenças

emitidas durante este período.

Gráfico 34: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Silvares, por ano

Gráfico 35: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Silvares, entre 2005-2014

Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas

um total de 104 licenças, sendo que destas cerca de 86,5% incidiu no interior do perímetro urbano de Silvares, a

maioria se destinou a intervenções em edifícios existentes e à construção de usos não residenciais. Em Rio não

foram registados quaisquer pedidos de licenciamento nos últimos anos.

Apesar da dinâmica expressiva, na última década censitária, entre 2001 e 2011, registou uma perda de

população na ordem dos 12,32%, ou seja, menos 136 habitantes. Contudo, considera-se que após a

implementação da zona industrial de Silvares, a população da freguesia poderá incrementar, em resultado da

criação de novos postos de trabalho.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 61

3.2.5.16 Freguesia de Soalheira

A freguesia da Soalheira está situada no extremo Sul do concelho, numa encosta da Serra da Gardunha

orientada a Sul, fazendo fronteira com o concelho de Castelo Branco. A estrutura urbana da freguesia é

constituída pelo aglomerado da Soalheira.

Solheira teve origem num núcleo antigo de traçado orgânico, implantado entre duas linhas de água, e

posteriormente apresentou um desenvolvimento linear para Sudoeste e Norte. É um aglomerado de dimensão

considerável, que assume importância a nível concelhio, tanto pela sua disposição como por se situar muito

próximo do nó da A23, com a EN18. Possui diversos equipamentos de apoio, assim como áreas que possibilitam

a expansão do aglomerado. As construções nas áreas de ocupação recente surgem, na generalidade, sob a

forma de moradias unifamiliares com 2 pisos, de tipologia isolada, geminada ou em banda. É ainda de salientar

que a ocupação na zona a Sudoeste do núcleo antigo, resulta de uma estrutura urbana com início nos anos 70 e

com base numa ocupação composta por moradias unifamiliares de tipologia isolada.

Figura 18: Perímetro Urbano da Soalheira – Análise do nível de Ocupação

Quadro 24: Perímetro Urbano de Soalheira – Análise do nível de Ocupação

Aglomerado

PERÍMETRO URBANO EM VIGOR NÍVEL DE OCUPAÇÃO

PROCESSOS DE LICENCIAMENTO (2005-

2014)

Espaços Urbanos

Espaços Urbanizáveis I

Espaços Verdes Total Solo Urbano

Ocupado Solo Urbano por Ocupar

Solo Urbano

Solo Rústico

Total

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Soalheira 42,9 79,2% 9,2 17,0% 2,0 3,7% 54,1 100,0% 41,6 76,8% 12,5 23,2% 65 21 86

Fonte: CM Fundão

O perímetro urbano da Soalheira é constituído por Espaços Urbanos (79,2%), nas áreas que já se encontram

edificadas, por um Espaço Urbanizável (17%), destinadas à expansão do aglomerado situado na vertente

Page 70: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL …imprensa.cm-fundao.pt/urbanismo/reot_fnd.pdf · 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução

1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 62

poente, e por um Espaço Verde (3,7%), que salvaguarda da ocupação uma área atravessada por uma linha de

drenagem natural. A nascente do perímetro urbano da Solheira, junto à A23, administrativamente pertencente à

freguesia de Castelo Novo, mas com maior relação territorial com a da Soalheira, encontra-se definida a Zona

Industrial da Soalheira, para a qual se encontra em elaboração um Plano de Pormenor.

Analisando o nível de ocupação do perímetro urbano da Soalheira, verifica-se que os espaços urbanos se

encontram maioritariamente consolidados (90,9%), existindo ainda espaços intersticiais por ocupar, e que os

Espaços Urbanizáveis, destinados à expansão do aglomerado, só registaram um nível de ocupação de 19,5%,

valor manifestamente baixo para um dos aglomerados de maior importância do concelho. No total, o perímetro

urbano apresenta 23,3% de solo urbano por ocupar.

Neste caso, a análise do nível de ocupação verificado nos espaços urbanizáveis, não tem justificação na

dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em Soalheira, uma vez que de acordo com os dados

disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidos um total de 102 licenças, entre 2001 e

2014, destinadas maioritariamente a intervenções em edifícios existentes (46,1%), representando a construção

de novos edifícios para habitação 39,2% do número total de licenças emitidas durante este período.

Gráfico 36: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Soalheira, por ano

Gráfico 37: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Soalheira, entre 2005-2014

Fonte: CM Fundão

Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas

um total de 86 licenças, sendo que destas cerca de 75,6% incidiram no interior do perímetro urbano de

Soalheira, a maioria destinada a intervenções em edifícios existentes.

Soalheira foi a 4ª freguesia a concentrar maior número de licenças nos últimos anos, concentrando 4,5% do total

para o concelho, no entanto de acordo com os registos populacionais, entre 2001 e 2011, observou um

decréscimo populacional expressivo, na ordem dos 21,2%, tendo perdido neste período cerca de 239 habitantes.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 63

Considera-se também, que com a implementação da zona industrial da Solheira, esta situação poderá ser

invertida, em resultado da criação de novos postos de trabalho.

3.2.5.17 Freguesia de Souto da Casa

A freguesia de Souto da Casa está situada numa falda da Serra da Gardunha disposta a Norte, e a Poente do

Fundão, confrontando o seu limite Sul com o concelho de Castelo Branco. É composta pela sua sede de

freguesia, Souto da Casa, e por mais cinco pequenos aglomerados: Casal Álvares Pires, Serrado, Vale de Urso,

Vale Mendinho/Salgueiral e Vale Paloio. Apenas a sede de freguesia e a pequena aldeia de Vale de Urso foram

contempladas com perímetro urbano no PDM em vigor, os restantes aglomerados encontram-se integrados em

solo rústico.

Souto da Casa é atravessado pela EN 238, encontrando-se o grosso do aglomerado a Sul deste eixo. Apresenta

um núcleo antigo compacto, de traçado radio concêntrico e arruamentos estreitos, tendo-se posteriormente

expandido tentacularmente ao longo dos eixos viários, em torno do núcleo mais antigo. No interior do

aglomerado existem diversos edifícios tradicionais, embora já intercalados com novas construções resultantes

de processos de renovação urbana, que conferem ao conjunto alguma descaracterização. As zonas de

ocupação mais recente têm uma ocupação dispersa, já que os edifícios se vão implantando arbitrariamente pelo

espaço, embora ao longo de arruamentos existentes. Nas áreas situadas nas imediações do perímetro urbano

existem diversos edifícios, integrados em solo rústico.

Vale de Urso, situado no extremo Sul da freguesia e a Poente da EN352 e de um afluente à ribeira do

Tormentoso, que o limitam a Sul, está implantado numa encosta sobranceira à ribeira que o contorna. A

ocupação, não muito densa, foi-se estabelecendo ao longo de arruamentos perpendiculares à pendente, e os

edifícios, destinados ao uso habitacional, têm geralmente dois pisos e são de tipologia em banda.

Vale Paloio está situado a Poente do aglomerado de Souto de Casa, no entroncamento da EN238 com a EN352,

que vai estabelecer a ligação ao concelho de Castelo Branco. Este pequeno núcleo urbano corresponde a um

conjunto de casas que ao longo dos tempos se foram instalando neste local. Os edifícios têm, na generalidade, 2

pisos, tendo utilização unifamiliar. E os pequenos aglomerados de Casal Álvares Pires, Vale

Mendinho/Salgueiral e Serrado, têm acesso a partir da EN 352. São estruturados pelo eixo que possibilita o

acesso e acompanhados pela ribeira do Tormentoso. As aldeias são pouco densas, tendo as edificações 1 ou 2

pisos.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 64

Figura 19: Perímetros Urbanos de Souto da Casa – Análise do nível de Ocupação

Quadro 25: Perímetros Urbanos de Souto da Casa – Análise do nível de Ocupação

Aglomerado

PERÍMETRO URBANO EM VIGOR NÍVEL DE OCUPAÇÃO

PROCESSOS DE LICENCIAMENTO (2005-

2014)

Espaços Urbanos

Espaços Urbanizáveis I

Total Solo Urbano

Ocupado Solo Urbano por Ocupar

Solo Urbano

Solo Rústico

Total

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Souto da Casa 37,5 81,2% 8,7 18,8% 46,1 92,2% 36,0 78,0% 10,2 22,0% 25 14 42

Vale do Urso 3,9 100,0% 3,9 7,8% 3,9 98,9% 0,0 1,1% 3

TOTAL 41,4 82,7% 8,7 17,3% 50,1 100,0% 39,9 79,6% 10,2 20,4% 28 14 42

Fonte: CM Fundão

Os perímetros urbanos de Souto da Casa são constituídos por Espaços Urbanos (82,7%), nas áreas que já se

encontram edificadas e comprometidas, e por dois Espaços Urbanizáveis (17,3%), destinados à expansão do

aglomerado sede de freguesia.

Analisando o nível de ocupação destes perímetros urbanos, conclui-se que os espaços urbanos se encontram

maioritariamente consolidados (87%), e que salvaguardaram as áreas atravessadas por linhas de drenagem

natural, e que os espaços urbanizáveis, destinados à expansão do aglomerado, registaram um nível de

ocupação de 49%, tendo sido ocupados na totalidade na zona definida a norte. No total, o perímetro urbano

apresenta 20,4% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços que não foram ocupados e as

áreas atravessadas por linhas de água.

O nível de ocupação tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em Souto da Casa, uma

vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas 80

licenças, entre 2001 e 2014, destinadas maioritariamente a intervenções em edifícios existentes (65%),

representando a construção de novos edifícios habitacionais 25% do número total de licenças emitidas durante

este período, sendo que as restantes se destinaram à construção de novos edifícios para outros usos.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 65

Gráfico 38: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Souto da Casa, por ano

Gráfico 39: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Souto da Casa, entre 2005-2014

Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas

um total de 42 licenças, sendo que destas cerca de 66,6% incidiu em áreas interiores aos perímetros urbanos,

especialmente no de Souto da Casa, que concentra 90% destas licenças, destinando-se a maioria a

intervenções em edifícios existentes.

Conclui-se, que a dinâmica de Souto da Casa nos últimos anos foi pouco expressiva, acompanhando os registos

populacionais, visto que entre 2001 e 2011, uma vez que neste período a freguesia observou um decréscimo

populacional na ordem dos 18,3%, ou seja, menos 181 habitantes.

3.2.5.18 Freguesia de Telhado

A freguesia de Telhado situa-se na metade ocidental do território concelhio, num local de relevo pouco

acidentado, atravessado pelas ribeiras da Gardunha, das Gabefas, do Carcavão e do Tormentoso. A estrutura

urbana da freguesia é constituída pelos aglomerados de Telhado e de Freixial, contemplados com perímetro

urbano no PDM em vigor.

Telhado está situado a Noroeste da Cidade do Fundão, junto ao arruamento que dá acesso a Aldeia de Joanes.

É um aglomerado de pequena dimensão, que se desenvolveu, a partir do núcleo mais antigo que contorna a

igreja, de forma linear e dispersa ao longo dos arruamentos envolventes. O núcleo antigo é consolidado e inclui

ainda alguns edifícios de interesse arquitetónico. As construções novas surgem de forma difusa um pouco por

toda a área envolvente à zona do núcleo consolidado, constituídas por moradias unifamiliares de tipologia de

ocupação isolada e têm geralmente 2 pisos.

Freixial é uma pequena aldeia situada a Sul de Telhado e a Norte da EN238. Este núcleo tem ocupação ao

longo do arruamento que o atravessa e o vai estruturando. No entanto, inclui no seu interior um pequeno

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 66

conjunto de casas bastante denso, que deu origem à sua formação. As casas encontram-se muito degradadas e

em mau estado de conservação, não apresentando grande sintoma de dinamismo urbano. Contudo, as

construções novas vão-se localizando tendencialmente ao longo do arruamento que interliga Freixial a Aldeia

Nova do Cabo e ao Fundão.

Figura 20: Perímetros Urbanos de Telhado – Análise do nível de Ocupação

Quadro 26: Perímetros Urbanos de Telhado – Análise do nível de Ocupação

Aglomerado

PERÍMETRO URBANO EM VIGOR NÍVEL DE OCUPAÇÃO

PROCESSOS DE LICENCIAMENTO (2005-

2014)

Espaços Urbanos

Espaços Urbanizáveis I

Espaços Verdes

Total Solo Urbano

Ocupado Solo Urbano por Ocupar

Solo Urbano

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Total

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Telhado 10,8 59,7% 4,5 25,2% 2,7 15,2% 18,0 86,7% 14,9 82,8% 3,1 17,2% 25 26 52

Freixial 2,8 100,0% 2,8 13,3% 2,8 100,0% 0,0 0,0% 1

TOTAL 13,5 65,0% 4,5 21,8% 2,7 13,1% 20,8 100,0

% 17,7 85,1% 3,1 14,9% 26 26 52

Fonte: CM Fundão

Os perímetros urbanos de Telhado são constituído por Espaços Urbanos (65%), nas áreas que já se encontram

edificadas, por dois Espaços Urbanizáveis (21,8%), destinadas à expansão do aglomerado de Telhado, e por um

Espaço Verde (13,1%), numa área de alguma dimensão situada a sul, na sede de freguesia.

Analisando o nível de ocupação destes perímetros urbanos, verifica-se que os espaços urbanos se encontram

consolidados (91,5%), com espaços intersticiais por ocupar, e que os espaços urbanizáveis durante a vigência

do PDM apresentaram uma ocupação na ordem dos 81,3%, tendo a área a sul sido integralmente ocupada. No

total, o perímetro urbano apresenta 14,9% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços

urbanos e urbanizáveis libertos de ocupação. Nas imediações do perímetro surgiram diversas novas construções

que devem ser integradas em perímetro urbano, aquando da revisão do PDM.

A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em

Telhado, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 67

emitidas 74 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas a intervenções em edifícios existentes (45,9%) e à

construção de novos edifícios para habitação (41,9%).

Gráfico 40: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Telhado, por ano

Gráfico 41: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Telhado, entre 2005-2014

Fonte: CM Fundão

Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas

um total de 52 licenças, com incidência, de igual forma, em solo urbano e em solo rústico, concentradas no

interior do perímetro urbano de Telhado e disseminadas pelo solo rústico, em parcelas de maior dimensão.

A dinâmica de Telhado nos últimos anos foi pouco expressiva, no entanto entre 2001 e 2011, a freguesia

manteve o seu total populacional, tendo neste período apenas perdido 1 habitante, de acordo com os dados da

última ação censitária.

3.2.5.19 Freguesias de Três Povos

A freguesia dos Três Povos está inserida na área de regadio da Cova da Beira, situada no extremo Nordeste do

concelho, envolvidas por recursos hídricos importantes, como são a Barragem de Escarigo, situada a Norte

deste aglomerado e a ribeira da Meimoa, que atravessa a freguesia a Sul do aglomerado de Escarigo, e

permitindo a prática de agricultura. Esta freguesia integra o núcleo denominado de “Três Povos”, constituído por

Salgueiro, Quintãs e Escarigo.

Salgueiro tem o seu núcleo antigo situado a Nascente da EN570, a via que atravessa os três núcleos.

Inicialmente com um traçado orgânico, tem desenvolvimento posterior ao longo do arruamento para Poente, de

traçado linear e com alguma inclinação, e ao longo da EN para Sul, numa grande extensão. Na zona antiga,

encontram-se ainda edifícios com algum valor arquitetónico. Nas áreas mais recentes, os edifícios têm entre 2 e

3 pisos, e apresentam, em algumas situações dissonâncias.

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2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Solo Urbano Solo Rústico

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 68

Quintãs situa-se um pouco a Norte da sua sede de freguesia, tendo apenas como separação um afluente à

ribeira da Meimoa. O desenvolvimento de Quintãs deu-se em torno da Igreja, situada a Poente da EN 570, e

para uma área a Nascente deste eixo, onde ainda existem diversos edifícios tradicionais. Mais recentemente a

expansão processou-se ao longo dos arruamentos situados a Poente da EN. As áreas de ocupação recente

apresentam uma ocupação algo dispersa, constituída, essencialmente, por moradias unifamiliares isoladas, com

2 e 3 pisos.

Escarigo, situado diretamente a Norte do aglomerado de Quintãs, tem uma estrutura com desenvolvimento inicial

em torno da igreja, situada junto à EN 570, e mais recentemente, para uma área a Nascente e ao longo deste

eixo. Na generalidade, o aglomerado encontra-se bastante degradado e descaracterizado pela presença de

edifícios com linguagens arquitetónicas descontextualizadas. Os edifícios no interior do aglomerado chegam a

atingir 4 pisos, enquanto que nas áreas mais periféricas têm geralmente 2 pisos.

Figura 21: Perímetro Urbano dos Três Povos – Análise do nível de Ocupação

Page 77: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL …imprensa.cm-fundao.pt/urbanismo/reot_fnd.pdf · 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução

1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 69

Quadro 27: Perímetro Urbano dos Três Povos – Análise do nível de Ocupação

Aglomerado

PERÍMETRO URBANO EM VIGOR NÍVEL DE OCUPAÇÃO PROCESSOS DE

LICENCIAMENTO (2005-2014)

Espaços Urbanos

Espaços Urbanizáveis I

Espaços Verdes

Total Solo Urbano

Ocupado Solo Urbano por Ocupar

Solo Urbano

Solo Rústico

Total

ha % ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º

Salgueiro/ Escarigo/ Quintãs

74,8 74,5% 15,2 15,1% 10,4 10,4% 100,4 100,0% 83,6 83,3% 16,8 16,7% 32 12 44

Fonte: CM Fundão

O perímetro urbano dos Três Povos é constituído por Espaços Urbanos (74,5%), nas áreas que já se encontram

edificadas, por Espaços Urbanizáveis (15,1%), destinados à expansão dos aglomerados, e por Espaços Verdes

(10,4%), de salvaguarda a áreas sensíveis.

Analisando o nível de ocupação deste perímetro urbano, conclui-se que os espaços urbanos se encontram

consolidados (87%), existindo diversos espaços intersticiais por colmatar. Durante a vigência do PDM os

espaços urbanizáveis apresentaram um nível de ocupação de 66,7%, com maior incidência a norte. No total, o

perímetro urbano apresenta 16,8% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços que não

foram ocupados e/ou colmatados.

A análise do nível de ocupação verificado, tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos na

freguesia dos Três Povos, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação

do PDM foram emitidas 66 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas essencialmente a intervenções em edifícios

existentes (50%), representando a construção de novos edifícios para habitação 31,8%, do número total de

licenças emitidas durante este período.

Gráfico 42: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Três Povos, por ano

Gráfico 43: Licenças emitidas pela Autarquia para a freguesia de Três Povos, entre 2005-2014

Fonte: CM Fundão

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2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Solo Urbano Solo Rústico

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 70

Este conjunto apresenta alguma dinâmica, demonstrada pela existência de diversas construções novas, assim

como pelos dados disponibilizados pela Autarquia relativos às licenças emitidas entre 2005 e 2014. Neste

período, segundo estes dados, foram emitidas 44 licenças, 72,7% destas com incidência no interior do perímetro

urbano dos Três Povos, e que nos últimos anos têm ganho expressão.

Conclui-se, que a dinâmica de Três Povos nos últimos anos foi fraca, face ao contexto municipal, acompanhando

os registos populacionais, visto que entre 2001 e 2011, a freguesia observou um decréscimo populacional na

ordem dos 18,1%, uma perda de 202 habitantes, segundo a última ação censitária.

3.2.5.20 União de Freguesias de Fundão, Valverde, Donas, Aldeia de Joanes e Aldeia Nova do Cabo

De acordo com a nova divisão administrativa, a freguesia sede municipal integrou as freguesias envolventes,

nomeadamente Donas, Aldeia de Joanes, Aldeia Nova do Cabo e Valverde, o maior pólo de concentração de

população do concelho, integrando os perímetros urbanos da cidade do Fundão, integrando a Aldeia de Joanes,

da Aldeia Nova do Cabo, de Donas e Teixugas, de Chãos e de Valverde e Carvalhal.

A cidade do Fundão, apresenta um núcleo antigo, de alguma dimensão, uma malha urbana que foi perfeitamente

absorvida pela estrutura geral da cidade, e se foi expandido em direção à zona da estação ferroviária e às

indústrias adjacentes. A malha antiga integra um emaranhado de ruelas estreitas, com construções quinhentistas

com portados decorados e elementos arquitetónicos tradicionais do passado serrano, enquadradas num

conjunto envolto por becos e pequenos largos, arcos e passadiços. Na zona central encontram-se instaladas as

funções terciárias, em edifícios de tipologia tradicional um pouco degradados, verificando-se uma preocupação

crescente na recuperação do o edificado e sua reutilização para usos distintos. A cidade tendeu a expandir-se

para Poente do núcleo antigo, resultante da implementação de edifícios de habitação coletiva com mais de 5

pisos, em função do Plano de Pormenor aprovado. Mais recentemente, foi ocupada a área a Nascente da

estrutura antiga, junto à EN 18, com a construção de edifícios coletivos e também unifamiliares. Neste eixo, a

norte, têm-se também apoiado, para além de utilizações residenciais, funções terciárias, turísticas ou mesmo

industriais. A par do crescimento urbano, foram implementados diversos equipamentos nas mais diversas

valências, salientando-se, as Escolas, o Hospital, o Pavilhão Multiusos, as Piscinas, o Tribunal, o Parque

Desportivo Municipal, a Biblioteca, o Anfiteatro, entre outros.

Fisicamente ligada à Cidade, surge Aldeia de Joanes, situada a Poente, junto à EM1065, que possibilita a

ligação entre a cidade e Freixial. Este conjunto, sob influência da cidade, encontra-se descaracterizado, por

incluir, numa pequena extensão, diversas tipologias de ocupação, desde edifícios de habitação coletiva com

mais de 6 pisos, até ao casario tradicional, e por apresentar linguagens arquitetónicas contrastantes e

descontextualizadas face ao núcleo mais antigo, que apresenta uma estrutura densa com arruamentos estreitos

e labirínticos. As áreas de ocupação recente têm resultado de loteamentos, com moradias unifamiliares e

habitações coletivas, contudo, existem ainda diversos espaços desocupados no interior do aglomerado.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 71

Figura 22: Perímetro Urbano do Fundão e Aldeia de Joanes – Análise do nível de Ocupação

No seguimento de Aldeia de Joanes para Poente, pela EM1065, localiza-se Aldeia Nova do Cabo, um pequeno

aglomerado que apresenta um desenvolvimento linear ao longo arruamento que o atravessa e ao longo de vias

perpendiculares a este. Este conjunto conserva uma imagem interessante, pois incorpora diversas casas

senhoriais e vários edifícios com interesse patrimonial. Todavia, existem alguns edifícios no seu interior que

destoam do conjunto, por apresentarem linguagens arquitetónicas dissonantes e volumetrias desadequadas.

Integra na entrada Nascente uma pequena área industrial.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 72

Figura 23: Perímetro Urbano do Aldeia Nova do Cabo – Análise do nível de Ocupação

Nos últimos anos têm sido feitos vários investimentos para incrementar o tecido empresarial local, tendo sido

construído o Parque Industrial do Fundão, no perímetro urbano para o efeito, a Norte da cidade, junto ao acesso

à A23, incluindo empresas, predominantemente, relativas à indústria transformadora, de diversos ramos, e

atividades comerciais. Esta área encontra-se praticamente ocupada, pelo que é necessário prever novos

espaços a afetar a esta utilização, no âmbito da revisão do PDM.

Figura 24: Perímetro Urbano da Zona Industrial do Fundão – Análise do nível de Ocupação

Page 81: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL …imprensa.cm-fundao.pt/urbanismo/reot_fnd.pdf · 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução

1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 73

Donas/ Teixugas são dois lugares integrados no mesmo aglomerado e que se encontram separados pelo

atravessamento da linha férrea, junto à EN18 e ao nó da A23, que atravessa a Poente. Pela sua localização nas

proximidades da Cidade, este aglomerado apresenta pressão urbanística. O núcleo antigo apresenta uma

organização polinuclear, com desenvolvimento em torno de espaços públicos onde se localizam edifícios de

grande interesse arquitetónico. As áreas de expansão surgem em zonas periféricas de forma dispersa e difusa,

ao longo dos arruamentos existentes, com a implantação de moradias unifamiliares isoladas. As áreas já

consolidadas apresentam ainda diversos espaços que não foram ocupados, pelo que é necessário colmatar esta

estrutura urbana.

Chãos situa-se a Nascente de Teixugas, junto à EM522, que possibilita a ligação a Alcaide. É um pequeno

aglomerado com desenvolvimento ao longo de uma via perpendicular ao eixo que a atravessa. No interior da sua

estrutura urbana existem alguns edifícios com interesse e outros de tipologia arquitetónica tradicional. Nas áreas

periféricas, essencialmente, a Norte e ao longo da EM522, surgem edifícios mais recentes de utilização

unifamiliar.

Figura 25: Perímetro Urbano de Donas/ Teixugas e Chãos – Análise do nível de Ocupação

Valverde tem um núcleo antigo de pequena dimensão composto por arruamentos estreitos de traçado irregular,

que, posteriormente, se desenvolveu linearmente ao longo da EN343 - via que o atravessa e estabelece a

ligação entre o Fundão e Fatela. As construções existentes têm geralmente 2 pisos, sendo que no interior do

aglomerados são de caracter tradicional, grande parte em mau estado de conservação, e nas zonas de

ocupação recente são moradias unifamiliares, em banda, geminadas ou isoladas. Recentemente, as novas

construções têm-se vindo a fixar, essencialmente, ao longo da EN343 e ao longo a variante a Valverde, que dá

acesso a Carvalhal.

Carvalhal situa-se diretamente a Nascente de Valverde, junto à EN343, que possibilita a ligação a Fatela, e, ao

contrário da sede de freguesia, não possui núcleo antigo. É um aglomerado de feição recente, com a sua

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 74

ocupação apoiada, essencialmente, no eixo viário que o atravessa. As edificações têm 2 ou 3 pisos. É de

salientar que no limite deste aglomerado, existe uma pequena unidade industrial destinada ao fabrico de

cozinhas.

Figura 26: Perímetro Urbano de Valverde e Carvalhal – Análise do nível de Ocupação

Quadro 28: Perímetros Urbanos da UF do Fundão, Valverde, Donas, Aldeia de Joanes e Aldeia Nova do Cabo – Categorias de Espaço

Aglomerado

PERÍMETRO URBANO EM VIGOR

Espaços Urbanos Espaços de

Industria Existente

Espaços Urbanizáveis I

Espaços Urbanizáveis II

Espaços de Industria Proposta

Espaços Verdes

Total

ha % ha % ha % ha % ha % ha % ha %

Fundão 71,3 21,9% 68,0 20,8% 183,8 56,4% 3,1 0,9% 326,1 52,9%

Zona Industrial do Fundão 59,0 40,4% 87,0 59,6% 145,9 23,7%

Aldeia Nova do Cabo 17,8 55,1% 9,8 30,5% 4,6 14,4% 32,2 5,2%

Chãos 3,5 100,0% 3,5 0,6%

Donas/Teixugas 20,6 63,2% 5,8 17,9% 6,2 18,9% 32,6 5,3%

Valverde/Carvalhal 33,0 43,6% 37,2 49,1% 5,5 7,2% 75,6 12,3%

TOTAL 146,1 23,7% 59,0 9,6% 120,8 19,6% 183,8 29,8% 87,0 14,1% 19,3 3,1% 616,0 100,0%

Os perímetros urbanos da UF do Fundão, Valverde, Donas, Aldeia de Joanes e Aldeia Nova do Cabo são

constituído por Espaços Urbanos (23,7%), nas áreas que já se encontram edificadas, infraestruturadas ou

comprometidas, por Espaços Urbanizáveis (49,4%), destinados à expansão dos vários aglomerados urbanos,

por Espaços Industriais existentes e propostos (23,7%), relativos à zona industrial do Fundão situada a norte da

Cidade, e por Espaços Verdes (3,1%), que têm por objetivo salvaguardar as áreas sensíveis da ocupação.

Todos os aglomerados urbanos da freguesia integram espaços urbanizáveis, à exceção de Chãos, face à sua

pequena dimensão, sendo que na cidade estes espaços subdividem-se, em tipo I e II, para permitir uma

ocupação de maior densidade e volumetria na Cidade, relativamente aos restantes aglomerados.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 75

Quadro 29: Perímetros Urbanos da UF do Fundão, Valverde, Donas, Aldeia de Joanes e Aldeia Nova do Cabo – Análise do nível de ocupação

Aglomerado

NÍVEL DE OCUPAÇÃO PROCESSOS DE LICENCIAMENTO (2005-2014)

Solo Urbano Ocupado Solo Urbano por Ocupar Solo Urbano Solo Rústico Total

ha % ha % n.º n.º n.º

Fundão 240,1 73,6% 86,0 26,4% 176

301 635

ZI do Fundão 109,2 74,8% 36,8 25,2% 79

Aldeia Nova do Cabo 29,1 90,2% 3,2 9,8% 9

Chãos 3,3 96,3% 0,1 3,7% 5

Donas/ Teixugas 27,4 84,0% 5,2 16,0% 28

Valverde/ Carvalhal 60,2 79,6% 15,4 20,4% 37

TOTAL 469,3 76,2% 146,7 23,8% 334 301 635

Fonte: CM Fundão

Analisando o nível de ocupação destes perímetros urbanos, verifica-se que os espaços urbanos se encontram

consolidados, apresentando um nível de ocupação de 98,3%, que os espaços urbanizáveis, destinados à

expansão dos aglomerados, na generalidade foram ocupados, ou seja, durante a vigência do PDM cerca de

65,5% destes espaços foram ocupados, especialmente no interior do perímetro urbano da Cidade, que

concentrou 83,3% dos espaços urbanizáveis ocupados na freguesia. No cômputo geral, os perímetros urbanos

da freguesia, apresentam 23,8% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços urbanos que

não foram ocupados, incluindo os espaços verdes.

A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos em

Alcaide, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram

emitidas 971 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas maioritariamente a novas construções residenciais

(48,9%), assumindo as intervenções em edifícios existentes também expressão, representando 33,9% do

número total de licenças emitidas durante este período.

Gráfico 44: Licenças emitidas pela Autarquia para UF do Fundão, Valverde, Donas, A. de Joanes e A. Nova Cabo, por ano

Gráfico 45: Licenças emitidas pela Autarquia para a UF do Fundão, Valverde, Donas, A. de Joanes e A. Nova Cabo,

entre 2005-2014

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60

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2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Solo Urbano Solo Rústico

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9 528 37

301

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 76

Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas

um total de 635 licenças, concentrando 32,9% do número total de licenças emitidas para o município, sendo que

destas cerca de 52,6% incidiu em áreas interiores ao perímetro urbano, maioritariamente no do Fundão. No

entanto, o pedido de licenças em solo rústico assume também destaque, com incidência no povoamento

disperso existente na vertente poente e norte do perímetro urbano da Cidade.

Conclui-se, que a dinâmica da freguesia do Fundão é positiva e assume expressão face ao contexto territorial,

visto que entre as últimas ações censitárias (2001 e 2011), a freguesia observou aumento populacional, na

ordem dos 3,78%, tendo aumentado durante este período 489 habitantes.

3.2.5.21 União de Freguesias de Janeiro de Cima e Bogas de Baixo

A União de Freguesias de Janeiro de Cima e de Bogas de Baixo, está situada no extremo Sudoeste do

concelho, junto à margem do rio Zêzere e num local de topografia suave, bastante distante da sede municipal,

com acesso a partir da EN238. Contempla para além dos perímetros urbanos em vigor de Janeiro de Cima e de

Bogas de Baixo, os das aldeias de Ladeira, Maxial e Urgueiro.

Janeiro de Cima, possui um núcleo antigo denso, situado ao centro do aglomerado, e com origem em torno da

antiga igreja. O núcleo original assume uma forma radial, através de uma estrutura complexa composta por

arruamentos muito estreitos de casario humilde de arquitetura tradicional, em xisto. Este núcleo é interessante,

especialmente porque concentra diversos edifícios em xisto, embora alguns deles estejam já adulterados e

debilitados. As áreas de expansão, ocupadas por moradias unifamiliares isolada com 2 pisos, surgem tanto ao

longo do arruamento que possibilita o seu acesso, como em toda a área a Norte, e apresentam uma ocupação

dispersa. A poente do conjunto urbano, Janeiro de Cima possui uma praia fluvial, associada a uma zona

desportiva.

Bogas de Baixo situado a Nascente da EN238, apresenta um povoamento com tendência para a dispersão ao

longo das vias, não possuindo propriamente um núcleo consolidado. A ocupação tem surgido sobre a encosta

sobranceira à ribeira das Bogas, já que os terrenos adjacentes à ribeira são bastante férteis para a agricultura.

Este aglomerado encontra-se bastante alterado, com edifícios, maioritariamente, habitacionais com 2 e 3 pisos e

linguagens arquitetónicas dissonantes.

Ladeira é uma pequena aldeia implantada numa vertente exposta a Norte, com alguma inclinação. É

atravessada pela ribeira da Ladeira e por alguns afluentes, sendo composta por poucas casas que surgem

implantadas arbitrariamente mas que, apesar de tudo, permitem uma boa integração na paisagem. Estas casas

são em xisto e têm geralmente 1 e 2 pisos, encontrando-se a maioria em mau estado de conservação.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 77

Maxial situa-se a Norte de Ladeira, e apresenta uma estrutura linear com desenvolvimento ao longo dos eixos

existentes. Uma pequena área no interior do núcleo urbano, integra uma estrutura mais antiga, com edifícios de

1 piso, em xisto, embora em avançado estado de degradação.

Finalmente, no que se refere a Urgeiro, cujo acesso se faz a partir de um arruamento que sai da EN 238, há a

destacar o seu enquadramento paisagístico, pois está implantado numa encosta sobranceira ao rio Zêzere. Este

aglomerado, de muito pequena dimensão, teve um desenvolvimento com início em torno da zona da igreja, de

forma bem densa, e posteriormente para Poente , embora de forma mais dispersa.

Figura 27: Perímetros Urbanos da União de Freguesias de Janeiro de Cima e de Bogas de Baixo

Fonte: CM Fundão

Quadro 30: Perímetros Urbanos da União de Freguesias de Janeiro de Cima e de Bogas de Baixo

Aglomerado

PERÍMETROS URBANOS EM VIGOR NÍVEL DE OCUPAÇÃO PROCESSOS DE LICENCIAMENTO

(2005-2014)

Espaços Urbanos

Espaços Urbanizáveis I

Espaços Verdes

Total Solo Urbano

Ocupado Solo Urbano por Ocupar

Solo Urbano

Solo Rústico

Total

ha % ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º

Janeiro de Cima 20,9 76,9% 5,9 21,6% 0,4 1,5% 27,2 40,3% 26,9 98,9% 0,3 1,1% 29

10 52

Bogas de Baixo 15,7 80,5% 3,4 17,5% 0,4 2,0% 19,5 28,9% 15,1 77,5% 4,4 22,5% 7

Ladeira 5,8 100,0% 5,8 8,6% 4,9 83,8% 0,9 16,2% 0

Maxial 9,8 100,0% 9,8 14,5% 9,3 94,4% 0,5 5,6% 6

Urgueiro 5,1 100,0% 5,1 7,6% 4,4 84,8% 0,8 15,2% 0

TOTAL 57,4 85,1% 9,3 13,7% 0,8 1,2% 67,5 100,0% 60,5 89,7% 7,0 10,3% 42 10 52

Fonte: CM Fundão

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 78

Os perímetro urbano da UF de Janeiro de Cima e de Bogas de Baixo são constituído por Espaços Urbanos

(85,1%), nas áreas que já se encontram edificadas e comprometidas, por dois Espaços Urbanizáveis (13,7%),

um localizado no de Janeiro de Cima e outro no de Bogas de Baixo, destinados à expansão dos aglomerados, e

por Espaços Verdes (1,2%), para proteger da ocupação áreas sensíveis do ponto de vista ecológico.

Analisando o nível de ocupação dos perímetros urbanos, conclui-se que os espaços urbanos se encontram

consolidados (93,4%), existindo espaços intersticiais por colmatar, e que os espaços destinados à expansão do

aglomerado apresentaram um nível de ocupação de 63,4%, .No total, o perímetro urbano apresenta 10,3% de

solo urbano por ocupar, tendo em consideração o solo urbano que não foi ocupado.

A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos na

união de freguesias, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do

PDM foram emitidas 50 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas tanto a intervenções em edifícios existentes

(44%), como à construção de novos edifícios (44%).

Gráfico 46: Licenças emitidas pela Autarquia para UF de Janeiro de Cima e Bogas de Baixo, por ano

Gráfico 47: Licenças emitidas pela Autarquia para UF de Janeiro de Cima e Bogas de Baixo,, entre 2005-2014

Fonte: CM Fundão

Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas

um total de 52 licenças, sendo que destas cerca de 80,8% incidiu em áreas interiores ao perímetro urbano,

maioritariamente em Janeiro de Cima, concentrando 69% do total dos processos.

Conclui-se, que a dinâmica da freguesia tem sido pouco expressiva, a acompanhar os movimentos

populacionais, visto que entre as últimas ações censitárias (2001 e 2011), observou um decréscimo significativo

de 20,26%, ou seja, perdeu neste período 127 habitantes.

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2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 79

3.2.5.22 União de Freguesias de Póvoa de Atalaia e Atalaia do Campo

As freguesias de Póvoa de Atalaia e de Atalaia do Campo situam-se junto às faldas da Serra da Gardunha, na

sua vertente Nordeste, e a Sudeste da cidade, sendo constituídas por uma estrutura urbana interligada,

separadas pelo atravessamento da ribeira de Alpeadre, tendo, no entanto, cada uma um núcleo antigo próprio e

dissociado do outro, pelo que no conjunto, a freguesia contempla dois perímetros urbanos, uma que integra o

aglomerado de Atalaia do Campo, a sul, e outro para Póvoa de Atalaia, a norte, com acesso a partir da EM 560.

Atalaia do Campo está implantada numa zona delimitada a Sul pela ribeira de Alpreade, a Este pela ribeira de

Meceira e a Norte por um afluente desta ribeira, pelo que se encontra algo constrangida. Este aglomerado

possui uma estrutura linear com início em torno da igreja e posterior desenvolvimento ao longo de eixos de

traçado retilíneo, essencialmente ao longo da EM 560. Foram efetuadas intervenções no núcleo antigo que

alteraram, de alguma forma, o património edificado e conferiram ao aglomerado uma certa descaracterização

urbana. Na generalidade, os edifícios têm 2 pisos e são destinados ao uso habitacional.

Póvoa da Atalaia está situada a Norte de Atalaia do Campo, com um afluente à ribeira da Meceira e uma área de

ocupação recente a separar os dois aglomerados. Apresenta um povoamento pouco denso, com base num

desenvolvimento linear, composto por diversos arruamentos. Os edifícios na zona mais antiga, situada no

extremo Nascente da via estruturante, são geralmente em banda com 2 pisos, enquanto que, nas áreas de

ocupação mais recente, são moradias unifamiliares, implantadas em lotes de área razoável. Este aglomerado

inclui uma unidade industrial (fabrico de enchidos) e uma represa de água, de alguma dimensão.

Figura 28: Perímetros Urbanos da UF de Póvoa da Atalaia e Atalaia do Campo – Análise do nível de Ocupação

Page 88: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL …imprensa.cm-fundao.pt/urbanismo/reot_fnd.pdf · 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução

1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 80

Quadro 31: Perímetros Urbanos da UF de Póvoa da Atalaia e Atalaia do Campo – Análise do nível de Ocupação

Aglomerado

PERÍMETRO URBANO EM VIGOR NÍVEL DE OCUPAÇÃO

PROCESSOS DE LICENCIAMENTO (2005-

2014)

Espaços Urbanos

Espaços Urbanizáveis I

Espaços Verdes

Total Solo Urbano

Ocupado Solo Urbano por Ocupar

Solo Urbano

Solo Rústico

Total

ha % ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º

Atalaia do Campo 15,6 66,6% 5,2 22,1% 2,6 11,3% 23,3 35,6% 20,1 86,3% 3,2 13,7% 15 16 66

Povoa da Atalaia 34,8 82,2% 7,5 17,8% 42,3 64,4% 37,6 88,9% 4,7 11,1% 35

TOTAL 50,3 76,7% 12,7 19,3% 2,6 4,0% 65,7 100,0% 57,7 87,9% 7,9 12,1% 50 16 66

Fonte: CM Fundão

Os perímetros urbanos da UF de Póvoa da Atalaia e Atalaia do Campo são constituídos por Espaços Urbanos

(76,7%), nas áreas que já se encontram edificadas e infraestruturadas, e por bolsas de Espaços Urbanizáveis

(19,3%), destinadas à expansão dos aglomerados, duas situadas em Atalaia do Campo e outra, de maior

dimensão, em Póvoa da Atalaia, e por um Espaço Verde (4,0%) em Atalaia do Campo, que tem por objetivo

salvaguardar da ocupação uma zona baixa.

Analisando o nível de ocupação destes dois perímetros urbanos, quase interligados, verifica-se que os espaços

urbanos se encontram consolidados (98,2%), existindo no entanto espaços intersticiais por colmatar, e que os

espaços destinados à expansão do aglomerado registaram um nível de ocupação de 54,5%, com maior

expressão em Atalaia do Campo, nos extremos poente e este, tendo em consideração que o espaço urbanizável

de Póvoa de Atalaia se encontra constrangido e ocupado pela presença de uma represa de água. No total, estes

perímetros urbanos, apresentam 12,1% de solo urbano por ocupar, tendo em consideração a área que não se

encontra ocupada.

A análise do nível de ocupação verificado tem justificação na dinâmica urbanística ocorrida nos últimos anos na

UF de Póvoa da Atalaia e Atalaia do Campo, uma vez que de acordo com os dados disponibilizados pelo INE,

desde a aprovação do PDM foram emitidas 85 licenças, entre 2001 e 2014, destinadas essencialmente a

intervenções em edifícios existentes (50,6%), representando a construção de novos edifícios para habitação

35,3%, do número total de licenças emitidas durante este período.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 81

Gráfico 48: Licenças emitidas pela Autarquia para a UF de Póvoa da Atalaia e Atalaia do Campo, por ano

Gráfico 49: Licenças emitidas pela Autarquia para a UF de Póvoa da Atalaia e Atalaia do Campo, entre 2005-2014

Fonte: CM Fundão

Para a freguesia, com dados desagregados ao território fornecidos pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas

um total de 66 licenças, sendo que destas cerca de 75,8% incidiu em áreas interiores aos perímetros urbanos,

especialmente em Póvoa de Atalaia, que concentrou 53% do número total de licenças, e que a grande maioria

se destinou a intervenções em edifícios existentes.

Conclui-se, que a dinâmica UF de Póvoa da Atalaia e Atalaia do Campo nos últimos anos foi expressiva, face ao

contexto local e municipal, no entanto os registos populacionais, entre 2001 e 2011, concluem que a freguesia

observou um decréscimo populacional na ordem dos 17,3%, sendo que neste período, de acordo com as ações

censitárias, perdeu 248 habitantes.

3.2.5.23 União de Freguesias de Vale de Prazeres e Mata da Rainha

Situadas nos extremo Nascente do concelho, a união de freguesias de Vale de Prazeres e Mata da Rainha,

fazem fronteira com o município de Penamacor, tendo o seu limite na ribeira do Taveiro. Apresentam declive

acentuada, e uma topografia variada, com valores paisagísticos de merecido destaque. Fazem parte desta União

de Freguesias os seguintes seis aglomerados urbanos: Mata da Rainha, Vale de Prazeres, Catrão, Cortiçada,

Póvoa Palhaça, Quinta do Monte Leal e Quintas da Torre.

Mata da Rainha, com acesso a partir da EM1074, está implantado numa área montanhosa, incluída ainda na

periferia do maciço da Serra da Gardunha, num local sobranceiro a toda a área de vale, com grande interesse

natural e paisagístico. É um aglomerado de estrutura linear, com origem no recinto da Igreja, e posterior

desenvolvimento ao longo dos eixos que possibilitam o seu acesso. Este aglomerado encontra-se bastante

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 82

descaracterizado e degradado, não apresentando quaisquer sintomas de dinâmica construtiva. Os edifícios

dispõem-se em banda ao longo dos arruamentos, sendo de tipologia unifamiliar, com 2 pisos.

Vale de Prazeres situa-se na vertente poente da União de freguesias e é cortada por diversos afluentes da

ribeira dos Cravos, no sentido Norte-Sul, sendo estes provenientes da encosta da Serra da Gardunha. É

atravessada pela EM239, que estabelece a ligação entre a EN 18 e o concelho de Idanha-a-Nova, e é

contornada a Norte pela linha férrea. O núcleo antigo do aglomerado desenvolveu-se em torno da igreja, com

base num traçado composto por ruas estreitas e irregulares e edifícios com 2 ou 3 pisos habitacionais,

apresentando alguns deles linguagens descontextualizadas face às características arquitetónicas locais. As

áreas de ocupação recente, situadas na área a Nascente do núcleo antigo, são constituídas, essencialmente,

por moradias unifamiliares com dois pisos.

Catrão é um aglomerado com um povoamento bastante disperso, sem qualquer estrutura de ocupação. O local

onde se concentra um maior número de construções, situa-se junto à EM1075, onde se encontra também

implantada a igreja. As casas são, maioritariamente, de 1 e 2 pisos.

Cortiçada localizada a Este do aglomerado de Vale de Prazeres e na EM 1075 é uma pequena aldeia que se

desenvolveu em torno do cruzamento entre duas vias. Atravessado por uma linha de água, este pequeno

aglomerado tem diversas construções novas, apoiadas no eixo viário principal, constituídas por moradias

unifamiliares isoladas e 2 pisos.

Póvoa Palhaça é uma pequena aldeia situada ao longo da EM 561(que permite o acesso à EN 346), e bastante

distante da sua sede, sendo atravessada, a Nascente, por um dos vários afluentes do ribeiro de Rija. Fora do

aglomerado urbano, mas junto à via que o atravessa, existem uma igreja e uma escola. Este aglomerado

encontra-se algo degradado.

Quinta do Monte Leal situado numa encosta, junto à linha férrea e à mesma via que atravessa Cortiçada,

embora mais a Nascente, é um aglomerado de pequena dimensão, que se desenvolveu, a partir do núcleo mais

antigo, enquadrado entre duas linhas de água e numa área inclinada, de forma linear face à EM 1075. Os

edifícios, geralmente, são moradias unifamiliares com 2 ou 3 pisos.

Finalmente, no que se refere a Quintas da Torre, cujo acesso se faz pela EM 561, há a destacar que este local é

constituído por três conjuntos urbanos de muito pequena dimensão e pouca expressão, situando-se dois junto à

referida via e o terceiro numa zona interior, com acesso próprio. A ocupação é bastante dispersa, sendo

constituída por moradias unifamiliares com 1 e 2 pisos.

Page 91: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL …imprensa.cm-fundao.pt/urbanismo/reot_fnd.pdf · 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução

1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 83

Figura 29: Perímetros Urbanos da UF de Vale de Prazeres e Mata da Rainha – Análise do nível de Ocupação

Quadro 32: Perímetros Urbanos da UF de Vale de Prazeres e Mata da Rainha – Análise do nível de Ocupação

Aglomerado

PERÍMETRO URBANO EM VIGOR NÍVEL DE OCUPAÇÃO PROCESSOS DE

LICENCIAMENTO (2005-2014)

Espaços Urbanos

Espaços Urbanizáveis I

Espaços Verdes

Total Solo Urbano

Ocupado Solo Urbano por Ocupar

Solo Urbano

Solo Rústico

Total

ha % ha % ha % ha % ha % ha % n.º n.º n.º

Mata da Rainha 14,5 93,6% 1,0 6,4% 15,5 26,0% 13,6 87,7% 1,9 12,3% 6

52 81

Vale de Prazeres 16,7 82,9% 1,3 6,6% 2,1 10,6% 20,2 33,7% 17,5 87,1% 2,6 12,9% 14

Cortiçada 2,5 100,0% 2,5 4,2% 2,5 100,0% 0,0 0,0% 6

Povoa da Palhaça 1,7 100,0% 1,7 2,8% 1,7 100,0% 0,0 0,0% 1

Quinta do Monte Leal

11,2 100,0% 11,2 18,8%

10,3 91,4% 1,0 8,6% 1

Quintas da Torre 8,7 100,0% 8,7 14,5% 8,7 100,0% 0,0 0,0% 1

TOTAL 55,4 92,5% 1,3 2,2% 3,1 5,2% 59,8 100,0% 54,3 90,8% 5,5 9,2% 29 52 81

Fonte: CM Fundão

Os perímetros urbanos da UF de Vale de Prazeres e Mata da Rainha são constituídos por Espaços Urbanos

(92,5%), nas áreas que já se encontram edificadas, por um pequeno Espaço Urbanizável (2,2%), situado em

Vale de Prazeres, destinado à expansão do aglomerado, e por Espaços Verdes (5,2%), para salvaguardar áreas

atravessadas por linhas de água em Vale de Prazeres e Mata da Rainha.

Analisando o nível de ocupação destes perímetros urbanos, verifica-se que os espaços urbanos se encontram

maioritariamente consolidados, existindo diversos espaços intersticiais ainda por colmatar, e que a área

classificada como espaço urbanizável foi integralmente ocupado, durante a vigência do PDM. No cômputo geral,

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 84

os perímetros urbanos apresentam 9,2% de área de solo urbano por ocupar, tendo em consideração os espaços

integrados em perímetro que não foram ocupados.

De acordo com os dados disponibilizados pelo INE, desde a aprovação do PDM foram emitidas 124 licenças,

entre 2001 e 2014, destinadas essencialmente a intervenções em edifícios existentes (55,6%), representando a

construção de novos edifícios para habitação 24,2%, do número total de licenças emitidas durante este período.

Gráfico 50: Licenças emitidas pela Autarquia para a UF de Vale de Prazeres e Mata da Rainha, por ano

Gráfico 51: Licenças emitidas pela Autarquia para a UF de Vale de Prazeres e Mata da Rainha, entre 2005-2014

Fonte: CM Fundão

Analisando a incidência territorial destas licenças, de acordo com os dados desagregados ao território fornecidos

pela Autarquia, desde 2005 foram emitidas um total de 81 licenças, a grande maioria com incidência em solo

rústico (64,2%), em áreas disseminadas pela freguesia, especialmente nas imediações de Vale de Prazeres.

Conclui-se, que a dinâmica de UF de Vale de Prazeres e Mata da Rainha nos últimos anos foi baixa,

acompanhando os registos populacionais da última ação censitária, visto que entre 2001 e 2011, a freguesia

observou um decréscimo populacional na ordem dos 17,87%, tendo perdido neste período, 308 habitantes.

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Solo Urbano Solo Rústico

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 85

4. PATRIMÓNIO HISTÓRICO E CULTURAL

O concelho do Fundão guarda ainda vestígios da vida dos povos que, ao longo dos séculos, o ocuparam. A

preservação ou recuperação do património construído surge como uma tarefa algo difícil, dada a

descaracterização de alguns núcleos resultante da introdução de novas construções de má qualidade

arquitetónica e implantadas de forma desordenada. No concelho do Fundão, atualmente existem diversos

imóveis classificados e em vias de classificação, bem como edifícios, não só de arquitetura erudita, mas de

feição mais popular, bem como diversos vestígios arqueológicos, que urgem proteger.

A valorização das características do Concelho, respeitando o enquadramento paisagístico dos conjuntos

edificados com interesse do ponto de vista do património histórico-cultural e o reforço de medidas genéricas de

proteção do património natural e edificado, constituem vetores estratégicos de intervenção do PDM em vigor.

O Plano, propõe a operacionalização dos seguintes mecanismos

Estudos de Ordenamento Urbano – através da recuperação de edifícios históricos (caso de Alcaide)

e a sua integração e a redefinição da malha urbana de crescimento (caso de Aldeia de Joanes,

Aldeia Nova do Cabo, Donas, Silvares, Vale de Prazeres e Valverde).

Planos de Recuperação e Salvaguarda - pretende-se zelar pela manutenção do património histórico

existente promovendo-se a sua recuperação e definindo-se as medidas necessárias à sua

conservação futura (caso de Alpedrinha, Barroca, Castelejo, Castelo Novo, Lavacolhos e Souto da

Casa).

Identificação e definição de Centros Históricos e Áreas de Interesse a Preservar.

Neste sentido, durante a vigência do Plano, foram feitos diversos estudos e efetuadas várias classificações de

imóveis com interesse municipal, tendo-se verificado dinâmica na preservação e reaproveitamento do património

classificado, com destaque para Castelo Novo, classificada como uma das Aldeias Históricas de Portugal, para o

Palácio do Picadeira, em Alpedrinha, e para as diversas intervenções no edificado das Aldeias do Xisto (Barroca

e Janeiro de Cima). Não existem planos de recuperação e salvaguarda em vigor para o concelho, contudo foram

desenvolvidos regulamentos para os núcleos de Alpedrinha e de Castelo Novo, que visam preservar e disciplinar

as alterações no tecido urbano existente destes aglomerados de interesse patrimonial.

Considera-se que existe uma tomada de consciência da necessidade de requalificar o património cultural

existente, e que têm existido esforços positivos no sentido de dinamizar estes processos, patente no número

crescente de licenças de intervenções no edificado existente.

A revisão do PDM deverá inventariar o património existente e acautelar a sua salvaguarda, com o

estabelecimento de medidas específicas em sede de regulamento.

Page 94: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL …imprensa.cm-fundao.pt/urbanismo/reot_fnd.pdf · 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução

1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 86

5. EQUIPAMENTOS COLETIVOS

A análise do grau de execução dos equipamentos previstos no PDM em vigor passa pela identificação de todas

as propostas de equipamentos definidas e verificar, dada a comparação com a rede de equipamentos atual, se

foram ou não implementadas.

O PDM em vigor previa, de acordo com as necessidades identificadas, e atendendo às perspetivas de evolução

futuras, as propostas que se identificam na listagem abaixo, segundo tipologia de equipamento. Procede-se

também a uma avaliação do grau de concretização, tendo em consideração os equipamentos existentes em

2015:

Quadro 33: Equipamentos – Avaliação do nível de execução das propostas do PDM em vigor

Equipamentos Ação Nível de execução

Exec. Exec.

Parcialmente Não Executado

Educação

1. Construção de 4 Escolas Primárias no Fundão

X

2. Criação de 4 Centros Escolares em:

Fundão X

Alpedrinha X

Capinha X

Silvares X

3. Escola C + S no Fundão X

Saúde

4. Construção de Extensões do Centro de Saúde em:

Alcongosta X

Aldeia de Joanes X

Donas X

Escarigo X

Peroviseu X

Salgueiro X

Telhado X

Valverde X

Social

5. Construção de 1 Centro Infantil em:

Silvares X

Soalheira X

Vale de Prazeres X

Valverde X

6. Construção de 1 Centro de Dia em:

Alcaria X

Alcongosta X

Aldeia de Joanes X

Aldeia Nova do Cabo X

Atalaia do campo X

Barroca X

Bogas de Baixo X

Bogas de Cima X

Capinha X

Page 95: RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL …imprensa.cm-fundao.pt/urbanismo/reot_fnd.pdf · 1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução

1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 87

Equipamentos Ação Nível de execução

Exec. Exec.

Parcialmente Não Executado

Castelejo X

Castelo Novo X

Donas X

Enxames X

Escarigo X

Fatela X

Janeiro de Cima X

Lavacolhos X

Mata da Rainha X

Peroviseu X

Telhado X

7. Centro de trabalho de deficientes X

8. Residência ou centro de alojamento X

Cultural e Lazer

9. Construção de 1 Centro Recreativo em todas as freguesias, com exceção de Mata da Rainha

X

10. Construção de Parques Infantis em:

Alpedrinha X

2 no Fundão X

Vale de Prazeres X

Valverde X

11. Construção do Parque Urbano no Fundão

X

12. Construção de Jardim Público em Vale de Prazeres

X

Desporto

13. Construção de 1 grande campo de jogos em Vale de Prazeres

X

14. Construção de pequenos campos de jogos em:

Alcaide X

Alcaria X

Alcongosta X

Aldeia Nova do Cabo

Atalaia do campo X

Barroca X

Bogas de Baixo X

Bogas de Cima X

Castelejo X

Castelo Novo X

Donas X

Enxames X

Escarigo X

Fatela X

Fundão X

Janeiro de Cima X

Lavacolhos X

Orca X

Peroviseu X

Póvoa da Atalaia X

Salgueiro X

Silvares X

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 88

Equipamentos Ação Nível de execução

Exec. Exec.

Parcialmente Não Executado

Soalheira X

Souto da Casa X

Telhado X

Vale de Prazeres

Valverde X

15. Pista de atletismo em cinzas X

16. Piscina coberta com tanque de aprendizagem

X

17. Pavilhão de competição X

TOTAL 63 3 10

Desta análise, conclui-se que nos últimos anos foram introduzidas diversas melhorias na rede de equipamentos

coletivos do concelho, ou seja, das 76 propostas definidas para construção de novos equipamentos, 63 foram

implementadas, 83% do previsto, especialmente no apoio social e desporto. No setor da saúde a maioria das

intervenções previstas, não foi implementada.

Verifica-se que no âmbito dos equipamentos desportivos houve uma grande aposta, integrando agora o

concelho as valências essenciais, de apoio direto à população, na maioria das freguesias.

Considera-se, assim, que o concelho se encontra satisfatoriamente bem dotado de equipamentos coletivos, em

presença das necessidades atuais.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 89

6. INDÚSTRIA

O PDM em vigor incentiva a localização da indústria, através da reserva de espaço vocacionado para o efeito, a

instalar na Zona Industrial do Fundão, definida a norte da Cidade, junto ao acesso à A23. O Plano possibilita a

dispersão desta atividade em meio rural, de acordo com as normas definidas no regulamento e na legislação

específica em vigor.

No que concerne ao desenvolvimento da atividade industrial no Fundão, um dos objetivos do PDM visa a atração

de empresários exteriores ao Concelho, mesmo à Região, que reúnam condições mínimas para atração de

capital e tecnologia, o que, paralelamente às medidas propostas, poderia impulsionar de forma positiva o

desenvolvimento do Concelho.

Para além de criar condições territoriais e regulamentares à fixação de novas atividades no concelho, o PDM

propõe a melhoria da formação técnica da mão-de-obra do Concelho, através da dinamização da Escola

Profissional (Agro-florestal e Industrial), com valências necessárias ao desenvolvimento industrial do concelho.

Quadro 34: Indústria - Avaliação do nível de execução das propostas do PDM em vigor

Ação Nível de execução

Descrição/ observações Exec.

Exec. Parcialmente

Não Executado

1. Zona Industrial do Fundão X Atualmente esta zona encontra-se sem capacidade de permitir a instalação de novas atividades.

2. Apoio a iniciativas de comércio e serviços em Fundão

X Redução de taxas e incentivos fiscais

3. Apoio técnico aos projetos de turismo e flexibilização dos regulamentos urbanísticos no que aqueles se refira.

X

4. Criação de Tecnopólos X

Das propostas definidas pelo PDM, apenas a Zona Industrial do Fundão foi implementada, devendo ser

revitalizada e alargada no âmbito da revisão do PDM, por já se encontrar sem capacidade de expansão. As

restantes propostas acabaram por não ser implementadas, à exceção da introdução de mecanismos fiscais para

incentivar a instalação de novas atividades no concelho.

Apesar da maioria das propostas não ter sido implementada, a Autarquia continua a apostar no desenvolvimento

socioeconómico do concelho, tendo criado duas novas zonas industriais com grande potencial de

desenvolvimento, ambas ainda por implementar, uma em Silvares, com plano de pormenor aprovado, e outra na

Solheira, situada junto à A23, com plano de pormenor em elaboração. Estas zonas deverão ser contempladas na

revisão do PDM, enquanto espaços industriais.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 90

7. TURISMO

O município do Fundão, pela sua localização e características físicas, é um local de excelência para a prática

turística, apresentando um conjunto de potencialidades, pontos de interesse e equipamentos de apoio à

atividade turística. Atualmente conta com a oferta de vários estabelecimentos de alojamento, restauração e uma

oferta vasta para exploração da natureza, cultural, feiras, festas, entre outros.

A este nível, o Plano procurou atender à especificidade do concelho, propondo as seguintes metas:

Reforço e melhoria da capacidade hoteleira;

Criação de estruturas de lazer e recreio;

Concretização de brochuras e folhetos de apresentação de atividades e propaganda do Concelho;

Fomento da formação hoteleira;

Apoio às tradições locais;

Aproveitamento das feiras e mercados tradicionais;

Aproveitamento de aldeamento e lugares caracterizados pela sua beleza ou tipicidade, criando

condições apelativas à sua procura;

Melhoria dos transportes com o aeródromo da Covilhã;

Manutenção da qualidade ambiental e da paisagem;

Integração do Concelho, fundamentalmente do triângulo turístico referido, como destino ou local de

passagem de percursos turísticos;

Fomento do Fundão como destino do turismo de 3ª idade, equipando as instalações hoteleiras para

esse fim;

Fomento do Fundão como destino do turismo de lazer desportivo.

Territorialmente, o PDM para alcançar estas metas define em solo rústico a flexibilização das condições do

processo de transformação de uso do solo, nomeadamente com a definição de indicadores superiores aos

estabelecidos nas demais situações.

Para além desta condição, nos últimos anos vários foram os mecanismos desenvolvidos pelo município para

incentivar a dinamização deste setor, dos quais se destacam o Plano Estratégico de Desenvolvimento Turístico,

várias intervenções de revitalização do centro histórico da Cidade, de Alpedrinha e de Castelo Novo, entre outros

investimentos.

O concelho integra a Serra da Gardunha, uma paisagem singular, que combina programas de visitação aos

ativos patrimoniais mais relevantes do concelho, integra a Aldeia Histórica de Castelo Novo, as Aldeias de Xisto

de Janeiro de Cima e Barroca, a rede de Casas Temáticas espalhadas por todo o concelho, a Moagem na

cidade do Fundão como equipamento cultural de excelência, o Museu Arqueológico Municipal, que guarda

alguns dos mais importantes achados do país, e o Palácio do Picadeiro como sede da Rota da Transumância.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 91

A programação cultural do concelho e a realização de grandes eventos anuais são outro fator de atração

turística ao concelho, nomeadamente a Festa da Cereja, os Chocalhos, a Quadragésima, a Festa do Queijo, os

Míscaros, a Maúnça, entre outros.

Neste sentido, considera-se que a estratégia definida para o turismo pelo PDM em vigor foi atingida,

encontrando-se ainda em crescente desenvolvimento.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 92

8. REDE VIÁRIA

Ao longo das últimas décadas, o concelho do Fundão viu o seu território reposicionar-se no contexto regional

devido, em grande medida, à melhoria das acessibilidades rodoviárias, quer a nível nacional (construção da A23)

quer a nível municipal, onde foram introduzidas melhorias através da pavimentação e/ou beneficiação de um

vasto conjunto de troços, que permitiram um acréscimo da sua extensão e importância no contexto da rede, com

benefícios claros ao nível da mobilidade e das acessibilidades locais e promovendo o fecho de malhas viárias

significativas. Neste setor, dos últimos investimentos destacam-se a construção da circular do Castelejo e a

circular urbana do Fundão (no âmbito do projeto REFER).

O PDM em vigor estabeleceu um conjunto de intervenções ao nível da melhoria das acessibilidades rodoviárias,

mais concretamente:

Quadro 35: Rede Viária e Transportes – nível de execução das propostas do PDM em vigor

Ação Nível de execução

Descrição/ observações Exec.

Exec. Parcialmente

Não Executado

Rede Viária

Conservação e manutenção de todas as estradas e caminhos que fazem parte da rede viária municipal

X

Manutenção das redes viárias Principal e Secundária

X

Construção da variante Alpedrinha - Fundão EN 18.

X Em resultado da construção da autoestrada A23

Melhoramento do atravessamento da Aldeia Nova do Cabo e de Aldeia de Joanes.

X

Transportes

Revisão da Rede de Transportes Públicos no concelho, nomeadamente no respeitante à frequência das carreiras, aos percursos e ao horário.

X

As intervenções previstas pelo PDM obtiveram um nível de execução satisfatório, sendo que nos últimos anos

foram introduzidas diversas melhorias à rede viária do território concelhio, incluindo a construção de novos

troços, que permitiram retirar o tráfego de atravessamento do interior de aglomerados. Neste momento,

considera-se que a rede viária concelhia está em bom estado de conservação, em resultado das diversas

intervenções efetuadas nos últimos anos.

Para além das propostas do PDM, foram efetuados diversos outros investimentos neste setor e encontram-se

previstos outros.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 93

9. INFRAESTRUTURAS URBANAS

Desde a data de publicação do atual PDM foram também introduzidas algumas melhorias a este nível,

destacando-se, neste contexto as propostas relativas a abastecimento de água, saneamento e resíduos:

Ao nível de abastecimento de água: o concelho do Fundão foi integrado no Sistema Multimunicipal de

Abastecimento de Água e de Saneamento do Alto Zêzere e Côa (2001), que implicou a reestruturação, a

manutenção e a reparação de equipamentos (rede tubagem, ventosas, descargas de fundo, válvulas, etc.), a

construção de novas condutas e a eliminação dos Sistemas Individuais, que até à data serviam o concelho.

Neste momento o sistema de abastecimento de água previsto pelas Águas do Zêzere e Côa está implementado,

não estando previstas intervenções para os próximos anos, com exceção de situações pontuais.

Contudo, à data de elaboração do PDM estavam previstas as seguintes intervenções:

Quadro 36: Infraestruturas – Propostas do PDM em vigor

Ação Nível de execução

Descrição/ observações Exec.

Exec. Parcialmente

Não Executado

Ampliação da rede de abastecimento de água a partir do recurso a águas superficiais

X

Elaboração de estudo com vista à definição dos tratamentos a efetuar a essas águas de forma a garantir a qualidade no abastecimento público.

X

Melhoria e ampliação da rede pública de esgotos das sedes de freguesia do concelho do Fundão

X

Implementar a execução da ETAR da sede do Concelho e principais perímetros urbanos.

X

Elaboração de um estudo sobre a recolha, transporte e deposição dos resíduos sólidos a nível do concelho.

X

Conclui-se que todas as intervenções definidas no PDM em vigor foram executadas, tendo no entanto havido

algumas alterações resultantes da integração do Fundão no Sistemas Multimunicipal, e implementados um

conjunto de outros investimentos a este nível.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 94

10. UNIDADES OPERATIVAS DE PLANEAMENTO E GESTÃO

O Plano define como unidades operativas de planeamento e gestão locais para os quais pretende obter uma

coerência própria, que devem ser tratados a um nível de planeamento com maior detalhe, no âmbito da

elaboração de instrumentos de gestão do território.

O PDM do Fundão em vigor, define na Planta de Ordenamento, a Unidade Operativa de Ordenamento de

Castelo Novo, para a área abrangida pela zona de proteção legalmente instituída, bem como uma faixa

envolvente, por forma a garantir o necessário enquadramento. Para esta área o Plano propôs a elaboração e

aprovação de um plano de pormenor no prazo de dois anos.

Durante a vigência do PDM o Plano de Pormenor não foi desenvolvido, contudo, no âmbito do Programa

Operacional de Promoção de Potencial de Desenvolvimento Regional, segundo o Decreto n.º 23/96 de 12 de

agosto, Castelo Novo foi declarada uma das Aldeias Históricas de Portugal – Beira Interior, sendo assim uma

área critica de recuperação e reconversão urbanística, para a qual foi desenvolvido um plano de recuperação no

âmbito do programa das Aldeias Históricas

Para além do Plano previsto nesta UOPG, o PDM em vigor, prevê no seu plano de ação, a elaboração e/ou

revisão dos Planos identificados no quadro seguinte, identificando-se os níveis de execução.

Quadro 37: Planos de Ordenamento - análise do nível de execução

Ação

Nível de execução

Descrição/ observações Exec.

Exec. Parcialmente

Não Executado

Planos Municipais de Ordenamento

Alcaide X

Alcaria X

Aldeia de Joanes X

Aldeia Nova o Cabo X

Capinha X

Donas X

Escarigo/Salgueiro/Quintãs X

Fundão X Em revisão o PP da área poente do Fundão

Orca X

Silvares X Executado apenas o PP da ZI de Silvares

Soalheira X Está em elaboração o PP da ZI da Soalheira

Vale de Prazeres X

Planos de Recuperação e

Salvaguarda

Alpedrinha X Foi elaborado um regulamento contendo disposições que visam preservar e disciplinar alterações ao tecido urbano existente (Regulamento da Vila de Alpedrinha)

Barroca X

Castelejo X

Castelo Novo X Foi elaborado um regulamento contendo disposições que visam preservar e disciplinar alterações ao tecido urbano existente (Regulamento da Aldeia Histórica de Castelo Novo)

Lavacolhos X

Souto da Casa X

Valverde X

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 95

Verifica-se que a maior parte das propostas do PDM em vigor para a elaboração de instrumentos de gestão

territorial não foram operacionalizadas. A Revisão do PDM será uma oportunidade para reavaliar as propostas

neste setor e definir novas UOPG que permitam alcançar os objetivos e enquadrar os planos e projetos em curso

ou previstos.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 96

11. SERVIDÕES ADMINISTRATIVAS E OUTRAS RESTRIÇÕES DE UTILIDADE PÚBLICA

O concelho do Fundão apresenta uma parte significativa do seu território abrangido por áreas sujeitas a

servidões administrativas e outras restrições de utilidade pública no uso do solo.

De acordo com a legislação em vigor3, a Planta de Condicionantes “identifica as servidões e restrições de

utilidade pública em vigor que possam constituir limitações ou impedimentos a qualquer forma específica de

aproveitamento”. Esta peça desenhada constitui um dos elementos fundamentais do Plano, onde estão

assinalados os espaços do concelho incluídos na Reserva Agrícola Nacional (RAN) e na Reserva Ecológica

Nacional (REN), e em geral, todos aqueles que se encontram sujeitos a outras servidões administrativas e

restrições de utilidade pública.

A Planta de Condicionantes, salvaguardas e restrições ao uso dos solos do PDM em vigor, e o Regulamento do

Plano, identificam as seguintes servidões administrativas e restrições de utilidade pública:

Infraestruturas

Servidões rodoviárias - rede rodoviária nacional, rede municipal e rede urbana;

Servidões ferroviárias;

Servidões da rede elétrica de média e alta tensão;

Servidões do Sistema de Saneamento Básico;

Servidões radioelétricas;

Recursos Naturais e Florestais:

Servidões das pedreiras;

Servidões do domínio público hídrico;

Captações subterrâneas de água;

Proteção às Albufeiras;

Reserva Ecológica Nacional;

Reserva Agrícola Nacional;

Espécies Florestais;

Perímetro de Rega - Aproveitamento Hidroagrícola da Cova da Beira;

Perímetros Florestais;

Património histórico-cultural;

Marcos geodésicos;

Parques de Sucata e de Vazadouros de entulho.

As restrições à ocupação do solo segundo estes tipos de servidões vêm definidas no Regulamento do PDM.

3 Alínea c), do n.º 1, do Artigo 86º, do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de setembro, com a redação dada pelo D.L. n.º 46/2009, de 20 de fevereiro.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 97

Durante a vigência do PDM, as normas definidas no regulamento do PDM em vigor entre os art.º 5 a 35º,

referentes às servidões administrativas e outras restrições de utilidade pública ao uso do solo têm sido

aplicadas, em consonância com os respetivos regimes jurídicos aplicáveis.

Relativamente à RAN e REN, quando se detetam conflitos com estas servidões a entidade que tutela a servidão

é consultada e quando há intenção de ocupação destas áreas é exigido o comprovativo de desafetação da área

ou a respetiva autorização. Existem casos pontuais de ocupação dessas áreas.

Conclui-se que a Autarquia teve sempre o cuidado de respeitar afastamentos mínimos exigidos, áreas non

aedificandi e de assegurar na gestão do seu território a consulta às entidades responsáveis. No âmbito da

revisão do PDM esta informação deve ser atualizada e integrar novas condicionantes decorrentes de realidades

atuais e quadros legais recentes.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 98

12. SINTESE CONCLUSIVA DA AVALIAÇÃO DO PDM DO FUNDÃO

Durante a vigência do PDM do Fundão, publicado em 2001, foram executados e aprovados diversos

instrumentos de desenvolvimento territorial, social, económico e ambiental, fundamentais para o

desenvolvimento do concelho, de entre os quais se destacam o Plano de Pormenor da Zona Industrial de

Silvares (2014), o Plano de Pormenor da Zona Industrial da Solheira (em curso), o Plano Municipal de Defesa da

Floresta Contra Incêndios (2012), o Plano de Proteção Civil - Proteção de Riscos (2015), a Carta Educativa

(2014) e o Plano de Desenvolvimento Social e Plano de Ação (2015), entre outros estudos.

Em forma de conclusão, referem-se as considerações mais relevantes resultantes da apreciação efetuada:

Da análise da Estratégia de Desenvolvimento Municipal, considera-se que o Plano criou condições

para implementar a estratégia definida, contudo, face à atual realidade e dinâmicas existentes,

durante a vigência do plano teve um nível de execução satisfatório.

Da análise das Propostas de Ordenamento Territorial, salientam-se as seguintes questões:

espaços rurais - o maior constrangimento incide sobre a capacidade construtiva em zonas de

propriedade muito fracionada (minifúndio) ou em zonas periurbanas, face aos parâmetros estabelecidos

no PDM em vigor, bastante restritivos. Verificam-se também dificuldades na instalação e legalização de

atividades comerciais em espaço rural. Identificam-se núcleos urbanos em espaço rural, que não foram

contemplados com perímetro urbano à data de elaboração do PDM, e novas construções na

envolvência dos perímetros urbanos em vigor, tendo por base os parâmetros estabelecimentos pelo

Plano. Também nestes espaços, a proposta estabelecida para o espaço de interesse turístico acabou

por não ser implementada.

solo urbano - integra 54 perímetros urbanos, que ocupam 2,4% do território municipal, abrangendo a

maioria da estrutura urbana, existindo porém pequenas aldeias e conjuntos urbanos que ficaram

classificados como solo rústico. No total, apresentaram um nível de ocupação de 79,9% durante a

vigência do PDM, tendo os espaços urbanizáveis, destinados à expansão dos aglomerados registado

uma ocupação de 63%, e os espaços industriais uma ocupação bastante satisfatória, carecendo de

ampliação e da definição de novas áreas, para enquadrar os planos de pormenor entretanto

desenvolvidos, promovendo o desenvolvimento socioeconómico do concelho. Conclui-se que os

perímetros urbanos permitiram dar uma resposta satisfatória ao desenvolvimento urbano operado

durante a sua vigência.

Património Histórico e Cultural - Relativamente à política do património, houve realmente uma

preocupação de preservação patente, essencialmente, nos licenciamentos registados para o efeito

nos últimos anos. Também a existência de um normativo específico definido para os núcleos

antigos de Alpedrinha e Castelo Novo, orientou de certa forma as diversas intervenções

introduzidas ao edificado existente, nestes interessantes núcleos de interesse patrimonial.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 99

Equipamentos Coletivos - durante a vigência do Plano, o concelho ficou dotado de diversos novos

equipamentos em diversas valências, salientando-se que a maioria das propostas do PDM a este

nível foram implementadas (83%). As propostas que não foram concretizadas, devem ser aferidas

no âmbito da revisão do PDM, em resultado da realidade municipal.

Indústria - Das propostas definidas pelo PDM, apenas a Zona Industrial do Fundão foi

implementada, devendo ser revitalizada e alargada no âmbito da revisão do PDM, por já se

encontrar sem capacidade de expansão. As restantes propostas acabaram por não ser

implementadas, à exceção da introdução de mecanismos fiscais para incentivar a instalação de

novas atividades no concelho. Apesar da maioria das propostas do PDM não ter sido implementada,

a Autarquia continua a apostar no desenvolvimento socioeconómico do concelho, tendo sido criadas

duas novas zonas industriais com grande potencial de desenvolvimento, ainda por implementar,

uma em Silvares, com plano de pormenor aprovado, e outra na Solheira, situada junto à A23, com

plano de pormenor em elaboração. Estas zonas deverão ser contempladas na revisão do PDM,

enquanto espaços industriais.

Turismo - Neste sentido, considera-se que a estratégia definida para o setor turístico pelo PDM em

vigor foi atingida e se encontra ainda em crescente desenvolvimento.

Rede Viária - As intervenções previstas pelo PDM obtiveram um nível de execução satisfatório, e

para além destas, foram efetuados outros investimentos neste setor para melhoria da rede e

construção de novos troços.

Infraestruturas Urbanas - As intervenções definidas para a vigência do Plano foram na totalidade

aplicadas, contudo após a integração no sistema Multimunicipal houve uma alteração de estratégia.

Unidades Operativas de Planeamento e Gestão - A maior parte das propostas não foi

operacionalizada, ou seja, dos 12 planos municipais de ordenamento do território previstos, apenas

um foi desenvolvido, mas parcialmente, em Silvares, com o PP da Zona Industrial. E dos 7 planos

de recuperação e salvaguarda previstos, 2 foram executados parcialmente, para Alpedrinha e

Castelo Novo, apenas com a definição de regulamentos que visam preservar e disciplinar

alterações no tecido urbano existente. A Revisão do PDM será uma oportunidade para reavaliar as

propostas neste setor e definir novas UOPG que permitam alcançar os objetivos e enquadrar os

planos e projetos em curso ou previstos.

Servidões Administrativas e Outras Restrições de Utilidade Pública - a Autarquia teve sempre o

cuidado de respeitar as condicionantes legalmente instituídas e de assegurar na gestão do seu

território a consulta às entidades responsáveis. No âmbito da revisão do PDM esta informação deve

ser atualizada e integrar novas condicionantes decorrentes de realidades atuais e quadros legais

recentes.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 100

A revisão do PDM deverá incluir em perímetro urbano os aglomerados urbanos existentes, atendendo ao nível

de ocupação atual, e definir áreas urbanas de baixa densidade, em zonas onde tal se justifique ou que seja

possível enquadrar.

Conclui-se que o PDM em vigor se revelou como uma ferramenta de uso e ocupação do solo ajustada às

dinâmicas económicas e sociais do concelho, salvo nos casos de instalação de algumas atividades em solo

rural, que implicaram a necessidade de recorrer a outros instrumentos de gestão territorial, como o PP da zona

industrial de Silvares e da Soalheira.

Outro aspeto que interessa salientar como dificuldade de compatibilizar a aplicação do PDM refere-se à nova

legislação que tem sido publicada no campo da gestão urbanística ao longo dos últimos anos.

Conclui-se que o Plano Diretor Municipal do Fundão em vigor, enquanto Plano de primeira geração, possibilitou

definir um instrumento capaz de gerir o território concelhio de forma bem satisfatória, devendo a revisão agora

corrigir os erros e constrangimentos detetados, bem como ajustar o Plano à realidade local e ao novo quadro

normativo nacional e regional sobre matéria de ordenamento do território.

.

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 101

ANEXO – QUADROS ESTATÍSTICOS DE APOIO

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 102

Quadro 38: Perímetros Urbanos - Quantificação do nível de ocupação durante a vigência do PDM, por freguesia

Freguesia

Áreas Urbanas Ocupadas Áreas Urbanas por

Ocupar

Área Total dos Perímetros

Urbanos Espaços Urbanos Espaços Urbanizáveis Espaços Verdes Espaços Industriais Total

ha % ha % ha % ha % ha % ha % ha

Alcaide 16,9 75,2% 3,4 15,2%

20,3 90,5% 2,1 9,5% 22,5

Alcaria 20,7 40,9% 16,1 31,9%

36,8 72,8% 13,8 27,2% 50,6

Alcongosta 13,3 70,3% 3,6 18,9%

16,8 89,2% 2,0 10,8% 18,9

Alpedrinha 45,9 53,8% 9,8 11,5% 1,2 1,4%

56,9 66,7% 28,4 33,3% 85,4

Barroca 38,4 86,5%

0,8 1,8%

39,3 88,3% 5,2 11,7% 44,4

Bogas de Cima 31,9 81,1% 1,4 3,6%

33,3 84,7% 6,0 15,3% 39,4

Capinha 21,2 45,8% 10,0 21,5% 0,8 1,8%

32,0 69,0% 14,4 31,0% 46,4

Castelejo 33,0 73,1% 8,3 18,4% 0,3 0,8%

41,7 92,3% 3,5 7,7% 45,2

Castelo Novo 11,0 69,0% 1,5 9,6%

12,5 78,6% 3,4 21,4% 15,9

Enxames 28,8 98,9%

28,8 98,9% 0,3 1,1% 29,1

Fatela 15,4 55,4% 3,7 13,2% 3,4 12,3%

22,5 81,0% 5,3 19,0% 27,8

Lavacolhos 17,4 92,5%

17,4 92,5% 1,4 7,5% 18,8

Orca 36,8 81,7%

0,4 0,8%

37,2 82,5% 7,9 17,5% 45,1

Peroviseu 16,8 36,8% 15,5 34,0% 1,6 3,5%

33,9 74,3% 11,7 25,7% 45,6

Silvares 64,1 68,5% 7,2 7,7% 3,6 3,8%

74,8 80,0% 18,7 20,0% 93,6

Soalheira 39,0 72,1% 1,4 2,6% 1,2 2,1%

41,6 76,8% 12,5 23,2% 54,1

Souto da Casa 36,0 71,8% 3,9 7,8%

39,9 79,6% 10,2 20,4% 50,1

Telhado 12,3 59,3% 3,7 17,6% 1,7 8,1%

17,7 85,1% 3,1 14,9% 20,8

Três Povos 65,1 64,8% 10,1 10,1% 8,4 8,3%

83,6 83,3% 16,8 16,7% 100,4

UF Fundão, Valverde, Donas, Aldeia de Joanes e Aldeia Nova do Cabo

143,7 23,3% 199,6 32,4% 16,9 2,7% 109,2 17,7% 469,3 76,2% 146,7 23,8% 616,0

UF Janeiro de Cima e Bogas de Baixo 53,9 79,8% 5,9 8,8% 0,7 1,1%

60,5 89,7% 7,0 10,3% 67,5

UF Póvoa de Atalaia e Atalaia do Campo

49,4 75,2% 6,9 10,6% 1,5 2,2%

57,8 88,0% 7,9 12,0% 65,7

UF Vale de Prazeres e Mata da Rainha 51,5 86,2% 1,3 2,2% 1,5 2,4%

54,3 90,8% 5,5 9,2% 59,8

Concelho do Fundão 862,4 51,9% 313,4 18,8% 43,9 2,6% 109,2 6,6% 1328,9 79,9% 333,8 20,1% 1662,7

Fonte: CM Fundão

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 103

Quadro 39: N.º de edifícios licenciados, por freguesia, tipo de obra e destino da obra, entre 2001 e 2014

Freguesias N.º total de

licenças

Construções novas Intervenção em edifícios

existentes

Habitação Outros usos % n.º %

n.º n.º

Alcaide 69 22 8 43,5% 39 56,5%

Alcaria 123 54 22 61,8% 47 38,2%

Alcongosta 35 6 7 37,1% 22 62,9%

Alpedrinha 104 29 18 45,2% 57 54,8%

Barroca 50 20 8 56,0% 22 44,0%

Bogas de Cima 46 13 4 37,0% 29 63,0%

Capinha 50 16 6 44,0% 28 56,0%

Castelejo 56 16 4 35,7% 36 64,3%

Castelo Novo 79 20 14 43,0% 45 57,0%

Enxames 35 17 6 65,7% 12 34,3%

Fatela 58 16 4 34,5% 38 65,5%

Lavacolhos 23 6 2 34,8% 15 65,2%

Orca 73 10 17 37,0% 46 63,0%

Peroviseu 93 33 22 59,1% 38 40,9%

Silvares 111 27 27 48,6% 57 51,4%

Soalheira 102 40 15 53,9% 47 46,1%

Souto da Casa 80 20 8 35,0% 52 65,0%

Telhado 74 31 9 54,1% 34 45,9%

Três Povos 66 21 12 50,0% 33 50,0%

UF Fundão, Valverde, Donas, Aldeia de Joanes e Aldeia Nova do Cabo

85 30 12 49,4% 43 50,6%

UF Janeiro de Cima e Bogas de Baixo 124 30 25 44,4% 69 55,6%

UF Póvoa da Atalaia e Atalaia do Campo 50 22 6 56,0% 22 44,0%

UF Vale de Prazeres e Mata da Rainha 971 475 167 66,1% 329 33,9%

CONCELHO DO FUNDÃO 2557 974 423 54,6% 1160 45,4%

Fonte: INE - estatísticas territoriais

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1ª Revisão do PDM do Fundão - Relatório de Avaliação do Grau de Execução do PDM em Vigor 104

Quadro 40: População residente no concelho do Fundão, e variação populacional entre 2001 e 2011, por freguesia

Zona Geográfica População residente

Variação entre 2001 e 2011 (%)

Em 2001 Em 2011 n.º %

Alcaide 764 616 -148 -19,37

Alcaria 1271 1180 -91 -7,16

Alcongosta 573 497 -76 -13,26

Alpedrinha 1184 1087 -97 -8,19

Barroca 634 496 -138 -21,77

Bogas de Cima 466 347 -119 -25,54

Capinha 620 494 -126 -20,32

Castelejo 824 656 -168 -20,39

Castelo Novo 439 406 -33 -7,52

Enxames 596 520 -76 -12,75

Fatela 549 564 15 2,73

Lavacolhos 242 236 -6 -2,48

Orca 800 650 -150 -18,75

Peroviseu 831 728 -103 -12,39

Silvares 1104 968 -136 -12,32

Soalheira 1130 891 -239 -21,15

Souto da Casa 988 807 -181 -18,32

Telhado 619 618 -1 -0,16

Três Povos 1116 914 -202 0,84

UF Fundão, Valverde, Donas, Aldeia de Joanes e Aldeia Nova do Cabo

12945 13434 489 3,73

UF de Janeiro de Cima e Bogas de Baixo 627 500 -127 4,73

UF de Póvoa da Atalaia e Atalaia do Campo 1436 1188 -248 -11,39

UF de Vale de Prazeres e Mata da Rainha 1724 1416 -308 1,84

Concelho do Fundão 31482 29213 -2269 -7,21

Fonte: INE - Censos 2001 e 2011