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2011 RELATÓRIO DE ATIVIDADES Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária

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2011

RELATÓRIO DE ATIVIDADES Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária

2

SECRETARIA REGIONAL DE AGRICULTURA E FLORESTAS

DIREÇÃO REGIONAL DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO

DIREÇÃO DE SERVIÇOS DE AGRICULTURA E PECUÁRIA

RELATÓRIO DE ACTIVIDADES

2011

Ponta Delgada

Março 2012

1

ÍNDICE

INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 5

1. FITOSSANIDADE ................................................................................................................. 6

1.1 INSPEÇÃO FITOSSANITÁRIA ............................................................................................. 6

1.2 PRODUÇÃO, CIRCULAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE VEGETAIS ...................................... 6

1.3 PROGRAMAS DE PROSPEÇÃO .......................................................................................... 8

1 – Citrus tristeza vírus (ZP) ............................................................................................ 9

2 – Plum pox vírus - Sharka ............................................................................................ 9

3 – Erwinia amylovora (ZP) ........................................................................................... 10

4 – Tryoza erytreae, Diaphorina citri, Toxoptera citricidus .......................................... 10

5 – Gonipterus scutellatus (ZP) ..................................................................................... 11

6 – Bemisia tabaci (ZP) ................................................................................................. 12

7 – Beet necrotic yellow vein vírus (Rhizomania) (ZP) ................................................. 12

8 – Thrips palmi ............................................................................................................ 13

9 – Scaphoideus titanus ................................................................................................ 13

10 – Pepino mosaic virus .............................................................................................. 14

11 – Ralstonia solanacearum e Clavibacter michiganenis ssp. sepedonicus ............... 14

12 – Leptinotarsa decemlineata (ZP) ............................................................................ 16

13 – Diabrotica virgifera ............................................................................................... 16

14 – Phytophtora ramorum .......................................................................................... 17

15 – Rhynchophorus ferrugineus .................................................................................. 18

16 – Gibberella circinata ............................................................................................... 18

17 – Anoplophora chinensis.......................................................................................... 19

18 – Bursaphelenchus xylophilus .................................................................................. 19

19 – Ciborinia camelliae ............................................................................................... 20

PROSPEÇÃO DE NEMÁTODOS ............................................................................................. 20

POPILLIA JAPONICA ...................................................................................................... 24

1.4 CONSULTAS FITOSSANITÁRIAS ...................................................................................... 25

LABORATÓRIOS DE MICOLOGIA E DE VIROLOGIA ....................................................... 27

LABORATÓRIO DE NEMATOLOGIA ............................................................................... 30

LABORATÓRIO DE ENTOMOLOGIA ............................................................................... 38

LABORATÓRIO DE BACTERIOLOGIA .............................................................................. 39

2

2. VARIEDADES, SEMENTES E PROPÁGULOS ....................................................................... 40

2.1 BATATA-SEMENTE ......................................................................................................... 40

2.1.1 ENSAIO DE CONTROLO A POSTERIORI DE BATATA DE SEMENTE DE 2011 ......... 40

2.2 CATÁLOGO NACIONAL DE VARIEDADES ........................................................................ 46

2.2.1 ENSAIOS DE ADAPTAÇÃO DE VARIEDADES DE BATATA ...................................... 46

2.2.2 ENSAIOS DE ADAPTAÇÃO DE VARIEDADES DE ESPÉCIES FORRAGEIRAS ............ 51

3. CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS .................................................................................. 54

3.1 LIMITE MÁXIMO DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS ............................................................. 54

4. CONTROLO DE ROEDORES ............................................................................................... 62

4.1 AQUISIÇÃO E CEDÊNCIA DE RODENTICIDAS .................................................................. 62

4.2 ACONSELHAMENTO E APOIO TÉCNICO ......................................................................... 65

4.3 AÇÕES DE FORMAÇÃO, DIVULGAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO ............................................. 66

4.4 PROJETO “EPIDEMIOLOGIA E CONTROLO DA LEPTOSPIROSE NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES” .......................................................................................... 66

4.5 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL INTEGRADA DE ROEDORES PARA O ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES ........................................................................................ 69

4.6 AVALIAÇÃO DOS DANOS PROVOCADOS PELOS ROEDORES NAS PRINCIPAIS CULTURAS ..................................................................................................................... 71

4.7 DETERMINAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE MUTAÇÕES AO NÍVEL DO GENE VKORC1, CONHECIDAS PELA SUA ASSOCIAÇÃO COM A PRESENÇA DE RESISTÊNCIAS AOS RODENTICIDAS ANTICOAGULANTES, EM ROEDORES DA ILHA DE SÃO MIGUEL ......... 71

5. PLANO DE CONTROLO À IMPORTAÇÃO DE GÉNEROS ALIMENTÍCIOS DE ORIGEM NÃO ANIMAL ................................................................................................................ 83

6. IMPLEMENTAÇÃO DO DECRETO-LEI N.º 173/2005 ......................................................... 83

7. DIVULGAÇÃO AGRÁRIA .................................................................................................... 87

7.1 AVISOS AGRÍCOLAS ........................................................................................................ 87

7.2 FOLHETOS DE DIVULGAÇÃO E FICHAS TÉCNICAS .......................................................... 89

7.3 EVENTOS ...................................................................................................................... 117

7.4 COMUNICAÇÕES .......................................................................................................... 117

8. FORMAÇÃO PROFISSIONAL AGRÁRIA ........................................................................... 119

9. EXPERIMENTAÇÃO ......................................................................................................... 124

9.1 PROJETO DE PROTEÇÃO INTEGRADA EM HORTOFRUTICULTURA AO ABRIGO DO ACORDO DE COOPERAÇÃO E DEFESA ENTRE PORTUGAL E OS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA. ...................................................................................................................... 124

9.2 ESTUDO DA ABUNDÂNCIA E CONTROLO DA PRAGA CERATITIS CAPITATA (WIEDEMANN) (DIPTERA: TEPHRITIDAE) ...................................................................... 135

3

9.3 ESTUDO DAS DOENÇAS DO LENHO DA VIDEIRA ......................................................... 144

9.4 PROJECTO ANÁLISE DE SOLOS E FERTILIZAÇÃO DOS AÇORES .................................... 151

9.5 PROJECTO: “PREVENÇÃO DA HEMATÚRIA ENZOÓTICA BOVINA POR CONTROLO DO FETO COMUM (PTERIDIUM AQUILINUM) NAS PASTAGENS MICAELENSES” ......... 156

9.6 CONSERVAÇÃO DA RAÇA BOVINA AUTÓCTONE RAMO GRANDE ............................... 160

9.7 PROGRAMA EXPERIMENTAL DE TRANSFERÊNCIA EMBRIONÁRIA EM BOVINOS NA ILHA GRACIOSA ............................................................................................................. 161

10. APOIO JURÍDICO .......................................................................................................... 164

11. SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS ...................................................................................... 172

4

5

INTRODUÇÃO

Este documento pretende dar a conhecer todas as atividades desenvolvidas pela

Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária (DSAP) durante o passado ano de 2012 a

todos os que se interessam pela agricultura em geral e/ou por um ou outro sector

particular desta importante atividade primária, como por exemplo, a proteção das

culturas, a inspeção fitossanitária, a experimentação, a pecuária, a divulgação agrária e

a formação profissional agrária. Uma vez que as competências da DSAP são

transversais a todos os Serviços de Desenvolvimento Agrários da Região e que a

respetiva supervisão é da responsabilidade da DSAP, são também incluídos neste

relatório atividades efetuadas por técnicos desses diversos Serviços de

Desenvolvimento Agrário.

Ponta Delgada, 7 de março de 2012

O DIRECTOR

CARLOS EDUARDO COSTA SANTOS

6

1. FITOSSANIDADE

1.1 INSPEÇÃO FITOSSANITÁRIA

Para dar cumprimento à regulamentação comunitária para as questões fitossanitárias,

transposta para o direito interno pelo Decreto-Lei nº 154/2005, de 6 de setembro,

alterado e republicado pelo Decreto-Lei nº 243/2009, de 17 de setembro, foram

efetuadas inspeções de modo a assegurar as medidas de protecção fitossanitária

destinadas a evitar a introdução e dispersão no território nacional e comunitário,

incluindo nas zonas protegidas, de organismos prejudiciais aos vegetais e produtos

vegetais qualquer que seja a sua origem ou proveniência. As inspeções para controlo

fitossanitário foram efetuadas aos locais de produção dos agentes económicos

registados, à importação e exportação de e para países terceiros, sendo emitidos

passaportes e certificados fitossanitários sempre que necessário.

Nos pontos de entrada para mercadorias provenientes de países terceiros, aeroporto,

porto e correios, foram efetuadas inspeções sempre que solicitado pela Alfândega ou

operador económico. Manteve-se um técnico à chegada dos aviões provenientes dos

Estados Unidos da América e Canadá (290 voos).

Foram emitidos 558 certificados fitossanitários e efetuaram-se 60 interceções nos pontos

de entrada de países terceiros. Os produtos interceptados tinham como origem os

Estados Unidos da América (28), Canadá (19), Brasil (6), Bermudas (3), Cabo Verde (2),

China e Australia e na maioria dos casos são sementes variadas (feijão, milho,

ornamentais, hortícolas), bolbos e outros materiais de propagação vegetativa.

1.2 PRODUÇÃO, CIRCULAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE VEGETAIS

O Decreto-Lei nº 154/2005 de 6 de setembro, alterado e republicado pelo Decreto-Lei nº

243/2009 de 17 de setembro, estabelece regras para a produção, circulação e

comercialização, de determinados vegetais, produtos vegetais e outros objectos

7

originários da UE considerados potenciais factores de risco fitossanitário. Assim os

operadores ecomónicos devem efetuar o seu registo nos serviços oficiais para que

possam ser controlados através de inspeções que, são efetuadas por inspectores

fitossanitários devidamente credenciados pela DGADR, permitindo a emissão do

passaporte fitossanitário que deverá acompanhar as remessas no espaço comunitário

sempre que necessário.

No final de 2010 tivemos um operador que se registo para efetuar tratamento térmico de

madeira e de material de embalagem de madeira, a firma Amaral e Januário, Lda. Foram

efetuadas 14 inspeções para verificar o cumprimento dos requisitos e validação do

tratamento efetuado.

Foram efetuadas visitas aos produtores de materiais de propagação de fruteiras e/ou

plantas ornamentais em maio e/ou novembro para que fossem preenchidas as

declarações anuais de previsão de produção e as declarações anuais de produção.

Foram licenciados 6 novos operadores, em que 4 se dedicam à produção e/ou

comercialização de materiais de propagação vegetativa e 2 que comercializam batata-

consumo, e foram entregues 2 declarações de encerramento de actividade.

Neste momento estão inscritos no Registo Oficial 107 operadores da área agrícola, em

que 28 se dedicam à produção e/ou comercialização de batata e os restantes 71 a outro

tipo de vegetais.

8

1.3 PROGRAMAS DE PROSPEÇÃO Anualmente são realizados os programas de prospeção oficial destinados a confirmar o

estatuto de zona protegida assim como verificar a presença ou ausência de determinados

organismos de quarentena.

Durante o ano 2011 a Região Autónoma dos Açores cumpriu em termos globais as

prospeções propostas pela DGADR e os dados foram carregados, na maioria dos casos, no

programa INFINET.

De seguida são apresentados de forma resumida e esquemática os dados e resultados das

prospeções efetuadas em 2011.

9

1 – Citrus tristeza vírus (ZP)

ILHA Concelho Hospedeiros observados

Nº de locais

Tipo

Nº total de amostras colhidas

Santa Maria Vila Porto Citrus sp. 4 P 12

S. Miguel

Ponta Delgada Citrus sp. 3 P 9

Lagoa Citrus sp. 1 P 3

Ribeira Grande Citrus sp. 7 P 21

Vila Franca Campo Citrus sp. 1 P 4

Povoação Citrus sp. 2 P 6

Terceira Angra do Heroísmo Citrus sp. 7 P 21

Praia da Vitória Citrus sp. 3 P 9

Graciosa Santa Cruz Citrus sp. 4 P 12

S. Jorge Velas Citrus sp. 4 P 12

Calheta Citrus sp. 3 P 9

Pico

Lages Citrus sp. 1 P 3

Madalena Citrus sp. 11 P 33

S. Roque Citrus sp. 3 P 9

Faial Horta Citrus sp. 4 P 12

Flores Lajes Citrus sp. 2 P 6

Santa Cruz Citrus sp. 2 P 6

62 187

Tipo de Locais: P - pomares, V- viveiros, CPM - campos de pés – mãe, LP - Citrinos ornamentais

em locais públicos

2 – Plum pox vírus - Sharka

ILHA Concelho Hospedeiros observados

Nº de locais

Tipo

Nº total de amostras colhidas

Santa Maria Vila Porto Am.; Pess.; Dam. 4 P 8

S. Miguel

Ponta Delgada Am.; Pess.; 2 P 6

Lagoa Am.;. 1 P 3

Ribeira Grande Am.; Pess.; Dam. 2 P 9

Vila Franca Campo Pess. 2 P 6

Nordeste Am.; Pess.; Dam. 1 P 9

Povoação Am.; Pess. 2 P 7

Terceira Angra do Heroísmo Am.; Dam. 3 P 9

Praia da Vitória Am.; Pess.; Dam. 16 P 317

Graciosa Santa Cruz Am.; Dam. 4 P 12

S. Jorge Velas Pess. 5 P 5

Calheta Pess. 2 P 2

Pico

Lages Pess. 1 Pl.Is 1

Madalena Am.; Pess 6 P e Pl.Is 6

S. Roque Am.; Pess 3 P 3

Faial Horta Am.; Pess. 4 Pl.Is 4

Flores Lajes Am. 2 P 6

Santa Cruz Am. 2 P 6

62 419

Tipo de Locais: P - pomares, V- viveiros, CPM - campos de pés – mãe, Pl. Is. – plantas isoladas

10

3 – Erwinia amylovora (ZP)

ILHA Concelho Hospedeiros observados

Nº de locais

Tipo

Nº total de amostras colhidas

Santa Maria Vila Porto Macieira 2 P 1

S. Miguel

Ponta Delgada - 0 - 0

Lagoa Pereira 1 P 1

Ribeira Grande Macieira 1 P 1

Vila Franca Campo Macieira 1 P 1

Povoação Macieira 3 P 1

Nordeste Macieira/Piracanta 3 P/ JP 1

Terceira Angra do Heroísmo

Macieira/ Piracanta

4 P/JP 1

Praia da Vitória Macieira/Pereira 7 P 5

Graciosa Santa Cruz Macieira/Pereira 8 P 4

S. Jorge Velas Macieira 6 P 4

Calheta Macieira 1 P 0

Pico

Lages - 0 - 0

Madalena Macieira 9 P 9

S. Roque Macieira 1 P 1

Faial Horta Macieira/Pereira 6 P 4

Flores Lajes Macieira/Pereira 2 P 2

Santa Cruz Macieira/Pereira 2 P 2

57 38

Tipo de Locais: P - pomares, V - viveiros, CPM - campos de pés-mãe, JP – Jardins Públicos

4 – Tryoza erytreae, Diaphorina citri, Toxoptera citricidus Diaphorina citri

ILHA Concelho Hospedeiros observados

Nº de locais

Tipo

Nº de armadilhas colocadas

Santa Maria Vila Porto Citrus sp. 4 P 24

S. Miguel

Ponta Delgada Citrus sp. 2 P 12

Lagoa Citrus sp. 1 P 6

Ribeira Grande Citrus sp. 2 P 12

Vila Franca Campo Citrus sp. 1 P 6

Povoação Citrus sp. 2 P 12

Terceira Angra do Heroísmo Citrus sp. 6 P 6

Praia da Vitória Citrus sp. 3 P 3

Graciosa Santa Cruz Citrus sp 4 P 24

S. Jorge Velas Citrus sp 4 P 4

Calheta - 0 - 0

Pico

Lages Citrus sp 4 P 4

Madalena Citrus sp 7 P 7

S. Roque Citrus sp 4 P 4

Faial Horta Citrus sp: 2 P 2

Flores Lajes Citrus sp: 2 P 24

Santa Cruz Citrus sp: 2 P 24

50 174

11

Tryoza erytreae, Toxoptera citricidus

ILHA Concelho Hospedeiros observados

Nº de locais

Tipo

Nº de armadilhas colocadas

Santa Maria Vila Porto Citrus sp. 4 P 40

S. Miguel

Ponta Delgada Citrus sp. 2 P 12

Lagoa Citrus sp. 1 P 6

Ribeira Grande Citrus sp. 2 P 12

Vila Franca Campo Citrus sp. 1 P 6

Povoação Citrus sp. 2 P 12

Terceira Angra do Heroísmo Citrus sp. 6 P 6

Praia da Vitória Citrus sp. 3 P 3

Graciosa Santa Cruz Citrus sp 4 P 48

S. Jorge Velas Citrus sp 4 P 4

Calheta - 0 - 0

Pico

Lages Citrus sp 4 P 4

Madalena Citrus sp 7 P 7

S. Roque Citrus sp 4 P 4

Faial Horta Citrus sp: 2 P 2

Flores Lajes Citrus sp: 2 P 6

Santa Cruz Citrus sp: 2 P 6

50 178

5 – Gonipterus scutellatus (ZP)

ILHA Concelho Nº de locais Tipo Nº total de amostras colhidas

Santa Maria Vila Porto 2 AD 0

S. Miguel

Ponta Delgada 3 Arv. Dispersas 0

Lagoa 3 Arv. Dispersas 0

Ribeira Grande 5 Arv. Dispersas 0

Vila Franca Campo 0 - 0

Povoação 7 Arv. Dispersas 0

Terceira Angra do Heroísmo 8 Eucalipto 0

Praia da Vitória 2 Eucalipto 0

Graciosa Santa Cruz 2 Parques Públicos 0

S. Jorge Velas 5 Arv. Dispersas 0

Calheta 0 - 0

Pico

Lages 1 Povoamento 0

Madalena 0 - 0

S. Roque 0 - 0

Faial Horta 2 Parques

florestais de recreio

0

Flores Lajes 2 Arv. Dispersas 0

Santa Cruz 2 Arv. Dispersas 0

44 0

12

6 – Bemisia tabaci (ZP)

ILHA Concelho Hospedeiros observados

Nº de locais

Tipo

Nº total de

inspeções visuais

Nº total de armadilhas colocadas

Santa Maria

Vila Porto Tomateiro 2 Estufa 4 2

S. Miguel

Ponta Delgada Tomateiro 3 Estufa 6 20

Lagoa Tomateiro e pepino 2 Estufa 4 12

Ribeira Grande Tomateiro e

pimento 5 Estufa 10 30

Povoação Pepino 1 Estufa 2 4

Terceira Angra do Heroísmo Hibiscus/Hortícolas 6 Garden/Estufa 10 12

Praia da Vitória Hibiscus/Hortícolas 5 Garden/Estufa 9 10

Graciosa Santa Cruz Tomateiro 2 Estufa 4 4

S. Jorge Velas Tomateiro 2 Estufa 2 3

Calheta Tomateiro 1 Estufa 1 1

Faial Horta Pimento 1 Estufa 6 1

Flores Lajes Tomateiro 1 Estufa 2 3

Santa Cruz Tomateiro 1 Estufa 2 3

32 105

7 – Beet necrotic yellow vein vírus (Rhizomania) (ZP)

ILHA Concelho Nº de locais Nº total de inspeções

visuais

Nº total de amostras colhidas

S. Miguel

Ponta Delgada 71 2430 2430

Lagoa 11 390 390

Ribeira Grande 81 2760 2760

Vila Franca Campo 4 210 210

Nordeste 8 270 270

175 6060 6060

13

8 – Thrips palmi

ILHA Concelho Hospedeiros observados

Nº de locais

Tipo

Nº total de

inspeções visuais

Nº de armadilhas colocadas

Santa Maria

Vila Porto Meloa 2 P 4 0

S. Miguel

Ponta Delgada Tomateiro 3 Estufa 6 20

Lagoa Tomateiro, pepino e

orquídeas 3

Estufa e Garden-center

5 12

Ribeira Grande Tomateiro e

pimento 5 Estufa 10 30

Povoação Pepino 1 Estufa 2 4

Terceira

Angra do Heroísmo Ficus

Pepino 6 Garden/Estufa/Comércio 6

10

Praia da Vitória Orquídeas

Pepino Ficus

3 Garden/Estufa/Comércio 3 6

Graciosa Santa Cruz Tomateiro 2 Estufa 4 4

S. Jorge Velas Tomateiro 2 Estufa 2 3

Calheta Tomateiro 1 Estufa 1 1

Faial Horta Pimento 1 Estufa 6 2

Flores Lajes

Ficus spp. e Dendranthema

spp 3

Viveiro JP

6 0

Santa Cruz - 0 - 0 0

32 55 92

9 – Scaphoideus titanus

ILHA Concelho Nº de locais

Tipo Nº total de armadilhas

colocadas

Santa Maria Vila Porto 1 Vinha 2

S. Miguel Ponta Delgada 1 Vinha 20

Lagoa 1 Vinha 20

Terceira

Angra do Heroísmo

1 Vinha 1

Praia da Vitória 1 Vinha 1

Graciosa Santa Cruz 1 Vinha 16

6 60

14

10 – Pepino mosaic virus

ILHA Concelho Nº de locais

Tipo Nº total de amostras colhidas

Santa Maria Vila Porto 2 Estufa 20

S. Miguel

Ponta Delgada 5 Estufa 50

Lagoa 0 - 0

Ribeira Grande 5 Estufa 50

Vila Franca Campo 0 - 0

Povoação 0 - 0

Terceira Angra do Heroísmo 4 Estufa 40

Praia da Vitória 2 Estufa 20

Graciosa Santa Cruz 2 Estufa 20

S. Jorge Velas 1 Estufa 10

Calheta 1 Estufa 10

Faial Horta 2 Estufa 20

Flores Lajes 1 Estufa 10

Santa Cruz 1 Estufa 10

26 260

11 – Ralstonia solanacearum e Clavibacter michiganenis ssp. sepedonicus BATATA Estrangeira

ILHA Categoria do

material Origem do

material

Nº total de inspeções

visuais

Nº total de amostras colhidas

S. Miguel

Bs Reino Unido 4 3

Bs Holanda 2 2

Bs França 2 1

Bc França 2 2

Terceira

Bs Reino Unido 7 7

Bs Holanda 1 1

Bc França 1 1

Bc Espanha 1 1

São Jorge Bs Reino Unido 1 1

Flores Bs Reino Unido 2 2

23 21

Categoria: Batata-semente (Bs); Batata consumo (Bc); Tomateiro (T); Outros hospedeiros (especificar a espécie); Água de rega (A)

15

BATATA Nacional

ILHA Concelho Categoria

do material

Origem do

material

Nº total de inspeções

visuais

Nº total de amostras colhidas

Santa Maria Vila Porto Bc N 2 0

S. Miguel

Ponta Delgada Bc N 4 0

Lagoa Bc N 2 0

Ribeira Grande Bc N 42 0

Vila Franca Campo - - 0 0

Nordeste Bc N 48 23

Terceira

Angra do Heroísmo

Bc N 33 3

Praia da Vitória Bc N 27 4

Graciosa Santa Cruz Bc; T N 17 5

S. Jorge Velas Bc N 10 4

Calheta Bc N 10 4

Pico

Lajes Bc N 33 0

Madalena Bc N 84 0

S. Roque Bc N 33 0

Faial Horta Bc N 15 0

Flores Lajes Bc T N 12 3

Santa Cruz Bc T N 9 3

381 49

Categoria: Batata-semente (Bs); Batata consumo (Bc); Tomateiro (T); Outros hospedeiros (especificar a espécie); Água de rega (A) Origem: Nacional (N)

Das 23 amostras analisadas no concelho do Nordeste, 17 obtiveram resultado positivo para Ralstonia solanacearum. OUTRAS SOLANÁCEAS Nacional

ILHA Concelho Espécie Nº total de inspeções

visuais

Nº total de amostras colhidas

S.Miguel Ribeira Grande Pimenteiro 1 0

Nordeste Pimenteiro 2 0

16

12 – Leptinotarsa decemlineata (ZP)

ILHA Concelho Nº de locais Nº total de inspeções

visuais

Santa Maria Vila Porto 9 9

S. Miguel

Ponta Delgada 2 4

Lagoa 2 2

Ribeira Grande 42 42

Vila Franca Campo 0 0

Povoação 0 0

Nordeste 48 48

Terceira

Angra do Heroísmo

11 33

Praia da Vitória 9 27

Graciosa Santa Cruz 20 20

S. Jorge Velas 6 5

Calheta 4 5

Pico

Lages 11 33

Madalena 28 84

S. Roque 11 33

Faial Horta 15 15

Flores Lajes 9 9

Santa Cruz 6 6

233 375

13 – Diabrotica virgifera

ILHA Concelho Nº de locais Nº total de armadilhas colocadas

Nº total de observações das

armadilhas

Santa Maria Vila Porto 0 0 0

S. Miguel

Ponta Delgada 11 11 44

Lagoa 0 0 0

Ribeira Grande 1 1 4

Vila Franca Campo 0 0 0

Povoação 0 0 0

Terceira

Angra do Heroísmo

7 7 21

Praia da Vitória 13 13 39

Graciosa Santa Cruz 4 5 14

S. Jorge Velas 4 4 4

Calheta 0 0 0

Pico

Lages 3 3 6

Madalena 3 3 6

S. Roque 4 4 8

Faial Horta 10 10 10

Flores e Corvo

Lajes 2 4 8

Santa Cruz 2 4 8

Corvo 2 4 8

66 73 180

17

14 – Phytophtora ramorum

ILHA Concelho Hospedeiros observados Nº de locais

Tipo

Nº total inspeções

visuais

Nº total amostras colhidas

Santa Maria

Vila Porto (1J; 1AD) 10 J e AD 10 0

S. Miguel

Ponta Delgada Camelia, Quercus,

Castanea 4 J, V, PF 4000 5

Lagoa - 0 - 0 0

Ribeira Grande - 0 - 0 0

Vila Franca Campo

Camelia, Castanea 1 PV 61 0

Povoação Camelia, Quercus,

Castanea, Magnolia 9 J,PF,V,AD 6000 5

Nordeste Camelia,Quercus,Castanea 5 JP, V, AD 5000 5

Terceira

Angra do Heroísmo

Rhododendron 3 V e C 3 0

Praia da Vitória Rhododendron 1 V 1 0

Graciosa Santa Cruz Camelia 2 AD 2 0

S. Jorge Velas Rhododendron 2 - 2 0

Calheta - 0 - 0 0

Pico

Lages Carvalho 2 - 8 0

Madalena Rhododendron 1 - 4 0

S. Roque Carvalho 2 - 8 0

Faial Horta Camelia 2 V 2 0

Flores Lajes Camelia 1 V 2 0

Santa Cruz Camelia 1 JP 2 0

46 15105 15

Tipos de locais: JP- jardim; PF- Povoamento Florestal, V- Viveiros, AD – Árvore dispersa; C- Comércio

18

15 – Rhynchophorus ferrugineus

ILHA Concelho Nº Viveiros e Garden

Centers Nº de Locais Públicos e

Privados TOTAL

Santa Maria Vila Porto 0 10 10

S. Miguel

Ponta Delgada 2 78 80

Lagoa 1 11 12

Ribeira Grande 1 44 45

Vila Franca Campo 0 13 13

Povoação 0 19 19

Nordeste 0 14 14

Terceira

Angra do Heroísmo

0 Públicos:4

Privados:18 22

Praia da Vitória 0 Públicos: 4 Privados: 4

8

Graciosa Santa Cruz 0 10 10

S. Jorge Velas 0 9 9

Calheta 0 11 11

Faial Horta 0 20 20

Flores Lajes 0 6 6

Santa Cruz 0 4 4

4 60 283

16 – Gibberella circinata

ILHA Concelho Hospedeiros observados

Nº de locais

Tipo

Nº total inspeções

visuais

Nº total amostras colhidas

S. Miguel

Ponta Delgada - 0 - 0 0

Lagoa - 0 - 0 0

Ribeira Grande - 0 - 0 0

Vila Franca Campo

- 0 - 0 0

Povoação - 0 - 0 0

Nordeste Pinus 1 V 75 75

Terceira

Angra do Heroísmo

- 6 - 18 0

Praia da Vitória - 4 - 12 0

Graciosa Santa Cruz Pinus 1 PF 1 0

S. Jorge Velas Pinus 3 AD 6 0

Calheta - 0 - 0 0

Faial Horta - 0 - 0 0

Flores Lajes - 0 - 0 0

Santa Cruz Pinus,Pseudotsuga 1 V 25 25

16 137 100

Tipos de locais: JP- jardim; PF- Povoamento Florestal, V- Viveiros, AD – Árvore dispersa; C- Comércio

19

17 – Anoplophora chinensis

ILHA Concelho Hospedeiros observados

Nº de locais Nº total de inspeções

visuais

S. Miguel

Lagoa Citrus sp. 1 1

Ribeira Grande Citrus sp.e Malus sp. 4 4

Vila Franca Campo Citrus sp. 1 1

Povoação Citrus sp. 2 2

Terceira

Angra do Heroísmo

Citrus sp. 2 2

Praia da Vitória Citrus sp. 4 4

Graciosa Santa Cruz Citrus; Pereira 2 2

S. Jorge Velas Malus sp 4 8

Calheta - 0 0

Faial Horta Citrus sp. 2 2

Flores Lajes Cotoneaster 1 3

Santa Cruz Acer 1 3

24 32

18 – Bursaphelenchus xylophilus

ILHA Concelho Hospedeiros observados

Nº de locais

Tipo

Nº total inspeções

visuais

Nº total amostras colhidas

Santa Maria

Vila Porto Pinus sp. 2 2 2

S. Miguel

Ponta Delgada Coniferas 5 Arv. dispersas 15 0

Lagoa Coniferas 1 Arv. dispersas 3 0 Vila Franca Campo Coniferas 1 Arv. dispersas 3 0

Povoação Coniferas 4 Arv. dispersas 12 0

Nordeste Coniferas 2 Arv. dispersas 6 0

Terceira

Angra do Heroísmo

Pinus sp 6 - 18 0

Praia da Vitória Pinus sp 4 - 12 0

Graciosa Santa Cruz Pinus sp. 2 AD 4 0

S. Jorge Velas Pinus sp. 3 - 6 3

Calheta -

- 0 0

Pico

Lages Pinus pinaster 1 Povoamento 4 0

Madalena - 0 - 0 0

S. Roque Pinus pinaster 2 Povoamento 8 0

Faial Horta Pinus pinaster 2 Parques florestais 2 0

Flores Lajes Pinus sp. 2 1JP; 1V 4 0

Santa Cruz Pinus sp. 1 JP 2 0

101 5

20

19 – Ciborinia camelliae

PROSPEÇÃO DE NEMÁTODOS Plano de Prospeção de Nemátodos

No ano de 2011 deu-se continuidade ao Plano de Prospeção de Nemátodos tendo sido

efetuadas prospeções nas diversas ilhas do Arquipélago. Os pontos foram assinalados na

Carta Militar 1:25000 mediante a utilização de quadrículas e sub-quadrículas previamente

definidas e georeferenciação.

Foi feita a prospeção de Globodera sp. em várias ilhas conforme os resultados

apresentados no quadro 1.1, não tendo sido detetado este nemátodo em nenhuma das

amostras analisadas.

ILHA Concelho Hospedeiros observados

Nº de locais

Nº total de inspeções

visuais

Nº total de amostras colhidas

Santa Maria

Vila Porto C. japonica 2 2 2

S. Miguel

Ponta Delgada C. japonica 3 3 20

Nordeste C. japonica 3 3 30

Vila Franca Campo C. japonica 1 1 10

Povoação C. japonica 8 8 30

S. Jorge Velas C. japonica 1 1 1

Calheta C. japonica 1 1 1

23 19 94

21

Quadro 1.1 – Culturas nas quais foi feita a prospeção de Globodera sp. na Região Autónoma dos Açores.

HOSPEDEIRO Sta.

Maria S. Miguel Terceira Graciosa Faial S. Jorge Pico

Flores e Corvo

Acelgas, Alface, Couve chinesa, Feijão, Tomate

1

Acelgas, Alface, Couve Chinesa e Couve Inglesa

1

Agrião 3

Agrião, Cebola, Nabo, Salsa

1

Agrião, Couve, Nabo, Salsa

1

Agrião, Nabo, Repolho

1

Alface 20 6

Alface, Alho, Beterraba

1

Alface, Alho, Couve, Fava

1

Alface, Melancia 2

Alface, Pepino 1

Alface, Pimento 1

Alho 2

Alho, Batata, Batata-doce, Inhame

1

Alho, Batata, Cebola, Ervilha, Fava

1

Alho, Cebola, Couve

1

Alho, Cebola, Pimenta

1

Alho-francês, 1

Alho-francês, Batata, Batata-doce

1

Alho-francês, Couve

1

Ameixeira, Batata, Citrinos, Pessegueiros

1

Ananás 45

Araçaleiro, Batata, Citrinos

1

Bananeira 28 2 2 32

Bananeira, Fava 1

Bananeira, Citrinos

2

22

Quadro 1.1 – Culturas nas quais foi feita a prospeção de Globodera sp. na Região Autónoma dos Açores (continuação)

HOSPEDEIRO Sta.

Maria S. Miguel Terceira Graciosa Faial S. Jorge Pico

Flores e Corvo

Bananeira, Nespreira

1

Batata 45 5 22

Batata, Cebola 1

Batata, Cebola, Couve, Nabo

1

Batata, Cebola, Fava

1

Batata, Citrinos 1

Batata, Couve 1

Batata, Ervilha, Inhame

1

Batata, Fava 2

Batata-doce 4 1

Batata-doce, Citrinos

1

Batata-doce, Vinha

1

Capuchos 3

Cebola 7 1

Cebola, Cenoura 2

Cebola, Citrinos, Couve

1

Cebola, Couve, Nabo

1

Cenoura 2

Cenoura, Nabo 1

Citrinos 1 11

Coentros,Couve, Nabiça

1

Coentros, Feijão, Nabiça

1

Courgete 2

Courgete, Meloa, Pepino

1

Couve 3

Couve, Batata 1

Couve, Couve Chinesa, Salsa

1

Couve, Fava, Salsa

1

Couve, Feijão 1

Couve, Nabo 1

Couve, Pepino 2

Couve, Pimento 1

Couve, Repolho 3

Couve, Salsa 2

23

Quadro 1.1 – Culturas nas quais foi feita a prospeção de Globodera sp. na Região Autónoma dos Açores (continuação)

HOSPEDEIRO Sta.

Maria S. Miguel Terceira Graciosa Faial S. Jorge Pico

Flores e Corvo

Couve-flor 2

Espinafre 1

Espontânea 5

Fava 5 1

Fava, Feijão 1

Fava, Inhame 1

Fava, Repolho 1

Fava, Salsa 1

Feijão 2 4

Figueira 2

Floricultura 1

Floricultura -

Proteas

1 1

Forrageira 10 9

Forrageira,

Hortícolas

4

Frutícola 6 2 3

Frutícola -

Citrinos

1

Frutícola -

Pereira

2

Hortícolas 15 4 12 3 12 64 18

Hortícola -

Meloa

3

Inhame 1

Macieiras 1 3

Maracujá 2

Melancia 12

Meloa 1

Milho 29 7 5 7 23 8

Milho, Batata

1

Milho,Batata,Ba

tatadoce

1

Milho doce 2 1

Morango

2 2

Nabo 2

Nabo, Repolho 1

Ornamental 1

Pastagem 14 69 7 8 33

Pepino 16

Pimento 1 1

Repolho 4

Terreno Nu 2 2 1

Tomate 15 4

Vinha 7 6 13 19

24

POPILLIA JAPONICA Tal como nos anos anteriores, o trabalho de prospeção de Popillia japonica na ilha de S.

Miguel envolveu uma equipa de vários técnicos, alguns do quadro de pessoal desta

Direção de Serviços e outros contratados para o efeito. Envolveu também muitos

recursos materiais e financeiros, como por exemplo armadilhas e atrativos florais e

sexuais, e a utilização de viaturas e respetivo combustível.

Este trabalho de prospeção será descrito com mais pormenor em relatório próprio,

intitulado “Relatório Popillia japonia Newman 2011”, no qual serão também incluídos os

dados referentes ao trabalho de prospeção de P. japonica efetuado nas restantes ilhas do

arquipélago. Contudo, indicam-se de forma resumida, os dados mais significativos:

Foram instaladas 377 armadilhas do tipo Ellisco em toda a ilha de S. Miguel, das quais

148 foram colocadas em zonas onde a presença P. japonica ainda não era conhecida

Foram capturados 328514 adultos de P. japonica

À semelhança dos anos anterirores, o mês de julho foi aquele em que se registou o

maior número de insectos capturados, cerca de 54% do total

Foi dada continuidade à produção em massa do fungo entomopatogénico

Metarhizium robertsii, tendo sido produzidos 10 462 g de esporos

Foram instaladas 150 armadilhas modificadas na área infestada, tendo sido aplicados

cerca de 1500 g de esporos do fungo M. robertsii

25

1.4 CONSULTAS FITOSSANITÁRIAS

Durante o ano de 2011 o Laboratório Regional de Sanidade Vegetal recebeu 364 amostras

para consulta fitossanitária. Na figura 1.1 apresentam-se os valores da percentagem de

consultas fitossanitárias solicitadas por cada uma das ilhas da região e no gráfico da figura

1.2 a distribuição das consultas fitossanitárias por tipo de cultura. Foram atendidas e

respondidas (sem encaminhamento para os laboratórios) 15 consultas pelos técnicos do

gabinete de consultas fitossanitárias, cuja lista se apresenta no quadro 1.2. No quadro 1.3

apresenta-se o número e a percentagem de amostras enviadas para os diversos

laboratórios do Laboratório Regional de Sanidade Vegetal após a triagem realizada pelos

técnicos do gabinete de consultas fitossanitárias.

Figura. 1.1 – Gráfico onde se pode observar a percentagem de consultas fitossanitárias

solicitadas pelas diferentes ilhas da região.

66%

19%

7%

3%

2% 2% 1%

São Miguel

Terceira

Faial

Flores

S. Jorge

Pico

Graciosa

2011

26

55%

22%

11%

2% 2% 2% 2% 2% 1% 1%

2011 Horticultura

Fruticultura

Floricultura

Viticultura

Silvicultura

Industriais

Outros

Pastagens

Ananás

Ornamentais

Figura. 1.2 – Gráfico da distribuição percentual das consultas fitossanitárias por tipo de

cultura no ano de 2011.

Quadro 1.2 – Lista das consultas fitossanitárias atendidas exclusivamente

no gabinete de consultas fitossanitárias no ano de 2011.

Consulta N.º Data Cultura

2011/1 11-Jan Erva Azeda (Oxalis corniculata L.)

2011/2 15-Fev Laranjeira

2011/3 22-Fev Nespereira

2011/4 22-Fev Cebola

2011/5 2-Mar Vinha

2011/6 2-Mar Laranjeira

2011/7 28-Fev Limoeiro

2011/8 1-Abr Pastagem

2011/9 7-Abr Roseiras

2011/10 14-Jun Morangueiro

2011/11 16-Jun Fruteiras diversas

2011/12 17-Jun Cedros

2011/13 29-Jul Limoeiro

2011/14 2-Ago Melancia

2011/15 25-Out Citrinos

27

Quadro 1.3 – Distribuição das amostras pelos vários laboratórios.

Laboratórios N.º de amostras Percentagem de

amostras

Bacteriologia 5 1,4

Entomologia 18 5,0

Micologia 80 22,3

Nematologia 254 70,8

Virologia 2 0,6

Total 359

LABORATÓRIOS DE MICOLOGIA E DE VIROLOGIA

Por solicitação dos vários Serviços de Desenvolvimento Agrário de Ilha, de agricultores e

de outras entidades, deram entrada nos laboratórios de micologia e de virologia 83

amostras de material vegetal para identificação dos agentes patogénicos. Em alguns casos

foi necessária a deslocação do técnico responsável por estes laboratórios ao local onde as

culturas estavam instaladas para uma melhor apreciação do estado sanitário das mesmas.

Em laboratório, a identificação dos agentes patogénicos causadores das doenças, foi feita

com recurso a técnicas específicas, a fim de preconizar as soluções a adoptar.

Assim, foram identificados por hospedeiro os seguintes organismos fitopatogénicos:

28

HOSPEDEIRO ORGANISMO DETETADO

Abacateiro

Armillaria spp. Botrytis spp. Colletotrichum spp. Phomopsis spp.

Alface Botrytis cinerea

Amoreira Pestalotiopsis spp. Phyllosticta spp.

Anoneira Capnodium spp. Archontophoenix Armillaria spp.

Azevinho Cylindrocladium spp. Gloeosporium spp. Puccinia spp.

Bananeira

Armillaria spp. Colletotrichum spp. Fusarium spp. Pestalotiopsis spp. Stachylidium theobromae

Batateira Fusarium spp. Helminthosporium spp. Sclerotinia spp.

Beringela Verticillium spp.

Beterraba Fusarium spp. Rhizoctonia spp.

Cafeeiro Colletotrichum spp. Phomopsis spp.

Cameleira Ciborinia camellia

Castanheiro Armillaria spp. Polyporus spp.

Chamaedora Fusarium spp. Chamaecyparis Armillaria spp.

Criptomeria Cylindrocarpon spp. Pestalotiopsis spp.

Crisântemo Puccinia horiana Couve Plasmodiophora brassicae

Faia Pestalotiopsis spp. Phyllosticta spp.

Feijoeiro Rhizoctonia spp.

Gerbera Fusarium spp. Phytophthora cryptogea

Lillium Botrytis cinerea Pestalotiopsis spp.

Macieira Colletotrichum gloeosporioides Phomopsis spp.

Melância Fusarium spp. Rhizoctonia spp.

Orquidea Colletotrichum spp. Phytophthora cactorum

29

HOSPEDEIRO ORGANISMO DETETADO

Palmeira Botryosphaeria spp. Fusarium spp. Pestalotiopsis spp.

Pau branco Gloeosporium spp. Pestalotiopsis spp. Phomopsis spp.

Pepino Fusarium spp. Pessegueiro Taphrina deformans

Physalis Alternaria spp. Phomopsis spp.

Pinheiro Cylindrocarpon spp. Pestalotiopsis spp.

Poinsetia Botrytis cinerea

Protea Alternaria spp. Fusarium spp. Pestalotiopsis spp.

Telopea corroboe

Alternaria spp. Botryosphaeria spp. Cladosporium spp. Epicoccum spp. Nigrospora spp. Pestalotiopsis spp. Phomopsis spp.

Tomateiro

Alternaria spp. Botrytis cinerea Cladosporium fulvun Fusarium spp. Leveillula taurica Phytophthora infestans Rhizoctonia solani Sclerotinia sclerotiorum

Uva da serra Gloeosporium spp. Pestalotiopsis spp. Pucciniastrum spp.

Videira Botryosphaeria spp. Colletotrichum spp. Phomospsis viticola

Vinhático

Cylindrocarpon spp. Gloeosporium spp. Pestalotiospsis spp. Phytophthora cinnamomi

30

LABORATÓRIO DE NEMATOLOGIA

As análises nematológicas efetuadas no decurso do ano de 2011 tiveram como objetivos

principais os seguintes tópicos:

─ Plano de Prospeção de nemátodos nas diversas ilhas do arquipélago;

─ Consultas fitossanitárias;

─ Apoio à cultura de beterraba sacarina;

─ Apoio à instalação de novas culturas

Consultas fitossanitárias

Efetuaram-se duzentas e setenta e três (273) análises com o objetivo de responder aos

diferentes Serviços de Desenvolvimento Agrário, aos agricultores e a outras entidades

cujos resultados obtidos são os descritos abaixo:

HOSPEDEIRO ORGANISMOS

IDENTIFICADOS Globodera sp.

Acelgas, Alface, Couve chinesa, Couve Inglesa

-

Acelgas, Alface, Couve chinesa, Feijão, Tomate

-

Agrião Pratylenchus

Xiphinema

Alface Pratylenchus

Xiphinema Criconemella

Alface, Alho, Beterraba -

Alface, Melancia Pratylenchus

Alface, Pimenta -

Alho -

Alho-francês Pratylenchus

Ananás Pratylenchus -

Antúrio - -

Bananeira Pratylenchus

Xiphinema -

31

HOSPEDEIRO ORGANISMOS

IDENTIFICADOS Globodera sp.

Batateira Helicotylenchus

Pratylenchus -

Batata, Alho-francês, Batata-doce -

Batata, Couve -

Batata-doce -

Beladona -

Castanheiro - -

Cebola Pratylenchus

Xiphinema

Cebola,Cenoura -

Cenoura Pratylenchus

Xiphinema

Conteira -

Courgetes Xiphinema

Couve -

Couve, Agrião, Salsa, Nabo -

Couve, Alho-francês -

Couve, Couve chinesa, Salsa Pratylenchus

Couve, Feijão -

Couve, Nabo Pratylenchus

Couve, Nabo, Cebola -

Couve, Pepino Pratylenchus

Couve, Repolho -

Couve, Salsa Pratylenchus

Couve, Salsa, Fava -

Couve-flor Pratylenchus

32

HOSPEDEIRO ORGANISMOS

IDENTIFICADOS Globodera sp.

Cove, Nabiça, Coentros -

Crinum -

Espinafre -

Fava Pratylenchus

Fava, Feijão Helicotylenchus

Feijão -

Feijão, Coentros, Nabo -

Frutícola - -

Gerbera Pratylenchus

Hortícolas Pratylenchus

Xiphinema -

Hortícolas, Pomar - -

Liliáceas Pratylenchus -

Maracujá Xiphinema

Melancia Pratylenchus

Meloa Xiphinema

Meloa, Courgetes, Pepino -

Milho doce Pratylenchus

Morango -

Nabo Pratylenchus

Nabo, Cenoura -

Nabo, Repolho -

Pepino Helicotylenchus

Pratylenchus

Pepino, Couve -

33

HOSPEDEIRO ORGANISMOS

IDENTIFICADOS Globodera sp.

Pimenta Pratylenchus

Xiphinema

Pimento Pratylenchus

Pimento, Couve Pratylenchus

Relvado Pratylenchus

Repolho -

Salsa, Fava -

Salsa, Nabo, Cebola, Agrião Pratylenchus

Xiphinema

Tabaco Pratylenchus

Tomateiro Pratylenchus

Vinha -

Apoio à cultura de beterraba sacarina

Efetuaram-se análises nematológicas em duzentas e trinta e seis (236) amostras de solo,

colhidas em campos de beterraba sacarina, de acordo com o quadro abaixo mencionado:

CONCELHO FREGUESIA ÁREA (Ha) Nº PONTOS

PROSPETADOS

Ponta Delgada

Arrifes Candelária Covoada Fafã de Baixo Fajã de Cima Fenais da Luz Feteiras Ginetes Livramento Mosteiros Relva Santa Clara São Sebastião São Vicente Ferreira

21.78 1.13 4.74 0.78

30.12 4.59 5.11 2.96 6.93 3.54

10.54 0.41 0.67 0.67

22 1 4 1

29 5 5 4 8 3

12 1 1 1

Total 93.97 97

34

CONCELHO FREGUESIA ÁREA (Ha) Nº PONTOS

PROSPETADOS

Lagoa Água de Pau Cabouco Santa Cruz

13.3 1.63 7.2

11 1 5

Total 22.13 17

Ribeira Grande

Calhetas Conceição Fenais d’Ajuda Maia Matriz Pico da Pedra Rabo de Peixe Ribeira Seca Ribeirinha Santa Bárbara

4.56 5.08 2.05 1.3

4.23 10.75 27.22 16.9 5.21

14.19

4 4 3 1 4

11 30 17 5

22

Total 91.49 101

Nordeste Achadinha Lomba da Fazenda São Pedro Nordestinho

2.1 7.07 1.34

2 7 2

Total 10.51 11

Vila Franca do Campo

Água d’ Alto Ponta Garça Ribeira das Tainhas

3.39 6.63 1.43

3 6 1

Total 11.45 10

As amostras de solo prospetadas encontraram-se isentas de Globodera pallida e de

Globodera rostochiensis. Em catorze (14) das amostras de solo mencionadas detetaram-

se quistos de Heterodera sp. em infestações com densidades populacionais muito baixas.

Em vinte (20) amostras de raízes de beterraba foram observadas infestações de

Meloidogyne conforme o quadro abaixo:

35

Nº de Amostra Organismos Identificados Densidade Populacional

5 Meloidogyne Média

19 Heterodera Muito Baixa

27A Meloidogyne Baixa

27B Meloidogyne Baixa

31 Meloidogyne Média

43 Heterodera Muito Baixa

64 Meloidogyne Baixa

65 Meloidogyne Média

74 Heterodera Muito Baixa

77 Heterodera Muito Baixa

86 Meloidogyne Elevada

89 Heterodera Muito Baixa

102 Meloidogyne Média

105A Meloidogyne Baixa

105B Meloidogyne Baixa

105C Meloidogyne Baixa

107A Meloidogyne Média

107B Meloidogyne Média

107C Meloidogyne Média

107D Meloidogyne Média

107E Meloidogyne Heterodera

Média Muito Baixa

114 Meloidogyne Média

117 Heterodera Muito Baixa

118 Heterodera Muito Baixa

126 Meloidogyne Baixa

130A Heterodera Muito Baixa

130B Heterodera Muito Baixa

141A Meloidogyne Média

143B Heterodera Muito Baixa

167 Heterodera Muito Baixa

170 Heterodera Muito Baixa

172 Meloidogyne Heterodera

Baixa Muito Baixa

36

Apoio à Instalação de novas culturas

Realizaram-se trezentas e quarenta e sete (347) análises laboratoriais em amostras de

solo. Estas foram colhidas em parcelas de terreno que irão ter as culturas descritas no

quadro abaixo:

Cultura Prevista Organismos identificados

Globodera sp.

Amoras Pratylenchus

Xiphinema Helicotylenchus

-

Bananeira - -

Batateira Pratylenchus -

Beterraba Xiphinema

Helicotylenchus -

Castanheiros Xiphinema -

Castanheiros, Citrinos

Helicotylenchus Pratylenchus

-

Floricultura Pratylenchus

Xiphinema -

Framboesas Helicotylenchus

Xiphinema -

Fruteiras, Hortícolas Pratylenchus

Xiphinema Helicotylenchus

Frutícolas - -

Hortícolas

Helicotylenchus Pratylenchus Criconemella

Xiphinema

-

Hortícolas, Mirtilos Pratylenchus

Xiphinema -

Horticultura e Florícultura

- -

Kiwis Pratylenchus

Xiphinema -

Maracujá - -

Melancias Xiphinema -

Meloa - -

37

Cultura Prevista Organismos identificados

Globodera sp.

Mirtilos Helicotylenchus

Pratylenchus -

Pomar - -

Proteas Helicotylenchus

Pratylenchus Xiphinema

-

Proteas, Hortícolas Pratylenchus

-

Stevia Rebaudiana Xiphinema -

Vinha Criconemella Pratylenchus

-

38

LABORATÓRIO DE ENTOMOLOGIA A seguir apresenta-se a lista dos insetos identificados no Laboratório de Entomologia.

As consultas 2011/6 e 2011/15, 16 e 17 não estão incluídas no quadro acima, porque

referem-se a identificações feitas no âmbito de Programas de prospeção.

Consulta N.º Data Cultura Organismo Identificado

2011/1 31-mar Cenoura Listronotus oregonensis (Le Conte)

2011/2 31-mar Uva da Serra Ácaros

2011/3 31-mar Papaeira Hegetes tristis (Fabricius, 1792)

2011/4 11-mai Macieira e Pereira Dysaphis plantaginea (Passerini, 1860) e Dasineura pyri (Bouché, 1847)

2011/5 21-jun Tomateiro Não foi observada a presença de insectos ou de ácaros

2011/7 29-jul Interior de habitação Anobium punctatum (De Geer, 1774)

2011/8 18-jul Maracujá Tripes e ácaros

2011/9 28-jul Exterior e interior de habitação Não foi feita a identificação específica

2011/10 8-set Alface Meligethes aeneus Fab.

2011/11 6-set Crisântemos Frankliniella occidentalis, Macrosiphum euphorbiae e lagartas de tortricídeo

2011/12 5-set Citrinos, araçaleiro e couve Diversas

2011/13 6-set Batata Phthorimaea operculella (Zeller)

2011/14 8-set Batata Phthorimaea operculella (Zeller)

2011/18 7-out Maracujá Ceratitis capitata (Wiedemann,1824)

2011/19 17-out Anoneira Planococcus sp.

2011/20 26-out Maracujá e Tomate arbóreo Ceratitis capitata (Wiedemann,1824)

2011/21 7-dez Interior de habitação Nabis sp.

2011/22 19-dez Citrinos Cacoecimorpha pronubana (Hübner)

39

LABORATÓRIO DE BACTERIOLOGIA

No âmbito das consultas fitossanitárias foram realizadas análises de deteção e

identificação de bactérias fitopatogénicas, a 4 amostras provenientes de agricultores

particulares das ilhas de S. Miguel, Pico e Flores.

Apenas numa amostra foi detetada a presença de um microrganismo fitopatogénico,

como se pode observar na tabela seguinte.

Data Nº Consulta Hospedeiro Bactéria fitopatogénica

detetada

27 de maio 2011/61 Tomateiro Pseudomonas corrugata

2 de junho 2010/62 Batateira -

21 de junho 2011/98 Tomateiro -

6 de setembro 2011/140 Crisântemo -

40

2. VARIEDADES, SEMENTES E PROPÁGULOS

2.1 BATATA-SEMENTE

2.1.1 ENSAIO DE CONTROLO A POSTERIORI DE BATATA DE SEMENTE DE 2011

Com o objetivo de verificar as classificações atribuídas e a qualidade dos lotes de batata

de semente provenientes do exterior da Região Autónoma dos Açores em 2011, a Direção

de Serviços de Agricultura e Pecuária efetuou um ensaio de controlo a posteriori com

amostras de 14 (catorze) lotes provenientes da União Europeia e inspeccionados pelos

técnicos da DSAP e dos vários Serviços de Desenvolvimento Agrário da Secretaria

Regional da Agricultura e Florestas.

Todas as amostras testadas neste ensaio de controlo a posteriori estavam conformes com

as normas comunitárias e nacionais em vigor, à exceção das amostras dos talhões 3 e 4,

em que foram observadas plantas com um índice de viroses superior ao admitido. Visto

tratar-se de amostras de variedades destinadas a ensaios de adaptação e, que por este

motivo não foram comercializadas na Região, não foi necessário tomar nenhuma medida

adicional.

41

ENSAIO DE CONTROLO A POSTERIORI - 2011 IDENTIFICAÇÃO DOS LOTES

Nº Amostra

Variedade Origem Nº Registo N.º Lote Categ. /Classe Operador económico/

/Local de Inspeção

1 Faluka Reino Unido Amostras para ensaio Base Agromaçanita/S.Miguel

2 Manitou Reino Unido Amostras para ensaio Base Agromaçanita/S.Miguel

3 Picasso Reino Unido Amostras para ensaio Base Agromaçanita/S.Miguel

4 Roko Reino Unido Amostras para ensaio Base Agromaçanita/S.Miguel

5 Romano Reino Unido Amostras para ensaio Base Agromaçanita/S.Miguel

6 Rudolph Reino Unido Amostras para ensaio Base Agromaçanita/S.Miguel

7 Cara Reino Unido

(Escócia) UK/S/3990 55197 B/CE 2/E1 FG 6 Agromaçanita/S.Miguel

8 Fabula Holanda 10428 B/CE 1/E Olivério Melo/S.Miguel

9 Merlin Reino Unido

(Escócia) UK/S/2120 54092 B/CE 2/E António Cordeiro/S.Miguel

10 Red Scarlett Holanda 11506 B/CE 1/E Olivério Melo/S.Miguel

11 Romano Reino Unido

(Escócia) UK/S/41 50620 B/CE 2/SE 2 Agromaçanita/S.Miguel

12 Rudolph Reino Unido

(Escócia) UK/S/41 50493 B/CE 2/E Agromaçanita/S.Miguel

13 Yona França 008218 F112060500200 B/CE 3 António Cordeiro/S.Miguel

14 Yona França 040561 F111600300140 B/CE 3 António Cordeiro/S.Miguel

42

ENSAIO DE CONTROLO A POSTERIORI

- 2011 -

INSPEÇÕES DE CAMPO (%)

PRAGAS E DOENÇAS

AMOSTRA DATAS

2010/06/03

1 --

2 --

3 12 MG

4 11 MG; 1 RIZ

5 --

6 --

7 --

8 3 MG; 1 PN; 2 RIZ

9 --

10 --

11 1 PN

12 3 PN

13 2 MG

14 --

PN - Pé negro MG - Mosaico grave RIZ - Rizoctonia

43

Condições do ensaio de controlo a posteriori

LOCAL: Quinta de S.Gonçalo – Ponta Delgada

ANO: 2011

DELINEAMENTO EXPERIMENTAL:

- Nº DE TUBÉRCULOS/TALHÃO: 100 (4 x 25)

- COMPASSO DE PLANTAÇÃO: 70 cm x 30 cm

- ÁREA DO TALHÃO: 21,00 m2 (7,0 m x 2,8 m)

- Nº DE AMOSTRAS: 14

TIPO DE SOLO: Franco-argiloso

CULTURA ANTERIOR: luzerna

PREPARAÇÃO DO TERRENO: Lavoura e frezagem

FERTILIZAÇÃO:

MINERAL DE FUNDO: 110 U N/ha DATA: 2011/03/23

135 U P2O5/ha DATA: 2011/03/23

85 U K2O/ha DATA: 2011/03/23

PLANTAÇÃO:

DATA: 2011/03/23

44

OUTRAS OPERAÇÕES CULTURAIS:

Monda Química: ver quadro dos tratamentos fitossanitários;

Amontoa: 2011/04/26

TRATAMENTOS FITOSSANITÁRIOS:

DATA FINALIDADE PRODUTO COMERCIAL CONCENTRAÇÃO/ /DOSE

2011/03/28 Infestantes AFALON 1,5 kg/ha

2011/04/11 Míldio MANCOZAN 2,0 l/ha

2011/04/19 Míldio MANCOZAN 2,0 l/ha

2011/04/19 Insetos de solo DECISPRIME 0,4 l/ha

2011/04/26 Míldio EKYP MZ 2,5 l/ha

2011/05/10 Míldio EKYP MZ 2,5 l/ha

2011/05/23 Míldio EKYP MZ 2,5 l/ha

2011/06/06 Míldio CALDA BORDALESA SAPEC 20,0 kg/ha

2011/06/15 Míldio CALDA BORDALESA SAPEC 20,0 kg/ha

2011/06/24 Míldio CALDA BORDALESA SAPEC 20,0 kg/ha

45

ENSAIO DE CONTROLO A POSTERIORI

- 2011 - PRODUÇÕES

Nº da amostra DATA PRODUÇÃO (kg)

FALHAS < 30 mm ≥30 mm

01 2011/06/20 0,5 69,0 0

02 2011/06/21 1,0 69,0 0

03 2011/06/27 0,3 115,0 0

04 2011/06/27 0,3 100,0 0

05 2011/06/20 0,1 65.0 0

06 2011/06/21 0,6 85,0 0

07 2011/07/21 2,0 90,0 0

08 2011/06/21 0,5 66,0 0

09 2011/06/21 1,5 110,0 0

10 2011/06/20 0,5 62,5 0

11 2011/06/21 0,5 81,0 0

12 2011/06/21 0,5 99,0 0

13 2011/06/21 0,5 91,5 0

14 2011/07/21 4,0 49,0 0

46

2.2 CATÁLOGO NACIONAL DE VARIEDADES

Tendo por objetivo avaliar o Valor Agronómico (VA), o Valor de Utilização (VU) e a

Distinção, Homogeneidade e Estabilidade (DHE) foram instalados ensaios de variedades

integrados na Rede Nacional de Ensaios.

2.2.1 ENSAIOS DE ADAPTAÇÃO DE VARIEDADES DE BATATA

No ano de 2011, o ensaio de Valor Agronómico (VA) foi constituído por 6 (seis)

variedades, encontrando-se 3 (três) delas em processo de inscrição no Catálogo Nacional

de Variedades pelo segundo ano e sendo as restantes 3 (três) as testemunhas (Desiree,

Rosanna e Yona).

Da produção obtida foram retiradas amostras de cada variedade que foram enviadas para

a Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, com o objetivo de se avaliar o

Valor de Utilização (VU) e a Distinção, Homogeneidade e Estabilidade (DHE).

Os resultados obtidos nos ensaios de valor agronómico da Rede Nacional de Ensaios

foram considerados válidos, permitindo a inscrição destas três variedades no Catálogo

Nacional de Variedades.

Nas páginas seguintes apresentam-se alguns elementos referentes ao ensaio de VA

realizado na Região Autónoma dos Açores em 2011.

47

Condições do ensaio de valor agronómico

LOCAL: Quinta de S.Gonçalo – Ponta Delgada

ANO: 2011

DELINEAMENTO EXPERIMENTAL:

- BLOCOS CASUALIZADOS

- Nº DE TUBÉRCULOS/TALHÃO: 100 (4 x 25)

- COMPASSO DE PLANTAÇÃO: 70 cm x 30 cm

- ÁREA DO TALHÃO: 21,00 m2 (7,0 m x 2,8 m)

- Nº DE VARIEDADES: 6

- Nº DE REPETIÇÕES: 4

TIPO DE SOLO: Franco-argiloso

CULTURA ANTERIOR: luzerna

PREPARAÇÃO DO TERRENO: Lavoura e frezagem

FERTILIZAÇÃO:

MINERAL DE FUNDO: 110 U N/ha DATA: 2011/03/23

135 U P2O5/ha DATA: 2011/03/23

85 U K2O/ha DATA: 2011/03/23

48

PLANTAÇÃO:

DATA: 2011/03/23

OUTRAS OPERAÇÕES CULTURAIS:

Monda Química: ver quadro dos tratamentos fitossanitários;

Amontoa: 2011/04/26

Colheita:

- 2011/06/20: modalidades 09138 e 09145;

- 2011/06/28: modalidades 09139 e 09140;

- 2011/07/04: modalidades 08110 e 09144.

TRATAMENTOS FITOSSANITÁRIOS:

DATA FINALIDADE PRODUTO COMERCIAL CONCENTRAÇÃO/

/DOSE

2011/03/28 Infestantes AFALON 1,5 kg/ha

2011/04/11 Míldio MANCOZAN 2,0 l/ha

2011/04/19 Míldio MANCOZAN 2,0 l/ha

2011/04/19 Insetos de solo DECISPRIME 0,4 l/ha

2011/04/26 Míldio EKYP MZ 2,5 l/ha

2011/05/10 Míldio EKYP MZ 2,5 l/ha

2011/05/23 Míldio EKYP MZ 2,5 l/ha

2011/06/06 Míldio CALDA BORDALESA SAPEC 20,0 kg/ha

2011/06/15 Míldio CALDA BORDALESA SAPEC 20,0 kg/ha

2011/06/24 Míldio CALDA BORDALESA SAPEC 20,0 kg/ha

49

PRODUÇÃO

VARIEDADE REPETIÇÃO

CALIBRE MÉDIA

(ton/ha) <30/40 mm >31/41 mm Total

(kg/talhão) (kg/talhão) (kg/talhão)

08110

1ª 1,0 87,0 88,0

40,65 2ª 1,0 83,0 84,0

3ª 1,5 82,0 83,5

4ª 1,0 85,0 86,0

09138

1ª 2,0 69,0 71,0

32,56 2ª 1,0 52,0 53,0

3ª 1,5 76,0 77,5

4ª 1,0 71,0 72,0

09139

1ª 1,0 70,0 71,0

41,01 2ª 1,0 90,0 91,0

3ª 0,5 81,0 81,5

4ª 2,0 99,0 101,0

09140

1ª 1,0 56,0 57,0

36,01 2ª 1,5 64,0 65,5

3ª 2,0 81,0 83,0

4ª 2,0 95,0 97,0

50

PRODUÇÃO

VARIEDADE REPETIÇÃO

CALIBRE MÉDIA

(kg/ha) <30/40mm >31/41mm Total

(kg/talhão) (kg/talhão) (kg/talhão)

09144

1ª 2,5 60,0 62,5

36,49

2ª 1,0 66,0 67,0

3ª 0,5 97,0 97,5

4ª 0,5 79,0 79,5

09145

1ª 4,0 46,0 50,0

27,56

2ª 3,5 43,0 46,5

3ª 3,0 60,0 63,0

4ª 20 70,0 72,0

51

2.2.2 ENSAIOS DE ADAPTAÇÃO DE VARIEDADES DE ESPÉCIES FORRAGEIRAS

Integrado na Rede Nacional de Ensaios de Espécies Forrageiras, Pratenses e

Proteaginosas, foi instalado em S. Miguel um ensaio de Azevém anual, que iria cumprir

um 2º ano de ensaios. No entanto, condições atmosféricas muito adversas, na semana

seguinte ao da sua instalação, originaram o arrastamento de alguns talhões pelo que, e

na falta sementes para ressemear os talhões em falta, teve de ser anulado.

Em conformidade com o disposto no Decreto-lei nº 154/2005 foi admitida para inscrição

no CNV uma variedade de Azevém anual pelo que, a sua aceitação, depende dos

resultados dos ensaios de valor agronómico (VA) realizados com objetivo de determinar a

sua aptidão e produção nas condições nacionais e regionais, em comparação com outras

variedades eleitas para testemunhas.

Ao longo do ciclo vegetativo serão efetuados os seguintes registos:

- Emergência e regularidade da emergência (quando mais de 50% das plantas tiverem

1 folha);

- Vigor e homogeneidade das plantas (um mês após a data da emergência);

- Povoamento (efetuada um mês após a data da emergência e é determinado pelo

número de plantas existentes em um metro linear na zona central da 4ª linha);

- Início do espigamento (quando se verificarem 10 espigas fora da bainha por metro

linear);

- Crescimento após o corte;

- Sensibilidade ao frio, geada, excesso de humidade e acama;

- Sensibilidade ao herbicida (efeitos da fitotoxidade caso tenha sido efetuado monda

química);

- Pragas e doenças (as pragas e doenças que ocorrem naturalmente no ensaio deverão

ser registadas quando ultrapassam os 5% de área foliar à exceção das ferrugens,

assim como a data da sua ocorrência. Regista-se a % de infeção em 3 zonas do talhão

e em níveis de 1-9 (fig. 2.1):

52

0 – ausência de observação

1 – 0 a 5% da planta atacada

3 – 25% da planta atacada

5 – 50% da planta atacada

7 – 75% da plantas atacada

9 – 100% da planta atacada

1 3 5 7 9

Fig 2.1 - Escala para avaliação da intensidade de ataque das doenças

foliares (Fonte: DGADR)

Neste ensaio instalado no campo de ensaios de S. Gonçalo, serão ainda avaliadas as

produções de matéria verde e de matéria seca de cada variedade, sobre uma “área útil”

constituída pelo comprimento do talhão e pela largura correspondente ao número de

linhas cortadas.

53

ESQUEMA DE CAMPO DE VA

Espécie: Azevém anual

Área do talhão: 8,4 m2 (1,2 m x 7,0m)

Nº de variedades: 7

Largura do talhão: 1,2 m

Comprimento do talhão: 7 m

Nº de linhas/ talhão: 6

Rua:1,0m/1,5m

REP.IV

B

5

7

2

1

3

4

6

B

REP.III

B

2

3

7

4

6

5

1

B

REP.III

B

2

4

6

3

1

5

7

B

REP.I

B

5

7

3

2

1

4

6

B

Legenda:

Variedade: 1 – 08098

2 – 90041

3 – 97004

4 – 11170

5 – 11171

6 – 11172

7 – 11173

B - Bordadura

54

3. CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS

3.1 LIMITE MÁXIMO DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS

Em cumprimento do disposto no Regulamento (CE) nº 396/2005, de 23 de fevereiro, relativo

aos limites máximos de resíduos de pesticidas no interior e à superfície dos géneros

alimentícios e dos alimentos para animais, de origem vegetal ou animal, deu-se continuidade

ao programa de execução do controlo de resíduos de pesticidas em produtos de origem

vegetal, tendo-se procedido à colheita de 71 (setenta e uma) amostras de produtos vegetais,

produzidos ou não na região.

O programa de controlo teve por base para a sua elaboração o programa coordenado da

União Europeia que definiu os produtos agrícolas a analisar (feijão sem vagem, fresco ou

congelado, cenouras, pepinos, batatas, arroz e espinafres frescos ou congelados). O

programa nacional e regional foi ainda alargado a outros produtos como: laranja/mandarina,

pera rocha, ananás, meloa, alho, pimenta, couve-flor, banana, nabo, beringela, pimento e

uvas vínicas e aos quais estão associados um quadro potencialmente sensível em termos de

resíduos ou são produtos regionais com denominação de origem e que interessa preservar a

qualidade.

Avaliar a exposição dos consumidores aos resíduos de pesticidas nos produtos agrícolas de

origem vegetal, através de uma seleção apropriada de produtos agrícolas e pesticidas,

segundo um plano de amostragem representativo e exequível é o objetivo deste controlo.

Recorreu-se ao Laboratório de Resíduos de Pesticidas do INRB, e ao Laboratório de

Qualidade Agrícola da Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural na ilha da

Madeira, para análise das amostras relativamente às combinações produto/resíduos de

pesticidas conforme o indicado no Anexo I da Recomendação da Comissão relativa ao

programa comunitário de fiscalização coordenada.

Os resultados laboratoriais obtidos são os que se discrimina nos quadros abaixo:

55

CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS

ANO 2011

Código

Regional

Tipo de Produto

Data

Recolha

Origem do

Produto

Estabelecimento

Comercial

Ilha

Resultado

LRP

Data

Resultado do

Laboratório

Data

Informação

Entidades

Laboratório

110501 Ananás 17/08/11 Regional Coop. Profrutos S. Miguel Isenta 18/11/11 6/12/11 INRB

110502 Ananás “ Regional “ “ Isenta 18/11/11 6/12/11 INRB

114503 Ananás “ Regional Luis Machado “ Isenta 18/11/11 6/12/11 INRB

114504 Ananás “ Regional “ “ Isenta 18/11/11 6/12/11 INRB

114505 Ananás “ Regional “ “ Isenta 18/11/11 6/12/11 INRB

110406 Cenoura 1/09/11 Nacional Merc. da Graça “ Isenta 13/10/11 3/11/11 Lab. Mad.

110407 Batata “ Regional “ “ Isenta 29/09/11 13/10/11 Lab. Mad.

110408 Laranja “ Nacional “ “ Isenta 29/09/11 13/10/11 Lab. Mad.

110409 Espinafre “ Regional “ “ Isenta 27/09/11 13/10/11 Lab. Mad.

110410 Couve-flor “ Regional “ “ Isenta 29/09/11 13/10/11 Lab. Mad.

110411 Nabo “ Nacional “ “ INFRAÇÃO 20/10/11 8/11/11 Lab. Mad.

110412 Alface “ Regional “ “ Isenta 13/10/11 3/11/11 Lab. Mad.

110413 Pimento “ Regional “ “ Isenta 4/10/11 24/10/11 Lab. Mad.

110414 Pepino “ Regional “ “ Isenta 29/09/11 13/10/11 Lab. Mad.

56

CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS

ANO 2011

Código

Regional

Tipo de Produto

Data

Recolha

Origem do

Produto

Estabelecimento

Comercial

Ilha

Resultado

LRP

Data

Resultado

do

Laboratório

Data

Informação

Entidades

Laboratório

110415 Couve-flor 1/09/11 Regional Merc. da Graça S. Miguel Isenta 29/09/11 13/10/11 Lab. Mad.

110416 Beringela “ Regional “ “ Isenta 29/09/11 13/10/11 Lab. Mad.

110417 Pepino “ Regional “ “ Isenta 29/09/11 13/10/11 Lab. Mad.

110418 Pera Rocha “ Regional “ “ Isenta 29/09/11 13/10/11 Lab. Mad.

114319 Pimenta 8/09/11 Regional Fábrica Lagoa “ Isenta 12/10/2011 31/10/2011 Lab. Mad.

114320 Pimenta “ Regional “ “ Isenta 12/10/2011 31/10/2011 Lab. Mad.

111521 Banana 14/03/11 Regional Hiper Modelo Terceira INFRAÇÃO 24/10/11 18/11/11 INRB

111522 Espinafre “ Regional “ “ Isenta 12/04/11 21/04/11 Lab. Mad.

111523 Beringela “ Regional “ “ Isenta 15/04/11 4/05/11 Lab. Mad.

111524 Couve-flor “ Regional “ “ Isenta 13/04/11 21/04/11 Lab. Mad.

112025 Nabo “ Regional Frutercoop “ Isentas 26/04/11 11/05/11 Lab. Mad.

110926 Alface “ Regional “ “ Isenta 13/04/11 21/04/11 Lab. Mad.

112027 Batata “ Regional Emater “ Isenta 14/04/11 4/05/11 Lab. Mad.

112028 Cenoura “ Regional “ “ Isenta 26/04/11 11/05/11 Lab. Mad.

57

CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS

ANO 2011

Código

Regional

Tipo de Produto

Data

Recolha

Origem do

Produto

Estabelecimento

Comercial

Ilha

Resultado

LRP

Data

Resultado

do

Laboratório

Data

Informação

Entidades

Laboratório

112029 Couve-flor 14/03/11 Regional Emater Terceira Isenta 11/04/11 21/04/11 Lab. Mad.

112030 Laranja “ Nacional “ “ Isenta 27/04/11 11/05/11 Lab. Mad.

112031 Pimento “ Nacional “ “ Isenta 12/04/11 21/04/11 Lab. Mad.

112032 Pepino “ Nacional “ “ Isenta 12/04/11 21/04/11 Lab. Mad.

112033 Pêra Rocha “ Nacional “ “ Isenta 18/04/11 04/05/11 Lab. Mad.

115534 Uva Terratez 8/09/11 Regional Manuel Simas “ Isenta 3/10/11 25/10/11 Lab. Mad.

115535 Uva Verdelho “ Regional “ “ Isenta 3/10/11 25/10/11 Lab. Mad.

111036 Meloa 18/07/11 Regional Agromariensecoop St. Maria Isenta 18/11/11 06/12/11 INRB

111037 Meloa “ Regional “ “ Isenta 18/11/11 06/12/11 INRB

115038 Banana “ Regional T. Dobreira Lda “ Isenta 18/11/11 06/12/11 INRB

110439 Espinafres 17/08/11 Regional Mercado da Graça S. Miguel Isenta 29/09/11 13/10/11 Lab. Mad.

110440 Cenoura “ Regional “ “ Isenta 29/09/11 13/10/11 Lab. Mad.

112141 Meloa 02/09/11 Regional Adega cooperativa Graciosa Isenta 18/11/11 06/12/11 INRB

112142 Meloa “ Regional “ “ Isenta 18/11/11 06/12/11 INRB

58

CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS

ANO 2011

Código

Regional

Tipo de Produto

Data

Recolha

Origem do

Produto

Estabelecimento

Comercial

Ilha

Resultado

LRP

Data

Resultado

do

Laboratório

Data

Informação

Entidades

Laboratório

112243 Alho 02/09/11 Regional Niogénio Lima Graciosa Isenta 18/11/11 06/12/11 INRB

113844 Uva vínica 10/09/11 Regional Luis Vasco Silva “ Isenta 3/10/11 25/10/11 Lab. Mad.

114945 Uva vínica “ Regional Mª Lourdes Santos “ Isenta 17/05/11 7/07/11 Lab. Mad.

114746 Cenoura 16/09/11 Regional Almeida Azevedo SA S. Jorge Isenta 17/05/11 7/07/11 Lab. Mad.

114747 Pêra rocha “ Regional “ “ Isenta 17/05/11 7/07/11 Lab. Mad.

114748 Clementina “ Regional “ “ Isenta 17/05/11 7/07/11 Lab. Mad.

114749 Batata “ Regional “ “ Isenta 17/05/11 7/07/11 Lab. Mad.

114750 Clementina “ Regional “ “ Isenta 17/05/11 7/07/11 Lab. Mad.

115151 Uva vínica “ Regional Almeida Azevedo SA Pico Isenta 14/10/11 25/10/11 Lab. Mad.

115252 Uva vínica “ Regional “ “ Isenta 14/10/11 25/10/11 Lab. Mad.

115353 Uva vínica “ Regional “ “ Isenta 14/10/11 25/10/11 Lab. Mad.

113154 Batata “ Regional “ “ Isenta 14/10/11 25/10/11 Lab. Mad.

113155 Cenoura “ Regional “ “ Isenta 14/10/11 25/10/11 Lab. Mad.

115456 Uva vínica “ Regional “ “ Isenta 14/10/11 25/10/11 Lab. Mad.

59

CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS

ANO 2011

Código

Regional

Tipo de Produto

Data

Recolha

Origem do

Produto

Estabelecimento

Comercial

Ilha

Resultado

LRP

Data

Resultado do

Laboratório

Data

Informação

Entidades

Laboratório

110857 Laranja 15/07/11 Nacional Hiper Modelo Faial Isenta 26/07/11 2/09/11 Lab. Mad.

110858 Pêra rocha “ Nacional “ “ Isenta 27/07/11 2/09/11 Lab. Mad.

110859 Batata “ Nacional - “ Isenta 27/07/11 6/09/11 Lab. Mad.

110860 Espinafre “ Nacional “ “ Isenta 27/07/11 2/09/11 Lab. Mad.

110861 Pepino “ Nacional “ “ Isenta 26/07/11 2/09/11 Lab. Mad.

110862 Couve-flor “ Nacional “ “ Isenta 27/07/11 6/09/11 Lab. Mad.

110863 Couve-flor “ Nacional “ “ Isenta 27/07/11 6/09/11 Lab. Mad.

111464 Banana 09/09/11 Regional Frutaçor S. Miguel Isenta 30/11/11 6/12/11 INRB

111465 Banana “ Regional “ “ Isenta 30/11/11 6/12/11 INRB

110866 Alface 17/11/11 Nacional “ “ Isenta 28/07/11 2/09/11 Lab. Mad.

113467 Cenoura “ Nacional FreitasBraga & Braga Flores Isenta 26/07/11 2/09/11 Lab. Mad.

113468 Pêra rocha “ Nacional “ “ Isenta 26/07/11 2/09/11 Lab. Mad.

113469 Laranja “ Nacional “ “ Infração 26/07/11 2/09/11 Lab. Mad.

113470 Batata “ Regional “ “ Isenta 26/07/11 2/09/11 Lab. Mad.

60

CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS DE PESTICIDAS

ANO 2011

Código

Regional

Tipo de Produto

Data

Recolha

Origem do

Produto

Estabelecimento

Comercial

Ilha

Resultado

LRP

Data

Resultado do

Laboratório

Data

Informação

Entidades

Laboratório

110371 Couve-flor 05/09/11 Regional Frutaria S. Miguel S. Miguel Isenta 3/10/11 25/10/11 Lab. Mad.

110372 Pepino “ Regional “ “ Isenta 3/10/11 25/10/11 Lab. Mad.

110373 Nabo “ Regional “ “ Isenta 3/10/11 25/10/11 Lab. Mad.

CONTROLO OFICIAL DE RESÍDUOS DE NITRATOS

ANO 2011

Código

Regional

Tipo de Produto

Data

Recolha

Origem do

Produto

Estabelecimento

Comercial

Ilha

Resultado

LRP

Data

Resultado do

Laboratório

Data

Informação

Entidades

Laboratório

115801 Espinafres 03/05/11 Regional Armazém Produtor S. Miguel Isenta 26/05/11 2/06/11 ASAE

115802 Espinafres “ Regional “ “ Isenta 26/05/11 2/06/11 ASAE

115803 Alface “ Regional “ “ Isenta 26/05/11 2/06/11 ASAE

61

62

4. CONTROLO DE ROEDORES

4.1 AQUISIÇÃO E CEDÊNCIA DE RODENTICIDAS A Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária, da Direção Regional do Desenvolvimento

Agrário, à semelhança de anos anteriores, adquiriu em 2011 produtos rodenticidas para

cedência gratuita através das Autarquias (Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia) de

forma a contribuir para o controlo das populações de roedores nocivos, na ilha de São

Miguel. No corrente ano foram adquiridas, por concurso público, 46,5 toneladas de

Lanirat, um rodenticida de uso agrícola, em grão de cereal, à base da substância ativa

bromadiolona (15 toneladas para a Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária, 15

toneladas para o Serviço de Desenvolvimento Agrário do Pico, 7,5 toneladas para o

Serviço de Desenvolvimento Agrário de Flores e Corvo e 9 toneladas para o Serviço de

Desenvolvimento Agrário da Graciosa); 80,5 toneladas do rodenticida de uso agrícola

Ratatox, formulado à base da substância ativa difenacume, em grão de cereal (20

toneladas para a Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária, 14 toneladas para o

Serviço de Desenvolvimento Agrário da Terceira, 7 toneladas para o Serviço de

Desenvolvimento Agrário de Santa Maria, 18 toneladas para o Serviço de

Desenvolvimento Agrário de São Jorge, 14 toneladas para o Serviço de Desenvolvimento

Agrário do Faial e 7,5 toneladas para o Serviço de Desenvolvimento Agrário de Flores e

Corvo); e 4,26 toneladas do rodenticida de uso veterinário Ratservice, formulado à base

da substância ativa bromadiolona, em grão de cereal (2,5 toneladas para o Serviço de

Desenvolvimento Agrário do Pico, 1,260 toneladas para o Serviço de Desenvolvimento

Agrário de Flores e Corvo e 0,5 toneladas para o Serviço de Desenvolvimento Agrário da

Graciosa). O custo total foi de 218.750,00€ (sem IVA).

O quadro 4.1 apresenta a quantidade de produto adquirido por ilha em 2011 e o gráfico

4.1 apresenta a variação anual da quantidade de rodenticida adquirido para a ilha de São

Miguel nos últimos 7 anos.

63

Quadro 4.1 – Quantidade de rodenticida adquirido por ilha, em 2011.

ILHA QUANTIDADE DE RODENTICIDA ADQUIRIDO (TONELADAS)

São Miguel 35

Terceira 14

Faial 14

Pico 17,5

São Jorge 18

Graciosa 9,5

Flores e Corvo 16,260

Santa Maria 7

Total 131,260

Gráfico 4.1 – Variação anual das quantidades de rodenticida adquirido para a ilha de São

Miguel.

Durante 2011, foram cedidos ou utilizados em ações diretas realizadas pela DSAP 33.534

kg de rodenticida [32.540 kg (97,04%) foram cedidos a autarquias e o restante foi

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

45

33

22

27

31,5

40

35

TON

ELA

DA

S

ANO

Variação anual das quantidades de rodenticida adquirido para São Miguel (2005-2011)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

64

utilizado em ações de desratização desenvolvidas diretamente pela DSAP ou cedido a

outras entidades/particulares que solicitaram apoio].

O Gráfico 4.2 apresenta a quantidade de rodenticida cedido/utilizado pela DSAP, nos

últimos 7 anos.

Gráfico 4.2 – Quantidade de rodenticida cedido/utilizado pela DSAP nos últimos 7 anos.

O gráfico 4.3 apresenta a variação mensal da quantidade de rodenticida cedido/utilizado

pela DSAP ao longo do ano.

.

Gráfico 4.3 – Variação mensal da quantidade de rodenticida cedido/utilizado ao longo de

2011 na ilha de São Miguel.

0

20000

40000

60000

14005

42755 35310 32668

13737

26517 33534

Kg

ANO

Quantidade de rodenticida cedido/utilizado por ano pela DSAP (2005-2011)

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

0

2000

4000

6000

8000

10000

12000

14000

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

Kg

MÊS

Variação mensal das quantidades de rodenticida cedido/utilizado em 2011 (São Miguel)

65

O quadro seguinte (Quadro 4.2) apresenta a quantidade de rodenticida cedido às

Autarquias, por Concelho.

Quadro 4.2 – Quantidade de rodenticida cedido às Autarquias, por Concelho, na ilha de São

Miguel.

Concelho Peso (kg)

Ponta Delgada 10840

Ribeira Grande 9600

Lagoa 2100

Vila Franca do Campo 4400

Povoação 3800

Nordeste 1800

Total 32540

A variação de existências do rodenticida na DSAP encontra-se indicada no quadro 4.3.

Quadro 4.3 – Variação de existências do rodenticida na DSAP (2011).

Variação de existências em

2011

Quantidade por produto comercial (Kg)

Lanirat Rat Service Ratatox

Stock inicial 10816 22667 10000

Entrada 15000 0 20000

Saída 4338 22324 6872

Stock Final 21478 343 23128

4.2 ACONSELHAMENTO E APOIO TÉCNICO

Foi dado aconselhamento e apoio técnico sobre as boas práticas de controlo de roedores

a todos os particulares e/ou entidades que o solicitaram, tendo-se realizado sempre que

possível visitas aos locais em causa, para uma melhor avaliação do problema. Além disso,

66

a DSAP realizou e/ou acompanhou diretamente algumas ações de controlo e

desratização, em determinadas situações específicas.

4.3 AÇÕES DE FORMAÇÃO, DIVULGAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO

Foi elaborado um manual de boas práticas intitulado “Controlo de Roedores nas

Explorações Agrícolas e Pecuárias da Região Autónoma dos Açores” (página seguinte) e

editados 2000 exemplares do mesmo, posteriormente distribuídos pelos Serviços de

Desenvolvimento Agrário de cada ilha para divulgação junto dos agricultores/lavradores

da Região – fevereiro de 2011.

4.4 PROJETO “EPIDEMIOLOGIA E CONTROLO DA LEPTOSPIROSE NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES”

No âmbito do envolvimento da DSAP no Projeto “Epidemiologia e Controlo da

Leptospirose na Região Autónoma dos Açores” (USA Scientific Cooperative Agreement No.

58-4001-3-F185), e no seguimento de convite elaborado pela Associação Portuguesa de

Buiatria, foi proferida a palestra “LEPTOSPIROSE BOVINA NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS

AÇORES E SEU IMPACTE NA SAÚDE PÚBLICA” no V Congresso da Sociedade Portuguesa de

Ciências Veterinárias – As Ciências Veterinárias para uma só Saúde, realizado de 13 a 15

de outubro na Estação Zootécnica Nacional – Fonte Boa, Santarém.

67

68

Resumo da apresentação publicado no livro de resumos do congresso:

LEPTOSPIROSE BOVINA NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES E SEU

IMPACTE NA SAÚDE PÚBLICA

Borrego, S.1, Flor, L.

2, Mota-Vieira, L.

3, Vieira, M.L.

4, Santos, C.

1, Collares-Pereira, M.

4

1 Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária, Direção Regional do Desenvolvimento Agrário (DRDA), Secretaria Regional de

Agricultura e Florestas (SRAF), São Miguel

2Laboratório Regional de Veterinária, Direção de Serviços de Veterinária – DRDA, SRAF, Terceira

3Unidade de Genética e Patologia Moleculares, Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, EPE, São Miguel

4Unidade de Microbiologia Médica, Instituto de Higiene e Medicina Tropical, Universidade Nova de Lisboa

Nos Açores, a taxa de incidência média anual da leptospirose humana (11,1 casos/100.000 habitantes) é

cerca de 10 vezes superior à de Portugal continental (1,7 casos). De 1993 a Junho de 2011 (inclusive),

foram confirmados laboratorialmente 500 casos de leptospirose, 15 dos quais fatais; os adultos em idade

ativa (25-44 anos) e com profissões relacionadas com actividades agrícolas e/ou pecuárias são dos mais

infectados. Os principais serogrupos presuntivos responsáveis pela infecção humana têm sido

Icterohaemorrhagiae (≈54%) e Ballum (≈33%), cujos reservatórios dominantes são os roedores

(murinos), e Sejroe (≈10%), que tem, nos bovinos, o principal reservatório para o serovar Hardjo. No

âmbito do Projecto “Epidemiologia e Controlo da Leptospirose nos Açores (2003-2008)”, desenvolvido

por uma equipa multidisciplinar ao abrigo do Acordo de Cooperação e Defesa entre Portugal e os EUA

(No. 58-40001-3-F185), realizou-se um estudo em bovinos das ilhas Terceira (T) e São Miguel (SM),

com o objetivo de: i) identificar as leptospiras transmitidas por estes animais (após isolamento por

cultura de rim); e ii) determinar a seroprevalência da infecção por Leptospira (pela técnica de

aglutinação microscópica - TAM) em explorações leiteiras, não vacinadas. As explorações com, pelo

menos, um animal positivo foram incluídas no cálculo da respectiva taxa global ao nível da exploração.

No primeiro trimestre de 2008, 365 bovinos adultos, para abate, foram seleccionados, com vista ao

isolamento de leptospiras; obteve-se um total de 11 isolados - 8+/245 (3,3%) na T e 3+/120 (2,5%) em

SM - todos pertencentes à espécie genómica Leptospira borgpetersenii, serovar Hardjo, tipo Hardjo-

bovis. As serologias foram efetuadas em 5438 animais (nT=1477 e nSM=3961), desenvolvendo a TAM

contra 13 serovares pertencentes a 10 serogrupos do complexo L. interrogans sensu lato, num total de 63

e 93 explorações da T (Julho-Dezembro/2007) e SM (Janeiro-Julho/2008), respectivamente. A

seroprevalência, ao nível das explorações, foi de 66,7% na T e 70,9% em SM; em termos individuais, a

taxa foi de 6,8% (T) e 7,5% (SM). Em ambas as ilhas, o serogrupo Sejroe foi o mais reactivo na TAM, o

que, aliado ao isolamento da espécie L. borgpetersenii serovar Hardjo, confirma o papel relevante dos

bovinos na transmissão endémica destas bactérias, responsáveis por uma forma mais benigna da doença

nos humanos. Paralelamente, a deteção de anticorpos contra leptospiras dos serogrupos

Icterohaemorrhagiae e Ballum indica que estes animais podem também ter importância na infecção

antropozoonótica por estes agentes.

69

4.5 PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL INTEGRADA DE ROEDORES PARA O

ARQUIPÉLAGO DOS AÇORES

No seguimento do protocolo de cooperação técnica estabelecido entre a DRDA,

através da DSAP, e o Instituto Nacional dos Recursos Biológicos, na pessoa da Dra. Ana

Vinhas (atualmente ligada à Direção Geral das Atividades Económicas) e da publicação

do Decreto Legislativo Regional n.º 31/2010/A de 17 de novembro - Medidas de

prevenção, controlo e redução da presença de roedores invasores e comensais foi

criada, pela Resolução do Conselho do Governo n.º 28/2011 de 4 de março, a

Comissão de Gestão integrada de Pragas – Roedores, formada por representantes dos

departamentos governamentais com competência em matéria de agricultura e

florestas, de ambiente e mar; de ciência e equipamentos; de saúde; de inspeção das

atividades económicas, do trabalho e solidariedade social; de economia; de educação e

formação; de alimentação e mercados agrícolas; de ordenamento agrário; e por um

representante das autarquias locais. Como representante do departamento

governamental competente em matéria de agricultura e florestas e Coordenador das

atividades da Comissão foi nomeado o Dr. Carlos Santos, Diretor de Serviços de

Agricultura e Pecuária.

Uma das competências definidas para esta Comissão, e a mais prioritária, consistia em

formar grupos de trabalho para a elaboração de uma proposta de requisitos técnicos a

que deverão obedecer os planos de controlo de roedores e de uma proposta de

Manual de Boas Práticas de Controlo de Roedores a aplicar na Região Autónoma dos

Açores às atividades humanas dos vários setores da economia cujos métodos de

produção, transformação, distribuição e/ou comercialização atuem como geradores de

distúrbios no ecossistema e distribuidores de recursos, proporcionando atrativos à

proliferação e dispersão de roedores.

Os grupos de trabalho foram criados, tendo a Dra. Sofia Borrego, técnica superior da

Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária, sido nomeada para fazer parte de 4 dos

70

10 grupos de trabalho criados, coordenar as atividades de todos os grupos, efetuar a

revisão técnica dos trabalhos realizados e fazer a ponte entre estes e a Comissão.

No âmbito das competências atribuídas à referida Comissão, e das tarefas atribuídas

por esta aos grupos de trabalho, desenvolveram-se as seguintes atividades:

1. Reuniões de trabalho;

2. Participação na elaboração da proposta de Manual de Boas Práticas de Controlo

de Roedores para a Região Autónoma dos Açores e da proposta de requisitos

técnicos a que deverão obedecer os planos de controlo de roedores;

3. Revisão técnica do Manual de Boas Práticas de Controlo de Roedores para a

Região Autónoma dos Açores e da proposta de requisitos técnicos a que deverão

obedecer os planos de controlo de roedores;

4. Edição e envio da proposta de Manual e da

proposta de requisitos técnicos aos membros

do Governo com tutela nas áreas de atividade

a que estes documentos dizem respeito,

nomeadamente ao Secretário Regional da

Agricultura e Florestas, ao Secretário Regional

do Ambiente e do Mar, ao Secretário Regional da Ciência, Tecnologia e

Equipamentos, ao Secretário Regional da Saúde, à Secretária Regional do

Trabalho e Solidariedade Social, ao Secretário Regional da Economia e à

Secretária Regional da Educação e Formação, dando conhecimento ao Instituto

de Alimentação e Mercados Agrícolas, ao Instituto Regional do Ordenamento

Agrário e à Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores, para

cumprimento do disposto no n.º 3 do artigo 5.º e no artigo 6.º do Decreto

Legislativo Regional n.º 31/2010/A de 17 de novembro;

5. Preparação de proposta de ações a desenvolver dentro da temática do controlo

de roedores para apresentação às entidades competentes, dando cumprimento

ao disposto na alínea e) do artigo 9.º do Decreto Legislativo Regional n.º

31/2010/A de 17 de novembro.

71

4.6 AVALIAÇÃO DOS DANOS PROVOCADOS PELOS ROEDORES NAS PRINCIPAIS CULTURAS

No que diz respeito ao estudo para avaliar os danos provocados

pelos roedores na cultura do ananás, em curso desde 2009,

continuou-se o acompanhamento e monitorização do processo de

produção em 23 locais de produção, pertencentes a 7 dos 8

produtores selecionados. O trabalho foi interrompido num dos

produtores por não se encontrarem reunidas as condições

necessárias à continuação do estudo, nomeadamente no que diz respeito ao

necessário envolvimento e participação responsável do produtor e respetivos

funcionários. No final de 2011, o número de ciclos de produção em estudo totalizavam

os 188, envolvendo 157 estufas.

4.7 DETERMINAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE MUTAÇÕES AO NÍVEL DO GENE VKORC1, CONHECIDAS PELA SUA ASSOCIAÇÃO COM A PRESENÇA DE RESISTÊNCIAS AOS RODENTICIDAS ANTICOAGULANTES, EM ROEDORES DA ILHA DE SÃO MIGUEL Conforme foi referido no relatório de 2010, os primeiros resultados relativos ao

primeiro conjunto de amostras de Mus musculus enviado em 2009 foram rececionados

nesta Direção de Serviços em setembro de 2010 e revelaram a presença da mutação

Tyr139Cys em 5 dos 14 animais sequenciados (3 homozigóticos e 2 heterozigóticos).

Face aos resultados obtidos, decidiu-se aumentar o tamanho da amostra e em

fevereiro de 2011 foram enviadas, para extração de ADN no Federal Research Centre

for Cultivated Plants – Julius Kuhn-Institut, Vertebrate Research de Munster e

sequenciação na Universidade de Wuerzburg, amostras de mais 33 animais da espécie

Mus musculus e de mais 2 animais da espécie Rattus norvegicus, capturados na ilha de

São Miguel entre outubro de 2010 e janeiro de 2011.

72

Os resultados, incluindo os dos 15 animais da espécie R. norvegicus cujas amostras

(ponta das caudas) haviam sido enviadas em setembro de 2010, chegaram em

novembro sendo que no grupo dos 33 Mus musculus foi detetada a mutação

Tyr139Cys em 3 animais (1 homozigótico e 2 heterozigóticos) e o grupo de mutações

Arg12Trp/p.Ala26Ser/p.Ala48Thr/p.Arg61Leu, vulgarmente designada por sequência

Mus spretus, em 3 animais (1 homozigótico e 2 heterozigóticos).

Concluindo, em relação à espécie Mus musculus, foram detetadas, no total, mutações

em 11 das 48 amostras enviadas (22,91%). A mutação Tyr139Cys foi encontrada em 8

animais (16,66%) e o grupo de mutações Arg12Trp/p.Ala26Ser/p.Ala48Thr/p.Arg61Leu

foi encontrado em 3 animais (6,25%).

73

74

75

76

77

78

79

Neste artigo podemos observar terem também sido analisados 20 animais da espécie

Mus musculus capturados na ilha Terceira e enviados para o Dr. Pelz pelo Sr. U. Klaus

Köhler. Nesses animais foi detetada a mutação Leu128Ser com a mutação Tyr139Cys

em 4 animais, a mutação Leu128Ser em 1 animal e a mutação Tyr139Cys em 15

animais, ou seja 100% dos animais amostrados apresentava alguma mutação.

As mutações encontradas nas ilhas de São Miguel e Terceira têm sido associadas, por

vários autores, à perda de eficácia dos rodenticidas anticoagulantes de primeira

geração (e.g. warfarina e cumatetralil) e do rodenticida anticoagulante de segunda

geração bromadiolona, conforme descrito no artigo seguinte por Pelz et al. (2011).

A mutação Tyr139Cys é uma das mutações do gene VKORC1 mais prevalentes na

espécie Rattus norvegicus, particularmente na Alemanha e na Dinamarca onde é

conhecida por conferir resistência a anticoagulantes de primeira geração e a alguns de

segunda geração, incluindo a bromadiolona e o difenacume (Pelz – comunicação

pessoal).

Em relação aos 17 animais da espécie R. norvegicus, 2 ratos foram sequenciados

enquanto os restantes foram apenas rastreados para a presença da mutação

Tyr139Cys. A mutação Tyr139Cys não foi detetada em nenhuma das amostras de R.

norvegicus enviadas.

Em novembro fomos ainda informados que a Universidade de Wuerzburg não poderia

continuar a colaborar e a fazer a sequenciação gratuita do ADN.

No quadro seguinte (Quadro 4.4) encontra-se reunida toda a informação relativa às

amostras enviadas e respetivos resultados.

80

Quadro 4.4 – Resumo dos dados relativos às amostras enviadas para sequenciação de ADN e

respetivos resultados.

Identificação Espécie Local de captura

Data de captura

Data de envio das amostras

Resultado

Mm1 Mus musculus São Roque 10-09-2009 10-11-2009 Tyr139Cys (TAT>TGT) heterozigótico

Mm2 Mus musculus São Roque 10-09-2009 10-11-2009 (não se conseguiu extrair o ADN)

Mm3 Mus musculus Vila Franca do Campo

22-10-2009 10-11-2009 Tyr139Cys (TAT>TGT) homozigótico

Mm4 Mus musculus São Roque 26-10-2009 10-11-2009 Tyr139Cys (TAT>TGT) homozigótico

Mm5 Mus musculus São Roque 27-10-2009 10-11-2009 Sem mutações

Mm6 Mus musculus São Roque 27-10-2009 10-11-2009 Sem mutações

Mm7 Mus musculus Quinta de São Gonçalo - Ponta Delgada

27-10-2009 10-11-2009 Sem mutações

Mm8 Mus musculus Quinta de São Gonçalo - Ponta Delgada

27-10-2009 10-11-2009 Sem mutações

Mm9 Mus musculus Quinta de São Gonçalo - Ponta Delgada

28-10-2009 10-11-2009 Sem mutações

Mm10 Mus musculus Quinta de São Gonçalo - Ponta Delgada

28-10-2009 10-11-2009 Sem mutações

Mm11 Mus musculus São Roque 29-10-2009 10-11-2009 Tyr139Cys (TAT>TGT) homozigótico

Mm12 Mus musculus São Roque 30-10-2009 10-11-2009 Tyr139Cys (TAT>TGT) heterozigótico

Mm13 Mus musculus São Roque 30-10-2009 10-11-2009 Sem mutações

Mm14 Mus musculus São Roque 30-10-2009 10-11-2009 Sem mutações

Mm15 Mus musculus São Roque 30-10-2009 10-11-2009 Sem mutações

Mm16 Mus musculus Mosteiros 06-10-2010 07-02-2011 Sem mutações

Mm17 Mus musculus Mosteiros 06-10-2010 07-02-2011 Sem mutações

Mm18 Mus musculus Mosteiros 06-10-2010 07-02-2011 Sem mutações

Mm19 Mus musculus Mosteiros 06-10-2010 07-02-2011 Sem mutações

Mm20 Mus musculus Mosteiros 07-10-2010 07-02-2011 Sem mutações

Mm21 Mus musculus Mosteiros 07-10-2010 07-02-2011 Sem mutações

Mm22 Mus musculus Mosteiros 07-10-2010 07-02-2011 Sem mutações

Mm23 Mus musculus Mosteiros 11-10-2010 07-02-2011 Sem mutações

Mm24 Mus musculus Mosteiros 11-10-2010 07-02-2011 Sem mutações

Mm25 Mus musculus Mosteiros 11-10-2010 07-02-2011 Sem mutações

Mm26 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações

Mm27 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações

Mm28 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações

Mm29 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações

Mm30 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações

Mm31 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Tyr139Cys heterozigótico

Mm32 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações

Mm33 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações

Mm34 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações

Mm35 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações

Mm36 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações

81

Identificação Espécie Local de captura

Data de captura

Data de envio das amostras

Resultado

Mm37 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações

Mm38 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações

Mm39 Mus musculus Cabouco Nov-10 07-02-2011 Sem mutações

Mm40 Mus musculus Vila Franca do Campo

03-Dez-10 07-02-2011 Tyr139Cys homozigótico

Mm41 Mus musculus Ribeira das Taínhas

19-01-2011 07-02-2011 Sem mutações

Mm42 Mus musculus Ribeira das Taínhas

19-01-2011 07-02-2011 Ala48Thr/Ala26Ser/Arg12trp/Arg61Leu heterozigótico

Mm43 Mus musculus Ribeira das Taínhas

20-01-2011 07-02-2011 Sem mutações

Mm44 Mus musculus Ribeira das Taínhas

19-01-2011 07-02-2011 Sem mutações

Mm45 Mus musculus Ribeira das Taínhas

19-01-2011 07-02-2011 Ala48Thr/Ala26Ser/Arg12trp/Arg61Leu heterozigótico

Mm46 Mus musculus Ribeira das Taínhas

19-01-2011 07-02-2011 Ala48Thr/Ala26Ser/Arg12trp/Arg61Leu homozigótico

Mm47 Mus musculus Ribeira das Taínhas

19-01-2011 07-02-2011 Sem mutações

Mm48 Mus musculus Ribeira das Taínhas

19-01-2011 07-02-2011 Sem mutações

Mm49 Mus musculus Ribeira das Taínhas

19-01-2011 07-02-2011 Tyr139Cys heterozigótico

Rn1 Rattus norvegicus

Capelas 13-11-2009 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys

Rn2 Rattus norvegicus

Capelas 13-11-2009 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys

Rn3 Rattus norvegicus

Capelas 14-11-2009 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys

Rn4 Rattus norvegicus

Capelas 15-11-2009 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys

Rn5 Rattus norvegicus

Capelas 16-11-2009 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys

Rn6 Rattus norvegicus

Capelas 16-11-2009 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys

Rn7 Rattus norvegicus

Capelas 14-04-2010 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys

Rn8 Rattus norvegicus

Capelas 15-04-2010 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys

Rn9 Rattus norvegicus

Capelas 15-04-2010 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys

Rn10 Rattus norvegicus

Capelas 15-04-2010 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys

Rn11 Rattus norvegicus

Capelas 15-04-2010 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys

Rn12 Rattus norvegicus

Capelas 10-07-2010 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys

Rn13 Rattus norvegicus

Capelas 10-07-2010 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys

Rn14 Rattus norvegicus

Capelas 05-09-2010 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys

Rn15 Rattus norvegicus

Capelas 05-09-2010 10-09-2010 Ausência da mutação Tyr139Cys

Rn16 Rattus norvegicus

São Gonçalo - Ponta Delgada

21-11-2010 07-02-2011 Ausência da mutação Tyr139Cys

Rn17 Rattus norvegicus

São Gonçalo - Ponta Delgada

21-11-2010 07-02-2011 Ausência da mutação Tyr139Cys

Os resultados obtidos com este estudo, em particular na espécie Mus musculus,

reforçam a importância da monitorização dos resultados de cada ação de desratização.

82

Uma das melhores formas de avaliar a eficácia dos rodenticidas no campo e de nos

apercebermos se já poderão existir resistências ao produto utilizado é monitorizar e

registar regularmente os consumos em cada posto ao longo da desratização. Uma vez

que a morte dos animais ocorre apenas alguns dias após a ingestão do veneno, é

natural que os animais se refugiem nos seus ninhos ou noutro ponto de abrigo quando

se começam a sentir doentes e acabem por morrer nesses locais menos visíveis. Desta

forma, é raro encontrar animais mortos nos locais tratados, não sendo possível avaliar

o resultado das desratizações através do número de cadáveres encontrados. Só a

evolução dos consumos em cada posto permite avaliar os resultados da desratização.

Se estes forem diminuindo significa que, provavelmente, o número de animais

presente está também a diminuir. Quando os consumos permanecem constantes

semana após semana e foram excluídas todas as outras causas que possam provocar

esse tipo de situação, como por exemplo migração constante de animais de áreas

vizinhas ou quantidade de isco insuficiente para o nível de infestação presente, deverá

desconfiar-se de resistência ao rodenticida utilizado e intervir com produtos mais

tóxicos ou com outras medidas de combate, de forma a evitar a sobrevivência e

proliferação dos animais potencialmente resistentes.

De um modo geral, recomenda-se que se comecem as desratizações com os

rodenticidas menos tóxicos, como o difenacume ou a bromadiolona, por exemplo, e

que nos casos em que não se consiga alcançar o controlo total estes produtos sejam

substituídos por outros à base de substâncias ativas mais tóxicas, como por exemplo o

brodifacume, o flocumafene ou a difetialona. Devido à sua elevada toxicidade, estes

produtos não devem ser utilizados por rotina, mas apenas nos casos em que há

evidência de que os outros compostos não foram capazes de conduzir a um

tratamento completo.

83

5. PLANO DE CONTROLO À IMPORTAÇÃO DE GÉNEROS ALIMENTÍCIOS DE ORIGEM NÃO ANIMAL À semelhança dos anos anteriores deu-se cumprimento ao Plano Nacional de Controlo

Plurianual Integrado previsto no Reg. (CE) 882/2004 tendo sido efetuados em S. Miguel

um total de 22 (vinte e dois) controlos à importação (16) e exportação (6) de géneros

alimentícios de origem não animal. Não foi efetuada nenhuma colheita de amostras.

6. IMPLEMENTAÇÃO DO DECRETO-LEI N.º 173/2005 No âmbito do Decreto-Lei n.º 173/2005, de 21 de outubro, deu-se continuidade ao

processo de avaliação dos pedidos de autorização para o exercício de distribuição e/ou

venda de produtos fitofarmacêuticos solicitados pelas empresas da Região Autónoma

dos Açores.

No ano de 2011 deram entrada na DSAP quatro pedidos de autorização, que após

análise dos processos e respectivas vistorias efetuadas pelos técnicos da SRAF, foram

encaminhados para a Direção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural para

emissão de parecer final.

Assim, no final do ano em curso estavam licenciados na RAA 55 locais de venda e/ou

distribuição de produtos fitofarmacêuticos cuja identificação consta do seguinte

quadro:

Nº Autorização Empresa Concelho

1006-DV A Granja, Lda. Ponta Delgada

987-V Agripecupes – Comércio. de Rações e Adubos, Lda. Calheta

145-DV AGRO ESPANHOL, Prod. para a Agric. e Pecuária, Lda. Vila do Porto

976-V Agrocapelense – Coop. A. C. V. A. F. das Capelas, CRL. Ponta Delgada

1043-V AGROCOMB, Comércio de Combustíveis, Lda. Lages do Pico

1017-V AGRODAMIÃO – Prod. para a Agric. e Pecuária, Lda. Vila Franca do Campo

350-V Agro-Ferragens Clementino, Lda. Ribeira Grande

84

Nº Autorização Empresa Concelho

986-V Agrogança Comércio Agrícola da Gança, Lda. Calheta

177-DV Agro-Maçanita, Produtos para a Agric. e Pecuária, Lda. Ponta Delgada

661-V AGRO-NORTE de Maria de Fátima G. Azevedo Goulart São Roque do Pico

957-DV AGROÚTIL - Especialidades Farmacêuticas, Lda. Ponta Delgada

1048-V António M. Fernandes e Filhos, Lda. Nordeste

662-V BORGES E SILVA, Lda. Horta

866-V Casa do Povo de Candelária Madalena

988-V Ciclo Agro Pecuário de São Jorge, Lda. Velas

950-V Cooperativa Agrícola Bom Pastor, CRL. Ponta Delgada

996-V Cooperativa Agrícola Camponeses da Achada, CRL. Nordeste

1037-V Cooperativa Agrícola de Lacticínios do Faial, CRL. Horta

1209-V Cooperativa Agrícola de Lacticínios do Faial, CRL. Horta

975-V Cooperativa Agrícola de Leste da Ilha de S. Miguel, CRL. Povoação

1170-V Cooperativa Agrícola Nortilha, CRL S.Roque do Pico

664-V Cooperativa Agrícola Santo Antão, CRL. Vila Franca do Campo

826-V Cooperativa Agrícola União Popular do Pico Lages do Pico

961-V Cooperativa Agrícola União Sebastianense Angra do Heroísmo

960-DV Cooperativa União Agrícola, CRL Ribeira Grande

995-V Cooperativa União Agrícola, CRL Nordeste

1182-V Drogaria Açoreana de José dos Reis & Filhos, Lda. Ponta Delgada

989-D EQUIPRAIA - Comércio e Representações, Lda. Praia da Vitória

990-V EQUIPRAIA - Comércio e Representações, Lda. Praia da Vitória

997-V FAV - Comércio Agrícola, Lda. Angra do Heroísmo

1096-DV Flores & Parreira, Lda. Angra do Heroísmo

665-V IRMÃOS PIMENTEL, Lda. São Roque do Pico

666-DV IRMÃOS PIMENTEL, Lda. Lages do Pico

1171-V J.M.Ortins Bettencourt & Filhas, Lda. Stª Cruz da Graciosa

178-V JardimCampo, Comércio de Plantas Ornamentais, Lda. Lagoa

985-V João Moniz Caetano Martins Ribeira Grande

1099-V João Moniz Caetano Martins Lagoa

905-V José Manuel Bettencourt da Silveira Madalena

663-V Manuel Rodrigues Dutra da Costa Madalena

973-V Manuel Rodrigues Luís Madalena

827-V Maria das Candeias Costa Dias Xavier Madalena

882-V Maria Ivone de Serpa Sousa São Roque do Pico

1018-V Mariano Vidal – Alim. Animais Turi. Rural Unipes., Lda. Ribeira Grande

85

Nº Autorização Empresa Concelho

571-V Mário Sarmento, Lda. Horta

1175-V Melos, Lda. Vila do Porto

1185-V Moagem Lagense, Lda. Praia da Vitória

958-V NUTRIVEG Unipessoal, Lda. Ponta Delgada

311-V PLANTIVIME - GRANJA de José Luís Raposo Maré Ribeira Grande

572-V Raul Manuel Rodrigues Pessoa Calheta

1019-DV SOTERLAC- Sociedade Terceirense de Lacticínios, Lda. Angra do Heroísmo

938-DV SOUSA & FARIA, Lda. Madalena

1049-V TERCEIRA FARMA, Comércio e Indústria de P.F., Lda. Angra do Heroísmo

1050-DV TERCEIRA FARMA, Comércio e Indústria de P.F., Lda. Praia da Vitória

991-V Terceirense de Rações, S.A. São Roque do Pico

959-DV Unicol - União das Coop. de Lacticí. Terceirenses, UCRL. Angra do Heroísmo

Relativamente às empresas de aplicação terrestre de produtos fitofarmacêuticos,

encontra-se licenciada, na Região Autónoma dos Açores, a seguinte empresa de

aplicação:

Nº Autorização Empresa Concelho

005-AT SINAGA-Sociedade de Indústrias Agrícolas Açoreanas, SA Ponta Delgada

No ano de 2011 deu-se continuidade ao trabalho de monitorização dos procedimentos

relativos ao conceito de Venda Responsável introduzido pelo Decreto-Lei n.º

173/2005, de 21 de outubro, e de avaliação da implementação deste diploma nos

estabelecimentos de distribuição e/ou venda de produtos fitofarmacêuticos na Região

Autónoma dos Açores.

O trabalho incidiu sobre as empresas a exercerem nas ilhas de Santa Maria, Terceira,

Graciosa, São Jorge, Pico e Faial e com autorizações concedidas até ao mês de Maio,

conforme consta do quadro seguinte:

86

Ilha Nº empresas/locais de venda licenciadas

Nº empresas/locais de venda vistoriados

Santa Maria 2 2

Terceira 10 8

Graciosa 1 1

São Jorge 4 4

Pico 14 6

Faial 3 3

TOTAL 34 24

Relativamente a cada vistoria, foi elaborado um relatório que, posteriormente, foi

enviado às empresas, a fim de se poderem efetuar as devidas correções às infrações

detetadas.

Na ilha de São Miguel, e como complemento do trabalho de monitorização realizado

em 2010, deu-se início a um conjunto de vistorias às empresas licenciadas para

verificação do cumprimento das melhorias sugeridas no ano anterior. Foram

vistoriadas 12 empresas/locais de venda.

Ainda no âmbito da implementação do DL nº 173/2005, colaborou-se com o Serviço de

Desenvolvimento Agrário de Santa Maria na disponibilização de um técnico para

participar como formador em quatro ações de formação sobre “Aplicação de Produtos

Fitofarmacêuticos”.

Promoveu-se, igualmente, cinco ações de divulgação sobre o tema “Aplicação de

Produtos Fitofarmacêuticos”, respetivamente, nas ilhas da Terceira, Graciosa, São

Jorge, Pico e Faial.

87

7. DIVULGAÇÃO AGRÁRIA 7.1 AVISOS AGRÍCOLAS

A Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária deu início à emissão de Avisos Agrícolas,

em 2006. Esta importante atividade tem como grande objetivo alertar os agricultores em

tempo oportuno para a presença dos principais organismos nocivos associados a

determinadas culturas e de lhes indicar várias soluções para evitar ou minimizar as suas

consequências. Deste modo, os agricultores poderão diminuir os custos de produção,

nomeadamente com a aplicação de produtos fitofarmacêuticos e, em simultâneo,

contribuir para a melhoria das condições ambientais dos ecossistemas agrícolas. Além

disso, poderão obter produtos em maior quantidade e de melhor qualidade, com reflexos

positivos nos seus rendimentos.

Em 2011 foi emitida uma circular de Avisos Agrícolas sobre o combate a afídeos em

citrinos (ver página seguinte).

88

AVISO AGRÍCOLA

Circular n.º 1/2011 Ponta Delgada, 20 de Janeiro de 2011

Citrinos Sr. Agricultor, as plantas de citrinos estão neste momento a emitir a primeira rebentação do ano e estes novos rebentos, folhas e botões florais são muito susceptíveis ao ataque de afídeos. Por isso recomendamos que esteja vigilante. Observe regularmente as suas plantas para poder intervir atempadamente e evitar estragos ou prejuízos.

Combate aos Afídeos

Os afídeos, também chamados de pulgões ou piolhos, são geralmente responsáveis por infligir grandes ataques aos novos rebentos e podem causar:

Diminuição do vigor das plantas Enrolamento e/ou deformação das folhas Excreção de melada em abundância que é

depositada nas folhas e ramos; Desenvolvimento de fumagina (folhas cobertas

por uma “capa” ou “camada” negra); Presença de formigas; Viroses.

Para evitar ou minimizar estes problemas, aconselhamos a observar regularmente os novos rebentos e quando for detectada a presença de afídeos, deverá tratar as plantas com um dos produtos indicados no Quadro 1. Sempre que possível deve ser dada preferência à realização de tratamentos localizados, tratando apenas as plantas e os rebentos atacados.

Quadro 1 – Insecticidas homologados para o combate a afídeos em citrinos.

Substância activa Produto Comercial Modo de acção

Concentração Produto

Comercial/hl

Intervalo de segurança

(dias)

Aconselhado em Protecção

Integrada

acetamiprida EPIK EPIK SG GAZELLE GAZELLE SG

sistémico contacto e ingestão

25 ml 14 X

azadiractina (1) ALIGN FORTUNE AZA

regulador de crescimento de origem vegetal

75-125 ml 3

pimetrozina (2) PLENUM 50 WG sistémico

contacto e ingestão

20 g 21 X

pirimicarbe (3) PIRIMOR G aficida sistémico

contacto, ingestão e fumigação

50-75 g 14 X

tiametoxame (2) (4) ACTARA 25 WG sistémico

contacto e ingestão

12 g 28 X

(1) Para utilização exclusiva em agricultura biológica. Tratar ao aparecimento das pragas quando estas estão nos primeiros estados de desenvolvimento.

(2) Não efectuar mais de uma aplicação. (3) Não efectuar mais de duas aplicações. (4) Em laranjeiras, limoeiros e mandarineiras. A aplicação deve ser feita logo que se observem os primeiros sintomas de ataque.

Direcção de Serviços de Agricultura e Pecuária Laboratório Regional de Sanidade Vegetal Quinta de S. Gonçalo – 9500-343 PONTA DELGADA Tel. 296204350 – Fax 296653026 Email: [email protected]

89

7.2 FOLHETOS DE DIVULGAÇÃO E FICHAS TÉCNICAS

Em 2011, a Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária, apoiando-se na sua experiência

laboratorial e em pesquisa bibliográfica, publicou os seguintes folhetos:

1. “Actividades desenvolvidas pela Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária” para

atualização e substituição do folheto de 2006;

2. “Escaravelho japonês – Popillia japonica” para atualização e substituição do folheto

de 2007;

3. “Tabaca – Solanum mauritianum” da série Plantas Infestantes para alertar os

agricultores para o combate a esta importante infestante e planta hospedeira da

mosca do mediterrâneo;

4. “Nemátodos - Bursaphelenchus xylophilus” da série Pragas e Doenças para alertar

os agricultores e a população em geral para este organismo nocivo de quarentena,

até à data inexistente na Região;

5. “Nemátodos - Ditylenchus” da série Pragas e Doenças para informação e divulgação

sobre este importante género de nemátodo fitoparasita;

6. “Nemátodos - Heterodera” da série Pragas e Doenças para informação e divulgação

sobre este importante género de nemátodo fitoparasita;

7. “Nemátodos - Meloidogyne” da série Pragas e Doenças para informação e

divulgação sobre este importante género de nemátodo fitoparasita;

8. “Nemátodos - Pratylenchus” da série Pragas e Doenças para informação e

divulgação sobre este importante género de nemátodo fitoparasita;

9. “Nemátodos - Xiphinema” da série Pragas e Doenças para informação e divulgação

sobre este importante género de nemátodo fitoparasita;

10. “Esca da vinha” da série Doenças da Videira para informação e divulgação e para

atualização e substituição do folheto de 2008;

11. “Escoriose da videira” da série Doenças da Videira para informação e divulgação e

para atualização e substituição do folheto de 2008;

90

12. “Eutipiose da videira” da série Doenças da Videira para informação e divulgação e

para atualização e substituição do folheto de 2008;

13. “Instalação de pastagens permanentes” da série Doenças da Videira para

informação e divulgação

Todos estes folhetos apresentam-se nas páginas seguintes.

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5

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6

117

7.3 EVENTOS

Foram realizados, ao longo do ano de 2011, diversos eventos para promoção dos

produtos da agricultura regional:

Dia de Santo Antão – 14 de janeiro - Corvo;

X Concurso Micaelense da Raça Holstein Frísia – 20 a 22 de maio;

Dia do Agricultor de S. Miguel - 23 de maio;

Festa Encontro do Mundo Rural - 16 a 18 de junho - Faial;

Exposição Monográfica de Bovinos de Carne de Sta. Maria - 18 a 19 de junho –

Sto. Espírito;

Feira Agrícola Açores - 8 a 10 de julho – Piedade – Pico;

Feira Agrícola de S. Jorge - 15 a 17 de julho;

Dia do Agricultor da Terceira - 23 de julho - Terceira;

Dia do Agricultor das Flores e Corvo – 21 de julho - Corvo;

Dia de Agricultor da Graciosa – 1 de outubro;

Feira Agro Comercial – 13 a 16 de outubro – Praia da Vitória – Terceira;

Inauguração da Central de Logística AGOMARIENSECOOP - 28 de outubro - Sta.

Maria.

7.4 COMUNICAÇÕES

Durante o ano de 2011 foi apresentada uma palestra sobre instalação e manutenção de

pastagens em diferentes ilhas (no Corvo em julho, na Graciosa em outubro, no Pico,

Terceira e Santa Maria em novembro).

No âmbito da implementação do Decreto-Lei nº 173/2005, de 21 de Outubro,

promoveram-se cinco palestras relativas ao tema “Aplicação de Produtos

Fitofarmacêuticos (Decreto-Lei nº 173/2005)” nas seguintes datas e locais:

118

Ilha Local Data

Terceira Serviço de Desenvolvimento Agrário da Terceira – Angra do Heroísmo

2011/05/24

Graciosa Seviço de Desenvolvimento Agrário da Graciosa – Santa

Cruz

2011/05/25

São Jorge Sociedade de Terreiros - Manadas 2011/05/30

Pico Casa do Povo da Criação Velha 2011/05/31

Faial Serviço de Desenvolvimento Agrário do Faial – São Lourenço

2011/06/07

119

8. FORMAÇÃO PROFISSIONAL AGRÁRIA

Durante o ano de 2011 foram realizados 54 cursos de formação profissional agrária para

agricultores em todas as ilhas da Região, abrangendo 787 agricultores, num total de 2809

horas. Para 72 técnicos que desenvolvem a sua atividade profissional no arquipélago

foram ministrados 5 cursos num total de 170 horas.

Foram ainda realizados 4 cursos no âmbito de outros apoios da DRDA aos agricultores,

nomeadamente:

AGRICULTURA BIOLÓGICA (BIOAZÓRICA Terceira)

INICIAÇÃO À APICULTURA (AAIlha FAIAL)

CRIAÇÃO DE RAINHAS (AAIlha Terceira)

INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL DE BOVINOS EM SUBCENTROS PARTICULARES (Associação de

Jovens Agricultores do Pico).

Foi publicado um Manual do Formador sobre Bovinicultura de Carne em papel e em

formato digital sob a forma de apresentação em Powerpoint, com a finalidade de servir

de suporte técnico aos formadores dos cursos ministrados pela SRAF e pela Federação

Agrícola dos Açores e suas associadas, cuja capa aqui se inclui.

120

FORMAÇÃO PROFISSIONAL AGRÁRIA 2011 – DRDA

N.º Ordem

DESIGNAÇÃO DA AÇÃO Duração (Horas)

DATA FORMANDOS LOCAL

Início Fim N.º Tipo Ilha Concelho

1 Aplicação PF's (APF 01/11 STM) 35 30-Abr 13-Mai 16 Jovens agricultores Sta. Maria VPT

1 Aplicação PF's (APF 02/11 STM) 35 30-Abr 13-Mai 16 Jovens agricultores Sta. Maria VPT

1 APICULTURA (FB) 95 15-Jul 17-Set 14 Apicultores Sta. Maria VPT

1 HORTICULTURA (FB) 95 27-Set 03-Nov 16 Jovens agricultores Sta. Maria VPT

1 Aplicação PF's (APF 03/11 STM) 35 27-Set 20-Out 16 Jovens agricultores Sta. Maria VPT

1 Aplicação PF's (APF 04/11 STM) 35 27-Set 20-Out 16 Jovens agricultores Sta. Maria VPT

6 AÇÕES de CARÁTER FORMATIVO - STM 330

94

1 Formação Geral em Agricultura (FB) 87 21-Jan 02-Mar 15 Jovens Agric.1ª Inst. S.Miguel PDL

1 Bovinicultura de Leite (FB) 95 04-Mar 27-Abr 15 Jovens Agric.1ª Inst. S.Miguel PDL

1 Cultura da Macieira 14 11-Fev 02-Mar 14 Ativos Sector Agric. S.Miguel PDL

1 IA de Bovinos em Subcentros Particulares 58 01-Jun 28-Jun 11 Ativos Sector Agric. S.Miguel Rib. Gde

1 Aplicação PF's (Entidade Externa) 35 02-Mai 11-Mai 17 Ativos Sector Agric. S.Miguel Povoação

1 Aplicação PF's (Entidade Externa) 35 02-Mai 11-Mai 17 Ativos Sector Agric. S.Miguel PDL

1 Aplicação PF's (Entidade Externa) 35 16-Mai 25-Mai 17 Ativos Sector Agric. S.Miguel PDL

1 Aplicação PF's (Entidade Externa) 35 16-Mai 25-Mai 13 Ativos Sector Agric. S.Miguel PDL

1 Cultura do Kiwi 14 11-Jul 13-Jul 13 Ativos Sector Agric. S.Miguel PDL

1 Formação Geral em Agricultura (FB) 87 10-Out 29-Nov 14 Jovens Agric.1ª Inst. S.Miguel PDL

1 Fertilidade do Solo e Fertilizantes -

Hort/Frut/Flor. 39 11-Out 02-Nov 12 Ativos Sector Agric. S.Miguel PDL

1 Horticultura (FB) 95 10-Out 10-Dez 15 Ativos Sector Agric. S.Miguel Rib. Gde

1 Agricultura Biológica Geral (Programa

DGADR) 68 02-Nov 14-Dez 14

Ativos Sector Agric. e Jovens Agr.

S.Miguel PDL

13 AÇÕES de CARÁTER FORMATIVO - SM 697

187

1 Formação Geral em Agricultura (FB) 87 17 Jan 24 Fev 17 Jovens Agric.1ª Inst. Terceira AH

1 Aplicação PF's (APF 01/11 TER) 35 1 Fev 16 Fev 18 Jovens Agric.1ª Inst. e

Ativos Sector Agr. Terceira AH

1 Aplicação PF's (APF 02/11 TER) 35 28 Fev 18 Mar 18 Jovens Agric.1ª Inst. Terceira AH

1 Introdução à Vitivinicultura 15 14 Mar 18 Mar 15 Ativos Sector Agric. Terceira AH

1 Horticultura (FB) 95 22 Mar 9 Mai 14 Jovens Agric.1ª Inst. Terceira AH

1 Bovinicultura de Carne (FB) 95 22 Mar 9 Mai 8 Jovens Agric.1ª Inst. Terceira AH

1 Análise de Parâmetros na Produção de

Bovinos de Carne (DRDA) 25 10 Mai 13 Mai 12 Ativos Sector Agric. Terceira AH

1 CRIAÇÃO DE RAINHAS EM APICULTURA 26 15 Jun 29 Jun 11 Ativos Sector Agric. Terceira AH

1 Floricultura (FB) 95 10 Mai 30 Jun 11 Jovens Agric.1ª Inst. Terceira AH

1 Aplicação PF's 35 3 Out 19 Out 18 Ativos Sector Agric. Terceira AH

121

13 AÇÕES de CARÁTER FORMATIVO - SM

1 Aplicação PF's 35 14 Nov 28 Nov 16 Ativos Sector Agric. Terceira AH

1 Formação Geral em Agricultura (FB) 87 24 Out 6 Dez 16 Jovens Agric.1ª Inst. Terceira AH

1 Bovinicultura de Leite (FB) 95 12 Dez 2 Fev 20 Jovens Agric.1ª Inst. Terceira AH

13 AÇÕES de CARÁTER FORMATIVO - TER 760

194

1 Formação Geral em Agricultura (FB) 87 10 Jan 12 Fev 12 Jovens Agric.1ª Inst. Graciosa GRW

1 Aplicação PF's (APF 01/11 GRW) 35 21 Mar 31 Mar 13 Jovens Agric.1ª Inst. Graciosa GRW

1 Aplicação PF's (APF 02/11 GRW) 35 21 Mar 31 Mar 13 Jovens Agric.1ª Inst. Graciosa GRW

1 Iniciação à Apicultura 33 13 Mai 21 Mai 17 Jovens Agric.1ª Inst. Graciosa GRW

1 Informática para utilizadores 48 10 Out 31 Out 10 Jovens Agric.1ª Inst. Graciosa GRW

5 AÇÕES de CARÁTER FORMATIVO - GRW 238

65

1 Bovinicultura de Leite (FB) 95 10 Jan 18 Jan 11 Jovens Agric.1ª Inst. e

Ativos Sector Agr. S Jorge Velas

1 Aplicação PF's (APF 01/11 SJ) 35 21 Fev 4 Mar 14 Jovens Agric.1ª Inst. e

Ativos Sector Agr. S Jorge Velas

1 Horticultura (FB) 95 23 Mar 29 Abr 15 Jovens Agric.1ª Inst. e

Ativos Sector Agr. S Jorge Velas

1 Aplicação PF's (APF 02/11 SJ) 35 31 Mai 14 Jun 17 Jovens Agric.1ª Inst. e

Ativos Sector Agr. S Jorge Calheta

1 Preparação Animais para Concursos 37 4 Jul 7 Jul 14 Ativos Sector Agric. S Jorge Calheta

1 Exame Inicial de caça menor abatida em

zonas de caça 16 1 Out 3 Out 14 Caçadores S Jorge Velas

1 Aplicação PF's (APF 03/11 SJ) 35 21 Nov 2 Dez 16 Jovens Agric.1ª Inst. e

Ativos Sector Agr. S Jorge Velas

7 AÇÕES de CARÁTER FORMATIVO - SJ 348

101

1 Preparação Animais para Concursos 37

14 Ativos Sector Agric. Pico Lajes do Pico

1 AÇÕES de CARÁTER FORMATIVO - PIC 37

14

1 Aplicação PF's (APF 01/11 FAL) 35 21 Mar 1 Abr 16 Jovens Agric. e Ativos

Sector Agr. Faial Horta

1 Aplicação PF's (APF 02/11 FAL) 35 11 Abr 27 Abr 15 Jovens Agric. e Ativos

Sector Agr. Faial Horta

1 Formação Geral em Agricultura FGA(FB)

01/11 FAL 87 6 Mai 31 Ago 13

Jovens Agric. e Ativos Sector Agr.

Faial Horta

1 Formação Geral em Agricultura FGA(FB)

02/11 FAL 87 7 Mai 31 Ago 16

Jovens Agric. e Ativos Sector Agr.

Faial Horta

1 Aplicação PF's (APF 03/11 FAL) 35 12 Set 30 Set 16 Jovens Agric. e Ativos

Sector Agr. Faial Horta

1 Bovinicultura de Leite (FB) 95 3 Out 21 Jan 15 Jovens Agric. e Ativos

Sector Agr. Faial Horta

1 Horticultura (FB) 95 3 Out 13 Jan 16 Jovens Agric. e Ativos

Sector Agr. Faial Horta

7 AÇÕES de CARÁTER FORMATIVO - FAL 469

107

1 Aplicação PF's 35 10 Nov 25 Nov 13 Ativos Sector Agric. Flores Sta. Cruz

1 Aplicação PF's 35 28 Nov 15 Dez 12 Ativos Sector Agric. Flores Sta. Cruz

2 AÇÕES de CARÁTER FORMATIVO - FLW 70

25

54 AÇÕES CARÁTER FORMATIVO

AGRICULTORES . 2011 2 949

787

122

N.º Ordem

DESIGNAÇÃO DA AÇÃO Duração (Horas)

DATA FORMANDOS LOCAL

Início Fim N.º Tipo Ilha Concelho

1 Distribuição, Comercialização e Aplicação PF´s

77 14 a 18 Junho

27 Junho a 2 Julho

14 Técnicos SRAF e

O.A´s S. Miguel PDL

1 Aperfeiçoamento em Máquinas e Equipamentos de Tratamento de Protecção de Plantas

35 19-Set 23-Set 19 Técnicos SRAF e

O.A´s S. Miguel PDL

1 Inspeção Sanitária de caça menor 7 1 Out 3 Out 9 Inspetores sanitários

S.DA's S Jorge Velas

1 LAMAS 30 17-Out 22-Out 14 Técnicos SRAF/SRA S. Miguel PDL

1 APLICAÇÃO ESPECIALIZADA DE FOSFORETOS

21 20-Out 22-Out 16 Aplicadores PF's S. Miguel PDL

5 170 72

59 AÇÕES FP DRDA 2011 3 119 Horas 859 formandos

123

124

9. EXPERIMENTAÇÃO

9.1 PROJETO DE PROTEÇÃO INTEGRADA EM HORTOFRUTICULTURA AO ABRIGO DO ACORDO DE COOPERAÇÃO E DEFESA ENTRE PORTUGAL E OS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA.

Os trabalhos desenvolvidos em 2011 no âmbito deste projeto de cooperação

apresentam-se a seguir:

Mirtilos – Furnas

No dia 18 de maio 2011, terminamos este ensaio, dado que as plantas apresentavam

fraco vigor vegetativo e pouca ou nenhuma floração. Todas as plantas foram arrancadas e

destruídas pelo fogo, à exceção de um pequeno número de plantas que foram

transplantadas para o ensaio a decorrer na Quinta de S. Gonçalo. De um modo geral, ao

longo dos cinco anos de duração deste ensaio a maior parte das plantas foram perdendo

vigor. Além disso, apenas a variedade ‘Emerald’ produziu frutos em quantidade razoável,

embora essa produção não tenha sido regular de uns anos para os outros.

Por julgarmos então que estas variedades não se adequam às nossas condições

climáticas, foi decidido dar por terminado o ensaio.

Mirtilos – Ponta Delgada (S. Gonçalo) – Primeiro Ensaio

À semelhança do ano passado, as plantas das variedades ‘Misty ‘ e ‘O’Neal’ (variedades

do tipo Southern Highbush) demonstraram um desenvolvimento satisfatório, ao contrário

das plantas das outras três variedades, ‘Brigitta’, ‘Elliot’ e ‘Duke’ (variedades do tipo

Northern Highbush), cujos gomos vegetativos e florais tardaram a abrir e a desenvolver-

se e quando tal aconteceu não se verificou em todos os gomos (muitos não chegam

mesmo a abrir) (fig. 9.1 e 9.2).

É de notar, no entanto, que apesar da percentagem de plantas das variedades, ‘Brigitta’,

‘Elliot’ e ‘Duke’ com rebentação e com floração atingir, por vezes, valores razoáveis, a

quantidade de flores e de rebentos em desenvolvimento foi sempre muito reduzida (fig.

9.3 e 9.4).

125

Figura 9.1 – Gráfico com a percentagem de plantas com nova rebentação vegetativa em desenvolvimento de cada uma das cinco variedades existentes no ensaio de mirtilos em S. Gonçalo em 2011.

Figura 9.2 – Gráfico com a percentagem de plantas em floração de cada uma das cinco variedades existentes no ensaio de mirtilos em S. Gonçalo em 2011.

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28-Mar 11-Abr 26-Abr 9-Mai 23-Mai 31-Mai 14-Jun 20-Jun

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Data

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13-Jan 28-Mar 11-Abr 26-Abr 9-Mai 23-Mai 31-Mai 14-Jun 20-Jun

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gem

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Data

Misty

O'Neal

Elliot

Duke

Brigitta

126

Figura 9.3 – Gráfico com a percentagem de plantas em floração da variedade ‘Elliot’ para três

graus de floração (escassa, média e abundante), no ensaio de mirtilos em S. Gonçalo em 2011.

Figura 9.4 – Gráfico com a percentagem de plantas em floração das variedades ‘Duke’ e ‘Brigitta’

para o grau de floração escassa, no ensaio de mirtilos em S. Gonçalo em 2011.

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13-Jan 28-Mar 11-Abr 26-Abr 9-Mai 23-Mai 31-Mai 14-Jun 20-Jun

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Data

Variedade 'Elliot'

Escassa

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Abundante

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13-Jan 28-Mar 11-Abr 26-Abr 9-Mai 23-Mai 31-Mai 14-Jun 20-Jun

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Data

Floração escassa

Duke

Brigitta

127

Figura 9.5 – Gráfico com a percentagem de plantas da variedade ‘Misty’ com diferentes graus de

carga de frutos (nula, baixa, média e elevada), no ensaio de mirtilos em S. Gonçalo em 2011.

Figura 9.6 – Gráfico com a percentagem de plantas da variedade ‘O’Neal’ com diferentes graus de

carga de frutos (nula, baixa, média e elevada), no ensaio de mirtilos em S. Gonçalo em 2011.

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13-Jan 28-Mar 11-Abr 26-Abr 9-Mai 23-Mai 31-Mai 14-Jun 20-Jun

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Data

Carga em frutos - Misty

Nula

Baixa

Média

Elevada

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13-Jan 28-Mar 11-Abr 26-Abr 9-Mai 23-Mai 31-Mai 14-Jun 20-Jun

Pe

rce

nta

gem

de

pla

nta

s

Data

Carga em frutos - O'Neal

Nula

Baixa

Média

Elevada

128

As plantas das variedades ‘Misty‘ e ‘O’Neal’ foram as únicas que produziram frutos (fig.

9.5 e 9.6), num total de 8995,1 g (≈ 9 kg). O período de colheita foi sensivelmente o

mesmo para as duas, embora o máximo de produção da variedade ‘O’Neal’ tenha

ocorrido uma semana mais cedo (2 de maio) do que no caso da variedade ‘Misty‘ (9 de

maio). A produção desta última variedade (6941,4 g) foi superior à da variedade ‘O’Neal’

(2053,7 g), querendo isto significar que a produção média por planta da variedade ‘Misty’

foi de 217 g, cerca do triplo da variedade ‘O’Neal’, que foi de 64 g (fig. 9.7).

Figura 9.7 – Gráfico com o peso da fruta produzida pelas variedades ‘Misty’ e ‘O’Neal’ em 2011

(1º ano de produção, 3º ano de cultura) no ensaio de mirtilos instalado em S. Gonçalo.

No dia 31 de janeiro foram aplicados de 100 g por planta do adubo orgânico Vitalor e nos

dias 16 de maio e 15 de junho, foi feita a aplicação de 40 g de sulfato de amónio 20,5%

em cada planta.

No fim do ano observou-se em todas as plantas, independentemente da variedade, um

ataque generalizado de ferrugem, doença causada pelo fungo Naohidemyces vaccinii

(Wint.) Sato, Katsuya et Hiratsuka (=Pucciniastrum vaccinii (Wint.) Joerst.), causando a

queda prematura de quase todas as folhas das plantas.

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26-Abr 2-Mai 9-Mai 16-Mai 23-Mai 31-Mai 8-Jun 14-Jun 17-Jun 20-Jun 27-Jun 4-Jul

Fru

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(g)

Data

Misty

O'Neal

129

Mirtilos – Ponta Delgada (S. Gonçalo) – Segundo Ensaio

No mês de maio de 2011 foi instalado um segundo ensaio com 13 variedades de mirtilos

produzidas pela empresa Royal Berries S. L., sediada em Huelva, Espanha, cujas

exigências em horas de frio para a quebra de dormência são muito reduzidas a nulas. O

esquema do ensaio encontra-se na página seguinte. Com este novo ensaio pretende-se

averiguar se essas novas variedades estarão mais adaptadas às nossas condições

climáticas do que as variedades de origem Norte-americana.

Amoras – Ponta Delgada (S. Gonçalo)

O início da rebentação ocorreu no fim do mês de março (dia 28) e o início da floração

teve lugar no dia 10 de maio (fig. 9.8). A colheita prolongou-se desde 22 de julho a 18 de

janeiro de 2012 (começou cerca de duas semanas mais tarde do que em 2010 e

prolongou-se por muito mais tempo). Tal como em 2010, o grosso da produção verificou-

se a partir da primeira semana de agosto até à terceira semana de setembro. A produção

total de amoras foi de 350 kg e a produção total média por planta foi de 2,4 kg (fig. 9.9).

Figura 9.8 – Vista geral do ensaio de amoras em S. Gonçalo (20 de junho de 2011).

13

0

131

No dia 17 de março foi aplicado em todas as linhas o regulador de crescimento DORMEX,

na concentração de 2,5l/hl, com a finalidade de antecipar e uniformizar a quebra de

dormência dos gomos.

A aplicação de adubo foi repartida por três momentos (14 de abril, 17 de maio e 16 de

junho), fornecendo-se em cada um deles a quantidade de 130 g de adubo Foskamónio

111 por planta.

No dia 12 de julho foi feito um tratamento com óleo de verão (GARBOL) para o combate

a um ataque de ácaros da espécie Poliphagotarsonemus latus, na concentração de

1000ml/hl.

Figura 9.9 – Gráfico da produção total de amoras da variedade ‘Triple Crown’ em 2011 e Janeiro

de 2012 no ensaio de S. Gonçalo.

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JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN

Pro

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ção

to

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kg)

Data

132

Amoras – Ponta Delgada (S. Gonçalo) – Segundo Ensaio

No dia 3 de março de 2011, foi instalado um novo ensaio de amoras da variedade

‘Chester’, igualmente sem espinhos e do tipo semi-ereto, tal com a variedade ‘Triple

Crown’. Foram plantadas 100 plantas, dispostas em 4 linhas, no sentido N-S, cujo

compasso é de plantação de 1 x 2 m (ver esquema na página 127). O objetivo deste novo

ensaio é verificar o comportamento desta outra variedade com a finalidade de aumentar

a diversidade de opções dos agricultores.

A aplicação de adubo a estas plantas foi repartida por três momentos (14 de abril, 17 de

maio e 16 de junho), fornecendo-se em cada um deles a quantidade de 90 g de adubo

Foskamónio 111 por planta.

Amoras – Pico da Pedra (Pico da Cruz - Cascalho)

Foram disponibilizadas 900 plantas de amoras (750 da variedade ‘Triple Crown’ e 150 da

variedade ‘Chester’) ao Sr. Armando Soares, com o qual foi celebrado um protocolo de

cooperação, pelo período de 5 anos, com a finalidade de se observar o comportamento e

produtividade desta cultura numa exploração comercial e em simultâneo proceder-se à

transmissão para os agricultores dos conhecimentos entretanto adquiridos nos ensaios

realizados.

Framboesas – Ponta Delgada (S. Gonçalo)

No dia 27 de janeiro, todas as plantas de framboesas foram podadas. As varas das plantas

da variedade ‘Heritage’, por serem do tipo remontante, foram podadas até junto ao solo.

No caso da variedade ‘Taylor’ (não remontante), foram deixadas as melhores varas do

ano anterior, com uma altura compreendida entre 1 a 1,5 m, conforme o vigor das varas.

133

No dia 17 de março foi aplicado sobre as varas da variedade ‘Taylor’ o regulador de

crescimento DORMEX, na concentração de 3l/hl, com a finalidade de antecipar e

uniformizar a quebra de dormência dos gomos.

A aplicação de adubo foi repartida por três momentos (14 de abril, 17 de maio e 16 de

junho), fornecendo-se em cada um deles a quantidade de 60 g de adubo Foskamónio 111

por planta. No dia 24 de Junho foi feita a aplicação de Complesal 12-4-6 na água de rega.

Em cada um dos dois sectores, foram aplicados 250ml de adubo diluídos num contentor

de 50 l de água.

Este foi o primeiro ano em que ambas as variedades, ‘Heritage’ e ‘Taylor’ produziram

frutos (fig. 9.10). A época de colheita da variedade ‘Taylor’ iniciou a 24 de junho e

terminou a 27 do mês seguinte (fig. 9.11). A produção total desta variedade foi de

aproximadamente 4,8 kg. Por seu turno, a colheita da variedade ‘Heritage’ começou em

finais de julho e terminou no início de Janeiro de 2012, sendo outubro o mês em que se

registou o máximo de produção (fig. 9.12). A produção total desta variedade foi de

aproximadamente 60 kg.

Figura 9.10 – Framboesas em crescimento da variedade ‘Taylor’ no ensaio de S. Gonçalo em Ponta

Delgada (20 de junho de 2011).

134

Figura 9.11 – Gráfico da produção total (g) de framboesas da variedade ‘Taylor’ em 2011 no

ensaio de S. Gonçalo.

Figura 9.12 – Gráfico da produção total (kg) de framboesas da variedade ‘Heritage’ em 2011 e

Janeiro de 2012, no ensaio de S. Gonçalo.

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Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro

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Data

135

9.2 ESTUDO DA ABUNDÂNCIA E CONTROLO DA PRAGA CERATITIS CAPITATA (WIEDEMANN) (DIPTERA: TEPHRITIDAE)

De acordo com o protocolo estabelecido com a SYNGENTA a substituição dos iscos foi

efetuada a partir da última semana de maio na zona de estudo de Rabo de Peixe e no pomar

de araçá localizado na Fajã de Cima, tendo sido colocados 1851 iscos ADRESS® num total de

165 pomares.

Na zona da Lagoa continuamos a monitorizar um pomar para servir como zona sem

ADRESS®, tendo também sido instalada uma armadilha com a feromona utilizada pela

Syngenta.

Para a monitorização mantiveram-se as 18 armadilhas de captura Easy Trap® em que o

atrativo foi a feromona fornecida pela Syngenta. Na apresentação dos resultados estas

armadilhas são designadas por Syngenta.

Mantivemos também as armadilhas de monitorização que já existiam na Lagoa, Fajã de Cima

e Rabo de Peixe com os atrativos feromona trimedlure e Isco FERAG da empresa BIOSANI. Na

apresentação dos resultados estas armadilhas são designadas respetivamente por feromona

e isco.

Foi efetuada semanalmente a recolha e contagem em laboratório dos adultos capturados

nas armadilhas de monitorização.

A localização das armadilhas de monitorização, na área de estudo de Rabo de Peixe está

representada na figura 9.13.

136

Figura 9.13 – Sinalização das armadilhas de monitorização na área de estudo em Rabo de Peixe.

137

Os dados obtidos nas armadilhas de monitorização da praga nos vários locais foram

transformados em capturas por dia e por armadilha – FTD (Fly/Trap/Day) e estão

representados nos gráficos das figuras 9.14 a 9.16.

Figura 9.14 – Número total de adultos de C. capitata capturados por armadilha e por dia (FTD), durante o ano de 2011 no pomar de Rabo de Peixe, tendo em conta os diferentes atrativos.

Figura 9.15 – Número total de adultos de C. capitata capturados por armadilha e por dia (FTD), durante o ano de 2011 no pomar da Fajã de Cima, tendo em conta os diferentes atrativos.

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06-Jan 06-Fev 06-Mar 06-Abr 06-Mai 06-Jun 06-Jul 06-Ago 06-Set 06-Out 06-Nov 06-Dez

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06-Jan 06-Fev 06-Mar 06-Abr 06-Mai 06-Jun 06-Jul 06-Ago 06-Set 06-Out 06-Nov 06-Dez

FTD

Fajã Cima

Feromona

Isco

Syngenta

138

Figura 9.16 – Número total de adultos de C. capitata capturados por armadilha e por dia (FTD), durante o ano de 2011 no pomar da Lagoa, tendo em conta os diferentes atrativos.

As armadilhas com isco Ferag continuam a ser as que capturam o menor número de adultos

de C. capitata nos três locais em estudo, enquanto as armadilhas com a feromona (Biosani e

Syngenta) capturam o maior número de adultos. É interessante verificar que os dois tipos de

armadilha com as feromonas comportam-se de forma inversa quando comparamos Rabo de

Peixe com os outros dois locais (Tabela 9.1).

Tabela 9.1 – Valores de capturas por armadilha e por dia, FTD (± erro padrão),

nos diferentes locais em estudo para os três tipos de armadilhas em 2011.

Médias seguidas pela mesma letra minúscula (coluna) ou pela mesma letra maiúscula (linha) não

são significativamente diferentes, teste LSD com P <0,05.

Comparando os dados obtidos nos anos 2009 a 2011 verifica-se a ocorrência do esperado

pico populacional nos meses de setembro/outubro no entanto as capturas são bastante

heterogéneas entre os anos e os locais (Figuras 9.17 a 9.20). O aumento das temperaturas

0

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06-Jan 06-Fev 06-Mar 06-Abr 06-Mai 06-Jun 06-Jul 06-Ago 06-Set 06-Out 06-Nov 06-Dez

FTD

Lagoa

Feromona

Isco

Syngenta

FTD Rabo Peixe Fajã Cima Lagoa

Feromona Biosani 4,7±1,2bB 11,1±3,5aA 8,4±1,8aA

Feromona Syngenta 15,9±8,0aA 7,5±2,3aA 3,3±0,7bA

Isco FERAG 1,7±0,8bB 4,7±1,2aA 0,1±0,0cB

139

médias e a diminuição da pluviosidade durante o Verão e Outono do ano de 2011

poderão explicar o aumento do nº de capturas de adultos de C. capitata.

Figura 9.17 – Número médio de adultos de C. capitata capturados por armadilha e por dia no pomar de Rabo de Peixe (com ADRESS®) nos anos de 2009 - 2011.

Figura 9.18 – Número médio de adultos de C. capitata capturados por armadilha e por dia no pomar da Fajã de Cima (com ADRESS®) nos anos de 2009 – 2011.

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JAN FEV MAR ABR MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Rabo Peixe

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JAN FEV MAR ABR MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Fajã de Cima

2009

2010

2011

140

Figura 9.19 – Número médio de adultos de C. capitata capturados por armadilha e por dia no pomar da Lagoa (sem ADRESS®) nos anos de 2009 – 2011.

Ao avaliarmos o número médio de adultos capturados por armadilha por dia em cada

ano, na Fajã de Cima foi idêntico em 2009 e 2010 tendo aumentado em 2011, na Lagoa

foi elevado em 2009 e decresceu nos anos seguintes. O mesmo foi observado em Rabo de

Peixe, zona em estudo com ADRESS®. Dada a grande heterogeneidade dos dados, não

existem diferenças significativas entre os resultados obtidos, para cada local, nos anos

avaliados (Tabela 9.2).

Tabela 9.2 – Média anual de FTD, capturas por armadilha e por dia, (±

erro padrão) nos diferentes locais para os três anos em análise.

Médias seguidas pela mesma letra minúscula (coluna) ou pela mesma letra

maiúscula (linha) não são significativamente diferentes, teste LSD com P <0,05.

0,00

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JAN FEV MAR ABR MAIO JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Lagoa

2009

2010

2011

Ano Fajã de Cima Lagoa Rabo de Peixe

2009 53,07±2,04aB 140,06±2,96aA 88,44±2,02aB

2010 52,69±2,73aA 86,12±2,87aA 78,20±2,52aA

2011 104,40±5,17aA 70,28±2,31aA 72,11±2,55aA

141

Na zona de Rabo de Peixe, onde estão instalados os iscos ADRESS® não é evidente, nestes

3 anos de estudo, o efeito na redução das populações de C. capitata. Mas como este

produto tem uma ação cumulativa, será necessário aguardar os resultados dos próximos

anos. Em relação aos valores obtidos nos outros locais, também não se verificam

diferenças significativas entre os vários anos (Tabela 9.2).

Figura 9.20 – Número médio de adultos de C. capitata capturados por armadilha e por dia na zona

com ADRESS® nos anos de 2009 - 2011, nas 17 armadilhas de monitorização.

A amostragem dos frutos, para determinação da infestação, tentou abranger o máximo

de espécies hospedeiras da mosca da fruta e foi efetuada nas diferentes épocas de

maturação. Colheram-se 50 frutos por espécie hospedeira e em laboratório estes foram

pesados e as presumíveis picadas que existiam em cada fruto marcadas, sendo depois

mantidos em caixas, à temperatura ambiente, a aguardar o aparecimento das larvas,

pupas e emergência dos adultos.

Sempre que possível procurou-se colher os mesmos hospedeiros em zonas onde não foi

utilizado o ADRESS®, de modo a termos um controlo positivo sem a ação do esterilizante.

O número de picadas e de pupas foi muito variável dependendo do tipo de fruto.

0

5

10

15

20

25

jan fev março abril maio jun julho ago set out nov dez

2009

2010

2011

142

Os resultados da amostragem dos frutos estão resumidos na Tabela 9.3.

Tabela 9.3 – Número de picadas e de pupas de C. capitata por grama de fruto (média±erro padrão), obtidos nos frutos colhidos em vários pomares de Rabo de Peixe, tendo em conta os três anos em estudo 2009- 2011.

Para cada espécie de fruto as médias seguidas pela mesma letra minúscula (coluna) não são significativamente

diferentes, ANOVA; LSD com P <0,05

Ao compararmos os valores obtidos nos três anos em estudo (2009 - 2011) verificou-se,

de um modo geral, uma diminuição no número de picadas e de pupas por grama de fruta

colhida (Tabela 9.3).

Ao compararmos os resultados obtidos nos araçás colhidos em dois locais diferentes,

Rabo de Peixe (pomares mistos) e Fajã de Cima (pomares com monocultura), verificou-se

Ano n Peso fruto Nºpicadas/g Nºpupas/g Local

Araçás 2009 50 10,44±0,30b 0,33±0,03a 0,04±0,01a Rabo Peixe

2010 50 8,52±0,38c 0,27±0,03a 0,00±0,00c Rabo Peixe

2011 50 12,52±0,57a 0,14±0,02b 0,03±0,01b Rabo Peixe

Diospiros 2009 26 111,97±5,19b 0,05±0,02a 0,00±0,00b Rabo Peixe

2010 50 164,25±4,60a 0,02±0,00b 0,02±0,00a Rabo Peixe

2011 50 123,92±4,44b 0,05±0,01a 0,01±0,00b Rabo Peixe

Feijoas 2009 50 31,79±1,46b 0,21±0,02a 0,39±0,05b Rabo Peixe

2010 50 45,00±1,33a 0,08±0,01b 0,28±0,04b Rabo Peixe

2011 50 30,02±1,30b 0,20±0,03a 0,53±0,03a Rabo Peixe

Figos 2009 37 11,08±0,33c 0,91±0,06a 0,00±0,00b Rabo Peixe

2010 50 32,64±1,48a 0,45±0,04b 0,07±0,01a Rabo Peixe

2011 50 25,06±1,83b 0,41±0,07b 0,04±0,02ab Rabo Peixe

Goiaba 2009 50 54,59±2,50a 0,05±0,01a 0,03±0,01a Rabo Peixe

2011 50 56,75±1,88a 0,02±0,00b 0,00±0,00b Rabo Peixe

Laranjas 2010 50 159,74±5,87a 0,01±0,00a 0,00±0,00a Rabo Peixe

2011 25 147,22±6,73a 0,01±0,00a 0,00±0,00a Rabo Peixe

Mandarinas 2009 42 83,43±3,10a 0,02±0,00a 0,00±0,00a Rabo Peixe

2011 51 39,92±1,21b 0,03±0,01a 0,00±0,00a Rabo Peixe

Pêssegos 2010 50 84,94±4,90a 0,09±0,01a 0,01±0,01b Rabo Peixe

2011 50 61,83±2,36b 0,12±0,02a 0,19±,003a Rabo Peixe

143

que em Rabo de Peixe, o número de picadas por grama de fruta foi ligeiramente inferior e

o número de pupas por grama de fruta foi significativamente inferior (Tabela 9.4).

Em relação aos resultados obtidos nas feijoas colhidas em Rabo de Peixe (com Adress) e

em Ponta Delgada SDASM, sem Adress), verificou-se que, o número de picadas por grama

de fruta foi significativamente inferior em Rabo de Peixe, no entanto, o mesmo não foi

observado para o número de pupas por grama de fruta (Tabela 9.4).

Tabela 9.4 – Comparação do número de picadas e de pupas de C. capitata por grama de fruta (média±erro padrão), obtidos nos frutos colhidos em dois locais (com e sem Adress), no ano de 2011.

Médias seguidas pela mesma letra minúscula (coluna) não são significativamente diferentes, teste-t com P <0,05

À semelhança do que tem acontecido nos anos anteriores a Doutora Luísa Oliveira do

Departamento de Biologia – CIRN, CBA, Universidade dos Açores manteve a sua

colaboração na análise estatística dos dados recolhidos. A identificação do novo

parasitóide de C. capitata está terminada tendo este sido identificado como Aphaereta

ceratitivora van Achterberg & Oliveira (Hymenoptera: Braconidae: Alysiinae).

Ano n Peso fruto Nºpicadas/g Nºpupas/g Local

Araçás 2011 30 15,17±0,65a 0,18±0,03a 0,41±0,05a Fajã de Cima

2011 50 12,52±0,57b 0,14±0,02a 0,03±0,01b Rabo Peixe

Feijoas 2011 50 34,98±1,47a 0,44±0,04a 0,30±0,02b SDASM

2011 50 30,02±1,30b 0,20±0,03b 0,53±0,03a Rabo Peixe

144

9.3 ESTUDO DAS DOENÇAS DO LENHO DA VIDEIRA

Durante o ano de 2011 procedeu-se à zonagem e diagnose dos fungos causadores de

doenças do lenho em videira nas ilhas de S. Miguel e Sta. Maria. Com este trabalho

pretendeu-se identificar os fungos causadores das doenças do lenho da videira e prestar

aconselhamento técnico para o seu controlo.

Procedeu-se à colheita de amostras de plantas de diversas castas, com sintomas

associados à presença de fungos do lenho da videira. A análise de cada planta foi

efetuada em duas regiões: braço e vara, tendo-se realizado isolamentos microbiológicos a

partir de seis fragmentos dos tecidos do lenho, colhidos em cada uma das referidas

regiões

Na ilha de Santa Maria foram colhidas setenta e duas (72) amostras em vinte e três

campos (23) (Quadro 9.1), cuja idade das plantas oscilava entre os 40 e 60 anos e

analisados oitocentos e sessenta e quatro (864) fragmentos do lenho.

Em S. Miguel foram prospetados vinte e oito campos (28) (Quadro 9.2) onde se colheu

setenta e sete (77) amostras de plantas cuja idade variava entre os 6 e mais de 40 anos,

analisando-se um total de novecentos e vinte e quatro (924) fragmentos do lenho.

A identificação dos fungos isolados e purificados baseou-se nas suas carateríticas

culturais e morfológicas.

14

5

Quadro 9.1 – Identificação dos campos de Santa Maria

Nº Viticultor Casta Porta-enxerto Idade da

vinha Área (ha) Concelho Freguesia

1 Eduardo Soares Isabela vinha brava 30 anos 0,1 Vila do Porto Almagreira

2 José Maria Braga Sousa Isab/Bastardinho/Jaq 40 anos 0,25 “ Santo Espirito

3 Arnaldo Braga Bettencourt Isab. Bast. Jacquez vinha brava 50anos 0,5 “ “

4 João Bairos Amaral Hebremont/ Jacq. “ 30 anos 0,1 “ “

5 António Isidro Figueiredo Isab./Ormond/Jacq. “ 40 anos 0,1 “ “

6 António M. S. Andrade Isabela/Jacquez “ 40 anos 0,25 “ “

7 Manuel Moura Bast/Isab/Jacq/Heb “ 30 anos 0,1 “ “

8 Serafim Coelho Isabela “ 60 anos 0,3 “ “

9 Manuel dos Reis Piriquita/Jacq/Isab/Heb “ 35 anos 0,5 “ Santa Bárbara

10 António Soares Bairos Isabela “ 40 anos 0,1 “ “

11 António Moura Melo Isabela “ 40 anos 0,1 “ “

12 José da Ladeira Isabela/Jacquez “ ? anos - “ “

13 Maria Helena Ormond/Jacquez “ ? anos - “ Santo Espirito

14 Manuel Raimundo Bast/Jacq/Isabela “ ? anos - “ “

15 Arnaldo Bettencourt Isabela/Orm/Jacq “ ? anos - “ “

16 Bento Freitas Ormonde/Jacquez “ ? anos - “ “

17 David Coelho Jacq/Bast/Isab “ ? anos - “ “

18 Genro do tio Freitas Isabela/Jacquez “ ? anos - “ “

19 Eduardo Sapateiro Isabela/Jacquez “ ? anos - “ “

20 José Ernesto Costa Isabela “ ? anos - “ “

21 António Raulino Isabela/Orm/Jacquez “ ? anos - “ “

22 José Machado Jacquez/Isabela “ ? anos - “ “

23 João Machado Jacquez/Isabela “ ? anos - “ “

14

6

Quadro 9.2 – Identificação dos campos de S. Miguel

Nº Viticultor Casta Porta-enxerto Idade da

vinha Área (ha) Concelho Freguesia

1 Manuel Benevides Isabela Desconhecido 40 anos 0,5 Vila Franca Conceição

2 António Cabral A. Melo ” “ 40 anos 1 “ “

3 Daniel Cabral “ “ ? anos - “ “

4 António Cabral Melo Jacquez “ ? anos 0,1 “ “

5 Daniel Cabral Isabela “ ? anos 0,5 “ “

6 João Melo “ “ ? anos 0,4 “ “

7 Manuel Sousa “ “ ? anos 0,5 “ “

8 R. N. Sra da Paz “ “ ?anos 0,2 “ S. Miguel

9 Rua das Hortas Isabela/Jacquez “ ? anos 0,6 “

10 Estrada Regional Isabela “ ? anos 1 “ “

11 Rua do Porto Isabela/Jacquez “ ? anos - “ “

12 Pico d’El Rei Isabela “ ? anos 0,2 “ Ribeira Seca

13 Estrada “ “ ? anos 0,5 “ Ribeira Tainhas

14 Maria do Carmo Pacheco “ “ 50 anos 0,5 “ Ribeira Seca

15 Leonardo dos Santos “ “ ? anos 1,2 “ “

16 Ribeira do Caldeirão “ “ ? anos 2 “ Água d’Alto

17 R. Padre Eduíno Dutra “ “ ? anos 1 “ “

18 Estrada Regional “ “ ? anos 1 “ “

19 Caminho da Rib. da Praia “ “ ? anos 0,5 “ “

20 Caminho da Rib. da Praia “ “ ? anos 0,4 “ “

21 Caloura Isabela/Jacquez “ ? anos 0,2 Lagoa Água de Pau

22 Pisão Isabela “ ? anos 0,5 Vila Franca Água d’Alto

23 Pisão II Isabela/Jacquez “ ? anos 0,15 “ “

24 Estrada Isabela “ ? anos 0,05 “ Ribeira Chã

14

7

Nº Viticultor Casta Porta-enxerto Idade da

vinha Área (ha) Concelho Freguesia

25 Rua do Botelho Isabela/Jacquez “ ? anos 0,05 Lagoa Ribeira Chã

26 SDASM Verdelho/Cardinal SO4/R99 10 anos 0,14 Lagoa Ribeira Chã

27 Rua do Gaspar Isabela Desonhecido ? anos 0,1 “ “

28 António Fernando Frias “ “ 30 anos 0,05 “ “

29 Rua do Gaspar “ “ ? anos 0,1 “ “

30 Rua do Gaspar “ “ “ 0,05 “ “

31 Cam. Porto Sta. Iria ” “ “ 0,05 Ribeira Grande Ribeirinha

32 Eduíno Silva Cabral Isabela/Jacquez “ 40 anos 0,15 “ “

33 Estrada Municipal Isabela/Jaqué “ ? anos 0,1 “ “

34 Estada Municipal Isabela “ ? anos 0,05 “ “

35 Augusto Vizinho Isabela “ 40 anos 0,15 Nordeste Algarvia

36 João Luis Câmara Isabela “ 10 anos 0,1 “ “

37 João Medeiros Fernão Pires SO4 6 anos 0,1 Ponta Delgada Capelas

38 SDASM Saborinho SO4 9 anos 0,1 Ponta Delgada S. Pedro

148

A identificação dos fungos isolados e purificados baseou-se nas suas carateríticas culturais

e morfológicas.

A análise microbiológica efetuada ao material colhido revelou a presença de fungos dos

géneros Botryosphaeria, Pestalotiopsis, Elsinöe, Cylindrocarpon, e Phomopsis (Quadros

9.3 e 9.4).

Quadro 9.3 – Percentagem de Incidência dos fungos do lenho nos campos de Sta. Maria.

Campo

Plantas analisadas

Botryosphaeria Pestalotiopsis Elsinöe Phomopsis Cylindrocarpon

1 4 50 75 0 25 0

2 3 33 66 0 0 0

3 4 50 50 0 25 0

4 4 25 50 0 0 0

5 3 66 100 0 0 0

6 4 100 75 0 0 0

7 4 50 100 0 25 0

8 2 0 100 0 0 0

9 4 25 75 0 75 0

10 2 50 100 0 50 0

11 3 66 66 0 33 0

12 3 33 100 0 0 0

13 3 100 33 0 0 0

14 3 33 100 0 33 0

15 4 100 75 0 0 0

16 3 33 100 0 33 0

17 3 100 100 0 66 0

18 2 50 100 0 100 0

19 2 100 100 0 100 0

20 1 100 100 0 0 0

21 3 100 100 0 66 0

22 4 50 50 0 0 0

23 4 75 75 0 50 0

149

Quadro 9.4 – Percentagem de Incidência dos fungos do lenho nos campos de S. Miguel.

Campo Nº

Plantas analisadas

Botryosphaeria Pestalotiopsis Elsinöe Phomopsis Cylindrocarpon

1 2 100 100 0 0 0 2 2 50 100 0 100 0

3 2 50 100 0 100 0

4 2 0 50 0 100 0

5 2 0 100 0 100 0

6 2 50 50 0 100 0

7 2 100 100 0 0 0

8 2 100 100 0 0 0

9 2 100 50 0 0 0

10 2 50 100 0 50 0

11 2 50 100 0 100 0

12 2 100 50 0 0 0

13 2 100 50 0 0 0

14 2 50 100 0 50 0

15 2 100 50 0 0 0

16 4 25 75 0 25 0

17 4 75 50 0 0 0

18 2 50 100 0 100 0

19 2 100 50 0 0 0

20 2 100 50 0 0 0

21 2 100 100 0 50 0

22 2 100 50 0 0 0

23 2 100 100 0 100 0

24 2 50 100 0 50 0

25 2 100 50 0 0 0

26 2 100 50 0 50 0

27 2 50 50 0 0 0

28 2 50 100 0 50 0

29 2 100 50 0 0 0

30 2 100 50 0 0 0

31 2 50 50 0 100 0

32 3 100 100 0 33 0

33 2 100 100 0 0 0

34 2 50 100 0 100 0

35 1 100 100 0 0 0

36 1 100 0 100 0 0

37 2 0 100 0 50 0

38 2 0 100 0 0 100

150

Pela análise dos resultados obtidos para cada um dos campos estudados nas duas ilhas

verificou-se que a escoriose europeia, causada por fungos do género Botryosphaeria, está

presente na quase totalidade dos campos prospetados e com uma incidência média (nº

médio de plantas infetadas) elevada. A escoriose americana, atribuída ao fungo

Phomopsis vitícola, tem uma incidência média. Verificou-se ainda que a incidência das

doenças do pé negro e antracnose da videira, causadas pelos fungos dos géneros

Cylindrocarpon e Elsinöe, é baixa e só foram detetados em S. Miguel. A incidência de

Pestalotiopsis spp. é elevada na maioria dos campos, o que mostra uma boa adaptação da

espécie às nossas condições ambientais (Quadro 9.5).

Quadro 9.5 – Percentagem de Incidência média dos fungos do lenho.

Botryosphaeria Pestalotiopsis Cylindrocarpon Phomopsis Elsinöe

Sta. Maria 60,4 82,2 0 29,6 0

S. Miguel 71,1 75,7 2,6 37,1 2,6

151

9.4 PROJECTO ANÁLISE DE SOLOS E FERTILIZAÇÃO DOS AÇORES A vertente do Projeto “Análise do Solo e Fertilização” com experimentação em vasos

iniciou-se no Serviço de Desenvolvimento Agrário do Pico em 2008, com orientação

técnica e de apoio laboratorial das Universidades dos Açores e de Trás-os-Montes e Alto

Douro, relatando-se a seguir os trabalhos já efetuados e os que se perspetivam para

2012.

Justificação

As frequentes reservas dos agricultores do Pico em aceitar a nova estratégia de

adubações preconizada depois do survey de 2006/2007, designadamente a indicação de

diminuir ou mesmo anular as adubações com fósforo em face dos elevados teores deste

nutriente constantes nos boletins de análise, determinou a necessidade de realizar

ensaios para clarificar um conjunto de aspetos, que pela sua diversidade e relevância

justificaram o uso duma metodologia expedita - os ensaios em vaso.

Objetivos

Os ensaios visam genericamente estudar a fertilidade dos solos da Região, integrando

terras representativas das classes e sistemas de produção mais frequentes em cada ilha.

Os objetivos específicos dos trabalhos já realizados ou em curso são os seguintes:

• Identificar um método de análise do Fósforo assimilável fiável nos solos dos

Açores e aferir a tabela de classificação desses teores para a Região (Fi P - 1ª e 2ª

Fases e Holcus)

• Estudar os efeitos do esgotamento progressivo do fósforo de solos enriquecidos,

sobre a produção de erva e sua qualidade (Dpl P - Lolium perene e Holcus)

• Comparar a eficácia dos fosfatos atacados com os naturais (Fo P milho e L.

multiflorum)

• Avaliar os efeitos da calagem em solos de pastagem (Ca Pi 1ª Fase).

152

Material e métodos

Os trabalhos decorrem em estufa com vasos do tipo floreira, em polietileno com cerca de

5 litros de capacidade útil e 520 cm2 de área de crescimento (Fi P e Ca Pi) ou 7 litros e 660

cm2 (Fo P e Dpl P).

As terras de enchimento em estudo proveem de leivas de pastagens ou terrenos de milho

até 10 ou 20 centímetros de profundidade, respetivamente. A tabela 9.5 sintetiza a

distribuição dos solos já testados por ilha e ensaio, num total de 102.

Após crivagem a 11 mm e homogeneização, são-lhes incorporados os vários tipos de

nutrientes e corretivos correspondentes aos tratamentos a estudar.

Cada vaso é tratado individualmente, sendo-lhe dispensadas as seguintes operações de

manutenção, sempre que se justifiquem: cortes, fertilizações, regas, mondas, controlo de

pragas e doenças.

Depois de cortada, a erva por vaso é lavada, seca, pesada e moída e posteriormente

analisada.

Tabela 9.5 – Solos testados por ilha e ensaio

Todos os ensaios decorrem segundo esquemas em splitplot com 4 repetições, exceto o Fo

P milho e L. multiflorum que decorreu com 3.

Na tabela 9.6 resumem-se os tratamentos e a dimensão e duração dos ensaios já

realizados.

153

Tabela 9.6 – Tratamentos, dimensão e duração dos ensaios

Determinações efetuadas

Cada solo é descrito com base nas caraterísticas relevantes na situação de campo e

objeto de determinações físicas nas condições de trabalho (Porosidade, Densidade

Aparente e Capacidade de Campo). Para além disso, é exaustivamente estudado

laboratorialmente, quer usando as amostras das terras iniciais (102) quer finais dos

ensaios (2532). Em anexo e a título de exemplo, inclui-se a ficha caraterizadora e de

comportamento dum dos solos elaborado pelo orientador técnico da UTAD, destacando-

se o seu detalhe relativamente a cada uma das seguintes determinações: classificação,

análise mecânica, M.O., acidez, capacidade de troca catiónica, disponibilidade inicial e

final do fósforo (14 métodos) e teores deste nutriente nos vários estados e respetiva

curva de adsorção.

Por outro lado, foram determinadas as produções de Matéria seca, vaso a vaso e corte a

corte, totalizando até agora cerca de 31 mil amostras, que, na sua maioria, foram moídas

e remetidas para análise química dos elementos em cada ensaio mais relevantes (ver

ficha anexa).

Resultados

Todos os ensaios terminaram a fase de campo, exceto o do esgotamento progressivo do

Fósforo (Dpl P Lp e H), que se prevê acabar em finais de 2012. As produções de matéria

seca registada são objeto de tratamento estatístico (descrição e análise de variância) o

154

qual, em conjunto com os resultados das análises laboratoriais efetuadas (ver ficha

anexa), permitem adiantar já um conjunto de conclusões e tendências muito importante

para o suporte do aconselhamento sobre fertilizações aos agricultores regionais. As

análises laboratoriais ainda em curso permitirão não apenas uma melhor compreensão

dos resultados obtidos, mas também estabelecer uma base de dados sobre a fertilidade

dos solos dos Açores que suporte todo o aconselhamento técnico para o seu uso

adequado.

Conclusões e tendências já averiguadas

Ensaios Fi P 1ª e 2ª Fases e Holcus:

O método de Olsen é o mais fiável para o P assimilável nos solos dos Açores;

Nos solos pouco densos das pastagens açorianas é de extrema importância afetar

os teores de P do fator densidade da terra fina ou exprimi-los em mg/l e não

mg/kg;

A tabela de classes de P foi aferida para os solos da Região e indica maior

amplitude das classes do que a tradicionalmente usada (o ponto médio da classe

média é 20mg/l e não 15mg/kg);

Ensaios Fo P 1ª Fase e L. multiflorum:

O método de Olsen apresentou a mesma calibração para o milho e

azevém+dactylis;

Nos terrenos de milho do Pico, é pouco provável haver resposta à aplicação de

fósforo e os fosfatos naturais não têm melhor resposta produtiva do que o

superfosfato se pH>5,5 e acidez potencial < 5cmolc/l, isto é, a aplicação de

superfosfato de cálcio e de fosfatos naturais moídos é agronomicamente

equivalente, para solos de reação ácida a moderadamente ácida;

A eficiência nutricional dos fosfatos naturais é mais reduzida que a do

superfosfato de cálcio;

A opção entre as duas formas de P não se relaciona com questões técnicas;

prende-se com questões económicas (o custo de aquisição do superfosfato de

cálcio é menor) e ambientais (o fosfato natural moído tem uma impacto ambiental

(consumo energético/emissão de CO2) menor no processo de fabrico e menor

risco de perda para as águas).

155

Ensaios Ca Pi 1ª Fase:

A calagem de pastagens em doses moderadas pode ser favorável em alguns casos,

sendo o Calcário agrícola e o Óxido de cálcio, mais eficazes do que o Calcário

marinho.

A opção entre aqueles dois corretivos não se relaciona com questões técnicas;

prende-se com questões económicas (quantidades a aplicar e custos de aquisição

e de transporte) e ambientais, visto o calcário agrícola moído ter um impacto

ambiental (consumo energético/emissão de CO2) menor no processo de fabrico.

Divulgação de resultados

A informação recolhida foi sendo gradualmente divulgada, salientando-se as reuniões e

visitas dos técnicos da SRAF ligados ao Projeto ASF (4), uma reunião com agricultores e a

apresentação de posters em duas reuniões internacionais. Por outro lado, aguarda-se

para breve a publicação dum pequeno caderno sobre a fertilização dos solos regionais e a

realização duma reunião com os técnicos que no Pico dão aconselhamento na área da

fertilidade do solo.

Prosseguimento e Perspetivas

Em 2012, para além do prosseguimento do ensaio sobre o esgotamento progressivo do

Fósforo (Dpl P Lp e H), está prevista instalação dum novo conjunto de trabalhos, com vista

ao aprofundamento dos temas já abordados (Fo P L. perene e Ca Pi 2ª Fase) e ao

esclarecimento de novas questões (Ca Ní, P Org e N Esp), como a seguir se indica:

• Comparar a eficácia dos fosfatos atacados com os naturais em pastagem (Fo P L.

perene)

• Avaliar os efeitos da calagem em solos de pastagem (Ca Pi 2ª Fase)

• Avaliar o nível técnico ótimo da aplicação de calcário agrícola nos solos dos Açores

(Ca Ní)

• Avaliar a evolução do grau de disponibilização do Fósforo Orgânico em solos de

pastagem (P Org)

• Avaliar a evolução da disponibilização do Azoto em adubos de libertação lenta e

controlada (“especiais”) (N Esp).

156

9.5 PROJECTO: “PREVENÇÃO DA HEMATÚRIA ENZOÓTICA BOVINA POR CONTROLO DO FETO COMUM (PTERIDIUM AQUILINUM) NAS PASTAGENS MICAELENSES”

Na sequência das actividades desenvolvidas no âmbito do projecto: “Prevenção da

Hematúria Enzoótica Bovina por Controlo do Feto Comum (Pteridium aquilinum) nas

Pastagens Micaelenses”, durante o ano de 2011, vimos apresentar um relatório dos

trabalhos realizados pela equipa coordenada pela Direção de Serviços de Agricultura e

Pecuária em colaboração com o Serviço de Desenvolvimento Agrário de São Miguel, bem

como, o ponto actual da situação relativo à incidência de tumores de bexiga (Tbx) na ilha

de São Miguel (ISM). Relembramos que os Tbx são a principal manifestação lesional da

hematúria enzoótica bovina (HEB), doença vulgarmente designada pelos produtores por

“Vacas que urinam com sangue”.

Os dados relativos à monitorização dos Tbx desde julho de 1989 até dezembro de 2011

permitem constatar uma diminuição gradual e consistente do número de reprovações de

carcaças de bovino por apresentarem Tbx (figura 9. 21). No ano 2011 registaram-se 6,04%

de reprovações por Tbx.

Figura 9.21 – Monitorização da incidência de tumores de bexiga nas vacas abatidas no Matadouro

Industrial de São Miguel (MISM) no período compreendido entre 1 de julho de 1989 e 31 de

dezembro de 2011. Fonte: Serviço de Inspeção Sanitária do MISM.

Na tabela 9.7 apresentam-se os dados relativos à evolução do número de explorações e

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Anos

Incidência de tumores de bexiga nas vacas abatidas

Nº animais Incidência

157

de vacas leiteiras candidatas ao programa POSEI vacas leiteiras na ISM, desde 1995 a

2011. Apresenta-se ainda o número total e percentual de explorações que apresentaram

para abate no MISM pelo menos uma vaca com diagnóstico de Tbx no exame post-

mortem, bem como o número total de Tbx diagnosticados em cada ano.

A tendência decrescente no n.º total de casos de Tbx diagnosticados pelos inspectores

sanitários de serviço no MISM é corroborada pela análise dos dados mencionados na

tabela 9.7.

Tabela 9.7 – Dados anuais do número de vacas leiteiras e de explorações na ilha de São Miguel,

distribuição total e percentual de explorações com pelo menos um caso diagnosticado de tumor

de bexiga no Matadouro Industrial de São Miguel (MISM) e número total de tumores

diagnosticados no período compreendido entre Jan/95 a Dez/11. Fonte: Serviço de Inspeção

Sanitária do MISM, Sistema Nacional de Identificação e Registo de Bovinos e POSEI vacas leiteiras.

Ano Vacas

Leiteiras

N.º de

Explorações

Explorações com

Tumores de Bexiga (%)

Tumores de

Bexiga

1995 47922 2093 190 (9,1) 232

1996 49790 2102 155 (7,4) 182

1997 50108 2101 130 (6,2) 160

1998 52119 2132 326 (15,3) 418

1999 53037 2089 439 (21,0) 628

2000 53476 2026 573 (28,3) 1028

2001 51892 1945 793 (40,8) 1423

2002 52325 1917 899 (46,9) 1879

2003 49260 1847 1006 (55,0) 2224

2004 49587 1810 1082 (59,8) 2101

2005 48937 1711 903 (52,8) 1992

2006 48610 1659 829 (50,0) 1664

2007 49409 1639 699 (42,6) 1382

2008 49927 1564 579 (37,0) 987

2009 50352 1540 512 (33,2) 849

2010 50118 1455 445 (30,6) 727

2011 50587 1454 437 (30,1) 681

158

Registou-se um decréscimo do número de explorações atingidas por Tbx de cerca de 60%

(1082) em 2004 para 30% (437) em 2011, correspondendo a uma redução de 50% neste

período. Constata-se assim uma diminuição consistente no número total de explorações

atingidas pela HEB. Verificou-se ainda uma redução para menos de um terço no número

total de Tbx observados no MISM: 2224 em 2003 para 681 em 2011.

Figura 9.22 – Evolução do número de explorações afetadas por tumores de bexiga desde

1995 até 2011. Fonte: Serviço de Inspeção Sanitária do MISM, Sistema Nacional de

Identificação e Registo de Bovinos e POSEI vacas leiteiras.

Os resultados obtidos sugerem que as ações desenvolvidas no âmbito do programa de

prevenção da HEB pelos Serviços da Secretaria Regional de Agricultura e Florestas estão a

surtir efeito muito positivo.

A estratégia de intervenção incluiu a sensibilização dos produtores para este problema,

implementação no terreno de medidas de controlo e erradicação do feto comum por

utilização criteriosa de herbicidas apropriados ao combate desta infestante (asulame e/ou

glifosato) e ainda correção das carências em oligoelementos.

O programa de controlo do feto das pastagens foi iniciado no Verão de 2001 e continuado

até 2011, tendo-se notado desde então um interesse crescente dos produtores na

prevenção da doença. Os produtores que aderiram mais cedo a este programa revelaram

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%

Anos

159

que houve diminuição significativa dos casos de HEB, tendo mesmo desaparecido os

casos clínicos na exploração. Contudo, no matadouro como se abrem todas as bexigas dos

bovinos abatidos de uma forma sistemática, ainda vão aparecendo alguns casos de Tbx

nos bovinos provenientes das explorações que aderiram ao programa de prevenção da

HEB acima mencionado. Estes tumores detetados no exame post-mortem, sem qualquer

manifestação clínica de hematúria enzoótica podem considerar-se manifestações sub-

clínicas da doença.

Foram monitorizados os resultados obtidos com a aplicação de herbicidas nos últimos 9

anos. Desde 2003 que se verifica uma tendência decrescente no número de rejeições de

carcaças de bovino por apresentarem tumores de bexiga (Tabela 9.7).

No primeiro ano após a primeira aplicação de herbicida selectivo nas pastagens verificou-

se uma redução do grau de infestação pelo Pteridium aquilinum de 50 a 90%. O sucesso

desta medida de controlo da HEB implica a aplicação do herbicida em pelo menos três

anos consecutivos. Nas explorações com problemas de HEB onde se implementaram há

mais tempo medidas de controlo do feto das pastagens, constata-se actualmente uma

diminuição acentuada do número de animais com sinais clínicos da doença, bem como

diminuição do número de casos de tumores de bexiga nos bovinos abatidos.

Nos meses de julho a outubro de 2011 decorreram os trabalhos de combate ao feto das

pastagens (P. aquilinum). Foram tratados 764 alqueires, aproximadamente 108 ha, de

pastagens pertencentes a 21 produtores de bovinos em diferentes freguesias da ilha de

São Miguel. No total foram gastos 298 litros de herbicida e realizada a quantia de 4033 €

a pagar pelos produtores abrangidos por este programa.

Face aos resultados francamente positivos obtidos no controlo da doença ao nível das

explorações e à tendência decrescente no número de casos observados de Tbx no MISM,

julgamos imperioso dar continuidade ao projecto em curso, mantendo em

funcionamento pelo menos uma brigada de aplicação de herbicida durante os meses de

junho a outubro. À semelhança dos anos anteriores esta brigada deverá ser coordenada

pela Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária em colaboração com o Serviço de

Desenvolvimento Agrário de São Miguel.

160

9.6 CONSERVAÇÃO DA RAÇA BOVINA AUTÓCTONE RAMO GRANDE

1. Enquadramento

No âmbito da preservação de recursos genéticos animais têm vindo a ser desenvolvidas

várias ações no sentido da manutenção e aumento do efectivo em linha pura da Raça

Bovina Autóctone Ramo Grande. Esta raça possui actualmente cerca de 1640 animais,

distribuídos por 274 explorações, inscritos no Livro Genealógico da raça.

2. Objetivo Principal

Assegurar a conservação da raça e encontrar em conjunto com os criadores da raça,

técnicos ligados à preservação de outras raças autóctones e com dirigentes dos Serviços

Oficiais a definição de objetivos para a raça em termos da melhoria da sua conformação

para a produção de carne e/ou para a utilização de outras estratégias de valorização dos

seus produtos de forma a garantir a sua sustentabilidade futura.

3. Abrangência

Criadores da raça Ramo Grande nas ilhas S. Miguel, Terceira, Graciosa, S. Jorge, Pico e

Faial.

4. Ações desenvolvidas

- Inscrição de animais no Livro de Nascimentos e classificação morfológica de

animais com vista a permitir a sua inscrição no Livro de Adultos;

- Compilação de dados no programa informático GENPRO de forma a permitir uma

melhor gestão do efectivo da raça, nomeadamente no que concerne à manutenção da

diversidade genética e à minimização da consanguinidade.

- Aconselhamento dos criadores durante as visitas de campo com vista à selecção

dos animais que possuem melhores caraterísticas para a raça, bem como dos

acasalamentos mais adequados quer com touros de Inseminação Artificial quer de

Cobrição Natural.

- Apoio aos técnicos dos Serviços de Desenvolvimento Agrário afetos a esta área

no esclarecimento de questões relacionadas com a inscrição de animais no Livro

161

Genealógico, nomeadamente no que respeita ao funcionamento do Regulamento Técnico

da raça.

- Elaboração das Declarações comprovativas, por criador, da inscrição dos animais

no respectivo Livro Genealógico para efeitos de candidatura às medidas agro-ambientais.

- Elaboração de artigos técnicos divulgativos da raça solicitados sobretudo por

revistas ligadas às áreas da Agricultura Biológica e da Preservação da Biodiversidade dos

Recursos Genéticos.

- Elaboração de fichas técnicas de touros da raça Ramo Grande para utilização em

Inseminação Artificial para publicação em Catálogos difundidos por Subcentros da Região.

- Em junho de 2011, com a participação de uma equipa especializada da Direção-

Geral de Veterinária, concretização de um programa de recolha, acondicionamento e

congelação de sémen de reprodutores da raça previamente seleccionados nas ilhas

Terceira, S. Jorge, Pico e Faial, do qual resultou a constituição de um stock de 5082 doses

de sémen proveniente de 7 touros da raça para utilização em inseminação artificial.

9.7 PROGRAMA EXPERIMENTAL DE TRANSFERÊNCIA EMBRIONÁRIA EM BOVINOS NA ILHA GRACIOSA

1. Enquadramento

A importância de manter o estatuto sanitário da ilha Graciosa aliado à necessidade de

fortalecer de forma mais rápida o melhoramento genético dos efectivos bovinos leiteiros

conduziu ao desenvolvimento, por parte do Governo Regional, deste Programa

Experimental.

2. Objetivo Principal

Potenciar a obtenção de fêmeas de elite, adaptadas às condições ambientais locais.

3. Abrangência

Produtores de leite da ilha Graciosa.

162

4. Intervenientes

O Programa Experimental de Transferência Embrionária em Bovinos na ilha Graciosa é

coordenado pela Direção Regional do Desenvolvimento Agrário e tem contado com a

colaboração de uma equipa técnica especializada da Faculdade de Medicina Veterinária

(FMV) da Universidade Técnica de Lisboa, bem como com o apoio técnico e logístico do

Serviço de Desenvolvimento Agrário da Graciosa.

5. Ações desenvolvidas/Resultados

Este programa envolve os produtores de leite da Graciosa que disponibilizam

novilhas das suas explorações que são seleccionadas para receptoras de embriões

importados, congelados e sexados, de elevada qualidade genética.

Inicialmente foram transferidos 83 embriões importados do Canadá e de França,

tendo-se obtido uma taxa média no diagnóstico de gestação efetuado aos 45 a 60 dias

pós-parto de 63%, o que é considerado muito bom sobretudo quando se trabalha com

embriões congelados e sexados.

Resultaram 30 fêmeas provenientes de embriões cuja cria e recria foi efetuada

pelos respectivos produtores e que entraram como dadoras de embriões (embriões de 2ª

geração) em Programas de Ovulação Múltipla e Transferência Embrionária.

Estes programas possibilitaram uma disseminação da genética de elite por mais

animais e produtores da ilha que dispunham de fêmeas receptoras para a realização da

Transferência Embrionária em fresco cuja taxa de sucesso é mais elevada do que com

embriões congelados. Os embriões excedentários foram congelados também para

utilização quer na ilha Graciosa quer nas ilhas do Pico e Faial.

As actividades técnicas desenvolvidas no âmbito deste programa têm sobretudo a

ver com os critérios de selecção dos embriões importados, registo de todas as ocorrências

declaradas pelos produtores (deteção de cios, abortos, nascimentos), registo dos

resultados dos exames ginecológicos e das transferências embrionárias efetuadas pela

equipa da FMV, elaboração dos Certificados de Transferência Embrionária e compilação

das genealogias dos embriões, selecção de touros de Inseminação Artificial para

emparelhamento com as potenciais dadoras controlando a consanguinidade, consulta a

163

diversas empresas para providenciar a aquisição de materiais e equipamentos específicos

necessários à prossecução do Programa.

Na ilha Graciosa, no final de 2011, resultaram do trabalho com 9 explorações

leiteiras:

- 40 programas de superovulação;

- 477 corpos lúteos avaliados (média 11,9 por novilha tratada);

- 380 estruturas recolhidas (média 9,5 por novilha trada);

- 210 embriões viáveis (média 5,3 por novilha tratada);

- 124 embriões transferidos em fresco, 86 embriões congelados dos quais 65

foram transferidos após descongelação;

- 116 gestações em curso.

Na ilha do Pico foram transferidos 6 embriões em novilhas pertencentes a 6

explorações de leite desta ilha e no Faial foram transferidos 9 embriões igualmente em 6

explorações.

164

10. APOIO JURÍDICO

A Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária tem afeta ao seu quadro de pessoal uma

jurista que presta apoio jurídico à Direção Regional do Desenvolvimento Agrário,

respetivas Direções de Serviços e, sempre que necessário, ao Sr. Secretário Regional da

Agricultura e Florestas, no respetivo gabinete em Ponta Delgada. O apoio jurídico

prestado consiste essencialmente na elaboração de informações, pareceres jurídicos e

apoio jurídico à instrução de processos de contra-ordenação, a processos de contratação

pública e de recrutamento de pessoal, elaboração de propostas de diplomas legislativos e

regulamentares e participação em comissões, júris e grupos de trabalho.

No ano de 2011 foram executadas as seguintes ações:

I FASE DO PARQUE DE EXPOSIÇÕES DA ILHA TERCEIRA

Apoio jurídico no acompanhamento da execução da empreitada de construção da

I fase do Parque de Exposições da ilha Terceira;

LABORATÓRIO REGIONAL DE ENOLOGIA

Apoio jurídico no acompanhamento da execução da empreitada de construção do

novo Laboratório Regional de Enologia;

Apoio jurídico e membro do Júri do Concurso público para aquisição do

equipamento de laboratório para o Laboratório Regional de Enologia.

LABORATÓRIO REGIONAL DE VETERINÁRIA

Apoio jurídico no acompanhamento da execução da empreitada de construção do

Laboratório Regional de Veterinária.

PARQUE DE EXPOSIÇÕES SANTANA - SÃO MIGUEL

Apoio Jurídico no processo de regularização da propriedade e posse dos terrenos

onde será implantado o Parque de Exposições Santana - São Miguel;

165

Elaboração de Protocolo de cooperação entre a SRAF e a Cooperativa União

Agrícola, com vista à implantação, gestão e exploração do futuro Parque de

Exposições Santana – São Miguel;

Apoio jurídico e Membro do Júri do concurso público com publicação internacional

com vista à construção do Parque de Exposições de Santana - São Miguel.

EQUIPAMENTO ANALISADOR DE LEITE

Apoio jurídico e membro do Júri do concurso público com publicação internacional

com vista à aquisição de um equipamento analisador de leite.

SERVIÇOS DE LIMPEZA DA DSAP

Apoio jurídico ao procedimento por ajuste direto para contratação dos serviços de

limpeza da Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária.

RODENTICIDA

Apoio jurídico no Concurso Público com publicação internacional para aquisição por

lotes de rodenticida de uso agrícola e de uso veterinário.

CARREIRAS, VÍNCULOS E REMUNERAÇÕES DOS TRABALHADORES QUE EXERCEM FUNÇÕES PÚBLICAS

Apoio ao procedimento concursal comum, para recrutamento de um Técnico

Superior (área de Medicina Veterinária), em regime de contrato de trabalho

em funções públicas por tempo indeterminado, a afetar ao Serviço de

Desenvolvimento Agrário de São Miguel.

Membro do júri do procedimento concursal comum, para recrutamento

interno de um Técnico Superior (área de Biologia), em regime de contrato de

trabalho em funções públicas por tempo indeterminado, tendo em vista a

ocupação de um lugar na categoria e carreira de técnico superior, do quadro

regional da ilha de São Miguel, para afetar à Direção de Serviços de Agricultura

e Pecuária, da Direção Regional do Desenvolvimento Agrário, Secretaria

Regional da Agricultura e Florestas;

166

Membro do júri do procedimento concursal comum, e instrução do respetivo

processo, para recrutamento de dois assistentes técnicos (área de agricultura

e pecuária) em regime de contrato de trabalho em funções públicas por tempo

indeterminado, com vista à ocupação de dois lugares da categoria e carreira

de assistente técnico, do quadro regional da ilha de São Miguel, para afetar à

Direção de Serviços de Agricultura e Pecuária, da Direção Regional do

Desenvolvimento Agrário da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas.

SIADAPRA

Membro da Comissão Paritária da SRAF, como 2º vogal efetivo representante da

Administração, designado por despacho de Sua Exª. o Secretário Regional da

Agricultura e Florestas de 14 de Janeiro de 2010;

Análise e organização dos processos de trabalhadores que suscitaram a

apreciação da comissão paritária no âmbito do processo de avaliação do

SIADAPRA 3 e preparação dos trabalhos da referida Comissão;

Membro da Equipa de auto-avaliação da DRDA, no âmbito da CAF e do

SIADAPRA 1, designada por despacho do Sr. DRDA de 12 de julho de 2010.

PROCESSOS DE CONTRA-ORDENAÇÃO

Apoio jurídico no âmbito dos processos de contra-ordenação instruídos nos

Serviços de Desenvolvimento Agrário;

Análise e encaminhamento de todos os autos de notícia remetidos à DRDA por

infrações à legislação na área da Veterinária.

SANIDADE VEGETAL

Apoio jurídico na elaboração da Portaria que define medidas destinadas a evitar a

introdução e a propagação do inseto Rhynchophorus ferrugineus (Olivier, 1790) na

Região Autónoma dos Açores;

Apoio jurídico na elaboração da Portaria que define define medidas destinadas a

evitar a introdução e a propagação do inseto Paysandisia archon (Burmeister,

1880) na Região Autónoma dos Açores;

167

Apoio jurídico na elaboração da Portaria que define medidas destinadas a evitar a

introdução e a propagação P. japonica.

ROEDORES

Elaboração de uma proposta de Resolução do Conselho de Governo que aprova a

criação da Comissão de gestão integrada de pragas – roedores, prevista no artigo 9º do

Decreto Legislativo Regional nº 31/2010/A, de 17 de novembro, que estabelece

medidas de prevenção, controlo e redução da presença de roedores invasores e

comensais na Região Autónoma dos Açores.

IDENTIFICAÇÃO E CIRCULAÇÃO ANIMAL

Apoio jurídico, no âmbito de um processo de sequestro administrativo imposto a

bovinos na sequência de uma ação de penhora, e esclarecimento sobre a extensão da

responsabilidade e da intervenção da entidade competente em matéria de veterinária

em casos de penhora de animais, nos termos do regime jurídico da penhora, previsto

no Código do Processo Civil.

SANIDADE ANIMAL

Elaboração de parecer jurídico sobre a possibilidade de aprovação de Portarias

do Governo Regional que autorizem o pagamento de indemnizações por abate

sanitário de pequenos ruminantes detetados com Brucelose na Região;

Elaboração de Portaria que altera a Portaria n.º 17/2008 de 14 de fevereiro,

alterada pelas Portarias n.º 19/2009 de 20 de março e 16/2010 de 12 de fevereiro,

que determina o abate de bovinos, e da última filha nascida com idade inferior a 1

ano à data do diagnóstico laboratorial, diagnosticados como portadores de

Leucose Bovina Enzoótica e/ou de Brucelose Bovina, bem como o abate de todos

os animais infectados ou suspeitos de infecção tuberculosa;

Elaboração de edital relativo à vigilância epidemiológica das encefalopatias

espongiformes transmissíveis;

Elaboração de Portaria que determina os valores e formas de cálculo das

indemnizações devidas pelo abate compulsivo de animais portadores de Leucose

168

Bovina Enzoótica na Região Autónoma dos Açores ou de animais portadores de

Brucelose Bovina nas ilhas declaradas oficialmente indemnes a esta doença.

Apoio jurídico na elaboração de uma proposta de Portaria que visa atribuir uma

comparticipação financeira à organização de produtores da ilha do Pico pela

execução, através do seu serviço médico-veterinário de campo, de

intradermotuberculinizações comparadas;

Apoio jurídico na elaboração de uma proposta de alteração da Portaria n.º

63/2008, de 5 de agosto, alterada e republicada pela Portaria n.º 46/2009, de 5 de

junho, que, no âmbito do plano de vigilância epidemiológica das Encefalopatias,

regulamenta a atribuição de uma comparticipação financeira às organizações de

produtores que executem, através dos seus serviços médico-veterinários de

campo, a recolha dos troncos cerebrais de bovinos, ovinos e caprinos,

acidentalmente mortos nas explorações.

LICENCIAMENTO DE EXPLORAÇÕES PECUÁRIAS

Realização de Trabalhos para elaboração de proposta legislativa que substitua

aplicação do regime jurídico do exercício das atividades pecuárias na RAA.

Realização de Parecer sobre proposta de alteração do DL nº 214/2008, de 10 de

novembro, que aprova o regime jurídico do exercício das atividades

pecuárias (REAP).

BOVINICULTURA

Apoio Jurídico na elaboração de proposta de despacho do Secretário Regional da

Agricultura e Florestas que determina encerramento do regime de ajudas a

conceder à aquisição de produto de categoria fibrosa destinado à alimentação do

efetivo pecuário da Região Autónoma dos Açores, considerando que, no ano de

2010, a comparticipação financeira atribuída por quilograma, atingiu o montante

máximo regional previsto de 21.376.000 (vinte e uma mil trezentas e setenta e

seis) toneladas.

169

HIGIENE PÚBLICA VETERINÁRIA

Elaboração de informação sobre o procedimento de aprovação dos

estabelecimentos que manipulam os produtos de origem animal previstos no

anexo III do Regulamento (CE) Nº 853/2004, de 29 de abril;

Elaboração de informação sobre a entrada em vigor do Regulamento (CE) n.º

1069/2009, de 21 de outubro, relativo a subprodutos de origem animal e a

aplicabilidade do Dl nº 122/2006, que visa o cumprimento no ordenamento

jurídico nacional do Regulamento (CE) nº 1774/2002, revogado pelo Regulamento

(CE) n.º 1069/2009, de 21 de outubro;

Elaboração de informação sobre diplomas em vigor que determinam o

pagamento de taxas pela prestação de serviços na área de competência da

Direção de Serviços de Veterinária.

Apoio jurídico no estudo da possibilidade de se estabelecerem isenções de

pagamento de taxas no licenciamento de centros de atendimento médico-

veterinário;

Apoio Jurídico sobre aprovação de Unidades intermédias de Subprodutos da

categoria 3 – Tratamento de Peles e Couros.

ANIMAIS DE COMPANHIA

Elaboração de informação sobre regras para viajar com os seus animais de

companhia entre os estados membros da União Europeia

Elaboração de informação sobre licenciamento de lojas de animais de companhia

no âmbito do Decreto-Lei n.º 276/2001, de 17 de outubro, na redação dada pelo

DL nº 315/2003, de 17 de dezembro, que estabelece as medidas complementares

das disposições da Convenção Europeia para a Proteção dos Animais de

Companhia, e do Decreto-Lei n.º 48/2011 de 1 de abril.

BEM-ESTAR ANIMAL

Elaboração de informação sobre as regras aplicáveis ao transporte rodoviário de

animais nos Açores.

170

APOIO AO GABINETE DO SECRETÁRIO REGIONAL EM PONTA DELGADA

Elaboração de proposta de Decreto Legislativo Regional que estabelece medidas

de incentivo à produção de ananás de qualidade, e de proteção das zonas de

estufas da cultura do ananás;

Apoio jurídico na elaboração de contratos de produção e entrega de beterraba

sacarina a celebrar entre a empresa pública SINAGA e os produtores de beterraba;

Elaboração de informação ao Sr. Secretário Regional da Agricultura e Florestas

sobre os valores máximos das rendas de prédios rústicos praticados entre os anos

agrícolas de 1987 até 2010;

Apoio jurídico na elaboração de proposta de estatutos do futuro Centro Açoriano

do Leite e Lacticínios, enquanto associação de direito privado sem fim lucrativo que

assegura a participação das organizações representativas dos intervenientes na

fileira do leite e lacticínios na Região.

Apoio jurídico e participação na elaboração de um relatório sobre uma possível

reestruturação orgânica da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas;

Apoio jurídico e participação na elaboração de uma proposta de Decreto

Regulamentar Regional que aprova uma nova orgânica da Secretaria Regional da

Agricultura e Florestas;

Apoio jurídico na elaboração da Proposta de Decreto Legislativo Regional que

estabelece o regime jurídico dos planos de ordenamento, de gestão e de

intervenção de âmbito florestal;

Elaboração de parecer Jurídico sobre o projeto de lei nº 16/XII, que estabelece que

60% de produtos alimentares utilizados na confeção das refeições das cantinas

públicas sejam obrigatoriamente de origem local.

APOIO AO DIRETOR REGIONAL DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO

Elaboração de uma Proposta de Resolução do Conselho de Governo Regional que

autoriza a atribuição de um apoio financeiro extraordinário como forma de

impedir e/ou minimizar prejuízos à produção agropecuária regional.

171

Apoio jurídico na elaboração de nota justificativa interna para uma proposta de

Decreto Legislativo Regional que declara a Região Autónoma dos Açores zona livre

de cultivo de variedades de organismos geneticamente modificados (OGM).

Elaboração de nota justificativa interna para proposta de Decreto Regulamentar

Regional que estabelece o regime jurídico da atribuição de apoios a conceder pelo

departamento governamental com competência em matéria de agricultura,

pecuária, florestas e desenvolvimento rural, destinados ao desenvolvimento de

atividades que se enquadrem nas referidas áreas, na Região Autónoma dos

Açores.

Elaboração de nota justificativa interna de uma proposta de Resolução do

Conselho de Governo Regional que autoriza o Secretário Regional da Agricultura e

Florestas a promover o apoio financeiro das organizações de produtores, visando

o fomento da modernização, da produtividade, da rentabilidade e da melhoria

qualitativa dos produtos das explorações agropecuárias, bem como da divulgação

agrária, da melhoria organizacional na concentração dos fatores e produtos

agrícolas e, do empreendimento de serviços de assistência técnica junto dos

agricultores da Região.

172

11. SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS

O funcionamento dos Serviços Administrativos desta Direção de Serviços foi garantido pelos

Assistentes Administrativos Especialistas Luis Carvalho, Ilda Rego e Clélia Bettencourt e pelo

Auxiliar Administrativo João Rocha. De entre as várias ações desenvolvidas pelos Serviços

Administrativos durante o ano de 2011, salientam-se as seguintes:

- Ofícios e telecópias recebidos............................................................ 429

- Ofícios e telecópias expedidos ........................................................... 840

- Mapas de assiduidade ...........................................................................24

- Mapas de processamento da A.D.S.E. ..................................................12

- Folhas de vencimentos, salários, ajudas de custo, horas

extraordinárias e pagamentos diversos ............................................ 275

- Requisições a fornecedores ............................................................... 289

- Transferências orçamentais ..................................................................32

- Guias de receitas enviadas à Secretaria Regional das Finanças

e Planeamento .....................................................................................10

- Relações de desconto para a C.G.A. .....................................................12

- Relações de desconto para a Segurança Social ....................................12

- Fotocópias tiradas (Serviços administrativos) ................................. 3 339

- Certificados fitossanitários ................................................................. 437

- Fotocópias a preto e branco tiradas na reprografia ........................ 3 677

- Fotocópias a cores tiradas na reprografia ....................................... 7 716